ESPECIAL: Quando mudar é a melhor estratégia
Inovação e Valor aos Negócios
TRIO AFINADO Sob o comando de governadores do PMDB, os três estados do Sul investem em novos negócios e na captação de recursos para a região
ISSN 1414-0152
www.empreendedor.com.br
Ano 9 • Nº 102 Abril 2003 R$ 6,00
GESTÃO: Recursos humanos FRANQUIA: Mais liberdade em baixa nas empresas para os franqueados
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empreendedor | maio 2012
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Diretor-Editor: Acari Amorim [acari@empreendedor.com.br] Diretor de Comercialização e Marketing: Geraldo Nilson de Azevedo [geraldo@empreendedor.com.br] Redação Editor-Executivo: Alexsandro Vanin [vanin@empreendedor.com.br] – Repórteres: Ana Paula Meurer, Beatrice Gonçalves, Cléia Schmitz, Mônica Pupo, Raquel Rezende – Edição de Arte: Gustavo Cabral Vaz – Projeto Gráfico: Oscar Rivas – Fotografia: Arquivo Empreendedor, Carlos Pereira e Shutterstock – Foto da capa: Shutterstock – Revisão: Lu Coelho Sedes São Paulo Diretor: Fernando Sant’Anna Borba – Executivo de Contas: Osmar Escada Jr – Rua Pamplona, 1.465 – Conj. 74 – CEP 01405-002 – Jardim Paulista – Fone/Fax: (11) 3887-2193 [empreendedorsp@empreendedor.com.br] Florianópolis Executiva de Atendimento: Joana Amorim [anuncios@ empreendedor.com.br] – Rua Padre Lourenço Rodrigues de Andrade, 496 – Santo Antônio de Lisboa – 88050-400 – Florianópolis – SC – Fone: (48) 3371-8666 Central de Comunicação – Rua Anita Garibaldi, nº 79 – sala 601 – Centro – Florianópolis – SC – Fone (48) 3216-0600 [comercial@centralcomunicacao.com.br] Escritórios Regionais Rio de Janeiro Triunvirato Empresarial – Milla de Souza [milla@triunvirato.com.br] – Rua São José, 40 – 4º andar – Centro – 20010-020 – Rio de Janeiro – RJ – Fones: (21) 2611-7996/9607-7910 Brasília Ulysses Comunicação Ltda. [ulyssescava@ gmail.com] – Fones: (61) 3367-0180/9975-6660 – condomínio Ville de Montagne, Q.01 – CS 81 – Lago Sul – 71680-357 – Brasília – Distrito Federal Paraná Merconeti Representação de Veículos de Comunicação Ltda – Ricardo Takiguti [ricardo@merconeti.com.br] – Rua Dep. Atílio Almeida Barbosa, 76 – conjunto 3 – Boa Vista – 82560-460 – Curitiba – PR – Fone: (41) 3079-4666 Rio Grande do Sul Nenê Zimmermann [nene@starteronline.com.br.com.br] e Renato Zimmermann [renato@starteronline.com.br.com.br] – Floresta – 90440-051 – Porto Alegre – RS – Fone: (51) 3327-3700 Pernambuco HM Consultoria em Varejo Ltda – Hamilton Marcondes [hmconsultoria@hmconsultoria.com.br] – Rua Ribeiro de Brito, 1111 – conjunto 605 – Boa Viagem – 51021310 – Recife – PE – Fone: (81) 3327-3384 Minas Gerais SBF Representações – Sérgio Bernardes de Faria [sbfaria@sbfpublicidade.com.br] – Av. Getúlio Vargas, 1300 – 17º andar – conjunto 1704 – 30112-021 – Belo Horizonte – MG – Fones: (31) 2125-2900/2125-2927 Assinaturas Serviço de Atendimento ao Assinante – [assine@empreendedor.com.br] – O valor da assinatura anual (12 edições mensais) é de R$ 118,80 à vista. Renovação de Assinatura R$ 112,86 à vista. Estamos à sua disposição de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h30. Produção Gráfica Impressão e Acabamento: Coan Gráfica Editora Ctp – Distribuição: Distribuidora Magazine Express de Publicações Ltda – São Paulo Empreendedor.com http://www.empreendedor.com.br Editora: Carla Kempinski – Repórter: Raquel Rezende
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a última década, a construção civil conseguiu superar definitivamente a sofrida estagnação nos anos 1980 e 1990. As condições econômicas favoráveis do País – especialmente o baixo índice de desemprego e o aumento da renda da população – e a disponibilidade de crédito imobiliário, com prazos mais longos e juros menores, além de programas públicos como o “Minha Casa Minha Vida” permitiram que muitos brasileiros realizassem o sonho da casa própria. Em 2011, o volume dos financiamentos para aquisição e construção de imóveis cresceu 42%, índice que representa novo recorde histórico. São milhões de unidades residenciais e comerciais entregues e em construção, que consolidam o crescimento do setor. Tudo isso fez com que o número de trabalhadores com carteira assinada na construção civil dobrasse nos últimos cinco anos. No desempenho geral, o incremento foi de 11,6% em 2010 – ano excepcional, marco da recuperação – e de cerca de 5% em 2011, o que demonstra não um arrefecimento simples do ritmo, mas sim uma acomodação natural das atividades para se chegar a um ponto de equilíbrio sustentável do crescimento setorial. E o bom momento deve durar, pois o déficit habitacional no País ainda é alto – superior a 8 milhões de moradias, segundo a Abecip – e a aquisição de imóveis tem se mostrado um excelente investimento. Com crescimento acima da média mundial, os preços mais do que dobraram nos últimos cinco anos, atingindo valorização de 24,7% em 2011, índice superado apenas pela Índia. Além disso, há uma larga margem para o crédito imobiliário crescer. Hoje ele representa 4,7% do PIB total do País e a perspectiva é de que essa participação atinja 6% em 2012 e chegue a 10% em 2014. Com o mercado aquecido, as empresas da área têm se utilizado de diferentes estratégias para conquistar clientes. Entre as principais tendências estão a transformação de condomínios em verdadeiros complexos de lazer, a adoção de tecnologias sustentáveis, a aquisição e fusão de empresas para aumentar a presença no território nacional, a utilização da internet como ferramenta de vendas e inovação, além de projetos especialmente criados para atender públicos específicos. Não deixe de conferir as oportunidades na matéria de capa e demais reportagens desta edição. Alexsandro Vanin
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A Revista Empreendedor é uma publicação da Editora Empreendedor
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Diretor-Editor Acari Amorim [acari@empreendedor.com.br] Diretor de Marketing e Comercialização José Lamonica [joselamonica@uol.com.br]
Nesta Abril/2003
Entrevista
Redação Editor-Executivo: Alexandre Gonçalves [alex@empreendedor.com.br] Editor: Carlos Castilho Repórteres: Lúcio Lambranho, Fábio Mayer e Sara Caprario Editor de Arte: Gustavo Cabral Vaz Fotografia: Arquivo Empreendedor Produção e Arquivo: Ivone Zanatta Ilustrações: Clóvis Geyer Ilustração da capa: Yara Souza Revisão: José Renato de Faria Coordenador de Web: Flaviano da Cunha Júnior Sedes
A pesquisadora Ingeborg Sell analisa as condições de trabalho que as empresas oferecem aos seus empregados. Para ela, ainda há muito o que fazer para chegar ao tratamento ideal.
São Paulo Diretor de Marketing e Comercialização: José Lamonica Executivos de Contas: Paula Araújo Speda, Ariovaldo Florian e Edson Ramão Rua Sabará, 566, 9º andar, cj. 92 01239-010 - São Paulo - SP Fones: (11) 3214-5938/ 32 57-4667/3214-6093 [empreendedorsp@uol.com.br] Florianópolis Executivo de Atendimento: Cleiton Correa Weiss Av. Osmar Cunha, 183, Ceisa Center, bl. C, 9º andar 88015-900 - Florianópolis - SC Fone: (48) 224-4441 Representante
Capa
Produção gráfica Impressão e Acabamento: Coan Gráfica Editora CtP Distribuição: Fernando Chinaglia S.A. (São Paulo) Empreendedor.com http://www.empreendedor.com.br
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ILUSTRAÇÃO YARA SOUZA
Assinaturas Serviço de Atendimento ao Assinante Diretora: Clementina P. da Silva Gerente: Luzia Correa Weiss Fone: 0800 48 0004 [assine@empreendedor.com.br]
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Sendo do mesmo partido, os governadores do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul defendem posições semelhantes quando o assunto é desenvolvimento regional e apoio a novos negócios. Saiba de que forma Roberto Requião, Luiz Henrique da Silveira e Germano Rigotto pretendem transformar o discurso afinado em ações concretas em favor do empreendedorismo na região Sul.
Dinâmica Promoções e Eventos Carlos Hamilton Martins Feltrin Rua Turiassu, 127, cj. 12/13 - Perdizes 05005-001 - São Paulo - SP Fone/Fax: (11) 3822-0412 [dinapro@terra.com.br] Escritórios regionais Rio de Janeiro [triunvirato@triunvirato.com.br] Milla de Souza Rua México, 31, grupo 1404 - Centro 20031-144 - Rio de Janeiro - RJ Fone/Fax: (21) 2533-3121/2524-2757/2533-1601 Brasília [jcz@forumci.com.br] Ulysses C. B. Cava SETVS - Quadra 701 - Centro Empresarial Bloco C, cj. 330 70140-907 - Brasília - DF Fone: (61) 426-7315 Paraná [merconet@merconet.srv.br] Ricardo Takiguti Rua Joaquim da Costa Ribeiro, 507 A - Atuba 82840-190 - Curitiba - PR Fone: (41) 367-4388 Rio Grande do Sul [aguiar.com@terra.com.br] Guia Comunicação e Marketing Ltda/Flávia Aguiar Rua Correa Lima, 1488 - Sala 502 - Santa Tereza 90850-250 - Porto Alegre - RS Fone: (51) 3235-3239 Cel.: 9965 4262 Fax: 3233-0115 Ceará [dilerportela@wettor.com.br] Dilermando Portela Av. Luciano Carneiro, 99 - Bairro Fátima 60410-690 - Fortaleza - CE Fones: (85) 433-3989/9969-7312 Pernambuco [hmconsultoria@hmconsultoria.com.br] Hamilton Marcondes Rua Ribeiro de Brito, 1111, cj. 605 - Boa Viagem 51021-310 - Recife - PE Fone: (81) 3327-3384/3327-9430 Minas Gerais [comercial@sbfpublicidade.com.br] SBF Representações/Sérgio Bernardes de Faria Av. Getúlio Vargas, 1300, 17º andar, cj. 1704 30112-021 - Belo Horizonte - MG Fone: (31) 3261-2700
edição DIVULGAÇÃO
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LEIA TAMBÉM Cartas ................................. 6 Empreendedores ........................ 14 Não Durma no Ponto ..................... 18 Via Digital ............................ 46
RECURSOS HUMANOS
Suplemento
Respeitando os padrões, as redes ampliam os limites de ação dos franqueados dando mais liberdade para sua atuação. Nesta edição as notícias do mundo do franchising, e na seção Franco Franquia a resposta para quem se sente empreendedor demais para ser franqueado. Confira ainda o espaço da ABF.
GUIA DO EMPREENDEDOR
ESTRATÉGIAS
Um bom plano de negócios é sempre bem-vindo. Mas é preciso saber o momento de mudar o jogo e adotar novas estratégias, mesmo que não estejam previstas no plano.
MARKETING
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SUPERSTOCK
Estratégia
A estratégia da omissão Às vezes a melhor alternativa é não fazer nada diante de um conflito entre empregados de uma mesma empresa.
48 O mito do cliente satisfeito As pesquisas contradizem a crença dos executivos e donos de empresa de que consumidor satisfeito é sinônimo de consumidor fiel.
Produtos e Serviços ................... 56 Do Lado da Lei ........................... 58 Leitura ........................................ 60 Análise Setorial ......................... 64 Indicadores ................................. 65 Agenda ....................................... 66
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O efeito colchão Empresas capazes de absorver choques sem perder a estrutura são hoje o grande objetivo da maioria dos executivos modernos.
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SUPERSTOCK
FRANQUIA TOTAL
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Você já “googlou” hoje? O site Google, de buscas na Web, tornou-se tão popular que o nome da empresa passou a ser usado como verbo, adjetivo e até substantivo.
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do
Editor
Cartas P
araná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, historicamente, são estados cujo desenvolvimento socioeconômico é citado como exemplo a ser seguido. E muitos apontam o fato de a região Sul ter servido de berço para algumas das maiores e mais representativas empresas do Brasil como um dos fatores que colocam os três estados num patamar acima dos demais. Essa boa fama, porém, não impede que paranaenses, catarinenses e gaúchos afrouxem seu ímpeto empreendedor (herança dos colonizadores europeus). Muito menos serve de desculpa para deixar de investir no desenvolvimento de novos negócios, no incentivo aos jovens empreendedores e no apoio ao crescimento de micro e pequenas empresas. É por conta desse pensamento a favor do desenvolvimento que a Empreendedor ouviu os três governadores (todos do mesmo partido, o PMDB) e importantes lideranças empresariais do Sul, para decifrar qual a atual política econômica para a região. Assim, o leitor, ao final da reportagem, ficará certo de que os discursos de Roberto Requião (PR), Luiz Henrique da Silveira (SC) e Germano Rigotto (RS) estão afinados, todos no mesmo “tom” em nome do desenvolvimento. Confira a partir da página 20. E não deixe de acompanhar também a matéria especial publicada a partir da página 42. É a primeira parte de uma reportagem que pretende discutir como as empresas administram seu plano de negócios e suas estratégias de ação. Nesta edição, abordamos a questão da flexibilidade do plano de negócios. E na próxima edição apresentaremos as ferramentas estratégicas mais adequadas para empreendedores, além de mostrar também dicas para formalizar metas e objetivos do seu negócio. Boa leitura. Abril – Empreendedor
Público jovem
Marketing
Vejo que a Empreendedor dá bastante espaço para os jovens empreendedores. Mas quero sugerir que vocês preparem uma matéria sobre negócios para o público jovem. Há algum tempo venho observando que esse é um mercado muito forte e que talvez tenha espaço para novos negócios.
Sou estudante de Administração e acompanho a Empreendedor com bastante interesse, especialmente quando são abordados temas relacionados a marketing. Gostaria de sugerir que vocês criassem uma seção só para falar sobre marketing. Seria de grande utilidade para nós, estudantes.
Sílvio Fernandes
São Paulo – SP
Sílvio, Sua pauta é muito interesse e já está anotada. Só gostaríamos de lembrar que na edição nº 100 da Empreendedor (de fevereiro deste ano) publicamos uma reportagem sobre o “território” de atuação dos jovens empreendedores e lá mostramos que eles estão investindo em outros negócios que não apenas os da área tecnológica. E nessas novas áreas estão algumas em que os próprios jovens são o público-alvo. Confira no Site do Empreendedor (www.empreendedor.com.br).
Sérgio Gonçalves
Uberlândia – MG
Sérgio, Gostamos de sua sugestão e esperamos que brevemente possamos criar um espaço especial sobre marketing. Aguarde.
Automação Li e achei bem interessante a reportagem de capa da edição de março sobre automação comercial. Não é de hoje que essa discussão está em voga, mas é sempre bom ler reportagens como a da Empreendedor, que ajudam a esclarecer melhor o que uma empresa ganha ao investir na automação de seu atendimento e de sua gestão. Francine de Souza
São Paulo – SP
Cosméticos
Feiras Quero saber se vocês já publicaram alguma reportagem específica sobre as principais feiras de negócios que acontecem no Brasil. Cristiane Gonzaga
São José – SC
Cristiane, Já publicamos algumas reportagens nessa linha, mas em breve retomaremos o assunto, dessa vez sob o enfoque proposto por você. Aguarde.
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Gostei muito da matéria sobre o sucesso que a indústria da beleza vem alcançando. Mas gostaria de ver publicada uma reportagem sobre a venda porta-a-porta de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos. Fernanda de Faria
São Paulo – SP
Fernanda, Obrigado pelo elogio. Anotamos sua sugestão para uma futura pauta.
de Empreendedor para
Empreendedor Assinaturas
CARTAS PARA A REDAÇÃO Correspondências por e-mail devem ser enviadas para alexandre@empreendedor.com.br, aos cuidados do editor Alexandre Gonçalves. Solicitamos aos leitores que utilizam correio eletrônico colocarem em suas mensagens se autorizam ou não a publicação de seus respectivos e-mails. Também pedimos que sejam acrescentados o nome da cidade e o do estado de onde está escrevendo.
CEDOC O Centro de Documentação (CEDOC) da Editora Empreendedor disponibiliza aos interessados fotos e ilustrações que compõem o nosso banco de dados. Para mais informações, favor entrar contato com Ivone Zanatta, pelos telefones (48) 224-4441 e 0800 48 0004, ou por e-mail (redacao@empreendedor.com.br).
Comércio exterior Primeiramente gostaria de parabenizar-lhes por esta revista tão interessante. Sou assinante da Empreendedor e gostaria de saber se já saiu alguma reportagem sobre o tema “O comércio exterior como alternativa de desenvolvimento para micros e pequenas empresas” ou algo similar. Estou concluindo um trabalho de monografia nesse sentido e preciso de mais material. Izabel S. de Moura
Criciúma – SC
Quero sugerir a vocês uma reportagem sobre negócios de turismo no Brasil. Tenho curiosidade de saber como o governo Lula pretende encaminhar os investimentos nessa área, além, é claro, dos novos segmentos que estão surgindo como boas oportunidades para os empreendedores do setor. Francisco Albuquerque
Ilhéus – BA
Franquia Total Parabéns a todos da revista Empreendedor pelo suplemento Franquia Total. Acompanho todos os meses e fico sempre muito satisfeito com as notícias e com as reportagens produzidas por vocês. Acreditem que o que é publicado no Franquia Total tem me ajudado muito a conhecer melhor o mercado de franchising brasileiro, no qual espero atuar tão logo conclua meus estudos. João Eduardo Lemos de Faria
Ribeirão Preto – SP
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Correspondência As cartas para as revistas Empreendedor, Jovem Empreendedor, Dirigente Lojista, Cartaz, Guia Empreendedor Rural e Guia de Franquias, publicações da Editora Empreendedor, podem ser enviadas para qualquer um dos endereços abaixo: São Paulo: Rua Sabará, 566 - cj. 92 CEP 01239-010 - São Paulo - SP Rio de Janeiro: Rua México, 31 - cj.1404 CEP 20031-144 - Rio de Janeiro - RJ Brasília: SETVS - Quadra 701 - Centro Empresarial - Bloco C - cj. 330 CEP 70140-907 - Brasília - DF Rio Grande do Sul: Rua Correa Lima, 1488 Sala 502 - Santa Tereza CEP 90850-250 - Porto Alegre - RS Santa Catarina: Av. Osmar Cunha, 183 Bloco C - cj. 902 CEP 88015-900 - Florianópolis - SC Paraná: Rua Joaquim da Costa Ribeiro, 507 A, Atuba CEP 82840-190 - Curitiba - PR Ceará: Av. Luciano Carneiro, 99 - Bairro Fátima - 60410-690 - Fortaleza - CE Pernambuco: Rua Ribeiro Brito, 1111, cj. 605 - Boa Viagem CEP 51021-310 - Recife - PE Minas Gerais: Av. Getúlio Vargas, 1300, 17º andar, cj. 1704 CEP 30112-021 - Belo Horizonte- MG Os artigos deverão conter nome completo, assinatura, telefone e RG do autor, e estarão sujeitos, em função do espaço, aos ajustes que os editores julgarem necessários.
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Reprints editoriais É possível solicitar reimpressões de reportagens das revistas da Editora Empreendedor (mínimo de 1.000 unidades)
Internet Anote nossos endereços na grande rede: http://www.empreendedor.com.br redacao@empreendedor.com.br
Empreendedor – Abril
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Izabel, Ao longo das últimas edições publicamos algumas reportagens sobre o tema específico, mostrando exemplos de empresas e segmentos que procuram alternativas para ampliar sua participação no mercado externo. Sugerimos que você acesse o Site do Empreendedor (www.empreendedor.com.br) e utilize o seu sistema de busca para localizar reportagens referentes ao tema.
Turismo
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Entr vist por
Fábio Mayer
E
A
com Ingeborg Sell
Ser humano em baixa A pesquisadora Ingeborg Sell acredita que as empresas têm valorizado muito pouco seus colaboradores, sem se dar conta dos prejuízos que isso pode acarretar para o seu desempenho
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As condições atuais do trabalho no Brasil não valorizam, suficientemente, o ser humano. É nisso que acredita Ingeborg Sell, pesquisadora e autora do livro Projeto do Trabalho Humano – Melhorando as condições de trabalho. Da mesma forma, segundo ela, muitas empresas não fornecem um ambiente de trabalho adequado, o que acaba por reduzir a motivação dos trabalhadores e conseqüentemente a produtividade. “A empresa deve estar sempre melhorando as condições de trabalho em um processo contínuo. E nesse processo deve colocar os trabalhadores para participar, que assim passam a ser colaboradores e não apenas empregados”, afirma. Nesta entrevista, a pesquisadora mostra como é a realidade empresarial hoje em relação às condições de trabalho, quais são os problemas mais graves e de que forma é possível mudar essa realidade. Apresenta, ainda, uma proposta para uma política permanente de humanização do trabalho e como isso pode resultar em ganhos na qualidade de vida e na produtividade. “É importante que a empresa não só diga que o trabalhador é o bem maior, mas que de fato faça do ser humano o bem maior.” Empreendedor – Como é a realidade empresarial hoje em relação às condições de trabalho?
Ingeborg Sell – Com algumas exAbril – Empreendedor
ceções, há uma série de problemas relacionados com as condições de trabalho nas empresas. Investe-se muito pouco em termos de recurso e tempo para organizar e planejar como o trabalho deve ser realizado em uma companhia. As empresas esperam um resultado qualitativo e quantitativo do trabalho das pessoas, que essas cumpram um horário e realizem uma tarefa, mas pensam muito pouco nas condições em que elas trabalham. Empreendedor – Quais são os problemas mais graves das condições de trabalho?
Ingeborg – Existem problemas de ordem técnica, organizacional, e de falta de informação e, também, de interesse. O primeiro deles está relacionado principalmente com agentes agressores como substâncias tóxicas, calor e ruído, mas também posturas forçadas, movimentos repetidos milhares de vezes e máquinas e instalações não seguras. Muitas empresas, por exemplo, não separam os ambientes onde são gerados esses agentes, e todos os trabalhadores ficam expostos e acabam sendo afetados. O problema de ordem organizacional trata de planejamento: o que tem de ser feito na tarefa, como e por que tem de ser feito dessa forma e
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quais as responsabilidades de cada trabalhador. Tudo isso tem de ser planejado e escrito para a própria segurança dele, dos colegas de trabalho e das instalações, para que o trabalhador possa conferir se está trabalhando corretamente, e para que se atinja a qualidade almejada, e assim os custos e as perdas de material, por exemplo, fiquem sob controle. Na parte organizacional também entram o uso de ferramentas certas para executar as tarefas e em bom estado de conservação e de manutenção para evitar riscos e desperdícios. Já o terceiro problema é o de know-how e de interesse. São as pessoas que de fato fazem acontecer e não as máquinas. Se os trabalhadores tiverem know-how e motivação e, também, estiverem satisfeitos, a empresa pode produzir mais, com boa qualidade e com o mínimo de desperdício, pois a qualificação é imprescindível para não se “matar as peças”, como se diz no jargão da fábrica. A companhia pode ter as melhores máquinas, mas se não tiver pessoas competentes, qualificadas e motivadas, os resultados ficam muito aquém do possível. Empreendedor – Quais as principais causas desses problemas?
Ingeborg – Uma grande causa é que a maioria das empresas nasceu peque-
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Autora do livro Projeto do Trabalho Humano – Melhorando as condições de trabalho ingeborg@furb.rct-sc.br
“As empresas esperam um resultado qualitativo e quantitativo do trabalho das pessoas, mas pensam muito pouco nas condições em que elas trabalham” na e cresceu desordenadamente. Nesse crescimento desordenado, sem planejamento, as condições de trabalho acabam sendo criadas meio que por acaso. Faltou criar um layout em que se otimizassem os fluxos, os postos de trabalho com espaços adequados para cada trabalhador, os fatores ambientais como iluminação e ventilação natural. Isso acaba gerando custos sem acrescentar valor ao produto. Empreendedor – De que maneira é possível mudar essa realidade?
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Ingeborg – A empresa deve começar evidentemente a cumprir a legislação trabalhista e as normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho, que prescrevem as condições mínimas necessárias para proteger o trabalhador das coisas mais graves em termos de saúde e de segurança e, por isso, estão passando por modificações e sendo modernizadas. Em alguns casos atender às normas significa dar um equipamento de proteção individual (EPI) – protetor de ouvido, óculos de segurança, avental, capacete – para o trabalhador. Já em outros casos a companhia paga um adicional de insalubridade, que eu considero uma vergonha, porque isso é comprar por uma ninharia a saúde do trabalhador. Em vez disso é muito mais sensato e inteligente a empresa fazer alterações no ambiente de trabalho, agindo na fonte do agente agressor, por exemplo, do ruído, enclausurando compressores, motores. Esse é o segundo passo, melhorar as condições de trabalho para evitar a agressão ao trabalhador. Em um terceiro passo, a empresa deve otimizar itens como iluminação, layout do posto trabalho e assentos para os que trabalham sentados. Não é necessário ser especializado em segurança ou em erEmpreendedor – Abril
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“Se a pessoa gostar do que faz, trabalha melhor, sente-se melhor e a empresa ganha em qualidade e produtividade” gonomia para saber que precisa fazer alguma coisa, porque, se o trabalhador desempenha sua tarefa em um ambiente sadio, confortável, onde há planejamento e organização, onde tudo está em ordem e funciona, ele vai produzir mais e o primeiro beneficiado é a empresa.
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Empreendedor – E o que deve ser feito para reduzir os conflitos nas relações entre as pessoas no trabalho?
Ingeborg – Uma das coisas mais importantes é clareza e objetividade. O trabalhador tem que saber detalhadamente qual é sua tarefa. Segundo item: ele precisa ter uma avaliação periódica do desempenho, na qual o chefe ou o responsável deve orientá-lo para executar a função da forma mais adequada. Outra coisa é não fomentar a competição, por exemplo, pagando apenas por quantidade. Se a empresa paga seus trabalhadores pelo número de peças produzidas, quem é mais ousado e faz em maior quantidade é o que leva o melhor salário. E a qualidade, onde fica? E será que esse trabalhador mais rápido não está infringindo normas de segurança, o que pode levar a acidentes graves? Segundo Deming (especialista em qualidade), essa é uma doença mortal para a qualidade, e eu digo, também, da motivação. Com isso pode-se estar estimulando a má qualidade e desmotivando outros trabalhadores que fazem um trabalho de melhor qualidade só que em menor quantidade. Abril – Empreendedor
Empreendedor – De que forma a humanização do trabalho resulta em ganhos na qualidade de vida e na produtividade?
Ingeborg – Nós ficamos pelo menos um terço do dia em nosso trabalho. Se contar o caminho de ida e de volta, translado, é mais do que um terço. Como é que a gente vai falar em qualidade de vida se não tiver qualidade de vida no ambiente de trabalho? É lá que a gente vive. Então, a humanização do trabalho é fundamental. Também porque as pessoas se identificam com suas profissões, com aquilo que elas fazem. Se a pessoa gostar do que faz, trabalha melhor, sente-se melhor e a empresa ganha em qualidade e produtividade. Empreendedor – Mas a senhora também cita em seu livro que somente gostar do trabalho não basta. É preciso que a empresa crie condições para que o trabalhador execute o trabalho de uma forma adequada.
Ingeborg – Exatamente, a gente só trabalha bem com o coração. Mas para que alguém trabalhe com o coração, deve não só gostar daquilo que faz, mas também trabalhar em um ambiente agradável. A empresa, a tarefa, o ambiente, as relações entre as pessoas, tudo isso contribui para esse “trabalhar com o coração” ou não. Empreendedor – Quais são as capacidades, as habilidades e também as limitações das pessoas que precisam ser respeitadas para que o trabalho seja humanizado e o sistema de trabalho eficaz?
Ingeborg – As nossas capacidades e habilidades são limitadas. Ninguém sabe tudo e ninguém é capaz de tudo. No geral, todos temos limitações porque nós não conseguimos captar todas as informações que estão ao nosso redor. Os nossos órgãos dos sentidos e capacidades de movimentos são limitados. Essas são limitações que preci-
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sam ser respeitadas. Com a idade essas limitações vão aumentando. A força física, a acuidade visual e a auditiva diminuem; por outro lado, a experiência aumenta. Se um novato fica muito mais ansioso na hora de executar uma tarefa, o mais experiente, mesmo precisando de óculos, vai ter maior tranqüilidade e autoconfiança. Empreendedor – A senhora escreve em seu livro que a palavra trabalho é uma antiga expressão que significa instrumento de tortura. Na sua opinião, qual o sentido do trabalho atualmente?
Ingeborg – Existe uma pequena confusão em relação à palavra trabalho. A palavra trabalho vem do latim tripalium e significa instrumento de tortura. Essa conotação vem de culturas antigas em que servos e escravos trabalhavam, e os nobres não. Esse não é o sentido atual do trabalho. O trabalho faz parte da nossa vida, dignifica e engrandece o ser humano. Ele não pode gerar agressões físicas ou psicológicas e, também, deve trazer satisfação e fomentar o desenvolvimento do indivíduo. Com isso, o trabalho passa a ter conotação com realização pessoal, um dos sentidos que os gregos antigos já lhe atribuíam. Empreendedor – Para encerrar, na sua avaliação, quais são as perspectivas do trabalho?
Ingeborg – Há uma demanda tão grande de pessoas procurando emprego que nosso índice de desemprego vai inevitavelmente crescer e, ainda, vai crescer durante muito tempo. Estamos apenas defasados em relação a outros países, em termos de tempo. Outro fator preocupante é que, hoje, a tecnologia exige cada vez mais trabalhadores qualificados em menor número. Como o país vai capacitar essas pessoas se há muito tempo está patinando para alfabetizá-las? Esse é o grande desafio para o Brasil nessa área.
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Empreendedor – Abril
(Henrique
.comDominio Cristiana Parada
“Jamais aprend a com os aprenda próprios erros. Aprenda com os erros dos outros” Meirelles, presidente do Banco Central )
Karsten S.A. Carlos Odebrecht
Serviço ampliado Lucros da exportação
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A partir de uma fusão, a Registro Brasil, agência de registros e gerenciamento de nomes de domínios para a DIVULGAÇÃO internet, passa a ser a divisão de serviços de reservas de domínios e certificados digitais da .comDominio, administradora de Data Centers do grupo JP Morgan e Votorantim Ventures. A união vai expandir a atuação em serviços on-line da .comDominio, iniciada com a criação do Bighost, provedor de hospedagem de sites, lançado em outubro passado. A Registro Brasil, por outro lado, passa a contar com toda a infra-estrutura operacional da .comDominio, tais como a ampliação de links redundantes e maior segurança física e lógica. Pioneira no segmento de domínios no Brasil, a empresa atua também em diversos países, através de parcerias internacionais, como a que existe com a Register.com. O grande benefício para o usuário é que ele pode pagar em reais por domínios internacionais como o .tv e os novos .biz e .info, além dos tradicionais .com, .net, .com.br. “A principal diferença é que o atendimento aos clientes será gerenciado dentro da .comDominio, o que resultará em maior conforto aos nossos clientes”, diz Cristiana Parada, vicepresidente da Registro Brasil. www.comdominio.com.br
Abril – Empreendedor
Em 2002, quando completou 120 anos de fundação, a Karsten S.A. alcançou um excelente resultado financeiro, com faturamento bruto de R$ 252,2 milhões, o que representa um acréscimo de 24% em relação ao ano anterior. As vendas no exterior foram de R$ 133,5 milhões e o lucro líquido de R$ 17 milhões. Segundo Carlos Odebrecht, diretor-presidente da empresa, os resultados positivos devemse à concentração das vendas nos
principais mercados mundiais, como Estados Unidos, Europa e Brasil, aumentando assim a competitividade e a rentabilidade. A desvalorização do real diante o dólar teve forte influência. Como tradicional exportadora, em 2002, a Karsten teve um acréscimo de 26,4% nas exportações, sendo favorecida pela valorização cambial. Mas, como nos anos anteriores, as vendas no exterior continuam representando cerca da metade do faturamento. Após o fechamenDIVULGAÇÃO to da filial na Argentina, a Karsten reestruturou seus negócios na Europa, desativando o depósito de Düsseldorf, na Alemanha, além de reduzir a estrutura administrativa, para uma filial de vendas na cidade alemã de Krefeld. Com isso a empresa melhorou o atendimento de vendas diretas, recuperou clientes e ampliou a participação no mercado. (47) 340-0152
BRASIL CACHAÇA Primeiro grande evento do setor, a Brasil Cachaça, que vai acontecer entre 23 e 26 de abril no Expo Barra Funda, em São Paulo, reunirá cerca de 200 expositores de 17 estados brasileiros, somando 400 marcas. O setor produz, hoje, 1,3 bilhão de litros de cachaça, o que gera um faturamento de US$ 500 milhões. A feira reunirá expositores de equipamentos, tecnologia e serviços voltados para o setor. A exposição contará com uma fábrica de cachaça de quali-
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dade em funcionamento, armazém, praça de alimentação, cursos de degustação, palestras técnicas e apresentações sobre gastronomia, cultura e turismo em cada região produtora de cachaça. A feira é organizada pela Federação Nacional das Associações de Produtores de Cachaça de Alambique (Fenaca), com o apoio da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), através do Programa Brasileiro de Desenvolvimento da Cachaça e da Agência de Promoção de Exportações (Apex-Brasil).
“Um chefe deve ser mais c atólico ca que o P ap a – e tão limpo qu anto Pap apa quanto um dente de cão de caça” (Robert Mcnamara )
Contato Brasil
Fanfarra Carioca
Raul Nogueira Filho
Outdoor em expansão A Contato Brasil, empresa especializada em outdoor e mídia exterior, detém 28,67% dos 40.862 quadros de outdoor instalados em todo o Brasil, segundo informações da Central do Outdoor. Fundada por Raul Nogueira Filho e José Eduardo Moysés, a Contato é uma empresa com 25 anos de atuação no meio publicitário. De acordo com José Eduardo Moysés, diretor da empresa, novos negócios em segmentos promissores, como o de mobiliário urbano e painéis luminosos, garantirão um aumento da receita entre 10% e 12% para este ano. “Criamos uma gerência específica para administrar a representação comercial de mobiliário urbano e vamos ampliar nossa participação no setor de painéis front light e painéis rodoviários, principalmente no interior paulista”, informa o diretor. A Focus Soluções de Mídia Exterior,
Loly Nunes
empresa representada comercialmente pela Contato Brasil, e na qual os sócios da Contato Brasil têm participação, está construindo uma filial na cidade de Jundiaí, o que ampliará e facilitará sua operação no interior do estado de São Paulo. Toda a estruturação da nova filial da Focus demanda um investimenDIVULGAÇÃO to de R$ 400 mil. O estado do Paraná é outro foco de investimento da Focus, onde a empresa acaba de adquirir a Propaga, que possui em torno de 140 quadros na Grande Londrina. O investimento nesse negócio foi de R$ 1 milhão, com previsão de gastos para a reestruturação de mais R$ 500 mil. A aquisição propiciará, segundo os empreendedores, mais participação da Contato no mercado paranaense, importante por deter praças significativas como Curitiba e Foz do Iguaçu. (11) 3673-7270
BIOENERGIA O resíduo de madeira da região de Lages (SC) será a matéria-prima utilizada como combustível no processo de geração de energia elétrica. Já está instalada uma caldeira com capacidade de produzir 120 t/h de vapor a 65 bar, 480ºC. A central deve entrar em pleno funcionamento em fevereiro de 2004, disponibilizando a energia elétrica no sistema em 138 kV através de uma subestação elevadora 13,8-138 kV. www.tractebelenergia.com.br
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A atriz, consultora e produtora teatral Loly Nunes, sócia-diretora da Fanfarra Carioca, com 26 anos de experiência no mercado artístico e cultural brasileiro, usou técnicas e métodos teatrais contemporâneos para a criação de um projeto que pretende inserir a arte nas empresas. O projeto Fênix sugere um renascimento das pessoas para uma vida com mais qualidade e sinergia, assim como um ambiente de trabalho mais saudável e feliz para empresas. “Com o Projeto Fênix, criamos um estado de expectativa constante através do jogo de sensações, da descoberta de novas emoções, onde tudo é imprevisível, onde tudo pode se transformar o tempo todo, principalmente o ser humano”, define a atriz e empreendedora. Segundo Loly Nunes, todas as iniciativas empreendidas por sua empresa estão calcadas em uma filosofia de trabalho que busca associar a arte à vida. “Em tempos de pós-modernidade, os desafios são apresentados diariamente às empresas que enfrentam a competição, o desemprego, a solidão, a necessidade de adaptação frente às mudanças e a velocidade da informação e do conhecimento”, diz. A Fanfarra vem desenvolvendo junto às empresas diversas dinâmicas, cursos, treinamentos, dramatizações, espetáculos temáticos e palestras. Empreendedor – Abril
2003
Por meio de um contrato entre a Koblitz e a Tractebel Energia, empresa privada belga que tem realizado investimentos em energia elétrica no território brasileiro, está sendo instalada no município de Lages (SC) a maior central termelétrica independente do país utilizando biomassa como combustível. Prevista para entrar em pré-operação ainda este ano, a central terá uma potência instalada de 28 MW, energia suficiente para abastecer uma cidade com 178 mil residências.
Licença para expansão
Jovem S.A.
por Lúcio Lambranho
lucio@empreendedor.com.br
Guerra pelo social
2003
Para começar nosso giro pela América Latina e contar histórias de jovens empreendedores, publicamos nesta edição uma entrevista com Julian Andres Castiblanco Herrera, um jovem de apenas 22 anos que não se abateu com as dificuldades da Colômbia, país mergulhado em uma série de guerras civis desde 1899. Mesmo diante de todos esses problemas, o envolvimento de Castiblanco com o empreendedorismo começou há cinco anos, quando foi convidado para participar do Congresso Nacional de Jovens Exportadores, evento organizado pelo Ministério de Comércio Exterior. “Nesse momento recebi as ferramentas para levar minhas idéias empreendedoras adiante e contribuir com o desenvolvimento do meu país”, explica. Ainda como estudante do oitavo semestre de Engenharia de Mercados na Universidade Piloto de Colombia, ele fundou, junto com outros três jovens (Alexander Olave, Maria Claudia Gonzales e William Herrera), a Associação Identidade Nacional Colombia e a Associação Colombiana de Jovens Empresários Exportadores. Nas duas entidades, o jovens empreendedores da Colômbia participam de eventos técnicos para o fomento do empreendedorismo e de responsabilidade social em um país marcado pela luta contra o narcotráfico. Existem mercados ou segmentos de mercados em que os jovens empreendedores estão em maior número na Colômbia? Julian Castiblanco – Os jovens emprendedores na Colômbia estão concentrados nas principais cidades Abril – Empreendedor
do país como Bogotá, Medellin e Cali. Os negócios mais desenvolvidos pelos jovens estão concentrados no setor de serviços como publicidade, desenho industrial e informática, além da produção de alimentos e confecções. Quais são as principais dificuldades que os jovens colombianos encontram quando criam ou desenvolvem uma empresa? Castiblanco – As primeiras dificuldades são falta de capital, alta tributação e carência de incentivos fiscais e de treinamento. Dependendo do setor é bom ter iniciativa, mas sempre digo que experiências não se improvisam. Mesmo assim, o valor agregado de um jovem são as idéias novas e, com a ajuda da internet, temos demostrado muita criatividade e capacidade para vender. Então os negócios da área de tecnologia são mais atrativos para os jovens no seu país? Castiblanco – Não garanto que seja a primeira opção dos jovens, mas é muito significativo na Colômbia, pois o país é um grande produtor de software na América Latina, e as principais empresas são controladas por jovens. Essa mesmas empresas criam e desenvolvem aplicativos para bancos que são reconhecidos em nível mundial. Isso pelo alto nível de tecnologia e grande capacidade de segurança que criam para os usuários. Na Colômbia os jovens empreendem mais por necessidade ou opção? Castiblanco – Não podemos esquecer que nosso país tem um alto
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País: Colômbia Principais cidades: Bogotá, Medellin e Cali Setores mais desenvolvidos por jovens empreendedores: serviços (publicidade, desenho industrial, informática), produção de alimentos e confecções
grau de desemprego como os outros países da região e isso contribui para a criação de empresas. Mas se o jovem não tem como pagar uma universidade e quer ser empreendedor pode fazer cursos livres ou despertar o espírito empreendedor desde a escola secundária, sem se esquecer da parte científica da administração e da gestão de uma empresa. Em espanhol dizemos: “El emprendedor nace o se hace”.
Julian Andres Castiblanco Herrera Calle 45 # 38A – 16 Interior 6 Apartamento 203, Bogotá, Colômbia Tel: 571+3154317/571+6380389 julian.castiblanco@telefonicadata.com.co
NA PRÓXIMA EDIÇÃO Conheça o trabalho da Associação dos Jovens Empresários do Peru (AJEP), criada em 2001. E leia uma entrevista sobre empreendedorismo nesse país andino com José Luis Altamiza Nieto, presidente e fundador da AJEP, e Roxana Vásquez Bocanegra, vice-presidente da Associação.
Educação à distância
Sangue novo no Supply Chain Quatro empreendedores, com experiência internacional em consultoria e soluções em Supply Chain Management, criaram a Streamline Solutions, em Campinas (SP). Com clientes na Coréia e filial em Dallas, nos Estados Unidos, a empresa tem como objetivo gerir soluções e aplicativos para gerenciamento da cadeia de suprimentos. Inaugurada em maio de 2002, a empresa tem seu foco nos aplicativos de softwares para a indústria em geral. “O mercado de aplicativos de software para gerenciOs empreendedores amento de cadeias de suprimenMaxwell Orlandi (35 anos), Hentos é praticamente inexplorado no rique Postal (33), Pedro Sérgio de Brasil e carece de ferramentas mais Souza (38) e Eduardo Yokoyama sofisticadas que façam jus à im(31) têm grande experiência na área portância estratégica e tática que de Supply Chain Management em o planejamento operacional regrandes corporações tais como IBM quer”, afirma Maxwell Orlandi, e i2 Technologies, e possuem diplopresidente da Streamline Solutions. mas das melhores universidades de Segundo Orlandi, os softwatecnologia do Brasil. A paixão por res atualmente disponíveis no inovação tecnológica e novos desafios os motivou a criar sua própria mercado são complexos, de diempresa de serviços orientados para fícil implementação, requerem alsistemas de Supply Chain Managetos investimentos para implantament. ção e estão fora da realidade da
O produto O primeiro aplicativo ofertado pela Streamline é o StreamPlan – software de planejamento operacional que atua tanto na preparação quanto na execução da cadeia de suprimentos, baseando-se na disponibilidade corrente de recursos e materiais com a finalidade de harmonizar os objetivos estratégicos do negócio com o processo produtivo.
DIVULGAÇÃO
maioria das empresas do mercado nacional. Dois fatores fundamentais para o sucesso da empresa, acreditam os empreendedores, além do domínio tecnológico e do conhecimento do mercado brasileiro, são a proximidade com o cliente e a abertura para o desenvolvimento de upgrades e melhorias de acordo com as novas necessidades do negócio. (19) 3253-1433
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Empreendedor – Abril
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POSTAL (À ESQUERDA) E ORLANDI APOSTAM EM SOFTWARES DE LOGÍSTICA
Estudantes de Engenharia, Arquitetura e Computação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e de diversos cursos da Universidade de Lima, Peru, poderão fazer o curso de Plano de Negócios à distância a partir da segunda quinzena de abril. O treinamento é realizado em ambiente on-line desenvolvidos pelo Laboratório de Ensino a Distância (LED) da UFSC e faz parte do projeto Engenheiro Empreendedor, criado pelo Centro Tecnológico dessa universidade com apoio da Fundação de Ensino de Engenharia de Santa Catarina (Feesc). No final do curso, depois de terem aulas de Empreendedorismo, Visão Empreendedora e Plano de Negócios, os alunos devem apresentar uma proposta de plano de negócio simplificada para um produto ou serviço. “Nos tempos atuais é importante que os alunos saibam que não haverá empregos prontos à sua espera. Por isso, entre outras coisas, é preciso que eles estejam preparados para atuar como empreendedores, enfrentar e vencer desafios”, diz o professor Ariovaldo Bolzan, diretor do Centro Tecnológico e coordenador-geral do projeto Engenheiro Empreendedor. Na última edição do curso, em 2001, foram apresentados planos de negócios que sugeriram o desenvolvimento de uma empresa de consultoria de carros de competição, uma empresa de refrigeração de pequeno porte para atender pequenos frigoríficos e supermercados, uma microcervejaria artesanal e uma processadora de alimentos orgânicos. Os melhores trabalhos foram premiados com um gravador de CD e dicionários eletrônicos. O projeto já realiza há cinco anos trabalhos com o objetivo de estimular o empreendedorismo entre os universitários, principalmente na área tecnológica. Ao todo, segundo os coordenadores do projeto, cerca de 2 mil estudantes da UFSC e de outras universidades brasileiras, além da instituição boliviana Univresidad Mayor de San Simon, já participaram dos cursos oferecidos. Neste ano, a experiência internacional acontece com a Universidade de Lima, no Peru. www.ctc.ufsc.br/empreendedor
Nãono Durma Ponto
por Roberto Adami Tranjan Educador da Cempre – Conhecimento & Educação Empresarial (11) 3873-1953 • www.cempre.net • roberto.tranjan@cempre.net
DIVULGAÇÃO
A dor e a delícia das diferenças
C
2003
“
ada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”, sábio verso de uma das canções de Caetano Veloso e também uma apologia às diferenças. As empresas mudam e inovam graças a essas diferenças, às vezes inspiradoras, quase sempre conflituosas. E aí está o problema: para evitar conflitos, acabamos abrindo mão, muitas vezes, do poder e da força das diferenças. Dizer que as pessoas são diferentes entre si talvez seja reconhecer o óbvio, mas este óbvio é esquecido com muita freqüência. Muitos líderes preferem limitar as pessoas em seus departamentos, cargos e funções para que os pensamentos delas não atrapalhem o seu jeito de pensar. É claro que a vida parece ficar mais simples quando, de alguma forma, amordaçamos as inteligências das pessoas. Mas os prejuízos são enormes. Administrar, para alguns líderes, é dar cabo das diferenças. Não fazem outra coisa a não ser polir as arestas e cercear os ânimos. Mas as empresas pagam um preço caro por isso: o de repetir-se a cada dia, com os resultados cada vez mais diminutos e com os clientes cada vez mais infiéis. É claro que é mais fácil liderar uma equipe constituída de vaquinhas de presépio, coroinhas programados ou guarda-costas obedientes. Acontece que o cliente não é mais condescendente com esses tipos de empresas. As exigências são muitas e a cada dia mais desafiadoras. É preciAbril – Empreendedor
so juntar as diferenças em torno de uma causa comum para obter os melhores resultados. Aí está um dos principais desafios dos grandes líderes: saber lidar positivamente com as diferenças! E quais são elas?
“Dizer que as pessoas são diferentes entre si talvez seja reconhecer o óbvio, mas este óbvio é esquecido com muita freqüência” Diferentes estilos Alguns são bons de iniciativa mas com dificuldades para levar até o final os seus projetos. Outros têm dificuldades em dar o pontapé inicial mas são disciplinados e perseverantes em levar ao término as suas obras. Alguns são dados ao pioneirismo, conseguem ver além do óbvio: são os empreendedores. Capazes de transformar oportunidades em idéias geniais mas, na maior parte das vezes, incapa-
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zes de transformar as idéias geniais em negócios lucrativos. A não ser que peçam ajuda aos organizadores, capazes de transformar a boa idéia em processos de trabalho rentáveis. Outros são direcionados, competitivos, rápidos, incansáveis, obstinados até. Colocam os objetivos e metas acima de qualquer outra coisa e não sossegam enquanto não os atingem. São implacáveis samurais de empresas e não desanimam com facilidade. Mas podem despender esforços a esmo, não fosse o foco estratégico percebido pelo empreendedor; podem gastar energia em vão, não fosse a capacidade de gestão de recursos do organizador. Há também o catalisador, capaz de juntar esforços, energias e talentos em prol de um objetivo comum. O seu talento de líder faz com que seja capaz de conduzir pessoas para onde elas desejam ir. Sabe constituir e desenvolver equipes. Mas também necessita do foco do empreendedor, da pujança do lutador, da gestão do organizador. Qual é o melhor estilo? Todos, quando em uma relação de interdependência e de auto-reforço. Para conseguir os melhores resultados, uma empresa necessita de todos os estilos acima interagindo de maneira produtiva. Diferentes inteligências Há poucos anos, pesquisadores de Harvard, comandados por Howard Gardner, descobriram a existência de diversas “inteligências”, além daquelas mais conhecidas e valorizadas pelas
Nossa meta é garantir a tranquilidade do cliente. escolas e empresas, quais sejam: lógico-matemática (para tratar de problemas lógicos, cálculo e números) e lingüística (expressão verbal e escrita). Outras, menos cotadas, são tão importantes quanto aquelas: espacial (percepção de grandeza e de espaço), físico-cinestésica (lidar com movimento e expressão corporal), musical (interpretar e expressar-se através da música), naturalista (lidar com plantas e animais), pictográfica (capacidade de comunicação através do traço e do desenho), interpessoal (capacidade de relacionamento com os outros), intrapessoal (capacidade de auto-conhecer-se), dentre outras inteligências, ainda em estudo. A combinação entre os vários tipos de inteligências nos torna únicos e, portanto, com uma capacidade ímpar para solucionar problemas. Olhando por esse ângulo, podemos dizer que, quando as diferenças entre as pessoas são valorizadas e até enaltecidas, ampliam-se consideravelmente as possibilidades na resolução dos problemas em uma empresa. Diferentes valores Somos governados por nossos valores. São eles que melhor traduzem os nossos pensamentos e sentimentos e, portanto, demonstram as nossas diferenças em um nível mais profundo. As diferenças de valores explicam, portanto, as principais razões dos conflitos entre as pessoas. É por isso que muitos conflitos não são resolvidos apenas no nível da comunicação e do relacionamento. É preciso ir mais fundo, é preciso conhecer os valores que go-
vernam os nossos comportamentos. As escalas diferenciadas de valores, de pessoa para pessoa, fazem com que as relações humanas sejam ainda mais complicadas. Enquanto alguns valorizam a tradição, a segurança, a saúde, a família, outros preferem a aventura, a coragem, o conhecimento e o crescimento pessoal. Justiça, honestidade e perdão para alguns; desafio, criatividade e crescimento espiritual para outros. Alguns valores são mais materiais (status, dinheiro, posição social, posses), outros mais espirituais (amor, bondade, tolerância); alguns são mais egoístas, outros mais altruístas. O fato é que todos querem viver os seus valores. Qual o risco de uma empresa em que as pessoas não podem viver os próprios valores? O risco da anomia, da falta de entusiasmo, da alienação. Os valores são as principais forças motivadoras das pessoas, e sem elas restam o desânimo e o baixo nível de comprometimento. Os bons líderes sabem disso e sabem também compatibilizar os valores pessoais com os valores organizacionais. Está aí a chance do líder em criar uma causa comum, conforme citada na primeira parte desse artigo. Santa diferença! É papel da liderança apreciar, valorizar e saber tirar proveito das diferenças. Reconhecer as diferenças como benéficas e enxergar todas as pessoas como úteis e produtivas em algum lugar e de alguma forma. Não é tornando as pessoas semelhantes que se constrói a grandeza da vida, mas enaltecendo as diferenças.
O comprometimento com a responsabilidade, a ética e o profissionalismo, nos permite alcançar ótimos resultados na defesa dos interesses de nossos clientes. Advocacia Luciana Marques de Paula, há mais de 20 anos no contencioso e, afinada com a evolução da sociedade, tem empenhado esforços para o aprimoramento na área de consultoria, evitando o litígio, com o foco para a solução amigável de conflitos.
Áreas de atuação: Direito Empresarial Franchising Direito imobiliário Responsabilidade Civil e Sucessões Mediação e Arbitragem
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(Capa
O tom do
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desenvolvimento
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AÇÕES EMPREENDEDORAS Apoio a novos negócios e adoção de estratégias em conjunto na captação de recursos fazem parte do discurso afinado que os três governadores da região Sul pretendem colocar em prática em seus estados por
PARANÁ Jovens Empreendedores, programa que vai incentivar e financiar a iniciativa de jovens que queiram montar o próprio negócio. Irmão Mais Velho, programa de fomento ao empreendedorismo com foco em pessoas que possuem mais de 40 anos. Programa de Distritos Industriais, com o objetivo de estimular a industrialização em todo o Paraná, criando infra-estrutura e oferecendo serviços de orientação para atrair investidores.
SANTA CATARINA
Fábio Mayer Lauro Maeda
fotos
PR SC RS
RIO GRANDE DO SUL Central de Empreendedorismo, programa que oferece cursos de atualização para jovens e adultos com o objetivo de formar novos empreendedores. Programa de Harmonização do Desenvolvimento Industrial do Rio Grande do Sul (Integrar/RS), que prevê incentivos fiscais diferenciados para investimentos em novos negócios feitos em regiões menos favorecidas. Negociação de incentivos fiscais.
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Os governadores dos estados da região Sul, Germano Rigotto (Rio Grande do Sul), Luiz Henrique da Silveira (Santa Catarina) e Roberto Requião (Paraná), têm mais em comum do que apenas fazerem parte do mesmo partido, o PMDB. Além do apoio recíproco entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os três governadores, há também, nesses estados, uma política de fomento ao empreendedorismo fundamentada no desenvolvimento socioeconômico regional. Os três concordam que só através do incentivo a novos negócios é possível manter e gerar empregos, melhorar a distribuição de renda e aumentar a inclusão e a mobilidade social. Isso significa resgatar a confiança da população e valorizar o ser humano, para participar mais ativamente na comunidade, primeiro passo para o desenvolvimento de um município, estado ou nação. A premissa é que cada município produza impactos na economia de suas regiões, contagiando as cidades vizinhas, depois o estado e, por fim, todo o país. Dentro dessa lógica, o governo gaúcho está articulando formas de incentivar o empreendedorismo. “O es-
Pró-emprego, programa que vai utilizar a contribuição do Simples (50% das micro e 20% das pequenas empresas) para financiar essas próprias empresas. Incubadoras de negócios, que visam a orientar os jovens por meio de incubadoras instaladas em universidades e instituições de ensino médio e superior, dando condições para que eles possam montar o próprio negócio. Ampliação dos prazos para apuração e recolhimento do ICMS, para facilitar as relações entre fisco e contribuinte.
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Empreendedor – Abril
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(Capa tado só terá a ganhar com a melhoria de suas ações empreendedoras, bem como com aquelas que partirão das pessoas”, avalia Germano Rigotto. De acordo com Luiz Henrique da Silveira, essa política fará parte das prioridades do governo catarinense. “Vamos visar ao desenvolvimento econômico, à geração de emprego e renda. Junto a isso, vamos buscar também o desenvolvimento rural e pesqueiro, bem como o tecnológico”, expõe. Com isso, ele espera ampliar a atuação e a competitividade das empresas localizadas em Santa Catarina e incentivar novos empreendimentos, principalmente em áreas que necessitam de maiores recursos financeiros, melhorando a infra-estrutura e equilibrando o desempenho da economia em todo o estado. De maneira semelhante, Roberto Requião coloca que é fundamental incentivar novos negócios no Paraná para que o desenvolvimento possa espalharse pelo estado, principalmente para regiões que enfrentam um processo de estagnação econômica, melhorando assim o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O governador paranaense define que o estado hoje passa por uma grave situação social, na qual muitas pessoas vivem abaixo da linha da pobreza. “Temos a plena consciência de que não sairemos dessa situação sem o forte incentivo à produção, quer no campo, quer nas cidades. E isso significa incentivar quem queira abrir ou ampliar o seu negócio e avançar na carreira profissional”, afirma. Dessa forma, a criação de empresas aproveitando-se das potencialidades regionais amplia as oportunidades de trabalho e renda, mesmo que ainda menores que as dos grandes centros urbanos, para as pessoas que vivem nas pequenas cidades do interior. De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SeAbril – Empreendedor
brae), a criação de uma microempresa proporciona, em média, quatro novos empregos, e as pequenas e médias empresas são responsáveis por 67% da oferta de emprego no Brasil. “É importante que uma comunidade detenha não apenas os fatores de produção, como matéria-prima, insumos e mão-de-obra. É imprescindível que detenha também a vontade de empreender”, salienta Rigotto. Dados do Sebrae revelam que 2,7 milhões de microempresas foram criadas no país somente na década de 90. O Brasil hoje possui o sétimo maior índice de empreendedorismo no mundo, de acordo com a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), realizada anualmente pela Babson College juntamente com a London Business School em 29 países. No entanto, o número de empresas e o desenvolvimento econômico do país só não são maiores devido à falta de confiança, de conhecimento e de preparo, o que inibe o início das atividades e restringe a atuação de uma companhia. Uma prova disso é que muitas pessoas, antes de iniciar o empreendimento próprio, esperam que outras montem o negócio primeiro para ter certeza de que vai dar certo. A falta de esclarecimento, juntamente com a falta de orientação empresarial, de uma gestão adequada e de competitividade, são responsáveis por um problema ainda maior. O país possui um dos mais altos índices de mortalidade empresarial: a duração das companhias não passa de três anos. Ou seja, não basta fomentar o empreendedorismo; é necessário também proporcionar as condições necessárias ao crescimento das empresas criadas. A solução encontrada é a parceria com instituições que forneçam orientação, preparando uma base para futuros empreendedores e minimizando a
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mortalidade empresarial. Por isso, diferentes órgãos de governo buscam estreitar suas relações, principalmente, com universidades e instituições de ensino. De acordo com Rigotto, não basta ter capital e vontade de investir, mas também é preciso contar com as informações para que o empreendimento dê certo. “Acredito que é possível um crescimento nas ações nesta área, formando uma nova safra de empreendedores”, diz o governador gaúcho. Seguindo a mesma meta, Luiz Henrique quer promover em seu governo a integração dos órgãos estaduais com as universidades, setores produtivos e consumidores. Requião também cita que é importante a parceria não só com universidades, mas também com institutos de ensino e pesquisa, entidades de trabalhadores e empresariais. “A meta é a formação de uma corrente de apoio, incentivo e treinamento aos que queiram investir e ampliar os investimentos”, diz. [Iniciativas] Além de incorporar conhecimentos de gestão, garantir a sobrevivência no mercado também implica aumentar a competitividade. Uma alternativa para isso é o cluster, união principalmente de micro e pequenas empresas da mesma área de atuação, o que possibilita ampliar a força competitiva no mercado. Outra barreira a ser ultrapassada é a da qualificação da mão-de-obra. “Estaremos fortalecendo ações de qualificação técnica e atualização profissional, tendo por objetivo a implementação de novas atividades empresariais que ajudem a agregar valor ao que é produzido no estado”, conta Rigotto. Garantir a capacitação do trabalhador também consta dos planos de governo de Luiz Henrique e de Requião. Nessa política de fomento ao empreendedorismo adotada pelos governos da região Sul diversos programas e ações já estão em andamento. No caso do Rio Grande do Sul, um deles é a Central de Empreendedorismo, criada
RAIO X DA REGIÃO SUL Principais deficiências Regiões que enfrentam um processo de estagnação econômica. Falta de orientação empresarial, de uma gestão adequada, de competitividade, de confiança, de conhecimento e de preparo. Mortalidade empresarial. Carga tributária elevada.
Metas conjuntas Incentivar o desenvolvimento regional, diminuindo as disparidades econômicas. Estimular a geração de emprego e renda. Ampliar a inclusão e a mobilidade social. Resgatar a auto-estima e a valorização das pessoas. Melhorar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Proporcionar as condições necessárias ao crescimento das empresas.
Região Sul Paraná Santa Catarina Rio Grande do Sul
17,57 5,99 3,85 7,73
2° maior do país, após a região Sudeste 5o no ranking nacional 7o no ranking nacional 4o no ranking nacional
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de Contas Nacionais, Contas Regionais do Brasil
Principais atividades econômicas PARANÁ Agricultura: cana-de-açúcar, milho, soja, mandioca, trigo, batata-inglesa, feijão, aveia, arroz, algodão, cevada, laranja. Pecuária: aves, bovinos, suínos, ovinos, bubalinos. Mineração: água mineral, pedra britada, calcário, gás natural, petróleo, carvão, ouro. Indústria: agroindústria, de papel e celulose, fertilizantes. Extrativismo: erva-mate, pinhão, carvão vegetal, lenha, madeira, nó-de-pinho. SANTA CATARINA Agricultura: milho, arroz, mandioca, cana-de-açúcar, soja, feijão, fumo, batata-inglesa, maçã, laranja, cebola, alho. Pecuária: aves, suínos, bovinos, ovinos, camarões, moluscos, peixes. Mineração: pedra britada, carvão, alumínio. Indústria: alimentícia, têxtil, mecânica, de vestuário, de calçados. Extrativismo: erva-mate, pinhão, lenha. RIO GRANDE DO SUL Agricultura: arroz, soja, milho, mandioca, cana-de-açúcar, trigo, uva, batata-inglesa, maçã, laranja, alho, centeio. Pecuária: aves, bovinos, ovinos, suínos, bubalinos. Mineração: água mineral, pedra britada, calcário, carvão. Indústria: alimentícia, química, de calçados. Extrativismo: erva-mate, lenha.
minuindo as disparidades econômicas e desenvolvendo o estado de forma mais harmônica. Tratamento diferenciado e incentivo às micro e pequenas empresas do estado de Santa Catarina também é uma das ações do governo de Luiz Henrique. “Vamos mandar para a Câmara um projeto de lei criando o Pró-emprego, que é um programa que vai utilizar a contribuição do Simples (50% das micro e 20% das pequenas empresas) para financiar essas próprias empresas com crédito barato e simplificado”, ressalta o governador catarinense. Ele pretende, ainda, facilitar as relações entre fisco e contribuinte, com
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a ampliação dos prazos para apuração e recolhimento do ICMS. “Vamos adequar esses prazos à realidade da estabilidade econômica e aprimorar o foco de atuação para um trabalho de prevenção, com estímulo ao cumprimento voluntário das obrigações tributárias.” Além disso, ele quer implementar incubadoras de negócios, em universidades e instituições de ensino médio e superior, uma espécie de escola para futuros empreendedores que vai orientar os jovens, oferecendo condições para que eles possam montar o próprio negócio. No Paraná um dos primeiros atos do atual governador foi um decreto que Empreendedor – Abril
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a partir de um programa já reconhecido pelos seus resultados positivos no Canadá e que oferece cursos de atualização para jovens e adultos com o objetivo de formar novos empreendedores. “A intenção é criar uma mentalidade de que precisamos construir uma cadeia preparatória para aperfeiçoar os nossos investimentos em atividades que tragam o fortalecimento econômico e social do estado”, explica Rigotto. Outra iniciativa é o Programa de Harmonização do Desenvolvimento Industrial do Rio Grande do Sul (Integrar/RS), que prevê incentivos fiscais diferenciados para investimentos em novos negócios feitos em regiões menos favorecidas, di-
Participação no PIB Nacional em % (2000)
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PARCEIROS: GOVERNADORES EM RECENTE REUNIÃO DO CONSELHO DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO SUL
isentou, em alguns casos, ou diminuiu o ICMS das micro e pequenas empresas. De um total de 170 mil empresas cadastradas no programa, cerca de 120 mil já foram beneficiadas. “A isenção ou diminuição da carga tributária é a melhor ação para incentivar os empreendedores. Livre do imposto, sem a pressão do fisco, o empreendedor vai poder investir mais, ampliar seu negócio, aumentar a renda e criar mais empregos”, completa Requião. Ele também aposta no talento e na força dos mais novos e na experiência dos mais velhos. Por isso quer pôr em prática o programa Jovens Empreendedores, que vai incentivar e financiar a iniciativa de jovens que queiram montar o próprio negócio, e o programa Irmão Mais Velho, com foco nos trabalhadores com mais de 40 anos. Segundo Requião, o apoio será feito por meio de isenções fiscais, treinamento, assistência técnica e crédito subsidiado. O governador paranaense pretende implantar ainda o Abril – Empreendedor
Programa de Distritos Industriais com a finalidade de estimular a industrialização em todo o Paraná, criando infraestrutura e oferecendo serviços de orientação para atrair investidores. [Apoio da indústria] Em relação à política de fomento ao empreendedorismo proposta por Rigotto, a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) mantém uma opinião favorável. “A Fiergs apóia todas as iniciativas que favoreçam a ampliação e o fortalecimento do setor produtivo gaúcho, seja quanto a empreendimentos já existentes, seja quanto ao estímulo a novas unidades industriais e no segmento do agronegócio”, afirma Renan Proença, presidente da Federação. Segundo ele, é fundamental preencher vazios setoriais e completar cadeias produtivas nas quais o estado tem maior potencial. Mas para que os incentivos a novos empreendimentos tenham êxitos,
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a Fiergs alerta que o governo deve priorizar algumas ações. “O estado deve ser um indutor, um parceiro. Nesse sentido, acho que o governador Rigotto e sua equipe têm sinalizado uma atuação que nos agrada, claramente a favor do empreendedorismo e do lucro, sem falsos conceitos ideológicos.” Proença elogia principalmente o Integrar/RS e comenta que há tempo vem reivindicando junto aos governos anteriores esse tipo de programa. “Pode ser um incentivo diferenciado para as regiões e microrregiões de menor desenvolvimento, os chamados ‘bolsões’ de baixa densidade econômica”, conta. Em Santa Catarina a política adotada por Luiz Henrique agradou a José Fernando Xavier Faraco, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc). Para ele não há dúvidas de que a proposta de estimular as capacidades regionais indica que o governo do estado pretende iniciar uma política de incentivo a empreendedo-
é otimista. “Temos setores variados, cadeias produtivas importantes, ótimo nível de criatividade dos nossos empresários e uma excepcional capacidade dos nossos colaboradores. Portanto, todos os ingredientes favoráveis”, diz Proença. Da mesma forma, Faraco também acredita que Santa Catarina tem boas perspectivas para gerar novos negócios. “Um estado que tem uma história importante de empreendedorismo, desde a chegada dos colonizadores europeus, tem uma boa chance de inovar o conceito de empreender”, afirma o presidente da Fiesc. [Papel fortalecido] Com essas perspectivas otimistas o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) assume uma importante atuação como instituição de fomento no apoio aos programas estaduais de desenvolvimento industrial e regional. Alinhado a essa política pública, o BRDE também aderiu à criação de novos empreendimentos e à interiorização do desenvolvimento. “Temos linhas de crédito para o apoio de empreendimentos desde a agricultura familiar até grandes projetos de infra-estrutura, como estradas, terminais portuários e pequena e média geração de energia, passando por atividades industriais de todos os portes”, diz Fernando Luiz Motta dos Santos, superintendente de Planejamento do BRDE. De acordo com Santos, o banco possui diversas ações para apoio a novos empreendimentos. Uma delas é o avanço do processo de integração entre os setores público e privado em microrregiões, impulsionado pelo BRDE logo que o banco assumiu a liderança do Fórum Catarinense de Desenvolvimento (Forumcat). A conquista evita ações paralelas, viabiliza a sustentabilidade e dá continuidade aos planos e projetos de desenvolvimento. Um exem-
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plo desse trabalho conjunto é o Programa Catarinense de Desenvolvimento Regional e Setorial, que prevê a organização de 28 pólos de desenvolvimento de Santa Catarina. Outra ação incentivada é a criação de uma agência de fomento para o Mercosul, proposta por Casildo Maldaner, presidente do BRDE, na reunião do Conselho de Desenvolvimento dos Estados do Sul e de Mato Grosso do Sul (Codesul), realizada em Florianópolis, no dia 24 de março. “Muitos empresários brasileiros querem fazer parcerias com os países do Mercosul”, diz Maldaner. Por isso, estimular as parcerias significa também garantir o futuro dessa região da América do Sul. Como benefício direto de todas as ações apoiadas pelo BRDE, cerca 6 mil projetos tiveram créditos aprovados em 2002. Os impactos esperados dos empreendimentos são o investimento de R$ 652 milhões na economia da região Sul, um aumento na arrecadação de ICMS de R$ 97 milhões por ano e a geração de 10.800 empregos diretos. [Microcrédito em alta] Como no livro de Muhammad Yunus O Banqueiro dos Pobres, que conta a história do Banco Grameen, que emprestava dinheiro aos pobres de Bangladesh, um dos países mais desfavorecidos do mundo, as Agências de Fomento da região Sul também apostam no microfinanciamento de novos negócios para combater as disparidades regionais e as desigualdades sociais. “A exemplo de Yunus, priorizamos sem dúvida nenhuma o microcrédito. É uma operação que cumpre um papel social relevante”, afirma Renato de Mello Vianna, presidente da Agência Catarinense de Fomento (Badesc) e da Associação Brasileira de Instituições Financeiras de Desenvolvimento (ABDE). Atualmente, o Badesc tem 16 organizações de microcrédito, Organizações Civis de Interesse Público (Oscips), reconhecidas pelo Ministério da Justiça, que fazem parte do Programa Crédito Empreendedor – Abril
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res. “Dando condições e acesso ao fomento econômico nas regiões menos desenvolvidas, consegue-se revelar talentos e idéias que podem contribuir para um novo momento na economia de cidades e regiões que atualmente sobrevivem com dificuldades”, afirma Faraco. Na visão da Fiesc, a melhor forma de estimular os empreendimentos é dar amplo acesso à informação e ao crédito, apoio às inovações, incentivos às crianças e aos jovens e atenção às vocações regionais. Portanto, algumas iniciativas propostas pelo governo catarinense se ajustam, segundo Faraco, com projetos que já são implementados em algumas regiões por entidades de classe locais ou estaduais, como é o caso do Projeto de Micro Distritos Industriais de Base Tecnológica, desenvolvido pela Fiesc em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e com o Instituo Euvaldo Lodi (IEL), que consiste na implantação de incubadoras tecnológicas em pólos de desenvolvimento. “Essas incubadoras incentivam o empreendedorismo tecnológico, pois dão estrutura para o empreendedor colocar em prática suas idéias que irão, num futuro próximo, gerar riqueza ao estado em forma de produtos de alto valor agregado com tecnologia própria.” Outro projeto é o Programa de Desenvolvimento Regional, que busca identificar as potencialidades de cada região do estado, indicando gargalos econômicos e apresentando soluções para o desenvolvimento. De acordo com Faraco, esse projeto, criado pelo IEL de Santa Catarina e que conta com a participação de diversas entidades regionais, pode ser aproveitado pelo governo estadual. Idéias e propostas para o fomento de novos negócios na região Sul é o que não falta. Por isso, a perspectiva do empreendedorismo nesses estados
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(Capa de Confiança. A mais antiga delas é o Banco da Família, até recentemente chamado de Banco da Mulher. No total já foram destinados R$ 64 milhões para essas organizações, beneficiando cerca de 25 mil microempresas e preservando mais de 45 mil empregos. Outra ação do Badesc é o Fundo de Desenvolvimento Municipal (FDM), linha de crédito destinada aos municípios catarinenses. “Têm prioridade aqueles municípios onde foram diagnosticados bolsões de miséria, nos quais são criados programas para gerar empregos e mão-de-obra intensiva”, diz Vianna. Segundo ele, a meta do Badesc é o desenvolvimento econômico sustentável do estado catarinense, proporcionando melhorias sociais a partir da oferta de crédito. Com isso é possível, de acordo com Vianna, atrair novas empresas e investidores para o estado, desenvolver projetos aproveitando-se das potencialidades de cada região e verticalizar esses investimentos por meio de clusters e da substituição de importações. Visando ao desenvolvimento regional, à geração de emprego e renda, à inclusão social e ao resgate da autoestima e da valorização pessoal com a melhora do IDH, a Agência de Fomento do Paraná (AFPR) criou o Banco Social. Trata-se de um programa de crédito para atender, através de microfinanciamento, pessoas que não possuem renda e formação para começar a desenvolver uma atividade. “O principal objetivo da nova gestão da Agência de Fomento é atingir todos os municípios do estado com o Banco Social e principalmente ouvir e atender as pessoas”, diz Antônio Rycheta Arten, presidente da entidade. O Paraná tem 399 municípios, dos quais 284 já estão sendo atendidos pelo Banco Social. O programa é fruto de uma parceria entre a Agência de FoAbril – Empreendedor
mento do Paraná, as Prefeituras, o Sebrae e a Secretaria do Trabalho. Cada um tem sua função dentro desse processo de fomentar o empreendedorismo: a prefeitura de cada município é o órgão canalizador para o fomento, recebendo a proposta do cidadão; o Sebrae estuda a melhor maneira de viabilizar o projeto; a Secretaria do Trabalho analisa de que forma é possível a formalização dos recursos; e a AFPR desempenha o papel de fomento centralizador e integrador dos outros órgãos. “As pessoas que atendem nas prefeituras recebem treinamento do Sebrae, tornando-se agentes de crédito e de desenvolvimento”, ressalta Arten. O Banco Social, desde que foi criado, em 2001, proporcionou 10.211 contratos, o que corresponde a um investimento de cerca de R$ 36 milhões ou R$ 3.200 por contrato. Em 2002, foram repassados R$ 22 milhões para 7 mil contratos. “Atualmente, nossa meta é dobrar os beneficiados com o processo”, afirma Arten. O programa está sendo tão procurado que somente nos três primeiros meses de 2003 já foram contabilizados 1.700 contratos e um financiamento total de R$ 6 milhões. “Cada contrato assinado mantém pelo menos três pessoas na região com trabalhos indiretos.” Depois de receber a quantia para iniciar o empreendimento, o microempresário tem três meses de carência para se estabilizar e começar a pagar. “O pagamento é feito em 18 meses com juros de 1,5% ao mês”, completa o presidente da AFPR. Outro projeto de fomento incentivado pela entidade é a Fábrica do Agricultor, que propicia o atendimento ao homem do campo para diminuir o êxodo rural. “Também operacionalizamos empreendimentos relacionados ao turismo e à cultura para estimular essas atividades no estado.” Além disso, a
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AFPR possibilita níveis diferenciados de investimento, acima de R$ 10 mil, para auxiliar pequenos e médios empreendedores. Dessa forma, os governadores do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná contam não só com a participação efetiva das Agências de Fomento de seus respectivos estados, mas também com o apoio do BRDE, da indústria local e, principalmente, do Governo Federal. Em comum, há a possibilidade de mudar a realidade, hoje, de milhões de pessoas da região Sul e também de estender a política e as ações de fomento do empreendedorismo para todo o Brasil.
Linha Direta Governo do Estado do Rio Grande do Sul (51) 3210-4272 Governo do Estado de Santa Catarina (48) 221-3142 Governo do Estado do Paraná (41) 350-2400 Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) (51) 3347-8681 www.fiergs.org.br Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) (48) 231-4376 www.fiescnet.com.br Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) www.brde.com.br Agência Catarinense de Fomento (Badesc) www.badesc.gov.br Agência de Fomento do Paraná (AFPR) www.afpr.pr.gov.br Associação Brasileira de Instituições Financeiras de Desenvolvimento (ABDE) www.abde.org.br
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Versão salgada para agradar a brasileiros
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O gosto do brasileiro vai mexer no cardápio da rede mundial Cinnabon, presente em 16 países com 500 pontos-de-venda. A primeira loja da Cinnabon no país, inaugurada no fim do ano passado no Shopping Ibirapuera, em São Paulo, desenvolveu a versão salgada dos tradicionais bolinhos de receita européia, consumidos mundialmente em larga escala: o Requeibon e o Cheddarbon, o primeiro com cobertura de requeijão e o outro com queijo chedar. Segundo a empresa, do grupo Mr. Pretzels, a expectativa é que a novidade aumente em 20% as vendas da Cinnabon brasileira, devendo ser adotada em outros países, principalmente nas Américas do Sul e Central. Através de pesquisas, a Mr. Pretzels constatou que o paladar do brasileiro é bastante peculiar e que ele gosta de alimentos salgados. A empresa teve um aumento significativo do consumo quando introduziu os sabores salgados no mercado. Já o norte-americano, por exemplo, absorve melhor os produtos doces. Com cinco meses de funcionamento, a primeira loja da Cinnabon localizada no Shopping Ibirapuera, em São Paulo, já atende uma média de 7 mil pessoas por mês. (11) 3815-2910
Abril – Empreendedor
Para crianças Mix de serviços A Golden Services, holding responsável pelas franquias Sapataria, Costura, Lavanderia e Bordados do Futuro, criou uma nova modalidade de serviço, a Engraxataria do Futuro. Localizada em São Paulo, no Shopping Center Eldorado, a loja oferecerá um conceito diferenciado para manutenção de sapatos masculinos e femininos. Segundo Paulo César Mauro, diretor da Golden Services, “a Engraxataria do Futuro surgiu como uma opção de local agradável para quem quer conservar os sapatos, aproveitar para ler jornais e revistas, e também encontrar presentes”, diz. Além disso, o espaço conta ainda com uma tabacaria. O objetivo da empresa é fechar o ano com 20 novas lojas em pontos de grande circulação, como aeroportos, hotéis e centros de convenção. (11) 3742-4095
Baseada no conceito de levar o inglês até o aluno e não ele ir até a escola, a rede The Kids Club, que veio para o Brasil em 1994 através da Fun Languages, atende de forma terceirizada mais de 300 instituições de ensino e também clubes, academias, condomínios residenciais e brinquedotecas. Além desse tipo de serviço, possui cerca de cem unidades convencionais nos principais estados. A empresa está em processo de expansão e estima crescer 15% neste ano, sendo que a busca de parceiros concentra-se em alguns bairros de São Paulo e há também um plano de expansão para as cidades do Sul, Norte e Nordeste. O público-alvo da escola são crianças de 3 a 10 anos, e os cursos são desenvolvidos especialmente para elas e não adaptados. A metodologia da rede foi criada por pedagogos e psicólogos na Inglaterra especialmente para crianças nessa faixa etária. 0800 55 3565
Questão de estilo Fabricar móveis de acordo com a vontade do cliente, com qualidade e tecnologia. Esse é o lema da Portiere, grupo que possui fábrica própria e seis pontos-de-venda e que está entrando no sistema de franchising para ampliar sua atuação em todo o país. Há três anos a empresa atua no Rio Grande do Sul e, há um ano, em Santa Catarina. O pólo industrial fica em Porto Alegre e dispõe de uma estrutura comercial informatizada, resultado de um trabalho de consultoria direta com profissionais da Itália. “A Portiere fechou 2002 com um faturamento 60% maior do que 2001. Por isso investiremos cerca de R$ 1 milhão em tecnologia para intensificar ainda mais a produção em 2003”, conta Ivan Soares, diretor da loja de Florianópolis. “A idéia de expandir-se através de franquias surgiu com o re-
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sultado que obtivemos após ampliarmos nossa rede com lojas filiais”, explica a arquiteta Migueline Mambac, proprietária da loja de Florianópolis e uma das idealizadoras da marca. Ela também diz que a empresa “continuará agregando novas tendências e acabamentos provenientes da Europa para desenvolver novos conceitos em armários e closets sob medida visando a uma necessidade prática e funcional”. (51) 3222-2699 DIVULGAÇÃO
CIRCULAR
AmBev lança franquia Quiosque Chopp da Brahma
Naturalmente
sumidor terá à disposição produtos como o já tradicional Chopp Brahma, refrigerantes e outras bebidas e acompanhamentos diversos, como salgados e sanduíches. A franqueadora espera abrir 40 unidades até o final de 2003, em uma média de três a quatro unidades por mês. O investimento inicial de uma unidade é em média de R$ 65 mil, incluindo taxa de franquia e instalação. (11) 3841-9676 / 3845-3827
A rede de lojas de chocolates finos Kopenhagen está otimista com a Páscoa de 2003. “As perspectivas são boas, tanto que aumentamos a produção em 15% e as vendas devem ter um aumento de até 20% em relação ao ano passado”, afirma Renata Moraes, diretora de Marketing da marca. A Páscoa representa 27% do faturamento anual da empresa, seguida pelo Natal, com14%. Sempre em busca de alternativas para que os franqueados ofereçam novidades aos clientes, a empresa lançou este ano alguns produtos como o Pane di Páscoa, nas versões Chumbinho ao Leite ou Frutas e Nozes. As opções infantis ganharam destaque nas lojas, enfocando um público alternativo com produtos como o Ovo Chumbinho Vitaminado Kopenhagen da Turminha e o Kit Páscoa Kopenhagen. (11) 5507-3377
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Festa na rede
Drive-Thru de remédios A rede de franquias de drogarias Farmais inaugurou, no bairro da Mooca, Zona Leste de São Paulo, a primeira unidade da rede com sistema drive-thru. O franqueado Edivaldo Buossi está otimista quanto ao sistema inédito. “Estou calculando que 20% das vendas serão feitas através do drive-thru, principalmente de madrugada, já que a loja funciona 24 horas”, explica. A questão segurança foi um dos motivos da implantação do novo serviço. Diferentemente dos sistemas convencionais de drivethru, na Farmais o cliente faz o pedido, paga e recebe o produto sem precisar se locomover com o carro, tudo na mesma cabine de atendimento. (11) 3141-9222
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A Portobello Shop, única rede de franquias especializada em pisos e revestimentos cerâmicos no Brasil, comemora cinco anos de atividade com uma promoção voltada aos consumidores. Em cada R$ 1 mil em compras nas lojas Portobello Shop o cliente receberá um cupom para concorrer a R$ 70 mil em prêmios: um Audi A3, um Gol Special e R$ 10 mil em produtos exclusivos Portobello Shop. A promoção vai de 10 de março a 31 de maio, e a apuração do sorteio acontece em 10 de junho, em Curitiba. 0800 48 2000 Empreendedor – Abril
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A marca Mundo Verde, que surgiu em 1987 na cidade de Petrópolis (RJ) e conta com 97 unidades, sendo 72 no estado do Rio de Janeiro, está se expandindo com foco na cidade de São Paulo. A rede de lojas de alimentos naturais, dietéticos, complementos alimentares, cosméticos naturais e produtos esotéricos reúne cerca de 8 mil itens diferentes para venda, e conta ainda com um catálogo de 30 mil opções para encomendas. Os planos para este ano são abrir mais dez lojas no Rio, quatro em outros estados, como Paraná e Minas Gerais, e pelo menos seis na capital paulistana, que conta com duas unidades de rua. (24) 2237-2528 www.mundoverde.com.br
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Tomar um chopp é programa certo para milhões de brasileiros apreciadores da bebida típica do clima tropical. E isso vai se tornar ainda mais fácil com a implantação de uma franquia formatada pela Vecchi & Ancona Consulting, o Quiosque Chopp da Brahma. “Esse é um canal de distribuição atrelado a produtos de qualidade e com foco no melhor atendimento dos clientes que apreciam o chopp”, explica a consultora Ana Vecchi. A empresa foi responsável pelo plano de viabilidade, estruturação da área responsável pela gestão da rede, formatação do conceito de negócio e acompanhamento da implantação das primeiras unidades – uma própria e uma franqueada. O Quiosque Chopp da Brahma é um quiosque direcionado para shoppings, centros comerciais e galerias. O con-
Doce Páscoa
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Os limites
da liberdade
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A maioria das empresas franqueadoras está aprendendo a oferecer cada vez mais autonomia às suas redes, mas sem nunca deixar de exigir padrões de atendimento, layout e oferta de produtos Até que ponto o empresário que faz parte de uma rede pode decidir sobre a gestão da sua unidade? A resposta não é fácil, porque envolve diversos fatores que vão desde ramo da franquia, tipo de relacionamento entre franqueador e franqueado e força da marca até a questão financeira, já que toda rede deve ser lucrativa para ser forte. Mas alguns exemplos de novas ou mais consolidades franquias demonstram que o caminho da liberdade é o mais escolhido na hora de passar para o franqueado responsabilidades como marketing regional, gestão administrativa e financeira e até mesmo escolha de produtos. E esse parece mesmo o caminho a ser trilhado, no entanto a médio ou longo prazo, porque o que se vê hoje no mercado de franchising são transformações lentas e realizadas com bastante cautela e cuidado, como vem fazendo a Empório Bothânico, uma rede criada há pouco mais de cinco anos e que ainda está fixando sua imagem dentro do setor de cosméticos e cuidados com o corpo. “À medida que vamos crescendo o número de unidades, vamos nos Abril – Empreendedor
aperfeiçoando”, diz José Duarte Parajara, gerente de Franquia e Expansão da empresa. Atualmente com 210 unidades, um número expressivo se considerarmos o tempo de vida, a Empório Bothânico oferece bastante liberdade aos seus franqueados para decidir ações promocionais e de marketing. “Respeitamos e muitas vezes acatamos as idéias, mas pedimos para ter conhecimento das ações antes da implementação até mesmo porque isso pode servir para toda a rede”, diz o gerente. Um bom exemplo foi o que fizeram algumas unidades do interior do Rio de Janeiro que, juntas, criaram sacolas da Empório para servir de embalagens nas bancas de revistas das suas cidades. O franqueado de Caxias do Sul (RS), Everton Massairo, diz que se surpreende com a liberdade da franqueadora em permitir as ações de mídia na sua cidade. “Tudo começa com um bom relacionamento entre as partes. Como nós recebemos com freqüência um material atualizado de divulgação, é possível estarmos atingindo o público que está perto de nós.” As liquidações também podem ser rea-
lizadas, dentro da margem de preço que a unidade deve trabalhar. No quesito de gestão administrativa e financeira, a Empório Bothânico mantém, como a maioria das redes, um corpo de consultores que realiza visitas e sugere melhorias no controle de cada loja. “Não é um trabalho punitivo, mas de colaboração para que os procedimentos sejam aperfeiçoados”, diz Parajara. E Massairo diz que o consultor concentra as orientações na área comercial, fazendo uma análise da concorrência, checando o atendimento e se os vendedores conhecem o produto. Na área de gestão os franqueados recebem treinamentos e dicas para maximizar os recursos disponíveis, como embalagens e vitrine, em prol do bom resultado financeiro. Escolha dos produtos Em alguns ramos, como o de alimentação, a padronização de cardápios, layout e embalagens impõe limites que não existem em outros setores, como o do vestuário. Numa grande rede de fast food, por exemplo, os fornecedores dos alimentos
produtos, exclusivamente, via internet aos franqueados, e segue os mesmos princípios utilizados por companhias como Zara, Dell, Cisco e, mais recentemente, as fábricas General Motors (Celta) e a Ford (Fiesta). A Gastotal oferece a seus franqueados assistência integral na implantação da loja e sistema de gestão informatizada da loja, integrada à franqueadora, e conceitos de preços internacionais com melhor relação de preço–mark-up no segmento de trabalho. As marcas da Gastotal já venderam mais de 6,5 milhões de peças pela internet. Nada igual Na rede de lojas de calçados e acessórios Paquetá a filosofia é quase a mesma, com a diferença de que apenas parte das peças são fabricadas pela empresa; o restante é comprado de fornecedores que são decididos pela franqueadora em conjunto com os franqueados. Mauro Bloss, presidente da Paquetá Franchising, diz que “assim há uma possibilidade ampla de cada franqueado formatar seu mix dentro da loja, respeitando o gosto e o perfil do cliente”. Para conseguir “controlar” essa liberdade, a franquia realiza de seis a oito showrooms por ano com vários fabricantes, oportunidade en que cada franqueado seleciona o que quer ter na sua unidade. A franqueada de Santa Maria (RS), Vera Vargas, conta que se sente bem na rede porque a franquia “confia que nós conhecemos a nossa cidade e sabemos o que o consumidor quer”. Ela diz também que muitas vezes já sugeriu novos produtos e foi ouvida. “Eu acredito que o franqueado também deve ter iniciativa, assim como enfrentar os desafios. É assim que me motivo todos os dias”, diz Vera. Na área de marketing,
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devem ser aqueles indicados ou até mesmo geridos pela franqueadora. Até mesmo as mesas e bandejas dos restaurantes, em muitos casos, devem seguir padrões que somente uma fábrica pode fornecer. Mas numa franquia de roupas tudo pode ser diferente. Quem está na ponta, na unidade, em contato com o consumidor, pode selecionar exatamente quais as peças que quer vender em sua loja, seguindo a preferência do seu público. É assim que está trabalhando o grupo Gastotal Franquias S.A., detentor das marcas de moda Gasoline Blue Jeans (feminina), Gasometro Motor Jeans (masculina), Kidgas (infantil), Aromas Naturais (produtos de bem-estar e prazer) e Gasclub (loja multimarcas). Por meio de um catálogo eletrônico semanal, com mais de 30 opções de novos produtos em cada marca, os franqueados têm autonomia para comprar peças com modelos, quantidade, tamanhos e cores de acordo com o perfil e demanda de suas lojas. “A partir de um painel com opções semanais de novos produtos disponíveis na internet, os clientes efetuam seus pedidos. Com as especificações dos franqueados em mãos é que iniciamos a produção, por meio de uma cadeia de fornecimento integrada digitalmente”, explica Domingos Müller, presidente da Gastotal. Além disso, os franqueados compram estoque apenas para uma semana, o que reduz o risco de compras desnecessárias e de demanda sazonal. É uma ação baseada no conceito de Redes de Valor, processo no qual, segundo Müller, “se evita o acúmulo de estoques em todos os pontos da rede, desde os fabricantes até a loja”. Esse conceito é adotado pela empresa desde 1996, quando passou a ofertar seus
Empreendedor – Abril
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as unidades também podem direcionar parte da verba do fundo de publicidade para mídia regional. Bloss revela que a franquia tem projetos de expansão para outras regiões, já que hoje está mais concentrada nos estados do Sul e no Rio de Janeiro, mas o trabalho é feito com cuidado, especialmente na seleção dos franqueados. “Talvez não haja uma franquia tão flexível quanto a Paquetá e é por isso, por essa autonomia ao franqueado, que a etapa de escolha dos novos empreendedores deve ser feita sem pressa”, comenta Mauro Bloss. O consultor André Friedheim, da Francap, diz que vislumbra aqui a implantação de uma tendência do mercado americano de franquias. “Vejo uma estrutura franqueadora mais enxuta nos próximos anos, pois os franqueados da rede serão responsáveis por ministrar
treinamentos aos novos franqueados e também realizar a supervisão de campo da rede. Outras áreas como expansão, marketing, área jurídica e a própria gestão da rede serão aos poucos terceirizadas, diminuindo os custos da empresa franqueadora.”
Linha Direta Empório Bothânico (11) 4053.9300 Gasoline (51) 590.2002 Paquetá (51) 3342.6788 Francap (11) 3846.0604 HM Consultoria e Varejo (81) 3327.9430
FRIEDHEIM: ESTRUTURA MAIS ENXUTA COM PARTICIPAÇÃO MAIOR DOS FRANQUEADOS
Espaço para autonomia Quem procura uma empresa que permita o uso da criatividade do franqueado e ofereça autonomia para gerir o empreendimento de acordo com as necessidades da sua região deve ficar atento às propostas do mercado e não reclamar depois, afinal o franchising funciona através de regras estabelecidas e acertadas entre as duas partes. Confira as dicas da consultora Flávia Gurgel, da HM Consultoria em Varejo:
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É essencial que o franqueado saiba atuar com algumas normas rígidas da franquia e saiba dividir o planejamento de seu negócio
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com o parceiro mais experiente, no caso o franqueador. J
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Como pensar em franquia é pensar em rede, qualquer ação tomada por um único franqueado repercutirá em toda a rede, e é por isso que as decisões precisam passar sempre pelo crivo do franqueador. Um ponto de constante divergências entre franqueador e franqueado, encontra-se justamente no empreendedorismo do franqueado. É exigência comum do franqueador que o franqueado tenha perfil empreendedor, mas esse perfil tem como característica excessiva criatividade, que, no caso da franquia, não poderá ser exercida livremente. O tratamento que o franqueador imprime às relações com toda a
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rede precisa ser igualitário, para não oferecer privilégios entre as unidades, de forma a promover completa integração entre as partes. J
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Os detalhes de autonomia nem sempre estão na Circular de Oferta de Franquia, mas neste documento deve constar todos os direitos e obrigações das partes envolvidas no negócio. A Circular deve ser clara e objetiva e descrever detalhadamente o que é a franquia, como ela funciona e que atividades deverão ser desempenhadas pelo franqueado.
Geralmente, todas as operações que não envolvam a imagem da marca ou o desempenho da rede possuem maior grau de autonomia por parte do franqueado.
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Aprender, inovar, reciclar O aperfeiçoamento profissional é hoje uma exigência do mercado. Aprender, inovar e reciclar são virtudes que executivos buscam aprimorar cada vez mais. No franchising não poderia ser diferente. A popularização desse sistema de negócios e a expansão das redes e do número de redes exige pessoas cada vez mais bem preparadas. Com o objetivo de passar mais conhecimento a pessoas que se interessam pelo assunto e para os franqueadores e potenciais franqueadores e franqueados, a Associação Brasileira de Franchising – ABF desenvolveu dois cursos que são ministrados ao longo do ano. O primeiro, sob o tema “Entendendo o Franchising”, é voltado para franqueados, potenciais franqueados, estudantes e pessoas interessadas em saber mais sobre o sistema. O segundo, “Conhecimento Avançado do Franchising” é voltado para Franqueadores,
potenciais franqueadores e consultores. A importância desses cursos está na diversidade de conhecimento, na troca de experiência que ela gera e, conseqüentemente, no amadurecimento do sistema de franchising. A missão da ABF como instituição é defender e promover o sistema de franchising no Brasil. Os cursos são serviços prestados aos associados, visando ajudá-los na prática de um sistema de franchising mais ético e profissional. Os cursos da ABF não pretendem determinar a forma como cada empresa deve formatar seu negócio, ou mesmo que franquia um candidato deve escolher, mas sim fornecer conhecimento e ferramentas que os auxiliem nas tomadas de decisões. Os cursos da ABF não são os únicos meios que o mercado dispõe para esta busca do conhecimento, desenvolvimento e formação, mas são im-
portantes para o sistema. Os resultados práticos são percebidos e muito valorizados pelo mercado, tanto no que se refere ao candidato a franquia, quanto ao franqueador. Para melhorar ainda mais desse serviço, a ABF criou um Comitê de Cursos formado por profissionais altamente qualificados e respeitados no meio. Todos estão envolvidos no processo, desde a formatação do projeto até sua implementação. Para esse ano, o comitê pretende fazer reformulações e trazer novidades para que franqueados e franqueadores possam estar cada vez mais afinados com o mercado e prontos para novos desafios. Participe dos cursos “Entendendo o Franchising” e “Conhecimento Avançado do Franchising”. Entre em contato com a ABF pelo fone (11) 3814-4200.
Convenção da IFA 2003
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LINHA DIRETA: ABF www.abf.com.br – abf@abf.com.br
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Mais uma vez o Brasil marcou presença na Convenção da IFA (International Franchise Association). A 43ª Annual Franchise Convention ocorreu entre 15 e 18 de fevereiro na cidade de San Antonio, no Texas e contou com a participação de cerca de 1400 pessoas de todo o mundo. Segundo Anette Trompeter, diretora executiva da ABF, o evento teve um crescimento significativo em relação ao do ano passado. SERGIO BARBI (O BOTICÁRIO), “Em 2002 o mundo ainda es- ANETTE TROMPETER (ABF) E BERNARD JEGER tava sob o impacto dos acontecimentos de 11 de setembro”, assinala. soas se concentraram muito mais nos A diretora comentou que a discus- painéis e nas mesas redondas do que são estava em alta e por isso as pes- nas palestras. Outro fator predominanAbril – Empreendedor
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te durante a Convenção, foi a abordagem constante do tema Expansão em Mercados Internacionais. Um aspecto que também chamou a atenção, foram as diversas homenagens feitas para Bill Rosenberg (fundador da Dunkin’Donuts e da IFA). Bill faleceu em 2002 e foi lembrado durante o encontro como um dos pioneiros do franchising no mundo e grande articulador do sistema. Além da diretora, participaram da Convenção: Bernard Jeger, ex-presidente da entidade; Flávio Menezes, da Menezes e Lopes Advogados; Paulo Rodrigues, da U.S. Commercial Service e Sergio Barbi, de O Boticário.
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Franquia
Total
Franco Franquia
FRANCO FRANQUIA
Responde
Especialista em dizer o que pensa e lembrar os cuidados que se deve ter antes de entrar no mundo das franquias.
MURAL
Sei que parece pouco modesto, mas às vezes me sinto empreendedor e independente demais para me manter como um franqueado. O que devo fazer?
2003
Caro leitor, ser empreendedor e independente em nada impede você de ser um franqueado, um excelente franqueado, por sinal. Sua dúvida, decerto, tem relação com uma velha confusão quando se diz que ser empreendedor é abrir seu próprio negócio e, como franquia é parte de uma rede, não seria um negócio próprio. Deu para entender? Eu, particularmente, discordo dessa afirmação, a t é p o rq u e e m p re e n d e r não está relacionado apenas a abrir, mas também a administrar, a gerir um negócio – e isso qualquer franqueado (os preparados) faz. Dessa forma, você, como franqueado, pode usar essas duas virtudes a seu favor dentro da rede em que atua. Qual rede não vai querer um franqueado com atitude empreendedora em sua rede? Isso conta muito, especialmente se o segmento em que você atua estiver entre aqueles mais competitivos. De todo modo, o que você pode e deve fazer é encontrar um equilíbrio entre as suas vontades e
seus desejos diante das obrigações como franqueado, obrigações de seguir padrões visuais, de atendimento, entre outras. É o que mostra, aliás, a reportagem desta edição do Franquia Total: a liberdade para o franqueado tem limites, mas existe. E você, certamente, parece ter o perfil de quem sabe usar de maneira produtiva a liberdade que possui. Acredito que, diante da dúvida que transparece em sua pergunta, você tenha dois caminhos a seguir: o primeiro é manter-se como franqueado e, conforme escrevi acima, ser empreendedor e independente, mesmo como integrante de uma rede de franquias. O outro caminho é romper com a rede e partir para a abertura de seu próprio negócio. Muitos franqueados já tomaram atitudes semelhantes. Mas fique certo de que o caminho para o próprio negócio talvez seja um pouco mais longo. E, francamente, se você se sentir empreendedor e independente demais, é apenas um dos muitos ingredientes para garantir o sucesso de um novo negócio.
Escreva para Franco Franquia: francofranquia@empreendedor.com.br Abril – Empreendedor
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Na relação entre franqueado e franqueador, uma palavra não pode faltar: compromisso. Não há negócio que vá para frente sem isso. E não falo de “meio-compromisso”. Falo de compromisso total pelo sucesso da rede. Aliás, Compromisso Total é o nome de um livro recém-lançado no Brasil, cujo subtítulo (Como fazer visão e valores realmente funcionarem) já resume o quanto é preciso instigar todos os envolvidos numa operação comercial para que isso gere o resultado esperado. Infelizmente há quem não saiba promover esse compromisso entre seus colaboradores. E acaba por “vampizar” o desempenho dos mesmos, através de cobranças e ameaças que, ao fim das contas, causam o efeito inverso ao compromisso, que é descontentamento, desleixo, desmotivação, entre outros comportamentos. Por isso, se você quiser que todos estejam no mesmo barco, remando na mesma direção, de preferência, aprenda a gerar compromisso sem ameaças nem outras mazelas pouco recomendáveis.
Franqueza Total “O modo mais fácil de cometer um erro é agir com medo de errar.” (Franco Franquia)
Meu Grupo Já está no ar a lista de discussão do Franco Franquia. Agora os leitores têm um espaço ainda maior para debater os principais temas do franchising. Basta se inscrever no grupo para participar.
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SE...
... a rede pretende ampliar sua fatia de participação em um determinado mercado, nada melhor e mais adequado do que reunir os franqueados daquela reunião para saber deles os caminhos que podem ser tomados.
F da questão Até que ponto a rede está disposta a ouvir as sugestões de seus franqueados sobre o dia-a-dia da franquia?
2003
Empreendedor – Abril
SUPERSTOCK
(Estratégia
Para uma empresa se dar bem no mercado em que atua não basta um plano de negócios bem elaborado. É preciso também percepção e flexibilidade para rever o planejado e seguir novos rumos
2003
por
Lúcio Lambranho
O senso comum diz que um plano de negócios adequado auxilia os empreendedores a desenvolver idéias a respeito de como a empresa deve ser conduzida. Seguindo esse mesmo raciocínio, esse primeiro esforço de planejamento feito pelos empreendedores é um laboratório experimental de estratégias, em que se permite cometer erros no papel antes de colocar o empreendimento para funcionar na vida real. No Brasil, devido a ondas inflacionárias e constantes mudanças na macroeconomia, a maioria das empresas deixou de lado esse tipo de ferramenta. Mas a estabilidade da economia e a aposta de investidores em empresas emergentes, além da onda pontocom e da necessidade de planejar a logística, Abril – Empreendedor
ressuscitaram os planos de negócios. O problema agora para os empreendedores, principalmente aqueles ainda incautos em relação à gestão, é saber quando e como o plano deve ser modificado em função das mudanças de ambiente ou contingências já esperadas como, por exemplo, os efeitos da guerra contra o Iraque. Para tentar definir como a arte da estratégia pode ser melhor aproveitada na elaboração de planos de negócios,
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fizemos algumas perguntas-chave para estrategistas: que controles o empreendedor precisa estabelecer no seu plano de negócios para mudar sua estratégia?; no Brasil, os planos de negócios podem ser considerados “engessados” ou sem a capacidade de articular mudanças?; como o empreendedor pode antecipar ou prever crises através do seu plano de negócios?; qual é a importância do chamado “plano B” quando tudo o que foi planejado deu
aos seus clientes e inovar para atender a essa demanda. Segundo Eliza, que fez seu doutorado em Planejamento Estratégico para a Sustentabilidade Empresarial, as variáveis nas quais o empreendedor precisa ter sob controle são justamente o mercado e sua capacidade de produção e inovação. Essas seriam então, de acordo com ela, as verificações que o empreendedor precisa estabelecer no seu plano de negócios para mudar sua estratégia com agilidade, quando for necessário, e sem prejuízo para a empresa. “As estratégias devem mudar sempre, atentando para o que pode agregar valor ao produto ou serviço de forma a conquistar ou manter mercados”, afirma. Para ela, no país o problema em relação à união das estratégias com os planos de negócios ainda é cultural. “No Brasil os empreendedores não planejam seus negócios. Alguém tem uma boa idéia e simplesmente sai fazendo ou então encomenda uma plano de negócios para conseguir um financiamento”, diz. Na sua opinião, um bom plano de negócios não engessa as ações da empresa; pelo contrário, prevê as possíveis ameaças ao sucesso do negócio e traça estratégias para contornar esses problemas. Quanto à velocidade para executar mudanças de rumo, avalia Eliza, depende da organização interna e da capacidade que o processo produtivo tem para mudar de direção rapidamente. “Às vezes o empreendedor pode até estabelecer uma grande mudança estratégica, mas a arquitetura organizacional (processos, equipamentos, recursos humanos, relações informais e cultura) de sua empresa não tem condições de responder no tempo que ele espera”, explica. [Paralisia do paradigma] Na visão de Ricardo Rosseto, doutor em Engenharia de Produção pela UFSC na área de Estratégia Empresarial e Adaptação Estratégica, o primeiro e mais importante controle que deve ser realizado no plano de negócios é
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uma análise constante do ambiente no qual está inserida a empresa, principalmente quando se fala em mudança nas estratégias. “Esta observação do ambiente chamamos de diagnóstico estratégico, em que o empreendedor deve fazer as seguintes avaliações: de prontidão; da competitividade; do portfólio; da flexibilidade e vulnerabilidade; e da capacitação”, explica. Analisando os planos de negócios, Rosseto diz ter certeza de que eles são engessados, ou seja, pouco flexíveis às contingências dos ambientes. Segundo ele, não se pode culpar aqueles que elaboram com rigidez planos de negócios, pois essa é a característica da maioria dos planos. “Não é culpa dos empreendedores brasileiros, e sim uma peculiaridade dos planos. O que o empreendedor tem de ter em mente é que os planos devem admitir mudanças de rumos quando elementos internos ou externos assim exigirem”, assegura. Rosseto acredita que a saída para esse problema seja ter como alternativa planos de contingências para situações em que o planejamento do negócio não esteja alcançando os resultados esperados. “O que estou querendo chamar a atenção é que as empresas deverão investir em corpo técnico com competências para tomarem decisões em ambientes altamente turbulentos como o brasileiro”, adverte. O consultor também acredita na idéia de que os empreendedores brasileiros não levam nenhuma desvantagem em relação a estratégias de outros empreendedores quando o assunto são falhas ou erros de avaliação. Segundo ele, isso é determinado a partir de uma análise dos ambientes interno e externo. Para Rosseto, o que parece um erro normalmente encontrado é a falta de uma constante observação, análise e tomada de decisão diante das novas variáveis que se apresentam no ambiente. Após a definição a organização entra em um processo de acomodação, pegando a doença chamada de “paralisia do paradigma”. Para ele, essa doEmpreendedor – Abril
2003
errado?; em que ponto as estratégias dos empreendedores brasileiros apresentam maiores falhas ou erros de avaliação? Num país onde as coisas mudam da noite para o dia esse tipo de exercício parece fundamental, já que a capacidade empreendedora do brasileiro é inquestionável, principalmente se contarmos com a nossa imensa força criativa para gerar novos negócios. Para Francisco Britto, da BW Gestão de Talentos, o controle mais óbvio em qualquer negócio ainda se chama controle de caixa. Segundo ele, o descontrole disso mata qualquer empresa, pois as conseqüências da falta de fluxo são sempre penosas. Britto não considera que os planos de negócios executados no Brasil sejam “duros” ou que não tenham a capacidade de articular mudanças rápidas. “O Brasil é o país da mudança. Todo mundo faz plano levando em conta as contingências do negócio, da economia e da política e de tudo mais que faz o rumo das coisas mudar da noite para o dia. Veja o exemplo dos transgênicos ou mesmo da guerra, neste momento”, explica. Segundo o consultor, ninguém tem bola de cristal. Para Brito, as empresas podem analisar tendências e em cima delas tomar decisões, certas ou erradas. Para ele, a elaboração da estratégia tem absoluta importância, porque “falta de foco mata qualquer negócio, grande ou pequeno”. Britto adverte que vivemos no Brasil uma gestão competitiva permanente e, por isso, o empreendedor deve se perguntar, a todo momento, se existe paixão suficiente para sustentar a idéia até debaixo d’água. “O ideal é esquecer as regras do jogo e criar as suas próprias regras. Se dependesse do país, não teríamos empreendedores”, argumenta. Eliza Coral, coordenadora de Projetos do Instituto Euvaldo Lodi em Santa Catarina (IEL-SC), aconselha os empreendedores a sempre fazer uma relação entre o seu produto e as necessidade do mercado, ou seja, adequar-se
(Estratégia ença mata as organizações. “O grande desafio do empreendedor é, de fato, gerenciar com base no plano. Seguir e cumprir o plano e não desprezá-lo na primeira surpresa”, afirma Álvaro Gonçalves, sócio-diretor da Stratus Investimentos, empresa especializada em capital de risco, que atua em projetos de investimentos em empresas com alto potencial de valorização. Segundo ele, ter o plano como guia da gestão e da comunicação da equipe é o grande desafio e, em muitos casos, representa uma barreira cultural. “Isso acontece à medida que reduz o espaço de decisões intuitivas, que sempre são
importantes, mas não devem assumir uma proporção exagerada para não minar o processo de planejamento, nem tornar a gestão muito informal”, acredita. Gonçalves também não considera engessados os planos de negócios. Para o consultor, o grande dilema dos planos de empresas emergentes brasileiras está nos vários dimensionamentos relacionados à comercialização dos produtos, o que envolve a definição do próprio produto, o preço e a estrutura comercial. Na sua visão, isso requer um conhecimento do mercado, das necessidades de fato dos clientes atu-
ais e potenciais, e da concorrência. “Os empreendedores tendem a focar somente no produto e nas suas capacidades, e não aprofundam suficientemente o conhecimento do mercado, dos clientes, da viabilidade e de níveis de preço. Esse é o maior problema a ser resolvido”, acrescenta. Para evitar esse tipo de fracasso, o especialista em capital de risco afirma que um plano tem de ser baseado no contexto realista atual, sem premissas de que algo muito importante, de bom ou de ruim, possa acontecer. Álvaro aposta em simulações de cenários alternativos, sejam eles otimistas ou não,
MUDANÇAS RÁPIDAS E EFICIENTES de automação comercial. Isso porque, segundo Queiroz, o Itaú tinha criado uma empresa de automação só para ele, a Itautec. E esse era, segundo o empreendedor, um jogo muito pesado para a Zanthus. Tudo ia bem e a empresa tinha exclusividade de fornecimento de máquinas para o Mapping, até que chegou o fim da reserva de mercado em 1992. Ricardo e Vera, conta Britto, tiveram de rever tudo, desde os produtos até os canais de venda. Enquanto isso, a IBM batia pesado. A empresa teve então de canibalizar os próprios produtos, e as multinacionais acabaram se dando mal devido às políticas de ICMS da época que faziam antigos clientes da Zanthus voltarem rapidamente depois de sentirem o gosto amargo das taxas de juros cobradas nos leasings internacionais. Para citar outro exemplo de uma empresa que teve de mudar de rumo para não fechar as portas, Eliza Coral, coordenadora do IEL-SC, conta a trajetória da Iasoft, uma empresa de consultoria, planejamento e desenvolvimento de software. Sediada no Parque Tecnológico Alfa, faz parte do projeto GeNESS (Geração de Novos Empreendimentos em Software e Serviço de Florianópolis) e nasceu da
2003
Junto com Luiz Wever, Francisco Britto acaba de lançar o livro Empreendedores Brasileiros – Vivendo e aprendendo com grandes nomes (veja detalhes na seção Leitura, na página 60). E para exemplificar uma mudança rápida de trajetória estratégica bemsucedida, ele cita o caso da Zanthus, entre os outros 11 cases descritos no seu livro. A trajetória de empresa começa em 1978, quando Ricardo Queiroz, sua namorada Vera e mais dois amigos criaram uma das primeiras empresas de automação do Brasil, sob os ventos da nascente indústria de informática, mas ainda sob a chamada reserva de mercado no setor. No momento em que o regime militar começou a fase de limitação do mercado em 1977, surgiram empresas como a Digibrás e num protótipo de uma concorrência na área de minicomputadores, foi permitida a entrada da Cisco. Nesse momento a Zanthus estava focada em produtos para terminais bancários e entrou na briga, mas a prudência fez com que a empresa entrasse na área
Abril – Empreendedor
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idéia de três jovens empreendedores: Eduardo Schmitt da Luz, Jades Fernando Hammes e Ricardo Barbi dos Santos. Eles voltaram toda a sua carga, no início de 2000, conta Hammes, para o mercado de operadoras de telefonia celular que estavam lançando seus serviços e aparelhos celulares WAP, sem, no entanto, apresentarem grandes diferencias competitivos em relação à concorrência. O problema é que o WAP não deu certo nos negócios da internet móvel. Segundo Hammes, existem várias causas que podem ser responsáveis pelo insucesso desse serviço. Uma delas é que o WAP não significava internet no celular, mas sim um conjunto limitado de serviços, com baixa velocidade na rede, com uma interface de navegação muito restrita e com um custo elevado para o usuário final. “Existia também um pequeno número de aparelhos que suportavam esta tecnologia”, lembra o empreendedor. Com o fracasso do WAP, a empresa decidiu ampliar seus horizontes, focando as tecnologias que a internet convencional oferecia e acrescentando novos recursos, criando dessa forma produtos mais competitivos. Nesse momento, relembra o empreendedor, o foco deixou de ser o
deixando ações previamente definidas para o caso de sucesso acima do esperado ou dificuldades maiores que o previsto. “Não se trata de antecipação de crises, o que seria um exercício de futurologia. Trata-se de ter ações bem pensadas para cenários diferentes do atual, sejam positivos ou negativos.” [Quadrinho na parede] Rodney Ferreira de Carvalho, que atualmente dirige a Automax Tecnologia, consultoria fundada em 1986 e da qual é o principal cotista, tem uma percepção mais “crua” sobre a realidade da relação entre as estratégias e os pla-
segmento das operadoras de telefonia celular, para ser o de pequenas e médias empresas que queriam conectividade e agilidade entre seus departamentos ou unidades de negócios. Dentro desse mercado, os três empreendedores buscavam dar mobilidade e acesso remoto às informações da empresa com facilidade e segurança. Mas ao formular sua nova estratégia eles resolveram desenvolver os sistemas sob encomenda, por perceberem a necessidade de ferramentas gerenciais para uso interno, que poderiam posteriormente ser comercializadas. Nasceu então a linha de produtos batizada de I4B (Intelligence for Business). O desenvolvimento desses produtos, de acordo com Hammes, foi baseado na estratégia e na mesma visão da Oracle, que primeiro desenvolve as ferramentas para uso próprio e, depois de amadurecer o produto, lança-o no mercado com mais segurança. Além disso, a Iasoft ampliou ainda mais seu leque de produtos e atualmente investe em pesquisas nas áreas de Realidade Virtual, Agentes Móveis e Engenharia de Software.
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cer que o Diabo mora nos detalhes”, argumenta. Outro erro comum apontado pelo consultor é que a missão e a visão raramente são formuladas e, quando são, muitas vezes tornam-se vagas ou óbvias. Segundo ele, muitas vezes torna-se necessário dizer e mesmo escrever o óbvio, no entanto missão e visão são coisas para serem repetidas todo dia de manhã, como se fora um mantra, e não algo para ficar no manual da qualidade ou num quadrinho na parede.
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Linha Direta Eliza Coral/IEL eliza@iel-sc.com.br Jades Fernando Hammes/Iasoft jades@sodisa.com.br Ricardo Rosseto rossetto@upf.br Rodney Ferreira de Carvalho rod@rodneyc.com www.automax-tec.com Francisco Britto www.bwgestao.com.br britto@bwgestao.com.br Álvaro Gonçalves/Stratus Investimentos alvaro@stratusbr.com www.stratusbr.com Empreendedor – Abril
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nos de negócios feitos por empreendedores no Brasil. “Na minha opinião, não se fazem planos de negócios no Brasil. No máximo um orçamento e um cronograma, muitas vezes partindo de premissas fantasiosas quanto ao mercado”, dispara. Segundo Carvalho, todo nosso setor de infra-estrutura, em particular telecomunicações e energia elétrica, está cheio de exemplos de erros estratégicos, de premissas baseadas em ideologia fácil e sem estarem alicerçadas em fatos. O consultor fala com a experiência de quem atua há mais de 25 anos no setor de informática, sendo 12 anos na área de telecomunicações. Para ele, a ciência do planejamento foi abandonada no Brasil nos anos 1980, em parte devido à hiperinflação, e não chegou a ser retomada nos anos 1990. “Todo problema complexo tem uma solução fácil, simples e geralmente errada e desastrosa. Esta talvez seja a grande lição dos tempos da reengenharia”, diz. O conceito que ele tenta passar é que para planejar é necessário, primeiramente, mapear e analisar os processos produtivos e a cadeia de suprimentos. Depois disso, afirma, é que saem os indicadores, os fatores críticos de sucesso de um empreendimento. “Um conjunto balanceado de indicadores (Balanced Scorecard) dará um retrato, um painel de controle da situação. Para dirigir é fundamental dispor de instrumentos.” Para Ferreira de Carvalho, planos de contingência são importantes, mas eles só podem contemplar riscos antecipados que a empresa tenha optado conscientemente por assumir na expectativa de lucrar com isso. “Imprevistos exigem reformulação do planejamento”, acrescenta. Na sua opinião, os principais problemas na estratégia das empresas está mais associado aos fatores macros de gestão, mas é sempre preciso estar com as barbas de molho. “Como estratégia lida com o macro, os erros estratégicos em geral ocorrem nesse plano. Mas é preciso não esque-
VIA digital por
Flaviano da Cunha Júnior
Espiões em casa É crescente o número de sites e softwares distribuídos pela internet que têm a função de fuçar os computadores dos usuários à procura de informações sensíveis, ou, em casos menos invasivos, ficar de olho nos hábitos do usuário, que sites visita, que anúncios clica, etc. Esses tipos de programas são chamados de “spyware”, e não devem ser confun-
O que são cookies?
Spywares em ação Alguns “spywares” chegam a ser requintados. Numa máquina aqui na redação da Empreendedor estava em ação um módulo residente chamado “mmod.exe”, parte do eZula Hot Text. O que ele fazia era sublinhar palavras em páginas sendo visualizadas no Internet Explorer. Ao passar o mouse sobre tais palavras, uma mensagem de um anunciante relacionado aparecia. Criativo, não?
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Muita besteira já se disse sobre os cookies, até que são programas capazes de varrer a máquina do usuário atrás de informações. Na verdade, os cookies são arquivos de texto que um servidor de uma página na Web pede para o browser do usuário guardar. É através dos cookies que informações podem ser armazenadas para visitas futuras, ou permanecer de página para página dentro de um mesmo site. Quando você entra num site e ele já sabe seu nome, isso é trabalho dos cookies. Entretanto, alguns sites utilizam os cookies para monitorar seus hábitos de navegação dentro do próprio site e depois compartilham essa informação com outros sites na tentativa de traçar um perfil das preferências do usuário. É nessa hora que o cookie se transforma em “spyware”.
didos com vírus, que adentram o sistema sem o conhecimento do usuário ou através de algum artifício engenhoso, geralmente explorando falhas na segurança. Já os “espiões” são declaradamente instalados junto a programas “freeware” ou “adware” e mantêm um controle de quem os está utilizando sob o pretexto de poder incrementar a navegação ou melhorar o foco dos anúncios exibidos ao usuário. Fica à parte a discussão da legitimidade desse tipo de ação. Afinal, pode até ser interessante, sob certo aspecto, que um site saiba que tipo de assunto mais interessa a certo usuário, permitindo, assim, exibir a ele somente anúncios e oferecer links sobre aquilo que lhe interessar. Entretanto, a parte condenável dessa prática é que geralmente o usuário não sabe que está sendo monitorado e, pior ainda, muitos “spywares” são carregados sorrateiramente na inici-
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alização do computador, ficando residentes e, assim, consumindo memória e recursos do sistema. Agora, provavelmente o que o leitor não sabe é que na sua máquina, essa mesmo aí do escritório utilizada para ler e-mails e notícias, existe um conjunto de “spywares” em ação. Mesmo que não usem aplicações notadamente conhecidas por esse tipo de recurso (como KaZaa, Gozilla e Gator, por exemplo), muitos sites usam sistemas de cookies e outras informações compartilhadas, mantendo um monitoramento intensivo sobre onde o leitor anda e do que mais gosta (sem contar quando há exposição de informações privadas, como nome e endereço, e ainda
ILUSTRAÇÃO CLÓVIS GEYER
O Site do Empreendedor (www.empreendedor.com.br) contém a edição mensal completa da revista Empreendedor e um serviço de busca a edições anteriores. No site, o internauta também acessa as demais publicações da Editora Empreendedor, além de serviços como o de notícias on-line com atualização instantânea.
informações sensíveis, como conta bancária e senhas). Mas existe uma saída. Alguns programas de contra-espionagem são distribuídos gratuitamente pela internet. A
A cara do inimigo Veja abaixo alguns dos “spywares” encontrados nas máquinas da redação da Empreendedor: • BDE Projector • C2.lop • Cydoor • eZula Hot Text • Flash Track • New.net
coluna recomenda o SpyBot Search & Destroy (disponível em diversos sites, bastando procurar pela palavra-chave “spybot”), um pequeno programa de origem alemã que, além de caçar “spywares” ativos, também procura por traços de rastreamento através de cookies e informa onde informações mais ou menos sensíveis estão disponíveis a espiões e como escondê-las. O uso desse programa em uma das máquinas aqui da redação da Empreendedor mostrou nada menos que 382 ocorrências. Isso não quer dizer que existiam 382 programas de olho em nosso trabalho, mas sim que 382 indicativos da presença de “spywares” foram encontrados (como arquivos no sistema, chaves de registro, cookies, entradas em logs, etc., observando-se que um único “spyware” gerou 96 indicativos diferentes). Após o rastreamento minuncioso, o SpyBot fornece ao usuário informações sobre cada indicativo, a empresa criadora e o site do aplicativo na internet, bem como um trecho do texto sobre a “política de espionagem” do programa encontrado, se disponível. Na lista de ocorrências o usuário pode, então, escolher o que deve ser removido, mas é bom lembrar que, geralmente, os programas que causaram a instalação do “spyware” não funcionarão mais sem a ferramenta.
Warblogs Que mísseis por satélite que nada! As verdadeiras estrelas da Segunda Guerra do Golfo estão sendo os “blogs”, os diários online atualizados diariamente que há pouco tempo viraram febre na grande rede. Apesar de muitos que se entitulam “warblogs” não passarem de sustentação para a divulgação das opiniões de especialistas em “achismos” especulando sobre o conflito, é possível encontrar bons blogs mantidos por jornalistas independentes em ação no Oriente Médio, bem como de moradores das cidades iraquianas que mais sofrem com os ataques e bombardeios. É a chance de se ter informações sem a filtragem das fontes oficiais e sentir de perto o que pensam as pessoas na linha de tiro.
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RECURSOS HUMANOS 2003
A estratégia da omissão
pequenas e médias empresas não percebe que deixar de resolver um choque, entre subordinados seus, pode ser a melhor forma para que os envolvidos aprendam a resolver seus próprios problemas. Pode parecer estranho, mas a omisÀs vezes a melhor alternativa é não fazer são do chefe pode levar as partes em nada diante de um conflito entre conflito a um amadurecimento profissional e a uma melhor compreensão empregados de uma mesma empresa mútua. A cultura corporativa vigente na maior parte das emILUSTRAÇÕES CLÓVIS GEYER presas de pequeno e méQuarenta e dois por dio porte tem um forte cento do tempo de um componente paternagerente em pequenas e lista. O chefe acha que é médias empresas é gasto seu dever assegurar a paz na administração de conentre seus subordinados flitos entre funcionários, e estes usam eventuais segundo pesquisas feitas conflitos para chamar a nos Estados Unidos. Isso atenção dos superiores. corresponde a cerca de É claro que o uso da dois dias inteiros de traestratégia da omissão exibalho numa semana de ge uma avaliação cuidacinco dias. dosa da situação e o reÉ um tempo enorme curso não pode ser usae seu custo pode chegar do indiscriminadamente. a números assustadoOs casos em que a nãores dependendo das funintervenção é recoções exercidas tanto pelo mendada pelos consulgerente como pelos funtores em recursos humacionários envolvidos nos nos são os seguintes: conflitos. 1) Quando o choque Os professores e conde opiniões não diminui sultores William Oncken a produtividade dos enJr. e Donald L. Wass, auvolvidos; tores de um estudo clás2) Quando não persico sobre administração turba o ambiente de trade tempo, garantem que balho; a esmagadora maioria dos 3) Quando não viogerentes e executivos não la os estatutos da emtem a mínima idéia do presa ou seu regulamentempo que gastam tentando resolver conflitos entre subordina- manos de, paradoxalmente, sugerir que to interno. Os gerentes ou donos de empresas dos. Os dois chegam a afirmar que “até seus clientes usem a omissão como a estratégia mais adequada para pacifidevem intervir obrigatoriamente em 60% dos atritos poderiam ser resolcar o ambiente de trabalho quando os casos como: vidos sem interferência superior”. 1) Um dos envolvidos está em desPor isso é que cresce a tendência problemas não forem graves. A maioria dos gerentes ou donos de vantagem física, cultural ou funcioentre os consultores de recursos huAbril – Empreendedor
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Editado por
Carlos Castilho
nal, em relação à outra parte; 2) Quando a disputa já contaminou outros segmentos da empresa; 3) Quando o conflito envolve temas como assédio sexual, racismo ou direitos civis. Os gerentes e executivos devem confiar na capacidade dos seus funcionários de amadurecer profissionalmente ao resolverem problemas de relacionamento no ambiente de trabalho, sugerem William Oncken Jr. e Donald L. Wass. Não se trata de pura e simplesmente ignorar o problema ou recusar-se a interferir através de indiferença ou fuga. Isso pode agravar o problema, pois o gerente pode passar a ser também parte do conflito. Os consultores sugerem que os gerentes procurem manter uma distância prudente das crises interpessoais no ambiente de trabalho, demonstrando que confiam na capacidade dos subordinados de resolver pendências. Mas ao mesmo tempo devem deixar claro para os envolvidos que os chefes não são indiferentes ao problema.
Pessoas e estudo mencionados no texto: William Oncken Jr. www.oncken.com/history.html Donald L. Wass Atualmente é o diretor da sucursal de Dallas da organização The Executive Committee (www.teconline.com), uma entidade mundial que reúne dirigentes de empresas.
Mito do cliente satisfeito As pesquisas contradizem a crença dos executivos e donos de empresa de que consumidor satisfeito é sinônimo de consumidor fiel
A idéia de satisfação do cliente transformou-se num verdadeiro dogma no meio corporativo, especialmente no varejo. Mas os resultados de pesquisas feitas na Europa e nos Estados Unidos indicam que a satisfação do consumidor não é sinônimo de retorno futuro e nem de novas compras. Os estudos feitos pelo Centro de Pesquisas Qualitativas da Universidade de Michigan, pelo Instituto de Satisfação do Cliente e pelo Instituto de Defesa do Consumidor da França indicaram que os conceitos de satisfação e lealdade não podem ser confundidos, sob risco de o empreendedor cometer erros sérios e jogar fora muito dinheiro. A diferença entre um e outro termo pode ser identificada através dos métodos de pesquisa usados para medir satisfação e lealdade. A satisfação é medida fundamentalmente através do depoimento de clientes, enquanto a lealdade é avaliada por meio de atitudes dos consumidores. A primeira reflete experiências passadas, enquanto a segunda indica ações futuras. Os especialistas em comportamento de consumidores afirmam que a lealdade ou fidelidade do cliente não pode ser medida através da coleta de opiniões e sim por meio de dados e estatísticas. As modernas técnicas de marketing tendem a usar a medição do grau de satisfação apenas para avaliar itens como performance de vendedores, decoração
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da loja, facilidade ou não para achar produtos e sistema de pagamentos. Serve fundamentalmente para corrigir erros. Já as pesquisas sobre fidelização trabalham fundamentalmente com o banco de dados da empresa. São informações sobre distribuição geográfica e perfil demográfico da clientela, freqüência de compras, tipo de produto adquirido ou forma de pagamento. São dados objetivos que permitem traçar um perfil de lealdade da clientela e a partir dele prever tendências e comportamentos futuros. O estudos sobre lealdade de clientes estão estreitamente vinculados à inteligência corporativa, porque trabalham com dados estruturados inseridos em computador. Existe uma relação entre satisfação e fidelização. Informações e conhecimentos sobre o comportamento dos compradores pode fornecer indícios preciosos para um estudo sobre como intensificar a fidelização. Mas os estudos revelaram que a relação não é mecânica e muito menos automática. Um comprador satisfeito não volta sempre à mesma loja para uma nova aquisição e nem passa a ser obrigatoriamente um cliente fiel da loja. Já o comprador fidelizado volta sempre, por alguma necessidade objetiva. É este consumidor leal que povoa os sonhos de dez em cada dez executivos no varejo. Empreendedor – Abril
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Estudo clássico O trabalho, originalmente publicado em 1974, foi reeditado em fevereiro de 2003 pela Harvard Business School Press.
MARKETING
castilho@matrix.com.br
ESTRATÉGIAS
O efeito colchão
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Empresas capazes de absorver choques sem perder a estrutura são hoje o grande objetivo da maioria dos executivos modernos No mundo globalizado atual, as empresas são obrigadas a participar de cadeias produtivas integradas por dezenas de parceiros. A principal vantagem é a racionalização produtiva e operacional, mas, como em qualquer lugar, no meio das maçãs boas, sempre existem as que não são tão boas. E é aí que reside o grande perigo nesse tipo de associação corporativa globalizada. Quando uma dessas empresas não confiáveis fecha as portas ou subitamente reduz a produção, as demais sofrem um golpe. Quanto maiores as cadeias produtivas, maiores os riscos. Por isso é que os consultores passaram a insistir que as empresas adotem o “efeito colchão” como uma das estratégias preventivas de imprevistos . Essa precaução já está inclusive valorizando as ações de empresas cotadas em bolsa porque oferece maiores garantias aos investidores contra oscilações inesperadas nos preços de papéis. A capacidade de absorver imprevistos é especialmente valorizada em empresas com forte inserção no mercado internacional, tanto no abastecimento de matérias-primas como na clientela. O ambiente externo é muito mais sujeito a turbulências do que o doméstico, como provam os efeitos sofridos por empresas brasileiras depois dos atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos. Os consultores Randy Starr, Jim Abril – Empreendedor
Newfrock e Michael Delurey recomendam num artigo escrito para a revista Strategy + Business que a primeira preocupação de uma empresa na hora de criar um “efeito colchão” é distribuir a responsabilidade entre os departamentos financeiro, operacional e comercial. O compartilhamento de responsabilidades permite uma identificação, acompanhamento e avaliação de riscos potenciais de uma forma muito mais eficiente porque exige um grande conhecimento de cada área. A rigor, essa tarefa de identificar riscos potenciais é uma atribuição normal de cada departamento de uma empresa. A novidade é que cada área deve agora trocar permanentemente as informações recolhidas para que seja possível uma estratégia global de uso do “efeito colchão”. Tradicionalmente as empresas procuravam fortalecer áreas mais vulneráveis a riscos súbitos. Só que na economia globalizada e interconectada é praticamente impossível proteger todos os segmentos de uma empresa contra mudanças imprevistas no ambiente externo. A empresa acabaria virtualmente engessada. A nova estratégia procura usar menos a autodefesa e maximizar a capacidade de adaptação, principalmente
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através da busca de alternativas. A flexibilização financeira, operacional e comercial é a principal ferramenta para absorver imprevistos através da busca imediata de novos parceiros, quando, por alguma razão, as contrapartes usuais são atingidas por fenômenos imprevistos como guerras, corrupção e mudanças no âmbito governamental. Em vez de entrincheirar-se para proteger-se, a empresa deve abrir-se ainda mais para ampliar a sua rede de parceiros possíveis. Parece uma contradição, mas hoje em dia não há outra solução porque as cadeias produtivas e a globalização acabaram com a possibilidade de ilhas corporativas. Pessoas e empresa mencionadas no texto: Randy Starr starr_randy@bah.com Jim Newfrock newfrock_jim@bah.com Michael Delurey delurey_mike@bah.com Strategy + Business www.strategy-business.com
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EMPRESAS
Você já “googlou” hoje?
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O site Google, de buscas na Web, tornou-se tão popular que o nome da empresa passou a ser usado como verbo, adjetivo e até substantivo A mais famosa e bem-sucedida empresa jovem do mundo pode orgulharse de não ser apenas uma sobrevivente da grande implosão das chamadas ponto com, no final dos anos 90. A Google entrou também para o dicionário dos coloquialismos surgidos na internet, o que equivale à concessão de um virtual atestado de maioridade para a empresa fundada em 1998 por Sergey Brin e Larry Page, dois recémformados pela universidade de Stanford. A exemplo de outras empresas fundadas por jovens gênios da informática, a ascensão da Google foi meteórica, com uma grande diferença: ela continua a crescer, enquanto três quartos de suas congêneres integram o bilionário cemitério das ponto com. O segredo do sucesso do negócio de Sergey Brin e Larry Page foi transformar as buscas na Web num concurso de popularidade. A solução que eles encontraram dava ao usuário uma idéia da relevância da página encontrada verificando quantas vezes ela era mencionada (linkada) por outras páginas. O vertiginoso crescimento da Web fez com que uma busca simples acabasse gerando um número inadministrável de resultados. O Google afirma ter visitado e indexado, até hoje, mais Abril – Empreendedor
de 3 bilhões de páginas, o que corresponde a apenas 20% do total de páginas existentes na Web, segundo cálculos de especialistas. Quem, por exemplo, fizer uma busca no Google usando a palavra empreendedor acabará soterrado por 60 mil resultados. Se você tiver muita paciência e nenhuma pressa vai consumir pelo menos uns três dias (jornada completa) para checar todos os resultados. A vantagem do mecanismo criado por Sergei e Larry é que você não precisa vasculhar a lista inteira de resultados, porque o que você procura provavelmente estará entre os dez primeiros, os mais citados e por isso considerados os mais respeitados e mais completos. A empresa tem hoje 650 empregados, 10 mil servidores, recebe diariamente 150 milhões de solicitações de buscas (75% de todas as buscas feitas na Web em 24 horas), fatura em torno dos US$ 200 milhões anuais e seu valor de mercado é de aproximadamente um bilhão de dólares. Por incrível que pareça, ainda é uma empresa de capital fechado. O sucesso do Google não se limitou à conquista da preferência entre os internautas. Desde 2001 e empresa está diversificando as suas atividades.
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Primeiro passou a produzir o primeiro jornal informativo (Google News) totalmente automático (não tem editores e nem repórteres) e que pesquisa 5 mil jornais de todo o mundo diariamente. Depois criou um site, o Froogle, para buscas em sites de comércio eletrônico, e agora em fevereiro entrou no promissor mercado dos weblogs. Segundo os especialistas, o crescimento do Google resulta menos das soluções técnicas e mais da cultura interna da empresa. A idade média dos “googlers” (funcionários da empresa) está na faixa dos 28 anos. Além de jovens, eles são extraordinariamente conservadores em matéria de padrão de vida. No estacionamento da empresa, na cidade californiana de Mountain View, predominam carros com mais de três anos de uso e nenhum Porsche, o sonho de consumo dos jovens executivos durante o boom das ponto com americanas. Além disso os funcionários desen-
Endereços e glossário de expressões usadas no texto: Google www.google.com A expressão Google é uma corruptela da palavra inglesa googol criada por um matemático para representar um número com 100 zeros. Linkada A maioria dos sites na Web fornece os endereços de outros sites através de links, muito usados para dar a fonte de informações ou referências adicionais. Indexado O mecanismo de buscas do Google é formado por robôs eletrônicos automáticos que vasculham permanentemente a Web “fotografando” sites cujos endereços são guardados (indexados) em bancos de dados da empresa.
partilhados. A Google também não tem medo de lançar produtos ainda imperfeitos. A crítica dos usuários é um estímulo à participação e um desafio aos pesquisadores. Quando o Google News foi lançado, os três primeiros dias foram marcados por uma avalancha de correções e sugestões. Os usuários quase que refizeram o projeto, que em um mês mais tarde já tinha uma média de 70 mil usuários diários. Mas apesar da enorme simpatia que cerca o Google entre os internautas, cresce o temor deles com o sucesso da empresa. Muita gente acredita que o volume de informações guardado nos bancos de dados da empresa tornou-se importante demais para ser ignorado. Se você duvidar, vá ao Google e coloque o seu nome no quadro de buscas. Você ficará admirado com o que vai descobrir e provavelmente também preocupado.
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Servidores São computadores onde estão guardados os endereços e as fotografias dos sites visitados pelos robôs. Numa busca no Google, você recebe os endereços indexados, e por isso nem sempre vem a versão mais atual do site procurado. Google News news.google.com Froogle froogle.google.com Weblogs Trata-se de um tipo especial de página pessoal, caracterizada pelo elevado grau de automação (você precisa conhecer programação para criar o seu weblog) e personalização. São a grande novidade da Web. Empreendedor – Abril
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volveram uma espécie de paranóia pela pesquisa, tanto técnica como sobre os usuários. Todo mundo pesquisa alguma coisa e o resultado são conquistas que fazem a diferença no negócio das buscas. Há três anos uma pesquisa comum demorava de três a quatro segundos para gerar resultados. Hoje a média está em 0,2 segundos. Uma equipe de dez pessoas cuida exclusivamente da leitura de mensagens de usuários e todas têm algum tipo de resposta. Uma das máximas mais usadas pelos funcionários/pesquisadores é a de que “os fracassos são bem-vindos, mais ainda os bons fracassos”. Por bons fracassos eles entendem aqueles que deixam muitas lições. Com uma filosofia desse tipo todo mundo experimenta alguma coisa em algum momento. Não há necessidade de consultar chefes, mas existe uma obrigação: todos os resultados, principalmente os negativos, devem ser com-
Guiado
Empreendedor
Pr odutos e Ser viços (pág. 56) Produtos Serviços
Do LLado ado da Lei (pág. 58) Dúvidas sobre os jur os de mora juros Leitura (pág. 60) Incentivo através de bons eexxemplos Análise Setorial (pág. 64) Quando o investidor é estrangeir o estrangeiro Indicadores (pág. 65) Agenda (pág. 66)
Guia do Empreendedor Pr odutos & Ser viços Produtos Serviços Edifícios inteligentes
ALEXANDRE GONÇALVES
Trazendo um novo conceito para os “edifícios inteligentes”, o software fabricado pela Siemens Building Technolgies permite operar e monitorar simultaneamente sistemas elétricos, mecânicos e hidráulicos. Com isso, de acordo com Paulo Coviello, diretor da Divisão de Automação Predial da empresa, é possível controlar a segurança, ar-condicionado, sinalização, detecção e combate a incêndio e outros sistemas presentes em edifícios de alto padrão. Além disso, o programa possibilita reduzir custos. “Essa nova tecnologia proporciona uma economia significativa para o empreendimento. Em sistemas bem gerenciados, essa economia pode chegar a 30%”, afirma. www.siemens.com.br
Videoconferência Inovando em ferramentas de telecomunicações, a Aethra lançou mais duas novidades para videoconferência. Uma delas é o Vega Pro, que permite o uso de videoconferência para expandir novos setores como o ensino à distância e a tele-enfermagem. Outro equipamento desenvolvido pela empresa para essa área é o Vega Star, que proporciona a visualização simultânea dos participantes de videoconferência de até cinco sites. www.aethra.com
Servidor de confiança Para garantir confiabilidade aos arquivos, protocolar e datar documentos eletrônicos, a BRy Tecnologia, empresa de segurança da informação, lançou o BRy Protocoladora Digital de Documentos Eletrônicos (PDDE). “A solução é dirigida a todas as instituições que lidam com tecnologia e que necessitam prover segurança a seus documentos”, explica João Vicente Costa, diretor comercial da BRy. Segundo ele, o sistema recebe o documento eletrônico, solicita ao servidor data e hora confiáveis e protocola o arquivo, gerando um recibo eletrônico, que tem validade jurídica, de acordo com o Decreto 2.200-2. Caso o documento seja alterado, a ferramenta gera um recibo diferente do original. A novidade está disponível em todo o país. www.bry.com.br
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Cursos de verão A Associação das Universidades da Região Norte de Portugal (Aurn) vai realizar em junho e julho deste ano a décima oitava edição do Cursos de Verão nas universidades portuguesas de Aveiro, do Minho, do Porto, de Trás-os-Montes e do Alto Douro. Serão oferecidos quatro cursos: “Ambiente, ruralidade e desenvolvimento”, “Arquitetura, urbanismo e patrimônio construído”, “História, cultura e patrimônio” e “Relações internacionais, globalização e cidadania”. Segundo Delvia Carvalho, representante do Programa de Cursos de Verão da Aurn no Brasil, o objetivo, além do intercâmbio, é fornecer informação e atualização de conhecimentos para o desenvolvimento pessoal e profissional. (48) 235 1271 www.aurn.pt Abril – Empreendedor
To The Top
Seminário de RH
A JJ Assessoria promove um workshop, chamado de “To The Top”, que prepara o jovem profissional para enfrentar os rigorosos processos de recrutamento e seleção em empresas. “Temos tido excelente retorno de nossos participantes e o próprio mercado nos mostra que os processos de seleção estão cada vez mais rigorosos e competitivos”, diz João Figueira, sócio da empresa. Segundo ele, o workshop conscientiza o participante de como é possível demonstrar suas características, através de técnicas de marketing pessoal, enaltacendo as qualidades, para assim ter chances reais de sucesso. (11) 3045 8422 www.jjassessoria.com.br
Em sua décima primeira edição, o Seminário de Recursos Humanos do Núcleo de Pesquisas e Estudos em RH da Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc) vai ter como tema “Sociedade do conhecimento: a valorização do capital humano”. O evento será realizado nos dias 24 e 25 de abril, no Centro de Convenções de Florianópolis (Centrosul), e contará com a presença de Luiza Helena Trajano, diretora do Magazine Luiza, Clemente Nóbrega, especialista em estratégia empresarial, e dos consultores Eugênio Mussak e Carlos Alberto Júlio. As inscrições podem ser feitas até 17 de abril pelo telefone (48) 348 4500 ou através do e-mail masterprom@masterprom.com. www.fepese.ufsc.br
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DIVULGAÇÃO
Marketing industrial Uma iniciativa inédita no Brasil, promovida pelo Instituto de Marketing Industrial em parceria com a Fundação Dom Cabral e com a Fundação Getúlio Vargas, criou a Escola de Marketing Industrial (EMI), especializada em gestão avançada das relações comerciais entre empresas. “Os executivos interessados em obter conhecimentos nessa área eram obrigados, até agora, a buscar cursos de curtíssima duração em outros países, sem ligações com a nossa realidade local, nossa cultura e valores empresariais”, explica José Carlos Teixeira Moreira, idealizador do projeto. A EMI é destinada a presidentes, diretores e gerentes seniors que pretendem aprimorar seus talentos e desenvolver novas competências mercadológicas. (11) 3872 2691
Parceria para distribuição
Centro de Distribuição
A Parks, que atua no mercado de comunicações digitais, firmou uma parceria com a Alcateia para a distribuição de modems ADSL. Segundo Pedro Luiz Roccato, gerente de canais da Parks, a empresa pretende com o acordo ampliar a presença no segmento em cerca de 30% este ano, atendendo principalmente pequenas empresas e usuários domésticos. De acordo com Ulisses de Souza, gerente de Produtos da Alcateia, por enquanto apenas as regiões Sul e CentroOeste do Brasil serão atendidas, e em breve o serviço será estendido para todo o país. www.alcateia.com.br www.parks.com.br
O Grupo Mesquita, que presta serviços de logística integrada para importação, exportação e distribuição, inaugurou recentemente um centro de distribuição (CD) em São Bernardo do Campo (SP). “São Bernardo do Campo é uma região estratégica, entre a capital e Santos”, afirma José Roberto França Filho, diretor-executivo da empresa. De acordo com ele, o novo CD, que possui 30 mil 2 de construção instalado em uma área de 105 mil m 2, amplia ainda mais a atuação do Grupo no país. www.grupomesquita.com.br
Mantas isolantes
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Uma solução inovadora desenvolvida pela LaserTools Tecnologia em parceria com a USP permite realizar a gravação a laser, em duas ou três dimensões (2D e 3D), de materiais. A novidade oferece maior velocidade e precisão na fabricação de moldes de injeção de plásticos, clichês, estampos e insertos principalmente para as indústrias de plástico, metais, automotiva, ferramentaria e até gráfica. “Com toda a experiência acadêmica adquirida, trabalhamos no desenvolvimento de dispositivos para o uso do laser, criando, dessa maneira, oportunidades para seu uso na indústria”, afirma Spero Morato, físico e diretor da Laser Tools. Segundo ele, o método a laser é dez vezes mais rápido, reduz em praticamente a zero os defeitos, além de possibilitar um trabalho em pequenas dimensões. www.lasertools.com.br
DNA Sutil Uma nova técnica para motivar e ter equipes mais criativas, que já vem sendo utilizada pelas companhias estrangeiras há algum tempo, está ganhando adeptos também no país. Diversas empresas brasileiras estão adotando o DNA Sutil, como foi batizada a novidade, que através da neurolinguística e das terapias energéticas, associadas à tradição xamânica, liberam as pessoas de seus próprios demônios e despertam nelas o poder criativo. “Ou você tem uma equipe criativa que apenas produz produtos descartáveis e de baixa qualidade ou uma equipe que desenvolve produtos de excelente qualidade, que durem séculos”, afirma Rowland Barkley, xamã australiano que desenvolveu a técnica. (11) 3105-8005 / 8004 Empreendedor – Abril
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Com o calor durante todo o verão, muitas empresas no país aumentaram os gastos com energia elétrica. Para reduzir o consumo gerado, principalmente por condicionadores de ar, a Ipla, empresa catarinense sediada em Biguaçu, desenvolveu um produto alternativo e pioneiro no Brasil. Trata-se das mantas isolantes térmicas, que diminuem em até 63,7% a temperatura ambiente. Segundo Carlos de Lassus, diretor-presidente da companhia, além do conforto térmico as mantas proporcionam economia de energia elétrica, ou seja, alívio no bolso dos consumidores. Em maio, a empresa pretende lançar a manta isolante de ruído estrutural. www.ipla.com.br
Gravação a laser
Guia do Empreendedor Do Lado da Lei
Dúvidas sobre os juros de mora
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DIVULGAÇÃO
A partir de 11 de janeiro de 2003 passou a influir na vida de todos os brasileiros as mudanças do Código Civil, lei integrada que regula as relações privadas de pessoas físicas e jurídicas. Aos poucos se torna necessário observar quais alterações vão causar tais e quais conseqüências. Quanto aos juros, elemento da vida cotidiana comercial e financeira, uma significativa mudança ocorreu quanto ao pagamento de débitos em atraso. O art. 406 agora determina que “quando os juros moratórios não forem convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional”. Anteriormente, somente se podiam cobrar juros por atraso à razão de 0,5% ao mês. Ainda na década de 30, a chamada Lei da Usura fez incluir a permissão/ limitação (Decreto n° 22.626/1933) de se convencionar cobrança de juros convencionais de 1% ao mês, cristalizando o entendimento de que os juros poderiam ser fixados em uma obrigaAbril – Empreendedor
O novo Código Civil traz uma mudança significativa ao tratar dos pagamentos em atraso ção civil até o máximo de 12% ao ano. A primeira dúvida que surge com o novo Código Civil diz respeito ao fato de que o artigo 192, §3.º da Constituição Federal, veda que em relações de concessões de crédito não poderão ser cobrados juros maiores que 12% ao ano. Por causa do conflito deste dispositivo constitucional com a nova sistemática do Código Civil, muitos poderão querer argüir de incobráveis os novos juros em taxa superior a este teto, aumentando as incertezas entre credores e devedores. Como o novo Código Civil remete aos juros devidos à Fazenda Nacional, outros poderão dizer que o limite é aquele fixado pelo Código Tributário Nacional – CTN (1% ao mês – art. 161, § 1º), o que acarretaria no mínimo a dobra da taxa de juros legais de mora. Para confundir ainda mais, se for aceita a fixação da taxa Selic (Lei n°. 9065/95) ao invés dos 1% do CTN, a situação pode ir para o campo do imprevisível total. O Centro de Estudos Judiciários do Conselho da Justiça Federal emanou o “Enunciado 20 do CEJ/CJF 09/02”,
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que diz: “Art. 406: a taxa de juros moratórios a que se refere o art. 406 é a do art. 161, § 1º, do Código Tributário Nacional, ou seja, 1% (um por cento) ao mês”, por se dever entender que “a utilização da taxa Selic como índice de apuração dos juros legais não é juridicamente segura, porque impede o prévio conhecimento dos juros; não é operacional, porque seu uso será inviável sempre que se calcularem somente juros ou somente correção monetária; é incompatível com a regra do art. 591 do novo Código Civil, que permite apenas a capitalização anual dos juros, e pode ser incompatível com o art. 192, § 3º, da Constituição Federal, se resultarem juros reais superiores a 12% ao ano. Trocando em miúdos, o mais conservador e equilibrado para os novos juros moratórios é se entender que eles dobraram potencialmente de 0,5% para 1% ao mês limitados ao montante fixado pelo CTN.
Mar cos Sant’Anna Bitelli Marcos Advogado (11) 3871-0269
2003
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Empreendedor – Abril
Guia do Empreendedor Leitura
2003
Incentivo através de bons exemplos Incentivar o lado empreendedor de cada brasileiro, retratando os desafios e as conquistas de alguns dos empreendedores no país que se destacaram em suas atividades. Esse é o objetivo do livro Empreendedores Brasileiros – Vivendo e aprendendo com grandes nomes, escrito pelos consultores Francisco Britto e Luiz Wever. “Tivemos a preocupação de reunir depoimentos que pudessem transmitir, a partir da vivência desses empresários, o espírito do empreendedorismo para aqueles que iniciam uma carreira profissional ou pretendem assumir novos desafios”, afirmam. De acordo com eles, 14,2% da população economicamente ativa no Brasil é de empresários, um dos mais altos índices de empreendedorismo no mundo. Mesmo assim, o país é um dos que mais impõem obstáculos a quem deseja ter sua própria empresa. A obra está dividida em três partes. A primeira conta com a participação de Eduardo Bom Ângelo, presidente da Cigna Previdência e professor titular e coordenador do Centro de Empreendedorismo das Faculdades Ibmec/SP. Ângelo conceitua e contextualiza o tema, evidenciando para o leitor fatos e fundamentos importantes no mundo dos negócios, e ainda define o perfil do profissional empreendedor. Na seAbril – Empreendedor
gunda parte são apresentados depoimentos, frases, pensamentos e opiniões de 14 empreendedores como Alair Martins (Martins Atacadista), Salim Matar (Localiza), Meyer Nigri (Tecnisa), Luiz Seabra (Natura), Roberto Klabin (Fundação SOS Mata Atlântica), Washington Olivetto (W/Brasil) e Otávio Piva (Expand). Por fim, a obra mostra algumas características e atitudes mais comuns entre os empreendedores entrevistados. O livro também reúne os Dez Mandamentos do Empreendedor, com o objetivo de ensinar o caminho das pedras do empreendedorismo para quem deseja ser bem-sucedido nos negócios. Entre eles: dinheiro, equipe, coragem, família e imagem. Segundo os autores, a obra é indicada para quem pretende conhecer um pouco melhor o mundo dos negócios e como seus personagens se comportam diante de cada nova situação. Francisco Britto é formado em Propaganda e Jornalismo e pósgraduado em Administração Mercadológica. Já Luiz Wever é formado e pós-graduado em Administração de Empresas. Em 2002, os autores fundaram a BW Gestão de Talentos, empresa integradora de soluções na área de desenvolvimento pessoal.
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Por Fábio Mayer
FICHA TÉCNICA Empreendedores Brasileiros, Francisco Britto e Luiz Wever, Editora Negócio (www.negocioeditora.com.br), 256 págs., R$ 45,00
TRECHOS J “O empreendedorismo é hoje um
fenômeno global, sobre o qual diversas instituições públicas e privadas têm investido para pesquisar e incentivar.” J “Algumas idéias equivocadas ainda existem no senso comum. Uma delas é a de que o empreendedor é um herói solitário.” J “Outro conceito errôneo é o de que um empreendimento necessariamente precisa ser muito grande para ser considerado como um sucesso.” J “Pequenos negócios desempenham um papel muito importante na economia.” J “Aquele entusiasmo esbarrava numa dura realidade. Não seria fácil convencer o pai, Jerônimo Martins do Nascimento, a abandonar a vida no sítio e se mudar para a cidade.” J “O timoneiro de um barco a vela sabe que sua maior qualidade é aproveitar os ventos, mesmo aqueles que não sopram a favor.” J “Parecia que tinha pela frente uma vida calma, sem surpresas, fazendo carreira numa multinacional. Gostava até do que fazia.” J “Pelo DNA de família, seria comerciante tal qual seu pai, que começou vendendo tecidos de porta em porta até chegar a uma lojinha, já na Capital, onde toda a família dava expediente.” J “Curiosamente, por um capricho do destino, sua trajetória na esfera empresarial começou por meio dos negócios familiares.” J “Ter uma idéia. Ousar dar vida à idéia. Ignorar o ceticismo geral. Fazer com que a idéia se torne um negócio.”
Novos Títulos Alavancando Negócios na Internet, Gabriel Torres e Alberto Cozer, Editora Axcel Books (www.axcel.com.br), 384 págs., R$ 69,00
Campeãs Ocultas, Hermann Simon, Editora Bookman (www.bookman.com.br), 264 págs., R$ 56,00
Gabriel Torres e Alberto Cozer apresentam em Alavancando Negócios na Internet os seis passos que eles consideram necessários para que a empresa tenha lucro através da Web. Além disso, a obra mostra qual a melhor maneira de o empreendedor ter um maior controle sobre a gestão de um negócio na internet e também como criar um empreendimento bem-sucedido, fundamentado em planejamento e em estratégias de marketing. O livro analisa casos de sucessos e de fracassos no Brasil e no exterior com base nos serviços, nas estratégicas, nos méritos e nos defeitos de vários sites. Traz ainda entrevistas com empreendedores da área.
Enfatizar o marketing para manter os clientes. Esse é um dos segredos das campeãs ocultas, empresas que se dedicam a seus clientes de tal forma que estabelecem uma relação de confiança e fidelidade. No livro Campeãs Ocultas, o autor Hermann Simon investiga as estratégias dessas pequenas e médias empresas que possuem faturamento considerável e, ainda, baixa visibilidade e notoriedade. Para entrar no clube das campeãs ocultas é preciso definir um mercado-alvo restrito, ter como meta ser líder nesse mercado, lutar pela inovação contínua do produto e dos processos e criar vantagens competitivas para os produtos ou serviços.
Análise e Viabilidade de Projetos de Investimentos, Paulo Brito, Editora Atlas (www.edatlas.com.br), 104 págs., R$ 25,00
O Cérebro Executivo, Elkhonon Goldeberg, Editora Imago (www.imagoeditora.com.br), 284 págs., R$ 40,00
O livro Cérebro Executivo – Lobos frontais e a mente civilizada mostra como o cérebro humano, mais especificamente os lobos frontais, desempenha um importante papel no sucesso ou no fracasso de quaisquer tomadas de decisão. Com um estilo acessível, o autor Elkhonon Goldeberg compara a função de um diretor-executivo com a dos lobos frontais, que no cérebro controla o julgamento e o comportamento social e ético. Para Goldeberg, um líder criterioso sabe intervir e impor sua vontade. Por outro lado, basta um pequeno lapso do diretor-executivo para desorganizar a gestão corporativa, comprometendo a tomada de decisão.
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Empreendedor – Abril
2003
Em Análise e Viabilidade de Projetos de Investimentos, o autor Paulo Brito apresenta um conjunto de regras básicas para simplificar o trabalho de viabilidade econômica de projetos de investimentos. De acordo com ele, o empresário fica ansioso para emprestar dinheiro e acredita que é perda de tempo realizar um estudo de viabilidade. Por isso, o objetivo da obra é suprir a carência deixada pela literatura, que, apesar de ampla e diversificada, recai sempre na síntese dos mesmos aspectos. O livro apresenta um texto que aproxima o conhecimento teórico, inserido nos manuais, da prática de análise de projetos.
Informação e Crédito
Serasa e ONU esta Objetivo é treinar pessoas com deficiências física, auditiva, visual e mental, e abrir mercado de trabalho para elas
apenas 158 mil legalmente empregadas com garantias trabalhistas e benefícios. A razão de muitas pessoas com deficiência estarem à margem do mercado de trabalho está diretamente ligada às poucas oportunidades que têm de ingressar em cursos e treinamentos profissionais, o que resulta em baixa qualificação para o exercício do trabalho. A Serasa, atenta a esse problema social, implementou, por meio de sua área de Responsabilidade Social, o Programa Serasa de Empregabilidade de Pessoas com Deficiência, que qualifica essas pessoas para que sejam efetivadas na própria empresa ou obtenham melhor competitividade no mercado
DIVULGAÇÃO
Victoria Iturrieta
A
Serasa firmou parceria inédita com a United Nations Volunteers (UNV), órgão do voluntariado da Organização das Nações Unidas (ONU), para implementar nas empresas brasileiras o Programa Serasa de Empregabilidade de Pessoas com Deficiência. No Brasil, a maior parte das pessoas com deficiência física, auditiva, visual e mental está alijada do mercado de trabalho. Segundo Elcio Anibal de Lucca, presidente da Serasa, as estatísticas mostram que há aproximadamente 6 milhões de pessoas com deficiência em idade economicamente ativa, das quais cerca de um milhão está no mercado de trabalho informal e
ELCIO ANIBAL DE LUCCA, PRESIDENTE DA SERASA, ENTRE MILTON LUÍS PEREIRA (À ESQUERDA), DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO HUMANO DA SERASA, E DIRK HEGMANNS, COORDENADOR DA UNV NO BRASIL 1
belecem parceria de trabalho formal. Pelo êxito do programa e com a experiência de já ter qualificado e oferecido oportunidades de trabalho aos jovens com deficiência física, auditiva e visual, a Serasa tem sido constantemente procurada por empresas que querem desenvolver programa semelhante. Por essa razão, voluntários da UNV serão capacitados para implementar em outras empresas o Programa Serasa de Empregabilidade, com fidelidade da metodologia original. A cada seis meses, a Serasa recruta e seleciona 12 pessoas com deficiência física, auditiva e visual, para as quais oferece treinamento de 480 horas – em sala de aula e em área de trabalho – visando a qualificá-las profissionalmente. Mediante avaliações periódicas, ao final de seis meses de treinamento, a Coordenação do Programa e as áreas de trabalho nas quais as pessoas com deficiência estagiam decidem por efetivá-las na Serasa ou encaminhá-las para seleção de outra empresa. O presidente da Serasa esclarece que o programa não tem por princípio ser paternalista, por isso nunca teve a intenção de efetivar os treinandos por apresentarem alguma deficiência, mas sim porque desenvolveram uma competência real para o trabalho. A parceria com a UNV foi formalmente estabelecida na Sede Serasa, com a presença de Elcio Anibal de Lucca, presidente da Serasa; de Douglas Evangelista, coordenador de Programas da UNV para a América Latina, Caribe e Países Árabes; e de Dirk Hegmanns, coordenador da UNV no Brasil.
RECONHECIMENTO
Empresa recebe homenagem na Assembléia Legislativa de São Paulo A Serasa foi homenageada na Assembléia Legislativa de São Paulo, em sessão solene no dia 24 de março, por seu compromisso com a comunidade e serviços prestados em benefício do desenvolvimento do país. A homenagem foi uma iniciativa do deputado Edson Ferrarini. Criada em 1968, a Serasa é a maior empresa do Brasil em informações e análises econômico-financeiras para apoiar decisões de crédito e negócios e referência mundial no segmento. Constantemente orientada para soluções inovadoras em informações para negócios, a Serasa vem, na última década, contribuindo para a transformação da cultura de crédito no Brasil, com a incorporação contínua dos mais avançados recursos de inteligência e tecnologia. Nos últimos anos, a Serasa tem promovido a ampliação do acesso das micro, pequenas e médias empresas ao crédito, por meio de informações e análises consistentes para os concedentes de recursos e também para seus próprios negócios, antes privilégio das grandes corporações. Mantém, em todas as capitais e principais cidades do país, o Serviço Gratuito de Orientação ao Cidadão, para atender a população. A Serasa participa ativamente no respaldo às decisões de crédito e de negócios tomadas em todo o Brasil, facilitando mais de 2,5 milhões de negócios por dia, para mais de 300 mil clientes diretos ou indiretos.
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Guia do Empreendedor Análise Econômica
Quando o investidor é estrangeiro É preciso cautela e desconfiança ao serem analisados os fluxos de compra e venda de papéis vindos do exterior
2003
DIVULGAÇÃO
Há muito tempo que o mercado brasileiro dá especial importância aos movimentos dos investidores internacionais. Sejam ações, títulos da dívida ou de renda fixa, uma boa parte dos papéis brasileiros negociados hoje são movimentados por pessoas de outras praças. De Londres e Nova York, gestores de fundos e contas de investimento fazem a sua leitura da nossa situação, das perspectivas para o país, para as empresas e os seus papéis. No início da década de 90 tivemos um dos pontos mais marcantes do mercado de ações, que foi a abertura para o investidor estrangeiro. Os volumes negociados melhoraram significativamente, e aqueles famosos players, como Naji Nahas, acabaram perdendo espaço. Daquele momento em diante, não se tinha mais a mesma condição de liquidez restrita para o desenvolvimento de operações tendenciosas. A “briga de cachorro grande” começou a ficar mais difícil e perigosa. Em paralelo a isso, e seguindo uma linha cultural formada durante muito tempo de que tudo o que vem de fora é melhor ou mais importante, as operações dos nossos amigos internacionais começaram a ser vistas com grande interesse. Subliminarmente, entendia-se que o que eles estavam fazendo Abril – Empreendedor
deveria ser o mais correto. E eles passaram a ser formadores de opinião para uma boa parte do mercado. O saldo líquido dos estrangeiros na Bovespa passou a ser um indicador de que as coisas deveriam ir bem ou não em um futuro próximo. Vejam bem, “que as coisas deveriam ir bem”, e não “que as coisas estavam indo bem”. Temos aí uma grande diferença. Ao longo dos anos fomos observando, através de vários momentos que variaram entre a depressão e a euforia, que os movimentos dos nossos colegas de Londres e Nova York não eram tão apurados assim. Esses profissionais chegavam, muitas vezes, a operar literalmente na contramão daquela velha e surrada regrinha que diz que no mercado de ações você deve comprar na baixa e vender na alta. Mas a linha de raciocínio passava muito, como ainda passa, pela questão do “ver pra crer”. Só que o que é contrário à eficácia dessa linha de trabalho é que os mercados antecipam os fatos. E foi exatamente isso o que aconteceu no caso das eleições de 2002 no Brasil. O medo de que um possível governo Lula fosse provocar a saída dos investimentos do país, e conseqüentemente a queda dos ativos, levou a uma venda antecipada de ações, títulos da dívida e à com-
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pra de dólares.Pouco antes das eleições, bancos famosos e grandes corporações financeiras respeitadas pela mídia passavam a indicação de venda dos papéis brasileiros para os seus clientes. E isso tudo após um ano inteiro de fortes quedas. Chegamos a ver, recentemente, que um mesmo banco que havia recomendado a venda dos C’Bonds, principal título da dívida externa brasileira, ao nível de 48% do seu valor de face, agora voltava a recomendar a sua compra. Só que o “agora” significava um preço próximo a 70% do valor. Tivemos, aí, uma valorização de 45% em apenas dois meses. A experiência ensina, mas nesse mercado as aulas acabam sendo caras. Valem então observações como essa, que apontam para uma boa dose de cautela e desconfiança quando verificarmos um determinado fluxo de compra ou de venda dos papéis vindo do exterior. Existem centenas de exemplos, e historicamente as coisas se repetem. Em 14 anos operando nesse mercado podemos considerar que, efetivamente, os “santos de casa” fazem um pouco mais de milagres.
André Hahn
Estrategista Chefe da Leme Investimentos
Indicadores
Carteira teórica Ibovespa NOME/TIPO AÇÃO
VARIAÇÃO % ANO (ATÉ MARÇO)
0,701 1,839 0,691 6,617 0,621 2,089 0,561 2,759 2,23 0,268 0,441 0,108 2,779 0,42 0,259 1,251 0,705 0,949 3,181 0,721 0,5 1,856 0,843 4,278 1,287 100 0,185 4,337 1,762 0,338 0,104 1,334 3,101 9,823 1,096 2,185 0,713 0,873 0,468 0,97 2,259 0,49 1,155 1,718 1,084 14,07 1,345 4,859 0,792 0,362 0,477 1,973 1,082 2,454 0,607
29,35 5,98 -0,59 12,18 10,34 11,79 8,27 4,31 -5,95 -3,14 -18,52 -18 -4,5 -17,65 -5,08 -17,4 7,71 -22,75 -14,16 -15,77 -35,31 -30,21 -3,11 -9,89 -6,05 0,04 -9,97 10,65 13,11 77,67 -48,1 -33,33 -0,7 3,54 -11,4 27,08 14,68 15,92 38,61 -10,99 17 -4,55 -8,63 -11,45 6,61 6,1 -2,69 0,71 -9,15 22,86 6,6 39,63 -11,56 -10,26 5,83
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Inflação
(%)
Índice -M (F evereir o) IGP-M (Fevereir evereiro) IGP IGP -DI IGP-DI IPCA IPC - Fipe
Fevereiro 1,53 1,59 1,57 0,67
Juros/Aplicação
(%)
Março 1,773 1,777 0,880 1,596 -9,620
(até 31/03/03) CDI Selic Poupança* CDB pré 30 Ouro BM&F
Ano 6,27 3,80 3,86 4,54
Ano 5,670 5,683 2,810 5,103 -8,226
(* por aniversário)
Indicadores imobiliários (%) Março 0,900 0,488
CUB SP TR
Ano 2,330 1,361
Juros/Crédito
Desconto Factoring Hot Money Giro Pré
Abril 02/abril 3,08 a 5,20 4,37 a 4,42 3,06 a 7,73
(em % mês) Abril 03/abril 3,07 a 5,31 4,35 a 4,40 3,06 a 7,73
45,51 a 111,71
45,45 a 111,712
(*= taxa ano)
Câmbio
(até 03/04/2003) Cotação R$ 3,3531 US$ 1,0768 US$ 119,68
Dólar comercial Euro Iene
Mercados futuros Maio Dólar R$ 3,306 Juros DI 26,30% Café (NY) US$ 57,95 Ibovespa 11.966 Futuro
(em 03/04/2003) Junho Julho R$ 3,356 R$ 3,400 26,16% 25,99% – US$ 60,45 12.442 –
Empreendedor – Abril
2003
Acesita PN Ambev PN Aracruz PNB Bradesco PN Bradespar PN Brasil ON Brasil T Par ON Brasil T Par PN Brasil Telecom PN Braskem PNA Celesc PNB Cemig ON Cemig PN Cesp PN Comgas PNA Copel PNB CRT Celular PNA Eletrobras ON Eletrobras PNB Eletropaulo Metropo PN Embraer ON Embraer PN Embratel Part ON Embratel Part PN Gerdau PN Ibovespa Ipiranga Pet PN Itaubanco PN Itausa PN Klabin PN Light ON Net PN Petrobras ON Petrobras PN Sabesp ON Sid Nacional ON Sid Tubarao PN Souza Cruz ON Tele Celular Sul ON Tele Celular Sul PN Tele Centroeste Cel PN Tele Leste Celular PN Tele Nordeste Celul PN Telemar Norte Leste PNA Telemar ON Telemar PN Telemig Celul Part PN Telesp Cel Part PN Telesp Operac PN Tractebel ON Transmissao Paulist PN Usiminas PNA Vale Rio Doce ON Vale Rio Doce PNA Votorantim C P PN
PARTICIPAÇÃO IBOVESPA
Guia do Empreendedor Agenda De 26/04 a 05/05/2003
De 23/04 a 27/04/2003
EXPO NOIVAS & FESTAS SP’2003
UTIMÓVEIS
FEICOM
8ª Exposição de Produtos e Serviços para Festas de Casamento, 15 anos, Bodas e Festas Infantis Expo Center Norte São Paulo – SP Fone: (21) 3153-7999
XXIII Feira Nacional de Móveis, Decorações e Utilidades Centro de Convenções de Pernambuco Olinda – PE Fone: (81) 3471-8065
XXVII Feira do Comércio do Distrito Federal Expobrasília Brasília – DF Fone: (61) 328-4545
De 24/04 a 26/04/2003
AVIESTUR 21ª Feira de Negócios de Turismo do Interior XIII Congresso sobre Negócios de Turismo do Interior Mendes Convention Center Santos – SP Fone: (11) 3234-2212 De 24/04 a 27/04/2003
REATECH 2ª Feira Internacional de Tecnologia em Reabilitação e Inclusão Centro de Exposições Imigrantes São Paulo – SP Fone: (11) 577-4355 De 24/04 a 27/04/2003
FIMEC’2003 27ª Feira Internacional de Máquinas, Couros e Componentes para Calçados e Curtume Parque de Exposições da Fenac Novo Hamburgo – RS Fone: (51) 587-3366 De 25/04 a 27/04/2003
33ª FEIRA AGROINDUSTRIAL E ARTESANAL Parque de Exposições Treze Tílias – SC Fone: (49) 537-0176 De 25/04 a 04/05/2003
De 28/04 a 03/05/2003
AGRISHOW’2003 10ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação Pólo Regional de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios Ribeirão Preto – SP Fone: (11) 5582-6420 De 28/04 a 03/05/2003
AGRISHOW PASTAGEM E FENAÇÃO 4ª Feira Internacional de Tecnologia Aplicada à Nutrição e Manejo Animal Pólo Regional de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios Ribeirão Preto – SP Fone: (11) 5582-6420 De 29/04 a 04/05/2003
XII FEIRA DE BORDADO DE IBITINGA, MÓVEIS E DECORAÇÕES Expobrasília Brasília – DF Fone: (27) 3361-6864 De 29/04 a 04/05/2003
FEIMODA 2ª Feira de Confecções, Calçados e Acessórios Expobrasília Brasília – DF Fone: (27) 3361-6864 De 30/04 a 04/05/2003
20ª FEIRA DO LAR & DECORAÇÃO
XVII MOSTRA NACIONAL DE PEQUENOS ANIMAIS
Pavilhão de Exposições do Parque Barigüi Curitiba – PR Fone: (41 ) 335-3377
Parque de Exposições Wolmar Salton Passo Fundo – RS Fone: (54) 312-3801
De 26/04 a 27/04/2003
HORTIFEIRA MERCAFLOR’2003
2003
De 01/05 a 11/05/2003
6ª Feira de Produtos e Novidades Tecnológicas para o Setor de Floricultura Pavilhão de Exposições da Mercaflor Joinville – SC Fone: (47) 424-0269 Abril – Empreendedor
De 01/05 a 12/05/2003
6ª EXPOSIÇÃO NACIONAL DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Expo Center Norte São Paulo – SP Fone: (11) 3824-5300 De 05/05 a 08/05/2003
FIPAN 9ª Feira Internacional de Panificação e Confeitaria I Salão dos Pequenos Varejos dos Produtores de Consumo de Massa Transamérica Expo Center São Paulo – SP Fone: (11) 3105-5101 De 06/05 a 08/05/2003
EPICURE 4ª Feira Sul-americana do Fumo e do Presente Fino ITM Expo São Paulo – SP Fone: (11) 3151-6444 De 06/05 a 08/05/2003
VIVAVINHO 1º Salão Internacional do Vinho ITM Expo São Paulo – SP Fone: (11) 3151-6444 De 06/05 a 09/05/2003
INTERDEFESA 2ª Feira Internacional de Equipamentos, Produtos e Serviços para Segurança e Defesa Centro de Exposições Imigrantes São Paulo – SP Fone: (11) 3829-9111
De 01/05 a 04/05/2003
33ª EXPOSIÇÃO DE EQUIPAMENTOS, PRODUTOS E SERVIÇOS PARA DIAGNÓSTICO POR IMAGEM JPR’2003 33ª Jornada Paulista de Radiologia ITM Expo São Paulo – SP Fone: (11) 284-3988
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De 07/05 a 10/05/2003
EXPOTTUR 2ª Exposição Estadual do Turismo em Tocantins Espaço Cultural Palmas – TO Fone: (61) 344-6440
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