Franquias: escolas de clubes e esportistas famosos Inovação: a ordem é ouvir os desejos do consumidor ANO 17 N o 199 MAIO 2011 R$ 9,90
IS SN 1414-0 152
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Gestão de excelência Essa é a chave para entrar no hall das empresas competitivas e resistentes às crises, não importa o tamanho de seu negócio
Especial: Somente os trens podem colocar o transporte de pessoas e cargas do Brasil nos trilhos
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NES TA ED I Ç Ã O
22 Chave do sucesso
Uma gestão de excelência. Essa é a chave para entrar no hall das empresas competitivas e resistentes às crises, não importa o tamanho de seu negócio. Um processo que exige planejamento, liderança, controle de gastos, motivação de funcionários, inovação e uma estreita relação com os clientes. Como gerir todas essas práticas no dia a dia não é fácil, a Empreendedor foi atrás de especialistas e apresenta um sistema que permite sistematizar, controlar e verificar todos esses procedimentos. Um modelo que vem trazendo um retorno excelente para quem já o adotou.
18 | Entrevista Rodrigo Geammal
O diretor-executivo da Elos Cross Marketing fala como experiências esportivas e de entretenimento podem estreitar relações e elevar a satisfação de colaboradores e clientes, resultando na melhoria das vendas.
30 | Panorama Trilhos para que te quero
Fugir dos engarrafamentos nas cidades e do trânsito intenso e oneroso das rodovias. Para um país continental como o Brasil, trens são a melhor solução. Dando continuidade à série sobre os diferentes meios de deslocamento e o impacto que sistemas de transportes mais racionais teriam neste mercado, abordamos nesta edição os trens. Confira em que situação se encontra este modal hoje e o que está sendo feito para que ele tenha uma participação mais expressiva dentro da matriz de transportes brasileira, ainda tão distante da racionalidade.
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L E I A TAM B É M
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EMPREENDEDORES NÃO DURMA NO PONTO PRODUTOS E SERVIÇOS leitura ANÁLISE ECONÔMICA AGENDA
44 | Franquia Olé!
Não é de hoje que o brasileiro é louco por futebol, e apaixonado por muitos outros esportes, entre eles o vôlei. E com o estímulo da realização de grandes eventos desportivos no Brasil, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, os negócios relacionados à área só tendem a crescer.
40 | Inovação Desejos do consumidor
O processo de inovação não é uma exclusividade dos departamentos de engenharia ou de novos produtos. Profissionais de marketing, venda e pós-venda, por sua proximidade com clientes, podem colaborar muito para o desenvolvimento de artigos mais afinados com os interesses do mercado.
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ed it ori a l
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índice de mortalidade de empresas no Brasil ainda é alto, apesar de grandes avanços terem sido feitos na última década – 58% em 2010, ante 71% em 2000, entre empreendimentos de pequeno porte com menos de cinco anos, conforme o Sebrae de São Paulo. Mais do que uma questão de mercado ou macroeconomia, o motivo para este verdadeiro desastre pode estar em deficiências de gestão. Não importa se o seu produto ou serviço atende a todos os desejos e necessidades do cliente; se a administração do negócio apresentar falhas, isto vai corroer todo o trabalho restante e os resultados financeiros. Está comprovado que uma gestão de excelência, das práticas do dia a dia ao planejamento da empresa, traz competitividade e fôlego para enfrentar crises. Isso envolve planejamento, liderança, controle de gastos, motivação de funcionários, inovação e uma estreita relação com os clientes. A boa notícia é que é perfeitamente possível, não importa o tamanho, sistematizar, controlar e verificar todos esses procedimentos através da incorporação de um modelo de gestão. A repórter Beatrice Gonçalves foi atrás de especialistas e apresenta na matéria de capa desta edição o sistema de gestão de excelência difundido pela Fundação Nacional de Qualidade, além de exemplos de quem já o adotou – os resultados são mais do que animadores. Na continuidade da série sobre os meios de transporte, a jornalista Cléia Schmitz expõe o cenário atual do modal ferroviário no País e o impacto na competitividade de empresas e na qualidade de vidas dos cidadãos se os trens fossem mais – e melhor – utilizados no transporte de cargas e passageiros. A necessidade de investir em ferrovias é antiga, mas com as perspectivas de forte crescimento da economia e o aumento da população nos centros urbanos ela se torna urgente e imprescindível. Ainda sobre a série, mas em relação à reportagem publicada na edição anterior, que abordava motos e bicicletas. Analisando os comentários, percebi como a utilização das bicicletas ainda é polêmica, e que isto ocorre por falta de entendimento das características de utilização deste meio de transporte e da necessidade de um sistema integrado de modais – para não falar também em vias agradáveis. Ninguém quer que uma pessoa pedale grandes extensões para chegar ao seu destino. Se o percurso é longo, a ideia é que ela percorra um pequeno trecho até a estação de transporte coletivo mais próxima, onde deixaria sua bicicleta e seguiria de ônibus, trem ou metrô. É claro, isso exige sistemas que integrem modais de forma eficiente e que propiciem conforto e segurança aos usuários. Tema que será discutido na última reportagem da série, que também abordará a logística integrada de cargas. Antes disso, em junho, falaremos sobre a evolução do empreendedorismo no País e do empreendedor brasileiro nos últimos 17 anos, em comemoração às 200 edições da Revista Empreendedor. Muita coisa mudou. Mas queremos saber de você o que melhorou em relação aos negócios no Brasil, o que piorou, o que continua na mesma – e precisa mudar. Envie sua opinião para vanin@empreendedor.com.br, colocando “opinião 200” no campo “assunto” do e-mail. E se a sua empresa também nasceu em 1994, assim como a Revista Empreendedor, envie sua história para nós, através do e-mail vanin@empreendedor.com.br, colocando “empresa 200”. Os melhores casos serão publicados na edição comemorativa de junho. Alexsandro Vanin
Na edição de junho falaremos sobre a evolução do empreendedorismo no País e do empreendedor brasileiro nos últimos 17 anos, em comemoração às 200 edições da Revista
A Revista Empreendedor é uma publicação da Editora Empreendedor Diretor-Editor: Acari Amorim [acari@empreendedor.com.br] Diretor de Comercialização e Marketing: Geraldo Nilson de Azevedo [geraldo@empreendedor.com.br] Redação Editor-Executivo: Alexsandro Vanin [vanin@empreendedor.com.br] – Repórteres: Beatrice Gonçalves, Cléia Schmitz e Mônica Pupo – Edição de Arte: Gustavo Cabral Vaz – Projeto Gráfico: Oscar Rivas – Fotografia: Arquivo Empreendedor, Casa da Photo, Lio Simas e PhotosToGo – Foto da capa: Divulgação/Elektro – Revisão: Lu Coelho Sedes São Paulo Diretor: Fernando Sant’Anna Borba – Executivos de Contas: Ana Carolina Canton de Lima e Osmar Escada Jr – Rua Sabará, 566 – 9º andar – conjunto 92 – Higienópolis – 01239-010 – São Paulo – SP – Fones: (11) 32141020/2649-1064/2649-1065 [empreendedorsp@empreendedor.com.br] Florianópolis Executiva de Atendimento: Joana Amorim [anuncios@empreendedor.com.br] – Rua Padre Lourenço Rodrigues de Andrade, 496 – Santo Antônio de Lisboa – 88050-400 – Florianópolis – SC – Fone: 3371-8666 Central de Comunicação – Rua Anita Garibaldi, nº 79 – sala 601 – Centro – Florianópolis – SC – Fone (48) 3216-0600 [comercial@centralcomunicacao.com.br] Escritórios Regionais Rio de Janeiro Triunvirato Empresarial – Milla de Souza [milla@triunvirato.com. br] – Rua São José, 40 – 4º andar – Centro – 20010-020 – Rio de Janeiro – RJ – Fones: (21) 2611-7996/9607-7910 Brasília Ulysses Comunicação Ltda. [ulyssescava@gmail.com] – Fones: (61) 33670180/9975-6660 – condomínio Ville de Montagne, Q.01 – CS 81 – Lago Sul – 71680-357 – Brasília – Distrito Federal Paraná Merconeti Representação de Veículos de Comunicação Ltda – Ricardo Takiguti [ricardo@merconeti.com.br] – Rua Dep. Atílio Almeida Barbosa, 76 – conjunto 3 – Boa Vista – 82560-460 – Curitiba – PR – Fone: (41) 3079-4666 Rio Grande do Sul Flávio Duarte [commercializare@terra.com.br] – Rua Silveiro, 1301/104 – Morro Santa Teresa – 90850-000 – Porto Alegre – RS – Fone: (51) 3392-7767 Pernambuco HM Consultoria em Varejo Ltda – Hamilton Marcondes [hmconsultoria@hmconsultoria.com.br] – Rua Ribeiro de Brito, 1111 – conjunto 605 – Boa Viagem – 51021-310 – Recife – PE – Fone: (81) 3327-3384
Assinaturas Serviço de Atendimento ao Assinante – [assine@empreendedor.com. br] – O valor da assinatura anual (12 edições mensais) é de R$ 118,80. Aproveite a promoção especial e receba um desconto de 10%, pagando somente R$ 106,92 à vista. Estamos à sua disposição de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Produção Gráfica Impressão e Acabamento: Coan Gráfica Editora Ctp – Distribuição: Distribuidora Magazine Express de Publicações Ltda – São Paulo Empreendedor.com http://www.empreendedor.com.br Editora: Carla Kempinski – Repórter: Raquel Rezende
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Minas Gerais SBF Representações – Sérgio Bernardes de Faria [sbfaria@ sbfpublicidade.com.br] – Av. Getúlio Vargas, 1300 – 17º andar – conjunto 1704 – 30112-021 – Belo Horizonte – MG – Fones: (31) 2125-2900/2125-2927
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Alexandre Costa, da Cacau Show
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EXEMPLO EMPREENDEDOR
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O empreendedor Alexandre Tadeu da Costa, presidente da rede de lojas Cacau Show, vai representar o Brasil na 25ª edição do prêmio Ernst & Young Entrepreneur of the Year, marcada para o mês de junho, em Monte Carlo, no Principado de Mônaco. Ele é o vencedor da etapa brasileira do prêmio, concedido a empresários que se destacam em uma série de critérios como: inovação, espírito empresarial, integridade e influência pessoal, pioneirismo e perseverança na superação de obstáculos. A trajetória de Alexandre Costa é mesmo referência para novos empreendedores. Ele criou a Cacau Show em 1988, aos 17 anos, por conta de um mal-entendido. Alexandre era revendedor de uma indústria de chocolates e depois de comercializar 2 mil ovos de Páscoa de 50 gramas descobriu que o tamanho estava fora de linha. Para não frustrar os clientes, comprou a matériaprima necessária e contratou uma senhora que fazia chocolates caseiros para confeccionar os ovos. A experiência lhe mostrou o potencial de negócio do chocolate artesanal e o jovem Alexandre decidiu investir no segmento. Vinte e três anos se passaram e hoje ele é o dono da maior rede de chocolates finos do mundo. São mais de 1 mil franquias espalhadas por ruas e shoppings de todo o Brasil, o que faz da Cacau Show a maior rede de franquias de alimentação do Brasil. O que impressiona ainda mais é que a marca aderiu ao franchising há apenas oito anos. Em novembro do ano passado, Alexandre lançou o livro Uma trufa e... 1.000 lojas depois! para celebrar sua milésima loja. Na obra ele conta sua trajetória e dá conselhos a quem quer se aventurar pelo mundo dos negócios. “Meu grande desafio pessoal é permanecer com o mesmo espírito do começo, de paixão pelo trabalho e entrega plena a um sonho. E fazer com que esse espírito continue impregnado na empresa, por mais que ela cresça”, disse, na ocasião. A fábrica da Cacau Show, instalada em Itapevi (SP), produz anualmente 13 mil toneladas de chocolate. São cerca de 100 lançamentos a cada ano. Com essa estratégia, a marca registra um crescimento médio de 50% no seu faturamento anualmente. Em 2010, Alexandre Costa alcançou a marca de R$ 1 bilhão, inimaginável àquele jovem de 17 anos que precisava dar um jeito para entregar o que vendeu e deixar seus clientes satisfeitos. Típico de um empreendedor que pensa longe. www.cacaushow.com.br
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Guilherme Wroclawski e Heitor Chaves, do Portal SaveMe
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Oportunidade bem aproveitada
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Aproveitar oportunidades é uma das principais atitudes que se espera de um empreendedor. Foi seguindo essa cartilha que os jovens publicitários Guilherme Wroclawski, 27 anos, e Heitor Chaves, de 26, conquistaram, em menos de um ano, um espaço no disputadíssimo mercado de negócios na internet. Eles são os criadores do portal SaveMe, o primeiro agregador de sites de compras coletivas e clubes de compra do Brasil – um modelo de comércio eletrônico que explodiu na web brasileira no ano passado e continua conquistando milhares de adeptos pelo País afora.
O negócio nasceu como ZipMe no dia 1° de julho do ano passado e logo chamou a atenção de grandes empresas que atuam na web. Ao completar três meses de vida, 75% da empresa já pertencia ao Buscapé, gigante do setor de vendas online. Após um período de transição, o portal mudou de marca, passando a se chamar SaveMe. Atualmente, ele agrega mais de 400 sites em 47 cidades do Brasil e recebe 40 milhões de pageviews ao mês. No momento, sua atuação está sendo expandida para outros países do continente americano, como Argentina, México, Chile e Colômbia.
Guilherme e Heitor se conheceram em 2002 na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), em São Paulo. No início de 2010, a dupla tomou uma decisão: deixar seus empregos e apostar num negócio próprio. A ideia era aproveitar o boom dos sites de compra coletivas no Brasil e criar um portal que colocasse as ofertas todas num só lugar, facilitando a escolha dos consumidores desses serviços e lhes poupando tempo e dinheiro. Hoje, com 25% de participação no negócio que criaram há dez meses, Guilherme e Heitor continuam fazendo parte da equipe do SaveMe. www.saveme.com.br
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Claudia Marcon Thomé, da Começo de Vida
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Desafio colorido
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Concórdia, Santa Catarina, meados de 1995. A advogada Claudia Marcon Thomé esperava seu segundo filho quando conheceu Mery Portolan, então proprietária de um ateliê especializado em enxovais de bebês feitos sob medida. Ela se encantou tanto com o trabalho que não contou tempo em aceitar a proposta de sociedade de Mery na produção das peças. Surgiu, assim, no início de 1996, numa pequena sala com duas máquinas de costura, a Começo de Vida, confecção de kits para berços e acessórios para os primeiros meses de vida de uma criança. Hoje a empresa tem 20 colaboradores diretos, atende lojas de todo o Brasil e ainda exporta para o Chile, Estados Unidos e Austrália. “Minha maior dificuldade foi sair do nada”, recorda Claudia, 14 anos depois. No último dia 15 de abril, ela recebeu do Sebrae de Santa Catarina o prêmio Mulher de Negócios 2010, na categoria Pequenas Empresas. A empresária também é uma das 17 finalistas da etapa nacional, que teve mais de 3 mil inscritas. O prêmio será entregue no dia 25 de maio, em Brasília. No evento em Concórdia, Claudia lembrou o primeiro dia em que foi ao Sebrae pedir orientação para o seu negócio. “Adquiri um pequeno livro de bolso chamado Indústria. Para quem vinha de um escritório de advocacia, aqueles ensinamentos funcionaram como um bálsamo”, destaca a empresária. Com metas ambiciosas, Claudia chamou a irmã Márcia para a sociedade e elaborou cinco coleções completas de enxovais. Todas as peças foram rabiscadas à noite pela própria empresária, depois que os filhos já estavam dormindo, com os lápis de cor das crianças. A empresária também investiu na produ-
ção de um catálogo e foi à luta com um propósito bem definido: conquistar uma grande rede de lojas. A meta foi alcançada no ano 2000, quando a marca passou a ser vendida nas Lojas Renner. A parceria durou até 2005, quando a rede extinguiu o setor de enxovais. “Foi uma grande vitória. A Renner foi uma escola para nós”, recorda Claudia. Antes disso, em 1997, ela recebeu o primeiro pedido em série da Alô Bebê, rede de lojas de São Paulo, começando
seu processo de expansão para todo o mercado nacional. No momento, o foco é aumentar os negócios também no exterior. “Figuramos em mais de 40 sites internacionais de comércio e aguardamos com otimismo o que está por vir neste segmento”, afirma Claudia. “Sigo colorindo com lápis de cor e lembrando o caminho percorrido até aqui. Mesmo em momentos de instabilidade, tenho na alma a certeza de um sonho maior, de novos desafios e vitórias.” www.comecovida.com.br
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EMPREE NDED O R ES
Andreia Rosa de Amorim, da Eco Moda para Crianças
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QUEBRA DE PARADIGMA
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Andreia Rosa de Amorim ganhava a vida tentando convencer empresários de que práticas de sustentabilidade são viáveis economicamente a qualquer negócio, além de uma ótima estratégia de diferenciação. Até que, em 2010, resolveu colocar em prática seus próprios ensinamentos e criou a Eco Moda para Crianças, uma loja de roupas infantis especializada em artigos sustentáveis, instalada em Florianópolis. Já no plano de negócios incluiu uma série de estratégias ligadas à responsabilidade ambiental e social. O espaço de vendas foi feito com base nos princípios da arquitetura sustentável: uso racional de materiais para menor geração de resíduos; aplicação de materiais ecológicos como madeira de demolição e bambu; aproveitamento máximo da luz natural e iluminação artificial eficiente; isolamento térmico para reduzir custos com arcondicionado, etc. Andreia também selecionou os fornecedores das roupas infantis utilizando critérios de sustentabilidade. Todas as marcas vendidas na loja têm algum tipo de preocupação ecológica em seus processos de produção, como uso de algodão orgânico e de poliéster de garrafas plásticas, e aplicação de produtos biodegradáveis no processo de tingimento e estamparia. A seleção exigiu tempo e dedicação. Andreia mapeou cerca de 100 empresas e enviou um questionário para avaliar o nível de sustentabilidade. Vinte e cinco responderam e 12 foram selecionadas para integrar a primeira coleção da Eco. “Deu mais trabalho, mas em apenas seis meses quebramos o paradigma de que não há mercado para tais produtos. Nossos clientes estão encantados”, afirma a lojista. Andreia pretende dobrar as vendas com a coleção outono-inverno e, a médio prazo, franquear seu modelo de loja. www.eco-
modaparacriancas.com.br
Simone Anewalt, da Liberty Imports
Sabor brasileiro Vender sucos com sabor bem brasileiro no mercado norte-americano é um negócio que Glória Negrão e a filha Simone Anewalt dominam como poucos. Há dez anos elas comandam a Liberty Imports, importadora fundada por brasileiros em 1983, com sede na Pensilvânia (EUA). A empresa distribui a linha Brazil Gourmet, marca de bebidas 100% naturais produzidas a partir do néctar de frutas tipicamente brasileiras, como manga, caju, goiaba e açaí. Hoje, a Liberty Imports entrega seus produtos para mais de 5 mil pontos de venda em 18 estados americanos. A expectativa é que esse crescimento seja ainda maior nos próximos anos. A meta da empresa, segundo Simone, é aumentar o faturamento em 25% até 2012. “Desenvolvemos nossa marca priorizando o sabor das frutas brasileiras com o objetivo de conquistar o mercado norte-americano, cuja preferência se dá por bebidas tropicais”, esclarece a empresária, que responde pela vice-presidência de vendas da Liberty. A empresa tem centros de distribuição em Nova Jersey, Filadélfia, Savana e Houston. www.brazilgourmet.com
João Satt Filho, da Competence
Criar marcas fortes já era a preocupação do publicitário João Satt Filho há 20 anos, quando ele decidiu levar adiante o desafio de ter o próprio empreendimento e fundou a Competence. Hoje, a agência é um dos maiores grupos publicitários do Sul do País. “Fomos pioneiros em pensar no posicionamento estratégico de uma marca”, afirma o empresário. Satt vai comemorar duas décadas da empresa com um forte processo de expansão, incluindo o ingresso no mercado paulista por meio de uma parceria e a abertura de uma unidade em Joinville (SC). A Competence também está presente fisicamente em Porto Alegre, Curitiba, Foz do Iguaçu (PR) e Brasília, e conta com mais de 200 colaboradores. Com atuação nacional, a meta é superar em 25% o crescimento de 2010. Ao final do ano passado, a Competence se transformou em um grupo, formado pelas empresas Sunbrand, uma consultoria em estratégia de negócios e de marcas; pela Competence, uma agência de comunicação on-line/off-line/bellow the line; e pela Thiene, uma empresa de marketing comercial. www.competence.com.br
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Marca forte
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NÃO DUR M A N O P O NT O
aprenda (e lucre!) COM ESSA INVASÃO Eles estão aí. Chegaram. E não foi agora, já faz algum tempo. Mas nos pegaram totalmente desprevenidos, ocupados que estávamos matando um leão por dia. Distraídos, não tivemos tempo para nos preparar. Foi tudo tão rápido que sequer conseguimos apagar a nossa realidade anterior, tão diferente, mas ainda tão presente.
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Nossa realidade era bem outra. Paciência, uma atitude importante para quem quisesse aguardar uma promoção por mérito. A busca principal era por segurança acima de tudo, fosse em um emprego público ou na previsibilidade de uma carreira vertical. Os chefes eram respeitados e temidos. Havia uma grande distância entre eles e seus subordinados. Sabíamos dos nossos limites. Reconhecíamos e respeitávamos as claras fronteiras. As relações eram compartimentadas (pessoais, profissionais, familiares), com seus espaços e tempos específicos. Sem intercomunicação. Mas eles chegaram e provocaram um vendaval! Vieram com mais ousadia do que responsabilidade, mais autoridade do que autonomia, mais direitos do que deveres. Estão aí para deixar nossos cabelos de pé. E dispostos a arrombar a festa! Eles têm pressa. Querem logo a diretoria. Não têm noção de limites. Eles pensam que podem tudo; se deixar, são capazes de negociar a própria empresa. Relacionamento, para eles, é fundamen-
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tal. Estão plugados o tempo todo: Twitter, SMS, Facebook, LinkedIn, Blog, Orkut, YouTube, etc. As relações se fundem: colegas, amigos, familiares, e se desenvolvem em espaços e tempos compartilhados. O chefe pode ser “o cara” ou “o cara”, com ou sem ênfase, a entonação depende da qualidade da sua liderança. O fato é que eles chegaram. De mochilas, tatuagens, piercings, celulares e iPods. Pertencem à Geração Y. Podem ser a nossa mais nova dor de cabeça. Ou a solução para romper com o que ainda resta das sonolentas burocracias da era industrial. O fato é que não vieram em vão. Estão aí para sacudir a poeira. Nunca mais os ambientes de trabalho serão os mesmos. Eles querem privilégios e oportunidades. Ou nós aprendemos a aproveitar o potencial e o talento deles, ou eles vão buscar quem saiba aproveitar. Na concorrência, por exemplo. Conquistar – e, sobretudo, reter esses talentos – constitui o maior desafio das lideranças nos próximos anos. Não há saída, teremos que nos aliar a eles.
Comece pelo relacionamento
Essa é a geração da conexão. E da participação. Antigamente, a criança era colocada na sala para ser vista, não para ser ouvida. Essas da Geração Y, entretanto, são diferentes. Aprenderam a opinar, a ser consultadas, a participar da decisão.
Se você quer mesmo atrair e reter jovens da Geração Y, promova o relacionamento. Eles querem se sentir influentes: participar das decisões, trabalhar em equipe, integrar as redes sociais
São elas que escolhem onde e como vai ser o final de semana da família. Duvida? É só constatar. Influentes desde a infância, na juventude e na vida adulta não conseguem se animar com um trabalho que desconsidere ou nem mesmo consulte suas opiniões. Da mesma forma que acontecia em sua casa, o jovem da Geração Y quer se posicionar diante das decisões. Ele se sente parte ativa, no todo. Jamais se contentará em reduzir-se à condição de espectador silencioso. Ambientes autoritários, onde as decisões são centralizadas e a distância entre chefes e subordinados é acentuada, dificilmente conseguirão atrair e reter os jovens da Geração Y. Esses jovens querem se relacionar do igual para o igual. Não estranhe se eles não usarem a alcunha ‘senhor’ ou qualquer outro tratamento mais protocolar. Não é do feitio deles. Se você quer mesmo atrair e reter jovens da Geração Y, promova o relacionamento. Eles querem se sentir influentes. Isso significa participar das decisões, trabalhar em equipe, integrar as redes sociais.
Invista no reconhecimento
Essa é a geração do feedback. Quer um retorno sobre o seu trabalho. Nada, portanto, de partir da premissa de que as coisas não precisam ser ditas ou já estão subentendidas. Os jovens da Geração Y querem informações sobre o seu trabalho e sobre o seu comportamento. E esperam que essas informações sejam elogiosas. Muitas vezes não há reforços ou elogios a fazer. Até ao contrário. Mas vá com calma. Respire fundo e se valha da memória! Lembre-se de algo positivo a dizer. E, depois, com cuidado e zelo, faça as críticas que precisam ser feitas. Se você é de gerações anteriores, provavelmente vivenciou pouco o reconhecimento (“não fez mais do que a
relatos empreendedores
Promova o pensamento sistêmico
Você certamente já se acostumou a ver aquele jovem que, enquanto escuta seu iPod, tecla no computador, com vários arquivos abertos, ao mesmo tempo em que fala ao celular e dá goles no energético à sua frente. O jovem da Geração Y é multifuncional. Cargo, para ele, não funciona. Funções foram feitas para ser reinventadas. E manuais de normas e procedimentos para jogar no lixo. Não gostam do trabalho repetitivo e sem novidades. Querem experimentar coisas novas e, por isso, é preciso promover a inovação. Se você quer oferecer um ambiente bem ao gosto dos jovens da Geração Y, introduza o trabalho por projetos. Eles gostam de desafios de curto prazo, para que logo estejam realizados. Projetos têm início, meio e fim e eles apreciam isso. Não querem a tristeza sem fim das tarefas e afazeres burocráticos. Anseiam, até mesmo, participar de mais de um projeto ao mesmo tempo. E, precipitados, antes de terminar o atual, já estão
por Roberto Adami Tranjan
Educador da Cempre Conhecimento & Educação Empresarial (11) 3873-1953/www.cempre.net roberto.tranjan@cempre.net
de olho no próximo projeto. Ao lidar com a Geração Y, pense mais em talento do que em habilidade, mais em criatividade do que em experiência, mais em inovação do que em repetição.
Seja otimista
“Quem eles pensam que são?” – esse é um questionamento muito comum, diante deles, por que sempre se acham capazes, inclusive de fazer a sua parte, de ser promovidos antes do tempo ou de ganhar mais do que valem. O fato é que a Geração Y é a turma mais esperta que já pintou nesse planeta, desde que por aqui apareceu o homo sapiens. Portanto, não tente corrigir esses talentos. Menos ainda com atitudes convencionais. Aprenda, isso sim, a lidar com eles e direcioná-los, de um jeito que compreendam e se comprometam. Afinal, eles já tomaram conta do mundo! E, aposte, essa é uma realidade irreversível.
Ao lidar com a Geração Y, pense mais em talento do que em habilidade, mais em criatividade do que em experiência, mais em inovação do que em repetição
E, se a sua empresa também nasceu em 1994, assim como a Revista Empreendedor, envie sua história para nós, através do e-mail vanin@empreendedor. com.br, colocando “empresa 200” no campo “assunto” do e-mail. Os melhores casos serão publicados na edição comemorativa de junho. Muita coisa mudou neste período. Por isso, também queremos saber de você, empreendedor brasileiro, o que melhorou em relação aos negócios no Brasil, o que piorou, o que continua na mesma – e precisa mudar. Envie sua opinião para vanin@ empreendedor.com.br, colocando “opinião 200” no campo “assunto” do e-mail.
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sua obrigação” era a frase subliminar, na maioria das vezes) e, com isso, também não aprendeu a reconhecer. Essa é uma partitura fora de seu repertório. Então, você precisará se reeducar. Os jovens da Geração Y funcionam na base do reconhecimento. Lembre-se disso se quiser atrair e reter esses profissionais de futuro.
A Revista Empreendedor chega, neste mês de junho, à edição número 200. São 17 anos de história de divulgação do empreendedorismo e apoio aos empresários brasileiros, apresentando oportunidades de negócio e as melhores práticas de gestão.
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eNTREV I S TA
Associar marca da empresa a emoções vivenciadas pelos clientes, como esportes e entretenimento, eleva a satisfação e o resultado de vendas
Rodrigo Geammal
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experiências que marcam
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O esporte e o entretenimento podem ser bons aliados dos negócios. Empresas de diferentes formatos e perfis estão conseguindo melhorar seus resultados em vendas investindo em campanhas de marketing que promovam experiências esportivas e de entretenimento. Para divulgar a marca e estreitar as relações com seus públicos, elas apostam em eventos corporativos diferenciados como levar seus clientes e colaboradores para assistir a shows, espetáculos, jogos, campeonatos ou mesmo para viver um dia como jogador de futebol profissional. Rodrigo Geammal, diretor-executivo da Elos Cross Marketing, agência especializada em marketing de resultados com foco no esporte e no entretenimento, afirma que os investimentos corporativos nesses setores têm crescido a cada ano no Brasil e que o retorno para as marcas que promovem essas experiências é alto. Ele explica que em uma campanha cujo principal prêmio era levar um funcionário de uma corporação para viver um dia como jogador de futebol profissional no clube do Santos, a empresa que promoveu a experiência conseguiu alcançar 98% de satisfação do público que buscava atingir e registrou um aumento significativo nas vendas de seus produtos. “Nós temos mostrado para as corporações que é um bom negócio investir em esporte e entretenimento porque esses temas conseguem sensibilizar, emocionar e motivar uma grande parte dos brasileiros. Nossa proposta é associar as marcas de nossos clientes a todas essas emoções.” Segundo Geammal, para que o esporte e o entretenimento tragam resultados significativos para os negócios é preciso planejamento. De acordo com o diretor da Elos Cross Marketing, é necessário realizar um trabalho personalizado a partir das necessidades de cada cliente e aplicar um conjunto de estratégias de relacionamento, de incentivo e de endomarketing.
O que pode ser entendido como marketing de resultados? Rodrigo Geammal – Essa é uma categoria nova que chega ao Brasil. Nossa proposta enquanto agência especializada em marketing de resultados é sempre empregar projetos para nosso cliente que promovam e viabilizem o incremento de vendas do negócio dele. Para promover isso usamos na Elos Cross Marketing um conjunto de estratégias de relacionamento, de incentivo e de endomarketing e estruturamos todo o nosso trabalho a partir de duas temáticas: a do esporte e a do entretenimento. A partir desses eixos planejamos e executamos ações que permitam que nossos clientes melhorem seus resultados. Como funciona esse trabalho? Rodrigo Geammal – Em uma primeira etapa, fazemos reuniões internas na empresa que será atendida para que possamos entender os seus processos e verificar em que medida nós podemos auxiliála. Em alguns casos – como de empresas grandes que têm um número expressivo de colaboradores –, durante esse processo, além das reuniões são realizadas pesquisas de mercado. Depois dessa etapa trabalhamos com todas as informações levantadas e a partir delas criamos um plano de ação e o executamos, sempre tendo como foco de trabalho o esporte e o entretenimento. Nossa proposta é a de trabalhar com as empresas o alinhamento de suas estratégias e o relacionamento delas com seus clientes. A que produtos e públicos a empresa pode aplicar o marketing de resultados? Rodrigo Geammal – É possível trabalhar para a promoção de produtos e serviços tanto com o público interno da empresa, com o intuito de motivar colaboradores e fazer o alinhamento de estratégia do negócio, quanto com o público externo para melhorar a relação da corporação com
seus clientes. Para realizar isso desenvolvemos uma metodologia exclusiva chamada Quatro Elos. Através da aplicação desse processo conseguimos elaborar um diagnóstico, orientar as empresas para que elas consigam melhorar o relacionamento com seus colaboradores e clientes e para que aprimorem sua estratégia comercial. Como funciona a metodologia Quatro Elos? Rodrigo Geammal – Desenvolvemos essa metodologia a partir da experiência que adquirimos enquanto agência de marketing de resultados. Ao analisar as necessidades de cada cliente, observamos quatro aspectos fundamentais para o sucesso das vendas. Para ser uma referência em seu segmento, é preciso garantir uma boa sinergia entre as iniciativas de comunicação do negócio, promover ações de relacionamento, de incentivo e de desenvolvimento. A partir desses critérios é que elaboramos o diagnóstico dos nossos clientes e trabalhamos no planejamento das ações de marketing. Como vocês trabalham esses dois eixos – do futebol e do entretenimento – no marketing de resultados? Rodrigo Geammal – Temos mostrado às corporações que é um bom negócio investir em esporte e entretenimento porque esses temas conseguem sensibilizar, emocionar e motivar uma grande parte dos brasileiros. Nossa proposta é associar as marcas de nossos clientes a todas essas emoções geradas pelo esporte e pelo entretenimento. Para fazer isso desenvolvemos uma série de produtos. Um deles é o Soccer Experience, uma campanha de marketing que busca promover o incremento de vendas usando o futebol para incentivar os colaboradores e sensibilizar os clientes da empresa. Para isso é criado um prêmio na empresa em que o vencedor ganha uma viagem para conhecer um clube de futebol e para passar um dia
Para ser referência, é preciso garantir uma boa sinergia entre ações de comunicação do negócio, relacionamento, incentivo e desenvolvimento
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por Beatrice Gonçalves beatrice@empreendedor.com.br
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eNTREV I S TA como se fosse um jogador profissional. Ele treina junto com a equipe principal e até joga com os atletas do time. Que produtos relacionados ao esporte e ao entretenimento vocês oferecem? Rodrigo Geammal – Nosso trabalho é diferenciado, costumamos desenvolver produtos personalizados de acordo com a demanda de nossos clientes. Além do Soccer Experience, outro produto que tem uma procura alta é o Beautiful Day, uma campanha de marketing promovida por nossa equipe. É um dia especial ao públicoalvo que a empresa pretende atingir levando-o para assistir a grandes shows e espetáculos. Essa foi uma ação utilizada este ano pela PepsiCo para incentivar sua equipe de vendas na qual os melhores vendedores ganharam como prêmio a oportunidade de assistir ao show do U2 em São Paulo em um camarote. Temos também o Kart Experience: realizamos um campeonato de kart exclusivo para o público a ser atingido pela campanha; e o Driver Experience, quando levamos clientes e colaboradores para assistir ao Stock Car Brasil.
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Qual costuma ser o esporte que as empresas que utilizam o marketing de resultados mais investem? Rodrigo Geammal – O momento, claro, é de investir em futebol. Não se fala em outro assunto, já que estamos próximos da Copa do Mundo no Brasil, e o brasileiro, de maneira geral, é um verdadeiro amante desse esporte. No entanto, temos vislumbrado uma forte tendência por ações relacionadas a esportes não tão populares assim. É o caso do golfe, que promete cair no gosto de muitos brasileiros em pouquíssimo tempo.
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Qual é o perfil de empresas que mais procuram pelo serviço de marketing de resultados? Rodrigo Geammal – Quem costuma procurar nossos serviços são empresas de médio e grande portes. Já fizemos campanhas para a Sabesp, a Cosan (Esso), a Electrolux, a Globosat e a PepsiCo. Como essas ações promovidas pelo marketing de resultados trazem ganhos significativos para as empresas?
É um bom negócio investir em esporte e entretenimento porque esses temas conseguem sensibilizar, emocionar e motivar uma grande parte dos brasileiros Rodrigo Geammal – A proposta da Elos Cross Marketing é gerar emoção para o nosso cliente ou para os públicos que ele pretende atingir. Em todas as nossas campanhas o nosso objetivo principal é fazer com que o público-alvo se sinta prestigiado. Por isso temos que pensar em todos os detalhes para que a experiência que essa empresa vai promover, como a de vivenciar um dia como jogador de futebol ou assistir a um show, seja muito boa e que isso esteja relacionado à marca que levou o vencedor até lá e promoveu isso. Só para se ter uma ideia, com o Soccer Experience uma empresa alcançou 98% de satisfação do público que buscava atingir e aumentou as vendas de seus produtos. E o público-alvo dessas campanhas, como costuma reagir a essa nova proposta de marketing? Rodrigo Geammal – No ano passado fizemos uma campanha para a Esso para atingir os revendedores e os frentistas de postos de gasolina. O colaborador vencedor do prêmio veio de Manaus para Santos (SP) para viver o Soccer Experience na Vila Belmiro. Foi emocionante ver uma pessoa que
nunca tinha viajado de avião e se hospedado em um hotel tendo a oportunidade de fazer isso. Essa é uma experiência que ele nunca esquecerá. Além disso, com uma campanha assim estamos realizando um sonho que muitos brasileiros têm, que é o de ser, pelo menos um dia, um jogador de futebol. Como tem sido a aceitação do mercado à proposta do marketing de resultados através do uso do esporte e do entretenimento? Rodrigo Geammal – O mercado está vendo que o marketing de resultados é um diferencial. O crescimento da Elos Cross Marketing chegou a 10% em 2010, na comparação com o ano anterior. No ano passado, a empresa foi eleita uma das 15 melhores agências brasileiras que trabalham com o tema esporte e isso, para nós, é um grande reconhecimento. O que mostra que estamos conseguindo transformar a paixão de algumas modalidades esportivas em resultados para as empresas. A projeção para 2011 é de aumento dos negócios em torno de 20%.
LINHA DIRETA Elos Cross Marketing: www.eloscrossmarketing.com.br
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Nota
Adotar sistemas de gestão de excelência para as práticas do dia a dia e o planejamento de uma empresa traz competitividade e fôlego para enfrentar agruras do mercado por Beatrice Gonçalves empreendedor | maio 2011
beatrice@empreendedor.com.br
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A diferença entre uma empresa que não consegue sobreviver em um mercado tão competitivo – e que é obrigada a fechar suas portas – e uma organização que é destaque em seu segmento pode estar na gestão. Um processo que exige planejamento, liderança, controle de gastos, mo-
tivação de funcionários, inovação e uma estreita relação com os clientes. Conseguir gerir todas essas práticas no dia a dia não é fácil, mas é possível sistematizar, controlar e verificar todos esses procedimentos através da incorporação de um modelo de gestão de excelência no negócio. Um sistema que pode auxiliar a empresa a analisar seus resultados, rever seus processos e fazer com que ela se torne mais competitiva.
Um estudo feito pela Serasa Experian durante nove anos com 182 empresas que utilizam modelos de gestão de excelência mostrou que elas tiveram melhor desempenho em comparação com outras do setor que não utilizam esses sistemas. Segundo o levantamento, as empresas do comércio que aplicaram modelos de gestão de qualidade tiveram crescimento de 82,8% no faturamento de 2000 a 2008,
MPE Brasil premia a cada ano empresas de micro e pequeno portes que se destacam pela excelência em gestão do negócio em nove categorias
Campeãs da gestão Empresas vencedoras do MPE Brasil 2010 Estância Encantada (SP)
categoria agronegócio Del Fino Centro Automotivo (AL)
categoria comércio
Escola Chave do Saber (MT)
categoria educação
Paintech (SC)
categoria indústria Manipulare Farmácia de Manipulação (RS)
categoria responsabilidade social Medlab Laboratório Médico (MG)
categoria saúde
NTW Contabilidade e Gestão Empresarial (MG)
categoria serviços
Uninfo Sistemas (SC)
categoria TI
Agência Ar Casa Bonito e Pantanal (MS)
enquanto as demais lojas do setor tiveram aumento no mesmo período de 51,2%. Em 2009, durante a crise econômica, as indústrias que aplicaram os princípios da gestão de excelência no negócio tiveram uma retração menor, cerca de 7%, enquanto as demais indústrias diminuíram seu faturamento em 10%. Mais preparadas para enfrentar os altos e baixos da economia, as empresas que utilizam sistemas de gestão conseguem rever constantemente seus processos e avaliar seus produtos e serviços. Ricardo Correa, diretor-executivo da Fundação Na-
cional de Qualidade (FNQ) – instituição que trabalha para disseminar a excelência em gestão empresarial no País –, avalia que nos últimos 20 anos as empresas brasileiras estão investindo mais nesse processo e que isso é possível perceber pela diminuição no número de mortalidade de empresas. Em 2010, segundo o Sebrae de São Paulo, 58% das empresas de pequeno porte fecharam suas portas antes de completar cinco anos, um número alto mas que mostra uma queda em comparação com o ano de 2000, quando essa mesma taxa chegava a 71%. “Para sobreviver no
mercado, as empresas passaram a fazer não só a gestão da qualidade dos processos através das normas ISO, mas também a trabalhar a qualidade da gestão. Dessa forma elas buscam a excelência por meio de um processo contínuo capaz de gerar resultados concretos.” Correa explica que, para popularizar os fundamentos da excelência de gestão no Brasil, a Fundação Nacional de Qualidade trouxe para o País um sistema de avaliação de desempenho que foi desenvolvido a partir de um levantamento realizado com as melhores empresas do mundo. Nesse
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categoria turismo
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Para melhorar os resultados, a Paintech passou a trabalhar com metas, indicadores de qualidade e avaliação de desempenho
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estudo foram observados quais são os princípios de gestão aplicados nessas corporações que contribuem para a melhoria contínua e o bom desempenho desses negócios. O diretor da FNQ diz que essas empresas se destacaram por ter líderes exemplares, por equilibrar planos a curto e longo prazos, por conhecer e ouvir os clientes, serem socialmente responsáveis, por organizar as informações do negócio, incentivar e respeitar os colaboradores, dominar os processos e controlar o desempenho da empresa. Um conjunto de características que ajudaram a desenvolver o Modelo de Excelência da Gestão, um sistema que permite ao empresário avaliar o desempenho e o grau de maturidade do negócio, e que é disponibilizado gratuitamente no Brasil
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Correa, da FNQ: sistema pode ser aplicado em empresas de diferentes formatos e perfis
pela Fundação Nacional de Qualidade. De acordo com Correa, a metodologia utilizada nesse programa está estruturada em 11 princípios de excelência e o sistema pode ser aplicado em empresas de diferentes formatos e perfis. “Os critérios de excelência são os mesmos para qualquer negócio. O que costuma variar na avaliação de uma empresa pequena para uma de grande porte é o grau de maturidade da gestão e, para isso, foi criada uma escala de desempenho diferente. Enquanto as micro e pequenas empresas são avaliadas numa escala que chega a até 250 pontos, as grandes empresas são avaliadas por uma escala que chega a 1 mil pontos.” Pelo Modelo de Excelência da Gestão, o empresário responde a um questionário com 30 perguntas sobre a empresa e recebe um diagnóstico on-line sobre os pontos fortes e fracos do negócio. O programa dá aos empresários sugestões de cursos de capacitação sobre fundamentos de excelência, marketing, finanças, inovação, estratégia empresarial e logística. “Hoje, o maior problema das empresas nascentes no Brasil é de gestão, e esse é um sistema que permite ao empresário ter uma visão sistêmica de todo o seu processo. Além disso, por esse programa a empresa pode ter acesso a um conjunto de indicadores do seu setor em nível regional e nacional”, afirma Correa. Os dados levantados pelo Modelo de Excelência da Gestão servem ainda como
uma referência para que a Fundação Nacional de Qualidade e o Sebrae desenvolvam cursos de capacitação específicos para atender às demandas de cada segmento. “Nosso objetivo é levar os conteúdos essenciais para uma gestão empresarial mais eficaz, e fazer com que a organização se torne mais competitiva e desenvolva determinadas competências para a melhoria da gestão de seu negócio. O propósito maior é melhorar a competitividade”, explica Alessandra Souza, analista técnica da unidade de capacitação empresarial do Sebrae, responsável pelo desenvolvimento de cursos de treinamento para micro e pequenas empresas.
Valorização Para estimular a aplicação dos fundamentos da gestão de excelência no Brasil, a Fundação Nacional de Qualidade, o Sebrae, o Movimento Brasil Competitivo e o Grupo Gerdau resolveram organizar prêmios para destacar e valorizar aquelas empresas que conseguiram mudar seus processos e se tornaram mais competitivas. O MPE Brasil premia a cada ano empresas de micro e pequeno portes que se destacam pela excelência em gestão do negócio em nove categorias: indústria, comércio, agronegócio, turismo, TI, saúde, educação, serviços e responsabilidade social. Para participar do MPE Brasil, as em-
Manipulare, da farmacêutica Graziela Ruschel, criou campanha de logística reversa para encaminhar embalagens à reciclagem
Etapas para o sucesso do negócio Seja um líder exemplar
presas devem se inscrever no site da FNQ e aplicar o formulário de autoavaliação do Modelo de Excelência da Gestão. O sistema seleciona aqueles negócios que apresentam os melhores resultados em sua área e essas empresas recebem a visita de um grupo técnico que avalia o desempenho da organização. “Em 2010 nós tivemos recorde de inscrições. Cem mil empresas se cadastraram no site, 22 mil responderam ao questionário de autoavaliação e 700 foram visitadas pela nossa equipe técnica”, explica Correa. A empresa Paintech, especializada em pintura de peças metálicas de Rio do Sul (SC), foi a vencedora na categoria indústria do MPE Brasil 2010. Criada em 1997, a indústria começou a reestruturar seus processos de gestão quando se candidatou ao ISO 9001. Candido Prada, diretor da empresa, conta que a consultoria contratada para auxiliar a empresa nesse processo de certificação avaliou que era preciso aumentar
o controle financeiro do negócio, organizar melhor os dados da empresa e aumentar a capacitação dos colaboradores. O empresário explica que para conseguir aprimorar os processos do negócio, eles começaram a aplicar o Modelo de Excelência da Gestão oferecido pela Fundação todos os meses e, a partir do diagnóstico feito pelo sistema, passaram a fazer uma avaliação do desempenho do negócio, a traçar metas e a trabalhar com indicadores de qualidade. “Nós aumentamos os investimentos em treinamento dos colaboradores e criamos até um programa de qualificação de fornecedores. Além disso, conseguimos inserir um processo de controle muito grande tanto da parte produtiva quanto da parte gerencial e financeira.” A Estância Encantada, propriedade rural localizada em São José do Rio Preto (SP), venceu o MPE Brasil 2010 na categoria agronegócios. A empresa foi criada em 2001 quando o casal Gecineide Mendes e Adacir Mota resolveu mudar de vida e sair da cidade para morar no campo. Na época eles não entendiam nada de produção agrícola, mas sabiam que queriam viver do que fosse produzido nos 2 alqueires de terra que tinham comprado. Gecineide e o marido começaram o negócio vendendo leite das três vacas que compraram e, enquanto se adaptavam à nova rotina, cada um resolveu se aprimorar em uma área. Enquanto ela se dedicou
Equilibre planos a curto e longo prazos Conheça e ouça os clientes Preocupe-se com o meio ambiente e seja socialmente responsável Organize as informações Incentive, respeite e valorize colaboradores Domine os processos e forneça informações confiáveis Controle o desempenho do negócio
Fonte: Fundação Nacional de Qualidade
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“Hoje, o maior problema das empresas nascentes é de gestão, e esse sistema dá ao empresário uma visão sistêmica”, diz Correa
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Patrimonium: modelo fez com que as vendas aumentassem em mais de 50% a entender de inseminação, Adacir fez cursos de empreendedorismo, qualidade total e gestão no Sebrae. Em dez anos de trabalho, eles conseguiram aumentar sua produção e se tornaram uma referência em agronegócios. Hoje, 340 animais são criados na propriedade e produzidos 2 mil litros de leite por dia. Gecineide conta que para aprimorar a gestão da Estância e a criação dos animais, desde o começo do negócio ela e o marido sempre participaram de feiras e exposições agrícolas. “É interessante participar desses encontros porque a gente consegue entender o que é preciso melhorar e sempre aprende um pouco mais.” Com o crescimento do negócio o casal também passou a organizar feiras e até mesmo cursos de gestão para outros produtores rurais. “Desde 2005 a gente faz o Dia do Campo na Estância, quando convidamos as empresas parceiras do negócio para falar sobre a alimentação dos animais e sobre produção de leite. Esse é um evento que o Sebrae nos ajudou a organizar e que reúne cerca de 800 produtores rurais por ano.”
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Envolvimento social
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Assim como a Estância Encantada, a farmácia Manipulare também fez do envolvimento com a comunidade em que atua um dos diferenciais do negócio. A empresa criou um programa de responsabilidade social que se tornou referência em Estrela (RS) e que fez a empresa vencer o MPE Brasil 2010 na categoria responsabilidade social. A farmacêutica Graziela Ruschel, proprie-
tária da Manipulare, criou uma campanha de logística reversa em que ela recebe embalagens plásticas utilizadas pelos clientes e as encaminha para reciclagem. Para incentivar a participação dos clientes, a farmácia dá um sachê perfumado a cada material entregue. “O envolvimento dos clientes com os nossos projetos é tão grande que só no ano passado conseguimos mandar para a reciclagem mais de 3 mil embalagens de produtos.” Além dessa campanha, no Dia da Árvore a Manipulare distribui plantas para todos os seus clientes e organiza uma série de palestras na cidade para falar sobre problemas de saúde e prevenção de doenças. A empresária explica que a ideia para esses programas de responsabilidade social foi criada em uma reunião do comitê interno de qualidade que discute e define metas para a empresa junto aos funcionários. “Ganhar o MPE Brasil nessa categoria foi muito importante porque é um reconhecimento do nosso trabalho e isso nos motiva a cada vez mais aprimorar a nossa campanha.” Aumentar a participação dos colaboradores no negócio também ajudou a Patrimonium, empresa de monitoramento e segurança 24 horas de Maringá (PR), a se
Estabelecimento de metas e remuneração variável dos funcionários aumentaram produtividade da empresa, diz Soares
Adoção da gestão de excelência transformou a Elektro em uma das maiores distribuidoras de energia do País
destacar em sua área. Em 2009 a organização recebeu o MPE Brasil na categoria comércio. A organização tem 63 funcionários e resolveu criar um programa de gratificações de acordo com o desempenho dos colaboradores e um plano de cargos e salários. “Nós observamos que o estabelecimento de metas combinado com a remuneração variável do trabalhador gerou um estímulo a mais para nossos funcionários e isso fez aumentar a produtividade da empresa”, diz Michel Soares, diretor da empresa. Desde que ganhou o prêmio, a empresa aplica todos os meses o Modelo de Excelência da Gestão, e a partir dos diagnósticos do sistema desenvolveu um conjunto de indicadores. Um processo que,
das empresas para o PNQ é parecido com o do MPE Brasil: as corporações participantes são também avaliadas através dos critérios do Modelo de Excelência da Gestão, o que muda é a escala de avaliação. No PNQ, para ser uma empresa vencedora é preciso alcançar bons resultados em uma escala que chega a 1 mil pontos, enquanto no MPE a escala é de 250 pontos. A empresa de distribuição de energia elétrica Elektro, que atende os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, conquistou o prêmio PNQ em 2010 e foi destaque no PNQ 2009 nos critérios de clientes, sociedade e processos. “A corporação foi constituída em 1998 e se transformou em uma das maiores distribuidoras de energia
elétrica do Brasil ao colocar a gestão de excelência em seu plano estratégico”, afirma Alexandre Carrasco, gerente de gestão da qualidade da Elektro. A empresa utilizou os critérios do Modelo de Excelência da Gestão da FNQ para desenvolver seu próprio processo de autoavaliação, o Sistema Empresarial Elektro. A ferramenta é utilizada em todos os departamentos da corporação e isso permitiu que a empresa conseguisse gerir melhor seus processos e padronizasse os procedimentos de trabalho. “Com a implementação do sistema conseguimos investir mais em ações preventivas e isso tem feito com que a Elektro reduza seus custos”, conclui Carrasco.
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segundo Soares, fez com que as vendas aumentassem em mais de 50%, o índice de rentabilidade tivesse um crescimento de mais de 30% e a satisfação do cliente aumentasse em cerca de 20%. Assim como a Patrimonium, outros 100 empreendimentos já receberam o selo MPE Brasil nas etapas estaduais e na nacional. Além de incentivar o uso de modelos de gestão em empresas de micro e pequeno portes, a Fundação Nacional de Qualidade também trabalha para a melhora da gestão das maiores empresas do País. Através do Prêmio Nacional de Qualidade (PNQ), a instituição avalia e destaca as corporações que apresentam práticas de gestão de excelência. O processo de seleção
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brasil competitivo
Movimento procura disseminar tecnologias de gestão entre empresas brasileiras como forma de aumentar a produtividade e o nível de satisfação dos clientes
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A melhora da gestão de uma empresa do setor público ou do privado e o aumento de sua produtividade não geram apenas bons resultados para os negócios. A competitividade do País também aumenta. Esse é um processo em cadeia que traz mais eficiência ao mercado e que pode melhorar até mesmo as condições de vida dos cidadãos que dependem desses serviços. Para estimular essas mudanças e possibilitar um ganho de qualidade nos negócios e nos serviços oferecidos, foi criado em 2001 o Movimento Brasil Competitivo (MBC), uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) que tem como objetivo disseminar no País tecnologias de gestão e promover o desenvolvimento sustentado. Erik Camarano, presidente do Movimento, explica que a entidade trabalha tanto para mobilizar o setor privado, promovendo a profissionalização da gestão dos negócios, quanto para promover a maior eficiência do setor público. Ele considera que houve uma melhora significativa nos últimos anos na gestão das empresas do País, mas avalia que há ainda grandes entraves. “É possível perceber uma maturidade do setor, porém
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ainda há muito o que fazer para o País se tornar mais competitivo. Há problemas sérios como o baixo nível educacional da população, a falta de infraestrutura de transportes e a elevada carga tributária.” O Movimento Brasil Competitivo atua hoje em nível nacional e há 14 entidades associadas ao MBC que atuam em nível estadual. No Rio Grande do Sul, o trabalho de promoção de modelos de excelência em gestão é realizado pelo Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade (PGQP). A entidade, que é uma parceria público-privada, foi criada em 1992, antes do Movimento Brasil Competitivo, e se associou ao MBC em 2001. “Com a abertura da economia brasileira no início da década de 1990 muitos produtos importados começaram a entrar com mais facilidade no País, e tanto o governo estadual da época quanto entidades empresariais do estado perceberam que era preciso melhorar a produtividade e a qualidade do que era produzido no Rio Grande do Sul. O PGQP foi criado com o objetivo de tornar as empresas do estado mais competitivas”, afirma Luiz Pierry, coordenador-executivo do programa. O trabalho da entidade começou no
estado com cerca de 200 indústrias. Elas eram convidadas a participar de seminários e encontros com grandes empresários, como Jorge Gerdau – presidente do conselho administrativo do Grupo Gerdau –, e a implementar modelos de excelência em gestão nos negócios. A melhora nos indicadores industriais fez com que a coordenação do PGQP decidisse expandir a atuação da entidade e passasse também a utilizar os mesmos processos com empresas de comércio, serviços e do setor público do estado. “Hoje são quase 10 mil empresas inscritas no Programa e nós registramos uma média de 500 novas adesões ao PGQP por ano. A maior parte das empresas que nos procuram – cerca de 80% delas – é de micro e pequeno portes”, explica Pierry. O Programa Gaúcho de Qualidade está dividido em 80 comitês que reúnem empresas e entidades de classe de diferentes setores produtivos. Cada uma das corporações que aderem ao programa é assessorada por uma equipe de empresários e consultores voluntários que dão dicas e sugestões para a melhora da produtividade do negócio. Além disso, as empresas que aplicam o Modelo de Excelência da Gestão da FNQ e obtêm os
Camarano, do MBC: problemas como baixo nível educacional, falta de infraestrutura de transportes e elevada carga tributária são entraves competitivos melhores resultados em gestão de seu segmento no estado são premiadas com medalhas e troféus concedidos pelo Programa Gaúcho de Qualidade.
Histórico animador Pierry conta que nesses 19 anos de aplicação do PGQP, o estado já conseguiu aumentar sua produção e melhorar sua competitividade e que isso é possível perceber pelo desempenho das empresas que participam do Programa. “Pesquisas mostraram que as corporações que aderiram ao sistema conseguiram ter um aumento de 30% na sua capacidade de ganho em dois anos de aplicação dos modelos de excelência da gestão. Isso porque, com esse processo, elas conseguem ter maior controle sobre os desperdícios ao mesmo tempo que aumentam a satisfação de seus co-
laboradores e clientes.” O coordenador do Programa diz que um dos casos mais emblemáticos é o da Santa Casa de Porto Alegre. Na década 1990 o hospital tinha sérios problemas de gestão e corria o risco até mesmo de fechar as portas porque não tinha mais condições de fazer atendimentos. “Com a adesão da Santa Casa ao Programa a entidade melhorou seus processos e é hoje um dos maiores hospitais da cidade – atende agora de 3 mil a 4 mil pacientes por dia. Pesquisas mostraram também que a organização conseguiu melhorar seus serviços e o atendimento ao público.” A assessoria prestada pelo PGQP também auxiliou a Omega Tecnologia a
melhorar a gestão do negócio. A empresa aderiu ao Programa depois de um ano de funcionamento e com isso passou a aplicar o Modelo de Excelência da Gestão. Além disso, criou um Comitê de Gestão com os funcionários e contratou um executivo só para trabalhar com os processos de gestão de qualidade. A empresa foi vencedora de diversos prêmios do PGQP e em 2009 recebeu também o MPE Brasil na categoria TI. “Melhorando a gestão dos negócios conseguimos aumentar a satisfação de nossos colaboradores, que passou de 67% para 90%, e a satisfação de nossos clientes chegou a quase 99%”, afirma Magnum Foletto, diretorexecutivo da Omega Tecnologia.
Foletto, da Omega: melhora da gestão elevou a satisfação dos colaboradores a 90% e a dos consumidores a quase 99%
Elektro: www.elektro.com.br Fundação Nacional de Qualidade: www.fnq.org.br Manipulare: www.manipulare.far.br MBC: www.mbc.org.br Omega Tecnologia: www.omegatecnologia.com Paintech: www.paintech.com.br Patrimonium: www.patrimoniumbr.com.br PGQP: www.mbc.org.br Sebrae: www.sebrae.com.br
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trilhos De volta aos
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Forte crescimento da economia, com centros produtivos cada vez mais distantes, exige investimentos no aumento da malha ferroviรกria para ganhar competitividade
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edsom leite/mt
pa nora m a por Cléia Schmitz cleia@empreendedor.com.br
A carência do Brasil por ferrovias é um discurso que se ouve repetidamente há décadas no País, uma ladainha de lamúrias para quem vê de fora. Mas o fato é que nunca tivemos tanta necessidade de investir em sistemas de trens como hoje, seja para o transporte de cargas ou de passageiros. Uma demanda que tende a se elevar ainda mais nos próximos anos com as perspectivas de forte crescimento da economia e o aumento da população nos centros urbanos. O crescente volume de cargas transportadas por nossas estradas tem levado o modal rodoviário ao colapso e, consequentemente, aumentado os custos de logística, comprometendo a competitividade. Nas cidades, os congestionamentos evidenciam a urgência por transportes de massa com potencial para desafogar as ruas e melhorar a qualidade de vida das pessoas. Sob o prisma da oportunidade, o momento parece perfeito para o modal ferroviário conquistar mais espaço na matriz de transportes brasileira. Hoje, o percentual é de 25%, pequeno comparado a Estados Unidos e Austrália (43%), China (37%) e Rússia (81%), países de dimensões continentais como o Brasil. Para a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), já deveríamos ter uma malha férrea de mais de 50 mil quilômetros para transporte de cargas. Essa é a meta do Plano Nacional de Logística em Transportes (PNLT), do governo federal, para 2025, quando se espera que os trens respondam por 35% da matriz. Hoje, o País conta com 28.476 quilômetros de ferrovias operadas pela iniciativa privada. “É menos do que tínhamos na década de 1920, quando a primeira rodovia brasileira foi asfaltada”, afirma
Vicente Abate, presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer). Para o dirigente, a opção exclusiva pelo rodoviarismo nos anos 1950 acabou levando à estagnação e degradação da malha férrea existente na época – cerca de 30 mil quilômetros. Abate acredita que, se tivéssemos seguido o ritmo que vínhamos tendo nas primeiras décadas do século passado, poderíamos ter uma malha comparada à dos Estados Unidos (280 mil quilômetros) ou pelo menos da China (86 mil quilômetros). Até a vizinha Argentina, com área territorial muito menor que a nossa, tem maior extensão de ferrovias – 31.409 quilômetros. Para complicar, grande parte da malha férrea brasileira está defasada e subutilizada. De acordo com a ANTF, cerca de 80% têm mais de um século e, por isso, ainda utilizam bitola estreita. Apenas 5.069 quilômetros têm bitola larga, que permite maior velocidade das composições, fundamental para garantir a competitividade do modal. Outro problema que compromete a eficiência do sistema ferroviário nacional são os gargalos operacionais. Levantamento da ANTF registrou mais de 12 mil passagens de nível – cruzamentos da ferrovia com ruas e rodovias – e 372 invasões de faixas de domínio, das quais 183 têm moradias. Grande parte é herança do abandono das estradas de ferro no passado. Além de promover a insegurança do sistema, esses obstáculos tornam o modal ferroviário menos ágil porque é preciso reduzir a velocidade média das composições, que no Brasil já é baixa (25 km/h), para cerca de 5 km/h. Eles também são um entrave para o acesso ferroviário aos portos, limitando a capacidade de escoamento da produção brasileira. Para a ANTF, a solução está em exigir sinalização adequada, obras de contornos e viadutos e realocação de famílias instaladas irregularmente,
matriz de transportes no mundo 81% 53%
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46% 43%
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8% 11%
43%
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g Ferroviário
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4%
Rússia Canadá Austrália
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50% 25% 13%
EUA China
g Rodoviário
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Brasil
g Aquaviário Fonte: Ministério dos Transportes
entre outras iniciativas que dependem dos governos municipais, estaduais e federal.
Ritmo lento Quanto à expansão e modernização da malha férrea, a crítica é para o ritmo lento dos investimentos e das obras. “O número mais otimista para este ano é que teríamos mais 1,5 mil quilômetros de malha férrea. A China consegue fazer crescimento exponencial. Lá eles construíram 300 quilômetros de metrô em um ano”, destaca Antonio Wrobleski Filho, sócio da Awro Participações e Logística e presidente do Instituto Logweb de Supply Chain e Logística (Ilog). De acordo com o 11º Balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), divulgado em dezembro passado, existem 3.771 quilômetros de obras ferroviárias em execução pelo governo federal e 2.153 quilômetros ao encargo da iniciativa privada, totalizando quase 6 mil quilômetros. O relatório de obras concluídas do PAC 1 (2007/2010) aponta um total de 909 quilômetros de novas ferrovias, realizadas com investimentos de R$ 3,4 bilhões. Para Wrobleski, o problema é que essas obras não integram as ferrovias aos outros modais. “Não dá mais para continuarmos a olhar os modais de forma isolada. Se fizermos isso, continuaremos cometendo o erro de fazer uma Transnordestina sem a capilaridade de alimentação. Na logística, temos que olhar o conjunto”, destaca o especialista. Ele também cita o baixo investimento brasileiro em infraestrutura de transportes como um dos maiores entraves para desenvolver a logística no Brasil. Vicente Abate, da Abifer, lembra que esse é um problema de mais de 40 anos. “Na década de 1970, investíamos quase 2% do PIB em transportes, volume
por que trens? Um trem composto por 100 vagões graneleiros, com capacidade para 100 toneladas cada, substitui 357 caminhões; O modal ferroviário é considerado a melhor opção para distâncias entre 400 e 1,5 mil quilômetros, muito comuns em países de dimensões continentais, como o Brasil; Trens de carga emitem 70% menos de dióxido de carbono e 66% menos de monóxido de carbono do que caminhões, segundo a ANTT.
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Segundo balanço do PAC, existem atualmente 3.771 km de obras ferroviárias em execução pelo governo federal e 2.153 km ao encargo da iniciativa privada
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PA NOR A M A
Ferrovia Centro Atlântica opera mais de 8 mil km de ferrovias em sete estados brasileiros, além do Distrito Federal
ENTENDA O SISTEMA DE TRANSPORTE FERROVIÁRIO DE CARGAS A operação da malha ferroviária brasileira foi desestatizada no final dos anos 1990 e é feita atualmente pelas seguintes concessionárias: ALL – América Latina Logística Malha Norte S/A (antiga Ferronorte) ALL – América Latina Logística Malha Oeste S/A (Novoeste) ALL – América Latina Logística Malha Paulista S/A (Ferroban) ALL – América Latina Logística Malha Sul S/A Ferrovia Centro-Atlântica S/A – FCA Ferrovia Tereza Cristina S/A – FTC MRS Logística S/A Transnordestina Logística S/A (antiga CFN) Vale S/A
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Fonte: ANTF
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PARTICIPAÇÃO DOS PRODUTOS TRANSPORTADOS PELAS FERROVIAS Minérios/carvão mineral ....................74,85% Agronegócio ......................................11,56% Produtos Siderúrgicos ......................... 3,77% Derivados de Petróleo Álcool ................2,79% Insumos construção civil e cimento ..... 2,45% Outros.............................................. 4,58%
4% 2,5% 5% 11% 3% 75%
Fonte: Associadas ANTF/ano-base 2009
que foi caindo até chegar a 0,2% no final dos anos 1990”, destaca. Hoje, o governo federal acena com uma meta de chegar a 1% do PIB, mas por ora a taxa está em torno de 0,5%. “O Brasil precisa investir 3% do PIB em infraestrutura logística. Se continuarmos investindo 0,5%, o sistema que hoje está estressado vai parar”, diz Wrobleski. Além dos investimentos serem considerados baixos, levantamentos da ANTF mostram disparidades na distribuição dos recursos entre os modais. No PAC 1 (2007/2010), as ferrovias receberam 14% dos recursos, enquanto o rodoviário ficou com 56% do total. No PAC 2 (2011/2014), a disparidade desaparece – 46% para rodovias e 42% para ferrovias –, mas há que se destacar que neste último estão incluídos os recursos do polêmico projeto do trem de alta velocidade (TAV ) para transporte de passageiros entre Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas (SP). “Para que a meta do PNLT de elevar a participação do modal ferroviário a 35% em 2025, é necessário planejamento definido e, acima de tudo, que as obras sejam concluídas ainda nesta década”, afirma Rodrigo Vilaça, diretorexecutivo da ANTF. Assim espera o setor produtivo no Brasil, especialmente o agronegócio. “A
produção brasileira de grãos cresceu 150% nos últimos 15 anos. A área de produção foi para o Brasil Central e as distâncias para transportar os produtos colhidos até os portos aumentaram substancialmente. Quando o caminho a ser percorrido começa a passar de 1 mil quilômetros, as ferrovias começam a ganhar vantagens em termos de menor custo quando comparado com as rodovias. Diante das perspectivas de expansão da área cultivada e maior produção nas regiões centrais do País, as linhas ferroviárias ficam cada vez mais imprescindíveis”, esclarece Luiz Antonio Pinazza, diretor-executivo da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag). Segundo ele, uma parcela expressiva das vantagens competitivas – de menor custo de produção nas fazendas – é perdida por questões de deficiências na parte da infraestrutura e logística no transporte.
Bernardi, da ALL: meta é crescer 10% ao ano nos próximos cinco anos
Balanço As concessionárias que operam a malha férrea do País desde 2006, início do processo de desestatização das ferrovias brasileiras, têm investido pesado para aumentar a movimentação de cargas: R$ 24 bilhões entre 1997 e 2010. Os recursos foram utilizados principalmente para reVilaça, da ANTF: obras precisam ser concluídas ainda nesta década
cuperação da malha e aquisição de novos equipamentos. De acordo com balanço da ANTF, 253,3 milhões de toneladas eram transportadas por trens em 1997 – 17% do total de cargas. Esse volume saltou para 471,1 milhões em 2010, um crescimento de 86% em 14 anos. O balanço da ANTF também aponta um aumento relevante na produtividade das ferrovias – de 110,2 bilhões para 280,1 bilhões de TKU (tonelada por quilômetro útil) no mesmo período. Já o número de locomotivas passou de 1.154 unidades para 3.130, e o de vagões de 43.816 para 99.531. A idade média da frota de vagões, que na década de 1990 era de 42 anos, hoje é de 25 anos. Como o crescimento da malha ferroviária federal é de responsabilidade do governo, as concessionárias têm buscado retomar ou aumentar fluxos das operações existentes. É o caso da Ferrovia Centro Atlântica (FCA), que opera mais de 8 mil quilômetros de ferrovias em 300 municípios de sete estados brasileiros, além do Distrito Federal. Recentemente, a empresa revitalizou um trecho de aproximadamente 150 quilômetros entre as cidades mineiras de Corinto e Pirapora. “O trecho estava parado havia anos. Criamos o Terminal Intermodal de Pirapora, que atualmente atende a nova fronteira agrícola
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A América Latina Logística, que opera metade de toda a malha ferroviária brasileira, cresceu 11,5% em 2010
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edsom leite/mt
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Malha Ferroviária POR País País Alemanha Argentina China EUA França Índia Rússia Brasil
Extensão Área da Malha Territorial Ferroviária (km) (km2) 41.896 31.409 86.000 280.000 29.213 64.015 87.157 28.857
348.672 2.736.690 9.569.901 9.161.966 549.970 2.973.193 16.377.742 8.459.417 Fonte: ANTF
do noroeste de Minas. No ano passado, foram transportados quase 700 mil toneladas de grãos direto da região para o Porto de Tubarão, em Vitória. O escoamento por ferrovia deu maior competitividade à produção da região, o que já se traduz em crescimento do número da área plantada”, afirma Fabiano Lorenzi, diretor de comercialização da FCA.
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Volume maior
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Em 2010, a empresa fechou o ano com produção de 11,4 bilhões de TKU, 7,8% a mais que a produção de 2009. O volume transportado foi de 26,7 milhões de TU, 19,2% maior que 2009. “Focamos nossos investimentos na manutenção e melhorias da via permanente, a exemplo da remodelação de trilhos; construção e ampliação de pátios; modernização de vagões; microprocessamento de locomotivas; segurança, meio ambiente e saúde. Ao todo foram R$ 251,3 milhões”, destaca Lorenzi. A FCA também colocou 450 novos vagões para circular na malha em 2010. Segundo o executivo, a tecnologia desse material rodante – produzido ou incrementado única e exclusivamente pela indústria brasileira – é diferenciada para aumentar a eficiência do embarque e desembarque de produtos, principalmente os siderúrgicos e o açúcar. A América Latina Logística (ALL), que
opera metade de toda a malha viária brasileira, cresceu 11,5% em 2010, alcançando 39,715 bilhões de TKU transportados em território brasileiro. De acordo com Adriano Bernardi, gerente de projetos logísticos da ALL, o plano da empresa para os próximos cinco anos é crescer pelo menos 10% ao ano. Em 2011, os investimentos para viabilizar o crescimento orgânico da empresa devem somar R$ 650 milhões. A ALL também reservou um
Pinazza, da Abag: vantagens competitivas do agronegócio brasileiro são perdidas por deficiências na infraestrutura e transporte
investimento de cerca de R$ 300 milhões para a continuidade do projeto de construção da ferrovia entre Alto Araguaia e Rondonópolis (MT). No segundo semestre, deve ser inaugurado o trecho que chega em Itiquira (MT). “Um dos desafios do setor é a busca contínua pela melhoria operacional. O aprimoramento constante da operação e o trabalho na confiabilidade dos ativos são pontos que geram ganhos de produtividade para a empresa e seus clientes”, destaca Bernardi. No ano passado, a ALL criou a Brado Logística, uma empresa específica para o segmento de logística de contêineres. Com investimentos de R$ 1 bilhão nos próximos cinco anos, a concessionária quer aumentar a participação do modal ferroviário no segmento de contêineres. “A nova empresa vai atuar como consolidadora deste mercado, criando escala para a ferrovia. Ela tem foco, gestão e administração completamente independentes da ALL, com estrutura de ativos customizada para atender às necessidades dos clientes de contêiner”, explica Bernardi. O investimento da Brado será destinado principalmente para aquisição de vagões e locomotivas, os quais possibilitarão trens expressos e dedicados, e terminais intermodais. A meta é chegar ao final dos cinco anos com uma participação de 12% no volume de contêineres movimentados nos portos servidos pela ALL.
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Metrô de Cariri, no Ceará, o primeiro projeto de VLT a entrar em operação no Brasil
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trem para todos
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Trechos de ferrovias abandonados ou subutilizados permitem o incremento do transporte urbano e regional de passageiros, que vive um momento de redescoberta
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O transporte de passageiros sobre trilhos sempre foi uma alternativa ignorada por grande parte dos governantes de grandes e médios centros urbanos às voltas com problemas cada vez maiores de mobilidade urbana. Motivo: custo muito alto comparado ao modal rodoviário. Hoje, ironicamente, o próprio governo federal é criticado por levar adiante o projeto de um trem de alta velocidade (TAV) para transporte de passageiros no trecho Rio de Janeiro-São Paulo-Campinas. Motivo? O custo de R$ 34,6 bilhões que, segundo Marcos José Mendes, consultor do Senado e principal porta-voz dos críticos ao projeto, é uma quantia altíssima considerando que nos últimos dez anos todo o segmento ferroviário não recebeu sequer um terço desse valor em investimentos públicos. O argumento do governo é de que o TAV é a tecnologia mais adequada para atender à demanda de passageiros entre Rio de Janeiro e São Paulo – corredor que concentra 20% da população brasileira. Segundo dados do projeto, 32,6 milhões de passageiros devem ser transportados já no primeiro ano de operação do trem. As estimativas a longo prazo são de que esse número pode chegar a 46 milhões após dez anos e 100 milhões depois de 40 anos. O leilão para definir as empresas responsáveis pela construção do trembala já foi adiado duas vezes. A nova data é 29 de julho. O governo quer iniciar as obras no segundo semestre do ano que
vem e sonha com o TAV concluído para as Olimpíadas do Rio em 2016. Além do trem-bala, há no País uma série de projetos para transporte urbano sobre trilhos, bem menos polêmicos. “A expectativa é de que as iniciativas em fase de estudo ou já em andamento injetem cerca de R$ 85 bilhões em investimentos nos próximos cinco anos, englobando desde linhas de metrô, trens regionais e interestaduais, até monotrilhos e os chamados ‘veículos leves sobre trilhos’ (VLTs)”, afirma o presi-
Joubert, da ANPTrilhos: volume de passageiros em São Paulo deve crescer mais de 60% até 2014
dente da recém-criada Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), Joubert Fortes Flores Filho. De acordo com a entidade, atualmente cerca de 7,7 milhões de passageiros são transportados diariamente por malha férrea no Brasil, sem considerar aqueles que passeiam pelos trens turísticos e culturais. Desse total, 6 milhões estão em São Paulo, um número que deve chegar a 10 milhões em 2014. Grande parte dos novos projetos tem como pano de fundo a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. É o caso, por exemplo, do Aeromóvel de Porto Alegre, cidade-sede da Copa. O projeto, já em execução, prevê a construção de uma via elevada de quase um quilômetro de extensão interligando o Aeroporto Salgado Filho, na capital gaúcha, à estação de metrô da Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb). Dois trens, com capacidade para 300 e 150 lugares, farão o transporte dos passageiros. A estimativa da Trensurb é que sejam transportadas no trecho 7 mil pessoas por dia. “A proposta é melhorar o acesso ao aeroporto e ampliar a capacidade de integração do nosso sistema”, explica Sidemar Francisco da Silva, gerente de Mobilidade Urbana da Trensurb. O valor do projeto, que tem recursos do PAC Mobilidade, é de R$ 29, 9 milhões. Segundo Silva, a previsão é de que o aeromóvel começará a operar no início de 2012. “A intenção é partir de uma tecnologia to-
Aeromóvel vai tornar o traslado ao aeroporto de Porto Alegre mais previsível
Nos últimos dez anos, o segmento ferroviário não recebeu um terço do valor estimado para a implantação do trem-bala superfície adequado para transportar até 30 mil passageiros por hora e sentido. Há projetos para uso desses trens em várias cidades do País, como Fortaleza, Recife, Maceió e Brasília. O VLT é considerado uma alternativa ao BRT, sigla para Ônibus de Trânsito Rápido, um modelo de transporte coletivo feito com veículos articulados que trafegam em faixas exclusivas – uma espécie de metrô no asfalto. A vitrine do VLT no Brasil é o Metrô de Cariri, que liga as cidades cearenses de Juazeiro do Norte e Crato, no sul do estado. Operado pela Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor), o empreendimento é o primeiro projeto de VLT a entrar em operação no Brasil. “Já recebemos visitas de governantes de todo o Brasil interessados em conhecer o empreendimento – e até da Espanha”, afirma Antonio Chalita de Figueiredo, gerente de Controle e Tráfego da Metrofor. O Metrô de Cariri custou R$ 26, 5 milhões ao governo do Ceará e começou a operar em maio de 2010 com dois trens de dois carros. Hoje, sua capacidade para transportar 15 mil passageiros por dia ainda é bastante subutilizada. Segundo
Figueiredo, 1,5 mil pessoas utilizam o sistema diariamente. Para aumentar esse número, a Metrofor precisa melhorar a integração com os ônibus intermunicipais. Para isso também depende da boa vontade dos donos das empresas de ônibus em alterar suas rotas e promover a integração com as estações do Cariri utilizando um único bilhete. O metrô de Cariri faz 42 viagens por dia numa velocidade de 40 km/h em um trecho de 14 quilômetros. O tempo médio da viagem é de 30 minutos e a passagem custa R$ 1, menos do que o bilhete do ônibus, R$ 1,30. O projeto aproveitou a malha viária já existente na região, concedida à Transnordestina Logística, um fator que tem chamado a atenção de outras cidades que possuem ferrovias, inclusive desativadas, nos centros urbanos. É a deixa para novos projetos para transporte de passageiros sobre trilhos.
LINHA DIRETA Abag: (11) 3285-3100 Abifer: (11) 3289-1667 ALL: (41) 2141-7555 ANPTrilhos: (61) 3226-5434 ANTF: (61) 3226-5434 Ferrovia Centro-Atlântica: (27) 3333-2555 Instituto Ilog: (11) 2936-9918 www.logweb.com.br Metrofor: (85) 3101-7100 Trensurb: (51) 3363-8000
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talmente nacional e com um custo acessível para adquirir expertise e, então, fazer outras ligações ao longo do nosso sistema, por exemplo, interligando uma estação a uma universidade”, adianta Silva. Na região do aeroporto, o aeromóvel vai permitir que as pessoas cheguem com mais rapidez ao terminal aéreo utilizando transporte coletivo. Hoje, o trecho entre o aeroporto e a estação é feito em ônibus disponibilizado pelo aeroporto até a passarela que dá acesso à estação da Trensurb. “O aeromóvel, interligado ao nosso sistema, vai tornar o trajeto ao aeroporto mais previsível”, destaca o executivo da Trensurb. Para Joubert Filho, da ANPTrilhos, o País vive um momento de redescoberta do trem de passageiros. Além do TAV, o Ministério dos Transportes prevê a criação de 16 linhas de trens regionais. A proposta é de composições capazes de andar a velocidades de 200 km/h em trajetos de 100 a 400 quilômetros, utilizando trechos de ferrovias já existentes e hoje abandonadas ou subutilizadas pelas concessionárias de transporte de cargas. Entre as linhas previstas estão Rio Grande-Pelotas, no Rio Grande do Sul, Londrina-Maringá, no Paraná, e Recife-Caruaru, em Pernambuco. Atualmente, o único trem de passageiro de longa distância no Brasil é a linha da Estrada de Ferro VitóriaMinas (EFVM), entre Vitória e Governador Valadares (MG), operada pela Vale. São 905 quilômetros de extensão. Em 2010, mais de 1 milhão de pessoas foram transportadas nos trens da EFVM. Uma das tecnologias que mais tem chamado a atenção é o VLT, um metrô de
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in ova çã o
por Cléia Schmitz
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cleia@empreendedor.com.br
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Nem todo mundo pode se dar ao luxo de agir como Steve Jobs, fundador da Apple, que já declarou não ouvir consumidores nos processos de inovação da empresa. Para os defensores do open innovation (inovação aberta) e do crowdsourcing (utilização de ideias coletivas e voluntárias espalhados pela internet para desenvolvimento de novos produtos), Jobs deveria ser só a exceção a uma regra que recomenda ouvir o que os clientes têm a dizer como uma forma de tornar os resultados mercadológicos mais assertivos. É a velha caixinha de sugestões, mas agora chamada de espaço colaborativo, com ferramentas modernas (leia-se redes sociais) que multiplicam as possibilidades de relacionamento pessoal e, consequentemente, a reunião de ideias. “Num mundo onde todos estão conectados, as empresas que criarem plataformas de inovação com cocriação e crowdsourcing serão beneficiadas”, afirma Martha Terenzzo, diretora da Inova 360˚ Consultoria de Inovação e Negócios e professora da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). A especialista argumenta que inovações feitas a partir de anseios dos consumidores tendem a ser mais afinadas com os interesses dos mercados. Martha lembra ainda que a inovação não precisa necessariamente estar atrelada à tecnologia. “Ela pode partir da percepção do que nós consumidores precisamos e é relevante em nossas vidas. O conceito parece óbvio mas não é. Há milhares de produtos e serviços novos que não trazem nenhum benefício para o consumidor e muito menos para a sociedade.”
Voz
Um exemplo claro, segundo a professora, é o atendimento telefônico das operadoras de telefonia, que não leva em conta uma das principais necessidades das pessoas que vivem nos centros urbanos – economizar tempo. Martha também destaca outros dois recursos escassos e muito requisitados: controle e a conveniência. “Quantas empresas de fato pensam nisso para resolver nossos problemas?”, questiona. Para ela, o que falta é tentar entender as necessidades das pessoas com um olhar não apenas mercadológico, mas sim antropológico e social. Foi o que fez a Mueller, uma das mais tradicionais fabricantes de eletrodomésticos do Brasil. Ao identificar que as pessoas estão vivendo em apartamentos e casas com áreas de serviço cada vez menores, a empresa desenvolveu uma máquina de lavar com despensa embutida para guardar produtos de limpeza. A ideia não partiu da área de engenharia ou de novos produtos da empresa, mas da equipe do marketing. A empresa faz pesquisas periódicas com consumidores e colhe opiniões ouvidas
Marta: falta entender as necessidades das pessoas com olhar antropológico e social
Produtos desenvolvidos a partir de anseios dos consumidores tendem a ser mais afinados com os interesses dos mercados
pelos vendedores diretamente nas lojas. “As necessidades são identificadas e a partir deste ponto começam as discussões em grupo sobre como podemos transformar aquela vontade do consumidor em produto. As ideias são transformadas em protótipos para que sejam avaliadas as viabilidades técnicas e econômicas”, explica Márcio Gonçalves, diretor de marketing e vendas da unidade de lavadoras da Mueller. A lavadora Family, que suporta até 10 quilos de roupa seca, é outro produto desenvolvido a partir dessa preocupação da marca. O objetivo é atender consumidores que querem lavar edredons e cobertas em casa. Para Gonçalves, a principal vantagem desse processo é que a responsabilidade em apresentar ideias inovadoras é de todos. “Elas podem partir de qualquer pessoa – um consumidor, um colaborador, um engenheiro, um vendedor... Assim as oportunidades se multiplicam”, destaca o executivo. Na opinião de Gonçalves, o maior desafio passa a ser a viabilização da ideia em um produto que seja, ao mesmo tempo, bem recebido pelo cliente e um bom negócio para a empresa. “Isso faz com que o processo de inovar seja sempre desafiador”, observa. A montadora de caminhões Iveco também não dispensa a opinião do consumidor na hora de definir o desenvolvimento de novos produtos. De acordo com Cristiane Nunes, gerente de marketing e produto da empresa, além das tradicionais pesquisas qualitativas e quantitativas realizadas por empresas especializadas, a Iveco investe num trabalho constante de visita aos clientes para levantar os interesses e as impressões sobre os produtos. Essas informações seguem para o grupo
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Menor espaรงamento entre os bancos (que ficaram maiores) do Vertis foi solicitado por clientes da Iveco
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Máquina de lavar com despensa embutida foi uma ideia do departamento de marketing da Mueller
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centro de desenvolvimento de produtos. O passo seguinte é a clínica de produto: um protótipo e veículos similares de concorrentes são colocados à disposição de clientes da Iveco e de consumidores em geral para colher todas as opiniões possíveis – de sugestões e reclamações a comparações com outras marcas. Nesta etapa ainda é possível fazer correções no projeto, desde questões técnicas até detalhes para agradar mais ao cliente. Cristiane cita o exemplo da linha Vertis, cujo espaçamento entre os bancos foi reduzido para aumentar o conforto do motorista. “A Iveco trabalha muito próxima do cliente e valoriza muito a sua opinião.” Para a professora Martha Terenzzo, um bom motivo para apostar em ferramentas abertas de inovação é que os processos fechados costumam ser custosos e longos demais. Os resultados alcançados pela Tecnisa com sua plataforma de open innovation comprovam a tese de Martha. Nove meses depois de lançar o Tecnisa Ideias, portal aberto a sugestões de usuários de internet, a empresa recebeu mais de 1 mil ideias, das quais 28 já foram implementadas. “Mais do que uma ideia em si, o importante é avaliar o conjunto de sugestões porque ele aponta tendências”, explica Romeo Busarello, diretor de e-business e relacionamento com clientes. Para promover seu portal de ideias,
Busarello, da Tecnisa: avaliação do conjunto de sugestões enviadas pelo portal aponta tendências
a Tecnisa também usou uma plataforma de crowdsourcing, o Zooppa, rede social de “talentos criativos”. Após lançar um desafio aos profissionais, a empresa recebeu um total de 122 peças gráficas e 15 vídeos de divulgação do portal. Custo da ação? R$ 5 mil, valor pago ao vencedor do desafio. Segundo Busarello, 99% das ideias implementadas atualmente pela construtora foram elaboradas pelo público em geral através de espaços colaborativos disponíveis na internet. A empresa, a primeira a contratar um gestor de redes sociais, começou a utilizar esses canais em 2005. Ciente do envelhecimento da população brasileira, a construtora queria ouvir sugestões de pessoas da terceira idade para melhor atendê-las. Para isso, propôs um desafio de ideias em comunidades do Orkut ligadas ao público. As sugestões que fossem implantadas receberiam R$ 2 mil. A empresa recebeu 52 ideias e implantou duas. Entre elas, a rampa na piscina, uma mudança bem-vinda para quem tem dificuldades em usar a escada. “As pessoas gostam de colaborar, mesmo que não haja um retorno financeiro”, afirma Busarello.
LINHA DIRETA Iveco: 0800 704 8326 Martha Terenzzo: www.marthaterenzzo.com.br Mueller: (47) 3281-2000 Tecnisa: (11) 3708-1000
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talentos
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Celeiro de
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Escolas de clubes e esportistas consagrados têm procura crescente, e a realização de grandes eventos no Brasil tende a manter o segmento aquecido por Beatrice Gonçalves beatrice@empreendedor.com.br
Escola de Vôlei Bernardinho Ano de fundação: 2007 Unidades: 7 Taxa de franquia: R$ 37,5 mil Retorno sobre o investimento: entre 18 e 36 meses Infraestrutura necessária para abrir uma unidade: uma quadra poliesportiva coberta
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De olho em futuros atletas, clubes e esportistas consagrados estão investindo na abertura de escolas de formação e de treinamento. A proposta é desde cedo incentivar crianças e adolescentes a praticar esportes e quem sabe dessa forma também revelar jovens promessas. Para isso, eles têm usado a experiência bem-sucedida nos campos e nas quadras para estruturar esses novos negócios e conquistar seus clientes. Um modelo de empresa que tem se expandido no Brasil nos últimos anos através do sistema de franquias. Já há no mercado redes de escolas de futebol do Flamengo, do Corinthians e do Santos, redes de ensino de squash e de vôlei. Conhecido por revelar grandes jogadores como Robinho, Neymar e Paulo Henrique Ganso, o Santos Futebol Clube resolveu transformar seu modelo de formação de atletas em franquia e criou em 2002 a Meninos da Vila, rede de ensino e de treinamento de jogadores de futebol de campo para garotos entre sete e 15 anos. “Resolvemos abrir a franquia porque vimos nesse modelo de negócio a oportunidade de sistematizar os nossos serviços e de levar a marca Santos para outras regiões do País e do exterior”, afir-
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ma Nicolino Bozzela Júnior, diretor da divisão de escolas de futebol do Santos. As escolas do time paulista chamaram a atenção não só dos meninos interessados em se tornar jogadores profissionais, mas de investidores. Em nove anos de funcionamento, a Meninos da Vila se transformou em uma das maiores franquias do País no segmento esportivo. Hoje são 50 unidades instaladas em todas as regiões do Brasil e há outras cinco escolas nos Estados Unidos, Canadá, Japão, Egito e Paraguai. O diretor da Meninos da Vila afirma que entre os franqueados há muitos ex-jogadores de futebol e torcedores do Santos, e ele explica que isso não é um pré-requisito para entrar na rede. O que é necessário, segundo Bozzela, é ter perfil para trabalhar no ramo empresarial. “Esse investidor vai representar o clube e por isso a nossa seleção de franqueados é rigorosa.” Para abrir uma unidade é necessário ter um campo de futebol com vestiário e ter uma equipe de professores de educação física. A taxa inicial da franquia é de R$ 25 mil e é preciso pagar taxas mensais de royalties. Os franqueados são treinados pela equipe do Santos no litoral de
São Paulo e as unidades são constantemente avaliadas pela administração da Meninos da Vila.
Renda extra Bozzela explica que a franquia é hoje uma renda extra para o time e é, ao mesmo tempo, uma fonte de novos talentos. Representantes do clube costumam visitar as unidades franqueadas, fazer pré-avaliações de atletas e convidar esses jovens esportistas para participar de seletivas realizadas na Vila Belmiro. “Hoje, cerca de 15% dos jogadores dos times da base do Santos são revelados por unidades franqueadas da rede.” Entre as futuras promessas, Bozzela cita o jogador Vitor Taubaté, que começou a jogar em uma unidade da Meninos da Vila e este ano foi o artilheiro do campeonato paulista sub-11 com a maior média de gols registrada em toda a competição. Com o sucesso do modelo de franquia, o clube criou outros formatos. Há o Meninos da Vila Futsal, para formação de jogadores de futebol de salão, e ainda este ano o Santos planeja lançar a rede Sereias da Vila, para formação de jogadoras de futebol de campo. “No Brasil o futebol faz
parte do DNA do brasileiro e esse é um mercado que tende a crescer ainda mais nos próximos anos com a realização da Copa no País”, considera Bozzela. As redes de escola de futebol são maioria no segmento de franquias esportivas no Brasil, porém, nos últimos anos, escolas de formação de atletas em modalidades como o vôlei também estão ganhando mercado através do sistema de franchising. O jogador e técnico de vôlei Bernardinho e parte de sua equipe na seleção brasileira – Ricardo Tabach, Hélio Griner e José Inácio Salles – montaram em 2007 a Escola de Vôlei Bernardinho para promover e ensinar a prática de vôlei a crianças e adolescentes no País, e com o sucesso do negócio eles transformaram a empresa em franquia este ano. Em seis meses de trabalho, através do sistema de franchising, a rede expandiu sua atuação – antes era restrita ao Rio de Janeiro, Brasília e Goiânia – para cidades como Fortaleza, Niterói (RJ) e Bauru (SP), e a perspectiva da franquia é abrir outras 12 escolas ainda este ano. “Acreditamos que com as Olimpíadas e com o bom resultado da seleção na Liga Mundial, o brasileiro tende a se interessar ainda mais pelo esporte e isso se reflete nos negó-
Escola de Futebol Meninos da Vila Ano de fundação: 2002 | Unidades: 50 | Taxa de franquia: R$ 25 mil Infraestrutura necessária: um campo de futebol com vestiário
cios. No ano que vem, podemos chegar a 30 unidades da Escola de Vôlei Bernardinho”, explica Ricardo Bergara, diretor de marketing e expansão da franquia. Um dos diferenciais da Escola de Vôlei Bernardinho é a metodologia de ensino. O técnico da Seleção Brasileira de Vôlei e sua equipe desenvolveram o método minivôlei: o tamanho da quadra utilizada para a prática é menor do que o dos padrões oficiais, as redes são mais baixas e as bolas são mais leves e macias. A proposta da rede, segundo Bergara, é fazer com que o vôlei promova a diversão e consiga ser praticado inclusive por crianças pequenas. Por esse sistema, os alunos são divididos em três categorias: a mini 1 é voltada para crianças entre sete
e 10 anos, a mini 2 para alunos entre 11 e 13 anos e a categoria 4x4 para adolescentes entre 13 e 16 anos. O diretor de marketing da rede explica que a proposta da escola é trazer as crianças para o esporte e mostrar de uma forma divertida como o vôlei é praticado. Bergara afirma que o foco principal do negócio não é formar atletas de alto rendimento, mas que quando um dos alunos se destaca no esporte, a rede costuma encaminhá-lo para testes em clubes de vôlei. “Além de ensinar-lhes o vôlei, também trabalhamos nas aulas conceitos como cooperação, responsabilidade, superação e disciplina. Nossa proposta é também formar um cidadão.” Para se tornar um franqueado não é preciso ter experiência na área. O que a administração da franquia costuma levar em consideração para a escolha dos investidores é se eles têm a atitude empreendedora e se há uma identificação deles com a marca. A taxa inicial de franquia é de R$ 37,5 mil e é preciso ter uma quadra esportiva polivalente coberta. Todo o trabalho desenvolvido pela escola e a capacitação dos franqueados têm a supervisão de Bernardinho, que é o presidente da rede.
O sucesso de franquias como a Escola de Vôlei Bernardinho e a Meninos da Vila é exemplo que, segundo Maria Cristina Franco, vice-presidente da ABF, mostra como o esporte é uma boa oportunidade de negócio no País. Ela considera que a realização da Copa e das Olimpíadas no Brasil tende a manter esse mercado aquecido nos próximos anos, e vê como uma vantagem do setor tanto para conquistar franqueados quanto para conquistar clientes ser um negócio que trabalha com uma das principais paixões do brasileiro, que é o esporte. Mas ela faz algumas ressalvas para quem pensa em se tornar um franqueado de uma rede esportiva. “Não se deixe levar apenas pela paixão. Ser torcedor é uma coisa e ser empresário é outra totalmente diferente.”
LINHA DIRETA ABF: www.abf.com.br Escola de Futebol Meninos da Vila: www.santosfc.com.br Escola de Vôlei Bernardinho: www. escoladevoleibernardinho.com.br
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Trabalhar com uma das principais paixões do brasileiro é vantagem tanto para conquistar franqueados quanto clientes
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Fast-kebab
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Criada em 2009 pelos israelenses Roni e Tomer Kanarek, o Laffa Kebab Store aposta na abertura de franquias como estratégia de expansão. Com duas lojas próprias no Rio de Janeiro, a expectativa é inaugurar sete franquias até o final de 2011. A rede é especializada em kebabs preparados de forma artesanal, com o pão feito na hora, mas sem abrir mão da velocidade e o atendimento característicos do fast-food. No cardápio, o tradicional shawarma é servido em duas versões – cordeiro e peru –, além de sanduíches típicos dos países árabes como Kafta, Sabich e o famoso Falafel. No total são 14 variedades de sanduíches com diferentes recheios, todos servidos no pão-folha e temperados com condimentos importados. Elaborada pela Cherto Consultoria, a franquia requer área mínima de 40 metros quadrados e 12 funcionários. O investimento inicial para abertura de uma unidade gira em torno de R$ 250 mil, incluindo custos de instalação, equipamentos e despesas pré-operacionais. A taxa de franquia é de R$ 40 mil, além de taxa de royalties de 6%. www.laffa.com.br
Investimento na base
Específico para shoppings Pouco mais de seis meses após estrear no franchising, a Dr. Resolve Reparos & Reformas anuncia a abertura de sua primeira franquia para atendimento exclusivo aos lojistas de shoppings. O projeto piloto está instalado no Plaza Shopping de São José do Rio Preto, interior de São Paulo. Pioneira neste modelo de franquia, a Dr. Resolve lança a modalidade para atender a demanda existente no setor. “Nossa meta é estar em todos os shoppings do Brasil em cinco anos. Atenderemos em shoppings com mais de 100 lojistas, com garantia de lucro bruto de pelo menos R$ 10 mil ao franqueado”, afirma o diretor-presidente e fundador da Dr. Resolve, David Pinto. Com investimento inicial de R$ 35 mil para abertura de quiosque ou ponto comercial em alameda de serviços, o franqueado será responsável pela realização de serviços de reparos nas lojas, podendo se estender também às residências de clientes frequentadores dos shoppings. A marca, que atualmente conta com 50 lojas em todo o País, é especializada em serviços de pintura, reparos hidráulicos e elétricos, jardinagem e alvenaria. www.drresolve.net
Leve e saudável Após conquistar o mercado carioca com pratos leves e saudáveis, o restaurante Doce Delícia lança seu sistema de franquias com a inauguração de três lojas fora do Rio de Janeiro: Salvador, Cuiabá e Brasília. Para se estruturar para a nova fase, a empresa recebeu consultoria da FGV e está ampliando a fábrica onde são produzidas as tortas e salgados para dar conta do aumemto da demanda. Com área mínima de 100 metros quadrados e 25 funcionários, a franquia exige um investimento inicial de R$ 500 mil, exceto os custos com o ponto. A taxa inicial de franquia é de R$ 160 mil, royalties de 6% e taxa de publicidade de 2%. Os candidatos a franqueados devem ter um capital de giro em torno de R$ 40 mil e a previsão de faturamento bruto é entre R$ 200 mil e R$ 500 mil por mês, com prazo de retorno de 24 meses. Atualmente, o Doce Delícia possui três lojas próprias no Rio de Janeiro – Ipanema, Fashion Mall e Shopping Tijuca – e, segundo Luciana Almeida, proprietária da rede, é possível que algumas delas também se transformem em franquias. “Minha vontade é, cada vez mais, me dedicar ao desenvolvimento de novos produtos e menos da administração das casas, daí a ideia de franquear algumas de nossas unidades próprias”, conta. Até o final do ano ela planeja inaugurar duas franquias na cidade: Barra da Tijuca e Centro.
www.docedelicia.com.br
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Há 20 anos no mercado, a Água Doce Sabores do Brasil sabe que para manter a qualidade dos serviços é preciso investir não só em bons produtos, mas sobretudo nas pessoas. Pensando nisso, a empresa lançou um plano de incentivo direcionado aos colaboradores das mais de 100 casas que compõem a rede. “Buscamos um caminho para fidelizar e capacitar a brigada da Água Doce. Para isso, contamos com uma consultoria especializada”, explica Júlio Bertolucci, diretor de expansão da rede. O primeiro passo do Plano de Incentivo foi a realização de uma Pesquisa de Clima e Satisfação, com o objetivo de buscar indicadores de satisfação, levando em conta aspectos como motivação, produtividade e comprometimento da equipe com os objetivos da organização. No total, foram ouvidos 290 funcionários de 29 restaurantes, localizados nas regiões Sudeste e Sul. Segundo a pesquisa, o feedback positivo (elogios) fornecido pela chefia é fundamental para motivar os funcionários. Outro fator citado por muitos entrevistados como desmotivador foi a falta de oportunidade de crescimento profissional, já que muitos almejam crescer dentro da empresa. A partir dos resultados, a rede já adotou algumas estratégias. Entre elas são destaque a instituição de um programa de educação permanente para os franqueados e seus colaboradores em aspectos comportamentais e de liderança; criação de um modelo de avaliação dos funcionários visando perceber desempenhos e comportamentos esperados e um programa de sugestões e críticas permanente nas franquias, destinado aos colaboradores da franqueada, buscando a melhoria contínua das ações de recursos humanos e de marketing. www.aguadoce.com.br
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Novo conceito te, em cidades que já tenham o modelo fast-food: “Queremos que os franqueados sejam os primeiros a ganhar com o novo negócio e também que ele incremente o sucesso que as unidades de shoppings já fazem”, explica Eduardo Morita, diretor de Negócios do Grupo Ornatus. O primeiro restaurante foi inaugurado em abril no Centro Empresarial São Paulo (Cenesp), por onde circulam apro-
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Primeiras franquias
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Há 14 anos no mercado, a Dentall Prime é uma operadora odontológica especializada em diversas áreas da odontologia, como clínica geral, ortodontia, prótese, cirurgia, implantodontia e periodontia. A empresa também comercializa planos individuais, familiares e corporativos. Com sede em São Paulo, a rede agora pretende crescer para todo o País através do franchising. “Buscamos potenciais candidatos para parcerias de negócios, porém queremos expandir sem perder o compromisso com a qualidade”, afirma Wagner Dias, diretor de expansão da marca, que planeja a abertura de pelo menos 100 unidades em 2011. A taxa para aquisição de uma franquia varia de R$ 25 mil a R$ 500 mil, com prazo de retorno estimado entre 24 e 36 meses. O candidato a franqueado não precisa ser dentista, mas deve contar com a parceria de um profissional formado em odontologia, com registro no Conselho Regional de Odontologia (CRO). Um dos diferenciais da marca é não cobrar taxa de marketing. “Não impomos a forma como a divulgação de cada clínica deve ser feita. Deixamos que cada franquia utilize essa verba em ações adequadas à sua necessidade e favoráveis ao bom desempenho do empreendimento em nível regional”, ressalta Dias. www.dentallprime.com
ximadamente 18 mil pessoas por dia. O investimento para implantar a nova loja ficou em torno de R$ 500 mil, com estimativa de faturamento mensal de R$ 200 mil. “O restaurante é um desejo antigo da franquia e vem complementar uma história de sucesso”, explica Jae Ho Lee, fundador da rede Jin Jin Wok, que possui 18 anos de mercado e 55 unidades em operação. www.jinjin.com.br
photostogo
Inicialmente formatada para instalação em shopping centers, a Jin Jin Wok – franquia de fast-food de comida asiática – acaba de lançar um novo conceito para a rede e inaugura a primeira unidade da marca no formato de restaurante. O objetivo do novo projeto é ampliar o mercado e oferecer mais uma oportunidade de negócio aos mais de 30 franqueados da marca, já que o novo formato será instalado, inicialmen-
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F ra n qu ia e m e xp a n sã o
PA- Projeto Arquitetônico, PM- Projeto Mercadológico, MP- Material Promocional, PP- Propaganda e Publicidade, PO- Projeto de Operação, OM- Orientação sobre Métodos de Trabalho, TR- Treinamento, PF- Projeto Financeiro, FI- Financiamento, EI- Escolha de Equipamentos e Instalações, PN- Projeto Organizacional da Nova Unidade, SP- Solução de Ponto
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Empreender MAIO/2011 – WWW.SEBRAE.COM.BR - 0800 570 0800
informe do sistema brasileiro de apoio àS micro e pequenas empresas
Maioria investe até R$ 10 mil para abrir negócio Pesquisa GEM mostra que as micro e pequenas empresas demandam baixos valores para abrir as portas
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pesquisa Global Entrepreneurship Monitor, a GEM 2010, elaborada pelo Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP) em parceria com o Sebrae, aponta que 58,1% dos empresários investiram até R$ 10 mil para abrir seus negócios. O levantamento considera uma média dos investimentos entre os anos de 2002 e 2010. A pesquisa, divulgada pelo Sebrae no final de abril, mostra que os empreendimentos demandam um volume relativamente baixo de investimento. De cada 100 empresários, 18 gastaram menos de R$ 2 mil para iniciar a atividade. Apenas em 18,9% dos casos foi necessário um gasto superior a R$ 30 mil. O restante, 23,1%, nasceu com um investimento que variou de R$ 10 mil a R$ 30 mil. A pesquisa mostra que, em média, 36% dos valores necessários para abrir a empresa são de capital próprio. O valor é baixo em
relação a outros países. Nos Estados Unidos, os empresários utilizam 86% de recursos próprios. Na China e na Rússia, 67% e 44% do investimento, respectivamente, têm origem no caixa do próprio empreendedor. Além do uso do capital próprio, no Brasil os empreendedores recorrem a familiares e pessoas próximas na hora de abrir a empresa. Dos que precisam pedir ajuda, 70,5% procuram alguém da família. Amigos ou vizinhos são a fonte complementar de recursos para outros 22,3%. O restante é financiado por investidores estranhos que têm uma boa ideia (3,8%), por colegas de trabalho (2,9%) ou por outros (0,6%). Segundo os empresários, um dos pilares para o desenvolvimento e crescimento do negócio é o capital. A pesquisa mostra que eles reclamam da dificuldade de acesso ao crédito e seu custo elevado. Quando se analisa a disponibilidade de recursos para abrir uma empresa ou expandir o negócio,
Quando se analisa a disponibilidade de recursos para abrir uma empresa ou expandir o negócio, o Brasil se posiciona em 14º entre os países pesquisados
A pesquisa mostra que, em média, 36% dos valores necessários para abrir a empresa são de capital próprio
André Telles
No ano passado, todas as faixas etárias tiveram aumento nas taxas de empreendedorismo. A que obteve maior crescimento foi a dos 25 aos 34 anos, com 22% De cada 100 empresários, 18 gastaram menos de R$ 2 mil para iniciar a atividade, e 19 mais do que R$ 30 mil
o Brasil se posiciona em 14º entre os países pesquisados. Apesar de o País ter avançado na questão macroeconômica, o acesso a crédito continua restrito. Entre as demandas para avançar nos negócios, os empreendedores apontam também a diminuição do grau de exigência dos bancos na concessão de financiamentos e criação de central de aval por parte dos municípios, a estruturação de canais de divulgação voltados à disseminação dos recursos financeiros disponíveis e a simplificação do financiamento público voltado às micro e pequenas empresas. Esta é a 11ª vez que o Brasil participa da pesquisa GEM, maior estudo contínuo sobre a dinâmica empreendedora do mundo. Desde sua primeira edição, em 1999, mais de 80 países participaram da pesquisa. Em 2011, 60 países foram pesquisados. O Sebrae é parceiro na realização da pesquisa no Brasil.
// Mulheres e jovens De acordo com a pesquisa GEM, no Brasil, homens e mulheres têm buscado no empreendedorismo a oportunidade de estar no mercado quase que igualmente. Há um forte equilíbrio entre gêneros, já que dos 21,1 milhões de pessoas à frente de empreendimentos em estágio inicial (TEA) ou com menos de 42 meses de existência no Brasil, 50,7% são homens e 49,3%, mulheres. A pesquisa aponta que a mulher brasileira continua sendo uma das que mais empreende no mundo. Apenas em Gana, as mulheres atingiram TEA mais altas que os homens, entre todos os outros 59 países participantes da pesquisa em 2010. Em Gana, a TEA é de 34%, com 4,3 milhões de empreendedores, sendo 37,1% mulheres e 30,8% homens. Na 11ª edição da pesquisa no País, a Taxa de Empreendedores em Estágio Inicial Serviço Textos: www.agenciasebrae.com.br Mais informações: www.sebrae.com.br
Empreender – Informe do Sebrae. Presidente do Conselho Deliberativo Nacional: Roberto Simões. Diretor-Presidente: Luiz Barretto. Diretor-Técnico: Carlos Alberto dos Santos. Diretor de Administração e Finanças: José Claudio dos Santos. Gerente de Marketing e Comunicação: Cândida Bittencourt. Edição: Ana Canêdo, Antônio Viegas. Endereço: SGAS 604/605, módulos 30 e 31, Asa Sul, Brasília/DF, CEP: 70.200-645 Fone: (61) 3348-7100 – Para falar com o Sebrae: 0800 570 0800 Na internet: sebrae.com.br // twitter.com/sebrae // facebook.com/sebrae // youtube.com/tvsebrae
(TEA) brasileira é de 17,5%, o que equivale a 21,1 milhões de empreendedores brasileiros. A TEA é formada pela proporção de pessoas com idade entre 18 e 64 anos envolvidas com empreendimentos em estágio inicial ou com menos de 42 meses de existência. A taxa brasileira está acima da média histórica do País, que é de 13,38%. Em 2009, por exemplo, a taxa foi de 15,3%. A GEM 2010 aponta também que no ano passado todas as faixas etárias tiveram aumento nas taxas de empreendedorismo. A que obteve maior crescimento foi a faixa dos 25 aos 34 anos, com 22%. O Brasil segue a mesma tendência dos grupos de demais países analisados, nos quais esta é a faixa etária que prevalece. A faixa etária de 18 a 24 anos foi o segundo grupo com maior crescimento, 17,3%, valor superior à dos empreendedores entre 35 anos e 64 anos, que varia de 9,5% a 16,6%. E
PRODUTOS E SERV IÇ OS
Divulgação na web O Funcode é uma nova ferramenta de comunicação de marcas e produtos, ideal para divulgar ações promocionais. O sistema, que foi desenvolvido pela Truetech, permite que as empresas disponibilizem filmes e shows pela web para seus clientes. Por esse sistema o consumidor ganha, na hora que faz uma compra ou efetua um cadastro no site da empresa, um código único de acesso que dá direito a assistir por streaming imediato ou efetuar download grátis de um filme ou clipe musical. “Os clientes sabem que, quanto mais comprarem, mais filmes poderão assistir e se sentirão incentivados a voltar à loja. Até mesmo porque o cartão com o código impresso tem fotos dos filmes e as crianças adorarão colecionar”, afirma o CEO da Truetech Marcelo Spinassé. www.funcode.com.br
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Energia livre
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De olho nas equipes O Portal Executivo é um sistema voltado ao gerenciamento on-line das equipes de vendas de uma empresa. Com o software o empresário acompanha de perto vários aspectos do processo de vendas, o que permite otimizar recursos disponíveis e possibilita a correção de falhas no
atendimento aos clientes. O aplicativo gera indicadores de desempenho organizacional e transforma dados gerenciais em informações para as companhias. O Portal Executivo foi desenvolvido pela Máxima e foi integrado ao portfólio da PC Sistemas.
www.pcsist.com.br
A Brix lança plataforma eletrônica que permite fazer a negociação de energia elétrica on-line. O serviço atende os mais de 1,4 mil agentes que atuam no Ambiente de Contratação Livre (ACL), também chamado mercado livre, que representa cerca de 25% da energia consumida no País. A operação é toda feita em plataforma web no site da Brix e não requer hardware ou software específicos. Pelo sistema os agentes assinam um acordo de participação, comprometendo-se a respeitar regras e procedimentos da negociação on-line. Em seguida, cada participante estabelece limites de crédito bilateral, em megawatt (MW ), para negociação com cada um dos demais. Feito isso, por meio de login e senha, os agentes entram na plataforma de negociação. Os lances são anônimos até o fechamento da operação de compra e venda. Concluída a operação, as duas contrapartes que negociaram entre si recebem e-mail com a confirmação. A plataforma representa a primeira etapa para implementação de uma bolsa de energia no Brasil. www.brix.com.br
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PRODUTOS E SERV IÇ OS
Climatização ecológica A Trane traz para o Brasil o sistema de Fluxo de Água Variável, um equipamento de climatização de ambientes. Diferente dos demais produtos do mercado, o aparelho utiliza água em todo seu processo e com isso gasta menos energia do que os climatizadores comuns. O sistema é formado por um chiller com compressor scroll digital instalado externamente e unidades internas de diferentes configurações, de embutir, cassetes e “hi-wall”. A tu-
bulação de água resfriada pode ser adaptada para uma instalação vertical ou horizontal, permitindo que a unidade externa seja instalada em qualquer local fora do edifício. O sistema Trane de Fluxo de Água Variável pode ser instalado com uso de tubulação de aço galvanizado ou PVC, tornando-se uma solução mais econômica do que os sistemas de fluxo de refrigeração variável que necessitam de tubulação de cobre rígida. www.trane.com.br
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Reservas on-line
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O Smart Table é um portal especializado em reserva on-line de mesas de bares e restaurantes. Pelo sistema o usuário não precisa pegar fila de espera para entrar nos estabelecimentos e consegue reservar antecipadamente seu lugar. Além disso, o Smart Table oferece um guia completo de bares e restaurantes e um programa de recompensas que beneficia clientes de bares e restaurantes com descontos e ações exclusivas. O portal permite que o proprietário do estabelecimento tenha acesso ao perfil dos seus clientes, o que eles mais gostam e quais são as suas preferências.
www.smarttable.com.br
Dirigibilidade garantida O TDriveN2 é um sistema que permite a motoristas acionar a buzina, as lanternas, dar seta e ligar limpadores e faróis de carros com comando de voz sem precisar tirar as mãos do volante enquanto dirigem. Pelo TDriveN2 o motorista pode ainda ligar o veículo apertando um botão de partida. O sistema de aceleração, representado por uma alavanca, está acoplado ao volante e o próprio peso da mão do condutor vence a gravidade para movimentá-la. O TDriveN2 é indicado para pessoas com muitas restrições de movimentos, como é o caso dos tetraplégicos. www.cavenaghi.com.br
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PHOTOSTOGO
PR ODU TOS E S ER V IÇ O S
Gerenciador de 0800 A GVT oferece serviço de gerenciamento on-line das configurações de telefones 0800 de empresas. Pelo sistema é possível fazer a distribuição das chamadas por grupos, interceptar, desconectar ou definir o atendimento por uma Unidade de Resposta Audível (URA) e gerar relatórios de desempenho. Além disso, a empresa pode, a qualquer momento, fazer alterações na configuração de seus serviços, tarefas que anteriormente podiam levar dias para serem realizadas. Pelo sistema, quando um cliente liga para o 0800 de uma empresa, uma central encaminha as chamadas para um único local que recebe as ligações, identifica o número e busca em uma base de informações as respectivas configurações definidas para o número chamado. Denominada 0800 RI, a solução foi desenvolvida para atender desde pequenas e médias empresas a instituições financeiras, empresas de contact center e indústrias. www.gvt.com.br
Espiral fluorescente A Avant lança novas opções de lâmpadas fluorescentes da linha espiral na potência de 45 W, 60 W e 75 W. Os produtos são fabricados com reator eletrônico embutido, bulbo em forma de espiral e duram até 6 mil horas. Na comparação com as lâmpadas tradicionais incandescentes, o consumo de eletricidade pode ser reduzido em até 80%. As novas lâmpadas espirais estão disponíveis com tensão de 220 V, possuem acendimento automático, têm baixa dissipação térmica e são encontradas em duas tonalidades de cor: branca (6,5 mil K), para estimular a produtividade, e amarela (2,7 mil K), para ambientes mais aconchegantes.
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www.avantsp.com.br
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Antivírus brasileiro O antivírus AVware, desenvolvido no Brasil, é capaz de avaliar de 200 a 300 arquivos por segundo e operar em computadores com configuração baixa sem sobrecarregar o sistema. Diferentemente de outros antivírus do mercado, o AVware monitora não apenas o Microsoft Outlook, mas todas as possíveis portas de saída de e-mails, avisando o usuário caso seja detectado algum envio não autorizado. O antivírus é ainda eficiente contra ataques aos internet bankings nacionais porque ele é capaz de detectar a existência de vírus (trojans bancários) especializados no roubo de senhas de usuários nessas plataformas. O AVware é o único a contar com um laboratório de análise sediado na América do Sul, o VirusLab, para o qual os usuários podem enviar os arquivos suspeitos e receber a vacina na sequência. Para testar o produto por 30 dias gratuitamente o interessado deve acessar o site da empresa.
www.avware.com.br
O mundo dos negócios é muito grande para você se aventurar sozinho. As publicações da editora Empreendedor têm sempre artigos, notícias e dados atualizados sobre o mundo dos negócios. Com 17 anos de história, a Empreendedor é a maior editora brasileira voltada ao empreendedorismo e às inovações do mundo dos negócios. Publica as revistas Empreendedor, Empreendedor Rural e Dirigente Lojista, e o Guia Empreendedor de Franquias, além de manter o mais acessado site sobre empreendedorismo: www.empreendedor.com.br. Na hora de buscar empreendedores de todos os portes, conte com as nossas publicações.
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informações ou falar com
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PR ODU TOS E S ER V IÇ O S
Imóveis no smartphone
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Scanner delicado
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A Scansystem traz ao mercado brasileiro o scanner OS 12.000 HQ, um aparelho indicado para digitalizar obras raras e livros antigos. O equipamento gera baixo nível de emissão de luz e, diferente de outros scanners do mercado, não emite raios UV e infravermelhos durante o processo, o que evita o desgaste dos documentos. Além disso, a parte superior da máquina, que é a responsável pelo escaneamento, não entra em contato com a folha, o que preserva livros e documentos. O aparelho permite a digitalização de obras com até 150 mm de espessura, em uma resolução de 400 x 600 ppi. www.
scansystem.com.br
O Imovelweb lança aplicativo mobile que permite ao usuário procurar imóveis para alugar ou comprar através de um smartphone. Pelo sistema é possível fazer uma busca padrão pelas características do imóvel ou busca por proximidade e funcionalidade. Se o usuário tiver celular com GPS ou algum modelo de geoposicionamento é possível ainda pesquisar todas as ofertas de imóveis próximas de onde a pessoa se
encontra. Essa é uma ferramenta que pode auxiliar também o anunciante do imóvel porque dá mais visibilidade à oferta divulgada e facilita o acesso dos clientes aos empreendimentos cadastrados no portal. Para usar o sistema é necessário fazer o download gratuito na Apple Store ou acessar o Imovelweb Mobile diretamente do browser do celular digitando m.imovelweb.com.br.
www.imovelweb.com.br
Fácil instalação
Dentro das normas
A nova linha de painéis QuiXtra 630 foi desenvolvida para a distribuição elétrica de baixa tensão de quadros até 630A, para aplicações comerciais, industriais e de infraestrutura. O produto é fornecido em forma de kits de montagem do tipo click-in, com pontos de fecho, dobradiças e parafusos pré-montados, e vem pronto para ser instalado. A linha QuiXtra 630 foi projetada em forma de estruturas modulares (largura para 12, 24 e 36 módulos e altura de 3 a 12 filas), o que facilita a montagem feita em cinco passos e manuseio dos equipamentos. www.ge.com.br
A Softcorp apresenta ao mercado uma nova ferramenta de gestão de conteúdo que permite a verificação instantânea de diferentes formatos de documentos para ver se eles estão de acordo com as normas internas da empresa. Por meio de busca de palavra-chave, a solução localiza possíveis quebras de contrato e outras falhas. A ferramenta ajuda, por exemplo, o departamento jurídico da empresa usuária a detectar quebra de compliance ou corrupção interna. Com esse aplicativo a empresa consegue padronizar os documentos disponíveis aos colaboradores e parceiros e evita erros humanos ou falhas de informações. www.softcorp.com.br
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le it u r a
Escalada executiva
Autor apresenta as características que o líder deve ter para chegar à presidência e os comportamentos a serem evitados Persistência, integridade, visão e respeito por todos no ambiente de trabalho e na vida pessoal são as principais qualidades dos líderes bem-sucedidos. Mas isso não basta: para ocupar o cargo mais alto de uma empresa é necessário conhecer algumas regras bem específicas. Estas diretrizes são o foco da obra de Jeffrey J. Fox, criador da empresa de consultoria em marketing Fox & Co. Inc. “Ser o todo-poderoso de uma organização não se resume a ter autoridade para tomar decisões e comandar pessoas. É preciso demonstrar disciplina, visão, talento e ousadia para inovar na medida certa e tornar a empresa ainda mais lucrativa”, afirma Fox. Com um estilo coloquial e provocador, o autor revela as características que um aspirante a presidente deve desenvolver, oferece conselhos práticos para alcançar metas e relaciona quais tipos de comportamento devem ser evitados.
Conveniência & franchising O canal do varejo contemporâneo Franquia de postos de serviço
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Luiz Felizardo Barroso Editora Lumen Júris – R$ 88
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Com base no Novo Código Civil, o livro aborda questões do dia a dia do empresariado do setor de conveniência e franchising, traçando um panorama econômico e operacional dos postos de gasolina. A obra aborda ainda temas como a internacionalização das redes, franquias compartilhadas, franquia empresarial e sua definição jurídica no Brasil, além da questão da franquia pública.
Como chegar ao topo
Jeffrey J. Fox Editora Sextante – R$ 19,90 Coloque sua carreira no rumo do sucesso: 4Conquiste aliados em outros departamentos; 4Evite desempenhar funções de apoio. Procure os cargos estratégicos, de preferência na linha de frente; 4Identifique os conhecimentos que você precisa ter para realizar bem o seu trabalho; 4Não espere que o departamento de recursos humanos planeje sua carreira; 4Jamais subestime um adversário; 4Coloque um ponto final na fofoca; 4Nunca escreva uma mensagem desagradável; 4Reconheça o valor dos seus funcionários; 4Não leve trabalho para casa; 4O conceito não precisa ser perfeito, mas a execução, sim; 4Viva o presente, planeje o amanhã, esqueça o passado.
Reposicionamento
Jack Trout e Steve Rivkin – Editora M.Books – R$ 65 Há 30 anos, os autores publicaram o best seller Posicionamento – A batalha por sua mente. Mas os tempos, a concorrência e os consumidores mudaram. Com isso, empresas que antes tinham sucesso estão em crise. Na nova obra, Trout e Rivkin fornecem um arsenal de técnicas comprovadas de marketing redesenhadas especificamente para o momento atual. Apoiados em pesquisas recentes, eles revelam os motivos psicológicos ocultos que impulsionam o mercado de hoje. Saiba como desafiar seus concorrentes, diferenciar produtos, gerenciar crises e utilizar a tecnologia a favor dos negócios.
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ANÁ L I SE EC O NÔ MIC A
Efeitos da alta do petróleo
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Redução no ritmo de crescimento é iminente, mas os impactos na economia global tendem a ser mais amenos do que na década de 1970
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Alguns analistas já apontam que estamos caminhando para um novo choque do petróleo, porém com impactos mais amenos na economia global que na década de 1970, quando ocorreram os choques, em 1973 e 1979. No entanto, uma redução no ritmo de crescimento é iminente. Desde o início do ano o preço do barril de petróleo na bolsa de Nova York segue em ascendência. O preço do petróleo fino ( WTI) chegou a níveis máximos históricos em termos reais. Um relatório do Banco Goldman Sachs recentemente mexeu com o mercado ao prever que a cotação pode bater nos US$ 200. Os eventos que vêm ocorrendo no Oriente Médio e África estão afetando consideravelmente a oferta de petróleo. Bahrein e Líbia possuem algumas das maiores reservas da região e os conflitos internos estão prejudicando o fornecimento, principalmente para os países europeus. Outro fator que contribui para essa alta de preços é a forte demanda oriunda dos Brics, que vem crescendo ano a ano, principalmente na China e na Índia. Uma das alterações mais significativas do impacto no preço do petróleo sobre a economia se dá pelo lado da oferta. O petróleo representa um importante fator de produção. Por ser uma commodity insubstituível, um aumento em seus preços implica um aumento nos custos de produção. Com isso, o nível de produto gerado em uma economia pode vir a ser reduzido consideravelmente. Consequentemente há uma queda de poder de compra dos países importadores de petróleo e transferência de recursos para os países exportadores. Ou seja, haverá uma queda das receitas e consequente diminuição da demanda interna que será compensada por diminuição da poupança e aumento do endividamento. O impacto negativo de um choque petrolífero sobre a atividade produtiva
pode abalar a confiança em relação ao futuro da economia. Assim os consumidores podem desistir de grandes compras ou investimentos, bem como as empresas poderão decidir adiar grandes projetos. Do mesmo modo, a queda na oferta do óleo poderá afetar negativamente o consumo e o investimento através do seu impacto sobre os mercados financeiros ou, em uma análise sistêmica, piorando as condições de financiamento. Em um cenário de maior incerteza, o mercado tende a reorientar suas carteiras para ativos líquidos, fazendo com que as taxas de juros de longo prazo aumentem. Em um cenário de expectativas ruins quanto ao preço do petróleo, as indústrias têm como opção elaborar projetos a longo prazo, visando reduzir a dependência do combustível. Em qualquer discussão sobre o modo como os preços do petróleo afetam a economia é importante ter em mente que o impacto também depende da natureza do choque petrolífero. Em particular, alguns argumentos sugerem que o impacto global pode não ser proporcional à dimensão (em termos percentuais) da variação dos preços do petróleo: o impacto pode não ser linear. Vários fatores, tais como a direção, duração, causa do choque e a variabilidade dos preços poderão desempenhar um papel importante quanto à dimensão que as economias serão afetadas. Para tentar combater o impacto, os governos podem adotar uma política monetária mais austera visando estabilizar os preços, no intuito de evitar a queda do produto e conter uma possível crise econômica mundial, apenas três anos após a crise do crédito de 2008.
por Bruno Sartor
Analista, Leme Investimentos
Para combater o impacto, os governos podem adotar uma política monetária mais austera para estabilizar os preços, evitando a queda do produto e contendo uma possível crise econômica mundial
Nome Classe Participação Tipo de Ação Bovespa Ativo All Amer Lat ON Ambev PN B2W Varejo ON BMF Bovespa ON Bradesco PN Bradespar PN Brasil Telec PN Brasil ON Braskem PNA BRF Foods ON Brookfield ON CCR Rodovias ON Cemig PN Cesp PNB Cielo ON Copel PNB Cosan ON CPFL Energia ON Cyrela Realty ON Duratex ON Ecodiesel ON Eletrobras ON Eletrobras PNB Eletropaulo PNB Embraer ON Fibria ON Gafisa ON Gerdau Met PN Gerdau PN Gol PN Ibovespa Itausa PN ItauUnibanco PN JBS ON Klabin S/A PN Light S/A ON Llx Log ON Lojas Americ PN Lojas Renner ON Marfrig ON MMX Miner ON MRV ON Natura ON OGX Petroleo ON P.Açúcar-Cbd PNA PDG Realt ON Petrobras ON Petrobras PN Redecard ON Rossi Resid ON Sabesp ON Santander BR UNT N2 Sid Nacional ON Souza Cruz ON Tam S/A PN Telemar N L PNA Telemar ON Telemar PN Telesp PN Tim Part S/A ON Tim Part S/A ON Tim Part S/A PN Tran Paulist PN Ultrapar PN Usiminas ON Usiminas PNA Vale ON Vale PNA Vivo PN
1,104 0,979 0,701 3,902 3,130 0,993 0,390 2,726 0,596 1,341 0,622 0,802 1,134 0,685 1,539 0,598 0,784 0,441 1,866 0,589 1,311 0,890 0,743 0,530 0,755 1,498 1,648 0,660 2,574 1,211 100,000 2,315 4,015 0,934 0,404 0,541 0,914 1,207 1,098 0,546 1,440 1,233 0,845 3,773 0,808 2,745 2,206 8,517 1,283 1,163 0,352 1,097 2,359 0,443 1,041 0,225 0,268 0,923 0,155 0,125 0,170 0,840 0,229 0,486 0,592 2,462 2,925 11,956 0,793
Inflação (%)
Até 28/04
Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação 9 Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação
Índice
Abril
Ano
IGP-M IGP-DI IPCA IPC - Fipe
0,45 0,61 0,66 0,70
2,94 2,96 3,16 3,02
Juros/Aplicação (%) Abril CDI Selic Poupança Ouro BM&F
Ano
0,91 0,92 0,53 0,77
3,52 3,53 2,30 -3,53
Indicadores Imobiliários (%) CUB SP TR
Abril
Ano
0,16 0,04
0,82 0,28
Juros/Crédito (%) Desconto Factoring Hot Money Giro Pré (taxa mês)
28/Abril
27/Abril
1,98 3,89 3,48 2,18
1,98 3,89 3,48 2,18
Câmbio
Até 28/04
Cotação Dólar Comercial Ptax R$ 1,5845 Euro US$ 1,4818 Iene (US$ 1,00) $ 81,4700
Mercados Futuros Dólar Juros DI
Em 28/04
Maio
Junho
R$ 1,577 11,90%
R$ 1,578 11,90%
Contratos mais líquidos Ibovespa Futuro
29/04 66.940
empreendedor | maio 2011
Carteira Teórica Ibovespa
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agenda De 18 a 19/05/2011
Feira do Profissional de Eventos
Centro de Convenções Frei Caneca – SP www.feiraebs.com.br
Apresenta produtos e serviços voltados para o mercado de gastronomia, segurança, limpeza e entretenimento. No espaço Destino de Eventos, empresas de 25 cidades do País apresentam a infraestrutura oferecida nesses municípios para a realização de seminários, exposições e feiras.
De 23 a 28/05/2011
Feimafe – Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura
Anhembi – São Paulo – SP www.feimafe.com.br
Em sua 13ª edição, expõe novidades em sistema de solda, robôs industriais, máquinas de medição para sistemas flexíveis, hardwares e softwares para o setor industrial. Paralelo ao evento é realizada a Feira Internacional do Controle de Qualidade. São esperados 67 mil visitantes.
De 22 a 26/05/2011
Exposec
Centro de Exposições Imigrantes – SP www.exposec.tmp.br
Uma das maiores feiras brasileiras especializada em sistemas de segurança. Durante o evento são realizados o Congresso Brasileiro de Segurança Privada e a sétima edição do Magnum Show, feira de armas, munições e acessórios. A entrada é gratuita.
De 1º a 3/06/2011
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ExpoAço e Congresso Brasileiro do Aço
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Transamérica Expo Center – SP www.acobrasil.org.br
Reúne representantes das empresas siderúrgicas, mineradoras e fornecedores de equipamentos e serviços para o setor. O Congresso tem como tema as perspectivas de consumo de aço no mercado externo e as mudanças no cenário econômico mundial.
Energia e produtos ecológicos De 1º a 3/06/2011
Eco Business Show
Centro de Exposições Imigrantes – São Paulo – SP www.ecobusiness.net.br
A Eco Business é uma feira de econegócios que reúne pesquisadores e fabricantes de produtos ecológicos do Brasil e do exterior. Paralelo ao evento é realizado um congresso técnico sobre resíduos sólidos, logística reversa, energia eólica e green building. A entrada é gratuita.
De 23 a 25/06/2011
Fenavid – Feira Nacional do Vidro, Alumínio, Molduras & Cia
CentroSul – Florianópolis – SC www.fenavid.com.br
Entre os expositores confirmados na na 14ª edição do evento estão Alusupra, Arbax, Belmetal, Bottero do Brasil, GMS e Kimarco. Será realizada também em Goiânia de 14 a 16 de outubro.
De 16 a 18/08/2011
Photoimage Brazil
Expo Center Norte – São Paulo – SP www.photoimagebrazil.com.br
Um dos maiores eventos do setor de imagem e eletroeletrônicos do País. Abrange o segmento de foto, vídeo, pré-impressão, impressão digital, web design, acessórios, serviços e mídia. Também é realizada a Brazil Consumer Eletronics Expo, para o segmento de games, eletroeletrônicos e notebooks.
De 15 a 17/09/2011
Ecoenergy – Feira Internacional de Tecnologias Limpas e Renováveis para Geração de Energia
Centro de Exposições Imigrantes – SP www.feiraecoenergy.com.br
Expositores do setor de geração, transmissão e distribuição de energia limpa e renovável apresentam as novidades no setor de energia eólica, hidráulica e solar.
De 4 a 6/10/2011
Tubotech – Feira Internacional de Tubos, Válvulas, Conexões e Componentes
Centro de Exposições Imigrantes – SP www.feirasnacipa.com.br
Empresas do Brasil e do exterior apresentam as principais novidades em tubos, medidores de vazão, ferramentas e borrachas industriais. São realizadas também a Expo Válvulas e a Expo Bombas.
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