Empreendedor 203

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Especial Seguros: proteja-se dos riscos

Franquias: a importância do ponto certo

www.empreendedor.com.br

ANO 17 N o 203 setembro 2011 R$ 9,90

Kleber Vieira e Daniel Martins, da Fisiogames

A imaginação e o capital intelectual geram produtos e serviços próprios, além de trazer inovação e diferenciais para os artigos da economia tradicional

IS SN 1414-0 152

Movido a criatividade

Entrevista: perfil comportamental é determinante para o desempenho de uma função


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NESTA EDIÇÃO

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economia criativa

A economia criativa é considerada uma das principais tendências de mercado hoje. Estima-se que movimente US$ 3 trilhões por ano, e que até 2020 a cifra dobre. O Brasil, no entanto, não figura nem mesmo no ranking da ONU que lista os 20 países mais ativos na área de produtos e serviços desenvolvidos a partir do uso da criatividade, da imaginação e do capital intelectual. Confira o que o Brasil está fazendo para recuperar o tempo e terreno perdidos e, de quebra, transformar setores tradicionais, ao gerar inovação e diferencial para seus artigos.

12 | Entrevista Victor Martinez

32 | Inovação Novo estímulo

42 | Perfil Gustavo Caetano

28 | Estratégia Risque o risco

38 | Responsabilidade Negócios includentes

46 | Franquia Ponto certo

Todo negócio tem um risco. O que nem todo mundo sabe é que ele pode ser calculado, e que o empresário pode se precaver por meio de seguros. Matéria mostra o que o pequeno e médio empresário precisa fazer para se proteger.

Inovar é uma exigência dos consumidores e uma imposição do mercado, considera a CNI. Vamos conhecer as estratégias da entidade e do governo para estimular as empresas a desenvolver projetos inovadores, entre elas a Embrapii, que atenderá principalmente as pequenas e médias empresas.

Programa do BID dispõe recursos e cooperação técnica a empresas que oferecem produtos e serviços para melhorar as condições de vida das pessoas mais necessitadas. A proposta é financiar projetos inovadores e replicá-los nos 26 países atendidos pela instituição financeira.

A história do jovem empreendedor que, aos 30 anos, prepara-se para inaugurar uma filial em Miami e comemora o crescimento da empresa, especializada em soluções e plataformas de vídeo digital, a uma média de 200% ao ano desde 2008.

Escolher um ponto adequado é fundamental para o sucesso de um empreendimento. Mas a tarefa não é nada fácil, pois os fatores que influenciam na decisão são muitos. Confira as dicas de especialistas e franqueadores e não deixe de fazer o check list antes de fechar o negócio.

LEIA TAMBÉM 6 10

EMPREENDEDORES NÃO DURMA NO PONTO

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PRODUTOS E SERVIÇOS leitura

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ANÁLISE ECONÔMICA AGENDA

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O CEO da Thomas Brasil explica como o perfil comportamental de uma pessoa é determinante para o bom ou mau desempenho de uma função profissional e como isso reflete na produtividade de uma empresa.

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editorial

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brasileiro costuma ser considerado um povo criativo. Apesar disso, mesmo com a imensa diversidade cultural que estimula a criatividade, o Brasil ainda está distante de produzir modelo eficiente para desenvolver um mercado para economia criativa. Estamos desperdiçando muito dinheiro e muito desenvolvimento ao não dar o devido apoio à economia criativa. Estima-se que o setor movimente em todo o mundo US$ 3 trilhões por ano, e que este valor dobre até 2020. O Brasil, no entanto, não chega a figurar no ranking da ONU que lista os 20 países mais ativos na área de produtos e serviços desenvolvidos a partir do uso da criatividade, da imaginação e do capital intelectual. Qual o problema? A repórter Beatrice Gonçalves foi a campo e traz algumas respostas na matéria de capa da edição deste mês. Hoje é a criatividade que gera negócios e inovação. No entanto, se não conseguirmos implementar o que é pensado, não geramos inovação, não geramos diferenciais para os artigos da economia tradicional. Temos que engajar mais as instituições, empresas e pessoas para melhorar, de maneira significativa, o nível de educação, além de explorar os processos de criação. Em outra reportagem desta edição, a jornalista Cléia Schmitz apresenta uma iniciativa conjunta da CNI e do governo federal para estimular o desenvolvimento de projetos inovadores nas pequenas e médias empresas, além de mostrar o que a inovação e a criatividade representam para empresas que procuram competitividade. Na economia criativa, os recursos não se esgotam, mas se renovam e multiplicam com o uso. E é possível gerar renda para milhões de pessoas, a um custo bem menor do que em outros setores. Por isso, na matéria de capa deste mês, procuramos descobrir em que pé está o plano estratégico para a economia criativa no Brasil, em elaboração pela Secretaria de Economia Criativa do governo federal, e o que instituições privadas estão fazendo para estimular o segmento, além de apresentar casos de empreendedores na área. Alexsandro Vanin

A Revista Empreendedor é uma publicação da Editora Empreendedor Diretor-Editor: Acari Amorim [acari@empreendedor.com.br] Diretor de Comercialização e Marketing: Geraldo Nilson de Azevedo [geraldo@empreendedor.com.br] Redação Editor-Executivo: Alexsandro Vanin [vanin@ empreendedor.com.br] – Repórteres: Beatrice Gonçalves, Cléia Schmitz e Mônica Pupo – Edição de Arte: Gustavo Cabral Vaz – Projeto Gráfico: Oscar Rivas – Fotografia: Arquivo Empreendedor, Casa da Photo, Lio Simas e PhotosToGo – Foto da capa: Divulgação – Revisão: Lu Coelho Sedes São Paulo Diretor: Fernando Sant’Anna Borba – Executivo de Contas: Gerson Cândido dos Santos e Osmar Escada Jr – Rua Sabará, 566 – 9º andar – conjunto 92 – Higienópolis – 01239-010 – São Paulo – SP – Fones: (11) 3214-1020/2649-1064/2649-1065 [empreendedorsp@ empreendedor.com.br] Florianópolis Executiva de Atendimento: Joana Amorim [anuncios@ empreendedor.com.br] – Rua Padre Lourenço Rodrigues de Andrade, 496 – Santo Antônio de Lisboa – 88050-400 – Florianópolis – SC – Fone: (48) 3371-8666 Central de Comunicação – Rua Anita Garibaldi, nº 79 – sala 601 – Centro – Florianópolis – SC – Fone (48) 3216-0600 [comercial@centralcomunicacao.com.br] Escritórios Regionais Rio de Janeiro Triunvirato Empresarial – Milla de Souza [milla@triunvirato.com.br] – Rua São José, 40 – 4º andar – Centro – 20010-020 – Rio de Janeiro – RJ – Fones: (21) 2611-7996/9607-7910 Brasília Ulysses Comunicação Ltda. [ulyssescava@ gmail.com] – Fones: (61) 3367-0180/9975-6660 – condomínio Ville de Montagne, Q.01 – CS 81 – Lago Sul – 71680-357 – Brasília – Distrito Federal Paraná Merconeti Representação de Veículos de Comunicação Ltda – Ricardo Takiguti [ricardo@merconeti.com.br] – Rua Dep. Atílio Almeida Barbosa, 76 – conjunto 3 – Boa Vista – 82560-460 – Curitiba – PR – Fone: (41) 3079-4666 Rio Grande do Sul Nenê Zimmermann [nene@@starteronline.com.br.com.br] e Renato Zimmermann [renato@@starteronline.com.br.com.br] – Floresta – 90440051 – Porto Alegre – RS – Fone: (51) 3327-3700 Pernambuco HM Consultoria em Varejo Ltda – Hamilton Marcondes [hmconsultoria@hmconsultoria.com.br] – Rua Ribeiro de Brito, 1111 – conjunto 605 – Boa Viagem – 51021310 – Recife – PE – Fone: (81) 3327-3384 Minas Gerais SBF Representações – Sérgio Bernardes de Faria [sbfaria@sbfpublicidade.com.br] – Av. Getúlio Vargas, 1300 – 17º andar – conjunto 1704 – 30112-021 – Belo Horizonte – MG – Fones: (31) 2125-2900/2125-2927 Assinaturas Serviço de Atendimento ao Assinante – [assine@empreendedor.com.br] – O valor da assinatura anual (12 edições mensais) é de R$ 118,80. Aproveite a promoção especial e receba um desconto de 10%, pagando somente R$ 106,92 à vista. Estamos à sua disposição de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Produção Gráfica Impressão e Acabamento: Coan Gráfica Editora Ctp – Distribuição: Distribuidora Magazine Express de Publicações Ltda – São Paulo Empreendedor.com http://www.empreendedor.com.br Editora: Carla Kempinski – Repórter: Raquel Rezende


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gugu garcia

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Maurício Grando e Guilherme Grando, da Villaggio Grando

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Terra abençoada

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Maurício Grando era madeireiro quando recebeu a indicação de um amigo francês, fabricante de armanhaque, de que suas terras em Água Doce, município do interior de Santa Catarina, poderiam produzir uvas para a fabricação de vinhos de qualidade. Entre 1998 e 2001, ele pesquisou mais de 100 variedades de uvas para chegar àquela que melhor se adaptaria às características da região. Assim nascia a vinícola Villaggio Grando, especializada em vinhos finos de altitude. Hoje, seis anos depois da primeira safra comercial, a marca produz 160 mil garrafas por ano, divididas em 11 produtos, incluindo espumantes, brancos, tintos, rosés e colheita tardia.

“Nossa meta é ampliar a produção para 300 mil garrafas em dois anos”, destaca Guilherme Grando, filho do fundador e atual diretor comercial da vinícola. Guilherme tinha apenas 16 anos e cursava o terceiro ano do ensino médio na Austrália quando, em 2001, recebeu do pai a notícia de que os testes com as uvas tinham dado certo. Entusiasmado com as boas novas, aproveitou para conhecer as vinícolas de Barrosa Valley, região australiana famosa pela produção de vinhos. De volta ao Brasil, começou a cursar faculdade de Direito em Curitiba, mas sempre “com a cabeça na área de comercialização de vinhos”. Aos 18 anos já viajava para participar de feiras internacionais do setor.

Formado em Direito, há dois anos e meio voltou à região da vinícola para assumir a parte comercial do negócio. “Voltei no momento em que os vinhos de guarda estavam prontos para a comercialização”, conta Guilherme. Hoje, a marca é vendida em todo o Brasil e já começou seu projeto para exportação. A última novidade é o uso do QR Code nos rótulos dos vinhos e espumantes da VG. O código eletrônico permite que o consumidor fotografe e escaneie o selo com seu smartphone e receba na hora a ficha técnica do produto, além de notas atribuídas pelos usuários do sistema. Para Guilherme, o uso do QR Code mostra que a marca confia na qualidade de seus vinhos.


Guilherme Oliveira, da Busca Festa

Serviço de utilidade pública Guilherme Oliveira procurava uma ideia criativa de negócio quando percebeu uma oportunidade bem diante de seus olhos. Ao preparar a festa de aniversário de um ano do filho, a irmã do empresário sofria para encontrar prestadores de serviços. Pensando em como facilitar a vida de quem precisa organizar um evento, Guilherme desenvolveu a Busca Festa, um portal que reúne todo tipo de empresa que trabalha para o segmento de festas, desde a confeiteira de bolo até o instrutor de dança para animar os convidados. Há cinco anos no ar, o site tem cerca de 2,5 mil empresas cadastradas e já intermediou 20 mil eventos. Segundo Guilherme, o retorno financeiro ultrapassou suas expectativas. “Vi a possibilidade de um negócio onde antes existia uma lacuna, tanto de informação como de prestadores de serviços. O objetivo do portal é facilitar a vida de quem quer realizar uma festa ou um evento, podendo encontrar os fornecedores de uma forma fácil e prática. Afinal, a internet se tornou uma ferramenta de utilidade pública”, afirma Guilherme. Ele lembra que o número de brasileiros com acesso à web tem crescido de forma significativa. Já são mais de 45 milhões de pessoas acessando diariamente a internet no País. Para facilitar a busca, o site dividiu os anunciantes em segmentos de casamentos, festas infantis, formaturas, debutantes e festas corporativas. Com abrangência nacional, as empresas estão cadastradas por região, estado, cidade e bairro, de forma que o usuário possa selecionar os fornecedores mais próximos de sua casa ou evento. “Diferente dos meios tradicionais como tevê, rádio, jornais e revistas, anunciar na internet é a forma mais econômica, dinâmica e interativa, para divulgar os produtos e serviços da sua empresa. Na internet, a concorrência é mais democrática, porque a pequena empresa pode transmitir tanto profissionalismo e credibilidade quanto uma de maior porte”, destaca o empresário.

www.villaggiogrando.com.br

www.buscafesta.com.br

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“Somos a primeira vinícola brasileira a adotar o código, o que é muito importante nesse momento em que estamos formando a marca”, destaca Guilherme. A VG também aposta na parceria com especialistas para aumentar a credibilidade e a visibilidade de seus produtos. Em abril deste ano a marca lançou o Além Mar, um vinho elaborado pelo enólogo português Antônio Saramago e avalizado pelo sommelier José Santanita, considerado um dos melhores sommeliers de Portugal. “Estamos tendo um retorno muito bom com esse produto, o que mostra que estamos sendo bem-sucedidos em nossas estratégias”, afirma Guilherme.

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Natanael Santos de Souza, da First.Group

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Olho vivo nas oportunidades

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Desde muito jovem, o contador Natanael Santos de Souza alimentava o sonho de abrir seu próprio negócio. Mas certamente nem ele esperava que de uma empresa criada para vender toalhas de vinil chegaria a um negócio que hoje inclui a importação e comercialização de aeronaves de luxo, o First.Group. A trajetória empreendedora de Natanael começou em 1987, quando ele e a esposa Mara Martini de Souza decidiram se mudar do Rio de Janeiro para Florianópolis. Dois anos depois, Natanael comprou o escritório em que trabalhava, a Procecon. Foi ali que um cliente chinês lhe propôs a venda de toalhas de vinil (PVC), uma novidade na época. Natanael aplicou todas as suas economias na compra de 29 mil toalhas e fundou a Crismar. Para pagar os impostos e o custo do

contêiner, colocou em leasing os carros da família. Deu certo. As vendas foram um sucesso e a empresa começou a vender também tapetes, cortinas de banheiro e jogos americanos de PVC. Já em 1997 a Crismar iniciou a venda de aquecedores de água a gás e, dois anos depois, de condicionadores de ar vindos de Taiwan, da marca Komeco. “Os produtos foram um sucesso aqui no Brasil, tivemos muitas vendas e a empresa cresceu bastante”, conta Natanael. Em 2000, ele constituiu a First S/A, começando as atividades de importação. Em 2005 criou a Premium Distribuidora e, no ano seguinte, fundou a Midea do Brasil, que hoje já não integra o grupo criado em 2009 para englobar todas as marcas, o First.Group. No primeiro semestre de 2011, o gru-

po passou a atuar também no segmento de aviação executiva, um mercado para lá de promissor no Brasil. Dados da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag) mostram que, em 2010, o segmento movimentou no País US$ 400 milhões, 21% a mais que em 2009. O First.Group é o representante exclusivo no Brasil do helicóptero SW-4, da marca AgustaWestland, sendo responsável por todos os trâmites envolvendo a compra da aeronave. O helicóptero foi lançado em agosto, na Labace, maior feira no segmento na América Latina. “Com a procura maior que a demanda, faltam empresas capacitadas para gerenciar todo o processo de aquisição dessas aeronaves”, comenta Natanael. A meta do empresário é comercializar 12 aeronaves até o final de 2012. www.firstgroup.com.br


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NÃO DURM A NO P O NT O

aposte na sanidade Quem conta a história é o grande escritor russo Fiódor Dostoievski, em seu livro Recordações da casa dos mortos. O autor descreve a vida de prisioneiros na Sibéria. Seus algozes não se contentavam apenas em mantê-los privados de liberdade. Queriam enlouquecê-los. A partir da sádica intenção, alguém teve uma ideia terrível: construir duas piscinas. Uma ficaria cheia d’água, outra, vazia. O trabalho dos prisioneiros seria transferir o conteúdo de uma para outra. Com baldes de água. Continuamente. Sem tréguas. Dia após dia. Não que fosse uma tarefa árdua, executada a duras penas. Mas se estendia por semanas, meses, anos... sem que nenhum dos detentos soubesse o porquê. De fato, algo enlouquecedor. Não por causa do cansaço, da transpiração, da repetição, do caráter forçado do trabalho. O que enlouquecia os prisioneiros era a falta de significado no trabalho. Está bem! Vamos deixar de lado o exemplo trágico e cair na real: você tem ideia de quantas pessoas executam seu trabalho sem saber o porquê, a razão, para que serve, para quem serve? Repetem todos os dias aquela enfadonha rotina, o mesmo conjunto de tarefas e afazeres sem um sentido claro nem um destinatário. É um trabalho destituído de alma. Insipiente e insosso. Sem saber. Sem sabor. Um tipo de loucura, portanto.

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Quando o significado se expressa

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Em sã consciência, todo mundo deseja um trabalho com significado. Mas o que torna um trabalho significativo? O significado está nos olhos de quem vê ou na natureza do trabalho? Há quem acredite que alguns trabalhos são mesmo destituídos de significado. Por sua própria natureza. Veja os exemplos do que traz significado para o trabalho e comece a tirar suas próprias conclusões. Algumas pessoas enxergam significado no trabalho quando este faz uso dos seus conhecimentos. Especialistas em determinados assuntos gostam de ser procurados para resolver problemas

que exigem sua expertise. Para esses, o significado do trabalho tem a ver não só com a utilidade do que sabem, mas porque quanto maior foi o desafio a enfrentar, mais expandirão seu saber. Assim, o significado que os move é o aprendizado contínuo e cada vez mais aprofundado. Tem também os inovadores, aqueles que gostam de inventar. Para eles, o trabalho tem significado quando usa seu talento e sua criatividade. Por isso, sentem-se trazendo algo novo para o mundo. O significado está nas descobertas e inovações. Para outros, o trabalho é como um chamado. Não conseguiriam fazer qualquer outra coisa senão aquela. É como se, ao nascer, fossem destinados àquele ofício ou profissão. Uma espécie de predestinação, relacionada a vocação e dom. Em todos esses exemplos é possível reconhecer uma das dimensões do trabalho – a potencial. Essa dimensão é acionada quando quem realiza o trabalho utiliza suas potencialidades, seja no domínio do conjunto de conhecimentos e habilidades, seja quando coloca em prática seu talento criativo, seja quando vive sua vocação. Outros enxergam significado quando

A dimensão econômica não pode se sobrepor às outras duas, a causal e a potencial. Sempre que isso acontece, o caldo entorna e o significado do trabalho se reduz

reconhecem que o trabalho serve a algo ou alguém. Gostam de saber que, graças ao que fazem, algo mudará no mundo: uma nação será libertada, um passarinho será devolvido ao seu ninho, uma criança reconhecerá o amor paterno ou materno, um idoso vai se livrar das dores nas pernas, um pai de família conquistará sua empregabilidade, etc. Nesse exemplo, entra em cena outra dimensão do trabalho – a causal. O que traz significado ao trabalho é que ele serve a um propósito, uma causa. Penso que quando o filósofo Thomas Carlyle disse “abençoado é aquele que encontrou seu trabalho; que não peça nenhuma outra bênção”, se referia às pessoas autorrealizadas que conseguiram conectar a dimensão potencial com a causal. Bem-aventurados!

Onde está o problema?

Ora, diante de tantos exemplos e oportunidades para colocar significado no trabalho, por que boa parte das pessoas vive como que transferindo água em baldes de uma piscina para outra, todos os dias, numa tristeza que parece não ter fim? Sim, o trabalho tem outra dimensão importante: a econômica. Essa dimensão trata da tarefa, do processo e das recompensas extrínsecas obtidas com o trabalho. É claro que essa dimensão é importante, afinal é o que materializa o trabalho em uma obra acabada. Mas é aí que mora o problema. Essa dimensão, a econômica, não pode se sobrepor às outras duas, a causal e a potencial. Sempre que isso acontece, o caldo entorna e o significado do trabalho se reduz. O problema da dimensão econômica é que ela reforça o que e não o quem. Com isso, quando ela prevalece, as dimensões humanas (potencial e causal) perdem a força. A perda de força elimina todo o significado.

Líderes e algozes

O saudoso Peter Drucker dizia que “90% do que nós chamamos de administrar consiste em dificultar as coisas para as pessoas”. Trocaria a segunda parte da frase para


lojista dirige nte

por Roberto Adami Tranjan

Educador da Cempre Conhecimento & Educação Empresarial (11) 3873-1953/www.cempre.net roberto.tranjan@cempre.net

A REVISTA DO VAREJO BRASILEIRO

“... eliminar o significado do trabalho das pessoas”. Parece que é isso que empresas e líderes mais fazem. É uma pena, pois a ausência de significado no trabalho repercute direta e negativamente nos resultados. As recompensas materiais suprem a necessidade física das pessoas; o reconhecimento e o afeto suprem a necessidade psicológica; mas é o significado que supre a necessidade espiritual. O significado é que coloca alma no trabalho. Para a sanidade de todos!

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Peter Drucker dizia que “90% do que chamamos de administrar consiste em dificultar as coisas para as pessoas”. Trocaria por “eliminar o significado do trabalho das pessoas”

www.dirigentelojista.com.br

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Victor Martinez

A pessoa certa, no lugar certo Além de saber se um candidato tem as competências necessárias para desempenhar uma função, a empresa precisa avaliar se ele tem perfil comportamental adequado para o cargo por Beatrice Gonçalves

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beatrice@empreendedor.com.br

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Na hora de fazer uma seleção para contratar novos funcionários, é comum as empresas se preocuparem em listar as funções que esse profissional deverá exercer e buscar pessoas que mostrem experiência e conhecimento nessa área. Mas nem sempre isso é garantia de selecionar os profissionais mais indicados para o cargo. Além de saber se a pessoa terá competência para trabalhar em uma função, é importante que a empresa saiba antes de contratar esse profissional a forma como ele trabalha e se o seu perfil comportamental é adequado para o cargo. Pessoas tímidas podem ter muitas dificuldades em vendas e hiperativos podem não ser os mais indicados para trabalhar em setores como o de controle de qualidade. Para que as organizações não cometam erros ao realizar uma seleção de recrutamento, a Thomas, empresa especializada em sistemas de gestão e de avaliação, desenvolveu uma ferramenta para fazer a descrição comportamental de cargos. Por

esse processo, a organização que está à procura de um funcionário traça os desafios da função a ser ocupada e preenche um questionário sobre o perfil comportamental que espera daquele futuro funcionário. A empresa pode aplicar esse mesmo questionário no candidato à vaga e confrontar os dados para observar se aquele profissional se encaixa no perfil desejado. O sistema vem sendo aplicado em mais de 60 países e no Brasil já foi utilizado por companhias de diferentes formatos e perfis como Yamaha, Bradesco e Casas Bahia. Victor Martinez, CEO da Thomas Brasil, explica que essa ferramenta, além de aprimorar o sistema de recrutamento, possibilita que o gestor da empresa conheça melhor sua equipe e consiga estabelecer maiores parâmetros de gestão para o negócio. “As empresas que passam a detalhar o perfil que elas procuram costumam levar mais tempo para encontrar o que desejam. Mas isso não significa perda de tempo para a empresa. Com profissionais escolhidos de acordo com o perfil do cargo, a empresa ganha em produtividade.”

Quais serviços a Thomas oferece no Brasil? Victor Martinez – Temos um conjunto de ferramentas para ajudar os gestores a tomarem as melhores decisões tanto na hora de contratar alguém quanto na hora de fazer a avaliação e o treinamento de equipes. Um de nossos serviços consiste em ajudar os gestores a realizarem a descrição comportamental dos cargos que a empresa tem para que, antes que seja feita uma seleção de emprego, a companhia saiba que tipo de perfil de funcionário ela realmente precisa. Nós oferecemos também uma ferramenta de análise de perfil pessoal em que é feita a descrição das funções exigidas para o cargo e também uma descrição comportamental das pessoas que


se candidataram à vaga. Cruzamos esses dados e verificamos se aquelas pessoas se encaixam no perfil desejado. Fazemos ainda a avaliação do perfil de equipes, na qual é possível ter uma visão geral do comportamento e do perfil dos funcionários, e a avaliação 360 graus. Como é feita essa descrição comportamental dos cargos? Victor Martinez – Em processos de recrutamento, primeiro o gestor da empresa nos faz a descrição de quais são os desafios daquela função e preenche um questionário. A partir desses dados nós fazemos um esboço do cargo. Avaliamos esses dois processos e vemos, por exemplo, se a descrição do cargo reali-

zada pelo gestor está de acordo com o que ele preencheu no questionário. Em um terceiro momento é preciso fazer um bench­marking, quando é aplicada a mesma avaliação aos funcionários da empresa que têm os melhores desempenhos nessa área. Se a companhia já tem pessoas muito bem-sucedidas exercendo aquela função que ela precisa, podemos usar esse empregado como modelo. Ele vai preencher um questionário e nós vamos procurar pessoas que tenham esse mesmo perfil para preencher a vaga. A partir dessas três ferramentas é possível fazer uma boa descrição do cargo. Qual é a importância de uma empresa ter uma definição clara do perfil profissional

que ela precisa? Victor Martinez – Quando as empresas abrem uma seleção de emprego costumam saber o que cada profissional deve fazer, mas são poucas as que têm a noção exata de como os futuros empregados devem fazer isso. O que a pessoa é capaz de fazer eu vejo no currículo dela, mas como ela fará isso o gestor costuma descobrir só durante o dia a dia de trabalho, depois de já ter contratado aquela pessoa. Nos processos seletivos que nós organizamos, durante a entrevista de emprego tentamos projetar para a empresa a forma como essa pessoa vai trabalhar. Com esse processo a empresa ganha em produtividade e objetividade na gestão. Se o gestor não tem uma descrição comportamental do cargo, pode

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As empresas que detalham o perfil que procuram costumam levar mais tempo para encontrar a pessoa que desejam. Mas isso não significa perda de tempo. A empresa ganha em produtividade

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cometer erros como ao invés de contratar alguém que ele precise, contratar alguém que ele goste.

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Como vocês fazem para mensurar essas qualidades e aptidões dos candidatos durante uma entrevista de seleção de emprego? Victor Martinez – Nós aplicamos um questionário baseado na metodologia Disc em todos os candidatos. Nesse processo, avaliamos as pessoas a partir de quatro características básicas de comportamento como dominância, influência, estabilidade e conformidade. No caso das pessoas em que prevalece a questão da dominância, elas são orientadas para o resultado; já as pessoas em que predomina a estabilidade, elas valorizam a rotina e as regras. William Martson, professor de Harvard que inventou esse método, diz que todas essas características estão presentes numa pessoa, mas em diferentes quantidades, e é isso que faz cada um ser diferente do outro. Nesse questionário é possível ver qual desses comportamentos prevalece em cada candidato. Nós orientamos as empresas que o estilo profissional dessa pessoa a ser selecionada tem que ser o mais parecido com a descrição do cargo aplicada pela companhia. Dessa forma, se você precisa de um vendedor é preciso evitar os tímidos. Não porque ele não vá vender, mas é que ele terá muito mais dificuldade em fazer isso.

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É fácil encontrar candidatos que se encaixem no perfil profissional procurado pelas empresas? Victor Martinez – Não. Quando uma empresa não usa uma metodologia adequada para seleção de candidato, pode-se dizer que ela não sabe de fato que tipo de funcionário precisa e por isso pode contratar qualquer um. As empresas que passam a detalhar o perfil que elas procuram costumam levar mais tempo para encontrar o que desejam. Mas isso não significa perda de tempo para a empresa. Com profissionais escolhidos de acordo com o perfil do cargo, a empresa ganha em produtividade. A avaliação de perfil pessoal pode ser apli-

Por mais que eu enxergue que você precisa mudar, se você não quiser isso não vai acontecer. O processo precisa passar por cinco etapas: entender, querer, aprender, treinar e receber feedback

feedback do que vem fazendo. É preciso medir o crescimento profissional dos funcionários porque o que não se mede não pode ser melhorado.

cada quando a pessoa já assumiu um determinado cargo? Victor Martinez – Quando a pessoa já está dentro da organização esses testes também podem ser aplicados e podem orientar o gestor sobre os pontos fortes e os limitantes desse funcionário. Todas as pessoas têm qualidades e defeitos, e através desses testes a empresa consegue ver se esses aspectos limitantes são vitais ou não para o sucesso delas na profissão. Por exemplo, uma pessoa que trabalha numa área de controle de qualidade: ela precisa ser atenciosa e detalhista; já pessoas hiperativas podem não se adaptar bem à função. Essa ferramenta de avaliação auxilia o gestor a gerir os pontos limitantes de sua equipe.

Como funciona a avaliação 360 graus? Victor Martinez – A avaliação 360 graus é indicada para empresas que vão fazer um processo de coaching ou de treinamento de funcionários. Essa é uma ferramenta que faz uma avaliação completa do empregado. As pessoas que estão em volta desse profissional como colegas de trabalho, seus subordinados e clientes internos precisam preencher um questionário sobre as competências desse funcionário avaliado. No total são 45 itens avaliados. A Thomas tem um sistema que processa todos esses questionários e faz um compêndio disso em um único parecer.

Como é feito esse trabalho para traçar o perfil profissional de quem já trabalha na empresa? Victor Martinez – Enviamos pela internet um questionário à pessoa que será avaliada. Ela responde esse teste, nós processamos as respostas e emitimos um relatório. O que nós observamos é que muitos profissionais têm medo dessa avaliação. Mas esse é um processo necessário porque é um mecanismo para tornar a gestão da empresa mais justa e objetiva. Além disso, para o empregado é muito importante que ele tenha um

Como deve ser dado o feedback para a pessoa que estava sendo avaliada? Victor Martinez – O feedback deve vir já com uma proposta de plano de ação para que o funcionário ou a equipe trabalhem para mudar certos aspectos vistos como limitantes. O processo de mudança precisa acontecer de dentro para fora. Por mais que eu enxergue que você precisa mudar, se você não quiser mudar isso não vai acontecer. O processo de mudança precisa passar por cinco etapas: entender, querer, aprender, treinar e receber feed­ back. Só quem passa por esses cinco processos é capaz de mudar.

Quais são os custos para uma empresa fazer uma avaliação do perfil profissional de seus funcionários? Victor Martinez – Uma avaliação pessoal feita pela Thomas custa R$ 280, e temos uma política de preços diferenciados para companhias que aplicam essa metodologia em vários empregados. Conforme aumenta o número de pessoas avaliadas, o preço unitário cai.

LINHA DIRETA Thomas Brasil: www.thomasbrasil.com.br


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Neurônios Mais do que produtos e serviços desenvolvidos a partir do uso da criatividade, da imaginação e do capital intelectual, a economia criativa gera inovação e diferencial para os artigos brasileiros por Beatrice Gonçalves

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beatrice@empreendedor.com.br

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A Inglaterra, os Estados Unidos e a Alemanha estão entre os países que mais investem em design, moda, arquitetura e publicidade como forma de agregar valor aos itens que produzem. Ao inserir esses processos na fabricação de seus produtos, eles estão transformando setores tradicionais da economia e criando novas soluções e modelos de negócio. No caso da indústria têxtil, por exemplo, o foco principal de atuação desses países nos últimos anos não tem sido produzir matéria-prima, e sim desenvolver processos criativos que transformem as roupas confeccionadas em artigos de moda. Para alcançar esse diferencial de mercado, estes países investem em economia criativa. Um conceito que, segundo John Howkins, autor do livro The creative economy, envolve atividades de criação, produção e distribuição de produtos e serviços que são desenvolvidos a partir do uso da criatividade, da imaginação e do capital intelectual. Considerada uma das principais tendências de mercado hoje, a economia criativa envolve setores como design, publicações e imprensa, artes visuais, música, patrimônio cultural, artesanato, artes cênicas e audiovisuais. Um levantamento feito pela Faculdade


em ação

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Kleber e Daniel, da Fisiogames, que desenvolveram aplicativo que transforma um iPad em tabuleiro para jogos

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O engenheiro Júlio Zucca (à direita) percebeu o déficit de produtores culturais ao ajudar a esposa a produzir uma das peças em que ela atuava

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de Indústrias Criativas da Universidade Tecnológica de Queensland, na Austrália, mostrou que a economia criativa movimenta cerca de US$ 3 trilhões por ano, o que representa 10% do mercado mundial. E a expectativa é que até 2020 o setor de bens criativos amplie sua participação no cenário mundial e movimente US$ 6 trilhões por ano. Em meio a um mercado que tende a valorizar a criatividade, o Brasil tem explorado pouco os talentos que possui. Tanto é que nem chega a ser listado entre os 20 países que mais produzem bens e serviços da economia criativa no ranking realizado pela Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad). “Nós temos potencial para ser destaque em economia criativa, mas precisamos trabalhar para transformar a nossa criatividade em inovação e em um diferencial de mercado”, avalia a socióloga Cláudia Leitão. Cláudia assumiu este ano a Secretaria de Economia Criativa do Ministério da Cultura, departamento criado pela ministra Ana de Hollanda para promover a economia criativa no País. A socióloga explica que nesse primeiro momento a secretaria trabalha para fazer um levantamento dos empreendimentos criativos que já existem

“Precisamos trabalhar para transformar nossa criatividade em inovação e em um diferencial de mercado”, diz Cláudia Leitão

Cláudia Leitão: grande número de empreendedores criativos ainda trabalha como informal

no País e que a partir desses dados será traçado um plano nacional de desenvolvimento para o setor. “Hoje é difícil falar quanto os bens criativos representam para a economia do Brasil. No Nordeste, por exemplo, temos um grande circuito de festas de São João que se caracterizam como empreendimentos criativos, mas não há informações sobre o quanto esses eventos significam para a economia das cidades onde a festa é realizada.” Em um levantamento preliminar feito pela secretaria, Cláudia diz que já é possível observar que há um grande número de empreendedores criativos no País que ainda trabalham como informais, e que entre os já formalizados as maiores dificuldades estão em acessar mercados e conseguir linhas de crédito para ampliar ou melhorar o negócio. Ela explica que ainda este ano a secretaria deve criar observatórios de economia criativa em todos os estados e firmar parcerias com governos estaduais e municipais para criar polos de empreendimentos criativos no País de acordo com as vocações culturais de cada região. “A presidenta Dilma tem como meta erradicar a miséria no Brasil, e a economia criativa pode ajudar a promover isso. Esse é um dos setores que mais gera emprego e melhor remunera seus trabalhadores.


O VALOR DAS IDEIAS SETORES DA INDÚSTRIA CRIATIVA

TRABALHO CRIATIVO

Design Publicações e imprensa Artes visuais Patrimônio cultural Conhecimento tradicional (artesanato, festivais e folclore) Artes cênicas Audiovisual Serviços criativos (arquitetura e publicidade) Nova mídia (conteúdo digital, internet, software, videogame, animação)

Vagas de trabalho geradas em economia criativa representam: 1,87% do total de vagas de trabalho geradas no Brasil 2,21% do total de vagas criadas na Região Sudeste 2,46% das vagas geradas no Estado de São Paulo 3,47% do total de postos de trabalho criados no município de São Paulo

Fonte: Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad), órgão ligado à ONU

O setor é responsável por 10% da economia mundial e movimenta cerca de US$ 3 trilhões por ano. A expectativa é que se a economia criativa crescer a uma média de 8% ao ano, o setor vai movimentar cerca de US$ 6 trilhões em 2020.

CRIATIVIDADE PELO MUNDO

Gestão do negócio Assim como o Ministério da Cultura, o Sebrae também tem trabalhado para fortalecer a economia criativa no Brasil. A entidade oferece cursos de capacitação e consultoria para empreendedores criativos em mais de 20 estados. “Temos observado que muitas empresas do segmento criativo enfrentam problemas com a gestão do negócio. Nosso foco de atuação nessa área tem sido oferecer cursos e capacitações para que eles consigam melhorar seus processos e garantir maiores resultados”, observa Débora Mazzei, analista técnica do Sebrae e responsável pelas consultorias prestadas pela entidade em economia criativa. Ela avalia que há grandes oportunidades para empreender em segmentos da indústria criativa no País e considera que com a realização da Copa e das Olimpíadas no Brasil aumentará ainda mais a demanda por produtos e serviços desse setor. “Os turistas que vierem para cá para acompanhar a Copa e as Olimpíadas não vão querer assistir apenas aos jogos. Eles

PARTICIPAÇÃO NA ECONOMIA

Fonte: Estudo sobre economia criativa da faculdade de Indústrias Criativas da Queensland University of Technology, da Austrália

Fonte: Relatório de Economia Criativa 2010, produzido pela Unctad

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Com os empreendimentos criativos, poderemos movimentar a economia do País ao mesmo tempo em que valorizamos os mercados regionais e os produtos locais.”

A China é o país que registra a maior produção de bens e serviços da economia criativa, seguida pelos Estados Unidos e Alemanha. O Brasil está fora da lista dos 20 principais exportadores de bens criativos.

Fonte: Secretaria de Governo da prefeitura de São Paulo

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CA PA

virão também para conhecer a cultura local. No período em que esses eventos serão realizados estará acontecendo o São João no Nordeste e o Festival de Parintins no Norte. Precisamos organizar uma série de produtos e serviços para levar esses turistas para conhecerem essas festas.” A consultora do Sebrae também chama a atenção para a necessidade de formação de mão de obra para trabalhar nos segmentos da indústria criativa. “Durante a Copa e as Olimpíadas, milhares de produtoras e canais de televisão do mundo inteiro virão para o Brasil para acompanhar os jogos e fazer reportagens sobre o país-sede. Essas empresas precisarão de profissionais brasileiros para trabalhar

Melito: “É a formação continuada que aumenta a capacidade de criar das pessoas”

com eles no setor audiovisual.” A falta de profissionais qualificados atinge diversos segmentos da indústria criativa. Há no mercado brasileiro, por exemplo, um déficit de produtores culturais, pessoas que fazem a organização e a realização de projetos como shows, espetáculos teatrais e exposições. O engenheiro Júlio Zucca percebeu isso quando resolveu ajudar a esposa a produzir uma das peças em que ela atuava. “Eu sou casado com uma atriz e, ao acompanhá-la em seus trabalhos, observei que muitos atores eram obrigados a produzir suas próprias peças porque não encontravam alguém para fazer isso. Eles perdiam muito tempo com a produção do espetáculo e

Rede de cooperação

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Muitos empreendedores criativos hoje trabalham de forma isolada e têm dificuldades em acessar certos mercados e fazer a distribuição de seus produtos. Para tentar reuni-los e fazer com

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Brant: “Queremos auxiliar empreendedores a planejar melhor suas metas”

que trabalhem de forma conectada, o consultor Leonardo Brant, da Brant Associados, resolveu organizar uma rede de negócios criativos. Ele montou o programa Empreendedores Criativos e, em parceria com o Centro de Estudos da Mídia, Entretenimento e Cultura (Cemec), a Oople, a Rodamoinho e o banco Santander, desenvolveu um site para promover a troca de experiências entre empresários do setor. Para sensibilizá-los a compartilhar com a rede, Brant criou um reality show colaborativo que selecionará sete empreendimentos para participar de um curso de formação no qual serão discutidos conceitos de estratégia, de comunicação, de sustentabilidade e de plano de negócios para empresas criativas. “As aulas serão gravadas e transmitidas ao vivo pela web para que outros empreendedores possam acompanhar o curso a distância. Durante esse processo, vamos discutir e elaborar estratégias para melhorar a gestão de sete empreendimentos criativos. Diferente da maior parte dos reality shows, esse não é competitivo. Com esse processo nós queremos auxiliar os empreendedores

a planejarem melhor as metas de curto, médio e longo prazo”, explica Brant. Os empreendedores que não foram selecionados pelo programa e quiserem realizar uma análise de seu negócio, podem fazer uma avaliação financeira gratuita da empresa no portal Santander Empreendedor. É preciso preencher um questionário sobre o empreendimento no site – as respostas serão enviadas a um consultor do banco que fará a análise do negócio e, caso seja preciso, ele indicará cursos de capacitação gratuitos e linhas de crédito para que o empreendedor possa ampliar ou melhorar seu negócio. “Fazemos avaliações customizadas para cada empreendimento e isso possibilita a oferta de soluções mais adequadas para diferentes perfis e segmentos de mercado”, afirma César Fischer, superintendente de pequenas e médias empresas do Santander. Outra proposta do banco é auxiliar os pequenos empreendedores criativos a divulgarem seus produtos. Fischer explica que o Santander investiu no portal Greenvana, loja virtual de produtos ecofriendly, e que a instituição pretende


não podiam se dedicar aos ensaios. Foi aí que resolvi investir nessa área.” Ele deixou a engenharia de lado e há nove anos se dedica aos trabalhos da empresa que montou – a Zucca Produções. Durante esse tempo ele já produziu mais de 30 projetos e está envolvido em outros 15. Entre seus trabalhos estão a produção do CD “O samba carioca”, de Wilson Baptista, um documentário sobre o músico Marcelo Yuka e a reforma da sala Cecília Meireles. “O mercado cultural está muito aquecido e há várias oportunidades. Todas as áreas artísticas precisam e procuram muito o trabalho de um produtor cultural.” A Zucca Produções tem hoje sete fun-

Fisiogames desenvolve aplicativos que promovem a saúde, a qualidade de vida e o bem-estar

Fischer: soluções mais adequadas para diferentes perfis e segmentos de mercado

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paulo uras

disponibilizar espaço no canal para que empreendedores criativos, que trabalhem a partir dos conceitos da sustentabilidade, possam vender seus produtos no portal.

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CA PA cionários e um faturamento médio de R$ 1 milhão por ano. Além de fazer produção de eventos culturais, o empresário se dedica também a formar novos profissionais para o setor. Ele já capacitou mais de 1 mil pessoas para trabalhar nessa área em um curso de produção cultural que oferece na Zucca Produções. “Esse é um mercado que cresce à medida que mais pessoas participam dele.” Para que mais pessoas empreendam como fez Júlio Zucca em setores da economia criativa, o economista Adolfo Melito avalia que é preciso investir mais em educação de qualidade. “Os países que são referência em economia criativa investem

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Paula e Rodrigo, da Martinica Digital, veem a incubadora como uma forma de se conectar a uma rede de empreendedores criativos

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muito em educação. É a formação continuada que aumenta a capacidade de criar das pessoas, de imaginar algo diferente e de inovar. Se o Brasil quer se tornar uma liderança nesse setor, precisa melhorar o ensino oferecido no País.”

Diferencial de mercado Além do setor cultural, Melito avalia que empresas de outros segmentos e inclusive as estatais também devem adaptar seus processos ao conceito da economia criativa. Isso porque a capacidade de criar e de inovar tem sido cada vez mais importante para que as empresas consigam se

estabelecer no mercado e se diferenciar de suas concorrentes. “Por muito tempo se adotou no Brasil um modelo econômico de substituição das exportações com a proposta de trazer para cá grandes empresas para só montar e vender seus produtos. Eu considero isso um erro. Ao trazer modelos de fora prontos, se desestimula a criatividade e a capacidade de inovação.” Melito está à frente do Conselho de Economia Criativa, órgão criado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio) para promover a abertura de novos empreendimentos criativos no Brasil. Entre as propostas da enti-


dade estão a de criar um índice que possa medir a criatividade e a inovação de empresas de diferentes segmentos econômicos e a de trabalhar para que o Brasil se torne uma referência mundial em competitividade e inovação. Uma das áreas em que Melito avalia que o Brasil tem um alto potencial é o de desenvolvimento de softwares para atender segmentos da economia criativa – aplicativos que vão desde jogos para diversão e entretenimento até sistemas que possam melhorar a gestão de empresas do setor criativo. “O mercado de games movimenta por ano cerca de R$ 300 milhões no Brasil, mas tem capacidade para chegar a quase R$

3 bilhões. No mundo inteiro esse setor movimenta mais de R$ 30 bilhões.” Uma das empresas que já investe nesse setor é a Fisiogames. Criada pelos engenheiros de computação Kleber Vieira e Daniel Martins em 2009, a empresa se especializou em desenvolver aplicativos que promovam a saúde, a qualidade de vida e o bem-estar. Uma das soluções criadas pelos engenheiros foi o Funphysio, software que auxilia fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais na reabilitação de pacientes que sofreram algum tipo de doença vascular ou que fizeram cirurgia em alguma articulação. O aplicativo roda em computadores e monitora os movimentos

feitos pelo paciente. No término da sessão ele gera um relatório para o profissional com um parecer sobre a performance do paciente durante o exercício. O software é vendido ao preço de R$ 450 e já é utilizado em diversas clínicas do País. “Conversando com fisioterapeutas percebemos que faltava no mercado um aplicativo que pudesse deixar as sessões de fisioterapia mais divertidas. A interface que criamos atrai muito a atenção das crianças e dos idosos”, afirma Vieira. Além do Funphysio, os engenheiros desenvolveram o ChallengeBoard, um aplicativo que transforma um iPad em tabuleiro para jogos.

O Rio de Janeiro é um dos estados que mais se destaca no segmento de economia criativa. Segundo levantamento da Federação das Indústrias (Firjan), o setor movimenta no estado cerca de R$ 54 bilhões por ano, o equivalente a 17% do PIB estadual. São mais de 80 mil profissionais do estado trabalhando na cadeia produtiva da economia criativa e a média salarial desses trabalhadores é uma das mais altas do País, chegando a R$ 2.182. Segundo o estudo, a perspectiva é que os empreendimentos criativos ganhem nos próximos anos ainda mais espaço na economia fluminense. Treze por cento dos estudantes do ensino superior no estado cursam faculdades que estão relacionadas ao núcleo da indústria criativa como moda, design, arquitetura e comunicação, e a tendência é que esses futuros profissionais se dediquem a atividades criativas. Além disso, tem crescido o investimento do governo do estado em projetos para ampliar a participação do setor criativo na economia do Rio de Janeiro. A Secretaria de Cultura criou o Programa de Desenvolvimento da Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro com a proposta de oferecer cursos de capacita-

ção e infraestrutura para que mais pessoas empreendam negócios criativos. O órgão lançou no ano passado o edital Rio Criativo para a seleção de planos de negócios para serem abrigados em duas incubadoras de empreendimentos criativos que estão sendo desenvolvidas no estado: uma na capital e outra em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. As incubadoras funcionarão através de uma parceria entre a Secretaria de Cultura, o Instituto Gênesis da PUC-RJ, o Sebrae e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). Podem participar das incubadoras empresas iniciantes que tenham propostas inovadoras em áreas como audiovisual, artesanato, arquitetura, artes cênicas e de desenvolvimento de software aplicado à economia criativa. Os projetos selecionados recebem por 18 meses consultoria e orientação na gestão do negócio, assessoria jurídica e podem utilizar uma sala privativa para organizar a sede da empresa. No primeiro edital lançado, mais de 2 mil pessoas se inscreveram no programa. Deste total, 131 planos de negócios foram avaliados e 21 selecionados para integrar a incubadora Rio Criativo, que será instalada no centro histórico da capital fluminense

até o fim do ano. Júlia Zardo, coordenadora do Rio Criativo, explica que a maior parte dos projetos aprovados neste primeiro edital é da área de turismo e artes cênicas e que 80% dos empreendedores selecionados têm graduação em áreas como comunicação e arquitetura. “Em um primeiro momento, vamos atender duas regiões do estado, mas queremos em breve ampliar o programa e desenvolver atividades de incentivo à economia criativa nas oito regiões do Rio de Janeiro.” Uma das empresas selecionadas é a Martinica Digital. A proposta do negócio é desenvolver estratégias em comunicação digital para aproximar e mobilizar pessoas, marcas e causas a partir das áreas de cultura, inovação e responsabilidade social. A empresa foi criada em 2009 por dois jornalistas – Paula Martini e Rodrigo Nogueira – e já desenvolveu soluções para o Centro Cultural do Banco do Brasil, Universidade Federal do Rio de Janeiro e Secretaria de Direitos Humanos do Rio de Janeiro. “Para nós será uma grande oportunidade participar da incubadora. Hoje trabalhamos de forma isolada e com a incubadora poderemos nos conectar a uma rede de empreendedores criativos”, considera Paula.

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Incubadoras especializadas

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Circuito Fora do Eixo: rede de coletivos que reúne 72 grupos de produtores culturais do País

Criatividade em cifras

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Internet e redes sociais alavancam os negócios de produtoras independentes

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Há bem pouco tempo, quando uma banda queria se lançar no mercado, era comum ter que bater de porta em porta de grandes gravadoras para tentar convencer uma delas a investir no grupo e gravar um CD. Sem muitas oportunidades, o mercado musical brasileiro ficava restrito a uma pequena parcela de bandas e era difícil viver de música sem reconhecimento e apoio. Com a popularização da internet e das redes sociais, mais pessoas puderam se lançar nesse mercado, gravar suas composições e divulgá-las. O acesso à tecnologia abriu novas oportunidades não só musicais mas de negócios também. O que tem feito com que o trabalho independente ganhe cada vez mais espaço. Paulo Monte é um desses novos empreendedores. Ele e mais dois amigos, Bernardo Palmeira e Thiago Vedova, resolveram investir na cadeia produtiva da música e lançaram a Bolacha Entretenimento em

2009. A empresa, que fica localizada no Rio de Janeiro, produz shows, gravação e venda de CDs de bandas de diferentes segmentos musicais. Fazem parte do selo “Bolacha Discos” o grupo de rock Os Outros, os instrumentistas do Songoro Cosongo e a cantora de samba Elisa Addor. “Nossa primeira ideia foi trabalhar para conseguir produzir o CD da Binário, banda que Bernardo Palmeira fazia parte. Nós começamos a fazer a venda direta do disco nos shows e a partir dessa boa experiência resolvemos montar a empresa”, afirma Monte. Para desenvolver seus projetos e ajudar outros artistas independentes, a Bolacha Entretenimento criou uma ferramenta de financiamento colaborativo – a Embolacha. Por meio de um site baseado no conceito de crowfunding, que em português significa ‘financiado pela multidão’, a empresa busca sensibilizar diferentes pessoas para que elas contribuam financeiramente para a realização de projetos musicais e artísticos. “O crowfunding tem sido uma ferramenta bastante utilizada nos Estados Unidos. Até mesmo o presidente Obama usou-a para arrecadar fundos para sua campanha. Esse tipo de instrumento abre espaço para uma nova relação entre

o artista e o público. Quem contribui recebe recompensas como produtos exclusivos da banda. É como se fosse uma nova forma de mecenato.” No Embolacha, o artista divulga seu projeto, o quanto precisa para realizá-lo e estipula qual é o valor mínimo para a doação. A banda Mombojó, por exemplo, quer fazer um show em Recife para comemorar os dez anos do grupo e espera contar com a ajuda de seus fãs para arrecadar R$ 30 mil para pagar os custos da viagem, da infraestrutura e da divulgação do evento. Quem contribuir com R$ 20 ganha o ingresso para o show, e quem pagar R$ 35 além do ingresso ganha um CD do grupo. O projeto do Mombojó é o sexto a ser veiculado no Embolacha. Os outros cinco já alcançaram as metas previstas. A banda Letuce conseguiu R$ 19 mil para gravar um CD, em troca enviou o disco para seus fãs e até ofereceu um jantar para eles; a banda Autoramas obteve R$ 14 mil e levou seus fãs para assistir a um show e para conhecer o camarim do grupo. “Todos os projetos que divulgamos estão sendo bem recebidos pelo público. Em uma campanha já arrecadamos mais de R$ 30 mil.


Casa nova A Bolacha Entretenimento funciona hoje em um home office na casa dos sócios, mas em breve ganhará uma sede própria. A empresa foi selecionada pelo edital Rio Criativo do Programa de Desenvolvimento da Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro e até o fim do ano se juntará a outros 20 empreendimentos que serão instalados na incubadora criada pela Secretaria de Cultura, em parceria com o Instituto Gênesis da PUC-RJ. A dificuldade em encontrar espaço para que bandas pudessem tocar suas próprias composições em Cuiabá também fez a publicitária Lenissa Lenza se mobilizar em prol da música independente. Em 2002, ela e um grupo de cinco amigos resolveram se unir e montar o coletivo Espaço Cubo para produzir festivais de música na capital mato-grossense. “Em Cuiabá o cenário musical era tomado por bandas covers, e eu e mais alguns amigos resolvemos montar o coletivo para tentar mudar isso. Chamamos as bandas independentes para conversar e criamos uma série de projetos e festivais.” Já no primeiro ano de funcionamento, o coletivo passou a organizar o Festival Ca-

lango e o Grito Rock para reunir as bandas da cidade. Como não tinham muito dinheiro para investir, resolveram criar um sistema de trocas e uma moeda própria – o cubo card –, em que é possível trocar serviços e produtos entre os agentes da cadeia produtiva cultural sem precisar de dinheiro para isso. “Aos poucos nós fomos instaurando uma economia solidária no grupo e isso tem sido importante para a manutenção do circuito independente. O sistema de viabilizar ações através das trocas se tornou uma vantagem para o cenário cultural local. Por esse processo, uma empresa que queira apoiar nossos projetos não precisa necessariamente investir dinheiro nele: pode trocar por serviços prestados”, explica Lenissa. Em 2005, o Espaço Cubo se juntou a outros coletivos do Brasil e foi montado o Circuito Fora do Eixo. O movimento é hoje uma rede de coletivos que reúne 72 grupos de produtores culturais do País. Eles se dedicam à promoção de festivais, produção e execução de projetos de comunicação livre, gravação e distribuição de CDs e organização de oficinas culturais. “Em 2011, mais de 130 cidades brasileiras, argentinas, bolivianas e chilenas vão realizar o Grito Rock. Com o festival, nós já conseguimos levantar mais de R$ 800 mil e cerca de 1 milhão de cubo cards, que é nosso dinheiro próprio.”

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O bacana é que esse tipo de ferramenta, além de arrecadar fundos para as bandas, também aproxima os artistas de seus fãs.”

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CA PA

Culturas valorizadas

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Comidas, festas, roupas e bens que caracterizam uma determinada região são patrimônios para a promoção do desenvolvimento social

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Uma das premissas da economia criativa é valorizar as culturas locais. Aquelas comidas, festas, roupas e bens que caracterizam uma determinada região. Patrimônios que, segundo a Unesco, devem ser levados em consideração para promover o melhor desenvolvimento social, econômico e cultural das cidades, e uma forma de se fazer isso é através do turismo cultural. A entidade lançou em 2004 o projeto Rede de Cidades Criativas com a proposta de sensibilizar o poder público e o privado de diferentes cidades ao longo do mundo sobre a importância da valorização das culturas locais. A ideia é estimular a criação de atividades culturais e roteiros que permitam que o turista que visita a cidade ou mesmo o próprio morador consiga vivenciar a cultura local. O órgão avalia que as cidades criativas podem ser divididas em sete categorias de acordo com as características do lugar, podendo ser consideradas referência em áreas como arte, literatura, design e música. Melbourne, na Austrália, por exemplo, é identificada pela Unesco como cidade da literatura, e Berlim, na Alemanha, como cidade do design.

Ana Carla Fonseca, consultora da Garimpando Soluções e uma das autoras do livro Cidades criativas – perspectivas, considera que no Brasil ainda são poucos os municípios que trabalham a criatividade como um setor estratégico. “São Paulo tem um grande potencial nessa área, mas não consegue desenvolver isso direito porque faltam conexões na cidade que permitem aos moradores de regiões distantes participar ativamente de eventos que acontecem na cidade como, por exemplo, a Virada Cultural. A cidade inteira tem que ser criativa e não só ter bolsões de criatividade.” Para desenvolver o turismo cultural no ambiente urbano, ela avalia que cada cidade precisa entender qual é a sua singularidade e a partir dessa característica criar um modelo próprio de turismo criativo. “Eu considero Paraty, no Rio de Janeiro, uma das cidades que melhor consegue fazer isso. A Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) movimenta a cidade, traz turistas e é possível observar que os eventos que ela promove estimulam uma sociabilidade que integra bastante o patrimônio histórico ao patrimônio imaterial, que são

No Bibliotáxi, projeto do Instituto Mobilidade Verde, livros ficam à disposição dos passageiros

as festas e procissões típicas da região.” Porto Alegre é outro município que tem discutido a implementação de atividades culturais que fazem com que ela seja considerada pela Unesco uma cidade criativa. O Santander Cultural e a prefeitura da cidade já organizaram um seminário internacional para discutir a proposta e para construir uma agenda de políticas públicas e privadas que permitem promover isso nos próximos anos. Fernando Martins, vice-presidente de Marca, Marketing, Comunicação e Interatividade do Santander, explica que uma das formas de se fazer isso é incentivando boas ideias, promovendo as culturas locais e potencializando a troca de conhecimento entre as pessoas e as instituições. “O Santander tem um centro cultural em Porto Alegre e nessa unidade buscamos valorizar o desenvolvimento do setor cultural da cidade promovendo programas e projetos artísticos. Esse centro cultural já tem dez anos e durante esse período mais de 3 milhões de pessoas já frequentaram o local.” Nesse processo de transformação das cidades em um espaço criativo, pequenas


LINHA DIRETA Embolacha: www.embolacha.com.br Empreendedores Criativos: www. empreendedorescriativos.com.br Fecomercio São Paulo: www.fecomercio.com.br Fora do Eixo: www.foradoeixo.org.br Garimpo de Soluções: www.garimpodesolucoes.com.br Incubadoras Rio Criativo: www.riocriativo.rj.gov.br Santander Empreendedor: www. santanderempreendedor.com.br Sebrae: www.sebrae.com.br Secretaria de Economia Criativa: www.cultura.gov.br

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Ana Fonseca, da Garimpando Soluções: ainda são poucos os municípios que trabalham a criatividade como setor estratégico

mudanças no dia a dia já fazem grande diferença. Lincoln Paiva, diretor do Instituto Mobilidade Verde, organiza uma série de projetos em São Paulo para estimular a leitura. Ele criou a Bicicloteca, uma bicicleta que é também biblioteca para levar livros às praças da cidade e para doar livros para moradores de rua, e o Bibliotáxi, um táxibiblioteca, para que os passageiros de táxi possam ler enquanto se deslocam de um lugar para outro. “No Bibliotáxi nós disponibilizamos alguns livros e o passageiro fica à vontade para lê-los e inclusive para levá-los para casa. A única coisa que pedimos é que eles doem o livro para alguém após terminarem a leitura”, explica Paiva. O projeto do Bibliotáxi começou em agosto deste ano, através de uma parceria entre o Instituto Mobilidade Verde, a Catraca Livre e o Vilamundo, e por enquanto está sendo testado em apenas um táxi da cidade. O motorista Antônio Miranda é o primeiro a transformar seu carro em uma biblioteca, mas a proposta do Instituto é que a iniciativa seja replicada em toda a cidade. “No começo os passageiros estranham um pouco a caixa de livros no banco de trás do carro. Muitos deles me avisam dizendo que alguém esqueceu, e é aí que eu explico o projeto. Por dia, ao menos cinco passageiros saem do carro com um livro nas mãos. Até eu estou lendo mais. Enquanto não estou numa corrida, aproveito para ler os livros que há no carro. Na caixa do Bibliotáxi tem de tudo, do livro A casa das sete mulheres até obras de Gilberto Freyre.”

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ES TRATÉG I A

Riscos

controlados Ninguém está livre de imprevistos, mas é possível se proteger e evitar prejuízos contratando um seguro por Mônica Pupo

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monica@empreendedor.com.br

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Diz o ditado popular que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Mas e se o lugar em que ele cair for justamente em cima da sua empresa? Pode até parecer brincadeira, mas o fato é que ninguém está livre de prejuízos em decorrência de tempestades, incêndios, alagamentos, vendavais e desastres em geral. Isso sem falar nos assaltos, ameaça unânime a empreendedores de todos os segmentos e cantos do Brasil. Para se proteger, a única solução é investir em seguros. Cada vez mais evoluído, atualmente o mercado de seguros empresariais oferece não só cobertura patrimonial, mas também proteção contra greves e perda de lucros. Segundo Denis Teixeira, diretor da sucursal sul da MDS Consultores de Seguros de Riscos, os sinistros mais comuns no âmbito empresarial são resultantes de danos elétricos, incêndios, alagamentos e assaltos. “Não importa o tamanho, nenhuma empresa hoje em dia pode se dar ao luxo de funcionar sem a contratação de seguro, nem mesmo aquelas que investem pesado em medidas protecionais, pois sempre existe a possibilidade de acontecer um imprevisto”, alerta o especialista. Bancar riscos, portanto, está fora de cogitação. “Isso pode ameaçar a sobrevivência de um negócio. Um bom programa de seguros permite à empresa crescer com tranquilidade, correr menos riscos, o que é bom também para os funcionários, clientes e fornecedores”, completa Breno

Kor, diretor da Kor Corretora. O pacote de seguros mínimo de uma pequena empresa deve ser composto por algumas coberturas recomendadas para todo tipo de negócio, independente da área de atuação e perfil da clientela. É o caso da proteção contra incêndio, raio e explosão, que para um valor máximo indenizável de R$ 500 mil, custa em média R$ 433,50 por ano. (veja a simulação completa na tabela da página ao lado). “Há uma grande oferta de seguros para empresas com valor de risco até R$ 10 milhões, então os empresários têm à disposição pacotes muito vantajosos do ponto de vista financeiro”, afirma Teixeira. Entre as coberturas disponíveis é possível incluir proteção para vidros, anúncios e luminosos, equipamentos eletrônicos e responsabilidade civil decorrente das operações, entre outras. Os colaboradores também devem ser assegurados. “É recomendado que os funcionários devem estar amparados por um programa de benefícios como plano de saúde e seguros de vida ou acidentes”, ressalta Kor. No caso de uma loja, o seguro de responsabilidade civil pode ser acionado se

Seguros empresariais oferecem proteção contra greves e perda de lucros

algum cliente escorrega e cai, deixando o estabelecimento no alvo de uma eventual ação por danos morais, por exemplo. O seguro, nesse caso, arca com o pagamento das indenizações na Justiça caso a empresa seja condenada. “Cada tipo de negócio recebe das seguradoras uma análise de riscos específica que vai impactar no preço final dos seguros contratados, mas de maneira geral os valores cobrados compensam o investimento”, explica o especialista Carlos Barros de Moura, da Barros De Moura & Associados. Destinado a auxiliar a empresa num momento de paralisação súbita que resulte em perda de lucro, o seguro financeiro – ou de lucro cessante – é indicado para todos os tipos de negócio. “Caso a empresa sofra alguma espécie de bloqueio ou impedimento de acesso que interrompa suas operações por um período, o dono do negócio poderá ser indenizado pelo seguro de lucros cessantes até o valor má-


SIMULAÇÃO PARA PEQUENAS Confira as coberturas indicadas para uma pequena empresa com o custo equivalente para determinados limites de indenização. A simulação considera um estabelecimento comercial localizado no centro da cidade de São Paulo e equivale a contrato de um ano de vigência. Os dados são da Barros De Moura & Associados.

Fonte: FenSeg (janeiro a maio de 2011)

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PHOTOSTOGO

Capitalização ................... 15,9% Previdência Aberta ..............8,8% Seguros Empresariais ........... 12% Seguros Pessoais .............. 24,1% Seguros Gerais ................. 13,6%

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MERCADO EM CRESCIMENTO

COBERTURA VALOR INDENIZÁVEL (R$) PREÇO (R$) Incêndio, raio e explosão ...............................500 mil ...................433,50 Danos elétricos e curto-circuito ....................... 15 mil .................... 95,04 Vendaval/granizo/impacto de veículos ................ 15 mil .................... 43,20 Vidros/anúncios luminosos ............................... 10 mil .................. 202,50 Roubo/furto qualificado ................................. 100 mil ................ 3.888,00 Equipamentos eletrônicos ................................ 10 mil .................... 32,40 Responsabilidade civil .................................. 100 mil ................... 315,00 Perda/pagamento de aluguel ........................... 150 mil ................... 130,05 Lucros cessantes decorrentes da básica ..........250 mil ................... 320,75 Total ......................................................................................5.460,44


estratég ia

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Teixeira, da MDS: “Não importa o tamanho, nenhuma empresa hoje em dia pode se dar ao luxo de funcionar sem a contratação de seguro”

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ximo contratado”, diz Moura. Para que não restem dúvidas sobre o tipo de seguro mais adequado à sua empresa, é fundamental contar com o auxílio de um corretor qualificado. “Cada tipo de negócio tem uma necessidade específica, então é importante a escolha de um profissional com experiência, conhecimento do mercado de seguros, suas garantias e que saiba interpretar as cláusulas”, recomenda Kor. “Mais do que conhecer o que está coberto pelo seguro é necessário saber aquilo que não estará coberto na hora de contratar um seguro”, alerta. Especializada no comércio de eletroeletrônicos, brinquedos, móveis e utilidades domésticas, a CRDiementz é muito cautelosa quando o assunto é a política de seguros adotada pela empresa. Com 63 lojas espalhadas pelo Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a rede investe na proteção de todas as unidades, além dos dois depósitos e da frota de veículos. A cobertura abrange danos ocasionados por incêndio, vendaval, dano elétrico e assaltos, além do seguro de responsabilidade civil. “Levando em conta o tipo de produto que vendemos, não podemos correr o risco de ficar um só dia sem a cobertura do seguro”, diz Schirle Mentz Hattge, gerente financeira da rede, ao explicar que as cotações para a renovação das apólices são feitas pelo menos dois

“Cada negócio tem uma necessidade específica, então é importante a escolha de um profissional”, diz Kor meses antes do vencimento. No mercado desde 2000, a empresa tem no histórico algumas ocorrências de assaltos, sobretudo nas lojas localizadas em cidades grandes, como Porto Alegre. Outro sinistro acionado pela rede ocorreu há aproximadamente três anos, quando um vendaval destelhou parte da unidade localizada em Rio Grande (RS). “Felizmente são casos isolados. O mais comum mesmo são pequenos furtos”, informa Schirle. Vale lembrar que os chamados furtos simples – muito comuns no varejo – geralmente não são cobertos pelos seguros. Seja devido ao aumento da violência urbana e dos desastres naturais, seja pela maior conscientização dos empreendedores a respeito da importância de se precaver, o fato é que o segmento de seguros empresariais não para de crescer. De janeiro a maio de 2011, o crescimento foi de 12% sobre o mesmo período do

ano passado, acumulando prêmios na ordem de R$ 554,6 milhões, segundo dados da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg). Os números refletem o bom desempenho do mercado de seguros como um todo, que em 2010 apresentou 14,2% de acréscimo, incluindo todas as modalidades de saúde suplementar. “O crescimento do setor está intimamente ligado ao bom desempenho da economia. Por isso, a expectativa é de que o mercado continue crescendo nos próximos anos, com o avanço da renda e a evolução da economia brasileira”, avalia Eduardo Marcelino, presidente da Comissão de Riscos Patrimoniais da FenSeg.

LINHA DIRETA Barros De Moura & Associados: www.barrosdemoura.com.br CRDiementz: www.crdiementz.com.br Federação Nacional de Seguros Gerais: www.fenaseg.org.br Kor Corretora: www.kor.com.br MDS Consultores de Seguros de Riscos: www.mdsbr.com.br


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I NOVA Ç Ã O

único

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Caminho

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CNI e governo se unem para estimular as indústrias brasileiras a inovar por meio de empresa nos moldes do instituto alemão Fraunhofer


Miguel Ângelo

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Aloizio Mercadante, e o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, assinam acordo para criação da Embrapii

A indústria brasileira deve ganhar até o final deste ano um novo instrumento de estímulo à inovação tecnológica. Em agosto, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Aloizio Mercadante, anunciou a criação da Empresa Brasileira para Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), seguindo o modelo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). “O objetivo é atender a demanda do chão da fábrica. A perna fraca do sistema hoje é inovação, só lidera quem inova”, discursou o ministro durante o 4º Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria, promovido pela Confederação Brasileira da Indústria (CNI). Na ocasião, Mercadante e o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, assinaram um memorando de intenções para a instalação da nova empresa. Um grupo de trabalho foi formado para cuidar da formatação de um projeto piloto. A Embrapii vai credenciar instituições de pesquisa e tecnologia, que ajudarão as empresas a desenvolver projetos inovadores. A meta é que a rede alcance 30

centros de pesquisa até 2014, funcionando nos moldes do instituto alemão Fraunhofer, que mantém parceria com cerca de 60 instituições. “Não há outro caminho para a indústria senão inovar”, disse o presidente da CNI. Para o presidente da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), Guilherme Ary Plonski, as primeiras informações sugerem que, diferente da Embrapa e da Fraunhofer, a Embrapii manteria a individualidade institucional de seus componentes. “Trata-se então de mais uma rede pluri-institucional estimulada pelo MCTI para aumentar a efetividade das ações de extensão tecnológica industrial, como já fazem focalizadamente a rede Progex (Programa de Apoio Tecnológico à Exportação), o SBRT (Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas) e o Sibratec (Sistema Brasi-

“Não há outro caminho para a indústria senão inovar”, disse o presidente da CNI

leiro de Tecnologia)”, avalia Plonski. Ele afirma que a Anprotec está à disposição para “articular a rede nacional de habitats de inovação com a nova iniciativa”.

Cenário Dados divulgados pelo MCTI mostram que os empresários brasileiros ainda investem pouco em inovação. O percentual é de 0,57% do Produto Interno Bruto (PIB), contra 1,86% nos Estados Unidos, 2,46% na Coreia e 2,68% no Japão. E o índice brasileiro ainda inclui os gastos da Petrobras e de outras estatais. Esse diagnóstico não é por falta de consciência. Em pesquisa feita recentemente pela Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) com 63 gestores de empresas de diferentes portes, 97% dos entrevistados responderam que a inovação é fundamental para a sustentabilidade do negócio, tanto do ponto de vista econômico quanto ambiental. A boa notícia vem da última edição do ranking The Global Innovation Index (GII 2011), formado por 125 países. O Brasil ocupa a 47ª colocação, mas avançou 21 posições em relação ao ano passado. Os dez países mais inovadores são

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por Cléia Schmitz cleia@empreendedor.com.br

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inovação

Maurício, da Origem Jogos e Objetos: dar um novo uso para algo já existente também é inovar

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Vanessa, da Kapeh: “Nossa proposta de cosméticos feitos exclusivamente à base de café é inédita no mundo”

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Suíça, Suécia, Cingapura, Hong Kong, Finlândia, Dinamarca, Estados Unidos, Canadá, Holanda e Reino Unido. Na América Latina, a liderança é do Chile, seguido pela Costa Rica. O Brasil ocupa a terceira posição. O ranking é elaborado pela Confederação da Indústria da Índia em parceria com o instituto Insead e com a World Intellectual Property Organization ( Wipo), agência das Nações Unidas. De acordo com o ministro Aloizio Mercadante, a proposta da Embrapii é levar projetos inovadores principalmente para as médias e pequenas empresas. Referência em inovação desde que foi criada, em 2007, a Kapeh Cosméticos, de Três Pontas (MG), é uma prova de como a inovação pode dar impulso a um peque-

no negócio. Antes mesmo de completar cinco anos de vida, a marca já vende seus produtos para todo o Brasil e exporta para a Europa. “Nossa proposta de cosméticos feitos exclusivamente à base de café é inédita no mundo”, orgulha-se Vanessa Vilela, fundadora da marca. No ano passado, a empresária entrou na lista das dez mulheres mais empreendedoras do mundo, elaborada pela Organização das Nações Unidas (ONU).

“A perna fraca do sistema hoje é inovação, só lidera quem inova”, diz Mercadante

E não parou por aí. A mais recente conquista de Vanessa Vilela aconteceu no mês passado. A Kapeh foi uma das oito empresas vencedoras do Prêmio Nacional de Inovação, promovido pela CNI e pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC). Foram analisados 427 projetos de 254 empresas em quatro categorias: gestão da inovação, competitividade, design e desenvolvimento sustentável. A Kapeh ganhou o prêmio na categoria competitividade, modalidade micro e pequena empresa, por seu projeto de cosméticos elaborados com a flor do café. Vanessa, que vem de uma família de cafeicultores, diz que a inovação está no DNA da empresa. Formada em farmácia, a empresária começou a empresa com a proposta de agregar va-


lor ao café do sul de Minas, importante região produtora do grão. “Estou num mercado extremamente competitivo, dominado por grandes marcas. Seu eu não tivesse uma proposta inédita, dificilmente permaneceria nele. Portanto, inovação para a Kapeh é uma questão de sobrevivência”, explica Vanessa. A empresária lembra ainda que o segmento de cosméticos é movido por novidades e, por isso, a Kapeh tem a proposta de inovar sempre em seus lançamentos. Hoje, a empresa tem um mix com mais de 50 itens. A última novidade é uma linha juvenil. A empresa também usa apenas café certificado em suas formulações para garantir que o grão é procedente de uma produção sustentável, tanto em relação ao meio ambiente

quanto ao ser humano. Vanessa não abre os números mas afirma que a meta para 2011 é um crescimento de 100%.

Razão de existir A Iso-Blok Construção e Tecnologia, do Rio Grande do Norte, também deve sua existência ao seu projeto inovador. A empresa nasceu com o desenvolvimento de um compósito ecológico à base de resíduos industriais de polímeros para ser usado na construção de lajes, isolamentos térmicos e acústicos ou no preenchimento de juntas. Além de mais sustentável, por usar um resíduo que seria despejado em aterros sanitários, a solução é mais leve do que os tradicionais blocos de cerâmica e mais

econômica do que o isopor, feito à base de petróleo. A Iso-Blok foi a vencedora do Prêmio Nacional de Inovação na categoria desenvolvimento sustentável, modalidade micro e pequena empresa. A empresa também desenvolve painéis pré-moldados a partir do compósito. As placas são vendidas prontas para a pintura, permitindo a construção de uma casa em apenas um dia. A Iso-Blok já fechou um contrato para a construção de 1,5 mil casas e está negociando com outra construtora para a montagem de outras 1,5 mil unidades. “O processo de construção está sendo cada vez mais racionalizado e o único jeito disso acontecer é trabalhar com pré-moldado, que reduz muito o desperdício”, afirma o engenheiro civil

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Guilherme Fábio, da Iso-Blok: País precisa de inovação para resolver questões urgentes como falta de mão de obra

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inovação

Sebben, da Design Inverso: “Design traz inovação com mais rapidez e custos menores”

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Guilherme Fábio de Melo, fundador e diretor técnico e de inovação da IsoBlok. Para ele, o País precisa de inovação para resolver questões urgentes como a falta de mão de obra. A Origem Jogos e Objetos, de Belo Horizonte, é uma prova de que a inovação pode se dar de diferentes formas, até mesmo dando um novo uso para algo já existente. Há 20 anos no mercado, até 2006 a empresa atuava exclusivamente na área de brindes corporativos. A concorrência com produtos importados fez seus sócios partirem para a busca de outros públicos. Foi assim que decidiram aproveitar o potencial dos jogos de tabuleiro para as áreas de educação e assistência social. Dentro dessa proposta surgiu a Oficina do Pensar e Agir, cujo objetivo é capacitar professores e educadores para utilizar jogos de tabu-

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Proposta da Embrapii é levar projetos inovadores para médias e pequenas empresas do País

leiro em atividades extracurriculares e também na sala de aula. O projeto já é vencedor. Com ele, a Origem conquistou o Prêmio Nacional de Inovação na categoria Design, modalidade micro e pequena empresa. Para Maurício Araújo de Lima, diretor de desenvolvimento de produtos, a conquista mostrou que inovação não precisa necessariamente estar ligada à tecnologia. “Nós trabalhamos com jogos que têm mais de 6 mil anos e ninguém os associa à inovação. Nós estamos transformando a forma como eles são usados, desenvolvendo seu potencial cognitivo”, afirma o empresário. Segundo ele, a meta é alcançar 300 escolas em Belo Horizonte e São Paulo até 2012. Hoje, o segmento educacional ainda responde por apenas 5% do faturamento da Origem, mas a estimativa é que chegue a 20% até 2016. Um grande aliado para quem precisa e quer inovar é o design. “É a maneira mais barata de trazer inovação para dentro da indústria”, afirma Marcos Sebben, diretor da Design Inverso, de Joinville (SC). O escritório já conquistou o iF Design Award, o Oscar do design mun-

dial. Entre seus projetos, destaca-se a primeira lavadora do Brasil para cadeirantes, fabricada pela Wanke. “O design enxerga o que está acontecendo fora da empresa e cria novas demandas de produtos”, explica Sebben. Na avaliação do executivo, as empresas já perceberam que o design é uma boa ferramenta para se diferenciar no mercado e trazer mais valor e lucro ao negócio. “Além disso, ele traz inovação com mais rapidez e custos menores”, observa Sebben.

LINHA DIRETA Anprotec: www.anprotec.org.br Confederação Nacional da Indústria: www.cni.org.br Design Inverso: (47) 3028-7767 Inovação: www.mct.gov.br Iso-Blok: (84) 3222-4488 Kapeh: (35) 3265-1453 Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação: www.mct.gov.br Movimento Brasil Competitivo: www.mbc.org.br Origem Jogos e Objetos: (31) 3296-3276


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res p onsabilidade soc ial

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Poder de

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transformação BID dispõe recursos e cooperação técnica a empresas que ofereçam produtos e serviços para melhorar as condições de vida das pessoas mais necessitadas


Tenda Atacado vai oferecer crédito e financiamento aos mais de 250 mil empreendedores clientes da rede, muitos deles sem conta bancária

números 70% da população da América Latina e do Caribe, o equivalente a 360 milhões de pessoas, vive com menos de US$ 300 por mês; US$ 500 bilhões é o tamanho do mercado de bens e serviços básicos voltado para as classes C, D e E na América Latina e Caribe, que ainda é pouco explorado pelas empresas. Fonte: Programa Oportunidades para a Maioria

A maior parte dos latino-americanos e caribenhos vive em condições precárias, ganhando menos de US$ 300 por mês, o equivalente a R$ 500. A estimativa é que pelo menos 360 milhões de pessoas – o equivalente a 70% do total de habitantes da região – não têm acesso ou têm acesso limitado a serviços financeiros, de saúde e de educação e a itens básicos como saneamento e energia. Um estudo feito pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), instituição financeira que apoia ações para reduzir a pobreza e a desigualdade na América Latina e no Caribe, mostrou que faltam ações dos governos para reduzir as desigualdades sociais na região e produtos e serviços do setor privado que ajudem a melhorar as condições de vida das classes mais empobrecidas. Para incentivar as empresas e os governos a promoverem a inclusão social, o BID lançou em 2007 o programa “Oportunidades para a Maioria”. A iniciativa, que já vem sendo utilizada em países como Colômbia e Paraguai, começa a ser aplicada este ano no Brasil através de uma nova linha de financiamento e de cooperação técnica oferecida pelo Banco para empresas privadas, governos e comunidades locais que ofereçam produtos e serviços para melhorar as condições de vida das pessoas mais necessitadas. A proposta é financiar projetos inovadores e reaplicálos nos 26 países atendidos pelo BID. O Banco já investiu até o momento mais de US$ 160 milhões no financiamento de 24 modelos de negócios voltados para as áreas de saúde, moradia e educação. Neste ano, o BID anunciou que vai dobrar o volume de recursos aplicados no programa, fazendo com que o valor investido pelo órgão em 2011 e 2012 chegue a US$ 100 milhões. Com o aumento no valor dos recursos e a ampliação do número de países atendidos pelo programa, a meta da entidade é beneficiar mais de 2 milhões de pessoas até 2015. Guilherme Piereck, consultor do “Oportunidades para a Maioria” no Brasil, explica que um dos grandes focos do BID nessa iniciativa é sensibilizar o setor privado e mostrá-lo como é importante au-

mentar os investimentos em produtos e serviços para os consumidores das classes C, D e E, que formam a base da pirâmide social. “Hoje os mais pobres pagam muito caro por serviços de saúde, educação e moradia. Faltam soluções em serviços e produtos para atender melhor esse público. Esse é um mercado que representa cerca de US$ 500 bilhões por ano na América Latina e no Caribe e que ainda é muito mal explorado.” Piereck avalia que as empresas têm um papel importante em todo o processo de inclusão social das pessoas mais empobrecidas e cita que as corporações podem fazer isso, ao produzir com maior qualidade a preços mais baixos e ao adaptar seus produtos, serviços e canais de distribuição para mercados de baixa renda. “A classe C já mostrou para o mercado brasileiro sua força e já é possível perceber que as empresas estão mais atentas para atender esses consumidores, mas ainda são poucos os empresários que estão mobilizados para desenvolver soluções para as classes D e E. Nossa proposta é fazer com que as empresas repensem seu modelo de negócio e que estejam mais atentas ao poder transformador que elas têm.”

Projetos inovadores Para conseguir um financiamento através do “Oportunidades para a Maioria”, as empresas devem apresentar projetos e modelos de negócios inovadores em áreas como de infraestrutura, educação e tecnologia que tenham como foco melhorar as condições de vida das pessoas mais empobrecidas. A linha de crédito pode variar de US$ 5 milhões a US$ 10 milhões e o empresário pode pagar o valor financiado em até 15 anos. Além disso, estão sendo firmados acordos de cooperação técnica entre o BID e as empresas para que sejam viabilizados cursos de capacitação profissional. “Todos os projetos são avaliados rigorosamente. Só liberamos o dinheiro quando temos toda a garantia da viabilidade econômica da proposta e se o recurso vai de fato beneficiar as comunidades mais necessitadas”, afirma o consultor. Uma das empresas que já teve seu projeto aprovado pelo BID e que receberá US$ 10 milhões é a Tenda Atacado,

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por Beatrice Gonçalves

beatrice@empreendedor.com.br

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res p onsabilidade soc ial

Banco Gerador: crédito de até R$ 20 mil para cerca de 10 mil pequenos supermercadistas nordestinos

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distribuidora de produtos alimentícios para pasteleiros, pipoqueiros, lanchonetes, bares e restaurantes. O dinheiro será investido pela empresa para oferecer crédito e financiamento aos mais de 250 mil empreendedores que são clientes da rede. Eles poderão aderir ao cartão da Tenda Atacado e conseguir empréstimos a partir de R$ 350 para investir em maquinário e em utensílios para o negócio. “Muitos de nossos clientes não têm conta em banco e, por isso, não têm acesso a serviços financeiros como empréstimos e parcelamento de contas. Queremos dar a eles essa oportunidade e fazer com que eles consigam melhorar seu negócio e vender mais”,

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Nicole, da APF: “O terceiro setor ainda está muito dependente dos órgãos públicos, o que deixa os projetos vulneráveis”

explica Marco Gorini, diretor da VoxCred, empresa de crédito da Tenda. O Banco Gerador, instituição financeira que atua em todos os estados do Nordeste, também está participando do “Oportunidades para a Maioria” e receberá US$ 5 milhões. O recurso será utilizado para oferecer crédito e empréstimos para cerca de 10 mil pequenos supermercadistas nordestinos. “Nossa proposta é oferecer até R$ 20 mil a microempresários, para que possam melhorar a infraestrutura de seu negócio. Para que, por exemplo, um dono de mercado consiga comprar mais freezers e com isso possa armazenar mais e melhor seus produtos”, conta Paulo Dalla Nora, diretorexecutivo do Banco Gerador. Assim como empresas e governos, organizações do terceiro setor também podem solicitar financiamento do BID para projetos que busquem melhorar as condições de vida das classes sociais mais carentes. Apesar da linha de crédito estar disponível, ainda são poucas as instituições que solicitam o recurso. O advogado Arcênio da Silva, que presta assessoria para entidades do terceiro setor, diz que ainda há um completo desconhecimento por parte das ONGs, associações e fundações sobre a existência desses recursos e a possibilidade de utilizá-los. “Há crédito para que o terceiro setor possa ampliar suas atividades, porém são poucas as entidades que sabem disso e que conseguem atender todas as exigências necessárias para conseguir um financiamento. Por muito tempo, o terceiro setor se manteve através do voluntariado, mas eu acredito que é o momento dessas entidades começarem a contratar profissio-

Crédito pode variar de US$ 5 milhões a US$ 10 milhões e o empresário pode pagar o valor em até 15 anos nais preparados para entender tanto dos aspectos sociais quanto das formas de financiamento e sustento de projetos.” Nicole Hoedemaker, diretora da Associação Paulista de Fundações (APF), entidade que reúne 64 fundações do Brasil, também considera que o terceiro setor ainda utiliza pouco as linhas de crédito disponíveis. “As entidades ainda estão muito dependentes dos órgãos públicos, como prefeituras e secretarias, e isso faz com que os projetos fiquem muito vulneráveis. É preciso que o terceiro setor comece a pensar em outras formas de financiamento como as disponíveis pelo BID, pelo Banco Mundial e pelo BNDES.”

LINHA DIRETA Associação Paulista de Fundações: www.apf.org.br Banco Gerador: www.bancogerador.com.br Programa Oportunidades para a Maioria: www.iadb.org Tenda Atacado: www.tendaatacado.com.br


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Christiane Birchal

perfil

Gustavo Caetano

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Idade: 30 Formação: Marketing pela ESPM/RJ, em 2003 Número de funcionários: 60 Cidade-sede: Belo Horizonte

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samba Flexibilidade que deu

por Mônica Pupo

monica@empreendedor.com.br

Flexibilidade é palavra de ordem na vida de Gustavo Caetano, fundador e CEO da Samba Tech, especializada em soluções e plataformas de vídeo digital. Com sede em Belo Horizonte, a empresa começou como startup em 2004 e foi pioneira na distribuição de jogos para celular no Brasil. Temendo o “esmagamento” da companhia – que atuava como intermediária entre as operadoras de celular e uma fabricante inglesa de jogos –, ele não teve dúvidas: mudou completamente o foco da operação e passou a investir em uma exclusiva plataforma de vídeos on-line. Aos 30 anos, hoje o empresário prepara-se para inaugurar uma filial em Miami e comemora o crescimento da empresa, que no ano passado registrou expressivos 200% de crescimento. A mais nova conquista do empresário é a aquisição da Videolog, principal comunidade brasileira de vídeos. O negócio é estratégico para alavancar a atuação da Samba Tech com o usuário final, além de dar maior força comercial, implementar novos formatos interativos e monitoramento de hábitos de consumo de vídeo para a Rede Samba de Publicidade em Vídeos Online. O portal Videolog.tv também passará a utilizar a tecnologia da startup para ampliar sua atuação no mercado de vídeos on-line. Juntas, as empresas formam a maior plataforma independente de vídeos da América Latina. “Já temos forte atuação no setor corporativo e reconhecemos na Videolog uma grande complementaridade de negó-

cios no sentido de ampliar nossa oferta de produtos e serviços para o consumidor final. A equipe é muito competente e temos a certeza de que vai contribuir muito para nosso crescimento. Os executivos da Videolog assumirão cargos estratégicos dentro da Samba”, acrescenta Gustavo. O desejo de abrir um negócio surgiu nos primeiros anos de faculdade, quando Gustavo atingiu a posição de presidente da empresa júnior da ESPM/Rio, focada em consultoria de marketing. “A experiência de vivenciar a gestão de uma empresa júnior foi fundamental para determinar meu desejo de empreender”, afirma. Não tardou para que o plano fosse colocado em prática. Quando inaugurou a empresa, ele ainda cursava o último semestre da faculdade de Publicidade e Propaganda e conciliava os estudos com o trabalho no setor de marketing da Unimed. Embora desejasse empreender, Gustavo ainda não sabia no que investir até o dia em que adquiriu um celular com visor colorido, em 2004. “Sempre gostei muito de joguinhos eletrônicos, então quando comprei um aparelho com esse recurso fui atrás de jogos para comprar e percebi que havia poucas opções disponibilizadas pelas operadoras brasileiras, o que representava um excelente nicho a ser desbravado”, relembra. Decidido a se estabelecer no até então incipiente mercado nacional, ele foi para a Europa em busca de parceiros e voltou com contrato firmado para distribuir jogos de uma companhia britânica. “O potencial era tanto que eles não só me convidaram para representá-los no Brasil,

mas em toda a América do Sul.” Para dar início à operação, no entanto, era preciso ter dinheiro em caixa. Com apenas 23 anos, pouca experiência profissional e nenhuma garantia, Gustavo fugia um pouco do padrão exigido por bancos e financiadoras. “Quando voltei ao Brasil, me vi no dilema de ter a oportunidade na mão, mas dinheiro nenhum no bolso para começar o negócio”, recorda. Foi através de contatos feitos pelo pai – executivo de uma multinacional – que ele chegou a Almir Gentil, investidor de Florianópolis com empreendimentos na área de comunicação e tecnologia. “Almir foi o primeiro a acreditar na ideia e nos forneceu aporte de US$ 100 mil, utilizados para cobrir a estruturação e os custos iniciais da empresa”, conta. Nascido em Araguari, cidade localizada no triângulo mineiro, ele decidiu firmar as bases do negócio em Belo Horizonte. Mais do que as raízes, o que pesou na decisão da cidade-sede foi o custo-benefício. “Queria abrir numa capital, mas com menores custos e encargos do que no eixo Rio-São Paulo”, explica o empreendedor, que cogitou se estabelecer também nas cidades de Florianópolis e Campinas (SP). Chamada Samba Mobile, a empresa funcionava em uma sala de 20 metros quadrados e contava com apenas três funcionários. Focada exclusivamente na distribuição de jogos de celular para as operadoras, a companhia viu a demanda crescer a tal ponto que, em 2006, foram inaugurados escritórios na Argentina e Chile. “Teve um determinado momento em que estávamos vendendo para praticamente todas as ope-

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A visão aguçada das oportunidades e a coragem de Gustavo para se antecipar às tendências mantiveram sua empresa em constante crescimento

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perfil

De 2008 para cá, o número de funcionários saltou de cinco para 60, e até dezembro deve chegar a 115

radoras de telefonia móvel da América Latina”, rememora Gustavo.

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Olhar atento

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Foi a capacidade de prever tendências e se adaptar aos novos rumos do mercado que garantiu ao empresário o sucesso na reestruturação do conceito e dos produtos oferecidos pela companhia. “Baseamonos numa regra militar que diz: ‘se houver disparidade entre o terreno e o mapa, fique com o terreno’. Da mesma forma na gestão de uma empresa: se houver divergência entre o plano de negócios e a realidade, atenha-se à realidade”, reflete. Com base nessa premissa e atento às mudanças no mercado, Gustavo decidiu que era hora de mudar radicalmente o rumo do negócio, ou estaria fadado ao “esmagamento” da empresa devido à sua função de intermediária. “Por um lado sofríamos a pressão das operadoras de celular, querendo participação maior sobre as vendas, pois sabiam que dependíamos delas para vender. E, por outro, o fabricante também forçava para aumentar a margem de lucro, o que nos fez concluir que estaríamos fadados ao fracasso se nos acomodássemos na função de meros revendedores, e já poderíamos ser facilmente substituídos”, pondera. Para o empreendedor, o maior desafio foi encontrar um modelo de negócio

sustentável a longo prazo. Após pesquisar as tendências e necessidades em comunicação digital, Gustavo chegou à conclusão de que o futuro estava nos vídeos on-line – isso anos antes do YouTube cair nas graças do brasileiro e atingir o topo da lista dos sites mais acessados do País. De olho nesse mercado, a partir de 2007 a empresa começou a desenvolver sua própria plataforma de vídeos on-line e mudou de nome, passando a se chamar Samba Tech. Ao contrário do que fazem empresas similares como a Videolog, o objetivo da Samba Tech nunca foi concorrer diretamente com o YouTube, mas sim oferecer soluções completas em comunicação corporativa, transmissão de eventos ao vivo e TV na internet. Um dos diferenciais da companhia é a abordagem baseada no modelo de Plataforma-como-Serviço (PaaS), que funciona de forma totalmente on-line e sob demanda. “Criamos uma plataforma de vídeos on-line similar à do YouTube, mas que pode ser vendida para empresas que desejam ter total controle e responsabilidade sobre seus próprios conteúdos”, detalha

“Se houver divergência entre o plano de negócios e a realidade, atenha-se à realidade”

Gustavo. Chamada Webcast, a plataforma caiu rapidamente no gosto dos principais grupos de mídia e grandes empresas do País, como Grupo Abril, O Boticário, TV Bandeirantes e Uol, entre outros. Uma das ações mais recentes lançadas pela empresa foi em parceria com o site de compras coletivas Peixe Urbano. O projeto prevê a criação de vídeos publicitários, criados para a internet, porém integrados com as campanhas publicitárias do Peixe Urbano na mídia nacional. A iniciativa marcou a estreia da Rede de Publicidade em Vídeos Online da Samba Tech e inclui a veiculação do conteúdo no portal do SBT (Sistema Brasileiro de Televisão), outro cliente da startup. “Trata-se de um modelo de negócios muito inovador porque, além de criar um novo canal de publicidade e interação com os internautas, ainda permite que os portais possam controlar e monetizar seus conteúdos.” Em dezembro do ano passado, a empresa também chamou a atenção do mercado ao firmar parceria com o Google, integrando a Rede de Display do site de busca à plataforma de Webcast. Com isso, as empresas que usam os serviços da Samba Tech podem colocar anúncios em seus vídeos, utilizando a interface de controle para gestão dos anúncios do site de buscas. As peças de publicidade são exibidas nos vídeos, de acordo com a tecnologia do Google de análise de relevância de conteúdo.


LINHA DIRETA Samba Tech: www.sambatech.com

Samba Tech

2004

No último semestre da faculdade, Gustavo funda a Samba Mobile. Com sede em Belo Horizonte e apenas três funcionários, a empresa é voltada exclusivamente à distribuição de jogos eletrônicos para celular.

2006

Em pouco tempo, a startup domina o mercado de jogos de celular na América do Sul, inaugurando bases na Argentina e Chile.

2007

Temendo o “esmagamento” da função intermediária exercida pela empresa, Gustavo resolve mudar radicalmente o rumo do negócio e decide investir no nicho de vídeos on-line.

2008

Chamada Samba Tech, a empresa lança uma plataforma de vídeos on-line que permite total controle sobre a gestão do conteúdo. O foco da operação passa a ser exclusivamente soluções em TV na web, comunicação corporativa e transmissão de eventos ao vivo.

Christiane Birchal

O resultado dos investimentos e ações pode ser medido em números. De 2008 para cá, a receita da empresa aumentou aproximadamente 200% ao ano. O número de funcionários saltou de cinco para 60. O crescimento acelerado exigiu também adaptações na infraestrutura. Até dezembro, a Samba Tech deve mudar sua sede para o parque tecnológico BHTech. Com a mudança, Gustavo espera que o número de colaboradores quase dobre, chegando a 115. “Mais espaço e novas contratações são essenciais, pois temos crescido muito em número de clientes, passando de 15 em 2010 para os 65 de hoje”, comemora.

Gustavo Caetano

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LINHA DO TEMPO

A inovação dos produtos e serviços da Samba Tech tem chamado a atenção no cenário internacional, tanto que a empresa foi a única do Brasil selecionada para participar do Chinict, considerado a maior conferência de inovação tecnológica e empreendedorismo da China, que ocorreu em maio deste ano em Pequim. O evento contou com a participação de companhias de renome internacional, como Google, BlackBerry, Bloomberg, Youku, Wall Street Journal e Intel. “Sabemos que isso é decorrência do reconhecimento de nosso pioneirismo no mercado de vídeos online, o que reforça ainda mais nossa estratégia de expansão internacional”, assinala Gustavo, ao comentar sobre a abertura da filial em Miami, prevista para novembro. Para atingir a atual posição de liderança no mercado de vídeos on-line na América Latina, a Samba Tech foi investida pelo FIR Capital, fundo brasileiro de venture capital subsidiado pelo norte-americano DFJ. Mais do que recursos financeiros para alavancar o negócio, a entidade fornece apoio gerencial e estratégico. A startup conta ainda com uma parceria global com o MIT (Massachusetts Institute of Tech­nology). O acordo prevê que, uma vez ao ano, estudantes de MBA sejam encaminhados para estágios na empresa brasileira. “Muita gente interessante já passou por aqui, incluindo colaboradores da Apple, Facebook e Paypal”, conta o empresário.

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f ranqu ia

difícil

photostogo

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Decisão

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A localização de uma loja é essencial para que suas operações sejam bemsucedidas, mas a escolha do ponto exige a avaliação atenta de diversos fatores por Cléia Schmitz | cleia@empreendedor.com.br


Equipe da Bendita Fruta observa o fluxo de pessoas por duas ou três semanas para avaliar o potencial do espaço

uma grande inimiga. Stockler ressalta que não dá para abrir mão de um valor condizente com o negócio sob pena dos custos com o imóvel inviabilizarem a permanência da loja no local. Seis meses depois da segunda desistência, ele conseguiu o ponto pela taxa de ocupação proposta por seu cliente. “Vale a pena esperar para fazer um bom negócio.” Algumas franquias chegaram ao estágio de receber convites para se instalar em shoppings e têm mais poder de negociação. Mas elas também precisam avaliar se o ponto em questão vem de encontro aos seus objetivos. Mesmo que esse ponto seja um quiosque, espaços que, obviamente, costumam ter taxas de ocupação mais acessíveis. Aliás, esse formato de loja é uma opção para testar a localização e, dependendo dos resultados, partir para um espaço maior ou mesmo trocar o quiosque de lugar. O que não quer dizer que o cuidado na escolha possa ser menor. “Já aconteceu de trocarmos um quiosque de andar dentro de um shopping. O formato possibilita isso”, conta Rosana Macedo, diretora de negócios da Fundição Filomena, rede de lojas carioca, especializada em bijuterias e acessórios femininos. Criada em 2008, a rede está presente

Shopping ou rua? A pergunta sempre aparece quando o assunto é ponto comercial, ainda mais quando se trata de uma franquia. Para Luis Henrique Stockler, sócio da consultoria ba}Stockler, não há como negar o magnetismo que os shopping centers vêm exercendo nos consumidores nos últimos tempos. “O custo de operação é maior, sem dúvida, mas eles geram mais fluxo e trazem ao mesmo tempo o consumidor voluntário e o involuntário. Já na rua, com algumas exceções como a Oscar Freire, o tempo de maturação do negócio é maior, e quem tem obrigação de gerar o fluxo é você. É preciso fazer a conta para ver o que compensa mais financeiramente e economicamente”, resume Stockler.

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Não existe franquia que resista a um ponto comercial ruim. Por isso, definir a localização da loja é tão importante quanto a escolha da marca (caso você seja o comprador da franquia) ou quanto a seleção do franqueado (caso você seja o franqueador). E na maioria das vezes esta tarefa não é nada fácil. Principalmente porque os fatores que determinam a escolha do ponto são muitos, começando pela definição do público-alvo e passando por questões como visibilidade da marca, acesso ao estabelecimento, custo-benefício do aluguel, condições físicas do imóvel, segurança e até mesmo disponibilidade do ponto comercial. Em alguns shopping centers do País conseguir um espaço por um valor condizente ao negócio pode levar alguns anos de intensa negociação. Dispor de muita paciência pode fazer toda a diferença nessa hora. “Já fiquei três anos e meio negociando para colocar uma loja dentro de um shopping em São Paulo”, conta Luis Henrique Stockler, sócio da consultoria ba}Stockler, especializada em gestão de franquias. O executivo lembra que, nesse processo, dois candidatos a franqueados da marca que ele representava desistiram de esperar pelo negócio. Mas a ansiedade em conseguir o espaço é

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Luis Stockler: “Vale a pena esperar para fazer um bom negócio”

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Check list

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em seis estados brasileiros com 28 unidades, das quais 24 são quiosques. “Muitos franqueados já estão transformando seus quiosques em lojas. Essa é uma estratégia da marca”, conta Rosana. Mas, segundo a franqueadora, o fator determinante para a aprovação do ponto é o fluxo de pessoas das classes B e C, público-alvo da Fundição Filomena. “Não deixamos ninguém instalar uma loja em ponto de pouco fluxo porque vendemos bijuteria, um produto de compra por impulso”, explica Rosana, que complementa: “Um ponto bom não tem preço porque ele se paga. Não adianta instalar uma loja num imóvel com aluguel barato se o local não atrai clientes e o franqueado não vende”. A expectativa da rede é encerrar 2011 com um faturamento de R$ 2 milhões. A garantia de fluxo constante de clientes potenciais da marca também é o principal pressuposto para aprovação de um ponto para instalação da franquia Bendita Fruta Frozen Yogurt. A rede, criada no Rio de Janeiro em 2009, tem 16 unidades em quatro estados brasileiros

e pertence ao Grupo Parmê, que tem 70 restaurantes com a marca Parmê. “Eu costumo dizer que a vontade e a disposição financeira do franqueado não são tão importantes quanto o ponto comercial, que nós chamamos de ponto de honra”, afirma Luiz Antonio Jaeger, gerente de operações do Grupo Parmê/Bendita Fruta. Segundo o executivo, seja em shopping ou rua, a presença do público tem que ser constante, todos os dias da semana e independente de sazonalidade.

Decisão conjunta Há um consenso de que franqueados e franqueadores devem ser parceiros na hora de definir o ponto. Mas para o consultor Luis Henrique Stockler, a decisão final cabe ao franqueador. “Afinal, ele é o especialista porque foi ele quem criou o conceito do negócio e definiu o processo de escolha do ponto ao formatar sua franquia”, explica Stockler. Porém, é bom estar atento àqueles que querem crescer a qualquer preço e acabam tendo

Antes de escolher o ponto para a sua loja, faça um check list dos fatores que determinam o sucesso de uma operação:

● Localização, zoneamento ● Visibilidade a distância ● Acesso, estacionamento ● Segurança do local ● Fachada, aparência ● Vizinhança e concorrência ● Largura da calçada ● Frente da loja ● Área total, útil e necessária ● Estado do prédio para reforma ● Longevidade do negócio ● Tempo de contrato ● Volume de vendas em potencial ● Despesas de implantação ● Custo operacional ● Dias de venda ● Horário de funcionamento ● Tíquete médio ● Logística de suprimento ● Legalização/alvará Fonte: www.bastockler.com.br


Rosana, da Fundição Filomena: “Nós ouvimos demais o franqueado porque é ele quem conhece a cidade dele”

ele esteja seguro do retorno que o ponto vai trazer”, afirma a franqueadora. “Nós não indicamos o ponto, nós somente o validamos”, diz Jaeger, do Grupo Parmê. O executivo explica que uma equipe da franquia observa o fluxo de pessoas por duas ou três semanas para avaliar o potencial do espaço. A exceção fica por conta dos shoppings onde o grupo já tem bom relacionamento com a superintendência. “Nesse caso, indicamos os franqueados para que eles negociem”, explica o executivo. Ele admite que nessa hora os contatos ajudam muito. A marca Bendita Fruta foi convidada para ocupar um espaço no Rock in Rio, que acontece de 23 de setembro a 2 de outubro. “É uma oportunidade muito importante de expor mundialmente a marca.” O Grupo Parmê também está atento às oportunidades trazidas pelas Olimpíadas de 2016 mas, segundo Jaeger, a prioridade é por espaços que sobrevivam independente dos jogos. Outros fatores importantes na escolha do ponto comercial, e que muitas vezes são completamente ignorados por

franqueadores, são os custos tributários e logísticos. Eles variam conforme a região e a distância da sede ou fábrica da franquia e podem impactar nos preços dos produtos. Stockler cita o exemplo dos sapatos fabricados no Rio Grande do Sul, que saem de lá por R$ 100 e chegam a São Paulo custando R$ 106 e ao Nordeste ao preço de R$ 117. “Com a guerra tributária entre os estados, o franqueado pode pagar uma taxa de importação dentro do Brasil se não houver cooperação entre os parceiros da rede”, afirma Stockler. “Essas questões precisam ser levadas em conta, senão o franqueado quebra na segunda e o franqueador na terça.”

LINHA DIRETA ba}Stockler: (11) 3031-7854 Fundição Filomena: www.fundicaofilomena.com.br Bendita Fruta: www.benditafruta.com.br

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critérios duvidosos na expansão da rede. “Vender franquia é fácil, mas escolher o ponto e implantar de forma eficiente é mais difícil”, afirma o consultor. Ele explica que um bom franqueador já aprendeu com erros e acertos em processos anteriores de instalação da marca e conta, inclusive, com modelos matemáticos e estatísticos que reduzem bastante o grau de risco das escolhas. No entanto, o franqueado precisa ser envolvido no processo de definição do ponto comercial. “Ele não pode ficar com nenhuma dúvida sobre o potencial do ponto. Por isso é tão importante que o franqueador seja profissional. Se ele fizer o processo de forma amadora, vai deixar o franqueado inseguro e a relação já começa azeda”, observa Stockler. Para Rosana Macedo, da Fundição Filomena, essa sintonia com o comprador da franquia é muito importante para que a marca alcance os resultados desejados. “Nós ouvimos demais o franqueado porque é ele quem conhece a cidade dele e sabe qual é o melhor shopping da região. Além disso, é essencial que

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Reparos na loja

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Há 17 anos no mercado, a Nexar lança seu sistema de franquias com o objetivo de expandir a marca em todo o território nacional. Com mais de 2,5 mil itens, o mix de produtos inclui artigos de informática, GPS, jogos, áudio, vídeo e eletroeletrônicos. Além de oferecer as principais marcas, a rede também conta com uma linha de produtos de fabricação própria, entre computadores, pen drives e CDs. Outra aposta é o serviço de reparo feito diretamente na loja. Segundo Airton Joaquim, sócio-diretor da Nexar, processos de reparo que incluem uma logística burocrática são a principal fonte de insatisfação dos consumidores. “O cliente pode abrir ou não mão da garantia original do produto, mas o que tem acontecido com frequência é ele optar por reparos na própria loja”, explica o executivo. Com três lojas próprias na capital paulista, a empresa registrou faturamento de R$ 15 milhões em 2010. A expectativa é encerrar o ano com seis lojas. O investidor que optar pela franquia deve dispor de capital inicial de R$ 260 mil para a montagem de uma unidade de 60 metros quadrados. O prazo de retorno é estimado em 36 a 48 meses. www.nexarvirtual.com.br


Japonês responsável Com 25 lojas espalhadas pelo Brasil, a franquia de culinária japonesa Click Sushi promove entre seus franqueados a implantação de ações visando à reciclagem dos resíduos e à sustentabilidade. Cada unidade foi chamada a desenvolver soluções para o melhor aproveitamento dos materiais utilizados e descarte correto do lixo não reciclado. A unidade de Campo Grande, por exemplo, obteve destaque no quesito reaproveitamento de materiais. A equipe da loja produziu uma série de artigos artesanais que foram feitos a partir dos hashis e garrafas pet utilizados pelos clientes, que se transformam em objetos de decoração como vasos de flores e esteiras de mesa. Por enquanto, a produção artesanal é feita em pequena escala e supre apenas a necessidade do restaurante. Mas a loja planeja produzir as peças para serem disponibilizadas aos clientes. “Essas ações são importantes, já que os materiais iriam para o lixo, fazendo aumentar a poluição e os problemas de uma cidade”, afirma o franqueado Ary Eduardo. Além disso, o restaurante também separa materiais como garrafas de vidro, latas de refrigerante e caixas de papelão, que são encaminhados para indústrias locais.

www.clicksushi.com.br

O mercado de seguros, capitalização e previdência privada cresceu 18% entre os meses de janeiro e maio de 2011, segundo informações da Susep (Superintendência de Seguros Privados). O setor faturou, no período, mais de R$ 50 bilhões, sem contar valores ligados aos seguros e planos de saúde, que são regidos pela ANS (Agência Nacional de Saúde Complementar). De olho nesse mercado, a Seguralta Franchising está em busca de investidores em todo o Brasil. A marca oferece duas opções de franquia: a microfranquia home based, com investimento de R$ 12,5 mil, e a franquia standard, em formato loja, com valores a partir de R$ 80 mil. Além de seguros variados, as lojas oferecem ainda consórcios de automóveis e imóveis, financiamento de veículos e empréstimo consignado. No mercado de franquias desde 2009, a empresa acumula mais de quatro décadas de experiência no mercado de seguradoras. Com 160 franquias em operação, a marca agora foca sua ação na captação de máster franqueados. “Eles serão desenvolvedores de áreas que já conhecem e atuam, de maneira a levar nossa marca a regiões em que precisamos de parceiros para atuar, tanto na expansão como na gestão local da Seguralta”, explica Reinaldo Zanon, franqueador.

www.franquiaseguralta.com.br

Recém-chegada Recém-chegada ao Brasil, a norte-americana Jan-Pro – considerada uma das principais redes de limpeza comercial do mundo – pretende expandir sua atuação através do franchising. A operação comercial da empresa no País começou oficialmente durante a 20ª ABF Expo Franchising, em São Paulo. “Durante os quatro dias de feira, mais de 300 pessoas visitaram nosso estande e 108 empreendedores entraram em contato, logo após o evento, interessados em abrir uma franquia Jan-Pro”, sinaliza o diretor comercial da Jan-Pro no Brasil, José Cabral. Desse total, 25% referem-se a candidatos da cidade de São Paulo, 15% do interior do estado e os 60% restantes de diversas regiões do País, como Rio de Janeiro, Brasília, Salvador e Curitiba. Dessa forma, a empresa pretende atingir, até agosto de 2012, a marca de 100 franquias em operação. Com receita média de R$ 30 mil por franquia, o objetivo é alcançar o faturamento anual de R$ 36 milhões somente no primeiro ano de atuação no Brasil. De acordo com Cabral, o potencial brasileiro deve chegar a 2 mil franquias em cinco anos e, para atingir esta meta, a multinacional aposta em tecnologia e traz para o Brasil um exclusivo sistema de desinfecção de ambientes, que permite eliminar 99% das bactérias, o enviroshield. www.jan-pro.com

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Seguros em alta

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Retorno das melhorias Há 11 anos no mercado, a empresa de fast-food Big X Picanha comemora a expansão da rede, que alcançou crescimento de 100% em número de unidades do ano passado até agora. No momento com 23 lojas em funcionamento, a expectativa é, em 2012, chegar a 60 lojas em operação e faturamento de R$ 60 milhões. Preservar o conceito da marca foi o principal foco da expansão. Isso foi possível através da estruturação administrativa focada na formatação do negócio, que assegurou a qualidade dos produtos e padronização dos procedimentos. Para assegurar a eficiência de todas as unidades, a rede investiu ainda na intensificação do treinamento, qualificação e fidelização dos colaboradores. A marca investiu ainda em melhorias no conceito e layout das lojas, que passaram por um estudo de iluminação e ambientação visando o maior conforto da clientela. O cardápio também foi ampliado e, além dos lanches tradicionais, foram incluídos pratos quentes, grelhados, salada e petiscos. O investimento inicial para adquirir uma franquia é a partir de R$ 250 mil, com prazo de retorno que varia de 24 a 36 meses. www.bigxpicanha.com.br

Sul dinâmico

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Especializada em milk-shakes, a Mr. Mix foca a expansão da rede na Região Sul, com a meta de inaugurar 40 lojas no Paraná e 28 lojas em Santa Catarina. “O mercado do Sul é dinâmico e com muitas oportunidades para explorarmos o potencial dos estados”, diz Clederson Cabral, sócio-fundador da Mr Mix. A primeira loja na região será inaugurada em Maringá (PR). Atualmente, a rede conta com 24 unidades em operação nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, além de outras 38 em fase de implantação. Até 2012, a expectativa é chegar a 100 franquias.

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Foco em shoppings Especializada em moda infantil, a Tip Top dá sequência ao plano de expansão focando exclusivamente em lojas de shoppings. Até o fim do ano, a rede planeja totalizar 60 lojas em funcionamento em todo o País, com a meta de chegar a 100 unidades até 2013. Um dos diferenciais do ponto de venda é oferecer um fraldário que pode ser utilizado até por pessoas que não são clientes da loja. O investimento inicial para a abertura de uma franquia é de R$ 369 mil, incluindo taxas e capital de giro. Com faturamento médio mensal estimado em R$ 80 mil, o retorno é esperado em 36 meses. www.tiptop.com.br


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F r an q ui a e m e x p a ns ão

PA- Projeto Arquitetônico, PM- Projeto Mercadológico, MP- Material Promocional, PP- Propaganda e Publicidade, PO- Projeto de Operação, OM- Orientação sobre Métodos de Trabalho, TR- Treinamento, PF- Projeto Financeiro, FI- Financiamento, EI- Escolha de Equipamentos e Instalações, PN- Projeto Organizacional da Nova Unidade, SP- Solução de Ponto

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Empreender setembro/2011 – WWW.SEBRAE.COM.BR - 0800 570 0800

informe do sistema brasileiro de apoio àS micro e pequenas empresas Bernardo Rebello

Sebrae lança cursos on-line gratuitos para varejistas Previsão é que 13,2 mil empreendedores participem do projeto destinado à melhoria da gestão de micro e pequenas empresas

Projeto Varejo Fácil transfere conhecimento útil para gerar um diferencial competitivo e aperfeiçoar a gestão

Sebrae lançou em setembro o Varejo Fácil, pacote educativo de capacitação a distância voltado para atender às necessidades do comércio varejista de pequeno porte. Ao todo, serão disponibilizados seis cursos on-line – pelo site www.sebrae.com.br – com conhecimento direcionado para a gestão dos negócios. Cada módulo terá cinco turmas, cada uma com duração de 30 dias e serão oferecidas 200 vagas por turma. As inscrições são gratuitas e a previsão é de que até o final deste ano 13,2 mil empreendedores individuais, sócios de micro e pequenas empresas e futuros empresários participem dessa formação.

De acordo com o diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, o objetivo da instituição ao criar o projeto Varejo Fácil é disponibilizar conhecimento suficientemente útil para gerar um diferencial competitivo às microempresas e empreendedores, além de aperfeiçoar a gestão e, consequentemente, ampliar o faturamento e a renda. “Os pequenos negócios do varejo são fortes agentes distribuidores de produtos no comércio de vizinhança. Como o mercado é globalizado e o consumidor cada vez mais exigente e bem informado, o desafio é atender bem para que o cliente retorne à loja outras vezes, construindo assim uma relação fidelizada com a loja”, enfatiza Carlos Alberto.


Welton Araújo

ATENDIMENTO AO CLIENTE, TÉCNICA DE VENDAS, GESTÃO DE PESSOAS, VISUAL DE LOJA, CONTROLES FINANCEIROS, FORMAÇÃO DE PREÇOS E VENDAS SÃO AS LINHAS TEMÁTICAS DE CADA MÓDULO

Com mercado globalizado e consumidores cada vez mais exigentes, o desafio é atender bem para que eles retornem à loja

Atendimento ao Cliente, Técnica de Vendas, Gestão de Pessoas, Visual de Loja, Controles Financeiros e Formação de Preços e Vendas são as linhas temáticas de cada módulo. Elas foram definidas pelo Sebrae a partir da percepção das demandas mais recorrentes entre os varejistas. Uma iniciativa anterior que envolvia um modelo presencial de aulas, em parceria com a Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), permitiu que o Sebrae pudesse coletar junto ao público-alvo as carências práti-

cas e técnicas e promovesse a elaboração do novo material. Alguns cursos já ofertados pelo Sebrae foram remodelados e adequados ao comércio varejista. O Sebrae em Santa Catarina implementou o projeto piloto em 2010, devido à forte presença do varejo naquele estado. Na ocasião, foram oferecidos cinco módulos – on-line e presencial. O Varejo Fácil aplicado naquele estado contou com a inscrição de mais de 23 mil pessoas, das quais 16% de Santa Catarina e os demais participantes dos

Serviço Textos: www.agenciasebrae.com.br Mais informações: www.sebrae.com.br Empreender – Informe do Sebrae. Presidente do Conselho Deliberativo Nacional: Roberto Simões. Diretor-Presidente: Luiz Barretto. Diretor-Técnico: Carlos Alberto dos Santos. Diretor de Administração e Finanças: José Claudio dos Santos. Gerente de Marketing e Comunicação: Cândida Bittencourt. Edição: Ana Canêdo, Antônio Viegas. Endereço: SGAS 605, Conjunto A, Asa Sul, Brasília-DF, CEP: 70.200-645 Fone: (61) 3348-7100 – Para falar com o Sebrae: 0800 570 0800 Na internet: sebrae.com.br // twitter.com/sebrae // facebook.com/sebrae // youtube.com/tvsebrae

outros estados e do Distrito Federal. Em caráter experimental, o Sebrae abriu vagas no início de agosto para uma turma de cada um dos seis módulos, em nível nacional. Após a conclusão do módulo, o participante é avaliado e recebe uma certificação. O setor comércio tem grande predominância de pequenos negócios. No Brasil, atuam cerca de 3,1 milhões de empresas de pequeno porte. Desses, 39% representam empreendedores individuais, um dos principais focos do Varejo Fácil. E


PR ODU TOS E S ER V IÇ O S

Travel Money Avaliação de crédito A Boa Vista Serviços lança o Avalie Crédito, aplicativo para iPhone e iPad que faz a avaliação de crédito on-line. A solução foi desenvolvida para que micro, pequenas e médias empresas possam realizar de forma mais rápida e precisa a avaliação cadastral de crédito de seus clientes. Pelo sistema, o empresário consegue ter acesso a informações sobre registros de débito no Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), títulos protestados, cheques devolvidos e ações cíveis. Com o aplicativo, o empresário pode visualizar esses dados através do site Boa Vista Serviços ou da plataforma móvel. www.boavistaservicos.com.br PHOTOSTOGO

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Dobradeira hidráulica

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A Meggaforming traz para o Brasil a dobradeira hidráulica Synchro da linha PDS fabricada pela JIN. A máquina já vem configurada segundo os padrões de segurança PPRPS e tem entre seus diferenciais de série itens como controlador CNC gráfico Cybelec DNC 880, mesa bombeada tipo Wila e acionamento do avental através de cilindros independentes. A dobradeira tem força total de 50 toneladas com 2 mil milímetros de comprimento máximo de dobra e 1,7 mil milímetros de distância máxima entre laterais. A máquina opera com motor 4Kv, 195 litros de óleo e pesa 4,3 toneladas. www.meggaforming.com.br

O Star Cash é um cartão prépago que pode ser recarregado com até 11 moedas como dólar, euro, franco suíço, libra e iene. O cartão tem a bandeira Visa Travel Money e pode ser utilizado em mais de 30 milhões de estabelecimentos comerciais no mundo todo. Nas operações de pagamento o usuário não paga qualquer tipo de taxa – somente em casos de saque é feita a cobrança de tarifa. O portador do cartão pode executar operações como compra, consulta de saldo e fazer transferências através de uma plataforma on-line. O Star Cash é comercializado pelo banco Cruzeiro do Sul. www.starcash.com.br


Gestão nas nuvens

Chave na mão A BQ é uma empresa gerenciadora de escritórios que aluga salas mobiliadas, com internet banda larga, telefone digital e suporte tecnológico para companhias que precisam de espaço e serviços para hospedar departamentos ou mesmo para realizar eventos, treinamentos e cursos. A infraestrutura disponibilizada pela BQ fica em uma área de 1,5 mil metros quadrados localizada no Centro do Rio de Janeiro. Nessa área há espaço para escritórios e salas para eventos corporativos para atender diferentes segmentos e perfis de empresas. Todos os ambientes contam com equipamentos multimídia e há um espaço para coffee break. www.bq.com.br

de TI. Além disso, com o aplicativo o gestor pode ter acesso a todas as informações do negócio via internet. No módulo de Manufatura estão disponíveis ferramentas como a de controle dos processos administrativos, operacionais e do fluxo de caixa, emissão de NF eletrônica e formação de preço de venda com base em custos diretos, indiretos e impostos. O destaque do módulo de Serviços fica por conta da integração das principais áreas da empresa, com controle na alocação de recursos e agilidade no processo de fechamento e faturamento. Para escritórios de advocacia, o módulo Jurídico oferece gestão dos processos via web, controle de prazos e tarefas e envio de relatórios aos clientes. Para utilizar o sistema é preciso pagar uma taxa mensal de R$ 69 para o aplicativo Jurídico e de R$ 99 para os módulos de Serviços e de Manufatura. www.totvs.com

Novo portal O novo portal do Sebrae Mais, programa de capacitação e consultoria em gestão empresarial, traz informações e dicas de cursos para gestores de pequenas empresas avançadas que tenham mais de dois anos de atuação no mercado e mais de nove funcionários. O site traz informações institucionais sobre o programa e detalha cada uma das oito soluções oferecidas na área de gestão empresarial. Além de informações sobre os cursos, o internauta pode experimentálos, visualizando parte do conteúdo didático para conferir se a capacitação atende ou não às suas necessidades. A página na internet conta ainda com outros conteúdos de interesse das pequenas empresas como notícias, eventos realizados nos estados sobre o programa Sebrae Mais e agenda de novos cursos. O portal oferece interação com as redes sociais, como Facebook, Twitter e álbum de fotos no Flickr. www.sebraemais.com.br

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A Totvs lança o aplicativo Série 1 Online para empresas de manufatura, de serviços e para escritórios de advocacia. O sistema, que utiliza o conceito de computação em nuvem, auxilia as empresas a organizarem sua gestão com o uso de ferramentas de ERP (entreprise resource planning). Com o aplicativo, os dados da empresa ficam armazenados nos servidores da Totvs e, dessa forma, o empresário não precisa fazer investimentos em infraestrutura

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PR ODU TOS E S ER V IÇ O S

Alicate preciso O Fluke 381 é um alicate amperímetro sem fio que permite que um técnico consiga fazer o reparo de equipamentos industriais, elétricos e eletrônicos de forma mais rápida. É possível deixar o instrumento verificando um determinado ponto e fazer a leitura das medições realizadas pelo alicate de um outro ponto de até 9 metros de distância. A sonda flexível de corrente iFlex fornecida com o Fluke 381 permite que o usuário possa medir condutores grandes, inflexíveis ou de difícil acesso. O design do produto também é inovador. O alicate foi o vencedor do prêmio “Dealer Design” na categoria ferramentas. www.fluke.com

Comunicação facilitada O PushFone é um serviço de telefonia baseado na tecnologia Push to Talk, oferecido pela Transit Telecom. São disponibilizados serviços de chamada gratuitos e planos pré e pós-pagos para empresas. Na versão gratuita, o usuário do serviço pode gerenciar seus próprios grupos de amigos, fazer ligações PPT via rede 3G ou wi-fi e visualizar o registro de chamadas. Na versão corporativa, além do pacote básico, os executivos podem gerenciar as chamadas, criar grupos de usuários e personalizar layouts. O plano empresarial pode ser adquirido a partir de R$ 19,90 por mês. www.transitbrasil.com.br

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A Asis Projetos lança dois novos serviços para que as empresas possam melhorar o monitoramento de riscos e oportunidades fiscais. O aplicativo Monitoramento Fiscal é comercializado como acessório opcional ao Asis Auditor Digital, uma ferramenta que audita e valida 100% dos dados contidos nos arquivos do Sped a uma velocidade comparável à de operações com cartões de crédito. Com o serviço, os arquivos digitais enviados ao fisco são analisados mensalmente por uma equipe de especialistas, que também fazem um acompanhamento local ou remoto para sanar dúvidas a respeito dos relatórios técnicos e executivos que são gerados. Já o aplicativo Simulação de Fiscalização funciona a partir de um mapeamento tributário e contábil prévio da empresa, a partir do qual são extraídas informações que, posteriormente, são confrontadas com dados dos arquivos digitais EFD ICMS/ IPI, ECD, EFD PIS/Cofins e das declarações DIPJ, Dacon e GIA. www.asisprojetos.com.br

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Monitoramento fiscal


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PR ODU TOS E S E RVIÇ O S

Tudo sobre estágios O portal Estagiários. com divulga na web vagas de estágio em todo o território nacional disponibilizadas por empresas públicas e privadas, profissionais liberais, instituições de ensino, consultorias de RH e agentes de integração. O site tem hoje mais de 17 mil empresas contratantes e quase 60 mil alunos cadastrados em busca de uma vaga de estágio. Pelo sistema, a empresa que está à procura de um estagiário divulga o perfil desejado na página e a vaga é divulgada entre os estudantes cadastrados no site. No Estagiários.com as empresas podem ainda se informar sobre os documentos e procedimentos legais para contratação de estagiários.

Pequenas teles A Art IT desenvolveu um software de gestão para pequenas operadoras de telecomunicações. Criado com base no software Boss Solution, oferecido pela Art IT para operadoras de grande porte, a oferta disponibiliza as mesmas práticas de gestão, mas em módulos reestruturados e com um pacote de serviços compatível com a demanda das pequenas e médias empresas. A solução conta com recursos para a gestão completa de uma operadora de telecomunicações, incluindo desde a administração financeira, de produtos e atendimento a clientes, até módulos de suporte à operação da rede. Entre as ferramentas disponíveis estão a de CRM (Customer Relationship Management), faturamento, governança e field services.

www.estagiarios.com

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Broxas especiais

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As broxas retangulares da Castor são indicadas para aplicação de cal e impermeabilizantes. O produto é feito de madeira, cerdas bicolores e cabos de plástico resistente com formato anatômico, que se ajustam às mãos do usuário, melhorando seu desempenho durante a execução dos trabalhos. As broxas estão disponíveis em três tamanhos: pequena (5x15cm), média (6x16cm) e grande (8x18cm), e podem ser adquiridas nos principais atacadistas e lojas de tintas e de material de construção do País. www.castor.com.br

www.artit.com.br


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LEI T UR A

Como se tornar um comunicador fora de série Timothy J. Koegel – Editora Sextante – R$ 19,90

Em um mercado cada vez mais competitivo, é fundamental que os profissionais de todas as áreas saibam expor suas ideias de forma clara em qualquer situação. Na obra, o autor mostra que qualquer pessoa pode se tornar um grande orador, desde que haja disposição para treinar e se desenvolver. O autor defende essa tese devido às apresentações diárias que fazemos, seja falando com clientes ou chefes, numa entrevista de emprego ou até mesmo numa conversa com amigos. Conheça exercícios e dicas práticas para quem deseja se comunicar em um nível acima do padrão, diante de qualquer público ou tipo de evento.

Empresas feitas para servir

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Dan J. Sanders – Editora Sextante – R$ 24,90

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Qual é o segredo do sucesso duradouro no mundo dos negócios do século 21? Segundo o autor, a resposta é: valorização das pessoas. Na obra, Sanders mostra que, para uma empresa ser bem-sucedida a longo prazo, deve estar atenta à maneira com que se relaciona com seus funcionários e clientes. A obra afirma que é preciso superar a visão que se baseia somente em números e lucros imediatos e criar uma cultura focada nas pessoas e voltada a atender às suas necessidades. “Quando a equipe se identifica com o que faz e com a missão da empresa, ela se empenha ao máximo em suas atividades”, diz o autor.

Encantamento de clientes As empresas precisam encontrar novas maneiras de capitalizar a inteligência, a paixão e a energia criativa de sua força de trabalho, peça-chave do bom relacionamento Não importa qual o segmento de atuação, todas as empresas buscam hoje atingir a mesma meta: atender melhor as pessoas que compram seus produtos e serviços. Não importa se elas são chamadas de clientes, consumidores, pacientes ou, no caso da Walt Disney World, convidados. Ou você as satisfaz ou corre o risco de perdê-las para a concorrência. Pela primeira vez, o elemento mais importante da metodologia que está por trás da magia Disney será revelado – o atendimento de qualidade. Afinal, as tendências para o mercado de trabalho podem ir e vir, mas as empresas

precisam se concentrar em encontrar novas maneiras de capitalizar a inteligência, a paixão e a energia criativa de sua força de traballho, pois são justamente os colaboradores a peça-chave de um bom atendimento. A obra detalha as iniciativas por trás de toda a magia e mostra quais são os diferenciais da Disney, por meio dos métodos criativos e das práticas inovadoras que se tornaram referência para todas as companhias que buscam a satisfação de seus clientes. Conheça também os fundamentos sempre atuais de Walt Disney para o sucesso e para nunca deixar de crescer e acreditar.

O jeito Disney de encantar os clientes Disney Institute – Editora Saraiva – R$ 29

Os 10 mandamentos do Mickey 1. Conheça o seu público: antes de criar um cenário, saiba quem o usará; 2. Entre na pele dos seus convidados: nunca se esqueça do fator humano e coloque-se no lugar do cliente; 3. Organize o fluxo de pessoas e ideias: pense no cenário como uma história e conte-a de forma sequencial e organizada. Incorpore a mesma ordem ao design no movimento dos clientes; 4. Crie um “wienie”: a palavra “wienie” representa o que Walt Disney chamava de ímã visual. Representa um marco visual utilizado para orientar e atrair clientes; 5. Use linguagem visual: além de palavras, use cores e formas para comunicar-se por meio do cenário; 6. Evite excessos, crie surpresas: não bombardeie o cliente com informações. Deixe que ele escolha a informação que quiser, quando quiser; 7. Conte uma história por vez: crie um cenário para cada grande ideia; 8. Evite contradições, mantenha a identidade: cada detalhe deve sustentar e estender a missão e identidade organizacional; 9. Cada grama de atenção proporciona uma tonelada de prazer: crie cenários interativos para exercitar todos os sentidos dos clientes; 10. Continue assim: nunca se entregue à complacência e sempre mantenha o seu cenário.


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photostogo

ANÁL I S E E C ONÔ MIC A

Doença holandesa no Brasil Modelo de desenvolvimento, pautado na exportação de commodities, já causa efeitos nocivos sobre a indústria brasileira através da perda de competitividade

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A expressão “doença holandesa” diz respeito à relação entre o declínio do setor industrial em detrimento do excesso de concentração da economia no setor primário. Esse termo foi utilizado na década de 1970 para descrever o processo de declínio do setor industrial na Holanda após a descoberta de grande fonte de gás natural. Com o grande volume exportação dessa commodity, a entrada maciça de divisas, decorrente de suas receitas de exportação, causou um processo de desindustrialização. Ocorreu uma forte valorização da moeda local devido à entrada excessiva de moeda estrangeira, o que impactou di-

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Faz-se necessária a utilização adequada das receitas provenientes da exportação de commodities, para fortalecer o setor industrial e promover seu desenvolvimento tecnológico

retamente o setor industrial, afetando sua competitividade externa, estimulando as importações, e dando início a um processo de desindustrialização. No Brasil, o crescimento acentuado das exportações de commodities agrícolas, bem como o do petróleo e mais recentemente do etanol se tornaram os propulsores do desenvolvimento do País dadas as constantes altas nos preços, principalmente pelo escoamento da produção para o mercado chinês. Com a descoberta recente do pré-sal, o Brasil pode se tornar um dos maiores exploradores mundiais do produto, o que agravaria ainda mais a situação. Esse modelo de desenvolvimento, pautado na exportação de commodities e na consequente valorização do real, já começa a causar efeitos nocivos sobre a indústria brasileira através da perda de competitividade tanto no mercado externo como no interno. Prova disso foi o recorde histórico do volume de compras dos brasileiros no exterior, por conta da disparidade dos preços do mercado interno em relação ao mercado internacional. Faz-se necessária a utilização mais adequada das receitas provenientes da exportação de commodities, com o

intuito de fortalecer o setor industrial e promover seu desenvolvimento tecnológico. Desta maneira, o Brasil será capaz de produzir internamente itens de valor agregado que efetivamente fazem o PIB crescer, tornando a economia menos dependente da simples oscilação de preços dos produtos primários exportados. Essas receitas deveriam ser utilizadas para melhorias em capital humano, pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, fontes de energia alternativas, enfim, atividades geradoras de riquezas. Se continuar ocorrendo o financiamento das despesas correntes do País e manutenção da máquina pública através desses recursos, gerará riqueza em curto prazo e problemas no longo prazo.

por Bruno Sartor Leme Investimentos

ERRATA Por uma falha de edição, o artigo publicado na página 64 da edição 202 (agosto/2011), seção Análise Econômica, foi creditado a outro profissional da Leme Investimentos. O nome correto do autor é Álvaro Frasson.


Nome Classe Participação Ação Bovespa All Amer Lat ON Ambev PN B2W Varejo ON BMF Bovespa ON Bradesco PN Bradespar PN Brasil Telec PN Brasil ON Braskem PNA BRF Foods ON Brookfield ON CCR Rodovias ON Cemig PN Cesp PNB Cielo ON Copel PNB Cosan ON CPFL Energia ON Cyrela Realty ON Duratex ON Ecodiesel ON Eletrobras ON Eletrobras PNB Eletropaulo PNB Embraer ON Fibria ON Gafisa ON Gerdau Met PN Gerdau PN Gol PN Ibovespa Itausa PN ItauUnibanco PN JBS ON Klabin S/A PN Light S/A ON Llx Log ON Lojas Americ PN Lojas Renner ON Marfrig ON MMX Miner ON MRV ON Natura ON OGX Petróleo ON P.Açúcar-Cbd PNA PDG Realt ON Petrobras ON Petrobras PN Redecard ON Rossi Resid ON Sabesp ON Santander BR UNT N2 Sid Nacional ON Souza Cruz ON Tam S/A PN Telemar N L PNA Telemar ON Telemar PN Telesp PN Tim Part S/A ON Tim Part S/A ON Tim Part S/A PN Tran Paulist PN Ultrapar PN Usiminas ON Usiminas PNA Vale ON Vale PNA Vivo PN

1,104 0,979 0,701 3,902 3,130 0,993 0,390 2,726 0,596 1,341 0,622 0,802 1,134 0,685 1,539 0,598 0,784 0,441 1,866 0,589 1,311 0,890 0,743 0,530 0,755 1,498 1,648 0,660 2,574 1,211 100,000 2,315 4,015 0,934 0,404 0,541 0,914 1,207 1,098 0,546 1,440 1,233 0,845 3,773 0,808 2,745 2,206 8,517 1,283 1,163 0,352 1,097 2,359 0,443 1,041 0,225 0,268 0,923 0,155 0,125 0,170 0,840 0,229 0,486 0,592 2,462 2,925 11,956 0,793

Inflação (%)

Até 31/08 Tipo de Ativo Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação 9 Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação Ação

Índice IGP-M IGP-DI IPCA IPC - Fipe

Agosto

Ano

0,44 0,61 0,19 0,01

3,53 4,35 4,38 3,77

Juros/Aplicação (%) CDI Selic Poupança Ouro BM&F

Agosto

Ano

1,07 1,07 0,63 -0,51

7,68 7,69 4,88 -3,61

Indicadores Imobiliários (%) Agosto CUB SP TR

Ano

0,06 0,13

5,62 0,79

Juros/Crédito (%) Desconto Factoring Hot Money Giro Pré (taxa mês)

1º/Agosto

31/Agosto

1,98 3,92 3,48 2,18

2,02 3,93 3,51 2,22

Câmbio

Até 1º/08

Cotação Dólar Comercial Ptax R$ 1,6032 Euro US$ 1,4283 Iene (US$ 1,00) $ 76,7900

Mercados Futuros Dólar Juros DI

Em 31/08

Outubro

Novembro

R$ 1,630 11,89%

R$ 1,628 11,77%

Contratos mais líquidos Ibovespa Futuro

31/08 55.240

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Carteira Teórica Ibovespa

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a g enda

De 4 a 6/10/2011

Tubotech – Feira Internacional de Tubos, Válvulas, Conexões e Componentes

Centro de Exposições Imigrantes – SP www.feirasnacipa.com.br

Empresas do Brasil e do exterior apresentam as principais novidades em tubos, medidores de vazão, ferramentas e borrachas industriais. Durante o evento são realizadas também a Expo Válvulas e a Expo Bombas. A visitação é gratuita.

De 5 a 8/10/2011

Trem para o futuro De 8 a 10/11/2011

Negócios nos Trilhos

Expo Center Norte – São Paulo – SP – www.revistaferroviaria.com.br

A feira Negócios nos Trilhos reúne fabricantes de peças e materiais ferroviários do Brasil e do exterior, operadores de ferrovias, metrôs e trens metropolitanos. Paralelo à feira é realizado seminário técnico científico sobre o setor. São esperados mais de 10 mil visitantes.

Intercon – Feira e Congresso da Construção Civil

Expoville – Joinville – SC www.messebrasil.com.br

Reúne fabricantes de produtos e serviços para a construção civil. Entre os expositores estão empresas fabricantes de esquadrias, louças, materiais elétricos e hidráulicos. Durante a feira é realizado o Congresso de Inovação Tecnológica (Cintec).

De 6 a 8/10/2011

Expo Bebidas e Serviços

Expo Center Norte – São Paulo – SP www.expobebidas.com.br

A 17ª edição reúne fabricantes e distribuidores de bebidas, fornecedores de insumos e de equipamentos e prestadores de serviço. São esperados mais de 10 mil visitantes entre atacadistas, donos de bares e supermercadistas. O evento é uma promoção da Associação dos Distribuidores de Bebidas do Estado de São Paulo (Adibe).

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De 24 a 28/10/2011

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Fenatran – Salão Internacional do Transporte

Anhembi – São Paulo – SP www.fenatran.com.br

É considerado um dos maiores eventos do setor de produtos e serviços destinados aos transportadores de cargas e operadores logísticos. São esperados mais de 50 mil visitantes. A feira é exclusiva para industriais, compradores e técnicos do setor.

De 8 a 10/11/2011

Fimai – Feira Internacional de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade

Expo Center Norte – São Paulo – SP www.fimai.com.br

Apresenta ao mercado novas tendências em produtos e serviços para o setor socioambiental industrial, assim como inovações tecnológicas e práticas ambientais bem-sucedidas no tratamento de água e efluentes, reciclagem e de redução das emissões atmosféricas. É considerada uma das maiores do setor na América Latina e reúne representantes do setor industrial e de instituições científicas do Brasil e do exterior.

De 16 a 19/11/2011

Construir – Feira Internacional da Construção

Riocentro – Rio de Janeiro – RJ www.feirariocentro.com.br

A feira reúne todos os segmentos da indústria da construção civil. Mais de 300 marcas expõem as principais novidades em produtos e serviços para o setor. Durante o evento é realizado o Fórum Construir com palestras e workshops sobre tendências em construção civil. São esperados mais de 60 mil visitantes.

De 22 a 24/11/2011

Expo Airport

Expo Center Norte – São Paulo – SP www.expo-airport.com.br

Evento internacional focado em infraestrutura para aeroportos e companhias aéreas, com novidades em produtos e serviços para o gerenciamento de cargas, bagagens e de passageiros. Neste ano, é realizado junto com o TranspoQip América Latina.

De 29/11 a 1º/12/2011

ExpoSystems – Congresso e Exposição Internacional de Soluções Integradas para Feiras e Eventos

Transamérica Expo Center – SP www.exposystems.com.br

Apresenta soluções para quem expõe, organiza e promove eventos. Exclusiva para agências e profissionais do setor.

De 6 a 7/12/2011

Footecon – Fórum Internacional de Futebol

Copacabana Palace – Rio de Janeiro – RJ www.footecon.com.br

Um dos principais eventos esportivos do País, reúne dirigentes de clubes de futebol, mídia especializada e empresas investidoras em esporte. É realizado desde 2004 e tem coordenação de Carlos Alberto Parreira.


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