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empreendedor | maio 2012


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Diretor-Editor: Acari Amorim [acari@empreendedor.com.br] Diretor de Comercialização e Marketing: Geraldo Nilson de Azevedo [geraldo@empreendedor.com.br] Redação Editor-Executivo: Alexsandro Vanin [vanin@empreendedor.com.br] – Repórteres: Ana Paula Meurer, Beatrice Gonçalves, Cléia Schmitz, Mônica Pupo, Raquel Rezende – Edição de Arte: Gustavo Cabral Vaz – Projeto Gráfico: Oscar Rivas – Fotografia: Arquivo Empreendedor, Carlos Pereira e Shutterstock – Foto da capa: Shutterstock – Revisão: Lu Coelho Sedes São Paulo Diretor: Fernando Sant’Anna Borba – Executivo de Contas: Osmar Escada Jr – Rua Pamplona, 1.465 – Conj. 74 – CEP 01405-002 – Jardim Paulista – Fone/Fax: (11) 3887-2193 [empreendedorsp@empreendedor.com.br] Florianópolis Executiva de Atendimento: Joana Amorim [anuncios@ empreendedor.com.br] – Rua Padre Lourenço Rodrigues de Andrade, 496 – Santo Antônio de Lisboa – 88050-400 – Florianópolis – SC – Fone: (48) 3371-8666 Central de Comunicação – Rua Anita Garibaldi, nº 79 – sala 601 – Centro – Florianópolis – SC – Fone (48) 3216-0600 [comercial@centralcomunicacao.com.br] Escritórios Regionais Rio de Janeiro Triunvirato Empresarial – Milla de Souza [milla@triunvirato.com.br] – Rua São José, 40 – 4º andar – Centro – 20010-020 – Rio de Janeiro – RJ – Fones: (21) 2611-7996/9607-7910 Brasília Ulysses Comunicação Ltda. [ulyssescava@ gmail.com] – Fones: (61) 3367-0180/9975-6660 – condomínio Ville de Montagne, Q.01 – CS 81 – Lago Sul – 71680-357 – Brasília – Distrito Federal Paraná Merconeti Representação de Veículos de Comunicação Ltda – Ricardo Takiguti [ricardo@merconeti.com.br] – Rua Dep. Atílio Almeida Barbosa, 76 – conjunto 3 – Boa Vista – 82560-460 – Curitiba – PR – Fone: (41) 3079-4666 Rio Grande do Sul Nenê Zimmermann [nene@starteronline.com.br.com.br] e Renato Zimmermann [renato@starteronline.com.br.com.br] – Floresta – 90440-051 – Porto Alegre – RS – Fone: (51) 3327-3700 Pernambuco HM Consultoria em Varejo Ltda – Hamilton Marcondes [hmconsultoria@hmconsultoria.com.br] – Rua Ribeiro de Brito, 1111 – conjunto 605 – Boa Viagem – 51021310 – Recife – PE – Fone: (81) 3327-3384 Minas Gerais SBF Representações – Sérgio Bernardes de Faria [sbfaria@sbfpublicidade.com.br] – Av. Getúlio Vargas, 1300 – 17º andar – conjunto 1704 – 30112-021 – Belo Horizonte – MG – Fones: (31) 2125-2900/2125-2927 Assinaturas Serviço de Atendimento ao Assinante – [assine@empreendedor.com.br] – O valor da assinatura anual (12 edições mensais) é de R$ 118,80 à vista. Renovação de Assinatura R$ 112,86 à vista. Estamos à sua disposição de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h30. Produção Gráfica Impressão e Acabamento: Coan Gráfica Editora Ctp – Distribuição: Distribuidora Magazine Express de Publicações Ltda – São Paulo Empreendedor.com http://www.empreendedor.com.br Editora: Carla Kempinski – Repórter: Raquel Rezende

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a última década, a construção civil conseguiu superar definitivamente a sofrida estagnação nos anos 1980 e 1990. As condições econômicas favoráveis do País – especialmente o baixo índice de desemprego e o aumento da renda da população – e a disponibilidade de crédito imobiliário, com prazos mais longos e juros menores, além de programas públicos como o “Minha Casa Minha Vida” permitiram que muitos brasileiros realizassem o sonho da casa própria. Em 2011, o volume dos financiamentos para aquisição e construção de imóveis cresceu 42%, índice que representa novo recorde histórico. São milhões de unidades residenciais e comerciais entregues e em construção, que consolidam o crescimento do setor. Tudo isso fez com que o número de trabalhadores com carteira assinada na construção civil dobrasse nos últimos cinco anos. No desempenho geral, o incremento foi de 11,6% em 2010 – ano excepcional, marco da recuperação – e de cerca de 5% em 2011, o que demonstra não um arrefecimento simples do ritmo, mas sim uma acomodação natural das atividades para se chegar a um ponto de equilíbrio sustentável do crescimento setorial. E o bom momento deve durar, pois o déficit habitacional no País ainda é alto – superior a 8 milhões de moradias, segundo a Abecip – e a aquisição de imóveis tem se mostrado um excelente investimento. Com crescimento acima da média mundial, os preços mais do que dobraram nos últimos cinco anos, atingindo valorização de 24,7% em 2011, índice superado apenas pela Índia. Além disso, há uma larga margem para o crédito imobiliário crescer. Hoje ele representa 4,7% do PIB total do País e a perspectiva é de que essa participação atinja 6% em 2012 e chegue a 10% em 2014. Com o mercado aquecido, as empresas da área têm se utilizado de diferentes estratégias para conquistar clientes. Entre as principais tendências estão a transformação de condomínios em verdadeiros complexos de lazer, a adoção de tecnologias sustentáveis, a aquisição e fusão de empresas para aumentar a presença no território nacional, a utilização da internet como ferramenta de vendas e inovação, além de projetos especialmente criados para atender públicos específicos. Não deixe de conferir as oportunidades na matéria de capa e demais reportagens desta edição. Alexsandro Vanin

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A Revista Empreendedor é uma publicação da Editora Empreendedor

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Diretor-Editor Acari Amorim [acari@empreendedor.com.br] Diretor de Marketing e Comercialização José Lamonica [joselamonica@uol.com.br] Redação Editor-Executivo: Alexandre Gonçalves [alex@empreendedor.com.br] Editor: Carlos Castilho Repórteres: Lúcio Lambranho, Fábio Mayer e Sara Caprario Editor de Arte: Gustavo Cabral Vaz Imagens da capa: Stockphotos e Rose Brasil (Lula) Fotografia: Arquivo Empreendedor Produção e Arquivo: Ivone Zanatta Ilustrações: Clóvis Geyer Revisão: José Renato de Faria/Ponto Final Coordenador de Web: Flaviano da Cunha Júnior Sedes São Paulo Diretor de Marketing e Comercialização: José Lamonica Executivos de Contas: Paula Araújo Speda, Ariovaldo Florian e Edson Ramão Rua Sabará, 566, 9º andar, cj. 92 Fones: (11) 3214-5938/ 32 57-4667/3214-6093 01239-010 - São Paulo - SP [empreendedorsp@uol.com.br] Florianópolis Executivo de Atendimento: Cleiton Correa Weiss Av. Osmar Cunha, 183, Ceisa Center, bl. C, 9º andar - Fone: (48) 224-4441 88015-900 - Florianópolis - SC Representante Dinâmica Promoções e Eventos Carlos Hamilton Martins Feltrin Rua Turiassu, 127, cj. 12/13 - Perdizes Fone/Fax: (11) 3822-0412 05005-001 - São Paulo - SP [dinapro@terra.com.br] Escritórios regionais Rio de Janeiro [triunvirato@triunvirato.com.br] Milla de Souza Rua México, 31, grupo 1404 - Centro Fone/fax: (21) 2533-3121/2524-2757/2533-1601 20031-144 - Rio de Janeiro - RJ Brasília [jcz@forumci.com.br] Ulysses C. B. Cava SETVS - Quadra 701 - Centro Empresarial Bloco C, cj. 330 Fone: (61) 314-1541 70140-907 - Brasília - DF Paraná [merconet@onda.com.br] Ricardo Takiguti Rua Joaquim da Costa Ribeiro, 507 A - Atuba Fone: (41) 367-4388 82840-190 - Curitiba - PR Rio Grande do Sul [marcelo@midiamais.com.br] Marcelo Guedes Av. Iguaçu, 525, cj. 305 - Petrópolis Fone: (51) 3334-4054 - Fax: (51) 3334-2317 90470-430 - Porto Alegre - RS Ceará [dilerportela@wettor.com.br] Dilermando Portela Av. Luciano Carneiro, 99 - Bairro Fátima Fones: (85) 433-3989/9969-7312 60410-690 - Fortaleza - CE Pernambuco [hmconsultoria@hmconsultoria.com.br] Hamilton Marcondes Rua Ribeiro de Brito, 1111, cj. 605 - Boa Viagem Fone: (81) 3327-3384/3327-9430 51021-310 - Recife - PE Minas Gerais [comercial@sbfpublicidade.com.br] Sérgio Bernardes de Faria Av. Getúlio Vargas, 1300, 17º andar, cj. 1704 Fone: (31) 3261-2700 30112-021 - Belo Horizonte - MG Assinaturas Serviço de atendimento ao assinante Diretora: Clementina P. da Silva Gerente: Luzia Correa Weiss Fone: 0800 48 0004 [assine@empreendedor.com.br] Produção gráfica Impressão e acabamento: Coan Gráfica Editora CtP Distribuição: Fernando Chinaglia S.A. (São Paulo)

Nesta Dezembro/2002

edição 10

Entrevista Fernando Opice Credidio, presidente da organização não-governamental Parceiros da Vida, faz um balanço do terceiro setor e aponta novos caminhos para as ONGs no Brasil com a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.

Capa

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Saiba o que Amaury Olsen (Tigre), Augusto Guimarães (Nuteral), Fátima Chamma (Chamma Cosméticos), Firmin António (Grupo Accor), Laércio Cosentino (Microsiga), Lito Rodriguez (Dry-Wash), Lourdes Duarte (Minancora), Murilo Tavares (Submarino), Raul Randon (Randon) e Roberto Angeloni (Angeloni Supermercados) fizeram ao longo de 2002 para serem escolhidos os 10 Empreendedores do Ano.

Empreendedor.com http://www.empreendedor.com.br

ANER

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DIVULGAÇÃO

A revista Empreendedor é uma publicação da Editora Empreendedor


Suplemento

Descubra o que as franquias são capazes de fazer para manter franqueados em suas redes. Nesta edição, Franco Franquia analisa as diferenças entre a gestão de uma franquia e outra, e o espaço da ABF traz um balanço da Convenção do Franchising.

TENDÊNCIAS

FRANQUIA TOTAL

A corrida para a Web sem fio A cautela ainda é grande, mas tudo indica que a Wi Fi (Web sem fio com alcance local) já ganhou o status de nova mina de ouro digital.

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O que os empreendedores podem esperar do governo Lula, e que tipo de iniciativas entidades como a Anprotec (Incubadoras) e a ABCR (Capital de Risco) esperam do novo presidente.

GUIA DO EMPREENDEDOR

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Produtos e Serviços .......... 72 Do Lado da Lei .................. 74

RECURSOS HUMANOS

Brasil

TENDÊNCIAS

62 Informática “à la carte” A IBM já fez a sua escolha e muitas outras empresas de tecnologia estão aderindo ao novo filão de serviços onde o consumidor é quem manda.

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Mapeamento dos lucros Menos de um terço das vendas garantem os lucros de uma loja. O jeito é saber quais os produtos e vendedores envolvidos nessas vendas.

Análise Setorial ................ 80 Indicadores ........................ 81

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LEIA TAMBÉM Cartas ................................. 6 Empreendedores ........................ 56 Não Durma no Ponto ..................... 60 Sua Opinião ............................ 68

ADMINISTRAÇÃO

Agenda .............................. 82

A misteriosa ergonomia O que antes era uma moda sofisticada agora virou ferramenta obrigatória de quem precisa de produtividade máxima de seus funcionários.

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do

Editor

Cartas Os empreendedores e o novo presidente

O

2002

que você pensa quando vê a imagem de alguém escalando uma montanha, como a que ilustra a capa desta edição da Empreendedor? Medo de cair? Vontade de alcançar o topo? Para nós, o significado é muito claro: é preciso força e motivação para atingir os melhores resultados, no caso atingir o topo da montanha. Em um ano conturbado, repleto de incertezas e especulações, a escalada se tornou mais complexa do que já é normalmente. Mas, tal qual a velha máxima que diz que é na dificuldade que surgem as oportunidades, houve quem soubesse tirar proveito não da situação, mas das próprias virtudes como empreendedor, criando, inovando, sempre. E o resultado dessa postura pode-se observar na trajetória de cada um dos 10 Empreendedores do Ano, escolhidos pela redação da revista Empreendedor. A lista, formada por Amaury Olsen (Tigre), Augusto Guimarães (Nuteral), Fátima Chamma (Chamma Cosméticos), Firmin António (Grupo Accor), Laércio Cosentino (Microsiga), Lito Rodriguez (Dry-Wash), Lourdes Duarte (Minancora), Murilo Tavares (Submarino), Raul Randon (Randon) e Roberto Angeloni (Angeloni Supermercados), reúne nomes já conhecidos, bicampeões na escolha da Empreendedor, mas justificam sua presença novamente por adota-

rem a ousadia e a busca constante de novos produtos, novos encantos para seus clientes. Vale ressaltar, por exemplo, o caso do empreendedor Raul Randon. Criador das Carrocerias Randon, uma das grandes empresas brasileiras, seu Raul tem voltado suas atenções para o desenvolvimento de novos negócios. Alguns podem até causar certa estranheza, como a fiambreria, que nada tem a ver com o negócio principal do grupo. Mas tem a ver, sim, e muito, com o espírito empreendedor de Raul Randon. Saiba mais sobre Randon e os demais Empreendedores do Ano a partir da página 15. A imagem escolhida para a capa bem que poderia servir de ilustração também para a reportagem da seção Brasil, que trata das expectativas para o início do governo Lula. Não pelo medo – já superado pela própria eleição –, mas pela crença de que um novo Brasil, essencialmente empreendedor, possa ganhar proporções nunca antes vistas. Em outras palavras, chegar ao topo tão desejado por muitos. Falou-se muito que a vitória do exmetalúrgico era a vitória da esperança.

Mas a isso pode-se acrescentar também uma grande dose de confiança, ingrediente necessário principalmente para o início de um novo governo, um novo projeto de país. Dentro dessa ótica, a Empreendedor produziu duas reportagens. A primeira mostrando o que de concreto o novo governo pode fazer para estimular o empreendedorismo. Para isso, ouvimos os principais interlocutores do governo Lula, como os futuros ministros José Dirceu e Antônio Palocci e outras lideranças. A segunda reportagem buscou, junto aos representantes de instituições de apoio ao desenvolvimento de novos negócios, traçar uma radiografia da atual situação do empreendedorismo no Brasil, bem como falar de expectativas e sugestões para o novo governo. Temos a certeza de que as duas reportagens poderão ajudar o leitor a visualizar melhor o cenário no qual os empreendedores atuarão ao menos nos primeiros anos de gestão do presidente Lula. Sem medo, com esperança e muita confiança. Em Lula e nos empreendedores do Brasil.

CARTAS PARA A REDAÇÃO

CEDOC

Correspondências por e-mail devem ser enviadas para alexandre@empreendedor.com.br, aos cuidados do editor Alexandre Gonçalves. Solicitamos aos leitores que utilizam correio eletrônico colocarem em suas mensagens se autorizam ou não a publicação de seus respectivos e-mails. Também pedimos que sejam acrescentados o nome da cidade e o do estado de onde está escrevendo.

O Centro de Documentação (CEDOC) da Editora Empreendedor disponibiliza aos interessados fotos e ilustrações que compõem o nosso banco de dados. Para mais informações, favor entrar contato com Ivone Zanatta, pelos telefones (48) 224-4441 e 0800 48 0004, ou por e-mail [redacao@empreendedor.com.br].

Dezembro – Empreendedor

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de Empreendedor para

Empreendedor Assinaturas

Chega de miopia I Adoro a revista Empreendedor, porém não mais renovei minha assinatura porque algumas edições saíram com excesso de reportagens sobre informática, o mundo digital, etc., o que, para mim, é uma leitura cansativa. Porém a reportagem de capa da edição de outubro (“Chega de miopia”) foi nota 10! Gostaria que vocês publicassem uma reportagem sobre o mercado de produtos eróticos (fornecedores, literatura, lingerie,

fitas, fabricantes e feiras). Aguardo retorno. Marleide Falcão

Paulista – PE

Marleide, Agradecemos suas observações. Fique certa de que serão levadas em consideração. Da mesma forma, agradecemos a nota 10 para a reportagem “Chega de miopia”. Quanto às informações sobre o mercado de produtos eróticos, em breve poderemos produzir uma reportagenm a respeito.

Chega de miopia II Parabéns pela reportagem “Do tamanho do bolso”, publicada na edição de outubro da Empreendedor. Somos consultores da área de Marketing de Relacionamento e trabalhamos apenas com micro e pequenas empresas. Nossa dificuldade inicial é sempre a mesma: romper a idéia de que marketing é para grandes corporações, inacessível para o orçamento de uma empresa pequena. Trabalhando com orçamentos adaptados às possibilidades e necessidades de cada negócio, e propondo formas eficientes e baratas de fazer Relacionamento com o Cliente, temos alcançado resultados acima das metas propostas. Em uma estrutura de trabalho pequena, o resultado é mais rapidamente percebido. E nós compartilhamos este sucesso mais diretamente. (O que dizer de um cliente que chora em uma reunião porque aumentamos as vendas em 50% em

um mês de trabalho?) Hoje em dia, se uma empresa grande nos consulta para algum trabalho, dizemos com muito orgulho: atendemos apenas pequenas empresas. Daniela Falcão e equipe

TRIVIUM Marketing de Relacionamento triviummkt@ieg.com.br

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Correspondência As cartas para as revistas Empreendedor, Jovem Empreendedor, Dirigente Lojista, Cartaz, Guia Empreendedor Rural e Guia de Franquias, publicações da Editora Empreendedor, podem ser enviadas para qualquer um dos endereços abaixo: São Paulo: Rua Sabará, 566 - cj. 92 CEP 01239-010 - São Paulo - SP Rio de Janeiro: Rua México, 31 - cj.1404 CEP 20031-144 - Rio de Janeiro - RJ Brasília: SETVS - Quadra 701 - Centro Empresarial - Bloco C - cj. 330 CEP 70140-907 - Brasília - DF Rio Grande do Sul: Av. Iguaçu, 525/305 CEP 90470-430 - Porto Alegre - RS Santa Catarina: Av. Osmar Cunha, 183 Bloco C - cj. 902 CEP 88015-900 - Florianópolis - SC Paraná: Rua Joaquim da Costa Ribeiro, 507 A, Atuba CEP 82840-190 - Curitiba - PR Ceará: Av. Luciano Carneiro, 99 - Bairro Fátima - 60410-690 - Fortaleza - CE Pernambuco: Rua Ribeiro Brito, 1111, cj. 605 - Boa Viagem CEP 51021-310 - Recife - PE Minas Gerais: Av. Getúlio Vargas, 1300, 17º andar, cj. 1704 CEP 30112-021 - Belo Horizonte- MG Os artigos deverão conter nome completo, assinatura, telefone e RG do autor, e estarão sujeitos, em função do espaço, aos ajustes que os editores julgarem necessários.

Anúncios Para anunciar em qualquer publicação da Editora Empreendedor ligue: São Paulo: (11) 3214-5938/3822-0412 Rio de Janeiro: (21) 2533-3121/2524-2757 Brasília: (61) 314-1541 Curitiba: (41)356-8139/merconet@onda.com.br Porto Alegre: (51) 3334-4054 Florianópolis: (48) 224-4441 Fortaleza: (85) 433-3989 Recife: (81) 3327-9430

Reprints editoriais É possível solicitar reimpressões de reportagens das revistas da Editora Empreendedor (mínimo de 1.000 unidades)

Internet Anote nossos endereços na grande rede: http://www.empreendedor.com.br redacao@empreendedor.com.br

Empreendedor – Dezembro

2002

Daniela, Mais importante do que suas palavras elogiosas são as suas opiniões a respeito do tema tratado em nossa reportagem. Não foi por acaso que optamos pela chamada de capa “Chega de miopia”, porque entendemos, como você expressa muito bem, que muitos empreendedores não enxergam todas as possibilidades do marketing, quando na maioria das vezes basta um simples gesto: abrir os olhos. Olhos de empreendedor. Aguarde novas reportagens sob o mesmo enfoque mencionado por você e continue acompanhando a revista Empreendedor.

Para assinar a revista Empreendedor ou solicitar os serviços ao assinante, ligue 0800 48 0004. O valor da assinatura anual (12 edições mensais) é de R$ 72. Aproveite a promoção especial e receba um desconto de 16,7%, pagando somente R$ 60. Estamos à sua disposição de segunda a sexta-feira, das 8 às 18h30min. Se preferir, faça sua solicitação de assinatura pela internet. O endereço é www.empreendedor.com.br ou pelo e-mail assine@empreendedor.com.br.


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Diretor-Editor: Acari Amorim [acari@empreendedor.com.br] Diretor de Comercialização e Marketing: Geraldo Nilson de Azevedo [geraldo@empreendedor.com.br] Redação Editor-Executivo: Alexsandro Vanin [vanin@empreendedor.com.br] – Repórteres: Ana Paula Meurer, Beatrice Gonçalves, Cléia Schmitz, Mônica Pupo, Raquel Rezende – Edição de Arte: Gustavo Cabral Vaz – Projeto Gráfico: Oscar Rivas – Fotografia: Arquivo Empreendedor, Carlos Pereira e Shutterstock – Foto da capa: Shutterstock – Revisão: Lu Coelho Sedes São Paulo Diretor: Fernando Sant’Anna Borba – Executivo de Contas: Osmar Escada Jr – Rua Pamplona, 1.465 – Conj. 74 – CEP 01405-002 – Jardim Paulista – Fone/Fax: (11) 3887-2193 [empreendedorsp@empreendedor.com.br] Florianópolis Executiva de Atendimento: Joana Amorim [anuncios@ empreendedor.com.br] – Rua Padre Lourenço Rodrigues de Andrade, 496 – Santo Antônio de Lisboa – 88050-400 – Florianópolis – SC – Fone: (48) 3371-8666 Central de Comunicação – Rua Anita Garibaldi, nº 79 – sala 601 – Centro – Florianópolis – SC – Fone (48) 3216-0600 [comercial@centralcomunicacao.com.br] Escritórios Regionais Rio de Janeiro Triunvirato Empresarial – Milla de Souza [milla@triunvirato.com.br] – Rua São José, 40 – 4º andar – Centro – 20010-020 – Rio de Janeiro – RJ – Fones: (21) 2611-7996/9607-7910 Brasília Ulysses Comunicação Ltda. [ulyssescava@ gmail.com] – Fones: (61) 3367-0180/9975-6660 – condomínio Ville de Montagne, Q.01 – CS 81 – Lago Sul – 71680-357 – Brasília – Distrito Federal Paraná Merconeti Representação de Veículos de Comunicação Ltda – Ricardo Takiguti [ricardo@merconeti.com.br] – Rua Dep. Atílio Almeida Barbosa, 76 – conjunto 3 – Boa Vista – 82560-460 – Curitiba – PR – Fone: (41) 3079-4666 Rio Grande do Sul Nenê Zimmermann [nene@starteronline.com.br.com.br] e Renato Zimmermann [renato@starteronline.com.br.com.br] – Floresta – 90440-051 – Porto Alegre – RS – Fone: (51) 3327-3700 Pernambuco HM Consultoria em Varejo Ltda – Hamilton Marcondes [hmconsultoria@hmconsultoria.com.br] – Rua Ribeiro de Brito, 1111 – conjunto 605 – Boa Viagem – 51021310 – Recife – PE – Fone: (81) 3327-3384 Minas Gerais SBF Representações – Sérgio Bernardes de Faria [sbfaria@sbfpublicidade.com.br] – Av. Getúlio Vargas, 1300 – 17º andar – conjunto 1704 – 30112-021 – Belo Horizonte – MG – Fones: (31) 2125-2900/2125-2927 Assinaturas Serviço de Atendimento ao Assinante – [assine@empreendedor.com.br] – O valor da assinatura anual (12 edições mensais) é de R$ 118,80 à vista. Renovação de Assinatura R$ 112,86 à vista. Estamos à sua disposição de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h30. Produção Gráfica Impressão e Acabamento: Coan Gráfica Editora Ctp – Distribuição: Distribuidora Magazine Express de Publicações Ltda – São Paulo Empreendedor.com http://www.empreendedor.com.br Editora: Carla Kempinski – Repórter: Raquel Rezende

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a última década, a construção civil conseguiu superar definitivamente a sofrida estagnação nos anos 1980 e 1990. As condições econômicas favoráveis do País – especialmente o baixo índice de desemprego e o aumento da renda da população – e a disponibilidade de crédito imobiliário, com prazos mais longos e juros menores, além de programas públicos como o “Minha Casa Minha Vida” permitiram que muitos brasileiros realizassem o sonho da casa própria. Em 2011, o volume dos financiamentos para aquisição e construção de imóveis cresceu 42%, índice que representa novo recorde histórico. São milhões de unidades residenciais e comerciais entregues e em construção, que consolidam o crescimento do setor. Tudo isso fez com que o número de trabalhadores com carteira assinada na construção civil dobrasse nos últimos cinco anos. No desempenho geral, o incremento foi de 11,6% em 2010 – ano excepcional, marco da recuperação – e de cerca de 5% em 2011, o que demonstra não um arrefecimento simples do ritmo, mas sim uma acomodação natural das atividades para se chegar a um ponto de equilíbrio sustentável do crescimento setorial. E o bom momento deve durar, pois o déficit habitacional no País ainda é alto – superior a 8 milhões de moradias, segundo a Abecip – e a aquisição de imóveis tem se mostrado um excelente investimento. Com crescimento acima da média mundial, os preços mais do que dobraram nos últimos cinco anos, atingindo valorização de 24,7% em 2011, índice superado apenas pela Índia. Além disso, há uma larga margem para o crédito imobiliário crescer. Hoje ele representa 4,7% do PIB total do País e a perspectiva é de que essa participação atinja 6% em 2012 e chegue a 10% em 2014. Com o mercado aquecido, as empresas da área têm se utilizado de diferentes estratégias para conquistar clientes. Entre as principais tendências estão a transformação de condomínios em verdadeiros complexos de lazer, a adoção de tecnologias sustentáveis, a aquisição e fusão de empresas para aumentar a presença no território nacional, a utilização da internet como ferramenta de vendas e inovação, além de projetos especialmente criados para atender públicos específicos. Não deixe de conferir as oportunidades na matéria de capa e demais reportagens desta edição. Alexsandro Vanin

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A Revista Empreendedor é uma publicação da Editora Empreendedor

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Entr vist por

Fábio Mayer

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com

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Fernando Opice Credidio

Os rumos do

terceiro setor

2002

LINHA DIRETA: FERNANDO OPICE CREDIDIO fernando@parceirosdavida.org.br

Fernando Opice Credidio, da ONG Parceiros da Vida, analisa como é a gestão das ONGs brasileiras e aponta caminhos para a atuação delas no governo Lula Mais de 50 milhões de brasileiros vivem em condições subumanas. Mas esse cenário pode melhorar a partir dos próximos anos. É nisso em que acredita Fernando Opice Credidio, presidente da ONG Parceiros da Vida. Para ele, melhorar a qualidade de vida das pessoas, lutando por uma sociedade sustentável e pelo crescimento do potencial humano, não é apenas um trabalho, mas uma batalha diária. Nesta entrevista, Credidio analisa a atuação do governo FHC diante do terceiro setor e apresenta algumas propostas de como devem agir as ONGs no governo Lula. Além disso, mostra a dificuldade que as ONGs, principalmente as mais antigas, estão passando devido à falta de um modelo de gestão mais profissional e menos assistencial. Segundo ele, cada vez mais as pessoas estão contribuindo para o desenvolvimento do terceiro setor. No entanto, o país ainda investe pouco nessa área, movimentando em torno de R$ 12 bilhões por ano (1,5% do PIB), e desse montante R$ 1,1 bilhão é decorrente de doações. Já nos Estados Unidos, por exemplo, são investidos cerca de US$ 190 bilhões por ano no terceiro setor, o equivalente a 20% do PIB americano. Formado em Odontologia e pósgraduado em Comunicação, Credidio Dezembro – Empreendedor

atua há 24 anos nas áreas de Marketing e de Responsabilidade Social. Desde 1997 preside a Parceiros da Vida, primeira organização não-governamental do país especializada em ações de comunicação integrada e marketing para o terceiro setor e na gestão da área de cidadania corporativa de empresas. “O objetivo é dar visibilidade a causas sociais, produzir informações e ações de marketing, atrair aliados e contribuir para que as ONGs saltem de uma posição de sobrevivência para a de crescimento e auto-sustentabilidade.” Empreendedor – Qual a situação atual das cerca de 250 mil Organizações Não-Governamentais brasileiras?

Fernando Opice Credidio – O Brasil é um país de constrastes, e no terceiro setor isso não podia ser diferente. De um lado há institutos, fundações empresariais e algumas ONGs que já nasceram estruturadas e profissionais, emprestando ou não o nome ou o prestígio de alguma personalidade do meio artístico, esportivo ou cultural. Essas entidades contam até, de certa forma, com recursos abundantes e podem até pagar salários equivalentes aos do segundo setor. De outro, existem as entidades sem fins lucrativos mais antigas, que basicamente construíram

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o terceiro setor no país, mas que não tiveram a chance de empreender uma gestão que não cultuasse apenas o assistencialismo. Sempre foram geridas por pessoas de boa vontade mas sem experiência em administração. Hoje a situação mais difícil é a delas. Estão passando por inúmeras dificuldades, das mais diversas ordens, sejam financeiras, materiais e mesmo de recursos humanos, correndo um sério risco de fechar as portas. É até um contra-senso. Empreendedor – O que deve ser feito para melhorar o terceiro setor no país?

Credidio – O terceiro setor tem que ser democrático, com espaço para todas as ONGs. É preciso estimular, capacitar e dar ferramentas de gestão para as entidades menores, para que possam concorrer em igualdade de condições com as maiores. Além disso, a sociedade, para distinguir as instituições sérias, deve conhecer melhor o terceiro setor e o que ele representa. Muitas empresas descobriram que o terceiro setor virou um diferencial competitivo e têm que fazer isso porque o concorrente está fazendo. Mas mesmo que elas não tenham de fato uma responsabilidade pelo social, para começar a ser feito algo, isso vale. Não existe uma obrigatoriedade de a empresa ter


( ) Presidente da ONG Parceiros da Vida

Empreendedor – Então para melhorar é preciso também que as empresas trabalhem a responsabilidade social de uma forma mais intensa?

presas, até para ficarem bem com a política de governo, vão ter de se mexer um pouco mais. Então é a grande chance do terceiro setor e do desenvolvimento social do país. Existe uma pesquisa feita pelo Instituto de Responsabilidade Social da Associação dos Dirigentes de Vendas do Brasil (ADVB) que mostra que as empresas (63% delas) têm planos de dar continuidade dos investimentos sociais, aumentando os recursos para os projetos sociais que vêm desenvolvendo. Das que foram entrevistadas, apenas 12% não sabem se farão isso, e 25% disseram que não farão. A partir disso, é possível ter uma idéia do engajamento dessas empresas.

Credidio – Temos um misto de tudo. Há aqueles que acham que responsabilidade social é um modismo. Outros acreditam que as empresas só fazem isso para melhorar a imagem. E há, felizmente, aqueles que têm certeza Empreendedor – Como isso pode de que a responsabilidade social veio ocorrer? para ficar, porque é importante não só Credidio – Espero que haja uma para o Brasil ou para uma determinada retomada de crescimento econômico, comunidade estadual, mas para o destino das pessoas. É importante “Muitas empresas para o desenvolvimento e para a continuidade descobriram que o da própria humanidade. terceiro setor virou Empreendedor – De acordo com dados do Instituto de Pesquisa Aplicada (IPEA), o terceiro setor no país movimenta cerca de R$ 12 bilhões por ano. Já que o presidente eleito afirmou que pretende fazer um governo social, o senhor acredita que a tendência é aumentar essa parcela?

Empreendedor – Atualmente os incentivos fiscais estimulam as empresas a promover atividades na

um diferencial competitivo, têm que fazer isso porque o concorrente está fazendo. Mas mesmo que elas não tenham de fato uma responsabilidade pelo social, para começar a ser feito algo, isso vale” 2002

Credidio – Não tenho dúvida disso. Com o Lula obviamente vai aumentar, porque o discurso dele é pelo pacto social e as em-

e é fundamental para o país geração de empregos e melhor distribuição de renda. Essa tríade tem que andar junta. Nesse contexto, tenho certeza de que a área social, no governo Lula, vai ter o mesmo peso de investimento que a econômica. De certa forma a área social sustenta a econômica, mas tem que haver uma correspondência entre elas. É necessário incluir um maior número de brasileiros nesse mercado, criando oportunidades para as empresas buscarem e ampliarem sua produção. Acredito que essas são as prioridades do país hoje. Essa é a minha expectativa, de uma pessoa com consciência voltada para o social. Agora, vamos torcer para que aconteça.

DIVULGAÇÃO

nascido, crescido e amadurecido com esse conceito de responsabilidade social. Isso vai sendo incutido até se transformar em um valor da empresa. Logo, ela vai estar menos preocupada com a eventual imagem perante seus diferentes públicos.

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Empreendedor – Dezembro


Entr vist por

Fábio Mayer

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A

Fernando Opice Credidio preciso

com

“É que os serviços das ONGs no governo Lula tenham um maior destaque e que sejam cada vez mais valorizados, não só pelo primeiro e pelo segundo setor, mas por toda a sociedade civil”

área social no país?

Credidio – Para a cultura, sim. Existe a Lei Rouanet, que é federal. Quando uma empresa investe em um projeto cultural, em via de regra, ela tem dois objetivos: projetar a sua marca e ter algum benefício fiscal. Dependendo do tipo de projeto que essa empresa apóia, ela pode até ter 100% no abatimento do IR, isto é, o projeto pode ter custo zero. Já na área social não há incentivos fiscais. A empresa que investe nessa área é por querer promover uma transformação social no Brasil e também para melhorar a imagem.

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Empreendedor – Uma das conseqüências da globalização econômica é o aumento da exclusão social. Como melhorar esse quadro no país?

Credidio – Para diminuir a exclusão social é preciso gerar empregos, não visando ao lucro como única meta. Muitas empresas têm um discurso de responsabilidade social, mas na primeira dificuldade elas despedem seus funcionários. Então, é preciso partir realmente para uma política de responsabilidade social. Outra saída que acredito Dezembro – Empreendedor

ser a mais viável é apoiar cada vez mais projetos de desenvolvimento sustentável. Nesse caso entram as alianças intersetoriais, que podem apoiar uma determinada faixa menos favorecida da sociedade ou patrocinar uma ONG que tenha foco em projetos de desenvolvimento sustentável, porque assim há a criação de outros canais de sobrevivência, com a confecção de produtos ou mesmo de serviços, para essa mãode-obra que está jogada no país. Empreendedor – Como o senhor analisa a atuação do governo FHC diante do terceiro setor?

Credidio – Em algumas ações voltadas ao combate à pobreza e à saúde e, principalmente, no compromisso com os direitos humanos, o governo FHC não foi tão ruim. O principal esforço foi o de Ruth Cardoso, mas ela não tinha verba e nem apoio. Muitas vezes, quando ela angariava recursos, algumas entidades já tinham certeza de que, no dia seguinte, iriam receber um telefonema de algum empresário dizendo que não poderia mais continuar com o apoio, porque agora iria contribuir com uma ONG que a mulher do presidente recomendou. É lógico que ela não fazia isso pensando em maldade. Mas é tampar uma panela e destampar outra. Apesar de o país ter sido o que mais avançou no índice de desenvolvimento humano, a atuação do governo diante do terceiro setor e pelo social poderia ter sido bem melhor. Veja os problemas sociais que o Brasil tem: são 50 milhões de pessoas passando fome. O que são nossos hospitais públicos? Educação pública... Está tudo do avesso. Empreendedor – Que papel devem ter as ONGs no governo de Luiz Inácio “Lula” da Silva? Por quê?

Credidio – Atualmente as ONGs estão substituindo o governo em alguns casos e isso é totalmente contra-indicado. Acredito que elas têm que atuar em parceria com o Estado para suprir algumas necessidades. A aliança inter-

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setorial pode ser da seguinte maneira: as entidades sem fins lucrativos, principalmente as que têm atividade-fim, ou seja, as que tratam diretamente dos públicos beneficiados, devem trabalhar com recursos do governo para operacionalizar os programas a serem implementados, como saúde, família e cidadania. As ONGs e os profissionais do mercado social têm expertise, e dessa forma eles atuariam como uma prestadora do governo, que economizaria na contratação de funcionários. Além disso, é preciso que os serviços das ONGs no governo Lula tenham um maior destaque e que sejam cada vez mais valorizados não só pelo primeiro e pelo segundo setor, mas por toda a sociedade civil. Empreendedor – O que vai mudar com o pacto social que o governo Lula pretende implantar?

Credidio – Espero que esse pacto social traga como resultado a retomada de crescimento econômico, a geração de empregos e a melhor distribuição de renda. Além disso, que realmente acabe com a fome, pois sempre acreditei que a fome é uma questão política e organizacional. Empreendedor – Para finalizar, como a sociedade pode participar de maneira mais ativa e responsável de ações sociais, e qual a perspectiva do terceiro setor no Brasil?

Credidio – O que está favorecendo o crescimento do terceiro setor é que há mais pessoas querendo doar. Porém, a sociedade não pode se deixar levar pelo marketing barato, pessoal, ou porque vai conseguir um emprego adicionando em seu currículo um determinado trabalho voluntário. Hoje o terceiro setor é ainda um ilustre desconhecido, até por aqueles que trabalham na área. Mas sem dúvida ele vai contribuir para a restauração das comunidades e da construção de uma cultura sustentável.


( ) Presidente da ONG Parceiros da Vida

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EMPREENDEDORES DO ANO 2002 é um ano que tão cedo não vai sair da memória de muita gente. No âmbito empresarial, certamente palavras como incerteza, especulação, crise cambial, entre outras, apareceram com freqüência na mídia. Por isso, eleger os 10 empreendedores que mais se destacaram neste ano se tornou uma tarefa muito graficante. Simplesmente porque os escolhidos mostraram o quanto é possível inovar, crescer, vencer obstáculos mesmo quando o vento não está a favor. Eles mostraram que não há dificuldade que resiste à vontade de chegar ao topo do sucesso. Com vocês, os 10 Empreendedores do Ano.

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O processo de aprendizagem já é um exercício de empreendedorismo. O conhecimento só se transforma em competência quando é aplicado e exercitado

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Amaury Olsen

Dezembro – Empreendedor

Garras bem Diferente do crescimento industrial que andou em marcha lenta em 2002, a Tigre S.A. faturou R$ 221,5 milhões no segundo trimestre do ano, um aumento de 3,8% em relação ao mesmo período de 2001. O lucro líquido foi de R$ 24,5 milhões (13,43% superior ao do ano passado), e o resultado operacional, 15,48% maior do que em 2001, chegando a R$ 35,8 milhões. Líder do mercado latino-americano de tubos e conexões de PVC, a pequena fábrica de pentes criada por João Hansen Júnior em 1941 hoje é uma empresa com unidades em Joinville (SC), Rio Claro e Indaiatuba DIVULGAÇÃO (SP), Camaçari (BA) e na Argentina, Chile, Paraguai e Bolívia, além da Pincéis Tigre em Castro (PR) e Osasco (SP). Todas essas conquistas estão sendo comandadas desde 1995 pelo CEO Amaury Olsen, que começou a trabalhar na empresa aos 20 anos como auxiliar de escritório. Desde que foi convidado pelos acionistas para assumir a presidência, a profissionalização dos executivos, inaugurada por ele, fez com que a Tigre pudesse comemorar em 2001, pela primeira vez, o faturamento superior a R$ 1 bilhão. Olsen baseou suas realizações neste ano em

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quatro ações: maior cobertura geográfica para a distribuição dos produtos, através de operadores comerciais regionais; estratégias de vendas com programações trimestrais; melhoria do mix de vendas, com participação de produtos novos e de maior valor agregado; e uma campanha para ampliação da base de clientes. Pensando em 2003 e nas ações que o novo governo poderia executar para melhorar a produção industrial, Olsen acredita que é preciso estabelecer um processo de desenvolvimento sustentável em todas as suas dimensões: ambiental, social e econômica. “As forças propulsoras do desenvolvimento brasileiro estão justamente nos novos paradigmas da sustentabilidade”, afirma o principal executivo da Tigre. Para Olsen, a universalização do saneamento básico, um dos negócios da sua empresa, é uma ação estrutural que pode ser capaz de reduzir a poluição e a exclusão social e gerar mecanismos de geração e distribuição de renda no país. As políticas no terceiro setor, diz Olsen, precisam de ações sociais nas empresas que sejam características intrínsecas da própria estratégia empresarial. “Ações demagógicas e hipócritas não são sustentáveis. Aliás, esse tipo de comportamento perpetua o status quo. A lei de Gerson precisa ser revogada. As empresas se desenvolvem em mercados saudáveis e sustentáveis e não com ações especulativas”, acredita. Em paralelo a suas ações estratégicas, a Tigre também estimula a produção de conhecimento e projetos inovadores, através do Prêmio Universi-


Empreendedores do ano

afiadas Como uma das metas da Tigre era manter um crescimento de 10% neste ano, uma das suas principais estratégias foi o lançamento constante de soluções mais acessíveis ao mercado. Um exemplo é o novo condulete para eletricidade predial. Agora, com uma só caixa, o instalador pode fazer até 55 diferentes tipos de instalação. Outro novo produto é a Junta Elástica Integrada (JEI), que agora pode ser encontrada também na linha de tubos para irrigação. Mas junto com a expansão dos negócios (esquadrias, pincéis, rolos e trinchas), a empresa também investiu nos seus sistemas, por onde passam informações das unidades fabris, de 12 mil pontos-de-venda diretas e de outras 36 mil lojas, atendidas por meio de distribuidores e atacadistas. Entre 1995 e 2000, a Tigre expandiu quatro vezes a capacidade de armazenamento do seu servidor. Amaury Olsen pretende manter o crescimento da Tigre em 2003, aumentando a participação da empresa no mercado de infra-estrutura, principalmente em saneamento básico, e da construção civil, através de financiamentos direcionados a obras populares para o déficit habitacional. Segundo o CEO da Tigre, esses dois projetos dependem dos programas do novo governo, e a empresa tem como metas manter o lançamento de novos produtos, buscar uma participação do mercado externo e dar continuidade à pulverização de vendas pelo Brasil. Pelo jeito, a ousadia empreendedora de João Hansen Júnior, que convenceu o país a trocar os canos de ferro galvanizado por PVC, ainda está com fôlego de felino.

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dade Tigre. Para Amaury Olsen, essa é a contribuição da empresa para formar uma nova geração de empreendedores. “O processo de aprendizagem já é um exercício de empreendedorismo. O conhecimento só se transforma em competência quando é aplicado e exercitado. E isso exige atitude pró-ativa, pesquisa, experimentação, superação e vários outros elementos essenciais à atuação empreendedora”, diz. Nesse sentido, segundo ele, o estudante já é um empreendedor e deve ser estimulado a utilizar essa experiência diante dos desafios da vida pessoal e profissional. “O Prêmio Universidade Tigre une o meio acadêmico à Tigre na busca de novas soluções para a qualidade de vida. E isso é empreendedorismo”, afirma. Na sua quarta edição, o prêmio tem desafiado estudantes de várias áreas, do nível básico à pós-graduação, a apresentar idéias de produtos, sistemas ou processos que tragam benefícios nas áreas de atuação da empresa. Segundo Olsen, os resultados têm sido muito interessantes, e em 2002 foram mais de 260 trabalhos inscritos, quatro vezes mais que na primeira edição. “Todas as idéias apresentadas, independente da classificação, são avaliadas para possível lançamento no mercado, com a participação dos autores. É educação para o empreendedorismo na prática”, acrescenta. Os trabalhos propõem soluções modernas e ousadas, como o uso da energia solar e o reuso da água. Do total dos trabalhos apresentados nessa edição, 35% tiveram propostas para economizar água e energia, e 22% para racionalização de processos construtivos.

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Augusto Guimarães

Transformar o conhecimento em produtos que podem melhorar a qualidade de vida das pessoas é muito mais compensador do que apenas pesquisar para publicar papers em revistas científicas

Dezembro – Empreendedor

Cardápio de A indústria do bem-estar, como é chamado o mercado de nutrição, é um dos segmentos que mais crescem no mundo. Atuar nesse ramo de atividade significa conhecer a área, ter disciplina, perseverança e coragem para assumir riscos. Qualidades que Augusto Guimarães, presidente da Nuteral, empresa especializada e pioneira na área de nutrição no Brasil, tem de sobra. Prova disso é que, atualmente, a companhia comercializa uma linha de 36 produtos nas áreas de dietas orais e enterais, módulos nutricionais e suplementos nutricionais, detém mais de 45 marcas próprias, registradas no INPI e no Ministério da Saúde, tem um crescimento regular de mais de 25% ao ano e, em DIVULGAÇÃO 2002, deve atingir a receita de R$ 17 milhões. Por tudo isso, a Nuteral recebeu o prêmio Empresa do Ano 2002, concedido pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos de Tecnologias Avançadas (Anprotec), órgão que representa as entidades que desenvolvem programas de incubadoras, parques e pólos ou tecnópolis no Brasil, em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Sebrae, Con-

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federação Nacional das Indústria (CNI) e Instituto Euvaldo Lodi (IEL). Para conquistar esse prêmio são levados em consideração critérios como aceitação do mercado, faturamento e resultados e, ainda, oferta de empregos diretos. Apenas participam empresas que estão ou estiveram em incubadora de empresas e que possuem produtos, processos ou serviços tecnológicos de alto valor agregado. “Esse reconhecimento é uma prova do que o Brasil pode conseguir quando investe o melhor da criatividade, persegue a qualidade como principal norma, tem respeito ao meio ambiente e pelo cliente”, ressalta Guimarães. Em 1992, ele defendeu a tese Ácidos Graxos da Dieta e a Resposta Imunológica no Departamento de Fisiologia da USP. Recebeu um prêmio da universidade por sua tese ter sido considerada uma das seis melhores defendidas naquele ano, concorrendo com outras 1.500 de diversas áreas. De volta ao Ceará, segundo ele, estado que o adotou, mais precisamente à cidade de Fortaleza, Guimarães buscou como alternativa para desenvolver dietas para pacientes graves a linha de financiamento Prodetec Incubadas, do Banco do Nordeste, através do Escritório Técnico do Nordeste (Etene), já que os recursos públicos para investir em pesquisa eram muito escassos. No final de 1992, a Nuteral iniciou suas atividades.


Empreendedores do ano

qualidade o Laboratório de Fisiologia Celular e Nutrição da USP, e no exterior para realizar pesquisas na área. Uma delas, Transferência Intercelular de Lípides, que faz parte do Programa de Apoio a Núcleos de Excelência (Pronex), do Ministério da Ciência e Tecnologia, conta com financiamento de R$ 698 mil da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Os resultados científicos que até o momento já foram alcançados têm sido importantes subsídios no desenvolvimento de novas fórmulas nutricionais. Para 2003, a meta da Nuteral é ser uma das quatro maiores empresas de nutrição do Brasil, atendendo as principais cidades no país e também da América Latina. Além disso, a companhia pretende participar, juntamente com toda a indústria do bem-estar, do programa já proposto pelo presidente eleito, para combater a fome e a desnutrição no Brasil. Guimarães conta que a deficiência nutricional durante o primeiro ano de vida provoca sérios danos ao sistema nervoso central. Da mesma forma, crianças desnutridas correm riscos de comprometimento na sua formação cognitiva. “Suprir estas carências é um desafio para os gestores públicos, que querem ver crescer uma geração de brasileiros com capacidade de pensar, senhores da sua própria cidadania.”

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No primeiro momento, a empresa permaneceu 18 meses no Padetec, incubadora da Universidade Federal do Ceará. Em junho de 1994, com o apoio do Fundo de Desenvolvimento Industrial (FDI), do governo do Ceará, a Nuteral foi transferida para instalações próprias, em um prédio com uma área total de mais de 6 mil m 2. Nessa época, Guimarães criou a linha de Nutrição Clínica com dietas enterais, a linha de Suplementos Nutricionais e a Divisão de Ingredientes Nutricionais, em parceria com a DMV International, da Holanda, a quarta maior companhia mundial no processamento de derivados do leite. Em seguida, implantou na empresa o Centro de Desenvolvimento de Novos Produtos e a Divisão de Ingredientes Industriais, que atende em todo o país empresas de nutrição, de produtos dietéticos especiais, de sorvetes finos e indústrias farmacêuticas da área. “Continuamos a investir na inovação tecnológica com o lançamento de novos conceitos na área de nutrição clínica, dietas de emagrecimento e suplementos nutricionais”, afirma Guimarães. Esse é o caso do Reabilit, primeira e única dieta para alta hospitalar do mundo, lançado pela Nuteral em 2002. O produto é resultado de R$ 2 milhões de investimento e de seis anos de pesquisa. Investimentos em ciência e tecnologia não param por aí. A empresa tem diversas parcerias com centros de pesquisa no país, como

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Foi preciso ter pé no chão sem parar de trabalhar porque somos pequenos

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Fátima Chamma

Dezembro – Empreendedor

A natureza Se a região amazônica representa grande parte do potencial e da imagem brasileira no exterior, a Chamma da Amazônia é a prova de que o desenvolvimento sustentável é possível num país com graves problemas sociais e baixa estima empresarial. O empreendimento de perfumaria e cosméticos naturais, que saiu há dois anos da Incubadora de Empresas da Universidade do Pará, acumula prêmios nacionais e virou estudo de caso para quem estimula o empreendedorismo. Comandado por Fátima Chamma, o negócio foi escolhido como a pequena empresa com a cara do Brasil na região Norte. O reconhecimento faz parte do projeto do DIVULGAÇÃO Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), criado a partir de pesquisas de formas inovadoras ou mais solidárias de gestão empresarial e de desenvolvimento de identidades locais, unindo cultura e tradição regional. O projeto da empresa paraense também serviu como base do Desafio Sebrae 2002, uma olimpíada virtual de administração que teve a participação de 50 mil estudantes universitários. Para completar, a deo-colônia Banho de Cheiro venceu o Prêmio CNI 2002, modalidade Gestão de Design Ecológico, exatamente por traduzir os

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usos e costumes da região em aroma. “Além do reconhecimento da nossa empresa, esses prêmios abrem espaço para que outros empreendimentos da mesma área vejam que é possível fazer projetos desse tipo e que agregam valor ao produto nesse mercado”, afirma Fátima Chamma. Em 2002, a Chamma da Amazônia começou a avaliar o trabalho feito no ano anterior nas suas franquias e fecha o calendário abrindo uma loja-conceito em São Paulo e outra unidade na Estação das Docas, um dos principais pontos turísticos de Belém do Pará. A empresa possui uma rede com 21 franquias e quatro pontos próprios. Segundo a empresária, este ano não foi dedicado à expansão da rede, mas sim focado na estruturação da fábrica da Fluidos da Amazônia e no trabalho de atendimento a um grande número de empreendedores interessados em abrir uma franquia com a marca da sua empresa. “Este ano foi dedicado à criação de uma estrutura de atendimento e suporte técnico para os franqueados. Foi preciso ter pé no chão sem parar de trabalhar porque somos pequenos”, explica. Segundo Fátima, as dificuldades são inerentes ao negócio, principalmente na tarefa de tentar se manter sem crescer, o que ela considera uma grande ousadia. O que mais complica a sua relação com os franqueados, de acordo com a visão dela, é a falta de informação sobre franquias, o que acaba exigindo uma seleção criteriosa por parte do franqueador. O outro problema, diz, está relacionado com as vendas. “Fico fora desse esquema de motivação. Ou você tem uma equipe automotivada ou a coisa não funciona. Não dá para ficar soltando fogos para os


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em frascos leque de opções, e por isso aumentamos a escala devido às propostas que recebemos do mercado externo. Temos dois negócios quase concretos com empresas dos Estados Unidos e de Portugal, mais próximos de uma parceria”, comemora a empreendedora. Segundo Fátima Chamma, a empresa é ao mesmo tempo pequena e pretensiosa, porque tem parceiros apoiando o conceito baseado na agroecologia, criado com a participação de três comunidades paraenses. “Esse é um trabalho de todos que contribuem para que o processo de desenvolvimento de produto, muito caro para confirmar a eficácia desse tipo de produto, seja diluído e viável”, acrescenta. Fátima cresceu vendo seu pai, o libanês Oscar Chamma, trabalhar com essências, colônias e fragrâncias com matéria-prima da Amazônia na sua pequena fábrica instalada no mercado mais popular de Belém, o Ver-o-Peso. Mesmo sem formação acadêmica em química, o que era impossível na década de 40, o patriarca da família conseguia traduzir os processos para a fabricação de produtos ainda sem comprovação científica, mas já consagrados pelas crenças do povo do Pará. Na mesma época, Mário Santiago, o criador da perfumaria Phebo, convidou Oscar para mudar os negócios para São Paulo e expandir seus mercados. Ele não aceitou a proposta e continuou tocando a Perfumaria Chamma sem grande escala industrial, para atender apenas ao mercado da região. A filha retomou o projeto familiar e hoje é referência no setor no Pará. Mais do que um negócio, as ações da empresa mostram que é viável ser parceiro do Brasil.

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teus funcionários o tempo todo. A questão leva, na maioria das vezes, as pessoas a acharem que tudo é fácil e isso complica o trabalho”, acrescenta. As ações da Chamma em 2003 incluem a abertura de dez pontos em São Paulo, e também há um plano de atingir 30 lojas ou quiosques no estado em três anos. Além disso, pontos estratégicos como o Rio Grande do Sul, em função de ter uma cultura muito diferente da amazônica e estar situado próximo dos países do Mercosul, estão na agenda de Fátima Chamma. “Temos propostas interessantes de pessoas com nível empresarial e com visão de futuro desse estado. Isso é muito bom para quebrar a cultura do brasileiro, que ainda quer tudo na base do imediatismo.” Apostando na imagem de cartão-postal do Brasil, a empresa também investe em pontos localizados nos principais aeroportos: a Chamma da Amazônia ganhou quatro licitações da Infraero e tem mais seis pontos temporários à espera da autorização definitiva. Em 2003, a empresa também vai completar o lançamento de uma linha de aromatizantes de ambientes. Os dois primeiros produtos são o Fausto Amazônico (que simboliza toda a riqueza da região) e a Vitória Amazônica (identificada com a flora, através da Vitória Régia). Até o lançamento neste Natal, transcorreu um ano e meio até que a idéia fosse concretizada no primeiro lote com mil unidades. A outra novidade é que a Fluidos da Amazônica deverá se desvincular da franquia Chamma da Amazônia no próximo ano. A fábrica vai continuar sendo o fornecedor exclusivo da franquia, mas poderá ficar livre para produzir e desenvolver outros produtos. “Existe um

Empreendedor – Dezembro


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Sem dúvida, o destino do Brasil é ser um destino turístico

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Firmin António

Dezembro – Empreendedor

Na trilha do Desde o tempo em que os franceses, comandados por Nicolau de Villegagnon, tomaram em 1555 uma ilhota de 300 metros, na Baía da Guanabara, e fundaram o Forte de Coligny, os investimentos e as apostas de empresas francesas no Brasil não são tão altos como agora. Segundo a Câmara de Comércio França–Brasil, a onda recente de investimentos da França, que veio se juntar àqueles de longa presença, colocou o país na quarta posição de capital estrangeiro no Brasil. Um desses pilares de confiança na economia brasileira é a Accor no Brasil, holding do grupo DIVULGAÇÃO mundial de hotelaria, turismo e serviços que acaba de completar 26 anos de atuação no país. À frente desse empreendimento, em que foi criado ainda em 1976 o conceito de refeição-convênio, está Firmin António, presidente da Accor no Brasil. Ele é um português naturalizado francês, mas que aposta todas as suas fichas no potencial turístico do Brasil. A base estratégica da ação do empreendedor acompanhou o salto conseguido em oito anos pelo país nesse setor. O Bra-

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sil pulou do 43º lugar para a 29ª posição no ranking internacional de destinos turísticos, segundo a Organização Mundial de Turismo (OMT). Os resultados positivos são reflexos da expansão dos negócios estrangeiros no país nos anos 90. Nesse período, o Governo Federal e os estaduais também investiram cerca de US$ 10 bilhões em infra-estrutura. A iniciativa atraiu grandes redes e investidores, que desembolsaram, entre 1998 e 2002, US$ 6 bilhões. A Accor, como a maior operadora mundial de hotelaria, inovou na oferta de produtos hoteleiros no Brasil, para onde trouxe seis de suas marcas, da mais luxuosa Sofitel ao supereconômico Formule 1. Uma das ações ousadas do empreendedor este ano foi a criação da Accor Top S.A., holding originada de joint venture entre a Accor no Brasil e a Top Atlântico, de Portugal. A nova empresa vai administrar a Accor Tour Operadora de Turismo, marcando a ampliação do investimento do grupo no segmento do turismo de lazer. O Grupo Top Atlântico é líder português no mercado de viagens e possui uma das maiores estruturas no setor de turismo, com cerca de 90 pontos-de-venda distribuídos em Portugal, Espanha, França, Itália, Reino Unido e Estados Unidos. O grupo foi constituído em novembro de 2000, resultante da fusão entre a Top Tours e a Macrotur, duas operadoras portuguesas, esta última pertencente ao Banco Espírito Santo, uma das mais fortes


Empreendedores do ano

turismo responsável pelo desenvolvimento profissional de 19 mil dos 26 mil colaboradores. Ao completar dez anos de atividades em 2002, a empresa lançou seu primeiro sistema de elearning. Em termos estritamente numéricos, diz Firmin António, a projeção do grupo é atingir R$ 6,4 bilhões em volume de negócios em 2003. No caso da hotelaria, segundo ele, o plano é desenvolver de modo mais acentuado as categorias econômica e super econômica. A Accor deve abrir, em 2003, sete Ibis e dois Formule 1. “Não menos importante, continuaremos promovendo a formação dos colaboradores, que deverão se aproximar da marca dos 30 mil, já que vimos criando uma média de 2 mil novos empregos por ano durante os últimos cinco anos”, planeja. Firmin não se conforma com o fato de que o Brasil, uma das dez maiores potências econômicas do planeta, ocupe somente o 29o lugar no ranking do turismo mundial, mesmo reconhecendo que houve um progresso muito sensível nos últimos anos. “Apesar da inegável vocação do Brasil para o turismo, falta ainda um grande projeto, com ações coordenadas e que junte todas as pontas e os numerosos agentes desse setor promissor. Sem dúvida, o destino do Brasil é ser um destino turístico”, completa. Pela ousadia das ações do “novo Villegagnon”, as belezas brasileiras conquistaram o apetite do francês empreendedor.

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entidades financeiras daquele país. Sob seu controle, a Accor Tour, que até então fazia parte da Carlson Wagonlit Travel, passa a operar como uma empresa independente com o objetivo de posicionar-se entre as líderes do mercado nacional nos próximos cinco anos. Segundo Firmin António, a expectativa dessa recémcriada empresa é atingir um volume de negócios de R$ 100 milhões em 2003 e chegar a R$ 500 milhões no horizonte de 2007. O primeiro produto recém-lançado sob a marca Accor Tour é um pacote de uma semana com destino à Costa do Sauípe, incluindo hospedagem no luxuoso Hotel Sofitel, passagem nos Airbus da TAM, traslados e meia pensão. “O lançamento já mostrou ser um sucesso, pois os primeiros vôos estão lotados”, comemora António. Hoje, a Accor no Brasil é a maior filial do grupo no mundo e não pára de acumular resultados positivos. “Apesar de um contexto nem sempre favorável, o volume de negócios consolidado deverá totalizar R$ 5,8 bilhões contra os R$ 5,4 de 2001. Estes números refletem o dinamismo e a criatividade de 26.700 colaboradores associados à força das nossas 26 marcas e dos investimentos voltados para oferecer ao mercado soluções inovadoras”, destaca o empreendedor. Segundo ele, uma das bases para esse crescimento é a Académie, a universidade de serviços, a primeira universidade corporativa no Brasil,

Empreendedor – Dezembro


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Minha realização pessoal é devolver aos funcionários e à sociedade o voto de confiança que depositaram na Microsiga

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Laércio Cosentino

Dezembro – Empreendedor

Apaixonado Para apostar na microinformática no início da década de 80, quando o disquete começava a substituir os cartões perfurados, era necessária muita ousadia e determinação. Com esse espírito empreendedor, Laércio Cosentino, presidente da Microsiga, empresa que desenvolve e implementa sistemas de gestão empresarial, enxergou, na época, um novo segmento no mercado. Ele mostrou que é preciso estar atento, para que as oportunidades não passem despercebidas, e também ser criativo e inovador para administrar o crescimento da empresa e se destacar no mundo dos negócios. Hoje, a MiDIVULGAÇÃO crosiga é uma das maiores fornecedoras brasileiras de tecnologia, serviços e soluções em sistemas de ERP, CRM e soluções corporativas complementares, contando com mais de 50 unidades de atendimento e relacionamento no Brasil e em países da América Latina. Além disso, tem um market share expressivo no mercado de softwares, com 85 mil usuários e 5 mil clientes, gerando cerca de 2 mil empregos diretos. Em 2001, a empresa faturou R$ 190 milhões e tem uma estimativa de 30% de crescimento para este ano. Pelo sucesso da atuação no mercado nacional e global, a Microsiga recebeu vários prêmios. Entre eles, o Prêmio

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Qualidade Brasil, conferido pelo International Quality Service, o Prêmio ABF Destaque Franchising 2001 e o Selo de Qualidade ABF, por ser um dos melhores franqueadores sob a ótica do franqueado. Cosentino também representou o Brasil na escolha mundial do Empreendedor do Ano, na cidade de Monte Carlo, em Mônaco, concorrendo com empresários de mais 20 países, como Estados Unidos, Canadá e Reino Unido. Em 2002 ganhou o V Prêmio Automação, oferecido pela EAN Brasil, e o Partner Destaque 2001, oferecido pela Bematech, pelo desenvolvimento de soluções de automação comercial para periféricos da empresa. Cosentino atua na área de informática desde 1978. Nessa época, ele fazia faculdade de Engenharia Eletrônica na USP e começou a trabalhar como estagiário na Siga, que desenvolvia programas para computadores de grande porte, a convite do dono da empresa, Ernesto Haberkorn, amigo de seu pai e sócio-fundador da Microsiga. Com o tempo, ele foi crescendo dentro da companhia, passando a ocupar cargos mais elevados como os de analista de sistemas, gerente e diretor. Cinco anos mais tarde, já tinha experiência e pleno contato com a área da informática, o que permitiu que visualizasse o desenvolvimento do setor de microcomputadores e a possibilidade de crescer junto com o mercado, levando a informatização às pequenas e médias empresas. Então, em um almoço com seu patrão, estava decidido em pedir demissão e montar um negócio próprio. Depois de muita negociação, Haberkorn


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pelo futuro visa a motivar os funcionários a continuar contribuindo com a empresa e acreditando no que fazem. “Minha realização pessoal é devolver aos funcionários e à sociedade o voto de confiança que depositaram na Microsiga”, diz. Um exemplo dessa constante preocupação para motivar os funcionários é que a empresa criou várias maneiras de eles participarem diretamente da gestão. Isso é feito através de programas como o Box Vermelho, que permite o envio de mensagens eletrônicas ao presidente, e o provão, que é realizado todo ano e identifica os pontos fortes, as deficiências e as necessidades de cada um. De acordo com Cosentino, grande parte das novas idéias da empresa vem dos próprios funcionários. A Microsiga também adotou duas pausas diárias de 15 minutos. Os funcionários participam ainda de ações voluntárias do Instituto Microsiga, criado em 1998 com a meta de ensinar informática para crianças e jovens de baixa renda de todo o Brasil. O instituto oferece cursos de Windows, Word, Excel e Internet, com duração de cinco meses e toda a estrutura necessária para que as aulas possam ser ministradas (computadores, material didático e softwares). Realiza também debates sobre diversos temas como cidadania, saúde, drogas, meio ambiente e mercado de trabalho. Desde que iniciou as atividades, o instituto já atendeu cerca de 5.800 crianças e jovens de 26 entidades assistenciais. Novamente o trabalho desenvolvido por Cosentino visa ao futuro, dando oportunidade para quem necessita.

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propôs uma sociedade para converter os sistemas integrados produzidos, até então processados em computadores de grande porte, para a utilização na recémcriada tecnologia da microinformática. Surge assim em 1983 a Microsiga: micro, de microinformática; e Siga, da empresa já constituída. O crescimento da Microsiga foi apenas questão de tempo. Em 1992, a companhia acabou absorvendo a empresamãe, a Siga, e Consentino assumiu a presidência. Um dos grandes feitos que ele realizou à frente da empresa foi ter implementado um novo modelo de gestão. Para agilizar a tomada de decisões, criou uma rede de unidades de atendimento e relacionamento nas principais cidades do país e também na Argentina, Chile, México, Paraguai, Porto Rico e Uruguai. Como medida estratégica, resolveu abrir o capital da companhia para investimentos internacionais, no final da década de 90, e 25% das ações da Microsiga foram comprados pela Advent International Corporation. Além disso, apostando principalmente na valorização dos funcionários, também transformouos em sócios da empresa, distribuindo 5% das ações entre eles através de um plano sem nenhum custo. Dar valor ao funcionário é o grande segredo da administração de Cosentino. Segundo ele, quando todos têm a mesma tecnologia, a diferença está no ser humano. Da mesma forma, Cosentino acredita que a tecnologia só é viável quando proporciona resultados positivos não apenas para a empresa, mas também para a humanidade. A Microsiga tem uma política de recursos humanos que

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Queria montar um negócio diferente, não montar apenas um lava-rápido, mas criar e profissionalizar um novo segmento no mercado

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Lito Rodriguez

Dezembro – Empreendedor

Persistência Mesmo chamado de louco e sendo alvo de piadas Lito Rodriguez, presidente da DryWash, rede de franquias especializada em limpeza, conservação e restauração automotiva, buscou na própria persistência o caminho para a realização profissional e para a mudança de conceitos. Como se não bastasse desenvolver um produto que lava carros sem a necessidade de água, o empreendedor também criou e profissionalizou um novo segmento no mercado brasileiro. Atualmente, a rede DryWash conta com 182 unidades instaladas em shoppings, hipermercados e estacionamentos de todo o país, emprega diretamente 2 mil funcionários DIVULGAÇÃO e lava cerca de 70 mil carros por mês. O faturamento bruto previsto para 2002 é de R$ 20 milhões. Tal desempenho proporcionou que a empresa fosse selecionada para receber a partir deste ano o suporte da Endeavor Brasil – organização sem fins lucrativos que apóia o empreendedorismo inovador como forma de desenvolvimento sócioeconômico. Diversas empresas já ficaram no caminho do rigoroso processo de seleção da Endeavor Brasil. Não foi o caso da DryWash. Com tantos méritos, a empresa é a primeira franquia a ser selecionada pela instituição. Para Rodriguez, a DryWash já

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tinha perspectiva de crescimento com qualidade em 2002, mas teria de investir muito em gestão e em informação. Agora, como filiada da Endeavor Brasil, a empresa tem a oportunidade de melhorar ainda mais e de dar um grande salto de qualidade para o próximo ano, já que a instituição é formada por especialistas de vários setores do mercado. “A Endeavor tem grandes empresários, executivos e consultores, e é possível discutir com eles os objetivos da empresa e receber um direcionamento de qual caminho é o melhor para executar as metas pretendidas.” Rodriguez começou cedo sua jornada como empreendedor e, principalmente, a aprender com as dificuldades do mercado. Aos 19 anos fundou a primeira empresa, no ramo de móveis e decoração, juntamente com dois sócios. Mas a pouca experiência e a necessidade de constantes investimentos fizeram com que o negócio não desse lucro. Após três anos, vendeu sua parte da sociedade e decidiu auxiliar o pai, cuja empresa passava por uma grave crise. Mais tarde a companhia acabou falindo, porém o episódio trouxe amadurecimento profissional e pessoal e ele resolveu apostar em um segundo empreendimento. Em 1993, tornou-se sócio de uma fábrica de solda de estanho. Um ano depois ele se desligou da companhia, por incompatibilidade com o serviço e por não concordar com a forma de gestão da empresa. Na época recebeu diversas críticas de parentes e amigos que não entendiam a saída dele da fábrica de solda para montar um lava-rápido. Tornou-se então o primeiro franqueado de uma rede de lava-rápido, a DryCar, e com o


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e inovação DryWash em 1998, o negócio começou a se expandir. “Tinhamos que lavar 30 mil veículos por mês para justificar ter indústria, e a única forma para isso era licenciar e ensinar as pessoas a trabalharem e serem consumidoras do meu produto”, afirma Rodriguez. O sucesso foi tanto que em 2000 o negócio tomou uma proporção maior do que a estrutura da empresa podia agüentar, correndo o risco de ter o mesmo destino da DryCar. Logo, ele teve de profissionalizar a empresa e o departamento de franquia para poder atuar de maneira mais abrangente, principalmente em grandes estacionamentos como os de shopping centers. Já em maio daquele ano a DryWash resolveu implementar um projeto, batizado de Lapidar, para melhorar os modelos de operações existentes e começar as novas operações de uma forma muito mais profissional e mais estruturada. Para os próximos anos a empresa pretende investir no sistema de franquia por conta própria. Isto é, os serviços são executados pelo próprio franqueado em centros automotivos, lojas de veículos e estacionamentos de pequeno porte. O projeto vai ser posto em prática a partir de fevereiro de 2003, e até 2010 a estimativa é de contar com aproximadamente 35 mil franqueados. De acordo com Rodriguez, a DryWash tem como maior patrimônio as pessoas, e a responsabilidade social é o maior investimento. “Nosso forte não é a parte ecológica, por lavamos carro sem água e porque o sistema não gera detrito. O diferencial é que somos uma empresa que investe em pessoas.”

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investimento de uma nova parceria societária Rodriguez abriu uma loja. Da mesma forma que das outras vezes, o negócio não vingou. A DryCar recebeu muitos pedidos para abertura de franquias em um período de tempo muito curto, crescendo desordenadamente. Como não conseguiu atender a toda a demanda, a rede faliu em 1995. No entanto, ele não desistiu de investir nesse segmento e comprou a parte de seu sócio no lava-rápido. Depois de muita persistência de montar o próprio negócio, no final de 1995, surge a DryWash Indústria e Comércio. “Queria montar um negócio diferente, não montar apenas um lava-rápido, mas criar e profissionalizar um novo segmento no mercado.” Abriu uma loja diferenciada mas não tanto quanto ele gostaria que fosse. O empreendedor acredita que não faz sentido lavar carros com água, o que representa um grande desperdício. Por isso, ele desenvolveu, ainda em 1996, um produto eficaz na lavagem sem água, contando com a ajuda de profissinais de química e de empresas fornecedoras de matérias-primas. “Fabricava o produto no fundo de casa com a batedeira da minha mãe e testava no lava-rápido que tinha.” No ano seguinte conseguiu fechar um acordo com uma grande rede nacional de supermercados para distribuir o produto. Só que a experiência na venda do varejo não deu o resultado que ele esperava, pois o supermercado comprava o produto e o colocava na prateleira, mas não fazia a reposição. Por isso, começou a criar um modelo de operações para atendimento em garagens e condomínios. Com o lançamento da franquia

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Hoje, nosso lema é que não existe o impossível. Pode demorar um pouco, ser difícil, mas conseguimos atingir o que queremos

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Lourdes Duarte

Dezembro – Empreendedor

A marca da Com a firmeza de uma executiva que parece ter sido criada dentro do dia-adia de uma fábrica, Lourdes Maria Dória Duarte demonstra-se apaixonada pela Minancora, empresa fundada pelo bisavô e para a qual foi convidada a assumir em 1993. Ela não foi preparada para isso, já que estudou Direito e seguiu carreira de advogada durante dez anos em Curitiba. Mas quando recebeu o pedido da avó, sócia majoritária Lady Gonçalves Dória, para que dirigisse o Laboratório Minancora, Lourdes teve a impressão de que tinha nascido para aquilo. Nos noves anos que está à frente da empresa, como diretora comercial, trabalhou para DIVULGAÇÃO atender a demanda da fiel clientela da pomada mais famosa para pele do país e lançou três novos produtos. Todas as iniciativas foram sendo implementadas com base na constatação da credibilidade que a marca Minancora tem junto ao consumidor. A primeira coisa que chamou a atenção da recémchegada diretora foi a quantidade de cartas recebidas. “Eram cerca de 2,5 mil a 3 mil cartas por mês de clientes de todos os lugares do Brasil elogiando a pomada e, acreditem, cem por cento delas pedindo novos produtos para a pele”,

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conta Lourdes. A reação imediata foi criar um serviço para responder a essas cartas, porém, mais do que isso, as mensagens dos clientes tornaram-se o primeiro subsídio para iniciar uma forte reestruturação da empresa. Sem experiência empresarial, Lourdes conta que sentia falta de uma prática profissional para algumas decisões, mas por outro lado esse fator fez com que ela se dedicasse muito mais a enfrentar o desafio e voltasse até para a faculdade, onde fez especialização em Gestão Administrativa. Para fundamentar as mudanças que passaram a ser realizadas, a executiva encomendou pesquisas de mercado e atestou a confiança já conquistada pela marca em oito décadas de fabricação artesanal da pomada. “As pessoas respondiam que usariam sem medo um novo produto Minancora”, revela. Definida, então, a oportunidade de diversificar a produção para colocar a empresa em sintonia com o mercado, Lourdes passou a formar o que ela chama de “base para o crescimento”. Cercou-se de profissionais qualificados nas áreas farmacêutica, cosmética e de marketing, adaptou a unidade fabril construindo uma nova e moderna fábrica no Distrito de Pirabeirada, a 15 quilômetros da sede administrativa, em Joinville (SC), e manteve as pesquisas como importante aliada. Em 1997, foi lançado o Creme Infantil Minancora, com uma fórmula exclusiva que combina quatro ingredientes que protegem e aliviam as assaduras ou outras infecções da pele do bebê. No final do mesmo ano chega ao mercado o Creme Alívio para os Pés, um


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tradição nários e até hoje esta política é mantida, motivando todos os níveis de colaboradores”, diz ela. Os frutos são o constante crescimento e os cuidados com a qualidade do produto final, como atesta o Certificado de Boas Práticas de Fabricação, concedido pelo Ministério da Saúde através da Vigilância Sanitária. “Ninguém continua comprando uma pomada por 87 anos se ela não for boa”, acrescenta. Todas as decisões são acompanhadas pela diretora administrativa, Lady Gonçalves Dória, filha única do fundador, que mesmo com 88 anos tem prazer em revisar os relatórios, participar das assembléias e reuniões dos sócios. O diretor técnico da empresa, Carlos Eduardo Gonçalves Dória, tio de Lourdes, é quem cuida da fábrica e de toda a parte farmacêutica. “Os sócios sempre aprovaram as mudanças e agora já temos pronto todo o planejamento para 2003, que concentra atenção especial ao Minancora Faces”, destaca Lourdes. Dedicando o dia inteiro (e muitas vezes a noite) à empresa, Lourdes Maria brinca quando dizem que ela faz isso porque não casou e nem tem filhos. “Casei com a Minancora e tenho três filhos que são os novos produtos da empresa.” A executiva conta que divide seu trabalho entre estar na empresa e visitar clientes. “Um terço do mês eu reservo para fazer visitas aos distribuidores de todo o país, conhecendo os departamentos de marketing e de compras, além dos próprios pontos-de-venda, para ter certeza de que nossos produtos estão sendo valorizados na prateleira.”

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produto com ação voltada ao combate de bactérias e fungos e que elimina odores da transpiração. Novos estudos continuaram a ser realizados para então chegar ao Minancora Faces, uma espécie de esponja para limpeza da pele que surgiu no mercado nacional em outubro último. “O lançamento desse produto nos parece tão impactante como deve ter sido a Pomada Minancora em 1915. Acreditamos que será uma revolução no setor, porque em dois meses já tivemos que reabastecer alguns lugares pela terceira vez. Isso sem termos iniciado com intensidade a campanha publicitária e mesmo a distribuição completa.” O Minancora Faces poderá ser encontrado em farmácias, lojas de cosméticos e de departamentos. Desde 1998, os países do Mercosul também recebem os produtos da empresa. “No início tivemos resistência às mudanças em alguns setores, o que é normal. No entanto, aos poucos, fomos implementando uma cultura de que não existe o impossível. O que depende de nós deve ser resolvido, seja em metas comerciais ou produtivas. Às vezes pode demorar um pouco, ser mais difícil, mas é possível”, ressalta a diretora, que passou a decidir as ações em conjunto com todas as áreas da empresa e assim criar responsabilidade dentro do grupo. Essa filosofia de tornar os colaboradores parte do negócio vem dos tempos do fundador da empresa e bisavô de Lourdes, Eduardo Augusto Gonçalves, um empreendedor à frente do seu tempo. “Desde 1940 ele fazia a distribuição dos lucros com os funcio-

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Tudo que eu fiz de errado sempre me serviu como uma lição

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Murilo Tavares

Dezembro – Empreendedor

Agora é só Sobrevivente de uma época em que as empresas ponto.com passaram por maus lençóis, o Submarino é uma prova de que com uma gestão capacitada, investimento e muito trabalho é possível não só enfrentar e superar as dificuldades, mas também criar uma base sólida no mercado. Dentro desse contexto, encaixa-se o perfil de Murilo Tavares, presidente da companhia. A empresa é hoje uma das maiores do segmento de varejo on-line, detém 10% do mercado brasileiro de business-toconsumer (B2C), com cerca de 5 mil pedidos diários entregues em 3.950 municípios no país e 850 cidades no exterior, DIVULGAÇÃO possui 320 funcionários e tem estimativa de faturamento de R$ 135 milhões para 2002. A estratégia certeira do Submarino é calcada na logística de operações. “Desde o início foi organizada para ter uma boa prestação de serviço, que vai desde a grande variedade de produto até a entrega”, afirma Tavares. De acordo com ele, para um atendimento diferenciado aos clientes é fundamental ter uma grande variedade de produtos disponíveis e toda uma estrutura física, determinando a melhor operação para

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manipular a mercadoria e para a pronta-entrega. A empresa possui cerca de um milhão de produtos armazenados (65 mil itens diferentes) em um centro de distribuição com 15 mil m2 e mais de 12 quilômetros de prateleiras. Para repor o estoque a companhia conta com 350 fornecedores diretos. “Compramos diretamente do fabricante do produto, trazemos a mercadoria para o CD e colocamos à disposição para venda no site, que é a nossa loja”, diz. Conquistar o cliente significa também ser ágil e proporcionar credibilidade na entrega do produto. Dependendo da mercadoria e quando a compra é efetuada com cartão de crédito, o Submarino faz a entrega no prazo de um dia (Grande São Paulo), 48 horas (demais capitais do país) e em cinco dias úteis (outras localidades). Para isso, conta com a ajuda dos Correios. Segundo Tavares, o Submarino representa cerca de 1% do volume de pacote dessa empresa. Da mesma forma, para fazer a entrega de grandes itens como geladeira, lavadoras e TVs a companhia trabalha com transportadoras habilitadas que atendem o país inteiro. O serviço de entrega normalmente funciona 24 horas por dia, exceto no período de sábado à tarde até domingo à tarde, mas na temporada de Natal vai funcionar todos os dias. Além disso, a empresa adotou uma política de prestação de serviço – Compromisso Submarino – que prevê pagar o valor do produto para o consumidor caso não seja entregue no prazo determinado na hora da com-


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calmaria empresa a décima loja de departamentos do Brasil em faturamento. “Atingimos uma rentabilidade parecida ou superior à maior parte dos varejistas, só que com uma operação extremamente enxuta.” Para 2003, a empresa pretende abrir quatro lojas fora do mundo virtual, nas cidades de Pirassununga, no estado de São Paulo, e Uberaba, Patos de Minas e Caldas, em Minas Gerais. Segundo Tavares, a loja vai ter um mostruário de mercadorias e um promotor de vendas auxiliando o consumidor. “Nessas cidades mais distantes de São Paulo muitas vezes a pessoa não encontra a variedade de produtos que existem no Submarino e vai receber em casa em um prazo de dois a quatro dias”, diz. Até final do próximo ano, a empresa espera abrir cerca de 50 lojas em um raio de mil quilômetros a partir de São Paulo. Isto é, na região Sul, em parte da Sudeste e em alguns municípios da Centro-Oeste. Empreendedor na área de desenvolvimento imobiliário, fazendo projetos nas de consultoria de logística, distribuição, revenda e operações, e agora no ramo de comércio eletrônico, Tavares conta que para um negócio ter sucesso é necessário primeiro acreditar que vai dar certo. De acordo com ele, da confiança advêm persistência e dedicação. Outra característica que considera essencial é aprender com os erros. “Tudo que eu fiz de errado sempre me serviu como uma lição.” Acumulando experiência, o presidente da Submarino, hoje com 36 anos, é um exemplo de liderança bem-sucedida.

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pra. Em 2001, dos 150 mil pedidos feitos durante as semanas do Natal a companhia atrasou 18 entregas. “O índice é muito baixo, o que comprova a qualidade da operação.” Prevendo tantos pedidos, o Submarino espera esquentar os motores e testar a confiabilidade da operação para o Natal com a “A Semana do Varejo Online”. A campanha é uma proposta do grupo de varejistas on-line, com o apoio da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Câmara-e.net), para oferecer diversas promoções aos consumidores, e uma oportunidade para faturar mais. “Acreditamos que poderemos aumentar em 60% as vendas nessa semana.” O Submarino foi criado em 1999 pela GP Investimentos e por um grupo de empreendedores, entre eles Murilo Tavares, depois da aquisição da Booknet, que atuava no ramo de comércio eletrônico desde 1996. Nos dois primeiros anos a empresa se propôs a ter uma sólida base consumidora, conseguindo o maior número possível de pedidos com a venda de livros e CDs. Em 2001 passou a comercializar produtos mais caros, como telefone celular, aparelhos eletrônicos e peças de informática, oferecendo-os para as pessoas previamente cadastradas no banco de dados. “O marketing direto através de e-mails é o nosso canal de venda mais forte.” Neste ano, foram mantidas no mesmo patamar as categorias que já estavam sendo vendidas e introduzidas outras cada vez mais rentáveis, o que fez da

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As empresas Randon vêm recebendo o reconhecimento público por sua atuação constante na valorização das pessoas, na busca da qualidade e na inovação tecnológica

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Raul Randon

Dezembro – Empreendedor

Sobrenome Com a mesma determinação empreendedora que o levou a construir um gigante conglomerado na área de implementos rodoviários, autopeças e serviços, Raul Anselmo Randon, presidente da holding Randon Participações S.A., vem se destacando também no ramo de agribusiness. Em 1996, começou a produzir maçãs e queijos em sua fazenda na cidade gaúcha de Vacaria. Atualmente, colhe cerca de 34 mil toneladas da fruta, plantadas em 870 hectares de área, e produz 20 toneladas por mês de Gran Formaggio, tipo de queijo especial, seguindo uma tradicional receita italiana de mais de nove séculos. A Randon AgropecuáDIVULGAÇÃO ria é a primeira fábrica no Brasil e na América Latina que produz o Gran Formaggio, comercializando-o em todo o território nacional, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, e este ano iniciou as vendas do produto para o mercado externo. O Gran Formaggio passa por um rigoroso processo de fabricação e qualidade, a começar pela produção do leite. As vacas consomem alimentos produzidos na própria fazenda, livres de manipulação genética, e sempre na mesma proporção para não alterar o sabor do leite e, conseqüentemente, o do queijo. A ordenha é feita

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de forma mecânica e, através de canalizações, o leite chega aos tanques refrigerados sem contato com o meio externo, aumentando a qualidade da matéria-prima. Então é feito o desnate para reduzir os índices de colesterol e gordura saturada do queijo. Após essa etapa são adicionados todos os ingredientes necessários para a formação da coalhada. Posteriormente, a massa de cada queijo é dividida e enviada para as prensas, onde toma a forma de parmesão e recebe a identificação do processo, o que permite sua rastreabilidade. Depois de estabilizados, os queijos são transportados para a câmara de salga e ficam imersos em água e sal por um determinado período. Em seguida, o Gran Formaggio é levado para a sala de secagem. Na última etapa do processo, os queijos são colocados na câmara de maturação durante um ano para atingir cor, sabor e aroma ideais, assumindo aspecto crocante, devido à cristalização dos seus componentes. Queijos, maçãs, implementos rodoviários, autopeças e serviços. Segundo Randon, o segredo para atuar com sucesso em diferentes áreas é a valorização do ser humano. Para ele essa é a qualidade fundamental para se tornar um grande empreendedor. Com essa preocupação e respeito junto aos colaboradores e priorizando o atendimento diferenciado aos clientes, ele ganhou diversos prêmios. “Ao longo dos anos, as empresas Randon vêm recebendo o reconhecimento público por sua atuação constante na valorização das pessoas, na busca da qualidade e na inovação tecnológica,


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polivalente da oficina mecânica. Cientes de que o mercado de transporte pesado começava a se fortalecer no país, construíram junto com o sócio Antônio Primo Fontebasso, que depois de dois anos deixou a sociedade, um novo pavilhão. Então, em 1953, surge a Mecânica Randon, especializada em freios de ar. Logo, passaram a produzir semi-reboques e uma novidade no mercado mundial, o terceiro eixo, criação de Hercílio. No início da década de 70, resolvem abrir o capital da empresa. A decisão veio depois de uma viagem que Randon fez para a Itália e a Alemanha, quando verificou a carência de produtos no Brasil. Era necessário ampliar a produção. Dessa forma, a companhia passou a se chamar Randon S.A. Indústria de Implementos para o Transporte, e eles continuaram como sócios majoritários. Em 1973, a empresa começa a exportar seus produtos, fortalecendo-se também no mercado internacional. Mais tarde, em 16 de setembro de 1992, surge a holding Randon Participações S.A., controladora das Empresas Randon. No ano passado, a holding já estava entre os cinco maiores fabricantes mundiais do setor, com uma produção de mais de 11 mil unidades e um faturamento bruto de R$ 898 milhões, sendo 13% do total proveniente da exportação para 80 países. Detém cerca de 50% da produção industrial, e a estimativa para 2003 é acompanhar o crescimento do mercado. Atualmente as empresas Randon têm 4.928 funcionários e operam em um parque fabril de 190 mil m2. Hoje, com 73 anos, Raul Randon é um exemplo de competência e dedicação ao trabalho.

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sempre tendo o cliente como prioridade”, afirma Randon. Ele recebeu em 2002 do Ministério dos Transportes a Medalha do Mérito Mauá na categoria Cruz Mauá, pela participação para concretizar os objetivos previstos nos planos e programas de trabalho do setor, pelo conhecimento de técnicas próprias de suas atividades e pela contribuição efetiva à elevação do nível de eficiência do serviço. Conquistou também neste ano o V Prêmio NTC Fornecedores dos Transportes, na categoria Implementos Rodoviários, concedido pela Associação Nacional do Transporte de Carga (NTC), e o Prêmio Destaque do Ano em RH promovido pela Associação Serrana de Recursos Humanos (ARH Serrana) na categoria organizacional. Além disso, ganhou o Prêmio Top Ser Humano da seccional gaúcha da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RS), pelo desenvolvimento de um programa educacional para os funcionários, chamado de Programa Crescer. Dar valor aos colaboradores é um princípio inerente de Randon, pois para ele não se consegue nada sozinho. É preciso trabalhar em equipe. Desde os 14 anos já ajudava o pai, Abramo, dono de uma forjaria para ferramentas agrícolas. Mais tarde, depois de prestar o serviço militar obrigatório, começou a auxiliar o irmão, Hercílio, na reforma de motores. Em janeiro de 1949, os dois fizeram uma sociedade com um amigo, Ítalo Rossi, e fundaram a primeira empresa, a Randon-Rossi, que produzia máquinas tipográficas. Mas um incêndio, em 1951, destruiu o pavilhão da companhia e pôs fim à sociedade. Apesar disso, os dois não desistiram

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Quem não tem atitude empreendedora não adianta fazer uma faculdade. É preciso ter uma pré-disposição, e isso é muito específico em cada pessoa

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Roberto Angeloni

Dezembro – Empreendedor

Expansão a Muito antes de completar 18 anos, Roberto Angeloni já vivia de perto o diaa-dia de uma empresa. Juntou essa vivência com a herança empreendedora do seu pai, Antenor, e hoje comanda a expansão no Paraná da maior rede de supermercados de Santa Catarina. Em um ano recheado de incertezas, o grupo investiu R$ 18,5 milhões na construção de uma loja que gerou 510 empregos diretos em Curitiba. Instalada no bairro Água Verde, a nova unidade tem uma área total de 38 mil m2, divididos em quatro pisos dentro do conceito onestop shop. A idéia é ter conveniências para o consumidor em um único local, como a praça de alimenLAURO MAEDA tação com 350 lugares e lojas de serviços (floricultura, revelação de fotos, agência bancária, telefonia celular, lavanderia, correio e revistaria). Com esse novo formato de atendimento a empresa venceu o Prêmio Summit de Varejo 2002 com o case “A idéia que virou estratégia de expansão”. A implantação dessa estratégia surgiu em 1999, quando o Supercenter Angeloni Beira Mar (Florianópolis), que além do supermercado, agregou mais duas operações do Angeloni: uma farmácia e um posto de combustível. Em função dessa ação, a empresa teve um crescimento de 8,1 % nos últimos 36 meses. Para ter mais renta-

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bilidade, o grupo também criou um cartão de crédito para seu clube de relacionamento, além de vendas pela internet. “No Paraná a operação começou muito bem. Mesmo sem estarem atrelados ao desempenho dessa loja, existem outros espaços em Curitiba que pretendemos ocupar. Até o final de 2003 teremos pelos menos mais uma unidade na capital paranaense”, prevê Roberto Angeloni. Segundo ele, o grupo ainda analisa a possibilidade de investir nas cidades de Londrina e Maringá. O Paraná, diz Roberto, está dentro do raio logístico da sua empresa, mas, além disso, a primeira expansão fora de Santa Catarina aconteceu devido a uma oportunidade para compra do terreno e da realização do investimento. Para o empreendedor, Curitiba é um mercado interessante onde estão todos os operadores do segmento de supermercados. “Além disso, a capital do Paraná sempre foi considerada uma cidadeteste para produtos da indústria. Isso porque é o mercado mais exigente do Brasil, cosmopolita, formador de opinião e ao mesmo tempo provinciano”, explica. A instalação de um supermercado em Curitiba também preenche uma carência de atendimento personalizado e principalmente para vender os produtos regionais que foram, segundo ele, expurgados com a entrada do grupo português Sonae, através de aquisição da rede Mercadorama. Roberto começou nos postos operacionais mais baixos na hierarquia do Angeloni enquanto cursava Administração em Florianópolis. Depois passou para a gestão financeira da empresa até chegar à gerência regional


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todo vapor 0,6% desse valor em ações de marketing. Atualmente é um dos maiores anunciantes na mídia de Santa Catarina – a rede hoje é a 11ª no país e a 3ª da região Sul. Na gangorra que vive o comércio varejista, o Angeloni ficou em primeiro lugar no país como a empresa que obteve o maior retorno do investimento no ano de 2001, com 27,9%. A rede também foi a primeira do setor em Santa Catarina a criar a figura do ombudsman, abrindo um canal de comunicação entre a empresa e os clientes. O Clube Angeloni, que foi criado em outubro de 1998, começou com 60 mil sócios e hoje tem cerca de 300 mil associados. Com o cartão, o cliente acumula pontos que, somados, dão direito a troca por prêmios ou brindes. E para buscar a fidelização e evitar a inadimplência das compras feitas com cheques, a empresa lançou em junho de 2001 o cartão de crédito Clube Angeloni Visa, que em um ano registrou 76 mil adesões em todo o estado. Roberto Angeloni apóia as iniciativas de fomento do empreendedorismo no país e acredita que um curso específico poderia ser criado no Brasil para lapidar a vocação de novos empreendedores. “Mas quem não tem atitude empreendedora ou quem não nasceu com essas características, não adianta fazer uma faculdade. É preciso ter uma pré-disposição e isso é muito específico em cada pessoa”, argumenta. Enquanto o mercado de supermercados ainda aponta para uma fusão entre os maiores players, o jovem empreendedor promete mais ousadia na expansão da segunda geração de uma família empreendedora.

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no sul de Santa Catarina, quando assumiu a responsabilidade de manter sete lojas nas cidades de Criciúma, Tubarão e Laguna. Então voltou para Florianópolis e começou a tocar as lojas da capital. Está na diretoria de operação há quatros anos. A sua responsabilidade maior é zelar pelo funcionamento de 18 supermercados, dez farmácias e três postos de combustíveis. “Estamos em compasso de espera para projetos de expansão em 2003 e aguardando o posicionamento do novo governo sobre a reforma tributária”, diz. Para Roberto Angeloni, a principal contribuição do grupo para o governo é pagar salários justos e os impostos em dia. A fiambreria fundada em maio de 1958, no centro de Criciúma, pelos irmãos Antenor e Arnaldo Angeloni cresceu e hoje mantém, além dos supermercados, um engenho de arroz e dois centros de distribuição, um com 20 mil m2 e outro com 6 mil m2. A empresa tem 5.156 funcionários e gera cerca de 15 mil empregos indiretos. “Nossa segunda vitória em 2002 foi a continuação do aumento da qualificação dos nossos colaboradores”, destaca Angeloni. O mais recente projeto na área de recursos humanos implantado na empresa é o Centro Angeloni de Educação e Desenvolvimento (CAED). Além do treinamento específico para cada função, o grupo contrata cursos supletivos para complementação da educação formal dos funcionários. Segundo Angeloni, 85% do total de funcionários já terminaram o segundo grau, e uma das metas para 2003 é aumentar a capacitação. Tendo faturado R$ 540 milhões em 2001, o Angeloni investiu este ano

Empreendedor – Dezembro




Franquia

REDES NA REDE

Total

Diversão garantida Interatividade é a marca dos novos websites da Lilica Ripilica (www.lilicaripilica.com.br) e Tigor T. Tigre (www.tigorttigre.com.br), marcas infantis da Marisol. Logo nas primeiras horas em que os sites foram substituídos houve um incremento nos acessos dos internautas. Do dia 1º ao dia 31 de agosto mais de 9.500 pessoas visitaram as páginas, e em setembro esse número subiu para 12.630 acessos. Nos dois sites o ambiente é o quarto dos personagens Lilica Ripilica e Tigor T. Tigre. Ao clicar nos objetos do quarto, a criança passa a conhecer e participar do universo da Lilica e do Tigor. São brincadeiras, joguinhos, desenhos para colorir, guarda-roupas para vestir os personagens, tiras em quadrinhos, papéis de parede, cartões virtuais para enviar aos amigos e uma série de outras atividades que despertam a atenção e propiciam a interatividade.

Cartão no fast food Após anos de teste, o McDonald’s Corporation deverá aceitar em 2003 que os clientes paguem nos Estados Unidos seus sanduíches com cartões de débito e crédito, segundo informações do Wall Street Journal. Outras grandes cadeias de fast food devem seguir os mesmos passos do McDonald’s.

A empresa havia adiado o projeto por causa da lentidão no processamento do pagamento. Porém, com as conexões de alta velocidade as compras com cartão ficarão mais rápidas (5 segundos) do que os pagamentos em dinheiro, que leva de 8 a 10 segundos. (11) 4196-9800

Qualidade premiada A Mister Sheik recebeu o Prêmio Qualidade Brasil 2002, realizado anualmente pela International Quality Service, na categoria melhor rede brasileira de fast food árabe. Criado em 1950 na Itália, o Prêmio Qualidade tem como propósito promover no meio empresarial a preocupação permanente de oferecer produtos e serviços de alta qualidade e incentivar o aprimoramento e o desenvolvimento dos funcionários e das empresas premiadas. A avaliação

das empresas participantes é feita através de um questionário e somada às informações obtidas junto aos órgãos empresariais, órgãos de imprensa e instituições ligadas à área de qualidade, o que é utilizado como ponto de partida para indicações ao Prêmio Qualidade Brasil. A Mister Sheik foi eleita a melhor no seu segmento porque cumpriu com as exigências e com os critérios de avaliação da International Quality Service. (11) 3611-1313

Ampliação no Bob’s A rede de fast food Bob’s pretende encerrar 2002 com um total de 300 lojas. Agora em dezembro serão mais 25 unidades inauguradas. Este ano, o Bob’s abriu duas lojas em Portugal, totalizando três filiais naquele país. A meta é ter ao todo 500 pontos-de-venda até 2005. O investimento inicial para os interessados é de R$ 250 mil, com retorno previsto de três a quatro anos. (21) 560-5090

DIVULGAÇÃO

COMO FICA...

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MELITHA NOVOA PRADO,

consultora jurídica especializada em relacionamento de redes Dezembro – Empreendedor

Sucessão em franquias! Havendo a morte do sóciooperador, outro sócio poderá assumir a operação da franquia. Na hipótese de ser uma firma individual, não há medida especificada na Lei de Franquia, mas o Código Civil dispõe que, em caso de morte ou incapacidade de um indivíduo, seus direitos são transmitidos aos seus herdeiros ou sucessores, e estes deverão passar por treina-

Caso o franqueado venha a falecer ou tornar-se incapaz mentalmente, Melitha explica que a franqueadora deverá oferecer suporte a essa franquia em qualquer das hipóteses apresentadas com o intuito de mantê-la em operação, afinal é a marca que deve ser preservada. Em uma franquia, geralmente, o contrato social é feito entre diversos sócios.

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mentos estipulados pela franqueadora. No caso de os herdeiros serem crianças, deverá ser nomeado um tutor que ficará responsável pelo negócio até que as mesmas atinjam a maioridade civil. DESTAQUE: o tutor deverá ser submetido aos mesmos requisitos estipulados pela franqueadora ao contratar um novo franqueado. Ele


Da França O Brasil é o sexto maior mercado da Lacoste, grife de origem francesa, representada no país pela Paramount Têxtil. A Lacoste também conta com 78 espaços dentro de outras lojas, 52 franquias e vendas em 200 lojas multimarcas brasileiras. Para 2003, a marca vai ganhar renovação do layout das franquias existentes e abrir algumas lojas em pontos estratégicos. Na capital paulista, que conta com 16 unidades da rede, há o interesse de abrir uma loja no Aeroporto de Congonhas e outra no Shopping Jardim Sul. Outras cidades de interesse são Porto Alegre, Londrina (PR) e Franca (SP). Para ser franqueado é preciso ter experiência no comércio e ser capaz de montar uma boa equipe de vendas. O investimento inicial para uma franquia de 80 m2 custa cerca de US$ 135 mil. O valor inclui taxa de franquia, instalações e estoque com cerca de 4 mil peças. A previsão de retorno do investimento é de dois anos. (11) 212-4908

TOMA LÁ, DÁ CÁ Ricardo da Cunha Pimenta, diretor-geral da Água de Cheiro, rede que passou por uma reestruturação para se expandir em todo o país Fundamental para o sucesso de uma franquia é... inovação. Esta é a palavrachave. Junto com a constante busca de aperfeiçoamento e a implantação de novidades, nos mantemos fiéis ao princípio de não vender nossos produtos em outras redes de lojas.

Para que franqueados fiquem satisfeitos com as vendas... a franqueadora deve sempre descobrir o que o consumidor quer. No nosso caso, ficamos sabendo que a modernização das embalagens era o item mais pedido pelos clientes e foi o que fizemos. Mas fomos além e mudamos a marca e todo o visual das lojas, conseguindo atingir índices espetaculares de crescimento nas vendas.

O melhor franqueado é aquele que... tem espírito empreendedor e comprometimento com o negócio. É essencial saber que uma loja franqueada também necessita de atenção permanente e busca de alternativas de acordo com o público local.

CIRCULAR Meta é mais de 100 A rede de fast food Mini Kalzone trabalha para atingir a meta de 103 lojas franqueadas no país até 2005. A empresa possui um total de 25 unidades, sendo 17 próprias, nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Bahia e Ceará. De acordo com Murilo Naspolini, sócio-diretor da empresa, o objetivo é reforçar a presença nos estados onde a rede já atua e conquistar novos mercados com a abertura de unidades no Rio de Janeiro, Sergipe, Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Goiás e Distrito Federal. “Apostamos na credibilidade da marca, conquistada nesses 12 anos de trabalho”, diz ele. A estratégia para abertura de novas lojas é trabalhar o conceito de alimento de alto valor nutritivo e baixo preço. Para isso, a rede conta com três unidades industriais, localizadas em Florianópolis, Porto Alegre e Fortaleza. O investimento inicial para a abertura de uma unidade fica em torno de R$ 120 mil, incluindo taxa de franquia, instalação da loja (sem o ponto comercial) e capital de giro. (48) 333-3239 ou www.minikalzone.com.br

A franqueadora deve ser transparente... em todos os momentos, mas

Para se expandir é necessário... cautela e estrutura. Pensando assim é que, antes de iniciar um forte movimento de expansão, trabalhamos internamente na profissionalização da gestão da empresa. Cerca de 600 interessados nos procuram por mês, mas nosso interesse é ampliar a atuação com responsabilidade.

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Conteúdo na rede O site www.franquiashop.com.br tem a proposta de oferecer mais uma opção aos empreendedores interessados em montar ou redirecionar seus negócios no segmento de franchising. Além das oportunidades de investimento, o objetivo é prestar informações através da produção de conteúdo jornalístico específico da área de franquias. A proposta é ser uma vitrine para os negócios do segmento de franchising, bem como um canal de interação e comunicação junto aos franqueados em busca de inovações, intercâmbio de idéias e troca de experiências que fortaleçam empreendimentos no setor. Empreendedor – Dezembro

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deve participar de treinamentos e encaixar-se no perfil de um franqueado. Caso este não se enquadre, o contrato poderá ser rescindido de acordo com a cláusula rescisória. A família tem a opção de não querer mais o negócio, podendo rescindir o contrato também de acordo com a cláusula rescisória. (11) 3034-2833

especialmente antes da abertura da unidade. Na Água de Cheiro fazemos vários estudos do ponto comercial, das condições financeiras do interessado em ser franqueado, e somos muito sinceros quando a análise aponta que o ponto de equilíbrio não será alcançado a médio prazo.


Franquia

Total

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LINHA DIRETA: SOS COMPUTADORES (11) 5017-1885 . INSTITUTO FRANCHISING/CHERTO NETWORKING (11) 3171-0040 . EMPÓRIO BOTHÂNICO (11) 4057-4747

Tudo para agradar Há quem diga que o namoro é melhor do que o casamento porque há o jogo da conquista, que parece acabar depois da assinatura de um papel num cartório ou na igreja. Dizem os psicólogos e experientes casais que não é nada fácil manter acesa a paixão quando não há troca de agrados, respeito mútuo e a tentativa de conquistar o outro a cada dia. Esquecendo a parte sentimental, a relação franqueador–franqueado funciona do mesmo jeito. Uma rede com bom planejamento e que ofereça vantagens e agrados aos participantes consegue manter franqueados motivados e dispostos a crescer junto com a marca. O consultor Marcelo Cherto, experiente na formatação de franquias no Brasil, destaca que os franqueados sabem que “fazer parte de uma rede bem estruturada é, por si só, um grande diferencial competitivo”, mas é preciso uma troca constante de incentivos para que a relação seja vantajosa para ambas as partes. Ele afirma que “trabalhar em rede permite otimizar recursos, somar conhecimentos, trocar experiências e idéias, colocando ao alcance de pequenos empresários conhecimentos e outros recursos que normalmente só estariam ao alcance de empresas maiores”. A procura por uma marca geralDezembro – Empreendedor

(e fidelizar) Manter todos motivados com os negócios da própria rede é uma das preocupações de muitas franqueadoras

mente é o índice mais consistente da satisfação da rede, especialmente se incluída aí a abertura de mais unidades pelo mesmo empreendedor que já possui um ponto franqueado. Entre os quesitos mais procurados está a rentabilidade do negócio. Na Empório Bothânico, rede de lojas de cosméticos, a taxa bruta é de 150% a 250% para os franqueados, e o fato de 30% deles já terem aberto a segunda loja comprova os bons resultados nas vendas. Com um investimento entre R$ 35 mil e R$ 80 mil, fora o ponto comercial, é possível abrir uma loja do Empório Bothânico, que possui diferentes formatos – desde um quiosque até lojas maiores com 55 m2. Em 2001, após a conquista de pra-

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ticamente todos os estados brasileiros, a empresa começou a receber propostas de candidatos a franquia de diversos países do Mercosul, Estados Unidos e Europa. Um quesito que também atrai e garante satisfação é a estruturação e planejamento que privilegiem os franqueados. É o que ocorre nas Livrarias Nobel, como explica Flávio Milano, diretor de Varejo: “Oferecemos vantagens diferenciadas aos franqueados, como a compra descentralizada e por consignação. Essa operação funciona da seguinte maneira: a negociação com fornecedores, como uma editora ou uma gravadora, ocorre de maneira centralizada, mas a compra feita pelo franqueado pode ser direta com o fornecedor sem passar pela Nobel, e o mais importante é que é por consignação, ou seja, só paga o que for vendido”. Com um banco de dados com mais de cem nomes de interessados em abrir uma livraria ou quiosque, o diretor de Varejo orgulha-se em dizer que a marca é um dos bens mais valiosos da empresa. Quem quiser optar por esse negócio deve saber que um quiosque tem um custo mínimo de cerca de R$ 30 mil; uma loja de aproximadamente 50 m2 demanda um investimento inicial de R$ 70 mil; e uma Mega Store com 200 m2


precisa de recursos na faixa de R$ 158 mil. Em todos os casos não são levados em conta possíveis reformas ou o custo do ponto comercial quando houver. [Acionistas] Outra forma encontrada para manter felizes seus franqueados e também funcionários é torná-los acionistas ou donos de parte das unidades da rede. Essa foi uma das formas encontradas pela empresa Multicoisas de fortalecer todos os envolvidos. Os funcionários da franqueadora estão ganhando a oportunidade de poder investir em uma loja franqueada e continuar trabalhando na empresa, ganhando participação nos lucros da unidade. Caso um funcionário decida assumir o cargo de gerente operacional da franquia, terá participação nos lucros e também pró-labore mensal, mas somente depois de iniciar um processo de carreira dentro da empresa franqueadora. “Estamos oferecendo um incentivo

a mais aos funcionários, fazendo com que eles invistam naquilo que conhecem profundamente. A família toda pode se unir, ninguém tem vontade de sair da empresa e a renda aumenta sem a necessidade de procurar outros negócios ou empregos. É um processo de multiplicação e não de divisão”, conta Lindolfo Martin, vice-presidente da Multicoisas. Já há alguns exemplos disso, como o de um funcionário da empresa em Campo Grande que virou acionista da loja Multicoisas do Shopping Campo Grande e sua esposa se tornou a operadora da loja. Em Goiânia, um funcionário do departamento de informática da franquia tornou-se acionista e operador de uma loja Multicoisas. Toda a gestão financeira das unidades é feita pelos próprios investidores e, em breve, a Multicoisas vai incentivar a realização de uma reunião anual para avaliar os resultados. Manter todos motivados pode ser feito ainda através das conhecidas con-

venções que muitas redes realizam anualmente como forma de integrar franqueados, trocar experiências e mesmo discutir metas com a empresa franqueadora. A rede de Treinamento em Informática SOS Computadores comprovou isso ao realizar o encontro no último final de semana de novembro. “Estamos empenhados em oferecer o melhor para nossos alunos e um sistema de trabalho diferenciado e sólido para o funcionamento das franquias. Ocasiões como essa são aproveitadas para reforçar esses objetivos, comemorar os resultados obtidos e traçar diretrizes para o futuro”, destaca José Carlos de Souza, gerente de Marketing da empresa. A rede está há 20 anos no mercado, possui 108 unidades em todo o país e conta com mais de 70 mil alunos matriculados. Com cerca de um milhão de pessoas que já concluíram um de seus cursos, a empresa vem cumprindo a meta de crescimento de 20% em faturamento para 2002, sobre os R$ 85 milhões atingidos no ano passado.

Formação em todos os níveis Atualização profissional é essencial para garantir a rede sempre em sintonia execução na prática. Com metodologia própria que propõe um aprendizado interativo e dinâmico, a Academia oferece programas como o “Fique por dentro do Franchising”, voltado a empresários interessados em expandir seu negócio e a todas as pessoas que queiram montar a própria empresa, e o “Imersão Profissional de Franchising”, destinado a empreendedores de sucesso que queiram expandir o negócio sob o sistema de franquia, ou que já possuam o seu negócio franqueado e queiram melhorar o sistema. A Academia do Franchising formatará também cursos específicos para redes. Serão módulos adequados à necessidade da empresa. “Nossa estratégia é garantir que as empresas assistidas tenham um cresci-

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mento sustentado. Portanto, já estamos nos preparando para a expansão da Academia do Franchising através de franquias, com as primeiras unidades em processo de implantação nas cidades de Brasília e Curitiba”, explica Claudia Bittencourt, diretora da Bittencourt Consultoria. Segundo Claudia, a necessidade de profissionais especializados em gestão de redes de negócios criou uma demanda no mercado por instituições de ensino, hoje restritas aos grandes centros como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, para a capacitação de profissionais que possam contribuir de forma técnica, profissional e eficaz com as empresas em processo de expansão. Empreendedor – Dezembro

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A Bittencourt Consultoria criou a Academia do Franchising para atender a demanda que vinha dos dois lados. Franqueadores e franqueados sentem a necessidade de aperfeiçoamento constante para conseguir manter um bom relacionamento na rede. A Academia é uma unidade de negócio voltada para a prestação de serviços para o desenvolvimento e expansão de negócios, por intermédio de programas, ferramentas, produtos e serviços educacionais, direcionados a profissionais e redes de franquias e licenciadas, visando a agregar valor a essas operações. Seu objetivo é formar profissionais, contribuindo de forma técnica e eficaz com empresas em expansão e oferecendo aos profissionais conhecimentos teóricos e capacidade de

LINHA DIRETA: LIVRARIAS NOBEL (51) 5188-4611. MULTICOISAS (67) 312-8000 . BITTENCOURT CONSULTORIA (11) 3673-9401

EM DESTAQUE


Franquia

ABF 2ª Convenção ABF do Franchising

OS HOMENAGEADOS LUIZ SEBASTIÃO ARAÚJO ROSA (IMAGINARIUM) E LUÍS HENRIQUE STOCKLER (WALL STREET INSTITUTE)

pírito de parceria, estreitando o relacionamento entre as redes de franquia. “O franchising tem tudo para continuar crescendo, e essa Convenção faz parte da arrancada em direção a tempos melhores. Estamos aqui para iniciar a abertura de novos horizontes”, enfatizou Gerson Keila. Convenção estimula questionamentos e reflexões Uma das principais propostas da Convenção foi promover um verdadeiro fórum de discussão entre os profissionais do mercado. A programação apresentou-se bastante diversificada, incluindo a apresentação de excelentes palestras, como as de Antônio Castilho, da Visanet; Clóvis Tavares (como Frank Chase Jr.); o ex-ministro Mailson da Nóbrega; Vinícius Lummertz, do Sebrae; Uílson Melo Araújo, do Banco do Brasil e Waldez Ludwig, e a realização de painéis e mesas-redondas. O objetivo de fomentar o debate e discutir conceitos, sempre em alto nível, buscando novas idéias e informações que contribuam para o desenvolvimento de suas redes, foi plenamente alcançado.

CONGRESSISTAS ATENTOS À PALESTRA DE CLÓVIS TAVARES

A descontração foi a marca do evento Na noite de Halloween, dia 31 de outubro, todos os participantes caíram na dança ao som de baladas divertidas e irreverentes dos anos 70. A organização do evento caprichou na decoração da festa, que teve muito dark, fantasmas, monstros e as animadas “bruxinhas” da ABF. A forte chuva não desanimou os participantes e nem tirou o brilho da última noite da Convenção, que premiou os destaques do evento e as empresas que, ao lado da ABF, não mediram esforços em fazer da 2ª Convenção um grande sucesso. Foram homenageados o patrocinador e o apoiador do evento, Banco do Brasil e Visanet, respectivamente, e os painelistas, coordenadores e debatedores.

ABF Guia de Franquias – Recadastramento 2003 Para a divulgação de informações corretas, atualize os dados de sua empresa até 11 de janeiro de 2003. Basta clicar no ícone Recadastramento 2003, no Portal do Franchising, www.abf.com.br, e não se esqueça de utilizar o login e a senha de acesso que estão disponíveis na correspondência já enviada pela ABF. Mais informações pelo telefone (11) 3814-4200, com Nicia, Eline ou Dimas, ramais 22, 20 e 14.

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LINHA DIRETA: ABF www.abf.com.br – abf@abf.com.br

ARQUIVO ABF

A Convenção foi um sucesso e os cinco dias foram marcados por momentos de descontração, aprendizado e, principalmente, integração e troca de experiência entre os participantes. Esse clima de otimismo pôde ser sentido logo na abertura do evento. O presidente Gerson Keila conduziu a cerimônia marcada por momentos de emoção, como a entrada de mais de cem crianças vestindo as camisetas com as logomarcas das empresas presentes ao evento. Ao final, todas cantaram o Hino Nacional brasileiro, sensibilizando a todos. O encontro em Comandatuba objetivou reforçar ainda mais o es-

ARQUIVO ABF

Novos Horizontes para o Franchising

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LINHA DIRETA: ABF www.abf.com.br – abf@abf.com.br

Franquia ABF

Dezembro – Empreendedor


FRANQUIAS EM EXPANSÃO Quality Cleaners

Estética Onodera

Negócio: lavanderia expressa Tel: (11) 3253-0555 www.qualitycleaners.com.br

Negócio: estética facial e corporal Tel: (11) 3846-0604/Fax: (11) 30441835 www.onodera.com.br

Uma beleza lucrativa

Lavanderia expressa

A Estética Onodera, maior rede de Centros Estéticos do Brasil, conta atualmente com 24 unidades em São Paulo, sendo que quatro ficam no interior desse estado. A empresa iniciou seu processo de expansão por meio do sistema de franquias em 2000 e, em apenas um ano e meio, aumentou o volume de negócios em mais de 200%. Essa visão empreendedora permitiu que a Onodera se tornasse a maior franquia a operar no mercado estético brasileiro. A rede presta, entre outros serviços em estética: tratamentos para celulite, flacidez, gordura localizada, estrias, mesoterapia e estética facial.

Seja mais um empreendedor de sucesso! Faça parte de uma rede mundial de lavanderias! Um mercado com grande potencial e em constante crescimento! A rede de lavanderias expressas Quality Cleaners atua no Brasil desde 1999 e, após um período de aprendizado no mercado brasileiro, estruturou seu processo de expansão pelo sistema de franquias e já conta com mais de16 lojas no país. A Quality Cleaners oferece a seus franqueados um suporte de primeira linha, incluindo treinamento técnico operacional, acompanhamento na implantação da franquia, assessoria mercadológica e um vasto know-how adquirido por sua experiência internacional, em mais de 300 lojas e oito países, Nº unidades: 4 próprias/16 franqueadas Área de interesse: Brasil adaptada às caracApoio: PA, PM, MP, PO, PP, OM,TR, EI, SP terísticas nacionais. Taxas: R$ 30.000 (franquia), 5% (royalties) Entre em contato e 2% (publicidade) com nossa Área de Instalação: R$ 210.000 a R$ 260.000 (inclusos taxa de franquia, capital de giro e estoque inicial) Franquias e faça Prazo de retorno: 24 a 36 meses parte deste time Contato: Ventura vencedor!

Nº de unidades: 24 Áreas de interesse: regiões Sul e Sudeste Apoio: PA, MP, PP, PO, OM, TR, EL, PN Taxas: R$ 25.000 a R$ 32.000 (franquia), 6% (royalties) e 4 % (publicidade) Instalação: R$ 80.000 a R$ 200.000 Prazo de retorno: 18 a 24 meses Contato: Empresa Francap

Varig Log Negócio: transporte e logística Tel: (11) 3897-7033/3897-7440 www.variglog.com

Liderança em logística A VARIG LOGÍSTICA S.A – VARIG LOG surge no mercado como a maior empresa de logística da América latina, resultado da soma de uma larga experiência com novo conceito tecnológico. Essa experiência vem da VARIG CARGO, então Unidade de Negócios de Cargas da VARIG BRASIL. Direcionando suas atividades para o mundo globalizado, ela está totalmente preparada para atender às necessidades da nova economia e pronta para gerenciar todo processo logístico de armazenamento, estocagem, embalagem, transporte e distribuição de mercadorias. Hoje são 151 aeronaves, milhares de veículos e as melhores alianças estratégicas em todos os meios de transporte, garantindo mais agilidade, segurança, pontualidade e regularidade nas entregas. Por trás de tudo isto, conta com uma estrutura de unidades próprias e franqueadas no Brasil e no exterior, formando uma ampla rede de coleta e distribuição que abrange todo o território nacional e 350 cidades no Mercosul. A VARIG LOG chega ao mercado reconhecida como sinônimo de Nº de unidades: 211 Áreas de interesse: Brasil, América do Sul e Europa qualidade, certifiApoio: PA, MP, PP, PO, OM, TR, PF, EI, PN, SP cada pela ISO Taxas: R$ 5.000 a R$ 40.000 (franquia Brasil), 5% FB 9002. E isso signi(royalties) e 1% FB (propaganda) fica garantia de Instalação da empresa: a partir de R$ 750 m2 tranqüilidade para Prazo de retorno: acima de 18 meses seus clientes. Contato: Roberto Gomes

Participe do seleto mercado de mais de 30 milhões de aparelhos celulares. Aproveite esta oportunidade : Marca exclusiva e líder de mercado; 5 módulos e 1 loja há 4 anos atuando no mercado; design futurista e funcional; duas opções de módulos; para 1 a 3 funcionários; retorno do capital investido e lucratividade muito acima da média; treinamento técnico e operacional com diagramas em software; pequeno capital de giro; não necessita experiência; central de compras disponível; módulo piloto próprio para treinamento; estudos de probabilidade do negócio; apoio na locação do ponto comercial; laboratório e ferramental adequados a 85% dos consertos de todos os celulares disponíveis no mercado; rapidez e eficiência – consertos de telefones Nº de Unidades: 6 próprias/4 franqueadas celulares na hora; de 10 a Prazo de retorno: 12 meses Custo da Franquia: entre R$30.000 e R$50.000 30 minutos Inclui: Taxa de Franquia, Módulo MS CTI CEL, Espaço necessário para treinamento inicial, computador completo, instalação: 2,10 a 3,30 m² apostilas eletrônicas, software específico para em áreas de grande administração do negócio, ferramental circulação de pessoas. Contato: Guilherme

PA- Projeto Arquitetônico, PM- Projeto Mercadológico, MP- Material Promocional, PP- Propaganda e Publicidade, PO- Projeto de Operação, OM- Orientação sobre Métodos de Trabalho, TRTreinamento, PF- Projeto Financeiro, FI- Financiamento, EI- Escolha de Equipamentos e Instalações, PN- Projeto Organizacional da Nova Unidade, SP- Solução de Ponto


FRANQUIAS EM EXPANSÃO Golden Services

Negócio: pretação de serviços do futuro Tel: 0800 12 7286 / Fax: (11) 374-3 2734 E-mail:franquia@goldenservice.com.br www.goldenservices.com.br

O futuro é aqui

Alps Negócio: escola de idiomas Tel: (19) 3296-0600 www.alpsschool.com.br

Nova oportunidade de negócios

SERVIÇOS DO FUTURO é um conceito de unidades de prestação de serviços de alta qualidade, instaladas estrategicamente para atender um público que busca praticidade, qualidade e preços justos. Em cada uma de nossas lojas encontramos o máximo em tecnologia e atendimento profissional para consertos de sapatos, bolsas e tênis, serviços de costura, além da mais moderna lavanderia do mercado. Nosso suporte é completo para o franqueado, desde a localização e negociação do ponto comercial até a implantação da loja. As franquias que hoje fazem parte do GOLDEN SERVICES são: SAPATARIA DO FUTURO (a sua loja de serviços com mais de 130 lojas em todo Brasil); COSTURA DO FUTURO (a única e mais completa rede nacional de serviços de reforma de roupas em geral); LAVANDERIA DO FUTURO (a lavanderia mais moderna do Nº de unidades próprias e franqueadas: 130 Brasil). Venha fazer parte Área de interesse: Brasil desse sucesso! Seja um Apoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, TR, PF. FI. franqueado do futuro! EL, PN, SP Informações para Taxa: variáveis (ver site) franquias: 0800 12 7286 e Instalação da empresa: variável (ver site) Capital de giro: variável www.goldenservices.com.br. Prazo de retorno: 24 a 36 meses

A ALPS é a rede de franquias de idiomas que mais cresce no Brasil. Lançada no mercado em 2001, já conta com mais de 100 franquias espalhadas por todo o país, sendo que pretendemos fechar este ano com cerca de 250 unidades. O método Alps foi desenvolvido nos Estados Unidos seguindo as mais modernas técnicas de neurolingüística, possibilitando um aprendizado rápido e permanente do inglês. Alguns alunos que já estudaram em outros métodos e depois vieram para a ALPS chegam a afirmar que falaram mais inglês em 20 horas em nossas escolas que em toda a sua experiência anterior. Essa é a grande oportunidade para você poder ter seu próprio negócio e fazer parte de uma empresa com know-how administrativo e comercial, e um sistema exclusivo de ensino. A Alps dá assessoria na seleção do ponto comercial, na adequação do imóvel e na implantação e operação da escola, treinamento pedagógico, comercial, além de todo o suporte de uma equipe de profissionais especializados que vão assessorá-lo no seu empreendimento. Esta é sua grande oportunidade de sucesso em uma rede em ampla expansão! Existem várias Nº de unidades próp. e franq.: 150 cidades disponíveis para a imÁreas de interesse: Brasil plantação de uma unidade Apoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, TR, PF, FI, EI, PN, SP Alps. Consulte nossa home Taxas: R$ 10 mil (franquia), 7% sobre compage (www.alpschool.com.br) pras (royalties) e R$ 12,0 p/ material didático e contate nosso Depto. de Instalação da empresa: R$ 30 mil a R$ 50 mil Franchising através do telefoPrazo de retorno: 12 a 18 meses ne (19) 3296-0600. Contato: Artur José Hipólito

Vicio

Livraria Modelo

Negócio: vestuário Tel/fax: (11) 3333-3322 franquia@vicio.com.br – www.vicio.com.br

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Qualidade e diferenciação Criada em 1985 por Cláudio Fernandes, a VICIO traz desde o seu início produtos que vão ao encontro das necessidades e desejos dos consumidores mais exigentes. Masculino e feminino, básico e fashion, além dos acessórios, fazem da VICIO uma coleção completa com uma série de itens exclusivos. Atualmente a VICIO aposta na qualidade e diferenciação de seus produtos. Para isso investimentos constantes são feitos em pesquisas, não somente em tendências como também em novas matérias-primas e técnicas avançadas de produção e industrialização. Tudo isso levou à consolidação da marca no mercado nacional. Prova disso é a distribuição feita por mais de 500 pontos-de-venda que vão do extremo sul ao extremo norte do Nº de unidades: 4 próprias país. Com uma equipe forÁreas de interesse: Norte, Nordeste, mada por profissionais de Centro-Oeste, Sul e Sudeste ponta sempre atentos às Apoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, TR, EL, PN, SP. Taxas: R$ 30.000 a R$ 50.000 (taxa de constantes mudanças que franquia), 5% (royalties) e 2% ocorrem neste mercado, (publicidade) a VICIO certamente conInstalação da empresa: 600 a 1.000 m² tinuará sua constante Prazo de retorno: 18 a 24 meses busca!! Contato: Fernanda B. Dittmers

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Union Service

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Franquia

Total

Franco Franquia

FRANCO FRANQUIA

Responde

Especialista em dizer o que pensa e lembrar os cuidados que se deve ter antes de entrar no mundo das franquias.

Minha Agenda

Estou pensando em mudar de franquia. Mas tenho uma dúvida: existe muita diferença entre uma franquia e outra ou franquia é tudo igual? O que muda é o endereço?

2002

Caro leitor, não dá para dizer que todas as franquias são iguais. Claro, há o aspecto legal, que prevalece em todas as franquias, pois seguem o que prevê a Lei do Franchising. Mas quando se passa a observar o funcionamento da franquia internamente é que se observam as diferenças que existem entre uma e outra. E são justamente essas diferenças na gestão que, em muitos casos, são responsáveis diretas pelo sucesso da rede. Não se trata de identificar genericamente que diferenças são essas. Mas que elas existem, existem. Não fosse assim, a franquia A não prevaleceria sobre a franquia B e vice-versa. Às vezes as diferenças podem ajudar não apenas a ser melhor que o concorrente, mas principalmente a atrair um outro público, um outro mercado. Por exemplo, no modelo de gestão de uma rede X não é incluído nenhum lanche para café da manhã porque é preciso seguir o padrão determinado pela master. Mas na rede Y, onde não há essa imposição, o cardápio oferece opções para o breakfast. Viu a diferença? Agora, indo mais direto ao que levanta sua pergun-

Estamos quase trocando a folhinha. 2003 já está aí, batendo à porta. O tempo é de avaliação pessoal e profissional. E preparação para o que vem por aí. Eu já estou fazendo a minha. E você quer algumas dicas para fazer a sua? Vale para franqueadores e franqueados. Confira. 1) A lista. O ponto de partida é você listar aqueles fatos que você considerou importantes ao longo do ano, tanto faz se foram coisas boas ou ruins. Essa é a base para qualquer novo planejamento. Olhe para trás para enxergar novos caminhos no futuro (será que alguém já escreveu isso em algum lugar???). 2) Os planos. De posse da lista dos fatos de 2002, você tem uma base para elaborar os planos que você pretende implementar em 2003. E, além de incrementar ou corrigir algo do ano que está terminando, procure acrescentar coisas novas, novos projetos, novas idéias, que ajudam em mui-

ta – a relação franqueador– franqueado –, a resposta também é sim, pode haver diferença na maneira com que a rede lida com seus parceiros. Não sei exatamente os motivos pelos quais você está interessado em trocar de franquia, mas digamos que você esteja sentindo falta de espaço maior dos franqueados nas decisões da rede. Essa pode ser uma característica da rede da qual você faz parte, mas pode ocorrer justamente o contrário numa rede concorrente, entendeu? Em resumo, ao contrário do que diz o ditado citado por você na pergunta, franquia não é tudo igual. Muda o endereço e muito mais. E, francamente, a única coisa que não pode mudar é a sua disposição em investir em franchising, assim como sua atenção a todos os aspectos da franquia. Não esqueça que as diferenças que você pode encontrar em uma nova franquia podem ser boas ou ruins em relação a sua atual franquia. No fim das contas, o que vai fazer a diferença mesmo é o seu trabalho, o seu empenho e não apenas a marca na qual você investe e acredita.

Franqueza Total

“A alternativa para o fracasso é a crença de que o sucesso ainda está para ser alcançado”

Escreva para Franco Franquia: francofranquia@empreendedor.com.br Dezembro – Empreendedor

to a revigorar as energias. E, claro, não deixe de acrescentar as estratégias, os caminhos que você terá de seguir para concretizar seus planos. 3) O prazo. Mudanças podem acontecer de uma hora para outra. Esteja preparado. Mas quando se pensa nos planos do próximo ano, procure estabelecer alguns prazos para colocálos em ação. Estipule os períodos de acordo com a complexidade de cada ação. 4) As informações. Este é o ingrediente crucial para você delimitar ações mais focadas para o seu negócio. No dialeto do marketing, seria fazer um diagnóstico do macroambiente, reunindo dados sobre diversos aspectos relacionados ao mercado de franquias, no caso, desde comportamento do consumidor até ações dos concorrentes. Use a internet, jornais, revistas, converse com outros empresários para coletar informações em quantidade e, sobretudo, em qualidade.

(Franco Franquia) 12



(Brasil

A carta na manga de Lula Novo governo deve priorizar mudanças no BNDES como principal instrumento no desenvolvimento de novos negócios

2002

por Diógenes Botelho, de Brasília

O Partido dos Trabalhadores está se comportando como aquele empregado que resolveu pedir demissão e entrar no mundo empreendedor, mas ainda está meio perdido. Envolto com assuntos polêmicos como o aumento do salário mínimo, a apreciação do orçamento para 2003 e a escolha do ministério, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e as lideranças da equipe de transição sabem o que pretendem fazer no novo governo, só que ainda não definiram como colocar as idéias em prática com o minguado orçamento previsto para o próximo ano, que disponibiliza pouco mais de R$ 10 bilhões para investimentos. O quadro complexo que se deseDezembro – Empreendedor

nha para a nova administração deve deixar os empreendedores numa lista de espera que ainda conta com sem-terra, funcionários públicos, agricultores e aposentados. Qualquer posição definitiva sobre as políticas para os setores só serão divulgadas após a apreciação completa do raio-x do atual governo que começou a ser concluído pela equipe de transição do PT. Segundo o presidente nacional do partido, deputado José Dirceu, com a situação real em mãos e a definição dos ministros, é que o PT começará a divulgar seus projetos estratégicos para cada área, o que estava previsto para acontecer na segunda quinzena de dezembro. Dirceu, assim como o líder do PT na Câmara, deputado João Paulo Cunha, preferem não revelar as mudanças políticas que serão realizadas para fortalecer as empresas brasileiras, incentivar as exportações e proporcionar a retomada do crescimento econômico do país. O momento atual, segundo eles, é de articulações políticas. “Começaremos a governar só em janeiro e não é prudente sairmos revelando tudo o que vamos fazer. Isso pode gerar expectativas e es-

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DESAFIO: AGORA COMO PRESIDENTE, LULA TEM DE VENCER MUITAS BARREIRAS PARA CONSEGUIR COLOCAR EM PRÁTICA SUAS PROPOSTAS PARA A GERAÇÃO DE NOVOS NEGÓCIOS

peculações que não são boas para um governo que está começando”, ressalta Dirceu. O discurso um tanto quanto “ensaboado” do PT tem uma explicação óbvia. Falta dinheiro para a implantação de projetos e existem resistências no Congresso para algumas mudanças estruturais, como as reformas tributária e previdenciária. Segundo o coordenador da equipe de transição, o ex-prefeito de Ribeirão Preto Antônio Palocci, os relatórios setoriais do governo, elaborados por técnicos do partido, ainda estão sendo debatidos. “Ainda é cedo para falar em conclusões e propor as ações para 2003. Primeiro temos de


DIVULGAÇÃO JOSÉ CRUZ

DIVULGAÇÃO MARCELO JR.

das em governos ção e saúde, com R$ 299 municipais do PT na milhões. Segundo o forma do Banco do banco, os empréstimos Povo, beneficiando às micros, pequenas e não só empresas, médias empresas desses mas também a agrisetores chegaram a apecultura e a indústria”, nas R$ 5,3 bilhões. diz o senador. De acordo com SupliSuplicy também cy, o governo Lula tem a defende um maior plena consciência de que envolvimento do BNo apoio às micro, pequeDES na liberação de nas e médias empresas empréstimos para as do país é de fundamental empresas de pequeno importância para seu obporte. “Atualmente, o jetivo de aumentar as PALOCCI: É PRECISO banco já conta com oportunidades de empreENCONTRAR UM um programa, mas gos. O senador frisa ainPONTO DE EQUILÍBRIO nossa idéia é ampliáda que o PT pretende amPARA COLOCAR lo e acabar com a pliar o número de coopePROJETOS EM AÇÃO sensação de que o rativas rurais e urbanas BNDES financia apenas grandes gru- no país, criando linhas de crédito espos”, explica. Até setembro de 2003, pecíficas, além de programas de cao BNDES havia desembolsado R$ pacitação e assistência técnica que de25,16 bilhões para investimentos. vem ser tocados pelos ministérios. Quase a metade, R$ 11,9 bilhões ou “Nesse ponto também entram as par48% do bolo, foi para o setor indus- cerias entre empresas e universidades trial. Em seguida vem a infra-estrutu- e o apoio à formação de incubadoras”, ra, com R$ 8,2 bilhões; agropecuária, destaca. com R$ 2,9 bilhões; comércio e As idéias de Suplicy encontram serviços, com R$ 1,4 bilhão; e educa- ressonância no vice-presidente eleito, o empresário e senador José Alencar (PL-MG). Ele é defensor de uma mudança no sistema de financiamento do BNDES para facilitar a obtenção de crédito Realizar uma reforma tributária que Retomar o desenvolvimento pelas empresas. “Queremos diminua o peso fiscal sobre a produção. econômico com distribuição de renda. transformar o banco numa verdadeira agência de fomento que Criar uma infra-estrutura para baratear Ampliar mercado, incorporando beneficie do micro ao grande e facilitar o embarque das mercadorias milhões de pessoas que vivem abaixo empreendedor, sem esquecer dos e o transporte até o mercado de da linha de pobreza. programas sociais”, afirma Alenconsumo. Criar condições para que a car. Na mesa do PT, as cartas Qualificar a mão-de-obra para que ela criatividade tome a forma ofensiva e estão postas. O manuseio do bapossa operar com as novas tecnologias permita que os produtos brasileiros se ralho político é que vai definir se e investir mais em pesquisa. destaquem no circuito internacional. o partido, que saiu da oposição para o governo, saberá distribuir Fonte: Artigo do então candidato Luiz Inácio Baixar o custo do crédito. Lula da Silva publicado na edição de agosto da as cartas de maneira correta. Está revista Empreendedor. aberta a temporada de apostas.

concluir o texto final e apresentá-lo ao presidente eleito”, afirma. Palloci adianta apenas que a área econômica está apresentando uma situação de maior restrição. “Precisamos encontrar um ponto de equilíbrio para colocar nossos projetos em prática”, pondera. As políticas reais para os empreendedores já estão desenhadas no papel. O senador Eduardo Suplicy, um dos idealizadores do programa de governo de Lula, garante que as propostas de campanha não serão esquecidas. “Daremos maior prioridade para as micro, pequenas e médias empresas através da liberação de créditos pelas instituições oficiais. A idéia é ampliar as iniciativas de microcrédito, adota-

Outras propostas do novo governo

Empreendedor – Dezembro

2002

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(Brasil

Como retomar

o rumo rumo?

Na expectativa pela posse de Lula, entidades de apoio a novos negócios apontam os caminhos para que o empreendedorismo seja estimulado no Brasil

2002

por

Lúcio Lambranho

Se a geração de empregos é um dos grandes objetivos do novo governo, os olhos dos assessores econômicos e do próprio presidente eleito deveriam estar atentos ao comportamento de 14,4 milhões de brasileiros, 27% deles na faixa etária entre 25 e 34 anos, a maioria (42%) formada por mulheres. Essa é a estratificação dos empreendedores do Brasil, segundo a última pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), instituição criada pela London Business School e pelo Babson College de Boston (EUA). Há dois anos, o país estava no primeiro lugar desse ranking que mede o empreendedorismo no mundo. Agora está em sétimo, entre 37 nações. Essa queda pode ser explicada por outro dado levantado nessa mesma avaliação internacional. Quando se fala em apoio aos novos negócios e na existência de políticas corretas ou facilidades para a abertura de empresas, o Brasil aparece na 34ª posição entre todos os países pesquisados. Mas a saída para a crise pode ser a inclusão da pequena e média empresa na ordem do dia do Governo Federal, já que o real motivo que faz as pessoas empreenderem no país é a necessidade. A falta de trabalho é a motivação de 55,4% dos empreendedores, o que dá à nação Dezembro – Empreendedor

a maior taxa de atividade por necessidade (7,5%) entre os países ouvidos pela GEM. O custo do capital necessário para a criação de novas empresas, principalmente porque as empresas privadas não investem no setor produtivo, é outro desafio para o governo do PT. Em artigo publicado na edição de agosto da revista Empreendedor, Lula diz que é necessária uma “política industrial, tecnológica e de comércio exterior que dê ao empreendedor os instrumentos para desenvolver tecnologias mais sofisticadas, métodos de venda e aperfeiçoamento do produto”. Segundo ele, esses mecanismos darão aos produtos brasileiros o padrão de qualidade exigido na dura competição internacional. Uma saída encontrada pelas empresas de base tecnológica para a falta de crédito, há três anos, foi o capital de risco (venture capital). Criada em junho de 2000, a Associação Brasileira de Capital de Risco (ABCR) reúne 62 associados, e esses investidores representam recursos de mais de US$ 4 bilhões. Nesse ponto o problema é que, mesmo com dinheiro para investir, acaba faltando preparo gerencial da maioria dos empresários. “O empreendedor ideal para o in-

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vestidor profissional em capital de risco é aquele que possui uma empresa bem organizada, com estatutos, governança corporativa e um plano de negócios de cinco anos, mostrando exeqüibilidade e confiabilidade. Obviamente, este não é o atual empreendedor brasileiro, atesta Robert Binder, diretorexecutivo da ABCR. Segundo ele, o Brasil precisa de empresas, saudáveis e eficientes, para criar empregos e competir. “Recomendaria ao novo governo um maciço investimento em educação. Proteger as empresas da concorrência globalizada é querer tapar o sol com a peneira e dar um passo na direção errada”, diz. “Temos de acreditar na capacidade dos nossos empreendedores e dar-lhes condições de competir. A taxa de juros atual é um entrave óbvio. Por que os fundos de pensão não aplicam em capital de risco?”, questiona. Na sua opinião, tanto os novos empreendedores quanto os investidores de longo prazo terão de aprender a desenvolver um processo moderno de investimento produtivo de risco e retorno. Uma das suas sugestões é que os investimentos de maior risco sejam incentivados com menor carga fiscal. A idéia defendida por ele revela uma realidade brasileira nessa


ALTERNATIVA: APOSTAR NO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO, A PARTIR DO APOIO ÀS INCUBADORAS DE EMPRESAS, É UMA DAS SUGESTÕES AO NOVO GOVERNO

dos países em desenvolvimento. Luís Afonso Bermúdez, presidente da Anprotec, espera que o próximo governo crie políticas não paternalistas. “O presidente eleito deve investir em políticas de apoio ao pequeno empreendedor, sobretudo, visando ao desenvolvimento econômico e social das regiões onde esses empreendimentos vão ser instalados. Para que isso aconteça é necessário criar um ambiente favorável, através de investimentos, tributos adequados e incentivo à inovação tecnológica, nas micro e pequenas empresas”, defende Bermúdez. Para ele, é preciso usar todas as ferramentas de que o Governo Federal já dispõe, mas que não vêm sendo utilizadas de forma suficiente e arranjada. O que acontece, diz o presidente da Anprotec, é que essas empresas não são incentivadas e não têm acesso ao crédito. “Já sabemos que há possibilidades, que há portas para se empreender, criando políticas de apoio ao pequeno empreendimento tecnológico”, acrescenta. Uma das provas desse potencial é que, no ranking geral de competitividade, o Brasil passou da 44ª posição para a 46ª, mas no índice de tecnologia subiu de 49º lugar para 35º, segundo pesquisa do Banco Mundial. Para Bermúdez, incentivar a inovação e o desenvolvimento tecnológico na pequena empresa significa promo-

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ver uma tecnologia capaz de disputar o mercado não só regional e nacional, mas também o internacional. Isso porque, partindo do princípio de que estamos numa economia globalizada, o mercado está aberto e existe uma acirrada competição internacional entre as empresas. Por isso, diz Bermúdez, nossas pequenas empresas têm de estar preparadas tecnologicamente para essa disputa. “Através de políticas adequadas às demandas das pequenas empresas podemos chegar a esse ponto. Sabemos que não são todas as regiões do país que oferecem suporte tecnológico que possa responder a essas necessidades. O melhor caminho é privilegiar vocações regionais”, propõe. A idéia é fazer com que uma pequena empresa focada na biodiversidade na Amazônia, por exemplo, tenha condições de receber suporte tecnológico local. Falando sobre o que as incubadoras de empresas podem esperar do governo Lula, o presidente da Anprotec lembra que nos estados que o PT governou os resultados foram positivos. Todos, segundo ele, tinham um programa de incubadoras como ferramenta de criação de emprego e renda nas regiões. “Trazer a experiência do Rio Grande do Sul e do Acre já é um grande impulso para o movimento de incubadoras do Brasil”, diz. Bermúdez faz mais duas suEmpreendedor – Dezembro

2002

[Educação pró-ativa] Essa falta de aproveitamento da capacidade inovadora do brasileiro está ligada ao distanciamento entre os nossos empreendedores e a comunidade científica e acadêmica. Uma parte dessa ferida começa a ser curada pela expansão e qualidade das incubadoras de empresas no Brasil. Uma prova disso é que a Associação de Incubadoras de Empresas do Brasil (Anprotec) e a Incubadora Internacional do Vale do Silício (EUA) conseguiram um feito inédito para a área de incubação de empresas no mundo. Juntas, venceram uma concorrência do iDISC (Centro de Suporte de Incubadoras do Infodev), uma iniciativa do Banco Mundial com o objetivo de coordenar o repasse de, aproximadamente, US$ 25 milhões para o desenvolvimento da área de incubação de empresas do setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). O iDISC, criado pelo Banco Mundial em 1995, faz parte do Infodev (Programa de Informação para o Desenvolvimento) e dá ênfase especial às necessidades

ARQUIVO EMPREENDEDOR

área. Uma aplicação em títulos do governo tem o mesmo tributo sobre ganhos de capital que uma aplicação de risco numa empresa nova. “Estamos querendo dizer que não temos interesse em investimentos produtivos. Se todo mundo ficar em fundos de renda fixa, financiando o déficit de cada uma das esferas de governo, está bom”, propõe o executivo da ABCR. Binder lembra que o Estado brasileiro financia com verbas públicas 90% da pesquisa desenvolvida no Brasil. A distorção, segundo ele, é no baixo retorno para a população em bens, impostos e riquezas. “Isso acontece porque essa pesquisa não se transforma em novos empreendimentos. Pelo contrário, ela é usada para estudos e trabalhos científicos que fazem a festa dos países que dela se aproveitam para desenvolver novos produtos e novas tecnologias”, afirma.


(Brasil

2002

gestões para melhorar o desempenho das incubadoras: a implantação do Programa Nacional de Incubadoras, que envolve sociedade e governo, mas que não teve suas ações implementadas, e a reestruturação do uso dos Fundos Setoriais como instrumento de fomento, para que a transferência de tecnologia entre universidade e empresa possa acontecer. “O discurso até agora está bonito. No entanto, os mecanismos utilizados precisam ser aprimorados”, afirma. De acordo com o presidente da Associação de Incubadoras, é preciso implantar na sociedade brasileira a cultura empreendedora, começando pelas instituições de ensino. É necessário, argumenta Bermudez, que se tenha dentro da universidade uma mentalidade próativa, o que não quer dizer que o jovem tem de ser empresário. A sua idéia é que seja aplicado o princípio associativo para mudar um pouco a visão da educação personalista em que o aluno estuda sozinho para passar no vestibular, depois para ter um diploma e também para disputar um lugar na sociedade. [Capital] Enquanto falta apoio nacional, tanto privado como do governo, para criação de empresas nascentes que na maioria das vezes revelam o talento de jovens empreendedores recém-saídos das universidades ou de centros de pesquisas, fundos de capital de risco estrangeiros já começaram sua busca pelos melhores projetos. Esse é o caso da Eccelera, que mesmo antes do resultado das eleições anunciou que não iria encolher seus investimentos no Brasil. O fundo do Grupo Cisneiros já aplicou cerca de US$ 15 milhões em dez empresas nascentes e em outros dois projetos de empreendedores de Santa Catarina que ainda não foram divulgados. A Eccelera ainda pretende Dezembro – Empreendedor

ARQUIVO EMPREENDEDOR

BERMÚDEZ: INCENTIVO AO EMPREENDEDORISMO NAS UNIVERSIDADES É FUNDAMENTAL

investir outros US$ 25 milhões nos próximos anos. Pedro Cordeiro, CEO da Eccelera, diz estar convencido da sua visão estratégica que previa a manutenção de todos os investimentos no país depois do resultado final das eleições. “O processo eleitoral foi muito positivo para toda a América Latina e extraordinário do ponto de vista democrático e político, já que foi muito maduro”, diz. A primeira coisa que Cordeiro lembra quando se fala de apoio aos empreendedores é que na década de 90 o motor da economia norte-americana foi as pequenas e médias empresas. Nessa época, segundo ele, os americanos estavam apavorados, pois o Japão poderia se tornar a maior economia do mundo e não parava de comprar empresas nos Estados Unidos, conseguindo uma enorme capitalização de suas companhias. “Entre 1989 e 1990, uma recessão abalou o Japão, que não se recuperou até hoje. Os Estados Unidos passaram duas crises de forma inacre-

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ditável. O segredo é continuar o apoio às pequenas empresas”, explica. Isso porque, segundo ele, há capital e uma regulamentação que protege essas empresas, o que induz um rápido crescimento. Cordeiro defende que o venture capital não seja traduzido no Brasil como capital de risco. “Deveria ser chamado de capital de desenvolvimento. Isso porque deve ser aplicado em empresas com alto potencial de crescimento, geração de empregos e criação de novos produtos”, esclarece. Nos Estados Unidos, 20% de todos os empregos estão localizados em empresas que receberam esse tipo de investimento. Para o CEO da Eccelera, existem esforços como os do Sebrae e da Finep, mas ainda é muito pouco. Ele também defende que o capital privado e os fundos de pensão devam investir em pequenas empresas. “O potencial de empregos é dez vezes maior do que numa grande corporação para cada R$ 1,00 investido. Caso parte dos investimentos dos fundos de pensão fosse retirada de títulos do governo de baixo risco e de alto retorno, mas que mantêm o dinheiro parado, e fosse colocada para o apoio às pequenas empresas, o impacto seria enorme”, acredita o CEO da Eccelera. Isso poderia gerar uma massa fiscal enorme e muitos empregos, diz Cordeiro. Segundo ele, uma pesquisa feita nos Estados Unidos mostrou que cada US$ 1 mil investido numa nova empresa gera o dobro em vendas, impostos e exportações do que numa empresa estabelecida. Além do apoio de investidores estrangeiros, o novo governo também tem a “faca e o queijo na mão” para uma arrancada tecnológica. Isso porque, apesar do atraso imposto pela longa reserva de mercado no setor e da exclusão digital, o Brasil sozinho movimenta 90% do comércio digital na América Latina. No varejo, o salto aconteceu nos últimos dois anos, jus-


tamente depois das quebradeiras das empresas ponto.com. De acordo com um levantamento realizado pela EConsulting, o varejo on-line alcançou R$ 462,5 milhões, o que corresponde a 3,31% do varejo total negociado no país, no mês de agosto, comparando com os dados estimados a partir do índice-base do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Num país onde 98% dos brasileiros declararam o Imposto de Renda pelo meio eletrônico em 2002, o comércio virtual entre as empresas teve um volume de US$ 1,7 bilhão no ano passado, segundo pesquisa do International Data Corporation (IDC). A previsão feita pela mesma pesquisa é que em 2005 esse número saltará para US$ 21,4 bilhões, o que representa um crescimento anual médio de 66% nos próximos três anos. “A Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico está otimista e empenhada

em colaborar com o novo governo. É fundamental dar condições para que o empresário brasileiro saia da informalidade e, em muitos casos, da ilegalidade, diminuindo o custo e o peso da burocracia estatal”, afirma Cid Torquato, diretor-executivo da Câmarae.net. A Câmara, em parceria com Alberto Luiz Albertin, professor e coordenador da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (EAESP-FGV), criou o projeto “e-Brasil: Propostas para uma Política Nacional de Tecnologia da Informação e Comércio Eletrônico”. A idéia geral dessas sugestões, que foram levadas à equipe de transição, é colocar o fomento às tecnologias da informação, como indústria e ferramental de modernização econômica, no topo da agenda nacional. Para Torquato, as políticas de desenvolvimento no Brasil sempre pri-

vilegiaram a elite industrial, agrícola e financeira, para a qual a maior parte dos recursos ainda é investida. Na sua opinião, uma política mais democrática, se bem concebida e aplicada, fortalecerá o mercado interno, dando mais condições à indústria nacional na substituição de importações e na conseqüente expansão das exportações. “É preciso desonerar o produtor, minimizar os efeitos do chamado Custo Brasil e dar igualdade de oportunidades para o empresário nacional. Hoje, o investidor estrangeiro tem mais vantagens do que o nacional, uma distorção que precisa ser corrigida”, explica. O novo governo vai enfrentar dificuldades macroeconômicas, e nesse contexto o apoio para quem produz e gera emprego é fundamental para que o Brasil volte a ser o povo mais empreendedor do mundo.

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Empreendedor – Dezembro


“As pessoas generosas são más comerciantes” (Balzac )

Maurício Campos

Polpa tipo exportação

2002

A Agrofruit Internacional do Brasil, instalada em Visconde do Rio Branco, a 130 km de Juiz de Fora (MG), atua no mercado de food service produzindo polpa de fruta natural (NFC) não congelada em bags assépticos. O empresário Maurício Campos, idealizador e fundador dos Sucos Tial, foi quem criou e agora dirige a Agrofruit. A Agrofruit foi projetada dentro dos avançados padrões internacionais de tecnologia em equipamentos e processos fabris, adequada às práticas de GMP (Boas Práticas de Fabricação) e APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle). Sua principal missão é absorver a produção de frutas tropicais da região do Vale do Xopotó, Zona da Mata Mineira, para transformá-la em polpa natural (NFC) e comercializá-la em bags assépticos. Em princípio, a Agrofruit deverá processar polpa de manga, goiaba, maracujá, mamão e pêssego. “Já temos contato com empresas americanas, alemãs e japonesas. Cerca de 80% da produção será destinada ao mercado externo e esperamos fechar 2003 com um resultado de US$ 2 milhões em exportações”, prevê Maurício Campos. (32) 3551-3051

Dezembro – Empreendedor

Lucinski Alexander Lucinski

Compra estratégica A Lucinski, consultoria estratégica de negócios e implantação de soluções inovadoras em Inteligência da Informação, adquiriu a Digital Express-DGX, empresa que atua nas áreas de operação de rede de dados, infra-estrutura de TI, serviços de colaboração, gerenciamento de conteúdo, billing, CRM e ERP no modelo BSP (Business Solution Provider). Com a operação, a Lucinski pretende oferecer diferenciadas formas de comercialização de seus serviços. “A DGX será nosso braço BSP no mercado, que é uma evolução do modelo ASP tradicional, focado na visão de negócio do cliente. A previsão é que em 2003 a DGX represente 30% do faturamento do grupo”, explica Alexander Lucinski, presidente da Lucinski. Para operacionalizar a parceria, a Lucinski, que engloba as unidades de negócios Consulting, Solutions e Professional Services, acaba de criar a área Custom BSP para o segmento de serviços contínuos. A operação dos serviços da nova unidade será terceirizada para a DGX, que continua com sua estrutura original própria. Segundo Lucinski, a aquisição e a criação da nova unidade de negócios fazem parte de uma nova frente de atuação da empresa. “Estamos fechando parcerias em gerenciamento de conteúdo, workflow, serviços gerenciados, billing e CRM. Para esses setores, a alternativa de disponibilizar ferramentas no modelo BSP é essencial porque a tecnologia pode ser utilizada como um serviço, evitando altos investimentos”, diz o empreendedor. www.lucinski.com.br

Schering-Plough Coopers Fernando Heiderich

Competência reconhecida

DIVULGAÇÃO

Agrofruit

A Schering-Plough Coopers recebeu pela primeira vez o Prêmio Master de Ciência e Tecnologia, oferecido anualmente pelo Instituto de Estudos e Pesquisas da Qualidade. O prêmio é uma referência para as empresas que inovam seus processos tecnológicos e científicos, contribuindo para o desenvolvimento do país. Representa também uma forma de incentivo e divulgação dos trabalhos realizados por empresas que buscam na inovação científica e tecnológica o aprimoramento e a qualidade de seus produtos e serviços. O incentivo à pesquisa foi um dos motivos que levaram a empresa a receber o troféu. Todos os anos, a Schering-Plough Coopers realiza o Prêmio Pesquisa Clínica, em que incentiva profissionais e entidades à pesquisa aplicada na área de saúde animal. Esse programa já levou quase 20 profissionais para os maiores congressos mundiais de medicina veterinária somente nos seus três primeiros anos. “Dessa maneira, buscamos criar mecanismos que tragam benefícios à saúde, ao bem-estar e à produtividade animal, fomentando o segmento veterinário com novos conceitos, informações técnicas e serviços ao campo”, afirma Fernando Heiderich, presidente da empresa. 0800 161117

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“O trabalho agradável é o remédio da canseira” ( Shakespeare )

APOSTA LOGÍSTICA Dois anos depois de dobrar o número de pontos-de-venda no Sul, com a aquisição da rede Disapel, e um mês após abrir sua 12ª loja em Porto Alegre, no Shopping Praia de Belas, o Ponto Frio volta a realizar um investimento importante na região. A empresa inaugurou um Centro de Distribuição em Cachoeirinha – município da Grande Porto Alegre –, que terá capacidade para armazenar mais de 130 mil produtos e dará suporte às 45 unidades da rede no Rio Grande do Sul.

ALAVANCA TECNOLÓGICA

Ventzislav Ivanov e Renato Ilieff

Diplomacia e novos negócios Com a missão de ampliar as relações comerciais, culturais e diplomáticas entre o Brasil e a Bulgária, o embaixador búlgaro, Ventzislav Ivanov, implantou mais um consulado no país para atender os três estados do Sul. O Consulado Geral Honorário da República da Bulgária começa a funcionar no próximo mês em Florianópolis (SC). Todas as ações na região serão promovidas pelo empresário de origem búlgara Renato Ilieff. Segundo o novo cônsul, as relações entre os dois países quase não existiam durante a Guerra Fria e por isso os brasileiros conhecem pouco da cultura e da economia desse país do Leste Europeu, uma república parlamentarista desde 1997. As relações comerciais entre os dois países em 2001 tiveram um movimento que resultou em US$ 90 milhões. Desse total, US$ 54 milhões são de exportações brasileiras para esse país com 8,2 milhões de habitantes e taxa de analfabetismo de apenas 1,5%. O Brasil exporta para a Bulgária os seus produtos mais tradicionais da sua balança comercial como café, açúcar, além de poucas quantidades de soja e concentrado de laranja. As relações bilaterais têm boas perspectivas de incremento. Há dois anos, o Brasil recebeu a primeira visita do ministro de Negócios Estrangeiros, num esforço consciente de aproximação política com nosso país. Uma iniciativa concreta foi a formação de uma joint venture entre o Brasil, os Estados Unidos e a Bulgária para produção de louças e metais sanitários. Pela primeira vez na história, uma empresa búlgara fechou um contrato com a Vale do Rio do Doce para importar minério de ferro

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concentrado. O contrato foi fechado com a maior empresa estatal búlgara do setor de siderurgia, a Kremikovtsi. E também a indústria petroquímica Litex, além de contratar jogadores brasileiros para um time de futebol com o mesmo nome, importa matérias-primas brasileiras para os seus produtos. O país também exporta para o Brasil fios elétricos, óleos industrias e fertilizantes. Segundo o embaixador búlgaro, a grande possibilidade de negócios que ainda podem ser feitos é a importação de produtos farmacêuticos, principalmente antibióticos com preços baixos e que podem ser usados nos programas sociais, como os medicamentos genéricos. Ivanov ainda inclui na pauta de comércio o famoso óleo de rosas, produto-símbolo do país e usado como base das maiores grifes internacionais e dos melhores perfumes do mundo. Também existe a possibilidade de exportar ou firmar parcerias tecnológicas na produção do queijo e do iogurte búlgaros. Para se ter uma idéia da qualidade desses produtos, os organismos vivos têm o nome científico de Bacilos bulgáricos. A Bulgária também é um grande produtor de softwares e exporta mão-de-obra especializada para vários países. O inventor do computador, que projetou e construiu o primeiro computador eletrônico digital, foi John Atanasoff. Ele era um imigrante búlgaro nos Estados Unidos e foi creditado com esse título em 1942. (48) 3028-4848 Empreendedor – Dezembro

2002

Com a perspectiva de alcançar R$ 12,5 milhões em captação de recursos para capacitação e desenvolvimento tecnológico e profissional no país, neste ano de 2002, a Fundação Casimiro Montenegro Filho (FCMF) registra também o maior crescimento de sua história na gestão de projetos de inovação tecnológica que realiza para o setor produtivo, principalmente nas áreas de eletrônica, aeroespacial, telecomunicações e informática. “De janeiro a setembro de 2002, a FCMF registra a mobilização de recursos da ordem de R$ 9,2 milhões, superando em 28% o montante dos R$ 7,2 milhões acumulados em todo o ano de 2001 no desenvolvimento de projetos em P&D para o mercado”, revela Jerônimo de Souza, presidente da Fundação Casimiro Montenegro Filho. A FCMF atua com 37 projetos de P&D em parcerias diversas que envolvem cerca de 20 institutos de ensino e pesquisa do país, 150 pesquisadores, engenheiros especializados e consultores e o setor produtivo.

Bulgária


Terceiro setor O Instituto Telemar, entidade voltada para a promoção da inclusão social por meio da educação, cultura e tecnologia, abriu inscrições para projetos sociais que queiram receber apoio e parceria em 2003. O Instituto vai selecionar propostas que visem à democratização do conhecimento e ao desenvolvimento da cidadania entre jovens de comunidades carentes, por meio da tecnologia e cultura, e que favoreçam a participação direta dos beneficiários. Os projetos serão avaliados por uma comissão especial e o resultado será divulgado em fevereiro de 2003, no site www.institutotelemar.org.br. As entidades interessadas devem inscrever seus programas até 30 de dezembro de 2002, no site do Instituto, em “Projetos Apoiados”. www.institutotelemar.org.br

Jovem S.A. por Lúcio Lambranho lucio@empreendedor.com.br

2002

Talento precoce Alex Menezes é empresário, mas o que ele queria mesmo era ser repórter de campo. Desde menino, grudava na Rádio Globo em dias de jogo e ficava imitando os jornalistas, fazendo uma voz empostada e falando rápido. Em julho de 1990, aos 16 anos, aceitou encarar com a irmã Geany a abertura do próprio negócio, e em troca só pediu que a nova empresa pagasse o curso noturno, pois queria estudar Jornalismo e concretizar o sonho de ser jornalista esportivo. No final de 1991, chegou a hora de prestar o vestibular mas ele não pôde nem confirmar a matrícula. Seria impossível largar a empresa naquele momento. Era só ele, a irmã Geany no nono mês de gravidez e mais dois funcionários. Ele optou pela Clipping TV. Hoje a empresa com sede no Rio é uma das principais fornecedoras de material de pesquisa, baseado em clipping eletrônico de TV, rádio, internet e impressos. Tem em sua carteira aproximadamente 700 clientes, entre eles Coca-Cola, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Souza Cruz e Shell, além de um grande número de assessorias de imprensa e agências de publicidade. Sua equipe é formada por 50 pessoas que assistem, Dezembro – Empreendedor

Parceria júnior analisam, gravam, classificam e resumem notícias e anúncios veiculados pelas principais emissoras abertas e fechadas, documentando-os em fitas VHS ou em CD, conforme a necessidade do cliente. Em São Paulo há apenas um ano, a empresa já atende o Grupo Pão de Açúcar, Amil, Pfizer, Banco do Brasil, BNDES, JP Morgan, Mega Models e Marabraz, para a qual desenvolve um trabalho de monitoramento de concorrência de preços. Diariamente, a empresa mantém 15 profissionais no acompanhamento de cerca de 60 sites de conteúdo e mais as agências de notícias, além dos jornais e revistas impressos. Conta também com 60 funcionários especialmente dedicados ao monitoramento de Rádio e TV. A produção, em São Paulo, é toda acompanhada por jornalistas formados e mais uma equipe de estagiários, que vêem o noticiário com os olhos do cliente, vislumbrando o tipo de informação que será pedido. www.clippingtv.com.br

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A Empresa Júnior da Escola Superior de Propaganda e Marketing do Rio de Janeiro fechou uma nova parceria de apoio ao projeto Shell LiveWire, conhecido no Brasil como Iniciativa Jovem. O programa foi desenvolvido na Inglaterra pelo grupo Shell para incentivar o espírito empreendedor dos jovens e hoje já ganhou versões em países como Austrália, África do Sul, Holanda, Argentina, Chile, Hungria e Brasil. No Brasil foi desenvolvido e implantado em parceria com a Dialog e tem o intuito de estimular a criação de negócios locais na área escolhida para o programa, trazendo novas perspectivas de vida e gerando fontes de trabalho e de renda para ele, sua família e sua comunidade. “O incentivo ao desenvolvimento intelectual de jovens empreendedores é nossa principal preocupação!”, diz Gustavo Caetano, diretor da ESPM Jr. do Rio de Janeiro. A ESPM Jr. vai disponibilizar seus consultores para apoio e orientação técnica dos projetos com base na experiência que a empresa tem no mercado de consultoria e soluções de marketing e comunicação. (21) 2292-2000 r. 287/288


Empreendedor dente-de-leite Já no maternal os alunos do Colégio Anglo-Americano vêm experimentando a sensação e a responsablilidade de dirigir um negócio. Em outubro, eles apresentaram os produtos criados por suas empresas nas oficinas de empreendedorismo. Para viabilizar seus negócios, os alunos têm contado com financiamentos, feitos por pais ou donos de empresas ligados aos estudantes. Ao fim das oficinas, o financiamento é pago e o que resta é usado pelos alunos para passeios ou outras atividades. Além de ensinar noções de economia e gestão desde cedo aos alunos, o AngloAmericano reforça neles a importância do trabalho. Um exemplo do trabalho que vem sendo desenvolvido pelas crianças pode ser comprovado no site www.chocolatemania.kit.net. Os alunos da turma de alfabe-

Junior Achievement chega a Sorocaba

decide abrir uma empresa e fabricar um produto, planejando até estratégias de marketing e venda. O projeto foi viabilizado pelo pai de um dos alunos, que financiou o início das atividades, e que será remunerado a partir do resultado das vendas dos bombons, nos dias das oficinas de empreendedorismo. A produção dos chocolates será feita pelos alunos na cozinha experimental do colégio e o dinheiro que sobrar, quitado o financiamento, poderá ser usado para custear um passeio da turma. (21) 2295-3059 ou 2439-1391

Parcerias para exportação O Unicomex, Laboratório de Comércio Exterior, do Centro de Educação Superior (Única), de Florianópolis, acaba de fechar seu primeiro negócio de exportação com uma empresa distribuidora de confecções do Chile. O Unicomex está exportando para os chilenos os biquínis produzidos pela Ducel, uma empresa de Ilhota (SC) que fabrica 10 mil peças por mês. O trabalho foi executado pelos estudantes do laboratório e supervisionado por um consultor em comércio internacional. O próximo trabalho do laboratório é a orientação para uma pequena empresa francesa que quer se instalar em Florianópolis. Além disso os estudantes, sob a orientação de um consultor profissional, estão assessorando uma

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empresa de tecnologia intalada no Celta (Centro Empresarial de Laboração de Tecnologias Avançadas), também localizado na capital catarinense. O trabalho está focado na formação de preços para exportação dos produtos da empresa incubada. Apesar de estar trabalhando com volumes ainda pequenos de exportação e negócios internacionais, o laboratório tem sido uma amostra da realidade profissional para os futuros formandos de comércio exterior. Para alavancar ainda mais seus trabalhos, o laboratório está cadastrando outros profissionais de comércio exterior que queiram trabalhar em parceria. Em troca, poderão contar com o trabalho de pesquisa e planejamento dos alunos e estagiários. www.unicomex.unica.br Empreendedor – Dezembro

2002

A Gerbô Engenharia e Manufatura, que atua no segmento da automação comercial e bancária há mais de dez anos, aceitou o desafio de iniciar em 2003 os programas da ONG norte-americana Junior Achievement (www.jasp.org.br) nas escolas públicas de ensino fundamental e médio na cidade de Sorocaba (SP). A ONG fundada em 1919, está no Brasil desde 1983 e possui seis programas de apoio ao empreendedorismo: Introdução ao Mundo dos Negócios, Economia Pessoal, Empresa em Ação, Mercado Global, Mini Empresa e Nosso Mundo. “A empresa iniciará esses programas no início do ano letivo buscando também um maior desenvolvimento de nossos colaboradores, que, além de interagir com o meio empresarial, irão se aproximar com a sociedade”, diz Oduvaldo Vaccari, gerente geral da Gerbô. (11) 3285-2621/www.gerbo.com.br

tização da unidade Nova Ipanema do Anglo-Americano apresentam a empresa que criaram, dedicada à produção de bombons de chocolate ao leite. A partir de palestras de diversos profissionais a que os alunos assistiram, eles puderam conhecer um pouco do perfil de um indivíduo empreendedor, o que despertou o interesse pelo projeto. A escolha do produto a ser desenvolvido, bem como a marca, se deu por meio do voto. Assim, as crianças puderam vivenciar as principais etapas a serem seguidas quando se


Nãono durma ponto

por Roberto Adami Tranjan Educador da Cempre – Conhecimento & Educação Empresarial

DIVULGAÇÃO

Fogo, preparar, apontar!

2002

LINHA DIRETA: (11) 3873-1953 • www.cempre.net • roberto.tranjan@cempre.net

É

assim que você prepara o futuro? Se você é do tipo que dispara antes de mirar, então você merece o futuro que consegue. Mas se você prepara o futuro, as suas chances de sucesso aumentam bem. Estou me referindo ao exercício de planejar e, quando o assunto é planejamento, o correto é “preparar, apontar, fogo!”. Planejar não faz parte da cultura brasileira de administrar, e não são poucos os projetos e empreendimentos que sucumbem por falta de planejamento. Na ânsia de fazer, pouca atenção é dada ao pensar, e é disso que trata, em essência, o planejamento. Estamos diante de um novo ano. Mais que isso: estamos diante de uma nova ordem econômica. Negócios, empresas e empregos serão afetados. É preciso construir novos cenários, antever o futuro, identificar os pontos de ameaças e de oportunidades. O maior erro é deixar as coisas como estão, na ingênua crença de que nada irá mudar. Teremos mudanças que afetarão em maior ou menor intensidade todos os negócios. Planejar implica investigar o futuro, menos na tentativa de adivinhá-lo (não somos capazes disso), mais na tentativa de prepará-lo. A força do planejamento está em que a construção mental precede a elaboração material. Portanto, o pla-

Dezembro – Empreendedor

nejamento é uma ferramenta de compartilhamento de informações, percepções e intuições em prol da realização. Sendo assim, o primeiro aprendizado no exercício de planejar é entendê-lo mais como uma atitude

“Planejar não faz parte da cultura brasileira de administrar, e não são poucos os projetos e empreendimentos que sucumbem por falta de planejamento”

do que uma tarefa. É reconhecer a importância do pensar e do sentir antes de fazer. É aí que o exercício do planejamento sistêmico é bastante útil. Vamos lá? Utilize a seqüência abaixo

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para preparar o seu planejamento 2003. Planejando o lado mente da empresa O lado mente da empresa é aquele que trata das relações com o ambiente externo e com o futuro. É preciso criar um cenário futuro em que o negócio seja inserido. Monte um grupo de trabalho para investigar os novos rumos da economia. Criar um cenário futuro é como fazer uma aposta. Ninguém tem certeza, mas todos estão dispostos a adotar aquela imagem de futuro como referência para o processo decisório. É dentro desse cenário que o negócio será colocado em xeque: estamos atuando no melhor foco? os nossos diferenciais continuam suprindo as expectativas dos nossos clientes? estamos aproveitando o melhor das nossas competências? Mesmo que você tenha feito esse exercício no ano passado, não deixe de refazê-lo. Lembrese de que o ambiente onde a sua empresa atua está sempre em movimento. O cliente é um alvo móvel, e as suas necessidades são voláteis. Pense, junto à equipe, em novas alternativas para surpreender os clientes. Trabalhe mais com a imaginação da equipe do que com a repetição do que já está sendo feito. Grande parte


do faturamento futuro da sua empresa deverá vir da imaginação da sua equipe. É lá que está o futuro! E já que falamos de equipe... Planejando o lado alma da empresa É no lado alma da empresa que se encontra o entusiasmo, o comprometimento, a energia humana. E isso se dá a partir do bom exercício de liderança e do trabalho em equipe. Talvez as pessoas estejam animadas e estimuladas com o novo governo; talvez estejam assustadas e ressabiadas. O que importa é que as pessoas não reagem ao mundo mas à imagem que fazem do mundo. Compartilhe em equipe essas imagens e tente prever as prováveis ameaças e oportunidades. Reflita como cada um pode ser afetado. Identifique o que precisa ser feito ou deixar de ser feito. É importante que as pessoas saiam de suas zonas de conforto, que novos desafios sejam estabelecidos e que elas se sintam estimuladas em buscar novos conhecimentos para fazer frente a esse novo futuro. E que o otimismo e a fé também estejam presentes.

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2002

Planejando o lado corpo da empresa Muitos dirigentes de empresas entendem que preparar o futuro é elaborar um bom orçamento, ou seja, um plano de metas numéricas de faturamento e cotas de despesas. É verdade que o orçamento é uma peça que compõe o planejamento mas não é o planejamento. Em algum momento, os objetivos e

intenções precisam ser traduzidos em metas quantificáveis, e o momento é agora, depois de passar pela mente e pela alma. É chegado o momento das contas. De tentar estimar as receitas, as despesas e o lucro. Um erro muito comum nos planejamentos em geral é que, ao final, os indicadores de desempenho medem, quase sempre, o corpo do negócio (produtividade, lucratividade, qualidade e eficiência). Acrescente indicadores também de mente e de alma. Os indicadores de mente avaliam o grau de satisfação dos clientes, enquanto os indicadores de alma avaliam o grau de comprometimento e satisfação dos membros da equipe. São tão importantes quanto os indicadores de corpo já citados. Os indicadores são recursos de aprendizado. Ao final, devemos ser capazes de fazer as seguintes avaliações: o que foi feito bem? se pudéssemos voltar atrás, o que faríamos de diferente? o que deve ser melhorado? o que aprendemos com o planejamento? Finalmente, lembre-se de que você só está no controle da situação se você tiver um plano. Sem ele, não há acompanhamento, não há aprendizado, não há progresso. Lembre-se também de que o sucesso coloca-se disponível para as mentes preparadas. Prosperidade para você no próximo ano! Empreendedor – Dezembro


TENDÊNCIAS

A corrida para

a Web sem fio

2002

A cautela ainda é grande, mas tudo indica que a Wi Fi (Web sem fio com alcance local) já ganhou o status de nova mina de ouro digital

Em algumas cidades dos Estados Unidos e da Europa os fanáticos por internet não precisam mais ter em casa toda aquela parafernália de modems, cabos, rede, etc. Basta um laptop dotado de uma placa de Wi Fi e sair procurando alguma antena meio esquisita no topo de edifícios próximos. Ou então freqüentar redes de cafeterias como a Starbucks, onde os fregueses podem levar seus computadores portáteis e surfar pela Web, enquanto tomam seu cafezinho. A nova tecnologia está conquistando adeptos com a velocidade típica dos modismos e virando a grande atração de lojas e restaurantes que até agora usavam os seus cibercafés como isca para atrair clientes. Para quem mora dentro do alcance de uma dessas antenas de Wi Fi (Wireless Fidelity), a Web está agora acessível até dentro do banheiro, no jardim, na garagem ou na beira da piscina. Isso sem ter de furar nenhuma parede ou arrancar os cabelos por causa de congestionamentos nas linhas telefônicas. Cerca de 15 milhões de norteamericanos usam regularmente conexões Wi Fi para navegar pela internet. Esse número é um terço maior do que a previsão feita no início do ano passado Dezembro – Empreendedor

pela empresa Cahners In-Stat. As antenas esquisitas, que têm um formato parecido com as de UHF, transmitem sinais que são captados pela placa Wi Fi de um laptop. Essa placa tem uma anteninha parecida com a de um rádio de carro. A velocidade de transmissão chega a atingir 11 mbps (Megabits por segundo), quase 200 vezes a velocidade de um modem telefônico ou cinco vezes a da internet por cabo ou ADSL. A transmissão dos dados da Web é feita através de ondas de rádio na freqüência de 2,5 a 5,0 GigaHertz, ou seja, na faixa superior da UHF e inferior da SHF (Super High Frequency). A operadora, que pode ser uma microempresa, toma o sinal das grandes operadoras via cabo ótico e o distribui pelo sistema wireless numa área média de um ou dois quilômetros, dependendo da existência de obstáculos naturais como prédios e morros. Outro fator limitante são as interferências na transmissão de sinais, o que pode provocar algumas dores de cabeça, especialmente para quem for usar a conexão Wi Fi perto de redes de alta tensão, de antenas de TV, rádio ou retransmissoras de celulares. Mas apesar de todos esses obstáculos o negócio da Wi Fi está crescen-

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do rapidamente, atraindo a atenção de muitos dos empreendedores que pagaram um alto preço pela especulação desenfreada na Web, no final dos anos 90 e em 2000. Os sobreviventes da implosão das ponto.com desta vez preferiram a cautela, mas acham que esta é mais uma das oportunidades que a revolução tecnológica oferece aos que têm pouco capital e muita criatividade. Megaempresas como IBM, Intel e


Editado por

Carlos Castilho castilho@matrix.com.br

Os pixadores cibernéticos

Empresas mencionadas no texto: Starbucks www.starbucks.com Cahners In-Stat www.instat.com Para detalhes sobre o sistema Wi Fi: ww.webopedia.com/TERM/W/ Wi_Fi.html

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Mais detalhes sobre o fenômeno warchalking em: www.warchalkingbr.com/ e http:// jbonline.terra.com.br/jb/papel/ cadernos/internet/2002/08/25/ jorinf20020825004.html 2002

Motorola também aderiram ao modismo, o que diminuiu muito a expectativa em torno da tecnologia 3G (internet via telefones celulares). Em Nova York um consórcio de empresas planeja criar uma super rede Wi Fi, integrando as redes de quarteirão, de forma que um usuário pode sair de uma área de alcance de uma distribuidora de sinal e entrar noutra sem notar nenhuma queda de sinal.

O sistema Wi Fi já é usado em várias empresas paulistas, mas quase todas elas correm sérios riscos de segurança, conforme comprovaram alguns estudantes paulistas e cariocas adeptos do chamado warchalking (pixação eletrônica) . Usando antenas extremamente rudimentares, feitas à base de latas vazias de leite em pó Neston, eles conseguiram entrar, por exemplo, em redes sem fio de lanchonetes, supermercados, locadoras de automóveis e até no sistema wireless do aeroporto de Congonhas. Quase todos os sistemas não eram criptografados até o final de outubro e, portanto, facilmente penetráveis por qualquer pirata eletrônico (hacker). A multiplicação dos grupos de warchalking assustou as autoridades no Brasil e noutros países, onde os pixadores eletrônicos transformaram a localização de redes wireless desprotegidas num esporte, estilo caçada. Eles marcam com riscos de giz branco no chão os lugares onde conseguiram entrar numa rede. Os pixadores juram que não estão fazendo pirataria e nem espionagem, e que seu objetivo é apenas denunciar a vulnerabilidade dos sistemas wireless implantados até agora. Mas por vias das dúvidas as empresas de segurança sugerem que os interessados em usar o Wi Fi pensem primeiro em criptografar as comunicações para evitar surpresas desagradáveis.

Empreendedor – Dezembro


TENDÊNCIAS

Informática

“à la carte”

2002

A IBM já fez a sua escolha e muitas outras empresas de tecnologia estão aderindo ao novo filão de serviços onde o consumidor é quem manda As indústrias de informática no mundo inteiro ainda não conseguiram cicatrizar as feridas deixadas pela explosão da bolha especulativa na internet, e uma nova tendência de negócios começa a ganhar corpo. A pioneira na chamada informática “à la carte” (em inglês, on demand) é a IBM, que começou a planejar a nova estratégia quando a bolsa eletrônica Nasdaq ainda vivia o auge da especulação com ações de empresas ponto.com. Os primeiros resultados começaram a aparecer no final do ano passado, quando a Big Blue (apelido dado pelos americanos à IBM) passou a investir na prestação de serviços mais do que no desenvolvimento de hardware. Os adeptos da nova tendência afirmam que ela responde a uma nova realidade do mundo da informática em que os fabricantes perderam o controle do mercado e os consumidores passaram agora a ditar as regras. Num ambiente como esse, a melhor estratégia parece ser a flexibilização da oferta, adequando-a às necessidades imediatas do cliente. Samuel Palmisano, o executivo-chefe da IBM, compara o novo relacionamento com o cliente com o fornecimento de energia elétrica. “O comprador só paga aquilo que realmente consome”, diz ele. Para conseguir que seu sistema de informática utilitária funcione, a IBM Dezembro – Empreendedor

aposta em softwares que identificam os problemas dos seus usuários e a computação compartilhada. Assim, o cliente não precisa comprar softwares para tarefas específicas. Ele pode alugar por hora, dia ou mês o programa sem ter de comprá-lo pagando em geral preços altíssimos que não oferecem um retorno de investimento adequado. O sistema de informática compartilhada já é usado em grandes projetos de pesquisa acadêmica, como por exemplo na cura da AIDS e do câncer, só para citar os casos mais conhecidos. Através desse sistema os pesquisadores trocam serviços entre si, sem que todos tenham de comprar o mesmo software. Evidentemente essa nova modalidade vai reduzir os lucros das empresas fabricantes de softwares. Mas gigantes como a Microsoft não devem ser afetados. Ela controla alguns dos mais procurados programas que serão alugados pela IBM, por exemplo. A computação compartilhada já foi testada em ambientes corporativos na década de 70, mas não funcionou. O principal obstáculo eram as comunicações, que tornavam muito lenta a transferência de dados de um computador para outro. Agora com a internet rápida, a situação mudou e já é mais vantajoso usar programas que estão residentes noutros computadores do que

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Empresas e pessoas mencionadas no texto: IBM www.ibm.com/us/ Samuel Palmisano www.ibm.com/ibm/sjp/bio.shtml Microsoft www.microsoft.com/brasil/ default.asp Hewlett Packard thenew.hp.com/country/br/por/ welcome.html SUN www.sun.com Accenture www.accenture.com

comprá-los. Outras empresas como Microsoft, Hewlett-Packard, SUN e Accenture também já reorientaram as suas respectivas estratégias de negócios em função da iniciativa da IBM. Mas a IBM leva a vantagem comparativa de estar na frente em matéria de marketing. A computação compartilhada é uma grande solução do ponto de vista do consumidor porque não imobiliza capital e nem gera endividamento, mas tem um grande senão. É o problema da privacidade. Como a empresa trabalha com programas que estão num servidor alheio, sempre fica a dúvida sobre vazamento de dados ou cópias piratas dos documentos produzidos com software alugado. Trata-se de um problema que ainda não foi totalmente resolvido, e por enquanto ainda é o principal obstáculo.


2002

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Empreendedor – Dezembro


VENDAS

Pessoas e entidades mencionadas no texto: Jonathan Byrnes jlbyrnes@mit.edu

Mapeamento de lucros

2002

Menos de um terço das vendas garantem os lucros de uma loja. O jeito é saber quais os produtos e vendedores envolvidos nessas vendas Os especialistas em varejo sabem que um grande número de vendas no balcão acabam dando prejuízo pelos mais variados motivos. Mas poucos imaginavam que tanto esforço é gasto no balcão de vendas para resultados tão magros, afirma o consultor norteamericano Jonathan Byrnes, PhD em Administração em Harvard e professor no MIT. O professor e consultor de empresas descobriu que em média apenas 20% a 30% das vendas no balcão geram uma receita que garante a sobrevivência de uma empresa comercial. “A questão-chave passa a ser então o mapeamento dessas vendas”, ressalta o professor Byrnes. Essa operação é fundamentalmente um trabalho de inteligência e investigação dentro de uma loja. Ele começa basicamente pela confecção de um banco de dados reunindo informações-chave, como tipo do produto, preço de venda, preço de custo, dados pessoais do comprador, identidade do vendedor. Se possível, cada transação deve ser registrada no computador com esses dados. Ao processá-los, fica Dezembro – Empreendedor

fácil identificar quais os produtos que geraram mais lucro líquido, mas o problema ainda não está resolvido. Falta ainda saber que vendedores participaram das vendas mais lucrativas, em que dias e em que horas. O empresário pode escolher entre um projeto de longo prazo (dois anos ou mais) ou curto prazo (menos de um ano). Geralmente os interessados preferem programas rápidos, o que reduz a precisão dos números sem comprometer o resultado final. Quanto mais longo o projeto, mais exatos

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Lucratividade em empresas: trabalho publicado pelo prof.Byrnes na revista Working Knowledge, da Harvard Business Schoool – disponível na Web no endereço: workingknowledge.hbs.edu/ pubitem.jhtml?id =3076&sid=0&t=dispatch

são os números. Depois de alcançar esse estágio, o empresário já pode identificar com 70% de precisão quais são os produtos mais lucrativos e quais os vendedores mais eficientes. Mas ainda resta a fase mais propositiva, ou seja, saber por que esses produtos e vendedores tiveram essa performance superior. Isso é essencial para aumentar a lucratividade futura, reavaliar a política de renovação de estoques, as estratégias de marketing e o treinamento de pessoal. Para isso é indispensável estudar mais a fundo a clientela, os vendedores e os produtos, através de entrevistas mais longas e detalhes técnicos mais precisos. Submeta os dados obtidos na pesquisa e discuta-os com seus clientes e vendedores selecionados. É um teste antecipado de mudanças futuras. Com essa lixa fina nos resultados finais, você terá todos os elementos para aumentar a lucratividade média nas vendas de balcão ao concentrar todo seu esforço em produtos selecionados, vendedores mais bem preparados porque conhecem um número mais concentrado de mercadorias e clientes mais fiéis. Pelo menos essa é a promessa de Jonathan Byrnes.


RECURSOS HUMANOS

A misteriosa ergonomia O que antes era uma moda sofisticada agora virou ferramenta obrigatória de quem precisa de produtividade máxima de seus funcionários de reformar um escritório ou fábrica: 1) Iluminação – É o fator mais importante de todos. Você deve fazer economia de energia elétrica, mas não de iluminação. Ambientes pouco iluminados irritam os funcionários, favorecem acidentes e diminuem a produtividade. Quanto mais próxima a luz natural, melhores os efeitos da iluminação. 2) Qualidade do ar – Outro elemento-chave pelos motivos óbvios. Se o ar está poluído, há mal cheiro ou ventilação deficiente. Assim, os empregados tenderão a sair mais da sala, o que significa queda de produtividade. 3) Climatização – Ambientes muito frios ou muito quentes também aumentam a sensação de desconforto e a perda de atenção. Sempre existem os mais calorentos e os friorentos. Para evitar a administração desse conflito, deixe aos funcionários a responsabilidade de escolher a temperatura do ambiente. 4) Barulho – Não era um fator crucial, mas está se tornando cada vez mais crítico nas reclamações dos empregados. Um ambiente barulhento gera irritação e conflitos pessoais muito freqüentes. A pesquisa mostrou que brigas entre funcionários são 40% mais freqüentes em salas barulhentas do que nas silenciosas. Existem outros que são pouco visíveis, mas cujas conseqüências são

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Empresa mencionada no texto: Bosti www.bosti.com Empreendedor – Dezembro

2002

O ambiente de trabalho é o fator que mais influencia o mau desempenho pessoal de 95% dos funcionários das empresas pesquisadas durante seis anos nos Estados Unidos. Em compensação, a direção da empresa recebe 24% dos elogios quando os empregados estão satisfeitos com o lugar onde trabalham, segundo revelam os resultados de uma investigação feita entre 1994 e 2000 pela empresa de consultoria Bosti, dos Estados Unidos, especializada no design de escritórios e fábricas. A ergonomia é uma área de estudo que incorpora conhecimentos de anatomia humana, sociologia, física e psicologia para adaptar as condições de trabalho às necessidades e condicionamentos das pessoas. Alguns especialistas usam também o termo usabilidade para identificar o mesmo processo, mas não há unanimidade nessa questão. Para os técnicos que fizeram a pesquisa, um grande número de empreendedores ainda acha que a ergonomia é uma espécie de mágica. Mas na realidade ela é bem mais concreta e real do que parece. Para desvendar os mistérios da criação de ambientes de trabalho para produtividade máxima, a Bosti produziu um livreto onde lista os seguintes elementos como os mais importantes na hora

tão ou mais danosas à produtividade e bem-estar dos funcionários: 1) Equipamentos mal localizados – Ninguém nota quanto tempo um empregado gasta para ir pegar uma cópia na impressora de um computador. A Bosti descobriu que somente esse tempo gasto para ir e voltar de cada funcionário consumia cinco horas mensais do horário de trabalho. Dependendo do funcionário, esse total equivale ao custo de mais de uma impressora. Daí a economia ilusória de reduzir o número de impressoras numa sala. 2) Padronização de ambientes de trabalho – Isso pode ser bom e ruim. É um fator positivo quando os funcionários trocam muito freqüentemente de local de trabalho, como os empregados de uma linha de montagem. Quando mais impessoal, melhor. Mas num escritório, onde o funcionário fica o dia inteiro no mesmo lugar e não há outros turnos, nada melhor do que permitir a personalização. Faz bem à personalidade e torna o ambiente mais aconchegante. 3) Privacidade – Alguns funcionários precisam de muita privacidade porque têm de tomar decisões, refletir muito e ter conversas sigilosas. Estes precisam ter privacidade e, sem ela, tornam-se improdutivos. 4) Relaxamento – Todos os funcionários precisam de uma área para descontração e relaxamento. Não é pura diversão ou malandragem. Um funcionário exausto e estressado torna-se muito irritável com colegas, superiores e clientes. Você não quer perder clientes por causa do estresse natural dos seus empregados, certo?


Sua opinião

Pedro Coelho Neto

Presidente da FENACON – Federação das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas DIVULGAÇÃO

2002

LINHA DIRETA: (11) 3022-7502

Novos administradores, novo país Justiça seja feita, o Brasil acaba de fazer jus a uma nova taça, agora, no jogo democrático. As eleições dos deputados estaduais e deputados federais, dos senadores, governadores e do presidente da República, em primeiro e segundo turnos, transcorreram de maneira a deixar muita nação poderosa com inveja do jeito brasileiro de votar e de apurar os resultados. Certamente, muitos irão escrever sobre este assunto, abordando uma infinidade de aspectos. Ora criticando ora elogiando, seja a propaganda gratuita, a influência do marketing político, a validade das pesquisas, o uso amplo da tecnologia, ou ainda apontando anomalias decorrentes de uma legislação política inadequada, a incoerência das coligações partidárias, enfim, tudo que envolveu essa grande festa cívica. Uma coisa ninguém pode questionar. Foi a vontade legítima e soberana do povo brasileiro que se manifestou, com absoluta transparência. Como colaborar, neste momento, em que a esperança do povo renasce? Eis o sentimento que nos domina! Na condição de integrantes de um segmento gerador de ponderável parcela da economia brasileira, temos consciência da nossa missão de ajudar a construir um melhor destino para a Nação. Experimentamos, também nós, o peso da nossa responsabilidade social. Será que devemos nos antecipar com sugestões ou, quem sabe, apenas esperar que as coisas aconteçam e, então, nos posicionarmos contra ou a favor? Como agentes da sociedade organizada, ouvimos atentamente a afirmativa do presidente eleito de que seremos chamados a participar de um pacto amplo pelo Brasil. Sempre imaginamos que este Dezembro – Empreendedor

é o caminho para a solução de uma série butos. Tributos só devem nascer de uma de problemas, dentre eles o da arrecadação ampla e amadurecida negociação com o de fundos para atender e fomentar as Congresso Nacional e com a sociedade organizada. Nunca ao sabor das cirnecessidades de investimentos. Novas experiências têm que ser cunstâncias e intempestivas carências da colocadas em prática, mesmo que se máquina estatal. Criar imposto para façam necessárias correções de rumo. tapar buraco orçamentário, pagando pela Por exemplo, há muito se diz que a incompetência de governantes, infelizredução de alíquotas seria um incentivo mente, tem sido uma prática tão aboà diminuição significativa da evasão minável para a nossa história quanto fiscal e, conseqüentemente, da corrup- predatória para a nossa economia. É evidente que não se resolve proção no âmbito da fiscalização dos tributos. Diz-se, também, que a deso- blema financeiro administrando apenas neração da folha de pagamento seria a as receitas. É preciso administrar, com solução para a formalização de milhões muito mais competência, as despesas, de empregos. Por que, então, não im- usando de austeridade e aplicando os plementar logo essas mudanças, con- recursos arrecadados naquilo que venha siderando que já são conhecidas as a ser considerado prioritário. Isso é o mínimo que se espera de um governo bases de cálculo dos novos tributos? Estas são algumas medidas, aparen- que tenha como norte a redução das temente simples, que fariam mudar a desigualdades sociais. Certamente é preciforma de ver o goso ter um pouco de paverno. Estariam siciência, mas faz-se nenalizando para uma “Devemos nos cessário dar os primeimodalidade mais antecipar com ros passos com firabrangente de arremeza e urgência para cadação dos recursugestões ou não continuarmos adosos, que sabemos apenas esperar tando as práticas ditaimprescindíveis ao toriais impostas pelo Estado para o cumque as coisas governo que se desprimento da sua imaconteçam e, pede, causadoras da portante missão. inanição e da morte de Tais medidas, ao então, nos milhares de pequenos e mesmo tempo, tiraposicionarmos?” médios negócios. É riam do sufoco as bom ter em mente que empresas que efetia inércia da burocracia vamente cumprem suas obrigações para com o fisco e, encarrega-se de perpetuar a mesmice. Havendo por parte dos novos ainda, alcançariam aquelas que se mantêm à margem. É preciso que se administradores disposição para esprocure incutir na consciência do nosso cutar, o povo sabe o que dizer e a povo o dever e a satisfação de pagar im- sociedade organizada sabe como fazer postos. Para isso é preciso total trans- do Brasil um novo País! Que Deus parência, a partir da instituição dos tri- ilumine a todos nós.

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Guiado

Empreendedor

Pr odutos e Ser viços (pág. 72) Produtos Serviços Do LLado ado da Lei (pág. 74) Documento obrigatório Análise Setorial (pág. 80) Perspectivas para 2003 Indicadores (pág. 81) Agenda (pág. 82)


Guia do Empreendedor Pr odutos & Ser viços Produtos Serviços Atualização profissional

Trailers View A CNI Brasil Informática, empresa paranaense especializada em soluções corporativas, desenvolveu um software para videolocadoras que buscam um diferencial competitivo no mercado. O Trailers View, como foi batizado, é capaz de agilizar e melhorar o atendimento de clientes, auxiliando-os na escolha do filme. A novidade conta com mais de 5 mil títulos cadastrados, desde lançamentos até clássicos do cinema, permitindo que o cliente visualize os trailers e obtenha, através de uma pesquisa detalhada, mais informações sobre o filme, atores e companhias cinematográficas. www.cnibrasil.com.br

2002

Impressora de crachás Buscando inovação e tecnologia, a Akad, empresa de computação gráfica, trouxe para o país uma nova impressora de crachás. Trata-se da Persona C16, linha Fargo, que permite criar cartões coloridos ou monocromáticos com fotografias, gráficos de alta resolução, texto ou códigos de barra, utilizando sublimação com cera para aumentar a qualidade da impressão. Uma das vantagens da Persona C16 é a gravação de tarja magnética ou codificação de smart card (cartão inteligente). O produto é indicado para clientes corporativos, escolas, universidades e órgãos governamentais. www.akad.com.br Dezembro – Empreendedor

Atendimento on-line

Cada vez mais o setor de Tecnologia da Informação está se preocupando em investir no aperfeiçoamento dos profissionais da área de vendas. Aproveitando-se desse filão no mercado, a Consulters IT Services & Softwares presta consutoria e serviços, através de treinamentos, programas de incentivo e capacitação profissional. Para Gilson Bosso, sócio-diretor da empresa, o profissional da área de vendas é responsável pela primeira impressão causada ao possível cliente e, por isso, deve estar bem preparado para exercer essa função diretamente ligada ao desenvolvimento dos negócios. www.consulters.com.br

A MarkWay, empresa que integra soluções corporativas em Tecnologia da Informação, lançou um sistema de atendimento via internet para agilizar o serviço de suporte aos clientes. Tratase do Sistema de Gestão de Atendimento (SGA), que engloba todas as chamadas feitas via internet ou call center, permitindo a centralização das informações. Segundo Jackson Schemes, diretor-presidente da MarkWay, além da comodidade o novo SGA possibilita acionar e acompanhar através da Web os serviços de suporte prestados pela companhia. www.markway.com.br

Cheque bom

Monitoramento à distância

Para expandir a atuação no segmento de factoring, a empresa de consultoria de software 7COMm firmou uma parceria com a WBA, que desenvolve sistemas de gestão para companhias desse ramo do mercado. O acordo prevê o desenvolvimento de uma tecnologia capaz de reduzir os custos e riscos das transações financeiras, combatendo cheques irregulares. “As factorings e seus clientes fazem parte de um mercado potencial, que necessita de uma solução de captura e consulta de cheques para tornar o trabalho mais eficiente”, afirma Valdemir Oliveira, gerente de negócios da 7COMm. Segundo Valter Viana, diretor da WBA, o objetivo é atingir 2 mil empresas do setor de factoring, instalando mil terminais em até seis meses. www.7comm.com.br www.wba.com.br

72

Visando a otimizar recursos, reduzir custos, ganhar controle operacional e obter melhor qualidade dos serviços de TI, a SCI Tecnologia da Informação, que desenvolve soluções para essa área do mercado, lançou o S3 – SCI Support Suíte. A nova ferramenta é um completo sistema de gerenciamento remoto, baseado na Web, que permite operar e controlar toda a infra-estrutura de TI, gerenciando servidores, estações de trabalho, bases de dados, segurança e outros recursos. O S3 – SCI Support Suíte pode ser utilizado com os sistemas operacionais IBM AIX, Sun Solaris, HP-UX, Windows NT 4, Windows 2000 Server e Linux, e com os bancos de dados Oracle Server e Microsoft SQL Server. www.sciti.com.br


Segurança de dados Garantir a integridade dos dados de uma empresa é o objetivo do programa Neo Step Tucky, desenvolvido pela Neo Step, empresa de tecnologia na área de segurança da informação. O conjunto de ferramentas, formado por cinco softwares integrados, utiliza algoritmos criptográficos para cifrar, decifrar, extrair e autenticar digitalmente documentos, permitindo que apenas pessoas autorizadas tenham acesso a dados sigilosos. Funciona na plataforma Microsoft Windows (XP, 2000, ME, NT 4.00 e 98 SE). www.neostep.com.br/tucky

Trilha sonora A produtora de áudio paranaense In Concert cria e faz a gravação em CD de mensagens personalizadas de espera para centrais telefônicas e para PABXs. De acordo com a companhia, o serviço é um diferencial no atendimento e ainda é uma ferramenta de reforço para campanhas publicitárias e marketing, já que, enquanto o cliente está aguardando, escuta jingles e trilhas sonoras dos produtos da empresa. Além disso, a produtora também faz gravações para secretárias eletrônicas e áudio para serem utilizadas em sites. (41) 333-5914 www.superlojas.com.br/ ljentrada.cfm?login=estudio

Ação conjunta Distribuir soluções de telefonia móvel para o mercado corporativo e operadoras de telecom. Esse é o objetivo da parceria firmada entre a SmartTrust, especializada em fornecer soluções e infra-estrutura de segurança para serviços em telefonia móvel, e a Maskina, empresa escandinava que desenvolve aplicativos para que os serviços wireless possam ser gerenciados pelos próprios usuários. Segundo Orri Hauksson, diretor regional e de vendas da Maskina Américas, a parceria vai permitir a ação conjunta com a força de vendas e suporte da SmartTrust. www.maskina.com/www.smarttrust.com

Investindo em modernidade sólida para a implementação de novas tecnologias e reduziu a praticamente zero o custo de interurbano entre as unidades da companhia”, afirma Ilemar de Sena, gerente financeiro da empresa. A Viação Garcia investiu cerca de US$ 350 mil na execução do projeto. www.viacaogarcia.com.br

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Atendendo à crescente demanda por aparelhos eletroeletrônicos para locação temporária, principalmente de hotéis e pousadas das regiões litorâneas do país, a Colortel já aumentou em torno de 40% o número de pedidos para a próxima temporada de verão. “A maresia é um fator poderoso de corrosão e faz com que as pessoas optem pelo aluguel no lugar da compra”, afirma Julio Cosentino, diretor comercial da empresa. Entre as vantagens do aluguel de equipamentos estão a de ter os modelos de ar-condicionado, TV, vídeo, DVD e frigobar mais recentes do mercado e a de não precisar fazer a manutenção deles. www.colortel.com.br

Alfaiataria de Marketing Inaugurada recentemente, a Alfaiataria de Marketing G2 oferece serviços de marketing promocionais, através de estratégias focadas em merchandising, eventos e design de embalagens. A empresa já tem como primeiros clientes a cerveja Miller e a Fujifilm. Conta com 20 funcionários, e a previsão de faturamento é R$ 8 milhões para o primeiro ano de atividades. A Alfaiataria de Marketing G2 é a quinta empresa do grupo norteamericano Grey Global Group, que investiu cerca de US$ 100 mil, consolidando seus serviços no Brasil na área de comunicação integrada. www.greybr.com.br 2002

Com o objetivo de integrar processos, negócios e comunicação entre as filiais, bancos, fornecedores e parceiros, a Viação Garcia, empresa de transporte rodoviário, concluiu a implantação de networking e estrutura de rede de dados e voz. “Com a nova rede, a Viação Garcia construiu uma base

Aluguel de eletroeletrônicos

Empreendedor – Dezembro


Guia do Empreendedor DIVULGAÇÃO

Do Lado da Lei

Documento obrigatório

2002

LINHA DIRETA: (11) 3871-0269

Saiba por que sua empresa precisa manter o perfil pr ofissiográfico atualizado com profissiográfico informações sobre as condições de trabalho A legislação acerca da aposentadoria especial sofreu alterações significativas nos últimos anos, atingindo as empresas que mantêm atividades em que seus empregados estão sujeitos a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. Tais alterações atingiram diretamente as empresas, pois criaram novas exigências a serem cumpridas pelo empregador, como é o caso de manter o perfil profissiográfico do empregado. Isso consiste em um mapeamento atualizado das condições laborais e ambientais, com fiel descrição das diferentes funções do empregado, bem como sua exposição aos agentes nocivos. Trata-se, portanto, de documento comprobatório das condições ambientais às quais se encontra exposto o empregado, bem como de suas funções. A exigência do perfil profissiográfico foi imposta inicialmente pela Medida Provisória nº 1.523/96 e, mais tarde, com a publicação da Dezembro – Empreendedor

Lei nº 9.528/97, que deu nova redação à Lei nº 8.213/91, que dispõe sobre o plano de benefícios da Previdência Social. De acordo com a doutrina previdenciária, o objetivo do perfil p r o f i s s i o g r á f i c o é s u b s t i t u i r, a longo prazo, o DSS 8030 e o laudo técnico que, hoje, são exigidos pelo INSS para a comprovação do exercício de atividade prejudicial à saúde ou à integridade física do empregado. Juntamente com outros documentos, o perfil profissiográfico habilita o segurado para o requerimento da aposentadoria especial. A obrigatoriedade de a empresa manter o perfil profissiográfico está prevista nos artigos 58, § 4º, da Lei nº 8213/91; 66, §6º, do Decreto nº 3048/99; e nos artigos 7º e 35 da Instrução Normativa do INSS nº 49. Recentemente a IN nº 78, de 16 de julho de 2002, publicou o formulário a ser preenchido e que consistirá no Perfil Profissiofráfico. Importante salientar que a au-

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sência dessa documentação, nos termos da Lei nº 8213/91, sujeita a empresa à autuação administrativa e aplicação de multa que, nos termos do Decreto nº 3048/99, pode ser fixada entre R$ 6.361,73 e R$ 63.617,35. Por fim, esclareça-se que a lei não restringe quais as atividades que exigem a elaboração do perfil profissiográfico. Todavia, como os dispositivos que tratam da matéria estão previstos nos capítulos referentes à aposentadoria especial, pode-se concluir, em princípio, que somente as atividades que expõem o trabalhador a condições especiais impõem a elaboração desse documento. Recomenda-se atenção aos departamentos pessoais e de recursos humanos das empresas sobre essa peculiaridade.

Mar cos Sant’Anna Bitelli Marcos Advogado


2002

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Empreendedor – Dezembro




Informação e Crédito

Serasa recebe

Serasa é a primeira empresa brasileira a conquistar o Prêmio Ibero-Americano da Qualidade 2002, entregue na 12ª Cúpula de Chefes de Estado de Portugal, da Espanha e dos países latinoamericanos

O

setor produtivo nacional ficou em evidência na 12ª Cúpula Ibero-Americana, quando o Brasil recebeu o Prêmio Ibero-Americano da Qualidade 2002, pelo modelo de eficiência em gestão da Serasa, uma das maiores empresas do mundo em informações e análises econômico-financeiras para apoiar decisões de crédito e negócios. O presidente Fernando Henrique Cardoso passou o troféu às mãos do presidente da Serasa, Elcio Anibal de Lucca, em 16 de novembro, ainda durante a Cúpula Ibero-Americana, evento que reuniu os chefes de Estado de Portugal, da Espanha e dos países latino-americanos, em Punta Cana, na República Dominicana. O prêmio, um dos mais importantes reconhecimentos na área de gestão empresarial do mundo, é concedido pela Fundação Ibero-Americana para a Ges-

VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL

Victoria Iturrieta

tão da Qualidade (Fundibeq), uma instituição sem fins lucrativos, que reúne organizações participantes de 21 países, em busca da melhoria permanente e da excelência. “As organizações premiadas são exemplos por sua competitividade e produtividade, configurando-se em modelos de referência para as demais que fazem parte do tecido empresarial ibero-americano”, destacou Antonio Caetano, diretor-geral da Fundibeq. O Prêmio Ibero-Americano da Qualidade 2002 iniciou seu ciclo de premiações em 1999 e tem o objetivo de estimular a melhoria da qualidade da gestão no âmbito da comunidade ibero-americana das nações, reconhecendo anualmente aquelas que atingirem o nível de desempenho de “classe mundial”. Ele foi instituído durante o IX Congresso Ibero-Americano de Chefes de Estado e do Governo de Ha-

PRESIDENTE FERNANDO HENRIQUE PASSA O PRÊMIO IBERO-AMERICANO DA QUALIDADE 2002 AO PRESIDENTE DA SERASA, ELCIO ANIBAL DE LUCCA 1


VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL

prêmio inédito

CHEFES DE ESTADO POSAM COM GANHADORES DO PRÊMIO IBERO-AMERICANO, DURANTE A 12º CÚPULA IBERO -AMERICANA

vana, no qual foi apresentado o modelo ibero-americano de excelência na gestão. O processo de avaliação da Serasa para o Prêmio Ibero-Americano durou um ano, período em que foram analisados os resultados do último qüinqüênio. “O esforço contínuo da Serasa em buscar a melhoria dos processos e o aprendizado constante tem nos garantido indicadores que se tornam referenciais para o mercado e comprovam nossos ganhos em inovação, produtividade e competitividade. É um reconhecimento para o Brasil que a Serasa orgulha-se em trazer”, afirma Elcio Anibal de Lucca, presidente da empresa. Para ele, “ao atender aos requisitos dos clientes, das pessoas, dos fornecedores e da legislação e aos interesses da sociedade, com ética e responsabilidade social, incluindo preocupações ambientais, a Serasa caminha naturalmente para a excelência”.

Modelo de gestão da Serasa é reconhecido e premiado no Brasil Em 2000, a Serasa se tornou a primeira empresa a conquistar duas vezes o Prêmio Nacional da Qualidade. A primeira vez foi em 1995, quando a Serasa se tornou a primeira empresa de origem nacional a ser agraciada com o mérito e, de acordo com o regulamento, teve de esperar cinco anos para apresentar nova candidatura. O Prêmio Nacional da Qualidade também foi

entregue à Serasa pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. O modelo de gestão da Serasa é reconhecida pelo PNQ, que adota critérios semelhantes aos do Prêmio Deming (Japão) e do Malcolm Baldrige National Quality Award (dos EUA), símbolo do comprometimento com excelência e obtenção dos mais elevados padrões de qualidade.

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Guia do Empreendedor Análise Econômica

2002

Perspectivas para 2003 DIVULGAÇÃO

A formação de uma base de sustentação do novo governo é um dos fatores-chave na pr ojeção do cenário econômico do ano que vem projeção

O ano de 2002 se encerra com um clima de otimismo devido à vitória do candidato de oposição nas eleições presidenciais e à promessa de uma transição exemplar. Embora essa reação fosse impensável na grande maioria das previsões, podemos dizer que situações como essa comprovam que o mercado financeiro sempre exagera nas decisões realizadas em meio a um clima de forte incerteza. Infelizmente, o cenário de “deterioração irracional” que enfrentamos nos últimos meses deixou efeitos colaterais que efetivamente tornaram a gestão da economia mais difícil para o governo. A forte alta do dólar está pressionando a inflação e fez com que o Banco Central elevasse a taxa de juros do governo bem acima do que se imaginava para 2002. Além de contribuir para manter o nível da economia estagnado, essa alta da taxa de juros expõe uma das principais dificuldades do governo, que é o controle dos gastos com a sua dívida, um dos principais entraves para a falta de credibilidade do país e captação de novos recursos. Por outro lado, esse cenário tem tido impacto positivo sobre outro ponto que até então era uma vulnerabilidade: o elevado compromisso mensal em moeda estrangeira. A cada mês esta conta tem sofrido uma redução significativa, seja

através de sucessivos superávits na balança comercial, que ultrapassou a faixa de US$ 10 bilhões, ou pela redução dos gastos que o país tem com o exterior. Com relação ao cenário externo, ainda se mantém expectativa negativa sobre conflitos no Oriente Médio. Frente a tantas dificuldades enfrentadas ao longo do ano, o cenário atual volta a ser mais tranqüilo para o investidor. Para o curto prazo, o ambiente interno deve ter mais peso no humor do mercado. Dentro disso, a capacidade do PT em aglutinar uma base que dê governabilidade é um dos fatores mais aguardados. Outro é a sinalização concreta sobre a continuidade do controle das contas públicas. Em vista disso, como aproveitar oportunidades e ficar satisfeito com os resultados dos investimentos? Não existe uma aplicação ideal para qualquer tipo de investidor. O que existe são aplicações mais adequadas a cada combinação de perfil e objetivo de investidor. O resultado das aplicações em 2001 e em 2002 refletiu muitas mudanças de expectativas e grande instabilidade no mercado financeiro e, importante, é prova de que o mercado vive de altos e baixos. Para o investidor que visa ao médio e longo prazo, é necessário rever se os seus atuais investimentos podem captar

Dezembro – Empreendedor

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a melhora das expectativas sobre o país. Já para aqueles com necessidade de aplicação para o curto prazo, a alternativa mais indicada é a posição conservadora, ou seja, investimentos em renda fixa. Ao almejar uma rentabilidade acima da média, o investidor terá de definir bem o ganho que considera satisfatório e assumir o nível de risco compatível com esta rentabilidade desejada; e também trabalhar suas aplicações esperando resultados em prazos maiores (pelo menos seis meses). Com o desenvolvimento do mercado financeiro, existem muitas aplicações financeiras seguras que podem ter rentabilidades acima da taxa de juros do governo. Podemos destacar principalmente os fundos de investimentos moderados e, numa faixa de retorno num prazo maior, os fundos de investimentos agressivos e o investimento em ações. Nessa linha, para quem não tem a necessidade de curto prazo de seu capital, o investimento em ações pode ser considerado como uma boa alternativa. A escolha mais segura ainda é o planejamento e a diversificação, sempre com o acompanhamento regular do resultado dos investimentos.

Rafael Costa da Silva

Analista financeiro da Leme Investimentos


Indicadores Carteira teórica Ibovespa NOME/TIPO AÇÃO

VARIAÇÃO % ANO (ATÉ AGOSTO)

0,636 0,008 2,304 0,658 4,809 0,619 1,756 0,611 2,886 2,604 0,212 0,432 0,14 2,305 0,478 0,314 0,993 0,707 1,136 3,177 0,558 0,95 2,69 0,89 4,643 1,056 100 0,18 0,122 3,636 1,58 0,226 0,172 1,398 0,493 3,234 9,53 0,98 1,606 0,674 0,947 0,357 1,18 2,663 0,612 1,484 1,937 1,024 13,784 1,449 5,348 1,021 0,258 0,521 1,509 3,865 0,612

17,39 17,88 63,04 -21,75 -36,71 1,62 -14,58 6,11 -7,8 -56,18 4,35 -26,71 -22,7 -53,67 -38,84 -52,67 -34,97 -35,4 -31,63 -68,04 16,95 21,48 -67,25 -70,2 65,68 -22,6 -62,65 -44,44 -11,07 -12,36 6,07 -51,36 -95,31 15,19 -3,08 -7,57 -25,47 38,3 79,68 48,53 -31,55 -21,59 -7,11 -54,64 -11,55 -27,68 -32,55 -24,68 -27,53 -53,16 26,86 -10,36 -7,7 -3,01 78,49 51,38

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Inflação

(%)

Índice Novembro IGP-M 5,19 IGP-DI (Outubro) 4,21 IPCA (Outubro) 1,31 IPC - Fipe 2,65

Ano 12 Meses 20,77 21,05 16,30 17,40 6,98 8,45 7,94 8,86

Juros/Aplicação CDI Selic Poupança CDB pré 30 Ouro BM&F

Novembro 1,53 1,54 0,77 1,38 4,83

(%)

Ano 12 Meses 17,08 18,71 17,13 18,76 8,21 8,97 15,37 16,88 71,63 67,73

Indicadores imobiliários CUB SP TR

(em %) Novembro Ano 12 Meses 2,21 11,26 11,68 0,26 2,43 -

Juros/Crédito Novembro Dezembro 26/nov 02/dez Desconto 2,84a4,60 2,87a4,60 Factoring 4,35a4,38 4,37a4,40 HotMoney 2,59a7,18 2,59a7,18 GiroPré* 41,24a101,22 41,29a101,22

(em % mês) Dezembro 03/dez 2,85a4,60 4,35a4,39 2,60a7,18 41,29a101,22

(*= taxa ano)

Câmbio (em 29/11/2002) Cotação Dólar Comercial Euro Iene

R$ 3,6365 US$ 0,9964 US$ 122,39

Mer cados futur os Mercados futuros Dezembro Dólar R$ 3,58369 Juros DI 21,86% Ibovespa 10.288 Café (Nova York) –

(em 29/11/2002) Janeiro Fevereiro R$ 3,56569 R$ 3,54300 22,89% 24,25% – 10.645 – –

Empreendedor – Dezembro

2002

Acesita PN AES Elpa ON Ambev PN Aracruz PNB Bradesco PN Bradespar PN Brasil ON Brasil T Par ON Brasil T Par PN Brasil Telecom PN Braskem PNA Celesc PNB Cemig ON Cemig PN Cesp PN Comgas PNA Copel PNB CRT Celular PNA Eletrobras ON Eletrobras PNB Eletropaulo Metropo PN Embraer ON Embraer PN Embratel Part ON Embratel Part PN Gerdau PN Ibovespa Inepar Construcoes PN Ipiranga Pet PN Itaubanco PN Itausa PN Klabin PN Light ON Net PN Petrobras Distrib PN Petrobras ON Petrobras PN Sabesp ON Sid Nacional ON Sid Tubarao PN Souza Cruz ON Tele Celular Sul ON Tele Celular Sul PN Tele Centroeste Cel PN Tele Leste Celular PN Tele Nordeste Celul PN Telemar Norte Leste PNA Telemar ON Telemar PN Telemig Celul Part PN Telesp Cel Part PN Telesp Operac PN Tractebel ON Transmissao Paulist PN Usiminas PNA Vale Rio Doce PNA Votorantim C P PN

PARTICIPAÇÃO IBOVESPA


Guia do Empreendedor Agenda De 03/12 a 05/12/2002

De 10/03 a 14/03/2003

CAMPOMÓVEL

FENINVER 2003

BRASILPLAST

Feira de Componentes, Acessórios e Matérias-Primas para Móveis Sierra Park Eventos Gramado – RS Fone: (54) 286-9590

24ª Feira Brasileira de Confecções e Acessórios de Moda Pavilhão de Exposições do Anhembi São Paulo – SP Fone: (11) 3897-6100 Fax: (11) 3897-6161

Feira Internacional da Indústria do Plástico Pavilhão de Exposições do Anhembi São Paulo – SP Fone: (11) 3829-9111 Fax: (11) 3667-3626

De 03/12 a 05/12/2002

10º CURSO DE MANEJO DE ORDENHA E QUALIDADE DO LEITE Piracicaba – SP Fone: (19) 3417-6604 ou 3422-9197 E-mail: agrohoje@carpa.ciagri.usp.br De 04/12 a 07/12/2002

EUROMOLD Feira Internacional de Equipamentos de Ferramentaria e Moldes Frankfurt – Alemanha Mais informações: www.trendfeiras.com.br E-mail: feiras@trendfeiras.com.br De 06/12 a 07/12/2002

LES – FIRTS PANAMERICAN CONFERENCE “INTELLECTUAL PROPERTY LICENSING IN EMERGING COUNTRIES” Hotel Renaissance São Paulo – SP Tel.: (21) 509-4080 Fax: (21) 509-1492 Mais informações: www.congrex.com.br E-mail: congrex@alternex.com.br De 07/12 a 15/12/2002

MOTOR SHOW Salão Internacional do Carro e Moto Bologna – Itália Mais informações: www.trendfeiras.com.br E-mail: feiras@trendfeiras.com.br De 07/12 a 15/12/2002

AF – L' ARTIGIANO IN FIERA Mostra Internacional de Artesanato Milão – Itália Mais informações: www.trendfeiras.com.br E-mail: feiras@trendfeiras.com.br De 14/01 a 17/01/2003

COUROMODA 2003

2002

De 14/01 a 17/01/2003

30ª Feira Internacional de Calçados, Artigos Esportivos e Artefatos de Couro Pavilhão de Exposições do Anhembi São Paulo – SP Fone: (11) 3897-6100 Fax: (11) 3897-6161 Dezembro – Empreendedor

De 28/01 a 31/01/2003

SALÃO INFANTO-JUVENIL E BEBÊ – OUTONO/INVERNO Salão Infanto-Juvenil e Bebê – Outono/Inverno Expo Mart São Paulo – SP Fone: (11) 3829-9111 Fax: (11) 3667-3626 De 09/02 a 11/02/2003

LOOKS HAIR & BEAUTY SHOW Pavilhão de Exposições do Anhembi São Paulo – SP Fone: (11) 3829-9111 Fax: (11) 3667-3626 De 10/02 a 12/02/2003

TEXBRASIL FENIT – OUTONO/INVERNO Feira Internacional da Indústria Têxtil – Outono/Inverno Pavilhão de Exposições do Anhembi São Paulo – SP Fone: (11) 3829-9111 Fax: (11) 3667-3626 De 14/02 a 23/02/2003

RAÇAS & PEDIGREE XXXIV Feira de Filhotes e Pequenos Animais Centro de Exposições de Curitiba Parque Barigüi Curitiba – PR Fone/Fax: (41) 335-3377 De 10/03 a 13/03/2003

1ª LINEA DOMUS SOUTH AMERICA 1ª Linea Domus South America – Salão do Mobiliário ITM Expo São Paulo – SP Fone: (11) 3896-0200 Fax: (11) 3896-0201

82

De 13/03 a 16/03/2003

COUROMODA EUROPA Pavilhão Brasileiro na GDS – Feira Mundial do Calçado Parque de Exposições Messe Düsseldorf Düsseldorf – Alemanha Fone: (11) 3897-6100 Fax: (11) 3897-6161 De 14/03 a 16/03/2003

XXV EXPOSIÇÃO ESTADUAL DE PEQUENOS E MÉDIOS ANIMAIS Centro de Exposições Imigrantes São Paulo – SP Fone: (11) 5073-7799 De 15/03 a 18/03/2003

1ª SPORTS FAIR SOUTH AMERICA ITM Expo – Pavilhão 3 São Paulo – SP Fone: (11) 3896-0200 Fax: (11) 3896-0201 De 24/03 a 27/03/2003

FEIMACO Feira Internacional de Máquinas e Componentes para a Indústria de Confecções Pavilhão de Exposições do Anhembi São Paulo – SP Fone: (11) 3829-9111 De 25/03 a 29/03/2003

CONVERFLEX LATIN AMERICA Feira Internacional de Máquinas para Impressão de Embalagem, Convertedores e Materiais Pavilhão de Exposições do Anhembi São Paulo – SP Fone: (11) 3829-9111 Fax: (11) 3667-3626 De 26/03 a 28/03/2003

FEILIMP 2003 2ª Feira Internacional de Limpeza Pública e Resíduos Sólidos Centro de Exposições Imigrantes São Paulo – SP Fone: (11) 3151-6444




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