Empreendedor 200

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Franquias: desenvolvimento cognitivo de crianças Entrevista: o que pensa o novo presidente do Sebrae

www.empreendedor.com.br

Rosa de Oliveira, produtora rural que participa da Cozinha e Panificadora Comunitária do assentamento de Rio Cascudo, em Guaraniaçu (PR)

IS SN 1414-0 152

ANO 17 N o 200 junho 2011 R$ 9,90

Exemplo de brasileira Uma em cada seis pessoas ativas no Brasil é empreendedora, um dos índices mais altos do mundo. E o aumento não é apenas de quantidade, mas também de qualidade

Especial: mercado de transporte aéreo decola, mas infraestrutura deficiente põe em risco a evolução


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NES TA EDI Ç Ã O

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povo empreendedor

A Revista Empreendedor chega, neste mês de junho, à edição número 200, uma jornada iniciada em 1994. De lá para cá, muita coisa mudou. Hoje temos a maior taxa empreendedora entre os países do G20 e do Bric, segundo dados da mais recente pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM 2010). Por isso, a Empreendedor fez uma análise do que mudou no empreendedorismo brasileiro, nesses 17 anos, apresentando a evolução dos empreendedores e das condições para empreender no País, e o que ainda precisa melhorar, a partir de pesquisas como a GEM e da opinião de especialistas e dos próprios empreendedores.

18 | Entrevista Luiz Barretto

46 | Perfil Marcelo Portella, do Grupo Maxx Educacional

34 | Panorama Desafio está no chão

50 | Franquia Molde para o futuro

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O novo presidente do Sebrae fala sobre a evolução do empreendedor brasileiro e das condições para empreender no Brasil, além de suas metas para a instituição, que pretende se consolidar como referência não só no apoio à abertura de novos negócios como no aprimoramento dos já existentes.

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O mercado de transporte aéreo pode ser um céu de brigadeiro, mas tirar as aeronaves do chão (ou por vezes colocá-las) tornou-se um problema caótico. Para variar, a falta de investimentos em infraestrutura aeroportuária nas últimas décadas deixou o sistema em colapso. Dando continuidade à série sobre os diferentes meios de deslocamento e o impacto que sistemas de transportes mais racionais teriam neste mercado, abordamos nesta edição aviões e helicópteros. Confira em que situação se encontra este modal hoje e o que está sendo feito para que ele tenha uma participação mais expressiva dentro da matriz de transportes brasileira, ainda tão distante da racionalidade.

Nascido em família humilde e criado em um barraco, Marcelo lutou para se tornar professor de português, e a partir das aulas ministradas na garagem de sua casa montou uma rede de três unidades próprias e previsão de fechar o ano com mais de 20 unidades franqueadas.

Cresce o número de redes voltadas ao aprimoramento da capacidade cerebral e das condições de aprendizagem, especialmente para crianças. Conheça mais este mercado e quem está apostando nele, assim como a importância destas atividades para o desenvolvimento infantil.

LEIA TAMBÉM 10 16 60 63 64 66

EMPREENDEDORES NÃO DURMA NO PONTO PRODUTOS E SERVIÇOS leitura ANÁLISE ECONÔMICA AGENDA


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editorial

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uando a Revista Empreendedor começou a ser editada, em 1994, os brasileiros viviam assolados com a hiperinflação e os sucessivos pacotes econômicos sem sucesso. Abrir uma empresa, então, era uma temeridade. Nem mesmo o termo “empreendedor” figurava nos dicionários. Duzentas edições se passaram, e muita coisa mudou. A estabilização da economia, iniciada naquele mesmo ano, permitiu que o brasileiro pudesse transformar o sonho do negócio próprio em realidade. Hoje, um em cada seis brasileiros em idade produtiva é empreendedor, o maior índice entre os países do G20 e do Bric, e um dos mais altos do mundo. E o melhor de tudo é que para cada pessoa que abre uma empresa por necessidade, duas empreendem por enxergar uma oportunidade de mercado. Essa melhora de qualidade do empreendedor refletiu em parte na diminuição da taxa de mortalidade de pequenas empresas com menos de cinco anos, 58% em 2010, ante 71% em 2000. É claro, contribuíram para isso a melhoria na gestão dos empreendimentos, um esforço de instituições como Sebrae, Endeavor e FNQ; a evolução da rede de suporte e apoio aos negócios nascentes, em especial a disseminação de incubadoras por todo o País; e o estabelecimento de políticas e tratamentos diferenciados para empresas de pequeno porte. Mas ainda há muito o que melhorar. Apesar de representarem cerca de 99% do total de empresas e empregarem seis em cada dez trabalhadores formais, as MPEs têm uma participação de apenas 20% no PIB e de 1% nas exportações do Brasil. O índice de mortalidade continua muito alto e apenas 16,8% dos empreendedores brasileiros consideram novo o produto ou serviço que oferecem para os consumidores. Há ainda problemas de infraestrutura no País, principalmente logística, e políticas e tratamentos diferenciados demoram a ser efetivamente implementados por todas as esferas de governo. Há mais crédito, mas ele permanece caro e difícil para pequenos empreendimentos e para quem quer abrir um negócio. Não há educação empreendedora nas escolas, nem mesmo nas universidades. A lista é grande. Governo, instituições de apoio e os próprios empreendedores precisam se esforçar e fazer a sua parte. A Revista Empreendedor continuará a fazer a sua: divulgar o empreendedorismo e apoiar os empresários brasileiros, apresentando oportunidades de negócio e as melhores práticas de gestão. Ao longo dos últimos 17 anos, nos orgulhamos de ter colaborado para que temas como empreendedorismo, inovação e sustentabilidade ganhassem lugar nos dicionários e espaço crescente não só na mídia, mas também nas discussões políticas e empresariais. E procuraremos fazer nosso trabalho cada vez melhor. Aguardem, que novidades surgirão até o final do ano. Alexsandro Vanin

A Revista Empreendedor é uma publicação da Editora Empreendedor Diretor-Editor: Acari Amorim [acari@empreendedor.com.br] Diretor de Comercialização e Marketing: Geraldo Nilson de Azevedo [geraldo@empreendedor.com.br] Redação Editor-Executivo: Alexsandro Vanin [vanin@ empreendedor.com.br] – Repórteres: Beatrice Gonçalves, Cléia Schmitz e Mônica Pupo – Edição de Arte: Gustavo Cabral Vaz – Projeto Gráfico: Oscar Rivas – Fotografia: Arquivo Empreendedor, Casa da Photo, Lio Simas e PhotosToGo – Foto da capa: Hermínio Nunes/ Divulgação – Revisão: Lu Coelho Sedes São Paulo Diretor: Fernando Sant’Anna Borba – Executivo de Contas: Gerson Cândido dos Santos e Osmar Escada Jr – Rua Sabará, 566 – 9º andar – conjunto 92 – Higienópolis – 01239-010 – São Paulo – SP – Fones: (11) 3214-1020/2649-1064/2649-1065 [empreendedorsp@ empreendedor.com.br] Florianópolis Executiva de Atendimento: Joana Amorim [anuncios@ empreendedor.com.br] – Rua Padre Lourenço Rodrigues de Andrade, 496 – Santo Antônio de Lisboa – 88050-400 – Florianópolis – SC – Fone: (48) 3371-8666 Central de Comunicação – Rua Anita Garibaldi, nº 79 – sala 601 – Centro – Florianópolis – SC – Fone (48) 3216-0600 [comercial@centralcomunicacao.com.br] Escritórios Regionais Rio de Janeiro Triunvirato Empresarial – Milla de Souza [milla@triunvirato.com.br] – Rua São José, 40 – 4º andar – Centro – 20010-020 – Rio de Janeiro – RJ – Fones: (21) 2611-7996/9607-7910 Brasília Ulysses Comunicação Ltda. [ulyssescava@ gmail.com] – Fones: (61) 3367-0180/9975-6660 – condomínio Ville de Montagne, Q.01 – CS 81 – Lago Sul – 71680-357 – Brasília – Distrito Federal Paraná Merconeti Representação de Veículos de Comunicação Ltda – Ricardo Takiguti [ricardo@merconeti.com.br] – Rua Dep. Atílio Almeida Barbosa, 76 – conjunto 3 – Boa Vista – 82560-460 – Curitiba – PR – Fone: (41) 3079-4666 Rio Grande do Sul Flávio Duarte [commercializare@terra. com.br] – Rua Silveiro, 1301/104 – Morro Santa Teresa – 90850-000 – Porto Alegre – RS – Fone: (51) 3392-7767 Pernambuco HM Consultoria em Varejo Ltda – Hamilton Marcondes [hmconsultoria@hmconsultoria.com.br] – Rua Ribeiro de Brito, 1111 – conjunto 605 – Boa Viagem – 51021310 – Recife – PE – Fone: (81) 3327-3384 Minas Gerais SBF Representações – Sérgio Bernardes de Faria [sbfaria@sbfpublicidade.com.br] – Av. Getúlio Vargas, 1300 – 17º andar – conjunto 1704 – 30112-021 – Belo Horizonte – MG – Fones: (31) 2125-2900/2125-2927 Assinaturas Serviço de Atendimento ao Assinante – [assine@empreendedor.com.br] – O valor da assinatura anual (12 edições mensais) é de R$ 118,80. Aproveite a promoção especial e receba um desconto de 10%, pagando somente R$ 106,92 à vista. Estamos à sua disposição de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Produção Gráfica Impressão e Acabamento: Coan Gráfica Editora Ctp – Distribuição: Distribuidora Magazine Express de Publicações Ltda – São Paulo Empreendedor.com http://www.empreendedor.com.br Editora: Carla Kempinski – Repórter: Raquel Rezende


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Marcio Schaefer, Schaefer Yachts

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Mar de almirante

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Às vésperas de comemorar o aniversário de 20 anos do estaleiro Schaefer Yachts, referência em barcos de luxo, o empresário Marcio Luz Schaefer só pensa em aumentar a produção. Duas novas fábricas estão nos planos da empresa, que tem hoje dois estaleiros, localizados em Palhoça e Biguaçu, na Grande Florianópolis. Além de uma terceira unidade em Santa Catarina, Schaefer está negociando a instalação de um estaleiro no Nordeste. O objetivo é atender a uma demanda que cresce de forma espantosa. O último lançamento da marca, a Phantom 600, apresentada em maio no Rio Boat Show, teve toda a produção prevista para 2011 encomendada durante a feira. Cada lancha custa cerca de R$ 5 milhões. “Enchemos o ano de encomendas, faltou fábrica para atender a todos os pedidos”, lamenta Schaefer. Nascido em Florianópolis, o empresário começou a desenhar barcos aos 17 anos e nunca mais parou. Depois de cursar Arquitetura Naval em Buenos Aires entre 1983 e 1985, iniciou uma carreira como projetista, atuando em fábricas do Brasil, Argentina, Espanha e Inglaterra. Em 1992, aos 30 anos, montou seu próprio estaleiro. “Comecei com uma lancha de 19 pés, investindo e reinvestindo tudo o que ganhava. Não foi fácil, o resultado só começou a aparecer depois de dez anos”, conta o empresário, que continua desenhando os barcos da marca. Sua mais nova criação, a Phantom 600, de 60 pés, consumiu quase três anos de muitas madrugadas sobre a prancheta, além de investimentos pesados num moderno centro de design náutico, incluindo uma máquina que corta milimetricamente a forma do barco, um processo computadorizado à prova de erros. O próximo desafio, já em curso, é um barco de 80 pés, com lançamento previsto para 2012. A Schaefer Yachts entregou mais de 2,5 mil barcos em seus 19 anos de história. A empresa tem 650 funcionários e é a maior fabricante nacional no segmento de barcos de luxo, com uma produção anual de 280 barcos de 26 a 60 pés. “Entramos definitivamente no mercado dos grandes barcos. E ninguém tem a mesma qualidade de desenvolvimento dos projetos e produção de barcos de luxo no Brasil”, garante Schaefer. www.schaeferyachts.com.br


Leila Kraus, Maria Cristina Maurat e Márcia Reyner, Labtox

No início dos anos 2000, a oportunidade bateu à porta das biólogas Leila Kraus, Maria Cristina Maurat e Márcia Reyner. Elas eram bolsistas de um laboratório do Instituto de Biologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) quando se deram conta do potencial de negócio que havia nos estudos de impacto ambiental que faziam desde 1996. Na época, muitas empresas petrolíferas estavam se instalando no Brasil e precisavam apresentar ensaios ecotoxicológicos em ambiente marinho para atender às mudanças na legislação ambiental. “A demanda começou a aumentar muito, não tínhamos mais espaço e também não podíamos ficar dentro do laboratório prestando serviço

porque essa não é a função de uma universidade”, afirma Márcia Reyner. Em 2002, elas criaram o Labtox – Laboratório de Análise Ambiental e passaram a contar com o apoio do Polo de Biotecnologia do Rio de Janeiro (Bio-Rio), onde a empresa foi incubada. Márcia reconhece que essa retaguarda foi muito importante para os primeiros anos do negócio. “A gente sofreu um bocado no início. Tivemos que aprender a lidar com questões administrativas e financeiras, algo que não se aprende na faculdade. Para isso também fizemos muitos cursos do Sebrae”, conta a bióloga. Ainda em 2011 o Labtox deve se desligar da incubadora e se instalar numa área do Polo destinada às em-

presas graduadas. A empresa atende grandes companhias como Petrobras, Shell e Statoil e quer ampliar seu portfólio de clientes com a oferta de novos serviços, como análise química de efluentes. Hoje, o Labtox oferece 20 tipos de serviços. O trabalho é feito por uma equipe de 16 funcionários, além das três sócias e de estagiários. No último ano, o faturamento do Labtox chegou a R$ 2,5 milhões, e a previsão é que esse volume aumente pelo menos em 30% até 2012. “A legislação ambiental está cada vez mais exigente, o que faz com que muitas empresas procurem por nossos serviços”, explica Márcia.

www.labtox.com.br

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Alto impacto

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Rodolfo Alves, Mr. Beer

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Viver de cerveja

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O empresário Rodolfo Alves criou o hábito de consumir cervejas especiais no tempo em que morou na Alemanha. De volta ao Brasil, sentiu falta da variedade que encontrava na Europa e iniciou com um amigo uma verdadeira peregrinação por cervejarias desconhecidas no interior de São Paulo. Todos os finais de semana eles viajavam em busca do que chamavam de “cerveja perdida”. Até que tiveram a ideia de transformar essa paixão em negócio e “viver de cerveja”. O resultado é a Mr. Beer Cervejas, rede de quiosques que oferece cerca de 200 rótulos de cervejas diferenciadas – de nacionais a importadas. Com sede em Londrina (PR), a empresa se tornou uma rede de franquia em junho de 2010. Um ano depois, já tem 18 lojas e um plano de expansão bastante ambicioso. “Nossa pretensão é fechar 2011 com 50 uni-

dades”, afirma Alves. O foco do empresário está em cidades com mais de 200 mil habitantes. O destaque é a Região Sul, por uma razão convincente: o consumo de cerveja é altíssimo – 8,742 litros por habitante ao ano, contra a média nacional de 5,632 litros. “É um público que nos interessa muito. Nossas franquias locais têm um faturamento excelente”, conta o empresário, que abriu recentemente uma loja de rua em Londrina. Desde 2009, com a inauguração do primeiro quiosque da Mr. Beer, no Shopping Ibirapuera, em São Paulo, a rede despertou interesse de novos investidores que acabaram se tornando franqueados da marca. São empreendedores que, assim como Alves, apostam no interesse crescente de milhares de apreciadores de cerveja em experimentar diferentes tipos da bebida. Dados do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja

(Sindcerv) mostram que eles estão no caminho certo. A venda de rótulos especiais cresceu mais que o dobro nos últimos dez anos e o segmento já representa 5% do consumo total de cerveja no Brasil. A estratégia da Mr. Beer de instalar os quiosques em shopping centers e aeroportos também se mostrou bastante acertada. Para Alves, ela garantiu visibilidade para o negócio e conveniência para o consumidor. “Nossa paixão pela cerveja contou e ainda conta muito para o nosso sucesso. Temos muito interesse pelo universo da bebida e pesquisamos porque gostamos, de fato. Isso impacta muito nos nossos resultados de vendas, pois falamos a mesma língua dos nossos consumidores, sabemos o que lhes agrada, o que esperam de nós. Somos nosso próprio termômetro”, afirma Alves. www.mrbeercervejas.com.br


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Rafael e Rodrigo Branco Peres, Café do Centro

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Hora do café

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O consumo de cafés finos, classificados como gourmets e superiores, tem crescido em média 30% ao ano no Brasil. É nesse mercado que Rafael Branco Peres e seu primo Rodrigo decidiram investir há 16 anos, quando adquiriram a torrefadora Café do Centro, fundada em 1916, em São Paulo. Na época, eles tinham apenas 19 anos de idade e sequer haviam concluído a graduação em Administração de Empresas. Embora nascidos numa família que comercializava café verde, na opinião de Rafael a experiência dos pais com o grão pouco ou nada ajudou. “Fomos aprendendo errando bastante, num trabalho de formiguinha que, acumulado em 16 anos, deu porte ao negócio que temos hoje”, avalia o empresário.

O Café do Centro é a maior torrefadora de grãos gourmet e especiais do País, com presença em quase todos os estados brasileiros. Cerca de 80% das vendas são destinadas ao food service, ou seja, pontos de consumo imediato como cafeterias, bares e restaurantes. No ano passado, a empresa registrou alta de 20% no faturamento, chegando a R$ 30 milhões. No período, a marca também conquistou 200 novos clientes, totalizando 3,6 mil. Entre eles, lugares sofisticados como Grupo Fasano, Due Coucchi, Le Caserole e KAÁ. Para 2011, a expectativa é crescer 30% em relação a 2010. A proposta é reforçar a presença no interior de São Paulo e no Paraná e chegar também à Região Nordeste.

Para Rafael, o aumento do consumo de café gourmet no Brasil passa mais por uma mudança de cultura do que pelo aumento do poder aquisitivo da população. Ele compara o segmento ao mercado de vinhos. “Há pouco mais de dez anos, eram poucas as pessoas que pagavam mais de R$ 50 por uma garrafa de vinho. Hoje isso é comum porque se criou o hábito”, afirma. O trabalho do empresário é convencer donos de cafeterias e restaurantes de que o consumidor de café vai aceitar pagar um pouco mais por um cafezinho de melhor qualidade. “Quem se acostuma a tomar um bom café nunca mais quer saber de outro inferior.”

www.cafedocentro.com.br


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NÃO DURM A NO P O NT O

BUSQUE A EXCELÊNCIA NOS RESULTADOS O desafio do líder é obter resultados. Disso ninguém discorda. E muitos realmente atingem essa meta genérica. Mas são poucos os líderes capazes de conquistar resultados excelentes. A maior parte luta contra as infindas diferenças entre o que foi previsto e o que foi realizado. Alguns conseguem resultados em determinados períodos do ano para perdê-los em seguida, numa dispendiosa (e desalentadora) troca de figurinhas. Outros conseguem resultados, mas com esforços tão desgastantes que tudo não passa, mesmo, de vitórias de Pirro. A questão é que poucos líderes compreendem o algoritmo do qual são feitos os resultados. Acreditam mesmo que tudo é uma questão restrita a volumes de receitas e de despesas e que, portanto, todo o trabalho gerencial deve ser voltado a aumentar ao máximo a primeira variável e, ao mesmo tempo, reduzir ao máximo a segunda. Mas não é assim que pensam e agem os líderes acostumados a conquistar resultados excelentes. Vale a pena saber como eles pensam e agem. Acompanhe com toda a atenção!

Desempenho humano

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A palavra resultado é muito usada para empresas. O mesmo sentido, quan-

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do aplicado a pessoas, leva o nome de desempenho. Aceitemos tal diferença apenas por uma questão didática. Resultados são produzidos por empresas e desempenhos por pessoas. Os resultados das empresas decorrem diretamente dos desempenhos das pessoas. Ou seja: a única fonte confiável de resultados em uma empresa é o desempenho das pessoas. Bons ou ruins, positivos ou negativos, os resultados decorrem do desempenho humano. Ainda que essa conclusão pareça óbvia, não é assim que muita gente costuma pensar resultados. No dia a dia, a dimensão humana do resultado é muito esquecida. A única fonte confiável de resultados é o desempenho humano, embora geralmente eles sejam atribuídos às estratégias, aos produtos, aos preços, ao marketing, ao mercado. E o desempenho humano, por sua vez, decorre das respostas que as pessoas são capazes de oferecer aos problemas e aos desafios do trabalho e do negócio. Considere, portanto, duas categorias de respostas: as técnicas e as criativas. Respostas técnicas são aquelas baseadas nas ações de ontem. Se foram respostas acertadas e produziram bons resultados, repita! Essa é a ordem, que acaba se transformando em processos de trabalho, alguns repetidos com tanta frequência

A única fonte confiável de resultados em uma empresa é o desempenho das pessoas. Bons ou ruins, positivos ou negativos, os resultados decorrem do desempenho humano

que acabam normatizados, para cumprir determinados padrões de qualidade. Respostas técnicas são geradoras de desempenho e, por conseguinte, de resultados. Mas não são suficientes para dar conta de todos os problemas e desafios organizacionais. Para isso, existem as respostas criativas, aplicadas ad hoc, ou seja, aqui e agora. Essas exigem outros tipos de competências.

Competências humanas É isso: os resultados das empresas decorrem dos desempenhos das pessoas e esses das competências humanas. Competência é uma palavra ampla. Abarca o conjunto de conhecimentos, habilidades e experiências gerador de respostas técnicas. Engloba, também, o conjunto de inteligências, talentos e dons gerador de respostas criativas. Existe uma sutil diferença entre os dois conjuntos de competências. O primeiro pode ser transferido – sem maiores dificuldades – de uma pessoa para outra, por meio de cursos e treinamentos. O segundo pode ser transferido de uma situação para outra, mas é inerente a cada indivíduo. É passível de aprimoramento, via processos de aprendizagem, mas já está instalado. Vale realçar: o mundo dos negócios está se tornando cada vez mais complexo. Os mercados mudam continuamente, exigindo muito além do que é sobejamente conhecido. Respostas técnicas são e sempre serão importantes para a produção de desempenhos e de resultados, mas os resultados excelentes dependem, cada vez mais, de respostas criativas. Ou seja: cada vez mais, inteligências, dons e talentos são determinantes para a obtenção de desempenhos e resultados superiores. As potencialidades humanas são incomensuravelmente superiores aos conjuntos de conhecimentos, experiências e habilidades. Mas aqui chegamos ao “x” da questão dos resultados. As pessoas só disponibilizam seus conjuntos de competências se quiserem. Não há nada que as obrigue a fazer isso. Respostas técnicas podem ser oferecidas por meio de coesão e contro-


Compromisso humano Envolvidos todos estão, querendo ou não. Comprometidos, apenas alguns. Porque o comprometimento depende de um detalhe fundamental. Comprometer-se é envolver-se emocionalmente. Quando isso acontece, todos os conjuntos de competências são colocados à disposição dos problemas e dos desafios. As dificuldades mudam de tamanho, os obstáculos são transpostos, as turbulências não fazem mais do que temperar os desafios. Mas, por trás do comprometimento humano, existe um exercício de liderança muito distinto daquele de tipo autoritário, que, no máximo, conseguia obter respostas técnicas. A virada depende de um modelo de liderança mais participativo, sustentado na relação de confiança e voltado ao desenvolvimento das pessoas.

Liderança humana Líderes bem-sucedidos conseguem compreender o algoritmo dos resultados.

por Roberto Adami Tranjan

Educador da Cempre Conhecimento & Educação Empresarial (11) 3873-1953/www.cempre.net roberto.tranjan@cempre.net

Sabem que estes advêm do desempenho humano, que, por sua vez, decorre das respostas – técnicas ou criativas – que as pessoas são capazes de oferecer aos problemas e desafios. Bons resultados surgem de respostas técnicas. Resultados excelentes derivam de respostas criativas. Sejam técnicas ou criativas, as respostas dependem dos conjuntos de competências, só disponibilizadas quando existe comprometimento. O comprometimento, por sua vez, é conseguido por meio de uma liderança participativa. Aí está! Simples assim. Mas ninguém imagine que seja fácil. Chegar a esse nível é que torna desafiador o exercício da liderança. Encare com entusiasmo essa meta transformadora. Verá como é gratificante. A recompensa pode ser melhor ainda do que qualquer expectativa otimista.

Comprometer-se é envolver-se emocionalmente. Quando isso acontece, todos os conjuntos de competências são colocados à disposição dos problemas e dos desafios

As publicações da editora Empreendedor têm sempre artigos, notícias e dados atualizados sobre o mundo dos negócios. Com 17 anos de história, a Empreendedor é a maior editora brasileira voltada ao empreendedorismo e às inovações. Publica as revistas Empreendedor, Empreendedor Rural e Dirigente Lojista, e o Guia Empreendedor de Franquias, além de manter o mais acessado site sobre empreendedorismo: www.empreendedor.com.br. Na hora de buscar informações ou falar com empreendedores de todos os portes, conte com as nossas publicações.

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le. Mas respostas criativas só serão oferecidas se os seres humanos estiverem inclinados a essa oferta. Não há voz de comando capaz de fazer com que alguém entregue suas inteligências, dons e talentos. Não é qualquer líder que consegue motivar tal disposição de seus liderados. Aí está o maior desafio da liderança: fazer com que as pessoas, por vontade própria, entreguem os conjuntos de competências que possuem. A isso dá-se o nome de comprometimento.

O mundo dos negócios é muito grande para você se aventurar sozinho.

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Luiz Barretto

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sempre presente Sebrae aprimora serviços para empreendedores já estabelecidos e pretende ser referência em inovação e tecnologia


Sob nova gestão desde o início do ano, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) pretende incrementar ainda mais os serviços oferecidos aos micro e pequenos empresários. Uma das prioridades da nova diretoria é investir nas MPEs que já se encontram em estágio mais avançado de desenvolvimento. “Queremos ser uma referência de inovação e tecnologia, principalmente para aquele empreendedor que já está no mercado há mais de dois anos e que talvez ache que o Sebrae não tem mais nada a oferecer. Nosso

Em termos gerais, quais os seus principais planos e metas para o novo mandato que se inicia? Luiz Barretto – Queremos ampliar a participação da micro e pequena empresa no PIB. Hoje, as MPEs são responsáveis por 20% do PIB brasileiro e nossa intenção é chegar a percentuais compatíveis aos de países da União Europeia, como Alemanha e Itália, que estão por volta de 40%. Também precisamos aumentar a participação dos pequenos negócios no comércio exterior. Se o total do valor exportado por micro e pequenas empresas tem aumentado nos últimos anos, o número de empresas que competem no mercado externo é muito pequeno – pouco mais de 12 mil, o que corresponde a 1,3% das empresas exportadoras. Esse é um grande desafio. Mas é apenas um entre tantos que temos. Queremos ainda neste ano alcançar a meta de 1,5 milhão de empreendedores individuais formalizados. Também pretendemos chegar a 3 mil municípios com a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa regulamentada. Hoje já são 2,8 mil municípios com a regulamentação, e que atingem quase 70% da população do País. Quais melhorias o senhor pretende implementar no Sebrae? Luiz Barretto – Para acompanhar as mudanças deste novo Brasil e a prosperidade do segmento dos pequenos negócios, o Sebrae precisa de muita musculatura. Não mediremos esforços para atender a uma demanda sempre crescente e cada vez mais exigente, e seguiremos, a exemplo do que foi feito nos últimos

objetivo é participar desse momento da empresa e ajudá-lo a avançar ainda mais”, afirma o presidente da entidade, Luiz Barretto, que assumiu o cargo – antes ocupado por Paulo Okamotto – no último mês de fevereiro. Outro destaque são os programas de capacitação voltados para a Copa do Mundo de 2014. Com apoio da Fundação Getulio Vargas, o Sebrae mapeou as oportunidades que as MPEs em todo o País terão com o evento esportivo. “Além de prepará-las para a Copa em si, queremos que elas tenham condições de absorver conhecimento neste período de preparação para que possa ser utilizado desde já e também nos anos seguintes ao evento”, explica Barretto.

Sociólogo formado pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, Luiz Barretto já havia atuado no Sebrae anteriormente, como gerente nacional de Marketing e Comunicação, entre os anos de 2005 e 2007. Mas foi como ministro do Turismo do governo Lula, entre 2008 e 2010, que seu nome ganhou projeção nacional. Na entrevista a seguir, Barretto comenta sobre o Sebrae e aponta quais melhorias e programas de apoio receberão destaque no seu mandato. Além disso, ele ainda faz uma avaliação do desempenho das MPEs no Brasil e aconselha os empreendedores que desejam se aventurar em um novo negócio.

anos, crescendo como instituição, aperfeiçoando o atendimento aos nossos clientes e tornando a nossa atuação cada vez mais transparente.

nato, etc.), comércio varejista, serviços em geral, madeira e móveis e agronegócios. Estamos investindo quase R$ 80 milhões no programa Sebrae na Copa de 2014.

O senhor pretende implantar novos planos e programas de apoio aos micro e pequenos empresários? Algum que possa nos adiantar? Luiz Barretto – Pretendemos fazer um grande investimento para preparar as micro e pequenas empresas para a Copa do Mundo. Além de prepará-las para o evento em si, queremos que elas tenham condições de absorver conhecimento neste período de preparação para que possa ser utilizado desde já e também nos anos seguintes ao evento. Queremos que este conhecimento seja o maior legado para as micro e pequenas empresas. Para nos ajudar nesta tarefa, contratamos a Fundação Getulio Vargas para realizar um mapa com as oportunidades que as micro e pequenas empresas terão com a Copa, dividido em nove setores: construção civil, tecnologia da informação e comunicação, turismo, produção associada (gastronomia, artesa-

Qual “marca” o senhor pretende deixar na entidade? Ou seja, como gostaria de ser lembrado após o término do mandato? Luiz Barretto – Queremos que o Sebrae seja reconhecido cada vez mais por sua capacidade técnica em oferecer soluções para todos os nossos públicos. Temos 39 anos de história atendendo micro e pequenos empresários; mais recentemente começamos também a atender os Empreendedores Individuais. Mas o Sebrae não pode ser lembrado apenas por quem está dando os primeiros passos nos negócios. Quero que o Sebrae seja uma referência de inovação e tecnologia, principalmente para aquele empresário que já está no mercado há mais de dois anos e que talvez ache que o Sebrae não tem mais nada a oferecer. Queremos participar desse momento da empresa e ajudá-lo a avançar ainda mais.

Hoje, as MPEs são responsáveis por 20% do PIB brasileiro e nossa intenção é chegar a percentuais compatíveis aos de países da União Europeia, como Alemanha e Itália, que estão por volta de 40%

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por Mônica Pupo monica@empreendedor.com.br

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eNT R EV I S TA Como o senhor avalia o desempenho recente das MPEs no Brasil? Luiz Barretto – Atualmente as micro e pequenas empresas no Brasil têm demonstrado estar melhor preparadas. Em 2004, por exemplo, o índice de sobrevivência era de apenas 50%, e em 2007 o índice chegou a 78%. Esse desempenho se deve ao fortalecimento da economia brasileira nos últimos anos e também ao trabalho realizado pelo Sebrae, que expandiu sua atuação com investimentos no atendimento presencial, a distância e diretamente na empresa.

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Qual a importância das MPEs para a economia do País? Luiz Barretto – As micro e pequenas empresas possuem 52,3% de todo o emprego formal com carteira assinada no Brasil. No ano passado, foram responsáveis por aproximadamente 1,7 milhão (72%) de todos os novos postos de trabalho criados. Esses dados mostram o comprometimento dos pequenos negócios com o desenvolvimento econômico e social do País, gerando emprego e renda para a população. Nossa expectativa com a aprovação do Projeto de Lei 591/10 (promove ajustes na Lei Geral da MPE, como o aumento dos limites de faturamento para adesão ao Simples Nacional), que está em tramitação na Câmara dos Deputados, é de que sejam gerados mais 500 mil postos de trabalhos nos próximos dois anos.

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Quais as perspectivas de desenvolvimento e apoio para as MPEs nos próximos anos? Luiz Barretto – O desenvolvimento das micro e pequenas empresas está diretamente ligado à inovação, que é o resultado de conhecimento, trabalho, esforço, ousadia, capacidade de correr riscos calculados, criatividade e outras características. E apoiar a inovação é um dos principais focos de atuação do Sebrae. As empresas que inovarem se tornarão mais competitivas ao longo dos anos e estarão mais bem preparadas para enfrentar os desafios cotidianos, como a entrada de produtos estrangeiros a baixo custo no mercado ou crises econômicas. Que conselhos o senhor daria a um empreen-

Quero que o Sebrae seja uma referência para aquele empresário que já está no mercado e que talvez ache que o Sebrae não tem mais nada a oferecer. Queremos participar desse momento e ajudá-lo a avançar ainda mais

dedor que esteja prestes a abrir seu primeiro negócio neste momento? Luiz Barretto – Minha dica é procurar o Sebrae, em um dos nossos vários canais de atendimento, seja em nossos postos fixos ou pela central de atendimento. Em nosso portal, por exemplo, temos informações detalhadas sobre ideias, tipos e ramos de atuação para quem quer abrir um negócio. Temos diversas ferramentas para fazer o interessado adequar seu perfil empreendedor e conhecer a realidade do mercado e organizar um plano de negócios. Isso aumenta substancialmente as chances de sucesso do empreendimento. De 1994 para cá, qual foi a evolução dos empreendedores e das condições para empreender no País? E o que ainda precisa melhorar? Luiz Barretto – Neste período, o Brasil passou por muitas mudanças. Alcançamos a estabilidade econômica, o desemprego diminuiu e temos uma nova

classe média com 30 milhões de novos consumidores. A estabilidade trouxe uma grande mudança no empreendedorismo, quando o País passou a ter mais empreendedores por oportunidade do que por necessidade. Hoje, essa proporção é de 2,1 empreendedores por oportunidade para cada um por necessidade. Em termos de legislação, tivemos dois grandes avanços: a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, em 2006, e a Lei do Empreendedor Individual, em 2008. São duas leis que deram maior acesso a mercado aos micro e pequenos empresários, segurança jurídica para investir, sem falar na redução e simplificação de impostos. Acho que agora é o momento de revermos a Lei Geral, pois necessitamos ampliar o teto do Simples para beneficiar mais empresas.

LINHA DIRETA Sebrae: www.sebrae.com.br


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Para Betiol, apoio de incubadora foi decisivo para o sucesso da Bematech, fundada no ano de 1991, em meio à instabilidade econômica

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Brasil


sa indica um crescimento qualitativo. O número de empreendedores que montam um negócio por enxergar uma oportunidade de mercado já é o dobro daqueles que decidem empreender por mera necessidade, ou seja, por não encontrar outra opção profissional. Essa é uma condição ímpar para a sobrevivência dos empreendimentos. Na GEM 2002, a relação era de um empreendedor por necessidade para 0,7 empreendedor por oportunidade. “É claro que empresas abertas por necessidades podem virar grandes negócios. Mas, em geral, os empreendedores por oportunidade tendem a ser mais bem-sucedidos porque eles perceberam algo que o mercado está precisando e, por isso, estão mais direcionados”, explica Romeu Friedlaender, economista do Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), que realiza a GEM no Brasil em parceria com o Sebrae. Segundo Friedlaender, entre os empreendedores por necessidade é muito comum encontrar pessoas que abrem um negócio apenas para gerar renda enquanto não conseguem um emprego. Por isso, esses empreendimentos tendem a ser menos duradouros, elevando a taxa de mortalidade das micro e pequenas empresas. “É aquela pessoa que começa a costurar para fora ou fazer salgadinhos para festa, mas continua atrás de um emprego. Quando consegue, desiste do negócio.”

S/A

Para especialistas no assunto, a GEM 2010 mostra como uma economia forte, aliada a políticas públicas de apoio ao empreendedorismo, pode estimular a abertura de novos e melhores negócios. “O ambiente econômico atual do Brasil favorece o surgimento de novas oportunidades aos micro e pequenos empresários”, afirma Luiz Barretto, presidente do Sebrae. “Há mais pessoas consumindo e, consequentemente, mais gente querendo oferecer produtos a elas”, resume o economista do IBQP.

Conjuntura Juliano Seabra, diretor de Educação, Pesquisa e Cultura da Endeavor, afirma que não há dúvidas de que as condições de mercado são determinantes ao empreendedorismo. “Esse cenário ajuda as pessoas que têm vontade de montar um negócio. Elas se sentem mais confortáveis para tentar empreender não só porque o ambiente é propício, mas porque sabem que se fracassarem podem voltar mais facilmente ao mercado de trabalho”, analisa o executivo. A estabilidade da moeda, com a criação do Real, em meados de 1994, foi o primeiro passo para a criação de um ambiente favorável. Era o fim da era da hiperinflação. “Só então conseguimos nos livrar do estresse do imediatismo. Antes disso, o empreendedor só conseguia se preocupar com o dia seguinte”, afirma Ary Plonski, presidente da Associação Nacional de Entidades Pro-

País possui um dos índices mais altos do mundo em empreendedorismo, e esse número vem evoluindo em qualidade e quantidade por Cléia Schmitz

cleia@empreendedor.com.br

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Um em cada seis brasileiros em idade produtiva é empreendedor, um dos mais altos índices do mundo. E esse número vem evoluindo. No ano passado, 17,5% da população com idade entre 18 e 64 anos – 21,1 milhões de brasileiros – exerceram alguma atividade empreendedora em negócios com até três anos e meio de vida. Em 2000, a taxa era de 13,5%. Mas o que torna o País um terreno tão fértil para os novos negócios? Somos mesmo mais criativos e ousados? Mais ou menos. Que o empreendedorismo aumentou no Brasil pode-se atestar pelos dados citados acima, da 11ª edição da Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM 2010), divulgada em maio passado. O índice de 17,5% coloca o Brasil como o país com a maior Taxa de Empreendedores em Estágio Inicial (TEA) do G20, grupo que integra as maiores economias do mundo, e do chamado Bric, formado por Brasil, Rússia, Índia e China. A TEA da China ficou em 14,4% e a da Argentina em 14,2%. Entre os países desenvolvidos, Austrália e Estados Unidos apresentaram TEA de 7,8% e 7,6%, respectivamente. A média do Brasil desde a primeira participação do País na pesquisa, no ano 2000, é de 13,3%. A GEM 2010 mostra que a evolução da TEA é resultado do maior número de empreendedores de negócios novos, ou seja, a opção pelo empreendedorismo vem crescendo entre os brasileiros. E não é só isso. A mesma pesqui-

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motoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), que reúne 400 incubadoras e 6,3 mil empreendimentos inovadores. Quem começou naquela época lembra bem das dificuldades. “Vivíamos em um cenário de inflação, não era fácil fazer um planejamento anual da empresa”, conta Eduardo Nader, presidente do Mercado Eletrônico. Especializada em soluções de e-commerce, a empresa foi criada em 1994, uma época em que a infraestrutura na área de telefonia era muito precária e a internet sequer era comercial no Brasil. “Muitos consideravam utópico, mas achávamos que o comércio entre empresas seria realizado em ambiente eletrônico e fomos em frente.” Para Nader, apesar de alguns entraves como a burocracia e a carga elevada de impostos persistirem, está mais fácil empreender. Ele destaca o fomento à inovação com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e incentivos como a Lei do Bem. “De qualquer forma também usamos as crises econômicas e a adversidade ao nosso favor, procurando oferecer soluções que dessem ganho de produtividade e ferramentas de inteligência aos nossos clientes”, observa Nader.

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Juliano, da Endeavor: condições de mercado são determinantes ao empreendedorismo

Lito Rodriguez criou a Dry Wash em 1994 com o objetivo de ser diferente: limpeza de veículos sem água


Para Betiol, o apoio da Incubadora Tecnológica de Curitiba foi fundamental naquela ocasião. Com acesso à infraestrutura foi possível focar no desenvolvimento do projeto. “À medida que avançávamos e já tínhamos um produto para comercializar, causava boa impressão aos potenciais clientes, em alguns casos grandes empresas estabelecidas no mercado, serem recebidos naquele espaço que não tínhamos condições de prover naquele período de empresa nascente”, observa. O exemplo da Bematech mostra a importância do papel das incubadoras

vinculadas a universidades e instituições de ensino na evolução do empreendedorismo brasileiro. Para o professor Ary Plonski, elas trouxeram um novo espaço de aprendizado, além da sala de aula e dos laboratórios. “Um espaço para transformar o conhecimento em produto, negócio”, explica. E o que é melhor, negócios inovadores, que tendem a ser mais duradouros e causam maior impacto na economia. A inovação é o grande gargalo do empreendedorismo brasileiro. Para Juliano Seabra, o que falta é educação empreendedora. “Quando o assunto é preparar para empreender, ainda estamos engatinhando”, afirma. Seabra destaca informações da GEM 2010 que mostram que, enquanto no Chile 40% dos adultos tiveram treinamento para montar seus negócios, no Brasil esse índice foi apenas de 9% e, destes, apenas 3% receberam orientação nas universidades. Na maioria das histórias de empreendedorismo brasileiro, a vontade de ter o próprio negócio acabou superando muitas dificuldades. É o caso de Lito Rodriguez, presidente e fundador da Dry Wash, rede de franquias do segmento

Plonski: “Incubadoras são espaço para transformar o conhecimento em negócio”

Nader, do Mercado Eletrônico: crises e adversidades podem ser usadas a seu favor

Berço esplêndido

Dornelas: “Mais informação disponível para dar subsídio à tomada de decisões”

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casa da photo

Oferecer soluções inovadoras também foi o trunfo da Bematech, outra empresa criada em meio à instabilidade econômica, em 1991. “Éramos jovens, tínhamos muitas ideias e ímpeto para executá-las, mas faltavam recursos e estrutura”, conta Wolney Betiol, um dos fundadores. Hoje, com duas décadas de história, a empresa é líder no segmento de tecnologia para o comércio e está presente em mais de 400 mil pontos de venda com soluções de automação.

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iza fiúza/abr

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Bruno Quick, do Sebrae: “A arrecadação das empresas do Simples só faz crescer”

de limpeza e conservação de veículos. “Empreender é minha grande paixão. Em 1994, montei um lava-rápido ao enxergar a oportunidade de fazer mais com menos, num segmento que carecia de profissionalismo e uma marca de referência”, conta Rodriguez.

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Inovação

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Fazer diferente era a aposta do empresário. Quando surgiu, a marca ainda utilizava água em suas lavagens, embora em menor quantidade do que os concorrentes. Dois anos depois, o próprio Rodriguez desenvolveu e patenteou um produto para eliminar de vez a água. “Pesquisamos muito para chegar a um produto revolucionário. Quando encontramos, achávamos que precisava de alguns ajustes, por isso montamos uma indústria química para atender à demanda interna.” Rodriguez começou a empreender

numa época em que o termo empreendedorismo sequer estava no dicionário. Hoje alimenta um mercado editorial que só na última Bienal Internacional do Livro de São Paulo, realizada em agosto de 2010, apresentou 115 lançamentos e reedições. “O empreendedor tem mais informação disponível para dar subsídio à tomada de decisões. No passado, tudo isso era mais restritivo”, afirma José Dornelas, autor de vários livros sobre o tema. O caminho foi longo até aqui. O primeiro trato distinto para a pequena empresa no Brasil é de 1984, a criação do Estatuto da Micro e Pequena Empresa (MPE), instrumento que dava isenção de imposto de renda nos primeiros anos de vida do empreendimento. Em 1988, a Constituição garantiu tratamento diferenciado, simplificado e favorecido aos pequenos negócios, mas o dispositivo só foi regulamentado em 1999. Antes disso, em 1996, a União havia edi-

tado o Simples Federal, estimulando estados a dar tratamento diferenciado às MPEs na tributação do ICMS. O problema é que o sistema era desencontrado, situação que só foi contornada em 2003, com a aprovação de uma emenda constitucional que definiu um regime tributário diferenciado para as MPEs. Foi ela quem deu as condições jurídicas para a construção do atual Simples Nacional, lançado em julho de 2007. Chamado de Supersimples, o novo regime integrou oito diferentes impostos estaduais, federais e municipais em um só tributo. Na época, 1,3 milhão de empreendedores migraram automaticamente para o sistema. Hoje já são mais de 5 milhões de empresas participantes. Em quatro anos, o Simples ampliou em 365% a arrecadação de ISS (tributo municipal) e em 253% o recolhimento de ICMS (imposto estadual). “A arrecadação das empresas do Simples só faz crescer. Em 2008, foram R$ 24 bilhões; em 2009, R$ 26 bilhões; e, em


eduardo tayer/age photo studio

Gabriel, que aderiu ao MEI: “Era difícil conseguir novos clientes. Hoje posso dizer que saí do escuro”

Evolução da Taxa de Empreendedores em Estágio Inicial no Brasil Ano TEA (%) 2002

13,5

2003

12,9

2004

13,5

2005

11,3

2006

11,7

2007

12,7

2008

12,0

2009

15,3

2010

17,5

Média brasileira

13,3%

2010, R$ 35 bilhões”, destaca o gerente da Unidade de Políticas Públicas do Sebrae, Bruno Quick. Ele cita também o tratamento diferenciado às MPEs nas compras governamentais, que elevou o patamar de compras do governo federal com pequenas empresas de R$ 2,6 bilhões anuais, em 2006, para R$ 15,9 bilhões, em 2010. Em percentual, o índice dobrou – de 17% para 34%. Outro mecanismo que deu impulso a novos negócios foi o Empreendedor Individual. O programa foi lançado em julho de 2009 com a proposta de formalizar a atividade de milhares de pessoas que trabalham por conta própria e faturam no máximo R$ 36 mil ao ano. Legalizados, eles passam a ter registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), favorecendo a abertura de contas bancárias, a liberação de empréstimos e a emissão de notas fiscais. Em março, antes mesmo de comple-

tar dois anos de vida, o programa ultrapassou a marca de 1 milhão de adesões. Hoje já são 1,1 milhão e a meta do governo federal é chegar a 1,5 milhão até o final deste ano. O fotógrafo Gabriel Heusi, 29 anos, é um deles. Ele afirma que não contou tempo quando soube do programa e aderiu logo na primeira semana após o lançamento. Gabriel já sentia na pele as dificuldades de não estar formalizado. “Era difícil conseguir novos clientes. Hoje posso dizer que saí do escuro.” Com CNPJ na mão, o fotógrafo come-

Políticas públicas para MPEs se desenvolverem é fundamental para quantidade e qualidade de postos de trabalho

çou a fechar vários contratos de trabalho e passou até mesmo a participar de licitações. Atualmente ele atende mais de dez clientes fixos, inclusive fora de Florianópolis, sede do estúdio. Gabriel conta que está se preparando para migrar para outro patamar, o de microempresa. “Estamos na metade do ano e já cheguei a 80% do teto de faturamento do empreendedor individual, que é de R$ 36 mil”, explica o empreendedor. Para Bruno Quick, ainda há muito a ser feito pelos pequenos negócios e, consequentemente, pela maioria dos empreendedores brasileiros. “A pequena empresa caminha para empregar na economia formal seis em cada dez trabalhadores; entretanto, sua participação no PIB ainda é de apenas 20%. Por isso, ter políticas públicas para que elas sobrevivam, prosperem e se desenvolvam é fundamental para ter quantidade e qualidade de postos de trabalho.”

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Fonte: GEM 2010

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TRANSFORMAÇÃO DURADOURA Acesso à energia elétrica garante melhores condições de vida e a possibilidade de empreender, gerando renda e empregos por Beatrice Gonçalves

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beatrice@empreendedor.com.br

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A chegada de energia elétrica, de água encanada, de telefone e da internet a comunidades que viviam sem essa infraestrutura muda a realidade local. Além de garantir melhores condições de vida e de promover a inclusão social, o acesso a esses bens abre novas oportunidades. Permite, por exemplo, que essas pessoas empreendam, aumentem sua renda e ainda gerem empregos. Uma transformação que para se tornar realidade precisa de forte investimento público e de cursos e treinamentos que capacitem essas comunidades a abrir e gerenciar suas próprias empresas. Há oito anos, mais de 13 milhões de brasileiros viviam sem luz, morando em situação precária, sem condições de ter uma geladeira sequer para conservar seus alimentos. Os mais prejudicados eram as pessoas que viviam em zonas rurais do País, onde para levar os cabos e postes de energia até as casas era necessário um investimento alto dos municípios ou mesmo dos próprios moradores. Sem condições de fazer isso, muitos produtores largavam o campo e os que ficavam não tinham muitas perspectivas – a maioria plantava e vendia aquilo que produzia a preços baixos para outras empresas industrializarem os produtos. Uma realidade que atingia principalmente os municípios mais pobres do Brasil e os moradores de comunidades quilombolas, ribeirinhos, assentados da reforma agrária e aldeias indígenas. Segundo levantamento do Ministério das Minas e Energia, das 13 milhões de pes-


hermínio nunes

soas que viviam sem luz em 2003, cerca de 90% das famílias tinham renda inferior a três salários mínimos e 80% delas moravam em zonas rurais. A vida dessas pessoas passou por uma grande transformação quando o governo federal criou em 2003 o programa Luz Para Todos para levar energia elétrica a comunidades carentes que não tinham acesso ao serviço. Coordenado pelo Ministério das Minas e Energia, o programa recebeu investimentos de R$ 20 bilhões, recursos vindos do governo federal, dos governos estaduais e de empresas de energia. Um dinheiro que vem sendo utilizado em obras de infraestrutura para levar energia elétrica para as comunidades e em uma série de ações integradas que buscam viabilizar novas oportunidades de renda e melhores condições de vida para os beneficiados. Só na Região Sul do País e em Mato Grosso do Sul, mais de 1 milhão de pessoas não tinham acesso a energia até 2003. Na área rural de Canguçu, no Rio Grande do Sul, camponeses do assentamento Herdeiros da Luta viveram por mais de cinco anos sem luz. A principal produção da comunidade na época era leite, mas como não tinham geladeira, os produtores eram obrigados a andar mais de cinco quilômetros para pedir para os vizinhos armazenarem o produto – o que tornava muito difícil a vida dos agricultores na região. Em 2005, a energia elétrica chegou ao assentamento através do programa Luz Para Todos e mudou a forma de viver na comunidade. Além de comprar geladeiras e freezers para armazenar o leite, os agricultores montaram uma confecção de roupas. Para auxiliá-los no novo negócio, o grupo Eletrobras, por meio das ações integradas do Luz Para Todos, doou máquinas de costura e de bordado para o assentamento. Desde setembro de 2010, os agricultores, além de produzir grãos e leite, vendem roupas, bolsas e sacolas ecológicas. A confecção representa hoje uma renda de R$ 3 mil para o assentamento, e cada moradora que participa da associação como costureira recebe em média R$ 250 por mês. A chegada da energia elétrica à comunidade cafuza do município de José Boi-

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Energia permitiu à comunidade cafuza de José Boiteux (SC) beneficiar a ervamate e multiplicar os ganhos por 10

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Índios Kadwéu, de Bodoquena (MS), enfrentam dificuldades para vender as peças de cerâmica produzidas na aldeia

luz e força para todos Lançamento: 2003 Coordenação:

Ministério das Minas e Energia Investimento:

R$ 20 bilhões, vindos do governo federal, governos estaduais e empresas de energia Beneficiados:

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13 milhões de pessoas

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80% dos beneficiados moram em zonas rurais 24 mil famílias indígenas beneficiadas Quando receberam energia elétrica, 90% das famílias atendidas tinham renda inferior a três salários mínimos

teux, em Santa Catarina, também abriu novas oportunidades de negócios para os moradores. As 26 famílias da localidade viveram por mais de dez anos sem luz, em condições precárias, tendo como sustento o plantio de fumo, hortaliças e a colheita de erva-mate. Como não podiam beneficiar os produtos por conta da falta de energia, vendiam o que produziam a preços muito baixos. “Antes a gente fazia a colheita de erva-mate e precisava ir a cidades que ficam a 280 quilômetros de José Boiteux para vender o produto a grandes empresas ao custo de R$ 0,42 o quilo. O preço era baixo porque a gente não podia fazer o processamento da erva-mate”, explica Mário de Jesus, um dos líderes da comunidade cafuza. Com a chegada da energia elétrica em 2005, a produção da comunidade aumentou e eles passaram a beneficiar parte dos alimentos produzidos. No ano passado, os moradores ganharam do Ministério do Desenvolvimento Agrário, do Incra e da Eletrosul, empresa que pertence ao sistema Eletrobras, máquinas

para fazer o processamento da erva-mate colhida e a partir dessa oportunidade eles montaram sua própria empresa de beneficiamento, a Ervateira Cafuza. Ela funciona como uma associação e todos os moradores da comunidade participam da colheita e do processamento da erva. Até o momento foram produzidos cerca de 2 mil quilos de erva-mate pilada por mês, mas essa quantia pode aumentar e chegar a 20 mil quilos por mês. Os primeiros pacotes da erva-mate Cafuza, que foi processada e embalada em José Boiteux, foram trazidos pelo líder da comunidade para serem vendidos em Florianópolis na Feira Luz Para Todos, evento organizado pela coordenação do programa na Região Sul e em Mato Grosso do Sul que reuniu, na sede da Eletrosul, no mês de maio, comunidades beneficiadas pelo programa. Nos dois dias de feira, Mário de Jesus vendeu mais de 200 quilos de erva-mate e, diferente da época em que a comunidade precisava comercializar o produto por alguns centavos, hoje eles ganham R$ 5 por pacote vendido.


fotos hermínio nunes

A produtora rural Rosa de Oliveira conta que a criação de uma padaria comunitária mudou a vida dos assentados de Rio Cascudo, em Guaraniaçu (PR)

Além da comunidade cafuza, outros dez grupos beneficiados pelo programa na Região Sul e em Mato Grosso do Sul participaram da 1ª Feira do Luz Para Todos. Em estandes montados no hall da Eletrosul, cada comunidade trouxe uma amostra de produtos que eles fabricam em suas regiões. “A proposta da feira foi reunir os beneficiados pelo programa na região, dar visibilidade ao que eles vêm produzindo e ainda garantir uma oportunidade para que pudessem vender seus produtos. Para muitas comunidades, essa foi a primeira vez que participaram

de uma feira para expor e vender o que produzem em suas associações, e isso é importante para que tenham mais noção de mercado”, explica Delmar Gonçalves, gerente do Luz Para Todos na Região Sul e em Mato Grosso do Sul. Os assentados de Rio Cascudo, em Guaraniaçu, no Paraná, trouxeram para a feira pães, bolos e bolachas que produzem na Cozinha e Panificadora Comunitária montada na localidade através das ações integradas do Luz Para Todos. A produtora rural Rosa de Oliveira participa da associação e conta que o novo negócio tem mudado a vida dos assentados. “Antes a gente fazia pão em casa, mas não podia vender. Com a cozinha industrial, vendemos nossos produtos para a cidade e para o programa de compra direta da merenda escolar do município.”

Treinamento Agora empreendedoras, muitas comunidades beneficiadas pelo Luz Para Todos estão se deparando com novos

Falta de infraestrutura no campo 5 milhões de famílias que vivem em zonas rurais não têm água encanada em casa; 4 milhões de famílias não têm acesso a telefone fixo; Apenas 2% dos produtores rurais têm internet em casa; 46% dos brasileiros que vivem em condições miseráveis no País moram no campo.

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O interesse dos produtores em se profissionalizar ainda esbarra em problemas estruturais, diz Queijada

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Referência assentada

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Celestino Persch já viveu em lonas e acampamentos em beiras de estrada quando lutava por um pedaço de terra para plantar. Assentado em 1985 no Oeste de Santa Catarina, ele passou a produzir em conjunto com outros agricultores de 14 assentamentos da região. Em 1996, eles montaram a Cooperativa Regional de Comercialização do Extremo-Oeste (Cooperoeste) para industrializar o leite produzido. Em 16 anos de trabalho, os produtores transformaram a cooperativa em uma das maiores empresas do município de São Miguel do Oeste e uma das maiores no ramo de leite em Santa Catarina. São produzidos em média 120 milhões de litros de leite por ano, vendidos nos estados do Sul e em São Paulo com a marca Terra Viva. Para Persch, que é hoje diretor financeiro da Cooperoeste, o sucesso do negócio se deu pelo trabalho em conjunto de todos os assentados. “Nós nos baseamos na experiência de outras associações e buscamos sempre trabalhar em cooperação. Isso fez com que alcançássemos os nossos objetivos de forma mais rápida. Hoje, cada família associada à cooperativa tem, só com a venda do leite, uma renda entre dois e dez salários mínimos.”

dilemas. A questão não é mais falta de luz, mas como criar estratégias para vender os produtos, aumentar a produção e melhorar a gestão do negócio criado. No assentamento Herdeiros da Luta de Canguçu, o maior problema que a confecção de roupas, bolsas e sacolas enfrenta hoje é conseguir vendedores. “Há muita mão de obra no assentamento para costureira, mas são poucas as pessoas que têm perfil para ser vendedor. Precisamos de gente que saia no comércio das cidades da região para oferecer nossos produtos”, afirma Sérgio Blau, assentado do Herdeiros da Luta. No caso da ervateira de José Boiteux, Mário de Jesus explica que no período de entressafra não há como processar a

Carrara, do Senar: no Brasil ainda são poucos os pequenos produtores com plano de negócio

erva-mate e que nesse período as máquinas ficam paradas, mas elas poderiam ser utilizadas de outra forma. “Estamos pensando em começar a processar também chás na ervateira, mas ainda precisamos ver como planejar isso.” Os índios da etnia Kadwéu, de Bodoquena, em Mato Grosso do Sul, também beneficiados pelo Luz Para Todos, têm dificuldade em encontrar compradores para as peças de cerâmica produzidas na aldeia. “Para produzir uma peça precisamos encontrar vários tipos de tinta na mata e isso deixa o produto mais caro. O problema é que quando vamos até Bonito (MS) para tentar vender a cerâmica, são poucos os que aceitam pagar o preço que nós pedimos”, conta a índia Clotilde Matechulte. Os assentados de Rio Cascudo, em Guaraniaçu (PR), passaram por problemas semelhantes. Para resolvê-los, aprimoraram os processos de produção da panificadora. Eles buscaram capacitação e assessoria técnica no Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), órgão que desenvolve ações de formação profissional rural e oferece cursos de ges-


Assentados criaram cooperativa em 1996 para industrializar leite produzido, o que garante hoje uma renda entre dois e dez salários mínimos para cada associado

tão e aprimoramento de produção para empreendedores rurais. “O treinamento que fizemos nos ajudou a ter mais noção do negócio e do mercado em que estamos atuando”, afirma Rosa de Oliveira, moradora do assentamento. Assim como a comunidade de Guaraniaçu, 1 milhão de pessoas participam por ano dos treinamentos oferecidos pelo Senar. O órgão tem uma série de cursos de capacitação gratuitos que atendem desde o pequeno até o grande produtor rural. O programa “Com Licença vou à Luta”, por exemplo, é voltado para a formação de mulheres proprietárias rurais e tem como foco trabalhar conceitos de liderança, planejamento e gestão financeira. O programa “Negócio Certo Rural”, desenvolvido pelo Senar em parceria com o Sebrae, auxilia os produtores a identificar novas áreas de investimento, a analisar a viabilidade do negócio e a gerenciar o empreendimento. “Percebemos que no Brasil ainda são poucos os pequenos produtores que têm um plano de negócio. Nossa proposta no ‘Negócio Certo Rural’ é incentivá-los a fazer um plano para eles poderem identificar

oportunidades e rever seus processos. Nesse programa, além de trabalhar conceitos teóricos com os produtores, há ainda um trabalho de consultoria técnica”, afirma Daniel Carrara, secretárioexecutivo do Senar. Isso faz do “Negócio Certo Rural” um dos cursos mais procurados – cerca de 10 mil pessoas passam pelo treinamento por ano. “Temos percebido um aumento significativo no número de inscritos no programa, o que mostra que cada vez mais o pequeno produtor rural está vendo sua propriedade como um negócio”, considera Ênio Queijada, gerente da unidade de atendimento coletivo, agronegócios e territórios do Sebrae. Mas, ao mesmo tempo em que há um maior interesse do produtor em se profissionalizar, ele ainda esbarra em problemas estruturais. Queijada explica que entre as principais dificuldades de quem empreende em zonas rurais estão os custos elevados para fazer a logística do que é produzido e a falta de acesso à internet – segundo dados do Sindicato Nacional das Operadoras de Satélites (Sindisat), dos cerca de 31 milhões de brasileiros

que moram em áreas rurais, apenas 2% dos domicílios têm acesso à web. Além de luz e internet, a lista de bens que ainda precisam ser universalizados no campo é grande. A falta de água ainda é um problema que atinge cerca de 5 milhões de famílias que moram em zonas rurais do semiárido nordestino. Somamse a isso outras 4 milhões de famílias que vivem no campo e não têm acesso a telefone fixo. Sem infraestrutura adequada, esses moradores das zonas rurais representam 46% do número de pessoas que vivem em condições miseráveis no País. No plano de erradicação da miséria, lançado em junho pela presidenta Dilma Rousseff, estão previstos programas para a melhoria das condições de vida do homem do campo como o “Água Para Todos”, que prevê a construção de 800 mil cisternas, adutoras e reservatórios até 2014.

LINHA DIRETA Anprotec: (61) 3202-1555 Bematech: 0800 644 2362 Dry Wash: (11) 2954-8688 Endeavor: www.endeavor.org.br Gabriel Heusi: www.gabrielheusi.com IBQP: (41) 3264-2246 José Dornelas: www.josedornelas.com.br Luz Para Todos: http://luzparatodos. mme.gov.br/luzparatodos/asp/ Sebrae: www.sebrae.com.br Senar: www.senar.org.br Terra Viva: www.terravivasc.com.br

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Moradores das zonas rurais representam 46% das pessoas que vivem em condições miseráveis no País

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PA NOR A M A

dilema Eterno

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Assim como ocorre com outros modais, existe mercado para o setor aéreo, mas a infraestrutura carente é um empecilho para sustentar o crescimento

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O transporte aéreo brasileiro conta com 67 aeroportos operados pela Infraero

Os três principais aeroportos do Estado de São Paulo representam 30,75% do movimento de passageiros e 51,42% do movimento de cargas de porão


MÁRCIO JUMPEI

Há tempos que a demanda de passageiros e os investimentos em infraestrutura de transportes deixaram de andar no mesmo ritmo no Brasil. No setor aeroportuário não é diferente. O resultado dessa falta de sintonia é o que costumamos chamar de “caos aéreo”, uma situação que se traduz em aeroportos cheios, filas intermináveis para check-in e embarque, voos atrasados ou, ainda pior, cancelados. Tal conjuntura faz do avião um meio de transporte bastante imprevisível no País, independente das condições meteorológicas. É difícil saber

32 aeroportos têm terminais de processamento de cargas aéreas

quando se vai chegar ao destino, principalmente em datas especiais e feriados como Carnaval, Páscoa e Natal. Não é para menos. O estudo “Aeroportos no Brasil: investimentos recentes, perspectivas e preocupações”, divulgado em abril pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), aponta que 14 dos 20 maiores aeroportos do País operam bem acima de suas capacidades. Nesses terminais, a taxa média de ocupação passou de 164,3%, em 2009, para 187,2%, em 2010. É o impacto provocado por uma demanda que evoluiu de 71 milhões de passageiros em 2003 para 154 milhões em 2010. Um crescimento de 117%, não atendido pela

evolução dos investimentos públicos no setor aéreo, de R$ 503 milhões em 2003 para mais de R$ 1,3 bilhão em 2010. Em declaração feita ao jornal Zero Hora no final de maio, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse que o País está “pagando o preço do sucesso”, uma referência à melhoria de indicadores como geração de emprego e renda. Na avaliação do Ipea, a atual situação aeroportuária reflete um planejamento com olho no retrovisor. “A exemplo dos outros setores da infraestrutura de transportes, o passivo de necessidades dos investimentos que deixaram de ser feitos por mais de 20 anos ainda não permite que esses setores se preparem para o futuro”,

Em 2010, o número de passageiros nos aeroportos operados pela Infraero chegou a 155,3 milhões, um crescimento de 21,25%

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por Cléia Schmitz

cleia@empreendedor.com.br

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Evolução número de passageiros

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Ano

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conclui a nota técnica do Ipea. O assunto “aeroportos” tem estado na pauta do dia por conta de um futuro bem próximo: a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. A luz vermelha se acendeu quando o mesmo estudo do Ipea alertou para a possibilidade de que as obras de 10 dos 13 aeroportos do Mundial não sejam finalizadas para o evento. Em resposta à crise, o governo federal anunciou a privatização parcial de três aeroportos – Viracopos e Guarulhos, em São Paulo, e o de Brasília. Estuda-se o mesmo modelo para Cofins, em Minas Gerais, e Galeão, no Rio de Janeiro. Em julho, vai a leilão a concessão do Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante, a 17 quilômetros de Natal, o primeiro terminal privado do País.

Número de passageiros Crescimento

2007

110.549.625

8,19%

2008

112.900.421

2,13%

2009

128.135.616

13,49%

2010

155.363.964

21,25%

Quatorze dos 20 maiores aeroportos do País operam com ocupação quase duas vezes superior às suas capacidades Privatização à parte, o presidente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Gustavo Vale, garante que estudos feitos pela organização dão conta de que não há por que se preocupar. Em audiência pública realizada na Câmara dos Deputados, no úl-

timo dia 1º de junho, Vale disse que os 13 aeroportos da Copa terão capacidade para suprir a demanda até dezembro de 2013. Segundo o executivo, os aeroportos diretamente relacionados às 12 cidades-sede do Mundial receberão ao todo investimentos de R$ 5,56 bilhões. A preocupação não é só com os eventos esportivos que estão na agenda brasileira. Vale ressalta a expectativa de que a demanda continue crescendo a taxas de 10% nos próximos anos. Os últimos números divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) têm comprovado essa tendência. No primeiro quadrimestre do ano, a procura por voos domésticos cresceu 20,22% em relação ao mesmo período de 2010. A oferta aumentou 14,75% e a taxa de


Evolução carga aérea Ano Toneladas Crescimento 2007

1.483.150

4,96%

2008

1.408.376

-5,04%

2009

1.216.485

-13,62%

2010

1.324.051

8,84%

ocupação dos voos passou de 69,43% para 72,74%. Em relação aos voos internacionais operados por empresas brasileiras, a demanda aumentou 21,28% em comparação ao ano passado, enquanto a oferta cresceu 15,17%. A taxa de ocupação passou de 73,99% para 77,92%. O período de janeiro a abril é marcado por forte movimento nos aeroportos em função dos feriados de Carnaval e também de Páscoa, que neste ano foi prolongado pelo feriado de Tiradentes. Só a TAM Linhas Aéreas transportou na segunda-feira após o domingo de Páscoa 136 mil pessoas, um recorde diário de passageiros para a companhia. A aposta da TAM para 2011 é um aumento da oferta de assentos em voos domésticos em 10% a 14%. No primeiro

Apostole: “Ideal é que haja a integração com modais ferroviário e rodoviário”

trimestre do ano, a companhia transportou 9,3 milhões de passageiros, alta de 11,9% em relação ao mesmo período do ano passado. O presidente da TAM, Líbano Barroso, destaca algumas ações recentes da companhia com o propósito de facilitar o acesso da classe C às viagens aéreas. Entre elas, as parcerias feitas com a Pássaro Marron e a Princesa do Agreste, empresas interestaduais de ônibus do Sudeste e Nordeste, respectivamente, para a venda combinada de passagens de ônibus e de bilhetes aéreos. As passagens estão disponíveis nas lojas TAM Viagens. A rede tem 90 pontos de venda, mas a meta é ampliar para 200 até o final de 2011. “Nossos números comprovam o sucesso da estratégia que implementamos para tornar as viagens

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Fonte: Infraero

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de avião acessíveis para uma parcela cada vez maior da população”, afirma Barroso. Em fevereiro deste ano, a TAM anunciou investimentos de US$ 3,2 bilhões em 34 novas aeronaves para suprir a demanda esperada pela empresa para os próximos 20 anos. Destes, dois são Boeing, com entrega prevista para 2014, e 32 são Airbus, que deverão ser entregues entre 2016 e 2018. Em 2010, a empresa fechou o ano

com participação de 39% no mercado doméstico e 27% no mercado internacional. Autointitulada como a maior companhia aérea de baixo custo e baixa tarifa da América Latina, a Gol Linhas Aéreas Inteligentes também aposta em novos canais de vendas para chegar até a nova classe média brasileira. Em março passado, a empresa inaugurou três quiosques chamados de “Voe Gol” nas estações de me-

trô Itaquera, Sé e Luz, além de uma nova loja no Shopping Mais, em Santo Amaro, todos na capital paulista. Nesses pontos o cliente pode comprar passagens e fazer alterações e cancelamentos de reservas. A ação complementa outras ações da Gol para se aproximar das classes C e D. Em 2005, a empresa lançou o Voe Fácil, primeiro programa de parcelamento de passagens aéreas em 36 vezes.


Criada há dez anos, a Gol oferece cerca de 900 voos diários para 59 destinos domésticos e 14 internacionais. No ano passado, a empresa obteve a maior participação no mercado doméstico: 41%. No mercado internacional, a companhia respondeu por 16% do número de passageiros. No primeiro trimestre deste ano, apresentou um crescimento de 9,7% na demanda em relação ao mes-

A aviação brasileira chegou a atender mais de 300 destinos nacionais na década de 1960, hoje são 150

O problema da falta de infraestrutura aeroportuária se estende para o transporte de cargas. O modal participa apenas de 0,4% do total de mercadorias transportadas no Brasil. “A demanda é enorme, como se vê no volume de cargas que transitam pelas rodovias. Parte delas poderia estar voando”, afirma Ricardo Nogueira, vicepresidente da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag). De acordo com a Infraero, o volume de cargas transportadas, incluindo correios, cresceu 8,84% no ano passado, após dois anos consecutivos de queda. “O problema dos aeroportos é que estamos só olhando o lado da pessoa física. Ignoramos o setor de transporte de cargas, que está totalmente esquecido no Brasil”, avalia Antonio Wrobleski Filho, sócio da Awro Participações e Logística e presidente do Instituto Logweb de Supply Chain e Logística (Ilog). Na opinião do professor Paulo Resende, que coordena o Núcleo de Infraestrutura e Logística da Fundação Dom Cabral, o problema ocorre justamente porque o País “mistura” carga e passageiro e cria uma disputa entre os dois segmentos. “Esse é um erro primário porque a atenção acaba sempre se voltando mais para o passageiro.” Resende explica que os dois segmentos necessitam de tratamentos diferenciados, por isso devem ser separados para que não haja conflitos. “As cargas estão mais associadas a uma linha de produção”, observa. Para o professor, até mesmo a integração do modal aéreo com outros meios de transporte para o escoamento de cargas esbarra no fato dele conviver com o segmento de passageiros. “Como vou justificar a construção de uma ferrovia para um aeroporto de cargas se não existem metrôs fazendo a interligação dos terminais de passageiros? Só vamos evoluir no dia em que separarmos as duas coisas.”

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luis simione

setor esquecido

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mo período de 2010, o que gerou uma taxa de ocupação de 73,5% no mercado doméstico, um recorde para o período, segundo a empresa. Em abril, o aumento da demanda foi de 13,8%, impulsionada pelo feriadão da Páscoa.

Universalização

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“O transporte aéreo vive um dos melhores momentos de sua história em relação à demanda de passageiros. Desde 2003 esse processo de universalização do transporte aéreo vem se firmando, ocasionado pela estabilidade econômica, pela redução nos preços das passagens aéreas e pelo aumento do poder de compra dos brasileiros”, avalia o economista Apostole Lazaro Chryssafidis, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Aéreo Regional (Abetar). A entidade tem como principal objetivo desenvolver o segmento da aviação regional. Desde a criação da Abetar, em 2001, a participação no mercado das empresas regionais saltou de menos de 1% para 6%, em 2010. Atender cada vez mais destinos é um dos principais desafios das companhias regionais, que por operar aeronaves menores conseguem chegar onde as outras não chegam. “Muitas vezes em destinos onde o acesso ou é feito em horas por avião ou em dias por rios, com o risco da viagem ter que ser interrompida”, afirma Apostole. Hoje, as empresas regionais atendem entre 140 e 150 localidades, transportando mensalmente cerca de 300 mil passageiros. “Mas esse número ainda é pequeno se lembrarmos que a aviação civil brasileira

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Infraestrutura é ainda mais preocupante nos aeroportos secundários, de média e baixa densidade de tráfego


thomas may

Ricardo: “Principal desafio é o aumento da capacidade instalada nos aeroportos” da década de 1970. “Hoje, com praticamente um passageiro embarcado a cada quatro habitantes, a aviação brasileira se compara à norte-americana na década de 1950. O ideal para o País é que haja a integração dos modais aéreo, ferroviário e rodoviário. Isso permitiria o aumento de localidades atendidas conforme o perfil da viagem. Em um país como o Brasil, com dimensões continentais, é muito mais vantajoso o uso do avião para longas distâncias.” Para a Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), o modal aéreo é um importante vetor de desenvolvimento e inclusão social. Por isso, a entidade lançou no ano passado uma campanha para discutir a relevância da aviação executiva para o desenvolvimento de 75% das cidades brasileiras. São 3,5 mil municípios que dispõem de aeródromos, mas não são servidos pela aviação comercial. “O momento é de intensa verificação das necessidades. Por um lado empresas visualizam o incremento nos seus serviços, mas, por outro, receiam não ter onde ofertá-los devido à carência de infraestrutura”, afirma Ricardo Nogueira, vicepresidente da Abag. “Por isso, o principal desafio é o aumento da capacidade instalada nos aeroportos brasileiros.”

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chegou a atender mais de 300 destinos na década de 1960”, observa o dirigente. Só nos Estados Unidos há mais de 750 localidades que dispõem de acesso ao transporte aéreo. Segundo Apostole, a situação da infraestrutura aeroportuária é ainda mais preocupante nos aeroportos secundários, de média e baixa densidade de tráfego, em sua maioria operados pelas associadas da Abetar. “Quatorze deles correm o risco de ver suas atividades paralisadas pela falta de recursos para adequação à legislação vigente”, diz. Entre as exigências, Apostole destaca a aquisição de caminhão de combate a incêndio, segundo ele uma das maiores dificuldades encontradas pelos administradores destes terminais devido ao seu alto custo. Para a Abetar, a solução de boa parte dos problemas pode vir da utilização dos recursos do Programa Federal de Auxílio a Aeroportos (Profaa). “O programa tem um orçamento anual aproximado de R$ 150 milhões, recursos que podem ser aplicados em obras nos aeroportos, mas que ano a ano deixam de ser utilizados em sua totalidade.” Recentemente o Profaa, cujo gestor é o Ministério da Defesa, liberou R$ 102,3 milhões para aeroportos de pequeno e médio portes. “Foi uma ótima notícia, mas ainda é pouco”, observa Apostole. A Abetar defende que o programa passe a aceitar emendas parlamentares, o que multiplicaria os recursos, que poderiam chegar a R$ 600 milhões por ano. “Esse valor é suficiente para que, em quatro anos, os aeroportos pesquisados sejam totalmente remodelados de acordo com as exigências da Anac e ainda com capacidade suficiente para o atendimento da demanda por novos voos.” O presidente da Abetar cita pesquisa da consultoria Bain & Company sobre o setor aéreo brasileiro para mostrar a defasagem do modal em relação aos Estados Unidos, também um país continental. De acordo com o estudo, se a demanda de passageiros avançar a uma taxa anual de 7% até 2027, o Brasil terá, em 2030, o mesmo patamar de passageiros embarcados por habitante dos Estados Unidos

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Tchau, congestionamentos

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Deslocamentos aéreos são alternativa irresistível ao trânsito caótico e falta de segurança das ruas de São Paulo

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A cidade de São Paulo é campeã mundial em número de helicópteros urbanos. São cerca de 450 aeronaves, superando Nova York e Tóquio. É a única cidade no mundo a ter controle de tráfego aéreo exclusivo para esse tipo de aeronave. Não é difícil imaginar o motivo que leva a capital paulista a esta liderança de mercado. Além de serem mais seguros contra assaltos e sequestros, os deslocamentos aéreos são uma alternativa irresistível ao caótico trânsito de São Paulo. Claro, para quem tem como pagar pela comodidade, um número de pessoas que é cada vez maior por conta do aquecimento da economia brasileira nos últimos anos. Enquanto o percurso de cerca de 14 quilômetros do Aeroporto de Congonhas à Avenida Paulista leva, no mínimo, 40 minutos, a mesma viagem de helicóptero dura menos de 10 minutos. Para executivos cujo tempo é dinheiro, o helicóptero deixou de ser só um luxo para se transformar num meio de transporte imprescindível aos negócios. “A economia de tempo com certeza é o principal fator de crescimento dos voos de helicópteros em São Paulo”, confirma o comandante Jorge Bitar Neto, proprietário da Helimarte, empresa de táxi aéreo que atua há 12 anos nesse mercado. Em média, a Helimarte faz 600 decolagens por mês – 20 por dia. Para isso, conta com 12 helicópteros e dois aviões e, neste ano, planeja investir R$ 10 milhões para aumentar e modernizar essa frota. “Queremos crescer entre 10% e 15%, tanto em número de voos quanto em faturamento”, destaca Bitar. Quando fundou a Helimarte, em 1999, o comandante nem sonhava com um crescimento tão veloz. Graduado em administração, Bitar entrou para a aviação em 1997, quando fez um curso para pilotar helicópteros. Um amigo o convidou a montar a Helimarte, mas três anos depois a sociedade foi desfeita. “Fiquei com metade de um helicóptero,

mas decidi continuar o negócio”, conta. Hoje, além do transporte de executivos, a empresa faz passeios panorâmicos, voos para coberturas jornalísticas e serviços especiais para empresas, como inspeção de linhas de energia, por exemplo. Mas a crescente demanda por voos de helicópteros na cidade de São Paulo também criou uma espécie de câmbio negro nesse mercado. Há muitas aeronaves particulares sendo usadas como táxi aéreo, contrariando as regras da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que exige o Certificado de Homologação de Empresa de Táxi Aéreo (Cheta). “É uma concorrência desleal porque eles têm um custo de operação muito menor do que o nosso, já que não precisam atender a uma série de exigências, como por exemplo a realização de constantes treinamentos para a tripulação. Desinformado, o cliente compara os preços e acaba fechando com eles”, desabafa Bitar, que reclama da falta de fiscalização da Anac contra essa prática irregular de compartilhamento. Com a proposta de compartilhar voos de helicóptero sem transgredir a lei, o empresário Rusvel Tinoco Pinto Júnior criou, em fevereiro passado, um clube de táxi aéreo, o Sky Club. Os preços são fixos, variando de zero a R$ 700. Os voos grátis acontecem quando há empty legs, percursos em que as aeronaves voltam vazias depois de deixar um cliente em seu destino. Para utilizar o serviço do Sky Club, é preciso se associar e pagar anuidades que vão de R$ 150 a R$ 3 mil, dependendo do plano escolhido. Num sistema semelhante ao das companhias aéreas, os voos podem ser programados e pagos pela internet. Basta que o associado informe os helipontos de saída e chegada e a data e hora do voo com 48 horas de antecedência. Se for um sócio premium, o clube oferece garantia de atendimento emergencial.


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Bitar, da Helimarte: estimativa de 10% a 15% de crescimento, tanto em nĂşmero de voos quanto em faturamento, em 2011

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edson kumasaka

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Após sete edições, Labace já é o segundo maior evento do mundo na área de aviação executiva, girando mais de US$ 500 milhões

“Perder um contrato de R$ 10 mil por causa de atraso no trânsito já é compensado por um investimento em um título do Sky Club”, argumenta Rusvel. A ideia do clube surgiu numa das muitas vezes em que o próprio empresário se viu trancado em congestionamentos a caminho de alguma reunião para fechamento de negócios. “O acesso aos voos era muito restrito e caro”, explica. Antes mesmo de completar seis meses de existência, o clube conta com 250 sócios, mas a meta é chegar a 1 mil até o final deste ano. A média de voos tem sido de cinco por semana, um movimento que está dentro das expectativas de seus empreendedores. O Sky Club opera com três aeronaves fretadas, homologadas junto à Anac.

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Uso compartilhado

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Segundo Rusvel, o compartilhamento dos voos pode reduzir o preço de uma viagem de helicóptero para um quarto do valor. Ele cita como exemplo o trecho entre o Aeroporto de Guarulhos e o heliponto do Shopping Frei Caneca, nas imediações da Avenida Paulista. O itinerário – que custaria R$ 1,4 mil – pode sair por R$ 360 se for dividi-

do entre quatro associados do clube. De táxi, cada passageiro pagaria cerca de R$ 120, mas levaria em torno de duas horas e meia para chegar à Avenida Paulista. De helicóptero é possível fazer em oito minutos. “Oferecemos um serviço diferenciado numa cidade de trânsito muito lento, que tem 3,5 milhões de veículos em circulação e recebe 300 mil novos carros por ano”, comenta Rusvel. Nesse mercado há também quem prefira contar com seu próprio helicóptero ou jato em vez de fretar. De acordo com a Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), o Brasil tem a segunda maior frota de aviação geral do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Só neste ano, esperase que 100 novas aeronaves cheguem ao País. O câmbio favorável, a facilidade de crédito e o aquecimento da economia são os fatores que impulsionam esse mercado. Quem afirma é o empresário Cássio Polli, diretor da Aerie Aviação Executiva, empresa especializada na compra, venda e importação de aeronaves executivas. Em sete anos de atividade a empresa intermediou mais de 60 aquisições, movimentando cerca de US$ 100 milhões. “Quem tem necessidade de se deslocar com agilidade para diferentes re-

giões do Brasil, perde muito tempo se depender da aviação comercial brasileira ou tem muita dificuldade de chegar a determinados destinos”, argumenta Polli. Um indicador do aumento de interesse pela aviação executiva é a Latin American Business Aviation Conference and Exhibition (Labace). Após sete edições, a feira, promovida pela Abag, já é a segunda maior do mundo no segmento de aviação executiva. No ano passado, o evento recebeu cerca de 15 mil visitantes e promoveu um volume de negócios da ordem de US$ 500 milhões. A expectativa para a edição deste ano, marcada para 8 a 13 de agosto, em São Paulo, é um crescimento de 10%, chegando a US$ 550 milhões.

LINHA DIRETA Abag: (11) 5032-2727 Abetar: (61) 3322-2993 Anac: www.anac.gov.br Gol: www.voegol.com.br Helimarte: (11) 2221-3200 Paulo Resende: (31) 3589-7300 Sky Club: www.skyclub.com.br TAM: www.tam.com.br


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pe rfil

paixão

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Professor de

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Portella sempre teve o sonho de ter um colégio, e hoje ele é dono de um grupo de empreendimentos na área de educação


por Mônica Pupo Ter um colégio sempre fez parte dos planos de Marcelo Portella. Nascido em família humilde e criado na periferia, o carioca precisou lutar muito para completar os estudos e garantir a vaga numa universidade pública. Em busca do sonho de infância, formou-se professor de português e começou a ministrar aulas de reforço escolar em sua casa. Hoje, aos 42 anos, ele está à frente do Grupo Maxx Educacional, rede de escolas especializadas em concurso público, que conta com cinco unidades próprias e acaba de se lançar no franchising, com a expectativa de chegar ao fim do ano com oito unidades em funcionamento e ter 24 unidades abertas no Brasil até dezembro de 2012. O conglomerado de negócios dirigido por Portella inclui ainda um colégio de ensino infantil e médio, uma central de produção de videoaulas, uma editora de livros didáticos e o Aluno Urbano, site de compras coletivas na área de educação. A ideia de investir no segmento de concursos públicos surgiu com a experiência própria do empreendedor. No tempo em que cursava faculdade de Letras Português e Latim na Universidade de Brasília (UnB), Portella dedicava-se paralelamente aos concursos públicos. “Passei a vida estudando para concursos e fazendo cursos pré-militares e essa preparação facilitou bastante o meu aprendizado, porque o ritmo de ensino em colégios militares é muito forte, principalmente na área de exatas”, conta o empresário, que chegou a passar em diversos processos seletivos, incluindo um da Infraero, onde trabalhou por oito meses. No entanto, foi como professor que Portella encontrou o caminho da realização profissional. Ainda hoje, mesmo com a rotina agitada à frente da rede, ele reserva as manhãs de quarta-feira para dar aula de língua portuguesa para uma turma de 90 alunos. “É minha paixão, quero ficar velhinho e continuar dando aulas”, afirma. O desejo de empreender começou a surgir “de verdade” a partir dos 25 anos. “Até então, eu percebia a necessidade de estabilidade profissional e acabava me dedicando mais à carreira acadêmica do que à empresarial”, diz Portella, que aos 21 anos publicou o primeiro dos cinco livros que escreveu até hoje, incluindo dois de ficção – Além da cobiça –, e o romance autobiográfico Preto e branco, a ser lançado ainda este ano. Marcelo Portella Contando apenas com recursos próIdade: 42 anos | Local de nascimento: Rio de Janeiro prios, em 2004 Portella começou a minisFormação: Letras Português e Latim, trar aulas de reforço escolar em sua própela Universidade de Brasília (UnB) pria casa, no Rio de Janeiro. “Percebi que Empresa: Curso Maxx havia uma oportunidade de negócio basSócios: 2 (Alexandre Lopes e Ricardo Mello) tante promissora nessa área, justamente porque o mercado de educação no Brasil Funcionários: 263 (central de gestão e 5 unidades próprias) ainda é muito dominado por instituições Faturamento: R$ 1,2 milhão a R$ 1,5 milhão/mês familiares ou religiosas, que muitas vezes acabam não fazendo o esforço necessário para inovar”, reflete. Mas essa não foi a sua estreia no mundo dos negócios. Em 2001, o carioca fundou a editora Irium, especializada em livros e materiais didáticos para cursos pré-vestibulares e ensino médio.

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monica@empreendedor.com.br

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pe rfil

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Após três anos na empresa, decidiu vender sua parte devido à diferença de visão entre os sócios. “Eles tinham uma visão mais localizada, com foco no mercado do Rio de Janeiro, enquanto eu desejava expandir de maneira mais global”, conta. No início, a escola funcionava como uma espécie de tira-dúvidas sobre as principais disciplinas de ensino médio, incluindo diferenciais como atendimento individualizado, orientação psicológica e sistemas exclusivos de avaliação comportamental. Portella também comprou um carro que utilizava para o transporte dos alunos. “Nessa época, chegamos a ter 180 alunos pagando um tíquete médio mensal que variava entre R$ 300 e R$ 400.” Cada vez mais procurado por pessoas de todas as idades – mas sobretudo candidatos a concursos públicos – o empreendedor decidiu abrir a primeira unidade no Bairro Recreio dos Bandeirantes. “A sala de aula improvisada em casa já não dava mais conta de tantos alunos”,

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“É minha paixão, quero ficar velhinho e continuar dando aulas”, afirma Portella

recorda. O crescimento da empresa, que primeiramente chamou-se Pronto-Aula e, mais tarde, Sem Dúvidas, motivou a abertura da segunda unidade apenas um ano depois, em 2005, localizada em Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro. “Começamos a nos consolidar a partir dessa segunda unidade, quando atingimos a maturidade da proposta”, diz. Foi nesta mesma época que Portella se separou do primeiro sócio, que assumiu a unidade do Recreio dos Bandeirantes, enquanto o empreendedor ficou com a de Jacarepaguá. Reinaugurada com o nome Curso Maxx, a escola passou a oferecer uma metodologia de ensino exclusiva, com cursos que preparam para todos os concursos públicos – e não voltados para processos seletivos específicos, como faz a maioria da concorrência. “Ao invés de oferecermos cinco ou seis disciplinas voltadas especificamente para o concurso X, nossas turmas têm 14 disciplinas que preparam os alunos para cerca de 90% dos concursos públicos”, explica. O sistema de ensino do Curso Maxx inclui a realização de simulados, livros didáticos com 50% de desconto, monitoria extra, aulas on-line e controle de aplicação de conteúdo. A escola ainda oferece pacotes de vantagens, em que o aluno frequenta 90% das aulas e ganha um curso igual com bolsa de 100% caso

não passe no concurso desejado. A fórmula deu certo. Em pouco tempo, Portella inaugurou outras quatro unidades do Curso Maxx, sendo duas no Centro, e as demais nos bairros Álvaro Alvim e Madureira, todas no Rio de Janeiro. Motivado pela crescente demanda, o grupo decidiu criar também a Ícone Concursos, escola focada somente em concursos na área de segurança pública. O lucro também cresceu. “Hoje a empresa tem faturamento de aproximadamente R$ 1,2 milhão por mês”, diz Portella, relembrando que iniciou o negócio com pouco mais de R$ 15 mil. “Nossos cursos passaram a ter um tíquete médio mais alto e a arrecadação da empresa em relação aos concorrentes aumentou demais, o que trouxe um diferencial de crescimento para a rede.” Atualmente com 3 mil alunos matriculados, o Curso Maxx iniciou 2011 se lançando no mercado de franquias. “Desde o início eu quis investir no franchising, mas foram três anos até concluirmos o plano de franquias”, diz o empresário, que contou com uma assessoria jurídica para conseguir formatar todos os detalhes do negócio. Já as partes administrativa, pedagógica e operacional foram inteiramente desenvolvidas pela equipe interna. Para auxiliar na gestão e expansão da rede, Portella conta com a ajuda


LINHA DO TEMPO

Atualmente com 3 mil alunos, o Curso Maxx iniciou 2011 se lançando no mercado de franquias

Marcelo Portella

1968

Nasce no Rio de Janeiro.

2001

Funda a Editora Irium, especializada em material didático.

Padrão de ensino Com o auxílio de um sistema informatizado de gestão empresarial, a rede será capaz de manter o mesmo padrão de ensino em qualquer lugar do Brasil. O objetivo este ano é dar continuidade à expansão no Rio de Janeiro, onde já foram comercializadas seis unidades. A primeira delas deve ser inaugurada em Niterói ainda este semestre. Até outubro, serão inauguradas as franquias da Barra da Tijuca, Ilha do Governador, Bangu e São Gonçalo. A partir de 2012, a intenção de Portella é expandir para outros estados, sobretudo São Paulo, Paraná e Distrito Federal. “Como São Paulo é muito grande, vamos entrar logo com quatro unidades de uma vez, uma em cada zona da cidade”, revela. Enquanto isso, o empresário concentra-se em fortalecer a infraestrutura da chamada “central de inteligência” da empresa, que cuida de todo o funcionamento de tarefas específicas das unidades, como a elaboração de material didático, atualização do site e extranet. “O objetivo é que os franqueados ocupem-se apenas da gestão do ponto de venda.” Para realizar o antigo sonho de ter

2004

Vende sua parte na editora e começa a dar aulas em casa. No mesmo ano, funda a primeira unidade da ProntoAula no Bairro Recreio dos Bandeirantes.

2005

Abre a segunda unidade, em Jacarepaguá. No mesmo período, separa-se do sócio e reinaugura a unidade com o nome Curso Maxx.

2010

Adquire o Colégio Educo, que a partir de 2012 passa a se chamar Colégio Maxx.

2011

Inicia a expansão do Curso Maxx através do franchising.

um colégio, em março de 2010 Portella adquiriu o Colégio Educo, tradicional instituição carioca de educação infantil e ensino médio. Em 2012, a expectativa é reinaugurá-lo com o nome Colégio Maxx e uma proposta de ensino inovadora e totalmente integrada às novas tecnologias. “Cada aluno, por exemplo, vai receber um iPad para fazer exercícios e assistir aulas on-line.”

Um dos maiores desafios que Portella enfrentou como empreendedor foi conseguir capital de giro. “É preciso um endividamento inicial para ter lucro”, reflete. Outra dificuldade diz respeito à descrença e desconfiança dos que estão ao redor. “No início, o empreendedor é muito solitário, pois as demais pessoas geralmente têm dificuldade de enxergar as reais possibilidades do negócio – e elas nem têm a obrigação disso, já que sequer sabem exatamente o que você está fazendo”, afirma. Manter a qualidade de vida faz parte das estratégias do empresário para ter sucesso na carreira. O kitesurfe semanal, por exemplo, é sagrado. “Em hipótese nenhuma eu abdiquei da qualidade de vida para empreender. Aconteça o que acontecer, às sextas-feiras eu largo tudo e vou para Araruama praticar kitesurfe”, conta Portella, que “bate cartão” todos os demais dias, das 9h às 22h. “Você precisa encontrar um método de se energizar e aproveitar a vida, porque o mais importante nisso tudo é o ser humano.”

LINHA DIRETA Curso Maxx: www.cursomaxx.com.br

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dos sócios, os também professores Alexandre Lopes e Ricardo Mello.

Curso Maxx

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f ranqu ia

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formação Cérebros em


por Beatrice Gonçalves beatrice@empreendedor.com.br

FasTracKids Fundação: 1997 Taxa de franquia: a partir de R$ 50 mil Número de funcionários necessários: de 2 a 8 Faturamento bruto mensal: R$ 25 mil Infraestrutura: de 25 a 85 m2 Público-alvo: crianças entre seis meses e oito anos

Os primeiros anos de vida de uma criança são considerados por especialistas como uma janela de oportunidades. Momento em que o cérebro está em formação e que precisa receber constantes estímulos para se desenvolver de uma forma plena. Essa é uma etapa da vida em que a criança, além de brincar, deve ser incentivada a fazer exercícios de memória e de raciocínio e testar suas aptidões motoras. As escolas têm um papel fundamental nesse processo mas, além delas, outras instituições têm se especializado em oferecer cursos que estimulem a memória, a concentração e o raciocínio. Só no segmento de franquias, 8% do total de redes tem como público-alvo crianças, e uma grande parte dessas empresas tem se destacado no mercado por oferecer programas de ensino que estimulam o desenvolvimento cognitivo. Métodos que podem ser aplicados nas escolas, como parte do currículo, ou utilizados como uma atividade extracurricular. A franquia FasTracKids trouxe para o Brasil um método novo de ensino que busca promover o desenvolvimento e despertar o interesse e o prazer das crianças pela aprendizagem já nos primeiros anos da infância. O foco da empresa é trabalhar com meninos e meninas entre seis meses e oito anos de idade a partir de estímulos musicais, brincadeiras em lousas interativas e jogos lúdicos. “A franquia trabalha com crianças até oito anos porque é nesse período que 80% do cérebro está sendo formado e esse é um momento único para promover o desenvolvimento. Se ela for estimulada nessa etapa é possível até que aumente em 20% a 30% a sua capacidade intelectual”, afirma Ana Paula Harley, diretora da FasTracKids no Brasil. A rede oferece quatro programas de estímulo cognitivo que são indicados para diferentes faixas etárias. O FasTrack Signing, por exemplo, é voltado para crianças entre seis meses e dois anos de idade e

busca desenvolver a capacidade de comunicação dos bebês através do método da Linguagem Americana de Sinais (ASL). A proposta do programa é fazer com que pais e babás aprendam a entender as reações e gestos das crianças mesmo antes delas começarem a falar. O programa FasTracKids trabalha conceitos de biologia, astronomia, economia e até mesmo metas e lições de vida com crianças entre três e oito anos. Todo o conhecimento é passado de forma lúdica e busca estimular os alunos a usarem a criatividade, a comunicação e o pensamento crítico. “Nós desempenhamos um papel diferente do papel da escola. Na nossa rede não há o compromisso de fixação de conteúdos. Nossa proposta é estimular a criança em áreas que normalmente ela não vê na escola.” Durante as aulas os alunos são estimulados a falar em público e suas apresentações são gravadas pelos professores. Segundo a diretora da franquia no Brasil, esse processo faz com que as crianças aumentem seu vocabulário, sua capacidade de raciocínio e de concentração. “Não trabalhamos a formação profissional dos nossos alunos ou que a criança desde cedo vá se preparando para o mercado de trabalho. Mas a gente sabe que todas as atividades que realizamos na FasTracKids podem trazer bons resultados a longo prazo. Quando eu mostro para uma criança que falar em público é muito simples, naturalmente ela não terá dificuldade em falar em público no futuro.” Ana explica que para testar os resultados do método, a franquia contratou um instituto de pesquisa norte-americano para acompanhar durante seis meses o desenvolvimento de crianças que faziam cursos da FasTracKids com aquelas que não eram alunas da instituição. “O que eles perceberam é que as crianças que utilizavam o método tinham uma evolução de 100% a 150% maior em habilidades sociais e de vocabulários do que aquelas que não eram alunas.” No Brasil, os programas da FasTracKids são oferecidos em escolas como parte do

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Aumento dos gastos dos pais com a educação dos filhos estimula a oferta de cursos para o desenvolvimento cognitivo de crianças

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Top Secret Science & Math Fundação: 1994 Taxa de franquia: a partir de R$ 15 mil Faturamento bruto mensal: entre R$ 9 mil e R$ 30 mil Número de funcionários: 1 Infraestrutura: não é necessário ponto comercial Público-alvo: crianças e adolescentes entre quatro e 14 anos

Foco da FasTracKids é trabalhar com crianças usando estímulos musicais, brincadeiras em lousas interativas e jogos lúdicos

currículo e em unidades próprias da franquia. A rede, que tem hoje oito unidades, está em expansão e pretende chegar a 20 FasTracKids no Brasil nos próximos dois anos. Para abrir uma unidade dentro de uma escola, por exemplo, a taxa inicial de franquia é de R$ 50 mil e, para isso, é preciso ter uma sala de no mínimo 25 metros quadrados e uma lousa interativa. No caso da abertura de uma unidade própria, o investimento é maior, podendo chegar a R$ 250 mil. A diretora da franquia explica que o retorno sobre o investimento é rápido e que o faturamento bruto mensal de uma unidade chega a R$ 25 mil. “Esse é um setor que vem crescendo no Brasil. Nos últimos anos é possível perceber uma preocupação maior dos pais com a educação de seus filhos e isso tem feito com que eles invistam mais em cursos de capacitação e de treinamento.” Uma mudança de atitude dos pais que já é possível perceber até mesmo na economia. Pesquisa realizada pelo Instituto Insper mostrou que os brasileiros estão investindo mais em educação. O equivalente a 1,3% do PIB de 2009 é gasto por ano no País com educação privada, um valor alto se comparado até mesmo com as nações mais ricas do mundo, que investem em média 0,9% das riquezas produzidas com educação privada. Segundo os autores da pesquisa, o estudo demonstra a precariedade do ensino público no País ao mesmo tempo em que evidencia uma maior preocupação com o nível educacional das futuras gerações. Nessa busca por oferecer melhores condições educacionais para os filhos e estimulá-los cada vez mais cedo, os pais devem


Método Supera Fundação: 2005 Taxa de franquia: R$ 35 mil Número de funcionários: 6 Infraestrutura: 70 m2 Público-alvo: crianças a partir de quatro anos

cio. Hoje já são 35 unidades em operação em todo o Brasil e outras 20 devem ser inauguradas até o fim do ano. Em funcionamento desde 2006, a rede é destaque em sua área de atuação e já recebeu o selo de excelência concedido pela Associação Brasileira de Franchising (ABF). Assim como a rede Supera, o setor de franquias com foco em educação registra alto crescimento no País. Em 2010, o segmento movimentou mais de R$ 5 bilhões no Brasil. Para quem pensa em investir em franquias de capacitação e treinamento e quer atender o público infantil, a sugestão do consultor Jefferson Ramirez, diretor da Franchise Emporium, é procurar um negócio que tenha uma proposta diferenciada. Além disso, ele aconselha que o investidor faça uma pesquisa de mercado junto ao público que pretende atingir.

Estímulo lúdico Os momentos de festa também podem ser boas oportunidades para promover o desenvolvimento cognitivo das crianças. A franquia Top Secret Science & Math faz isso ao promover o que considera ser um entretenimento educativo. A proposta da rede é oferecer recreação para crianças – o entretenimento é feito com conteúdo científico. Quando a franquia é contratada para animar festas de aniversário, por exemplo, quem entra em cena é o cientista maluco que junto com as crianças faz experiências usando conceitos de ciência e matemática. “Em uma festa realizamos cinco experiências com cada criança. O interessante é que aquilo que elas produzem elas levam

LINHA DIRETA FasTracKids: www.fastrackids.com.br Franchise Emporium: www.franchiseemporium.com.br Método Supera: www.metodosupera.com.br Top Secret Science and Math: www.brasiltopsecretscience.com.br

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ficar atentos. De acordo com a pedagoga Carine Conte, é preciso evitar a sobrecarga de atividades extracurriculares que podem até mesmo atrapalhar a vida escolar do filho. “Quando a criança tem muitas coisas para fazer, ela às vezes não tem nem tempo de brincar. Aconselho que a criança até um ano de idade tenha mais contato com sua família e que a partir dos dois anos ela comece a participar de outras atividades.” O engenheiro Antônio Perpétuo é um desses pais que sempre buscou o melhor para seus filhos. Em 2005, ele montou um grupo interdisciplinar para discutir novos métodos de ensino que pudessem contribuir para a melhor formação educacional de crianças e adolescentes. Em conjunto com educadores, pedagogos e psicólogos, ele criou o Método Supera, um sistema de ensino para potencializar a criatividade, a concentração e o raciocínio lógico que se baseia no uso do ábaco, de jogos, de exercícios lógicos e de dinâmicas de grupo. A proposta do Método Supera é ser uma ginástica para o cérebro, um sistema de ensino que pode ser utilizado para pessoas de diferentes faixas etárias. No caso das crianças, o método pode começar a ser aplicado aos quatro anos de idade como parte das atividades da escola ou como um curso extracurricular. “Esse é um método que pode tanto ajudar os alunos que têm dificuldades de aprendizagem porque os ensina a se concentrar melhor, como auxilia a potencializar a criatividade e a velocidade de raciocínio daquelas crianças que não apresentam dificuldades na escola.” O sucesso do método fez com que o engenheiro resolvesse franquear o negó-

para casa e vão continuar brincando com o que criaram”, explica Ernani Fajgenbaum, franqueador da empresa no Brasil. Um dos experimentos que a empresa costuma realizar com as crianças é montar uma pequena lanterna a partir de fios, lâmpadas e uma bateria. Os materiais são disponibilizados pela empresa para cada criança e todo o trabalho de montagem do equipamento tem a orientação de um recreador treinado pela franquia. Além dessa experiência, há outras 600 catalogadas pela franquia que podem ser feitas com crianças e adolescentes entre quatro e 14 anos. O diretor da franquia no Brasil explica que esse tipo de serviço pode ser utilizado também em recreações em shoppings, empresas e escolas. O custo para levar uma equipe da Top Secret Science & Math para animar uma festa é de cerca de R$ 225 para 20 crianças, um valor que já inclui o material para a realização de cinco experiências. A Top Secret foi lançada nos Estados Unidos em 1994 e tem hoje unidades em 18 países. A franquia entrou em funcionamento no Brasil em 2011 e a expectativa da rede é que ainda este ano sejam abertas mais 15 unidades no País. A taxa inicial de franquia é de R$ 15 mil e não é necessário ter um ponto comercial porque a casa do franqueado pode funcionar como a base do seu negócio. “O investidor recebe treinamento de cinco dias para entender os processos da área administrativa da empresa e, além disso, ele é capacitado para manter o laboratório de experiências e se tornar o cientista que vai orientar os experimentos”, explica.

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Modelo móvel

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Especializada em serviços de reparos e reformas em residências, condomínios e espaços comerciais, a Dr. Resolve lança um novo modelo de negócio itinerante. O projeto foi criado especialmente para cidades com até 15 mil habitantes e visa atender os consumidores que sofrem com a falta de empresas do tipo. Trata-se da primeira franquia móvel do segmento no qual cada franqueado contemplará até cinco cidades em que o número total de moradores não ultrapasse a marca de 50 mil habitantes. O projeto piloto inaugurou em maio e abrange as cidades de Potirendaba, Nova Aliança, Ibirá, Cedral e Bady Bassit, no interior de São Paulo. “Ao aderir ao formato, o franqueado tem a vantagem de atuar em cidades que apresentam demanda de procura por serviços, mas que sofrem com a escassez de profissionais especializados”, conta David Pinto, diretor-presidente da rede. O investimento inicial médio para abertura de uma franquia móvel gira em torno de R$ 25 mil, com retorno previsto entre seis e 12 meses. www.drresolve.net


Chancela renovada

www.imaginarium.com.br

Expansão gradativa Com foco na expansão da rede, o centro de ensino de idiomas PBF projeta crescimento de 20% para este ano e a abertura de dez novas unidades, concentradas principalmente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais. O objetivo é ampliar o número de alunos de todas as faixas etárias: adultos, jovens e crianças – que hoje somam mais de 100 mil alunos. Para sustentar o plano de crescimento, a rede conta com ações de propaganda para cada linha de produto e de patrocínio esportivo voltadas para o atletismo, ciclismo e futebol, como o recente apoio ao time do São Caetano durante jogo pelo Campeonato Paulista. A marca prevê ainda diversas ações para 2011, como o lançamento de uma nova mascote para a próxima campanha publicitária direcionada ao público infantil. “Nossa estratégia atual é apoiar a solidez de todas as franquias para que novas escolas possam surgir gradativamente em outras regiões”, afirma Christian Ambros, diretor da Fundação R. H. Fisk, detentora da rede PBF. www.pbf.com.br

Marca global

Metodologia vencedora

Principal sistema de franquias de agências de viagens independentes do mundo, a Lufthansa City Center não para de crescer no Brasil. De 2010 até agora, o número de unidades franqueadas cresceu mais de 50%, saltando de 11 agências para 17 em apenas quatro meses. “Muitas agências de viagem já existentes, quando descobrem o ganho de competitividade que podem ter se tornando parte da rede, decidem aderir à franquia”, afirma Idione Particelli Rechinelli, presidente da associação que reúne todas as franqueadas no Brasil. As franquias Lufthansa City Center no País estão presentes em São Paulo (capital e interior), Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Goiânia e Novo Hamburgo (RS). Os clientes, além de contar com o apoio de uma marca globalmente conhecida, têm à disposição tarifas especiais graças a acordos com mais de 13 mil hotéis, companhias aéreas e operadores de turismo. Em todo o planeta são 690 agências de viagens, espalhadas por 80 países, gerando mais de 4,5 mil empregos diretos e um volume de negócios da ordem de mais de 4,5 bilhões de euros. O sistema de franquias chegou ao Brasil a partir de 2002. www.lufthansacc.com

O ano de 2011 tem sido de recordes para a Rede de Ensino Kumon. Só no primeiro trimestre a empresa abriu 41 novas unidades em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Ceará, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Pará e Rondônia. O segredo do sucesso está na metodologia única, desenvolvida ao longo de mais de cinco décadas, que desenvolve amplamente a capacidade de qualquer criança e que possibilita aos seus alunos estudarem conteúdos além da série escolar. “Em 2011 buscaremos o crescimento ainda maior das franquias existentes e das novas que entrarem na rede”, afirma Julia Shiroiwa, do Departamento de Recrutamento. A empresa estima para este ano um crescimento médio de 13% no número de alunos no Brasil. Há expectativas de que em algumas regiões do Sudeste, Sul e Centro-Oeste este percentual de crescimento seja maior. O valor inicial médio para instalação de uma unidade fica em torno de R$ 11 mil, mais taxa de franquia que varia entre R$ 1.560 e R$ 2.520 e capital de giro no valor de R$ 5 mil. Com faturamento mensal estimado em R$ 12 mil, o retorno é esperado em 12 a 24 meses. www.kumon.com.br

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Com 79 franquias, 14 quiosques e 600 pontos multimarcas em todo o País, a Imaginarium é considerada a maior rede brasileira de loja de presente e decoração. O crescimento da empresa foi reconhecido pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), que concedeu à Imaginarium o 12º Selo de Excelência em Franchising (SEF) na categoria Sênior 2011. A premiação é concedida anualmente pela entidade aos profissionais que mais se destacam na prática do franchising. O selo também visa estimular a melhoria do nível de atuação das empresas por meio da valorização das melhores práticas e do profissionalismo. Para obter a chancela, que vale por um ano, as franqueadoras passam por um rigoroso processo de avaliação. O critério utilizado pela ABF na concessão leva em consideração aspectos éticos e técnicos do franchising. Especializada na produção e comércio de presentes, objetos de decoração, eletrônicos e artigos de uso pessoal, a Imaginarium oferece completo suporte aos franqueados no controle das áreas de administração, vendas, decoração, marketing e treinamento. A expectativa da rede é continuar crescendo, com a inauguração de outras 20 franquias até o fim do ano e presença em mais 150 multimarcas.

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Segunda mão Lançado há dois anos, o site de ofertas Tem Usados é especializado na comercialização de carros, caminhões, motos e aviões – usados, novos ou seminovos. Com franqueados em 27 cidades de norte a sul do País, a empresa segue o plano de expansão com a abertura de mais duas unidades na capital paulista e uma em Teresina, no Nordeste. O portal funciona da seguinte forma: o franqueado regional credencia lojas locais de veículos usados no site, que funciona como uma vitrine eletrônica dos produtos. Através do portal o consumidor faz uma pesquisa e seleção de carros via internet para compra, envia ao lojista para contato pessoal, e vai à loja apenas para averiguar as condições reais do veículo e fechar negócio. O valor inicial médio para aquisição da franquia varia conforme a localização e gira entre R$ 13 mil e R$ 60 mil, e o percentual de rentabilidade pode chegar a 50% do faturamento. “Durante a implantação, uma equipe vai até a região da franquia para formatar, cadastrar as principais lojas da região e treinar técnicas de abordagem para a captação de clientes e funcionamento do software administrativo e do site. Além disso, há um suporte à disposição de segunda a sexta-feira, através de skype ou telefone”, detalha Paulo Cruz, proprietário da rede. www.temusados.com.br

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Loja ecológica

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Criada há dois anos pelo empresário André Krai, a Container Ecology Store intitula-se a única rede de franquias em contêiner no mundo. Com dois anos de atuação no Rio Grande do Sul, a empresa agora chega à capital paulista com o objetivo de fechar o ano com 80 lojas em todo o Brasil. Atualmente, a rede conta com franquias no interior de São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O conceito inédito de loja ecológica utiliza em sua composição contêineres reciclados com mais de 20

anos de uso e outros materiais – como araras feitas de corrimão de ônibus e deques de casca de arroz. “Nós criamos um conceito inovador de butique ecológica que alia modernidade, sustentabilidade, baixo custo operacional e retorno imediato”, afirma Krai. A Container Ecology Store oferece franquias a partir de R$ 79 mil, taxa de franquia zero, taxa de royalties fixa por mês conforme operação, fundo de mar­ keting de 3% do faturamento mensal estimado e retorno no prazo de 12 a 24 meses. www.lojacontainer.com.br


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F r an q ui a e m e x p a ns ão

PA- Projeto Arquitetônico, PM- Projeto Mercadológico, MP- Material Promocional, PP- Propaganda e Publicidade, PO- Projeto de Operação, OM- Orientação sobre Métodos de Trabalho, TR- Treinamento, PF- Projeto Financeiro, FI- Financiamento, EI- Escolha de Equipamentos e Instalações, PN- Projeto Organizacional da Nova Unidade, SP- Solução de Ponto

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Empreender junhO/2011 – WWW.SEBRAE.COM.BR - 0800 570 0800

informe do sistema brasileiro de apoio àS micro e pequenas empresas

Inscrições ao MPE Brasil vão até dia 15 de agosto Premiação incentiva melhoria da gestão e reconhece boas práticas adotadas por micro e pequenas empresas Divulgação

Inscritos recebem um relatório personalizado com pontos fortes e oportunidades de melhoria na gestão

stão abertas as inscrições ao MPE Brasil 2011 – Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas, uma realização do Sebrae, Movimento Brasil Competitivo (MBC), Gerdau e Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). Criado para reconhecer empresários e instituições brasileiras que investem em conceitos e práticas de gestão, a iniciativa busca valorizar ideias e difundir valores como o aumento da qualidade, da produtividade e da competitividade das micro e pequenas empresas (MPE). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia 15 de agosto pelo site www.premiompe.sebrae.com.br ou nos pontos de atendimento do Sebrae em todo o País. Além da participação em seminários de excelência, os inscritos no MPE Brasil preenchem um questionário de autoavaliação e recebem um relatório personalizado com pontos fortes da empresa e indicação de

oportunidades de melhoria na gestão. Com isso, as organizações têm a oportunidade de potencializar seu negócio, aumentar a competitividade e melhorar seus produtos e serviços, contribuindo para o desenvolvimento econômico da sua comunidade. Com mais de 99 mil empresas inscritas na edição de 2010, a expectativa é reunir um número ainda maior de interessados em melhorar a qualidade dos serviços e produtos oferecidos. O MPE Brasil é voltado para negócios de diferentes setores, localizados em quaisquer estados, que tenham receita bruta anual de até R$ 2,4 milhões e pelo menos um ano fiscal. Neste ciclo, o prêmio inova com a criação da categoria “Destaque de Inovação”. As empresas ganham mais uma chance de concorrer à premiação, além das categorias já conhecidas e que premiam boas práticas de gestão em áreas como indústria, comércio, serviços, turismo, TI, saúde, educação,


Bernardo Rebello

Vencedores das etapas estaduais participam da cerimônia nacional, em Brasília, no primeiro trimestre do ano

agronegócio e destaque de responsabilidade social. As candidatas são avaliadas pela qualidade da gestão e pela capacidade empreendedora do empresário. A partir do preenchimento do questionário de autoavaliação, baseado no Modelo de Excelência da Gestão (MEG) disseminado pela FNQ, as empresas inscritas concorrem em duas etapas. Em âmbito estadual, as instituições recebem a visita de avaliadores capacitados e são submetidas à Banca Técnica e à Banca de Juízes. As selecionadas concorrem também na etapa nacional, com empresas de todo o Brasil. Caso seja premiada, a empresa pode utilizar a marca MPE Brasil como instrumento de comunicação e ser reconhecida como exemplo de sistema de gestão alinhado aos princípios mundiais de excelência. Além de seguirem para a etapa nacional, os selecionados nos estados participam de seminário para micro e pequenas empresas em Brasília, no primeiro trimestre de 2012. // Modelo de excelência Credibilidade e comprometimento. Esses

são os principais diferenciais da Omega Tecnologia, na avaliação de seu diretorexecutivo, Magnum Foletto. A pequena empresa de Santa Maria (RS) sempre teve como objetivo se aprimorar e alcançar melhores resultados, mas, no ano passado, ganhou mais do que isso. Foi reconhecida em 2010 como melhor empresa de Serviços de Tecnologia da Informação (TI) do país pelo Prêmio MPE Brasil. “Sempre procuramos o aprimoramento da empresa, mas não imaginávamos ganhar na primeira participação. Foi muito bom saber o estágio da empresa no mercado. Um reconhecimento como este mostra que, apesar de termos muito que melhorar, trilhamos o caminho certo”, diz o empresário. Baseado no Modelo de Excelência em Gestão idealizado pela FNQ, o MPE Brasil avalia as empresas pelas características de comportamento empreendedor dos proprietários, pela gestão e pelos resultados financeiros. Com esses ideais, a Omega Tecnologia participa desde 2005 do PGQP, programa estadual com base nos mesmos critérios de qualidade e produtividade.

Serviço Inscrições: www.premiompe.sebrae.com.br Textos: www.agenciasebrae.com.br Mais informações: www.sebrae.com.br

Empreender – Informe do Sebrae. Presidente do Conselho Deliberativo Nacional: Roberto Simões. Diretor-Presidente: Luiz Barretto. Diretor-Técnico: Carlos Alberto dos Santos. Diretor de Administração e Finanças: José Claudio dos Santos. Gerente de Marketing e Comunicação: Cândida Bittencourt. Edição: Ana Canêdo, Antônio Viegas. Endereço: SGAS 605, Conjunto A, Asa Sul, Brasília-DF, CEP: 70.200-645 Fone: (61) 3348-7100 – Para falar com o Sebrae: 0800 570 0800 Na internet: sebrae.com.br // twitter.com/sebrae // facebook.com/sebrae // youtube.com/tvsebrae

O MPE Brasil é voltado para negócios de diferentes setores e de todos os estados, que tenham receita bruta anual de até R$ 2,4 milhões e pelo menos um ano fiscal Por seus avanços ante o mercado, o empreendimento foi apontado como uma empresa que conta com sistemas organizacionais estruturados, com programas de gestão de pessoas e estratégias de resultados eficientes. “Acho que os clientes nos veem como empresa sólida e de credibilidade. Isso na área de tecnologia da informação é bem complicado porque envolve riscos altos. Temos programas bem estruturados, voltados para ações que atendam clientes e fornecedores da melhor maneira possível”, conta Foletto. A Omega Tecnologia surgiu em 2003 com foco em treinamento e certificação oficial de TI, oferecendo serviços de consultoria e suporte técnico empresarial. Três anos depois, unificou suas operações com a GPSNet, de Gustavo Stock, e reformulou o foco dos produtos e serviços. Hoje conta com 47 funcionários e está distribuída em sete unidades no Rio Grande do Sul. No próximo mês, uma nova unidade será inaugurada no município de Passo Fundo (RS). Ao todo, tem mais de 1 mil contratos e possui cerca de 500 clientes em 15 estados. E


PR ODU TOS E S E RVIÇ O S

Torneiras inteligentes Uma das maiores fabricantes de louças e metais sanitários do mundo, a Toto desembarca no Brasil com uma linha de torneiras com sensores de vazão automática. Chamadas de Self-Power, as torneiras são fabricadas com tecnologias inovadoras que garantem máxima economia de água, como um microssensor automático posicionado na ponta da bica, que acionará uma quantidade

mínima de água a cada utilização. Outro diferencial consiste num gerador localizado dentro da unidade eletrônica, que utiliza a energia da água em movimento que flui pelo interior do misturador, para gerar e armazenar a energia do microssensor de forma autossuficiente, dispensando o uso de baterias ou eletricidade.

www.br.totousa.com

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Equipe on-line

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A Nextel lança a nova versão do seu serviço de automação da força de campo, o “Equipe Online 2.0”, elaborado especialmente para pequenas e médias empresas que precisam gerenciar suas equipes de forma ágil e eficiente. Com novas funcionalidades e layout mais moderno, a solução agora permite o envio de ordem de serviço para grupos, novos modelos de relatórios e também passou por algumas mudanças no menu de opções para facilitar a organização e o uso e manuseio das informações. Através desta ferramenta, as companhias podem enviar em tempo real ordens de serviço direto para os aparelhos Nextel via internet. Indicado para as empresas dos ramos de manutenção, entregas, distribuição de produtos e serviços e logística, proporciona economia e produtividade, uma vez que diminui deslocamentos, e também garante maior segurança e controle ao fornecer informações precisas sobre o andamento das ordens de serviço. www.nextel.com.br

Nas nuvens O Cloud E-mail Archiving é a nova solução da Spamina para ajudar as organizações a simplificarem o armazenamento e a administração dos e-mails. A solução permite que os administradores de sistemas possam capturar, armazenar e recuperar e-mails de entrada, de saída e internos, mantendo um registro seguro das comunicações críticas para os negócios da companhia. Entre as principais características do software estão a interface de usuário profissional acessível que, juntamente com um backend portátil, permite uma rápida configuração para uso com qualquer servidor de e-mail padrão; facilidade de busca por múltiplas categorias, gráficos e ferramentas para administração do arquivo; procura e recuperação rápida de qualquer e-mail; e a verificação da integridade das mensagens armazenadas no arquivo e suporte multiusuário, que permite o acesso de mais de um administrador ao arquivo. www.spamina.com


Marketing gratuito

“TaPETs”

Lançado pelo Sebrae, o Click Marketing permite que os gestores de micro e pequenas empresas façam gratuitamente o plano de marketing do seu empreendimento. O público-alvo são proprietários de negócios com até dois anos de funcionamento. A página já foi utilizada por mais de 13 mil pessoas desde sua criação, em agosto de 2010. O Sebrae também oferece a oficina presencial ‘Plano de Marketing’. Para utilizar a ferramenta basta fazer o cadastro no site. Já os interessados em participar das oficinas devem se informar nas unidades estaduais do Sebrae. A programação acontece em dois encontros de quatro horas. O empresário recebe material impresso com exercícios e textos explicativos sobre o tema. “Aconselhamos que o empresário faça um trabalho integrado, passando primeiro pela oficina e acessando, em seguida, o software, para colocar em prática o que aprendeu”, explica Alessandra Cunha, analista de Capacitação Empresarial do Sebrae. www.clickmarketing.sebrae.com.br

Considerada líder global do segmento de entretelas, a empresa alemã Freudenberg Nonwovens é responsável pelo desenvolvimento da Lutrafor, uma nova geração de tapetes automotivos feitos à base de fibras recicláveis de garrafas PET. Os produtos receberam o Troféu Inovação e Sustentabilidade entregue durante a feira Index 2011, realizada em Genebra, na Suíça, no último mês de abril. Segundo o fabricante, entre as vantagens dos carpetes reciclados para a indústria automobilística estão a redução de custo, peso e desempenho, além de ser uma solução sustentável por dispensar o uso de látex ou poliuretano, sem comprometer a aparência. www.freudenberg.com

Destinada ao mercado de pequenas e médias empresas e pequenos escritórios, a impressora multifuncional em cores OKI MC361 destaca-se pela qualidade de impressão e cópias em cores, além de atender às necessidades de envio e recebimento de fax e digitalização de documentos. O equipamento possui mecanismo duplex (impressão automática em frente e verso) e alimentador automático de folhas soltas com reversão (RADF), que permite cópias de forma rápida e prática. Outro diferencial é a velocidade de 23 páginas impressas por minuto em cores e 25 no modo monocromático, que agiliza o atendimento às necessidades de impressões sob demanda. A tecnologia HD Color, em conjunto com a tecnologia Single Pass, permite a utilização de folhas com espessura de até 220g/m² e a produção de banners com o comprimento de até 1,3 metro. Possui ainda o modo ECO, sistema inteligente que proporciona redução do consumo de energia elétrica e acelera automaticamente pequenas tarefas. O resultado final é alto desempenho com consumo de energia inferior a 1,5 W. O preço sugerido da MC361 é R$ 2.699. www.okiprintingsolutions.com.br

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Soluções de impressão

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PR ODU TOS E S ER V IÇ O S

Sistema inovador

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Vendas pelo Facebook

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O MoIP Pagamentos, empresa do setor de meios de pagamento on-line, é responsável pelo lançamento de uma interface – conhecida como widget – que torna possível a criação de serviços para e-commerce dentro do Facebook. Iniciativas como essa, até então inéditas no Brasil, são uma das principais tendências do comércio eletrônico no exterior. Só nos Estados Unidos, onde já há serviços do gênero, estima-se que US$ 1,2 bilhão circularão pelo Facebook durante 2011. O objetivo da ferramenta é fomentar o chamado social commerce, conceito que define a integração entre e-commerce e redes sociais. Com um widget, qualquer empresa ou desenvolvedor poderá criar a sua própria solução de e-commerce dentro do Facebook aceitando os principais meios de pagamento utilizados no Brasil, que inclui a maioria das bandeiras de cartões existentes ( Visa, MasterCard, Diners, American Express e Hipercard), débito em conta no Bradesco, Itaú, Banco do Brasil ou pagamento via boleto. A primeira empresa a utilizar a nova interface é a LikeStore, que inaugurou em maio sua primeira loja no Facebook, do site Show de Ingressos. Através da operação on-line, a companhia prevê movimentar cerca de R$ 18 milhões até o fim do ano, realizando 150 mil transações com tíquete médio de R$ 120. www.moip.com.br

http://apps.facebook.com/dextralikestore

Especializada em sistemas pneumáticos para automação, a Metal Work lança uma nova linha de produtos para manipulação com vácuo. A técnica do controle dos movimentos usando o ar comprimido para gerar vácuo é muito ampla e conta com diversas vantagens sobre os métodos tradicionais por bombas de vácuo elétricas, com destaque para a economia de energia. Para manipular peças dessa forma, através de bombas de vácuo acionadas eletricamente, gasta-se energia mesmo quando o sistema não está consumindo vácuo. Já as centrais AR geram o vácuo somente no momento da fixação das peças, o que reduz significativamente o consumo. A tecnologia empregada na linha AR também produz volume de vácuo até cinco vezes maior que o ar comprimido consumido, garantindo alto rendimento do sistema. Ao todo, são mais de 500 tipos diferentes de perfis, tamanhos e materiais que permitem fixar peças com porosidades, pedras úmidas, vidros, materiais quentes e até materiais sensíveis – como ovos – e transportá-los sem nenhum risco em altas velocidades. www.metalwork.com.br

Placa-mãe revolucionária A MSI Computer lança no mercado brasileiro a placa-mãe H61M-P21 (B3), feita sob medida para a nova geração de processadores Intel Sandy Bridge, baseados na plataforma Core i7, i5, i3, Pentium e Celeron com soquete LGA 1155. O equipamento conta com tecnologia exclusiva de overclocking e dispensa o uso de sistema operacional. A placa-mãe contém os processadores gráficos Intel HD Graphics 3000 e 2000 integrados em seu núcleo, bem como conectores HDMI, DVI e D-Sub. Oferece até 16 GB de memória RAM por meio de dois soquetes Dimm, com 10 saídas USB 2.0, além de quatro portas Sata, que suportam fluxo de dados de 3 GB por segundo, e outras três portas PCI-E x1. Conta com a exclusiva tecnologia de overclocking automático integrado desenvolvido pela MSI, o chamado OC Genie II. A ferramenta garante que, em apenas um segundo, haja um aumento na performance do processador e da memória. Desta forma, o desempenho da iGPU (Unidade de Processamento Gráfico) aumenta em até 36%. Ideal para equipar um HTPC (Home Theater PC), o produto conta ainda com oito canais de áudio (7.1) em alta definição.

www.msicomputer.com.br


leitura

Chega de crise

Obra mostra como melhorar o relacionamento com os bancos, obtendo uma oferta maior de crédito a juros menores O conflito sobre a oferta de crédito e os altos juros cobrados das pequenas e médias empresas é antigo. O cenário atual indica que o mercado caminha para um ambiente com oferta de crédito empresarial de perfil mais adequado e estável, para que a economia possa crescer de forma sustentável. Um dos entraves para que este ambiente se materialize com mais rapidez é a existência de poucas referências sobre como funciona o processo decisório de crédito no sistema financeiro – etapa que define o custo final para as empresas. Outro empecilho é o fato do empresário, em geral, ter poucas informações sobre como pode e deve agir para melhorar o custo do crédito que lhe é oferecido. Para guiar os empreendedores no chamado “relacionamento bancário”, a obra apresenta sete passos fundamentais para se atingir o sucesso nas negociações com bancos e instituições financeiras. Autoconhecimento, autoavaliação, mapeamento do mercado bancário, comunicação e monitoramento estão entre as dicas, que são recomendadas para empresas de todos os portes e segmentos. Os autores ressaltam a importância de a organização fornecer informações precisas sobre o seu negócio e sua solidez como tomadora de crédito, já que as análises de empréstimos devem ocorrer no momento em que ele será pago. O livro mostra ainda como reduzir a percepção de risco que os bancos têm da sua empresa e como é possível aumentar as linhas de créditos oferecidas, com pagamentos a juros bem mais baixos.

Os 7 passos para o melhor relacionamento bancário Fernando Blanco e Luiz Calado Editora Saraiva – R$ 39

“Os bancos, em vez de concentrarem grande volume de recursos em poucos megaconglomerados (costumam pagar spreads baixos), podem, hoje, fazer negócios com uma miríade de pequenas e médias empresas (pagam juros mais altos) que, por serem ligadas estrategicamente às grandes corporações, oferecem risco proporcionalmente menor. Por sua vez, isso proporciona que a economia atravesse um processo saudável de descentralização de negócios, abertura de novas oportunidades empresariais e geração de emprego, além da especialização, que agrega produtividade e riqueza para o sistema, num empolgante círculo virtuoso.” “Quando o crédito ideal não é aprovado, a maioria das empresas toma dinheiro a curto prazo, descontando as duplicatas mensalmente. Ou seja, financia ativos, que darão retorno a longo prazo com linhas de curtíssimo prazo, sempre sujeitas a refinanciamento. Em alguns casos, essa ilusão pode ter conserto. Mas, em outros, empresas e empresários promissores são vítima de sua própria competência produtiva pela incapacidade de fazer sua relação bancária funcionar.”

Plano de negócios – Seu guia definitivo Considerado um dos maiores especialistas brasileiros em empreendedorismo, José Dornelas é professor em cursos de MBA na USP e na FIA, além de ser autor de uma dezena de livros sobre o tema. Em sua mais recente obra, ele pretende suprir a demanda de clientes, empreendedores e demais pessoas que precisam desenvolver um planejamento de negócios de maneira objetiva e direta. Além do volume impresso, a editora oferece ainda vários recursos on-line, que são disponibilizados para complementar o aprendizado e o conhecimento. Os leitores podem conferir imagens de vídeos, apresentações, planilhas e exemplos de planos completos. O pacote inclui ainda um software on-line (www.easyplan.com.br) para facilitar o desenvolvimento do plano de negócios.

empreendedor | junho 2011

José Dornelas – Editora Campus-Elsevier – R$ 44,90

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antônio cruz/abr

ANÁ L I S E EC ONÔ MIC A

As medidas macroprudenciais do governo Dilma Rousseff

empreendedor | junho 2011

Política econômica atual é marcada por contração monetária e fiscal em relação ao presidente Lula

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Quase seis meses à frente do País, o governo Dilma Rousseff começa a dar o tom de sua política econômica: pagar a conta deixada pelos anos de crescimento desordenado do governo Lula. Em função da crise de 2008, os últimos anos foram caracterizados por inúmeros incentivos à produtividade e ao consumo, como a retirada do IPI para diversos setores (“linha branca”, automotivos, etc.) e a grande diminuição de juros no País, chegando ao mais baixo nível em sua história (8,75% a.a.) em julho de 2009. Tais políticas foram vitais para impedir uma recessão e ocasionar uma boa saída do Brasil perante uma grave crise internacional. No entanto, as consequências começam a surgir, como uma inflação de demanda interna, inflação internacional das commodities e uma acentuada queda do dólar – esta ocasionada pela política monetária expansionista dos Estados Unidos. Com a entrada de um novo governo, um novo presidente do Banco Central foi escolhido. A saída de Henrique Meirelles para a entrada de Alexandre Tombini marcou significativamente a mudança de postura na atuação da política monetária. Divergente a Meirelles – que contrariava constantemente o ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre o afrouxamento fis-

cal –, Tombini está mais próximo ao discurso desenvolvimentista do governo Dilma. Diferentemente do que o antigo presidente faria, as medidas macroprudenciais desta nova gestão se dão de forma mais lenta, como as pequenas e sucessivas altas dos juros. Desde o início do ano, todas as reuniões do Copom resultaram em leves altas. Foram três: janeiro (0,5%), março (0,5%) e abril (0,25%). Tombini crê que leves e constantes altas da Taxa Selic conseguem enfrentar a inflação sem afetar tanto a produtividade nacional – o que parece ser antagônico com os preceitos macroeconômicos modernos, onde um governo com credibilidade deve optar, sem titubear, por rápidas ações e altas taxas de juros. Outras medidas também foram marcantes nesse período. O aumento da alíquota de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para 6% para empréstimos tomados no exterior. O objetivo é conter a entrada de dólares no País, tentando frear a valorização do real e aumentar a arrecadação fiscal. A política econômica brasileira hoje é caracterizada por uma contração monetária e fiscal, ou seja, está diminuindo o crédito, aumentando os impostos e cortes nos gastos públicos. Todas essas atitudes nos últimos meses são em razão da con-

Apesar dos indicadores terem apresentado quedas, muitos analistas preveem que tais ações ainda não são suficientes e que o governo está conveniente com a volta da inflação tenção da inflação, que já fugiu do seu centro de meta (4,5% a.a.) e sua expectativa para o fim do ano já é de 6,37% a.a. – o topo da meta é de 6,5% a.a. Vivemos hoje um momento de incerteza quanto à efetividade dessas medidas. Apesar dos últimos indicadores de inflação tivessem nos apresentado quedas (IPCA/abril = 0,79% para uma expectativa de IPCA/maio = 0,43%), muitos analistas preveem que tais ações ainda não são suficientes e que o governo de Dilma Rousseff está conveniente com uma volta da inflação. O que é evidente, aos nossos olhos, é que todas essas medidas macroprudenciais são consequências de uma má herança deixada pelo governo Lula.

por Álvaro Salgado Frasson Leme Investimentos


Nome Classe Participação Ação Bovespa All Amer Lat ON Ambev PN B2W Varejo ON BMF Bovespa ON Bradesco PN Bradespar PN Brasil Telec PN Brasil ON Braskem PNA BRF Foods ON Brookfield ON CCR Rodovias ON Cemig PN Cesp PNB Cielo ON Copel PNB Cosan ON CPFL Energia ON Cyrela Realty ON Duratex ON Ecodiesel ON Eletrobras ON Eletrobras PNB Eletropaulo PNB Embraer ON Fibria ON Gafisa ON Gerdau Met PN Gerdau PN Gol PN Ibovespa Itausa PN ItauUnibanco PN JBS ON Klabin S/A PN Light S/A ON Llx Log ON Lojas Americ PN Lojas Renner ON Marfrig ON MMX Miner ON MRV ON Natura ON OGX Petróleo ON P. Açúcar - Cbd PNA PDG Realt ON Petrobras ON Petrobras PN Redecard ON Rossi Resid ON Sabesp ON Santander BR UNT N2 Sid Nacional ON Souza Cruz ON Tam S/A PN Telemar N L PNA Telemar ON Telemar PN Telesp PN Tim Part S/A ON Tim Part S/A ON Tim Part S/A PN Tran Paulist PN Ultrapar PN Usiminas ON Usiminas PNA Vale ON Vale PNA Vivo PN

1,104 0,979 0,701 3,902 3,130 0,993 0,390 2,726 0,596 1,341 0,622 0,802 1,134 0,685 1,539 0,598 0,784 0,441 1,866 0,589 1,311 0,890 0,743 0,530 0,755 1,498 1,648 0,660 2,574 1,211 100,000 2,315 4,015 0,934 0,404 0,541 0,914 1,207 1,098 0,546 1,440 1,233 0,845 3,773 0,808 2,745 2,206 8,517 1,283 1,163 0,352 1,097 2,359 0,443 1,041 0,225 0,268 0,923 0,155 0,125 0,170 0,840 0,229 0,486 0,592 2,462 2,925 11,956 0,793

Inflação (%)

Até 31/05 Tipo de Ativo Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação 9 Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação

Índice

Maio

Ano

IGP-M IGP-DI IPCA IPC - Fipe

0,43 0,50 0,66 0,31

3,38 3,48 3,64 3,34

Juros/Aplicação (%) CDI Selic Poupança Ouro BM&F

Maio

Ano

0,98 0,98 0,61 0,25

4,53 4,54 2,92 -3,29

Indicadores Imobiliários (%) CUB SP TR

Maio

Ano

3,33 0,11

4,18 0,39

Juros/Crédito (%) Desconto Factoring Hot Money Giro Pré (taxa mês)

2/Junho

1/Junho

2,00 3,90 3,49 2,20

2,00 3,91 3,49 2,20

Câmbio

Até 02/06

Cotação Dólar Comercial Ptax R$ 1,5845 Euro US$ 1,4482 Iene (US$ 1,00) $ 80,8700

Mercados Futuros Dólar Juros DI

Em 31/05

Julho

Agosto

R$ 1,585 12,08%

R$ 1,590 12,14%

Contratos mais líquidos Ibovespa Futuro

31/05 64.490

empreendedor | junho 2011

Carteira Teórica Ibovespa

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photostogo

a g enda

De 23 a 25/06/2011

Fenavid – Feira Nacional do Vidro, Alumínio, Molduras & Cia

CentroSul – Florianópolis – SC www.fenavid.com.br

Entre os expositores confirmados estão Alusupra, Arbax, Belmetal, Bottero do Brasil, GMS e Kimarco. Será realizada também em Goiânia de 14 a 16 de outubro.

De 27 a 30/06/2011

Francal – Feira Internacional da Moda em Calçados e Acessórios

Anhembi – São Paulo – SP www.feirafrancal.com.br

Apresenta a coleção primavera-verão de mais de 1 mil marcas de sapatos, bolsas e acessórios. São esperados 50 mil visitantes, entre lojistas, importadores e estilistas.

De 5 a 8/07/2011

Eletrolar Show

Feira para a Indústria e o Varejo de Eletrodomésticos, Eletroeletrônicos e TI Transamérica Expo Center – SP www.eletrolarshow.com.br

Um dos maiores salões de negócio do setor de eletrodomésticos, portáteis, brinquedos e produtos de informática. Exclusiva para varejistas e compradores. São esperados mais de 11 mil visitantes.

De 9 a 12/07/2011

Enflor – Feira Nacional de Floristas

empreendedor | junho 2011

Expoflora – Holambra – SP www.enflor.com.br

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A Enflor reúne os maiores floristas do Brasil. Nesta edição do evento, a artista floral Stans Scheltinga ensina a fazer buquês de noivas e Roberto Takata ensina a esculpir frutas utilizando uma técnica tailandesa. Durante o evento é realizada também a feira de paisagismo Garden Fair. Na edição deste ano, Raul Canovas debate práticas sustentáveis em projetos de paisagismo e os engenheiros agrônomos Antônio Marques de Souza Filho e Haroldo Sampaio falam sobre técnicas de implantação de gramados.

destino brasil De 13 a 17/07/2011

Salão do Turismo – Roteiros do Brasil

Anhembi – São Paulo – SP – www.salao.turismo.gov.br

O Salão do Turismo é promovido pelo governo federal para promover e comercializar roteiros turísticos do País. O evento, que está em sua sexta edição, faz parte das diretrizes do Programa de Regionalização do Turismo – Roteiros do Brasil. Os visitantes do Salão podem conhecer os roteiros turísticos das 27 unidades da federação e ainda adquirir pacotes de viagens.

De 2 a 4/08/2011

Brazil Promotion

Transamérica Expo Center – SP www.brazilpromotion.com.br

Apresenta as principais novidades em produtos e serviços promocionais, brindes, presentes corporativos, produtos e serviços para a realização de eventos. A feira reúne cerca de 200 expositores e recebe mais de 11 mil visitantes.

De 16 a 18/08/2011

Photoimage Brazil

Expo Center Norte – São Paulo – SP www.photoimagebrazil.com.br

A Photoimage Brazil é considerada um dos maiores eventos do setor de imagem e eletroeletrônicos do País. A feira abrange o segmento de foto, vídeo, pré-impressão, impressão digital, web design, acessórios, serviços e mídia. Paralelo ao evento é realizada a feira Brazil Consumer Eletronics Expo (BCEE), voltada para o segmento de games, eletroeletrônicos e notebooks.

De 15 a 17/09/2011

Ecoenergy – Feira Internacional de Tecnologias Limpas e Renováveis para Geração de Energia

Centro de Exposições Imigrantes – SP www.feiraecoenergy.com.br

Reúne empresas do setor de geração, transmissão e distribuição de energia limpa e renovável, do Brasil e do exterior, com novidades no setor de energia eólica, hidráulica e solar. A entrada é gratuita.

De 4 a 6/10/2011

Tubotech – Feira Internacional de Tubos, Válvulas, Conexões e Componentes

Centro de Exposições Imigrantes – SP www.feirasnacipa.com.br

Empresas do Brasil e do exterior apresentam as principais novidades em tubos, medidores de vazão, ferramentas e borrachas industriais. Durante o evento são realizadas também a Expo Válvulas e a Expo Bombas. A visitação é gratuita.


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