Ano 19
expansaors.com.br
nº 221 R$ 13,00
RS pERSonalidadE
RS ESpEcial
Grande Encontro Elba Ramalho, Alceu Valença e Geraldo Azevedo
Série Educação aborda diferenciais linguísticos
SinodaL
Primeira instituição de ensino básico a receber o selo
Great Place to Work
São LeopoLdo Toda conquista é para o aluno Diretor-geral Ivan Renner | Tanise Rosane Pacheco | Gerson Engster Merlinde Piening Kohl | Ivan Fonseca Gallo | Eloir Enio Weber | João Antunes S. Silva Alunos: Gabriela Pinto dos Santos | Vitor Fiais de Oliveira
no Rio Grande do Sul
Manifeste-se
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Manifeste-se Manifeste-se
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Manifes Danielle Benício
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Manifeste-se
ADQUIRA AGORA SEU EXEMPLAR DO MAIOR ANUÁRIO DE NOIVAS DO SUL DO PAIS ExpansaoRs.com.bR
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manifeste-se Manifeste-se
O amor pode ser expressado de diversas maneiras. Através da arte, como uma carta, uma música, uma fotografia, ou ações mais cotidianas, os pequenos atos do dia a dia, como um abraço, um cafuné depois de um dia cansativo, aquela comida favorita ou lembrar de colocar um casaco, pois está frio lá fora. Seja como for, manifeste-se. Seja clichê, seja inesperado, mas mostre. A Expansão Noivas aposta no amor como uma maneira de transformar a realidade em que vivemos.
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NOIVAS
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Padaria Confeitaria Brasil completa 53 anos de fundação União da tradição com tecnologia molda a empresa
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eferência em doces, pães e salgados Muitas pessoas nos pediam para atender o públina região do Vale do Sinos, a Padaria co noturno, principalmente”, conta Furlan. Confeitaria Brasil completou 53 anos A preocupação com uma alimentação mais de fundação no dia 10 de junho. Com saudável também pauta as criações da empresa. a união do passado e futuro, a equipe se alia “Lançamos uma linha de produtos integrais e lià tecnologia e projeta boas perspectivas. ght, para atender a esse nicho que vem crescendo “Queremos aumentar cada vez mais nosmuito nos últimos tempos”, diz Rafael. sa área de abrangência de produtos congeOs serviços compreendem, também, tele-enlados, que atende todo o Estado, além de trega e distribuição de produtos assados e conSanta Catarina e entregas pontuais no Rio de gelados em parceria com mais de mil pontos de Janeiro e São Paulo”, afirma Rafael Furlan, venda em todo o estado. A variedade dos progerente administrativo. dutos vai desde pães, cucas, bolos, tortas, doces, Cerca de 300 colaboradores salgados e lanches até pães e sal“O cuidado com gados congelados. auxiliam diariamente nas diversas o cliente é o áreas que compõem a empresa. “O cuidado com o cliente é São profissionais de produção o que fez o nome Padaria Brasil que fez o nome panificação, confeitaria e indústria Padaria Brasil virar virar tradição. É isso que move a de congelados -, balcão de atendiinovação, que nos leva a melhorar tradição. É isso que mento 24 horas, vendas, distribuie evoluir constantemente. Assim, move a inovação, criamos uma empresa que cresção e administração. que nos leva a “A padaria foi pioneira na receu em Novo Hamburgo e expangião ao instalar o serviço 24 ho- melhorar e evoluir diu essa história para o estado e ras, há aproximadamente 20 anos. constantemente.” para o Brasil”, afirma Rafael.
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DA REDAÇÃO FICHA TÉCNICA ADMINISTRAÇÃO Ana Maribel Pacheco | Diretora geral ana@revistaexpansao.com.br Sérgio Luiz Jost | Diretor comercial sergio@revistaexpansao.com.br EXPANSÃO RS REDAÇÃO
Agosto com muito bom gosto
Mayara Morales | Repórter/Estagiária redacao@revistaexpansao.com.br Matheus Martins Repórter/Estagiário site@revistaexpansao.com.br
Agosto, mês do desgosto? Que nada! Preparamos essa edição para curtir muito o mês! Iniciamos o especial Educação, que, todo ano, é dividido em quatro meses, abordando diferentes aspectos do ensino. Neste mês, trouxemos os diferenciais linguísticos que as escolas da região oferecem aos alunos, para que possam, futuramente, conquistar bons frutos no mercado de trabalho. A música, sempre presente nas nossas edições, está em destaque: O Grande Encontro, que reúne Elba Ramalho, Alceu Valença e Geraldo Azevedo, falam dos shows e da longa carreira; e o Caverá, tradicional grupo de música gauchesca, volta após 30 anos de hiato. O presidente da Comusa - companhia de água de Novo Hamburgo -, Marcio Lüders, fala dos seus 100 dias à frente da autarquia. Confira esses e muitos outros conteúdos!
Gabrielle Pacheco Assistente de redação e mídias gabrielle@revistaexpansao.com.br CRIAÇÃO Alexandre Bitello | Edição de Arte (ABDesigner) alexandre@revistaexpansao.com.br ASSINATURAS assinaturas@revistaexpansao.com.br ASSESSORIA JURÍDICA Becker&Santos Advogados | OAB/RS 3.201 contato@beckeresantos.com.br IMPRESSÃO Comunicação Impressa Porto Alegre/RS (51) 3212-6011 ABRANGÊNCIA Porto Alegre, Grande Porto Alegre, Vale do Sinos, Vale do Paranhana, Vale do Caí, Vale do Rio Pardo, Região das Hortênsias e Encosta da Serra
Ana Maribel Pacheco Diretora Geral/ Coordenadora Editorial
www.expansaors.com.br CAPA | Edição 221
Sinodal São Leopoldo (São Leopoldo/RS)
Criação: Alexandre Bitello ABDesigner (Expansão RS) Fotografia: João Arnhold Fotografia/Especial (51) 98196-1329
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AGOSTO/2018 - Os artigos assinados não representam, necessariamente, o pensamento da revista. Não é permitida a reprodução parcial ou total dos artigos publicados na revista sem prévia autorização do editor. Rua Quintino Bocaiúva, 99, Centro/Novo Hamburgo - RS | 93510-270 | (51) 3065-6380, (51) 3036-6380 ou (51) 3036-6381 CNPJ 03.526.627.0001/79
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Fotos: Divulgação
AGOSTO 12 | RS enTReViSTa Diretor-geral da Comusa, Marcio Lüders, avalia seus 100 dias diante da autarquia
26 | RS peRSonalidade O Grande Encontro reúne três artistas que marcam a música brasileira
30 | RS múSica Grupo Caverá volta à ativa com show no Theatro São Pedro
RS eSpecial
Os diferenciais linguísticos nos currículos escolares
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38 | RS aceSSebilidade Adevis-NH completa 30 anos de atendimento aos deficientes visuais
41 | RS caRRoS Exposição de carros antigos movimenta Vale dos Sinos e região
12 | RS Entrevista 17 | RS Capa 18 | RS Especial 26 | RS Personalidade 30 | RS Música
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34 | RS Solidariedade 35 | RS Arte 36 | RS Web 37 | RS Culturama 38 | RS Acessebilidade
40 | RS Memória 41 | RS Carros 42 | RS Direito 44 | RS PoA 46 | RS E aí, tudo Bley?
48 | RS É Negócio? 50 | RS Empreendimento 52 | RS Drops 60 | RS De A a Zita 65 | RS Glamour
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RS entrevista Foto: Divulgação
ComuSa
dá um salto para o futuro Diretor-geral da Comusa, Marcio Lüders, avalia o seus 100 dias à frente da autarquia
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os 40 anos, Marcio Lüders assume um dos seus principais desafios no setor público: dirigir a Comusa Serviços de Água e Esgoto de Novo Hamburgo. Filiado há mais de duas décadas no MDB e atualmente presidente municipal do partido, o advogado, natural de Novo Hamburgo, acompanhou os primeiros passos da Comusa durante o processo de municipalização da água. Agora, é o responsável por liderar a autarquia no momento em que ela completa duas déca-
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das de prestação de serviços à comunidade hamburguense. Em seus 100 primeiros dias, o diretor-geral da Comusa lembra os principais temas enfrentados e as primeiras grandes realizações. Em entrevista à Expansão RS, lembra que chegou à Comusa no momento em que o município encara o pagamento da dívida história com a Corsan oriunda da municipalização da água, e se prepara para ampliar o tratamento de esgoto na cidade.
“A Comusa é uma conquista da cidade e é de vital importância. São mais de 300 servidores extremamente comprometidos e com um corpo técnico que é o coração da autarquia.”
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RS entrevista
Quais foram os principais desafios encontrados ao assumir a direção da Comusa? O primeiro desafio é o de manter a qualidade do tratamento e do abastecimento de água da Comusa, e ainda melhorar. Sabemos que podemos, por exemplo, reduzir o nosso índice de perdas, que não está entre os maiores do país, mas é significativo. Precisamos avançar muito no tratamento de esgoto, que é um desafio dos municípios da bacia do Rio dos Sinos e que estamos encarando. Nossa meta é aumentar drasticamente o volume de esgoto tratado nos próximos dois anos. Que ações estão sendo realizadas para aumentar o percentual de tratamento de esgoto? Novo Hamburgo chegou a 5,1% de esgoto tratado, um volume ainda muito baixo e que estamos trabalhando para ampliar. Estamos finalizando as obras da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Roselândia, que vai beneficiar diretamente cerca de 1,2 mil famílias do bairro e elevar nosso tratamento de esgoto para pouco mais de 7%. As obras terminam no final de dezembro e, no próximo ano, a ETE estará em operação plena. Já há projeto para novas estações de tratamento de esgoto? Sim, conseguimos assegurar o financiamento para a construção da ETE Luiz Rau em uma mobilização da nossa área técnica que culminou com uma ida a Brasília, para garantir a vinda dos recursos. Serão cerca de R$ 100 milhões investidos para tratar o esgoto que desce pelo arroio e devolvermos uma água muito melhor para o Rio dos Sinos. Conseguimos, também, que o Ministério das Cidades
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“Precisamos avançar muito no tratamento de esgoto, que é um desafio dos municípios da bacia do Rio dos Sinos (...). ” nos repasse cerca de R$ 10 milhões que estavam em Brasília em função de investimentos que a Comusa já fez em tubulações na calha do arroio. São conquistas importantes e, quando essa obra for finalizada, estaremos com cerca de 50% do nosso esgoto tratado. Sabemos que o ideal seria o 100%, mas é um avanço muito importante para a cidade e para a sustentabilidade de toda a bacia do Sinos. Um dos objetivos é melhorar o sistema de abastecimento de água. O que tem sido feito? Queremos ampliar a capacidade de reservar água já tratada. Já temos um sistema que suporta mesmo os picos de consumo do verão, uma conquista da cidade de Novo Hamburgo, que tanto sofreu com isso na década de 1990. Agora vamos garantir a nossa capacidade de reservatórios para as próximas décadas, e também para situações extremas como uma eventual longa falta de energia elétrica. O novo reservatório terá capacidade de três milhões de litros, em um investimento a fundo perdido de R$ 1,7 milhão em recursos federais. Um dos grandes temas a serem enfrentados pela cidade de Novo Hamburgo é a dívida com a Corsan. O que tem sido feito? Essa é uma dívida oriunda da municipalização da água em 1998, quando a prefeitura assumiu a estrutura que era da Corsan. O município já foi condenado a pagar. Pela primeira vez
“O novo reservatório terá capacidade de 3 milhões de litros, em um investimento a fundo perdido de R$ 1,7 milhão em recursos federais. ” em 20 anos, prefeitura, Comusa e Corsan sentaram para buscar uma solução para esse caso. Na primeira rodada de negociações, sinalizamos que querermos pagar e recebemos uma boa abertura da Corsan para negociar. Estamos construindo agora uma proposta viável de pagamento para apresentar, e queremos fechar isso até o final do ano. Que balanço você faz desses 100 dias à frente da Comusa? A Comusa é uma conquista da cidade e é de vital importância. São mais de 300 servidores extremamente comprometidos e com um corpo técnico que é o coração da autarquia. Mantemos e estamos qualificando o abastecimento, e agregando o tratamento de esgoto. Queremos agora avançar no planejamento do futuro agregando mais qualidade, menos perdas, mais saneamento e mais sustentabilidade. O balanço é extremamente positivo por tudo o que conseguimos fazer em tão pouco tempo. Quais são os próximos desafios a serem enfrentados? Queremos trazer a solução para a dívida com a Corsan e ampliar as obras para o tratamento de esgoto. Esse é um compromisso dessa administração. O processo de substituição de redes vai qualificar o abastecimento e segue em bom ritmo entre os bairros Ideal e Centro, mas estamos mapeando outras áreas que precisam ter suas redes modernizadas. Trabalhamos também em uma reforma administrativa, que priorize o plane-
“Queremos agora avançar no planejamento do futuro agregando mais qualidade, menos perdas, mais saneamento e mais sustentabilidade. ” jamento e crie uma coordenação para o tratamento de esgoto. Hoje temos uma coordenação de tratamento de água, mas ainda não temos o tratamento de esgoto estruturado. Você assumiu a Comusa justamente no ano em que ela completa 20 anos de abastecimento. O que isso representa? É uma honra estar na direção-geral no ano em que a autarquia comemora 20 anos de abastecimento de água para a população de Novo Hamburgo. Eu era um adolescente, ainda no início da minha militância no MDB, quando um pequeno escritório dentro da antiga prefeitura era a sede do que viria a ser Comusa, no governo do saudoso Atalíbio Foscarini, e eu passava por lá. Hoje estar aqui e fazer parte desse momento é um orgulho muito grande, e também uma enorme responsabilidade em liderar a Comusa em um salto para o futuro. Esse é o nosso compromisso, sempre.
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RS CAPA
A primeira do Rio Grande do Sul Colégio Sinodal recebe selo de ótimo lugar para trabalhar
Destaques
Tiago da Rosa/Divulgação
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om duas unidades, uma em São Leopoldo e outra em Portão, o Colégio Sinodal conquistou o selo internacional de Great Place to Work - Ótimo lugar para trabalhar, na tradução do inglês. Assim, é a primeira instituição de ensino básico do Rio Grande do Sul a receber essa certificação. De acordo com o diretor-geral do Sinodal, Ivan Renner, o objetivo da inscrição do colégio no processo foi a identificação de pontos que ainda podem melhorar em relação a satisfação da equipe. “Nossa ideia é sempre avançarmos, evoluirmos. Não apenas para nossos alunos, mas para a nossa equipe profissional, já que obviamente isso reflete também nos serviços de educação que prestamos. Estamos muito satisfeitos com o resultado, mas o objetivo é sempre melhorarmos”, comenta Renner.
O selO
Diretor-geral Ivan Renner
“Nossa ideia é sempre avançarmos, evoluirmos. Não apenas para nossos alunos, mas para a nossa equipe profissional (...).”
Os pontos destacados como positivo pelos funcionários do Sinodal são: Imparcialidade - os funcionários se consideram bem-tratados independentemente de sua cor ou etnia, idade, orientação sexual ou gênero;
Para receber essa certificação internacional, os funcionários da empresa passam por pesquisas confidenciais e individuais. Além disso, o índice de satisfação apurado entre os colaboradores deve ser de 70% ou mais. Nessa primeira participação do processo, o índice de satisfação dos funcionários do Colégio Sinodal foi de 85,608%. Com a conquista dessa certificação, o Sinodal, agora é elegível no ranking das melhores empresas para se trabalhar no Brasil.
Orgulho - o profissional tem orgulho de contar a outras pessoas que trabalha no Sinodal e tem orgulho pelos resultados que obtém no local; Credibilidade - os líderes são honestos e éticos na condução dos processos.
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TexTo Matheus Martins | FoTos: Divulgação
Vivendo tantas vidas quanto os
permitem Os diferenciais linguísticos nos currículos escolares
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ui à floresta porque queria viver deliberadamente, encarar apenas os fatos essenciais da vida, e ver se poderia aprender o que ela poderia ensinar, para quando morrer, descobrir que nunca vivi”. Frase do escritor norte-americano do século XIX Henry David Thoreau, esse fragmento se popularizou em 1990 no filme Sociedade dos Poetas Mortos. No filme, o professor de língua inglesa John Keating leciona em uma escola tradicional com políticas rígidas, onde busca ensinar os alunos a olhar a língua não só de textos e regras somente, mas estimular diferentes perspectivas de mundo aos estudantes. Com a mesma ideia, iniciamos o Especial Educação de 2018. Na primeira reportagem do especial dividido em quatro partes, vamos tratar sobre os diferenciais linguísticos que escolas da região oferecem aos alunos, e como esse conhecimento pode expandir a mente dos jovens alunos.
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Começos
A história do Instituto Ivoti começa em 1909, ano que marca o início das aulas no instituto. A relação com o ensino de línguas, funde-se com a trajetória da imigração alemã, conforme a coordenadora de língua alemã, Raquel Dapper Vetromilla, contextualiza. A cultura germânica tem forte presença no município, fato que torna o idioma presente desde o início do caminho escolar. Na Educação Infantil, as crianças realizam suas atividades diárias utilizando a linguagem. “O ensino bilíngue português e alemão está, agora, no Ensino Fundamental, com início em 2018 no 1º ano”, frisa Raquel. O Colégio Sinodal começou a ser pensado como escola em 1886, por imigrantes e descendentes que cultivavam a religião evangélica luterana. De acordo com a coordenadora do Walk Together, Alessandra de Bona Dini, “a escola de idiomas do Colégio Sinodal já existe há mais de dez anos”, conta. A Walk Together é uma escola de línguas do próprio colégio que recebe alunos tanto da escola quanto de fora. A política de acreditar no ensino de idiomastambém remonta há mais de dez anos, estimulando intercâmbios assim como receber alunos estrangeiros.
Raquel Dapper Vetromilla (insituto ivoti)
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“O ensino bilíngue português e alemão está, agora, no Ensino Fundamental, com início em 2018 no 1º Ano.” ConheCimento
Em 1832, no alto de um morro, surge a Instituição Evangélica de Novo Hamburgo, fundamentada pelas mãos dos imigrantes alemães. Na instituição, a língua inglesa é ensinada de forma integrada a outras áreas de conhecimento. “Chamamos essa metodologia de CLIL (Content and Language Integrated Learning). Dessa forma, a aprendizagem acontece de forma natural, pois desde a educação infantil o idioma é usado como meio de comunicação e avança como meio de instrução até as séries finais do Ensino Fundamental”, conta a professora de língua inglesa, coordenadora da área de línguas estrangeiras e assessora do currículo bilíngue na IENH, Dra. Daniele Bols Bozan.
Alessandra de Bona Dini e Caren Bühler (sinodal)
Daniele Blos Bolzan (ienh)
Você pode dominar OUTROS DOIS IDIOMAS
até a Copa do Catar.
Prepare-se para 2022.
Francês | Inglês | Alemão | Espanhol | Russo
São Leopoldo
Portão
walktogetheridiomas.com.br
RS EspEcial
Aluna em atividade lúdica bilíngue no iENH
Estudantes do 1º ano bilíngue do instituto ivoti
intercâmbio dos alunos do sinodal no canadá
As trocAs culturAis
Um ser que não sente a necessidade de associar-se a outro ser é um Deus ou um animal, segundo o filósofo grego, Aristóteles. No século V antes de Cristo, o pensador já chegava à conclusão de que o ser humano necessita de seu semelhante para continuar seu crescimento, e entendeu que somos carentes. A carência está relacionada ao desejo de associação à essas trocas de ideias e vivências. Vivemos em sociedade porque apenas nela, nos tornamos humanos. E viver em uma sociedade apenas já não é mais suficiente para o ser. Faz-se necessário conhecer o mundo, e quem é parte dele. Para Daniele, “o conhecimento de outras línguas propicia ao usuário leituras de mundo diferentes e mais abrangentes. As oportunidades que surgem a partir do conhecimento e uso de outras línguas irão propiciar vivências e experiências que irão moldar o indivíduo e sua visão de mundo”, diz. “Quem aprende mais línguas também
“Quem aprende mais línguas também vivencia inevitavelmente parte da cultura desses outros idiomas.” 22
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“As oportunidades que surgem a partir do conhecimento e uso de outras línguas irão propiciar vivências e experiências que irão moldar o indivíduo e sua visão de mundo.” vivencia inevitavelmente parte da cultura desses outros idiomas”, conta Raquel. Segundo as professoras, ao conhecer aspectos de outras culturas, passamos a ser capazes de encarar situações com diferentes perspectivas, desenvolvendo modos diferentes de pensar, e nos tornando mais críticos. “Simultaneamente, estamos mais aptos a nos posicionar com mais certeza em nossos valores e escolhas”, completa Raquel. Essas questões vão de encontro fundamentalmente com as interações sociais, pois “o indivíduo tem oportunidades de interações ampliadas com o conhecimento desses idiomas”, complementa Alessandra.
CONEXÕES PARA O MUNDO Educação Multiconectada: aprendizagem ampla e significativa.
Educação MultiConectada
Educação
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RS EspEcial OS PROjEtOS LingUÍStiCOS
Iniciativas que estimulem o aprendizado de línguas de maneiras criativas e inovadores são essenciais para gerar o interesse do aluno. No Colégio Sinodal, o seu currículo regular possui a aplicação de três idiomas para os estudantes do Ensino Fundamental e Médio: Inglês, Espanhol e Alemão. Além disso, a criação da escola de idiomas Walk Together, que também recebe alunos da comunidade externa, impulsiona o ensino de linguagens na escola visando estimular a sensibilidade, criatividade e o respeito às culturas diversificadas. “Aprender e prati-
car idiomas traz muitas vantagens, como a melhora da concentração e aumento da agilidade mental. Poder viajar, por exemplo, dominando o idioma falado naquele país, traz um novo colorido para tal experiência”, conta Alessandra. A professora diz que “estudar um novo idioma permite a familiarização de novos costumes, conceitos e estilos de vida”. A escola desenvolve as quatro habilidades linguísticas do aluno: ler, ouvir, falar e escrever, proporcionando uma qualificação completa para que o aluno interaja globalmente.
“Aprender e praticar idiomas traz muitas vantagens, como a melhora da concentração e aumento da agilidade mental.” OPÇÕES DE CURRÍCULOS
No IENH, o currículo bilíngue está presente na Educação Infantil ao final do Ensino fundamental, tendo a língua inglesa como segunda língua, e o espanhol como idioma adicional. No Ensino Médio, as aulas são separadas por nível de proficiência, desenvolvendo o conhecimento linguístico conforme o aluno se encontra. Os alunos também têm a opção de participar de aulas denominadas Estudos Avançados da Língua Inglesa, cujos objetivos são o desenvolvimento da proficiência em direção a níveis mais avançados do conhecimento de inglês. A instituição tem ainda o IENH Idiomas, aberto também à comunidade externa e que oferece aulas de inglês, espanhol e alemão. Desde 2014, o colégio mantém uma parceria com a Cambridge University Press. Daniele explica que essa troca nomeia a escola com o título de
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Cambridge Educational Partner, atestando que a qualidade no ensino da Língua Inglesa é consolidada pelas duas instituições por compartilharem dos mesmos princípios éticos, educacionais, sociais e ambientais. Nos dias 24 e 25 de agosto, a IENH realiza na escola o I Simpósio Internacional de
Educação Bilíngue. Segundo Daniele, o evento surge da necessidade de se discutir a educação de línguas no sul do país. “Foram convidados palestrantes nacionais e internacionais renomados na área de educação bilíngue, ocorrerão momentos mais práticos com workshops para os educadores, além de trocas de práticas pedagógicas de sucesso em contexto de educação bilíngue”, conta.
“Foram convidados palestrantes nacionais e internacionais renomados na área de educação bilíngue, ocorrerão momentos mais práticos com workshops (...).”
MULtiCULtURAL
O Instituto Ivoti oportuniza aos seus alunos vivências culturais diversificadas como parte integrante da essência da escola. O ensino de linguagens está presente já na Educação Básica com o inglês, e para o Ensino Médio também é ofertado o Espanhol. Aulas de Francês também são ministradas na escola. Além disso, em 2015 foi criado o Núcleo de Aprendizagem de Idiomas (NAI) que fomenta o aprendizado do Alemão e democratiza a língua para alunos da rede pública de cidades vizinhas, e aos alunos do próprio Instituto. “A escola é voltada para o mundo plural e se propõe a formar cidadãos engajados e conhecedores de diferentes realidades, por isso valoriza a diversidade linguística e cultural”, afirma Raquel.
LÍngUAS E tRAbALhOS Os conhecimentos linguísticos com o mercado de trabalho caminham lado a lado hoje. De acordo com Alessandra, “atualmente já é uma obrigação dominar mais de uma língua estrangeira. O diferencial, no mercado de trabalho ou acadêmico, é a percepção da relevância de um idioma, considerando o contexto mundial”. A professora relembra o crescimento do mercado chinês a partir dos anos 2000, e relaciona com o aumento na procura por cursos de mandarim. Segundo a 53ª edição da Pesquisa Salarial da Catho de 2017, um segundo idioma pode aumentar o salário em até 61% em cargos de coordenação e supervisão. Em vagas de auxiliar e analista, o ganho cresce em 38% e 20%, respectivamente. Para Daniele, “o aluno com conhecimento intercultural desenvolvido terá mais oportunidades de atuação, não só localmente, mas também
globalmente. Possivelmente será um profissional com uma visão de mundo ampliada, com um alto grau de criticidade”, conta. No mundo globalizado de hoje, Raquel diz que “há quem afirme que a única grande fronteira entre nações constitui-se atualmente dos idiomas estranhos aos ouvidos”. O jovem em formação hoje atua como cidadão global. O acesso ao conhecimento social, politico, cultural, tecnológico, entre outras questões, são essenciais tanto para sua vida profissional quanto particular, tornando o futuro mais crítico e completo. O autor alemão Johann Wolfgang Von Goethe sintetiza em uma frase célebre a importância do conhecimento em línguas: “Você pode viver tantas vidas quanto o número de línguas que você fala”.
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RS Personalidade Por Matheus Martins | Fotos: Divulgação
na bruma leve, eles chegaram O Grande Encontro marcou presença em Porto Alegre
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ão 141 anos de música se você juntar os anos de carreira de Elba Ramalho, Alceu Valença e Geraldo Azevedo. A paraibana e os dois pernambucanos comemoram 20 anos do primeiro espetáculo d’O Grande Encontro, com uma turnê que cruza o sul do Brasil até a Europa. Por onde passam, com a musicalidade típica da região nordestina, os olhos do público ficam estrelados. Em 1996, o trio, juntamente com Zé Ramalho, subiu juntos no palco do hoje demolido Ginásio Machadinho, em Natal (RN), em um encontro que deixou os fãs extasiados.
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Divulgação
Tratava-se de quatro dos maiores artistas do país dividindo a cena e pintando na história um dos espetáculos mais aclamados da música popular brasileira. No final da turnê naquele ano, foi o lançado o primeiro CD do concerto em um show gravado no Canecão, no Rio de Janeiro. Essa reunião dos artistas rendeu uma trilogia de álbuns, os dois últimos sem Alceu Valença. Na noite de quatro de agosto, Elba, Alceu e Geraldo, realizaram um show no Auditório Araújo Viana, em Porto Alegre, trazendo toda a sonoridade e sotaque nordestino para o palco gaúcho.
Já são 22 anos desse espetáculo. O que esse número representa para vocês? Como é manter viva a alma de um show tão duradouro e muito presente na memória da população? Elba Ramalho - Sem dúvida nenhuma, é muito gratificante ver famílias inteiras nos espetáculos, filhos que cresceram com os pais ouvindo as nossas canções. Na formação original, éramos quatro artistas de voz e violão. Agora somos três, embora Zé Ramalho se faça presente por meio das canções que fazem parte do show. Desta vez, estamos acompanhados por uma super banda que traz mais peso, uma sonoridade mais forte e nos deixa mais livres no palco. Alceu Valença - O Grande Encontro surgiu a partir da reunião de artistas da mesma geração que possuem em comum uma devoção pelas coisas do Nordeste e do Brasil. Em 1995, participei de um show beneficente no Teatro Guararapes, em Recife, ao lado de Geraldo Azevedo, Zé Ramalho e Luiz Melodia, e ali sentimos que a coisa dava uma liga. Pouco depois, Geraldinho e Zé fizeram um show em duo no Rio. Elba e eu estávamos na plateia e subimos ao palco para cantar com eles. Logo estávamos na casa de Geraldo, com nossos violões, ensaiando, escolhendo repertório. Gravamos um disco ao vivo em 1996, mas eu precisei deixar o projeto, pois estava lançando um disco novo e a gravadora, por imposição contratual, me impediu de prosseguir. Agora, vinte anos depois, volto a encontrar Geraldo e Elba no palco e o sentimento continua o mesmo: pleno, íntegro, sempre marcado pela arte verdadeira que caracteriza nossas carreiras.
A música hoje está trazendo uma pluralidade étnica muito interessante. Qual a importância da abertura desse leque para a cultura? Geraldo Azevedo - Essa intersecção entre as culturas é maravilhosa, nos traz muitas referências e nos faz referência também. Estivemos recentemente em Portugal com esse show. Foi muito lindo ver o público português cantando nossas músicas, tudo isso graças ao processo de globalização, que aproximou as culturas de todo mundo.
“O Grande Encontro surgiu a partir da reunião de artistas da mesma geração que possuem em comum uma devoção pelas coisas do Nordeste e do Brasil.” Fazer turnês tem a mesma pegada de antes ou com a experiência se tornou algo mais prático e saudável? Geraldo Azevedo - As turnês têm a mesma pegada de antes, viajamos muito e a nossa malha aérea ainda torna as viagens muito cansativas. Mas, com certeza, a experiência traz muita coisa boa pra gente. Somos mais tranquilos e práticos, certamente.
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RS PERSONALIDADE
Vocês voltaram da Europa há pouco tempo. Quais as primeiras sensações que sentem tocando fora do país, e notam uma diferença na temperatura do público daqui para o de lá? Elba Ramalho - Tive o privilégio de me apresentar nos quatro cantos do mundo e posso assegurar que a nossa música é sempre muito bem recebida em todos os lugares. O público acaba variando de um lugar para o outro. No ano passado, no Japão, parecia que eu estava me apresentando no nordeste. Agora há pouco, em Portugal, a receptividade foi ótima. Certamente haviam muitos brasileiros saudosos que aproveitaram bastante para matar as saudades do Brasil. Em algumas situações, a plateia demora um pouco mais para se entregar ao show, mas música brasileira é sempre arrebatadora. Dentro do Brasil isso também acontece, vivemos em um país continental, imenso, cheio de pequenos “Brasis”. A própria região sul tem características muito próprias. Alceu Valença - Há anos mantenho uma relação bastante próxima e afetuosa com Portugal. Essa relação vem se intensificando nos últimos tempos. Hoje, faço shows anualmente no país. No fim de 2007, fui homenageado pelo Forró de Lisboa, uma festa inacreditável. Sempre ressaltei que a influência da canção portuguesa na música brasileira deve ser melhor avaliada e observada. O frevo de bloco pernambucano, com seu andamento mais lento e suas letras nostálgicas, são claramente influenciados pela marcha portuguesa. Se você pegar um samba como As rosas não falam, de Cartola, verá que aquela música descende diretamente do fado. Sobre o público ele é, sim, tão quente quanto o daqui. Me apresento em vários países, sempre com ótimo público, mas cantar em Portugal é como cantar em casa.
“Sobre o público ele é, sim, tão quente quanto o daqui.” 28
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“A música é a mais catalisadora de todas as artes, e a música brasileira é de altíssima qualidade.” A Europa gosta muito da nossa música, e nossos artistas parecem gostar de se apresentar por lá. Os primeiros acordes de Anunciação fazem o possível etnocentrismo europeu se esvair? Elba Ramalho - Gosto muito de Anunciação e foi a canção de abertura de um dos meus trabalhos, assim como é a canção de abertura do DVD do Grande Encontro. A música é a mais catalisadora de todas as artes, e a música brasileira é de altíssima qualidade. Acredito que já nos primeiros acordes, o público de qualquer lugar do mundo sente que vai ser uma ótima experiência. A Europa também tem uma diversidade grande entre os países. Alceu Valença - Minha formação musical vem principalmente do sertão do Brasil. Nasci em São Bento do Una, agreste de Pernambuco, uma região muito próxima da de Luiz Gonzaga. Cresci convivendo com os elementos que Luiz utilizou para formatar toda a cultura musical do sertão, da chamada civilização do couro, elementos estes que todo o Brasil passou a associar aos festejos de São João. Então, estes elementos possuem em sua essência uma forte influência ibérica, e por sua vez também mourisca, arabesca. Posteriormente, conheci e assimilei a cultura do litoral, os frevos, maracatus, caboclinhos, cirandas, mais ligados ao carnaval do nordeste. Anunciação, que você cita, é ritmicamente um afoxé, que segue uma linha afrobrasileira, mas também dialoga com o universo das bandas de pífano do sertão. O frevo, por exemplo, possui componentes da música do leste europeu em sua formação, associados às síncopes tipicamente brasileiras.
Do todo o show, qual é o momento mais emocionante? Geraldo Azevedo - O show inteiro é bastante emocionante. Gosto muito do final quando cantamos frevo. Frevo Mulher é uma música que levanta a plateia e ao mesmo tempo traz a força de Zé Ramalho, autor da música e nosso parceiro neste projeto. Na sequência, temos Banho de Cheiro, música do nosso saudoso amigo Carlos Fernando. É um momento que me traz lindas lembranças.
A globalização faz parecer que o mundo virou uma só cultura. Reafirmar e levar a identidade nordestina para o mundo é um ato político - sem relacionar com partidos políticos? Alceu Valença - De certa maneira, sim, pois somos artistas essencialmente ligados a esta identidade e nunca fizemos qualquer concessão ao mercado para abrir mão dela. Costumo dizer que o Brasil precisa urgentemente redescobrir sua trilha sonora. A música americana é maravilhosa, mas é preciso ter cuidado para não virarmos subprodutos. Então, isso também é uma atitude política. Como disse o filósofo Ortega y Gasset, “eu sou eu e as minhas circunstâncias”, a questão da identidade passa exatamente por isso. Porque a política é a arte do possível e a arte é a política do impossível. E nós seguimos na estrada fazendo a política do impossível para mostrar que o Brasil é muito maior do que todo esse quadro de descrença ética, política e social pode fazer supor.
Como são 40 anos de carreira, presenciaram muitas mudanças sociais. A internet é talvez a maior revolução comunicacional em anos. Como é a relação com o online? Alceu Valença - Me relaciono de uma maneira muito natural com a internet. Tenho mais de um milhão e meio de seguidores nas redes sociais e gosto de interagir com o público. Algumas situações surgem espontaneamente. Por exemplo, eu estava andando pelas ruas do Leblon com a minha mulher quando vi um grupo de jovens músicos estrangeiros tocando na esquina. Passei e elas começaram a tocar Anunciação. Eu imediatamente me juntei ao grupo e fui cantar com eles. Eram pessoas de várias nacionalidades que estavam no Rio por causa das Olimpíadas. Rendeu mais de 30 milhões de views na internet. As pessoas gostam do espontâneo, daquilo que as surpreende. Por isso sou como um espelho do meu público: eu me reflito neles e eles se refletem em mim.
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texto Matheus Martins | Fotos: João Arnhold/Especial
e dando gargalhada O reencontro do Caverá no Theatro São Pedro
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á faz três décadas desde a última vez em que o Grupo Caverá esteve no palco com a formação original. Em 30 anos, cada membro seguiu seu destino, às vezes perto, às vezes longe da música, mas a sintonia entre os integrantes do grupo nunca sofreu ruídos, e os anos de afastamento musical apenas ajudaram a cravar o nome da banda no imaginário gaúcho. A formação surgiu através do Projeto Rondon, um grupo de 12 artistas que viajava o país levando o folclore e a cultura do Rio Grande do Sul para outros estados na metade da década de 1970. Em abril de 1977, acontecia o primeiro show dos músicos com o nome Caverá. São 41 anos e quatro meses de grupo e, agora, eles se preparam para voltar ao palco com a formação original em um espetáculo especial chamado Reencontro, apresentado no Theatro São Pedro, em Porto Alegre, no dia 30 de agosto, às 21 horas.
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O iníciO dO retOrnO
As reflexões sobre voltar a se apresentar começaram próximo ao aniversário de 28 anos de afastamento do grupo. “Eu pensei assim: daqui a pouco a gente começa a morrer ou falta um e a gente não consegue cantar para pelo menos os nossos filhos nos assistirem”, conta Alex Hohenberger, acordeão e voz do grupo. “O Alex e eu começamos a conversar e em um determinado momento eu perguntei: tu não estás a fim de recomeçar o Caverá? Ele disse: eu tô! Eu disse: também tô!”, conta Mauro Harff, violão e voz. Nesse tempo todo, ideias para uma reunião sempre rondaram os amigos, “se conversava bastante sobre isso cada vez que a gente se juntava com a turma, só que nós nunca nos reunimos para decidir: vamos fazer alguma coisa?”, conta Rubim Jacoby, violão e voz. Afinal, um show requer estrutura e ensaio, ainda mais um espetáculo apresentado em um templo cultural como é o São Pedro, e mais, como administrar a agenda de cada um? Rubim (63) é diretor comercial, Alex (65) é produtor musical, Rolf (62) é engenheiro, Cézar (62) é médico anestesista e Mauro (67) é músico.
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RS MúSica
Passos de bebê
O processo de reiniciar foi aos poucos. “Quando cada um foi aceitando, foi de acordo com algumas condições, sem muita pressão, porque cada um tem afazeres. Então, começamos os ensaios, isso já faz quase dois anos ou mais”, explica Alex. A partir de então, a pergunta que se instalou nos ensaios foi: o que fazer no encontro? “Manter a identidade!”, fala Rubim. “Se não tivesse todos juntos, então, parava ali. Não daria seguimento ao objetivo”, complementa Alex. Para Cézar Mattos, saxofone e voz, “a identidade vocal não se apaga, ainda mais tendo os mesmos componentes”, motivo pelo qual clássicos do repertório gaúcho criados pelo Caverá, manterem-se na memória dos fãs, embora o grupo estivesse pausado. “A vontade de cantar com eles foi o que me mobilizou em direção a esse espetáculo”, diz. A média de idade da banda é de 60
“Quando cada um foi aceitando, de acordo com algumas condições, sem muita pressão, porque cada um tem afazeres.” 32
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“A vontade de cantar com eles foi o que me mobilizou em direção a esse espetáculo.” anos, e contam a surpresa em conseguirem repetir os mesmos vocais de quando jovens, “a gente envelheceu, mas a voz parece que se manteve”, completa Cézar. Apesar de existir um entrosamento de mais de três décadas entre os amigos de banda, alguns aspectos novos apareceram durante a construção do repertório e ensaios. “Eu me afastei do grupo por motivos profissionais em 1982, e os outros queriam profissionalizar o Caverá, que para mim era hobby”, explica Rolf Dreher, vocal, sobre ter estado um período maior afastado do grupo. “Isso bagunçou um pouquinho mais os arranjos. Não foi muito caótico, mas houve mudanças significativas e isso atrapalhou um pouquinho a nossa volta de novo com os cinco. Tivemos que quase reescrever algumas músicas para acertar isso”, finaliza Rolf.
“Os comentários são incríveis, mas não imaginávamos que teria essa força, não.”
Cartaz da apresentação do Projeto rondon
o theatro
A apresentação no palco do Theatro São Pedro é uma vontade antiga do grupo. Em 1973, o espaço foi fechado devido à precariedade no edifício; apenas em 1975, com a coordenação de Eva Sopher, as obras de recuperação foram iniciadas e somente em 1984 foi reaberto para espetáculos. Ou seja, quando o grupo estava na ativa, o teatro estava fechado, quando o grupo encerrou as atividades, o espaço foi reaberto. “Isso foi realmente uma das coisas que a gente brigou para ser lá”, fala Cézar. “Para nós, é uma estreia. Já cantamos em diversos teatros importantes de todo o Brasil, menos no São Pedro. Teria que ser lá para, justamente, ser um fechamento”, conta.
surPresos
A primeira publicação sobre a reunião do grupo foi feita em vídeo, através da página oficial do Facebook do Caverá em abril do ano passado, alcançando 375 mil visualizações, o que causou couma surpresa para os cinco integrantes. “Os co mentários são incríveis, mas não imaginávamos que teria essa força não”, diz Mauro. “Ali a gente viu que podia voltar para o palco”, fala Cézar. Eles comentam que o público se expandiu e hoje contam que os filhos de seus fãs da época, são admiradores também. Os músicos publitêm usado com frequência a fanpage, publi cando fotos de ensaios, vídeos, reportagens em antigos periódicos, além de manter um contato direto com seus apreciadores.
“Isso foi realmente uma das coisas que a gente brigou para ser lá.”
“Para nós é uma estreia. Já cantamos em diversos teatros importantes de todo o Brasil, menos no São Pedro.”
show e futuro
Rolf, Alex, Mauro, Cézar e Rubim prometem o grupo de 30 anos atrás. A ideia é manter a identidade, os arranjos musicais originais, porém, adicionar alguns detalhes como instrumentos novos, e transportar o público para os anos 1970 e 1980, buscando fazer os fãs relembrarem. “É uma celebração, na verdade. A gente não sabe ainda o que vai acontecer depois”, diz Cézar sobre os novos rumos do Caverá. Para sintetizar o momento do grupo e como eles encaram o mundo de hoje, Mauro diz que “essa sintonia que nos mantém aqui juntos, é manifestada através da nossa música. A música é a arte mais democrática do mundo, não tem partido porque tudo é inteiro”.
Os valores dos ingressos para o espetáculo Reencontro estão disponíveis no site www.teatrosaopedro.com.br ou pelos telefones (51) 3227-5100 e 3272-5300.
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RS SOLIDARIEDADE
Abefi e os seus 50 anos de acolhimento Sob a missão de educar e assistir pessoas
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Assoc i a ç ã o B e n e f i c e n t e Evangélica da Floresta Imperial (Abefi) atua nas comunidades periféricas de Novo Hamburgo e região desde 6 de agosto de 1968. Neste mês, celebra 50 anos de uma história de assistência às crianças, adolescentes e adultos em situação de vulnerabilidade social. TRAJETÓRIA Fundada pela Comunidade Evangélica Luterana da Floresta Imperial, sob a liderança de Sebaldo Nörnberg, a Abefi tem sua trajetória diretamente ligada aos imigrantes alemães, que vieram do interior, e o setor calçadista de Novo Hamburgo. Buscando deixar a condição de colonos, os imigrantes ingressaram na indústria de calçados. Contudo, não encontraram as condições necessárias para construir uma vida com mínimas condições de bem-estar. Pensando nessas necessidades não só dos imigrantes alemães, mas de toda a comunidade, a primeira unidade da Abefi foi fundada, a Escola de Educação Infantil da Paz, chamado na época Clube da Criança. Seguindo esse mesmo pensamento, de educar e assistir pessoas em condições de vulnerabilidade social, a Abefi assumiu a administração e fundou outras unidades na região.
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Fotos: Divulgação
DIVERSAS UNIDADES Atualmente, a Abefi tem 11 unidades educacionais e de assistência social distribuídas por Novo Hamburgo, Taquara e Esteio. Diariamente, 1.500 pessoas, das mais diversas faixa etárias são atendidas. São fornecidas 50 mil refeições gratuitas e 4.120 mamadeiras mensais, somando todas as unidades. Desse montante, 490 recebem educação, assistência social e alimentação gratuitamente. E são realizados mais de 400 atendimentos especializados e 150 visitas domiciliares por mês. Além disso, cerca de 200 adultos por ano participam de cursos de qualificação profissional e serviços de fortalecimento de vínculos.
RS arte
TexTo Mayara Morales
isopor como forma de arte Artista plástico Mai Bavoso investe em técnica sustentável
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isopor é uma material sintético, cuja marca registrada pertence à empresa alemã Basf. Feito de moléculas do composto químico estireno, expandido em pequenas bolhas ocas cheias de ar, essa composição deixa esse material com capacidade de isolante térmico, além de certa maleabilidade, sendo muito usado na construção O pOTencial civil e na proteção de eletrodomésticos em Não é novidade que o isopor pode ser usatransporte, para evitar quebra do material. do de diversas formas, pois já foi utilizado até A super produção do isopor e o descomo material para esculturas e isolante térmicarte nas ruas, por exemplo, despertaram co em construções. Mas o que Mai propõe é o interesse do artista plástico Mai Bavoso que seja aplicado como revestimento externo (foto), que há três anos começou a estudar de escolas, por exemplo, para evitar com maneiras de trabalho com as crianças se machuquem. esse material. “Alguns anos “O material queEsse é um dos projetos que o artista atrás, em Xangri-lá, tive um deixa o plástico vem desenvolvendo em uma escopub e observei que as lojas local com la de educação infantil de Novo Hamburgo. do shopping descartavam o isopor. Prestei atenção no temperatura Antes de dar início a esse trabalho, Bavoso com aplicações de teste em sua formato arrojado daquele agradável começou própria casa. Atualmente, sua residência e material descartado e, assim, comecei a ver como independente ateliê estão quase totalmente revestidos peças de lego e dei início da estação.” por isopor. “O material deixa o local com temperatura agradável, independente da ao trabalho”, conta Bavoso. estação”, explica o artista plástico. Na escola, Bavoso incorporou o isopor em quinas do local e outros espaços que pudessem oferecer algum tipo de risco para as crianças. Além disso, o material também vem sendo usado como jardineiras da horta, além da construção de um túnel acústico de isopor, onde as crianças podem experimentar uma infinidade de sons a partir de outros materiais recicláveis, como instrumentos musicais usados. Fotos: Homero Schuch/Divulgação
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RS web
TEXTO Gabrielle Pacheco FOTOS: Divulgação
BomBou Em briga dE marido E mulhEr…: nas últi-
mas semanas, circularam diversos vídeos das câmeras de segurança que flagraram Luiz Felipe Manvailer agredindo a esposa, Tatiane Spitzner, em diversos locais de Guarapuava (PR). Eles expõem uma realidade comum no Brasil: a de violência doméstica, que muitas vezes culmina no feminicídio, como foi o caso de Tatiane. Os dados são alarmantes: no Brasil, estima-se que cinco mulheres são espancadas a cada 2 minutos; o parceiro (marido, namorado ou ex) é o responsável por mais de 80% dos casos reportados, segundo a pesquisa Mulheres Brasileiras nos Espaços Público e Privado (FPA/Sesc, 2010).
nEtflix gordofóbica? A empresa de
streaming lançou a série Insatiable, sobre uma garota que sofre bullying na escola por conta de seu peso. Após um acidente de carro, ela emagrece durante a recuperação e volta à escola com sede de vingança. Mas muitos consideraram o enredo problemático, chegando a reunirem mais de 200 mil assinaturas em uma petição, pedindo pelo cancelamento da série. Lauren Gussis, criadora do programa, pronunciou-se. “(...) Este show é uma narrativa preventiva sobre o quão prejudicial pode ser acreditar que o julgamento dos outros é mais importante”, afirmou.
KiKi challEngE: o rapper Drake lançou a música In My Feelings e ela viralizou pela internet, através do desafio #kikichallenge. Uma pessoa de dentro do carro filma enquanto o motorista abre a porta e faz a coreografia no lado de fora, com o veículo em movimento. Claro que isso gerou diversas tentativas não muito bem-sucedidas, devidamente gravadas e postadas nas redes sociais. Há, também, registro de diversos acidentes envolvendo os ‘dançarinos’, desde bater o carro em objetos a atropelamentos.
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PaI aI
RS CultuRama TEXTO Matheus Martins
Sons
Audiovisual
O mês de agosto é sinônimo de Dia dos Pais, momento em que as homenagens se destacam e o carinho se fortalece. Mas a primeira vez que a data foi comemorada foi em 19 de junho de 1910, nos Estados Unidos, quando a filha de um veterano da Guerra Civil resolveu homenageá-lo, e a ação se espalhou pela cidade de Spokane, no estado de Washington.
A CostA do Mosquito, 1986 – Estrelado por Harrison Ford, o filme conta a história de um inventor cheio de ideias, que cansado da vida capitalista e monótona nos Estados Unidos, decide convidar a família e se muda para a América Central.
No Brasil, somente no dia 16 de agosto de 1953 a data foi comemorada. Diferente dos Estados Unidos, por aqui a comemoração foi planejada pelo publicitário Sylvio Bhering. Nos anos seguintes, a data foi alocada para os segundos domingos de agosto, já que nos EUA se comemora no terceiro domingo de junho. Para deixar o mês mais cultural e aproveitar a essência do dia, separamos algumas dicas para você curtir com seu papito!
tão Forte e tão Perto, 2011 – Oskar e seu pai sempre tiveram uma relação muito próxima. Quando o pai morre no atentado ao World Trade Center, deixa uma chave misteriosa para Oskar. Ele inicia uma busca para descobrir o que ela significa, passando por várias regiões de Nova York, conhecendo diversas pessoas em sua jornada secreta e exploratória.
FAther And son, CAt stevens – Lançada em 1970, a música é uma reflexão clara e singela a relação de pai e filho. É uma conversa sobre experiências de vida e tentativas de passar conselhos, um ao outro.
PAPAi Me eMPrestA o CArro, ritA Lee – Lançada em 1979, música bem humorada, retrata as rusgas entre pai e filhos dividindo o carro.
KrAMer vs. KrAMer, 1979 – A vida profissional sempre veio em primeiro lugar para Ted, porém, quando a esposa decide deixar ele e o filho, Ted precisa reorganizar a estrutura familiar. Quando estabilizado, a mulher reaparece pedindo a guarda do filho, o que levará os Kramer ao tribunal.
MArvin, titãs – Lançada em 1984, a letra traça a dura história de Marvin após a morte de seu pai, e como teve de segurar as pontas da família aos treze anos de idade. A música se relaciona com muitas histórias reais de crianças brasileiras que desde cedo, trabalham para ajudar seu grupo familiar. Fotos: Divulgação
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RS AceSSibilidAde
texto Mayara Morales | Fotos: João Arnhold/Especial
A vida pelos olhos de quem não vê Adevis completa 30 anos de assistência aos deficientes visuais
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s causas da perda de visão podem ser muitas: diabetes em estágio avançado, erro médico, glaucoma ou danos na retina, por exemplo. Mas o resultado é sempre o mesmo: perda da visão ou baixa visão. Assim, os deficientes visuais caem em um mundo completamente novo, em que podem encontrar a depressão e questionamentos quanto ao sentido da vida. Contudo, os associados da Associação dos
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Deficientes Visuais de Novo Ham Hamburgo (Adevis-NH) encontram nesse local um lugar para partilhar e superar os momentos difíceis. Adevis-NH é uma organização não-governamental fundada em 25 de junho de 1988, completando 30 anos de atuação junto à comunidade. Sua função tem sido a inclusão e a melhora da qualidade de vida dos deficientes visuais da região. As ações desenvolvidas pela associação também se estendem aos familiares dos atendidos pela associação.
o que sigNificA persistêNciA? Ela já começa dizendo que não irá revelar sua idade, mas Leoni Iroczinsk, já tem filho adulto e uma neta. Entre muitas risadas e brincadeiras com os outros associados da AdevisNH, ela conta sua história. “Já nasci com deficiência visual, tive catarata congênita. Minha mãe me levou em algumas escolas para fazer com que eu aprendesse algo, mas não me aceitavam”, diz Leoni. Os anos passaram, ela cresceu e com o rádio como seu companheiro, aprendeu mais sobre português, geografia e outras disciplinas. “Quando eu era pequena, brincava com todo mundo na rua, mas meus
amigos cresceram e começaram a trabalhar. Acabei ficando sozinha lá e o meu refúgio era o rádio. Foi assim que aprendi muito”, conta. Leoni tentou cirurgia e transplante de córnea para recuperar a visão, mas não obteve sucesso com os procedimentos da época. Mesmo com os obstáculos que se colocaram diante dela, Leoni continuou buscando maneiras de adquirir conhecimento. “Fui para o Instituto Santa Luiza, em Porto Alegre, uma escola para deficientes. Fiquei estudando lá por alguns anos, depois casei e fui ter minha vida”, relata. Somente depois que seu filho casou que Leoni procurou a Adevis-NH, pois estava interessada
“O primeiro sintoma depois de perder a visão é a depressão.” quANdo A voNtAde de recomeçAr é mAior que tudo
Itamar Borges (foto) perdeu a visão em um acidente, 25 anos atrás. “O primeiro sintoma depois de perder a visão é a depressão. Fiquei dependendo de alguém, como um bengala humana, por 17 anos, 11 meses e 10 dias, até o momento em que disse para mim mesmo que bastava daquela situação”, conta Borges. Hoje, ele mora sozinho, trabalha, tem cinco filhos e afirma que suas forças para continuar vem de suas duas netas. Associado à Adevis-NH há dez anos, Itamar diz que, quando chegou na associação, ainda necessitava do auxílio de uma “bengala humana”. “Comecei a observar que os senhores de mais idade conseguiam se movimentar sozinhos e pensei: também posso fazer isso”, explica Borges. Assim, passou a participar das aulas de Orientação e Mobilidade (OM) na qual os deficientes aprendem a se locomover com segurança com auxílio de uma bengala.
nos livros em braile que a associação tinha. Desde então, ela acompanha todas as reuniões e também passou a integrar a diretoria da associação.
Adevis-NH trAz A iNdepeNdêNciA que fAltAvA
Com uma equipe de dez pessoas, a Adevis-NH atende 600 pessoas e de aproximadamente 17 cidades da região. Sem sede própria, a associação recebe recursos da Prefeitura de Novo Hamburgo e doações de parceiros. Atualmente, no espaço em que a Adevis-NH está instalada, há uma biblioteca repleta de livros em braile e instrumentos para alfabetização de deficientes visuais de diversas faixa etárias.
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RS MEMÓRIA
Memorial homenageia
Julio Redecker
Família busca eternizar suas contribuições políticas
Família em cerimônia para homenagear o ex-deputado federal e o seu legado
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Julio Redecker
m 12 de julho, dia em que o exLEMBRANÇAS deputado federal Júlio Redecker De acordo com o filho de Julio, o deputacompletaria 62 anos, a família do estadual Lucas Redecker, o memorial foi do parlamentar lançou um memotivado pelas lembranças e histórias com o morial virtual em sua homenaparlamentar que continuam chegando, mesgem. A solenidade ocorreu no Centro de mo onze anos após sua morte. “Ele era uma Convenções da Fiergs, em Porto Alegre, e pessoa única, onde ele chegava preenchia o contou com a presença de familiares, amiambiente e cultivava rapidamente a amizade gos, apoiadores e lideranças políticas. com as pessoas. Não há um lugar que eu vá A esposa do deputado, Salete Redeque não se fale do Júlio Redecker”, afirmou. cker, disse que, desde o acidente, a família O Memorial Júlio Redecker pode ser sempre recebeu inúmeras manifestações acessado através do site www.memorialjuliode carinho e apoio, que foram guardadas redecker.com.br. Nele, estão reunidos proe agora serão valorizadas no nunciamentos, projetos de lei, “Ele era uma memorial. “Percebemos que fotos, depoimentos e toda a a tristeza que estávamos sentrajetória política e história de pessoa única, tindo não era somente nossa. do deputado. O memoonde ele chegava vida Recebemos muito carinho e rial também é interativo, e está preenchia afeto em todo esse período e preparado para receber novas tudo o que recebemos, descontribuições, como fotos vídeo ambiente de mensagens, placas, proos e depoimentos. A intenção e cultivava nunciamentos, tudo foi guarda família é mantê-lo em perrapidamente a manente atualização. dado”, disse ela.
amizade com as pessoas.”
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Fotos: Divulgação
RS CARROS FOTO: Divulgação
Clássicos dos volantes
se reúnem na Expoclassic Feira ocorre entre os dias 17 e 19 de agosto reunindo grande variedade de modelos
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ficionados por carros antigos têm um destino certo para se encontrar: a 16ª edição da Expoclassic. Organizado pelo Veteran Car Club (VCC-NH), que completa 40 anos em 2018, o evento ocorre nos dias 17, 18 e 19 de agosto, nos pavilhões da Fenac, em Novo Hamburgo. Com grande variedade de modelos, a Expoclassic homenageia, todos os anos, um carro específico, e o deste já está escolhido: o conversível Cadillac Eldorado Biarritz 1959, na cor Persian Sand Metalic. Segundo Evandro Scholles, vice-presidente do VCCNH, “ele estará em lugar de destaque na feira, por conta de sua raridade e beleza”. A expectativa é de que venham visitantes e expositores de todo o país, além de Argentina e Uruguai. Mais de 700 veículos
são aguardados nos 28 mil metros quadrados dos pavilhões da Fenac, distribuídos entre carros, motos, caminhões, ônibus, motonetas e bicicletas. A programação do evento contará com diversos shows musicais. No sábado, 18, 14h, o Bambu Gurus anima o público, e logo após, às 16h, a banda Joe and The Hill Valley Boys. Para finalizar o evento, no domingo, 19, é a vez da banda The Travellers, às 16h. Consciência social é uma parte importante da feira. “Em parceria com a Associação dos Lesados e Medulares de Novo Hamburgo (Leme), vamos reverter uma parte da bilheteria a eles, como forma de doação e solidariedade”, afirma Ivandir Hermes, presidente do Veteran Car Club Novo Hamburgo.
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RS direito
A eficácia da Lei Maria da Penha Advogada Cristiane Epple
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ão é incomum conhecermos mulheres, de todas as classes sociais e graus de escolaridade, que são vítimas diárias de violência física e psicológica, mas que, por temor, constrangimento, dependência psicológica e financeira acabam não denunciando o agressor. Na verdade, a sociedade brasileira não foi educada para encarar a violência doméstica e familiar como um problema social e, principalmente, como um ato criminoso, preferindo omitir-se. Vide o famoso ditado popular “em briga de marido e mulher não se mete a colher”. Em todo o mundo, pelo menos uma em cada três mulheres já foi espancada, coagida ao sexo ou sofreu alguma outra forma de abuso durante a vida. A Organização Mundial da Saúde (OMS), em uma pesquisa com 83 países sobre o assassinato de mulheres, atestou que o Brasil ocupa a 5ª posição do ranking, bem como que, a cada dois segundos, uma mulher no país é vítima de violência física, sexual ou psicológica. A Lei Federal 11.340/2006, sancionada em agosto de 2006, foi
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A morte da advogada Tatiane Spitzner reacendeu o debate sobre a violência contra a mulher batizada como Lei Maria da Penha, em homenagem à professora universitária Maria da Penha Maia, que durante 23 anos sofreu agressões morais e físicas perpetradas pelo marido, inclusive duas tentativas de homicídio, restando paraplégica. Mesmo assim, Maria lutou incansavelmente pelo combate à violência contra a mulher. A Lei Maria da Penha é reconhecida pela ONU como uma das três melhores legislações do mundo no enfrentamento à violência contra as mulheres. Sua finalidade é proporcionar instrumentos para “coibir, prevenir e erradicar” a violência doméstica e familiar contra a mulher, garantindo sua integridade física, psíquica, sexual, moral e patrimonial. A legislação prevê medidas protetivas de urgência visando garantir a segurança da vítima. Dentre elas o afastamento do agressor do local de convivência e a fixação de limite mínimo de distância. Além disso, também aumentou as penas para os casos de lesões corporais praticadas no âmbito doméstico contra a mulher. A legislação também previu a
criação de Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a mulher, bem como a construção de casas-abrigo para mulheres e dependentes menores. Há ainda a previsão de inclusão das vítimas em programas sociais, a prioridade para transferência de cidade caso seja servidora pública ou a estabilidade de seis meses para afastamento do trabalho caso seja da iniciativa privada. Na maioria das vezes, as agressões contra mulheres têm início com violência psicológica, que, como consabido, contribui para a perda gradativa da autoestima e confiança, levando a ofendida a acreditar que é merecedora e responsável pelo mal que vem sofrendo, prosseguindo até a violência física e sexual. Os debates que vem sendo travados, especialmente após a morte trágica de Tatiane, contribuem para educar a sociedade. Servem de reflexão para evitarmos que o temor e o constrangimento impeçam mulheres de buscar a preservação da sua vida e dignidade.
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RS POA Edith Auler Leonardo Lenskij/Divulgação
revistaexpansaopoa@hotmail.com
Renato Kalil Estar com os pacientes, operar, lutar pela solução dos problemas, além de ver a recuperação de crianças e adultos cujos corações passam pelas suas mãos, é a paixão que norteia a vida de Renato Kalil. Um dos cirurgiões cardiovasculares mais respeitados do país e entre a comunidade científica internacional, falou em entrevista à Expansão RS, sobre seu mais novo desafio profissional: a coordenação do Núcleo de Cardiopatias Congênitas do Serviço de Pediatria do Hospital Moinhos de Vento.
COMO VOCÊ TEM DIVIDIDO SEU TEMPO FRENTE A ESTE NOVO DESAFIO PROFISSIONAL?
Busco dividir meu tempo entre a pesquisa, o ensino e a sala de cirurgia. Estamos trabalhando igualmente na coordenação do Núcleo de Cardiopatias Congênitas do Serviço de Pediatria do Hospital Moinhos de Vento, que, desde junho, passou a realizar cirurgias corretivas em crianças com cardiopatias congênitas – problemas ou anormalidades na estrutura do coração, que impedem o funcionamento normal do órgão e podem levar o pequeno paciente à morte. Somente em terras gaúchas, cerca de 1,5 mil crianças devem nascer com cardiopatia em 2018. Se não forem tratadas, 50% delas vai morrer antes de completar um ano de idade e 80% antes dos cinco anos, segundo estatísticas.
Como é a vida adulta dos pacientes tratados?
A imensa maioria das cardiopatias em crianças é reversível com procedimentos de cateterismo ou cirurgias, com alto índice de sucesso. Grande parte dos pacientes tratados consegue ter uma vida adulta absolutamente normal. O acesso aos recursos da cirurgia corretiva, porém, é limitado no Brasil, com uma grande fila de espera para o atendimento deles. Poucos são os centros e hospitais especializados nesse tipo de cirurgia, que é bastante específica e
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requer alto grau de especialização dos profissionais. Estudos recentes mostram que cerca de 60% das crianças brasileiras não conseguem ser tratadas. Na região norte, esse número chega a 90%. A região sul é a menos carente, estimando-se que 30% não consigam tratamento.
mento dos cardiopatas. Além do HMV, o Instituto de Cardiologia e o Hospital Santo Antônio são os que realizam os procedimentos no Rio Grande do Sul. Há mais de 40 anos, a cirurgia cardíaca pediátrica vem se consolidando no Estado e no Brasil. Contribuiu inclusive com técnicas originais de correção de aceitação mundial.
Quais os resultados esperados?
Temos uma equipe amadurecida e
Como você avalia a capaz de obter os melhores resultados, chegada desse novo cen- comparáveis aos dos maiores centros internacionais, quando realizada em instatro de tratamento? Ele possibilita a abertura lações adequadas. Um orgulho para tode mais vagas para o trata- dos os corações gaúchos.
Entre os grandes privilégios que a vida oportuniza está o amor de pai! A coluna selecionou programações e dicas para você aproveitar a capital dos gaúchos no mês dos pais. Boa música, gastronomia e lugares interessantes para se conhecer. Confira:
Prawer Chocolates reabre as portas de uma de suas lojas mais tradicionais, após um período de repaginação no shopping Praia de Belas. Além de comercializar os reconhecidos chocolates artesanais, o local oferece cardápio variado que inclui cafés, salgados, sorvetes e o delicioso e inesquecível chocolate quente. Pra aquecer muito neste inverno.
Edith Auler/Divulgação
Daniel chega aos palcos na capital, no dia 15 de agosto, no Teatro do Bourbon Country. A turnê 2018 traz novos arranjos em canções já consagradas pelo artista. Os ingressos à venda no site www.uhuu.com e na Hits Store, no Shopping iguatemi.
Local planejado para receber cerimônias com formatos diversificados - de eventos corporativos a festas sociais. Foi inaugurado em grande estilo com o Koh Pee Pee Thai House. Segundo a direção, será realizado apenas um evento por dia para garantir a excelência do serviço e da gastronomia, que caracteriza o Koh Pee Pee há três décadas. Na Rua Schiller, 65, Rio Branco.
Ricardo Jaeger/Divulgação
Aguçar os sentidos está entre as principais características da gastronomia tailandesa. No Thai Mee, de Porto Alegre, você vai encontrar além de excelentes opções de pratos, um ambiente com impressionante riqueza da cultura thai. A vida e a alma asiática são traduzidos não só na culinária, mas em todos os detalhes que a casa oferece. No Boulevard Laçador, Av. dos Estados, 111. Reservas: (51) 3362-6222.
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Melina Finkelsztejn apresentou seu novo negócio no ramo de organização de eventos, o Mel Celebra. Após nove anos de atuação no Rio de Janeiro, Melina abre as portas da empresa em Porto Alegre, trazendo um novo conceito para o cenário de eventos, com inovação e tecnologia. informações no telefone (51) 989-318-973 e melina@melcelebra.com.br.
Evento tradicional do cenário das artes cênicas da Capital, o Porto Alegre em Cena 2018 será realizado entre os dias 11 e 23 de setembro. Será a 25ª edição do festival, que vai reunir peças locais, nacionais e internacionais em vários espaços culturais da cidade. O Peppo Cucina revelou seu prato da Boa Lembrança em 2018: Medaglioni al Vino i Formaggi. Os medalhões de filé mignon, cobertos por camembert e parma ao molho de vinho, são acompanhados de garganelli colorido aos queijos. Até 31 de agosto. Na Rua Dona Laura, 161, bairro Rio Branco.
Ethan Levitas/Divulgação
A pedagoga empresarial Miréia Borges, responsável por atender mais de 10 mil pessoas ao longo de 20 anos de trabalho, lançou sua nova marca. Em www.mireiaborges. com.br, ela reúne informações sobre moda, comportamento, gastronomia e lifesyle. O cirurgião vascular Régis Angnes está com mais um endereço em Porto Alegre. Além do Centro Clínico Mãe de Deus, ele passa a atender no Medplex. Rua Gomes Jardim, 201, sala 1003, bairro Santana.
Andrea Graiz/Divulgação
O Studio Leo Zamper e a Pano Pop se reuniram em um único espaço a serviço da beleza, moda e lifestyle, e comemoram sua união no bairro mais descolado da cidade. Na Rua Fernandes Vieira, 656, bairro Bom Fim.
Malhar em família, inclusive junto com as crianças e de quebra já melhorar a qualidade do sono, diminuir o estresse, numa vida com muito mais saúde. Estes são alguns dos principais focos de trabalho da fisioterapeuta Juani Duarte. A profissional da saúde inaugurou este mês, seu novo projeto com o Family Pilates Funcional, na zona sul da capital. Na Otto Niemeyer 2264 sala 201. Fone (51) 99533 2990.
Um dos melhores eventos do ano na capital dos gaúchos chega a sua quarta edição. O POA Jazz Festival vai ocorrer entre os dias 9 e 11 de novembro, no Centro de Eventos do BarraShoppingSul. Os ingressos já estão à venda pelo site www.blueticket. com.br. Entre os grandes nomes que farão parte do Festival está o prestigiado saxofonista indiano Rudresh Mahanthappa.
A Casa Cor RS 2018, principal mostra de arquitetura, decoração e paisagismo do Rio Grande do Sul, deu início a sua 27ª edição, que fica aberta ao público até dia 16 de setembro, junto a um conjunto de seis residências, na Rua Carlos Huber, 222, no bairro Três Figueiras, em Porto Alegre. projeto Habitare, de Andréa Magalhães Fotos: Divulgação
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RS E AÍ, TUDO BLEY? Vítor Bley de Moraes - Jornalista
(Reg. Prof. 5495)
vibleymor@gmail.com
PORTO ALEGRE DESCOBRE SUA VOCAÇÃO TURÍSTICA
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iversas novidades estão incrementando o turismo na capital gaúcha e a revitalização da Orla é o carro-chefe. Mesmo nos dias frios de inverno, milhares de moradores e de turistas ocupam o novo espaço, denominado de Moacyr Scliar, para a contemplação do lago Guaíba. O Centro Histórico da cidade também respira esperança de dias melhores, com a ocupação de áreas até então degradadas com vida noturna. Inspirado em uma iniciativa que ocorre na Alemanha, Porto Alegre já ousou enfrentar a insegurança que ronda os grandes centros urbanos e implantou a Noite dos Museus, um passeio noturno aos museus da capital. Mas tem muito mais opções para as pessoas aproveitarem melhor a capital gaúcha! A DESCOBERTA Porto Alegre, aos poucos, descobre que tem uma especial vocação turística. A primeira etapa da revitalização da orla do Guaíba demonstra isso. A cada fim de semana, verdadeiras multidões ocupam o novo espaço inaugurado no final
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Fotos: Brayan Martins /Divulgação
de junho, que vai da Usina do Gasômetro até a Rota das Cuias. O Parque Moacyr Scliar deixa as pessoas de frente para o majestoso lago e, em breve, terá um restaurante panorâmico todo envidraçado, além de outras opções gastronômicas e de lazer. A obra, projetada pelo arquiteto Jaime Lerner, terá, ainda, mais duas etapas que se estenderão até o Parque Gigante. Mais adiante, uma nova área para contemplar o Guaíba: o Parque Pontal, num local conhecido como Pontal do Estaleiro. Mas as opções não param por aí. Já foi anunciada a reforma da Usina do Gasômetro, um importante referencial cultural da cidade. Também, desde julho, Porto Alegre conta com o Caminho dos Jacarandás. Situado na Praça da Alfândega, bem no coração de Porto Alegre, sete quiosques devolveram vida à área, até então ocupada por marginais. Música ao vivo e variados cardápios são as maiores atrações. Foram trocadas as luminárias e seguranças particulares garantem maior tranquilidade aos frequentadores. E nos altos do degradado Viaduto Otávio Rocha, os porto-alegrenses se encorajaram e lotam o espaço junto às escadarias, que atravessam a Rua Duque de Caxias. Ali, desfilam shows variados para todos os gostos
musicais. Mesmo com problemas graves e crônicos de infraestrutura, Porto Alegre, que na Copa de 2014 foi elogiada pelos turistas estrangeiros, desperta para o turismo com vigor. E nem falei da revitalização do Cais do Porto, que, quando tiver suas obras concluídas, certamente será um dos lugares mais visitados da cidade, tanto por moradores como por turistas. NOVIDADES As pessoas gostam de novidades, de lugares bonitos e seguros. Não é à toa que as cidades da Serra Gaúcha atraem milhares de turistas, inclusive do exterior. Há locais lindíssimos com infraestrutura maravilhosa, além de uma série de programações atraentes, que encantam públicos de todas as idades. Durante muito tempo, Porto Alegre satisfazia-se com o turismo de negócios ou por ser um centro de referência em especialidades médicas. Mas, Porto Alegre tem ainda muito mais a oferecer. E o contato com o seu rio, que dispõe de um dos pores
do sol mais lindos do planeta, é um deles. Durante muito tempo, o Guaíba foi praticamente sonegado aos seus admiradores. Estava escondido, visto apenas pelos moradores da Zona Sul. Poluído, já não tinha mais suas praias a oferecer. No centro da cidade, ficava atrás dos muros da Avenida Mauá. Os armazéns do porto se deterioravam, e o local conhecido como Volta do Gasômetro tinha instalações precárias. Com a revitalização da Orla, os porto-alegrenses e visitantes têm um local de contemplação, através de um projeto paisagístico que tornou harmônica a paisagem formada pelas mãos do homem e pela natureza. Por isso, recebe todos os fins de semana milhares de pessoas. O Guaíba ganhou movimentação na sua orla tanto como em suas águas como em terra.
A ATRAÇÃO PELO RIO
Joel Vargas /Divulgação
Diversas cidades do mundo têm verdadeiras venerações pelos seus rios. O Danúbio, na Europa, por exemplo, ganhou uma bela valsa vienense conhecida em todo o planeta: o Danúbio Azul. Aqui no Brasil, temos, entre outros, os famosos rios São Francisco e Amazonas. Mas quero destacar um rio de um estado que possui praias marítimas lindíssimas, mas que consagrou um local denominado Praia do Jacaré, que é um rio. Faz uns dez anos que conheci João Pessoa, capital da Paraíba. Fiquei surpreso com suas belas praias e impressionado com o grande número de pessoas que iam contemplar o por do sol do local. Bares com palafitas abrigavam turistas de várias partes do mundo com uma solenidade incrível: um saxofonista, vestido de branco, executava, num barquinho, o Bolero de Ravel até que o sol sumisse. O espetáculo seguia com o artista envolvido por fumaça de gelo seco. Algo impressionante. Fiquei imaginando por que não fazer algo semelhante no nosso majestoso Guaíba. Mas o nosso rio está novamente disponível a quem quiser vê-lo. E quando o projeto do Cais Mauá estiver concluído, teremos quase integralmente o contato com o Guaíba. As cidades precisam descobrir as suas vocações turísticas. Porto Alegre está descobrindo as suas. Porém, é importante lembrar que, durante décadas, houve resistências de alguns setores que travaram os projetos. O ex-prefeito José Fortunati e seu vice, Sebastião Melo souberam enfrentá-las e o atual prefeito Nélson Marchezan Júnior e seu vice, Gustavo Paim tiveram a grandeza de dar continuidade. Porto Alegre agradece o bom senso dos gestores para incluir a capital gaúcha no ranking do turismo.
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RS É Negócio? JORGE TRENZ -
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jorgetrenz@trenznegociosimobiliarios.com.br
Bairros de Novo Hamburgo: Boa Vista
José Cacio Bortolini e Margit Bortolini
o ANTigo MoRRo DoS cABRiToS
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ra um sábado e a manhã estava coberta de um azul claro, profundo e calmo. O sol e o frio do inverno hamburguense harmonizados, passarinhos cantando e um silêncio introspectivo preenchiam o cenário no antigo Morro dos Cabritos. O casal José Cacio Bortolini, advogado, e sua esposa, Margit Bortolini, arquiteta, me receberam na porta de sua residência para a conversa a seguir. Juro que eu, que atuo com imóveis há mais de vinte anos, não recordava que o bairro Boa Vista já se chamou Morro dos Cabritos. Margit - Compreensível, faz muito tempo. Garanto que a maioria dos hamburguenses não lembra ou nunca soube disso. Eu me criei na Rondônia e meu pai tinha uma loja de materiais elétricos no centro. Eu vinha a pé até a loja e essa área sempre me impressionou. Era o Morro dos Cabritos. Desde quando vocês estão no Boa Vista? Cacio - Faz muito tempo que estamos aqui. Na verdade, viemos para o Boa Vista em 1989. Moramos primeiro na rua Caí, onde hoje é o meu escritório. Construímos nossa casa, vivemos um tempo lindo lá. Nos desenvolvemos profissionalmente, nossos sonhos se transformaram e, em fevereiro de 2002, mudamos para esta casa. E esta relação de vocês com o bairro se deu em razão de quê? Margit - Como te disse, esta área era um sonho para mim e sempre gostei desse bairro, do entorno dele. Nós dois simpatizamos mui-
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Fotos: Divulgação
to com as condições que o Boa Vista oferece, tem muito a ver com a gente. É a estrutura, a geografia, o traçado das ruas, enfim, o conjunto todo compõe um ambiente que tem muito a ver com nós dois. Essa percepção, esse encantamento foi crescendo e nunca mais pensamos em ir para outro lugar. O bairro é essencialmente residencial, mas vocês têm negócio aqui. Margit - Temos dupla cidadania no Boa Vista (risos). Residimos aqui e o escritório do Cacio também é no bairro. Cacio - Mas o escritório foi um plano estratégico mesmo. O centro administrativo havia se transferido alguns anos antes para o atual espaço da Prefeitura, o Fórum é nas imediações e a Justiça do Trabalho também. Quando construímos essa casa, resolvemos converter aquela em escritório pela conjunção de fatores. A Margit, como competente arquiteta que é, conseguiu transformar a estrutura residencial em um ambiente comercial. Esta casa não foi adquirida, mas construída por vocês? Margit - Sim, porque queríamos algo muito próprio. A gente gosta de ter cachorros, botar o pé o chão, ter um pé de limão, uma hortinha... Cacio - Construímos uma casa confortável, não muito grande, que privilegia a convivência. Um casarão afasta a família.
“Temos dupla cidadania no Boa Vista. Residimos aqui e o escritório do Cacio também é no bairro.” Fiz uma pesquisa tempos atrás e, se não me engano, é o segundo bairro na preferência dos hamburguenses, se fossem sair de onde estão... Margit - Ficamos dois anos procurando o terreno, não queríamos outro bairro. Mas precisávamos de certas características. Uma boa vista, sem trocadilhos (risos). Uma área maior, para ter pátio, espaço para soltar os cachorros e que o movimento do sol pudesse pegar todos os ambientes. Olhamos muitos terrenos, este aqui a gente olhou duas vezes e aí nos decidimos que era ele. E a relação com a vizinhança, existe aqui? Ou é meio cada um na sua? Cacio - Existe, sim, e é muito boa. Acredito que as pessoas buscaram e buscam o mesmo que nós. É esta tranquilidade que tu estás percebendo, os pássaros cantando, não tem barulho. A convivência é muito harmônica, não tem aquele vizinho chato, barulhento. Tem um padrão. O que vocês destacariam no Boa Vista? Margit - Eu gosto muito da praça, de acordar de manhã e ter este visual, me acomodar aqui e apreciar. Gosto demais quando acontece o “Viva a Praça” e torço para que volte logo, porque é muito interessante para todos. Lembra, Cacio, daquela banda de jazz tocando domingo à noite? Nossa, sentada aqui na varanda ou presente ali na praça, convivendo com as pessoas, é muito legal. E a manutenção do espaço é compartilhada? As pessoas ajudam a cuidar? Cacio - Fui membro da equipe da Fatima, acompanhei ela nos primeiros meses de governo e pude perceber que uma das suas preocupações é tornar a cidade um centro de convivência. Então, a prefeita tem essa visão de tornar os espaços públicos utilizá-
veis pela população e a gente percebe a ação da administração municipal na nossa praça. Havia um certo desleixo com coisas simples, como o recolhimento do lixo, que antes a Prefeitura não fazia. Margit - Os moradores também fazem mutirões, os jovens estão mais envolvidos. De vez em quando tu vês alguém recolhendo garrafas, papéis e colocando nas lixeiras. Por quê? Porque sabem que a Prefeitura vai recolher, antes ninguém aparecia. O Cacio mesmo já fez isso e, desta forma, vai se criando uma consciência de que não dá para ficar só na dependência do poder público. Sociedade é uma coparticipação. A praça está limpa, as árvores podadas e isso é importante para todos, até por questões de segurança. O que poderia ser melhorado no bairro? Margit - Eu sou meio bairrista, gosto de comprar as coisas perto de casa. Então, para mim, queria ter um mercadinho mais próximo. Sei que foge um pouco do contexto do bairro, mas eu não ficaria braba, não, com algo mais perto, que eu pudesse ir a pé. É um bom bairro para o mercado imobiliário? Margit - Eu sou suspeita para falar. Eu acho que sim, por tudo que já te falamos e pelo tempo que estamos aqui, diria que é o melhor bairro da cidade para morar, é o número um. Existe associação de bairro ou algum movimento neste sentido? Cacio - Não, nós temos um grupo de Whats, por causa da segurança. Numa situação de risco ou de violência no entorno, algum movimento suspeito, os moradores são avisados. Mas são umas nove casas no nosso grupo.
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RS EMPREENDIMENTO
Maior centro de eventos do Sul do país é lançado Espaço contará com hotel, centro de convenções, área gastronômica, loja de vinhos, bosque, capela para casamentos e um grande boulevard
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pós dois anos de estudo, o Boulevard Convention Vale dos Vinhedos teve seu projeto divulgado no último mês. Inspirado na Toscana, o complexo terá estruturas para atender tanto quem procura lazer quanto um espaço corporativo, cujo investimento está estimado em R$ 85 milhões. Os 23 mil metros quadrados de área construída integrarão eventos, hospitalidade, enogastronomia e compras, resultado da parceria entre a Incorporadora VJ&J e o empresário Romeo Paludo. O espaço aposta em funcionar como um atrativo turístico com traço arquitetônico integrado ao DNA da região, com a ambição de se tornar um ícone local. “Nossa pesquisa identificou que o turista anseia por estrutura e atrativos. Reunimos neste complexo tudo aquilo de melhor que a região tem a oferecer. Estamos apresentando o maior e melhor equipamento da região para atender o mercado eventos e o turismo em geral”, destaca Romeo Paludo.
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EMPREENDIMENTO INTEGRADO O empreendimento localiza-se às margens da BR 470, no trecho entre Garibaldi e Bento Gonçalves, e a previsão de entrega é menos de três anos. O hotel terá 211 apartamentos com a bandeira da Rede Plaza de Hotéis, Resorts & SPAs. A estrutura de entorno contempla 2.300 metros quadrados de lojas, 1.200 metros quadrados de área gastronômica com três restaurantes, varejo de vinhos com mais de 3 mil rótulos, um bosque, uma capela ecumênica e 342 vagas de estacionamento, sendo 242 cobertas, tudo isso integrado por um grande boulevard. O Centro de Convenções, com 3.400 metros quadrados de plenárias e foyers e um pé direito de seis metros, permite realizar até nove eventos ao mesmo tempo, cada um com acessos de serviços e social independentes. Projetado com salas componíveis que podem abrigar desde eventos para 60 pessoas até coquetéis para 5.800 convidados, o centro é todo no mesmo nível, com 100% de acessibilidade.
Referência em segurança Central de Alarmes tem 23 anos de experiência no ramo Fotos: Divulgação
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ma trajetória de mais de 20 anos construída com transparência, idoneidade e a colaboração dos clientes, que usufruem dos serviços de planejamento, instalações, manutenções, consultoria, monitoramento e automação. Nestes anos de história, ocorreram mudanças e revoluções tecnológicas, e a Central de Alarmes se atualizou e mais uma vez, se consolidou como referência em segurança em Novo Hamburgo. Mas, mais do que se atualizar, o diferencial dessa empresa vem sendo o cuidado em servir bem os seus clientes. E, para que isso ocorra, a empresa mantém o atendimento personalizado e preza pelo contato direto com quem usufrui de seu trabalho. A Central de Alarmes busca junto aos seus colaboradores o aperfeiçoamento dos serviços prestados, pois está ciente que
seus clientes confiam suas vidas, famílias e histórias a sua equipe. Assim, compre compreende que sua missão é ser servir bem para que todos vi viDestavam com segurança. Desta cando que tem orgulho dos serviços prestados ao longo dessa trajetória no setor de segurança privada.
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RS CrôniCa
RS Drops
Osvino Toillier osvino@sinepe-rs.org.br
O Brasil depOis da COpa
* Mestre em Educação e Vice-presidente do Sinepe/RS
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A sede da Associações dos Dirigentes de Marketing e Vendas do Brasil (ADVB/RS) foi palco do lançamento do livro 50 Metros a Mais, de Anton Karl Biedermann. Quem abriu o evento para amigos, empresários, imprensa e família foi o seu neto e atual presidente da ADVB/RS, Rafael Biedermann Mariante. O evento contou com um talk show comandado pelo jornalista Tulio Milman, afirmando que “o livro é o resultado de uma colheita que vem sendo plantada”. Biedermann, aos 94 anos, mostrou conhecimento diante de temas empresariais, sociais e políticas. O livro trata justamente dessas questões, pois Biedermann mostrou-se com espírito de liderança nos anos 90, tendo destaque no Rio Grande do Sul. Além disso, ele ainda está entre o top 10 do ranking da Federação Internacional de Natação em modalidade para sua faixa etária e categoria. Liane Neves/Divulgação
A desclassificação do Brasil nos trouxe de volta à dura realidade: acabou a Copa para nós! O time vai ter que voltar para casa e enfrentar o dia a dia, com os problemas que foram congelados com o início da Copa do Mundo e agora estão diante de nós, cobrando solução! É muito lamentável que tenhamos esta prática de irmos para um evento desta magnitude, desligandonos de todos os problemas ao nosso redor e mergulhando de corpo e alma nas emoções de um evento esportivo, que galvaniza a paixão de povo brasileiro. Voltamos para casa com a decepção da derrota. O esporte tem esta contingência: vitória ou derrota. Não é que a vitória mudasse a realidade brasileira, mas a derrota potencializa nossa decepção e nos desacredita perante o mundo. Precisamos esperar quatro anos para voltar a campo para apresentarmos nossas credenciais para nova jornada. E acima de tudo apostar em nosso time, mostrar que continuamos a ter raça e crença na seleção canarinho, mas aprender com as derrotas e inspirar-nos nas seleções vitoriosas. Nunca uma vitória nos coloca acima dos adversários e jamais uma derrota é apenas desgraça, com que não possamos aprender lições para nossa ressurreição e superação. Interessante como cada tempo cobra seu preço: dos momentos mais difíceis do passado emergiram heróis que levaram avante o sonho de novos títulos e puderam erguer a taça, que simbolizou o orgulho renascendo e construindo vitórias que nos afirmaram perante o mundo. Nossos meninos precisam descansar; nossos dirigentes, de calma e serenidade para compreenderem o cenário e as circunstâncias que nos mandaram mais cedo para casa. Do silêncio de cada um deve emergir um lampejo de luz para não apenas procurar culpados, mas reflexão madura para possamos nos apresentar com mais competência para o próximo embate, aproveitando as etapas intermediárias para correções e muito trabalho para as mudança e melhoras necessárias. Eu creio que não nos falta material humano para isto. Haveremos de ser humildes e determinados para superar nossas deficiências e concebermos uma seleção imbatível como nos melhores tempos do nosso futebol.
anTon Biedermann lança livro
Jornalista Tulio milman e autor do livro, anton Biedermann
Tempos de mudança na moove
A Moove informa a alteração no quadro de sócios da empresa. Aira Franciosi, Denise Milão e Luana Rodrigues passam a compor a estrutura societária da Moove, ao lado de José Luiz Fuscaldo e Alberto Meneghetti – que ingressou como sócio-diretor em junho, para assumir a área de New Business e o Núcleo Agro. Assim, Aira Franciosi e Denise Milão ficarão focadas na gestão da empresa, e Luana Rodrigues segue responsável pela operação da agência.
os novos rumos da lord’s TraJes
A loja de aluguéis e vendas de trajes masculinos, Lord’s Trajes, inaugurou o e-commerce do estabelecimento. Agora, através do comércio virtual, a loja consegue proporcionar uma nova experiência em atendimento, e facilitar o aluguel ou compra das peças aos clientes. Outro projeto que está sendo desenvolvido é a expansão do empreendimento através de franquias. Inaugurada em 2011, a loja nasce com o lema de construir histórias. Segundo o propietário, Pedro Bagatini Guerra, conta que “é muito gratificante participar dos momentos especiais da vida de nossos clientes. A equipe da Lord´s Trajes valoriza muito e se compromete a proporcionar uma experiência de atendimento diferenciada”. A Lord’s Trajes está localizada na Rua José do Patrocínio, 653, Novo Hamburgo. Para conhecer o e-commerce, entre em www.lordstrajes.com.br. Divulgação
gasTronomia e hoTelaria da capiTal são Tema de livro
Durante coquetel no Memorial do Rio Grande do Sul, o Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região (Sindha) lançou o livro Tradição e Arte em Receber, que apresenta, em 192 páginas, a história e cultura de Porto Alegre a partir da gastronomia e hotelaria. Esta obra é comemorativa aos 75 anos do Sindha e retrata a trajetória dos primeiros estabelecimentos de Porto Alegre. O coquetel também marcou a abertura de exposição que traz as imagens, vestuários e outros materiais históricos relacionados a hotelaria e gastronomia da Capital. A exposição tem visitação gratuita e segue aberta até o dia 26 de agosto, de terça-feira a sábado, das 10h às 18h, e aos domingos, das 13h às 17h.
A vinícola Ravanello, localizada em Gramado, recebeu a certificação que atesta o emprego de boas práticas agrícolas e de produção, sendo assim a primeira vinícola brasileira a apresentar o selo da produção integrada em seus rótulos. Essa certificação é concedida pelo Instituto de Avaliação de Qualidade de Produtos da Cadeia Agro Alimentar, com aval do Ministério da Agricultura e do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). A base desse selo são as boas práticas, tanto agrícolas quanto de fabricação, onde se busca a redução de uso de agroquímicos, visando a ausência de resíduos químicos, físicos, biológicos e aspectos sociais, como a saúde do trabalhador rural. O proprietário da vinícola, Normélio Ravanello, foi parabenizado pelo prefeito de Gramado, Fedoca Bertolucci, secretária de Meio Ambiente, Rosaura Heurich, e o secretário de Turismo, José Carlos de Almeida.
Carlos Borges/Divulgação
vinícola gaÚcha receBe TíTulo de Boas práTicas produTivas
normélio entre Fedoca, rosana e José carlos
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RS Comportamento Cris Manfro acmanfro@terra.com.br
relaCiOnamentO requer esfOrçO
* Psicóloga clínica, terapeuta de família e mediadora familiar
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47ª exposição regional de orquídeas Terá novidade para agroindÚsTria
Neste ano, a 47ª Exposição Regional de Orquídeas Cattleya Intermedia e a 13ª Feira das Flores serão realizadas nos dias 1º e 2 de setembro, no Parque da Oktoberfest, em Santa Cruz do Sul (RS). Além disso, o evento terá como novidade a Feira Regional de Agroindústrias, que terá estrutura montada dentro do parque, reunindo cerca de 20 agroindústrias familiares. O evento é realizado pela Emater/RS-Ascar, em parceria com a Prefeitura de Santa Cruz do Sul, através da Secretaria Municipal de Agricultura (Seagri), com apoio do Arranjo Produtivo Local de Agroindústria e Alimentos da Agricultura Familiar do Vale do Rio Pardo (APL). A ideia, segundo o técnico agrícola da Seagri Moisés Mora, é mostrar aos visitantes a produção do Vale do Rio Pardo, tanto em flores quanto variedade em produtos coloniais.
cerveJarias se reÚnem na roTa românTica
Representantes de cervejarias e dos municípios que integram a Região das Cervejarias Artesanais do Rio Grande do Sul reuniram-se na sede da Associação dos Municípios da Rota Romântica, para debater como destacar a região e os próximos passos para a implantação de um selo de qualificação regional. O presidente da Rota Romântica, Cláudio José Weber, explicou às cervejarias “que já houve uma reunião com os representantes públicos dos 22 municípios, que optaram pela constituição de uma entidade”. Os representantes das cervejarias presentes concordaram com a formalização de uma nova associação. A próxima reunião, com data a ser definida, reunirá poder público e empreendimentos cervejeiros dos 22 municípios para constituir o grupo fundador e determinar as diretrizes da associação.
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Vanessa Birk Staudt/Divulgação
Não existe relacionamento dar certo sem esforço. Fico preocupada quando vejo gente jovem, achando que ter uma vida a dois ou em família é fácil e que ninguém precisa ceder ou trabalhar para que dê certo. Não me admira que os divórcios tenham aumentando tanto e, muito porque os próprios pais fomentam isso. Escuto frases do tipo: “meu filho, não pode ficar sofrendo, logo se estiver sofrendo (um pouquinho), que venha logo de volta à casa da mamãe”. “Minha filha está passando trabalho? (normais da vida a dois), vou correndo buscar”. Como se não houvesse comprometimento e responsabilidade. Ninguém quer filho em sofrimento. Mas levar um relacionamento adiante requer aguentar dias muito frios e de noites intermináveis. O amor dos esquimós, como eu escrevi em um trabalho há anos atrás. Requer engolir sapos. Nunca pensei como deve ser indigesto engolir um sapo. Mas, é bem isso. O problema é que se nossos filhos foram criados sem a vitamina do N, a do não, ficará difícil suportar os “nãos” naturais de uma vida a dois. Se eles são criados com todas as vontades satisfeitas como irão suportar abrir mão, no sentindo de ceder e, não de se submeter, das próprias vontades pelas vontades do outro? Que por sua vez também vem de uma criação onde teve tudo o que sempre quis e da maneira que desejou e, espera ser servido? Quando um relacionamento inicia é comum ser idealizado. O problema é que antes as pessoas suportavam “desidealizar” e passar para uma relação de verdade. Hoje, cultiva-se pular de relação em relação em busca de encontrar a relação perfeita, que nunca vem, porque ela precisa ser construída. Escute a vovó: Você vai ser decepcionado e irá decepcionar. Isso é certo! Mas, se sobreviver a esses momentos, você terá todos os ganhos de construir uma verdadeira intimidade, onde você possa ser você e onde o outro será amado, mesmo com os defeitos que possa ter. Todo esforço em se tratando de amor, recompensa de alguma forma. Se a relação acabar você saberá que fez o possível e fez até o que julgava impossível, para fazer dar certo. Se permanecerem juntos você sentirá a força que o amor, a boa vontade e a compaixão têm de mover montanhas. Para isso é preciso não ficar entulhado de coisas ruins, como o ressentimento, as raivas, as culpas e dar espaço para o perdão. Para colher é preciso plantar e estar disposto a suportar as épocas de estiagem, pragas, e de chuvas intermináveis. Passado isso e suportado as dificuldades, virá à época da boa ventura, do desabrochar, e de colher os frutos. O importante é manter a esperança na capacidade, de construir, na capacidade de ambos, de superarem e irem em frente. Mantendo a esperança no amor, no desejo e na paixão.
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cedido o Terreno para horTa comuniTária de novo hamBurgo A Horta Comunitária Joanna de Ângelis foi contemplada com um terreno de 1,1 hectare. O espaço, localizado ao lado da horta, será utilizado para ampliação física e de serviços oferecidos pela instituição, A Horta, que atende pessoas em situação de vulnerabilidade social. Fátima Daudt, prefeita de Novo Hamburgo, oficializou a doação diante do presidente da Horta, Julio Dornelles, e do vice-presidente, Gilmar Dalla Roza. A prefeita reforça o convite para que a comunidade conheça o local e adquira os produtos oferecidos. “Além de um trabalho social riquíssimo que é desenvolvido lá, por meio dos projetos sociais, a comunidade pode contar com itens fresquinhos”, diz a prefeita. Emocionados com a en-
trega do terreno, Dornelles e Dalla Roza falaram sobre os planos para a Horta Joanna de Ângelis. “Agora, nos sentimos mais fortalecidos para buscar parcerias e concretizar ações que para serem colocadas em prática necessitam de um espaço físico”, afirmou o vice-presidente.
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*Fonte: Geofusion. Número de unidades: 1270 escolas no Brasil.
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ROBERTO GROSS RECEBE TÍTULO DE CIDADÃO SANTA-CRUZENSE
Em sessão solene, a Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul, entregou o título de Cidadão Santa-cruzense a Roberto Jeferson Gross. A iniciativa foi do vereador André Francisco Scheibler (SD). Scheibler destacou a trajetória profissional de Gross. O homenageado nasceu em Giruá (RS) e residiu em Santa Rosa até 1995, quando ingressou por concurso público na Justiça Federal de Porto Alegre. Em 98, se transferiu para Santa Cruz do Sul. Gross está lotado na 1ª Vara Federal, esteve Diretor de Secretaria da Justiça Federal nas cidades de Caçador (SC), Florianópolis (SC), Cachoeira do Sul (RS) e Lajeado (RS). Além disso, exerce atividades voluntárias de cunho cultural, social, esportivo, educacional e assistencial em diversas entidades da cidade. Também esteve presente na organização da Oktoberfest de Santa Cruz do Sul, atuando como vice-presidente em 2012. Jacson Miguel Stülp/Divulgação
A elaboração de um planejamento estratégico, de forma geral, leva em consideração fatos, eventos, forças, fraquezas e ameaças com base no procedimento SWOT (diagnóstico estratégico da empresa no meio em que está implantada), a partir de dados da empresa, do mercado ou indicadores estatísticos. Neste caso, os fatores ambientais naturais e antrópicos que interferem nas decisões, escolhas, produtividade e no bem-estar das pessoas não são considerados. A execução deste planejamento sofre, muitas vezes, alguns percalços, que acabam abalando o seu desenvolvimento. Problemas inesperados podem se originar a partir destes fatores ambientais ignorados no plano inicial. A energia do ambiente, segundo a biociência, mantém as coligações atômicas e moleculares de todos os elementos do ambiente e mantém o fluxo sistêmico da vida de todas as espécies. Constitui um fator sutil, porém determinante para os acontecimentos devido a esta correlação. Considerando que tudo é energia, inclusive as possibilidades em relação ao que se quer, fica claro que esta energia está disponível no “meio” para todos. A questão, então, é como atraí-la. Exemplificando, imaginemos uma caixa enorme, com dimensões similares as de uma casa abarrotada de bolinhas de tênis de mesa, de todas as cores. Suponhamos que as bolinhas azuis são as de mesma frequência dos nossos propósitos. Se conseguirmos atrair todas as bolinhas azuis ou a grande maioria delas, o nosso objetivo estará concretizado. Fica claro que as oportunidades e possibilidades relativas ao propósito do negócio estão contidas no ecossistema da empresa, o seu ambiente interno e o externo, em forma de energia, a mercê de uma força ressonante que as atraia. Esta força de atração é o padrão de energia - que é gerado por meio da Reprogramação Quântica do Ambiente Básico. Portanto, um planejamento estratégico somado a um padrão de energia que gera a atração de oportunidades do universo de possibilidades, formam as condições propícias para o desenvolvimento do negócio.
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Gross entre o presidente da Câmara, Bruno Faller, e Scheibler
CIRCULANDO COM PATRÍCIA ROSA
A promotora de eventos Patrícia Rosa, também colunista da Expansão RS, inicia um novo desafio na Vale TV: ela assume o programa Circulando com Patrícia Rosa, trazendo eventos sociais, corporativos e culturais. Além disso, com uma roupagem descontraída, a apresentadora evidencia personalidades, empresas e entidades da região. Pelo canal 14 da Net, é possível acompanhar aos domingos, às 20h30, o programa inédito. As reprises são transmitidas aos sábados e as terças-feiras. Em canais alternativos como, Vale TV Play, Youtube e fanpage do Facebook, os espectadores conseguem ter acesso a outros conteúdos do programa. No dia 15 de setembro, Patrícia estará cobrindo o brunch de lançamento do anuário Expansão Noivas. O evento será realizado no Hotel Ecoland, em Igrejinha.
Divulgação
O ESTILO NORTE-AMERICANO DE VENDER IMÓVEIS
O corretor de imóveis Guilherme Pilger está conquistando reconhecimento nacional ao aplicar estratégias de marketing e negociação utilizada por corretores imobiliários norte-americanos. Recentemente, Pilger foi convidado pelos organizadores do evento BrokerHunter 2018 para contar sobre sua trajetória profissional. Entre as conquistas de Pilger estão os prêmios cedidos pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 3ª Região (Creci-RS) nas categorias: Case Estratégico de Lançamentos Imobiliários e Case Estratégico de Imóveis Avulsos. O método utilizado pelo corretor não é muito comum no Brasil, mas tem alcançado o público. “O mercado mudou muito e a forma de apresentar os imóveis também, o cliente tem a opção de somente deixar seu imóvel à venda em um site de imobiliária renom, ou ele pode ter seu imóvel em uma vitrine apresentado de maneira singular que agregue valor ao seu imóvel”, detalha o corretor.
Aline Schneider/Divulgação
CDL-NH RECEBE PRÊMIO PGQP
Na segunda-feira, 13, o Prêmio Qualidade RS na Categoria Medalha Bronze do PGQP foi entregue a CDL-Novo Hamburgo. É a primeira vez que a entidade recebe o prêmio conhecido como Oscar da Qualidade do Rio Grande do Sul. O diretor de qualidade da CDL-NH, Everaldo Cavalheiro, subiu ao palco junto com o presidente da entidade, Gilberto Kasper, para receber o prêmio. A cerimônia ocorreu na Fiergs, em Porto Alegre. “É uma conquista e um reconhecimento profissional e até pessoal”, disse Cavalheiro. “Fazer o melhor sempre, nos negócios e na vida! Agradeço aos colaboradores da CDL NH e a diretoria que participaram dessa busca pela excelência”, completou Kasper. O presidente do conselho diretor do PGQP, Daniel Randon, em seu pronunciamento, ressaltou que todos os premiados da noite são inspirações de empresas e de como pensar e fazer diferente. “São pessoas como nós que mudam o Rio Grande do Sul e a mudança vem da liderança”, falou Randon.
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RS DIREITO &EMPRESAS
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Alberto Becker alberto@beckeresantos.com.br
QUANDO O MEDO SE DISFARÇA
readores de Novo Hamburgo, a Academia Literária do Vale dos Sinos (Alvales), foi homenageada pelos seus 30 anos de fundação. A homenagem foi proposta pelo vereador e presidente da Câmara, Felipe Kuhn Braun (PDT), que faz parte da Alvales e é presidente da Câmara de Vereadores. Ao assumir a tribuna, o vereador iniciou sua fala resgatando o histórico da entidade, além de destacar o papel da Academia. “A paixão pela escrita nos une. O registro histórico, a comunicação, preserva a história. No futuro, que nossas crianças também trilhem esses espaços abertos pela academia. Sabemos que uma entidade, uma associação, completar cinco, dez anos, não é fácil. Chegar aos 30 anos é uma grande vitória”, declarou o presidente da Câmara de Vereadores. Durante a cerimônia, Braun entregou um quadro comemorativo à presidente da Alvales, Renate Leopoldine Gigel. No final da solene, medalhas comemorativas foram entregues aos membros da Alvales. Divulgação
Numa viagem que fiz recentemente, chamou-me à atenção uma passagem que li sobre o medo, atribuída a Yvon Chquinard, o fundador da Patagônia: “não há diferença entre um pessimista que diz ‘Ah, é impossível, então não se preocupe em fazer nada’, e um otimista que diz ‘Não se preocupe em fazer nada, vai dar certo de qualquer jeito’. Nos dois casos, nada acontece”. De fato, o medo é um camaleão habilidoso e se disfarça de várias formas. Raramente, no entanto, ele se desvela escancaradamente com nome de quatro letras pelo qual o chamamos. As pessoas são dotadas de uma capacidade incrível de mascará-lo. Seja uma pessoa analisando uma proposta de emprego, seja um empresário lidando com um momento instável do mercado ou uma verdadeira crise generalizada em sua empresa, é comum percebermos uma busca desabalada por plausibilidades (já falamos, em outro ensaio, neste espaço, sobre a síndrome de Pollyana), quase sempre irracionais, que colocam no medo uma fantasia aparentemente bacana, porém perigosa: a recusa otimista da realidade. Recusa esta que, bem examinada, muita vez, revela o artifício mais singelo de quem está vivenciando conflitos, problemas, dificuldades de toda a ordem, ou seja, a boa e velha negação da realidade. Por vezes, isto se deve ao desconhecimento; porém, quase sempre, se apresenta com simples tentativa de disfarçar o medo. O medo de agir, do que os outros vão pensar e falar de nós, de fazer o que já se sabe que é necessário enfim. É claro que é normal sentir medo. Nem sempre se admite, mas é. Este é um grande e silencioso inimigo do progresso pessoal e da governança das empresas no mundo corporativo atual. Afinal, as empresas são feitas de pessoas. Como diz meu amigo Zanchin, por trás de todo CNPJ tem sempre um CPF. Portanto, cuidado! Não acredite que a performance de sua empresa, o endividamento, a gestão de pessoas, a carga tributária, a crise experimentada pelo país, a sua estrutura de custos, suas estratégias, que tudo vai se resolver espontaneamente. Normalmente, isto não acontece. Algumas coisas não dependem de você, mas muitas sim. Não se engane mais. Supere o medo disfarçado de otimismo e aja, enfrentando a realidade, pois as coisas não vão melhorar sozinhas. Experimente, ouse, ponha-se a caminho da solução dos seus problemas. As chances de você conjurar o medo que paralisa e impede de agir serão significativamente maiores. Madre Teresa de Calcutá disse, certa feita, que “as mãos que fazem são mais sagradas do que os lábios que rezam”. E, ao final, quem sabe, o amigo leitor se questione: era isso que eu temia? Pense nisso.
ALVALES É HOMENAGEADA PELA CÂMARA MUNICIPAL Em sessão solene na Câmara Municipal de Ve-
Renate Gigel recebe de Felipe a distinção * Advogado
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RS ADvOCACIA
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O comprometimento com a justiça Escritório de advocacia tem como foco o aprimoramento de técnicas jurídicas
advogada iara schneider
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á mais de 25 anos, o escritório de advocacia Iara Schneider – Sociedade Individual de Advocacia busca a justiça por meio da excelência no atendimento e total comprometimento com o cliente, fazendo disso o seu alicerce. Ao longo dos anos, foi investida na mais alta especialização dos profissionais, incentivando a busca por novos conhecimentos e aperfeiçoamento da técnica jurídica desenvolvida. De acordo com o advogado Dr. Lucas Dal Bello, que compõe o corpo jurídico do escritório, no dia 1º de outubro entrará em vigor um decreto presidencial permitindo a utilização de períodos de contribuição em outros países para se aposentar no Brasil. “É sabido que o Brasil mantém relações diplomáticas com inúmeros países. O que não é muito difundido é que, com muitos deles, há acordos e ajustes internacionais de aposentadoria vigentes, autorizando, por exemplo, o cômputo de tempo trabalhado no Brasil no exterior e vice-e-versa”. Segundo ele, seria possível, preenchendo os requisitos, independentemente, em ambos os países, obter duas aposentadorias - uma em cada país signatário.
Conforme dados da Previdência, o Brasil tem acordos semelhantes em vigor com Alemanha, Bélgica, Cabo Verde, Canadá, Chile, Coreia do Sul, Espanha, entre outros. O mais relevante, dada a quantidade de brasileiros que lá residem e trabalham - e que, embora assinado, aguardavam há bastante tempo a conclusão do processo de ratificação pelo Congresso Nacional -, é o acordo assinado com os Estados Unidos da América. O acordo foi finalmente validado e o governo, por sua vez, editou um decreto presidencial regulando a matéria no último dia 25 de junho, publicado no Diário Oficial em 26 de junho de 2018. “Esse acordo permitirá que brasileiros que vivem nos Estados Unidos possam somar aqui o tempo de contribuição registrado no exterior. O mesmo valerá para americanos que trabalham no Brasil. Segundo estimativas
da Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda, a medida deverá beneficiar 1,3 milhão de brasileiros e cerca de 35 mil norte-americanos’’, relata Dal Bello. A sócia-fundadora, Dra. Iara Schneider, destaca que o trabalho desenvolvido pela sua equipe possui como principais missões priorizar a valorização das pessoas e tratar de modo especial cada um dos seus clientes, com toda a atenção e dedicação que cada caso merece. “Com base nisso tudo, minha liderança segue essa missão suprema: ajudar a todos que necessitam e mudar vidas! Essa é, inclusive, a minha concepção do que é ser advogado: buscar incansavelmente a justiça, atuando sempre na forma da lei, mas sem se esquecer de que, por trás dos processos, das folhas timbradas, das teses jurídicas e das jurisprudências, estão as pessoas’’, conclui.
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RS De A a Zita
“Alguns heróis não têm capas, eles são chamados de pais. Parabéns pelo seu dia!”
Zita Pereira zitapereira@revistaexpansao.com.br
(autor desconhecido)
Divulgação
top de marcas vem aí
Há 22 anos homenageando quem faz a diferença, o Troféu Top de Marcas terá sua noite de premiação em Novo Hamburgo. O Restaurante Panorâmico da Fenac será o cenário da noite, onde a elegância dos agraciados faz do encontro brilhante ocasião. A grandiosa festa está agendada para 14 de setembro e muitos nomes conhecidos integram a lista deste ano. Cassiano Lisboa é o diretor da Sul Eventos, empresa que promove o Top de Marcas.
Parabéns à você: os pais com sua pequena, que esteve cercada de cor e magia
primeiro aniversário
planeta Rio
E o Rio de Janeiro continua lindo, com suas praias, seus famosos pontos turísticos, sua moda própria para as altas temperaturas, cheio de gente charmosa e bronzeada e lotado de forasteiros do mundo inteiro. Não é à toa foi eleito por personas de todo planeta como point de férias e muitas vezes se tornando sua própria pátria. Como foi com Brigitte Bardot, que elegeu Búzios para viver e passar longas temporadas. Sempre à frente de seu tempo, ela sabia das coisas.
Com o tema Jardim da Rafaella, foi comemorado o primeiro aniversário da filha de Daniela Augustinho e de Gerson Barcellos Trevisani, no Espaço Cereja do Bolo, em São Leopoldo. Borboletas, pássaros, ninhos, flores e verdes compuseram a decoração, que resultou em encantamento. Cardápio personalizado, a festa estilo “casa da gente” foi motivos de incontáveis elogios. O grande dia da Rafa foi marcante!
Denise Michels foi formanda do curso de Administração de Empresas na Universidade Feevale, no final do último semestre. Festa bem decorada e igualmente bem organizada marcou a conquista de Denise, que recebeu seus convidados na Sociedade Oriente, em Campo Bom, tendo ao lado o marido, Gilnei dos Santos Brizola, e os pais, Marlise e Willi Michels. Fizeram animada recepção a amigos e familiares. A noite se estendeu com jantar e entusiasmados cumprimentos, e tudo terminou em danças, com a pista sempre lotada. Missão cumprida!
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Sandra Maia/Divulgação
A noite foi dela
milagres existem, sim!
Realizada: Denise momento antes de receber seu diploma
Depois do terrível acidente, o escritor e vereador hamburguense Felipe Braun (foto), vem mostrando que está cada vez melhor e que Aquele lá de cima não dorme. Foi um milagre que teve Deus no poder e uma cidade inteira rezando por ele, por tudo que é e faz pelo município. Engajado às necessidades da comunidade, visita famílias e entidades fora de seu horário de expediente. E viva a vida!
Fotos: Divulgação
Entre linhas e tecidos
A hamburguense Daniela Forell Martins (foto), estudante de Farmácia, na faculdade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, é multifacetada. Artesã categorizada, de suas poderosas mãos saem obras-primas, tanto para casa, como presentes para crianças e bebês, sem contar as exclusividades que faz só para as duas lindas filhas, Gabriela e Mariana. O conjunto de bolsa, em trio, para a mamãe, para a filha e para a boneca, está entre as peças mais pedidas. Encomendadas pelas amigas daqui, suas criações rodam pela cidade.
Gilmar Harf, Lauana D’Ávila Eidelwein, Ana Amélia Lemos, Lurdes Coin e Josué Antônio de Moraes
Palestrantes de peso
A senadora Ana Amélia Lemos (PP) e candidata a vice-presidente da República e o deputado federal Renato Molling (PP) foram os palestrantes, no mês passado, para empresários do setor calçadista, dando ênfase ao momento político brasileiro e o papel da sociedade. Iniciativa da Abicalçados, ABQTIC, CICB e Abrameq, o evento reuniu mais de 600 pessoas na Sociedade Ginástica de Novo Hamburgo.
Cenário de arte
O recital de piano com Eudóxia de Barros fez parte das apresentações da Temporada Cultural 2018 da Fundação Ernesto Frederico Scheffel, em comemoração aos 40 anos de sua fundação. Já a noite da canção francesa com Luana Pacheco (voz), Miriã Farias (violino) e Luciano Leães (piano), foi outro espetáculo que lotou o antigo casarão de Hamburgo Velho. Os convites, lindos, estampam os óleos sobre telas Apartamento 202 e Gerânios, do acervo do museu de Scheffel, nosso imortal artista hamburguense.
Show de voz e piano: Luana e Eudóxia encantaram os aficcionados pela música
Palmas para ele
Os amigos se reuniram para celebrar Glauco
Glauco Engel recebeu a turma do cafezinho do Café Avenida para comemorar seus 73 anos muito bem vividos. Mas dessa vez não foi no café. O conhecido aniversariante abriu as portas da espaçosa casa para os amigos e o prato principal foi feijoada de peixe, harmonizada com finos vinhos chilenos merlot e cabernet. Para fechar o elogiado menu, foram servidas finas sobremesas.
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RS De A a Zita
Atiradores em festa O Grêmio Atiradores esteve em festa para comemorar os 126 anos de fundação e muita atividade, tanto social, quanto esportiva. O jantar-baile reuniu mais de 200 casais, que assistiram ao resgate da colonização alemã através da gastronomia da noite tipicamente germânica e a música de tradicionais bandinhas, aos sucessos atuais. A agremiação vem em um processo chamado Cara Nova, com inúmeros associados retornando ao Atiradores que fez e faz história em Novo Hamburgo. E este evento não deixou nada a desejar, sob a gestão de Marcos Bock, que sabe como ninguém, reger um clube. Um grandioso sucesso que se reverte em aplausos ao gestor, à presidente Sabrina Wildner, que esteve acompanhada do marido Paulo Wildner, e a diretoria do Atiradores, lindamente situado em meio à imensa área verde.
Loraine Gamarra e Marcos Bock
Sabrina e Paulo Wildner
Artur Simão Pires e Bruna Carvalho
Samuel Hennemann e Cintia Menezes Lara
Maria e Carlos Eduardo Ramme
Marcelo Pires e Joice Denise Simão
Andressa Brandenburg e Fernando Bock
Fernanda Roberta dos Santos e Thiago Siqueira de Oliveira
Celedi Amado e Alexandre Daniel Pires
Luis Gustavo da Silva e Monique Teixeira
Issur Koch e Daiane Fritz
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Nelson Koch e Maria Solange Koch
EXPANSAORS.COM.BR Fotos: Solange Nunes/Divulgação
Ana Paula Benetti e Maximiliano Rodrigo Stankovitz
Marga e Flávio Júlio Daudt
Carlene Hamerski e Sílvio Rodrigues
Ritmo: elas deram e são show
s e u g i r d o R n o t Vestidos Mil
Abre alas para elas passarem
Gabarito: pausa para a hora do jantar composto por finas iguarias
Pompa e circunstância
Fino gosto em comum: o estilista Milton Rodrigues com a mãe das aniversariantes
Os 18 anos das gêmeas Graziela e Gabriela Dutra Vieira foram comemorados com luxo e elegância no salão de festas do Swan Tower. As aniversariantes fizeram desfile de tendências para a ocasião. Usaram quatro modelitos assinados pelo estilista Milton Rodrigues. Antecedendo a festa, ele fez roupões personalizados com os nomes escritos em cristais para a dupla usar durante o making of de cabelos e maquiagem. Valdecir Rodrigues Vieira e Fátima Vieira receberam cumprimentos dos 250 convidados, junto com suas lindas filhas pela categorizada festa. O primeiro vestido, longo e dourado, foi esculpido no corpo, com
bordados desenhados à mão, trabalhados em pedrarias e com leve transparência emoldurando as pernas. E assim foi a noite: uma sequência de surpresas, tanto no visual, quanto na pista de dança. Vários estilos musicais combinaram com as outras duas criações do estilista. Teve coreografia assinada por Mauro Schneider, acompanhados por bailarinos e com Rafaela, irmã das aniversariantes, participando do grupo. Para encerrar este momento, teve ainda dança do ventre e muito gingado com um grupo de pagode. Foi, literalmente, uma festa de mil e uma noites, em uma só! Fotos: Fábio Martins/Divulgação
Linda família: glamourosamente reunida
Obra de arte: Milton, Graziela, Gabriela e Rafaela
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RS EvEntos, DiCAs E fAtos tos eventosdicasefatos.com.br
Patrícia Rosa |
Promotora de eventos
pr.eventos@hotmail.com
Imigração Alemã
Os 194 anos da imigração alemã foram comemorados com muita festa, atividades artísticas, culturais e gastronomia típica em São Leopoldo. A Einwanderungsfest uniu entidades e empresas da cidade, entre elas o Museu Visconde de São Leopoldo, Sociedade Orpheu, Sociedade Ginástica, Comunidade Igreja do Relógio, Concórdia, Interventura, OASE, Casa Auxi-
liadora, Acist-SL e República de Cervejas, que promoveram várias programações alusivas à imigração. No Centro de Eventos ocorreu a tradicional São Leopoldo Fest, com atividades diárias de 25 de julho a 5 de agosto, reunindo atrações nacionais e locais, além da feira industrial, comercial e de artesanatos. Confira alguns registros das comemorações:
Herta e Manuela Zang, na Noite Alemã da República das Cervejas
Leonardo Abreu/Divulgação
194 anos da
Blog Corte da São Leopoldo Fest: Tainá Viana, Maria Lua Streit, Iselda Barden e Bibiana Cleon
Janete e Humberto Schneider com Lucimari e João Eberhardt, Rei e Rainha da Luther Fest
Diretoria da Ginástica no Baile da Imigração André Portal/Divulgação
Ingrid Marxen e Cássio Tagliari, presidente do Museu
Banda Musical Auxiliadora se apresentou nas atividades da Einwanderungsfest
Diretoria do Orpheu no Recital de Coros
Grupo Deutsche Seele encenou a colonização na Luther Fest
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RS GlAmour
Em um moderno ensaio urbano na cidade de Novo Hamburgo (RS), Mariana Flores segurou a pose de forma descontraída.
Lu Larré ehventus@gmail.com
Carina Silva/Divulgação
Mariana de Borba/Divulgação
Ao lado da família e amigos, Isabella Nascimento Von Esenwein viveu uma noite de princesa na comemoração de seus 15 anos. A festa ocorreu em São Leopoldo (RS).
No 28 de junho, o Noivas & Blá blá blá confirmou o seu sucesso com a participação de noivas que estão planejando o seu casamento. A sétima edição ocorreu na cidade de Nova Hartz (RS).
Selaci Espíndola /Divulação
Ana Jesus/Divulgação
Mariana de Borba/Divulgação
A dupla Ney Silva e Patrícia Zottmann em clima de bate-papo e descontração em recente evento social em Novo Hamburgo (RS).
Ana Jesus/Divulgação
Marina Silveira e Fernando Potrich disseram sim em bela cerimônia ao ar livre realizada em Lomba Grande, Novo Hamburgo (RS).
Liliane Jacoby de Moraes recebeu Júlia Dambrós, consultora de imagem e estilo, em recente tarde de brindes no Eternity Studio de Beleza, em Novo Hamburgo (RS).
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Em que mundo você vive? Circulamos com naturalidade abordando com profundidade todos os pontos de vista do mundo dos negócios, da política, da cultura, do empreendedorismo, da tecnologia e de tantos outros segmentos, porque vivemos no mundo dos valores. Para fazer jornalismo de credibilidade e de qualidade por 85 anos e produzir conteúdos relevantes, é preciso ter ética, imparcialidade, clareza G EQPƂ CDKNKFCFG EQOQ XCNQTGU HWPFCOGPVCKU Esse é o nosso mundo, esses são os nossos valores.
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