ENTREVISTA/GILSON GRAZZIOTIN
MERCADO
Por que a segmentação faz a diferença no varejo
O saudável desempenho da indústria de produtos diet e light
www.empreendedor.com.br
Ano 10 • Nº 113 • Março 2004
R$ 6,00
FRANQUIA
Tecnologia facilita administração das redes
Inovação e Valor aos Negócios
Luiz Nogueira, fundador e presidente da rede de escolas de idiomas CNA
Como a escola de idiomas CNA se tornou uma das principais redes de franquias do Brasil a partir de uma gestão inovadora que atrai alunos e franqueados
ISSN 1414-0152
MOTIVOS PARA SORRIR
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Empreendedor – Março
Diretor-Editor Acari Amorim [acari@empreendedor.com.br] Diretor de Marketing e Comercialização José Lamonica [lamonica@empreendedor .com.br] Diretor de Expansão Edson Luiz Maba [edson.mab@empreendedor .com.br] Redação Editor-Executivo: Alexandre Gonçalves [alex@empreendedor.com.br] Repórteres: Lúcio Lambranho, Fábio Mayer e Sara Caprario Editor de Arte: Gustavo Cabral Vaz Fotografia: Glaicon Covre e Arquivo Empreendedor Produção e Arquivo: Ivone Zanatta Foto da capa: Fábio Salles Revisão: José Renato de Faria Sedes São Paulo Diretor de Marketing e Comercialização: José Lamônica Executivos de Contas: Paula Araújo Speda, Ariovaldo Florian e Edson Ramão Rua Sabará, 566, 9º andar, cj. 92 01239-010 - São Paulo - SP Fones: (11) 3214-5938/3214-6093 [empreendedorsp@uol.com.br] Florianópolis Executivo de Contas: Waldyr de Souza Junior [wsouza@empreendedor.com.br] Executivo de Atendimento: Cleiton Correa Weiss Av. Osmar Cunha, 183, Ceisa Center, bl. C, 9º andar 88015-900 - Florianópolis - SC Fone: (48) 224-4441 Representante Dinâmica Promoções e Eventos Carlos Hamilton Martins Feltrin Rua Turiassu, 127, cj. 12/13 - Perdizes 05005-001 - São Paulo - SP Fone/Fax: (11) 3822-0412 [dinapro@terra.com.br] Escritórios regionais Rio de Janeiro Milla de Souza [triunvirato@triunvirato.com.br] Rua da Quitanda, 20, grupo 401 - Centro 20011-030 - Rio de Janeiro - RJ Fone/Fax: (21) 2252-5788 Marco Cardona [marco.cardona@uol.com.br] Boulevard 28 de Setembro, 411 - Cj. 13 - Vila Isabel 20555-030 - Rio de Janeiro - RJ Fone: (21) 2576-3324/8128-4512 Brasília [jcz@forumci.com.br] Ulysses C. B. Cava SETVS - Quadra 701 - Centro Empresarial Bloco C, cj. 330 70140-907 - Brasília - DF Fone: (61) 426-7315 Paraná [comercial@merconet.srv.br] Ricardo Takiguti Rua Dep. Atílio Almeida Barbosa, 76 - Cj. 01 - Boa Vista 82560-460 - Curitiba - PR Fone/Fax: (41) 257-9053 Rio Grande do Sul [hermano@hrmmultimidia.com.br] HRM Representações Ltda./Hermano Thaddeu Filho Rua Saldanha Marinho, 33 - sala 608 - Menino Deus 90240-160 - Porto Alegre - RS Fone/Fax: (51) 3231-6287 Ceará [dilerportela@wettor.com.br] Dilermando Portela Av. Luciano Carneiro, 99 - Bairro Fátima 60410-690 - Fortaleza - CE Fones: (85) 433-3989/9969-7312 Pernambuco [hmconsultoria@hmconsultoria.com.br] Hamilton Marcondes Rua Ribeiro de Brito, 1111, cj. 605 - Boa Viagem 51021-310 - Recife - PE Fone: (81) 3327-3384/3327-9430 Minas Gerais [comercial@sbfpublicidade.com.br] SBF Representações/Sérgio Bernardes de Faria Av. Getúlio Vargas, 1300, 17º andar, cj. 1704 30112-021 - Belo Horizonte - MG Fone: (31) 3261-2700 Assinaturas Serviço de Atendimento ao Assinante Diretora: Clementina P. da Silva Gerente: Luzia Correa Weiss Fone: 0800 48 0004 [assine@empreendedor.com.br] Produção gráfica Impressão e Acabamento: Prol Editora Gráfica Distribuição: Fernando Chinaglia S.A. (São Paulo)
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Empreendedor.com http://www.empreendedor.com.br
ANER Março – Empreendedor
Nesta Março/2004
edição Entrevista
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“A segmentação é um dos principais aspectos do varejo moderno.” A afirmação, em tom de conselho, é uma das muitas dicas que Gilson Grazziotin, diretor do Grupo Grazziotin, dá em entrevista exclusiva para aqueles que atuam no comércio ou pretendem ingressar nesse ramo. DIVULGAÇÃO
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Capa
Marca reconhecida no segmento de escolas de idiomas, a CNA completa 30 anos de fundação, consolidada como uma das principais redes de franquias do país. Um dos segredos da posição alcançada pela rede é apostar em uma gestão inovadora que atrai cada vez mais alunos e novos franqueados.
FÁBIO SALLES
A revista Empreendedor é uma publicação da Editora Empreendedor
LEIA TAMBÉM Cartas ................................................................................. 6 Empreendedores ............................................................. 16 Jovem S.A. ......................................................................... 22 Não Durma no Ponto ........................................................ 24
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Suplemento FRANQUIA TOTAL
GRUPO KEYSTONE
Confira os ganhos que as franquias obtêm quando passam a gerir a rede com o auxílio de ferramentas tecnológicas. Na coluna Franco Franquia, dicas para desenvolver e aplicar novas idéias. E mais: as notícias do mercado, o Espaço ABF e, na seção Por Dentro do Franchising, a opinião do consultor Marcelo Cherto.
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Estratégia
Dentro da indústria alimentícia, o segmento dos produtos diet e light tem se comportado como um verdadeiro peso-pesado, no bom sentido. Prova disso são os índices que os fabricantes desses produtos vêm obtendo (e mantendo) nos últimos anos. Entre os fatores que contribuíram para o crescimento estão o maior interesse dos consumidores por produtos saudáveis e a estratégia das empresas em aproximar o preço dos diet e light ao dos produtos tradicionais.
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Produtos e Serviços ....................................... Do Lado da Lei................................................ Leitura ............................................................. Análise Econômica ......................................... Indicadores ..................................................... Agenda .............................................................
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GUIA DO EMPREENDEDOR
Empreendedor – Março
Editorial
de Empreendedor para Empreendedor
Assinaturas Para assinar a revista Empreendedor ou solicitar os serviços ao assinante, ligue 0800 48 0004. O valor da assinatura anual (12 edições mensais) é de R$ 72. Aproveite a promoção especial e receba um desconto de 16,7%, pagando somente R$ 60. Estamos à sua disposição de segunda a sexta-feira, das 8 às 18h30min. Se preferir, faça sua solicitação de assinatura pela internet. O endereço é www.empreendedor.com.br ou pelo e-mail assine@empreendedor.com.br.
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Reprints editoriais É possível solicitar reimpressões de reportagens das revistas da Editora Empreendedor (mínimo de 1.000 unidades)
Internet Anote nossos endereços na grande rede: http://www.empreendedor.com.br redacao@empreendedor.com.br
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Correspondência As cartas para as revistas Empreendedor, Jovem Empreendedor, Dirigente Lojista, Cartaz, Guia Empreendedor Rural e Guia de Franquias, publicações da Editora Empreendedor, podem ser enviadas para qualquer um dos endereços abaixo: São Paulo: Rua Sabará, 566 - cj. 92 CEP 01239-010 - São Paulo - SP Rio de Janeiro: Rua da Quitanda, 20, gp. 401 - Centro - 20011-030 - Rio de Janeiro - RJ Boulevard 28 de Setembro, 411 - Cj. 13 - Vila Isabel - 20555-030 - Rio de Janeiro - RJ Brasília: SETVS - Quadra 701 - Centro Empresarial - Bloco C - cj. 330 - CEP 70140-907 - Brasília - DF Rio Grande do Sul: Rua Saldanha Marinho, 33 - sala 608 - Menino Deus - 90240-160 - Porto Alegre - RS Santa Catarina: Av. Osmar Cunha, 183 Bloco C - cj. 902 - CEP 88015-900 Florianópolis - SC Paraná: Rua Dep. Atílio Almeida Barbosa, 76 - Cj. 01 - Boa Vista - 82560-460 Curitiba - PR Ceará: Av. Luciano Carneiro, 99 - Bairro Fátima - 60410-690 - Fortaleza - CE Pernambuco: Rua Ribeiro Brito, 1111, cj. 605 - Boa Viagem - CEP 51021-310 Recife - PE Minas Gerais: Av. Getúlio Vargas, 1300, 17º andar, cj. 1704 CEP 30112-021 - Belo Horizonte- MG Os artigos deverão conter nome completo, assinatura, telefone e RG do autor, e estarão sujeitos, em função do espaço, aos ajustes que os editores julgarem necessários.
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omo diz aquela velha máxima de que o ano só começa depois do Carnaval, chegou a hora de arregaçar as mangas. E para ajudar os empreendedores de início de ano de verdade, esta edição traz, além das informações de qualidade a que os leitores já estão acostumados, três reportagens de grande utilidade e, acima de tudo, muito inspiradoras. A começar com uma verdadeira aula sobre varejo, tendo como “professor” o nosso entrevistado deste mês: Gilson Grazziotin, diretor do Grupo Grazziotin, uma das mais tradicionais empresas do ramo, com forte atuação no Sul do país. Ao ler a entrevista concedida por Gilson Grazziotin ao repórter Fábio Mayer, o leitor, em especial aqueles que já atuam ou pretendem atuar no segmento varejista, podem colher análises abalizadas do atual momento do comércio brasileiro, bem como algumas dicas para incrementar o atendimento e as vendas. Confira a partir da página 11. Outro destaque desta edição vai
para a reportagem de capa, que traz um perfil da rede de franquias CNA. Com forte atuação no segmento das escolas de idiomas, a CNA tem uma trajetória marcada pela ousadia de seu fundador e atual presidente, o empresário Luiz Nogueira, bem como pela busca incessante de uma forma muito própria de ensinar inglês e espanhol. A reportagem, que começa na página 42, detalha em especial o cuidado que a rede tem no que se refere ao tipo de material didático que oferece aos seus alunos. Um exemplo a ser seguido. Finalmente, uma matéria também de destaque mostra o mercado dos chamados produtos saudáveis, que engloba produtos diet e light. No ano passado, as empresas desse segmento atingiram números significativos se comparados aos obtidos pela indústria alimentícia em geral. Essa reportagem da Empreendedor, a partir da página 48, mostra qual a receita que fez os produtos diet e light serem as grandes vedetes das prateleiras. Boa leitura e bons negócios.
CARTAS PARA A REDAÇÃO Correspondências por e-mail devem ser enviadas para alexandre@empreendedor.com.br, aos cuidados do editor Alexandre Gonçalves. Solicitamos aos leitores que utilizam correio eletrônico colocarem em suas mensagens se autorizam ou não a publicação de seus respectivos e-mails. Também pedimos que sejam acrescentados o nome da cidade e o do estado de onde está escrevendo.
CEDOC O Centro de Documentação (CEDOC) da Editora Empreendedor disponibiliza aos interessados fotos e ilustrações que compõem o nosso banco de dados. Para mais informações, favor entrar contato com Ivone Zanatta, pelos telefones (48) 224-4441 e 0800 48 0004, ou por e-mail (ivone@empreendedor.com.br).
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Cartas
Internet
Empreendedorismo Estou desenvolvendo uma monografia sobre o empreendedorismo no comércio, e gostaria de obter materias de apoio para esse trabalho e gostaria de contar com a ajuda de vocês da Empreendedor.
Acabo de ler uma matéria em uma edição da Empreendedor sobre capital da internet. Como estou montando um plano de negócios para uma empresa nessa área, gostaria de saber se esse mercado continua aberto para novos investimentos e quais as perspectivas de crescimento. Jurides Caldart
Hélio Marques
por e-mail
por e-mail
Acabei meu curso de Pós Graduação em Gestao Empresarial, e estou fazendo minha monografia sobre Empreendedorismo, portanto gostaria de saber se podem me ajudar com artigos, ou algum trabalho do tema. Ja tenho uma boa base do trabalho, feita em cima do livro Oficina do Empreendedor, de Fernando Dolabela, . Felipe Salute
por e-mail
Hélio e Felipe, Sugerimos que vocês entrem no site www.empreendedor.com.br e, através do sistema de busca, acessem as reportagens que tratatram especificamente sobre aos temas dos seus interesses.
Franquia Gostaria de ter contato com a rede de franquias de roupas jovem Taco. Tenho interesse em revender os produtos dessa marca aqui no estado do Acre. Sidney Batista de Almeira
Rio Branco – AC
Sidney, Conforme dados do Guia Oficial de Franquias, editado pela Associação Brasileira de Franchising e pela Editora Empreendedor, o telefone de contato da Taco é (21) 580-7429 e o e-mail taco@unisys.com.br.
Jurides, A partir de sua mensagem breve estaremos produzindo uma reportagem sob o enforque proposto por você. Enquanto isso, fazemos duas sugestões de leitura que poderão ajudá-lo a compreender como um bom negócio na internet pode ser desenvolvimento. A primeira sugestão é “Crônica de uma internet de verão”, de autoria do consultor Mário Persona, e a segunda, “Ganhando dinheiro na internet”, de autoria dos consultores norte-americanos Paul e Sarah Edwards. Lendo esses dois livros, você ficará atento para não ficar deslumbrado demais com as possibilidades de negócios da internet, ao mesmo tempo em que poderá também desenvolver algumas boas idéias a partir do que irá ler.
Cortesia Sou professor da Universidade Potiguar, onde leciono aulas de Empreendedorismo e Criação de Novos Negócios. Escrevo para solicitar um exemplar a título de cortesia da revista Empreendedor, que tive a feliz oportunidade de conhecer através de pesquisa feita na internet, o que na verdade pôde me proporcionar informações em alguns momentos interessantes e que tenho como referência para meus alunos na universidade quando inicio casda módulo do curso de administração. Fernando Alves da Silva
Natal – RN
CORREÇÕES
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Na edição nº 112 (fevereiro de 2004) a foto de capa é de autoria do fotógrafo Glaicon Covre. Na reportagem da seção Estratégia, na mesma edição, o nome da fonte ouvida da DM Transporte e Logística Internacional é Fernando Alano, diretor comercial e de marketing, ao contrário que foi publicado. Empreendedor – Março
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Entrevista
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Entrevista
O sucesso passa pela segmentação DIVULGAÇÃO
Gilson Grazzioti Grazziotinn analisa o varejo brasileiro e conta por que, para atender melhor os clientes, é necessário atuar em ramos cada vez mais segmentados por
Fábio Mayer
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Com 30 anos de experiência no mercado varejista brasileiro, Gilson Grazziotin, diretor vice-presidente e um dos responsáveis pelo sucesso do Grupo Grazziotin, acredita que a informalidade é o que mais dificulta o crescimento das pequenas empresas que atuam nesse ramo. “Para crescer no Brasil, a companhia tem que criar um modelo que seja rentável dentro de um sistema formal. Dessa maneira, é preciso cada vez mais investir em pessoal, conhecimento, informática, logística e entender bem o consumidor e o mercado”, afirma. Grazziotin começou na empresa como comprador e sempre atuou diretamente na área de compras, mesmo depois de assumir outros cargos. Em seu livro A Arte do Varejo: O pulo do gato está na compra, ele descreve como o gerenciamento da compra é fundamental para que a empresa seja bem-sucedida. “Se a empresa comprar mal, dificilmente vai vender bem. O segredo do negócio é uma boa compra.” Na entrevista a seguir, ele faz uma análise do varejo brasileiro nas últimas três décadas e explica o que levou o varejo a se tornar cada vez mais especializado.
Entrevista Empreendedor – O senhor tem 30 anos de experiência no mercado varejista brasileiro e é um dos responsáveis pelo sucesso do Grupo Grazziotin. Durante essa trajetória, quais foram as principais dificuldades enfrentadas pela empresa?
mentação é um dos principais aspectos do varejo moderno.
Gilson Grazziotin – O maior problema que houve nesses 30 anos para o comércio varejista brasileiro foi a hiperinflação. Houve épocas em que, devido à inflação galopante, era preciso remarcar o preço da mercadoria semanalmente. De um lado, o mercado consumidor tinha dificuldades de aceitar isso e, de outro, o governo condenava o aumento dos preços, sendo que os planos econômicos eram os reais vilões. De modo semelhante está fazendo o atual governo. Ele aumentou a contribuição para financiamento da seguridade social (Cofins) e diz que não dá para aumentar o preço da mercadoria. Então, o comércio varejista sempre ficou “entre a cruz e a espada”.
Grazziotin – Perfeitamente. Há uma certa correlação intrínseca entre as partes, ou seja, uma coisa influi na outra. Na hora em que a empresa se especializa e à medida que o cliente exige, ela tem que se adequar, realmente, à demanda existente daquele segmento. Por exemplo, uma loja jovem deve ter um atendimento voltado para o jovem; uma que tem um atendimento
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Empreendedor – Como o senhor analisa o varejo brasileiro nesse período?
Grazziotin – Assim como o Brasil, o varejo evoluiu muito. As áreas urbanas aumentaram nas últimas décadas, e o comércio teve que acompanhar essa evolução. O número e a diversificação de produtos fabricados cresceram bastante e ultimamente, com o aspecto da globalização, há ainda várias mercadorias importadas. Da mesma forma, o surgimento dos grandes centros comerciais, dos shopping centers e dos hipermercados contribuiu para a distribuição desses produtos. Em função da concentração urbana, das novas necessidades de distribuição e também das demandas dos clientes, houve uma especialização muito grande do varejo. Antigamente uma loja vendia de tudo; hoje é necessário focar em um segmento. Pode ser em termos de produto, de público, de região, mas a segMarço – Empreendedor
Empreendedor – Essa segmentação é decorrente das necessidades cada vez mais específicas dos clientes?
“O maior problema que houve nesses 30 anos foi a hiperinflação. Houve épocas em que era preciso remarcar preço semanalmente” de auto-serviço, no qual o cliente se serve, deve se adequar como tal. Com isso, ela disciplina também o mercado. Como a sociedade vai mudando, o varejo tem que se adequar rapidamente a essas mutações. Caso contrário, a empresa corre o risco de perder a clientela para a concorrente que se adequar. Hoje é muito fácil para o cliente “trocar de porta” na hora da compra. Empreendedor – Em relação a outros países, como é o comércio varejista no Brasil?
Grazziotin – Temos algumas diferenciações em relação ao comércio varejista, por exemplo, americano e europeu. Há muita informalidade dentro
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de nosso varejo e isso desoportuniza a criação de modelos mais sofisticados e mais abrangentes que existem, por exemplo, nos EUA, onde há centenas de lojas por rede. Aqui no Brasil, exceto os hipermercados, as grandes e as médias redes, a maioria do varejo é formada por pequenas empresas. A informalidade hoje tem uma vantagem tributária muito grande para as empresas, por não pagarem tributos, mas gera uma certa dificuldade de organização. Nas áreas em que há muita informalidade, praticamente é impossível as redes crescerem. Já nos setores que são formalizados há uma oportunidade maior de crescimento. Empreendedor – Essa informalidade é apenas devido à vantagem tributária?
Grazziotin – Eles não pagam quase nada. Não pagam ICMS, INSS, FGTS, Imposto de Renda... A própria legislação brasileira, com a criação do imposto simples para a microempresa, oportunizou o aumento da informalidade. Por exemplo, se a empresa faturar acima de um determinado valor começa a pagar mais imposto. Então, sonega-se faturamento para não chegar àquele volume. Isso não quer dizer que o varejista não vá vender. Às vezes ele possui várias microempresas, mas coloca cada uma em nome de pessoas diferentes. Se os faturamentos delas forem somados, de repente o total é maior do que o faturamento de muitas redes de lojas. Empreendedor – Na sua opinião, a diminuição da carga tributária ajudaria a profissionalizar o setor?
Grazziotin – Quanto mais aumenta a carga tributária, maior é o incentivo à sonegação, porque o empresário não vai se arriscar por pouca coisa. Ele se arrisca quando tem a possibilidade de ganhar bastante. Acredito que o recente aumento do Cofins e do PIS é mais um incentivo à informalidade.
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Entrevista Empreendedor – E quanto ao empregado que não tem carteira assinada?
Grazziotin – No geral, ele prefere trabalhar sem carteira assinada, principalmente quando é novo. Ele diz assim: “Eu ganho mais porque estou ganhando por fora, vem um ‘dinheirinho quente’, não precisa descontar o imposto, INSS, não precisa descontar nada”. Existem lojas que no fim do dia pagam comissão em dinheiro para quem vendeu como se fosse uma forma de incentivo. Mas acredito que isso não é incentivo, é imediatismo. Empreendedor – Formalizar é o foco para que a empresa seja bemsucedida no Brasil?
Grazziotin – De toda forma, o importante é a empresa se organizar. Ninguém consegue crescer na informalidade. A empresa acaba ficando pequena. Por isso temos essa enormidade de pequenas lojas no país. Por que não conseguem crescer? A empresa não consegue capitalizar porque o capital não tem origem. Se ela sonega, não tem capital de giro e é obrigada a gastar o dinheiro sonegado. Então, é possível perceber que as lojas estão a toda hora gastando e tendo dificuldades, porque não incorporam capital de giro. Para crescer no Brasil, a companhia tem que criar um modelo que seja rentável dentro de um sistema formal. Dessa maneira, é necessário cada vez mais investir em pessoal, conhecimento, informática, logística e entender bem o consumidor e o mercado.
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Empreendedor – Mesmo sendo diretor vice-presidente da Grazziotin, o senhor sempre atuou diretamente na área de compras. Aliás, o senhor começou na empresa como comprador. Qual a importância hoje do comprador mesmo dentro da informalidade?
Grazziotin – À medida que a empresa tem dificuldade de ser rentável, no caso da informalidade, ela tem que Março – Empreendedor
cada vez mais direcionar o seu negócio para aqueles produtos e negócios que dêem resultado. A compra tem que ser superorganizada e profissional, de forma que concentre mais o negócio e privilegie aqueles produtos que dão melhores resultados, apesar de todos os tributos que é necessário pagar e de toda a informalidade que existe no mercado.
“Se a empresa comprar mal, dificilmente vai vender bem. O segredo do negócio é uma boa compra” Empreendedor – O senhor está dizendo que para crescer é preciso ter essa profissionalização, organização e poder de compra?
Grazziotin – Não digo poder de compra. Se a empresa é pequena o poder de compra não é tão grande, mas mesmo assim é possível otimizar igualmente a compra, se a empresa comprar melhor. O volume de compras, a quantidade, é claro, dá um maior poder de barganha, mas o principal é a possibilidade de otimizar pela qualidade da compra. Porque existem muitas empresas grandes comprando mal e até indo mal. Empreendedor – É possível resolver, ou ainda amenizar, uma compra errada?
Grazziotin – Por tudo que é feito errado, paga-se um custo para ajeitar. Qualquer compra errada que a empresa faz tem um custo. É importante ela assumir esse custo e sair desse problema o mais rápido possível, porque, se o problema novo é complicado de resolver, o velho é muito mais difícil, principalmente em termos de produto, que
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vai envelhecendo e ficando também a cada dia mais custoso. Empreendedor – Então é necessário saber gerenciar a compra?
Grazziotin – Exatamente. Ter consciência do erro, e isso acontece, ou seja, erro é possível, principalmente em um mercado mutante, sazonal, que temos no país, devido à dificuldade de estabilidade econômica, monetária e cambial. Empreendedor – No seu livro o senhor destaca a importância do processo de compra e a define como o pulo do gato do varejo. De que maneira o processo de compra pode contribuir para o sucesso do empreendimento?
Grazziotin – Muitas empresas priorizam o gerenciamento e analisam o sucesso do varejo a partir da venda. A venda é importante, mas a compra é muito mais, porque a venda pressupõe uma compra anterior. Isto é, a compra é um pré-requesito da própria venda. Se a empresa comprar mal, dificilmente vai vender bem. O segredo do negócio é uma boa compra. Empreendedor – Para finalizar, quais as perspectivas do comércio varejista?
Grazziotin – No momento, está apreensivo em relação às reformas tributária, trabalhista, que vão atingir diretamente o varejo. Mas sou otimista, as coisas sempre caminham para melhorar. Acredito que o comércio varejista brasileiro está evoluindo muito, principalmente com o advento da informática. Hoje a empresa tem a possibilidade de ter dados complexos e atuais, na hora que quiser. Só que o varejista tem que se adequar a poder manipular todos esses dados de forma a fazer de um limão uma limonada.
Linha Direta Gilson Grazziotin (54) 316-7401
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Empreendedor – Fevereiro
Ferramentas Gerais
Líder nacional no fornecimento de ferramentas, máquinas, equipamentos e suprimentos industriais e de serviços de MRO (Manutenção, Reparo e Operação), a Ferramentas Gerais, empresa do Grupo SLC de Porto Alegre, anunciou a abertura de duas novas unidades, uma em Contagem (MG) e outra em Salvador (BA). As novas unidades fazem parte do plano de expansão da empresa, que já tem presença consolidada no Sul do país e em São Paulo e que pretende crescer 17% em 2004, atingindo um faturamento de R$ 580 milhões. Com um investimento de R$ 6 milhões, as duas unidades vão gerar cerca de 100 novos empregos diretos. As plantas já estão em fase de instalação e entrarão em operação em maio. Com a abertura das novas unidades, a empresa pretende atingir, em 2004, negócios na ordem de R$ 5
milhões, em Minas Gerais, e de R$ 3 milhões na Bahia. Em São Paulo, mercado estratégico para a empresa, a meta é dobrar o faturamento e chegar a R$ 40 milhões este ano, seguindo os padrões de crescimento conquistados pela empresa no estado. Desde a inauguração em 2002, a unidade paulista alcançou R$ 5 milhões no primeiro ano de atuação, passando para R$ 21 milhões em 2003. Uma das principais razões para o rápido crescimento da empresa é a extensa linha de produtos com que trabalha, diferencial em relação a outras empresas da área. De acordo com Jorge Logemann, presidente da companhia, a meta é continuar se expandindo, numa média de dois estados por ano, até atingir todo o Brasil. Para 2005, os planos envolvem a previ-
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Expansão programada
Jorge Logemann
são de abertura de uma unidade no Rio de Janeiro. Depois, Goiás e Mato Grosso são os mais cotados para receber novas unidades. A expansão no exterior também está nos planos da empresa. “O objetivo é estarmos em todos os países da América do Sul”, afirma Logemann. www.fg.com.br
Planinvesti Paulo Lofreta
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Combate à fome Expandir o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) para as micro e pequenas empresas e apoiar a agricultura familiar são dois dos principais projetos do Grupo Planinvesti para 2004. O projeto “O PAT que Vale”, para a micro e pequena empresa, tem o objetivo de garantir a qualidade da alimentação de uma grande massa de trabalhadores, com o lançamento do Planvale Refeição/Alimentação, um vale direcionado às empresas que hoje não podem utilizar os subsídios da lei do PAT por estarem enquadradas no Simples, MPE ou EPP. A atual lei do PAT proporciona abatimentos no Imposto de Renda somente às empresas inscritas no regime tributário de Março – Empreendedor
lucro real, o que exclui as micro e pequenas. Antecipando-se à aprovação das mudanças requeridas pelo Projeto Fome Zero para a legislação do PAT, o Planvale Refeição/Alimentação terá uma taxa de administração 50% inferior às de mercado, tanto para as empresas que compram para distribuir aos funcionários, quanto para os estabelecimentos credenciados, como restaurantes, fast foods e supermercados. De acordo com Paulo Lofreta, diretor-executivo do Grupo Planinvesti, essa redução nos custos substituirá o abatimento no Imposto de Renda, gerando um benefício de grande alcance social. “Em 2004, pretendemos incluir 1 milhão de trabalhadores das micro e pequenas empre-
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sas no PAT, através do Planvale Refeição e Alimentação”, diz. Sediado em São Paulo, capital, e dirigido por Paulo Lofreta e Sérgio Mota, o Grupo Planinvesti fornece serviços de emissão, administração, custódia, envelopamento e distribuição de benefícios para o trabalhador, denominados Planvale Benefício. A Planvale administra os benefícios das categorias refeição, alimentação, transporte, combustível, farmácia e saúde, entre outros, emitidos em papel de segurança ou cartão magnético. Atualmente, a empresa conta com mais de 2 mil clientes, cerca de 10 mil estabelecimentos credenciados no estado de São Paulo e gera mais de 400 empregos diretos e indiretos. www.planinvesti.com.br
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Butzke Ponto Cargo
Drible tributário
Sérgio Godoy
Em 1º de fevereiro a Cofins – incluindo a área de transportes – aumentou de 3% para 7,6%. A tecnologia criada pela Ponto Cargo pode fazer com que essa contribuição tributária seja totalmente recuperada. Reconhecida pelo desenvolvimento de avançados sistemas de tecnologia para embarcadores (qualquer companhia contratante de serviços de transportes), a Ponto Cargo consegue automatizar e desburocratizar as metodologias em transportes, reduzindo custos em até 15%. Seu sistema permite que o embarcador possa fazer a contratação e gerenciamento direto dos caminhoneiros autônomos, ampliando a produtividade de seu pessoal e simplificando o processo. Tudo isso resulta na redução dos custos da operação logística. Através da Transportia – a transportadora modelo do grupo – a Ponto Cargo também oferece os benefícios de produtividade, automação e profissionalismo àqueles que não desejam
contratar os caminhoneiros diretamente. Entre os principais benefícios oferecidos pela solução da Transportia estão cumprimento do prazo de entrega, velocidade de atendimento, pagamento e contratação de autônomos, rastreamento de veículos e entrega de documentação no prazo. “A redução de gastos em serviços para embarcadoras e para os donos de caminhões é alcançada com o fornecimento de serviços de informação, inteligência, otimização e gestão por meio de várias ferramentas tecnológicas, através da internet”, explica Sérgio Godoy, diretor de Negócios da Eccelera e CEO interino da Ponto Cargo. Segundo o empreendedor, a empresa funciona como uma corretora de transportes, permitindo o pagamento direto do carreteiro, reduzindo o número de intermediários e conseqüentemente reduzindo o efeito do aumento das taxas. A mudança na tributação é resultado da Medida Provisória nº 135, editada em 31 de outubro. Essa MP elimina a cumulatividade da Cofins e como forma de compensar a queda de arrecadação, muda sua alíquota de 3% para 7,6%. Hoje, cada uma das empresas envolvidas em uma cadeia de valor até a ponta final paga sua parcela, sem que a última possa deduzir os gastos com a tributação das anteriores. No entanto, enquanto setores da indústria podem ser aliviados, o setor de serviços – que responde por mais de 60% do Produto Interno Bruto brasileiro – é afetado ao extremo. Isso porque as empresas de serviços não dependem de fornecedores de insumos ou de matéria-prima, que seriam tributados previamente. Na ausência de uma cadeia que vá partilhar o aumento dos impostos, o resultado da reforma tem maior impacto no setor de serviços. www.pontocargo.com.br
2004
DIVULGAÇÃO
Março – Empreendedor
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Cidadania industrial
Michel Otte
A iniciativa surgiu da necessidade de maior aproveitamento dos cursos de aperfeiçoamento oferecidos pela empresa: já que a maioria dos funcionários da Butzke, empresa catarinense de fabricação de móveis, tinha deficiência de leitura e dificuldade de compreensão dos assuntos, criou-se o projeto de alfabetização para adultos. Além do aperfeiçoamento da mãode-obra, o projeto promove o crescimento pessoal. “Acreditamos que a iniciativa vai melhorar a qualidade dos trabalhos, pois aumenta a auto-estima e a qualidade de vida de cada um”, afirma Michel Otte, gerente administrativo da empresa. A primeira fase do projeto vai de 1ª à 4ª série e está sendo realizada em parceria com a Secretaria de Educação do Município de Timbó. A prefeitura cede material e professores, e as aulas acontecem dentro da própria empresa, no turno contrário ao horário de trabalho. É a primeira parceria da prefeitura nesses moldes. Segundo dados do IBGE, apesar dos avanços na área de educação, ainda existem mais de 12% de brasileiros acima de 10 anos que sofrem com o analfabetismo. Tentar diminuir esses números faz parte também da responsabilidade social das empresas. No momento, são duas turmas de alfabetização na Butzke: uma de manhã, com 18 alunos, e uma à tarde, que conta com 15 funcionários. As aulas iniciaramse no dia 9 de fevereiro e devem seguir até o final do semestre. Hoje, cerca de 26 funcionários dos setores administrativos da empresa estão cursando graduação ou pós-graduação em nível de especialização nas áreas de gestão, financeira e de marketing. Nesse caso, a empresa arca com 50% do valor do curso. O investimento em educação vai ser de R$ 125 mil no primeiro ano, mas o retorno, certamente, vai valer a pena. A Butzke segue um ritmo constante de crescimento: alcançou 35% e fechou 2003 com faturamento de R$ 21 milhões. www.butzke.com.br
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Empreendedor – Fevereiro
Mídia Telecom
A Mídia Telecom, empresa especializada em marketing para canais de atendimento, firma parcerias regionais para operacionalizar suas vendas em diversos estados brasileiros. Assim, além de representantes no Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Paraná, Santa Catarina e Goiás, a empresa estenderá suas operações para os demais estados onde é oferecido o 102 Plus – Acre, Rondônia, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. De acordo com Cláudio Sá, diretor da Mídia Telecom, o novo canal, que permite a empresas e profissionais liberais divulgar seus produtos e serviços no 102 (Serviço de Auxílio à Lista), foi lançado há apenas dois meses e sua demanda teve um crescimento expressivo. Para se ter uma
idéia, o call center (0800 64 14 102) montado em Florianópolis recebe diariamente 2 mil ligações, que variam de dúvidas e informações até a solicitação de contato com representante e a efetivação de vendas. “Nossa expectativa é fechar os primeiros 12 meses de atuação no mercado com 55 mil clientes em todo o país”, estima. Até agora, a Mídia Telecom tem trabalhado com venda porta-a-porta, call center e marketing direto, mas, segundo Sá, por se tratar de um produto inovador, muitas empresas preferem receber a visita de um representante antes de fechar o negócio. Dessa forma,
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Rede de marketing
Cláudio Sá
para ampliar a comercialização e facilitar o acesso das companhias aos seus produtos, decidiu-se expandir a rede de representação. Por outro lado, a política de canais da empresa prevê não apenas a capilaridade, mas principalmente uma ampliação regida pela demanda. “A idéia é ter mais representantes em alguns estados”, exemplifica. www.midiatelecom.com.br
MVC Gilmar Lima
2004
Diversificação aprovada A MVC Componentes Plásticos, empresa pertencente à Marcopolo S.A, fechou 2003 com receita líquida de R$ 72 milhões. O desempenho apresenta crescimento de 100% em relação a 2002, quando atingiu R$ 36 milhões. Conforme Gilmar Lima, diretor-geral da MVC, a abertura, no ano passado, das unidades em Caxias do Sul (RS), Duque de Caxias (RJ), Catalão (GO) e Monterrey, no México, aumentou a capacidade produtiva e foi um dos principais motivos para o crescimento da receita. O desenvolvimento de novos componentes para os diversos setores em que a empresa atua também contribuiu para a expansão. A produção de peças em plástico para o setor automotivo é um exemplo. No ano passado, a MVC desenvolveu para a Mitsubishi L200 Março – Empreendedor
Sport novos e exclusivos protetores de caçamba e de cárter, pára-choques dianteiro e traseiro, fender flare (acabamento nos pára-lamas em volta da caixa de rodas), polainas traseiras e revestimento interno do teto. Além da versão Sport, a MVC também equipa a L200 e a Pajero TR4. Para a General Motors, a MVC passou a fornecer as molduras dos páralamas, spoilers dianteiro e traseiro e saias laterais para a picape Montana. A MVC fornece ainda produtos para as carrocerias fabricadas pela Marcopolo e, no setor agrícola, para a AGCO. A Casa Prática, produto inédito e lançado há um ano, também foi um importante desenvolvimento para a MVC em 2003, principalmente em função da homologação do financiamento do produto,
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pela Caixa Econômica Federal, no final do ano passado. Gilmar Lima diz que a expectativa de venda da Casa Prática é excelente para 2004, quando, segundo ele, os negócios da MVC deverão crescer 80%. “Este aumento deverá ocorrer, principalmente, em função da consolidação e crescimento da receita das filiais e da planta instalada em Monterrey.” A empresa ainda tem planos de dobrar as exportações, que hoje correspondem a 6% da receita. Os principais mercados são América Latina, África e Oriente Médio. Também planeja o desenvolvimento de novos produtos. “Os nossos investimentos ainda estão em fase de aprovação, mas devem ficar ao redor de US$ 2,5 milhões”, finaliza o executivo. www.mvc-marcopolo.com.br
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Empreendedor – Março
Jovem S.A.
De volta ao ninho
por Lúcio Lambranho
Aposta no setor elétrico
Março – Empreendedor
em Engenharia de Eletricidade pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Dias acumula experiência no desenvolvimento de produtos para o segmento de energia elétrica. Trabalhou na especificação funcional e implementação do sistema de trading e curva de cargas da Elektro (SP) e desenvolveu produtos para área de supervisão e controle de processos e software de tempo real para processos críticos de telecom e energia. A equipe de 16 colaboradores que trabalha com Rubem tem faixa etária média de 24 anos. “No nosso negócio o capital humano é formado basicamente pela geração que nasceu junto com a internet”, resume. A empresa mantém um escritório comercial na cidade de São Paulo e seu centro de P&D em Florianópolis, no Parque Tecnológico Alfa, onde uma equipe de especialistas dedica-se ao desenvolvimento de soluções em tecnologia da informação (TI) e também na área de mobile. Recentemente a Airgate fechou um acordo com a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) para monitorar o consumo de energia em empresas e com isso dar condições reais para que as indústrias catarinenses tomem ações que permitam a redução de custos com energia elétrica. A parceria é pioneira no Brasil, e num primeiro momento será realizada em caráter experimental em dez empresas de médio porte da região de Florianópolis e Brusque. airgate@airgate.com.br DIVULGAÇÃO
2004
A Airgate é uma empresa de tecnologia especializada em software para o setor de energia elétrica. Suas soluções para geradoras, distribuidoras, traders e grandes consumidores de energia elétrica possibilitam coletar dados de pontos remotos (medidores de energia), extrair informações e fazer o gerenciamento inteligente de suas redes. Na prática, permite monitorar a oferta e demanda de energia, decidir sobre necessidades e oportunidades de compra e venda de energia, organizar a logística de atendimento em casos de desvios, além de fidelizar clientes através do controle de qualidade da energia comercializada. Entre os clientes da empresa está a Tractebel Energia. À frente desse negócio de base tecnológica está Rubem Dias, 36 anos, diretor-executivo da Airgate, formado
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Os ex-alunos da Fundação Armando Alvares Penteado (Faap) que se tornaram empresários bemsucedidos estão preparando, a convite da Diretoria Cultural, tutorias para os estudantes inscritos no Programa de Formação de Empreendedores, desenvolvido no Centro de Criatividade e Empreendedorismo da Fundação. Ricardo Blagevitch, da Asyst Sudamérica, Arthur D’amro Martins, da Viação Caieras, e Lucrecia Couso e Maria Helena Baracat, da Ophicina de Programação Visual, são alguns exemplos de ex-alunos que obtiveram sucesso em seus negócios a partir de empreendimentos próprios. O objetivo da ação é contribuir na formação de profissionais capazes de ter iniciativa, utilizar os recursos disponíveis e assumir riscos na medida adequada para atingir bons resultados. Apoiado na criatividade como matéria presente em todos os cursos de graduação da Fundação, o empreendedorismo surge como uma segunda fase da disciplina, voltada para preparar os estudantes para gerar idéias inovadoras e transformá-las em futuros negócios. O Centro de Criatividade e Empreendedorismo surgiu por conta da demanda de mercado e dos processos de downsizing das empresas. A idéia é oferecer cursos específicos sobre o assunto, além de atendimento especializado para alunos e empresários. Dessa forma, segundo a Faap, a escola vai além do cumprimento do seu papel de formação dos seus alunos, ao prepará-los para que se tornem empregados e empregadores exemplares, assim como sucessores dos negócios de suas famílias e geradores de novas vagas no mercado de trabalho. (11) 3662-7270/7271
DIVULGAÇÃO
Brincadeira levada a sério Aprender brincando, o que parecia restrito a crianças na pré-escola, agora é uma ferramenta usada para ajudar empresários na gestão de seus empreendimentos. Os jogos de negócios (business games) são ferramentas que vêm sendo utilizadas na capacitação e treinamento de estudantes e executivos. A proposta é simular um determinado negócio para aprimorar e desenvolver habilidades e reforçar as competências dos jogadores. Esse é o principal produto desenvolvido pela empresa Lucydez – Educação com Entretenimento, da empreendedora Lucy Teles, ganhadora do Prêmio Shell Iniciativa Jovem de 2002. Na Lucydez, os jogos de negócios utilizam como recursos representações teatrais com atores profissionais conjugadas com o roleplaying dos participantes, que vivenciam papéis numa simulação muito próxima do real. Um dos jogos aplicados é o Ciclo
de Vida do Projeto, que dá uma excelente vivência de como é participar de um projeto passando por todas as suas fases – iniciação, planejamento, execução e encerramento, criando no participante a consciência da importância do bom gerenciamento em qualquer projeto, tanto na sua vida pessoal quanto na profissional. Além de divertido e desafiador, os jogos ajudam a construir conhecimento, de uma forma lúdica e menos cansativa. “Asseguramos aos nossos clientes que o aprendizado é divertido e os participantes aprendem fazendo, aumentando a retenção do conteúdo que é ensinado”, afirma Lucy Teles. Antes de ser uma aplicadora de jogos, Lucy passou pela experiência de jogá-los no programa Iniciativa Jovem. É por meio de jogos vivenciais,
como o do Microcrédito, que jovens empreendedores aprendem a montar um plano de negócios e a gerir uma empresa. Os jogos do programa são desenvolvidos pelo Instituto Dialog, que há 10 anos utiliza a técnica em seus projetos. (21) 9107-8304
ergonômicas (ganhando ajustes nos fechos). Elas também passaram a se preocupar com logomarca, etiqueta, embalagem para presente, além de um mostruário e um primeiro catálogo ilustrado de peças. Junto com esse aprendizado, as duas jovens empresárias criaram uma site para a empresa que tem conquistado um público cativo. Depois dessa iniciativa, as sócias já sentem a necessidade de ampliar o negócio. “A idéia surgiu quando resolvemos procurar a Babilônia Feira Hype para montar um estande em julho de 2001 e participa-
mos de diversas feiras e bazares”, explica Carina Carreira. No início de 2002, a empresa teve a oportunidade de trabalhar com lojas no Rio e em pequenas cidades do interior fluminense. “Estamos hoje em nosso quarto catálogo de moda e terceiro site. Continuamos querendo ampliar nossas vendas, principalmente no setor atacadista, vendendo para o Rio de Janeiro e outros estados do Brasil. Para saber mais sobre esse negócio, basta acessar o site www.cakdesign.com.br ou entrar em contato pelo telefone (21) 2492-8828.
Bijuteria natural
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Empreendedor – Março
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A CAK foi criada por Carina Carreira e Cristiana Talarico, na época, estudantes de Design da Universidade do Rio de Janeiro – uma com especialidade em Programação Visual e a outra em Projeto de Produto. Hoje, formadas e especializando-se em Moda e Ergonomia, tocam seu próprio negócio. No ano de 1999 se uniram fazendo bijuterias (no começo apenas para uso próprio), pois sentiram falta de um estilo de bijuteria mais natural. Logo as amigas foram fazendo encomendas, e assim as amigas das amigas, as mães, e no boca-a-boca a demanda foi crescendo. Aproveitando o aprendizado na faculdade, Carina e Cristiana foram produzindo bijuterias não apenas com preocupações estéticas, como também
Não Durma no Ponto
2004
As empresas precisam aprender a sonhar Inovação! Está aí uma palavra que é unanimidade. Nos discursos inflamados dos dirigentes de empresas, todos enaltecem a inovação como uma condição para a prosperidade. Entre o discurso e a prática, como bem sabemos, existe longa distância. Primeiramente é preciso compreender que a inovação não se restringe apenas à produção de idéias. É o resultado final de um processo que culmina em um novo produto ou serviço, uma nova forma de vender ou comprar, novos procedimentos industriais ou administrativos, etc. Inovação remete a algo novo que consegue vencer as raias da imaginação e se transformar em algo concreto, palpável e, de preferência, lucrativo. Se a sua empresa vive o lugarcomum e se repete a cada dia, é muito provável que tenha uma baixa capacidade de inovação. Também não confunda mania de copiar ou facilidade de improvisar com capacidade de inovar. Por essas e outras, podemos dizer que inovação está mais no discurso do que na prática. Criatividade é o nome do processo que culmina na inovação. As empresas necessitam da criatividade assim como necessitaram, nas últimas décadas, da produtividade. Uma empresa consegue ser mais produtiva apoiada nos sistemas técnicos: tecnologia industrial, recursos e insumos alternativos, sistemas de informações e normatização. Criatividade, no entanto, é puro sistema humano. Depende fundamentalmente da imaginação e talento criativo das pessoas e que, de certa forma, se contrapõe à fórmula da produtividade. Março – Empreendedor
Pense na criatividade como uma balança com dois pratos. Do lado direito, coloque tudo aquilo que represente bloqueios ou cerceios à imaginação; do lado esquerdo, coloque a curiosidade das pessoas. Faça isso tomando como base a empresa em que trabalha. Para que lado pende os pratos da balança?
“Inovação remete a algo novo que consegue vencer as raias da imaginação e se transformar em algo concreto, palpável e, de preferência, lucrativo” Se os bloqueios vencem a curiosidade, então a capacidade inovadora da sua empresa está comprometida. Veja se essas frases lhe são familiares: “grande idéia, mas não é para nós”, “coloque isso num papel”, “não está no orçamento”, “isto não vale o trabalho que vai dar”, “não é a sua responsabilidade”, “não é o meu departamento”, “não seja ridículo”, “nós sempre fizemos desse jeito”, “estamos indo bem até aqui, para que
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mudar?”, “não seja ridículo”. Se você reler as frases com atenção, verificará subentendidas palavras como departamento, cargo, procedimento, hierarquia, comando, controle, padrões. São palavras típicas da era industrial e que, de certa forma, fomentaram a produtividade nas organizações. Se antes eram aliadas da produtividade, hoje são inimigas da criatividade. No outro lado da balança está a curiosidade, a semente da criatividade. Toda vez que o prato dos bloqueios aumenta de peso, a curiosidade perde a sua força. Os bloqueios são, portanto, oponentes da curiosidade. As pessoas têm pouca vontade de saber e de aprender quando tudo o que se espera delas é que façam e sigam as normas. O exercício de pensar fica para as horas vagas ou para os projetos extra trabalho. Por outro lado, a curiosidade está lá na empresa e sempre esteve. As pessoas são naturalmente curiosas. A vontade de aprender e o desejo de descobrir novos mundos são parte integrante da natureza humana. Começou quando criança nos infindos “por quês” e continua fervilhando dentro de cada um de nós. Com a curiosidade aguçada é possível trilhar as outras etapas do processo de criatividade: Informação É preciso fazer do cérebro uma esponja e encharcá-lo com informações. O exercício de construção de cenários tem esse objetivo. Colher informações no macroambiente (econômico, soci-
por Roberto Adami Tranjan Educador da Cempre Conhecimento & Educação Empresarial
al, político, cultural, ecológico, tecnológico, legal, etc.) e também no ambiente empresarial (fornecedores, concorrentes, clientes, investidores, etc.). As informações nunca estiveram tão disponíveis. É preciso recolher o máximo de informações e promover situações de compartilhamento e discussão na empresa. A informação é geradora do conhecimento, e o conhecimento, por sua vez, gera a compreensão. É disso que as mentes necessitam para resolver problemas. Inspiração A informação é útil para o processo de solução de problemas e tomada de decisão, mas não garante, por si só, a inovação. Esta precisa da inspiração. Mas, para que haja inspiração, é preciso um motivo, uma paixão.
Por falar em paixão, o que foi feito dela? Foi reduzida a números, metas e indicadores. O placar tomou o lugar da paixão. E aí está o ponto-chave: é preciso um propósito que desperte as paixões, caso contrário, inspirar-se com o quê? Iluminação A curiosidade venceu os bloqueios, o cérebro está abastecido de informações e o coração está inspirado por uma paixão: o espaço está aberto à imaginação. Outros ingredientes são acrescentados nessa hora: a atenção, a intuição, a perseverança e a fé. A luz sempre esteve presente, mas agora possui condições para brilhar. Inovação As idéias precisam ser concretizadas e isso exige ousadia e determina-
ção. Todos nós conhecemos inúmeras pessoas cheias de idéias, mas incapazes de transformá-las em empreendimentos, negócios, produtos e serviços. Inovar requer coragem e a vitória sobre o maior de todos os bloqueios: o medo. Esse é o processo da criatividade que resulta na inovação. Institua-o em sua empresa. E não se esqueça de recheá-lo com bons pensamentos. Lembre-se de que bons pensamentos e ações só podem produzir bons resultados. E muita inovação.
Linha Direta Roberto Adami Tranjan (11) 3873-1953 www.cempre.net roberto.tranjan@cempre.net
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Franquia
TOMA LĂ , DĂ CĂ
Total
Franqueado forte, rede forte
Ouvido ao cliente Se o cliente sempre tem razĂŁo – e nas redes hĂĄ vĂĄrios tipos de clientes, os internos (franqueados e funcionĂĄrios) e externos (consumidores) – a empresa deve fazer o mĂĄximo para ouvi-lo. A Mundo Verde, franquia de comĂŠrcio de produtos naturais, dietĂŠticos e esotĂŠricos, criou a função do ombudsman para ouvir sugestĂľes e reclamaçþes, transformando-as em oportunidades de melhoria. E a pessoa escolhida para a função foi a prĂłpria presidente da empresa, Isabel Maria Antunes Joffe, para quem a missĂŁo do ombudsman ĂŠ entender a crĂtica como insumo. Com 106 unidades no Brasil, a rede considera a função como a de catalisador do relacionamento, assegurando a satisfação do cliente e do franqueado e a evolução da empresa. Nas palavras da prĂłpria Isabel, “o ombudsman/ouvidor torna-se, para a Mundo Verde, o ouvido que ouve a voz do funcionĂĄrio interno da franquia e a do cliente e franqueado, para ecoĂĄ-la interna e externamente, promovendo mudanças de atitude, comportamento e posicionamento perante o mercado e a sociedadeâ€?. (24) 2237-2528
REDES
NA REDE
Dicas na net
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A rede de ensino de idiomas YĂĄzigi inovou bastante na formatação do portal na internet, mas nĂŁo deixou de lado o bĂĄsico para atrair clientes ou mesmo servir de patamar de comunicação entre franqueados, colaboradores, alunos ou interessados. AtravĂŠs do site ĂŠ possĂvel fazer um teste de nĂvel, bater um papo, conhecer as modalidades dos cursos e ficar por dentro de todas as novidades da rede. Para conferir, acesse www.yazigi.com.br.
Quando hĂĄ uma crise dentro de uma rede de franquias, a marca precisa estar consolidada e os franqueados unidos para evitar maiores prejuĂzos. Esta ĂŠ a opiniĂŁo de consultores da ĂĄrea. O sistema de franchising nĂŁo estĂĄ livre das crises... e podem enfrentar desafios de crescimento em determinados momentos. Em qualquer situação, a uniĂŁo entre os franqueados e com o franqueador ĂŠ vital para a superação de eventuais problemas e uma expansĂŁo consistente. EstĂŁo todos no mesmo barco. (AndrĂŠ Friedheim, da Francap Consultoria) No setor de varejo, o produto comercializado costuma dar o nome Ă prĂłpria franquia, e por trĂĄs da franqueadora quase sempre hĂĄ uma empresa do mesmo nome que fornece os produtos da marca. Se esta empresa enfrentar problemas... a franqueadora pode pedir
concordata e continuar a atuar e fornecer seus produtos aos franqueados. A concordata nĂŁo impede a atividade da empresa. Ao contrĂĄrio, a idĂŠia ĂŠ justamente evitar seu perecimento. Mesmo que a fĂĄbrica “quebreâ€? ou seja fechada, em tese, ĂŠ possĂvel Ă franqueadora licenciar a marca a uma outra empresa para a fabricação de seus produtos. (Sidnei Amendoeira, advogado especialista em franchising do escritĂłrio Amendoeira Advogados). E para evitar as crises? A orientação ĂŠ manter um contĂnuo acompanhamento dos negĂłcios. Qualquer sinalização de perda de clientes e queda nas vendas deve acender uma luz amarela, e atĂŠ vermelha, no comando da franqueadora e de suas unidades franqueadas. Boas idĂŠias sĂŁo rapidamente copiadas. O fundamental ĂŠ nĂŁo sentar em cima do sucesso. A crise pode chegar de um dia para outro. (Claudia Bittencourt, da Bittencourt Consultoria e Franchising)
Curso para franqueados Com um total de 35 lojas, sendo 30 em operação e cinco em processo de instalação, a QualittĂ Lavanderia, rede do setor de limpeza de roupas a seco, revela como principal meta fazer com que seus atuais franqueados aumentem seu faturamento e sintam-se realizados como empreendedores. Na 3ÂŞ Convenção Anual da Rede, os franqueados participaram do curso “GestĂŁo de lojasâ€?, ministrado pelo Instituto Franchising e pela ATCO Treinamento e Consultoria. “Se oferecemos o me-
lhor processo de limpeza de roupas, nossos franqueados tambĂŠm devem ter a melhor gestĂŁo de suas lojasâ€?, considera Herminio Coimbra, diretor geral da QualittĂ . O curso teve como enfoques principais questĂľes mercadolĂłgicas, administração de negĂłcios, formação de equipe e gestĂŁo de marketing e vendas. A sede da QualittĂ ĂŠ em SĂŁo Paulo e suas lojas estĂŁo distribuĂdas por 18 cidades, em dez estados e no Distrito Federal. (11) 3841-9795
Edição: Alexandre Gonçalves • Reportagem e Redação: Sara Caprario E-mail: franquiatotal@empreendedor.com.br
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A Multicoisas, rede de franquias de materiais para reparos domésticos, comerciais e bricolagem com 37 lojas no país, deve inaugurar 20 unidades no Rio de Janeiro nos próximos três anos. O planejamento de expansão é resultado da avaliação de uma pesquisa que mostrou a cidade como um dos mercados mais promissores para a abertura de lojas da Multicoisas. “Já temos sete lojas no Rio e todas possuem um ótimo desempenho, mas ainda existem bairros cariocas deficientes em nosso ramo de atividade”, afirma Luis Henrique Stockler, diretor de Marketing e
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Expansão carioca
Expansão da empresa. Em fevereiro foi realizada uma palestra para 15 investidores, sendo que todos já haviam passado por várias fases de avaliação. Num prazo de cinco anos está prevista a instalação de 93 franquias da Multicoisas no Brasil em 39 localidades, prioritariamente na capital e no interior de São Paulo e nas demais capitais do país. (67) 312-8000
Franquia com perfil social O Modelo Agroindustrial Múltiplo de Processamento de Castanha de Caju, desenvolvido pela Embrapa Agroindústria Tropical, sediada em Fortaleza (CE), foi escolhido pela Fundação Banco do Brasil para iniciar o Projeto Franquia Social. A Franquia Social vai funcionar a partir de tecnologias ou pacotes tecnológicos já desenvolvidos e validados pelas empresas parceiras da Fundação Banco do Brasil, como esse que proporciona alternativas de agregação de valor para os pequenos produtores. Antes, eles exerciam o papel de fornecedores de castanha in natura para as grandes indústrias. Para cada uma das franquias haverá
manuais explicativos de todas as etapas que envolvem o negócio, com o objetivo de garantir que a tecnologia seja replicada com a mesma eficiência e a mesma eficácia do modelo original. Os documentos da franquia de minifábricas estarão disponíveis em todas as agências do Banco do Brasil, que terá uma linha de crédito específica para o custeio e o investimento inicial. A Franquia Social do Banco do Brasil também vai atuar na reaplicação da tecnologia alternativa da borracha, na Amazônia; na coleta seletiva de lixo, em Minas Gerais; e no programa de educação com crianças, no Rio Grande do Sul, entre outros programas. (85) 299-1907
Atendimento integral tivas à franquia, é o segredo da Bunny’s. O abastecimento das unidades é feito semanalmente, ficando sempre por perto uma equipe de designers para colaborar na programação visual da loja, e o marketing também é trabalhado de maneira institucional e com apoio às ações locais. O grande diferencial de fidelização do cliente é o cartão Bunny’s, que concede facilidades e promoções. A média de retorno do investimento é de 24 meses. (11) 3835-8699
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Prestes a completar 30 anos de fundação do negócio, em 2005, a franquia de vestuário e acessórios Bunny’s continua crescendo a cada ano, e a empresa credita isso à filosofia de comprometimento com o sucesso do franqueado. São mais de cem unidades, entres próprias e franqueadas. Estar presente desde o processo de análise de viabilidade do negócio até o pós-inauguração, prestando orientação integral e constante em todas as questões operacionais rela-
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Franquia
GRUPO KEYSTONE
Total
Facilidades tecnológicas
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Seja na gestão, no atendimento ao público ou mesmo na transferência de dados entre franqueadores e franqueados, a tecnologia está cada vez mais avançada e as redes que conseguem tirar proveito disso saem na frente
As redes de franquias mantêm constantes taxas de crescimento que se diferenciam em relação aos outros setores do mercado. Muitos consultores alegam causas como a consolidação de um negócio que é apenas replicado em outras praças, os estudos de viabilidade e o treinamento da mão-de-obra. Mas para cada um desses itens funcionar é preciso dispor de tecnologia, especialmente a informática. Através da comunicação via intranet, treinamento on-line ou mesmo gerenciamento com softwares cuidadosamente desenvolvidos, franqueadores e franqueados conseguem melhores resultados e a rede toda ganha no final. Março – Empreendedor
Antes de entrevistar um possível interessado na franquia, a empresa Multicoisas, rede de lojas de materiais de reparos e bricolagem, conta com um sistema exclusivo via internet, lançado no final do ano passado, que gerencia todo o processo de seleção automaticamente. Ou seja, a triagem é feita pelo sistema de acordo com as informações passadas pelo candidato e com a prioridade de expansão da Multicoisas. A facilidade permite agilizar a escolha dos candidatos e dinamizar procedimentos internos da empresa. Atendimento Depois da unidade aberta é preciso agilizar o atendimento ao cliente. Por isso grande parte das redes de alimentação já informatizaram os procedimentos no balcão. Esse mercado de enorme potencial impulsiona empresas de base tecnológica a desenvolver sistemas cada vez mais sofisticados. É o caso da Blak Informática, que está há dez anos no mercado. A empresa lançou o SnackControl 7, terceira geração de seu software de automação e gestão para food service. O sistema monitora o conjunto das operações, desde o atendimento até a baixa automática no estoque, interligando todos os processos. Com base em gráficos e relatórios diários, é possível acompanhar o funcionamento da empresa, identificando o que deve ser aperfeiçoado. O SnackControl está presente no
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gerenciamento das mais de 200 lojas do Bob’s e nas franquias Spoleto, Bonaparte e Rei do Mate. Se o programa for padronizado em toda a rede, o software permite a integração das lojas com a franqueadora, o que garante melhor gerenciamento do negócio, incluindo pagamento e recebimento de royalties. Com atuação nacional e escritórios no Rio de Janeiro e São Paulo, a empresa fornece o SnackControl para estabelecimentos que trabalham com os sistemas a la carte, fast food, por quilo e delivery. O SnackControl garante atendimento personalizado, um diferencial na fidelização dos clientes. Isso é possível tanto no restaurante quanto no serviço de entrega em domicílio, feito com base em um histórico das preferências de cada cliente. A Blak Informática também padronizou o atendimento e fez o controle da gestão das lojas de alimentação e mercadorias do parque temático Hopi Hari, na UCI Cinemas, no Parque da Mônica Rio de Janeiro e nos restaurantes da cadeia atacadista Makro. E-commerce Além do balcão estão as vendas via internet, e são muitas as franqui-
as que já disponibilizaram essa alternativa aos consumidores. Desde as redes de alimentação até as de cosméticos ou roupas garantem parte da venda de maneira virtual. A rede de lojas de moda jovem Strutura lança mão de recursos da internet para impulsionar suas vendas e atingir consumidores de praças onde não dispõe de pontos-de-venda. Implantada para aumentar a participação da empresa em todo o mercado nacional, a loja virtual está disponível num site despojado e de fácil navegação. “Como a internet é uma ferramenta ágil e eficiente, temos condições de oferecer nossos produtos e entregálos no endereço indicado”, conta Fuad Sader Júnior, diretor da rede. Em fase de implantação, o projeto começa a dar amostras de que trará bons resultados. “Nossa expectativa é aumentar as vendas em 10 %”, diz o executivo. A meta
da rede, que tem foco no atendimento ao público pertencente às classes A, B e C, é concluir o projeto até o final do primeiro trimestre e utilizá-lo como ferramenta de divulgação de suas coleções, que têm como carro-chefe a moda casual. Segundo Sader, a internet é um canal de vendas capaz de eliminar até mesmo barreiras geográficas. “Já atendemos pedidos vindos de outros países, como por exemplo os Estados Unidos.” O executivo informa ainda que a garantia de entrega é assegurada pelos Correios, graças à parceria estabelecida para a confiabilidade na entrega das compras efetuadas. O consumidor escolhe as peças e opta pelo pagamento via depósito em conta, boleto bancário ou cartões de crédito. A Strutura está no mercado desde 1984 e hoje conta com 22 unidades
próprias e 12 franqueadas, distribuídas em diversas regiões, em especial na capital paulista, interior de São Paulo, Santa Catarina e Nordeste. Desde 1992 a empresa conta com o sistema de franchising, que foi reformatado em 2003 para oferecer três novos conceitos de loja: Strutura Light, Strutura Classic e Strutura Premium, atendendo às diversas demandas de investidores e empreendedores.
Linha Direta Blak Informática (21) 2223-0502 ou www.snackcontrol.com.br Multicoisas (67) 312-8000 Strutura www.strutura.com.br
2004
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Empreendedor – Março
Franquia
Total
POR DENTRO DO FRANCHISING
Construa seus resultados, fazendo o que resolve Por Marcelo Cherto Presidente do Grupo Cherto e do Instituto Franchising info@cherto.com.br
Nos últimos tempos tem sido um tal de 11 de Setembro, Guerra do Iraque, flutuação do risco-país, crescimento do crime organizado, escândalos, em que os economistas e outros “arautos do caos” conseguiram as desculpas de que necessitam para demonstrar que, se você e eu achamos que tudo está péssimo, ainda não vimos nada. Pois me atrevo a sugerir ao leitor que deixe de dar ouvidos a tudo o que se diz, por mais que essas pessoas tenham espaço na mídia, façam parte deste ou daquele Conselho e sejam considerados os “reis-da-cocada-preta” nos respectivos segmentos de atuação. São inúmeros os casos em que especialistas respeitados cometeram erros grosseiros. As frases a seguir mostram que, quando o pessimismo, a descrença, o medo do novo e a paixão pelo próprio umbigo tomam conta de alguém, a pessoa tende a fazer asneiras:
2004
“Não há motivo para alguém querer ter um computador em casa.” [Ken Olson, fundador e presidente da DEC – Digital Equipment Corporation, em 1977] “Quem, diabos, iria querer ouvir a fala dos atores num filMarço – Empreendedor
me?” [H.M. Warner, fundador da Warner Brothers] “Não gostamos do som deles. E, além disso, música de guitarras logo vai sair de moda.” [executivo da Decca Records, que se recusou a contratar os Beatles, em 1962]
“Se você quer ter sucesso, seja no que for, vá à luta. Aja, voltese para o que é básico para atingir o sucesso que busca e construa os resultados” “Tudo o que o homem poderia inventar já foi inventado.” [Charles H. Duell, então diretor do Departamento de Patentes dos EUA, em 1899] “No futuro, os computadores poderão pesar menos de uma tonelada e meia.” [revista Mecâni-
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ca Popular, em 1949] “Esse tal de telefone tem muitas falhas para ser levado a sério como um meio de comunicação. Esse aparelho é inerentemente desprovido de qualquer valor para nós.” [memorando interno da Western Union, em 1876] Portanto, não entre em desespero com o que lê nos jornais e revistas, assiste na tevê e ouve no rádio. Tenha mais fé em você mesmo, encare a situação de frente, analise e aja. Sempre há saídas para quem for competente, estiver disposto a trabalhar firme e a correr atrás dos resultados que deseja, fazendo o que resolve. Mas lembre-se de que, se quiser chegar ao final da semana, do mês ou do ano com resultados positivos, há uma série de coisas que precisa fazer hoje, amanhã e assim por diante. Afinal, todo efeito sem causa é um milagre. E milagres não acontecem todos os dias. Se você quer ter sucesso, seja no que for, vá à luta. Aja, volte-se para o que é básico para atingir o sucesso que busca e construa os resultados. Sim, você precisa construir os resultados que deseja, pois é pouco provável que eles simplesmente aconteçam. É bem raro o sucesso cair no colo de alguém. Deixe de lado o choramingo, pare de reclamar da situação, não perca tempo dando ouvidos aos pessimistas e faça o que resolve.
2003
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Empreendedor – Outubro
Franquia
ABF
ABF Franchising Expo 2004
2004
Faltam três meses para a ABF Franchising Expo 2004, a maior feira de franquias da América Latina, e cerca de 90% da área de exposição já foi comercializada. O evento acontecerá entre os dias 16 e 19 de junho no ITM Expo, em São Paulo. Desde a sua primeira edição em 1992, o evento tornou-se um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento do franchising no Brasil, uma vez que a feira proporciona aos visitantes um contato direto com as redes franqueadoras e o funcionamento do sistema. Em 2003 a feira contou com a participação de 170 empresas expositoras e 25 mil visitantes interessados nos mais diversos segmentos: alimentação, vestuário, saúde & beleza, educação & treinamento, informática, entre outros. A expectativa da organização é de que o número de visitantes supere o das edições anteriores. Para mais informações visite o site da feira: www.abfexpo.com.br.
Março – Empreendedor
ABF premia os melhores do ano A Associação Brasileira de Franchising (ABF) está organizando uma festa especial que reunirá empresários, profissionais do sistema e a imprensa especializada. O evento acontecerá no dia 14 de abril, no O Leopolldo, em São Paulo. Na ocasião, será entregue o SEF – Selo de Excelência em Franchising, que é a maior chancela do franchising brasileiro e que avaliou o desempenho das redes durante o ano de 2003. Em seguida, serão homenageados os vencedores das quatro categorias do Prêmio ABF Destaque Franchising 2003/2004. O objetivo do Prêmio ABF Destaque Franchising é reverenciar todos aqueles que contribuíram para a promoção e o desenvolvimento do sistema de franchising no país. A premiação irá congratular as seguintes categorias: Franqueador – con-
cedido à rede que melhor exerceu a prática do franchising durante o ano; Franqueado – concedido ao franqueado que mais contribuiu para o desenvolvimento da sua rede durante o ano; Jornalismo (categorias Jornal e Revista) – concedido aos jornalistas que publicaram durante o ano reportagens que promoveram o sistema de franchising brasileiro e estimularam o interesse nessa forma de expansão de negócio; e Trabalhos Acadêmicos – concedido ao estudante que concluiu durante o ano o melhor trabalho, monografia ou tese sobre o sistema de franchising. Para mais informações sobre o evento entre em contato com o Departamento de Marketing e Comunicação da ABF pelo telefone (11) 38144200, ramais 15 e 23, ou através do e-mail comunicação@abf.com.br.
Guia Oficial de Franquias 2004 O Guia Oficial de Franquias da ABF é a publicação mais completa sobre redes de franquias, fornecedores e consultores, constituindo-se numa ferramenta indispensável de consulta para geração de novos negócios no segmento do franchising. O Guia é produzido e distribuído pela Editora Empreendedor, responsável também pela comercialização dos espaços publicitários. Os dados das redes franqueadoras são coletados e organizados pela ABF. Seu editorial é produzido e adequado para a geração de conhecimentos e expansão do franchising, con-
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tando com a colaboração de diversos consultores especializados e demais empresários ligados ao sistema no país. Lançado anualmente, a publicação conta com uma tiragem de 50 mil exemplares, circulação nacional e distribuição em bancas, livrarias, balcões Sebrae, sede da ABF e na ABF Franchising Expo 2004. O início da circulação do Guia Oficial de Franquias 2004 está previsto para o mês de abril. Para outras informações sobre a publicação entre em contato com a Editora Empreendedor pelo telefone (11) 3214-5938.
FRANQUIAS EM EXPANSÃO Worktek Negócio: cursos profissionalizantes Tel: (19) 3743-2000 www.worktek.com.br
Cursos Profissionalizantes A Worktek Formação Profissional faz parte do ProAcademix, maior grupo educacional do Brasil detentor das marcas Wizard, Alps e Proativo. Tratase de uma nova modalidade de franquias com o objetivo de preparar o jovem para o primeiro emprego ou adultos que buscam uma recolocação no mercado de trabalho. São mais de 30 cursos, entre eles, Office XP, Web Designer, Digitação, Curso Técnico Administrativo (C.T.A.), Montagem e Manutenção de Computadores, Secretariado, Operador de Telemarketing, Turismo e Hotelaria, Recepcionista e Telefonista, Marketing e Atendimento ao Nº de unidades próprias e franqueadas: 46 Cliente. Áreas de interesse:: Brasil Entre os diferenciais da Apoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, TR, Worktek está a qualidade do PF, FI, EI, PN, AJ, FB, FL, CP, FM material e do método de enTaxas de Franquia: entre R$10 mil e R$ 25 mil sino, além do comprometiInstalação da empresa: de R$ 30 mil mento com a recolocação que a R$ 100 mil vai além das salas de aula atraCapital de giro: R$ 20 mil vés do POP, Programa de Prazo de retorno: 36 meses Orientação Profissional. Contato: Artur José Hipólito
Livros CDs DVDs Papelaria Revistas Fundada em 1943 e com mais de 10 anos de know-how em sistemas de franquias, a Nobel é hoje a maior rede de livrarias do Brasil com mais de 100 franquias espalhadas pelo país. Confira algumas vantagens da franquia Nobel: consignação de grande parte do estoque inicial, com condições comerciais melhores do que as de uma livraria independente; suporte operacional e para escolha, análise e negociação do ponto comercial; abertura para a implantação de negócios complementares como café e internet; modelos de franquia de acordo com o potencial de cada região do Brasil: livraria, megastore e express (quiosques e lojas compactas); plano de expanNº de unidades próprias e franqueadas: 121 são definido para o Áreas de interesse: Brasil mercado brasileiro Apoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, TR, PF, FI, EL, PN, SP Taxas: de R$ 10 mil a R$ 25 mil (franquia) com oportunidades Royalties: de R$ 500 a R$ 5 mil especiais para noFPP (Fundo de Promoção e Propaganda): de R$ 100 a R$ 1 mil vos franqueados. Instalação da empresa: a partir de R$ 29.950 Faça parte desse suCapital de giro: variável cesso! Entre agora Prazo de retorno: de 24 a 36 meses (estimativa) em contato! Contato: Depto. de expansão 11-3706-1491/1493
PBF Inglês e Espanhol Negócio: Educação/Ensino de Idiomas Tel: (11) 5084-1924/Fax: (11) 5084-8882 franchising@pbf.com.br/www.pbf.com.br
1. A PBF exige pequeno investimento e não cobra royalties. 2. A PBF é uma rede de escolas de idioma com mais de 30 anos de experiência e tradição. 3. A PBF possui um método de ensino exclusivo e próprio, totalmente atual e comunicativo. 4. A PBF forneNº de unidades: 223 ce suporte em toÁreas de interesse: Todo o Brasil das as áreas, da Apoio: PA, PO, TR, PF, EL, SP, MP, PM, PO, OM administrativa à Taxas: 30% pool propaganda sobre compra de livro pedagógica. Instalação da empresa: a partir de R$ 40 mil (de5. A PBF trabapendendo do tamanho da cidade) Capital de giro: R$ 10 mil lha para você cresPrazo de retorno: 18 a 24 meses cer sem parar! Contato: Departamento de Franquias
PA- Projeto Arquitetônico, PM- Projeto Mercadológico, MP- Material Promocional, PP- Propaganda e Publicidade, PO- Projeto de Operação, OM- Orientação sobre Métodos de Trabalho, TR- Treinamento, PF- Projeto Financeiro, FI- Financiamento, EI- Escolha de Equipamentos e Instalações, PN- Projeto Organizacional da Nova Unidade, SP- Solução de Ponto
FRANQUIAS EM EXPANSÃO Golden Services
Alps
Negócio: prestação de serviços do futuro Tel: 0800 12 7286/Fax: (11) 374-3 2734 E-mail:franquia@goldenservice.com.br/www.goldenservices.com.br
O futuro é aqui SERVIÇOS DO FUTURO é um conceito de unidades de prestação de serviços de alta qualidade, instaladas estrategicamente para atender um público que busca praticidade, qualidade e preços justos. Em cada uma de nossas lojas encontramos o máximo em tecnologia e atendimento profissional para consertos de sapatos, bolsas e tênis, serviços de costura, além da mais moderna lavanderia do mercado. Nosso suporte é completo para o franqueado, desde a localização e negociação do ponto comercial até a implantação da loja. As franquias que hoje fazem parte do GOLDEN SERVICES são: SAPATARIA DO FUTURO (a sua loja de serviços com mais de 130 lojas em todo Brasil); COSTURA DO FUTURO (a única e mais completa rede nacional de serviços de reforma de roupas em geral); LAVANDERIA DO FUTURO (a lavanderia mais moderna do Brasil). Venha fazer Nº de unidades próprias e franqueadas: 352 bandeiras parte desse sucesso! Área de interesse: Brasil Apoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, TR, PF. FI. Seja um franqueado do EL, PN, SP futuro! Informações Taxa: variáveis (ver site) para franquias: 0800 12 Instalação da empresa: variável (ver site) 7286 e www.goldenCapital de giro: variável services.com.br. Prazo de retorno: 24 a 36 meses
Negócio: escola de idiomas Tel: (19) 3296-0600 www.alpschool.com.br
Oportunidade de sucesso Rede em ampla expansão Lançada em maio de 2001, a Alps faz parte do grupo ProAcademix, também detentor da marca Wizard. Atualmente, ela é a rede de franquias de idiomas que mais cresce no Brasil, com unidades espalhadas por todo o país. O sistema Alps de ensino conta com metodologia desenvolvida nos Estados Unidos que utiliza avançadas técnicas de neurolingüística, em que o aluno é estimulado a desenvolver as quatro habilidades fundamentais para se comunicar na língua inglesa: conversação, compreensão auditiva, leitura e escrita. Assim, o aprendizado é feito de forma natural, rápida e permanente. A Alps conta com know-how administrativo e comercial, através de um sistema Nº de unidades próp. e franq.: 101 exclusivo de ensino, Áreas de interesse: América Latina, Estados e dá assessoria na seUnidos, Japão, Europa leção do ponto coApoio: PA, PP, PO, OM, TR, FI, PN mercial, na adequação Taxas: R$ 10 mil (franquia) e R$ 12,00 por kit (publicidade) do imóvel e na imInstalação da empresa: R$ 20 mil a R$ 40 mil plantação e operação Capital de giro: R$ 35 mil da escola. Prazo de retorno: 12 a 18 meses Contato: Ivan Cardoso
Cacau Show
Negócio: Chocolates Finos Tel: 11.3959.2800 Fax: 11.3959.2812 E-mail: vendas@cacaushow.com.br Home page: www.cacaushow.com.br
Segurança e Competitividade A Cacau Show é hoje a maior indústria de chocolates finos do Brasil. Fundada há 15 anos, ganhou em 2002 o prêmio “Excelência – Categoria Chocolates” da ABICAB. As lojas padronizadas vieram como consequência do crescimento e solidez conquistados em mais de uma década de trabalho. Temos hoje 28 unidades, todas com excelentes resultados e disponíveis para análise. Não cobramos taxas de adesão, royalties ou semelhantes: Acreditamos que o nosso lucro deve vir unicamente do fornecimento do nosso produto, e por isso não objetivamos ganhar nas instalações, na concessão da marca ou no apoio. Oferecemos a melhor relação de custo X benefício do mercado de chocolates finos, tanto para o parceiro de negócios como também para o consumidor. Hoje os nossos chocolates são em média 50% mais baratos que os da concorrência, mas com uma qualidade equivalente. Também destacamos que nas lojas Cacau Show existem 03 possibilidades de trabalho: 1) Fazer a venda para o consumidor na loja; 2) comercializar ativamente no atacado, para diversos estabelecimentos da região; 3) formar equipes de revendedoras autônomas por catálogo. Para o aproveitamento desse 03 canais, onde a venda não é apeN.º de unidades Próprias e Franqueadas: 28 nas passiva mas Áreas de interesse: Brasil também ativa, a Apoio: PA, PM, MP, PO, OM, TR, PF, EL, PN, SP. Cacau Show forTaxas: Nenhuma nece todos os insInstalação da Empresa: $ 24.000,00 trumentos, apoio e Capital de giro: $ 10.000,00 Know How necesPrazo de retorno: 12 a 18 meses sários.
A mídia exterior é o segmento que mais cresceu nos últimos anos. Atuando no mercado desde 1980, a Shempo tem desenvolvido e implantado diversos equipamentos e mobiliários urbanos: luminosos em topo de edíficios, paredes laterais, front-light, relógios urbanos, identificadores de vias e logadouros públicos, além de projetos inovadores para áreas de shoppings, aeroportos e outros locais de segmentação expressiva. Com tecnologia de ponta, a Shempo tem corrigido desvios, criando normas e procedimentos que garantam a permanência de padrão visual. Com mix diversificado de produtos do Mobiliário Urbano, a Shempo se destaca e sai na frente como a primeira empresa nacional em seu segmento, a oferecer franquia para exploração da mídia exterior.
Contato: Stefenson Soalheiro
PA- Projeto Arquitetônico, PM- Projeto Mercadológico, MP- Material Promocional, PP- Propaganda e Publicidade, PO- Projeto de Operação, OM- Orientação sobre Métodos de Trabalho, TR- Treinamento, PF- Projeto Financeiro, FI- Financiamento, EI- Escolha de Equipamentos e Instalações, PN- Projeto Organizacional da Nova Unidade, SP- Solução de Ponto
Wizard
Union Service
Negócio: Escola de Idiomas Tel: (19) 3743-2098 www.wizard.com.br
Negócio: recursos humanos Tel/Fax: (11) 3833-0671 www.unionservice.com.br
Recursos humanos A Union Service é a franquia de Recursos Humanos que há mais de dez anos vem se destacando no mercado de terceirização de serviços, recrutamento e seleção, e treinamento de pessoal efetivo e temporário, desenvolvendo soluções e parcerias. Devido ao seu pioneirismo no setor, a Union Service foi a primeira empresa do ramo a distribuir seu know-how pelo território brasileiro, através do sistema de franchising. As franquias levam o mesmo conhecimento e técnicas desenvolvidas, além de contar com um processo impecável de reciclagem e atualização de sistemas, assessoria jurídica e trabalhista e suporte de marketing. As premiações da ABF, Sindeprestem/Assertem, Nº de unidades: 11 Área de interesse: Brasil International Exporter’s SerApoio: MP, PP, PO, OM, TR, PF, EI, PN vice e a Certificação ISO 9001 Taxas: R$ 15.000 (franquia unitária) versão 2000 comprovam a e R$ 25.000 (franquia master) qualidade dos serviços e do Instalação da empresa: R$ 17.000 sistema da franquia da Union Capital de giro: R$ 18.000 Prazo de retorno: 18 a 36 meses Service. Contato: Eladio Cezar Toledo
Sucesso educacional e empresarial A Wizard Idiomas é a terceira maior rede de franquias do Brasil e a maior no segmento de ensino de idiomas*. Atualmente, são 1.125 unidades no Brasil e no exterior que geram mais de 15 mil empregos e atendem cerca de meio milhão de alunos por ano. A liderança da Wizard deve-se a qualidade do método de ensino que inovou o conceito em seu segmento de atuação. O resultado é uma metodologia com resultados acima dos registrados nos métodos convencionais. A Wizard dispõe de moderno currículo, material altamente didático com proposta pedagógica para atender alunos da educação infantil, ensino fundamental, médio, superior e terceira idade. Além de inglês, ensina espanhol, italiano, alemão, francês Nº de unidades: 1.125 franqueadas Áreas de interesse: América Latina, EUA, e português para estranEuropa e Japão geiros. A Wizard é tamApoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, TR, PF, FI, bém pioneira no ensino EI, PN, AJ, FB, FL, CP, FM de inglês em Braille. Taxas de Franquia: entre R$10 mil e R$ 32 mil Instalação da empresa: a partir de R$ 50 mil * Fonte: Associação BraCapital de giro: R$ 15 mil sileira de Franchising e InsPrazo de retorno: 18 a 24 meses tituto Franchising. Contato: Alberto Campos
Fisk
China House Delivery
Negócio: Educação/Ensino de Idiomas Tel: (11) 5573-7000/Fax: ramal 251/255 franchising@fisk.com.br/www.fisk.com.br
Negócio: delivery de comida chinesa Tel: (0xx11) 6239.9900 – Fax: (0xx11) 6238.7733 www.chinahouse.com.br/franquia@chinahouse.com.br
O seu sucesso é a nossa história! Faça parte de uma rede de escolas de idiomas com mais de 40 anos de experiência e tradição em ser sucesso. A empresa atua no Brasil desde 1958, transferindo seu know-how aos franqueados distribuídos por todo o Brasil, América Latina e Japão. A FISK oferece um suporte de primeira linha incluindo treinamento em 11 áreas distintas para que o franqueado faça uma ótima administração em sua escola. O método de ensino exclusivo é constantemente atualizado por uma equipe pedagógica altamente qualificada e esse é o nosso ponto mais forte. Com um pequeno investimento você abre uma franNº de unidades: 40 próprias e 667 franqueadas quia FISK e consÁreas de interesse: Todo o Brasil trói também a Apoio: PA, PO, TR, PF, EL, SP, MP, PM, PO, OM sua história de Taxas: 30% pool propaganda sobre compra de livro sucesso num Instalação da empresa: a partir de R$ 40 mil mercado em franCapital de giro: R$ 10 mil ca expansão. Prazo de retorno: 18 a 24 meses Contato: Christian Alberto Ambros
Faça parte desse sucesso A China House é uma franquia de delivery de comida chinesa com sete anos de tradição. Tem como diferenciais a qualidade e forma de preparo dos alimentos e uma ótima prestação de serviço aos seus clientes, que garantem o seu sucesso e aceitação no mercado. Vantagens: baixo investimento; negociação coorporativa com fornecedores (venda direta de fornecedor para franqueado, menores custos e maiores margens); excelente mix de produtos com ótima aceitação; projeto arquitetônico incluso na taxa de franquia; assessoria na localização do ponto, nas obras e na inauguração da loja; treinamento inicial, consultoria e visitas periódicas. Um dos setores N° de unidades: 5 que mais se mantiveÁreas de interesse: Grande São Paulo e mediações, regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste ram estáveis (alimentação), aliado a Apoio: PA, PP, PO, OM, TR, EI, PN, SP Taxas: R$ 15.000,00 (franquia), prestação de serviços 5% (royalties) e 2% (publicidade) (delivery), dentro de Obra Civil/Equip.: A partir de R$ 65.000,00 um único negócio. Só Estoque Inicial/Capital de Giro: R$ 20.000,00 falta você. Contato: Jorge Luiz Torres
PA- Projeto Arquitetônico, PM- Projeto Mercadológico, MP- Material Promocional, PP- Propaganda e Publicidade, PO- Projeto de Operação, OM- Orientação sobre Métodos de Trabalho, TR- Treinamento, PF- Projeto Financeiro, FI- Financiamento, EI- Escolha de Equipamentos e Instalações, PN- Projeto Organizacional da Nova Unidade, SP- Solução de Ponto
Franquia
Total
FRANCO FRANQUIA Especialista em dizer o que pensa e lembrar os cuidados que se deve ter antes de entrar para o mundo das franquias.
2004
NOVAS IDÉIAS Caro leitor, a forma com que você desenvolve uma nova idéia é fundamental quando se precisa apresentála para a avaliação de outras pessoas. Ou seja, é preciso desenvolvê-la de tal modo que possa ter consistência e potencial para ser colocada em prática. De nada adianta você aparecer numa reunião da rede e sugerir a idéia X e, aos primeiros questionamentos, não oferecer respostas. O primeiro passo no desenvolvimento de uma nova idéia, portanto, é cercá-la de todas as variáveis que possam sustentar a sua aplicação. Essas variáveis podem ser internas ou externas e incluem questões financeiras e de mãode-obra, por exemplo. Ou seja, para tornar uma idéia viável, calcule o quanto deverá ser desembolsado e avalie a capacidade dos colaboradores das franquias em aplicá-la. Agora, uma questão me deixou curioso na sua pergunta. Você disse que está sendo incentivado a sugerir novas idéias. Isso leva a crer que, no momento, você não tem o hábito de pensar em novas idéias. Aí, a questão com a qual você deve se preocupar não é o desenvolvimento da idéia, mas sim a própria atitude de estar sempre buscando novas idéias. Sim, cuidar do “antes”, das atitudes que dão origem a novas idéias. E isso parte do seu próprio comportamento. Por exemplo: é praticamente impossível que alguém que não tem o hábito da leitura seja capaz de gerar idéias interessantes. Ser mal informado impede o indivíduo de ter uma série de discernimentos, entre os quais conceber estratégias originais, competitivas. Por isso, se quiser ter boas idéias, procure se informar cada vez mais e melhor. Lembre-se de que toda forma de se manter informado é bem-vinda, mas saiba selecionar Março – Empreendedor
Estou sendo incentivado a sugerir novas idéias na rede em que atuo, mas não sei por onde devo começar a desenvolvê-las.
aquilo que mais tem a ver com o seu ramo de atuação. No fim das contas, o que vale mesmo é agir de maneira pró-ativa no que diz respeito a ter e desenvolver novas idéias e aproveitar a abertura que a sua rede está dando aos franqueados. Afinal, tem muito franqueado que reclama que a direção da rede é pouco afeita a sugestões. Você, aceitando o incentivo (ou o desafio) de sugerir novas idéias, está
contribuindo de forma significativa para o desenvolvimento não só da sua franquia, mas de toda a rede. Um detalhe importante: essa atitude de sugerir novas idéias passa longe de simplesmente copiar o que a concorrência anda fazendo. Observar os concorrentes (o chamado benchmarking) e disso extrair novas idéias é viável, mas, francamente, não vá cair na tentação de copiar e colar aquilo que não é seu.
Escreva para Franco Franquia: francofranquia@empreendedor.com.br
Franqueza Total
“A pior maneira de conquistar autoridade é ser autoritário. A melhor é demonstrar interesse real pelo que seus colaboradores têm a dizer” (Franco Franquia)
MURAL Pense rápido... Quantas vezes você teve uma oportunidade clara na sua frente, mas por uma fração de segundos, diante do medo de fracassar, por exemplo, resolveu deixar passar? Isto não acontece só no mundo dos negócios, mas também na própria vida: o arrependimento por não ter tomado um outro caminho, por não ter agido de outra forma. Mas se existe o arrependimento, melhor saber como lidar com esse sentimento. Em vez de encará-lo como um martírio, trate-o como uma lição.
!
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Qual é o seu lema? Já pensou em criar seu próprio lema? Não digo adotar a frase de um pensador famoso nem do fundador da rede de franquia da qual você faz parte. Estou dizendo para VOCÊ criar o seu próprio lema, sim, aquelas palavras para escrever na primeira página da agenda ou colocar no descanso de tela do computador que fazem lembrar de metas e necessidades. É como um energético que ajuda a seguir o caminho desejado. Pode testar. Por exemplo, o meu lema no momento é “inspiração, motivação e disciplina”.
2004
Empreendedor – Março
2004
(Capa
Março – Empreendedor
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Lição de Com 30 anos de mercado, a rede de escolas de idiomas CNA aposta numa gestão inovadora para atrair cada vez mais alunos e manter sua posição entre as principais redes em seu segmento Acari Amorim
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O CNA EM NÚMEROS Ano de fundação: 1973 Escolas: 372 Alunos: 320 mil 2004
FÁBIO SALLES
por
Um grupo de jovens, todos por volta dos 18 anos, bate um papo animado em frente à escola de inglês e espanhol CNA, na rua XV de Novembro, no centro de Curitiba. A aula já acabou e eles estão ainda conversando, em inglês. Parecem velhos amigos, mas se conheceram ali mesmo no último ano. Marcam um novo encontro. Despedem-se com um “bye, bye”, e depois cada um segue o seu caminho. Essa é uma cena comum, diária, que mostra o clima alegre e descontraído que predomina em cada uma das 372 escolas da rede de franquias CNA espalhadas por todo o país, onde cerca de 320 mil alunos estudam inglês e espanhol durante o ano. Ao completar agora 30 anos de existência, o CNA – Instituto Cultural NorteAmericano – firma uma marca própria e exclusiva, na qual se destaca a metodologia inovadora e interativa, que dá o tom não só ao material didático mas também ao ambiente das escolas, alegres e coloridas. A maioria delas possui biblioteca, la-
FÁBIO SALLES
bons negócios
Empreendedor – Março
(Capa O CNA nasceu justamente depois que Luiz Nogueira passou por um teste de bom humor. Ele era representante de vendas de uma editora de livros didáticos em Porto Alegre e liderava uma equipe de 250 vendedores. Num final de tarde, em 1973, um dos seus vendedores chegou com uma novidade: na ânsia de fechar uma venda, esse vendedor havia prometido 12 aulas de inglês gratuitas a uma dona de casa, caso ela comprasse uma coleção de livros sobre o idioma. Tomado de surpresa, Luiz Nogueira suspirou fundo, abriu um sorriso e garantiu ao vendedor que iria atender aquela senhora. Naquela mesma tarde vislumbrou uma nova oportunidade de negócio e adotou a “promoção” como ferramenta de venda. Afinal, tinha espaço para ensinar inglês nas próprias salas de treinamento dos vendedores, com lousa e tudo. Logo contratou uma professora, que ali passou a dar as aulas prometidas e, em seis meses, tinha montado sua própria escola de inglês com 2.400 alunos. A partir dessa primeira experiência em Porto Alegre, Luiz Nogueira começou a abrir escolas piloto, primeiro em Curitiba, depois em Campinas, para então desembarcar em São Paulo, onde montou sua sede própria, primeiro no bairro da Liberdade. No início dos anos 80, o empreendedor Luiz Nogueira percebeu a necessidade de estabelecer uma metodologia própria em sua escola, ANA CUDER: DIDÁTICA ADOTADA PELO CNA voltada para a realiAUMENTA INTERAÇÃO ENTRE ALUNO E dade do Brasil. Até PROFESSOR, FACILITANDO O APRENDIZADO
2004
FÁBIO SALLES
boratório de multimídia, com acesso à internet, cybercafé, auditório e áreas de convivência. Como um simpático e bem-humorado professor, o mineiro que é o presidente e fundador da rede CNA, Luiz Nogueira da Gama Neto, 56 anos, prefere usar, por exemplo, expressões como “point” em vez de escola. “Os jovens e mesmo os adultos que estudam no CNA dizem que aqui é um point e não uma escola comum. Aqui se aprende inglês e espanhol com alegria, mas com muito conteúdo, através de um material didático feito sob medida para o aluno brasileiro e com professores treinados para trabalhar com este método tão inovador. A escola é um ponto de encontro dos alunos, onde eles aprendem ao mesmo tempo que trocam experiências de vida”, completa Luiz Nogueira.
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aquele momento, o CNA usava os livros que deram início ao negócio. Foi quando conheceu a professora Ana Maria Cristina Cuder, hoje vicepresidente operacional e responsável pela pedagogia e ensino em toda a rede CNA. Ela entrou na escola com a missão e a carta branca para criar um método de ensino próprio, baseado em situações reais do diaa-dia, com aulas dinâmicas e interativas. Passou também a criar os livros exclusivos do CNA, que tiveram aceitação imediata. Cartas para Madonna Por muito tempo uma coisa martelou na cabeça da professora Ana Maria Cristina Cuder. Ainda no banco escolar e mais tarde já fazendo estágio como professora, ela não conseguia entender o ambiente das salas de aulas: em geral, com cores escuras, professores falando para ninguém ouvir e entender, alunos tristes, infelizes, sem nenhum humor. Decidiu, então, que iria lutar para mudar essa situação. A sua grande chance aconteceu no CNA. Nessa escola, desde que começou a trabalhar, em 1981, pôde concretizar todas as suas aspirações como educadora. Primeiro, começou por reforçar as cores vivas e alegres da escola e logo conseguiu mudar uma prática comum no ensino de idiomas no país, que era de usar livros “enlatados”, de utilizar complicadas edições estrangeiras, sujeitas a oscilações do dólar. Ela mesma começou a produzir livros, com base na realidade brasileira. Os três primeiros livros, lembra ela, foram produzidos numa antiga máquina Olivetti e impressos em preto e branco. A partir daí ela não parou mais. Pesquisadora incansável, não escreve uma linha sequer sem fazer um estudo do impacto do conteúdo sobre o aluno. Ela também concebe a arte que irá compor as páginas dos livros, que hoje são bastante coloridos, com grá-
OS DIFERENCIAIS DO CNA Escolas com paredes em cores vivas, fortes. Os livros e todos os materiais didáticos são também reconhecidos pelas cores vivas, alegres. FOTOS DIVULGAÇÃO
A metodologia de ensino é própria. Os materiais didáticos são também produzidos pelo próprio CNA. A filosofia da escola é que o aluno aprenda inglês ou espanhol tão naturalmente quanto aprendeu sua língua-mãe, interagindo com a sua realidade. A maioria das escolas possui biblioteca, laboratório de multimídia, com acesso à internet, cybercafé, auditório e área de convivência. Seguro-Educação CNA em caso de desemprego ou perda do responsável para garantir a continuidade do estudo. A rede não cobra royalties. Os investimentos para abertura de uma franquia CNA são de a partir de R$ 90 mil. O franqueado recebe treinamento e acompanhamento periódico em todas as áreas de operação do negócio.
te pesquisa de aceitação da escola. Entre elas cita: “No CNA aprendemse línguas com prazer e com liberdade” e “O CNA provê o seu aluno de elementos que extrapolam a língua, fazendo-o mais confiante e seguro do espaço que pode conquistar na sociedade”. Com os 30 anos de existência do CNA, Luiz Nogueira acredita que trilhou o caminho certo, no qual deve seguir em frente. “Esse filme vale um repeteco porque estamos cumprindo com a nossa missão, que não é apenas de ensinar idiomas, mas de propiciar relacionamentos, convivências, de abrir novas oportunidades profissionais e, o mais importante, melhorar a vida de cada aluno.” Um bom motivo para sorrir.
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ficos e indicações fáceis de entender. A fórmula deu certo. Os seus livros fizeram e fazem sucesso imediato entre os alunos. Ana Cuder, autora de 40 coleções de livros didáticos, diz que tem um compromisso com o aluno e o professor feliz. “Quem sofre não ensina e não aprende. Por isso desenvolvi o sistema de interação do professor com o aluno. Se o aluno vê o professor feliz, e vice-versa, cada um se sente estimulado.” Depois de tantos anos de ensino e produção de livros didáticos de idiomas, a professora Ana Cuder está convencida de que os alunos, principalmente os jovens, não querem mais escrever aquela redação de sempre: “Como foram minhas férias”. “Eles querem é escrever cartas para o fã-clube do Brad Pitt ou da Madonna.” Luiz Nogueira, por sua vez, fica feliz quando repassa algumas expressões de alunos contidas numa recen-
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(Capa Trajetória no franchising
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FÁBIO SALLES
O CNA começou a seguir um novo rumo quando chegou até a sua sede de São Paulo, em 1985, uma carta assinada pela professora gaúcha Neusa Albert, de Charqueadas (RS). Ela era professora particular de inglês na sua cidade e dizia que estava encantada com a didática, o conteúdo e a abordagem lúdica contida nos livros do CNA. E fez um pedido direto: “Quero utilizar os livros com meus alunos. O que faço?” A resposta do CNA foi rápida e positiva. Nascia ali, pelo interesse da professora gaúcha, a primeira franquia da rede. Desde a primeira bandeira hasteada em Charqueadas, o ritmo de crescimento do número de franquias do CNA foi intenso e hoje já somam 372 unidades, instaladas por todo o país. Em média, 30 novas franquias foram abertas por ano em 2001 e 2002. Entre 2003 e 2005, o objetivo é abrir 150 franquias, uma média de 50 por ano, o que representa-
rá um crescimento de 42% no período. Mesmo com o crescimento acelerado nos últimos anos, o CNA, como observa o vice-presidente administrativo, Décio Casarejos Pecin Junior, sempre apostou e investiu na qualidade do ensino de inglês e espanhol e numa boa relação com os franqueados. Não por acaso, o CNA já recebeu, pela 11ª vez consecutiva, o selo de qualidade da Associação Brasileira do Franchising (ABF), graças a um índice de satisfação que alcança hoje 96,6% entre os franqueados. Décio Pecin relaciona o crescimento do sistema de franquias aos diferenciais que o CNA oferece aos seus franqueados. Em primeiro lugar, o material didático exclusivo, concebido pela própria editora da empresa. Segundo, há um relacionamento muito próximo com cada franqueado, através de treinamentos especiais, cursos, convenções e conferências, sem falar no atendimento personalizado, oferecido por todas as áreas da empresa, inclusive com consultorias in loco. E, finalmente, a rede não cobra royalties, como estabelece o modelo vigente de franchising. “São esses diferenciais que fazem do CNA uma das redes que mais crescem no país”, afirma Décio Pecin. Os investimentos para abertura de uma franquia da empresa são de a partir de R$ 90 mil. Nesse valor inicial estão incluídos reforma e montagem da unidade, mobiliário e equipamentos, taxa de franquia e capital de giro. Nos treinamentos em grupo ou individuais, o franqueado obtém informações para operacionalizar o dia-a-dia da unidade, para proceder à seleção e contratação de funcionários e para reconhecer potenciais clientes em sua região de atuação. O franqueado é ainda orientado a selecionar imóveis com característiDÉCIO PECIN: INVESTIMENTO EM cas de localização específicas e meQUALIDADE E BOA RELAÇÃO COM FRANQUEADOS GARANTEM CRESCIMENTO tragens determinadas. Após essa seMarço – Empreendedor
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A FRANQUIA CNA Negócio: Escola de idiomas Unidades próprias: 8 Unidades franqueadas: 364 Apoios: consultoria operacional in service e in loco, treinamento gratuito em todas as áreas do negócio, encontros regionais e nacionais (convenção de franqueados, conferência de ensino, etc.), assessoria completa antes, durante e depois da inauguração, investimentos em marketing, convênios e parcerias corporativas, editora própria, unidades modelo (próprias), onde novos produtos e estratégias são testados antes de serem divulgados para a rede. Todos os anos, os destaques da rede recebem o Prêmio Excelência. Interesse em expandir: cidades como Salvador (BA), Recife (PE), Grande Belo Horizonte (MG), Vitória (ES), Belém (PA) e Campo Grande (MS), além do interior de Santa Catarina e de todo o estado do Paraná. Taxa de franquia: a partir de R$ 28 mil Taxa de royalties: não cobra Área: mínima de 180 m2 Instalação: a partir de R$ 90 mil Capital de giro: de R$ 30 a 60 mil Prazo de retorno: 18 a 24 meses Nº de funcionários por unidade: 12, em média Exige experiência: não Telefones: (11) 3884-3727/ 0800702-3030 Fax: (11) 3884-3727 E-mail: franchising@cna.com.br Site: www.cna.com.br (clicar em “Seja um franqueado”)
leção prévia, um consultor do CNA fará a verificação e aprovação do melhor imóvel selecionado. Além disso, o CNA oferece projeto completo de montagem e faz um acompanhamento diário antes e depois da inauguração durante os seis primeiros meses de vida da unidade. Os franqueados recebem treinamento anual e periódico em todas as áreas que envolvem a operação da unidade (administrativa, financeira, comercial, gerência e gestão de negócios) e são constantemente reciclados.
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Indústria peso-pesado Diante de consumidores cada vez mais exigentes e preocupados com a saúde e a qualidade de vida, os fabricantes dos chamados produtos saudáveis vibram com os índices de crescimento que vêm atingindo nos últimos anos Fábio Mayer
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por
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Mesmo com todas as adversidades na economia do país durante 2003 e início deste ano, a indústria de produtos dietéticos e light continua saudável. Com espaço garantido nas prateleiras, a maior divulgação e a associação dos alimentos diet e light com a saúde e a qualidade de vida têm contribuído para esse mercado decolar no Brasil. “O consumidor brasileiro está cada vez mais consciente da importância de uma alimentação saudável e busca nas prateleiras dos supermercados alimentos com reduzidos teores de gordura, sal, açúcar, etc.”, afirma Jocelem Salgado, professora doutora da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Universidade de São Paulo). Além disso, a especialização do mercado e a crescente oferta de produtos também são responsáveis pelo crescimento do segmento. Na última década, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Dietéticos e para Fins Especiais (Abiad), a média de lançamentos passou de 40 para 180 produtos light e diet por ano. “De lá para cá, foram lançadas 750 versões de alimentos com essas características, das quais 75% classificadas como light”, salienta Jocelem. Para Carlos Eduardo Gouvêa, presidente da Abiad, a maior oferta, tanto pelas indústrias, que enxergam uma possibilidade de aumentar o ciclo de vida de seus produtos, quanto do varejo,
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que percebe um potencial de maior lucratividade em virtude de valor agregado, ajudou na expansão desse mercado no Brasil. Segundo a Abiad, o mercado cresce cerca de 25% ao ano, e movimentou em 2003 em torno de US$ 3 bilhões. “No ano passado mantivemos um crescimento do setor acima do restante. Na verdade, a indústria de alimentos acabou tendo um decréscimo de 4,5% de uma forma geral”, diz Gouvêa. Nos últimos dez anos o segmento aumentou aproximadamente 870%, e a previsão para 2005 é de que alcance a cifra de US$ 7 bilhões. Embora as vendas de produtos diet e light representem cerca de 5% dos alimentos vendidos no Brasil, refrigerantes dietéticos aumentaram em 10% as vendas; leite longa vida light, 23%; derivados de leite, como iogurtes diet e light, 15%; e pães industrializados light, 11,8%. Um estudo realizado pela ACNielsen em 2002 mostra que cada ponto percentual nesse mercado significa R$ 80 milhões em vendas. Democratização Os primeiros produtos com baixas calorias começaram a ser vendidos no Brasil no início dos anos 90, mas os preços não eram acessíveis a todos consumidores. Atualmente podem ser encontrados diversos tipos de produtos sem açúcar e sem gordura como
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GOUVÊA: QUEDA NA DIFERENÇA DE PREÇO ENTRE PRODUTOS TRADICIONAIS E LIGHTS FAVORECEU A EXPANSÃO DO MERCADO
biscoitos, pães, doces, geléias, refrigerantes, requeijão, chocolates e barras de cereais. Apesar de serem ainda mais caros – em alguns casos chegam a custar até 30% a mais do que os similares tradicionais –, os produtos diet e light começam a ser consumidos pela população de renda mais baixa, embora
em menor proporção. “Com o aumento de escala, a diferença de preços entre os produtos tradicionais e os light começa a diminuir, possibilitando o acesso por outras camadas sociais”, diz Gouvêa. A mesma pesquisa realizada pela ACNielsen, com mais de 1.600 entrevistados em diversas capitais, indi-
cou que, na classe C, 35% das pessoas compram alimentos diet e light. Já na classe A essa taxa aumenta para 72%. “Começa a haver uma democratização. Trata-se de um ciclo virtuoso: maior volume proporciona menores custos, que proporcionam maiores volumes.” Atuando nesse segmento desde 1973 no Brasil, a Vepê Indústria Alimentícia, associação da Hermes Sweeteners, da Suíça, fabricante de produtos dietéticos, e do Grupo Brasfanta, iniciou as atividades no ramo para atender às necessidades do público diabético e obeso. Na época, segundo Edson Chang, diretor de Marketing da empresa, os alimentos dietéticos eram ainda relacionados a medicamentos. “Com o passar dos anos, os produtos diet deixaram a imagem de remédio para trás e passaram a interessar também o público que se preocupa em manter a forma e a qualidade de vida.” Atualmente a Vepê possui mais de 15 linhas de pro-
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dutos, atendendo diferentes consumidores. Ano passado a companhia faturou R$ 40 milhões e tem a expectativa de 35% de crescimento para 2004. Segundo William De Angelis Sallum, diretor de Marketing e Vendas da Wow! Bebidas, que produz os sucos Sufresh, o mercado de produtos light é promissor e tende a apresentar um crescimento sustentável nos próximos anos em níveis superiores ao dos produtos normais. Como exemplo, ele cita a linha light da Sufresh, que representa de 15% a 20% do volume de venda do suco. “Cada vez mais os consumidores são atraídos por produtos diet e light, enfim com um conceito de saudabilidade, e dispostos a pagar mais por eles. Essa onda de produtos com benefício light é mundial e veio para ficar.” De acordo com Sallum, a Wow vê esse segmento como estratégico e pretende explorar o conceito de saudabilidade nos seus produtos atuais e nos novos conceitos a serem lançados. De olho nesse mercado, a S. Teixeira Produtos Alimentícios, pioneira
Diet ou light? na fabricação de queijo ralado, investiu cerca de R$ 1 milhão entre desenvolvimento e lançamento de três novos produtos, dois deles light. “Procuramos, com a ampliação da linha de produtos, dar uma opção a mais na área de laticínios a todos os consumidores e a possibilidade de eles escolherem seu tipo e sabor preferidos, com teores reduzidos de gordura e colesterol”, afirma Solon Teixeira de Rezende Júnior, diretor da empresa. Ele salienta que uma das estratégias de crescimento é reduzir o diferencial de preço para cerca de 10% entre o produto light e o tradicional. Com isso a S. Teixeira espera ampliar em 10% o faturamento geral, que em 2002 alcançou os US$ 3 bilhões com a venda de produtos tradicionais.
Novos negócios O avanço da indústria de alimentos dietéticos também está impulsionando outros segmentos e proporcionando a criação de novos negócios. Um dos beneficiados é a área de gastronomia. “Têm surgido diversas oportunidades, inclusive em restaurantes e empresas de catering (responsáveis pela elaboração e fornecimento de alimentação). Pratos com menos gordura têm sido oferecidos com grande sucesso, ao lado da indicação da quantidade de calorias. Com certeza é um nicho em crescimento”, aponta Gouvêa. Outro ramo de atividade com espaço garantido nesse segmento e com tendência de crescimento é o da indústria de insumos, como edulcorante (substituto do açúcar), utilizados na fabricação dos produtos diet e light. “De uns anos para cá tem aumentado muito. Temos um termômetro: a cada dia sempre apareSALLUM: INTERESSE DOS CONSUMIDORES ce algum fabricante que está PELOS PRODUTOS SAUDÁVEIS VEIO PARA FICAR Março – Empreendedor
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Diet – No alimento ou bebida diet existe a ausência total de algum ingrediente, que pode ser o açúcar, o sal ou a gordura. “Assim, produtos específicos para diabéticos devem ser totalmente isentos de açúcar. Para pessoas com problemas cardiovasculares, a restrição deve ser de gordura, e assim por diante”, diz Jocelem Salgado, professora doutora da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Universidade de São Paulo). Light – Os alimentos ou bebidas considerados light são aqueles com baixo teor de componentes (sódio, açúcares, gorduras, colesterol) e/ou calorias. Isto é, não são isentos totalmente como os diet. “Por isso, esses alimentos não têm como finalidade atender às necessidades dietoterápicas, nem são indicados para dietas específicas”, completa Jocelem. Segundo ela, os alimentos são classificados como light quando há uma redução de pelo menos 25% da quantidade de um determinado nutriente e/ou calorias em relação ao alimento tradicional.
interessado em lançar um novo produto”, afirma Cláudio Yamamoto, supervisor técnico da Divisão AminoScience da Ajinomoto Interamericana. Segundo ele, a empresa é fornecedora e fabricante de aspartame, um dos diversos tipos de edulcorantes, detendo cerca de 45% do mercado mundial. Em termos de venda do aspartame, esse mercado no Brasil movimenta em torno de 500 mil toneladas por ano, tendo alcançado em 2003 a cifra de US$ 17,5 milhões em média. De acordo com Jocelem Salgado, o consumo de alimentos que combinam benefícios à saúde, sabor e praticidade é uma forte tendência para este século. “Se depender da vontade do consumidor, essas empresas continuarão faturando alto neste ano e nos próximos”, enfatiza. Prova disso é a
Support Produtos Nutricionais, do grupo holandês Royal Numico, que atua desde 1987 nas áreas de nutrição especializada, como nutrição clínica, nutrição infantil e suplementos. Em 2003, a empresa faturou R$ 115 milhões e teve um crescimento de 22% em relação a 2002. Além disso, consolidou sua participação no mercado internacional exportando para países como México, Costa Rica, Curaçau, Suriname, Jamaica, Bolívia, El Salvador, República Dominicana, Honduras, Panamá, Canadá e África do Sul. Para este ano a empresa planeja investir R$ 10 milhões em ações de marketing e aumentar em 60% as exportações, passando a vender para o Egito, Emirados Árabes e Arábia Saudita. Também o mercado de alimentos funcionais, enriquecidos de vitaminas e sais minerais, começa a despontar no país. “Os alimentos funcionais são aqueles que, além das funções nutricionais básicas, quando consumidos
como parte da dieta usual, produzem efeitos benéficos à saúde, reduzindo o risco e controlando doenças como a obesidade, desnutrição, diabetes, doença celíaca e intolerância à lactose”, diz Jocelem. Para ela, esse é um segmento ainda pouco explorado no país, mas que em breve estará tão disputado como o de alimentos e bebidas diet e light. Para se ter uma idéia do seu potencial, apenas nos Estados Unidos esse mercado já movimenta cerca de US$ 15 bilhões por ano. Dessa forma, existe espaço para aumentar a participação dos produtos diet e light nas gôndolas dos supermercados no Brasil e conseqüentemente para proporcionar o avanço dos mercados afins. Além disso, o melhor conhecimento da população sobre os benefícios de uma alimentação mais saudável torna as perspectivas ainda mais favoráveis. “A percepção de que um alimento mais equilibrado pode proporcionar melhor qualidade de vida tem le-
vado consumidores de todas as classes a ver os produtos diet e light com outros olhos”, afirma Gouvêa. Mais que ser destaque desse crescimento saudável, esse mercado tem contribuído muito para melhorar a qualidade de vida não só de diabéticos, pessoas com problemas cardiovasculares e obesos, mas de todos os consumidores.
Linha Direta Carlos Eduardo Gouvêa (11) 3285-5410 Cláudio Yamamoto (11) 3095-4513 Edson Chang (11) 3262-0608 Jocelem Salgado (19) 3429-4118 Solon Teixeira de Rezende Jr. fabiola.gomes@comunicacao.com.br William De Angelis Sallum (11) 9666-8578
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Guiado
Empreendedor LEIA TAMBÉM
Um novo método de ensino A Unisul Business School, de Santa Catarina, criou um curso de graduação em Administração e Negócios inédito no Brasil, que conta com método de aprendizagem diferenciado. “É um novo conceito. São oito horas por dia de imersão no mundo dos negócios, com acompanhamento individual. Nenhum outro curso exige tanto do aluno”, sintetiza Vinicius Lummertz Silva, diretor da Unisul Business School. Além do período integral, outro diferencial é justamente o acompanhamento de cada aluno por professores doutores e mestres. Cada aluno terá um tutor, nos moldes do método aplicado nas universidades britânicas. O objetivo é identificar as dificuldades e potencialidades de cada um com rapidez, otimizando o resultado final. Semanalmente serão trabalhados textos em espanhol e inglês, e a escola oferecerá suporte para aqueles que precisam aprimorar seus conhecimentos em língua. “Isso é necessário por causa da importância do relacionamento com os mercados do Mercosul e, futuramente, da Alca”, explica o professor Fernando Serra, coordenador da Unisul Business School.
O principal diferencial do novo curso, entretanto, está no equilíbrio dos conteúdos, combinando teoria e prática por meio de palestras com os melhores executivos do país, oficinas e jogos empresariais. A avaliação é feita por módulos e não por disciplinas, integrando os temas estudados em cada semestre. “O projeto pedagógico foi idealizado através do perfil do egresso. Usamos várias pesquisas para saber como deve ser o administrador ideal”, acrescenta Serra. De acordo com ele, a iniciativa também estabelece um programa de empregabilidade, para a colocação dos alunos no mercado de trabalho, e convênios com instituições de ensino internacionais, para intercâmbios e validação de disciplinas. (48) 261-0034
Do Lado da Lei
Nova questão sobre o ISS pág. 56
Leitura
Lições do mundo de negócios pág. 58
Análise Econômica
A mulher nas finanças pág. 64
Indicadores
Cotações e númer os números da Bolsa de V alores Valores pág. 65
Agenda
Os principais eventos comer ciais comerciais pág. 66
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Guia do Empreendedor Pr odutos & Ser viços Produtos Serviços Alívio para o bolso
Veículo versátil Solução para transporte de passageiros e entrega de mercadorias (flores e plantas, botijões de gás, galões de água), ou até mesmo para funcionar como pequeno empreendimento (carrinho de lanches e loja-móvel). Essa é a proposta do Motokar, veículo de pequeno porte fabricado pela Kasinski, empresa automobilística. Desenvolvido para circular dentro da cidade, o veículo possui capacidade de carga de 420 quilos, incluindo o condutor, e está disponível em três modelos diferentes: Táxikar, Pick-up e Furgão. www.kasinski.com.br
Apostar em produtos com preços mais acessíveis ao mercado é o objetivo do grupo catarinense Mueller para crescer. A empresa, que no ano passado faturou R$ 120 milhões, 20% a mais do que em 2002, quer agora aumentar as receitas em 30%. E um dos trunfos para atingir a meta é a nova linha de fogões a gás (modelos Moderatto, Pertutti e Fratello). “Buscamos manter as características de segurança, desempenho, design e qualidade que caracterizam os primeiros modelos de fogões Mueller, lançados em 2002”, diz Rodrigo Kniest, diretor da Mueller Fogões. Segundo ele, apesar do preço popular, o modelo mais completo da nova linha inclui acendimento automático, forno autolimpante e visor no forno. www.mueller.ind.br
Nobreaks de grande porte A SMS Tecnologia Eletrônica, que fabrica nobreaks, estabilizadores de tensão e filtros de linha, amplia a participação no mercado corporativo lançando novos modelos de equipamentos. Trata-se do Vega II, com potência de até 50 kVA, e da linha Sinus Double LP, com modelos de 1,5, 2 e 3 kVA, com tecnologia PFC de conversão de energia em alta freqüência, que otimiza o desempenho do equipamento. Segundo Milton Zuntini, gerente comercial e de marketing da SMS, nos últimos meses, a empresa registrou um aumento de 30% nas vendas de nobreaks de grande porte (entre 3 e 160 kVA) e já vislumbra uma mudança significativa em seu portfólio de clientes. www.sms.com.br
Marketing móvel Aumentar o impacto e a lembrança da propaganda e apoiar campanhas institucionais são as metas da mídia digital Vídeo Móbile, serviço criado pela Video Mobile e pela Marco Direto Marketing (MDM) para captar e reter a atenção do público-alvo. Acoplando um painel digital full collor a um caminhão multimídia, o serviço oferecido é uma maneira de colocar a mensagem onde os clientes estão concentrados, como pontos-de-venda, feiras, exposições, assim como em manifestações esportivas, religiosas e artísticas. www.mdm.com.br DIVULGAÇÃO
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Espaço na maior feira industrial As áreas de Automação Industrial, Automação de Processos Industriais e Tratamento de Superfície são os destaques da 57.ª edição da Feira Industrial de Hannover, que acontece de 19 a 24 de abril de 2004, no Parque de Exposições de Hannover, Alemanha. Segundo Constantino Bäumle, diretor da Hannover Fairs do Brasil, companhia responsável pela participação das empresas brasileiras no evento, está prevista a presença de cerca de cem representantes brasileiros, sendo a participação de pequenas e médias empresas apoiada pela Agência de Promoção das Exportações (Apex). “Com US$ 5 mil uma empresa pode ser muito bem representada na feira, o que é um valor baixo, dada a importância do evento”, afirma Bäumle. O Brasil participa do evento há 25 anos, figurando sempre entre os dez países com maior número de expositores. www.hanover.com.br Março – Empreendedor
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Ergonomia em notebooks Desenvolvido pela Ergotec, o LaptopStation é um suporte para notebooks que possibilita o uso do portátil como estação de trabalho permanente de forma ergonomicamente correta, corrigindo a altura da tela em relação aos olhos e à postura durante a digitação. O produto foi concebido e desenhado para usos ocasionais e rápidos, em eventuais deslocamentos como viagens, reuniões externas e usos domésticos, e para ser utilizado em conjunto com mouse e teclado externos apoiados sobre a mesa. Isso transforma o notebook em uma estação de trabalho permanente, mais apropriado para usos prolongados e evitando as lesões laborativas. www.ergotec.com.br
Turismo com CRM Com a criação do Kemel CRM, software que possui integrada a tecnologia de Business Inteligence com sistema de CRM, a Kemel, empresa residente da Incubadora da Coppe/UFRJ, amplia seu foco de negócio para o setor de turismo. De acordo com Diego Lages, sócio da empresa, no turismo, o cliente é um mix de personalidade, motivações, atitudes e necessidades, preferindo tipos particulares de experiências turísticas. “O Kemel CRM certamente ajudará as empresas a conquistar, fidelizar e evitar perdas de clientes. Sua tecnologia permite que sejam utilizadas rápida e eficientemente todas as informações disponíveis sobre cada cliente, para atendê-lo da maneira como ele espera, com um atendimento personalizado e eficaz”, afirma. www.kemel.com.br
Máquina para balas e confeitos Com o objetivo de atender às demandas tanto das indústrias brasileiras quanto do mercado internacional, a G.D do Brasil, filial nacional do grupo italiano G.D, acaba de desenvolver um novo equipamento para formar, cortar e embalar balas, gomas de mascar, caramelos e tofes. A G.D Lumina, como é chamado o produto, corta e embala nos estilos dupla-torção e pontas dobradas, operando numa velocidade de produção de até 750 unidades por minuto. “A alta tecnologia empregada é genuinamente brasileira, podendo oferecer maior capacidade de produção, flexibilidade e menores custos à indústria nacional do setor de doces”, afirma Ricardo Arcas, engenheiro responsável pelo desenvolvimento da G.D Lumina. www.gdbr.com.br
Cidades vigiadas locar inteligência nas bordas, aumentando a eficácia e diminuindo o estresse do operador”, explica Vanderlei Rigatieri, sócio da WDC Networks. Segundo ele, as câmeras são capazes de sinalizarem, com cores diferentes, sempre que identificam algum acontecimento estranho, como a imagem de uma pessoa caída no chão, por exemplo, e fazem comparações constantes das imagens com o banco de dados na central de gerenciamento. www.nec.com.br e www.wdcnet.com.br
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A WDC Networks, distribuidora nacional especializada em soluções wireless, firmou uma parceria com a NEC, empresa de telecomunicações, para fornecer um sistema de câmeras via wireless de vigilância para segurança pública. Batizado de Projeto Olho Vivo, o sistema já está instalado nas cidades paulistas de Valinhos e Limeira e foi pré-aprovado em outras 80 cidades do interior de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Região Sul. “A sofisticação deste sistema nos permitiu co-
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Guia do Empreendedor Do Lado da Lei
Nova questão sobre o ISS
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Lei Complementar autoriza o nãorecolhimento do imposto nas exportações e traz regras especiais no caso das importações De acordo com o artigo 156, inciso III, da Constituição Federal, compete aos municípios instituírem impostos sobre serviços de qualquer natureza, a serem definidos por meio de lei complementar. Quanto à tributação das importações e exportações de serviços, a Lei Complementar nº 116/03, que reeditou a relação dos serviços sujeitos exclusivamente ao ISS, trouxe grandes alterações, considerando-se que o Decreto-Lei nº 406/1968, diploma legal que anteriormente regulamentava o assunto, não tratava especificamente das prestações de serviços internacionais. Antes do advento da LC 116/03, o ISS não incidia sobre as importações de serviços, mas sim sobre as exportações destes, abrangendo os serviços realizados por prestadores domiciliados no Brasil, dirigidos a clientes localizados no exterior. Atualmente, a situação foi invertida. Especificamente quanto às exportações, a referida LC nº 116 autoriza o não-recolhimento do imposto nos casos de serviços prestados ao exterior, conforme o previsto no artigo 2º, inciso I, segundo o qual “o imposto não incide sobre: I) as exportações de serviços para o exterior do país”. Em contrapartida, prevê o artigo 1º, parágrafo primeiro, que o “imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior do país Março – Empreendedor
ou cuja prestação tenha se iniciado no exterior do país”. Nesse passo, é importante lembrar que cada município brasileiro deverá proceder à adaptação de sua legislação à nova lei complementar, sem o que não será possível a cobrança do ISS sobre a importação. Considerando que, no caso das importações de serviços, o prestador encontra-se no exterior, não podendo ser tributado pela lei brasileira, a LC 116/ 03 trouxe regras especiais para a constituição da exação e para a sua cobrança. Prevê o artigo 6º, parágrafo segundo, inciso I, do referido diploma legal, que na hipótese de importação de serviços o responsável pelo pagamento do tributo não é o prestador do serviço, mas sim “o tomador ou intermediário de serviço proveniente do exterior do país ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do país”. Via de regra, para fins de incidência do ISS, o serviço deveria ser considerado prestado no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, de acordo com o disposto no artigo 3º, da LC 116/03. A exceção é trazida portanto pelo inciso I, que estabelece que, em se tratando de importação, o serviço será considerado prestado, e o imposto devido, no local do estabelecimento do tomador
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ou intermediário do serviço ou, na falta de estabelecimento, onde ele estiver domiciliado. Grandes discussões judiciais a respeito do tema são aguardadas. É que a constitucionalidade da cobrança de ISS sobre os serviços prestados fora do país a pedido de empresas brasileiras é questionável. Há quem sustente que a LC 116 tentou criar, de forma distorcida, um novo fato gerador para o ISS: a importação de serviços. Com isso, teria causado ofensa ao princípio da tipologia tributária e à própria Constituição Federal, que, em seu artigo 153, inciso I, apenas permite que a importação de produtos estrangeiros seja tributada e não a de serviços e, ainda, outorga competência exclusiva à União Federal para instituir impostos sobre a importação e não aos municípios. De outra parte, discute-se que o prestador de serviços localizado no exterior não pode ser contribuinte do ISS, haja vista que o Brasil não pode instituir tributos sobre fatos ocorridos fora de seus limites territoriais, sob pena de ofensa ao princípio da territorialidade. Resta aguardar a manifestação do Poder Judiciário a respeito das referidas questões.
Mar cos Sant’Anna Bitelli Marcos Advogado (11) 3871-0269
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Guia do Empreendedor Leitura
2004
Lições do mundo de negócios Com o objetivo de orientar o leitor na construção de sua carreira dentro das grandes empresas, o livro Tudo o que Aprendi sobre o Mundo dos Negócios: Idéias para você ser mais feliz na vida corporativa traça um dos mais despojados e realistas retratos do mundo corporativo brasileiro. Na obra, o autor, Adriano Silva, diretor de redação da revista Superinteressante e mestre em marketing internacional pela Universidade de Kyoto, no Japão, compartilha suas experiências sobre o mundo dos negócios, discorrendo sobre comportamento, maneiras de agir e de lidar com os problemas no ambiente corporativo. “Esse livro quer ser uma fonte de idéias para quem já decidiu ou está decidindo que a sua vida profissional vai acontecer dentro de uma empresa”, afirma. Segundo Silva, não há fórmula ideal para uma carreira vitoriosa. “Cada um faz o seu caminho e escreve a sua lenda. Mas é possível trocar experiências, aprender com os êxitos e com os tropeços alheios”, revela. Para ele, as empresas necessitam de alguém capaz de analisar a siMarço – Empreendedor
tuação atual, prever os cenários futuros e operar a sua profilaxia onde for necessário. “E sem que ninguém precise mandar fazer. Profissionais que fazem a diferença identificam problemas, oferecem soluções, exploram oportunidades. E operando assim costumam gerar muitos ganhos para a empresa em que trabalham.” O livro apresenta diversas idéias sobre como obter mais sucesso e ser mais eficaz no ambiente de trabalho e dá dicas importantes a respeito de situações que permeiam o dia-adia de profissionais corporativos, sejam eles chefes, sejam subordinados. “Trabalhar numa grande empresa pode ser muito divertido e recompensador. Mais: deve ser muito divertido e recompensador”, diz. Entre os tópicos abordados pelo autor estão: “O que é carreira?”; “O talento é insubstituível”; “Fale a verdade”; “Seja um resolvedor”; “Faça diferença”; “Corra riscos”; “Foque nos resultados”; “Dê lucro”; “Trate o dinheiro do patrão como se fosse seu”; “Espalhe conhecimento”; “Aprenda a lidar com o poder” e “Humildade é uma virtude”.
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FICHA TÉCNICA Tudo o que Aprendi sobre o Mundo dos Negócios, Adriano Silva, Editora Negócio, 200 págs., R$ 29,90
TRECHOS “Precisamos muito de resolvedores. Resolvedores desatam os nós existentes. E para isso atuam de modo mais ou menos receptivo. Para fazer a diferença, é preciso ir adiante. Ser proativo.” “Para fazer a diferença, entusiasmo e engajamento são essenciais. Não adianta ter na equipe um profissional de grande cabeça, para o que der e vier. É preciso ter ousadia também.” “Empresas são organizações humanas. Refletem apenas o que há de bom e de ruim nas pessoas que as compõem. E expressam as virtudes e os defeitos das sociedades em que estão inseridas. Empresas tanto criam como destroem. E guardam em si um potencial tão grande para a nobreza quanto para a iniqüidade.” “É verdade que há corporações que penalizam a agressividade. Preferem ter funcionários lhanos e previsíveis. Optam pelo mormaço para ter tudo mais sob o controle de sua mão de ferro.” “Gente inquieta e criativa não suporta por muito tempo a pasmaceira de ambientes medíocres e amedrontados. A empresas muito conservadoras, portanto, infelizmente, talvez a única coisa a dizer seja ‘tchau’.”
Novos Títulos
2004
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Empreendedor – Março
Guia do Empreendedor Novos Leitura Títulos O Princípio de Peter, Laurence Peter e Raymond Hull, Editora Campus (www.campus.com.br), 200 págs., R$ 35,00
Wal-Mart, Robert Slater, Editora Campus (www.campus.com.br), 264 págs., R$ 49,90
Laurence Peter e Raymond Hull explicam no livro O Princípio de Peter as causas da apatia e da má gestão nas organizações, ou o chamado princípio da incompetência, que atinge todas elas. Segundo os autores, se as pessoas aprenderem a dominar sua própria incompetência e entender a dos outros, elas poderão fazer seu trabalho com mais facilidade, conquistar promoções, ganhar mais dinheiro, desfrutar do lazer e até mesmo tornar-se um líder. Na obra, eles contam por que as empresas promovem funcionários para cargos cujas atribuições não são capazes de realizar.
Em Wal-Mart, Robert Slater conta como um grupo de gestores anônimos conseguiu reverter a situação da empresa familiar Wal-Mart, que estava sob ataque da mídia e com problemas de imagem, em um gigantesco empreendimento global. Na obra, ele mostra as peculiaridades da rede deixadas por Sam Walton, fundador da companhia, como a estratégia de crescimento e o cuidado com a construção de uma relação especial entre empregado e cliente: preços baixos todos os dias, uma loja de cada vez e política de portas abertas.
Longitude Corporativa, Leif Edvinsson, Editora M. Books (www.mbooks.com.br), 220 págs., R$ 40,00
2004
Filosofia e Ética na Administração, João Mattar, Editora Saraiva (www.saraiva.com.br), 374 págs., R$ 69,00
Aplicar a filosofia e a ética na vida das organizações e ajudar o leitor a refletir e a compreender melhor não só o mundo dos negócios, mas também a sociedade que o cerca e a si próprio. Esse é o objetivo do livro Filosofia e Ética na Administração, de João Mattar, pós-graduado em Administração de Empresas pela FGV-SP e pósdoutorado pela Stanford University, Califórnia. A obra também aborda temas como história da filosofia, lógica, filosofia da linguagem, teoria do conhecimento, ética e política e filosofia do direito. Março – Empreendedor
A discrepância entre os atuais sistemas dos relatórios financeiros e a avaliação dos ativos intelectuais é o tema do livro Longitude Corporativa: Navegando pela economia do conhecimento, de Leif Edvinsson. Para ele, as corporações modernas normalmente se orientam com base na coordenada financeira, deixando de lado o capital intelectual. Na obra, o autor mostra que o capital intelectual é uma combinação entre o capital humano (as habilidades, as idéias e o potencial dos funcionários) e o capital estrutural (clientes, processos, marcas e sistemas).
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2003
Empreendedor – Setembro
Informação e Crédito
Solução exclusiva para cooperativas de crédito Ao contemplar todas as fases do processo de gestão, a Solução Serasa de crédito contribui para a administração eficaz dos recursos financeiros das cooperativas Eldi Willms
M
ovida pelo princípio de que o crédito tem uma função social importante, que em última instância resulta no desenvolvimento da economia, a Serasa desenvolveu a Solução Serasa Cooperativas de Crédito. “A concessão de crédito nas cooperativas, muito mais do que uma simples operação de crédito, é uma importante contribuição para o desenvolvimento econômico e financeiro dos cooperados, com desdobramentos em toda a sociedade”, argumenta Laércio de Oliveira Pinto, diretor de Produtos da Serasa. A Solução Serasa para cooperativas de crédito contempla todas as fases do processo de gestão, começando pela análise de cadastro e aceitação de novos associados, sejam pessoas físicas ou pessoas jurídicas. A fase Cadastro–Aceitação inclui os produtos Concentre, o mais completo banco de dados sobre anotações de inadimplência de CPFs e CNPJ; o CEDI, um software de gestão de cadastro; e o Confirmei, solução que permite confirmar o nome da pessoa ou empresa, data de nascimento ou constituição e situação cadastral. “Ao possibilitar o estabelecimen-
to de processos estruturados para cada etapa do Ciclo de Crédito, esta solução contribui para a gestão eficaz dos recursos financeiros administrados pelas cooperativas”, explica Laércio de Oliveira Pinto. Na fase de Análise e Concessão, podem ser feitas pesquisas de informações negativas/comportamentais, aplicação de política de crédito, atribuição de limites e classificação de riscos. Na etapa de Gestão de Carteira, a solução possibilita o monitoramento e análise de concentração da carteira, o que pode ser feito por classe de risco, por região geográfica, por tipo de operação e valor. Completando o ciclo de gestão do crédito, para a Recuperação de Recebíveis a solução permite a negativação com abrangência nacional, a notificação de débitos vencidos por carta, pesquisa cadastral e localização e a negociação de recebíveis. “A Serasa vem contribuindo para o desenvolvimento da tecnologia de crédito no Brasil, e é hoje referência mundial neste segmento. E a solução Serasa Cooperativas de Crédito é uma ferramenta importante a serviço da função social do crédito”, afirma Laércio de Oliveira Pinto.
“Concessão de crédito nas cooperativas é mais do que uma operação de crédito; traz desdobramentos em toda a sociedade” 1
O crédito como instrumento de inclusão social Por Elcio Anibal de Lucca *
O crédito é, entre outras coisas, também um importante instrumento de inclusão social, pois gera emprego e renda e, a partir daí, consumo, saneamento, educação, etc. E muito mais, ainda, quando se trata de microcrédito. O perfil das operações de microcrédito varia muito de país para país, mas seu propósito é denominador comum. O Banco Mundial estima que o microcrédito represente, mundialmente, um volume de U$ 7 bilhões, o qual evoluiu na razão de 30% ao ano, com uma inadimplência muito baixa. No Brasil, os primeiros empreendimentos com o microcrédito datam da década de 70. Entretanto, os desequilíbrios macroeconômicos, como a inflação crônica, tornaram inviáveis uma grande parte desses projetos até metade dos anos 90. Além disso, o microcrédito, no país, por muito tempo, foi compreendido como assistencialismo, ao invés de ser visto como um apoio financeiro aos pequenos empreendedores, a fim de gerar emprego e renda. O microcrédito não pode ser tratado como um grande fundo perdido, pois precisa ter auto-sustentabilidade garantida e abrangência horizontal cada vez maior na sociedade. A qualidade das operações
trabalho capilarizado e, ao mesfinanceiras do microcrédito demo tempo, direcionado para pende, sobretudo, da sistemátiatingir resultados potencializaca de concessão dos seus recurdos. A política pública de misos, que deve objetivar também crocrédito é indispensável para o retorno remunerado dos emse firmar uma cultura socioepréstimos, para garantir a perpeconômica que envolva esses tuação das concessões. Somenrecursos e que deva, em um fute por meio do bom gerenciaturo próximo, ter sua maior mento da concessão é que o miparte concentrada no setor pricrocrédito poderá se estender ao vado, em parcerias com govermaior número possível de cidanos, ONGs e outros. dãos, evitando-se que poucos toA exemplo de todas as oumem vários financiamentos em tras modalidades de crédito, o diversas fontes, descaracterizanmicrocrédito é, também, um do o programa e corrompendo exercício de cidadania, que não seus objetivos. perde de vista os requisitos esA incipiente experiência brasenciais de sua viabilização, sileira com o microcrédito ainda para poder cumprir sua finalinão sensibilizou, de forma genedade maior, a de ser agente de ralizada, os agentes econômicos, transformação social. de que seu ganho ocorre em função da escala dos negócios, da boa concessão dos créditos e da utilização intensiva de informação. O microcrédito pode, com certeza, ser sinônimo de retorno lucrativo, principalmente em uma sociedade em que 50% da População Economicamente Ativa (PEA) está na informalidade e, segundo pesquisas internacionais, há um considerável potencial empreendedor. A evolução do microcrédito no Brasil, (*) Elcio Anibal de Lucca é ainda que modesta, administrador pela FGV/SP mais que promissora, é e presidente da Serasa um desafio que exige
Guia do Empreendedor Análise Econômica
A mulher nas finanças
2004
DIVULGAÇÃO
Segundo a antropologia, em um passado distante o homem era o caçador e o defensor do grupo familiar, enquanto a mulher cuidava da prole e do preparo dos alimentos. Na geração de nossos avós, ou mesmo na de nossos pais, era o homem o responsável pelo dinheiro do sustento da casa. Logo, eram eles também os responsáveis e mais preparados para decidir sobre as finanças da família. Hoje em dia a situação é bem diferente, pois não se admite mais a unilateralidade na tomada de decisões. O homem deixou de ser o dono da verdade e a mulher, que velozmente vem tomando seu lugar na sociedade, também deve ter voz ativa para opinar e decidir com o homem sobre as questões financeiras. No Brasil, como nas demais sociedades democráticas e modernas, o conceito da igualdade entre os sexos se difunde rapidamente. Estudar, trabalhar fora, executar tarefas antes exclusivas de um ou de outro sexo com remuneração equivalente é pura realidade. O machismo está fora de moda. As mulheres estão ocupando cargos/funções que anteriormente pertenciam exclusivamente aos homens, como Março – Empreendedor
É cada vez maior a participação das mulheres nas decisões sobre questões financeiras executivas de grandes conglomerados, profissionais das Forças Armadas, profissionais liberais, do setor judiciário, da política, e aí por diante. O fato de serem mais minuciosas, mais detalhistas e críticas no manuseio das informações, faz com que as mulheres ocupem hoje funções bem técnicas dentro das organizações financeiras, como o caso das analistas financeiras (profissionais que trabalham exclusivamente com os números das empresas, balanços, projeções). Hoje, na carteira de clientes de nossa empresa, encontramos mulheres como sendo as responsáveis pela administração das finanças da família. São elas que conversam e decidem com nossos consultores as melhores alternativas de investimento. Tanto os homens como as mulheres podem ser bons para cuidar das finanças ou ter péssimos hábitos de consumo. O ideal seria que todas as aquisições, desde o automóvel aos utensílios da casa, e também as finanças, fossem decididas em comum acordo. Nos lares onde mulher e homem dividem suas tarefas com igualdade, onde ambos trabalham e contribuem mensalmente com seus sa-
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lários para o orçamento, as possibilidades de uma vida mais tranqüila e feliz são bem superiores àquelas das famílias em que somente uma das partes trabalha. O grande segredo, no nosso entendimento, está na educação formal e, em especial, na educação financeira, fundamentais para o sucesso familiar. Ter conhecimento dos custos de moradia, vestimentas, alimentação e tudo mais que compõe as receitas e despesas do lar deve preceder qualquer tomada de decisão. Estar atento aos fatos do dia-a-dia, sejam eles sociais, políticos ou econômicos, faz parte da vida do indivíduo que precisa tomar decisões sobre muitos assuntos, principalmente aqueles ligados às finanças. Recomenda-se nunca tomar este ou aquele caminho sem um mínimo de conhecimento sobre o assunto em questão. Se tiver necessidade procure especialistas. É comprovado que, entre as diversas razões que levam a família a situações de angústia, estresse e desunião, estão as ligadas a problemas financeiros.
Ivan W agner de Souza Wagner Diretor da Leme Investimentos
Indicadores
Carteira teórica Ibovespa NOME/TIPO AÇÃO
VARIAÇÃO % ANO (ATÉ FEVEREIRO)
1,063 1,979 0,788 4,715 0,492 0,419 2,01 2,475 1,111 0,581 0,606 0,124 3,092 0,493 0,411 1,968 0,707 1,089 3,225 0,911 0,745 2,482 1,172 5,911 1,907 0,302 2,947 1,221 0,479 0,242 1,651 2,432 8,581 1,337 2,367 1,061 0,682 0,378 1,085 1,707 0,323 0,911 1,959 1,127 13,792 1,099 4,534 0,791 0,255 0,4 2,41 0,952 1,218 3,279
4,91 5,41 -1,89 -3,75 2,38 -0,85 3,63 -2,52 -9,79 15,18 -2,47 -2,16 -1,42 -15,9 8,38 -19,85 -5,22 -32,78 -23,67 -13,08 -12,8 -14,28 -8,79 -17,3 3,87 0,71 -0,08 3,08 5,05 -29,9 -30,77 7,37 7,33 -2,54 18,7 -4,96 1,52 -13,56 -13,09 6,45 -22,27 -12,2 7,02 -0,76 -2,66 23,75 14,93 5,74 9,86 -9,31 -2,06 8,37 -0,59 -0,82
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Inflação
(%)
Índice -M IGP-M IGP IGP -DI * IGP-DI IPCA * IPC - Fipe
Fevereiro 0,69 0,80 0,76 0,19
Ano 1,58 0,80 0,76 0,84
(* até janeiro)
Juros/Aplicação
(%)
Fevereiro 1,11 1,08 0,55 0,98 -2,37
CDI Selic Poupança CDB pré 30 Ouro BM&F
Ano 2,39 2,37 1,18 2,12 -4,15
Indicadores imobiliários (%) Fevereiro 0,56 0,05
CUB SP TR
Ano 0,92 0,17
Juros/Crédito Março 04/março Desconto 2,55 Factoring 4,47 Hot Money 3,50 Giro Pré (*) 3,00
(em % mês) Março 03/março 2,30 4,47 3,50 2,90
(*= taxa ano)
Câmbio (em 04/03/2004) Cotação Dólar Comercial Ptax R$ 2,8878 US$ 1,2202 Euro Iene US$ 111,19
Mercados futuros Abril Dólar R$ 2,919 Juros DI 16,18% Abril
Ibovespa Futuro 23.064
(em 04/03/2004) Junho Maio R$ 2,950 R$ 2,983 16,12% 16,02% Junho
(em 02/02/2004) Agosto
23.651
24.264
Empreendedor – Março
2004
Acesita PN Ambev PN Aracruz PNB Bradesco PN Bradespar PN Brasil T par ON Brasil T par PN Brasil Telec PN Brasil ON Braskem PNA Celesc PNB Cemig ON Cemig PN Cesp PN Comgas PNA Copel PNB Crt Celular PNA Eletrobras ON Eletrobras PNB Eletropaulo PN Embraer ON Embraer PN Embratel PAR Embratel PAR Gerdau PN Ipiranga PET Itaubanco PN Itausa PN Klabin S/A PN Light ON Net PN Petrobras ON Petrobras PN Sabesp ON Sid Nacional ON Sid Tubarao PN Souza Cruz ON Tele Cl sul ON Tele Cl sul PN Tele Ctr oes PN Tele Lest cl PN Tele Nord cl PN Telemar n l PNA Telemar ON Telemar PN Telemig Part PN Telesp cl pa PN Telesp PN Tractebel ON Tran Paulist PN Usiminas PNA V c p PN Vale R Doce ON Vale R Doce PNA
PARTICIPAÇÃO IBOVESPA
Guia do Empreendedor Agenda DE 18/03 A 21/03/2004
DE 15/03 A 19/03/2004
EXPODIRETO COTRIJAL 2004
LINEA DOMUS SOUTH AMERICA
PONTO FINAL
Parque da Expodireto Cotrijal Não-Me-Toque – RS Fone: (54) 332-3636
2º Salão do Mobiliário ITM – EXPO São Paulo –SP Fone: (11) 3826-0200
2º Salão Internacional de Aviamentos de Moda, Beneficiamento e Acabamento Pavilhão de Exposições do Parque Anhembi São Paulo – SP Fone: (11) 3826-9111
DE 15/03 A 19/03/2004
GIFT-3 & SOVENIR 3ª Feira de Produtos para Presentes Expo Center Norte São Paulo – SP Fone: (11) 4446-7700 DE 15/03 A 19/03/2004
DE 20/03 A 23/03/2004
HAIR BRASIL’2004
DE 23/03 A 26/03/2004
3ª Feira Internacional da Beleza, Cabelos e Estética Transamérica Expo Center São Paulo – SP Fone: (11) 3063-2911 DE 20/03 A 23/03/2004
DAD 7º Salão Internacional da Decoração, Arquitetura e Design Expo Center Norte São Paulo – SP Fone: (11) 4446-7700 DE 16/03 A 20/03/2004
FEMADE’2004 III Workshop Madeira e Mobiliário Expo Trade Pinhais – PR Fone: (11) 5582-6420
13º Encontro Nacional de Floristas Pavilhão de Exposições de Holambra Av. Maurício de Nassau, 675 Holambra – SP Fone: 0800 772 0055
16º Salão dos Bichos de Estimação Centro de Convenções de Pernambuco Olinda – PE Fone: (81) 3267-7569 DE 17/03 A 19/03/2004
2ª Feira de Equipamentos de Segurança Eletrônica Pestana Bahia Hotel Salvador – BA Fone: (47) 326-4267 DE 18/03 A 19/03/2004
4º Encontro Técnico da Cafeicultura Irrigada do Oeste Baiano Saint-Louis Apart Hotel Luís Eduardo Magalhães – BA Fone: (77) 613-8000 Março – Empreendedor
FERRAMENTARIA + MODELAÇÃO Pavilhão da Expoville Joinville – SC Fone: (47) 425- 0002 DE 23/03 A 27/03/2004
EXPO SERRA 1ª Feira Multissetorial do Município de Serra Parque de Exposições Carapina Serra – ES Fone: (27) 3215-0090
DE 22/03 A 25/03/2004
EXPOVEST’2004 16ª Exposição do Vestuário Atacadista de Cianorte – Outono/Inverno Shopping de Atacado de Confecções Cianorte – PR Fone: (44) 631-1238 DE 22/03 A 25/03/2004
DE 16/03 A 21/03/2004
2004
DE 22/03 A 25/03/2004
FENATEC TEXBRASIL Pavilhão de Exposições do Parque Anhembi São Paulo – SP Fone: (11) 3826-9111 DE 22/03 A 25/03/2004
FEIMACO 4ª Feira Internacional de Máquinas e Componentes para a Indústria da Confecções Pavilhão de Exposições do Parque Anhembi São Paulo – SP Fone: (11) 3826-9111 DE 22/03 A 25/03/2004
DE 24/03 A 26/03/2004
BRAZIL GEM SHOW 8ª Feira de Jóias e Pedras Preciosas de Minas Gerais Espaço Séculus Belo Horizonte – MG Fone: (31) 3335-5322 DE 24/03 A 26/03/2004
BIJUMINAS 7ª Feira de Bijuterias, Folheados, Acessórios e Artefatos de Minas Gerais Espaço Séculus Belo Horizonte – MG Fone: (31) 3335-5322 DE 25/03 A 28/03/2004
CONSTRUNORTE’2004 6ª Feira da Construção do Amazonas Stúdio 5 – Centro de Convenções de Manaus Manaus – AM Fone: (92) 216-3513 DE 25/03 A 28/03/2004
EXPOLAV
5ª Internacional de Máquinas, Equipamentos, Produtos e Serviços para Empresas de Lavanderia Pavilhão de Exposições do Parque Anhembi São Paulo – SP Fone: (11) 3826-9111
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REATECH 3ª Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação e Inclusão Centro de Exposições Imigrantes São Paulo – SP Fone: (11) 5585-4355
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Empreendedor – Março
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Março – Empreendedor
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