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Março – Empreendedor
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Empreendedor – Março
A revista Empreendedor é uma publicação da Editora Empreendedor Diretor-Editor Acari Amorim [acari@empreendedor.com.br] Diretor de Marketing e Comercialização José Lamônica [lamonica@empreendedor .com.br]
Nesta Agosto/2004
Entrevista
Redação Editor-Executivo: Alexandre Gonçalves [alex@empreendedor.com.br] Repórteres: Alexsandro Vanin, Fábio Mayer e Sara Caprario Edição de Arte: Gustavo Cabral Vaz e Fernanda Pereira Fotografia: Lauro Maeda, Cristina Gallo e Arquivo Empreendedor Produção e Arquivo: Ivone Zanatta Revisão: José Renato de Faria
Florianópolis Executivo de Contas: Waldyr de Souza Junior [wsouza@empreendedor.com.br] Executivo de Atendimento: Cleiton Correa Weiss Av. Osmar Cunha, 183, Ceisa Center, bl. C, 9º andar 88015-900 - Florianópolis - SC Fone: (48) 224-4441
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Eleito o Gestor de Processos do Ano, Geraldo Martins Riera Filho sabe como ninguém os caminhos que levam as empresas à redução de custos e à melhoria na qualidade de produtos e serviços.
Sedes São Paulo Diretor de Marketing e Comercialização: José Lamônica Executivos de Contas: Paula Araújo Speda, Ariovaldo Florian e Edson Ramão Rua Sabará, 566, 9º andar, cj. 92 01239-010 - São Paulo - SP Fones: (11) 3214-5938/3214-6093 [empreendedorsp@uol.com.br]
edição
DIVULGAÇÃO
Capa
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Representante Dinâmica Promoções e Eventos Carlos Hamilton Martins Feltrin Rua Turiassu, 127, cj. 12/13 - Perdizes 05005-001 - São Paulo - SP Fone/Fax: (11) 3822-0412 [dinapro@terra.com.br] Escritórios Regionais Rio de Janeiro Milla de Souza [triunvirato@triunvirato.com.br] Rua da Quitanda, 20, grupo 401 - Centro 20011-030 - Rio de Janeiro - RJ Fone/Fax: (21) 2252-5788 Brasília [jcz@forumci.com.br] Ulysses C. B. Cava SETVS - Quadra 701 - Centro Empresarial Bloco C, cj. 330 70140-907 - Brasília - DF Fone: (61) 426-7315 Paraná [comercial@merconet.srv.br] Ricardo Takiguti Rua Dep. Atílio Almeida Barbosa, 76 - cj. 01 - Boa Vista 82560-460 - Curitiba - PR Fone/Fax: (41) 257-9053 Rio Grande do Sul [hermano@hrmmultimidia.com.br] HRM Representações Ltda./Hermano Thaddeu Filho Rua Saldanha Marinho, 33 - sala 608 - Menino Deus 90240-160 - Porto Alegre - RS Fone/Fax: (51) 3231-6287 Pernambuco [hmconsultoria@hmconsultoria.com.br] Hamilton Marcondes Rua Ribeiro de Brito, 1111, cj. 605 - Boa Viagem 51021-310 - Recife - PE Fone: (81) 3327-3384/3327-9430 Minas Gerais [comercial@sbfpublicidade.com.br] SBF Representações/Sérgio Bernardes de Faria Av. Getúlio Vargas, 1300, 17º andar, cj. 1704 30112-021 - Belo Horizonte - MG Fone: (31) 3261-2700 Assinaturas Serviço de Atendimento ao Assinante Diretora: Clementina P. da Silva Gerente: Luzia Correa Weiss Fone: 0800 48 0004 [assine@empreendedor.com.br] Produção gráfica Impressão e Acabamento: Prol Editora Gráfica Distribuição: Fernando Chinaglia S.A. (São Paulo) Empreendedor.com
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http://www.empreendedor.com.br
ANER Agosto – Empreendedor
O Prêmio Prefeito Empreendedor, concedido pelo Sebrae, atrai um número cada vez maior de prefeituras interessadas em mostrar o esforço que realizam para incrementar a realidade sócioeconômica de seus municípios. Nesta edição, a revista Empreendedor destaca as ações empreendedoras dos cinco municípios escolhidos como os melhores do Brasil pelo trabalho desenvolvido em 2003.
LEIA TAMBÉM Cartas ................................................................................. 6 Empreendedores ............................................................. 14 Jovem S.A. ......................................................................... 16 Não Durma no Ponto ........................................................ 18 Pequenas Notáveis .......................................................... 64
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FRANQUIA TOTAL
A crescente preocupação com a saúde física e mental é o principal fator de sucesso das redes de franquias que atuam no segmento que tem a autoestima como foco (saúde, beleza, esportes e lazer). Dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF) confirmam o potencial desse mercado que em 2003 fechou com um aumento de 29% no faturamento. Confira ainda as notícias do mercado brasileiro de franchising e as informações do Espaço ABF.
GRUPO KEYSTONE
Suplemento
Formação Com a ajuda de recursos tecnológicos como a internet, novos empreendedores e donos de empresas têm a oportunidade de aprimorar suas habilidades à frente do próprio negócio. Confira as opções para quem deseja aprender a ser cada vez mais empreendedor.
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Mercado O brinde está cada vez mais incorporado às estratégias de marketing das empresas, sendo utilizado como uma ferramenta para cativar a clientela não apenas em datas especiais, mas ao longo de todo o ano. E como 2004 é um ano de eleições, a demanda pelos brindes cresce e abre boas oportunidades nesse segmento. O sucesso de eventos como a feira Bríndice é uma prova disso.
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GUIA DO EMPREENDEDOR 69
Informática
Produtos e Serviços ......................... 70 Do Lado da Lei.................................. 74 Leitura ............................................... 76 Análise Econômica ........................... 80 Indicadores ....................................... 81 Agenda ............................................... 82
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Conheça a trajetória da Cobra Tecnologia, primeira empresa genuinamente brasileira do mercado de software e hardware. Ao completar 30 anos, a Cobra ainda se mantém como uma das lideranças no segmento de Tecnologia da Informação.
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Editorial
de Empreendedor para Empreendedor
Assinaturas Para assinar a revista Empreendedor ou solicitar os serviços ao assinante, ligue 0800 48 0004. O valor da assinatura anual (12 edições mensais) é de R$ 72. Aproveite a promoção especial e receba um desconto de 16,7%, pagando somente R$ 60. Estamos à sua disposição de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h30min. Se preferir, faça sua solicitação de assinatura pela internet (www.empreendedor.com.br) ou pelo e-mail assine@empreendedor.com.br.
Anúncios Para anunciar em qualquer publicação da Editora Empreendedor ligue: São Paulo: (11) 3214-5938/3822-0412 Rio de Janeiro: (21) 2252-5788 Brasília: (61) 426-7315 Curitiba: (41) 257-9053 Porto Alegre: (51) 3231-6287 Florianópolis: (48) 224-4441 Recife: (81) 3327-9430 Belo Horizonte: (31) 3261-2700
Reprints editoriais É possível solicitar reimpressões de reportagens das revistas da Editora Empreendedor (mínimo de 1.000 unidades)
Internet Anote nossos endereços na grande rede: http://www.empreendedor.com.br redacao@empreendedor.com.br
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Correspondência As cartas para as revistas Empreendedor, Jovem Empreendedor, Revista do Varejo, Cartaz, Guia Empreendedor Rural e Guia de Franquias, publicações da Editora Empreendedor, podem ser enviadas para qualquer um dos endereços abaixo: São Paulo: Rua Sabará, 566 - cj. 92 CEP 01239-010 - São Paulo - SP Rio de Janeiro: Rua da Quitanda, 20, gp. 401 - Centro - 20011-030 - Rio de Janeiro - RJ Brasília: SETVS - Quadra 701 - Centro Empresarial - Bloco C - cj. 330 - CEP 70140-907 - Brasília - DF Rio Grande do Sul: Rua Saldanha Marinho, 33 - sala 608 - Menino Deus - 90240-160 - Porto Alegre - RS Santa Catarina: Av. Osmar Cunha, 183 - Bloco C - cj. 902 - CEP 88015-900 Florianópolis - SC Paraná: Rua Dep. Atílio Almeida Barbosa, 76 - Cj. 01 - Boa Vista 82560-460 - Curitiba - PR Pernambuco: Rua Ribeiro Brito, 1111, cj. 605 - Boa Viagem - CEP 51021-310 - Recife - PE Minas Gerais: Av. Getúlio Vargas, 1300, 17º andar, cj. 1704 CEP 30112-021 - Belo Horizonte- MG Os artigos deverão conter nome completo, assinatura, telefone e RG do autor, e estarão sujeitos, em função do espaço, aos ajustes que os editores julgarem necessários.
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A
reportagem de capa desta edição destaca o trabalho desenvolvido pelos municípios vencedores da etapa final do Prêmio Prefeito Empreendedor: Três Passos (RS), Envira (AM), Palminópolis (GO), Cabaceiras (PB) e Santa Maria do Jetibá (ES). Eles receberam a premiação pelo trabalho que realizaram em 2003 em prol do empreendedorismo. O Prêmio é uma iniciativa do Sebrae, que visa a reconhecer os melhores municípios do Brasil, aqueles que investem em ações de incentivo ao empreendedorismo como forma de gerar emprego, renda e, por tabela, desenvolvimento sócio-econômico. Também serve para motivar outros municípios a adotarem postura semelhante. A matéria traz uma cobertura do evento de entrega do Prêmio, embalada numa série de informações e depoimentos a respeito dos resultados positivos de ações que visam ao desenvolvimento local. Esse é um dos
pontos importantes gerados pela iniciativa do Sebrae e comprovado pelo aumento, ano após ano, do número de prefeituras que inscrevem seus cases. Na seqüência, o leitor conhece o perfil dos cinco munícipios vencedores do Prêmio. Como estamos em um ano de eleições municipais, após ler a reportagem, o leitor certamente terá novos elementos para analisar o tipo de prefeito que merece governar sua cidade. Já não basta cuidar da saúde, da educação, da moradia ou do transporte. É preciso que ele tenha o apoio ao empreendedorismo como um compromisso real de campanha e não uma mera promessa eleitoral. Por fim, já que o assunto é incentivo ao desenvolvimento de empreendedores, não deixe de conferir, a partir da página 60, uma reportagem que mostra as ferramentas tecnológicas, como a internet, que ajudam o empreendedor a desenvolver suas habilidades.
CARTAS PARA A REDAÇÃO Correspondências por e-mail devem ser enviadas para redacao@empreendedor.com.br. Solicitamos aos leitores que utilizam correio eletrônico colocarem em suas mensagens se autorizam ou não a publicação de seus respectivos e-mails. Também pedimos que sejam acrescentados o nome da cidade e o do estado de onde está escrevendo.
CEDOC O Centro de Documentação (CEDOC) da Editora Empreendedor disponibiliza aos interessados fotos e ilustrações que compõem o nosso banco de dados. Para mais informações, favor entrar contato com Ivone Zanatta, pelos telefones (48) 224-4441 e 0800 48 0004, ou por e-mail (ivone@empreendedor.com.br).
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Cartas E agora, José?
Oportunidades
A reportagem de capa publicada na edição de julho mostrou com precisão os obstáculos que costumam atrapalhar a vida de quem é dono do próprio negócio. Só quem vive essa experiência é capaz de saber o quanto é tortuoso o caminho de quem coloca seu sonho em prática. Parabéns e muito obrigado pela contribuição da Empreendedor ao produzir reportagens como aquela.
Logo que me formar no curso de Gestão em Marketing pretendo montar um negócio próprio na área de consultoria. Estou em busca de informações sobre as oportunidades de negócios que possam surgir nesse ramo. E por isso estou escrevendo para surgir que a Empreendedor publique uma reportagem que mostre o perfil do mercado de consultoria no Brasil, destacando o que já é oferecido, mas também as tendências e oportunidades futuras.
Átila Tenório França
Por e-mail
Muito interessante a reportagem de capa da última Empreendedor sobre as dificuldades enfrentadas pelos empreendedores. Seria interessante uma nova reportagem sobre o tema, desta vez tratando exclusivamente das dificuldades impostas pela burocraria. Sérgio Buarque da Silva
Por e-mail
Jaime José Alcântara
São Paulo – SP
Li e gostei muito da reportagem sobre as dificuldades dos empreendedores. Quero sugerir que seja publicada uma outra reportagem mostrando as dificuldades enfrentadas pelo empreendedor no momento da decisão de trocar um emprego seguro pela abertura de sua empresa. Viviane Vargas
Por e-mail
Jaime, Sua sugestão está anotada e brevemente produziremos uma reportagem sobre o mercado de consultoria.
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Empreendedor – Agosto
Entrevista
Processo de múltiplos resultados DIVULGAÇÃO
Eleito o Gestor de Processos do Ano, Geraldo Martins Riera Filho mostra como a gestão de processos reduz custos e melhora a eficiência e qualidade de produtos e serviços por
Alexsandro Vanin
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Eliminar desperdícios de tempo, reduzir custos, melhorar a eficiência interna e a qualidade dos produtos e serviços, além de aumentar a satisfação de clientes e consumidores, são benefícios comuns da gestão de processos. Ainda assim, esse sistema é pouco difundido no Brasil. “Embora o número de empresas que adotam processos como mecanismo de gestão esteja crescendo significativamente no país, a gestão de processos ainda é mais pregação do que prática”, lamenta o engenheiro eletricista Geraldo Martins Riera Filho, eleito Gestor de Processos do Ano pelo Instituto
Entrevista
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Avançado de Desenvolvimento Intelectual (Iadi). O prêmio entregue ao engenheiro, no mês passado, durante o 1º Simpósio Internacional de Gestão de Processos e 8º Fórum Brasileiro de Processos, deve-se à sua atuação na implementação da gestão de processos na Empresa Elétrica Bragantina, onde coordena os projetos Rever: Novos Tempos (gestão de processos) e Idéias Brilhantes. Em apenas oito meses de trabalho, 122 processos foram otimizados. Responsável pelo Centro de Atendimento ao Cliente (CAC) da Bragantina – do qual foi responsável pela implantação –, Riera Filho salienta que essa transformação da empresa em uma organização mais flexível proporciona um ambiente adequado para a inovação e criatividade. “Os processos de uma empresa não estão isolados e interagem entre si, e compreendê-los de uma forma global proporciona soluções integrais”, ressalta. Para implantar a gestão de processos são necessários o envolvimento de toda a organização e um comprometimento especial da alta direção no sentido de quebrar a estrutura hierárquica. Os objetivos precisam ser claros, mensuráveis e conhecidos por todos. É fundamental conhecer os clientes de cada processo, seus requisitos e o que cada atividade adiciona de valor, para ter um melhor entendimento do funcionamento da empresa. Na entrevista a seguir, Riera Filho analisa o atual momento da gestão de processos entre as empresas brasileiras e explica como colocar o sistema em prática. Empreendedor – Como a gestão de processos favorece a competitividade e a inovação nas orAgosto – Empreendedor
ganizações?
Geraldo Martins Riera Filho – É através do conhecimento dos processos que a empresa passa a se conhecer melhor e, portanto, prover ações mais eficazes, abrangentes e não limitadas por área, no sentido de evolução na forma de realizar os seus produtos. Nesse contexto, é bastante importante
“Na gestão de processos, a inovação é incorporada naturalmente ao dia-a-dia das pessoas, visto que todos podem ver com clareza o ‘ponta-aponta’ daquilo que é feito” entendermos que processo envolve custos, competências ideais, recursos limitados, riscos, etc. Quanto à inovação, a mesma passa a incorporar naturalmente o dia-a-dia das pessoas, visto que todos podem ver com clareza o “ponta-a-ponta” daquilo que é feito e, assim, fica convidativo propor melhorias para a realização do produto. Empreendedor – Nesse sentido, de que forma é possível aumentar a produtividade da empresa mesmo sem a produtividade individual de cada colaborador?
Riera Filho – O aumento da produtividade ocorre, individual e
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coletivamente, pois as atividades são realizadas de forma mais racional, eliminado-se aquelas que não agregam valor à empresa, restando mais tempo das pessoas para se dedicarem àquilo que é essencial. Além disso, cria-se naturalmente um hábito de fazer mudanças, o que se traduz em evolução contínua dos processos e, como conseqüência, da empresa. Empreendedor – Que problemas ocultos por um modelo funcional tradicional podem ser resolvidos pela gestão de processos?
Riera Filho – Há um grande volume de problemas ligados à operação empresarial orientada funcionalmente, mas destaco dois: primeiro, o grande volume de hierarquia é altamente nocivo, pois retarda e encarece produtos, enquanto que no processo se exige um mínimo de hierarquia, que reside no âmbito do próprio processo; segundo, a adoção de providência por área – ou para custos, ou competências, ou volume de recursos, por exemplo – pode resolver apenas parte do problema, visto que sua realização, muitas vezes, atravessa várias áreas durante a sua execução. Quando tratado pelo processo, a solução é integral. Empreendedor – Como o cliente final deve ser encarado numa gestão de processos?
Riera Filho – A visão por processos é a visão que o cliente tem da nossa empresa, portanto a sua opinião é totalmente influenciadora no destino dos processos. Os treinamentos operacionais em processos, que visam a manter o padrão de trabalho e, por conseguinte, a qualidade, derivam justamente da documentação dos processos ori-
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Entrevista entada pela opinião do cliente. Empreendedor – Quais são os aspectos críticos para a melhoria contínua dos processos?
Riera Filho – Os principais aspectos são: • falta de comprometimento da alta direção, deixando a responsabilidade pela evolução dos processos apenas nas mãos dos process owners; • falta de comunicação, para que todos conheçam os rumos que a empresa decidiu adotar. Falamos da tradução da estratégia diretamente nos processos, através do acompanhamento consistente dos seus indicadores de performance; • falta de fórum de capitalização de idéias, para que todos os funcionários possam expor suas idéias de melhorias dos processos; • falta de “compradores” para a melhoria contínua, em função de resistências a mudanças e evoluções, e principalmente pelo medo da perda de poder; • falta de entendimento de que a empresa é uma coleção de processos, e que competições internas (ciúme, inveja), visando a proteger os interesses de área específica, contribuem negativamente para a empresa.
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Empreendedor – A gestão de processos já está bem difundida no Brasil?
Riera Filho – Embora o número de empresas que adotam processos como mecanismo de gestão esteja crescendo significativamente, a gestão de processos ainda é mais pregação do que prática. O quadro atual é o seguinte: metade das empresas ainda não tem noção real do que seja processo, principalmente nas atividades que não Agosto – Empreendedor
sejam claramente industriais e em que a estrutura organizacional seja 100% hierárquica; aproximadamente 25% analisam e redesenham os “processos” dentro dos limites das áreas funcionais, situação em que não há espaço para grandes e abrangentes otimizações; aproximadamente 15% já conhecem seus processos estratégicos, nomeiam
“Metade das empresas ainda não tem noção real do que seja processo, principalmente nas atividades que não sejam claramente industriais e em que a estrutura organizacional seja 100% hierárquica” process owners, todavia continuam com a estrutura organizacional subordinada à hierarquia funcional – a operação se desenvolve num ambiente desconfortável e difícil de se sustentar; as demais desenharam seus processos estratégicos, indicaram process owners, redesenharam a estrutura organizacional e implementaram a gestão integrada de processos, convivendo com a estrutura funcional mínima necessária, onde impera uma organização flexível com ambiente adequado para inovação e criatividade. Empreendedor – O que é preciso para implementar a gestão
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de processos? Quais são os passos?
Riera Filho – O primeiro e fundamental passo é conscientizar a empresa, desde os mais altos executivos até o pessoal operacional, de que a gestão de processos e, conseqüentemente, o acompanhamento através de medidas eficientes é o caminho no qual se pode ver um retrato do que será a empresa em um determinado futuro. Em seguida, a empresa deve conhecer-se pelos seus processos, e portanto a modelagem é o passo fundamental. Com isso já se tem base para uma revisão e repensar dos processos, bem como a instalação do process owner e um trabalho consistente e sistemático de medição e adoção de providências corretivas para a boa saúde do processo. Empreendedor – É necessária alguma ferramenta específica para a implementação da gestão de processos ou os sistemas já existentes – como o ERP – são suficientes?
Riera Filho – Os ERPs são fortes aliados, no sentido de prover informações fundamentais à gestão, todavia a adoção de ferramenta específica para a gestão de processos é fundamental, pois nesse contexto estão várias iniciativas – custo, risco, competência, balanced scorecard, padronização, regulação e desenvolvimento de sistemas –, as quais só um software de gestão de processos pode suportar.
Linha Direta Geraldo Martins Riera Filho (11) 4034-6827
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Mercado Eletrônico
Perfil renovado A maior empresa de B2B do Brasil está de cara nova. O Mercado Eletrônico investiu R$ 2 milhões na redefinição de seu modelo de negócios, o que inclui a reestruturação da área de produtos e da oferta aos seus clientes, juntamente com a criação de uma nova logomarca e de um site mais dinâmico, moderno e interativo. “Da oferta inicial, baseada apenas em tecnologia e na flexibilidade junto aos nossos clientes, conseguimos consolidar nos últimos dez anos uma plataforma tecnológica extremamente atraente. Esta flexibilidade fez surgir uma forte demanda por serviços especializados para a área de suprimentos e hoje entendemos que isso será a continuidade do nosso sucesso” afirma Eduardo Nader, presidente do Mercado Eletrônico. Desde que foi criado, o Mercado Eletrônico evoluiu e passou por três fases de consolidação. A primeira ocorreu com a oferta de ferramentas tecnológicas através do endereço eletrônico www.me.com.br, no qual o cliente pode utilizar o serviço de cotação
eletrônica. Nesse modelo, responsável por 60% da receita atual da empresa, é cobrada uma taxa fixa por participação. A segunda fase envolveu o lançamento do ME Marketplace, criação e operação de marketplace para empresas de todos os segmentos mediante um contrato mensal, serviço responsável hoje por 25% do faturamento. A terceira e última fase reuniu os serviços de valor agregado oferecidos aos clientes do Mercado Eletrônico, como o Strategic Sourcing (estratégia de compras), logística, formas de pagamento e tercei-
rização de suprimentos, que respondem atualmente por 15% do faturamento da empresa. Neste último modelo o Mercado Eletrônico é remunerado de acordo com o volume de utilização e pelos resultados gerados aos clientes. O Mercado Eletrônico promove em média 20 mil transações diárias – que em 2003 somaram R$ 9 bilhões – entre 37 mil empresas de pequeno, médio e grande portes. No ano passado o faturamento do Mercado Eletrônico chegou a R$ 8 milhões, 38% maior do que os aproximadamente R$ 6 milhões registrados em 2002. www.me.com.br
Grupo Hübner
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Decisão para reduzir custos O Grupo Hübner, que fornece peças para montadoras e para o mercado repositor de autopeças, implantará a primeira siderúrgica de ferro gusa da região Sul, um investimento de R$ 31 milhões – sendo R$ 10 milhões em recursos próprios. O empreendimento será erguido nos próximos meses em um terreno de 1,1 milhão de metros quadrados doado em julho pela Prefeitura de Ponta Grossa. No mesmo município paranaense o grupo também inaugura oficialmente, em setemAgosto – Empreendedor
bro, a Fundição Impar, adquirida em estado de inatividade no ano passado. A siderúrgica terá uma capacidade de produção de 8 mil toneladas por mês, e 35% desse volume será absorvido pelas duas fundições do grupo instaladas no município – a Impar e a Hübner, esta implantada em 2000. O restante da produção será vendido para outras fundições da região Sul que hoje precisam comprar o ferro gusa de fornecedores de Minas Gerais. “A nossa opção por Ponta Grossa
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foi devido à proximidade com as duas fundições e ao esforço da prefeitura (que doou o terreno e a terraplenagem) para viabilizar o projeto”, justifica Nelson Hübner, presidente do grupo. Essa proximidade entre a siderúrgica e as duas fundições (cerca de 18 km) gerará significativa economia de energia elétrica, já que permitirá a entrega do gusa em estado líquido. Da mesma forma, haverá significativa redução de gastos com o transporte, um dos principais fatores que pesam sobre o custo final do produto. www.hubner.com.br
Execplan Rumo Norte
Parceria de confiança
Em direção à vanguarda legislação que proteja e estimule o setor. Segundo ele, cerca de três quartos do mercado nacional de informática é dominado pela pirataria. A Rumo Norte é formada por duas empresas, a Haas Produtos e Tecnologia Ltda., de Florianópolis, e a Haas Sistemas e Tecnologia Ltda., de Ilhéus (BA). A esta última cabe a fabricação, integração e montagem dos componentes e produtos de informática, microcomputadores e servidores. Já a primeira é a sede do grupo e reúne os setores gerenciais, de assistência técnica, logística e distribuição, além da linha de montagem de microcomputadores certificados da marca Norion. Um desses é o Norion E-class, solução tecnológica de baixo custo voltada para o ensino à distância. A ferramenta já está sendo utilizada em escolas carentes de vários estados brasileiros. (48) 238-0707
LAURO MAEDA
Um grande passo foi dado pela Rumo Norte, empresa com sede em Florianópolis, que há oito anos atua no ramo de integração e venda de microcomputadores e servidores. Após as certificações ISO 9001 e 14001, a Rumo Norte foi reconhecida como Premier Provider da Intel. “Agora fazemos parte de um time de elite, que recebe treinamento e informações privilegiadas sobre a tecnologia, o que nos permite atender os clientes com muito mais qualidade”, ressalta Ricardo Haas, diretor-proprietário. Ser Premier Provider dá exclusividade à Rumo Norte no lançamento de novos produtos da marca na região Sul. Com isso, a empresa começou a fabricar computadores com os novos microprocessadores Prescott da Intel, de 64 bits, considerados a vanguarda na área. Mas Hass reclama da concorrência desleal dos produtos contrabandeados, além da falta de uma
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A empresa brasileira Execplan foi escolhida pela Microsoft como parceira do ano em Business Intelligence (BI) na América Latina. A condição privilegiada garante à empresa capacitação, suporte técnico, produtos e oportunidades de negócio. “Esse reconhecimento vem coroar nossos esforços e investimentos na contínua inovação tecnológica, e também reforça a identidade da Execplan na capacitação da equipe como referência de BI, não só no Brasil como na América Latina”, diz Júlio Gualter, vice-presidente de Tecnologia da empresa. A premiação, entregue no mês de julho, no Canadá, deve-se ao uso inovador das tecnologias da Microsoft em soluções que superaram as expectativas dos clientes no decorrer de 2003, ano em que a Execplan atingiu um faturamento de R$ 8 milhões – crescimento de 30% sobre o resultado de 2002. Um dos diferenciais apresentados pela empresa é a implantação de sistemas corporativos de BI em curto prazo, com qualidade e prazo garantido por contrato. Soluções de BI facilitam a tomada de decisões por parte dos executivos, a partir de análises detalhadas das informações estratégicas do negócio. A Execplan oferece atualmente 15 produtos de BI dirigidos a diferentes segmentos e portes de empresa, com recursos que proporcionam flexibilidade de análises, facilidade de uso, agilidade e otimização de resultados. A empresa conta com 15 distribuidores, quatro deles no exterior: Portugal, Itália, Colômbia e Chile. www.execplan.com.br
Jovem S.A. por Alexsandro Vanin vanin@empreendedor.com.br
Valor dos diferenciais Aumentar o horário de atendimento, não fechar durante o almoço, ficar aberta até as seis da tarde de sábado e manter um plantão 24 horas são diferenciais que garantiram o sucesso da clínica ProntoVet. Criada há 11 anos pelos veterinários Emílio Fernandes Rodrigues Júnior, 37 anos, e Maria Alice Eidt, 40, a empresa tornou-se uma referência em Florianópolis. Foi o resultado de um trabalho duro, desenvolvido com muito profissionalismo e senso de oportunidade. A estratégia serviu para destacar a empresa das outras clínicas existentes na época na cidade, oferecendo facilidades e serviços inéditos aos clientes. “Nós percebemos que o modo de operar das clínicas locais ainda era amador em relação aos grandes centros, ficando um pouco aquém do que tínhamos aprendido na faculdade”, diz Júnior. A ProntoVet abre às 7h30 e encerra o expediente às 19h30, sem interrupção, e a decisão de abrir aos sábados até tarde contrariava os hábitos das concorrentes, que funcionavam apenas em horário comercial. O sistema de plantão 24 horas, que hoje é acionado pelo telefone celular, exigiu, no início, que Maria Alice e Júnior morassem no estabelecimento. “O que mais impulsionou a gente foi a criação de um plano de saúde e estética, que ainda é nossa principal fonte de receita”, revela Júni-
or. O cliente paga um valor mensal e seu animal de estimação tem direito a um banho por semana, uma tosa por mês e consultas gratuitas, além de descontos em cirurgias e exames. “Tudo isso ajuda a gente a se manter no ramo, porque hoje a concorrência é muito grande”, diz Júnior. Procurando formas de melhorar o atendimento, há dois anos o veterinário fez uma especialização em marketing e tem aplicado alguns dos conceitos que aprendeu, por exemplo, no pós-venda. A ProntoVet mantém um cadastro de clientes e atividades realizadas na clínica, e sempre que eles fazem alguma compra, ou usam algum dos serviços, um funcionário liga depois de um ou dois dias para saber se estão satisfeitos.
Júnior e Maria Alice conheceram-se em Florianópolis. Indicado por um professor da faculdade de Veterinária de Presidente Prudente, no interior paulista, ele foi prestar o estágio obrigatório em uma clínica da Ilha de Santa Catarina, onde a gaúcha de Santa Rosa também trabalhava. Cerca de um ano depois, eles resolveram montar um negócio próprio. Nos primeiros meses a dupla era responsável por tudo, e só depois contratou uma auxiliar para dar banho nos animais. Hoje, ao todo 11 pessoas cuidam do atendimento nas duas unidades da clínica, uma no centro de Florianópolis e outra na cidade vizinha São José, aberta em 1998. Os empreendedores planejam abrir, no ano que vem, uma nova filial, ainda sem local definido. (48) 224-7100 e 259-1824
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Iniciativa para desenvolver jovens empreendedores O Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae), em parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego, promove em todo o Brasil o Programa Jovens Empreendores. Em São Paulo as inscrições já estão abertas, e no decorrer de agosto a instituição divulgará datas e locais de inscrições nos demais municípios. O objetivo da medida é incentivar o empreendedorismo entre os jovens braAgosto – Empreendedor
sileiros com idade entre 16 e 24 anos, renda familiar de até meio salário mínimo per capita e que estejam cursando ou tenham concluído o ensino médio ou fundamental. Ao todo, serão oferecidas 16 mil vagas, sendo que cada estado estrutura seus próprios cursos, de forma a melhor adequá-los à realidade local. Os participantes passarão por um processo de educação empreendedora continuada e rece-
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berão o acompanhamento do Sebrae, em seus negócios, por até três anos. Em São Paulo, onde o programa é intitulado Novos Talentos, a aplicação é feita em parceria com instituições que têm foco na inserção social e na economia de jovens. A intenção é que isso permita ao jovem receber outras formas de apoio, além da formação empreendedora. www.sebrae.org.br
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Empreendedor – Julho
Não Durma no Ponto
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Resultados! Eis uma palavra que não cai de moda, entra ano, sai ano. Houve grandes mudanças na tecnologia, na forma de organizar o trabalho, no jeito de liderar as pessoas, na maneira de trabalhar em equipe. Muitas coisas aconteceram com a economia. Passamos por diversas eras, a industrial, a pós-industrial, a dos serviços, a da informação, a do conhecimento, a da economia voltada para o cliente, e a palavra resultado continua aí, incólume, intocável, como se nada tivesse acontecido. Você pensa em resultados quando sai pela manhã para trabalhar? Sim? Então responda rapidamente: o que você fará para que sua empresa ganhe mais dinheiro nos próximos 60 ou 90 dias? Se você demorou mais do que cinco segundos para responder, provavelmente você não pensa em resultados. Se tiver uma lista que passa de cinco itens, então falta foco no que é prioritário para obter melhores resultados. Desculpe. E, por favor, não se aborreça. Você não está só. A maioria das pessoas não tem uma boa resposta para essa pergunta. Sobrecarrega-se a esmo, mas não define prioridades voltadas ao resultado. Carrega pesados fardos, repletos de problemas de todos os tipos, mas sem que desse esforço extraia bons resultados. Lá vai mais uma chance. Agora você tem um pouco mais de tempo para pensar e responder: – Você sabe quanto a sua empresa faturou no ano passado? – Neste momento, em comparação ao mesmo mês do ano anterior, a quantas anda o volume de vendas? – As vendas estão crescendo, declinando ou estabilizadas? – Qualquer que seja a situação, quais são as razões que explicam as Agosto – Empreendedor
oscilações ou uma eventual posição estacionária? – E a margem de lucro? Está em crescimento ou em declínio? Quais são as razões que explicam o movimento? – E os estoques? Estão girando mais ou menos, se comparados com o mês ou ano anterior? Quais são as razões?
“Você pensa em resultados quando sai pela manhã para trabalhar? Sim? Então responda rapidamente: o que você fará para que sua empresa ganhe mais dinheiro nos próximos 60 ou 90 dias?” – E a geração de caixa? A empresa tem superávits ou déficits? Quais são as razões? – A empresa está se expandindo ou permanece há muito no mesmo e imutável patamar? Quais são as tendências? Essas são perguntas típicas de pessoas de negócio. Quando você não consegue os preços e as margens que deseja, o que você faz? Se procurar alguém da área financeira para resolver o problema, você bateu na porta errada. Nesse departamento específico é possível avaliar a composição dos custos e os critérios de formação de preço, mas isso não gera resultados. Quando muito, você terá uma melhor compreensão do seu tamanho.
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Quando as condições comerciais não correspondem às expectativas, as pessoas de negócio preferem ir ao encontro do cliente em busca dos reais motivos que expliquem a situação. Identificá-los e tratar de saná-los, a partir das expectativas do cliente, é que faz com que ele, de bom grado, ponha a mão no bolso e pague a conta. Já que estamos nos referindo a pessoas de negócio, faça um outro teste, agora com seus colaboradores. Quando querem ganhar mais dinheiro ou obter mais recursos, quem procuram? O chefe imediato ou o cliente? Recorrem à política de cargos e salários ou à fonte definitiva de lucro, o cliente? Quem não compreende a dinâmica do resultado, dificilmente trará contribuições efetivas. As empresas precisam urgentemente de pessoas de negócio, ligadas tanto no desempenho pessoal como no resultado organizacional. Que sejam capazes de ver o todo e compreender o que faz e o que dificulta os resultados. Com uma visão integrada de receitas e despesas e a consciência de que o dinheiro deve ser usado como se fosse de sua propriedade ou em seu benefício. Afinal, tudo o que for bem feito para o cliente reverterá de maneira positiva para o conjunto e, conseqüentemente, para cada um. Pensar resultados molda o jeito de trabalhar. Imagine dois caixas de banco. O primeiro está preocupado com o tamanho da fila e, para não aborrecer os clientes, despacha o mais rápido possível cada um que se apresenta em seu guichê. O segundo, ao contrário, retarda o atendimento da fila para conversar com alguém que manifesta a disposição de transferir 90% do seu saldo para um fundo mútuo de outro banco. Perspicaz, o segundo caixa enca-
por Roberto Adami Tranjan Educador da Cempre Conhecimento & Educação Empresarial
minha o cliente para o gerente da conta que, graças a uma atitude de extrema atenção e com bons argumentos, consegue manter os recursos aplicados nos fundos mútuos da sua agência. Quem é a pessoa de negócio? O primeiro caixa é eficiente; o segundo caixa é empreendedor. É possível que, diante desse exemplo, alguém conclua que pessoas de negócio possuem um dom especial. Pois saiba que pessoas de negócio são geradas em ambientes que exalam o cheiro dos negócios. Ambientes em que palavras como resultados, clientes, idéias e futuro estão mais presentes nas conversas do que custos, problemas, rotinas e passado. É possível que algumas pessoas tenham maior inclinação para negócios, mas o ambiente é determinante e cria a condição.
Pessoas de negócio são, em geral, lideradas por pessoas de negócio. Lideranças burocráticas geram comportamentos burocráticos; lideranças empreendedoras geram comportamentos empreendedores. Se o líder não possui boas respostas para as questões apresentadas aqui, é de se esperar que seus funcionários estejam ainda mais longe dessas preocupações. Introduza na sua empresa ou departamento uma educação para o negócio. Reúna a sua equipe e discuta a palavra resultado: qual é a compreensão de cada um, o que significa, como é gerado, qual é a sua fonte, qual é o seu destino. Defina com a equipe as três ou quatro prioridades de geração de resultados para os próximos 60 ou 90 dias, sem perder de vista os objetivos de longo prazo. Discuta a importância des-
sas prioridades tanto para o cliente quanto para o resultado da empresa. Em decorrência dessas prioridades, defina junto à equipe as duas ou três competências necessárias para garantir a efetivação desses resultados. Esclareça, em conjunto, os fatores que podem contribuir ou dificultar o trato com essas prioridades. Cunhe a palavra resultado nos quatro cantos de sua empresa. Resultados são obtidos por pessoas de negócio! E elas estão lá, ávidas por empreender e produzir resultados, se o ambiente permitir.
Linha Direta Roberto Adami Tranjan (11) 3873-1953 www.cempre.net roberto.tranjan@cempre.net
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(Capa
É assim que o Brasil faz O Prêmio Prefeito Empreendedor, do Sebrae, destaca as ações implantadas nos municípios brasileiros que, ao criar novos diferenciais e descobrir suas verdadeiras vocações, conseguiram dinamizar o desenvolvimento regional por
Fábio Mayer
colaborou Cristina Gallo
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O Brasil retratado nas telas de Cândido Portinari, até a metade do século 20, refletia as dificuldades que o país enfrentava na época, quando a realidade do subdesenvolvimento tornava mais explícito o contraste com seu enorme potencial. Depois de cinco décadas, a situação do país revelada nas obras de Portinari, apesar de alguns avanços, não mudou na sua essência, pois continuam existindo grandes desertos de pobreza que cercam alguns oásis de equilíbrio social. A diferença é que hoje um outro Brasil está começando a tomar forma, graças às ações e ao esforço de cada comunidade, ajudando a compor um quadro de verdadeira mudança. A moldura desse trabalho coletivo é o município, e um dos pincéis que definem os traços da nova obra é a cultura de desenvolvimento implantada pelos prefeitos empreendedores. Para incentivar e destacar as ações empreendedoras nos municípios, foi criado há três anos o Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor. Os cinco vencedores regionais, selecionados entre Agosto – Empreendedor
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27 destaques estaduais e revelados no último dia 27 de julho, em Brasília, expressam o que está acontecendo em inúmeras comunidades que redirecionam ou descobrem vocações, fortalecem as micro e pequenas empresas, geram emprego e renda e criam identidade própria. Isso está acontecendo tanto em Envira, no Amazonas (vencedora da região Norte) quanto na paraibana Cabaceiras (Nordeste), em Palminópolis, de Goiás (Centro-Oeste), em Santa Maria de Jetibá, do Espírito Santo (Sudeste) e na gaúcha Três Passos (Sul). Além da visibilidade nacional, os prefeitos empreendedores ganham um atestado de qualidade, emitido pelo Sebrae, e a divulgação dos projetos. “O Prêmio levou à descoberta de muitos e variados casos, Brasil afora, de boa gestão municipal, engenhosos, corajosos”, afirma Silvano Gianni, diretor-presidente do Sebrae. “Queremos multiplicar esses casos.” Em 2005, segundo Gianni, o Prêmio Prefeito Empreendedor terá modificações, passando a contar com novidades como a criação de destaques temáticos, a exem-
ZILÁ BREITENBACH (RS), HELMAR POTRATZ (ES), SILVANO GIANNI, PRESIDENTE DO SEBRAE, EURÍPEDES BORGES (GO), ARNALDO DOSO (PB), PAULO OKAMOTTO, DIRETOR ADMINISTRATIVO DO SEBRAE, E RÔMULO MATTOS (AM): MUNICÍPIOS DINÂMICOS
go no país seriam outros”. Em sua terceira edição, o concurso deste ano premiou as ações municipais inscritas em 2003, registrando recorde no número de inscrições. Desde que foi lançado o Prêmio, o crescimento comparativo do número de cidades inscritas cresceu 225%. No total são 1.138, representando mais de 20% das cidades brasileiras. Em 2001 contou com 268 participantes; em 2002, 456, sendo que 335 eram estreantes; e 2003 teve 873, dos quais 542 participando pela primeira vez. “Pudemos constatar que ao longo das três últimas edições tivemos evolução tanto no prisma quantitativo quanto no qualitativo”, afirma Giallanza. “Constatamos um expressivo aumento na qualidade dos projetos apresentados, já que houve grande dificuldade para chegarmos aos melhores projetos regionais.” Nas próximas edições do Prefeito Empreendedor, prevê Lourenço, o Sebrae espera envolver 90% de todas as prefeituras do Brasil, cerca de 5 mil. “As experiências positivas do prefeito de uma cidade estão estimulando o pre-
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feito da cidade vizinha, criando assim uma cadeia positiva para o desenvolvimento regional em todo o Brasil”, diz. Segundo ele, com base nas iniciativas em cada município, já foram criados em torno de 100 mil novos empregos diretos e 250 mil empregos indiretos. Quadros ampliados Apesar do cenário econômico do país e ainda do pouco incentivo, o brasileiro mostra que tem perfil empreendedor. Nos últimos anos, o Brasil vem se mantendo entre os dez países mais empreendedores do mundo, de acordo com uma pesquisa realizada, em 2003, pela Global Enterpreuneurship Monitor (GEM), que mede as ações em empreendedorismo em 31 nações. O estudo estima que em 2002 havia cerca de 14 milhões de empreendedores no país, e 56% desse total empreendia por necessidade, ou seja, dependia da abertura de um negócio para sobreviver. Já no ano passado a situação se inverteu: 56% dos empreendedores são motivados pela oportunidade de neEmpreendedor – Agosto
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plo do incentivo ao associativismo, e a criação das categorias pequena cidade e grande cidade, nas quais os projetos deverão ser inscritos separadamente, tomando por base o fato de terem realidades diferentes. Bruno Quick Lourenço, gerente da unidade de Políticas do Sebrae Nacional, responsável pelo Projeto Prefeito Empreendedor, acredita que essa iniciativa atende a uma das maiores necessidades do país: o desenvolvimento regional. “Com esse projeto queremos estimular o associativismo entre os prefeitos para que encontrem soluções que possam gerar e fortalecer as pequenas empresas”, diz. Na avaliação de Sandro Salvatore Giallanza, coordenador nacional do Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor, as ações dos prefeitos empreendedores que concorreram nas três edições do concurso ajudaram no desenvolvimento regional. Para ele, “a contribuição desses projetos para o desenvolvimento sócio-econômico local é tão significativa que, sem a implementação dos projetos inscritos, os números de geração de renda e empre-
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(Capa gócio, posicionando o Brasil em sexto lugar no ranking da GEM. Outra prova de força do empreendedorismo brasileiro é o resultado de um levantamento divulgado na Pesquisa Industrial Anual produzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa revela que entre 1996 e 2002 os investimentos de pequenas empresas para aprimorar a produção aumentaram 80%, passando de R$ 2 bilhões para R$ 3,6 bilhões. É com base em pesquisas como essas, mostrando o brasileiro como um dos povos mais empreendedores do mundo, que o prêmio Prefeito Empreendedor foi instituído. A partir do Prêmio houve uma maior difusão das iniciativas e ampliação dos projetos. “Ele tem contribuído direta e indiretamente para a disseminação do conceito empreendedor junto aos municípios do país, e esse processo tomará envergadura suficiente para transformar daqui a alguns anos a relação institucional entre os três poderes executivos, delegando mais participação à atuação do poder público municipal”, diz Giallanza. Maracás, na Bahia, Santa Helena, no Paraná, Campos Verdes, em Goiás, Xapuri, no Acre, e Osvaldo Cruz, em São Paulo, vencedores do Prefeito Empreendedor de 2002, são exemplos de cidades que, após um ano do recebimento do Prêmio, tiveram as ações estendidas e implantadas em outros municípios. O Programa Desenvolvimento da Floricultura implementado em Maracás, que tornou o município conhecido nacionalmente como a cidade das flores, capacitou os pequenos produtores rurais, criando uma alternativa econômica para a região. Com o apoio direto da Agosto – Empreendedor
Uma seleção rigorosa Os projetos municipais inscritos no Prêmio Prefeito Empreendedor passam por um rigoroso processo seletivo. O edital de participação com o regulamento é distribuído pelas Unidades Federativas do Sebrae (UFSs) de cada estado aos municípios. As prefeituras enviam os projetos para as UFSs, que avaliam se estão habilitados, ao fazer uma análise prévia dos pré-requisitos existentes no regulamento, observando, por exemplo, a documentação como declarações de idoneidade, declarações da comunidade de que as ações são realmente efetivas e declaração de empresários. Em seguida, as UFSs, estaduais identificam os projetos que têm cunho empreendedor, eliminando os que não têm. É feita então uma análise dos quisitos do projeto, contendo a descrição das ações inscritas como objetivo, públicoalvo, resultados numéricos alcançados e esperados e recursos financeiros, humanos e de infra-estrutura envolvidos. Todos
os quisitos são pontuados por uma comissão, e aqueles que estiverem abaixo da nota mínima não se classificam nem recebem o selo Prefeito Empreendedor. Na outra fase, é feita uma avaliação mais avançada, na qual são convocados técnicos das UFSs estaduais que percorrem os municípios classificados, conferindo in loco as ações, resultados e veracidade dos projetos. Cada UFS avalia e julga os próprios cases, definindo os vencedores. Apenas uma cidade por estado é selecionada para participar da etapa nacional. O Sebrae Nacional faz uma avaliação do primeiro colocado de cada estado e dos municípios da região. Todas as ações que dependem da administração municipal têm que ter o objetivo claro de fomentar novos empreendimentos e gerar emprego e renda. Alguns exemplos: medidas para facilitar a abertura de pessoas jurídicas no município, ou seja, menos burocracia; isenção, às vezes, de determinados impostos e taxas que estão envolvidos nesse processo; atração de empresas-pólo, fazendo com que outras empresas fornecedoras se instalem na cidade e dessa forma movimentem a economia municipal. Depois disso, é divulgado o resultado final. São cinco vencedores, um de cada região.
Número de inscrições no Prêmio Prefeito Empreendedor Ano
Municípios inscritos
Estreantes
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268
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456
335
2003
873
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Fonte: Sebrae
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(Capa volvidas.” Da mesma maneira, o governo baiano criou, no ano passado, o programa Flores da Bahia, tendo como referência Maracás. O município ficou responsável pela transferência do conhecimento para implantar o programa e pela divulgação para outras 12 prefeituras, que receberam recursos para o projeto, sete trabalhando com flores temperadas e cinco com tropicais. O prefeito avalia que ainda há muito por fazer, mas as perspectivas são promissoras. A Bahia só produz 5% da flor temperada que consome. “Se chegarmos a 20%, já vai ser uma vitória muito grande.” Seguindo caminho semelhante, a cidade paranaense de Santa Helena também está orientando outros municípios da região a implantarem os programas premiados pelo Prefeito Empreendedor. “Santa Helena está sendo um modelo. Têm vindo diversas delegações de
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FOTOS CRISTINA GALLO
prefeitura, que fornece recursos e lotes de 300 m², o projeto iniciou-se com a plantação de Palmas de Santa Rita, depois incorporando outras espécies de flores temperadas (típicas de áreas com temperaturas amenas). “Esse projeto teve uma boa resposta e ele foi ampliado com a participação de outras associações e pessoas da iniciativa privada e hoje estamos com 219 famílias trabalhando com flores em Maracás”, diz Fernando Oliveira de Carvalho, prefeito da cidade. Um dos principais entraves encontrados para que o projeto fosse implantado foi o de estimular pessoas a plantar flores, pois a maioria da população trabalhava com colheita de café e horticultura. Superando as dificuldades, o programa alcançou tamanho sucesso que impulsionou o desenvolvimento comercial de Maracás. De acordo com Carvalho, em 1997 existiam 146 estabelecimentos comerciais inscritos na prefeitura do município e hoje esse número aumentou para 760. “Isso mostra o grande avanço que ocorreu na cidade principalmente com a floricultura, mas também com outras atividades desen-
LOURENÇO: ESTÍMULO AO ASSOCIATIVISMO ENTRE OS PREFEITOS NA BUSCA DE SOLUÇÕES QUE POSSAM GERAR E FORTALECER AS PEQUENAS EMPRESAS
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municípios conhecer as ações da cidade e saber como implantar os projetos. Igualmente somos chamados para mostrar a nossa experiência em vários municípios e faculdades do Brasil”, afirma Silom Schimidt, prefeito da cidade. Entre as ações está o Programa de Desenvolvimento Econômico do Município (Prodem), que apóia e incentiva os pequenos negócios urbanos e rurais. Com o Prodem Urbano a prefeitura facilitou o financiamento para pequenos negócios no valor de até R$ 70 mil. Já o Prodem Rural proveu recursos de R$ 5 mil por agricultor para aquisição e reforma de máquinas agrícolas e equipamentos e construção e melhoria de benfeitorias rurais, sendo que a dívida é convertida em produto, milho por exemplo, e não em dinheiro. Ao todo foram criados 474 pequenos negócios, gerando em torno de 1.800 empregos, tanto no comércio quanto na agricultura. “É uma bola de neve: a cidade ganhou obras novas, a olaria vendeu telha, o comércio vendeu material de construção, deu emprego ao construtor e criamos uma alternativa de ocupação e renda para as famílias. O prefeito tem por obrigação ser um agente fomentador da economia local”, diz Schimidt. Para fomentar a economia local, o município de Campos Verdes (Goiás) implantou um programa de desenvolvimento sustentável fundamentado na exploração racional de minerais. O projeto incluiu um mapeamento geológico, identificando os pontos mineralizados através de imagens de satélite e sondagem rotativa, a criação de uma incubadora de mineração e artesanato mineral para agregar valor à produção, formando lapidários e artesões, e o incen-
SALVATORE GIALLANZA: SEM A IMPLEMENTAÇÃO DOS PROJETOS INSCRITOS, OS NÚMEROS DE GERAÇÃO DE RENDA E EMPREGO NO PAÍS SERIAM OUTROS
moveleiro, engloba diferentes setores, trabalhando com outros produtos originários da floresta como a madeira, a castanha e o látex, ao implantar uma indústria de preservativos. Com várias ações para incentivar o micro e pequeno empreendedor e gerar oportunidades de negócio e postos de trabalho, a cidade paulista de Osvaldo Cruz não teve um programa em específico. Foram instaladas diversas empresas de vários ramos de atividade, desde a produção de ração até móveis. A cidade criou uma associação de produtores rurais, fornecendo máquinas e implementos agrícolas, e igualmente cooperativas de trabalho de corte e costura e de montagem de brindes promocionais. Além disso, implantou o projeto de panificação, capacitando mais de 180 mulheres de bairros pobres, que aprenderam a fazer pão, salgadinhos e doces e hoje montaram uma terceira cooperativa de trabalho. Segundo Valter Luiz Martins, prefeito do município, um ano depois de receber o Prêmio, as ações se multiplicaram em novos projetos. O mu-
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nicípio conseguiu elevar, sem aumentar os impostos, a arrecadação em 207% e ampliar em 38% o número de estabelecimentos comerciais, 42% a prestação de serviços e 44% os empreendimentos industriais. No total foram criados em torno de 1.500 empregos diretos e indiretos.
Linha Direta Sebrae www.sebrae.com.br Fernando Carvalho, prefeito de Maracás, Bahia (73) 533 2121 Haroldo Naves, prefeito de Campos Verdes, Goiás (62) 351 6467 Júlio de Aquino, prefeito de Xapuri, Acre (68) 542 2056 Silom Schimidt, prefeito de Santa Helena, Paraná (45) 268 8200 Valter Martins, prefeito de Osvaldo Cruz, São Paulo (18) 3528 9500 Empreendedor – Agosto
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tivo ao turismo mineral e ao de aventura. Mudar o hábito da comunidade garimpeira que fazia uma exploração de forma equivocada foi a principal dificuldade encontrada pelo município para implementar o projeto. “Não é fácil dar uma guinada de 180 graus de uma hora para outra. Mas a fase mais importante nós fizemos, e precisamos continuar o projeto para ter um garimpo ecologicamente correto, que seja explorado de forma ordenada”, conta Haroldo Naves, prefeito da cidade. Com o programa já foram criados cerca de 1.900 empregos diretos e indiretos. Além disso, hoje o município é um centro de geotreinamento que recebe alunos de engenharia de mina, geologia, topografia e gestão ambiental de diversos estados como Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Brasília. “Isso incrementa o turismo, traz divisas para o município e também o conhecimento teórico desses alunos para a comunidade garimpeira”, diz Naves. Do mesmo modo, o centro de geotreinamento é uma forma de disseminar o conhecimento. Alguns municípios da região, como Crixás e Pilar de Goiás, estão se beneficiando e implantando ações espelhadas no projeto. A exploração ecologicamente correta de recursos naturais também é o foco do Pólo de Indústrias Florestais de Xapuri (Piflox), criado em Xapuri, no Acre. Conciliando desenvolvimento e preservação do meio ambiente, o Piflox tem forte apoio e organização da comunidade, para valorizar e certificar o produto e profissionalizar a mão-de-obra, principalmente de jovens na cidade. “Esse projeto criou um conceito revolucionário sobre a questão ambiental no contexto da geração de renda e da melhoria da qualidade de vida da população”, diz Júlio Barbosa de Aquino, prefeito do município. Segundo ele, são aplicados diversos critérios para o corte de árvores como idade e tamanho da espécie. Atualmente, o Piflox, além de ser um pólo
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População motivada te médio e pequeno. Eles precisam, não do recurso do poder público, mas de alguém que ajude a alavancar e a organizar.” Segundo a prefeita, a conquista do Prêmio ajuda a motivar a comunidade e ela percebe que isso dá resultados. “A cada conquista a comunidade vibra conosco. Isso faz com que se avance na conquista do desenvolvimento. O que vale a pena é a persistência, a criatividade, o entusiasmo e a motivação.” No caso de Três Passos, a comunidade está reagindo com muita receptividade aos projetos de desenvolvimento da ação empreendedora. “Trouxemos coisas diferentes das quais ela sabia fazer. Com o apoio do Sebrae
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O município de Três Passos, no Rio Grande do Sul, que já tinha sido finalista nas edições anteriores do Prêmio Prefeito Empreendedor, em 2001 e 2002, por promover ações que estimularam o empreendedorismo e o desenvolvimento local, venceu o concurso, na região Sul, com o Programa de Desenvolvimento de Emprego e Renda. O objetivo do programa é estimular uma série de projetos com foco na organização e capacitação da comunidade. “Essa organização comunitária é que faz com que tenhamos possibilidade de buscar metas, projetos, discutir e ter o resultado que tivemos”, diz Zilá Maria Breitenbach, prefeita de Três Passos. Segundo ela, é preciso motivar a população para empreender e valorizar sua própria vocação. “A comunidade sozinha, sem o poder público articular ações de empreendedorismo, de desenvolvimento, não avança, principalmente nos municípios de por-
ZILÁ BREITENBACH, PREFEITA DE TRÊS PASSOS (RS), RECEBE O PRÊMIO DE JOSÉ ALENCAR, VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA
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e de todos os parceiros conseguimos motivar as pessoas e realizar projetos com resultados”, afirma. Um deles é o programa de Fortalecimento da Agroindústria. A meta é melhorar os processos produtivos e de gestão e fortalecer a marca dos produtos para proporcionar maior qualidade e competitividade. Por isso, foi criado o Selo Passo Saudável, que garante comercialização, qualidade e inspeção sanitária. No município estão instaladas 42 agroindústrias familiares que alcançam um faturamento de R$ 200 mil, produzindo desde aguardente de cana até derivados do leite, e 16 delas já possuem o Selo. A estimativa é ampliar em 30% o número de empresas em quatro anos, chegando a 55 empreendimentos e aumentando de 130 para 170 os empregos diretos. “Hoje Três Passos está no caminho do desenvolvimento com uma perspectiva de planos estratégicos futuros. A educação e a capacitação foram a base de todo o trabalho.” Outra importante ação, considerada como prioritária do Programa de Desenvolvimento, Emprego e Renda, foi a expansão da suinocultura. Os animais são a matéria-prima de 28 empresas da cidade que atuam na área, e a atividade é responsável por cerca de 17% do PIB municipal, gerando 500 postos de trabalho e mais de mil empregos indiretos. O projeto tem como meta aumentar a renda na propriedade rural e a arrecadação, através do retorno do ICMS, garantir a permanência das empresas no município e ajudar a manter o homem no campo,
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PROJETOS LIGADOS A ÁREAS COMO A PRODUÇÃO DE FRUTOS ESTÃO ENTRE AS PRINCIPAIS AÇÕES DO MUNICÍPIO
fas e melhoria nos acessos às lavoras e propriedades, aumentando o número de produtores de 110 para os atuais 350, e a área de 110 hectares para 370 hectares. No total são produzidas 703 toneladas de fumo, ou 46.866 arrobas, que é a unidade utilizada para negociar o produto, e o faturamento da última safra chegou a R$ 2,5 milhões. A região recebeu nas três primeiras décadas do século XX muitos imigrantes que vieram em busca de terras para viver da atividade agrícola. Durante a Segunda Guerra Mundial, com o intuito de coibir manifestações das comunidades imigrantes em favor da Alemanha ou da Itália, as autoridades federais fundaram o município de Três Passos em 28 de dezembro de 1944. Hoje, os programas ajudam a garantir o sustento de quase 25 mil habitantes. “A pessoa tem que aprender a sonhar e a buscar capacitação e sustentação para que os seus sonhos sejam exeqüíveis e dêem resultados econômicos”, diz Zilá.
Três Passos Estado: Rio Grande do Sul População (2003): 24.656 habitantes Área da unidade territorial (km2): 273 Empresas com CNPJ – unidades locais: 1.053 Distância da capital: 470 km Ano de fundação: 1944 IDH: 0.822 Prefeita municipal: Zilá Maria Breitenbach Principais iniciativas: Programa de Desenvolvimento, Emprego e Renda; e Programa de Fortalecimento da Agroindústria Fontes: Sebrae, IBGE, Base de Informações Municipais (Malha Municipal Digital 2003) e Prefeitura Municipal de Três Passos
Linha Direta Zilá Maria Breitenbach, prefeita de Três Passos, Rio Grande do Sul (55) 3522 1200
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pela utilização da mão-de-obra familiar. Com a implantação o projeto possibilitou a instalação de 14 novas empresas, sete delas comerciais e sete de serviços, acrescendo em 290 o número de empregos diretos nas propriedades e na indústria. O faturamento do setor em Três Passos é de R$ 24 milhões. O Programa das Indústrias do Vestuário estimulou a organização de empresas da região em torno da produção e comercialização, tornando o município conhecido como Pólo do Vestuário. A ação teve início em 1999 e até o momento já ampliou o número de empregos nas indústrias de vestuário da cidade de 158 para 419, e de 17 mil para 88 mil as unidades produzidas. Também foi criado um centro de compras, que presta apoio técnico em tecnologia, modelagem e criação de cooperativas. A cidade também implantou o Programa de Fumicultura, que visa a aumentar a renda dos pequenos produtores e a área de plantio da cultura, assegurando a compra da terra e a utilização da mão-de-obra familiar, e evitar a migração dos lavradores. O projeto disponibilizou maquinário para terraplenagem de galpões de fumo, estu-
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Exemplo reconhecido ção da população ribeirinha. Os barcos também funcionam para entrega e coleta de correspondência e servem de transporte para médicos, por exemplo, até os moradores dessas áreas. O acesso à cidade, que fica a 2.621 km de Manaus, é feito principalmente por via fluvial, através do rio Tarauacá, ou por transporte aéreo, com aviões de pequeno porte. Por isso, foi preciso incentivar e proporcionar as condições básicas – infra-estrutura, por exemplo – para a população local tirar o sustento da própria região. A agricultura, com o
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Fundado em dezembro de 1955, desmembrando-se das cidades de Eirunepé e Carauari, o município de Envira, no Amazonas, que chegou a ser considerado, em 1990, um dos mais pobres do Brasil, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), é hoje um exemplo de empreendedorismo. Uma das ações da cidade, que ganhou o Prêmio da região Norte, foi a implantação do projeto Regatão Social – Desenvolvendo e Fomentando Toda a Cadeia de Produção, que tem o objetivo de fomentar a cultura empreendedora e fortalecer as empresas existentes. O “regatão” é uma atividade adotada pelo comércio fluvial móvel, que utiliza barcos para levar a produção agrícola do município até o mercado consumidor, superando as dificuldades de locomo-
RÔMULO BARBOSA MATTOS, PREFEITO DE ENVIRA (AM), RECEBE O PRÊMIO DE SILVANO GIANNI, DIRETOR-SUPERINTENDENTE DO SEBRAE
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plantio de milho, arroz, feijão e café, representa 40% das atividades econômicas desenvolvidas no município; a pecuária, 30%; o extrativismo, 10%; e a pesca, avicultura e piscicultura são responsáveis pelos 20% restantes. Como cerca de 64% da população encontra-se na zona rural e 36% na urbana, Envira criou os Módulos Agrícolas, que são agrovilas, nas quais o trabalho é realizado em mutirão para explorar os recursos naturais sem degradar o meio ambiente. “Temos que ter um desenvolvimento da agropecuária de forma organizada, sustentável, fazendo com que a agricultura não represente apenas desmatamento, mas equilíbrio entre o homem, seu estado de desenvolvimento, geração de emprego e renda e convívio correto com a natureza”, afirma Rômulo Barbosa Mattos, prefeito da cidade. Na avaliação dele, as principais conquistas da ação empreendedora foi a inclusão social dos moradores da área rural, sobretudo os ribeirinhos, com a ocupação de mão-deobra e a geração de renda. “A comunidade acreditou que era possível transformar um município extremamente carente social e economicamente num que busca suas alternativas em parcerias internas e externas, principalmente com o Sebrae e o Governo do Estado”, diz Mattos. Em Envira, os resultados alcançados pelos projetos já incentivam a prática de outras ações como a Festa do Milho, criada pela comunidade para divulgar os produtos locais. O
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O PROJETO REGATÃO SOCIAL FACILITA O TRANSPORTE DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA DA REGIÃO PARA OS CONSUMIDORES
ção e na implantação de associações e cooperativas de produção agrícola; e a execução dos elos da cadeia produtiva (do plantio à comercialização) pelo setor público. Para Mattos, apostar e investir em ações empreendedoras como forma principal de desenvolver o município vale a pena. “Afinal não há justiça social se as pessoas não participam do desenvolvimento de sua comunidade. No Amazonas existe a necessidade de que alternativas simples, mas eficientes, possam ser implantadas pelos governos. A participação do Sebrae é importante para dar um horizonte profissional a essas ações, para que possamos ter início, meio e fim de forma sustentável.” A meta agora é dar continuidade às ações e garantir a comercialização da produção, maximizando as oportunidades existentes no próprio município e buscando novos mercados, e fomentar a instalação de agroindústrias capazes de beneficiar a produção agrícola.
Envira Estado: Amazonas População (2003): 19.898 habitantes Área da unidade territorial (km2): 13.324,65 Empresas com CNPJ – unidades locais: 4 Distância da capital: 1.208 km (linha reta) e 2.621 km (via fluvial) Ano de fundação: 1955 IDH: 0.513 Prefeito municipal: Rômulo Barbosa Mattos Principais iniciativas: Regatão Social – Desenvolvendo e Fomentando Toda a Cadeia de Produção; e Módulos Agrícolas Fontes: Sebrae, IBGE, Base de Informações Municipais (Malha Municipal Digital 1997) e Prefeitura Municipal de Envira
Linha Direta Rômulo Barbosa Mattos, prefeito de Envira, Amazonas (92) 483 1200
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prefeito afirma que a geração de emprego e renda não é mais promovida apenas pelo governo, mas também por novas iniciativas como do comércio, da pequena indústria e da agregação de valor aos produtos rurais. “A população está lisonjeada com o Prêmio, o que nos dá esperança e responsabilidade de continuar a luta, de fazer com que haja solução de continuidade dos projetos.” O prefeito acredita que os modelos de ações implantadas no município são diferentes no que se refere a uma política tradicional de desenvolvimento pautada por obras, por exemplo. “Às vezes você até gasta menos e gera mais emprego e renda. É necessário que se construa o patrimônio, escola, que se façam obras, mas temos que ter idéias revolucionárias do ponto de vista local, criando perspectivas de geração de renda.” Os benefícios diretos alcançados pelo projeto foram a redução do êxodo rural, mantendo a mãode-obra no campo; o estímulo ao regresso da mão-de-obra inativa da sede municipal para a zona rural; a orientação à população nas atividades de produção e na exploração dos recursos naturais; o apoio na cria-
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Foco na qualidade O município, fundado em 31 de outubro de 1964, recebeu o nome de Palminópolis por estar localizado entre as cidades de Palmeiras de Goiás e Firminópolis. Atualmente, a população que reside na cidade é de 3.561 habitantes, mas na década de 90 chegou a registrar um índice de crescimento anual de 0,21%. Mesmo situada em uma área com poucos acessos rodoviários e pouca matéria-prima, a cidade reverteu a situação, criando alternativas para fortalecer o comércio varejista e o setor de serviços. Uma delas é o projeto Novos Moradores, que visa a atrair habi-
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“Saúde, aliada à educação, é o grande ponto de apoio de uma comunidade que precisa se desenvolver”, afirma Eurípedes Custódio Borges, prefeito de Palminópolis, Goiás. É com essa frase que ele resume as ações implantadas no município, vencedor da última edição do Prêmio Prefeito Empreendedor, na região Centro-Oeste. Segundo ele, a inauguração na cidade da casa de alimentação, para servir alimentos para todas as crianças carentes, trouxe resultados promissores na saúde. “Em sete anos e meio não tivemos nenhum óbito em nosso hospital. O atendimento pediátrico caiu em 95% do que era antes de assumirmos a prefeitura.”Além disso, todas as crianças com idade escolar de Palminópolis freqüentam regularmente o colégio, zerando o analfabetismo.
EURÍPEDES CUSTÓDIO BORGES, PREFEITO DE PALMINÓPOLIS (GO), RECEBE O PRÊMIO DE OLÍVIO DUTRA, MINISTRO DAS CIDADES
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tantes, principalmente aposentados e pensionistas, para a cidade, aumentando a população economicamente ativa. Para isso, de acordo com Borges, a prefeitura oferece algumas vantagens como a doação de um lote e de material básico para construção. No total, serão 700 novos moradores, dos quais 280 já estão residindo na cidade, e 300 casas, sendo que 130 já estão construídas ou em fase de acabamento. Os novos palminopolinos possuem renda per capita mensal maior que a dos antigos moradores, cerca de R$ 500, contra R$ 220, e já têm movimentado o comércio local e gerado empregos na construção de suas casas. “Com certeza é um despertar na população para o empreendedorismo. Ela começa a renascer e começam os investimentos. O comércio já vende 30% mais do que há um ano e vai vender mais, os empregos vão aparecendo e a comunidade agora sabe que é possível realizar um projeto.” Outro benefício trazido pelos habitantes recentes, segundo o prefeito, é que eles vêm de diversos estados do país como Bahia, Rio de Janeiro, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Piauí, Goiás e Distrito Federal, ajudando a enriquecer a cultura local. Borges diz que a comunidade aceitou bem a vinda dos novos moradores, pois entende que isso vai ajudar a alavancar o desenvolvimento. “As obras são uma conseqüência do investimento. Mas é preciso se preparar para que essa seja uma conseqüência boa para o município.” Também importante para a cidade foi a ação de desenvolvimento da produção orgânica, ou seja, sem o uso de
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O MUNICÍPIO TORNOU-SE UM PÓLO ORGÂNICO NA PRODUÇÃO DE AVES SEM HORMÔNIOS OU RAÇÃO ARTIFICIAL
com investimento de R$ 600 mil. A capacidade de abater 10 mil frangos orgânicos mensais vai dobrar em quatro meses, expandindo a produção para 20 mil aves, e em um ano a estimativa é ampliar esse número para 50 mil por mês. Um dos aspectos que diferenciam a produção de frango orgânico do de granja é a forma com que ele é criado e abatido. O primeiro é criado solto e abatido depois de 90 dias, e o segundo, em confinamento, já fica pronto para o abate em 45 dias. O frango orgânico tem como principal mercado o exterior, no qual chega a custar até 300% a mais do que o de granja. Recentemente, também foi inaugurado um frigorífico e criada a Cooperativa de Produtores Orgânicos de Palminópolis (Cooperorgânico). “As perspectivas são as melhores possíveis. É por aí o caminho; é o grande passo que o município pode dar. O prefeito precisa ter essa coragem de investir. E vale a pena arriscar”, aponta Borges.
Palminópolis Estado: Goiás População (2003): 3.561habitantes Área da unidade territorial (km2): 387,68 Empresas com CNPJ – unidades locais: 64 Distância da capital: 118 km Ano de fundação: 1964 IDH: 0.753 Prefeito municipal: Eurípedes Custódio Borges Principais iniciativas: Novos Moradores; e Pólo Orgânico Fontes: Sebrae, IBGE, Base de Informações Municipais (Malha Municipal Digital 2003) e Prefeitura Municipal de Palminópolis
Linha Direta Eurípedes Custódio Borges, prefeito de Palminópolis, Goiás (64) 675 1167
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adubos químicos ou agrotóxicos no cultivo agrícola e, no caso de animais, sem hormônios ou ração artificial, transformando a cidade em um Pólo Orgânico. A partir do projeto, que teve início em 2001, primeiro foi feito um diagnóstico, levantando-se dados sobre as produções que melhor se adequariam às características da região. Em seguida, desenvolveu-se um trabalho de capacitação técnica dos produtores, com a implantação de um projeto piloto na granja-escola da Prefeitura. Com o assessoramento técnico da Associação Brasileira de Agricultura Biodinâmica (ABD) e do Instituto Brasileiro de Biodinâmica (IBD), foram estimulados o plantio de soja e milho, a criação de aves e suínos e a produção de leite. O faturamento do setor agropecuário no município aumentou em 83,4%. Foram produzidos organicamente no total 1,6 milhão de litros de leite, mil toneladas de milho, 284 toneladas de soja e 3.052 toneladas de mandioca. O número de animais vivos e abatidos chegou a 68.840 cabeças, sendo 673 de bezerros, 6.720 suínos e o restante de aves. Atualmente, o projeto está em expansão. A cidade construiu, com o apoio da Fundação Banco do Brasil, o Abatedouro Municipal de Aves Orgânicas
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Alternativa vitoriosa também foi modificada, promovendo o desenvolvimento sustentável: os produtores começaram a utilizar uma planta nativa da região, o angico, não se esquecendo de cuidar do reflorestamento da espécie. Da mesma forma, o Programa de Melhoramento Genético do Rebanho modificou a cultura dos produtores, que antes visava à quantidade de animais e não à produtividade. Realizou-se a inseminação artificial de matrizes com aptidão para o corte, aumentando assim a qualidade produtiva. Através de rodízio, foram inseridos reprodutores
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Para vencer a seca e a fome, a opção do município de Cabaceiras, na Paraíba, vencedor da região Nordeste do Prêmio Prefeito Empreendedor, foi incentivar a pecuária de caprinos e ovinos, gerando emprego e renda. “Do bode tudo se aproveita e é isso que estamos fazendo, trabalhando com a pele, a carne e o leite, gerando negócios”, afirma Arnaldo Júnior Farias Doso, prefeito da cidade. Foram implantados diversos programas que contribuíram para a consolidação da indústria da ovinocaprinocultura na região. Entre eles, há o Programa de Beneficiamento da Pele, que aumentou a variedade e melhorou a qualidade e aceitação dos produtos confeccionados em couro. Em instalação, um novo curtume vai possibilitar o processamento de até 500 peles por dia. A técnica de curtir o couro
ARNALDO JÚNIOR FARIAS DOSO, PREFEITO DE CABACEIRAS (PB), RECEBE O PRÊMIO DE CIRO GOMES, MINISTRO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL
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de alta linhagem no rebanho local, o que também melhorou a produção de leite, que chega a 500 litros por dia. A cidade implantou uma usina para beneficiar o leite e, com o apoio do Projeto Cooperar, criado pela Prefeitura, parte da produção é utilizada na merenda escolar. “Temos que apostar nos recursos locais, o que a gente tem de vocação e de potencial”, diz Doso. Com a redução de forragem devido às estações secas da região, o município buscou alternativas para alimentar os animais e evitar que isso interferisse na produção de leite e carne. Uma delas é o Programa de Apoio à Produção de Forragens, que financiou a aquisição de ração para os produtores de leite e incentivou o plantio de forragens. Ao todo foram beneficiados 2.500 hectares de terra. Realizou-se também uma parceira entre a Prefeitura, o Sebrae e a Associação de Caprinos e Ovinos de Cabaceiras para prestar assistência técnica aos produtores com visitas de agentes, o que ajudou a reduzir casos de mortalidade e a melhorar a gestação e nascimento de animais. Além disso, o município utiliza a cultura do bode como produto turístico. Nesse sentido, uma das ações foi a criação da Festa do Bode Rei, evento de animais, produtos, serviços e cultura ligada à produção dos caprinos e ovinos, que passou a receber turistas o ano inteiro. “Estamos trabalhando com o turismo, a história, a cultura e a arqueologia. E a própria caatinga, que para alguns é sinônimo de adversidade, estamos vendendo como produto turístico”, conta Doso. Com a Ação
MÁRCIA GOUTHIER/AGÊNCIA SEBRAE
PREFEITURA INVESTIU EM PROJETOS PARA APRIMORAR OS NEGÓCIOS GERADOS COM A CRIAÇÃO DE CAPRINOS E BOVINOS
“Isso é muito inovador e significativo para a nossa região, que sempre teve uma política clientelista, assistencialista. Hoje isso não acontece mais. Quando se enfrentam as dificuldades, as limitações, aproveitando potenciais locais, investindo na capacitação, isso representa uma mudança significativa, uma prática inovadora, o caminho para gerar desenvolvimento local, com sustentabilidade.” Com as ações, cerca de 80 famílias, cem produtores e mil alunos já foram beneficiados. O municipío, que já teve um dos maiores índices de êxodo da região, atualmente está na oitava posição no estado em relação ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), segundo o censo do IBGE. “O desenvolvimento da comunidade é o caminho para que possamos vencer as máculas sociais que a região sempre teve, como o êxodo em direção ao Sul e Sudeste. A comunidade está com as próprias mãos construindo o seu dia-a-dia.”
Cabaceiras Estado: Paraíba População (2003): 4.296 habitantes Área da unidade territorial (km2): 405,44 Empresas com CNPJ – unidades locais: 36 Distância da capital: 186 km Ano de fundação: 1835 IDH: 0.683 Prefeito municipal: Arnaldo Júnior Farias Doso Principais iniciativas: Aproveitamento da Cadeia Produtiva da Ovinocaprinocultura; Apoio ao Microempreendedorismo; e Turismo para Uma Nova Vida Fontes: Sebrae, IBGE, Base de Informações Municipais (Malha Municipal Digital 2003) e Prefeitura Municipal de Cabaceiras
Linha Direta Arnaldo Júnior Farias Doso, prefeito de Cabaceiras, Paraíba (83) 356 1104
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de Apoio à Criação de Empreendimentos Turísticos, todo empreendimento turístico tem recebido estímulo do município, como a melhoria das vias de acesso aos atrativos naturais, a criação de pontos de comercialização de artesanato, a revitalização de praças, a participação de artesãos em feiras regionais e nacionais, a criação de infra-estrutura de barracas para comercialização de bebidas e comidas nos eventos, o apoio aos grupos musicais e artistas, a hospedagem local e a criação do Centro de Produção e Comercialização de Artesanato. Projetos como os de Cabaceiras, analisa o prefeito, melhoram a autoestima do povo, aumentando a participação efetiva da comunidade local. “É um município pobre, encravado numa região adversa, que está encontrando um caminho real de gerar desenvolvimento de mãos dadas com a própria comunidade. O Prêmio significa que estamos na trilha certa”, aponta Doso. Para ele, a maior obra que um prefeito pode fazer é investir no capital humano local. Por isso, de acordo com Doso, é necessário capacitar a comunidade para que ela possa ter condições de explorar os recursos locais, empreender e ter resultados.
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Saudável e lucrativo prefeito do município. Além do sistema de cultivo convencional implicar custos elevados, ele diminui a sustentabilidade econômica e ambiental, degradando o solo e reduzindo a produtividade. A longo prazo, a intensa atividade agrícola resulta em conseqüências prejudiciais para os produtores, para o meio ambiente e para o desenvolvimento econômico do município. Por isso, segundo o prefeito, uma das maiores conquistas alcançadas com o Programa foi conscientizar os agricultores sobre o cultivo de produtos mais saudáveis.
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O uso desordenado de agrotóxicos e adubos químicos trouxe a degradação do meio ambiente e diversos problemas para a saúde dos habitantes de Santa Maria do Jetibá, no Espírito Santo. Esse foi o motivo da implantação do Programa Municipal de Agricultura Orgânica, vencedor do Prêmio Prefeito Empreendedor na região Sudeste. O Programa estimulou o associativismo e incentivou a agricultura orgânica. “Tivemos um índice alarmante de problemas pelo uso excessivo de agrotóxicos, o que fez com que alguns produtores começassem a estimular outros produtores a produzir organicamente. Respeitamos o produtor tradicional, mas incentivamos a migração para a produção orgânica. É um processo lento, mas o Prêmio mostra que vale a pena”, afirma Helmar Potratz,
HELMAR POTRATZ, PREFEITO DE SANTA MARIA DO JETIBÁ (ES), RECEBE O PRÊMIO DE PAULO OKAMOTTO, DIRETOR-ADMNISTRATIVO DO SEBRAE
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Localizada na região serrana do estado, Santa Maria do Jetibá foi fundada em 1872 por imigrantes alemães que desenvolveram, principalmente, a atividade agropecuária. Hoje o município possui uma das melhores estruturas de atividade agropecuária do Brasil, com diversidade de produção, sendo o segundo no país em produção de ovos, com 4 milhões de aves poedeiras, e o primeiro do estado em hortifrutigranjeiros. Como 82% da população (cerca de 23 mil habitantes) de Santa Maria do Jetibá vive na área rural, o Programa apóia diretamente esses produtores. “É uma característica do nosso município o cultivo através da agricultura familiar. Nossas propriedades são em média de 10 a 15 hectares, e a maioria trabalha com mão-de-obra familiar”, diz Potratz. A produção de café no município também se destaca, com 90 mil sacas por ano e envolvendo cerca de 2 mil agricultores. Devido à boa condição climática e à proximidade com diversos centros consumidores, a cidade tem despontado em outras atividades como a produção de mel, piscicultura, floricultura, fruticultura, produção de tubérculos, agroindústria e turismo. “Qualquer ação de empreendedorismo só vem a contribuir para o desenvolvimento da comunidade.” Na hora da produção, prestar assistência técnica especializada, capacitar a mão-de-obra, realizar eventos de apoio às práticas orgânicas e distribuir insumos orgânicos (biofertilizantes – estrume, por exemplo) são algumas ações realizadas pela Prefeitura através do Projeto. Além disso, a Prefeitura ofe-
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MAIS DO QUE UMA QUESTÃO DE SAÚDE, OS PRODUTOS ORGÂNICOS SÃO UM FILÃO NA ECONOMIA DO MUNICÍPIO
bilhões, e até 2005 deve atingir a cifra de US$ 100 bilhões. No Brasil, a estimativa para este ano é de um crescimento em torno de 40% na produção orgânica, superando os US$ 200 milhões. “Encontramos uma atividade econômica mais natural e apropriada para a comunidade”, diz o prefeito. No primeiro ano de implantação do programa no município, apenas 36 produtores aderiram ao cultivo de orgânicos. Atualmente o número chega a 160, produzindo 140 toneladas mensais de 35 variedades de hortifrutigranjeiros. De 2001 a 2003, o setor cresceu 400% em Santa Maria do Jetibá, e até 2005 a expectativa é certificar cerca de cem produtores. “Para que uma propriedade seja certificada como orgânica tem que seguir critérios que envolvem exatamente a questão da preservação do meio ambiente.” Na produção orgânica não é permitido utilizar adubos químico-sintéticos, mas apenas os naturais.
Santa Maria do Jetibá Estado: Espírito Santo População (2003): 30.470 habitantes Área da unidade territorial (km2): 734 Empresas com CNPJ – unidades locais: 462 Distância da capital: 78 km Ano de fundação: 1872 IDH: 0.724 Prefeito municipal: Helmar Potratz Principal iniciativa: Programa Municipal de Agricultura Orgânica Fontes: Sebrae, IBGE, Base de Informações Municipais (Malha Municipal Digital 1997) e Prefeitura Municipal de Santa Maria do Jetibá
Linha Direta Helmar Potratz, prefeito de Santa Maria do Jetibá, Espírito Santo (27) 3263 1160 2004
rece infra-estrutura com escritório, centro de capacitação, horto municipal, sete veículos e duas máquinas agrícolas. Na hora da venda, os produtores orgânicos do município participam de uma feira de produtos desse gênero aos sábados em Vitória, capital do estado. São destinados ao programa 30% do orçamento da Secretaria Municipal de Agropecuária e Meio Ambiente. “Vivemos um momento em que o prefeito que só pensa na administração tradicional, no benefício pessoal, individual, tende a acabar. Este é o sentido da administração pública, estar voltada para o interesse coletivo”, afirma o Potratz. Na opinião dele, a administração pública tem que animar e estimular as pessoas a interagirem através do associativismo. “Santa Maria é uma referência nesse sentido: temos a cooperativa avícola de produtores de ovos, a de transporte escolar.” Segundo Potratz, a agricultura orgânica não só solucionou um problema da comunidade local, como também se tornou um promissor filão de negócios. Prova da importância da ação implantada na cidade é o grande potencial de expansão dessa atividade em todo o mundo. Atualmente o mercado mundial movimenta cerca de US$ 20
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GRUPO KEYSTONE
Beleza em alta Segmento que reúne redes de cosmética e estética comemora os bons índices de crescimento, confiante de que ainda há muito espaço para expansão 2004
E MAIS: AS NOTÍCIAS DO MERCADO DE FRANCHISING Empreendedor – Agosto 37 E AS INFORMAÇÕES DA ABF
Opção no segmento de coleta e entrega
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Turismo aquece franchising
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De acordo com dados divulgados pela Embratur, os estrangeiros já deixaram este ano US$ 1,62 bilhão no Brasil – um recorde. O valor é 46,3% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. Com índices como esse ganham também as franquias que prestam serviços ligados ao turismo, como as locadoras de veículos. A Master Rental aumentou este ano a expectativa de faturamento para 20% em relação ao ano anterior, que foi de R$ 24 milhões. De acordo com Eduardo Vanucchi, diretor-executivo da empresa, a locadora planeja abrir mais 60 unidades até 2008. Já a Localiza está investindo particularmente na região Nordeste, onde acredita que o crescimento do turismo será maior nos próximos meses, em função do clima. A empresa, que conta com mais de 30 mil veículos, adquiriu no começo de julho uma frota de 6,5 mil unidades. A Localiza registrou crescimento de 10% no primeiro semestre deste ano, em comparação a igual período do ano passado. Master Rental: (11) 3352-8888 Localiza: (31) 3247-7009
A Flash Courier, uma das maiores redes de coleta e entrega do Brasil, com 54 unidades e cerca de 600 colaboradores, inicia um projeto de expansão baseado no sistema de franquias. O objetivo da empresa é chegar a 150 unidades em todo o país no prazo de três anos, e até o final do ano a previsão é contar com 70 lojas, 20 delas no estado de São Paulo. Com dez anos de atividades no segmento, a empresa realiza atualmente 400 mil entregas mensais. Hoje os principais clientes da Flash Courier são instituições financeiras,
mas o objetivo do projeto de expansão é abrir a carteira para outros setores, como indústria, varejo e o próprio consumidor final. A rede atual de 54 unidades será reestruturada, e os franqueados deverão se adaptar às mudanças propostas pela Bittencourt Consultoria Empresarial e Franchising, empresa responsável pelo projeto. O investimento necessário para abrir uma franquia da Flash Courier é de R$ 48,5 mil, para um espaço físico de 20 m2. O prazo de retorno estimado é de 18 a 24 meses. (11) 3673-9401
Pontos à venda para interessados A ProntoWash, franquia especializada em lavagem e embelezamento automotivo, anuncia ao mercado que possui pontos comerciais negociados e prontos para receber uma unidade franqueada. São dois pontos em Aracaju (SE), quatro em São Paulo (SP), um em Mauá (Grande São Paulo), quatro no Rio de Janeiro (RJ), um em Brasília (DF) e um em Porto Alegre (RS). Conforme conta Alan Packer, presidente da empresa, a ProntoWash possui uma equipe especializada em encontrar, avaliar e negociar pontos comerciais nas principais cidades brasileiras. “Essa equipe torna a abertura de unidades muito mais segura, já que avalia o ponto em todas as suas ca-
racterísticas, como fluxo de pessoas, faixa de consumo do público-alvo, potencial de crescimento, concorrência, etc.”, diz o presidente. A ProntoWash tem um sistema exclusivo que utiliza carrinhos de limpeza que lavam o veículo na própria vaga onde está estacionado, com apenas cinco litros de água, panos descartáveis e produtos de limpeza biodegradáveis, caracterizando assim uma lavagem ecologicamente correta. O investimento em uma franquia é de cerca de R$ 7 mil por carrinho – já incluindo R$ 3,5 mil de taxa de franquia – e o prazo de retorno é de 14 a 18 meses. (11) 3371-5777
Rede investe na conversão
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Pequenas e médias empresas de limpeza são os alvos escolhidos pela Jani King do Brasil para aumentar a expansão neste segundo semestre. A estratégia visa à consolidação da marca como referência em limpeza comercial e ao aumento do faturamento em 10%. A meta da rede é aproveitar o potencial econômico do interior de São Paulo, um dos mercados que mais crescem no país. Com 19,2 milhões de habitantes, cerca de 11% da população brasileira, a região responde por cerca de 17% do Produto Interno Bruto e 24% da produção industrial do país. “Há Agosto – Empreendedor
muito a ser explorado em limpeza comercial no interior”, diz Tomás Crhak, diretor da rede. Para tanto, a Jani King disponibilizará aos interessados em investir na marca o sistema de Conversão de Bandeira. Os pré-requisitos para os novos franqueados são experiência prévia na área de varejo e disposição para enfrentar novos desafios. A Jani King oferece limpeza e conservação de ambientes, pós-obra, fachadas externas, vidros, limpeza de sinistros, polimento de mármore e granito e impermeabilização de pisos, além de serviços de apoio como copa, recepção e portaria. www.janiking.com.br
Edição: Alexandre Gonçalves • Reportagem e Redação: Sara Caprario E-mail: franquiatotal@empreendedor.com.br
NOVA REDE
Franquia
Idéias renovadas A Dermage, rede especializada em cosméticos e manipulados, conta a partir de agora com uma nova profissional do ramo de franquias. Maria Cecília Schwartz está implantando novos programas para desenvolver as dez unidades localizadas em diversas regiões do país. Para começar, os franqueados já receberam uma pesquisa de satisfação com o objetivo de detectar sobretudo os aspectos que podem ser melhorados. Em breve serão lançadas ao grupo uma campanha de incentivo que premiará o franqueado com melhor performance e uma newsletter com objetivo de divulgar as iniciativas positivas como exemplo para os demais. (21) 2573-1064
Vídeos e balas A empresa Caldbury Adams escolheu a rede de locadoras Blockbuster para divulgar seu mais novo lançamento. A promoção vai ser em forma de distribuição gratuita da nova bala Hall’s Creamy, nos sabores laranja e amora. Todos os clientes que alugarem qualquer filme receberão automaticamente o brinde. A distribuição será feita em todas as lojas da rede durante o mês de agosto. (11) 3709-3715
Multiplicação dos pastéis Desde 1995, quando passou a atuar no sistema de franchising, a rede de fast food 10 Pastéis abriu mais de 50 lojas franqueadas nas regiões Sul e Sudeste do país. De 2001 a 2002, seu faturamento duplicou, e de 2002 a 2003, triplicou. A previsão para 2004 é duplicar com relação a 2003, com a abertura de mais dez lojas. A estimativa é feita por seu diretor, Eduardo Bekin. O valor da franquia é de R$ 30 mil para o Brasil. Entre obra, equipamentos e capital de giro, são necessários mais R$ 70 mil. A média de faturamento de cada loja é de R$ 30 mil. A empresa oferece total treinamento do franqueado, análise da via-
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Uma nova campanha da rede de lanchonetes Bob’s pelo lançamento do Bob’s Grill Franfilé está nos veículos de comunicação. O novo produto faz parte da família Bob’s Grill, linha de sanduíches em que o sabor rústico de grelhados é a principal característica. No filme, um típico locutor de rodeio narra a preparação do sanduíche e no final revela-se que ele está ao lado do cozinheiro do Bob’s, que demonstra certo cansaço por ouvir aquela locução toda vez que está fazendo um Bob’s Grill. As peças impressas trazem o título “Perto dele, o resto é pinto”. (21) 2598-5730
bilidade do ponto, projeto arquitetônico, comunicação visual, apoio na execução da obra, recrutamento e treinamento da primeira equipe, suporte na inauguração da loja, logística de compra e abastecimento. A franquia oferece três opções: loja de shopping, loja de rua e mega-loja. www.10pasteis.com.br (41) 376-9036
Franquia arrecada cobertores
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bertor para uma instituição cadastrada no site do projeto”, explica Paulo César Mauro, diretor presidente da empresa. As entidades interessadas podem se inscrever no site www.friozero.com.br. 0800 12 7286 Empreendedor – Agosto
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A Golden Services, holding responsável pelas franquias Sapataria, Costura, Lavanderia, Bordados, Engraxataria e Tinturaria do Futuro, está renovando o projeto Frio Zero, lançado em 2003. Este ano a campanha é intitulada “Aqueça sua consciência” e vai doar cobertores para instituições assistenciais inscritas no programa. A nova versão da campanha traz uma logística diferenciada: “A cada R$ 50 consumidos em qualquer serviço em uma das bandeiras da rede, automaticamente será doado um co-
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Campanha rústica
Franquia
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Que beleza de negócio!
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Mercado de cosméticos e estética desponta como um dos mais promissores do franchising brasileiro
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A crescente preocupação com a saúde, tanto física quanto mental, a busca pela melhoria constante da auto-estima e o significativo aumento da presença da mulher no mercado de trabalho são alguns dos fatores apontados como causadores dos bons números que o segmento de saúde, beleza, esportes e lazer vem apresentando ao longo dos últimos três anos dentro do sistema de franchising. Os dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF) sobre o ano de 2003 revelam que a área de esporte, saúde e beleza, com o reforço do setor de lazer, elevou em 29% o faturamento das redes, que no total chegou a R$ 29 bilhões – desse total, 17% corresponde às franquias da área de beleza e saúde. “O cuidar de si, e a preocupação com a boa aparência, o querer estar mais saudável e mais jovem, é tendência mundial. Vide o surgimento de inúmeros novos negócios, como os spas urbanos, aulas de pilates, novas categorias de relaxamento, alongamentos, tratamentos e apare-
lhos para corpo e pele e, conseqüentemente, uma avalanche de novas marcas e lançamentos de cosméticos e cremes”, avalia Celina Kochen, consultora em franchising e varejo. Nessa onda de se cuidar, o movimento de expansão das redes ganha força, como é o caso da Onodera Estética, que teve um ano de 2003 ainda melhor do que a média. A rede registrou um crescimento de 41,6% no número de unidades, ou seja, foram 15 inaugurações, totalizando 51
LUCY: MERCADO AINDA NÃO ESTÁ SATURADO E TEM FORTE POTENCIAL PARA CRESCER MAIS
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clínicas no final do ano e com o diferencial de ter saído do eixo Rio–São Paulo. Foi uma seqüência ao crescimento verificado em 2002, quando dobrou o número de centros estéticos pelo Brasil, de 18 para 36. “Acreditamos que o segmento ainda está no começo, isto é, há forte potencial consumidor para os serviços de estética”, considera Lucy Onodera, diretora-executiva da rede. A preocupação da empresa é crescer horizontalmente, com a abertura de unidades, mas também verticalmente, ampliando o faturamento dos franqueados e de toda a rede. Por isso é que a Onodera está neste ano realizando uma reestruturação para continuar crescendo. Foram poucas inaugurações em 2004 e a franqueadora passou por mudanças internas, visando ao fortalecimento da relação com os franqueados. “Não podemos revelar o que vamos implantar, mas a idéia é melhorar o atendimento a todos os parceiros da rede, de maneira a garantir uma base sustentável para o crescimento dos próximos anos e poder estar mais perto do cliente”, afirma Lucy, que fala bastante também da questão de multisserviços, ou seja, que hoje é preciso oferecer mais alternativas em um só lugar. “O consumidor quer praticidade mesmo na hora de se cuidar para atender aos cada vez mais exigentes padrões de beleza”, analisa.
Oportunidades em saúde e beleza Mercado promissor A junção de serviços é apontada pelo especialista em franchising, Adir Ribeiro, diretor do Grupo Cherto, como a tendência para vários segmentos do varejo e prestação de serviços. “As franquias espelham o que o mercado quer. Quem está nas lojas das redes de cosméticos não são apenas vendedoras; são quase consultoras que dão dicas, ensinam truques”, diz Ribeiro. Ele complementa a afirmação com o dado de que 70% das decisões de compra ocorrem no ponto-de-venda, daí a importância do ambiente que estimula a compra. “O consumidor quer ter uma experiência de venda; ele quer ter o prazer e o bem-estar com a compra realizada.” Conceitualmente, o consultor acredita que a ampliação dos negócios no setor tem em sua raiz a característica do povo brasileiro, que é a alegria
Água de Cheiro Investimento inicial (sem o ponto comercial): R$ 60 mil Prazo de retorno: 18 a 36 meses L’Acqua di Fiori Investimento inicial (sem o ponto comercial): de R$ 40 mil a R$ 80 mil Prazo de retorno: até 36 meses O Boticário Investimento inicial (instalação): R$ 130 mil Prazo de retorno: de 18 a 36 meses
Mundo Verde Produtos Naturais Investimento inicial (instalação): de R$ 227 mil a R$ 287 mil Prazo de retorno: de 24 a 40 meses
Instituto Embelleze Investimento inicial (instalação): de R$ 55 mil a R$ 100 mil Prazo de retorno: de 17 a 24 meses
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sultora Celina Kochen, “os bons de viver, e a isso soma-se a prenegócios dessa área não sofreocupação com o padrão de belerão com o modismo, haja vista za, a aparência para se apresenredes solidificadas que vendem tar ao mercado de trabalho ou produtos e serviços há bastante mesmo a busca pela felicidade tempo”. O conselho é para que completa, inerente à maioria dos se procure redes que estejam seres humanos. Um exemplo sempre se atualizando. “As acadesse consumo é a rede O Botidemias de ginástica também procário, a maior franqueadora de liferam, assim como as clínicas perfumes e cosméticos do munde aparelhos e tratamento de esdo, com mais de 2.300 lojas no CELINA: NO SEGMENTO DE BELEZA, NÃO HÁ tética. O importante é a seriedaBrasil e já presente também em RISCO DE REDES SOFREREM COM MODISMOS de e a preocupação do franqueoutros países. ador em ter realmente um bom Iniciada há 26 anos com uma farmácia de manipulação no centro de de Janeiro, Paraná, Pernambuco, mix de produtos de qualidade ou serCuritiba fundada por Miguel Krigsner, Pará, Mato Grosso do Sul, Minas viços eficientes, pois a formação do a rede mantém um conjunto de cren- Gerais, Goiás, Ceará, Bahia e Distrito pessoal e o seu treinamento são dos ças que foram aprimoradas e torna- Federal. Entre os produtos que a mais detalhados”, diz Celina. E nesram-se os valores da empresa para Antídoto comercializa estão os óleos se ponto de treinamento o consultor nortear o dia-a-dia dos mais de 10 mil corporais e balsâmicos, emulsões, sais Adir Ribeiro é enfático: “Se os princolaboradores. Na sede da fábrica, de banho, sabonetes líquidos e glice- cípios e valores organizacionais não em São José dos Pinhais (PR), O rinados, loções corporais e hidratan- estiverem claros, transparentes e Boticário desenvolve os produtos das tes, mousses hidratantes e espuman- bem divulgados, não criamos um círsuas linhas e sabe que seu público tes, deocolônias, águas refrescantes, culo ‘virtuoso’. Acreditar no invesquer expressar a beleza, valorizar a shampoos, condicionadores, gel de timento em capacitação e na comupersonalidade e conquistar o bem-es- barbear, além de acessórios como nicação constante com a rede seguramente agregará valor ao negócio e tar. A frase escrita no site da empre- bolsas, velas e esponjas. sa resume esse sentimento: “Cada Outra empresa nacional, com mais à marca”. produto é um instrumento promotor de 20 anos de mercado, com lojas por de auto-estima, tanto para quem o usa todo o país e um mark up médio de como para quem o cria”. 123% para os franqueados, a Água Linha Direta No caso da rede Antídoto, tudo de Cheiro fez uma reestruturação em começou com apenas quatro linhas e 1999, inaugurou uma nova sede em Água de Cheiro 32 produtos. A idéia era produzir cos- 2000 e desde então vem atuando for(31) 3689-9305 méticos com aromas frutais que fun- temente na expansão de unidades. Celina Kochen cionassem como um “antídoto” con- Sempre antenada com as tendências, (11) 3171-0027 tra o mal-estar, o estresse, o cansaço a empresa investe em pesquisas, Grupo Cherto e a irritabilidade. Quatro anos depois, aperfeiçoamento de métodos e tecno(11) 3171-0008 a Antídoto já soma 20 linhas e mais logia de ponta, oferecendo total marInstituto Embelleze de 480 produtos. Em 2003, aumentou gem de segurança na fabricação, enseu número de lojas em 21%, vase e armazenamento de seus pro(21) 2233-2288 chegando a contabilizar quase 70 dutos. Além disso, proporciona treiL’Acqua di Fiori endereços. “Projetamos um cresci- namentos periódicos aos seus funci(31) 3247-5260 mento de 30% para 2004, com onários e franqueados, transmitindo Mundo Verde aumento do número de franquias e a o conhecimento e a experiência para (24) 2237-2528 criação de novas linhas”, comenta beneficiar o consumidor que está na O Boticário Marcelo Sarpe, gerente da empresa. ponta. (41) 381-7000 Hoje, a Antídoto está presente nos Para quem ainda pensa em entrar estados de São Paulo, Santa Catari- no ramo de saúde ou beleza as persOnodera na, Rio Grande do Sul, Roraima, Rio pectivas são boas. Segundo a con(11) 3055-6799 Agosto – Empreendedor
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FRANQUIAS EM EXPANSÃO
Livros CDs DVDs Papelaria Revistas Fundada em 1943 e com mais de 10 anos de know-how em sistemas de franquias, a Nobel é hoje a maior rede de livrarias do Brasil com mais de 120 franquias espalhadas pelo país. Confira algumas vantagens da franquia Nobel: consignação de grande parte do estoque inicial, com condições comerciais melhores do que as de uma livraria independente; suporte operacional e para escolha, análise e negociação do ponto comercial; abertura para a implantação de negócios complementares como café e internet; modelos de franquia de acordo com o potencial de cada região do Brasil: livraria, megastore e express (quiosques e lojas compactas); plano de expanNº de unidades próprias e franqueadas: 131 são definido para o Áreas de interesse: Brasil mercado brasileiro Apoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, TR, PF, FI, EL, PN, SP Taxas: de R$ 15 mil a R$ 30 mil (franquia) com oportunidades Royalties: de R$ 500 a R$ 5 mil especiais para noFPP (Fundo de Promoção e Propaganda): de R$ 100 a R$ 1 mil vos franqueados. Instalação da empresa: a partir de R$ 37.450 Faça parte desse suCapital de giro: variável cesso! Entre agora Prazo de retorno: de 24 a 36 meses (estimativa) em contato! Contato: Depto. de expansão 11-3706-1491/1493
China House Delivery Negócio: delivery de comida chinesa Tel: (0xx11) 6239.9900 – Fax: (0xx11) 6238.7733 www.chinahouse.com.br/franquia@chinahouse.com.br
Faça parte desse sucesso A China House é uma franquia de delivery de comida chinesa com sete anos de tradição. Tem como diferenciais a qualidade e forma de preparo dos alimentos e uma ótima prestação de serviço aos seus clientes, que garantem o seu sucesso e aceitação no mercado. Vantagens: baixo investimento; negociação coorporativa com fornecedores (venda direta de fornecedor para franqueado, menores custos e maiores margens); excelente mix de produtos com ótima aceitação; projeto arquitetônico incluso na taxa de franquia; assessoria na localização do ponto, nas obras e na inauguração da loja; treinamento inicial, consultoria e visitas periódicas. Um dos setores N° de unidades: 5 que mais se mantiveÁreas de interesse: Grande São Paulo e mediações, regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste ram estáveis (alimentação), aliado a Apoio: PA, PP, PO, OM, TR, EI, PN, SP Taxas: R$ 15.000,00 (franquia), prestação de serviços 5% (royalties) e 2% (publicidade) (delivery), dentro de Obra Civil/Equip.: A partir de R$ 65.000,00 um único negócio. Só Estoque Inicial/Capital de Giro: R$ 20.000,00 falta você. Contato: Jorge Luiz Torres PA- Projeto Arquitetônico, PM- Projeto Mercadológico, MP- Material Promocional, PP- Propaganda e Publicidade, PO- Projeto de Operação, OM- Orientação sobre Métodos de Trabalho, TR- Treinamento, PF- Projeto Financeiro, FI- Financiamento, EI- Escolha de Equipamentos e Instalações, PN- Projeto Organizacional da Nova Unidade, SP- Solução de Ponto
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Um investimento responsável e rentável Seja um franqueado Star Bit. Você fará parte de um grupo que há quinze anos atua na área de educação, ensinando com qualidade informática e idiomas a milhares de pessoas que buscam aprimorar sua formação profissional, tudo isso com preços populares. O franqueado Star Bit tem apoio total, desde a escolha do ponto até um treinamento completo para uma melhor gestão do empreendimento. Além disso, o franqueado conta com uma Central de Compras com diversos fornecedores, todos cadastrados, testados e aptos a fornecer os materiais padronizados a serem utilizados na montagem da unidade, como apostilas, folderes e computadores – sempre a custos especiais para os fraqueados. O mercado de educação é um dos que mais cresce no Nº de unidades próprias e franq.: 33 país, e uma escola de qualidade Área de interesse: Interior do Estado é a possibilidade de um bom rede São Paulo torno, ainda mais oferecendo Apoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, cursos a preços populares. TR, PF, EI, PN, SP Além disso, a preocupação com Taxas: Franquia a partir de R$ 4 mil; a qualificação profissional é cada Royalties 10% FB; Publicidade 2% FB vez maior. Por isso, investir na Investimento total: R$ 100 mil Capital de giro: Variável Star Bit é investir na formação Prazo de retorno: 24 a 36 meses de profissionais qualificados Contato: Laudson Diniz para o mercado de trabalho.
1. A PBF exige pequeno investimento e não cobra royalties. 2. A PBF é uma rede de escolas de idioma com mais de 30 anos de experiência e tradição. 3. A PBF possui um método de ensino exclusivo e próprio, totalmente atual e comunicativo. 4. A PBF forneNº de unidades: 223 ce suporte em toÁreas de interesse: Todo o Brasil das as áreas, da Apoio: PA, PO, TR, PF, EL, SP, MP, PM, PO, OM administrativa à Taxas: 30% pool propaganda sobre compra de livro pedagógica. Instalação da empresa: a partir de R$ 40 mil (de5. A PBF trabapendendo do tamanho da cidade) Capital de giro: R$ 10 mil lha para você cresPrazo de retorno: 18 a 24 meses cer sem parar! Contato: Departamento de Franquias
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FRANQUIAS EM EXPANSÃO Alps Negócio: Educação & Treinamento Telefone: (19) 3743-2000 franchising@alpschool.com.br www.alpschool.com.br
Oportunidade de sucesso Rede em ampla expansão Lançada em maio de 2001, a Alps faz parte do grupo ProAcademix, também detentor das marcas Wizard e Worktek. Atualmente, ela é a rede de franquias de idiomas que mais cresce no Brasil, com 101 unidades espalhadas por todo o país. O sistema Alps de ensino conta com metodologia desenvolvida nos Estados Unidos que utiliza avançadas técnicas de neurolingüística, em que o aluno é estimulado a desenvolver as quatro habilidades fundamentais para se comunicar na língua inglesa: conversação, compreensão auditiva, leitura e escrita. Assim, o aprendizado é feito de forma natural, rápida e permanente. A Alps conta com know-how administrativo e comercial, através de um sistema Nº de unidades próp. e franq.: 101 exclusivo de ensino, Áreas de interesse: América Latina, Estados e dá assessoria na seUnidos, Japão, Europa leção do ponto coApoio: PA, PP, PO, OM, TR, FI, PN mercial, na adequação Taxas: R$ 10 mil (franquia) e R$ 12,00 por kit (publicidade) do imóvel e na imInstalação da empresa: R$ 20 mil a R$ 40 mil plantação e operação Capital de giro: R$ 5 mil da escola. Prazo de retorno: 12 a 18 meses Contato: Ivan Cardoso
Zets Negócio: telefonia celular e aparelhos eletrônicos Tel: (011) 3871-8550/Fax: (011) 3871-8556 franquia@zets.com.br www.zets.com.br
Tenha uma loja em sua mão A Ezconet S.A. detentora da marca Zets é uma empresa de tecnologia e distribuição de telefonia celular e aparelhos eletrônicos que, através de um sistema revolucionário denominado “BBC” (business to business to consummer) agrega novos serviços e valores a cadeia de distribuição. Realiza a integração entre o comércio tradicional e o comércio virtual, fornecendo soluções completas de e-commerce e logística para seus parceiros. Franquia Zets: Foi criada com a finalidade de disponibilizar para pessoas empreendedoras a oportunidade de ter um negócio próprio com pequeno investimento, sem custos de estoque, sem riscos de crédito, sem custos e preocupação com logística. Como Funciona: O Franqueado tem a sua disposição uma loja virtual Zets/Seu Nome, para divulgação na internet, vendas direta, catalogo, montar uma equipe de vendas, eventos, grêmio. Quais Produtos são comercializados: Celulares e acessórios para celulares, calculadoras, telefones fixos, Nº de unidades próp. e franquiadas: 9 centrais telefônicas, acessórios Áreas de interesse: Brasil para informática, baterias para Apoio: PP, TR, OM, FI, MP filmadoras, baterias para noteTaxa de Franquia: R$ 5 mil book e câmeras digitais, pilhas, Instalação da empresa: R$ 1.500,00 lanternas, filmes para maquina Capital de giro: R$ 5 mil fotográfica, cartuchos para imPrazo de retorno: 6 a 12 meses pressoras, etc. A franquia estuContato: Helio Alberini da a inclusão de novos produtos. PA- Projeto Arquitetônico, PM- Projeto Mercadológico, MP- Material Promocional, PP- Propaganda e Publicidade, PO- Projeto de Operação, OM- Orientação sobre Métodos de Trabalho, TR- Treinamento, PF- Projeto Financeiro, FI- Financiamento, EI- Escolha de Equipamentos e Instalações, PN- Projeto Organizacional da Nova Unidade, SP- Solução de Ponto
Zelo Serviços
Wizard
Negócio: Educação & Treinamento Telefone: (19) 3743-2098 franchising@wizard.com.br www.wizard.com.br
Negócio: Prestação de serviços de terceirização Tel/Fax: (11) 5505-9050 E-mail: zelo@zelo.srv.br Home page: www.zelo.srv.br
Prosperidade certa
Nº de unidades próprias e franquadas: 35 Áreas de interesse: Estado de São Paulo e Rio de Janeiro Apoio: MP, PP, PO, OM, TR, EL, PN, SP Taxa de Franquia: R$ 20 mil Instalação da empresa: R$ 10 mil Capital de giro: R$ 20 mil Prazo de retorno: 18 a 24 meses Contato: Sr. Eladio Cesar Toledo
A Zelo é uma empresa brasileira destinada a solucionar e integrar os diversos serviços de terceirização prestados ao patrimônio de uma escola, shopping, hotel, hospital, indústria, condomínio, ou residência. Através de um projeto baseado na experiência de mais de 20 anos de seu corpo técnico, pioneiro na implantação do conceito de performance em serviços de limpeza e na implantação de franquia de serviços no Brasil. A Zelo busca a melhor mão de obra, capacitando-a com o treinamento mais adequado a necessidade da cada cliente seu.
Sucesso educacional e empresarial A Wizard Idiomas é a maior rede de franquias no segmento de ensino de idiomas* do país. Atualmente, são 1.221 unidades no Brasil e no exterior que geram mais de 15 mil empregos e atendem cerca de meio milhão de alunos por ano. A Wizard dispõe de moderno currículo, material altamente didático com proposta pedagógica para atender alunos da educação infantil, ensino fundamental, médio, superior e terceira idade. Além de inglês, ensina espanhol, italiano, alemão, francês e português para estranNº de unidades: 1.221 franqueadas geiros. A Wizard é Áreas de interesse: América Latina, EUA e também pioneira no Europa ensino de inglês em Apoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, TR, PF, FI, Braille. EI, PN, AJ, FB, FL, CP, FM Taxas de Franquia: entre R$10 mil e R$ 32 mil Instalação da empresa: a partir de R$ 50 mil Capital de giro: R$ 15 mil Prazo de retorno: 24 a 36 meses Contato: Alberto Campos
* Fonte: Associação Brasileira de Franchising e Instituto Franchising.
Fisk
People
Negócio: Educação/Ensino de Idiomas Tel: (11) 5573-7000/Fax: ramal 251/255 franchising@fisk.com.br/www.fisk.com.br
Negócio: Educação Profissional e Tecnológica Tel: (19) 3253-0199 www.people.com.br / franquias@people.com.br
O seu sucesso é a nossa história! Faça parte de uma rede de escolas de idiomas com mais de 40 anos de experiência e tradição em ser sucesso. A empresa atua no Brasil desde 1958, transferindo seu know-how aos franqueados distribuídos por todo o Brasil, América Latina e Japão. A FISK oferece um suporte de primeira linha incluindo treinamento em 11 áreas distintas para que o franqueado faça uma ótima administração em sua escola. O método de ensino exclusivo é constantemente atualizado por uma equipe pedagógica altamente qualificada e esse é o nosso ponto mais forte. Com um pequeno investimento você abre uma franNº de unidades: 40 próprias e 667 franqueadas quia FISK e consÁreas de interesse: Todo o Brasil trói também a Apoio: PA, PO, TR, PF, EL, SP, MP, PM, PO, OM sua história de Taxas: 20% pool propaganda sobre compra de livro sucesso num Instalação da empresa: a partir de R$ 40 mil mercado em franCapital de giro: R$ 10 mil ca expansão. Prazo de retorno: 18 a 24 meses Contato: Christian Alberto Ambros
A Franquia que dá retorno! Os cursos People já foram testados e aprovado por mais de 1 milhão de alunos em todo o Brasil. Pessoas que, graças ao aprendizado na People, conseguiram transformar oportunidades de emprego em sucesso profissional, trabalhando hoje em empresas e instituições dos mais variados segmentos de mercado. A People possui a maior e mais completa linha de cursos que permite ao franqueado obter maiores vantagens competitivas no mercado. A People é pioneira em Educação Profissional e Tecnológica. Desde 1979 tem se destacado pela inovação e qualidade de seu trabalho como também pelos valores que tem adotado em seu dia-a-dia. Valores como respeito aos princípios mercadológicos, à ética e ao relacionamento com seus parceiros e clientes. Nosso padrão de Nº de unidades: 3 próprias e 28 franqueadas relacionamento coÁreas de interesse: Todo o Brasil Apoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, TR, PF, FI, mercial tem como regra de jogo o “gaEI, PN, SP nha-ganha”. Afinal Taxa de Royalties: 7% Taxa de Franquia: R$ 20 mil a R$ 50 mil um bom negócio Instalação da empresa: R$ 45 mil a R$ 150 mil tem que ser bom Capital de giro: R$ 35 mil para todos. Prazo de retorno: 18 a 28 meses
PA- Projeto Arquitetônico, PM- Projeto Mercadológico, MP- Material Promocional, PP- Propaganda e Publicidade, PO- Projeto de Operação, OM- Orientação sobre Métodos de Trabalho, TR- Treinamento, PF- Projeto Financeiro, FI- Financiamento, EI- Escolha de Equipamentos e Instalações, PN- Projeto Organizacional da Nova Unidade, SP- Solução de Ponto
Franquia
ABF e Ministério do Desenvolvimento reinstalam Fórum de Franquias
ABF
Evento que oficializa a retomada do Fórum acontece no dia 24 de agosto em Brasília A Convenção é uma excelente oportunidade para empresários e profissionais do franchising discutirem os rumos do sistema. A ABF está preparando uma série de surpresas para fazer esse encontro enriquecedor e inesquecível. O evento será realizado entre os dias 20 e 24 de outubro, no Hotel Sofitel, na Costa do Sauípe (BA). Confira abaixo preços especiais de inscrição e hospedagem. Taxa de inscrição
Associados Não associados
Até 31/08 R$ 900,00
(desconto de 10%)
A partir de 01/09
R$ 1.080,00
R$ 1000,00 R$ 1.200,00
Hospedagem: Apartamento duplo: R$ 890,00/pessoa Apartamento individual: R$ 1.390,00/pessoa Os preços incluem hospedagem para as quatro noites, com pensão completa. Opções disponíveis para a semana completa (domingo a domingo). Pacote empresa: para duas ou três inscrições de uma mesma empresa, será oferecido 10% de desconto para cada participante. Acima de quatro inscrições, o desconto é de 15% para cada participante.
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Outras informações, consulte a ABF pelo fone (11) 38144200. Garanta já a sua presença. O número de vagas é limitado. Agosto – Empreendedor
A Associação Brasileira de Franchising (ABF), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, promoverá no próximo dia 24 em Brasília um evento para oficializar a reinstalação do Fórum de Franquias, inoperante desde 2000. O evento contará com a presença do ministro Luiz Fernando Furlan, e a expectativa é de que cerca de 200 empresários do setor de franquias compareçam. Além de ser uma ótima oportunidade para mostrar ao Governo Federal o poder do franchising no Bra-
sil e sua importância para a economia nacional, o Fórum tratará de alguns assuntos específicos, como: J Nova proposta de Lei de Franquia J Protocolo do Projeto APEX de Exportação de Franquias J Assinatura da intenção de convênio entre o Ministério e a ABF para a realização do Censo do Franchising J Abordagem tributária incidente sobre o setor Para mais informações, entre em contato com a ABF através do telefone (11) 3814-4200, ramais 17 e 20.
ABF abre temporada de cursos para o segundo semestre Os profissionais das redes de franquia e potenciais franqueados já podem se programar para reciclar seus conhecimentos. A ABF já fechou o calendário de cursos deste segundo semestre. Até o final do ano estão previstas oito turmas do curso “Entendendo Franchising”, indicado a potenciais franqueados e pessoas que querem conhecer um pouco mais sobre o sistema. O curso tem a duração de um dia e acontece quin-
zenalmente na sede da entidade. No dia 2 de agosto, tem início o “CAF – Conhecimento Avançado de Franchising”, direcionado aos profissionais das franquias e demais interessados na formatação de uma rede. A proposta do CAF é fornecer técnicas para a estruturação e expansão do seu negócio, incluindo orientação para a formatação da franquia e aspectos do relacionamento com a rede.
MÓDULOS DATAS 1º Avaliação de Franqueabilidade 02/08/2004 2º Plano de Expansão 09/08/2004 3º Venda de Franquia – Prospecção e Seleção 16/08/2004 4º Suporte Operacional 23/08/2004 5º Manuais 30/08/2004 6º Programa de Treinamento 13/09/2004 7º Analisando os Aspectos Jurídicos 20/09/2004 8º Administrando o Relacionamento com a Rede 27/09/2004 9º Case: Praticando seus Conhecimentos de Franchising 04/10/2004 Para mais informações, entre em contato com o Departamento de Cursos e Eventos da ABF pelo telefone (11) 3814-4200, ramal 24, ou pelo e-mail eventos@abf.com.br.
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Brindes para o
ano inteiro Investimento cada vez maior e mais freqüente em ações promocionais impulsiona os negócios no segmento de brindes não apenas em datas especiais
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por
Alexsandro Vanin
Quem não gosta de ganhar brindes? Pode ser uma simples lembrancinha, ou um objeto mais valioso, para parabenizar por um dia especial ou para recordar momentos agradáveis em algum evento. O brinde é aquele artigo usado pelas empresas para conquistar a simpatia, a fidelidade e até eliminar resistências. E, mais do que uma lembrança de fim de ano, os brindes passaram a ser uma constante o ano inteiro, distribuídos principalmente em ações promocionais. “As empresas passaram a ver que os brindes criam uma predisposição à compra e geram um recall positivo para a marca”, afirma Auli De Vito, diretor de Produtos Promocionais e Serviços para Eventos da Associação de Marketing Promocional (Ampro). A utilização cada vez maior de brindes em campanhas promocionais vem distribuindo a demanda por todo o ano. Segundo Luiz Roberto Salvador, diretor da Bríndice Publicações e Propaganda Ltda. (editora do Catálogo Bríndice e Agosto – Empreendedor
organizadora da Expo Bríndice), atualmente 48% da produção do segmento é utilizada no final de ano, percentual que vem diminuindo com mais intensidade nos últimos quatro anos. A Sertha Brindes, de São Paulo, por exemplo, que atua há dez anos no ramo, atende principalmente ao mercado promocional e tem seus produtos aproveitados ao longo de todos os meses. “A procura de artigos de custo baixo para distribuição em eventos vem se intensificando ano a ano”, confirma Geraldo Alvin, do Departamento de Vendas da Sertha. Os eventos vêm alterando a característica até mesmo de meses considerados ruins para o segmento – épocas tradicionais de férias. Uma das razões é que as empresas perceberam que férias não significam sair da memória dos clientes; muito pelo contrário, é um bom momento para marcar presença de forma agradável com artigos que transmitam sensações de relaxamento e prazer. E isso tem sido explorado em ações
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sazonais – no verão nas praias e no inverno em pontos turísticos da estação – que combinam festas, brincadeiras, esportes e distribuição de brindes. Durante o resto do ano, megaeventos, como Skol Beats, Coca-Cola Vibe Zone, Vivo Open Air e outros, que chegam a reunir mais de 40 mil pessoas, aquecem o segmento. “Isso demonstra que há uma preocupação maior das empresas em ter um envolvimento mais próximo com o consumidor, criando um ambiente agradável com música ao vivo e diversas outras atrações, aliado a um brinde que, depois de encerrado o evento, lembre o consumidor daquele bom momento que ele vivenciou”, diz De Vito. Nesse contexto, os brindes estão se tornando extremamente importantes nas ações que visem ao retorno positivo para as empresas: campanhas promocionais, eventos, congressos, convenções de venda, lançamento de produtos, feiras, promoções em supermercados (gift packs, por exemplo), degustações, etc.
BRÍNDICE: FEIRA MOVIMENTOU R$ 5 MILHÕES EM NEGÓCIOS FECHADOS NO PRÓPRIO EVENTO
“A grande vantagem é que numa ação promocional é possível mensurar os resultados – que são mais diretos – com mais clareza e ver quanto foi gerado efetivamente de negócios, o que numa ação publicitária mais tradicional você não tem condições tão claras de aferir”, ressalta De Vito. Outra forma de utilizar os brindes, sugerida pelos especialistas em marke-
ting, é o calendário de datas comemorativas. Qualquer empresa pode utilizá-lo, independentemente de setor ou segmento. Basta verificar quais são as datas relacionadas ao perfil de seus clientes e parceiros, produtos e serviços – Dia da Saúde e Dia do Médico, por exemplo. Neste caso, é aconselhável dar um artigo que seja útil para o dia-adia profissional da pessoa agraciada. Existem ainda aquelas datas em que é de bom tom lembrar de clientes e parceiros: Natal, Reveillon, Páscoa e Dia da Amizade. Atualmente há uma grande variedade de brindes no mercado. De Vito estima que existam cerca de 300 linhas diferentes de produtos. Grosso modo, qualquer artigo pode se tornar um brinde, dependendo da mensagem que a empresa pretenda transmitir, mas a inovação é decisiva para as empresas do segmento. Uma opção com bastante saída nos dias de hoje são os chamados “brindes solidários”, em geral artigos artesanais feitos por entidades assistenciais. Conforme uma pesquisa da Ampro, os itens mais procurados são canetas, camisetas, bonés, chaveiros, agendas, bolsas e mochilas (artigo muito produrado ultimamente por causa dos esportes), relógios, pastas, sacolas e camisas promocionais. Bom senso A forma de colocação da marca no produto também é variável, de acordo com o valor do produto e o público a que é destinado. Segundo De Vito, quan-
Lembrança que sempre marca Potencial: R$ 2,2 bilhões Crescimento médio anual: 5% Nº de empresas: 3,5 mil Perfil empresarial: maioria de pequenas empresas Localização: concentrada em São Paulo e Rio de Janeiro Produtos: mais de 300 linhas 2004
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Empreendedor – Agosto
DIVULGAÇÃO
(Mercado
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DE VITO: O SEGMENTO DE BRINDES AINDA OFERECE ESPAÇO PARA A ENTRADA DE NOVOS EMPREENDEDORES
do são produtos baratos, bem populares e destinados à massa, não há preocupação em colocar o logo reduzido, pondo-se em geral a marca em tamanho grande. Quando o produto começa a ter um custo unitário maior, e direcionado a uma elite, as marcas vão diminuindo, ficando mais discretas, mais elegantes. Nos artigos da Sertha, que apresentam um preço razoavelmente baixo, como os squeezes (garrafas plásticas), as marcas são colocadas sempre de forma a chamar bem a atenção, evidenciando o site e o telefone da empresa, explica Alvin. Uma pesquisa da Ampro aponta os motivos mais comuns para o oferecimento de brindes. Depois de presente de final de ano, as empresas utilizam mais as lembranças para distribuição em eventos, incentivo a funcionários, lançamento de produtos, promoção em geral e fidelização de clientes. Os fatores eleições, Copa do Mundo e Olimpíadas não entraram na pesquisa, mas Auli estima que fiquem abaixo da fidelização, pois são ações que ocorrem em épocas específicas. Além disso, são eventos que movimentam apenas parte Agosto – Empreendedor
do segmento que trabalha com itens de custo unitário mais baixo. Segundo Salvador, eleições beneficiam cerca de 30% das empresas, e Copa e Olimpíadas não mais do que 5%. As áreas que mais têm utilizado brindes em suas estratégias de promoção são telefonia, indústria farmacêutica e indústria de suplementos agropecuários, conforme levantamento da Ampro. Salvador destaca ainda a agressividade de bancos e financeiras e da indústria petroquímica. “Nos Estados Unidos, um dos segmentos com utilização mais expressiva de brindes é o terceiro setor. No Brasil isso ainda está começando”, afirma De Vito. Essas instituições compram brindes e geram renda a partir da personalização e revenda do produto dentro de sua própria comunidade. O mercado de brindes no Brasil está estimado em R$ 2,2 bilhões, de acordo com uma pesquisa encomendada em 2002 pela Ampro. Neste ano, apesar de um começo ruim, as expectativas são boas, devido a toda uma conjugação de fatores, como eleições, Olimpíadas e, principalmente, ações promocionais, in-
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forma De Vito. E o mercado, que cresce a uma média histórica de 5% ao ano, já deu sinais de recuperação. Segundo Salvador, na Expo Bríndice, realizada em São Paulo no fim de julho, foram fechados aproximadamente R$ 5 milhões em negócios no próprio evento, que atraiu mais de 7 mil pessoas. Existem hoje em torno de 3,5 mil empresas do ramo, concentradas principalmente nos estados de São Paulo (60%), Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul (material de curso), além de alguns pólos na região Nordeste (artigos de verão, como guarda-sóis, etc.). São na maioria micro e pequenas empresas, com no máximo 40 funcionários, e não mais do que dez multinacionais, como 3M, Faber Castel e Nadir Figueiredo. Na opinião de De Vito, ainda há muito espaço para o segmento crescer, em virtude da intensificação dos eventos como estratégia de relacionamento com consumidores das empresas. Salvador ressalta apenas que novos empreendimentos devem ser bem planejados, pois em geral os pedidos são bem atraentes, mas nem sempre tão freqüentes. A grande vantagem é que os brindes são viáveis para qualquer empresa, independentemente de área e tamanho. Podem ser distribuídos por exemplo em uma entrega de pizza, deixando-se para o cliente um imã de geladeira com o telefone do estabelecimento. Auli De Vito dá um último lembrete, de brinde: “Um dos grandes pontos positivos do brinde é que ele é uma ação democrática, acessível a todos os segmentos, e muito eficiente, porque mexe com a natureza emocional do ser humano”.
Linha Direta Auli De Vito (11) 3723-5200 Luiz Roberto Salvador (11) 5078-4071 Geraldo Alvin (11) 3952-1500
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Empreendedor – Julho
(Informática
Berço de
oportunidades Há 30 anos, era criada a primeira empresa brasileira de software e hardware, responsável pela inserção do país no universo da Tecnologia da Informação
por
Fábio Mayer
Tecnologia da Informação foi disseminada por todo o país, fomentando a implantação de pólos industriais para a produção de equipamentos de informática e o aparecimento de novas companhias de hardware e software. A empresa fechou parcerias com companhias internacionais de tecnologia como a inglesa Ferranti e a norte-americana Sycor, garantindo às universidades brasileiras o acesso aos procedimentos de projeto, programação e montagem de minicomputadores, que ainda eram máquinas grandes e robustas. Em 1976, a empresa lançou, com o apoio do meio acadêmico, o primeiro minicomputador nacional, batizado de Cobra 700. A partir do desenvolvimento dos primeiros micros, já na década de 80, lançados no Brasil pela Cobra, surgiram outras oportunidades de negócio. Um exemplo é a automação bancária, uma das áreas que até hoje recebem mais investimentos. Utilizando o conhe-
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cimento adquirido pela Cobra e, principalmente, sendo lideradas por ela, as companhias de TI brasileiras iniciaram uma verdadeira corrida para criar e implantar aplicações e customizações bancárias, como sistemas de retaguarda e de auto-serviços. Esse tipo de tecnologia foi conquistando espaço no mercado, atraindo novos fabricantes de todos os portes, tanto de peças e equipamentos quanto de programas, revendedores, consultorias, assistências técnicas e empresas de serviços. Ainda nos anos 80, o Brasil se mostrava um forte concorrente na área, atendendo 80% de sua demanda interna com produtos próprios e ocupando o sexto lugar mundial como fabricante e desenvolvedor de sistemas de informática. “O surgimento de uma tecnologia bancária altamente evoluída no país foi um impacto importantíssimo da informática e a Cobra teve participação decisiva nisso. De fato, a Empreendedor – Agosto
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A informática no Brasil completou três décadas de existência em julho deste ano e o surgimento da atividade no país está relacionada diretamente à criação da Cobra Tecnologia. Na época, a empresa produziu os primeiros computadores e programas genuinamente nacionais, a pedido da alta cúpula da Marinha brasileira, que pressionou o governo de Ernesto Geisel a financiar a fundação da companhia. O objetivo era ter uma tecnologia própria para elaborar os sistemas estratégicos nacionais, evitando que estrangeiros tivessem conhecimento de como funcionava a operação. Na análise de Graciano Santos Neto, presidente da Cobra Tecnologia, as principais mudanças ocorridas no Brasil com a chegada da informática foram em relação à produtividade. “Houve um enorme ganho de eficiência na indústria e nos instrumentos de planejamento e controle do Estado.” Com a criação da Cobra, a cultura da
(Informática
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Ampliando horizontes Com a abertura do mercado de informática, no início da década de 90, a Cobra passou a focar sua atuação na área de serviços e, em 1996, o controle acionário da companhia passou ao Banco do Brasil, que deteve 99,3% das ações, diminuindo as operações da empresa. Cinco anos depois, ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso, a companhia enfrentou o momento mais crítico, que foi a desaceleração dos investimentos em TI no país, e por três tentativas escapou de ser privatizada. “É uma pena que durante quase dez anos tenha havido tão pouco investimento do governo na área de TI, o que obriga o governo atual a grandes esforços de modernização”, diz Santos Neto. Em 2003, houve um processo de revitalização da empresa, que passou a adotar a mesma logomarca do Banco do Brasil e a planejar a investida no mercado mundial. A ação deu resultado, visto que o faturamento aumentou de R$ 411 milhões em 2002 para R$ 700 milhões no ano passado. Para 2004, a perspectiva é ampliar a receita para R$ 1,4 bilhão. Recentemente, a empresa consolidou a atuação global com a criação da Cobra Europa (CEU), novamente fomentando oportunidades, dessa vez internacionais, para companhias brasileiras de TI. A meta é concluir até o fim deste ano a instalação de um pólo de tecnologia em Portugal, para que companhias brasileiras de hardware e software realizem operações não só no mercado europeu, mas também em países africanos de língua portuguesa. Com o Projeto Cluster, como foi batizado o pólo tecnológico, a Cobra espera, em seis anos, gerar em torno de 100 milhões de euros anuais em divisas. As perspectivas nessa área são otimistas não apenas para a Cobra Agosto – Empreendedor
DIVULGAÇÃO
automação bancária brasileira é uma das melhores do mundo, senão a melhor”, afirma Santos Neto.
SANTOS NETO: COMPETITIVIDADE BRASILEIRA NA ÁREA DE TECNOLOGIA DE APLICAÇÕES
Tecnologia, mas para todas as empresas desse nicho do mercado. Segundo uma pesquisa realizada pela EConsulting, empresa que fornece consultoria estratégica em TI, os investimentos em software vão alcançar US$ 3,4 bilhões em 2004, crescendo 7,8% em comparação ao ano passado. A quantia representa 17,7% do valor total gasto em TI no país. O levantamento também revela que as empresas brasileiras devem desembolsar este ano, em hardware, 6,8% a mais do que em 2003, atingindo a cifra de US$ 6,8 bilhões, o que corresponde a 35,8% do montante total em TI. Os maiores investimentos em TI no Brasil – 46,5% do total – estão sendo feitos pelo setor de serviços, que aumentou 9,8% em relação ao ano passado, e a estimativa do estudo é chegar a US$ 8,8 bilhões até o final deste ano. Outros ramos de atividade que se destacam são o da saúde, como hospitais, clínicas e centros médicos, o setor público, principalmente a área de infraestrutura, e o bancário. Este último aposta na simplificação e padronização das transações financeiras, para oferecer maior comodidade ao cliente e, também, reduzir custos operacionais. Para Santos Neto, o Brasil hoje está
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bem posicionado em relação a outros países na questão da informática. “O Brasil tem alguns importantes bolsões de eficiência como na área de tecnologia de aplicações, na qual somos altamente competitivos. Temos excelentes sistemas de gestão em área pública, por exemplo em automação bancária.” É também nessa área que a Cobra vai continuar investindo. De acordo com Santos Neto, a empresa desenvolveu uma rede de auto-serviços de alta velocidade e custo reduzido que pretende absorver todas as redes hoje operadas pelos bancos em uma única, a Cobra Switch. Além disso, a empresa aposta no software livre, lançando o Freedows, que substituiu o Windows e o pacote Office, da Microsoft. O objetivo é atingir os mercados brasileiro e de língua portuguesa e de países como Inglaterra, China e França. “O modelo de software livre amplia ainda mais os nossos horizontes. A Cobra, através do Freedows, espera ajudar a posicionar o brasil como um pólo de software de expressão mundial.”
Linha Direta www.cobra.com.br
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Empreendedor – Agosto
(Formação
Gestão a distância
por
GRUPO KEYSTONE
Recursos tecnológicos, como a internet, auxiliam empreendedores desde a abertura e manutenção de um negócio até a hora de exportar Alexsandro Vanin
O ensino a distância é uma chance para as pessoas se capacitarem e treinarem mesmo estando em cidades onde as instituições não conseguem montar uma estrutura física. Outra vantagem é que nem todas as pessoas dispõem de tempo para participar de um curso em determinado horário preestabelecido. E nos cursos pela internet o usuário poder estudar em qualquer horário e em qualquer lugar, estabelecendo o ritmo que mais se ajuste à sua rotina. “Esta é umas das principais características do treinamento a distância: o usuário define o tempo que dedicará ao curso, qual hora do dia, quais da semana, dentro do prazo estipulado para
a conclusão do curso”, diz Paulo Teixeira do Valle Pereira, gestor de Produtos à Distância do Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequena Empresa (Sebrae) em Santa Catarina. Essa flexibilidade deixa os custos menores, pois não é preciso gastar com viagens nem se ausentar do trabalho, e muitas das opções são gratuitas. Esse é exatamente o caso dos recursos oferecidos pelo Sebrae. No site da instituição, o empreendedor pode iniciar sua preparação pelo Mapa de Competências, jogo que aponta as deficiências do usuário na gestão de uma empresa. A partir desse diagnóstico, é possível saber que áreas têm priorida-
de na busca de capacitação e escolher o curso que melhor atenda a essas necessidades. O Sebrae, por exemplo, oferece gratuitamente quatro cursos on-line, abertos periodicamente, pelos quais já passaram mais de 250 mil pessoas. O mais antigo e procurado é “Iniciando um pequeno grande negócio” (IPGN), que provê os empreendedores de informações e ferramentas (plano de negócios) para iniciar uma empresa, e atualmente oferece 14 mil vagas por bimestre. Desde 2001, mais de 150 mil pessoas fizeram o IPGN pela internet. Em 2002, foi lançado o “Apreendendo a empreender”, e nos anos seguintes “Como vender mais e melhor”
LINKS IMPORTANTES
Instituto Endeavor www.endeavor.org.br
Instituto de Estudos Avançados www.iea.org.br
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Sebrae www.sebrae.org.br
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MC2 www.mc2.com.br/ brasiljunior
Vitrine virtual Iniciativas da Anprotec valorizam o movimento de incubadoras e os empreendimentos dentro delas Surge silenciosamente na internet uma nova vitrine para empresas brasileiras: o Portal Rede Incubar, desenvolvido pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec). Serão 3,6 mil empresas incubadas, com mais de 10 mil produtos em exposição, além das participantes de Arranjos Produtivos Locais (APLs), num espaço onde também serão disponibilizados cursos e material de apoio. A Anprotec ainda não iniciou a divulgação do portal, que permanece em fase experimental até o final de agosto. Até lá estão sendo inseridas informações básicas de incubadoras e empresas, a partir do Panorama, pesquisa desenvolvida pela associação. Na etapa seguinte, os próprios gerentes de incubadoras vão completar os dados sobre sua entidade e, em parceria com os empresários, informações complementares sobre os empreendimentos e seus produtos (apresentação, especificações técnicas, preço, etc.). Já as informações sobre APLs e seus participantes serão inseridas pelo Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae). Por fim, o objetivo é interagir esse público inovador com o governo e investidores. Além da parte dedicada à exposição de incubadoras, empresas e APLs, o Portal Rede Incubar conta com diversas seções destinadas à capacitação. Uma de-
Ferramenta de incubação O iDISC Toolkit é outra iniciativa de apoio ao movimento de incubadoras lançado pela Anprotec, em parceria com a International Business Incubator (IBI), da Califórnia, nos Estados Unidos. Trata-se de um dos maiores acervos de informações técnico-científicas sobre incubação de empresas do mundo, fruto do projeto internacional iDISC – infoDev Incubator Support Center, do programa Information for Development (infoDev) do Banco Mundial. O iDISC Toolkit é uma ferramenta da Web (toolkit.idisc.net) elaborada e desenvolvida por profissionais com experiência na área de incubação de empresas, empreendedorismo e inovação tecnológica. Os recursos oferecidos serão constantemente revistos e atualizados, com a participação ativa de usuários, por meio do portal iDISC (www.idisc.net). O seu uso é gratuito, pois o programa está aberto e disponível na internet. “O Toolkit é um sistema que oferece um círculo virtuoso completo no tratamento de conhecimento vinculado aos proces-
Portal do Exportador www.portaldoexportador.gov.br
sos de produção, aquisição, busca e disseminação dos temas tratados”, diz Paulo César Miranda, o diretor-executivo do iDISC. Os usuários do Toolkit têm acesso a informações coletadas de diversas fontes em todo o mundo, agrupadas em oito áreas de conhecimento: empreendedorismo e as tecnologias de informação e comunicação (TIC) como meio; modelagem e planejamento de incubadoras e as TICs como meio; processos de incubação de empresas; infra-estrutura e serviços da incubadora de empresas; gestão de incubadoras; apoio externo e networking; avaliação e resultados das incubadoras; e políticas públicas, desenvolvimento econômico e social. A expectativa é que a ferramenta facilite a disseminação de conhecimento sobre incubadoras de empresas e contribua para a criação e aprimoramento desses empreendimentos em países em desenvolvimento. “O acesso, a disseminação e a utilização de um universo de informações de alto valor agregado, tratados no portal do iDISC Toolkit, permaneciam fora do alcance, ou ‘chegavam’ com certa limitação aos profissionais ligados ao movimento de incubadoras de países em desenvolvimento”, afirma Miranda. O iDISC Toolkit trata com ênfase o papel estratégico das TICs para a sustentabilidade e competitividade das incubadoras, empresas e clientes característicos de cada país. Segundo Miranda, o investimento total no projeto é de cerca de US$ 1,1 milhão, entre recursos oriundos do Banco Mundial e do Sebrae. Para desenvolver o Toolkit foram aplicados aproximadamente R$ 60 mil.
Aprendendo a exportar www.aprendendoaexportar.gov.br
Vitrine do Exportador www.exportadoresbrasileiros.gov.br 2004
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio www.mdic.gov.br
las é a Biblioteca, que oferecerá milhares de títulos, entre artigos técnicos, teses, dissertações e pesquisas sobre incubação e empreendedorismo, além de legislação pertinente à área, ambiental, lei da informática, lei da inovação e regulamentações regionais e estaduais. Outra seção é a Capacitação, onde serão disponibilizados cursos desenvolvidos pela Anprotec, Sebrae, redes de incubação, incubadoras e parceiros, como a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
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(Formação
FABIANA: A IMPORTÂNCIA DE O EMPREENDEDOR TER À MÃO RECURSOS PARA AJUDAR NO SEU DESENVOLVIMENTO
e “Análise e planejamento financeiro”. O Sebrae promove também o Desafio Sebrae, jogo virtual de empresas disputado via internet por equipes de três a cinco universitários. Cada equipe é “dona” de uma empresa e precisa tomar todas as decisões em relação à sua administração. “É outra forma de ensino; toda simulação é uma forma de treinamento prático”, comenta Valle Pereira. Tanto que os participantes recebem uma apostila completa, com informações sobre vendas, marketing, custos, produção e outras temas necessários à gestão de uma empresa. Mas se o ensino a distância tem van-
tagens, ele também apresenta desvantagens. Na opinião de Valle Pereira, num treinamento presencial o empreendedor tem a oportunidade de conhecer outras pessoas, fazer novas amizades e trocar idéias e experiências. “Esse relacionamento é importante para quem quer empreender, e também para quem já tem uma empresa, pois dos relacionamentos podem surgir novos negócios”, pondera. Outro problema é o alto índice de desistência em relação aos cursos presenciais. Na primeira turma do IPGN, em 2001, apenas 36% dos inscritos concluíram o programa. Uma pesquisa realizada pelo Sebrae no ano seguinte apontou que 56% dos alunos que desistiram do IPGN alegaram falta de tempo. “Na verdade o que ocorre é falta de organização e prioridade por parte do aluno”, contesta Rita Guarezi, pedagoga e designer institucional do Instituto de Estudos Avançados (IEA), de Florianópolis. Segundo ela, no ensino a distância, o próprio aluno precisa definir seu tempo e ritmo de estudo de forma a cumprir os objetivos dentro do prazo preestabelecido, e muitas pessoas ainda não estão acostumadas com essa liberdade e responsabilidade. Por isso ela aconselha as instituições a fazerem uma preparação prévia do aluno. Além disso, no IPGN cada turma passou a contar com um tutor, responsável pelo esclarecimento de dúvidas e pela motivação dos participantes. O próprio sistema acusa deficiências no
aprendizado do aluno a partir do seu comportamento (tempo e freqüência de acesso ao conteúdo, participação nas atividades – chats, fóruns) e o tutor cobra a participação dele, via e-mail. Com essas medidas tomadas pelo IEA (responsável pela transposição do IPGN para o modelo a distância), na turma mais recente o índice de concluintes chegou a 75%. É importante também estar atento à qualidade do curso. Mas não existe nenhum indicador oficial de qualidade, nenhum credenciamento por parte do Ministério da Educação, como no caso das instituições que oferecem cursos de graduação a distância. “Convém procurar instituições tradicionais e chanceladas por entidades conhecidas”, aconselha Roseli de Souza Oliveira, assessora de Educação a Distância do IEA. É bom verificar as experiências anteriores da instituição e conversar com quem já tenha participado. A pedagoga Rita ressalta ainda que deve estar bem claro qual é a duração do curso, qual é o tempo de estudo necessário, quanto tempo para atendimento às dúvidas é disponibilizado, qual é o número de alunos por turma e o número de turmas por tutor, e como é feito o acompanhamento. Por fim, é interessante conferir a ementa e o conteúdo, ver se estão bem definidos os objetivos do curso e quais as competências e habilidade serão desenvolvidas. “É superimportante, para o empreendedor crescer, ter à mão diversos
LINKS IMPORTANTES
Ministério das Relações Exteriores www.mre.gov.br
BrazilTradeNet www.braziltradenet.gov.br
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Agência de Promoção de Exportações do Brasil www.apexbrasil.com.br
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Rede Inovar www.venturecapital.com.br
recursos para ajudar no seu desenvolvimentoâ€?, ressalta Fabiana Ribas Scannapieco, coordenadora de Marketing e Programas Educacionais do Instituto Empreender Endeavor. AlĂŠm dos cursos, outras importantes fontes de informação na internet sĂŁo as videotecas e bibliotecas. O Instituto Endeavor, por exemplo, mantĂŠm em seu site a maior videoteca virtual de empreendedorismo do Brasil, com mais de 135 vĂdeos. SĂŁo workshops, realizados a cada semana, e palestras da conferĂŞncia anual da instituição, transmitidos ao vivo pela Web e depois armazenados para consulta. O material arquivado jĂĄ foi visto por 34 mil pessoas, e mais de 12 mil pessoas jĂĄ assistiram aos eventos ao vivo. Na biblioteca, documentos sobre diversos temas estĂŁo disponĂveis para download, inclusive o software para desenvolvimento de plano de negĂłcios SPPLAN, desenvolvido pelo Sebrae. Existem ainda alguns sites que funcionam como verdadeiros guias para empresĂĄrios. É o caso do Portal do Exportador, mantido pelo MinistĂŠrio do Desenvolvimento, IndĂşstria e ComĂŠrcio. O MinistĂŠrio das Relaçþes Exteriores mantĂŠm o BrazilTradeNet, com oportunidades comerciais no exterior e pesquisas de mercado. Outra opção ĂŠ o site da AgĂŞncia de Promoção de Exportaçþes do Brasil (Apex Brasil), que disponibiliza manuais para dowload, formação de preços para exportação e informaçþes sobre missĂľes comerciais.
Troca de conhecimentos Ambiente virtual conhecido por MC2 integra empresĂĄrios juniores de todo o Brasil MC2 ĂŠ uma sigla que significa modelo de colaboração e conhecimento. Trata-se de um ambiente virtual, criado pela Secrel Soluçþes em Aprendizagem, utilizado pelo Movimento Empresa JĂşnior (MEJ) desde junho de 2003 como ferramenta de comunicação e integração. “Hoje o MC2 ĂŠ visto como fundamental para a Brasil JĂşnior (Confederação Brasileira de Empresas Juniores), ĂŠ uma grande rede de contatos e de troca de conhecimentos e experiĂŞnciasâ€?, declara JanaĂna Bezerra da Silva, diretora de Projetos da Dinâmica Empresa JĂşnior e articuladora nacional do MC2. Atualmente, cerca de 1,5 mil pessoas estĂŁo cadastradas no MC2, entre atuais e ex-empresĂĄrios juniores. Segundo JanaĂna, uma das grandes vantagens do MC2 ĂŠ a possibilidade de um empresĂĄrio jĂşnior do Rio Grande do Sul poder entrar em contato com outro do CearĂĄ, por exemplo, e trocar informaçþes sobre projetos, saber se aquilo jĂĄ foi feito ou se pode ser elaborado em conjunto. “Isso evi-
ta o ‘retrabalho’, ou seja, perder tempo elaborando um projeto que jĂĄ foi feitoâ€?, pondera. No MC2, os empresĂĄrios tambĂŠm podem criar e participar de fĂłruns e grupos virtuais. Hoje existem 90 fĂłruns e quase cem grupos abertos, sobre diversos temas, como funcionamento de empresas juniores, gestĂŁo de projetos, responsabilidade social, clientes, terceiro setor, gestĂŁo do conhecimento, gestĂŁo de pessoas e motivação. No MC2 existem ainda diversas seçþes, entre elas Acervo e Artigos. A primeira ĂŠ a biblioteca virtual do MEJ, com tĂtulos lidos, comentados e recomendados pelos usuĂĄrios. A outra ĂŠ o espaço para autores renomados e integrantes do ambiente exporem suas idĂŠias, que por sua vez podem ser comentadas pelos demais participantes. A seção conta hoje com aproximadamente 600 artigos, a maior parte com comentĂĄrios. Para ter acesso ao ambiente MC2, o empresĂĄrio jĂşnior deve procurar o articulador do seu estado e passar por um treinamento para conhecimento do ambiente. A partir daĂ, esse articulador passa o nome do empresĂĄrio jĂşnior com os dados necessĂĄrios Ă equipe de consultoria MC2, que fornece um login e uma senha para acesso.
Cursos a distância do Sebrae
Portal RedeIncubar www.redeincubar.org.br
Portal iDISC www.idisc.net toolkit.idisc.net_iDISK Toolkit
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O Sebrae oferece permanentemente quatro cursos gratuitos pela internet. Veja quais sĂŁo e a previsĂŁo de inĂcio das prĂłximas turmas: AnĂĄlise e Planejamento Financeiro – 9/08 Como Vender Mais e Melhor: As Melhores Ferramentas para Aumentar suas Vendas – 23/08 Aprender a Empreender – 30/08 Iniciando um Pequeno Grande NegĂłcio (IPGN) – 30/08 Inscriçþes e mais detalhes em educacao.sebrae.com.br
Pequenas Notáveis por Alexandre Gonçalves alexandre@empreendedor.com.br
OPORTUNIDADE
Como transformar a internet em um aliado do pequeno negócio da como ferramenta de comunicação, marketing e interação com os consumidores. O conselho de Paulo Veras inclui ainda uma avaliação de como o marketing deve atuar. “O marketing é muito crítico, pois ninguém hoje em dia vai gastar dezenas de milhões de reais em três meses para construir uma marca”, aponta. Independentemente do tamanho, qualquer empresa deve utilizar as facilidades da internet para fazer negócios com seus clientes e fornecedores. “Infelizmente, ainda existem algumas pessoas que pensam no estouro da bolha da internet e nem querem falar no assunto, achando que investir em um negócio virtual só dá prejuízo”, lamenta Eduardo Fagundes. “Essas pessoas estão enganadas, pois a internet amplia o relacionamento com os clientes e oferece comodidade a eles. O empreendedor deve rever seus processos internos e externos e buscar oportunidades
DIVULGAÇÃO
Presente cada vez mais no dia-a-dia das pessoas, a internet tem tido um papel importante também na democratização das oportunidades de negócios, o que torna possível um pequeno empreendedor brigar de igual para igual com uma grande empresa. “Qualquer negócio será próspero mesmo na internet desde que o empreendedor busque formas de oferecer comodidade e agilidade para satisfazer os desejos dos consumidores”, sugere o consultor Eduardo Fagundes, autor de Como Ingressar nos Negócios Virtuais. “Se o pequeno empreendedor focar seu negócio em um nicho onde consiga acesso a meios de comunicação baratos, pode obter sucesso”, acredita outro especialista, Paulo Veras, autor de Por Dentro da Bolha. Para ter sucesso num empreendimento virtual, o importante é que o negócio em si faça sentido econômico e que a internet seja bem explora-
em agilizar seus negócios com a internet”, defende. Para Paulo Veras, os negócios de sucesso na internet atualmente são aqueles que efetivamente geram caixa através da operação. “Esse sempre foi o principal parâmetro de sucesso para os negócios tradicionais, mas hoje existem vários empreendimentos pontocom que atendem a esse critério”, afirma. Como exemplo, Veras cita o caso do varejo on-line no Brasil. “O Submarino, como pura empresa pontocom, já vem gerando lucro operacional em todos os meses e com um faturamento que não pára de crescer”, avalia. “As perspectivas são muito boas”, atesta. Em termos de áreas de atuação, Eduardo Fagundes sugere uma análise em áreas ligadas ao comércio eletrônico, que inclui, além de vendas diretas para os consumidores (B2C, como o Submarino), vendas corporativas (B2B, de empresa para empresa) e vendas para governos federal, estaduais e municipais (e-Gov, em que se destacam os leilões eletrônicos). “No caso do B2C, as empresas que atuam somente pela internet vendem de tudo, de CDs a geladeiras”, conta Fagundes, citando o crescimento de 35% na venda de jóias pela internet como um exemplo das possibilidades comerciais da rede.
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Serviço
VERAS: NEGÓCIOS VIRTUAIS DE SUCESSO SÃO OS QUE GERAM CAIXA
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Como Ingressar nos Negócios Digitais, de Eduardo Fagundes, e Por Dentro da Bolha, de Paulo Veras, são lançamentos da Edições Inteligentes como parte do Projeto Parceria com Editoras, desenvolvido pelo Sebrae.
O espaço da micro e pequena empresa
TOME NOTA
INICIATIVA
Projeto apóia e valoriza mulher empreendedora de capacitação, o acordo de cooperação prevê ainda a criação do Prêmio Sebrae Mulher Empreendedora para identificar, selecionar e estimular experiências bem-sucedidas de empreendedoras de micro e pequenas empresas. Nos números mais recentes apresentados pela pesquisa do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), principal indicador do nível de empreendedorismo no mundo, o Brasil aparece com um aumento no número de empreendimentos comandados por mulheres. Na comparação, em 2000, a participação das mulheres empreendedoras era de 29%, enquanto que no ano passado o índice pulou para 46%. “Isso prova que é preciso dar mais atenção a esse público, qualificando-o melhor para atender à demanda do mercado”, aponta Silvano Gianni, presidente do Sebrae. “As mulheres deram sinais de vitalidade empreendedora e decidimos criar um esforço específico para essas pessoas”, justifica Gianni.
DIVULGAÇÃO/SEBRAE
O Sebrae, a Secretaria Especial de Política da Mulher, do Governo Federal, e a Federação das Associações de Mulheres de Negócios firmaram um acordo de cooperação que pretende estimular o empreendedorismo entre as mulheres que comandam pequenas empresas. “Mais que um convênio, é uma ação de política pública para inserir as mulheres de maneira cidadã no processo de desenvolvimento econômico do nosso país com mais justiça e igualdade”, afirma Nilcéia Freire, secretária especial de Política da Mulher. O acordo prevê a realização de cursos de capacitação em diversas áreas, como finanças e formação de liderança, e deve beneficiar um total de mil mulheres nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Santa Catarina e Ceará e no Distrito Federal. O início das atividades previsto no acordo está marcado para o final de agosto e terá duração de cerca de 18 meses. Além dos cursos
Cooperativismo – Sebrae e Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) firmaram parceria para o fomento do cooperativismo de crédito. Pelo convênio, as associações comerciais devem articular junto à sociedade e ao poder público a constituição de instâncias locais de planejamento, mobilização, implementação e gestão de políticas de desenvolvimento local e sustentável. Deverão ser criadas seções ou departamentos das micro e pequenas empresas na estrutura da CACB e das federações e associações coligadas. Crédito – O Banco do Brasil atingiu a marca de 600 mil empresas de pequeno porte atendidas pela linha de crédito BB Giro Rápido, exclusiva para esse segmento. Criada em julho de 1999, a linha já disponibilizou mais de R$ 1,7 bilhão e tem como critério principal atender empresas com faturamento bruto anual de até R$ 5 milhões para financiamentos com limite máximo de R$ 100 mil. Internet – Uma parceria entre Visa, Bradesco Cartões e Submarino pode ser responsável por um grande salto nas vendas on-line. As três empresas estão lançando uma solução que permite o pagamento de compras on-line por meio de débito em conta corrente. Com a nova ferramenta de compra, o usuário irá migrar para uma página eletrônica do banco ao confirmar a intenção de pagar a mercadoria com o cartão. O Banco do Brasil será a próxima instituição a oferecer a solução. Outros bancos seguirão o mesmo caminho até o final do ano.
ESTÍMULO: ACORDO BENEFICIA MIL MULHERES EMPREENDEDORAS EM OITO ESTADOS
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Números – Segundo dados do e-Bit, 72,2% das transações de comércio eletrônico são pagas com cartão de crédito, 7,93% em dinheiro, 3,51% em cheque e 4,88% com débito em conta corrente. O e-Bit contabiliza ainda que o número de compradores on-line no Brasil seja de 2,5 milhões, mas 14 milhões de usuários brasileiros usam a internet para operações bancárias.
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Guiado
Empreendedor
Programação neurolingüística em debate Ferramentas para marketing direto serão tema de debate de especialistas no 2º Congresso Latino-Americano de Programação Neurolingüística, que ocorrerá entre os dias 26 e 28 de agosto, no Centro de Convenções de Vitória, no Espírito Santo. “A PNL trabalha com métodos e objetivos, numa linguagem que corpo e mente entendem. O cérebro é programado pela linguagem que, partindo de uma imagem positiva, abre oportunidades, em vez de criar limitações”, explica Jairo Mancilha, MD PhD pela Northwestern University e coordenador científico do evento. Segundo Mancilha, a Programação Neurolingüística (PNL) fornece instrumentos que são aplicados principalmente no marketing para atender à necessidade dos clientes, com a finalidade de conquistar a sua fidelização. A PNL surgiu há 25 anos nos Estados Unidos, país onde é mais difundida a técnica, inicialmente usada para facilitar e melhorar a aprendizagem. Atualmente, a PNL é utilizada em todo o mundo com um foco mais abrangente, como no auxílio de terapias, liderança, gerenciamento de pessoas, crescimento pessoal e profissional, marketing e negócios. Um dos principais fatores que influenciam o consumidor na sua decisão de compra, conforme Mancilha, são os serviços agregados ao produto que ele procura. Para um
vendedor ter um desfecho positivo diante de seu cliente, até a postura e o ritmo respiratório, por exemplo, podem ser decisivos. “Ao modelar o seu ritmo respiratório, o vendedor é capaz de deixar a pessoa muito à vontade na hora da compra”, explica. Outro exemplo citado pelo coordenador do evento é a técnica aplicada para aprender a reconhecer e a lidar com os perfis dos consumidores, que podem ser de três tipos: visual, auditivo e cinestésico. O primeiro é seduzido pelo que vê na loja e não apenas no produto, o segundo está atento às referências auditivas, como música ambiente, e o último é sensível à temperatura e ao cheiro, por exemplo. (27) 3071-9806 e pnles@pnles.com.br DIVULGAÇÃO
LEIA TAMBÉM Do Lado da Lei
O que muda com a nova Lei de Falências pág. 74
Leitura
O gerente não é mais o mesmo pág. 76
Análise Econômica
Personagens de um mesmo cenário pág. 80
Indicadores
Cotações e númer os números da Bolsa de V alores Valores pág. 81
Agenda
Os principais eventos comer ciais comerciais pág. 82
Guia do Empreendedor Pr odutos & Ser viços Produtos Serviços O Fórum de Gestão Empresarial, que acontece nos dias 17 e 18 de agosto, em Curitiba, no Piso Tarcila do Estação Embratel Convention Center, mostra o que empresas estão fazendo para monitorar melhor seu negócio. Com organização da Acom Sistemas, especializada no fornecimento de sistemas gerenciais, o evento tem como principal objetivo colocar em debate o cenário de mudanças nas organizações, apresentando temas referentes à gestão empresarial, com foco nas estratégias de negócios, custos, planejamento e recursos humanos. Uma das novidades no Fórum é a possibilidade de interação entre os participantes através de feira e palestras sobre gestão. “O evento será uma verdadeira imersão em gestão de processos. Estaremos proporcionando a empresários e executivos como essa nova metodologia está mudando os conceitos tradicionais de gestão, e contribuindo para aumentar a produtividade e eficiência das pequenas e médias empresas”, destaca Carlos Roberto Drechmer, diretor-executivo da Acom Sistemas. O evento é destinando a executivos, estudantes e interessados sobre os conceitos de gestão. A inscrição é gratuita. (41) 3029-3003
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Balanças de precisão A Gehaka, que atua no mercado de instrumentos de medição, desenvolveu uma nova linha de balanças de precisão Série BK. A linha conta com 25 modelos com capacidade de pesagem que varia de 200 gramas a 8 quilos e precisão de ± 0,001g a ± 0,1g. “Isso caracteriza sua aplicação conforme cada necessidade. A linha BK possui modelos com capacidade de pesagem superior em 50% em comparação com os modelos da série anterior”, afirma Christian Kaufmann, diretor comercial da empresa. www.gehaka.com.br Agosto – Empreendedor
Feira apresenta novidades do plástico De 24 a 28 de agosto, a Messe Brasil Feiras & Promoções vai realizar na Expoville, em Joinville (SC), a Feira Nacional de Integração da Tecnologia do Plástico (Interplast). Com periodicidade bienal, o evento está consolidado como o segundo mais importante da indústria do plástico nacional. Uma das razões é que Santa Catarina foi o estado pioneiro na transformação de plásticos há 57 anos, quando houve o ingresso da primeira máquina de injeção de plásticos manual no seu território, e mantém a viceliderança como pólo nacional do setor, com cerca de 13% da produção nacional, atrás apenas de São Paulo. Na Interplast de 2002 participaram, em 196 estandes, mais de 250 empresas nacionais, do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, e internacionais, da Áustria, Alemanha, Inglaterra, Dinamarca, Itália, Espanha, Nova Zelândia, Coréia do Sul, China e Estados Unidos. De acordo com Luiz Roberto Lepeltier, diretor da Messe Brasil, foram levantados R$ 100 milhões em negócios concretizados num período de até 12 meses pós-feira, R$ 10 milhões a mais do que a expectativa inicial. Um público de 25 mil pessoas, dos quais 70% forma-
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do por profissionais, visitaram a feira, provenientes de todo o Brasil e de países como Alemanha, Argentina, Cabo Verde, Chile, Coréia do Sul, Equador, Espanha, Estados Unidos, Japão, Itália, Paraguai, Portugal, Taiwan e Uruguai. Junto à Feira será realizado o Congresso Internacional de Novas Tecnologias na Área de Plásticos (Cintec 2004 Plásticos) de 25 a 27 de agosto, no auditório da Expoville, promovido e organizado pela Sociedade Educacional de Santa Catarina (Sociesc). A palestra de abertura do Cintec reunirá empresários e dirigentes de sindicatos e entidades como a Associação Brasileira da Indústria de Plásticos (Abiplast) e a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). “As principais lideranças do setor estarão reunidas para obtermos um panorama global da indústria de plástico no país e no mundo e integrar toda a cadeia do setor”, afirma Nivaldo Nass, presidente do Sindicato da Indústria de Material Plástico no Estado de Santa Catarina (Simpesc). www.messebrasil.com.br DIVULGAÇÃO
Gestão em debate
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Guia do Empreendedor Do Lado da Lei
O que muda com a nova Lei de Falências
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DIVULGAÇÃO
Empresas em dificuldades ganham novas possibilidades de recuperar o fôlego para não fechar as portas A aprovação do projeto da Lei de Falências no Senado trouxe novas possibilidades às empresas em dificuldades financeiras. Tramitando desde 1993, o projeto de lei partiu de uma moderna concepção que visa a preservar a empresa através de alternativas que viabilizem a sua recuperação. Isso porque a empresa cada vez mais assume importante papel na sociedade, já que não significa apenas fonte de lucro para o empreendedor, mas também de emprego, qualidade de vida e responsabilidade social. Objetiva-se, com isso, o equilíbrio social, partindo-se do entendimento de que a possibilidade de recuperação da empresa trará reflexos na manutenção do emprego, do poder aquisitivo, ou seja, da saúde da economia. A principal modificação do projeto, que representa inovação positiva, é a possibilidade de recuperação tanto judicial quanto extrajudicial da empresa, viável se mantido o texto aprovado pelo Senado. O projeto enuncia que a recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômicofinanceira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estíAgosto – Empreendedor
mulo à atividade econômica. O procedimento de recuperação judicial, que substitui a atual concordata, prevê a apresentação, em juízo, de um plano de recuperação, com o mapa da situação da empresa e sua proposta para repactuação das dívidas. Tal proposta será submetida à análise de uma Assembléia Geral de Credores, que terá a opção de aprová-la, rejeitá-la ou, ainda, de apresentar uma proposta alternativa. Anote-se, por oportuno, que, na hipótese de rejeição de todas as alternativas de recuperação, caberá ao juiz decretar de imediato a falência da empresa. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça regularmente suas atividades há mais de dois anos e que atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente: I – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as responsabilidades daí decorrentes; II – não ter, há menos de cinco anos, obtido concessão de recuperação judicial; III – não ter, há menos de oito anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no plano especial de que trata a Lei; IV – não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes pre-
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vistos nesta Lei. O devedor permanecerá em recuperação após a sua concessão pelo juiz até que se cumpram todas as obrigações previstas no plano que vencerem até dois anos depois da concessão. Por seu turno, o processo de recuperação extrajudicial terá lugar depois que o empresário insolvente apresentar a seus credores um projeto de recuperação, que deverá ser aprovado pela maioria dos credores em Assembléia Geral e submetido à apreciação do Poder Judiciário para homologação. Pelo texto aprovado, desde que três quintos dos devedores sejam favoráveis ao plano de recuperação, os demais credores têm de aderir ao projeto, o que traduz a obrigatoriedade de os credores minoritários aderirem à recuperação extrajudicial. Caso a empresa atinja a situação de “recuperação judicial”, é conveniente que o empresário esteja cercado de boa assessoria jurídica e administrativa, capaz de apresentar um plano viável, com grandes possibilidades de aprovação, que conduza a empresa à superação das dificuldades, evitando-se o processo falimentar.
Mar cos Sant’Anna Bitelli Marcos Advogado (11) 3871-0269
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Guia do Empreendedor Leitura FICHA TÉCNICA
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O gerente não é mais o mesmo Para atuar no cargo de gerente, cada vez mais as empresas estão procurando profissionais que tenham conhecimentos abrangentes. Tecnologia da informação, gestão de pessoas e até negociação global são requisitos essenciais. A partir dessa constatação, Robert Heller, consultor britânico especializado em Administração, organizou o livro Guia do Gerente Completo (The Manager ’s Handbook), que serve como um manual para o profissional que deseja se adequar ao novo perfil da gerência. Ele reuniu na obra textos selecionados de diversos colaboradores como Angela Pinnington, Sue Clemenson e Terence Brake, que apresentam as informações e atitudes necessárias para a formação do gerente. Segundo Heller, não basta apenas saber sobre gestão; é preciso agir. Ele mostra na obra que, com a economia globalizada, o profissional da gestão moderna precisa ser capaz de administrar negócios de maneira ampla, estar preparado para fusões e saber administrar em ambientes que aglutinam diversas culturas. Dentro dessa concepção de profissional Agosto – Empreendedor
completo, são abordados temas como motivação, liderança, gestão de pessoas, espírito de equipe, mudança e inovação. O livro é dividido em tópicos que trazem desde a capacidade de gerenciar a própria carreira, estimulando a visão empreendedora, até as demandas das organizações do futuro, destacando as gestões financeira e de operações, o planejamento estratégico, o papel do marketing e das vendas, os benefícios da comunicação e o impacto da internet. Além disso, o consultor propõe com a obra não apenas reunir e passar o conhecimento, mas também agilizar processos, para garantir eficiência, objetividade e uma visão mais ampla da Administração. Robert Heller é editor-fundador da revista Management Today e esteve à frente de lançamentos de revistas de sucesso como Campaign e Accountancy. Também é autor de The Naked Manager (1971), conquistando grande destaque como escritor de negócios na Grã-Bretanha, e co-autor, com Edward de Bono, de Letter to Thinking Managers.
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Guia do Gerente Completo, Robert Heller (Organizador), Editora Futura, 256 págs, R$ 59,00
TRECHOS “Todo gerente, de qualquer especialização, precisa estar familiarizado com os princípios e os documentos de gestão financeira. Tal conhecimento é necessário para que haja dinheiro para as necessidades operacionais e para geração de lucro – ou, pelo menos, para ir tocando em frente.” “A gestão bem-sucedida de todos os recursos depende de planejamento eficaz. Você tem de entender o fundamental: primeiro, a estratégia; depois, os planos de ação.” “Para uma gestão operacional saudável, voltada para fora, é essencial focalizar todas as necessidades dos clientes.” “A internet permite às empresas a comunicação instantânea via voz, som, vídeo, imagens e texto com qualquer pessoa que também esteja conectada. Adotar essa tecnologia, com sua velocidade e seu potencial, gera uma poderosa vantagem.” “Ser “global” é muito mais uma forma como se faz negócio do que o lugar onde ele ocorre. Uma empresa global coordena suas ações internas para equilibrar os benefícios da responsividade aos mercados locais com os benefícios da economia global.”
Novos Títulos Como Cuidar Bem do seu Dinheiro, Carlos von Sohsten, Editora Qualitymark (www.qualitymark.com.br), 256 págs., R$ 45,00
Marketing de Resultados, Abaetê de Azevedo e Ricardo Pomeranz, Editora M. Books (www.mbooks.com.br), 270 págs., R$ 65,00
Em Como Cuidar Bem do Seu Dinheiro, Carlos von Sohsten ensina como viver sem dívidas, construir riqueza e planejar o orçamento. Na obra, ele propõe que a maioria das dúvidas sobre o universo das finanças possa ser solucionada com uma simples atitude: a “alfabetização financeira”. Segundo o autor, o dinheiro não é o objetivo final, mas o meio pelo qual a pessoa pode suprir as necessidades. Por isso, o que vai fazer uma pessoa ficar realmente rica não é o quanto ela gasta, mas o quanto conserva e investe. A obra é organizada em três partes: planejamento, controle e investimentos.
O livro Marketing de Resultados, de Abaetê de Azevedo e Ricardo Pomeranz, mostra as técnicas e os segredos das novas soluções encontradas por especialistas na área de marketing para alcançar resultados positivos nas acirradas batalhas das marcas e se adequar à constante mudança dos mercados. A obra reúne processos, metodologias, ferramentas e estudos de casos baseados em uma das mais representativas redes globais de marketing de relacionamento, a Rapp Collins. Isso possibilita ao leitor combinar os aspectos teóricos com a sua implementação no dia-a-dia das empresas.
Paz, Saúde e Crédito – O Livro Que Vai Mudar a Sua Vida, Cláudio Boriola, Editora Mundial e Boriola Consultoria (www.boriola.com.br), 116 págs., R$ 27,50
Intra-Empreendedorismo na Prática, Gifford Pinchot e Ron Pellman, Editora Campus (www.campus.com.br), 208 págs., R$ 39,90
Intra-Empreendedorismo na Prática é um guia para a inovação nos negócios, apresentando exemplos reais de sucesso e fornecendo dicas, ferramentas e etapas concretas, úteis e aplicáveis. Os autores Gifford Pinchot e Ron Pellman descrevem no livro dezesseis “Regras de Intra-Empreendedorismo em Ação” testadas e mostram como aplicar essas regras a todo tipo de inovação, como em novos produtos e serviços, formas de obter mais com menos, avanços ambientais extraordinários, melhor relacionamento com clientes, melhoria da qualidade e abordagens mais inteligentes da globalização.
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Com o objetivo principal de auxiliar as pessoas endividadas a encontrar soluções para os seus problemas financeiros, o livro Paz, Saúde e Crédito - O Livro Que Vai Mudar a Sua Vida ensina como negociar dívidas. Escrita pelo consultor financeiro Cláudio Boriola, a obra mostra aos devedores como agir para solucionar uma pendência com o credor obedecendo à legislação e ensina ao endividado quais são os seus mecanismos de defesa para negociar suas dívidas. O livro também informa passo a passo o que fazer para reorganizar as finanças pessoais e empresariais, através do controle de gastos e do planejamento financeiro.
Informe Serasa
Aprendizado de Empreendedor é E Empresários que souberam detectar a necessidade de implementar mudanças e investiram em métodos e processos destinados a elevar a eficiência operacional aproveitaram a oportunidade e colhem bons resultados
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studo da Serasa mostra que nos 10 anos do Plano Real, criado em julho de 1994, houve um fortalecimento financeiro das grandes empresas dos setores da indústria, comércio e serviços, com o aumento da geração de caixa e o crescimento de vendas acima da inflação. O estudo foi realizado com base nos demonstrativos contábeis de 3 mil das maiores empresas do país, tanto as de capital aberto como as de capital fechado, dos setores da indústria, do comércio e de serviços. De acordo com o levantamento, o faturamento líquido das empresas da indústria, comércio e serviços registrou crescimento real de 46,6%, entre 1994 e 2003. Segundo a Serasa, a expansão das vendas foi impulsionada pelos setores da indústria e do comércio, os quais apresentaram evolução de 68,4% e 60,2%, respectivamente. O segmento de serviços registrou 15,6% de variação no período. Para Márcio Ferreira Torres, gerente de Análise de Crédito da Serasa, a eficiência na estrutura de custos, a melhora dos processos de qualidade, a padronização das operações entre fornecedores e clientes, a automação permitindo controle mais eficaz de estoques e a agilidade nos processos de logística resultaram em melhor gestão financeira das empresas, levando-as a um fortalecimento financeiro nunca antes alcançado. Foi otimizada a relação das dívidas, mesmo elevadas, com a capacidade de pagamento, no qual o índice de cobertura de dívidas pela geração de caixa (Ebitda) foi reduzido de 7,5 anos, em 2002, para 5,4 anos em 2003. Isto é, hoje uma grande empresa brasileira leva em média 5,4 anos para pagar suas dívidas, contra 7,5 anos em 2002.
Três ciclos O estudo apontou três importantes ciclos de 1994 a 2004. O primeiro ciclo começa em 1994 e vai até 1996. O início do Plano Real, segundo Márcio Torres, teve dois fatores importantes. Um deles foi o processo de estabilização da moeda, que inseriu maior número de pessoas no mercado consumidor, alavancando o faturamento das empresas. O outro foi o processo de globalização, que fez com que as empresas brasileiras se deparassem com o mercado competitivo. As empresas que souberam detectar as necessidades de implementar mudanças ou que resolveram investir em métodos e processos destinados a elevar a eficiência operacional aproveitaram a oportunidade. Para aquelas que já enfrentavam dificuldades em razão de inadequações operacionais ou administrativas, o acirramento da concorrência, principalmente com o processo de globalização, expôs as limitações em mudar rapidamente o foco de atuação e adequar-se ao novo cenário de competição, provocando desequilíbrios financeiros e posterior insolvência. As vendas da indústria e do comércio foram favorecidas no início do Plano Real, situação contrária à verificada no setor de serviços, penalizado principalmente pela manutenção das tarifas públicas entre 1994 e 1995. Em 1996, as tarifas públicas voltaram a ser reajustadas, refletindo positivamente no faturamento dessas empresas. De 1994 a 1996, as vendas dos três setores analisados cresceram 12% no período. A geração de caixa das empresas (Ebitda) nesse período apresentou queda, causada pela redução da inflação e pelo aumento da concorrência que diminuiu as margens. Observando o lucro, nota-se um grande crescimento em 1994, em função
competitividade quem inova
do aumento nos preços, forte queda em 1995, em função da elevada inadimplência, e retorno do lucro em 1996, devido à redução das despesas financeiras. O segundo ciclo (1997–1999) foi caracterizado pelas crises financeiras dos países do sudeste asiático, pela moratória da Rússia, pela elevação das taxas de juros, pelo agravamento das contas externas, obrigando o país a fazer o acordo preventivo com o FMI, e pela mudança do regime cambial, com adoção do câmbio flutuante. Apesar desse cenário, as vendas das empresas cresceram 12,3% no período, com destaque para a indústria, que foi beneficiada pela mudança cambial, com reflexo positivo nas exportações e na substituição das importações. O setor de serviços foi favorecido pelo reajuste das tarifas. Mas o setor de comércio foi prejudicado pela elevação das taxas de juros e redução dos prazos de financiamento. Houve manutenção da geração de caixa (Ebitda) e o lucro apresentou queda, motivado pelo aumento dos juros e das dívidas atreladas ao dólar, resultando em prejuízo no ano de 1999. Verifica-se nesse período mudança do patamar de endividamento, causada pela elevação dos juros e pela
necessidade de investimentos, principalmente nas empresas recém-privatizadas. Em 2000, impulsionada pela recuperação iniciada no segundo semestre do ano anterior, a conjuntura econômica nacional mostrou-se positiva, caracterizada pelo bom desempenho das exportações, continuidade das expectativas positivas dos consumidores, melhora do nível de emprego, redução das taxas de juros, queda da inadimplência e maior volume de crédito concedido, fatores que garantiram o aumento das vendas nos três setores. O impacto no desempenho das empresas foi direto, refletindo em crescimento do faturamento (8,5% no ano), geração de caixa (Ebitda) e retorno dos lucros em patamares elevados, interrompendo a taxa de crescimento do endividamento. O terceiro ciclo (2001–2003) foi caracterizado pela menor taxa de crescimento das vendas, quando comparada aos outros ciclos, tendo evoluído 7,4% no período, em razão dos seguintes fatores: racionamento de energia elétrica, crise financeira da Argentina, elevação da taxa de câmbio, desaceleração da economia mundial, menor nível de atividade econômica, perda de poder aquisitivo da população, alto índice de desemprego,
restrições creditícias, incertezas geradas pela eleição presidencial e altas taxas de juros. A conjunção dos fatores mencionados refletiu-se no desempenho das vendas dos setores do comércio e de serviços. Por outro lado, as vendas da indústria foram beneficiadas pela substituição das importações e pela ampliação da exportação de produtos a novos mercados. O pior desempenho dos resultados foi registado em 2002, quando houve menor geração de caixa (Ebitda) e elevação das dívidas de curto e longo prazo, causando prejuízo às empresas. Em 2003 o quadro é revertido pelo bom desempenho da indústria, que apresentou redução das dívidas, motivada pela redução da taxa de câmbio. Com a elevação dos preços das commodities no mercado internacional, houve crescimento da geração de caixa (Ebitda) e o lucro obtido foi o maior dos 10 anos do Plano Real. O técnico da Serasa aponta que o grande aprendizado dos 10 anos do Plano Real foi a melhora da gestão das empresas diante do acirramento da concorrência, decorrente da globalização, a qual permitiu a diminuição das barreiras, alterando o ambiente em que as empresas estavam.
Guia do Empreendedor Análise Econômica
Personagens de um mesmo cenário A utilização da capacidade, o crescimento industrial e o Estado têm tido papéis importantes no bom momento da economia
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DIVULGAÇÃO
A economia brasileira tem apresentado, nos últimos meses, um sólido crescimento, iniciando com indicadores frágeis no segundo semestre de 2003 e chegando a números elevados a partir do segundo trimestre de 2004. Novamente, como aconteceu em outras ocasiões em que a economia do país cresceu, surgem as preocupações sobre as condições de a economia do país manter a sua taxa de crescimento por períodos prolongados. Essa discussão é justificada por causa da rápida alternância entre expansões e recessões ocorridas a partir da década de 1980. Os dados sobre a utilização da capacidade instalada da indústria brasileira refletem o bom momento da economia, em que o crescimento da produção é acompanhado por maiores níveis de utilização da capacidade produtiva, o que, em outras palavras, significa a redução da ociosidade do parque industrial. A utilização média da capacidade da indústria de transformação em julho, pelo levantamento da Fundação Getulio Vargas, foi de 84,2%. Dos diferentes setores, a utilização mais baixa é nos bens de consumo, com 80,8%, seguido de material de construção, com 80,8%, e bens de capital, com 81,9%. A utilização mais elevada é a do setor de bens de consumo intermediário, com 86,9%. Entre os gêneros da indústria, os de maior utilização são papel e papelão, borracha e Agosto – Empreendedor
metalurgia, todos eles bens intermediários e fundamentais para a produção nos demais setores da economia. Como a produção de qualquer produto exige a combinação de diversos insumos em diferentes proporções e as possibilidades de substituição entre esses insumos são limitadas por questões técnicas, o limite para a expansão da produção de bens finais será a disponibilidade de cada um dos insumos, da mão-de-obra e da capacidade produtiva no próprio setor produtor de bens de consumo final. Portanto, pelos dados do nível de utilização da capacidade produtiva dos setores e gêneros da indústria, percebe-se que o limite para o crescimento estará nos setores de bens intermediários muito antes do setor de bens finais. Esta é uma característica da economia brasileira desde a década de 1970, em que o esgotamento da capacidade instalada no setor produtor de bens de consumo intermediário é mais rápido do que no de produtos destinados ao consumo final. Durante um longo período o Estado esteve diretamente envolvido na produção de bens intermediários, através de suas empresas na área de siderurgia e petroquímica, por exemplo. Hoje esse segmento é privado, mas, pelo que se percebe, isso não foi suficiente para eliminar o gargalo representado pelo setor, o que vol-
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ta a exigir a adoção de políticas econômicas específicas para criar maior capacidade produtiva. Em outras palavras, o fato de a produção de bens intermediários estar nas mãos do setor privado não eliminou a necessidade de intervenção do Estado, através de políticas fiscal e creditícia. Esta mesma discussão poderia ser estendida ao setor de infra-estrutura, outro histórico gargalo da economia brasileira em que a participação do Estado é ainda mais forte. Nesse caso, as complicações são ainda maiores, porque não há clareza sobre as regras para que o setor privado invista e, por outro lado, estão as limitações orçamentárias do Estado. Isso significa que, mesmo que o setor privado esteja disposto a investir, precisará estar de acordo com as regras definidas pelo Estado. Entretanto, se o setor de bens intermediários, totalmente privado, em regra, não investe sem utilizar recursos estatais, isso é ainda mais forte para a infra-estrutura. Em síntese, o crescimento por longo período da economia brasileira, que exige investimentos no setor industrial e de infra-estrutura, depende, ainda, do Estado, como foi historicamente a industrialização brasileira.
Roberto Meurer
Professor de Economia da UFSC e consultor da Leme Investimentos
Indicadores
Carteira teórica Ibovespa NOME/TIPO AÇÃO
VARIAÇÃO % ANO (ATÉ JULHO)
100,00 13,06 7,79 4,24 4,07 3,94 3,93 3,56 3,42 3,42 2,92 2,91 2,66 2,63 2,13 2,12 2,08 1,96 1,68 1,64 1,61 1,56 1,52 1,49 1,46 1,30 1,29 1,21 1,21 1,20 1,14 1,02 1,02 0,96 0,90 0,89 0,85 0,85 0,79 0,75 0,71 0,70 0,68 0,61 0,52 0,52 0,51 0,49 0,45 0,40 0,30 0,29 0,29 0,20 0,16
5,62 1,92 1,02 -0,19 34,01 -7,25 35,15 10,99 20,52 -16,27 -2,03 16,13 1,94 18,33 0,00 -1,18 -3,88 9,45 -3,70 2,20 -3,54 0,00 41,47 17,58 24,48 12,65 11,28 2,78 11,56 -4,17 4,49 2,38 8,32 -6,17 -2,01 5,58 -3,07 10,85 12,96 10,79 -2,71 14,46 4,74 6,34 12,65 7,14 12,39 33,84 7,29 16,05 7,32 7,83 -4,05 -10,96 24,04
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Inflação
(%)
Índice IGP -M IGP-M IGP -DI IGP-DI IPCA (julho) IPC - Fipe
Julho 1,31 1,14 0,71 0,59
Juros/Aplicação Julho 1,28 1,29 0,70 1,15 -1,30
CDI Selic Poupança CDB pré 30 Ouro BM&F
Ano 8,18 8,12 3,48 3,38
(%)
Ano 8,94 8,99 4,56 8,05 -1,55
Indicadores imobiliários (%) CUB SP TR
Julho 0,60 0,20
Ano 5,51 0,97
Juros/Crédito
Desconto Factoring Hot Money Giro Pré
Agosto 04/ago 2,35 4,50 3,50 2,95
(em % mês) Agosto 05/ago 2,50 4,49 3,50 3,10
(*= taxa ano)
Câmbio (em 06/08/2004) Cotação Dólar Comercial Ptax R$ 3,0637 US$ 1,2081 Euro Iene US$ 111,90
Mercados futuros (em 06/08/2004) Setembro Outubro Novembro Dólar R$ 3,098 R$ 3,131 R$ 3,170 Juros DI 15,90% 16,11% 16,29% (em 13/07/2004) Agosto Ibovespa Futuro 21.324
Outubro 21.734
Dezembro 22.334
Empreendedor – Agosto
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Ibovespa Telemar-Tele NL Par PN Petrobras PN Bradesco PN Usiminas PNA Embratel Part PN Eletrobras PNB Vale Rio Doce PNA Cemig PN Telesp Cel Part PN Bco Itau Hold Finan PN Sid Nacional ON Ambev PN Gerdau PN Petrobras ON Embraer PN Brasil Telecom PN Copel PNB Tele Centroeste Cel PN Telemar Norte Leste PNA Brasil T Par PN Net PN Eletrobras ON Sid Tubarao PN Acesita PN Vale Rio Doce ON Votorantim C P PN Embratel Part ON Telemar-Tele NL Par ON Itausa PN Sabesp ON Brasil ON Braskem PNA Telemig Celul Part PN Tele Celular Sul PN Aracruz PNB Tele Nordeste Celul PN Eletropaulo Metropo PN CRT Celular PNA Telesp Operac PN Embraer ON Celesc PNB Souza Cruz ON Klabin PN Cesp PN Comgas PNA Transmissao Paulist PN Brasil T Par ON Bradespar PN Tele Leste Celular PN Ipiranga Pet PN Light ON Tele Celular Sul ON Tractebel ON Cemig ON
PARTICIPAÇÃO IBOVESPA
Guia do Empreendedor Agenda DE 02/09 A 05/09/2004
DE 28/08 A 31/08/2004
2ª SPORTS FAIR SOUTH AMERICA ITM EXPO São Paulo – SP Fone: (11) 3896-0200 DE 28/08 A 05/09/2004
FIAFLORA
Feira Internacional do Paisagismo, Jardinagem e Floricultura Centro de Exposições Imigrantes e Jardim Botânico São Paulo – SP Fone: (11) 3845-0828
EXPOINTER 2004 Parque de Exposições Assis Brasil Esteio – RS Fone: (51) 3288-6223 DE 31/08 A 02/09/2004
DE 10/09 A 19/09/2004
DECORE
6ª Mostra da Arquitetura de Interiores Centro de Exposições de Curitiba – Parque Barigüi Curitiba – PR Fone/fax: (41) 335-3377
TECNOBEBIDA LATIN AMERICA Feira Internacional de Soluções e Tecnologia para a Indústria de Bebidas Transamerica Expo Center São Paulo – SP Fone: (11) 3873-0081
DE 10/09 A 19/09/2004
IMOBILIÁRIA PR
13ª Feira de Imóveis do Paraná Centro de Exposições de Curitiba – Parque Barigüi Curitiba – PR Fone (41) 335-3377
DE 31/08 A 02/09/2004
FOOD SAFETY & HYGIENE Feira Internacional de Segurança e Higiene Alimentar para a Indústria Alimentícia Transamerica Expo Center Fone: (11) 3873-0081 DE 31/08 A 02/09/2004
FI – FOOD INGREDIENTS SOUTH AMERICA Feira Internacional de Soluções e Tecnologia para a Indústria Alimentícia Transamerica Expo Center São Paulo – SP Fone: (11) 3873-0081
DE 11/09 A 14/09/2004
COSMOPROF COSMÉTICA
Feira Internacional da Beleza Anhembi São Paulo – SP Fone: (11) 4197-9111 DE 12/09 A 14/09/2004
48ª Feira Internacional de Calçados e Artefatos de Couro Pavilhões de Exposições da FENAC Novo Hamburgo – RS Fone: (11) 3897-6100 SETEMBRO 2004
2004
MULTIMINAS BRASIL VI Feira Nacional de Turismo Expominas – Centro de Feiras e Exposições Belo Horizonte – MG Fone: (31) 3261-3870 Agosto – Empreendedor
AGROFEIRA 2004 DE UBÁ
Pavilhão de Exposições do Horto Florestal Ubá – MG Fone: (32) 3541-1377 DE 16/09 A 19/09/2004
EXPO CACHAÇA 2004
Expo Cachaça 2004 – A Bebida Mundial do Brasil ITM EXPO – Pavilhão 2 São Paulo – SP Fone: (11) 3999-3866 DE 16/09 A 26/09/2004
PAVILHÃO DO BRASIL NA EXPOCRUZ
XXIX Feira Internacional de Santa Cruz de la Sierra Santa Cruz de La Sierra – Bolívia Fone: (21) 2537-4338 DE 17/09 A 21/09/2004
EXPO CONSTRUÇÃO BAHIA 2004
4ª Feira de Tecnologias, Máquinas e Equipamentos da Indústria da Construção Civil Centro de Convenções da Bahia Salvador – BA Fone: (21) 2537-4338 DE 21/09 A 23/09/2004
INTERSEG 2004
Feira Internacional de Tecnologia, Serviços e Produtos para Segurança Pública & 4ª Conferência Executiva de Segurança Pública para a América do Sul Centro de Exposições Fiergs Porto Alegre – RS Fone: (21) 2537-4338
HELITECH 2004 – LATIN AMERICA
Conferência e Exposição Internacional sobre Tecnologia e Operações de Helicópteros Base Aérea do Campo de Marte São Paulo – SP Fone: (21) 3974-2000 DE 21/09 A 24/09/2004
DE 15/09 A 18/09/2004
SETEMBRO 2004
FENAC VERÃO ESTILO COUROMODA 2004
DE 16/09 A 19/09/2004
TUBOTECH
Feira Internacional de Tubos, Conexões, Válvulas e Componentes Centro de Exposições Imigrantes São Paulo – SP Fone: (11) 5585-4355
FIIEE MINAS GERAIS
Feira Internacional da Indústria Elétrica e Eletrônica de Minas Gerais Expominas – Centro de Feiras e Exposições de Minas Belo Horizonte – MG Fone: (11) 4197-9111
DE 15/09 A 18/09/2004
DE 21/09 A 25/09/2004
FEHAB
FESQUA
Feira Internacional de Esquadrias, Ferragens e Componentes Centro de Exposições Imigrantes São Paulo – SP Fone: (11) 5585-4355
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Feira Internacional da Indústria da Construção Expo Center Norte São Paulo – SP Fone: (11) 4688-6000
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Empreendedor – Agosto
2004
Agosto – Empreendedor
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