INCUBADORAS
Ano 10 • Nº 111 • Janeiro 2004
Modelo brasileiro é referência para o mundo
R$ 6,00
O esforço de empresas e entidades para garantir a presença de produtos brasileiros no mercado mundial faz o país bater recorde no saldo da balança comercial
Os negócios mais quentes do verão
Inovação e Valor aos Negócios
EXPORTAÇÃO EM ALTA
www.empreendedor.com.br
A nova relação entre patrão e empregado
FRANQUIA
ISSN 1414-0152
ENTREVISTA
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Janeiro – Empreendedor
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Empreendedor – Janeiro
Diretor-Editor Acari Amorim [acari@empreendedor.com.br] Diretor de Marketing e Comercialização José Lamonica [lamonica@empreendedor .com.br] Diretor de Expansão Edson Luiz Maba [edson.mab@empreendedor .com.br] Redação Editor-Executivo: Alexandre Gonçalves [alex@empreendedor.com.br] Editor: Carlos Castilho Repórteres: Lúcio Lambranho, Fábio Mayer e Sara Caprario Editor de Arte: Gustavo Cabral Vaz Fotografia: Glaicon Covre e Arquivo Empreendedor Produção e Arquivo: Ivone Zanatta Foto da capa: Grupo Keystone Revisão: José Renato de Faria Coordenador de Web: Flaviano da Cunha Júnior Sedes São Paulo Diretor de Marketing e Comercialização: José Lamônica Executivos de Contas: Paula Araújo Speda, Ariovaldo Florian e Edson Ramão Rua Sabará, 566, 9º andar, cj. 92 01239-010 - São Paulo - SP Fones: (11) 3214-5938/3214-6093 [empreendedorsp@uol.com.br] Florianópolis Executivo de Contas: Waldyr de Souza Junior [wsouza@empreendedor.com.br] Executivo de Atendimento: Cleiton Correa Weiss Av. Osmar Cunha, 183, Ceisa Center, bl. C, 9º andar 88015-900 - Florianópolis - SC Fone: (48) 224-4441 Representante Dinâmica Promoções e Eventos Carlos Hamilton Martins Feltrin Rua Turiassu, 127, cj. 12/13 - Perdizes 05005-001 - São Paulo - SP Fone/Fax: (11) 3822-0412 [dinapro@terra.com.br] Escritórios regionais Rio de Janeiro Milla de Souza [triunvirato@triunvirato.com.br] Rua da Quitanda, 20, grupo 401 - Centro 20011-030 - Rio de Janeiro - RJ Fone/Fax: (21) 2252-5788 Marco Cardona [marco.cardona@uol.com.br] Boulevard 28 de Setembro, 411 - Cj. 13 - Vila Isabel 20555-030 - Rio de Janeiro - RJ Fone: (21) 2576-3324/8128-4512 Brasília [jcz@forumci.com.br] Ulysses C. B. Cava SETVS - Quadra 701 - Centro Empresarial Bloco C, cj. 330 70140-907 - Brasília - DF Fone: (61) 426-7315 Paraná [comercial@merconet.srv.br] Ricardo Takiguti Rua Dep. Atílio Almeida Barbosa, 76 - Cj. 01 - Boa Vista 82560-460 - Curitiba - PR Fone/Fax: (41) 257-9053 Rio Grande do Sul [hermano@hrmmultimidia.com.br] HRM Representações Ltda./Hermano Thaddeu Filho Rua Saldanha Marinho, 33 - sala 608 - Menino Deus 90240-160 - Porto Alegre - RS Fone/Fax: (51) 3231-6287 Ceará [dilerportela@wettor.com.br] Dilermando Portela Av. Luciano Carneiro, 99 - Bairro Fátima 60410-690 - Fortaleza - CE Fones: (85) 433-3989/9969-7312 Pernambuco [hmconsultoria@hmconsultoria.com.br] Hamilton Marcondes Rua Ribeiro de Brito, 1111, cj. 605 - Boa Viagem 51021-310 - Recife - PE Fone: (81) 3327-3384/3327-9430 Minas Gerais [comercial@sbfpublicidade.com.br] SBF Representações/Sérgio Bernardes de Faria Av. Getúlio Vargas, 1300, 17º andar, cj. 1704 30112-021 - Belo Horizonte - MG Fone: (31) 3261-2700 Assinaturas Serviço de Atendimento ao Assinante Diretora: Clementina P. da Silva Gerente: Luzia Correa Weiss Fone: 0800 48 0004 [assine@empreendedor.com.br] Produção gráfica Impressão e Acabamento: Prol Editora Gráfica Distribuição: Fernando Chinaglia S.A. (São Paulo)
2004
Empreendedor.com http://www.empreendedor.com.br
ANER Janeiro – Empreendedor
Nesta Janeiro/2004
edição Entrevista
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Autora do livro Economia Solidária: Novas Regras, Rosalvi Maria Teófilo Monteagudo defende que o cenário econômico atual exige uma nova relação entre patrão e empregado. Nesse contexto, ela também avalia o papel do cooperativismo na economia. DIVULGAÇÃO
Capa
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As exportações brasileiras batem recorde e abrem novas possibilidades para os empreendedores que querem levar seus produtos para o mercado mundial. Nesse contexto, destaca-se o trabalho de empresas e entidades de apoio aos exportadores que estão sabendo desatar os nós que atrapalham a comercialização de produtos brasileiros para o exterior.
LEIA TAMBÉM Cartas ................................................................................. 6 Empreendedores ............................................................. 14 Não Durma no Ponto ........................................................ 18 Via Digital .......................................................................... 26
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GRUPO KEYSTONE
A revista Empreendedor é uma publicação da Editora Empreendedor
Empresa Ágil COMUNICAÇÃO
Suplemento FRANQUIA TOTAL
A linguagem dos sinais numa negociação A arte de negociar é também a arte de identificar os sinais que a outra parte emite involuntariamente.
Veja como as redes de franquias se preparam para aumentar seu faturamento com a chegada do verão e as perspectivas para o franchising brasileiro em 2004. Na coluna Franco Franquia, como o franchising pode ser um bom negócio diante do grande número de franquias disputando o mesmo mercado. E mais: as notícias do mercado, o Espaço ABF e a estréia da seção Por Dentro do Franchising, com a opinião dos principais consultores de franquia
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COMUNICAÇÃO
De olho na “Rádio Corredor”
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GRUPO KEYSTONE
As empresas estão preocupadas com a “Rádio Corredor”, nome dado pelos comunicólogos à produção e multiplicação de rumores ou fofocas.
do Brasil.
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Inovação
Nos últimos anos, as incubadoras de empresas têm tido um papel importante no surgimento e no desenvolvimento de novos negócios no Brasil. Prova do resultado do trabalho das incubadoras é o fato de o modelo brasileiro servir de referência para outros países e manter seus índices de crescimento acima da média mundial.
Produtos e Serviços ....................................... Do Lado da Lei................................................ Leitura ............................................................. Análise Setorial .............................................. Indicadores ..................................................... Agenda .............................................................
57 60 62 64 65 66
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Consumidores patrulheiros Num grau inédito na história da economia mundial, empresas estão submetidas hoje a uma vigilância por parte de consumidores e investidores.
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MARKETING ON-LINE
Como conviver com o SPAM
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A irritação contra a avalancha de mensagens indesejadas (SPAM) prejudicou o sistema de marketing na Web, mas há formas de ampliar o contato com clientes via internet.
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GUIA DO EMPREENDEDOR
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VENDAS
Empreendedor – Janeiro
do
Editor
Cartas O
que 2004 reserva para os empreendedores brasileiros? Novas oportunidades, mais crédito? Ou um enorme ponto de interrogação? É díficil prever. O melhor que se tem a fazer, nesse caso, é refletir e projetar. Refletir sobre o que aconteceu de bom e de ruim no ano que passou e projetar o que pode ser feito no ano que se inicia. De nossa parte, na condição de provedores de informação para os empreendedores brasileiros, temos algumas certezas quanto ao trabalho que realizamos em 2003 e já contamos com alguns indicativos do que poderemos realizar em 2004. Ao longo de 2003, por exemplo, ampliamos o espaço – que já era grande – para a discussão em torno de como é ensinado e aplicado o Empreendedorismo no Brasil, a partir de entrevistas e reportagens com especialistas no assunto. Para 2004, nossa meta é manter esse importante canal com aqueles
que se prestam a pensar e repensar sobre o que é ser empreendedor na atual conjuntura. Outro assunto que ganhou grande destaque nas páginas da Empreendedor em 2003 foi o investimento das empresas em Responsabilidade Social. Com muito orgulho produzimos reportagens que fugiram do óbvio, e é com esse foco que já estamos projetando para 2004 novas pautas sobre o assunto. Nessa mesma linha, de fugir do óbvio, novas reportagens especiais sobre o mercado de franquias brasileiras já estão em produção. Assim, esperamos a mesma repercussão obtida com a reportagem sobre qualidade no franchising, publicada na edição de junho do ano passado. A Empreendedor não se resume aos assuntos citadas acima. Mas eles indicam um caminho que tem muito para ser (bem) explorado ao longo de 2004. Boa leitura e um ótimo começo de ano. de
Gostaria de parabenizar a equipe da Empreendedor pelas reportagens que vêm sendo publicadas, mas especialmente pela coluna Jovem S.A., editada por Lúcio Lambranho. É muito bom ver que os jovens empreendedores têm um espaço garantido numa publicação como a revista Empreendedor. Só gostaria de sugerir que a revista desse mais espaço para reportagens com as empresas juniores que existem no Brasil. Karine Coimbra
por e-mail
Franquia Total Gostaria de sugerir que vocês produzam uma reportagem no Franquia Total com os consultores de franchising para saber quais são os negócios mais quentes do mercado brasileiro de franquias. Seria de grande utilidade tanto para quem já tem uma franquia quanto para quem pretende comprar uma.
Empreendedor
Francisco Ávila de Souza
por e-mail
para
Empreendedor
Assinaturas
Correspondência
Para assinar a revista Empreendedor ou solicitar os serviços ao assinante, ligue 0800 48 0004. O valor da assinatura anual (12 edições mensais) é de R$ 72. Aproveite a promoção especial e receba um desconto de 16,7%, pagando somente R$ 60. Estamos à sua disposição de segunda a sexta-feira, das 8 às 18h30min. Se preferir, faça sua solicitação de assinatura pela internet. O endereço é www.empreendedor.com.br ou pelo e-mail assine@empreendedor.com.br.
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As cartas para as revistas Empreendedor, Jovem Empreendedor, Dirigente Lojista, Cartaz, Guia Empreendedor Rural e Guia de Franquias, publicações da Editora Empreendedor, podem ser enviadas para qualquer um dos endereços abaixo: São Paulo: Rua Sabará, 566 - cj. 92 - CEP 01239-010 - São Paulo - SP Rio de Janeiro: Rua da Quitanda, 20, gp. 401 - Centro - 20011030 - Rio de Janeiro - RJ Boulevard 28 de Setembro, 411 - Cj. 13 - Vila Isabel - 20555-030 Rio de Janeiro - RJ Brasília: SETVS - Quadra 701 - Centro Empresarial - Bloco C - cj. 330 - CEP 70140-907 - Brasília - DF Rio Grande do Sul: Rua Saldanha Marinho, 33 - sala 608 - Menino Deus - 90240-160 - Porto Alegre - RS Santa Catarina: Av. Osmar Cunha, 183 - Bloco C - cj. 902 - CEP 88015-900 - Florianópolis - SC Paraná: Rua Dep. Atílio Almeida Barbosa, 76 - Cj. 01 - Boa Vista - 82560-460 - Curitiba - PR Ceará: Av. Luciano Carneiro, 99 - Bairro Fátima - 60410-690 Fortaleza - CE Pernambuco: Rua Ribeiro Brito, 1111, cj. 605 - Boa Viagem - CEP 51021-310 - Recife - PE Minas Gerais: Av. Getúlio Vargas, 1300, 17º andar, cj. 1704 CEP 30112-021 - Belo Horizonte- MG Os artigos deverão conter nome completo, assinatura, telefone e RG do autor, e estarão sujeitos, em função do espaço, aos ajustes que os editores julgarem necessários.
Janeiro – Empreendedor
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Reprints editoriais É possível solicitar reimpressões de reportagens das revistas da Editora Empreendedor (mínimo de 1.000 unidades)
Internet
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Jovem S.A.
Ensino Gostaria que a Empreendedor publicasse uma reportagem sobre os cursos de Empreendedorismo que são oferecidos nas universidades aqui do Brasil. Tenho interesse especial por cursos que enfatizem questões ligadas à tecnologia de um modo geral. Fernando Espíndola
Curitiba - PR
CORREÇÃO Na entrevista com a especialista em Empreendedorismo Rita de Cássia da Costa Malheiros (edição de dezembro, nº 110), a citação correta na página 9 é “Eu acredito na capacidade empreendedora de nossos jovens, pois sei que eles estão vivenciando valores alinhados à prática empreendedora”.
CARTAS PARA A REDAÇÃO Correspondências por e-mail devem ser enviadas para alexandre@empreendedor.com.br, aos cuidados do editor Alexandre Gonçalves. Solicitamos aos leitores que utilizam correio eletrônico colocarem em suas mensagens se autorizam ou não a publicação de seus respectivos e-mails. Também pedimos que sejam acrescentados o nome da cidade e o do estado de onde está escrevendo.
CEDOC
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O Centro de Documentação (CEDOC) da Editora Empreendedor disponibiliza aos interessados fotos e ilustrações que compõem o nosso banco de dados. Para mais informações, favor entrar contato com Ivone Zanatta, pelos telefones (48) 224-4441 e 0800 48 0004, ou por e-mail (ivone@empreendedor.com.br).
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Empreendedor – Janeiro
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Empreendedor – Novembro
Entrevista
“É preciso respeitar quem é inovador” Rosalvi Maria T eófilo Teófilo Monteagudo defende uma nova forma de relacionamento entre patrão e empregado e avalia o papel do cooperativismo nesse processo
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por
Fábio Mayer
A economia de mercado tem necessidade de passar por uma grande transformação, pois precisa atender às reivindicações da humanidade de gerar trabalho. A afirmação é de Rosalvi Maria Teófilo Monteagudo, pós-graduada em Ciência da Informação e em Cooperativismo e autora do livro Economia Solidária: Novas Regras (iEditora). Ela acredita que o cooperativismo tem papel fundamental na economia, porém não é a solução para a inserção de desempregados no mercado de trabalho, pelo menos não na forma como é organizado atualmente. Segundo ela, somente com a mudança nas regras do cooperativismo é possível gerar 10 milhões de empregos no país, conforme foi prometido em camJaneiro – Empreendedor
panha pelo atual governo. Nesta entrevista, Rosalvi apresenta algumas propostas inovadoras para o cooperativismo, como a que trata das novas regras para a distribuição de renda, transformando todos os trabalhadores e empresários em cooperados/donos e usuários do capital – humano e financeiro. “A minha proposta para o cooperativismo é um neocooperativismo, que acabei recriando e adaptando-o a essa terceira revolução industrial e tecnológica, através da moderna Tecnologia da Informação”, afirma. Rosalvi expõe ainda que a livre manifestação de idéias e opiniões, através do desenvolvimento da tecnologia, e principalmente da internet, é o lado positivo da globalização. Entretanto, de acordo com ela, a informática poderá fazer mais pelo ser humano do que faz atualmente se for desatrelada de interesses econômicos particulares e passar a ser um instrumento da democracia da cooperação. Além disso, Roalvi conta como é a relação entre empreendedor e funcionário no Brasil e qual a melhor maneira de melhorar essa relação. Empreendedor – Atualmente,
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como é a relação entre empreendedor e funcionário no Brasil?
Rosalvi Monteagudo – A relação entre o empreendedor e o funcionário é muito difícil no Brasil. Também acho que não é fácil perceber o inovador, aquela pessoa criativa e sensível, que às vezes capta de maneira simples o que não é perceptível para a maioria e que é talentoso, determinado e transforma suas idéias em ideal. Isso tudo o torna diferente da maioria. Luta com determinação, pois sabe que vai conseguir e não desiste facilmente, uma vez que tem consciência de seu valor, apesar de toda carga negativa que enfrenta. Empreendedor – O que é necessário para melhorar essa relação patrão–empregado?
Rosalvi – Para melhorar a relação deve-se respeitar o inovador, ouvir o que tem a dizer, uma vez que a opinião dos outros é diferente. Os empreendedores devem permitir e respeitar a participação de grupos de trabalhadores para dar apoio e opinar nas decisões da empresa. É necessário acabar com essa ação de insegurança que os empresários passam, deixando os trabalhadores incapazes de ir para frente, pois a segu-
rança no “Eu” é indispensável para o desenvolvimento do talento. Já o trabalhador faz parte da maioria. É difícil sugerir mudanças como instrumento de forma pacífica para a maioria, pois raramente mantém um raio sequer de interesse. O trabalhador está estabilizado e normalmente teme as inovações, pois as encara como grande possibilidade de ser dispensado. Empreendedor – Na sua opinião, o que é necessário para atender às reivindicações da sociedade de gerar trabalho?
Empreendedor – É possível gerar os 10 milhões de empregos no Brasil que o presidente Luís Inácio Lula Silva, ao longo da campanha eleitoral, apontou como
DIVULGAÇÃO
Rosalvi – Mudar a sua estrutura a partir do estudo do mercado da informação na área de atuação local e comunitária, para que a mudança tenha origem nas reivindicações soci-
ais. O homem deve ser a máxima do globo e não o capital. O lucro virá do desenvolvimento do homem e do investimento no capital produtivo. O econômico-financeiro é necessário, ninguém sobrevive sem ele, e precisamos também de uma política sócio-econômica. A organização das reivindicações significativas poderá gerar trabalhos, via software, com o compartilhamento dos recursos, numa moderna organização em simbiose sócio-econômica, através de novas regras, conforme sugeridas.
necessários ao país?
Rosalvi – É possível. Não da forma tradicional, pois essa não tem dado certo, mas de outra maneira... O governo e o empresário têm se reunido mas não têm resolvido o problema, pois se limitam a redução dos juros, alterações nos tributos, sempre em função do capital como forma de resolver o social. A sociedade deve organizar o seu mercado de trabalho buscando compartilhar recursos humanos, materiais e econômico-financeiros, através de uma cooperação econômica. Empreendedor – A senhora comenta em seu livro que todos os trabalhadores e empresários devem ser cooperados e usuários do
“Para melhorar a relação entre patrão e empregado, devese respeitar o inovador, ouvir o que tem a dizer. Os empreendedores devem permitir e respeitar a participação dos trabalhadores para dar apoio e opinar nas decisões da empresa.” 2004
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Entrevista capital humano e financeiro. Como o cooperativismo se enquadra nessa perspectiva?
Rosalvi – A meu ver a geração do trabalho pode vir em escala global, com descentralização de baixo para cima, para que todos se organizem, ganhem para seu sustento e trabalhem para viver bem, com distribuição da renda, sem salários, pois todos são cooperadores, donos e usuários do capital. A minha proposta para o cooperativismo é um neocooperativismo, que acabei recriando e adaptando-o a essa terceira revolução industrial e tecnológica, através da moderna Tecnologia da Informação (TI). Sugiro como norma compartilhar, por compreender a importância da ação de cooperar com o próximo, através de uma humana reação em cidadania. Empreendedor – O cooperativismo pode ser considerado uma solução para a inserção de desempregados no mercado de trabalho e uma alternativa para diminuir as desigualdades sociais e, conseqüentemente, efetuar uma melhor distribuição de renda no país?
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Rosalvi – O neocooperativismo pode ser uma saída para os desempregados e para organizar o mercado de trabalho, através do levantamento das necessidades, dos interesses e das reivindicações na área de atuação local e comunitária e formar grupos de trabalho. A inserção dos desempregados no mercado de trabalho seria a partir da organização da cooperação econômica entre todos. A desigualdade é muito difícil de acabar, mas aos poucos pode ser amenizada através do desenvolvimento social pelo capital produtivo.
“A desigualdade é muito difícil de acabar, mas aos poucos pode ser amenizada através do desenvolvimento social pelo capital produtivo” pre esteve globalizado. Em 1944 já dizia Charles Gide em seu livro que cada vez mais se faz presente o vínculo que une todos os homens de um mesmo país a diversos países. Estamos todos aprisionados numa malha de uma rede gigantesca de solidariedade humana. Os princípios são discutidos em nível internacional na Aliança Cooperativa Internacional (ACI), órgão fundado em 1895 que reúne as associações cooperativas de diversos países. Empreendedor – Em relação à inclusão social, como a senhora avalia o uso da informação?
Rosalvi – Nesta terceira revolução industrial e tecnológica despertase para a era da informação. A união de força é pela informação e não mais somente pelas pessoas físicas. Temos como exemplos as próprias ONGs, que são reuniões de pessoas representando idéias e lutando por elas. Esse é o século da informação. Nós somos a nossa informação. O homem é a sua informação. É o que pensa e fala. A moderna tecnologia da informação desperta para a necessidade da organização da maior produção do homem, a informação.
Empreendedor – Na sua avaliação, de que maneira o cooperativismo estaria inserido na globalização?
Empreendedor – Sobre a inclusão digital, qual o melhor caminho para compartilhar de maneira mais igualitária os recursos da Tecnologia da Informação?
Rosalvi – O cooperativismo sem-
Rosalvi – A tendência é o uso da
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inclusão digital para criar modelo logístico, marcas, gestão com controle democrático participativo, através de núcleos de informações significativos e analíticos, com desenvolvimento de negócios via internet. Também a publicidade está ganhando força na Web. Essa é a nova economia e deve ser compartilhada com eqüidade e/ou igualitariamente durante o processamento técnico. A tendência é compartilhar os recursos humanos, materiais e econômico-financeiros. Empreendedor – Dentro desse cenário, que perspectivas patrão e empregado têm pela frente?
Rosalvi – As perspectivas são: trabalho em casa; organização semiintegrada com um controle democrático descentralizado, atuante e participativo em micro e macro-regulamentação no mercado auto-sustentável; e ações de integração com uma política sócio-econômica com suporte para regulamentar o financeiro e controlar a especulação. Da mesma forma, uma política tributária menos rapinante e uma democracia econômica cooperativa. Muitas mudanças ocorrerão neste século em busca de uma hegemonia sócio-econômica, e uma outra economia é possível. Ela surgirá e não há como fugir disso. A grande mudança virá da gestão e do controle democráticos nessa terceira revolução industrial e tecnológica. O contato dos cooperadores e donos, por intermédio de todos os meios de comunicação, deve ser através da participação, da cooperação entre todos, fortalecendo a democracia sócio-econômica, a partir de uma gestão e de um controle democráticos e modernos.
Linha Direta Rosalvi Maria Teófilo Monteagudo (11) 3061-5330
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Empreendedor – Janeiro
Alfaiataria de Marketing Adriano Pires de Carvalho
Promoção sob medida A Alfaiataria de Marketing, a quinta empresa do Grey Global Group a se estabelecer no Brasil, já contabiliza crescimento 30% superior em relação à previsão de faturamento projetada para o primeiro ano de operações. Nascida em dezembro de 2002 com a proposta de atuar de forma independente e também para suprir a demanda por serviços de marketing promocional das demais empresas do Grey Global
Group no Brasil, a Alfaiataria de Marketing está colhendo bons frutos graças à sua gestão eminentemente integrada na área de BTL. Em apenas um ano de operações, a agência coleciona cases e grandes clientes em seu portifólio, com o desenvolvimento de trabalhos tanto para clientes que já fazem parte da carteira da Grey Brasil (como 3M, BMW, Fujifilms, Laboratório Lilly e Procter & Gamble) como para anunciantes externos, entre eles Arno, Bunge, Gol Linhas Aéreas Inteligentes, Gradiente, Chocolates Hersheys, Miller e Nivea. “Somos uma agência de resultados e criamos soluções conforme a necessidade do cliente. Pode ser um evento, uma ação promocional, uma campanha de incentivo, um projeto diferenciado”, explica Adriano Pires de Carvalho, sócio e diretor de atendimento. (11) 3049-8757
DIVULGAÇÃO
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Logística com turismo Manga e papaia da Bahia. Semanalmente, cerca de 24 toneladas dessas frutas brasileiras desembarcam em solo europeu, transportadas no porão do Boeing 767-300 da espanhola Air Europa. Desde novembro, a companhia aérea passou a operar três vôos semanais regulares no trecho Madri–Salvador, trazendo turistas estrangeiros para o Brasil e escoando carga perecível do Nordeste para o mercado internacional. Resultado do trabalho do governo da Bahia e do acordo entre Embratur e Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) pela promoção do país no exterior, a operação já é um sucesso: 85% dos assentos estão vendidos até janeiro e 100% dos espaços no porão, até maio. A aeronave comporta 263 passageiros e oito toneladas de carga. “Com esse vôo tive um aumento de 30% no meu volume de transporte. Agora, chego a embarcar, por semana, entre 30 e 40 toneladas de produtos”, comemora Daniel Rodrigues, do Departamento de Exportação da Martrans Transporte de Cargas, que tem sede em Salvador. Exportadas pela Martrans até agora, mangas dos tipos haden e tommy, da região do Vale do São Franscisco, chegam a Madri e ganham as prateleiras dos supermercados de diversas cidades européias. “Em breve também vamos mandar papaia, de Barreiras, pimenta in natura de Alagoinha (BA) e carga seca, como artesanato do Pelourinho”, adianta Rodrigues, que vê no vôo a vantagem de evitar conexões em São Paulo ou no Rio de Janeiro. O vôo direto dura em torno de 8 horas e 30 minutos, enquanto que o com conexão leva cerca de 14 horas. Janeiro – Empreendedor
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SCUA Security Angelo Sebastião Zanini
Aporte nas vendas A Scua Security – empresa 100% nacional especializada em segurança da informação e gestão de TI – acaba de anunciar que está se associando ao Fundo Stratus VC, administrado pela Stratus Investimentos, grupo brasileiro voltado para a gestão de fundos de venture capital e private equity. Além dos aportes necessários para a expansão da empresa, cujos valores não foram revelados, o novo sócio também dará apoio gerencial e estratégico à Scua. “O mercado de segurança em TI (Tecnologia da Informação) tem crescido muito e temos grande expertise neste segmento. O objetivo da sociedade é expandir as operações. Em cinco anos, queremos crescer dez vezes o nosso atual tamanho”, comenta Angelo Sebastião Zanini, que permanece na presidência da Scua. Entre as primeiras providências a serem tomadas rumo a esse crescimento está o fortalecimento do canal de vendas, atualmente composto por 30 revendas. O objetivo é que esse número suba para cem revendas em 18 meses. “O canal responde hoje por somente 25% da nossa receita. Queremos dobrar esse percentual”, diz o executivo. “No início do ano, montamos um business plan e fomos em busca de um sócio investidor. Em maio, durante o 8° Venture Forum Brasil, tivemos nosso primeiro contato com executivos da Stratus. Depois de alguns meses de negociações, finalmente fechamos a nossa sociedade”, conta Zanini. www.scua.com.br
Gustavo Granado
Mercado catarinense A Pretty-jet, empresa especializada na fabricação e no desenvolvimento de soluções em banheiras de hidromassagem, está ampliando a sua atuação em Santa Catarina. Com isso, a empresa, que antes concentrava sua atuação na capital Florianópolis, disponibiliza agora sua linha de produtos em todo o estado catarinense. A comercialização das banheiras é feita através dos diversos revendedores espalhados pelo estado, presentes em cidades como Criciúma, Blumenau, Joinvile, Lajes, Itajaí, Chapecó, Brusque, Balneário Camboriú, Fraiburgo, Joaçaba, entre outras. Segundo Gustavo Granado, diretor de Marketing da Pretty-jet, a ampliação da atuação da empresa no estado de Santa Catarina faz parte da estratégia de consolidação da marca Pretty-jet em todo o país, uma vez que a empresa já é considerada uma das quatro maiores do setor no Brasil. “Nossa atuação em Santa Catarina já pode ser considerada satisfatória, mas, mesmo assim, nossa intenção é ampliá-la ainda mais. Nossa expectativa é aumentar cerca de 20% até o final de 2004. Por isso, estamos buscando cada vez mais parceiros e revendedores”, afirma o diretor. Sediada em uma área própria de 26 mil m², em São Bernardo do Campo, Grande São Paulo, a Pretty-jet acumula uma experiência de 20 anos no mercado e possui uma ampla rede de revendedores e home centers por todo o país. www.pretty-jet.com.br
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O Parque Tecnológico do Rio (Parque do Rio) sediará o primeiro Offshore Delivery Center (ODC) da América Latina. A responsável por essa criação é a DBA Engenharia de Sistemas, que transferirá sua sede no Teleporto, centro do Rio, para a Ilha do Fundão. Com a mudança, a empresa construirá um prédio com 14 mil m2 de área construída e transferirá seus 1,6 mil funcionários. O investimento previsto para o projeto até o ano que vem é da ordem de R$ 15 milhões. Até 2008, os aportes no ODC somarão R$ 30 milhões. Os ODCs são voltados para a exportação de serviços de tecnologia de informação. Somente em 2002, o volume de exportação brasileiro de softwares ficou na casa dos US$ 100 milhões. Com o negócio, nos próximos três anos, a DBA prevê um faturamento de US$ 50 milhões anuais em exportações, além dos US$ 50 milhões realizados no mercado interno. A empresa também estima dobrar seu quadro de funcionários com a contratação de mais 1,5 mil profissionais. “A vinda da DBA para o Parque do Rio marca o surgimento de mais uma nova multinacional brasileira”, afirma Maurício Guedes, diretor do Parque Tecnológico do Rio. Inaugurado em abril passado pelo presidente Lula, o Parque do Rio ocupa um terreno de 350 mil m2 que na década de 70 foi canteiro de obras da Ponte Rio– Niterói. O empreendimento recebeu uma ampla obra de urbanização, pavimentação e paisagismo, realizada pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. O investimento total do projeto até agora foi de R$ 4 milhões, concebido e executado pela UFRJ, em parceria com a Prefeitura, o Sebrae e o Ministério da Ciência e Tecnologia. Para as obras de urbanização, a Prefeitura do Rio investiu R$ 2,5 milhões. Mais R$ 1,5 milhão, proveniente do Fundo Verde e Amarelo, criado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia para aproximar as empresas e universidades, também está sendo repassado ao Parque através da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq ).
Pretty-jet
DIVULGAÇÃO
Parque exportador
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Empreendedor – Janeiro
Jovem S.A. por Lúcio Lambranho
lucio@empreendedor.com.br
Desenvolvimento sustentável Rede de hospedagem dirigida por jovens empreendedores alia turismo a valorização do espaço local A primeira rede de bed and breakfast do Brasil de Leonardo Rangel, Roberta Alencastro e João Vergara começa a colher o fruto do pioneirismo e a fazer planos para o futuro. Há um ano em funcionamento, a rede conta com 45 casas cadastradas para receber visitantes do Brasil e do mundo. No último verão, época da estréia dos jovens empreendedores, foram 54 turistas atendidos. Comum na Europa e nos Estados Unidos, o sistema bed and breakfast funciona em Santa Teresa, Rio de Janeiro. Aproveitando a vocação do bairro para o turismo e o charme da arquitetura local, os empreendedores João Vergara e Leonardo Rangel, junto com uma das principais responsáveis pela revitalização do bairro, Roberta Alencastro, desenvolveram a rede Cama e Café, que oferece estada em casa de família a um custo acessível com direito a café da manhã. Para montar o empreendimento,
Leonardo e João participaram do pro- Santa Teresa num destino turístico susgrama Iniciativa Jovem, que oferece tentável que seja modelo de desenvolconsultoria e orientação para jovens que vimento para as demais cidades do queiram montar o próprio negócio. Ins- país. “Todos têm que ser tocados pelo talados na incubadora do programa, eles que está acontecendo em Santa Tereresolveram colocar em prática os ensi- sa”, completa Vergara. O projeto, que namentos passados pelo Iniciativa Jo- encerrou sua primeira fase em dezemvem, que tem como prioridade o de- bro, promoveu palestras nas escolas do bairro, reuniões com a comunidade e senvolvimento local. Em parceira com o Sebrae–RJ e o comerciantes e cursos de capacitação Instituto Dialog, organização sem fins oferecidos pelo Sebrae–RJ. lucrativos, o Cama e Café criou o pro- Instituto Dialog (21) 2553-9017 jeto Santa Teresa, Destino Turístico Sustentável, para preservar o bairro, valorizando sua vocação turística. Participam do projeto a comunidade de Santa Teresa, seus artistas, donos de bares e restaurantes. “Temos que pensar o sistema turístico como um todo. Hospedagem, alimentação, transporte, atrações e serviços complementares”, afirma João Vergara. O ob- VERGARA E RANGEL CRIARAM REDE DE HOSPEDAGEM EM 45 jetivo é transformar CASAS DE SANTA TERESA, BAIRRO DO RIO DE JANEIRO
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Vencedores do desafio Os integrantes da equipe vencedora do Desafio Sebrae 2003, Amigos do Gaúcho, do Mato Grosso do Sul, totalizaram 89,12 pontos na etapa final do jogo, o que lhes rendeu a vitória do campeonato. Em segundo lugar ficou o grupo de São Paulo, J. Walker, com 88,66 pontos; na terceira colocação ficou o Ceará-Mirim Knights, do Rio Grande do Norte (84,33 pontos). O integrante da Amigos do Gaúcho Ivan Rodolfo diz que o fato de terem Janeiro – Empreendedor
ficado com a última colocação na final do Desafio Sebrae 2002 foi de extrema importância para que decidissem participar da competição em 2003 e chegar à vitória. O grupo foi formado por estudantes de Ciências da Computação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). O nome da equipe é uma homenagem ao líder do grupo, Ricardo Signorini, 20 anos, que nasceu no Rio Grande do Sul, mas estuda Ciência da Computação em Campo Gran-
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de junto com seus colegas. Signorini acredita que a grande estratégia, desde o início do jogo virtual de empresas, foi fazer o casamento entre investir pesado em planta, treinamento de pessoal e pesquisa, e baixar custos em itens como matéria-prima. “Nossos gastos foram reduzidos pela metade e conseguimos manter a empresa sólida. No final, nosso faturamento virtual foi mais do que R$ 2 milhões”, conta Signorini.
Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Desse total de formados nos cursos da Rede Pescar, 75% conquistaram um emprego, sendo 60% empregados em empresas da mesma área de formação e 8% tornaram-se pequenos empresários. “Procuramos fazer a nossa parte, como empresas e como cidadãos responsáveis”, define Carolina Portella, responsável pelo projeto. Ela acrescenta que a Sulcatarinense sempre esteve preocupada com a educação de seus funcionários e da comunidade do entorno. A empresa desenvolve um curso de alfabetização e outro de 5ª a 8ª série. Para ela, aderir ao Projeto Pescar é uma chance única de colaborar com a profissionalização de jovens que têm menos oportunidades. A Sulcatarinense, atuante no mercado de construção pesada desde 1982, lembra Carolina Portella, sempre acreditou no desenvolvimento sustentável e no importante papel da empresa no crescimento do país. O conteúdo programático do curso de Mecânica Básica prevê conhecimentos de desenho técnico, ferramentas e instrumentos, eletricidade e informática, metrologia, segurança do trabalho, direção defensiva e educação no trânsito, e ainda relações humanas, qualidade total, comunicação e expressão e história. Para participar, o adolescente deverá estar cursando o Ensino Fundamental. Essa primeira turma é formada apenas por moradores do bairro Saudade, de Biguaçu, onde a Sulcatarinense está instalada. www.projetopescar.org.br
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Sobre a Fundação Projeto Pescar A Fundação Projeto Pescar é uma organização não-governamental sem fins lucrativos mantida por empresas e apoiada por instituições privadas e públicas, nacionais e internacionais. Foi criada em 1995 para disseminar o modelo pioneiro de franquia social desenvolvido pelo Projeto Pescar no Brasil. Sua principal atividade é sensibilizar e envolver organizações empresariais na preparação de adolescentes de baixa renda para o exercício de uma profissão, de modo a promover inclusão social. Graças à Fundação, a experiência do Projeto Pescar, em seus 27 anos dedicados à educação, é hoje compartilhada com empresas franqueadas que mantêm suas próprias escolas e encaminham os alunos formados ao mercado de trabalho. A expansão nacional da Rede e a ampliação da oferta de vagas são metas permanentes da Fundação Projeto Pescar. Com sede em Porto Alegre, a Fundação foi declarada de Utilidade Pública pela Secretaria do Trabalho, Cidadania e Assistência Social do Estado do Rio Grande do Sul.
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As oportunidades de trabalho para cerca de 20 jovens carentes de Biguaçu (município da Grande Florianópolis), entre 15 e 18 anos, foram potencializadas. A qualificação profissional tão importante para a conquista de uma vaga no mercado está sendo oferecida à comunidade pela empresa Sulcatarinense, que acaba de inaugurar a sua escola do Projeto Pescar. Diariamente, das 7h30 às 11h30, os jovens têm aulas de Mecânica Básica na sede da empresa, aprendendo a fazer a manutenção de máquinas e equipamentos de terraplenagem. Além do curso, com duração de seis meses, os alunos receberão, gratuitamente, alimentação, transporte, material didático e uniforme. Graças a parcerias com outras instituições, eles ganharão também um Kit-higiene e ferramentas. Trata-se de uma espécie de franquia social, vinculada à Fundação Pescar, uma organização não-governamental que há 27 anos se dedica a envolver empresas na preparação de adolescentes de baixa renda para o exercício de uma profissão, encaminhando-os, depois, ao mercado de trabalho. “Não posso deixar escapar essa oportunidade. Batalho para ser alguém na vida”, declara o estudante de 15 anos Anderson Bitencourt. Há 10 meses ele ganhou uma nova família. Hoje, mora com os pais adotivos e o novo irmão no bairro Saudade. “Depois do curso pretendo encontrar um emprego, já que vou aprender uma profissão”, planeja Anderson. Em torno de 7 mil estudantes já passaram pelas Escolas da Rede Pescar, que hoje conta com 58 unidades, em Santa Catarina, Rio Grande do
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Ensinando a pescar
Empreendedor – Janeiro
Não Durma no Ponto
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Crie uma equipe vencedora Você gostaria de ter uma equipe de trabalho formada por vencedores? Penso que a resposta óbvia seja um assertivo sim. Vencedor lembra vitória, que lembra disputa, que lembra duelo, ou rixa, ou competição e todas essas palavras remetem a ganhadores e perdedores. Aí está o problema: muitos líderes estimulam a competição na crença de estar desenvolvendo uma equipe de vitoriosos. Mas não é isso o que geralmente ocorre. Compare uma corrida de cavalos a uma maratona. Numa corrida de cavalos, somente alguns se classificam, os demais são “os demais”. Numa maratona, aqueles que conseguem chegar ao final são os vencedores e o propósito de cada um é melhorar a performance individual. O clima ao final de uma maratona é de cansaço e alegria. O clima ao final de uma corrida de cavalos é a alegria de uns poucos enquanto os demais se mostram abatidos e frustrados. Existe uma diferença enorme em liderar uma equipe para funcionar como uma corrida de cavalos ou como uma maratona. Na primeira, elegem-se alguns vencedores, mas a grande maioria é formada por perdedores. Na segunda, todos são ganhadores dentro das suas condições, limiJaneiro – Empreendedor
tações e superações. Muitas equipes, principalmente as comerciais, são organizadas para funcionar como corridas de cavalos. Numa lousa branca ou si-
“Após vários estudos sobre equipes de alto-desempenho, está comprovado: uma equipe se forma e se desenvolve na cooperação, confiança mútua, desafios compartilhados e troca de conhecimentos” milar é colocada a classificação dos melhores vendedores e também dos lanterninhas. Repare como os vencedores são sempre os mesmos, e os lanterninhas (ou perdedores) também são sempre os mes-
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mos. Os vitoriosos não têm o menor interesse em ajudar os que estão abaixo, muito menos transferir informações e conhecimentos para que se desenvolvam. Não querem perder a primazia de vitoriosos. Corrida de cavalos ou maratona é uma questão de escolha. Depende do conjunto de crenças e valores do líder. Depende do seu modelo mental. Se acreditar na competição como a melhor forma de obter vitórias, é provável que a escolha recaia sobre a corrida de cavalos. Essa escolha gera vencedores e perdedores, mas jamais forma uma equipe de alto-desempenho. Após vários estudos sobre equipes de alto-desempenho, está comprovado: uma equipe se forma e se desenvolve na cooperação, confiança mútua, desafios compartilhados e troca de conhecimentos. É o contrário da competição, do individua l i s m o , d o c a d a -um -p o r -s i . Nesse sentido, a maratona é mais adequada para o desenvolvimento de uma equipe do que corridas de cavalo. Cabe, agora, uma questão: se vale para o ambiente interno (equipe), vale também para o ambiente externo (mercado de concorrência)? Ora! É possível defender um discurso de cooperação e ajuda
por Roberto Adami Tranjan Educador da Cempre Conhecimento & Educação Empresarial
mútua e, em seguida, defender a competição e o ataque sem trégua? Como compatibilizar um ambiente de paz com uma arena de guerra? Os valores são antagônicos e contraditórios. O líder colocará sua credibilidade em xeque e dificilmente conseguirá um alto nível de comprometimento. A forma de atuar no mercado também é uma questão de escolha. Tudo depende da forma como o mercado e a concorrência são vistos. Podemos ver os concorrentes como ameaças ou grupos de pessoas dispostas a nos derrotar. Diante desses sentimentos, resta reagir ou fugir. O fato é que, quando se estimula a competição, o medo do fracasso costuma ser mais intenso do que o desejo da vitória. A cautela toma o lugar da coragem e a segurança e o conforto ocupam o espaço da aventura e do risco. A concorrência pode ser vista de uma forma negativa e predatória. Num ambiente de rivalidade, a competição predatória semeia a desconfiança, a discórdia e gera estresse. A energia começa a ser canalizada mais para não perder do que para ganhar. É o desgastante jogo da retranca. Gasta-se mais tempo espionando ou copiando uns aos outros em vez de se desenvolverem idéias próprias. Conheço empresas em que os nomes dos con-
correntes são pronunciados mais vezes em um dia de trabalho do que os nomes dos clientes. Nessas empresas, concorrer se transformou numa corrida de cavalos. Por outro lado, podemos vê-los como parceiros de maratona. Olhando dessa forma, a concorrência é benéfica e necessária. Delimita padrões de excelência, estimula a energia, evoca agilidade e rapidez. É uma maneira positiva de enxergar a concorrência. Assim como acontece no ambiente interno com a equipe, a forma de atuar no mercado será decorrente do nível de consciência do líder. Pergunte aos vencedores em que circunstâncias haviam atuado melhor e eles não mencionarão a competição e a luta sem trégua. Ao contrário, farão referências à autonomia, interdependência, valorização, responsabilidade e compromisso. Falarão das metas estimulantes e desafiadoras, do espírito de equipe e, principalmente, do sentimento sublime e nobre de romper a linha de chegada cercados de companheiros. É isso que faz uma equipe e uma empresa vencedoras.
Linha Direta Roberto Adami Tranjan (11) 3873-1953 www.cempre.net roberto.tranjan@cempre.net
Empresa Ă gil Ă gil Empresa
COMUNICAĂ‡ĂƒO
Editado por Carlos Castilho
A linguagem dos sinais numa negociação
2004
A arte de negociar ĂŠ tambĂŠm a arte de identificar os sinais que a outra parte emite involuntariamente Toda negociação ĂŠ no fundo um exercĂcio de comunicação. O que vocĂŞ transmite para a outra parte ĂŠ tĂŁo ou mais importante do que as propostas jogadas sobre a mesa ou as estratĂŠgias adotadas para chegar atĂŠ o objetivo. Essa forma de encarar um processo de negociação ĂŠ geralmente pouco valorizada pelos empreendedores, que sempre se preocupam mais em estudar a estratĂŠgia antagĂ´nica do que em identificar como ela ĂŠ impulsionada. Por isso, os consultores especializados em negociaçþes corporativas dĂŁo hoje cada vez mais destaque Ă interpretação de sinais emitidos pelas partes durante as discussĂľes do que o que cada interlocutor diz ou nĂŁo diz. É quase um lugar comum o fato de um negociador nĂŁo dizer tudo o que pensa. Alguns chegam a afirmar que, quanto menos ele revelar, melhor. SĂł que numa estratĂŠgia como essa os avanços sĂŁo muito lentos, o que traz prejuĂzos para ambas as partes, jĂĄ que tempo ĂŠ dinheiro. Quanto maior a importância ou os valores envolvidos na negociação, maior o empenho das contrapartes em buscar um contato pessoal, o chamado olho-noolho. Os negociadores acreditam que desta forma podem ter uma impressĂŁo mais correta daquilo que o interlocutor nĂŁo quer dizer. A imagem do olho-no-olho ĂŠ responsĂĄvel tambĂŠm por outra expressĂŁo figurada muito comum nas negociaçþes. Sobre quem perde geralmente diz-se que “piscou primeiroâ€?, em que a piscadela ĂŠ vista como um sinal de fraqueza ou vacilação. Na verdade, as pesquisas tĂŞm mostrado que a intuição visual da mĂŠdia dos negociadores ĂŠ tĂŁo precisa quanto tirar cara ou coroa para saber se o interlocutor estĂĄ mentindo. Michael Wheeler, consultor da revista Working Knowledge, editada pela Harvard Business School, cri- hbswk.hbs.edu/pubitem. tica as atitudes convencio- jhtml?id=3819&t=strategy Janeiro – Empreendedor
nais nos processos de negociação afirmando que elas ignoram a comunicação como fator essencial numa negociação. E quando ele fala de comunicação estĂĄ na verdade se referindo a elementos nĂŁo verbalizados, ou seja, o que nĂŁo foi dito com palavras. Ele sugere alguns cuidados para quem deseja dar uma melhorada na performance negociadora: Preste atenção nas microexpressĂľes, cacoetes pouco perceptĂveis, contraçþes nervosas, inflexĂľes, movimentos de olhos, de dedos, da lĂngua, etc. SĂŁo sinais que Ă s vezes sĂŁo mais eloqĂźentes que as palavras. É essencial avaliar esses sinais no contexto cultural do interlocutor para evitar erros que podem ter conseqßências catastrĂłficas. Muita gente acha que desviar o olhar ĂŠ sinĂ´nimo de alguma manobra pouco ĂŠtica, mas o tiro pode sair pela culatra se o interlocutor for asiĂĄtico. Para japoneses, coreanos e chineses, evitar o olho-no-olho ĂŠ sĂmbolo de respeito. Escute muito e aguce a sua curiosidade. Estas sĂŁo duas tĂŠcnicas absolutamente indispensĂĄveis para qualquer negociador. Quanto mais curioso vocĂŞ for, quanto mais perguntar ou se interessar pela contraparte, maior serĂĄ o volume de informaçþes disponĂveis para tomar uma decisĂŁo final. Faça as perguntas corretas. Evite questĂľes Ăłbvias, como por exemplo: “Essa ĂŠ a sua melhor oferta?â€?. Ine-
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A economia do entendimento
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dor das arquibancadas e permitir que você faça o mesmo quando ele estiver no centro das atençþes. Treine com os atores de cinema. Parece esquisito mas muitos consultores para negociaçþes aconselham seus parceiros a observar atores famosos em filmes, especialmente os de suspense, para identificar microexpressþes. Os atores são profissionais na arte de dissimular emoçþes. Empreendedor – Janeiro
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vitavelmente a contraparte responderĂĄ que sim, e quase sempre estarĂĄ dizendo apenas um lado da verdade. Se a outra parte fizer a famosa afirmação â€œĂŠ pegar ou largarâ€?, ela estĂĄ tentando encurralar vocĂŞ. Teste o adversĂĄrio fazendo uma contraproposta inesperada. Isso geralmente acaba revelando que nĂŁo era uma posição final e simplesmente uma tentativa desajeitada de blefar. Muita gente dĂĄ respostas honestas para todas as perguntas, mas nĂŁo diz toda a verdade. Para descobrir se a contraparte adota esse procedimento, descubra um defeito ou problema qualquer no objeto da negociação (carro usado, por exemplo) que nĂŁo tenha sido mencionado pelo interlocutor e pergunte se ele teria algo a acrescentar e que fosse do meu interesse. Se ele nĂŁo mencionar o defeito, muita outra coisa pode estar sendo ocultada. Logo, fique ainda mais atento. Pule para a arquibancada. É outro conselho de Michael Wheeler para negociadores. É sempre recomendĂĄvel afastar-se, de tempos em tempos, do centro das discussĂľes para poder avaliar melhor o seu desenvolvimento. Nem sempre isso ĂŠ fĂĄcil e na maioria das vezes exige muito treinamento. Mas ĂŠ essencial nĂŁo perder a perspectiva da negociação, principalmente quando ganhar vira uma questĂŁo de honra. O ideal ĂŠ que vocĂŞ esteja sempre acompanhado na discussĂŁo, pois assim seu colega pode funcionar como observa-
A chamada Nova Economia aumentou a importância da negociação ao tornĂĄ-la a principal ferramenta para criar ambientes colaborativos. Todo o arcabouço das relaçþes produtivas dentro da era da informação estĂĄ baseado em parcerias, em que os protagonistas colaboram entre si. Mas para chegar a este estĂĄgio de cooperação ĂŠ necessĂĄrio passar primeiro pela fase da negociação, ou seja, a definição das regras do jogo. Todo executivo empresarial deve hoje incorporar conhecimentos bĂĄsicos da arte de negociar Ă sua caixa de ferramentas ou kit de sobrevivĂŞncia na selva corporativa. NĂŁo se trata mais da negociação clĂĄssica, em que o objetivo era vencer – uma parte ganhava e a outra perdia. É o caso de uma negociação de compra e venda, em que a vitĂłria ĂŠ sinĂ´nimo de preço alto para quem vende, ou preço baixo para quem compra. Na economia digital baseada na informação a idĂŠia de vitĂłria perdeu muito da sua importância porque a maioria das negociaçþes envolvem o estabelecimento de parceiras, ou seja, os negociadores continuarĂŁo a trabalhar juntos. Nesse caso, quanto menos imposiçþes, maiores as chances de cooperação duradoura. Outra diferença fundamental ĂŠ que as negociaçþes envolvem cada vez mais parceiros distantes, com pouco ou nenhum conheciRevista criada pela mento mĂştuo. Universidade Harvard, O consultor norte-america- dos Estados Unidos – no William Ury, co-fundador harvardbusinessonline.hbsp. da Negotiation explica que harvard.edu/b01/en/ a ĂŠtica passa a desempenhar newsletters/newscada vez mais um papel fun- negotiation_home.jhtml damental numa negociação contemporânea porque ela ĂŠ o elemento que compensa a falta de contato pessoal. AlĂŠm do mais, as negociaçþes na Nova Economia envolvem situaçþes muito complexas porque os negociadores atuam num ambiente digital que eles nĂŁo conhecem em detalhes. Outro fator complicador ĂŠ a necessidade de, muitas vezes, incorporar vĂĄrios outros parceiros Ă negociação. Nessas condiçþes, nenhum entendimento funcionarĂĄ a mĂŠdio e longo prazos se nĂŁo estiver apoiado em princĂpios ĂŠticos.
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COMUNICAÇÃO
De olho na “Rádio Corredor”
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As empresas estão preocupadas com a “Rádio Corredor”, nome dado pelos comunicólogos à produção e multiplicação de rumores ou fofocas As empresas já não conseguem mais controlar as informações a seu respeito e que circulam livremente entre os seus clientes, parceiros e fornecedores. Foi-se o tempo em que a palavra oficial era suficiente para desfazer mal entendidos, boatos e mentiras. No ambiente corporativo atual, os clientes e consumidores de uma empresa formam um público especifico que tem um comportamento também específico sobre o qual é quase nulo o controle externo. Depois de sucessivos fracassos na tentativa de controlar os fofoqueiros e centrais de boatos, as empresas resolveram procurar entender como funciona uma “rádio corredor” e desenvolver estratégias específicas para neutralizá-la. Para mais detalhes sobre a Nessa busca, os especialisteoria dos Memes visitar tas em comunicação corporabrasil.indymedia.org (em tiva acabaram esbarrando na português), www.memechamada Teoria dos Memes, central.com (em inglês) ou www.sindominio.net (em ou Teoria Memética, formulaespanhol). da em 1976 pelo pesquisador Richard Dawkins, e que seria uma espécie de darwinismo aplicado ao mundo da mente humana. Segundo Richard Dawkins, da mesma forma que a seleção natural (mais conhecida como darwinismo) explicaria a melhoria das espécies vivas no planeta, a memética torna possível entender porque algumas idéias prosperam e outras não. Meme é um bloco de informação (pode ser som, imagem, palavra, numero, etc.) que as pessoas passam umas para as outras. Para que uma informação sobre uma determinada empresa ou produto se multiplique no meio social, ela acaba saindo fora do controle de quem a liberou. Mas ao escapar do controle a informação transforma-se num meme, ou seja, sofre mudanças e se replica segundo o ambiente onde circula. Janeiro – Empreendedor
É mais ou menos a história de “quem conta um conto aumenta um ponto”. O recondicionamento ou alteração de uma informação é um processo natural e inevitável, pois todas as pessoas, consciente ou inconscientemente, personalizam sempre o que passam adiante. O problema é que algumas notícias geram mais fofocas que outras. É aí que entra o interesse corporativo em procurar saber que tipo de informação liberar para reduzir o risco de ela ser totalmente distorcida, a ponto de funcionar ao contrário. A organização britânica The Henley Center, especializada www.henleycentre.com em marketing corporativo, afirma que empresas como a Shell estão gastando milhares de dólares para estudar um boato (meme para os comunicólogos) e descobrir como ele muda à medida que circula de boca em boca, ou de computador em computador. A maioria dos estudos diz que as pessoas preferem boatos sobre temas relevantes, que envolvam personalidades invejadas ou poderosas. Sexo e intriga são diferenciais importantes, e não é necessário que o rumor seja verdadeiro, desde que seja verossímil. Essa é a receita básica da matéria-prima da “rádio corredor”. A Shell criou grupos focais especializados em fofocas e rumores para identificar como a informação da empresa é alterada pelos consumidores a partir do momento em que ela deixa o Departamento de Relações com o Público. Com isso ela pretende antecipar-se às inevitáveis distorções antes que elas se tornem perigosas para a imagem da empresa. Outras corporações, como a General Motors, desenvolveram estratégias diferentes. Elas procuram usar os boatos como forma de melhorar a comunicação, ao verificar que tipo de distorção é mais comum e com que objetivos.
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VENDAS
Consumidores patrulheiros Num grau inédito na história da economia mundial, as empresas estão submetidas hoje a uma vigilância por parte de consumidores e investidores
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O patrulhamento dos consumidores segue alguns procedimentos. Os mais comuns são: 1) Antes de fazer qualquer compra, especialmente de equipamentos eletrônicos, os consumidores consultam sites com dicas sobre especificações e uso; comparam produtos de marcas diferentes para identificar o mais adequado; comparam preços e condições de pagamento, assistência técnica e prazos de entrega. Toda essa garimpagem de informações é feita com precisão militar, graças aos sites que permitem comparações de lojas e preços, bem como aos fóruns onde os consumidores expressam suas opiniões. Esses procedimentos não são novos. O inédito é a amplitude de informações disponíveis ao consumidor contemporâneo. 2) Segmentos como o das agências de viagens foram drasticamente afetados pela transparência quase total nos negócios. Hoje o consumidor está no comando das operações em matéria de compra de passagens aéreas, reserva de hotéis e de pacotes turísticos. Os agentes de viagens viraram meros conselheiros. 3) Fenômeno idêntico ocorre no mercado financeiro. Os investidores cada vez mais fazem as suas escolhas de forma autônoma, em matéria de compra ou venda de ações. Os corretores que oferecem maior transparência geram mais confiança. 4) A indústria farmacêutica mundial está enfrentando turbulências por conta da globalização do mercado consumidor. Remédios controlados num país podem ser facilmente comprados noutro, com as mesmas facilidades que impulsionaram o comércio eletrônico de livros e CDs. A prova está na explosão das mensagens SPAM envolvendo venda de remédios pela internet. 5) A mais nova arma dos consumidores é a fotografia digital via telefone celular. Os novos aparelhos permitem fotografar instalações e produtos, que instantaneamente vão para a internet, onde se multiplicam em milhares de cópias. Uma foto digital é um argumento poderoso na hora de comprar ou fechar um negócio. 6) Mas ninguém foi tão atingido até agora como as grandes gravadoras. A música deixou de ser um bem físico (long-play, cassette ou CD-ROM) para transformar-se em pura informação, e com isso circula facilmente pela internet, com limitados controles de vendas. Antes os grandes selos musicais controlavam o mercado, mas hoje é o consumidor quem manda, numa tendência que a maioria dos especialistas em internet considera irreversível. Empreendedor – Janeiro
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Até agora, o uso da informação sobre negócios e oportunidades tinha praticamente uma mão única. Ferramentas como Inteligência Competitiva, Administração das Relações com Consumidores (CRM – Customer Relationship Management) e pesInteligência Competitiva quisas de mercado permitiam às e CRM são softwares de empresas saber tudo, ou quase processamento de informações que trabalham tudo, sobre os seus clientes. acoplados ao banco de Mas a situação está mudandados de uma empresa. do radicalmente e de uma forma muito rápida. Cada vez mais os consumidores estão usando em seu favor a fantástica capacidade da internet de oferecer informações sobre produtos e serviços, segundo revela um artigo publicado, em dezembro de 2003, pela revista w w w. i n t e l l i g e n t e n norte-americana Intelligent terprise.com Enterprise, especializada em processamento de informações corporativas. O resultado é o surgimento de um novo tipo de transparência nas relações entre clientes e empresas. Enquanto os primeiros mostram-se entusiasmados com a recém descoberta capacidade de patrulhar empresas e comparar resultados para aproveitar oportunidades, as empresas revelam algum desconforto por conta da falta de adaptação, de muitas delas, à nova situação. Nos Estados Unidos já surgiram reclamações contra uma “falta de privacidade corporativa”. É uma nova etapa na implantação do processo de transparência nas empresas. Primeiro elas passaram a ter que “abrir seus livros” não só para Livros abertos – proceparceiros externos, no caso de dimento empresarial integrarem alguma cadeia proatravés do qual uma empresa torna transparendutiva, como também para seus te uma parte consideráfuncionários, com o objetivo de vel de sua contabilidade reforçar fidelidades. ou de suas transações Agora elas estão tendo que com fornecedores. deixar visíveis as suas entranhas também para os consumidores, oferecendo informações cada vez mais detalhadas sobre produtos e serviços oferecidos. A vigilância, no entanto, não pára aí. Nos negócios envolvendo equipamentos e contratos com valores mais elevados, os compradores querem também saber como está a saúde financeira da empresa para evitar surpresas desagradáveis, que podem acabar deixando-os com verdadeiros micos na mão.
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MARKETING ON-LINE
Como conviver com o SPAM
2004
A irritação contra a avalancha de mensagens indesejadas (SPAM) prejudicou o sistema de marketing na Web, mas há formas de ampliar o contato com clientes via internet O fenômeno do SPAM virou uma praga mundial e as pessoas estão cada vez mais Por volta de 56% das cerca irritadas com essa guerrilha de 350 bilhões de mensagens movida pelos produtores e que circularam na Web em distribuidores de mensagens 2002 eram indesejadas e não não solicitadas e não desejasolicitadas, segundo segundo das. Hoje 56% de todas as a empresa BrightMail (www.brightmail.com). mensagens que circulam diariamente na internet são da categoria SPAM. A empresa de pesquisas NuO custo para as emprecleous Research (www.nusas é astronômico e quase cleusresearch.com) calculou todo mundo está tomando em US$ 87 bilhões o prejuízo global anual causado pelas providências para evitar a mensagens SPAM só nos Esampliação das perdas causatados Unidos. das por esse tipo de marketing predador. Com isso criou-se uma grande confusão entre os profissionais e usuários do correio eletrônico como ferramenta para comunicação com clientes e potenciais compradores. Houve uma redução de quase 60% no marketing online na Europa e Estados Unidos em conseqüência do sentimento anti-SPAM. Uma pesquisa realizada pela empresa BrightMail revelou que o volume de mensagens SPAM nos EUA aumentou 16% de outubro de 2002 a outubro de 2003. Os e-mails indesejados oferecendo proAs estatísticas estão na págidutos lideram as estatístina cyberatlas.internet.com. cas com 22% das mensagens SPAM. Depois vêm os serviços financeiros, remédios e sexo, em ordem decrescente. Além disso, 42% dos empreendedores norte-americanos que usam a internet afirmaram que podem abandonar o marketing on-line se o fenômeno SPAM aumentar de intensidade. Mas há males que vêm para bem, garantem os responsáveis do site E-Write Online, www.ewriteonline.com especializado na elaboração de newsletters eletrônicas. A empresa norte-americana oferece seis dicas para contatar clientes pelo correio eletrônico Janeiro – Empreendedor
sem provocar reclamações: 1) Seja ainda mais seletivo na escolha de endereços para envio de mensagens de marketing via correio eletrônico. Sempre haverá quem reclame. Nesses casos, interrompa imediatamente o envio de material e mande uma mensagem pedindo desculpas e anunciando a eliminação do nome do queixoso da mailing list da empresa. 2) Quando alguém entrar em contato por e-mail com sua empresa fazendo uma reclamação ou pedido, trate de resolver o problema o mais rápido possível. Mostrar eficiência é a melhor ferramenta para manter clientes online. Além disso, um cliente satisfeito influencia dez outros compradores. 3) Depois de oferecer a solução do problema, envie uma nova mensagem passados uns dias para saber se era realmente aquilo que o cliente esperava. Perguntas do tipo “Seu problema foi resolvido?”. Você pode ainda incluir na mesma mensagem alguma pergunta referente à qualidade do atendimento oferecido e se há alguma sugestão de melhoria. 4) Outra possibilidade é aproveitar essa mensagem para antecipar um lançamento futuro ou promoção, sem entrar em muitos detalhes. Deve parecer apenas uma informação e não um lance de vendas. 5) Em qualquer uma das mensagens mencionadas anteriormente, é indispensável saber se o destinatário deseja ou não receber mensagens de marketing. Pergunte se ele autoriza o envio de novas correspondências eletrônicas, antes de despachar mais material promocional. 6) Crie alguma vantagem adicional para os clientes que responderem mensagens de marketing enviadas por correio eletrônico. Podem ser descontos, um período de experiência maior do que o usual, revisão adicional grátis, etc. É importante haver algum tipo de retribuição a quem se deu o trabalho de responder a um e-mail.
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Empreendedor – Outubro
VIA digital por
Flaviano da Cunha Júnior
A próxima fronteira A utilidade dos mecanismos de busca na procura de informações na internet é indiscutível. Não há mais como achar o que se procura na selva de bilhões e bilhões de webpages sem se recorrer ao Google, Yahoo, Altavista, entre tantos outros sites de busca. Mas a eficiência dos atuais “robôs” que vasculham cada canto da grande rede para classificar todos os dados disponíveis está criando um novo problema: os resultados das buscas estão se tornando cada vez mais uma monstruosa avalanche de “links relacionados”, que acaba por esconder o que está realmente sendo procurado. Por isso, não basta procurar por tudo; é necessário procurar direito. Essa é a nova filosofia da próxima geração dos mecanismos de busca, e a tecnologia para isso já está pronta e começa a agradar aos internautas na fase de testes. A idéia por trás dessa nova tentativa de otimizar as buscas é categorizar os resultados, agrupando aqueles que têm algo em comum e criando, então, categorias relevantes somente para aquela busca, separando “o joio do trigo” e permitindo que se vá direto àquilo que interessa. Um ícone dessa nova forma de bus-
ca é o Vivisimo (www.vivisimo.com), criado pela empresa norte-americana de mesmo nome, desenvolvedora do que ela chamou de clustering engine (mecanismo de agrupamento). Enxergando o potencial da ferramenta, a Vivisimo tenta um modelo de negócio “aléminternet”: vende sua tecnologia para bibliotecas, agências governamentais e outros clientes que possuem uma grande quantidade de informações pesquisáveis e que precisam de organização na hora de apresentar os resultados. Outro concorrente dessa nova fronteira é o Grokker, criado pela Groxis (www.groxis.com). Trata-se de um programa instalável (em plataforma Windows 2000 e Xp) que consulta vários mecanismos de busca ao mesmo tempo e mapeia os resultados, apresentado-os com o auxílio visual de gráficos e círculos coloridos, separando os links de interesse em grupos e subgrupos. Apesar de ainda estar em fase de testes, o Grokker já agrada a seus primeiros usuários, e conseguiu atrair a atenção do maior símbolo de busca na internet, o Google (www.google.com.br). De olho na nova tecnologia e nos benefícios que ela pode trazer, o todo-poderoso gigante do setor está acompanhando de
perto a receptividade das ferramentas auxiliares implementadas pelo Grokker, e estuda a possibiliPlug-in é um programa dade de uma parce- acessório que usa o naria com o objetivo vegador como platade desenvolver um forma, e é utilizado plug-in de busca na para fins específicos internet, que pro- que não são suportamete ser a ferra- dos originalmente pelo próprio navegador, menta definitiva como por exemplo a nessa área. apresentação de imaNão há dúvidas gens tridimensionais ou de que essa próxi- de animações. ma fronteira a ser desbravada pelos mecanismos de busca vai trazer muitos benefícios a todos os usuários. Resta agora saber quem melhor vai aproveitá-la.
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Agulha no palheiro guns bem picantes!). O hotel aparece lá pelo sétimo ou oitavo link. Já uma busca idêntica no Vivisimo encontra a mesma idolatria pela modelo e suas curvas, porém a primeira categoria agrupada chama a atenção para o que se procura: “Hotels” (hotéis). Aí está! Fácil, rápido e eficiente.
Vamos supor que você esteja pensando em viajar para Paris, e está curioso em obter informações sobre o hotel Paris Hilton, nos Champs Elysees. Uma busca no Google por “Paris Hilton” aponta 3.680.000 links relacionados, mas a maioria sobre a celebridade norte-americana com o mesmo nome (inclusive alJaneiro – Empreendedor
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Linha de crédito para networking A fabricante de equipamentos de redes D-Link Brasil (www.dlink.com.br) conseguiu, em parceria com o Banco do Brasil, a abertura de uma linha de crédito facilitada e com juros atraentes para as pequenas e médias empresas poderem implementar projetos de networking com custo de até R$ 100 mil. Através do crédito (que tem prazo de carência de 12 meses), empresas nacionais com faturamento anual de até R$ 3,2 milhões poderão financiar projetos de implantação de redes incluindo a aquisição de interfaces de rede, switchs, equipamentos wireless,
internet gateways, NAS (Network Attached Storage) e firewalls, todos fabricados pela D-Link. Para as médias e grandes empresas, o convênio com o Banco do Brasil permite a aquisição através de leasing com prazos de 24 e 42 meses. Segundo Daniel Kanaoka, diretor comercial da D-Link Brasil, “essa linha de crédito tem como foco as pequenas e médias empresas que ainda se debatem com o limite da exclusão digital que tanto dificulta o seu crescimento”. Mais informações podem ser obtidas no site da empresa.
A internet doente O ano de 2003 foi considerado por especialistas como aquele em que a internet mais foi atacada por vírus e worms. Usuários displicentes e softwares mal planejados, como sempre, foram grandes colaboradores nesse
processo, mas em 2003 viu-se pela primeira vez os resultados catastróficos causados pela aliança entre vírus e spams. Confira abaixo a cronologia das cinco maiores pragas no ano que passou:
15 minutos tentou mandar cópias suas para todos os endereços da internet 1 (cerca de 4 bilhões).
⌧ Slammer (janeiro): é considerado o vírus mais agressivo já criado. Em cerca de
⌧ BugBear.B (junho): espalhou-se rapidamente por redes domésticas, e em cada uma tentou capturar informações sensíveis (contas e senhas) sobre 1.200 instituições financeiras de todo o mundo.
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Solução para gerenciamento de documentos Já está no mercado o Archivum, um software para Gerenciamento Eletrônico de Documenos (GED) e elaboração de Workflows lançado pela HS Informática (www.hsinformatica.com.br). Ele possui interface completamente integrada à internet, e pode ser operado através de qualquer navegador disponível no mercado. Com o Archivum, as empresas podem gerenciar eletronicamente seus documentos e fluxos de trabalho, inclusive com sistema de criptografia e proteção digital compatível com o padrão IPC-Brasil (o conjunto de normas que regulamenta a assinatura digital no país). Outro atrativo do software é a pesquisa fonética e a ortográfica avançada, que facilita a identificação de termos similares mesmo que o usuário tenha errado a grafia da palavra procurada.
⌧ Blaster (agosto): ficou conhecido por travar o Windows 2000 e o XP a cada 10
mais ou menos, mas não tinha carga letal além de fazer os usuários 3 minutos quererem jogar o computador pela janela.
⌧ Welchi (agosto): também chamado de Anti-Blaster, surgiu com a proposta de
o Blaster das máquinas infectadas, mas acabava criando mais 4 remover problemas do que resolvia.
Errata
Sem dúvida o que mais assustou foi o comportamento do vírus Sobig. Ele foi criado com propósitos comerciais, ou seja, abrir servidores para a distribuição massiva de spams a mando de seus criadores. Isso demonstra que os vírus e worms não são mais criados por di-
Devido a um erro de impressão, o link para a seção Aquário saiu incorreto na última Via Digital. O link correto é www.empreendedor.com.br/ aquario. Alguns scams (e-mails fraudulentos que procuram enganar o usuário e fazê-lo rodar programas na sua máquina) encontrados pela Empreendedor estão disponíveis nesse link para observação.
versão de quem tem muita inteligência e pouco o que fazer, mas sim como ferramentas dos bandidos “internéticos” que descobriram o potencial comercial dessa tecnologia. E vem mais em 2004. É esperar para ver.
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⌧ Sobig.F (setembro): primeiro spam-vírus realmente eficiente, o Sobig causou o
5 maior congestionamento no serviço de e-mail visto na internet.
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Franquia
Total
Para quem gosta de uma boa conversa
Lazer em casa O setor de entretenimento cresce a cada dia e é com a possibilidade de oferecer lazer dentro das casas dos clientes que a Blockbuster trabalha. A rede entrou para o setor de franchising quando veio se instalar no Brasil. A empresa espera ter 90 lojas franqueadas até o final de 2006, o que representa cerca de um terço do total dos estabelecimentos, que hoje chegam a 111. O investimento aproximado necessário para cada loja é de R$ 800 mil, já incluindo a taxa de franquia de R$ 90 mil. A Blockbuster opera em 29 países e no Brasil é representada pela BWU Comércio e Entretenimento Ltda., fruto de um acordo de franquia entre o Grupo Moreira Salles e a Blockbuster Entertainment Corporation. Em dezembro foi inaugurada uma loja de 250 m 2 em Florianópolis. www.blockbuster.com.br (11) 3709-3709
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DIVULGAÇÃO
A rede de escolas de idiomas CNA criou o Conversation Club, um programa de conversação sem provas ou lições de casa. Ou seja, um bate-papo em inglês ou espanhol, um pedido dos alunos para evitar tropeços no aprendizado da língua. A partir de janeiro, as 357 unidades abrem a seus alunos regulares a oportunidade de não perder o contato com o idioma mesmo nas férias. Mesmo durante os semestres regulares, os alunos desejam ficar no ambiente da escola e em contato com a língua, mas sem os compromissos fixos do curso. “Detectamos que os estudantes querem mais, desde que esse ‘mais’ signifique algo mais leve do que as obrigações do curso regular”, diz Ana Maria Cristina Cuder, diretora pedagógica do CNA e criadora do Club. Os módulos do CNA Conversation Club têm 16 horas, sendo que, nos períodos de férias, essa carga é dividida de forma flexível ao longo de um
DIVULGAÇÃO
mês. O CNA propõe que o cenário das sessões de conversação seja o jardim das escolas, a área de convivência, a cantina ou qualquer outro diferente da sala de aula conhecida dos alunos. Nesse ambiente são sugeridos temas do diaa-dia, jogos, ouve-se música e se assiste a filmes, tudo permeado pela descontração. O departamento de Ensino dedicou um ano à compilação de textos, vídeos, CDs e atividades comunicativas, de todos os estágios, para compor um material sob medida para os participantes. (11) 3884-3727
Fidelização do cliente A Golden Services, holding responsável pelas franquias Sapataria, Costura, Engraxataria e Bordados do Futuro, agrega valor aos seus serviços com o estabelecimento de acordos de parceria com outras empresas, como a BCP (telefonia celular), UOL (internet) e Alitália (companhia aérea). Os clientes das empresas parceiras ganham descontos de até 15% nos serviços das unidades da Golden Services. Segundo Paulo César Mauro, diretor da holding, o objetivo é aumentar o fluxo de clientes e agregar credibilidade às franquias. “Estamos abertos a outras ações como essas para proporcionar melhores condições aos nossos clientes”, afirma o executivo.
Com isso a rede de franquias, composta por 325 lojas distribuídas em todo o país, espera implementar em 10% o faturamento em 2004. A Golden Services surgiu em 1999 como uma holding responsável por franquias especializadas na prestação de serviços. Implantada no Brasil em 1993 por intermédio de um contrato de transferência de tecnologia da empresa americana Heel Sew Quik, a Sapataria do Futuro alcançou projeção e ampliou os horizontes para a implantação de novos serviços. Como meta, a holding quer expandir sua atuação para o Mercosul e países de língua latina na Europa. (11) 3742-4095
Edição: Alexandre Gonçalves • Reportagem e Redação: Sara Caprario E-mail: franquiatotal@empreendedor.com.br
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Atitude social O Projeto Mundo Verde Casazul, resultado da parceria entre a rede de lojas de produtos naturais Mundo Verde e o Instituto Social Elza Pires, jå atende 61 crianças e jovens, entre sete e 18 anos, sendo 37 meninos e 24 meninas. Desse total, dois são portadores de necessidades especiais. Os beneficiados fazem parte da comunidade Terreirão, que fica no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio de Janeiro. Voluntårios, participantes, apoiadores e outros parceiros fizeram um balanço num evento que teve uma peça de teatro, criação coletiva das crianças e jovens do projeto baseada nos personagens do gibi Mundinho Verde. Nos cinco meses de funcionamento do Projeto, os moradores da comunidade tambÊm participaram das aulas de artes plåsticas, música, conscientização corporal, teatro, capoeira e conscientização ecológica. Atendimentos terapêuticos, como de psicologia, atingiram 27 consultas ao dia, aproximadamente. A franquia Mundo Verde fez a reforma da casa e fornece a maior parte dos alimentos. Jorge Eduardo Antunes, diretor-executivo da rede Mundo Verde, destaca que outros parceiros foram se incorporando para vializar o Projeto, entre eles Integralmedica, Laboratório Bronstein, Advanced Nutrition, Orient Mix, Vita Gold, Jasmine, Natural Wealth, Fontovit, Vita Hervas. O Instituto Social Elza Pires (Isep) tem na presidência a terapeuta Linda Pires, irmã da atriz Glória Pires, sua presidente de honra (foto). Com o projeto Mundo Verde Casazul, as duas dão continuidade a um trabalho que a mãe iniciou na região. A sede do projeto Ê a antiga casa onde morou a atriz. (24) 2237-2528
TOMA LĂ , DĂ CĂ VocĂŞ sabe o que sĂŁo stripe centers? Quem responde ĂŠ o consultor AndrĂŠ Giglio, da Francap. O mercado de fast food estĂĄ... em crescimento contĂnuo hĂĄ alguns anos, devido Ă mudança de hĂĄbito alimentar e da forma de trabalho. As pessoas precisam sair do trabalho e ir para a aula, ou outros locais, e nĂŁo tĂŞm tempo de fazer uma refeição em casa. Tal crescimento exige... alternativas para expansĂŁo e estĂĄ atrelado Ă disponibilidade de locais onde se possa compartilhar a estrutura de suporte, a exemplo do que jĂĄ ocorre com as praças de alimentação dos shoppings. JĂĄ hĂĄ uma tendĂŞncia de se implantar praças de alimentação em outros locais. Para gerar expansĂŁo ĂŠ preciso driblar esta delimitação de espaços... e por isso a tendĂŞncia ĂŠ o surgimento dos stripe centers (centros de consumo fora dos shoppings). Adequadas Ă realidade de cada local, jĂĄ começam a aparecer praças de alimentação em bairros, junto a galerias, grupos de lojas e centros comerciais, oferecendo estruturas similares Ă s dos shoppings, mas em menores dimensĂľes. Um exemplo... ĂŠ o grupo Montana Grill Express, que ainda concentra suas forças nos shoppings, onde tem 11 lojas abertas e expectativa de inaugurar mais 12 neste inĂcio de ano, mas farĂĄ a primeira experiĂŞncia com loja de rua a partir de maio com uma franquia em BelĂŠm. Francap (11) 3079-5080
Rede adota franquia regional
DIVULGAĂ‡ĂƒO
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A Jani-King do Brasil, rede de prestação de serviços de limpeza comercial, anuncia a expansĂŁo de sua rede em Curitiba com a abertura da Franquia Regional, cuja iniciativa faz parte do plano de metas da empresa, que ĂŠ um crescimento de 15% em 2004. A operação da Jani-King na capital paranaense teve inĂcio em 2000 e a nova unidade, que nasce com status de escritĂłrio regional, tem a missĂŁo de fornecer suporte a toda a regiĂŁo Sul. A empresa mantĂŠm outros trĂŞs escritĂłrios regionais: SĂŁo Paulo, Rio de Janeiro e BrasĂlia. A rede espera consolidar o know-how que conta com completa infra-estrutura para assistĂŞncia ao franqueado. Segundo TomĂĄs Crhak, master-franqueador no Brasil, a missĂŁo da empresa ĂŠ superar as expectativas dos clientes com a melhor relação custo–benefĂcio e fornecer todo o suporte e atendimento necessĂĄrios para que o negĂłcio do franqueado se consolide, cresça e obtenha sucesso. O executivo tambĂŠm anuncia que o cadastro de novos franqueados estĂĄ aberto para anĂĄlise. www.janiking.com.br
Franquia
Total
Muitas franquias procuram na temporada de verão as oportunidades para esquentar o negócio
QUENTES como o verão
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GRUPO KEYSTONE
Como escreveu Carlos Drummond de Andrade, deve ter sido um gênio quem inventou esta história de 12 meses e calendário anual com 365 dias, porque assim as pessoas têm a impressão, em janeiro, de que é possível começar tudo de novo, com mais força, energia e vontade. Para muitas redes de franquias a sensação é essa, especialmente aquelas que já planejam com antecedência para fazer dos meses quentes uma época de bons negócios. É o caso da rede de restaurantes Guapo Loco, em que a diversão tornase o diferencial dentro das unidades. Portanto, no verão o momento é de muito trabalho operacional e negociação com fornecedores para garantir bons pacotes de compras entre os franJaneiro – Empreendedor
queados. Com a expectativa de crescimento do faturamento em torno de 30% nesta época do ano, a franquia faz o trabalho de expansão antes da temporada de meses quentes. Foi assim no Nordeste, com a abertura da unidade de Fortaleza no ano passado, e com todos os outros três restaurantes no estado do Rio de Janeiro, abertos entre setembro e dezembro, sendo o primeiro em 1986 no bairro Leblon, na capital fluminense. A estratégia utilizada pela Guapo Loco é estar preparada para atender à demanda. Por isso, são realizados remanejamentos de pessoal, treinamento de reciclagem e contratação de mão-deobra extra para o verão. A preparação para o clima quente
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também já é hábito da rede especializada em moda branca Vita et Pax. É exatamente na semana que antecede o ano novo que a franquia tem seu maior faturamento: 40% de todas as vendas do mês em uma única semana. Com dez lojas espalhadas pelo país, a Vita et Pax sabe que a tradição de vestir roupa branca na passagem do ano eleva as vendas, motivo pelo qual aposta nas vitrines com roupas leves, como bermudas, camisetas, vestidos, saias e camisas. E isso se estende para o restante do verão. “Mesmo que as pessoas não passem a meia-noite do dia 31 de dezembro de roupa branca, todo mundo sempre acaba comprando alguma coisa para o verão ou para as viagens das férias”, explica José Roberto Drubi,
diretor de Franchising da Vita et Pax. Segundo os franqueadores da Vita et Pax, a moda branca tem picos de venda totalmente diferentes do resto do mercado de vestuário. Além do Reveillon, há os movimentos pela paz, datas comemorativas de organizações contra a violência e comemorações religiosas. Nesses momentos a Vita et Pax tem um aumento das vendas, que pode chegar até 30% do faturamento do mês.
Linha Direta Fran’s Café (11) 5056-0043 Grão Espresso (11) 3611-3986 Guapo Loco (21) 2259-6031 Vita et Pax (11) 5052-8400 ou www.modabranca.com.br
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Cardápio gelado Mesmo sem a pretensão de garantir vendas maiores no verão como a Guapo Loco e a Vita et Pax, já que o negócio atrai mais em climas amenos, as cafeterias mudam o cardápio para se adaptar ao verão e criam gostosas novidades. Na rede Grão Espresso a ordem é dar ênfase à divulgação das bebidas geladas como sucos de polpa, mate batido com polpa e iogurtes. Neste verão a rede está lançando o Tropical, um creme de frutas composto de sorvete e polpa de frutas com café. A rede incrementou ainda o mix de gelados, que conta com os Milk Cappuccino, Milk Mocha e Milk Chocomaltine, além das bebidas já citadas. Assim como faz durante o ano inteiro, a rede utiliza-se muito de merchandising. Os franqueadores enviam ao franqueado, sem ônus, material de divulgação como banners, cartazetes e displays. A concentração dos esforços promocionais encontra-se no ponto-de-venda, onde está o consumidor. Para Pedro Weinberger, diretor da rede, o movimento cai no verão, como acontece com a maior parte do varejo, não devido ao clima, mas devido às características de época do verão brasileiro, quando as famílias entram em férias e há os preparativos para o Carnaval. As localidades das instalações do Grão Espresso, na sua maioria em shoppings, também são um fator de queda no movimento.
Na rede Fran’s Café o cardápio também entra em sintonia com o clima tropical e oferece café gelado acompanhado de refeições do tipo light. As opções privilegiam bebidas refrescantes, pratos leves e sobremesas geladas. Entre as novidades geladas, destacam-se três bebidas de dar água na boca: o Café Caribe, que é café gelado, sorvete de creme, conhaque, chantilly e farofa doce; o Café Chocolate, composto de café gelado, leite gelado, sorvete de chocolate, chantilly e cobertura de chocolate; e o Café Galak, que traz café gelado, sorvete de Galak, licor de cereja e chantilly. E para quem não abre mão do sabor do café nem mesmo no verão, a rede oferece duas opções light: Café Bombom Light (café expresso com leite condensado light); e Café Tricolore Light (café expresso, leite condensado light, leite e espuma de leite). O tradicional Franccino – bebida gelada de consistência similiar à de um frozen à base de café, leite e gelo – tem três versões: Coffee, Moca (acrescido de chocolate) e Toffee (com caramelo). Por mês, são vendidas cerca de 8 mil unidades do produto. A embalagem, plástica e transparente, além de revelar a cobertura de chantilly, é prática para poder ser transportada sem risco de derramar. Junto com o Franccino, os consumidores podem optar por sorvetes incrementados em receitas inéditas, saladas e lanches rápidos com pão sírio ou integral.
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Franquia
Total
POR DENTRO DO FRANCHISING
Internet versus delimitação de território A “invasão” de território na franquia causada pelas empresas pontocom é um assunto que, apesar de polêmico, não tem sido objeto de grandes comentários. Porém, face à importância do tema, indaga-se: a existência de uma loja virtual é uma nova loja franqueada invadindo território exclu“Para configurar sivo concedido a um franqueado já existente? invasão de território A delimitação de território na franquia é fundaexclusivo de um mental. Ao receber o direito exclusivo de vender franqueado, não é produtos num determinado território, o franqueado não necessária a imagina que pode vir a concorrer diretamente com construção de uma outra loja franqueada ou até mesmo com seu próprio loja de concreto, franqueador, e este não imagina que a concessão da basta a criação de exclusividade poderá ir além dos dispositivos conuma loja virtual” tratuais, uma vez que, na maioria das vezes, não existe previsão no contrato quanto à venda pela internet. Surge um impasse: a venda de produtos via internet é exatamente o mesmo business do franqueado ou seria um canal alternativo de distribuição? Caso o entendimento seja o primeiro, o franqueador estaria infringindo disposição contratual, qual seja, a invasão do território do franqueado. Os Estados Unidos, pioneiros no sistema de franchising, já vêm enfrentando problemas desta espécie. Uma
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Por Anna Flávia Dias Sanches Advogada anaflavia@afs.com.br
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rede de drogarias (Emporium Drug Mart, Inc. of Shreveport and Drug Emporium, Inc., AAA Dallas, TX) viu-se diante de uma Câmara de Arbitragem (Case 7111400126 Sept 2, 2000), objetivando solucionar este conflito. Os árbitros decidiram que o franqueador e sua subsidiária virtual violaram a previsão contratual de exclusividade do franqueado ao operar uma drogaria on-line. Na tentativa de evitar futuros questionamentos, a rede Imaginarium, que comercializa artigos de presentes e decorações através de seus franqueados em todo o território nacional, estipulou contratualmente que o franqueador poderá comercializar produtos da marca via internet, sem que isto signifique invasão de território. Em contrapartida, o franqueador comprometeu-se a contribuir para o Fundo de Publicidade da rede com 2,5% sobre sua venda bruta mensal, decorrente das vendas via internet. Não restam dúvidas de que a internet veio para ficar, mas como o mundo da franquia irá fazer uso deste “ciberespaço” ainda é uma incógnita. O certo é que, para configurar invasão de território exclusivo de um franqueado, não é necessária a construção de uma loja de concreto, basta a criação de uma loja virtual. Por assim ser, fica cada dia mais evidente a necessidade da criação de legislação, mecanismos e instrumentos de controle e sistemas de resolução de conflito das inúmeras questões oriundas da internet.
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Franquia
ABF
Gerando resultados para o franchising Durante a 3ª Convenção ABF do Franchising, realizada de 5 a 9 de novembro de 2003 em Angra dos Reis, Rio de Janeiro, o setor mostrou que a cada ano fica mais maduro e profissional. A busca constante pela qualidade em todas as operações que compõem o fransching marcou o encontro que reuniu mais de 260 congressistas das principais marcas que atuam no país, público 18% maior do que no ano passado. Entre os diversos temas discutidos, responsabilidade social, treinamento, empreendedorismo, consultoria de campo e expansão internacional tiveram maior destaque. Gerson Keila, presidente da Associação Brasileira de Franchising (ABF), anunciou três grandes novidades que foram muito bem recebidas pelo setor. Todas visam a garantir a qualidade e a ética nas operações do franchising. A primeira é a mudança na estrutura
do Selo de Qualidade, que a partir deste ano será chamado de Selo de Excelência do Franchising (SEF). A nova formatação do selo levou quase um ano de trabalho da Comissão de Ética da ABF. O segundo anúncio visa a defender os interesses do associado e a qualificar ainda mais a Associação. A partir de agora, só será permitida a participação de empresas associadas da ABF no Portal do Franchising, no Guia de Franquias e na ABF Franchising Expo. A iniciativa visa a prestigiar aqueles que utilizam o sistema de franchising com ética e que estão sempre em busca da excelência. A terceira novidade é a expansão da ABF por todo o território nacional. O objetivo é fortalecer as lideranças regionais e proporcionar mais capilaridade às iniciativas da ABF. “Ainda este ano promoveremos uma assembléia para propor a criação de escritórios regionais”, anunciou o presidente.
Além disso, a ABF ressaltou seu apoio às atividades dos diversos comitês que atuam sob sua supervisão. Hoje, a Associação abriga três comitês que congregam empresas de Idiomas, Fast Food e Expansão Internacional. Durante a convenção, foi sugerido a criação de mais dois comitês: Moda e Relacionamento com Shopping Centers. “A idéia dos comitês é trocar experiências e unir forças para representar os interesses das empresas no mercado”, diz Gerson Keila. Um dos destaques da convenção foi o painel de relacionamento com shopping. Vale ressaltar que a ABF anunciou publicamente seu apoio ao Projeto de Lei da deputada federal Zulaiê Cobra (PSDB). O projeto tem por objetivo equalizar as relações de inquilinato entre lojistas e administradores de shoppings. “A ABF apoiará todas as iniciativas que visem a tornar essa relação mais igualitária ”, finaliza Keila.
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Selo de Excelência em Franchising Durante a 3ª Convenção ABF do Franchising, a Comissão de Ética da entidade lançou o SEF – Selo de Excelência em Franchising, sucessor natural do Selo de Qualidade da ABF. A experiência adquirida ao longo de 13 anos do Selo de Qualidade permitiu que a ABF aperfeiçoasse os critérios de outorga e buscasse um novo equilíbrio entre os quesitos considerados na chancela mais importante do sistema de franchising. O Selo de Excelência em Franchising (SEF) é um reconhecimento da qualidade e excelência da empresa avaliada quanto à sua atuação como franqueadora, e os critérios utilizados para sua concessão levam em consideração aspectos éticos e técnicos do Janeiro – Empreendedor
franchising. Conseqüentemente, o Selo de Excelência em Franchising valoriza e expressa as melhores práticas e o profissionalismo das empresas franqueadoras. Dentre as várias novidades que o Selo de Excelência em Franchising apresenta, devemos salientar uma em particular: a QUALI Pesquisa e Con-
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sultoria Ltda., instituto de pesquisa de primeira linha que realizará a Pesquisa de Satisfação dos Franqueados. As redes de franquias que participarem do Selo de Excelência em Franchising poderão, ainda, se aproveitar dos indicadores de desempenho e das análises baseadas na Pesquisa de Satisfação. Ou seja, poderão dispor de um valioso instrumento para melhorar ainda mais a performance de suas empresas. Foi enviado aos associados o Manual de Outorga, que trata, de maneira geral, das condições da chancela. Para esclarecimento de dúvidas, entrar em contato com o Departamento Jurídico da ABF, através do telefone (11) 3814-4200, ramais 14, 19 e 21.
FRANQUIAS EM EXPANSÃO Cacau Show
Negócio: Chocolates Finos Tel: 11.3959.2800 Fax: 11.3959.2812 E-mail: vendas@cacaushow.com.br Home page: www.cacaushow.com.br
Segurança e Competitividade A Cacau Show é hoje a maior indústria de chocolates finos do Brasil. Fundada há 15 anos, ganhou em 2002 o prêmio “Excelência – Categoria Chocolates” da ABICAB. As lojas padronizadas vieram como consequência do crescimento e solidez conquistados em mais de uma década de trabalho. Temos hoje 28 unidades, todas com excelentes resultados e disponíveis para análise. Não cobramos taxas de adesão, royalties ou semelhantes: Acreditamos que o nosso lucro deve vir unicamente do fornecimento do nosso produto, e por isso não objetivamos ganhar nas instalações, na concessão da marca ou no apoio. Oferecemos a melhor relação de custo X benefício do mercado de chocolates finos, tanto para o parceiro de negócios como também para o consumidor. Hoje os nossos chocolates são em média 50% mais baratos que os da concorrência, mas com uma qualidade equivalente. Também destacamos que nas lojas Cacau Show existem 03 possibilidades de trabalho: 1) Fazer a venda para o consumidor na loja; 2) comercializar ativamente no atacado, para diversos estabelecimentos da região; 3) formar equipes de revendedoras autônomas por catálogo. Para o aproveitamento desse 03 canais, onde a venda não é apeN.º de unidades Próprias e Franqueadas: 28 nas passiva mas Áreas de interesse: Brasil também ativa, a Apoio: PA, PM, MP, PO, OM, TR, PF, EL, PN, SP. Cacau Show forTaxas: Nenhuma nece todos os insInstalação da Empresa: $ 24.000,00 trumentos, apoio e Capital de giro: $ 10.000,00 Know How necesPrazo de retorno: 12 a 18 meses sários.
Contato: Stefenson Soalheiro
Livros CDs DVDs Papelaria Revistas Fundada em 1943 e com mais de 10 anos de know-how em sistemas de franquias, a Nobel é hoje a maior rede de livrarias do Brasil com mais de 100 franquias espalhadas pelo país. Confira algumas vantagens da franquia Nobel: consignação de grande parte do estoque inicial, com condições comerciais melhores do que as de uma livraria independente; suporte operacional e para escolha, análise e negociação do ponto comercial; abertura para a implantação de negócios complementares como café e internet; modelos de franquia de acordo com o potencial de cada região do Brasil: livraria, megastore e express (quiosques e lojas compactas); plano de expanNº de unidades próprias e franqueadas: 121 são definido para o Áreas de interesse: Brasil mercado brasileiro Apoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, TR, PF, FI, EL, PN, SP Taxas: de R$ 10 mil a R$ 25 mil (franquia) com oportunidades Royalties: de R$ 500 a R$ 5 mil especiais para noFPP (Fundo de Promoção e Propaganda): de R$ 100 a R$ 1 mil vos franqueados. Instalação da empresa: a partir de R$ 29.950 Faça parte desse suCapital de giro: variável cesso! Entre agora Prazo de retorno: de 24 a 36 meses (estimativa) em contato! Contato: Depto. de expansão 11-3706-1491/1493
PBF Inglês e Espanhol Negócio: Educação/Ensino de Idiomas Tel: (11) 5084-1924/Fax: (11) 5084-8882 franchising@pbf.com.br/www.pbf.com.br
1. A PBF exige pequeno investimento e não cobra royalties. 2. A PBF é uma rede de escolas de idioma com mais de 30 anos de experiência e tradição. 3. A PBF possui um método de ensino exclusivo e próprio, totalmente atual e comunicativo. 4. A PBF forneNº de unidades: 223 ce suporte em toÁreas de interesse: Todo o Brasil das as áreas, da Apoio: PA, PO, TR, PF, EL, SP, MP, PM, PO, OM administrativa à Taxas: 30% pool propaganda sobre compra de livro pedagógica. Instalação da empresa: a partir de R$ 40 mil (de5. A PBF trabapendendo do tamanho da cidade) Capital de giro: R$ 10 mil lha para você cresPrazo de retorno: 18 a 24 meses cer sem parar! Contato: Departamento de Franquias
PA- Projeto Arquitetônico, PM- Projeto Mercadológico, MP- Material Promocional, PP- Propaganda e Publicidade, PO- Projeto de Operação, OM- Orientação sobre Métodos de Trabalho, TR- Treinamento, PF- Projeto Financeiro, FI- Financiamento, EI- Escolha de Equipamentos e Instalações, PN- Projeto Organizacional da Nova Unidade, SP- Solução de Ponto
FRANQUIAS EM EXPANSÃO Golden Services
Negócio: prestação de serviços do futuro Tel: 0800 12 7286 / Fax: (11) 374-3 2734 E-mail:franquia@goldenservice.com.br www.goldenservices.com.br
O futuro é aqui
Alps Negócio: escola de idiomas Tel: (19) 3296-0600 www.alpsschool.com.br
Nova oportunidade de negócios
SERVIÇOS DO FUTURO é um conceito de unidades de prestação de serviços de alta qualidade, instaladas estrategicamente para atender um público que busca praticidade, qualidade e preços justos. Em cada uma de nossas lojas encontramos o máximo em tecnologia e atendimento profissional para consertos de sapatos, bolsas e tênis, serviços de costura, além da mais moderna lavanderia do mercado. Nosso suporte é completo para o franqueado, desde a localização e negociação do ponto comercial até a implantação da loja. As franquias que hoje fazem parte do GOLDEN SERVICES são: SAPATARIA DO FUTURO (a sua loja de serviços com mais de 130 lojas em todo Brasil); COSTURA DO FUTURO (a única e mais completa rede nacional de serviços de reforma de roupas em geral); LAVANDERIA DO FUTURO (a lavanderia mais moderna do Nº de unidades próprias e franqueadas: 130 Brasil). Venha fazer parte Área de interesse: Brasil desse sucesso! Seja um Apoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, TR, PF. FI. franqueado do futuro! EL, PN, SP Informações para Taxa: variáveis (ver site) franquias: 0800 12 7286 e Instalação da empresa: variável (ver site) Capital de giro: variável www.goldenservices.com.br. Prazo de retorno: 24 a 36 meses
A ALPS é a rede de franquias de idiomas que mais cresce no Brasil. Lançada no mercado em 2001, já conta com mais de 100 franquias espalhadas por todo o país, sendo que pretendemos fechar este ano com cerca de 250 unidades. O método Alps foi desenvolvido nos Estados Unidos seguindo as mais modernas técnicas de neurolingüística, possibilitando um aprendizado rápido e permanente do inglês. Alguns alunos que já estudaram em outros métodos e depois vieram para a ALPS chegam a afirmar que falaram mais inglês em 20 horas em nossas escolas que em toda a sua experiência anterior. Essa é a grande oportunidade para você poder ter seu próprio negócio e fazer parte de uma empresa com know-how administrativo e comercial, e um sistema exclusivo de ensino. A Alps dá assessoria na seleção do ponto comercial, na adequação do imóvel e na implantação e operação da escola, treinamento pedagógico, comercial, além de todo o suporte de uma equipe de profissionais especializados que vão assessorá-lo no seu empreendimento. Esta é sua grande oportunidade de sucesso em uma rede em ampla expansão! Existem várias Nº de unidades próp. e franq.: 150 cidades disponíveis para a imÁreas de interesse: Brasil plantação de uma unidade Apoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, TR, PF, FI, EI, PN, SP Alps. Consulte nossa home Taxas: R$ 10 mil (franquia), 7% sobre compage (www.alpschool.com.br) pras (royalties) e R$ 12,0 p/ material didático e contate nosso Depto. de Instalação da empresa: R$ 30 mil a R$ 50 mil Franchising através do telefoPrazo de retorno: 12 a 18 meses ne (19) 3296-0600. Contato: Artur José Hipólito
Quality Cleaners Negócio: lavanderia expressa Tel: (11) 3253-0555 www.qualitycleaners.com.br
Lavanderia expressa Seja mais um empreendedor de sucesso! Faça parte de uma rede mundial de lavanderias! Um mercado com grande potencial e em constante crescimento! A rede de lavanderias expressas Quality Cleaners atua no Brasil desde 1999 e, após um período de aprendizado no mercado brasileiro, estruturou seu processo de expansão pelo sistema de franquias e já conta com mais de16 lojas no país. A Quality Cleaners oferece a seus franqueados um suporte de primeira linha, incluindo treinamento técnico operacional, acompanhamento na implantação da franquia, assessoria mercadológica e um vasto know-how adquirido por sua experiência internacional, em mais de 300 lojas e oito países, Nº unidades: 4 próprias/16 franqueadas Área de interesse: Brasil adaptada às caracApoio: PA, PM, MP, PO, PP, OM,TR, EI, SP terísticas nacionais. Taxas: R$ 30.000 (franquia), 5% (royalties) Entre em contato e 2% (publicidade) Instalação: R$ 210.000 a R$ 260.000 (inclusos com nossa Área de taxa de franquia, capital de giro e estoque inicial) Franquias e faça Prazo de retorno: 24 a 36 meses parte deste time Contato: Ventura vencedor!
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Abra um verdadeiro modelo de franquia Se você tem visão de mercado e quer ser bem-sucedido, este é o seu negócio. Abrir uma franquia Modelo é poder contar com toda a estrutura de uma empresa que dispõe de vasta experiência e de uma equipe especializada na venda a varejo, há mais de 15 anos. Além disso, a TWM Administradora de Franchising, empresa que é responsável pelo sistema de franquias da Modelo, fornece todo o suporte técnico e operacional aos franqueados com apoio mercadológico e treinamento para implementação, estruturação e gestão de sua loja. A diversidade e o suprimento dos produtos oferecidos ainda contam com a retaguarda da DPM, que é a maior distribuidora de material de escritório, escolar e suprimento para informática do Norte/NE. A marca Modelo por quatro anos consecutivos detém o maior share of mind no segmento de livrarias do GranNº de unidades: 6 de Recife, de acordo Área de interesse: Brasil com pesquisa do InsApoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, TR, PF, EI, PN, SP Taxas: de R$ 15.000,00 a R$ 35.000,00 tituto Harrop. Livra(franquia), 3% (royalties) e 2% (propaganda) ria Modelo. Venha faInstalação: R$ 1,5 mil por m2 construído zer parte desta históPrazo de retorno: 24 a 36 meses ria de sucesso. Contato: Joaquim Bezerra
PA- Projeto Arquitetônico, PM- Projeto Mercadológico, MP- Material Promocional, PP- Propaganda e Publicidade, PO- Projeto de Operação, OM- Orientação sobre Métodos de Trabalho, TR- Treinamento, PF- Projeto Financeiro, FI- Financiamento, EI- Escolha de Equipamentos e Instalações, PN- Projeto Organizacional da Nova Unidade, SP- Solução de Ponto
Fisk Negócio: Educação/Ensino de Idiomas Tel: (11) 5573-7000/Fax: ramal 251/255 franchising@fisk.com.br/www.fisk.com.br
A mídia exterior é o segmento que mais cresceu nos últimos anos. Atuando no mercado desde 1980, a Shempo tem desenvolvido e implantado diversos equipamentos e mobiliários urbanos: luminosos em topo de edíficios, paredes laterais, front-light, relógios urbanos, identificadores de vias e logadouros públicos, além de projetos inovadores para áreas de shoppings, aeroportos e outros locais de segmentação expressiva. Com tecnologia de ponta, a Shempo tem corrigido desvios, criando normas e procedimentos que garantam a permanência de padrão visual. Com mix diversificado de produtos do Mobiliário Urbano, a Shempo se destaca e sai na frente como a primeira empresa nacional em seu segmento, a oferecer franquia para exploração da mídia exterior.
Union Service Negócio: recursos humanos Tel/Fax: (11) 3833-0671 www.unionservice.com.br
Recursos humanos A Union Service é a franquia de Recursos Humanos que há mais de dez anos vem se destacando no mercado de terceirização de serviços, recrutamento e seleção, e treinamento de pessoal efetivo e temporário, desenvolvendo soluções e parcerias. Devido ao seu pioneirismo no setor, a Union Service foi a primeira empresa do ramo a distribuir seu know-how pelo território brasileiro, através do sistema de franchising. As franquias levam o mesmo conhecimento e técnicas desenvolvidas, além de contar com um processo impecável de reciclagem e atualização de sistemas, assessoria jurídica e trabalhista e suporte de marketing. As premiações da ABF, Sindeprestem/Assertem, Nº de unidades: 11 Área de interesse: Brasil International Exporter’s SerApoio: MP, PP, PO, OM, TR, PF, EI, PN vice e a Certificação ISO 9001 Taxas: R$ 15.000 (franquia unitária) versão 2000 comprovam a e R$ 25.000 (franquia master) qualidade dos serviços e do Instalação da empresa: R$ 17.000 sistema da franquia da Union Capital de giro: R$ 18.000 Prazo de retorno: 18 a 36 meses Service. Contato: Eladio Cezar Toledo
O seu sucesso é a nossa história! Faça parte de uma rede de escolas de idiomas com mais de 40 anos de experiência e tradição em ser sucesso. A empresa atua no Brasil desde 1958, transferindo seu know-how aos franqueados distribuídos por todo o Brasil, América Latina e Japão. A FISK oferece um suporte de primeira linha incluindo treinamento em 11 áreas distintas para que o franqueado faça uma ótima administração em sua escola. O método de ensino exclusivo é constantemente atualizado por uma equipe pedagógica altamente qualificada e esse é o nosso ponto mais forte. Com um pequeno Nº de unidades: 40 próprias e 667 franqueadas investimento você Áreas de interesse: Todo o Brasil abre uma franquia Apoio: PA, PO, TR, PF, EL, SP, MP, PM, PO, OM FISK e constrói Taxas: 30% pool propaganda sobre compra de livro também a sua hisInstalação da empresa: a partir de R$ 40 mil tória de sucesso Capital de giro: R$ 10 mil num mercado em Prazo de retorno: 18 a 24 meses Contato: Christian Alberto Ambros franca expansão.
China House Delivery Negócio: delivery de comida chinesa Tel: (0xx11) 6239.9900 – Fax: (0xx11) 6238.7733 www.chinahouse.com.br/franquia@chinahouse.com.br
Faça parte desse sucesso A China House é uma franquia de delivery de comida chinesa com sete anos de tradição. Tem como diferenciais a qualidade e forma de preparo dos alimentos e uma ótima prestação de serviço aos seus clientes, que garantem o seu sucesso e aceitação no mercado. Vantagens: baixo investimento; negociação coorporativa com fornecedores (venda direta de fornecedor para franqueado, menores custos e maiores margens); excelente mix de produtos com ótima aceitação; projeto arquitetônico incluso na taxa de franquia; assessoria na localização do ponto, nas obras e na inauguração da loja; treinamento inicial, consultoria e visitas periódicas. Um dos setores N° de unidades: 5 que mais se mantiveÁreas de interesse: Grande São Paulo e mediações, regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste ram estáveis (alimentação), aliado a Apoio: PA, PP, PO, OM, TR, EI, PN, SP Taxas: R$ 15.000,00 (franquia), prestação de serviços 5% (royalties) e 2% (publicidade) (delivery), dentro de Obra Civil/Equip.: A partir de R$ 65.000,00 um único negócio. Só Estoque Inicial/Capital de Giro: R$ 20.000,00 falta você. Contato: Jorge Luiz Torres
PA- Projeto Arquitetônico, PM- Projeto Mercadológico, MP- Material Promocional, PP- Propaganda e Publicidade, PO- Projeto de Operação, OM- Orientação sobre Métodos de Trabalho, TR- Treinamento, PF- Projeto Financeiro, FI- Financiamento, EI- Escolha de Equipamentos e Instalações, PN- Projeto Organizacional da Nova Unidade, SP- Solução de Ponto
Franquia
Total
FRANCO FRANQUIA Especialista em dizer o que pensa e lembrar os cuidados que se deve ter antes de entrar para o mundo das franquias.
MERCADO Caro leitor, realmente, o mercado de franquias no Brasil conta com um número expressivo de redes e de unidades em operação. Só para se ter uma idéia, o censo realizado pela Associação Brasileira do Franchising em 2002 constatou que havia 650 empresas franqueadoras atuando no Brasil, distribuídas em cerca de 56 mil unidades de franquias. E, num primeiro momento, ver um mercado tão concorrido pode mesmo provocar essa sensação de que não há mais espaço nem para novos franqueados nem para novas redes. Mas, obviamente, não é assim que o mundo dos negócios funciona. Não há uma torneira que regule a entrada de novos concorrentes. Aliás, se alguém regula alguma coisa, esse alguém chamase consumidor. Por isso é que nessa briga pela mesma fatia de mercado sempre cabe mais um, desde que atenda aos anseios e aos desejos do consumidor – com
Até que ponto o franchising pode ser um bom negócio diante do grande número de franquias que brigam pela mesma fatia de mercado?
qualidade, diga-se de passagem. Agora, o que mais me intriga na sua pergunta é justamente a preocupação inversa à que muitos candidatos ao franchising possuem. Ou seja, a maioria fica apreensiva quando não há muitas redes atuando em um segmento. Para essas pessoas, quanto mais redes num mercado, maior é a possibilidade de sucesso para quem embarca na mesma canoa. Eu, particularmente, tenho minhas dúvidas quanto a isso, especialmente porque sou um defensor incansável da busca constante de um nicho de mercado. E nesse sentindo não importa se o mercado está “inchado” ou “murcho”; o que importa é encontrar um diferencial, um foco que atinja uma clientela específica, com necessidades específicas, com alto grau de fidelidade à marca. Já é assim que muitas redes vêm trabalhan-
Escreva para Franco Franquia: francofranquia@empreendedor.com.br
MURAL
Franqueza Total
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O próximo passo do franqueado satisfeito Já pensou em ampliar sua atuação no mercado de franquias? Bom, existem algumas possibilidades. A primeira, se você é franqueado, é abrir uma ou mais unidades da rede da qual você faz parte. A outra é tornar-se um master-franqueado e ficar responsável pelo franqueamento de uma área maior no estado ou na região em que está situado. Existe um outro passo que você, como franqueado satisfeito, pode seguir: transformar-se em franqueador, dono de sua própria rede de franquias. Além da questão relativa aos custos envolvendo essa operação, o que deve ser observado nesse ponto é o aspecto ético, se a sua opção for ingressar no mesmo mercado em que você atua como franqueado. O que você acha de virar concorrente de sua antiga rede sabendo suas falhas e virtudes? Se for em outro segmento, o ponto a ser avaliado é o conhecimento que você tem para mudar de ramo. De todo modo, o que pesa mesmo no momento de dar um novo passo é sua avaliação pessoal quanto à sua capacidade para assumir novas responsabilidades. Janeiro – Empreendedor
do e obtendo bons resultados. Dessa maneira, um quesito que considero importante no momento de escolher a franquia é justamente o diferencial que a rede oferece aos consumidores. Deve-se levar em conta sempre muitos fatores (a força da marca, a idoneidade da rede, a relação franqueador–franqueado, etc.), mas não se pode esquecer de observar o consumidor que se quer atingir. Essa é uma chave que não pode faltar para enfrentar os muitos, ou os poucos, concorrentes. Claro que, conhecendo o público que a franquia busca, fica mais fácil saber se a abertura de uma unidade é viável ou não na área de atuação do franqueado. Por isso, francamente, preocupe-se com a concorrência no mercado da sua escolha, mas nunca se esqueça de procurar aquilo que mais diferencia sua franquia das demais.
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“Ter clientes fiéis é um antídoto para qualquer revés” (Franco Franquia)
Meu Grupo Quer trocar idéias sobre franchising? Entre para a lista do Franco Franquia. Para se inscrever, mande um e-mail para francofranquia-subscribe@yahoogrupos.com.br
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Empreendedor – Novembro
(Capa Resultados obtidos em 2003 abrem novas possibilidades para a exportação de produtos brasileiros por
Fábio Mayer
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As exportações brasileiras salvaram o ano de 2003 para muitas empresas no país. Alguns especialistas vão mais além: avaliam que as exportações salvaram o Brasil em 2003, encobrindo uma recessão de aproximadamente 2% no mercado interno. Com essa retração, as empresas, sem muitas opções, só conseguiram respirar graças às vendas externas, o que acabou por alavancar em cerca de 20% as exportações brasileiras. De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) as exportações chegaram a US$ 73 bilhões, e o saldo comercial é igualmente recorde: US$ 24 bilhões. Outro dado relevante é a diversificação dos estados participantes no processo de exportação. Dezessete dos 27 estados brasileiros aumentaram em mais de 21% suas vendas para outros países. Para 2004 a expectativa é ainda melhor, com estimativa de crescimento de 10%, atingindo o patamar de US$ 80 bilhões em vendas externas. Esse cenário positivo
Janeiro – Empreendedor
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Os legítimos made in Brazil Confira o desempenho dos produtos brasileiros mais exportados em 2003
Soja Ano passado a soja foi um dos grandes destaques das exportações brasileiras, chegando a US$ 8 bilhões, com 35,2% a mais que as vendas externas do produto em 2002. “Com a perspectiva de uma nova safra recorde em 2004, que estimamos em 60,5 milhões de toneladas, e a demanda aquecida no mercado internacional espera-se que novos recordes sejam batidos”, afirma André Pessôa, sóciodiretor da Agroconsult, empresa que presta assessoria na área rural.
Carne O Brasil é o maior exportador de carne bovina do mundo, exportando cerca de 1,4 milhão de toneladas em 2003 (US$ 1,1 bilhão). Também lidera o ranking mundial em receita com as exportações de carne de frango, atingindo a cifra de US$ 1,7 bilhão. Houve um aumento de 15% no faturamento com as vendas externas. Em volume, o país está atrás do EUA, que têm 32% de participação nas exportações da carne de frango contra 30% do Brasil.
Produtos manufaturados Cresceram cerca de 20% em 2003, representando cerca de 54% das exportações brasileiras. Os setores de automóveis e de aviação lideram as exportações, com um US$ 2,9 bilhões (aumento de 43,9% sobre 2002) e US$ 1,9 bilhão respectivamente. Segundo José Augusto de Castro, diretor da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), neste ano a abertura de novos mercados vai ampliar as vendas externas desse segmento.
Têxtil e confecção As exportações tiveram um crescimento de cerca de 35%, alcançando a cifra de US$ 1,5 bilhão em 2003. “Hoje exportamos produtos que têm maior valor agregado. Somos, cada vez mais, referência em design e criação”, diz Paulo Skaf, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). Segundo ele, para 2004, a expectativa é crescer 20% nas exportações.
Calçados As vendas externas tiveram alta de 5% no faturamento, fechando o ano passado com US$ 1,5 bilhão. Segundo Elcio Jacometti, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), a perspectiva é aumentar esse número em 15% em 2004. “Temos que marcar presença nos mais diversos eventos, assim como chamar potenciais importadores para conhecerem o Brasil e negociar diretamente com o fabricante”, afirma.
Revestimentos cerâmicos Segundo dados da Associação Paulista das Cerâmicas de Revestimento (Aspacer), o Brasil exportou o equivalente a US$ 201 milhões em revestimentos cerâmicos no ano passado, um aumento de 21,3% em relação a 2002. “Se tivéssemos financiamento para exportação com juros compatíveis, sem dúvida nenhuma teríamos surpreendido mais ainda o nosso país com o volume de exportação”, salienta João Oscar Bergstron, presidente da Aspacer.
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Empreendedor – Janeiro
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só é possível graças às iniciativas que já vêm sendo adotadas pelas empresas e apoiadas por instituições como o Sebrae e órgãos federais. Tal desempenho está calcado na competitividade da indústria instalada no Brasil e na qualidade do que é produzido no país. “O Brasil está criando bases sólidas para ampliar sua participação no mercado mundial, tanto em nível geral de nossas exportações sobre o comércio mundial, como em nível específico de alguns produtos relevantes de nossa pauta de exportação, cuja competitividade e excelência de qualidade permitiu que atingisse um desempenho excepcional, muitas vezes superior à expansão da demanda global”, afirma Ivan Ramalho, secretário de Comércio Exterior da Secex. Entretanto, outros fatores também contribuíram para o aumento da exportação. Além da retração no mercado interno, as missões comerciais, iniciadas no governo passado e mantidas pelo atual, a inflação contida, a taxa de juros decrescente, o crédito interno mais acessível e a credibilidade do país restaurada impulsionaram as vendas externas. “Com isso, estamos nos tornando um exportador agressivo e não um exportador passivo como fizemos até agora”, avalia José Augusto de Castro, diretor da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). Da mesma forma, segundo ele, a conjuntura mundial também ajudou o país a aumentar as exportações. “Infelizmente tudo isso aconteceu com um nível de programação menor que as coincidências, positivas, claro.” O diretor da AEB conta que o destaque do ano passado foi o segmento agrícola, com uma safra recorde, coincidindo com ótimas cotações, devido principalmente à guerra no Iraque. “As empresas anteciparam compras, prevendo que a guerra seria longa e que haveria falta de alimento ou dificuldades. Só que essa antecipação concentrou a demanda e essa demanda elevou as cotações.” Um terceiro item citado por Castro é a deman-
(Capa
Os Estados Unidos ainda são o melhor destino para os produtos brasileiros Bilhões de US$ 15,2
22,93
Argentina
4,6
6,41
China
4,5
6,16
Holanda
3,8
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Alemanha
2,8
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Fonte: dados referentes ao período de janeiro a novembro de 2003 fornecidos pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio
uma política integrada de comércio exterior, pois não há uma sincronização entre os ministérios. Mas sob todos os aspectos foi louvável essa decisão do Ministério de consolidar a legislação de exportação”, enfatiza Castro. Alida Bellandi, presidente da Guarany Indústria e Comércio, empresa que recebeu o Prêmio Abimaq na categoria Exportador do Ano, acredita que a desburocratização das exportações e a redução da carga tributária sobre produtos exportáveis incentivariam ainda mais as exportações no Bra-
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RAMALHO: BASES SÓLIDAS PARA AMPLIAR PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA NO MERCADO MUNDIAL
Janeiro – Empreendedor
Participação (%)
Estados Unidos
JOSÉ CRUZ/ABR
da superaquecida da China, que passou a importar muito mais produto agrícola, ajudando a manter as cotações elevadas com o fim da guerra do Iraque. “Tivemos todos os aspectos positivos, sem contar que não houve nenhuma crise cambial ou qualquer outra crise política de peso no mercado internacional, apesar da retração da economia americana, no início do ano, e da européia durante todo o decorrer do ano.” Por outro lado, entre as dificuldades para exportar, a burocracia lidera o ranking. Mesmo com a Portaria Secex n.º 12 implementada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em setembro passado, para facilitar o processo exportador com a simplificação de regras e procedimentos administrativos, não se conseguiu desburocratizar as vendas externas. “Falta
A rota da exportação
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sil. “Não podemos e nem devemos exportar tributos diretos e/ou indiretos, e devemos ser mais ágeis na engenharia dos nossos negócios.” Também é preciso, de acordo com ela, dar condições competitivas dentro dos padrões internacionais às empresas brasileiras. “Isso no que concerne a isenção de tributos, custos de financiamentos e do seguro de crédito, custos de logística, trabalho de marketing da marca Brasil e proteção da propriedade intelectual de forma a incentivar as empresas a desenvolverem tecnologias, investindo mais em pesquisa e desenvolvimento.” Além disso, é consenso também ser necessário o Brasil atuar no comércio exterior de forma permanente e não apenas em épocas de crise do mercado interno. “Temos que nos livrar da vulnerabilidade externa e isso ocorre através da exportação. Ao mesmo tempo, é necessário criar economia de escala que beneficie tanto o mercado interno como também as exportações”, diz José Augusto de Castro. Uma das maneiras de resolver isso, segundo ele, é inserir mais a pequena e média empresa no comércio exterior. “Ela começa a se fortalecer e a ficar menos dependente de recursos de mercado interno, que são caríssimos, e passa a utilizar mais recursos de mercado externo, porque são mais baratos e têm um giro maior.” Mas ainda, de acordo com o diretor da AEB, apesar de existirem programas e iniciativas voltados às pequenas e médias, os grandes empecilhos para essas empresas são o capital humano, uma vez que não podem manter um profissional full time em comércio exterior, e o
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capital financeiro, já que muitos dos financiamentos disponíveis no mercado não atingem empresas desse porte. Produtos e processos A melhor maneira de conquistar o mercado internacional é agregar valor às exportações, o que, de acordo com Ivan Ramalho, significa exportar melhor, com aumento da produção, renda para as empresas, divisas para o país e, ainda, geração de empregos. Segundo dados da Agência de Promoção de Exportação do Brasil (Apex–Brasil), cerca de 112 mil novos postos de trabalho foram criados no país, em 2003, decorrentes do crescimento das exportações. “Não restam dúvidas de que o crescimento sustentável do Brasil passa pelo caminho das exportações. O Brasil está não só exportando mais, como também ampliando a venda de produtos de maior valor agregado.” Ramalho conta também que, dos 30 produtos da pauta de exportação, 22 são industrializados e possuem níveis de agregação de valor variáveis. “É verdade que o Brasil tem um potencial fantástico no setor primário da economia, mas exportações de manufaturados cresceram cerca de 20% e já representaram mais de 54% de nossa pauta de exportações em 2003.” Aviões, automóveis, calçados e compressores tiveram um melhor posicionamento na cadeia de valor e ocuparam uma posição de destaque na pauta. Mas para maximizar a agregação de valor aos produtos os exportadores brasileiros devem apostar na incorporação de tecnologia e no aprimoramento das mercadorias. Por isso, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior criou recentemente a Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior do Brasil, voltada a apoiar produtos com maior valor Janeiro – Empreendedor
Financiamento específico Ainda são poucas as opções para um país que pretende ser um grande exportador Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC) e Adiantamento sobre Cambiais Entregues (ACE) É um adiantamento feito por instituição financeira ao exportador. Possibilita competitividade com maior poder de negociação, pois concede melhores prazos e reduz custos. Concedido por instituição autorizada a operar em câmbio. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – EXIM O programa financia a produção de até 100% do valor da exportação. Para micro, pequenas e médias empresas com faturamento anual de até R$ 60 milhões e para grandes com até R$ 100 milhões. Concedido por instituição credenciada ao BNDES como bancos comerciais, bancos múltiplos, bancos de desenvolvimento e de investimento e financeiras. Programa de Financiamento às Exportações (Proex) Os recursos provêm do Tesouro Nacional e são previstos anualmente no Orçamento Geral da União. Financiamento de 85% do valor da exportação. Concedido ao exportador ou ao importador de bens ou serviços brasileiros. O PROEX é operacionalizado pelo Banco do Brasil. Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC)
Preço diferenciado Calcular o preço do produto a ser exportado é uma dúvida freqüente dos empreendedores. Uma dica da Agência de Promoção de Exportação do Brasil (Apex– Brasil) é retirar o valor do IPI, ICMS, Cofins e PIS do preço para o mercado interno da mercadoria que será exportada e levar em consideração itens como: Custos com matéria-prima, produtos intermediários, materiais e embalagens, mão-de-obra e encargos sociais, embarque, despachante, custos bancários e comissão do agente; Frete; Seguro; Embalagem; Imposto de Renda sobre o lucro; Margem de lucro. Fonte: Agência de Promoção de Exportação do Brasil (Apex–Brasil) (www.apexbrasil.com.br)
agregado, incorporando tecnologia e melhorando a posição na cadeia de valor. “É necessária uma alocação crescente de recursos públicos e privados para esse campo, para pesquisa e desenvolvimento, para a alta qualificação do trabalho e do trabalhador e para a articulação de redes de conhecimento”, destaca o secretário de Comércio Exterior da Secex. Para Alida Bellandi, da Guarany Indústria e Comércio, “exportar requer
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qualidade de pessoas, produtos, sistemas e serviços, e promove a contínua evolução da empresa”. De acordo com ela, para adequar os produtos às normas internacionais e facilitar a entrada, com menores custos, no mercado internacional, a Guarany trabalha conjuntamente com institutos nacionais e internacionais especializados na avaliação e adequação dos produtos. “Fizemos isso agregando tecnologia e diferenciais de marketing na apresentação, utilização, comunicação e comer-
Movimentação em 2003 Porto de Itajaí 3,78 milhões de toneladas (exportação) Total (em TEU*): 424 mil Porto de São Francisco do Sul 4,5 milhões de toneladas (exportação) Total (em TEU*): 281 mil Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP)
Ponto de partida e cargas e controle eficiente e eficaz de todos os processos intrínsecos ao comércio exterior.” Não menos importante são os investimentos para adequar o porto às normas e exigências internacionais, como a instalação de bóias de sinalização náutica monitorada via satélite, que vai possibilitar um menor custo-seguro para navios e obtenção do registro no Food Drugs Administration (FDA), adaptando-se à Lei do Bioterrorismo norte-americana. O porto de Itajaí (SC) também tem o registro no FDA, atendendo às determinações da Lei do Bioterrorismo. Segundo Antônio Ayres dos Santos Júnior, diretor comercial do porto de Itajaí, “a lei determina que o produtor precisa estar registrado junto ao FDA, e também que todos os outros elos da cadeia logística onde a carga for manipulada e armazenada sejam registrados”. Para agilizar a movimentação de cargas e aumentar os embarques para o exterior, a Autoridade Portuária, responsável pela administração do porto, faz investimentos constantes na infra-estrutura aquaviária e terrestre. Ampliou a área física do porto, modernizou equipamentos para operação em terra e aumentou a bacia de evolução para 330 metros, permitindo a atracação de navios maiores. “Também estão previstas, por parte da iniciativa privada, obras de expansão do cais, que tendem a ser iniciadas no primeiro semestre deste ano, resultando em
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*Medida internacional que corresponde a um contêiner de 20 pés
mais um berço de atracação.” Além disso, o porto possui certificação ISO 9001, que dá, de acordo com Santos Júnios, maior credibilidade e confiabilidade aos procedimentos disponibilizados pelo terminal mercante, em âmbitos nacional e internacional. Da mesma forma, o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) tem como foco a melhoria continuada de seus processos, dando continuidade à implantação da ISO 14001, que trata da preservação do meio ambiente. “A certificação é importante porque comprova que o TCP está adotando normas de gestão aceitas internacionalmente. Isso resulta em segurança e aumenta a confiabilidade dos usuários em nossos serviços”, explica Marcelo Marder, gerente comercial do TCP. Entre as principais iniciativas, Marder destaca a ampliação da área de armazenagem de contêineres (para 230 mil m2) e a do cais (que passou a ter 685 metros). “Oferecemos ao exportador a possibilidade de depositar contêineres diretamente em nosso pátio, sem a necessidade de usar terminais intermediários.” Segundo Marder, O TCP também está implementando o Programa de Desenvolvimento do Trabalho Portuário (PDP), que tem o objetivo de aprimorar o funcionamento de todas as atividades de um terminal de contêineres, como carga, descarga, armazenagem e segurança. Empreendedor – Janeiro
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O transporte marítimo é hoje um dos meios mais utilizados para o envio de mercadorias para outros países, caracterizando os portos como peças fundamentais no comércio exterior. Sujeitos às exigências do mercado, os principais portos brasileiros vêm adotando algumas iniciativas para melhorar e facilitar ainda mais a exportação. “Os portos estão cada vez mais dinâmicos e em constantes mudanças, agregando formas de trocas como ecomerce e business-to-business ou ainda novas tecnologias no controle e movimentação de cargas, bem como novos equipamentos e navios com maior capacidade de cargas e mais velozes na operação”, afirma Arnaldo Thiago, diretor-geral do porto de São Francisco do Sul (SC). Segundo Thiago, uma das ações em andamento no porto de São Francisco do Sul para facilitar as exportações é o aprofundamento do canal de acesso para 13 metros, o que permitirá uma melhor condição de navegação. Outra é a implantação de dois novos terminais para ampliar a movimentação de granéis, dobrando a capacidade de recepção e armazenagem e triplicando a de envio. “Projetos em andamento, em breve, disponibilizarão mais dois berços de atracação para granéis de importação e contêiner, preparando o porto para um futuro que se aproxima, e que traz em seu bojo exigências de qualidade, velocidade no atendimento a navios
1,6 milhão de toneladas (exportação) Total (em TEU*): 288 mil
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(Capa
Janeiro – Empreendedor
período que varia de 8 a 20 meses, dependendo do diagnóstico competitivo feito previamente pelo Sebrae. “Verificamos deficiências dessas empresas nas diversas disciplinas empresariais, como a questão das finanças, do custo, do marketing, de recursos humanos, da tecnologia. Depois disso é que a gente propõe para esse grupo de empresas um programa sob medida”, afirma Fernandes. De acordo com ele, o Sebrae investe em uma parte e as empresas em outra para estarem se capacitando. Em dois anos mais de mil empresas já passaram pelo programa. Uma das empresas que participaram do PCS é a catarinense XYZ Inovações Tecnológicas, que atua no ramo de material elétrico e ferramentaria. Aldo Fernandes, sócio-fundador da XYZ, conta que com a implantação da ISO a companhia já recebeu algumas propostas para iniciar suas atividades no mercado externo, confirmando a importância da
certificação na hora de exportar. “A ISO dá mais segurança e garantia de qualidade para quem está importando e para quem está exportando também.” Tão importante quanto a certificação ISO, a escolha da melhor logística na hora de exportar também é um diferencial para conquistar e vender mais no mercado externo. A armazenagem, a distribuição e o transporte adequados permitem melhorar a qualidade dos produtos, otimizar o serviço, ampliar a produtividade e, principalmente, diminuir os custos das operações. “Existem estratégias de logística que possibilitam à empresa aumentar seu leque de serviço e exportar. As companhias em geral estão acordando para isso”, diz Ronderley Miguel Netto, gerente de Negócios da Kom International/ABGroup, que presta serviço nessa área há dez anos no Brasil. Diversos fatores são levados em consideração antes de se implementar uma estratégia logística, como localização – se a empresa, por exemplo, está próxima dos portos ou não –, tamanho das instalações e, ainda, segmento no qual atua. Segundo DIVULGAÇÃO
cialização dos produtos, principalmente no que concerne a serviços de pré e pós-venda.” Outra iniciativa adotada pelas empresas exportadoras, sobreviventes de um período recessivo na economia interna, é sacrificar rentabilidade em prol de manter a competitividade de produtos, não deixando, é claro, de investir também em qualidade. Segundo Castro, “a empresa tem que atuar paralelamente nos dois segmentos, não só como forma de obtenção de mais receita, mas também como estratégia. Ela também não pode concentrar as atividades em um único segmento de mercado, tendo que diminuir o risco, e diluir esse risco entre mercado interno e mercado externo.” Como qualidade é sinônimo de competitividade, muitas companhias já implantaram ou estão obtendo certificação de qualidade ISO 9000 para melhorar as exportações. “Essas empresas já estão se preparando claramente para o mercado externo. Só que isso hoje ainda não atingiu um grande número de companhias. Mas é uma tendência que precisa ser mantida e estimulada, porque o comércio internacional vai ser cada vez mais seletivo”, salienta o diretor da AEB. A ISO é um importante instrumento para evitar as chamadas barreiras de entrada nos países para os quais os produtos são exportados. “É um programa que define e padroniza os procedimentos da empresa e o gerenciamento dos processos como um todo, proporcionando uma garantia de qualidade para o cliente final”, esclarece Joel Soares Fernandes, consultor de marketing do Sebrae–SC. A entidade desenvolve um programa, chamado Programa Competitividade Setorial (PCS), que prepara as empresas para a certificação. O PCS presta consultoria e soluções integradas a grupos de dez empresas de um mesmo setor, durante um
CASTRO: CRESCIMENTO DAS EXPORTAÇÕES É FUNDAMENTAL PARA REDUZIR A VULNERABILIDADE EXTERNA DO PAÍS E GERAR DIVISAS E EMPREGOS
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Uma restrição a mais tarifas são muito baixas para a maioria dos produtos. Mais de 65% das nossas exportações para lá entram com tarifa muito próxima de zero.” Os chamados picos tarifários, que impõem restrições e medidas anti-dumping, afetam um número reduzido de produtos nacionais como etanol, aço, têxteis, calçados, açúcar, suco de laranja e camarão. Mesmo com a implantação da Alca, a tendência é que as restrições e barreiras sobre esses produtos nacionais não sejam eliminadas. “Vai ser muito difícil reduzirmos totalmente ou eliminar as barreiras tarifárias e não-tarifárias, mas esse seria o espírito no final da negociação da área de livre comércio.” Para as empresas se adequarem à nova lei, o governo norte-americano decidiu dar um período de carência de oito meses. A partir de agosto deste ano, as empresas que não cumprirem a legislação terão seus contêineres apreendidos e a mercadoria devolvida. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, os exportadores devem fazer o registro no site www.fda.org, do Food and Drug Administration (FDA), indicar um agente responsável pelos produtos exportados residente no EUA e enviar avisos prévios ao FDA informando sobre os embarques das mercadorias. Mais informações no site www.mdic.gov.br ou pelo telefone (61) 329-7000.
Linha Direta Agroconsult (48) 282-9081 Aldo Fernandes/XYZ (48) 432-3229 Alida Bellandi (11) 3815 1413 Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) (11) 3823-6167 Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) (51) 594-7011 Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) (21) 2240-9600
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Associação Paulista das Cerâmicas de Revestimento (Aspacer) (11) 9911-2151 Ivan Ramalho/Secex (61) 329-7077 Joel Soares Fernandes/Sebrae–SC (48) 221-0844 Ronderley Miguel Netto/ Kom International/ABGroup (11) 6191-0232 Marcelo Fingerman (11) 3253-7052 Rubens Barbosa (11) 3120-3030 2004
Miguel Netto, só depois dessa análise prévia é possível avaliar o que a empresa necessita e quais operações podem ser aprimoradas, para reduzir despesas e vender os produtos com preços mais competitivos no mercado. Da mesma forma, para facilitar as exportações, é fundamental investir em tecnologia como equipamentos de rastreabilidade. Caso aconteça alguma falha no produto – por exemplo, não atender às especificações de compra –, há como rastrear a origem do problema e corrigi-lo. “Isso traz grandes benefícios, pois fornece dados para o importador ou para o exportador do status da mercadoria”, conta Marcelo Fingerman, diretor da Dakol Sistemas e Instrumentos. Mais uma prova da importância desses equipamentos para as exportações é a recente aprovação nos Estados Unidos da Lei do Bioterrorismo, que estabelece uma série de exigências, entre elas a rastreabilidade dos contêineres, para a entrada de produtos naquele país. “Uma vez que a mercadoria está atendendo aos requisitos, então a burocracia, os procedimentos de fiscalização são menos rígidos”, observa Fingerman. Além disso, a informação contribui para acelerar o crescimento das exportações. Iniciativas governamentais, como sites na internet, servem de guia para os empreendedores brasileiros e ajudam a difundir o conhecimento das regras que norteiam o comércio exterior. Nos últimos anos também tem ocorrido um aumento de cursos especializados e profissionais capacitados, que juntamente com a criatividade na concepção do produto brasileiro melhoram as perspectivas. O desafio agora é ampliar as vendas externas em 2004. “Não temos outra alternativa. As exportações têm que crescer para reduzir a nossa vulnerabilidade externa, gerar divisas e, principalmente, emprego”, finaliza José Augusto de Castro. Portanto, mais do que possível, exportar é necessário.
O mercado norte-americano é o maior e o mais aberto do mundo, encerrando 2003 com um déficit na balança comercial de mais de US$ 400 bilhões. Contudo, o protecionismo econômico começa a dar indícios de ganhar força no final do mandato do atual governo. Um exemplo disso é a aprovação nos Estados Unidos da Lei do Bioterrorismo, que atinge as indústrias alimentícias e de medicamentos estrangeiras. Apesar de a legislação se enquadrar nas regras do Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT), sobre a possibilidade de um país impor medidas restritivas por motivo de segurança nacional devido aos ataques terroristas, ela é vista com certa desconfiança por muitos especialistas de comércio exterior, que temem que a lei se transforme em restrição comercial aos produtos estrangeiros. “São totalmente legais do ponto de vista do comércio internacional. Mas há sempre o risco, no futuro, de essas medidas legais, aplicadas a partir de princípios da Organização Mundial de Comércio (OMC), serem distorcidas e virarem barreiras comerciais”, afirma Rubens Barbosa, embaixador do Brasil nos Estados Unidos. Segundo ele, o Brasil está entre os países mais penalizados com as restrições existentes nos Estados Unidos, mas as barreiras não são o principal fator limitativo das exportações brasileiras. “As
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(Inovação
O exemplo brasileiro
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O modelo bem-sucedido de incubadoras de empresas aplicado no Brasil já serve de referência para outros países e mantém seus índices de crescimento acima da média mundial Se fosse uma modalidade olímpica o Brasil seria um forte candidato a conquistar a medalha de ouro. Mas mesmo não se tratando de esportes, o movimento brasileiro de incubação de empresas é reconhecido internacionalmente, um exemplo de superação e motivo de orgulho para o país, pois gera empregos e oportunidades e difunde conhecimentos. Hoje ele é um dos que possuem grande crescimento no mundo, mais de 100% nos últimos cinco anos, de acordo com o Panorama 2003, pesquisa realizada pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de EmJaneiro – Empreendedor
preendimentos de Tecnologias Avançadas (Anprotec), órgão que representa as entidades que desenvolvem programas de incubadoras, parques e pólos/tecnópolis no país. Segundo o estudo, existem 207 incubadoras de empresas em
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operação e 71 em fase de implantação hoje no Brasil, localizadas em 23 estados e no Distrito Federal. Ao todo são cerca de 3.600 empreendimentos ligados ao movimento de incubação, aproximadamente 1,5 mil empresas incubadas, 1,1 mil graduadas e mil associadas, gerando em torno de 20 mil empregos. Uma prova da capacidade e da qualidade do movimento de incubação nacional é que o Brasil, representado pela Anprotec, é um dos selecionados a participar do Infodev Idisk. Esse programa, mantido com um fundo de US$ 25 milhões do Banco Mundial, que fi-
RAIO-X ÁREAS DE ATUAÇÃO Software e informática
55%
Eletroeletrônica e automação
16%
Agroindústria
11%
Couro e calçados
5%
Biotecnologia
5%
Outras áreas
8%
Fonte: Panorama 2003, pesquisa realizada pela Anprotec
TOTAL DE INCUBADORAS
dessas incubadoras também possam fazer isso.” O segundo é um portal, ou seja, um instrumento da Web para disponibilizar todo o conhecimento e também fazer a integração, articulação e comunicação entre os vários membros dessa rede. O terceiro é uma pesquisa para oferecer um panorama mundial de quais são as reais condições e demandas, um verdadeiro diagnóstico das incubadoras nos países em desenvolvimento. Por fim, o último produto visa a repassar o conhecimento através de eventos ou de consultorias.
Centros de treinamento O Brasil é sem dúvida uma autoridaEm fase de implantação 71 de no assunto. Também pudera: são diTotal 295 versas entidades e órgãos governamentais envolvidos na promoção do moviFonte: Panorama 2003 mento de incubação. Entre eles o Programa Nacional de Apoio às Incubadoras de Empresas (PNI), que atua em parceria com a Anprotec, o Serviço BrasiNÚMERO DE leiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Financiadora de EsINCUBADORAS tudos e Projetos (Finep). Essas entidaPOR REGIÃO des estão permanentemente buscando criar mecanismos, editais e programas para viabilizar prefeituras, universidades e fundações a criar e implementar suas incubadoras e também viabilizar recursos para as empreNorte sas de base tecnoló8 gica ou baseadas no conhecimento. O PNI tem como principais Nordeste estratégias o apoio 24 ao processo de pré-incubação, a capacitação Centro-Oeste empresarial, a cooperação 8 com programas estaduais de Sudeste apoio às incubadoras de em71 presas e o fomento aos parques tecnológicos. A meta é atender a todas as etapas relacionadas com a incubação, desde a idéia, pesFonte: Panorama 2003 Sul quisa e desenvolvimento até a produção 96 em escala. “Com isso esperamos que haja um melhor aproveitamento dos resultados das pesquisas desenvolvidas Em operação
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nancia projetos sociais e de infra-estrutura em todo o mundo, visa a fomentar a criação ou a consolidação de incubadoras nos países em desenvolvimento, através das tecnologias de comunicação e informação. “O movimento brasileiro é de tal maneira bem-sucedido que foi reconhecido mundialmente. Isso é mais um fator para mobilizar e motivar o investimento no segmento, a discussão de novas estratégias e o crescimento desse movimento”, afirma José Eduardo Fiates, presidente da Anprotec. Para Fiates, o Infodev é uma grande oportunidade para o país, uma vez que vai apoiar incubadoras no mundo todo. “É uma oportunidade para que o Brasil possa se posicionar mundialmente como um grande player nesse movimento de empreendedorismo e de inovação”. Segundo ele, ao mesmo tempo também será uma chance para aprender com essa integração. O programa foi alvo de uma concorrência mundial. Foram apresentadas 46 propostas, que envolveram consórcios com associações de incubadoras do mundo todo, empresas de consultoria e universidades. A proposta escolhida foi a da Anprotec, realizada em parceria com a International Business Incubator (IBI), entidade que promove movimentos de incubação. “A Anprotec está trabalhando em conjunto com a orientação do Banco Mundial, buscando articular parceiros e especialistas internacionais para ter o máximo de resultado.” O Infodev, de acordo com Fiates, tem como missão desenvolver quatro produtos. O primeiro, chamado de tool kit, ajuda a planejar uma incubadora, como fazer a gestão financeira, e como promover a transferência de tecnologia e marketing por meio de publicações, manuais e até ferramentas de gestão. “É uma espécie de enxoval para que uma incubadora possa atingir o estado da arte e para que as empresas
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nas universidades e nas demais instituições com a transferência efetiva para o mercado em forma de novos produtos e processos”, conta Francelino Grando, coordenador do PNI. A atuação do Sebrae junto ao PNI é, principalmente, por meio de ações de suporte para inovação e também da elaboração dos editais para implantação de novas incubadoras. “Continuaremos, nos editais de seleção, a reservar vagas para projetos de incubadoras do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, de modo a disseminá-las nessas regiões, como forma de atenuar os desníveis regionais”, afirma Grando. Segundo ele, no ano passado o Sebrae apoiou, com doações de R$ 13 milhões, 237 projetos de incubadoras, entre novas e existentes, o que beneficiará cerca de 3,5 mil pequenas empresas, a maioria de base tecnológica. Para incentivar o crescimento e a consolidação das incubadoras no país o Sebrae também aposta no treinamento gerencial, participação em feiras, rodas de negócios, programas de qualidade e missões técnicas. “As incubadoras de empresas são um mecanismo eficaz e inteligente para tornar a pequena empresa auto-sustentável, ao prepará-la adequadamente para ingressar no mercado. Isso explica o baixo índice de mortalidade das empresas incubadas”, diz Silvano Gianni, diretor-presidente do Sebrae. A taxa de mortalidade das empresas que passam por incubadoras é menor em relação às pequenas e médias tradicionais, por volta de 20% e 70% respectivamente. De acordo com a assessoria de imprensa da Finep, isso é decorrente do processo de aprendizado organizacional e gerencial proporcionado pelas incubadoras, desde serviços de apoio e troca de experiências com empresas residentes até formação de rede de contatos estratégicos. Também decorre do rigoroso processo de seleção prévio ao ingresso nas incubadoras, quando são escolhidos os proJaneiro – Empreendedor
ARQUIVO EMPREENDEDOR
(Inovação
FIATES: INCUBADORAS SÃO OS GRANDES CENTROS DE PROMOÇÃO DO EMPREENDEDORISMO E DE INOVAÇÃO
jetos considerados mais aptos ao desenvolvimento e consolidação da empresa no mercado. Para José Fiates, presidente da Anprotec, a importância das incubadoras para o Brasil é que elas estão se configurando cada vez mais em promotores do empreendedorismo e de inovação no país. “Incubadoras de empresas, mais do que tudo, são mecanismos que contribuem com a criação de empreendedores, com a criação de empresas e com o processo de levar conhecimento a partir especialmente de universidades de ciência e tecnologia para o setor produtivo.” Segundo Fiates, o movimento de incubação é um gerador de resultados. “É um grande símbolo da catalisação de esforços naquela cidade, região e estado. Também tem uma importância fundamental na cadeia produtiva dos outros setores.” Além de gerar um dinamismo local com o desenvolvimento do empreendedorismo, da inovação e das regiões nas quais estão instaladas, as incubadoras permitem a criação de empregos de qualificação elevada. Fiates explica que as incubadas são empresas que competem em mercados extremamente competitivos e precisam ter diferenciais. Por isso, o percentual dos postos de trabalho para nível superior e
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pós-graduação é da ordem de 70%. Ele avalia que o volume de faturamento por empregado das empresas de incubadoras é maior que a média das pequenas empresas em geral, devido ao baixo custo de criação de emprego. “É cerca de 10 a 20 vezes menor do que o custo de geração de emprego na indústria automobilística, por exemplo.” Nesse contexto, as incubadoras são um exemplo da importância de as empresas atuarem de maneira cooperativa e de que é possível construir empreendimentos de sucesso. “Existe uma contribuição muito grande que, junto com diversas iniciativas, está ajudando a mudar o país. Temos que valorizar isso”, completa Fiates. No entanto, assim como os atletas olímpicos, ele enfatiza que isso não significa se satisfazer com o estado atual, sendo necessário se superar. “Evoluímos muito, mas temos que buscar sempre melhorar.” (F.M.)
Linha Direta Anprotec (48) 239-2000 Finep (21) 555-0716 PNI (61) 317-8159 Sebrae (61) 9985-1943
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Guiado
Empreendedor LEIA TAMBÉM
Roteiro das melhores feiras
Do Lado da Lei
rerem participar das feiras no Brasil, querem também que os empresários brasileiros estejam nas feiras argentinas.” Ao todo são 38 mil empresas de todos os portes, 6 mil delas estrangeiras, e 7 milhões de compradores, dos quais 45 mil vêm do exterior exclusivamente para as feiras brasileiras. São Paulo recebe 75% das feiras do Brasil. Outros importantes pólos de eventos da Ubrafe no país são Belo Horizonte, Blumenau, Curitiba, Florianópolis, Joinville, Macaé, Natal, Novo Hamburgo, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São José dos Campos. A entidade congrega e representa as 41 empresas (promotoras e organizadoras, montadoras de estandes, empresas transitárias, de infra-estrutura e pavilhões de exposições) responsáveis pelos principais eventos de negócios do país. Neste ano serão 140 eventos de negócios com oportunidades para mais de 30 diferentes segmentos econômicos, do agronegócio às utilidades domésticas. A agenda nacional de feiras traz a programação dos maiores encontros anuais de negócios e está disponível no site www.ubrafe.com.br.
A discussão sobre a isenção da Cofins pág. 60
Leitura
O sucesso passa pela inovação pág. 62
Análise Setorial
E se o petróleo for cotado em eur o? euro? pág. 64
Indicadores
Cotações e númer os números da Bolsa de V alores Valores pág. 65
Agenda
DIVULGAÇÃO
Com o objetivo de mostrar as oportunidades de negócios das feiras brasileiras, a União Brasileira dos Promotores de Feiras (Ubrafe) apresentou o Calendário Nacional de Feiras 2004 nos países do Mercosul, para ampliar a presença de empresários estrangeiros nos eventos brasileiros. “A recepção dos chilenos e dos argentinos foi muito positiva, muitos já participam anualmente das nossas feiras e estão interessados em voltar para realizar mais negócios. Com a retomada econômica, deveremos receber ainda mais empresas e importadores no ano que vem”, aposta Armando Campos Mello, diretorexecutivo da Ubrafe. Em 2003, as feiras brasileiras receberam 6 mil empresas e 45 mil compradores internacionais. Um dos argumentos utilizados pelo diretor da Ubrafe durante as apresentações é o custo para participar dos eventos brasileiros. “O investimento para participar de uma feira de negócios no Brasil é em torno de US$ 100 por metro quadrado. Nas feiras dos EUA e da Europa, esse valor chega a US$ 500”, afirma. Da mesma forma, segundo ele, o mercado de feiras no Chile é reduzido se comparado ao nacional. “Para os chilenos, é um ótimo negócio apresentar-se nas nossas feiras e conhecer a oferta do setor produtivo nacional.” Já os argentinos querem intensificar um intercâmbio com o Brasil. “Como a Argentina tem muitas feiras, ainda que menores que as brasileiras, os argentinos, além de que-
Os principais eventos comer ciais comerciais pág. 66
Guia do Empreendedor Pr odutos & Ser viços Produtos Serviços Software tributário ganha atualização A Mastersaf, que atua na área de tecnologia de gestão fiscal e tributária, anuncia a atualização do sistema Contribuições Federais–PIS, módulo integrante da sua solução Mastersaf DW, com as novas normas de tributação e a apuração do PIS–PASEP. Além de atender às mudanças, o sistema da Mastersaf também oferece vários rela-
tórios necessários para validação dos dados, como relatórios sobre a apuração do valor total da receita bruta mensal auferida e sobre exclusões de receitas, créditos a descontar e apuração da base de cálculo do valor da contribuição. www.mastersaf.com.br
Transações facilitadas
Simplicidade e eficiência
A Hacon Automação e Tecnologia desenvolveu um novo leitor de código de barras voltado para uso doméstico ou corporativo. Trata-se do “P@g-Eletron”, que facilita as transações via internet banking, lendo código de barras de boletos bancários e contas de concessionárias para pagamento on-line. O equipamento elimina a necessidade de digitação dos códigos, facilitando o dia-a-dia de correntistas pessoas físicas ou jurídicas, que cada vez mais fazem uso da internet para suas transações bancárias. www.hacon.com.br
Reduzir custos operacionais e de logística, agilizar processos e proporcionar maior praticidade. Segundo Ronaldo Thompson, presidente da HS Informática, companhia desenvolvedora de soluções de leitura óptica e Gerenciamento Eletrônico de Documentos (GED), essas são algumas das características das novas leitoras ópticas fornecidas pela empresa. “É uma tecnologia que combina simplicidade e eficiência, conforme pode ser atestado pela longa durabilidade que ela possui dentro da Amil e de outras empresas”, afirma Thompson. www.hsinformatica.com.br
Treinamento corporativo
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Acreditando no grande potencial do mercado corporativo, a Vivo, joint venture dos grupos Portugal Telecom e Telefónica Móviles, lançou a Vivo Empresas, que oferece soluções de dados em alta velocidade e integrados com voz. Com o novo serviço a companhia atingiu 20 milhões de clientes no setor de telecomunicações, representando 57% de market share em sua área de concessão e cerca de 46% de todos os celulares em funcionamento no mercado nacional. “Em menos de um ano, aumentamos significativamente a base de clientes, apesar do crescente aumento da concorrência, investindo em ofertas comerciais e especialmente no lançamento de serviços e produtos inovadores”, afirma Francisco Padinha, presidente da Vivo. A empresa está presente em 19 estados brasileiros e mais o Distrito Federal, cobrindo 86% do território nacional. www.vivo.com.br Janeiro – Empreendedor
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DIVULGAÇÃO
Vivo apresenta soluções para empresas
Cada vez mais empresas estão procurando serviços de educação corporativa para a reciclagem dos funcionários e a adaptação da equipe às novas tendências do mercado. De olho nesse mercado, a S.O.S Computadores oferece cursos empresariais para empresas dos mais variados segmentos. “Os principais benefícios dessa ferramenta, tanto para os funcionários quanto para as empresas, são eficiência, economia de tempo e dinheiro, otimização dos resultados e melhor qualidade de trabalho”, afirma Palmiro Ramos Filippini Júnior, diretor da companhia. www.soscomputadores.com.br
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Guia do Empreendedor Do Lado da Lei
A discussão sobre a isenção da Cofins
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DIVULGAÇÃO
Desde sua implementação, a contribuição é fonte inesgotável de polêmica quanto ao seu pagamento Instituída pela Lei Complementar nº 70, de 30 de dezembro de 1991, a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) foi criada com o propósito de financiar a seguridade social, tendo como base de cálculo o faturamento percebido pelo empregador, pela empresa e pela entidade a ela equiparada na forma da lei, conforme inciso I do artigo 195 da Constituição Federal. Por força do disposto no artigo 6º, inciso II, da citada lei complementar, foram isentas do recolhimento da referida contribuição “as sociedades civis de que trata o artigo 1º, do Decreto-Lei nº 2.397, de 21 de dezembro de 1987”, que adiciona outros elementos para que as sociedades civis gozem de tal isenção. Para ter direito a isenção é preciso ser uma sociedade civil, possuir registro constitutivo da mesma no Registro Civil das Pessoas Jurídicas, ser constituída exclusivamente por pessoas físicas domiciliadas no país e, por fim, exercer atividade relativa ao exercício de profissão regulamentada. Entretanto, por força do artigo 56, da Lei nº 9.430, de 27 de deJaneiro – Empreendedor
zembro de 1996 (lei ordinária), foi proposta equivocadamente a revogação da isenção, o que acarretou a incidência da exigência e o recolhimento da Cofins sobre sociedades civis, a partir de abril de 1997, para a seguridade social, com base na receita bruta da prestação de serviços. Nesse contexto, tendo sido efetivada por meio de lei complementar, a mencionada isenção somente poderia ser suprimida por meio de outra lei complementar, e não por uma mera lei ordinária, conforme ocorreu, ferindo o princípio da hierarquia das leis. No mesmo sentido, o Superior Tribunal de Justiça se manifestou sobre o caso, ao aprovar, por unanimidade, a Súmula nº 276, segundo a qual “as sociedades civis de prestação de serviços profissionais são isentas de Cofins, irrelevante o regime tributário adotado”. Em 30 de outubro de 2003, foi editada a Medida Provisória nº 135, que alterou, entre outras disposições, a forma de apuração da contribuição ao financiamento da seguridade social, pretendendo acabar com a cumulatividade da cobrança da Cofins, em nada al-
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terando a situação relativa à isenção anteriormente concedida às sociedades civis. Continua valendo, portanto, a comentada Súmula 276, tendo o Superior Tribunal de Justiça já decidido pela manutenção da orientação, o que se constitui em precedente para que as sociedades de profissionais tentem obter judicialmente a isenção da Cofins, através dos meios processuais adequados para o pleito, buscando uma ordem judicial para fazer cessar a ilegalidade ora discutida. Finalmente, há entendimento no sentido de que devem ser preenchidos os requisitos anteriormente mencionados, e também em sentido contrário, segundo o qual pouco importaria se essas empresas foram registradas na Junta Comercial ou no Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas, devendo considerar-se, essencialmente, a atividade civil efetivamente por ela desenvolvida.
Mar cos Sant’Anna Bitelli Marcos Advogado (11) 3871-0269
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Guia do Empreendedor Leitura
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O sucesso passa pela inovação Para desmistificar o conceito de que nem todo mundo é criativo ou inovador, Antonio Carlos Teixeira da Silva, idealizador do Projeto Pense Diferente e consultor em processos e técnicas que visam a desenvolver a criatividade e concretizar as inovações, lançou o livro Inov-Ação – Como Criar Idéias Que Geram Resultados. Organizado em três grandes capítulos, o conteúdo inclui abordagem de situações cotidianas para explicar por que é tão importante estar aberto às inovações e como desenvolver esse potencial. Também indica, por meio de conceitos, exercícios e exemplos, como superar as dificuldades e armadilhas que tentam inibir a criatividade das pessoas. Ideal para empresários, executivos e outros profissionais que precisam tornar-se mais competitivos, o livro foi elaborado de modo que seja aplicável à vida das pessoas que se interessam pelo tema e até daquelas que ainda não atentaram para sua relevância. Com uma linguagem leve e direta, o texto é rico em dicas, cases de empresas e situações comuns no dia-a-dia das pessoas. Dessa forma, procura demonstrar que todo ser humano pode desenvolver habilidades criativas, melhorando o desempenho Janeiro – Empreendedor
profissional e educacional e ampliando seus horizontes culturais, na relação com o outro e no lazer. “A cada dia surgem novos desafios e oportunidades que exigem novas maneiras de pensar e agir. Por isso, a busca pela inovação está tão intensa, seja no mundo dos negócios (na luta diária por novos produtos, serviços e processos de gestão), seja na vida pessoal (no gerenciamento das próprias carreiras e dos relacionamentos)”, avalia o autor. Segundo ele, desenvolver a capacidade para gerar novas idéias que possam ser aplicadas produtivamente é um diferencial importante para qualquer pessoa atualmente. Com formação em Direito e Marketing, Antonio Carlos Teixeira da Silva atuou como executivo em empresas como Thompson Propaganda, Bayer, Kolynos, Stanley Home e outras. Em 1999, depois de graduar-se como facilitador no CPSI (Creative Problem Solving Institute), fundação ligada à Universidade de Bufallo, em Nova York, Teixeira criou o Projeto Pense Diferente e, desde então, dedica-se à realização de palestras, workshops e desenvolvimento de projetos para empresas que buscam na inovação um diferencial competitivo.
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FICHA TÉCNICA Inov-Ação – Como Criar Idéias Que Geram Resultados, Antonio Carlos Teixeira da Silva, Editora Qualitymark (www.qualitymark.com.br), 180 págs., R$ 35,00
TRECHOS “Ninguém inova só por inovar. A inovação tem como objetivo ajudá-lo a satisfazer suas necessidades como ser humano, a atingir suas metas pessoais e profissionais, a solucionar problemas, a criar facilidades e, principalmente, a encontrar a felicidade.” “Vontade não é tudo: esteja preparado para inovar.” “O importante é ter a coragem de mexer no time que está ganhando para que ele continue vencedor.” “As empresas querem e necessitam de inovações para se manterem competitivas.” “A criatividade e a inovação constituem um processo contínuo, cujo limite é o potencial de criar idéias.” “A pessoa criativa é curiosa. Não se satisfaça em simplesmente ver algo pronto ou funcionando. Procure saber o porquê das coisas, entender as razões e os fundamentos.” “Para expandir sua capacidade de pensar diferente, acostume-se a ver as coisas sob ângulos não convencionais.” “Não é preciso ser gênio para fazer combinações inusitadas com os ingredientes já conhecidos por todos. Basta querer e pensar diferente.”
Novos Títulos Menos é Mais: Os Segredos da Produtividade, Jason Jennings, Editora Campus (www.campus.com.br), 248 págs., R$ 55,00
Exportação: Aspectos Práticos e Operacionais, José Augusto de Castro, Editora Aduaneiras (www.aduaneiras.com.br), 330 págs., R$ 40,00
Em Menos é Mais, Jason Jennings mostra como otimizar organizações, mapear processos, eliminar desperdícios e aumentar produtividade e lucros, alcançando posições de destaque no mercado. O livro é um manual prático que pretende mudar a forma como as empresas fazem negócios e direcioná-las para o caminho das bem-sucedidas. Na obra, são apresentados alguns modelos de produtividade como a IKEA, cadeia sueca de lojas de móveis, que conseguiu obter 50 vezes mais lucro por empregado do que a média do setor, e a rede The Warehouse, da Nova Zelândia, que tem o dobro do lucro por dólar vendido em relação à líder do setor, a Wal-Mart.
José Augusto de Castro, diretor-executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), apresenta no livro Exportação: Aspectos Práticos e Operacionais as principais etapas e segredos da exportação. A obra é uma espécie de cartilha para se compreender a complexidade das vendas externas, trazendo passo a passo todo o processo de formação de preço para a exportação e ainda os mandamentos do exportador. O autor faz uma análise sobre mecanismos de simplificações das exportações brasileiras, mostrando que é possível racionalizar e reduzir custos administrativos, e apresenta mecanismos de financiamentos à exportação conforme as últimas normas governamentais.
Os Segredos da Cultura Empresarial, Richard Gallagher, Editora Campus (www.campus.com.br), 272 págs., R$ 49,90
A Máquina Perfeita, Anand Sharma e Patricia E. Moody, Editora Pearson Education do Brasil (www.pearsonedbrasil.com), 272 págs., R$ 52,00
Muitas empresas alcançaram a liderança em seus negócios estimulando o envolvimento e a motivação de seus funcionários, em vez de pressioná-los a produzir mais ou criar regras de trabalho rígidas. Por isso, Richard Gallagher apresenta em Os Segredos da Cultura Empresarial um manual para corporações que desejam melhorar sua imagem perante os clientes e adquirir maior competitividade. A obra mostra exemplos de empresas que conseguiram sair de uma conjuntura de retração para outra de expansão, como a Continental Airlines. Segundo o autor, o ponto de partida para o sucesso das corporações é considerar os funcionários como o maior patrimônio.
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Empreendedor – Janeiro
2004
Ensinar como adequar a produção à demanda. Esse é o objetivo do livro A Máquina Perfeita, que descreve as estratégias de empresas pioneiras em diversos mercados para a redução de estoque, a diminuição do tempo de ciclo, a minimização do espaço e a eliminação do desperdício. Com base na história de três empresas líderes na economia de demanda (Maytag, Pella e Mercedes-Benz), Anand Sharma e Patricia E. Moody demonstram como essas empresas alcançaram seus objetivos e tiveram resultados surpreendentes. Além disso, os autores explicam na obra aspectos técnicos essenciais do processo, como por exemplo o fluxo contínuo baseado em células que pode substituir o estoque.
Guia do Empreendedor Análise Econômica
E se o petróleo for cotado em euro?
2004
DIVULGAÇÃO
Cada vez mais cresce o debate entre acadêmicos e agentes financeiros sobre a possibilidade de o euro vir a substituir o dólar na cotação do petróleo. O estudo vem ganhando destaque nas reuniões da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) e, caso se confirme, a economia norte-americana pode estar prestes a vivenciar um momento delicado. É verdade que a mudança não seria de forma abrupta – porém os efeitos não poderiam ser evitados. O principal impacto seria sobre a cotação euro/dólar. Como a maioria dos países do mundo é dependente do petróleo, como no caso do Brasil, manter as reservas internacionais atreladas ao dólar é considerado uma segurança para a atividade econômica atualmente. Caso a cotação do petróleo realmente mude para o euro, poderíamos ter uma enxurrada de dólares nos mercados mundiais, levando assim a uma desvalorização mais acentuada frente à moeda da União Européia. Essa desvalorização poderia comprometer ainda mais o déficit fiscal norte-americano, pois os investimentos estrangeiros tenderiam a sair dos Estados Unidos. Para se ter idéia, somente os países árabes retiraram cerca de 50% do Janeiro – Empreendedor
Caso o eur o assuma o lugar do dólar na euro cotação do petróleo, os Estados Unidos vão passar por um momento delicado seu capital investido nos Estados Unidos desde os atentados de 11 de setembro, algo avaliado em torno de US$ 350 bilhões. Mas por que se especula sobre essa mudança na cotação do petróleo? Seria apenas porque o dólar está desvalorizado frente ao euro, ou há alguma mudança estrutural se desenhando na economia mundial? O fato é que os EUA estão perdendo sua hegemonia mundial. Essa hegemonia está associada à capacidade do Estado norte-americano de exercer funções de liderança e governo sobre um sistema de nações. O conceito de hegemonia aqui não é simplesmente o conceito de dominação, mas sim a dominação juntamente com a liderança intelectual e moral. Já a dominação é baseada tão-somente na coerção. Durante anos, os EUA foram considerados os representantes do interesse geral das nações. É exatamente essa representatividade que vem sendo questionada. A alegação do grupo dominante, de representar o interesse comum das nações, é sempre fraudulenta e com os Estados Unidos não está sendo diferente. Invadir o Iraque para combater o terrorismo, por exemplo, não teve apoio de alguns países centrais, como França e Alemanha.
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Outro exemplo desse enfrentamento de nações ao centro da economia-mundo foi a recente formação de um grupo, liderado pelo Brasil, para debater as regras de comércio internacional, em especial aquelas direcionadas ao setor agrícola, na Organização Mundial do Comércio (OMC). O que está se confirmando, portanto, é que os EUA estão deixando de ser hegemônicos e, como forma de tentar manter seu poder, passaram a utilizar-se da força, já que seu moral está abalado perante os demais a ponto de não conseguir se destacar por meio de liderança intelectual. Alguns estudos apontam que por volta de 2040 haverá uma nova hegemonia. Provavelmente veremos a China assumir esse posto na economia mundial, já que há um grande mercado consumidor, logo o interesse de as empresas investirem naquele país. Alguns países emergentes, como Brasil, México e Índia, poderão aumentar sua participação na economia mundial. Os EUA, por sua vez, mesmo perdendo a hegemonia, continuarão sendo um país de destaque e entre o grupo dos mais ricos e desenvolvidos.
Adriano Mar ques de Sousa Marques
Analista de mercado da Leme Investimentos
Indicadores
Carteira teórica Ibovespa NOME/TIPO AÇÃO
VARIAÇÃO % ANO (ATÉ DEZEMBRO)
1,06 1,97 0,79 2,95 4,72 0,49 1,11 0,42 2,01 2,47 0,58 0,61 0,12 3,09 0,49 0,41 1,97 0,71 1,09 3,23 0,91 0,75 2,48 1,17 5,92 1,91 100,00 0,30 1,22 0,48 0,24 1,65 2,43 8,59 1,34 2,37 1,06 0,68 0,38 1,08 1,70 0,32 0,91 1,96 1,12 13,81 1,10 4,54 0,79 0,26 0,40 2,41 1,22 3,28 0,95
77,17 43,63 65,05 74,95 56,27 117,24 162,38 39,43 23,77 35,24 507,73 56,96 65,00 105,80 100,84 256,81 36,00 97,50 110,27 112,55 180,00 53,49 86,31 237,32 172,86 151,70 97,34 98,37 97,38 274,31 70,58 116,67 71,38 78,17 92,78 265,91 213,01 93,79 61,54 55,76 108,21 84,09 56,76 44,99 88,57 74,91 65,22 78,12 65,36 157,02 179,27 453,10 72,83 58,81 56,42
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Inflação
(%)
Índice -M IGP-M IGP IGP -DI * IGP-DI IPCA * IPC - Fipe *
Dezembro 0,61 0,48 0,34 0,27
Ano 8,71 7,03 8,74 7,71
(* até novembro)
Juros/Aplicação
(%)
Dezembro 1,37 1,37 0,69 1,23 2,93
CDI Selic Poupança CDB pré 30 Ouro BM&F
Ano 23,25 23,35 11,21 20,93 -0,77
Indicadores imobiliários (%) Dezembro 0,09 0,14
CUB SP TR*
Ano 13,84 4,69
Juros/Crédito Janeiro 05/janeiro Desconto 2,35 Factoring 4,30 Hot Money 3,50 Giro Pré* 2,95
(em % mês) Janeiro 06/janeiro 2,30 4,30 3,50 2,80
(*= taxa ano)
Câmbio (em 06/01/2004) Cotação Dólar Comercial Ptax R$ 2,8892 US$ 1,2733 Euro Iene US$ 106,21
Mercados futuros Fevereiro Dólar R$ 2,891 Juros DI 16,09% Fevereiro
Ibovespa Futuro 23.872
(em 06/01/2004) Abril Março R$ 2,918 R$ 2,953 15,91% 15,76%
Abril 24.383
(em 25/11/2003) Junho 24.987
Empreendedor – Janeiro
2004
Acesita PN Ambev PN Aracruz PNB Bco Itau Hold Finan PN Bradesco PN Bradespar PN Brasil ON Brasil T Par ON Brasil T Par PN Brasil Telecom PN Braskem PNA Celesc PNB Cemig ON Cemig PN Cesp PN Comgas PNA Copel PNB CRT Celular PNA Eletrobras ON Eletrobras PNB Eletropaulo Metropo PN Embraer ON Embraer PN Embratel Part ON Embratel Part PN Gerdau PN Ibovespa Ipiranga Pet PN Itausa PN Klabin PN Light ON Net PN Petrobras ON Petrobras PN Sabesp ON Sid Nacional ON Sid Tubarao PN Souza Cruz ON Tele Celular Sul ON Tele Celular Sul PN Tele Centroeste Cel PN Tele Leste Celular PN Tele Nordeste Celul PN Telemar Norte Leste PNA Telemar-Tele NL Par ON Telemar-Tele NL Par PN Telemig Celul Part PN Telesp Cel Part PN Telesp Operac PN Tractebel ON Transmissao Paulist PN Usiminas PNA Vale Rio Doce ON Vale Rio Doce PNA Votorantim C P PN
PARTICIPAÇÃO IBOVESPA
Guia do Empreendedor Agenda DE 03/02 A 06/02/2004
DE 13/04 A 17/04/2004
37ª FENINJER
HAIR BRASIL 2004
FEICON
Feira Nacional da Indústria de Jóias, Relógios e Afins Transamérica Expo Center São Paulo – SP Fone: (61) 326-3926/328-6721
3ª Feira Internacional de Beleza, Cabelos e Estética Transamérica Expo Center São Paulo – SP Fone: (11) 3063-2911
Feira Internacional da Indústria da Construção Anhembi São Paulo – SP Fone: (11) 4197-9111
DE 09/02 A 12/02/2004
FENIT TEXBRASIL Feira Internacional da Indústria Têxtil – Outono/Inverno Pavilhão de Exposição do Anhembi São Paulo – SP Fone: (11) 3829-9111 DE 09/02 A 12/02/2004
SIM Salão Internacional da Moda – Outono/Inverno Anhembi São Paulo – SP Fone: (11) 4197-9111 DE 10/02 A 13/02/2004
EXPO FOME ZERO Expo Fome Zero – Brasil Socialmente Responsável Expo Center Norte São Paulo – SP Fone: (11) 4689-3100 DE 03/03 A 06/03/2004
DE 30/03 A 03/04/2004
23ª Feira Internacional de Máquinas para Madeira Centro de Exposições – Parque Barigüi Curitiba – PR Fone/fax: (41) 335-3377 DE 08/03 A 12/03/2004
BRASILPACK Feira Internacional da Embalagem Anhembi São Paulo – SP Fone: (11) 4197-9111 Janeiro – Empreendedor
DE 15/04 A 25/04/2004
BRASIL OFFICE SHOW
BIENAL 2004
Feira Internacional de Produtos e Serviços para Escritório Transamerica Expo Center São Paulo – SP Fone: (11) 3845-0828
Bienal do Livro 2004 – 18ª Bienal Internacional de Livro de São Paulo Centro de Convenções Imigrantes São Paulo – SP Fone: (11) 4689-3100
DE 30/03 A 03/04/2004
DE 27/04 A 30/04/2004
HOBBYART 2004
RECAUFAIR 2004
Feira Internacional das Indústrias e Fornecedores de Produtos para Hobby Criativo, Artes e Artesanato Expo Center Norte São Paulo – SP Fone: (11) 5687-8522
Recaufair Feira Internacional de Tecnologia e Equipamentos para Reforma de Pneus Expo Center Norte São Paulo – SP Fone: (11) 4689-3100 DE 27/04 A 30/04/2004
DE 13/04 A 16/04/2004
EXPOBOR 2004
UBRAFE 2004 Feira de Produtos e Serviços para Eventos Expo Center Norte – Pavilhão Branco São Paulo – SP Fone: (11) 3120-7099 DE 13/04 A 17/04/2004
FENAM
2004
DE 20/03 A 23/03/2004
FEIRA INTERNACIONAL DA INDÚSTRIA DA ILUMINAÇÃO Expo Center Norte São Paulo – SP Fone: (11) 4197-111
Expobor Feira Internacional de Tecnologia, Máquinas e Artefatos de Borracha Expo Center Norte São Paulo – SP Fone: (11) 4689-3100 ABRIL 2004
COUROMODA MÉXICO Showroom de Calçados Brasileiros Hotel Presidente Inter-Continental Cidade do México – México Fone: (11) 3897-6100
DE 13/04 A 17/04/2004
FEICON MÁRMORES & GRANITOS Feira Internacional de Mármores & Granitos Anhembi São Paulo – SP Fone: (11) 4197-9111
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DE 27/04 A 02/05/2004
UDBRASIL Feira de Utilidades Domésticas Anhembi São Paulo – SP Fone: (11) 4197-9111
2004
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Empreendedor – Janeiro
2004
Janeiro – Empreendedor
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