Empreendedor 096

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Redação Editor-Executivo: Alexandre Gonçalves [alex@empreendedor.com.br] Editor: Carlos Castilho Repórteres: Lúcio Lambranho, Fábio Mayer, Sara Caprario e André Jockyman Editor de Arte: Gustavo Cabral Vaz Fotografia: Lauro Maeda e Arquivo Empreendedor Foto de capa: Lauro Maeda Produção e Arquivo: Ivone Zanatta Ilustrações: Clóvis Geyer Revisão: José Renato de Faria/Ponto Final Coordenador de Web: Flaviano da Cunha Júnior Sedes São Paulo Diretor de Marketing e Comercialização: José Lamonica Executivos de Contas: Paula Araújo Speda, Ariovaldo Florian e Edson Ramão Rua Sabará, 566, 9º andar, cj. 92 Fones: (11) 3214-5938/ 32 57-4667/3214-6093 01239-010 - São Paulo - SP [empreendedorsp@uol.com.br] Florianópolis Executivo de Atendimento: Cleiton Correa Weiss Av. Osmar Cunha, 183, Ceisa Center, bl. C, 9º andar - Fone: (48) 224-4441 88015-900 - Florianópolis - SC Representante Dinâmica Promoções e Eventos Carlos Hamilton Martins Feltrin Rua Turiassu, 127, cj. 12/13 - Perdizes Fone/Fax: (11) 3822-0412 05005-001 - São Paulo - SP [dinapro@terra.com.br] Escritórios regionais Rio de Janeiro [triunvirato@triunvirato.com.br] Milla de Souza Rua México, 31, grupo 1404 - Centro Fone/fax: (21) 2533-3121/2524-2757/2533-1601 20031-144 - Rio de Janeiro - RJ Brasília [jcz@forumci.com.br] Ulysses C. B. Cava SETVS - Quadra 701 - Centro Empresarial Bloco C, cj. 330 Fone: (61) 314-1541 70140-907 - Brasília - DF Paraná [merconet@onda.com.br] Ricardo Takiguti Rua Joaquim da Costa Ribeiro, 507 A - Atuba Fone: (41) 367-4388 82840-190 - Curitiba - PR Rio Grande do Sul [aguiar.com@terra.com.br] Flávia Aguiar/Guia Comunicação e Marketing LTDA Rua Correa Lima, 1488 – Sala 502 – Santa Tereza 90850-250 – Porto Alegre – RS Fone: (51) 3235 3239 Cel.: 9965 4262 Fax: 3233-0215 Ceará [dilerportela@wettor.com.br] Dilermando Portela Av. Luciano Carneiro, 99 - Bairro Fátima Fones: (85) 433-3989/99697312 60410-690 - Fortaleza - CE Pernambuco [hmconsultoria@hmconsultoria.com.br] Hamilton Marcondes Rua Ribeiro de Brito, 1111, cj. 605 - Boa Viagem Fone: (81) 3327-3384/3327-9430 51021-310 - Recife - PE Assinaturas Serviço de atendimento ao assinante Diretora: Clementina P. da Silva Gerente: Luzia Correa Weiss Fone: 0800 48 0004 [assine@empreendedor.com.br] Produção gráfica Impressão e acabamento: Coan Gráfica Editora CtP Distribuição: Fernando Chinaglia S.A. (São Paulo) Empreendedor.com http://www.empreendedor.com.br

ANER

Outubro/2002

edição 10

Entrevista Descartes de Souza Teixeira, presidente do Instituto de Tecnologia de Software, analisa o mercado de informática e explica por que acredita na criatividade das empresas brasileiras para abrir novos mercados aqui e no exterior.

Capa

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Muitas empresas perdem boas oportunidades simplesmente porque deixam de desenvolver ações eficazes de marketing, sob o pretexto de não ter recursos para tanto. Mas nos últimos anos diversas ferramentas de marketing estão deixando de ser algo inacessível para empresas de menor porte. Especialistas apontam formas alternativas de viabilizar ações de menor custo, mas de grande resultado.

Especial O Movimento Brasil Competitivo, em parceria com o Sebrae, lançou recentemente a Rede de Cooperação Brasil+. A proposta principal do projeto é estimular o empresariado a desenvolver uma espécie de cultura da competitividade.

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DIVULGAÇÃO

Diretor-Editor Acari Amorim [acari@empreendedor.com.br] Diretor de Marketing e Comercialização José Lamonica [joselamonica@uol.com.br]

Nesta

ARQUIVO EMPREENDEDOR

A revista Empreendedor é uma publicação da Editora Empreendedor


Mercado

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DIVULGAÇÃO

Um novo negócio, que mistura tecnologia e diversão, está indo de vento em popa no mercado de franchising. Trata-se das Lan Houses, que têm em seu público aficcionados por jogos de computador como um forte atrativo. Leia também as notícias do mercado, o espaço da ABF e a coluna Franco Franquia.

GUIA DO EMPREENDEDOR

TENDÊNCIAS

Pelas projeções, o Brasil tem tudo para se transformar em um dos principais pólos de exploração e produção de petróleo do mundo. Mas antes é preciso superar algumas incertezas existentes no mercado.

TENDÊNCIAS

Suplemento

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Produtos e Serviços ................... 72 Do Lado da Lei ........................... 74

SEGURANÇA

FRANQUIA TOTAL

Leitura ........................................ 76 Indicadores ................................. 81 Agenda ....................................... 82

LEIA TAMBÉM Cartas ................................. 6 Empreendedores ........................ 14 Não Durma no Ponto ..................... 18 Sua Opinião ............................ 30

NOVIDADES

Análise Setorial ......................... 80

A volta do olho no olho O contato direto, cara a cara, olho no olho, está voltando a ser valorizado no meio corporativo depois da moda da gestão virtual.

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O fim do estrelismo gerencial A sucessão de escândalos em grandes multinacionais e a queda dos lucros reais estão mudando as relações entre gerentes e acionistas.

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Como evitar a espionagem eletrônica A internet nunca foi e nem será 100% segura em matéria de privacidade. Por isso, você e sua empresa devem tomar algumas precauções básicas.

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A moda dos business blogs Depois de virar mania entre os fanáticos por internet, os weblogs, ou simplesmente blogs, estão chegando aos negócios.

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reportagem de capa desta edição pretende ajudar o leitor a esclarecer muitas questões referentes ao uso de ferramentas de marketing. Ou melhor, desfazer uma possível visão distorcida sobre o uso dessas ferramentas, tão importantes para a sobrevivência e o crescimento de uma empresa. Quando decidimos por essa pauta, tínhamos como propósito inicial esclarecer, mas também foi nosso objetivo provocar os empreendedores que deixam de aplicar ações de marketing sob o pretexto de que os custos são muito altos. Por isso a chamada de capa “Chega de miopia” e o título da reportagem “Do tamanho do bolso”. Sim, todos sabem que evitar novos custos é mais do que uma estratégia; é uma verdadeira palavra de ordem. Mas deixando o marketing de lado o empreendedor pode estar deixando de lado também boas oportunidades de negócios. Assim, ao ler as dicas e opiniões dos especialistas entrevistados pelo repórter Lúcio Lambranho, esperamos que o leitor sinta-se motivado a rever sua visão e a colocar a criatividade para trabalhar, dentro das margens de investimento que seu negócio pode suportar. Confira a partir da página 20. E não deixe de acompanhar também nesta edição o encarte especial Meu Negócio. Trata-se de uma iniciativa da Editora Empreendedor que conta com o apoio institucional do Sebrae e da Associação Brasileira de Franchising. O encarte contém informações para quem está querendo abrir ou acabou de inaugurar seu próprio negócio. Por isso mesmo, traz dicas sobre o comportamento do empreendedor, além de noções de planejamento e gestão e oportunidades de negócios. Não deixe de ler.

2002

do

Editor

Cartas

Outubro – Empreendedor

Cachaça Inicialmente quero parabenizálos pelo excelente trabalho da revista Empreendedor. Gostaria de sugerir a vocês a produção de uma reportagem sobre a produção de cachaça no Brasil. Tenho grande interesse por esse negócio, apesar de ainda não ter tido a oportunidade de montar minha própria empresa. Luiz Corrêa Pereira Belo Horizonte – MG

Luiz, Sua sugestão está anotada. Aproveitamos para convidá-lo a ler o encarte especial Meu Negócio, que é parte dessa edição da Empreendedor e que é direcionado justamente para pessoas como você, com grande interesse em ser o seu próprio patrão.

Metisa Cumprimentamos a equipe da Empreendedor pela qualidade da revista e especialmente dos assuntos veiculados, responsáveis pela atualização técnico-econômica de seus leitores. Em especial, a matéria sobre nossa companhia, a Metisa (edição nº 95, setembro de 2002) com ênfase para a formação e o conteúdo da escrita e a excelente qualidade e arte das fotos. Engº Edvaldo Angelo

Diretor-Presidente da Metisa Timbó – SC

Pioneiros Sou estudante de Administração e gostaria de saber se há uma edição dos Maiores Empreendedores

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Pioneiros da Região Norte, especificamente Rondônia, pois é onde resido. Ficarei muito agradecida se for atendida. Reginalda S. Neves

reginalda.neves@saint-gobain.com Reginalda, Ainda não produzimos nenhuma publicação específica sobre o tema levantado por você. De qualquer forma, sua solicitação está anotada.

Gestão de empresas Gostaria de saber se vocês poderiam me enviar informações sobre gestão de pequenas empresas. Sou estudante de Administração e pretendo me especializar nessa área. Olívia Araújo

Florianópolis – SC Olívia, O que você pode fazer é acessar os arquivos da revista no site www.empreendedor.com.br, com atenção especial para os textos da seção Empresa Ágil.

Correção O telefone de contato da empresa Atlam, publicado na seção Empreendedores da edição nº 95 (setembro de 2002) está errado. O certo é (11) 552-4820. Na seção Jovem S.A. da mesma edição, o telefone de contato com o criador de avestruz Alexandre Calfat é (11) 3817-5668.


de Empreendedor para

Empreendedor Assinaturas

Empreendedorismo Sou estudante do curso de Ciências da Computação e agora em nosso currículo consta a matéria de Empreendedorismo. Estou necessitando fazer um trabalho sobre temas específicos: “Empreendedorismo”, “Empreendedorismo no Brasil” e “Incubadoras”. Tenho achado na internet temas muito genéricos e muito “lixo”, problemas comuns na rede. Será que vocês poderiam me disponibilizar algum material para esse meu trabalho, me passando por e-mail, ou alguma outra forma? Assim terei certeza de estar passando para o trabalho um material sério de uma organização séria como a de vocês. Ficaria totalmente grato com a sua atenção ou apenas uma resposta ao meu contato. Fábio Ferreira Batista

fabio@tecway.com.br

Fábio, Com relação à sua solitação sobre material a respeito de Empreendedorismo, sugerimos que você acesse o conteúdo da revista Empreendedor no site www.empreendedor.com.br. Em especial, procure as reportagens de capa das edições nº 87 (janeiro de 2002) e nº 93 (julho de 2002). A primeira trata de incubadoras de empresas, e a segunda, da importância da ousadia no processo de empreender um negócio. Além disso, também aconselhamos que você acesse as edições da Empreendedor dos meses de dezembro, quando publicamos um perfil dos dez empreendedores de melhor desempenho no ano.

Empreendedorismo e franquia Sou um novo assinante desta excelente revista, ainda mais para mim, que sou universitário em conclusão de curso, fazendo uma monografia a respeito do trabalho informal com o seguinte tema: “Da informalidade ao pequeno empresário: por que não seguir este caminho?”. Vou dedicar um capítulo fazendo uma comparação da constituição da micro e pequena empresa X franquia. Gostaria de receber, mesmo por email ou correio, o Guia Oficial de Fran-

quias ou quais os passos necessários para montar uma franquia. Fábio Calsolari

fabio.calsolari@repom.com.br Fábio, O ideal é que você procure o Guia Oficial de Franquias nas principais bancas da sua cidade. Ou então entre em contato com nosso Departamento de Circulação e Assinaturas, através do e-mail assine@empreendedor.com.br ou do tool-free 0800 48 0004.

CEDOC

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Correspondência As cartas para as revistas Empreendedor, Jovem Empreendedor, Dirigente Lojista, Cartaz, Guia Empreendedor Rural e Guia de Franquias, publicações da Editora Empreendedor, podem ser enviadas para qualquer um dos endereços abaixo: São Paulo: Rua Sabará, 566 - cj. 92 CEP 01239-010 - São Paulo - SP Rio de Janeiro: Rua México, 31 - cj.1404 CEP 20031-144 - Rio de Janeiro - RJ Brasília: SETVS - Quadra 701 - Centro Empresarial - Bloco C - cj. 330 CEP 70140-907 - Brasília - DF Rio Grande do Sul: Rua Correa Lima, 1488 – Sala 502 – Santa Tereza – 90850-250 – Porto Alegre – RS Santa Catarina: Av. Osmar Cunha, 183 Bloco C - cj. 902 CEP 88015-900 - Florianópolis - SC Paraná: Rua Joaquim da Costa Ribeiro, 507 A, Atuba CEP 82840-190 - Curitiba - PR Ceará: Av. Luciano Carneiro, 99 - Bairro Fátima - 60410-690 - Fortaleza - CE Pernambuco: Rua Ribeiro Brito, 1111, cj. 605 - Boa Viagem CEP 51021-310 - Recife - PE Os artigos deverão conter nome completo, assinatura, telefone e RG do autor, e estarão sujeitos, em função do espaço, aos ajustes que os editores julgarem necessários.

Anúncios Para anunciar em qualquer publicação da Editora Empreendedor ligue: São Paulo: (11) 3214-5938/3822-0412 Rio de Janeiro: (21) 2533-3121/2524-2757 Brasília: (61) 314-1541 Curitiba: (41)356-8139/merconet@onda.com.br Porto Alegre: (51) 3334-4054 Florianópolis: (48) 224-4441 Fortaleza: (85) 433-3989 Recife: (81) 3327-9430

Reprints editoriais É possível solicitar reimpressões de reportagens das revistas da Editora Empreendedor (mínimo de 1.000 unidades)

Internet Anote nossos endereços na grande rede: http://www.empreendedor.com.br redacao@empreendedor.com.br

Empreendedor – Outubro

2002

Já está em funcionamento o Centro de Documentação (CEDOC) da Editora Empreendedor, que disponibiliza aos interessados fotos e ilustrações que compõem o nosso banco de dados. Para mais informações, favor entrar contato com Ivone Zanatta, pelos telefones (48) 224-4441 e 0800 48 0004, ou por e-mail [ivone@empreendedor.com.br].

Para assinar a revista Empreendedor ou solicitar os serviços ao assinante, ligue 0800 48 0004. O valor da assinatura anual (12 edições mensais) é de R$ 72. Aproveite a promoção especial e receba um desconto de 16,7%, pagando somente R$ 60. Estamos à sua disposição de segunda a sexta-feira, das 8 às 18h30min. Se preferir, faça sua solicitação de assinatura pela internet. O endereço é www.empreendedor.com.br ou pelo e-mail assine@empreendedor.com.br.




Entr vist por

Fábio Mayer

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Descartes de Souza Teixeira

com

Dogma de

2002

LINHA DIRETA: KAREN KORNILOVICZ mlp.karen@uol.com.br

Descartes de Souza Teixeira, presidente do Instituto de Tecnologia de Software, acredita piamente na criatividade das empresas brasileiras para conquistar mais espaço tanto no mercado interno quanto no externo O ponto essencial para a indústria de software desenvolver programas bem-sucedidos no mercado é a criatividade. É nisso em que acredita Descartes de Souza Teixeira, diretor-executivo do Instituto de Tecnologia de Software (ITS). Esse também é, segundo ele, o diferencial dos programas que são produzidos no Brasil. “Acredito que as propostas das empresas nacionais são aplicáveis em qualquer mercado, porque são criativas. O brasileiro tem capacidade de adaptar-se facilmente a diversas situações do mercado global e produzir bons softwares. Esse é o nosso dogma de fé”, afirma. Nesta entrevista o diretor-executivo do ITS aponta as principais características dos empreendedores do setor de software no Brasil, quanto movimentam no mercado interno, como a indústria brasileira é vista no cenário global. Além disso, mostra o que já está sendo feito para aumentar a produção nacional de software, assim como explica o papel fundamental da micro e pequena empresa para o desenvolvimento do setor no país e no mundo. Ele conta também sobre a missão comercial de empresas de software aos Estados Unidos. Empreendedor – Qual é a representatividade da indústria brasileira de software no mercado Outubro – Empreendedor

internacional e como ela é vista no cenário global?

Descartes de Souza Teixeira – O Brasil representa 1% do mercado mundial. O resultado de uma pesquisa feita, através da internet no mundo todo, para perceber qual era a visibilidade que especialistas do setor de TI tinham a respeito de produtos brasileiros mostrou que o país é pouco conhecido nesse setor. Mas alguns profissionais, em torno de 1% dos que responderam à consulta, revelaram o seguinte: o Brasil é reconhecido como excelência na aplicação da informática nas áreas bancária e de automação industrial. Empreendedor – Quais são as principais características dos empreendedores desse setor no Brasil?

Descartes – Existem empreendedores tradicionais de empresas já estabelecidas que estão no mercado já algum tempo. Mas, nos últimos cinco anos, com o advento da internet também proliferaram novos empreendedores, a maioria dos quais técnicos de primeira linha, profissionais de alto gabarito, bem formados e que conhecem e dominam a tecnologia. Entretanto, a maioria deles ainda carece de uma formação adicional na área do empreendimento em si, na organização de sua empresa, na área de

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business, na de marketing, na de gerenciamento de seus projetos e na de finanças. Empreendedor – Com esse perfil, uma maneira de os empreendedores ajudarem a aumentar o capital social no país é apostarem na internet?

Descartes – Sim, hoje ninguém pode estar fora dela. O motivo é muito simples. A própria ferramenta chamada internet é que facilita o crescimento das interrelações, da estruturação de networkings de interesse comum de empresas como a e-colaboration, o ebusiness, enfim todas essas sub-redes que estão surgindo e proliferando no mercado. O que significa dizer: a estruturação do capital social vem acontecendo maciçamente com os segmentos, não só na área de negócios, mas na acadêmica, na de pesquisa, na financeira e em diversos setores da atividade humana. O próprio florescimento da indústria de prestação de serviços via Web facilita e favorece o crescimento nesses segmentos do capital social do país. Atualmente, está surgindo uma preocupação maior pela responsabilidade social nas empresas. Então, acredito que os empreendimentos nessa área estão favorecendo cada vez mais uma nova estruturação da sociedade como um todo.


( ) Diretor-executivo Diretor-executivo do do ITS Instituto de Tecnologia de Software (ITS)

Descartes – Estamos ainda no começo. Por enquanto, o ITS está promovendo cursos de formação, de reciclagem e de capacitação profissional na área de informática para os familiares de mais de 120 crianças de uma creche mantida por uma ONG de São Paulo. Esse é o primeiro programa que estamos fazendo, mas embora incipiente é um embrião de um empreendimento muito maior que o instituto está planejando. Também neste ano iremos sensibilizar as empresas associadas ao ITS a fazerem o mesmo, ou então para que nos ajudem a promover um programa mais abrangente.

Por isso, estamos trabalhando muito para fortalecer nossas empresas e favorecer que o próprio país consuma cada vez mais produtos e serviços nacionais. Empreendedor – O que pode ou o que já está sendo feito para aumentar essa produção brasileira de software?

Descartes – Massificar e incentivar a formação de novas empresas, novos empreendedores e estimulá-los. Este é um ponto absolutamente essencial: a criação de novas empresas e o fomento ao conceito e à cultura do empreendedorismo. É bem verdade que nem todas irão sobreviver. Isso é como um processo seletivo: algumas morrem,

Empreendedor – Quanto o mercado de software movimenta no Brasil? Em relação a ou“Nos últimos tros países, como anos, com o está essa produção nacional? advento da

outras crescem e se reproduzem. Então, o papel das incubadoras e aceleradoras de empresas para a criação de novos empreendimentos é fundamental para o país, e elas estão proliferando. Hoje, já temos mais de 150 incubadoras de empresas de base tecnológica no Brasil. Não há dúvida de que, dentro de dez anos, desses empreendimentos vão surgir novos produtos e serviços. Empreendedor – Qual é a parcela que os sof twares livres (GNU) ocupam no mercado?

Descartes – Ainda ocupam uma parcela pequena por conta das empresas que produzem os softwares “proprietários”, que têm uma força mercadológica muito maior do que a dos softwares DIVULGAÇÃO

Empreendedor – Qual a participação do ITS em projetos de inclusão digital?

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2002 2002

Descartes – A internet, também empresa brasileira deve estar beirando proliferaram novos R$ 1 bilhão, em torno empreendedores, a de 0,3% do faturamento mundial. Já a maioria dos quais produção nacional está abaixo de 30% do técnicos de consumo dos merprimeira linha, cados. Os produtos e serviços que são coprofissionais de mercializados hoje no alto gabarito, bem mercado interno, na sua maioria, são forformados e que necidos por empresas conhecem e dominam estrangeiras. E isso não é muito diferente a tecnologia” de outros países de mesma categoria que o Brasil. Mas em países mais avançados, por exemplo os europeus, a participação das empresas locais é um pouco maior. Empreendedor – Setembro Empreendedor – Outubro


Entr vist por

Fábio Mayer

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Descartes de Souza Teixeira

com

“As micro e pequenas empresas devem estar dominando 80% do setor de software nacional e não têm mais do que 20 funcionários”

livres. Mas há um movimento cada vez mais forte para divulgação dos produtos baseados em software livre no mercado nacional. Então, a tendência é crescer. Empreendedor – Os softwares livres (GNU) estão complementando esse mercado?

Descartes – Acredito que sim. O próprio mercado consumidor é que vai se dar conta dos valores, das vantagens de ter um produto baseado em software livre versus um produto baseado em software proprietário. A grande vantagem do software livre é a pesquisa e desenvolvimento de novas gerações de produtos. As pessoas têm acesso ao códigofonte, que é o âmago do produto, e podem fazer modificações e desenvolver novas versões. Já a vantagem de se trabalhar com um produto proprietário é a de que o usuário pode contar com a infra-estrutura, o suporte e os treinamentos que são normalmente fornecidos pelas empresas. O cenário é este: o próprio mercado vai se direcionar.

2002

Empreendedor – De acordo com dados do IBGE e do Sebrae divulgados no ano passado, as micro e pequenas empresas representam 98% dos empreendimentos brasileiros, 60% da foça de trabalho e 20% do PIB. Qual é a participação delas no mercado de software?

Descartes – As micro e pequenas empresas devem estar dominando 80% Outubro – Empreendedor

do setor de software nacional e não têm mais do que 20 funcionários. Empreendedor – Em países da Europa e nos EUA o setor também é fundamentado nas micro e pequenas empresas?

Descartes – Elas são muito importantes. Em todos os países analisados a maior parte dos players locais é formado por empresas de micro e pequeno porte. Não estou dizendo que elas estão dominando o mercado global. O mercado global ainda tem os grandes players. Mas as empresas do setor de TI que estão nascendo agora são todas de pequeno e médio porte e atendem o mercado nacional e global. É claro que o porte das empresas dos EUA, por exemplo, não pode ser comparado com o das brasileiras. Mas o conceito básico, o comparativo de uma empresa de grande porte com a de micro e pequeno porte nesse país é o mesmo. Na Europa em 1992, de um total de 15 mil companhias de uma mostra, 13 mil delas eram micro e pequenas empresas, conforme dados do Parlamento Europeu de 1997, publicados nos EUA em junho de 2001 no livro Global E-commerce Strategies for Small Businesses, do doutor Eduardo Moreira da Costa (chairman da empresa de consultoria NEST-Boston, nos EUA). Empreendedor – Muitas empresas brasileiras desenvolvem sistemas para companhias estrangeiras, principalmente as norte-americanas. Quantas empresas nacionais, em média, participam desse mercado?

Descartes – Não temos essa estatística. Mas existem alguns casos isolados de empresas bem-sucedidas de pequeno porte daqui que estão fornecendo sistemas para empresas americanas e européias. Empreendedor – Esse é um bom mercado para novos empreendedores?

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Descartes – Sem dúvida é um ótimo mercado. Os empreendedores estão apostando nisso. Mesmo os de micro e pequenas empresas já estão se aventurando no mercado global por conta disso. Empreendedor – O Brasil vai participar de uma missão comercial nos EUA voltada à promoção de negócios entre empresas de TI dos dois países. Qual é a importância desse evento?

Descartes – Desde que eu saiba, é a primeira tentativa feita junto ao mercado americano e conta com o apoio e o suporte local da embaixada brasileira. A idéia é causar uma ótima impressão no governo americano e também nos empresários, associações de empresas e entidade de classe da região norte da Virgínia (local do evento), terceiro pólo de informática dos EUA. Então, por esse fato e dada a natureza do evento, esperamos um bom resultado, já que estamos levando empresas líderes no setor. Empreendedor – De que forma seria essa parceria?

Descartes – Espero parceria de toda natureza. Parceria formada não entre países, mas entre as empresas que lá estarão. A gente está levando empresas daqui, líderes nos seus respectivos setores, e esperamos que lá elas encontrem parceiros potenciais. Empreendedor – Quais são as perspectivas desse mercado?

Descartes – É um mercado que vai continuar crescendo. A economia não está crescendo tanto quanto se esperava, a despeito que estamos vivendo um momento no mundo de uma certa recessão, e a economia americana está dando sinais de instabilidade momentânea. Esse mercado já teve taxas de crescimento mundiais superiores a 10% anual, e hoje caiu um pouco. Mas cremos que vai continuar crescendo.


( ) Diretor-executivo Diretor-executivo do do ITS Instituto de Tecnologia de Software (ITS)

2002 2002

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Empreendedor – Setembro Empreendedor – Outubro


“Sem desvio da norma ” o progresso não é possível” (F rank Zapp a, músico ) (Fr Zappa,

Ajinomoto Julio Miyamoto

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DIVULGAÇÃO

Demanda motiva investimentos A Ajinomoto Animal Nutrition, uma das líderes mundiais na fabricação de lisina, importante matéria-prima para a formulação de ração para aves e suínos, vai investir no aumento da sua produção. Por conta do rápido crescimento da demanda em todo o mundo, a empresa irá ampliar a sua produção e tem como meta chegar a 300 mil toneladas até 2005. No Brasil, a empresa investirá cerca de US$ 25 milhões, visando dobrar o volume nos próximos dois anos. A Ajinomoto Biolatina, com sua fábrica localizada em Valparaíso, interior de São Paulo, aumentará, até setembro de 2003, sua produção para 48 mil toneladas, e o projeto será concluído até final de 2004, quando a empresa atingirá a marca de 60 mil toneladas. O Brasil, responsável pelo fornecimento do produto para o mercado interno e a América Latina, é um dos principais focos do grupo. Segundo Julio Miyamoto, conselheiro administrativo da Ajinomoto, o Brasil tem uma posição estratégica dentro desse plano de expansão. O país está entre as mais importantes unidades de produção e exportação do grupo, e o consumo tanto externo quanto na América Latina dobrou nos últimos cinco anos. “Esperamos crescimento médio entre 15% e 20% ao ano no Brasil e na América Latina nos próximos anos”, diz o empreendedor. 0800 70 49039 Outubro – Empreendedor

Universal Preletri Daucir Taufer

Inovação constante A Universal Preletri, empresa especializada na fabricação de reatores para iluminação, transformadores e adaptadores, é um exemplo de que a diversificação dos produtos pode proporcionar negócios bem-sucedidos. Fundada em 1945, produzia anteriormente instrumentos musicais – os acordeões Universal. Percebendo uma demanda em potencial, os acionistas decidiram em 1971 mudar a estratégia e apostar no mercado de materiais elétricos e eletrônicos. Atualmente, a Universal Preletri é uma das maiores empresas do ramo no país, com mais de 300 funcionários, e também exporta seus produtos para países do Mercosul. Conquistou no ano passado o Prêmio Abilux Empresarial de Design 2001 na categoria Inovação Tecnológica com os Reatores Adaptadores Preletri. Além disso, implantou o Certificado ISO 9001, padronizando processos, monitorando resultados e investindo no treinamento operacional. “O objetivo da empresa é dobrar o faturamento nos próximos anos e conquistar uma fatia maior do mercado brasileiro”, afirma Daucir Taufer, gerente de Engenharia de Produto. (54) 223-8599

TECNOLOGIA CERTIFICADA

ERP RESSUSCITA

A Fundação Casimiro Montenegro Filho (FCMF), organização sem fins lucrativos voltada ao apoio da inovação tecnológica, foi credenciada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia para a execução de atividades de pesquisa e desenvolvimento tecnológico na área de informática. O credenciamento complementa um ciclo iniciado com a recente instalação do Laboratório de Desenvolvimento Tecnológico (Labtec) da FCMF, no campus do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos. Isso cria a possibilidade de, ao lado de outros centros de excelência de ensino e pesquisa com os quais a Fundação mantém parceria, incrementar o repasse do conhecimento científico e tecnológico às empresas estimulado pela captação de recursos a partir de incentivos da Lei de Informática.

Morto e enterrado por grande parte dos consultores internacionais e até pela mídia, os sistemas de gestão empresarial (ERPs) ainda continuam sendo o principal investimento em TI por parte das pequenas e médias empresas no Brasil. A afirmação é de Eduardo Couto, diretor Comercial e de marketing da RM Sistemas, uma das principais empresas brasileiras de software. Couto informa que a RM Sistemas conquista em média cem novos clientes por mês, a grande maioria deles empresas que estão implantando ou substituindo seus sistemas de gestão empresarial. “O mercado permanece bastante aquecido”, diz ele. Prova disso são os números de RM Sistemas, que no primeiro semestre de 2002 apresentou crescimento de 39% em seu faturamento, atingindo R$ 33,7 milhões.

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DIVULGAÇÃO

“Tente não se tornar um homem de sucesso, mas sim um homem de valor” ( Albert Einstein )

D/Araújo

TCS Brasil César Castelli

União faz a força Para ter uma força de atendimento maior no mercado publicitário, o Grupo Loducca fechou um acordo de união com a agência catarinense D/Araújo. Inicialmente, a parceria não prevê troca de ações, mas amplia as fronteiras de atuação do grupo no Sul do país. A empresa, com sede em Florianópolis, agora tem o nome de D/Araújo Loducca, passando a prestar serviços a grandes clientes de Santa Catarina que têm projeção nacional como Eliane Revestimentos Cerâmicos e Döhler – Indústria Têxtil. “A união beneficia os clientes e o mercado como um todo”, afirma João Muniz, presidente do Grupo Loducca. Com o acordo, a D/Araújo Loducca também passará a atuar nas áreas de relações públicas, de marketing direto e no desenvolvimento de soluções para internet. “Atualmente a D/Araújo é a terceira maior agência publicitária no estado em faturamento. Agora, quer ser a primeira”, diz Daniel Araújo, presidente da empresa. (48) 234-8844

POTENCIAL MÓVEL

A Central American Bottling Corporation (CabCorp), engarrafador-âncora da PepsiCo na América Central e presente nos mercados da Guatemala, Honduras, El Salvador e Nicarágua, e a Companhia de Bebidas das Américas – AmBev, a maior cervejaria da América Latina e a quinta maior cervejaria do mundo, comunicam ao mercado a expectativa de formação de uma aliança para explorar o mercado cervejeiro centro-americano e caribenho. As companhias acreditam que a celebração do acordo possibilitará combinar as melhores práticas da AmBev em produção, marketing e vendas de cerveja com a eficiência da rede de distribuição e o know-how local da CabCorp, criando um forte competidor local. A nova companhia fortalecerá a CabCorp no competitivo mercado centro americano de bebidas e proverá a AmBev com um acesso rápido e de baixo risco à indústria cervejeira da região.

A mais recente pesquisa Mobinet, que entrevistou 6 mil usuários de telefonia móvel em 15 países, incluindo o Brasil, revela que 61% dos pesquisados conhecem o potencial oferecido pelos serviços de tecnologia móvel de terceira geração (3G). Porém, somente 29 % pretendem fazer o upgrade necessário para acessar a tecnologia. A pesquisa Mobinet é um esforço conjunto da consultoria A.T. Kearney, uma divisão da EDS, líder em serviços de TI, e o Judge Institute, a Escola de Administração de Empresas da Universidade de Cambridge (Inglaterra). No Brasil, a pesquisa Mobinet não é menos surpreendente. O potencial de desenvolvimento de serviços avançados de telefonia celular no país mostra-se elevado, já que apenas 21% dos entrevistados alegam acessar serviços de internet móvel, apesar de 36% desses mesmos entrevistados já possuírem aparelhos aptos a acessarem tais serviços, número próximo da média mundial (41%).

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O Grupo TBA e a multinacional indiana Tata Sons (grupo empresarial asiático com faturamento de US$ 11,3 bilhões em 2001) promoveram uma ação para formar uma joint venture para o desenvolvimento de softwares no Brasil. O investimento nesse negócio será de US$ 20 milhões, divididos em partes iguais para as duas empresas. Estima-se que a nova empresa, denominada TCS Brasil (Tata Consultancy Services), vá gerar, no primeiro ano de atividade, 200 empregos diretos para profissionais de TI. No quinto ano de operação, deverão estar empregadas 3 mil pessoas no Brasil. O presidente da joint venture, o uruguaio César Castelli, revela que a expectativa é de que, logo no primeiro ano fiscal, a TCS Brasil tenha um faturamento de US$ 18 milhões. “Vamos primar pela qualidade de Primeiro Mundo como vantagem competitiva para alcançarmos esta meta” comenta. O programa de qualificação já começou com a transferência de conhecimento entre indianos e brasileiros. Vinte profissionais da TBA já estão em treinamento na sede da Tata na Índia. O primeiro centro de desenvolvimento de software da TCS Brasil será montado em Brasília. (11) 3141-1740 Empreendedor – Outubro

2002

PARCERIA CERVEJEIRA

Brasileiros e indianos firmam parceria

DIVULGAÇÃO

Daniel Araújo


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Jovem S.A. por Lúcio Lambranho lucio@empreendedor.com.br

Educação para empreender O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Ministério da Educação, Cultura e Desportos (MEC) fecharam acordo de cooperação que vai levar educação empreendedora para aproximadamente 300 mil professores do ensino médio brasileiro – setor que concentra 8 milhões de alunos e 18 mil escolas, sendo 13 mil públicas e 5 mil privadas, com 400 mil funções docentes. O anúncio foi feito durante teleconferência na unidade do Sebrae em Natal. De acordo com Sérgio Moreira (foto), presidente do Sebrae, o desafio é levar a cultura empreendedora para esses

professores, no sentido de que eles sejam multiplicadores do processo, sendo parte por educação à distância e outra em salas de aula. Para chegar até a consolidação do programa, o Sebrae realizou, durante os últimos dois anos, um projeto piloto junto a 10 mil professores da rede dos Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets). Entre os resultados apresentados ao final do projeto nos Cefets está a formação de incubadoras de empresas multisetoriais e agências de empreendedorismo. “A proposta do Sebrae hoje não é mais de aplicar seus produtos, mas buscar uma rede de par-

ceiros para a execução dos projetos. O Sebrae fica no papel da articulação, e o MEC é um dos nossos grandes parceiros”, afirma Moreira.

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Gustavo Bizelli (foto), publicitário que nos últimos cinco anos morou e trabalhou em Curitiba, atuando nas agências de propaganda Z.Ogilvy e Master Comunicação, recebeu o Merit Scholarship Reward. O prêmio é concedido pela Universidade da Califórnia, que escolhe os projetos de marketing mais inovadores desenvolvidos no curso de extensão em Marketing. Foram ao todo cinco projetos apresentados para um júri de três profissionais de marketing de empresas de Outubro – Empreendedor

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BRASILEIRO BOM DE MARKETING destaque do mercado. Segundo Ingrid Bowman, membro da equipe de professores da unidade de Programas Internacionais, o júri escolhe o vencedor a partir de duas avaliações: o plano escrito apresentado uma semana antes da apresentação e a própria apresentação oral. Os critérios observados pelos juízes são a viabilidade do projeto, a organização, a criatividade, a inovação, a efetividade da proposta. O projeto de marketing do brasi-

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leiro é a proposta para o lançamento de uma academia de ginástica especializada em pessoas obesas, batizada de Great Gym. “Nossa proposta foi desenvolver um novo conceito de academia, onde as pessoas obesas pudessem se exercitar sem sentimentos de inferioridade”, explica o jovem marketeiro. A proposta mostrou dados da alarmante situação da obesidade nos EUA. Atualmente, 54% dos americanos estão acima do peso e 20% são considerados obesos. Como prêmio, Gustavo Bizelli recebeu uma bolsa para continuar os estudos na Universidade da Califórnia. Segundo ele, “o mais importante é ver que nós, brasileiros, somos capazes de


www.turmadochiquinho.com.br

O maior objetivo do projeto, segundo o presidente do Sebrae, “é fazer com que o aluno, ao sair da escola, esteja preparado para enfrentar o mercado de trabalho, e que assuma também um comportamento e características empreendedoras, como autonomia, flexibilidade e pró-atividade”. A metodologia a ser usada, segundo Ênio Pinto, gerente nacional de Educação Empreendedora do Sebrae, será através de disciplinas transversais e transdisciplinares, colocando conceitos de empreendedorismo em Matemática, Português, Biologia e Geografia. “Sempre de olho nos conceitos de qualidade, no risco calculado, na autoconfiança. Nossa preocupação não é inventar a roda, mas pegar carona em iniciativas de sucesso”, finaliza.

competir de igual para igual com talentos de outros países, muitos deles economicamente mais desenvolvidos que o nosso”. A Universidade da Califórnia, campus de Santa Bárbara, oferece cursos de extensão em Marketing e Global Business para estudantes internacionais, bem como cursos de inglês para estudantes e profissionais em níveis intermediários e avançados (www.ip.ucsb.ecu).

Idéias inovadoras para educação empresarial sempre são bem-vindas, principalmente para o público infantojuvenil, para quem existem raras ações no Brasil. O Portal Turma do Chiquinho (www.turmadochiquinho .com.br), produzido pela TV1.Com, no canal “Mundo do Dinheiro”, traz como nova atração a “Loja de Games”. Patrocinado pela Visa do Brasil, o projeto permite que o internauta monte e administre uma loja, desde a escolha do ponto-de-venda, compra dos produtos e determinação de preços até pagamentos de salários dos funcionários e impostos. A atração “Loja de Games” faz parte da seção “Jogos” e para conhecê-la é só se cadastrar no site e obter o seu cartão de crédito virtual. Os créditos disponíveis no cartão do internauta podem ser gastos também na compra de diversos outros produtos na loja do site. Ao acessar o jogo “Loja de Games” o usuário recebe uma herança de R$ 100 mil e já pode começar a montar o seu negócio. O primeiro passo é a escolha do ponto-devenda e a compra da loja, e a partir de então começa a brincadeira. O grande diferencial desse jogo, segundo os produtores da TV1, é que o internauta tem como desafio administrar uma loja em uma simulação com todos os elementos que fazem parte de um ambiente de negócios. Brincando, a garotada vai exercitando as melhores formas de escolher o fornecedor, estipular o preço de acordo com a concorrência, efetuar o pagamento dos funcionários e das contas, como luz e impostos. Para fazer a con-

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tabilidade e analisar os lucros, ou seja, para o internauta saber se a loja está indo bem, basta encerrar o expediente. O canal “Mundo do Dinheiro” tem como objetivo mostrar ao público infanto-juvenil os diversos aspectos da economia e finanças, através de entretenimento como jogos, curiosidades, simulações de compra com cartão de crédito e um túnel do tempo contando a história do dinheiro no mundo. No ar desde abril de 2001, a “Turma do Chiquinho” tem como público internautas entre 6 e 12 anos. O site combina entretenimento e educação de forma diferenciada no Brasil, através da aplicação do conceito de edutainement, introduzindo uma série de personagens desenvolvidos especialmente para a internet. A concepção visual dos personagens ficou a cargo de Céu d’Elia, um conceituado designer de animação do Brasil, com passagens pela Disney International e pela Amblin, a produtora de Steven Spielberg. A “Turma do Chiquinho” já faz parte da TV interativa da SKY, maior operadora latino-americana de serviços de TV por assinatura digital por satélite Direct-To-Home (DTH), com mais de 800 mil assinantes. www.tv1.com.br Empreendedor – Outubro

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Para falar com Gustavo Bizelli e obter mais informações sobre o projeto Great Gym escreva para gusbizelli@aol.com.

Turma do Cofrinho


por Roberto Adami Tranjan

Nãono durma ponto

Educador da Cempre – Conhecimento & Educação Empresarial

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Conversando e aprendendo

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LINHA DIRETA: (11) 3873-1953 • www.cempre.net • roberto.tranjan@cempre.net

“N

ós reagimos à nossa imagem do mundo e não ao mundo.” Está aí uma grande verdade. Agimos e reagimos conforme as imagens que construímos em nossas mentes. Junte a essa frase uma outra muito conhecida: “Conhece-te a ti mesmo”. Seus primórdios remetem ao filósofo grego Sócrates e à sabedoria do Oráculo de Delfos. Pois bem! Filosofias à parte, quero compartilhar com o leitor duas constatações: 1a) as empresas não se conhecem; 2a) as pessoas possuem imagens mentais diferentes do negócio em que estão supostamente contribuindo. Talvez o leitor não tenha se dado conta, mas dezenas ou centenas de pessoas trabalham todos os dias no mesmo endereço e sob o mesmo teto com imagens diferentes do negócio em que estão inseridas. Faça você mesmo o teste. Pergunte aos gerentes e funcionários em qual negócio a empresa está e você ouvirá, entre o espanto e a indignação, respostas diferentes e algumas profundamente equivocadas. Conclusão: uma empresa típica é formada por uma legião de gente trabalhando arduamente para propósitos diferentes. Pasme ainda mais: compreendem os clientes e suas necessidades de forma diferenciada. Como uma empresa pode dar certo se cada um coloca os seus Outubro – Empreendedor

esforços e atenções em focos diferentes e até mesmo antagônicos? Se quiser ficar com mais pulgas atrás da orelha, tente perguntar para alguns de seus clientes e ouvirá novas e estranhas respostas. Você ficará indignado em reconhecer que a empresa que tem na cabeça representada

“Uma organização que conhece a si mesma consegue tirar o máximo de si e contribuir ao máximo com o mercado. Mas quantas empresas conhecem a si mesmas? Poucas, pelo que tenho notado” pelos produtos ou serviços que coloca no mercado é diferente da empresa que seus clientes têm na cabeça quando fazem negócios com você. Verdade nua e crua: a grande maioria das empresas não sabe o que vende e a grande maioria das pessoas não sabe o que compra. É claro que esse imenso desen-

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contro entre o que as empresas ofertam e o que as pessoas demandam explica grande parte dos insucessos empresariais: lançamentos desastrosos de novos produtos; baixa resposta por parte do mercado; necessidades de conceder descontos ou reduzir os preços; recompensas financeiras aquém do esperado. O fato é que existe muito desconhecimento nas organizações e essa danosa ignorância é decorrente da pouca conversação e aprendizado. Uma organização que conhece a si mesma consegue tirar o máximo de si e contribuir ao máximo com o mercado. Mas quantas empresas conhecem a si mesmas? Poucas, pelo que tenho notado. No afã de buscar resultados e bater as metas, todos estão atarefados até o pescoço e estressados o suficiente para pensar, ter idéias, compartilhar percepções, empreender e enxergar o que está, muitas vezes, abaixo do nariz. Pois bem! Certamente você não quer uma empresa ignorante e o antídoto contra a ignorância é o conhecimento. Abra um espaço na agenda atribulada e reúna a sua equipe para um bom bate-bola sobre algumas questões cruciais para que todos tenham uma boa compreensão do negócio da empresa. Lance algumas questões para discussão tais como: J no que somos bons?; J o que sabemos fazer melhor?;


J o que nos destaca da concorrência?; J o que nos torna únicos? A busca dessas respostas ajudará a definir a competência essencial da empresa. Aquilo que traduz melhor o conjunto de conhecimentos e habilidades das pessoas na sua empresa (aliás, você conhece o conjunto de conhecimentos e habilidades das pessoas que trabalham com você?). É claro que essa competência essencial existe para servir para alguma coisa. A sua contrapartida é criar diferenciais competitivos para atuar no mercado. As competências existem para gerar diferenciais. Esses diferenciais, no entanto, dependem das necessidades de um determinado conjunto de clientes. Novas questões devem ser colocadas em pauta: J qual é o conjunto de clientes que melhor sabemos atender?; J quem nos dá mais valor?; J com quem gostamos de fazer negócios?; J para quem, de fato, existimos? As respostas dessas questões remetem à definição do foco de atuação, da parcela do mercado que deverá ser atendida pela sua empresa. É possível que as necessidades dos clientes estejam além das competências essenciais de uma empresa. Não há nada de errado com isso. Está lançado o desafio: ampliar as competências para resolver os problemas dos clientes. É isso que faz uma empresa aprender e assim serão as empresas no futuro: organizações de

aprendizado. Ao final, tente concluir com a sua equipe algumas definições importantes: J em que foco a nossa empresa deverá atuar?; J qual deverá ser nossa definição de negócio?; J quais serão os nossos diferenciais competitivos?; J que imagem queremos construir?; J quais competências precisam ser mais bem aproveitadas?; J quais competências precisam ser aprimoradas ou desenvolvidas?; J em que tipo de negócio teremos orgulho de atuar? Lembre-se de que as pessoas não reagem ao mundo mas à imagem que fazem do mundo. Crie, junto a elas, uma imagem de boa qualidade da empresa, do negócio, do mercado, dos clientes e dos resultados pretendidos. Todas as decisões e ações serão decorrentes dessa imagem. Invista tempo nessas discussões! Envolva o máximo de pessoas da empresa. Você não estará perdendo tempo, pelo contrário, você estará fomentando o conhecimento, criando desafios, arejando e aguçando as curiosidades. E não se limite à sua equipe de trabalho. Convide também o cliente para participar de algumas discussões. Afinal, ele é o personagem principal dessa história, não é mesmo? Boas conversações e bons aprendizados!


(Capa

A visão de que as ferramentas de marketing são inacessíveis para empresas de menor porte está sendo desfeita. Agora, os empreendedores começam a enxergar formas alternativas de viabilizar ações de menor custo, mas de grande resultado

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por

Lúcio Lambranho

Do tamanho do bolso Outubro – Empreendedor

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e conta que muitos empresários gastam fortunas em campanhas publicitárias sem conhecer profundamente seus consumidores e sem se preocupar em ter qualquer diferencial de produto. “O resultado disso é uma completa dispersão de recursos. Acredito que muitos empresários desconhecem a necessidade de um planejamento estratégico completo e sério anterior a qualquer ação que tenha contato com o consumidor”, afirma. Para Alessandra, que passou três anos trabalhando com o Omo durante a “guerra” contra seu concorrente global, o sabão em pó Ariel da Procter & Gamble, marketing não é somente comunicação e propaganda. “Marketing é uma filosofia de negócio, que prioriza o consumidor e cria formas de como conquistar a sua preferência.” Alessandra Baronni, hoje na pele de uma empreendedora que atua na sua própria agência, a Design Absoluto, acredita que o plano de marketing ideal é aquele que atinge os objetivos estratégicos com menos recursos, no menor prazo possível. “Grandes mercados de massa onde há um nível altíssimo de concorrência demandam altos investimentos, pois não podem prescindir de uso contínuo de comunicação de massa. Entretanto, para pequenos e médios negócios, muitas vezes fazer marketing exige mais garra e sensibilidade do que dinheiro”, revela. Ela cita o exemplo de uma pequena loja, onde atender bem um cliente, com um sorriso simpático no rosto, é marketing. Isso, segundo ela, custa o mesmo que atender mal e não resta dúvida de que atendimento é uma ferramenta. “A melhor forma de fazer marketing com poucos recursos é criar um produto realmente excepcional, diEmpreendedor – Outubro

LINHA DIRETA: EMÍLIO CERRI NETO (48) 348-8443 . MARKETALL marketall@marketall.com.br . COPERNICUS www.copernicusmarketing.com

mento mais importante. Se ainda não entendeu, está pondo em alto risco o futuro do seu negócio”, afirma Emílio Cerri Neto, diretor da Marketall, consultoria especializada em marketing de relacionamento e Customer Experience Management. Para Cerri, um pequeno empreendedor varejista, por exemplo, está restrito a um bairro e por isso pode conduzir seu marketing de forma bastante individualizada porque é relativamente fácil identificar os clientes mais valiosos. Na mesma direção, ele lembra que a sua comunicação de marketing poderá ser feita por meio de mala direta e outros recursos de mídia dirigida de baixo custo. “A internet, por meio do e-mail marketing ou do ‘marketing viral’ (boca a boca pela internet), também pode ser bastante eficaz”, diz. Na direção oposta, segundo o especialista, o custo de entrada no mercado pode exigir bolsos profundos se a idéia do empreendedor é o confronto com o líder. “Se ele não tem os recursos, é melhor não tentar. Nesse caso é preferível ser diferente e buscar segmentos do mesmo mercado”, argumenta. Mas será que os empreendedores brasileiros sabem a diferença entre o marketing estratégico (estudos de mercado, seleção de mercados-alvo, concepção do produto, fixação de preço, escolha de canais de distribuição, elaboração de um plano de comunicação) e o marketing operacional (campanhas de publicidade, promoção, definição da estratégia pela força de vendas da empresa, distribuição e serviços pós-venda)? Para quem está acostumada com grandes batalhas nesse segmento, a resposta é não. Alessandra Baronni Garrido, 28 anos, trabalhou em campanhas de marketing para a Unilever no Brasil e no México,

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Inflado por um turbilhão de conceitos, principalmente depois do boom das pontocom, o marketing parece perdido dentro de uma centena de definições e ações cada vez menos usuais, confundindo a cabeça dos empreendedores. Essa “miopia” acontece principalmente em empresas com pouco capital para investir ou que estão entrando na “hora h” do crescer ou fechar as portas, e muitas vezes não sabem como agir. Nesses dois casos ou no momento crucial de um negócio, o tamanho do bolso do empresário não é motivo para inviabilizar ações de criatividade para conseguir soluções simples e baratas. Fruto da falta de conhecimento sobre gestão, existe a noção de incrédulos empresários que ainda acham que marketing é apenas promoção e comunicação ou tudo que está ligado à velha história dos 4 Ps: Produto, Preço, Praça e Promoção. Na mesma maré, planejamentos estratégicos e planos de marketing caminham em paralelo, e às vezes andam até na direção oposta, o que pode ser dinheiro colocado na lata do lixo. Não que os gurus Philip Kotler e Gary Armstrong estejam errados (“Marketing é conseguir os bens e serviços certos para as pessoas certas, no lugar certo, no momento certo, com o preço certo, usando os meios certos de comunicação e produção”), mas no meio dessa “confusão” de termos é preciso saber primeiro por que essa ferramenta deve ter algum tipo de prioridade dentro do empreendimento. “O empreendedor precisa entender que marketing engloba tudo o que ele tem que fazer para conquistar e manter clientes. Os clientes são a própria razão da existência do seu negócio e a condição para a sobrevivência e expansão da empresa. O marketing é o investi-


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LINHA DIRETA: ROSANE SEVERO rosane@rgsevero.com.br (71) 240-0047 . EMPRESA JÚNIOR DE ADMINISTRAÇÃO DA UFMG www.ucj.com.br ucj@ucj.com.br

(Capa ferenciado e instigante. O consumidor hoje é muito atento”, acrescenta. A profissional também acredita no famoso marketing boca a boca e no “efeito bola de neve”, o que às vezes é o suficiente para fazer a divulgação de um negócio e não custa nada para a empresa. Segundo Alessandra, usar bem a imprensa a seu favor, contar com amigos e parentes para ativar o primeiro ciclo de consumidores, aliar-se a outras empresas através de permutas ou parcerias e utilizar meios de comunicação baratos e alternativos são boas dicas para empreendedores fortalecerem o marketing de seus negócios. [Sem confusão] Para conseguir resultados nessa área sem ter que botar a mão no bolso, é preciso que a empresa baseie suas ações em relacionamentos e o empresário coloque sua veia empreendedora como força principal da empresa. Essa é a opinião de Eduardo Giacomazzi e Jayme Gimenez, executivos da Sher Marketing. A dupla trabalha para o Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec), incubadora ligada à Universidade de São Paulo (USP) e referência em marketing e comercialização entre as incubadoras de base tecnológica do Brasil. A pedido da Empreendedor, os dois profissionais debateram o tema com Sergio Wigberto Risola, gerente do Cietec. “É mito considerar que apenas ações de malas diretas e anúncios permitem resultados em vendas. Inúmeras empresas já apresentaram prejuízos por focarem suas ações de marketing apenas nestes itens. Muitas negociações e oportunidades são baseadas em parcerias e relacionamentos. Muitas vezes não há necessidade de investimentos”, dizem os três especialistas da incubadora. Eduardo Giacomazzi e Jayme Gimenez lembram que muitos empresários ainda associam fazer marketing com realizar ações de comunicação. SeOutubro – Empreendedor

gundo eles, uma empresa pode até ter verba para o chamado “marketing operacional”, mas não existe sustentação e nem resultados sem o “marketing estratégico”. “Este é um mito que está sendo quebrado aos poucos e muitas vezes a miopia dos empresários está em não sair do lugar comum por analisar que sem verbas de comunicação não existem ações de marketing a serem realizadas”, explica Gimenez. De acordo com a experiência acumulada na Sher Marketing, diz o especialista, se o empresário não tiver clara a diferença entre os dois conceitos de marketing e não souber trabalhar simultaneamente, os riscos são altos. A probabilidade de as ações operacionais falharem é alta, uma vez que o público, o mercado, a percepção dos consumidores, a política de preço podem ter sido mal analisadas. “As falhas em campanhas ocorrem principalmente neste ponto”, diz. Planejamento também é chave para a empresa que pretende acertar no alvo. Para Giacomazzi e Risola é sempre recomendado, teoricamente, que seja destinada uma participação do faturamento para as atividades de marketing, independentemente dos resultados. “Isso ressalta a importância que deve ser dada ao marketing. Pois muitas vezes as empresas deixam de aproveitar algumas oportunidades de investir em ações que acabam aparecendo ou se tornando necessárias (e que não obrigatoriamente são de comunicação), como treinamentos, pesquisas, eventos, exatamente por não haver reserva de caixa”, explica Risola. Outro ponto que fica muito vulnerável é o desperdício que ocorre pela utilização de todos os recursos em uma única ação. Com isso corre-se o risco de colocar todas as fichas em uma mesma ferramenta e não ter recursos

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Por onde começar 1) Verificar as habilidades e recursos de sua empresa. 2) Verificar as características do seu produto e os benefícios dessas características. 3) Identificar para qual tipo de cliente esses benefícios terão mais apelo e ranqueá-los usando uma matriz – custo a atingir, locação, valor durável, capacidade de pagar, etc. 4) Selecionar as que devem ser focadas. 5) Avaliar cuidadosamente um nome apropriado para o negócio. 6) Estabelecer uma identidade corporativa com um visual e um estilo próprios, que será aprovada pelo consumidor-alvo. 7) Produzir um marketing colateral básico para dar a si mesmo uma imagem profissional (website, papel de carta, cartão de visita, documentos/layout). 8) Avaliar canais e métodos apropriados de comunicação. 9) Desenvolver um tom informal apelativo para se comunicar com o mercado-alvo, nos termos dele. Evitar termos técnicos e jargões industriais. 10) Identificar ganhos rápidos, custos baixos e canais de comunicação mensuráveis onde for possível e realizar testes pilotos. 11) Sempre lançar resultados contra alvos financeiros e nãofinanceiros e aprender qualquer lição. 12) Tentar evitar campanhas que você não possa medir. Você não é grande o suficiente e não tem os recursos para desperdiçar nas campanhas. Então esteja certo de que eles estarão atingindo retornos positivos no investimento. Fonte: Paul Barnet, fundador e diretor da Blue Fin. Leia artigo excluviso na página 30.


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para executar outras também necessárias. O exemplo clássico é quando a empresa faz um belo anúncio, mas fica sem recursos para elaborar um material de apresentação, realizar um evento junto com seus clientes ou mesmo treinar a sua equipe para atender a demanda. “A porcentagem que usualmente é recomendada é de 3% a 5% do faturamento, mas esse número depende de cada organização. Deve ficar claro para o empresário em seu planejamento financeiro que uma parte do mesmo deve considerar ações de marketing”, ensina. Segundo Giacomazzi, a mesma “miopia” atinge os planos de negócios de empresas nascentes, parte fundamental do processo de entrada numa incubadora. O marketing também é considerado um gargalo para empresas que estão começando a vida. “É fundamental o marketing para esses empreendimentos, mas para isso é importante que o empresário quebre

o paradigma de olhar marketing apenas como ações de comunicação e considere pesquisas de mercado, parcerias, vendas, fidelização, eventos e recursos humanos como ferramentas viáveis e que não necessariamente exigem recursos financeiros”, diz. A questão central, de acordo com os responsáveis pela consultoria de marketing do Cietec, é que alguns Planos de Negócios pecam exatamente por não explicitar as alternativas de realizar ações de marketing que não necessariamente estão ligadas à comunicação. “É importante considerar que empresas nascentes muitas vezes não dispõem de recursos financeiros da forma como gostariam para as ações de marketing, por isso a importância de considerar outras ações, dentro do conceito de marketing.” DIVULGAÇÃO

LINHA DIRETA: ALESSANDRA GARRIDO BARONNI rbgarrido@uol.com.br . CIETEC www.cietec.org.br

(Capa

CERRI: USAR FERRAMENTAS DE MARKETING DIRIGIDO É UMA BOA SAÍDA PARA QUEM QUER RESULTADOS

Outubro – Empreendedor

[Foco ajustado] Ainda na fase de planejamento, o novo empreendedor deve ajustar seu foco, ou seja, escolher que tipo de empresa quer ser dentre as “disciplinas de valor”, destaca Emílio Cerri. A pergunta a ser feita, segundo ele, é a seguinte, isso se o empresário quiser planejar marketing de forma mais adequada: quer ter liderança de produto, excelência operacional ou intimidade com os clientes? Ele tem que escolher uma disciplina e tratar de ser muito bom (ou o melhor) numa delas para conseguir vantagem competitiva. “O McDonald’s, por exemplo, faz da excelência operacional, e não

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dos produtos, seu grande diferencial competitivo, enquanto que a disciplina de valor da Nike é o melhor produto”, lembra Cerri. Em Santa Catarina, por exemplo, a sua consultoria está ajudando a rede de supermercados Imperatriz a consolidar sua disciplina de intimidade com os clientes. Outra forma muito eficiente de investir em marketing gastando uma verba que esteja dentro da realidade da empresa é contratando serviços de uma empresa júnior. Esse tipo de empresa, por estar diretamente ligada a universidades, usa a metodologia mais avançada com a orientação de experientes professores, a um preço reduzido. Um dos casos é o da consultoria empresarial composta pelos alunos dos cursos de Administração, Economia e Contabilidade da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A empresa júnior mineira atende empresas de médio e pequeno porte em Belo Horizonte e sabe trabalhar com baixo investimento. Leandro Alves, diretor de Marketing da UFMG Consultoria Júnior, diz que o empreendedor precisa ser criativo e ao mesmo tempo sensato para desenvolver um trabalho de marketing bem feito. “Não existe uma só empresa do mundo que cresceu sem investir em marketing, sem conhecer seu mercado e seus clientes. O empresário pode criar alternativas baratas para divulgar a empresa. A melhor delas é o marketing boca a boca. Mas para que esta divulgação aconteça é necessário que o produto ou serviço a ser vendido tenha uma boa qualidade, pois o cliente só falará bem daquele serviço que gostou”, observa. Alves também tem visto que os empresários, principalmente o micro e o pequeno, têm o marketing como um dos últimos investimentos a se-


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(Capa rem feitos dentro da sua empresa. Isso, diz ele, por não entenderem a verdadeira função da ferramenta. “O empreendedor deve colocar o marketing em primeiro lugar na lista de investimentos, não só aquele empresário que está começando sua empresa, mas também aquele que já tem sua empresa consolidada. O empreendedor que não se preocupa com o estudo do marketing corre o sério risco de não entender as mudanças do mercado, perdendo participação para aqueles empreendedores que souberam planejar suas ações”, explica. Dentro do plano de negócio, segundo o diretor da empresa júnior, o plano de marketing deve estar sempre de “mãos dadas” com o planejamento

financeiro e o planejamento organizacional, para que tudo saia dentro da realidade da empresa. “Não adianta fazer um plano de marketing audacioso e caro para uma empresa nascente e sem muitos recursos disponíveis – o relacionamento entre as três partes do plano é fundamental para o sucesso do negócio”. O dado alarmante é que a maioria dos empresários que buscam consultoria na UFMG Consultoria, até mesmo os médios e grandes, desconhece as diferenças entre marketing estratégico e marketing operacional, e alguns pensam que marketing é a mais pura e simples propaganda. “Muitos empresários fazem fixação de preço, distribuição, serviços pós-venda, sem saber que isto faz parte do mar-

Marketing e tecnologia

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Com o uso das novas tecnologias e da internet quais são as tendências que podem dar maior impulso ao plano de marketing de uma empresa? Essa é a pergunta que os empresários deveriam fazer para os profissionais de marketing e de Tecnologia da Informação (TI). Isso porque o marketing está rapidamente se tornando uma tecnologia. A transformação pode ser observada pelo crescente número de profissionais de TI envolvidos nas tarefas que antes pertenciam aos “marketeiros”. Segundo Emílio Cerri, da Marketall, “o velho marketing era um pouco ciência, um pouco arte e até um pouco de glamour”. O novo marketing, segundo ele, é uma “marketetura”, ou seja, uma arquitetura que integra tudo na empresa para que ela mantenha um processo contínuo de aprendizado, acumulando conhecimento sobre os clientes e outros influenciadores do mercado. “É através dessa interação que a empresa irá aprender para

Outubro – Empreendedor

adaptar-se e responder ao mercado de maneira inovadora e competitiva”, acredita. Cerri também cita o guru do marketing do Vale do Silício, Regis McKenna, que se refere a uma “ruptura” no marketing. Ou seja, ele vai se dividir em duas funções distintas. “Uma vai se ocupar da propaganda e da promoção e a outra criará a infra-estrutura de rede e de TI para possibilitar ao consumidor o acesso à empresa onde quer que ele se encontre. Isso demandará gente com um pé no marketing e outro nos sistemas de informação”, explica. Dependendo do ramo da empresa, do porte, dos mercados, diz Cerri, é óbvio que as novas tecnologias viabilizarão, a custos permissíveis até para os pequenos, a identificação detalhada dos clientes mais valiosos, aqueles que, em geral, geram 80% ou mais dos resultados. “Conhecendo o valor desses clientes e suas necessidades, as empresas podem ajustar-se com precisão a cada um deles. É claro que a TI tornou-se fundamental para o marketing, mas é preciso ter

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cautela com as soluções milagrosas e os modismos”, destaca. Para o consultor, o CRM (Customer Relationship Management – gestão do relacionamento com clientes) está na moda, é uma caixa de ferramentas úteis e poderosas, mas pode ser também uma enorme e onerosa dor de cabeça para empresas que não têm sua cultura aberta às mudanças nos processos e a disposição de colocar o cliente no centro das atenções. Alberto Cerqueira Lima, da Copernicus, também lembra que as novas tecnologias dão ao profissional de marketing alguns métodos estatísticos e técnicas de modelagem matemática que até há alguns anos estavam restritos ao meio acadêmico. Quanto à internet, ele é mais cauteloso. “Temos visto um uso indiscriminado da internet que nos tem preocupado. É uma ferramenta poderosíssima e bastante indicada em casos bastante específicos. Mas o seu uso ainda é restrito no país, e não é qualquer produto ou serviço que pode se valer dela com eficiência”, defende. A


ARQUIVO EMPREENDEDOR

questão central sobre o uso da internet no planejamento de marketing deve estar focada em ferramentas para o entendimento profundo do consumidor. Informações que há pouco tempo só poderíamos obter a partir de longas e complexas pesquisas de mercado, atualmente, através de rastreamentos das páginas mais visitadas, hábitos de compra pela internet e até dos diversos tipos de cadastramento, podem selecionar com mais critério o público-alvo, evitando dispersões. O correio eletrônico passa a ser uma ferramenta de comunicação muito mais focada e eficiente, mas a propaganda na internet tem uma via de duas mãos. Para Alessandra Baronni, da Design Absoluto, mesmo com o privilégio de estar muito próxima ao ato da compra e os custos para veiculação serem relativamente baixos, é cada vez maior a interatividade intrínseca ao sistema,o que dá a opção ao internauta de fugir dos anúncios e fechar pop-ups. “Outra falha da internet, e com a qual fico me questionando, é como evitar a invasão

de privacidade que sofrem os usuários da internet com os inúmeros e-mails de propaganda que recebem diariamente”, diz. No planejamento de marketing, hoje, as empresas precisam considerar com muita seriedade o uso das novas tecnologias e da internet no seu plano de marketing. Técnicas fundamentais como o CRM devem ter um bom software para funcionar. Essa é a opinião de Rosane Severo, especialista em maketing digital. Segundo ela, a empresa não pode se limitar a utilizar a internet como folder eletrônico, e é preciso combinar computadores, a Web e softwares empresariais para mudar radicalmente seu modo de funcionar. “O grande desafio da utilização da internet está em educar, entreter e seduzir seu cliente potencial e manter um relacionamento permanente e profícuo com ele”, argumenta. A questão para Rosane Severo envolve três questões básicas: é importante lembrar que os consumidores de hoje não buscam produtos mas sim soluções

para suas necessidades; as empresas que se adaptarem a esse formato estarão gerando um diferencial da concorrência, além das reais possibilidades de reduzir custos operacionais; e a internet permite a concepção de produtos e serviços de acordo com o nível de procura, reduzindo os estoques ao mínimo. “Vale lembrar que, num mundo em que ninguém tem tempo a perder, a agilidade na localização de produtos e serviços propiciada pela internet torna-se cada vez mais atraente para o consumidor. As empresas necessitam encontrar urgentemente a sua própria fórmula de sobreviver neste mundo de negócios agora controlado pelo cliente”, explica. Segundo a especialista, mesmo que os números do comércio eletrônico estejam crescendo modestamente e ainda sejam tímidos, o empreendedor deve prestar muita atenção na internet, uma boa forma de relacionar-se com seus clientes e assim gerar fidelidade.

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SIMPLES: USAR CARTAZES, POR EXEMPLO, AJUDA MAS NÃO DEVE SER A ÚNICA ESTRATÉGIA DE MARKETING DE UMA EMPRESA DE PEQUENO PORTE

guerrilha”, criado por Jay Conrad Levinson. A idéia central defendida por Rosane é que a história está cheia de casos sobre exércitos pequenos e mal equipados que derrotaram exércitos maiores e muito mais preparados. A narrativa dessas batalhas conta como as guerrilhas enfrentam uma guerra. “Pode surpreender o número de grandes empresas que iniciaram a luta como pequenas empresas. A história da ascensão destes ícones é a história do marketing de guerrilha”, lembra. A tática de guerrilha vê o marketing como um círculo que começa nas idéias para gerar lucro e continua com a meta de acumular o maior número possível de clientes. Essas pessoas tornariam a comprar nova-

keting e que pode ser feito de maneira mais eficaz quando as ferramentas certas são utilizadas”, acrescenta Alves. Muitos empresários ainda confundem, segundo Rosane Severo, especialista em marketing digital, as ações com vendas ou publicidade, quando, na verdade, o marketing tem um papel primordial na gestão de empresas. “No contexto da Nova Economia o marketing teve suas funções estendidas dentro das empresas”, diz. Segundo ela, o caminho está nas estratégias de “marketing de


(Capa mente e indicam seu produto ou serviço, utilizando estratégias pouco convencionais, nada tradicionais, extremamente flexíveis e, em geral, bastante acessíveis financeiramente a todas as empresas. Para Alberto Cerqueira Lima, presidente da Copernicus Marketing Strategy Consulting & Research, muitas vezes quando se fala em marketing uma grande parte dos empresários pensa em campanhas de TV no horário nobre e grandes eventos. “O marke-

ting orienta quanto aos segmentos de mercado a priorizar, posicionamento de marca, canais de distribuição, preço a praticar, enfim, o dia-a-dia dos negócios”, explica. Ele lembra que isso pode ser feito com base na intuição (correndo riscos até difíceis de serem calculados) ou com base nos estudos recomendados por uma consciente abordagem de marketing. Para esclarecer melhor a questão ele faz duas perguntas para os empreendedores: qual é o custo adicional de

O que você precisa para contratar um “marketeiro”? “Todos que trabalham numa empresa devem ter uma visão de marketing, ou seja, todos devem trabalhar para o consumidor final. Essa noção facilita muito e às vezes até elimina a necessidade de se construir um departamento formal de marketing. A estratégia de marketing pode ser criada e gerenciada pelo proprietário ou pela diretoria da empresa, e as ações operacionais terceirizadas para consultorias ou agências. Profissionais específicos de marketing só são imprescindíveis em grandes empresas que têm planos sofisticados e pesados de marketing ou em negócios que desenvolvem continuamente um número muito grande de ações de marketing e com extensos orçamentos para controlar.” (Alessandra Baronni) “Diz a lenda que uma ação de marketing costuma falhar exatamente na implementação. Isso ocorre porque muitas vezes os profissionais da linha de frente não são capacitados para executar as ações previstas ou mesmo não estão alinhados com os objetivos da empresa.” (Cietec) “O melhor profissional de marketing é um bom publicitário que saiba ler um balanço. Com isso quero dizer que não basta ao profissional de marketing a criatividade. Deve possuir também raciocínio lógico e fundamentalmente gostar do ambiente de negócios, estando consciente de que está na área de ‘business’ e não do ‘show-business’.” (Emílio Cerri)

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“Muita cautela. Por alguma razão que eu desconheço o marketing é uma das palavras mais usadas (e abusadas) nos currículos. É bom verificar cuidadosamente a experiência declarada e saber dos sucessos e insucessos do candidato. Ter um “amador” gerenciando marketing é pior do que não ter ninguém!” (Alberto Cerqueira Lima)

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instruir um vendedor a usar argumentos de venda que movam atributos de compra mais eficazes? Quanto custa mudar um texto de um folheto que explica melhor a natureza do produto ou do serviço oferecido? “Marketing tem que ser sinônimo de economia e eficiência e não de grandes gastos”, afirma. Recentemente ele foi interpelado numa conferência que dava para executivos e empreendedores de médias empresas exatamente sobre a diferença entre marketing operacional e marketing estratégico. Após falar por mais de uma hora sobre processos para a otimização dos investimentos de marketing, um dos participantes se levantou e disse: “Muito bom tudo isso que você está falando, mas eu me sinto como se estivesse assistindo a uma aula do quinto ano de uma universidade para a qual eu nem ainda prestei vestibular. Por isso eu lhe pergunto: qual é a diferença entre marketing e propaganda?”. Outra questão-chave – a integração do marketing com outros departamentos da empresa – ainda está longe de ser “lugar comum” mesmo em grandes empresas brasileiras. Falando das médias e grandes empresas, Cerqueira Lima acredita que hoje em dia, numa escala de 0 a 100, apenas 60 possuem esse tipo de conceito de gestão. “Isso tem evoluído muito nos últimos anos. Há 15 anos eu não diria que esse nível era superior a 20. Ainda há muito que fazer, mas o progresso tem sido expressivo. A informática melhorou a comunicação e o relacionamento, e isso tem ajudado a integração do marketing com as áreas afins, tais como vendas e logística”, acrescenta. Além de relacionar o marketing com os outros departamentos da empresa, um número expressivo de empreendedores ainda precisa de informação básica sobre ações que podem fazer a diferença.


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Sua opinião

ARTIGO EXCLUSIVO

Por

Paul Barnet t Barnett

fundador e diretor do Grupo Bluefin, agência de marketing estratégico com sede em Londres. Formado em MBA pela City University Business School

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LINHA DIRETA: marreco@efatec.com.br

O marketing para pequenas Que importância o marketing tem para empresas de pequeno e médio porte? A resposta rápida é que é crítica. É mais importante para as pequenas e médias empresas fazerem o marketing correto do que para as grandes empresas. Por quê? Porque as grandes empresas já são conhecidas, já estabeleceram sua fatia no mercado e normalmente têm condições financeiras para retificar qualquer erro. Uma pequena empresa geralmente tem recursos limitados e precisa utilizá-los da melhor maneira se quiser competir entre os grandes, e a maioria não consegue. Muitas empresas são estabelecidas por técnicos que não sabem tocar um negócio, mas têm a fé cega de que se eles desenvolverem o melhor produto todos irão querer. Mas como os consumidores saberão que o produto existe se a propaganda não é bem feita? E como eles saberão que é o melhor se as características e os benefícios não são claramente divulgados? Os consumidores não compram características, eles compram benefícios. Empresas fundadas por técnicos geralmente focam em vender as características e isso raramente funciona. Empresas de Tecnologia da Informação são especialmente culpadas disso. Tecnologia apenas capacita pessoas a terem acesso aos benefícios, que são o que o consumidor deve levar em conta quando um produto está à venda. Neste ponto, a Bluefin enfatiza que a qualidade do produto é a única maneira de competir, e apenas um elemento da proposta de valor integral de um produto. O valor total de um produto inclui preço, aproveitamento e uma gama de outros fatores mais complexos, juntamente com Outubro – Empreendedor

a percepção do cliente. Esses fatores de sempre diminuindo, fazendo com que a percepção podem realmente ser da maior velocidade do marketing seja o mais imimportância, tendo em vista que a portante; qualidade é um diferenciador raro. É mais avanços tecnológicos fazem os profreqüente um requisito essencial de uma dutos serem mais fáceis de desenvolver e empresa que deseja competir. Percepção copiar os acessos, enquanto para os é normalmente o resultado do desenvol- mercados têm sido mais fáceis pela vimento e gerenciamento cuidadoso de internet; uma marca registrada. a melhor forma de defesa é atacar O desenvolvimento de uma boa em vários mercados. Isso significa que a estratégia de mercado é freqüentemente única maneira de competir é ser líder, negligenciado porque a maioria das pe- mais ágil e crescer mais rápido para se quenas e médias empresas não vê a tornar e manter líder de mercado; importância do marketing e não posmuitos mercados estão saturados e sui pessoas com coa única maneira de ser nhecimento na área. notado é montar uma “O desenvolvimento A Bluefin, uma emestratégia que o faça ser. de uma boa presa relativamente O que isso significa nova, pode confirpara as pequenas e estratégia de mar por si mesma e médias empresas regumercado é pelos resultados de lares? Significa que elas seus clientes que o precisam ter uma idéia freqüentemente desenvolvimento clara de quem são seus negligenciado porque das estratégias corclientes, que benefícios a maioria das retas é vital para o procuram e por que sucesso de qualquer preço. Elas precisam pequenas e médias negócio. saber onde o cliente está empresas não vê a É importante ter e planejar um modo de uma estratégia forte atingi-lo. Em suma, isso importância do desde o início se quer dizer que devem marketing e não uma empresa quer estar focadas no cliente, possui pessoas com dar-se uma chance não no produto, e estar real de sobrevivêncertas do ramo em que conhecimento cia ou obter os meatuam. na área” lhores resultados de A estratégia correta qualquer investitambém precisa identimento. A Bluefin ficar que tipo de clientambém acredita que um número de fa- te vai valorizar mais seu produto, pagar tores torna essencial ter uma boa es- qualquer preço e permanecer leal. Identratégia desde o primeiro dia. A estra- tificar esse segmento ou o nicho de tégia correta nunca foi tão importante mercado, como é chamado, ajuda a ter por várias razões: foco. Uma boa estratégia para uma a vida útil dos produtos parece estar pequena ou média empresa com recursos

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empresas ser também menos caros de estabelecer e levar adiante, e os resultados são geralmente mais fáceis de medir. Em muitos casos as campanhas podem ser controladas para testar sua eficiência antes que o custo de toda uma campanha esteja comprometido. Existem ótimos livros nesses novos canais para o mercado, por exemplo, Gorilla Marketing, Word of Mouth Marketing e Viral Marketing. Como um breve guia de passo-apasso, a Bluefin sugeriria listar uma agência de marketing estratégico, ou um amigo com experiência em marketing, se os fundos forem limitados, na primeira oportunidade que tiver. Isso vai assegurá-lo de evitar o cancelamento de um projeto que está no caminho certo. Aqui nós devemos destacar o fato de que existem dois principais tipos de agências de marketing. As agências podem ser estratégicas ou criativas. Agências completas, que poucos empresários iniciantes podem pagar, às vezes oferecem os dois serviços. Como uma pequena ou média empresa, você provavelmente irá precisar desde o início de uma agência estratégica e de uma criativa para lidar com a implementação de vários elementos da variedade de marketings. Existem algumas agências de marketing estratégico por aí, e nós sugerimos que, se você não conseguir encontrar uma, você estaria melhor falando com algum administrador confiável ou um consultor administrativo, antes de seguir os conselhos estratégicos de uma agência de marketing criativo. Mesmo se uma agência se diz estratégica, sempre verifique suas credenciais e pegue referências de clientes antigos.

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Como regra geral, a Bluefin não recomenda aos clientes de pequenas e médias empresas que nomeiem um gerente de marketing in-house. Como todas as atividades terceirizadas, eles recomendam a mesma para manter as despesas baixas e assegurar que os negócios permaneçam focados no que é central para o negócio. A Bluefin também acreditou que todas as pequenas e médias empresas deveriam desenvolver uma estratégia e um planejamento a curto (3 meses), médio (12 meses) e longo prazo (5 anos), mas que o foco deve estar nos prazos curtos e ganhos rápidos, de forma que os investimentos futuros sejam feitos com confiança. Eles oferecem aos clientes tais planos, juntamente com o orçamento requerido mês a mês, destinados a integrar com fluxo de caixa restrito, e planos que incluem desafios para os retornos esperados no investimento. Eles sugerem que você trabalhe de uma forma similar e assine um contrato que possua uma cláusula de escape, seguindo uma revisão ao final do período de curto prazo (3 meses). Isso é longo o bastante para estabelecer uma boa relação de trabalho e para eles atingirem os resultados estipulados com você no início. A estratégia e o planejamento devem sempre formar a parte principal do planejamento do seu negócio. Todo investidor irá examinar isso detalhadamente. Você deve explicar também os custos, retornos esperados no investimento e como você selecionou para a agência uma descrição das credenciais das mesmas. Tradução

Romina Mello

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limitados é focar e dominar um desses nichos. Um plano de marketing efetivamente implantado baseado nessa estratégia é provável de dar às pequenas e médias empresas melhores chances de sucesso. Ser um poderoso entre os pequenos tem suas vantagens. Espalhe fracamente seus recursos e todo o impacto estará perdido. Um bom plano e uma boa estratégia de mercado devem levar em conta também: os recursos que a empresa tem; a reputação que a empresa e seus diretores possam ter; as habilidades, ou falta delas, que os empregados têm; experiências passadas e estudos de caso; a tranqüilidade com que o consumidor pode ser atingido; os contatos que a empresa tem e o complexo ao qual pertence. A empresa deve ser capaz de implementar a estratégia. Portanto, a estratégia deve ser desenvolvida tendo isso em mente. Se você escolhe atingir vários nichos de mercado ao mesmo tempo, deve lembrar que o valor que cada um deles dá ao seu produto é provavelmente diferente, e eles vão precisar ser comunicados de modo distinto. Isso pode significar ter um outro site na internet, mais panfletos, propagandas diferenciadas e em publicações diferentes. Pergunte a si mesmo se você tem recursos para isso antes de tentar essa estratégia. Se tudo isso soa desencorajante, existem boas notícias. A internet e a nova mídia tornaram mais fáceis de se atingir os nichos, mesmo se estiverem espalhados por toda a Terra. Eles podem


(Especial

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LINHA DIRETA: MOVIMENTO BRASIL COMPETITIVO (MBC) www.mbc.org.br . SEBRAE www.sebrae.com.br . JOSÉ FERNANDO MATTOS enfato@enfato.com.br

por

Fábio Mayer

Cooperar para competir Com a Rede de Cooperação Brasil+, o Movimento Brasil Competitivo e o Sebrae pretendem ajudar empresas a superar obstáculos e gerar maior competitividade Quem leu As Viagens de Gulliver, escrito em 1726 pelo irlandês Jonathan Swift (1667-1745), sabe que o livro é muito mais do que uma história de cooperação, quer seja da união dos pequenos habitantes de Lilliput para a captura do gigante Samuel Gulliver, quer seja da parceria entre eles para combater inimigos do reino minúsculo. É importante também definir como e com quem fazer as parcerias. No mundo dos negócios isso funciona de forma semelhante. A união das micro e pequenas empresas possibilita ampliar a força competitiva, mas isso não basta para garantir a sobrevivência no mercado. É fundamental, ainda, incorporar conhecimentos de gestão. Dessa forma, o Movimento Brasil Competitivo (MBC) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) criaram em conjunto o projeto Rede de Cooperação Brasil +, que visa a melhorar a competitividade das empresas de micro e pequeno porte no país e a qualidade de vida da população brasileira. Outubro – Empreendedor

Em se tratando de competitividade, o Brasil é sem dúvida um país de grandes contradições, no qual convivem ilhas de excelência e redutos de extremo atraso. Um exemplo disso é o que ocorre com o plantio da mandioca no Nordeste, que permanece sem mudanças desde a chegada dos portugueses. Essa dicotomia parece não refletir que o Brasil é uma das nações com o maior número de empreendedores no mundo. Atualmente, de acordo com o Sebrae, são 18 milhões de micro e pequenas empresas em todo o território nacional, o que representa 20% do PIB. Mas ao mesmo tempo a sobrevida das companhias criadas não passa de três anos, em virtude principalmente de problemas de gestão e falta de competitividade. Com o projeto o MBC busca mudar esse cenário. Até dezembro de 2003, pretendese capacitar, a partir de conceitos modernos de competitividade, 500 mil pessoas ligadas às micro e pequenas empresas. “A divulgação do conhecimento de gestão vai promover um impacto

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Principais metas J

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Publicação e distribuição do livro Cooperar para Competir: o novo desafio da competitividade, sobre a implementação de sistemas de gestão voltados para o aumento da competitividade. Capacitação do Sistema SEBRAE e seus parceiros – sobre os sistemas de gestão voltados para o aumento da competitividade. Massificação do conceito de competitividade nas micro e pequenas empresas através dos cursos do Sebrae e dos meios de comunicação. Promoção do alinhamento dos programas estaduais de qualidade e competitividade já existentes. Apoio ao desenvolvimento e implementação de programas estaduais de qualidade e competitividade.


DIVULGAÇÃO

UNIÃO: MINISTRO PEDRO PARENTE, REPRESENTANTE DO GOVERNO, JORGE GERDAU, DO MBC, E SÉRGIO MOREIRA, DO SEBRAE, NO LANÇAMENTO DA REDE DE COOPERAÇÃO

fato de que a maior parte dos empregos (cerca de 45% do emprego com carteira assinada), hoje, no país são ligados às micro e pequenas empresas”, ressalta Mattos. Segundo ele, uma companhia competitiva pode contratar mais e ampliar a sua base de operação, aumentando a qualidade de vida e agregando condições de cidadania às pessoas. [Reino de Lilliput] Motivo de preocupação para um número cada vez maior de micro e pequenos empresários, a competitividade, hoje, é considerada por eles como o grande desafio para se consolidar no mercado. Por isso, estão buscando melhorar a qualidade dos produtos e a gestão, fortalecer as noções de empreendedorismo, introduzir a inovação nos processos e agregar a capacitação em marketing para tornar a empresa mais eficiente. Com a abertura do mercado no início da década de 90, a indústria nacional passou a enfrentar a concorrência externa, vendo-se então obrigada a melhorar a qualidade dos produtos.

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O que é o MBC O MBC foi criado em novembro de 2001 e é reconhecido como uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, voltada ao estímulo e ao fomento do desenvolvimento da sociedade brasileira. Essa nova instituição congrega as funções do Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP) e do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade (PBQP). A Rede de Cooperação Brasil+ é o primeiro de uma série de projetos que o MBC começa a trabalhar para criar no Brasil uma estrutura capaz de agregar valor às organizações, visando à sua competitividade, à promoção de melhorias econômicas, mas visando fundamentalmente à melhoria das condições sociais da população. 2002

positivo, reduzindo o índice de mortalidade dessas empresas”, afirma José Fernando Mattos, diretor-presidente do MBC. Também há um segundo objetivo, mas não menos importante, que é o de promover e incentivar prêmios de qualidade e produtividade para as empresas desses portes em todo o país. Já a terceira meta é criar programas estaduais de qualidade e produtividade nas 27 unidades da Federação. “O programa, na verdade, é de capacitação, que prevê levar os conhecimentos necessários às micro e pequenas empresas para que elas aumentem o desempenho e sejam mais competitivas.” De acordo com Mattos, é através da capacitação que elas vão poder identificar em que áreas podem atuar, para se tornarem mais competitivas. O investimento inicial do Sebrae é de R$ 8 milhões. Além disso, competitividade está associada diretamente à capacidade da economia de aumentar ou manter postos de trabalho. “Um projeto como esse no Brasil é de grande importância pelo

Empreendedor – Outubro


DIVULGAÇÃO

(Especial Panorama brasileiro No Brasil os segmentos mais competitivos são: J mineração J agronegócio J siderurgia J metalurgia J aeronáutica J confecções

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LINHA DIRETA: INSTITUTO BRASILEIRO DA QUALIDADE E PRODUTIVIDADE (IBQP) www.ibqp.org.br

Fonte: Sebrae

Pressionadas, as empresas nacionais começaram a reverter com sucesso esse quadro. Até 1993, eram poucas as empresas no país que tinham os produtos certificados com o ISO 9000. Atualmente existem mais de 9 mil companhias que têm produtos com atestados de qualidade. Segundo o Sebrae, esse número se compara ao da Coréia do Sul e é superior ao de países como a Espanha. No entanto, o Brasil não é visto no mercado externo como um país competitivo. “No ranking de competitividade o Brasil tem um posicionamento muito frágil. Estamos entre os últimos 20% dos países”, ressalta Mattos. De acordo com ele, isso porque a competitividade de um país se dá através de cadeias produtivas. As empresas dependem, ainda, de investimentos em infra-estrutura como logística, transporte e energia. De acordo com o Sebrae, arrumar parceiros capacitados e ter uma gestão competentes e boa infra-estrutura tanto interna quanto externa é fundamental para sobreviver no mercado. Melhorar a competitividade também significa, do ponto de vista financeiro, ampliar a quantidade de produtos exportados. Para isso, é importante criar clusters, ou seja, pólos de produção formados por associações ou cooperativas de companhias em vez de iniciativas isoladas, melhorando a capacidade competitiva, principalmente para as micro e Outubro – Empreendedor

META: PROJEÇÃO PARA A REDE É SENSIBILIZAR 500 MIL EMPREENDEDORES SOBRE A IMPORTÂNCIA DE BUSCAR A COMPETITIVIDADE

pequenas empresas. Como exemplo, pode-se citar que 57% das exportações americanas são feitas dessa maneira. Na Itália, 53% das vendas para o exterior têm a participação das micro e pequenas empresas, garantindo a alta competitividade dessas companhias, e no México esse número atinge 50% das exportações. “A cooperação de empresas do mesmo ramo de atividade ou da mesma região é fundamental. Essas empresas precisam ter estratégias comuns de compra, de venda, de marketing, de mercado, de design e de apoio a centros tecnológicos que desenvolvam tecnologia para ser incorporada aos produtos”, diz Mattos. Segundo ele, essa é uma forma de desenvolver a cadeia produtiva como um todo, e não de negócios individuais, e um diferencial para aumentar a competitividade no mercado externo. No Brasil, isso ainda não é muito comum, exceto em alguns segmentos como artesanato, confecção e móveis,

que necessitam de uma mão-de-obra mais intensiva. Um dos casos de clusters no país é o conjunto de cerca de 200 indústrias de móveis localizadas em São Bento do Sul, no estado de Santa Catarina, que representa em torno de 50% de toda a exportação desse segmento no país. Outro é o pólo de confecções de Santa Cruz de Capibaribe, nas cidades de Toritama e Caruaru, em Pernambuco, que emprega 180 mil pessoas e fatura mais de R$ 100 milhões anuais. Por isso, a cooperação é fundamental para as micro e pequenas empresas, não só por fortalecer a cadeia produtiva e melhorar a posição do país no ranking internacional da competitividade, mas também por agregar valor ao capital social, somando conhecimentos, habilidades e organização, gerando empregos e melhorando a qualidade de vida. Assim como na história de Gulliver, unir as pequenas iniciativas também enriquece a natureza humana.

Aonde a Rede de Cooperação Brasil+ quer chegar 500 mil

Empreendedores sensibilizados para a competitividade

2 mil

Agentes facilitadores de conceitos de competitividade

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Prêmios estaduais para MPE (Empreendedorismo + Qualidade)

27

Apoio a movimentos estaduais da qualidade

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Novos estados com apoio do SEBRAE para estruturação de movimentos estaduais da qualidade

Fonte: Movimento Brasil Competitivo (MBC)

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Empreendedor – Novembro




Franquia

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Durante o mês de outubro a rede Farmais realiza a campanha Criança Ajuda Criança, realizada há sete anos consecutivos. A ação este ano conta com a participação dos Estúdios Maurício de Souza, que produziram um gibi utilizando a Turma da Mônica para divulgar o Estatuto da Criança e do Adolescente. Segundo Paulo Shima, diretor da Farmais, a campanha tem por princípio conscientizar as pessoas, em especial o público infantil, quanto à ajuda mútua. Os participantes

DIVULGAÇÃO

Ação social para ajudar crianças

doam brinquedos em uma das 650 lojas da Farmais espalhadas pelo país e, em retribuição, receberão o gibi. Para ajudar na divulgação, a

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Teatro incrementa treinamento A rede de restaurantes especializados em massas Spoleto introduziu aulas de teatro no treinamento de seus franqueados e equipes. A iniciativa serve para que os funcionários descubram seus talentos e possam desenvolver outras habilidades, estabelecendo um atendimento personalizado e diferenciado. Como no Spoleto o cliente é o próprio chef e monta seus pratos na hora, é importante que haja uma boa interação com o cozinheiro, por exemplo, para que sua comida saia como imaginou. Nas aulas de teatro, os aprendizes se soltam e fazem um trabalho de expressão corporal, coordenação e interpretação, que aplicado ao cotidiano do restaurante tem surtido um resultado muito positivo no quesito “surpreender o cliente”. “Cada atendimento torna-se único e especial. Além disso, as aulas de teatro são uma eficiente terapia em grupo”, explica Tania Nahuys, diretora de Operações da rede. (21) 2494-7006 Outubro – Empreendedor

rede elaborou folhetos e cartazes que serão distribuídos em escolas que queiram auxiliar na campanha. No dia 1º de novembro, a rede irá sortear cinco computadores entre essas escolas apoiadoras. Cada franqueado será responsável pela arrecadação, pela nomeação da instituição beneficiada, pelo contato com as escolas locais e pela entrega dos brinquedos. A meta é arrecadar mais de 100 mil brinquedos. (11) 3141-922

Idéias tipo exportação A rede de lavanderias expressas Quality Cleaners opera 300 lojas no mundo, mas o modelo de gestão no Brasil é que está chamando atenção. O atual modelo de comunicação integrada da Quality Cleaners brasileira será repetido na Quality Cleaners da Venezuela. As atuais campanhas publicitárias e o gerenciamento desse modelo já estão prontos para serem implantados no país vizinho. O programa de gestão tem formato descentralizado, que foge dos modelos tradicionais, e reduziu bruscamente o tempo na tomada de decisões – de 30 dias para uma média de cinco dias – agilizando a solução das necessidade dos franqueados. Uma operação delivery realizada por motos com caçambas especiais e um programa de fidelização de clientes, também são iniciativas que começaram no Brasil e devem se estender para alguns países. A meta da rede brasileira é alcançar o número de 300 lojas nos próximos dez anos. (11) 3253-0555 www.qualitycleaners.com.br

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Rede nova no pedaço A marca de relógios Espaço Fechado investiu no sistema de franchising através de quiosques instalados em shopping centers. O interessado em abrir uma franquia da marca deve investir entre R$ 40 e R$ 50 mil, que incluem, entre outros pontos, a estrutura do quiosque e programas de computador. Não há taxas de franquia. O retorno é estipulado em um ano, e as exigências são ter afinidade com o negócio e perfil dinâmico. O franqueado passa por treinamento de uma semana em uma loja instalada na fábrica. Além de relógios, a Espaço Fechado também tem óculos e canetas de marca própria. (11) 4472-7755

Entregas rápidas A rede de serviços de entrega rápida Boy Service abriu uma loja de conveniência em Porto Alegre. Batizada de Boy Service Etc., a empresa comercializa produtos como embalagens de diferentes portes, envelopes, caixas, lacres e malotes, e ainda oferece os serviços que identificam a marca: entregas ponto a ponto, distribuição especializada, contrato, transporte rodoviário de mercadoria, entre outros. A franqueada investiu R$ 150 mil. (21) 543-4545


CIRCULAR Novidade no cardápio arábe

Sorvete express A Kibon lançou no Brasil o Cornetto da Kibon Express, um novo conceito de sorvete produzido em uma máquina desenvolvida com exclusividade pela empresa. O consumidor escolhe entre quatro sabores e o sorvete fica pronto na hora, com uma casquinha crocante e a tradicional pontinha de chocolate no final. A marca Cornetto é sinônimo de sorvete em cone e tem cerca de 75% de par-

Embalagens personalizadas

DIVULGAÇÃO

O lançamento da Mister Sheik, rede de fast food especializada em comida árabe, já está fazendo sucesso. O Baby Beirute vem em três sabores: rosbife, frango com catupiry e peito de peru. Cada minibeirute tem o tamanho de um hambúrguer e custa, em média, R$ 1,50. “A novidade foi criada porque queríamos um lanche equivalente ao hambúrguer, porém sem descaracterizar o nosso conceito de fast food árabe”, explica Fernanda Dip de Oliveira, gerente de Operações e Produtos da rede. Com a entrada dos novos produtos, a rede pretende aumentar o faturamento em R$ 2 milhões até o fim deste ano. (11) 3611-7000

ticipação no segmento. O novo Cornetto da Kibon Express é uma oportunidade de negócio para redes de alimentação ou pontos comerciais afins. A máquina pode ser instalada em sistema de comodato – não há investimento inicial – e no formato cobrand, ou seja, a convivência da marca com outras. O preço sugerido ao consumidor é de R$ 2,50. (11) 5641-4633

Em busca de novos mercados, a rede The Nutty Bavarian investiu no business-to-business (B2B) junto a hotéis, bares, restaurantes e companhias aéreas. A empresa desenvolve embalagens personalizadas com a marca de seus clientes para que as nuts (amêndoa, amendoim, nozes, castanha, macadâmia e pistache) sejam distribuídas como delicioso brinde ou simplesmente para consumo do próprio. Para eventos e festas, os frutos glaceados, com o exclusivo xarope de canela, são comercializados a granel. A The Nutty Bavarian possui 70 pontos-devenda nos principais shopping centers, aeroportos e hipermercados das principais cidades do Brasil. (11) 829-9002

Consultoria oferece suporte via internet A consultoria Rizzo Franchise disponibiliza para executivos de empresas franqueadoras o e-Franchise Solutions, informações técnicas sobre franchising repassadas via internet, que ajudam e profissionalizam franqueadores nas questões do dia-a-dia da operação de suas redes, como melhoria do processo de venda de franquias, conselho de franqueados, fundo de propaganda, etc. O acesso a essa ferramenta é feito por meio de assinatura, com um custo de R$ 420 anuais, para 24 edições. Quinzenalmente, a versão resumida é distribuída gratuitamente para mais de 2 mil empresários e executivos de empresas franqueadoras. “Os assuntos abordados seguem uma periodicidade, o que faz com que o assinante guarde e utilize o e-Franchise Solutions sempre que necessário”, conta Cacilda Costa, diretora da Rizzo Franchise. (11) 4022-7345 www.e-franchisesolutions.com.br

Grife sertaneja em grelhados O Montana Grill Express, rede de fast food de grelhados que tem entre os sócios a dupla sertaneja Chitãozinho & Xororó, inaugurou sua primeira loja no Rio de Janeiro. A unidade, que vai funcionar dentro do Centro Comercial da Barra da Tijuca, será a décima no Brasil. De acordo com Clóvis Cabrino Júnior, diretor da rede, “a franquia de fast food é uma adaptação da churrascaria Montana Grill para as praças de alimentação de shoppings”. A rede de churrascarias nasceu em 1994 e conta com quatro unidades: São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro e Goiânia. A decoração das lojas tem como base a imagem de Chitãozinho & Xororó, e Sandy & Junior deram nome a um dos pratos de maior sucesso, voltado para o público infantil. (19) 272-6966

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Empreendedor – Outubro

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Franquia

Total

Tudo em rede

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Com o crescimento dos negócios de jogos em rede, empresas do ramo procuram outro tipo de rede como solução: o franchising Imagine uma sala cheia de computadores interligados e dezenas de jovens e adultos disputando o mesmo jogo. A cena é a essência de uma LAN House, como ficaram conhecidos os estabelecimentos de jogos de computadores em rede local (LAN = Local Area Network ou Rede Local de Computadores). A expansão do negócio, importado da Coréia do Sul há uns quatro anos, foi tão rápida no Brasil que nada melhor do que optar pelo sistema de franchising para organizar a “febre” de lojas que passaram a abrir em todos os cantos, já que o formato – em rede! – permite menor risco através de planejamento e consolidação de uma marca. A estimativa é que exista hoje de 400 a 500 estabelecimentos no país, e a previsão dos que estão no negócio é que esse número passe para 2,5 mil já no ano que vem. Não se assuste, pois na Coréia do Sul já são 26 mil lugares desse tipo. Portanto, abram o olho (e o bolso) investidores ou empreendedores interessados numa Outubro – Empreendedor

delo de negócio padronizado”, acredita Frank Onishi, diretor administrativo e sócio da Monkey Franquias. Mesmo com o início deste semestre sendo influenciado pelas incertezas econômicas, o diretor conta que no mês de setembro houve uma retomada de fôlego e a empresa fechou cinco novos contratos. “Quando uma nova franquia Monkey é contratada, o franqueado passa a contar com uma infra-estrutura de 25 colaboradores que estarão trabalhando para resolver os problemas relativos à escolha de ponto, projeto arquitetônico, treinamento gerencial e de atendimento, confecção de manuais, campanhas de marketing, assessoria de imprensa, seleção de fornecedores, padrão tecnológico. A marca já é reconhecida como a da maior empresa do ramo de Lan Houses na América Latina”, esclarece Onishi.

franquia. A empresa Monkey, de São Paulo, foi a primeira a formatar o negócio para o franchising e hoje está perto de alcançar o número de 40 lojas. O empresário Sunami Chun, de 26 anos, brasileiro de ascendência coreana, fundou a Monkey quando retornou da Coréia do Sul de uma viagem de estudos. Naquela época havia 3,5 mil Lan Houses na terra dos pais de Chun. Ele voltou convencido a investir no negócio e em novembro de 1998 abriu a primeira loja Monkey em São Paulo. Em 2001 associou-se ao administrador Luiz Felipe Roratto e ao engenheiro Frank Onishi para iniciar a expansão da marca através de franquias. Em menos de um ano, os sócios espalharam 26 lojas pelo país, 20 só no estado de São Paulo. O Grupo Cherto foi o responsável pela formatação da Monkey quando, no ano passado, eram conhecidas apenas 20 lojas do gênero. “A formatação de franquias para expansão é a forma mais eficiente para delimitar espaços e ter o seu mo-

“Febril” A Monkey está presente em oito estados brasileiros, abrangendo Sul, Sudeste e

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Centro-Oeste, além do Nordeste com a unidade baiana, e em breve estará em mais dois estados: Ceará e Mato Grosso do Sul. A meta da empresa é consolidar-se no mercado nacional e expandir a franquia para outros países. Perguntado se considera o negócio “febril” ou com continuidade de crescimento a longo prazo, Onishi revela que há considerações importantes a serem feitas, como o fato de o setor ser o de entretenimento, ou seja, um dos que mais crescem no mundo. “A diversão e o bem-estar estão diretamente relacionados com uma boa qualidade de vida”, afirma. Outro aspecto que para Onishi oferece boas perspectivas para as Lan Houses é que a indústria de games também está ganhando espaço. Os números indicam que no ano de 2000 o faturamento mundial do setor foi de U$ 20 bilhões, com um crescimento de 43% em relação a 1999. Para se manterem sempre atualizadas e com atrações para o público, a Monkey e outras organizações interna-


EM DESTAQUE Grande do Sul. “Toda a transferência de informações, treinamento, padronização foi feita por uma consultoria especializada em franquias e estamos satisfeitos com o resultado”, diz Jacson, referindo-se ao trabalho da Prosul Franquias, de Curitiba. A empresa cobra taxas diferenciadas de franquia para as regiões Sul (R$ 5 mil), Sudeste (R$ 7 mil) e Nordeste (R$ 9 mil). Já os royalties são cobrados sobre o faturamento bruto com um índice de 5% durante os seis primeiros meses. Em relação às perspectivas de crescimento, o outro sócio é enfático: “O negócio veio para ficar. As possibilidades são muitas, desde novos jogos e mudanças de ambientes ou mesmo adaptação para oferecer novos serviços”, conta Fábio.

informática, é reduzir os custos para os franqueados e permitir flexibilidade para criar novidades nos estabelecimentos, motivando também os integrantes da rede a sugerir idéias que agreguem valor ao negócio. A história da Adrenaline, rede de Lan houses fundada em Florianópolis (SC), não é muito diferente. Criada por dois sócios, Jacson Mari Boeing e Fábio Henrique Feyh, a empresa passou por um processo de estudos para ser franqueada e garantir expansão planejada. Na própria cidade de Florianópolis a Adrenaline está presente em dois bairros e na cidade vizinha de São José há mais uma unidade. Já foi aberta uma franquia em Caxias do Sul (RS) e estão em fase de implantação mais três lojas – duas em Santa Catarina e uma no Rio

PERFIL IDEAL DO FRANQUEADO J J J J J J J

Afinidade com informática e games. Facilidade de se relacionar com pessoas. Perfil voltado para a área de vendas. Flexível a mudanças. Liderança. Identificação com o público-alvo (adolescentes e jovens). Disponibilidade para trabalhar nos finais de semana, feriados e períodos noturnos.

NÚMEROS DO NEGÓCIO J J J J J

LAN House “básica”: 30 computadores, dez títulos de jogos e uma área de lanches rápidos. Investimento médio: R$ 200 mil. Taxa de franquia: varia muito, entre isenção total e R$ 30 mil. Faturamento médio: R$ 25 mil. Retorno do investimento: de 18 a 36 meses.

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Público fiel Além de buscar no franchising uma garantia para a expansão, os empreendedores do setor de Lan Houses têm nos players seus maiores parceiros para divulgar o serviço, já que numa mesma loja, muitas vezes, de 20 a 30 pessoas jogam o mesmo game. Flaviano da Cunha Júnior, um freqüentador assíduo da Adrenaline, em Florianópolis, gasta cerca de quatro horas por semana – geralmente sextas-feiras – dentro do estabelecimento. Ele conta que em casa o jogo tem capacidade limitada, isso porque geralmente o adversário é o próprio computador e com experiência é fácil prever o que a máquina vai fazer para ganhar o jogo. “O fator humano muda muito e é isso que atrai nas Lan Houses. Os jogos, na sua maioria, são de guerra, apesar de o foco não ser a violência. Mas o mais legal é que parecemos estar num filme e é a ação real que motiva o jogo. O oponente é um humano, está ali como você e te desafia. Estamos sempre diante de uma novidade”, destaca. Outro aspecto positivo desse tipo de entretenimento é a criação de comunidades. Todos se conhecem pelos nicknames, uma espécie de apelido definido pelo usuário no momento do jogo. “Fiz vários amigos depois que comecei a jogar”, confessa Flaviano, ou melhor, MegaFly. Empreendedor – Outubro

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cionais estão realizando eventos gigantescos para promover e premiar os ditos “cyberatletas”, que nada mais são que exímios praticantes de determinados games. “Assim, acredito que os produtos podem mudar, mas o conceito de Lan House deverá permanecer por muito tempo. Inaugurada em abril do ano passado, a Net Arena – Jogos em Rede e Internet também escolheu o franchising para garantir o futuro do empreendimento. Além da unidade própria, em São José dos Campos (SP), a empresa tem uma franquia em Porto Alegre e negocia a abertura de mais duas, uma em Salvador e outra no estado de São Paulo. “Recebemos cerca de sete ligações por dia pedindo informações do negócio, mas apesar disso estamos nos preparando melhor para esse crescimento”, conta César Augusto Laboissiere, diretor de Marketing da Net Arena. A infra-estrutura para controle das franquias está sendo montada, incluindo assessoria jurídica e abertura de linhas de crédito específicas para os empreendedores selecionados. “Podemos dividir em três os tipos de pretendentes a abrir uma Lan House: o investidor que busca diversificação nos negócios; o jogador de game, com faixa etária menor; e proprietários ou funcionários de empresas ligadas à área de informática”, explica Laboissiere. A filosofia da Net Arena, de propriedade de sócios com formação em


Franquia

ABF

O franchising está em alta! Quem não sonha em ser seu próprio patrão? Todos nós, mesmo contando com a estabilidade que um emprego pode nos garantir, férias e outros benefícios, sonhamos em poder administrar o nosso próprio negócio. O brasileiro está acreditando cada vez mais na realização desse sonho. Ao contrário do que ocorre em diversos setores da economia brasileira, que sentem os impactos da flutuação cambial, a instabilidade econômica dos últimos meses e as incertezas do cenário político não deverão abalar as estruturas do mercado de franquias. O franchising é, atualmente, um sistema de negócios que tem um papel de fundamental importância no cenário econômico nacional e internacional. Para um grande número de brasileiros, é a grande oportunidade para a concretização de um negócio próprio. O potencial investidor encontra no sistema de franquias uma oportunidade de montar o seu próprio negócio, aliando-se a marcas conhecidas no mercado.

No Brasil, ao todo são 600 redes e mais de 53 mil unidades, tendo encerrado 2001 com faturamento de R$ 25 bilhões. E as perspectivas são as melhores possíveis. A expectativa do sistema é encerrar 2002 com valores substancialmente superiores a 2001, mantendo as taxas de crescimento. O otimismo dos empreendedores se reflete no aumento do número de empresas que investem na expansão de suas redes e novas estratégias de crescimento. O franchising se consolidou como um modelo de gestão de negócios de sucesso e uma ótima opção de expansão econômica.

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LINHA DIRETA: ABF www.abf.com.br – abf@abf.com.br

O sucesso do negócio depende de você Os candidatos a franquia estão cada vez mais exigentes e preparados, contribuindo para as constantes mudanças no perfil das empresas franqueadoras. Afinal, apostar todas as economias numa estrutura já montada com uma marca forte e o suporte de quem entende do negócio pode ser a receita do sucesso para muita gente que pretende ter um negócio próprio. Abrir uma franquia exige tempo e dedicação na pesquisa para escolher qual o segmento mais seguro e adequado ao perfil do futuro franqueado. Para saber em qual área investir, nada melhor do que conhecer o maior número possível de lojas e profissionais Outubro – Empreendedor

que compõem a estrutura da empresa. No entanto, o processo de expansão não pode colocar em risco a qualidade das empresas. As redes estão atentas ao perfil do potencial franqueado que pretende adquirir sua franquia. Não basta apenas ter em mãos capital para investir e observar que, nem sempre, o negócio mais rentável do momento combina com a pessoa que pensa em abrir a franquia. É imprescindível identificar-se com a marca e o negócio, do qual também será dono, e ter em mente que o seu sucesso contribuirá diretamente para o aumento da credibilidade e aceitação da marca em um mercado cada vez mais competitivo.

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Quero abrir uma franquia. Onde posso buscar orientações? Para quem tem interesse em abrir uma franquia mas não sabe como iniciar seu empreendimento, a ABF oferece um serviço personalizado de orientação ministrado pelo Departamento Jurídico da entidade, voltado a potenciais franqueados ou a quem deseja tornar o seu negócio uma franquia. Na orientação dirigida aos futuros franqueados, o candidato tira todas as suas dúvidas sobre o sistema de franchising em aproximadamente uma hora de conversa. Ao final, recebe o Guia Oficial de Franquias da ABF, o estatuto contendo a Lei do Franchising na íntegra e um roteiro para auxiliá-lo na escolha de uma franquia. Já para os interessados em formatar uma rede ou converter seu negócio em franquia, a orientação analisa a franqueabilidade de seu futuro empreendimento e os passos para a formatação da franquia. A ABF fornece aqui uma relação de consultores especializados em franchising, o Guia, o estatuto e o livro A Essência do Franchising. Para mais informações sobre orientação e valores, entre em contato com o Departamento Jurídico no telefone (11) 38144200 ramal 21, ou por e-mail (juridico@abf.com.br). Agende seu horário!




FRANQUIAS EM EXPANSÃO Estética Onodera Negócio: estética facial e corporal Tel: (11) 3846-0604/Fax: (11) 30441835 www.onodera.com.br

Quality Cleaners Negócio: lavanderia expressa Tel: (11) 3253-0555 www.qualitycleaners.com.br

Uma beleza lucrativa

Lavanderia expressa

A Estética Onodera, maior rede de Centros Estéticos do Brasil, conta atualmente com 24 unidades em São Paulo, sendo que quatro ficam no interior desse estado. A empresa iniciou seu processo de expansão por meio do sistema de franquias em 2000 e, em apenas um ano e meio, aumentou o volume de negócios em mais de 200%. Essa visão empreendedora permitiu que a Onodera se tornasse a maior franquia a operar no mercado estético brasileiro. A rede presta, entre outros serviços em estética: tratamentos para celulite, flacidez, gordura localizada, estrias, mesoterapia e estética facial.

Seja mais um empreendedor de sucesso! Faça parte de uma rede mundial de lavanderias! Um mercado com grande potencial e em constante crescimento! A rede de lavanderias expressas Quality Cleaners atua no Brasil desde 1999 e, após um período de aprendizado no mercado brasileiro, estruturou seu processo de expansão pelo sistema de franquias e já conta com mais de16 lojas no país. A Quality Cleaners oferece a seus franqueados um suporte de primeira linha, incluindo treinamento técnico operacional, acompanhamento na implantação da franquia, assessoria mercadológica e um vasto know-how adquirido por sua experiência internacional, em mais de 300 lojas e oito países, Nº unidades: 4 próprias/16 franqueadas Área de interesse: Brasil adaptada às caracApoio: PA, PM, MP, PO, PP, OM,TR, EI, SP terísticas nacionais. Taxas: R$ 30.000 (franquia), 5% (royalties) Entre em contato e 2% (publicidade) com nossa Área de Instalação: R$ 210.000 a R$ 260.000 (inclusos taxa de franquia, capital de giro e estoque inicial) Franquias e faça Prazo de retorno: 24 a 36 meses parte deste time Contato: Ventura vencedor!

Nº de unidades: 24 Áreas de interesse: regiões Sul e Sudeste Apoio: PA, MP, PP, PO, OM, TR, EL, PN Taxas: R$ 25.000 a R$ 32.000 (franquia), 6% (royalties) e 4 % (publicidade) Instalação: R$ 80.000 a R$ 200.000 Prazo de retorno: 18 a 24 meses Contato: Empresa Francap

Varig Log

China House Delivery

Negócio: transporte e logística Tel: (11) 3897-7033/3897-7440 www.variglog.com

Negócio: delivery de comida chinesa Tel: (0xx11) 6239.9900 – Fax: (0xx11) 6238.7733 www.chinahouse.com.br

Liderança em logística A VARIG LOGÍSTICA S.A – VARIG LOG surge no mercado como a maior empresa de logística da América latina, resultado da soma de uma larga experiência com novo conceito tecnológico. Essa experiência vem da VARIG CARGO, então Unidade de Negócios de Cargas da VARIG BRASIL. Direcionando suas atividades para o mundo globalizado, ela está totalmente preparada para atender às necessidades da nova economia e pronta para gerenciar todo processo logístico de armazenamento, estocagem, embalagem, transporte e distribuição de mercadorias. Hoje são 151 aeronaves, milhares de veículos e as melhores alianças estratégicas em todos os meios de transporte, garantindo mais agilidade, segurança, pontualidade e regularidade nas entregas. Por trás de tudo isto, conta com uma estrutura de unidades próprias e franqueadas no Brasil e no exterior, formando uma ampla rede de coleta e distribuição que abrange todo o território nacional e 350 cidades no Mercosul. A VARIG LOG chega ao mercado reconhecida como sinônimo de Nº de unidades: 211 Áreas de interesse: Brasil, América do Sul e Europa qualidade, certifiApoio: PA, MP, PP, PO, OM, TR, PF, EI, PN, SP cada pela ISO Taxas: R$ 5.000 a R$ 40.000 (franquia Brasil), 5% FB 9002. E isso signi(royalties) e 1% FB (propaganda) fica garantia de Instalação da empresa: a partir de R$ 750 m2 tranqüilidade para Prazo de retorno: acima de 18 meses seus clientes. Contato: Roberto Gomes

Faça parte desse sucesso A China House é uma franquia de delivery de comida chinesa com sete anos de tradição. Tem como diferenciais a qualidade e forma de preparo dos alimentos e uma ótima prestação de serviço aos seus clientes, que garantem o seu sucesso e aceitação no mercado. Vantagens: baixo investimento; negociação coorporativa com fornecedores (venda direta de fornecedor para franqueado, menores custos e maiores margens); excelente mix de produtos com ótima aceitação; projeto arquitetônico incluso na taxa de franquia; assessoria na localização do ponto, nas obras e na inauguração da loja; treinamento inicial, consultoria e visitas periódicas. Um dos setores que N° de unidades: 4 mais se mantiveram Áreas de interesse: regiões Sul, Sudeste e estáveis (alimentaCentro-Oeste ção), aliado a prestaApoio: PA, PP, PO, OM, TR, EI, PN, SP Taxas: R$ 15.000,00 (franquia), ção de serviços (deli5% (royalties) e 2% (publicidade) very), dentro de um Obra Civil/Equip.: A partir de R$ 65.000,00 único negócio. Só falta Estoque Inicial/Capital de Giro: R$ 20.000,00 você. Contato: Jorge Luiz Torres

PA- Projeto Arquitetônico, PM- Projeto Mercadológico, MP- Material Promocional, PP- Propaganda e Publicidade, PO- Projeto de Operação, OM- Orientação sobre Métodos de Trabalho, TRTreinamento, PF- Projeto Financeiro, FI- Financiamento, EI- Escolha de Equipamentos e Instalações, PN- Projeto Organizacional da Nova Unidade, SP- Solução de Ponto


FRANQUIAS EM EXPANSÃO Golden Services

Negócio: pretação de serviços do futuro Tel: 0800 12 7286 / Fax: (11) 374-3 2734 E-mail:franquia@goldenservice.com.br www.goldenservices.com.br

O futuro é aqui

Alps Negócio: escola de idiomas Tel: (19) 3296-0600 www.alpsschool.com.br

Nova oportunidade de negócios

SERVIÇOS DO FUTURO é um conceito de unidades de prestação de serviços de alta qualidade, instaladas estrategicamente para atender um público que busca praticidade, qualidade e preços justos. Em cada uma de nossas lojas encontramos o máximo em tecnologia e atendimento profissional para consertos de sapatos, bolsas e tênis, serviços de costura, além da mais moderna lavanderia do mercado. Nosso suporte é completo para o franqueado, desde a localização e negociação do ponto comercial até a implantação da loja. As franquias que hoje fazem parte do GOLDEN SERVICES são: SAPATARIA DO FUTURO (a sua loja de serviços com mais de 130 lojas em todo Brasil); COSTURA DO FUTURO (a única e mais completa rede nacional de serviços de reforma de roupas em geral); LAVANDERIA DO FUTURO (a lavanderia mais moderna do Nº de unidades próprias e franqueadas: 130 Brasil). Venha fazer parte Área de interesse: Brasil desse sucesso! Seja um Apoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, TR, PF. FI. franqueado do futuro! EL, PN, SP Informações para Taxa: variáveis (ver site) franquias: 0800 12 7286 e Instalação da empresa: variável (ver site) Capital de giro: variável www.goldenservices.com.br. Prazo de retorno: 24 a 36 meses

A ALPS é a rede de franquias de idiomas que mais cresce no Brasil. Lançada no mercado em 2001, já conta com mais de 100 franquias espalhadas por todo o país, sendo que pretendemos fechar este ano com cerca de 250 unidades. O método Alps foi desenvolvido nos Estados Unidos seguindo as mais modernas técnicas de neurolingüística, possibilitando um aprendizado rápido e permanente do inglês. Alguns alunos que já estudaram em outros métodos e depois vieram para a ALPS chegam a afirmar que falaram mais inglês em 20 horas em nossas escolas que em toda a sua experiência anterior. Essa é a grande oportunidade para você poder ter seu próprio negócio e fazer parte de uma empresa com know-how administrativo e comercial, e um sistema exclusivo de ensino. A Alps dá assessoria na seleção do ponto comercial, na adequação do imóvel e na implantação e operação da escola, treinamento pedagógico, comercial, além de todo o suporte de uma equipe de profissionais especializados que vão assessorá-lo no seu empreendimento. Esta é sua grande oportunidade de sucesso em uma rede em ampla expansão! Existem várias Nº de unidades próp. e franq.: 150 cidades disponíveis para a imÁreas de interesse: Brasil plantação de uma unidade Apoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, TR, PF, FI, EI, PN, SP Alps. Consulte nossa home Taxas: R$ 10 mil (franquia), 7% sobre compage (www.alpschool.com.br) pras (royalties) e R$ 12,0 p/ material didático e contate nosso Depto. de Instalação da empresa: R$ 30 mil a R$ 50 mil Franchising através do telefoPrazo de retorno: 12 a 18 meses ne (19) 3296-0600. Contato: Artur José Hipólito

Vicio

Livraria Modelo

Negócio: vestuário Tel/fax: (11) 3333-3322 franquia@vicio.com.br – www.vicio.com.br

Negócio: livraria Tel: (81) 3338-8019 Fax: (81) 3338-8069 www.modelo-online.com.br

Qualidade e diferenciação Criada em 1985 por Cláudio Fernandes, a VICIO traz desde o seu início produtos que vão ao encontro das necessidades e desejos dos consumidores mais exigentes. Masculino e feminino, básico e fashion, além dos acessórios, fazem da VICIO uma coleção completa com uma série de itens exclusivos. Atualmente a VICIO aposta na qualidade e diferenciação de seus produtos. Para isso investimentos constantes são feitos em pesquisas, não somente em tendências como também em novas matérias-primas e técnicas avançadas de produção e industrialização. Tudo isso levou à consolidação da marca no mercado nacional. Prova disso é a distribuição feita por mais de 500 pontos-de-venda que vão do extremo sul ao extremo norte do Nº de unidades: 4 próprias país. Com uma equipe forÁreas de interesse: Norte, Nordeste, mada por profissionais de Centro-Oeste, Sul e Sudeste ponta sempre atentos às Apoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, TR, EL, PN, SP. Taxas: R$ 30.000 a R$ 50.000 (taxa de constantes mudanças que franquia), 5% (royalties) e 2% ocorrem neste mercado, (publicidade) a VICIO certamente conInstalação da empresa: 600 a 1.000 m² tinuará sua constante Prazo de retorno: 18 a 24 meses busca!! Contato: Fernanda B. Dittmers

Abra um verdadeiro modelo de franquia Se você tem visão de mercado e quer ser bem-sucedido, este é o seu negócio. Abrir uma franquia Modelo é poder contar com toda a estrutura de uma empresa que dispõe de vasta experiência e de uma equipe especializada na venda a varejo, há mais de 15 anos. Além disso, a TWM Administradora de Franchising, empresa que é responsável pelo sistema de franquias da Modelo, fornece todo o suporte técnico e operacional aos franqueados com apoio mercadológico e treinamento para implementação, estruturação e gestão de sua loja. A diversidade e o suprimento dos produtos oferecidos ainda contam com a retaguarda da DPM, que é a maior distribuidora de material de escritório, escolar e suprimento para informática do Norte/NE. A marca Modelo por quatro anos consecutivos detém o maior share of mind no segmento de livrarias do GranNº de unidades: 6 de Recife, de acordo Área de interesse: Brasil com pesquisa do InsApoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, TR, PF, EI, PN, SP Taxas: de R$ 15.000,00 a R$ 35.000,00 tituto Harrop. Livra(franquia), 3% (royalties) e 2% (propaganda) ria Modelo. Venha faInstalação: R$ 1,5 mil por m2 construído zer parte desta históPrazo de retorno: 24 a 36 meses ria de sucesso. Contato: Joaquim Bezerra

PA- Projeto Arquitetônico, PM- Projeto Mercadológico, MP- Material Promocional, PP- Propaganda e Publicidade, PO- Projeto de Operação, OM- Orientação sobre Métodos de Trabalho, TRTreinamento, PF- Projeto Financeiro, FI- Financiamento, EI- Escolha de Equipamentos e Instalações, PN- Projeto Organizacional da Nova Unidade, SP- Solução de Ponto


Union Service

Fun Languages – The Kids Club

Negócio: recursos humanos Tel/Fax: (11) 3644-3351 mkt@unionservice.com.br

Negócio: inglês para crianças Tel: 0800 55 3565 www.funlanguages.com.br

Inglês com selo de qualidade

Recursos humanos

A Fun Languages – The Kids Club é a única franquia de curso de inglês para crianças premiada pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) com o Selo de Qualidade. De origem inglesa e com metodologia própria, a rede está presente em mais de dez países com cerca de 60 mil alunos pelo mundo. Só no Brasil, possui mais de cem unidades franqueadas, 10 mil alunos e está presente em 300 das melhores escolas. Com um pequeno investimento você abre uma franquia FUN LANGUAGES – THE KIDS CLUB e leva todo o nosso know-how até o aluno, esteja ele na escola, na academia, no clube ou em condomínios, sem a necessidade de iniciar seu negócio investindo em um ponto. Oferecemos total apoio, workshops regionais e convenções anuais e reciclagem de treinamento, gratuitamente, para franqueados e seus professoNº de unidades: 110 res. Se você fala inglês fluente, Áreas de interesse: Sul e Sudeste adora crianças e Apoio: total Taxas: R$ 5.000 (franquia), quer ter um negóNC (publicidade) e 12,5% (royalties) cio próprio, venha Capital de giro: R$ 2.000 conversar conosco! Prazo de retorno: 6 a 12 meses

A Union Service é a franquia de Recursos Humanos que há mais de dez anos vem se destacando no mercado de terceirização de serviços, recrutamento e seleção, e treinamento de pessoal efetivo e temporário, desenvolvendo soluções e parcerias. Devido ao seu pioneirismo no setor, a Union Service foi a primeira empresa do ramo a distribuir seu know-how pelo território brasileiro, através do sistema de franchising. As franquias levam o mesmo conhecimento e técnicas desenvolvidas, além de contar com um processo impecável de reciclagem e atualização de sistemas, assessoria jurídica e trabalhista e suporte de marketing. As premiações da ABF, Nº de unidades: 8 Área de interesse: Brasil Sindeprestem/Assertem, Apoio: MP, PP, PO, OM, TR, PF, EI, PN International Exporter’s SerTaxas: R$ 15.000 (franquia unitária) vice e a Certificação ISO 9002 e R$ 25.000 (franquia master) comprovam a qualidade dos Instalação da empresa: R$ 17.000 serviços e do sistema da Capital de giro: R$ 18.000 Prazo de retorno: 18 a 36 meses franquia da Union Service.

Contato: Shirleine Diniz

Contato: Eladio Cezar Toledo

Planet Idiomas Negócio: ensino de idiomas Tel: (19) 3254-3744 www.planet-idiomas.com.br

Sucesso comprovado em todo o país Com moderna e atualizada metodologia de ensino, a PLANET Idiomas vem se destacando como uma das melhores escolas de idiomas do país. Escolha o tipo de franquia que mais se identifica com você e faça parte deste sucesso! 1. FRANQUIA COMPACTA: Com investimento total de 04 X R$ 3.880 você tem uma escola totalmente montada. Franquia exclusiva para professores de idiomas e para cidades de até 50 mil habitantes ou pequenos bairros. 2. FRANQUIA PLENA: Com investimento total de R$ 60.000 você terá uma Escola PLANET com todos os diferenciais de sucesso. Franquia voltada para Nº de unidades: 1 própria / 54 empresários e para grandes franqueadas cidades ou grandes bairros. Área de interesse: Brasil 3. FRANQUIA DE Apoio: PA,MP, PP, OM, TR, EI, SP CONVERSÃO: Sob consulta. Taxas: R$ 6.000 a R$12.000 Instalação: R$ 20.000 a R$ 60.000 Damos carência para a paCapital de giro: R$ 12.000 dronização de sua escola. Prazo de retorno: 12 a 18 meses Contato: Cristhina Ventorino

PA- Projeto Arquitetônico, PM- Projeto Mercadológico, MP- Material Promocional, PP- Propaganda e Publicidade, PO- Projeto de Operação, OM- Orientação sobre Métodos de Trabalho, TRTreinamento, PF- Projeto Financeiro, FI- Financiamento, EI- Escolha de Equipamentos e Instalações, PN- Projeto Organizacional da Nova Unidade, SP- Solução de Ponto


Franquia

Total

Franco Franquia

FRANCO FRANQUIA

Responde

Especialista em dizer o que pensa e lembrar os cuidados que se deve ter antes de entrar no mundo das franquias.

Do leitor

Quando contrato um funcionário preciso mostrar apenas qual será a função dele ou também devo explicar o que é e o que significa trabalhar numa franquia?

2002

Caro leitor, à primeira vista, expor detalhes sobre o funcionamento de uma franquia parece não fazer muito sentido quando tudo o que se espera de um funcionário é que ele execute suas tarefas corretamente. Mas não há como não levar em conta as particularidades existentes em uma franquia e em um negócio “normal”. E por isso, na minha opinião, é importante você mostrar ao funcionário o tipo de negócio no qual ele irá trabalhar. Ao decidir por esse caminho “didático”, você poderá ter como retorno um grau maior de responsabilidade e comprometimento. Obviamente, a estratégia que você deve adotar não deve ser aquela que mais assuta, mais aterroriza do que instrui. Sim, porque algum franqueado pode chegar para um funcionário e dizer coisas do tipo: “Se você montar um sanduíche errado aqui na nossa loja, as vendas da franquia no Alasca vão cair pela metade porque isso aqui é uma rede!!!”. O exemplo é propositalmente exagerado para chamar sua atenção para o tipo de informação que você deve transmitir ao funcionário.

Caro Franco, Sou estudante do quarto ano do curso de Administração de Empresas da FIEO (Osasco), e tenho como tema de minha monografia o estudo do avanço do franchising no Brasil. Tenho encontrado muitos artigos sobre o tema, mas necessito de casos mais detalhados de sucesso e insucesso (principalmente) para colocar em meu estudo. Já tentei em muitos sites especializados mas não obtive sucesso. Peço a sua ajuda no envio de qualquer tipo de informação que tenha a respeito de casos com franqueados brasileiros. Agradeço a atenção e prometo enviar-lhe uma cópia assim que o estudo for concluído. Rafael Oliveira rafael.oliveira@jbotransportes.com.br

Uma boa maneira de começar é falar da história de fundação da rede. Mostre qual a importância em expandir um negócio em rede; fale das tecnologias, do know-how que é transferido; das estratégias em conjunto que podem ser adotadas; e dos custos (sem citar valores, tudo bem...) que a compra do “pacote” envolve. Claro, nunca se deve esquecer de mencionar os programas de incentivo que a rede oferece e aqueles planos de projeção na carreira que acabam sendo um bom chamariz para quem procura um emprego em uma franquia. Essas não são ações exclusivas das franquias, mas esse segmento costuma ter grande visibilidade, sobretudo entre os mais jovens. A idéia aqui é mostrar ao funcionário que ele está tendo uma oportunidade de trabalho em um negócio muito maior do que aquele ambiente no qual ele irá atuar. E, francamente, adicionando esse conhecimento, que gera motivação, a uma conduta ética e correta para com seus funcionários, as chances de você obter ótimos resultados se ampliam muito. E, então, vamos falar sobre franquia?

Rafael, O que posso lhe sugerir é que entre em contato diretamente com as redes de franquias que você considerar relevantes ao seu trabalho. Certamente nenhuma deixará de atender sua solicitação por informações. Quanto aos casos de insucesso, o melhor seria procurar a Associação Brasileira de Franchising (ABF), já que esse assunto, em muitos casos, envolve questões legais. De todo modo, quem desejar colaborar com o trabalho do Rafael pode enviar material diretamente para ele, no e-mail acima citado. Franco Franquia

EU leio

MARKETING MUITO MALUCO – Vencendo com as práticas menos convencionais (Chrisopher Locke) O tema desse livro parece absurdo. Mais ainda quando se descobre que em inglês o título é Gonzo Marketing (!?). Mas vale a pena conhecer as opiniões irreverentes, digamos assim, que o livro traz e que dão a agradável sensação de que existem outros caminhos no marketing. Encare esse livro como um plano B para melhorar seu marketing.

Escreva para Franco Franquia: francofranquia@empreendedor.com.br Outubro – Empreendedor

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2002

LINHA DIRETA: OCEANSAT leandro@oceansat.com.br . DIGIMASTER digimaster@inc.coppe.ufrj.br . ZENTECH anapaula@zentechoffshore.com.br

Os negócios vão O Brasil caminha para ser um dos principais pólos de exploração e produção de petróleo, o que abre um leque de oportunidades, mas exige que algumas incertezas ainda sejam superadas

por Lúcio Lambranho colaboração André Jockyman

(RJ)

Um mar de oportunidades cercado por ilhas de incertezas como a falta de mão-de-obra especializada e tecnologia. Assim poderíamos definir o setor de petróleo e gás no país. Mas como em todos os casos de grande dificuldade e com chances reais de sucesso, empreendedores brasileiros mostram que estão prontos para superar os limites técnicos com mais pesquisa e gestão profissional. Isso se quiserem atender grandes empresas, depois que o monopólio de exploração do petróleo foi quebrado de “fato” pela Shell. Nesse sentido, o Brasil caminha para ser um dos principais pólos mundiais de exploração e produção de petróleo. Nos próximos dez anos, de acordo com dados da Organização Nacional da Indústria de Petróleo (Onip), a indústria petrolífera brasileira deverá contar com investimentos internacionais do setor: cerca de US$ 100 bilhões, dos quais Outubro – Empreendedor

jorrar US$ 85 bilhões no segmento óleo e US$ 15 bilhões em plantas de gás natural. Cada bilhão aplicado no setor gera 37 mil empregos. Dados da Onip divulgados no 17º Congresso Mundial de Petróleo (Rio Oil & Gas 2002), que em setembro foi o centro das atenções no Rio de Janeiro por três dias, mostram que a produção de petróleo vai aumentar cerca de 80% em seis anos, passando dos atuais 1,4 milhão de barris diários, que corresponde a 72% da demanda nacional, para 2,5 milhões de barris/dia. Neste período, o consumo nacional de óleo, que atualmente é de 1,9 milhão de barris/dia, deve aumentar de 4% a 5% ao ano. Estima-se que o país se tornará auto-suficiente a partir de 2005. A indústria fornecedora de equipamentos e serviços para o setor de petróleo e gás se estrutura para competir pelos US$ 40 bilhões que serão investidos no país nos próximos cinco anos.

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Isso sem contar que, com esforço, as indústrias poderão concorrer pelos mercados da África e da América Latina, com investimentos estimados superiores a US$ 400 milhões nos próximos dez anos. Mas existem ainda muitos desafios para a indústria nacional superar antes de conquistar um mercado com números tão promissores. O primeiro deles é a tributação. O resíduo tributário pode onerar em até 7% um equipamento na cadeia do petróleo, segundo especialistas do setor. O Repetro – regime fiscal criado em 1999 para garantir isenção de ICMS para equipamentos utilizados na indústria de petróleo – ainda não está sendo colocado em prática. Por essa razão, algumas encomendas que poderiam ser absorvidas por empresas brasileiras foram direcionadas ao exterior. A indústria naval atravessou a década de 90 no vermelho

DIVULGAÇÃO

(Mercado


Projeções para os próximos anos Em seis anos, o aumento na produção de petróleo será de cerca de 80%, chegando a 2,5 milhões de barris/dia. Em dez anos, os investimentos na indústria petrolífera brasileira deverão ser de US$ 100 bilhões.

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por isso. A Petrobras deve continuar sendo estatal e a decisão política deve privilegiar a indústria nacional”, defende. Guedes se refere à licitação da estatal para a construção da plataforma P-50, em que por um diferença de 5,5% no preço final – US$ 224 milhões – o trabalho acabou sendo passado para a Jurong Shipyard, de Cingapura. Na contramão desse processo de importação de plataformas, a Agência Nacional de Petróleo (ANP), de acordo com Guedes, aumentou a possibilidade de cooperação com a incubadora. “Ainda não podemos divulgar todo o projeto, mas existe uma proposta de criação de uma incubadora setorial de petróleo na Coope com investimentos de R$ 3 milhões”, revela. [Algo grande no mar] Luiz Abílio Gusmão, sócio-gerente da Aquamodelo Consultoria e Engenharia, uma das empresas da incubadora, conta que seu negócio poderá apresentar serviços para um maior número de clientes. “Devemos agora estar ainda mais atentos para a qualidade dos nossos serviços, de forma a estar compatível ao formato que se apresenta no exterior e para podermos até surpreender os clientes na versatilidade e rapidez”, explica o empreendedor. A empresa é especializada em projetos e estudos na área de Recursos Hídricos. Presta serviços de consultoria em Engenharia Costeira, Oceanografia, Hidrologia Fluvial, Saneamento e Impactos Ambientais. A Aquamodelo já aplicava as ferramentas de simulação computacional em projetos e estudos de Engenharia Costeira, inclusive apresentando à Petrobras as vantagens decorrentes do uso dessas ferramentas desde 1992, quando Gusmão ainda era aluno de pós-graduação na Coppe, antes de ingressar na incubadora. “Para a Petrobras especificamente buscamos apresentar, sempre, um pouco a mais do que o encomendado e também aceitar de boa vontade algumas solicitações além do contrato. A nossa forEmpreendedor – Outubro

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[Milésimo contrato] A percepção geral é que o ramo de petróleo é destinado apenas para as megaempresas, mas existe cada vez mais mercado e oportunidades de negócios para pequenas empresas inovadoras de base tecnológica. Na incubadora da Coordenação de PósGraduação e Pesquisa em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), 30% das empresas são fornecedoras da cadeia do petróleo. Segundo Mauricio Guedes, coordenador da incubadora, essa é uma vocação antiga do centro tecnológico devido à proximidade com a Petrobras. Este ano, a Coppe comemorou seu milésimo contrato com a estatal do petróleo. “Durante 30 anos, esses contratos geraram uma produção acadêmica de extrema relevância para a universidade, com uma centena de teses sobre o setor”, diz. Ele explica que o Brasil tem a liderança mundial em exploração de petróleo em águas profundas, e por isso as pequenas empresas também vão ter um desafio tecnológico pela frente, pois a tendência é que nos próximos anos a

profundidade seja maior. Segundo Guedes, trabalhar a gestão nessas empresas é um grande processo de transformação de pessoas que chegam à incubadora com a cabeça de pesquisador e precisam rapidamente virar empresários. Puxada pelas empresas fornecedoras do setor, a incubadora da Coppe comemora a projeção de faturamento de R$ 21 milhões para 2002, contra R$ 12 milhões em 2001. Outro dado significativo é a geração de 350 empregos diretos por essas empresas, dos quais mais de um terço é ocupado por jovens mestres e doutores recém-saídos da universidade. A média de idade dos empreendedores é de 28 anos. Nas empresas fornecedoras da cadeia do petróleo, o período do processo de incubação costuma ser maior do que a permanência das empresas de outras áreas tecnológicas. “Isso porque os empreendedores dessa área têm de suprir necessidades de uma cadeia que possui requisitos de qualidade elevados. Também é necessário passar por uma rigorosa certificação administrativa, como acontece no caso da Petrobras”, lembra o gestor da incubadora. Para Guedes, a quebra do monopólio deve gerar novas oportunidades. Mas ele ressalta que a Petrobras sempre teve um trabalho de estímulo à indústria brasileira e espera que isso continue sendo feito. “A decisão de construir as plataformas no exterior também leva o trabalho para pequenas empresas lá de fora e não aqui no Brasil de acordo com a decisão que for tomada. Nada está resolvido ainda, mas ninguém esperava

LINHA DIRETA: COPPE/UFRJ www.coppe.ufrj.br . AQUAMODELO www.aquamodelo.com.br . ONIP www.onip.org.br

e só com o setor de petróleo entra novamente em atividade. Para garantir que as encomendas fossem executadas no Brasil, os Governos Federal e do Estado do Rio de Janeiro baixaram medidas de estímulo, como a regulamentação do Fundo de Marinha Mercante e a isenção de ICMS. A questão tecnológica também é outro grande problema para a indústria. O país está na 43ª posição no ranking da inovação tecnológica, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Isso significa que no ano passado foram gastos US$ 3,5 bilhões com o pagamento de royalties a empresas estrangeiras. No mesmo ano, o país importou US$ 3,5 bilhões em equipamentos, e cerca de 85% desse valor, segundo dados da Onip, poderia ser gasto com equipamentos fabricados no Brasil.


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mação profissional realizada pela UFRJ e Coppe representa o alicerce para respondermos às necessidades dessa grande empresa, que têm sido sempre crescentes”, explica Gusmão. Segundo ele, não há dúvida de que haverá muitos recursos disponíveis para esse mercado, seja nos estudos necessários às obtenções de licenças, na aquisição de dados de campo (correntes, ondas, sísmica) ou no desenvolvimento de técnicas de engenharia, e as pesquisas devem aumentar também outros setores. O empreendedor considera que a grande maioria dos campos está em fase de prospecção, que será seguida por extração, transporte até a costa e refino. “Mesmo com incertezas, e o Brasil tendo a intenção de estimular o uso de outras fontes de energia, como apresentado na Rio+10, há ainda muito a ser feito com o petróleo. Há algo de muito grande no ar. Digo, no mar”, acredita. Sua convicção está no fato de ter visto um grande número de estrangeiros trabalhando no Rio de Janeiro e uma enorme quantidade de empresas e visitantes na feira de óleo e gás. Seu nicho de mercado, diz Gusmão, está sendo favorecido, já que a prática da simulação também decorre de uma nova mentalidade dos órgãos ambientais, que passaram a absorver e exigir essa técnica não somente na área do petróleo, mas também em estudos referentes aos demais corpos aquáticos, como nos casos da Lagoa Rodrigo de Freitas e da Baía de Guanabara, e na dispersão de poluentes em rios. Luis D’Angelo, da Zentech Offshore, afirma que, mesmo antes da quebra “de fato” do monopólio no Brasil, a empresa vem mantendo contatos com as operadoras estrangeiras para estar presente quando houver demanda de serviços de engenharia especializada. “Nós estamos apostando e presenciando o aquecimento da indústria de óleo e gás Outubro – Empreendedor

sem o monopólio da Petrobras. O mer- na indústria offshore de petróleo. “Este cado certamente se comportará de modo segmento já existia quando a Petrobras mais competitivo, dando oportunidades era a única companhia atuando no a empresas de base tecnológica e especia- mercado, contratando operadoras nacionais e internacionais para desenlizada”, prevê. Segundo D’Angelo, que está na in- volver a atividade de exploração e procubadora da Coppe há quatro anos, dução”, lembra Cléia Ramos, uma das uma das principais difi- sócias da Digimaster. Cléia explica que as empresas estranculdades desse setor, geiras que estão ingressando nessa ativisendo uma pequena empresa de base tecno- dade vão requerer mais plataformas e lógica, é ganhar dos barcos de apoio, aumentando assim o clientes a credibilidade e mercado escolhido pelo seu negócio. confiabilidade nos ser- Ela cita também o início da produção de viços oferecidos. “So- petróleo por uma operadora estrangeira, mos poucos profissio- como é o caso da Shell em Bijupiránais, embora qualificados, para atender Salema, o que demandou alguns dos às necessidades de mercado. Hoje no materiais usados em plataformas ou Brasil existe uma carência enorme de barcos de apoio. “Esse é o foco do mão-de-obra qualificada para esta Portal e essa operação representou um aumento na nossa carteira de clientes atividade”, lembra. A Zentech esteve presente nos três potenciais. Dessa forma, nosso planeúltimos eventos de óleo e gás, mostran- jamento estratégico passa a incluí-los do o potencial de permanecer no mer- para efeito de marketing e prestação de cado de consultoria e colaborando com serviços”, diz a empreendedora. A empresa é a caçula das incubadas a indústria do setor. Durante esse período, a maior realização da empresa na Coppe e criou o primeiro portal foi um acordo em andamento com uma business-to-business de comercialização grande operadora que pode capacitar e de produtos para plataformas e barcos consolidar a Zentech na área de tecno- de apoio, com especial foco em plalogia de dutos. A empresa desenvolve taformas estrangeiras. “É a primeira vez projetos para águas profundas e campos que um site disponibiliza consulta técsubmarinos. Tem no seu portfólio pro- nico-comercial e cotação de material de gramas computacionais desenvolvidos consumo e sobressalentes voltados para in house com algoritmos avançados. A Zentech desenha e especifica análise de linhas, dutos, cabos e sistemas. Os empreendedores incubados também prestam serviços para a Petrobras, Feema e Marine Production System do Brasil, além de ser parceira da Zentech International. Outro nicho de mercado, focado pelo Portal Digimaster Online (www. digimasteronline.com.br), é o de plataformas marítimas GUEDES: NA INCUBADORA DA COPPE/UFRJ 30% DAS e barcos de apoio que atuam EMPRESAS SÃO DA CADEIA LIGADA AO PETRÓLEO

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(Mercado


DIVULGAÇÃO

o setor.” No caso do Digimaster são apresentados apenas produtos nacionais ou com representação no Brasil. O objetivo dos empresários é desenvolver o mercado local e incentivar a venda de equipamentos nacionais. Os resultados, segundo Cléia, são a alta redução de custos, a agilização dos processos operacionais e o incentivo ao mercado nacional de fabricantes.

DUQUE DE CAXIAS: REFINARIA UTILIZA TECNOLOGIA DESENVOLVIDA PELA COESTER, QUE TEVE SEU TRABALHO RECONHECIDO PELA PETROBRAS

promoção comercial, qualificação de pessoal e internacionalização da empresa. Conquistar o CRCC não foi tarefa fácil, pois as exigências internacionais são difíceis de serem vencidas. O processo se iniciou com um Termo de Cooperação, assinado em 1997, para desenvolvimento tecnológico de atuadores elétricos e equipamentos automatizados. Os produtos permitem o controle à distância de operações de abertura e fechamento de válvulas, direcionando o percurso de produtos em seu interior, através de redes de distribuição. A Refinaria Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, opera atualmente 142 válvulas com atuadores elétricos da indústria, comprovando a eficiência dos empreendedores. “O reconhecimento da Petrobras fortalece nosso posicionamento perante outras empresas nacionais e internacionais do mercado de petróleo e derivados. O apoio da Finep nos assegura o respaldo financeiro para nossas futuras expansões”, explica Coester. Na feira, ele iniciou negócios com empresas da Venezuela, Uruguai, Argentina, Bolívia, Estados Unidos, Europa e Oriente Médio. Além de construir essa base de relacionamentos, o empresário recebeu convite para participar em março do próximo ano de uma feira na Arábia Saudita. Já a Schneider Eletric do Brasil, também da rede gaúcha, aproveitou a Rio Oil & Gas para prospectar novos

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clientes e trabalhar sua imagem no mercado, a partir de um grande contrato fechado este ano com a transportadora de gás TBG. O negócio prevê o fornecimento de processo de distribuição de energia elétrica para a rede da TBG na região Sul. O contrato de R$ 4 milhões contempla o fornecimento de oito sites de subestações do gasoduto no Rio Grande do Sul. Com presença em 130 países, a Schneider Eletric atua em todo o processo de distribuição de energia elétrica. A empresa está presente no mercado de petróleo, fornecendo retrofit de painéis e calibragem de equipamentos em off shore, ou seja, operações em alto mar. Entre seus clientes nessa área estão a Petrobras e grandes empresas exploradoras de petróleo que operam na Bacia de Campos como a Total Fina e a Exxon. “As áreas de óleo e gás são prioridades em fornecimento de soluções de serviços, o que tornou o Rio Oil & Gas um momento atraente por reunir empresas deste setor de diversos pontos do mundo num único local, simplificando contatos e otimizando resultados”, comemora Luís Felipe Kessler, gerente da Schneider. Os exemplos dessas empresas mostram que existem chances reais para os empreendedores com grande especialização e dispostos a contornar os grandes entraves nacionais nesse segmento. Empreendedor – Outubro

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[Rede gaúcha] Não é só no Rio de Janeiro que esse mercado está sendo desenvolvido. Também participaram do 17º Congresso Mundial do Petróleo 89 empresas da Rede Gaúcha de Fornecedores de Base Tecnológica para o Setor de Petróleo e Gás Natural (Rede Petro-RS), projeto da Secretaria da Ciência e Tecnologia (SCT) do Rio Grande do Sul. Décio Fabrício da Costa, presidente da Petrobras Bolívia, convidou 12 empresas da rede para uma visita ao país andino, com o objetivo de iniciar contatos para ingresso naquele mercado, durante a Feira Industrial de Santa Cruz de La Sierra, cidade onde está a sede da Petrobras Bolívia. Só a estatal brasileira investirá este ano US$ 450 milhões em sua subsidiária boliviana. Uma das convidadas para a feira na Bolívia é a Coester. Marcus Coester, diretor de marketing da empresa gaúcha, diz que o Rio Oil & Gas 2002 marcou sua entrada no mercado internacional. A empresa, segundo ele, é a única detentora da tecnologia nacional de atuadores elétricos e soluções em automação de válvulas para petróleo e energia no Hemisfério Sul. O empreendedor obteve em agosto deste ano a homologação do Certificado de Registro de Classificação em Cadastro (CRCC) da Petrobras e o reconhecimento da Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério de Ciência e Tecnologia (Finep) como empresa de base tecnológica. A Finep vai destinar R$ 3 milhões, entre 2002 e 2004, para investimentos em desenvolvimento tecnológico, compra de ferramentas mais modernas, equipamentos para testes,



meu Como Empreender Melhor

Apoio Institucional

NEGÓCIO UMA PRODUÇÃO DA EDITORA EMPREENDEDOR

.

NÚMERO

1 .

OUTUBRO

2002 .

Como montar um Plano de Negócios Franchising é opção para novos empreendedores

Ser ou não ser o próprio patrão? . Segredos . Oportunidades . Legislação . Planejamento . . Re f e r ê n c i a s . N ú m e r o s e C u r i o s i d a d e s .


Questão Pessoal

A decisão de ser o próprio patrão Muitos fatores podem influenciar uma pessoa na hora de optar pela abertura de um negócio. Por isso mesmo, é preciso muita reflexão para não errar na escolha A decisão de ser o próprio patrão não ocorre por acaso nem por um passe de mágicas. É fruto de uma cadeia de acontecimentos que mexem com aspectos pessoais e profissionais de um indivíduo. Para a consultora de empresas Dulce Magalhães, abrir uma empresa está no inconsciente coletivo das pessoas. Assim, muitos são levados a empreender não por um desejo próprio, mas porque são impulsionados para isso. O professor Rogério Chèr, autor do livro Meu Próprio Negócio, afirma que muitos “empreendedores” abrem seus negócios por motivações incorretas. “Em primeiro lugar, além do status de ser empresário e seu próprio patrão, dono do seu próprio nariz, muitos acreditam que terão maior liberdade, que serão donos dos seus horários. A experiência indica algo bem diferente. O empreendedor iniciante trabalha muito — às vezes até aos fins de semana — e sem ganhar hora extra”, explica Chèr.

par a ler e p ensar para pensar

Empreender negócio

em

próprio

um é

muito mais do que ter uma atividade ou uma ser

empresa; tratado

deve

como

um projeto de vida Dulce Magalhães, consultora

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Outro problema, segundo o professor, é abrir o negócio em função exclusivamente de dominar uma técnica. “O sujeito pensa: ‘Sei fabricar esse produto, ou sei prestar esse serviço. Então vou abrir uma empresa para comercializá-los’. A premissa nesse caso é a seguinte: ‘Ao conhecer como se faz esse produto e como se presta esse serviço, automaticamente sei como se opera um negócio que comercializa tanto o produto quanto o serviço’. Engano. A pergunta que fatalmente deixa de ser feita nesses casos é: ‘Existe alguém lá fora interessado nisso’?”, ensina. O professor Fernando Dolabela, um dos grandes nomes do ensino do empreendedorismo no Brasil, afirma que existem empreendedores voluntários e involuntários. “Para estes últimos as portas dos empregos estiveram fechadas por vários motivos, principalmente porque não tiveram acesso à educação de alto nível”, analisa. “Os empreendedores voluntários, minoria entre nós, não escondem seus sonhos e passam a vida tentando realizá-los”, completa. Nesse sentido, há várias motivações para que uma pessoa decida abrir seu próprio negócio. Entre essas motivações, as mais comuns são as seguintes: Desejo de não ter patrão Muitos consultores consideram essa não uma motivação, mas sim uma ilusão daqueles que esquecem que em todo negócio haverá sempre alguém a quem prestar contas, como clientes e funcionários. De todo modo, a idéia de não ter patrão pode indicar uma disposição de desenvolver uma própria visão de como empreender e administrar uma empresa.

Por necessidade A falta de uma oportunidade de emprego pode obrigar — essa é a palavra — um indivíduo a recorrer a um negócio próprio como alternativa de sobrevivência. Nesses casos também nascem muitos negócios informais. Por vocação Considera-se que aqueles que demonstram alguma vocação para exercer algum tipo de trabalho têm muitas chances de sucesso. “Quando não há vocação é provável que na primeira oportunidade de emprego a pessoa migre para essa condição. E aí o negócio próprio cumpre seu papel de colocar o indivíduo na vitrine do mercado”, aponta Dulce Magalhães. Por pr essões familiar es e do meio pressões familiares Quando a “motivação” nasce dessa forma, mesmo que funcione e gere bons resultados, a insatisfação do empreendedor por estar tocando um negócio por pressão pode emperrar a expansão do empreendimento e, principalmente, o desenvolvimento pessoal e profissional do indivíduo. Desejo de fazer algo por si mesmo Nas palavras da consultora Dulce Magalhães, “esse é o espírito empreendedor colocado na prática”. Mas ela ressalta que é preciso se preparar para dar certo porque não há milagres e o mercado é cada dia mais competitivo. Visão de uma oportunidade Esta é uma habilidade dos verdadeiros empreendedores: perceber uma oportunidade, um produto ou serviço inovador. Para isso, é preciso estar sempre de olhos bem abertos, literalmente, absorvendo e analisando novas informações a todo momento. Mas por qualquer motivo que seja, a decisão de ser o seu próprio patrão exige do futuro empresário uma profunda reflexão. Afinal, a decisão modifica presente e projeta seu futuro. “Em geral, o empresário bemsucedido guarda consigo a convicção — ainda que inconscientemente formada — de que o maior inimigo a temer é ele mesmo”, afirma o professor Rogério Chèr. “Abrir um negócio próprio não é uma atividade restrita aos privilegiados pelo destino. O sucesso depende de criteriosa auto-análise, de um plano de negócios, do conhecimento sobre o segmento de mercado em que se pretende atuar, da vontade e da atitude perante oportunidades empreendedoras”, analisa. Outubro 2002 . Meu Negócio


Cá Entre Nós

v 1. Estou ciente dos riscos que o teria de assumir? c ê 2. Estou ciente da responsabilidade de abrir uma empresa? t e 3. Estou preparado para m identificar novas oportunidades? a s 4. Reconheço a importância de me manter sempre r atualizado, buscando novos e conhecimentos? s p 5. Qual é o meu grau de o informação sobre o ramo em s que pretendo atuar e sobre as áreas que envolvem a t a administração de um negócio? s 6. Será que sou organizado o ? suficiente para administrar

Inspiração na dose certa Conhecer de que forma empreendedores de sucesso montaram seus negócios serve como motivação, mas cuidado para não se iludir Histórias de empreendedores de sucesso são sempre muito inspiradoras para quem sonha com seu próprio negócio. Ainda mais que a maioria dessas histórias é contada sempre com grande riqueza de detalhes, que transformam meros mortais em figuras mitológicas, geniais. É sempre importante conhecer a trajetória desses grandes nomes para absorver ensinamentos que podem ser de grande utilidade no nascimento de uma nova empresa. Saber, por exemplo, de onde grandes empreendedores tiraram suas idéias pode ajudar muito aqueles que sonham com o próprio, mas não sabem ao certo que tipo de negócio montar. O gráfico abaixo representa muito bem como o nascimento de uma idéia pode ocorrer. Mas também é fundamental que o futuro

empresário nunca esqueça que o sucesso dos grandes empreendedores não deve ser visto como “receita de bolo”. Ou seja, não se deve simplesmente pegar o exemplo para reproduzi-lo. Até porque o sucesso de uma idéia de negócio está relacionado ao ambiente, à realidade do mercado onde está inserido. Lembre-se, por exemplo, de Henry Ford, pioneiro da indústria automobilística, que simplesmente transformou o carro de artigo de luxo em necessidade no começo do século passado. Ford fez de sua paixão pela mecânica e de seu desejo de que todo americano tivesse um carro as molas propulsoras para vislumbrar a produção em série de automóveis, um acontecimento sem precedentes e que praticamente marcou o início da indústria automobilística tal como a conhecemos hoje em dia. Assim como Ford, muitos empreendedores têm suas paixões e seus desejos por um bem comum, o que, a partir da própria necessidade do mercado, pode se transformar numa oportunidade de negócio. Portanto, inspire-se em histórias como a de Henry Ford, mas nunca deixe de enxergar a realidade que está à sua volta.

uma empresa? 7. Tenho capacidade de tomar decisões, mesmo sob pressão? 8. Estou preparado para assumir as responsabilidades de liderar uma equipe de trabalho? 9. Qual o tempo que terei para me dedicar ao meu próprio negócio? 10. Tenho paixão pelo ramo de atividade que pretendo atuar? Fonte: Baseado em artigo do professor José Carlos Assis Dornelas e em depoimento da consultora Dulce Magalhães

Meu Negócio . Outubro 2002

De onde nascem as idéias dos empreendedores 71% Copiou ou modificou uma idéia a partir de de emprego anterior 20% Descobriu por acaso: . Transformou um trabalho casual ou temporário em uma empresa (7%) . Desejou a idéia como um cliente individual (6%) . Por acaso leu sobre o setor (4%) 20% . Desenvolveu a idéia de um membro da família (2%) . Pensou no assunto durante a lua-de-mel na Itália (1%)

5%

4%

5% Descobriu na onda da revolução dos PCs 4% Descobriu através de pesquisa sistemática em busca de oportunidades

71%

Fonte: “100 fundadores das 500 empresas privadas de maior crescimento nos Estados Unidos”, publicado na revista Inc . (1989) e reproduzido no livro Empreendedorismo e Estratégia, da Coleção Harvard Business Review (Editora Campus)

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Mapa das Oportunidades

A carta na manga do novo empreendedor O franchising é o caminho para aqueles que querem abrir o próprio negócio, já tendo know-how e marca testados e aprovados pelos consumidores Quando se pensa em franchising muitas marcas famosas vêm à cabeça. Mas franchising também pode ser traduzido como a carta na manga para quem deseja abrir seu próprio negócio, fazendo um investimento com riscos muito menores. A razão para isso é simples: ao comprar uma franquia, o empreendedor já inicia seu negócio a partir de uma marca forte e com todo um know-how de gestão já devidamente testado por outros franqueados e aprovado por muitos consumidores. O franchising se destaca e atrai novos empreendedores por causa da padronização

f ique de olho no mer cado mercado

600

é o número aproximado de empresas franqueadoras brasileiras

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é o número de unidades franqueadas em todo o Brasil

é a posição do Brasil no ranking mundial do franchising, atrás apenas dos Estados Unidos e do Japão

mil

lugar

o candidato a franqueado Não há um consenso a quant o ao p er quanto per erff il ideal par para o empreendedor que quiser assumir uma franquia. No entanto, algumas características são fundamentais: Boa comunicação

R$ 25

milhões

é o faturamento anual do mercado brasileiro de franchising

Fonte: Associação Brasileira de Franchising

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das operações, da valorização da marca, dos manuais de treinamento, da identidade visual, da logística da distribuição, entre tantos outros fatores. “Acima de tudo, as boas operações de franchising ensinam que hoje em dia não basta entender do negócio. Mais do que isso, é preciso entender de gestão do negócio. Afinal, lucrar não é algo que ‘acontece’. Lucro a gente constrói no dia-a-dia, fazendo o que deve ser feito”, afirma o consultor Marcelo Cherto, um dos pioneiros do sistema no Brasil. Falando em pioneirismo, o Brasil teve seu boom na década de 80. Nesse período houve a popularização e a expansão das redes de fast food, como McDonald’s e Bob’s; de perfumes, como O Boticário e Água de Cheiro; além de lojas de roupas e escolas de idiomas. Hoje, o mercado de franchising no Brasil se mantém aquecido, como mostram os números no quadro abaixo, porém muito mais maduro, profissional e seletivo que no passado.

Perfil de gestão de recursos Flexibilidade para mudanças Dedicação no negócio Competência em seguir tendências

Conceitos Franchising Estratégia para distribuição e comercialização de produtos e serviços. É um método seguro e eficaz para as empresas que desejam ampliar suas operações com baixo investimento, representando, por outro lado, uma grande oportunidade para quem quer ser dono de seu próprio negócio.

Franqueado Pessoa física ou jurídica que adquire a franquia. Dependendo da política adotada pelo franqueador, o franqueado também é quem, obrigatoriamente, opera e administra a franquia.

Franqueador Pessoa jurídica que autoriza terceiros – os franqueados – a fazer uso de sua marca e, muitas vezes, nos sistemas mais bem estruturados, também de sua experiência, seu conhecimento e outras “competências” que desenvolveu, de modo que esses franqueados possam implantar, operar e administrar seus próprios negócios, nos quais deverão comercializar os produtos e serviços autorizados pelo franqueador.

Franquia Unidade franqueada, ou seja, a prestadora de serviços que é aberta por um terceiro e não pelo dono da marca. Franquia também pode ser o sistema ou contrato de franchising.

Franquia de negócio formatado Tipo de franquia em que o franqueador coloca à disposição do franqueado não apenas uma marca e o acesso a determinados produtos, mas, acima de tudo, todo um pacote de informações sobre a implantação, a operação e a administração do negócio que o mesmo pretende iniciar.

eendedor Fonte: Franquia Total – Suplemento da revista Empr Empreendedor

Outubro 2002 . Meu Negócio

&


Base Legal

&

Modalidades Franquia individual

Modalidade que não divide espaços com outras franquias. É a mais usual, por manter o conceito adequado de franquia. Funciona num ponto comercial especificamente escolhido para o negócio, independentemente do ramo de atividade antes existente no local.

Franquia de conversão Modalidade na qual a experiência empresarial e investimentos do franqueado se revertem para o franqueador num mesmo ramo de negócios. O empresário independente transfere sua tecnologia de negócio isolado para o franqueador, numa troca de experiências. Aproveita e valoriza o ponto comercial já existente, visando maior rentabilidade e menor investimento entre as partes.

Franquia combinada Reúne franquias diferentes, com um mesmo franqueado, num mesmo ponto comercial. Visa vantagens através de uma integração total de atividades, desde que não haja restrição por parte dos franqueados.

Franquia Shop in Shop Franquia que aproveita o atual ramo de negócios do franqueado, incluindo seu ponto comercial, para incorporar uma franquia de outro ramo de negócios.

Franquia de miniunidades Franquia individual, com ponto comercial versátil. Pode funcionar numa pequena loja, num quiosque, num caminho, num ponto de coleta de serviços, ou seja, numa área reduzida para operação do negócio.

Master-franquia É quando o franqueador autoriza o franqueado a repassar a marca e/ou o método de trabalho para ampliar a rede numa determinada região, tanto em território nacional como internacional.

Meu Negócio . Outubro 2002

Empreendedor versus burocracia A falta de conhecimento a respeito da legislação muitas vezes inibe o indivíduo interessado em ser dono do próprio negócio As questões referentes à parte administrativa de uma empresa são apontadas com freqüência como as mais complicadas para um novo empresário. E, realmente, compreender como funciona a legislação empresarial não é uma tarefa fácil. Esse embate entre o novo empresário e a burocracia já começa no momento de definir o tipo de empresa em que o seu negócio vai se enquadrar e passa pelos entraves nos órgãos que você terá de percorrer ao longo desse processo. Vale destacar que para definir o tipo de empresa que você irá abrir é importante buscar o apoio de entidades como o próprio Sebrae, que ajudarão a esclarecer ainda mais as vantagens e as desvantagens de cada modelo. Como no início uma nova empresa nem sempre pode contar com uma estrutura organizacional ideal, é importante buscar o apoio de profissionais terceirizados. E, quando se está montando a empresa, o primeiro profissional da lista é o contador. Para contratar os seus serviços, a primeira dica é saber se o profissional está devidamente registrado no Conselho Regional de Contabilidade. Lá, você poderá obter mais referências sobre o trabalho do contador. Além disso, é importante que você busque outras informações do profissional junto a empresas ou pessoas conhecidas. Um outro aspecto importante no processo de contratação de um contador é saber exatamente o tipo de trabalho que ele irá desenvolver. Defina, por exemplo, se ele só irá atuar no processo de abertu-

ra da empresa ou se ficará responsável pela organização e administração das contas a pagar, principalmente no que se refere a taxas e impostos. Os honorários desse profissional dependerão dos serviços que prestar à sua empresa. Você também terá de decidir entre contratar uma empresa de contabilidade ou um contador autônomo.

Tipos de empresas Veja onde sua empresa se enquadra: Firma Individual: somente uma pessoa assume o negócio. Empresas que tenham como finalidade única a prestação de serviços não podem ser uma empresa individual. Sociedade Limitada: é uma das formas mais usuais de sociedade, à qual podem se associar duas ou mais pessoas. Sociedade Civil: tem o fim único e exclusivo de prestação de serviços, sendo formada na maioria das vezes por profissionais liberais. No final da sua razão social deve constar o termo “S/C Ltda”. Sociedade Anônima: caracterizam-se por ser uma empresa do mercado de capitais. Não constitui um tipo que serve ao empresário em início de carreira, pois faz parte de outra esfera de negócios. É vedado, por exemplo, que empresas optantes pelo Simples se constituam sob a forma de sociedades anônimas. Fonte: Revista Jovem Empreendedor – nº 4, 2000.

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Planejar é Preciso

A melhor bússola dos negócios Ponto de partida de muitos empreendimentos de sucesso, o Plano de Negócios tem, num primeiro momento, a função de “guiar” a empresa dentro do segmento em que escolheu atuar Planejamento é uma palavra-chave para quem pretende ingressar no mundo dos negócios. Dificilmente um empreendimento em que a palavra planejar não seja conjugada atinge resultados exO que é Plano pressivos. E sem de Negócios? dúvida, no caso de Documento que um novo negócio, contém a caractenha ele o tamaterização do nenho que tiver, é gócio, sua forma necessário um de op er ar erar ar,, suas oper Plano de Negóciestratégias, seu os. Por uma simplano para conples razão: abrir quistar uma fatia um negócio sem do mercado e as antes fazer um projeções de Plano de Negócidespesas, receios é como fazer tas e resultados uma viagem de financeiros. avião sem mapa, sem plano de vôo e sem ter fixado antes o destino a que se quer chegar. O autor dessa definição, o professor da PUC-Rio César Simões Salim, co-autor do livro Construindo Planos de Negócios , é enfático em dizer que “o Plano de Negócios é o planejamento do empreendimento e serve para testar se ele é viável e estabelecer em que condições o negócio deve ser feito de tal forma que possa ser bem-sucedido”. Assim, atesta o professor, a elaboração do Plano de Negócios funciona como uma espécie de “antídoto” para diminuir a mortalidade das novas empresas e para

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garantir o crescimento das empresas já existentes. “Mas é claro que o plano precisa ser bem feito para que isso seja verdade”, adverte.

Informações de qualidade Hoje em dia é cada vez mais comum ouvir falar a respeito do Plano de Negócios. Essa “popularização” se deve não apenas à conscientização dos empreendedores sobre a importância do plano, mas também à expansão das incubadoras de empresas e à concessão de capital de risco, em que ter um Plano de Negócios é sim-

v o 1. Qual é o meu negócio? c 2. Aonde quero chegar? ê

3. O que vendo?

t e 4. Para quem vendo? m

plesmente vital. Até por questões como essas, a elaboração do Plano de Negócios deixou para trás qualquer caráter pejorativo, quando se dizia que o plano não passava de um exercício de futurologia. O que se vê agora é justamente uma preocupação cada vez maior em aproximar os dados constantes em um plano da realidade do mercado em que se quer atingir. E este é um dos segredos de um Plano de Negócios: a qualidade das informações que o empreendedor reúne para sua elaboração.. Em primeiro lugar, ensina o professor, o empreendedor precisa definir qual o negócio, o que será produzido ou que serviço será oferecido, para que mercado se destina o produto ou serviço, que tipo de necessidade vai atender. “Feito isso, deve fazer o modelo do negócio e testá-lo o mais que puder”, ensina Salim. Depois virá a pesquisa de mercado e a definição da estratégia da empresa. Finalmente, vão ser feitas as projeções financeiras e o projeto de como vai se organizar a empresa. Um alerta importante é que o empreendedor não deixe nunca de revisar aquilo que colocou no Plano de Negócios. “Sem fazer uma revisão periódica do Plano de Negócios o empreendedor não estará acompanhando a evolução do mercado, de seus competidores, da situação econômica e tecnológica”, aponta o professor. Na medida em que haja mudanças do cenário do mercado, da economia, da tecnologia ou das ações dos competidores, deve ser feita a revisão do Plano de Negócios. Isso em geral requer uma revisão semestral do plano, mas, dependendo do tipo de negócio e da situação do mercado, é necessário fazer essa revisão em períodos maiores ou menores.

5. Que estratégias utilizarei?

a s 6. Como conquistarei mercado? r 7. Quais são os fatores críticos do sucesso do meu negócio? e s 8. Quanto vou gastar? p o 9. Que retorno terei sobre meu s investimento?

Outubro 2002 . Meu Negócio


Planejar é preciso

Vamos por par partt es... Todo planejamento deve contemplar os seguintes aspectos: Fins Especificação de objetivos e metas. Meios Escolha de políticas, programas, procedimentos e práticas através das quais se tentará atingir os objetivos. Recursos Determinação dos tipos e quantidades de recursos necessários, como eles devem ser gerados ou obtidos e como eles devem ser alocados às atividades. Implantação Determinação de procedimentos para a tomada de decisão e de uma maneira de organizá-los para que o plano possa ser executado. Controle Determinação de procedimentos para antecipar ou detectar erros no plano ou falhas na sua execução e para prevenir ou corrigir continuamente esses erros e falhas.

Roteiro de Plano de Negócios 1. O Projeto 1.1 – Resumo Executivo 1.2 – Missão 1.3 – Objetivos 2. Os Empreendedores 2.1 – Perfil Individual 2.2 – Motivação 2.3 – Estrutura Organizacional 3. Plano de Marketing 3.1 – Ambiente de Mercado 3.2 – Definição do Projeto 3.3 – Características Técnicas do Produto 3.4 - Estudo de Mercado 3.5 – Avaliação Contínua do Projeto 3.6 - Concorrência 4. Plano de Vendas 4.1 – Estratégia Geral de Vendas 4.2 – Distribuição 4.3 – Política de Preços 4.4 – Propaganda e Promoção 4.5 – Pós-Venda e Garantia 5. Plano Financeiro 5.1 – Investimento Inicial 5.2 – Despesas Fixas 5.3 – Receita Bruta Meu Negócio . Outubro 2002

O que você precisa saber antes de... Contratar funcionários • A primeira providência é saber se a sua empresa tem capacidade financeira para absorver os custos de um funcionário. Consulte seu contador. Geralmente, no momento em que se elabora um plano de negócios, já se faz uma projeção de quantas pessoas serão necessárias para o andamento do negócio. Também é fundamental que você tenha com clareza o perfil do funcionário que irá contratar. E isso envolve não apenas a definição das tarefas a serem executadas, mas sobretudo aspectos como envolvimento, comprometimento, criatividade, entre outros.

Comprar uma franquia • Pesquisa é a palavra-chave no momento em que se decide pela compra de uma franquia. Saiba de antemão em que segmento você pretende atuar. E como o mercado de franchising no Brasil vive um momento de maturidade e de muito profissionalismo não é difícil encontrar uma rede na qual não se corra o risco de embarcar numa canoa furada. Procure estudar de cabo a rabo todos os custos e todos os benefícios oferecidos. Entre em contato com as redes, participe de eventos, como feiras, por exemplo, e, mais importante, converse com franqueados para saber mais a fundo sobre a relação com a direção da rede.

Escolh er Escolher f or necedor es • ornecedor necedores Aqui o que deve ser levado em conta, além, é claro, da qualidade do produto ou do serviço oferecido, é estudar preços e prazos. De nada adianta você economizar no preço e ficar sem garantia de entrega no prazo. Da mesma forma, se o preço que você for pagar estiver um pouco acima do cobrado por outros fornecedores, exija uma espécie de tratamento vip. Não feche negócio com o primeiro fornecedor que aparecer. E também não se deixe impressionar por promessas mirabolantes que, por isso mesmo, raramente são cumpridas.

Escolh er Escolher o ponto • Dependendo do tipo de negócio que se pretende abrir, a escolha do local de funcionamento é tão essencial quanto qualquer outra ação de marketing da empresa. A partir disso, procure conhecer a “vizinhança” e saber se é viável ou não abrir o negócio naquele local. Não se esqueça de verificar quantos concorrentes atuam na mesma região e também que tipo de produto ou serviço você pode agregar para se diferenciar deles. É o que acontece em segmentos como lanchonetes e farmácias, por exemplo. Muitas funcionam lado a lado, mas sempre com algum tipo de diferencial.

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Ponto de Referência Sebr ae www.sebrae.com.br Sebrae

Plano de Negócios www.planodenegócios.com.br

sites

Página da principal entidade de apoio a novos negócios no Brasil. Com muitas informações que ajudam os candidatos a empresários a compreender melhor cada passo que envolve a abertura e a administração de um negócio.

Sob o comando do professor e pesquisador José Carlos Assis Dornelas, é um dos poucos em língua portuguesa dedicado

Empreendedor www.empreendedor.com.br

Traz informações sobre novos negócios e para quem quer incrementar seus resultados com dicas exclusivas sobre marketing e adminstração, incluindo artigos e reportagens publicada na revista Empreendedor Empreendedor. Destaque também para informações sobre o mercado de franquias, incluindo os dados do Guia Oficial de Franquias .

Empreender www.empreender.com

exclusivamente a esclarecer timtim por tim-tim cada item de um plano de negócio. Confira os exemplos de planos disponibilizados na página.

Associação Brasileira de Franchising www.abf.com.br Aqui o empreendedor fica por dentro de tudo o que envolve o mercado brasileiro de franchising. Dicas para franqueadores e franqueados, além de informações sobre eventos (cursos e palestras) promovidos pela entidade com o objetivo de profissionalizar cada vez mais aqueles que optam pelo franchising como ramo de negócio.

livros

Artigos e dicas para quem quer empreender são o destaque do site, que tem à frente o professor Rogério Chèr.

Empreendedorismo José Carlos Assis Dornelas

Meu Próprio Negócio Rogério Chèr

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... que trabalhar em associação com outros empreendedores pode se tornar uma maneira eficaz de resistir aos solavancos do mercado? Além do franchising, existem outras duas formas de atuação em conjunto: associativismo e cooperativismo perativismo. A primeira é uma união que deve ser registrada oficialmente. Não tem caráter comercial, mas ajuda muitas pequenas empresas a melhorar aspectos importantes de seus negócios como a negociação com fornecedores. Já a segunda é uma associação autônoma de pessoas que se unem para satisfazer, no caso, necessidades e aspirações econômicas, seguindo uma legislação específica. ... que as empresas juniores são uma alternativa para aqueles empreendedores que não podem investir alto no trabalho de consultorias? Atuando em diversas áreas, as EJr. são formadas por universitários, que prestam serviços sob a supervisão de seus professores. ... que na década de 60 David McClelland, psicólogo da Universidade de Harvard, fez um trabalho pioneiro, no qual identificou nos elementos de sucesso um elemento psicológico crítico, denominado por ele de “motivação de realização” ou “impulso para melhorar”? A partir disso, McClelland desenvolveu o treinamento da motivação para a realização, cuja finalidade era melhorar tal característica e torná-la aplicável em situações empresariais.

meu

Construindo Planos de Negócios Cesar Simões Salim, Nelson Hochman, Andrea Cecilia Ramal e Silvina Ana Ramal

Tudo Sobr e Sobre Franchising Daniel Plá

Você sabia...

Como Empreender Melhor

NEGÓCIO UMA

PRODUÇÃO DA EDITORA EMPREENDEDOR OUTUBRO 2002 DIRETOR - EDITOR : ACARI AMORIM DIRETOR DE MARKETING E COMERCIALIZAÇÃO : JOSÉ LAMONICA

A Nova Era do Franchising Paulo A. Lopez e Ana Vecchi

EDIÇÃO E TEXTOS : ALEXANDRE GONÇALVES PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: ANGELITA CORRÊA REVISÃO : JOSÉ RENATO DE FARIA ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA : AV. OSMAR CUNHA, 183 - BL. C 9º ANDAR - CEP 88015-900 FLORIANÓPOLIS - SC

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meunegocio@empreendedor.com.br

Outubro 2002 . Meu Negócio



ILUSTRAÇÃO CLÓVIS GEYER

TENDÊNCIAS

A volta do olho no olho

2002

O contato direto, cara a cara, olho no olho, está voltando a ser valorizado no meio corporativo depois da moda da gestão virtual

Mais um processo de reversão de expectativas está acontecendo no ambiente empresarial causado pela ressaca nos modismos alimentados pela internet. A bola da vez agora é a chamada virtualização do ambiente de trabalho, que começou por volta de 1997 nos Estados Unidos e se espalhou depois pelo mundo inteiro, quando as empresas mandaram funcionários trabalhar em casa e o meio de comunicação preferencial passou a ser a internet. Hoje, os empresários descobriram que há coisas que podem ser feitas, com mais eficiência, por correio eletrônico, e outras não. Descobriram, por exemplo, que na fase executiva as ferramentas virtuais de comunicação funcionam maravilhosamente, mas na fase deliberativa as chances de erro ou equívoco crescem perigosamente quando falta o contato direto, o cara a cara, que os americanos transformaram em mais uma de suas siglas cabalísticas: F2F. Para que um negócio importante seja fechado, uma das condições essenciais é a confiabilidade, e isso dificilmente surge quando os interlocutores só se conhecem através do correio eletrônico. Outubro – Empreendedor

Escaldados pelos problemas causados pela onda de virtualização, as empresas e também órgãos públicos nos Estados Unidos e Europa começaram a investir em pesquisas sobre relacionamentos humanos em ambientes de trabalho. A renomada London School of Ecomomics abriu uma linha de pesquisas em que os primeiros resultados indicaram que não só houve um retorno aos ambientes coletivos de trabalho como também as próprias empresas começaram a se agrupar em determinados bairros ou cidades. No caso da indústria cinematográfica norte-americana, a produção de filmes está cada dia mais saindo de Hollywood, mas em compensação os conselhos diretores e os principais executivos e os grupos de criação (roteiristas, desenhistas, efeitos visuais) do segmento estão fazendo o trajeto inverso. Em Nova York, o prefeito Michael Bloomberg reformou o prédio da prefeitura criando grandes salões divididos em cubículos para incentivar o contato olho no olho. Essa preocupação presencial está levando as empresas a criar verdadeiras comunidades. As empresas de capital

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de risco, que financiaram a maior parte do crescimento da Internet, hoje se agrupam numa mesma rua, a Sand Hill Road, em Palo Alto na Califórnia, porque seus executivos querem ter contato freqüente entre si, mesmo que seja entre concorrentes. Na verdade essa é uma tendência que já existia mesmo antes do surgimento da internet e da revolução informática. Nos Estados Unidos, 40% de todas as empresas do país estão concentradas em apenas 1,5% do território nacional. Aqui no Brasil o fenômeno é similar, embora as estatísticas sejam muito menos precisas. Até mesmo empresas genuinamente cibernéticas, como a Oracle (a líder mundial em softwares para bancos de dados), estão agora estimulando seus gerentes a meter o pé na estrada para ter contatos mais assíduos e diretos com os seus subordinados. Os laboratórios Glaxo passaram a realizar reuniões mais freqüentes entre os encarregados de pesquisas para evitar o descompasso entre grupos que se relacionavam apenas através de recursos virtuais. Aqui no Brasil a Petrobras também decidiu intensificar o cara a cara nas


Editado por

Carlos Castilho

TENDÊNCIAS

castilho@matrix.com.br

O fim do estrelismo gerencial A sucessão de escândalos em grandes multinacionais e a queda dos lucros reais estão mudando as relações entre gerentes e acionistas

decisões corporativas depois que descobriu que estavam aumentando os atritos e a desconfiança entre funcionários e gerentes, por causa da ausência de contato pessoal. Essa reversão de expectativas mostra, mais uma vez, que a internet pode ser fantástica, mas não é um santo remédio para todas as mazelas corporativas. Expressões e organizações mencionadas no texto: F2F face to face (cara a cara) London School of Economics www.lse.ac.uk Sand Hill Road www.paloaltoonline.com/paw/ paonline/news_features/ sand_hill_road/ Oracle www.oracle.com Glaxo www.gsk.com/index.htm

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Electric, está no pagamento de opções por ações (em inglês stock options), através do qual o executivo ganhava boa parte do seu salário em ações da empresa onde trabalhava. Em tese é um arranjo perfeito, porque todos os lados ganham quando as ações da empresa se valorizam nas bolsas de valores. A questão é que esse sistema estimulou a produção de mutretas contábeis destinadas a valorizar artificialmente as ações, para engordar a conta bancária dos executivos e todos os demais funcionários cujos contratos incluíam as famosas stock options. Nos Estados Unidos esse negócio das opções tornou-se tão freqüente na virada do século que surgiram piadas em Silicon Valley (a antiga Meca da informática) sobre pagamento de contas de supermercado com stock options. Se isso aconteceu ou não, o fato real é que hoje as opções não só saíram de moda como passaram a ser vistas com suspeição pelos acionistas, porque elas se tornaram um item quase obrigatório nas manipulações contábeis, em empresas como a Enron, protagonista de um Empreendedor – Outubro

2002

Petrobras www2.petrobras.com.br/portal/ companhia.htm

A lua-de-mel entre os acionistas e os superexecutivos parece que está com seus dias definitivamente contados. A mudança é mais intensa nos Estados Unidos, onde o fenômeno ganhou proporções endêmicas, mas já começa a ser sentida na Europa e entre as grandes corporações de países em desenvolvimento, como o Brasil. Não é apenas uma questão de mudança de regras. Segundo o respeitado economista norte-americano Paul Krugman, está em curso uma revisão profunda na própria estrutura do sistema corporativo, na medida em que a transparência e a prestação de contas passam a ser os elementoschave na relação entre acionistas e executivos contratados. Até agora os executivos, especialmente os das grandes multinacionais, gozavam de privilégios inacreditáveis e transformaram-se em verdadeiras estrelas do meio corporativo, competindo com os atores e atrizes de Hollywood em matéria de exposição na mídia. A origem desse fenômeno e dos salários mirabolantes pagos a gerentes como o mítico Jack Welch, da General


Como evitar a espionagem eletrônica A internet nunca foi e nem será 100% segura em matéria de privacidade. Por isso, você e sua empresa devem tomar algumas precauções básicas

Jack Welch www.askmen.com/men/ business_politics/ 45c_jack_welch.html

A maioria delas não implica nenhum tipo de despesa porque na realidade não passam de meras rotinas diárias. São regras que podem ser ensinadas a todos os funcionários, especialmente aqueles que lidam com comunicações via internet. Seguem-se algumas medidas sugeridas pelos especialistas da revista norte-americana Business 2.0: 1) Quando acessar o seu banco ou loja de comércio eletrônico, certifiquese de que numa das barras inferiores de seu navegador haja um pequeno cadeado na posição fechada. Isso significa que o site acessado trabalha com linguagem criptografada que garante transações seguras. Outra dica é um esse adicional no endereço do site. Normalmente os sites são identificados pelo código http://www... Nos sites criptografados, a identificação é https:/ /www... 2) Nunca acesse o seu banco ou loja a partir de um endereço recebido através de correio eletrônico, principalmente de mensagens anunciando alguma promoção ou vantagem. Delinqüentes podem usar um nome muito parecido ao do seu banco (bamco em vez de banco, por exemplo), e então você, ao usar o link para acessar um site clonado, deixa a senha, que eles rou-

Outubro – Empreendedor

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Pessoas mencionadas no texto: Paul Krugman www.nytimes.com/ref/opinion/ KRUGMAN-BIO.html

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SEGURANÇA

dos maiores escândalos de corrupção na história corporativa dos Estados Unidos. Quando os acionistas descobriram que a valorização de ações era falsa, e muitas vezes ilegal, sua reação não se limitou à raiva e frustração. Depois do caso Enron, os executivos-chefes passaram a ser patrulhados ferozmente pelas mesmas pessoas que há dois ou três anos os idolatravam como uma espécie de super-homem. Os escândalos trouxeram à luz do dia números muito incômodos. Há dez anos, o salário médio de um executivo-chefe (CEO) nos Estados Unidos era 40 vezes maior ao da média dos funcionários subalternos. Hoje é 500 vezes maior. Aqui no Brasil nós já estamos acostumados a essas disparidades, mas entre os norte-americanos elas são moralmente inaceitáveis numa ética fortemente influenciada pela religião protestante. Além disso, lá as ações são a forma dominante de poupança e de investimento para garantir uma velhice tranqüila. O caso da Enron abalou seriamente a crença na solidez do mercado acionário e a reação foi imediata. Por isso, Krugman e outros economistas norte-americanos acham que daqui por diante os superexecutivos vão ter um perfil muito mais discreto, e salários idem.

bam. A partir daí entram na sua conta sem problemas. 3) Transações on-line feitas em bancos, corretoras e lojas conhecidas são seguras porque todos esses estabelecimentos usam sites criptografados. O mesmo não pode ser dito dos sites de envio de mensagens via Web (Webmail) e dos mecanismos de busca. É possível violar a sua privacidade nesses dois tipos de ferramenta on-line. A sua única garantia é a de que, com cerca de 3 bilhões de mensagens circulando diariamente na Web, são poucas as chances de que você tenha o azar de cair na malha fina dos ladrões cibernéticos. 4) Nunca escreva as suas senhas. Use programas específicos como o TopSecret, que usa criptografia igual a dos bancos e é grátis. 5) De qualquer modo, crie senhas difíceis de serem descobertas (evite data de nascimento, sobrenome, endereço, etc.). A melhor solução é misturar letras e números, maiúsculas e minúsculas. Faça uma combinação com 12 ou mais letras e depois elimine os dígitos que excederem ao exigido pelo site (por exemplo: 2ust45PM32, e se o site exigir uma senha de oito dígitos use apenas 2ust45PM). Assim você pode memorizar mais facilmente. 6) Alguns sites enviam por e-mail


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Empreendedor – Outubro


Fontes mencionadas no texto:

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Business 2.0 www.busines2.com Top Secret www.pirem.com Outubro – Empreendedor

NOVIDADES

a sua senha, caso você a tenha esquecido. Não faça isso, porque o e-mail é inseguro. Esse recurso pode ser usado apenas quando o risco de uso por terceiros não criar grandes problemas. 7) Se você tem uma conexão ADSL, prefira as do sistema IP dinâmico. IP é o endereço de seu computador quando ele está ligado à Web. No sistema dinâmico você recebe um IP diferente cada vez que entrar na internet. Isso desestimula os espiões. 8) Mas mesmo com IP dinâmico, evite ficar uma manhã, tarde ou noite conectado sem interrupção. Os hackers, piratas eletrônicos, precisam de muito tempo para invadir um computador. Conexões curtas com IP dinâmico impedem ataques e tornam desnecessário o uso de protetores do tipo Firewall (muro de fogo que impede a entrada de hackers). 9) Se o seu filho ou filha freqüenta sites de download de músicas (Kazaa, por exemplo), evite ficar plugado muito tempo. Esses são os sites preferidos dos hackers, que os usam para ficar espreitando os freqüentadores. 10) Observe os cookies de seu computador. Cookies (biscoitos) são microprogramas plantados, sem que você saiba, no seu disco duro quando você navega pela Web. Muitos sites respeitáveis pedem autorização para usar cookies que aceleram a identificação do usuário. Quando você descobrir um cookie onde esteja gravado o seu nome ou endereço ou senha, elimine-o imediatamente. Isso não afeta em nada o funcionamento do computador.

A moda dos business blogs Depois de virar mania entre os fanáticos por internet, os weblogs, ou simplesmente blogs, estão chegando aos negócios

Não se trata de nenhum joguinho ou pirâmide de dinheiro. Os weblogs são páginas na Web cuja principal característica é terem um design franciscano, serem altamente personalizadas e facílimas de serem atualizadas. Elas conquistaram os adolescentes e outros não tão adolescentes, por funcionarem como um “meu diário” , onde o autor coloca seus pensamentos e descobertas. Os interessados acessam a página na internet e ficam sabendo o que está acontecendo com o seu autor. Cerca de meio milhão de pessoas em todo o mundo já aderiram a esse modismo eletrônico, que os críticos comparam a um voyeurismo cibernético. Mas afinal o que um diário íntimo tem a ver com negócios? Acontece que os internautas mais criativos logo descobriram que os weblogs (ou sua abreviação blogs) têm óbvias aplicações no mundo dos negócios como ferramenta para gerenciamento da informação e desenvolvimento da inteligência coletiva e no atendimento personalizado à clientela. Dan Bracklin, um dos gurus da nova moda dos blogs empresariais, afirma que a grande diferença entre os blogs comuns e os corporativos está no conteúdo. Enquanto os primeiros são essencialmente um caderno de anotações pessoais, os corporativos surgem em função de projetos, no caso de empresas médias e grandes, ou de

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serviços, caso dos profissionais liberais e microempresas. Nas empresas os blogs normalmente são criados dentro das intranets corporativas e são protegidos por senhas. Já nas microempresas e entre os profissionais autônomos, como consultores, as páginas são colocadas na Web aberta e estão disponíveis para qualquer visitante (salvo casos em que o ingresso é regulado por senhas). Os weblogs são uma evolução das páginas pessoais do início da World Wide Web. A principal diferença está na tecnologia, já que um blogueiro não precisa conhecer nem 10% do que o criador de uma página pessoal devia saber antes de colocá-la na rede nos anos 90. Para montar uma página blog o interessado tanto pode criá-la dentro de um portal já existente, usando as ferramentas fornecidas por ele, quanto fazer o download de softwares especializados. A primeira hipótese é a preferida por nove em cada dez blogueiros, tanto que três empresas brasileiras criaram, nos últimos dois meses, serviços especializados para atender a demanda de hospedagem de weblogs pessoais. O sistema de blogs hospedados em serviços especializados, como o recéminaugurado pelos portais Globo Com e Terra, é o mais recomendado para profissionais liberais autônomos, consultores ou executivos de micro e peque-


ILUSTRAÇÃO CLÓVIS GEYER

nas empresas. No caso dos business blogs para médias e grandes empresas, o processo começa com a abertura de uma página dentro da intranet corporativa. Essa página é protegida por senhas e nela os membros de um grupo de trabalho estão permanentemente conectados – tudo o que é colocado na página é imediatamente compartilhado pelos demais. A mesma página é usada pelos participantes para anotações pessoais, lembretes, problemas a ser resolvidos, etc. Uma das aplicações que estão merecendo muita atenção dos executivos e dos desenvolvedores de softwares são os chamados blogs de conhecimento (K blogs, no jargão norte-americano). Esses blogs partem do princípio de que, se os funcionários escrevem tudo o que pensam numa página, ela se tornará uma fonte fundamental para a organização do conhecimento corporativo. É como se fosse possível reunir num só livro todas as agendas pessoais de todos os funcionários da empresa. A empresa Userland, uma das pioneiras no desenvolvimento de softwares especiais para weblogs, acredita que o seu K Log vai ser uma ferramenta indispensável na área de gerência do conhecimento. A grande diferença entre os sistemas já existentes e os K Logs é que estes são centrados em indivíduos, enquanto os softwares de gerência do conhecimento priorizam os temas e instituições. Pessoas a empresas mencionadas no texto:

Para mais informações sobre os blogs corporativos sugerimos as seguintes páginas (todas em inglês):

Dan Bracklin danbricklin.com/log/ default.htm

Capítulo sobre negócios do livro We Blog (lançado em agosto) www.blogroots.com/chapters.blog/id/4

Globo Com blogger.globo.com/index.jsp

Reportagem sobre Business Blogs publicada pela revista Business 2.0 www.business2.com/articles/web/0,1653,43097,FF.html

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Empreendedor – Outubro

2002

Userland radio.userland.com/

Blog, de Dan Bricklin, sobre pequenos negócios danbricklin.com/log/businessblogging.htm



Guiado

Empreendedor

Pr odutos e Ser viços (pág. 72) Produtos Serviços

Do LLado ado da Lei (pág. 74) A mini-reforma tributária e o PIS Leitura (pág. 76) Desafio a ser vencido Análise Setorial (pág. 80) Um ano depois Indicadores (pág. 81) Agenda (pág. 82)


Guia do Empreendedor Pr odutos & Ser viços Produtos Serviços Sistema agiliza atendimento Fazer a intermediação entre empresas e trabalhadores desempregados é a meta do sistema criado pela ZIM Technologies do Brasil, companhia que desenvolve soluções corporativas, para a Secretaria de Estado do Emprego e Relações do Trabalho do Paraná (SERT-PR). Isso funciona da seguinte maneira: o trabalhador faz o cadastramento e as empresas relacionam as vagas que estão oferecendo, formando um banco de dados. Dessa maneira, o aplicativo cruza as informações obtidas, agilizando a busca de postos de trabalho. “A principal vantagem do sistema é o atendimento rápido”, explica Walter Gonçalves, coordenador estadual do Sistema Nacional de Emprego (Sine). www.zim.biz/brasil

Ajuste sob demanda

2002

A criação de áreas de novos negócios, de consultoria e de pesquisa & desenvolvimento é uma das inovações anunciadas pela CPM, empresa especializada em integração independente de tecnologia. O objetivo das mudanças é tornar a empresa mais apta a enfrentar os desafios do mercado globalizado, atendendo à crescente demanda e às necessidades do cliente. “O reflexo dessas mudanças será notado como uma iniciativa inovadora que agregará valor ao negócio e aumentará a nossa participação nos investimentos dos clientes”, afirma Maurício Minas, vice-presidente de Operações da CPM. www.cpm.com.br

Outubro – Empreendedor

Impressora multifuncional A Lexmark lançou novas soluções de impressão indicadas para pequenas e médias empresas. Trata-se da impressora laser monocromática E322 e a multifuncional X520, que reúne as funções de impressora, copiadora, fax e scanner. A primeira imprime até 16 páginas por minuto e tem ciclo mensal máximo de trabalho de 15 mil páginas. Possui também flexibilidade de

aplicação através de emulação PCL 6, PPDS e PostScript nível 2 padrão. Já a X520 possui uma resolução de 1200 x 1200 dpi com ciclo de trabalho mensal de 100 mil páginas, fax com modem de 33,6 Kbps. A copiadora copia frente e verso e possibilita ampliar e reduzir, e o scanner tem resolução de 600 x 600 dpi. www.lexmark.com

Gestão centralizada

Etiquetas inteligentes

Para potencializar os aplicativos de segurança em operação, a CLM Informática, especializada em soluções para e-business, lançou o Security Manager. A solução permite criar uma central avançada para gerenciamento. Segundo Jorge Faraco, diretor técnico da CLM, a tecnologia do novo produto agrega e gerencia todos os aplicativos de segurança existentes no sistema, reforçando suas funcionalidades. “Dessa forma, provê respostas imediatas sempre que detecta, em seus sensores remotos, atividades suspeitas ou invasões e envia notificações em tempo real”, completa. O preço é a partir de US$ 6 mil. www.clm.com.br

Com o objetivo de substituir os artefatos de segurança feitos de plástico, que ficam presos às mercadorias, a Haco Etiquetas, empresa pioneira da etiquetagem eletrônica, lançou a linha de etiquetas tecidas e estampadas antifurto. A nova tecnologia traz um sensor oculto, que fica embutido na etiqueta e, por radiofreqüência, o dispositivo eletrônico é desarmado no caixa sem que o cliente perceba. “Esta é mais uma inovação, que comprova a nossa determinação em oferecer produtos diferenciados e de alta tecnologia”, argumenta Ricardo Guedes Lowndes, superintendente da empresa. www.haco.com.br

Sensor de íris Utilizando um sensor de íris, a Siemens Security desenvolveu uma nova tecnologia que visa aumentar a segurança das empresas. Para entrar em áreas restritas, por exemplo, é preciso passar por um equipamento que faz a leitura da íris humana. Uma câmera digital registra a imagem do rosto do visitante e compara com a imagem da íris de seu respectivo dono, previamente cadastrada em um banco de dados. “Nas impressões digitais, a única variável analisada é o contorno dos traços, que podem ser bastante semelhantes em alguns casos, induzindo ao erro”, afirma Guilherme Guelfi Otero, gerente de Marketing da Siemens Security. www.siemens.com.br

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GVT Economix Tecnologia de ponta para extinção de fogo A DuPont do Brasil, Divisão Fluorprodutos, lançou um produto para ser utilizado em extintores de incêndio que combate o fogo com maior eficiência. Por se tratar de um gás, é chamado de Agente Extintor Limpo FE-36® e não danifica equipamentos e objetos ao entrar em contato com ele. Recentemente, o Inmetro homologou uma linha de extintores de incêndio como os portáteis e-max, da Bucka Spiero, de 1,5 kg e de 2,5 kg, e extintores da empresa Resil, de 2,5 kg, que vão utilizar o produto. De acordo com a Du Pont, o Agente FE-36® é ideal para ações de combate ao fogo em suas diversas classes como madeiras, papel, produtos líquidos e inflamáveis. www.dupont.com.br

Visando ampliar sua atuação junto às pequenas e médias empresas, a companhia de telecomunicações GVT lançou um pacote de atendimento exclusivo para as companhias desses portes. O GVT Economix é uma opção para donos de escritórios comerciais, negócios estabelecidos em residências, filiais de grandes empresas e profissionais liberais que podem escolher entre pacotes pré-formatados e outras combinações customizadas, reunindo serviços de voz, internet e ferramentas de gerenciamento de custos de telecomunicações. www.gvt.net.br

DVD Training

Análise de dados

A Commit Comunicação e Marketing lançou uma forma de treinamento inédito no Brasil. Trata-se do DVD Training, primeiro DVD desenvolvido no país voltado ao treinamento empresarial. A empresa pretende que a nova ferramenta revolucione o mercado nacional de Recursos Humanos. “Esse projeto foi produzido para incentivar a interatividade entre os participantes do treinamento, facilitar a apresentação do mesmo, agregando muito mais serviços e informações do que o vídeo VHS”, explica Maria do Carmo F. de Almeida, diretora da Commit. www.commit.com.br

Hidrelétrica em miniatura Duas novas soluções lançadas pela Bosch facilitam o aquecimento de água através de um sistema acionado por hidrogerador. A novidade tecnológica, Bosch Hydro Power, tem capacidade para aquecer 22 litros por minuto e funciona como uma usina hidrelétrica em miniatura, isto é, o sistema é acionado por um hidrogerador. Por isso, o consumidor não precisa trocar as baterias (pilhas) para garantir o funcionamento. Já o WR 500KME aquece 24 litros de água por minuto e foi desenvolvido com um sistema de exaustão forçada dos gases, que facilita a saída dos gases. www.bosch.com.br

Soluções em telecom forte presença como fornecedores de soluções completas para essas organizações e pretendemos, com a criação da nova área, expandir nosso relacionamento e solidificar as parcerias já existentes”, afirma David Wajnsztok, diretor-executivo da Ten. www.ten.com.br

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Ar no cano Bloquear o ar das tubulações ajuda a reduzir o custo da conta de água. Por isso, a Diar desenvolveu uma válvula que funciona como um registro automático, que fecha o cano quando o abastecimento de agua é interrompido, evitando que os canos se encham de ar e conseqüentemente que o ar passe pelo hidrômetro, aumentando o consumo. De acordo a empresa, em alguns casos o produto implantado gerou uma economia superior a 35%. A instalação da válvula é indicada para consumidores com gastos superiores a R$ 100 por mês de água.www.diar.com.br Empreendedor – Outubro

2002

Para atender a crescente demanda de empresas de telecomunicações e datacenters, criando um setor específico, a Ten Sistemas e Redes, especializada em segurança e infraestrutura de redes, pretende fazer um investimento de cerca de R$ 1 milhão em novos equipamentos. “Hoje temos

A WCA, especializada em sistemas Web, lançou um produto que auxilia na tomada de decisões por meio de cores. Com a nova ferramenta, batizada de SIG, é possível analisar diversas situações dentro de uma empresa em uma forma visual, agilizando o processo da tomada de decisão. O SIG tem aplicação direta nas atividades administrativas de análise de pessoas, departamentos, projetos, empresas, mercados, produtos, países, economias e qualquer outro assunto que tem por base informações expressas em números.www.webca.com.br


Guia do Empreendedor Do Lado da Lei

A minirreforma tributária e o PIS

2002

LINHA DIRETA: (11) 3871-0269

DIVULGAÇÃO

Aproximando-se o final do mandato do atual presidente Fernando Henrique Cardoso, o Governo Federal acabou editando a Medida Provisória n.º 66, que, entre as alterações que introduz, efetiva a tão reclamada retirada da cumulatividade da incidência do PIS. Sem dúvida, eliminar de tributos cobrados o efeito cascata é um objetivo que deve ser perseguido de modo a eliminar o famoso “custo Brasil” dos empresários, pois tal incidência encarece os produtos, diminuindo a competitividade, bem assim prejudicando não só consumidores, mas também as empresas e seus empregados. A própria arrecadação em favor do custeio da máquina administrativa do Estado sofre com a cumulatividade, pois é certo que, quanto maior a incidência de tributação, maior a tentativa de sonegação, com redução potencial do valor nominal arrecadável. Embora exista enorme carga tributária já sentida pelos empreendedores brasileiros, por motivos de ordem econômica e até mesmo administrativa, o governo brasileiro acaba sempre precisando arrecadar mais e mais recursos. Juntamente com a boa notícia vem a Outubro – Empreendedor

Os pequenos ajustes feitos pelo Governo Federal são necessários para uma tributação justa, coerente e que possa garantir o crescimento do país compensação para recuperar a perda da arrecadação pelo fim da cumulatividade. Não foi diferente com a minirreforma introduzida pela citada MP. A alíquota do PIS que era de 0,65% foi elevada para 1,65%. A diminuição ou o aumento da carga tributária, de um lado, ou a redução ou o aumento dos recursos, de outro, vai depender do número de participantes nas respectivas cadeias produtivas de cada setor ou produto. Quanto maior o número de partícipes na cadeia produtiva, menor será o custo direto com o pagamento do PIS. Da forma inversa, quanto menor o número de integrantes na cadeia original, maior será o custo para este setor ou produto. A diminuição da carga tributária será visivelmente sentida pelo setor industrial. Com a sistemática cumulativa, o peso do PIS chegava em alguns casos a até 10% do resultado final. Hoje, esse índice não ultrapassará 1,65%. No entanto, o setor de serviços sentirá o peso do aumento da alíquota, por quase não possuir insumos anteriores a formar uma cadeia de repasses cumulativos na formação do

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seu preço final. Assim, numa segunda análise, parece ser possível concluir que a tal minirreforma não resolveu o problema da tributação elevada, pois diminuiu para uns e aumentou para outros a incidência do PIS. Porém, o que devemos ponderar é que a preconizada reforma tributária não significará necessariamente a redução dos custos com impostos, mais sim ajuste na arrecadação de renda pelo Estado dos diversos setores da economia. A redução de custos deve ser perseguida e, com uma reforma inteligente e sensata, tal objetivo pode ser atingido. Sem dúvida alguma, sofrese hoje uma sobrecarga de tributação que chega ao ponto de ser insuportável, o que impõe, urgentemente, uma reforma tributária, que, como se vê, já começou a dar seus primeiros passos. Estes primeiros ajustes são necessários para uma futura tributação justa, coerente e, finalmente, apta a garantir e impulsionar o crescimento do país.

Mar cos Sant’Anna Bitelli Marcos Advogado


2002

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Empreendedor – Outubro


Guia do Empreendedor Leitura

Por Fábio Mayer

2002

Desafio a ser vencido O livro Cumprindo o Prometido mostra as estratégias adotadas por muitas das maiores empresas do mundo para promover o desenvolvimento sustentável, depois de passados dez anos da Earth Summit de 1992 (ECO-92), realizada no Rio de Janeiro. A meta da obra é apresentar os dilemas enfrentados por empresas que procuraram agir conforme o prometido a partir dessa conferência e as principais oportunidades e dificuldades ligadas diretamente a esses desafios. Além de abordar cases de sucesso internacional sobre o assunto, o livro também relaciona seis exemplos brasileiros. Se a globalização é tida por muitos como uma maneira de gerar riquezas e de criar outros benefícios, os mais céticos acreditam que ela, na verdade, aumenta ainda mais a discrepância da concentração de renda. De qualquer modo, a integração econômica estimulada pela globalização é, segundo os autores, a única maneira de os países pobres avançarem em busca da prosperidade. Nesse contexto, é fundamental o crescimento do desenvolvimento sustentável para a solução dos problemas ambientais e sociais, como acreditam muitos empresários. Mas antes é preciso formar uma parceria global entre governos, empresas e sociedade civil, na qual cada um tenha um papel definido para maximizar as oportunidades, prinOutubro – Empreendedor

FICHA TÉCNICA

cipalmente para os pobres. De acordo com os autores, é necessário criar condições para um desenvolvimento muito mais ecoeficiente e com uma maior justiça social, elevando a condição de vida de todos os países. Assim, o livro oferece um conjunto de diretrizes para alcançar o sucesso através da inovação e mudança para atender às demandas sociais e ambientais. A obra mostra ainda que o desenvolvimento sustentável é um bom negócio, no qual as empresas beneficiam-se a si mesmas. O livro apresenta um capítulo sobre os “Pilares”, em que é analisado como o argumento de negócios pelo desenvolvimento sustentável fortaleceu-se e transformou-se nestes últimos dez anos. Também são avaliados os níveis de comprometimento baseados em três pilares: crescimento econômico, equilíbrio ecológico e progresso social. Em seguida são apresentados os “Blocos de Construção” do progresso sustentável, como responsabilidade social das empresas, ecoeficiência e inovação. Da mesma forma, os capítulos “Fornecendo Informações e Opções aos Consumidores”, “Refletindo o Valor do Planeta Terra” e “Fazendo os Mercados Funcionarem para Todos” mostram as idéias e comentários de líderes de negócios e especialistas de várias partes do mundo para o progresso humano sustentável.

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Cumprindo o Prometido Charles O. Holliday Jr., Stephan Schmidheiny e Philip Watts Editora Campus (www.campus.com.br) 408 págs. R$ 65,00

IDÉIAS EM DES DESTTAQUE “A análise do lado social do desenvolvimento sustentável é mais importante em países que enfrentam muitos desafios sociais.” “A economia de mercado, se utilizada, em vez de adorada, é o melhor mecanismo disponível para a busca do dinamismo econômico e das metas sociais desejáveis.” “Durante boa parte da história moderna, as empresas recorreram principalmente ao governo em busca de indicações sobre se estavam agindo conforme as expectativas da sociedade.” “O desenvolvimento sustentável tem a ver com garantir melhor qualidade de vida para todos, agora e nas gerações vindouras.” “A parceria mais importante a ser forjada pelas empresas é com os mais pobres dentre os pobres.” “O desafio para as empresas é encontrar novas maneiras de alinhar as inovações com as expectativas do público e gerar uma estrutura gerencial baseada na análise, definição e fornecimento de valores sustentáveis.”


Novos Títulos Teoria Geral da Administração, Cyro Bernardes e Reynaldo C. Marcondes, Editora Saraiva (www .saraiva.com.br), (www.saraiva.com.br), 272 págs., R$ 39,00

Mudanças, Razão das Incertezas, Ricar do W Ricardo W.. Caldas e Carlos Alberto A. do Amaral, Editora CLA (www .editoracla.com.br), (www.editoracla.com.br), 123 págs., R$ 25,00

Cyro Bernardes e Reynaldo C. Marcondes, autores do livro Teoria Geral da Administração – gerenciando organizações, acreditam que o princípio básico de toda e qualquer organização é satisfazer a necessidade do cliente. Por isso, na obra eles apresentam como diversas empresas se estruturam e operam para conseguir atingir esse objetivo, mostrando as transformações das teorias e de que forma elas devem ser utilizadas no dia-a-dia para criar, expandir e manter organizações. A meta é oferecer conhecimento suficiente para que as teorias possam ser colocadas em prática.

No livro Mudanças, Razão das Incertezas os economistas Ricardo W. Caldas e Carlos Alberto A. do Amaral analisam as principais mudanças que vêm ocorrendo em todo o mundo em decorrência do processo de globalização e do avanço da tecnologia. Na obra, os autores mostram a importância da gestão do conhecimento e da informação para administrar o próprio negócio de forma segura e sem incertezas, permitindo que a empresa possa identificar as tendências das próximas transformações e, ainda, se preparar e se adaptar aos novos contextos.

A Grande Pequena Empr esa, Empresa, Jack Soifer Soifer,, Editora Qualitymark (www .qualitymark.com.br), (www.qualitymark.com.br), 144 págs., R$ 25,00

Tsunami, V ictor PPinedo, inedo, Editora Gente (www .editoragente.com.br), (www.editoragente.com.br), 240 págs., R$ 34,90

Maiores geradoras de empregos do país, as micro e pequenas empresas são fundamentais para a economia brasileira. Porém, a falta de preparo para administrar o negócio faz com que a taxa de mortalidade desses empreendimentos seja elevada: cerca de 90% deixam de funcionar nos primeiros três anos. Por isso, com o objetivo de apresentar maneiras de evitar o fracasso, o livro A Grande Pequena Empresa funciona como um manual de ferramentas de administração e marketing adaptadas à realidade das micro e pequenas empresas.

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Empreendedor – Outubro

2002

A instabilidade mundial faz com que muitas empresas revejam suas estratégias de gestão. Para solucionar esse problema, Victor Pinedo, autor do livro Tsunami – construindo organizações capazes de prosperar em maremotos, diz que é necessário adotar uma forma de administração orgânica dos negócios. Isto é, proporcionar à empresa melhores condições de atuação e maior competitividade e capacidade de sobrevivência, através da participação de funcionários de diferentes setores em prol de uma forma de produção e de gestão menos hierárquica.


Informação e Crédito

Inadimplência recua O índice divulgado bimestralmente pela Serasa confirma a tendência de recuo da inadimplência de pessoa física e jurídica no país, em comparação com o ano passado

1

O

Indicador Serasa de Inadimplência, o único a incluir todos os meios de pagamentos – cheques devolvidos, títulos protestados, sistema financeiro (bancos), cartões de crédito e financeiras –, revela que a inadimplência total (pessoa física e jurídica) desacelerou significativamente o crescimento de janeiro a agosto deste ano, passando de 36% no primeiro bimestre de 2002 para 10% no quarto bimestre, ante iguais períodos do ano passado. O indicador também apontou queda de inadimplência de pessoa física nos oito primeiros meses do ano: atingiu 44% no primeiro bimestre (janeiro–fevereiro) deste ano e 17,5% no quarto bimestre (julho– agosto), na comparação com iguais períodos de 2001. O recuo de pessoa jurídica foi ainda maior, com crescimento de 30,7% no primeiro bimestre do ano e registro de queda de –4,6% (negativo) no quarto bimestre de 2002, ante iguais períodos de 2001. De acordo com o índice da Serasa, os cheques sem fundos apresentam queda na representatividade nos últimos três anos. Nos primeiros oito meses de 2000, a participação de cheques devolvidos no Indicador Serasa de Inadimplência foi de 48%. No mesmo período de 2001, foi de 43%. Nos oito meses deste ano, os cheques devolvidos representaram 38% do total do indicador. O segundo índice na representatividade é o registro de inadimplência de cartões de crédito e financeiras,

DE ACORDO COM O LEVANTAMENTO DA SERASA, OS CHEQUES SEM FUNDOS APRESENTAM QUEDA NA REPRESENTATIVIDADE NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS

que apresenta crescimento. Nos primeiros oito meses de 2000, representou 25%; em igual período de 2001, 26%; de janeiro a agosto deste ano, 30%. O índice registros no sistema financeiro (bancos) tem a terceira maior participação no índicador: nos primeiros oito meses deste ano, 25%; em igual período de 2001, 23% e 16% em 2000. A menor representatividade, na comparação semestral, foi dos títulos protestados: 7% este ano, 8% em 2001 e 11% em 2000. Segundo o estudo, o valor médio das anotações negativas de cheques sem fundos nos últimos oito meses foi de R$ 682,81; de títulos protestados, R$ 873,77; de registros no sistema financeiro, R$ 2.375,91; e de registros outros segmentos (cartões de crédito), R$ 308,58 O inédito Indicador Serasa de Inadimplência revela que o volume de crédito na economia teve um ritmo de crescimento maior do que


de janeiro a agosto o da inadimplência global. O índice mostra que as linhas de financiamento cresceram 64% de janeiro de 1999 até julho de 2002, enquanto a inadimplência subiu 57% no período de janeiro de 1999 a agosto de 2002. Isolando apenas os dados de pessoa física, a diferença é mais expressiva. O volume de dinheiro destinado aos empréstimos subiu 141%, enquanto a inadimplência, apenas 72%. Segundo a Serasa, no caso de pessoas físicas, a queda no ritmo de aumento da inadimplência vem sendo provocada pela menor atividade econômica e devolução do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A Serasa destaca que o consumidor está pronto para as compras de final de ano, e a cautela notada nos últimos meses poderá ser substituída pelo consumo. O Indicador Serasa de Inadimplência é o primeiro modelo estatístico de múltiplas variáveis, que contempla todos os meios de pagamentos da economia brasileira e sua representatividade relativa. O Indicador foi lançado pela Serasa em julho deste ano e será divulgado bimestralmente. A Serasa identificou a necessidade de se apurar um índice único para a inadimplência há cinco anos. O ponto de partida e ferramental exclusivo é o banco de dados da Serasa, uma das maiores empresas do mundo em informações e análises econômicofinanceiras para apoiar decisões de crédito e negócios. A Serasa é a única organização que tem o registro de todos os segmentos econômicos do país e de todas as modalidades de crédito.

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Guia do Empreendedor Análise Setorial

Um ano depois

2002

DIVULGAÇÃO

Havia chegado cedo, fiz todo o meu checklist antes da abertura dos mercados e já acompanhava os primeiros negócios do dia. De repente surge uma notícia na tela do sistema de informações de que um avião havia colidido com uma das torres do World Trade Center. Liguei imediatamente a TV e passei a acompanhar o que acontecia. Ninguém sabia ao certo, mas muitos imaginavam tratarse de um acidente. Os mercados já reagiam, ainda que timidamente, em função da incerteza dos acontecimentos. Quando o segundo avião atingiu a outra torre o cenário começou a mudar. Lembro-me bem daquela manhã, o clima no escritório, a movimentação, as conversas com os colegas, detalhes que fizeram parte de um dia inesquecível em função do terror que se seguiu. Assistir ao vivo à colisão do segundo avião e à queda das torres foi realmente marcante. O índice Dow-Jones, que encerrara o dia 10 de setembro de 2001 em 9.605 pontos, e que vinha sofrendo durante aquele ano com a perspectiva de retração da economia americana, recebeu no dia 11 o que foi sentido por muitos como um golpe de misericórdia. “Empurraram um bêbado ladeira abaixo.” O medo Outubro – Empreendedor

Depois dos atentados de 11 de setembr o, a economia americana não setembro, mergulhou em uma recessão, contrariando muitas previsões de uma recessão passou a ser certeza para muitos analistas. E os profetas do apocalipse não se furtaram a aparecer, prevendo um cenário ainda pior. Uma coisa, porém, parece ter sido esquecida: que os mercados antecipam os fatos em função das expectativas presentes, rapidamente. E isso foi o que aconteceu depois do dia 11. Quando o mercado de ações em Nova York voltou a funcionar no dia 17, o Dow veio a atingir o nível mínimo de 8.062 pontos em apenas cinco pregões (queda de 16% frente ao fechamento do dia 10), refletindo toda uma expectativa negativa quanto ao desempenho futuro da economia americana. Após o pior momento, contudo, passamos a observar um movimento de recuperação que levou o Dow a atingir 10.600 pontos em março (+31% frente ao fundo do poço). Movimento semelhante foi visto em todo o mundo. Aí é importante entendermos, novamente, que o mercado possui a sua lógica própria, e o que parece óbvio traz na maioria das vezes um prejuízo considerável para o investidor que é levado a vender na baixa e comprar na alta. A partir de março deste ano, porém, começamos a sentir a influência de um novo fator:

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a fraude contábil de grandes empresas dos EUA e os seus reflexos no resto do mundo, prejudicando a confiança dos investidores e por conseqüência o desempenho das ações. O que temos, de fato, é que a economia americana não mergulhou em uma recessão apesar das “previsões”, e que a recuperação vista pelo mercado de ações – até o ponto em que surgiram os escândalos contábeis nos EUA – foi bastante positiva. Se o ritmo da economia não está lá grande coisa (podemos mesmo dizer que está andando de lado), é inegável que está muito melhor do que o previsto dias depois dos atentados, e mesmo após as fraudes contábeis. Se considerarmos toda a queda do mercado de ações que precedeu o fatídico dia 11, como também os escândalos contábeis de gigantes americanas, que se refletiram na confiança do consumidor, o desempenho da economia americana pode ser visto até como muito positivo. Em um cenário com fatos imprevisíveis tão negativos, a ausência de uma forte recessão já é um grande avanço.

André Hahn

Estrategista Chefe da Leme Investimentos


Indicadores Carteira teórica Ibovespa NOME/TIPO AÇÃO

VARIAÇÃO % ANO (ATÉ SETEMBRO)

0,549 2,07 0,739 4,923 0,704 1,686 0,676 3,181 2,913 0,287 0,557 0,154 2,495 0,577 0,369 1,133 0,853 1,009 2,969 0,628 1,12 3,277 0,915 4,503 1,007 100 0,214 0,168 3,428 1,534 0,226 0,23 1,35 0,527 3,163 9,242 1,147 1,312 0,673 0,926 0,419 1,269 2,044 0,64 1,48 2,113 1,03 13,481 1,489 4,539 0,954 0,368 0,559 1,311 4,173 0,669

-13,04 -6,93 41,57 -27,32 -41,77 -9,65 -21,31 1,55 -8,57 -45,88 10,87 -24,1 -25,89 -57,4 -34,27 -49,26 -32,69 -47,26 -40,38 -64,32 19,11 20,23 -70,18 -75,05 49,56 -31,8 -60,84 -28,57 -23,77 -22,7 -8,64 -53,58 -96,91 8,39 -10,08 -17,43 -25,02 -2,87 48,4 37,98 -29,52 -29,49 -38,73 -57,88 -25,38 -29,17 -42,44 -35,19 -39,4 -63,38 8,84 7,36 -9,82 -22,22 55,21 36,12

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Inflação

(%)

Índice Setembro IGP-M 2,40 IGP-DI (Agosto) 2,36 IPCA (Agosto) 0,65 IPC - Fipe SP 0,76

Ano 12 Meses 10,54 13,32 8,72 11,76 4,85 7,46 3,83 5,50

Juros/Aplicação CDI Selic Poupança CDB pré 30 Ouro BM&F

Setembro 1,38 1,38 0,70 1,24 20,97

(%)

Ano 12 Meses 13,45 18,42 13,49 18,46 6,56 8,90 12,11 16,61 74,42 51,21

Indicadores imobiliários CUB SP TR

(em %) Setembro Ano 12 Meses 0,79 7,56 9,49 0,1955 2,16 -

Juros/Crédito Setembro 27/ago Desconto 2,58 a 4,66 Factoring 4,00 a 4,03 HotMoney 2,16 a 6,93 GiroPré* 36,77 a 96,71

Outubro 03/out 2,57 a 4,66 4,02 a 4,04 2,16 a 6,93 36,75 a 96,71

(em % mês) Outubro 04/out 2,57 a 4,66 4,00 a 4,02 2,15 a 6,95 36,70 a 96,71

(*= taxa ano)

Câmbio (em 04/10/2002) Cotação Dólar Comercial Euro Iene

R$ 3,8949 US$ 0,9817 US$ 123,42

Mer cados futur os Mercados futuros (em 04/10/2002) Novembro Dezembro Janeiro Dólar R$ 3,09468 R$ 3,06468 R$ 3,03775 Juros DI 18,47% 19,25% 20,52% Ibovespa – 9.604 – – US$ 56,00 – Café (NY) Empreendedor – Outubro

2002

Acesita PN Ambev PN Aracruz PNB Bradesco PN Bradespar PN Brasil ON Brasil T Par ON Brasil T Par PN Brasil Telecom PN Braskem PNA Celesc PNB Cemig ON Cemig PN Cesp PN Comgas PNA Copel PNB CRT Celular PNA Eletrobras ON Eletrobras PNB Eletropaulo Metropo PN Embraer ON Embraer PN Embratel Part ON Embratel Part PN Gerdau PN Ibovespa Inepar Construcoes PN Ipiranga Pet PN Itaubanco PN Itausa PN Klabin PN Light ON Net PN Petrobras Distrib PN Petrobras ON Petrobras PN Sabesp ON Sid Nacional ON Sid Tubarao PN Souza Cruz ON Tele Celular Sul ON Tele Celular Sul PN Tele Centroeste Cel PN Tele Leste Celular PN Tele Nordeste Celul PN Telemar Norte Leste PNA Telemar ON Telemar PN Telemig Celul Part PN Telesp Cel Part PN Telesp Operac PN Tractebel ON Transmissao Paulist PN Usiminas PNA Vale Rio Doce PNA Votorantim C P PN

PARTICIPAÇÃO IBOVESPA


Guia do Empreendedor Agenda De 05/11 a 07/11/2002

EXPORKING

LOGISMAT SUL

INFOBUSSINESS

Feira Internacional de Tecnologia para Garagens e Estacionamento Imigrantes Centro de Exposições São Paulo - SP Fone: (11) 577- 4355

7ª Feira de Logística, Movimentação, Armazenagem e Transporte de Materiais Centro de Eventos Cau Hansen Joinville – SC Fone: (11) 5575-1400

Feira de Informática e Telecomunicações Parque de Exposições da Fenac Novo Hamburgo – RS Fone: (51) 587-3366

De 05/11 a 07/11/2002

De 06/11 a 08/11/2002

TRAFFIC

EXPOMANAGEMENTE’2002

Feira Internacional de Tecnologia Viária e Equipamentos para Rodovias Imigrantes Centro de Exposições São Paulo – SP Fone: (11) 577-4355

2ª Exposição Internacional de Management II Congresso Internacional de Management Transamérica Expo Center São Paulo – SP Fone: (11) 4689-6490

De 05/11 a 07/11/2002

De 07/11 a 09/11/2002

EXPOSEC

FENERCE

International Security Fair Imigrantes Centro de Exposições São Paulo – SP Fone: (11) 577-4355

13ª Feira de Negócios da Região Centro do Estado do Ceará Associação Atlética do Banco do Brasil Quixadá – CE Fone: (85) 255-6600

De 05/11 a 08/11/2002

EXPOBOR 2002

De 07/11 a 10/11/2002

5ª Feira Internacional de Tecnologia, Máquinas e Artefatos de Borracha Expo Center Norte Pavilhões Azul e Branco São Paulo – SP Fone: (11) 4191-8188

FERSUL 3ª Feira Multissetorial do Alto Vale Itajaí Pavilhão de Eventos Clóvis Gaertner Rio do Sul –SC Fone: (47) 521-3857

De 05/11 a 08/11/2002

De 08/11 a 17/11/2002

EXPOVEL 23ª Exposição Agropecuária e Industrial de Cascavel Parque de Exposições Celso Garcia Cid Cascavel – PR Fone: (45) 228-2526 De 09/11 a 17/11/2002

EXPOPATO 9ª Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial de Pato Branco Centro Regional de Eventos Pato Branco – PR Fone: (46) 225-1544 De 14/11 a 17/11/2002

EXPOCRIANÇA’2002 16ª Feira de Produtos e Serviços para Crianças Parque de Exposições Wolmar Salton Passo Fundo – RS Fone: (54) 312-3801 De 14/11 a 24/11/2002

De 07/11 a 11/11/2002

RECAUFAIR 2002

CONSTRUIR

PROLAR

5ª Feira Internacional de Tecnologia e Equipamentos para Reforma de Pneus e Reparação Automotiva Expo Center Norte Pavilhões Azul e Branco São Paulo –SP Fone: (11) 4191-8188

7ª Feira Internacional da Construção, Engenharia e Arquitetura Pavilhão de Exposições do Rio Centro Rio de Janeiro – RJ Fone: (21) 2495-1301

8ª Feira de Produtos e Serviços para o Lar e Família Expoville Joinville – SC Fone: (47) 433-9121

De 05/11 a 08/11/2002

INFOR BQ V Feira de Informática, Telecomunicações e Eletrônica de Barbacena e Região Sede Social do Olímpia Clube Barbacena – MG Fone: (32) 3331-2166 De 06/11 a 07/11/2002

BICSI RIO’2002 – NETSHOW SOUTH AMERICA

2002

De 08/11 a 10/11/2002

De 06/11 a 08/11/2002

5ª Feira de Negócios e Soluções de Networking, Cabeamento e Infra-estrutura para telecomunicações Jockey Club Rio de Janeiro – RJ Fone: (48) 334-8000 Outubro – Empreendedor

De 17/11 a 19/11/2002 De 08/11 a 10/11/2002

AMAZON’2002

2ª Feira de Turismo, Entretenimento e Gastronomia IV Seminário de Turismo da Amazônia Centro de Convenções Manaus – AM Fone: (92) 642-1900 R: 2227 De 06/11 a 08/11/2002

LOGISMAT MG 8ª Feira de Logística, Movimentação, Armazenagem e Transporte de Materiais Expominas Belo Horizonte - MG Fone: (11) 5575-1400

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BIJÓIAS 21º Salão de Bijuterias , Folheados, Prata e Acessórios de Moda Centro de Eventos São Luís São Paulo – SP Fone: (11) 3862-2700 De 19/11 a 22/11/2002

AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL SHOW BRASIL’2002 8º Feira de Instrumento e Controle de Processos 8º Congresso Internacional de Automação, Sistemas e Instrumentação Expo Center Norte São Paulo – SP Fone: 16) 623-2121


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