ENTREVISTA
ESTRATÉGIA
Quem é o líder das empresas de sucesso
Lições de planejamento com a Família Schürmann
ISSN 1414-0152
www.empreendedor.com.br
Ano 10 • Nº 115 • Maio 2004
R$ 6,00
FRANQUIA
O que muda nas redes comandadas por mulheres
2004
3
Empreendedor – Maio
2004
Maio – Empreendedor
2
A revista Empreendedor é uma publicação da Editora Empreendedor Diretor-Editor Acari Amorim [acari@empreendedor.com.br] Diretor de Marketing e Comercialização José Lamônica [lamonica@empreendedor .com.br]
Nesta Maio/2004
edição Entrevista
Redação Editor-Executivo: Alexandre Gonçalves [alex@empreendedor.com.br] Repórteres: Alexsandro Vanin, Fábio Mayer e Sara Caprario Editor de Arte: Gustavo Cabral Vaz Fotografia: Glaicon Covre e Arquivo Empreendedor Ilustração: Luimar Produção e Arquivo: Ivone Zanatta Revisão: José Renato de Faria
A liderança está ao alcance daqueles que conseguem construir e manter o apoio dos seus colaboradores. Essa é uma das opiniões da consultora Sonia Jordão, autora do livro A Arte de Liderar – Vivenciando mudanças num mundo globalizado.
Sedes São Paulo Diretor de Marketing e Comercialização: José Lamônica Executivos de Contas: Paula Araújo Speda, Ariovaldo Florian e Edson Ramão Rua Sabará, 566, 9º andar, cj. 92 01239-010 - São Paulo - SP Fones: (11) 3214-5938/3214-6093 [empreendedorsp@uol.com.br]
DIVULGAÇÃO
42
Capa
Florianópolis Executivo de Contas: Waldyr de Souza Junior [wsouza@empreendedor.com.br] Executivo de Atendimento: Cleiton Correa Weiss Av. Osmar Cunha, 183, Ceisa Center, bl. C, 9º andar 88015-900 - Florianópolis - SC Fone: (48) 224-4441
Em determinados mercados, diante da competição acirrada, a melhor maneira de obter bons resultados é correr por fora, ou seja, adotar estratégias diferenciadas capazes de fazer frente a grandes marcas e conglomerados. Conheça o exemplo de empresas que souberam identificar e consolidar sua posição no mercado tendo o princípio da diferenciação como maior aliado. Especialistas mostram como as empresas podem se diferenciar dos grandes concorrentes.
Representante Dinâmica Promoções e Eventos Carlos Hamilton Martins Feltrin Rua Turiassu, 127, cj. 12/13 - Perdizes 05005-001 - São Paulo - SP Fone/Fax: (11) 3822-0412 [dinapro@terra.com.br] Escritórios regionais Rio de Janeiro Milla de Souza [triunvirato@triunvirato.com.br] Rua da Quitanda, 20, grupo 401 - Centro 20011-030 - Rio de Janeiro - RJ Fone/Fax: (21) 2252-5788 Brasília [jcz@forumci.com.br] Ulysses C. B. Cava SETVS - Quadra 701 - Centro Empresarial Bloco C, cj. 330 70140-907 - Brasília - DF Fone: (61) 426-7315 Paraná [comercial@merconet.srv.br] Ricardo Takiguti Rua Dep. Atílio Almeida Barbosa, 76 - cj. 01 - Boa Vista 82560-460 - Curitiba - PR Fone/Fax: (41) 257-9053 Rio Grande do Sul [hermano@hrmmultimidia.com.br] HRM Representações Ltda./Hermano Thaddeu Filho Rua Saldanha Marinho, 33 - sala 608 - Menino Deus 90240-160 - Porto Alegre - RS Fone/Fax: (51) 3231-6287 Pernambuco [hmconsultoria@hmconsultoria.com.br] Hamilton Marcondes Rua Ribeiro de Brito, 1111, cj. 605 - Boa Viagem 51021-310 - Recife - PE Fone: (81) 3327-3384/3327-9430 Minas Gerais [comercial@sbfpublicidade.com.br] SBF Representações/Sérgio Bernardes de Faria Av. Getúlio Vargas, 1300, 17º andar, cj. 1704 30112-021 - Belo Horizonte - MG Fone: (31) 3261-2700
11
LU
IM
AR
Assinaturas Serviço de Atendimento ao Assinante Diretora: Clementina P. da Silva Gerente: Luzia Correa Weiss Fone: 0800 48 0004 [assine@empreendedor.com.br] Produção gráfica Impressão e Acabamento: Prol Editora Gráfica Distribuição: Fernando Chinaglia S.A. (São Paulo) Empreendedor.com
2004
http://www.empreendedor.com.br
ANER Maio – Empreendedor
LEIA TAMBÉM Cartas ................................................................................. 6 Não Durma no Ponto ........................................................ 26 Pequenas Notáveis .......................................................... 46 Empreendedores ............................................................. 48 Jovem S.A. ......................................................................... 52
4
FRANQUIA TOTAL
Suplemento
48
Estratégia
DIVULGAÇÃO
GRUPO KEYSTONE
O que muda na gestão de uma rede de franquias quando as mulheres são as principais executivas? Uma diferença facilmente notada é o otimismo com que franqueadoras como Elizabeth Pimenta, da rede Água de Cheiro, administram suas franquias. No Espaço ABF, os vencedores do Prêmio Destaque Franchising, incluindo a lista das redes que conquistaram o Selo de Excelência. E mais: as notícias do mercado.
Aprenda dicas importantes sobre como planejar os rumos do seu negócio a partir da experiência desbravadora da Família Schürmann, que está de volta ao mar para uma nova aventura.
55
GUIA DO EMPREENDEDOR
5
56 58 60 64 65 66
2004
Produtos e Serviços .................................................. Do Lado da Lei........................................................... Leitura ........................................................................ Análise Econômica .................................................... Indicadores ................................................................ Agenda ........................................................................
Empreendedor – Maio
Editorial
de Empreendedor para Empreendedor
Assinaturas Para assinar a revista Empreendedor ou solicitar os serviços ao assinante, ligue 0800 48 0004. O valor da assinatura anual (12 edições mensais) é de R$ 72. Aproveite a promoção especial e receba um desconto de 16,7%, pagando somente R$ 60. Estamos à sua disposição de segunda a sexta-feira, das 8 às 18h30min. Se preferir, faça sua solicitação de assinatura pela internet. O endereço é www.empreendedor.com.br ou pelo e-mail assine@empreendedor.com.br.
Anúncios Para anunciar em qualquer publicação da Editora Empreendedor ligue: São Paulo: (11) 3214-5938/3822-0412 Rio de Janeiro: (21) 2252-5788 Brasília: (61) 426-7315 Curitiba: (41) 257-9053 Porto Alegre: (51) 3231-6287 Florianópolis: (48) 224-4441 Recife: (81) 3327-9430 Belo Horizonte: (31) 3261-2700
Reprints editoriais É possível solicitar reimpressões de reportagens das revistas da Editora Empreendedor (mínimo de 1.000 unidades)
Internet Anote nossos endereços na grande rede: http://www.empreendedor.com.br redacao@empreendedor.com.br
2004
Correspondência As cartas para as revistas Empreendedor, Jovem Empreendedor, Dirigente Lojista, Cartaz, Guia Empreendedor Rural e Guia de Franquias, publicações da Editora Empreendedor, podem ser enviadas para qualquer um dos endereços abaixo: São Paulo: Rua Sabará, 566 - cj. 92 CEP 01239-010 - São Paulo - SP Rio de Janeiro: Rua da Quitanda, 20, gp. 401 - Centro - 20011-030 - Rio de Janeiro - RJ Brasília: SETVS - Quadra 701 - Centro Empresarial - Bloco C - cj. 330 - CEP 70140-907 - Brasília - DF Rio Grande do Sul: Rua Saldanha Marinho, 33 - sala 608 - Menino Deus - 90240-160 - Porto Alegre - RS Santa Catarina: Av. Osmar Cunha, 183 - Bloco C - cj. 902 - CEP 88015-900 Florianópolis - SC Paraná: Rua Dep. Atílio Almeida Barbosa, 76 - Cj. 01 - Boa Vista 82560-460 - Curitiba - PR Pernambuco: Rua Ribeiro Brito, 1111, cj. 605 - Boa Viagem - CEP 51021-310 - Recife - PE Minas Gerais: Av. Getúlio Vargas, 1300, 17º andar, cj. 1704 CEP 30112-021 - Belo Horizonte- MG Os artigos deverão conter nome completo, assinatura, telefone e RG do autor, e estarão sujeitos, em função do espaço, aos ajustes que os editores julgarem necessários.
Maio – Empreendedor
A
s reportagens em destaque nesta edição da Empreendedor estão recheadas de bons exemplos de empreendedores que souberam aproveitar uma boa oportunidade e traçar seus destinos rumo ao sucesso. Na reportagem de capa, Fábio Mayer mostra empresas que “correm por fora”, ou seja, a partir de estratégias criativas e inovadoras, apostam em mercados competitivos, em geral dominados por grandes marcas. O nosso repórter reuniu uma série de exemplos que ajudam a perceber o quanto as ações de marketing pautadas pela inovação podem fazer a diferença. Tratase de uma daquelas reportagens que fazem pensar na forma com que uma empresa está sendo administrada. Aproveite então a ocasião: a partir da página 18, leia a matéria, reflita e coloque sua capacidade empreendedora para funcionar, inovar e “correr por fora”. A outra reportagem de destaque mostra a importância do planejamento para o sucesso de uma empresa. Para
abordar esse assunto, o repórter Alexsandro Vanin ouviu Vilfredo Schürmann, o “capitão” da Família Schürmann, que acaba de iniciar uma nova aventura no mar, desta vez pela costa brasileira. Com a experiência acumulada ao longo das viagens da Família nos últimos anos, Vilfredo pode dizer que se tornou um especialista em planejamento. E numa analogia entre o comando de um barco e o comando de uma empresa, os ensinamentos de Vilfredo acrescentam muito à gestão de um negócio. Comprove isso a partir da página 42. De quebra, esta edição traz ainda uma entrevista com a consultora Sonia Jordão, que dá dicas importantes sobre liderança, tema de seu mais recente livro. Entre outras afirmações, Sonia destaca o novo perfil do líder, mais educador do que comandante. Com as reportagens e a entrevista, acreditamos que, mais do que uma boa leitura, o leitor da Empreendedor terá uma boa aula com esta edição. Para ler e aprender.
CARTAS PARA A REDAÇÃO Correspondências por e-mail devem ser enviadas para alexandre@empreendedor.com.br, aos cuidados do editor Alexandre Gonçalves. Solicitamos aos leitores que utilizam correio eletrônico colocarem em suas mensagens se autorizam ou não a publicação de seus respectivos e-mails. Também pedimos que sejam acrescentados o nome da cidade e o do estado de onde está escrevendo.
CEDOC O Centro de Documentação (CEDOC) da Editora Empreendedor disponibiliza aos interessados fotos e ilustrações que compõem o nosso banco de dados. Para mais informações, favor entrar contato com Ivone Zanatta, pelos telefones (48) 224-4441 e 0800 48 0004, ou por e-mail (ivone@empreendedor.com.br).
6
Cartas Empreendedorismo
Desde que acompanho a revista Empreendedor uma das coisas de que mais gosto de ler são as boas histórias de sucesso de empreendedores, novos e veteranos. Gostaria de saber se há possibilidade de a revista criar um espaço especialmente para contar histórias desses empreendedores. Esses exemplos são muito importantes e inspiradores para quem já é e para quem quer ser dono do próprio negócio. Carlos Alberto Pereira
Por e-mail
Sugestão II Gostaria de sugerir que a revista Empreendedor publicasse uma reportagem especial sobre o mercado de informática. Não sei ao certo quais os bons negócios nessa área, mas tenho interesse em entrar nesse ramo. Só que preciso ter mais informações para avaliar o mercado antes de tomar a decisão final. Adalberto Luís da Silva
Por e-mail
Sou estudante do curso de Administração e Empreendedorismo na PUC–Minas e estou precisando de informações sobre o Empreendedorismo no Brasil e inclusive sobre a colocação do país em relação ao mundo no que diz respeito a “empreendedorismo por necessidade” e o “empreendedorismo por oportunidade”. Wermison Carvalho
Por e-mail
Wermison, Você pode utilizar o sistema de busca do site da Empreendedor (www.empreendedor.com.br), onde é possível acessar o conteúdo publicado na revista. Já foram feitas várias reportagens sobre o tema solicitado por você – a última saiu na edição nº 109, de novembro de 2003.
DIVULGAÇÃO FÁBIO MOREIRA SALLES
Sugestão I
Registro Correção Na página 4 do suplemento Franquia Total, na edição nº 114 (abril de 2004), foi publicado que Renato Ticoulat Neto, da Zelo Franchising, ocupou o cargo de presidente da Associação Brasileira de Franchising. Na verdade, ele foi vice-presidente da ABF.
A repórter Sara Caprario, da revista Empreendedor, recebe o Prêmio ABF Destaque Franchising 2003 das mãos de Gerson Keila, diretor-presidente da Associação Brasileira de Franchising. Sara venceu na categoria Jornalismo – Revista, com a reportagem “Franchising de Qualidade”, publicada em junho de 2003. A premiação ocorreu no dia 22 de abril, em São Paulo.
Nas bancas, o Guia Oficial de Franquias 2004
7
Empreendedor – Maio
2004
O Guia Oficial de Franquias 2004 chega às bancas de todo o Brasil na segunda quinzena de maio com os dados oficiais de todas as redes que fazem parte da Associação Brasileira de Franchising (ABF). Os dados servem para ajudar o interessado em comprar uma franquia a ter um parâmetro sobre o quanto cobra e o que oferece cada rede aos seus franqueados. Editado pela Editora Empreendedor em parceria com a ABF desde 1999, o Guia traz também reportagens sobre o assunto. Na edição deste ano, conta com uma ampla matéria sobre o perfil atual do mercado de franchising, destacando as perspectivas para os próximos anos. A publicação apresenta também uma reportagem sobre os cuidados que o futuro franqueado deve tomar antes de decidir em que investir. Mais informações sobre o Guia Oficial de Franquias podem ser obtidas através do telefone 0800 48 0004.
2004
Março – Empreendedor
8
2004
9
Empreendedor – Março
2004
Maio – Empreendedor
28
Entrevista
Liderança ao alcance de (quase) todos A consultora Sonia Jor Jordão dão afirma que para ser um líder é preciso habilidade para construir e manter o apoio dos seus colaboradores
Alexsandro Vanin
Nem todas as pessoas trazem consigo o espírito da liderança. Algumas podem até ser boas administradoras, saber lidar com recursos, papéis, coisas e processos, mas, se não tiverem a habilidade para lidar com outras pessoas, dificilmente serão bons líderes. E se um empreendedor tem esse perfil, ele deve estar ciente de que a presença de um líder é essencial para o êxito de qualquer negócio. É preciso encontrar alguém capaz de transmitir metas claramente e de conduzir a equipe aos melhores resultados, extraindo o máximo do potencial e do talento de cada colaborador. “Organizações vencedoras formam líderes em cada nível da organização, para que estes possam tomar as decisões corretas nos momentos certos, sem depender exclusivamente de seus superiores”, diz a consultora Sonia Jordão, autora do livro Empreendedor – Maio
2004
11
DIVULGAÇÃO
por
Entrevista
2004
A Arte de Liderar – Vivenciando mudanças num mundo globalizado. O bom empresário vai procurar alguém que supra suas deficiências, entre elas a de liderança. Mas isso não o exime da responsabilidade pelo sucesso ou fracasso do empreendimento. Sonia aconselha ao empreendedor que desenvolva habilidades de liderança caso não seja um líder nato. Apesar de uma delas ser delegar funções àqueles que podem melhor executálas, ele deve acompanhar periodicamente o desempenho de seus subordinados, que devem ser cuidadosamente escolhidos e treinados corretamente para as funções exigidas. Ser líder não significa apenas ter seguidores; nem todos os líderes são como Gandhi, Abraham Lincoln, Jesus Cristo e muitos outros. Ser líder é conseguir o que se quer através de uma equipe. E qualquer pessoa pode trabalhar suas características e habilidades para se tornar um bom líder, como mostra Sonia na entrevista a seguir. É um caminho árduo, um aprendizado a partir de experiências, que se inicia com o autoconhecimento. Sonia é engenheira mecânica com quatro pós-graduações, sendo uma na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUCMG), duas na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e MBA em Gestão de Negócios no Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec). Palestrante e consultora organizacional e pessoal, ela é facilitadora de cursos em organizações, professora de MBA e escritora. Atuou durante 14 anos em cargos de gerência nas áreas administrativa, comercial e industrial, e foi professora em curso superior durante 17 anos na PUC-MG, na UFMG e no também mineiro Instituto de Tecnologia de Governador Valadares. Empreendedor – O que faz de Maio – Empreendedor
uma pessoa um líder?
Sonia Jordão – Quando o foco é a organização, podemos dizer que líderes são aqueles que conseguem resultados através de sua equipe. Portanto, qualquer pessoa pode trabalhar suas características e habilidades e se tornar um bom líder. Já um grande líder, desses que marcam como Gandhi, Abraham Lincoln, Jack Welch, Silvio Santos, Antonio Hermírio de Morais, e tantos outros, não dá para ser sem ter nascido líder. Líder é
“O atual líder não dá ordens, controla e pune. Ele colabora, orienta, desenvolve conhecimentos e habilidades, apóiase na solução de problemas e reconhece o esforço e o mérito pessoal”
aquele que mantém pessoas que nele acreditam, que possui seguidores. O primeiro passo para se tornar um líder é procurar se conhecer. Porém, é fundamental que tenha a consciência de que precisa querer aprender e não esperar que alguém venha lhe ensinar. Aprender, principalmente, com as suas experiências. Não é possível tornar-se um líder em um curso de 20 horas. Cursos, seminários, palestras, livros e textos que você ler irão despertá-lo para os con-
12
ceitos de liderança. O resto virá no aprendizado diário e sem fim. Para se tornar um grande líder, você precisa trabalhar muito e duro. Empreendedor – Algumas pessoas parecem predestinadas à liderança. Como esses líderes natos podem aproveitar e aperfeiçoar suas qualidades em benefício próprio – pessoal e profissional – e da empresa?
Sonia – Se o ambiente familiar e escolar ajudar a desenvolver essas virtudes, essas pessoas no futuro serão grandes líderes. A prática da liderança começa na infância e é o melhor caminho. Liderar é lidar com pessoas, e através da experiência acontece o conhecimento de si mesmo e dos outros. Somente através do autoconhecimento é possível crescer como líder. O atual líder não dá ordens, controla e pune. Ele colabora, orienta, desenvolve conhecimentos e habilidades, apóia-se na solução de problemas e reconhece o esforço e o mérito pessoal. Hoje as pessoas são a razão de existir do novo líder. Se você trabalhar duro em relação à liderança, suas características irão se tornar cada dia mais habituais ou inconscientes. É preciso vontade, esforço e muita dedicação. Empreendedor – Quais são as falhas e erros mais comuns de um líder?
Sonia – Não se conhecer suficientemente para saber as competências que lhe falta para buscar treinamento ou pessoas com tais capacidades para ajudá-lo; adiar decisões que precisam ser tomadas rapidamente; não suprir seus colaboradores e a si mesmo com os treinamentos necessários; assumir compromissos que não tem capacidade de cumprir; esquecer que a humildade é ponto fundamental para crescer; ter receio de
2004
13
Empreendedor – Abril
Entrevista delegar; achar que, porque acerta bastante, está sempre certo; possuir baixa empatia; não se colocar no lugar do outro; ouvir de menos. Empreendedor – Ser líder não significa fazer tudo sozinho; é saber administrar uma equipe na busca de um objetivo. Como o líder pode extrair o máximo de si e de sua equipe?
Sonia – Hoje, além de dinâmico e audaz, espera-se que o líder seja empreendedor e criativo para trabalhar como membro de equipes ao lado dos demais colaboradores – alguém que saiba dividir as vitórias. A relação do líder com a equipe é a de facilitador com vistas à obtenção de resultados. Se antes atuava como comandante, agora deve adotar o papel de educador, sempre preocupado em aproveitar o potencial e o talento de cada membro da equipe, aproveitando ao máximo as competências individuais. Nas organizações atuais, está cada vez mais desvalorizada a figura do chefe autoritário e centralizador. Hoje se buscam líderes verdadeiros, que sejam reconhecidos como “desenvolvedores” de pessoas; profissionais que saibam transmitir claramente as metas e conduzir a equipe aos resultados positivos, extraindo o melhor de cada colaborador. As organizações querem líderes que motivem, envolvam e inspirem o grupo, que consigam lapidar os talentos e que descubram novos potenciais, numa relação onde todos ganhem.
2004
Empreendedor – O que fazer quando vários integrantes de uma equipe trazem consigo o espírito de liderança?
Sonia – Líderes e colaboradores precisam uns dos outros para conseguir atingir os objetivos propostos. Algumas pessoas são líderes em algumas situações e não o são em ouMaio – Empreendedor
tras. Em uma equipe eficaz os indivíduos agem como integrantes de uma equipe e não individualmente. Não adianta ficar tendo quedas de braço. É preciso descobrir o que anda acontecendo antes de iniciar os trabalhos. Empreendedor – Um líder precisa se relacionar com outros líderes, muitas vezes em posição hierárquica superior dentro da mesma empresa. Qual deve ser a sua atitude?
“A relação do líder com a equipe é a de facilitador com vistas à obtenção de resultados. Se antes atuava como comandante, agora deve adotar o papel de educador” Sonia – Somos seres humanos desiguais fisicamente e com temperamentos diferentes, embora semelhantes. Precisamos, assim, analisar psicologicamente os nossos superiores hierárquicos para saber que tipo de pessoa eles são e moldar o nosso comportamento à personalidade deles. Isso é importante para nós, a menos que queiramos arrumar outro emprego. Se quisermos trabalhar, precisamos conhecer as características de nossos superiores hierárquicos e nos adaptarmos a seu estilo de trabalho para termos um melhor relacionamento com ele. Empreendedor – Por outro lado,
14
qual deve ser o comportamento de um líder quando seus superiores hierárquicos não são líderes?
Sonia – Um bom empresário vai procurar encontrar alguém muito bom naquilo em que ele não é bom. Se, por exemplo, ele não tiver a facilidade para lidar com pessoas, ele poderá ser um bom administrador, mas não será um bom líder. Nesse caso, os líderes complementam os administradores e portanto devem agir com naturalidade. Se agir eticamente com seus superiores e colaboradores, terá uma ótima oportunidade para se tornar indispensável e, com isso, obter boas oportunidades de crescimento profissional. Empreendedor – O mundo passa por transformações econômicas, sociais e, principalmente, tecnológicas, num ritmo cada vez maior. Qual deve ser a posição de um líder diante de tais mudanças?
Sonia – Ora, liderança diz respeito à mudança, à condução de uma organização ou de um grupo de pessoas. Um líder é alguém capaz de tirar um grupo de onde ele está e levá-lo aonde devia estar. Ele ajuda as pessoas a entenderem os “porquês” e o que devem fazer para chegar à liderança. Por isso, tanto os profissionais de cargos de chefia quanto seus colaboradores precisam saber tomar decisões, pois nem sempre haverá um superior por perto, em momentos de deliberação. Assim, as organizações vencedoras formam líderes em cada nível da organização, para que estes possam tomar as decisões corretas nos momentos certos, sem depender exclusivamente de seus superiores.
Linha Direta (71) 234-3637/244-9839 sonia@soniajordao.com.br
2004
15
Empreendedor – Abril
2004
Janeiro – Empreendedor
2
2004
3
Empreendedor – Janeiro
(Capa
A vitória da
diferença Como as empresas que apostam em inovação e estratégias criativas conseguem se diferenciar, mesmo enfrentando mercados competitivos dominados por grandes marcas e conglomerados Fábio Mayer
2004
por
Maio – Empreendedor
18
Diferenciais para ser competitivo Inovar tecnologicamente, ou seja, modernizar equipamentos, processos e organização Inovar e modernizar o processo de gestão Investir em marketing, fundamental dentro do processo de inovação No âmbito do governo cabe modernizar os sistemas econômicos, o Estado e a sociedade
tambĂŠm fica ultrapassada. Por isso, ĂŠ preciso modernizar constantemente. “A inovação ĂŠ o mecanismo de recuperação da taxa de lucro. É o que faz a empresa sobreviverâ€?, afirma Alves. Um exemplo ĂŠ a Electrocell, incubada no Centro Incubador de Empresas TecnolĂłgicas (Cietec), que desenvolve cĂŠlula combustĂvel, fonte de energia limpa, produzindo apenas vapor de ĂĄgua como resĂduo, aplicĂĄvel em automĂłveis, residĂŞncias, indĂşstrias e suprimento de energia elĂŠtrica de pequeno porte. “A concorrĂŞncia ĂŠ acirada, onde o desenvolvimento da tecnologia ĂŠ muito dinâmico. Temos a necessidade de investir freqĂźentemente no desenvolvimento de nossos produtos, para oferecer aos clientes preços baixos, alta qualidade, durabilidade e ultimamente um equipamento compactoâ€?, conta Gerhard Ett, sĂłcio-diretor e co-fundador da empresa. Fundada hĂĄ trĂŞs anos, a Electrocell jĂĄ começa a planejar a atuação no exterior, tendo como diferenciais rapidez, qualidade e baixo custo de desenvolvimento dos produtos. Ett acrescenta que o fato de a empresa ser menor do que as concorrentes internacionais nĂŁo a impede de atuar nesse mercado com-
19
petitivo. “Grandes empresas tĂŞm mais contatos e muitos deles sĂŁo estratĂŠgicos. Apesar de sermos menores em comparação a outras empresas de destaque mundial, procuramos agir como uma empresa grande e aprender com elas, pois um dia algumas dessas jĂĄ foram pequenasâ€?, diz. Para ele, boas idĂŠias nĂŁo sĂŁo privilĂŠgio dos grandes conglomerados. “Admiramos boas idĂŠias, mesmo que seja de um concorrente. Mas para ter boas idĂŠias nĂŁo ĂŠ necessĂĄrio ser grande; ĂŠ preciso ter bons colaboradores.â€? Dessa forma, ĂŠ importante que o empreendedor esteja atento Ă s inovaçþes do mercado e de produto nĂŁo sĂł no paĂs, mas tambĂŠm lĂĄ fora. “Com a economia aberta, como hoje ĂŠ padrĂŁo no mundo, se um grupo de empresas nĂŁo fizer isso no Brasil, companhias de outros paĂses vĂŁo fazer isso aquiâ€?, aponta o consultor Evaldo Alves. Como sugestĂŁo, ele cita que vale atĂŠ recorrer a organismos de pesquisa de inovação existentes no Brasil, mas que sĂŁo pouco utilizados. ApĂłs ter uma idĂŠia original, verificar se ĂŠ viĂĄvel fazer investimentos, identificar o mercado de atuação e definir qual o melhor modelo de produto, a companhia deve registrar a inovação. Essa ĂŠ a estratĂŠgia da Automatos, que desenvolve softwares para gerenciamento de computador Ă distância para fazer frente a grandes marcas e conglomerados internacionais. O registro de propriedade intelectual soma como uma espĂŠcie de certificação em todo o processo. “Inovação por si sĂł ĂŠ o que ĂŠ preciso para competir no mercado externo. Mas, se a empresa consegue patentear uma inovação, ĂŠ quase que uma etapa de qualificaçãoâ€?, garante AndrĂŠ Fonseca, diretor-presidente e co-fundador da Automatos. O faturamento da empresa, em 2003, alcançou os US$ 3 milhĂľes e a meta para este ano ĂŠ dobrar esse nĂşmero. Atualmente a empresa conta com 50 funcionĂĄrios. A Automatos jĂĄ possui vĂĄrios regisEmpreendedor – Maio
2004
Receita pronta para o sucesso de um negĂłcio nĂŁo existe. Mas todos sabem que alguns ingredientes, se usados na medida certa, podem contribuir para que a empresa ganhe espaço e se consolide, mesmo em nichos em que a concorrĂŞncia ĂŠ predatĂłria. Sem dĂşvida ĂŠ uma tarefa difĂcil consolidar um empreendimento em mercados competitivos, principalmente em ĂĄreas que proporcionam maiores lucros. JĂĄ nĂŁo basta somente gastar saliva e derramar muito suor para enfrentar grandes marcas e conglomerados e uma crescente concorrĂŞncia, com cada vez mais empresas. É preciso inovar na tecnologia e na gestĂŁo, oferecer produtos e serviços de qualidade e, ainda, adicionar uma boa dose de criatividade para personalizar o atendimento aos clientes e construir e fortalecer a imagem da empresa no segmento no qual atua. Esses sĂŁo justamente a estratĂŠgia e os diferenciais de algumas companhias brasileiras para fazer frente Ă s gigantes que dominam o mercado. Durante o perĂodo em que a economia brasileira se manteve fechada, o paĂs ficou ilusoriamente protegido contra as grandes marcas e conglomerados internacionais. “Isso funciona por algum tempo, porque o prĂłprio sistema econĂ´mico tambĂŠm começa a ficar ineficiente e ĂŠ preciso abrir o mercado e correr atrĂĄs do prejuĂzo. É o que estamos fazendo de 1990 para cĂĄ, quando houve quase que uma revolução nas empresas brasileiras em busca de inovaçãoâ€?, avalia Evaldo Alves, membro do ComitĂŞ Diretivo do GVConsult. Ganhar espaço em um mercado competitivo, de um modo geral, traduzse em uma necessidade permanente de inovar. Especialistas recomendam que as empresas diminuam as margens de lucro, aumentem a escala de produção e invistam em inovação. Mesmo assim, com o passar do tempo a tendĂŞncia ĂŠ o declĂnio das taxas de lucro. Isso ocorre por vĂĄrias razĂľes como a obsolescĂŞncia da tecnologia e a gestĂŁo, que
(Capa expondo a um número muito maior de pessoas, em um ambiente em que as pessoas estão acostumadas em pensar em propriedade intelectual”, afirma. Hoje uma empresa brasileira já tem à disposição instrumentos que protegem a inovação. “É muito mais fácil e mais barato proteger a sua invenção aqui do que as pessoas imaginam. O segredo é conseguir varrer as bases de patentes do mundo para ver se existe alguma coisa semelhante ao que a empresa está fazendo”, diz Fonseca. Segundo ele, cada vez mais as empresas brasileiras estão raciocinando em termos de registro da propriedade intelectual. “Os empreendedores estão olhando para a inovação de uma
forma mais estruturada e séria do que vinham fazendo até agora.” Mas ele acredita que é preciso criar uma maior cultura e acelerar o ritmo de proteção intelectual no país para continuar o processo de fortalecimento da produção de inovação no Brasil. “A Índia registra cerca de 2 mil patentes por ano em TI. O Brasil em torno de 200. Temos que começar a entrar no passo deles.” Inovação e marketing Evaldo Alves classifica as inovações em três grupos. O primeiro é chamado de inovação no paradigma técnico-econômico, ou seja, modernizar equipamen-
2004
DIVULGAÇÃO
tros relacionados com processos para gerenciar e resolver problemas associados a computadores através da internet, e a meta é ter uma nova patente a cada três meses. Para Fonseca, a prioridade de investimento da empresa é verificar se o produto pode ser registrado no mundo inteiro. “É quase que uma lei nossa na área de Pesquisa e Desenvolvimento.” Um dos motivos disso é que a empresa atua em um mercado horizontal. “Isto é, em que não existe muita diferença entre os diversos segmentos da indústria ou mesmo países do mundo”, conta. Por isso, as patentes garantem a autoria da propriedade intelectual, ou seja, que a inovação não será copiada. “Se a empresa quer vender fora, uma coisa importante é proteger sua invenção, uma vez que está
COMBUSTÍVEL: PARA ENFRENTAR A CONCORRÊNCIA ACIRRADA, A EQUIPE DA ELECTROCELL PRECISA EQUILIBRAR PREÇO BAIXO COM ALTA DURABILIDADE PARA CONQUISTAR E MANTER SEUS CLIENTES
Maio – Empreendedor
20
2004
15
Empreendedor – Abril
(Capa
2004
DIVULGAÇÃO
tos, processos e organização. Da mesma forma, a gestão também contribui para estruturar a companhia e traçar uma meta de maneira bem-sucedida. “Isso explica o dilúvio de Master of Business Administration (MBA) no país e lá fora, que no fundo é resultado dessa necessidade de também ser inovador e modernizar o processo de gestão.” Alves conta que é muito comum as empresas inovarem tecnologicamente e esquecerem que também precisam inovar os métodos gerenciais. “É tolice imaginar que posso ter inovação tecnológica sem ter inovação de gestão, ou ter inovação de gestão e desprezar a inovação tecnológica. Os dois estão casados; não posso ter um sem o outro”, salienta. Já o terceiro grupo, de acordo com Alves, ocorre no âmbito do governo e está relacionado com a modernização dos sistemas econômicos, do Estado e da sociedade. “Há muita coisa por fazer para inovar o Estado, que coordena, facilita e dá o ambiente econômico propício às empresas. Isso ex-
FONSECA: PRIORIDADE É INVESTIR NO REGISTRO DE PATENTES PARA OFERECER PRODUTOS INOVADORES
Maio – Empreendedor
plica o porquê de alguns países em um nível tecnológico e gerencial igual ao nosso estarem nos ultrapassando no tamanho do PIB.” O Brasil passou de oitava maior economia do mundo, em 2001, para a 15ª posição atualmente. “A plataforma produtiva brasileira está sendo menos competitiva que a dos nossos países concorrentes”, completa. Além disso, o empreendedor não pode deixar de investir em marketing, o que é fundamental dentro do processo de inovação. “É o que faz a ligação com a demanda, clientes e compradores. De nada adianta ter uma boa tecnologia e gestão se o produto não está atendendo à demanda do mercado”, afirma Alves. Para ele, é exatamente nesse ponto que o marketing é vital, pois norteia a empresa através de ações voltadas ao mercado e ao atendimento dos clientes, como ajuste em termos de preço, produto, distribuição e promoção. “Juntamente com a inovação, isso é o que diferencia as empresas. Esse é o segredo, sejam elas de pequeno, médio ou grande porte.” Utilizar os princípios e conceitos de marketing é a tática da Frangos Macedo-Koerich, que vem correndo por fora e se consolidando cada vez mais em um mercado competitivo para oferecer produtos diferenciados, como o Frango Temperado. “O marketing participa de todos os processos da Macedo, desde o nascimento do produto até o lançamento para o mercado, e é o instrumento perfeito para aplicarmos a nossa estratégia de diferenciação”, conta Jóster Macedo, superintendente da empresa. Para ele, o maior desafio da companhia não é enfrentar a concorrência. “É a mu-
22
dança cultural de que todo frango é igual. Aos poucos, temos conseguido provocar essa mudança no consumidor.” Segundo Jóster Macedo, a companhia busca sempre melhorar o relacionamento com os clientes. Essa aproximação nos permite entender a real necessidade do consumidor. “A nossa velocidade de adaptação é significativamente rápida. Muitas vezes, conseguimos nos antecipar no atendimento das necessidades do consumidor.” Atualmente, a Macedo-Koerich possui 1.200 funcionários e até o final deste ano pretende ampliar a equipe para 1.450 profissionais. A empresa exporta 40% da produção para diversos países como Inglaterra, Espanha, Irlanda, Dinamarca, Alemanha, Arábia Saudita, Emirados Árabes, Kuwait, Japão, China, Peru, Bolívia, Colômbia e Venezuela. A expectativa é fechar 2004 com um acréscimo de 10% no faturamento. Investindo cerca de 5% do faturamento em ações de marketing, a Nardini Cerâmica incentiva e valoriza as culturas regionais, através de revestimentos temáticos. Também dá apoio ao revendedor, realiza promoção de parcerias para incentivar balconistas e ministra treinamento de funcionários das lojas de varejo. “Hoje o mercado é de preço, devido à crise que o país está vivendo, e o que a Nardini tem feito para se diferenciar é investir em design e no atendimento”, diz Cintia Nardini, diretora comercial da empresa. O foco da Nardini para chegar a esses diferenciais é investigar o que está faltando no mercado e oferecer produtos diferenciados, a maioria deles não fabricados pela concorrência, com maior personalização para o consumidor. “Procuramos estar longe do que os concorrentes fazem, porque são muito grandes. Eles podem fazer até melhor que a gente, mas o importante para eles é a
DIVULGAÇÃO
23
Empreendedor – Maio
2004
quantidade e para nós é produto, design e atendimento ao consumidor final.” A empresa possui 110 colaboradores diretos e 20 indiretos e tem uma expectativa de crescimento de 5% para este ano. As pequenas têm uma maior proximidade com o cliente e agilidade para adequar e melhorar o produto e o atendimento. “Elas são mais rápidas em reconhecer as necessidades do cliente, e por estarem mais próximas conseguem responMACEDO: AÇÕES DE MARKETING VISAM CRIAR PRODUTOS DIFERENCIADOS der mais facilmente às mudan- PARA ATENDER MERCADOS NACIONAIS E INTERNACIONAIS ças que o consumidor deseja. É óbvio que têm de ter um bom produ- pectativa é ultrapassar os 10%, mes- das à região, ao local e aos consumito, mas na minha opinião esses são os mo com todas as adversidades da eco- dores. “Independente de seu tamanho, pense pequeno, que significa a empregrandes diferenciais”, aponta Paulo An- nomia brasileira. Por outro lado, uma das vantagens sa aprender todo dia e toda hora, sem gelim, consultor especializado em marketing. Segundo ele, geralmente as das grandes marcas e conglomerados ferir obviamente princípios ou diretricompanhias de grande porte possuem é a de possuírem maiores condições fi- zes maiores da organização da compaformalidades e burocracias, pondo em nanceiras para sempre estarem inovan- nhia.” E o marketing é a ferramenta risco a flexibilidade na hora de perso- do. “A inovação tecnológica, tanto in- apropriada para isso. “É o grande resnalizar o produto e o atendimento. “Há cremental quanto radical dos nossos ponsável por harmonizar toda essa ormuitas delas que se preocupam tanto produtos, processos e serviços, é uma questra, porque é, acima de qualquer com processos que se esquecem do ob- atividade complexa, na maioria das ve- coisa, criar percepções.” jeto final de todo o processo, que é o zes dispendiosa, onde buscamos novos próprio cliente. A personalização é fun- conhecimentos para nos mantermos União faz a diferença Na corrida por melhores posições, damental porque a empresa deixa de tecnologicamente atualizados”, afirma atender uma grande massa e passa a Tenório. Outra vantagem das grandes ampliar a força competitiva no mercado empresas é a de terem departamentos também significa somar esforços. Uma atender um a um.” É o caso da Casas Ricardo, que específicos de Pesquisa e Desenvolvi- prova disso é o que empreendedores do produz e comercializa frios, queijos, mento “Enquanto isso, nós inovamos setor cerâmico da cidade de Campos de carnes em cortes especiais e cestas de por meio do incentivo às atividades re- Goytacazes, no Rio de Janeiro, estão faPáscoa e Natal. A empresa vem apos- alizadas pelas próprias pessoas que são zendo. Os ceramistas estão implantantando na flexibilidade de responder responsáveis pelos processos rotinei- do o Programa de Redes Associativas, prontamente à demanda de mercado, ros, não existindo um grupo formal de em parceria com o Sebrae, que pretende unir mais de 30 empresas para deoferecendo produtos e serviços dife- Pesquisa e Desenvolvimento.” Segundo Angelim, uma grande es- senvolver e pôr no mercado um produrenciados aos clientes. Carlos Roberto Tenório, gerente comercial da Casas Ri- trutura também pode personalizar o to mais competitivo. As formas de coocardo, confirma que, pelo fato de a em- produto e o atendimento desde que pen- peração adotadas pelas cerâmicas vão presa ter uma estrutura menos rígida e se como se fosse pequena, que signifi- agir diretamente no processo de comburocrática em comparação aos gran- ca ouvir, ser empático, estar atento e pra e venda, central de negócios, mardes conglomerados, é possível adaptar em constante contato com o cliente. keting e processo produtivo. Há mais tempo, unir esforços já é mais rapidamente os produtos às mu- Assim, de acordo com ele, é necessádanças demandadas pelos clientes. A rio ensinar e dar autonomia às pessoas uma regra da Cooperativa Nacional de empresa, que passou por uma reestru- envolvidas no negócio para aprenderem Apicultura (Conap), que produz e coturação há dois anos, teve crescimento com o mercado e encontrarem as pró- mercializa mel, própolis e geléia real. de 20% em 2003. Para este ano a ex- prias soluções, que devem ser adequa- Fundada em 1991 e competindo no
(Capa
2004
DIVULGAÇÃO
mercado internacional desde de 1993, a cooperativa tem, hoje, um total de 300 cooperados de 17 estados brasileiros e aposta na qualidade dos produtos como diferencial. “No início, realmente foi difícil, pois precisamos participar de feiras, mandar amostras, fazer contato e ter paciência. Fomos mostrando a qualidade de nossos produtos e a seriedade de nosso trabalho e, então, começamos a receber visitas de pessoas do mercado internacional, principalmente do Japão”, afirma Paulo Rettore, presidente da Conap. A Conap tem capacidade para armazenar 350 toneladas de mel e girar 40 toneladas do produto por mês. “Se tudo der certo, temos um terceiro módulo para aumentar a capacidade de giro, atingir o mercado interno e continuar no mercado externo”, aponta Rettore. A Conap exporta cerca de 800 toneladas de mel e 12 toneladas de própolis por ano. “Hoje estamos exportando para China, Japão, Coréia e Taiwan no mercado asi-
CÍNTIA: INCENTIVO E VALORIZAÇÃO DE CULTURAS REGIONAIS INCREMENTAM PRODUTOS DA MARCA NARDINI
Maio – Empreendedor
ático. Para o mercado europeu, Suécia, Suíça, Bélgica e Holanda. Para os Estados Unidos conseguimos exportar nesses dois últimos anos. A competição está muito boa, a oportunidade foi excelente mediante a qualidade.” Com um faturamento de US$ 1 milhão ao ano, a cooperativa espera crescer em torno de 10% em 2004. Outro exemplo é a Cooperativa Agropecuária Cascavel (Coopavel). Sediada no Oeste do Paraná, conquistou o mercado internacional, produzindo um frango diferenciado, sem aditivos químicos e sem produtos de origem animal. “Um diferencial da Coopavel é desenvolver produtos de acordo com a necessidade do cliente, a exemplo do “Frango Natural”, livre de antibióticos e de promotores de crescimento. Fomos uma das primeiras empresas do país a produzir esse tipo de carne e hoje somos uma das que têm maior know-how no assunto”, afirma Dilvo Grolli, diretorpresidente da cooperativa. Além disso, a cooperativa tem o domínio de toda a cadeia de produção, desde o plantio e colheita de grãos como soja e milho, transporte próprio, industrialização da ração e farelo, matrizeiro e incubatório, no qual produz o pintainho, até o frigorífico que abate as aves. Segundo Grolli, para chegar a esses diferenciais, a Coopavel possui uma universidade corporativa, a Unicoop, que oferece cursos e treinamentos aos cooperados e funcionários em todos os processos de produção e administração. “Estamos criando neles a consciência de que tem de haver comprometimento com a empresa. Também uma visão de que a empresa depende deles, de sua criatividade e de sua dedicação.”
24
A Coopavel possui cerca de 3.200 associados em 23 filiais localizadas em 17 municípios das regiões Oeste e Sudoeste do Paraná e 10 indústrias instaladas em parque industrial próprio, exportando 50% do que produz para Europa, Oriente Médio e Ásia. O faturamento da cooperativa alcançou a cifra de R$ 653 milhões em 2003, e para este ano a expectativa é ultrapassar os R$ 750 milhões. A Coopavel tem projetos para investir R$ 40 milhões em ampliações e melhorias de sua estrutura e aumentar o quadro da equipe de 3.175 para 3.500 funcionários. O exemplo das cooperativas é mais um dos que comprovam a tese de que, seja juntando esforços para investir, seja aplicando recursos próprios, o importante na receita de sucesso é inovar sempre, melhorando e agregando valor ao produto e ao atendimento do cliente, principal foco de qualquer negócio bem-sucedido. Sabendo disso, não perca mais tempo, encontre seu nicho e corra, empreendedor, corra!
Linha Direta André Fonseca (11) 3017-5210 Carlos Roberto Tenório (19) 3871-6145 Cintia Nardini (11) 3722-4086 Dilvo Grolli (45) 220-5010 Evaldo Alves (11) 3281-7784 Gerhard Ett (11) 3812-8466 Jóster Macedo (48) 381-9000 Paulo Angelim (85) 264-0066 Paulo Rettore (31) 3581-8555
2004
19
Empreendedor – Abril
Não Durma no Ponto
2004
Quem irá nos governar? Mundo de criatura Assustado, João pula da cama. São quase sete horas e ele precisa enfrentar o trânsito para chegar em tempo à reunião das oito. Dormiu inquieto, cheio de sobressaltos nessa noite sem fim! Um sono leve pela manhã! Longe de ser reparador. Como um zumbi, prepara-se para o desjejum. O café é suficiente para mantê-lo desperto. Lê o jornal e as notícias (como sempre) são alarmantes: desemprego em alta, aumento dos juros, redução do crédito, aumento da inadimplência. A única coisa que parece ter um crescimento sustentado é a criminalidade. Na reunião, João está ausente. Não consegue se empolgar com nenhuma das novas metas a atingir. Afinal, o que muda? Tudo igual, salvo as novas cifras a serem atingidas. Sem novidade. Há sempre reajustes nesse quesito. O gerente, implacável, não mede esforços para cobrar resultados. E a empresa se traduz nisto: metas e resultados. Cortar custos, gerar caixa, pagar contas, suspender investimentos, apertar os cintos... Todas as atenções estão voltadas para a sobrevivência. É isso que João e os seus colegas almejam e conseguem há vários anos. Nos dias melhores, a vontade é de arregaçar as mangas, lutar contra os concorrentes e desafiar os clientes irredutíveis. Hoje, porém, seu sentimento é outro. A vontade é de fugir, esconder a cabeça embaixo da terra como uma avestruz ou se embrenhar na própria casca como um tatu. Afinal, são muitas as ameaças e os inimigos: os superiores, os clientes, os concorrentes, os colegas de trabalho. O que fazer? Todo santo dia é uma borMaio – Empreendedor
doada nova, uma nova decepção ou uma velha frustração. Como é difícil ser compreendido! João se sente prejudicado e refém do poder e das decisões dos outros. Preso nesses dilemas, ele não consegue evoluir no trabalho. Está sem-
“Enquanto a criatura reage aos seus medos e aos seus instintos, o criador age orientado pela sua consciência e pelo seu poder de escolha. Precisamos escolher: ou somos vela, ou somos barco” pre assoberbado com uma lista de coisas para fazer. Sente-se de mãos atadas. Não consegue sair do círculo vicioso em que se meteu. As disfunções da vida profissional já invadiram também a vida pessoal. Pouco tempo para a mulher, os filhos e também para si mesmo. Sente-se metido em um buraco e parece que só consegue juntar forças para, nos movimentos sempre iguais que faz, torná-lo ainda mais fundo. Os dias são uma sucessão de esforços em vão, lutas inglórias e re-
26
sultados pífios. O que fazer? Vida de criador José salta da cama animado. Depois de um gostoso espreguiçar, faz a sua oração e prepara-se para a sua mais importante refeição do dia. Não vê a hora de chegar à empresa. Afinal, hoje é o grande dia. Todos estarão reunidos para, juntos, construir o futuro. José está preparado. Estudou as principais tendências que ocorrem no mercado. Soube, por exemplo, que a expectativa de vida aumentou em 30 anos no século que passou, o que produz uma parcela de vida adicional para cada cidadão em boas condições de saúde. Isso abre novas janelas de oportunidade para negócios e empreendimentos ligados a saúde, estética, educação, turismo, lazer e o que mais a mente for capaz de imaginar. Se a indústria antienvelhecimento continuar a crescer, é bem possível que as crianças queiram aparentar mais idade, na esperança de usufruir mais cedo a gama de alternativas oferecidas aos adultos. Novas oportunidades de negócios: aulas de línguas, de dança, de informática, de canto, de tênis, de meditação, de musculação, etc. Nunca tivemos tantas oportunidades na história dos negócios! José aprendeu também que as pessoas continuam se organizando em tribos, mas não apenas por conta da religião, região geográfica ou grau de parentesco. Elas se agrupam ao redor de conceitos ou valores, tal como os adeptos da Harley-Davidson, a turma do surfware ou os ativistas da ecologia. Mais oportunidades de negócios!
por Roberto Adami Tranjan Educador da Cempre Conhecimento & Educação Empresarial
O mundo é um lugar recreativo e cheio de possibilidades! Falando assim, parece que José vive em uma realidade sem defeitos. Longe disso! Ele não ignora problemas ou dificuldades. Sabe que existem e de todos os tamanhos. Alguns são muito graves. É sabido que a distância entre ricos e pobres se acentuou nas últimas décadas. E isso não é bom. As guerras continuam. São nada menos de 12 simultâneas, em diferentes lugares, ainda que pareçam distantes. Mais próxima e sempre ameaçadora, existe a AIDS como risco real. A questão é: como podemos ajudar? Criador e criatura Para cada estímulo, uma reação. Há quem seja uma criatura, vítima
de si. Para continuar inocente, evita a responsabilidade. Tudo tem um preço e o preço da inocência é a impotência. A impotência se impõe quando alguém não é dono de seus objetivos, seus sonhos e sua agenda. Existe para atender anseios e expectativas de outras pessoas. Para as criaturas, a vida está à deriva. Para o criador, não existe o estímulo e a reação. O que existe é a informação e a resposta que o criador é capaz de dar a ela. Entre a informação e a resposta, há um espaço. É nesse espaço que repousa a liberdade e o poder de escolha do criador, autor de sua própria vida. Quando o criador responde às informações que recebe, nessa resposta está o seu crescimento e a sua
felicidade, mas também a sua responsabilidade. Enquanto a criatura reage aos seus medos e aos seus instintos, o criador age orientado pela sua consciência e pelo seu poder de escolha. Precisamos escolher: ou somos vela, ou somos barco. João e José habitam em cada um de nós. Quem irá nos governar? Ainda temos o poder de escolher – e construir em nosso interior – o mundo em que queremos viver.
Linha Direta Roberto Adami Tranjan (11) 3873-1953 www.cempre.net roberto.tranjan@cempre.net
2004
Maio – Empreendedor
28
2004
29
Empreendedor – Maio
DIVULGAÇÃO
Franquia
Total
Fase de crescimento A The Kids Club by Fun Languages, rede de franquias especializada no ensino de inglês para crianças, comemora dez anos no Brasil este ano e está realizando várias atividades para reforçar a marca. A visita de John Ellis, da empresa Franqueadora Inglesa, a Sylvia de Moraes Barros, proprietária da marca no Brasil, serviu para apresentar os bons números da rede. O crescimento de 10% ao ano está acima da média de outros países onde a The Kids Club está presente, como Finlândia, Suécia, Portugal, Espanha, Coréia, entre outros. Aqui são abertas entre 10 e 15 novas unidades por ano. Nos meses de julho e setembro serão realizados workshops, nas cidades de Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Salvador. Esses encontros serão palco de palestras e debates de temas como “O desenvolvimento de habilidades empreendedoras” e “Estratégia de marketing para 2005/2006”, reforçando campanhas, parcerias e promoções. 0800 55 3565 ou www.thekidsclub.com.br
Flytour fortalecida
2004
A indústria de viagens está em constante mudança e crescimento e a Flytour também. Como uma das maiores empresas de viagens no Brasil desde 1974, a rede de franquias tornou-se 100% proprietária da Rosenbluth International Brasil Ltda., empresa fruto da joint venture citada na matéria da edição de abril, cuja composição societária era 50% da Flytour e 50% da Rosenbluth International. Com a mudança , essa divisão da corporação passou a ser denominada Flytour Business Travel e sua matriz está localizada em Alphaville, São Paulo. (11) 4502-2535
Expansão divertida O Café Cancun, rede de restaurante e entertainment house, que faturou R$ 26 milhões no ano passado e recebe 1,5 milhão de pessoas por ano, abre mais uma unidade no Centro-Oeste, a décima no Brasil. Apelidado de Café 10, será o primeiro restaurante mexicano de Cuiabá. A inauguração da casa gera cerca de 90 empregos diretos. “Estamos satisfeitos com o su-
cesso por se tratar de uma empresa de entretenimento numa região cujo foco sempre girou em torno da agropecuária”, informa Luiz Henrique Marcondes, sócio-diretor e idealizador da marca. Ele diz que o Centro-Oeste, onde há unidades em Brasília e Goiânia, é a região que tem apresentado o maior crescimento nos últimos dez anos. (11) 3044-4297
20 anos de mercado A Strutura comemora 20 anos de atuação no mercado nacional. Com um mix de produtos composto por malhas, tricôs, jeans, sapatos, óculos, cintos e underwear, entre outros, a marca tem como público-alvo quem busca praticidade da moda casual. Fundada por Fuad Sader Júnior, a rede tem 36 unidades e está sempre inovando nas facilidades para os clientes, como o e-commerce e o cartão de crédito. “A moda Strutura é
diferenciada, pois os modelos são arrojados, mas sem a subtração da comodidade” diz o executivo Sader Júnior. Ele acrescenta: “Nossa marca tem um leque de produtos para agradar diversos públicos”. Desde 1992 a empresa conta com o sistema de franchising, que foi reformatado em 2002 para oferecer três novos conceitos de loja: Strutura Light, Strutura Classic e Strutura Premium. (11) 6979-9695
Para os pequenos clientes Estudos comprovam que 40% das compras de supermercados são influenciadas pelos filhos, cada vez mais bem informadas devido ao acesso à internet e à televisão. Por isso as redes de franquias também apostam nesse público. A rede de fast food Giraffas começou o ano trabalhando na reestruturação de toda sua linha infantil. Além do lançamento de brindes educativos e interativos, como material escolar e livros infantis, a Giraffas lançou a GiraTurma, que reúne personagens que se co-
municam com os miniclientes, transmitindo, por exemplo, mensagens que convidam esse público a preservar o meio ambiente. A rede também modificou todo o cardápio infantil, com novos pratos, nova embalagem e novos forros de bandeja. Funcionando há 22 anos, e com 145 lojas espalhadas no Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba, Paraná e Espírito Santo, a rede vai abrir cerca de 45 novas lojas este ano. (61) 3031-1800
Edição: Alexandre Gonçalves • Reportagem e Redação: Sara Caprario E-mail: franquiatotal@empreendedor.com.br
Maio – Empreendedor
2
DIVULGAÇÃO
Mercados regionais Investimento em propaganda Com a meta de abrir 20 novas lojas até o final do ano, a rede de livrarias Siciliano contratou a agência de propaganda Luminas para elaborar anúncios de jornal, spot de rádio e outdoors específica para a região onde cada franquia será aberta. A inauguração da unidade no Shopping Iguatemi Caxias, em Caxias do Sul (RS), já ocorreu com a utilização desse formato de campanha. O mesmo material de apoio foi adaptado para outra abertura de loja, em Rio Claro (SP). Com o slogan “Estamos inaugurando uma nova página da nossa história”, a rede investe na consolidação da marca através dessa mídia regional. www.siciliano.com.br
A rede de ensino de idiomas Yázigi Internexus implantou uma nova estrutura descentralizada na área de marketing para fornecer ao franqueado qualificação da gestão de negócios e assistência de profissionais que orientarão e capacitarão toda a rede para uma atuação mercadológica mais eficiente no dia-a-dia. “Essa estratégia contribuirá para a abertura de novos negócios e o crescimento da empresa”, prevê Márcia Pires, diretora de Marketing e de Gestão de rede. A descentralização dos serviços da franquia já teve sucesso na área pedagógica. Segundo Alexandre Silva, novo CEO do Yázigi, as escolas de idiomas estão mudando. A chegada dos coordenadores de marketing com atuação regional produzirá rapidamente resultados concretos em
vendas dos produtos da rede de idiomas. Para Jaqueline Dias, franqueada do Yázigi de Porto Alegre, a inovação dos coordenadores regionais possibilitará desenvolver estratégias mais ousadas para crescimento das escolas e aumento de faturamento, para disputar mais espaço com a concorrência no mercado. (11) 3884-9600
2004
3
Empreendedor – Maio
Franquia
Total
NOVAS REDES
2004
DVULGAÇÃO FÁBIO MOREIRA SALLES
A Fundação Richard Hugh Fisk, das marcas Fisk e PBF, recebeu o prêmio de Franqueador do Ano de 2003, pelo resultado obtido com as redes que comanda. Na presença de empresários e dirigentes das principais marcas do franchising nacional, que movimentam R$ 30 bilhões anualmente, o grande homenageado pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), o professor Richard Hugh Fisk, criador do método e da marca que leva seu nome, há 40 anos, em discurso emocionado, atribuiu o prêmio ao trabalho de toda sua equipe e às centenas de franqueados. Pela primeira vez, uma empresa do segmento de educação e treinamento recebeu esta que é a láurea máxima do setor. Atualmente, a Fundação Richard Hugh Fisk atende mais de 300 mil alunos por ano e gera cerca de 7 mil empregos em suas unidades franqueadas e 600 empregos diretos nas escolas próprias e na estrutura administrativa. O professor Fisk começou dando aulas de inglês na extinta TV Tupi e, depois de construir um império com centenas de escolas e de gerar milhares de empregos, há 12 anos doou todo o patrimônio da empresa, transformando-a em fundação. Hoje a rede conta com 932 unidades das duas marcas no Brasil, Argentina, Paraguai e Japão. (11) 5573-7000
Leia mais sobre o Selo de Excelência e o Prêmio Destaque Franchising na página 12 deste suplemento. Maio – Empreendedor
Opção em eletroeletrônicos A Panashop virou franquia. As lojas especializadas em venda de eletroeletrônicos dentro de shopping centers iniciou a expansão para outras praças, outros estados, e pretende atingir outros países. Depois de cinco anos de estudo e formatação da sua rede de 21 lojas próprias localizadas nos shoppings da cidade de São Paulo e Baixada Santista, a empresa resolveu aderir ao franchising. Em 2003 houve um aumento de faturamento em 40%, a frota foi ampliada em 25% e o quadro de funcionários cresceu 28%. Há cinco anos a empresa vem apresentando um crescimento significativo, que trouxe também a necessidade de mudanças conceituais e estruturais. “O investidor que deseja ter seu próprio negócio recebe da empresa uma assessoria completa para a viabilização do novo negócio”, conta Marco A. Militelli, diretor da Militelli Business
DIVULGAÇÃO
Homenagem
Consulting, empresa responsável pelo projeto de formatação. O investimento inicial fica em torno de R$ 400 mil a R$ 500 mil e a estimativa de retorno é entre 24 e 48 meses, dependendo da praça e localização. A rede pretende inaugurar nos próximos três anos 200 novos pontos-de-venda franqueados em shoppings de todo o Brasil. A primeira loja franqueada será em Sorocaba (SP). (11) 3821-5051
Crédito para franqueado A American Tec, franqueadora na área de pisos e revestimentos especiais para a construção civil, está oferecendo facilidades em financiamento para quem quer entrar na rede. Além de a própria marca parcelar a taxa de franquia e a compra do material em três vezes, o franqueado poderá optar por utilizar o convênio que a empresa possui com o Banco do Brasil e solicitar financiamento por meio do sistema BBFranquia. A franquia exige baixo investimento, cerca de R$ 30 mil, porque não necessita ser instalada em pontos comerciais. “Nosso franqueado apenas precisará de um local para organizar sua empresa”, diz o fran-
4
queador Álvaro Amaral Arvelos. Após as primeiras obras, o retorno do investimento vem entre 8 e 10 meses. Uma franquia tem faturamento médio de R$ 20 mil, chegando a até 40% de lucratividade. Arvelos explica que o franqueado trabalhará com o piso de concreto estampado, uma das maiores tendências em se tratando de piso para áreas externas, e também com revestimento texturizado colorido para pisos. A American Tec é uma empresa brasileira que atua desde o ano 2000, e a intenção da marca é expandir-se para todo o país, por meio de franqueados que terão territórios exclusivos. (11) 3822-2591
2004
Empreendedor – Maio
Franquia
Total
Mulheres no
franchising GRUPO KEYSTONE
2004
O otimismo tem sido a marca registrada nas redes comandadas por mulheres
Discussões de gênero à parte, as mulheres são, em sua maioria, culturalmente mais emocionais do que os homens, geralmente educados para cuidar da razão e não dar tanta vazão à sensibilidade. A capacidade de cuidar de mais de uma tarefa ao mesmo tempo é inata a elas. E são essas diferenças básicas que transparecem na condução de uma rede de franquias ou de uma unidade franqueada. Para a consultora Cláudia Bittencourt, da Bittencourt Consultoria em Franchising, a mulher é uma franqueada em potencial porque consegue reunir características que todo franqueador sonha em poder contar: lealdade, perseverança, dedicação, habilidade para lidar com pessoas, otimismo e atitudes positivas. “O paradigma de que as mulheres foram feitas para o amor, ou seja, para seu homem, sua casa, suas crias, e os homens foram feitos para garantir a paz necessária no lar já é fato do passado. Do ponto de vista biológico, isso tem Maio – Empreendedor
uma influência muito forte nos seres humanos e em todo o reino animal, porém a cada ano que passa a mulher vai conquistando o seu espaço no meio empresarial. Exatamente pela sua capacidade de múltipla atuação em qualquer atividade que realiza, característica de sua própria natureza”, argumenta a consultora. É claro que nem tudo são flores quando o negócio é conduzido por uma mulher, até porque os especialistas
6
também ressaltam que, por saber ouvir mais, elas acabam esperando muito para decidir ou mesmo fazendo concessões inadequadas, situação comum para quem tem instinto maternal de proteção. Para Elizabeth Cunha Pimenta, presidente da Água de Cheiro, a paixão é o que move as mulheres a se dedicarem com fervor ao negócio. “Nós não temos vergonha de nos expressar, de extravasar sentimentos e ao mesmo tempo observar os sentimentos alheios. Eu sou apaixonada pelo que faço, por isso me dedico e busco melhorar a cada dia”, conta Elizabeth. Como franqueadora de uma rede que conta com mais de 700 unidades espalhadas pelo país, Elizabeth viaja com frequência para apresentar novos produtos nas diversas regiões, lançar novidades da franquia e visitar as unidades. Nesses contatos o carisma que transmite contagia quem a ouve. “Sei que sou exigente, mas ao mesmo tempo eu transmito a emoção e isso é fator motivador”, diz. Na hora da seleção dos franqueados, Elizabeth também usa da sensibilidade para a decisão final. “Acredito em intuição, no jeito de olhar. As mulheres são naturalmente mais observadoras, e conto com isso para saber se a pessoa tem perfil ou não para abrir uma unidade da Água de Cheiro.” E o
DIVULGAÇÃO
fato de o ramo da empresa atrair um público mais feminino, mesmo com linhas masculinas de cosméticos e perfumaria, faz com que as franqueadas se sintam mais ambientadas. “Percebo que as mulheres são mais entusiasmadas e chegam a criar laços de afetividade com o negócio, o que não é comum entre os homens, apesar de não estarmos dizendo que isso é uma regra”, comenta. Atitude arrojada Na área gastronômica também é comum vermos mulheres liderando redes ou algumas unidades. A Chuvisco, rede de confeitarias recém-formatada dentro do franchising, foi fundada por Jussara Siqueira em 1990. O momento estava conturbado no país, economia inflacionária e desestabilizada, o que exigiu muita criatividade e determinação. “Sempre fui arrojada e acredito que seja uma característica feminina, por isso credito o sucesso do negócio a esta atitude”,
afirma Jussara, que de vez em quando aposta em nichos novos de mercado “sem muitos cálculos” e acaba acertando na mira. “Resolvi investir em chocolataria na Páscoa e a procura foi tão grande que estamos aumentando a produção”, conta. Mas apesar de “se jogar mais”, a empresária diz que na hora de escolher um franqueado o lado sensitivo é deixado um pouco de lado. Contando com uma consultoria que faz toda a pré-seleção, Jussara diz que seu CARISMA: ELIZABETH PIMENTA QUE SEU pré-requisito fundamental é que COMANDO À FRENTE DA ÁGUA DE CHEIRO a pessoa viva do negócio e não TENHA A EMOÇÃO COMO UM COMPONENTE seja apenas investidor. E as mu- IMPORTANTE E MOTIVADOR lheres têm preferência nessa escolha? Ela diz que não, apesar de acre- manter a unidade organizada e bem deditar que uma empreendedora à frente corada para receber os clientes”. de uma confeitaria certamente estará Atualmente, a rede Chuvisco conta mais atenta aos detalhes, “afinal a loja é com uma Central de Produção com mais como se fosse uma sala de visitas e o de mil m2, com capacidade para atender toque feminino acaba facilitando para até 20 franquias, além das lojas própri-
2004
7
Empreendedor – Maio
Franquia
Onde aprender mais
Total rar resultados positivos, ou ultrapassar o ponto de equilíbrio, após 18 a 24 meses de operação. Para a consultora, a franquia se encaixa perfeitamente como negócio para as profissionais, pois elas contam com o apoio e a orientação da empresa franqueadora para suprir as deficiências administrativas e de gestão empresarial. “O importante é ter afinidade com o negócio, disposição e disponibilidade para ficar frente à operação. E as mulheres, pelo seu próprio instinto, têm garra, vontade de vencer e austeridade quando precisa.”
Linha Direta Água de Cheiro www.aguadecheiro.com.br Bittencourt Consultoria www.bittencourtconsultoria.com.br Chuvisco www.chuvisco.com.br
2004
as e uma unidade móvel desenvolvida especialmente para atender feiras, eventos e congressos. A confeitaria possui um plano de expansão de franquias, formatado de acordo com os rigorosos padrões da Associação Brasileira de Franchising (ABF) e amplamente testado nos mercados do Sul e Sudeste. “A essência de nossa franquia é baseada na total assessoria aos franqueados, dando plena condição para que os mesmos possam administrar seu próprio negócio, através de treinamentos operacionais e administrativos, com a mesma filosofia de trabalho da empresa”, diz a fundadora. O investimento inicial varia entre R$ 150 mil e R$ 190 mil. Cláudia Bittencourt salienta que tem observado que a mulher é mais paciente, e esse fator para o franqueado é muito importante, pois nem sempre os ganhos vêm no primeiro ano do negócio. A maioria dos negócios começa a ge-
Maio – Empreendedor
8
Como entraram no mercado de trabalho mais tarde, as mulheres têm à disposição organizações que cuidam especialmente delas, oferecendo cursos, consultoria e até financiamento. Confira algumas: BPW (Business and Professional Women – Associação de Mulheres de Negócios e Profissionais do Brasil) Objetivo: Agregar mulheres de negócios e profissionais, orientando e coordenando seu desenvolvimento pleno nas esferas de poder público e de mercado. www.bpw-brasil.org.br Conselho Nacional da Mulher Empresária Ligado à CACB – Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil. www.cacb.org.br Secretaria Especial de Política para as Mulheres www.presidencia.gov.br (61) 2104.9377 ou spmulheres@spmulheres.gov.br
FRANQUIAS EM EXPANSÃO Worktek
Negócio: Educação & Treinamento Telefone: (19) 3743-2000 franchising@worktek.com.br www.worktek.com.br
Conquiste sua independência financeira! A Worktek Formação Profissional faz parte do ProAcademix, maior grupo educacional do Brasil detentor das marcas Wizard, Alps e Proativo. Tratase de uma nova modalidade de franquias com o objetivo de preparar o jovem para o primeiro emprego ou adultos que buscam uma recolocação no mercado de trabalho. São mais de 30 cursos, entre eles, Office XP, Web Designer, Digitação, Curso Técnico Administrativo (C.T.A.), Montagem e Manutenção de Computadores, Secretariado, Operador de Telemarketing, Turismo e Hotelaria, Recepcionista e Telefonista, Marketing e Atendimento ao Nº de unidades próprias e franqueadas: 70 Cliente. Áreas de interesse:: Brasil Entre os diferenciais da Apoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, TR, Worktek está a qualidade do PF, FI, EI, PN, AJ, FB, FL, CP, FM material e do método de enTaxas de Franquia: entre R$10 mil sino, além do comprometie R$ 25 mil Instalação da empresa: a partir de mento com a recolocação que R$ 30 mil vai além das salas de aula atraCapital de giro: R$ 15 mil vés do POP, Programa de Prazo de retorno: 36 meses Orientação Profissional. Contato: Artur José Hipólito
Livros CDs DVDs Papelaria Revistas Fundada em 1943 e com mais de 10 anos de know-how em sistemas de franquias, a Nobel é hoje a maior rede de livrarias do Brasil com mais de 120 franquias espalhadas pelo país. Confira algumas vantagens da franquia Nobel: consignação de grande parte do estoque inicial, com condições comerciais melhores do que as de uma livraria independente; suporte operacional e para escolha, análise e negociação do ponto comercial; abertura para a implantação de negócios complementares como café e internet; modelos de franquia de acordo com o potencial de cada região do Brasil: livraria, megastore e express (quiosques e lojas compactas); plano de expanNº de unidades próprias e franqueadas: 131 são definido para o Áreas de interesse: Brasil mercado brasileiro Apoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, TR, PF, FI, EL, PN, SP Taxas: de R$ 15 mil a R$ 30 mil (franquia) com oportunidades Royalties: de R$ 500 a R$ 5 mil especiais para noFPP (Fundo de Promoção e Propaganda): de R$ 100 a R$ 1 mil vos franqueados. Instalação da empresa: a partir de R$ 37.450 Faça parte desse suCapital de giro: variável cesso! Entre agora Prazo de retorno: de 24 a 36 meses (estimativa) em contato! Contato: Depto. de expansão 11-3706-1491/1493
Star Bit Educação e Profissões
PBF Inglês e Espanhol
Negócio: Educação e treinamento Gerência de Franquias (11) 6440-4634 laudson@starbit.com.br www.starbit.com.br
Negócio: Educação/Ensino de Idiomas Tel: (11) 5084-1924/Fax: (11) 5084-8882 franchising@pbf.com.br/www.pbf.com.br
Um investimento responsável e rentável Seja um franqueado Star Bit. Você fará parte de um grupo que há quinze anos atua na área de educação, ensinando com qualidade informática e idiomas a milhares de pessoas que buscam aprimorar sua formação profissional, tudo isso com preços populares. O franqueado Star Bit tem apoio total, desde a escolha do ponto até um treinamento completo para uma melhor gestão do empreendimento. Além disso, o franqueado conta com uma Central de Compras com diversos fornecedores, todos cadastrados, testados e aptos a fornecer os materiais padronizados a serem utilizados na montagem da unidade, como apostilas, folderes e computadores – sempre a custos especiais para os fraqueados. O mercado de educação é um dos que mais cresce no Nº de unidades próprias e franq.: 33 país, e uma escola de qualidade Área de interesse: Interior do Estado é a possibilidade de um bom rede São Paulo torno, ainda mais oferecendo Apoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, cursos a preços populares. TR, PF, EI, PN, SP Taxas: Franquia R$ 24 mil; Royalties Além disso, a preocupação com a qualificação profissional é cada 10% FB; Publicidade 2% FB vez maior. Por isso, investir na Investimento total: R$ 100 mil Capital de giro: Variável Star Bit é investir na formação Prazo de retorno: 18 a 24 meses de profissionais qualificados Contato: Laudson Diniz para o mercado de trabalho.
1. A PBF exige pequeno investimento e não cobra royalties. 2. A PBF é uma rede de escolas de idioma com mais de 30 anos de experiência e tradição. 3. A PBF possui um método de ensino exclusivo e próprio, totalmente atual e comunicativo. 4. A PBF forneNº de unidades: 223 ce suporte em toÁreas de interesse: Todo o Brasil das as áreas, da Apoio: PA, PO, TR, PF, EL, SP, MP, PM, PO, OM administrativa à Taxas: 30% pool propaganda sobre compra de livro pedagógica. Instalação da empresa: a partir de R$ 40 mil (de5. A PBF trabapendendo do tamanho da cidade) Capital de giro: R$ 10 mil lha para você cresPrazo de retorno: 18 a 24 meses cer sem parar! Contato: Departamento de Franquias
PA- Projeto Arquitetônico, PM- Projeto Mercadológico, MP- Material Promocional, PP- Propaganda e Publicidade, PO- Projeto de Operação, OM- Orientação sobre Métodos de Trabalho, TR- Treinamento, PF- Projeto Financeiro, FI- Financiamento, EI- Escolha de Equipamentos e Instalações, PN- Projeto Organizacional da Nova Unidade, SP- Solução de Ponto
FRANQUIAS EM EXPANSÃO Golden Services
Alps
Negócio: prestação de serviços do futuro Tel: 0800 12 7286/Fax: (11) 374-3 2734 E-mail:franquia@goldenservice.com.br/www.goldenservices.com.br
O futuro é aqui SERVIÇOS DO FUTURO é um conceito de unidades de prestação de serviços de alta qualidade, instaladas estrategicamente para atender um público que busca praticidade, qualidade e preços justos. Em cada uma de nossas lojas encontramos o máximo em tecnologia e atendimento profissional para consertos de sapatos, bolsas e tênis, serviços de costura, além da mais moderna lavanderia do mercado. Nosso suporte é completo para o franqueado, desde a localização e negociação do ponto comercial até a implantação da loja. As franquias que hoje fazem parte do GOLDEN SERVICES são: SAPATARIA DO FUTURO (a sua loja de serviços com mais de 130 lojas em todo Brasil); COSTURA DO FUTURO (a única e mais completa rede nacional de serviços de reforma de roupas em geral); LAVANDERIA DO FUTURO (a lavanderia mais moderna do Brasil). Venha fazer Nº de unidades próprias e franqueadas: 352 bandeiras parte desse sucesso! Área de interesse: Brasil Apoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, TR, PF. FI. Seja um franqueado do EL, PN, SP futuro! Informações Taxa: variáveis (ver site) para franquias: 0800 12 Instalação da empresa: variável (ver site) 7286 e www.goldenCapital de giro: variável services.com.br. Prazo de retorno: 24 a 36 meses
Negócio: Educação & Treinamento Telefone: (19) 3743-2000 franchising@alpschool.com.br www.alpschool.com.br
Oportunidade de sucesso Rede em ampla expansão Lançada em maio de 2001, a Alps faz parte do grupo ProAcademix, também detentor das marcas Wizard e Worktek. Atualmente, ela é a rede de franquias de idiomas que mais cresce no Brasil, com 101 unidades espalhadas por todo o país. O sistema Alps de ensino conta com metodologia desenvolvida nos Estados Unidos que utiliza avançadas técnicas de neurolingüística, em que o aluno é estimulado a desenvolver as quatro habilidades fundamentais para se comunicar na língua inglesa: conversação, compreensão auditiva, leitura e escrita. Assim, o aprendizado é feito de forma natural, rápida e permanente. A Alps conta com know-how administrativo e comercial, através de um sistema Nº de unidades próp. e franq.: 101 exclusivo de ensino, Áreas de interesse: América Latina, Estados e dá assessoria na seUnidos, Japão, Europa leção do ponto coApoio: PA, PP, PO, OM, TR, FI, PN mercial, na adequação Taxas: R$ 10 mil (franquia) e R$ 12,00 por kit (publicidade) do imóvel e na imInstalação da empresa: R$ 20 mil a R$ 40 mil plantação e operação Capital de giro: R$ 5 mil da escola. Prazo de retorno: 12 a 18 meses Contato: Ivan Cardoso
Zets Negócio: telefonia celular e aparelhos eletrônicos Tel: (011) 3871-8550/Fax: (011) 3871-8556 franquia@zets.com.br www.zets.com.br
Tenha uma loja em sua mão A Ezconet S.A. detentora da marca Zets é uma empresa de tecnologia e distribuição de telefonia celular e aparelhos eletrônicos que, através de um sistema revolucionário denominado “BBC” (business to business to consummer) agrega novos serviços e valores a cadeia de distribuição. Realiza a integração entre o comércio tradicional e o comércio virtual, fornecendo soluções completas de e-commerce e logística para seus parceiros. Franquia Zets: Foi criada com a finalidade de disponibilizar para pessoas empreendedoras a oportunidade de ter um negócio próprio com pequeno investimento, sem custos de estoque, sem riscos de crédito, sem custos e preocupação com logística. Como Funciona: O Franqueado tem a sua disposição uma loja virtual Zets/Seu Nome, para divulgação na internet, vendas direta, catalogo, montar uma equipe de vendas, eventos, grêmio. Quais Produtos são comercializados: Celulares e acessórios para celulares, calculadoras, telefones fixos, Nº de unidades próp. e franq.: 4 centrais telefônicas, acessórios Áreas de interesse: Brasil para informática, baterias para Apoio: PP, TR, OM, FI, MP filmadoras, baterias para noteTaxa de Franquia: R$ 5 mil book e câmeras digitais, pilhas, Instalação da empresa: R$ 1.500,00 lanternas, filmes para maquina Capital de giro: R$ 5 mil fotográfica, cartuchos para imPrazo de retorno: 6 a 12 meses pressoras, etc. A franquia estuContato: Helio Alberini da a inclusão de novos produtos. PA- Projeto Arquitetônico, PM- Projeto Mercadológico, MP- Material Promocional, PP- Propaganda e Publicidade, PO- Projeto de Operação, OM- Orientação sobre Métodos de Trabalho, TR- Treinamento, PF- Projeto Financeiro, FI- Financiamento, EI- Escolha de Equipamentos e Instalações, PN- Projeto Organizacional da Nova Unidade, SP- Solução de Ponto
Zelo Serviços
Wizard
Negócio: Prestação de serviços de terceirização Tel/Fax: (11) 5505-9050 E-mail: zelo@zelo.srv.br Home page: www.zelo.srv.br
Prosperidade certa
Nº de unidades próprias e franquadas: 35 Áreas de interesse: Estado de São Paulo e Rio de Janeiro Apoio: MP, PP, PO, OM, TR, EL, PN, SP Taxa de Franquia: R$ 20 mil Instalação da empresa: R$ 10 mil Capital de giro: R$ 20 mil Prazo de retorno: 18 a 24 meses Contato: Sr. Eladio Cesar Toledo
A Zelo é uma empresa brasileira destinada a solucionar e integrar os diversos serviços de terceirização prestados ao patrimônio de uma escola, shopping, hotel, hospital, indústria, condomínio, ou residência. Através de um projeto baseado na experiência de mais de 20 anos de seu corpo técnico, pioneiro na implantação do conceito de performance em serviços de limpeza e na implantação de franquia de serviços no Brasil. A Zelo busca a melhor mão de obra, capacitando-a com o treinamento mais adequado a necessidade da cada cliente seu.
Negócio: Educação & Treinamento Telefone: (19) 3743-2098 franchising@wizard.com.br www.wizard.com.br
Sucesso educacional e empresarial A Wizard Idiomas é a maior rede de franquias no segmento de ensino de idiomas* do país. Atualmente, são 1.221 unidades no Brasil e no exterior que geram mais de 15 mil empregos e atendem cerca de meio milhão de alunos por ano. A Wizard dispõe de moderno currículo, material altamente didático com proposta pedagógica para atender alunos da educação infantil, ensino fundamental, médio, superior e terceira idade. Além de inglês, ensina espanhol, italiano, alemão, francês e português para estranNº de unidades: 1.221 franqueadas geiros. A Wizard é Áreas de interesse: América Latina, EUA e também pioneira no Europa ensino de inglês em Apoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, TR, PF, FI, Braille. EI, PN, AJ, FB, FL, CP, FM Taxas de Franquia: entre R$10 mil e R$ 32 mil Instalação da empresa: a partir de R$ 50 mil Capital de giro: R$ 15 mil Prazo de retorno: 24 a 36 meses Contato: Alberto Campos
* Fonte: Associação Brasileira de Franchising e Instituto Franchising.
Fisk
China House Delivery
Negócio: Educação/Ensino de Idiomas Tel: (11) 5573-7000/Fax: ramal 251/255 franchising@fisk.com.br/www.fisk.com.br
Negócio: delivery de comida chinesa Tel: (0xx11) 6239.9900 – Fax: (0xx11) 6238.7733 www.chinahouse.com.br/franquia@chinahouse.com.br
O seu sucesso é a nossa história! Faça parte de uma rede de escolas de idiomas com mais de 40 anos de experiência e tradição em ser sucesso. A empresa atua no Brasil desde 1958, transferindo seu know-how aos franqueados distribuídos por todo o Brasil, América Latina e Japão. A FISK oferece um suporte de primeira linha incluindo treinamento em 11 áreas distintas para que o franqueado faça uma ótima administração em sua escola. O método de ensino exclusivo é constantemente atualizado por uma equipe pedagógica altamente qualificada e esse é o nosso ponto mais forte. Com um pequeno investimento você abre uma franNº de unidades: 40 próprias e 667 franqueadas quia FISK e consÁreas de interesse: Todo o Brasil trói também a Apoio: PA, PO, TR, PF, EL, SP, MP, PM, PO, OM sua história de Taxas: 30% pool propaganda sobre compra de livro sucesso num Instalação da empresa: a partir de R$ 40 mil mercado em franCapital de giro: R$ 10 mil ca expansão. Prazo de retorno: 18 a 24 meses Contato: Christian Alberto Ambros
Faça parte desse sucesso A China House é uma franquia de delivery de comida chinesa com sete anos de tradição. Tem como diferenciais a qualidade e forma de preparo dos alimentos e uma ótima prestação de serviço aos seus clientes, que garantem o seu sucesso e aceitação no mercado. Vantagens: baixo investimento; negociação coorporativa com fornecedores (venda direta de fornecedor para franqueado, menores custos e maiores margens); excelente mix de produtos com ótima aceitação; projeto arquitetônico incluso na taxa de franquia; assessoria na localização do ponto, nas obras e na inauguração da loja; treinamento inicial, consultoria e visitas periódicas. Um dos setores N° de unidades: 5 que mais se mantiveÁreas de interesse: Grande São Paulo e mediações, regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste ram estáveis (alimentação), aliado a Apoio: PA, PP, PO, OM, TR, EI, PN, SP Taxas: R$ 15.000,00 (franquia), prestação de serviços 5% (royalties) e 2% (publicidade) (delivery), dentro de Obra Civil/Equip.: A partir de R$ 65.000,00 um único negócio. Só Estoque Inicial/Capital de Giro: R$ 20.000,00 falta você. Contato: Jorge Luiz Torres
PA- Projeto Arquitetônico, PM- Projeto Mercadológico, MP- Material Promocional, PP- Propaganda e Publicidade, PO- Projeto de Operação, OM- Orientação sobre Métodos de Trabalho, TR- Treinamento, PF- Projeto Financeiro, FI- Financiamento, EI- Escolha de Equipamentos e Instalações, PN- Projeto Organizacional da Nova Unidade, SP- Solução de Ponto
Franquia
ABF
MR. RICHARD HUGH FISK, DA FUNDAÇÃO RICHARD HUGH FISK, RECEBE O PRÊMIO DE FRANQUEADOR DO ANO DO PRESIDENTE DA ABF, GERSON KEILA
Estão definidos os vencedores do Prêmio ABF Destaque Franchising e do Selo de Excelência em Franchising pelo desempenho em 2003. A premiação aconteceu no jantar promovido pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), no último dia 22, no restaurante O Leopoldo Plaza, em São Paulo. A cerimônia contou com a presença dos principais franqueadores, profissionais e fornecedores do sistema, além da imprensa especializada. Concedido anualmente, o prêmio visa a reconhecer as diversas frentes de atuação que trabalham em prol do aprimoramento e desenvolvimento do franchising no Brasil. Neste ano, a Fundação Richard Hugh Fisk, responsável pelas esco-
las de idiomas Fisk e Pink and Blue Freedom, foi a consagrada na categoria Franqueador do ano. Através do case “Quebrando paradigmas: vitrine na Multicoisas”, Régis Fabiano Jesus de Carvalho, da rede Multicoisas, foi considerado o Franqueado de 2003. Já com o trabalho “Sistema de franquias: relacionamento entre franqueados e franqueadores”, as estudantes Amanda Daniela Bucalon Gasparini, Karina de Freitas Castiglione e Regiane Silva do Carmo, foram as vencedoras na categoria Trabalhos Acadêmicos. Na categoria Jornalismo, Sara Caprario se destacou na modalidade Revista, com a matéria “Franchising de qualidade”, publicada na revista Em-
DIVULGAÇÃO FÁBIO MOREIRA SALLES
ABF premia os Destaques do Franchising em 2003
preendedor. Por fim, na modalidade Jornal, o prêmio foi recebido por Bruno Lima e Edson Valente, da Folha de São Paulo, pela matéria “Especial ABF Franchising Expo 2003”. O Banco do Brasil também foi homenageado com o prêmio Parceiro do Franchising.
2004
41 empresas são chanceladas com o Selo de Excelência em Franchising 2003 Sucessor natural do Selo de Qualidade da ABF, o Selo de Excelência em Franchising é resultado de um processo minucioso de revisão e aprimoramento de critérios de concessão da chancela e reflete o contínuo amadurecimento e crescimento do franchising brasileiro. O Selo é o reconhecimento da qualidade e excelência da empresa franqueadora. Para conquistar a chancela, a rede passa por um rigoroso processo de avaliação, inclusive sendo avaliada pelos franqueados, e leva em consideração aspectos éticos e técnicos do franchising. “Através da pesquisa de satisfação do franqueado, avaliamos como anda o relacionamento com o franqueador”, afirma Robinson Shiba, presidente da Comissão de Ética da ABF. Maio – Empreendedor
Estas empresas conquistaram o Selo de Excelência em Franchising 2003 pelo bom desempenho durante o ano: 100% Vídeo Astral Bit Company Bob’s Bonaparte Braccialetto Centro C. Americano China in Box CNA Fisk Flytour GasClub Gasoline Gasômetro
12
Giraffas Habib’s Hering Imaginarium Integral Jin Jin Learning Fun Linces Luziana Lanna Microcamp Microlins Moldura Minuto Mundo Verde Number One
O Boticário Pink and Blue Freedom PUC Quality Cleaners Quatrum Red Balloon Rei do Mate Skill Spoleto Totaline Via Direta Vivenda do Camarão World Tennis
2004
51
Empreendedor – Maio
(Estratégia
Rota segura O planejamento, que é um dos segredos do sucesso de aventureiros como a Família Schürmann, diminui riscos e reduz as chances de a empresa afundar Alexsandro Vanin
2004
por
Maio – Empreendedor
A Família Schürmann é mundialmente conhecida por seus feitos no mar. Nos últimos 20 anos, percorreu cerca de 130 mil quilômetros (mais do que suficiente para dar três voltas em torno da Terra pela linha do Equador), navegou em três oceanos e visitou 45 países e nove territórios, enfrentando às vezes tempestades, ventos de 110 quilômetros por hora e ondas superiores a 10 metros. Mas se engana quem imagina que os Schürmann partiram para duas circunavegações simplesmente ao sabor dos ventos. “O planejamento é muito importante, pois você se adianta às dificuldades e evita desperdícios”, afirma o capitão do veleiro Aysso, Vilfredo Schürmann. Somente para o início da primeira aventura, em 1984, foram 10 anos de preparação. O mar é tão imprevisível quanto o mundo dos negócios, e planejar é essencial para o sucesso de um empreendimento. “Trabalhar sem planejamento é o mesmo que uma pessoa percorrer um caminho perigoso e cheio de acidentes, à noite e sem iluminação”, diz César Salim, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC–RJ). O planejamento pode não trazer necessariamente a solução para cada problema, mas diminui fortemente os riscos, ao se levantar hipóteses sobre o que vai acontecer, as dificuldades a que se está su-
42
jeito e as opções de saída. Um comportamento ainda comum entre os empreendedores é abrir uma empresa sem planejamento e ir resolvendo os problemas à medida que vão surgindo. A atitude é perigosa, e quando se identifica um problema no caminho pode-se perceber o seguinte: primeiro, aquele problema poderia ter sido evitado por ações anteriores; e, segundo, se o problema era inevitável, poderiam ter sido traçadas saídas melhores se ele fosse previsto. “O planejamento serve para fazer o empreendedor pensar no seu negócio antes de executá-lo, pensar nas possíveis coisas que possam acontecer, preparar-se para essas circunstâncias e ter o maior número de alternativas de saída possíveis”, afirma Salim. Mas nem sempre é possível prever com grande antecedência furacões, naturais ou econômicos. Os Schürmann partiram para a segunda aventura, a Magalhães Global Adventure, em 1997, com o real em paridade com o dólar. Quando chegaram à Patagônia, a moeda brasileira havia sofrido uma desvalorização de 30%. “Além de renegociar com os patrocinadores, tínhamos uma complicada filmagem a 180 quilômetros da costa chilena, com um helicóptero contratado de uma empresa particular, e não tínhamos mais dinheiro para isso nem queríamos perder qualidade de nosso
DIVULGAÇÃO
SEGREDO: PLANEJAMENTO FAZ COM QUE A FAMÍLIA SCHÜRMANN ESTEJA PREPARADA PARA SUPERAR DIFICULDADES
gação com a economia: se você não tiver serenidade, e entrar em pânico no mar, o barco afunda.” Dinheiro limitado Planejamento é essencial para qualquer empresa, não importando seu ramo ou tamanho. O professor Salim diz até que, quanto menor o porte do empreendimento, maior a necessidade de se fazer o planejamento. “Não porque o planejamento seja mais importante, mas porque talvez o dinheiro do empreendedor seja mais limitado, e por isso seja mais importante para ele não errar, fazer uma coisa que dê certo na primeira.” O pequeno ou o novo empreendedor muitas vezes tem pouca ou nenhuma familiaridade com termos como plano de negócios e planejamento estratégico, mas atualmente diversas universidades e entidades
43
como o Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae) oferecem treinamento, cursos e orientação a preços acessíveis, quando não gratuitos. O primeiro passo é conhecer muito bem o negócio, descobrir se ele tem viabilidade. É preciso saber precisamente qual é o seu produto e de que forma será ganho dinheiro, qual mercado será atendido, quem serão os concorrentes. Também é importante verificar se esse mercado está satisfeito com o atendimento atual e como abordar o consumidor para que ele tenha mais satisfação e se disponha a pagar pelo produto. No livro Construindo Plano de Negócios, do qual é co-autor, Salim utiliza um trecho do clássico da literatura Alice no País das Maravilhas para ilustrar a questão. “Num dado momento, Alice perEmpreendedor – Maio
2004
produto, que são nossas imagens”, conta Vilfredo. Eles partiram em busca de diversas alternativas, até que o capitão do Aysso chegou à Força Aérea chilena, onde recebeu como primeira resposta que aquela era uma operação de guerra, tamanha sua dificuldade. “Argumentei sobre a importância daquelas imagens para o turismo chileno, que seriam vistas por mais de 40 milhões de pessoas, e o responsável finalmente disse que de graça não poderia fazer, nem cobrando, mas se nós déssemos algum benefício para uma entidade filantrópica eles fariam essa operação.” Vilfredo ressalta que é essencial acreditar no plano, nos objetivos e metas, e ir atrás deles com esperança e perseverança, porque é muito fácil desistir. “Percalços acontecem direto, alguns não são nada fáceis, e eu faço uma analogia da nave-
(Estratégia gunta ‘qual caminho devo seguir?’, e o gato questiona ‘mas aonde você vai?’, ao que ela responde ‘não sei’, então o gato diz ‘qualquer caminho serve!’. Se, a priori, você sabe aonde vai, você consegue planejar um caminho, definir estratégias, prever os recursos necessários para a empreitada e arrecadá-los a tempo”, diz o professor da PUC–RJ. “Nós fizemos um planejamento estratégico na última viagem, no qual definimos o que queríamos conquistar dentro de seis, sete anos”, comenta Vilfredo. Entre as metas, realizar um longa-metragem, um desenho animado e livros e desenvolver um programa de treinamento empresarial em veleiros oceânicos. “E isso tudo estamos fazendo.” A mulher do capitão, Heloísa, publicou os livros Dez Anos no Mar e Um Mundo de Aventuras; o filho David finaliza o filme O Mundo
2004
DIVULGAÇÃO
SALIM: PLANEJAR DIMINUI CHANCES DE O NEGÓCIO FRACASSAR
Maio – Empreendedor
em Duas Voltas; de uma idéia da filha Katherine, de 11 anos, será lançado um desenho animado; o casal e David mantêm o Schürmann Corporate Workshop, em Ilha Bela (SP), e ministram palestras no Brasil e no exterior. “Num barco a vela você não está sozinho. Você faz parte de uma equipe e precisa de espírito de grupo, de estratégia, espírito de liderança, tomar decisões rápidas, conceitos que podem ser aplicados imediatamente no dia-a-dia de uma organização”, destaca Vilfredo. Mar de oportunidades No planejamento também é necessário saber muito bem o que o mercado precisa, o que ele valoriza. Hoje cada pessoa (ou empresa) é massacrada com ofertas de produtos e serviços que ela até acha interessantes, mas, como não consegue comprar tudo de que gosta, ela vai optar pelos produtos que agregam mais valor, aqueles que trazem mais benefícios. Em certos negócios mais complexos, pode-se fazer a previsão de quais são as tendências de mercado, as tendências mundiais. A partir daí são definidos os produtos que se deve fazer, os produtos de que o mercado já está saturado e não vale a pena fazer, as faixas de preço que se pode ou deve praticar, nichos que devem ser explorados. Além disso, é preciso conhecer todos os seus competidores, o que eles oferecem, quais os aspectos positivos e negativos dos produtos concorrentes. Depois de tomar conhecimento das características de sua empresa e de quem são seus clientes, tendo objetivos bem definidos, é hora de traçar uma estraté-
44
gia para ganhar uma fatia do mercado. Por fim, é preciso elaborar o planejamento financeiro do negócio: quanto está disponível para investir, qual será o retorno e em quanto tempo, se os custos serão cobertos caso as vendas atinjam o planejado, qual será o lucro. “Essa é uma espécie de ‘prova dos nove’. Se o planejamento financeiro mostrar que desse jeito não dá, tem que voltar lá para o início e desenvolver todo o processo, até que ele te mostre um resultado positivo, favorável, em que você consiga investimentos, consiga fazer o negócio viável. Um bom planejamento evita desperdícios, elimina riscos maiores, diminui a chance de fracasso”, afirma Salim. De acordo com ele, para um negócio ser bem-sucedido, deve dar um retorno aos investidores que valha a pena, que proporcione um rendimento melhor do que papéis seguros do mercado financeiro. “Muitos investidores não investem seu dinheiro em determinados negócios porque percebem que os empreendedores não fizeram o trabalho de casa, não pensaram direito quanto vão precisar, quais os riscos inerentes, que medidas serão tomadas para se minimizar esses riscos, qual o retorno que vai ter esse dinheiro aplicado e em que prazo, tudo isso com uma base convincente”, adverte. “Uma de nossas preocupações era saber como o nosso produto era visto no mercado. Precisávamos de um mecanismo de aferição para termos dados concretos para apresentar aos nossos patrocinadores”, diz Vilfredo. Então foi contratado o Ibope para pesquisar o que representavam as imagens da família quando eram mostradas no programa Fantástico, da Rede Globo. Quando as imagens entravam no ar com o programa em 30 pontos, ele subia para 38 e até 42 pontos, o que significava que 8 milhões a 10 milhões de pessoas ligavam a televisão ou mudavam de canal naquele
A importância do planejamento momento. “Isso teve uma repercussão muito boa entre nossos patrocinadores, que precisavam saber como era a exposição de sua logomarca, e eles ficaram muito contentes, por aparecerem mais de 200 vezes na televisão”, diz Vilfredo. Outro segredo do bom planejamento é conhecer bem o próprio negócio, o mercado, os objetivos e metas, e estudar os diferentes cenários, para traçar a melhor estratégia. A Família Schürmann sempre pesquisa muito os lugares por onde vai passar, as condições do tempo, a cultura e os costumes dos povos, o que se pode e o que não se pode fazer, e como conseguir o que se quer sem ter problemas. Mas nem tudo está nos livros. Por isso o casal, sempre que chega a uma nova localidade, busca o contato direto com os nativos, nas feiras livres, por exemplo, para saber melhor o que aquelas pessoas pensam. Na Patagônia, durante a segunda viagem, havia rumores sobre a existência de bruxos na região, mas o assunto era um tabu e ninguém queria falar disso. Vilfredo e Heloísa insistiram na procura de informações, até que chegaram a uma vendedora de peixes em uma feira livre. Os três sentaram-se a uma mesa de bar e, tomando café, os navegadores começaram a falar sobre bruxaria no Brasil, criando assim um clima propício, até perguntar sobre a existência de bruxos no local. A princípio a mulher resistiu, mas acabou levando o casal até um bruxo. “Se você quer uma coisa diferenciada, você tem que pesquisar, tem que ir a fundo”, ensina Vilfredo.
Diminui riscos ao levantar hipóteses do que pode ocorrer Prepara o empreendedor para estabelecer alternativas para superar qualquer circunstância adversa Ajuda a direcionar os investimentos, resultando em significativa economia de recursos Aponta tendências e oportunidades que existem ou podem surgir no mercado de atuação da empresa
“Hoje o mundo muda muito rápido. Por isso, deve-se fazer a revisão de tempos em tempos, seja porque se lançou um novo produto, seja porque o ganho de mercado não está indo tão bem quanto o esperado, seja porque já se passou algum tempo e aconteceram mudanças no ambiente de negócios”, diz Salim. Segundo ele, esse tempo varia muito de caso para caso, de negócio para negócio, mas na área de tecnologia, que muda muito rapidamente, deve-se rever o planejamento a cada seis meses. Já numa área mais estável, desde que não esteja acontecendo nada de surpreendente no mercado, deve-se fazer essa revisão no mínimo uma vez por ano. “Um planejamento tem que ser corrigido ao longo de sua implementação. São muitas situações, principalmente nas áreas financeira e de logística, a que você precisa se adaptar”, afirma Vilfredo. A Magalhães Global Adventure foi toda filmada em película para a produção do longametragem, o que exigiu uma logística bem afinada para enviar os filmes até Los Angeles, nos Estados Unidos,
45
onde seriam revelados e telecinados, e depois encaminhados para a Globo, no Brasil. Na Polinésia Francesa, a logística havia sido baseada em um aeroporto, a 1,2 mil quilômetros da capital Papeete, que tinha dois vôos por semana. Mas ao chegarem lá, os Schürmann descobriram que os vôos foram cancelados porque as experiências nucleares francesas em Mururoa haviam sido encerradas. O grupo então buscou alternativas, até que Vilfredo chegou a uma fazenda marinha de pérolas negras, para onde o proprietário ia uma vez por semana para retirar sua produção e levá-la para a capital. O brasileiro mostrou seu planejamento, cartas do governo do Brasil, de embaixadas e da Globo, e o homem aceitou fazer o transporte dos filmes, porque foi convencido de que aquelas imagens seriam muito importantes para o turismo local. Atualmente a família Schürmann navega pela costa brasileira, em comemoração dos 20 anos da primeira viagem. Em 2005, parte para uma nova aventura, em uma viagem nunca feita pelo homem. “É um grande projeto, que estamos planejando há quatro anos; ele está todo pronto, na fase de angariar patrocínios”, conta Vilfredo. O navegador não revela o roteiro para evitar que outro país realize a façanha primeiro, mas adianta que serão 15 pessoas no mar, entre elas um representante europeu, um asiático e um norte-americano, envolvidas num programa educacional que será transmitido via internet em seis idiomas. Como planejar faz parte da rotina dos Schürmann, esse novo projeto não tem como não zarpar e não ser bem-sucedido.
Linha Direta César Salim (21) 2266-4757 Vilfredo Schürmann vilfredo@schurmann.com.br Empreendedor – Maio
2004
Seguindo o rumo Uma vez pronto e implementado o planejamento, inicia-se a sua gestão. É necessário um mecanismo de acompanhamento permanente para verificar se está sendo aplicado o que foi planejado, se estão sendo alcançados os resultados esperados e se as premissas de mercado continuam válidas.
Ajuda a antecipar possíveis dificuldades e evitar desperdícios
Pequenas Notáveis por Alexandre Gonçalves alexandre@empreendedor.com.br
PARCEIROS DE VERDADE
2004
Manual revela como é a relação entre grandes e pequenas empresas Dados do IBGE mostram que existem 4,5 milhões de micro e pequenas empresas atuando formalmente no Brasil, que são responsáveis por 45% da mão-de-obra registrada. E existem ainda outras 9,5 milhões de MPEs na informalidade, que geram 12 milhões de empregos. Os números revelam não apenas a força das micro e pequenas empresas brasileiras, mas também o quanto é preciso ser feito pelo segmento diante de sua importância na geração de emprego e renda. Nesse sentido, um dos ingredientes para o fortalecimento das MPEs está no tipo de relacionamento mantido com as grandes empresas. Tanto é assim que o Instituto Ethos e o Sebrae acabam de lançar o manual Como fortalecer a responsabilidade social nas relações entre grandes e pequenas empresas, de autoria de Sérgio Alli e Thais Sauaya. O principal objetivo da publicação é promover o relacionamento socialmente responsável entre grandes e pequenas empresas como forma de incrementar o desenvolvimento sócio-econômico. Para a produção do livro, os autores ouviram cerca de 70 empresas, entre grandes, médias e pequenas, e colheram dados que causaram surpresa. “Apenas 22% das empresas de grande porte entrevistadas mantinham políticas específicas de relacionamento com as micro e pequenas empresas, tanto Maio – Empreendedor
como fornecedores, quanto como clientes. E o cadastro de seus fornecedores nem mesmo registram o porte ou o número de funcionários”, cita Sérgio Alli. “Esses dados reforçam a importância de as grandes empresas incorporarem rotinas que lhes permitam conhecer melhor as micro e pequenas com as quais se relacionam”, afirma. Do lado das micro e pequenas empresas, um dado destacado pelos autores mostra que a maioria das MPEs avalia que as grandes empresas são parceiros muito exigentes e infiéis e que, geralmente, não cumprem critérios que cobram de seus fornecedores. “A imposição de sucessivas reduções de custos ou da margem de lucro, segundo os relatos, dificulta muito as condições de sustentabilidade dos pequenos negócios”, atesta Alli. Ao mesmo tempo, as MPEs avaliam que a relação com as grandes apresentou avanços no que diz respeito à confiança, transparência e sustentabilidade. Para o diretor-executivo do Instituto Ethos, Paulo Itacarambi, o manual incentiva as empresas a focar e a investir num melhor relacionamento. “A competição favorável é fundamental, mas precisa assentar-se na cooperação”, aponta Itaca-
46
rambi. “Todo mundo que trabalha num determinado setor sabe que só sobrevive se esse setor sobreviver. E isso só acontece se a economia sobreviver”, lembra. Sob esse aspecto, o manual apresenta informações que podem servir de ponto de partida para a construção de um bom relacionamento e como isso traz resultados positivos diante do aumento na competitividade, da ampliação do público consumidor e da criação de novos empregos. O manual traz ainda sugestões do que pode ser feito na prática para tornar a relação mais próxima do que possa ser uma parceria de verdade entre grandes e pequenos.
Disponível para download O manual Como fortalecer a responsabilidade social nas relações entre grandes e pequenas empresas, de autoria de Sérgio Alli e Thais Sauaya, está disponível para download no site do Instituto Ethos (www.ethos.org.br). Mais informações sobre como adquirir o manual podem ser obtidas através do telefone (11) 3897-2400.
O espaço da micro e pequena empresa
TOME NOTA BONS NEGÓCIOS
Dada a largada no circuito da Feira do Empreendedor Começa em maio o circuito 2004 da Feira do Empreendedor, promovida pelo Sebrae, que funciona como uma vitrine de produtos e serviços para quem já é empreendedor e para quem quer ser dono do próprio negócio. Até dezembro a Feira pretende atrair mais de 200 mil visitantes em 16 estados. “Ano passado tivemos mais de 130 mil visitantes durante o circuito que teve sete edições. Fechamos em torno de R$ 3 milhões em negócios, tivemos mais de mil expositores e estandes foram comercializados com todo tipo de informação, educação e oficinas”, aponta Andrea Faria, coordenadora de Feiras e Eventos do Sebrae. “Este ano, sendo 16 eventos, pretendemos dobrar esses números”, enfatiza.
Confira o calendário do circuito da Feira do Empreendedor MAIO
SETEMBRO
10 a 13 – Fortaleza 18 a 21 – Belo Horizonte
1º a 5 – Curitiba 8 a 12 – Belém 16 a 19 – Goiânia 23 a 26 – Teresina
JUNHO 5 a 8 – Porto Alegre JULHO 1º a 4 – Florianópolis 8 a 11 – Porto Velho 29 a 1º de agosto – Aracaju AGOSTO 26 a 29 – Campo Grande
Lei das MPEs – A discussão em torno da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas está tendo mais uma rodada este mês com a realização, no dia 18, de um seminário na Confederação Nacional do Comércio, em Brasília. O seminário, que posteriormente ocorrerá também nos estados, tem o objetivo não só de avaliar a atual situação das micro e pequenas empresas, mas também de chamar a atenção da sociedade para que o trâmite da Lei Geral das MPEs seja agilizado e priorizado na pauta do Congresso Nacional. Para isso, o evento contará com a presença de parlamentas, empresários e especialistas. A promoção é da Frente Parlamentar das Micro e Pequenas Empresas e do Instituto pela Produção, Emprego e Desenvolvimento Social, com o apoio do Sebrae e de outras entidades. Crédito – O senador Paulo Paim (PT-RS) apresentou projeto de lei que cria o Programa Nacional de Estímulo à Pequena Empresa. O objetivo, segundo o senador, é oferecer novas perspectivas para os pequenos negócios, especialmente para a criação e instalação de novas empresas, com a concessão de créditos provenientes do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), limitados a R$ 50 mil por financiamento. “Queremos fomentar o surgimento de novas empresas e, com isso, aumentar a geração de emprego e renda na economia brasileira”, justifica Paim. Critérios – O projeto de lei do senador Paim prevê que entre os critérios de seleção dos beneficiados com o financiamente estão o número de postos de trabalho gerados diretamente pelo novo negócio, seu potencial de crescimento, além de características empreendedoras do interessado e sua experiência no ramo pretendido. O programa pretende abranger não só a concessão de crédito, mas também a capacitação dos novos empreendedores através de convênios com o Sebrae, garantindo uma assessoria técnica pós-crédito, importante para a continuidade do negócio.
OUTUBRO 14 a 17 – São Paulo NOVEMBRO 4 a 7 – Salvador 25 a 28 – Maceió 11 a 14 – Natal DEZEMBRO 2 a 5 – Recife
47
Empreendedor – Maio
2004
Leia e comente – “Os bancos privados evitam emprestar recursos para uma pessoa que está querendo abrir seu primeiro negócio, por considerarem a operação de alto risco.” A frase do senador Paulo Paim reflete uma realidade e uma necessidade de que devem ser criadas novas iniciativas de apoio financeiro aos que desejam abrir seu próprio negócio. Sem os recursos dos bancos privados e com poucas linhas de crédito nos bancos oficiais, o atual modelo de microcrédito é a única (e melhor) alternativa para quem quer empreender? É possível esperar uma mudança na política dos bancos privados para a concessão de crédito a novas empreendedores? Qual a sua opinião a respeito? Envie seus comentários para alexandre@empreendedor.com.br, colocando no campo “Assunto” a palavra “opinião”.
Colella Newton Hernandes
Incrementar as vendas e fortalecer a marca. Com esse objetivo, a Colella, que atua na área de confecções masculinas, aposta no planejamento de marketing, investimento em maquinário e diversificação dos fornecedores. Presente em diversos estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Goiás, Ceará e Pernambuco, a empresa espera alcançar um crescimento em torno de 30% em 2004. Uma das ações da Colella é o desenvolvimento de um novo planejamento visual para os pontos-de-venda como banners, painéis, catálogos, outdoors e um vídeo institucional com enfoque na apresentação e treinamento de representantes e vendedores. Da mesma forma, a Colella está trabalhando com um número maior de fornecedores. Além dos nacionais e italianos, a empresa tam-
bém conta com o apoio da indústria têxtil do Chile, através da Bellavista e da Pollak. “Com esses novos fornecedores podemos ampliar a nossa gama de opções para a confecção dos nossos produtos, garantindo aos consumidores variedade e qualidade”, assegura Newton Hernandes, gerente de Marketing da companhia. Outra ação importante para contribuir com esse crescimento é a aquisição de maquinário. “Com os novos equipamentos aumentaremos a nossa capacidade produtiva, garantindo qualidade, corte impecável, produção quase que artesanal e padrão internacional”, afirma. Até o momento, segundo ele, a empresa já aumentou cerca de 45% a produção se comparada
DIVULGAÇÃO
Investir e diversificar
ao mesmo período de 2003. Há mais de 40 anos no mercado de moda masculina, a Colella está instalada no bairro Água Branca, em São Paulo, numa área de 4.500 m2, e possui 320 funcionários. Atualmente, é responsável pela fabricação anual de mais de 150 mil costumes (calças e paletós) e 40 mil calças avulsas. www.colella.com.br
CMY Innovation Maurice Levi
2004
Grudados nos clientes A CMY Innovation atua na produção de auto-adesivos, área que vem crescendo devido à diversificação do uso do produto. A estratégia da empresa paulistana, criada há apenas três anos, é somar o oferecimento de produtos inovadores, com avançada tecnologia e qualidade, fruto de esforços próprios de pesquisa, à excelência do atendimento ao cliente, segundo o sócio-diretor Maurice Levi. A linha de filmes e películas autoadesivas atende aos mercados de impressão digital, serigrafia técnica e comunicação visual, além da indústria automotiva, que utiliza substratos para Maio – Empreendedor
etiquetas tecnológicas, de segurança e resinadas, entre outras, nos mais diversos componentes dos veículos. São desde produtos com acabamento de alto-brilho até materiais totalmente transparentes para adesivação de impressões (utilizados em pontos-de-venda e painéis lenticulares), passando por metalizados (aplicados em vitrines, banners e sinalização), perfurados (usados para publicidade nos vidros de metrôs, ônibus, prédios e táxis) e etiquetas de segurança (void e películas destrutíveis, utilizados em eletroeletrônicos que passaram por assistência técnica ou em etiquetas de patrimônio).
48
A CMY também é responsável pela distribuição dos adesivos da americana Sky Print no Brasil. São vinis indicados para o mercado de comunicação visual, como signs, displays, montagens de estandes de feiras, vitrines e usuários de plotter de recorte, além de materiais decorativos especiais, como vinis metalizados, fluorescentes, fosforescentes e holográficos, produtos coloridos e com efeitos, alguns utilizados para sinalização de segurança – indicação de rotas de fuga em lugares públicos como teatros, cinemas e casas de shows. (11) 3331-0577
Instructional Design
Andréa e Silvina Ramal
Ampliando as atividades Fundada há três anos pelas irmãs Andréa e Silvina Ramal, a Instructional Design, especializada em educação e na capacitação profissional através de novas mídias, nasceu de uma pesquisa sobre processos de aprendizagem através da internet, intranet e CD-ROM. Do estudo, base para o doutorado em Educação, cursado por Andréa, surgiu o desenvolvimento de uma metodologia de aprendizagem que levou a empresa para a Incubadora Tecnológica Gênesis da PUC-Rio. Hoje, graduada, a ID possui clientes como a Companhia Vale do Rio Doce, Petrobras, Embratel e Senai. No início, a empresa operava apenas com as duas sócias e um estagiário, e compor a equipe foi uma das maiores dificuldades enfrentadas pela ID. “Precisávamos de pessoas da área de educação que tivessem familiaridade com computador e internet, conhecessem as potencialidades dessas ferramentas, mas esse profissional era mui-
to raro no mercado”, afirma Silvina. Foi necessário um ano para que a empresa estruturasse uma boa equipe, integrando comunicadores, desenhistas, roteiristas e especialistas em diversos conteúdos, além de uma equipe de pedagogos, todos com experiência de trabalho com as principais ferramentas de software e ambientes de educação a distância disponíveis no mercado. Atualmente, a ID funciona com 11 funcionários. Novas idéias não param de surgir e a ID já pensa em uma linha exclusiva de produtos voltados para a educação. Para Silvina, o mercado está caminhan-
DIVULGAÇÃO
do para o atendimento a pequenos nichos de clientes. “A ID não acredita em projetos de educação de massa, mas sim em soluções específicas para públicos determinados, em produtos construídos segundo a necessidade educacional de cada cliente.” O faturamento da empresa em 2003 foi de R$ 620 mil e a expectativa é triplicar o faturamento em 2004. www.instructionaldesign.com.br
Anitec Everton Gubert
Parceria saudável A parceria prevê dois momentos de implantação do programa para o gerenciamento das granjas suínas. Na primeira fase, que iniciou em janeiro deste ano na cidade de Toledo (PR) e vai até 2006, 300 produtores da empresa em todo o Brasil serão informatizados. Cada produtor terá acompanhamento técnico quinzenal da equipe de extensão rural da Sadia (veterinários, técnicos agrícolas, agrônomos) e a equipe de suporte da Anitec. Gubert enfatiza que o planejamento foi feito até 2006 porque tanto a Anitec quanto a Sadia priorizaram a qualidade em vez da quantidade. “O acordo é fazer o trabalho com
49
calma e profissionalismo, para que o produtor integrado possa absorver essa nova ferramenta de trabalho, aproveitando os benefícios que ela traz”, explica. No futuro, a Sadia pretende alcançar a rastreabilidade total de sua produção, cerca de mil produtores, para atender totalmente às exigências de segurança alimentar do mercado, principalmente internacional, já que muitos países importadores exigem informações sobre a origem da carne. Atualmente a carne suína é a mais produzida e consumida no mundo, seguida pela carne de frango e pela carne bovina. www.anitec.com.br Empreendedor – Maio
2004
A Anitec, empresa incubada no Centro Empresarial para Laboração de Tecnologias Avançadas (Celta), de Florianópolis, e fornecedora de soluções para gerenciamento de granjas suinícolas, fechou uma parceria com a Sadia, referência no Brasil em serviços de extensão rural, para rastrear a produção suína e garantir segurança alimentar aos consumidores. O elo do acordo firmado é o suporte e a utilização do software Anitec S2, desenvolvido pela empresa. “Com essa parceria, a Anitec estima aumentar o seu faturamento em 50% até o final de 2004”, prevê Everton Gubert, diretor comercial da empresa.
DN Automação Luiz Alberto Brenner
Capacitação para expandir A DN Automação, distribuidora do setor de automação que atua em todo o Brasil, fornecendo produtos e serviços de capacitação gerencial, comercial e técnica, está investindo na abertura de unidades em Minas Gerais e Bahia. A meta é ampliar as vendas e atender melhor os clientes. Com isso, a empresa prevê um
DIVULGAÇÃO
crescimento de 40% para 2004. Conforme Luiz Alberto Brenner, diretor da unidade do Rio Grande do Sul, o crescimento está diretamente ligado à estratégia de capacitação, às novidades tecnológicas e à expansão das unidades da DN. Além disso, a conscientização dos empresários sobre a importância da automação na gestão das organizações também vai contribuir com esse crescimento. “O foco do nosso trabalho é contribuir com as revendas na capacitação da sua equipe tanto de vendas quanto técnica. Só assim conseguiremos o aumento de produtividade e qualidade de nossa atuação”, enfatiza Brenner. Da mesma forma, o investimento em capacitação da mão-de-obra tam-
bém está nos planos da DN Automação para 2004. “Enxergamos a necessidade de capacitar a mão-de-obra existente e também de formar novos profissionais para atender à demanda do mercado em 2004”, avalia. Para Brenner, o crescimento também será impulsionado pelo aumento da demanda por algumas linhas de produtos como a Transferência Eletrônica de Fundos (TEF) e as soluções de comunicação sem fio (wireless). “O TEF vem crescendo um pouco a cada ano, mas em 2004 a demanda deve triplicar”, diz. Segundo ele, os consumidores estão reclamando dos estabelecimentos comerciais que não aceitam pagamentos com cartão e isso está gerando uma grande demanda para as soluções de TEF. “Já as soluções de wireless são uma novidade para nossa empresa e estamos trabalhando junto com um grande fornecedor para uma atuação forte nesse mercado.” www.dnautomacao.com.br
Selens
2004
Gerenciamento eletrônico de documentos Para comercializar soluções e oferecer treinamento e serviços de consultoria, implantação e diagnósticos de problemas, a Selens, empresa brasileira integradora de sistemas com foco em Gerenciamento Eletrônico de Documentos (GED), firmou uma parceria com a Documentum, que presta soluções nessa área em todo o mundo. “O mercado brasileiro de GED corporativo precisa de novos fornecedores”, afirma Leonardo Rossi, gerente de Tecnologia da Selens. A expectativa da companhia é atingir, em 2005, um faturamento anual de R$ 6,5 milhões. Segundo o executivo da Selens, o otiMaio – Empreendedor
mismo em relação aos resultados tem explicações bem fundamentadas. Para ele, 2003 foi um ano de apatia, mas os próximos anos serão bem melhores. “A maioria das empresas precisa gerir seus negócios através da automatização de processos. Os ativos digitais serão cada vez mais usados. Com o aumento da competitividade em todos os setores, é necessário que a tomada de decisões seja mais rápida, e a utilização correta e ágil desses ativos será fundamental para determinar se uma companhia fica ou não fora do mercado. A demanda está reprimida e acredito que a partir de 2004 isso vai mudar.” Rossi baseia suas estimati-
50
Leonardo Rossi
vas positivas em pesquisas recentes que indicam que o mercado latino de TI, incluindo a área de telecomunicações, movimenta US$ 135 bilhões por ano. A Selens conta com 20 funcionários dedicados a essa nova operação, que irão atuar em todo o processo de pré e pósvendas, suporte, desenvolvimento e implantação de sistemas. A projeção da empresa é de, em dois anos, chegar a 50 empregados nessa operação. Entre os principais focos da empresa brasileira estão as indústrias automobilísticas, de energia, petroquímicas, de telecomunicações, financiadoras, bancos e seguradoras. www.selens.com.br
2004
51
Empreendedor – Maio
Jovem S.A. por Alexsandro Vanin vanin@empreendedor.com.br
Na base da parceria A dupla começou então a desenvolver uma solução a partir de 2002 e, no ano seguinte, já incubada no Centro Empresarial para Laboração de Tecnologias Avançadas (Celta), disponibilizava para a operadora o ClinetMed. Como o problema de integração não era exclusivo da Unimed de Florianópolis, a idéia evoluiu e ainda em 2003 surgiu o MakingSaúde, que passou a ser utilizado pela Unimed de Vitória. “A caixa-preta já estava pronta. A partir dessa base, é só customizar o programa de acordo com as necessidades da operadora”, diz Pires. Segundo ele, a meta é fechar 2004 com quatro novos clientes para o sistema. Para disseminar a utilização da solução rapidamente, a Making Tecnologia tem feito par-
Na cara e na coragem – como eles mesmo definem –, os jovens Juliano Richter Pires, 28 anos, e Rodrigo Dias de Azevedo, 27, na época recém-formados em Ciências da Computação, criaram em setembro de 1999 a Making Tecnologia, de Florianópolis. No início eram apenas dois clientes de consultoria. Em 2000, a empresa apresentou um projeto ao Centro Geness – Fábrica de Empresas de Software, onde foi pré-incubada para o desenvolvimento de um aplicativo de disponibilização de exames pela internet. No entanto, durante uma visita comercial à Unimed de Florianópolis, o responsável pela área disse que o problema da operadora era a integração com os prestadores.
DA ESQUERDA PARA A DIREITA: RODRIGO DIAS DE AZEVEDO (SÓCIO), ANA PAULA WASLAWICK E JULIANO RICHTER PIRES (SÓCIO)
cerias com desenvolvedores de softwares para a área da saúde – já são mais de dez parceiros. O MakingSaúde faz a comunicação entre os programas já usados pelos prestadores (a partir de um computador com acesso à internet) e pelas operadoras de planos de saúde para realização de transações eletrônicas. A vantagem para os beneficiários é a diminuição da burocracia. Para as operadoras, a automação garante agilidade na emissão dos relatórios exigidos pelo governo e no pagamento dos serviços, contribui para a identificação de abusos e fraudes na utilização do plano, além de evitar duplicidade no cadastramento de dados e os erros decorrentes de processos manuais. Segundo Pires, a em-
Empreendedor que não perde tempo
Maio – Empreendedor
DIVULGAÇÃO
2004
“Eu sou um empreendedor nato.” Na boca de outro isso poderia parecer pretencioso, mas não para o mineiro Henrique Alves Pinto. Aos 29 anos, com fluência em cinco línguas, ele tem participação em 11 empresas de diversos ramos e negócios no Brasil e no exterior, inclusive metade da Construtora
Tenda, que em 2003 faturou R$ 200 milhões. E para ele isso é apenas o começo. “Eu não consigo ficar sem apreciar oportunidades, preciso estar o tempo todo analisando novos negócios.” Henrique começou trabalhando na construtora de seu pai, aos 15 anos. Com 16 para 17 anos abriu em sociedade com um amigo uma factoring, que administrou por três anos, até vendê-la e começar a trabalhar na Tenda, na época com operação restrita a Belo Horizonte. Ele assumiu o comando do negócio familiar quando se formou em engenharia, aos 22 anos, e adotou uma técnica de padronização das etapas de construção. Hoje, com atuação em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, a Tenda é a quinta maior construtora do Brasil, segundo o ranking da revista TEM Construção. Em paralelo à administração da construtora, Henrique abriu há quatro anos uma empresa de bebidas, a Ener-
52
gia On Line, que fatura R$ 25 milhões por ano. Uma de suas últimas apostas é a Granite Depot, com sede em Miami, nos Estados Unidos, que compra e beneficia granito dos dois maiores produtores mundiais – Brasil e Índia – para venda no mercado americano. O leque de empreendimentos vai de centro de entretenimento a trading para exportação de mesas e cadeiras para os Estados Unidos, de rede de estacionamentos a agência de eventos, que fecha hotéis na ociosidade e promove eventos internacionais. “O meu jeito de abrir empresas é assim: se eu descubro uma pessoa competente, num ramo promissor, precisando de investimento e de um estrategista, eu entro.” Segundo Henrique, a grande chave do sucesso é se programar, pensar em longo prazo, planejar o futuro, focar no que se quer, e saber que para crescer é necessário deixar outras pessoas crescerem junto. Ele investe na
DIVULGAÇÃO
na íntegra. Formamos uma equipe pequena, sem burocracia, que pode tomar decisões rapidamente”, afirma Pires. Atualmente a empresa, que ainda presta assessoria em informática, participa de um edital do MCT com um projeto de desenvolvimento de um sistema de auditoria eletrônica na área de saúde (contas médicas). (48) 239-2353
formação e treino de colaboradores, promove quem está sendo competente e estende a participação de resultados para todos. “Ninguém consegue fazer nada sozinho; quem não tem equipe simplesmente não vence.” Mas não deixa de manter o controle de tudo. “Há algumas coisas numa empresa que são indelegáveis: eu não posso deixar de saber os números, eu não posso deixar de definir o ritmo de crescimento, onde que eu quero que ela esteja daqui a um, cinco, dez anos.” Outra estratégia é a padronização. “A Construtora Tenda – e eu também – só consegue atuar em larga escala porque procuramos nos padronizar em tudo.” Henrique, por exemplo, sabe de cor os vôos que precisa pegar, como ir mais rápido de um lugar para outro – tem helicóptero próprio para se deslocar sem perder tempo – e quando entra no carro aproveita para fazer ligações telefônicas. “Eu não perco tem-
po. Quem conseguir aproveitar melhor o dia vai se dar melhor, por isso sou vidrado em administração do tempo. Para eu conversar com uma pessoa tem de valer a pena, gerar algum ensinamento, algum lucro. Eu não posso perder tempo, mas eu posso gastar tempo. Essa noção é muito importante.” Esse é o estilo de vida de Henrique, que vê no trabalho seu lazer. “Eu não me sinto bem ficando uma semana num resort, tomando água de coco; eu prefiro pegar uma semana de férias e rodar a China, conferir se é o país do futuro.” Ele prefere abrir uma empresa a ir à praia, fazer uma reunião com sua equipe e falar com jornalistas a ficar jogando pôquer. “Eu vivo no mundo real: as minhas empresas têm um faturamento mensal, um custo mensal, e tem de sobrar dinheiro no final do mês. No futuro, quero ser um grande empresário em nível mundial.” henrique@tenda.com.br
53
2004
presa recebeu R$ 190 mil da Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério da Ciência e Tecnologia (Finep/ MCT), em 2003, para o desenvolvimento do MakingSaúde. Com foco na integração, a Making Tecnologia procura ter como diferencial a prestação de serviços de qualidade. “Adotamos o conceito de parceria
Empreendedor – Maio
Guiado
Empreendedor
ExpoGestão 2004 reúne lideranças empresariais A cidade catarinense de Joinville é sede do ExpoGestão 2004 – Congresso e Feira de Atualização em Gestão, que será realizado de 1º a 4 de junho, no Centreventos Cau Hansen, e vai reunir grandes lideranças do cenário empresarial. O evento é fonte de atualização para os congressistas e uma oportunidade para acompanhar tendências, ampliar redes de contato e gerar negócios. A expectativa é repetir o desempenho de 2003, quando 83% do público foi formado por líderes e executivos envolvidos diretamente na gestão das empresas. A Feira Nacional de Gestão, realizada e organizada pela empresa Messe Brasil Feiras & Promoções, busca a integração e geração de negócios entre empresas que oferecem produtos, serviços e tecnologias para as diversas áreas da gestão e que tenham interesse em realizar negócios num dos mais promissores mercados do Brasil. Paralelamente, os expositores realizarão workshops sobre produtos, serviços e tecnologias. Aberta ao público em geral, a Feira deve atrair um público de 10 mil pessoas altamente especializado e com poder de decisão de compra corporativa. O ExpoGestão 2004 é uma promoção da Associação Comercial e Industrial de Joinville (Acij) e do Núcleo de Desenvolvimento do Jovem Empresário (Acij Jovem).
CONGRESSO Realizado e organizado pela Soluções Comunicação, Marketing e Tecnologia, o congresso ocorrerá de 2 a 4 de junho, no Teatro Juarez Machado, e trará personalidades de renome nacional e internacional, unindo o pensamento e a prática da gestão empresarial. Entre os convidados, estão: Richard D’Aveni, professor da Tuck School of Business Administration e autor dos livros Strategic Supremacy e Hyper-competition – Estratégia e Hipercompetição; Ricardo Vargas, presidente da TMI – Time Manager Internacional/Brasil – Liderança; Júlio Moura, presidente do Grupo Nueva (Amanco, Terranova, Ecos e Masisa) – Desenvolvimento Sustentável; Marcel Fleischmann, presidente do McDonald’s América Latina – Modelos de Gestão; Décio da Silva, diretor-presidente do Grupo WEG – Internacionalização; Luiza Helena Trajano Rodrigues, superintendente do Magazine Luiza – Gestão de Pessoas; e Paulo Pereira Lalli, diretor de Negócios das Sandálias Havaianas – Gestão da Marca Havaianas. Inscrições pelo site www.expogestao.com.br ou pelo telefone (47) 454 0100.
LEIA TAMBÉM Do Lado da Lei
De volta ao debate pág. 58
Leitura
Mapas mostram o melhor caminho da eficiência pág. 60 Análise Econômica
A difícil tarefa de ajustar o foco pág. 64
Indicadores
Cotações e númer os números da Bolsa de V alores Valores pág. 65
Agenda
Os principais eventos comer ciais comerciais pág. 66
Guia do Empreendedor Pr odutos & Ser viços Produtos Serviços Equipamento multifuncional Além de inibir furtos, o sistema de circuito fechado de TV desenvolvido pela Plastrom Sensormatic, especializada em soluções de segurança eletrônica para o mercado corporativo, pode ser usado como ferramentas de gestão, ajudando a corrigir problemas, identificar oportunidades e melhorar o atendimento aos consumidores. Trata-se do DVR Plastrom, gravador digital de imagens com capacidade para controlar até 16 câmeras. O equipamento permite
que o varejista monitore toda a área de vendas, verificando se os produtos estão desarrumados nas gôndolas, se existem itens em falta ou se há muitas filas nos caixas. O sistema possibilita, através de um recurso de áudio, entrar em contato com os funcionários e solicitar a correção imediata de todas essas falhas. Pode também acompanhar o interesse dos consumidores por determinados itens e realizar promoções-relâmpago. www.sensorbrasil.com.br
Inovação na captação de vídeo e áudio A Vision Sat, que fornece soluções para as operadoras de TV por assinatura, desenvolveu um novo receptor de sinais de TV por satélite. Chamado de VSR-2800, o produto permite a programação de até 60 canais de vídeo e áudio e 32 canais pré-ajustados. Além disso, também oferece recursos como a função zapping, fazendo a varredura automática dos canais. De acordo com Moisés Villarins, gerente de Negóci-
os da Vision Sat, o lançamento do receptor VSR-2800 tem o objetivo de atender às preferências dos usuários desses sistemas, agregando as funções e recursos que mais satisfaçam às suas necessidades. “Estamos muito otimistas com o desempenho do produto no mercado, e esperamos crescer cerca de 30% a nossa participação nesse segmento”, completa. www.vvisionbr.com.br
2004
Solução para profissionais em trânsito Pensando no mercado corporativo e de profissionais em constante deslocamento, a HP Brasil lançou o HP Compaq Business Notebook nx5000. “Cada vez mais as empresas têm adotado o notebook como o computador principal. Os dispositivos móveis garantem produtividade sem comprometer a moMaio – Empreendedor
bilidade”, afirma Valéria Molina, gerente de Produtos Portáteis da empresa. Com tela de 15 polegadas e peso a partir de 2,8 kg, o equipamento também oferece um conjunto de recursos para conexão sem fio, incluindo acesso à rede sem fio. www.hp.com/notebook/accessories
56
Inglês por telefone A By Telephone, que oferece cursos de inglês, espanhol, francês, italiano, alemão, português e russo, criou um sistema de aulas por telefone que evita a descontinuidade de cursos de executivos. O método, batizado com o mesmo nome da empresa, permite que o executivo realize o seu estudo através do telefone em qualquer cidade do mundo. “São pessoas globalizadas, que viajam muito e estão conseguindo alcançar uma grande freqüência nas aulas que antes não conseguiam por poder remarcar os horários conforme suas necessidades, de onde estejam, de casa, do trabalho e até do hotel”, afirma Liliane Coutinho, fundadora e professora da empresa. Segundo ela, a eficiência do aprendizado tem sido em média o dobro dos métodos tradicionais. O curso é ministrado com o auxílio de livros didáticos e pode ser realizado de duas a cinco vezes por semana. www.bytelephone.com.br
Kit anti-vazamento Desenvolvido pela A&C Gás/Mairi Eletro, empresa do Centro Incubador de EmpresasTecnológicas (Cietec) que atua na área de segurança eletrônica e proteção, o Kit Blockgás evita vazamento de gás. Carlos Alberto Nolásio de Souza, sócio da empresa, explica que ao detectar um vazamento o aparelho faz o bloqueio automático do fornecimento do de gás natural (GN) ou gás liquefeito de petróleo (GLP) no ambiente. O dispositivo aciona alarmes sonoro e luminoso para alertar sobre o problema. “O Kit Blockgás é o único do mercado com bloqueamento automático e rearme manual. Ou seja, se houver vazamento de gás, o detector irá bloquear a emissão do gás e o equipamento só voltará a ser religado quando for ativado manualmente. Isso dará tempo para checar se o problema foi de fato solucionado”, observa. www.mairieletro.com.br
2004
57
Empreendedor – Maio
Guia do Empreendedor Do Lado da Lei
De volta ao debate
2004
DIVULGAÇÃO
A gestão, or ganização e contr ole das agências organização controle reguladoras são o foco de um antepr ojeto de anteprojeto lei em discussão no Congresso Nacional Criadas como autarquias sob regime especial, objetivando disciplinar e controlar certas atividades, as agências reguladoras estão no foco do debate nacional de um clamor do Governo Federal por controle político sobre estes entes estatais. Confirmando o que previmos no artigo “O novo papel das agências reguladoras” (Empreendedor, novembro de 2003), encontra-se agora em debate o anteprojeto de lei que introduz inovações quanto à gestão, organização e controle social das agências reguladoras. Dois importantes aspectos constantes do referido projeto de lei são relevantes e encerram discussões existentes há tempos a respeito da matéria. O primeiro deles diz respeito ao perfil do “contrato de gestão”, que, segundo o art. 37, parágrafo 8º, da Constituição Federal, é responsável por delinear os traços da “autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da Administração direta e indireta”, cabendo à lei estabelecer seus aspetos principais. O projeto em discussão prevê que o contrato de gestão será o “instrumento de controle da atuação administrativa da autarquia e da avaliação do seu desempenho e elemento integrante da prestação de contas do ministério setorial e da agência reguladora”. Dentre os objetivos do contrato de gestão estão a compatibilização das atividades regulatórias com as políticas públicas e os programas governamentais, o Maio – Empreendedor
aperfeiçoamento do acompanhamento e o controle da gestão, buscando “maior transparência e controle social”, e ainda o aperfeiçoamento das relações de cooperação, supervisão e fiscalização com o Poder Público. O projeto estabelece, também, parâmetros para a administração interna da agência reguladora, definindo elementos essenciais que devam constar do contrato de gestão, que terá “vigência contínua, renovando-se, minimamente, a cada ano, revisado por ocasião da renovação parcial da diretoria da autarquia.” O segundo aspecto relevante a ser analisado no referido projeto de lei diz respeito ao prazo do mandato dos dirigentes das agências reguladoras. O ponto peculiar das agências reguladoras em relação à generalidade das autarquias reside nas determinações referentes à investidura e fixidez do mandato dos seus dirigentes. As autoridades máximas das agências reguladoras, bem como os demais membros do Conselho Diretor ou da Diretoria, devem ser “brasileiros de reputação ilibada, formação universitária e elevado conceito no campo de especialidade dos cargos para os quais serão nomeados”, a serem “escolhidos pelo Presidente da República e por ele nomeados, após aprovação pelo Senado Federal”, e com mandato fixo. A perda do mandato somente ocorrerá em caso de “renúncia, de condenação judicial transitada em julgado ou
58
de processo administrativo disciplinar”. A esse respeito, discute-se muito se a referida garantia dos mandatos por todo o prazo previsto pode ou não se estender além de um mesmo período governamental. Para a doutrina defendida por Celso Antonio Bandeira de Melo não haveria essa possibilidade, haja vista que restaria atada a liberdade administrativa do futuro governo, sendo da essência da República a temporariedade dos mandatos. A Lei nº 9.986/2000, em seu art. 6º, prevê que “o mandato dos conselheiros e dos diretores terá o prazo fixado na lei de criação de cada agência”. O projeto de lei já referido, conferindo nova redação ao mencionado art. 6º, fixa o mandato dos conselheiros e dos diretores das agências reguladoras em quatro anos, admitida uma única recondução, ficando mantidos os prazos de encerramento dos mandatos dos atuais diretores e conselheiros de agências reguladoras. Evidentemente, o projeto de lei ora comentado ainda pode sofrer alterações, mas seus contornos já estão sendo traçados, o que representa uma profunda alteração do formato original de concepção dos marcos regulatórios atualmente existentes.
Mar cos Sant’Anna Bitelli Marcos Advogado (11) 3871-0269
2004
25
Empreendedor – Maio
Guia do Empreendedor Leitura
2004
Mapas mostram o melhor caminho da eficiência Depois de criarem o Balanced Scorecard, um sistema revolucionário de avaliação de desempenho das empresas, há mais de uma década, os consultores Robert. S. Kaplan e David P. Norton desenvolveram uma nova ferramenta visual e dinâmica para descrever e comunicar a estratégia. Trata-se dos mapas estratégicos, que permitem às empresas, entre outras vantagens, identificar os principais processos internos que determinam o sucesso da estratégia e a necessidade de medidas corretivas imediatas, alinhando os investimentos em pessoas, tecnologia e capital organizacional para que exerçam o maior impacto possível. De acordo com Kaplan e Norton, cerca de 75%, em média, do valor de mercado das empresas resulta desses três ativos, que não são captados pelos critérios de avaliação tradicionais. Para eles, não se pode gerenciar o que não se pode medir. A constatação da importância dos mapas estratégicos motivou os autores a escrever o livro Mapas Estratégicos – Balanced Scorecard – Convertendo ativos intangíveis em resultados tangíveis. Na obra, Kaplan e Norton utilizam exemplos Maio – Empreendedor
de empresas para detalhar como criar mapas estratégicos sob medida. Segundo eles, embora o mapa estratégico de cada organização fosse diferente de todos os demais, refletindo a diversidade de setores e estratégias, percebeu-se o surgimento de um padrão básico. Modelos, temas estratégicos e ativos intangíveis são os elementos básicos para compreender e executar a estratégia, fornecendo meios para que os executivos descrevam e gerenciem a estratégia em nível de detalhes operacionais. Assim, os autores formularam um mapa genérico, que serve como ponto de partida para qualquer organização, em qualquer setor de atividade. Entre os tópicos abordados pelo livro estão “Processos de gestão de operações”, “Processos de Inovação”, “Alinhamento dos ativos intangíveis com a estratégia da empresa”, “Ajustamento do mapa estratégico à estratégia” e “Planejamento da campanha”. David P. Norton é cofundador e presidente da Balanced Scorecard Collaborative, e Robert S. Kaplan é o professor de Desenvolvimento de Liderança na Harvard Business School e chairman da Balanced Scorecard Collaborative.
60
FICHA TÉCNICA Mapas Estratégicos – Balanced Scorecard – Convertendo ativos intangíveis em resultados tangíveis, Robert S. Kaplan e David P. Norton, Editora Campus (www.campus.com.br), 504 págs., R$ 89,00
TRECHOS “O desempenho financeiro, indicador de resultado (lag indicator), é o critério definitivo do sucesso da organização. A estratégia descreve como a organização pretende promover o crescimento de valor sustentável para os acionistas.” “O sucesso com os clientes-alvo é o principal componente da melhora do desempenho financeiro.” “Os executivos que praticam a arte da estratégia devem identificar aqueles processos críticos que são mais importantes para a criação e cumprimento de proposição de valor diferenciada aos clientes.” “Estratégia não é um processo gerencial isolado; é uma das etapas de um processo contínuo lógico que movimenta toda a organização desde a declaração de missão de alto nível até o trabalho executado pelos empregados da linha de frente e de suporte.” “A aquisição de novos clientes é o processo de gestão de clientes mais difícil e mais dispendioso.” “Os ativos intangíveis devem basearse nas capacidades criadas por outros ativos intangíveis e tangíveis, em vez de desenvolverem capacidades independentes, sem sinergias entre si.”
Novos Títulos Antidumping e Protecionismo, Maria Carolina Mendonça de Barros, Editora Aduaneiras (www.aduaneiras.com), 250 págs., R$ 45,00
Trabalho, Mercado e Sociedade, Marcelo Weishaupt Proni e Wilnês Henrique, Editora UNESP (www.editoraunesp.com.br), 359 págs., Preço: R$ 45,00
Com o objetivo de esclarecer a atual legislação antidumping vigente na Organização Mundial do Comércio (OMC) e proporcionar uma visão mais crítica do conceito, o livro Antidumping e Protecionismo, de Maria Carolina Mendonça de Barros, trata das particularidades desse instrumento de defesa comercial. A obra analisa os aspectos protecionistas que podem envolver essa prática e o cenário em que foi instituído esse recurso, os pressupostos históricos, sua evolução e aplicação na regulamentação dos Estados Unidos, União Européia e Brasil.
Organizado por Marcelo Weishaupt Proni e Wilnês Henrique, o livro Trabalho, Mercado e Sociedade reúne artigos sobre aspectos das transformações econômicas e sociais na década de 90 e seus desdobramentos sobre diferentes dimensões do mundo do trabalho. A obra examina a evolução recente da estrutura social brasileira e avalia a distribuição funcional da renda e os diferenciais de rendimentos do trabalho urbano. Entre os colaboradores estão Clayton Campanhola, Eugênia Troncoso Leone, José Graziano da Silva, Maria Rosa Borin, Otavio Valentim Balsadi, Paulo Eduardo de Andrade Baltar e Walter Belik.
De Olho na Concorrência, Ian H. Gordon, Editora Futura (www.edfutura.com.br), 528 págs., Preço: R$ 58,00
Líderes Inovadores, Maria Rita Gramigna, Editora M.Books (www.mbooks.com.br), 140 págs., R$ 39,00
O livro Líderes Inovadores, de Maria Rita Gramigna, aborda a criatividade como condição necessária para que uma empresa ou organização se diferencie das demais, destacando-se e conquistando a adesão de clientes e novos mercados. Na obra, a autora apresenta um conjunto de ferramentas práticas com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento da competência da criatividade e para administrar as relações com os clientes, como, por exemplo, quando estes fazem determinadas exigências, como ter acesso a produtos e serviços de alta qualidade a baixo custo.
61
Empreendedor – Maio
2004
Indicado para empreendedores dos mais diversos ramos, de pequeno, médio e grande portes, e profissionais da área de vendas e marketing, o livro De Olho na Concorrência apresenta dicas de marketing de relacionamento com os clientes, através de diversos exemplos e estudo de casos de empresas como Cisco, America Online, HewlettPackard e Harley-Davidson. Para o autor, o segredo do sucesso no mercado atual está na “administração da concorrência”. Isto é, somente um profundo conhecimento sobre os concorrentes pode levar as empresas a fidelizar os clientes, aumentando sua participação no mercado.
Informe Serasa
Ética ambiental Serasa implanta sistema de tratamento biológico de esgoto para economia máxima de água Eldi Willms
1
A
Sede Serasa, em São Paulo, está tratando, desde abril, a totalidade do esgoto produzido diariamente no prédio, o que tem proporcionado uma redução de 30% a 40% do consumo de água da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp). O sistema de tratamento biológico de esgoto implantado tem capacidade para tratar 64 mil litros por dia, o que supera o consumo médio diário de água na empresa, que é de cerca de 50 mil litros. Todo o esgoto gerado no prédio é captado e tratado, sem a utilização de qualquer produto químico. O gerente corporativo de recursos operacionais da Serasa, Arnaldo Borgia, explica que bactérias criadas dentro dos tanques de tratamento consomem a matéria orgânica. Os resíduos líquidos resultantes passam por diversas fases de tratamento, com adição de oxigênio injetado por uma bomba dosadora, sendo que as duas últimas fases são a decantação e o tratamento com luz ultravioleta, que elimina qualquer bactéria que tenha permanecido na água. A água tratada pode ser utilizada para regar os jardins e para limpeza geral. O processo de tratamento é contínuo, ou seja, enquanto houver material orgânico nos tanques, o sistema estará produzindo água, a qual, se não for usada, é direcionada automaticamente para a rede de esgoto, sem potencial poluidor. Segundo Arnaldo Borgia, a água resultante desse processo é chamada tecnicamente de “água de reuso”. Poucas empre-
sas no Brasil utilizam esse processo, sendo a grande maioria indústrias. Na cidade de São Paulo, além da Serasa, existem apenas uma escola e um hotel que empregam o mesmo sistema de tratamento. Em prol do consumo mínimo possível de água potável, todas as torneiras nos banheiros da Sede Serasa têm sensor de proximidade, por serem as mais econômicas. Cerca de mil profissionais trabalham no prédio. A empresa também desenvolve campanhas educativas para seu público interno, estimulando o uso racional da água, dentro e fora do ambiente corporativo. Para Elcio Anibal de Lucca, presidente da Serasa, todas os princípios e ações desejáveis de cidadania, de ética e de consciência ecológica e cívica são sempre incorporados e disseminados pela empresa. É nesse sentido que a Serasa pauta seu processo de responsabilidade social, e é por isso que investiu também no tratamento do esgoto gerado no prédio. “Hoje, mais do que nunca, é necessário fazer todos os esforços possíveis para a conservação desse recurso natural, tão indispensável, mas finito. E também para se difundir a ética ambiental.” O investimento total no sistema, incluindo aquisição de equipamentos, despesas de instalação e redirecionamento das tubulações de esgoto do prédio, foi planejado desde o início no projeto de construção da Sede Serasa. Gestão responsável O prédio da Sede Serasa foi projetado para prover todas as fa-
cilidades de acesso e circulação a pessoas portadoras de deficiência. Em razão disso, tornou-se, no final de 2003, o primeiro e único edifício no Brasil a receber, da Fundação Vanzolini, certificação de acessibililidade, pela conformidade às normas da NBR 9050, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O projeto do edifício-sede da Serasa, que é a maior empresa do Brasil em análises econômico-financeiras para apoiar decisões de crédito e negócios e referência mundial no segmento, prima pela segurança e qualidade de vida, e contempla, ainda, recursos para a redução do consumo de energia elétrica. A empresa possui também um sistema de coleta seletiva de lixo e de material para reciclagem. O conceito de responsabilidade social das empresas tem evoluído, ampliando sua abrangência para diversas áreas, como meio ambiente, cultura, esporte, lazer e conscientização cívica, acredita o presidente da empresa, e a Serasa tem acompanhado essa evolução. Exercendo sua vocação de empresa comprometida com a cidadania e a responsabilidade social, a Serasa vem, há vários anos, promovendo ações em diversos campos de atuação comunitária. Desde o seu início, o Processo Serasa Social agregou o importante diferencial de incentivar o voluntariado entre todos os integrantes da empresa, independentemente de seus níveis hierárquicos.
FOTOS FÁBIO MOREIRA SALLES
TANQUES DO SISTEMA DE TRATAMENTO BIOLÓGICO DE ESGOTO NA SERASA, VISTOS DE ÂNGULOS DIFERENTES.
Guia do Empreendedor Análise Econômica
A difícil tarefa de ajustar o foco No mer cado financeir o eexiste xiste uma tendência mercado financeiro natural de desvio de foco dos fundamentos para o pensamento de manada
2004
DIVULGAÇÃO
É certo que em muitos momentos as pessoas não enxergam bem as coisas, seja porque não têm condições, seja porque não querem; e não querer enxergar é algo inerente à natureza humana. Aquele medo que muitos sentem de ir ao médico pode ser considerado um bom exemplo disso. Vai que o doutor descubra algum problema! Durante o ano de 2002 o mercado financeiro passou por momentos de apreensão e crise, após tantas outras que vivemos nos últimos anos. O motivador, naquele momento, era a preocupação com um novo governo capitaneado por Lula, que poderia trazer alguma fórmula não ortodoxa quanto à condução da política econômica e de desenvolvimento para o país. Passado o susto que não veio, os brasileiros e o mundo passaram a valorizar o fato de um torneiro mecânico ter chegado a presidente da República. Prêmios internacionais, homenagens, considerações emocionadas sobre o contraste de um filho de nordestinos pobres ter se tornado o número 1 do país e o apoio político inicial foram as marcas dos primeiros dias. Em determinado momento, no entanto, tudo isso começou a ser lido como um atestado de capacidade por grande parte das pessoas. Voltando Maio – Empreendedor
um pouco no tempo me lembro de uma declaração de um dos maiores exemplos do país, empresário respeitado e que construiu um império com o suor de muitos anos de trabalho, que em resumo disse: “O Lula nunca administrou nada, e isso deve ser considerado”. A frase vinha sem o ranço de interesses políticos, sendo fruto de suas convicções e anseios quanto a um futuro mais positivo para o país. Acredito que esse é um ponto crucial na estrutura do Brasil, do ponto de vista cultural e econômico: o foco errado. O potencial do país já foi, inúmeras vezes, referenciado na sua área gigantesca, nas suas florestas, nas suas belezas naturais e por aí vai. Mas e o homem, a mola mestra de toda a transformação? A eleição de políticos de nível bastante baixo, que não têm do conhecimento senão uma casca, mas que são principalmente artistas da ilusão e da representação fácil, é um reflexo de como a população tem o foco de suas atenções voltado para coisas pouco meritórias. Para muitas pessoas, a simpatia momentânea pode valer mais do que uma comprovada honestidade e capacidade, e assim chegam ao poder os “Sérgios Naias” da vida. A frase “Cada povo tem o governo que merece” tem muito de verdade, temos que reconhecer.
64
Futebol é alguma coisa sensacional quando nos preenche momentos de lazer com a alegria de grandes jogadas e a emoção de um gol. Mas o que dizer daqueles que têm no seu time a sua razão de viver, que valorizam mais o seu clube do que a sua vida em família? E isso é relativamente comum. Voltando-nos agora ao mercado financeiro, fica claro que em inúmeros momentos existe uma tendência natural de desvio de foco dos fundamentos para o pensamento de manada, e isso é cíclico, repete-se constantemente, só mudando os nomes dos bois. A queda do mercado de ações em 2002 e a posterior alta de 2003 são, ambos, exemplos clássicos e recentes desse comportamento, pois em verdade os fundamentos pouco foram alterados. A mudança que houve foi infinitamente menor do que a variação dos ativos financeiros. O mais importante disso tudo, acredito, é entendermos que, enquanto o artista da novela das 8 estiver no ápice da escala de consideração de um povo, continuaremos patinando em uma estrada de barro onde existem jacarés que nos parecem borboletas.
André Hahn
Diretor-presidente da Leme Investimentos
Indicadores
Carteira teórica Ibovespa NOME/TIPO AÇÃO
VARIAÇÃO % ANO (ATÉ ABRIL)
1,248 2,651 0,911 2,767 4,072 0,454 0,949 0,407 1,777 2,345 1,065 0,763 0,143 3,042 0,53 0,446 2,016 0,687 1,181 3,306 0,894 0,713 2,168 1,267 5,028 2,138 100 0,37 1,133 0,59 0,258 2,127 2,434 8,52 1,242 2,536 1,189 0,645 0,381 1,12 1,722 0,297 1,035 1,626 1,163 12,999 1,154 4,055 0,735 0,212 0,439 3,115 1,178 3,457 1,273
40,49 -26,04 -9,75 -16,77 -21,34 -14,29 -20,42 -9,75 -15,47 -24,97 -13,24 8,64 -9,43 -12,99 -30,26 -13,6 -28,12 -19,74 -37,32 -28,58 -16,9 -24,29 -27,47 -6,03 -7,16 4,35 -11,82 10,64 -15,71 2,87 -40,54 -19,78 2,96 0,49 -13,76 -4,88 -18,32 -12,4 20,89 5,49 -9,11 -20,99 -8,17 -8,97 -2,54 -19,19 -2,25 12,29 0,74 18,04 -26,21 -14,58 -22,06 -21,31 4,04
65
Inflação
(%)
Índice -M IGP-M IGP IGP -DI * IGP-DI IPCA IPC - Fipe
Abril 1,21 0,93 0,37 0,24
Ano 3,97 2,84 2,23 1,91
(* até março)
Juros/Aplicação Abril 1,17 1,18 0,59 1,05 -7,38
CDI Selic Poupança CDB pré 30 Ouro BM&F
(%)
Ano 4,98 5,00 2,46 4,48 -5,70
Indicadores imobiliários (%) CUB SP TR
Abril 0,18 0,14
Ano 1,75 0,52
Juros/Crédito Maio 05/maio Desconto 2,30 Factoring 4,47 Hot Money 3,50 Giro Pré (*) 2,90
(em % mês) Maio 06/maio 2,40 4,46 3,50 3,00
(*= taxa ano)
Câmbio (em 06/05/2004) Cotação Dólar Comercial Ptax R$ 2,9899 US$ 1,2079 Euro Iene US$ 109,81
Mercados futuros Junho Dólar R$ 3,029 Juros DI 15,62% Junho Ibovespa Futuro 19.455
(em 06/05/2004) Agosto Julho R$ 3,064 R$ 3,099 15,52% 15,45% Agosto 19.959
Outubro 20.405
Empreendedor – Maio
2004
Acesita PN Ambev PN Aracruz PNB Bco Itau Hold Finan PN Bradesco PN Bradespar PN Brasil ON Brasil T Par ON Brasil T Par PN Brasil Telecom PN Braskem PNA Celesc PNB Cemig ON Cemig PN Cesp PN Comgas PNA Copel PNB CRT Celular PNA Eletrobras ON Eletrobras PNB Eletropaulo Metropo PN Embraer ON Embraer PN Embratel Part ON Embratel Part PN Gerdau PN Ibovespa Ipiranga Pet PN Itausa PN Klabin PN Light ON Net PN Petrobras ON Petrobras PN Sabesp ON Sid Nacional ON Sid Tubarao PN Souza Cruz ON Tele Celular Sul ON Tele Celular Sul PN Tele Centroeste Cel PN Tele Leste Celular PN Tele Nordeste Celul PN Telemar Norte Leste PNA Telemar-Tele NL Par ON Telemar-Tele NL Par PN Telemig Celul Part PN Telesp Cel Part PN Telesp Operac PN Tractebel ON Transmissao Paulist PN Usiminas PNA Vale Rio Doce ON Vale Rio Doce PNA Votorantim C P PN
PARTICIPAÇÃO IBOVESPA
Guia do Empreendedor Agenda DE 20/05 A 22/05/2004
DE 05/05 A 09/05/2004
UTIMÓVEIS
METALPLAST’2004
MINASPÃO’2004
XXIII Feira Nacional de Móveis, Decoração e Utilidades Centro de Convenções de Pernambuco Olinda – PE Fone: (81) 3421-3333
1ª Feira na Área Metalmecânica e Plásticos Parque de Exposições Tancredo de Almeida Neves Chapecó – SC Fone: (49) 323-3102
5ª Feira de Panificação, Confeitaria e Sorveteria de Minas Gerais Pavilhão Serraria Souza Pinto Belo Horizonte – MG Fone: (31) 3282-7559
DE 10/05 A 13/05/2004
CONAI’2004 11ª Exposição Internacional de Automação Centro de Exposições Imigrantes São Paulo – SP Fone: (11) 3251-1577 DE 11/05 A 13/05/2004
DE 22/05 A 25/05/2004
9ª TOYS, PARTIES & CHRISTMAS FAIR SOUTH AMERICA ITM Expo São Paulo – SP Fone: (11) 3896-0200
SEAFOOD EXPO LATIN AMERICA Feira Internacional de Negócios da Pesca, Aqüicultura e Frutos do Mar Expo Center Norte – Pavilhão Amarelo São Paulo – SP Fone: (11) 3873-0081 DE 11/05 A 13/05/2004
FCE PHARMA 9ª Exposição Internacional de Tecnologia para a Indústria Farmacêutica São Paulo – SP Transamerica Expo Center Fone: (11) 3873-0081 DE 11/05 A 15/05/2004
HABITACON SUL BLUMENAU 4ª Feira Nacional da Habitação Pavilhão de Exposições da PROEB Blumenau – SC Fone: ( 41) 225-2493 DE 18/05 A 21/05/2004
TRANSTEC’2004 5ª Feira Internacional de Tecnologia Automotiva Parque de Exposições da Festa da Uva Caxias do Sul – RS Fone: (11) 3662-4692 DE 19/05 A 22/05/2004
EDUCAR
2004
DE 26/05 A 28/05/2004
11ª Feira Internacional de Educação Expo Center Norte São Paulo – SP Fone: (13) 3285-8888 Maio – Empreendedor
DE 25/05 A 28/05/2004
TEXFAIR DO BRASIL
DE 26/05 A 28/05/2004
FEILIMP Feira Internacional de Limpeza Pública e Resíduos Sólidos Imigrantes – Centro de Exposições São Paulo – SP Fone: (11) 3151-6444 DE 26/05 A 28/05/2004
5ª Feira Internacional da Indústria Têxtil Pavilhão de Exposições da PROEB Blumenau – SC Fone: (47) 326-9662 DE 25/05 A 28/05/2004
7ª FEIRA DA INDÚSTRIA DO PARÁ Estação das Docas Belém – PA Fone: (91) 299-3407
EXPO AERO BRASIL’2004 8ª Feira Internacional de Aviação Centro Aeronáutico de Araras Araras – SP Fone: (11) 3845-1344 DE 27/05 A 30/05/2004
HOME ELECTRONICS & DVD SHOW 2004
DE 25/05 A 28/05/2004
FAI 3ª Feira de Automação Industrial Parque de Exposições David Gonçalves Lara Betim – MG Fone: (31) 3592-2011 DE 25/05 A 30/05/2004
13ª EXPO DE MODA PRONTA ENTREGA Centro de Convenções da Bahia Salvador – BA Fone: (71) 450-1022 DE 26/05 A 28/05/2004
Home Electronics & DVD Show 2004 ITM Expo – Pavilhões 1 e 2 São Paulo – SP Fone: (11) 3999-3866 DE 01/06 A 04/06/2004
HOSPITALAR 2004 11ª Feira Internacional de Produtos, Equipamentos, Serviços e Tecnologia para Hospitais, Laboratórios, Clínicas e Consultórios Expo Center Norte São Paulo – SP Fone: (11) 3897-6199 DE 01/06 A 04/06/2004
AVESUI’2004
FISPAL TECNOLOGIA 2004
17ª Feira da Indústria Latino-Americana de Aves e Suínos Centro de Convenções de Florianópolis Florianópolis – SC Fone: (15) 262-3133
20ª Feira Internacional de Embalagens e Processos Industriais Pavilhão do Anhembi São Paulo – SP Fone: (11) 3758-0996
66
2004
13
Empreendedor – Março
2004
Maio – Empreendedor
68