Empreendedor 106

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MERCADO: A multiplicação dos negócios da pesca

FRANQUIA: Quiosques ocupam novos espaços

Inovação e Valor aos Negócios

ISSN 1414-0152

www.empreendedor.com.br

Ano 9 • Nº 106 Agosto 2003 R$ 6,00

OPINIÃO: “Empreender está no DNA do brasileiro”

Novas escolas e cursos encontram na educação empresarial um nicho com clientela e retorno garantidos


2004

Maio – Empreendedor

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2004

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Empreendedor – Maio


Diretor-Editor Acari Amorim [acari@empreendedor.com.br] Diretor de Marketing e Comercialização José Lamonica [joselamonica@uol.com.br]

Nesta Agosto/2003

Entrevista

Redação Editor-Executivo: Alexandre Gonçalves [alex@empreendedor.com.br] Editor: Carlos Castilho Repórteres: Lúcio Lambranho, Fábio Mayer e Sara Caprario Editor de Arte: Gustavo Cabral Vaz Fotografia: Cristina Gallo, Lauro Maeda e Arquivo Empreendedor Produção e Arquivo: Ivone Zanatta Ilustrações: Clóvis Geyer Capa: Grupo Keystone Revisão: José Renato de Faria Coordenador de Web: Flaviano da Cunha Júnior Sedes

Dinâmica Promoções e Eventos Carlos Hamilton Martins Feltrin Rua Turiassu, 127, cj. 12/13 - Perdizes 05005-001 - São Paulo - SP Fone/Fax: (11) 3822-0412 [dinapro@terra.com.br] Escritórios regionais

Capa

2003

GRUPO KEYSTONE

Assinaturas Serviço de Atendimento ao Assinante Diretora: Clementina P. da Silva Gerente: Luzia Correa Weiss Fone: 0800 48 0004 [assine@empreendedor.com.br]

ANER Agosto – Empreendedor

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Gestão, RH, Marketing, Finanças... Independentemente da área, a oferta de cursos na chamada educação empresarial tem crescido de maneira empolgante nos últimos meses. E a maior prova disso é que é cada vez maior o número de cursos e escolas que entram de cabeça nesse segmento com público dos mais exigentes, que não aceita comprar gato por lebre. Por isso mesmo, o mercado passa por uma seleção natural, em que só os melhores cursos sobreviverão.

Rio de Janeiro [triunvirato@triunvirato.com.br] Milla de Souza Rua México, 31, grupo 1404 - Centro 20031-144 - Rio de Janeiro - RJ Fone/Fax: (21) 2533-3121/2524-2757/2533-1601 Brasília [jcz@forumci.com.br] Ulysses C. B. Cava SETVS - Quadra 701 - Centro Empresarial Bloco C, cj. 330 70140-907 - Brasília - DF Fone: (61) 426-7315 Paraná [merconet@merconet.srv.br] Ricardo Takiguti Rua Joaquim da Costa Ribeiro, 507 A - Atuba 82840-190 - Curitiba - PR Fone: (41) 367-4388 Rio Grande do Sul [hermano@hrmmultimidia.com.br] HRM Representações Ltda./Hermano Thaddeu Filho Rua Saldanha Marinho, 33 - sala 608 - Menino Deus 90240-160 - Porto Alegre - RS Fone/Fax: (51) 3231-6287 Ceará [dilerportela@wettor.com.br] Dilermando Portela Av. Luciano Carneiro, 99 - Bairro Fátima 60410-690 - Fortaleza - CE Fones: (85) 433-3989/9969-7312 Pernambuco [hmconsultoria@hmconsultoria.com.br] Hamilton Marcondes Rua Ribeiro de Brito, 1111, cj. 605 - Boa Viagem 51021-310 - Recife - PE Fone: (81) 3327-3384/3327-9430 Minas Gerais [comercial@sbfpublicidade.com.br] SBF Representações/Sérgio Bernardes de Faria Av. Getúlio Vargas, 1300, 17º andar, cj. 1704 30112-021 - Belo Horizonte - MG Fone: (31) 3261-2700

Empreendedor.com http://www.empreendedor.com.br

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“Temos disposição, habilidade e criatividade para superar crises e dificuldades.” É dessa forma que, em entrevista exclusiva, o consultor Armando Correa Tupiniquim atesta a capacidade empreendedora do brasileiro. “Está no DNA e se houvesse um ranking mundial de sobrevivência o primeiro lugar seria nosso.”

São Paulo Diretor de Marketing e Comercialização: José Lamônica Executivos de Contas: Paula Araújo Speda, Ariovaldo Florian e Edson Ramão Rua Sabará, 566, 9º andar, cj. 92 01239-010 - São Paulo - SP Fones: (11) 3214-5938/3214-6093 [empreendedorsp@uol.com.br] Florianópolis Executivo de Atendimento: Cleiton Correa Weiss Av. Osmar Cunha, 183, Ceisa Center, bl. C, 9º andar 88015-900 - Florianópolis - SC Fone: (48) 224-4441 Representante

Produção gráfica Impressão e Acabamento: Prol Editora Gráfica Distribuição: Fernando Chinaglia S.A. (São Paulo)

edição

DIVULGAÇÃO

A revista Empreendedor é uma publicação da Editora Empreendedor

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Empresa Ágil CARREIRAS

A doença do executivo globalizado Suplemento

Executar várias tarefas ao mesmo tempo já não é mais uma virtude invejável entre os executivos modernos. Descobriu-se que pode ser também uma doença chamada DDA.

FRANQUIA TOTAL Na falta de recursos para investir numa franquia, o candidato a franqueado pode optar pelos quiosques, um formato versátil que tem como atrativo a possibilidade de ser instalado em locais de grande movimentação de consumidores. Na seção Franco Franquia, a resposta para quem é dono do próprio negócio e pensa em se tornar franqueado. Confira ainda as informações do espaço da ABF.

RECURSOS HUMANOS

A arte de contratar a pessoa certa Cálculos feitos por alguns consultores indicam que, em média, os empreendedores erram mais do que acertam na contratação de pessoal. Como resolver isso?

Quanto vale uma martelada?

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Brasil

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O professor Luis Marins Filho conta uma historinha que ajuda a entender por que os consultores cobram caro por seus conselhos.

A criação de uma secretaria nacional específica para tratar dos negócios da pesca abre boas perspectivas de crescimento desse mercado, com oportunidades para empreendedores de

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CRISTINA GALLO

INTERNET

todos os portes.

LEIA TAMBÉM

O custo da desconfiança A confiança parece ser o ativo menos valorizado nos negócios através da internet. Isso pode complicar, e muito, a vida futura de uma empresa.

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ESTRATÉGIAS

Cartas .................................................................... 6 Empreendedores ................................................. 14 Não Durma no Ponto ........................................... 18 Via Digital ............................................................. 26

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Produtos e Serviços ....................................... Do Lado da Lei................................................ Leitura ............................................................. Análise Setorial .............................................. Indicadores ..................................................... Agenda .............................................................

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O clássico dilema está novamente diante dos empreendedores, quando surgem indícios de uma recuperação da economia mundial a partir de meados de 2004.

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TENDÊNCIAS

Pesquisa compartilhada Esta é a palavra-chave que dezenas de empresas de ponta estão adotando em todo o mundo para compensar os altos custos da inovação.

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GUIA DO EMPREENDEDOR

Continuidade ou ruptura?

Empreendedor – Agosto


do

Editor

Cartas A

formação dos empreendedores e a importância em aprimorar conhecimentos sempre estiveram entre as pautas freqüentes da revista Empreendedor por uma simples razão: acreditamos que sem uma boa base de estudo e conhecimento o sucesso de um negócio corre o risco de se desmanchar no ar. Ou seja, o sucesso firme como rocha não surge por acaso; é fruto de muito trabalho e também de um interesse em saber e aprender sempre mais. Dentro desse contexto, produzimos a reportagem de capa desta edição, a partir de uma feliz constatação: é cada vez maior a procura de empreendedores e executivos por cursos na área de educação corporativa. Preparamos, então, uma pauta que analisa justamente o crescimento desse nicho na área de ensino, ouvindo especialistas e empreendedores que comandam cursos e escolas de negócios. Ao ler a reportagem, fica a clara sen-

sação de que, no atual momento, ensinar é tão bom negócio quanto aprender. E por isso mesmo não é exagero afirmar que, quando se trata de educação corporativa, o retorno e o público são mesmo garantidos. Confira a partir da página 18. Outro destaque desta edição é a entrevista com o especialista em empreendedorismo Armando Correa Tupiniquim, que, entre outras declarações, é categórico em afirmar que “empreender está no DNA do brasileiro”. Saiba mais a partir da página 8. E, finalmente, outra reportagem de destaque relata como anda o mercado da pesca no Brasil, que tem como grande motivador a criação de uma secretaria específica no Governo Federal com a meta de incentivar ainda mais atividades nessa área. Confira na página 42 e boa leitura.

de

Assinaturas Para assinar a revista Empreendedor ou solicitar os serviços ao assinante, ligue 0800 48 0004. O valor da assinatura anual (12 edições mensais) é de R$ 72. Aproveite a promoção especial e receba um desconto de 16,7%, pagando somente R$ 60. Estamos à sua disposição de segunda a sexta-feira, das 8 às 18h30min. Se preferir, faça sua solicitação de assinatura pela internet. O endereço é www.empreendedor.com.br ou pelo e-mail assine@empreendedor.com.br.

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Correspondência As cartas para as revistas Empreendedor, Jovem Empreendedor, Dirigente Lojista, Cartaz, Guia Empreendedor Rural e Guia de Franquias, publicações da Editora Empreendedor, podem ser enviadas para qualquer um dos endereços abaixo: São Paulo: Rua Sabará, 566 - cj. 92 CEP 01239-010 - São Paulo - SP Rio de Janeiro: Rua México, 31 - cj.1404 CEP 20031-144 - Rio de Janeiro - RJ

Agosto – Empreendedor

Tenho uma franquia de um convênio odontológico e gostaria de saber se existe algum modelo de regulamento e/ ou estatuto de um Conselho de Franqueados, seus poderes, suas ações, etc. André Azevedo

por e-mail

André, Cada rede discute suas necessidades para formatar um Estatuto para o Conselho de Franqueados, afinal cada ramo tem sua especificidade. De qualquer forma, o melhor caminho para você conseguir um modelo é entrar em contato com a Associação Brasileira de Franchising (ABF). A entidade tem um departamento jurídico onde você pode obter mais detalhes, pelo fone (11) 3814-4200 ou no site www.abf.com.br. Os poderes e ações do Conselho de Franqueados vão depender do ramo, da autonomia que tal órgão vai exercer, etc., a partir de negociação entre franqueador e franqueado.

Empreendedor

Brasília: SETVS - Quadra 701 - Centro Empresarial - Bloco C - cj. 330 CEP 70140-907 - Brasília - DF Rio Grande do Sul: Rua Saldanha Marinho, 33 - sala 608 - Menino Deus 90240-160 - Porto Alegre - RS Santa Catarina: Av. Osmar Cunha, 183 Bloco C - cj. 902 CEP 88015-900 - Florianópolis - SC Paraná: Rua Joaquim da Costa Ribeiro, 507 A, Atuba CEP 82840-190 - Curitiba - PR Ceará: Av. Luciano Carneiro, 99 - Bairro Fátima - 60410-690 - Fortaleza - CE Pernambuco: Rua Ribeiro Brito, 1111, cj. 605 - Boa Viagem CEP 51021-310 - Recife - PE Minas Gerais: Av. Getúlio Vargas, 1300, 17º andar, cj. 1704 CEP 30112-021 - Belo Horizonte- MG Os artigos deverão conter nome completo, assinatura, telefone e RG do autor, e estarão sujeitos, em função do espaço, aos ajustes que os editores julgarem necessários.

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Conselho de Franqueados

para

Empreendedor

Anúncios Para anunciar em qualquer publicação da Editora Empreendedor ligue: São Paulo: (11) 3214-5938/3214-6093 Rio de Janeiro: (21) 2533-3121/2524-2757 Brasília: (61) 314-1541 Curitiba: (41)367-4388 Porto Alegre: (51) 3231-6287 Florianópolis: (48) 224-4441 Fortaleza: (85) 433-3989 Recife: (81) 3327-9430

Reprints editoriais É possível solicitar reimpressões de reportagens das revistas da Editora Empreendedor (mínimo de 1.000 unidades)

Internet Anote nossos endereços na grande rede: http://www.empreendedor.com.br redacao@empreendedor.com.br


Novas franquias Leio mensalmente a Empreendedor, sendo que o suplemento Franquia Total é a parte da revista que vejo primeiro. Acho muito interessante a maneira como as notícias são apresentadas e as reportagens bem objetivas. Quero sugerir a vocês que coloquem um espaço destacando empresas que estão entrando no mercado de franquias. Seria muito interessante, no meu entendimento, para mostrar que o sistema de franquias ainda tem força para atrair novos franqueadores. Saulo Pereira

Campo Grande – MS Saulo, Agradecemos suas considerações e, por coincidência, nesta edição do Franquia Total produzimos uma página mostrando cinco novas redes que estão entrando no mercado de franchising. Continue acompanhando a Empreendedor e enviando novas críticas e sugestões.

deparei com a excelente matéria sobre qualidade no franchising. Parabéns. Oswaldo Britto

por e-mail

Sugestões de pauta Antes de mais nada, quero parabenizar a todos vocês pelo trabalho desenvolvido na Empreendedor. É uma revista que conheci há pouco tempo, mas da qual já me tornei leitora cativa. Gosto muito de todo o conteúdo. Sou estudante de Administração e, tão logo termine a faculdade, pretendo abrir meu próprio negócio, uma consultoria talvez. Por isso, quero sugerir que vocês façam reportagem mostrando negócios para recém-formados. Certamente será uma reportagem muito bem-vinda, pois, assim como eu, muitos outros estudantes pensam em ser seus próprios patrões depois da faculdade. Cinthia Fonseca

por e-mail

Qualidade no franchising Tenho acompanhado na Empreendedor o generoso espaço que é dado ao franchising e observado a seridade com que a revista trata o assunto. Especialmente na edição de junho foi com muita satisfação que me

Correção Solicitamos a publicação de uma errata referente à edição da revista Empreendedor nº 104 (junho de 2003, página 24). Os dados corretos são: Taxa de Franquia de R$ 29.000,00 e Royalties de 6% sobre o faturamento bruto. Roberta S. Croce – 100% Vídeo

Sou estudante e gostaria de saber a data de início da Empreendedor para completar meu anuário da revista. Maristela Moura

por e-mail

Maristela, A primeira edição da Empreendedor circulou em agosto de 1994 (veja a capa ao lado). A propósito, a edição de outubro próximo marcará a entrada da revista e da Editora Empreendedor em seus dez anos de existência. Aguarde muitas novidades.

Congelados A revista Empreendedor já publicou alguma reportagem sobre o mercado de comida congelada? Tenho interesse nessa área, mas ainda estou buscando mais informações sobre o assunto. Fernando H. G. da Silva

por e-mail

Fernando, Ainda não publicamos nenhuma matéria específica sobre o tema, mas vamos anotar sua sugestão.

CARTAS PARA A REDAÇÃO

CEDOC

Correspondências por e-mail devem ser enviadas para alexandre@empreendedor.com.br, aos cuidados do editor Alexandre Gonçalves. Solicitamos aos leitores que utilizam correio eletrônico colocarem em suas mensagens se autorizam ou não a publicação de seus respectivos e-mails. Também pedimos que sejam acrescentados o nome da cidade e o do estado de onde está escrevendo.

O Centro de Documentação (CEDOC) da Editora Empreendedor disponibiliza aos interessados fotos e ilustrações que compõem o nosso banco de dados. Para mais informações, favor entrar contato com Ivone Zanatta, pelos telefones (48) 224-4441 e 0800 48 0004, ou por e-mail (redacao@empreendedor.com.br).

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Empreendedor – Agosto

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Campinas – SP

Cinthia, Excelente sua sugestão de pauta. Vamos estudá-la com atenção para, o mais breve possível, produzi-la. Fique certa de que até lá muitas outras reportagens voltadas para os jovens (e futuros) empreendedores estarão em destaque na Empreendedor. Veja o retorno que a seção Jovem S.A. obtém junto a esse público do qual você faz parte.

Empreendedor


Entr vist E

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com Armando Correa Tupiniquim por

Fábio Mayer

“Empreender está no

DNA do brasileiro” O consultor Armando Correa Tupiniquim afirma que, de tanto enfrentar crises, o empreendedor brasileiro desenvolveu uma habilidade nata para, com criatividade, superar qualquer obstáculo

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O avanço do empreendedorismo é fundamental para fortalecer a economia de qualquer país, pois alavanca o desenvolvimento regional e torna-se uma alternativa para o desemprego. Sobre esse tema, Armando Correa Tupiniquim, consultor, palestrante e professor de MBA na Media Marketing School (MMS), nas áreas de Desenvolvimento Gerencial e Negociação Avançada, avalia as principais contribuições e iniciativas do empreendedorismo para o desenvolvimento regional. “Podemos relacionar hoje muitas iniciativas regionais da ação empreendedora que vão traçando perfis notáveis com contornos nacionais”, afirma. Tupiniquim também analisa, nesta entrevista, quais os principais fatores que fazem do povo brasileiro um dos mais empreendedores do mundo. Para o consultor, há uma enorme disposição, uma habilidade nata e sobretudo muita criatividade do brasileiro para superar crises e dificuldades. Mas, segundo ele, é necessário fazer um planejamento adequado do negócio para que o empreendimento seja bem-sucedido. Por isso, indica o que deve ser priorizado no planejamento de um negócio para construir e gerenciar empresas de sucesso e conta quais são as perspectivas do empreendedorismo no país. Empreendedor – O Brasil é um dos países mais empreendedores do Agosto – Empreendedor

mundo, estando em 7º lugar no ranking mundial de empreendedorismo. Quais os principais fatores e características que fazem do povo brasileiro um dos mais empreendedores do mundo?

Armando Correa Tupiniquim – Se analisarmos a evolução política e econômica no Brasil sob uma perspectiva histórica, veremos que já estão arraigadas no DNA do povo brasileiro uma enorme disposição, uma habilidade nata e sobretudo uma criatividade esplêndida para superar crises e dificuldades. O enfrentamento de inúmeras crises monetárias e cambiais, a luta interminável para o controle da inflação, o esforço descomunal para resgatar uma dívida social que remonta à época do descobrimento, as desigualdades inomináveis que permeiam o acesso à educação, cultura e saúde pública, e muitas outras questões não menos importantes. Definitivamente, o povo brasileiro ocuparia o primeiro lugar num ranking mundial de sobrevivência se houvesse um. Obviamente que a criticidade destes fatores históricos compõe um cenário permanente de superação, e dele resultam brasileiros realizadores com foco em resultados; planejadores com uma visão articulada de curto, médio e longo prazos; empreendedores com senso de realidade, sempre prontos a desenvolver ajustes criativos e eficazes; profissionais comprometidos com ob-

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jetivos que são sempre desafiadores; pessoas determinadas a fazer do sucesso um caminho no rumo de suas metas; fartura de disposição e energia mesclada com um gosto genuíno pelo lidar com gente; aí então temos um resumo das principais características que nos fazem um povo tão empreendedor. Empreendedor – Com base nessas características, quais as principais contribuições e iniciativas do empreendedorismo para o desenvolvimento regional?

Tupiniquim – Notadamente o crescimento e o fortalecimento das economias regionais, respeitadas as suas características peculiares. Podemos relacionar hoje muitas iniciativas regionais da ação empreendedora que vão traçando perfis notáveis com contornos nacionais. Pólos de alta tecnologia deixaram de ser uma exclusividade da região Sudeste brasileira e hoje podem ser encontrados nas regiões Sul e Norte e também no Nordeste do país. Fronteiras agrícolas vão sendo empurradas por todo o país e a produção de grãos bate sucessivos recordes. Os novos e modernos meios de telecomunicação alavancaram um boom surpreendente em todas as modalidades de serviço e produção, além de multiplicar exponencialmente os meios de distribuição. Obviamente que precisamos re-


conhecer o papel decisivo que entidades e instituições como Anprotec, Sebrae, Fapesp, Endeavor e muitas outras estão tendo nesse processo, mas é inegável admitir que o motor que o impulsiona está nas potencialidades regionais. Empreendedor – Para o país quais os benefícios diretos do empreendedorismo?

Tupiniquim – O principal benefício está no desenvolvimento da economia como um todo através de mecanismos de reação empreendedora que, na maioria dos casos, independem de sustentação, mas apenas de incentivos se houver. Se levarmos em conta que o país ainda não reúne condições estruturais capazes de permitir que os governos adotem políticas desenvolvimentistas de longo prazo, isso combinado com a longa conjuntura de contenção do crescimento para que se possa domesticar uma inflação renitente, nós estaríamos realmente num beco cruel e sem saída se as características empreendedoras do povo brasileiro não fizessem brotar diariamente milhares e milhares de novas iniciativas, desde o camelô de chinelos até o novo empresário da área de alta tecnologia. É uma rematada falácia tachar o povo brasileiro de acomodado e preguiçoso; isso é coisa de quem não anda pelas ruas deste imenso país e assim deixa de ver milhões de brasileiros que pulam da cama ainda no escuro da madrugada em busca do aproveitamento de oportunidades idealizadas a partir de suas necessidades de superar dificuldades. O verdadeiro empreendedor no Brasil é aquele que não perde um minuto sequer do seu tempo reclamando do governo, da política ou da economia. Ele está ocupado demais buscando soluções concretas para sua vida, sua família, seus negócios e para o seu futuro. O empreendedor bem-sucedido é aquele que faz o possível enquanto não alcança o perfeito.

Tupiniquim – Sem sombra de dúvida, a própria natureza da necessidade de sobrevivência empurra as pessoas em busca de novas alternativas geradoras de renda e dos meios de subsistência. Segundo o consultor americano Larry Farrel, autor de Entrepreneurial Age, nos Estados Unidos os maiores responsáveis pelo surgimento de novos negócios são profissionais que foram demitidos de seus empregos e precisaram encontrar uma forma de sobreviver; são gestores que viraram empreendedores por necessidade. Veja que, não tendo de onde obter os meios mínimos necessários à subsistência, a pessoa se vê compelida a examinar muito criteriosamente cada oportunidade de negócio, cada possibilidade de iniciativa, cada menor lampejo de criatividade, imaginação e inventividade, sem descuidar jamais de verificar suas disponibilidades de meios e recursos para empreender com os pés fincados no chão.

interessar. Estamos falando de levantar estatisticamente quantas empresas, depois de abertas, acabam fechando suas portas e, principalmente, por quais motivos. Depois que a vaca foi para o brejo de nada adianta o lamento. Isso nos alerta para a importância de avaliar criteriosamente tanto a vaca quanto o brejo, pois é a meio caminho dos dois que está o pasto, chamado mercado, onde viceja a grama chamada de resultados. Vistas as razões do fechamento (mortalidade das empresas), impressionantes 30% estão cravados na alegação da falta de clientes, aqueles que na hora de abrir o negócio todo mundo acha, ingenuamente, que vão “chover” à sua porta. Outros 20% especificam diversas razões de ordem unicamente pessoal, tais como problemas familiares, gravidez, divórcio, etc., enquanto que um outro tanto, também perto de 20%, se justifica pela

Empreendedor – Mas empreendedorismo por necessidade não é a principal responsável pela alta mortalidade empresarial no país?

Tupiniquim – Definitivamente não. Relatórios e mais relatórios de pesquisas sobre esse assunto estão aí para quem se

“O verdadeiro empreendedor no Brasil é aquele que não perde um minuto sequer do seu tempo reclamando do governo, da política ou da economia” 9

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Empreendedor – Na sua opinião o empreendedorismo é uma alterna-

tiva para o desemprego?

FOTOS DIVULGAÇÃO

Consultor, palestrante e professor de MBA na Media Marketing School (MMS)

Empreendedor – Agosto


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falta de capital. Perto de 15% se respaldam na alegação de ter “tomado o cano” de seus clientes, mais 10% para justificativas ligadas à concorrência, custos altos, impostos, encargos, e 5% para desavenças com seus sócios. Mesmo somando já 100% até aqui, há que se considerar mais 20% de outras alegações de todo tipo, já que quase ninguém se explica com apenas uma razão, afinal o choro é livre. Empreendedor – Nesse contexto, qual a importância de um planejamento para que o negócio seja bemsucedido?

Tupiniquim – O empreendedor tem que enxergar além do próprio umbigo, ou seja, ter a capacidade de visualizar cenários e situações de longo prazo, de modo a planejar com determinação quais passos deverá dar no curto e no médio prazo. Há questões estratégicas que demandam um planejamento minucioso e detalhado, sempre considerando oportunidades e ameaças diante de forças e fraquezas, tais como aquelas que são associadas à segmentação (perfil, demanda, previsão e potencial de mercado, tendências, mudanças e comportamentos), ao posicionamento de mercado (modelo de concentração, tamanho de mercado, potencial de crescimento, taxas de ocupação e níveis de satisfação), além de questões delicadíssimas relativas a produto, preços, pontos-de-venda, promoção, propaganda, sem desconsiderar temas também estratégicos como a estrutura do seu investimento e o seu planejamento financeiro.

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Empreendedor – O que deve ser priorizado no planejamento de um negócio para construir e gerenciar empresas de sucesso?

Tupiniquim – Vamos tratar dessa questão no que se refere ao seu estágio mais sensível e inicial, a investigação da viabilidade do empreendimento. Costumo dizer que empreender é como subir uma longa escada de muitos degraus rumo aos resultados e ao sucesso, mas nesse momento vamos tratar de subir apenas sete deles. O primeiro degrau recomenda que, Agosto – Empreendedor

“O empreendedor tem que enxergar além do próprio umbigo, ter a capacidade de visualizar cenários e situações de longo prazo, de modo a planejar com determinação quais passos deverá dar no curto e no médio prazo” mais do que se deixar levar pela convicção, muitas vezes ilusória, de que se tem uma boa idéia, o futuro empreendedor precisa fazer um auto-exame para saber se reúne algumas características fundamentais como imaginação, criatividade, senso de realidade, capacidade de visualizar cenários de curto, médio e longo prazos, disponibilidade para dedicação e esforço pessoal intensivo, comprometimento e, principalmente, gosto para lidar com gente. O segundo degrau exige que o empreendedor defina se está efetivamente empenhado na busca por resultados ou se está apenas buscando satisfazer uma vaidade. No terceiro degrau se espera que ele pondere sobre a idéia que teve, analisando se há expectativas realistas ou se está lidando apenas com uma grande vontade de dar certo, para só então tratar de avaliar quanto custará transformar aquela idéia em um empreendimento. No quarto degrau o empreendedor deve se perguntar o que e quanto conhece de fato do ramo em que pretende atuar, sem esquecer de relacionar qual experiência e vivência pessoal tem na área. Chegando ao quinto degrau recomenda-se levar em conta o que ele faz hoje para viver, se vive bem ou não, ou ainda, se vive bem mas quer mudar de vida. Então é necessário refletir sobre ter que começar sozinho ou contar

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com sócios e de que tipo. No sexto degrau é chegada a hora de saber se ele está com todo o dinheiro necessário “no bolso” ou se vai ter de se endividar e com quem. É nesse ponto que o empreendedor precisa considerar a importância de já ter “tocado” antes algum outro empreendimento. Atingindo o sétimo degrau, mas não o último nessa longa escada, é chegado o momento de saber se ele já pesquisou a fundo a concorrência a ser enfrentada e se já levou em conta o impacto desta concorrência nas chances de sobrevivência do empreendimento. Trocando em miúdos, é preciso saber se, grosso modo ao menos, vai enfrentar formigas ou elefantes no mercado. As respostas a todas essas reflexões aqui resumidas resultam no que nós chamamos de plano de negócios. Empreendedor – Finalizando, quais as perspectivas do empreendedorismo no Brasil?

Tupiniquim – Excelentes, para dizer o mínimo. Veja que o Brasil está passando por um processo determinado de ajustes e reformas, numa envergadura tal que o Estado findará por passar por uma lipoaspiração, enxugando o montante do custeio fiscal, dando base efetiva para o trato da questão previdenciária, além de dar contornos mais justos às questões tributárias. Isso tudo findará por reduzir significativamente o que chamamos de Custo Brasil, de modo tal que investir neste país voltará a ser interessante em qualquer que seja a escala. A economia sairá dessa letargia em que se encontra e voltará a crescer expressivamente, multiplicando oportunidades de empreendimento, ampliando a oferta de empregos, incentivando os investimentos em tecnologia e fazendo assim com que o bolo cresça e possa ser dividido em fatias de justiça social, níveis aceitáveis de saúde, educação e expansão cultural. Quer perspectiva melhor do que essa? Só se você estiver fora do Brasil e se decidir a mudar para cá, pois este país hoje reúne, como nunca antes, a faca, o queijo e a tábua. Otimista, eu? Claro que sim, sou um tupiniquim de nascença.


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José Luiz Rubinato

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Ponte rolante Em uma transação inédita para a área de serviços, a Yaskawa Elétrico do Brasil, tradicional empresa que atua nas áreas de mecatrônica e robótica, acaba de fechar um contrato com a Companhia Siderúrgica de Tubarão para a reforma e automatização de pontes rolantes que serão utilizadas para o transporte de bobinas e outros DIVULGAÇÃO itens da linha de produção do novo laminador inaugurado no ano passado. De acordo com José Luiz Rubinato, gerente-geral da Yaskawa, empresa que detém 60% do mercado brasileiro de reformas e automação dessas pontes, esse contrato totaliza a reforma de sete pontes de porte siderúrgico em regime de turn key. A Yaskawa verificou também em recente pesquisa de campo realizada pelo seu corpo técnico que existem pelo menos mil pontes rolantes em estado crítico de conservação instaladas no parque industrial brasileiro em segmentos como siderúrgico, químico e petroquímico, de máquinas e equipamentos e de celulose e papel, o que, de acordo com Rubinato, representa um forte potencial de mercado que a Yaskawa pretende atender. (11) 5071-2552 ou www.yaskawa.com.br Agosto – Empreendedor

TeleImage e iMusica Patrick Siaretta

Foco em banda larga A TeleImage e a iMusica se uniram para criar um sistema inédito na América Latina de video on demand (VOD) que permitirá a usuários residenciais e corporativos receberem arquivos audiovisuais em seus computadores. Com a nova tecnologia, será possível, por exemplo, “baixar” um longa-metragem completo e reproduzi-lo com garantia de qualidade de som e imagem, e sem o risco de vírus ou arquivos corrompidos. Pioneira no trabalho de produção, finalização e exibição de cinema digital no Brasil, tendo em seu currículo obras como Deus é Brasileiro, a TeleImage fornecerá toda sua expertise para a digitalização de conteúdo e captação de novos materiais. A iMusica, responsável pela implantação da primeira plataforma de Distribuição e Gerenciamento de Mídia Digital da América Latina,

utilizará sua tecnologia nessa nova empreitada. “Estamos reunindo dois pontos fortes das empresas para criar um novo serviço”, afirma Patrick Siaretta, presidente da TeleImage. Para Alexandre Agra, presidente da iMusica, o tráfego atual de filmes remete à época de explosão do Napster e das trocas de canções na internet. “No mundo todo, estima-se um total de 500 mil arquivos de vídeo sendo baixados por dia, sinalizando uma crescente demanda”, diz. No Brasil, o público potencial para o serviço é representado pelos 700 mil usuários de banda larga (segundo dados do International Data Corporation – IDC), o que indica um aumento de 112% sobre o ano passado, um dos maiores índices de crescimento no mundo. (11) 3889-2605

NEGÓCIOS CULTURAIS Com o sucesso do projeto “Estudo da cadeia produtiva da economia da música no Rio de Janeiro”, realizado pela Incubadora Cultural Gênesis, o Governo Federal e outras instituições ligadas à cultura decidiram selar o desenvolvimento de novos estudos nas áreas de Design, Indústria Gráfica, Editorial e Audiovisual. Os convênios foram assinados em uma cerimônia com a presença do ministro da Cultura, Gilberto Gil. Entre os diversos projetos que serão desenvolvidos pelos órgãos, estão a realização de estudos para incentivar a modernização do parque gráfico do Rio de Janeiro, a criação e manutenção de um portal de internet com o catálogo de produtores da indústria fonográfica do estado, a criação de um curso para formação de empreendedores na área musical e a criação de um software para ensino à distância na mesma área. O Plano de Desenvolvimento da Economia da Música, iniciado em outubro do ano passado pela incubadora, representou uma iniciativa inédita no setor de economia da cultura. O estudo foi desenvolvido para trazer uma visão da indústria da música como uma cadeia produtiva interligada a muitas outras atividades. A análise da cadeia produtiva da música é feita por profissionais de diversas áreas, através de pesquisas, redação e compilação dos dados. O trabalho é acompanhado desde a produção, distribuição e comercialização até o momento de consumo. (21) 3114-1378

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Yaskawa


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Contato Elétrico

Colortel

Sérgio Salgado

Julio Cosentino

Site da energia

Aposta nelas Segundo o último Censo do IBGE, as mulheres representam 40% dos trabalhadores brasileiros, total dividido entre o setor de serviços (56,6%), comércio (13,5%) e indústria (8,9%). A Colortel, empresa nacional de locação de equipamentos eletroeletrônicos, assiste ano a ano ao percentual de mulheres aumentar nos cargos de gerência. Hoje, das 13 filiais próprias, 11 têm gerentes mulheres. As subgerentes são dez. Segundo Julio Cosentino, diretor comercial da Colortel, a maioria delas já era funcionária e foi sendo promovida até chegar ao nível gerencial. “Elas simplesmente chegaram e tomaram o espaço dos homens com o passar dos anos. O que se percebe é que todas trabalham duro, são organizadas e extremamente eficientes na negociação com os clientes”, elogia Cosentino. A responsabilidade de cada gerente é grande. A Colortel é uma empresa nacional e, além do estado do Rio e do Distrito Federal, está em São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo, Minas Gerais, Maranhão, Rio Grande do Norte, Bahia, Pernambuco e Ceará. Líder nacional na locação de equipamentos eletroeletrônicos, tem mais de 50% do mercado nacional. São 60 mil equipamentos alugados, entre aparelhos de ar-condicionado, televisão, frigobar, videocassete, DVD, som e computadores. Entre os principais clientes, estão grandes redes hoteleiras, hospitais e universidades. 0800 25 2872

CARTÃO BNDES

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Empreendedor – Agosto

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Pequenos empresários terão a partir de agora acesso ao Cartão BNDES por meio da rede de 1.950 agências e 2.100 correspondentes bancários da Caixa Econômica Federal em todo o país. O acordo de cooperação, assinado no mês passado por Carlos Lessa e Jorge Eduardo Levi Mattoso, respectivamente presidentes do BNDES e da CEF, prevê que as duas instituições trabalharão em conjunto para ampliar o alcance do Cartão BNDES, permitindo que micro, pequenos e médios empresários utilizem esse instrumento de crédito rápido e barato. O Cartão BNDES agiliza as transações comerciais entre empresas compradoras e fornecedoras, reduzindo o tempo nas concessões de financiamento e diminuindo os custos financeiros. Com o cartão, o empresário de pequeno porte pode ter acesso a um crédito rotativo, cujo limite, definido pelo banco emissor, é de até R$ 50 mil. A compra realizada com o cartão é parcelada em 12 vezes iguais, com taxas bastante reduzidas em relação às outras opções do mercado (em julho, 1,74% ao mês). Para obter o Cartão BNDES, o empresário deve fazer a solicitação por meio do Portal de Operações do Sistema BNDES, espaço criado pelo banco para operações comerciais na internet (www.cartaobndes.gov.br).

Instaladores, equipes de manutenção, construtores e outros profissionais que atuam no segmento de eletricidade, eletrônica e automação já podem obter cotações rápidas de componentes elétricos especiais através da internet, sem prejuízo do relacionamento pessoal entre cliente e fornecedor. A novidade está sendo lançada pelo site Contato Elétrico, uma empresa virtual que atua na distribuição de produtos elétricos para todo o Brasil. O Contato Elétrico dispõe de ferramentas simples, que permitem a pesquisa e facilitam a especificação dos componentes elétricos, seja para um projeto, montagem ou manutenção industrial. “Nós temos o compromisso de responder às cotações no prazo máximo de 24 horas”, anuncia Sérgio Salgado, diretor do site. Para isso, o Contato Elétrico mantém estreita parceria com fabricantes de fusíveis, tomadas industriais e componentes de automação, sinalização e comando industrial. Na área de fusíveis, por exemplo, o Contato Elétrico permite o acesso a desenhos técnicos da Bussmann, principal fabricante mundial, com sede nos Estados Unidos, que oferece desde pequenos fusíveis para aparelhos eletrônicos até fusíveis de grande porte, para instalações de média tensão. O site disponibiliza, ainda, uma tabela de similaridade entre os fusíveis Bussmann e seus concorrentes. “Nosso serviço será especialmente útil aos profissionais e empresas que atuam em cidades do interior, onde é mais difícil cotar e comprar componentes elétricos especiais”, avalia Salgado. “Por outro lado, além do acesso pela Web, queremos estimular o contato telefônico e pessoal com o cliente para reforçar a confiança do mercado nesse sistema de cotação e venda.” www.contatoeletrico.com.br


Jovem S.A. por Lúcio Lambranho lucio@empreendedor.com.br

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Super primos O sobrenome deles é Saqueti, forma abrasileirada do nome italiano Sachetti. Sua DA ESQUERDA PARA A DIREITA: JOSIANO (DIRETOR COMERCIAL), CRISTIANE terra natal é São Ludgero, ci(DIRETORA DE MARKETING), SOLANGE (DIRETORA DE RH), DANIELA (ÁREA dade na região das termas hiJURÍDICA), ROSÂNGELA (DIRETORA-EXECUTIVA), KAREN (PSICÓLOGA E SETOR DE drominerais de Santa RECRUTAMENTO), SIMONE (DIRETORA OPERACIONAL) E JUAREZ (SETOR DE Catarina.Têm entre 24 e 34 INFORMÁTICA) anos e, apesar da pouca idade, vêm obtendo resultados de veteranos na capital de Santa Catarina. Rosângela, 34 anos, próprio nome Hippo foi escolhido já pronto para colaborar com a compra Simone, 33, Solange, 33, Cristiane, se pensando no marketing que pode- ou conversar sobre qualquer assun29, Daniela, 24, e Josiano, 31, são ria render. O símbolo é o hipopóta- to. Os produtos light e diet são um os donos do Hippo, um supermerca- mo, um bicho engraçado e simpáti- dos nichos de mercado mais bem exdo no centro de Florianópolis. “Nós co, ideal para fazer o papel de ami- plorados pelo Hippo, que hoje possui abrimos em agosto de 1997 e, no pri- gão que queríamos desempenhar jun- um significativo mix dessas mercameiro mês, já conseguimos um cres- to ao nosso público”, relembra. dorias em suas prateleiras. Dois meses depois, uma campacimento de 23% no faturamento em Segundo os jovens empreendedorelação ao mesmo mês do ano ante- nha publicitária que prometia um bi- res, o Hippo foi o pioneiro na fabricarior, quando o supermercado perten- chinho de pelúcia Hippo para as cri- ção de produtos sem glúten, o primeicia a outra rede, muito mais conhe- anças teve de ser tirada do ar 15 dias ro a colocar à disposição de seus clicida”, conta Rosângela, diretora-exe- antes do prazo. Motivo: o supermer- entes um setor inteiro de produtos orcado ficou tão cheio de “pequenos” gânicos, sem agrotóxicos, e o primeicutiva do Hippo. A rede pertencia a seus próprios pais clientes que os mil bonecos encomen- ro com serviço delivery, vendas via e primos dos pais até julho de 1997, dados evaporaram rapidinho. 0800 e internet, com entrega em FloSimone, irmã de Josiano, e dire- rianópolis. Além disso, o Hippo foi o quando a sociedade foi dividida, e então nasceu o Hippo. Criados entre as tora operacional do supermercado, primeiro supermercado catarinense a gôndolas da rede da família, os rapa- costuma ouvir as opiniões e queixas receber a aprovação do Serviço de Inszes e moças sentiram a partilha, mas da freguesia e com isso consegue ori- peção Estadual (SIE) para poder fratocaram a bola para a frente. O receio entar a casa. Esse serviço é tão valo- cionar e manipular produtos de origem era de que a mudança não fosse bem- rizado pelo Hippo que a diretoria tra- animal dentro de seu estabelecimento. vista pela comunidade, principalmente tou logo de contratar mais quatro pes- A longo prazo, afirmam os diretores, pela necessidade de abandonar o anti- soas exclusivamente para o atendi- o Hippo pretende abrir novas lojas e go nome, tradicional na cidade. “Re- mento ao cliente. Isso além do “Seu criar a Rede Hippo, sempre com o disolvemos transformar a desvantagem Ernesto”, uma espécie de ombudsman ferencial em inovação, serviço e atenem vantagem, aproveitando a oportu- amigão da clientela que, junto com os dimento, voltado para os reais desejos nidade para fazer uma grande campa- outros atendentes, fica circulando da clientela. nha de lançamento”, conta Josiano. “O pelos corredores do supermercado, www.hippocom.com.br Agosto – Empreendedor

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Upgrade em RH O paulistano Marcelo Rozgrin Marques é um jovem empreendedor autodidata que se especializou na linguagem Linux depois de iniciar duas faculdades, a de Engenharia Mecatrônica e a de Direito. Desde 1993, quando criou dois softwares de cálculos trabalhistas e de correção monetária, Marques temse dedicado a esse mercado. Primeiro criou a MicroSync, e em seguida a Debit.com.br, pioneira no fornecimento de opções de cálculos trabalhistas e de correção monetária em tempo real, via internet. Seu ponto forte é permitir que os cálculos sejam feitos retroativamente, desde janeiro de 1964. Com tabelas práticas e uma lista dos mais variados índices e informações de mercado (cotações), a empresa é a única no Brasil que permite, através de assinatura, acesso ao software de cálculo na forma off-line. O site funciona desde 1999 e foi baseado na elaboração de programas específicos de cálculos como os pro-

gramas Debit 1.0 e Calc Express 1.0, ambos criados em 1993. Dez anos depois, os programas atualizados foram disponibilizados no site. Além de serem indicados para advogados e peritos, os programas permitem que qualquer pessoa munida de informações corretas efetue cálculos de correção monetária, honorários e juros. Para justificar seu foco nesse segmento, Marcelo lembra que o país tem a maior incidência de processos trabalhistas do mundo. Movida pelos bons resultados, a empresa lançou um novo produto: o Debit Trabalhista 4 para Windows, compatível com Windows 98, Me, 2000 ou XP. Através do programa, qualquer usuário pode realizar cálculos de verbas para processos trabalhistas, em qualquer fase do processo (inicial, contestação, liquidação), de maneira rápida e segura. A grande vantagem do programa é que ele dispensa o uso de planilhas, calculadoras e tabelas. O programa Debit

Trabalhista 4 para Windows calcula horas extras dia a dia, com percentuais de acordo com cada categoria, prevendo feriados, inclusive os móveis (Páscoa, Carnaval), que podem ser alterados de acordo com cada cidade ou empresa. Ao calcular as horas extras, o programa considera-as refletidas no descanso semanal remunerado, férias, 13º salário e no aviso prévio. www. debit.com.br

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Desafio para hermanos como foco estudantes universitários. No caso do jogo argentino, as vagas disponíveis são para 2,5 mil universitários, que se reunirão em quase 500 equipes. As inscrições foram feitas até o dia 15 de julho pelo site www.desafiosebrae.com.ar. A previsão é de que o jogo comece no mês de setembro, mas a coordenação do jogo no Brasil e na Argentina ainda está finalizando o cronograma. Jesica Raffo, de 22 anos, uma das participantes do projeto piloto do Desafio Sebrae na Argentina no ano passado, diz que foi uma emoção incrível implantar uma empresa, vivenciar seus problemas corriqueiros e encontrar soluções corretas. Para ela, foi uma surpresa ver como o Brasil está bem organizado em termos educacionais, especificamente quando o foco são os empreendedores. Estu-

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dante do último ano de Marketing na Universidad de Ciências Empresariales e Sociales (UCES), em Buenos Aires, Jesica revela que a maior dificuldade de sua equipe foi trabalhar com a escolha de produtos e mercados, ou seja, decidir qual o melhor momento e o mercado em que se deve aplicar novos produtos. “Acredito que a dificuldade de administrar uma empresa seja a mesma tanto aqui em Buenos Aires quanto no Brasil. Mesmo assim, pretendo, mais tarde, montar uma empresa de consultoria de marketing e promoção”, revela. No ano passado, o Sebrae realizou um piloto do jogo com oito equipes e 40 estudantes. A diretoria do Sebrae Nacional já pensa também em lançar pilotos do projeto no Paraguai, no Uruguai e no Chile. Sebrae: 0800 99 2030 Empreendedor – Agosto

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Depois de passar por turbulências econômicas, a Argentina vive hoje um novo ambiente político e econômico. Dentro desse contexto, os jovens argentinos universitários terão a oportunidade de ter uma visão mais otimista do mercado, aprendendo a gerenciar uma pequena empresa. Os estudantes hermanos vão poder se inscrever para participar da primeira edição do Desafio Sebrae naquele país. Assim como acontece há quatro anos no Brasil, o Desafio Sebrae estimula o aprendizado de como administrar pequenos empreendimentos, com a utilização de ferramentas lúdicas como um CDROM com um jogo que simula o dia-a-dia de uma empresa, tendo


Nãono Durma Ponto

por Roberto Adami Tranjan Educador da Cempre – Conhecimento & Educação Empresarial (11) 3873-1953 • www.cempre.net • roberto.tranjan@cempre.net

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Crise: somos todos culpados Fato 1 A máquina de café expresso foi devolvida! Corte de despesas. Funcionários e clientes adoravam o café expresso naquele estabelecimento comercial. Mas, ordens superiores, fim do cafezinho! E fim de um pequeno carinho para clientes e funcionários.

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Fato 2 Os clientes gostavam do chorinho, apelido que se dá àquela porção generosa nos sorvetes oferecidos na sorveteria da praça. Acabou! Os sorvetes são controlados no peso: quilos de sorvetes vendidos como os quilos de sorvetes produzidos. É verdade que os estoques estão mais controlados, mas as vendas caíram devido ao desagrado entre os clientes e à saudade de um simples chorinho. Fato 3 Aquele jornal informativo que era enviado gratuitamente para os clientes foi extinto. Problemas de custos. Estava inviável mantê-lo. Os clientes gostavam muito, aguardavam recebê-lo mensalmente e o repassavam para que pessoas próximas também pudessem ter acesso às notícias e informações. Sem dúvida, um marketing de relacionamento eficaz embora sem resultados paupáveis, a priori. A frustração dos Agosto – Empreendedor

clientes é percebida pelos funcionários mais próximos. Os que tomaram a decisão desconhecem o impacto dessa redução de custos. Estão felizes por atingir a meta de contenção de despesas no curto prazo, mas no longo prazo... Fato 4 O estacionamento era oferecido gratuitamente para os clientes daquele restaurante sempre lotado. Resolveram terceirizá-lo e, agora, a empresa arrendatária cobra um bom preço para guardar os carros. Os clientes viam uma vantagem no estacionamento grátis, ainda que representasse menos de cinco por cento do que habitualmente costumavam gastar, em média, num almoço ou jantar. Sentiram-se incomodados com o novo procedimento. É possível que o restaurante tenha conseguido parte do ressarcimento dos custos que anteriormente assumia com o estacionamento, mas já é comum não vê-lo tão lotado como anteriormente. O leitor, por certo, percebe onde pretendo chegar. Podemos admitir uma crise provocada pela política econômica do governo que faz com que a demanda seja desaquecida ou outra variável externa. Mas existe uma outra crise gerada pelas pró-

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prias empresas. Acredito ser essa crise pior que aquela provocada pela retração econômica. A crise gerada pela própria empresa navega na contramão dos desejos e anseios dos clientes. A empresa passa a ter uma relação evasiva com o cliente, tal qual um bar de rodoviária, pouco interessado em atender bem clientes descartáveis. Prefere fazer o arroz-com-feijão do que criar e inovar. A empresa geradora da própria crise se posiciona de costas para o cliente e de frente para os números. Entre o orçamento e a satisfação do cliente, vale o primeiro; entre o caixa e a fidelização do cliente, vale também o primeiro. Como podemos ver, a empresa geradora da própria crise vive uma inversão de valores. O receio da crise colocou-a de cara com o que tanto temia. O desafio empresarial perdeu a grandeza: resume-se, agora, em atingir os números do orçamento. A questão é que no papel tudo se viabiliza e aí está a armadilha: a de apostar em uma ficção contábilfinanceira. E quanto mais mergulha nos indicadores internos de desempenho, mas distante fica das verdadeiras razões que geram ou dificultam esses resultados. Quanto mais anestesiada pelos números, mais alheia e alienada das oportunidades. O problema se estende mais ainda quando se constata que a profecia se auto-realiza, ou seja, a crise tão temi-


Nossa meta é garantir a tranquilidade do cliente. da é, por fim, real. Tão real e inebriante que os dirigentes não conseguem enxergar que a empresa se amesquinhou. E aí está o verdadeiro motivo da crise: a mesquinhez e a mediocridade que se instalam na empresa! E aí já estamos falando de modelo mental, de conhecimento e de fé. Se não me fiz claro até aqui, peço

“A crise gerada pela própria empresa navega na contramão dos desejos e anseios dos clientes. A empresa prefere fazer o arrozcom-feijão do que criar e inovar.” licença para me apoiar numa história da tradição dervixe. Diz assim: Enquanto caminhava em peregrinação, um monge veio dar no meio de uma floresta. Depois de muitos anos de recolhimento e prática religiosa, o monge resolve colocar em

teste os seus poderes. Como estava faminto, pensou: “Gostaria de comer um farto banquete, sobre uma mesa com toalhas brancas e pratos de porcelana, com a melhor cozinha do meu país e todas as frutas da estação.” Assim se deu. Diante do monge, surge uma mesa farta de quitutes, guloseimas e frutas da estação. Enquanto se fartava com tão boa comida, o monge pensou em outro teste: “Agora gostaria de repousar em uma cama macia com travesseiros de plumas, lençóis brancos e limpos de cetim, sob uma dessas árvores frondosas diante de toda essa bucólica paisagem.” Assim se deu. Uma cama de cobertas finas e macias surge diante do monge que, em deleite com os seus novos poderes, se reconforta. Mas eis que de repente um outro tipo de pensamento assalta a sua mente: “Estou aqui tão satisfeito de ter me fartado com a melhor comida do mundo e agora descansando confortavelmente. E tudo isso graças ao poder do meu pensamento. Imagine se aparece um tigre e me come.” Imediatamente um tigre toma forma ao lado do monge e, num salto, o devora.

O comprometimento com a responsabilidade, a ética e o profissionalismo, nos permite alcançar ótimos resultados na defesa dos interesses de nossos clientes. Advocacia Luciana Marques de Paula, há mais de 20 anos no contencioso e, afinada com a evolução da sociedade, tem empenhado esforços para o aprimoramento na área de consultoria, evitando o litígio, com o foco para a solução amigável de conflitos.

Áreas de atuação: Direito Empresarial Franchising Direito imobiliário Responsabilidade Civil e Sucessões Mediação e Arbitragem

Rua Barros Brotero, 56 Parque Jabaquara 04343-020 – São Paulo – SP 11 578-2769/3893 fax 11 5584-8653 lmpaula@uol.com.br Associado ABF e IMAB


(Capa No embalo da chamada Economia do Conhecimento, novos negócios surgem para atender à demanda de empreendedores e executivos interessados em aprimorar suas habilidades e garantir a competitividade exigida pelo mercado por

Lúcio Lambranho

Você precisa

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saber disso

Para conseguir entrar e se manter vivo na selva corporativa, recém-formados, executivos de todos os níveis e empreendedores estão escolhendo a educação continuada como kit de sobrevivência. Pensando dessa forma, enquanto só se fala em gestão por competência, modismo propalado pelos gurus como a única salvação na chamada Economia do Conhecimento, essas pessoas acreditam que o remédio para fugir do desemprego ou do fracasso nos negócios é fazer um MBA ou contratar uma consultoria de planejamento de carreira. No caso do Brasil, a explosão desse mercado, com a entrada de novos “joAgosto – Empreendedor

gadores” a todo momento, está diretamente relacionada à má qualidade do ensino superior nos cursos de graduação. Mesmo com uma demanda cada vez maior, já que o diploma universitário se popularizou no país com a entrada do investimento privado, as escolas de negócios e as consultorias que oferecem programas sob medida para empresas entraram numa fase de seleção natural. Ao mesmo tempo, essas instituições buscam uma agressiva diferenciação e novos públicos, dentro de um mercado que sofre os primeiros sinais de saturação, e há uma escolha mais criteriosa por quem não quer apenas mais um título para conseguir emprego.

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Mesmo dentro desse “quadro negro” do ensino empresarial, o serviço ainda é um oásis de oportunidades e de alto retorno no país. Essa contradição pode ser explicada porque não faltam aventureiros muito bons de marketing e de péssima qualidade quanto ao conteúdo. Nesse contexto, os números estão a favor de quem planeja investir nesse setor que movimenta mais de R$ 12 bilhões por ano, o segundo lugar em percentual de crescimento no Brasil, perdendo apenas para o de agronegócios. Esses dados são do ensino privado, o responsável pela maior parte da educação superior brasileira, com cerca de 2,4 milhões de estudantes ma-


triculados em quase 1.500 instituições. Não existe uma estatística oficial ou uma entidade que reúna todas as escolas de negócios brasileiras, mas especialistas no assunto acreditam que a educação para executivos e empreendedores represente entre 20% e 30% do volume total de receita do ensino privado. Outra questão importante para balizar a decisão de um novo empreendimento nesse nicho de educação é a falta de investimentos. A educação corresponde a 9% do PIB no Brasil, número inferior à soma da participação dos setores de telecom, eletricidade e petróleo. A diferença está no volume de recursos. Os três setores receberam R$ 32 bilhões entre 1997 e 2002 de investidores privados, enquanto a educação teve de crescer com as próprias pernas. Por um lado isso pode ser atrativo para quem quer investir e por outro exige uma criteriosa escolha do público-alvo. Isso porque, sem volume de dinheiro, as mensalidades acabam sendo consideradas caras, enquanto o crédito educativo ainda é de difícil acesso para jovens ou executivos sem condições de bancar a própria atualização. Para se ter uma idéia do problema, no Brasil o ensino superior particular já custa para o aluno metade do que o ensino superior público custa para o governo.

empresa especializada em estratégias para a educação privada. Para Armoni, o grande diferencial entre as empresas é o capital humano, e a retenção de talentos passou a ser prioridade. “Quem não tiver isso não será competitivo. Esse mercado vem crescendo no Brasil nos últimos dez anos, mas ainda não é traduzido em investimentos”, define. Segundo o consultor, esse sistema educativo é muito diferente do que dar um treinamento. “Precisamos de empreendedores inteligentes ligados ao ensino e de cabeça aberta para conquistar esse serviço”, afirma. Na opinião de Armoni, hoje ainda existem muitos empreendedores da educação que não são capazes de conhecer a empresa primeiro para depois tentar vender seus cursos. Isso, segundo ele, é reflexo da distância entre empresas e escolas, dois setores que nunca se falaram no Brasil. “Para quem quer investir é essencial conhecer as empresas, todas as experiências nesse segmento no mundo e como isso pode ser adaptado para a realidade brasileira”. O consultor de marketing lembra que o modelo norte-americano de MBA dá uma base a qualquer pessoa em 900 horas para começar a falar de negócios. “Depois disso, o aluno vai para sua área como finanças ou marketing.Tem

Números do Ensino Superior Privado 1.500 instituições 2,4 milhões de estudantes R$ 12 bilhões são movimentados por ano (desse total, especialistas estimam que o ensino na área de negócios represente entre 20% e 30%)

MBA no Brasil com só 360 horas.Todas as universidades estão fazendo seus MBAs, o que tornou isso uma salada total.” O posicionamento de marketing dessas instituições, diz Armoni, é atrair os melhores alunos, e os resultados são medidos pelos empregos de destaque que eles conseguem depois do curso. Pensando numa maneira diferente de atuar nesse segmento de mercado, a Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) criou a Florianópolis Business Scholl (FBS). Segundo Vinicius Lummertz da Silva, diretor da escola, o modelo está formatado de acordo com as escolas de negócios norte-americanas, mas com uma adequação dentro da realidade econômica de Santa Catarina e das características da capital do estado. Segundo Lummertz, ex-diretor técnico do Sebrae Nacional, a idéia central é formar uma instituição de ensino que WALMOR DE OLIVEIRA

Salada total “Os diplomas nessa área estão sofrendo uma quebra de paradigma. Vale o que o mercado aceita e não o que o MEC reconhece. Isso já acontece no mundo inteiro, e o modelo do MBA está em crise até nos Estados Unidos. A novidade é um híbrido da cultura interna da empresa com parcerias de escolas”, avalia Amnon Armoni, consultor de marketing internacional para instituições de ensino e um dos sócios da Hoper,

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LUMMERTZ: ESCOLAS DEVEM TER PAPEL DIFERENTE PARA ATENDER NOVOS MODELOS DE DESENVOLVIMENTO

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Empreendedor – Agosto


(Capa contribua para a inserção das empresas catarinenses na economia global. Essa nova postura, diz o diretor da FBS, é uma mudança de patamar, já que o papel usual das escolas de administração na região sempre foi formar mãode-obra para suprir essa demanda durante o período de substituição de importações e de economia fechada. Conteúdo mutante “As universidades de Santa Catarina, formadas por fundações comunitárias de municípios e que são únicas no Brasil, como a própria Unisul, queriam dar uma grande resposta para a experiência econômica da década de 70, o que gerou 70 mil empregos pela força industrial ao modelo nacional capitaneado pelo BNDES”, explica. Para Vinicius Lummertz, hoje o papel das escolas precisa ser diferente, porque os pólos regionais se desenvolveram e se tornaram quase clusters de arranjo produtivo e com grande sofisticação, como os de São Bento do Sul e Joinville. “Nessas regiões é preciso mais empreendedorismo, cooperativismo e novos tipos escolas de negócios”, define. Quanto à localização, a FBS pretende contar com a fama de Florianópolis, DIVULGAÇÃO

cidade considerada uma das melhores do Brasil em qualidade de vida, e ser um atrativo para as pessoas que querem estudar longe da agitação das grandes cidades. Em Florianópolis, explica o diretor da FBS, a escola está localizada no norte da Ilha de Santa Catarina, perto das praias, numa região ecológica e de atração imobiliária. Durante dez meses por ano, as praias têm aluguéis muito mais baratos do que no centro da cidade. A escola começa neste segundo semestre do ano com cinco MBAs: um para engenheiros; outro para médicos; um sobre clusters e desenvolvimento regional; um curso focado na área imobiliária; e um sobre responsabilidade social, em parceira com o Instituto Ethos. Cada um dos cursos vai ter cerca de 30 vagas. Atualmente já funcionam no local cursos de graduação da Unisul numa área de 7.500 m2 e que deve chegar a mais de 14 mil m2 num projeto de três anos. Hoje a escola já tem 700 alunos e deve começar em 2004 com 1.500 estudantes. Além disso, já iniciou um mestrado stricto sensu em Administração e possui um MBA em Relações Internacionais. No ano que vem nascem, de acordo com Lummertz, as primeiras duas turmas da graduação em Administração em tempo integral. “Estamos trabalhando com módulos, e não mais em disciplinas. Cada módulo terá um conjunto de competências básicas e permanentes. O foco será nessas habilidades e não no conteúdo que hoje é mutante”, argumenta.

Briefing perfeito Enquanto a chamada educação corporativa (os centros de treinamento criados dentro de

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CASTRO: CONTEÚDO DEVE SER AJUSTADO À CULTURA DA EMPRESA, VALORIZANDO SUA MISSÃO E SEUS VALORES

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grandes empresas e usados para uniformizar conceitos dentro das suas instalações) ainda engatinha no Brasil, o foco de algumas escolas é justamente contestar esse modelo e oferecer programas de educação sob medida. Esse é o caso do Núcleo de Educação Corporativa Newton Paiva, que foi criado em 2001 e certificou 1.012 profissionais em 19 programas de aprendizagem empresarial em 2002. O novo projeto usa toda a experiência da Universidade Newton Paiva, que atua no segmento de educação há 62 anos e com educação superior há 31 anos. A proposta do núcleo é estabelecer parcerias que possibilitem o desenvolvimento do capital intelectual das empresas por meio de programas desenvolvidos a quatro mãos entre as próprias empresas e o centro universitário. O argumento principal é que grandes corporações desistiram de abraçar os projetos institucionais. A explicação, segundo Emerson Luiz de Castro, coordenador do Núcleo, é uma só: o custo. A universidade corporativa, diz ele, exige grande investimento em infra-estrutura e manutenção. A grande receita da escola é fazer com que a missão e os valores das empresas atendidas estejam incluídos nos chamados conteúdos transversais e que passem por todas as disciplinas, abordando-se principalmente o clima organizacional do cliente. “Sem isso o funcionário não absorve nada e só pensa no tempo que está perdendo com esse tipo de treinamento”, explica Castro. Segundo ele, alguns cursos chegam a falar em gestão por competência, tomada de decisão e liderança para uma empresa totalmente centralizadora e fechada. “Hoje o sucesso da educação empresarial é fazer um briefing perfeito com a empresa. Não se pode de maneira nenhuma oferecer produtos de prateleira. O conteúdo tem que se ajustar perfeitamente ao modelo da empresa e principalmente ao reposicionamen-


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(Capa to de recursos humanos”, acredita. O Centro Universitário Newton Paiva investiu mais de R$ 4 milhões nessa área. Castro lembra que o núcleo surgiu porque seria uma insanidade negar o conhecimento gerado nas empresas. Essa aproximação, diz ele, faz com que a universidade se alimente das melhores práticas empresariais. “Esse mercado é extremamente rentável. A maior parte dos serviços e produtos das companhias hoje se torna commodities. O diferencial hoje está nas pessoas, no fator humano e na velocidade com que se cria.” O nicho encontrado pela escola mineira, num primeiro momento, são as médias e pequenas empresas ou os cursos de média gerência. Isso porque, segundo Castro, já existem programas muito qualificados para o top da hierarquia executiva, como é o caso da Fundação Dom Cabral no seu estado, e para outros níveis, como programas do Sesi, do Senai e do Sebrae Nacional.

O outro diferencial do núcleo é combinar o ensino à distância com aulas presenciais. De acordo com Castro, o modelo de e-learning ficou queimado nos últimos anos por uma série de fatores. O primeiro deles é que não se pode criar uma política de qualidade de vida para os funcionários mandando que eles estudem em casa pela internet nas suas horas de folga. No caso brasileiro, Castro vai mais além, dizendo que o ensino à distância no Brasil compete com o sol, a praia e os filhos. “Quebrar esses paradigmas é muito complicado. Isso também acontece nas universidades corporativas onde o empregado bota um boné na cabeça para dizer que está em treinamento e ninguém o incomoda”, critica. No topo da febre inicial desse segmento os produtos foram muito mal de-

senhados. Também ocorreu uma confusão básica. Os interesses de um executivo atribulado são muito diferentes dos de um estudante universitário. O cliente corporativo só toca naquilo de que realmente precisa. Essas são as principais conclusões sobre esse mercado a que chegou Jonathon Levy, vice-presidente responsável pelo programa de e-learning da Harvard Business School Publishing. Mesmo com essas considerações, ele acredita que, em 2003, o Brasil vai realizar nesse setor o que os Estados Unidos fizeram no ano passado quando o ensino à distância no mundo corporativo cresceu 300%. “Cursos de até 60 horas à distância podem ser feitos sem nenhum material didático de apoio. Depois dessa carga, o aluno necessita de algo impresso. O grande pulo do gato é o tutor dos conteúdos. Essa pessoa tem realmente que

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Alternativas que funcionam Para ganhar em escala e manter a qualidade sob controle, os empresários gaúchos apostam suas fichas desde 1986 no Centro de Excelência Profissional (Cenex). O centro se posiciona como uma instituição de educação empresarial, comprometida com o sucesso de 30 grandes empresas mantenedoras, entre elas Marcopolo e Gerdau, e voltada primordialmente para as reais necessidades de desenvolvimento de seus executivos. Para honrar seus compromissos, segundo Paulo Tadeu Low, diretor-executivo do Cenex, a escola prima pela atualidade dos conteúdos desenvolvidos em seus programas e pela qualidade didático-pedagógica. “Os melhores consultores atuantes no mercado são procurados e estes profissionais trabalham com grupos pequenos de, no máximo, 26 participantes, em regime de plena imersão, em módulos Agosto – Empreendedor

que variam de dois a cinco dias, conforme a matéria a ser tratada”, explica. As avaliações do desempenho do Cenex, têm assegurado, segundo ele, nos últimos anos, um nível de satisfação da ordem de 95%. “Acredito que uma das principais dificuldades do setor seja a proliferação de empresas não suficientemente preocupadas com a qualidade de seus produtos e, em alguns casos, sem definir com exatidão o tipo de cliente a que se propõem atender”, diz Jarbas Luiz Macedo Haag, coordenador pedagógico do Cenex. Segundo ele, é freqüente que essas empresas surjam e desapareçam em curto espaço de tempo de dois a três anos. Na visão de Haag, atualmente, neste setor, para ser reconhecida como uma empresa realmente eficaz, é imprescindível definir bem seu foco, escolher seus progra-

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mas e selecionar com cuidado seus instrutores. “Somente a partir dessa base será possível destilar confiabilidade em um mercado cada vez mais necessitado e exigente”, acredita. O programa mais procurado no Cenex é o Programa de Desenvolvimento de Executivos Série Comportamental (PDEC), que já conta com 61 edições. Uma das provas de que os MBAs são para poucos que podem pagar e que muita gente busca formação para sobreviver é a criação da Escola de Negócios do Rio de Janeiro (Enerje). O idealizador do projeto, engenheiro mecânico Ricardo Maculan Alves, resolveu criar o Basic Business Administration (BBA). Isso porque, segundo ele, uma grande massa de empreendedores e executivos quer aprender a gerenciar mas não tem dinheiro para pagar um MBA. Depois de quase um ano


Rede de relacionamentos Mesmo para quem é um dos comandantes desse mercado no Brasil, a hora é de repensar os conceitos. Para Roberto Pasinato, diretor admistrativo do Instituto Superior de Administração e Economia da Fundação Getúlio Vargas (ISAE/FGV), esse é um processo natural e que está dividido em ciclos. Durante muito tempo, argumenta, a graduação sempre foi um

fator determinante e um diferencial para as pessoas. Na segunda onda, vieram às pós-graduações em nível de especialização que criaram um novo mercado. “Hoje temos uma proliferação de cursos de MBAs. Quando começamos as atividades em 1996, existiam sete instituições que ofereciam especialização e programas dentro da área de gestão empresarial. Agora existem perto de 40 escolas oferecendo esse mesmo serviço”, explica. Segundo Pasinato, essas distorções acontecem porque a demanda está explodindo e o mercado passou a exigir dos executivos os chamados mestrados profissionais. “São programas stricto sensu, mas sem o viéis acadêmico e mais focado na gestão das empresas. Em 2000, lançamos esse mestrado profissional de Gestão Empresarial e Gestão Pública e temos ainda cadastrados 1.200 nomes de pessoas interessadas. Só que estamos dependendo do

de criação, Maculan sentiu uma clara mudança restritiva no mercado de educação empresarial, principalmente por parte das pessoas físicas. “Isso se deve a vários aspectos, e o principal deles, claro, é o baixo poder aquisitivo das pessoas físicas para o investimento em seu próprio desenvolvimento. Dessa forma, tivemos que dar o nosso ‘cavalo-de-pau’ para nos adaptarmos às mudanças.” Por isso, a Enerje tem hoje mais de 60 títulos e mais de 30 autores-instrutores cadastrados na sua grade de cursos. Segundo Maculan, dessa maneira a escola está em condições de ministrar o curso que o cliente-empresa (pessoa jurídica) necessitar com a maior competitividade de preços do mercado. “Nosso posicionamento estratégico foi o de não ficarmos limitados aos cursos de varejo – aqueles que são pro-

gramados, divulgados e finalmente procurados – e sim ouvir o mercado. Fazer aquilo que nos pareceu mais óbvio: buscar as reais necessidades do cliente para então podermos atendê-lo”, explica. Em função disso, diz o empreendedor, todos os cursos passaram a estar abertos para inscrições, principalmente na modalidade in company. “No caso de não termos o curso procurado em nossa grade, este será desenvolvido de acordo com as necessidades dos clientes, para que possamos melhor atendê-los. Ou seja, nenhuma novidade, apenas foco no cliente”, ressalta.

processo de autorização da Capes”. Quando começou suas atividades, em 1996, a escola tinha duas turmas de 59 alunos e fechou 2002 com 28 turmas e 985 alunos. Uma das principais causas pela grande procura, de acordo com Pasinato, é o inegável reconhecimento da FGV nos mercados nacional e internacional, e há também uma busca desenfreada pela rede de relacionamentos que se formam dentro das salas de aula. “Nós temos cerca de mil executivos por ano fazendo os cursos. Hoje estamos trabalhando com uma segmentação entre esses executivos”, diz Pasinato. Um desses nichos está nos jovens que buscam a especialização cada vez mais cedo. Por isso, a escola criou um curso para recém-formados, que é o FGV Executivo Júnior, em que os alunos do último ano já podem começar a cursar essa especialização.

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ter sensibilidade e fazer a interação crescer entre os alunos”, acredita Castro. Segundo ele, as escolas de negócios precisam aproveitar a autorização dada pelo MEC de que até 20% da carga horária pode ser dada à distância. Dentro dessa combinação de cursos sob medida e ensino à distância, a Newton Paiva está tentando se aproximar das grandes redes de franquias. “O ideal nessas redes é fazer os treinamentos à distância para ter uniformidade de conteúdo e ganhar na redução dos custos”, define.

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MACULAN: META É FACILITAR O ACESSO DE QUEM PRECISA APRIMORAR SEUS CONHECIMENTOS, MAS NÃO TEM COMO PAGAR UM CURSO DE MBA


(Capa Outro grande diferencial do ISAE/ FGV é a primeira incubadora de projetos no Brasil, com o objetivo de apoiar a criação e consolidação de empresas da área de serviços, atendendo prioritariamente à demanda interna de projetos oriundos dos alunos e egressos dos cursos de pós-graduação. Criada em 2001, a incubadora oferece infra-estrutura física e administrativa para os empreendimentos, além de orientação empresarial, assessoria jurídica e mercadológica. O ISAE/FGV também proporciona o apoio institucional e auxilia na busca de investidores e parceiros. A incubadora mantém um edital de fluxo contínuo para a seleção de empresas, em que os projetos apresentados passam em primeiro lugar pela triagem da gerência, sendo em seguida encaminhados a consultores, que dão o parecer sobre a sua viabilidade. Com o parecer positivo, incuba-se a empresa pelo prazo de um ano, que pode ser prorrogado por mais um. Atualmente, a incubadora possui quatro empresas incubadas atuando nas áreas de Educação à Distância, Comércio Exterior, Inteligência Competitiva e Gerenciamento de Projetos.

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Linha Direta Núcleo de Educação Corporativa Newton Paiva (31) 3295-6279 ENERJE Escola de Negócios do Rio de Janeiro www.enerje.com.br Instituto Superior de Administração e Economia da Fundação Getúlio Vargas (ISAE/FGV) www.fgvpr.br Florianópolis Business Scholl (FBS) www.unisul.com.br Cenex www.cenex.com.br Hoper www.hoper.com.br Agosto – Empreendedor

Dicas para entrar no mercado 1 Pesquise as melhores práticas de educação empresarial no mundo e tente saber qual delas pode se adaptar melhor à realidade brasileira. 2 Se você pretende oferecer esse serviço direto para as empresas, o chamado in company, é preciso conhecer profundamente a gestão do cliente. Todo o conteúdo deve conter a missão e os valores dessa empresa. Faça um briefing perfeito para conseguir criar algo realmente sob medida. Não ofereça pacotes prontos ou importados ou que apenas contenham modismos na área de gestão. 3 Use a andragogia – pedagogia para adultos – nos seus cursos. Os adultos, e principalmente os executivos, só tocam naquilo que vão usar no seu dia-a-dia. Adultos odeiam ter a sua inteligência subestimada. Se o investimento permitir, contrate um pedagogo especializado em andragogia para orientar a formatação dos seus cursos e programas. 4 Pense no ensino à distância como uma ferramenta de entrega.Cursos com mais de 60 horas precisam de material de apoio impresso. O segredo nesse caso é dividir os cursos com uma parte de aulas presenciais. Esse modelo também facilita que se forme uma rede de relacionamento no seu curso. Outro segredo apontado pelos especialistas é ter uma tutoria que realmente conheça a ferramenta e que possa gerar uma grande interação entre os grupos. 5 O mercado de MBAs no mundo está em crise de parâmetros. Tente alternativas a esse modelo de escolas de negócios dos

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Estados Unidos. Lembre-se de que já existem escolas consagradas nesse mercado, principalmente para o público da alta gerência. Na outra ponta existem entidades nacionais que dão treinamentos também já cristalizados para quem trabalha no “chão de fábrica”. Por esse motivo, a escola do público-alvo é algo primordial para quem quer investir nesse segmento da educação privada. 6 Karen Fox, co-autora do livro Marketing Estratégico para Instituições Educacionais, considerada por muitos a “bíblia” do marketing na educação, juntamente com Philip Kotler, acredita ser importante estabelecer uma comunicação individual com o aluno para conseguir sucesso dentro da sua realidade. 7 Segundo ela, hoje as instituições têm de conhecer muito bem seu público-alvo. “Não dá mais para se basear somente no sexo e na idade dos clientes em potencial; é necessário saber também suas preferências. E isso vale também para o Brasil”, afirma. Ou seja, a publicidade em massa não dá resultados para instituições educacionais. 8 Veja outra sugestão da especialista: “Assim como no Brasil, o grande problema das instituições norte-americanas é o reduzido número de excelentes alunos capazes de arcar com a anuidade”, ressalta. Embora as pessoas possam comprar dez pares de sapato, poderão escolher somente uma universidade para ingressar. “E esta escolha é muito cuidadosa porque é um alto investimento”, acrescenta.


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Informação e Crédito

Prêmio Nacional da Qu Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade elege presidente da Serasa como presidente do Conselho Curador Daniela Santucci

O

presidente da Serasa, Elcio Anibal de Lucca, foi eleito em julho pelos membros filiados à Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade (FPNQ) presidente do Conselho

Curador. Elcio Anibal de Lucca, que ocupou o cargo em 1996, substituirá Edson Vaz Musa. A Assembléia Geral foi realizada no Centro de Convenções da AMCHAM. “Ocupar novamente a presidência do Conselho Curador da Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade é dar continuidade a um trabalho bemsucedido que privilegia a inovação e a disseminação dos Critérios de Excelência no cotidiano das empresas brasileiras. Tenho grande identificação com a FPNQ, de forma que, mais que um desafio, esta nomeação amplia minhas responsabilidades como empresário e como cidadão brasileiro”, afirma Elcio Anibal de Lucca. A Assembléia Geral também elegeu os membros do Conselho Curador e do Conselho Fiscal; nomeou a Comis-

Os novos membros da governança do FPNQ 7º C onselho Curador Conselho (2003–2005) Presidente Empresa: Serasa S/A Nome: Elcio Anibal de Lucca Vice-Presidente Empresa: Degussa Brasil Ltda. Nome: Weber Porto Conselheiro Empresa: Siemens Ltda. Nome: Adilson Primo

3º Conselho Fiscal (2003–2005) Conselheiro Empresa: Tormes Consultoria Empresarial S/C Ltda. Nome: Carlos Augusto Coelho Salles

Conselheiro Empresa: Bahia Sul Nome: Murilo Cesar L. dos Santos Passos

Conselheiro Empresa: Embratel – Empresa Brasileira de Telecomunicações Nome: Dílio Penedo

Conselheiro Empresa: BankBoston Banco Múltiplo S/A Nome: Geraldo Carbone

Conselheiro Empresa: Banco Itaú Nome: Renato Roberto Cuoco

Conselheira Empresa: Mariaca & Associates Nome: Iêda A. Patrício Novais

Conselheiro Empresa: Amcham – Câmara Americana de Comércio de São Paulo Nome: Álvaro A. C. de Souza

Conselheiro Empresa: Petrobras – Petróleo Brasileiro S/A Nome: Irani Carlos Varella

Conselheiro Empresa: Gerdau S/A Nome: Jorge Gerdau Johannpeter

Conselheiro Empresa: Xerox do Brasil Ltda. Nome: Guilherme Bettencourt

Conselheiro Empresa: Banco Bradesco S/A Nome: José Luiz Acar Pedro

2ª Comissão de Supervisão (2003–2005)

Conselheiro Empresa: Natura Cosméticos S/A Nome: Pedro Luiz Barreiros Passos

Conselheiro Empresa: Grupo RBS Nome: Pedro Parente

Conselheiro Empresa: American Express Brasil Tempo & Cia. Nome: Hélio Magalhães

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Conselheiro Empresa: SEBRAE – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Nome: Luiz Carlos Barboza

são de Supervisão para o biênio 2003/ 2005; deliberou sobre a reforma estatutária; apresentou os resultados operacionais e demonstrou os resultados financeiros do período de 2001 a 2002; e outorgou a menção de reconhecimento da FPNQ aos membros da gestão 2001/2003 (leia no box abaixo). A Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade concede todos os anos o PNQ, a mais importante premiação na área de gestão empresarial do Brasil. As melhores e mais desenvolvidas organizações instaladas no país seguem os critérios do PNQ, que adota critérios semelhantes aos do Prêmio Deming (do Japão) e do Malcolm Baldrige National Quality Award (dos EUA), símbolo do comprometimento com excelência e obtenção dos mais elevados padrões de qualidade.

Membro Empresa: Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre Nome: Olímpio Dalmagro


alidade O Prêmio Nacional da Qualidade iniciou seu ciclo de premiações em 1992, com o objetivo de estimular a melhoria da qualidade da gestão das organizações brasileiras, reconhecendo anualmente aquelas que atingirem o nível de desempenho de “classe mundial” e com resultados comparáveis aos referenciais de excelência. Portanto, o PNQ é um prêmio que reconhece a Excelência na gestão das organizações. ELCIO ANIBAL DE LUCCA, PRESIDENTE DA SERASA DIVULGAÇÃO

Membro Empresa: Monitor do Brasil Ltda. Nome: Edson Vaz Musa

POR UM BRASIL COMPETITIVO O presidente da Serasa também é Conselheiro do Movimento Brasil Competitivo (MBC), criado em novembro de 2001 com o objetivo de estimular o desenvolvimento da sociedade brasileira, através da melhoria radical da competitividade das organizações privadas e públicas, de maneira sustentável, contribuindo para uma melhor qualidade de vida da população. “A sociedade brasileira está buscando o diálogo franco e construtivo, voltado para o crescimento econômico coerente com o real potencial do país. Para isso é necessário competitividade, e para haver competitividade o brasileiro precisa ter qualidade de vida, o que será possível com um modelo econômico mais justo. Só vamos conseguir competitividade e qualidade de vida por meio de uma ação conjunta de empresas, governo, meios acadêmicos, ONGs e população, todos numa única direção”, afirma Elcio Anibal de Lucca. De acordo com o empresário, o envolvimento das lideranças empresariais é fundamental para alavancar a competitividade do país e melhorar a qualidade de vida da população. “Pretendemos incentivar a adesão dos empresários para a mobilização do movimento nacional. Precisamos desenvolver competências gerenciais em todo o país para obtermos melhores resultados”, ressalta. O MBC é reconhecido como uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), voltada ao estímulo e ao fomento do desenvolvimento da sociedade brasileira. Essa nova instituição congrega as funções do Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP) e do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade (PBQP).

Membro Empresa: Cetrel S/A – Empresa de Proteção Ambiental Nome: Carlos Eugênio Bezerra de Menezes

O Conselho Superior do Movimento

Membro Empresa: IBOPE Participações S/C Ltda. Nome: Paulo Pinheiro Andrade

1.1. José Dirceu de Oliveira e Silva Ministro-Chefe da Casa Civil da Presidência da República 1. 2. Roberto Amaral Ministro de Estado da Ciência e Tecnologia 1.3. Luiz Fernando Furlan Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior 1.4. Guido Mantega Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão

Membro Empresa: Ver. Di Nome: Werner Dittmer

4ª Diretoria Executiva (2001–2004) Diretor-Presidente Empresa: FPNQ Nome: Ricardo Lenz Cesar Diretor Administrativo Empresa: Banco Citibank S/A Nome: Mauro Lúcio Condé Diretor Financeiro Empresa: Adiper Consultoria Nome: Adilson Augusto Peres

1. Governo

2. Lideranças Empresariais 2.1. Jorge Gerdau Johannpeter Presidente do Conselho Superior 2.2. Sergio Foguel Vice-Presidente do Conselho Superior 2.3. Antônio Maciel Neto Conselheiro Titular

2.4. Elcio Anibal de Lucca Conselheiro Titular 2.5. Robert Max Mangels Conselheiro Suplente 2 .6. Dílio Sérgio PPenedo enedo Conselheiro Suplente 2 .7. Guilherme Bettencourt Presidente do Conselho da Xerox Comércio e Indústria Ltda. 2 .8. Adilson Antonio Primo Presidente da Siemens

3. Representantes da Fundação Prêmio Nacional da Qualidade - FPNQ 3.1. Edson VVaz az Musa Conselheiro Titular 3.2. Carlos Augusto Salles Conselheiro Suplente



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Franquia

EXPRESSAS

Total

Em Portugal e na Argentina O Brasil está exportando seu knowhow em cursos profissionalizantes e de informática para a América Latina e até para a Europa. A BIT Company, rede de escola de informática e educação tecnológica, prepara sua expansão para a Argentina e Portugal. A rede também procura contatos para expansão em outros países de língua espanhola, portuguesa e inglesa. Para abrir unidades no exterior, a BIT

usará o conceito de master franquias, parceiros que têm a função de expandir a marca no território determinado e controlar o padrão e a qualidade dos serviços prestados em sua área de atuação. No Brasil, a BIT Company possui mais de 150 unidades, com master franqueados no Espírito Santo, na Baixada Santista, na Grande Curitiba e na Grande Belo Horizonte. (11) 5908-4300

Roupas esportivas Há 20 anos no mercado, a marca de roupas Brasil Sul está seduzindo o mercado externo com suas roupas coloridas para a prática de esportes e ginástica. Com a fábrica sediada em Porto Alegre e cinco lojas próprias, além de 800 pontos-de-venda em lojas multimarcas em todo o Brasil e outros 25 pontos em outros países, a empresa tem como objetivo incrementar o número de franquias. O Grupo Cherto ficou encarregado de cuidar do processo de expansão da marca e ainda acompanhar o dia-a-dia da empresa no que

se refere às exportações. Na verdade, o Grupo Cherto está atuando na seleção de franqueados, no apoio aos processos de implantação das lojas Brasil Sul franqueadas e no treinamento de pessoal e apoio aos lojistas. Para uma loja de 40 m2, o investimento necessário é de R$ 100 mil a R$ 120 mil, e a previsão de retorno é de 12 a 36 meses. Os franqueadores dão a dica: segundo a Associação Brasileira do Vestuário (Abravest) a taxa anual de crescimento do mercado de roupas esportivas é de 2%. (11) 3257-3381

Genéricos à mão

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A rede Farmais de drogarias, com mais de 600 lojas espalhadas pelas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país, fez uma parceria com quatro dos principais laboratórios nacionais fabricantes de medicamentos genéricos (Biosintética, EMS, Eurofarma e Medley) para garantir ao consumidor mais opções de marcas de cada medicamento. Isso porque, segundo pesquisa, a maioria das farmácias não oferece

mais do que duas opções de marcas de genérico para cada medicamento receitado pelo médico. A partir de agora, todas as unidades Farmais estarão aptas a suprir 95% das necessidades do consumidor, já que os laboratórios que fazem parte dessa parceria são responsáveis pela fabricação de praticamente todos os medicamentos genéricos, em todas as especialidades médicas. (11) 3141-9222

Demanda • A rede de franquias de materiais para reparos domésticos e comerciais Multicoisas continua atendendo candidatos interessados no negócio que conheceram na última feira da ABF. Só de São Paulo são cerca de 150 candidatos. Num prazo de cinco anos está prevista a instalação de 93 franquias da Multicoisas no Brasil em 39 localidades, prioritariamente na capital e no interior de São Paulo e nas demais capitais do país. (67) 312-8000 Do Nordeste • Um grupo de franqueadores pernambucanos, incluindo redes como Bonaparte (restaurantes) e Braccialetto (acessórios), está se expandindo com mais força para o Centro-Sul do país. De acordo com Hamilton Marcondes, diretor da Associação Brasileira de Franchising (ABF) de Pernambuco, o estado tem hoje 25 franqueadores, o que representa o maior número de toda a região. A expectativa é que, neste ano, o número de fraqueadores no estado tenha um aumento em torno de 20%, enquanto a taxa média brasileira fica entre 7% e 10%. Suporte • A rede de Estética Onodera acaba de criar o Conselho Médico, órgão responsável por gerenciar o trabalho de todos os profissionais de saúde (médicos, fisioterapeutas, nutricionistas e esteticistas), atualizá-los nas novas terapêuticas e zelar pela ética dos serviços prestados. Recentemente, a Onodera reestruturou o Departamento de Marketing e adotou um sistema que mapeia as áreas de influência e avalia o potencial de cada mídia para atingir o público-alvo. (11) 5042-3337 De A a Z •Franquia de A a Z, O Que Você Precisa Saber, de José Schwartz, é um dicionário sobre o franchising com os termos mais utilizados, fontes de conhecimento sobre o assunto, análise do mercado brasileiro, entre outras informações. Diretor da Schwartz Consultores Associado, o autor é membro fundador e por diversas vezes ocupou a diretoria da Associação Brasileira de Franchising, seccional Rio de Janeiro. (21) 2544-3417

Edição: Alexandre Gonçalves • Reportagem e Redação: Sara Caprario E-mail: franquiatotal@empreendedor.com.br

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CIRCULAR Mulheres são maioria no Yázigi cipações femininas no mundo. No Yázigi, por exemplo, o número de mulheres empreendedoras que dirigem franquias chega a 56%. A franqueada Lorna Lynn Bys, depois de trabalhar oito anos como médica, decidiu abrir uma franquia da rede de ensino de idiomas seguindo o exemplo de sua mãe. Lorna, que acompanhou a experiência da mãe, conhecia todo o procedimento das escolas de idiomas. A identificação com o tema, o interesse pessoal pelo am-

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Nos últimos três anos, segundo pesquisa realizada pela Rizzo Franchise, a participação feminina no comando de franquias aumentou de 20% para 50%. Segundo a pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), estudo que mede o grau de empreendedorismo entre diversos povos, divulgada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), as mulheres representam 38% dos empreendedores do país. É uma das maiores parti-

biente e o desenvolvimento educacional foram os principais motivos que a levaram a abrir uma franquia. Lorna, que atualmente possui cinco franquias de escola de idiomas, acredita que um dos motivos que fazem as mulheres optarem por franquias é a praticidade de utilizar um sistema com toda a infra-estrutura necessária. “As mulheres se adaptam bem a um formato com regras preestabelecidas que lhe dêem mais segurança e apoio”, argumenta. (11) 4022-7345

Motivação na rede

Construção em crescimento ção nas cidades de São Paulo e Uberaba (MG), a empresa franqueadora Arte Cerâmica oferece outras opções: Tok Hidráulica e Elétrica, Tok Acabamentos, Tok Pisos e Azulejos, Tok Material para Construção, sendo adequados ao ponto comercial e demanda de cada região. A cobrança de royalties e fundo de publicidade incide apenas sobre a compra de produtos, e não sobre o faturamento. O investimento inicial para aquisição de um dos módulos da Tok pode variar entre R$ 132.100 e R$ 281.500, dependendo das instalações e do tamanho do estoque, que pode ter em torno de 6 mil itens. (19) 3228-3339 ou www.lojastok.com.br

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Empreendedor – Agosto

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A Arte Cerâmica, empresa responsável pelo lançamento da franquia Tok, rede de lojas de materiais para construção e acabamento, aposta no crescimento e tem como meta abrir seis novas unidades em diversas regiões do país, incluindo cidades do interior com população acima de 150 mil habitantes. Segundo Marcos Reis, diretor da franqueadora (foto), “as lojas Tok oferecem ao mercado o conceito de Home Center Prático, uma novidade no segmento que se propõe a apresentar produtos para construção e reforma de modo eficiente e customizado para o consumidor final”. Com duas unidades do modelo Tok Home Center Prático em opera-

Para encantar os clientes, a empresa franqueadora da rede de fast food de frutos do mar Camarão & Cia resolveu apostar nos recursos humanos, tanto os colaboradores da empresa quanto os das unidades franqueadas. Foi criado um projeto com sete sistemas de incentivos, adotado pela empresa em paralelo a um programa permanente de treinamento operacional e motivacional. “Procuramos oferecer aos nossos atendentes o que gostaríamos que eles oferecessem aos nossos clientes”, explica Gustavo Pedrosa, gerente de Marketing da rede. A idéia já deu certo e permitiu uma baixa taxa de rotatividade dos funcionários, sendo que em São Paulo a taxa ficou abaixo de 10% e no Rio de Janeiro, após a implementação do programa, caiu mais de 60% em apenas oito meses. Sylvio Drummond, diretor e fundador da rede, cuida dessa área e conta que a política da empresa é priorizar jovens que estejam procurando seu primeiro emprego. Além da capacitação profissional, através de treinamentos, foram criados programas de incentivo, como por exemplo a divisão dos resultados, o que permite que, em alguns meses, o funcionário receba seu salário em dobro, a premiação do funcionário ou da loja quando forem atingidas as metas e a eleição do funcionário do mês. (81) 3465-6668


Franquia

Total

Novas redes no mercado

Turismo franqueado

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A operadora paulista Traveland Viagens e Turismo deverá abrir no Rio Grande do Sul a sua primeira unidade franqueadora. “Temos interesse em todo o país. Nossos serviços são diversificados e possibilita que tenhamos movimento em muitos períodos do ano. Não dependemos apenas das férias”, afirma Márcio Moreno, diretor de Planejamento. Mais do que vender passagens, a empresa também oferece outros serviços, como consultoria em turismo corporativo. O investimento para uma unidade gira em torno de R$ 45 a R$ 70 mil. (11) 5536-3434

Galpão Nelore, Burgão, Tá limpo Wash, Karita e Traveland Com 28 anos no mercado paulista, a lavanderia Wash, com especialização na são exemplos de lavagem de roupas e artigos finos, empresas de diferentes oferece uma oportunidade diferente. As unidades franqueadas funcionarão como ramos de atividade que pontos de captação, onde o cliente terá decidiram pela entrada no atendimento personalizado, mas a lavagem continuará a ser feita na central mercado de franchising empresa. O objetivo é não perder a como forma de expandir da qualidade dos serviços prestados. O seu mercado de atuação investimento total na abertura de um ponto de captação é de R$ 27 mil, incluída a taxa de franquia de R$ 12 mil. Todos os pontos serão padronizados e contarão com um computador interligado com a central da Wash. A expectativa da empresa é atingir 26 unidades em três anos. (11) 3849-4002

Bom churrasco

Calçados mineiros

Com uma estratégia de expansão que contempla a abertura de mais 20 unidades no país até o final de 2005, a churrascaria Galpão Nelore, sediada em Londrina (PR), busca novos parceiros em Ribeirão Preto (SP). A implantação do sistema de franquias, formatada pela Bittencourt Consultoria Empresarial & Franchising, já atraiu investidores de Campo Grande (MS), Florianópolis (SC) e Bauru (SP) e até mesmo da Flórida, nos Estados Unidos. O negócio requer um investimento entre R$ 250 mil e R$ 300 mil, e o retorno varia de 18 a 24 meses. A churrascaria Galpão Nelore está há 15 anos no mercado e pertence a um grupo familiar, comandada por três irmãos. As duas unidades localizadas em Londrina se diferenciam por trabalhar com a chamada carne verde, de novilhos precoces recém-abatidos, um diferencial no cardápio repleto de variedades de carnes. (11) 3673-9401

Empresa com 37 anos de atuação em Belo Horizonte no mercado de calçados, a Karita inaugura uma rede nacional de franquias nas principais cidades do país. O contrato com o primeiro franqueado foi fechado em Brasília, e a meta é inaugurar 26 filiais até 2005. O cronograma tático da Karita prevê, inicialmente, a concentração de ações no interior de Minas e de São Paulo, e em algumas cidades do Nordeste e do Centro-Oeste. Com 16 pontos-de-venda próprios em Belo Horizonte, a Karita oferece ao franqueado assistência para definição do local onde será implantada a loja, disponibilizando ao empreendedor programas de capacitação pessoal, orientação para montagem de estoques e assessoria em campanhas de divulgação, entre outras ações. O interessado deve ter disponível cerca de R$160 mil. (31) 3273-8433

Agosto – Empreendedor

DIVULGAÇÃO

Fast food carioca Os donos do fast food carioca Burgão (foto), com 13 anos no mercado e duas lojas próprias, amadureceram a idéia durante seis anos e resolveram entrar para o mercado de franquia com metas muito bem planejadas. Foi inaugurada a primeira unidade em Jacarepaguá, e a meta é chegar a dez lojas franqueadas até o final do ano, todas no Rio de Janeiro. Em seguida, os planos são de expandir-se para Brasília, Goiânia e também para mais quatro estados nordestinos. No cardápio, 24 pratos rápidos, sucos, 19 tipos de sanduíches e 32 de tortas. O investimento para abrir uma unidade pode variar entre R$ 80 e R$ 400 mil, dependendo do tamanho do ponto comercial. (21) 3976-3468

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Empreendedor – Novembro


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Franquia

Total

As modalidades de franquias que exploram os pequenos espaços ou dão mobilidade ao negócio estão agradando aos investidores e empreendedores em geral

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Pequenas rentáveis Quiosque, box, station ou mesmo carrinhos que levam o produto ou serviço até o cliente. O nome pode variar, mas essas modalidades de franquia têm a mesma característica principal, que é a de oferecer as vantagens de um negócio em rede com investimento mais baixo que a média do sistema de franchising. A opção por empreendimentos desse tipo está em crescimento no Brasil e é gerada pelos motivos mais conhecidos do mercado: economia instável, busca de investimentos de baixo risco, adequação à demanda dos consumidores que procuram o que está mais barato e agilidade no atendimento. A rede de livraria e papelaria Nobel percebeu essa demanda há mais de um ano e decidiu oferecer a oportunidade de franqueados terem um quiosque ou uma loja compacta batizada de Nobel Express. A modalidade exige um investimento em torno de R$ 40 mil, podendo ser ainda menor dependendo de alguns itens da Agosto – Empreendedor

instalação. José Nivaldo Cordeiro, diretor de Operações da rede, destaca que “o formato de quiosque é muito plástico, adequando-se a muitas situações, sempre em benefício do consumidor. Onde tem tráfego de pessoas com renda e escolaridade cabe um quiosque, como por exemplo shopping centers, aeroportos, rodoviárias, hotéis, academias de ginástica e prédios de escritórios.” A Nobel ainda acertou uma parceria de modalidade store-in-store com a rede de videolocadoras 100% Vídeo. Assim como a Casa do Pão de Queijo, a livraria pode ser montada dentro da locadora, possibilitando a integração dos serviços num só local. “Para o consumidor o mais importante é ter o produto que deseja ao alcance da mão, melhorando a sua qualidade de vida. Para o franqueado o ideal é a oportunidade de ser dono de seu próprio negócio, em um empreendimento que exige baixo capital inicial e tem um retorno bastante bom”, conclui Cordeiro.

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Alimentação Um negócio que rapidamente pode ser adaptado a pequenos espaços é o de cafeteria. A rede Fran’s Café, com mais de 70 unidades que chegam a medir 100 m2, investiu num novo conceito que está ganhando o público e atraindo franqueados. É o Fran’s Café Station, uma estação móvel de serviço com 9 m2 que leva o serviço de cafeteria e lancheria para dentro dos prédios comerciais, oferecendo ainda a possibilidade de fazer entregas de pedidos feitos por telefone nos escritórios. “Ao procurar novos nichos de mercado, visualizamos a necessidade dos prédios de agregar valor além da busca de investidores por segurança e baixo investimento. Por estar dentro de um ambiente controlado, com público já determinado, a station está fazendo sucesso e atraindo muitos interessados”, conta Sérgio Freire, gerente de Franchising da rede. Os primeiros a inaugurar uma franquia do Fran’s Café, Elizete e Emílio


Algumas opções de investimento em quiosques Tavares, depois de a franquia ter instalado unidade própria no final do ano passado, estão satisfeitos com a modalidade. “Tudo é prático. Basta ligar na tomada e a estação móvel de café funciona automaticamente. O material é descartável e temos ainda a comodidade de trabalhar em horário comercial”, afirma Emílio, que abriu a unidade na Avenida Paulista no último mês de junho. A mudança dentro da franquia para atender a essa nova modalidade não chega a ser muito grande. O treinamento dos franqueados e dos funcionários, incluindo o profissional chamado de “barista”, é praticamente o mesmo. A mudança maior é a redução das opções do cardápio e a logística de entrega de produtos pelos fornecedores, que precisa ser mais ágil porque o estoque é menor. Além da instalação em prédios de escritórios, a rede está checando pontos em shoppings centers, hotéis, hospitais e concessionárias de automóveis. O gerente Sérgio Freire revela que até o final do ano deverão estar em operação 30 unidades, e a meta para os próximos três anos é alcançar a marca de 300 estações espalhadas por todo o Brasil. Para abrir um Fran’s Café Station o interessado investirá aproximadamente R$ 57 mil. Outras redes do setor de alimentação investem pesado na expansão de quiosques e boxes que podem ser montados em áreas de até 10m2, como a multinacional McDonald’s, que tem a modalidade há bastante tempo para oferecer apenas complementos dos lanches, a rede Bob’s e a Crepe de Paris.

The Nutty Bavarian – Castanhas Doces e Salgadas (11) 3849-902 Investimento a partir de R$ 27 mil Dunkin’ Donuts Café – Cafeteria e Doces (11) 5641-4633 Investimento a partir de R$ 45 mil Kibon Soft Ice – Sorvetes (11) 5641-4633 Investimento a partir de R$ 60 mil Mr. Pretzels – Doces e Salgados Pretzels (11) 5182-8971 Investimento a partir de R$ 55 mil

“Onde tem tráfego de pessoas com renda e escolaridade cabe um quiosque, como por exemplo shopping centers, aeroportos, rodoviárias, hotéis, academias de ginástica e prédios de escritórios”

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cionamentos, shopping centers e supermercados, com mão-de-obra especializada para operar os “carrinhos de limpeza”, desenvolvidos pela própria empresa. Alan Packer, presidente da Pronto Wash, explica que a franquia é que escolhe e faz o processo de licenciamento dos pontos, define o número de carrinhos necessários para aquele espaço e oferece treinamento para os funcionários. As vantagens de fazer o serviço enquanto o cliente faz compras ou dedica-se ao trabalho ou ao lazer somam-se ao fato de a franquia oferecer oportunidades de primeiro emprego para jovens sem experiência profissional. Outro diferencial destacado pelo presidente da rede é a tecnologia desenvolvida para realizar uma lavação econômica com apenas 4,5 litros de água. “Os panos são descartáveis e os produtos de limpeza biodegradáveis, revelando nossa preocupação com a preservação dos recursos desde que criamos a empresa”, afirma Packer. Outra rede de prestação de serviços que está implantando quiosques de 6 a 8 m2 é a FlyTour. A rede de agências de viagens consegue oferecer a modalidade com taxa de franquia (R$ 3 mil) cinco vezes menor que a loja tradicional (R$ 15 mil), e os gastos com instalação diminuem de R$ 60 mil para R$ 15 mil. O setor de cosméticos e perfumaria começou devagar e agora expande rapidamente o conceito de unidades menores instaladas especialmente dentro de shoppings, como a Água de Cheiro e a Contém 1g.

Linha Direta Pronto Wash (11) 3371-5777 Fran’s Café (11) 5056-0043 Livrarias Nobel (11) 3706-1492 Empreendedor – Agosto

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Serviços A possibilidade de levar o produto ou o serviço até o cliente é um diferencial que fez com que a marca argentina Pronto Wash atingisse rapidamente 12 estados brasileiros com o negócio de lavação de carros. O serviço oferece a lavagem dos automóveis dentro de grandes redes de esta-

Braccialetto – Acessórios Pessoais e Presentes (81) 3327-3037 Investimento a partir de R$ 70 mil


Franquia

ABF

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LINHA DIRETA: ABF www.abf.com.br – abf@abf.com.br

O sucesso da franquia pode depender da seleção do ponto comercial A seleção do ponto comercial é extremamente importante durante o processo de escolha de uma franquia. Definir onde instalar um empreendimento requer muita pesquisa e objetividade. Não importa onde será aberto, em rua ou em shopping. Achar o ponto ideal, sem seguir palpites e “dicas” de conhecidos ou antigos proprietários, é uma missão extremamente crítica, mas fundamental para o sucesso do negócio. Essa escolha é tão crucial que, cada vez mais, as redes de franquias vêm buscando auxílio profissional para tal definição. São pesquisas sobre fluxo de pessoas e características da concorrência que estão ajudando a reduzir as chances de erro. Para tornar o negócio viável, o ponto tem de ser muito atrativo. Para achar o endereço ideal, é preciso pesquisar e definir o público-alvo antes de adquirir o imóvel. O próximo passo é analisar o consumidor que passa diante daquela loja e o morador daquela região. Deve-se levar em consideração que um imóvel localizado em uma rua, geralmente, tem os custos menores com aluguel e reforma do que em shoppings. Porém, um imóvel em grandes avenidas, onde não haja estacionamento, por exemplo, pode afastar

os compradores. Lugares muito movimentados são ótimos para as compras feitas por impulso. Já locais mais calmos são propícios à venda de artigos especializados. Nem sempre um imóvel localizado em shopping é garantia de sucesso. É essencial avaliar o perfil do empreendimento. Nem todos os negócios dão certo apenas por estarem em um centro de

É essencial avaliar o perfil do empreendimento compras. Assim como no imóvel de rua, necessita de uma análise mais aprofundada do perfil do público e do mix de marcas e serviços. Isso sem falar no controle dos gastos com condomínio. Depois de analisados todos os pontos focais do negócio, é preciso avaliar também a concorrência. Para alguns segmentos ela pode ser favorável, mas para outros nem tanto. Por exemplo, há locais que se especializam em determinados segmentos, como a Rua Santa Ifigênia, em São Paulo, famosa por suas

lojas de artigos eletroeletrônicos, ou a Rua Teodoro Sampaio, concentrada em móveis. O mesmo princípio talvez não funcionasse com roupas. A localização é tão determinante para o futuro do negócio que, na última ABF Franchising Expo, uma parte do pavilhão foi exclusivamente dedicada a empresas que administram pontos comerciais. Foi uma forma de ajudar os futuros franqueados a implantar seu novo negócio no lugar certo. Muitos franqueadores auxiliam seus parceiros nessa escolha, pois disso também depende o sucesso e expansão da rede. A ampliação de uma franquia, com novos formatos, também tem sido uma grande alavanca nesse processo. Ganhar novos espaços e atender a públicos diferenciados ajuda a diversificar os negócios. Os investidores podem optar por abrir uma megastore ou quiosques e totens, em ruas ou shoppings. O formato é escolhido com o detalhamento do plano de negócios. De qualquer forma, é preciso estudar, analisar e decidir pelo melhor ponto comercial, independentemente do tamanho de sua franquia ou do montante do investimento. Essa escolha pode determinar o sucesso e o futuro de um empreendimento.

Cursos da ABF passam por reformulações Visando à renovação e ao aprimoramento dos cursos oferecidos pela entidade, o Comitê de Cursos da ABF está reestruturando o CAF, que deixa de ser Curso Avançado de Franchising e passa a se chamar Conhecimento Avançado de Franchising. A proposta do CAF é fornecer técnicas para a estruturação e expansão das redes de franquia, incluindo orientação para a formatação do negócio e aspectos do relacionamento com a rede.

Agosto – Empreendedor

O curso, que antes era composto por doze módulos, agora passa a ter nove, com suas didáticas e conteúdos totalmente aperfeiçoados. Para informações sobre o novo conteúdo e o calendário para o próximo semestre, entre em contato com Aline pelo telefone (11) 3814 - 4200, ramal 24, ou pelo e-mail eventos@abf.com.br. A próxima turma será iniciada em setembro. Inscreva-se já!

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FRANQUIAS EM EXPANSÃO Cacau Show

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Segurança e Competitividade A Cacau Show é hoje a maior indústria de chocolates finos do Brasil. Fundada há 15 anos, ganhou em 2002 o prêmio “Excelência – Categoria Chocolates” da ABICAB. As lojas padronizadas vieram como consequência do crescimento e solidez conquistados em mais de uma década de trabalho. Temos hoje 28 unidades, todas com excelentes resultados e disponíveis para análise. Não cobramos taxas de adesão, royalties ou semelhantes: Acreditamos que o nosso lucro deve vir unicamente do fornecimento do nosso produto, e por isso não objetivamos ganhar nas instalações, na concessão da marca ou no apoio. Oferecemos a melhor relação de custo X benefício do mercado de chocolates finos, tanto para o parceiro de negócios como também para o consumidor. Hoje os nossos chocolates são em média 50% mais baratos que os da concorrência, mas com uma qualidade equivalente. Também destacamos que nas lojas Cacau Show existem 03 possibilidades de trabalho: 1) Fazer a venda para o consumidor na loja; 2) comercializar ativamente no atacado, para diversos estabelecimentos da região; 3) formar equipes de revendedoras autônomas por catálogo. Para o aproveitamento desse 03 canais, onde a venda não é apeN.º de unidades Próprias e Franqueadas: 28 nas passiva mas Áreas de interesse: Brasil também ativa, a Apoio: PA, PM, MP, PO, OM, TR, PF, EL, PN, SP. Cacau Show forTaxas: Nenhuma nece todos os insInstalação da Empresa: $ 24.000,00 trumentos, apoio e Capital de giro: $ 10.000,00 Know How necesPrazo de retorno: 12 a 18 meses sários.

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Livros CDs DVDs Papelaria Revistas Fundada em 1943 e com mais de 10 anos de know-how em sistemas de franquias, a Nobel é hoje a maior rede de livrarias do Brasil com mais de 100 franquias espalhadas pelo país. Confira algumas vantagens da franquia Nobel: consignação de grande parte do estoque inicial, com condições comerciais melhores do que as de uma livraria independente; suporte operacional e para escolha, análise e negociação do ponto comercial; abertura para a implantação de negócios complementares como café e internet; modelos de franquia de acordo com o potencial de cada região do Brasil: livraria, megastore e express (quiosques e lojas compactas); plano de expanNº de unidades próprias e franqueadas: 121 são definido para o Áreas de interesse: Brasil mercado brasileiro Apoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, TR, PF, FI, EL, PN, SP Taxas: de R$ 10 mil a R$ 25 mil (franquia) com oportunidades Royalties: de R$ 500 a R$ 5 mil especiais para noFPP (Fundo de Promoção e Propaganda): de R$ 100 a R$ 1 mil vos franqueados. Instalação da empresa: a partir de R$ 29.950 Faça parte desse suCapital de giro: variável cesso! Entre agora Prazo de retorno: de 24 a 36 meses (estimativa) em contato! Contato: Depto. de expansão 11-3706-1491/1493

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PA- Projeto Arquitetônico, PM- Projeto Mercadológico, MP- Material Promocional, PP- Propaganda e Publicidade, PO- Projeto de Operação, OM- Orientação sobre Métodos de Trabalho, TR- Treinamento, PF- Projeto Financeiro, FI- Financiamento, EI- Escolha de Equipamentos e Instalações, PN- Projeto Organizacional da Nova Unidade, SP- Solução de Ponto


FRANQUIAS EM EXPANSÃO Golden Services

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A ALPS é a rede de franquias de idiomas que mais cresce no Brasil. Lançada no mercado em 2001, já conta com mais de 100 franquias espalhadas por todo o país, sendo que pretendemos fechar este ano com cerca de 250 unidades. O método Alps foi desenvolvido nos Estados Unidos seguindo as mais modernas técnicas de neurolingüística, possibilitando um aprendizado rápido e permanente do inglês. Alguns alunos que já estudaram em outros métodos e depois vieram para a ALPS chegam a afirmar que falaram mais inglês em 20 horas em nossas escolas que em toda a sua experiência anterior. Essa é a grande oportunidade para você poder ter seu próprio negócio e fazer parte de uma empresa com know-how administrativo e comercial, e um sistema exclusivo de ensino. A Alps dá assessoria na seleção do ponto comercial, na adequação do imóvel e na implantação e operação da escola, treinamento pedagógico, comercial, além de todo o suporte de uma equipe de profissionais especializados que vão assessorá-lo no seu empreendimento. Esta é sua grande oportunidade de sucesso em uma rede em ampla expansão! Existem várias Nº de unidades próp. e franq.: 150 cidades disponíveis para a imÁreas de interesse: Brasil plantação de uma unidade Apoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, TR, PF, FI, EI, PN, SP Alps. Consulte nossa home Taxas: R$ 10 mil (franquia), 7% sobre compage (www.alpschool.com.br) pras (royalties) e R$ 12,0 p/ material didático e contate nosso Depto. de Instalação da empresa: R$ 30 mil a R$ 50 mil Franchising através do telefoPrazo de retorno: 12 a 18 meses ne (19) 3296-0600. Contato: Artur José Hipólito

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Lavanderia expressa Seja mais um empreendedor de sucesso! Faça parte de uma rede mundial de lavanderias! Um mercado com grande potencial e em constante crescimento! A rede de lavanderias expressas Quality Cleaners atua no Brasil desde 1999 e, após um período de aprendizado no mercado brasileiro, estruturou seu processo de expansão pelo sistema de franquias e já conta com mais de16 lojas no país. A Quality Cleaners oferece a seus franqueados um suporte de primeira linha, incluindo treinamento técnico operacional, acompanhamento na implantação da franquia, assessoria mercadológica e um vasto know-how adquirido por sua experiência internacional, em mais de 300 lojas e oito países, Nº unidades: 4 próprias/16 franqueadas Área de interesse: Brasil adaptada às caracApoio: PA, PM, MP, PO, PP, OM,TR, EI, SP terísticas nacionais. Taxas: R$ 30.000 (franquia), 5% (royalties) Entre em contato e 2% (publicidade) Instalação: R$ 210.000 a R$ 260.000 (inclusos com nossa Área de taxa de franquia, capital de giro e estoque inicial) Franquias e faça Prazo de retorno: 24 a 36 meses parte deste time Contato: Ventura vencedor!

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Fisk Negócio: Educação/Ensino de Idiomas Tel: (11) 5573-7000/Fax: ramal 251/255 franchising@fisk.com.br/www.fisk.com.br

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Franquia

Total

PERFIL

Especialista em dizer o que pensa e lembrar os cuidados que se deve ter antes de entrar no mundo das franquias.

MURAL

Há cerca de dez anos sou dono do meu próprio negócio e tenho obtido sucesso. Por isso, muitos dizem que poderia me dar bem como franqueado. Será que tenho o perfil adequado?

2003

Caro leitor, o perfil adequado do futuro franqueado é um dos temas que mais geram discussão nas redes. Afinal, queira ou não, esse perfil é uma primeira garantia, digamos assim, do sucesso que uma franquia poderá obter quando instalada. Por seu lado, é de se louvar sua preocupação em saber se você tem ou não o perfil de um franqueado. Ter essa consciência de que para assumir o comando de uma franquia é preciso possuir algumas características favorece em muito um candidato a franqueado. Isso porque, a partir dessa avaliação, um empreendedor como você terá elementos para apontar virtudes e deficiências antes de encarar a empreitada. Nessa avaliação, um dos fatores que devem ser muito bem analisados é o quanto um empreendedor, já dono do seu negócio, se encaixa como responsável por uma unidade de rede. Eu, sinceramente, acredito que um emprendedor que, como no seu caso, seja dono do seu próprio negócio há bastante tempo pode, sim, passar a fazer parte de uma rede, perdendo um pouco da autonomia, é verdade, mas ganhando e muito em eficiência e competitividade. Tudo é uma questão de adequação, de crença e de comprometimento com um novo projeto profissional. Outro fator importante é que você deve procurar conhecer a fundo o funcionamento do sistema de franchising como um todo. Há muitos pontos em comum com a administração de um negócio tradicional, mas também existem algumas questões que são muito diferentes. Converse com outros franqueados, por exemplo. De repente, numa dessas conversas, você pode encontrar alguém com um caso semelhante ao seu que poderá dar um testemunho de grande utilidade para sua decisão. Depois, obviamente, você deve partir para a escolha da rede para a qual você poderá entrar. Antes de assinar qualquer documento, estude mais de uma opção, coloque na ponta do lápis os custos, as vantagens, as desvantagens, para ver se é ou não uma boa trocar seu negócio por uma unidade de franquia. Agora, francamente, o que você tem a seu favor é que empreendedores com experiência são sempre bem-vindos em qualquer rede. Até porque essa experiência pode ser importante também para o crescimento de toda a rede. Além do mais, como você pode detectar facilmente, há muitos casos de empresários que convertem seus negócios em unidades de franquia, permanecem na mesma área de atuação e obtêm resultados bastante satisfatórios. É tudo uma questão de refletir com seriedade e de fazer a escolha certa.

Escreva para Franco Franquia: francofranquia@empreendedor.com.br Agosto – Empreendedor

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Dia desses recebi um e-mail com uma historinha bastante curiosa, que publico a seguir: Um açougueiro estava tomando conta de sua loja e ficou realmente surpreso quando um cachorro entrou. Ele espantou o cachorro mas, logo em seguida, o cachorro voltou. Novamente, tentou espantá-lo, mas viu que o cachorro trazia um bilhete na boca, onde estava escrito: “Pode me mandar 12 salsichas e uma perna de carneiro, por favor”. O açougueiro olhou e viu que dentro da boca do cachorro havia uma nota de R$ 50,00. Então ele pegou o dinheiro, e pôs as salsichas e a perna de carneiro na boca do cachorro. O açougueiro ficou impressionado e, como já era mesmo hora de fechar o açougue, decidiu fechar e seguir o cachorro. O cachorro começou a descer a rua e, quando chegou ao cruzamento, colocou a sacola no chão, pulou e apertou o botão para fechar o sinal. Então, já com a sacola na boca, esperou pacientemente que o sinal fechasse e ele pudesse atravessar. Aravessou a rua e caminhou até uma parada de ônibus, sempre seguido pelo açougueiro. No ponto de ônibus o cão olhou para a tabela de horário e então sentou no banco para esperar a condução. Quando um ônibus chegou, o cachorro foi até a frente para conferir o número e voltou para o seu lugar. Outro ônibus chegou e ele tornou a olhar, quando viu que aquele era o ônibus certo e entrou. O açougueiro, boquiaberto, seguiu o cão. Já no ônibus, de repente, o cão se levantou, ficou em pé nas duas patas traseiras e apertou o botão para descer. E fez tudo isso com as compras ainda na boca. Bem, o cão, seguido pelo açougueiro, foi caminhando pela rua até parar em frente a uma casa. Pôs as compras na calçada, voltou um pouco, correu e se atirou contra a porta. Tornou a fazer isso, mas ninguém respondeu na casa. Então o cachorro circundou a casa, pulou um muro baixo, foi até a janela e começou a bater com a cabeça no vidro várias vezes. Caminhou de volta para a porta, quando um cara enorme a abriu e começou a espancá-lo. O açougueiro correu até o homem e o impediu dizendo: “Por Deus do céu, homem, o que você está fazendo? O seu cachorro é um gênio”. Ao que o homem respondeu: “Um gênio? Esta já é a segunda vez esta semana que este cachorro estúpido esquece a chave!!!” Moral da estória: Você pode continuar excedendo as expectativas, mas, aos olhos do chefe, isso estará sempre abaixo do esperado...


2003

Empreendedor – Agosto


(Mercado

2003

O crescimento ainda é modesto, mas a pesca, com um apoio maior do Governo Federal, apresenta boas perspectivas de expansão

É recomendação médica. Consumir peixe faz bem à saúde por ser esse alimento uma proteína de fácil digestão, ter baixo colesterol e conter micronutrientes que combatem a desnutrição. Também pode ser saudável para o país. Apostar no mercado de aqüicultura pode ser uma alternativa para o Brasil garantir o crescimento econômico, gerando emprego e renda. “A aqüicultura é como o milagre da multiplicação. É uma atividade de desenvolvimento econômico e social e um grande recurso para o Fome Zero”, afirma José Fritsch, secretário nacional de Aqüicultura e Pesca. Esse ramo de atividade, que há 30 anos andava esquecido pelos governantes, ganhou reforço com a criação da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca pelo Governo Federal. De acordo com dados dessa secretaria, ano passado a aqüicultura teve uma participação de 26,4% no total da produção brasileira de pescado. Modesta, mas em plena expansão, visto que há dez anos esse número era de apenas 4,3%, a aqüicultura é um dos nichos de mercados que mais crescem no país. “Não é exagero dizer que, Agosto – Empreendedor

no Brasil, a aqüicultura cresce mais de 50% ao ano”, afirma Luiz Vinatea, coordenador do curso de Engenharia da Aqüicultura da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Para ele, o Brasil possui todas as condições necessárias para o desenvolvimento em escala crescente da aqüicultura. O país conta com mais de 8,5 mil quilômetros de costa marítima e cerca de 3,5 milhões de quilômetros quadrados de zona econômica exclusiva disponível para a pesca continental, equivalente a um terço do território nacional. Além disso, há locais com abundância de água e relevo propício com 2 milhões de hectares de terras alagadas, reservatórios e estuários, correspondendo a 12% do total de água doce no mundo. “Há ainda a possibilidade de expansão da produção e de reaproveitamento dos grandes corpos de água, incluindo barragens, que são inúmeros no país, nos quais poderiam ser utilizadas a aqüicultura tradicional com escavações de viveiros e a tecnologia de tanques em rede”, diz Marco Aurélio Rotta, engenheiro agrônomo e pesqui-

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sador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O clima tropical e subtropical brasileiro também favorece a criação de peixes tanto no inverno quanto no verão. “Temos as condições mais privilegiadas do mundo para que essa atividade possa se desenvolver e gerar divisas para o país, além de representar um enorme potencial de alimentos que poderá servir de reserva estratégica para as futuras gerações”, avalia Cláudio Vignatti, deputado federal (PT-SC), que integra no Congresso a Frente Parlamentar em Defesa da Pesca. Por outro lado, o baixo consumo nacional de produtos provenientes da aqüicultura é uma das principais dificuldades para atuar nesse mercado. Atualmente a média de consumo de pescado por ano no Brasil é de apenas 6,8 quilos por habitante, aproximadamente a metade do que é recomendado pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). “O brasileiro, de fato, ainda não incluiu o peixe no consumo alimentar. Entendemos que essa situação faz parte da


necessárias para o desenvolvimento da aqüicultura, contribuindo para a alimentação da família e para servir de meio de sustento econômico. O objetivo do governo é ampliar em 50% a produção brasileira de pesca e de aqüicultura até 2006. O governo também pretende aumentar o consumo brasileiro para 12 quilos ao ano por habitante e ainda gerar 150 mil empregos diretos e 350 mil indiretos. Assim como outras atividades econômicas, a aqüicultura também participa da ampliação de novas frentes de trabalho, mas com uma capacidade muito maior, principalmente porque não precisa de mão-de-obra especializada. O potencial do Brasil para gerar empregos através desse nicho é tão grande que Klaus Carlos Bernauer, presidente da Bernauer Aquacultura de Blumenau (SC), calcula que para cada 1,5 hectare cria-se um novo emprego. Além disso, segundo ele, o custo para a criação de novos postos de trabalho é menor. “Para se gerar um emprego nesse ramo de atividade é necessário um investimento de cerca de US$ 15 mil. Na indústria automobilística esse valor chega a US$ 155 mil, em torno de dez vezes mais, e na indústria química é preciso aproximadamente US$ 200 mil”, calcula. Jogando a isca Por ser um mercado em plena expansão, cada vez mais empresas estão apostando em aqüicultura. É o caso da Bernauer Aquacultura, que atua nesse

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FOTOS LAURO MAEDA

segmento para diversificar seus investimentos. A companhia é uma das pioneiras no país na área de metalurgia, produzindo há 73 anos ventiladores industriais e equipamentos de controle de poluição, e desde 1989 atua também no ramo da aqüicultura. “Decidimos pelo peixe porque demanda uma área relativamente pequena, tem grande produtividade e acesso à tecnologia. Como somos uma empresa técnica, isto nos interessou: produzir um alimento com qualidade, em quantidade grande numa área pequena e com preços bons”, conta Klaus Bernauer. Para 2003, a previsão da empresa é crescer 85%, atingindo cerca de R$ 13 milhões de faturamento. “Pela demanda do mercado nacional e internacional, até 2008 estima-se um crescimento da companhia na casa de 25% ao ano”, completa. O empreendedor que deseja entrar nesse ramo de negócio vai encontrar uma atividade promissora no país, mas precisará fazer um investimento inicial entre R$ 100 mil e R$ 500 mil. Segundo Bernauer, a criação de peixes demanda no mínimo dois hectares, o equivalente a R$ 60 mil, mais 50% desse valor para despesas com alevinos, ração e com a terra. Já para a produção de camarões o custo é cerca de cinco vezes maior e necessita no mínimo de cinco hectares. O preço do investimento é de R$ 350 mil (R$ 70 mil por hectare), mais 50% desse valor para custeio. “A lucratividade, no entanto, é altíssima: 35% para a piscicultura e 50% para a criação de camarões, e a estimativa de retorno é entre 18 e 24 meses”, calcula Bernauer. O futuro empreendedor dessa área também deve levar em consideração que o investimento depende de outros fatores como a topografia do terreno, o acesso à tecnologia, o preço da ração, cuidados com o meio ambiente e até mesmo a construção de estradas de acesso para escoamento da produção. Além disso, é fundamental avaliar a quantidade que Empreendedor – Agosto

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cultura alimentar que nunca ofereceu o peixe como prato principal, como ocorre no Japão, onde o consumo médio é de 35 quilos por habitante”, afirma Vignatti. Da mesma forma, a produção brasileira é ainda muito pequena em relação ao seu potencial. O Brasil produz cerca de 260 mil toneladas por ano, menos de 1% da produção mundial de aqüicultura, ocupando o modesto 24º lugar em uma atividade liderada pela China, seguida pela Índia e pelo Japão. Esses três países juntos somam em torno de 75% do total desse mercado. Segundo Rotta, para que a produção nacional seja maior, é necessário que o empreendedor desse ramo tenha um melhor planejamento do negócio. “Grande parte dos aquicultores não encara o setor com o mesmo profissionalismo com que o avicultor encara a sua criação de aves”, compara. Dependendo da região, também existe a dificuldade de encontrar insumos e técnicos capacitados para orientações, tanto para gerir o negócio quanto para escoar a produção. Outro empecilho é a falta de linhas de crédito. De acordo com Rotta, é preciso ter pessoal capacitado junto ao agente financiador para analisar projetos de aqüicultura de forma mais criteriosa, não desestimulando a produção e o surgimento de novas empresas. Para incentivar o consumo e, principalmente, alavancar o setor, o Governo Federal destinou duas linhas de financiamento. Uma de R$ 1,5 bilhão, através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para a modernização de embarcações pesqueiras em águas profundas, e outra de R$ 53 milhões para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) na área da pesca. “São recursos ainda tímidos, mas importantes para iniciar as ações de quem deseja abrir espaços para a aqüicultura em escala artesanal”, salienta Vignatti. De acordo com ele, hoje, há muitas propriedades no país que têm as condições


(Mercado deverá ser produzida para se tornar competitivo no mercado. “Para ser economicamente produtivo e viável é necessário produzir no mínimo 60 toneladas por ano”, afirma Tetuiti Paulo Tsuno, proprietário da piscicultura Yonamine, localizada no município de Juquiá (SP). Há dez anos nessa atividade, Tsuno possui quatro tanques escavados e duas represas por barramento, totalizando 4,5 hectares de lâmina de água onde produz 30 toneladas por ano de pacu, tambacu, tilápia e piau. A previsão da Yonamine para aumentar a produção é expandir a área de cultivo para oito hectares. Ampliar a produção também é o objetivo da Fazenda Marinha Atlântico Sul, de Florianópolis, que desde abril de 1999 atua nesse mercado, com a criação de ostras. “Até hoje, nossa produção possibilitou atingir o consumidor que já está predisposto a consumir porque conhece o produto”, afirma Mauro César Campos de Almeida, gerente comercial da empresa. Segundo ele, para uma produção em maior escala é necessário fortalecer o hábito de consumo. “Cada região é muito peculiar. No Rio de Janeiro, por exemplo, existe uma tradição maior de consumo de

Dicas e cuidados para evitar perdas Iniciar o negócio com um bom projeto J Ter acesso e investir em tecnologia J Buscar orientação, assessoria de técnicos e de empresas especializadas no ramo J Seguir os trâmites legais e pagar as taxas J Cuidar das nascentes de água, pois elas são a base do negócio J Conter erosões e lixiviações de resíduos J Utilizar ração de boa qualidade J Controlar a qualidade da água J Evitar usar produtos químicos J Usar espécies nativas J Certificar os alevinos contra doenças J Colocar apenas a quantidade apropriada de ração no corpo de água J Cuidar com o escape de espécies J

frutos do mar. Já em cidades do interior e até mesmo em São Paulo, não há essa tradição”. Por isso, a empresa utiliza estratégias diferenciadas para ampliar o consumo em cada região, que variam desde o marketing direto como mala direta, vendas porta-a-porta ou por meio de representantes até a criação de uma logística de entrega para restaurantes em todo o território brasileiro. Segundo Nelson Júnior Andrade Sil-

va, proprietário da Guppy Maceió, de Maceió, as regiões Sul e Sudeste do país têm vantagem sobre as demais pela localização. “Há facilidade de distribuição nos grandes centros urbanos e a possibilidade de exportação para países vizinhos”, conta Silva. A empresa produz uma média de 450 matrizes por ano de guppy (Poecilia reticulata), peixe ornamental também conhecido como lebiste, originário das Américas do Sul e Central. Essa é outra modalidade da aqüicultura em franco crescimento, principalmente no litoral do Nordeste, mas ainda é um setor pouco explorado no Brasil. Já nas regiões Norte e CentroOeste o forte é a produção de peixes como pacu, pintado e pirarucu. “O pacu é um peixe de baixo valor agregado, mas é muito apreciado aqui na região. O pintado é uma carne nobre, sem espinhas, e tem alto valor nos mercados interno e externo. Já o pirarucu, que é conhecido como bacalhau da Amazônia, é um peixe que cresce, no mínimo, dez quilos por ano”, acrescenta Marco Aurélio Rotta, pesquisador da Embrapa que trabalha na região do Pantanal. Logo, as perspectivas para o fortalecimento da aqüicultura no Brasil são alentadoras, e o que vai cair na rede são bons e graúdos lucros.

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Linha Direta

FRITSCH (DE TERNO): PESCA AJUDA NO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL

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Cláudio Vignatti (61) 8118-1313 Klaus Carlos Bernauer (47) 334-0089 Luis Vinatea (48) 331-9358 Marco Aurélio Rotta (67) 233-2430 Mauro César Campos de Almeida (48) 9101-7272 Nelson Júnior Andrade Silva jrmaceio@ig.com.br Secretaria Nacional da Pesca (61) 218-2872 Tetuiti Paulo Tsuno (13) 3844-1954


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Idéias

Por Silvano Gianni Diretor-presidente do Sebrae www.sebrae.org.br

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O município e a pequena empresa O grande escritor russo Leon Tolstoi escreveu, sabiamente, que o poeta só é universal se cantar a sua aldeia. O Brasil se faz a partir do município e o desenvolvimento se faz a partir da pequena empresa, hoje o maior fator gerador de ocupação e renda. Toda e qualquer política pública voltada para a inclusão social dará certo se levar em conta esses dois elementos, indissociáveis: o município e a pequena produção. Vejamos alguns números. As micro e pequenas empresas são cerca de 4 milhões, 98% do número de empresas existentes no país, segundo o IBGE, e respondem por 20% do PIB. Mas esse é o apenas o mundo formal, legalizado. Se somarmos os pequenos negócios informais, dependendo da origem estatística, esse universo fica próximo dos 20 milhões de unidades, incluindo os autônomos. Os negócios de pequeno porte dão ocupação a 60 milhões de brasileiros. Nada menos do que 96% dos novos empregos foram criados por eles entre 1995 e 2000. O saldo positivo entre contratações e desligamentos no segmento foi de mas de 1 milhão e 400 mil novos postos de trabalho, um crescimento de 26% no período. Nas grandes empresas, em oposição, esse saldo foi inferior a 300 mil novos empregos, um crescimento de apenas 0,3%. Entre 1995 e 2000, o número de grandes empresas ampliou-se em somente 2%, contra 25% de micro e pequenas, que somaram 400 mil novas unidades. É uma boa performance, Agosto – Empreendedor

mesmo levando-se em conta o alto índice de mortalidade dos pequenos negócios nos primeiros cinco anos de existência, mal que uma política púbica duradoura e consistente para os pequenos negócios haverá de eliminar. As montadoras de automóveis, objeto de desejo dos estados e alvo da guerra fiscal entre eles, empregavam diretamente, em abril, exatos 92.247

“Não há como se cogitar um novo modelo de desenvolvimento que não esteja baseado nos pequenos negócios e na pujança dos municípios” trabalhadores, segundo a Anfavea. Estima-se que a cadeia produtiva do artesanato, um segmento de pequenos empreendedores por excelência, dê ocupação a 8,5 milhões de brasileiros. Em suma, as micro e pequenas empresas geram emprego, absorvem mão-de-obra excluída do mercado formal, combatem o desemprego, a marginalidade, a violência. Elas incentivam os pequenos empreendedores familiares, a mulher em-

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preendedora, o primeiro emprego, o empreendedor de mais de 40 anos. Como têm uma enorme capilaridade, espalhando-se no Brasil inteiro, as empresas de pequeno porte são igualmente um instrumento de descentralização do desenvolvimento, um eficiente mecanismo para sua interiorização. Se excluirmos os cem maiores centros urbanos do país, é possível afirmar que praticamente nos 5.461 municípios restantes toda a economia local depende da forma das micro e pequenas empresas. Como já vimos, está esgotado, por outro lado, como fonte de emprego representativa, o modelo baseado na grande planta, no grande empreendimento. A grande empresa, hoje, emprega pouco, entre outras razões pela necessidade de automação, de ganhos permanentes de competitividade no mundo globalizado. O sistema bancário, por exemplo, nesse ponto, é típico: reduziu à metade o número de postos de trabalho nos últimos 13 anos, eliminando 400 mil vagas no período. Existem no país atualmente 380 mil bancários e a Febraban, a Federação dos Bancos, considera que o número ideal é de 250 mil. Não há como se cogitar um novo modelo de desenvolvimento que não esteja baseado nos pequenos negócios e na pujança dos municípios. Não dá para imaginar a criação de 10 milhões de postos de trabalho, como espera o presidente Lula, sem se começar a implementar, no curto prazo, esse modelo. Na implementação desse modelo, é fundamental termos prefeituras que pri-


endedor, Município Desenvolvido, que sugere ao prefeito alguns procedimentos que definem a boa governança: 1) Produzir um plano de ação que apóie investidores interessados nas oportunidades identificadas, oferecendo-lhes atrativos como infra-estrutura, reduções de taxas, menos burocracia. 2) Ajudar empresas e produtores locais a se juntarem em associações e cooperativas. 3) Fazer com que os produtos do município e da região sejam símbolo de qualidade e de aceitação no mercado. 4) Disseminar a cultura empreendedora no município. 5) Atrair o maior número de parceiros possível para as ações decididas pela comunidade no fórum DLIS. 6) Capacitar os funcionários da prefeitura pela ótica do empreendedorismo. 7) Estar atento a novos negócios. Nossa preocupação com a boa governança municipal explica o programa Sebrae de Desenvolvimento Local, que está implantando a metodologia do DLIS em 2 mil municípios, ajudando a atenuar os desníveis regionais, e o Prêmio Prefeito Empreendedor, que destaca as boas práticas municipais. O prêmio atrai cada vez mais candidatos. Nada menos do que 456 prefeituras concorreram no ano passado, número 70% maior do que em 2001, primeiro ano de sua realização. Mais do que a premiação em si, o importante no concurso do Sebrae é a revelação de muitos e variados exemplos, país afora, de boa governança municipal, antes relegados ao quase anonimato. Fortalecer a empresa de pequeno porte e os municípios faz parte do projeto nacional de construir um país mais justo.

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orizem os pequenos negócios. Elas terão, dessa forma, infinitamente mais chances de obter resultados concretos na elevação do padrão de vida de seus cidadãos. Na definição do PNUD, organismo da ONU voltado para ações de desenvolvimento, a governança local é o exercício da autoridade política, econômica e administrativa para gerir o negócio do município. São vários os componentes da boa governança: democracia, transparência e responsabilidade, administração participativa, favorecimento à livre empresa e à economia de mercado. O que é o prefeito senão um agente público com potencial de expansão de novas parcerias? Em razão de sua liderança, é o maior promotor do desenvolvimento local, estimulando vocações e promovendo as potencialidades do município. Como agente do desenvolvimento, pode ter participação ativa na disseminação e sustentabilidade dos empreendimentos de pequeno porte. Pode fazer isso de muitas maneiras: estimulando o turismo e o artesanato; promovendo o agronegócio, por exemplo. Pode instalar centrais de compras e privilegiar a micro e a pequena empresa nas compras governamentais. Pode incentivar a criação de instituições de microcrédito e de incubadoras de empresas. O prefeito pode adotar o DLIS, o método do desenvolvimento local integrado e sustentável, em que a própria comunidade, reunida em um fórum, define o que é melhor para o seu município. O DLIS é poderoso instrumento de gestão. O Sebrae está envolvido profundamente com o município, por entender ser a base do desenvolvimento com justiça social. Editamos a cartilha Prefeito Empre-

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CARREIRAS

Editado por Carlos Castilho

A doença do executivo globalizado

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Executar várias tarefas ao mesmo tempo já não é mais uma virtude invejável entre os executivos modernos. Descobriu-se que pode ser também uma doença chamada DDA Desordem por Déficit de Atenção (DDA, em português) é uma doença, vista até bem pouco tempo atrás como típica de crianças que não conseguem se concentrar durante as aulas ou na hora de fazer o dever de casa. Mas pesquisas médicas feitas nos Estados Unidos mostraram que ela é cada vez mais freqüente entre adultos, tornando-se especialmente intensa entre executivos que executam várias tarefas ao mesmo tempo. A internet e o computador transformaram em verdadeira compulsão o hábito de muitos homens de negócio usarem simultaneamente múltiplos equipamentos para comunicar-se com vários interlocutores ao mesmo tempo. Essa compulsão chega a extremos como um executivo usar a internet para enviar mensagens para alguém que está no mesmo prédio e, às vezes, na mesma sala. Alguns executivos usam até mais de um telefone celular para estarem sempre disponíveis. Criou-se a subcultura do “sempre conectado”. O fenômeno da execução simultânea de muitas tarefas, mais conhecido pelo jargão inglês multitasking, passou a ser Mais informações sobre o visto por muitos como uma ati- dr. Hallowell na sua página tude deselegante, mas um gru- www.drhallowell.com. Mais detalhes sobre as po de médicos e sociólogos nor- pesquisas do dr. Ratey pote-americanos foi mais longe. dem ser obtidos no artigo Os doutores Edward M. publicado na página Hallowell e John Ratey, am- w w w. a d h d n e w s . c o m / bos especializados em psiquia- ratey.htm. tria na universidade de Harvard, nos Estados Unidos, chegaram à conclusão de que se trata de uma dependência psicológica, com efeitos semelhantes ao A biografia do dr. Meyer está de uma droga. Já o professor David E. em www.umich.edu/~bcalab/Meyer_Biography.html. Meyer, da universidade ameriAgosto – Empreendedor

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cana de Michigan, estudou a performance dos executivos compulsivos e descobriu que eles acabam gastando 50% mais tempo para executar cada tarefa simultânea. O que todos consideravam um paradigma de eficiência acabou se revelando justamente o contrário. Pior ainda. O doutor Meyer verificou que os executivos compulsivos têm 40% mais chances de fracassar que um colega que execute uma tarefa por vez. “Eles se comportam como os pilotos de avião, que entram em depressão quando não conseguem monitorar 10 relógios simultaneamente”, garante o médico, especializado em psicologia empresarial. Nada mais nada menos que 8 milhões de adultos norte-americanos padecem os efeitos da Desordem por Déficit de Atenção (DDA), uma doença associada à hereditariedade e que é causada pelo funcionamento irregular do sisPara mais informações tema neuro-transmissor do césobre a DDA em português visite o site www. rebro, ativado por uma subspsiquiatra.med.br/dda tância chamada dopamina. _adultos_FAQ.htm. Os sintomas mais comuns são uma enorme dificuldade para se concentrar numa tarefa específica. A desatenção pode gerar problemas sérios, especialmente para condutores de veículos ou encarregados de monitorar o funcionamento de máquinas. Um dos grandes dilemas da DDA é que a identificação da doença ainda é precária por falta de treinamento e inUm resumo da pesquisa formação da maioria dos méestá na página www.add.org/ dicos. Nos Estados Unidos, survey.html. Para quem desejar visitar o site da ADDA, uma pesquisa da ADDA (Ato endereço é www.add.org. tention Deficit Disorder Association) revelou que 48% dos clínicos consultados admitiram não saber diagnosticar claramente a doença.


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RECURSOS HUMANOS

A arte de contratar a pessoa certa Cálculos feitos por alguns consultores indicam que, em média, os empreendedores erram mais do que acertam na contratação de pessoal. Como resolver isso? Se as estatísticas estiverem certas, apenas um terço das contratações de novos funcionários resolvem problemas de mão-de-obra. Nos restantes dois terços de casos, além de o problema continuar, ele provavelmente acabou ainda mais complicado pela necessidaO currículo de Brian Parsde de corrigir mais um erro. ley está no endereço www. Segundo o consultor norteknowsuccess.com/adminisamericano Brian Parsley, que trative/whowe are.htm. em seu país também é conhecido como Mister Emprego, as contratações geralmente dão errado porque o empreendedor precisa preencher rapidamente uma vaga aberta na equipe de trabalho. Para o dono da consultoria www.usahire.com USAHire, há sete pecados capitais que o empreendedor deve não cometer na hora de contratar. São eles: 1) Fuja da pressa. Ela é a pior conselheira. Para evitar ter que contratar na hora errada e a pessoa errada, fique sempre de olho no mercado de profissionais. Principalmente o de seus concorrentes. Nessas condições você tem tempo para avaliar o funcionário, mesmo à distância.

2) Evite fazer perguntas burras ao candidato. Eles foram ensinados a esperar isso do entrevistador. Faça perguntas que o obriguem a pensar, por exemplo sobre o cenário futuro. Aquelas em que você pergunta: “O que você faria...?” 3) Se você tem a mais leve suspeita de que o candidato pode não ser o ideal, desista enquanto é tempo. O arrependimento sai muito caro, mais caro que mais uma ou duas semanas de espera. 4) Somente contrate uma pessoa depois de ter certeza de que ela entendeu quais são as suas responsabilidades futuras e que pode assumi-las. 5) Falta de comunicação é a causa mais comum para mal-entendidos. Sempre peça que o candidato repita a instrução recebida. Só assim você saberá se ele a entendeu. 6) Não se esqueça de elogiar o candidato quando suas respostas corresponderem ou excederam as expectativas. 7) Por fim, saiba que o empregado leal começa a consolidar essa atitude no dia de sua primeira entrevista. A lealdade surge quando o candidato percebe que ele não acabará adorando o emprego e odiando o patrão.

Quanto vale uma martelada?

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lise, retirou um pequeno martelo. Deu uma martelada em uma válvula vermelha (que estava emperrada) e guardou o martelo de volta na valise. Mandou ligar o motor e este funcionou perfeitamente na primeira tentativa. Dias depois, chegaram as contas. Por uma semana de trabalho, o técnico cobrou US$ 700. O engenheiro naval pediu, por três dias de trabalho, US$ 900. Já o especialista, por sua vez, queria US$ 10 mil pelo seu serviço. Atônito, o diretor financeiro da empresa enviou um telegrama ao especialista, perguntando: “Como você chegou a esse valor de US$ 10 mil por um minuto de trabalho e uma única martelada?” O especialista, então, enviou as seguintes especificações: – Por dar uma martelada: US$ 1. – Por saber exatamente onde bater o martelo: US$ 9.999. Moral da história, segundo o professor Luis Marins Filho: “O que vale, na prática, não é a martelada, mas saber onde bater o martelo” . Empreendedor – Agosto

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O professor Luis Marins A biografia do professor Luis Filho conta uma historinha que Marins Filho está na página ajuda a entender por que os conwww.golrh.com.br/artigos/ sultores cobram caro por seus abre_autor.asp?cod_ autor=245. conselhos. “Um navio carregado de ouro atravessava o oceano quando, de repente, o motor enguiçou. Imediatamente, o comandante mandou chamar o técnico do porto mais A versão completa está no próximo. site www.golrh.com.br/ O técnico chegou de heliartigos/abre_artigo.asp? cóptero e trabalhou durante COD_TEMA=639. uma semana, porém sem resultados concretos. Chamaram então o melhor engenheiro naval do país. O engenheiro trabalhou três dias inteiros, mas nada conseguiu. A empresa proprietária do navio mandou, então, buscar o maior especialista do mundo naquele tipo de motor. Ele chegou, olhou detidamente a casa das máquinas, escutou o barulho do vapor, apalpou a tubulação e, abrindo a sua va-


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INTERNET

O custo da desconfiança

2003

A confiança parece ser o ativo menos valorizado nos negócios realizados através da internet. Isso pode complicar, e muito, a vida futura de uma empresa da miséria em escala planetária. O comércio pela internet é uma exigência da nova economia mundial, mas esbarra na desconfiança generalizada entre os parceiros. Só nos Estados Unidos, estima-se que o comércio virtual será responsável por metade do crescimento do PIB do país até o ano 2010. Por isso, o estabelecimento de um clima de confiança nas transações virtuais é muito mais do que um luxo ou slogan marqueteiro. A todo-poderosa IBM norte-americana anuncia que o desenvolvimento de softwares cada vez mais sofisticados em matéria de criptografia e segurança não resolve, por si só, o problema. O desafio a ser vencido é enorme porque, enquanto a economia exige cada vez mais parcerias confiáveis, o relacionamento entre as pessoas torna-se cada vez mais desconfiado. Nos Estados Unidos, o percentual de indivíduos que consideram confiáveis os demais norte-americanos caiu de 55% em 1960 para assustadores 25% em 2002, segundo uma pesquisa da O endereço da DDB NeDDB Needham. edham é www.ddb.com. Aqui, o índice de confiança mútua entre os brasileiros patina em míseros 3%, conforme os dados da pesquisa do Banco Mundial, enquanto 65% dos noruegueses comprariam um carro usado de um desconhecido conterrâneo. É por essas e por outras que alguns gurus da economia mundial como Peter Drucker estão preconizando uma reengenharia moral na comunidade empresarial mundial, como forma de garantir um mínimo de confiabilidade recíproca capaz de garantir a viabilidade do comércio eletrônico, através do qual acredita-se que serão feitas mais da metade das trocas mundiais nos próximos oito anos. Ficaria muitíssimo mais barato aumentar a confiança e reduzir a picaretagem entre empreendedores do que gastar bilhões de dólares para criar mecanismos seguros de comércio virtual, com recursos que farão falta na mesa do jantar de mais da metade da população mundial.

Um estudo feito pelo Banco Mais informações sobre Mundial mostrou que a cada o Banco Mundial em 10% de variação da confiança www.worldbank.org. mútua entre cidadãos corresponde um aumento de 0,8% para mais ou para menos no Produto Nacional Bruto (PIB) do respectivo país. Traduzindo para o caso brasileiro, isso daria uma entrada ou uma evasão de aproximadamente R$ 16,5 bilhões na economia nacional, caso decidíssemos confiar um pouco mais ou um pouco menos no nosso vizinho ou colega de trabalho. Trata-se de uma Detalhes sobre a polêcifra oito vezes maior do que o mica do rombo na prerombo admitido pelo governo vidência na página no INSS. w w w. a p u b . o r g . b r / Projetando esses números brasildefato.htm. para a economia mundial, é possível chegar a cifras ainda mais impressionantes. Caso a confiança entre os terráqueos aumentasse 10%, num ano a humanidade teria bens e Cálculo feito a partir de serviços adicionais no valor um PNB mundial estide US$ 256 bilhões, sem famado em US$ 32,25 trizer nenhum esforço físico. Selhões em 2002, segundo gundo especialistas, daria para o Banco Mundial, na páacabar com a fome na África, gina www.worldbank. org/data/databytopic/ de uma vez por todas. GDP.pdf. A quantificação da desconfiança foi o recurso adotado pelo Banco Mundial e por um grupo de economistas internacionais para tentar achar uma saída para um problema que está tirando o sono de muita gente: a desconfiança nos negócios virtuais. Todo mundo sabe que a economia mundial depende cada vez mais da internet. Simplesmente não há outro recurso disponível para aumentar a produção mundial de alimentos, bens e serviços, sem elevação dos custos operacionais, de forma a tornar minimamente viáveis os esforços para combater o crescimento da fome e Agosto – Empreendedor

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TENDÊNCIAS

Pesquisa compartilhada Esta é a palavra-chave que dezenas de empresas de ponta estão adotando em todo o mundo para compensar os altos custos da inovação

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gera uma mudança de valores e comportamentos que enfrenta resistências importantes, especialmente entre os executivos mais velhos. A inovação compartilhada marca mais um importante passo na derrubada de barreiras entre empresas que impedem a troca de informações e no estabelecimento de um novo modelo de competitividade em que o sigilo cede lugar à transparência. É uma mudança radical porque até agora os departamentos de pesquisa eram considerados, junto com o departamento financeiro, as grandes caixas pretas de uma empresa. Ali estavam os segredos cobiçados pelos concorrentes. O segmento industrial que mais benefícios vem colhendo da nova estratégia de pesquisas é o dos jogos eletrônicos. Quase todos os fabricantes estão compartilhando as pesquisas e descobertas para tornar administrável a relação custo–benefício de um novo brinquedo. Outra grande mudança em curso na cultura corporativa relacionada ao desenvolvimento de novos produtos é a aproximação com as universidades. Antes as empresas bancavam sozinhas o custo de uma descoberta ou inovação. Agora preferem financiar pesquisas em centros univerO livro de Henry Chessitários para reduzir despesas brough chama-se Open e aproveitar incentivos fiscais, Innovation: The New Imperative for Creating and mesmo perdendo o controle Profiting from Technology, absoluto sobre o que será dee foi publicado pela Harsenvolvido. vard Business School As novas estratégias de pesPress. A biografia do auquisa e desenvolvimento no tor está em www.integral-inc.com/affiliates/ ambiente corporativo são o tema chesbrough_bio.html. Incentral do livro de Henry Chesformações sobre o livro brough lançado em abril de em www.amazon.com. 2003 nos Estados Unidos. Empreendedor – Agosto

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Os especialistas usam a expressão inglesa open innovation (inovação aberta) para definir uma nova estratégia que está sendo adotada por empresas de médio e grande portes, baseada no fim da exclusividade na pesquisa e no desenvolvimento de novos produtos. A parte dos orçamentos corporativos dedicada à inovação vem caindo sistematicamente nos últimos 20 anos, até mesmo nos Estados Unidos, em conseqüência dos altos custos. Na multinacional Dupont, um dos paradigmas mundiais em matéria de pesquisa inovadora, a última grande descoberta feita integralmente nos laboratórios da empresa química aconteceu em 1986. A exceção é formada pelas empresas de computação e internet que foram extraordinariamente pródigas no lançamento de novos produtos nos anos 90, mas desde a virada do século houve uma desaceleração brutal nas pesquisas no segmento. A estratégia adotada para enfrentar os tempos difíceis teve como ponto de partida o abandono de uma das mais arraigadas tradições do universo corporativo mundial: o segredo e exclusividade no desenvolvimento de novos produtos. Para espanto dos tradicionalistas, empresas como a IBM estão agora terceirizando parte do desenvolvimento de novos produtos ou aceitando parceiros, num fenômeno Os leitores interessados que está se generalizando rapiem mais detalhes sobre damente e que foi batizado de a open innovation podem encontrar um texto técopen innovation. nico (em inglês) no site O sistema tem apresentado da IBM: www1 .ibm.com/ bons resultados, como prova o services/strategy/e_tek/ crescente número de adeptos da open _innovation.html. nova estratégia de inovação, mas











Guia do Empreendedor Pr odutos & Ser viços Produtos Serviços Competitividade dos pequenos

CPF eletrônico

A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) e o Sebrae lançam em parceria o projeto “Competitividade dos pequenos meios de hospedagem”. Segundo Luiz Carlos Nunes, presidente da ABIH Nacional, o projeto será implementado no país através de diversas ações, às quais os pequenos empresários ou profissionais do setor de hospedagem terão acesso visando a seu preparo e aperfeiçoamento. Nunes estima que o programa vai beneficiar cerca de 46 mil proprietários, gerentes e administradores de pequenos hotéis no país. www.abih.com.br

Primeira autoridade certificadora privada do país autorizada a atuar dentro do novo serviço de atendimento virtual da Receita, a Certisign começa a emitir CPF eletrônico. O novo documento eletrônico permite aos usuários utilizar as opções de atendimento disponibilizadas pelo Serviço Interativo de Atendimento Virtual – Receita 222. Isso torna possível a consulta e regularização das situações cadastral e fiscal dos contribuintes pes-

soas físicas e pessoas jurídicas, a entrega de declarações e demais documentos eletrônicos com aposição de assinatura digital, a obtenção de cópias de declarações e de outros documentos e seus respectivos recibos de entrega. “O credenciamento junto à Receita para oferecer o e-CPF representa um grande passo para a popularização da internet segura no país.” afirma Sergio Kulikovsky, presidente da Certisign. www.certisign.com.br

EMC AutoAdvice

Nova filial

Unidade de operações

A EMC Corporation criou um software baseado em assinatura que fornece aos clientes acesso via internet para a análise customizada de utilização de recursos e performance em aplicações, servidores, bancos de dados e sistemas de armazenamento. “O EMC AutoAdvice fornece aos clientes as ferramentas de que eles necessitam para gerenciar mais ativos, com mais precisão e menos recursos”, afirma Tony Marzulli, vicepresidente de Marketing de Software Aberto da EMC. www.EMC2.com.br

A MarkWay Business & Informática, especializada em projetos de informatização e soluções corporativas, inaugurou recentemente sua filial em Barra Mansa, no estado do Rio de Janeiro. A iniciativa faz parte do projeto de ampliação dos negócios da empresa na região do Vale do Paraíba, onde a MarkWay já atua com uma filial em Resende com seus serviços de integração corporativa em Tecnologia da Informação. www.markway.com.br

Com a meta de ampliar os negócios para a região Sul do país, o Banco Fator abriu recentemente unidade de operações em Curitiba. A nova unidade, a FAR DTVM S/A, tem como foco clientes institucionais e clientes individuais private, aos quais presta serviços financeiros que englobam desde corretagem e administração de recursos até fusões e aquisições e uma série de oportunidades de negócios. www.bancofator.com.br

Trituradores de resíduos

2003

Para atender a crescente demanda no país, a multinacional In-Sink-Erator, empresa do grupo americano Emerson Electric, desenvolveu um novo triturador de resíduos alimentares. O modelo 65, como é chamado, tem como principal característica o motor de indução de 0,65 hp, com capacidade de trituração de 980 ml. O aparelho é instalado sob a pia e tritura as sobras de alimentos em minúsculas partículas, que são lançadas na tubulação de esgoto junto com a Agosto – Empreendedor

56

água. “Os restos sólidos despejados nos lixos são os principais responsáveis pela contaminação do lençol freático”, explica o engenheiro Carlos Amadio, gerente geral de Marketing e Vendas da InSink-Erator para a América do Sul. Segundo ele, esse processo reduz em até 100% o volume de lixo orgânico produzido e contribui diretamente com os programas de coleta seletiva e preservação do meio ambiente. www.insinkerator.com.br


Gerência de canais Visando a ampliar sua atuação junto às revendas e consolidar sua atuação no mercado nacional, a SCUA Security, empresa especializada em segurança da informação e gestão de TI, criou uma gerência nacional de canais. “Queremos criar uma estrutura de fácil relacionamento, oferecendo nossa estrutura, expertise e condições economicamente interessantes para que as revendas venham trabalhar conosco”, afirma Cristian Ribeiro Marques, gerente da empresa. Segundo ele, hoje, a maior parte das vendas das soluções SCUA é feita diretamente pela empresa. “Queremos mudar esse quadro. Por isso, estamos desenvolvendo o primeiro programa de canais, onde estaremos oferecendo vários benefícios e facilidades aos nossos parceiros”, completa. www.scua.com.br

Premium Reseller

Com a meta de aumentar o faturamento em 25% para este ano, a JVC do Brasil lançou recentemente as linhas 2003 e 2004 de som automotivo e de filmadoras. “Nossa previsão é saltar dos R$ 73 milhões faturados no ano passado para R$ 91 milhões este ano”, afirma Ronaldo Seron, diretor da empresa. No ano passado, o setor de som automotivo alavancou o crescimento da empresa, seguido pelo de filmadoras. www.jvc.com.br

Treinamentos e soluções A Sofhar, empresa paranaense que desenvolve e integra soluções corporativas, implanta soluções e fornece treinamentos na plataforma Windows Server 2003. A empresa disponibiliza diversos serviços nesse sistema operacional de servidores que vão desde gerenciamento de redes até cenários de migração, consultoria, instalação, configuração e transferência de tecnologia a clientes. Além disso, os treinamentos são ministrados por consultores e engenheiros que participam dos projetos e não por instrutores treinados para o curso. www.sofhar.com.br

Controle das frotas A DDS Transporte disponibiliza atendimento para solucionar problemas com emissão de conhecimentos e integração com os departamentos financeiro, de contas a pagar e a receber, oferecendo softwares para a informatização do controle de frotas como serviços agregados. “Sabemos que a última coisa que os donos de transportadoras de porte médio querem saber é das complicações de informática”, diz Décio Damasco, diretor da DDS Transporte. (11) 9889-2423

Feiras e eventos Para impulsionar os setores industriais de plástico, ferro, alumínio, vidro, papelão e madeira voltados a utilidades domésticas, a Fislar Feiras e Eventos vai realizar a primeira edição da Feira Industrial Sul Americana do Lar (Fislar). O evento ocorrerá de 5 a 8 de agosto de 2003 no Expo Mart, em São Paulo. “Nossos expositores são fabricantes de utensílios de plástico para cozinha, toilette, lavanderia, jardinagem e decoração em geral. O público visi-

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tante da Fislar será composto por distribuidores, atacadistas e exportadores nacionais, assim como importadores de vários países vizinhos”, afirma Alfredo Spada, diretor da feira. Ele avalia que o segmento de utilidades domésticas movimenta, no mercado nacional, cerca de 30% da renda de 80% da população (classes C, D, E) e 8% da renda das classes A e B. www.fislar.com.br Empreendedor – Agosto

2003

Para consolidar a sua linha MX e qualificar o atendimento ao cliente, a Macromedia está apostando na implementação do Programa Premium Reseller. O novo programa dá, às revendedoras Premium da empresa, o direito do contrato de licenciamento de todos os produtos Macromedia, nas áreas corporativa, educacional e governamental. De acordo com Antônio Luiz Schuch, gerente-geral da Macromedia no Brasil, a empresa está criando condições para que os revendedores forneçam serviços de valor agregado aos seus clientes. “Nosso objetivo, mais do que aumentar o número de revendas, é aprofundar o relacionamento com as já existentes, para que os clientes tenham um atendimento superior na aquisição dos produtos Macromedia”, afirma. www.macromedia.com.br

Linha de produtos


Guia do Empreendedor Análise Econômica

Administração familiar

2003

Saiba o que pode acontecer numa empresa quando o comando não é escolhido por sua capacidade pr ofissional profissional Diz o ditado: “A primeira geração constrói, a segunda usufrui e a terceira destrói”. Todo mundo deve conhecer, ou pelo menos já ouviu falar, de uma história do filho do dono de alguma empresa – e não precisa ser uma grande, uma pequena serve – que possui um cargo importante na organização, mas na verdade não passa de um “boa vida”, um incompetente, que só atrapalha. Tem ainda aquela história da viúva do dono de outra empresa que, para manter o casamento da filha, delegou ao genro, que até tinha boas intenções, mas era inexperiente para a função, uma posição de destaque na companhia. Se a empresa for séria e tiver objetivos de sucesso e crescimento, a primeira regra é que os membros da família somente poderão trabalhar na empresa se possuírem aptidão no mínimo igual aos outros funcionários, e que se esforcem tanto ou mais que eles. Será mais cômodo e seguro dar uma bela mesada ao filho ou sobrinho medíocre, para que fique longe da empresa, do que colocá-lo num cargo importante. Se membros da família incapazes são mantidos no alto escalão, o respeito pela diretoria e até pela própria empresa tende a desaparecer. Os emAgosto – Empreendedor

pregados competentes não ficarão por muito tempo na empresa e, por conseqüência, a força produtiva precisará ser constantemente renovada. As primeiras pessoas que devem ter oportunidade para trabalhar na empresa, no meu entendimento, são os membros da família. O que acho aconselhável é que o desempenho dessas pessoas seja cuidadosamente avaliado, no sentido de verificar se o candidato tem realmente condições de atingir no futuro algum cargo na diretoria. Se a conclusão for negativa, é melhor dispensá-lo. Outro ponto não menos importante é que, mesmo que a empresa esteja repleta de parentes, os cargos-chave, como diretor da área técnica e executivo financeiro com experiência de mercado, devem ser de fora da organização. E nessa situação recomenda-se que tais profissionais não mantenham laços de amizade muito estreitos com seus colegas membros da família. Para confirmar essa tese, basta lembrarmos de um tipo de negócio estritamente familiar em que o advogado é a segunda pessoa mais importante na organização. Estamos nos referindo à máfia. O lado bom é a percepção que começa a surgir no empresariado brasileiro. Temos observado um movi-

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mento, ainda que moderado, pela profissionalização, que, somada à experiência, é indispensável em qualquer área, seja técnica, financeira, marketing ou de recursos humanos. A forte competição está fazendo com que as empresas, sob pena de serem duramente afetadas, contratem profissionais de fora da organização para desempenhar suas atividades nessa área. A globalização dos mercados, com o acesso imediato à informação, somada à maior exigência do consumidor, que hoje briga por preço com qualidade, não deixa mais espaço para empresas amadoras, e aí a única saída é a profissionalização. Finalmente, temos o maior de todos os problemas das empresas familiares, a sucessão. E qual será a fórmula para resolver esta questão? Difícil responder. Talvez a mais inteligente seja a de confiar a decisão a uma pessoa de fora da empresa. Um conselheiro da família, uma pessoa que consiga identificar, sem os vínculos familiares, o mais capacitado, o mais preparado, aquele que consiga perceber que a família deve atuar numa única direção: o crescimento da empresa.

Ivan W agner de Souza Wagner

Diretor da Leme Investimentos


Indicadores

Carteira teórica Ibovespa NOME/TIPO AÇÃO

VARIAÇÃO % ANO (ATÉ JULHO)

0,63 1,61 0,73 3,67 5,39 0,47 1,68 0,44 2,42 2,30 0,31 0,44 0,10 2,36 0,40 0,27 1,39 0,59 1,03 3,54 0,64 0,90 3,36 1,02 6,11 1,79 100,00 0,22 1,54 0,29 0,13 1,25 3,05 9,37 1,39 2,51 0,83 0,94 0,30 0,96 1,96 0,40 0,97 1,69 1,02 13,09 1,29 4,78 0,70 0,40 0,45 2,13 1,34 2,72 0,67

50,00 12,20 11,02 29,11 16,01 15,52 53,94 17,87 16,74 11,66 102,73 -16,67 -5,49 5,86 0,84 39,77 -14,50 21,14 -5,05 14,98 -7,23 -14,02 -1,28 63,40 64,17 40,51 22,03 40,15 39,22 177,67 -44,49 -26,19 16,91 24,96 29,09 77,44 53,83 42,93 15,69 -11,75 19,81 -2,27 -8,62 -3,23 28,30 26,16 7,40 5,41 -3,13 135,02 43,87 148,12 -3,65 -6,80 14,64

65

Inflação

(%)

Índice -M IGP-M IGP IGP -DI IGP-DI IPCA IPC - Fipe

Junho -1,00 -0,70 -0,15 -0,16

Juros/Aplicação

(%)

Julho 1,64 1,64 0,90 1,48 2,78

(até 28/07/03) CDI Selic Poupança Poupança* CDB pré 30 Ouro BM&F

Ano 5,90 4,51 6,64 5,28

Ano 13,61 13,65 5,82 12,25 -14,40

(* por aniversário)

Indicadores imobiliários (%) CUB SP TR

Junho 1,380 0,350

Ano 10,420 3,180

Juros/Crédito

Desconto Factoring Hot Money Giro Pré

Julho 24/julho 3,35 4,39 4,50 3,95

(em % mês) Julho 25/julho 3,25 4,37 4,50 3,80

(*= taxa ano)

Câmbio (até 25/07/2003) Cotação Dólar Comercial Ptax R$ 2,8930 US$ 1,1509 Euro Iene US$ 118,80

Mercados futuros Agosto Dólar R$ 2,901 Juros DI 24,20% Café (NY) – Agosto Ibovespa Futuro 13.850

(em 25/07/2003) Setembro Outubro R$ 2,949 R$ 2,996 23,90% 23,33% US$ 60,85 – Outubro Dezembro 14.200

14.700

Empreendedor – Agosto

2003

Acesita PN Ambev PN Aracruz PNB Bco Itau Hold Finan PN Bradesco PN Bradespar PN Brasil ON Brasil T Par ON Brasil T Par PN Brasil Telecom PN Braskem PNA Celesc PNB Cemig ON Cemig PN Cesp PN Comgas PNA Copel PNB CRT Celular PNA Eletrobras ON Eletrobras PNB Eletropaulo Metropo PN Embraer ON Embraer PN Embratel Part ON Embratel Part PN Gerdau PN Ibovespa Ipiranga Pet PN Itausa PN Klabin PN Light ON Net PN Petrobras ON Petrobras PN Sabesp ON Sid Nacional ON Sid Tubarao PN Souza Cruz ON Tele Celular Sul ON Tele Celular Sul PN Tele Centroeste Cel PN Tele Leste Celular PN Tele Nordeste Celul PN Telemar Norte Leste PNA Telemar ON Telemar PN Telemig Celul Part PN Telesp Cel Part PN Telesp Operac PN Tractebel ON Transmissao Paulist PN Usiminas PNA Vale Rio Doce ON Vale Rio Doce PNA Votorantim C P PN

PARTICIPAÇÃO IBOVESPA


Guia do Empreendedor Agenda De 15/08 a 24/08/2003

De 12/08 a 15/08/2003

FENINJER XXXVII Feira Nacional da Indústria de Jóias, Relógios e Afins Transamérica Expo Center São Paulo – SP Fone: (61) 326-3926 De 12/08 a 16/08/2003

FENEPALMAS’ 2003 10ª Feira de Negócios das Micro e Pequenas Empresas Antigo Aeroporto Palmas – TO Fone: (63) 223-2800 De 12/08 a 16/08/2003

ELETRON VII Feira Sul Brasileira da Indústria Eletrônica Pavilhão de Exposições do Parque Barigüi Curitiba – PR Fone: (41) 335-3377 De 13/08 a 16/08/2003

TÊXTIL HOME 2003 5º Salão Internacional de Cama, Mesa e Banho e Têxteis para o Lar Mart Center São Paulo – SP Fone: (11) 3151-6444 De 13/08 a 16/08/2003

ABUP SHOW 7º Salão de Utilidades e Presentes Centro de Convenções e Eventos Frei Caneca São Paulo – SP Fone: (11) 3167-2330 De 14/08 a 17/08/2003

FENABELA 7ª Feira Nacional da Beleza Completa Centro de Exposições Ulisses Guimarães Brasília – DF Fone: (62) 280-1832

VI BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DA BAHIA Centro de Convenções da Bahia Salvador – Bahia Fone: (21) 2537-4338 De 15/08 a 29/08/2003

11º SALÃO DE ARTE DO SEBRAE Trade Center Sebrae Manaus – AM Fone: (92) 622-1918 De 16/08 a 19/08/2003

27ª HOUSEWARES & GIFT FAIR SOUTH AMERICA Expo Center Norte São Paulo – SP Fone: (11) 3896-0200 De 19/08 a 22/08/2003

PHOTO IMAGE BRAZIL Feira Internacional de Imagem Pavilhão de Exposições Imigrantes São Paulo – SP Fone: (11) 3829-9111 De 19/08 a 22/08/2003

FIPP’2003 13ª Feira Internacional de Pedras Preciosas de Teófilo Otoni Praça Tiradentes Teófilo Otoni – MG Fone: (33) 3522-1762 De 19/08 a 22/08/2003

COMDEX SUCESU SP BRASIL 2003 e NETWORLD + INTEROP Feira e Congresso Internacional de Informática e Telecomunicações Pavilhão de Exposições – Anhembi São Paulo – SP Fone: (11) 4688-6000

De 14/08 a 17/08/2003

2003

3ª FEIRA DO EMPREENDEDOR – REGIÃO SUL Pavilhão DC Navegantes Porto Alegre – RS Fone: (51) 3332-6662 Agosto – Empreendedor

De 19/08 a 23/08/2003

De 20/08 a 24/08/2003

INTERCON’2003 5ª Feira Internacional de Tecnologia, Equipam., Materiais de Construção e Acabamentos Pavilhão de Exposições da Expoville Joinville – SC Fone: (47) 422-7309 De 23/08 a 26/08/2003

SPORTS FAIR SOUTH AMERICA 1ª Feira de Produtos e Serviços para Esportes ITM Expo São Paulo - SP Fone: (11) 3826-0200 De 26/08 a 29/08/2003

SALÃO DA LOGÍSTICA 4º Salão de Logística, Movimentação e Armazenagem Expo Center Norte São Paulo – SP Fone: (11) 5575-1400 De 26/08 a 30/08/2003

AUTOPAR II Feira Sul Brasileira de Fornecedores da Indústria Automotiva Centro de Exposições do Parque Barigüi Curitiba – PR Fone: (41) 335-3377 De 26/08 a 30/08/2003

TECHMÓVEL’2003 2ª Feira de Tecnologia e Fornecedores da Indústria Moveleira Pavilhão de Exposições da Interior Eventos Mirassol – SP Fone: (16) 623-8936 De 27/08 a 29/08/2003

FICOPAM 5ª Feira Internacional do Controle da Poluição Ambiental Centro de Exposições Imigrantes São Paulo – SP Fone: (11) 577-4355 De 28/08 a 21/09/2003

FEBRAMEC

EXPOFLORA

11ª Feira Brasileira de Mecânica Pavilhão da Festa da Uva Caxias do Sul – RS Fone: (51) 3337-3131

22ª Exposição de Flores e Plantas de Holambra Recinto da Expoflora Holambra – SP Fone: (19) 3802-1421

66



2003

13

Empreendedor – Julho


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