Empreendedor 099

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BOB WOLLHEIM: INCENTIVO E AUTO-ESTIMA AOS EMPREENDEDORES

ISSN 1414-0152

Inovação e Valor aos Negócios

www.empreendedor.com.br

Ano 8 • Nº 99 Janeiro 2003 R$ 6,00

Empresária Ester Macedo, que ao lado do marido e do filho comanda a Frangos Macedo

BRIGA DE

GIGANTES No concorrido mercado do frango, a MACEDO aposta na regionalização e na exportação como estratégias de crescimento


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empreendedor | maio 2012


edi to ria l

Diretor-Editor: Acari Amorim [acari@empreendedor.com.br] Diretor de Comercialização e Marketing: Geraldo Nilson de Azevedo [geraldo@empreendedor.com.br] Redação Editor-Executivo: Alexsandro Vanin [vanin@empreendedor.com.br] – Repórteres: Ana Paula Meurer, Beatrice Gonçalves, Cléia Schmitz, Mônica Pupo, Raquel Rezende – Edição de Arte: Gustavo Cabral Vaz – Projeto Gráfico: Oscar Rivas – Fotografia: Arquivo Empreendedor, Carlos Pereira e Shutterstock – Foto da capa: Shutterstock – Revisão: Lu Coelho Sedes São Paulo Diretor: Fernando Sant’Anna Borba – Executivo de Contas: Osmar Escada Jr – Rua Pamplona, 1.465 – Conj. 74 – CEP 01405-002 – Jardim Paulista – Fone/Fax: (11) 3887-2193 [empreendedorsp@empreendedor.com.br] Florianópolis Executiva de Atendimento: Joana Amorim [anuncios@ empreendedor.com.br] – Rua Padre Lourenço Rodrigues de Andrade, 496 – Santo Antônio de Lisboa – 88050-400 – Florianópolis – SC – Fone: (48) 3371-8666 Central de Comunicação – Rua Anita Garibaldi, nº 79 – sala 601 – Centro – Florianópolis – SC – Fone (48) 3216-0600 [comercial@centralcomunicacao.com.br] Escritórios Regionais Rio de Janeiro Triunvirato Empresarial – Milla de Souza [milla@triunvirato.com.br] – Rua São José, 40 – 4º andar – Centro – 20010-020 – Rio de Janeiro – RJ – Fones: (21) 2611-7996/9607-7910 Brasília Ulysses Comunicação Ltda. [ulyssescava@ gmail.com] – Fones: (61) 3367-0180/9975-6660 – condomínio Ville de Montagne, Q.01 – CS 81 – Lago Sul – 71680-357 – Brasília – Distrito Federal Paraná Merconeti Representação de Veículos de Comunicação Ltda – Ricardo Takiguti [ricardo@merconeti.com.br] – Rua Dep. Atílio Almeida Barbosa, 76 – conjunto 3 – Boa Vista – 82560-460 – Curitiba – PR – Fone: (41) 3079-4666 Rio Grande do Sul Nenê Zimmermann [nene@starteronline.com.br.com.br] e Renato Zimmermann [renato@starteronline.com.br.com.br] – Floresta – 90440-051 – Porto Alegre – RS – Fone: (51) 3327-3700 Pernambuco HM Consultoria em Varejo Ltda – Hamilton Marcondes [hmconsultoria@hmconsultoria.com.br] – Rua Ribeiro de Brito, 1111 – conjunto 605 – Boa Viagem – 51021310 – Recife – PE – Fone: (81) 3327-3384 Minas Gerais SBF Representações – Sérgio Bernardes de Faria [sbfaria@sbfpublicidade.com.br] – Av. Getúlio Vargas, 1300 – 17º andar – conjunto 1704 – 30112-021 – Belo Horizonte – MG – Fones: (31) 2125-2900/2125-2927 Assinaturas Serviço de Atendimento ao Assinante – [assine@empreendedor.com.br] – O valor da assinatura anual (12 edições mensais) é de R$ 118,80 à vista. Renovação de Assinatura R$ 112,86 à vista. Estamos à sua disposição de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h30. Produção Gráfica Impressão e Acabamento: Coan Gráfica Editora Ctp – Distribuição: Distribuidora Magazine Express de Publicações Ltda – São Paulo Empreendedor.com http://www.empreendedor.com.br Editora: Carla Kempinski – Repórter: Raquel Rezende

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a última década, a construção civil conseguiu superar definitivamente a sofrida estagnação nos anos 1980 e 1990. As condições econômicas favoráveis do País – especialmente o baixo índice de desemprego e o aumento da renda da população – e a disponibilidade de crédito imobiliário, com prazos mais longos e juros menores, além de programas públicos como o “Minha Casa Minha Vida” permitiram que muitos brasileiros realizassem o sonho da casa própria. Em 2011, o volume dos financiamentos para aquisição e construção de imóveis cresceu 42%, índice que representa novo recorde histórico. São milhões de unidades residenciais e comerciais entregues e em construção, que consolidam o crescimento do setor. Tudo isso fez com que o número de trabalhadores com carteira assinada na construção civil dobrasse nos últimos cinco anos. No desempenho geral, o incremento foi de 11,6% em 2010 – ano excepcional, marco da recuperação – e de cerca de 5% em 2011, o que demonstra não um arrefecimento simples do ritmo, mas sim uma acomodação natural das atividades para se chegar a um ponto de equilíbrio sustentável do crescimento setorial. E o bom momento deve durar, pois o déficit habitacional no País ainda é alto – superior a 8 milhões de moradias, segundo a Abecip – e a aquisição de imóveis tem se mostrado um excelente investimento. Com crescimento acima da média mundial, os preços mais do que dobraram nos últimos cinco anos, atingindo valorização de 24,7% em 2011, índice superado apenas pela Índia. Além disso, há uma larga margem para o crédito imobiliário crescer. Hoje ele representa 4,7% do PIB total do País e a perspectiva é de que essa participação atinja 6% em 2012 e chegue a 10% em 2014. Com o mercado aquecido, as empresas da área têm se utilizado de diferentes estratégias para conquistar clientes. Entre as principais tendências estão a transformação de condomínios em verdadeiros complexos de lazer, a adoção de tecnologias sustentáveis, a aquisição e fusão de empresas para aumentar a presença no território nacional, a utilização da internet como ferramenta de vendas e inovação, além de projetos especialmente criados para atender públicos específicos. Não deixe de conferir as oportunidades na matéria de capa e demais reportagens desta edição. Alexsandro Vanin

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A Revista Empreendedor é uma publicação da Editora Empreendedor

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Diretor-Editor Acari Amorim [acari@empreendedor.com.br] Diretor de Marketing e Comercialização José Lamonica [joselamonica@uol.com.br] Redação Editor-Executivo: Alexandre Gonçalves [alex@empreendedor.com.br] Editor: Carlos Castilho Repórteres: Lúcio Lambranho, Fábio Mayer e Sara Caprario Editor de Arte: Gustavo Cabral Vaz Fotografia: Lauro Maeda e Arquivo Empreendedor Produção e Arquivo: Ivone Zanatta Ilustrações: Clóvis Geyer Revisão: José Renato de Faria/Ponto Final Coordenador de Web: Flaviano da Cunha Júnior Sedes São Paulo Diretor de Marketing e Comercialização: José Lamonica Executivos de Contas: Paula Araújo Speda, Ariovaldo Florian e Edson Ramão Rua Sabará, 566, 9º andar, cj. 92 Fones: (11) 3214-5938/ 32 57-4667/3214-6093 01239-010 - São Paulo - SP [empreendedorsp@uol.com.br] Florianópolis Executivo de Atendimento: Cleiton Correa Weiss Av. Osmar Cunha, 183, Ceisa Center, bl. C, 9º andar - Fone: (48) 224-4441 88015-900 - Florianópolis - SC Representante

Nesta Janeiro/2003

Entrevista

Assinaturas Serviço de atendimento ao assinante Diretora: Clementina P. da Silva Gerente: Luzia Correa Weiss Fone: 0800 48 0004 [assine@empreendedor.com.br] Produção gráfica Impressão e acabamento: Coan Gráfica Editora CtP Distribuição: Fernando Chinaglia S.A. (São Paulo) Empreendedor.com http://www.empreendedor.com.br

ANER

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Bob Wollheim, um dos pioneiros da internet brasileira, fala sobre a vocação do brasileiro para o empreendedorismo. Recentemente, ele co-escreveu um livro de entrevistas sobre o assunto, no qual procurou identificar se as características empreendedores são inatas ou não.

Capa

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Entrar e ganhar uma fatia no competitivo mercado de frangos não é uma tarefa das mais fáceis. Mas nessa briga de gigantes acabam se destacando empresas como a Frangos Macedo, de Santa Catarina, que, comandada por pai, mãe e filho, garante sua competitividade com uma estratégia muito simples: manter um olho no mercado catarinense e outro nas exportações para Europa, Ásia e Oriente Médio. LAURO MAEDA

Dinâmica Promoções e Eventos Carlos Hamilton Martins Feltrin Rua Turiassu, 127, cj. 12/13 - Perdizes Fone/Fax: (11) 3822-0412 05005-001 - São Paulo - SP [dinapro@terra.com.br] Escritórios regionais Rio de Janeiro [triunvirato@triunvirato.com.br] Milla de Souza Rua México, 31, grupo 1404 - Centro Fone/fax: (21) 2533-3121/2524-2757/2533-1601 20031-144 - Rio de Janeiro - RJ Brasília [jcz@forumci.com.br] Ulysses C. B. Cava SETVS - Quadra 701 - Centro Empresarial Bloco C, cj. 330 Fone: (61) 314-1541 70140-907 - Brasília - DF Paraná [merconet@onda.com.br] Ricardo Takiguti Rua Joaquim da Costa Ribeiro, 507 A - Atuba Fone: (41) 367-4388 82840-190 - Curitiba - PR Rio Grande do Sul [marcelo@midiamais.com.br] Marcelo Guedes Av. Iguaçu, 525, cj. 305 - Petrópolis Fone: (51) 3334-4054 - Fax: (51) 3334-2317 90470-430 - Porto Alegre - RS Ceará [dilerportela@wettor.com.br] Dilermando Portela Av. Luciano Carneiro, 99 - Bairro Fátima Fones: (85) 433-3989/9969-7312 60410-690 - Fortaleza - CE Pernambuco [hmconsultoria@hmconsultoria.com.br] Hamilton Marcondes Rua Ribeiro de Brito, 1111, cj. 605 - Boa Viagem Fone: (81) 3327-3384/3327-9430 51021-310 - Recife - PE Minas Gerais [comercial@sbfpublicidade.com.br] Sérgio Bernardes de Faria Av. Getúlio Vargas, 1300, 17º andar, cj. 1704 Fone: (31) 3261-2700 30112-021 - Belo Horizonte - MG

edição

GUIA DO EMPREENDEDOR

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Produtos e Serviços ................... 56 Do Lado da Lei ........................... 58 Leitura ........................................ 60 Análise Setorial ......................... 64 Indicadores ................................. 65 Agenda ....................................... 66

DIVULGAÇÃO

A revista Empreendedor é uma publicação da Editora Empreendedor


INFORMAÇÃO

Suplemento

Saiba por que o segmento de decoração é um dos que mais crescem entre as redes de franquias. Também nesta edição, as notícias do mundo do franchising, e na seção Franco Franquia ele responde o que fazer quando a concorrência capricha nas promoções. Confira ainda o espaço da ABF, com tudo sobre os destaques do franchising em 2002.

Novos empreendimentos tentam aquecer o turismo, mas ainda é preciso muito trabalho para transformar o que está por trás das paisagens: falta de profissionalismo e de preparo para receber bem os visitantes.

LEIA TAMBÉM Cartas ................................. 6 Empreendedores ........................ 14 Não Durma no Ponto ..................... 18 Via Digital ............................ 56

ESTRATÉGIA

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Crescer ou não crescer Dez em cada dez empreendedores estão convencidos de que a expansão é a meta suprema de qualquer empresa. Mas muita gente já se arrependeu de ter ficado maior.

49 TECNOLOGIA

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A avalancha informativa atual está levando os empresários a tomar decisões muito parecidas, o que é considerado perigoso para os negócios.

TENDÊNCIAS

Brasil

O efeito manada

DIVULGAÇÃO

DIVULGAÇÃO

FRANQUIA TOTAL

Direto ao alvo Pesquisa recém-divulgada nos Estados Unidos mostra que as newsletters corporativas ganham das páginas da Web em matéria de fidelização do cliente.

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A era dos dinossauros corporativos Dois ícones do capitalismo mundial engrossaram no final de 2002 a lista das megaempresas que entraram em crise, justamente quando tudo apontava para uma era de ouro das multinacionais.

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B

ob Wollheim é um nome bastante conhecido do público quando o assunto é internet e apoio a novos empreendedores. Afinal, sua carreira tem sido pautado por participações importantes nesses dois segmentos e, por isso mesmo, costuma ser uma das boas fontes para os jornalistas. Aproveitamos o lançamento do livro de entrevistas com empreendedores que Bob elaborou e produzimos uma entrevista exclusiva com o autor. O resultado, que vocês poderão comprovar a partir da página 10, é no mínimo instigante, sobretudo pelas idéias que Bob defende quanto ao desenvolvimento do empreendedorismo. Seguindo a mesma linha, a reportagem de capa mostra o desempenho da Frangos Macedo Koerich, uma empresa que atua em um dos segmentos mais competitivos do Brasil, o de aves e derivados. Mantendo uma estrutura com fortes traços familiares (pai, mãe e filho comandam a empresa), a Macedo Koerich é um exemplo não só de empreendedorismo, mas também de como uma empresa que define e segue seu foco é capaz de alcançar o sucesso. Vale ressaltar ainda o fato de que, além da participação efetiva do casal de fundadores, José e Ester Macedo, a empresa conta com o trabalho de um jovem executivo, Jóster, de 29 anos (um ano mais jovem que a empresa). Acompanhe a trajetória e as estratégias da Macedo Koerich a partir da página 20. E, para encerrar, uma reportagem especial mostra alguns dos problemas que estão por trás da paisagem do turismo brasileiro. O repórter Lúcio Lambranho ouviu de seus entrevistados (empreendedores e especialistas) muito do que ainda precisa ser feito para que o turismo deslanche para valer no Brasil. Mais do que uma reportagem sobre problemas, é uma reportagem sobre oportunidades, ações e negócios que ainda não foram devidamente explorados. É ler para conferir. A partir da página 42.

2003

do

Editor

Cartas

Janeiro – Empreendedor

Artigos Sou graduando do curso de Economia da Unicamp, faço estágio na Fundação CPqD de Campinas. Gostaria de saber se a Empreendedor publica artigos que não sejam dos editores da revista , ou seja, se há algum tipo de espaço para envio de artigos para análise e possível publicação. Rogério Ceron de Oliveira

Campinas – SP

Rogério, Publicamos artigos de opinião na revista Empreendedor, na seção Sua Opinião. Esses artigos, além, é claro, de temática ligada a Economia e Negócios,

devem respeitar um tamanho-padrão (em torno de 3.500 caracteres). Os textos devem ser enviados para o e-mail alexandre@empreendedor.com.br, aos cuidados do editor-executivo Alexandre Gonçalves.

Correção Na edição de dezembro, no quadro sobre a Accor (página 23), o faturamento correto é R$ 5,8 bilhões. No quadro do Angeloni (página 35), o número de funcionários da rede é 5.156.

Parceiros da vida Ao chegar de viagem no último dia 4 de dezembro, observei que as minhas caixas de voz – de casa e da Parceiros da Vida – estavam com a capacidade esgotada. Pensei que se tratava de votos de boasfestas, algo normal nesta época do ano. Algumas até eram, mas a maioria foi deixada como cumprimento pela “matéria na revista”. Confesso que não entendi nada. Em seguida, ao acessar a internet e abrir meus emails, descobri do que se tratava. Em meio às mensagens que rotineiramente recebo, me deparei com exatas 53 a respeito da entrevista publicada na edição de dezembro da revista Empreendedor. Corri à banca da qual sou cliente – talvez a principal de São Paulo, localizada no centro da cidade – e nova surpresa: assim que me viu, o gerente apanhou um exemplar da Empreendedor e passou a gesticu-

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lar para os demais clientes que lá se encontravam, afirmando que eles estavam diante de uma personalidade. Sendo sincero, a despeito da qualidade da revista – da qual sou leitor assíduo, por considerá-la disparado a melhor do gênero no país –, não tinha idéia de como ela era lida e bem recebida pelo mercado. Com relação à entrevista, nada tenho a fazer a não ser cumprimentá-lo. Raríssimas foram as vezes que as minhas idéias e opiniões foram traduzidas com semelhante fidelidade por um jornalista, como fez o repórter Fábio Mayer. Você está de parabéns! A revista idem, por contar em seus quadros com profissional tão digno e de competência ímpar. Em virtude do grande interesse que a entrevista motivou, gostaria de pedir-lhes autorização no sentido de enviar o texto para algumas listas de discussão as quais administro e/ou


de Empreendedor para

Empreendedor Assinaturas

CARTAS PARA A REDAÇÃO Correspondências por e-mail devem ser enviadas para alexandre@empreendedor.com.br, aos cuidados do editor Alexandre Gonçalves. Solicitamos aos leitores que utilizam correio eletrônico colocarem em suas mensagens se autorizam ou não a publicação de seus respectivos e-mails. Também pedimos que sejam acrescentados o nome da cidade e o do estado de onde está escrevendo.

CEDOC O Centro de Documentação (CEDOC) da Editora Empreendedor disponibiliza aos interessados fotos e ilustrações que compõem o nosso banco de dados. Para mais informações, favor entrar contato com Ivone Zanatta, pelos telefones (48) 224-4441 e 0800 48 0004, ou por e-mail [redacao@empreendedor.com.br].

Conselho de Direção da entidade, com alguns dos principais nomes da área, a exemplo de Christina e João Carvalho Pinto – Grupo Full Jazz de Comunicação –, Engel Paschoal – o principal colunista de responsabilidade social do país –, Juliana Raposo – jornalista que estruturou a área de comunicação do Instituto Ethos de Responsabilidade Social Empresarial – e outros de igual renome e prestígio – que se incorporarão à Parceiros neste mês de janeiro –, cujos nomes divulgaremos assim que estiverem confirmados. Fernando Credidio Presidente da ONG Parceiros da Vida

fernando@parceirosdavida.org www.parceirosdavida.org

Caro Fernando, Em nome de todos os colegas da revista Empreendedor, agradecemos imensamente o relato enviado por você sobre a repercussão da entrevista publicada em nossa edição nº 98. Quanto às suas solicitações, veremos de que forma poderemos atendê-las.

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Correspondência As cartas para as revistas Empreendedor, Jovem Empreendedor, Dirigente Lojista, Cartaz, Guia Empreendedor Rural e Guia de Franquias, publicações da Editora Empreendedor, podem ser enviadas para qualquer um dos endereços abaixo: São Paulo: Rua Sabará, 566 - cj. 92 CEP 01239-010 - São Paulo - SP Rio de Janeiro: Rua México, 31 - cj.1404 CEP 20031-144 - Rio de Janeiro - RJ Brasília: SETVS - Quadra 701 - Centro Empresarial - Bloco C - cj. 330 CEP 70140-907 - Brasília - DF Rio Grande do Sul: Av. Iguaçu, 525/305 CEP 90470-430 - Porto Alegre - RS Santa Catarina: Av. Osmar Cunha, 183 Bloco C - cj. 902 CEP 88015-900 - Florianópolis - SC Paraná: Rua Joaquim da Costa Ribeiro, 507 A, Atuba CEP 82840-190 - Curitiba - PR Ceará: Av. Luciano Carneiro, 99 - Bairro Fátima - 60410-690 - Fortaleza - CE Pernambuco: Rua Ribeiro Brito, 1111, cj. 605 - Boa Viagem CEP 51021-310 - Recife - PE Minas Gerais: Av. Getúlio Vargas, 1300, 17º andar, cj. 1704 CEP 30112-021 - Belo Horizonte- MG Os artigos deverão conter nome completo, assinatura, telefone e RG do autor, e estarão sujeitos, em função do espaço, aos ajustes que os editores julgarem necessários.

Anúncios Para anunciar em qualquer publicação da Editora Empreendedor ligue: São Paulo: (11) 3214-5938/3822-0412 Rio de Janeiro: (21) 2533-3121/2524-2757 Brasília: (61) 314-1541 Curitiba: (41)356-8139/merconet@onda.com.br Porto Alegre: (51) 3334-4054 Florianópolis: (48) 224-4441 Fortaleza: (85) 433-3989 Recife: (81) 3327-9430

Reprints editoriais É possível solicitar reimpressões de reportagens das revistas da Editora Empreendedor (mínimo de 1.000 unidades)

Internet Anote nossos endereços na grande rede: http://www.empreendedor.com.br redacao@empreendedor.com.br

Empreendedor – Janeiro

2003

participo, além de divulgá-lo para o nosso mailing, composto por cerca de 12 mil membros. Caso concordem, pediria que me enviassem a matéria na extensão .jpg como, também, o texto em separado, no formato .doc, haja vista que a maioria das listas não aceita a extensão html. Aproveitando a oportunidade, acredito que poderíamos estreitar ainda mais as relações entre a Revista e a Parceiros da Vida. Se concordarem, passaremos a divulgar em nosso site – que deverá estar publicado até o mês de fevereiro –, nas newsletters e em todos os materiais, peças e projetos da entidade o conteúdo de cada edição, com respectivo link para o site da Empreendedor. Caso se interessem em estabelecer uma parceria, sugeriria também que a revista abrisse um espaço mensal para o terceiro setor e a responsabilidade social. Da mesma forma que fazemos com outros veículos da mídia impressa e de internet, poderíamos encaminhar, todos os meses, artigos a respeito desses temas. Contamos, atualmente, na diretoria e no

Para assinar a revista Empreendedor ou solicitar os serviços ao assinante, ligue 0800 48 0004. O valor da assinatura anual (12 edições mensais) é de R$ 72. Aproveite a promoção especial e receba um desconto de 16,7%, pagando somente R$ 60. Estamos à sua disposição de segunda a sexta-feira, das 8 às 18h30min. Se preferir, faça sua solicitação de assinatura pela internet. O endereço é www.empreendedor.com.br ou pelo e-mail assine@empreendedor.com.br.




Entr vist por

Lúcio Lambranho

E

A

com Bob Wollheim

“Faltam incentivo e auto-estima”

2003

LINHA DIRETA: www.ideia.com

Bob Wollheim acredita que a capacidade de gerar novos negócios tem origem genética, mas defende a necessidade de que as pessoas sejam motivadas para desenvolver suas características empreendedoras Bob Wollheim foi um dos pioneiros da internet brasileira. Antes mesmo de dar seus primeiros cliques na Web, montou na garagem de sua casa, em 1987, sua primeira empresa. A Publi/ 3 chegou a atender empresas como American Express, Accor Brasil e Las Leñas. Quando a Web gerou os primeiros negócios em 1995, ele fundou a Yes!Design, voltada para produção na internet. Começou a ter notoriedade quando entrou para a StarMedia em 1998. Em menos de dois anos se tornou o presidente da empresa no Brasil. Depois dessas experiências, Bob fundou em 2000, com mais três sócios, a Ideia.com e trouxe para o Brasil o conceito de Strategic Economic Network para projetos de internet e tecnologia. Nesta entrevista ele diz que, mesmo depois do estouro da bolha dos negócios ponto.com, ainda há futuro nos negócios na rede. “O futuro da internet é maravilhoso. Não me restam dúvidas disso. Os neJaneiro – Empreendedor

gócios na internet continuarão, por outro lado, sendo muito duros por um bom tempo”, adverte. Para matar a sua própria curiosidade e mostrar sua paixão pelo empreendedorismo, Wollheim acaba de lançar o livro Empreender Não é Brincadeira (Negócio Editora). Junto com Pyr Marcondes, jornalista, publicitário e fundador da Digital Strategy, ele desvenda o perfil de 18 empreendedores bem conhecidos do público: Aleksander Mandic (Mandic), Ana Lúcia Serra (AGE), Caio Túlio Costa (UOL), Marcelo Lacerda (Zaz/ Terra), Marcos Weittreich (Portal iBest), Sandra Chemin (Ogilvy Interactive), Matinas Suzuki (iG), Osvaldo Barbosa (MSN/Microsoft), Paulo Humberg (Vírgula e fundador do Lokau), Sérgio Kulikovsky (Patagon Brasil), Rodrigo Baggio (CDI), Antonio Bonchristiano (GP Investimentos), Fábio Fernandes (F/Nazca S&S), Gustavo Viberti (Cadê?), Joana Woo (Editora Símbolo), Júlio Hungria

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(Blue Bus), Nizan Guanaes (publicitário e fundador do iG) e Paulo Lima (Editora Trip). Wollheim lembra que a idéia de escrever um livro sobre o assunto surgiu para contar seus anos de experiência no mercado de internet. “Percebemos, no entanto, que a Web ainda é um segmento muito novo no país e resolvemos abranger o tema, contando um pouco da história do empreendedorismo no Brasil”, diz. Bob conta ainda que, ao finalizar esse trabalho, conseguiu responder a uma pergunta que sempre teve em mente: o empreendedorismo está no DNA da pessoa ou ela pode aprender a se tornar um empreendedor com suas experiências no dia-a-dia? Para o autor, essa característica está, sim, nos genes dos indivíduos, mas ele também acredita que ela possa estar presente em muito mais gente do que se imagina. “Os brasileiros, dadas todas as adversidades, têm muito DNA. Faltam uma cultura mais propícia, um pouco mais de incentivo e auto-estima”, acredita. Empreendedor – Depois das en-


( ) Fundador da Ideia.com

do espírito empreendedor? Existem carreiras mais ligadas ao desenvolvimento de negócios?

preendedor. Está faltando um novo modelo.

Wollheim – Eu recomendaria uma formação o mais eclética possível. Ser advogado e arquiteto, jornalista e administrador de empresas, e assim por diante. Isso, na maior parte das vezes, não é possível pela falta de tempo e de recursos. Ficamos numa sinuca de bico terrível. A resposta certa é que o que existe no mundo acadêmico atualmente não ajuda muito o em-

Empreendedor – Na abertura do seu livro você diz que “vivemos num país com muitas necessidades não atendidas”. Você conseguiria apontar quais são essas necessidades e onde os empreendedores podem tentar inovar atualmente?

Bob Wollheim – Se você tem vontade, faça! Não existe momento ideal. Todos os cenários sempre estarão contra. Se você esperar a economia melhorar, talvez você não tenha mais a energia ou o capital necessário. Se esperar o mercado amadurecer, talvez quando você resolver já existam players demais e “Se você assim por diante. Empreendedor – Na sua opinião, quais são as principais características dos empreendedores brasileiros?

Wollheim – Precisamos de muita coisa em nosso país, mas especifiDIVULGAÇÃO

trevistas com empreendedores e da publicação do livro Empreender Não é Bricadeira, qual é a primeira dica que você daria para quem quer ser empreendedor no Brasil?

tem

vontade, faça! Não existe momento

Wollheim – Sem ideal. Todos dúvida nenhuma, criaos cenários tividade. Só para pegar um exemplo bem simestarão ples: não existe no mundo nenhum projesempre to de acesso gratuito contra” bem-sucedido. No livro entrevistamos dois empreendedores que nos mostraram como criatividade é importante: Matinas Suzuki Jr., do IG, e Marcos Wettreich, do Ibest.

2003

Empreendedor – Em que áreas de formação os jovens empreendedores devem ingressar para facilitar o desenvolvimento do chama-

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Empreendedor – Janeiro


Entr vist por

Lúcio Lambranho

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A

com Bob Wollheim

“O brasileiro se habituou à ausência das soluções dos governos e resolveu cuidar por conta própria de muita coisa”

camente no quesito empreendedorismo a maior necessidade, e a mais difícil de se obter também, é cultural: ver o empreendedorismo como a grande alavanca do desenvolvimento social. Ainda temos a imagem do empreendedor como “ovelha negra” ou “safado”. Isso é muito ruim, desmotiva e, mais importante, não reflete a realidade. Empreendedorismo é cada vez mais uma opção profissional das pessoas, e o tempo em que empreender no Brasil era quase ser sócio do governo (o que criou essa visão de “safadeza”) já é passado longínquo. No nosso livro, por exemplo, nenhum dos empreendedores teve qualquer proximidade (o que dizer então de dependência ou relação incestuosa) com qualquer governo. Mesmo o Rodrigo Baggio, que é um empreendedor social, não dependeu nunca de ações governamentais.

2003

Empreendedor – Qual é o futuro da internet no país? Quais são as principais metas da Idéia.com para 2003?

Wollheim – O futuro da internet é maravilhoso. Não me restam dúvidas disso. O futuro dos negócios na internet continuará, por outro lado, sendo muito duro por um bom Janeiro – Empreendedor

tempo. É assim em qualquer indústria nova, tanto quanto mais pioneira e inovadora. Estamos com quatro projetos novos na Ideia.com: o Up Express, escola de empregabilidade voltada para as classes D e E; W.Institute, ensino de empreendedorismo (exatamente o que coloquei como sendo a grande carência no ensino atual); Gheto, marketing para jovens através do esporte; e a Série Desafio, um projeto de e-learning na área financeira. Portanto, em 2003 iremos trabalhar muito para que, no longo prazo, tenhamos sucesso e contas equilibradas. Empreendedor – Como você observa o desenvolvimento do capital de risco no Brasil? Ainda existem poucos projetos com chances reais de conseguir um investidor dentro de um turbilhão de planos de negócios produzidos a cada ano?

Wollheim – É uma pena que a crise tenha acontecido quase que concomitantemente com a vinda mais intensa e pulverizada de capital de risco para nosso país. Mas, enfim, aconteceu e o que você coloca é a realidade. Penso que o desenvolvimento será lento, muito gradual e muito dependente do que acontecer nos EUA. Empreendedor – O que falta no Brasil para que o país seja mais empreendedor?

Wollheim – Os brasileiros, dadas todas as adversidades, têm muito DNA. Faltam uma cultura mais propícia, um pouco mais de incentivo (desburocratização, financiamento mais barato e informação) e auto-estima. Empreendedor – Na história da economia brasileira qual é, na sua opinião, o melhor exemplo de trajetória empreendedora para ser contado aos empreendedores? É possível eleger o maior empreendedor brasileiro de todos os tem-

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pos? Quanto os bons exemplos podem servir para quebrar a resistência aos empreendedores que acontece desde a convivência com a família?

Wollheim – Temos muitos bons exemplos. Somos é ruins de memória e maus contadores de histórias. Acho que Mauá é o maior empreendedor brasileiro – e sua história já está contada (e muito bem contada!). Mas temos muitos mais – Marinho, Ermírio de Moraes, Frias, Martins, etc. Empreendedor – Como o novo governo pode incentivar o empreendedorismo no Brasil?

Wollheim – Boa pergunta! Esquematicamente, pois isso daria uma tese: 1) entendendo que empreendedorismo leva a desenvolvimento social (mais do que assistencialismo, a meu ver, claro); 2) criando condições e simplificando a vida do empreendedor, promovendo, incentivando, dando melhores condições; 3) mostrando isso ao mundo, pois atrairíamos capitais internacionais para nosso país. Empreendedor – O empreendedorismo social já amadureceu no país ou ainda é muito assistencialista e acaba produzindo apenas marketing para as empresas que investem no terceiro setor? É possível que as duas partes envolvidas tenham bons resultados nesse tipo de projeto?

Wollheim – Está amadurecendo rápido. Espero que no novo governo não voltemos exageradamente à mentalidade assistencialista. Acho que há muito mais coisas sendo feitas do que apenas marketing. O brasileiro se habituou à ausência das soluções dos governos e resolver cuidar por conta própria de muita coisa. Existe projeto social de todo tamanho em toda casa e empresa de cada brasileiro! É bonito de ver. Pena que tanto dinheiro é jogado fora pelos governos.


( ) Fundador da Ideia.com

2003

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Empreendedor – Janeiro


“Os gestores f azem as fazem coisas bem. Os líderes fazem as cois as cer tas” coisas cert (W arren Bennis, guru em lider ança ) (Warren liderança

Carci

2003

DIVULGAÇÃO

Orlando de Carvalho

Artsoft Marcos Leite e Álvaro Pereira Leite Neto

Mercado europeu

Pioneiros nos dados

A Carci, pioneira na produção e exportação de equipamentos para reabilitação física, vai montar um centro de distribuição em Portugal. A empresa fundada em 1966 por Ivo de Carvalho possui cerca de 60% do mercado brasileiro no fornecimento de produtos para a área de fisioterapia. Entre as parcerias estabelecidas ao longo dos seus 36 anos de atuação comercial estão companhias líderes como Chattanooga Group, Inc, Biodex Medical, Enraf Nonius, Neuro Com, Thera-Band, Axelgaard e Modelo Anatômico 3B. Essas empresas levam os produtos da Carci para os mercados da América Latina, Europa, Ásia e África. Para Orlando de Carvalho, diretor da Carci, “a expansão para a Europa representa melhoria na política de vendas, já que as barreiras alfandegárias praticamente não existem no Mercado Comum”. Segundo o empresário, um dos motivadores do êxito internacional da empresa foi a presença do selo Comunidade Européia (CE) nos turbilhões, um dos produtos da Carci. Além disso, a companhia é uma das empresas nacionais a engrossar a lista de exportadores de produtos brasileiros. Entre os clientes estão hospitais, clínicas e universidades de países como Turquia, Portugal, Egito, Grécia e Taiwan. Atualmente essa operação é responsável por 5% do faturamento da Carci. “Com a abertura do novo centro de distribuição a meta é ampliar o volume, já que a iniciativa apresenta grande potencial para novos negócios”, explica Carvalho. www.carci.com.br

A Artsoft, empresa brasileira que desenvolve softwares de gestão empresarial, registrou crescimento na aceitação de seus produtos desde 2001 e teve o faturamento quase triplicado. Segundo Marcos Leite, diretor comercial da empresa, numa fase difícil para a maioria dos negócios no país, a Artsoft está superando a meta anual de vendas em 20%. Com 15 anos no mercado e mais de 5.500 sistemas instalados em 1.700 empresas, a confiança também está focada nas experiências dos empreendedores. Álvaro Pereira Leite Neto, o diretor técnico, está no ramo há 35 anos e traz na bagagem a autoria de projetos pioneiros no setor. Leite Neto criou o segundo banco de dados do Brasil, para a Varig (controle de serviço de bordo e alfandegado), em 1977, implantou o banco de dados do Banerj, em 1982, e a consulta genérica do FGTS para a Caixa Econômica Federal, em 1989. A Artsoft já desenvolveu também sistemas inéditos para empresas de manutenção de elevadores (Sito) e gerenciamento de outdoors (RPR Publicidade). (21) 2527-7808

Janeiro – Empreendedor

MERCADO JAPONÊS

ENSINO À DISTÂNCIA

O setor moveleiro vai fechar o ano de 2002 exportando mais de meio bilhão de dólares: um aumento de mais de 10%, em relação a 2001, quando as exportações somaram US$ 483 milhões. Os dados são do Programa Brasileiro de Incremento à Exportação de Móveis, APEX/ Abimóvel (Promóvel). A promoção comercial organizada foi um estímulo ao incremento das exportações. Um grupo de empresários de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais participou, pela primeira vez, de maneira organizada, da IFFT, Feira Internacional de Móveis, em Tóquio, no Japão. O grupo voltou otimista e estima um faturamento em vendas, apenas com a participação na IFFT, de US$ 100 mil.

A Associação Brasileira de Distribuidores Honda (Assohonda) acaba de lançar a Universidade Assohonda. O grande desafio desse projeto foi o de levar simultaneamente a 550 distribuidores Honda, espalhados por todo o país, os cursos de desenvolvimento empresarial e profissional. A Universidade Assohonda utiliza a plataforma disponibilizada pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), através da Universidade Concessionário do Futuro, que é estruturada sob a orientação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para utilização do programa do ensino à distância. A Universidade Assohonda disponibilizará, no mínimo, um curso por semestre, com carga horária de 60 horas, distribuídas em cinco módulos.

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“Os analf abetos do próximo século não são aqueles que analfabetos não sabem ler ou escrever, mas aqueles que se recusem a aprender, reaprender e vol tar a aprender” volt (Al vin T offler, futurologist a) (Alvin Toffler, futurologista

AGCO do Brasil

Wilfredo Gomes DIVULGAÇÃO

Aliança estratégica

sultados positivos da DM9DDB influenciaram na decisão de continuar investindo no país. Para ele, a EugenioWG se diferencia pela gestão ágil e pelo potencial de crescimento. O resultado financeiro de 2002 da EugenioWG, em torno de R$ 60 milhões, representa um crescimento de cerca de 30% em relação aos resultados de 2001, R$ 45 milhões. A EugenioWG surgiu em janeiro deste ano com a fusão da EugenioMFL e da catarinense WG, o que juntou a experiência de 10 anos de atuação dos fundadores das duas agências, Mauricio Eugenio e Wilfredo Gomes. “Nossa meta agora com essa operação é chegar a R$ 100 milhões de faturamento e ficar entre as 20 maiores agências do Brasil”, estima Wilfredo Gomes. www.eugeniowg.com.br

B2B EM ALTA

UNIÃO DE LUCROS

A Bizavista, empresa especializada em soluções de portais de negócios para pequenas e médias empresas, está encerrando o ano de 2002 com um total de 6 mil estabelecimentos conectados à sua Rede Nacional de Portais de Negócios (RNPN). Com essa marca, a RNPN já se posiciona como a maior comunidade empresarial da internet brasileira, em número de estabelecimentos, e uma das maiores da América Latina. De acordo com Mário Firmino, diretor da Bizavista, a meta para 2003 é atingir 15 mil estabelecimentos já no primeiro semestre do ano e cerca de 25 mil até o final do exercício.

Acompanhando o firme crescimento do valor a cada ano, analistas de mercado estimam que as colaborações futuras entre as áreas farmacêutica e de biotecnologia criarão valor ainda maior para os acionistas quando bem administradas, de acordo com um relatório da empresa de inteligência farmacêutica Cutting Edge Informations. Os maiores negócios nas áreas fármaco-biotecnológicas tiveram valores aumentados em todos os anos – de um negócio de US$ 125 milhões em 1993 a uma parceria de US$ 500 milhões em 1998, chegando a US$ 1,3 bilhão em 2001.

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Certificação social A AGCO do Brasil, fabricante dos produtos Massey Ferguson, acaba de obter a certificação OHSAS 18000, depois de uma auditoria de cinco dias, nas fábricas de Canoas (tratores) e Santa Rosa (colheitadeiras). A mesma auditoria recertificou por mais três anos a norma ISO 14000, que fornece subsídios ao sistema de gestão ambiental. Criada em 1999, a norma OHSAS 18000 (Occupational Health and Safety Assessment Series) pode ser traduzida por Série de Avaliações para Segurança e Saúde Ocupacional. A empresa entra com essa certificação para um seleto grupo formado por menos de 50 empresas no Brasil. Líder em vendas no mercado interno de tratores (34%) e na exportação (70%), a AGCO do Brasil emprega mais de 1.500 trabalhadores em Canoas e Santa Rosa. “O sucesso de uma empresa depende de sua constante atualização, da qualidade dos seus produtos e dos seus funcionários, investindo permanentemente na melhoria contínua destes indicadores”, afirma Normélio Ravanello, superintendente da AGCO. 0800 7044198

2003

A DDB América Latina acaba de adquirir uma parte significativa da agência EugenioWG. A DDB América Latina integra o grupo norte-americano DDB Worldwide, considerado o segundo maior do mundo. Com esse acordo, a DDB amplia suas operações no Brasil, país onde atua desde 1997, e a EugenioWG mantém sua autonomia de gestão a exemplo da outra associada da DDB no Brasil, a DM9DDB. Os sócios brasileiros continuam no controle da operação da agência, que mantém a sua marca, mas agrega a assinatura “DDB Worldwide”. Mauricio Eugenio, o presidente da EugenioWG, acredita que o que atraiu a parceira internacional foi a performance da agência, que atua com “respostas rápidas, focada em resultados de vendas”. Para ele, essa associação viabilizará novos negócios, o que deve resultar num crescimento de aproximadamente 30% já no próximo ano. Steve Burton, presidente da DDB América Latina, afirma que os re-

Normélio Ravanello

DIVULGAÇÃO

DDB e Eugenio WG

Empreendedor – Janeiro


Jovem S.A.

Perfil das empresas

por Lúcio Lambranho

lucio@empreendedor.com.br

Software

DIVULGAÇÃO

Eagle Professional Systems

2003

Software catarina

Duas empresas incubadas na Softville conquistaram dupla premiação no Concurso Nacional Jovem Empreendedor de Software (Cojem). Elas conseguiram os dois primeiros lugares concorrendo com outros 187 projetos do Brasil. A YoungArts (sistema de radiodifusão – SysRad) e a Eagle Professional Systems (gestão de recursos hídricos) são as vencedoras dos prêmios Empresa Emergente e Jovem Empreendedor. A YoungArts, dos alunos Eduardo Bento da Rocha, 24 anos, que cursa Engenharia Mecânica na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), e Jorge Fernandes, também com 24, formado em Ciências da Computação e cursando Engenharia Elétrica na Udesc, venceram na categoria Empresa Emergente. Alan Zoldan, 21 anos, que cursa Ciência da Computação (Udesc), levou o primeiro lugar na categoria Jovem Empreendedor, com a empresa Eagle. Janeiro – Empreendedor

A premiação do Softex e do CNPq concede financiamento de passagens, diárias e eventual inscrição em eventos, em nome de qualquer um dos sócios do Plano de Negócios para participação em congressos, feiras, cursos, estágio ou visita oficial a incubadora de software ou congênere no Brasil ou no exterior no valor de até R$ 7 mil. Além do prêmio concedido pelo CNPq, que este ano totaliza recursos no valor de R$ 24 mil para quatro finalistas, os dois projetos vencedores de Santa Catarina, de cada categoria, receberam na noite da entrega dos resultados um Notebook Itautec, processador Intel Pentium 4, modelo de última geração que acaba de ser lançado no Brasil. Uma empresa de Minas Gerais (Patrimonium) e outra do Rio Grande do Sul (Plancta) foram classificadas em segundo lugar e receberam handhelds, também com processadores da fabricante. www.softville.udesc.br

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A Eagle Professional Systems tem como objetivo fornecer soluções inteligentes para informatização de laboratórios de controle ambiental através de software de comunicação a banco de dados em estação cliente/servidor. A empresa possui uma parceria com o Laboratório de Gerenciamento de Recursos Hídricos em Santa Catarina (FATMA/GTZ), de onde surgiu a idéia de desenvolvimento de um sistema laboratorial para análises hídricas. Desde então a empresa está situada na incubadora Gene-Joinville, no campus universitário da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), desenvolvendo tecnologias de informação dentro da área de recursos hídricos. (47) 473-1111 Ramal 280

YoungArts Empresa incubada na Softville, a YoungArts desenvolve sistemas para emissoras de rádio e internet, sonorização ambiental e gravações de áudio. O diferencial das suas aplicações está na flexibilidade dos seus sistemas, o que permite ao usuário lidar com grandes volumes de informação em tempo real. O produto SysRad foi criado para trabalhar em missão crítica de 24 horas por dia, 7 dias por semana e 365 dias por ano. A YoungArts surgiu da associação entre dois jovens programadores que cursavam o ensino médio. No início, limitaram-se ao desenvolvimento de pequenas aplicações de uso particular. Posteriormente, ao encontrarem lacuna no acesso remoto a arquivos e informações, os jovens empreendedores criaram um sistema online para troca de arquivos e informações, mais conhecido como BBS (Bulletin Board System). O sistema foi precursor de um forte aprendizado, mas com o advento da internet logo se tornou obsoleto. www.youngarts.com.br


Parceria na automação Substituir as atuais soluções mecânicas dos veículos por soluções de mecatrônica é o desafio de um grupo de pesquisadores do curso de Engenharia Elétrica e do Programa Interdisciplinar de Pós-Graduação em Computação Aplicada da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), de São Leopoldo (RS). O projeto de pesquisa intitulado “Tecnologias para Automação Veicular” é bem ousado e de impacto para a sociedade. A proposta da equipe é fazer com que todos os comandos do carro sejam eletrônicos (tecnologia drive-bywire), o que permite, por exemplo, trocar o volante e os pedais por um joystick, semelhante aos utilizados em jogos de computador, ou dirigir o carro através de um celular, a exemplo do que fez o agente 007 (James Bond) no filme O Amanhã Nunca Morre (Tomorrow Never Dies). A meta dos pesquisadores da Unisinos é desenvolver tecnologias que dêem apoio ao motorista, como o auxílio para estacionar em vagas paralelas, sistema de previsão de colisões, e sistema remoto de supervisão e comando

(link wireless). O coordenador do projeto, professor Christian Kelber, que tem doutorado na área de controle, destaca que o foco principal é a vida humana, ou seja, reduzir acidentes nas estradas, minimizando o número de vítimas. Para Kelber, trocar os comandos mecânicos do carro para eletrônicos traz diversas vantagens para o motorista, que passa a ter um co-piloto virtual, ou melhor, eletrônico. Esse copiloto, baseado em algoritmos de Controle e Inteligência Artificial, sintetiza todos os sistemas de que o carro será dotado, como o anticolisão, o de auxílio para estacionar autonomamente e para sair de condições críticas e o sistema remoto de supervisão e comando. O resultado disso será o aumento de segurança nas estradas, garante Kelber. Por exemplo, no caso do sistema anticolisão, o sistema eletrônico detecta previamente uma situação crítica de colisão. Assim, pode assumir o comando do veículo, freiando-o automaticamente ou emitindo um alerta ao motorista. Para viabilizar o projeto a equipe está automatizando, nesta primeira fase, um veículo

do tipo MiniBaja. Esse carro deverá andar autonomamente (sem motorista) através de diferentes técnicas de sensoriamento e controle. Ele enfrentará dentro do campus da Unisinos condições bem próximas das reais, encontradas por veículos automotores nas estradas. Os pesquisadores não estão sozinhos nesse desafio. A Altus – Sistemas de Informática, líder brasileira na área de automação industrial, está patrocinando os equipamentos eletrônicos necessários para o controle dos diversos sistemas do veículo, como direção, aceleração e freio, além de toda a infraestrutura de rede, que interligará todos esses sistemas com o computador central. A Sense Eletrônica confirmou a doação de sensores ópticos para o rastreamento de marcações sobre a pista, e a Claro Digital entra com o link de telefonia móvel. O projeto conta ainda com o apoio da Ponfac – Sistemas de Visão, no que se refere ao knowhow de sistemas de visão artificial. A Altus e a Ponfac são empresas do Pólo de Informática em São Leopoldo. (51) 591-1122

Projetos sociais preendedores entre 18 e 28 anos, da Região Metropolitana do Recife, num trabalho que supra a demanda por políticas voltadas para o desenvolvimento de jovens, área com pouca atenção dos poderes públicos. “Queremos incentivar esses jovens, para que não sejam simplesmente seduzidos pelo mercado e não esqueçam a sua inquietação com os problemas sociais”, afirma. A Academia de Desenvolvimento Social recebeu 81 projetos sociais. www.academiasocial.org.br

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2003

A Academia de Desenvolvimento Social, sediada em Recife, lançou o primeiro projeto “Incubadora Social para Ação Jovem”, para ajudar jovens empreendedores sociais a desenvolver seus próprios projetos comunitários, com o objetivo de transformar idéias em ação. A ONG vai selecionar 20 projetos para começarem suas atividades em janeiro de 2003. Rui Mesquita, presidente da Academia, diz que a Incubadora Social visa a incentivar jovens em-

Empreendedor – Janeiro


Nãono Durma Ponto

por Roberto Adami Tranjan Educador da Cempre – Conhecimento & Educação Empresarial

DIVULGAÇÃO

Decida onde colocar sua atenção

2003

LINHA DIRETA: (11) 3873-1953 • www.cempre.net • roberto.tranjan@cempre.net

U

m cliente insatisfeito devolve uma mercadoria. Até aí, trata-se de um fato corriqueiro na vida das empresas. Em algumas delas, a devolução de uma mercadoria pode envolver até uma dúzia de setores distintos. Exemplo: o setor de recepção recebe os produtos, o depósito os devolve ao estoque, o setor de estoque atualiza os registros, o setor financeiro determina a que custo eles voltam ao estoque, a contabilidade define se o critério é o PEPS, UEPS ou custo médio e acerta a conta de impostos, a área comercial ajusta as comissões de vendas, a tesouraria baixa a duplicata no banco e ajusta o controle de contas a receber. Diante de todas essas tarefas, nenhuma está orientada para compreender o porquê da devolução, como o cliente está se sentindo e o que fazer para evitar transtornos parecidos. Como se tudo isso não bastasse, existe, ainda, o risco de o cliente ser cobrado indevidamente. A conclusão desse relato denuncia uma lamentável realidade: as empresas estão mais voltadas para o controle do que para a satisfação do cliente. Você pode estar pensando que em sua empresa “as coisas são diferentes”. Pois bem! Pense no conjunto de tarefas e afazeres que ocupa a maior parte do tempo e do esforço Janeiro – Empreendedor

do seu pessoal e eu estou para apostar que mais da metade não está orientada para servir e satisfazer o cliente. Desculpe o mau jeito mas estou propenso a arriscar que mais de 80% dos

“Alguns líderes reduzem os seus quadros de pessoal acreditando que, com isso, estão desburocratizando a empresa. O máximo que conseguem é sobrecarregar e estressar aqueles que ficam” esforços despendidos em sua empresa não servem para nada! E antes que você vire a página sem concluir a leitura desse artigo, deixe-me dizer o que significa nada: trata-se de esforços não voltados para a satisfação do cliente e para a obtenção de resultados.

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Veja um exemplo comum em estabelecimentos comerciais: se sumir um par de meias, o gerente é capaz de virar a loja de pernas para o ar na tentativa de encontrá-lo. É possível que alguns funcionários sejam revistados na saída. Se, por outro lado, um cliente sair sem comprar, todos dão de ombros, inclusive o gerente. A conclusão desse exemplo também é lamentável: o par de meias vale mais do que o cliente e, mais uma vez, o controle é mais importante do que o resultado. É claro que em sã consciência todos querem satisfazer os seus clientes e obter os melhores resultados, mas dentro de cada um de nós reside um carcereiro, alguém que precisa tomar conta do prisioneiro e que não pode deixá-lo fugir. O problema é que o carcereiro é tão prisioneiro quanto o detento. Mantendo a analogia, as pessoas em uma empresa parecem aprisionadas às bolas de ferro acorrentadas em suas pernas. Tais bolas de ferro têm nomes conhecidos e até respeitados: organograma, departamento, cargo, norma, tarefa. Pare para pensar: todas essas instituições foram criadas para manter o controle e não para satisfazer o cliente e obter resultados. Tente responder: quem é respon-


Nossa meta é garantir a

e seus esforços sável pela satisfação do cliente na sua empresa? Quem é responsável pelo lucro? Todos e ninguém! Os departamentos são responsáveis por manter algumas coisas sob controle mas nenhum é responsável pela satisfação do cliente; os cargos abrigam tarefas e responsabilidades mas nenhum é responsável pelo lucro do negócio; o organograma satisfaz a necessidade de controle e comando do principal líder mas nenhum está orientado a atender o cliente nas suas necessidades. Parece que estamos todos convencidos de que uma empresa precisa ser enxuta, flexível, receptiva, inovadora, eficiente, para que possa atuar com sucesso em uma economia mais competitiva, mas nem todos querem abolir o seu lado controlador. Alguns líderes reduzem os seus quadros de pessoal acreditando que, com isso, estão desburocratizando a empresa. O máximo que conseguem é sobrecarregar e estressar aqueles que ficam. É preciso enxugar os processos, eliminar os controles e aumentar a autonomia das pessoas. O desafio está em trocar controle por confiança! E aí o desafio não é tão simples: é preciso que haja mudanças no modelo mental de quem dirige a empresa. O problema é que as empresas não foram concebidas para acreditar nas pessoas, sejam clientes ou funcionários. Está aí o grande equívoco, a enorme incongruência e o maior dos disparates. Grande parte das empresas despreza os seus principais agentes e

geradores de resultados: os clientes e os funcionários. É redundante dizer que o cliente é quem paga toda a conta e por isso é o agente principal de qualquer negócio. Mas também é redundante dizer que não existe cliente satisfeito sem que haja funcionário satisfeito. A satisfação de um cliente, bem como o nível de fidelização, estão relacionados à satisfação e ao comprometimento também do funcionário. Entendido dessa forma, é preciso distender os controles na empresa, soltar as amarras, liberar as pessoas para que coloquem seus potenciais criativos em prol dos clientes, seus problemas e necessidades. Se você sente-se confortável ocupando a caixinha de cima do organograma e mantendo todas as outras sob controle, saiba que você não está no controle. Você está no controle, de fato, quando está fora de controle. Deixa explicar melhor: você realmente está no controle quando os seus colaboradores, alguns próximos e outros distantes, alguns mais acessíveis e outros menos acessíveis, alguns que você bem conhece e outros que você desconhece, estão se desdobrando em iniciativas e com criatividade, indo além de seus cargos, normas e regulamentos, para satisfazer ao máximo o cliente e produzir os melhores resultados. Está mais do que na hora de decidir que tipo de empresa você quer e onde colocar a sua atenção e os seus esforços como líder.

tranquilidade do cliente. O comprometimento com a responsabilidade, a ética e o profissionalismo, nos permite alcançar ótimos resultados na defesa dos interesses de nossos clientes. Advocacia Luciana Marques de Paula, há mais de 20 anos no contencioso e, afinada com a evolução da sociedade, tem empenhado esforços para o aprimoramento na área de consultoria, evitando o litígio, com o foco para a solução amigável de conflitos.

Áreas de atuação: Direito Empresarial Franchising Direito imobiliário Responsabilidade Civil e Sucessões Mediação e Arbitragem

Rua Barros Brotero, 56 Parque Jabaquara 04343-020 – São Paulo – SP 11 578-2769/3893 fax 11 5584-8653 lmpaula@uol.com.br Associado ABF e IMAB


LAURO MAEDA

(Capa Com o foco voltado para a regionalização e a exportação, a Frangos MacedoKoerich, de Santa Catarina, desponta no acirrado mercado do frango por

Alexandre Gonçalves e Fábio Mayer

Boa de

2003

briga

Santa Catarina é um verdadeiro celeiro de empresas no ramo de alimentos. Para comprovar essa afirmação basta lembrar que as duas maiores empresas brasileiras do setor de aves e derivados, Sadia e Perdigão, têm suas raízes no oeste do estado. Mas, além das duas gigantes, a Frangos MacedoKoerich, outra empresa do ramo – igualmente catarinense, mas situada próximo ao litoral –, vem se destacando no mercado regional e aumentando o peso na balança das exportações brasileiras. Criada pelo casal José e Ester Macedo, que hoje dividem o comando com o filho Jóster, que aos 29 anos Janeiro – Empreendedor

ocupa a superintendência da empresa, a Macedo-Koerich tem claro o que a diferencia das demais: o foco e o tamanho. “Temos um tamanho de empresa que nos dá algumas vantagens”, conta José Macedo. “Estamos em um mercado entre a pequena e a grande empresa, onde nem uma nem outra compete com a Macedo-Koerich no mesmo nível”, aponta, contabilizando que na disputa com as grandes a empresa pode perder em termos de volume, mas ganha pelas facilidades de compra e dinamismo. Em julho deste ano, a MacedoKoerich completa 30 anos de sua fun-

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dação, no município de São José, na Grande Florianópolis. Tudo começou quando José Macedo, agrônomo recém-formado, trabalhava como orientador de pequenos agricultores para questões técnicas de produção e administração. Nessa época, foi contratado para assessorar uma granja de Florianópolis que estava indo à falência. Elaborou um projeto de recuperação que acabou não sendo aplicado. Mas, aproveitando o mesmo projeto, Macedo, já casado com Ester, decidiu abrir sua própria empresa. “A empresa é resultado do sonho de um homem que queria produzir alimentos e que por


DIVULGAÇÃO

JOSÉ MACEDO

LAURO MAEDA

ESTER MACEDO

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JÓSTER MACEDO

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à necessidade das empresas em diversificar seus investimentos. “Eu sempre pensei diferente, porque colocando todos os ovos na mesma cesta a gente aprende a carregá-la e não deixála cair”, filosofa. Além disso, diz ele, a dedicação a um único negócio leva as pessoas a se tornarem mais competentes naquilo que fazem e, por tabela, tornam a empresa igualmente competente. “Não quer dizer que estamos com a razão, mas dentro dos resultados dá para dizer que atingimos os objetivos.” Ao serem questionados se quando montaram a empresa já tinham uma visão do que a Macedo se transformaria no futuro, José e Ester Macedo respondem de maneira dúbia: sim e não. “Sim, pensávamos que nos tornaríamos uma empresa grande e não uma empresa pequena. Mas não com tanta intensidade como aconteceu, porque conquistamos nosso espaço entre as grandes e somos hoje destaque no mercado de Santa Catarina”, confessam. “Pensar que sobressaímos no mercado catarinense, disputando com as grandes realmente foi Empreendedor – Janeiro

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força do destino encontrou uma mulher Atualmente, possui dez unidades de que topou sonhar com ele”, conta Ester, produção (entre centros de criação de referindo-se ao desejo do marido em frangos, incubatório de pintos, frigomontar seu próprio negócio. E se hoje ríficos, fábrica de ração e centros de a média são 70 mil cabeças abatidas distribuição), espalhadas por Santa diariamente, no início da empresa o Catarina, sendo uma de estocagem de número não passava de 300 por dia. grãos no Paraná. No ano seguinte à fundação, a empresa passou a contar com o grupo Koerich [Cesta de ovos] (de uma família tradicional da região, José Macedo, presidente da emcom atuação em diversos ramos, como presa, conta que um dos segredos da varejo e construção civil) como sócio Macedo-Koerich é não seguir uma velha no negócio, mudando seu nome para máxima do mundo negócios. Aquela Macedo-Koerich. Vale destacar que que diz que não se deve colocar todos Ester Macedo é neta de Eugênio Rau- os ovos na mesma cesta, numa alusão lino Koerich, fundador do grupo Koerich, o que ressalta Macedo-Koerich em números mais uma vez o aspecto faFaturamento miliar da empresa. Nos anos 2002 R$ 70 milhões seguintes, com a parceria com 2003* R$ 100 milhões o grupo Koerich, que hoje detém 37,8% de participação, Produção anual a empresa passou a expandir 2002 26 mil toneladas seu negócio pelo estado, am2003* 36 mil toneladas pliando sua rede de distribuiExportação ção e, sobretudo, sua produ2002 10% do total produzido ção, incluindo também a ado(totalizando 13% do faturamento no período) ção do programa de qualidade 2003* 30% do total produzido total e a conseqüente concesEmpregos gerados são do ISO 9001 e do HACCP 2002 760 empregos diretos (segurança alimentar), um 2003* 1.000 empregos diretos reconhecimento até então qua* Projeções se inédito na América Latina.


(Capa além das expectativas. Agora que conquistamos essa posição, vamos mantê-la”, afirma José Macedo. A empresa tem um vínculo histórico muito forte com Santa Catarina e durante 28 anos de sua existência sua meta foi atender somente o mercado estadual. A partir de 2001, o foco se abriu e a empresa passou a investir também nas exportações. Entre os países que recebem produtos da MacedoKoerich estão Inglaterra, Espanha, Irlanda, Dinamarca, Alemanha, Arábia Saudita, Emirados Árabes, Kuwait, Japão, China, Peru, Bolívia, Colômbia e Venezuela. Em abril deste ano, a meta é que a empresa esteja abatendo 88 mil cabeças por dia e em setembro, 100 mil, com crescimento nas vendas para Santa Catarina, mas sobretudo para o mercado externo.

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[Personalizado] Além da disputa que trava com gigantes como Sadia e Perdigão pelo mercado catarinense, a Macedo-Koerich ainda precisa enfrentar concorrentes americanos, europeus, chineses e tai-

landeses. “Geralmente, o primeiro contato é dos clientes conosco”, conta Ester. “O que tem chamado a atenção de muitos compradores dos produtos da Macedo-Koerich é a flexibilidade de nossa empresa em produzir em quantidades diferentes e em vários tamanhos”, revela. “A vantagem competitiva que temos é proximidade, relacionamento, atendimento personalizado. E a gente quis levar isso para o mercado externo”, aponta Jóster Macedo. “Lá fora, nós temos como estratégia criar um segmento-chave e desenvolver um relacionamento com esses clientes”, explica o jovem executivo. Segundo ele, essa estratégia garante que, se o cliente quiser um produto personalizado, a Macedo-Koerich faz. “Uma empresa maior não tem condições de fazer um produto personalizado, até porque já tem um mercado criado lá fora, já criou suas filiais que têm exclusividade, possui um campo de distribuição e não vende mais para qualquer um”, explica Jóster, afirmando que é nessa falta de flexibilidade que reside a fatia que a Macedo-Koerich tem atendido. “Um

META: EMPRESA QUER ABATER 100 MIL CABEÇAS/DIA EM SETEMBRO DESTE ANO

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fornecedor que crie um produto do tamanho e na qualidade que um importador necessite: essa é uma estratégia semelhante à utilizada em Santa Catarina. A diferença é que está começando agora”, atesta. Investindo cerca de 1,5% do seu faturamento em marketing, a MacedoKoerich procura atender os pedidos de produtos personalizados conforme a necessidade de cada mercado, como coloca Jóster. “Precisamos desenvolver desde embalagens até tamanhos diferenciados”, conta. “Na Arábia Saudita, por exemplo, nós vendemos frango de 900 gramas a 1,5 kg”. Além disso, as próprias características do produto acabam sofrendo alterações. A China, por sua vez, compra pata de frango, ponta da asa e meio da asa. A Europa, filé de peito; a Arábia, frango inteiro. “Cada produto tem um mercado, por isso é difícil ir para o mercado externo, e as grandes produzem um produto-padrão e focam em um país só”, comemora. Mas por que a Macedo-Koerich optou por não seguir o exemplo de suas concorrentes catarinenses e partir para o mercado nacional? Para Jóster Macedo, é preferível atuar em um mercado selecionado, por região, por exemplo, para atender melhor. “Quem quer agradar a todos acaba não agradando a ninguém”, afirma Jóster. Ele ensina dizendo que estratégia não é só planejar o que fazer, mas também o que não fazer. “Quando você tenta ser tudo para todos, acaba não sendo nada para ninguém. Então, as pessoas confundem uma imagem. Ninguém confunde Ferrari com carro popular”, compara. Para ele, a opção da MacedoKoerich em atender apenas o mercado catarinense é transferida para a marca, o que cria uma identificação maior com o consumidor. Por isso, a marca é reconhecida como um produto Premium. “Não dá certo fazer uma marca barata e de status ao mesmo tempo”, ressalta.


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(Capa [Intimidade] Mesmo com o foco muito bem definido, como deixa claro Jóster Macedo, ele garante que ainda assim mantém os olhos abertos para não cair na tendência de atender outros mercados. “Temos que nos policiar, porque a tendência é querer atender um mercado que não estamos atendendo. Uma empresa tem que atender o mercado que for compatível com a sua estratégia”, define. “Não posso atender aquele cliente que quer preço baixo independentemente de qualidade, pois daqui a pouco vou ter que fazer um produto pior para atendê-lo. Não posso fazer isso porque vou prejudicar minha marca com os demais. E se eu fizer, como que eu recupero depois?”, questiona. E, realmente, é essa atuação próxima, que Jóster chama de “estratégia de intimidade com o cliente”, que tem feito a diferença a favor da MacedoKoerich. “O relacionamento próximo nos dá uma vantagem competitiva. Estou em Santa Catarina, produzo, atendo e distribuo aqui”, analisa. Segundo ele, a estratégia da intimidade favorece a logística da empresa, garante uma maior velocidade de resposta ao cliente e permite um acompanhamento ao mesmo tempo próximo e veloz das necessidades do mercado catarinense. Além disso, a Macedo-Koerich investe também em outras ações de aproximação com sua clientela, como a promoção de visitas às instalações da empresa, quando é mostrado o cuidado com que toda a cadeia produtiva é tratada. A cada 15 dias, entre 35 e 40 clientes visitam a empresa. “Mostramos in loco a preocupação com a qualidade, as diferenças de nosso frango em relação à concorrência, os aspectos sanitários, a biossegurança. Eles ficam impressionados porque achavam que frango era tudo igual e percebem como isso é diferente”, aponta Jóster. A lógica, nesse caso, é fazer valer a máxima de que é mais fácil comprar um produto que se sabe como é feito. “Temos um relacionamento muito intenso com os Janeiro – Empreendedor

revendedores, não interessa o tamanho”, afirma Jóster, que avalia que uma empresa, se for pequena demais, não terá estrutura para ter, por exemplo, essa segurança alimentar que a Macedo-Koerich tem. “E, se é grande demais, não tem interesse nisso porque é inviável”, completa. [Forte lá fora] Em todo o processo de crescimento da Macedo-Koerich, além dos aspectos relacionados diretamente ao marketing, há ainda dois aspectos igualmente importantes que envolvem investimentos consideráveis. O primeiro diz respeito à relação com os produtores rurais. Desde 1997, a empresa mantém um

nidade porque ajuda no desenvolvimento regional”, destaca. Já o segundo aspecto envolve uma questão que é muito levada em conta no mercado externo: os cuidados com o meio ambiente. A avicultura, explica Jóster, é uma indústria relativamente limpa. O maior problema ambiental está relacionado com os dejetos na água. Com a ajuda da tecnologia, a Macedo segue à risca o que indicam as legislações sobre a quantidade aceitável de resíduos biológicos e químicos na água. “A Fundação Estadual do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma) e o Ibama monitoram esses níveis, e a MacedoKoerich sempre faz mais do que exige tanto a legislação brasileira quanto a in-

Futuro planejado J

Até 2006, o objetivo da Macedo-Koerich é abater 144 mil cabeças/dia.

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300 novos aviários serão formados em sistema de produção integrada.

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Cerca de 400 novos empregos diretos serão criados.

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50% da produção deverá ser destinada para o mercado externo (especialmente Europa e Oriente Médio).

projeto de parceria com pequenos produtores, conforme explica Jóster Macedo: “Toda a meta de produção que temos para 2003 (chegar em setembro a 100 mil cabeças por dia) virá do pequeno produtor. Ele tem que investir um capital (esse é o risco que ele está correndo), mas por outro lado tem esse risco minimizado porque tem garantia de compra”. Segundo Jóster, o produto tem de cumprir algumas exigências de segurança, criação e manejo. A Macedo-Koerich dá as aves, a ração para a alimentação e também assistência técnica; o produtor entra com os insumos como energia elétrica, água, equipamentos e estrutura física. “Esse projeto é bom para o estado porque evita o êxodo rural, é bom para o produtor porque ele tem renda garantida e consegue financiamentos mais baratos, e bom também para a comu-

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ternacional”, garante Jóster. E no processo desenvolvido pela Macedo-Koerich muitos dejetos são reaproveitados. As vísceras, gorduras e penas – com água – do frango abatido vão para um setor chamado de “farinha e óleo”. Nesse local, acontece a separação da matéria orgânica da água e é aplicado polímero, quando é colocado um amido na água, que sai limpa, enquanto que a gordura é reutilizada como ração. “Deixo de jogar fora uma coisa que tem valor comercial”, comemora Jóster. Os planos para os próximos anos passam por uma expectativa positiva em relação às ações do novo governo quanto às exportações, sobretudo pelo fato de pela primeira vez um representante do setor avícola (Luiz Fernando Furlan, expresidente da Sadia) assumir um cargo no primeiro escalão, o de ministro do Desenvolvimento, com a missão justa-


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mente de incrementar a venda de produtos made in Brazil. “A MacedoKoerich é uma empresa que chega aos 30 anos depois de ter passado por muita coisa, mas que não pode se acomodar. Tem sempre que se reciclar, injetando vida nova, atualizando-se sempre e buscando novos desafios”, atesta Ester Macedo. “E com essa disposição e os rumos do novo governo para as exportações, queremos aproveitar a oportunidade, incrementar nossas vendas para o exterior e ser forte lá fora”, destaca Jóster. Palavras de um jovem executivo, mas que já sabe muito bem que, para vencer no competitivo mercado das aves, é preciso ser bom de briga.

PROJEÇÃO: CERCA DE 400 NOVOS EMPREGOS SERÃO GERADOS ATÉ 2006

Exportações concentram esforços De acordo com dados fornecidos pela Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos (ABEF) em setembro passado o Brasil obteve a maior performance na história das exportações de carne de frango, com a comercialização de 245,1 mil toneladas. Os principais compradores foram a Ásia, com 73 mil toneladas, e a União Européia, com 26 mil toneladas. O destaque foi para a Rússia, com 21 mil toneladas. Alguns fatores podem explicar esse desempenho: a desvalorização do real diante do dólar; a ausência dos produtos americanos na Rússia; e o aumento dos estoques na Europa por conta das restrições ao peito salgado. Com o desempenho do mês de setembro, as exportações de janeiro a setembro de 2002 atingiram 1,14 milhão de toneladas, representando um aumento de 25% em comparação ao mesmo período no ano anterior. Seguindo o desempenho do setor, a Sadia fechou setembro de 2002 com um lucro líquido de R$ 165,57 milhões, 7,9% maior do que o obtido em igual período em 2001. A

receita com exportações, de R$ 1,39 bilhão, representou 42,2% do faturamento. Atendendo a uma maior demanda da Europa, e expandindo seus negócios para o Extremo Oriente e para a região do Pacífico Sul, a Sadia exportou nos primeiros nove meses do ano um volume de 438,2 mil toneladas, 30,3% a mais do que o exportado em igual período de 2001. No período, a Europa respondeu por 30% de participação na receita de exportação; o Oriente Médio, por 27%; os Terceiros Mercados, por 26%; a Ásia, por 15%; e a América do Sul, por 2%. Já a Perdigão, em 2002, viu suas exportações também registrarem crescimento, com perspectiva de superar a casa de R$ 1,2 bilhão. Para este ano, a empresa calcula que as exportações cresçam 16% em volume. Além disso, a Perdigão também planeja a geração de mais de 1.600 novos empregos no decorrer de 2003. Hoje a companhia emprega mais de 23,5 mil funcionários em suas 15 unidades industriais (carnes e soja) e sete fábricas de ração. A empresa terminou 2002 com uma estimativa de faturamento superior a R$ 3,3 bilhões, cifra equivalente a um aumento de

[No ministério] O empresariado de um modo geral aplaudiu a indicação de Luiz Fernando Furlan, presidente do Conselho de Administração da Sadia, para o cargo de ministro do Desenvolvimento. Mas certamente os que atuam no segmento avícola têm muito mais motivos para comemorar. Não porque receberão algum tipo de benefício especial, mas porque Furlan, além de ser um empresário do ramo, é um entusiasta por exportação. Tanto que, antes de aceitar o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acumulava o cargo de diretor de Exportação da Fiesp. Conhecido por suas habilidades como negociador, Furlan pretende revigorar o Mercosul e tem pela frente a batalha de discutir o papel do Brasil na criação da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), o que não vai ser uma tarefa das mais fáceis, tamanha a pressão dos Estados Unidos. “Se uma potência como os Estados Unidos pretende unir o Hemisfério em torno de uma zona de livre comércio, não é através da força e da imposição que isso vai ocorrer”, garante. Empreendedor – Janeiro

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18% em comparação a 2001.


VIA digital por

Flaviano da Cunha Júnior

Colaboração

Fernando Augusto P. Fonseca

Realidade real

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Definitivamente o ano de 2002 não foi bom para o mercado de tecnologia. Aliada à recessão generalizada que se abateu sobre a economia norte-americana (e que de quebra arrastou junto o resto do mundo), a desconfiança dos investidores, outrora eufóricos com a Nova Economia e agora assustados com as recentes fraudes contábeis, causou a maior redução dos investimentos na indústria de tecnologia nos últimos 40 anos, chegando a 2% menos do que em 2001 (que já não foi bom), segundo a IDC Brasil. No Brasil a retração foi ainda maior, representando 9% menos investimentos, em dólares, em relação ao ano anterior. “Esse ano poderia ser esquecido, temos saudade da década de 90”, afirma Mauro Peres, analista de pesquisa da IDC Brasil. De acordo com os dados pesquisados, a crise atinge todos os setores envolvidos diretamente com o mercado tecnológico: hardware, software, serviços, telefonia, eletroeletrônicos, etc. A análise dos números apresentados na IDC Directions, realizada no mês de

novembro em São Paulo, revela que a manutenção da recessão econômica por longos períodos afeta diretamente os mercados de produtos “acessórios” às atividades empresariais, que na falta de verbas são os primeiros a sofrer cortes no orçamento. É o caso da propaganda e da tecnologia. Exemplo disso é o mercado de computadores. Os PCs sofreram uma redução de 10% nas vendas durante o ano de 2002, enquanto que os servidores chegaram a amargar uma queda de 36% no mesmo período. Um outro índice que mede a recessão do mercado de Tecnologia da Informação é a quantidade de demissões no ano que passou. Segundo a consultoria Challenger, Gray & Christmas Inc., a área de tecnologia respondeu sozinha por 34% das demissões registradas até outubro do ano passado, ou seja, 51.644 trabalhadores de TI ficaram desempregados até essa data. Apesar disso, o número de demissões no período foi menor do que o registrado em 2001. Diante desse quadro de recessão e excessiva cautela, quais são as perspectivas do mercado de tecnologia para o ano de 2003? “O mercado de TI deverá Segundo John Gantz, diretor de pesquisa e prinapresentar uma pequena cipal analista da IDC Corp., o mercado de TI deverá melhora em 2003. E só em apresentar uma pequena 2004 haverá de fato uma melhora em 2003, com um crescimento entre 3% e retomada com um 5%. E é só em 2004, se nenhuma grande mudança crescimento estimado atingir o mercado, que haentre 5% e 9%” verá de fato uma retomada Janeiro – Empreendedor

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na produção tecnológica, com um crescimento estimado entre 5% e 9%. Ainda segundo a IDC, o setor tecnológico que mais deve crescer é o de serviços, que segundo estimativas apresentará um aumento de 12% já em 2003. Concordando com essa projeção, Vilma Guilherme, gerente de Recursos Humanos da Stefanini IT Solutions, acrescenta que no cenário atual os fornecedores de tecnologia precisam estar preocupados em oferecer e entregar soluções completas para os clientes, e não só produtos prontos, o que as empresas de serviço já fazem há tempo. Para conseguir sobreviver à crise, muitas empresas já estão tomando providências por conta própria, sem esperar pelo novo governo ou melhorias no cenário mundial. É o caso da Unisys, que resolveu adotar uma mudança estratégica na política de negócios para 2003, mais focada em serviços e consultoria, e assim depender menos de ajuda externa. As contratações da empresa para o novo perfil também mudaram. “Em vez de simplesmente abrir novas vagas, estamos reaproveitando as já existentes, em função de pessoas que se desligaram ou que se aposentaram”, ressalta Vilma Apesar de “o mar ainda não estar para peixe”, todas as avaliações indicam que os empresários voltarão a confiar no mercado de TI como ajuda imprescindível para os momentos de crise, aliviando a recessão em 2003. Otimistas, consultores de RH afirmam que as novas contratações nessa área chegarão a 20% em relação ao ano que passou. É esperar para ver.


FFumaçaware umaçaware Segurança x Privacidade Um dos assuntos mais em voga nestes tempos de guerra ao terrorismo é a privacidade online. Ou melhor, a falta dela. Em nome da segurança nacional e do combate ao terror, o governo norte-americano vem adotando uma série de medidas que, cada vez mais, restringem a privacidade das comunicações e transações on-line. Especialistas na área advertem que empresas comerciais adotam práticas desse tipo há muito tempo (coletando informações e comercializando-as sem a autorização dos usuários), e o governo, em vez de combater tais práticas,

passou a adotá-las. Para se ter uma idéia, atualmente é permitido aos policiais federais daquele país entrarem em bancos de dados comerciais e interceptar e-mails sem necessidade de mandado judicial ou investigações em andamento, sob pretexto de que tais informações poderão ser usadas no futuro, caso necessário. Nas rodas de tecnologia, comenta-se que o presidente Bush já pode ser comparado ao maligno Sauron, da trilogia O Senhor dos Anéis, cujo olho tudo podia ver, através da rocha e da carne. E quem estiver com o anel... é melhor entregá-lo.

Saiu na Wired (www.wired.com) a lista do “Vaporware 2002”, as tecnologias e produtos prometidos para 2002 e que viraram fumaça, simplesmente desaparecendo ou com lançamento adiado (alguns já há anos consecutivos). A classificação foi elaborada com a opinião de leitores e especialistas. Confira a lista: 1) Duke Nukem Forever – Seqüência do aclamado hit da 3D Realms, anunciado desde 1997. É a maior promessa descumprida de toda a história da indústria de games.

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2) Cliente Linux e Mac para NeverWinter Knights – Um dos jogos mais vendidos no ano que passou ainda não tem um servidor para Linux e Mac, para decepção dos milhares de usuários dessas plataformas. 3) Team Fortress 2 – Este jogo on-line está sendo anunciado pela Valve desde 1999, mas os fãs da série Half-life passaram mais um ano sem ele.

4) Computador ultrapessoal – Um incrível avanço tecnológico prometido pela Oqo, mas que se desconfia seja só um golpe de marketing. 5) Master of Orion 3 – Aguardado jogo de estratégia espacial. Só tem, por enquanto, uma lista de pré-ordem no site da Infrogames.

Novos parceiros ciais na capital de São Paulo e cidades do interior, bem como Curitiba e Londrina, no Paraná. “Estamos priorizando a homologação de revendas em cidades com mais de 300 mil habitantes e que possam ser atendidas a partir de São Paulo e Joinville (SC)”, comenta Décio Marcellino, diretor da empresa. Ele lembra, ainda, que a SE busca parceiros que tenham preferencialmente experiência na implantação de sistemas integrados de gestão. Para os interessados, a homepage da empresa é www. se-gestao.com.br.

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7) QuarkExpress para Macinstosh OS X – O mais popular aplicativo de diagramação do Mac ainda não tem pronta sua versão para o novo sistema operacional Mac OS X. 8) Shadowbane – Jogo de rpg da Ubi-Soft que promete uma nova dimensão nos jogos on-line. Está sendo prometido há cinco anos.

9) New Amiga – Relançamento da linha computadores Amiga, um grande sucesso da década de 80. 10) Silicon Film’s Electronic Film System – Sistema que transformaria câmeras de filme em câmeras digitais, sendo adiado por três anos seguidos.

Empreendedor – Janeiro

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A software house catarinense SE – Sistemas Empresariais está buscando novos parceiros comerciais para expandir sua estrutura de atendimento nos mercados de São Paulo e Paraná. A empresa, que já tem 12 anos de atuação e detém certificação ISO 9001, oferece o SE-Gestão, uma solução para ERP/CRM composta de 28 módulos, que atendem empresas industriais, comerciais e de serviços. Buscando aprimorar o relacionamento com os atuais clientes, a SE está interessada agora em cadastrar novos parceiros comer-

6) GeForce FX – Uma superplaca de vídeo que chegou a ser exibida pela NVidia na Comdex 2002, mas até agora não está no mercado.




Franquia

REDES NA REDE

Total

Inglês à distância

Produtividade na rede tabilidade. Marco Aurélio Militelli, presidente da consultoria, explica que é realizado um estudo para verificar os níveis de produtividade, elaborada uma ação específica para cada caso e depois monitorados os resultados. (11) 5536-3055 DIVULGAÇÃO

Alternativa para pequenos

Projeções positivas para 2003

A Vita et Pax, franquia especializada em moda branca, criou a modalidade mini-franquia, formatada para que a rede seja expandida em centros menores, mas que tenham o mesmo sucesso alcançado pelas lojas localizadas em grandes centros. Quem quiser investir nessa modalidade deve desembolsar R$ 20 mil de taxa de franquia, ter mais R$ 20 mil de estoque inicial e considerar uma previsão de investimento para as instalações que varia entre R$ 4 mil e R$ 30 mil. A área mínima é de 25 m2, e o número de funcionários não precisa passar de três, incluindo o dono da franquia. (11) 5052-8400

De acordo com a ABF, a estimativa de crescimento das redes é de 7% no faturamento de 2002, o mesmo índice observado em 2001. “Para 2003, a expectativa é de um aumento de 10% sobre 2002”, diz Anette Trompeter, diretora executiva da ABF. Segundo ela, uma das bases para essa projeção otimista é a procura pela Feira Anual promovida pela ABF. Ela conta que o espaço já foi ampliado três vezes até agora, para poder acomodar os interessados, e já está quase esgotado novamente. (11) 3814-4200

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Sistema de gestão para licenciados A principal característica do franchising – transferência de know-how – está sendo adotada por uma grande rede de varejo que trabalha através de licenciamento da marca como alternativa para melhorar a performance dos negócios. A Fujifilm, com cerca de 1.500 licenciados no Brasil, não adotou a franquia mas Janeiro – Empreendedor

contratou consultoria especializada para formatar o sistema de gestão das lojas e oferecer treinamento para vendedores. “Além da atenção aos vendedores, foram desenvolvidos manuais para o licenciado receber depois de um treinamento de oito horas. Voltado para o dono do negócio, o programa aborda aspectos da

implantação, operação e gestão do negócio”, conta Cláudia Bittencourt, da Bittencourt Consultoria Empresarial & Franchising. Iniciado em julho de 2002, a iniciativa da Fujifilm já conseguiu proporcionar 40% de aumento no faturamento de várias lojas. (11) 3673-9401

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FOTOS DIVULGAÇÃO

Motivar unidades franqueadas a estar sempre buscando o crescimento é um dos pontos do Programa de Produtividade em Franchising desenvolvido pela Militelli Business Consulting, empresa especializada na gestão de negócios. Na rede de lavanderias 5 à Sec o programa foi implantado há um ano e a produtividade média da rede cresceu em 40%. Foi implantado o prêmio ao franqueado de melhor desempenho, o que incentiva os gestores a elevar os índices de ren-

A Yázigi Internexus está implantando nas mais de 300 unidades do país um novo formato de curso de inglês, o English Plus. A modalidade combina aulas em ambiente virtual, via internet e presencial na própria sala de aula. A iniciativa foi lançada como projeto piloto no ano passado, e a eficácia foi comprovada pelo crescimento do público interessado, que passou de 2 mil para 15 mil em um ano. Foram investidos R$ 6 milhões no desenvolvimento do English Plus, e no lançamento oficial para todas as unidades serão investidos mais R$ 2 milhões em campanha publicitária. As aulas em sala ocorrem nas unidades, e as atividades virtuais podem ser realizadas em qualquer computador conectado à internet, através do portal especializado do Yázigi com disponibilidade de um professor de plantão para esclarecer dúvidas. As escolas também possuem laboratórios de informática para uso dos alunos. (11) 3884-9600


Desempenho em 2002 abre perspectivas

Uma atração a mais A rede de restaurantes Hooters, de pratos variados, todos inspirados no clima e no cardápio das praias da Flórida (EUA), está desde outubro com sua primeira unidade aberta no Brasil. Sediado em São Paulo, o restaurante definido como de casual dining tem no atendimento seu principal diferencial. Na rede não há garçons, e sim jovens garotas que se movimentam em cima de pa-

tins para servir almoços e jantares ao som de músicas dos anos 60. A descontração é portanto o ponto alto do lugar, que serve principalmente grelhados, saladas e frutos do mar. A rede espera abrir dez unidades no Brasil em cinco anos. São franquias que exigem investimento de cerca de R$ 1,2 milhão, e os interessados já devem saber que o negócio funciona de segunda a domingo, a partir das 11h30. (11) 5181-3879

Oportunidades em ritmo de tango Cerca de 40 empresas franqueadoras brasileiras estão interessadas em entrar no mercado argentino, que começa a dar sinais de melhora depois de cerca de quatro anos de recessão. A informação é do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). A instituição levou cinco franquias para expor seus produtos e conceitos aos empresários argentinos durante um seminário naquele país. “Apesar da crise, não há melhor lugar abaixo da linha do Equador para se lançar tentáculos hoje do que Buenos Aires”, resume Marcus Rizzo, consultor de franchising do Sebrae. Ele acredita que nos próximos cinco anos em torno de 10% das 750 redes brasileiras estarão estabelecidas no Mercosul tendo a Argentina como o centro de expansão.

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Mapeando – A rede WS Italy (cosmética italiana) franqueaou 15 novas unidades em lugares que vão desde São Paulo até Jequié, na Bahia, totalizando assim 63 lojas no país. O investimento médio de cada loja é de R$ 60 mil, e cada unidade prevê a geração de 105 novos empregos, sendo cinco diretos e cem indiretos, já que o trabalho de atender o consumidor é feito também com equipes de vendas. (11) 3872-8411

300 – O Bob’s inaugurou em dezembro sua loja de número 300, em Maceió. A meta agora é chegar a 500 pontos-de-venda até 2005. Em 2002, a rede, que completou 50 anos de fundação, abriu 51 novas lojas, atingindo a meta do ano. A loja 300 tem dois andares, salão para festas, drive-thru e estacionamento, numa área total de 620 m². O investimento foi de R$ 1,5 milhão. (21) 2560-5090 Genial – Com a totalização de 200 unidades no país, Alberto Saraiva, o dono da rede de comida árabe Habib’s, criou um manual interno com 15 normas para a seleção das regiões ideais para a instalação de uma nova loja. Sem revelar quais são essas normas, ele apenas afirma que “o ponto não se faz pelo bairro, mas pelo trânsito e pela qualidade das pessoas”. E acrescenta: “Meus concorrentes decidem para onde querem ir e depois selecionam o ponto. Eu decido antes o ponto e depois verifico a região”. (11) 5633-2600 Empreendedor – Janeiro

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A rede de lavação de carros ProntoWash começou a atuar no Brasil em janeiro de 2002 e fechou o ano com 70 unidades (entre próprias e franqueadas). Segundo Alan Packer, presidente da empresa, “a meta de expansão para o primeiro ano de operação foi superada em mais de 15%”. A proposta é abrir, num prazo de um ano e meio, 130 novos pontos em todo o país. Pioneira na lavagem móvel de veículos, a empresa nascida em Buenos Aires (Argentina), onde possui outras 15 unidades, está alcançando suas maiores conquistas no Brasil. O sucesso da ProntoWash também está despertando o interesse de grupos e empresários estrangeiros. A empresa já opera em Miami (EUA) há 4 meses. A tecnologia inteligente de lavagem de veículos é um dos diferenciais da marca. Os lavadores utilizam carrinhos de limpeza que permitem executar a lavagem na própria vaga onde o carro está estacionado. Além disso, o sistema de lavagem utiliza apenas 4,5 litros de água por veículo, panos descartáveis e recicláveis feitos de fibra vegetal e produtos de limpeza biodegradáveis. www.prontowash.com.br

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CIRCULAR


Franquia

Total

Quem tem casa quer decorar

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LINHA DIRETA: FLORENSE 0800 90 0053 . RESEVILA (54) 297-3209 . IMAGINARIUM (21) 742-7214

O mercado de lojas de móveis planejados e objetos de decoração expande-se por todo o país e encontra no franchising a garantia de fidelização do produto A busca pela fidelização na venda do produto é o principal motivo que várias empresas da área de decoração apontam como razão maior para a escolha do franchising para expandir o negócio. Para Miguel Barbosa, consultor da Massa Crítica, empresa de consultoria que possui na lista de clientes várias empresas do setor, comenta que as indústrias investem muito na qualificação dos produtos, agregando valores que não são considerados como diferenciais quando na venda em lojas multimarcas. “A franquia acaba qualificando também o varejo”, afirma. Apesar de apenas 13 franqueadoras estarem ligadas à Associação Brasileira de Franchising (ABF), estima-se que cerca de 40 empresas utilizem o sistema para estar presente em várias regiões brasileiras, ou mesmo fora do país, como é o caso da Florense. A indústria moveleira localizada na cidade de Flores da Cunha, no Rio Grande do Sul, tem mais de cem lojas padronizadas, estando presente nos 23 estados brasileiros e em outros seis países: Estados Unidos, México, Canadá, Porto Rico, Uruguai e Paraguai. A história da Florense dentro do franchising começou em 1988, ano em que completava 35 anos de fundação. A grande virada foi motivada pela necessidade de oferecer qualidade ao consumidor não só nos móveis planejados, Janeiro – Empreendedor

mas também na prestação dos serviços de projetos, instalação e assistência técnica. O investimento médio para montar uma loja Florense é de R$ 120 mil, variando de acordo com a dimensão da loja. A unidade precisa de cerca de dez colaboradores, e a duração mínima do contrato de franquia é de 24 meses. Para os interessados vale ressaltar que são exigidas características como a de ter disponibilidade de recursos, conhecer e gostar desse ramo, não participar de atividades ou empresas que concorram com a Florense, possuir espírito de trabalho em equipe e confiar no franqueador, entre outras. A constante busca pela inovação é um dos diferenciais da franqueadora para manter os franqueados sempre satisfeitos com o negócio. Na década de 90, por exemplo, foram contratados os serviços de uma equipe de designers italianos que, junto com o Departamento de Engenharia da fábrica, passou a projetar novas linhas, fazendo com que as mesmas tendências expostas em feiras na Itália e na Alemanha já fossem lançadas simultaneamente no Brasil. Hoje, a Florense é líder nacional de exportação de móveis. As vendas para o exterior representam 28% do faturamento total da empresa. [Crescimento] De acordo com o consultor Miguel

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Barbosa, o ramo de decoração está em alta de maneira generalizada. A expansão através de franquias está provocando abertura, em média, de cinco a sete novas unidades de cada marca por ano. “Nesse setor a maioria funciona com uma fábrica e oferece toda a assistência técnica necessária ao franqueado para satisfazer a vontade do cliente final. Muitas dessas indústrias estão crescendo sem sistema de licenciamento ou franquia até que percebem que o canibalismo provocado pela mesma marca em determinados territórios é prejudicial à rede inteira e aí resolvem formalizar a maneira de expansão”, conta Barbosa. No entanto, algumas empresas não deixam a situação chegar a esse ponto e constroem o sistema de distribuição de


maneira planejada, como ocorreu com a Resevila, uma indústria de móveis planejados também de Flores da Cunha (RS). O responsável pelas franquias, José Braga, conta que eles se prepararam para o sistema de franchising quando perceberam que não havia empenho da venda do produto nas lojas multimarcas e logo contrataram os serviços de uma consultoria, que realizou a padronização e a organização de manuais técnicos para que cada unidade estivesse afinada com a franqueadora. A Resevila tem hoje cinco unidades franqueadas, uma própria na capital gaúcha e mais duas em andamento no Nordeste. “Oferecemos total apoio ao franqueado, desde a escolha e aprovação do ponto até treinamento para vendedores, produção de material promocional e encaminhamento às instituições financeiras para conseguir financiamentos”, explica José Braga. Para integrar as unidades são realizadas reuniões periódicas de avaliação, e a meta da empresa é que a rede tenha 30 lojas em até cinco anos. O investimento varia entre R$ 90 mil e R$ 200 mil para as instalações numa área de aproximadamente 180 m2 e mais R$ 15 mil para taxa de franquia. O retorno é previsto entre 18 e 24 meses, há necessidade de cerca de sete funcionários e a previsão de faturamento é de R$ 110 mil/mês. As empresas Ma Maison e Ronconi também estão atraindo muitos interessados, sendo que a primeira iniciou DIVULGAÇÃO

o sistema em 1992 e possui 18 franqueados. A Ronconi, mais voltada para sofás, mesas e cadeiras, iniciou em 2001 a franquear e já tem nove unidades. A Móveis Bontempo é outro exemplo de crescimento. Com 45 unidades, a empresa mantém um Centro de Treinamento para franqueados, vendedores e equipes de montagem que são convocados a conhecer os lançamentos e atualizar-se com o mercado. Uma empresa que está desenvolvendo o projeto para transformar-se em franquia é a Portiére, também de móveis planejados, que possui quatro lojas em esquema de licenciamento.

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A maior exibição de decoração do país, Casa Cor®, começou pelas mãos de quem na época, 1987, nunca havia trabalhado no meio. A brasileira Yolanda Figueiredo e a argentina Angélia Rueda atuavam em áreas bem diferentes em São Paulo quando, em visita a Buenos Aires, foram procuradas pelos amigos Ernesto Del Castillo e Javier Campos Malbrán. Os dois propuseram organizar uma mostra de decoração no Brasil semelhante à Casa Foa, evento que desde 1985 vinha sendo realizado com sucesso na capital portenha. A idéia agradou e no mesmo ano os quatro se uniram no desafio de lançar a mostra para os paulistas. “Era uma proposta totalmente inovadora, que previa inaugurar um canal direto entre os profissionais da área, fornecedores do setor e o público”, conta Yolanda. Além disso, Casa Cor® tinha como objetivos valorizar o trabalho de decoradores e paisagistas, bem como angariar fundos em prol de entidades beneméritas. Hoje, 15 anos depois, Casa Cor® é exemplo de uma experiência bemsucedida. Com 13 franquias no território nacional e uma no Peru, trata-se de uma exibição que movimenta, alicerça e determina os lançamentos do setor.

[Outras mostras] O sucesso abriu possibilidades para que outros empreendedores seguissem o mesmo caminho, algumas vezes com o nome de empresas patrocinadoras, como as mostras da Artefacto/Brastemp, ou de iniciativas de organizações, como as mostras organizadas pelo grupo da Rede Brasil Sul (RBS) – Casa & Cia., em Porto Alegre, e Casa Nova, em Florianópolis. Empreendedor – Janeiro

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[Objetos] Mas nem só de móveis vive uma casa, e igualmente em crescimento o setor de objetos de decoração proporcionou à rede Imaginarium um reconhecimento importante. A rede especializada em objetos de uso pessoal e de decoração recebeu o prêmio ABF Destaque Franchising 2002 como franqueadora do ano. Não é para menos. A empresa teve crescimento de 23% nas vendas em 2002 e há a expectativa de abertura de 15 a 20 novas unidades somente este ano para somarse às 59 abertas nas principais cidades brasileiras. Nasceu como uma loja que vendia presentes e fornecia também produtos para lojas de departamentos. Mas a criadora da maioria das peças, Karen Engelhardt, resolveu focar o negócio quatro anos depois, em 1991, e entrar no mercado de franquias. Mais tarde ela ganhou o apoio integral do marido, Luiz Sebastião Rosa, que acabou largando definitivamente a medicina para se dedicar à Imaginarium. Os preços dos objetos da rede variam entre R$ 10 e R$ 244. O segredo do sucesso, diz Luiz Rosa, é “sempre investir em recursos humanos, no conhecimento, nas tendências de mercado, na tecnologia de informação do varejo e em treinamento. Tenho notado que a loja que mais vende nem sempre é aquela que está no melhor ponto, mas aquela que tem o melhor atendimento, que entende o que está vendendo e acredita nos produtos.”

Evento vira franquia

LINHA DIRETA: MASSA CRÍTICA (41) 339-2217 . CASA COR www.casacor.com.br . CASA & CIA. E CASA NOVA (48) 216-3750

FOTOS HERMES BEZERRA DIVULGAÇÃO

EM DESTAQUE


Franquia

ABF premia os melhores do franchising

DIVULGAÇÃO

ABF

2003

LINHA DIRETA: ABF www.abf.com.br – abf@abf.com.br

A Associação Brasileira de Franchising realizou a entrega do Prêmio ABF Destaque Franchising 2002 e do Selo de Qualidade 2002 aos melhores do sistema durante almoço em São Paulo, encerrando com chave de ouro o ano de 2002 A ABF comemorou em grande estilo o ano que passou ao lado dos principais franqueadores e fornecedores do sistema, e premiou os profissionais que mais se destacaram no universo das franquias em 2002. As empresas chanceladas com o Selo de Qualidade 2002 e os vencedores do Prêmio ABF Destaque Franchising 2002 foram anunciados no almoço de final de ano, realizado no dia 17 de dezembro no Buffet Giardini, em São Paulo. Com o patrocínio da Telesp Celular, o evento contou com a presença de 230 pessoas. O Prêmio é concedido anualmente, desde 1994, aos franqueadores, franqueados e personalidades, e visa a reconhecer e prestigiar as diversas frentes de atuação que trabalham para o de-

LUIZ SEBASTIÃO ARAÚJO ROSA, DA IMAGINARIUM, RECEBE O PRÊMIO FRANQUEADOR DO ANO DAS MÃOS DO PRESIDENTE DA ABF, GERSON KEILA, E DO VICE, ARTUR GRYNBAUM

senvolvimento do franchising no Brasil. A edição de 2002 consagrou a rede Imaginarium como o Franqueador do ano pela sua destacada atuação. Na categoria Personalidade, o destaque foi para o Banco do Brasil, pela sua forte atuação junto ao franchising, com programas como o Proex-Franquia e o BB Franquia financiamentos; uma agência de atendimento dedicada ao franchising, além do apoio dedicado aos eventos da ABF, ao longo do ano. Com o case “Responsabilidade social – um case de sucesso”, Elenise Velanes, da rede O Boticário, foi a gran-

de vencedora na categoria Franqueado. Já com o trabalho “O sistema de franchising na administração pública”, os estudantes Adriana Vieira Santos, Bruno Biazze e Eduardo Tristão foram os vencedores da categoria Trabalhos Acadêmicos. Na categoria Jornalismo, Marlene Jaggi se destacou na modalidade Revista, com a matéria “No topo da lista”, publicada na revista Exame SP; enquanto que na modalidade Jornal o prêmio foi recebido por Gisela Alvares, do Jornal do Commercio, pela matéria “Aposta na internacionalização”.

Conheça a nova diretoria da ABF A nova diretoria da ABF, biênio 2003/2004, tomou posse em 1º de janeiro Gerson Keila, da Master Brasil e atual presidente da ABF, foi reeleito para o cargo por mais dois anos. O vice-presidente será Artur Grynbaum (O Boticário). Na ocupação dos demais cargos da nova diretoria, foram eleitos Ricardo Camargo (McDonald’s),

Janeiro – Empreendedor

como diretor administrativo e financeiro; Andréa Oricchio Kirsh (Viseu, Castro, Cunha e Oricchio Advogados), como diretora jurídica; Robinson Shiba (China in Box), como diretor de comunicação e marketing; Luiz Henrique do Amaral (Dannemann), como diretor de

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relações internacionais; João Baptista da Silva Jr. (Rei do Mate), como diretor de cursos e eventos; Sergio Milano Benclowicz (Livraria Nobel), como diretor de expansão; e Jaime Baez Arias (Yázigi), como diretor de franqueados.


2002

Empreendedor – Novembro


2003

LINHA DIRETA: ABF www.abf.com.br – abf@abf.com.br

Franquia ABF

Janeiro – Empreendedor


FRANQUIAS EM EXPANSÃO Quality Cleaners

Estética Onodera

Negócio: lavanderia expressa Tel: (11) 3253-0555 www.qualitycleaners.com.br

Negócio: estética facial e corporal Tel: (11) 3846-0604/Fax: (11) 30441835 www.onodera.com.br

Uma beleza lucrativa

Lavanderia expressa

A Estética Onodera, maior rede de Centros Estéticos do Brasil, conta atualmente com 24 unidades em São Paulo, sendo que quatro ficam no interior desse estado. A empresa iniciou seu processo de expansão por meio do sistema de franquias em 2000 e, em apenas um ano e meio, aumentou o volume de negócios em mais de 200%. Essa visão empreendedora permitiu que a Onodera se tornasse a maior franquia a operar no mercado estético brasileiro. A rede presta, entre outros serviços em estética: tratamentos para celulite, flacidez, gordura localizada, estrias, mesoterapia e estética facial.

Seja mais um empreendedor de sucesso! Faça parte de uma rede mundial de lavanderias! Um mercado com grande potencial e em constante crescimento! A rede de lavanderias expressas Quality Cleaners atua no Brasil desde 1999 e, após um período de aprendizado no mercado brasileiro, estruturou seu processo de expansão pelo sistema de franquias e já conta com mais de16 lojas no país. A Quality Cleaners oferece a seus franqueados um suporte de primeira linha, incluindo treinamento técnico operacional, acompanhamento na implantação da franquia, assessoria mercadológica e um vasto know-how adquirido por sua experiência internacional, em mais de 300 lojas e oito países, Nº unidades: 4 próprias/16 franqueadas Área de interesse: Brasil adaptada às caracApoio: PA, PM, MP, PO, PP, OM,TR, EI, SP terísticas nacionais. Taxas: R$ 30.000 (franquia), 5% (royalties) Entre em contato e 2% (publicidade) com nossa Área de Instalação: R$ 210.000 a R$ 260.000 (inclusos taxa de franquia, capital de giro e estoque inicial) Franquias e faça Prazo de retorno: 24 a 36 meses parte deste time Contato: Ventura vencedor!

Nº de unidades: 24 Áreas de interesse: regiões Sul e Sudeste Apoio: PA, MP, PP, PO, OM, TR, EL, PN Taxas: R$ 25.000 a R$ 32.000 (franquia), 6% (royalties) e 4 % (publicidade) Instalação: R$ 80.000 a R$ 200.000 Prazo de retorno: 18 a 24 meses Contato: Empresa Francap

Varig Log Negócio: transporte e logística Tel: (11) 3897-7033/3897-7440 www.variglog.com

PBF Inglês e Espanhol Negócio: Educação/Ensino de Idiomas Tel: (11) 5084-1924/Fax: (11) 5084-8882 franchising@pbf.com.br/www.pbf.com.br

Liderança em logística A VARIG LOGÍSTICA S.A – VARIG LOG surge no mercado como a maior empresa de logística da América latina, resultado da soma de uma larga experiência com novo conceito tecnológico. Essa experiência vem da VARIG CARGO, então Unidade de Negócios de Cargas da VARIG BRASIL. Direcionando suas atividades para o mundo globalizado, ela está totalmente preparada para atender às necessidades da nova economia e pronta para gerenciar todo processo logístico de armazenamento, estocagem, embalagem, transporte e distribuição de mercadorias. Hoje são 151 aeronaves, milhares de veículos e as melhores alianças estratégicas em todos os meios de transporte, garantindo mais agilidade, segurança, pontualidade e regularidade nas entregas. Por trás de tudo isto, conta com uma estrutura de unidades próprias e franqueadas no Brasil e no exterior, formando uma ampla rede de coleta e distribuição que abrange todo o território nacional e 350 cidades no Mercosul. A VARIG LOG chega ao mercado reconhecida como sinônimo de Nº de unidades: 211 Áreas de interesse: Brasil, América do Sul e Europa qualidade, certifiApoio: PA, MP, PP, PO, OM, TR, PF, EI, PN, SP cada pela ISO Taxas: R$ 5.000 a R$ 40.000 (franquia Brasil), 5% FB 9002. E isso signi(royalties) e 1% FB (propaganda) fica garantia de Instalação da empresa: a partir de R$ 750 m2 tranqüilidade para Prazo de retorno: acima de 18 meses seus clientes. Contato: Roberto Gomes

Cinco razões para você investir em uma franquia de sucesso! 1. A PBF exige pequeno investimento e não cobra royalties. 2. A PBF é uma rede de escolas de idioma com mais de 30 anos de experiência e tradição. 3. A PBF possui um método de ensino exclusivo e próprio, totalmente atual e comunicativo. 4. A PBF forneNº de unidades: 0 próprias e 201 franqueadas ce suporte em Áreas de interesse: Todo o Brasil todas as áreas, da Apoio: PA, PO, TR, PF, EL, SP, MP, PM, PO, OM Taxas: 30% pool propaganda sobre compra de livro administrativa à pedagógica. Instalação da empresa: a partir de R$ 40 mil 5. A PBF traba(dependendo do tamanho da cidade) Capital de giro: R$ 10 mil lha para você cresPrazo de retorno: 18 a 24 meses cer sem parar! Contato: Christian Alberto Ambros

PA- Projeto Arquitetônico, PM- Projeto Mercadológico, MP- Material Promocional, PP- Propaganda e Publicidade, PO- Projeto de Operação, OM- Orientação sobre Métodos de Trabalho, TRTreinamento, PF- Projeto Financeiro, FI- Financiamento, EI- Escolha de Equipamentos e Instalações, PN- Projeto Organizacional da Nova Unidade, SP- Solução de Ponto


FRANQUIAS EM EXPANSÃO Golden Services

Negócio: pretação de serviços do futuro Tel: 0800 12 7286 / Fax: (11) 374-3 2734 E-mail:franquia@goldenservice.com.br www.goldenservices.com.br

O futuro é aqui

Alps Negócio: escola de idiomas Tel: (19) 3296-0600 www.alpsschool.com.br

Nova oportunidade de negócios

SERVIÇOS DO FUTURO é um conceito de unidades de prestação de serviços de alta qualidade, instaladas estrategicamente para atender um público que busca praticidade, qualidade e preços justos. Em cada uma de nossas lojas encontramos o máximo em tecnologia e atendimento profissional para consertos de sapatos, bolsas e tênis, serviços de costura, além da mais moderna lavanderia do mercado. Nosso suporte é completo para o franqueado, desde a localização e negociação do ponto comercial até a implantação da loja. As franquias que hoje fazem parte do GOLDEN SERVICES são: SAPATARIA DO FUTURO (a sua loja de serviços com mais de 130 lojas em todo Brasil); COSTURA DO FUTURO (a única e mais completa rede nacional de serviços de reforma de roupas em geral); LAVANDERIA DO FUTURO (a lavanderia mais moderna do Nº de unidades próprias e franqueadas: 130 Brasil). Venha fazer parte Área de interesse: Brasil desse sucesso! Seja um Apoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, TR, PF. FI. franqueado do futuro! EL, PN, SP Informações para Taxa: variáveis (ver site) franquias: 0800 12 7286 e Instalação da empresa: variável (ver site) Capital de giro: variável www.goldenservices.com.br. Prazo de retorno: 24 a 36 meses

A ALPS é a rede de franquias de idiomas que mais cresce no Brasil. Lançada no mercado em 2001, já conta com mais de 100 franquias espalhadas por todo o país, sendo que pretendemos fechar este ano com cerca de 250 unidades. O método Alps foi desenvolvido nos Estados Unidos seguindo as mais modernas técnicas de neurolingüística, possibilitando um aprendizado rápido e permanente do inglês. Alguns alunos que já estudaram em outros métodos e depois vieram para a ALPS chegam a afirmar que falaram mais inglês em 20 horas em nossas escolas que em toda a sua experiência anterior. Essa é a grande oportunidade para você poder ter seu próprio negócio e fazer parte de uma empresa com know-how administrativo e comercial, e um sistema exclusivo de ensino. A Alps dá assessoria na seleção do ponto comercial, na adequação do imóvel e na implantação e operação da escola, treinamento pedagógico, comercial, além de todo o suporte de uma equipe de profissionais especializados que vão assessorá-lo no seu empreendimento. Esta é sua grande oportunidade de sucesso em uma rede em ampla expansão! Existem várias Nº de unidades próp. e franq.: 150 cidades disponíveis para a imÁreas de interesse: Brasil plantação de uma unidade Apoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, TR, PF, FI, EI, PN, SP Alps. Consulte nossa home Taxas: R$ 10 mil (franquia), 7% sobre compage (www.alpschool.com.br) pras (royalties) e R$ 12,0 p/ material didático e contate nosso Depto. de Instalação da empresa: R$ 30 mil a R$ 50 mil Franchising através do telefoPrazo de retorno: 12 a 18 meses ne (19) 3296-0600. Contato: Artur José Hipólito

Vicio

Livraria Modelo

Negócio: vestuário Tel/fax: (11) 3333-3322 franquia@vicio.com.br – www.vicio.com.br

Negócio: livraria Tel: (81) 3338-8019 Fax: (81) 3338-8069 www.modelo-online.com.br

Qualidade e diferenciação Criada em 1985 por Cláudio Fernandes, a VICIO traz desde o seu início produtos que vão ao encontro das necessidades e desejos dos consumidores mais exigentes. Masculino e feminino, básico e fashion, além dos acessórios, fazem da VICIO uma coleção completa com uma série de itens exclusivos. Atualmente a VICIO aposta na qualidade e diferenciação de seus produtos. Para isso investimentos constantes são feitos em pesquisas, não somente em tendências como também em novas matérias-primas e técnicas avançadas de produção e industrialização. Tudo isso levou à consolidação da marca no mercado nacional. Prova disso é a distribuição feita por mais de 500 pontos-de-venda que vão do extremo sul ao extremo norte do Nº de unidades: 4 próprias país. Com uma equipe forÁreas de interesse: Norte, Nordeste, mada por profissionais de Centro-Oeste, Sul e Sudeste ponta sempre atentos às Apoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, TR, EL, PN, SP. Taxas: R$ 30.000 a R$ 50.000 (taxa de constantes mudanças que franquia), 5% (royalties) e 2% ocorrem neste mercado, (publicidade) a VICIO certamente conInstalação da empresa: 600 a 1.000 m² tinuará sua constante Prazo de retorno: 18 a 24 meses busca!! Contato: Fernanda B. Dittmers

Abra um verdadeiro modelo de franquia Se você tem visão de mercado e quer ser bem-sucedido, este é o seu negócio. Abrir uma franquia Modelo é poder contar com toda a estrutura de uma empresa que dispõe de vasta experiência e de uma equipe especializada na venda a varejo, há mais de 15 anos. Além disso, a TWM Administradora de Franchising, empresa que é responsável pelo sistema de franquias da Modelo, fornece todo o suporte técnico e operacional aos franqueados com apoio mercadológico e treinamento para implementação, estruturação e gestão de sua loja. A diversidade e o suprimento dos produtos oferecidos ainda contam com a retaguarda da DPM, que é a maior distribuidora de material de escritório, escolar e suprimento para informática do Norte/NE. A marca Modelo por quatro anos consecutivos detém o maior share of mind no segmento de livrarias do GranNº de unidades: 6 de Recife, de acordo Área de interesse: Brasil com pesquisa do InsApoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, TR, PF, EI, PN, SP Taxas: de R$ 15.000,00 a R$ 35.000,00 tituto Harrop. Livra(franquia), 3% (royalties) e 2% (propaganda) ria Modelo. Venha faInstalação: R$ 1,5 mil por m2 construído zer parte desta históPrazo de retorno: 24 a 36 meses ria de sucesso. Contato: Joaquim Bezerra

PA- Projeto Arquitetônico, PM- Projeto Mercadológico, MP- Material Promocional, PP- Propaganda e Publicidade, PO- Projeto de Operação, OM- Orientação sobre Métodos de Trabalho, TRTreinamento, PF- Projeto Financeiro, FI- Financiamento, EI- Escolha de Equipamentos e Instalações, PN- Projeto Organizacional da Nova Unidade, SP- Solução de Ponto


Fun Languages – The Kids Club Negócio: inglês para crianças Tel: 0800 55 3565 www.funlanguages.com.br

Fisk Negócio: Educação/Ensino de Idiomas Tel: (11) 5573-7000/Fax: ramal 251/255 franchising@fisk.com.br/www.fisk.com.br

O seu sucesso é a nossa história!

Inglês com selo de qualidade A Fun Languages – The Kids Club é a única franquia de curso de inglês para crianças premiada pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) com o Selo de Qualidade. De origem inglesa e com metodologia própria, a rede está presente em mais de dez países com cerca de 60 mil alunos pelo mundo. Só no Brasil, possui mais de cem unidades franqueadas, 10 mil alunos e está presente em 300 das melhores escolas. Com um pequeno investimento você abre uma franquia FUN LANGUAGES – THE KIDS CLUB e leva todo o nosso know-how até o aluno, esteja ele na escola, na academia, no clube ou em condomínios, sem a necessidade de iniciar seu negócio investindo em um ponto. Oferecemos total apoio, workshops regionais e convenções anuais e reciclagem de treinamento, gratuitamente, para franqueados e seus professoNº de unidades: 110 res. Se você fala inglês fluente, Áreas de interesse: Sul e Sudeste adora crianças e Apoio: total Taxas: R$ 5.000 (franquia), quer ter um negóNC (publicidade) e 12,5% (royalties) cio próprio, venha Capital de giro: R$ 2.000 conversar conosco! Prazo de retorno: 6 a 12 meses Contato: Shirleine Diniz

Faça parte de uma rede de escolas de idiomas com mais de 40 anos de experiência e tradição em ser sucesso. A empresa atua no Brasil de 1958, transferindo seu know-how aos franqueados distribuídos por todo o Brasil, América Latina e Japão. A FISK oferece um suporte de primeira linha incluindo treinamento em 11 áreas distintas para que o franqueado faça uma ótima administração em sua escola. O método de ensino exclusivo é constantemente atualizado por uma equipe pedagógica altamente qualificada e esse é o nosso ponto mais forte. Com um pequeno Nº de unidades: 40 próprias e 667 franqueadas investimento você Áreas de interesse: Todo o Brasil abre uma franquia Apoio: PA, PO, TR, PF, EL, SP, MP, PM, PO, OM FISK e constrói Taxas: 30% pool propaganda sobre compra de livro também a sua hisInstalação da empresa: a partir de R$ 40 mil tória de sucesso Capital de giro: R$ 10 mil num mercado em Prazo de retorno: 18 a 24 meses Contato: Christian Alberto Ambros franca expansão.

Planet Idiomas Negócio: ensino de idiomas Tel: (19) 3254-3744 www.planet-idiomas.com.br

Sucesso comprovado em todo o país Com moderna e atualizada metodologia de ensino, a PLANET Idiomas vem se destacando como uma das melhores escolas de idiomas do país. Escolha o tipo de franquia que mais se identifica com você e faça parte deste sucesso! 1. FRANQUIA COMPACTA: Com investimento total de 04 X R$ 3.880 você tem uma escola totalmente montada. Franquia exclusiva para professores de idiomas e para cidades de até 50 mil habitantes ou pequenos bairros. 2. FRANQUIA PLENA: Com investimento total de R$ 60.000 você terá uma Escola PLANET com todos os diferenciais de sucesso. Franquia voltada para Nº de unidades: 1 própria / 54 empresários e para grandes franqueadas cidades ou grandes bairros. Área de interesse: Brasil 3. FRANQUIA DE Apoio: PA,MP, PP, OM, TR, EI, SP CONVERSÃO: Sob consulta. Taxas: R$ 6.000 a R$12.000 Instalação: R$ 20.000 a R$ 60.000 Damos carência para a paCapital de giro: R$ 12.000 dronização de sua escola. Prazo de retorno: 12 a 18 meses Contato: Cristhina Ventorino

PA- Projeto Arquitetônico, PM- Projeto Mercadológico, MP- Material Promocional, PP- Propaganda e Publicidade, PO- Projeto de Operação, OM- Orientação sobre Métodos de Trabalho, TRTreinamento, PF- Projeto Financeiro, FI- Financiamento, EI- Escolha de Equipamentos e Instalações, PN- Projeto Organizacional da Nova Unidade, SP- Solução de Ponto


Franquia

Total

Franco Franquia

FRANCO FRANQUIA

Responde

Especialista em dizer o que pensa e lembrar os cuidados que se deve ter antes de entrar no mundo das franquias.

Meu Grupo

Como posso superar as dificuldades que estou tendo de acompanhar o nível das promoções que meus concorrentes – que não são franquia como eu – estão fazendo?

2003

Caro leitor, posso lhe dizer com todas as letras que a situação pela qual sua franquia está passando é uma verdadeira prova de fogo. É uma disputa até certo ponto desigual entre uma loja tradicional e uma franquia, cada qual com suas virtudes e seus defeitos. Especificamente sobre a dificuldade que você está tendo em acompanhar as promoções dos concorrentes, realmente essa é uma grande vantagem a favor deles. Afinal, não fazem parte de uma rede e por isso mesmo só dependem deles mesmos para criar uma promoção (no máximo, precisam negociar com seus fornecedores). Você, por sua vez, deve obedecer, por força de contrato e de padrão, ao que determina a rede à qual sua franquia pertence. Mas atenção: a vantagem que seu concorrente possui pode ser quebrada justamente pelo fato de você pertencer a uma rede. Ficou confuso? Então, deixe-me esclarecer. Partindo do princípio de que a gestão da sua rede de franquias não é engessada do tipo “temos-um-planejamento-que-devemos-seguirao-pé-da-letra”, determine quais são os pontos fortes e os pontos fracos da sua fran-

Já está no ar a lista de discussão do Franco Franquia. Agora os leitores têm um espaço ainda maior para debater os principais temas do franchising. Basta se inscrever no grupo para participar.

quia em relação ao concorrente. Não precisa escrever um plano de marketing. A intenção aqui é que você, sabendo exatamente onde seu calo aperta, possa sugerir algumas mudanças na condução das estratégias de marketing determinadas pela rede. E, a partir disso, receber as orientações necessárias para, enfim, reverter o quadro. Não é algo assim tão simples, obviamente. Mas só o fato de você levar seu problema ao franqueador já demonstra seu interesse e sua determinação em tornar a franquia competitiva. O seu grande argumento é que, mesmo que o sucesso de uma franquia se baseie na repetição de processos, não dá para negar a importância em estabelecer aberturas para estratégias mais personalizadas, com apelos mais localizados, de acordo com um público mais específico. Se nem assim você conseguir superar seus concorrentes, aí, francamente, o problema pode não ser mais só seu ou com sua franquia; pode ser, na verdade, um problema da própria concepção da franquia, que pode estar mal formatada ou ser inadequada para aquele mercado. Quem sabe...

Para se inscrever na lista do Franco Franquia, mande um e-mail para francofranquia-subscribe@yahoogrupos.com.br

FISCAL DA EFICIÊNCIA Seja você também um Fiscal da Eficiência de qualquer segmento do franchising. Envie suas colaborações para francofranquia@empreendedor.com.br.

Franqueza Total

“A certeza não nasce do nada. É fruto da experiência e do conhecimento.” (Franco Franquia)

SE... ... o desempenho da sua franquia não atingiu os resultados esperados, faça um exame de “consciência” e, antes de buscar desculpas no mercado e na conjuntura econômica, verifique se as causas não estão bem aí, no dia-a-dia do seu negócio.

Escreva para Franco Franquia: francofranquia@empreendedor.com.br Janeiro – Empreendedor

Toda semana estarei lançando novos temas para discussão. E as melhores opiniões serão publicadas aqui na coluna, podendo ainda serem utilizadas em futuras pautas do suplemento Franquia Total.

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F da questão O que você pode fazer caso o seu concorrente faça uma proposta de trabalho para seu melhor funcionário trocar sua franquia pela dele?



2003

LINHA DIRETA: TERRAVISTA (11) 3888-3800 . ROTEIROS DE CHARME www.roteirosdecharme.com.br . INVESTE BRASIL www.investebrasil.com.br . MAURÍCIO WERNER www.mauriciowerner.com.br

DIVULGAÇÃO

(Brasil

Por trás da

paisagem Mesmo com todo seu potencial, o turismo brasileiro ainda peca pela falta de profissionalismo e de preparo para atender bem aos anseios dos visitantes por

Lúcio Lambranho

Da construção de hotéis de pequeno e médio portes executada por famílias influenciadas pelo emocional ou pelo status entre os anos 20 e 60 até a nova tendência dos fundos imobiliários iniciada em 2000, o turismo no Brasil ainda é um dos maiores desafios para empreendedores. Isso porque até 1994 o país não tinha uma política nacional e nenhuma regulamentação para o turismo. A atividade profissional nesse mercado, portanto, é muito recente e ainda guarda problemas operacionais ligados diretamente a três fatores considerados básicos para o sucesso: parceria com os governos e as comunidades, mãode-obra treinada, sendo uma grande fonte de empregos locais, e o desenvolvimento de empreendimentos sustentáveis em harmonia com o meio ambiente. Janeiro – Empreendedor

Para quem consegue adaptar seu plano de negócios a esses fatores o mercado é promissor. Pela estimativa da Embratur – Instituto Brasileiro de Turismo para 2003, o público-alvo será formado por mais de 49,7 milhões de turistas, entre brasileiros e estrangeiros, que deverão gastar cerca de R$ 60 bilhões. Estima-se que em 2001 o turismo no Brasil gerou mais de 1,2 milhão de empregos diretos e indiretos, e uma renda equivalente a R$ 56,5 bilhões com impacto em 52 segmentos da economia. Os dados são os mais recentes do setor e fazem parte do Panorama do Turismo do Brasil, um conjunto de informações publicadas no portal Investe Brasil. A perspectiva da Embratur é que, em 2003, a receita retorne ao patamar de 2001, mesmo com a queda

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expressiva do número de turistas argentinos – os que mais visitam o Brasil entre os estrangeiros. A previsão de investimentos e de novos empreendimentos, segundo cálculos da Embratur, é de US$ 6,5 bilhões na construção de resorts, hotéis e pousadas até 2005. Nos últimos cinco anos, o Brasil recebeu US$ 10 milhões em investimentos públicos para aumentar a infra-estrutura. Durante a década de 90, o Governo Federal aplicou US$ 10 bilhões, e no mesmo período grandes redes e investidores internacionais somaram mais US$ 6 bilhões. Neste ano estão previstos mais US$ 2 bilhões em melhorias e no desenvolvimento do turismo no Nordeste. O investimento corresponde à segunda fase do Programa de Desenvolvimento Turístico do Nordeste (Prodetur), que já des-


) Análise dos efeitos do ecoturismo Impactos positivos Diversificação da cultura local através do estabelecimento de pequenos negócios J Estímulo ao artesanato e divulgação da cultura local J Geração de empregos para a população local J Fixação da população na região J Melhoria da infra-estrutura de transporte, comunicação e saneamento J Redução do impacto sobre o patrimônio natural e cultural J Redução do impacto na paisagem e no meio ambiente locais J Investimentos em equipamentos nas áreas protegidas J Possibilidade de promover a educação ambiental como forma de aumentar a conscientização sobre a necessidade de equilíbrio do meio ambiente J

manter aquilo que inicia. “O brasileiro é mestre em começar as coisas e não terminar. É preciso entender também que não se pode cobrar como em países de Primeiro Mundo e remunerar seu staff com salários impróprios”, dispara. Em alguns casos, segundo Werner, existe um mercado potencial para geração de empregos regionais, mas os empresários ainda utilizam mão-de-obra de outros lugares, já que essas pessoas necessitam de qualificação considerada menos onerosa. Para ele, o empresariado brasileiro ainda não percebeu que o treinamento também deve valorizar a mão-de-obra local. “Quanto custa um funcionário trazido de outro estado ou até mesmo de outro país? Bons laboratórios treinam até ratos. O brasileiro, na região do seu empreendimento, deveria respeitar o aspecto cultural e social”,

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Impactos negativos Fragilidade dos ecossistemas naturais muitas vezes não comporta o número de visitantes ou o tráfego de veículos J Infra-estrutura necessária pode comprometer o meio ambiente, alterando a paisagem, os recursos hídricos e a topografia originais J Inserção de novos valores podem gerar conflitos culturais e perdas de tradições da população local J Sobrevalorização de terras e imóveis e aumento do custo de vida local J Coleta e comércio ilegal de animais e plantas silvestres J

Fonte : Hotel Investment Advisors (HIA)

Empreendedor – Janeiro

2003

tinou US$ 1 bilhão para a região. Mesmo tendo um grande potencial turístico, o país ainda ocupa a 29ª colocação entre os maiores destinos do mundo. Para Maurício Werner, bacharel em Turismo e diretor da Escola de Turismo da UniverCidade, a baixa colocação está justamente ligada à maneira de administrar dos empresários do ramo. “O empresário brasileiro não economiza no tamanho da estrutura, na piscina ou no roupão. O problema está justamente na falta de qualificação dos funcionários. O que o empreendedor turístico deve ter é a capacidade de perceber que, por se tratar de uma prestação de serviços, não poderá deixar de investir em treinamento e aprendizagem contínua”, acredita. Na sua opinião, um dos principais fatores de insucesso é o brasileiro não


2003

ressalta o especialista. No projeto Terravista, idealizado pelo empresário alemão naturalizado brasileiro Michael Rumpf-Gail, o treinamento da mão-de-obra e a inclusão da comunidade foram planejados de forma inovadora. Ele lembra que realizou o treinamento com um número três vezes maior do que as vagas destinadas às funções no empreendimento. Todos os treinados são moradores da região de Trancoso (BA), local do projeto. “Essa foi nossa contribuição para o desenvol- RUMPF-GAIL: INOVAÇÃO NO TREINAMENTO E NA INCLUSÃO DA vimento da região. Esco- COMUNIDADE PRÓXIMA AO EMPREENDIMENTO lhemos os melhores para começar o trabalho, mas Além da estrutura imobiliária, o de conhecimento, aulas e palestras. os outros estão qualificados para tra- projeto incorpora uma atitude ecolo- Três urnas e cerâmicas, marcas da balhar em qualquer outro negócio tu- gicamente correta. As áreas construí- passagem e habitação de índios tupirístico de Trancoso”, explica o em- das seguiram o traçado dos pastos da guaranis no local, já estão em propresário. antiga fazenda, deixando intocados os cesso de datação e recuperação. Nas palavras de Michael, Tranespaços ocupados pelos remanes[Ações isoladas] centes de Mata Atlântica. O Instituto coso é um lugar diferente, onde há A ação de Rumpf-Gail mostra que Terravista, em fase de criação, garan- “uma mistura de gente muito espegrandes projetos também podem ser tirá a possibilidade de trabalho para cial”, com hippies convictos, ricos desenvolvidos de maneira sustentável. pesquisadores do país e do exterior e sem ostentação, moradores hospitaO empreendimento contará com um cuidará da preservação de outras leiros e simpáticos. “Está mais para a campo de golfe oficial de 18 buracos, áreas semelhantes na região. O Museu antiga Ibiza, da qual eu gostava muito, área para a implantação de um con- do Descobrimento, em parceria com do que para a Costa Esmeralda, que domínio e bangalôs disponíveis para os governos municipal, estadual e fe- é bonita, mas para mim muito monóa compra, áreas de lazer e visitação, deral, entre outros atrativos em nego- tona: os barcos todos grandes, os relojas, um novo Club Med, já em fun- ciação, reunirá o acervo arqueológico lógios todos Rolex”, lembra. Segundo cionamento (do qual o Terravista é descoberto na área do Terravista por o empreendedor, a preservação do dono de 50%), o Hotel do Golf (pe- uma equipe da Universidade Federal espírito sofisticado e rústico do sul queno hotel, com características di- da Bahia (UFBA) contratada pelo em- da Bahia já rendeu bons frutos. “Esferenciadas, de 50 a 60 apartamentos preendimento para realizar esse res- tamos com uma situação excelente de alto luxo e serviços voltados espe- gate. Parte da história dos povos que para começar 2003. A ocupação dos cialmente aos jogadores) e o primeiro habitaram a região será contada e pre- 250 apartamentos é total até o Carresort no Brasil da rede hoteleira servada graças ao trabalho do ins- naval”, revela Rumpf-Gail. alemã seis estrelas Kempinski. Helenio Waddington, presidente da tituto, que ainda servirá como centro Janeiro – Empreendedor

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DIVULGAÇÃO

(Brasil



DIVULGAÇÃO

(Brasil Associação de Hotéis Roteiros de Charme, acredita no potencial turístico do Brasil, desde que haja um desenvolvimento sustentável com foco na preservação do meio ambiente. Com a criação em 1992 da associação, que hoje conta com 38 hotéis, os empresários seguiam uma manual de “boas práticas ambientais”. Eram ações isoladas de ótimo resultado, segundo Waddington, mas que dependiam, de certa forma, do nível de comprometimento de cada associado. Por isso, foi implementado um Código de Ética e de Conduta Ambiental, conforme deliberação tomada pelos associados na Assembléia Geral de 1998. “Devido à total inexistência de um código no qual pudéssemos nos basear, decidimos desenvolver um código nosso com base em programas ambientais na área de turismo adotados em diversos países”, explica. Um dos parâmetros usados foi o

da United Nations Environment Programme (Unep), a divisão de tecnologia, indústria, comércio e turismo das Nações Unidas, com sede em Paris. “O objetivo é não haver conflito entre a preservação do meio ambiente e a sobrevivência da empresa hoteleira.” Como são hotéis de pequeno porte, mas com padrão internacional, os associados usam o turismo de eventos e de negócios para fugir da sazonalidade da atividade turística. Waddington lembra que 25% da ocupação dos hotéis vem desses dois segmentos. “Quem não trabalha com isso está morto. Levamos vantagem porque nossas características permitem que a diretoria de uma empresa fique nos hotéis em total processo de imersão sem ser incomodada”, diz. A experiência dos dois empreendedores mostra que iniciativas de sucesso no setor, grandes ou pequenas, só podem ter sucesso se tiverem a cara do Brasil.

Histórico da hotelaria no Brasil ANOS 20 A 60 J Hotéis de pequeno e médio

portes e de estrutura familiar J Construções hoteleiras

fortemente influenciadas por componente emocional e de status ANOS 70 J Financiamentos de longo prazo e

incentivos fiscais J Construções dos primeiros

grandes hotéis no Rio de Janeiro e em Salvador ANOS 80 J Crise econômica provoca o fim

dos incentivos fiscais J Início do fenômeno dos apart-

hotéis como oportunidade de negócio

Hotelaria no Brasil

ANOS 90 Segundo o último registro feito pela Embratur em 1992, havia no Brasil 2.500 hotéis e flats totalizando cerca de 140 mil apartamentos. Atualmente não há nenhum dado oficial atualizado sobre esse número, mas segundo pesquisas feitas pela HIA, baseadas em guias de turismo e no conhecimento dos empreendimentos por todo o país, estima-se que há cerca de 5.254 hotéis e flats no Brasil, com um total de cerca de 260.900 apartamentos. TOTAL DE HOTÉIS NO BRASIL Tipo Independentes Hotéis de cadeias nacionais Hotéis de cadeias internacionais Total

1992 Hotéis Quartos 2.393 120.000 65 12.000 42 8.000 2.500 140.000

Outubro de 2002 Hotéis Quartos 4.876 200.500 170 26.000 208 34.400 5.254 260.900

ATUALMENTE J Nova tendência de fontes de

Fonte : Hotel Investment Advisors (HIA)

capital: fundos imobiliários

2003

Janeiro – Empreendedor

Plano Real traz estabilidade econômica, o que atrai investidores, sobretudo fundos de pensão J Nova fase de crescimento hoteleiro com as linhas de crédito do BNDES J Expansão da oferta com aumento da construção de hotéis de luxo, marcando a presença do capital estrangeiro J Forte expansão de investimentos em apart-hotéis J

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)

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Empreendedor – Janeiro


ILUSTRAÇÕES CLÓVIS GEYER

INFORMAÇÃO

O efeito manada

2003

A avalancha informativa atual está levando os empresários a tomar decisões muito parecidas, o que é considerado perigoso para os negócios Estar bem informado deixou de ser uma virtude para tornar-se um estado de espírito no meio empresarial. Mas o que todos assumiam automaticamente como uma vantagem exponencial perdeu parte do seu glamour depois de algumas pesquisas realizadas no badalado Massachusetts Institute of Technology (MIT), dos Estados Unidos. A polêmica em torno dos trabalhos do psicólogo norte-americano Paul B. Andreassen e dos recentes artigos publicados pelo também norte-americano James Surowiecki colocou em dúvida alguns dos postulados mais respeitados da chamada economia da informação. Andreassen descobriu no final dos anos 80 que um grupo de estudantes do MIT, ao qual foi fornecido um volume menor de informações, teve uma performance muito melhor do que a de outro grupo submetido a um bombardeio informativo, num jogo envolvendo a compra e venda de ações da bolsa de Nova York. O estudo revelou que os estudantes com menos informação tomaram decisões diferenciadas, enquanto os que sofreram a avalancha noticiosa acabaram, quase todos, fazendo opções muito parecidas. Cerca de 89% dos estudantes com menos informação obtiveram em média um lucro de 27% nas transações Janeiro – Empreendedor

no pregão, enquanto 70% dos super-informados ganharam em média apenas 17%. Foi a partir dessa constatação que o professor Andreassen criou a imagem do efeito manada, através do qual grandes volumes de informação fornecidos maciçamente a determinados atores econômicos tendem a produzir atitudes similares, provocando a ampliação exagerada das conseqüências de qualquer fenômeno econômico. Surowiecki, um consultor e analista da revista New Yorker, atribui ao efeito manada a performance errática de várias empresas nas bolsas de valores. Também poderia explicar, em parte, as recentes oscilações no mercado de câmbio no Brasil. Quando os operadores do mercado passam a receber doses maciças de informação, a sua margem de conduta autônoma diminuiria e a tendência inevitável seria a tomada de decisões parecidas, o que acentua exageradamente fenômenos como compra ou venda em massa de papéis ou divisas, criando assim uma instabilidade induzida nas bolsas. Os estudos de Andreassem mostraram que quando há menos informação

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os operadores têm mais dúvidas e por isto tomam decisões diferentes. No final das contas isso acaba sendo positivo porque sempre alguns ganham e outros perdem, o que mantém o equilíbro no mercado. O problema é: quem terá coragem de desafiar o efeito manada num mercado financeiro que se comporta de forma cada vez mais homogênea, entre outras coisas, porque vive em permanente indigestão noticiosa, por conta das mesmas fontes de informação? Pessoas e empresas mencionadas no texto: Paul B. Andreassen – para comprar o trabalho: web.mit.edu/frc/ FRCWorkingPapers220-239.html James Surowiecki jamessuro@aol.com New Yorker www.newyorker.com


Editado por

Carlos Castilho

Informação pública ESTRATÉGIAS

Crescer ou não crescer Dez em cada dez empreendedores estão convencidos de que a expansão é a meta suprema de qualquer empresa. Mas muita gente já se arrependeu de ter ficado maior

Seu Alberto tinha um restaurante a quilo que começou pequeno, não mais de 20 almoços por dia. Depois de quase meio ano de contar tostões para sobreviver, o negócio começou finalmente a prosperar por causa de uma combinação feliz de preço e qualidade da comida. A clientela satisfeita se encarregou do boca-a-boca. Não demorou muito para surgirem filas no horário de pico, e a preocupação principal do seu Alberto passou a ser evitar que a comida acabasse antes do tempo. No final de 12 meses, a freguesia triplicou. O aumento do trabalho provocou a contratação de mais cozinheiras e não tardou muito para que a cozinha ficasse também pequena demais. Esse cenário, que para a esmagadora maioria dos empreendedores é uma espécie de nirvana, acabou se transformando num pesadelo para o seu Alberto. Ao mesmo tempo em que aumentaram as queixas das cozinheiras contra a falta de espaço, os fregueses mais fiéis começaram a reclamar que já não conseguiam mais almoçar na hora habitual por causa das longas filas. Outros apontavam falhas no atendimento, que já não era mais feito, apenas, pela família: o proprietário, a mulher e a filha.

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Preocupado, o dono do restaurante começou a fazer contas e mais contas tentando ver como conseguia ampliar a capacidade para 80 refeições diárias sem se endividar demais junto aos bancos. Para ganhar mais espaço teria que mudar para uma casa maior, logo com um aluguel maior. Na ponta do lápis, as despesas foram subindo até o ponto em que o seu Alberto descobriu apavorado que, para fornecer os 80 almoços, ele acabaria tendo que gastar 40% da receita extra com pagamento de dividas e no final teria um faturamento líquido menor Empreendedor – Janeiro

2003

Os especialistas em inteligência empresarial estão muito preocupados com a importância cada vez maior assumida pela informação originada em fontes governamentais nas tomadas de decisões de empresas privadas. É que normalmente existe um equilíbro de informações entre as produzidas pelo governo e as liberadas por fontes privadas como empresas, instituições de pesquisa, publicações, etc. A informação de fontes privadas perdeu credibilidade depois da explosão da bolha especulativa na internet no final dos anos 90 e da sucessão de escândalos com empresas de consultoria financeira nos Estados Unidos neste início de século. O resultado foi um enorme fortalecimento das informações de fontes governamentais, consideradas mais confiáveis e protegidas contra manipulações. O fato de todos acabarem acreditando apenas nas mesmas fontes acabou fortalecendo o efeito manada. Segundo Paul Andreassen, quando a informação pública predomina, cresce a tendência à “magnificação exagerada dos resultados, para mais ou para menos, porque não existe um contrapeso informativo privado.” Assim, quando alguma informação oficial provoca queda nas cotações das bolsas ou no mercado de câmbio, isso é visto imediatamente como sinal de mais problemas futuros. Quando acontece o contrário, subida das bolsas, a conseqüência é a euforia. Ambas as reações são equivocadas, afirma Andreassen, porque generalizam fenômenos que muitas vezes são localizados e acabam gerando desnecessariamente situações artificiais.

castilho@matrix.com.br


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Janeiro – Empreendedor

MARKETING

do que quando a clientela não passava de 40 pessoas. Seu Alberto procurou um consultor numa organização de apoio a microempresas e teve outra surpresa. O conselho foi de que, para obter um aumento real de renda, o restaurante deveria servir não 80, mas 100 refeições diárias. Foi quando seu Alberto começou a desconfiar de que tinha caído numa armadilha do tipo “se ficar o bicho come, se correr o bicho pega”. Por incrível que pareça, ele passou a ter a incômoda sensação de que o melhor teria sido continuar servindo 40 almoços por dia. Mas não dava mais para voltar ao passado. A fama de boa comida e bom preço já havia se espalhado e as pessoas queriam ser atendidas. Quem não conseguia ficava frustrado e passava adiante a frustração. O boca-a-boca, que antes era a favor, agora funcionava contra o sucesso do negócio. Na outra ponta, a opção pelo crescimento equivalia a um salto no escuro e a perda de controle sobre o empreendimento, que inevitavelmente sofreria uma mudança radical. De micronegócio unifamiliar passaria a ser uma empresa de médio porte despersonalizada, em que o seu Alberto não seria mais a figura central e todo-poderosa. A famosa “síndrome do crescimento” é muito mais comum do que se imagina. O pior é que ainda não descobriram um remédio sem contraindicações. A única coisa que se sabe é que o crescimento planejado é a melhor forma de escapar da armadilha. Esse crescimento planejado deve ser pensado nos mínimos detalhes, levando-se em conta que a estratégia de marketing é uma peça fundamental, porque é ela que evitará a fuga dos clientes fiéis; é o ativo que garantirá a sobrevivência do negócio em bases sólidas e constantes.

Direto ao alvo Pesquisa recém-divulgada nos Estados Unidos mostra que as newsletters corporativas ganham das páginas da Web em matéria de fidelização do cliente

A pesquisa foi feita no primeiro semestre de 2002 pela empresa Nielsen Norman Group, da Califórnia, com uma amostra de 400 newsletters editadas por empresas norte-americanas. A grande surpresa foi a preferência esmagadora do publico corporativo pela leitura de newsletters por causa da objetividade e economia de tempo. Os consultados afirmaram que sentiam maior afinidade e simpatia pelas newsletters porque elas chegavam diretamente à caixa de correio eletrônico evitando entradas na internet, que nem sempre são rápidas. Outra vantagem destacada pelos executivos consultados pelos pesquisadores do Nielsen Norman Group foi a personalização das informações contidas em newsletters. As que mereceram maiores elogios foram justamente aquelas que enviam apenas as informações solicitadas ou de interesse direto do receptor. O trabalho mostrou que 23% dos assinantes de uma newsletter corporativa a lêem detalhadamente tão logo a recebem. Cinquenta

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por cento fazem uma leitura dinâmica, captando somente os títulos e destaques, enquanto os restantes 27% não lêem, simplesmente colocam no arquivo para consultar mais tarde. O grande problema enfrentado pelas newsletters é o fato de muitos empresários as associarem ao detestado SPAM, mensagem eletrônica não solicitada e que se transformou na maior praga da internet. Jacob Nielsen, principal executivo


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Empreendedor – Janeiro


A era dos dinossauros corporativos Dois ícones do capitalismo mundial engrossaram no final de 2002 a lista das megaempresas que entraram em crise, justamente quando tudo apontava para uma era de ouro das multinacionais

Jacob Nielsen www.useit.com/jakob/ index.html

As crises na United Airlines, a segunda maior empresa aérea do mundo, e na Reuters, a maior agência de notícias econômicas do planeta, aumentaram as incertezas sobre o futuro das megaempresas que durante décadas lideraram os rankings do capitalismo mundial. A lista de grandes multinacionais que não vão sentir saudades de 2002 já tem mais de dez nomes muito conhecidos, mas nenhuma dessas empresas desnudou tão claramente a natureza da crise endêmica do que os casos da United e da Reuters. Ambas quase seguramente não voltarão mais aos seus dias de glória por uma questão simples: seu modelo de negócios não sobreviveu às mudanças estruturais na economia capitalista mundial. A United e quase todas as grandes empresas aéreas, como a nossa Varig, pagam o preço de erros administrativos e estratégicos cometidos nos tempos de vacas gordas, mas sobretudo porque ignoraram olimpicamente transformações que eram óbvias para quem viaja de avião, garantem especialistas como o norte-americano Tom Hansson.

Janeiro – Empreendedor

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Pessoas e empresas mencionadas no texto: Nielsen Norman Group www.nngroup.com

2003

TENDÊNCIAS

do Nielsen Norman Group, e um especialista em técnicas de aumentar a leitura de textos na Web, sugere que os editores evitem de todas as formas o uso de palavras como grátis, oportunidade ou sucesso na linha do assunto nas mensagens das newsletters corporativas. É que estas expressões são típicas de mensagens SPAM que tentam vender algo ou oferecer serviços que ninguém pediu. A pesquisa indicou que a facilidade na hora de pedir uma assinatura é decisiva para a opção do executivo por esta ou aquela newsletter. A grande maioria ainda prefere as publicações gratuitas, mas significativos 35% dos entrevistados admitiram que pagam por informações que eles consideram indispensáveis. Os executivos foram quase unânimes na afirmação de que a newsletter deve ser extremamente simples e objetiva, mas também foram enfáticos ao dizer que detestam material com mau acabamento e com erros de ortografia e design. Três razões são as mais importantes para as empresas escolherem as newsletters eletrônicas como ferramenta de marketing: 1) são pelo menos 60% mais baratas que as equivalentes impressas; 2) os resultados podem ser monitorados com exatidão quase total (quem leu, quando e como); 3) distribuição viral: quem recebe e gosta passa adiante para amigos sem problemas.

O maior problema foi a perda de agilidade administrativa e o conservadorismo de executivos que preferiram seguir ao pé da letra a máxima do “não se mexe em time que está ganhando”. As empresas menores, especialmente no volátil mercado de viagens aéreas, conseguiram ser mais rápidas na adaptação às novas exigências dos consumidores, racionalizaram custos operacionais e principalmente estabeleceram uma relação mais próxima com os seus clientes. Basta comparar, no Brasil, o atendimento dado pela Varig ao da novata Gol. Há pelo menos três anos, analistas como Markus Franke, do escritório alemão da empresa Booz Allen, afirmam que a tendência do mercado aeronáutico era a fragmentação: as empresas menores, surgidas com a desregulamentação do setor, assumiriam as linhas mais rentáveis, minando a posição das líderes do segmento. O caso da Reuters também é típico das mudanças surgidas num mercado antes solidamente dominado pela multinacional britânica, fundada há 150 anos. A agência foi atropelada pela era da informação e reagiu com dema-


agência de notícias econômicas do mundo. Rainer Meckes, consultor da empresa Simon-Kucher & Partners, garante que o problema da Reuters não se resolverá apenas com a receita clássica de apertar os cintos e demitir empregados. Ele acha que uma possível recuperação somente acontecerá depois de uma revisão radical em toda a estratégia da empresa britânica, procurando especialmente desenvolver novos produtos informativos. Tanto a Reuters quanto a United, como já aconteceu no passado com líderes mundiais como a National SemiConductors (ex-líder em microprocessadores) e a PanAmerican (outra empresa aérea), podem se transformar em verdadeiros dinossauros corporativos, vitimados pela incapacidade de sobreviver ao darwinsmo empresarial provocado pela globalização econômica.

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Pessoas e empresas mencionadas no texto: United Airlines www.ual.com Reuters www.reuters.com Varig www.varig.com.br Tom Hansson hansson_tom@bah.com Gol www.voegol.com.br Markus Franke franke_markus@bah.com Bloomberg www.bloomberg.com Thompson Financial www.tfn.com Onvista www.onvista.de Simon-Kucher & Partners www.simon-kucher.com/ Empreendedor – Janeiro

2003

siada lentidão ao surgimento de uma demanda sobre informação financeira interpretada e analisada. A Reuters ainda conseguiu dar conta da avalancha de informações gerada pelo funcionamento on-line e em tempo real das bolsas de valores do mundo inteiro, mas perdeu a corrida estratégica para serviços informativos muito menores como o norte-americano Bloomberg, o também inglês Thompson Financial e o alemão Onvista. Estes passaram a oferecer aos seus perplexos clientes análises que permitiam compreender o que estava acontecendo por trás do alucinante fluxo de números e estatísticas gerados pelo mercado financeiro planetário. Com isso a Reuters foi perdendo os grandes clientes corporativos, e seu valor na bolsa despencou em 90%, a ponto de no final de 2002 surgirem especulações sobre um inevitável desmembramento da mais tradicional



Guiado

Empreendedor

Pr odutos e Ser viços (pág. 56) Produtos Serviços A língua do business Do LLado ado da Lei (pág. 58) Nova ação contra o sigilo bancário Leitura (pág. 60) Receita para obter vantagem Análise Setorial (pág. 64) competitiva O eexxemplo da bolha Nasdaq Indicadores (pág. 65) 55

Empreendedor – Novembro

2001

Agenda (pág. 66)


Guia do Empreendedor Pr odutos & Ser viços Produtos Serviços

A língua do business

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Para conquistar um espaço no mercado internacional é fundamental ter o domínio do inglês. Segundo especialistas, cerca de 85% das companhias mundiais o adotam como língua oficial. Grande parte dos empresários e executivos já percebeu há muito tempo essa realidade do mundo globalizado, mas vários deles não conseguem dar continuidade ao aprendizado, devido principalmente a viagens e falta de tempo para freqüentar as aulas. De olho nesse mercado, algumas companhias desenvolveram novos métodos, através da educação corporativa, para atender a essa demanda e melhorar a fluência no idioma de empresários e executivos. Dessa maneira, o horizonte das empre-

sas que atuam no segmento está crescendo a cada dia. Atualmente, esse mercado movimenta em torno de US$ 60 bilhões no mundo. No Brasil esse número chega a R$ 1 bilhão por ano, e 30% desse total provém de investimentos de companhias do Sul, uma das regiões que mais ampliaram suas exportações nesses últimos anos. Exportar está cada vez mais vinculado ao domínio do inglês. “As empresas já perceberam que investir na formação de seus funcionários, principalmente no que se refere ao idioma inglês, é de fundamental importância em sua estratégia, principalmente na hora de exportar”, afirma Dino Sávio, diretor de Marketing e Vendas da NumDIVULGAÇÃO

LINHA DIRETA: THE TREND SCHOOL (48) 222-4024 www.trendschool.com.br . NUMBER ONE sfranchising@numberone.com.br www.numberone.com.br

Opções não faltam para empresários e executivos que querem aprender a se comunicar em inglês

DE MUNNO: É PRECISO ASSOCIAR O INGLÊS A TÉCNICAS GERENCIAIS

Janeiro – Empreendedor

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ber One Systems. A empresa criou uma tecnologia própria para o ensino do inglês, priorizando a necessidade de cada companhia e de cada aluno. Também apostando no segmento, a The Trend School capacita empresários e executivos no idioma inglês e na comunicação em negócios. De acordo com Oswaldo De Munno Júnior, presidente da empresa, não basta apenas dominar a língua; é preciso ter habilidades gerenciais para aumentar as exportações. Para ele, dentro de uma organização existem executivos que precisam saber inglês, pois fazem viagens para o exterior e recebem visitantes estrangeiros. No entanto, há outros que, além disso, precisam reunir habilidades para apresentações estratégicas. “Uma coisa é ter o domínio do inglês, que é uma ferramenta de comunicação, e outra é ter habilidades gerenciais para fazer uma boa apresentação, uma reunião ou uma negociação de sucesso em inglês”, diz. Da mesma forma, é fundamental ter conhecimento da cultura do país onde se pretende efetivar um negócio. “A multiculturalidade é a capacidade de entender as diferentes culturas nos negócios, nos mercados, e isso faz a diferença na realização de negócios.” Segundo De Munno, a atuação da The Trend School abrange, principalmente, desde o nível gerencial até o topo da organização. “Entender a dinâmica e a realidade da empresa é a base para a elaboração de uma solução


[Cursos de imersão] Para melhorar o aprendizado existem os chamados cursos de imersão, que consistem em um treinamento do inglês em módulos de ensino altamente costumizados, nos quais executivos e empresários ficam isolados em um hotel durante alguns finais de semana. Os cursos são ministrados dentro do conceito de speaking-only-english atmosphere, ou seja, em um ambiente totalmente em inglês onde é obrigatório o uso do idioma 24 horas por dia. “Criamos um ambiente 100% em inglês, com visual, refeição, e até os funcionários são treinados para receber os empresários e apenas falar em inglês”, diz De

Munno. Segundo o presidente da The Trend School, os executivos e empresários passam em torno de 15 horas em treinamento, sendo 10 horas em sala de aula. “Isso corresponde a um semestre de cinco meses de um ensino de inglês convencional.” Além de trazer benefícios para a empresa que investe na formação de seus funcionários, o ensino do inglês é também um bom segmento para quem quer atuar nessa área no Brasil. “Enquanto o inglês for a língua de maior uso nas relações internacionais, as empresas precisarão dessa habilidade dos seus colaboradores”, conta o diretor de Marketing e Vendas da Number One Systems. Para Sávio, o idioma inglês é a língua que vai unir os povos e estabelecer negociações.

BENEFÍCIOS DA EDUCAÇÃO CORPORATIVA Para as empresas: Maior possibilidade de conquistar novos mercados Motivação e comprometimento do funcionário Aumento da produtividade Para os funcionários: Melhor capacitação profissional e competitividade no mercado de trabalho Reconhecimento da empresa Maior retorno financeiro

LINHA DIRETA:

customizada que atenda às diferentes necessidades da empresa ou do setor.”

2003

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Empreendedor – Janeiro


Guia do Empreendedor Do Lado da Lei

Nova ação contra o sigilo bancário

2003

LINHA DIRETA: (11) 3871-0269

DIVULGAÇÃO

Recentemente foi publicado novo decreto (n.º 4.489/2002), que regulamenta mais um artigo da Lei Complementar 105/2001, que por sua vez disciplina a quebra do sigilo bancário. O tema do sigilo bancário vem provocando diversas discussões não apenas entre operadores do Direito, mas também em outros setores da sociedade, como podemos verificar em artigos de jornais, debates em rádios, palestras e seminários. E não é por menos, pois o sigilo está diretamente ligado à intimidade e privacidade das pessoas, que é uma garantia constitucional, e por outro lado está ligado ao controle sobre os nossos dados bancários e sobre as operações financeiras realizadas decorrentes da atuação do Estado visando a coibir a fraude e evasão fiscal. Nos últimos tempos o Estado vem se aperfeiçoando no combate à sonegação fiscal, introduzindo meios e técnicas que, por um lado, dificultam a sonegação e, por outro, facilitam a fiscalização. Num primeiro momento, aceitar a quebra de sigilo pode ser negativa. Porém, é fato que uma reforma tributária eficiente e tão desejada por todos somente será possível depois que o Estado detenha o controle de seus créditos e evite, se não totalmente, grande parte da evasão fiscal. A grande discussão em torno desse tema, em verdade, é a possibilidade da quebra do sigilo diretamente pela Receita Janeiro – Empreendedor

Decisão da Receita Federal sobre sigilo bancário reacende a polêmica sobre o direito à privacidade e intimidade das pessoas Federal, sem prévia autorização judicial. O primeiro decreto que regulamentou a Lei Complementar acima descrita (n.º 3.724, de 10 de janeiro de 2001) possibilitou a requisição, acesso e uso, pela SRF e seus agentes, de informações referentes a operações e serviços das instituições financeiras no caso de procedimento de fiscalização em curso e em se tratando de informações consideradas indispensáveis para sua conclusão. Nesse caso, o acesso aos dados bancários seria apenas uma forma de complementar a fiscalização que já teve início. A hipótese de quebra estabelecida agora no Decreto 4.489, de 28 de novembro de 2002, por sua vez, prevê operação inversa: primeiro são prestadas as informações e depois, havendo indícios de fraudes, instaura-se o procedimento fiscalizatório. Segundo o decreto, as instituições financeiras devem prestar informações relativas à identificação dos titulares das operações e ao montante dos movimentos mensais efetuados superiores a R$ 5 mil, no caso de pessoas físicas, e R$ 10 mil, no caso de pessoas jurídicas, à Secretaria da Receita Federal. Tal norma veda, no entanto, informação de qualquer elemento que permita identificar a origem e a natureza dos gastos efetuados. Nesse caso, o acesso às informações é anterior à fiscalização.

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O decreto ainda determina que a Receita somente terá acesso ao montante da movimentação a fim de que possa comparar com outros dados, como por exemplo a declaração de Imposto de Renda. A apuração de fatos para verificar qualquer irregularidade acerca de não-pagamento de tributos será feita mediante requisição de documentos e instauração de procedimento fiscal. A norma, portanto, é bastante clara quanto às regras para a quebra do sigilo, quanto a suas limitações do acesso às informações e quanto à forma de apurar eventuais ilegalidades. Assim, independentemente de se considerar inconstitucional a quebra do sigilo bancário sem prévia autorização judicial, o uso de informações pela Receita Federal deve seguir à risca tais regras, limitações e formas, sob pena de violar direitos fundamentais e princípios constitucionais como da segurança jurídica, além de comprometer a credibilidade do Brasil frente a empresas estrangeiras interessadas em investir no país. É certo, outrossim, que essa atuação do fisco autorizada pelo novo decreto deverá passar pelo crivo do Supremo Tribunal Federal, a quem competirá dizer sobre sua constitucionalidade.

Mar cos Sant’Anna Bitelli Marcos Advogado


2002

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Empreendedor – Novembro


Guia do Empreendedor Leitura

Por Fábio Mayer

2003

Receita para obter vantagem competitiva Thomas H. Davenport é uma referência quando o assunto é conhecimento empresarial. Seus livros, em geral, abordam com propriedade a relação entre informação, gestão e tecnologia. Missão Crítica não foge à regra e, como, por exemplo, Ecologia da Informação, um dos livros anteriores de Davenport, coloca alguns pingos nos “is” nesses tempos em que mudança é palavra de ordem no mundo empresarial. O próprio Davenport se autodefine como um pesquisador e consultor que trabalha sempre no cruzamento dos sistemas de informação com o comportamento e a mudança organizacionais. “Minha perspectiva geral é a de que os sistemas de informação são inúteis a menos que proporcionem melhores informações ou métodos de se fazer negócio”, aponta Davenport no prefácio de Missão Crítica. “Considero os sistemas de gestão empresarial, sem sombra de dúvida, uma impressionante conquista técnica, mas ainda assim minha principal preocupação é fazer com que as organizações possam deles extrair valor de negócios”, atesta o autor. Um dos “benefícios” que a leitura dos livros de Davenport traz é que ele desenvolve um eficiente guia para todas as empresas envolvidas com os sistemas gestão, sem entretanto tornar a leitura nem maçante nem técnica demais. As principais mensagens do livro, nas palavras do próprio autor, estão endereçadas às organizações Janeiro – Empreendedor

realmente voltadas a atingir a mudança estratégica e a vantagem competitiva, estando dispostas a empregar o tempo e o dinheiro necessários à concretização desses objetivos. Missão Crítica é dividido em nove capítulos. Logo na abertura, Davenport faz um apanhado sobre o que são os sistemas de gestão empresarial e o que os torna importantes. Já no segundo capítulo, a verve crítica de Davenport prevalece ao analisar as promessas e os riscos dos sistemas de gestão empresarial, para, em seguida, questionar o leitor se vale a pena implementar um sistema de gestão empresarial na empresa. Os dois capítulos seguintes abordam a interação que os sistemas de gestão empresarial devem ter com outros segmentos de uma empresa. O autor reforça a idéia de que as ferramentas de gestão não devem ser utilizadas de maneira isolada, sem vínculos com a estratégia ou com a organização da empresa, nem tampouco o empreendedor deve abdicar das informações internas e externas e dos processos de negócios. Os capítulos finais de Missão Crítica procuram mostrar o que pode ocorrer com os sistemas de gestão nos próximos anos. Pela temática de cada um dos capítulos pode-se ter uma boa idéia do teor ou do tom que Thomas Davenport confere à sua obra. Sem deslumbramentos, mas com os dois pés firmes na realidade.

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FICHA TÉCNICA Missão Crítica, Thomas H. Davenport, Editora Bookman (www.artmed.com.br), 294 págs., R$ 49,00

LEIA TTAMBÉM AMBÉM

Ecologia da Informação Thomas H. Davenport, Editora Futura

Conhecimento Empresarial Thomas H. Davenport e Laurende Prusak Editora Campus


Novos Títulos Manual de Segurança no Brasil, Vários autores, Editora Câmara de Comércio e Indústria Brasil–Alemanha (www .ahkbrasil.com), (www.ahkbrasil.com), 163 págs., R$ 100,00

Ganhar Mais & Trabalhar Menos, Robert J. Kriegel, Editora Campus (www .campus.com.br), (www.campus.com.br), 264 págs., R$ 45,00

Em uma iniciativa da Câmara de Comércio e Indústria Brasil–Alemanha junto com as Eurocâmaras, entidades que congregam as Câmaras de Comércio da União Européia instaladas no país, foi lançado o Manual de Segurança no Brasil. O objetivo da publicação é apresentar propostas de como enfrentar o problema da criminalidade. O manual abrange desde perspectivas internacionais até espionagem em redes de computadores e aspectos da segurança nas empresas, como proteção de pessoas, instalações, bens de transporte e dados e informações confidenciais.

Pioneiro nas áreas de Desempenho Humano e Psicologia da Mudança, o escritor Robert J. Kriegel mostra em Ganhar Mais & Trabalhar Menos como ter uma vida profissional equilibrada, planejando e pensando mais. Na obra ele apresenta algumas idéias para reverter situações cotidianas da empresa, como a Regra dos 90%, que se refere a uma produção menos eficiente devido ao ambiente de trabalho tenso, e a Diversão Planejada, em cujo exemplo explica que é preciso ter tempo para errar e disponibilidade para correr riscos. Segundo Kriegel, trabalhar demais não é o único caminho para atingir metas e realizar sonhos.

Criatividade em Vendas, Raúl Candeloro, Editora Futura (www .edfutura.com.br), (www.edfutura.com.br), 144 págs., R$ 19,00

Os 10 Mandamentos da Demanda, Keely Mooney e Laura Ber gheim, Bergheim, Editora Campus (www .campus.com.br), (www.campus.com.br), 260 págs., R$ 46,00 Mostrar como melhorar a qualidade do atendimento e a interação com cada cliente. Esse é o objetivo do livro Os 10 Mandamentos da Demanda, uma espécie de roteiro para as empresas colocarem o consumidor como o principal foco do negócio. As autoras Keely Mooney e Laura Bergheim apresentam na obra como e por que a conquista e a fidelização dos clientes são fundamentais para o sucesso dos negócios. Além disso, o livro oferece uma estrutura, baseada em dez preceitos, para analisar quais as verdadeiras necessidades dos clientes e qual a melhor forma de supri-las.

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Empreendedor – Janeiro

2003

O livro Criatividade em Vendas apresenta formas de aguçar e desenvolver a criatividade na conquista de novos clientes e em vendas. O autor Raúl Candeloro, que também é palestrante, mostra algumas histórias, reais e criativas sobre o tema, que surtiram os resultados desejados. São acontecimentos curiosos e inusitados, como o de um corretor de imóveis que visita igrejas na busca de potenciais clientes e o da loja onde o consumidor tem de fazer o vendedor rir para ganhar 5% de desconto. Com isso, a obra tem o intuito de auxiliar o leitor a refletir, encontrar boas soluções e alcançar o sucesso.


Informação e Crédito

Novo guia ensina a Nova pubicação faz parte da série Serasa Cidadania e será distribuída gratuitamente em todo o Brasil Victoria Iturrieta

1

A

Serasa lançou o mais completo guia de orientação contra a violência, o Guia Serasa de Orientação ao Cidadão – Saiba como reduzir o risco de ser vítima de violência. A nova publicação da Serasa, que faz parte da série Serasa Cidadania, foi lançado em dezembro na Assembléia Legislativa de São Paulo e posteriormente será distribuído gratuitamente nas agências da Serasa de todo o Brasil. A nova publicação, que está na íntegra em seu site www.serasa. com.br, é um manual de 128 páginas que pretende contribuir para a sobrevivência e a prudente conduta, tanto no ambiente real quanto no virtual. Os dois primeiros capítulos abordam a violência: as causas, as soluções, o perfil da vítima e do agressor, os custos da violência e o desarmamento. No capítulo seguinte, “Cuidados de segurança pessoal”, há 612 dicas, que vão de cuidados dentro do carro até cuidados na danceteria, passando também por compras com cartões e cheques. No capítulo “Para denunciar”, há 37 canais de ajuda. O Guia, elaborado pela Assessoria de Imprensa da Serasa, traz ainda, em “Experiências bem-sucedidas”, uma pesquisa da Unesco que originou o livro Cultivando Vida, Desarmando Violências. O estudo destacou experiências de sucesso realizadas com jovens em situação de pobreza, com enfoque em cultura, lazer, esporte e cidadania, em diversos estados do país. A nova publicação da Serasa oferece também informações sobre

“Como você pode ajudar” e “Para saber mais”, além do teste “Você tem evitado riscos?”. Para elaborar essa obra, a Serasa buscou competências e experiências de instituições envolvidas diretamente no combate à violência e suas conseqüências, como o Centro de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo, o Instituto LatinoAmericano da ONU para a Prevenção do Delito e o Tratamento do Delinqüente (Ilanud), a Unesco, a PUC– SP/RJ e polícias civil e militar de todo o Brasil. “O Brasil acumula grandes prejuízos econômicos por conta da violência, tanto na infra-estrutura de auxílio às vítimas quanto na perda intelectual e de investimentos e no dia-a-dia dos negócios e do crédito. Que o diga, por exemplo, a loja de rua, ao ver sua clientela transferida para os shopping centers. Isso representa menos emprego e a estagnação econômica de várias regiões dos grandes centros urbanos”, afirma Elcio Anibal de Lucca, presidente da Serasa. O empresário ressalta que a violência se apresenta sob diversas formas, não só a física, mas também a moral e a da corrupção, o que amplia consideravelmente o espectro sociocultural desse fenômeno. Entretanto, mesmo em dimensões diferentes, a violência é um fato global, fruto da acelerada expansão do crime organizado, que se estende por todas as atividades do cotidiano de uma sociedade. Para Elcio Anibal de Lucca, a luta contra a violência deve ser compromisso de todos na comu-


reduzir risco da violência CAPA DO GUIA SERASA DE ORIENTAÇÃO AO CIDADÃO – SAIBA COMO REDUZIR O RISCO DE SER VÍTIMA DA VIOLÊNCIA, QUE PODE SER RETIRADO NAS AGÊNCIAS DA SERASA EM TODO O PAÍS

nidade. “Para isso é fundamental a conscientização”, diz. O coronel José Vicente da Silva Filho, secretário nacional da Segurança Pública, salienta a importância da orientação. “Este trabalho da Serasa constitui importante contribuição para alertar e orientar as pessoas a viver com mais segurança”, comenta. Para Luís Antônio Francisco de Souza, sociólogo, doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador sênior do Cen-

tro de Estudos da Violência da USP (CEV/USP), “iniciativas como esta da Serasa demonstram que os problemas sociais podem ser enfrentados com informação, com respeito à inteligência das pessoas e com a defesa incondicional da cidadania e dos direitos fundamentais de todos os brasileiros”. Túlio Kahn, diretor do Departamento de Cooperação e Articulação das Ações de Segurança Pública do Ministério da Justiça (Decasp) e editor do boletim Conjuntura Criminal,

destaca que seguir as recomendações do Guia Serasa é um primeiro e importante passo para a segurança pessoal. Saulo de Castro Abreu Filho, secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, complementa: “É com atitude que se vencem as dificuldades”. O Guia Serasa de Orientação ao Cidadão – Saiba como reduzir o risco de ser vítima da violência faz parte da reconhecida série de livros Serasa Cidadania, que, juntamente com as séries Serasa Cultural, Dinâmica do Conhecimento e Novas Competências, presta contribuição à sociedade e à nação, tanto na qualificação de profissionais quanto nos aspectos da responsabilidade social. “Este trabalho, a exemplo da própria atividade da Serasa, está voltado para o bem do cidadão, da comunidade, e a serviço do desenvolvimento do Brasil”, afirma Elcio Anibal de Lucca. 2


Guia do Empreendedor Análise Setorial

O exemplo da bolha Nasdaq

2003

DIVULGAÇÃO

Assistimos extasiados, até março de 2000, ao que ainda será tema de estudos e reflexões: o boom do Nasdaq. A valorização do mercado de ações nos EUA, em especial das ações de tecnologia, foram bem além do que os critérios técnicos e fundamentalistas davam como aceitável, pelo menos para os analistas com os pés no chão. Sim, porque naquela altura do campeonato havia os que estavam nas nuvens, em parte deslumbrados pelos fortes ganhos, e em parte “incentivados” pelas suas corretoras e bancos. É nesses momentos que se vê com maior clareza o comportamento psicológico das pessoas, independentemente de serem profissionais de mercado ou não. A correnteza arrasta até o raciocínio mais elementar de profissionais que, a princípio, deveriam enxergar aquele momento como a véspera de um possível crash. Suas convicções passadas são colocadas em segundo plano, e o que vale é encontrar alguma justificativa para o irracional, procurando acreditar que o fim da linha deve estar distante. Lembro-me de que alguns falavam muito de um novo momento mundial, de uma nova revolução tecnológica que iria justificar, em um futuro próximo, aquele nível de preço das ações extremamente elevado. O interessante é que essas mesmas pessoas estavam repeJaneiro – Empreendedor

O boom na bolsa eletrônica ainda hoje ser ve para mostrar como aspectos psicológicos interferem no mer cado mercado tindo o que já havia acontecido em outras épocas, mudando só os nomes dos bois. Se hoje o computador e a internet representam a revolução, no passado foram os carros, o rádio, a televisão, e assim por diante. Quando essas criações do homem surgiram, nas suas épocas, foram enormes marcos da evolução, de uma nova era. Só que o carro de 1929 já não roda mais, e muitas das empresas daquela época não mais existem. A relação entre o preço das ações e o lucro das empresas no início do ano 2000 – em especial das empresas de tecnologia – chegou a ser mais perigosa do que a que existia nos EUA às vésperas da quebra da bolsa, em 29. Agora, pensando um pouco sobre a nossa época, será que o que consideramos atualíssimo hoje não virará sucata um dia? A resposta chega a ser óbvia, os exemplos são inúmeros, mas vale o exercício da resposta. Assisti há algum tempo a uma entrevista de um professor do MIT (Massachusets Institute of Technology) sobre a velocidade das mudanças provocadas pelo desenvolvimento de novas tecnologias. A principal citação do acadêmico foi a de que nos próximos cinco anos o mundo passaria por uma transformação tecnológica equivalente à ocorrida nas últimas três décadas. Para as empresas um cenário como esse significa basicamente duas coisas:

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riscos e oportunidades, e não somente uma evolução constante e sustentável para todos. Voltando ao caso da bolha, o que se viu a partir de março de 2000 nos mercados de ações dos Estados Unidos foi uma simples ressaca, que até hoje ainda dói na cabeça de muitos. O índice que mede a valorização das ações de tecnologia americanas, que chegou a valer 5.000 pontos, hoje está por volta de 1.300, ou seja, 25% do que valia há quase três anos. Muitas empresas que eram “grandes promessas” deixaram para trás um rastro de grandes prejuízos. Neste momento o mais importante é entendermos que o mercado é cíclico, não simplesmente pelo fato de que os ativos oscilam, de que os preços variam, mas principalmente porque o entendimento das pessoas também segue um certo padrão de comportamento, alternando momentos de euforia com outros de depressão, o que as leva a acreditar em algo que é substancial apenas para o momento, mas que se torna volátil ao longo do tempo, e, às vezes, em muito pouco tempo. A maioria, literalmente, troca o pé, deixando de seguir a regra simples e básica das ações: comprar na baixa e vender na alta.

André Hahn

Diretor presidente da Leme Investimentos


Indicadores Carteira teórica Ibovespa NOME/TIPO AÇÃO

VARIAÇÃO % ANO (ATÉ DEZEMBRO)

0,532 1,703 0,682 5,788 0,547 1,823 0,513 2,57 2,305 0,293 0,526 0,127 2,855 0,483 0,275 1,457 0,672 1,214 3,656 0,882 0,743 2,594 0,946 5,304 1,344 100 0,209 3,796 1,513 0,19 0,209 2,038 0,524 3,019 8,78 1,215 1,695 0,635 0,739 0,331 1,106 2,004 0,51 1,237 1,998 1,029 13,497 1,367 5,041 0,864 0,299 0,453 1,44 1,179 2,64 0,581

33,333 15,736 79,212 -9,721 -26,582 -1,402 -18,216 5,171 -6,056 -50,817 17,391 -18,119 -12,718 -52,4 -40,83 -39,237 -34,723 -23,691 -16,966 -64,324 22,479 27,062 -61,651 -62,222 73,734 -17,007 -37,937 0,081 -4,725 8,166 -55,242 -94,815 31,291 6,611 -3,515 -17,386 46,161 102,458 45,482 -33,907 -22,717 -5,924 -52,477 -12,833 -24,826 -32,48 -23,276 -27,768 -48,299 23,473 -6,063 4,607 4,129 103,691 87,361 52,654

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Inflação

(%)

Índice Dezembro -M IGP-M 3,750 IGP IGP -DI (Novembr o) 5,840 IGP-DI (Novembro) IPCA (Novembro) 3,020 IPC - Fipe 1,830

Ano 25,310 23,090 10,220 9,910 (%)

Juros/Aplicação Dezembro 1,734 1,740 0,863 1,680 -5,420

(em 29/11/2002)

CDI Selic Poupança CDB pré 30 Ouro BM&F

Ano 19,110 19,130 9,140 17,500 80,930

Indicadores imobiliários CUB SP TR

(em %) Ano 12,120 3,075

Dezembro 0,780 0,392

Juros/Crédito (em % mês) Dezembro Janeiro 30/dez 06/nov Desconto 3,02 a 4,60 3,00 a 4,85 Factoring 4,43 a 4,45 4,44 a 4,46 Hot Money 2,90 a 7,18 2,90 a 7,86 Giro Pré (taxa ano) 41,29 a 101,22 44,27 a 101,22 (*= taxa ano)

Câmbio (em 07/01/2003)

Cotação

Dólar Comercial Euro Iene

R$ 3,3423 US$ 1,0428 US$ 120,69

Mer cados futur os Mercados futuros (em 07/11/2002)

Fevereiro/03 Dólar R$ 3,305 Juros DI 21,86% 12.135 Ibovespa Café (NY) –

Março/03 R$ 3,330 22,89% 12.623 63,50

Abril/03 R$ 3,355 24,25% 13.612 –

Empreendedor – Janeiro

2003

Acesita PN Ambev PN Aracruz PNB Bradesco PN Bradespar PN Brasil ON Brasil T Par ON Brasil T Par PN Brasil Telecom PN Braskem PNA Celesc PNB Cemig ON Cemig PN Cesp PN Comgas PNA Copel PNB CRT Celular PNA Eletrobras ON Eletrobras PNB Eletropaulo Metropo PN Embraer ON Embraer PN Embratel Part ON Embratel Part PN Gerdau PN Ibovespa Ipiranga Pet PN Itaubanco PN Itausa PN Klabin PN Light ON Net PN Petrobras Distrib PN Petrobras ON Petrobras PN Sabesp ON Sid Nacional ON Sid Tubarao PN Souza Cruz ON Tele Celular Sul ON Tele Celular Sul PN Tele Centroeste Cel PN Tele Leste Celular PN Tele Nordeste Celul PN Telemar Norte Leste PNA Telemar ON Telemar PN Telemig Celul Part PN Telesp Cel Part PN Telesp Operac PN Tractebel ON Transmissao Paulist PN Usiminas PNA Vale Rio Doce ON Vale Rio Doce PNA Votorantim C P PN

PARTICIPAÇÃO IBOVESPA


Guia do Empreendedor Agenda De 24/04 a 27/04/2003

De 01/04 a 04/04/2003

HOSPITAL EXPO NORDESTE 2003

FCE PHARMA

Hospital Expo Nordeste 2003 – I Feira de Produtos, Serviços e Tecnologias para Hospitais, Clínicas e Laboratórios Centro de Convenções da Bahia Salvador – BA Fone: (21) 2537-4338 Fax: (21) 2537-7991

Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação e Inclusão São Paulo – SP Centro de Exposições Imigrantes Fone: (11) 577-4355 Fax: (11) 577-4239

7ª Exposição Internacional de Produtos e Equipamentos para a Indústria Farmacêutica Transamérica Expo Center São Paulo – SP Fone: (11) 3873-0081 Fax: (11) 3873-1912

De 02/04 a 05/04/2003

HOSPIFARMA III Feira de Fornecedores de Hospitais, Farmácias e Laboratórios Centro de Exposições de Curitiba – Parque Barigui Curitiba – PR Fone/Fax: (41) 335-3377 De 02/04 a 06/04/2003

MULTI-EXPORTES 2003 III Feira Nacional de Esportes Belo Horizonte – MG Centro de Feiras e Exposições George Norman Kutova Fone: (31) 3261-3870 Fax: (31) 3261-4061 De 22/04 a 25/04/2003

LAD 2003 – LATIN AMERICA DEFENTECH 4ª Feira e Conferência Internacional de Tecnologia de Defesa Riocentro Rio de Janeiro – RJ Fone: (11) 5505-7272 Fax: (11) 5505-7872 De 22/04 a 25/04/2003

MILIPOL BRASIL 2003 1ª Feira e Conferência Internacional de Segurança Pública Riocentro Rio de Janeiro – RJ Fone: (11) 5505-7272 Fax: (11) 5505-7872 De 23/04 a 25/04/2003

VIVAVINHO

2003

De 14/05 a 16/05/2003

REATECH

Salão Internacional do Vinho Transamérica Expo Center São Paulo – SP Fone: (11) 3151-6444 Fax: (11) 3151-4861 Janeiro – Empreendedor

De 24/04 a 27/04/2003

FIMEC 2003 27ª Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes Parque de Exposições Fenac Novo Hamburgo – RS Fone: (51) 587-3366 Fax: (51) 587-3629 De 25/04 a 04/05/2003

LAR & DECORAÇÃO XX Feira do Lar e Decoração Centro de Exposições de Curitiba – Parque Barigüi Curitiba – PR Fone/Fax: (41) 335-3377 De 06/05 a 09/05/2003

INTERDEFESA Feira Internacional de Segurança e Defesa Centro de Exposições Imigrantes São Paulo – SP Fone: (11) 3829-9111 Fax: (11) 3667-3626 De 12/05 a 15/05/2003

EBRATS – XI ENCONTRO E EXPOSIÇÃO BRASILEIRA DE TRATAMENTOS DE SUPERFÍCIE EBRATS Xl Encontro e Exposição Brasileira de Tratamentos de Superfície ITM Expo São Paulo – SP Fone: (11) 4688-6000 Fax: (11) 4688-6050 De 12/05 a 17/05/2003

FEIMAFE Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura São Paulo – SP Pavilhão de Exposições do Anhembi Fone: (11) 3829-9111 Fax: (11) 3667-3626

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De 14/05 a 16/05/2003

HBA SOUTH AMERICA Exposição Internacional de Fornecedores para a Indústria Cosmética Transamérica Expo Center São Paulo – SP Fone: (11) 3873-0081 Fax: (11) 3873-1912 De 15/05 a 18/05/2003

FENASOFT EUROPA Portugal Media/Fenasoft Europa 2003 Porto – Portugal Fone: (48) 334-8000 Fax: (48) 334-8433 De 20/05 a 22/05/2003

BICSI BRASIL 2003 – NETSHOW SOUTH AMERICA Negócios e Soluções de Networking, Cabeamento e Infra-Estrutura para Telecomunicações Frei Caneca Shopping e Convention Center São Paulo – SP Fone: (48) 334-8000 Fax: (48) 334-8433 De 21/05 a 23/05/2003

GEOBRASIL Congresso e Feira Internacional de Geoinformação Centro de Convenções Imigrantes São Paulo – SP Fone: (11) 3829-9111 Fax: (11) 3667-3626 De 23/05 a 01/06/2003

FEIARTE XI Feira Internacional de Artesanato Curitiba – PR Centro de Exposições de Curitiba – Parque Barigüi Fone/Fax: (41) 335-3377 De 24/05 a 27/05/2003

8ª TOYS, PARTIES & CHRISTMAS FAIR SOUTH AMERICA ITM Expo São Paulo – SP Fone: (11) 3896-0200/Fax: (11) 3896-0201


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