MICROCRÉDITO: Pacote do governo deixa a desejar
RICARDO YOUNG: Os cinco anos do Instituto Ethos
Ano 9 • Nº 105 Julho 2003 R$ 6,00
FRANQUIA TOTAL: Ética garante sucesso de redes
ISSN 1414-0152
www.empreendedor.com.br
Inovação e Valor aos Negócios
Um projeto
para o Brasil 1
Empreendedor – Julho
2003
Um dos maiores empreendedores do mercado de tecnologia analisa o desemprego gerado pela automatização e apresenta uma proposta inovadora para a Reforma Tributária
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empreendedor | maio 2012
edi to ria l
Diretor-Editor: Acari Amorim [acari@empreendedor.com.br] Diretor de Comercialização e Marketing: Geraldo Nilson de Azevedo [geraldo@empreendedor.com.br] Redação Editor-Executivo: Alexsandro Vanin [vanin@empreendedor.com.br] – Repórteres: Ana Paula Meurer, Beatrice Gonçalves, Cléia Schmitz, Mônica Pupo, Raquel Rezende – Edição de Arte: Gustavo Cabral Vaz – Projeto Gráfico: Oscar Rivas – Fotografia: Arquivo Empreendedor, Carlos Pereira e Shutterstock – Foto da capa: Shutterstock – Revisão: Lu Coelho Sedes São Paulo Diretor: Fernando Sant’Anna Borba – Executivo de Contas: Osmar Escada Jr – Rua Pamplona, 1.465 – Conj. 74 – CEP 01405-002 – Jardim Paulista – Fone/Fax: (11) 3887-2193 [empreendedorsp@empreendedor.com.br] Florianópolis Executiva de Atendimento: Joana Amorim [anuncios@ empreendedor.com.br] – Rua Padre Lourenço Rodrigues de Andrade, 496 – Santo Antônio de Lisboa – 88050-400 – Florianópolis – SC – Fone: (48) 3371-8666 Central de Comunicação – Rua Anita Garibaldi, nº 79 – sala 601 – Centro – Florianópolis – SC – Fone (48) 3216-0600 [comercial@centralcomunicacao.com.br] Escritórios Regionais Rio de Janeiro Triunvirato Empresarial – Milla de Souza [milla@triunvirato.com.br] – Rua São José, 40 – 4º andar – Centro – 20010-020 – Rio de Janeiro – RJ – Fones: (21) 2611-7996/9607-7910 Brasília Ulysses Comunicação Ltda. [ulyssescava@ gmail.com] – Fones: (61) 3367-0180/9975-6660 – condomínio Ville de Montagne, Q.01 – CS 81 – Lago Sul – 71680-357 – Brasília – Distrito Federal Paraná Merconeti Representação de Veículos de Comunicação Ltda – Ricardo Takiguti [ricardo@merconeti.com.br] – Rua Dep. Atílio Almeida Barbosa, 76 – conjunto 3 – Boa Vista – 82560-460 – Curitiba – PR – Fone: (41) 3079-4666 Rio Grande do Sul Nenê Zimmermann [nene@starteronline.com.br.com.br] e Renato Zimmermann [renato@starteronline.com.br.com.br] – Floresta – 90440-051 – Porto Alegre – RS – Fone: (51) 3327-3700 Pernambuco HM Consultoria em Varejo Ltda – Hamilton Marcondes [hmconsultoria@hmconsultoria.com.br] – Rua Ribeiro de Brito, 1111 – conjunto 605 – Boa Viagem – 51021310 – Recife – PE – Fone: (81) 3327-3384 Minas Gerais SBF Representações – Sérgio Bernardes de Faria [sbfaria@sbfpublicidade.com.br] – Av. Getúlio Vargas, 1300 – 17º andar – conjunto 1704 – 30112-021 – Belo Horizonte – MG – Fones: (31) 2125-2900/2125-2927 Assinaturas Serviço de Atendimento ao Assinante – [assine@empreendedor.com.br] – O valor da assinatura anual (12 edições mensais) é de R$ 118,80 à vista. Renovação de Assinatura R$ 112,86 à vista. Estamos à sua disposição de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h30. Produção Gráfica Impressão e Acabamento: Coan Gráfica Editora Ctp – Distribuição: Distribuidora Magazine Express de Publicações Ltda – São Paulo Empreendedor.com http://www.empreendedor.com.br Editora: Carla Kempinski – Repórter: Raquel Rezende
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a última década, a construção civil conseguiu superar definitivamente a sofrida estagnação nos anos 1980 e 1990. As condições econômicas favoráveis do País – especialmente o baixo índice de desemprego e o aumento da renda da população – e a disponibilidade de crédito imobiliário, com prazos mais longos e juros menores, além de programas públicos como o “Minha Casa Minha Vida” permitiram que muitos brasileiros realizassem o sonho da casa própria. Em 2011, o volume dos financiamentos para aquisição e construção de imóveis cresceu 42%, índice que representa novo recorde histórico. São milhões de unidades residenciais e comerciais entregues e em construção, que consolidam o crescimento do setor. Tudo isso fez com que o número de trabalhadores com carteira assinada na construção civil dobrasse nos últimos cinco anos. No desempenho geral, o incremento foi de 11,6% em 2010 – ano excepcional, marco da recuperação – e de cerca de 5% em 2011, o que demonstra não um arrefecimento simples do ritmo, mas sim uma acomodação natural das atividades para se chegar a um ponto de equilíbrio sustentável do crescimento setorial. E o bom momento deve durar, pois o déficit habitacional no País ainda é alto – superior a 8 milhões de moradias, segundo a Abecip – e a aquisição de imóveis tem se mostrado um excelente investimento. Com crescimento acima da média mundial, os preços mais do que dobraram nos últimos cinco anos, atingindo valorização de 24,7% em 2011, índice superado apenas pela Índia. Além disso, há uma larga margem para o crédito imobiliário crescer. Hoje ele representa 4,7% do PIB total do País e a perspectiva é de que essa participação atinja 6% em 2012 e chegue a 10% em 2014. Com o mercado aquecido, as empresas da área têm se utilizado de diferentes estratégias para conquistar clientes. Entre as principais tendências estão a transformação de condomínios em verdadeiros complexos de lazer, a adoção de tecnologias sustentáveis, a aquisição e fusão de empresas para aumentar a presença no território nacional, a utilização da internet como ferramenta de vendas e inovação, além de projetos especialmente criados para atender públicos específicos. Não deixe de conferir as oportunidades na matéria de capa e demais reportagens desta edição. Alexsandro Vanin
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Diretor-Editor Acari Amorim [acari@empreendedor.com.br] Diretor de Marketing e Comercialização José Lamonica [joselamonica@uol.com.br] Redação Editor-Executivo: Alexandre Gonçalves [alex@empreendedor.com.br] Editor: Carlos Castilho Repórteres: Lúcio Lambranho, Fábio Mayer e Sara Caprario Editor de Arte: Gustavo Cabral Vaz Fotografia: Arquivo Empreendedor Produção e Arquivo: Ivone Zanatta Ilustrações: Clóvis Geyer Revisão: José Renato de Faria Coordenador de Web: Flaviano da Cunha Júnior Sedes São Paulo Diretor de Marketing e Comercialização: José Lamônica Executivos de Contas: Paula Araújo Speda, Ariovaldo Florian e Edson Ramão Rua Sabará, 566, 9º andar, cj. 92 01239-010 - São Paulo - SP Fones: (11) 3214-5938/ 3214-6093 [empreendedorsp@uol.com.br] Florianópolis Executivo de Atendimento: Cleiton Correa Weiss Av. Osmar Cunha, 183, Ceisa Center, bl. C, 9º andar 88015-900 - Florianópolis - SC Fone: (48) 224-4441 Representante Dinâmica Promoções e Eventos Carlos Hamilton Martins Feltrin Rua Turiassu, 127, cj. 12/13 - Perdizes 05005-001 - São Paulo - SP Fone/Fax: (11) 3822-0412 [dinapro@terra.com.br] Escritórios regionais Rio de Janeiro [triunvirato@triunvirato.com.br] Milla de Souza Rua México, 31, grupo 1404 - Centro 20031-144 - Rio de Janeiro - RJ Fone/Fax: (21) 2533-3121/2524-2757/2533-1601 Brasília [jcz@forumci.com.br] Ulysses C. B. Cava SETVS - Quadra 701 - Centro Empresarial Bloco C, cj. 330 70140-907 - Brasília - DF Fone: (61) 426-7315 Paraná [merconet@merconet.srv.br] Ricardo Takiguti Rua Joaquim da Costa Ribeiro, 507 A - Atuba 82840-190 - Curitiba - PR Fone: (41) 367-4388 Rio Grande do Sul [hermano@hrmmultimidia.com.br] HRM Representações Ltda./Hermano Thaddeu Filho Rua Saldanha Marinho, 33 - sala 608 - Menino Deus 90240-160 - Porto Alegre - RS Fone/Fax: (51) 3231-6287 Ceará [dilerportela@wettor.com.br] Dilermando Portela Av. Luciano Carneiro, 99 - Bairro Fátima 60410-690 - Fortaleza - CE Fones: (85) 433-3989/9969-7312 Pernambuco [hmconsultoria@hmconsultoria.com.br] Hamilton Marcondes Rua Ribeiro de Brito, 1111, cj. 605 - Boa Viagem 51021-310 - Recife - PE Fone: (81) 3327-3384/3327-9430 Minas Gerais [comercial@sbfpublicidade.com.br] SBF Representações/Sérgio Bernardes de Faria Av. Getúlio Vargas, 1300, 17º andar, cj. 1704 30112-021 - Belo Horizonte - MG Fone: (31) 3261-2700 Assinaturas Serviço de Atendimento ao Assinante Diretora: Clementina P. da Silva Gerente: Luzia Correa Weiss Fone: 0800 48 0004 [assine@empreendedor.com.br] Produção gráfica Impressão e Acabamento: Prol Editora Gráfica Distribuição: Fernando Chinaglia S.A. (São Paulo)
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Empreendedor.com http://www.empreendedor.com.br
ANER Julho – Empreendedor
Nesta
edição
Julho/2003
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Entrevista Com uma lista de serviços prestados ao franchising no Brasil, Ricardo Young, na condição de presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Ethos, dedica-se agora a conscientizar as empresas quanto a sua atuação social. “Não basta apenas ter vontade. É preciso incorporar a responsabilidade social desde a preparação dos colaboradores.”
Capa
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O empresário Miguel Abuhab é reconhecido por seu trabalho à frente da Datasul, uma das principais empresas do segmento de softwares corporativos. Nos últimos tempos, porém, Abuhab tem se dedicado também ao exercício de refletir e escrever a respeito de temas complexos que envolvem o desenvolvimento sócio-econômico do país. Prova disso é o artigo que Empreendedor publica nesta edição, em que o empresário apresenta sua contribuição para o debate sobre a Reforma Tributária.
LEIA TAMBÉM Cartas ................................. 6 Empreendedores ........................ 14 Não Durma no Ponto ..................... 18 Via Digital ............................ 26
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DIVULGAÇÃO
A revista Empreendedor é uma publicação da Editora Empreendedor
Empresa Ágil ESTRATÉGIAS
Suplemento SUPERSTOCK
FRANQUIA TOTAL
Franqueadores e consultores avaliam a importância da ética para o sucesso de uma rede de franquias. Nesta edição as notícias do mundo do franchising, e na seção Franco Franquia a resposta para quem quer franquear seu negócio, mas não sabe por qual mercado começar. Confira ainda as informações do espaço da ABF.
O futuro da pequena empresa Há uma luz no fim do túnel para as pequenas e micro empresas, apesar das dúvidas da maioria delas em relação ao futuro.
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VAREJO
MARCELO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL
Brasil
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Conheça detalhes sobre o pacote anunciado pelo Governo Federal para a área de microfinanças. Confira também a avaliação das medidas feita por quem atua diretamente com microcrédito.
GUIA DO EMPREENDEDOR
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Produtos e Serviços ........... 56 Do Lado da Lei ................... 58 Leitura ................................ 60 Análise Setorial ................. 64 Indicadores ......................... 65
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Para implantar na empresa uma cultura de atendimento qualificado ao cliente não basta exigir que os funcionários decorem o manual.
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ADMINISTRAÇÃO
Gerência da informação nas microempresas As modernas técnicas de administração da informação deixaram de ser um privilégio das grandes corporações.
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RECURSOS HUMANOS
A receita da criatividade Produzir idéias criativas não é coisa de gênio, mas o resultado de paciência e esforço continuados.
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Empreendedor – Julho
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Agenda ............................... 66
Criando a cultura do atendimento
do
Editor
Cartas M
iguel Abuhab e Ricardo Young são dois empreendedores de sucesso. Atuam em áreas diferentes, mas, ao ler esta edição, o leitor descobrirá que Abuhab e Young têm muito em comum. À frente da Datasul, Miguel Abuhab é um dos pioneiros no desenvolvimento de softwares para gestão empresarial no Brasil. Mas nos últimos anos, a partir de seu maior envolvimento com a Teoria das Restrições, Abuhab tem se dedicado a pensar e a escrever sobre aspectos sócio-econômicos e, mais do que isso, a propor mudanças e novas abordagens para velhos problemas. Esse é o caso do artigo sobre a Reforma Tributária que publicamos nesta edição e que decidimos, por sua relevância, apresentar como destaque de capa. Por sua vez, Ricardo Young é um dos pioneiros do franchising no Brasil, no comando da rede Yázigi, tendo participado do fortalecimento da ABF como principal entidade representativa do
segmento. Agora, Young vem se dedicado também à Presidência do Conselho Deliberativo do Instituto Ethos, entidade que colocou a responsabilidade social na ordem do dia nas empresas. Em entrevista exclusiva, Young faz uma análise do envolvimento do empresariado brasileiro com ações sociais e ainda apresenta um panorama sobre a atuação do Ethos em seus cinco anos de existência e sucesso. Publicando o artigo de Abuhab e a entrevista com Young, temos a certeza de que fica claro para o leitor que ambos têm em comum o desejo, a vontade de ir além de suas obrigações no comando de suas empresas, assumindo um papel mais amplo e, por conseqüência, mais relevante. Ou seja, são empreendedores na melhor acepção da palavra.
de
Assinaturas Para assinar a revista Empreendedor ou solicitar os serviços ao assinante, ligue 0800 48 0004. O valor da assinatura anual (12 edições mensais) é de R$ 72. Aproveite a promoção especial e receba um desconto de 16,7%, pagando somente R$ 60. Estamos à sua disposição de segunda a sexta-feira, das 8 às 18h30min. Se preferir, faça sua solicitação de assinatura pela internet. O endereço é www.empreendedor.com.br ou pelo e-mail assine@empreendedor.com.br.
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Correspondência As cartas para as revistas Empreendedor, Jovem Empreendedor, Dirigente Lojista, Cartaz, Guia Empreendedor Rural e Guia de Franquias, publicações da Editora Empreendedor, podem ser enviadas para qualquer um dos endereços abaixo: São Paulo: Rua Sabará, 566 - cj. 92 CEP 01239-010 - São Paulo - SP Rio de Janeiro: Rua México, 31 - cj.1404 CEP 20031-144 - Rio de Janeiro - RJ
Julho – Empreendedor
Fiquei muito feliz com a publicação do meu artigo “Penso, logo existo” na edição de junho da revista Empreendedor. Tenho recebido excelentes feedbacks. Muito obrigado. Parabenizo mais uma vez pelo sucesso da revista. Carlos von Sohsten Consultor do SEBRAE
por e-mail
Empreendedorismo Sou professor de disciplinas técnicas em escola de 2º grau da rede estadual de ensino do Paraná, que nos patrocinou capacitação em Empreendedorismo, pelo SEBRAE-PR, no ano de 2001. Entretanto, decisões políticas não permitiram a aplicação do curso junto aos jovens estudantes. Agora, com o novo governo, isso está sendo muito incentivado e estou iniciando o curso, tanto para os jovens como também para as demais pessoas da comunidade. Li na seção de cartas da edição
Empreendedor
Brasília: SETVS - Quadra 701 - Centro Empresarial - Bloco C - cj. 330 CEP 70140-907 - Brasília - DF Rio Grande do Sul: Rua Saldanha Marinho, 33 - sala 608 - Menino Deus 90240-160 - Porto Alegre - RS Santa Catarina: Av. Osmar Cunha, 183 Bloco C - cj. 902 CEP 88015-900 - Florianópolis - SC Paraná: Rua Joaquim da Costa Ribeiro, 507 A, Atuba CEP 82840-190 - Curitiba - PR Ceará: Av. Luciano Carneiro, 99 - Bairro Fátima - 60410-690 - Fortaleza - CE Pernambuco: Rua Ribeiro Brito, 1111, cj. 605 - Boa Viagem CEP 51021-310 - Recife - PE Minas Gerais: Av. Getúlio Vargas, 1300, 17º andar, cj. 1704 CEP 30112-021 - Belo Horizonte- MG Os artigos deverão conter nome completo, assinatura, telefone e RG do autor, e estarão sujeitos, em função do espaço, aos ajustes que os editores julgarem necessários.
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Artigo
para
Empreendedor
Anúncios Para anunciar em qualquer publicação da Editora Empreendedor ligue: São Paulo: (11) 3214-5938/3822-0412 Rio de Janeiro: (21) 2533-3121/2524-2757 Brasília: (61) 426-7315 Curitiba: (41)356-8139/merconet@onda.com.br Porto Alegre: (51) 3235-3239 Florianópolis: (48) 224-4441 Fortaleza: (85) 433-3989 Recife: (81) 3327-9430
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Imobiliária
nº 103 (maio de 2003) a carta do estudante de Ciências Contábeis Gerson de Assis Santos, de Joinville (SC), e gostaria que me fosse fornecido o e-mail dele, para que eu possa trocar informações, como também de outras pessoas desse nosso Brasil. Acessarei também o site da revista e da UFSC. Milton de Castro
Curitiba - PR
Para quem desejar trocar informações com o professor Milton, o e-mail dele é tommixmil@yahoo.com.br.
Artesanato Quero fabricar pequenas peças de artesanato e exportar. Onde obtenho informações sobre isso? Eu sei que os correios já trabalham com pequenas exportações, mas o que é necessário? Tenho um casal de amigos que venderiam para mim. Eles moram nos Estados Unidos. Como devo proceder para eles receberem as mercadorias e vendê-las? Walisson Pinheiro
por e-mail
Walisson, Sugerimos que você acesse o site www.artesanatobrasil.com.br, que é uma iniciativa do Sebrae e que tem como objetivo principal contribuir para que esse segmento seja visto como um negócio rentável.
Correção
Délio Marcos de Souza
por e-mail
Délio, O mais indicado é você buscar informações sobre como montar uma imobiliária no Sebrae ou no sindicato das empresas da sua cidade. Em linhas gerais, além das providências que a abertura de uma empresa de qualquer ramo exige, as orientações do Sebrae para quem deseja atuar com imóveis são as seguintes: – controle da atividade dos corretores; – geração ou levantamento de imóveis para oferecer e cuidadosa preparação de anúncios; - horário de funcionamento das 8h às 18h, de segunda a sábado, com plantão aos domingos, já que nos fins de semana a maioria dos clientes tem tempo disponível para procurar um imóvel; – a infra-estrutura mínima necessária é uma sala com um balcão
ou mesa, linha telefônica e fax, arquivo, computador e impressora, calculadora, etc. (o atendimento de clientes poderá ser feito na mesma sala ou numa independente na qual será necessária uma mesa, cadeira, café e água); – os imóveis oferecidos podem ser indicados pelos próprios proprietários que vão até à imobiliária; – o imóvel para venda e/ou aluguel deve ser identificado pelos corretores, com visitas aos prédios da região e conversas com zeladores e/ou porteiros para verificar o que há disponível. Outra maneira é o contato direto com os proprietários de imóveis já com placas de outras empresas. Neste caso, o empreendedor deverá identificar o proprietário e oferecer também os seus serviços; – as imobiliárias trabalham com comissões sobre as vendas ou locações e no caso de venda, recebem entre 5% e 8 % do valor total do imóvel (no caso de locação, geralmente, o primeiro aluguel fica com a imobiliária); – o local deve estar situado em área comercial de fácil acesso e com facilidade de estacionamento; – a mão-de-obra específica deste setor é o corretor de imóveis, que deverá ter o registro no Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) (os corretores geralmente recebem 1/3 da comissão de venda recebida pela imobiliária); – para a abertura de empresa prestadora de serviços, procurar Cartório de Registro de Pessoa Jurídica, Receita Federal, Prefeitura do Município e Registro no Conselho Regional (Creci).
CARTAS PARA A REDAÇÃO
CEDOC
Correspondências por e-mail devem ser enviadas para alexandre@empreendedor.com.br, aos cuidados do editor Alexandre Gonçalves. Solicitamos aos leitores que utilizam correio eletrônico colocarem em suas mensagens se autorizam ou não a publicação de seus respectivos e-mails. Também pedimos que sejam acrescentados o nome da cidade e o do estado de onde está escrevendo.
O Centro de Documentação (CEDOC) da Editora Empreendedor disponibiliza aos interessados fotos e ilustrações que compõem o nosso banco de dados. Para mais informações, favor entrar contato com Ivone Zanatta, pelos telefones (48) 224-4441 e 0800 48 0004, ou por e-mail (redacao@empreendedor.com.br).
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Após o fechamento da edição de junho, recebemos a informação de que o grupo O Boticário desistiu de participar da Incoporadora de Shopping Center Florianópolis, com previsão de construção na capital catarinense, conforme publicado na reportagem da seção Mercado.
Sou leitor da Empreendedor e venho em busca de orientação. Sou funcionário público e interessado em ingressar no setor de imóveis, especificamente de imobiliária. Recebi uma proposta de sociedade, no entanto, a outra parte exerce a profissão informalmente, e não tendo idéia dos custos e necessidadaes para iniciar o negócio. Da minha parte estou sem saber onde buscar informações, consultoria. Sendo assim, espero que possam me indicar um caminho, um ponto de partida para que haja luz nessa empreitada.
Entr vist E
A
com Ricardo Young por
Fábio Mayer
Muito além do
produto
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Presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Ethos, Ricardo Young acredita que as empresas precisam direcionar a preparação de seus colaboradores para incorporar a responsabilidade social Proporcionar ganhos de imagem e de marca, aumentar a competitividade da empresa no mercado e instituir um modelo de desenvolvimento econômico sustentável. Essas são apenas algumas vantagens da responsabilidade social apontadas por Ricardo Young, presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Ethos, CEO do Yázigi Internexus, coordenador do World Business Academy e um dos fundadores da Associação Brasileira de Franchising (ABF). Em cinco anos de fundação, o instituto desempenhou um papel fundamental na divulgação, orientação e mobilização para a adoção de práticas socialmente responsáveis na gestão das empresas no Brasil. “A grande inovação do Ethos é que ele colocou a questão da responsabilidade social em dois eixos: no da gestão empresarial e no da sustentabilidade econômica”, afirma. S e g u n d o Yo u n g , p o r s e r u m movimento que demanda tempo para ser incorporado na gestão das empresas, grande parte das companhias ainda não adotaram a responsabilidade social. Mesmo assim, o Brasil é um dos países em que Julho – Empreendedor
essa prática mais avança no mundo. Nesta entrevista concedida à Empreendedor,Young conta como a responsabilidade social vinha sendo conduzida no Brasil antes do início das atividades do Instituto Ethos e avalia o que mudou em cinco anos de atuação. Além disso, ele apresenta as ferramentas de gestão desenvolvidas pelo instituto para orientar as empresas a pôr em prática a responsabilidade social e também diz como é possível estimular ainda mais essa prática no país. Empreendedor – Na sua opinião as empresas se conscientizaram da importância da responsabilidade social e conseguiram colocá-la em prática?
Ricardo Young – Hoje, as empresas não têm dúvidas de que a responsabilidade social é um valor e um know-how que precisam incorporar. No entanto, para incorporar leva mais tempo, porque não depende só da vontade; depende da preparação de recursos humanos, de acesso ao conhecimento. Os indicadores mostram que as empresas têm que fazer, em cada uma das áreas, um esforço de médio e longo prazo para
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que sejam na íntegra socialmente responsáveis. Acreditamos que embora o movimento hoje tenha o grande benefício de ser conhecido, de estar influenciando empresas, universidades e mídia, ainda está longe de estar sendo incorporado na gestão de grande parte das empresas, embora isso vá ocorrer. Não tenho dúvidas de que isso vai ocorrer. Empreendedor – Mesmo assim, se comparada com outros países, a adoção de práticas socialmente responsáveis na gestão das empresas no Brasil está avançando rapidamente.
Young – O Brasil tem essas coisas incríveis. Assim como a internet entrou no Brasil tardiamente em 1997, enquanto que nos EUA em 1991 ela já estava assumindo proporções importantes, há uma disseminação muito grande de novos movimentos, e o Brasil se adapta rapidamente a eles. Até por não ter uma tradição muito arraigada, o país tem uma capacidade que permite a incorporação e a aceleração de alguns movimentos. A responsabilidade social é um deles. O Brasil é, sem dúvida nenhuma, um dos países onde
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Presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Ethos e CEO do Yázigi Internexus www.ethos.org.br
Empreendedor – De que maneira é possível estimular ainda mais essa prática no país?
conhecimento, e a vantagem competitiva da empresa está na capacidade de dar saltos tecnológicos. Ora, os saltos tecnológicos dependem de um nível de eficiência e criatividade dos colaboradores, que só podem ser alcançadas se eles viverem em um ambiente profissional e estimulante. Não é à toa que no auge da febre da internet, na década de 90, as empresas deixavam que os colaboradores
Young – No primeiro momento, ele é um movimento que indica o porquê da responsabilidade social e os ganhos que uma empresa pode ter com a responsabilidade social. Em um segundo momento, esse movimento sinaliza a mídia. Isto “Responsabilidade é, a responsabilidade social ajuda que a sosocial ajuda que ciedade civil organia sociadade civil zada combata as desigualdades sociais e organizada possa junto com o combata as governo acelerar o enfrentamento das desigualdades desigualdades. Num sociais e possa terceiro momento, o Ethos, juntamente juntamente com o com outras entidagoverno acelerar des, ajudou as universidades a comeo enfrentamento çar a tratar do tema. dessas Atualmente, 32 universidades de Admidesigualdades” nistração e Economia no país já implantaram a disciplina de Responsabilidade Social.
levassem até animais de estimação para o ambiente de trabalho. Se eles não se sentissem em um ambiente de trabalho estimulante, eles não criavam. Isso, guardadas as proporções, ocorre hoje em todas as empresas, que para poderem dar saltos competitivos precisam ter pessoas criativas, inteligentes, mobilizadas e dedicadas, o que só ocorre em bons ambientes de trabalho. Num ambiARQUIVO EMPREENDEDOR
a questão da responsabilidade social está mais avançada.
Empreendedor – Além das vantagens citadas, quais outros benefícios de se colocar em prática a responsabilidade social?
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Young – Os benefícios são muitos. Como exemplo, vou citar um aspecto relacionado com os colaboradores das empresas. Hoje, vivemos na era da tecnologia da gestão do
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ente de trabalho onde não há confiança, as pessoas não vão dar o melhor de si; onde não há prazer, as pessoas vão lá para cumprir o expediente... Não vão pensar criativamente em nada. Isso é só para pegar um aspecto do quanto um bom lugar para trabalhar pode ser chave na questão competitiva.
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Empreendedor – Muitas empresas promovem o fortalecimento da própria marca através das ações sociais que realizam. Por outro lado, existem outras que se utilizam de má-fé desse recurso. Quais as implicações do marketing social oportunista?
Young – Existe aquela máxima de que se pode enganar alguém por algum tempo, muitas pessoas por muito tempo, mas não se pode enganar todo mundo, o tempo todo. Então, as empresas que usam o marketing social de modo oportunista estão sabotando a própria condição da responsabilidade social, que é transparência e confiança. Quando são desmascaradas, elas são destruídas. Hoje o risco do marketing social oportunista é muito alto porque, uma vez denunciada, essa empresa perde credibilidade. Um dos fatores mais importantes da responsabilidade social é credibilidade. Quer dizer, a empresa goza da confiança dos clientes, dos colaboradores, do mercado, das instituições, do governo e assim por diante. Se ela perde credibilidade, vai depender unicamente e apenas de seu poder econômico. As empresas que fazem marketing social oportunista, além de correrem esse risco, são rapidamente desmascaradas, porque vivemos em uma época em que a informação flui muito rápido. Não dá para enganar o mercado. Na economia da tecnologia da gestão do conhecimento não dá para não ser transparente por muito tempo. Julho – Empreendedor
“O que o Ethos fez foi identificar que a responsablidade social não é uma ação filantrópica ou uma ação social isolada, mas uma visão de gestão empresarial”
Empreendedor – Há alguma fiscalização para evitar o marketing social oportunista, ou o próprio mercado funciona como um termômetro dessas contradições?
Young – Na verdade o mercado é o melhor juiz. Seria muita arrogância e pretensão do Ethos ou de qualquer outra entidade pretender fiscalizar a responsabilidade social das empresas. O que o Ethos e as outras entidades que fazem parte do movimento de responsabilidade social devem fazer é divulgar ao máximo elementos e critérios para que o mercado possa refletir, agir e medir. Empreendedor – Nos seus cinco anos de atuação, o Instituto Ethos também desenvolveu ferramentas de gestão para orientar as empresas na adoção de práticas socialmente responsáveis. O senhor poderia citar algumas?
Young – Já existem os indicadores de responsabilidade social, que estão no site do Instituto Ethos (www.ethos. org.br). Por exemplo, o balanço social, que desenvolvemos junto com o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE). O balanço social permite que a análise da empresa seja muito mais ampla do que a que é focada apenas nos aspectos financeiros. Neste momento, o Ethos está traba-
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lhando com outras entidades, no aprimoramento dos indicadores de sustentabilidade, porque estamos não só preocupados com a questão da responsabilidade social, mas também com a sustentabilidade econômica, já que esses indicadores ajudam a empresa a medir se a sua atuação é sustentável ou não. Com essa preocupação estamos promovendo debates, e em outubro vamos realizar um seminário com entidades de vários lugares. Empreendedor – Como a responsabilidade social vinha sendo conduzida no Brasil antes da fundação do Instituto Ethos?
Young – A cidadania empresarial já vinha amadurecendo no decorrer da década de 80, com o surgimento de muitas entidades empresariais preocupadas com a responsabilidade social. Entre elas podemos citar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Fundação Abrinq. Essas entidades têm, e já tinham na época, uma visão de que a responsabilidade da empresa vai além da busca e otimização dos seus resultados financeiros. O movimento de cidadania empresarial existia na sociedade brasileira de forma latente. Empreendedor – Nesse contexto, qual sua avaliação do papel do Instituto Ethos?
Young – O que o Ethos fez foi induzir essa latência em um movimento de grande envergadura. O Ethos identificou que a responsabilidade social não é uma ação filantrópica ou uma ação social isolada, mas uma visão de gestão empresarial que passa obviamente pela questão da ação social, e também pela relação com todos os outros públicos com que a empresa se relaciona, como comunidade, clientes, fornecedores, recursos humanos e colaboradores. Ao fazer isso, o Ethos marcou um primeiro momento de to-
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Entr vist
materialidade ao movimento de responsabilidade social e empresarial no Brasil.
mada de consciência de que a responsabilidade social empresarial não só era possível como uma opção de gestão, mas também tornava as empresas que adotavam a responsabilidade social empresarial companhias mais competitivas no mercado.
Empreendedor – Quais as principais ações do Ethos para este ano?
Empreendedor – O que mudou em relação à responsabilidade social e empresarial no país nesses cinco anos de atuação do Instituto Ethos?
2003
Young – A grande inovação do Ethos é que ele colocou a questão da responsabilidade social em dois eixos: no da gestão empresarial e no da sustentabilidade econômica. O primeiro eixo mostra que uma boa gestão empresarial vai muito além do que os balanços indicam. Ou seja, a empresa pode produzir muito mais riquezas, que antes não eram identificadas, do que apenas o resultado financeiro, como ganhos de imagem e de marca, identificação dos clientes com os valores da empresa e, ainda, ser participante dos processos ativos da comunidade e do governo, influenciando políticas públicas. Todos esses são benefícios que uma empresa socialmente responsável tem e muitas vezes não desenvolve. O segundo eixo, no qual o Ethos ousou em ser pioneiro, discute a responsabilidade social e empresarial a partir do contexto da economia sustentável, a sustentabilidade econômica. Desde o início, o instituto sempre pregou que o atual modelo de desenvolvimento econômico não serve no longo prazo, porque é excludente, concentrador de renda, gera impactos junto ao meio ambiente e usa recursos de forma nãoreciclável. Empreendedor – Para o senhor, então, é preciso buscar um novo modelo de desenvolvimento?
Young – O atual modelo de deJulho – Empreendedor
“Acredito que estamos vivendo uma revolução na gestão das empresas. É impressionante o grau de engajamento das empresas e das pessoas” senvolvimento econômico é um modelo de destruição de médio prazo da sociedade, dos recursos ambientais, das comunidades e assim por diante. Buscar um modelo econômico sustentável viável pressupõe três compromissos de uma empresa: ela tem que garantir resultados econômicos, sustentabilidade ambiental e sustentabilidade social. Então, ao colocar a responsabilidade social e empresarial nesses dois eixos, ao passar a mobilizar a sociedade em torno dessa consciência e ao começar a desenvolver e suprir seus associados de ferramentas, por exemplo os balanços sociais e os indicadores de sustentabilidade, o Ethos passou a dar uma consistência, uma
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Young – Estaremos promovendo uma série de eventos como palestras, debates, encontros, congressos e seminários para orientar, divulgar e mobilizar as empresas, organizações não-governamentais e poder público na adoção da responsabilidade social. Faremos em outubro o evento sobre os indicadores de sustentabilidade econômica, no ano que vem teremos a feira de responsabilidade social... Enfim, eventos não faltam no Ethos. Empreendedor – Por fim, na sua avaliação, quais as perspectivas da responsabilidade social no país?
Young – São as melhores possíveis. Acredito que estamos vivendo uma revolução na gestão das empresas. Vimos na década de 80, por exemplo, impacto da revolução da qualidade nas empresas. Agora, a primeira década do novo século vai ser a da gestão socialmente responsável, com todas as decorrências que ela implica. A partir do momento em que o gestor da empresa tenha um outro olhar para a gestão empresarial, a empresa passa a produzir um bem que vai muito além do produto ou do serviço que ela produz, o que beneficia a comunidade como um todo e melhora a capacidade que a própria sociedade civil tem de acelerar a transformação do Brasil em um país melhor. Tenho corrido o Brasil e é impressionante o grau de engajamento das empresas e das pessoas, enfim as suas idéias. Há muito trabalho pela frente, tudo para se fazer ainda, mas a partida foi dada e as perspectivas são muito boas.
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Empreendedor – Julho
Ricardo Schumacher
2003
Conquista compartilhada Empresas do setor de componentes para calçados estão comemorando a conquista conjunta da primeira certificação internacional obtida por indústrias do ramo ligadas aos consórcios Compex by Brasil e Moldes by Brasil. Depois de mais de um ano de preparação, as primeiras quatro consorciadas receberam a recomendação para a ISO 9001/2000, num projeto iniciado com o incentivo da Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) e da Agência de Promoção de Exportações (APEX-Brasil). Uma das mais recentes detentoras da ISO é a Escowal, de Novo Hamburgo (RS), fabricante de escovas industriais rotativas. Foram 15 meses de trabalho em busca da certificação, uma ferramenta necessária para melhorar a eficiência da empresa, na visão de seu diretor, Ricardo Schumacher. “O processo de certificação trouxe muitas mudanças, como já era previsto. Entre elas, a estrutura de gerenciamento de documentos, que exigiu um novo modo de trabalho de cada colaborador e, conseqüentemente, novos treinamentos e qualificações”, compara. Schumacher também cita a sistemática de funcionalidade da empresa. “Ficou mais transparente, com funções e responsabilidades bem definidas.” Exportadora de produtos há três anos, a Escowal é uma empresa do Compex by Brasil presente na China (incluindo Hong Kong), Taiwan, México, Argentina, Chile, Colômbia, Bolívia e Peru. No ano passado, passou de micro para pequena empresa, e este ano pretende crescer 50%. www.escowal.com.br Julho – Empreendedor
SEC Secretary Search & Training Stefi Maerker
Secretária de futuro A SEC Secretary Search & Training, consultoria especializada em recrutamento e seleção de secretárias, está completando sete anos de existência. Nesse período, mais de 3 mil candidatas foram empregadas no mercado de trabalho ou recolocadas. A empresa superou as suas metas de expansão de serviços e pretende estar presente em mais quatro cidades brasileiras: Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre e Campinas e região. “Atuamos como provedores de soluções para contratação de secretárias tanto em grandes corporações quanto em médias e pequenas empresas”, afirma Stefi Maerker, a idealizadora da empresa. Durante o último ano, Stefi Maerker realizou inúmeras palestras em grandes eventos da área nas mais diversas localidades do país e também nos países do Mercosul, como Argentina e Peru. A SEC Secretary Search & Training, consultoria especializada no recrutamento, seleção e treinamento de secretárias, surgiu em 1996 em função de uma necessidade crescente de uma equipe treinada e especializada na busca de secretárias. Sua infra-estrutura possibilita, segundo Maerker, desenvolver soluções para contratações de secretárias em caráter efetivo ou temporário graças a uma equipe multifacetada e preparada para atender empresas dos mais variados segmentos de atuação, maximizando o tempo do executivo, que deve continuar voltado para gestão de negócios. www.secconsultoria.com.br
BRASIL DA PROMOÇÃO No Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc) são realizados anualmente 319,5 mil eventos envolvendo 79,9 milhões de participantes, 1,7 mil espaços e 400 empresas organizadoras. A capacidade instalada, de 1,7 milhão de assentos e de 1,4 milhão de m², apresenta taxas médias de ocupação anual de 48,7% e 47,6%, respectivamente. Somando-se os gastos dos participantes, a receita das locações e das empresas organizadoras, tem-se uma renda total de R$ 37,0 bilhões e a geração de 705,7 mil empregos anuais, dos quais 176 mil são diretos e 529,3 mil indiretos. Com a proposta de congregar as empresas de serviços especializados em eventos, a Abeoc irá apoiar o Brazil Promotion através do 3º Free Shop Meeting, uma feira que reunirá os principais fornecedores de serviços para eventos de diversas áreas de atuação. A primeira edição do Brazil Promotion, maior acontecimento do setor promocional, será realizada nos dias 5, 6 e 7 de agosto nos pavilhões A e B do Transamérica Expo Center Norte, em São Paulo. O evento reunirá em um único espaço o 9º Free Shop Show, o 4º Print Show, o 3º Free Shop Meeting e o inédito Promo & PDV Show, além da programação simultânea de Seminários Especiais direcionados para profissionais que atuam nos segmentos de marketing promocional, merchandising no PDV (ponto-de-venda), serviços gráficos e eventos. (11) 3723-5200
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DIVULGAÇÃO
Escowal
Linkware Solutions
Petit Chef Patrícia Romanelli
Cícero José da Silva
Cardápio diversificado Incrementar e diversificar a linha de produtos pode ser uma estratégia importante para manter-se à frente da concorrência. No caso do comércio de comida congelada, a situação não é diferente. A marca Petit Chef, do grupo paranaense V. Romanelli, por exemplo, conta com um cardápio diferenciado de produtos light. A Linha Light veio atender às exigências da vida moderna e oferece ao público um kit semanal que alia os prazeres de uma refeição saborosa com o equilíbrio alimentar. Por meio da venda dessa nova linha de produtos, a empresa pretende conquistar 10% a mais de clientes – expandindo e oferecendo seus serviços para clínicas de estética, spas e hospitais, a exemplo do que acontece hoje no Instituto do Coração (InCor), em São Paulo. “O novo cardápio para emagrecimento atende às necessidades de pessoas que buscam uma dieta equilibrada, associada ou não a uma atividade física regular”, explica a empresária Patrícia Romanelli, diretora da empresa. Estima-se que o setor de empresas especializadas em refeições congeladas, segundo a avaliação Petit Chef, cresça em torno de 15% a 20% este ano. Em 2002, o faturamento desse segmento alcançou R$ 5 milhões. Sediada em São José dos Pinhais (PR), a empresa atua em toda Curitiba e região metropolitana, mas já está expandindo seu negócio para outros estados. A Petit Chef prepara também cardápios especiais para festas particulares, e também para festas tradicionais, como o Natal e o Ano Novo. www.petitchef.com.br
MULTICERTIFICAÇÃO
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A Linkware Solutions, empresa de tecnologia que oferece produtos e serviços para a gestão financeira, acaba de receber um aporte de capital do Fundo SPTec, Fundo Mútuo de Investimentos em Empresas Emergentes de Base Tecnológica de São Paulo. Com a operação de aporte celebrada junto ao Fundo SPTec, a Linkware Solutions prepara sua arrancada imediata para a liderança no mercado nacional e da América Latina. Em dois anos, a expectativa da empresa é a de se lançar no mercado mundial, oferecendo plataformas de software contendo um tipo de know-how no qual o Brasil vem se destacando como um dos mais avançados do mundo: a gestão, em tempo real, de sofisticadas transações e aplicações de ativos financeiros e bancários, com multiplicidade de índices, moedas e instituições. Na análise de Cícero José da Silva, CEO da Linkware Solutions, o antigo histórico brasileiro de volatilidade financeira e a sucessiva troca de moedas permitiram que a indústria de TI do país pudesse enfrentar, com antecedência, um tipo de situação que só recentemente, após a globalização, começou a se generalizar em todo o mundo. Segundo ele, a Linkware Solutions acabou se beneficiando dessa situação de turbulência financeira, ao ter de desenvolver uma linha de produtos com inteligência adaptativa. Ou seja, com recursos de DIVULGAÇÃO flexibilidade e administração de mudanças ainda não encontrados em qualquer outra parte do mundo. www.linkwaresolutions.com.br 2003
Após dois anos e meio de desenvolvimento integrado, a Tecnofibras S.A., de Joinville (SC), empresa ligada ao Grupo Busscar, obteve a certificação ISO 14001 através do órgão certificador BRTÜV. Essa norma é uma ferramenta de reconhecimento internacional que permite à empresa comprovar a melhoria contínua de seu desempenho na área ambiental e o atendimento à legislação. A Tecnofibras fabrica peças e componentes de plástico para a indústria automotiva, tendo como matériasprimas produtos petroquímicos que exigem redobrados cuidados para a preservação do meio ambiente. Paralelamente à ISO 14001, a Tecnofibras foi recomendada à certificação TS 16949, que é uma especificação técnica da norma ISO que contém requisitos adicionais à ISO 9001/ 2000 e QS 9000, o que coloca a empresa dentro do padrão de qualidade exigido pelas indústrias automobilísticas em nível mundial. A Tecnofibras é a única indústria do segmento de plástico reforçado com fibra de vidro da América do Sul a receber essas duas recomendações. A empresa comemora também as certificações de fornecedora mundial da Caterpillar e da montadora Ford, integrando o seleto grupo de fornecedores Q1. (47) 435-1529/441-1400
Experiência lucrativa
Empreendedor – Julho
Jovem S.A. por Lúcio Lambranho
Melhores do segundo ano
lucio@empreendedor.com.br
Em busca do capital Na primeira “roda de negócios”, ação desenvolvida para detectar oportunidades de investimentos, a Eccelera, empresa de gestão de capital do Cisneros Group of Companies, recebeu 60 planos de negócios e selecionou dez para uma reunião na sede da empresa. O resultado bateu as metas previstas para o ano todo em ações desse tipo. Três empresas estão sendo avaliadas pela Eccelera como potenciais empreendedores a receberem suporte gerencial e aporte financeiro. Segundo os executivos que analisaram o projeto, a média de idade entre os empreendedores é de 30 anos, mostrando mais uma vez o apetite da nova geração pela possibilidade de conseguir capital de risco para seus projetos. Com essa ação para prospectar oportunidades, a Eccelera vai investir até US$ 5 milhões por empresa. Através dessa ação, a Eccelera recebeu 120 inscrições em seu site, sendo que 50% dos contatos foram efe-
2003
DIVULGAÇÃO
Julho – Empreendedor
tivamente convertidos em planos de negócios recebidos. “O resultado da ação foi o melhor possível. Inicialmente, a Eccelera tinha como meta receber 60 planos de negócios somando todas as rodas que seriam organizadas em 2003. Apenas no primeiro evento, esse objetivo foi alcançado”, conta Walter Bentivegna, diretor de Negócios da Eccelera. Segundo ele, um facilitador foi a alternativa de os empreendedores enviarem uma apresentação em slides em vez do plano de negócios. “O fato de as primeiras seleções ocorrerem via Web também democratizou o processo”, completa. Dos 60 planos recebidos, apenas 23 foram da capital paulista. Cerca de dez vieram do interior do estado, como Campinas e Santana do Parnaíba, e o restante de outros estados brasileiros. A região Sul foi um dos destaques: 13 planos vieram do Rio Grande do Sul, sendo nove especificamente de Porto Alegre. Ao todo, foram recebidos planos de nove estados diferentes: São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, Paraíba, Distrito Federal, Paraná e Santa Catarina. Graças ao sucesso da ação, a Eccelera já programa futuros eventos nesse modelo. A idéia é usar o suporte de parceiros e instituições de fomento para aumentar o alcance das rodas de negócios em comunidades específicas, como o meio acadêmico e entidades do setor de tecnologia da informação. Desde março de 2000, a Eccelera investiu US$ 15 milhões em 11 empresas e guarda mais US$ 85 milhões em caixa. A média de aporte oscila entre US$ 1 milhão e US$ 3 milhões, e o valor máximo por associada é de US$ 5 milhões. www.eccelera.com.br
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Oito estudantes brasileiros foram premiados no Goldman Sachs Global Leaders. Os estudantes Flávio Bettarello e Flávia Deutsch, da FGV-EASP, Cláudia Sussekind e Renata Bahiense Thomé, da PUCRio, Helena Gomes e Lucas Mendes, da USP, e Marco Aurélio Crespo e Rafael Ribeiro, da Unicamp, estão entre os cem melhores estudantes de segundo ano em universidades de 17 países. Os Global Leaders foram selecionados por seus destaques acadêmicos e conquistas de liderança. A Fundação Goldman Sachs e a sua organização associada, o Institute of International Education, criaram o Programa Global Leaders para identificar e recompensar a excelência acadêmica e potencial de liderança dos cem mais talentosos estudantes de segundo ano, em todas as disciplinas, no mundo todo. Através de entrevistas com um painel de líderes em negócios, governo e terceiro setor, quatro dos oito estudantes (nomeados acima) de universidades brasileiras serão selecionados para estudar no Instituto de Liderança Goldman Sachs, neste mês em Nova York, juntamente com 40 outros estudantes selecionados internacionalmente nessa época. Durante o período do Instituto, os Global Leaders terão a oportunidade de examinar importantes assuntos globais em ambiente de colaboração. Professores renomados do The Leadership Center, da Faculdade Morehouse, e da Wharton School, da Universidade da Pennsylvania, executivos da Goldman Sachs e líderes em negócios, do governo e do terceiro setor conduzirão seminários e discussões. No Brasil, o processo de seleção é administrado pela Associação Alumni. (11) 3816 3769
Avenida da Decoração Um espaço exclusivo para reunir lojas especializadas de alto padrão em móveis e decorações. Assim é o VillageDecor, um empreendimento idealizado pela KA&PE Construções, dirigida por Emerson Philippi, 31 anos, em parceria com a Cassol Pré-Moldados. O novo espaço está sendo construído às margens da SC-401, rodovia que liga o centro de Florianópolis às praias do Norte da Ilha de Santa Catarina e que está sendo chamada de “Avenida da Decoração”. O empreendimento terá 11 mil m2 de área construída, incluindo 21 espaços com mezanino, 14 escritórios, uma ampla área aberta para integração dos ambientes e ainda local para eventos, coquetéis, exposições de arte, palestras e cursos relacionados ao segmento. “A proposta é qualificar essa oferta de serviços de maneira que o cliente encontre no mesmo lugar tudo que precisa para sair satisfeito com sua necessidade, tendo a possibilidade ainda de usu-
fruir de um lazer cultural de alto nível”, explica Emerson Philippi. Segundo o jovem empresário, a busca por produtos e serviços do mesmo ramo deve estar facilitada para o consumidor. O Village
Decor, que teve sua construção iniciada em março deste ano, já possui cerca de nove espaços comercializados. De acordo com Philippi, outros investidores estão aproveitando a oportunidade para gerar negócios futuros. A sua idéia para o empreendimento é que os escritórios deverão reunir profissionais de Florianópolis e do estado, permitindo uma integração que fortaleça o segmento, agilize os negócios e garanta mais qualidade para os consumidores finais. O empreendedor aposta suas fichas no mercado de decoração e móveis, que movimenta cerca de US$ 4 bilhões por ano no Brasil. “Em Florianópolis este é um mercado em franca expansão pela vinda de centenas de famílias que procuram na capital catarinense mais qualidade de vida e melhores condições para morar”, explica.
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Suporte 24 horas dos recursos de TI, consultoria tecnológica e desenvolvimento de soluções para internet. A jovem equipe tem certificações na área de redes e traz a vivência em grandes empresas tecnológicas para a sua iniciativa empreendedora. Ela começa suas atividades com um importante diferencial: o atendimento 24 horas para os clientes que necessitarem. Jair Ferronatto, diretor de Tecnologia, explica que o Inova Support fará o gerenciamento de TI dos clientes e dará suporte técnico especializado 24 horas com profissionais certificados e treina-
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dos pelos principais fabricantes do mundo. O atendimento será por telefone, internet e localmente. Na área de redes, a Inovanet se propõe a fazer serviço completo para seus clientes: política de segurança, conectividade com filiais e clientes, configurações, diagnóstico dos problemas, laudo técnico e a proposta de melhorias para as empresas, entre outros. Ferronatto destaca que a Inovanet poderá gerenciar todos os recursos de tecnologia, infra-estrutura de redes e desenvolvimento para Web. A empresa trabalhará com os principais sistemas operacionais usados atualmente, como Microsoft, Novell e Linux. (51) 590-8637 inovanet@inovanet.info Empreendedor – Julho
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A Inovanet – Soluções de Conectividade é a mais nova empresa incubada no Pólo de Informática de São Leopoldo (RS). Instalada na Unidade de Desenvolvimento Tecnológico da Unisinos (Unitec), a empresa foi fundada por jovens empresários: Jair Ferronatto, 28 anos, Sibeli Paulon Ferronatto, 26, e Fabiano Daudt, 22 anos. A Inovanet presta serviços e desenvolve produtos na área de Tecnologia da Informação (TI), atuando principalmente em suporte técnico, conectividade, políticas de segurança, gerenciamento
Nãono Durma Ponto
por Roberto Adami Tranjan Educador da Cempre – Conhecimento & Educação Empresarial (11) 3873-1953 • www.cempre.net • roberto.tranjan@cempre.net
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Escolha o mundo em que você quer viver
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ivre-arbítrio! Significa que nós podemos fazer nossas escolhas e essa é uma boa notícia. Aí está a beleza da vida: a de poder escolher o mundo em que queremos viver. Mesmo assim, fazemos escolhas equivocadas. Preferimos um mundo de escassez a um mundo de abundância; um mundo de probabilidades a um mundo de possibilidades; um mundo de expectativas a um mundo de estimativas. O mundo da sobrevivência A luta pela sobrevivência foi (e ainda é) a principal meta da maior parte das pessoas e empresas. Não
são poucos os que mordem a isca e caem nessa armadilha. O mundo da sobrevivência é um mundo de escassez, pois se acredita que não existe o suficiente para todos. Não tem para todo mundo, e o que tem é de quem chega primeiro. Daí a competição que vai se acirrando a cada dia até se transformar em predatória, quando um pisa no pescoço do outro para conseguir o que deseja. Também se aposta mais no passarinho que está à mão, e o mecanismo do controle garante o que foi arduamente adquirido. Nada pode ser perdido nem desperdiçado e todas as conquistas devem ser guardadas a sete chaves. A
Ciclo da sobrevivência
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Repetição
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Controle
Escassez
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Sobrevivência
Julho – Empreendedor
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busca da segurança faz com que a fórmula que deu certo se repita. E a repetição assegura a sobrevivência, fechando o ciclo, agora vicioso. As empresas fizeram da sobrevivência uma arte mas deixaram o seu rastro de sangue. A crença de que não há o suficiente para todos tornou as pessoas egoístas e moldadas para o trabalho pesado e o sacrifício das outras facetas da vida. A maioria das pessoas é viciada em preocupações, controle, excesso de comando e falta de fé. A maioria de nós tornou-se muito séria e... doente. Os trabalhadores nos Estados Unidos, por exemplo, consomem mais do que 15 toneladas de aspirina por dia. Essa é a herança da ambição desmedida e da ganância, da disputa de cada palmo do mercado e pela corrida obsessiva em busca do lucro. O mundo da riqueza Quando o pensamento está na abundância, não há necessidade de competir. O sol nasceu para todos, a solidariedade toma o espaço do egoísmo. Mentes e corações estão abertos à cooperação, surgem parcerias. O controle é substituído pelo risco, parte integrante da função empreendedora. Se há disposição para o risco, há também chances de criar e inovar em vez de repetir. A inovação
Nossa meta é garantir a tranquilidade do cliente.
Ciclo da riqueza
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Inovação
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Possibilidades
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Abundância
completa o ciclo da riqueza.O ciclo da riqueza rompe com a repetição. A crença de um mundo abundante comprova que não existe limitação de mercado mas limitação de imaginação. A imaginação rompe as barreiras da repetição e, por ser fecunda, nos faz ingressar no reino das possibilidades infinitas. Esse é o novo padrão de pensamento: mente aberta, coração aquecido e pés no chão. Daí emana a energia que trará a riqueza. E não se trata apenas da riqueza material, mas de tudo o que os nossos corações e almas realmente desejam: físico, mental, emocional e espiritual. Crie a sua própria realidade A crença de que algo é verdadeiro exerce grande influência no modo como enxergamos a vida e agimos não de acordo com a realidade mas conforme a nossa percepção de realidade. Uma “verdade” que não é mais verdade funciona como uma bola de ferro acorrentada à perna do prisioneiro. O nosso conjunto de crenças e valores forma a base dos nossos com-
Cooperação
portamentos. Daí a bola de ferro presa à perna: as crenças levam às percepções, que geram os nossos comportamentos que, por sua vez, confirmam as nossas “verdades”. Portanto, nossa consciência cria a nossa realidade e aí ficamos presos ao longo da vida... a menos que... a desafiemos! O desafio está em dar adeus ao mundo da sobrevivência e trocar o existir pelo viver. Existir é instintivo, involuntário, autopreservação e reação. Viver é o exercício das nossas capacidades, atitudes, habilidades e conhecimentos. Quando rompemos com o mundo da sobrevivência ficamos abertos a preencher nossos dias com momentos que nos gratificam. Queremos viver intensamente. Queremos tomar partido de algo com significado. Queremos nos sentir úteis e contributivos. Queremos respostas para as seguintes indagações: “que papel desempenho no universo?” ou “por que estou aqui?” Queremos contar uma história da qual nos orgulhemos. O melhor de tudo é saber que a escolha é nossa!
O comprometimento com a responsabilidade, a ética e o profissionalismo, nos permite alcançar ótimos resultados na defesa dos interesses de nossos clientes. Advocacia Luciana Marques de Paula, há mais de 20 anos no contencioso e, afinada com a evolução da sociedade, tem empenhado esforços para o aprimoramento na área de consultoria, evitando o litígio, com o foco para a solução amigável de conflitos.
Áreas de atuação: Direito Empresarial Franchising Direito imobiliário Responsabilidade Civil e Sucessões Mediação e Arbitragem
Rua Barros Brotero, 56 Parque Jabaquara 04343-020 – São Paulo – SP 11 578-2769/3893 fax 11 5584-8653 lmpaula@uol.com.br Associado ABF e IMAB
(Capa
O empresário Miguel Abuhab, da Datasul, defende uma proposta inovadora para um novo sistema tributário e analisa o conflito entre automação e dispensa de mão-de-obra
Competitividade
2003
responsável Empreendedor de sucesso no mercado de tecnologia, Miguel Abuhab, além de comandar a Datasul, tem se dedicado a escrever artigos nos quais aborda temas polêmicos e fundamentais para o desenvolvimento sócio-econômico do país. No momento, a preocupação do empresário tem como foco Julho – Empreendedor
a relação entre o atual sistema tributário e a competitividade das empresas brasileiras, como mostra o artigo que a Empreendedor reproduz com exclusividade nas páginas a seguir. Entre outras críticas, Abuhab questiona a forma com que o empresariado em geral é forçado a equacionar competitivida-
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de, automatização e mão-de-obra. “Temos falado de competitividade há muitos anos e sempre entendemos que esta seria a saída de todos os problemas de nosso país”, afirma Abuhab. “Todas as empresas produzem o dobro ou o triplo do que produziam no passado com a metade ou um terço dos seus empre-
ARQUIVO EMPREENDEDOR
Ano de fundação: 1978
raelense Eliyahu Goldratt no Objetivo: início dos anos 70, a Teoria Dar consultoria às empresas que desejam das Restrições surgiu, num implantar sistemas de manufatura primeiro momento, para soÁrea de atuação: lucionar problemas na área de Desenvolvimento de softwares logística da produção. A incorporativos tenção de Goldratt foi criar Empregos: um método de administração 2.500 empregos diretos e indiretos da produção totalmente novo porque, na avaliação dele, os Faturamento: métodos tradicionais o dei2002 – R$ 192 milhões 2003 – R$ 230 milhões (previsão) xavam intrigado simplesmente por não fazerem muiNúmeros de clientes: to sentido lógico, resultando 2 mil sites clientes num entrave para a própria 52 mil módulos comercializados competitividade da empresa. 80 mil usuários Posteriormente, Goldratt exExemplos de clientes: pandiu suas idéias para ouVicunha, Gradiente, Hering, Coteminas, tras áreas das empresas. Toshiba, entre outros As restrições às quais ele se refere significam qualquer coisa que impeça um sistema de atin- Não pode. E esses conceitos de Golgir um desempenho maior em relação dratt ensinam a exploar a capacidade à sua meta. Em linhas gerais, a teoria instalada, explorar a restrição”, afirma. de Goldratt visa a envolver a empresa E sua opção pela Teoria das Restrições num processo de otimização contínua, se traduz também no fato de que ele é seguindo cinco etapas: sócio-fundador da Goldratt Consulting, 1) identificação da restrição; uma consultoria que tem como meta a 2) exploração da restrição; disseminação dos conceitos criadas por 3) subordinação de tudo o mais à Eliyahu Goldratt entre empreendedores restrição; de todo o Brasil (para saber mais sobre 4) elevação da restrição; e a Teoria das Restrições, leia A Meta, 5) não deixar que a inércia se torne livro no qual Eliyahu Goldratt expõe, em a restrição (que na verdade é um reca- forma de romance, como sua teoria do de Goldratt para as empresas nun- pode ser aplicada nas empresas). ca deixarem de buscar um desempeAo ler o artigo nas páginas a seguir, nho mais favorável). as idéias defendidas por Abuhab, à priÉ a partir dessas idéias, criadas para meira vista, podem parecer ousadas desolucionar problemas dentro de empre- mais. Mas a ousadia que transparece nas sas, mas que podem ajudar também a propostas defendidas por Abuhab não direcionar os rumos de um país, que chega a surpreender quando se conhece Miguel Abuhab explicita suas opiniões, mais de perto a trajetória do empreendeseus questionamentos. “É o caso da dor à frente da Datasul. Pioneiro no degeração de empregos, tão comentada senvolvimento de ferramentas tecnolóna última eleição presidencial, onde se gicas para empresas, Miguel Abuhab falava em criar 15 milhões de empre- soube como superar adversidades – resgos, mas nunca ninguém falou como trições, se preferir – e fazer da Datasul a é que se faz para os tais empregos sur- empresa conceituada que é hoje, e torgirem”, critica. “Veja o Brasil, um país nar-se, ele próprio, um empreendedor que necessita produzir, mas tem mui- consciente de suas responsabilidades. E tas empresas abaixo da capacidade. nem por isso menos competitivo.
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Empreendedor – Julho
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gados. Ou seja, todas aumentaram a competitividade, mas, no entanto, observa-se que a maioria dos indicadores globais mostra piora em relação a décadas passadas”, analisa. Partindo de uma análise vinculada a uma visão holística, Miguel Abuhab defende uma nova forma de conduzir o processo de busca de competitividade, tendo como ponto de partida a necessidade básica que qualquer empresa tem de contabilizar cada vez mais consumidores. “Se fizermos uma análise holística, verificaremos que para haver desenvolvimento econômico precisamos também de consumidores, e para isso precisamos manter e gerar empregos, o que está em conflito com a condição necessária anterior”, escreve. Ele também afirma que, no caso da competitividade, as empresas irão sempre procurar o ótimo local, de acordo com a legislação vigente, independentemente do custo que essa competitividade possa trazer para o sistema global ou para toda a sociedade. “Quando temos um problema complexo não precisamos resolver tudo para resolver o todo; basta identificar e resolver o problema restritivo que os demais serão resolvidos em decorrência”, afirma, lembrando a necessidade de um sistema tributário que faça coincidir o ótimo local com as necessidades do ótimo global. Como se pode ver, além da visão holística, as idéias de Miguel Abuhab têm como pano de fundo a Teoria das Restrições. Desenvolvida pelo físico is-
Por dentro da Datasul
(Capa
Um projeto para
mudar o Brasil
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Nas páginas a seguir, o empresário Miguel Abuhab apresenta suas idéias para alterar radicalmente a visão que a maioria das empresas possui do processo de automação. Abuhab também mostra como o sistema tributário brasileiro pode ser modificado em favor da competitividade empresarial e de todo o país
Julho – Empreendedor
por Miguel Abuhab
Se analisarmos os problemas atuais do nosso país, veremos que, de maneira geral, são efeitos indesejáveis decorrentes de algum problema maior que impediu que nossos objetivos fossem alcançados. Portanto, os problemas que temos hoje são conseqüências e não causas. E dentre os diversos efeitos indesejáveis podemos listar: Estímulo à elisão fiscal (impostos diferenciados para serviços, comércio e manufatura são um estímulo à elisão fiscal); Baixo incentivo ao emprego; Baixo incentivo à exportação; Alta complexidade para fiscalização; Sonegação fiscal; Impossibilidade de recuperação de impostos na exportação; Alto custo de arrecadação; Estímulo à guerra fiscal; Alta complexidade e custo para o contribuinte; Situação de injustiça para os que pagam; Vulnerabilidade à corrupção; Miguel Abuhab é engenheiro mecânico formado pelo ITA, fundador e presidente da Datasul S.A., conselheiro do Instituto para Estudos do Desenvolvimento Industrial e sóciofundador da Goldratt Consulting, que difunde no Brasil os conceitos de Eliyahu Goldratt, criador da Teoria das Restrições mab@datasul.com.br
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Excesso de processos na Justiça do Trabalho; Excesso de autuações pelo INSS. Para ilustrar melhor o raciocínio é importante observar o conflito que normalmente existe em uma empresa, como mostra o quadro na página ao lado. O objetivo de uma empresa é aumentar o retorno sobre o investimento. Para isso, de um lado, é necessário aumentar as vendas, o que implica manter estoques, mas, por outro lado, para aumentar o retorno sobre o investimento é necessário diminuir o investimento, ou seja, reduzir os estoques. Isso é um conflito. Se a empresa deixar que os estoques sejam administrados pelo pessoal de vendas e marketing, os estoques subirão a níveis insuportáveis colocando em risco o seu objetivo principal. Por outro lado, se deixar apenas o pessoal de finanças cuidar dos estoques, estes cairão a um nível também indesejável, fazendo com que a empresa perca vendas e também coloque em risco o objetivo principal, que é aumentar o retorno sobre o investimento. Porém, na empresa existe uma autoridade maior que é o presidente, que irá definir critérios, adotando soluções de compromisso entre os dois interesses conflitantes. O presidente vai dizer que deverá ser mantido um nível de estoque reduzido, porém, observando que seja preservado o mesmo padrão de atendimento aos clientes. Para os itens muito caros deverá ser mantida apenas uma peça em estoque, e itens que têm
Conflitos nas empresas Aumentar as vendas
Manter estoques
Retorno sobre o investimento
Conflito Diminuir o investimento
Reduzir estoques
precisamos manter e gerar empregos, o que está em conflito com a condição necessária anterior. Automatizar/ É importante obCompetitividade Demitir servar que, ao contrário do exemplo dos Desenvolvimento Conflito estoques nas emeconômico presas, não há ninguém que esteja adManter e gerar Consumidores ministrando esse conempregos flito, o que equivale a dizer que naquele exemplo a empresa baixo giro não serão mantidos em es- R$ 40 mil mensais. Se o custo do sis- deixará o pessoal de vendas cuidar dos toque, mas sim comprados por enco- tema proposto for menor ou igual ao estoques, independentemente do efeito menda a cada venda realizada. Ou seja, custo atual, a empresa, em busca da negativo que isso possa gerar ao caixa não poderão ser mantidos estoques a competitividade, imediatamente faz a da empresa. Da mesma forma, no caso da comqualquer custo. substituição. A empresa estará sempre petitividade, as empresas irão sempre Para termos no país desenvolvi- objetivando ser competitiva de acordo mento econômico precisamos de com- com as leis vigentes. Estará sempre ob- procurar o ótimo local, de acordo com petitividade, e para ter competitivida- jetivando o seu ótimo local, o que é per- a legislação vigente, independentemente do custo que essa competitividade de é uma condição necessária automa- feitamente compreensível. tizar e lamentavelmente demitir. As Se fizermos uma análise holística, possa trazer para o sistema global, ou empresas que, na maioria, lutam pela verificaremos que para haver desen- para a sociedade como um todo. Ótisua sobrevivência procuram de qual- volvimento econômico precisamos mo local é como o ar-condicionado: quer forma a competitividade. Assim, também de consumidores, e para isso esfria de um lado, mas esquenta do diariamente nas empresas são feitos cálculos de custo objetivando melhoria de processos e redução de custos. Veja o exemplo, esquematizado no Sistema atual Sistema proposto quadro ao lado: uma empresa tem cem Proposta de empregados, pagando a eles um saláOperação manual: Equipamento automação 100 pessoas automático rio de R$ 200 por mês. Portanto, o valor mensal de salários é de R$ 20.000. Salários R$ 20 mil – Sobre os salários a empresa paga também encargos sociais no valor de R$ Encargos R$ 20 mil – 20.000. Essa mesma empresa tem condições Custo operacional – R$ 40 mil de adquirir um equipamento automátiTotal R$ 40 mil R$ 40 mil co que terá um custo operacional de
Conflitos no país
Mão-de-Obra X Automação
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(Capa outro. Certamente o ótimo global não é a soma dos ótimos locais.
ARQUIVO EMPREENDEDOR
Análise holística Vamos agora fazer uma análise holística do que irá acontecer havendo a decisão de se adotar o sistema de automação: Primeiro: Serão demitidos cem empregados que ganham hoje um salário de R$ 200, o que equivale a um prato de comida diário para sua família. O país terá gerado mais cem desempregados. Em decorrência, a sociedade terá que arcar com esse ônus. Seja com os efeitos indesejáveis listados acima, ou ainda com medidas paliativas como o programa Fome Zero, que visa a combater os efeitos e não a causa. A sociedade passa a pagar um prato de comida para aqueles que já trabalhavam para isso. Eles trabalhavam honestamente por um prato de comida para sua família e preferiam não estar no programa Fome Zero. A luta pela competitividade, a busca do ótimo local frustrou a este trabalhador o objetivo de sustentar, de educar seus filhos e dar a eles uma vida mais digna do que a sua. Dessa forma, de nada adiantou tal competitividade, pois a sociedade continuará
pagando ao desempregado e sua família; ou pelos efeitos indesejáveis, ou pelo programa Fome Zero. Segundo: O INSS terá um déficit de R$ 20 mil por mês e a sua conta não fechará. Como a base de contribuintes do INSS é cada vez menor, o governo, para poder fechar essa conta, acaba aumentando o INSS em percentuais, e mais tarde criando novos impostos como PIS, COFINS, Finsocial, CPMF, de maneira que as empresas acabam pagando os mesmos valores, mas de uma outra forma. A competitividade local de nada valeu, pois agora as empresas têm que pagar os salários sob outra forma, têm que pagar o INSS sob outra forma, e ainda têm que pagar os custos operacionais da máquina que comprou. Temos falado de competitividade há muitos anos e sempre entendemos que esta seria a saída de todos os problemas de nosso país. Hoje sabemos que todas as empresas produzem o dobro ou o triplo do que produziam no passado com a metade ou um terço dos seus empregados. Todas aumentaram a competitividade, mas, no entanto, observamos que a maioria dos indicadores globais mostra piora em relação a
décadas passadas. Se a competitividade pura e simples fosse a solução dos problemas do país, então o Brasil deveria fazer parte do G7, mas essa não é a nossa realidade. “Quando estamos num buraco, a primeira coisa que devemos fazer é parar de cavar.” Isso significa que não podemos aumentar a competitividade local a qualquer custo para a sociedade ou para o sistema global. E ainda temos mais ameaças: veja que hoje um robô custa 20% do que custava há alguns anos, o que faz com que agora seja mais fácil substituir as pessoas por máquinas. Isso equivale a dizer que “agora estamos cavando nosso buraco mais rapidamente”. Temos que entender que precisamos quebrar esse conflito. Toda vez que há uma solução de compromisso, temos que balancear essa solução colocando regras claras, objetivando o ótimo global. No caso da competitividade no país cabe ao governo estabelecer regras claras para que esta seja global. Somente a competitividade global poderá aumentar a renda per capita e o desenvolvimento da economia em nosso país. Não podemos obter a competitivi-
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“O problema restritivo em nosso país é o atual sistema tributário. Temos que fazer uma Reforma Tributária que privilegie a competitividade global, mantendo o consumidor. Não podemos demitir o consumidor” Julho – Empreendedor
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ESTRATÉGIAS PRINCIPAIS
Para termos de fato um Projeto Holístico, precisamos analisar quais serão os efeitos indesejáveis causados pelas estratégias principais: • Os Estados e Municípios não
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podem ter a sua arrecadação reduzida (Em função da cobrança do IVA por destino.) • Redução temporária no fluxo de arrecadação (Já que a arrecadação passa a ser pela cobrança e não pelo faturamento.) Agora precisamos criar estratégias complementares para anular os efeitos indesejáveis advindos das estratégias principais: • Os bancos repassam os valores aos Estados e Municípios, observando a mesma arrecadação do ano anterior (Excedente em relação à arrecadação do ano anterior passa a ser distribuído pelo destino dos produtos e serviços, e não pela origem.) Como último passo, precisamos identificar os efeitos desejáveis, que de maneira geral são os opostos aos efeitos indesejáveis levantados: • Reduzir/Eliminar a elisão fiscal • Incentivar a manutenção e a geração de empregos formais • Incentivar a exportação • Reduzir o custo da fiscalização • Reduzir a sonegação fiscal • Permitir a recuperação de impostos na exportação • Reduzir o custo de arrecadação • Terminar a guerra fiscal • Simplificar os processos administrativos para o contribuinte • Prover justiça para os que pagam impostos • Dificultar a corrupção • Reduzir o número de processos na Justiça do Trabalho • Reduzir o número de autuações pelo INSS • Estados e Municípios mantêm a arrecadação do ano anterior • Aumentar a arrecadação Verificamos se as estratégias propostas nos levam aos efeitos desejáveis e, fazendo essa análise, observamos que todos os efeitos desejáveis são atingidos. Certamente o que colocamos aqui como estratégias constituem apenas um direcionamento da solução. Em se formando um grupo de trabalho poderemos ter definitivamente um Projeto Holístico Sobre a Reforma Tributária. Empreendedor – Julho
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dade a qualquer custo. Existe um ponto de equilíbrio. Existe um ponto a partir do qual a competitividade passa a gerar um custo muito alto para a sociedade e coloca em risco o objetivo principal. Tenho receio de que o mundo ainda não percebeu esse limite, e já está entrando em níveis que pode comprometer a paz entre os povos. Para efeito de raciocínio, se um país chegasse a um nível de automação tal que não gerasse mais empregos em suas empresas e que exportasse toda sua produção, estaríamos nos comparando aos países ricos em petróleo que exportam altos valores, mas a população é pobre, pois a riqueza está concentrada nos poucos donos dos poços petrolíferos. Também não é isso que queremos para nosso país. Quando temos um problema complexo não precisamos resolver tudo para resolver o todo; basta identificar e resolver o problema restritivo que os demais serão resolvidos em decorrência. O problema restritivo em nosso país é o atual sistema tributário. Temos que fazer uma Reforma Tributária que privilegie a competitividade global, mantendo o consumidor. Não podemos demitir o consumidor. Temos no governo a vontade política de mudar. Temos a oportunidade de fazer uma reforma simples, mas com resultados eficazes. Precisamos que políticos, empresários e classe trabalhadora se unam para que, em tempo, o Congresso Nacional possa fazer emendas para uma solução holística. Oxalá esse projeto chegue ao conhecimento do presidente da República Luís Inácio Lula da Silva e de seus ministros.
Apresento a seguir as estratégias principais para resolver o problema restritivo: • Cobrar INSS sobre o valor agregado e não sobre o salário • Eliminar ISS e todos os impostos em cascata • Utilizar o IVA para produtos e serviços (Quando o minério é extraído da mina há somente serviço, quando o metal é transformado há serviço. Não há diferença entre o serviço prestado dentro de uma empresa de manufatura ou num escritório de engenharia. Portanto, serviço é valor agregado e deve pagar IVA para evitar a elisão fiscal.) • O número da conta bancária passa a ser o CNPJ/CPF (Existe a ortodoxia de agências de banco. Com a centralização das bases de dados das agências dos bancos no mesmo servidor, não faz sentido números de contas para cada agência bancária. Cada empresa ou pessoa física passa a ter uma única conta em cada banco, e esta conta passa a ser o CNPJ/CPF.) • Todas as cobranças entre pessoas jurídicas passam a ser feitas pela rede bancária (Atualmente a grande maioria da cobrança entre pessoas jurídicas já é feita pela rede bancária. Isso passaria a ser obrigatório.) • Os bancos fazem a cobrança do IVA na fonte, mantêm a conta de impostos e pagam à União, aos Estados e aos Municípios (Sendo a cobrança entre pessoas jurídicas feitas pela rede bancária, deverá ser destacado no boleto de cobrança o valor do IVA. O banco recebe o valor integral do comprador e credita ao vendedor o valor líquido de impostos. O banco mantém ainda para cada empresa uma conta de impostos lançando valores a crédito e a débito, fazendo a apuração no final da quinzena, e pagando aos Municípios, aos Estados e à União.) • Manter o CPMF apenas para retiradas superiores a R$ 5 mil
VIA digital por
Flaviano da Cunha Júnior
E a guerra continua ILUSTRAÇÃO CLÓVIS GEYER
Se não podemos derrotá-los... lhamento de arquivos chegou para ficar e, não existindo maneira de processar, prender ou atirar aos leões todos os usuários, as gravadoras deveriam, sim, aprender a utilizar o novo meio de divulgação para vender mais, e não confiar somente no bom e velho CD.
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A Recording Industry Association of America (RIAA), a associação que reúne as gravadoras norte-americanas, não dá trégua aos serviços de compartilhamento de arquivos. Encerrado o Napster e alguns sucessores, e mesmo depois da divulgação de pesquisas que confirmam que a maioria dos usuários desse tipo de serviço compra CDs de música, a vez agora é realmente dos usuários. Depois de conseguir que quatro estudantes de uma universidade pagassem US$ 15 mil cada, em média, a título de indenização pelo uso da rede do campus para compartilhamento de músicas e vídeos, a RIAA promete agora uma verdadeira “orgia” de ações judiciais, visando a processar centenas de internautas que compartilham amplas coleções de músicas pela internet. A ação da RIAA é possível porque uma nova lei norte-americana obriga os provedores a disponibilizar os dados cadastrais de seus usuários para averiguação de práticas “cyber-criminosas”, como a pirataria. Mesmo assim, a maioria dos usuários continuará a usar o Morpheus, a KaZaa e afins para compartilhar de tudo, inclusive música. Cá entre nós, esse novo movimento das gravadoras impressiona, mas não vai, nem de longe, atingir o objetivo por elas esperado. A verdade é que o comparti-
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O recém-lançado serviço de venda de músicas pela internet da Apple, o iTunes Music Service, informou que, depois de dois meses no ar, 46% dos 5 milhões de downloads de músicas foram pagos. Isso demonstra que uma grande parte dos usuários está disposta a pagar por produtos e serviços de qualidade.
O Site do Empreendedor (www.empreendedor.com.br) contém a edição mensal completa da revista Empreendedor e um serviço de busca a edições anteriores. No site, o internauta também acessa as demais publicações da Editora Empreendedor, além de serviços como o de notícias on-line com atualização instantânea.
Notícias do front O badalado site Back to Iraq 2.0 (www.back-to-iraq.com), mantido e atualizado pelo jornalista norteamericano Christopher Allbritton, ficou famoso por trazer notícias da Guerra do Iraque com uma visão inovadora, de dentro das fronteiras do conflito e sem os filtros militares ou editoriais dos órgãos de imprensa. Acabada a guerra (oficialmente, pelo menos), o site continua no ar, avaliando de maneira muito imparcial (apesar de ser escrito por um
cidadão norte-americano) a situação do Iraque pós-Saddam. “Cris” se declara abertamente contra a maneira como o governo Bush está agindo na questão da ameaça constante de terrorismo. E avalia, em artigos bem fundamentados e sem paranóias, as reais intenções de americanos e ingleses no conflito. Para quem domina o inglês, é uma ótima fonte de informações e análise das razões e conseqüências do conflito.
Santo alvo
Humor digital
A Santa Sé revelou em junho que o site do Papa João Paulo II (www.vatican.va) conta com um time de renomados experts para proteger Sua Santidade das pragas digitais do mundo moderno. E não é para menos. Todos os dias o site recebe 30 ataques de hackers, vindos principalmente dos Estados Unidos, e ao mês são 10 mil e-mails com
O mundo das empresas e profissionais envolvidos com a plataforma Linux andou em polvorosa nos últimos meses. É que a empresa norte-americana SCO, uma gigante da IT (Information Technology, ou Tecnologia da Informação) anunciou que detém os direitos do sistema Unix, e alega que os criadores do Linux utilizaram muitas partes daquele sistema sem pedir licença ou autorização, sugerindo assim que todos que usarem o Linux estariam sujeitos a pagar royalty ou similar pelo uso do código do Unix. O alvoroço foi geral, e os envolvidos com essa plataforma já começaram a sentir queda nas vendas e desinteresse na manutenção de alguns projetos futuros em Linux. Em defesa do Tux (o simpático pingüim símbolo do Linux), a Novell é a primeira empresa de peso a comprar a briga. Apesar de fazer parte do grupo empresarial da SCO, a Novell declarou publicamente que é a real detentora dos direitos do núcleo do Unix (ou seja, do código), enquanto que a SCO detém apenas os direitos comerciais de produtos desenvolvidos com o Unix, prometendo lutar na Justiça pela gratuidade do Linux. Nas entrelinhas dessa briga lê-se que a SCO está querendo valorizar-se com a possibilidade de cobrar por um sistema que se difundiu amplamente baseado, entre muitas outras qualidades, no fato de ser gratuito. Após o anúncio da cobrança de licenças, as ações da SCO valorizaram-se dez vezes. Do outro lado, a Novell está ciente do tamanho do estrago que uma ação desse tipo pode causar no mercado do Linux, e está tomando suas providências para não deixar que isso aconteça.
Vermes? Eu? Cuidado, seu computador pode estar com vermes. Brincadeiras à parte, um worm chamado JS.Fortnight anda circulando livremente pela rede, não detectado pela maioria das ferramentas anti-vírus. Apesar de não apagar ou roubar informações (o que o transformaria num vírus), o Fortnight explora uma falha do Windows e faz com que todo clique num link do Internet Explorer acabe caindo numa página pornográfica. Para limpar a máquina, basta baixar da Microsoft as últimas atualizações para seu browser, no endereço windowsupdate.microsoft.com.
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Não, meu filho, você não foi baixado pela internet. Você nasceu!
vírus e outros códigos maliciosos. Portanto, por motivos de segurança, o Papa não possui um endereço eletrônico pessoal, mas a equipe da Santa Sé garante que todo e-mail “do bem” chega a Sua Santidade (só no último aniversário foram 23 mil mensagens num único dia).
Em defesa do Linux
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Franquia
EXPRESSAS
Total
A padronização no ramo de hotéis já é uma realidade que facilita a conversão do negócio para o sistema de franchising. Depois de realizar um estudo sobre o potencial das cidades brasileiras em operar uma franquia, o grupo hoteleiro Accor Hotels decidiu adotar o sistema para duas bandeiras da rede: Ibis, da categoria econômica, e Mercure, da categoria superior. Operando no novo sistema, o Ibis Blumenau, com 110 apartamentos, é o primeiro de 25 hotéis franqueados que a empresa espera ter até 2005. Os próximos municípios são São José, Criciúma, Joinville e Itajaí, em Santa Catarina, e Novo Hamburgo e Porto Ale-
DIVULGAÇÃO
Accor lança franquia em hotéis
gre, no Rio Grande do Sul. Atualmente, a empresa administra 115 hotéis e flats em 44 cidades do país. O franqueado interessado precisará investir R$ 53 mil por apartamento caso opte pela bandeira Ibis, que deve ter, no mínimo, 60 quartos, e R$ 90 mil para o Mercure, que deve ter, pelo menos, 20 unidades. O prazo de retorno é estimado em cinco anos. franquia@accorhotels.com.br
Strutura sob medida
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Com um ousado plano de ampliação de suas lojas em todo o território nacional, a Strutura, rede especializada em moda jovem, abriu sua primeira unidade em Porto Alegre de olho no potencial do Rio Grande do Sul. De acordo com Fuad Sader Júnior, diretor da empresa, a medida faz parte do planejamento estratégico da rede para 2003, que é dobrar o número de unidades franqueadas. Atualmente são 20 próprias e 12 franquias. “A inauguração desta loja própria é o cartão de visitas para ampliação no Rio Grande do Sul, cujo mercado é extremamente promissor e carente de lojas neste segmento”, afirma ele. A Strutura já está presente em
Santa Catarina e no Paraná, além das regiões Sudeste e Nordeste, onde também possui unidades. Especializada em produtos como jeans, malhas, acessórios e underwear, a Strutura está no mercado há 19 anos. A marca prioriza pontos de grande circulação do público-alvo da rede, composto por jovens na faixa etária entre 16 e 30 anos, pertencentes às classes A, B e C. As lojas podem ter três diferentes tamanhos, classificadas como Strutura Light, Classic e Premium, que proporcionam ao franqueado a opção de escolha de acordo com o tamanho do seu investimento. (11) 5572-9111 www.strutura.com.br
Beleza I • A expansão obtida em 2002, quando pulou de 18 para 36 unidades, fez a rede Onodera repensar sua estratégia e investir em mercados fora do eixo Rio–São Paulo, como João Pessoa, onde será inaugurado o primeiro centro estético na região Nordeste. Outras unidades estão em fase de negociação em diversos estados. A abertura de uma franquia requer investimentos que variam entre R$ 150 mil e R$ 250 mil. (11) 3266-6609 Beleza II • A WS Italy, importadora, distribuidora e franqueadora de cosméticos e perfumaria italiana, quer dobrar o seu número de unidades. Para isso, pretende atrair o pequeno investidor com cinco novos formatos de lojas que exigem investimentos que variam de R$ 28.700 a R$ 62.900, passando por outros formatos que pedem quantias na ordem de R$ 30 mil, R$ 44 mil ou R$ 55mil. (11) 4447-4680 Automação • Um quiosque totalmente automatizado, onde as pessoas depositam as roupas sujas e as recebem limpas, em casa ou no local de trabalho, é a grande novidade da Qualittà Lavanderia. Batizado de Qualittà Fácil, o quiosque será instalado em edifícios de escritórios, condomínios residenciais, supermercados, postos de gasolina e outros locais com grande fluxo de pessoas. (11) 3841-9795 Reestruturação • A Jani King apresenta ao mercado novidades neste segundo semestre, como a formação de franqueados regionais que podem criar um Escritório de Suporte Regional para explorar determinado território com exclusividade. Outro destaque é o chamado “franqueado especialista” para atender locais como hotéis, escolas ou hospitais. Por fim, a rede fechou parceria com a Astral Saúde Ambiental, empresa de controle de pragas, para ampliar a prestação de serviços e facilitar a vida do cliente. (11) 5501-4401
Edição: Alexandre Gonçalves • Reportagem e Redação: Sara Caprario E-mail: franquiatotal@empreendedor.com.br
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CIRCULAR CIRCUL AR Saúde por inteiro
Lucro perfumado A comemoração do Dia dos Namorados, em junho, é a terceira melhor data para a rede de cosméticos Água de Cheiro, depois do Natal e do Dia das Mães. Por isso mais uma vez a empresa apostou em promoções especiais e conseguiu aumentar as vendas em relação ao ano passado. A rede investiu R$ 500 mil para a data, incluindo desenvolvimento de produtos e campanha publicitária, oferecendo estojos comemorativos em todas as 630 lojas da rede no Brasil. (31) 3689-9305
Com um negócio voltado ao emagrecimento desde 1990, a empresa de estética Hagla resolveu expandir o know-how através do franchising. A meta é abrir 25 unidades no país nos próximos cinco anos. A filosofia da empresa é oferecer um sistema de cuidados com o corpo que vai além da simples vaidade e preocupação com a estética. A Hagla também se preocupa com o que está por trás da necessidade de mudar a aparência física, para criar soluções e melhorar a auto-estima. Com serviços de tratamento médico e diagnóstico objetivo, a Hagla firma o compromisso por escrito com o paciente de forma que existam obrigações de ambas as partes. (22) 2733-0033 ou hagla@uol.com.br
Aquecendo os negócios no inverno A chegada do frio provoca mudanças de hábito dos freqüentadores de cafeterias, que consomem mais do que no restante do ano. Aproveitando a época, a rede Fran’s Café montou um novo cardápio com bebidas quentes à base de café e chocolate, além de oferecer sopas e sanduíches para almoços rápidos ou lanches. Com cerca de 80 lojas concentradas na cidade de São Paulo, no interior e no litoral paulistas, além de outras praças
como Rio de Janeiro e Curitiba, a Fran’s Café está em plena expansão, abrindo novas lojas e visando os mercados do Sul do país. Nos últimos três anos, a rede de cafeterias de conveniência investiu cerca de R$ 5 milhões na profissionalização e valorização do café através de treinamento dos atendentes e oferta de diferenciais nas unidades, como a internet sem fio para executivos atarefados. (11) 5056-0043
Pós-graduação em franquia ção lançado pela Bittencourt Consultoria através de um Acordo de Cooperação Técnica com a Knowledge Academy Management (KAM), instituição que mantém convênios com outras instituições internacionais e o Núcleo de Política Estratégicas da Universidade de São Paulo (NAIPPE/USP). O curso tem um total de 495 horas/aula, divididas entre aulas, trabalhos individuais e em grupo, palestras, visitas às empresas, aulas pela internet e elaboração da Monografia de Conclusão. (11) 3673-9401/3679-9258
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Constatando o crescimento do ramo de fast food, o grupo detentor da rede Spedini Trattoria Expressa, que possui 11 unidades, decidiu expandir o ramo de atuação criando a franquia Kardápio. A empresa passou por um processo de adequação e estruturação para atender às necessidades do consumidor que não abre mão de uma refeição completa, regada a massas, carnes e saladas. A rede oferece duas opções de gastronomia – à moda italiana (rissoteria) e comida chinesa. Há dois anos no mercado, a Kardápio conta com duas lojas localizadas nas praças de alimentação dos shoppings Curitiba e Crystal, na capital paranaense. Agora, a empresa espera se consolidar nas principais praças de alimentação do país. Comandada por um grupo paranaense de executivos – Luiz Antonio Eugênio de Lima, Akihiro Yamada e Lucio Costa –, a Kardápio tem a proposta de manter pratos padronizados, constante treinamento de funcionários, curso de gerenciamento, entre outras ações voltadas aos franqueados. O valor de investimento para se tornar um franqueado é em torno de R$ 160 mil, e a previsão de faturamento por loja é de R$ 35 mil mensais. (41) 362-5522 Empreendedor – Julho
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Aprofundar os conhecimentos de avaliação técnica na aplicação do conceito de redes, mais especificamente o sistema de franchising, para a expansão de negócios, assim como aprender a utilização dos conceitos, das abordagens e das modernas técnicas e ferramentas, agregadas às trocas de experiências obtidas com os participantes, para a formatação e gestão dessas redes. Esses são alguns dos objetivos do MBA Gestão de Negócios em Rede – Franchising, um curso de pós-gradua-
Um novo “kardápio” para franqueados
Franquia
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A melhor das
garantias
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Parceria, transparência e bom relacionamento são alguns dos princípios éticos que garantem o sucesso de uma rede
Exigência cotidiana nos empreendimentos que prezam a seriedade e os resultados a longo prazo, a ética empresarial vem ganhando espaço nas redes através de iniciativas dos franqueados que se organizam em conselhos ou de franqueadores preocupados com a sustentação do negócio. “Se o sucesso do franchising é o bemestar comum, ou seja, um ambiente que seja o mais produtivo possível e que gere valor ao negócio, beneficiando franqueador e franqueados, é fundamental observar as regras de boa governança da rede e que conduzem ao equilíbrio interno”, esclarece Carlos Ruben Pinto, consultor da MDS Franchising. Para consolidar os princípios de uma rede é preciso, antes de tudo, que essas premissas estejam definidas e sejam de conhecimento de toJulho – Empreendedor
Conselho de Franqueados. A consultora Barbara Cardone, da Krono Consulting, destaca que entre os princípios a serem utilizados pela rede estão incluídos desde a seleção dos perfis dos profissionais que se encaixem no setor até a realidade dos dados financeiros a serem divulgados, passando pelo suporte operaDIVULGAÇÃO cional da franqueadora em todas as etapas. “Uma rede que trabalha com ética deve ter bom relacionamento com os fornecedores e com as franquias, para garantir bem-estar geral na rede e boa relação com os consumidores que são os principais ativos para que o sistema dê certo”, reitera Barbara. Nesse verdadeiro jogo que abrange transferência de know-how, treinamentos, manuais, consultoria de campo e uma contínua troca de informações, as ferramentas de comunicação devem receber atenção redobrada. Além de sistemas de intranet, reaCOIMBRA JR.: NA QUALITTÁ, ATUAÇÃO DO CONSELHO É DECISIVA NOS RUMOS DO NEGÓCIO lização de convenções dos os envolvidos. Os valores éticos podem estar já na Circular de Oferta da Franquia, o primeiro documento ao qual os futuros empreendedores terão acesso, nos contratos ou mesmo separados em códigos internos que podem ser formulados pela própria empresa franqueadora ou pelo
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anuais e reuniões freqüentes, a existência de um Conselho de Franqueados para ser o elo de ligação entre as duas pontas tem demonstrado eficiência em várias redes. Conselhos Na Qualittá Lavanderias esse assunto é levado a sério. Hermínio Assumpção Coimbra Júnior, diretor da rede, conta que o Conselho de Franqueados foi eleito na primeira convenção anual da rede, em 2001, e de lá para cá tem tido participação efetiva nas decisões do negócio. São cinco membros, sendo quatro representantes dos franqueados e um do franqueador, e as reuniões são mensais. “A atuação desse Conselho não é somente representação, já que os seus membros administram cem por cento o fundo de publicidade e pos-
suem total liberdade de sugerir novas ações e propor negociações com fornecedores, por exemplo”, conta Hermínio. A empresa tem ainda um Conselho de Gestão que inclui a participação da Diretoria e de consultores, mas quase sempre o representante dos franqueados é convidado a participar para estar por dentro e colaborar nas tomadas de decisões estratégicas da rede. “O negócio tem que ser bom para todo mundo, não só para o franqueador. Por isso fazemos questão de buscar sempre alternativas que motivem a todos, respeitando opiniões e oferecendo novas formas de aumento do faturamento, como os quiosques automatizados lançados no mês passado”, revela o diretor. Na questão da territorialidade, um
JUSSARA: BOM SENSO AJUDA A CONCILIAR INTERESSES SEM PREJUDICAR NENHUMA DAS PARTES
dos pontos que causam maior atrito dentro das redes, a Qualittá mantém no contrato a cláusula de exclusividade total por um ou dois
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anos. Depois desse período, o franqueado tem a preferência de abrir o negócio em locais ou cidades mais próximas da sua unidade. Na rede de cosméticos Água de Cheiro não existe um comitê que aborde especificamente a ética, mas há um Conselho Consultivo de Franqueados que realiza esse trabalho de conscientização. Essa é uma ferramenta considerada muito importante pela empresa, pois coloca os franqueados em contato direto com a franqueadora para discutir todas as questões pertinentes ao negócio. “Sabemos que numa rede de franquias a ética deve ser prioridade para que o sistema dê certo”, afirma Jussara Magalhães, gerente de Franquias. “Trabalhamos objetivando o bom relacionamento com franqueados, fornecedores e consumidores. Acredito que, usando o bom senso e a idéia de cada um do que é ético, conseguimos uma conciliação dos interesses, sem prejudicar nenhuma das partes envolvidas”, completa. Efetivamente, a rede não coloca princípios éticos destacados no contrato ou na Circular de Franquia. Porém, segundo a gerente, esses documentos já foram elaborados levandose em conta uma reflexão sobre uma série de valores do sistema de franchising. “Portanto, a questão ética está ali inserida e também estamos sempre atentos à Comissão de Ética da ABF”, ressalva Jussara. Ganha-ganha A Associação Brasileira de Franchising (ABF) possui uma Comissão de Ética para resolver algumas questões antes do ingresso de ações jurídicas. A coordenadora, advogada Melitha Prado, conta que as funções da Comissão podem ser diviJulho – Empreendedor
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MELITHA: NA COMISSÃO DE ÉTICA DA ABF, CADA CASO É AVALIADO DE ACORDO COM OS CONTRATOS E A DOCUMENTAÇÃO DAS EMPRESAS ENVOLVIDAS
didas em três: analisar a classificação e reclassificação dos sócios da ABF; coordenar o processo de concessão do Selo de Qualidade; e acolher representações dos franqueadores e franqueados a respeito de problemas ocorridos entre as partes, desde que o assunto ainda não esteja no Poder Judiciário. “Cada caso é avaliado de acordo com os contratos e documentação das empresas, e aí emitimos um parecer ou uma recomendação do que deve ser feito”, explica Melitha. Os casos, em sua maioria, são relacionados a temas jurídicos, mas, mesmo antes de recomendar o ingresso de uma ação na Justiça, a Comissão os encaminha para o Instituto de Mediação e Arbitragem (Imab), para que um mediador possa ajudar a encontrar a solução do problema. Se ainda assim houver dificuldades entre as partes, o caso é enviado ao Conselho Arbitral do Estado de São Paulo (Caesp), para que seja nomeado um árbitro para resolver a questão. “Envolver o Poder Judiciário é a última instância, porque sempre consideramos que há uma forma mais prática de resolver os atritos entre a franqueadora e o franqueado. Uma rede deve crescer junta com seus franquea-
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dos, e para isso o diálogo é fundamental”, destaca a coordenadora. Enfim, a sustentabilidade de uma rede baseada em princípios éticos é maior do que naquelas onde não há preocupação com o tema. A própria credibilidade transmitida ao consumidor, indiretamente, está ligada à relação ganha-ganha que deve existir dentro da franquia. “Crescer juntos e promover a melhoria contínua de todas as unidades. É assim que se fortalece a rede, um fortalecimento, aliás, que virá de atitudes honestas, ou seja, os dois lados entregando o que prometeram mutuamente: o franqueador transferindo os conhecimentos e o franqueado se dedicando ao negócio”, conclui Carlos Ruben Pinto.
Linha Direta MDS Franchising (31)3282-6688 Qualittá Lavanderias (11) 3841-9795 Comissão de Ética da ABF (11) 3814-4200 Água de Cheiro (31) 3689-9322 Krono Consulting (21) 2256-1394
2003
Empreendedor – Julho
Franquia
ABF Feira bateu recorde de público com 25% mais visitantes do que no ano anterior ABF Franchising Expo supera expectativas
A 12ª edição da ABF Franchising Expo superou as expectativas e recebeu cerca de 25% mais visitantes do que no ano passado. Passaram pela feira aproximadamente 25,5 mil pessoas. De acordo com a Associação Brasileira de Franchising e com a Guazzelli Messe Frankfurt, organizadores da feira, não foi somente o número de visitantes que surpreendeu os expositores este ano. Uma pesquisa feita com os expositores durante a feira mostrou que o volume de negociações e/ou início de oportunidades de negócio cresceu, em média, 30%. Pelo estande da Microlins, por exemplo, franquia do setor de treinamento em informática, passaram cerca de 1.500 pessoas interessadas em
conhecer melhor a empresa. A expectativa da empresa até o final da feira era iniciar a negociação para pelo menos 70 novas franquias. Já Claudio Miccieli, diretor de Expansao da rede de restaurante Giraffas, conseguiu cadastrar em seu estande mais de 400 candidatos a franqueado, número 50% maior do que o do ano passado. A Casa do Pão de Queijo, maior rede de cafeteria do Brasil, recebeu 40% a mais de interessados em comparação ao ano passado, o que gerou uma expectativa de dez novos negócios. A Drytech, especializada em serviços para embelezamento automotivo, iniciou negociacões com dez novas franquias na feira. A Drywash, que atua
no mesmo ramo, afirma que deverá superar em 40% a meta prevista para a feira. A empresa cadastrou cerca de 250 novos interessados. A Microcamp, rede especializada em treinamento de informática, calcula que foram conquistadas na feira 26 novas franquias. Isso também aconteceu com a Bit Company, que atua no mesmo ramo e espera fechar seis negócios iniciados durante a feira. Outra empresa que está muito contente com os resultados da feira é a Qualittá Lavanderia, pois conquistou mais de 15 pré-contratos. A Bon Grillé também sentiu o crescimento da feira, recebendo, por dia, mais de 150 interessados na franquia.
2003
LINHA DIRETA: ABF www.abf.com.br – abf@abf.com.br
3ª Convenção ABF do Franchising: gerando resultados Durante a ABF Franchising Expo 2003, a ABF lançou a 3ª Convenção ABF do Franchising, um encontro aguardado com muita expectativa por empresários e profissionais do setor. O evento será realizado de 5 a 9 de novembro, no Blue Tree Park, em Angra dos Reis (RJ). A Convenção é uma excelente oportunidade aos empresários e profissionais do franchising de participarem das discussões sobre o sistema. A escolha de temas de painéis, mesas-redondas e dos palestrantes será do interesse de todos. As atividades do evento visam a atender às suas necessidades, bem como debater questões importantes sobre o mercado e principalmente como gerar resultados. Garanta já a sua presença. O número de vagas é limitado. Para mais informações, consulte a ABF pelo fone (11) 3814-4200. Julho – Empreendedor
Inscrições – Taxas e condições: TAXA DE INSCRIÇÃO
ASSOCIADOS
NÃO-ASSOCIADOS
Na feira ABF Franchising Expo 2003 Até 30/06/2003 (desconto de 30%) Até 31/07/2003 (desconto de 20%) Até 31/08/2003 (desconto de 10%) A partir de 01/09/2003
R$ R$ R$ R$ R$
R$ R$ R$ R$
600,00 630,00 720,00 810,00 900,00
840,00 960,00 1.080,00 1.200,00
Pacote empresa: para duas ou três inscrições de uma mesma empresa, será oferecido 15% de desconto para cada participante. Acima de quatro inscrições, o desconto é de 20% para cada participante. Hospedagem: Apartamento triplo: R$ 765,00/pessoa Apartamento duplo: R$ 840,00/pessoa Apartamento individual: R$ 1.350,00/pessoa Os preços incluem hospedagem para as quatro noites, com pensão completa. A hospedagem é gratuita para crianças de até 2 anos de idade. Acima de 2 anos, consultar a ABF sobre condições especiais. Opções disponíveis para a semana completa (domingo a domingo). Transporte: A ABF oferece opção de transporte direto para o hotel em vans e ônibus de luxo, saindo da sede da ABF, em São Paulo, e/ou do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro.
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FRANQUIAS EM EXPANSÃO Cacau Show
Negócio: Chocolates Finos Tel: 11.3959.2800 Fax: 11.3959.2812 E-mail: vendas@cacaushow.com.br Home page: www.cacaushow.com.br
Segurança e Competitividade A Cacau Show é hoje a maior indústria de chocolates finos do Brasil. Fundada há 15 anos, ganhou em 2002 o prêmio “Excelência – Categoria Chocolates” da ABICAB. As lojas padronizadas vieram como consequência do crescimento e solidez conquistados em mais de uma década de trabalho. Temos hoje 28 unidades, todas com excelentes resultados e disponíveis para análise. Não cobramos taxas de adesão, royalties ou semelhantes: Acreditamos que o nosso lucro deve vir unicamente do fornecimento do nosso produto, e por isso não objetivamos ganhar nas instalações, na concessão da marca ou no apoio. Oferecemos a melhor relação de custo X benefício do mercado de chocolates finos, tanto para o parceiro de negócios como também para o consumidor. Hoje os nossos chocolates são em média 50% mais baratos que os da concorrência, mas com uma qualidade equivalente. Também destacamos que nas lojas Cacau Show existem 03 possibilidades de trabalho: 1) Fazer a venda para o consumidor na loja; 2) comercializar ativamente no atacado, para diversos estabelecimentos da região; 3) formar equipes de revendedoras autônomas por catálogo. Para o aproveitamento desse 03 canais, onde a venda não é apeN.º de unidades Próprias e Franqueadas: 28 nas passiva mas Áreas de interesse: Brasil também ativa, a Apoio: PA, PM, MP, PO, OM, TR, PF, EL, PN, SP. Cacau Show forTaxas: Nenhuma nece todos os insInstalação da Empresa: $ 24.000,00 trumentos, apoio e Capital de giro: $ 10.000,00 Know How necesPrazo de retorno: 12 a 18 meses sários.
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Fisk Negócio: Educação/Ensino de Idiomas Tel: (11) 5573-7000/Fax: ramal 251/255 franchising@fisk.com.br/www.fisk.com.br
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Franquia
Total
Franco Franquia Especialista em dizer o que pensa e lembrar os cuidados que se deve ter antes de entrar no mundo das franquias.
DESAFIO Caro leitor, eu poderia responder simplesmente que você deve começar pela sua cidade por uma questão de logística e, certamente, de custos. Mas em se tratando de franchising, uma decisão como essa não é tão simples de tomar. Antes de mais nada, como em outros casos, a decisão de aderir ao franchising deve ser muito bem planejada, já que envolve uma responsabilidade muito maior de que ser dono de uma rede tradicional de lojas. Ou seja, antes mesmo de saber em qual área iniciar sua rede, você deve ponderar todos os prós e contras que a decisão de aderir ao sistema de franquias pode acarretar ao seu negócio.Uma questão básica: só porque sua loja faz sucesso tem potencial para ser franqueada? Pense bem a respeito! Se ao fim dessa reflexão você chegar à conclusão de que deve mesmo entrar para o franchising, procure
Sou dono de quatro lojas, todas na mesma cidade, e quero aderir ao franchising. Mas não sei se começo pela minha cidade ou se parto para uma expansão em outras regiões.
avaliar o mercado em que suas lojas atuam. Aí, sim, você poderá definir as áreas para onde expandir. Como disse no início, começar pela sua cidade é uma alternativa menos complicada. E o que você pode fazer também é converter uma das suas filiais em uma unidade de franquia. Dessa forma, você poderá acompanhar bem de perto o desempenho do seu franqueado e ter uma visão muito próxima do que funciona e do que não funciona na formatação da franquia. Nesse caso, o franqueado escolhido por você deve ter um perfil muito especial, que inclua disposição de compartilhar dúvidas e contribuir para o crescimento da rede. Terá de ser um franqueado verdadeiramente comprometido com a franquia. Agora, vale lembrar que, da de-
Escreva para Franco Franquia: francofranquia@empreendedor.com.br
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MURAL
Franqueza Total
Sua vida anda muito corrida? Aposto que sim. A sua, a minha, a vida de muita gente passa voando, e nesse ritmo alguns ingredientes importantes para uma boa vida pessoal e profissional acabam sendo deixados de lado. Estava pensando nisso e concluí que, quando nos damos conta dessa situação, o melhor que se tem a fazer é retomar o foco. Sim, o foco com que vislumbramos o rumo das nossas carreiras, da atuação da empresa ou, indo mais longe, da própria vida. E quando me dei conta disso lembrei do livro O General Que Sabia Ganhar Batalhas, de autoria do consultor Eloi Zanetti, que acredito já ter destacado aqui na coluna. Mas é sempre bom retomar a leitura desse livro que extrai da conquista da Pérsia por Alexandre, O Grande, elementos que mostram o quanto o foco pode fazer a diferença não só para a empresa, mas para o indivíduo também.
Julho – Empreendedor
cisão de converter uma de suas filiais em franquia à decisão de, além das suas quatro lojas, abrir uma outra loja (essa franqueada), há uma grande distância. E essa distância pode prejudicar a franquia logo no ponto de largada da rede, já que poderá haver um excesso de oferta num mercado em que a demanda, a princípio, já está sendo atendida (ou quem sabe até saturada). Outra alternativa que você tem para iniciar sua rede é buscar interessados em cidades próximas à cidade onde suas quatro lojas estão instaladas. Lembre-se, porém, de que a escolha não é meramente geográfica, mas sim mercadológica, porque, francamente, de nada adianta que a cidade esteja a 80 km da sua loja se o mercado não oferece perspectivas quanto ao interesse dos consumidores.
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“Valorizar aquilo que já se tem é o primeiro passo para se chegar àquilo que se quer conquistar” (Franco Franquia)
Meu Grupo Você quer trocar idéias sobre franchising? Então entre para a lista de discussão do Franco Franquia.
Para se inscrever, mande um e-mail para francofranquia-subscribe@yahoogrupos.com.br
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Empreendedor – Julho
MARCELO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL
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Entidades que trabalham com microcrédito recebem com restrições o pacote que trata das microfinanças lançado pelo governo Lula
2003
por
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“A criança nasceu. Agora, é preciso fazê-la andar.” Com essas palavras, o presidente Luís Inácio Lula da Silva inaugurou a chamada “fase positiva” do seu governo e uma série de medidas voltadas para as microfinanças, pretendendo reduzir os juros dos pequenos empréstimos para 6 milhões de brasileiros que hoje não têm nem conta bancária. Mas para quem lida diariamente concedendo empréstimos para micro e pequenos empreendedores a interrogação sobre o futuro do microcrédito no Brasil é ainda maior depois do paJulho – Empreendedor
cote do Governo Federal. “O pacote não é muito claro e não está voltado para o crédito de consumo nos valores entre R$ 200 e R$ 600, principalmente quando o presidente se refere às donas de casa. Isso é necessário, mas nosso trabalho não está contemplado nesse pacote”, avalia Edilson Wilvert, diretorfinanceiro da Blusol, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) que atua na região de Blumenau (SC) e oferta crédito para micro e pequenos empreendedores do setor têxtil.
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Lúcio Lambranho
O que mais o preocupa, diz Wilvert, são as novas regras de financiamento que chegaram a ser oferecidas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), a única fonte de empréstimos da Blusol. O banco estatal fazia repasses para microcrédito aplicando apenas a TJLP (hoje em 12% ao ano) e não fixava o limite de crédito ou de taxa de juros que deveria ser oferecido aos microempreendedores. Só que, depois de suspender em janeiro todos os financiamentos às entidades que oferecem microcrédito ao consu-
O PACOTE DAS MICROFINANÇAS
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Medidas de estímulo ao microcrédito e às entidades que atuam no setor O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) desenvolverá as seguintes ações: – aperfeiçoamento e disseminação da metodologia operacional para as instituições de microcrédito; – capacitação das instituições de microcrédito e seus agentes; – identificação de novas fontes de recursos para o microcrédito; – juizados especiais para dívidas de pequeno valor. Através de projeto de lei, o governo está propondo o acesso de OSCIPs (Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público) e SCMs (Sociedades de Crédito ao Microempreendedor) aos juizados especiais. Participação dos bancos públicos Criação de duas subsidiárias integrais do Banco do Brasil, destinadas à atuação nos segmentos de microfinanças e consórcios: – A primeira será o Banco Popular do Brasil, que cuidará da expansão do crédito para os excluídos do sistema bancário. O foco é o setor
diretores está autorizado a dar entrevistas. Sobre a criação do Banco Popular Brasileiro, uma das medidas anunciadas pelo governo, Edilson Wilvert acredita que só se tornará uma realidade concreta em longo prazo. “Nunca havia ouvido falar disso e acho que o Banco do Brasil vai levar tempo para estruturar sua operação de microcrédito, que é totalmente diferente das operações realizadas pelo banco atualmen-
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informal e os segmentos de baixa renda, e a meta até 2004 é conseguir atender 1 milhão de pessoas. – A outra subsidiária vai marcar a entrada do BB no segmento de administração de consórcios de bens de consumo duráveis, veículos automotores, motocicletas, máquinas e equipamentos agrícolas e rodoviários. Cooperativas de crédito de livre admissão Altera-se o modelo anterior, em que as cooperativas só podiam atender a segmentos específicos da população (por exemplo, produtores rurais, comerciantes de determinado ramo ou microempresários). Microempréstimo simplificado Através de Medida Provisória, o governo vai estabelecer o direcionamento de parcela dos depósitos à vista captados pelas instituições financeiras para operações de microempréstimo. Assim, os bancos vão ser obrigados a aplicar parte de seus recursos em operações de microcrédito, possibilitando o acesso ao crédito, inclusive nas instituições privadas, de parcela da população que hoje tem dificuldades de acesso às linhas tradicionais dos bancos.
te.” Sua dúvida principal é saber se esse banco será regulado pelas normas do Banco Central. “Não existe uma legislação específica para bancos de microcrédito. Se existir essa vinculação, isso inviabiliza legalmente os empréstimos”, avalia. Pensando em não encolher o número de créditos, a Blusol pretende fazer uma parceria com a Agência Catarinense de Fomento, independentemente do que for anunciado pelo banco estatal. Empreendedor – Julho
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midor final, o banco federal passou a exigir, no início de junho, que os empréstimos se restringissem a R$ 1 mil e as taxas de juros fossem de até 2% ao mês. As instituições que pretendessem oferecer créditos maiores aos clientes teriam de tomar o empréstimo do BNDES pela TJLP mais 8% ao ano. Os juros ao cliente final teriam de ser de, no máximo, 5%. “Não demos nenhuma resposta para o BNDES, mas eles sabem que não iríamos aceitar”, dispara. A Blusol poderia ter suas operações colocadas em risco porque possui um valor médio de empréstimos de R$ 3.500, ou seja, acima do valor estipulado pelo BNDES, e com uma taxa de juros de 3,98% ao mês. Segundo Wilvert, essas condições estão de acordo com a realidade da sua região, de seus clientes, e dentro de uma composição de custos operacionais. “Temos uma inadimplência em torno de 1% e um custo financeiro que varia entre 1,5% e 2% ao mês sobre o valor do empréstimo. Estamos aguardando uma decisão, já que as coisas não podem retroceder. Estamos falando de criação de políticas sociais e não há como pagar mais 8% de juros”, lamenta. A Blusol tem dois contratos já aprovados no BNDES no valor de R$ 3 milhões, que ainda não foram liberados, e espera uma posição oficial do banco sobre sua política de microcrédito. Com essas novas medidas, a organização catarinense teria que arcar com mais R$ 240 mil de despesas por ano. “Estamos tentando buscar outras alternativas como a Agência Catarinense de Fomento. Eles têm um programa de microcrédito, mas acho que o BNDES vai voltar atrás”, acredita. O que de fato aconteceu é que Carlos Lessa, presidente do BNDES, retirou o pedido de R$ 1 bilhão que havia feito ao Conselho Deliberativo do FAT (Codefat). Segundo a assessoria de imprensa do BNDES, ainda não há posição definitiva sobre o tema e nenhum dos
Conheça as principais medidas do Governo Federal no documento “Microfinanças: Desenvolvimento e Inclusão”:
DIVULGAÇÃO
(Brasil
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Para o diretor-financeiro da Blusol, uma forma de aumentar o número de empréstimos é ter juros mais baixos do que a TJLP via BNDES e um volume maior de dinheiro, além de incentivos fiscais no PIS e no Cofins. O BNDES estabeleceu que a cada R$ 1,00 de patrimônio próprio das instituições de microcrédito são emprestados R$ 3,00. “A princípio esse limite está mantido. Nesse caso, considerando nosso patrimônio, o empréstimo máximo seria em torno de R$ 6 milhões”, explica. Para conseguir uma expansão maior em outras cidades em que a Blusol já possui agências (Indaial, Brusque, Gaspar, Rio do Sul), com uma abrangência total de 40 municípios, ele calcula que seriam necessários mais R$ 3 milhões além do limite máximo estabelecido. Com esse dinheiro, Wilvert diz que poderia aumentar sua clientela, que hoje representa apenas 2% de toda a demanda na região. “Tem muita gente precisando desse dinheiro e poderíamos chegar entre 4% e 5% desse percentual de microempreendedores”, avalia. De acordo com Wilvert, ampliar a oferta de crédito para atender a demanda total depende de uma forte capacitação de pessoal de atendimento, uma divulgação maior sobre o microcrédito e a criação de novos produtos. “Estamos no limite de alguns produtos. Nossa idéia é criar prazos maiores para empréstimos como o desconto de cheques de terceiros, em troca de capital de giro, e de duplicatas, o que hoje não é permitido pela legislação. Existe todo um mercado virgem de microcrédito no Brasil”, afirma.
Banco Popular Brasileiro é o maior destaque entre as medidas anunciadas pelo governo Lula. Mas a única medida que está clara, o que provocou o descontentamento entre as instituições de microcrédito, segundo ele, é a nova política do BNDES. “A questão é que, fixando a taxa de juros, as margens de perdas e custos dessas instituições vão aumentar. O microcrédito tem essa natureza com custo operacional elevado, pois necessita de assistência junto ao microempresário”, explica. Para Moreno, a taxa de juros deveria ser compatível com a realidade de cada comunidade. Numa região densa de empreendedores, explica Moreno, os juros não podem ser altos, porque o custo operacional é mais baixo. Mas em casos como no Distrito Federal, onde tudo é disperso, não é possível atender muitos clientes indo de bicicleta. Os custos então são maiores e a produtividade do agente de crédito cai nesse exemplo. O ideal, segundo Moreno, é deixar uma taxa livre, “mas isso não foi estabelecido no anúncio do governo, que apenas traçou as linhas gerais do programa de microfinanças”. De acordo com o diretor do Sebrae, mesmo utilizando taxas de juros diferenciais para os microempresários que
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Do outro lado da rua Também em compasso de espera, a nova diretoria do Sebrae Nacional ainda estuda sua posição entre as instituições do governo para desenvolver suas ações sobre microcrédito neste ano. Segundo Eli Moreno, coordenador do programa de microcrédito do Sebrae, o Julho – Empreendedor
MORENO: SEBRAE CONTINUARÁ POLÍTICA DE INCENTIVO À CRIAÇÃO DE ENTIDADES DE MICROCRÉDITO, DE ACORDO COM REGRAS DO MERCADO
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têm alto índice de retorno e não são inadimplentes, para as instituições de microcrédito essa política pode ser danosa. “Não há como explicar para uma pessoa que ela tem um juro maior do que o empreendedor do outro lado da rua. Isso com certeza complica a operação”, diz. A nova postura do Sebrae, diz Moreno, continua sendo quase a mesma desde que a entidade começou a executar projetos nessa área há menos de dois anos. Isso significa que o Sebrae vai continuar incentivando a criação de entidades de microcrédito pelo país dentro de uma política de sustentabilidade e de acordo com regras do mercado. A novidade é que as agências e os bancos estaduais de fomento também serão contemplados nos programas do Sebrae. “Preferencialmente esses bancos devem atuar em segunda linha, ou seja, emprestando dinheiro para instituições de microcrédito que estão mais próximas das comunidades e não efetuando o crédito propriamente dito”, afirma. Mas, segundo Moreno, em alguns estados isso ainda não é possível porque a organização de ONGs ainda é muito precária. A idéia é que, atuando dessa maneira, os bancos estaduais possam ampliar a capilaridade do microcrédito em
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IVO GONZALEZ/ABDE
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regiões carentes de empréstimos. O Sebrae está dando apoio técnico para 93 instituições de microcrédito em todo o país, e em seus dois editais de aporte financeiro foi investido um total de R$ 23 milhões desde meados do ano passado. De acordo com Moreno, agora no estágio dois do programa o foco será um esforço para atrair ou fazer parcerias mais fortes com agências de desenvolvimento e criar um clima propício para o microcrédito nos estados. “Os valores ainda não estão definidos, mas essa será a estratégia a ser tomada. Ainda não sabemos se teremos outro edital, que está em es- VIANNA: APESAR DOS ENTRAVES CRIADOS tudo”, avisa. Essa nova postura de PELO PACOTE, ENTIDADES DEVEM fazer aportes em agências estaduais DAR SUA PARCELA DE SACRIFÍCIO e bancos de fomento partiu de um estudo feito em parceria com a Associ- verno Lula, mas o pacote ainda não tem ação Brasileira de Instituições Financei- uma definição perfeita. “Eu acho que ras de Desenvolvimento (ABDE). nós devemos dar a nossa cota de con“Não vamos interferir na gestão do tribuição, mas os problemas estão remicrocrédito em nenhum estado, mas lacionados com os valores dos emprésa principal ação é fazer com que a or- timos”, diz. Segundo ele, a média das ganização de microcrédito seja banco 16 organizações alimentadas por recurde segundo piso. Ela tem mais estrutu- sos do Badesc em Santa Catarina está ra e capilaridade do que o Banco do entre R$ 2.600 e R$ 3 mil. Brasil nas atuais condições, como é o “Pela cultura e pelo espírito emprecaso do Banco do Nordeste, onde o Cre- endedor do nosso povo os juros são de diamigo é o segundo em microcrédito 6,5% para as OCIPs para pagamento da América Latina”, explica. Para Mo- num prazo de dez anos. Só que essas reno, sem ter ainda uma definição cla- organizações de microcrédito têm cusra sobre as futuras parcerias do Sebrae tos, e a taxa acaba variando entre 2% e nessa área, a sua única certeza é que 4% por mês para o tomador final”, exserá preciso criar um segmento de mi- plica Vianna. Essas operações, seguncrofinanças independente e com políti- do ele, têm um saldo social de geração cas de juros justas e sem subsídio. de 53 mil empregos garantidos e 8 mil novos gerados a cada ano. Atualmente Cota de contribuição o Badesc oferta R$ 73 milhões para as Exatamente no meio, tendo de um organizações catarinenses. “Nós podelado as ONGs de microcrédito e do remos criar um nicho para esse meroutro o Governo Federal, as agências cado com juros fixados em 2%. Isso estaduais de desenvolvimento estão porque o crédito realmente precisa ser entre a cruz e a espada. Para Renato atraente porque se não acaba quebranVianna, presidente da Agência Catari- do todo o marketing para atrair emprenense de Fomento (ainda conhecida endedores”, avalia. como Badesc) e da ABDE, existe uma Pegando carona no pacote das miexpectativa muito grande quanto ao im- crofinanças, Vianna revela que o Bapacto das medidas anunciadas pelo go- desc está desenvolvendo um projeto
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para o novo sistema cooperativo de crédito, que antes estava restrito a certas categorias e classes de trabalhadores e agora foi modificado nesse pacote de medidas do Governo Federal. Segundo Vianna, esse seria um grande mecanismo para desburocratizar o crédito, porque as cooperativas têm tratamento previligiado com relação à carga de impostos e isso vai baratear o custo dos empréstimos na ponta. Falando como presidente da ABDE, Vianna acha que essa política do governo de fixar os juros tem razão de ser porque o presidente do BNDES, Carlos Lessa, fez um diagnóstico em agentes de microcrédito e descobriu que os juros comprados na ponta estão acima de 4% ao mês. “Isso realmente inviabiliza a missão do Governo Federal de levar o recurso de baixo custo. Mas mesmo assim cada um dos agentes de microcrédito vai ter dificuldades para se adaptar a essas condições. Será difícil porque todas as taxas estão num patamar de 2% a 4,3% de juros ao mês para o tomador final”, explica. Talvez para se ajustar a essa nova política, sugere Vianna, o governo aceite que se reduza para 3% ou 3,5%. Para justificar que o governo deva ser flexível em relação ao patamar de juros, Vianna lembra que o criador do microcrédito, Mohammed Yunus, disse que não importa os juros e sim atender e democratizar o acesso ao dinheiro. “Mesmo assim, cada um tem que dar sua cota de sacrifício e deve-se levar em conta que o índice de inadimplência é muito baixo, desde que a estrutura do microcrédito funcione”, finaliza. Considerando que no Brasil apenas 1,5% das operações bancárias são de microcrédito, o nascimento da criança é realmente importante. Mas fazer esse bebê andar parece depender dos juros, da sua fixação e subsídio, ou da liberdade de taxas de acordo com o DNA de cada dos seus irmãos, os empreendedores pelo Brasil afora.
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ESTRATÉGIAS
Editado por Carlos Castilho
O futuro da pequena empresa
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Há uma luz no fim do túnel para as pequenas e micro empresas, apesar das dúvidas da maioria delas em relação ao futuro
A explosão, há três anos, da bolha especulativa alimentada pelas empresas de alta tecnologia foi vista por muitos como uma espécie de pá de cal no sonho de muitos pequenos empreendedores, especialmente os mais jovens, de ingressar no universo das grandes empresas. Só nos Estados Unidos cerca de 2 mil pequenas empreAs empresas criadas sas fecharam as portas. No dentro das encubadoras Brasil não existe uma estimatêm apenas 20% de chantiva similar, mas a taxa de ces de fracassarem antes mortalidade aqui continua alde completar o primeiro tíssima: segundo o SEBRAE, aniversário. Mais detalhes em www.sebraenet. algo em torno dos 80% dos com.br/tecnologia/incuprojetos nascidos fora das enbadoras/porque_ cubadoras não passam do priimplantar.htm. meiro ano de vida. Mas os estudiosos da economia mundial detectaram um novo fenômeno que começa a provocar um grande debate, pois inverte novamente a tendência dos negócios em escala mundial. As dificuldades financeiras de tradicionais megacorporações, somadas à crise endêmica das grandes empresas de aviação, estão levando alguns teóricos a estudar a possibilidade de estarmos vivendo um fenômeno parecido com a famosa era da extinção dos dinossauros. Segundo tal linha de pensamento, esses animais préhistóricos teriam ficado demasiado grandes, a ponto de perderem agilidade e com ela a capacidade de sobreviver entre espécies capazes de se adaptar mais rapidamente às mudanças do meio ambiente. A famosa lei darwiniana do mais forte estaria sofrendo uma adaptação para a “lei do mais ágil”. O caso dos dinossauros ainda é uma teoria sem comprovação definitiva, mas no caso de grandes empresas de aviação, como a brasileira VARIG e as norte-ameriJulho – Empreendedor
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canas United e American Airlines, já não existem muitas dúvidas de que elas perderam a condição de competir eficientemente com empresas menores e ninguém consegue arriscar hoje qual será a sua sobrevida. As grandes companhias aéreas estão endividadas e soterradas por custos operacionais inadministráveis, enquanto as pequenas empresas não só conseguem manter uma razoável rentabilidade, como também logram a proeza O espaço deixado pela crise da Varig está sendo de crescer e abocanhar pedaocupado por empresas ços do mercado abandonado regionais lucrativas como pelas líderes do setor. a Ocean Air, Total, PantaA United, por exemplo, nal e Passaredo, só para tem uma relação funcionácitar as mais rentáveis. Mais detalhes sobre essas rios–avião quase duas vezes empresas no site www. maior do que as pequenas aviacaobrasil.com.br. companhias regionais dos Estados Unidos, que obviamente fazem dessa economia a principal ferramenta para baixar os preços das passagens. Aqui no Brasil, a Gol pode eliminar a pesada e cara estrutura de escritórios e agências de passagens aéreas porque adotou um modelo 100% baseado na internet, seguindo o modelo de dezenas de pequenas empresas na Europa e nos Estados Unidos. A principal desvantagem das grandes empresas é a escala de seus problemas. Uma decisão sobre renovação de equipamentos informáticos acaba sempre se tornando um problema de vida ou morte. O executivo responsável é forçado a comprar, hoje, softwares e hardwares sobre os quais existem informações contraditórias, por causa de concorrência feroz e que só produzirão retorno do investimento dentro de dois ou três anos. A esse risco, some-se o da capacidade futura do fornecedor de oferecer suporte técnico, atualizações e treinamento. A quebradeira recente de empresas de alta tecnologia deixou muita gente importante com verdadeiros micos informáticos, que custaram várias dezenas de milhões de dólares, responsáveis por algumas falências espetaculares. As pequenas e médias empresas também sofrem os efeitos da instabilidade corporativa, mas têm a enorme vantagem de poderem corrigir rapidamente suas estratégias, graças a estruturas administrativas mais leves.
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Cara Nova A Em pr es a Ág il es tá de ca ra no va pa ra ap ro xim ar as ve rsõ es im pr es sa e on -li ne . Es ta ap ro xim aç ão se rá um pr oc es so gr adu al, qu e co m eç a aq ui na re vis ta em pa pe l. No ss os te xto s fa rã o, ca da ve z m ais , re fe rê nc ia a fo nt es na In te rn et , o qu e pe rm iti rá ga nh ar es pa ço pa ra ab or da r m ais as su nt os , no m es m o nú m er o de pá gin as . O lei to r po de rá co m ple m en ta r a lei tu ra da re vis ta na In te rn et , re ce be nd o m uit o m ais in fo rm aç ão .
Aventuras de alto risco
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1) As incertezas provocadas pela avalancha informativa. Tomar decisões passou a ser um processo delicadíssimo porque o executivo tem que decidir hoje questões que afetarão a empresa dentro de dois ou três anos, quando o cenário macroeconômico e tecnológico pode ser muito diferente do atual. Se houver um erro de cálculo, a empresa pode quebrar. 2) A mudança de valores corporativos. A chamada era da informação tornou obrigatório o compartilhamento de informações para maximizar o conhecimento dentro de uma empresa. Acontece que a maioria dos funcionários ainda resiste a essa mudança de comportamento, que está acontecendo a um ritmo muito mais lento do que o esperado, mesmo nos países ricos. 3) O grande cassino financeiro. Qualquer problema gerencial ou de performance corporativa repercute imediatamente na negociação de ações em bolsa, onde o destino de uma grande empresa está submetido aos humores de agentes financeiros sobre os quais ela tem pouco ou nenhum controle. A combinação desses três fatores transformou a administração de uma grande corporação numa aventura de alto risco, tal o número de variáveis imprevisíveis em jogo. Empreendedor – Julho
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Mas os seus executivos enfrentam dificuldades específicas na questão das mudanças de cultura no ambiente corporativo. Enquanto nas grandes empresas as resistências se localizam basicamente entre os subordinados, nas pequenas empresas quem não gosta de compartilhar informações são os gerentes. Quase todos os consultores coincidem em que o futuro da pequena empresa está na especialização como forma de obter qualidade máxima e sobreviver à concorrência cada vez mais feroz. Para atingir esse objetivo Cadeia produtiva é um sisa empresa deveria terceirizar tema de linha de produção tudo aquilo em que ela não é manufatureira onde várias a melhor, o que implica traempresas independentes trabalham integradamente balhar dentro de uma cadeia segundo uma estratégia produtiva. comum. Mais detalhes em É aí que surgem as granwww.ie.ufrj.br/cadeiasdes resistências, porque são produtivas/pdfs/cararos os gerentes que aceitam deias_produtivas_na_politica_de_ciencia_tecnotrocar informações com cologia_e _inovacao.pdf. legas de outras empresas, ou admitem amarrar o sucesso de seu negócio ao de outros. A idéia das cadeias produtivas, linhas de produção envolvendo várias empresas, já é uma realidade entre as grandes, como mostra o exemplo da Volkswagen e General Motors, aqui no Brasil. Mas entre as pequenas as histórias de sucesso ainda são poucas, principalmente se for levada em conta a importância que a produção compartilhada tem para esse segmento produtivo.
Tanto as grandes como as pequenas empresas se deparam com dilemas cruciais, mas as grandes enfrentam os seguintes problemas na hora de adaptarse aos novos tempos:
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Criando a cultura do atendimento
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Para implantar na empresa uma cultura de atendimento qualificado ao cliente não basta exigir que os funcionários decorem o manual
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A memorização dos principais mandamentos da qualidade máxima no atendimento é apenas a fase mais fácil no processo de transformação de mentalidades e comportamentos. Hoje os principais consultores de recursos humanos, como a norte-americana Peggy Murrow Peggy Morrow, dão muito (www.peggymorrow.com). mais importância à mudança do que chamam de cultura do atendimento, do que à discussão de novas técnicas de atenção ao cliente. Ela sintetizou em oito itens o processo para criar novos comportamentos e valores tanto entre os funcionários que trabalham em contato direto com o público, quanto com os que ficam na retaguarda administrativa. Os conselhos de Peggy são os seguintes: J A preocupação com a O SEBRAE (www.sebrae.com.br) oferece busca de uma nova cultura de cursos e manuais sobre atendimento deve ser extrequalidade máxima no mamente visível nos princiatendimento ao cliente. pais ambientes da empresa, esConsulte também o SEpecialmente onde o público cirBRAE de sua cidade. cula. Isso faz com que os funcionários tenham sempre presente o seu objetivo e os clientes sintam-se estimulados a cobrar resultados. J Estabelecer metas bem objetivas e criar mecanismos fáceis para medir o cumprimento das metas por cada funcionário. J Explique por que o atendimento de qualidade ao cliente A Fundação do Desené essencial para o desenvolvivolvimento Gerencial mento profissional e pessoal (www.fdg.org.br/subfdg/ mensagens/impridos funcionários da empresa. mir.asp?28) tem alguns J Crie mecanismos para ditextos teóricos sobre vulgar resultados alcançados, mudanças culturais denfuncionários que se destacatro de uma empresa ram, experiências tanto internas Julho – Empreendedor
como de outras empresas do ramo. Uma newsletter interna ou boletim pode ser extremamente útil para facilitar a troca de informações. J A primeira coisa que um funcionário recém-contratado deve receber é uma catequização sobre qualidade máxima no atendimento. Dedique toda a atenção ao novato, porque os primeiros dias num novo emprego são geralmente O programa da Faculdaaqueles em que o funcionário de Candido Mendes, do RJ (www.ucam.edu.br/ está mais receptivo a mudance_cultural/cursos/curças de comportamento. sos_geral/exce lencia J Estimule ações em gru_aten dimento_clien po. Isso ajuda a desenvolver a te.htm), pode servir de iniciativa dos funcionários. inspiração. J A criatividade é indispensável. Procure fazer com que o vendedor nunca diga “estas são as regras, não posso fazer nada” . Sempre existe uma forma de resolver o problema de um cliente. J Substitua imediatamente todos os funcionários que não se adaptarem às normas de implantação do atendimento de qualidade. Lembre-se: os focos de resistência à mudança reduzem o empenho dos demais funcionários. Um fracasso pode vacinar os empregados contra novas tentativas futuras de mudança de cultura no atendimento.
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ADMINISTRAÇÃO
Gerência da informação nas microempresas
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As modernas técnicas de administração da informação deixaram de ser um privilégio das grandes corporações
A Universidade Federal do Rio de Janeiro oferece cursos sobre informação e negócios (ver detalhes em www.sage. coppe.ufrj.br/home/cursos/curso_amop.html) e sobre gerenciamento eletrônico de documentos (ver em www.sage. coppe.ufrj.br/home/cursos/curso_ged.html).
O custo de um sistema de Gerência do Conhecimento geralmente é caro, mas você pode adaptá-lo ao seu orçamento sem maiores problemas, adotando providências como: 7) Tome o tipo de informação selecionado no item 1 e veja quais as fontes de informação listadas; 8) Encarregue um funcionário para ver quais as fontes de informação são mais acessíveis e quais as que poO mais recente livro sobre gerência da informadem dar rapidamente os resulção em microempresas tados desejados; é Gestão de Conheci9) Ofereça treinamento esmento para Pequenas e pecial ao funcionário escolhido; Médias Empresas, uma 10) Em conjunto com o coletânea de textos organizada por Isak Kruglifuncionário escolhido, decida anskas e José Cláudio que tipo de informação nova Cyrineu Terra. Conheça será adicionada ao banco de o livro no endereço dados formado pelas listas de www.livrosdeadministrafontes e tipos de informação cao.com.br/Livros_ recolhidos nos itens 1 e 2; Template.asp?Codigo _produto=2017. Para 11) Incentive os demais funtreinamento e consultocionários a colaborar com a ria consulte o SEBRAE ampliação do banco de infor(www.sebrae.com.br) mações, oferecendo algum tipo mais próximo. de compensação não-financeira; 12) Instrua o encarregado do banco de informações para entrevistar detalhadamente os demais funcionários, especialmente os mais antigos, para recolher suas experiências e informações; 13) Faça o mesmo com os funcionários recém-contratados, perguntando especialmente sobre o tipo de treinamento recebido em empregos anteriores; 14) Peça que seus funcionários consultem sempre o banco de informações da empresa antes de tomar uma decisão importante.
O seu caderno de endereços e os seus arquivos de cartões de visita ou de notas fiscais são peças essenciais para a montagem de um sistema de organização das informações em sua empresa. Você já vinha praticando a chamada administração da informação muito tempo antes de ela receber o badalado nome de Gerência do Conhecimento. Só que hoje em dia o ritmo cada vez mais veloz dos negócios está forçando os empreendedores de todos os tipos a adotar formas mais rápidas de encontrar e distribuir informação entre os seus funcionários. O endereço da Fundação O que antes era um priviléLowe é edwardlowe.org/ gio de grandes empresas agora index.shtml, e você pode é uma ferramenta ao alcance de ler o original em inglês todos. A Fundação Edward do trabalho sobre Gerencia do Conhecimento em Lowe, dos Estados Unidos, propeerspectives.org/fmduziu um roteiro básico para pro?-db=content&micro e pequenos empreendeformat=web1/rpt/main. dores interessados em introduhtm&storyid=0131&zir a administração da informafind. ção em suas empresas: 1) Escolha o tipo de informação existente na sua empresa ao qual você deseja acesso rápido ou que lhe trará maior retorno de investimento; 2) Pergunte aos seus funcionários a quem eles recorrem (dentro e fora da empresa) quando precisam de informações do tipo escolhido; 3) Faça uma lista de todas as fontes de informação mencionadas pelos seus funcionários no item escolhido; 4) Em seguida organize uma lista mais ampla com todas as habilidades e conhecimentos dos seus funcionários; 5) Compare a primeira com a segunda lista e veja quais as principais deficiências; 6) Divulgue os resultados dentro da empresa e destaque um funcionário para administrar e atualizar a lista de fontes de informação, divulgando todas as mudanças verificadas. Julho – Empreendedor
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RECURSOS HUMANOS
A receita da criatividade Produzir idéias criativas não é coisa de gênio, mas o resultado de paciência e esforço continuados
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Todo empreendedor sabe que a coisa com a sua avaliação – Quando você enconmais freqüente em sua rotina diária é trar uma solução procure não testá-la de imeter que achar solução para os mais varia- diato. Deixe-a amadurecer uma noite, por dos problemas. A monotonia está longe exemplo. No dia seguinte, ela poderá ser avade ser uma característica da vida de um liada mais objetivamente. É muito freqüente as pessoas terem uma boa idéia num mogerente ou executivo. Encontrar soluções é de alguma forma mento ruim, ou vice versa. J Examine o problema por todos os âncriar soluções onde aparentemente não existem alternativas fáceis ou acessíveis de gulos possíveis – Às vezes a solução pode imediato. Por isto, o empreendedor necessi- ser achada facilmente quando se observa o problema a partir de outra perspectiva. Se o ta vitalmente da criatividade. Hoje os especialistas garantem que ser problema é de vendas, por exemplo, procucriativo não é tanto uma aptidão individu- re vê-lo com os olhos de um comprador, do al, mas o resultado de uma postura ou atitu- funcionário, do fornecedor, etc. J Quebre a rotina – Todo empreende desenvolvida ao longo do tempo às cusdedor tem um jeito de fazer as coisas onde tas de esforço e paciência. Todo mundo acha que a criatividade ele age quase automaticamente. Quando acontece quando você tem uma idéia geni- você está buscando a solução de um problema experimente proceder de foral no momento cerHarry Vardis é dono da ma contrária a aquela que você está to. Algo meio mágiempresa de consultoria acostumado. Vai parecer estranho, co. Mas o consultor Creative Focus Inc. desconfortável e até estúpido num prinorte-americano (www.creativefocus.net). meiro momento. Novas idéias semHarry Vardis tem Os interessados podem pre parecem meio esquisitas porque opinião oposta e exacessar o currículo de obviamente fogem da rotina. Se não plica porque: “ Ser Harry no endereço www.entreworld.org/ fosse assim você não teria feito tanto criativo não é ter um Content/AuthorsBio esforço para procurá-las. Dê uma saco de idéias mági.cfm?BioID =213 chance delas mostrarem porque são cas, mas ter uma criativas. postura criativa. Não tenha medo de parecer idiota – Noutras palavras, é ver os problemas não como um obstáculo intransponível mas Muita gente fica mais preocupada com a performance do que com a eficiência. Ou como um desafio que será vencido”. Harry oferece aos seus colegas empre- seja, tenta ter a idéia genial através de métoendedores cinco dicas sobre como ser cria- dos igualmente geniais. Isto é raro de acontecer. A maioria das grandes soluções é entivo no dia a dia de uma empresa: contrada de forma pouco brilhante ou simJ Atrás de cada problema existe uma grande oportunidade – Quando alguém se plória. Mas como valorizamos a impressão queixa “não temos dinheiro”, reaja com a causada nos colegas ou subordinados, acapergunta: “Como vamos arranjar dinheiro?” bamos desperdiçando possibilidades promisIsto é uma atitude criativa, ou seja buscar a soras em nome de uma performance que solução em vez de lamentar a ausência dela. provavelmente não levará a nenhuma idéia realmente criativa. J Evite misturar a busca de uma idéia Empreendedor – Julho
Guiado
Empreendedor
Pr odutos e Ser viços (pág. 56) Produtos Serviços
Do LLado ado da Lei (pág. 58) Outras pr ovidências providências sobre lucr o líquido lucro Leitura (pág. 60) Estratégia para melhor desempenho Análise Setorial (pág. 64) Como escolher o investimento ideal Indicadores (pág. 65) Agenda (pág. 66)
Guia do Empreendedor Pr odutos & Ser viços Produtos Serviços Acesso garantido Apostando no crescimento do mercado de produtos para pessoas com mobilidade reduzida, a ThyssenKrupp Elevadores, que atua no mercado de transporte vertical, lançou três linhas de produtos que podem ser instalados em locais públicos ou em residências. Trata-se das plataformas elevatórias verticais, plataformas elevatórias inclinadas e cadeiras inclinadas. “Hoje há conscientização sobre a necessidade de eliminarmos as barreiras que dificultam a locomoção das pessoas”, avalia Marcelo Goeth, gerente da Divisão de Acessibilidade da empresa. Segundo dados da Organização das Nações Unidas, 450 milhões de pessoas, ou 10% da população mundial, são portadores de deficiência. No Brasil, são 12 milhões de pessoas. www.thyssensur.com.br
Logomarca com paladar
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Personalizar a logomarca de empresas e eventos em barras de chocolates. É nisso que aposta a Personal Chocolate Promocional, empresa paulistana que há quatro anos difunde esse conceito no mercado. Segundo Vicente Afonso, diretor da empresa, o Chocologo, como foi batizado, é uma opção para brindes e presentes em reuniões de negócios, congressos, cafés, hotéis e restaurantes, fixando a marca da empresa. “Até o momento, já temos 2 mil logomarcas arquivadas, número que cresce gradativamente, embora os logos demorem, no mínimo, cinco ou seis anos para mudar”, conta. www.choco-logo.com.br
Julho – Empreendedor
Portal de exportação Visando a orientar empresas brasileiras que querem exportar matérias-primas, insumos e embalagens manufaturadas e a estimular a exportação, a Associação Brasileira de Embalagem (Abre) lançou um portal na internet para fornecer informações e prestar suporte. Além disso, através do site, é possível divulgar os produtos no exterior, encontrar dicas sobre termos técnicos e nomenclatura de produtos, tarifas de exportação, sites de órgãos brasileiros de apoio ao setor e contato com Câmaras de Comércio e com Embaixadas Brasileiras instaladas no exterior. “Com esse portal pretendemos mostrar para as empresas, passo a passo, o melhor caminho para que elas possam exportar produtos por conta própria”, explica Luciana Pellegrino, diretora-executiva da Abre. www.abre.org.br
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Verificação de mensagens Com o objetivo de informar sobre os conceitos de implementação de um formato padrão para o Intercâmbio Eletrônico de Dados (EDI) e eliminar erros desse formato entre as empresas usuárias, contribuindo para reduzir custos, a EAN Brasil propicia em seu site o Eancom®, um serviço que verifica a padronização de mensagens eletrônicas. Através do site da EAN Brasil, os usuários enviam os arquivos para verificar o padrão correto e, posteriormente, recebem o relatório por e-mail e todo suporte necessário em caso de correções. O padrão internacional facilita o comércio globalizado, fornecendo às empresas que já operam em vários países, ou às que estão expandindo suas operações, uma solução padronizada que viabiliza o comércio. www.eanbrasil.org.br
Pro/Engineer Wildfire Para projetar e controlar o ciclo de vida de um produto (Product Lifecycle Managment – PLM), a PTC, empresa americana especializada em soluções corporativas, desenvolveu o Pro/Engineer Wildfire. Segundo Hélio Samora, diretor da PTC para a América Latina, o software reduz o tempo de criação de um projeto e melhora a produtividade da organização. “Conseguese acelerar o prazo de término de um projeto e conseqüentemente reduzir os seus custos, porque o Pro/Engineer Wildfire cria um projeto virtual, com poucas necessidades de criação de protótipos, como acontece em outras ferramentas”, afirma Samora. O software é pioneiro no mercado mundial a instalar um web browser em uma solução de criação CAD. www.ptc.com
Relógio de ponto Consultoria e projetos Atuando no mercado de TI, a Maxibyte anuncia uma nova unidade de negócios, o MaxiCorp, para oferecer serviços de consultoria e produtos desenvolvidos para a informatização dos negócios. “Estamos iniciando com toda a experiência da Maxibyte, que, além de atender ao mercado Soho, vem há 12 anos trabalhando no fornecimento de soluções para as empresas que encontraram na equipe de profissionais da Maxibyte o atendimento de suas necessidades do dia-a-dia”, afirma José Roberto Santinelli, coordenador da nova unidade. www.maxibyte.com.br
Milhagem corporativa
Integração telefônica A GVT, companhia de telecomunicações, disponibilizou um serviço para pequenas e médias empresas que permite a integração entre os telefones comerciais de um empreendedor e um segundo endereço, podendo ser uma filial da empresa ou a própria casa do empresário. O Economix Home & Office, como é chamado, reduz em média 30% dos custos com as ligações telefônicas, já que a comunicação entre a empresa e a casa ou entre a matriz e a filial acontece como em um ramal virtual, em que as ligações são gratuitas. Com o serviço o cliente passa a receber uma única conta, que engloba os telefones dos dois endereços, especificando com detalhes as informações até das ligações locais. www.gvt.com.br
Gerenciamento à distância Possibilitar a administração de negócios à distância. Essa é a meta do Worklab, sistema de gerenciamento de empresas via internet desenvolvido pela Newchannel para atender a pequenas e médias empresas. A ferramenta permite que o usuário, previamente cadastrado, acompanhe, de qualquer parte do mundo, a evolução de seus negócios e das tarefas previstas para um determinado prazo, a produtividade dos funcionários, o agendamento de reuniões e o controle de pendências. O Worklab não requer instalação ou download e roda em PC, Macintosh ou Linux. www.worklab.com.br
Equipamentos automotivos A Panambra, empresa que atua no ramo de equipamentos automotivos, está lançando uma nova linha de produtos, a Pantec. A linha é composta por cinco produtos: o MS33, montador e desmontador de pneus; o MT610, balanceador microprocessado de rodas; o ALB1100, analisador portátil de fluido de freio; e o BT002 e o BT501, analisadores portáteis dos sistemas de bateria, carga e partida. www.panambraindustrial.com.br
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2003
A Air France, companhia área, está disponibilizando um novo serviço para pequenas e médias empresas. O Voyageur Rewards, como foi batizado, é um programa de fidelização no qual as empresas acumulam pontos a cada viagem que fazem com a Air France, podendo convertê-los em bilhetes-prêmio, upgrades e excedente de bagagem. “Com a adesão ao Voyageur Rewards, viajar com a Air France se torna ainda mais atraente e vantajoso para as empresas que mantêm negócios com a Europa”, destaca Francis Richard, diretor-geral da Air France no Brasil. A adesão ao serviço é totalmente gratuita, bastando solicitar a inscrição através do site www.airfrance.com.br.
A Madis Rodbel, empresa que oferece soluções para sistemas de ponto e acesso, criou um equipamento de acesso para micros e pequenas empresas que comporta o cadastramento de até 30 funcionários. Trata-se do relógio RB-Lite 0703, hardware que possibilita gerar relatórios do total de horas trabalhadas por cada funcionário, total de horas perdidas por atrasos, saídas antecipadas e total de horas extras durante o mês. O RB-Lite 0703 possui um relógio, um software de apontamento em Windows 95 (ou superior) e memória, que mantém o armazenamento de todos os dados por até cinco anos. www.rodbel.com.br
Guia do Empreendedor Do Lado da Lei
Outras providências sobre lucro líquido Saiba o que pode ter passado desper cebido na despercebido lei que trata do par celamento de débitos para parcelamento com or gãos públicos e autar quias federais orgãos autarquias
2003
DIVULGAÇÃO
Foi publicada no dia 30 de maio a Lei 10.684/2003, que, segundo dispõe a sua ementa, trata de parcelamento de débitos junto à Secretaria da Receita Federal, à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e ao Instituto Nacional do Seguro Social e dá outras providências. O contribuinte desatento, que se ateve tão-somente a tal ementa e aos primeiros artigos, reagiu positivamente à nova lei, pois passou a contar com a possibilidade de parcelar seu débito com redução de multas e com aplicação de juros mais benéficos: nova versão do REFIS. No entanto, aquele que faz uma leitura completa e mais atenta verificou que a grande mudança ficou por conta das outras providências. Já virou praxe a publicação de uma lei que trata de assuntos diversos, e muitas vezes até desconexos, alterando dispositivos de outras leis já existentes, não se atendo ao disposto na ementa da lei, Julho – Empreendedor
embora tal sistemática seja defesa, conforme dispõe a Lei Complementar nº. 95 de 26 de fevereiro de 1998, que estabelece normas para elaboração de uma lei. No presente caso, a Lei 10.684/ 2003 trata de parcelamento de débitos, exclusão de certos valores da base de cálculo do PIS/PASEP e COFINS para as cooperativas de produção agropecuária e de eletrificação rural, aumento da alíquota da COFINS devida pelos bancos, depósito como condição de admissibilidade para os recursos no âmbito do INSS, aumento da base de cálculo da contribuição social sobre o lucro líquido, entre muitas outras alterações. Especialmente quanto à contribuição social sobre o lucro líquido, a base de cálculo de tal tributo para as empresas prestadoras de serviço que optem pelo lucro presumido foi significamente aumentada, passando de 12% para 32% da receita bruta.
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Alguns analistas econômicos chegaram a estimar que esse aumento corresponde a uma elevação de 160% na tributação dessa contribuição. Já o coordenador-geral de Política Tributária da Receita, Márcio Verdi, afirmou que tal aumento representa tão-somente 2%. Discrepâncias à parte, fato é que as prestadoras de serviço sofrerão aumento na tributação por conta da nova base de cálculo da contribuição sobre o lucro líquido. A nova sistemática somente passa a valer a partir do mês de setembro, para pagamento em outubro. Durante esse período, espera-se que empresas tenham tempo de reavaliar o quanto realmente tal aumento representa para elas e analisar a hipótese de tributação pelo lucro real.
Mar cos Sant’Anna Bitelli Marcos Advogado (11) 3871-0269
Guia do Empreendedor Leitura
2003
Estratégia para melhor desempenho Fazer da administração estratégica um meio para buscar um desempenho cada vez melhor de uma organização. Esse é o tema do livro Administração Estratégica – Em busca do desempenho superior, uma abordagem além do balanced scorecard, dos renomados autores Idalberto Chiavenato e Edgard Cerqueira. A obra aborda os principais conceitos e aplicações do balanced scorecard, ferramenta integrada de gestão que possibilita traçar um conjunto de medidas de desempenho gerenciais, que servem de base para um sistema de medição tendo como foco a missão e a estratégia da empresa. Além disso, os autores também analisam as limitações e o uso equivocado dessa ferramenta, mostrando qual a maneira mais correta de utilização e como os erros devem ser entendidos e superados. Segundo eles, a expressão “uma abordagem além do balanced scorecard”, no título da obra, significa considerar o que deve ser feito, após sua aplicação, para facilitar a construção de sistemas de gestão estratégica. Os principais conceitos para a administração estratégica de uma organização são explicados no livro de forma prática, com a citação de casos reais e de empresas brasileiras. Com isso, os autores pretendem quebrar paradigmas e alertar executivos, consultores, professores e estudantes para Julho – Empreendedor
a necessidade de avaliar aplicações desenvolvidas no país, uma vez que nem sempre rótulos e fórmulas prontas criadas em outros países funcionam da mesma maneira em culturas e realidades sócio-econômicas diferentes. Da mesma forma, eles incitam a aplicação do pensamento criativo, requisito fundamental para elaboração de estratégias com reais condições de serem implementadas para o sucesso da organização. O objetivo do livro é didático. Por isso foi dividido em três partes, de modo que fosse possível apresentar o conteúdo e interagir com o leitor através de um site criado especialmente para pôr em prática a busca do desempenho superior. A primeira parte do livro é composta de seis capítulos que questionam o papel de liderança, o balanced scorecard e a medição do desempenho. De acordo com os autores, o propósito é estabelecer as características de um sistema para a gestão do desempenho e a maneira de sua medição. Na segunda, a meta é formular questões sobre as situações descritas e reforçar alguns comportamentos que mostram a importância de pensar além do balanced scorecard como ferramenta gerencial. Já a última parte é disponibilizada através do site, no qual são apresentadas, em nove capítulos, as principais lições aprendidas e relatadas pelas empresas sobre o tema.
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Por Fábio Mayer
FICHA TÉCNICA Administração Estratégica, Idalberto Chiavenato e Edgard Pedreira de Cerqueira Neto, Editora Saraiva (www.editorasaraiva.com.br), 286 págs., R$ 46,00
TRECHOS J “A busca do desempenho superior é uma
jornada sem fim.” J “O estado de excelência é aquele em que
se alcançam, simultaneamente, eficácia e eficiência. A eficácia relaciona-se com resultados e a eficiência, com custos. Excelência da gestão, portanto, é alcançada quando a gestão é, ao mesmo tempo, eficaz e eficiente. Em outras palavras, a liderança gera resultados planejados com custos programados.” J “Como pensar, então, de modo diferente
em relação ao sistema de gestão? Como pensa a organização bem-sucedida? A resposta é simples: as organizações que estão tendo sucesso na implementação da estratégia criaram uma nova espécie de sistema gerencial.” J “Tudo começa com o resultado planejado
que você pretende alcançar.” J “As empresas cada vez mais se organizam
com base na concorrência e não somente com relação à satisfação de seus clientes.” J “Um plano de ação reúne os principais
propulsores organizacionais resultantes do desdobramento das estratégias de curto e de longo prazo.” J
“À medida que os mercados amadurecem e os custos de conquistar novos clientes aumentam, uma ênfase maior precisa ser dada à retenção dos clientes atuais e à estabilização dos negócios fechados com eles.”
J “O desafio cria as condições para que cada
um de nós se motive.”
Novos Títulos Gestão do Conhecimento em Pequenas e Médias Empresas, Isak Kruglianskas e José Cláudio Cyrineu Terra, Editora Negócio (www.negocioeditora.com.br), 416 págs., R$ 59,00
Erros Radicais e Decisões Absurdas, Christian Morel, Editora Campus (www.campus.com.br), 240 págs., R$ 49,00
Em Gestão do Conhecimento em Pequenas e Médias Empresas, os autores Isak Kruglianskas e José Cláudio Cyrineu Terra provam que a gestão do conhecimento (GC), fundamental para o sucesso dos negócios, não é apenas aplicada às grandes empresas e às pequenas de base tecnológica. Segundo eles, muitas empresas utilizavam a GC, mas com outro nome como reorganização, reestruturação, informática e gestão da qualidade. Na obra, os autores conceituam essas iniciativas gerenciais com a visão de GC e apresentam 14 casos sobre gestão da inovação e do conhecimento e organização do trabalho ocorridos em países como Brasil, Espanha e Portugal.
Como no dito popular, errar é humano, mas persistir no erro é no mínimo estranho. Christian Morel, autor do livro Erros Radicais e Decisões Absurdas, procura desvendar por que pessoas inteligentes agem com insistência contra uma meta que elas mesmas se propuseram a alcançar. O objetivo da obra, segundo ele, é fazer uma reflexão através de processos cognitivos sobre a estrutura das decisões. O livro é dividido em quatro partes, nas quais Morel analisa ações absurdas sobre a negociação e a decisão, expondo exemplos em diversas áreas como aeronáutica, navegação marítima, gerenciamento e, ainda, vida cotidiana.
Liberalização Econômica, João Carlos Ferraz, Marco Crocco e Luiz Antônio Elias, Editora Futura (www.edfutura.com.br), 352 págs., R$ 52,00
Guia de Investimentos, Lauro de Araújo Silva Neto, Editora Atlas (www.atlasnet.com.br), 152 págs., R$ 29,00
Em Liberalização Econômica, professores de economia das maiores universidades e institutos econômicos brasileiros expõem suas visões sobre globalização, liberalização econômica, políticas de desenvolvimento, mercado e as tendências econômicas do Brasil e do mundo, através de textos, artigos e ensaios. De acordo com os organizadores, o objetivo da obra é pôr novamente em discussão o tema do desenvolvimento econômico nas pesquisas e no ensino e na política econômica do país, permitindo assim o surgimento de novas idéias para propor novos caminhos à economia mundial e apoiar as mudanças na orientação das políticas atuais.
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Empreendedor – Julho
2003
Muitas pessoas ficam em dúvida na hora de investir o dinheiro, devido às inúmeras modalidades de investimentos disponíveis no mercado financeiro. Por isso, Lauro de Araújo Silva Neto apresenta no livro Guia de Investimentos aspectos importantes desse mercado e algumas técnicas de planejamento financeiro. De acordo com o autor, é necessário compreender como funciona o sistema financeiro para tomar decisões seguras de investimentos em um mercado dinâmico e com diversos riscos. A obra traz também conclusões ao término de cada capítulo e um glossário para auxiliar o leitor a entender como planejar, programar e gerenciar seus investimentos.
Guia do Empreendedor Análise Econômica
Como escolher o investimento ideal
2003
Sem levar em conta seu próprio perfil, o investidor dificilmente tomará a decisão certa que lhe garanta o retorno esperado Ao longo de 15 anos de trabalho na área de investimentos, mais particularmente junto ao mercado de ações, ouvimos com freqüência a pergunta: “E aí, o que está bom agora? Qual é o melhor investimento?” As pessoas querem objetividade, rapidez na resposta, e a máxima garantia quanto ao resultado futuro das recomendações, sem considerarem uma das premissas mais significativas de quem procura um investimento, que é o perfil de cada um. Mas efetivamente, por que o perfil é assim tão importante? Será que uma boa recomendação não é o suficiente? Aqui o raciocínio básico, formatado pela experiência, é o mesmo que serve para a área da saúde: “o remédio que pode salvar um paciente pode matar o outro”. E isso acontece porque as pessoas têm maneiras diferentes de reagir às situações. Algumas são mais emotivas/reativas, outras são muito tranqüilas, umas são agressivas nos seus investimentos enquanto outras não se sentem bem em arriscar. O resultado final de um investidor depende, em grande parte, de se estar trabalhando com uma aplicação que seja compatível com o seu equilíbrio emocional. É relativamente comum, quando se presta consultoria na gestão de uma carteira de ações, vermos clientes com comJulho – Empreendedor
portamentos bastante diferentes, tendo interpretações distintas do que seria o correto. E isso fica mais visível quando o mercado vive momentos extremos, seja para cima ou para baixo. A euforia e a depressão muitas vezes tomam o lugar da razão, imobilizando as pessoas ou fazendo-as reagir intempestivamente, seguindo a multidão. E é nesses momentos que fica mais claro quem tem e quem não tem o perfil para o mercado de ações, quem consegue passar pela turbulência com relativa calma, ou mesmo se beneficiar com ela, assumindo posições que são grandes oportunidades quando a maioria fica imobilizada ou reagindo ao clima do momento. E tentar forçar a barra, nessa área, pode custar muito caro. Explico melhor: aquele que não se sente confortável em estar investindo em ações, que pode perder o sono e ficar ansioso com esse tipo de investimento, não deve ceder espaço ao seu lado ambicioso, porque fatalmente o resultado não será o mesmo do que o de um outro investidor que dá o tempo necessário para que a semente germine, quando bem orientado. O que acontece, na prática, é muitas vezes o contrário. Um situação interessante, observada muitas vezes, é o efeito psicológico gerado pela mídia, e que é particular-
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mente muito forte à medida que o mercado se aproxima dos seus limites. Quando temos um histórico de fortes altas, com sucessivas valorizações que colocam a bolsa na primeira página de jornais e revistas, temos também a formação de uma idéia subliminar de que todos estão ganhando dinheiro com as ações. Esse sentimento, no entanto, é inconsciente, mas provoca o confronto entre a falta de perfil e uma grande ambição, sendo que o vencedor desse duelo é, na maioria das vezes, o resultado ruim para o investidor, que aparece em um futuro próximo. Dentro do exposto, podemos considerar que o melhor investimento é aquele em que a soma do resultado financeiro mais o resultado emocional é positiva, ficando claro que o objetivo final é o de uma vida mais feliz, que independe muitas vezes da situação financeira. Não devemos ter vergonha de deixar o dinheiro na poupança, se este for o nosso perfil. Se você for um investidor do mercado de ações, ótimo. Mas não se esqueça do outro lado da moeda, porque eles devem se complementar e não se anular.
André Hahn
Estrategista-Chefe da Leme Investimentos
Indicadores
Carteira teórica Ibovespa NOME/TIPO AÇÃO
VARIAÇÃO % ANO (ATÉ MARÇO)
0,648 1,586 0,665 3,71 5,338 0,471 1,695 0,452 2,447 2,356 0,273 0,451 0,108 2,487 0,435 0,273 1,577 0,564 1,105 3,594 0,709 0,878 3,346 1,04 6,526 1,659 100 0,187 1,524 0,281 0,134 1,229 2,985 9,119 1,471 2,312 0,72 0,899 0,319 1,026 1,918 0,41 1,005 1,726 1,068 13,721 1,323 4,659 0,723 0,331 0,426 1,65 1,286 2,545 0,583
65,22 11,26 -9,53 17,27 7,59 10,34 42,26 23,13 20,53 15,22 71,82 -14,81 -8 4,31 3,64 35,55 -6 10,01 -8,31 10,04 0 -17,5 -3,64 40,67 50,27 28,84 16,33 19,31 30,38 181,55 -41,5 -23,81 7,53 12,84 24,16 50,38 23,65 34,47 19,95 -5,71 18,95 2,27 -7,47 -5,16 32,59 29,16 2,23 7,29 2,18 123,11 30,62 80,18 -14,84 -16,47 -5,95
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Inflação
(%)
Índice -M IGP-M IGP IGP -DI IGP-DI IPCA IPC - Fipe
Maio -0,26 -0,67 0,61 0,31
Juros/Aplicação
Ano 6,97 5,25 6,80 5,46 (%)
Junho 1,39 1,39 0,92 1,25 -10,00
(até 24/06/03) CDI Selic Poupança * CDB pré 30 Ouro BM&F
Ano 11,28 11,31 4,68 10,15 -19,02
(* por aniversário)
Indicadores imobiliários (%) CUB SP TR
Maio 4,480 0,310
Ano 8,910 2,660
Juros/Crédito
Desconto Factoring Hot Money Giro Pré (*)
(em % mês) Junho Junho 16/junho 20/junho 3,50 a 4,50 3,50 a 4,50 4,37 a 4,41 4,36 a 4,41 3,05 a 7,76 3,00 a 6,50 44,73 a 111,71 44,67 a 111,71
(*= taxa ano)
Câmbio
(até 23/06/2003) Cotação Dólar Comercial Ptax R$ 2,8788 US$ 1,1574 Euro Iene US$ 117,85
Mercados futuros Julho Dólar R$ 2,874 Juros DI 25,69% Café (NY) US$ 56,30 Agosto Ibovespa Futuro 13.449
(em 23/06/2003) Agosto Setembro R$ 2,931 R$ 2,978 25,50% 25,05% – US$ 58,45 Outubro Dezembro 13.958
14.452
Empreendedor – Julho
2003
Acesita PN Ambev PN Aracruz PNB Bco Itau Hold Finan PN Bradesco PN Bradespar PN Brasil ON Brasil T Par ON Brasil T Par PN Brasil Telecom PN Braskem PNA Celesc PNB Cemig ON Cemig PN Cesp PN Comgas PNA Copel PNB CRT Celular PNA Eletrobras ON Eletrobras PNB Eletropaulo Metropo PN Embraer ON Embraer PN Embratel Part ON Embratel Part PN Gerdau PN Ibovespa Ipiranga Pet PN Itausa PN Klabin PN Light ON Net PN Petrobras ON Petrobras PN Sabesp ON Sid Nacional ON Sid Tubarao PN Souza Cruz ON Tele Celular Sul ON Tele Celular Sul PN Tele Centroeste Cel PN Tele Leste Celular PN Tele Nordeste Celul PN Telemar Norte Leste PNA Telemar ON Telemar PN Telemig Celul Part PN Telesp Cel Part PN Telesp Operac PN Tractebel ON Transmissao Paulist PN Usiminas PNA Vale Rio Doce ON Vale Rio Doce PNA Votorantim C P PN
PARTICIPAÇÃO IBOVESPA
Guia do Empreendedor Agenda De 20/07 a 02/08/2003
De 12/07 a 16/07/2003
FEPORJ
12º SALÃO DE NOVOS NEGÓCIOS
UTILAR MODECOR
14ª Exposição de Equipamentos e Produtos Odontológicos do Rio de Janeiro Pavilhão de Exposição do Riocentro Rio de Janeiro – RJ Fone: (21) 2504-0002
Expo Center Norte São Paulo – SP Fone: (11) 3253-2133
31ª Feira Internacional de Bens de Consumo Centro de Convenções da Bahia Salvador – BA Fone: (71) 358-4009
De 12/07 a 16/07/2003
CIORJ 16º Congresso Internacional de Odontologia do Rio de Janeiro Pavilhão de Exposição do Riocentro Rio de Janeiro – RJ Fone: (21) 2504-0002 De 13/07 a 28/07/2003
II Feira da Cidade de Piúna Pavilhão de Eventos Piúna – CE Fone: (27) 3361-6864 De 16/07 a 19/07/2003
ÓPTICA 2003 12ª Feira de Produtos e Equipamentos Ópticos Expo Center Norte São Paulo – SP Fone: (11) 4191-8188 De 17/07 a 19/07/2003
SALEX 14ª South America Leisure Exibition ITM – Expo São Paulo – SP Fone: (11) 3826-3271
De 21/07 a 24/07/2003
EXPOVEST 14ª Exposição do Vestuário Atacadista de Cianorte Shopping Atacadista Cianorte – PR Fone: (44) 631-7790
RACINE EXPO 13ª Feira de Produtos, Equipamentos e Serviços para a Indústria Fármaco e Cosmética Palácio das Convenções do Parque Anhembi São Paulo – SP Fone: (11) 3670-3499 De 18/07 a 20/07/2003
3ª FEIRA MUNICIPAL DA INDÚSTRIA, ARTESANATO E TURISMO DE MANACAPURU Complexo Riachuelo Manacapuru – AM Fone: (92) 622-1918 Julho – Empreendedor
De 25/07 a 10/08/2003
FEARG 25ª Feira do Artesanato do Rio Grande do Sul Centro Municipal de Eventos Rio Grande – RS Fone: (53) 233-8400 De 25/07 a 10/08/2003
De 22/07 a 25/07/2003
FECIS
ELETRISUL 1ª Feira de Eletricidade e Eletroeletrônica Pavilhão de Feiras da FENAC Novo Hamburgo – RS Fone: (51) 3337-3131 De 22/07 a 25/07/2003
URBIS Feira & Congresso Internacional de Políticas e Práticas Inovadoras de Gestão de Cidades Pavilhão de Exposições do Anhembi São Paulo – SP Fone: (11) 3829-9111
8ª Feira de Artesanato, Indústria e Serviço Centro Municipal de Eventos Rio Grande – RS Fone: (53) 233-8400 De 29/07 a 02/08/2003
1º SALÃO INTERNACIONAL DE TECNOLOGIA 1º Fórum Internacional de Tecnologia Expo Center Norte São Paulo – SP Fone: (11)3253-2133 De 30/07 a 02/08/2003
De 23/07 a 27/07/2003
DIDÁTICA
FEIMICRO XVII Feira de Microempresa do Amazonas Centro de Negócios do SEBRAE Manaus – AM Fone: (92) 622-1918
De 17/07 a 20/07/2003
2003
De 25/07 a 03/08/2003
1ª Feira Sul Brasileira de Tecnologia para a Educação Centro de Exposições do Parque Barigüi Curitiba – PR Fone: (41) 335-3377
De 24/07 a 26/07/2003
FENETUR 6ª Feira de Negócios Turísticos do Maciço de Baturité Praça Cel. José Cícero Sampaio Pacoti – CE Fone: (85) 255-6600
De 30/07 a 03/08/2003
GOURMET & CIA. 3ª Feira Sul Brasileira de Gastronomia Centro de Exposições Horácio Sabino Coimbra – CIETEP Curitiba – PR Fone: (41) 335-3377 De 31/07 a 02/08/2003
De 25/07 a 29/07/2003
FEPAI
FLUMISUL’2003 5ª Feira Internacional de Negócios do Sul Fluminense SESI Barra Mansa – RJ Fone: (24) 3322-6062
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14ª Feira de Produtos Artesanais e Industriais da Região de Ibiapaba Ginásio de Esportes de Ubajara Ubajara – CE Fone: (85) 255-6600
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Julho – Empreendedor
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