ESPECIAL: Ferramentas para uma nova estratégia
ENTREVISTA: Erros e acertos FRANQUIA: Como entrar das empresas familiares para o ramo de limpeza
www.empreendedor.com.br
A certificação digital garante a segurança das transações eletrônicas e faz crescer os negócios na internet
ISSN 1414-0152
Inovação e Valor aos Negócios
Ano 9 • Nº 103 Maio 2003 R$ 6,00
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Diretor-Editor: Acari Amorim [acari@empreendedor.com.br] Diretor de Comercialização e Marketing: Geraldo Nilson de Azevedo [geraldo@empreendedor.com.br] Redação Editor-Executivo: Alexsandro Vanin [vanin@empreendedor.com.br] – Repórteres: Ana Paula Meurer, Beatrice Gonçalves, Cléia Schmitz, Mônica Pupo, Raquel Rezende – Edição de Arte: Gustavo Cabral Vaz – Projeto Gráfico: Oscar Rivas – Fotografia: Arquivo Empreendedor, Carlos Pereira e Shutterstock – Foto da capa: Shutterstock – Revisão: Lu Coelho Sedes São Paulo Diretor: Fernando Sant’Anna Borba – Executivo de Contas: Osmar Escada Jr – Rua Pamplona, 1.465 – Conj. 74 – CEP 01405-002 – Jardim Paulista – Fone/Fax: (11) 3887-2193 [empreendedorsp@empreendedor.com.br] Florianópolis Executiva de Atendimento: Joana Amorim [anuncios@ empreendedor.com.br] – Rua Padre Lourenço Rodrigues de Andrade, 496 – Santo Antônio de Lisboa – 88050-400 – Florianópolis – SC – Fone: (48) 3371-8666 Central de Comunicação – Rua Anita Garibaldi, nº 79 – sala 601 – Centro – Florianópolis – SC – Fone (48) 3216-0600 [comercial@centralcomunicacao.com.br] Escritórios Regionais Rio de Janeiro Triunvirato Empresarial – Milla de Souza [milla@triunvirato.com.br] – Rua São José, 40 – 4º andar – Centro – 20010-020 – Rio de Janeiro – RJ – Fones: (21) 2611-7996/9607-7910 Brasília Ulysses Comunicação Ltda. [ulyssescava@ gmail.com] – Fones: (61) 3367-0180/9975-6660 – condomínio Ville de Montagne, Q.01 – CS 81 – Lago Sul – 71680-357 – Brasília – Distrito Federal Paraná Merconeti Representação de Veículos de Comunicação Ltda – Ricardo Takiguti [ricardo@merconeti.com.br] – Rua Dep. Atílio Almeida Barbosa, 76 – conjunto 3 – Boa Vista – 82560-460 – Curitiba – PR – Fone: (41) 3079-4666 Rio Grande do Sul Nenê Zimmermann [nene@starteronline.com.br.com.br] e Renato Zimmermann [renato@starteronline.com.br.com.br] – Floresta – 90440-051 – Porto Alegre – RS – Fone: (51) 3327-3700 Pernambuco HM Consultoria em Varejo Ltda – Hamilton Marcondes [hmconsultoria@hmconsultoria.com.br] – Rua Ribeiro de Brito, 1111 – conjunto 605 – Boa Viagem – 51021310 – Recife – PE – Fone: (81) 3327-3384 Minas Gerais SBF Representações – Sérgio Bernardes de Faria [sbfaria@sbfpublicidade.com.br] – Av. Getúlio Vargas, 1300 – 17º andar – conjunto 1704 – 30112-021 – Belo Horizonte – MG – Fones: (31) 2125-2900/2125-2927 Assinaturas Serviço de Atendimento ao Assinante – [assine@empreendedor.com.br] – O valor da assinatura anual (12 edições mensais) é de R$ 118,80 à vista. Renovação de Assinatura R$ 112,86 à vista. Estamos à sua disposição de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h30. Produção Gráfica Impressão e Acabamento: Coan Gráfica Editora Ctp – Distribuição: Distribuidora Magazine Express de Publicações Ltda – São Paulo Empreendedor.com http://www.empreendedor.com.br Editora: Carla Kempinski – Repórter: Raquel Rezende
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a última década, a construção civil conseguiu superar definitivamente a sofrida estagnação nos anos 1980 e 1990. As condições econômicas favoráveis do País – especialmente o baixo índice de desemprego e o aumento da renda da população – e a disponibilidade de crédito imobiliário, com prazos mais longos e juros menores, além de programas públicos como o “Minha Casa Minha Vida” permitiram que muitos brasileiros realizassem o sonho da casa própria. Em 2011, o volume dos financiamentos para aquisição e construção de imóveis cresceu 42%, índice que representa novo recorde histórico. São milhões de unidades residenciais e comerciais entregues e em construção, que consolidam o crescimento do setor. Tudo isso fez com que o número de trabalhadores com carteira assinada na construção civil dobrasse nos últimos cinco anos. No desempenho geral, o incremento foi de 11,6% em 2010 – ano excepcional, marco da recuperação – e de cerca de 5% em 2011, o que demonstra não um arrefecimento simples do ritmo, mas sim uma acomodação natural das atividades para se chegar a um ponto de equilíbrio sustentável do crescimento setorial. E o bom momento deve durar, pois o déficit habitacional no País ainda é alto – superior a 8 milhões de moradias, segundo a Abecip – e a aquisição de imóveis tem se mostrado um excelente investimento. Com crescimento acima da média mundial, os preços mais do que dobraram nos últimos cinco anos, atingindo valorização de 24,7% em 2011, índice superado apenas pela Índia. Além disso, há uma larga margem para o crédito imobiliário crescer. Hoje ele representa 4,7% do PIB total do País e a perspectiva é de que essa participação atinja 6% em 2012 e chegue a 10% em 2014. Com o mercado aquecido, as empresas da área têm se utilizado de diferentes estratégias para conquistar clientes. Entre as principais tendências estão a transformação de condomínios em verdadeiros complexos de lazer, a adoção de tecnologias sustentáveis, a aquisição e fusão de empresas para aumentar a presença no território nacional, a utilização da internet como ferramenta de vendas e inovação, além de projetos especialmente criados para atender públicos específicos. Não deixe de conferir as oportunidades na matéria de capa e demais reportagens desta edição. Alexsandro Vanin
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A Revista Empreendedor é uma publicação da Editora Empreendedor
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Diretor-Editor Acari Amorim [acari@empreendedor.com.br] Diretor de Marketing e Comercialização José Lamonica [joselamonica@uol.com.br] Redação Editor-Executivo: Alexandre Gonçalves [alex@empreendedor.com.br] Editor: Carlos Castilho Repórteres: Lúcio Lambranho, Fábio Mayer e Sara Caprario Editor de Arte: Gustavo Cabral Vaz Fotografia: Arquivo Empreendedor Produção e Arquivo: Ivone Zanatta Ilustrações: Clóvis Geyer Capa: Superstock Revisão: José Renato de Faria Coordenador de Web: Flaviano da Cunha Júnior Sedes São Paulo Diretor de Marketing e Comercialização: José Lamonica Executivos de Contas: Paula Araújo Speda, Ariovaldo Florian e Edson Ramão Rua Sabará, 566, 9º andar, cj. 92 01239-010 - São Paulo - SP Fones: (11) 3214-5938/ 32 57-4667/3214-6093 [empreendedorsp@uol.com.br] Florianópolis Executivo de Atendimento: Cleiton Correa Weiss Av. Osmar Cunha, 183, Ceisa Center, bl. C, 9º andar 88015-900 - Florianópolis - SC Fone: (48) 224-4441 Representante Dinâmica Promoções e Eventos Carlos Hamilton Martins Feltrin Rua Turiassu, 127, cj. 12/13 - Perdizes 05005-001 - São Paulo - SP Fone/Fax: (11) 3822-0412 [dinapro@terra.com.br] Escritórios regionais Rio de Janeiro [triunvirato@triunvirato.com.br] Milla de Souza Rua México, 31, grupo 1404 - Centro 20031-144 - Rio de Janeiro - RJ Fone/Fax: (21) 2533-3121/2524-2757/2533-1601 Brasília [jcz@forumci.com.br] Ulysses C. B. Cava SETVS - Quadra 701 - Centro Empresarial Bloco C, cj. 330 70140-907 - Brasília - DF Fone: (61) 426-7315 Paraná [merconet@merconet.srv.br] Ricardo Takiguti Rua Joaquim da Costa Ribeiro, 507 A - Atuba 82840-190 - Curitiba - PR Fone: (41) 367-4388 Rio Grande do Sul [hermano@hrmmultimidia.com.br] HRM Representações Ltda./Hermano Thaddeu Filho Rua Saldanha Marinho, 33 - sala 608 - Menino Deus 90240-160 - Porto Alegre - RS Fone/Fax: (51) 3231-6287 Ceará [dilerportela@wettor.com.br] Dilermando Portela Av. Luciano Carneiro, 99 - Bairro Fátima 60410-690 - Fortaleza - CE Fones: (85) 433-3989/9969-7312 Pernambuco [hmconsultoria@hmconsultoria.com.br] Hamilton Marcondes Rua Ribeiro de Brito, 1111, cj. 605 - Boa Viagem 51021-310 - Recife - PE Fone: (81) 3327-3384/3327-9430 Minas Gerais [comercial@sbfpublicidade.com.br] SBF Representações/Sérgio Bernardes de Faria Av. Getúlio Vargas, 1300, 17º andar, cj. 1704 30112-021 - Belo Horizonte - MG Fone: (31) 3261-2700 Assinaturas Serviço de Atendimento ao Assinante Diretora: Clementina P. da Silva Gerente: Luzia Correa Weiss Fone: 0800 48 0004 [assine@empreendedor.com.br] Produção gráfica Impressão e Acabamento: Prol Editora Gráfica Distribuição: Fernando Chinaglia S.A. (São Paulo) Empreendedor.com http://www.empreendedor.com.br
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Nesta Maio/2003
edição
Entrevista
DIVULGAÇÃO
A revista Empreendedor é uma publicação da Editora Empreendedor
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O que os empreendedores podem aprender com as chamadas empresas familiares? É isso o que mostra o consultor Julio César Pitombo. Ele também conta como a maioria dos herdeiros mantém o espírito de empreender dos seus fundadores.
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Capa
Para alcançar bons resultados em seus negócios na internet, as empresas devem se preocupar com uma série de fatores. Mas ofereSUPERSTOCK cer segurança nas transações comerciais é sem dúvida um requisito fundamental para conquistar a confiança do cliente. Por isso, cresce a procura das empresas pela certificação digital. Nessa reportagem, especialistas mostram o que as empresas ganham ao investir na conquista dessa certificação e o peso que isso tem para o sucesso de um e-business. Confira também como é a atuação da Serasa, primeira organização no Brasil credenciada para emitir certificados digitais.
LEIA TAMBÉM Cartas ................................. 6 Empreendedores ........................ 12 Não Durma no Ponto ..................... 16 Via Digital ............................ 46
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MARKETING
Suplemento
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GUIA DO EMPREENDEDOR
ADMINISTRAÇÃO
SUPERSTOCK
Ciente de que precisa mudar sua estratégia, o empreendedor precisa saber com quais ferramentas deverá executar a mudança. E entre as principais estão as informações, as alianças estratégicas e as teorias gerenciais mais conhecidas e aplicadas.
Do Lado da Lei .................... 58 Leitura ................................. 60 Análise Setorial .................. 64 Indicadores .......................... 65 Agenda ................................ 66
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Retorno do investimento Os gastos crescem aceleradamente enquanto o público-alvo encolhe, obrigando as empresas a uma complicada engenharia financeira para não jogar dinheiro fora.
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A arte de ouvir No ultracompetitivo comércio atual, a imagem do vendedor que fala muito está sendo substituída pela do que fica rouco de tanto ouvir .
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O dia das idéias Cresce o número de empresas que estão institucionalizando o chamado dia do toró de idéias, atividade mais conhecida no jargão corporativo como brain storm.
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A intuição executiva Quase todos os executivos em algum momento tomaram decisões baseados apenas no chamado sexto sentido empresarial.
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Produtos e Serviços ........... 56
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ESTRATÉGIAS
Estratégia
VENDAS
Conheça o potencial do mercado de serviços terceirizados, com destaque para o ramo de limpeza. Nesta edição as notícias do mundo do franchising, e na seção Franco Franquia a resposta sobre quem deve definir o melhor ponto para funcionamento de uma franquia. Confira ainda o espaço da ABF.
CARREIRAS
ARQUIVO EMPREENDEDOR
FRANQUIA TOTAL
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Dicas para uma boa apresentação Os executivos geralmente suam frio quando têm que falar em público. Saiba como evitar os tropeços mais comuns.
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Editor
Cartas A
reportagem de capa desta edição trata de um tema fundamental para as empresas que investem em negócios pela internet: a certificação digital. Com ela, as empresas oferecem a segurança, a garantia que os clientes buscam para efetuar transações eletrônicas. O repórter Fábio Mayer ouviu especialistas no assunto e produziu uma reportagem bastante elucidativa mostrando como a certificação digital pode contribuir para o sucesso de um e-negócio. Além do caráter didático, a reportagem também apresenta um panorama do mercado, com informações sobre as empresas que trabalham com a certificação, seja em seus negócios, seja como autorizadas a concedê-la a outras empresas. Com mais essa reportagem especial, a Empreendedor mostra que a internet e os negócios que surgem ao seu redor (ou dentro dela) ainda são fontes inesgotáveis de boas matérias. Tão inesgotáveis quanto as boas oportunidades de negócios que a própria internet oferece. Basta observar com atenção para descobri-las. Quer uma dica? Comece pela reportagem que publicamos a partir da página 20. Acompanhe ainda nesta edição a segunda e última parte da reportagem sobre estratégia. Desta vez, o repórter Lúcio Lambranho apresenta as ferramentas estratégicas que o empreendedor deve utilizar para mudar os rumos dos seus negócios. A reportagem traz dicas importantes e um quadro com as principais teorias gerenciais de todos os tempos, que servem (e muito) para inspirar novas mudanças. Confira a partir da página 42. Finalmente, não deixe de ler a partir da página 10 a entrevista com o consultor Julio Pitombo sobre a relação entre empresas familiares e empreendedorismo.
Tenho uma empresa de prestação de serviços na área de limpeza e conservação e gostaria de transformá-la em franqueadora no estilo de algumas outras que já atuam no Brasil neste segmento como a Jani King e a Limpidus. Gostaria de ter informações de como proceder para tal fim. Débora Cugola
por e-mail Débora, A partir de sua carta, produzimos uma reportagem especial no suplemento Franquia Total desta
Via Digital Gostei do novo formato da seção Via Digital. Ficou mais instrutivo para quem ainda está engatinhando nessa coisa chamada informática.
edição. A repórter Sara Caprario ouviu as duas redes citadas por você para obter informações quanto ao potencial do mercado. A consultora (e colaboradora freqüente nas reportagens da Empreendedor), Cláudia Bittencourt também participa da reportagem dando dicas sobre o que os franqueadores devem oferecer aos franqueados. Ela mostra também como proceder se sua intenção for converter sua empresa numa franquia. Caso queira mais informações, entre em contato conosco.
memorar. Ficamos no aguardo e na expectativa de que outras regiões estejam pensando da mesma forma pelo sucesso do Brasil. Ayrton Sant Ana
Curitiba PR
João Gualberto Xavier
por e-mail João, Ficamos satisfeitos em receber sua mensagem porque mostra que está sendo alcançado o objetivo da Empreendedor, que é justamente levar informações que ajudem os leitores a administrar seus negócios com cada vez mais competência. E como em 2003 a Empreendedor entra nos seus dez anos de existência aguarde as novidades que vêm por aí.
Região Sul Parabéns à Empreendedor pela reportagem sobre os três estados do Sul. Se todos os planos dos governadores forem colocados em prática, os empreendedores, especialmente os novos, terão muito o que co-
Varejo Leio a revista Empreendedor há uns dois anos. Sou lojista, tenho duas lojas aqui na minha cidade e quero pedir que vocês publiquem mais reportagens sobre o varejo. Antônio Francisco da Silva
São Paulo SP Antônio, O varejo é tema de algumas reportagens da Empreendedor, como a que publicamos em março sobre automação comercial. Mas se você quiser mais informações sobre o varejo acompanhe também a revista Dirigente Lojista, produzida pela Editora Empreendedor em parceria com a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas. Mais informações sobre a Dirigente Lojista no site www.empreendedor.com.br.
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Sugestão de pauta
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de Empreendedor para
Empreendedor Assinaturas
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Correspondências por e-mail devem ser enviadas para alexandre@empreendedor.com.br, aos cuidados do editor Alexandre Gonçalves. Solicitamos aos leitores que utilizam correio eletrônico colocarem em suas mensagens se autorizam ou não a publicação de seus respectivos e-mails. Também pedimos que sejam acrescentados o nome da cidade e o do estado de onde está escrevendo.
Correspondência
CEDOC O Centro de Documentação (CEDOC) da Editora Empreendedor disponibiliza aos interessados fotos e ilustrações que compõem o nosso banco de dados. Para mais informações, favor entrar contato com Ivone Zanatta, pelos telefones (48) 224-4441 e 0800 48 0004, ou por e-mail (redacao@empreendedor.com.br).
Empreendedorismo entenda do assunto. Gerson de Assis Santos
Joinville SC Gerson, Ao longo desses quase dez anos de existência da Empreendedor, já publicamos muitas reportagens tratando dos temas apontados por você. Sugerimos que você acesse o Site do Empreendedor (www.empreendedor.com.br) e utilize o sistema de buscas. Outro caminho que pode auxiliálo na pesquisa é acessar sites de instituições como a Escola de Novos Empreendedores (ENE) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). No site da ENE (www.ene.ufsc.br) estão disponíveis, por exemplo, informações sobre os trabalhos apresentados no último Encontro Nacional de Empreendedores.
Os artigos deverão conter nome completo, assinatura, telefone e RG do autor, e estarão sujeitos, em função do espaço, aos ajustes que os editores julgarem necessários.
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Empreendedor Maio 08/05/03, 17:40
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Sou um estudante de Ciências contábeis, aqui de Joinville (SC). Eu tenho que apresentar uma palestra sobre Empreendedorismo e queria saber se vocês teriam condições de me enviar informações sobre três etapas do empreendedor, que são: 1) Como começou o empreendedorismo (sua história); 2) Como o empreendedor está vivendo “o hoje” (Focando suas metas, o que mudou até os dias de hoje e como deve ser sua administ r ação p ar a manter uma empresa atualmente?). 3) Qual a visão para o futuro? (O que a tecnologia promete para alcançar melhores resultados? Quais as vantagens e as desvantagens?). Fico no aguardo, e se vocês não conseguirem me responder, gostaria que encaminhassem o meu pedido a quem
As cartas para as revistas Empreendedor, Jovem Empreendedor, Dirigente Lojista, Cartaz, Guia Empreendedor Rural e Guia de Franquias, publicações da Editora Empreendedor, podem ser enviadas para qualquer um dos endereços abaixo: São Paulo: Rua Sabará, 566 - cj. 92 CEP 01239-010 - São Paulo - SP Rio de Janeiro: Rua México, 31 - cj.1404 CEP 20031-144 - Rio de Janeiro - RJ Brasília: SETVS - Quadra 701 - Centro Empresarial - Bloco C - cj. 330 CEP 70140-907 - Brasília - DF Rio Grande do Sul: Rua Saldanha Marinho, 33 - sala 608 - Menino Deus 90240-160 - Porto Alegre - RS Santa Catarina: Av. Osmar Cunha, 183 Bloco C - cj. 902 CEP 88015-900 - Florianópolis - SC Paraná: Rua Joaquim da Costa Ribeiro, 507 A, Atuba CEP 82840-190 - Curitiba - PR Ceará: Av. Luciano Carneiro, 99 - Bairro Fátima - 60410-690 - Fortaleza - CE Pernambuco: Rua Ribeiro Brito, 1111, cj. 605 - Boa Viagem CEP 51021-310 - Recife - PE Minas Gerais: Av. Getúlio Vargas, 1300, 17º andar, cj. 1704 CEP 30112-021 - Belo Horizonte- MG
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com Julio César Pitombo por
Lúcio Lambranho
Empreender
em família
2003
O consultor Julio César Pitombo conta o que os empreendedores podem aprender com as chamadas empresas familiares e como os seus herdeiros mantêm o espírito empreendedor dos fundadores De um modo geral, o sucesso e a sobrevivência de uma organização dependem de quem a comanda. E quem está na sua linha de frente detém a prerrogativa de definir a missão e os objetivos, imprimir o ritmo da gestão, determinar seu próprio estilo de liderança, incorporar a filosofia da empresa e implantar a sua cultura. É isso que Julio César Pitombo mostra em suas palestras pelo Brasil sobre empresas familiares. Há 30 anos acompanhando a trajetória de sucessos e fracassos de amigos que, como ele, pertencem a um grupo seleto de famílias empreendedoras, Julio Pitombo justifica essa afirmação, identificando a tipologia e traçando os perfis dos fundadores de empresas familiares e das gerações seguintes. Autor do livro Empresas Familiares ou Negócios de Família?, disponível na internet (www.hotbook.com.br/ tec01jcp.htm), Pitombo é formado em Administração de Empresas, com cursos de extensão e especialização em Economia, Recursos Humanos e Marketing, no Brasil e no exterior. Com 51 anos, ele tem um currículo que passa pelas áreas de Planejamento e Projetos de Recursos Humanos de empresas como TV Globo, Xerox do Brasil, Cia.
Empreendedor O que o empreendedor pode aprender conhecendo a trajetória de empresas familiares?
Julio César Pitombo – Vamos fazer uma distinção: empreendedor é aquele indivíduo ousado, atirado, que percebe uma oportunidade e cria condições para desenvolver um negócio e é bem-sucedido. Diz-se que empresário é aquele que perpetua o negócio. De qualquer forma, o empreendedor costuma ser o sujeito que pauta sua vida muito mais pela administração da empresa, ou das empresas, e dos negócios. No meu livro A Empresa Familiar ou Negócios de Família?, apresento três tipos mais comuns de fundadores de empresas familiares: Zeus – o supremo patriarca, que é um empreendedor por excelência, e que tem seu foco direcionado para a administração do fluxo de caixa; a maximização da rentabilidade sobre patrimônio.
Dom Vitório – o workaholic, que, geralmente, é um indivíduo que compreendeu melhor essa situação e cujo foco é direcionado para a administração de capital humano e gestão dos negócios. JR – o magnífico, um capitalista por excelência e cujo foco é direcionado para a gestão de sistemas, tipo financeiro, informação, etc. Todos têm um ponto em comum: a administração e gestão do ativo e passivo, só que de maneiras diferentes. Conhecendo-se essas maneiras diferentes e os processos pelos quais elas foram desenvolvidas e aplicadas, podemos conhecer e aprender a lidar com as trajetórias: passada, estágio atual e o futuro dessas empresas. Empreendedor Qual é o perfil das empresas familiares no Brasil? Que tipo de gestão a maioria delas executa (mesmo as que estão na segunda ou na terceira geração)?
Pitombo – Eu diria que a maioria apresenta um perfil individualizado e rudimentar. As empresas ainda são a imagem e semelhança de seus fundadores. Há um lado positivo nisso, mas também arriscado. Thomas J. Wat-
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de Navegação Johnson Line, Interbras, entre outras. Nesta entrevista, Pitombo mostra como as empresas familiares movimentam o empreendedorismo no Brasil.
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son, considerado o arquiteto organizacional da IBM, disse o seguinte numa palestra: “Se uma organização pretende ir ao encontro dos desafios de um mundo de mudanças, ela precisa estar preparada para mudar tudo sobre si mesma, exceto suas crenças básicas que lhe provêem a existência... A única vaca sagrada a ser preservada deve ser a sua filosofia de negócios”. O crescimento e a expansão demandam a descentralização do poder. Isso implica na migração do sistema administrativo para o sistema de gestão. Resta saber se o fundador (ou a segunda geração) está disposto e preparado para isso. Ricardo Semler é um exemplo significativo. O processo pelo qual passa, hoje, o Grupo Pão de Açúcar é semelhante. Tudo depende da evolução, do tamanho da empresa e dos objetivos estabelecidos a serem alcançados. Não existe ganho sem investimento financeiro e comprometimento emocional. Empreendedor O senhor pode dar um bom exemplo de empresa brasileira que chegou à terceira geração entre as empresas familiares?
Empreendedor Pai rico, filho nobre, neto pobre. Quanto desse dito popular pode ser aplicado à realidade das empresas familiares do Brasil?
Pitombo – Acho que na sua quase totalidade. Afinal, os bens não são desejados senão quando se perdem. Questiono as correntes que afirmam: “Mas os filhos não foram capazes
A maioria das empresas familiares apresenta um perfil individualizado e rudimentar. E ainda são a imagem e semelhança de seus fundadores
de, ou não tiveram competência para, dar continuidade aos negócios da família”. Tudo depende de como a segunda geração foi educada pela primeira. Quando é muito forte o chamado protecionismo, quando a formação é nitidamente dependente, e até castradora, cria-se um entrave não só à sucessão, mas principalmente ao desenvolvimento de lideranças. Na sua grande maioria, os ensinamentos distorcem a realidade dos fatos, causando um grande choque de cultura: a do patriarca e dos filhos, nascidos em uma outra época e cujas mudanças provocam quebras de paradigmas e, depois os netos, que consideram os avós extremamente conservadores e os pais por demais liberais. A transmissão de valores é muito delicada. Empreendedor Quais são as principais diferenças entre os empreendedores de primeira e segunda gerações, entre as empresas familiares no Brasil e no mundo?
Pitombo – As diferenças são as divergências. E como superá-las. Do contrário, são apenas diferenças. Há uma estória que posso contar para melhor ilustrar isso. Diz-se que um conhecido empresário, do ramo de calçados, enviou seus dois filhos ao exterior para analisar e avaliar seus mercados. Eles queriam exportar. Um foi para a África e o outro para a Índia. O que foi para a Índia retornou uma semana depois e disse: “A Índia é um país muito pobre e atrasado. O mercado é muito pequeno e não justifica investimentos”. O outro não voltou, telefonou e disse entusiasticamente: “Que mercado! A maioria está descalça...”. Entre o otimismo
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Pitombo – Pode ser que exista, mas minhas pesquisas não acusam empresas familiares, no Brasil, com mais de 200 anos sob a égide da família e comandadas pela terceira geração. Ainda que já tenham a terceira geração trabalhando nelas. Grosso modo, os dados estatísticos revelam que um terço das empresas familiares sobrevive à segunda geração. Destas, apenas 10% ultrapassam a terceira geração. Não é impossível, mas ainda é muito difícil estabelecer
uma dinastia no Brasil. Por exemplo: a empresa mais antiga do mundo data do ano de 578. É uma empresa japonesa de construção civil e se chama Kongo Gumi. Para se ter uma idéia, essa empresa foi responsável pela construção do Castelo de Osaka e do Templo Shitennoji, o templo budista mais antigo do Japão, construído em 593. O hotel mais antigo do mundo, também no Japão, foi fundado em 718 e está na 46a geração.
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Autor do livro Empresas Familiares ou Negócios de Família?
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exagerado e o pessimismo, também exagerado, deixaram de lado a exportação. Alguém foi lá e exportou. Essa é a diferença; perderam de vista seus objetivos. Não entenderam as divergências.
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Empreendedor Como os herdeiros devem conduzir a gestão para evitar o desaparecimento da empresa?
Pitombo – Cada caso é um caso. Não há uma fórmula pré-concebida para ser aplicada. A Votorantin, por exemplo, contratou os serviços da McKinsey, uma das maiores empresas de consultoria do mundo, para estudar e propor um projeto contendo a melhor forma de implementar um processo de sucessão. Chegaram à conclusão de que eles mesmos teriam que desenvolver um modelo próprio, baseados em critérios e premissas objetivas e subjetivas. Mas isso é fato raro. Em geral, não se pensa em sucessão com o fundador ainda vivo. Em empresas comandadas por indivíduos com perfil que eu chamo de Zeus, há pouco o que fazer, já que ele não delega e muito menos “passa o bastão” enquanto vivo. Sua ausência geralmente implica no afloramento de conflitos camuflados. Como resultado, qualquer possibilidade de negociação e entendimento entre os herdeiros e sucessores torna-se quase impraticável. Instala-se o caos e a empresa, mais cedo ou mais tarde, é canibalizada assim como a família. Uma das características mais marcantes da empresa familiar tradicional é a mistura feita em relação ao patrimônio, à empresa e à família; é um caldeirão só. Já em relação aos perfis que eu chamo de Dom Vitório e de JR, são pessoas com perfis de fundadores que trabalham melhor essa equação. As possibilidades de negociação e entendimentos entre os herdeiros e sucessores são mais palpáveis. Mas ainda assim é preciso to-
sucesso. Eles podem ser seguidos, jamais copiados. Cada um deve construir e desenvolver seu próprio modelo. Para isso, é preciso ter em mente o seguinte: para as questões de estilo, nade seguindo a correnteza; nas questões de princípios, seja sólido como uma rocha. Empreendedor Qual é a maior causa de falência de empresas familiares no Brasil?
mar cuidado. Quando digo negociação e entendimentos entre herdeiros e sucessores, isso significa sentar, dialogar, analisar e avaliar os potenciais, as habilidades e os conhecimentos de cada um dos membros envolvidos para determinar a posição e função de cada um numa sociedade nova para uma empresa já existente. Empreendedor Existe um perfil ou um modelo de liderança com mais chances de sucesso que deve ser seguido pelos empreendedores?
Pitombo – Os perfis são apenas a ponta de um iceberg. Eles nos dão noção e perspectivas de nossas qualidades, defeitos, virtudes e parâmetros de limitações. O objetivo não é converter ou mudar a personalidade de alguém, ou seja: deixe de ser Zeus e passe a ser Dom Vitório. Não funciona dessa maneira. A essência do meu trabalho é a conscientização das limitações, já que ninguém é perfeito, e conduzir a uma melhor compreensão e aceitação de que o super-homem e a supermulher só existem nos gibis e nos filmes de ficção. Quanto aos defeitos, eles não foram feitos para serem retirados, banidos ou deletados. Eles estão lá e devem ser lapidados. Há muitos exemplos de indivíduos que se constituíram em modelos de liderança que os levaram ao
Pitombo – Não é impossível, mas é raro uma empresa familiar falir com seu fundador ainda vivo. Com o desaparecimento do fundador, vários fatores contribuem para as dificuldades de ordem financeira, administrativa e de gestão. Eu costumo dizer que o título de herdeiro muitas vezes pode significar uma “faca de dois gumes”. Por outro lado, empresas saudáveis acabam adoecendo e morrem porque os sucessores, agora donos e “poderosos”, resolvem seguir os passos de um grande homem, mas não conseguem superá-lo. Alexandre, o Grande, reconheceu instintivamente que os privilégios do berço eram entraves ao poder. Por isso superou o pai. Os tempos são outros e está cada vez mais difícil encontrar um novo caminho para a excelência com tanta concorrência. Existem, ainda, empresas cujos fundadores acreditam em um dos filhos, ou um dos netos, por terem seguido seus passos. Na maioria das vezes isso não dá resultado. Pode parecer fácil para um filho, ou neto, continuar construindo sobre as bases deixadas pare ele, mas em se tratando de poder o que acontece é o inverso. Os filhos, ou netos, mimados, cheios de vontades, quase sempre dilapidam a herança, porque não partem da necessidade de preencher um vazio como aconteceu com o pai, ou avô. A necessidade e a insatisfação é que levam um indivíduo a agir, e quando elas deixam de existir sobra apenas podridão e decadência.
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Há muitos exemplos de indivíduos que se constituíram em modelos de liderança que os levaram ao sucesso. Eles podem ser seguidos, jamais copiados
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Audaces
Ebicen Chen Wei Chow
Exportando snacks
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Prestes a completar 27 anos de atuação no mercado de salgadinhos e snacks, a Ebicen inicia o ano com uma política mais agressiva para as exportações, com foco principalmente na América Latina e na Península Ibérica. Uma das primeiras ações nesse sentido foi a participação na feira Alimentaria, em Lisboa. Além de mostrar na Feira o lançamento deste ano, o Ebicen Mini nos sabores camarão e requeijão, a empresa também levará a linha Glico Snack e o salgadinho Crock-cen. O start nas exportações aconteceu no ano passado. Em julho de 2002, a Ebicen foi procurada por uma empresa de Portugal, interessada em comprar seus produtos. Foi a primeira experiência com exportação. “O primeiro lote foi de 48 mil pacotes de produtos, o equivalente a US$ 5 mil”, conta Chen Wei Chow, diretor de Marketing da empresa. Três meses depois, a empresa recebeu um novo pedido, quando foram encaminhados 96 mil pacotes de produtos, o que demonstra a aceitação dos mesmos no mercado português. www.ebicen.com falecom@ebicen.com
Automação têxtil
A Audaces, empresa instalada no Celta (Centro Empresarial para Laboração de Tecnologias Avançadas), de Florianópolis, participou neste mês da maior feira de máquinas e tecnologias para empresas de confecções do mundo, a IMB 2003, realizada na Alemanha. A Audaces foi a única empresa brasileira a expor sua tecnologia. A empresa é uma das pioneiras no desenvolvimento de soluções para a modernização das pequenas e médias confecções, o que se iniciou há cerca de seis anos. Foi criada em 1992 por Claudio Grando e Ricardo Luiz Delfino, então recém-formados na faculdade de Ciências da Computação da UFSC. Hoje, com 11 anos de mercado, a empresa está focada nos mercados moveleiro e de confecção, através das soluções Audaces Planos de Corte e Audaces Vestuário. Nesses dois mercados, a Audaces tem como principais concorrentes empresas multinacionais que estão há muitos anos atuando no Brasil. Os sistemas da Audaces estão presentes no Brasil, Argentina, Peru, Colômbia, Venezuela, Paraguai, Espanha e Estados Unidos. O principal produto da empresa é o
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software Audaces Vestuário, exportado para oito países, incluindo Europa e Américas. Com o uso do software, o modelista tem condições de criar o modelo diretamente na tela do computador. O Audaces Vestuário permite ainda que se aproveite o máximo possível a malha ou o tecido através do encaixe automático especialista que o sistema possui. “A economia de tecido nas empresas fica entre 5% e 15%”, revela Claudio Grando. Segundo ele, é possível fazer em dez minutos no computador um modelo completo que era feito em três ou quatro horas no sistema antigo. Os produtos lançados após o Audaces Vestuário, e que foram apresentados na Alemanha, são Audaces Jet, Audaces Ficha Técnica, Audaces Estilo e Audaces Sob Medida. audaces@audaces.com
NOVO CALL CENTER Através de uma solução inovadora, a VoxAge, especializada em tecnologia de reconhecimento de voz, automatizou o serviço de atendimento da Pamcary, uma das maiores gerenciadoras de risco de transporte de cargas do Brasil. De acordo com Alexandre Constantine, diretor da VoxAge, o investimento reduziu os custos operacionais para manter um atendimento 24 horas por dia e o tempo médio no processo de envio de fax. Também diminuiu as filas de espera, garantindo clientes mais satisfeitos devido à agilidade, facilidade e segurança no atendimento. Cerca de 80% das ligações do serviço de consulta já estão automatizadas. A perspectiva da Pamcary é alcançar a margem de 90% a 95% , afirma. www.voxage.com.br
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Claudio Grando e Ricardo Luiz Delfino
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Facislito
BRAZIL HANDICRAFT
Fábio Grossmann
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Foco nas exportações entes são a BASF, o Pão de Açúcar, as Lojas Americanas e a Mercedes Benz. Comercializando uma linha direcionada e variada de produtos voltados para a automação, a Facislito tem expectativa de crescimento de 15% em 2003. Para este ano, a empresa pretende embarcar para o exterior 1,5 milhão m2/mês de ribbons e, em 2004, 3 milhões m2/mês. “Com isso, a intenção é focalizar o mercado externo, ampliando as exportações que hoje são feitas somente para a Argentina”, prevê Grossmann.
INVESTIMENTO PLANEJADO
RESULTADO POSITIVO
A GR Serviços de Alimentação, empresa que atua no mercado de refeições em todo o país, projeta um crescimento de 14% nos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Para isso, a empresa pretende investir R$1,2 milhão nas áreas de tecnologia, treinamento, inovação operacional e de serviços. Essa projeção de crescimento sustentase em nosso modelo de gestão, totalmente focado no cliente, visando a atender às necessidades específicas de cada um. Em nosso negócio é isso que concretiza a venda e garante a retenção dos contratos existentes , destaca Ricardo Recktenwald, diretor regional da companhia. Entre os clientes da companhia estão Randon, Tramontina, Embraco, Ipiranga Petroquímica e Stihl. www.gr.com.br
O mercado óptico vem apresentando um crescimento constante, com resultados bastante positivos. No ano passado, por exemplo, o setor que congrega lentes, armações, óculos solares, equipamentos e acessórios fechou com faturamento da ordem de R$ 960 milhões, o que representa um crescimento de 6% em relação ao mesmo período de 2001. Ao todo, em 2002, foram vendidos 21 milhões de óculos de prescrição e 30 milhões de óculos solares. As importações também cresceram, fechando o ano com um volume de R$ 52,2 milhões, resultado 7,1% maior que no ano de 2001. Já as exportações movimentaram um volume de negócios da ordem de R$ 21 milhões. Os dados do setor são da Associação Brasileira de Produtos e Equipamentos Ópticos (Abiótica).
NUTRIÇÃO PARA PEQUENAS Empresas de pequeno e médio portes das áreas alimentícia, laboratorial e de produtos e serviços ligados ao mercado da nutrição ganharam uma oportunidade diferenciada de participar da primeira edição do Congresso Mundial de Nutrição, evento que reunirá profissionais de todo o mundo no Rio de Janeiro, em novembro. A organização do encontro oferece estandes promocionais, de 8 a 64 metros quadrados, no andar superior do centro de convenções Rio Centro, na capital fluminense. Embora não existam ainda números precisos sobre o mercado de produtos nutricionais no Brasil, estima-se que apenas o setor de suplementos vitamínicos movimenta anualmente R$ 1,5 bilhão, crescendo à taxa anual de 20%, bem maior que a norte-americana, que é de 12%. Contudo, nos EUA, o faturamento anual do segmento alcança US$ 17 bilhões. Informações sobre o evento: (11) 3839-7100 ou 11-3839-7101 (e-mail alsp@alpromocoes.com.br).
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A Facislito, uma empresa do mercado de automação em código de barras no Brasil desde 1985, desenvolve produtos para diversos segmentos: automotivo, alimentício, hospitalar, farmacêutico, têxtil, químico e metalúrgico. A empresa tem capital 100% brasileiro e é administrada pelo empresário Fábio Grossmann, que investiu mais de R$ 1 milhão na empresa. Ele é um dos precursores na implantação do código de barras no Brasil e autor de um livro a respeito (Código de Barras: da teoria à prática), editado pela Nobel. O principal produto fabricado pela empresa é o ribbon Faxlito, isto é, um filme para fax, o produto com maior volume de vendas. Seus principais cli-
O projeto de exportação de artesanato de Minas Gerais, apoiado pela APEX e executado pelo Instituto Centro de Capacitação e Apoio ao Empreendedor (Cape), vem desenvolvendo, junto aos artesãos da Central Mãos de Minas, concepção para a produção de novos produtos e melhoria na qualidade dos já existentes, tendo em vista a realidade dos mercados consumidores no exterior. Para alcançar esses consumidores, um longo trabalho está sendo executado, através de pesquisas de mercados, visitas e presença nas principais feiras de produtos de decoração e presentes na Europa, Estados Unidos e Canadá. A participação em feiras no exterior tem possibilitado um contato estreito com os mercados externos seja com o público consumidor, seja com os profissionais de importação e distribuição e também promoção da qualidade dos produtos e da marca Brazil Handicraft, que hoje é reconhecida em vários países. (61) 328-0621
Jovem S.A.
por Lúcio Lambranho
lucio@empreendedor.com.br
Promessa andina Para continuar nosso giro pela América Latina, entrevistamos José Luis Altamiza Nieto, presidente e fundador da Associação de Jovens Empresários do Peru (Ajep). A entidade foi criada em agosto de 2001, fruto de uma inicitiva de jovens empreendedores de diversos segmentos econômicos do país, e tem representação nas 24 regiões peruanas. Atualmente seu principal foco é constituir uma ligação entre as reinvindicações dos seus associados e a sociedade peruna para o desenvolvimento do empreendedorismo. Uma das primeiras ações de Altamiza foi criar uma parceria com jovens empresários da região de Tijuana, no México. A Ajep fechou um acordo de cooperação para buscar novos negócios para seus associados com a Comissão de Empresários Jovens da Coparmex, a principal entidade empresarial do México. Acompanhe a entrevista e conheça um pouco mais sobre a realidade dos jovens empreários do Peru.
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Existe um território onde estão concentrados em maior número os jovens empresários no seu país? José Luis Altamiza – A estrutura e a natureza da economia no Peru mudou muito nos últimos 20 anos. Existem três setores econômicos que concentram as pequenas empresas e a maioria dos jovens: a indústria, com cerca de um quarto da chamada população economicamente ocupada (PEA); o comércio, com mais de 30% do PEA; e serviços, com cerca de 22%. No Peru, como os jovens agem para ter uma carreira voltada para o empreendedorismo? Altamiza – Anualmente 400 mil jovens entram no mercado de trabalho. Eles vêm dos colégios secundári-
Quais são as principais dificuldades dos jovens empresários no Peru? Altamiza – De acordo com os resultados de uma pesquisa feita pelo BID, os principais desafios são os seguintes: ampliar sua base de clientes, equilibrar seu fluxo de caixa, conseguir trabalhadores qualificados e comprar equipamentos apropriados.
José Luis Altamiza jaltamiza@ajep.org
NA PRÓXIMA EDIÇÃO Uma entrevista com Ariosto Manrique, jovem empresário de Tijuana (México) e um dos líderes da Coparmex (Confederación Patronal de la República Mexicana).
Nosso outro “hermano” do Peru é Carlos David Palacios Rojas. Ele foi um dos organizadores do Concurso Nacional de Jovens Emprendedores “Creer para Crear 2002”. Segundo Rojas, os resultados desse trabalho premitem que se tenha uma visão mais ampla sobre os jovens empreendedores relacionada com a economia do Peru. De acordo com os dados levantados no evento, 60% do mercado peruano está focalizado em atividades ligadas ao varejo, e o destaque maior estão nos seguintes setores: confecções, calçados, madeira e metal-mecânico Entre os 112 projetos finalistas do concurso, temos outros resultados: 32 % dos jovens apostam em atividades industriais e de serviços, 26% em projetos agropecuários, 10% em turismo, 8% em sistemas e 4% na pesca. Rojas aponta mais cinco dificuldades para os empreendedores no Peru, algo não muito distante da realidade brasileira: falta de informação sobre formalização de empresa; falta de conhecimentos técnicos para desenvolver produtos ou serviços; financiamentos para começar o negócio e o medo de correr riscos ao ingressar em mercados instáveis, além de ter que competir com a pirataria e o contrabando. Carlos David Palacios Rojas palaciosrcd@yahoo.com cc_camera_cafe@hotmail.com Fone: 536-4432 Lima, Peru
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os e tomam a decisão de continuar os estudos nas universidades ou empreender algum negócio. Segundo as vantages competitivas analisadas nos últimos anos, existen alguns setores produtivos e de serviço, tanto em Lima como em províncias que apresentan características atrativas para o desenvolvimento de negócios. O primeiro deles é o turismo, seguido do setor de energia quando começar em 2004 a exploração do gás natural de Camisea, o que deve demandar uma grande gama de serviços. Infelizmente existem poucas universidades que compreendem que o mundo não mantém uma posição favorável para se continuar produzindo profissionais e técnicos. Acredito que só a médio prazo as universidades vão pensar em estimular o empreendedorismo
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Peru em rede pecial da MasterCard Internacional. Jean Paul, mesmo com pouca idade, já conta com uma trajetória profissional em diversos setores produtivos e atualmente está ligado a consultoria de projectos de e-business. Em março de 2000 publicou o livro Advertere.com, que segundo ele foi o primeiro estudo na América Latina sobre publicidade na internet. A nosso pedido, ele fez uma pesquisa com jovens de 14 cidades do Peru, onde o RedOnline está instalado: Tumbes, Piura, Lambayeque, Lima, Ancash, Arequipa,Tacna, Cusco, Puno, Moquegua, Loreto, Cajamarca, Ayacucho e Ica. Jean Paul Che Piú Palao jeanpaul@piucce.com info@piucce.com
Veja os resultados da pesquisa de Jean Paul Palao O maior grupo de jovens empresários está na capital de Peru: Lima 60% Províncias 40% Mesmo assim, a questão se inverte, segundo ele, quando falamos de emprendedores: Lima 20% Províncias 80% Por sexo Homens Mulheres
Os jovens por área de negócio: Comércio 55% Serviços 20% Industrial 15% Outros 10% Jean Paul ainda faz uma paralelo de dois perfis de jovens do seu país: Perfil A: Empresário Inovador Dirige uma organizaçaõ horizontal. Focado em melhorar os processos de negócio da sua empresa. g Busca consolidar projectos em nível nacional e internacional. g Altamente criativo e inovador. g Organizado, responsável e disciplinado. g g
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Por idade Menores de 18 anos Entre 18 e 20 anos Entre 20 e 25 anos Entre 25 e 30 anos
5% 20% 30% 45%
Perfil B: Empresário Crioulo Dirige uma organização vertical. Focado em obter resultados a qualquer preço. g Autoritário e pouco responsável. g Direção empírica da organização. g g
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Segundo a pesquisa, a maioria pertence ao segmento chamado no Peru de progressistas jovens com formação técnica que geraram seus próprios negócios com a ajuda de suas famílias.
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Um dos novos projetos residentes na Incubadora de Empresas de Teleinformática do Cefet/ RJ (IETI-CEFET/RJ ) é o da empresa Devachân, que está desenvolvendo soluções integradas para os setores de automação residencial, comercial e, futuramente, industrial. Para as “casas inteligentes”, a empresa automatiza desde a iluminação e sonorização até a própria infra-estrutura total da residência, passando pelo chuveiro, torneiras, portas, persianas, fogão e todos os eletrodomésticos. Na parte comercial, a automação enfatiza a segurança contra sinistros e roubos, além da monitoração através de câmaras de vídeo. A Devachân é pioneira na implantação de sistemas CATV no estado do Rio de Janeiro. O jovem diretor-executivo Peteval Oliveira, 27 anos, explica o porquê do nome da sua empresa: “Tem sua origem no sânscrito, língua sagrada da cultura hindu, e significa ‘O futuro que cada um cria para si mesmo após a existência física’”. Daí o slogan da empresa – “O futuro que você cria”. (21) 2567-2464 / Ramal 117 DIVULGAÇÃO
Além de entrevistar dois membros da Associação de Jovens Empresários do Peru, conseguimos mais dois cases de jovens empreendedores nesse país andino. O primeiro deles é Jean Paul Che Piú Palao, 25 anos. Ele foi diretor de criação de várias agências de publicidade e até resolveu investir em uma série de idéias próprias. Primeiro fundou três empresas pontocom: Piucce Company, Onex Consulting e eWebcomms.com. Depois disso, ele fechou o foco no RedOnline International, uma organização de jovens empresários da América Latina. O grupo conseguiu reunir até o momento mais de 2 mil jovens empreendedores de 41 países. Por esse resultado, o RedOnline foi selecionada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como uma das melhores práticas de liderança juvenil na área do empresariado, além de ganhar um patrocínio es-
Casas inteligentes
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Nãono Durma Ponto
por Roberto Adami Tranjan Educador da Cempre Conhecimento & Educação Empresarial (11) 3873-1953 www.cempre.net roberto.tranjan@cempre.net
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Pare de trabalhar e vamos
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alo sem medo de errar: comunicação é o maior problema das empresas. E essa constatação vem dos meus 17 anos de consultoria em empresas. Se duvidar, faça o teste dos “seis por quê?”: busque qualquer problema em sua empresa, seja de produção, vendas, administrativo ou financeiro e pergunte o porquê daquele determinado problema. Até o sexto por que você terá como resposta a palavra comunicação. Conversa-se muito pouco nas empresas. Muitos chefes só têm dois diálogos com seus funcionários: quando contrata e quando demite. Entre um e outro, pouco ou nada se conversa. O primeiro diálogo é cheio de declarações de fé e esperança: em plena lua-de-mel, acreditam que o futuro será bom para ambos. Questão de tempo. Ao final, o diálogo carregado de ressentimento mostra o fracasso da relação e a dissolução dos sonhos. Comunicar, como a própria palavra declara, é tornar comum a informação. Pois bem: pessoas trabalhando para o mesmo CGC e no mesmo endereço possuem imagens diferentes dos propósitos da empresa para a qual trabalham. Se duvidar mais uma vez, faça o teste na sua empresa. Pergunte para uma ou outra pessoa qual é o propósito da empresa e aguarde com espanto as respos-
Conversa-se muito pouco nas empresas. Muitos chefes só têm dois diálogos com seus funcionários: quando contrata e quando demite. Entre um e outro, pouco ou nada se conversa
cada um trabalha para uma empresa que, em comum, só possui o endereço, telefones e um punhado de gente correndo para lá e para cá imaginado fazer o melhor para negócios diferentes.
O problema não está só nas discrepâncias sobre os propósitos da empresa. O problema está também no baixo nível de conhecimento interpessoal, a começar pelos líderes, que sabem muito pouco sobre os seus funcionários. Uma das funções do líder é utilizar ao máximo os conhecimentos e habilidades de seus funcionários. Pergunto: você conhece o conjunto de conhecimentos e habilidades das pessoas que trabalham com você? Devo estar exagerando nas provocações mas a questão é a seguinte: muitas vezes, o baixo resultado decorre muito menos da concorrência, do mercado, da inatingibilidade dos números e muito mais dos problemas de comunicação. No fundo, o que muitas vezes explica o nãocumprimento das metas é o fato de que as pessoas não se comunicam e não tratam seus conflitos. Com o estoque de rancor em alta, as pessoas não estão dispostas a facilitar a vida umas das outras. Milhares de reais são perdidos a cada dia nas empresas devido às formas limitadas e ineficazes de comunicação: reuniões entediantes e improdutivas, pensamentos não externados, sentimentos não declarados. Com o advento do correio eletrônico, o problema da comunicação se agravou. As pessoas preferem conversar atra-
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tas. A maior parte das pessoas em uma empresa trabalha para o que supõe que seja o negócio, o cliente, o futuro e o resultado esperado. Não é sem motivo os inúmeros desencontros e conflitos diários:
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Nossa meta é garantir a tranquilidade do cliente.
conversar! vés de e-mails, mesmo que trabalhem a dois metros de distância umas das outras. A comunicação é importante não apenas porque contribui para os melhores resultados mas também porque contribui com a saúde de todos na empresa. Muitas empresas estão adoecidas por falta de conversa. Mágoas e ressentimentos não são declarados. O leitor deve estar questionando: como arranjar tempo para isso? Esse é um dos motivos pelos quais muitas empresas vão se transformando em sistemas mortos, sem vida: as atenções são voltadas exclusivamente para o trabalho a ser feito e busca de resultados. Não existe preocupação com os sentimentos de quem faz o trabalho e produz os resultados. As empresas anseiam pelos ovos de ouro de galinha (com a licença de Esopo), mas não se preocupam com a galinha. Comece a pensar na comunicação não como um problema mas como uma ferramenta de liderança importante. Pense que a comunicação, em essência, diz respeito à busca de significados e que um funcionário necessita de significado em seu trabalho para dar o melhor de si. Por meio da comunicação é possível identificar o modelo mental e o padrão de pensamentos das pessoas que trabalham com você e que são invisíveis no dia-a-dia mas que se tornam visíveis quan-
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do declarados. Além de tornar o ambiente de trabalho mais humano, a comunicação faz com que cada novo dia seja um dia de novos aprendizados. A comunicação permite conhecer em conjunto, inventar em conjunto, aprender em conjunto e desaprender em conjunto. E conjunto remete a união, sinergia e trabalho em equipe. É claro que a comunicação exige rigor, paciência, perseverança, tolerância, mas está aí um dos principais atributos dos bons líderes. A confiança, sustentação principal de um líder, é construída a partir de tempo para ouvir atentamente as idéias, opiniões e sentimentos dos liderados. Os ganhos são muitos: um maior nível de autenticidade no trabalho, decisões de melhor qualidade, alto nível de comprometimento, maior autonomia e iniciativa por parte de todos. Deixe de conversa e vamos trabalhar! Foi assim que as empresas perderam seus propósitos e o indivíduo perdeu o significado do seu trabalho. Quando a comunicação deixa de fazer parte do ambiente de trabalho, a empresa perde a sua vida. Uma empresa viva é aquela preenchida não somente por uma porção de dados e informações mas, principalmente, pelos pensamentos e sentimentos de cada um dos colaboradores. Portanto, pare um pouco de trabalhar e vá conversar!
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O comprometimento com a responsabilidade, a ética e o profissionalismo, nos permite alcançar ótimos resultados na defesa dos interesses de nossos clientes. Advocacia Luciana Marques de Paula, há mais de 20 anos no contencioso e, afinada com a evolução da sociedade, tem empenhado esforços para o aprimoramento na área de consultoria, evitando o litígio, com o foco para a solução amigável de conflitos.
Áreas de atuação: Direito Empresarial Franchising Direito imobiliário Responsabilidade Civil e Sucessões Mediação e Arbitragem
Rua Barros Brotero, 56 Parque Jabaquara 04343-020 – São Paulo – SP 11 578-2769/3893 fax 11 5584-8653 lmpaula@uol.com.br Associado ABF e IMAB
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A certificação digital é considerada a alavanca dos negócios na internet. Por uma razão muito simples: atesta a segurança nas transações realizadas nos chamados ambientes virtuais e conquista, dessa forma, a confiança dos clientes por
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Certificação digital
Para que serve g Dá validade jurídica a documentos eletrônicos. g Possui o benefício do não-repúdio, ou seja, confirma o emissor e o receptor do documento ou as partes envolvidas na transação comercial em ambientes virtuais, evitando a negação posterior de sua ação. g Proporciona maior segurança. g Diminui custos. g Possibilita maior rapidez nos processos. g Eimina o tráfego de papéis em uma empresa. g Autentica o servidor ou a aplicação: como forma de comprovação de identidade de uma aplicação. Por exemplo, em um internetbanking o cliente pode ter a certeza de que está realmente acessando o site procurado e não um site se fazendo passar por seu banco. g Permite o acesso a sistemas computacionais, substituindo a senha. g No futuro poderá ser usado como Carteira de Identidade no mundo virtual, ou mesmo para confirmar o título de eleitor em uma votação on-line, na qual o cidadão poderá usar o computador de casa como uma urna eletrônica. Poderá ter ainda aplicações em um cartório virtual, para emissão de certidões.
rança, impedindo que os dados sejam alterados e, principalmente, que pessoas não autorizadas tenham acesso a eles, já que certifica a identidade do emissor e do receptor.
Partilhando da mesma opinião, Cid Torquato, diretor-executivo da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Câmara-e.net), completa a linha de raciocínio. Segundo ele, a certificação digital oferece aos usuários maior segurança na hora de comprar ou de fechar um negócio on-line. Com isso, as empresas que implantam essa tecnologia proporcionam aos clientes maior confiança no meio eletrônico e, conseqüentemente, realizam um número maior de operações através de ambientes virtuais. “Digitalizando suas operações, as empresas agilizam seus processos internos e melhoram suas práticas de gestão, aumentando produtividade e competitividade em todos os níveis”, explica Torquato. Essa é a definição também adotada por Sérgio Kulikovsky, presidente da CertiSign, empresa que emite certificados digitais e que está credenciada como autoridade certificadora da ICP-Brasil. “A certificação digital é um produto de segurança que alavanca receitas e diminui custos”, afirma. Da mesma forma acredita Gilberto de Oliveira Netto, coordenador da Unidade Corporativa de Segurança do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). “Os benefícios são muitos, mas podem se resumir à redução dos custos aliada à prestação de novos serviços para seus usuários, com maior agilidade e segurança”, atesta. Panorama do mercado A 5.ª Pesquisa Comércio Eletrônico no Mercado Brasileiro, realizada recentemente pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP), revela que o comércio eletrônico businessto-business (B2B) e business-to-consumer (B2C), voltados respectivamente para empresas e para consumidores finais, teve um crescimento de 105% no ano passado, em relação a 2001. O mesmo levantamento também mostra que o comércio eletrônico brasileiro mo-
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A ascensão da rede pública (internet) e das redes privadas de comunicação de dados (intranet) vem ampliando cada vez mais o número de negócios realizados e a forma de comercializar um produto ou serviço em ambientes virtuais. Mas muitos usuários ainda deixam de comprar e de efetuar um negócio através da internet, preocupados com a fragilidade da proteção e da integridade das informações. Para atestar a segurança e proporcionar maior credibilidade e sigilo nas transações comerciais via rede, diversas organizações estão implantando a certificação digital, como a Serasa, empresa que fornece informações e análises econômico-financeiras para apoiar decisões de créditos e negócios e que também é credenciada a emitir certificados digitais no país (veja matéria nas páginas 26 e 27). A certificação visa a dar validade jurídica a documentos eletrônicos, comprovando a veracidade ou mesmo a identidade de quem os mandou. Além das variadas aplicações, também traz uma série de vantagens ao desempenho das empresas, como a melhoria nos processos, a redução dos custos operacionais e uma maior agilidade na tomada de decisões. Por isso, a certificação digital é considerada por especialistas como um requisito para alavancar negócios na rede. “O uso da certificação digital resolve o problema da integridade das mensagens, da confidencialidade e da identificação na rede”, afirma Sérgio Amadeu da Silveira, presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI). O órgão é uma autarquia federal vinculada à Casa Civil da Presidência da República e à Autoridade Certificadora Raiz (AC-Raiz) da Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICPBrasil), que emite, revoga e gerencia o certificado digital no país e também tem a função de executar atividades de fiscalização e auditoria das Autoridades Certificadoras (ACs). De acordo com Silveira, a ferramenta garante a segu-
O certificado digital utiliza a criptografia para garantir a segurança. Isto é, as mensagens ou o documento eletrônico são embaralhados, através de cálculos matemáticos, gerando dois códigos ou chaves públicas . Uma das chaves fica com o emissor e a outra com o receptor. Dessa forma apenas uma pessoa autorizada está apta a decifrar o conteúdo.
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vimentou em torno de US$ 7,5 bilhões em 2002, considerando os valores somados do B2B e do B2C. Da mesma maneira, estudos apontam a ampliação dos investimentos em segurança da informação no Brasil. Segundo Claudio Almeida Prado, CEO da Pulso Tecnologia, empresa provedora de soluções para e-business, o mercado de certificação digital no país, que ainda está em desenvolvimento, tem grande potencialidade de crescimento devido ao número de usuários da internet, de sistemas eletrônicos e do crescimento do e-commerce. “Acredito que em dois anos teremos uma base bem maior de usuários e um grande número de operações utilizando essa tecnologia”, afirma. Para Gilberto de Oliveira Netto, a principal área que vai estimular a ascensão do uso do certificado digital é a financeira. “Os bancos são bons exemplos que devem alavancar o mercado”, avalia. De acordo com ele, a tendência é que apareçam mais aplicações para as quais seja necessário o uso de certificados. Uma delas é o envio da declaração de Imposto de Renda pela internet, de forma parecida com a que é feita hoje. A diferença estaria na maior segurança que a Receita Federal propor-
MAUTNER: OS PRÓPRIOS CLIENTES DA LOCAWEB SOLICITAM O SERVIÇO
Quem usa confirma A segurança é uma das principais vantagens do uso da certificação digital e propicia a realização de novos serviços pela rede. “Serviços que necessitavam ser feitos de forma presencial para se obter uma identificação positiva do usuário, e até mes-
mo obter sua assinatura, podem agora ser feitos de forma remota com as mesmas garantias”, completa Netto. Um exemplo citado por ele é o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), que entrou em vigor em abril de 2002 utilizando essa tecnologia. Este foi o primeiro grande desafio da ICP-Brasil: dar segurança às transações entre bancos dentro do SPB. Nesse sistema as instituições financeiras e o Banco Central trocam informações em tempo real utilizando certificados digitais. Silveira diz que mais de R$ 70 bilhões transitam por dia entre as instituições financeiras no SPB. As vantagens das organizações envolvidas são a garantia de segurança, a credibilidade e a confidencialidade que são oferecidas pelo certificado digital da ICP-Brasil. Já o Banco Central, que coordena essas operações, fica livre dos riscos de inadimplência do sistema financeiro, chamado “risco sistêmico financeiro”. Segundo Gilberto Mautner, diretor de Novos Negócios da LocaWeb, a empresa, especializada em hospedagem de sites, resolveu implantar a certificação digital por causa de um requisito do mercado, isto é, para garantir a integridade e o sigilo das informações em trânsito na rede. “Praticamente todos os clientes que efetuam transações através de seu site (e-commerce) solicitam o serviço”, diz. A empresa também possibilita ao cliente a implementação do certificado digital (Secure Socket Layer – SSL) para o próprio domínio, ou seja, autentica que ele é realmente a fonte da informação prestada através do site. “Nesse caso, a LocaWeb agiliza o processo de obtenção do certificado fornecendo todos os passos necessários, assim como faz a instalação do certificado do cliente em seus servidores.” De acordo com Mautner, todos os sites que efetuam qualquer tipo de transação na Web se beneficiam imediatamente com essa tecnologia, pois passam a oferecer segurança das informações. Além disso, a empresa propicia
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cionaria, emitindo um certificado digital a cada contribuinte. “Se considerarmos que 94,81% (dados de 2001) das pessoas físicas declaram o Imposto de Renda pela internet, que se trata de um documento eletrônico e que provavelmente será assinado também de forma eletrônica, podemos ter uma pequena idéia do potencial de uso do certificado digital”, conta Carlos Alberto De Rolt, presidente da BRy Tecnologia. Ele acredita que, em breve, a demanda do uso da ferramenta vai se tornar exponencial. Essa perspectiva referente à utilização do certificado digital é sustentada por Sérgio Kulikovsky. “Por enquanto o uso da certificação digital vai crescer de forma gradual e no futuro será um requisito básico para transações comerciais”, diz. Assim como ele, Márcio Nunes, gerente do Centro de Tecnologia da Informação da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, não só acredita nisso, mas acrescenta ainda que a ferramenta será fundamental. “Todas as aplicações devem estar migrando para a certificação digital, porque essa tecnologia é essencial”, completa. De acordo com Sérgio da Silveira, do ITI, o governo também vai auxiliar na popularização da certificação digital no Brasil. “Vamos tomar uma série de decisões para ampliar o programa de governo eletrônico e a interatividade com o cidadão. Para ampliar a interatividade é necessário ampliar a segurança.”
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que os números de cartões de crédito sejam armazenados de forma criptografada. “Somente o lojista cadastrado tem acesso a eles e mesmo que hackers consigam acessar a base de dados não poderão utilizá-los.” Também investindo em segurança das informações a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) implantou a certificação digital como autenticação de mensagens (e-mail). “Vimos a necessidade de iniciar um processo visando a resguardar nossos executivos de mensagens falsamente enviadas em seus nomes”, conta Paulo Roberto Dantas Santiago, coordenador do Núcleo de Segurança da Informação da empresa. Ele salienta que a principal vantagem é a garantia de estar trocando mensagens com as pessoas certas e ao mesmo tempo já ir criando uma cultura de uso do certificado digital entre elas. Para Santiago, reduzir os riscos está relacionado diretamente com a diminuição de cus-
tos. “Quanto maior o número de pessoas que utilizarem e estiverem culturalmente apoiadas nessa tecnologia, mais seguras serão as operações comerciais e as mensagens trocadas. Conseqüentemente serão reduzidos os custos com fraudes, alarmes falsos e até com a necessidade de investimento em outros mecanismos de autenticação”, avalia. De acordo com Renato Opice Blum, advogado e presidente do Conselho de Comércio Eletrônico da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), a certificação digital diminui os custos dos empreendedores varejistas com os processos legais que envolvem o fechamento de negócios e com a oficialização de contratos com fornecedores. Um estudo realizado re-
centemente por esse conselho revela que uma empresa de pequeno porte tem uma economia média de R$ 540 por mês usando o certificado digital em vez de continuar utilizando o papel nos seus contratos. Segundo a assessoria econômica da Federação, essa tecnologia também suprime gastos com despachantes, transporte e cartórios. A agilidade é outro benefício propiciado pela certificação digital. “O dia-a-dia da empresa pode se tornar mais ágil e menos burocrático”, afirma Prado, da Pulso Tecnologia. De acordo com ele, é possível garantir aos funcionários um ambiente seguro para auditoria de responsabilidades e eliminar o tráfego de papéis em uma empresa, já que o documento eletrônico
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(Capa cio Nunes. Segundo ele, a certificação digital funciona como uma camada adicional de segurança e proporciona uma gestão centralizada de forma mais efetiva e automática. Problemas a resolver Apesar das vantagens da certificação digital, quem implanta essa tecnologia enfrenta algumas dificuldades. “No início, a principal desvantagem é o investimento inicial somado com a falta de cultura dos usuários”, afirma Santiago, da CSN. Para contornar essa situação, a CSN optou por fazer investimentos graduais, à medida que a ferramenta vai envolvendo uma quantidade maior de usuários. “Infelizmente as pessoas acham que suas atividades não oferecem risco, ou então que a fraude nunca vai ocorrer com elas, e esquecem, ou ainda não sabem, que o Brasil é o segundo país que mais sofre ataques de hackers e que também é um dos maiores atacantes do planeta.” De acordo com ele, para diminuir esses riscos a
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certificado com essa tecnologia tem a mesma validade jurídica do que um de papel e também possui o benefício de não-repúdio, que confirma o emissor e o receptor do documento ou as partes envolvidas na transação comercial em ambientes virtuais, evitando a negação posterior de sua ação. Como prova disso, especialistas apontam a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, que é uma Autoridade Certificadora (AC) exclusiva dos próprios serviços prestados, como por exemplo o Diário Oficial do Estado de São Paulo, que oferece gratuitamente aos usuários cadastrados cópias com certificação digital em demonstrações financeiras das companhias abertas e fechadas. Antes era preciso fazer uma cópia em papel e autenticá-la. Além disso, a Imprensa Oficial tem um sistema de publicação através da Web que recebe em torno de 5 mil arquivos diários, correspondendo entre 1.500 e 2 mil páginas de jornal, agilizando a tramitação e a publicação de atos oficiais e a diminuição de custos de impressão e distribuição. “Não houve perda de performance, pelo contrário”, avalia Már-
BLUM: REDUÇÃO DOS CUSTOS COM PROCESSOS LEGAIS
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empresa procura conscientizar as pessoas dentro da organização a utilizarem o certificado digital para garantir a segurança da informação. O valor do certificado digital em uma empresa é outro obstáculo a ser ultrapassado na hora de implantar a tecnologia. Segundo Prado, o empreendedor deve levar em consideração duas variáveis importantes relacionadas com o custo de implementação. Uma delas é o número de usuários (colaboradores, clientes e fornecedores), já que os certificados são cobrados por usuário, e a outra variável é o número de aplicações que se valem da certificação digital, pois a ferramenta pode ser utilizada em diferentes processos da empresa. Dessa forma, o preço pode variar entre R$ 50 mil e R$ 500 mil. “Vale ainda ressaltar que o passo mais complexo do ponto de vista operacional é o de emitir certificados para as pessoas. Trata-se de parte crítica e, uma vez que uma pessoa possua o seu certificado digital, ela pode utilizá-lo para diferentes aplicações.” De acordo com Prado, o projeto piloto deve ser restrito quanto à aplicação e, principalmente, quanto ao número de usuários. Da mesma maneira, o custo é um empecilho para as empresas menores que querem se tornar Autoridades Certificadoras (ACs) habilitadas pela ICPBrasil, para emitir, revogar e gerenciar certificados digitais. É o caso da companhia catarinense BRy Tecnologia. “Ainda não somos uma Autoridade Certificadora credenciada na ICP-Brasil porque os investimentos em infra-estrutura, necessários para atender aos requisitos, são elevados e difíceis de se realizar por uma pequena empresa”, afirma De Rolt. Por isso, a empresa tem alianças com as ACs credenciadas para
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Quem deve implantar?
Com o objetivo de dar validade jurídica a documentos eletrônicos, proporcionar segurança às transações comerciais e financeiras realizadas em ambientes virtuais e garantir a integridade e o sigilo das informações, todas as empresas, de acordo com a Serasa, que utilizam meios eletrônicos, principalmente a internet, como uma ferramenta de negócios, seja internamente, seja com seus clientes, parceiros e fornecedores, devem implantar a certificação digital. Cada pessoa pode requisitar um certificado único, ou mais de um, conforme as suas necessidades. No certificado é possível constar, por exemplo, o nome do titular, o nome da empresa à qual está associado, o nome fantasia e um número de referência, como o registro em um órgão de classe. Já no caso de pessoas físicas, um médico, por exemplo, pode requerer que conste no certificado a sua especialidade, o número de registro profissional e o seu endereço. Segundo a Serasa, recentemente, a legislação passou a exigir a criação de um campo para a inclusão do número do título de eleitor, com zona, seção de votação e município, base para a possibilidade de que, no futuro, se possa votar digitalmente nas eleições.
mesmo que se consiga manipular o relógio, não será possível introduzir um novo documento entre dois já emitidos e protocolizados digitalmente”, salienta De Rolt. Ele conta que a inspiração para criar a Protocolizadora Digital de Documentos Eletrônicos (PDDE), como foi batizado o sistema, partiu das máquinas de protocolar de repartições públicas onde os documentos são datados e seqüenciados. “A idéia é parecida, só que para documentos eletrônicos.”
Esse sistema de datação, segundo Renato Blum, do Conselho do Fecomércio-SP, está sendo aplicado junto ao Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina. “É uma iniciativa interessante, na qual as petições são enviadas para o Tribunal por e-mail e recebem um protocolo certificado digitalmente pela BRy, que coloca o hash (função matemática que comprova a inalterabilidade do documento) no documento eletrônico com o dia e a hora”, afirma Blum. Em caso de necessidade, de acordo com ele, é possível verificar a autenticidade da datação comparando o hash aplicado na petição, o que proporciona uma maior segurança. Portanto, as soluções de certificação digital que já estão sendo, ou que serão, adotadas para resolver esses problemas permitem que se impulsionem ainda mais tanto os negócios no país quanto os do Brasil com outras nações. E muitos negócios serão fechados com segurança.
Linha Direta Carlos Roberto de Rolt (48) 234-6696 Cid Torquato (11) 3026-9139 Claudio Almeida Prado claudio.prado@pulso.com.br Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) (21) 2586-1483 Gilberto de Oliveira Netto (61) 411-8000 Gilberto Mautner (11) 3049-0999 Márcio Nunes cti@imprensaoficial.com.br Renato Opice Blum (11) 3179-3932 Sérgio Amadeu da Silveira (61) 411-3204 Sérgio Kulikovsky (21) 3873-9634
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proporcionar aos clientes o certificado ICP-Brasil. “É preciso destacar que os certificados emitidos pela BRy são exatamente iguais tecnicamente e também proporcionam validade jurídica ao documento eletrônico”, completa De Rolt. Além de confirmar que os custos para implantar uma Autoridade Certificadora são muito altos, Gilberto de Oliveira Netto, do Serpro, também diz que a AC exige equipes operacionais dedicadas exclusivamente à sua operação. “Somente devem implantar uma AC empresas que esperam emitir um grande volume de certificados, além de possuírem equipes e instalações apropriadas. As demais podem e devem se concentrar na prestação dos serviços com a utilização dos certificados digitais.” Segundo ele, as ACs possuem vários serviços para melhor atender às necessidades dessas companhias. “As alternativas variam desde a venda de certificados até a instalação de ambientes virtuais de certificação, em que a empresa contratante executa todas as funções de uma AC utilizando as instalações e o pessoal operacional da empresa de AC contratada”, enfatiza Netto. Em relação ao certificado digital, a regulamentação (Medida Provisória 2.200-2, de 24 de agosto de 2001) dessa tecnologia no país e a estrutura em que está calcada a ICP-Brasil garantem que a certificação não seja usada para fins indevidos ou de má-fé. Mas a confiança no documento eletrônico depende ainda de um sistema de datação, que propicie a credibilidade do tempo (dia e hora) exato em que o documento eletrônico é criado, enviado e recebido. Para contornar essa situação, a BRy desenvolveu, em parceria com o Laboratório de Segurança da Informação (LabSEC) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), um sistema de datação relativa que, além de utilizar um sistema de tempo confiável, amarra entre si os documentos datados através de um cálculo matemático. “Dessa forma,
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Pioneirismo na certificação
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Primeira organização brasileira habilitada para conceder certificados digitais, a Serasa já desenvolve novos projetos de olho na necessidade das empresas por esse serviço Na corrida para garantir a segurança em ambientes virtuais, a Serasa, empresa que fornece informações e análises econômico-financeiras para apoiar decisões de créditos e negócios, é pioneira no país como Autoridade Certificadora (AC) credenciada pela Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), órgão que emite, revoga e gerencia o certificado digital no país e que também tem a função de executar atividades de fiscalização e auditoria das ACs. “O credenciamento habilita a empresa a emitir certificados digitais para todos os tipos de usuários, sejam pessoas físicas, sejam jurídicas, garantindo validade jurídica desde contratos até simples e-mails”, afirma Elcio Anibal de Lucca, presidente da Serasa. Por isso, a Serasa obteve reconhecimento internacional, sendo a primeira empresa de Certificação Digital
Criada em 1968, a Serasa é considerada uma das maiores empresas de análises e informações econômico-financeiras e cadastrais do mundo, atuando com completa cobertura nacional e internacional. Para isso, mantém acordos operacionais com as principais empresas de informações de todos os continentes. Além disso, também mantém acordos com as melhores universidades do Brasil e do exterior e permanente intercâmbio de experiências com os mais respeitados centros de referência em crédito do mundo. Foi a primeira organização habilitada para conceder os certificados digitais em território brasileiro. A Serasa também já recebeu por duas vezes o Prêmio Nacional de Qualidade, em 1995 e em 2000, sendo a primeira empresa totalmente brasileira a receber tal premiação e a primeira a recebêla por duas vezes.
Números Funcionários Pontos estratégicos de atuação Média de negócios efetuados Clientes diretos e indiretos
2 mil 140 2,5 milhões por dia 300 mil
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Quem é a Serasa
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das Américas a receber o certificado internacional BS 7799 da Associação Alemã para Certificação de Sistemas de Gestão (DQS). Segundo Lucca, o certificado BS 7799 garante a continuidade dos negócios de uma organização, pela implementação de controles e normas internas de segurança, que reduzem, ao máximo, a possibilidade de perda de informações. Considerado o padrão mais completo do mundo em sua categoria, o certificado BS 7799 atribuído ao Sistema de Gestão da Segurança da Informação, implementado na Estrutura Serasa de Certificação Digital e em processo de expansão para todo o parque informatizado, reforça ao mercado o compromisso da Serasa com a segurança das informações e permite uma aceleração ainda maior da utilização da internet para transações financeiras ou comerciais. Para Tácito Nobre, diretor de Novas Tecnologias da Serasa, esse estímulo aos negócios ocorre em decorrência dos benefícios da certificação digital. Segundo ele, essa tecnologia é uma ferramenta fundamental de autenticação, que permite a identificação das partes envolvidas em transações comerciais ou financeiras em ambientes virtuais, e de segurança, garantindo a confidencialidade das informações. “A certificação digital equipara os documentos eletrônicos assinados digitalmente aos documentos impressos em papel assinados de próprio punho. Isso permite executar qualquer operação que exija validade jurídica integralmente através de meios eletrônicos, como a internet”, afirma Nobre. De acordo com ele, há muito interesse por parte das empresas que possuem processos de negócios na internet e outros meios eletrônicos pela implantação de certificados digitais.
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Assinador As aplicações proporcionadas pelos certificados digitais emitidos pela Serasa garantem a autenticidade, a in-
tegridade da mensagem e a impossibilidade de repúdio do documento por parte do destinatário e do remetente, através dos chamados certificados de assinatura, que consistem em uma certificação digital para a assinatura da pessoa. Além disso, possibilitam o sigilo para as mensagens que trafegam na rede. “Podemos destacar três grupos de aplicações da certificação digital: assinatura de documentos eletrônicos, autenticação de pessoas e segurança de informações”, diz Igor Ramos Rocha, gerente de Produtos da Serasa. No primeiro caso, as apli- ÉLCIO ANIBAL DE LUCCA: GARANTINDO QUALIDADE cações mais comuns são a JURÍDICA DESDE CONTRATOS ATÉ E-MAILS assinatura de e-mail, a assinatura de transações via Web e asDessa forma, à medida que o sinatura de qualquer tipo de documen- mercado toma consciência dos beto que constitua um arquivo eletrôni- nefícios dessa tecnologia, outras aplico como contratos, planilhas, ima- cações dessa ferramenta entram em gens e desenhos. operação. Por isso, a Serasa já posJá a autenticação de pessoas, se- sui alguns projetos em desenvolvigundo ele, está relacionada com apli- mento. “Estamos tratando atualmencações de controle de acesso a siste- te de diversas oportunidades em ormas informatizados e/ou a dados res- ganizações de segmentos diversos e tritos, substituindo o procedimento disponibilizando ao mercado aplicatradicional de nome e senha e asse- ções de uso geral, entre as quais desgurando a identificação da pessoa que tacamos o Assinador Serasa”, conta requisita o acesso. “Finalmente a se- Nobre. Segundo ele, o software pergurança de informações é tipicamen- mite assinar digitalmente qualquer te utilizada para o envio de informa- tipo de arquivo eletrônico. A Serasa ções sigilosas via Web, por exemplo, fez grandes investimentos para tranas aplicações de internet banking, zer a mais avançada tecnologia e para proteger dados confidenciais adaptar sua infra-estrutura para a contra intrusos”, completa. Nesse certificação digital, consolidando a último caso, a Serasa forneceu seus atuação da empresa nesse mercado certificados digitais para cerca de como Autoridade Certificadora e ala70% dos grupos financeiros partici- vancando negócios em ambientes pantes do Sistema de Pagamentos virtuais. (F.M.) Brasileiro (SPB), considerado o grande case brasileiro de certificação diLinha Direta gital, já que todas as operações exeSerasa cutadas pelo sistema possuem assi(11) 6847-8428 natura digital.
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Mobilidade na lavação de carros A ProntoWash, rede nascida na Argentina e que está no Brasil desde janeiro do ano passado, abriu duas unidades em Curitiba, sede de seu master-franqueado para o Paraná e Santa Catarina, Sérgio Fisbein. A franquia já está operando com sistema de lavagem de carros no Wal-Mart e no Shopping Estação. “Em Curitiba, há um mercado não explorado de lavação profissional de qualidade a um preço acessível”, diz Fisbein. “Estamos negociando outras três operações na cidade”, conta. A tecnologia inteligente de lavação de veículos é o grande diferencial da marca. Os lavadores, uniformizados, utilizam “carrinhos de limpeza” que permitem executar o serviço na pró-
pria vaga onde o carro está estacionado, sem necessidade de manobras. Além disso, o sistema é ecológico e econômico. Utiliza apenas 5 litros de água por veículo, panos descartáveis e produtos de limpeza biodegradáveis. Os franqueados contam com uma estrutura completa de apoio, que inclui a seleção e o treinamento dos funcionários, um forte time de assessores de campo e uma central de compras. A meta é chegar nos próximos 12 meses a 20 unidades no Paraná e em Santa Catarina e mais de 120 carrinhos em operação. Os investimentos variam de R$ 15 mil a R$ 150 mil, com retorno previsto em cerca de um ano. (11) 3371-5777
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Expansão monitorada Os interessados em abrir uma unidade da Multicoisas, franquia de lojas de conveniência para reparos domésticos e comerciais, terão à disposição um processo de seleção mais profissionalizado. O novo sistema seleciona os candidatos com o perfil desejado para tornarem-se franqueados em localidades previamente selecionadas como prioritárias em cada fase do processo. Ao longo de cinco anos, está prevista a instalação de 93 franquias da Multicoisas no Brasil em 39 localidades. O candidato a franqueado que entrar no sistema terá de informar qual é a localidade que tem interesse em abrir uma loja. O sistema liberará informações de acordo com as prioridades de expansão do momento em que a expansão se encontra e selecionará ou não o candi-
dato para uma próxima fase de negociação. Segundo Lindolfo Martin, vicepresidente da Multicoisas, a rede poderá agora reduzir uma série de custos. “Sempre que um novo candidato à franquia se mostrava interessado e nós julgávamos o seu perfil adequado, tínhamos uma série de custos entre viagens para aprovação do ponto e todas as despesas que uma empresa franqueadora precisa arcar, mesmo quando o negócio eventualmente não se concretizava.” (67) 312-8000
Comida de conveniência A expansão do serviço de fast food é um dos principais projetos da rede de postos Ipiranga para as lojas de conveniência AM/PM Express. A rede vai investir em 2003 R$ 5 milhões na inauguração de novas unidades no Brasil. Hélvio Varjão, gerente de Franquias da empresa, prevê a abertura de mais cem unidades da até o fim deste ano. De janeiro a março já foram inauguradas 12 lojas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Atualmente o serviço de sanduíches quentes pode ser encontrado nas lojas do estado do Rio de Janeiro e da cidade de Salvador. Em um curto prazo, será implantado também no Espírito Santo, no Paraná e em São Paulo. (21) 574-5640
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A franquia de casas de chá e lanches Rei do Mate colocou na internet a descontração que caracteriza as 129 unidades instaladas pelo país. Depois de um jingle na abertura, o site oferece receitas, apresenta curiosidades sobre o mate e mantém atualizado o cardápio e as promoções que os consumidores encontrarão nas lojas. www.reidomate.com.br
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CIRCULAR
Financiamento próprio A rede de escolas de ensino profissionalizante Microlins está lançando a promoção Se vira nos 30, para cidades que tenham em média 30 mil habitantes (exceto nos estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima). Nessa opção de investimento, a matriz da rede vai financiar em até 30 meses o pagamento da taxa inicial de franquia. E não será necessário o envolvimento de nenhum banco, pois é a própria empresa que vai realizar o financiamento. “Será uma oportunidade única para apenas cem empreendedores de todo o Brasil. Depois disso , só no ano que vem”, informa José Carlos Semezato , presidente da rede Microlins. Essa estratégia faz parte da meta de passar das 450 para 700 franquias em
Camarão no prato
operação até dezembro de 2003. Uma outra novidade da Microlins é a inauguração da sua primeira franquia em Luanda, Angola, para o segundo semestre deste ano, marcando a entrada da rede no mercado internacional. (17) 3214-7099
Mundo Verde inova no treinamento Batizado de Treinamento Experencial em Ambiente Natural (Tean), o processo de profissionalização da rede de franquia de produtos naturais Mundo Verde começou com 35 funcionários da própria franqueadora e agora está sendo realizado nas 98 lojas de todo o país. “A idéia é fazer pelo menos um encontro por mês, reunindo lojas da mesma cidade ou estado”, diz Elísio Joffe, diretorexecutivo de Franquias. O objetivo é aprimorar técnicas de atendimento e de vendas, de trabalho em equipe, em um programa motivacional envolvendo to-
dos os funcionários que trabalham nas unidades franqueadas. O Tean envolve palestras motivacionais, discussões sobre alternativas para melhorar o atendimento e o trabalho nas lojas, e jogos e exercícios ao ar livre, realizados em um hotel na cidade de Petrópolis (RJ), onde se localiza a sede da franquia. “É preciso que os funcionários das lojas conheçam profundamente a qualidade dos produtos e as particularidades para repassá-las ao consumidor”, afirma Joffe. (24) 2237-2528
Com dez unidades situadas em Recife, Rio de Janeiro e São Paulo, a marca Camarão & Cia., do grupo Secom, pretende concentrar seus esforços neste ano nas capitais paulista e carioca. Para 2004, os planos são de investir em cidades do interior acima de 600 mil habitantes e em capitais nordestinas. Serão investidos cerca de R$ 2 milhões nas novas franquias. Para ser franqueado da Camarão & Cia. não é preciso ter experiência comercial. O investimento para uma unidade da marca varia entre R$ 130 mil e R$ 150 mil, sem o ponto comercial. Nesse valor está incluída a taxa de franquia de R$ 25 mil. Um dos diferenciais dos restaurantes é que os produtos chegam às lojas em porções exatas e prontos para serem finalizados, ou seja, não há manipulação dos produtos nas lojas. Entre os destaques do cardápio está o Camarão à Grega e o Sorriso de Camarão. O formato smile, que ganhou as batatas fritas em diversas lanchonetes, ganhou uma versão com recheio de camarão e catupiry. (81) 3465-6668
Café sem fio da nova tecnologia em São Paulo: Fnac de Pinheiros, Haddock Lobo, São Bernardo do Campo e Sorocaba. A previsão é de que, até o final de 2003, todas as lojas da rede Fran’s Café tenham o sistema wi-fi instalado. Esse sistema implantado nas lojas Fran’s Café vai, dessa forma, servir de referência para as pessoas que pre-
cisam usar o laptop em trânsito. “O novo serviço deverá atender executivos, médicos, estudantes e outros profissionais que precisam checar e-mails, conectar-se com seus escritórios ou fazer qualquer tipo de serviço quando estão na rua”, afirma Lupércio de Moraes, sócio-diretor do Fran’s Café. (11) 5056-0043 Empreendedor Maio
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Qualquer cliente que chegar a uma cafeteria da rede Fran’s Café com seu notebook pode se conectar à internet rapidamente. O acesso é através de uma conexão que dispensa cabeamento, por meio de ondas de rádio, 24 horas por dia. O acesso é gratuito inicialmente, por período determinado. Quatro lojas Fran’s Café já dispõem
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O potencial do mercado de serviços terceirizados é um dos que mais crescem no país, e nessa esteira estão as franquias de limpeza Sem exigir experiência, nem mesmo conhecimento muito aprofundado do assunto, as duas maiores redes de serviços industriais de limpeza instaladas no Brasil procuram empreendedores dinâmicos e ágeis na conquista de clientes para tornarem-se franqueados. Essa característica presente na Jani King e na Limpidus revela que o mercado está em expansão, apesar de ainda ser um processo lento. Mas afinal cada vez mais os condomínios, escritórios e prédios em geral buscam a profissionalização para a execução dos serviços de limpeza, que independem de moda, estação ou tendência. Porém as empresas precisam reunir tecnologia, qualificação de funcionários e cumprimento de prazos. Segundo Tomás Crhak, um dos fundadores da Jani King, “é necessário ter iniciativa própria, ser apto para identificar oportunidades, ter perseverança, comprometimento e qualidade, ser capaz de correr riscos, saber definir metas objetivas, monitorar e organizar informações e trabalhar em rede, e também ser independente e autoconfiante”. A consultora Cláudia Bittencourt, da
ou seja, menos de 0,5% do mercado), somam um milhão de empregos em 4.500 empresas, o que gera de R$ 7 bilhões a R$ 8 bilhões de faturamento anual. “É um serviço que exige acompanhamento de perto, por isso as empresas não investem nessa área se podem concentrar suas atenções em atividades-fim da empresa”, explica Cláudia. Quem entra nesse mercado mais específico de limpeza industrial pode oferecer seus serviços para escritórios, clínicas, condomínios, colégios, indústrias, shopping centers, lojas, supermercados, academias de ginástica, ou seja, quase todos os ramos de negócio. Normalmente estes serviços são prestados diariamente com base em um contrato anual, o que possibilita a garantia de um faturamento certo nesse período, ou podem ser prestados de forma avulsa, como uma limpeza de final de obra, de um imóvel fechado há muito tempo, uma simples lavagem de carpete ou o enceramento de um piso. Especialização De acordo com Tomás Crhak, ainda há muito que se avançar para que-
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Bittencourt Consultoria Empresarial & Franchising, diz que “limpeza é um serviço essencial e contínuo”. Além disso, continua Cláudia, “a terceirização realizada pelas empresas dessa atividade facilita a expansão, pois à medida que a demanda em determinada região aumenta novas unidades de franquia podem ser instaladas”. O ramo de prestação de serviços está em desenvolvimento há alguns anos, e o de limpeza está sendo consolidado. “Ainda há muito espaço para novos negócios, porém o empresário deve estar consciente de que terá de ser eficiente na gestão de custos e na prestação de serviços com qualidade, pois a concorrência é acirrada”, adianta Liana Bittencourt, também da Bittencourt Consultoria. Nesse grupo de limpeza, incluem-se lavanderias e franquias de limpeza de veículos e de escritórios. Em 2001 e 2002 esse ramo apresentou um crescimento de 2% a 4%, conforme o tipo de atividade. No entanto, a tendência é dobrar esses índices daqui para frente. O mercado de limpeza industrial, incluindo todos os empreendimentos (apenas duas empresas são franquias,
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Uma das novidades da Jani King para este ano são as franquias especializadas. Serão oito tipos de unidades voltadas para segmentos ou serviços específicos, com a criação de empresas mais qualificadas para atender demandas especiais: hotéis, varejo (shoppings e centros comerciais), hospitais, escolas/universidades, e ainda para os segmentos de fachadas externas, piso frio, carpete e manutenção. “A idéia é que os franqueados se especializem na cultura de gestão de cada negócio e tenham mais afinidade com cada área. Esses segmentos de hotéis, hospitais e escolas ainda estão começando a aceitar a terceirização dos serviços”, explica Crhak. Outra inovação da Jani King são as franquias regionais que possibilitarão aos proprietários subfranquear com exclusividade dentro da cidade ou limites determinados. E uma terceira modalidade, ainda a ser lançada, é a de operador. Tomas Crhak esclarece que será uma franquia mais acessível para pessoas interessadas em ser também funcionário, em lidar diretamente com o serviço de limpeza. “Será primeiro uma oportunidade para nossos colaboradores que já estão na rede, aquelas pessoas que entraram há sete, oito anos e cresceram junto com a Jani King.” Sem experiência Outra franquia do ramo, a Limpidus, é uma marca com mais de 23 anos de mercado. Cobre todo o território nacional e todas as necessidades de limpeza de qualquer segmento: de uma sala comercial com um funcionário a estações de metrô com tráfego diário de 2 milhões de pessoas. Baseado em planejamento, racionalização de processos e alta performance, o modelo de franquia da Limpidus beneficia os clientes com custos extremamente enxutos, pois é gerenciado pelo próprio dono. Cada franqueado é como um consultor de cada um Empreendedor Maio
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brar barreiras culturais que não atraem franqueados para o ramo de limpeza. “Em pesquisas da Associação Brasileira de Franchising (ABF) o setor de limpeza é o que aparece por último no interesse dos empreendedores. De cada dez possíveis franqueados, quatro procuram o ramo de alimentação. A possibilidade de fazer ‘faxinas’ não parece um bom negócio, ou melhor, não há o glamour que muitas vezes um investidor quer”, polemiza ele. No entanto, a rede Jani King é uma das que mais crescem, não só no Brasil, mas também no mundo inteiro. Em uma publicação norte-americana a Jani King aparece em quinto lugar no quesito “As franquias que mais crescem no mundo”, uma posição na frente da potência McDonald’s. Três décadas após a sua fundação, em 1969, a rede Jani King tornou-se a maior empresa de limpeza comercial do mundo, reunindo mais de 7,5 mil franqueados que atuam em 16 países, sob o suporte da master franquia americana implantada em 1991 e sediada em Dallas, Texas. No Brasil são mais de 150 unidades que trabalham com limpeza comercial, sendo que no eixo Rio–São Paulo há a maior concentração de franqueados. Os serviços da empresa são realizados através de técnicas próprias de higienização para cada tipo de ambiente e também do uso de produtos e equipamentos específicos. O Escritório Regional da rede não apenas fornece suporte técnico aos franqueados, mas também faz as inspeções, ou seja, os serviços realizados são duplamente checados, pelos franqueados e pelo escritório. Também faz parte do sistema Jani King um plano de comunicação integrado, que avalia permanentemente os serviços oferecidos a partir de pesquisas realizadas com o cliente. “Dessa forma, é possível manter homogêneo um padrão de qualidade existente em todos os países onde a rede está presente”, diz Crhak.
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Total
dos mais de mil clientes. “Essa proximidade franqueado–cliente ajuda a identificar as reais necessidades de limpeza e gerar soluções sob medida, sem onerar o orçamento”, afirma Fernando Sodré, diretor-presidente da Limpidus. A empresa opera em nível nacional com suporte de escritórios regionais localizados nas principais capitais, através de uma rede composta de mais de 130 franquias. Para os DIVULGAÇÃO
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APESAR DE PROCESSO MAIS LENTO
clientes que têm atuação nacional isso significa economizar tempo, garantir um padrão de qualidade e não ter que administrar diferentes contratos com diferentes empresas pelo Brasil. “Não exigimos experiência anterior dos franqueados. Fornecemos treinamento completo que abrange todos os aspectos do negócio”, diz Sodré. A franquia é operada através de um sistema Home Based, eliminando assim todos os custos de montagem de escritório, aluguel, secretária, entre outros. Outro diferencial do sistema é a garantia dos pri-
Linha Direta Bittencourt Consultoria (11) 3673-9401 Jani King (11) 5505-5426 Limpidus (11) 3845-8894
Quanto é preciso para investir Jani King O tamanho da franquia depende do interesse do franqueado. Com linhas de crédito do Banco do Brasil, a empresa oferece a possibilidade de empréstimo de até R$ 25 mil. Se você quer abrir uma franquia de R$ 25 mil, seu faturamento mensal deverá girar em torno de R$ 10 mil, com uma renda líquida de R$ 2 mil. Tudo isso com um ano de carência. Após esse período, o investimento começa a ser amortizado, de acordo com o tamanho do seu bolso. No primeiro ano, você paga somente juros, com a primeira prestação de R$ 107. As demais parcelas você só começa a pagar 12 meses após abrir o negócio, com prestação inicial de R$ 697 e juros já incluídos. Limpidus O investimento inicial é a partir de R$ 8.500. É você quem decide quanto quer faturar no primeiro ano, pois a Limpidus garante os seus primeiros clientes. Você poderá optar entre 12 planos de franquia, que garantem um faturamento mensal que vai de R$ 500 até R$ 50.000. Como franqueado Limpidus, você passará por um Programa de Treinamento que cobre todos os aspectos necessários para iniciar com segurança o seu negócio, como técnicas de limpeza a serem utilizadas, estratégias de marketing, como gerenciar no dia-adia, e mais os manuais de operação. O pagamento da taxa de franquia pode ser parcelado em até 18 meses.
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meiros clientes, o que pode gerar ao franqueado um faturamento inicial que varia de R$ 500 a R$ 40 mil, de acordo com o plano escolhido. A filosofia da empresa é que o que define a qualidade não é o número de pessoas que fará o trabalho, mas sim uma combinação de processos (logística, tecnologias, produtos e pessoas) que, após um diagnóstico no local, trazem o melhor desempenho com os menores custos para o cliente. As metas de expansão da rede estão direcionadas especialmente no interior de São Paulo, e as capitais Salvador , Manaus e Curitiba. Também há espaço para novas unidades na região abrangida pelos escritórios da rede nas cidades de São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza e Recife. A dica da consultora Cláudia Bittencourt para os interessados em entrar no ramo é a mesma para qualquer um que escolha o franchising como investimento: “Ficar atento se os franqueadores possuem padrões, bons treinamentos e supervisão permanente. Nas franquias é bom ter sempre o feedback dos clientes, com pesquisas de satisfação e acompanhamento de perto das ocorrências”.
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Franquia
ABF FGV lança 1º Prêmio de Responsabilidade Social no Varejo com o apoio da ABF Inscreva a sua franquia!
LINHA DIRETA: ABF www.abf.com.br abf@abf.com.br
O Prêmio tem por objetivo reconhecer e incentivar atividades voluntárias desenvolvidas por empresas e instituições varejistas em benefício da comunidade Com o objetivo de estimular programas ou ações de empresas e entidades do setor, a Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP) criou o 1º Prêmio de Responsabilidade Social no Varejo. O lançamento aconteceu no dia 11 de abril, na FGV, em São Paulo. Participaram do evento o presidente da ABF, Gerson Keila, a diretora executiva, Anette Trompeter, e Ricardo Young, do Yázigi. Criada pelo CEV – Centro de Excelência em Varejo da FGV-EAESP, a premiação procura reconhecer e incentivar programas ou ações de responsabilidade social desenvolvidas por empresas e entidades de classe do setor varejista, de todos os portes e natureza, que atuam no Brasil. Alguns exemplos de ações de responsabilidade social empresarial: doações de produtos e/ ou serviços para a comunidade, preservação de áreas verdes, erradicação do trabalho infantil, estímulo ao desenvolvimento de funcionários, entre outros. Podem participar empresas que tenham iniciado seus programas até dezembro de 2002. Descreva sua ação ou programa de responsabilidade social e envie para a FGV-EAESP no período de 14 de abril a 13 de junho de 2003. A Ficha de Inscrição e o Roteiro de Responsabilidade Social Empresarial estão disponíveis no site www.fgvsp.br/cev/premio. Participe! A FGV-EAESP quer conhecer o que a sua empresa tem feito pelo nosso país. Informações adicionais podem ser obtidas junto ao CEV, pelo telefone (11) 3281-7970/ 3276, ou envie um e-mail para premiocev@fgvsp.br.
Reserve sua agenda de 5 a 9 de novembro de 2003
Vem aí a 3ª Convenção ABF do Franchising...
O impacto do Novo Código Civil nas relações de franchising Visando a esclarecer seus associados, a ABF realizou, nos dias 26 de março e 2 de abril de 2003, dois seminários a respeito do impacto do Novo Código Civil nas relações de franchising. No primeiro seminário, foram abordadas as questões relativas à Circular de Oferta de Franquia, ao Pré-Contrato e ao Contrato de Franquia. Foi detalhadamente esclarecida a vinculação que a Circular de Oferta de Franquia e o Pré-Contrato (agora reconhecido por lei como Contrato Preliminar) trazem ao franqueador proponente, e os cuidados que ele deve ter ao elaborar tais documentos, já que geram a obrigação de celebrar o Contrato de Franquia. No que se refere ao Contrato de Franquia, devem ser revistos para que evidenciem que estejam sendo aplicados os princípios contratuais da boafé objetiva (dever de lealdade, informação e cooperação entre as partes) e da função social do contrato, além de incluir todas as inovações trazidas pelo Novo Código Civil na área de contratos e obrigações em geral. O segundo seminário versou sobre as mudanças impostas pelo Novo Código Civil nas empresas franqueadoras e franqueadas. De uma forma geral, as empresas constituídas sob a forma de sociedades por quotas de responsabilidade limitada devem se adequar às novas regras das sociedades empresariais até o dia 10 de janeiro de 2004. Em particular, sociedades entre marido e mulher casados em regime de comunhão universal ou separação obrigatória de bens devem ser revistas; a nomeação do administrador da empresa deverá ser feita expressamente, no próprio contrato social ou à parte, e os quóruns para decisão deverão ser repactuados entre os sócios.
Aguarde!! 2003
Andréa Orichio Kirsh Diretora jurídica da ABF
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FRANQUIAS EM EXPANSÃO
A mídia exterior é o segmento que mais cresceu nos últimos anos. Atuando no mercado desde 1980, a Shempo tem desenvolvido e implantado diversos equipamentos e mobiliários urbanos: luminosos em topo de edíficios, paredes laterais, front-light, relógios urbanos, identificadores de vias e logadouros públicos, além de projetos inovadores para áreas de shoppings, aeroportos e outros locais de segmentação expressiva. Com tecnologia de ponta, a Shempo tem corrigido desvios, criando normas e procedimentos que garantam a permanência de padrão visual. Com mix diversificado de produtos do Mobiliário Urbano, a Shempo se destaca e sai na frente como a primeira empresa nacional em seu segmento, a oferecer franquia para exploração da mídia exterior.
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Empreendedor – Novembro
ILUSTRAÇÕES CLÓVIS GEYER
MARKETING
Retorno do investimento
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Os gastos crescem aceleradamente enquanto o públicoalvo encolhe, obrigando as empresas a uma complicada engenharia financeira para não jogar dinheiro fora A redução mundial do ritmo de negócios, aliada à concorrência cada vez mais intensa, criou um cenário esquizofrênico entre as empresas, não importa o seu tamanho ou nacionalidade. Os dados mais recentes indicam que as despesas corporativas com publicidade e marketing já são o segundo item em importância depois dos custos com matéria-prima, no caso de empresas manufatureiras. No ramo dos serviços, a promoção de vendas é disparado o maior gasto. Isso porque a concorrência obriga as empresas a depender cada vez mais da visibilidade pública para sobreviver. Nos Estados Unidos, em média 25% do preço de vitrine de uma mercadoria vai para a publicidade e marketing. Há 20 anos, ambos consumiam apenas 15% do faturamento. Mas enquanto o custo da promoção cresce sem parar, o publico atingido pelos canais convencionais de comunicação encolhe progressivamente. Em todo o mundo calcula-se que a audiência das televisões abertas vem caindo 5% ao ano. Resultado: paga-se mais por menos visibilidade. Esse fenômeno, que não dá sinais de reversão a curto prazo, está obrigando os executivos e donos de empresa a adotar sistemas de avaliação do retorno do investimento feito em publicidade e marketing como forma de evitar uma evasão descontrolada de recursos.
avaliavam o custo–benefício de campanhas de promoção apenas pelo aumento bruto das vendas. Segundo os especialistas, esse é um fator ilusório, conforme atestam os números do setor automobilístico norte-americano, em que hoje as empresas gastam três vezes mais em marketing do que há dez anos, enquanto o custo dos carros apenas dobrou. O resultado é uma aguda perda de lucratividade que está se refletindo na saúde financeira das grandes montadoras de Detroit. O dilema dos executivos contemporâneos é abandonar as fórmulas convencionais de cálculo do custo–benefício em marketing e publicidade. Reduções de preços num ambiente altamente competitivo e com economia desaquecida podem marcar um sucesso de
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Segundo os consultores Leslie H. Moeller, Sharat K. Mathur e Randall Rothenberg, o cálculo do custo–benefício de gastos com publicidade e marketing não se limita a aplicação de uma formula matemática. “É toda uma nova estratégia corporativa que deve ser adotada, especialmente na relação entre os departamentos de vendas e promoção”, garantem os três, num artigo publicado pela revista norte-americana Business & Strategy. As despesas com publicidade e marketing tradicionalmente são estabelecidas pelo departamento especializado dentro de um orçamento global fixado pelo financeiro e pela diretoria. A nova filosofia de promoção baseada no retorno do investimento concede maior relevância ao departamento de vendas porque é ele que sabe exatamente o que a clientela está comprando ou não. De certa maneira, a autonomia do marketing fica reduzida. Outra grande mudança é o reposicionamento do marketing e da publicidade como atividades submetidas às mesmas limitações de custo–benefício que regem quase todos os departamentos ou divisões de uma empresa. Até agora, o marketing e a publicidade eram vistos como uma espécie de arte não submetida à camisa de força das regras do retorno do investimento. O artigo da Business & Strategy afirma que até agora os marqueteiros
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Editado por
Carlos Castilho
VENDAS
castilho@matrix.com.br
A arte de ouvir No ultracompetitivo comércio atual, a imagem do vendedor que fala muito está sendo substituída pela do que fica rouco de tanto ouvir
marketing mas um fracasso em lucratividade. De nada adiantam resultados promissores num setor se a sobrevivência da empresa acaba ameaçada. Pessoas e empresas mencionadas no texto: Leslie H. Moeller moeller_leslie@bah.com Sharat K. Mathur mathur_sharat@bah.com Randall Rothenberg rothenberg_randall@strategybusiness.com
que são muito fechadas e outras que não sabem direito o que querem. O vendedor deve procurar também diferenciar o cliente que está a fim de um papo daquele que economiza palavras. Para cada pessoa pode haver um estilo diferente. Por isso, se você é dono ou g e r e n t e d e u m a l o j a , ob serve bem os seus vendedores, procure fazer com que falem muito. Isso permitirá descobrir habilidades e principalmente identificar que está mais preocupado em “vender geladeira para esquimó” e não em resolver um “problema de aquecimento”. Depois deve insistir em que cada vendedor desenvolva a capacidade de escutar o cliente. As vezes isso é bastante complicado em lojas de grande movimento ou em épocas de grande fluxo de clientes como no Natal ou durante as liquidações. Nessas épocas é quase impossível dedicar mais tempo a cada cliente além do indispensável para fechar a compra. Mas mesmo nessas circunstâncias difíceis o vendedor não deve esquecer de sua postura básica: ele está ali para tentar resolver um problema alheio e não apenas para exercitar o seu maquiavelismo.
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Business & Strategy www.strategy-business.com/ magazine
Ainda existem muito profissionais adeptos incondicionais da chamada “conversa de vendedor”. Noutras palavras, a capacidade de induzir um cliente a levar para casa algo que ele não tem certeza se necessita ou deseja. É a filosofia do “vender geladeira para esquimó”, em que o vendedor é uma espécie de superhomem e o comprador não passa de uma vítima das artimanhas de quem vende, quase num “otário”. Como os clientes têm hoje cada vez mais opções de compra, o estilo do vendedor agressivo está sendo gradualmente substituído por uma conduta que valoriza mais a preocupação de conhecer o comprador e seus problemas. Atualmente os consultores de vendas insistem que o vendedor não deve encurralar o cliente, mas sim procurar resolver problemas de quem entrou na loja ou procurou os serviços da empresa. Nessas condições, a primeira coisa que deve ser feita é conhecer melhor o comprador, e para atingir esse objetivo ainda não inventaram nada melhor do que ouvir mais do que falar. Às vezes isso exige não apenas muita paciência, como também alguma técnica. Há pessoas
ESTRATÉGIAS
O dia das idéias Cresce o número de empresas que estão institucionalizando o chamado dia do toró de idéias, atividade mais conhecida no jargão corporativo como brain storm
Uma empresa não pode viver hoje em dia sem um fluxo constante de inovações resultantes de novas idéias. Também já existe um consenso de que as boas idéias não são um privilégio e nem monopólio dos executivos e do dono. Mas o grande problema é como envolver todo o efetivo de funcionários na busca das boas idéias. Alguns executivos aqui no Brasil começaram a desenvolver o projeto do dia das idéias, realizado a cada trimestre em cada uma das principais áreas da
empresa. Nesse dia, todos os funcionários do setor, não importa a sua qualificação ou hierarquia, reúnem-se durante um dia inteiro num ambiente fora do local de trabalho para explorar novas maneiras de fazer o mesmo trabalho quotidiano. Geralmente a atividade é coordenada por algum especialista em recursos humanos que não pertença aos quadros da empresa. Uma pessoa de fora pode administrar os debates sem se envolver com questões hierárquicas ou com
problemas interpessoais. Esse especialista tem a função de quebrar a inibição das pessoas e convencê-las de que tudo o que disserem é de grande utilidade para o grupo, não importa se a opinião parece absurda ou ingênua. “Um brain storm funciona quando as pessoas deixam de ter a preocupação de só falar coisas geniais, frases de efeito ou propostas consideradas brilhantes”, diz a consultora norte-americana Debra Newton, presidente da empresa Newton Interactive. “Sempre demora um bocado de tempo até as pessoas descobrirem que a soma de muitas besteiras pode gerar uma grande idéia inovadora”, garante Dora. Segundo ela, o maior obstáculo à produção coletiva de idéias é a preocupação dos participantes em não fazer feio na discussão. Todos querem parecer geniais e isso acaba fazendo com que todas as intervenções pareçam supérfluas e artificiais. Nada de novo aparece nessas circunstâncias. Por isso, os animadores do “dia das idéias” procuram sempre estimular os mais tímidos e silenciosos. Além disso, provocam intencionalmente o surgimento de idéias estapafúrdias para “quebrar o gelo” dentro do grupo. Outra providência importante é anotar tudo o que é dito nas reuniões do dia das idéias para que cada grupo ou setor possa conhecer o que os demais fizeram. Também é material para avaliação dos encarregados de recursos humanos a performance de cada participante. Pessoas e empresas mencionadas no texto: Debra Newton contact@newtongravity.com
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Newton Interactive www.newtoninteractive.com
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ADMINISTRAÇÃO 2003
A intuição executiva Quase todos os executivos em algum momento tomaram decisões baseados apenas no chamado sexto sentido empresarial
Uma ação não racionalizada, que para muitos também é definida como inspiração e alguns atribuem até mesmo a fatores sobrenaturais, surge na maioria das vezes quando o empresário não consegue processar de uma forma clara todas as informações e dados disponíveis. Todo mundo já passou algum dia pela incomôda sensação de não ter certeza do que fazer e nessas circunstâncias acabar seguindo o instinto ou o sexto sentido. Tanto que não são poucos os consultores corporativos que se dedicaram ao estudo da intuição como ferramenta de negócios. A norte-americana Michelle Casto, da empresa Get Smart, desenvolveu uma curiosa relação de conselhos para cada executivo aprimorar sua intuição em matéria de negócios. Veja o que ela diz: g Use o silêncio – O melhor ambiente para que a intuição se manifeste é o do isolamento e do silêncio. Isso são pré-condições para a meditação, o que permite tomar decisões com calma, minimizando o efeito desestabilizador das dúvidas e incertezas. g Mente aberta – Deixe que todas as emoções fluam normalmente. Muitas vezes há coisas que parecem erradas num momento e acertadas noutro. São freqüentes as situações em que os
e conhecimentos que ficam guardados na nossa memória sem que nós nos demos conta deles. Quando esses conhecimentos aparecem repentinamente, nós os definimos como intuição. Todos esses elementos mostram que a intuição não é nada ruim. Pelo contrário, ela é a tábua de salvação quando alguém enfrenta uma forte dúvida ou um dilema insolúvel. Na hora de fechar um negócio, muitas vezes a intuição é melhor conselheira que os relatórios contábeis ou o parecer de especialistas.
Pessoas e organizações mencionadas no texto: Michelle Casto coach@getsmartseries.com Get Smart www.getsmartseries.com
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dados objetivos parecem indicar uma direção, mas no seu íntimo o executivo sente que a coisa certa está no lado oposto. Você pode até errar, mas não terá remorsos. g Seja criativo – Para liberar o fluxo de emoções, idéias e percepções, o executivo não deve limitar o seu lado artístico. Soltando a sua criatividade, você libera também o subconsciente, onde geralmente encontra-se a origem do chamado sexto sentido. g Autoconfiança – Segundo Michelle, é o pré-requisito básico para que as intuições fluam normalmente e sejam aceitas sem problemas ou incertezas. Quando alguém está seguro de si, pode seguir uma intuição sem medo de errar, aumentando enormemente as chances de produzir os efeitos almejados. g Informação – No fundo a intuição resulta de uma informação ou conhecimento que você já tinha, mas do qual não estava consciente. Não se trata de um dom sobrenatural ou milagroso. Nós simplesmente não temos condições de racionalizar tudo o que acontece em nossas vidas. Por isso há informações
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CARREIRAS
Dicas para uma boa apresentação Os executivos geralmente suam frio quando têm que falar em público. Saiba como evitar os tropeços mais comuns 2) Postura fixa – Evite mexer o corpo para frente ou para trás enquanto estiver falando num pódio ou mesa de conferências. Essa movimentação distrai quem está ouvindo uma palestra. 3) Evite piadas – Principalmente se você não tiver nenhuma inclinação para comediante. Uma piada mal contada ou sem graça cria situações constrangedoras. É preferível ser conservador e passar a mensagem de sua empresa. Pequenas ironias sobre sua pessoa podem ajudá-lo a descontrair um pouco o ambiente, mas nada de exageros.
Dicas retiradas do site Speachtips (www.speachtips.com)
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Fazer uma apresentação ou falar para um público estranho deixaram de ser exceções na vida de um empresário para tornarem-se quase uma rotina. Todo homem de negócios necessita promover a imagem de sua empresa e isso implica muitas vezes mexer com comportamentos muito arraigados, com timidez e até com problemas psicológicos. Você pode reduzir ao mínimo suas intervenções públicas, mas se ocupa um cargo de direção é quase impossível evitá-las integralmente. Você não precisa ter uma oratória parlamentar e nem as virtudes de um animador de auditório para comunicar a mensagem de sua empresa. A simplicidade e objetividade são regras de ouro. Mas ao lado delas é sempre bom prestar atenção aos seguintes detalhes: 1) Linguagem corporal – Quem assiste a uma palestra ou conferência está com sua atenção integralmente concentrada na parte que vai da cintura para cima do apresentador ou palestrante. Todo o cuidado com a gesticulação dos braços, mãos e cabeça é necessário porque cada detalhe será percebido pelo auditório. Já da cintura para baixo a única preocupação deverá ser evitar extravagâncias para não desviar a atenção dos expectadores.
4) Olho no olho – Fale para o seu público e não para os slides ou vídeo que estão sendo exibidos no telão atrás de você. É essencial que você conheça o que está sendo apresentado para não se perder, memorizando principalmente os pontos-chave para poder referirse a eles quando chegar a hora apropriada. 5) Não aponte o dedo – Procure sempre gesticular com a palma da mão aberta em vez de usar o dedo indicador. A palma transmite uma impressão de abertura e receptividade, enquanto o indicador é geralmente associado a uma acusação ou intimidação. De maneira nenhuma fale com as mãos nos bolsos. Dá a impressão de desleixo e pouco caso. 6) Tolere o nervosismo – Não tente disfarçar o que todo mundo está vendo. Admita que está tenso e compartilhe essa sensação com seus ouvintes. Eles serão muito tolerantes porque sabem que passariam pelas mesmas agruras caso estivessem na mesma situação. Se você suar muito durante a apresentação, mencione o fato para transmitir a impressão de que tem a situação sob controle. 7) Controle a velocidade – Pessoas nervosas tendem a falar muito depressa durante uma palestra, prejudicando o entendimento. Procure ser mais lento do que o normal, porque o resultado final será o ritmo ideal. Se você fala de memória, a aceleração surge involuntariamente. Para evitar que isso aconteça, escreva um bilhete com a palavra “devagar” e o coloque na sua frente enquanto fala. Outros escrevem a palavra na margem do texto preparado.
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Guiado
Empreendedor
Produtos e Serviços (pág. 56)
Do Lado da Lei (pág. 58) Faturamento em destaque Leitura (pág. 60) Na rota da globalização
Análise Setorial (pág. 64) Um desafio para todos nós
Indicadores (pág. 65) Agenda (pág. 66) empreendedor_103.p65
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Guia do Empreendedor Produtos & Serviços DIVULGAÇÃO
Catalisador brasileiro
Biombo versátil O objetivo do biombo de PVC rígido articulado criado pela BCF Plásticos é a versatilidade. De acordo com o ambiente no qual o produto vai ser utilizado, pode ser aplicado de várias formas, devido a sua articulação. Pode se transformar em divisória de hospitais, enfermarias, salas de UTI, consultórios médicos e dentários, clínicas de estética, provadores de roupa em lojas, divisórias de eventos e feiras ou em parede móvel de um escritório. “O biombo se constitui numa parede móvel de PVC rígido apoiada em uma estrutura com rodízios, que assume várias posições e formas, adequando-se às necessidades de utilização do consumidor”, afirma Fábio Basili, diretor comercial da empresa. Segundo ele, antes dessa opção, os usuários eram obrigados a contratar um ferramenteiro para produzir por encomenda um biombo de estrutura de alumínio. www.bcf.com.br
A OMG Brasil, fabricante de catalisadores automotivos, desenvolveu em conjunto com a General Motors Austrália o catalisador Pontiac GTO, que será exportado para o mercado norte-americano. “Esta conquista deve-se à performance de nossa tecnologia aliada à competitividade internacional e à logística de atendimento desenvolvida pela empresa para o fornecimento de catalisadores para outras montadoras daquele país”, afirma Carlos Eduardo Moreira, gerente de Marketing da companhia. O equipamento é responsável pela conversão dos gases poluentes emitidos pelo motor em gases inofensivos à saúde. www.omgi.com
Atendimento agilizado Já é possível comprar uma pizza e pagar direto ao entregador com cartão de crédito, de débito e de serviço, através de tecnologia wireless. Trata-se do OMNI 3600A desenvolvido pela VeriFone, empresa que atua na área de soluções de pagamentos eletrônicos. O novo produto proporciona maior agilidade no atendimento, pois utiliza uma tecnologia semelhante à usada em telefones celulares que possibilita, em até três segundos, a realização de pagamentos com todos os tipos de cartões, em qualquer localidade móvel, seja em táxis, quiosques e até mesmo nas compras feitas por telefone. www.verifone.com.br
Portfólio de software
Auxílio à
organização A Pilot Software, que desenvolve soluções corporativas, criou o Pilot Business Monitor, ferramenta de gerenciamento de performance. De acordo com a empresa, o programa pode auxiliar a organização nas definições de estratégias, integração e análise de performance, melhorando a eficácia operacional. A interface é baseada em web browser, que simplifica o uso. www.pilotsoftware.com
Pesquisas on-line O QuestMail, software da Universo Soluções Internet (USGI), permite criar, realizar, gerenciar e publicar pesquisas de mercado, marketing e CRM através da internet. O sistema funciona totalmente on-line e as pesquisas podem ser respondidas por email. Segundo Guilherme Cerqueira, diretor da empresa, o programa envia questionários por e-mail apenas para pessoas devidamente cadastradas no banco de dados obtido pela companhia a partir do seu relacionamento com o mercado, clientes internos e externos e fornecedores. De acordo com ele, o QuestMail reduz custos em até 70% se comparados com os custos de tradicionais métodos de coleta de dados, seja porta-a-porta, pelos Correios, com a atuação de equipe de pesquisadores de campo ou por telefone. www.questmail.com.br
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Auxiliando pequenas e médias empresas a integrar e gerenciar processos de negócios, o Express, novo portfólio de programas de infra-estrutura da IBM, ajuda a otimizar investimentos e a perceber os benefícios do e-business. “As ofertas Express da IBM também proporcionam redução de custos e administração facilitada, permitindo a profissionais de TI focarem suas necessidades críticas de negócios em vez de se preocuparem com a administração de sistemas”, destaca Vânia Curiati, diretora de Software da empresa. www.ibm.com.br Maio Empreendedor 56
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Cursos para formar executivos seniores Atendendo às demandas profissionais, a Fundação Getúlio Vargas lança dois novos programas, em parceria com a Columbia Business Scholl, IMD e Ohio University, para a formação de executivos com atuação em nível estratégico, o FGV CEO e o MBA Pleno. O primeiro é direcionado a diretores, vice-presidentes e presidentes de empresas, em um programa com três módulos, cada um com foco específico (Economia, Negócios e Política Social), em regime de imersão.
Já o MBA Pleno é voltado para o atendimento das necessidades dos executivos que estão impossibilitados de se ausentar do Brasil, mas que necessitam de uma formação acadêmica internacional abrangente. O curso, dividido em três fases (Equalização, MBA Americano e Residências Internacionais), foi desenvolvido e estruturado de maneira a permitir ao aluno ter acesso a um programa de mestrado americano e conciliar suas atividades profissionais e acadêmicas. www.fgv.br
Edição de vídeo
Marketing cultural Visto por muitos empreendedores como um privilégio apenas das grandes empresas, o mercado cultural está ao alcance de todas as companhias independentemente do porte. A premissa é que projetos menores têm custos mais acessíveis. Além de permitir um contato direto com o público-alvo, o mercado cultural também leva a resultados surpreendentes de imagem e até impacto nas vendas, sendo uma poderosa e indispensável ferramenta de marketing. “No ato da compra muitas vezes a pessoa lembra-se da marca com simpatia por ter gostado do produto cultural e há uma associação de imagem”, afirma Glaucia Carrion, que atua há cinco anos como agente cultural de diversos projetos.
Integração de sistemas
A americana Motor Coach Industries (MCI) apresenta três novos ônibus-conceito em conjunto com a brasileira Busscar Ônibus. Trata-se do Micruss, um microônibus (versões executiva ou urbana); do Metruss, um veículo de tamanho médio em configurações de piso baixo e alto; e do Urbanuss de piso baixo, também disponível em configurações articuladas. Esses veículos serão desenvolvidos com base nos modelos construídos pela Busscar, com quem a MCI mantém um acordo de parceria tecnológica. “Os ônibus-conceito oferecerão oportunidade de ampliarmos nossas ofertas de produtos para preencher nichos nos mercados de turismo, fretamento e linhas urbanas”, diz Joe Vandiver, vicepresidente de Desenvolvimento de Negócios da MCI. www.busscar.com.br
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Integrar aplicações corporativas. Esse é o objetivo do iBOLT Integration Suite, da Magic Software Brasil, uma solução para o desenvolvimento de aplicações empresariais. O programa permite eliminar a falta de integração entre diferentes softwares, um dos maiores e mais comuns problemas enfrentados atualmente pelas empresas. Segundo Rodney Repullo, diretor comercial e de Marketing da companhia, o programa soluciona a falta de “diálogo” entre vários sistemas existentes nas empresas, de forma simples e rápida. “Vivemos alguns anos adquirindo softwares em várias plataformas diferentes. Está na hora de fazer a integração entre todas elas, e o iBOLT traz a solução deste grande desafio da área de TI.” www.magicsoftwarebrasil.com.br
Parceria tecnológica
A Pinnacle Systems realiza workshops gratuitos de edição de vídeo para profissionais e amadores em maio e junho no Centro Cultural Pinnacle Home, em São Paulo. O objetivo é difundir a cultura do vídeo digital no país e mostrar aplicações práticas da tecnologia, permitindo que profissionais liberais e usuários em geral montem seus próprios negócios. “Com os avanços tecnológicos em software e hardware, os custos para montar um pequeno estúdio reduziram-se em até 80%”, afirma Jaime Paez, diretor-executivo da Pinnacle Systems para a América Latina. O curso básico é indicado para consumidores domésticos que queiram aprender como usar o computador para editar suas filmagens caseiras, enquanto o curso profissional é voltado para quem já atua na área de edição e deseja conhecer mais sobre a tecnologia digital. Para participar, é necessário fazer inscrições previamente pelo telefone (11) 66011301 ou pelo site www.pinnaclesysla.com/por/ calendario.htm.
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Guia do Empreendedor Do Lado da Lei
Faturamento em destaque Na discussão sobre a reforma tributária, o montante arrecadado pelas empresas está na berlinda
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A tão esperada reforma tributária e previdenciária está prestes a ser divulgada pelo novo governo, e uma coisa já é certa: o faturamento das empresas será a nova base de cálculo para a contribuição previdenciária. Atualmente, a contribuição devida pelos empregadores para o Instituto Nacional da Seguridade Social é no percentual de 20% e recai sobre a folha de pagamento da empresa. Muitas críticas são feitas na eleição dessa base de cálculo, uma vez que folha de salário não é indicador de riqueza e, portanto, incapaz de medir a capacidade econômica do sujeito passivo de tributo, elemento primordial para a não-configuração de confisco. Com a grande automação de atividades, tendo em vista a tecnologia cada vez mais desenvolvida, muitas empresas não necessitam de um grande número de funcionários para a sua produção. Neste caso, o contribuinte poderia estar recolhendo tributos abaixo da sua capacidade contributiva. Em contrapartida, empresas em que a sua atividade necessita, primordialmente, de mão-de-obra poderão estar contribuindo além da sua capacidade. Finalmente, em períodos de crise, que não são poucos, a empresa continua com a
ramento). Posteriormente, foi aprovada Emenda Constitucional modificando o dispositivo acima citado, em que passou a constar “receita ou faturamento”. No entanto, alegam os juristas que tal emenda não tem o condão de legitimar a lei que já nasceu inválida. Depois de cinco anos da publicação da lei, a discussão chegou ao Supremo Tribunal Federal, através do recurso extraordinário nº 346.084 interposto pela empresa Divesa Distribuidora Curitibana de Veículos S.A. O recurso ainda não foi julgado, mas o ministro relator Ilmar Galvão já proferiu seu voto parcialmente favorável ao contribuinte, e no momento o processo se encontra com o ministro Gilmar Mendes, que pediu vistas dos autos. De fato, o faturamento das empresas está na berlinda, sob a luz dos holofotes e sob os olhos atentos do governo, que pretende ampliar os tributos que incidem sobre ele, e dos empregadores, que pretendem ver afastada a ampliação do conceito de faturamento.
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obrigação de recolher a exação, mesmo quando tem prejuízos. Assim, seja do ponto de vista do governo, tanto como arrecadador ou como responsável pela manutenção de um melhor sistema tributário, seja do ponto de vista dos empregadores, a folha de salário não é uma base de cálculo justa e eqüitativa. É por tais motivos que o governo está propondo a sua substituição pelo faturamento da empresa, este, sim, mais eficaz na medição da capacidade econômica do contribuinte. Se tal proposta for efetivada, o faturamento sofrerá mais uma tributação, além das já existentes, quais sejam, PIS e COFINS. Mas que não se pense que tudo está tranqüilo em relação a estas duas contribuições. Desde 1998 a base de cálculo da PIS e da COFINS vem sendo bombardeada por ações judiciais. Isso porque, até essa data, a alíquota incidia tãosomente sobre o faturamento, conforme a Lei Complementar 70/91 e artigo 195, inciso I, alínea “b”. Com a edição da Lei 9718/98, o faturamento passou a ser a receita bruta da empresa. A discussão em torno dessa matéria versa sobre a ilegitimidade de eleição de base de cálculo (receita bruta) não autorizada pela Constituição (fatu-
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Marcos Sant Anna Bitelli Advogado (11) 3871-0269
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Guia do Empreendedor Leitura
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Na rota da globalização Sem dúvida a globalização já é uma realidade no mundo, mas a discussão sobre o assunto ainda está longe de chegar a um consenso. Abrindo mais uma lacuna para debates, o livro Globalizantes e Globalizados, escrito pelo jornalista Dirceu Coutinho, mostra a nova realidade que se está formando diante do tema. Trata-se das deformações da globalização. Uma das causas evidenciadas por Coutinho é o protecionismo econômico, o qual rotula de “força do mal” e “erva daninha”, que, segundo ele, é uma espécie de pedágio para evitar ou dificultar a competitividade no comércio global. Na obra, Coutinho analisa o processo de globalização e suas ramificações na economia mundial. De acordo com ele, a globalização é o resultado de forças em que a tecnologia tem papel fundamental. Portanto, países que relegarem pesquisas para o desenvolvimento de novas aplicações do conhecimento científico estão fadados a serem dominados. Dessa forma, o autor faz uma crítica a esse novo cenário econômico, alertando que o avanço da atividade econômica vai reduzir a atividade política, ameaçando assim a democracia. Para ele, quanto mais o espaço econômico invade o espaço político, Maio Empreendedor empreendedor_103.p65
Por Fábio Mayer
FICHA TÉCNICA
menos democracia. “À medida que você privatiza, esvazia-se o Estado”, conclui. O autor fornece diversas referências, conceitos e argumentos, às vezes até contrários, no capítulo que trata do Enigma da Globalização. De acordo com ele, esse “pingue-pongue de idéias” permite ao leitor criar sua própria visão de globalização. E na segunda parte o livro traz uma coletânea de artigos publicados na imprensa diária, principalmente no Diário do Comércio, Indústria e Serviços (DCI), sobre globalização, que ajuda a entender os conceitos indicados ao longo da obra. Como escrito no prefácio, pelo empresário Eugênio Staub, Globalizantes e Globalizados contém informações e reflexões relevantes, que podem contribuir para reposicionar o Brasil nesse cenário irreversível. A obra é indicada aos estudiosos do comércio internacional, empresários, executivos, parlamentares, governantes, acadêmicos, economistas, advogados e estudantes. Dirceu Coutinho escreve sobre comércio internacional desde o início da década 80, lançando outras obras como Comércio Internacional sem Censura, A Ordem e o Progresso do Japão e, ainda, Entenda a Globalização.
Globalizantes e Globalizados, Dirceu M. Coutinho, Editora Aduaneiras (www.aduaneiras.com.br), 178 págs., R$ 30,00
TRECHOS No vácuo da globalização acontece uma competição exacerbada: cada país disputa uma fatia maior no mercado internacional. g Definir a globalização é uma tarefa simples e complicada. Sempre faltará algo. g A globalização parece o enigma da esfinge: vamos decifrá-la ou ela nos devora (ou já está nos devorando?). g A atual geração, com algumas exceções, não tem consciência do processo de mudança. Está ocorrendo uma transformação e muita gente mesmo de bom nível não percebe. g Na Revolução Industrial, que estourou na Grã-Bretanha no início do século passado e final do anterior, houve avanço e muitas resistências. Resistências sérias. Foi até instituída a pena de morte para punir os mais renitentes. g Os saudosistas que me perdoem, mas eles estão anos-luz distantes da realidade do tempo em que vivem, quando pregam, com ingênuo entusiasmo, a volta do homem para o campo... g O forte impulso da globalização foi no início do século XIX, com a Revolução Industrial na Grã-Bretanha (mecanização da indústria) e estruturação definitiva do Capitalismo os banqueiros e os industriais já centralizavam as decisões econômicas e políticas e os comerciantes atuando como seus intermediários. g Na escalada da globalização, se destaca, como se estivesse no centro do pódio, um fator preponderante: as telecomunicações. g
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Novos Títulos Marketing Empresarial, Renato Telles, Editora Saraiva (www.editorasaraiva.com.br), 280 págs., R$ 54,00
A Empresa Orientada para o Mercado, George S. Day , Editora Bookman (www.bookman.com.br ), 265 págs., R$ 61,00
Comparando o marketing business-to-business (B2B), ou empresarial, com o marketing industrial e também com o de consumo, o livro Marketing Empresarial tem como objetivo apresentar uma proposta de gestão para o desenvolvimento de ações estratégicas nessa área. O autor e economista Renato Telles mostra as principais inovações e identifica os elementos envolvidos em marketing B2B. Ele também aprofunda conceitos de marketing empresarial, discute as operações, estrutura e processos entre organizações analisando o setor industrial e o mercado empresarial e, ainda, mostra as tendências e desafios relacionados a esse tema.
Uma das estratégias fundamentais para a sobrevivência de qualquer empresa no mundo dos negócios é compreender, atrair e manter os clientes. Segundo George S. Day, autor do livro A Empresa Orientada para o Mercado, as companhias que não se propõem a fazer isso estão fadadas ao fracasso. A obra é dividida em três partes: na primeira o autor faz uma análise dos elementos organizacionais, na segunda trata das aptidões específicas das empresas e na terceira parte mostra como orientar as organizações para o mercado. O livro também traz um questionário de avaliação que mede o grau de orientação da companhia para o mercado.
Cooperativas de Trabalho, Sérgio Pinto Martins, Editora Atlas (www.edatlas.com.br), 152 págs., R$ 26,00
Grandes Idéias, Líderes Especiais, Empresas Vitoriosas, Alexandre Garrett e Fernando Luís Dias, Editora Gente (www.editoragente.com.br), 152 págs., R$ 25,90
Não existe uma fórmula pronta para conseguir que pessoas de uma organização acreditem e aceitem uma liderança, nem mesmo para motivá-las e fazer com que comprometam-se com o trabalho. Segundo os autores Alexandre Garrett e Fernando Luís Dias, do livro Grandes Idéias, Líderes Especiais, Empresas Vitoriosas, esse é um dos maiores desafios de uma organização atualmente. Por isso, apresentam na obra práticas de gestão utilizadas por grandes líderes em empresas como Grupo Accor, Pão-de-Açúcar, Johnson & Johnson, Volvo e Nestlé. “O objetivo do livro é facilitar a atuação do líder e discutir métodos de lideranças”, avalia Dias. Empreendedor Maio
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No livro Cooperativas de Trabalho, o autor Sérgio Pinto Martins faz uma análise das cooperativas de trabalho sob o ângulo trabalhista com orientações da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre o tema. A obra apresenta os aspectos iniciais da formação de uma cooperativa, que vão desde os fundamentos para a evolução da cooperativa e de sua legislação, conceito e distinção, sua natureza jurídica e objetivo, até classificação de princípios aplicáveis. Além disso, Martins mostra referências à legislação de alguns países, revela quais as principais vantagens e desvantagens e analisa a tributação das cooperativas pelo Imposto sobre Serviços (ISS) e de outros impostos e contribuições.
Guia do Empreendedor Análise Econômica
Um desafio para todos nós A reforma da Previdência exige esforço e consciência de toda a sociedade de que é preciso adotar um novo modelo no Brasil
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DIVULGAÇÃO
Em matéria de Previdência, a experiência tem demonstrado que inovações, muitas vezes até oportunas, são iniciativas arriscadas, principalmente pelos efeitos que podem trazer no futuro. Antes de querer inventar, deve-se analisar com muita atenção os ensinamentos em curso, e aqui me refiro às experiências externas, como EUA, Chile e Europa. A evolução dos sistemas previdenciários nos leva a sistemas mistos, nos quais a previdência pública caminha lado a lado com a previdência complementar criada pelas empresas, associações, sindicatos e indivíduos. A opção do Chile, por exemplo, que saiu na frente em termos de reforma previdenciária na América Latina, foi por um forte sistema de capitalização individual. O impacto dessa opção sobre o grau de poupança do país foi enorme, aumentando muito sua capacidade para investimentos, tanto internos como de fora do território. O risco desta alternativa passa pelo aspecto cultural da população, que precisa ter um bom nível de educação formal, uma vez que o grau de conscientização individual é fundamental para a sobrevivência do sistema. A experiência previdenciária brasileira surgiu na década de 30, quando foram organizadas as primeiras caixas
seja: seguro, com condições de suportar os compromissos presentes e futuros: transparente, que assegure aos participantes o direito de conhecer melhor suas regras de funcionamento; acumulador de poupança, para dar lastro aos compromissos e fomentar a economia como um todo; e moderno, que possibilite a redução de impostos sobre a área produtiva estimulando a competição dos serviços e produtos. Todos nós (povo, governo, congresso, associações e principalmente os sindicatos) temos que ter consciência de que, se a reforma da Previdência não avançar rapidamente, os grandes perdedores seremos nós mesmos. A globalização dos mercados exige competitividade dos produtos e serviços. Se a reforma não desonerar rapidamente o custo da mão-de-obra e, por conseqüência, a produção, não haverá mais espaço para nossos produtos no exterior, e aí não será somente a Previdência que morrerá de vez, mas todo o país, que encontrará sérias dificuldades para se modernizar e acompanhar a evolução global.
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de previdência, os chamados Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs), que tinham uma visão correta de proteção social. Enfatizavam a capitalização e o gerenciamento pelas autarquias objetivando manter o sistema equilibrado. O problema dos IAPs foi o elevado crescimento populacional que acarretou pressões políticas, pois todos desejavam usufruir de seus benefícios, mesmo sem contribuições prévias. A grande demanda social tinha que ser atendida, e passou-se então a consumir as reservas acumuladas, desfazendo-se a proteção autárquica da gerência. O poder público deixou de lado o risco das aplicações, fazendo com que os referidos institutos investissem em alternativas duvidosas. E aí deu no que deu, o sistema quebrou. Daquela época até os dias atuais, o sistema não evoluiu; muito pelo contrário, caiu em qualidade. De regime de repartição – no qual parte dos benefícios futuros devem ser cobertos por contribuições futuras e o restante por reservas técnicas acumuladas – passou para regime de caixa corrente, no qual não há reserva técnica disponível. O grande desafio da reforma, no nosso entendimento, passa pela estruturação de um sistema de proteção que
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Ivan Wagner de Souza
Diretor da Leme Investimentos
Indicadores
Carteira teórica Ibovespa NOME/TIPO AÇÃO
VARIAÇÃO % ANO (ATÉ MARÇO)
Inflação
0,642 1,691 0,725 3,933 6,06 0,517 1,671 0,461 2,479 2,432 0,257 0,475 0,115 2,83 0,458 0,253 1,589 0,66 1,157 3,561 0,808 0,711 2,581 0,87 5,247 1,526 100 0,188 1,539 0,218 0,161 1,626 3,009 9,193 1,387 2,158 0,772 0,798 0,356 1,099 2,048 0,43 1,08 1,938 1,028 13,209 1,318 4,967 0,839 0,3 0,381 1,553 1,324 2,707 0,637
43,48 9,94 -9,47 16,21 14,74 10,34 34,83 17,27 15,89 12,99 52,73 -12,96 -3,4 16,45 10,22 12,72 -4,5 17,23 -5,13 5,8 12,69 -33,98 -27,21 23,21 22,46 10,79 11,43 10,74 21,25 96,12 -34,86 -2,38 5,97 11,33 11,96 34,74 26,55 10,83 21,55 -4,96 19,16 0 -6,71 6,45 21,02 20,15 -34,31 4,94 9,05 67,87 13,46 63,41 -18,81 -19,1 -5,02
Índice IGP-M IGP-DI (Março) IPCA (Março) IPC - Fipe
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Abril 0,92 1,66 1,23 0,57
Juros/Aplicação (até 31/03/2003) CDI Selic Poupança (*) CDB pré 30 Ouro BM&F
Abril 1,87 1,87 0,92 1,68 -11,48
(* por aniversário)
Ano 7,24 5,52 5,13 5,13 (%)
Ano 7,65 7,66 3,76 6,89 -18,76
Indicadores imobiliários (%) CUB SP TR
Abril 0,960 0,452
Ano 4,240 1,820
Juros/Crédito
Desconto Factoring Hot Money Giro Pré (*)
(*= taxa ano)
Maio 05/maio 3,06 a 5,50 4,43 a 4,48 3,06 a 6,50 45,21a111,71
(em % mês) Maio 03/maio 3,06 a 5,50 4,44 a 4,49 3,06 a 6,50 45,21a111,71
Câmbio
(até 30/04/2003) Cotação Dólar Comercial Ptax R$ 3,3531 Euro US$ 1,1444 Iene US$ 117,72
Mercados futuros Junho Dólar R$ 3,071 Juros DI 26,17% Café (NY) US$ 69,50 Ibovespa Futuro 12.987
(em 06/05/2003) Julho Agosto R$ 3,120 R$ 3,171 25,98% 25,64% 13.445
Empreendedor Maio
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(%)
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Acesita PN Ambev PN Aracruz PNB Bco Itau Hold Finan PN Bradesco PN Bradespar PN Brasil ON Brasil T Par ON Brasil T Par PN Brasil Telecom PN Braskem PNA Celesc PNB Cemig ON Cemig PN Cesp PN Comgas PNA Copel PNB CRT Celular PNA Eletrobras ON Eletrobras PNB Eletropaulo Metropo PN Embraer ON Embraer PN Embratel Part ON Embratel Part PN Gerdau PN Ibovespa Ipiranga Pet PN Itausa PN Klabin PN Light ON Net PN Petrobras ON Petrobras PN Sabesp ON Sid Nacional ON Sid Tubarao PN Souza Cruz ON Tele Celular Sul ON Tele Celular Sul PN Tele Centroeste Cel PN Tele Leste Celular PN Tele Nordeste Celul PN Telemar Norte Leste PNA Telemar ON Telemar PN Telemig Celul Part PN Telesp Cel Part PN Telesp Operac PN Tractebel ON Transmissao Paulist PN Usiminas PNA Vale Rio Doce ON Vale Rio Doce PNA Votorantim C P PN
PARTICIPAÇÃO IBOVESPA
Guia do Empreendedor Agenda De15/05 a 18/05/2003
De 12/05 a 15/05/2003
EBRATS
FENOSPE
11ª Exposição Brasileira de Tratamento de Superfície ITM - EXPO São Paulo SP Fone: ( 11) 4688-6000
7ª Feira de Negócios e Oportunidades do Sertão de Pernambuco Estádio Municipal Áureo Bradley Arcoverde PE Fone: (87) 3821-0776
FEIMAFE
9ª Feira Internacional de Máquinas-Ferramentas e Sistemas Integrados de Manufaturas Pavilhão de Exposições do Parque Anhembi São Paulo SP Fone: (11) 3829-9111
7ª Feira Internacional do Controle de Qualidade Pavilhão de Exposições do Parque Anhembi São Paulo SP Fone: (11) 3829-9111 De 13/05 a 15/05/2003
FCE PHARMA
BICI SÃO PAULO 2003 NETSHOW SOUTH AMERICA
5ª Feira de Negócios e Soluções de Networking, Cabeamento e Infra-Estrutura para telecomunicações Frei Caneca São Paulo SP Fone: (48) 334-8000
6ª Feira da Indústria do Pará Galpões 4 e 5 da CPD Belém PA Fone: (91) 225-0502
De 13/05 a 15/05/2003
8ª Exposição Internacional de Produtos e Equipamentos para a Indústria Cosmética Transamérica Expo Center São Paulo - SP Fone: (11) 3873-0081 De 14/05 a 17/05/2003
EDUCAR
10ª Feira Internacional de Educação Expo Center Norte São Paulo SP Fone: (13) 3289-6001 De 15/05 a 18/05/ 2003
2003
FENASOFT EUROPA
10ª Feira Internacional de Educação Exponor Porto Portugal Fone: (48) 334-8000
7ª Convenção Nacional e Exposição da Sociedade de Engenharia de Áudio Expo Center Norte São Paulo SP Fone: (11) 4191-8188
De 20/05 a 22/05/2003
FIPA
HBA SOUTH AMERICA
AES BRASIL 2003
XI Bienal do Livro do Rio de Janeiro Centro de Exposições do Riocentro Rio de Janeiro RJ Fone: (21) 2537-4338
De 20/05 a 25/05/2003
8ª Exposição Internacional de Produtos e Equipamentos para a indústria Farmacêutica Transamérica Expo Center São Paulo - SP Fone: (11) 3873-0081
5ª Feira de Móveis, Utilidades Domésticas e Decoração Centro de Convenções Manaus AM Fone: (92) 216-3517 De 26/05 a 28/05/2003
BIENAL DO LIVRO DO RIO DE JANEIRO 2003
De 12/05 a 17/05/2003
QUALIDADE
LAR DECOR 2003
De 15/05 a 25/05/2003
De 12/05 a 17/05/2003
De 20/05 a 25/05/2003
12ª EXPO MODA PRONTA ENTREGA Centro de Convenções da Bahia Salvador BA Fone: (71) 450-1022
De 21/05 a 23/05/2003
GEOBRASIL
3ª Feira Internacional de Geoinformação 3º Congresso Internacional de Geoinformação Centro de Exposições Imigrantes São Paulo SP Fone: (11) 3829-9111
AUTOMEC
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De 25/05 a 29/05/2003
Feira Internacional de Autopeças, Equipamentos e Serviços Pavilhão de Exposições do Anhembi São Paulo SP Fone: (11) 3829.9111 De 26/05 a29/05/2003
APAS 2003
19ª Feira de Produtos, Equipamentos e Serviços para Supermercados Expo Center Norte São Paulo SP Fone: (11) 6221-3022 De 27/05 a 30/05/2003
TEXFAIR DO BRASIL
4ª Feira Internacional da Indústria Têxtil Pavilhão de Exposições da PROEB Blumenau SC Fone:( 47) 326-9662 De 27/05 a 30/05/2003
FENASOFT 2003
Fenasoft Brasil Software Week Transamerica Expo Center São Paulo SP Fone: (48) 334-8000 De 28/05 a 30/05/2003
De 22/05 a 25/05/2003
HOME THEATER SHOW 2003
2ª Feira Internacional de Áudio e Vídeo ITM Expo São Paulo SP Fone: (11) 3999-3866
MINASPÃO
4ª Feira de Panificação, Confeitarias e Sorveteria de Minas Gerais Pavilhão da Serraria Souza Pinto Belo Horizonte MG Fone: (31) 3282-7559
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Maio Empreendedor empreendedor_103.p65
De 22/05 a 25/05/2003
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