ANO 13 / Nยบ147 / R$ 12,00
Revista Expansรฃo
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Revista Expans達o
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Revista Expans達o
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Divulgação
ÍNDICE
NA CAPA 20 Nossa Capa Os bons resultados e os desafios da Sicredi Pioneira/RS
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Reportagem Especial Como funcionam os bastidores do carnaval porto-alegrense
32 Sustentabilidade John Elkington e Ricardo Voltolini falam do futuro da sustentabilidade
58 Volta às aulas A primeira vez, da educação infantil à faculdade
14 Entrevista Telmo Costa e os novos rumos da ADVB-RS
44 Política Adão Villaverde faz balanço de sua gestão na presidência da AL
46 Vida & Saúde Os fatores de risco da osteoporose
51 Cultura Músicos de Ivoti fazem turnê pela Europa com a Camerata
62 Evento Fórum Social Temático discute crise capitalista, justiça social e ambiental
68 Sem Fronteiras A Turquia no roteiro de cinco casais hamburguenses
73 Especial Verão Mais dicas de saúde, bem-estar e qualidade de vida
110 Empreendedor Diretor da Lavanderia Industrial Renova apresenta as estratégias para o sucesso
112 Gestão Marcelo Clark Alves é o novo presidente da ACI-NH/EC/CB
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Revista Expansão
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CIDADES 125 128 132 134 135 136 137 138 139 140 142
Cidades Porto Alegre - Edith Auler São Leopoldo - Letícia de Oliveira Estância Velha - Marcos Antonio Kroeff Encosta da Serra - Sandra Hess Campo Bom - Juraci Reichert Sapiranga - Aline Schneiders Paranhana - Lidiani Lehnen Nova Petrópolis - Fabiane Sehnem Vale do Caí - Édio Otto Trein Santa Cruz do Sul - Ana C. dos Santos e Sandro Viana
6 8 10 12 48 50 52 56 64 66 72 106 116 117 118 119 120 121 122 123 124 146
Carta ao Leitor Cartas Frases De Brasília - Edgar Lisboa No Provador - Silvana Homrich Estilo & Atitude - Maggda Rammé Mombach Zita Pereira Flash Multimídia Lado B da Publicidade Golfe Classic - Luis Carlos Baumgarten Casa & Estilo - Jaqueline Fischer Zapelini Crônica - Osvino Toillier Departamento Jurídico - Estêvão Trentz Comportamento - Cris Manfro Pensando Bem - César A. C. da Silva Vida Segura - Adriano Fleck Sobre Nós e Outras Coisas - César A. Pessin Cada Vez Melhor - Daniel Müller Assuntos Notariais -Lauro de Assis Barreto Informe Tributário - Angelo Justen Em Cena - Vera Fernandes
SEÇÕES
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carta AO LEITOR
Uma nova T chance odos os dias temos a chance de melhorar algo que não está certo, que não está legal, que nos incomoda. Temos, sim, é só prestar bastante atenção ao nosso redor. Cuidar do meio ambiente e dos recursos que a natureza nos dá é tarefa que sempre pode ser renovada e é um exemplo claro dos compromissos a serem repensados diariamente. Este foi um dos nossos principais comprometimentos nos últimos seis meses, a cada uma das edições. Através de um trabalho de dedicação, pesquisa e doação, e de textos cuidadosamente elaborados, a repórter Vera Fernandes explorou o tema Sustentabilidade ao representar a bandeira defendida também pela empresa, exaltando 50 ações que podem fazer parte da vida de todo o ser humano, todos os dias, para ajudar a preservar o planeta. A edição que agora você tem em mãos fecha a série com entrevistas exclusivas de personalidades que fazem a diferença no setor, como o chamado pai da sustentabilidade, o inglês John Elkington. Leia, reflita e aja. A maior festa do povo brasileiro também recebe um tratamento especial nesta edição. Fomos conferir os bastidores do carnaval da capital gaúcha em visitas a barracões e conversas com verdadeiros apaixonados pela folia. Em nome da alegria centenas de pessoas trabalham o ano inteiro para fazer bonito na avenida, construindo carros alegóricos, adereços e fantasias para momentos, como você vai ver, impagáveis. Contamos tudo nas páginas da Reportagem Especial, em depoimentos de paixão e de união. E união é uma das palavras que podem traduzir a mensagem da Nossa Capa. No Ano Internacional do Cooperativismo a edição traz uma reportagem com um dos mais fortes exemplos deste setor. Os resultados e os desafios da Sicredi Pioneira RS, a primeira cooperativa de crédito da América Latina, é uma referência que orgulha os gaúchos. Na Entrevista você confere as ideias e os desafios do líder da Associação dos Dirigentes de Vendas do Brasil no Rio Grande do Sul (ADVB/RS). Telmo Costa é o novo presidente da entidade que também busca exaltar o Estado em suas ações e posições. Ainda podemos aproveitar a estação do astrorei com muito entusiasmo. Opções não faltam e você confere no Especial Verão mais dicas de vida saudável e diversão, dando seguimento ao trabalho iniciado na edição de janeiro. E o Sem Fronteiras vai levar a mais um país cheio de encantos, força histórica e mistérios: a Turquia. Boa leitura e até o mês que vem!
Coordenadora de Redação
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NOSSA CAPA
Capa: Márcio Port (Presidente da Sicredi Pioneira/RS) Fotografia: Fábio Winter (51) 3594-1400 – www.fabiowinter.com.br | Direção de Fotografia: Marcelo Foletto – Revista Expansão | Direção de Arte: Alexandre Bitello – Revista Expansão
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Novo Hamburgo: AMBIENTAL (51) 3594-4092
São Leopoldo: ESPAÇO E COR (51) 3592-9089 Montenegro: PANO & CIA (51)3057-4511 Sapiranga: CRIATIVA (51) 3599-2301 Revista Expansão Fevereiro/2012 7
cartas
expediente
Profissionalismo
Execução Editorial Lu Freitas/Divulgação
Ficamos imensamente felizes em receber a Revista Expansão de janeiro (edição 146) com o material especial Expansão Verão. Particularmente dou parabéns à equipe pela realização de todo o trabalho sobre beleza, do qual minha filha Mariana Araújo participou como modelo para o make da estação quente (páginas 88 e 89). É motivo de orgulho saber que nossa região possui um veículo de comunicação deste quilate e de tamanho profissionalismo. Aproveito ainda para parabenizar a direção e colaboradores pela passagem dos 12 anos da publicação, em dezembro. Lúcia Chollet Novo Hamburgo (RS)
Rua Quintino Bocaiuva, 99 - Centro Novo Hamburgo - RS - CEP 93510-270 Fones: (51) 3065-6380, 3036-6380 ou 3036-6381 revistaexpansao@revistaexpansao.com.br www.revistaexpansao.com.br
Ana Paula Lenz/Divulgação
Altíssima qualidade
Diretora Geral Ana Maribel Pacheco ana@revistaexpansao.com.br
Conselho Consultivo Ana Maribel Pacheco, Marcelo Foletto, Sérgio Luiz Jost e Zita Pereira
Diretor Comercial Sérgio Luiz Jost sergio@revistaexpansao.com.br
Auxiliares Administrativos Ana Cristina Pires cristina@revistaexpansao.com.br e Diogo Rodrigo de Oliveira
Gerente de Projetos Especiais Marcelo Foletto marcelo@revistaexpansao.com.br
Recebi a edição de janeiro (146) e fiquei extremamente orgulhosa e apaixonada pelo texto referente à entrevista realizada comigo sobre a importância dos exercícios físicos (páginas 94 e 95) no especial Expansão Verão. Tenho ouvido muitos elogios e repasso isso à sua equipe. A matéria ficou super informativa e clara, parabéns pelo trabalho de altíssima qualidade e de extremo bom gosto. Kamila Neto Personal trainer Novo Hamburgo (RS)
Atendimento ao Cliente Karina da Silva atendimento@revistaexpansao.com.br
Gerente de Circulação Jucelene da Silva jucelene@revistaexpansao.com.br
Coordenadora de Redação Aline de Melo Pires - MTb 15.462 aline@revistaexpansao.com.br Secretária de Redação Graziela Dannenhauer - MTb 12.338 graziela@revistaexpansao.com.br Vera Fernandes - MTb 10.394 reporter@revistaexpansao.com.br
Respeitosamente, venho cumprimentar a direção da magnífica Revista Expansão, pelo sucesso absoluto e contínuo. Entre tantos motivos de glórias, cito apenas o Mérito Lojista concedido pelo FCDL/RS, merecidamente conquistado pelo quarto ano seguido, bem como pelos 12 anos de atividades, de inovação e ampliação nas instalações do prédio próprio. São exemplos dessa natureza que incentivam aos demais empreendedores. Sérgio Jost e dona Ana Maribel Pacheco, continuem trilhando esse brilhante caminho. Abraços. Guaracy Antonio Velho Comerciante Novo Hamburgo (RS)
Grande publicação Vi a edição de janeiro. Ficou linda! As fotos do make com o maquiador d´O Boticário Dinho Olliver ficaram ótimas! Sem contar a matéria com o Fernando Torquatto. Uma grande publicação! Parabéns a toda equipe. Lina Colnaghi Moglia Comunicação Empresarial Porto Alegre (RS)
Orgulho Quero parabenizar a equipe da Revista Expansão pelos assuntos tratados na edição de janeiro de 2011. Todas informativas e esclarecedoras. A Expansão, com certeza, é um orgulho para nós aqui do Vale do Sinos, que a vimos crescer ano após ano. Grande abraço para os jornalistas que fazem parte da Redação e para os diretores Sérgio Jost e Ana Maribel Pacheco. Waldir Dilkin Prefeito de Estância Velha (RS)
Entre as melhores Quero parabenizá-los pela conquista, mais uma vez merecida, do prêmio Mérito Lojista 2011 e pela edição de fevereiro, que coloca a Revista Expansão em nível das melhores revistas do Brasil. Parabéns. Vocês merecem. Renata Schaffer Loja Clei Modas São Sebastião do Caí (RS)
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Cumprimentos
Editor de Arte Alexandre Bitello alexandre@revistaexpansao.com.br Fotografia Fábio Winter Fotografia contato@fabiowinter.com.br Redação redacao@revistaexpansao.com.br Colaboradores - Adriano Fleck, Aline Schneiders, Ana Cristina dos Santos, César A. Pessin, César Silva, Cris Manfro, Daniel Müller, Édio Trein, Edith Auler, Edgar Lisboa, Estêvão Trentz, Fabiane Sehnem, Jaqueline Zapelini, Juraci Reichert, Lauro Assis Barreto, Letícia de Oliveira, Lidiani Lehnen, Luis Carlos Baumgarten, Maggda Mombach Rammè, Marcos Kroeff, Osvino Toillier, Sandra Hess, Sandro Viana, Silvana Homrich e Zita Pereira
Porto Alegre Representante: Starter Vitrine de Mídia, Avenida Quintino Bocaiúva, 554/501, bairro Moinhos de Vento. Telefone (51) 3021-7103 Sucursal: Edith Auler revistaexpansaopoa@hotmail.com Telefone (51) 3028-8590 Circulação circulacao@revistaexpansao.com.br Assinaturas assinaturas@revistaexpansao.com.br Comercial comercial@revistaexpansao.com.br Vendas vendas@revistaexpansao.com.br Impressão Gráfica e Editora Pallotti Cidades de Circulação Grande Porto Alegre, Vale do Sinos, Vale do Paranhana, Região das Hortênsias, Vale do Caí e Vale do Rio Pardo Encontre a Expansão nas bancas de Bom Princípio, Campo Bom, Canela, Dois Irmãos, Estância Velha, Feliz, Gramado, Ivoti, Montenegro, Morro Reuter, Nova Petrópolis, Novo Hamburgo, Picada Café, Portão, Porto Alegre, Santa Cruz do Sul, São Leopoldo, São Sebastião do Caí, Sapiranga e Taquara
Os artigos assinados não representam, necessariamente, o pensamento da revista. Não é permitida a reprodução parcial ou total dos artigos publicados na revista sem prévia autorização do editor.
Ganhe passagem de ida e volta para Miami
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Todeschini Novo Hamburgo Av. Dr. Maurício Cardoso, 1.235, loja 5, térreo Hamburgo Velho – Tel.: (51) 3036-2323
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Frases
Renata Ceribelli, apresentadora do Fantástico, em entrevista à revista Quem Acontece, depois que participou de um quadro do programa que a fez perder 11 quilos.
Teve uma hora em que achei que nunca fosse voltar ao que era. Mas já voltei. Menos o peito, que deu uma caidinha de leve.
Juliana Paes à Revista Contigo!, sobre os 16 quilos que ganhou na gravidez
Edson Teófilo/Divulgação
Não posso mais comer em público. Às vezes, prefiro nem comer para as pessoas não acharem que estou vacilando
Ficou aparente para mim que se ele fosse ficar comigo ele perderia demais em aguentar Sinead O’Connor, que anunciou em 27 de dezembro, em seu site oficial, o fim do casamento de 18 dias com Barry Herridge. Ela se desculpou por ser tão normal.
Não se pode discriminar Pernambuco por ser o Estado do ministro Fernando Bezerra Coelho, ministro da Integração Nacional, em 4 de janeiro, quando confirmou que a maior parte dos recursos para ações de prevenção a desastres naturais foi destinada seu estado. Fotos: Divulgação
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DE BRASÍLIA Por Edgar Lisboa Jornalista edgarlisboa@uol.com.br www.egdarlisboa.com.br
EM ESPERA Reinado Ferrignoi/Agência Câmara
Em março, recomeça a luta pelos recursos da Saúde O presidente da Frente Parlamentar da Saúde, Darcisio Perondi (PMDB-RS) promete que a luta em favor dos recursos para a saúde vetados pela presidente Dilma Rousseff, será retomada em março. Ele reclama que a presidente fez um tríplice acordo: com o Pentágono, com Hugo Chaves e com o Exército Brasileiro para evitar os 10% para a saúde. Para o parlamentar, o veto do Palácio do Planalto ocorreu ainda em novembro de 2011 na votação da proposta no Congresso Nacional. “Na ocasião, num ato político e simbólico, o governo prometeu aos senadores grandes investimentos para os portos de Santa Catarina e do Espírito Santo. Com isso, a saúde perdeu três votos”, lamenta Perondi.
Bondade celestial Para o presidente da Frente Parlamentar da Saúde, “o governo é de uma bondade celestial para liberar dinheiro para bolsas empresariais. O BNDES também tem dinheiro para seletos grupos de empresas, entretanto, não tem dinheiro para salvar a vida de brasileiros. Para isso, a presidente Dilma aplica o rigor bíblico: raios e trovões”, compara o parlamentar.
Sem desvio de dinheiro “Agora a lei está clara, por isso quero ver o rigor do Ministério Público do Rio Grande do Sul para fazer com que o governo a cumpra. Não se pode mais desviar dinheiro para IPE, Brigada, Corsan, entre outros, mas sim, para o tratamento do câncer, por exemplo”, sentencia Darcisio Perondi.
Com pouco é possível mudar Para Perondi, com pouco recurso já é possível mudar a saúde no Rio Grande do Sul. Ele lembra que o Estado tem uma das melhores redes de saúde do País: menores índices de mortalidade infantil entre outros pontos que o diferenciam de outras unidades da federação.
Mais um semestre de muita polêmica
Esperanças de mudança na Educação Com a nomeação de um técnico respeitado para o Ministério da Ciência e Tecnologia, o Governo está dando um passo importante para que o Brasil avance da fase do assistencialismo para a fase em que as pessoas se incorporem realmente à vida produtiva e econômica da nação. O acesso à faculdade foi priorizado pela administração federal nos últimos oito anos esquecendo um pouco de avaliar melhor os sistemas educacionais. Na realidade, até agora, também na educação, persistiam intensamente a barganha e o loteamento além de certo aparelhamento da administração, como publicou o jornal O Estado de S.Paulo. Especialistas apostam que, a partir de agora, com a indicação do técnico Marco Antônio Raupp, ex-presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), gaúcho de Cachoeira do Sul e que desfruta de enorme respeitabilidade no meio, as coisas tomem melhor rumo. Contudo, só o tempo poderá fazer com que a mudança seja avaliada. Fotos: Divulgação
Revista Expansão
Darcisio Perondi fala com indignação sobre os poucos investimentos feitos em saúde pelo Governo do Rio Grande do Sul. “É o único estado da federação que aplica menos de 10% na saúde, só 5,5%.” Perondi achou acertada a obrigatoriedade do dinheiro da saúde ser investido em saúde, “ao contrário do que ocorre no Rio Grande do Sul, onde os recursos eram aplicados também no Instituto de Previdência do Estado (IPE), na Brigada Militar e na Corsan”. A arrecadação do Rio Grande do Sul cresceu nos últimos três anos, proporcionalmente mais que a do governo federal. O deputado reclama que “nenhum dos últimos governadores do estado do Rio Grande do Sul tenha se preocupado efetivamente com a saúde, nem tentaram recuperar o setor, aplicando progressivamente os recursos.” Perondi faz um comparativo entre os estados, afirmando que Alagoas aplica 12%; Rio Grande do Norte, 13%; Sergipe, 13%, e Pernambuco, 19%. Afirma que dados do CIOPS mostram que, dos 26 estados Brasileiros e o Distrito Federal, 18 aplicam mais que 12% e os outros 10,5%. Minas Gerais, que é o estado que menos investe em saúde, aplica 10,5%.
PETRÓLEO
TÉCNICO
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Menor investimento
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Os royalties do petróleo são um assunto que deve começar com polêmica já no início do semestre na Câmara dos Deputados. A matéria volta para a Câmara após uma enorme discussão no Senado. Mas o presidente Marco Maia (PT-RS) acredita que possa ser costurado um acordo para que a votação seja mais tranquila. Disse que ainda não estabeleceu data, mas o tema será um dos primeiros a entrar em votação. Os royalties têm enorme impacto pelo que podem representar na campanha eleitoral para as eleições de outubro. Isso fará a diferença na vida e nos programas dos prefeitos e dos candidatos a prefeitos nos municípios. Outra matéria que receberá atenção já no início dos trabalhos é a que trata do fundo de previdência privada do servidor público. Já existe um acordo entre governo e oposição neste sentido, assegura Maia.
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ENTREVISTA
O desafio de Telmo
Costa Por Vera Fernandes
Novo presidente da ADVB-RS fala dos planos para gestão na qual se comemora o cinquentenário da entidade, dos planos para a nova etapa e dos desafios de manter os projetos para desenvolvimento dos associados do segmento de vendas no Estado
A
Associação dos Dirigentes de Vendas do Brasil no Rio Grande do Sul (ADVB/RS) completa 50 anos em 2012. É neste ano que Telmo Costa, sócio fundador do Grupo Meta – Tecnologia da Informação, um dos principais grupos de Tecnologia da Informação (TI), com atuação internacional, assume a presidência em substituição a Daniel Santoro, elogiado ex-presidente da entidade, que passou o cargo em 1º de janeiro 2012. Em entrevista exclusiva à Revista Expansão, Costa fala sobre seu planejamento para este ano de gestão à frente de uma das mais importantes instituições do Rio Grande do Sul. De personalidade forte, Costa acredita que o pilar central da ADVB é o conhecimento e garante que este deve ser um dos focos da instituição. Empresário de TI, mantém como uma das principais prioridades da entidade levar ao interior do Estado discussões sobre a importância do marketing, pois, segundo ele, o Estado vai além da capital e deve ser atendido como um espaço mais amplo; estabelecer parcerias e também ampliar palestras e cursos de capacitação. Ele também revela que será feito um trabalho intenso para dar ainda mais visibilidade à entidade em função do seu cinquentenário. A criação ou desenvolvimento da cultura do marketing no Rio Grande do Sul também é um propósito do empresário como presidente da ADVB. Ele vê essa cultura como um diferencial competitivo, que deve ser fortalecido, inclusive, nas empresas de TI, e deixa claro que, em qualquer segmento, Tecnologia da Informação e marketing, aplicados em parceria, podem significar fortalecimento e desenvolvimento de empreendimentos dentro e fora do Brasil. O novo presidente da ADVB é formado em Administração de Empresas com ênfase em Análise de Sistemas e pós-graduado em Marketing. Também é membro do Conselho do Movimento Brasil Competitivo (MBC); do Young President Organization (YPO); do Conselho Editorial da Revista Performance Líder; além de diretor da Junior Achievement e ex-Presidente do Instituto de Estudos Empresariais (IEE). Costa vai comandar a ADVB na gestão do biênio 2012/2013.
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Considerando essa perspectiva, existe um espaço em que podemos ampliar a utilização da TI dentro da ADVB, buscar parcerias com empresas desse segmento para que possamos montar uma oferta de valor para nossos associados, com pequenos pacotes de sistemas e serviços
Telmo Costa Divulgação
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ENTREVISTA Como o senhor avalia a ADVB, tendo em vista seus 50 anos, e como a instituição vai comemorar esta data? Ao longo de 50 anos a ADVB criou um legado histórico ao contribuir definitivamente para a criação e desenvolvimento da cultura de marketing no Rio Grande do Sul. Um trabalho importantíssimo para todos os gaúchos, porque ao desenvolver e fortalecer essa área do conhecimento nos setores privado, público e no terceiro setor, a ADVB conseguiu fazer com que novos conceitos chegassem ao dia-a-dia das organizações e as tornasse mais competitivas. Como a data é um marco histórico, nossa equipe de gestão está trabalhando muito para dar visibilidade a ela, tornando-a perceptível para toda a sociedade gaúcha.
Telmo Costa
podemos abrir frentes de trabalho com associações de TI porque acreditamos que a ADVB pode trabalhar junto com entidades de qualquer setor para apoiar os seus associados nessas questões. Na Tecnologia da Informação existem possibilidades interessantes que podem ser exploradas por todas as empresas com a utilização adequada da Internet. Sua aplicação prática ligada ao relacionamento, visibilidade e ampliação de fronteiras pode potencializar a atuação das empresas de todos os portes. Algumas se deram conta e saíram na frente, mas essas experiências podem ser ampliadas e multiplicadas. De que forma deve acontecer a interiorização da ADVB, anunciada pela sua assessoria e quais as expectativas de resultados? Qual o desafio da ADVB neste contexto? A interiorização está ligada ao projeto dos 50 anos e à percepção Nosso desafio é dar continuidade ao trabalho e preparar a entide que o Rio Grande do Sul não é somente Porto Alegre. Acreditamos dade para os próximos 50 anos. E neste contexto, a contribuição à soque existe muita excelência nos municípios gaúchos. Nossa ideia é faciedade é inevitável. A única forma de seguir crescendo é através da zer um trabalho conjunto com organizações setoriais regionais e emantecipação e discussão de temas que estejam na base das transforpresas para levar conceitos importantes a esses públicos. A ADVB quer mações que virão nos próximos anos. O que reforça a necessidade de estar mais perto desses parceiros com peculiaridades e realidades. Com constante preparação dos nossos associados, de suas organizações e esta discussão sobre marketing e vendas, caminharemos para o desenda sociedade gaúcha para ocupar um papel de protagonista nesse cevolvimento da cultura de marketing no Rio Grande do Sul. Mesmo que nário desafiador. Queremos manter e reforçar nossa essência. já exista, sempre pode ser ampliada, e esse é o nosso papel. Qual o foco da gestão de Telmo Costa? Qual o compromisso que a O ex-presidente Daniel Santoro e sua entidade assume nesta gestão, em equipe de gestão fizeram um trabalho fantástimeio a projetos já solidificados, coco tanto de captação de associados, como ademo, por exemplo, o Top de Marketing Na Tecnologia da quação da estrutura da entidade via a adoção e Prêmio Exportação? Dará continuiInformação existem de uma governança adequada às característidade ou teremos alguma inovação? cas da ADVB. A atual diretoria da entidade esO compromisso é de evolução. possibilidades interessantes tá mantendo o trabalho feito, dando continuiEstes eventos, que já se tornaram uma que podem ser exploradas dade às iniciativas importantes que foram immarca registrada da ADVB/RS passapor todas as empresas com plantadas nas últimas gestões. rão por alguns ajustes inerentes ao cia utilização adequada da clo de vida de um produto ou serviço. Como será este trabalho? Não vamos reinventar nada, mas sim Internet. Norteamos no apoio aos associados, trabalhar alguns aspectos que foram com a antecipação das discussões sobre as identificados nas gestões anteriores e tendências de futuro, oferta de capacitações, que serão tratados no tempo. treinamentos e eventos complementares; na ampliação a interiorização da ADVB, realizando eventos, seminários, Podes detalhar outras ações e/ou projetos futuros? treinamentos e capacitações, junto às principais entidades em muniEstamos finalizando projetos interessantes, em breve lançarecípios predefinidos; na expansão do quadro de associados e abertura mos o nosso evento de Branding e tenho certeza que será um momende novos canais de captação de associados; e no prosseguimento ao to fantástico para o mercado. Além disso, daremos uma atenção espeprocesso de governança que foi implantado. cial aos nossos 50 anos. Este projeto está sob a gestão de um grupo formado por pessoas diferenciadas e assim que estiver 100% formataVocê é o primeiro empresário de TI a presidir a ADVB-RS. O do iremos comunicar ao mercado. que o setor de TI poderá esperar de sua gestão? Penso trabalhar em conjunto com as organizações do setor e Quais são as principais dificuldades inerentes à instituição com os empresários do segmento para que a cultura do marketing se ADVB e quais são as oportunidades que aparecem à disposição, fortaleça nas empresas de TI e se torne um diferencial competitivo. Não vistas sob a ótica do novo presidente? gosto de generalizações, mas em alguns casos são empresas com um Acredito que não existem dificuldades, porque essas são oporviés muito técnico, fruto da área de conhecimento e pela busca da extunidades de crescimento e desenvolvimento. Na ADVB hoje, temos celência. Porém nem sempre se consegue transformar isso em um dioportunidades comuns a uma instituição desse porte, como: entender ferencial competitivo percebido pelo cliente. nossos associados e suas necessidades, ter oferta de valor e relevân cia para o nosso público, estar posicionado como gerador de conteúQual seria o papel do marketing neste contexto? do diferencial, captar associados e patrocinadores que estejam imbuPor experiência própria sei e que o marketing e a perspectiva do ídos dos mesmos valores e princípios da ADVB. cliente nas relações diárias são fundamentais para que todas as organi zações sobrevivam e prosperem. Existe espaço para que as empresas O que você, enquanto diretor de uma empresa de TI, planedesse segmento adotem conceitos da essência do marketing. Isso se ja para a ADVB neste mandato que se inicia? torna ainda mais importante porque o setor da tecnologia está em exA Tecnologia da Informação aplicada aos negócios e às necessipansão e as empresas do Rio Grande do Sul têm grande potencial para dades das pessoas transformou o mundo e a forma que vivemos. Consiganharem mercado tanto dentro quanto fora do Brasil. derando essa perspectiva, existe um espaço em que podemos ampliar a utilização da TI dentro da ADVB, buscar parcerias com empresas desse E como isso pode ser feito? segmento para que possamos montar uma oferta de valor para nossos Não montamos um plano específico para um segmento. Porém, associados, com pequenos pacotes de sistemas e serviços.
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ENTREVISTA O mercado está em constante transformação e é exigente com relação a absorção de profissionais cada vez mais qualificados. Qual o papel da ADVB neste cenário? Esse é o nosso negócio! Penso que o único diferencial sustentável é o conhecimento aplicado que gera resultado no tempo. Considerando essa premissa, o pilar central da ADVB é o conhecimento. Este é o DNA da ADVB/RS, formado pela qualificação que passa por trazer ao mercado discussões sobre tendências, temas atualizados, oferecer serviços sob medida às necessidades dos nossos clientes na modalidade de cursos in company, entre outros serviços. Como presidente da ADVB, uma referência em vendas, você acredita que toda a pessoa é um vendedor natural? Por quê? Todos somos vendedores no dia-a-dia, desde que nascemos! Dentro da família para conquista do afeto, em nossos relacionamentos para termos ao nosso lado a pessoa que desejamos, com os amigos para termos e mantermos as amizades, nas empresas para conquistar nosso lugar ao sol. O ponto central do conceito de vendas é entender onde tu és diferente dos demais, saber valorizar isso de forma coerente e honesta contigo e com as pessoas que estão à tua volta e estar disponível de forma antecipada para atender o teu cliente, seja ele quem for.
Telmo Costa
É uma visão bastante positiva então? Ainda existem amarras de legislação, cartoriais, reservas de mercado, fiscais, entre outras, que nos afetam. Mesmo assim, o Brasil, pela sua pujança e pela crise de países tradicionais, está sendo percebido como o salvador do mundo. Sabemos que não é bem assim e que todos os países estão relacionados. Mas isso faz com que o volume de empresas internacionais diversas, vindo para o Brasil, seja muito grande. Ou seja, a concorrência não só está aumentando como se qualificando.
De que forma a ADVB está inserida neste contexto? A ADVB tem um papel estratégico porque prepara associados e organizações para desafios do mercado e competição. Com a ampliação do mercado interno e da concorrência internacional, as empresas vêm se capacitando para ampliar sua participação, conquistando uma gama de novos clientes. Isso exige constante evolução da organização e de seus membros, principalmente em marketing, vendas e gestão de clientes. São assuntos que a ADVB domina, como referência nacional. Em sua opinião, qual o futuro da Tecnologia da Informação? A TI transformou nossa vida e a forma como nos relacionamos com as pessoas. Penso que nos próximos cinco anos as transformações serão ainda mais significativas, com a conComo você conceitua a competitivivergência tecnológica, onde a televisão O ponto central do conceito dade das empresas e pessoas? e o celular terão novos papéis em nosA competitividade começa pelo fato de sas vidas. Os sistemas de informação de vendas é entender onde a pessoa estar preparada e apta a ocupar, manserão cada vez mais integrados, possitu és diferente dos demais, ter e ampliar seu espaço na organização. A únibilitando uma otimização dos processaber valorizar isso de forma ca maneira de acontecer é conhecer, preparar e sos empresariais e a redução acentuacoerente e honesta contigo gerar resultado associado. Nesse processo, ter da dos custos de transação. O mundo clareza de onde somos únicos e diferentes do virtual será integrado com o mundo ree com as pessoas que estão demais e como fazemos isso gerar resultados al, não em detrimento deste, mas reforà tua volta e estar disponível é fundamental. Quanto mais sentimos nossas çando o real. Neste contexto, as emprede forma antecipada para forças presentes, mais sabemos usá-las para sas do presente que estarão vivas nesse atender o teu cliente, seja gerar resultado e identificarmos as melhorias. futuro, serão as que entenderam que a Assim, estamos sempre aprendendo, sem perTecnologia da Informação é fundamenele quem for. der nossas características e personalidade. Isso tal para a geração de valor e diferenciais serve para nós e nossas empresas! competitivos sustentáveis. Por outro la do, quem enxerga TI como custo ou área executora perderá cada vez De que forma a ADVB pode contribuir para o desenvolvimais espaço competitivo para quem vê na tecnologia, a grande opormento de nosso Estado em sua gestão? tunidade de inovar e transformar realidades. Ao prosseguir e expandir o trabalho que a ADVB vêm realizando, contribuímos para o Estado e nossos associados. Dando visibilidade, auTodos temos um mantra. Qual o seu mantra, sua inspiração mentando os treinamentos e interagindo com os públicos agimos para mental e espiritual para vida pessoal e profissional? que sigam seu processo de evolução. Esse será o nosso desafio na gestão. Acredito em algumas coisas e procuro vivê-las no meu dia-a-dia: os limites são autoimpostos e mentais, dessa forma o impossível só deConsiderando o cenário de crises políticas e econômicas munpende de nós; o ontem já passou, o hoje é onde estou e o amanhã será diais, e o desenvolvimento do Brasil nos últimos anos, como você fruto do meu hoje; e o resultado sendo sustentável no tempo. avalia o País hoje, sob o ponto de vista econômico, político e social? O Brasil passou por uma transformação inimaginável. O mais otiQual o seu guru? Por quê? mista dos otimistas não acreditaria ser possível acontecer o que ocorreu Não acredito em gurus, mas em pessoas que vivem o que acrenum período tão curto. O passo inicial foi a abertura econômica com o ditam, aplicam suas ideias, superam as dificuldades normais e geram presidente Collor. Itamar e Fernando Henrique Cardoso deram um seresultados concretos. Nesse contexto de pessoas, e não de gurus, é gundo passo muito importante com o Plano Econômico e na sequência difícil nominar uma específica porque sempre nos esquecemos de alFernando Henrique deu talvez o passo mais importante, a sustentação guém e no fundo somos a soma de cada um que passa pela nossa vida. ao plano, complementando com políticas públicas de responsabilidade Mas destaco alguns que contribuíram para o meu crescimento profisfiscal, transparência, Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Forsional e pessoal, abrindo novas perspectivas e servindo como referêntalecimento do Sistema Financeiro Nacional (Proer) e aos programas cias. Entre elas cito os irmãos Jorge Gerdau e Frederico Gerdau, o prosociais da Dona Ruth (Cardoso). Lula deu continuidade no campo ecofessor acadêmico e cientista Antonio Meneghetti, porque são pessonômico, multiplicou o mercado interno e proporcionou a retomada da as diferenciadas e instigantes que transformam quem está à sua volta. autoestima. Esse ponto cultural e de autoestima, que normalmente é Admiro Eike Batista, Jorge Paulo Leman, Marcel Telles e Sucupira pela esquecido ou não percebido, talvez seja um dos fundamentais de todo coragem e capacidade de transformar sonhos em realidade, mostrano processo de mudança. A presidente Dilma está fazendo um governo do que o impossível não existe. Na prática, esse ponto é comum a esmuito bom e certamente seguirá trazendo conquistas importantíssimas sas sete pessoas que instigam e servem de exemplo para que busquepara o Brasil porque é uma executiva forte e obstinada. mos o melhor que podemos ser perante a vida.
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NOSSA CAPA
Gente que
coopera Por Vera Fernandes
A cooperativa Sicredi Pioneira RS inicia o Ano Internacional das Cooperativas comemorando a conquista dos resultados de 2011 e seus 110 anos de história Fábio Winter/Especial
O
Port, à frente da Sicredi Pioneira RS, destaca a força além das linhas geográficas
ano de 2012 foi escolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Ano Internacional das Cooperativas. Também no Rio Grande do Sul, o governador Tarso Genro oficializou 2012 como o Ano Estadual das Cooperativas. A ONU levou em conta que cerca de 50% da população mundial tem algum vínculo direto ou indireto com uma cooperativa e no RS o título é um reconhecimento à expressão do cooperativismo gaúcho, onde a Sicredi Pioneira RS, é a mais antiga cooperativa de crédito da América Latina. Ela foi fundada em Nova Petrópolis, no berço das entidades que associam pessoas pelo bem comum, há 110 anos.
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Segundo a Aliança Cooperativa Internacional, cooperativa é uma associação autônoma de pessoas que se unem, voluntariamente, para satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, por meio de uma empresa de propriedade coletiva e democraticamente gerida. Embora o conceito seja relativamente recente, a história do cooperativismo remonta a um passado bem mais distante. E a centenária Sicredi Pioneira RS, uma das 115 cooperativas de crédito do Sistema Sicredi, inicia este ano comemorando seu aniversário, os resultados alcançados e lançando a campanha institucional do Sistema Sicredi, que tem o slogan Gente que Coopera Cresce, e ilustra a contemporaneidade do movimento mundial da cooperação e colaboração pelo crescimento coletivo.
Fotos: Fábio Winter/Especial
Superintendência Regional e Unidade de Nova Petrópolis
Unidade de São Leopoldo
Bons resultados em 2011 O ano de 2011 foi comemorado pela Sicredi Pioneira RS pelo alcance das metas. Conforme o superintendente da instituição, Solon Stapassola Stahl, “tivemos um resultado (sobras) recorde, de R$ 23,6 milhões no ano, 56% além dos resultados de 2010”. Os recursos administrados pela instituição chegaram, segundo ele, a R$ 870 milhões em 2011. Além deste resultado, a cooperativa leva ainda o título de instituição com a maior carteira de consórcio de imóveis e de seguros de todo o Sistema Sicredi. O ano fechou com a marca de 72 mil associados. Tudo isso representou um retorno patrimonial de 18%. A riqueza da região, aliada a uma nova estruturação na gestão da cooperativa foram, segundo o superintendente, responsáveis por estes resultados positivos. Entre as alterações estratégicas feitas na instituição, está a divisão dos 21 municípios cobertos pela Sicredi Pioneira RS em três microrregiões - Vale do Sinos, Serra e Caxias do Sul -, cada uma com um gerente regional de desenvolvimento. Conforme o superintendente, “esta foi uma mudança estratégica importante para a cooperativa”. Além disso, segundo ele, implantou-se a governança cooperativa. “Desde maio de 2011 o presidente se dedica a coordenar as estratégias de ações com associados e com o Conselho de Administração, e o superintendente tem o trabalho voltado ao negócio e à execução das estratégias definidas pelo Conselho”.
Unidade de Novo Hamburgo
ITEM ASSOCIADOS RECURSOS ADMINISTRADOS CARTEIRA DE CRÉDITO PATRIMÔNIO LÍQUIDO SOBRAS
Sistema Sicredi 2 milhões R$ 27,2 bilhões R$ 15,5 bilhões R$ 3,62 bilhões R$ 584,2 milhões
Sicredi Pioneira RS 72 mil R$ 869,3 milhões R$ 461,6 milhões R$ 143,7 milhões R$ 23,6 milhões
Tivemos um resultado (sobras) recorde, de R$ 23,6 milhões no ano, 56% além dos resultados de 2010.
Fonte: Sicredi
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Fábio Winter/Especial
NOSSA CAPA
O ano desafiador Desafios para 2012 não faltam para a Sicredi Pioneira RS, segundo Stahl (foto). Um deles é a consolidação do crescimento em Caxias do Sul, onde a cooperativa concentra 11 de seus 33 pontos de atendimento. “Também projetamos a abertura de quatro novas unidades este ano: no bairro Rio Branco, em Novo Hamburgo; no bairro Scharlau, em São Leopoldo; em Canela; e em Santa Lúcia do Piaí, distrito de Caxias do Sul”, revela. O superintendente também cita o Plano de Metas como outro dos desafios da instituição. “Como cooperativa, não visamos lucro, buscamos atender às necessidades dos associados, agregando vantagem econômica pela prática de preços justos e distribuição de sobras. Para isso, anualmente, definimos nosso Plano de Metas, olhando para as peculiaridades de nossa região, o potencial econômico de nossas cidades, nossa participação no mercado e as prioridades estratégicas estabelecidas pelo nosso Conselho”, esclarece. Segundo ele, são mais de 20 metas para 2012, e entre as principais estão: atingir 83 mil associados; superar o montante de R$ 1 bilhão de recursos administrados; e superar a marca de R$ 30,5 milhões de sobras (excedente gerado entre as receitas e despesas do exercício). É dessa sobra que sai o percentual que é dividido, todos os anos, entre os associados. “O Sicredi não é um banco - embora ofereçamos os mesmos produtos e serviços -, é uma cooperativa de crédito, e quem escolhe o Sicredi como sua instituição financeira não é cliente, é dono”, afirma Stahl. A diferença, segundo ele, é que o associado exerce seu poder de dono na hora de votar e decidir os números da cooperativa. “Decide como distribuir estas sobras, por exemplo”, revela.
A cooperativa hoje O presidente da Sicredi Pioneira RS, Márcio Port, em entrevista à Revista Expansão, comentou sobre a atuação da cooperativa de crédito como instituição financeira focada no desenvolvimento local e regional, diferenciando-se dos bancos tradicionais, que destinam 70% dos recursos captados no nosso Estado para a Região Sudeste do Brasil, onde a procura por crédito é maior. Sobre os 110 anos de existência da cooperativa, Port avalia que a credibilidade foi conquistada através de coerência e constância no crescimento. Esta também é a visão do vice-presidente Mário José Konzen. “O bom atendimento constante também é uma forma de fidelizar”, acrescenta Konzen.
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A versão social Considerado um laboratório de aprendizagem, o cooperativismo escolar, projeto apoiado pela Sicredi Pioneira RS e realizado dentro do programa A união faz a vida, leva aos estudantes em escolas de Nova Petrópolis, Linha Nova e São José do Hortêncio o embasamento teórico para que eles possam aplicar, na prática, os conhecimentos sobre cooperativismo. A ideia é formar líderes, que saem das escolas prontos para entrar no mercado de trabalho. O espírito de liderança e empreendedorismo é repassado aos alunos. Ao criarem a cooperativa, os estudantes desenvolvem um produto, desde o projeto, até a comercialização. Cabe a eles também fazer pesquisa de mercado, estruturar o estatuto, comprar ma-
Fotos: Divulgação
O slogan nos provoca a mostrarmos o que fazemos de diferente para construir um mundo melhor(...)
téria-prima, controlar o livro-caixa, vender, enfim, todo o processo de um empreendimento. “O jovem sai da escola como um líder, uma pessoa preocupada em trabalhar pela comunidade. A cooperativa escolar não ensina a ser um empregado, mas um empreendedor”, avalia o presidente Port. O programa A união faz a vida, que apoia as cooperativas escolares, é apenas uma das ações sociais da Pioneira. Em todas elas, segundo o presidente, são aplicados os sete princípios do cooperativismo: adesão livre e voluntária; gestão democrática; participação econômica; autonomia e independência; educação, formação e informação; intercooperação e interesse pela comunidade.
Fazer diferente O Ano Internacional das Cooperativas, que leva o slogan Empresas Cooperativas Constroem um Mundo Melhor, segundo o presidente, é a oportunidade de fortalecer os laços das cooperativas. “O slogan nos provoca a mostrarmos o que fazemos de diferente para construir um mundo melhor e, do nosso diferencial, dois itens são fundamentais: a prática de preços justos e a aplicação dos recursos na região de atuação da cooperativa”, afirma, ressaltando que os recursos administrados pela Pioneira são aplicados nos 21 municípios em que esta atua, o que contribui para a aceleração do desenvolvimento regional. É importante, segundo ele, fazer com que o associado tenha a percepção de que é o dono da empresa, o que ele acaba sentindo no bolso, ao final do ano, com a divisão das sobras, e por estar pagando menos pelos serviços que utiliza no dia-a-dia.“Em 2011, R$ 45,5 milhões permaneceram circulando na economia de nossa região e deixaram de engrossar os lucros dos grandes bancos brasileiros. Este valor é oriundo da prática de taxas e tarifas com custos inferiores às demais instituições financeiras, valor que ficou no bolso do associado”, explica. Mesmo com toda esta economia, segundo ele, as sobras alcançaram R$ 23,6 milhões, dos quais 60% serão redistribuídos entre os associados.
É importante (...) fazer com que o associado tenha a percepção de que é o dono da empresa Revista Expansão
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Reportagem Especial
Os artistas da grande
Ópera Popular
A Revista Expansão foi a Porto Alegre saber como estão os preparativos para o carnaval
A
passarela Carlos Alberto Roxo, no Complexo Cultural Porto Seco, palco do carnaval de Porto Alegre (RS), tem 329 metros de extensão. É por ali que as escolas, num tempo aproximado de 60 minutos cada, desfilam, durante a festa popular mais tradicional do País. E para fazer este espetáculo, cumprindo à risca detalhes minuciosos, desde a idealização do enredo até a concentração antes do desfile, uma imensa turma de apaixonados trabalha sem parar, por quase um ano. Mostrar um pouco do espetáculo dos bastidores foi o objetivo da Reportagem Especial da Revista Expansão de fevereiro. É neste mês, de 17 a 20, a partir das 22 horas, que porto-alegrenses e visitantes assistirão à festa popular da passarela. Para saber como se dá vida à fantasia, nossa equipe visitou barracões e fez uma visita à quadra de ensaios da Imperadores do Samba, no aniversário da escola, do Grupo Especial. Segundo a Secretaria da Cultura da capital, são 13 mil pessoas nas arquibancadas e camarotes por noite, durante os desfiles. Entretanto, estimativas da Brigada Militar dão
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conta de que cerca de 20 mil pessoas transitam pelo Complexo Cultural Porto Seco em cada noite. Para fazer a alegria dessa gente, equipes de apaixonados, nos 15 barracões – de 40 metros quadrados cada e com 15 metros de altura -, funcionam sem parar, desde alguns dias depois do desfile – quando começam a desmontar os carros -, até a hora de entrar na avenida de novo. Outros pontos, espalhados pela cidade, servem de apoio na produção das fantasias, e as quadras são a sede dos ensaios, pois, como os amantes do carnaval mesmo dizem: “é preciso preparo físico”. Pelo Porto Seco também transitam profissionais vindos de longe, como a equipe de Parintins - cidade do Amazonas (AM) que carrega a tradição do Festival de Parintins, uma festa anual cercada de tribos, rituais, cenografias e fantasias -, que agora dá forma aos carros da Império da Zona Norte. Ou de perto, como a jovem da Imperadores do Samba, que há dois anos auxilia na confecção das fantasias e não perde a oportunidade de sair em uma ala; e famílias inteiras, como a linhagem Giró, desde Seu Adolfo, 80 anos, um dos fundadores da Embaixadores do Ritmo, até a bisneta Ana Luísa, 7, porta-estandarte da escola.
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Por Vera Fernandes
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O fervor carnavalesco do gaúcho
Agora estamos investindo no ‘produto’ carnaval. E o trade é muito complexo, envolve operadores, agências, hotéis, restaurantes, frotas de táxis, agências de transporte. Esse encadeamento é complicado e requer tempo e articulação. Sergius Gonzaga
O secretário de Cultura da capital, Sergius Gonzaga (foto), disse em entrevista para a Revista Expansão, que, numa comparação com o carnaval do Rio de Janeiro e São Paulo, só falta a Porto Alegre e ao Estado o poderio econômico. “Mas sobra fervor carnavalesco”, garante. Segundo ele, o carnaval de Porto Alegre é mais rico do que se apresenta no Porto Seco, “com um infindável acervo da cultura popular espalhado pela cidade“, revela. O samba está na Banda da Saldanha, segue o secretário, na Itinerante, no bloco Maria do Bairro da Sofia Veloso, a Rua do Perdão, enfim, nos carnavais de bairro. Ele concorda que o carnaval da avenida é um produto turístico, mas acredita que sempre foi mais trabalhado dentro do Estado. “Agora estamos investindo no ‘produto’ carnaval. E o trade é muito complexo, envolve operadores, agências, hotéis, restaurantes, frotas de táxis, agências de transporte. Esse encadeamento é complicado e requer tempo e articulação“, explica, lembrando que a maior tradição de Porto Alegre ainda é o Turismo de Negócios. “Precisamos aproveitar o know-how acumulado nesta área e transferir para o carnaval, por exemplo“, completa. Com as melhores expectativas possíveis para o carnaval de Porto Alegre em 2012, o secretário Gonzaga comemorou a informação de que a audiência da RBS TV é maior para o carnaval de Porto Alegre do que para o do Rio de Janeiro. “É um dado da RBS TV/Rede Globo. É explicado pelo nosso bairrismo? Pode ser. Não saberia medir. Só sei afirmar categoricamente que nosso público, o porto-alegrense e o gaúcho quer ver o Carnaval de Porto Alegre. E isso é maravilhoso, é o maior atestado do sucesso desta festa como força da cultura popular“, completa.
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O reinado de Verçoza Da alegria, participação, paixão e persistência dos que fazem o carnaval porto-alegrense ninguém discorda. Nem mesmo a corte. Por outro lado, se pode perceber também uma unanimidade em torno da necessidade de conclusão da pista de eventos, especialmente das arquibancadas definitivas. Esta também é a opinião do Rei Momo da capital gaúcha, Fábio Verçoza. “É muito complicado receber o público nas condições precárias que ainda temos. Nosso carnaval poderia ser um atrativo imenso aos turistas do Mercosul, por exemplo, mas como convidá-los a assistir um espetáculo em arquibancadas de madeira?”, questiona. Mesmo com estas necessidades de infraestrutura, Verçoza destaca que a cada ano se percebe a inserção do carnaval em outros eventos que por vezes não privilegiavam este segmento cultural. “Sem falsa modéstia, saliento o trabalho da corte do carnaval, que desempenha um trabalho primordial nesta questão. O Poder Público faz a sua parte, mas ainda precisamos da credibilidade e do investimento da iniciativa privada para a conclusão do nosso Complexo Cultural Porto Seco”, completa. Fábio Verçoza reina ao lado da rainha Veronice de Abreu Rodrigues, da escola de samba Praiana. A corte, completada com a primeira princesa Suélem da Silva Camargo, da Estado Maior da Restinga, e a segunda princesa Thaís Oliveira, da escola Os Filhos da Candinha, foi formada em 7 de janeiro.
Vida ao inimaginável O ato de dar vida ao inimaginável, como descreveu o presidente da Associação das Entidades Carnavalescas de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul (AECPARS), Antônio Ademir Moraes (foto), o Urso, vai muito além dos 60 minutos de desfile que a plateia aprecia. “Tudo começa quando os grupos idealizam o tema enredo, a composição da letra do samba, a confecção das fantasias a produção dos carros”, diz o presidente. Segundo ele, este processo é uma realização que contempla todas as artes. “A gente consegue, de uma forma poética, dar vida ao inimaginável, e o transformamos numa ópera popular, de 50 ou 60 minutos”, avalia. Na soma de tudo isso, prepondera o amor dos componentes e dirigentes. “Isso torna este espetáculo inigualável.” O presidente da AECPARS vive o carnaval desde os dez anos de idade. Hoje, aos 51, se diz um apaixonado, especialmente pela sua escola, a Império da Zona Norte, da qual o filho, o engenheiro Marco Antônio Castilhos de Moraes é presidente. “Meu filho, Marco Antônio, passa as férias no barracão para dar vida ao sonho de milhares de imperianos. As pessoas às vezes veem o carnaval apenas como um desfile, mas é muito mais do que isso, porque esta foi a maneira do povo se mostrar para a sociedade”, avalia.
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Reportagem Especial
O giro pelos barracões Passando pelos barracões construídos no Complexo Cultural Porto Seco, em Porto Alegre, foi possível ver dezenas de olhos brilhantes a tecer fantasias e construir carros alegóricos. Carnavalescos a esconder suas preciosidades, elogiando a estrutura do local, a facilidade da logística, mas querendo mais. A festa parece pequena diante de tanta criatividade e paixão e assim parece ser a relação entre os que trabalham para ganhar o título na avenida. Um imenso empenho por 60 minutos de glória.
Um destes apaixonados é Adolfo Giró, 80 anos – completados em 26 de dezembro passado -, a lenda viva do carnaval de Porto Alegre, como é conhecido no mundo do carnaval. O simpático carnavalesco foi encontrado pela equipe da Revista Expansão em plena atividade, no barracão da Escola de Samba Embaixadores do Ritmo, escola da qual foi um dos fundadores, há 62 anos. De educação refinada, Seu Giró mostra o barracão, apresenta a família (o filho Gustavo Adolfo, a nora Elenir, a neta Briane e a bisneta Ana Luisa, todos trabalhando no barracão) e conta um pouco da história da escola. “Me criei num bairro carnavalesco – Rio Branco, em Porto Alegre –, onde esta escola foi fundada, e este legado da paixão pela festa ficará para as próximas gerações”, diz ele, ao lembrar que só folga durante os 30 dias seguintes ao desfile, quando descansa no litoral. “Vivo carnaval quase o ano todo”, revela o carnavalesco. Na labuta para deixar a Embaixadores do Ritmo impecável, Seu Giró faz o que tiver que fazer, não tem função definida, e se orgulha pelo respeito conquistado no meio carnavalesco. Segundo ele, carnaval precisa estar no sangue. “Cheguei aos 80 anos sem sentir, fui homenageado na Império da Zona Norte e quando estava entrando na quadra da escola me perguntei: será que cheguei aos 80?”, questiona, e ele mesmo responde: “o carnaval reanima, a gente aprende a ganhar e a perder, mas sempre ganha mais do que perde, principalmente amizade, carinho e experiência.”
Fotos: Fábio Winter/Especial
A linhagem carnavalesca Giró
Giró, a lenda viva do carnaval porto-alegrense
Tavares traz a arte da Amazônia para a capital
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Souza e Sucuri
De Parintins a Porto Alegre Ao lado do carnavalesco Alexandre França, uma equipe de profissionais de alto escalão se empenha no intento de dar o título à Império da Zona Norte. Coordenados por Antônio Barbosa, o Sucuri, jovens vindos de Parintins, na Amazônia, onde se realiza um dos mais belos festivais folclóricos do Brasil, constroem com mãos ágeis, bonecos gigantescos com formas perfeitas. “Tenho orgulho de mostrar o que a gente sabe fazer, é bom ver a reação das pessoas”, afirma Emerson Azevedo Pacheco, 36, um dos escultores, enquanto vai dando formas a um bloco de isopor. Para seu colega, Eliandro Tavares, 36, Porto Alegre ainda está descobrindo o carnaval, que pode melhorar mais. Segundo ele, a capital gaúcha tem de ser mais audaciosa. “Porque estrutura tem”, garante. Para Sucuri, ver tudo pronto é maravilhoso. “É sentir o dever cumprido”, afirma o parintinense, que diz amar não só a arte, que é seu trabalho, mas também o Carnaval. O colega Alex Souza, 20, soldador, concorda que o trabalho seja uma realização pelo resultado na avenida.
Ainda nos barracões, encontramos outro carnavalesco, Alexandre França. Aos 28 anos, veio do Rio de Janeiro, onde passou por escolas como Beija-Flor, Vila Isabel e Mocidade Independente de Padre Miguel, para fazer brilhar na passarela a Império da Zona Norte. Cheio de ideias, o carnavalesco quer profissionalizar a mão-de-obra gaúcha e instituir a cultura de que o trabalho que se faz para o carnaval pode ser instituído como profissão e aproveitado em vários outros segmentos. “Em estrutura, Porto Alegre está muito à frente”, afirma o jovem carnavalesco. O que falta, na sua opinião, é qualificar a mão-de-obra para dar autonomia à cidade e usar profissionais daqui ao invés de buscá-los fora do Estado. Na escola porto-alegrense, ele promete surpresas. “Limpamos o chassi dos carros e começamos do zero. O desfile será uma surpresa total”, afirma França, que garante efeitos especiais e mensagens de educação, preservação da natureza e esperança no desfile da Império da Zona Norte. Segundo França, os carnavalescos têm feito carnaval para intelectuais. “Vamos propor a interação com o público. A gente quer fazer um carnaval didático, para o povo, afinal, o carnaval é do povo, estou aqui para acreditar nisso”, diz o carnavalesco da Império da Zona Norte. A ideia, segundo ele, é dar maior visibilidade ao carnaval de Porto Alegre.
Vera Fernandes/Especial
Fotos: Fábio Winter/Especial
O brilho do Rio no Porto Seco
Um teatro na avenida “O meu carnaval é feito de bastidores. O desfile é tão rápido, que o que me fascina é o barracão”, diz, com olhos brilhantes, o carnavalesco da Imperadores do Samba, Silvio Oliveira (foto). “Temos que contar toda uma história numa peça só, e transformar o carnaval em um teatro na avenida”, diz o carnavalesco, conceituando a responsabilidade da sua função na festa da alegria. O trabalho do barracão da Imperadores envolve cerca de 30 pessoas. Entre elas a jovem Tainam Meireles Rocha (foto), 16. “É meu segundo ano de trabalho no barracão. Gosto do que faço e ainda mais porque é minha escola. No dia do desfile vou ver tudo isso passando e saber que fui eu que fiz”, revela Tainam, que vai desfilar em uma ala da comunidade.
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Reportagem Especial Fotos: Fábio Winter/Especial
Dos barracões para a quadra A visita que a equipe da Revista Expansão fez à quadra de uma escola de samba não poderia ser em melhor oportunidade: a comemoração dos 53 anos de fundação da Escola Imperadores do Samba, que fica ao lado do Estádio Beira Rio. A festa foi em 18 de janeiro. Na quadra, a escola foi visitada por outras agremiações numa comemoração conjunta. E lá, amantes do carnaval aproveitam para ensaiar o espetáculo que vai se repetir na passarela do samba. Presidente da Imperadores, Luiz Carlos Amorim Borges (foto) era só alegria na noite de gala da escola. “É claro que é difícil fazer um carnaval com pouca verba, mas a festa em Porto Alegre só é inferior ao Rio de Janeiro e São Paulo, até porque a verba deles é infinitamente maior”, diz. Com um custo de R$ 700 mil e recursos públicos na ordem de R$ 130 mil, ele diz que a escola sai porque tem uma boa base. “Temos uma boa estrutura, quantas outras escolas ficaram no meio do caminho, enquanto nós comemoramos 53 anos”, argumenta.
Elas têm muito samba no pé
Ketlyn é a musa da bateria
No samba não há aposentadoria No desfile, nem todos os destaques estão sobre os carros alegóricos. Tatiana Renata do Nascimento, 42, se criou na Imperadores. Mas por este nome ninguém a conhece. Dendeca, como é carinhosamente tratada por todos, foi passista da escola desde os 15 anos. Em 2001, largou a função para assumir o posto de diretora de destaques. “Jamais vou conseguir abandonar a escola. O Carnaval não tem aposentadoria”, afirma. A preparação do desfile, na concentração, é o momento principal de sua função e, segundo ela, estes bastidores são adrenalina pura. “Vale a pena ver o resultado”, afirma.
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Um espetáculo na avenida. É o que prometem jovens como Andreza dos Santos Silveira, 22, e Ketlyn Couto, 17. Andreza sai na ala das cabrochas da Imperadores do Samba. “A ala é formada por 18 garotas, que desfilam e sambam com liberdade, como passistas, mas sem parceiros”, explica. Duas vezes por semana, a bela mulata, que desfila desde os 16 anos, ensaia na quadra da escola. “Temos que ter preparo físico, por isso, a folga é de apenas um mês depois do Carnaval, e volta a rotina dos ensaios”, revela a jovem, que sonha ser a rainha do carnaval, pela Imperadores do Samba. Já Ketlyn sai no coração da Imperadores, ela é a musa da bateria da escola. A passarela faz parte da sua vida desde os 4 anos de idade e este será seu segundo ano com este título. “Tenho um orgulho imenso em fazer parte da família Imperadores e representá-la. Acaba o carnaval e em uma semana já estamos de volta, porque somos uma família”, diz a estudante.
Função sagrada A Escola Imperatriz Dona Leopoldina, visitante na quadra da Imperadores, deve levar para a avenida um casal já tradicional nos desfiles da capital. O mestre-sala Alexandre Barbosa, 38, e a porta-bandeira Isabel Cristina, 42, são pura alegria. “O précarnaval é uma coisa que a gente gosta. Esperamos o ano inteiro. Nas visitas ou até na nossa quadra, é um momento que nos deixa excitados, empolgados”, diz o mestre-sala, que está na função desde 1987. Segundo Isabel, o trabalho para fazer bonito na avenida é árduo. “A gente abre mão da vida particular por isso e precisa do suporte da família, pois requer muito tempo de ensaio”, revela. Isabel, que vai completar 28 anos de carnaval, diz que realizou o sonho e chegou onde queria. “Conduzir o pavilhão da escola é uma função sagrada”, avalia. Dezenas de outras funções ainda fazem parte da estruturação desta grande manifestação cultural. São porta-estandartes, puxadores de samba, a bateria, as baianas. Cada um, nesta festa popular, tem o seu papel. De comum, eles têm a alegria e a vontade de fazer bonito na avenida. Barbosa e Isabel
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Reportagem Especial Vera Fernandes/Especial
O carnaval profissão
Porto Alegre tem poucas empresas que empregam tanto. Nesta época, chegam a 20 mil os empregos diretos e indiretos. Antônio Ademir Moraes, o Urso.
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Muita gente não percebe, mas a estruturação das escolas de samba para o espetáculo da avenida envolve um trabalho que pode virar profissão. Como a de Luciano Maia (foto), 38, figurinista que assina todas as fantasias da Imperadores do Samba, desde 2009. Carnaval para ele é profissão e com sua experiência já trabalhou na assistência de figurino para filmes e teatro. “É um trabalho que envolve muita pesquisa, envolve história. O carnaval é uma história contada num teatro aberto. Precisa estudar com cuidado o conteúdo do enredo, que têm que estar alinhado, porque isto é a personalidade da escola”, explica.
O carnavalesco Alexandre França, da Império da Zona Norte, garante que o Rio de Janeiro é um celeiro de profissionais, que abastecem a Rede Globo. Ele explica que o estudo para produzir uma escola de samba é o mesmo para fazer uma novela, um filme, uma propaganda. “Hoje eu só vivo do carnaval e para o carnaval”, argumenta. Para Sílvio Oliveira, da Imperadores do Samba, há uma necessidade de preparação de mão-de-obra para o carnaval porto-alegrense. “Não existe escola para fazer carnaval. Isso só se faz aqui dentro.” O presidente da AECPARS, Antônio Ademir Moraes, o Urso, diz que existem pelo menos 1,8 mil pessoas trabalhando o ano todo para fazer o carnaval. “Porto Alegre tem poucas empresas que empregam tanto. Nesta época, chegam a 20 mil os empregos diretos e indiretos”, revela. Estes profissionais, segundo ele, depois podem atuar em várias áreas, como cenografia de teatro e televisão, costura, pintura, serralheria, entre outros. Segundo o secretário de Cultura de Porto Alegre, Sergius Gonzaga, a prefeitura da capital criou cursos, seminários e jornadas para a especialização dos artistas do carnaval. “Se trata de um trabalho de profissionalização do carnavalesco. Mas é preciso continuar importando tecnologia do Rio de Janeiro, pois não podemos abrir mão deste aprendizado. A importação tem que ser no sentido de trazer as técnicas, o conhecimento”, argumenta o secretário municipal.
Divulgação
Sexta-feira, 17, 22 horas, Grupo Especial 1 – Imperatriz Dona Leopoldina 2 – Unidos de Vila Isabel 3 – União da Vila do IAPI 4 – Acadêmicos de Gravataí 5 – Bambas da Orgia
Os desfiles no Sambódromo porto-alegrense
Sábado, 18, 22 horas, Grupo Especial 1 – Estado Maior da Restinga 2 – Império da Zona Norte 3 – Protegidos da Princesa Isabel 4 – Embaixadores do Ritmo 5 – Imperadores do Samba
Domingo, 19, 22 horas, Grupo A 1 – Império do Sol 2 – Praiana 3 – Realeza 4 – Vila Mapa 5 – Acadêmicos de Niterói 6 – Imperatriz Leopoldense 7 – Samba Puro
Segunda-feira, 20, 22 horas, Grupo de Acesso 1 – Unidos do Guajuviras 2 – Os Filhos da Candinha 3 – Copacabana 4 – Unidos do Capão 5 – União da Tinga 6 – Apito de Ouro 7 – Acadêmicos da Orgia Revista Expansão
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desenvolver
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Oéagora para todos C
omeçamos nossa série de reportagens em setembro, tentando entender e desmistificar o tema sustentabilidade. Pautar cada uma das reportagens não foi uma tarefa simples, descobrimos que havia mais do que se poderia imaginar. Seis grandes reportagens foram produzidas, com dezenas de fontes, dados de pesquisas, descobertas, exemplos a serem seguidos, números, novidades. Conteúdo para nos questionarmos se estamos na direção certa, se não podemos fazer diferente, se não podemos fazer melhor, na busca de um alívio de consciência. Tudo o que estampou estas 50 páginas das seis últimas edições da Revista Expansão veio com fundo verde, a cor da esperança, mas foi pouco diante da imensidão de informações e conhecimento que ainda temos que assimilar em nossa trajetória terrena. Conhecimento que começa com uma fórmula básica, com a qual, respondendo a três questões simples, podemos chegar à sustentabilidade pura. Então, meu projeto seria economicamente viável? Ecologicamente correto? Socialmente justo? Se a resposta for sim, o empreendimento é sustentável. Caso contrário, talvez seja necessário refletir um pouco mais para não ficar para trás, até porque, vemos emergindo no Planeta uma juventude sedenta por novas ideias e com novos ideais, e a sustentabilidade está num de seus pilares. O que vimos, ao longo destas seis edições, foram pessoas, instituições e empreendimentos
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conscientes de que não há outra saída. Estamos no limite das forças da natureza, e ela tem nos dado sinais há algum tempo. Nossas cidades estão no limite, não foram projetadas para o consumo desordenado, não foram projetadas para tanto lixo. Precisamos saber o que fazer com ele e envolver toda a sociedade nesta importante missão. Estamos no limite das forças sociais, e a humanidade precisa de um rumo mais lúcido, para manter seu habitat com responsabilidade social e ambiental. Precisamos de um desenvolvimento responsável, pois, como diz aquela velha frase que circula pelas redes sociais, “quando a última árvore tiver caído, quando o último rio tiver secado e o último peixe for pescado, vocês vão entender que dinheiro não se pode comer”. Como veículo de comunicação, cumprimos nosso dever: informamos, pesquisamos, entrevistamos, nos questionamos e nos surpreendemos, com todas as possibilidades que fomos descobrindo ao longo do tempo, seja nas energias, nos reaproveitamentos, na construção civil, na gestão ambiental, no crédito de carbono. Divulgamos belos exemplos de empresas que se destacaram por ações sustentáveis; dicas para os cidadãos comuns poderem participar do processo no seu dia-a-dia. Chegamos à conclusão de que é possível sim, ainda há esperança. A ciência está chegando lá. O que falta, talvez, seja a consciência social e política acompanhar este desenvolvimento. É preciso que política, empresas e instituições caminhem lado a lado ou diminuam a distância entre elas na busca de um desenvolvimento comum, que atenda à econo-
mia, ao meio ambiente e à sociedade. Será que precisamos levar um susto maior, ou é mais fácil enxergar os alertas que vêm sendo colocados debaixo de nossos olhos todos os dias, quando o Planeta nos diz: - Basta? Enquanto esta consciência não vem, vamos trilhando o caminho e cumprindo nosso dever. Começamos conceituando, e hoje, na última reportagem, questionamos o futuro, que será comentado em três entrevistas muito especiais e exclusivas à Revista Expansão. A primeira com o escritor e sociólogo britânico John Elkington, considerado o pai da Sustentabilidade. A segunda, com o publisher Ricardo Voltolini, editor da Revista Ideia Sustentável, que transformou entrevistas com grandes líderes em motivação para os jovens que vão levar este Planeta adiante, em breve. Na terceira, os jovens Daniele Tubino Pante de Souza e Santiago Muñoz Navarrete, ela, arquiteta urbanista, ele, engenheiro civil, idealistas também falam sobre sustentabilidade e futuro. E para encerrar, três cases sustentáveis de empreendimentos de sucesso. O passado da sustentabilidade foi árduo, o presente está cercado de discussões e amarras mundo afora. O futuro ainda é sonho e esperança. Mas o agora, este é para todos. A responsabilidade não é só do poder público, de pesquisadores, de consultores ambientais. A responsabilidade é de cada um de nós. A Revista Expansão já abraçou esta causa. E você? Vera Fernandes Jornalista
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compreender
Quando a última árvore tiver caído, quando o último rio tiver secado e o último peixe for pescado, vocês vão entender que dinheiro não se pode comer.
Qual é o seu verbo 1- cuidar | 2- ajudar | 3 - responsabilizar 4 - economizar | 5 - reciclar | 6 - educar 7- mudar | 8 - plantar | 9- incluir 10- reciclar | 11- conscientizar| 12 - garantir 13 - preservar | 14- plantar | 15 - colaborar 16 - amar | 17- controlar | 18- customizar 19 - sistematizar | 20- otimizar | 21- conquistar 22 - promover | 23- respeitar | 24- limpar 25 - arrumar | 26- idealizar | 27- refletir 28 - harmonizar | 29 - unir | 30 - conservar 31 - relacionar | 32- configurar | 33- preencher 34 -potencializar | 35- planejar | 36- agir 37 - organizar | 38- valorizar | 39 - dialogar 40 - ensinar | 41- crescer | 42- desenvolver 43 - compreender | 44 - expandir | 45- fomentar 46 - articular | 47 - estimular | 48- construir 49 - convergir | 50 - inovar
APOIO
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John Elkington
o pai da sustentabilidade
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utoridade mundial sobre o assunto, o sociólogo britânico John Elkington (foto), 62 anos, fala com exclusividade para a Revista Expansão nesta última reportagem da série sobre o tema Sustentabilidade. Ele foi um dos precursores da responsabilidade social e ambiental nas grandes empresas. Também fundou, em 1987, a Consultoria SustainAbility, uma instituição que orienta empreendimentos em responsabilidade corporativa e desenvolvimento sustentável. Conhecido como “pai da sustentabilidade”, já escreveu ou foi co-autor de 17 livros, entre eles, o Guia do Consumidor Verde, best-seller da década de 80 que vendeu milhões de exemplares; e Canibais de Garfo e Faca, obra que criou os conceitos da sustentabilidade por meio de três vertentes: a prosperidade econômica, a qualidade ambiental e a justiça social, representadas pelos três pilares conhecidos como Triple Bottom Line: Profit – Planet – People e que está sendo relançada no Brasil depois de 15 anos da primeira edição.
Como estamos quando assunto é sustentabilidade? Pesquisas de opinião pública em todo o mundo têm demonstrado interesse crescente, entre os cidadãos comuns, em questões ligadas à sustentabilidade. Apesar de que muitas vezes este interesse é maior com os desafios ligados à segurança e saúde, por exemplo, ao invés da perda de espécies ou mudanças climáticas. A crise econômica também tem distraído muitos líderes de negócios, mercados financeiros e governo. Como resultado disso, suspeito que a Conferência Rio+20, em 2012, será muito menos eficaz do que a versão 1992. Mas os tempos de profunda e prolongada crise econômica também podem ser momentos em que nossa espécie começa a pensar diferente, quando velhos modelos econômicos e de negócios morrem e novos iniciam a luta para a luz. Tendo visto a crise que vem se desenrolando ao longo dos últimos cinco anos, agora me sinto mais otimista. O sistema eco-
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Paulo Varello/Divulgação
idealizar
Respeitada autoridade mundial discorre sobre ambiente, economia e política e futuro em entrevista exclusiva
nômico global atingiu um ponto de inflexão e, durante a próxima década, a mudança vai acelerar de maneiras (e direções) que hoje são quase inimagináveis. É possível ser economicamente viável, socialmente justa e ecologicamente correta? Para ser economicamente viável não significa manter o status quo. Em vez disso, juntamente com as linhas argumentadas pelo economista austríaco Joseph Schumpeter, acredito que estamos em um período de “destruição criativa”, o que significa que muitas empresas serão naturalmente dilaceradas nas próximas décadas, criando condições para que novos possam crescer. A questão é, se vamos nos planejar para isso, ou simplesmente deixar que aconteça. Sobre ser socialmente justa, em muitos países desenvolvidos, a divisão entre ricos e pobres cresceu amplamente nos últimos anos, e tem potencial para minar suas sociedades. Mas
como a Puma estão fazendo um trabalho fascinante sobre o que eles chamam Lucro Ambiental e Metodologia de Perda. E tivemos estudos importantes, como o severo Relatório sobre a Economia das Mudanças Climáticas e o relatório A Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade (TEEB), com foco na economia dos ecossistemas e biodiversidade. Suas recomendações ainda são um longo caminho de adoção.
Muitos países ainda descartam a possibilidade de ações com resultados a longo prazo nas corporações sob o argumento de que ações sustentáveis são caras. Podemos estabelecer uma cultura sustentável num planeta que não dá crédito ao “longo prazo” como um benefício? Recentemente, publicamos um relatório chamaPodem caminhar juntos os conceitos de política, de- do de O Quociente de Futuro, identificando 12 setores que senvolvimento e sustentabilidade? tendem a pensar mais no futuro, e delineando algumas O problema fundamental em tudo isso, muitas vezes, das maneiras que os atores-chave usam para esticar seu pensão as escalas de tempo. Desenvolvimento sustentável requer samento. O relatório foi muito bem recebido, e estamos presescalas de tempo intergeracionais tes a iniciar uma segunda etapa do como um político disse certa vez: trabalho. É um enorme desafio cul- uma semana pode ser muito tural, mas muitas vezes a chave é o (...) grande parte das tempo na política. É irônico que tempo. Eu acho que a hora chegou. evidências sugerem os líderes empresariais atuais muitas vezes estão à frente dos Como pai da sustentabilidaque em assuntos líderes políticos em termos do que de, você acredita que é capaz de ver como a perda de precisará ser feito. Mas talvez a classua criação ter sucesso no mundo? florestas, de espécies, se política possa os alcançar - espeNós montamos a sustentaa destruição da remos que assim seja! bilidade na empresa em 1987, ninguém mais tinha ideia do que signipesca oceânica, as O que está faltando aos líficava a palavra. De fato, por três ou alterações climáticas deres mundiais para entendequatro anos tivemos que soletrá-la, e a acidificação dos rem a sustentabilidade? Eles eso tempo todo. Agora as pessoas penoceanos, as coisas tão preparados para a sustentasam que sabem. Um estudo realizado bilidade ou precisam mudar culpela Accenture, para o Pacto Global da estão piorando. turas e conceitos? ONU, em 2012, mostrou que, dos 766 Nós usamos uma matriz 2 por CEOs (Chief Executive Officer), em to2 para explicar nosso compromisso do o mundo, 93% viram a sustentabicom este assunto. Começa com conceitos, onde temos feito lidade como importante para o futuro de seus negócios, 88% progressos consideráveis em acordar as pessoas para os desa- viram como uma necessidade crescente para conduzir as alfios; passa para comportamentos, como: fumar em locais pú- terações ligadas através de suas cadeias de suprimentos e 81% blicos, em alguns países, estamos fazendo progresso lento; e disseram que já “embutiram” sustentabilidade em seus negóamplamente, porque não há um processo de bloqueio, onde cios. Eu não acredito que eles estavam mentindo, mas acho o que realmente fazemos é fortemente moldado por nossas que a maioria ainda têm má compreensão do que realmente culturas, que agora temos de resolver como mudar. Fundamen- a sustentabilidade irá requerer - a destruição da economia e tal a tudo isso é o paradigma dominante - onde acredito que infra-estruturas que nós criamos nos séculos 19 e 20, e a sua estamos há 50 anos em uma mudança de paradigma que irá substituição por novas versões, desta vez cabíveis para o sétransformar a maneira como vemos o nosso planeta. culo 21. Isto não é apenas a cidadania-extra, é uma transformação em evolução econômica, social e política. Sobre as questões climáticas, você acredita que haverá um acordo global, especialmente neste ano em que Este ano foi relançado no Brasil Canibais ..., o que ele termina o ciclo do Protocolo de Kyoto, em que as discus- tem de novo em relação às edições anteriores? sões para o estabelecimento de um novo acordo não são É ótimo ver Canibais com Garfo e Faca republicado no unânimes entre os líderes mundiais? Brasil. E é extraordinário porque já são 15 anos desde a primeiSe haverá ou não um novo acordo, e eu acredito que é ra edição. Durante esse tempo, o conceito de tripla linha de provável que haverá , sim, algum tipo de acordo, não vai exis- fundo (Triple Bottom Line, a solução mercadológica economitir, em qualquer lugar que seja, no formato que realmente camente viável, ecologicamente correta e socialmente justa), precisamos. Quando eventualmente o acordo vier, as pesso- ganhou um impulso bastante grande em diferentes partes do as vão perguntar por que não agir, da mesma forma que nós mundo, ajudando a faiscar conceitos posteriores como a linha não agimos antes das duas guerras mundiais. A resposta é a de fundo duplo, valor combinado, valor compartilhado, lucros mesma: velhos paradigmas e mentalidades, falso otimismo, e ambientais ou sociais e perda. Levou 500 anos para a contabiuma ignorância das lições de toda a história. lidade de dupla entrada evoluir para as formas de avaliação, de contabilidade e relatórios que vemos hoje, de modo que, Que pilar da Triple Bottom Line: Lucro - Planeta - Pes- contra a escala de tempo, nós não estamos fazendo mal. Mas soas, é mais avançado nos últimos anos, e em qual deles é não temos o luxo de tais prazos. Nós temos o melhor em uma preciso investir mais, na sua opinião? década ou duas. Então, meu pé fica no acelerador. Se eu tivesse que escolher entre eles, eu provavelmen* Colaboração na tradução: Leila Ermel te escolheria o planeta/ambiente. Neste sentido, empresas
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fomentar
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é preciso haver igualdade social não apenas entre as gerações atuais já aqui na Terra, mas entre nós e as gerações futuras. E para alcançar isso, há uma longa marcha à frente do nosso presente. Na questão de ser ecologicamente correta, novamente, grande parte das evidências sugerem que em assuntos como a perda de florestas, de espécies, a destruição da pesca oceânica, as alterações climáticas e a acidificação dos oceanos, as coisas estão piorando. Mas há um ditado que diz: - é sempre mais escuro antes do amanhecer. Estamos trilhando em melhor água do que há 25 anos, na época de Brundtland. Mas nos próximos 25 anos pode muito bem se ver um avanço. É o que argumento em meu novo livro Os Zeronauts: Rompendo a Barreira de Sustentabilidade, que deve sair em maio.
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Ricardo Voltolini
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ornalista com especialização em Sociologia, Produção Cultural e Planejamento Estratégico, Ricardo Voltolini (foto) é também consultor de terceiro setor e responsabilidade social, publisher da revista Ideia Sustentável, uma das mais prestigiadas revistas sobre o tema no Brasil. Ele também é autor do livro Conversas com líderes sustentáveis: o que aprender com quem fez ou está fazendo a mudança para a sustentabilidade, publicado com base em entrevistas com 18 líderes de companhias consagradas e que acabou resultando no movimento chamado Plataforma Liderança Sustentável, cujo objetivo é identificar, conectar e educar jovens lideranças para questões de sustentabilidade. Nesta entrevista exclusiva à Revista Expansão, Voltolini detalha seu projeto e fala sobre passado, presente e os desafios do futuro da sustentabilidade.
Como publisher de uma das mais prestigiadas revistas sobre o assunto, como você avalia o atual momento da sustentabilidade junto às corporações? Como conceito de gestão, avançou muito nos últimos dez anos. Hoje está entre os cinco, senão três, assuntos mais estratégicos em grandes empresas ou empresas líderes, pela simples razão de que passou a perpassar a nova noção de prosperidade empresarial. Há seis anos o termo sequer era mencionado no universo empresarial. A maioria das corporações não compreendia exatamente o que aquilo tinha a ver com os seus negócios. Gastava-se enorme energia na tarefa de convencê-las dos “porquês” e quase nenhuma na construção dos “comos”. As evidências científicas nos ajudaram a perceber mais claramente os limites do Planeta e os riscos do aquecimento global para a humanidade. Penso que estamos agora ingressando na fase dos “comos”. Nesse estágio as empresas perceberam que precisam melhorar sistemas e estratégias, identificar impactos socioambientais para minimizá-los ou eliminá-los, mudar a matriz energética, reduzir resíduos, desmaterializar produtos, inovar em pro-
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O estrategista ambiental
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dutos mais verdes, desenvolver ou incorporar tecnologias que possibilitem fazer mais com menos recursos naturais e promover o desenvolvimento sustentável dos públicos impactados pelo negócio. Você acredita que a sustentabilidade pode vir a ser percebida como uma ferramenta muito maior do que simplesmente de marketing? Acredito sim, claro. Por uma questão de bom senso. Sustentabilidade é muito mais do que marketing na medida em que é mais do que mote para discurso público de respeito à natureza. Também não é uma ferramenta. Pressupõe uma mudança profunda no jeito e na lógica de fazer negócio e na cultura organizacional. Nem todas as empresas – é claro - estão dispostas a fazer essa mudança, por aversão, desinteresse pelo tema, comodismo, resistência a qualquer tipo de risco e insistência em tratar investimento para o futuro como despesa e custo no presente. Mas como não querem deixar de ser percebidas por suas preocupações socioambientais e seguindo o tal comportamento de manada - acabam sen-
Não creio honestamente que o departamento de marketing seja o melhor lugar para se concentrar o pensamento estratégico de sustentabilidade.
Mas o discurso não fortalece a empresa? Não acho que o discurso utilitário e unilateral da propaganda seja suficiente para fortalecer a imagem de empresa mais ou menos sustentável num tempo em que as pessoas têm se mostrado cada vez mais desconfiadas da intencionalidade da mensagem publicitária. A história recente está cheia de relatos de empresas que botaram o discurso muito à frente da prática e acabaram pegas na primeira curva, com sérios prejuízos de imagem, seja porque esqueceram de convencer seus funcionários e colaboradores de que eram mesmo mais sustentáveis, seja porque foram desmentidas pelo mercado ou por organizações ativistas da sociedade civil, seja ainda porque eventuais dilemas e incoerências vieram a tona e se espalharam pelas redes sociais na forma de protestos e manifestações. Os públicos estão mais críticos e menos pacientes com as mentiras do greenwashing, a falsa propaganda verde. Você tem bastante destaque em duas ações: uma delas é o livro Conversas com Líderes Sustentáveis. Como surgiu a ideia de produzir o livro e de que forma ele acabou dando origem à Plataforma Liderança Sustentável? O livro Conversas com líderes sustentáveis: o que aprender com quem fez ou está fazendo a mudança para a sustentabilidade (editora SENAC-SP-2011, já na segunda edição) começou a nascer em meados de 2008. Naquele ano, a Revista Ideia Sustentável fez um ensaio jornalístico para o qual entrevistou cerca de 30 executivos de grandes empresas com o objetivo de identificar por que em algumas delas a sustentabilidade tinha avançado na estratégia empresarial mais do que em outras. E concluímos que havia cinco pontos comuns entre as mais bem-sucedidas. Nelas, a sustentabilidade estava na estratégia central do negócio, era tratada no campo da oportunidade, muito bem comunicada e compartilhada pelos stakeholders da empresa. Mais importante ainda, havia nelas a presença de um líder que acreditava apaixonadamente no tema e trabalhava forte, com determinação, para inseri-lo na estratégia e na cultura da corporação. Este ensaio virou livro então? O livro foi o modo que encontrei de investigar mais profundamente em quê acreditam, como pensam, agem e tomam decisões de negócio os líderes de companhias consagradas no tema. Ao longo de 18 meses, entrevistei 18 presidentes. Dez deles viraram capítulos do livro: Fábio Barbosa (ex-banco Real, hoje Gupo Abril), Guilherme Leal (Natura), Paulo Nigro (Tetra Pak), José Luciano Penido (Fibria), Luiz Ernesto Gemignani (Pro-
mon), Franklin Feder (Alcoa), Kees Kruythof (Unilever), Hector Nuñez (ex-Walmart), Miguel Krigsner (O Boticário) e José Luiz Alquéres (ex-Light). Além do objetivo de propor uma discussão conceitual sobre liderança em sustentabilidade (primeira parte do livro), debatendo perfil, atribuições, conhecimentos e habilidades, minha intenção era fazer com que as dez histórias provocassem e inspirassem o leitor. E a Plataforma Liderança Sustentável? Ela surgiu como desdobramento natural, logo ao final do processo das entrevistas. Vi que tinha em mãos um material muito rico. E que apenas o papel impresso seria veículo insuficiente para espalhar idéias tão interessantes por todo o Brasil. Assim, propus aos presidentes entrevistados que tomássemos o livro como ponto de partida para um movimento focado em identificar, conectar e educar jovens lideranças para questões de sustentabilidade. Convite aceito, fizemos o portal www.ideiasustentavel.com.br/ lideres com estudos, pesquisas, opinião e as palestras dos presidentes gravadas com qualidade de cinema. E realizamos seis encontros regionais, com o apoio do Sesi e das Federações de Indústria, em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Salvador e Vitória, atingindo 850 líderes. Outras 35 cidades já fizeram solicitações formais para receber a Plataforma em 2012. Os vídeos dos presidentes já foram acessados por mais de 15 mil pessoas. Os 66 encontros feitos entre junho e dezembro de 2011, em escolas importantes de negócio, empresas e associações classistas, levaram a mensagem do livro para mais de 7200 pessoas com enorme potencial de multiplicação. Neste ano, devemos combinar esta fase mais inspiracional com outra educacional, que será desenvolvida com base em programas criados a partir dos achados do livro.
estimular
do mais pródigas no discurso para fora do que na prática para dentro. Não creio honestamente que o departamento de marketing seja o melhor lugar para se concentrar o pensamento estratégico de sustentabilidade.
Interligar empreendedores de sucesso com jovens. Esta seria a meta destas duas ações. Mas como chegar nos jovens? Qual a estratégia de acesso? Com a Plataforma Liderança Sustentável, acho que escolhemos uma boa estratégia: colocar os jovens em contato com líderes consagrados no tema tem se mostrado uma forma eficaz de disseminar a importância da liderança com e para a sustentabilidade. É como se esses presidentes passassem a ser tutores de líderes de uma nova economia. Quando nos encontros em escolas de negócio, os jovens são apresentados a histórias tão inspiradoras, a reação costuma ser quase sempre de entusiasmo, interesse e adesão. Não raramente, alguns Os públicos estão me procuram ao final das palestras mais críticos e para dizer: “Se este líder conseguiu mudar uma empresa tão complexa menos pacientes quanto um banco, uma mineradocom as mentiras do ra ou um grande varejista, colocangreenwashing, do os valores de sustentabilidade a falsa propaganda no centro das principais decisões, então é porque isso gera valor. E verde. é numa empresa assim que quero trabalhar.”
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CONSTRUIR
SUSTENTABILIDADE Reações como essas constituem uma prova de que o terreno está fértil para o conceito da sustentabilidade. E de que a melhor maneira de convencer os jovens líderes sobre a relevância do tema é mostrar que sustentabilidade faz bem para todo mundo, que é um novo vetor de sucesso e que eles não precisam abrir mão de valores éticos nos quais acreditam para trabalhar nas melhores empresas. Pelo contrário, seus valores passam a ser premiados nas empresas mais sustentáveis. Quando tudo isso é dito por líderes já consagrados, com trajetória igualmente já reconhecida, a química se instala imediatamente. Que futuro terá a sustentabilidade? Para falar do futuro da noção de sustentabilidade no campo empresarial, recorro, como exemplo, ao conceito da qualidade total. O leitor com mais de 30 anos certamente se lembrará do início do movimento de certificações ISO, nos anos 80. No auge do debate sobre globalização, muitas empresas acorreram a essas certificações com o propósito de atestar publicamente que tinham qualidade para competir em qualquer mercado. Como gerava prestígio, melhorava a reputação e sinalizava respeitabilidade, algumas chegaram a publicar anúncios para comunicar suas conquistas de qualidade. Hoje ninguém mais faz propaganda para afirmar que tem qualidade. Não é mais um diferencial, mas um pré-requisito para atuar em qualquer mercado. O mesmo ocorrerá com a sustentabilidade. Em um futuro não muito distante, ela será pré-requisito para atuar em qualquer mercado. E as que não se ajustarem a esse parâmetro, estarão fora de um novo jogo, chamado por muitos de economia verde, cujas regras serão ditadas por diferentes fontes de pressão: consumidores mais exigentes, sociedades mais fiscalizadoras, esgotamento dos recursos naturais, governos mais reguladores, agentes de mercado mais seletivos. Sei que muitos leitores, olhando para a realidade atual de empresas que conhecem, duvidarão dessa afirmação. É compreensível. Mais uma vez, faço uso de uma figura de comparação para explicá-la. Imagine a incorporação da sustentabilidade aos negócios como uma longa estrada.
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Acordos mundiais em torno de metas vinculantes por países, como deseja a ONU, tendem ao fracassso porque são afetados por uma batalha de grandes e poderosos interesses econômicos. Tudo o mais é retórica diplomática
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O que pode se esperar dela nos seus três pilares? Será possível chegar ao economicamente viável, ao socialmente justo e ao ecologicamente correto? No início desta longa estrada está a lógica do bottom line, aquela tradicionalmente praticada por empresas, que se caracteriza pela sanha do resultado econômico trimestral e por preceitos como o de que questões socioambientais são externalidades. No final da estrada, há uma outra racionalidade: a do triplle bottom line, marcada pela combinação equilibrada de resultados econômico-financeiros com preservação ambiental e promoção do desenvolvimento social de pessoas, individualmente, e de sociedades. Como estamos no primeiro quadrante do percurso, a perspectiva é, obviamente, enxergar mais o marco lógico inicial. O que não significa que não estamos caminhando. Dependendo da empresa que for tomada como exemplo, é possível começar a observar as placas que nos indicam o final da caminhada, ainda que ele esteja um tanto longe. Da perspectiva de um analista de tendências, há sinais evidentes de avanço na caminhada como, por exemplo, a adoção cada vez maior de variáveis de sustentabilidade como fronteira de inovação em produtos e processos, os esforços por redução de emissões de gases de efeito estufa e de uso de água na cadeia de valor, e a valorização maior de ações de empresas compromissadas com as questões socioambientais.
Haverá um acordo em relação ao meio ambiente, assinado pelos grandes líderes do planeta? Sou cético em relação a acordos mundiais. Uma semana antes de embarcar para Copenhague, na Dinamarca, em 2009, onde acompanhei a COP-15, estive com Lester Brown, autor de Plano B- 4.0, um dos mais importantes pensadores ambientais do mundo. E ele sintetizou de forma clara o meu sentimento quanto a este assunto. Acordos mundiais em torno de metas vinculantes por países, como deseja a ONU, tendem ao fracassso porque são afetados por uma batalha de grandes e poderosos interesses econômicos. Tudo o mais é retórica diplomática. Nenhum acordo será efetivo se os dois maiores emissores de gases de efeito estufa do planeta, EUA e China, não se entenderem sobre compromissos comuns. Os EUA, que não por acaso ficaram fora do Protocolo de Kyoto, entendem que assumir metas de redução de emissões significará abrir mão de crescimento econômico. E, em tempos de crise, que presidente quererá abrir mão de crescimento. A China, usando a tese de Kyoto, acha que não tem responsabilidades por estabelecer metas obrigatórias de corte de emissões. Que essas cabem aos países desenvolvidos, emissores há mais tempo e, portanto, mais responsáveis pelo atual quadro de mudanças climáticas. E assim, com posições tão marcadas, o acordo não sai. De qualquer modo, acho que pequenos avanços, como o observado na última COP17, em Durban, na África do Sul, são melhores do que nenhum avanço. Encontros como a Rio+20, ainda que não gerem os grandes resultados esperados, são importantes para dar visibilidade pública global ao debate dos grandes temas da sustentabilidade.
Conceitos e práticas
S
ustentabilidade urbana foi o tema do braço hamburguense do Fórum Social Temático (FST), que teve sede em Porto Alegre, de 24 a 29 de janeiro. Em Novo Hamburgo (RS), foi realizado com atividades durante todo o dia 25, nas dependências da Fenac. Em uma das palestras, a arquiteta e urbanista Daniele Tubino Pante de Souza e o engenheiro Santiago Muñoz Navarrete falaram sobre O Desenvolvimento Sustentável e a Cidade: Conceitos e Práticas. Ela é pesquisadora do Núcleo Orientado para a Inovação da Edificação (Norie), do Programa de Pós Graduação em Engenharia Civil (PPGEC/Ufrgs), na linha de pesquisa em Engenharia Urbana Sustentável. Defende que são as cidades - que correspondem somente a 2% do planeta -, o centro da decisão e do consumo, por isso são elas que determinam na geração de impactos ambientais. Navarrete é pesquisador e mestre pelo Norie/Ufrgs nas áreas de Sustentabilidade e Gestão de Projetos na Construção Civil e, segundo ele, para que haja sustentabilidade, os desenvolvimentos social, econômico e ambiental devem andar juntos. A seguir, a entrevista que os dois concederam à Revista Expansão.
CONVERGIR
de Danielle e Navarrete
É possível mudar o pensamento das pessoas em relação à sustentabilidade urbana, com foco na arquitetura e na engenharia? Daniele - O primeiro passo para difundir os princípios da sustentabilidade nas áreas da arquitetura e engenharia,é desassociar a relação entre aumento de custos e a construção sustentável. Se a construção sustentável for bem pensada, planejada desde o início e os custos a longo prazo forem considerados, perceberemos que os custos globais (financeiros, ambientais e sociais) podem ser menores que na construção convencional. A sociedade urbana está preparada para assumir a sustentabilidade? Navarrete - Na minha opinião, a consciência da nossa sociedade quanto ao desenvolvimento sustentável depende de ações na área da educação, promovendo o entendimento de práticas e iniciativas que visem à sustentabilidade urbana. A informação é fundamental para que as práticas sustentáveis sejam incorporadas pela comunidade, e assim sejam disseminadas e mantidas a longo prazo. Dessa forma, a própria sociedade poderá criar soluções contextualizadas ao local onde se encontram. Quais são as maiores urgências, na necessidades de investimento e políticas públicas, na questão sustentabilidade urbana? Daniele - As políticas públicas precisam incorporar os princípios da sustentabilidade em diversas áreas, como habitação, água, áreas verdes, mobilidade urbana, energia, alimentos e resíduos, sendo difícil a priorização entre estes aspectos, tendo em vista que estão interrelacionados e são complementares. Podem ser observados vários exemplos ao redor do mundo onde as leis de contratação pública incorporam critérios de sustentabilidade, assim como são considerados incentivos fiscais para projetos mais sustentáveis. Qual a linguagem que vai chegar ao jovem para atingir o objetivo da disseminação das necessidades de ações sustentáveis? Navarrete - Para nós, a observação de exemplos reais constitui o caminho mais direto para a sensibilização. A vivência cotidiana de práticas sustentáveis bem sucedidas, sob nosso ponto de vista, é um multiplicador de ações nesse sentido.
reversereciclagem. Revista Expansão
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com.br
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Lu Freitas/Especial
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INOVAR
Aproveitando e reaproveitando a água
Silva: estação de tratamento funciona há cerca de quatro meses
O Centro Automotivo Sulbra, em Porto Alegre tem em funcionamento, há quatro meses, uma estação de tratamento e reciclagem da água utilizada para lavagem dos veículos. Uma questão de ideologia da empresa e ajuste ambiental foi o que levou a Sulbra a implantar o sistema, segundo o gerente de pós-venda do Centro Automotivo, Ideraldo Luís Silva (foto), que detalhou todo o processo, que vai desde a captação e armazenamento, de água da chuva que cai sobre o complexo de edificações do Centro Automotivo, até o tratamento para sua reutilização. No tratamento, a primeira etapa separa o óleo e areia da água da lavagem. “O que sobra vai para uma cisterna e dali para outro reservatório, de onde sai para a estação de tratamento”, explica. Depois do processo de reciclagem, a água limpa vai para um filtro de areia e só depois volta para os reservatórios de armazenagem. Segundo ele, a água pode ser reaproveitada por cerca de três meses, antes de ser descartada definitivamente. O lodo que fica armazenado em outro reservatório é separado em embalagens específicas e recolhido por empresa especializada. “Nada aqui é jogado fora, tudo tem destino certo”, argumenta. No local da lavagem, o profissional ainda conta com um sistema no o qual pode optar por qual tipo água vai usar: ou a chuva/DMAE, ou a água reciclada. “A primeira lavagem é feita com a água reciclada e o enxague com a água da chuva. Quando termina a água da chuva, entre a do DMAE”, relata. Além da conformidade com as questões ambientais, o sistema de aproveitamento e reaproveitamento da água no Centro Automotivo Sulbra proporcionou uma redução, segundo Silva, de 90% no consumo de água captada do Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE), da capital gaúcha.
A moda sustentável
Com a conjugação dos verbos repensar, reciclar e renovar, a marca moda em couro Liziane Richter, de Novo Hamburgo (RS), adere às alternativas sustentáveis e busca soluções para apresentar ao mercado produtos com processo de produção menos agressivos ao meio ambiente. Camila Richter é a estilista da marca. O empenho da marca apresenta três frentes: numa delas, a empresa buscou novos curtumes que pudessem realizar um processo de tratamento do couro sem o uso de cromo. “Os dejetos dos couros curtidos com o cromo causam um impacto muito grande na natureza. Por isso optamos pelo curtimento, em algumas peças, com zircônio, que é menos poluente”, revela. A diferença do processo tradicional é que o couro fica um pouco menos macio e acaba se tornando mais caro. Mesmo assim, Camila diz que ainda há esperança de encontrar o processo perfeito, que possa unir preço, maciez e diminuição do impacto ambiental no processo de curtimento.
Enquanto este dia não chega, outras duas frentes vão sendo aproveitadas. Na questão social, a empresa realiza doação de retalhos de couro para um grupo de artesãs do Núcleo Amigo da Criança, do bairro Santo Afonso, em Novo Hamburgo. Ali, segundo Camila, são produzidas peças para acessórios, que são compradas e revendidas na loja. O grupo também recebe orientação e participa de oficinas para aprender o processo. Em outra frente, há a determinação de não enviar, ou reduzir consideravelmente, os restos de couro para o aterro. O reaproveitamento dos retalhos resultou numa linha confeccionada com patchwork, além de etiquetas e puxadores de couro para zíperes e chinelos, rasteiras, bolsinhas e outros acessórios. “A linha sustentável, em patchwork ficou mais caro, considerando a mão de obra, mas enche os olhos”, conta a estilista, que lembra que as peças feitas em em patchwork, ou os acessórios feitos com restos de couro são exclusivos. Camila: a linha sustentável Liziane Richter
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Vera Fernandes/Especial
Trabalhando o social
Implementar ações de prática de gestão ambiental em suas fábricas não foi suficiente para a Ford Motors, que resolveu investir no reconhecimento de ações diversas por todo o País. A ideia foi valorizar iniciativas pela redução do impacto no meio ambiente e a sustentabilidade. Há 16 anos, o Prêmio Ford Motor Company de Conservação Ambiental elege todo o tipo de iniciativa bem-sucedida voltada à preservação do meio ambiente que sirva como modelo inovador e replicável no Brasil. Atualmente, é reconhecido como um dos mais importantes na área ambiental. Ao todo, já foram premiadas 70 personalidades e instituições, por ações ambientais. Conforme Adriane Rocha, gerente de assuntos corporativos da Ford, o prêmio é uma iniciativa destinada a encorajar e reconhecer projetos de proteção à natureza e à biodiversidade e os ligados ao uso sustentado de recursos naturais no Brasil. “Diante de um cenário mundial em constantes mudanças, a preservação ambiental tem sido uma das prioridades da Ford, onde, além da produção de veículos, temos buscado contribuir para a melhoria da qualidade de vida e o bem-estar da comunidade”, explica. Sustentabilidade, segundo ela, é um dos pilares da Ford. “Nossos times estão sempre em busca de soluções para combater o desperdício nas fábricas, reduzindo o consumo de água e energia ou racionalizando e inovando os processos para aumentar a eficiência do trabalho”, revela a gerente.
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O reconhecimento ao projeto do próximo
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serviço
Com a palavra,
o cidadão Por Vera Fernandes | Foto: Vera Fernandes/Especial
Ouvidoria Parlamentar, no ano em que é retomada na Câmara de Novo Hamburgo, comemora resultados positivos
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ove meses se passaram desde a reativação da Ouvidoria Parlamentar da Câmara de Vereadores de Novo Hamburgo (RS). O setor é o último recurso dos cidadãos insatisfeitos com qualquer serviço público, não somente os que se referem à Câmara. De abril a dezembro, foram pouco mais de 100 demandas e 95% delas foram resolvidas. Segundo a ouvidora geral da casa, a servidora Gledir Bernardo, hoje restam apenas cinco processos em aberto. Os cidadãos procuram a Ouvidoria com pedidos de informações, reclamações e até denúncias. Em dezembro, para facilitar ainda mais o acesso ao serviço, o Legislativo inaugurou um espaço exclusivo para a Ouvidoria Parlamentar, no térreo do prédio da Câmara. Em janeiro, um novo serviço foi ativado, o 0800-643-0555. O trabalho da ouvidoria, iniciado em 2004, por iniciativa do então presidente da casa, Sérgio Schuck, foi suspenso no ano seguinte, retomado em maio de 2011 pelo presidente Leonardo Hoff, e deve ser mantido por Gilberto Koch, novo presidente, em seu mandato. Gledir, que se especializou no assunto antes de assumir o posto, é assessorada por um estagiário no atendimento à comunidade. Em agosto, em Curitiba (PR), ela foi um dos cases do 14º Congresso Brasileiro de Ouvidores, pelo destaque na estruturação do serviço oferecido pelo legislativo hamburguense, que ao invés de um vereador, nomeou como ouvidor geral um servidor concursado.
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O último recurso Conforme Gledir, as pessoas costumam confundir ouvidoria com SAC. “SAC é uma reclamação ao setor competente, um atendimento imediato. Ouvidoria é quando aquele problema não foi sanado”, explica. A partir destas demandas, segundo ela, a meta é traçar um diagnóstico e comunicar o resultado aos setores, que podem ser tanto de âmbito municipal, como estadual e federal. “A ouvidoria não está aqui para colocar o dedo na ferida de ninguém, mas para estabelecer uma parceria e melhorar o serviço público”, revela. Segundo ela, a maior parte dos casos recebidos pela Ouvidoria são reclamações contra o Executivo, e destas, a Secretaria de Obras e Viação é a mais cobrada. O maior pico do ano foi registrado em outubro, com 24 ocorrências. “Foi aí que também se inverteu o motivo da procura, com mais denúncias e menos pedidos de informações. Aos poucos as pessoas estão descobrindo a verdadeira função da ouvidoria”, explica. E é para esclarecer ainda mais sobre a competência do setor, que está sendo estruturado o projeto da Ouvidoria Itinerante, proposta que prevê um estande específico em eventos do município. Além do 0800, a Ouvidoria Parlamentar permite contato por email ouvidoria@camaranh.rs.gov.br ou telefone convencional 3594-0571. Para quem estiver interessado em ir pessoalmente, o endereço é Rua Almirante Barroso, 261, Centro, em Novo Hamburgo. A ouvidora atende no mesmo horário do Poder Legislativo, das 12h30min às 18h30min, de segunda à quinta-feira, e das 8 horas às 13 horas na sexta-feira.
Política
Poruma gestão democrática Por Vera Fernandes | Fotos: Vera Fernandes/Especial
Novo presidente do Legislativo hamburguense quer mandato desempenhado por todos os integrantes da Mesa Diretora
U Betinho comanda o Legislativo hamburguense em 2012
Plano de diálogo será a estratégia Entre as estratégias do novo presidente do Legislativo hamburguense, para superar o ano difícil, está democracia na gestão. “Nada será feito de forma individual. Haverá uma discussão democrática das atividades por todos os membros da mesa. Fui eleito pela maioria e vou respeitar a opinião de cada um”, revela. Além da estratégia do mandato, ele anuncia a substituição de dois cargos: do procurador geral da casa, Vanir de Mattos, e do coordenador geral de finanças, José Carlos Breda, sem revelar, entretanto, quem os vai substituir. “São cargos de confiança do presidente e já que trocou de presidente, é necessária a mudança”, diz o parlamentar. Betinho ainda se mantém determinado em aproximar o Legislativo da população. “É preciso manter a Câmara mais aberta ao povo”, justifica. Outros projetos da gestão de Betinho só serão revelados, segundo o presidente, depois que for feito o planejamento, atividade prevista para o início de fevereiro, mas sem data definida.
m mandato com gestão democrática. É isso que propõe o novo presidente da Câmara de Vereadores de Novo Hamburgo (RS), cidade sede da Revista Expansão, Gilberto Koch, o Betinho (PT), que substitui Leonardo Hoff (PP). Ao seu lado, na Mesa Diretora, estão Ricardo Ritter, o Ica (PDT), vice-presidente; Volnei Campagnoni (PCdoB), primeiro secretário, e Antonio Lucas (PDT), segundo secretário. Todos são integrantes de partidos da base aliada do Executivo. O ano é de eleições e não vai ser fácil no cenário político. A tradição diz que presidente do Legislativo dificilmente se reelege vereador para o mandato seguinte, pelo menos em Novo Hamburgo. Nos últimos anos, só foi quebrada uma vez, pelo vereador Antônio Lucas, na última eleição. Presidente da Mesa Diretora também não vota, a não ser em situações especiais - empates, quando a matéria exigir quórum e nas votações secretas -, portanto, embora seja partido do chefe do Executivo, será um voto importante do prefeito Tarcísio Zimmermann (PT), perdido nas votações do dia-a-dia. Tudo isso, entretanto, não assusta Betinho. “Estou preparado para encarar as dificuldades, caso contrário, não teria me candidatado, eu gosto de desafios”, disse o novo chefe do Legislativo em entrevista à Revista Expansão.
A união da Mesa “Teremos transparência e austeridade. Vou ser fiel ao presidente na ausência dele, com ações seguindo a linha de pensamento da mesa”, afirma o vice-presidente Ricardo Ritter, o Ica, alertando que haverá cuidados especiais por ser um ano de eleições. Para Volnei Campagnoni, primeiro secretário, a mesa está bem composta. “Os integrantes são de diálogo. Vai haver continuidade ao que está sendo feito, pois ajudamos a construir tudo isso, ainda que com um voto, então temos que manter”, avalia. “Estou feliz porque o acordo dos quatro anos foi cumprido”, disse o segundo secretário, Antonio Lucas. Ele destacou que o novo presidente é uma unanimidade na casa, com capacidade, humildade e ética.
O presidente ao lado dos demais integrantes da mesa: Ica, Campagnoni e Lucas
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Os resultados de
Villaverde Por Vera Fernandes | Foto: Fábio Winter/Especial
Primeiro presidente da legislatura que instituiu a gestão compartilhada, o deputado prestou contas antes de passar o cargo para Alexandre Postal
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m 31 de janeiro, o deputado estadual Adão Villaverde (foto), do PT, passou a presidência da Assembleia Legislativa (AL) do Estado do Rio Grande do Sul para seu colega Alexandre Postal, do PMDB. Antes, porém, convocou a imprensa para prestar contas e falar dos novos rumos que deu ao parlamento gaúcho em 2011, transformando-o no que chamou de “Parlamento Protagonista”. Ao lado de José Sperotto, primeiro vice-presidente no mandato de Villaverde, e do deputado Ronaldo Santini, ambos do PTB, o então presidente fez seu balanço de gestão, na manhã de 19 de janeiro na sala da presidência, na AL. Por cerca de uma hora, Villaverde falou de sua gestão, destacando pontos escolhidos por ele como balizadores de seu mandato. Conforme o deputado, o programa Destinos e Ações para o Rio Grande levou ao parlamento debates sobre temas de grande importância à sociedade e conduziu-a unir esforços em prol de obras importantes para o Estado. Outro destaque foi a transparência instituída na sua gestão, com ações como a resolução que determina que todas as informações solicitadas pelos cidadãos devem ser respondidas. O parlamentar fechou o encontro com jornalistas salientando que seu mandato deu início a uma legislatura inovadora, com a gestão partilhada, pela unificação de decisões administrativas ao longo dos quatro anos, e afirmando que os próximos presidentes devem manter este processo.
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De volta ao protagonismo Recolocar a AL no centro dos grandes debates foi uma das principais metas de Villaverde ao longo de 2011. “Colocamos como eixo deste primeiro ano da legislatura a ideia de inserir o parlamento no centro dos principais debates de interesse do Estado, papel que outrora ele já ocupou. O parlamento precisava, e precisa, ter uma agenda conectada às grandes questões de interesse da sociedade”, argumenta, lembrando da instituição do Programa Destinos e Ações para o Rio Grande. O programa é resultado de convênio firmado entre o Parlamento gaúcho e a Câmara Federal. Assuntos como desenvolvimento, políticas sociais, questões climáticas, combate à miséria, infraestrutura, foram debatidos tanto no Parlamento como no interior do Estado. As audiências públicas do interior, segundo ele, trouxeram resultados objetivos e práticos. Além disso, também houve uma aproximação com a Câmara Federal e Senado e com os governos estadual e federal, sem, entretanto, perder autonomia e a independência como Poder. “Soubemos manter uma relação de colaboração, mas também de autonomia independência em relação ao governo do Estado e ao governo Federal”, frisou.
Luiz Avila/ Divulgação
A Legalidade como marco histórico A participação da AL nas atividades comemorativas ao cinquentenário do Movimento da Legalidade também foi lembrada pelo deputado. “Fizemos um forte investimento no resgate desse movimento épico, e tivemos um retorno até mesmo inesperado, pois soubemos que muita gente que não tinha nem a dimensão nem o conhecimento desse tema passou a se interessar e valorizar esse fato histórico”, disse Villaverde. Ele argumentou ainda que o Movimento da Legalidade, dentro do contexto histórico, poderia se igualar à Revolução de 30.
Casa legislativa aberta ao cidadão O segundo item tratado pelo deputado foi a transparência. Conforme ele, o Legislativo já vinha em um processo de transparência. “Fechamos este ano com o regramento que todo e qualquer cidadão, e toda e qualquer instituição, que quiser e desejar, terá acesso ao conjunto das informações da Casa, como por exemplo, a questão das diárias, ou qualquer outra informação”, explica Villaverde.
Gestão partilhada De opinião favorável ao mandato de dois anos, Villaverde falou da gestão partilhada como um dos principais avanços do Parlamento em 2011. Ele, que foi o primeiro presidente da legislatura que instituiu o comitê gestor, formado pelos quatro presidentes e seus chefes de gabinete e o superintendente geral da casa, falou com orgulho desse inovador posicionamento do legislativo. “Detectamos que a alternância de presidentes de ano após ano causava interrupções na dinâmica da gestão operacional da Assembléia. Por isso a ideia do comitê gestor, que consiste nos quatro presidentes, os quatro diretores-gerais e os respectivos chefes de gabinete tomarem sempre todas as decisões de forma coletiva”, relatou Villaverde.
A continuidade Segundo o deputado, o comitê gestor deve ter continuidade nos próximos três anos. Ele destacou os resultados positivos da iniciativa, entre eles a racionalização de custos, como um dos motivos para o fortalecimento não só da gestão compartilhada, como também da interiorização e o aprofundamento de grandes temas. “Teremos a colaboração com o governo pelos interesses do Rio Grande do Sul, não deixando de trazer os debates da sociedade aqui para dentro”, disse. Ele finalizou ao afirmar a necessidade de legitimidade e que esta precisa ser construída no cotidiano. Por isso, diz o deputado, é preciso aprofundar os grandes temas de interesse do Estado. Natural de Alegrete, Villaverde foi militante estudantil e sindical e um dos fundadores do PT. Atualmente, o deputado petista é pré-candidato à prefeitura de Porto Alegre.
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Vida e saúde
Osteoporose,
a doença silenciosa A chegada da menopausa e males comuns na população atual como dietas pobres em cálcio, baixa exposição a luz solar e sedentarismo são alguns dos fatores de risco
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e acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, 75% dos diagnósticos de osteoporose são feitos apenas quando ocorre uma fratura, sendo que no Brasil, complicações da doença causam cerca de 200 mil mortes todos os anos. “A osteoporose é considerada uma doença silenciosa, pois o paciente não apresenta sintomas até que a pessoa tenha uma perda óssea significativa a ponto de ter fraturas graves. As mulheres são as mais afetadas pela doença, especialmente a partir da menopausa”, afirma o presidente da Comissão Nacional de Osteoporose da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e pesquisador do Cedoes Diagnóstico e Pesquisa, o doutor Ben-Hur Albergaria.
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Histórico familiar Saúde pública A osteoporose é considerada um problema de saúde pública, afetando cerca de 30% das mulheres na pós-menopausa e 20% dos homens acima dos 50 anos. As fraturas ósseas decorrentes da doença ainda são responsáveis por um maior número de dias de internação hospitalar do que os casos de diabetes, infarto e câncer de mama. “A cada quatro pessoas que fraturam o fêmur, uma acaba morrendo em decorrência de complicações da doença. Exatamente por isso não é exagero destacarmos a doença como uma preocupação de saúde pública”, afirma o doutor.
Outros grupos de risco compreendem pessoas com um histórico familiar com baixo índice de massa corporal, fumantes, sedentários, etnias como a raça branca ou asiática e àqueles que possuem dietas pobres em cálcio ou vitamina D. A questão alimentar é importante, especialmente se considerada que na ausência da vitamina D, apenas 10% a 15% do cálcio da dieta são absorvidos. A inadequação na ingestão de micronutrientes relacionados a saúde óssea na população brasileira foi avaliada no Brazilian Osteoporosis Study (Brazos). De acordo com o estudo, que envolveu 2.420 indivíduos acima de 40 anos, residentes nas cinco regiões do País e de diversas classes econômicas e níveis de escolaridade, 99% da população ingere cálcio e vitamina D abaixo dos níveis recomendados.
Dados alarmantes Combinação Ela é confirmada após uma avaliação que inclui uma combinação de levantamento de dados clínicos, exames físicos e diagnósticos complementares, como a densitometria óssea. Por uma questão hormonal, as mulheres são as mais atingidas pela doença. A diminuição dos níveis de estrógeno, hormônio que ajuda a regular o depósito de cálcio nos ossos, torna a mulher mais vulnerável à doença. “O ginecologista passa a ser então um grande aliado da mulher na detecção da osteoporose, uma vez que elas já mantêm uma rotina de exames com esta especialidade clínica”, comenta o presidente da Febrasgo.
Estes dados alarmantes também figuram na Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), conduzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Conforme o levantamento, nos adolescentes e adultos, há igualmente uma inadequação quanto a ingestão de vitamina D e cálcio, tanto para mulheres, quanto para os homens. A prevalência de inadequação destes nutrientes na população é de 80% na analisada. Para as análises, a POF considerou a recomendação nutricional para ingestão de cálcio valores entre 800 miligramas a até 1,1 mil miligramas, dependendo da idade e sexo. Já em relação à vitamina D, a pesquisa contemplou a necessidade de 10,0 miligramas em todas as faixas etárias. Quando não há a ingestão regular das necessidades diárias de cálcio e vitamina D, um médico especialista pode recomendar a suplementação.
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NO PROVADOR Por Silvana Homrich Consultora de Moda silhomrich@gmail.com
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Colcci
iodice
Colcci
Animale
Fotos: Agência Fotosite/Divulgação
Tendências para o frio 2012
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Triton
Pedrolourenco
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Duek
s passarelas da São Paulo Fashion Week (SPFW) complementaram e confirmaram o que foi dito nesta coluna em janeiro sobre apostas para o inverno 2012: estampas de bichos, cores azul e bordô, saia lápis e ternos. As novidades foram as misturas, como vestidos ou saia lápis com o blazer do terninho e peças em couro com tricôs e estampas de grafismos diferentes num mesmo look. Nos materiais saliento o couro. Este aparece em shorts, calças, saias ou somente nos bolsos das blusas. O veludo, molhado ou liso, esteve presente em vários desfiles, com peças separadas ou numa mesma composição. As cores que marcaram foram principalmente o preto, muito preto, inclusive nas maquiagens; os metalizados - principalmente o dourado - e a dupla preto e vermelho, que chamou minha atenção. Nas estruturas das roupas, mangas destacadas, em um toque de futurismo. O comprimento das saias e vestidos serão mais longas, os chamados longuetes. Claro que as minis e longas permanecem, já que a moda não é mais uma ditadura.
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ESTILO & ATITUDE Por Maggda Mombach
No pain, no gain (autor desconhecido)
Executiva de Negócios em Moda E-mail e msn: maggdamombach@hotmail.com
Livro de cabeceira: The Artist´s Way (Juliana Cameron)
Mal necessário: Doces
Superstição: Pé de coelho
Natural de Estância Velha, Sarah nasceu em 18 de março de 1982, é filha de Dirceu e Olga Scheffel e casada com Alexandre Boesche. Formou-se pela escola Ars Sutoria de Milão e Instituto Cercal de San Mauro Pascoli. Através da família, conviveu com sapatos desde criança. Estagiou na renomada Sergio Rossi, na Itália, bem como Unisa Europa, na região calçadista de Elche, na Espanha, além de ter experiência com o grupo Sosola de Civitanova Marche. De volta ao Brasil, foi responsável pelo estilo de uma renomada marca nacional por seis anos. Atualmente, é designer e diretora criativa de sua própria marca, a Esdra, conciliando inovação, moda, qualidade, conforto e informação em todos os produtos que assina. Um hobby: viajar Ter estilo é: escolher dentro das propostas que a moda nos traz a cada estação, aquilo que nos cai bem e favoreça nosso corpo, enfatizando a nossa personalidade Um grande homem: meu pai Uma grande mulher: minha mãe Essencial em sua vida: superação e momentos de felicidade.
Amuleto: Forma assinada pelos colegas na Itália CD: Les Nubians (Princesses Nubiennes)
Fé: Rosário trazido do Vaticano Paixão: Família
Estilo & Atitude por Sarah: família, trabalho e dedicação 50
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Winter/Espec ial
Ídolo: Madonna
Sarah Luiza Scheffel
Fotos: Fábio
Perfume: Bottega Veneta
Bebida: Mojito ou vinho branco
cultura
Camerata pela Europa Por Vera Fernandes | Fotos: Divulgação
Ritmos brasileiros e sul-americanos inundam Noruega, Alemanha e Turquia em janeiro e fevereiro pelas cordas da Camerata, de Ivoti
A orquestra São integrantes da orquestra: Adriel Klering, Alexa Lang, Alexandre Felipe Frozi, Alice Mohrbach Balardim, Anthony Massayoshi Tao, Bernardo Takeshi Ueda Kleinkauf, Caroline Schäfer, Christine Haruka Tao, Clovis Strasburg Filho, Eduarda Cloé Dhein Weber, Fernanda Holler Kern, Giuliana Luiza Dachs Crosa, Harry Everton Baukat, Irving Feldens, Jéssica Gabrielle Patro, Luiz Felipe Schmitd Birk, Monica Cardoso, Nicoli Stürmer Saft, Oscar Luis Mendes Perius, Raquel Susiane Decker Prediger, Rebeca Hass Dilly, Sinésio Adolfo Fröder e Vinícius Brandão Kern. O grupo de apoio é formado por Creise Stefens Baukat, Aquemi Susana Ueda Kleinkauf, Margit Holler Kern e Iara Hass Dilly.
Camerata em concerto na cidade de Oslo, na Noruega, em 14 de janeiro
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cordes bem brasileiros ressoam pela Europa desde 12 de janeiro, pelos instrumentos dos 23 jovens músicos da Camerata, orquestra do Instituto de Educação Ivoti (IEI), coordenada pela Associação Pró-Cultura e Arte Ivoti (Ascarte). O grupo, formado por jovens entre 11 e 18 anos, cumpre um roteiro de apresentações até 13 de fevereiro, em cidades como Oslo, capital e maior cidade da Noruega e Istambul, maior cidade da Turquia. A turnê ainda contempla nove cidades da Alemanha, país que recebe a orquestra de Ivoti (RS) pela quarta vez. Além de mostrar o trabalho de educação musical realizado pela Ascarte, em parceria com o IEI, a turnê promove intercâmbio cultural entre o Brasil e os países visitados e proporciona vivências aos jovens instrumentistas.
As apresentações No conteúdo que os europeus vão apreciar nesta quarta turnê do grupo gaúcho - que carrega na bagagem violinos, violas, violoncelos, contrabaixo e acordeão -, estão músicas tradicionais brasileiras e sul-americanas, compostas ou arranjadas para orquestra de cordas. Se-
gundo informações do coordenador de música da Ascarte e regente da orquestra, Irving Feldens, até agora já foram mais de 72 apresentações na Europa desde a primeira turnê. “A maioria dos concertos e apresentações são em escolas. Nestas últimas, além de tocar, interagimos respondendo perguntas sobre nossa escola, projeto de música e sobre o Brasil”, conta Feldens. Conforme ele, as famílias dos instrumentistas pagam apenas a passagem para as turnês. Hospedagem e alimentação são oferecidas pelas comunidades que recebem a Camerata. “No final de cada concerto é feita uma coleta espontânea. Com este dinheiro pagamos o ônibus que alugamos para nos deslocar entre uma cidade e outra”, conta o regente. O ponto alto do roteiro, segundo ele, foi o concerto nos foyers do museu dos Reis da Baviera, que faz parte do complexo de castelos de Hohenschwangau. “São vários castelos que compõem o complexo e o mais conhecido é o Neuschwanstein, copiado pela Disney na Flórida”, revela. Neste dia, segue o regente, estiveram presentes prefeitos das cidades da Rota Romântica alemã e a prefeita de Ivoti, Maria de Lourdes Bauermann, assinando a documentação que torna Ivoti cidade irmã de Rottenbuch, na Alemanha.
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COLUNA SOCIAL Por Zita Pereira Colunista social zitapereira@revistaexpansao.com.br
Nada de coisas impossíveis, apenas uma praia para janeiro, uma fantasia para fevereiro, um conhaque para junho, um livro para agosto e as mesmas vontades para dezembro. Stanislaw Ponte Preta
Fábio Winter/ Especial
Aniversário de casamento Clarice e Joel Scheva selaram o ano em meio a muitas comemorações, mas a mais importante foi a celebração dos 35 anos de feliz casamento. Ela, sempre um charme e com um corpo de dar inveja a muita menininha, iluminou a espaçosa casa com velas e a enfeitou com flores para festejar as bodas. Junto com os três filhos, Diego, Vinícius e Rômulo, advogados como o pai, magistrado que já dirigiu o Fórum de Novo Hamburgo, o casal deixou bem marcada a data. Ao lado deles, a nora Bianca, que faz belo par com Diego, e a neta Larissa, ergueram brindes ao memorável feito. Logo no início da temporada de verão, uma segunda confraternização aconteceu na Praia dos Ingleses, em Santa Catarina, onde, novamente, reuniram seu admirável clã e o tim-tim, charmosamente, se estendeu à beira-mar. Todos juntos e eternamente unidos, iniciaram 2012 com pé direito e, outra vez, a pequena-grande família reverenciou a invejável união da dupla de queridos. Fábio Winter e Lu Freitas/Divulgação
Homem de preto: ... e mente brilhante
Estiloso Nenê
Nenê Zimmermann, amigo de longa data e agora colega, publicitário dos mais conceituados e mente brilhante, mostrou todo seu estilo na noite em que a Revista Expansão recebeu, pelo quarto ano consecutivo, o Troféu Mérito Lojista, concedido pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS). Com óculos a la Bono Vox e terno preto de corte despojado, ele chamou a atenção no Centro de Convenções do Plaza São Rafael, em Porto Alegre. O cara é inteligente e sagaz. Ah, e muito bem casado. Bingo pra ele, em todas as áreas. Sempre unidos: Clarice e Joel, tempo de celebrar
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Jaqueline formou-se em Administração de Empresas
Troféu competência
Ana e Sérgio: eles ganham todas!
Simone recebeu diploma pela conclusão do curso de Publicidade e Propaganda
Fábio Winter/ Especial
Aos 12 anos o ser humano está na adolescência. A Expansão, ao contrário, está cada vez mais madura e continua mostrando a que veio. Para quem não acreditava que a Revista ia chegar lá, eis que ela, no segundo ano rumo à segunda década, está cada vez melhor. Com sede própria, totalmente revitalizada e ampliada – duplicou de tamanho - e sempre buscando se aprimorar, é a prova de que quem acredita que pode, sobe - bem alto. Os diversos troféus recebidos apenas confirmam que a Expansão, desculpem o trocadilho, só expandiu. Para selar 2011 com a categoria que a rege, recebeu pelo quarto ano consecutivo o Prêmio Mérito Lojista RS, como a melhor revista regional do Rio Grande do Sul, comprovando que é, realmente, a publicação número 1 de variedades do Estado. A honraria, concedida pela FCDL-RS, anualmente acontece em noite de extrema elegância no Plazinha. É um orgulho para nós fazermos parte desta gloriosa ascensão. A Expansão cresceu e apareceu e os créditos vão para Ana Maribel Pacheco e Sérgio Jost, os mirabolantes e visionários fundadores da Revista, que acreditaram em seu potencial e no mercado que estava carente de um veículo desse nível. Criadores e sua criação chegaram ao pódio...fizeram por merecer! E, viva a Expansão!
Em equipe
A equipe da Terramar comemorou a formatura de duas colaboradoras muito especiais em janeiro. No dia 13, Simone Falkoski, do setor de Marketing, recebeu o diploma pela conclusão do curso de Publicidade e Propaganda pela Universidade Feevale. Já a consultora Jaqueline Schenckel, recebeu o canudo no dia 14, depois de concluir o curso de Administração de Empresas pela Universidade do Vale do Sinos (Unisinos).
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Casamento marcado Com assessoria direta e aprovação total das duas famílias - formada pelos pais, Juarez Scheeffer com a mulher, Denise; a mãe Beatriz Oliveira; e a mãe do noivo, Terezinha Puhl -, Mirele Scheeffer e Davi Puhl finalizam os preparativos de seu casamento, marcado para 24 de março. Em pleno andamento, a noite em que dirão o Sim promete ser moderna e jovial como eles. O Chá de Cozinha foi amostra disto. Bem organizada pela mãe e pela prima da noiva, Morgana Spezia, e com cardápio categorizado, a tarde, que teve como sede a casa de festas Mundo Mágico, se estendeu em divertidas brincadeiras, com o grupo de amigas dela fazendo do dia uma prévia de como será a festa da boda. As lembrancinhas, porta-chás em madeira, nas cores rosa e marrom, foram de agrado geral. Úteis e bonitas.
Bons exemplos
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Novo endereço, mesma qualidade
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Maria Teresa da Áustria, a rainha extremamente católica que se negou a dividir a Polônia com a Rússia e a Prússia, temerosa de que estivesse parecendo medrosa por sua decisão enfatizou: “é melhor passar por fraca do que por desonesta”. Maria Teresa faz parte de lista histórica de mulheres de personalidade marcante pela inteligência e de feitos incomuns. Engrossam o rol Camile Claudel e Coco Chanel. Já na ala masculina o barão Georges Eugène Haussmann, o prefeito de Paris durante o império de Napoleão III, a quem ajudou a refazer a capital da França são os exemplos. Uma curiosidade: ambos eram do signo de Áries. Ariano é forte, destemido e decidido e o próximo mês é deles. Então, pegue a boa energia e sapiência dos nascidos entre março e abril...E faça sua parte!
Panelinha: Mirele e as gurias, friends de sempre, pintaram e bordaram na animada tarde
Luiz e Iolete Stapasolla encerraram o ano mostrando o porquê do sucesso de seus empreendimentos gastronômicos. Depois de anos na Marcílio Dias, com o Galeto D’Italia, investiram alto, construíram sede própria e se instalaram amplamente em prédio moderno e chique, no bairro Ideal, onde receberam clientes, amigos e outros convidados de igual apreço, com a gentileza que os caracteriza. Foram parabenizados pelo alto padrão do restaurante, reafirmando a referência em qualidade da culinária na cidade. Carlinhos Finck, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia, Trabalho e Turismo, representando o prefeito, descerrou a fita inaugural, junto com o casal anfitrião. A noite se estendeu em brindes com espumante, vinhos, caipirinhas e petiscos típicos da casa. O casal recebeu homenagem especial dos filhos Greicy e Matheus e foi prestigiado por centenas de nomes gabaritados que marcaram presença para aplaudir o grandioso investimento, que só vem somar ao crescimento da cidade. Iolete e Luiz, também proprietários da Cantina D´Irene, deveriam ganhar o Mérito Bella famiglia! Matheus e Greicy festejaram com Empreendedores do Ano. os pais a nova etapa do Galeto D´Itália
Extremamente antenada e criativa, a publicitária Melissa Hoss, que comanda a Hoss Comunicação, sempre inventa moda com seus mimos de fim de ano. Já foram chinelos com história em quadrinhos, protetor solar, baralho – todos de uma originalidade ímpar - e outras coisas idem. Agora foi a vez do cup cake de Natal com estória supersticiosa e divertida, contando como deveria ser comido para atrair sorte – os egoístas deveriam comê-lo escondido e bem sozinhos, todo o bolinho. Além de bonito e bem embalado em uma linda caixinha, era saboroso e se for verdadeira a sorte que promete, estou rica, saudável e bem sucedida para todo o sempre, Amém: detalhe, e meus amigos também. Não, eu não comi sozinha. Melissa e as meninas de sua equipe merecem um destaque por seus surpreendentes brindes. E lá vai o Troféu Criatividade pra elas. PS: genial a loucura do cup cake. Vão ter de se puxar para se superar neste ano...
Fotos: Divulgação
Invenção da boa sorte
Ela inventa moda: Melissa, mente sempre em ebulição
Boa mesa
A última Confraria Expansão do ano contou com a presença ilustre e carismática da deputada federal Manuela d´Ávila, diga-se, a mais votada do Rio Grande do Sul. Boa política, todos já sabíamos que ela é, agora, na cozinha, fomos tirar a teima. E ela é boa na cozinha. Beleza e simpatia também não lhe faltam. Frango com gergelim e arroz com gengibre, acompanhado de salada foram os pratos de resistência da noite - e ninguém resistiu. Os elogios foram unânimes às habilidades culinárias da deputada e também ao acervo da Comline´s, sede do encontro da boa mesa. Agora, com as repaginações da Expansão, também contamos com um Espaço Gourmet em casa. Os encontros gastronômicos já têm mais uma opção.
Ai, obrigada...
À vocês que tornaram meu aniver tão feliz, tão cheio de graça e o dia tão especial, só tenho a agradecer. Tornaram a data em que eu nasci - ah, já faz bastante tempo, mas me sinto uma guria – e o meu dia, uma festa, mandando e-mails, mensagens via celular, dando telefonemas e todo o tipo de boas vibrações. Thanks... a-d-o-r-e-i!!! Foi literalmente um Feliz Aniversário!!!
Grande profissional, amiga, generosa, boa mãe, boa filha, boa avó e muitos mais adjetivos caberiam em Maria de Lourdes Viscardi, a Malu, que, viajada que era, saiu à francesa. Deixa um legado não somente na Dermatologia, como na vida de pacientes e amigos que sempre puderam contar com seu extremo conhecimento. Era the best na área e deixa uma lacuna no setor, além de muitas saudades...
A noite foi dela: Priscila chegou lá, sempre com Bird ao seu lado Robison Kunz/Divulgação
Saudades...
Priscila Mayer foi formanda linda, aliás, ela é linda, quando se tornou médica veterinária. Graduada pela Ulbra, teve festa à altura de sua qualificação. Com espumantes importados, decoração que lembrava cenários de filme, nos tons preto, vermelho e pink, em renda francesa e dúzias e dúzias de rosas vermelhas, transformou o salão Atlantis, do Ok Center, num Moulin Rouge da mais alta categoria. De charmoso longo, a la sereia, by Solange Flesch, Priscila deu show de beleza e animação. Aliás, a festa foi sui generis, teve o DJ Rubinho, Fat Duo e uma palhinha do vocalista da Reação em Cadeia, o bonitinho Jonathan Correa. Toda feliz e bela, Priscila teve a seu lado, dando total suporte, o maridão Tiago Drebes, o Bird , empresário artístico, entre outros, da Reação em Cadeia; o pai, Alceu Mayer, e a mãe, Solange Machado, extremamente felizes pela conquista da veterinária. Com tudo personalizado, do convite ao cardápio e a lembrancinha - cachorrinhos feitos de dobraduras de toalhas que depois viram as tais - só reforçou o amor dela pelos bichos. Está na profissão certa. Será do primeiro time!
Robison Kunz/Divulgação
E viva a doutora!
Valeu! A formanda com os pais, seus maiores fãs
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flash Fotos: Divulgação
Elas conferiram Paula Fernandes
As estancienses Renata Janke Konflanz, Jéssica Melo Gonçalves e Mônica Janke Konflanz, durante o show de Paula Fernandes, em dezembro de 2011, no Gigantinho, em Porto Alegre.
Cinquentenário entre amigos
Roque Cofferri reuniu centenas de amigos para festejar seus 50 anos, em grande estilo, em 27 de dezembro. Mais de 400 amigos e familiares se divertiram em São Sebastião do Caí, com 1,2 mil litros de chope e mais de 300 quilos de carne. O aniversariante é gerente industrial da Conservas Oderich S. A. Entre outros convidados, ele recebeu Fernando Cofferri, Nestor Freiberger, Heleno Van Grol, Valmor Flach e Édio Trein. Fernando Cofferri, Freiberger, Van Grol, Roque Cofferri, Flach e Trein em confraternização divertida
Noite mágica
Uma noite mágica coroou a formatura de Letícia Matte, no curso de Administração de Empresas da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Filha de Débora e Reinaldo Matte, a formanda esbanjou beleza e charme em sua noite de conquista. Letícia irradiava simpatia e felicidade ao lado da mana Andrea Matte, na impecável recepção na New Point de Newton Duarte. A produção da festa ficou aos cuidados da Promopres comandados pela Cerimonialista Ister Meurer Brum Reis. A deslumbrante decoração foi da Floricultura Weiss Blumenn onde o requinte predominou, já a pista de dança ficou a cargo do DJ Xande Silva, do Planeta Som, que arrasou durante toda a recepção. O Buffet de Hilda G apresentou estava maravilhoso e, para regá-lo, as mais variadas opções de bebidas, uma festa para ficar na história da sociedade santa-cruzense.
Legitimidade
Foi em 17 de dezembro que os sócios da Agência F2S Publicidade e Propaganda, de Novo Hamburgo, Daise e Fabiano da Silva (foto), receberam convidados para a cerimônia de casamento no civil em um espaço aconchegante. O jantar foi elaborado pelo chef Clóvis Vijalles, que preparou a legítima Paella Valenciana. Os noivos programam uma viagem para 2012, destino e data ainda em pauta, mas novidades teremos por aí. As irmãs Andrea e Letícia ao lado dos pais, Débora e Reinaldo, na comemoração da conquista do diploma
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Divulgação
Carinho em família
Renata Mengue dos Santos (foto) comemorou a conquista da formatura em Psicopedagogia, pela Universidade Feevale, em 27 de janeiro, com os pais Lino dos Santos e Sandra Maia e com os irmãos Luciano e Roberta. Gabriel, o filho de Renata também registrou o carinho pela conclusão da importante etapa na vida da mãe.
A cerimonialista e jornalista Ister Meurer Brum Reis comemorou em cerimônia religiosa as Bodas de Pérola com o engenheiro eletricista Paulo Jourdan Reis em 24 de dezembro nos salões do Country Ville em Santa Cruz do Sul (RS). A imensa felicidade dos filhos Ana Paula, Fernanda e Bruno -, juntamente com a dos pais do casal Ana Edith e Vilson Carlos Brum e Hermelinda Sins Reis, era evidente ao receber os familiares e o grupo seleto de amigos. As alianças do casamento e mais a de pérolas foram conduzidas pelas sobrinhas, Mariana Rocha Brum, Maria Clara Duré Reis e pela afilhada do casal Mariáh Viana.
Fernando Mealho e Everson Cassel/Divulgação
Imensa felicidade
Reis e Ister registram a felicidade e a cumplicidade de uma vida de união
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Volta às aulas
Um bom começo A importância das primeiras vezes na trajetória escolar e acadêmica
A Por Aline de Melo Pires
vida é feita de estreias. Frequentemente nos deparamos com novidades, com desafios e com situações que exigem o que ainda nem sabemos se somos capazes de realizar ou enfrentar. E a vida escolar é um grande exercício para aprender a enfrentar os grandes desafios que surgem ao longo da jornada. As primeiras vezes na vida de uma pessoa deixam marcas profundas ainda que inconscientemente. Quando uma criança chega na escola de Educação Infantil, algo lhe é impresso. É muito provável que ela não lembre disso no decorrer dos anos seguintes, mas sabe-se que isso é extremamente importante. Da mesma forma, quando ingressa no primeiro ano do Ensino Fundamental, a criança tem uma expectativa diante de uma nova etapa, e esta expectativa – em menor ou maior grau – se repete quando chega o Ensino Médio e, igualmente quando o curso superior bate à porta. É assim que damos as boas-vindas ao ano letivo que começa este mês. Conversamos com especialistas em educação, estudantes e pais para explorar este universo tão especial e encantador, como a importância das primeiras vezes. Trazemos as duas pontas destas novas etapas, da Educação Infantil ao ensino superior.
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Escola
Dois IEI Irmãos
A primeira escola, geralmente a maternal ou o Jardim, tem a missão de se inscrever no coração de cada criança como uma experiência maravilhosa. As reações do primeiro dia dependerão muito do que é esperado para cada faixa etária, podendo ou não serem avaliadas como normais e apropriadas, ou não, porém sempre possíveis de serem reconduzidas. As afirmações são da psicopedagoga Maria Jacintha Staudt que reúne três décadas de experiência no âmbito escolar. Ela fala do começo de tudo, da chegada à maternal ou ao Jardim, como a etapa mais importante. Mas, o que sente a criança quando é levada para sua primeira experiência escolar? Experiência que não escolheu, e dificilmente participou na decisão feita pela família. “Isso mesmo, decisão tomada, que dependerá do sucesso final. Uma criança, independente da idade, terá que contar com a segurança, ou a quase certeza dos pais, de que está na escola certa, no momento adequado e que portanto estará com as garantias para aprender e ser ali muito feliz. Precisa dessa certeza, para amenizar seus sentimentos de insegurança enquanto se vincula ao espaço, colegas e professores”, diz Maria Jacintha, que atende escolas nas cidades de Novo Hamburgo e Campo Bom (RS).
Socialização Em busca de certezas, mas cheia de dúvidas, a relações públicas Daniela Salvador, 33 anos, partiu em busca de uma escola de Educação Infantil para que o pequeno Lorenzo, de sete meses pudesse começar o seu processo de socialização. Sem referências para contratar uma babá, Daniela e o marido optaram, depois de muito pesquisar, por uma escola de Educação Infantil particular. Entregar um filho para outra pessoa cuidar é bastante delicado, pois é o maior bem que temos. “Eu e meu marido tomamos a decisão ainda na gestação, de forma bem pensada, pois como não somos de Novo Hamburgo, não conhecemos nenhuma pessoa de confiança, que trabalhe com crianças para podermos assim contratar como babá. Mesmo com a prematuridade do Lorenzo, pontuamos os prós e contras e chegamos à conclusão que a escola escolhida possui profissionais capacitados, com uma estrutura para bem receber e proporcionar o desenvolvimento e socialização”, conta Daniela.
Juliana de Jesus/ Divulgação
Missão
Daniela e Lorenzo: cuplicidade e cuidados em parceria com a escola
Adaptação Daniela não tem dúvida sobre a eficácia da escola no processo de socialização na vida de Lorenzo, e o matriculou na instituição para que também pudesse trabalhar. Naturalmente, a relações públicas teme a segurança emocional da criança no mundo que se abre a partir deste ano para seu filho. Dúvidas que permeiam a mente de muitas mães. Nesse período, diz Maria Jacintha, o choro, ou outras demonstrações de “desadaptação” são manifestações saudáveis, que revelam o bem estar emocional da criança que, por não saber traduzir seus sentimentos, fazer suas perguntas e tirar suas dúvidas, chora. “Um choro que se acolhido, entendido e atendido por quem acompanha esta adaptação, certamente irá amenizando até a compreensão pela criança de que se vier a gostar da escola e tudo o que ela promove, não irá perder nada, e que no final do período alguém sempre retornará para buscá-la”, completa. O início da vida escolar de uma criança é um momento em que pais e filhos passam a criar novas relações afetivas em meio a um processo contínuo de adaptação, enfrentamento de situações novas, mudanças, crescimento, desenvolvimento e amadurecimento, e isso favorece a construção de um mundo social mais amplo. É desta forma que a também psicopedagoga Aline Ryzewski, que atua em escolas de Porto Alegre (RS) descreve este instante mágico, de início, de expectativas.
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Local seguro Segundo Aline, é função da escola acolher o aluno e a família, apresentando-se como um local seguro com a possibilidade de firmar laços seguros. “É importante que no início de cada período letivo, sejam organizadas reuniões coletivas com pais, assim como também de cada etapa de ensino separadamente. Dessa forma a escola pode expor sua proposta pedagógica e ouvir as expectativas e as angústias presentes, aproximando a família do ambiente escolar”, complementa a psicopedagoga. A jovem Carolina De Zotti, 17, de São Leopoldo (RS), vive uma expectativa de estreias um pouco diferente em relação a todas as outras desde que iniciou sua vida escolar. Agora, terá uma vida acadêmica. Este semestre ela começa a cursar Relações Públicas e o fato de ser filha de jornalistas a colocou em contato com o mundo da comunicação desde muito cedo. Ela viveu todos os medos possíveis até chegar à aprovação no vestibular, medo de não conseguir se inscrever a tempo, medo
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de não passar... “Tenho apenas sonhos, o sonho de viajar o mundo todo e conhecer vários lugares, e isso cabe ao futuro. Há o medo de não conseguir talvez bater todas as minhas expectativas, mas temos que arriscar sempre para saber como vai ser”, reflete Carol. É neste momento, diz Maria Jacintha, que a vida adulta parece se iniciar, mesclada pelos momentos de extrema onipotência e medo, muito medo. A independência, continua, passa a ser desejada, por vezes temida, porém exigida. “Nada se iguala ao que cada ser humano experimenta nesse momento, pois a vida passa pelo sucesso que conquistamos na escola e disso, a partir de agora, eles sabem muito bem! Afinal, terminaram de passar por uma porta chamada vestibular e tornarem-se adultos; se não forem, é assim que se sentem”, afirma Maria Jacintha. Estar em uma universidade, diz Carol, é uma conquista. “E o resultado de tudo aquilo que você já aprendeu até agora, você vai usá-lo para fazer novas conquistas e aprender muito mais, cada vez buscando novas metas”, considera a jovem.
Para a escola - Conhecimento é a palavra
conhecer os alunos, considerando as características da infância e da adolescência, bem como o contexto extra-escolar; conhecer e potencializar a identidade e o desenvolvimento de cada aluno; conhecer as hipóteses dos alunos sobre os objetivos de ensino nas diferentes áreas de conhecimento, na etapa escolar em que se encontra e refletirem sobre eles;
conhecer as dificuldades encontradas pelos alunos frente às novas exigências escolares e planejar estratégias que os ajudem a superá-las;
Aos pais - Observar é o verbo
acompanhar o filho na realização das tarefas propostas pela escola; manter contato com os profissionais da escola,
observar se o filho está envolvido no processo educativo e, em caso negativo, procurar identificar quais são os motivos;
conhecendo as estratégias escolares que utilizam e quais as melhores formas de auxiliar os filhos no processo educativo;
observar e garantir a frequência escolar, incentivando seus filhos a participarem das atividades escolares; solicitar à escola um espaço de discussão e informação
observar se seu filho mantém boa relação com os colegas e como a escola administra os conflitos entre alunos;
tra MBomAunicaçrãiao Es
in Brand e a c tégi
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• C trolado porativas • Conanças Cor sarial em ore s – • F i n t ã o E mp r e d a c u • Ge s ÇÃrOmação de Ed A Z I L A I Fo ESrPteEeCEstétmicaa PnaUCRS* os • A ceria co e em p o r â n e d ú r a a e l S p erapia ontro t t ada à s Con C • Arteomação e cular Aplic Processo • Autlogia Mole guagens e • Bioâmica: Linnses ca • Cerncias Fore Diagnósti a l ho a • Ciê patologiaperfície ça do Trab Literatur e o • Cit ign de Su e Seguran Línguas • Desenharia dinguagem: m fase e • Engudos da L ciologia n Ê – i ng • Est sofia e So a r ke t M o l a e i i d F g • ontolo égica as • Ger tão Estrato de Vend apia • Ges inistraçãe Hemoter tos Adm tologia e Alimen aD a d io – E H r á • emrobiologiaica t i s er • Mic rição Clín presarial tex to Univ t m n u s o • N agogia E te no C s Físico os • Pedtica Docen Exercícioe Process • Práscrição deProdutos • Pre lidade de alhador • Quade do Trabalítica • Saúria Psican iva • Teo pia Intens • Tera
*O curso ocorrerá na PUCRS, em Porto Alegre.
Tema de casa
IS A M A ADO J E S C O R Ã E N NO M HO. UM RABRA/POLS DWWEW.FTEEVALE.B
sobre as metas de cada etapa de estudo, dificuldades encontradas nesse processo e formas de superá-las. Fonte: Aline Ryzewski - psicopedagoga
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EVENTO
De olho na Rio+20 Fórum Social Temático termina com balanço positivo da organização como prévia da Cúpula dos Povos Por Vera Fernandes
Divulgação
C
om o tema Crise Capitalista, Justiça Social e Ambiental, as cidades de Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo e Novo Hamburgo acolheram, entre 24 e 29 de janeiro, mais de 40 mil pessoas para o Fórum Social Temático (FST). Segundo o Comitê Organizador, o balanço do evento foi positivo, tanto em relação ao público como às atividades realizadas. Conforme divulgado pelos organizadores, o objetivo de articular redes internacionais que devem estar na Cúpula dos Povos, que ocorre paralelamente à Rio+20, reuniu na capital gaúcha mais de 3 mil lideranças internacionais de vários movimentos. Entre as presenças ilustres, a presidente Dilma Rousseff falou para cerca de cinco mil pessoas no Gigantinho, na abertura oficial do evento, em 26 de janeiro. Em seu discurso, defendeu que o povo brasileiro precisa ter mais ganhos sociais para que possa garantir um desenvolvimento mais sustentável ao País. Embora com uma grande maioria de apoiadores ao seu discurso, Dilma ouviu pedidos de interrupção da construção da Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará; e pelo veto ao novo código florestal, entre outros. Nenhuma das questões dos protestos foi tratada pela presidente em seu discurso.
Marcha de abertura reuniu cerca de 20 mil pessoas
Os números do FST Do total de participantes, 30 mil foram contabilizados em Porto Alegre e mais de 10 mil nas demais cidades. Cerca de 20 mil pessoas estiveram presentes na marcha de abertura, e mais de 50 mil apreciaram os cinco shows realizados durante o evento. Estiveram presentes representantes de 38 países dos cinco continentes, com destaque para locais como Nepal, Burquina Faso e Guiné Bissau, entre outros. O Comitê Organizador divulgou a inscrição de 10 mil inscritos e destes, 56% foram mulheres e cerca de 38% jovens com menos de 29 anos. Foram realizadas 670 atividades das mais de 800 inscritas. Os principais eventos reuniram, em média, 500 pessoas. A Assembleia dos Movimentos Sociais e o Seminário sobre Os Sentidos da Democracia reuniram mais de mil pessoas e das atividades do “Conexões Globais 2.0”, participaram mais de 10 mil pessoas nos quatro dias, e outras 100 mil acompanharam em “real time” pelas redes sociais. Conforme o Comitê Organizador, o Fórum Social Mundial deve retornar a Porto Alegre definitivamente, com edições internacionais todos os anos pares, quando não houver fóruns centralizados.
Lu Freitas/Especial
A Sustentabilidade Urbana
Dezenas de pessoas acompanharam a palestra de abertura
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Cidade sede da Revista Expansão, Novo Hamburgo tratou, nas atividades locais do FST, sobre a Sustentabilidade Urbana. Palestras, oficinas, feiras, exposições e atrações culturais foram elaboradas para debater o assunto durante todo o dia de atividades para o público geral. O evento foi realizado em 25 de janeiro, no Centro de Eventos e Negócios da Fenac, no bairro Ideal. Logo após a abertura, uma palestra com a arquiteta e urbanista Daniele Tubino Pante de Souza e o engenheiro Santiago Muñoz Navarrete, sobre O Desenvolvimento Sustentável e a Cidade: Conceitos e Práticas, rendeu debate com respostas a questionamentos da plateia. Durante a tarde, mais de 15 oficinas trataram de temas como ecologia, educação ambiental, artesanato, gestão de resíduos e arborização urbana. Ao fim de cada rodada de oficinas, um participante produzia uma resenha com as sugestões levantadas durante a conversa. Ao fim, toda a discussão foi redigida em apenas uma carta, que foi enviada para o FST em Porto Alegre para futuramente ser repassada ao Rio+20, evento que reunirá líderes dos 193 países que fazem parte da Organização das Nações Unidas (ONU) para discutir sustentabilidade.
Julia Bondan/Divulgação
Artesanato no fórum O grupo de mulheres que integra o Projeto Reciclando Ideias em Novo Hamburgo recebeu um grande pedido para o Fórum Social Temático 2012. As artesãs produziram 1,5 mil sacolas ecológicas para o evento. O Reciclando Ideias é mantido pelo Programa Municipal de Economia Solidária, desenvolvido pelo Executivo, com apoio da Associação Beneficente Evangélica da Floresta Ambiental (Abefi). Também do Programa Economia Solidária, estavam presentes no FST hamburguense, as artesãs de Lomba Grande Suzana Maria Reis, 55 anos, e Maria Salete Homem, 53. Elas apresentaram o trabalho feito naquela localidade, onde um grupo de mulheres faz artesanato com material reciclável, materiais da natureza e resíduos. Entre os materiais, palha de milho, madeira, galhos secos e até mola de caminhão. “Cerca de 15 pessoas estão vivendo disso, vendendo esta arte nas feiras”, explica a dona de casa Suzana. “Acredito que o caminho para a sustentabilidade urbana ainda é um sonho, uma utopia, mas estamos plantando uma semente”, diz. Maria explica que o interesse pelo artesanato começou há dois anos. “Foi aí que me interessei pelas molas de caminhão, que busco nos ferros-velhos com a ajuda do meu marido”, conta. Lu Freitas/Especial
Crianças participaram das atividades
Forunzinho da Juventude Mais de 300 crianças e adolescentes do Ensino Fundamental e programas assistenciais da prefeitura participaram do Forunzinho da Juventude. Durante a tarde elas assistiram ao espetáculo interativo Patrulha Ambiental, puderam conhecer a Carta da Terra e também confeccionar obras de arte com material reciclado. Além disso, os participantes do Forunzinho elaboraram a Carta das Crianças Rumo a Rio+20.
Maria e Suzana são artesãs de Lomba Grande
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MULTIMÍDIA Filme
DICAS DA REDAÇÃO
Redescobertas e redenção Para mim é um dos melhores, relata a história de um maestro de sucesso que abandona a sua carreira e volta para sua cidade natal no norte da Suécia. Na sua volta às origens, reencontra o que realmente tinha valor em sua vida, grandes amizades, valores incondicionais, redescobriu o amor que sentia pela música e também traz um novo amor. É um filme que trata sobre valores importan-
LIVRO
A força dos laços de sangue Do mesmo autor de Querido John, este livro toca fundo através dos dramas familiares tão característicos das obras de Nicholas Sparks. Esta é a história de Ronnie, que vê sua vida virar de cabeça para baixo quando seus pais se divorciam e seu pai vai morar na Carolina do Norte. Quando sua mãe decide que os filhos precisam passar um tempo com o pai na praia, as coisas começam a mudar e Ronnie nunca mais será a mesma.
tes, coisa que há muito tempo perdemos. Michele Anoni Diretora da VT Vídeo Novo Hamburgo (RS)
Filme: A Vida no Paraíso Gênero: Romance Direção: Kay Pollak Ano: 2004
LIVRO
Tráfico de cocaína Este livro, de modo ficcional, mostra o combate promovido pelo governo dos Estados Unidos ao tráfico de cocaína naquele país e no restante do mundo se utilizando de um ex-agente da CIA, Paul Deveraux, o Cobra. Um aspecto interessante de toda esta narrativa é que em sua narrativa ficcional mistura dados reais sobre o tráfico de cocaína e de outras drogas pelo mundo mostrando que esse mercado ilegal é um dos mais lucrativos do mundo. Marcos Riegel Secretário de Indústria, Comércio e Turismo Campo Bom
Livro: A Última Música Autor: Nicholas Sparks Editora: Novo Conceito
FILME
Para rever sempre
Filme: Doutor Jivago Ano: 1965 Direção: David Lean
O livro: O Cobra Autor: Frederick Forsyth Editora: Record
FILME
Que atire a primeira pedra...
Quem nunca teve um pensamento como o título deste filme, não sabe o que é ser um mortal assalariado. O elenco é estrelar, incluindo Jennifer Aniston e Kevin Spacey. Não chega a ser uma obra-prima, mas é um ótimo passatempo para relaxar e dar boas gargalhadas, além de dar vazão ao que todos um dia sentimos: o incontrolável desejo de esganar alguns superiores! Rebbie Forian Assistente Administrativa do Setor de Eventos da Acinp Nova Petrópolis (RS) Filme: Quero Matar Meu Chefe Ano: 2011 Direção: Seth Gordon
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Fotos: Divulgação
A Revolução Russa serve de pano de fundo para uma forte história de amor entre Yuri Jivago e a enfermeira Lara Antipova. O romance entre o jovem aristocrata e a plebeia conquistou fãs ao longo de várias décadas. Até hoje a produção de 1965 emociona, uma interessante mistura dos gêneros épico, romance e guerra. Estrelado por Omar Shariff no papel título, o filme é baseado no romance homônimo de Boris Pasternak.
OS GRANDES DEBATES ACONTECEM AQUI.
Ao longo de 2011 a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul foi protagonista de importantes ações que contribuíram para o desenvolvimento do Estado. A nova ponte do Guaíba, o Metrô de Porto Alegre e a distribuição justa dos royalties do petróleo estão entre as conquistas que começam a se tornar reais. O Legislativo foi sempre o espaço público para o debate dos grandes temas do Rio Grande e do Brasil, como o enfrentamento à miséria, o Combate ao Crack, a Acessibilidade, a Inclusão Digital, as mudanças climáticas, o Código Florestal, a violência contra as mulheres e muitos outros. A gestão compartilhada do Parlamento também registrou avanços significativos com a racionalização de processos administrativos, ampliação da transparência e a implantação de medidas para facilitar a inclusão das pessoas com deficiência. Em 2012, o trabalho em prol da sociedade gaúcha continua na Assembleia Legislativa.
www.al.rs.gov.br • www.twitter.com/assembleiars
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Lado b da Publicidade
Por Aline de Melo Pires E-mail aline@revistaexpansao.com.br
Ferramentas virtuais são aposta da Agência Purple
New PS produz revista virtual para a Calçados Wirth
Além dos processos habituais da propaganda, o gerenciamento de conteúdo nas redes sociais, especialmente Twitter e Facebook, são as ferramentas nas quais a Agência Purple aposta mais firmemente em 2012. A proposta é, com foco no atendimento especializado, estimular uma relação mais próxima com o cliente. “O cliente possui um retorno mais imediato, com uma vantagem mais qualificada e mensurável. Essa forma integrada está caindo no gosto de cliente”, explica Felipe Teixeira, responsável pelo Planejamento da Purple. O incentivo para investir no meio on line partiu de um case da Bella Gula, empresa para a qual a Purple criou uma campanha via Facebook. A ação resultou em um aumento de fãs: de 334, para mais de dois mil fãs e foram mais de 70 mil publicações visualizadas, em 25 dias. A agência planeja, até 2015, estar entre as 10 agências de Porto Alegre mais procuradas pelas empresas que buscam se diferenciar no mercado pela inovação. “Buscamos sempre a integração com todos os tipos de mídia, trabalhando desde o planejamento, com a aplicação de ferramentas online, campanhas de mídia e assessoria de imprensa”, explica José Albrecht, diretor de Marketing, que completa. “O ano de 2012 promete ser um ano de novas estratégias em mídias digitais.”
A New PS Propaganda, agência de Novo Hamburgo (RS) produziu uma revista virtual que circulou durante a Couromoda, em São Paulo (SP), no mês passado. A ação se deu para a empresa Calçados Wirth e a publicação apresentou catálogo com os lançamentos de outono/inverno 2012 da marca. O material esteve à disposição dos clientes no estande da empresa de Dois Irmãos, facilitando e agilizando a observação dos modelos. Acompanhando as tendências mundiais, os mocassins – vedete da marca – chegam em modelos em couro de cobra, adereços em metal e variações de color blocking. Entre as sapatilhas e pumps de salto baixo, destaque para os acabamentos com vernizes e detalhes metalizados. Outras peças indispensáveis, as botas são confeccionadas em variações em cano longo, curto e de montaria, com detalhes em amarrações, fivelas e estampas animais. Os calçados são vendidos em todo o Brasil e em mais de 50 países, incluindo Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha e Argentina.
UnionCom de cara nova em casa nova A UnionCom, agência de publicidade e propaganda acaba de se instalar em Campo Bom (RS). Com o slogan Reinventando Conceitos, a empresa agora está na Avenida São Leopoldo, 319, Centro. A expressão tenta traduzir exatamente o que a empresa busca trabalhar mais intensamente em 2012. Com este mote a empresa já atualizou a sua marca, deixando-a mais moderna e objetiva. Além disso, agregou uma lâmpada para as peças institucionais da marca, que reflete os novos conceitos, à luz e novas ideias, afinal ideias geram negócios, ideias fazem toda a diferença. A UnionCom atende indústria, moda, comércio e varejo.
Fotos: Divulgação
Dez Comunicação cria novo conceito para condomínio Para revigorar a marca e valorizar os diferenciais do Ilhas Resort, condomínio de alto padrão com 600 mil metros quadrados localizado em Capão da Canoa (RS), a DEZ Comunicação criou a campanha Resort Sua Vida, uma série de ações que destacam os atrativos do empreendimento, como o cenário para a Serra do Mar e a Lagoa dos Quadros, o deck para pesca, o bistrô exclusivo e os clubes de lazer, esporte e de recreação, que oferecem um espaço onde natureza e conforto formam um ambiente privilegiado no Litoral Norte. A equipe de criação revisitou a logomarca, que passou a transmitir uma imagem energizante e, para este verão, planejou iniciativas de comunicação com ações em pedágio, painéis na Estrada do Mar, distribuição cortesia do jornal Zero Hora com sobrecapa do empreendimento na beiramar, blitz em imobiliárias, entre outras ações publicitárias. “Fizemos uma releitura do produto”, explica Rossana Bartz, executiva de Atendimento da Dez Comunicação.
As dez afirmações de... ...Luana Bier Hans, 22 anos, natural de Montenegro. Atua como Mídia na Agência Supernova Comunicação de Novo Hamburgo (RS), atualmente cursa o sétimo semestre do curso de Publicidade e Propaganda na Universidade Feevale. Luana já desempenhou outras atividades profissionais, mas sempre ligadas à área da Comunicação. Estagiou em jornal como repórter e em agência como atendimento. Entretanto, já tem seu futuro delineado. Pretende seguir na área de Mídia. 66
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1. Publicitário é: Comunicar e inovar sempre! 2. Viver a profissão é: Algo maravilhoso! 3. Ética e criatividade são: Essenciais! 4. O Pelé da criação é: Washington Olivetto 5. As redes sociais são: Hoje, são tudo 6. Uma marca: Coca-Cola 7. Boa publicidade é: A que gera resultado 8. Seu momento inesquecível: Nascimento do meu irmão caçula! 9. Cliente bom é: Que está aberto a novas ideias 10. Principais clientes: Comoto, Terramar, Mercado do Sapato, Torralba, Olimpio e Liga Feminina de Combate ao Câncer (LFCC).
Concurso
Evento mostra a beleza da mulher de origem alemã no Brasil e está com as inscrições abertas até 10 de março
E
stão abertas as inscrições para o 3º Miss Germany 2012, que ocorre em 18 e 19 de maio, na Sociedade Recreio Gramadense, em Gramado (RS), na Região das Hortênsias. As inscrições podem ser feitas até 10 de março pelo e-mail edsonferreirabrasil@hotmail.com ou pelo telefone (54) 9125-7312. A vencedora ganhará uma viagem para a Alemanha. Para participar do concurso, as candidatas precisam ter origem alemã até a terceira geração, idade entre 16 e 25 anos e morar no Brasil há pelo menos um ano. “Contamos com a participação de candidatas do Brasil inteiro nas outras edições”, lembra o coordenador do concurso, Edson Ferreira. O concurso é constituído de desfile de passarela, com vestido de gala e depois de maiô. Entre as candidatas que já participaram no primeiro e segundo concurso, as vencedoras foram Martina Brandt, de Vale Real (RS), e Rute Bock, de Agudo (RS), respectivamente. Conforme o coordenador, a disputa confirma a tradição do Estado em revelar mulheres bonitas. “Coincidentemente, o Rio Grande do Sul foi colonizado pelos alemães e é o celeiro das mulheres bonitas. Tanto é que nas duas primeiras edições as vencedoras foram do Estado”, frisa. “Mas não é necessário falar alemão, o concurso é focado na beleza”, acrescenta.
Carreira de modelo Com este concurso, segundo o coordenador, o consulado alemão divulga e valoriza mais a cultura alemã. “O evento está ganhando importância e respeito cada vez mais e revela modelos lindas que ganham as passarelas”, destaca Ferreira. De acordo com ele, as agências de modelos do eixo Rio-São Paulo valorizam muito as candidatas e vencedoras do Miss Germany.
Miss Germany ocorre em maio Por Graziela Dannenhauer | Foto: Graziela Dannenhauer/Especial
Agenda Para divulgar o concurso, Ferreira esteve em dezembro de 2011, com as soberanas do Miss Germany, em visita à Revista Expansão, em Novo Hamburgo (RS). A vencedora da segunda edição cumpria agenda de modelo em São Paulo, por isso não pode acompanhar a coordenação do concurso. Estiveram na revista Júlia Lovatto Schmitz (mirim), 9 anos; Évelin Lodeir (teen), 11; Kimberly Cardoso (juvenil), 17, e Milena Stepanienco (mini), 5. Para Kimberly, o concurso é muito disputado e reúne a beleza que os descendentes de origem alemã têm. Milena gosta muito de participar do evento e já faz questão de aprender algumas palavras em alemão. Ela tem vontade de saber falar a língua estrangeira. E todas convidam as meninas de origem alemã para se inscreverem e participar do Miss Germany.
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SEM FRONTEIRAS
A força histórica da Turquia Por Vivian Laube
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epois de um planejamento de quase um ano, a Turquia se tornou uma realidade para nosso grupo de amigos no segundo semestre de 2011. Eu e meu marido, Eduardo Frapiccini, viajamos com os casais Fabio e Leonice Kern, Raul e Déborah Cassel e Gilmar e Vera Guidolin. Chegamos a Istambul em 8 de outubro, pela Turkish Airlines, ao final da tarde, sem muito tempo para fazer muita coisa, a não ser jantar e tentar se adaptar ao fuso horário, que era de seis horas de diferença. Três dias em Istambul são suficientes para conhecer pelo menos os lugares mais típicos. Existem coisas imperdíveis! Tudo vale a pena e alguns lugares não fazem parte do roteiro básico, entretanto, podem ser comprados pacotes locais, com o próprio guia. Uma das vantagens da Turquia é que a moeda local, a lira turca, equivale ao real. Ou seja, a gente gasta como se fossem reais. Porém, reais não são aceitos. Dólares e euros sim, mas é sempre bom ter em mãos
Palacio Topkapi
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Interno da Mesquita Azul
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Casais de Novo Hamburgo registram dias inesquecíveis em um dos lugares mais mágicos do mundo
a moeda local. Existem muitas casas de câmbio. A capital da Turquia, não é Istambul, é Ancara. Porém, Istambul é o lugar mais visitado, mais turístico. É a quarta maior cidade do mundo com mais de 12 milhões de habitantes. E a quarta cidade com o maior número de multimilionários. E a grande curiosidade deste local, é que se trata da única cidade que tem parte do seu território no Oriente e parte no Ocidente. Basta atravessar uma das duas pontes existentes sobre o Bósforo, e a gente muda de continente! São apenas 700 metros de largura na parte mais estreita. Tirar uma única foto de dois continentes é realmente algo incrível.
Palacio Topkapi
Imperdível O fato do território de Istambul estar parte na Ásia e parte na Europa, não muda nada no cotidiano de seus habitantes. As leis são as mesmas, é tudo igual. Muitos preferem morar na parte oriental e trabalhar na ocidental, o que ocasiona um grande tráfego em alguns horários. O passeio no Bósforo – estreito que separa a Europa da Ásia e corta Istambul – é uma das coisas que não se pode perder. O barco é muito grande e confortável, não tem o menor perigo. E ele faz um giro saindo da parte ocidental, passando pela oriental e voltando novamente. Neste trajeto, várias preciosidades poderão ser vistas: o Dommabahce – Palácio de Verão dos Sultões (vale uma visita se tiver tempo), casas em estilo ocidental que lembram a Cote d`Azur , o Forte de Rumeli, o Palácio Beylerbeyi, a Escola Militar, e tantas outras maravilhas. Se tiver sol, um dia lindo, o passeio fica perfeito! Mesquitas não faltam em Istambul. A mais bonita é a Mesquita Azul, assim denominada por causa dos belos azulejos azuis que a embelezam na parte interna, vindos da região de Iznik. São 20 mil mosaicos dessa cor. A construção foi de 1609 a 1616, sob o comando do Sultão Ahmed I. É a única com seis minaretes, característica que até então só se encontrava na Meca. A cúpula tem mais de 40 metros de altura.
Uma curiosidade: somente o sultão e seus familiares podiam entrar no átrio da Mesquita montados a cavalo. Porém, no portão por onde passavam, havia uma corrente que os obrigava a abaixar a cabeça para poder passar, em sinal de reverencia ao local sagrado. Ir a Istambul e não visitar o Museu Hagia Sofia, é algo imperdoável. Portanto, fique atento ao dia da semana em que ela está fechada, antes de fazer seu roteiro de visitas. Localizada exatamente na frente da Mesquita Azul, na praça Sultanahmet, Hagia Sofia funcionou 916 anos como igreja e 481 anos como mesquita, e é hoje um dos monumentos mais importantes da história arquitetônica mantendo sua função histórica como museu. A primeira Hagia Sofia, que quer dizer “Sabedoria Santa”, foi construída por Constantino I (324-337) e terminada em 360 no reinado de Constantino II, porém foi destruída num incêndio. A segunda foi construída por Teodósio II, em 415. Desta ainda se podem ver ruinas, apesar de também ter sido totalmente destruída em um incêndio. A versão que se visita hoje foi iniciada pelo imperador Justino, iniciada em 532 e finalizada cinco anos depois. O projeto foi totalmente diferente das outras, mais majestoso e imponente. Trata-se de um dos grandes exemplos da arquitetura Bizantina, com traços da arquitetura tradicional Romana e Arte Oriental.
Ponte sobre o Bósforo lado esquerdo Ocidente, lado direito, Oriente
Capadocia
Vale das Pombas
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SEM FRONTEIRAS
Vida de sultão O Museu Palácio Topkapi foi construído entre 1460 e 1478, durante o reinado do Sultão Mehmed II, o Conquistador, e foi utilizado como centro de administração do império otomano e principal residência dos sultões otomanos. Fica numa colina defronte ao Mar de Marmara, tem uma vista linda e vale a visita. Nele você vai entender como viviam os sultões, vai visitar os museus de vestimentas, joias, armas, relíquias religiosas, entre elas vários objetos usados por Maomé e também a pegada dele. Outra visita imperdível é a Cisterna da Basílica, a maior entre as centenas de cisternas que se encontram na cidade. Construída inicialmente pelo Imperador Constantino I e ampliada por Justiniano, abrange uma área de 9,8 mil metros quadrados, contendo 336 colunas em mármore com cinco metros de altura. Algo impensável e que nos faz voltar no tempo e compreender porque os romanos estavam tão à frente em termos de arquitetura e organização das cidades. O banho turco é uma experiência muito interessante, vale a pena se tiver tempo. Melhor ir a um banho onde homens e mulheres ficam separados. Você pode levar um biquíni ou usar suas roupas íntimas, ou até mesmo nada. Sauna, água quente corrente, tudo em mármore, e mulheres turcas (ou homens na parte masculina) fazendo massagens inesquecíveis! Mas se você tem pele sensível, cuidado, às vezes elas exageram na esfoliação!
Para presentear O Grande Bazar também é opção muito interessante. São 307 mil metros quadrados, um labirinto de 64 vielas com mais de 4 mil lojas. Ali você encontra tapetes, cerâmicas, muito ouro, produtos em couro, instrumentos musicais, muitas coisas falsificadas, luminárias coloridas, pashminas, lembrancinhas de todos os tipos. Bom para comprar presentes para toda a família e amigos! Mas nós recomendamos mesmo o Bazar das Especiarias, que, além de ser um local muito menor e mais charmoso, oferece muitas opções em todos os tipos de especiarias, frutas secas, alimentos locais, chás naturais, e algumas lojas iguais ao Grande Bazar, porém sem tanto tumulto. E tem ainda o Arasta Bazar, uma miniatura do Grande Bazar, mas que oferece produtos de muito mais qualidade, é pequeno e muito charmoso. Ele fica muito próximo à Mesquita Azul. Se for andar de taxi em Istambul, fique muito atento. Primeiro, negocie o valor do trajeto antes de entrar no carro. Pague exatamente este valor. Tenha certeza de que o taxi o deixou no local desejado, eles costumam parar a algumas quadras de distância com a desculpa de que o local de destino fica próximo e é melhor ir a pé do que ele ter que dar uma volta para chegar. Melhor solicitar o taxi no hotel. E quando pegar num ponto, siga estes conselhos que serão de grande utilidade!
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Goreme
Kebab de carneiro
Mercado das Especiarias
Vista da torre Galata
Baklava
Simit - pão com Gergelin
Show cultural Para ver a cidade de Istambul do alto, vá a Torre Gálata. O almoço não é caro e a noite tem jantar com show típico. Porém, para ver um verdadeiro show cultural, recomendamos o Centro Cultural Hodja Pascha. Neste local existem dois tipos de shows: um folclórico, muito lindo e animado, que mostra as danças e músicas de varias regiões da Turquia. E o outro, não é exatamente um show, mas uma cerimônia de uma seita mística islâmica, chamada Dervixes Rodopiantes da Ordem de Mevlevi. Informe-se no seu hotel. Culinária é assunto serio! No Palácio Topkapi haviam 1,5 mil cozinheiros para agradar aos sultões. A base da comida é a carne moída, chamada kebab. Pode ser servida em espetinhos – sis, ou sobre uma pizza - lahmacun. O carneiro e a berinjela também são muito apreciados. Raki é uma bebida destilada, feita a base de anis. Comer sanduíche de peixe é tradição no porto. Agora os doces, são algo a parte. O Lokum, quadradinhos de gelatina, foram inventados no sec. XVIII, a pedido do Sultão. E o Baklava, um doce feito com folhas de massa tão finas quanto papel de seda, além de mel e frutas secas. O pistache é muito usado. Uma delícia, inesquecível! O melhor Baklava encontra-se na Confeitaria Güllüoglu.O simit, rosca coberta de gergelim,é vendida em barraquinhas na rua, uma delícia! O Café Pierre Loti tem uma vista linda do Chifre de Ouro. Chega-se lá de teleférico. E a Praça Taksim com seu calçadão oferece uma grande variedade de lojas locais e multimarcas internacionais, confeitarias, restaurantes, etc.
Chamine das Fadas
Efesus
Terra de trogloditas A viagem ainda registra passagem pela Capadócia, a terra dos trogloditas – povo que mora nas cavernas. São sete mil quilômetros quadrados em que as cavernas se reproduzem como caminhos de um formigueiro. O melhor modo de ver a Capadócia, sem dúvida nenhuma, é do alto, de um balão! Isso mesmo, dentro de um balão! O passeio sai todos os dias muito cedo, se o tempo tiver bom, ventos adequados. Para garantir o passeio, melhor ficar pelo menos dois dias por ali, porque pode acontecer do passeio não acontecer. São mais de 50 balões sobrevoando os céus da Capadócia, num espetáculo de beleza surreal! O passeio é tranquilo, parece que a gente flutua, fantástico! Pamukkale quer dizer “Castelo da Algodão”. As piscinas naturais formadas por calcário, cujas águas são termais, resultam no que já foi um dos mais lindos cartões postais da Turquia. Além das piscinas, visitam-se as ruínas da cidade de Hierapolis. Se tiver um pouco mais de tempo, leve sua roupa de banho para curtir as águas termais ao estilo romano. Caminhando pelas ruínas da cidade, a gente consegue entender como era o modo de vida, o sistema sócio-politico-econômico e a cultura do povo romano. São João escreveu quatro livros do Novo Testamento quando vivia em Éfeso. E com ele veio também a Virgem Maria, cuja casa faz parte da visita turística à região, sem dúvida é um lugar mágico, que emociona.
Hagia Sofia
Casa da Virgem Maria
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GOLFE CLASSIC Por Luis Carlos Baumgarten
Os campeões do torneio, Sérgio Mallmann e Júlia Debowski
Empresário e vice-presidente da Confederação Brasileira de Golfe royal.golfe@terra.com.br
O VI Aberto de Golfe Florense, segunda etapa do Tour Gaúcho de Golfe 2012, reuniu 118 golfistas no Green Village Golf Club, em Xangri-lá, entre os dias 21 e 22 de janeiro. Golfistas, empresários e patrocinadores marcaram presença no jantar de confraternização, oferecido na sede do clube, localizada na Estrada do Mar. O secretário estadual de Esporte e Lazer, Kalil Sehbe prestigiou o evento e destacou a importância de parcerias em prol do esporte. O empresário Gelson Castellan recebeu das mãos do presidente da Federação Riograndense de Golfe, Norton Fernandes, uma carta de agradecimento aos inúmeros investimentos feitos no golfe gaúcho. Finalizando as homenagens, o presidente do Green Village Golf Club, Paulo Nunes, parabenizou a criação do Pro-Esporte, lei de incentivo estadual que está em processo de regulamentação, e convocou a participação de todos na captação de verbas para os projetos. Ao fim do jantar foi promovida uma brincadeira em campo: cerca de 25 golfistas enfrentaram a noite fechada e 120 metros para atingir o buraco 7, demarcado com luzes sinalizadoras. Os atletas utilizaram uma bolinha iluminada, que era localizada facilmente no campo escuro. O golfista do Belém Novo Golf Club, Eduardo Rodrigues, ganhou a disputa e levou um taco profissional, oferecido pelo Pro-Shop Charão. O torneio seguiu disputado até o último minuto, quando três golfistas terminaram empatados: Sandro Gonçalves, do projeto social Novos Talentos, William Clarke, de Santa Cruz do Sul e Sérgio Mallmann, o Serginho, de Livramento. No playoff a experiência de Serginho falou mais alto e o atleta ficou com a taça. Entre as damas, a jovem de Florianópolis (SC), Júlia Debowski ficou com a primeira colocação. Durante o evento foram sorteados diversos prêmios e cortesias, além dos brindes e passagens aéreas do Programa de Milhagens da Federação Riograndense de Golfe, que beneficia jogadores e clubes que mais participam dos torneios ao longo do ano. O evento foi patrocinado por Móveis Florense e teve como apoiadores Shopping Total, Redemac, Esquadrias Prata, Evergreen Villas e Costão do Santinho
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Fotos: Divulgação
Competição movimentou litoral gaúcho
William e Sandro, de apenas 18 anos, mostraram sua força em campo ao disputar o playoff com experiente golfista de Livramento
Fernandes, Nunes e Sehbe, presenças no torneio do verão
As damas também fizeram bonito em campo: Júlia Debowski, Marinez Pontes e Gabriela Dietrichkeit
Agenda Aberto de Torres 3ª Etapa do Tour Gaúcho 2012 São Domingos Torres Golf Club – Torres 4 e 5 de fevereiro
Chega com força ao mercado
Saúde
Cuidado na hora de usar suplementos alimentares Gastronomia
Receitas leves e saudáveis para a estação
Ellis Beach Wear
Beleza
O make perfeito para as noites de carnaval Moda
Modelos plus size encontram seu lugar ao sol
Comportamento
Nem só de praia se faz o verão Esportes
Vela e golfe são alternativas para o calor Estilo de Vida
Dicas para homens de bom gosto Revista Expansão
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Índice
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Beleza
Arrase no make para o carnaval nos dias de folia
Gastronomia
Receitas leves para enfrentar a força do verão com muito sabor
90 Marcus Vinicius/MV Estúdio/Divulgação
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Esportes
Fotos: Divulgação
Luxo e diversão com a prática da vela e do golfe
Carol Heinen e Tiago Peraça/ Divulgação
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Homem
Bom gosto e dicas preciosas para homens inteligentes
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Saúde
Moda
Beleza e estilo em grandes proporções
Especialistas alertam sobre a necessidade, ou não, dos suplementos alimentares 74
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Comportamento Quando não se pode ir à praia, alternativas par a o calor surgem longe do mar
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Moda
A moda praia por Ellis Beach Wear
Editorial
Fotos: Divulgação
Tempo de euforia Capa
Modelo: Elisandra Tomacheski (Way Models) veste Ellis Beach Wear Foto: Marcus Vinicius MV Estúdio/Divulgação
Vivemos a plena euforia da estação. O calor está, literalmente, “a todo o vapor” e tudo o que queremos é sombra e água fresca. Da mesma forma, nossa equipe não para e você segue conferindo textos especiais para curtir o verão da melhor forma. Conversamos com especialistas da área da Educação Física que orientam sobre a necessidade, ou não, do uso de suplementos alimentares. Preste atenção na dica para continuar a cuidar do corpo da maneira mais saudável possível. Na seção de Gastronomia, escolhemos receitas leves que você pode preparar em casa para a família e amigos. As saladas são as opções da vez e o frescor das frutas da estação e dos legumes e verduras pode ser incorporado perfeitamente à sua rotina. As modelos plus size mostram na seção de Moda que a beleza pode ter outras formas, confira dicas de quem assume suas curvas com elegância e bom gosto. Para eles também preparamos um material especial, com o consultor Eduardo Santos, que também traça um perfil do cenário da moda no Estado. E se você quer renovar sua roupa de praia, conheça uma empresa gaúcha que vem fazendo a diferença no setor de confecção, a Ellis Beach Wear mostra sua força e traços peculiares. Nosso especial de verão não poderia deixar de abordar a maior festa dos brasileiros. Na editoria Beleza, confira dicas para cair na folia e curtir o carnaval ainda mais bonita. Boa leitura!
Editora
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Moda
Plus size
peso Beleza de
Por Aline de Melo Pires | Fotos: Divulgação
Modelo plus size fala de como o mercado para mulheres fora dos padrões das passarelas está crescendo 76
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á muito se fala da tal democracia da moda, da liberdade de escolha de estilos, tecidos, acessórios e cores. Hoje, as possibilidades para estar na moda são cada vez maiores. E um público segmentado tem se empenhado muito para fazer com que a chamada “ditadura da moda” seja, realmente, coisa do passado e que todas as mulheres possam sentir-se parte de um contexto de informação e acesso a novidades do universo fashion. As modelos plus size, mulheres com medidas bem acima do que estamos acostumados a ver nas passarelas e nas páginas das revistas, ganham espaço nos meios de comunicação. Conversamos com Fabiana Camilo, modelo plus size que depois de ter sido presenteada por um amigo com um book fotográfico descobriu uma incrível vocação como modelo fotográfico. Nesta entrevista, ela analisa o mercado de moda para este público, fala das tendências para a estação quente e também avalia a forma como a sociedade tem recebido estas novas propostas. Fabiana mora em São Paulo onde também atua como assessora de imprensa de marcas de roupa. Quanto à adequação do mercado para o público plus size, Fabiana acredita em um crescimento gradativo há pelo menos quatro anos. “Não tinha mais como a indústria têxtil fechar os olhos para o público que veste acima de 46, até por que a população mundial tem aumentado de peso e consequentemente passado a integrar essa faixa de consumidores”, considera.
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Não somos aceitas e todos os dias precisamos vencer a discriminação. Na verdade vivemos em um mundo paralelo da moda, tanto é que você não vê uma modelo 48 desfilando a São Paulo Fashion Week.
Uma modelo conhecida e requisitada Fabiana conta que, apesar de sua carreira não ter sido programada, hoje se diz satisfeita com seu rumo profissional. Depois ter sido presenteada com o book fotográfico, teve suas fotos indicadas para uma revista de circulação nacional. Desde então não parou mais de trabalhar. Hoje já está entre as modelos mais reconhecidas e requisitadas no mercado GG. “Achei super bacana o presente e fiz como uma sessão fotográfica normal, como qualquer outra. Só que a produção deste evento, sendo bem relaciona-
da com a mídia e requisitada para divulgação de futuras modelos acabou me indicando para um casting com outras modelos e acabei sendo escolhida entre tantas para realizar um editorial de moda para a Revista AnaMaria”, conta. Apesar dos avanços e das mudanças no mercado, Fabiana ainda vê preconceito da sociedade em relação aos tamanhos maiores. “Não somos aceitas e todos os dias precisamos vencer a discriminação. Na verdade vivemos em um mundo paralelo da moda, tanto é que você não
vê uma modelo 48 desfilando a São Paulo Fashion Week.Temos nossos eventos, confecções específicas para mulheres que estão com sobrepeso e foi isso que deu forma e força a esse movimento pela beleza da mulher real, pois o que mostram na passarela convencional não é a realidade de grande parte da população”, afirma a modelo ao ressaltar que só acreditará na aceitação completa do público GG, quando grandes eventos de moda tiverem em seu casting modelos de todas as numerações e isso não gerar espanto.
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Fotos: Divulgação
Moda
Plus size
Preferidas
Entretanto, quando fala da segmentação, Fabiana diz perceber especialização constante das marcas focadas em tamanhos GG baseadas nas coleções de grandes marcas internacionais. Hoje, afirma, não é difícil encontrar tecidos, cortes e estampas de tamanhos que antes eram vistos apenas em tamanhos até 42 em numeração 58, por exemplo. “Sou uma mulher jovem e gosto da leveza que hoje faz parte das coleções para tamanhos grandes, antes roupas grandes não eram modernas e sempre tinham cara de roupas para senhoras”, complementa, ao destacar grifes nacionais. Entre suas marcas preferidas ela cita Xica Vaidosa, pois, segundo Fabiana, é uma marca que faz questão de ressaltar a brasilidade através das estampas coloridas e valorizar o corpo da mulher com curvas. “A Cambos Jeans, que além de confeccionar para tamanhos padrões hoje modernizou e acompanhou o crescimento do mercado apostando em tamanhos grandes e a Queen Moda que trabalha com peças casuais e que é fácil de usar no diaa-dia, também são opções bacanas”, observa. Hoje muitas marcas se estruturaram para atender o mercado GG também pelo fato de saber que esse público consome e sem medo de gastar. São mulheres vaidosas e que fazem questão de estar bem vestida com a roupa da estação.
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Sou uma mulher jovem e gosto da leveza que hoje faz parte das coleções para tamanhos grandes, antes roupas grandes não eram modernas e sempre tinham cara de roupas para senhoras.
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Para o calor
As tendências para qualquer estação podem ser acompanhadas pelo movimento plus size. Mas pouco adianta estar antenada se a mulher não conseguir estar bem consigo mesma, com seu corpo. A roupa, diz Fabiana, é um complemento de tudo o que a mulher sente. “Antes de mais nada, não adianta uma roupa linda se a alma não está acompanhando. Toda mulher precisa saber, entender e aceitar que é sensual, envolvente e atraente mesmo se estiver fora dos padrões estéticos impostos pela mídia”, sentencia a modelo plus size. Assim, Fabiana fala com liberdade sobre as peças em destaque nesta estação. As peças mais usadas são vestidos maxi, saias também bem longas, macacões, tudo muito estampado e cheio de vida. Para o dia- a-dia, completa, não deve ser dispensado um bom shortinho jeans e camisetinha. “O bom senso é o melhor amigo de uma mulher, não há regra do que pode e deve ser usado. Escolha um look, olhe no espelho e veja se o que você está vendo é bonito, se agradar seus olhos prova que está pronta para ir para a rua”, ensina. Tudo isto, colabora com o aumento da autoestima na mulher que acredita estar acima do peso ou fora dos padrões de moda. Sem sombra de dúvidas, para Fabiana, o movimento está sendo feito de fora para dentro do mercado da moda. “As modelos plus size vieram para mexer na estrutura da ditadura da magreza e para estabelecer um novo conceito do que de fato merece espaço, a beleza da mulher real”, completa. Fabiana faz questão de ressaltar que suas afirmações, em nenhum momento significam apologia à obesidade, mas que as pessoas buscam o direto de ser diferente e se sentirem bem fora dos padrões estéticos.
Divulgação
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“
O I Believe não se propõe a destacar as preocupações com as imposições sociais de moda e mercado ou de agenciar e vender ilusões de transformar a pessoa em modelo. É com certeza um momento de satisfação e resgate da autoestima.
Acreditar em si mesma, descobrir sua beleza e talento, todos os dias
Fabiana tem trabalhado na divulgação de uma proposta que tem como alternativa justamente aumentar a autoestima e ajudar a mulher a encontrar seu ponto de equilíbrio por meio da descoberta do estilo para se vestir. O projeto, denominado I Believe ocorreu no final do ano passado, em São Paulo, idealizado por uma model plus size, Andrea Boschim, a fotógrafa Kelly Hato e uma blogueira muito conhecida no mundo plus size, a Kalli Fonseca. “As três tinham em mente o interesse em resgatar através das fotografias a elevação da autoestima, a valorização do amor próprio e satisfação pessoal”, conta Fabiana. A intenção, prossegue Fabiana, é justamente quebrar padrões e
mostrar a verdadeira beleza, a beleza que vai além e independe de tamanho de manequim, idade, raça ou qualquer padrão social. As participantes tiveram uma sessão fotográfica completa, com apoio para maquiagem e cabelo, consultoria de moda, assessoria de figurino, equipe de produção e parcerias com lojas e confecções. “O I Believe não se propõe a destacar as preocupações com as imposições sociais de moda e mercado ou de agenciar e vender ilusões de transformar a pessoa em modelo. É com certeza um momento de satisfação e resgate da autoestima e de autodescoberta”, afirma Fabiana.
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Moda feminina do
44 ao 60
www.tendenciamaior.com.br Rua Mariano de Matos 24/s06 Novo Hamburgo/RS (51) 3594-3473 Revista Expansão Fevereiro/2012 79
Homem
Estilo
O fim da
ditadura Por Aline de Melo Pires | Fotos: Carol Heinen e Tiago Peraça/ Divulgação
Especialista fala das mudanças nos conceitos de tendência e estilo e mostra por que a face cruel da moda está com os dias contados
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star na moda é um conceito que cada vez mais se amplia e por conta do acesso que se tem nos dias de hoje a qualquer tipo de informação é possível criar e adotar estilos dos mais variados sem se transformar no que, com o tempo, se passou a chamar de reféns da moda. A afirmação é do publicitário, especialista em fashion business, Eduardo Santos, que presta assessoria para marcas que atingem diferentes classes sociais. “Até um tempo atrás, nem todas as pessoas conheciam o São Paulo Fashion Week (SPFW), por exemplo. Hoje, a moda e seus grandes eventos estão popularizados, poucos não ouvem falar”, considera. Santos é diretor da Tess FashionBiz, desenvolve projetos para shoppings centers, vinícolas e grandes feiras de moda. Além de colaborador em editoriais de moda de veículos de comunicação, é agente da modelo mirim Duda Bündchen, sobrinha da top Gisele Bündchen. Nesta entrevista, com exclusividade à Revista Expansão, ele faz uma avaliação do momento atual da moda no Brasil e exalta a beleza e a criatividade brasileiras nesta área. Para ele, a moda deixou de ser ditadora e hoje tem ares de liberdade, com toda segurança possível. Ao longo de sua carreira, Santos vem desenvolvendo campanhas e projetos para grandes marcas como Colcci, Sommer, Coca-Cola Clothing, Kildare Calçados e Lojas Renner.
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O calendário Um grande sinal de que a moda é um conceito cada vez mais presente na vida das pessoas, diz Santos, é o fato de a maioria dos programas de televisão apresentarem um quadro referente ao assunto. E isso não é ruim, prossegue, mexe com a vida de quem consome moda e transforma a sociedade. “Há dez anos não havia a preocupação que existe hoje com as temporadas de moda, não havia calendário. Agora, as coleções ‘viram’ independentemente da temporada. Está frio, mas não se vê roupas de inverno nas araras e o foco é o verão, por exemplo”, relata, ao destacar a antecipação e a atenção sempre para o que está por vir. Esta posição não se limita às butiques. As grandes redes de varejo, segundo o especialista, também se organizam desta forma.
Cena de filme
A prova disso, explica Santos, é a união de algumas destas redes com grandes nomes da moda. Um exemplo é a parceria entre a Riachuelo e a estilista Cris Barros, no ano passado. Para ele, este tipo de iniciativa populariza o conceito de moda e aproxima o consumidor de um universo que, num primeiro momento, parece muito distante. “Quem pensa que moda não tem nada a ver com sua vida está completamente enganado. E as influências são constantes, basta prestar atenção no que acontece nas novelas brasileiras, hoje as novelas são verdadeiros editoriais de moda”, completa Santos. Esta afirmação pode ser perfeitamente ilustrada por uma cena do filme O Diabo Veste Prada (2006), estrelado por Meryl Streep e Anne Hathaway. A referência é àquela passagem em que a personagem de Meryl, Miranda, dá uma lição à Andy, vivida por Anne, quando esta afirma não ver diferença em dois cintos aparentemente iguais. É quando Miranda explica que talvez Andy não saiba a história do blusão que usa, que aquele tipo de azul fez parte de uma coleção de um grande estilista e marcou uma temporada. Mas a pobre assistente não tem noção nenhuma desta questão toda, e este incidente a faz pensar.
“
Quem pensa que moda não tem nada a ver com sua vida está completamente enganado. E as influências são constantes, basta prestar atenção no que acontece nas novelas brasileiras, hoje as novelas são verdadeiros editoriais de moda.
Internet
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As facilidades propostas pelas redes sociais e pela disseminação da informação por meio da Internet também são outras ferramentas que levam os conceitos de moda diariamente às pessoas. Hoje é possível acompanhar os desfiles de moda em tempo real pela internet, e os blogs e Twitter divulgam também praticamente em tempo real o que rola nas passarelas. E este tipo de cenário, continua Santos, é capaz de mudar a vida das pessoas. “A partir disso é que se descobre, com cada vez mais frequência, que a moda tem deixado de ter aquela face cruel, e todo mundo está percebendo que pode ser como quiser dentro do seu estilo”, acrescenta o publicitário. E estilo vem com maturidade, de acordo com Santos. “Isso vem naturalmente com o passar dos anos, ninguém consegue se fabricar. É claro que vai depender muito do seu trabalho e da grana que você dispõe. Mas uma coisa é certa: beleza, segurança e bem-estar só o tempo proporciona, as pessoas passam a se entender e, consequentemente, a se assumirem mais”, assegura.
Inspiração brasileira
Não há como falar em moda brasileira sem citar, pelo menos uma vez, a top Gisele Bündchen. Ela é um grande exemplo do que Santos acaba de explicar acima. E, claro, pode e deve servir de forte inspiração de pobres mortais. “Ela ajudou a organizar o calendário da moda no Brasil na última década, trouxe uma visibilidade para o País que não existia. E não são somente as modelos as responsáveis por isso. Estilistas brasileiros vêm assumindo com competência e propriedade grandes marcas internacionais”, diz, ao citar o estilista brasileiro Francisco Costa, diretor criativo da Calvin Klein.
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Agência Fotosite
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Estilo
Liberdade
eles também para
Mercado se prepara no atendimento à demanda da vaidade masculina
Q
uando Eduardo Santos fala do fim da ditadura da moda, não se limita ao universo feminino. Os homens também descobrem, a cada dia, o quanto podem, e devem, tirar proveito das tendências e criar seus estilos de vida. O homem contemporâneo, afirma o consultor, está mais vaidoso, o crescimento no número de clínicas que oferecem tratamentos estéticos e produtos específicos para o público masculino é prova disso. “Creio que os padrões da moda, a TV, a busca pela eterna juventude, a motivação da prática de esportes, alimentos funcionais, entre outros, libertaram um pouco os homens do preconceito em cuidar da aparência”, comenta Santos. De acordo com ele, a mídia também colabora com estas iniciativas, que podem ocorrer até mesmo inconscientemente, ao investir em revistas de moda, beleza e comportamento voltadas às questões masculinas. Assim, ele conclui o quanto a indústria da moda e da beleza lucra, agora, com a vaidade masculina, em todos os setores.
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Marcio Garcia, veste terno Ricardo Almeida,
Divulgação
O uniforme do gaúcho O homem gaúcho tem um estilo bem peculiar se comparado ao resto do País quando o assunto é moda e comportamento. Santos justifica esta afirmação ao fazer referência ao conservadorismo típico do homem do Sul. “Isto é uma verdade, nossa forma de vestir é clássica, neutra, sem muita ousadia”, complementa. Uma parte destes homens, continua, busca chamar mais atenção pela sua forma física, por seus acessórios – como um bom relógio ou um bom carro, do que pela roupa,” completa, ao afirmar: o uniforme do gaúcho é uma camisa polo, camisa xadrez e jeans. No entanto, quando fala em busca de tendência e estilo por parte do público masculino, Santos salienta que, bem ao contrário das mulheres, eles, em sua maioria, não se inspiram nas semanas de moda. Pelo menos, não imediatamente. A tendência surge na passarela, passa para as revistas, jornais e novelas e de repente um amigo ou colega de trabalho começa a usar uma peça um pouco diferente. “Neste momento ele tem o aval de alguém com quem ele se identifica e, inconscientemente, compra uma peça igual. Somente alguns ‘betas’ como chamamos os formadores de opinião se inspiram em semanas de moda e revistas imediatamente, mas em algum momento a tendência vai chegar às ruas seja em labels mais conceituadas ou em lojas populares”, considera.
Esforço para suprir demandas Assim, ele avalia também a forma como a indústria da moda tem se preparado para o público masculino. Para Santos, as marcas se esforçam para suprir as demandas, com muita pesquisa. Quando se fala em hábito de compra, obviamente, há uma diferença entre homens e mulheres, estas compram por impulso. O homem, diz Santos, compra mais por conforto e praticidade. “Ainda temos um longo caminho pela frente na moda masculina para chegar aos padrões europeus, por exemplo, que consomem moda e tendência sempre, a cada estação”, afirma o consultor que é fã de estilistas brasileiros como Ricardo Almeida e Oskar Metsavah. Ricardo Almeida, diz, tem bom gosto, um estilo exclusivo, meio alfaiate de antigamente, que o encanta. Um terno Ricardo Almeida, afirma Santos, equivale a um vestido de alta costura para as mulheres. “Certamente a exclusividade e a qualidade são seus maiores trunfos”, observa. Entre outros grandes nomes brasileiros ele destaca Carlos Miele, Alexandre Herchcovitch. “Mas são poucos os estilistas com um trabalho exclusivo para o armário masculino, ou seja, as opções são poucas para quem quer algo mais hype”, conclui.
Versatilidade para o verão A vaidade masculina ultrapassou a fronteira do vestuário e chegou aos produtos de beleza e de cuidados com a estética. Aliás, considera Santos, foi justamente a indústria da beleza que descobriu este público, as grandes marcas lançam constantemente produtos dedicados à pele, ao cabelo, e ao comportamento dos homens. “Ser bonito é se cuidar, está na moda. Em qualquer classe social, todo mundo gosta de estar cheiroso, e com uma boa aparência. Os tratamentos de beleza, clínicas estéticas e intervenções plásticas estão na lista de compras de parte dos homens contemporâneos, em várias classes sociais”, discorre o consultor de moda. Esta mudança de postura, segundo Santos, se deu a partir das necessidades do próprio mercado. Hoje há muito mais exposição do corpo do que há algumas décadas e esta exposição não se limita ao físico. As pessoas, de um modo geral, se expõem nas redes sociais, nas trocas de informações com amigos e conhecidos. “Fazer fotos, vídeos, ver seu rosto nas páginas das redes sociais é uma ação cotidiana, eu creio que certamente isto ajudou a estimular a vaidade masculina. Além disto, a TV, filmes e novelas ‘vendem’ a beleza como um diferencial competitivo: o bonito tem mais chances de vencer. Esta é a busca maior das pessoas”, afirma.
Apelos naturais E nada mais propício para aproveitar os benefícios desta exposição do que a estação que ainda está “a todo o vapor”. O verão é a estação que permite ao homem explorar ainda mais sua vaidade. Basta observarmos as academias, parques e restaurantes com apelos mais naturais lotados nesta época. Voltando para o assunto moda, Santos avisa que muitas peças que estão em alta neste verão poderão fazer parte dos looks da temporada fria. Um blue jeans skinny, certamente ainda será usado, bem como sapatos estilo mocassim (vai ser divertido com meias coloridas). Uma camisa xadrez, que segue bacana com gravata, cintos transados, acessórios como colete, pulseiras em couro fininhas, camisetas em azul bic, polos para usar embaixo de blazers, são mais opções. “No inverno vale misturar camisetas com casacos pesados e cardigans cinzas. Certamente é possível para aproveitar uma série de peças de verão na estação fria., moda é isso, é ser versátil”, completa Santos.
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Moda
Praia
Para invadir sua
praia! Por Aline de Melo Pires | Fotos: Marcus Vinicius/MV Estúdio/Divulgação
Marca hamburguense de biquínis conquista seu lugar ao sol além das fronteiras do verão brasileiro
F
oi embaixo de uma máquina de costura que Marsio Schneider cresceu, como ele mesmo recorda. Filho e neto de costureiras, acostumou-se, desde muito cedo, com o ofício de criar roupas. Os anos se passaram e esta influência ficou um tanto quanto adormecida. O jovem foi estudar Administração de Empresas em Santa Catarina e, em conversas com a cunhada, a modelo Elisandra Tomacheski (Way Models/SP), surgiu a ideia de abrir um negócio próprio, com foco na moda. Foi então que o inconsciente trouxe de volta as referências e os estímulos da infância. A cunhada virou sócia e a intenção de abrir uma empresa se transformou em realidade e constituiu uma confecção de moda praia. Assim, de forma despretensiosa surgiu a Ellis Beach Wear, marca com sede em Novo Hamburgo (RS) e que ganha, a cada dia, espaço não só no Estado e no Brasil como nos Estados Unidos, França, Portugal, África do Sul, Polônia, Grécia e Austrália.
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Celeiro difícil Fabio Winter/Especial
A empresa começou a se solidificar no mercado no segundo semestre do ano passado. Em um trabalho forte de divulgação, ganha espaço entre as grandes marcas brasileiras de moda praia, celeiro difícil, vide as grandes grifes que já tornaram o Brasil forte referência na área, levando o País mundo afora. Mas, depois de elegerem seu foco – a mulher elegante e exigente – os sócios arregaçaram as mangas e passaram a trabalhar forte para mostrar a que vieram. Tanto que o lançamento da marca já foi ousado. A equipe viajou para o Caribe para fotografar a primeira coleção, The Bahamas Collection, e cada biquíni recebeu o nome de uma ilha, recheados por ninguém menos que a própria sócia da empresa. Elisandra foi estrela das primeiras peças da Ellis Beach Wear e imprime ao produto toda a sensualidade e luxo propostos pela grife. Ao seguir um conceito baseado na modernidade e no luxo, a coleção apresenta 15 modelos de biquínis com 11 variações de estampas e cores. Com matéria-prima de altíssima qualidade, os metais são Altero e os tecidos vêm de São Paulo, os biquínis produzidos pela Ellis Beach Wear têm o olhar e a inspiração de quem está no centro da moda, no ponto de referência para o mundo todo. “A inspiração e a concepção das peças vêm da Elisandra. Ela mora e trabalha como modelo em Nova Iorque, e de lá nos estimula e inspira o tempo todo”, comenta Schneider (foto), ao destacar que as peças garantem conforto ideal por serem feitas com tecidos de maior durabilidade, elasticidade e com agentes anti-fungos.
“
A inspiração e a concepção das peças vêm da Elisandra. Ela mora e trabalha como modelo em Nova Iorque, e de lá nos estimula e inspira o tempo todo.
Marsio Schneider
Trunfo da dupla A antecipação das tendências, antes de chegarem ao mercado, é um dos principais trunfos da dupla de sócios, conta Elisandra. “Em Nova Iorque estamos próximos das novidades e podemos nos preparar para suprir as vontades das consumidoras”, afirma a sócia de Schneider, que vem ao Brasil duas vezes por ano. Apesar de o sul do Brasil não ter tradição na criação de moda praia, prossegue Elisandra, a região é um celeiro da moda. O mercado do calçado e do couro é a prova disso, de acordo com ela. “Os melhores biquínis são brasileiros e isso nos motiva a continuar”, observa a modelo empresária. E, ao contrário do que se possa pensar, Schneider vê na pouca experiência um grande estímulo ao desafio. Há espaço para crescer, acredita, pois são poucas as marcas de expressão hoje no País, na visão dele. “Queremos ser uma entre poucas”, afirma o jovem empresário, ao revelar que para o verão 2013 a marca já vai ter novidades significativas para seu público. Para conhecer um pouco mais sobre a Ellis Beach Wear, acesse o site www.ellisbeachwear.com.
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Saúde
Sucos
Recarregue-se! Por Aline de Melo Pires Fotos: Sabrina Martins/Neiva Mello Comunicação/Divulgação
Receitas naturais e energéticas para curtir o verão em alta voltagem
O
clima convida a curtir cada momento com muita energia e disposição. Verão é isso, é a sensação de liberdade, de alegria e entrega que o sol é capaz de proporcionar. Em meio à tanta disposição, é preciso parar um pouquinho para recarregar a bateria, afinal de contas, ninguém é de ferro. Entre uma parada e outra, uma boa pedida é o Suco de Verão e o Sanduíche Light, receitas de um dos mais conceituados chefs do nosso Estado. Mauro Sousa, responsável pelo cardápio do Sheraton Hotel, em Porto Alegre (RS), ensina a preparar estas duas delícias, saudáveis, energéticas e revigorantes. As receitas são em quantidade para duas pessoas.
Suco de Verão Ingredientes 1 kiwi 150g de abacaxi 5 morangos 300 ml de água Açúcar e/ou adoçante a gosto Modo de preparo Descascar as frutas. Colocar as frutas, água e cubos de gelo no liquidificador. Bater bem até triturar. Após, coar e servir gelado. Adoçar a gosto.
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Sanduíche
light
Ingredientes 200g de atum (lata) 100g de ricota ralada 3 colheres (sopa) de iogurte light natural 3 folhas de alface americana cortadas em tiras bem finas 1 colher (sopa) de uvas passas 2 colheres (sopa) de amêndoas cortadas em lâminas 4 fatias de pão 7 grãos light
Modo de preparo Misturar o atum, a ricota, a cenoura, o iogurte e as uvas passas com 1 colher de amêndoas. Mexer bem até formar uma pasta. Montagem Colocar sobre a fatia de pão uma camada de alface e uma camada do recheio. Repetir as camadas e fechar com uma nova fatia de pão. Sobre o sanduíche pronto, colocar 1 colher de amêndoas cortadas em lâminas para decorar.
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Saúde
Exercícios Suplementos Físicos Alimentares
Você precisa,
mesmo?
Por Aline de Melo Pires | Fotos: Divulgação
Alimentação saudável e consciência corporal têm de vir em primeiro lugar
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É
comum, quando se inicia uma atividade física, um certo aumento na ansiedade, na vontade de ver as medidas mudarem, seja para mais, seja para menos. Queremos conquistar o quanto antes as medidas perfeitas, tão almejadas. O imediatismo, entretanto, muitas vezes, pode levar a escolhas que, se não forem bem avaliadas, podem ter consequências indesejadas e reflexos negativos na saúde. Exemplo disso é a procura por suplementos alimentares, que são usados por quem pratica atividades físicas, especialmente a musculação. Por suplemento alimentar, entenda-se tudo o que serve para suprir necessidades nutricionais do indivíduo, como vitaminas ou proteínas, por exemplo. Conversamos com especialistas no assunto, que fazem um alerta sobre o uso destas substâncias. Elas devem ser indicadas por profissionais habilitados e seu consumo deve ser supervisionado. “O suplemento alimentar serve para otimizar e qualificar a alimentação em deficiências ou demandas que surgem a partir de treinamentos físicos”, explica o educador físico Paulo Meyer, 47 anos. Ele faz questão de ressaltar que a necessidade do uso de suplementos alimentares se percebe com o tempo, depois o início das atividades físicas. “Não significa que a pessoa vai começar a praticar exercício físico hoje e amanhã deve começar a usar suplemento para alcançar o objetivo”, complementa Meyer, que atua em São Leopoldo (RS)..
Catrine Eisinger/SGNH/Divulgação
Estudos e conhecimento
O também educador físico Felipe Kennedy, de Novo Hamburgo (RS) é ainda mais enfático ao se referir ao uso de complementos. Na maioria das vezes, diz, quem tem uma alimentação balanceada, escolhe alimentos saudáveis e pratica atividades físicas regularmente, dificilmente vai precisar de um complemento alimentar. “Por isso, sempre digo aos meus alunos para que nunca busquem esses produtos por conta própria, eles devem ser indicados a partir de estudos, do conhecimento de cada pessoa, dos seus hábitos, de suas necessidades. E, o mais importante, faço toda a questão de afirmar, é o profissional da Nutrição quem vai apontar esta necessidade, o trabalho é em equipe”, observa Kennedy. Os dois profissionais alertam para o perigo de uma sobrecarga renal a partir do uso inadequado de suplementos alimentares. Meyer explica que normalmente, os suplementos são indicados para pessoas com mais de 40 anos. Mas são produtos específicos, que, volta a ressaltar, devem ser sugeridos por profissionais.
Por isso, sempre digo aos meus alunos para que nunca busquem esses produtos por conta própria, eles devem ser indicados a partir de estudos, do conhecimento de cada pessoa, dos seus hábitos, de suas necessidades.
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Kennedy (D) sugere atividade física e alimentação equilibrada
Papel essencial
Conforme os anos passam, explica Meyer, as consultas com profissionais da saúde devem ser mais frequentes. “Como em qualquer outra situação, é o profissional que vai dizer o que o indivíduo precisa, o que as pessoas precisam ter em mente é a atenção à alimentação e à prática de atividades físicas, o resto é realmente complemento”, afirma. Reiterando o que diz Meyer, Kennedy completa: A nutrição desenvolve papel essencial no desempenho do exercício e do treinamento. Atualmente, o consenso geral das pesquisas demonstra que as pessoas fisicamente ativas não necessitam de nutrientes adicionais, além dos existentes em uma dieta balanceada.
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Gastronomia
Saladas
Aproveite o que a estação oferece e use a criatividade no preparo de saladas e pratos especiais
sabor
Equilíbrio e Por Aline de Melo Pires | Foto: Divulgação
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esta época do ano, nada melhor do que reunir amigos e família em torno da boa mesa. É claro que é preciso estar atento à saúde, fugir dos excessos e buscar alimentos saudáveis todos os dias. Opções para isso é o que não faltam. Fomos em busca de alternativas que são capazes de conferir um sabor todo especial e reunir gente bacana. As saladas são as vedetes do verão, podem ser consumidas à vontade e, se prestarmos atenção e conhecermos bem o que existe à nossa disposição, elas praticamente não têm contra-indicação. Para falar sobre estas delícias conversamos com o chef Thomas Juchem (foto), de Campo Bom (RS) expert no assunto. Tanto que, neste mês, ele ministra um curso na Universidade Feevale, durante o qual os alunos aprenderão a preparar 12 tipos de saladas. Juchem é cozinheiro formado em Alta Gastronomia pela Escola Aires Scavone, de Porto Alegre e, além de comandar o Espaço Buono Cheff, tem experiência em restaurantes do Brasil e da Alemanha. Nesta edição também apresentamos como sugestão o preparo de um prato bem especial e acessível, o Salmão da Nice, receita fornecida com exclusividade pela família Luckmann, do Restaurante Só Bifes, de Novo Hamburgo (RS), ideal para ser acompanhada pela Salada Rápida de Abacaxi, também dos Luckmann, ou pela Salada Verde, de Juchem. Agora tá na mesa!
Salada Verde Ingredientes: ½ alface americana ½ alface Roxa ½ rúcula 1 bandeja de tomates cereja 3 colheres sopa azeite de oliva 3 colheres sopa de mostarda 3 colheres sopa de aceto balsâmico
Modo de Preparo: Rasgar as folhas em uma saladeira, cortar os tomates cereja pela metade, e regar com a mistura do molho.
Rendimento: 04 pessoas
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Compras pela manhã Felizmente, estamos em uma estação na qual a variedade de pratos é vento que sopra a favor. Frutas também são ingredientes para o preparo de saladas e, num País com tanta diversidade como o Brasil, a criatividade pode ir longe. Entretanto, antes de mais nada, é preciso ter em mente alguns cuidados básicos. “A escolha dos ingredientes é muito importante nesta época, pois, com o calor, fica bem difícil armazená-los. De acordo com Juchem, as folhas não podem estar murchas, as frutas e legumes bem fresquinhos, por isso o bom é comprar logo pela manhã, higienizá-los, lavá-los e colocar na geladeira”, ensina o chef, ao ressaltar que além das folhas e verduras que podemos consumir o ano inteiro, as frutas são uma ótima pedida. Como a intenção é manter a leveza e o equilíbrio, um prato de salada pode, sim ser consumido no lugar de uma refeição teoricamente mais pesada, como o almoço ou a janta. A dica é acrescentar um, e apenas um, ingrediente mais calórico como carne moída, peito de frango desfiado, salmão, camarão, entre outros.
Salmão da Nice Ingredientes: 1 filé de salmão 1 pimenta moída sal 1 cebola 2 cenouras 2 copos de vinho branco 200g de champignon 3 gemas 1 caixa de creme de leite Suco de meio limão 1 colher (sopa) de manteiga Óleo para refogar
“
A escolha dos ingredientes é muito importante nesta época, pois com o calor fica bem difícil armazená-los.
Modo de preparo: 1. Refogue na manteiga a cebola cortada em pequenos pedaços. Quando a cebola começar a dourar, entre com as cenouras raladas. Misture. Acrescente o vinho branco e deixe refogar, em fogo baixo. Um toque de sal e pimenta espere o vinho reduzir. 2. Corte o salmão em pedaços e pode deixar a pele do salmão. Tempere com sal e pimenta. Esquente bem uma frigideira e, com um fio de óleo, frite os pedaços de salmão - 3 minutos de cada lado. Antes de virar, dê um toque de suco de limão em cada pedaço. Vire-os e deixe-os bem dourados. Cuide para os pedaços de salmão não se desmancharem. Acrescente os champignons e deixe fritar, reserve. 3. Quando o vinho reduzir na panela, desligue o fogo. Separadamente misture as gemas ao creme de leite e junte à mistura ao refogado. Mexa bem. 4. Para servir, arrume em cada prato: primeiro uma caminha com o acompanhamento de vegetais. Em cima entra um salmão e alguns champignons. Para completar, um fio de azeite de oliva e pimenta moída.
Salada Rápida de Abacaxi Ingredientes 1 lata de milho verde sal pimenta 100 g de passas pretas 1 abacaxi 1 pote de iogurte natural 1 alface americana 1 rúcula
Modo de Preparo Coloque o milho verde com um pouco da água que está na lata Pique o abacaxi em cubos e coloque também na tigela Junte as passas e o iogurte, temperar a gosto. Em uma travessa monte a alface americana misturado com a rúcula e por cima a mistura dos ingredientes Dica: colocar o iogurte aos poucos cuidando para deixar uma cobertura homogênea Curso de saladas para refrescar o verão De 9 a 23 de fevereiro Inscrições pelo site
www.feevale.br
Mais informações pelo telefone
(51) 3586-8822
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Proteção
Olhos
olho!
Abra o
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Fotos: Divulgação
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verão é época de praia, calor e muito sol. Os cuidados com a pele, indispensáveis nesta estação, visam a proteção aos raios ultravioleta, que podem causar vários problemas à saúde, inclusive câncer. Mas não é somente a pele que você deve proteger. Os raios UV-A e UV-B são igualmente agressivos aos seus olhos, ainda mais no verão, quando a exposição ao sol é maior. Quem faz o alerta é a diretora administrativa da Óptica Foernges, Salete Foernges, de Porto Alegre (RS). Por isso, na hora de escolher um óculos escuro é importante prestar atenção ao nível de proteção aos raios ultravioleta, medidos em nanômetros (nm) ou em percentagem (um óculos com 100% de proteção UV é seguro, assim como um óculos com 400nm, o índice máximo de proteção). Um óculos escuro sem proteção UV é duplamente perigoso, pois além de não proteger os seus olhos, provoca uma dilatação da pupila por causa da lente escurecida, aumentando a penetração dos raios.
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Beleza
Carnaval
Camila Prestes/ Divulgação | Fotos: Divulgação
Hoje é carnaval!
A festa de Momo é oportunidade para dar um colorido todo especial ao make e garantir um look divertido para o maior espetáculo da Terra
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ma das festas mais esperadas no verão é o carnaval. A folia de Momo é sinônimo de alegria, descontração e liberdade. É nesta onda de alegria que todos querem estar de bem com a vida e com o espelho. Por isso, a maquiagem para as festas de rua ou de salão tem uma ordem básica: cor. A maquiadora da Dailus Color, Mirian Costa, dá dicas especiais para quem quer arrasar no salão ou na passarela do samba. O make tem um papel fundamental no carnaval, que é dar um colorido no visual. A maquiagem para o carnaval pede uma intensidade de cores maior que o habitual, além de ter toques de glamour e sensualidade. Os olhos são peça chave na maquiagem e quanto mais coloridos mais deixarão o look bonito. A dica é apostar em cores fortes e vibrantes, como roxo, verde, azul, laranja ou pink.Para realçar os olhos, invista em delineadores com cores fortes. Escolha especialmente produtos que tenham textura macia, que conferem um traçado mais preciso.
Ousadia As festas permitem muita ousadia. Por isso, não esqueça do glitter, eles vão dar um brilho nos olhos e um toque especial na produção. O glitter também pode ser aplicado nas maçãs do rosto para dar uma iluminada. Para garantir que a maquiagem dure a noite toda, aposte em fixadores de sombra. O produto garante maior aderência e fixa de forma uniforme, evitando que a sombra saia no passar das horas. Na boca, a dica também é muita cor. Complete a maquiagem com um gloss labial, algumas marcas têm pérolas refletoras e outros tipos de materiais que deixam o visual ainda mais brilhante, as noites da festa permitem. Sensualidade e ousadia também podem ser incrementadas com cílios postiços, que podem dar um destaque todo especial nas produções de carnaval. A Baci Lingerie, grife americana de peças íntimas, inova e apresenta opções que variam dos mais discretos aos mais inusitados, em cores e formatos, em uma linha exclusiva para as brasileiras. Os cílios postiços destacam o olhar, aumentam o comprimento dos cílios, além de dar um charme todo especial para a produção. Com cores fortes, tamanhos e formatos glamurosos e elegantes, os cílios artísticos da marca prometem ser a sensação do carnaval, seja nas ruas, avenidas ou bailes da cidade.
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Alternativas
Longe do mar
Lazer no shopping
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difícil pensar em verão sem fazer a conexão direta com o litoral, areia, mar. Afinal de contas, quando a estação do Sol se aproxima, tudo o que se quer, literalmente, é sombra e água fresca. Entretanto, a realização deste sonho não é algo acessível a todos os mortais. Há quem fique na cidade por opção ou por necessidade mesmo, em função de trabalho ou outros compromissos. Mas, o certo é que todo mundo busca alternativa para fugir do calor e, ainda que esteja envolvido com trabalho ou outras atividades em sua cidade de origem, encontra uma forma de desfrutar o melhor da estação. O casal Francisco Assis Stürmer Júnior e Cristiane Elenise, 34 anos, não teve muito tempo para curtir o verão no litoral norte. Com o filho Francisco Assis Stürmer Neto, 5, passaram 20 dias, em janeiro, na praia e precisaram retornar a Novo Hamburgo. “Moramos em um condomínio que tem playground e piscina, mas o espaço se torna limitado, em função da quantidade de moradores”, diz Júnior, que é administrador de empresas.
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No sítio temos todo o conforto que nossa casa na cidade proporciona e ainda a família pode contar com piscina, sem falar na liberdade e na segurança.
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A família diz sentir falta de opções na cidade, que estejam além dos muros de seu condomínio. Hoje, diz Cristiane, não há um parque seguro, o lazer se limita ao shopping, onde podem ir também ao cinema. E parque é opção para o casal Camila Wagner, 20, técnica química, e Giovani Baccin da Silva, 20, técnico mecânico. No entanto, eles afirmam poder desfrutar da calma e tranqüilidade de um parque apenas por este estar localizado em um clube, numa área privada. “Só temos opção de lazer porque somos sócios, quem não pode pagar para estar aqui acaba ficando sem alternativa”, diz Camila, moradora de Novo Hamburgo. Já Silva, costuma se deslocar até a cidade da namorada todos os finais de semana no verão para poder desfrutar de instantes ao ar livre. Morador de Esteio, ele acompanha a família da namorada no clube.
Liberdade e segurança
Mas, nem só de obrigações profissionais ou de limitações geográficas vivem os veranistas da vez. Apesar de estar bem perto do mar, o empresário Rodrigo Kauer de Barros, prefere ficar à beira da lagoa do que na praia. Sua família possui um sítio na localidade de Palmital, próximo a Osório, a alguns minutos da beira-mar, mas a calma e a integração com a natureza na propriedade, que fica na Lagoa da Pinguela, é bem mais atrativa para ele, a esposa Lúcia e o pequeno Augusto, filho do casal, de 3 anos. “No sítio temos todo o conforto que nossa casa na cidade proporciona e ainda a família pode contar com piscina, sem falar na liberdade e na segurança”, diz o empresário, que toda semana se desloca para Palmital, enfrentando o mesmo trânsito da Freeway que leva às praias mais movimentadas do Rio Grande do Sul.
Aline de Melo Pires/ Divulgação | Fotos: Divulgação
É possível aproveitar o verão sem estar à beira-mar, clubes e cidades oferecem programação alternativa
Nem só de inverno vive a Serra Gaúcha Opções para curtir o verão também são oferecidas por cidades que geralmente são conhecidas por seus atrativos para o inverno. Nova Petrópolis, o Jardim da Serra Gaúcha, quer turistas o ano todo. Por isso, a reconhecida Capital Nacional do Cooperativismo oferece uma extensa programação de verão desde 15 de janeiro. É o Verão no Jardim da Serra Gaúcha, que segue até 11 de março (veja box). “Queremos promover cada vez mais a nossa cidade como destino de verão e para a prática do turismo de aventura, sendo esta, mais uma oportunidade para que os turistas possam usufruir das belezas da nossa região ou praticar uma atividade física”, destaca Ricardo Lawrenz, vice-prefeito em exercício. O Parque Aldeia do Imigrante é um dos pontos turísticos mais movimentados da cidade e completou 27 anos em 12 de janeiro. O recanto germânico em meio a dez hectares de mata nativa preserva a história de Nova Petrópolis através de edificações em estilo enxaimel (técnica de construção), gastronomia típica e música alemã. Para curtir o final do domingo, a partir das 18 horas, a Praça das Flores é palco do show de verão com o Acústico Try. Sob influência principalmente de John Mayer, Jack Johnson, Tiago Iorc, Reação em Cadeia, Jason Mraz e Matchbox Twenty, a banda Acústico Try, formada em 2009, já tocou em diversos bares e eventos da região. Para o show de verão, a banda apresentará o melhor do pop rock nacional e internacional. Os shows de verão acontecem todos os domingos, no final da tarde.
Cultura e recreação
Camila e Silva, curtem o clube na cidade, em área segura e fechada para a prática de esportes e lazer
A programação do evento segue durante todos os finais de semana até 11 de março. Diversas atividades esportivas como caminhadas, passeios de bicicleta e gaiola, competições esportivas, rústica e yoga serão oferecidas no período, além de atividades culturais e recreativas. As modalidades possuem taxas de inscrições variadas que podem ser conferidas no site www.novapetropolis.com.br/verao. As inscrições para as atividades esportivas já podem ser feitas pelo email verao@novapetropolis.rs.gov.br ou pelo site. O evento está sendo organizado pela Associação Tchon Ji, conta com o patrocínio da Cooperativa Piá e o apoio de Itati.
A família do empresário Barros optou pela segurança e liberdade de sítio bem próximo da praia
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Comportamento
Alternativas
Confira a agenda: CAMINHADA MEDITATIVA Local: Saída do Parque Aldeia do Imigrante Horário: das 9 às 12 horas 26 de fevereiro – Domingo 11ª MARATONA DE DOWN HILL Local: Ninho das Águias Horário: das 9 às 17 horas TAE KWON DO POOM-SE Local: Rua Coberta Horário: das 14 às 16 horas SHOW DE VERÃO COM A BANDA DAMA Local: Rua Coberta Horário: às 18 horas 28 de fevereiro - Terça-feira COMEMORAÇÃO DO ANIVERSÁRIO DO MUNICÍPIO Local: Rua Coberta Horário: das 8 às 10 horas SHOW COM A BANDA PORTO DO SOM Local: Rua Coberta Horário: das 19h30min às 21 horas 03 de março - Sábado VIVER BEM YOGA 3ª IDADE Local: Parque Aldeia do Imigrante Horário: das 9 às 12 horas 04 demarço - Domingo RÚSTICA DE VERÃO Local: Saída da Rua Coberta Horário: das 9 às 13 horas SHOW DE VERÃO COM O ACÚSTICO LUCAS KEHL Local: Rua Coberta Horário: às 17 horas 10 de março - Sábado 3° STADPLATZ – PASSEIO DE GAIOLAS Local: Saída da Rua Coberta Horário: das 7 às 17 horas VIVER BEM YOGA Local: Parque Aldeia do Imigrante Horário: das 9 às 12 horas 6° GAÚCHO DE ASA E PARAPENTE Local: Ninho das Águias Horário: das 10 às 17 horas SHOW DE VERÃO COM A BANDA FLOW Local: Rua Coberta Horário: às 17 horas 11de março - Domingo 6° GAÚCHO DE ASA E PARAPENTE Local: Ninho das Águias Horário: das 10 às 17 horas Fonte: Prefeitura de Nova Petrópolis
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Os 27 anos do Parque Aldeia do Imigrante serão comemorados ao som de bandinha típica e distribuição de torta
Só temos opção de lazer porque somos sócios, quem não pode pagar para estar aqui acaba ficando sem alternativa.
“ Marco Dieder/Divulgação
4 de fevereiro – sábado 10ª Festa Campeira Local: CTG Pousada da Serra Horário: das 7h30min à meia-noite Subida ao Malakoff Local: Saída do Parque Aldeia do Imigrante Horário: das 7h30min às 12 horas 2º Encontro de Aeromodelismo Local: Morro da Fome | Horário: das 9 às 17 horas 5 de fevereiro – domingo 10ª Festa Campeira Local: CTG Pousada da Serra Horário: das 8 às 20 horas 2º Encontro de Aeromodelismo Local: Morro da fome | Horário: das 9 às 17 horas Show de Verão com a Banda Leebe Local: Rua Coberta | Horário: às 18 horas 11 de fevereiro – sábado 3º Desbravando Nova Petrópolis Local: Saída do Centro de Eventos Horário: A partir das 6h30min 39ª Festa do Figo Local: Sociedade Cultural e Esportiva Linha Brasil Horário: das 11 às 20 horas 12 de fevereiro – domingo 3º Desbravando Nova Petrópolis Local: Saída do Centro de Eventos Horário: Até o meio-dia 39ª Festa do Figo Local: Sociedade Cultural e Esportiva Linha Brasil Horário: das 10 horas às 23 horas 11ª Maratona de Mountain Bike Local: Saída da Rua Coberta Horário: das 9 horas ao meio-dia SHOW DE VERÃO COM A BANDA JACARANDÁ Local: Rua Coberta Horário: às 18 horas 18 de fevereiro-Sábado SUBIDA AO MALAKOFF Local: Saída do Parque Aldeia do Imigrante Horário: das 7h30min às 12 horas 19 de fevereiro – Domingo CARNAVAL INFANTIL Local: Parque Aldeia do Imigrante Horário: das 15 às 18 horas 25 de fevereiro - Sábado 11ª MARATONA DE DOWN HILL Local: Ninho das Águias Horário: das 9 às 17 horas
Torneio de voleibol de areia em duplas será disputado na quadra da Escola Bom Pastor na Linha Brasil
Queremos promover cada vez mais a nossa cidade como destino de verão e para a prática do turismo de aventura.
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Apoio
Confira nas lojas participantes com o selo da promoção.
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Realização
w w w. l i qu i d a p o r to al egre.com.b r Promoção vinculada à título de Capitalização emitido pela Sul América Capitalização SA – Sulacap, CNPJ nº 03.558.096/0001-04 e Processo SUSEP nº 15414.004876/2011-00. Abensur Corretora de Seguros CNPJ 03.722.922/0001-09. SUSEP 10.41604-5. A aprovação deste Título pela SUSEP não implica, por parte da Autarquia, em incentivo ou recomendação a sua aquisição, representando, exclusivamente, sua adequação às Revista Expansão Fevereiro/2012 normas em vigor. Regulamento completo no site www.liquidaportoalegre.com.br/liquidapremiado. Fotos meramente ilustrativas. 101
Luxo
Integração total com a natureza
Por Aline de Melo Pires
Práticas esportivas ao ar livre proporcionam qualidade de vida e diversão
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Fotos: Divulgação
Esporte
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sportes náuticos ganham destaque nesta época do ano quando o prazer e a ideia de sentir o vento no rosto se tornam ainda mais atraentes. Assim, velejar é, para muitas pessoas, atividade gratificante. O RS é um Estado tradicional no cenário nacional no que se refere à vela. Somente em Porto Alegre são três clubes que congregam mais de 1,5 mil barcos, fora as marinas particulares que devem abrigar algo em torno de cinco mil barcos. As estatísticas são de um verdadeiro apaixonado pela prática da vela, professor de iatismo e proprietário da Escola de Vela Oceano, Marcelo Lopes, 43 anos, dos quais 36 são dedicados à vela. Ele fala com entusiasmo de uma prática que tem tudo a ver com a estação, com qualidade de vida e com integração com a natureza. Assim, aproveite o mês para realizar aquele sonho de velejar, de aprender um novo esporte e, talvez até, descobrir um novo estilo de vida. A dica são as escolas que oferecem esta prática durante os meses quentes. “A escola trabalha com locação de veleiros oceânicos no Guaíba e Lagoa dos Patos, com cursos de vela, com as habilitações da Marinha e com treinamento empresarial à vela”, diz Lopes, ao se referir à Escola de Vela Oceano.
Locais privilegiados Apaixonado, ele cita o Guaíba e a Lagoa dos Patos como espaços bastante privilegiados para a prática de qualquer esporte aquático. A água para o lado sul, afirma, depois do Morro da Ponta Grossa, na zona sul, apresenta excelentes condições para banho. “Costumo parar o veleiro escola nos dias quentes para os alunos tomarem banho no Guaíba. Os cenários encontrados na zona sul de Porto Alegre em direção à Lagoa dos Patos são de Mata Atlântica preservada. A mata é fechada e a fauna exuberante. Praias desertas de areia branca são inúmeras”, relata, deslumbrado, o pai que também fez de seus filhos, dois velejadores, de 15 e 17 anos. Também filho e irmão de velejadores, esta prática passou à sua rotina já na infância.
Fotos: Divulgação
Aprendemos a gerenciar melhor o tempo das coisas a bordo e na vida. Acalma a alma.
Poderoso relaxante
Quem veleja desenvolve respeito pelas forças da natureza, trabalha o cumprimento de tarefas e o alcance de objetivos, principalmente quando o barco navega contra o vento.
Além de gratificante e prazerosa, a atividade ligada à água, como a vela pode ter outros benefícios. Lopes destaca a melhoria das capacidades de concentração e orientação como as principais vantagens. A prática de um esporte náutico, continua o professor, confere aumento na autoconfiança e autoestima, além de ser um excelente e poderoso relaxante. Afinal de contas, você é capaz de concordar que velejar em águas calmas com a brisa no rosto pode nos deixar ainda mais soltos e tranquilos. “Quem veleja desenvolve respeito pelas forças da natureza, trabalha o cumprimento de tarefas e o alcance de objetivos, principalmente quando o barco navega contra o vento. Aprendemos a gerenciar melhor o tempo das coisas a bordo e na vida. Acalma a alma”, considera o velejador.
Público As pessoas que buscam os cursos de vela, de acordo com Lopes, são basicamente empresários e profissionais liberais com idade que varia de 25 a 60 anos. Procuram, na maioria das vezes, um novo estilo de vida ou a realização de um sonho, a partir da compra de um barco. São fãs de Amir Klink e de velejadores que costumam dar a volta ao mundo. “Buscam o fascínio proporcionado pela vela”, completa Lopes, ao afirmar que a prática da vela oceânica não possui pré-requisitos. Qualquer pessoa, mesmo que nunca tenha subido em um barco, pode entrar nos cursos, de acordo com o velejador. Não existe nenhuma contra-indicação médica para sua prática. Um curso de vela completo, diz Lopes, pode ser ministrado em 86 horas e custa em torno de R$ 3,5 mil, porém pode ser realizado de forma modular. O aluno, assegura o professor, não é obrigado a completar todos os módulos e cada módulo custa, em média, R$ 850,00. Pode cursar os módulos conforme seu tempo e sua disponibilidade financeira.
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Perfil para toda a família
Marcelo fundou a primeira escola particular de vela em Porto Alegre em 1992. De lá pra cá vem desenvolvendo e aperfeiçoando seu próprio método. Até 2003 trabalhava com iniciação à vela para crianças e adultos nas classes de monotipo (Laser, Day Sailer, Optimist, Dinguy, Wind Surf e Vela Oceânica) e de lá pra cá focou seu trabalho no público adulto e na vela oceânica. O principal motivo foi o perfil de público que mais procurava as aulas de vela. Homens e mulheres entre 25 e 60 anos. Profissionais liberais e empresários e a maioria casados e com filhos. Este perfil direciona as pessoas para a vela oceânica, pois a vela de monotipo não serve para toda a família. Os barcos são pequenos, não permitem que mais de duas pessoas o usufruam e exige que as pessoas tenham uma condição física boa, além de virar, o que exige também que a pessoa saiba nadar e aprenda a desvirar o barco sem ajuda. Esta instrução é a primeira a ser dada em uma aula de vela quando o barco é pequeno. “Nossos cursos são realizados no Veleiro Escola Wind 34’. Ele tem dez metros de comprimento e pesa quase cinco toneladas. Possui todo o conforto necessário para uma travessia de longa distância, além de ser muito estável e seguro em qualquer condição de tempo”, explica o velejador.
Golfe gaúcho RS, um celeiro de grandes golfistas
Outro esporte que possibilita integração com a natureza e que pode ser desfrutado ao máximo nesta estação do calor é o golfe, que possui verdadeiros apaixonados em nosso Estado. O Rio Grande do Sul possui aproximadamente mil jogadores de golfe, associados em 13 clubes de diferentes regiões gaúchas. Mundialmente são 80 milhões de praticantes, sendo 25 mil deles brasileiros. Em solo nacional estão espalhados cerca de 100 campos de golfe que movimentam em torno de 150 milhões de dólares anualmente. O Rio Grande do Sul destaca-se nacionalmente por ser um celeiro de grandes golfistas. A Federação Riograndense de Golfe (FRGG), fundada em 1966, tem como objetivo regulamentar e divulgar o esporte no Estado. A meta da entidade, que não possui fins lucrativos, é oferecer maior suporte aos atletas amadores e estimular a prática da atividade. Inúmeros projetos são desenvolvidos em parceria com os clubes, com a iniciativa privada e parceiros de todo o País. O programa Novos Talentos, por exemplo, promove a inclusão social através do esporte, oferecendo aos jovens carentes uma atividade diferenciada. Ações com crianças e adolescentes são fundamentais para fortalecer a base esportiva, portanto a formação de equipes de auto rendimento e a divulgação do golfe em escolas de todo o Estado estão entre as metas para 2012. Fonte: FRGG
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Esporte
Tênis
Janeiro do
tênis
Organizadores comemoram sucesso da Copa Unimed Vale do Sinos de Tênis Infanto-Juvenil, no mês passado, com número recorde de participantes
Por Vera Fernandes
Vera Fernandes/Especial
Mais de 400 atletas com idade entre 12 e 18 anos movimentaram as onze quadras de saibro do Green Park Hotel Fenac, em Novo Hamburgo (RS). Eles participaram da Copa Unimed de Tênis, evento onde se realizam as duas primeiras etapas do Circuito Sul-Brasileiro de Verão, de tênis infanto-juvenil. Esta foi a 15ª edição da competição. Os jogos aconteceram de 5 a 13 de janeiro e envolveram jogadores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro, Pará e Rondônia. A realização é da Federação Gaúcha de Tênis, Federação Catarinense de Tênis e Federação Paranaense de Tênis, com a Supervisão da Confederação Brasileira de Tênis – CBT. As etapas gaúchas são realizadas pela Quadra Eventos. Das seis etapas do circuito, duas foram realizadas nesta oportunidade, que também abriu a pontuação para o ranking da CBT, o que foi um dos atrativos para os atletas.
Bock, Rocha, Ferreira Júnior e Mello: satisfeitos com os resultados
Laboratório de talentos Segundo o presidente da Federação Gaúcha de Tênis, Roberto Peterson Mello, o circuito é uma oportunidade de descobrir talentos. “São laboratórios importantes para este esporte que tem crescimento lento e pequeno”, explica. Segundo ele, nem é uma questão de pessimismo, mas das dificuldades de praticar o tênis no País. “Hoje é um esporte caro, para começar, a maioria dos atletas têm que estar ligados a um clube.” Conforme o presidente, não há um ou outro nome em destaque, mas um entusiasmo com uma geração. “O nível técnico dos atletas entre 12 e 14 anos está bem alto. Isso é o resultado de um trabalho feito pela CBT e reconhecido mundialmente, que inclui o profissionalismo das academias e a maior qualificação de quem capacita treinadores e professores”, avalia. Segundo Mello, o melhor nível técnico ainda deve ser atingido em longo prazo, cerca de dez anos.
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Para os patrocinadores, o resultado também foi considerado positivo. “O esporte está muito associado à saúde e o tênis é um segmento importante para a Unimed, até pelo público que atinge”, disse o assessor de diretoria da Unimed Vale do Sinos, Flávio Rocha. Segundo ele, por ser uma operadora de planos de saúde, a empresa trabalha muito a prevenção. “E nada melhor que o esporte para estimular a prevenção e a qualidade de vida”, afirma o assessor. O gestor da Sociedade Ginástica de Novo Hamburgo, Marcos Bock, fez referência ao torneio como um impulso ao crescimento do esporte. “É um dos que está fazendo com que o tênis cresça novamente, principalmente em Novo Hamburgo. Vale a pena apoiar”, frisa. Respondendo pela Quadra Eventos, José Carlos Ferreira Júnior disse que é gratificante ver o crescimento de um circuito que vinha decaindo. “Chegamos ao ponto de precisar de quadras em outro clube, isso é ótimo”, comemora.
Hoje é um esporte caro, para começar, a maioria dos atletas têm que estar ligados a um clube.
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Parcerias para o sucesso
Fábio Winter/Especial
Os campeões Duas etapas foram realizadas na oportunidade. Seguem os resultados: Categoria 12 anos feminino simples 12 anos masculino simples 14 anos feminino simples 14 anos masculino simples 16 anos feminino simples 16 anos masculino simples 18 anos feminino simples 18 anos masculino simples 12 anos masculino duplas 12 anos feminino duplas 14 anos masculino duplas 14 anos feminino duplas 16 anos masculino duplas 16 anos feminino duplas 18 anos masculino duplas 18 anos feminino duplas Categoria 12 anos feminino simples 12 anos masculino simples 14 anos feminino simples 14 anos masculino simples 16 anos feminino simples 16 anos masculino simples 18 anos feminino simples 18 anos masculino simples 12 anos masculino duplas 14 anos masculino duplas 14 anos feminino duplas 16 anos masculino duplas 18 anos masculino duplas
Primeira etapa Campeão Marina Hermanni de Figueiredo (MG) Henrique Strapazzon Klann (PR) Luiza Braghini (SC) Eduardo Ribeiro (SC) Victoria Cafruni (RS) Alexandre Rodrigues Kunrath (RS) Carmene Dotto Goulart (RS) Nicolas Falcão Cavalheiro (RS) Lucas Bundyra/Leonardo Frederico (SC) Victória Marques/Gabriela Herwig (RS) Enrico Lima/Murilo Souza (PR) Vitória Okuyama/Luiza Braghini (PR/SC) Bernardo Oliveira/Kaue Machado (SC) Liz Ghellere/Marina Schneiger (SC) Saul Mesquita/Nicolas Cavalheiro (SC/RS) Carmene Goulart/Isadora Zwetsch (RS) Segunda etapa Campeão Marina Hermanni de Figueiredo (MG) Leonardo Frederico (SC) Bruna Caporali (MG) Victor Castro (RS) Suelen Abel (RS) João Hinsching (RS) Carmene Dotto Goulart (RS/ATC) Nicolas Falcão Cavalheiro (RS) Giovanni Araújo/Rafael Barcelos (RS/PR) Enrico Lima/Murilo Souza (PR) Bruna Caporali/Ana Faria (MG) Pietro Silva/Matheus de Col (RS) João Souto/Marcelo Locatelli (PR)
Fonte: Banca 7 Comunicação Integrada/Divulgação
O paranaense Marcelo Locatelli (foto) levou o título da segunda etapa na categoria 18 anos duplas, com João Souto
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CASA & ESTILO Por Jaqueline Fischer Zapelini Arquiteta jaque@zapelini.com.br
O arquiteto tem que conseguir passar algum sentimento para quem vive o espaço. É uma grande responsabilidade e uma grande alegria (Autor desconhecido)
O clássico e o moderno no home theater
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Fotos: Jaqueline Fischer Zapelini/Divulgação
Um espaço para o descanso, entretenimento e reunião familiar. Esta sala foi totalmente reformulada e transformada em um home theater projetada para uma família que valoriza o convívio com as pessoas. O novo layout do ambiente possibilitou uma nova distribuição do mobiliário, que, organizado de forma ideal, criou espaços para os equipamentos da televisão, sofás, bancada de apoio e uma melhor circulação.
O carpete antigo foi substituído por um novo e o tapete persa em tons de azul foi reutilizado, possibilitando uma melhor acústica ao ambiente. Duas paredes foram revestidas com papel na cor prata com estampas que recebem uma releitura no revestimento das cadeiras e das almofadas. Com a amplitude da sala, foi possível criar uma grande estante de madeira com detalhes em laca branca e fendi. No centro do móvel, há espaço para toda a aparelhagem, gavetas para DVDs e nas laterais nichos revestidos com espelhos recebem os objetos de decoração e porta retratos. Atrás do sofá uma bancada de apoio revestida com lâmina de madeira acomoda os livros, as revistas, o telefone e serve também de apoio para o laptop.
A mesa central retangular com vidro e a mesa lateral circular, ambas em laca preta, complementam e servem de apoio ao local. Os amplos sofás foram escolhidos especialmente para o ambiente, todo retrátil ele pode ser aberto na hora dos filmes, proporcionando muito conforto à família sem atrapalhar a circulação.
Foi criado um rebaixo de gesso central com uma sanca de iluminação onde foram embutidas as caixas de áudio do home theater. Este rebaixo também ajudou a diminuir o pé direito da sala. Uma moldura de gesso adorna o ambiente proporcionando acabamento ao papel de parede. A sala com 35 metros quadrados recebeu tonalidades neutras, predominando as cores prata e branco, reforçando um jeito mais contemporâneo do estilo clássico. Para criar um clima aconchegante para assistir televisão, foram criados efeitos de iluminação com a sanca no gesso e no móvel da televisão. A luz geral do ambiente se dá pelo plafon em acrílico com detalhes em cristal.
Um espaço como o home theater deve ser um ambiente para recarregar as energias, um lugar de convívio em família! O móvel da televisão conta com uma iluminação indireta, que esta embutida na parte superior da peça, trazendo mais aconchego para o ambiente sem atrapalhar a visualização da tevê e dicróicas que iluminam os nichos.
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Aniversário
Campo Bom bate recorde de empregos Município do Vale do Sinos chega aos 53 anos com destaques importantes nos contextos estadual e nacional Por Silvia Trovo/Divulgação | Foto: Divulgação
Pioneiro por vocação
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o completar 53 anos de idade Campo Bom faz deste aniversário de 2012 um motivo a mais para comemorar: a melhor média de geração de emprego dos últimos dez anos, somando 3,7 mil novos postos de trabalho desde 2009. Os dados do Ministério do Trabalho e Emprego disponíveis no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) indicam que os postos criados na cidade nos últimos três anos superam percentualmente a média de empregos gerados no Rio Grande do Sul. “Nosso desempenho isolado é melhor que o desempenho médio de todos os municípios do Estado e isso só nos incentiva a continuar com foco na valorização das empresas e na diversificação da economia”, observa o prefeito Faisal Karam, lembrando que a Prefeitura tem implementado uma série de ações com a finalidade de manter a cidade no caminho do desenvolvimento social e econômico e com objetivo não só de ampliar a oferta de vagas, mas de diversificar a economia. Os dados do Caged indicam ainda que na última década, o ultimo triênio foi o único que apresentou desempenho positivo nos três períodos (2009, 2010 e 2011). Anteriormente a 2009, apenas três anos apresentaram desempenho positivo de emprego (2002, 2004 e 2006) sendo o melhor comportamento o registrado em 2004, quando foram gerados 1.591 novos postos e o pior, 2005, com saldo negativo de 1.280. O ano de 2010 foi de superação total, com 1.885 postos de trabalho com carteira assinada gerados. Índices que destacam a cidade. Campo Bom se mostra uma cidade madura, apesar de jovem. É um município que não para de crescer e está sendo projetado e administrado para o futuro.
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Diferenciado por natureza e pioneiro por vocação, é referência em diversas áreas. Nos últimos anos tem se destacado em vários índices, sendo exemplo no Estado e até fora do País pela inovação e pioneirismo de algumas iniciativas. “Campo Bom comemora 53 anos no ranking das dez melhores cidades do Rio Grande do Sul em índice de qualidade de vida. Também conta com um dos melhores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil e figura entre os 10 melhores índices sócio econômicos (Idese) do Rio Grande do Sul, sendo a única cidade da região do Vale do Sinos a constar por dois anos consecutivos neste ranking”, comemora o titular da Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Turismo (Sictur), Marcos Riegel, regente da orquestra de ações voltadas às empresas e sob a batuta da Prefeitura. Além de ser o terceiro PIB/Per capita da Região Metropolitana, Campo Bom possui indicadores como o IDEB (Índice de Desenvolvimento de Educação Básica), melhores que o do Brasil e de toda a região Sul do país. De 2009 para cá obteve nada menos que 33 prêmios e reconhecimentos em Educação, área que vem recebendo forte aporte de recursos da Prefeitura, com investimento de cerca de 40% de sua despesa anual em escolas e ações educacionais.
Programas que incentivam a expansão Manter a melhor média de empregos dos últimos dez anos é resultado de uma série de ações, entre elas o Programa de Incentivo à Geração de Empregos (PIGE), por meio do qual a prefeitura tem atraído empresas para a cidade e auxiliado as que já estão instaladas seja por meio de oferta de infraestrutura, locação de prédio ou isenção tributária. De 2009 para cá, cerca de R$ 2,5 milhões foram investidos no programa. “O Pige foi fundamental para a vinda da empresa para Campo Bom e a prefeitura teve um papel importante nessa decisão de investir aqui”, conta o gerente industrial da Newprint, Eduardo Biehl. A Newprint é uma das empresas inscritas no Pige e que está em obras junto à ERS-239, oferecendo, em um primeiro momento, 150 novos empregos. Além desta, outras seis empresas encontramse em obras neste início de ano graças ao Pige. “O incentivo da prefeitura foi fundamental para nossa obra de expansão”, conta Miromar Nunes, dono da olaria de mesmo nome e que está investindo cerca de R$ 2 milhões na infraestrutura da empresa, no bairro Mônaco. O segredo: formar empreendedores e qualificar ainda mais a mão-de-obra.
Lugar-comum A estatística de mercado - que virou lugar-comum entre analistas - que indica que poucas empresas resistem aos primeiros anos de vida, ganhou revés em Campo Bom. Preocupada em enfraquecer a estatística, a prefeitura criou em 2009 o Programa de Incentivo ao Empreendedorismo (PIEM) que apoia talentos empreendedores por meio de cursos e palestras, orientando novos empresários na tomada de decisões de negócios e também oferecendo consultoria a empresas. Só no ano passado, 270 empreendedores foram beneficiados nos cursos voltados à análise de mercado, Recursos Humanos, compras, estoque e tributação sendo que desde 2009, mais de 800 empreendedores passaram pelo curso. Só as palestras do PIEM, que envolvem temas como atendimento, formação de preços, chefia, liderança e fluxo de caixa, foram assistidas por mais de 2.000 empreendedores desde o início do programa. A prefeitura criou uma série de programas voltados à qualificação de mão de obra da comunidade realizados em parceria com instituições como Senai e Senac e voltados a melhorar a renda dos campo-bonenses. Ao total, em 2011, mais de mil pessoas receberam qualificação em AnúncioRodeioCampoBom_RevistaExpansao_225x150mm.ai 1 26/01/12 18:11 mais de 30 tipos de cursos entre os quais costura industrial, call center e auxiliar administrativo.
Inclusão produtiva Também para incentivar a inclusão produtiva, em três anos o município ofereceu 33 cursos e oficinas, beneficiando quase 700 pessoas em cursos como fabricação de chocolate artesanal, técnicas de arranjos artesanais e de confeitaria. Aulas de informática também são disponibilizadas gratuitamente aos moradores. Em 2011, mais de 500 pessoas se formaram no curso básico de informática. Diversificar a produção, outro talento de Campo Bom que é maior produtor de mudas de hortaliças do Estado e, além deste tipo de produto, aposta na diversificação da economia para evitar a dependência calçadista. Embora 80% da economia seja com base na indústria e esta, em sua maioria calçadista, Campo Bom também diversifica na industrialização de produtos como embalagens, equipamentos eletrônicos, móveis, garrafas, arroz, rodas de skate, cosméticos, portas de trem, cerâmica, termoplástico, elevadores para pessoas com deficiência, metalurgia e tecnologia de informação.
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Empreendedor
Joarez Venço, um inquieto Por Vera Fernandes | Fotos: Vera Fernandes/Especial
Em duas décadas, empresário transformou uma tinturaria em um exemplo de pioneirismo em lavanderia industrial
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m observador do mercado, apurador incessante da satisfação do cliente, um empresário com a necessidade pujante de satisfazer a si mesmo no processo corporativo, desafiador e pioneiro na aplicação dos pilares da sustentabilidade na corporação. Estas são algumas das características de Joarez Venço, o inquieto empreendedor da Renova Lavanderia Industrial. A empresa nasceu há pouco mais de vinte e um anos, com uma pequena loja chamada Renova Jeans Tinturaria, na carona da moda dos jeans coloridos. Era em Sapiranga (RS), e hoje tem a matriz distribuída em vários pavilhões no Distrito Industrial de Cachoeirinha (RS). Atende com destaque os setores petroquímico, metal-mecânico, companhias aéreas, alimentício, entre outros, e acolhe cerca de 400 colaboradores. Venço queria empreender, e na época trabalhava no departamento comercial do Grupo RBS. Quando teve a oportunidade de lançar seu negócio, em 1990, juntou-se aos seus irmãos José Airton e Roni e lançou a tinturaria para atender a demanda da moda dos jeans coloridos. Sua primeira grande sacada foi ver as grandes redes comprando jeans que, antes de serem coloridos, precisavam ser desbotados. “Nós propomos satisfazer nosso cliente renovando o velho e desbotado que ele tinha no armário, e foi um sucesso”, recorda o empresário. Aquele foi o primeiro passo, dos muitos outros que vieram ao longo de vinte anos de empreendedorismo e crescimento constante.
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A reengenharia Quatro anos se passaram e já havia lojas espalhadas por várias cidades da região metropolitana de Porto Alegre, inclusive na capital. E foi lá, na loja da Avenida Farrapos, que surgiu a ideia da lavanderia industrial. O empresário lembra que os irmãos perceberam que o negócio de jeans colorido estava crescendo muito. “Tínhamos chegado ao ponto em que a moda poderia acabar, e precisávamos ter outra opção”, recorda Venço. Segundo ele, na loja da Avenida Farrapos, em Porto Alegre, muita gente procurava o serviço de lavanderia para uniformes industriais. “Foi aí que focamos num novo segmento, entrou a reengenharia, isso em 94, e se instituiu a lavanderia industrial.” A nova empresa foi instalada em Porto Alegre, principal mercado, na época. “Fechamos as lojas e alugamos um prédio onde instalamos equipamentos industriais, estruturamos a estação de tratamento de efluentes e iniciamos um levantamento para saber o que os clientes das lavanderias industriais precisavam e como estava sua satisfação em relação ao serviço que tinham à disposição”, explica. Conforme o empresário, a Renova iniciou então um trabalho voltado para as necessidades do cliente. Hoje, atende quatro Estados - Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia e Pernambuco -, e está em processo de expansão para São Paulo.
Pioneirismo e novos desafios Nesse processo de crescimento, Venço precisava inovar. Segundo ele, a ideia era satisfazer as necessidades do seu público. As visitas aos clientes, que ele faz pessoalmente até hoje, a observação de suas necessidades e a busca soluções fizeram parte das inovações propostas. “A personalização dos uniformes foi uma delas. Até então, as peças não eram individualizadas, os trabalhadores entregavam sujos no almoxarifado e lá buscavam as peças limpas, mas sem usuário definido. Nossa primeira personalização foi feita com uma caneta, que identificava o dono de cada peça. Hoje, é feita com código de barras e tem controle informatizado”, explica o empresário. Além dos uniformes, a Renova hoje lava também toalhas industriais, equipamentos de segurança (EPI’s), capas de aeronaves, toalhas contínuas, entre outros. O sistema automatizado de secagem e classificação de uniformes também foi implantado visando o aumento da produtividade do processo e redução do resíduo têxtil. “Depois da lavagem, neste sistema, a peça é seca e classificada a partir da leitura do código de barras, e dobrada”, conta. Mas não é só a inovação pelo novo. Soluções de outros segmentos, aplicáveis no seu empreendimento, também são consideradas. Da indústria automotiva, por exemplo, ele trouxe o sistema de células de produção. Hoje a Renova é a única lavanderia a trabalhar com este sistema.
Desafiando a engenharia Buscar soluções para simplificar os processos nem sempre foi fácil. Venço já desafiou muito a engenharia para adaptar o maquinário, facilitando a atividade e economizando o máximo possível. “Se tenho que investir num equipamento, porque não pode ser o melhor? Se não existe um que se adeque à minha necessidade, então vamos ser pioneiros. Vamos construí-lo. Aí se lança o desafio”, conta o empresário. Ele lembra que uma caldeira que antes queimava óleo, hoje consome lenha, e que depois de adaptada, ainda utiliza o vapor produzido pela
Se tenho que investir num equipamento, porque não pode ser o melhor? Se não existe um que se adeque à minha necessidade, então vamos ser pioneiros. Vamos construí-lo.
Sempre crescemos muito, acompanhados por um conceito ambiental muito grande.
queima, para pré-aquecer a lenha que vem depois.“Isso representa uma economia de 10% no processo. Pode ter saído mais caro, mas tem benefício”, explica Venço. Na célula que processa os uniformes, o sistema automatizado de secagem, classificação, separação por funcionário e dobra foi estruturado pela própria empresa. A máquina de dobra também sofreu a interferência da engenharia proposta por Venço. “Antes, cada máquina dobrava apenas um tipo de peça. Então adaptamos um sensor que permitiu que a mesma máquina reconhecesse e dobrasse qualquer peça, ganhamos tempo.”
Mais do que lavar Mas, engana-se quem pensa que a Renova se manteve apenas na higienização. Nem poderia, afinal o foco sempre foi a satisfação do cliente. “Sempre observamos que os trabalhadores levavam uniformes para casa, onde eram lavadas junto às demais roupas da família. Muitas vezes, iam carregados de produtos químicos. Por outro lado, as grandes empresas tinham que comprar os uniformes e mandar lavar, era uma preocupação a mais. Aí propomos confeccionar também e nos preparamos para isso”, conta. Hoje a Renova fabrica, aluga, personaliza e higieniza as peças. “O funcionário de nossos clientes recebe os uniformes no seu armário, higienizados, três vezes por semana, por exemplo”, revela. Estudos técnicos também foram importantes nesse novo desafio. “É preciso levar em conta o tipo de atividade, a qualidade, o conforto, e a moda. Quando começamos a trabalhar dessa forma, as empresas gostaram, fomos chamados para nos instalar na Bahia e fornecer para o Polo Petroquímico de lá e da mesma forma em Pernambuco. No Paraná foi mais vontade de empreendedor. Agora estamos com um projeto para atender São Paulo”, antecipa. Venço lembra ainda que hoje a própria lei já estabeleceu mais rigor na higienização das peças. Desde o início do ano, a lei determina que os uniformes de profissionais de certas atividades ou que lidam com determinados produtos nocivos à saúde do trabalhador, devem ser higienizados pela própria empresa, ou por terceirizada por ela, e seguindo normas. “No Rio Grande do Sul, a lei foi sancionada no último dia 2 de janeiro”, informa Venço.
Sustentabilidade é possível, sim Assim como o cuidado com o cliente, outra bandeira da qual Venço, que também é coordenador do Conselho de Sustentabilidade da Fecomércio, não abre mão é a atenção à sustentabilidade. “Sempre crescemos muito, acompanhados por um conceito ambiental muito grande”, afirma o empresário, ao garantir como improcedente o argumento de que o crescimento sustentável é caro. “É possível crescer com ações sustentáveis e aplicando o conceito de sustentabilidade”, garante, e a própria Renova é exemplo disso. As ações de sustentabilidade da Renova, segundo ele, são focadas nos três pilares: ambiental, social e industrial, e vão desde o reuso da água da lavagem dos uniformes e toalhas contínuas, até desafios a engenheiros para a adaptação de maquinário visando economia e proteção ao meio ambiente. No âmbito social, cerca de 100 toneladas de uniformes que não são mais utilizados, são enviados mensalmente a projetos sociais para reutilização. As células de produção da lavanderia, por exemplo, trabalham por ordem de sujidade. E essa ordem também permite o reuso da água por escalas. “Na célula de toalha industrial, que lava mais de 1 milhão de unidades ao dia, só é utilizada água de reuso do processo dos uniformes e toalhas contínuas”, exemplifica. Com uma usina moderna e projetada para operar com eficientes controles ambientais, a Renova certificou seu Sistema de Gestão Ambiental, tornando-se a primeira lavanderia da Região Sul certificada com os ISO 9001 e 14001. “Em 94, quando iniciamos a lavanderia industrial e começamos a atender grandes clientes, percebemos que eles também já tinham essa consciência ambiental, que já era uma exigência do mercado e foi uma exigência dos nossos clientes. A partir daí, foi só encarar o desafio”, finaliza.
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Gestão
Os desafios de
Marcelo ClarkAlves Novo presidente da ACI-NH/EV/CB destaca o conceito de referência que a entidade já conquistou a partir de seus posicionamentos Por Aline de Melo Pires | Fotos: Fábio Winter/Divulgação
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esde janeiro, uma das entidades mais importantes do Estado está sob novo comando. A Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha (ACI-NH/EV/CB) terá à sua frente, até 2013, o empresário Marcelo Clark Alves, 44 anos. Ele assume a presidência em substituição a Fátima Daudt, que permaneceu no cargo por três gestões. Formado em Comércio Exterior pela Universidade Feevale, Alves é despachante aduaneiro, sócio da Ocean Express Serviços em Comércio Exterior, área em que atua há 25 anos. Também é membro da diretoria da mantenedora da Instituição Evangélica de Novo Hamburgo (IENH) desde 2005. Com exclusividade à Revista Expansão, ele fala de seus projetos e de seus desafios em uma entidade que defende bandeiras fortes, entre elas a luta contra a carga tributária.
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Quais são os maiores desafios a partir de agora na presidência de uma entidade tão importante e representativa como a ACI-NH/CB/EV? Considero uma honra estar à frente de uma entidade como a ACI, que ao longo dos anos tem se mostrado muito atuante não somente com relação às questões encaminhadas pelos seus associados, mas muitas vezes liderando discussões que dizem respeito a toda a comunidade. Acredito que o principal desafio esteja justamente aí, de manter a constância da nossa representatividade, o que demanda tempo, trabalho, capacidade de planejamento e muita responsabilidade, pois formamos uma entidade que quase sempre se transforma no centro das atenções a partir de seus posicionamentos. Como o senhor classifica a importância da entidade que preside no contexto não somente regional, mas estadual e até mesmo nacional? O fato de estarmos numa região muito ativa economicamente, e que ainda é reconhecida como um lugar onde predomina o setor coureiro-calçadista, contribui para que nosso trabalho ultrapasse as cidades que temos como base. Mas também é importante lembrar que este conceito e respeito obtido de forma mais ampla é resultado do que a ACI já demonstrou que é possível fazer, em âmbito municipal, estadual e até nacional, para o desenvolvimento de todos, e não somente da região. E este é mesmo o melhor caminho, pois vivemos absolutamente de forma globalizada. Não existem mais fronteiras e precisamos pensar nos reflexos mais amplos que nossas ações podem ter. Aumentar o quadro de associados está em entre suas prioridades? Se somos hoje uma entidade reconhecida, tudo começa pela representatividade. Ou seja, a ACI representa os interesses de um grande número de empresas da região. Portanto, nada mais lógico do que buscar ampliar nosso quadro social. Temos um compromisso de toda a diretoria para divulgar o trabalho realizado pela entidade e, assim, demonstrar através de ações o quanto é importante unir forças para atingir objetivos. A associação vem defendendo, há muitos anos, a redução da carga tributária. De que maneira o senhor vai trabalhar esta questão e como analisa o seu impacto na economia gaúcha? O bom desta questão é que ela já se tornou uma pauta praticamente unânime entre as entidades representativas. Quería-
Difícil prever de forma concreta os impactos na economia gaúcha a partir de uma reforma. Mas o que se busca é maior justiça entre o que é pago e os serviços que retornam a partir destes tributos.
mos que a chamada reforma tributária ocorresse imediatamente. Mas sabemos que tudo passa pela negociação política, no melhor sentido da palavra. Cabe à classe empresarial, ou seja, à entidades como a ACI, contribuir com sugestões e informações reais do que é necessário fazer. Difícil prever de forma concreta os impactos na economia gaúcha a partir de uma reforma. Mas o que se busca é maior justiça entre o que é pago e os serviços que retornam a partir destes tributos. É neste foco que trabalhamos sempre no Dia da Consciência Tributária, reforçando o conceito de que quem sabe os tributos que paga, conhece os direitos que tem. O empresariado costuma cobrar muito dos governantes incentivos, baixas taxas de juros, menos impostos, entre outras reivindicações. Mas, como o senhor pensa que devem ser os papéis destes atores neste contexto todo? Ou seja, existe algo que o próprio empresário poderia fazer, algum tipo de iniciativa para mais desenvolvimento que não dependa tanto do Poder Público? Acho que isto o empresário já faz. A carga tributária no Brasil é altíssima e muitas vezes prejudica nossa competitividade internacional. O empresário brasileiro já faz verdadeiros milagres econômicos, pois supera todas as dificuldades tributárias, de falta de estrutura e de falta de retorno dos tributos que paga para manter seu negócio e tornálo lucrativo. É preciso repensar urgente toda esta questão tributária e política, o que culminaria com as chamadas reformas. E como será sua relação com o Poder Público? De que maneira a ACI, através do presidente, irá se posicionar diante das demandas para os associados? Vamos nos posicionar pelo justo e pelo correto, como estamos agindo nos últimos anos. Mudou a presidência, mas isto não alte-
ra o pensamento maior da entidade de tratar todos os assuntos com muita responsabilidade e com respeito às autoridades constituídas, mas lutando pelo que entende ser o certo para o desenvolvimento empresarial e da comunidade da região. Como o senhor avalia a importância da participação dos vices-presidentes? De que forma eles atuarão com o senhor durante toda a sua gestão? Esta participação é fundamental. Contamos com um colegiado especial na ACI, formado não só pelos vices-presidentes, mas também pelos diretores e demais colaboradores. Para isto mantemos encontros sistemáticos na própria ACI, seguimos nosso planejamento estratégico e estamos sempre ouvindo suas opiniões e sugestões. Presidir a ACI é um trabalho que só atinge os objetivos se for feito em equipe. E isto não significa que precisemos de unanimidade nos pensamentos. As divergências, devidamente embasadas, são sempre bem-vindas. Na sua opinião, quais são as principais características de um líder empresarial e como o senhor pretende colocá-las em prática no comando da ACI? Não tenho dúvidas de que é preciso ouvir, entender os diversos posicionamentos que possam existir diante de uma demanda. Saber escutar, ter feeling, estar totalmente informado sobre os assuntos que estão em pauta e trabalhar de forma conjunta com a sociedade. Sempre tive a minha vida profissional baseada nestes aspectos e é assim que pretendemos continuar. Na sua opinião, qual o maior equívoco que um líder pode ter quando está na posição de comando? Achar que é mais importante do que o órgão ou a entidade que representa. Este é um erro imperdoável.
Não existem mais fronteiras e precisamos pensar nos reflexos mais amplos que nossas ações podem ter.
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feira
Fenim movimenta negócios na Serra Por Solange Motta/Divulgação | Fotos: Edson Pelence/Divulgação
Lançamentos de moda para o inverno foram apresentados no mês passado em quatro dias de mostra
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ompradores de mais de 20 estados brasileiros, de norte a sul do País, marcaram presença na Fenim Inverno 2012, que movimentou a cidade de Gramado, de 24 a 27 de janeiro, para conferir os lançamentos da indústria de confecção nacional apresentados nesta que é uma das feiras de negócios da indústria da moda inverno de maior destaque da América Latina. Um público bem diversificado de visitantes - entre lojistas e compradores nacionais e internacionais, empresários do setor, estilistas, formadores de opinião e imprensa especializada – lotou os corredores da mostra, sobretudo nos três
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primeiros dias, e teve a oportunidade de conhecer as principais tendências para a próxima temporada outono/inverno de cerca de 1,8 mil marcas da indústria de confecção que estarão nas vitrines de grandes lojas e magazines de todo o território nacional na temporada mais fria do ano. Tendências antecipadas e bons negócios fechados. O movimento altamente qualificado de lojistas proporcionou excelentes resultados para os expositores em geral. Grandes negócios e importantes contatos foram firmados nos diversos segmentos apresentados na mostra. Comparativamente com a edição anterior de Inverno, muitos expositores apontaram volume de negócios bem superior à edição de 2011.
Percentuais que agradam No segmento de moda masculina, por exemplo, uma média de 15% a mais no volume de negócios satisfez os fabricantes de um dos setores mais complexos de nossa indústria de confecção. Já no segmento de roupas mais casuais, jeanswear e surfwear, o percentual foi ligeiramente maior para muitas empresas que chegaram a apontar entre 15% e 20% a mais nas vendas neste ano. Na moda feminina, e no segmento de underwear os indicadores não foram muito diferentes, variações entre 10% e 15% foi a média de negócios apontada pela maioria em comparação a 2011. E, para os expositores que não apresentaram nenhum aumento expressivo no volume de negócios, não houve nenhum lamento, pelo contrário. Ótimos e novos contatos foram feitos durante os 4 dias da mostra, garantindo grandes prospecções para os próximos meses, sobretudo para toda a região sul e também para o sudeste.
Compradores internacionais Embora o período não seja dos mais favoráveis para as exportações – com os mesmos agravantes de sempre: valor do dólar, juros muito altos, entre outros, a Fenim Inverno 2012 também recebeu alguns visitantes internacionais vindos de países da América do Sul (Argentina, Bolívia, Peru e Uruguai), e outros oriundosde países de continentes diversos, como Estados Unidos, Itália, Japão, Namíbia e China, que marcaram presença na feira. Ao todo foram registrados visitantes vindos de nove países. Esta foi a vez do mercado interno se garantir. Afinal, com tamanha extensão territorial, o País mostra condição de maior consumo interno e os baixos estoques nas lojas que, em 2011, manteve os compradores bem comedidos, comprando menos, deu lugar ao aquecimento econômico e poder de compra e, consequentemente, melhor preparo para a estação mais curta em nosso continente.
Inspiração internacional A grife da cidade de Dois Irmãos (RS) Enzo Milano marcou presença na FenimSegundo o diretor de Marketing da marca, Romaico Petry, a feira foi um grande sucesso pois possibilitou para a marca início de parceria com diversas lojas do país. “No próximo inverno nossa coleção estará nas melhores lojas multimarcas do Brasil, com clientes em importantes capitais, entre elas Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro”, diz Petry. Enzo Milano tem seus produtos alinhados com as principais tendências de moda europeia e foco no design italiano, com peças arrojadas e modelagem moderna. Com atenção à qualidade e aos detalhes de cada peça, a marca afirma seu compromisso com a elegância e autenticidade.
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CRÔNICA
ECONOMIA & NEGÓCIOS
Por Osvino Toillier
COOPERATIVISMO
Professor, escritor e presidente do Sinepe/RS osvino@sinepe-rs.org.br
Comemoração para Sicredi Pioneira
Dar algo para o coração... Divulgação
Fundada por um grupo de 20 pessoas em dezembro de 1902, a Caixa de Economias e Empréstimos Amstad, atual Sicredi Pioneira RS, comemorou em 28 de dezembro de 2011, 109 anos. Ao longo de 2012, acontecem atividades em comemoração aos 110 anos. Declarado pela ONU como Ano Internacional das Cooperativas, o ano vai contar com eventos e ações nas cidades onde a Sicredi Pioneira RS, que foi a primeira cooperativa de crédito da América Latina e uma das que auxiliaram na criação do Sistema Sicredi, atua. Hoje são mais de dois milhões de associados.
COMÉRCIO
Novo Hamburgo sorteia Compra Premiada Foi realizado em 6 de janeiro, na Praça do Imigrante, em Novo Hamburgo (RS) o sorteio da Compra Premiada de Natal da Câmara de Dirigentes Lojistas. Ao todo, foram distribuídos 350 mil cupons e mais de 300 empresas participaram da promoção. “Nossa campanha foi um sucesso conseguimos aumentar as vendas para os associados e recompensar os clientes por isso”, afirma o presidente da entidade, Remi Carasai. Os vencedores são Celmira Klein, que ganhou um automóvel Uno; Rafael Feiten, que ganhou uma bicicleta elétrica; e Bruna Ritter, que ganhou um televisor 42 polegadas.
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Divulgação
O
poeta Rainer M. Rilke viveu muitos anos em Paris. Costumava ir todos os dias à universidade na companhia duma amiga francesa, atravessando uma rua muito movimentada. Ali, a um canto, todos os dias, encontrava-se uma pobre mendiga que pedia esmola a quem passava. A velhinha ficava imóvel, olhos fixos no chão, apenas de mão estendida. Rilke, o poeta, nunca dava nada, ao contrário da sua companheira que quase sempre deixava cair na mão da pedinte alguma moeda. Um dia, a amiga francesa, intrigada com a atitude do poeta, perguntou-lhe: - “Por que nunca dás nada a essa pobre senhora? - “Penso que temos de dar-lhe alguma coisa para o seu coração e não apenas para as suas mãos”, respondeu o poeta. No dia seguinte, Rilke levou uma bela rosa. Colocoua na mão da mendiga e ia continuar o seu caminho, quando aconteceu o inesperado: a mendiga levantou os olhos, olhou o poeta, levantou-se do chão com muita dificuldade, tomou a mão dele e beijou-a. Foi-se embora, apertando a rosa contra o peito. Não voltou a ser vista durante toda a semana. Mas, oito dias depois, a mendiga apareceu de novo sentada no mesmo canto da rua. Imóvel e silenciosa como sempre. “De que viveu ela nestes dias em que não recebeu nada? – perguntou a amiga francesa. – “Da rosa” – respondeu o poeta. Dar algo para uma pessoa já é um gesto grandioso, mas dar para o coração é sublimação. É incorporar-se à pessoa, fazer parte de sua vida. E como é gratificante poder ter este gesto de profunda humanidade, de certa forma, é ascender ao plano divino, em que o material alcança o transcendente. É elevar-se ao plano mais elevado na relação com outra pessoa. A cega não se alimentou fisicamente da flor, mas a rosa alimentou sua alma, perfumou-lhe vida, fê-la viver da poesia. Será que isto não é o máximo que se pode desejar em nossa vida? Experimente dar rosas para o coração!
Carasai participou do sorteio dos prêmios
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Incentivo estadual no CeBIT O governo do Rio Grande do Sul vai apoiar a participação de empresas gaúchas no maior evento mundial de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), a CeBIT 2012, em Hannover, na Alemanha, entre 6 e 10 de março. O subsídio de 80% para a contratação de estande será financiado pela Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI). A edição de 2012 tem o Brasil como país parceiro. O subsídio será para a modalidade expositor, às empresas de micro, pequeno e médio portes, com faturamento de até R$ 90 milhões, pelo Programa de Apoio à Participação de Empresas Gaúchas em Feiras Internacionais, coordenado pela SDPI. Mais informações pelos telefones (51) 3288-1105 ou 3288-1102 ou pelo e-mail feiras@sdpi.rs.gov.br
DEPARTAMENTO JURÍDICO
INVESTIMENTOS
Estêvão Trentz – Advogado
FitesaFiberweb com unidade em Gravataí
advocacia@kklt.com.br
O Governo do Estado e a empresa FitesaFiberweb assinaram, em 10 de janeiro, no Palácio Piratini, protocolo de intenções para instalação de unidade industrial para fabricação de não tecidos especiais, com tecnologia chemicalbonded (consolidação química), em Gravataí (RS).“É interesse do Estado diversificar a base produtiva”, disse o vice-governador Beto Grill. Segundo o secretário de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI), Mauro Knijnik, este investimento é importante porque a matéria-prima do Polo fica aqui mesmo para ser beneficiada. Segundo o diretor da FitesaFiberweb, Renê Ruschel a nova planta deve estar em operação em março.
O princípio da precaução ambiental
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REVENDAS
Sincodiv inicia atividades Uma reunião-almoço, em 18 de janeiro, deu início às atividades de 2012 do Sindicato Intermunicipal dos Concessionários e Distribuidores de Veículos no Estado do Rio Grande do Sul e a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores(Sincodiv/Fenabrave-RS). O encontro foi na sede do sindicato sob a coordenação do novo presidente da entidade, Fernando Esbroglio. Ele expôs aos membros da diretoria as principais estratégias e ações para o ano, entre elas, sugeriu maior atuação na prestação de serviços ao associado, estreitamento da comunicação com os titulares das revendas, acompanhamento e atendimento jurídico aos concessionários e interiorização da gestão. Divulgação
MANUFATURADOS
Tabaco quer inclusão no Reintegra O tabaco, com 85% da produção exportada, não está na lista de produtos beneficiados pelo decreto 7.633/2011, assinado em 1º de dezembro de 2011, pela presidente da República, Dilma Rousseff, regulamentando o Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras – Reintegra. O regime permite às exportadoras ressarcimentos de até três por cento da receita de exportação, relativos a tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal. Em 10 de janeiro, o presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Iro Schünke, esteve em audiência com o prefeito em exercício de Santa Cruz do Sul, Luiz Augusto Costa Campis, para solicitar interferência junto ao Ministério do Desenvolvimento da Indústria e Comércio Exterior (MDIC), buscando a inclusão do tabaco na lista dos bens manufaturados do decreto. Em 2011, o tabaco representou 1,15% das exportações brasileiras, totalizando R$ 2,89 bilhões de dólares em divisas.
proteção do meio ambiente é uma responsabilidade de todos, cabendo especialmente à sociedade analisar os casos apresentados, além da possibilidade de adotar medidas voltadas para a proteção dos recursos naturais, pois a sustentabilidade ambiental depende exclusivamente de uma consciência universal e respeito da ecologia e dos processos naturais envolvidos. E o direito ambiental, entendido sob o prisma de uma ciência dotada de autonomia científica, obedece a princípios específicos voltados, fundamentalmente, para a proteção do meio ambiente, de modo a garantir melhor qualidade de vida para a coletividade. Em tal contexto se insere o Princípio da Precaução, que representa um importante meio para o estímulo à proteção do meio ambiente. Tal princípio deve ser amplamente observado quando houver ameaça de danos irreversíveis ao meio ambiente, pois a ausência de certeza científica não deve ser utilizada como razão para postergar ações eficazes e economicamente viáveis para prevenir eventual degradação ambiental. O referido princípio é abrigado pelo direito brasileiro, em matéria ambiental, através da assinatura dos Tratados Internacionais e da Constituição Federal (art. 225, § 1º, IV). A legislação brasileira estabelece medidas mitigadoras para as atividades potencialmente poluidoras, não proibindo o desenvolvimento econômico, desde que com sustentabilidade. Uma das principais características do Princípio da Precaução reside na incerteza do dano ambiental que possa ser causado a partir de determinada ação. O objetivo principal do Princípio da Precaução é inibir a possibilidade de dano, fundando-se principalmente na possibilidade de falha científica quando da análise de todos os riscos envolvidos. Com efeito, pode-se afirmar que o Princípio da Precaução deve ser aplicado quando houver incerteza científica sobre possibilidade da ocorrência de danos ambientais. Tratase, portanto, de preceito que não visa de forma direta a proteção do meio ambiente, ao contrário, o que se busca com a sua aplicação é a indicação de uma orientação a ser seguida antes das decisões a serem tomadas nos casos em que não sejam amplamente conhecidos os efeitos da intervenção do homem no meio ambiente, considerando o plano técnico e/ ou científico. É importante registrar que a efetivação do referido princípio pressupõe a aplicação do princípio do poluidor-pagador, porque há de se considerar a necessidade de prévia identificação dos causadores dos danos ambientais, a fim de responsabilizá-los pelos seus atos. Portanto, a aplicação correta do Princípio da Precaução impede intervenções prejudiciais ao meio ambiente e possibilita o implemento de medidas para o desenvolvimento sustentável, desde que devidamente comprovadas através de estudos preliminares. O Princípio da Precaução se constitui no principal orientador das políticas ambientais, além de servir de base para a estruturação do direito ambiental.
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Por Cris Manfro Psicóloga clínica, terapeuta de família e mediadora familiar acmanfro@terra.com.br
Infidelidade Irresistível financeira
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Variedade supera risco de grande inflação A estiagem não deve impactar significativamente no bolso dos consumidores gaúchos. A afirmação é do presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, que convocou a imprensa em 12 de janeiro, para explicar as estratégias adotadas por supermercados e consumidores para driblar eventuais aumentos de preços causados pela escassez de chuvas no Estado. Segundo ele, a variedade de opções e marcas disponíveis garante redução em 50% do repasse da inflação para o consumidor final. “Temos o leite mais barato do Brasil devido à grande bacia leiteira e à isenção do imposto do produto”, defende. Ele explica que investimentos em irrigação e estufas praticamente eliminam riscos de queda de qualidade e aumento de preço dos hortifrutigranjeiros. “Já a soja poderá ter um pequeno aumento nos próximos dias, por tratar-se de uma commoditie, com preços regidos pelo mercado mundial e lei da oferta e procura”, comenta Longo.
PESQUISA
Souza Cruz e Unisc renovam parceria A Souza Cruz e a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) renovaram, em 20 de janeiro, até 2015, a parceria técnico-científica para a realização da pesquisa de sucessão vegetal e animal no parque ambiental da empresa, às margens da BR 471, no Distrito Industrial, em Santa Cruz do Sul (RS). Com a renovação tem início a uma nova etapa da pesquisa, realizada pelos laboratórios de Zoologia e Botânica do Departamento de Biologia e Farmácia, que desde 2005 estão analisando o nível de sucessão vegetal e animal na área do aterro. A cerimônia aconteceu no Parque Ambiental, com a presença do vice-reitor e coordenador AJur da Unisc, Eltor Breunig; do secretário municipal de Meio Ambiente, Alberto Heck; da gerente regional da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Alessandra Quadros; do coordenador do departamento de Florestas e Áreas Protegidas da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema-RS), Pablo Tadeu Pereia Silva, além de outras autoridades. Junio Nunes
uando se fala de infidelidade, geralmente se pensa na sexualidade. Mas uma das formas mais frequentes de infidelidade é a infidelidade financeira. A mentira costuma rondar as questões financeiras dos casais. Tanto homens como mulheres traem e são traídos em questões financeiras. O que se sabe é que quanto antes um casal começar a falar sobre as finanças de cada um (e do casal) mais chances terão de se organizar, de se situar, evitando sentimentos futuros de traição. Nem todas as pessoas gostam de divulgar o quanto ganham. Neste caso é mais comum o homem não querer dizer tudo o que costuma receber. O ideal é que nenhum dos dois seja dependente. A dependência sempre causa mal estar em quem depende e em quem tem um dependente. A sensação de ter que dar satisfação de tudo que se gasta a quem tem o dinheiro é bem constrangedora, triste e em algumas vezes humilhante, mesmo que o outro não esteja cobrando, somente tentando se situar. Tanto que algumas pessoas passam a mentir e a esconder gastos. Por outro lado, ter a sensação que se funciona como um posto de gasolina sem limite e que só tem coisas a pagar também é muito ruim. As pessoas se equivocam pensando que numa relação as mulheres é que são gastadoras. Eu garanto que nem sempre! Muitos homens só cresceram financeiramente porque suas mulheres (algumas mesmo sem trabalhar fora) organizavam o dinheiro e os gastos, fazendo uma administração capaz de transformar uma galinha em seis refeições. Porém, uma coisa é certa, na maioria das vezes é a mulher quem toma a decisão de compra, ou seja, os homens adoram ver a casa bonita, mas não querem gastar. O ideal é não conversar sobre finanças na hora de uma briga, porque nunca dá certo e sempre gera muita raiva. Ainda mais quando o problema já está criado. O consultor Gustavo Cerbasi diz que o ideal é falar de metas e procurar não cortar verbas de lazer porque isso sempre traz mais confusão. Gastar, mas com qualidade, e poupar é um grande desafio para qualquer casal não importando o quanto ganhem. O casal deve decidir juntos sobre o consumo e sobre o padrão de vida. O padrão de vida pode salvar ou afundar um casal e algumas vezes nesta situação o que falta é uma boa combinação e muita clareza com o que se tem ou do que se pode dispor. Para que vocês não se atolem como casal financeiramente, dominem o dinheiro e planejem o futuro. Criem um clima de colaboração onde o casal possa dividir as despesas ou por igualdade, onde tudo é dividido entre os dois, ou de acordo com a renda de cada um, porque essa parceria ajuda e muito o relacionamento. Não adianta ter milhões de planilhas se o casal se autoboicota, enganando e escondendo a verdade sobre as finanças e as dívidas que possam ter. Mesmo quando essa mentira é bondosa, para proteger a família de alguma maneira, sempre é sinônimo de desonestidade. Conversem e combinem, uma boa negociação resolve muita coisa.
ALÍVIO
QUALIFICAÇÃO
Libras para colaboradores do Ciee-RS Um grupo de 150 colaboradores do Centro de Integração Empresa-Escola do Rio Grande do Sul (Ciee-RS) começa a receber formação na Língua Brasileira de Sinais (Libras). O curso, na modalidade on-line, é ministrado pela Egalitê Recursos Humanos Especiais. Com a formação de um maior número de colaboradores no Estado, o objetivo do Ciee-RS é qualificar o atendimento de deficientes auditivos e a troca de vivências. As aulas são individuais e a capacitação de todo o grupo deve ser concluída até o final do primeiro semestre de 2012.
PENSANDO BEM Por César Silva
FEIRAs
Empresário cesarcor@terra.com.br
São Paulo antecipa tendências de inverno A segunda quinzena de janeiro foi marcada por lançamentos em vestuário, calçados e acessórios em São Paulo (SP) durante feiras que anteciparam as tendências para a temporada fria de 2012. No período entre os dias 16 e 19, a 39.ª Feira Internacional de Calçados, Artigos Esportivos e Artefatos de Couro (Couromoda) e São Paulo Prêt-à-Porter encerraram suas edições 2012 registrando um total de 108 mil visitas profissionais. A Couromoda, maior feira de calçados e acessórios das Américas, ocorreu no Anhembi, com 3 mil marcas expositoras, com registro de 85 mil visitas de lojistas, importadores, industriais e outros profissionais da cadeia coureiro-calçadista. Já a segunda mostra, movimentou os pavilhões do Expo Center Norte com 500 marcas expostas.
Comércio
FCDL em Convenção Internacional Divulgação
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Novo Hamburgo (CDL-NH), Remi Carasai (foto), esteve em Nova Iorque (EUA), entre os dias 11 e 20 de janeiro, para a Convenção Internacional do Varejo de Nova Iorque. A viagem foi a convite da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL). Conforme Carasai, a ampliação do conhecimento, para fortalecer o comércio varejista da cidade foi o principal objetivo da viagem. “O domínio da tecnologia foi assunto de 80% dos palestrantes e chamou muito a atenção. Isso faz a gente pensa que a atualização das tecnologias é tão importante quanto a sua instalação”, disse o presidente da CDL. Segundo ele, outra surpresa que teve em Nova Iorque, foi a grande presença das mulheres empresárias palestrando no evento. “E com qualidade”, reforçou.
INTERIORIZAÇÃO
Federasul altera estatutos A força do interior do Estado terá novo impulso na Federasul a partir da alteração dos estatutos da entidade aprovada em 18 de janeiro, durante a maior Assembleia Geral Extraordinária (AGE) já realizada pela federação. Com perto de cem participantes, a maioria vinda do interior, a reunião aprovou por unanimidade o novo modelo que vai ditar as regras da Federasul. Com o novo estatuto, o interior ganha espaço, agrega força e amplia o comprometimento junto à entidade, podendo, inclusive, e esta foi a principal mudança, fazer seu presidente. Até então, os presidentes da Federasul eram indicados pela mantenedora da entidade, a Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA). Agora, com a nova categoria, dividida em seis faixas de mantenedoras, muda o poder de influência na eleição do novo presidente. O nome de Conselho Deliberativo passa a ser Conselho Superior e cada uma das 24 regiões (seguindo o exemplo dos Coredes) indicará, por votação entre as suas filiadas, o seu candidato a vicepresidente regional e também seu diretor. A AGE foi presidida por Anton Karl Biedermann, presidente do agora Conselho Superior.
Simples assim!
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lgumas respirações, dois litros de água, alguns sais minerais, proteínas, carboidratos, lipídios, glicídios, exercícios físicos e alguns excessos, que não fazem mal pra ninguém. O corpo precisa de muito pouco abastecimento para sobreviver durante o dia. O restante é acessório que não diz respeito a organização física. Somos corpo e mente! Mens sana in corpore sano! O básico: o corpo precisa do mínimo de cuidado e prevenção para não adoecer. Mas se a mente não estiver sadia, o restante pode perecer! Um exemplo é a depressão que assola o mundo, uma epidemia de grandes proporções e de pequenas repercussões. A mente nos prega peças com diversos matizes: desde aspirações impossíveis a curto prazo até ilusões enganadoras de longo curso. É um terreno fértil e desconhecido ainda, que apesar dos esforços da medicina, há muito pela frente. A metafísica, o magnetismo e a física quântica acrescentam várias pimentas nesse cozimento. Sem citar as religiões com suas interpretações espirituais e complexas que agregam mais ainda. A felicidade talvez resuma o estado pessoal de integralidade e saúde almejada. Uma palavrinha simples com impactos profundos. O mais interessante é que esse sentimento é personalizado, é pessoal e intransferível, transformando os 7 bilhões de habitantes do planeta em 7 bilhões de caixinhas de surpresa! E nada adianta ter tudo se não somos nada! E o ser está ligado a um sentimento íntimo de relacionamento pessoal indescritível e inexplicável a ninguém. É estar de bem consigo, com a vida e com o mundo. Essa é a riqueza do futuro! As outras são decorrência desta! A coerência é a palavra que reúne o corpo e a mente. E essa simples palavrinha é objeto de análises pessoais sobre os antagonismos que executamos. A boca fala em cuidar da saúde e o corpo não recebe a carga de exercícios necessários e nem o estômago se comporta adequadamente. A mente ordena que aumentemos o ritmo e o corpo não está preparado para o esforço. É tão simples ser simples! É tão difícil dificultar as coisas! Parece que gostamos do caminho mais difícil! Não é ser simplista! É observar o mundo sem ilusão e, principalmente, nos observar como realmente somos: seres em desenvolvimento, em evolução! Essa filosofia de vida é um caminho trilhado por poucos, desejado por muitos e não entendido pela maioria. É um estado de alma que impregna quem está por perto, que gera gentileza, admiração e respeito. Mas muito mais do que isso, gera sentimento, gera amor. Um Galileu, há mais de 2000 anos, resumiu com sua sabedoria o caminho da felicidade. De forma simples, modesta e sem afetação: “Amai a Deus acima de todas as coisas e o próximo como a si mesmo”. A fórmula do paraíso está em nossas mãos e, diferente da fórmula da Coca-Cola, não está trancada a sete chaves. Parece que as palavras passam despercebidas à multidão. Mas não é isso! É que o caminho do crescimento pessoal passa pelo esforço, dedicação e enfrentamento de nossas questões mais profundas. É um caminho solitário que não tem plateia para bater palmas. A vida é um processo e não um fim em si mesma! Está em nossas mãos nosso destino! A recompensa é uma vida repleta de felicidade, amor e sentimento de realização do dever! Vamos encarar? Simples assim!
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Vida segura Por Adriano Fleck Consultor de segurança adrianofleck@revistaexpansao.com.br | asi@sinos.net
Alternativa
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ara aumentar a segurança de condomínios, tanto residenciais quanto empresariais, sistemas de alta tecnologia de abertura de portões estão se popularizando. Atualmente, um condomínio que deseja tornar o acesso às suas dependências mais seguro conta com ao menos três opções. Cartões de proximidade, tecnologia RFID ou controle biométrico estão disponíveis como soluções práticas e razoavelmente em conta, mesmo para condomínios residenciais. Os cartões de proximidade já são utilizados há mais tempo. Eles permitem destravar o portão com a chegada do morador, que passa o cartão pelo leitor instalado ao lado da entrada. O sistema dá mais segurança porque é impossível efetuar a abertura do portão sem o cartão, feito em geral de PVC, com um código de barras ou tarja magnética. Entretanto, os críticos do uso desse cartão argumentam que ele é facilmente clonável e que torna o acesso ao condomínio lento. De fato, para que o portão seja aberto, é necessário que o morador aproxime o carro e abra a janela do automóvel. Às vezes, o morador precisa até mesmo descer do veículo, o que não é seguro em muitas cidades. A tecnologia RFID, que usa radiofreqüência (UHF), permite maior segurança. Um cartão que utilize essa tecnologia é mais difícil de ser clonado. Como é a onda de rádio que sensibiliza o cartão para que as informações sejam nele gravadas, a clonagem é bem mais difícil. Uma vantagem adicional do sistema RFID é a possibilidade de permitir a abertura do portão sem que o usuário tenha de abrir a janela do veículo. O motorista teria apenas de mostrar uma “bolachinha”, que pode levar até mesmo na carteira ou deixar no porta-luvas, para que o portão abra. Ou poderia deixar o acionador grudado no vidro de seu carro, muitas vezes de forma imperceptível. Nesse caso, a abertura do portão é acionada de dentro do carro, sem necessidade de abrir o vidro, o que é mais seguro. Em comparação ao sistema dos cartões de proximidade, o custo da tecnologia RFID é um pouco maior. Desconsiderando a cancela, o sistema sairia por volta de 8 a 9 mil reais. Com uma cancela boa, necessária para que o sistema não seja interrompido, haveria um investimento adicional de 2 a 7 mil reais. Uma opção interessante disponível aos usuários do sistema é a possibilidade de criar uma vaga no estacionamento que sinalize a necessidade de disparar alguma ação de pânico. Caso o usuário seja coagido a adentrar o prédio, poderá parar o carro em uma vaga que não é a dele, mas a específica para avisar a portaria de que algo estranho se passa. Essa vaga, previamente preparada, conta com uma antena de leitura de alta frequência. Quem quiser ir além da opção do RFID pode instalar um sistema de controle biométrico. Já existem condomínios residenciais que fazem uso desse sistema. Para utilizar o controle biométrico, o morador deve cadastrar a sua digital no sistema. Na hora do uso, ao chegar à frente do portão, ele passa o dedo pela tela. Não há necessidade de cartão, que você pode perder. O custo de um sistema biométrico depende muito da estrutura onde será instalado, se em uma cancela ou em uma porta. Há ainda quem sugira usar dois sistemas. Assim, ao chegar ao condomínio, o morador passaria pelo primeiro portão pelo sistema RFID, e, dentro do prédio, com o portão fechado, usar o sistema biométrico. A velocidade de abertura dos portões não depende só do sistema, mas se o portão é aberto por um ou dois motores. O tempo de abertura de um portão com dois motores é, em média, de sete segundos, metade do tempo de abertura de um portão com motor único.
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ECONOMIA & NEGÓCIOS
Honda lança o New Civic
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lançamento oficial do New Civic 2012, na loja Honda Sulbra, em Novo Hamburgo (RS) reuniu imprensa, clientes e convidados em uma noite especial, em 17 de janeiro. Considerado o carro mais espetacular e tecnológico o New Civic, modelo sedã japonês, chega às lojas com a proposta de surpreender. Com itens de série e acabamentos cuidadosamente criados para atender o cliente, o foco é especialmente no design e na tecnologia. O New Civic apresenta equipamentos sofisticados e itens de segurança (air bags laterais) e, detalhes que fazem a diferença, como o teto solar.
Solicitação de apaixonados Era uma solicitação dos clientes apaixonados pelas outras versões e modelos do Civic anteriores, como enfatiza o gerente da loja de Novo Hamburgo, Fabricio Maurer. Ele ressalta que no interior do carro é possível perceber a diferença e a qualidade do carro. Os bancos são envolventes e mais confortáveis, bem como o volante possui boa empunhadura e comandos remotos para várias funções. A instrumentação em dois níveis está mais centralizada, favorecendo uma melhor leitura por parte do condutor, evitando desvios desnecessários da visão da pista. Entre os novos detalhes, destaque para I-Mid, junção de computador de bordo, check controle e câmera de ré (exceto EXS, que utiliza o navegador). Este último item é de série para todas as versões. O modelo New Civic Chega com duas versões para o modelo LXS, (manual e automático) e EXS somente automático.
Detalhes Com uma equipe de atendimento focada na qualidade, a loja de Novo Hamburgo espera o público para conferir de perto o New Civic 2012, com test drive e esclarecimento de qualquer dúvida a respeito dos detalhes e os opcionais em torno do carro que já está preparado para o futuro tecnológico e inovador. A loja Honda Sulbra de Novo Hamburgo está localizada na BR-116, 91, telefone (51) 3035-8101.
MIX
SOBRE NÓS E OUTRAS COISAS Por César A. Pessin
Atletismo
Administrador de empresas cesar.pessin@hotmail.com
Melhor gaúcho na São Silvestre Marco Dieder/Divulgação
O atleta Gérson R afael Schwantes (foto), da equipe Nova Runners/Piá, de Nova Petrópolis (RS), foi o gaúcho com melhor desempenho durante 87ª Corrida de São Silvestre, realizada nas ruas centrais de São Paulo (SP), em 31 de dezembro. O atleta completou a corrida em 52 minutos e 54 segundos. Ele foi o 75° colocado na classificação geral, em meio a 25 mil corredores. Na sua categoria (de 25 a 30 anos), ficou em 6º lugar. “Gérson treinou muito para a prova e o resultado não veio por acaso”, explica seu treinador, Fábio Roese.
Assembleia Legislativa
Redecker é o novo líder da bancada O novo líder da Bancada do PSDB na Assembleia Legislativa do Estado é Lucas Redecker. O deputado tucano já garantiu que haverá marcação cerrada ao governo Tarso. No final de semana de 14 e 15 de janeiro, Redecker reuniu familiares e servidores do gabinete para definir estratégias de ação para este ano. Entre as estratégias, está a criação de um banco de dados com informações não apenas do governo atual, mas também de gestões anteriores, e a realização de um balanço mensal sobre as ações do Executivo.
Português
Doação preserva a língua no Timor A Ediouro, editora das revistas de passatempo Coquetel, doou ao Timor Leste 80 mil exemplares das revistas. O país, que se tornou independente em 1999, luta pela preservação do português, língua proibida no período em que esteve ocupado pela Indonésia. As tradicionais Coquetel, de palavras cruzadas e caça-palavras, além das infantis Picolé e Brincando e Aprendendo, já estão na Embaixada do Brasil na capital do Timor, Dili, e serão utilizadas por professores brasileiros para motivar as crianças e jovens a aprender a língua portuguesa.
O calendário
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o retirar o calendário da parede, detive-me por um instante ao observar um círculo bastante acentuado no quarto mês do ano. Não era um círculo qualquer, eram vários anéis sobre um mesmo dia e remetiam a um asterisco que, incompleto, nada dizia. Doze de abril de dois mil e onze, e daí? A contundência daquela marcação fazia supor tratar-se de uma data importante, porém ninguém das minhas relações havia casado, morrido ou aniversariado naquele pálido mês. Nem feriado era. Para ser franco, sequer lembrava-me de ter feito aquela anotação, porém o asterisco me denunciava. Aquele calendário com prazo de validade vencido continha um mistério difícil de desvendar e assim, por um tempo acima do normal, quase tangenciando a teimosia, permaneci com ele às mãos, buscando no poço da memória o que de tão importante tinha acontecido naquela data. Incomodado com o vão esforço, rasguei-o, sem, contudo, danificar o insosso mês. Vai que a minha memória precisasse dele para despertar da escuridão. Na manhã seguinte a dúvida ainda sobrevoava a minha cabeça, mas depois disso ocupei-me com coisas mais importantes, já que à curiosidade devemos dar fins mais nobres. Alguns dias depois, um novo calendário ocupou o lugar do finado, acabando com a solidão do prego que o esperava. Instintivamente fui até o doze de abril que, anônimo, nada esclarecia. Franzi a testa, cerrei os lábios e maldisse a memória. Talvez injustamente. Por que ela deveria guardar feito arquivo público, todos os acontecimentos momentaneamente importantes? A celeridade dos dias, o sentido de urgência impregnado em cada coisa que fazemos e a incessante busca do conhecimento transformam o cotidiano num campo de batalha e nos obriga a ser sempre e permanentemente competitivos. Acelerados, tornamo-nos, por vezes, superficiais. Nossas avós asseveravam que no passado todas as coisas aconteciam no seu devido tempo, hoje, porém, tudo acontece ao mesmo tempo e somos compelidos a seguir em frente, sem repouso ou abastecimento, não raramente com o gosto amargo de ter deixado para trás coisas igualmente importantes. E assim, mal percebemos quão rápida a vida é capaz de passar e o calendário torna-se apenas o instrumento que nos situa no tempo e no espaço. Olhei para ele ainda uma vez e deixei a sala. Pensei na sua efemeridade e decidi não assinalar mais nada que considerasse relevante. Não queria correr o risco de no ano seguinte fazer os mesmos questionamentos. Lembrei então daquele samba... “deixe a vida me levar...”
Divulgação
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CADA VEZ MELHOR Por Daniel Müller Palestrante motivacional daniel@cadavezmelhor.com.br
Matei o pintinho
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Tecnologia
Feevale adquire simulador humano A Universidade Feevale, de Novo Hamburgo (RS) inaugura ainda no primeiro semestre de 2012, o novo simulador humano adquirido pela instituição. Pioneiro no Rio Grande do Sul, o SimMan 3G, desenvolvido na Noruega pela empresa Laerdal, é o mais avançado simulador do mundo, capaz de reproduzir todos sinais vitais de um ser humano. Comandado por meio de um programa de computador, será usado principalmente nos cursos de Enfermagem, Fisioterapia e Educação Física. Com o equipamento é possível criar quadros clínicos, desde crises asmáticas até convulsões e paradas cardiorrespiratórias. O simulador reproduz os sintomas e reconhece se o acadêmico está atuando da forma correta.
Parcerias
Novas ações pela paz em Novo Hamburgo A Campanha Dezembro Branco, Dezembro de Paz, iniciativa do Grupo Pensando Novo Hamburgo e da ONG Agir, fez tanto sucesso, que já se fala em novas ações contra a violência ao longo do ano em Novo Hamburgo (RS). “Pensamos talvez em aproveitar festas como o carnaval, para lançar novas campanhas”, disse o coordenador social da Pensando NH, Plácido Crescente. As atividades, realizadas em dezembro, envolveram distribuição de fitas brancas, mensagens pela paz e material do movimento, caminhadas pela paz pelo centro e bairros, flash mob (ação em locais de grande concentração de pessoas), pedágio da paz e a promoção do Dia do Branco, em 16 de dezembro. Alguns dias antes, no dia 7, entidades e empresas parceiras foram homenageadas com o Certificado de Bom Cidadão, por ações parceiras durante o ano, entre elas, a Revista Expansão. Além do certificado, os homenageados receberam uma camiseta da Campanha Dezembro Branco, Dezembro de Paz. Divulgação
ara lembra que durante sua infância seus pais tinham uma criação de galinhas e pintos, nos fundos de sua residência. Certo dia, ela teve a infeliz ideia de brincar de tiro ao alvo. Pegou uma pedrinha e um estilingue. Afinal, ela nem imaginava que seria capaz de acertar. Mirou e “pow”: na primeira tentativa ela acertou em cheio um dos pintinhos, que caiu imóvel. - Mãe, o pai vai me matar! - O que foi filha? - Matei o pintinho! Mas foi sem querer... - Meu Deus! Eu não acredito filha! Por que você fez isso? Quando o teu pai chegar vai te dar “aquela” surra. Te prepara, porque tu vai apanhar! A preocupação tomou conta da menina. Nem passava pela cabeça mentir sobre o acontecido. Mas, como arcar com as consequências? Decidiu então esperar pelo pai no portão e contar pessoalmente o ocorrido. Ficou plantada lá, a tarde toda, até que ele chegou. - O que foi minha filha? O que está fazendo aí? – perguntou o pai, assim que a viu no portão da casa. - Pai... pai, eu matei um pinto! – exclamou chorando Imediatamente, o seu pai começou a rir. A abraçou e procurou tranquiliza-la. Explicou que se tratava apenas de um pinto e que entendia que ela não tinha feito aquilo de propósito. A menina respirou aliviada quando encontrou compreensão por parte do pai. Percebeu que havia colocado mais ansiedade naquela situação do que realmente merecia. Havia perdido a tarde toda, preocupada com uma reação exagerada por parte de seu pai. Hoje, Nara é uma consultora de beleza e sempre recomenda que avaliemos quanta ansiedade uma situação merece. E que nunca concedamos maior importância a algo do que realmente necessita. Desta maneira, controlaremos melhor as preocupações e teremos uma vida cada vez melhor.
MIX
Integrantes do Grupo Pensando Novo Hamburgo e homenageados
Informática
Governo lança Internet livre em Capão O governo do Estado lançou, em 19 de janeiro, em Capão da Canoa (RS), o projeto Internet Livre na Praia. A atividade integra a Operação Verão Numa Boa e é uma iniciativa conjunta entre a Secretaria de Comunicação e Inclusão Digital (Secom), Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul (Procergs) e prefeitura de Capão da Canoa. Inédito no litoral gaúcho, o projeto disponibilizará Internet sem fio nas proximidades da Casa de Governo, possibilitando acesso à web a partir de dispositivos móveis, como tablets, smartphones e notebooks. Entre os conteúdos que poderão ser acessados está o Portal RS Móvel (m.rs.gov.br), que disponibiliza uma série de serviços públicos voltados ao cidadão. Mais informações no site www.veraonumaboa.rs.gov.br
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ASSUNTOS NOTARIAIS DOAÇÃO
Por Lauro Assis Machado Barreto
Amigos arrecadam alimentos para Lar
Ação Social
Asbem beneficiada pela BR TRI Desde 20 de janeiro, a Associação do Bem-Estar da Criança e do Adolescente (Asbem), de Novo Hamburgo (RS), possui um banner nas páginas amarelas da BR TRI. O site foi desenvolvido para divulgação de produtos ou serviços, propagando informações e unindo em um só site, no Brasil, páginas amarelas, classificados e anúncios gratuitos. Somente anúncios com fotos são pagos. Na página de classificados, a categoria Social é totalmente gratuita. Nela o usuário poderá inserir fotos de pessoas desaparecidas, entidades beneficentes, ONGs, trabalhos voluntários e outros. Além disso, parte do valor arrecadado com anúncios pagos é repassada para entidades beneficentes de cada região que a BR TRI estiver presente. O endereço é www.brtri.com.br/amarelas.php
Carnaval
Vermelho e Branco da Ginástica é dia 17 O Carnaval das Fantasias é o tema do tradicional baile Vermelho e Branco da Sociedade Ginástica de Novo Hamburgo (RS). Serão oito horas de folia no salão do clube, em 17 de fevereiro, a partir das 22 horas. Para animar os foliões, a Banda Hawai alterna repertório com o Samba Turma do Astral e DJ. O salão é climatizado e possui áreas Vip, com atendimento diferenciado. Ingressos, mesas e camarotes estão à venda na secretaria do clube. Informações pelo telefone (51) 3584-3900 ou pelo site www.ginasticanh.com.br.
Solidariedade
Banco de Alimentos faz balanço de 2011 Inaugurado em 20 de junho de 2011, o Banco de Alimentos Região do Calçado – ação conjunta das comunidades de Novo Hamburgo, Estância Velha, Sapiranga e Campo Bom fez, no final do ano, um balanço da sua atuação. De agosto a dezembro de 2011, foram arrecadados 117,11 toneladas de alimentos. Só em Novo Hamburgo foram 58,4 toneladas. Sapiranga arrecadou 4,44 toneladas, Campo Bom 6,9, Estância Velha 3,2 e de outros núcleos vieram 44 toneladas. Foram 38 instituições assistidas, em um total de 5.421 pessoas atendidas. O Banco de Alimentos é mantido por empresas mantendoras, parceiros estratégicos e tem ainda a atuação de voluntários. Entre as ações desenvolvidas pela entidade estão o Sábado Solidário e a captação de alimentos em espetáculos.
Divulgação
O Lar São Vicente de Paula, em Novo Hamburgo (RS), mais uma vez foi beneficiado pela iniciativa de um grupo de amigos que, pelo quinto ano, durante um jantar onde é preparado um delicioso cordeiro, são arrecadados alimentos para a casa que abriga idosos. Organizado por Angelo Justen e Hippólyto Brum Jr., o 6º Cordeiro de Natal foi em 9 de dezembro. Além dos alimentos arrecadados na noite festiva, os participantes ainda buscaram o apoio Hippólyto, Tânia e Justen da sociedade ao deixar caixas coletoras em uma farmácia da cidade, onde também foram depositados alimentos não perecíveis. Foram arrecadados 250 quilos. A entrega ocorreu ainda em dezembro, no Lar São Vicente de Paula, à coordenadora Tânia Brenner.
e autora Vanessa da Silva (*)
Tabelião (*)
Instrumentos público e particular
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todo instante, esclarecemos dúvidas da comunidade e de profissionais de todas as áreas sobre temas relacionados aos atos da vida privada. Todo dia surge a mesma questão: qual a diferença entre instrumentos público e particular? O instrumento público é aquele redigido, lido e assinado na presença de oficial público, observadas certas formalidades legais, sem as quais lhe é negada a validade. O Tabelião de Notas é um dos oficiais públicos autorizado a lavrar instrumento público, especificamente a escritura pública, dotada de fé pública, que faz prova plena, goza de publicidade, autenticidade, segurança e imprime eficácia aos atos e negócios jurídicos, evitando que inúmeras demandas ingressem no Judiciário. O instrumento particular, por sua vez, é admitido para a contratação privada, feito e assinado, ou somente assinado, por quem se ache na disposição e administração de seus bens e direitos, respeitada certa forma. Não se faz necessária a intervenção de um oficial público para a sua elaboração, logo, não tem fé pública. E, apesar do costume e da nossa tradição jurídica há séculos utilizar o instrumento particular, como por exemplo, o “contrato de gaveta”, não é a forma mais segura para se contratar. São importantes estas considerações para se verificar o grau de segurança que cada um deles apresenta. Em suma, os particulares são os que mais geram ações judiciais. Uma vez extraviados, se não foram a registro de Títulos e Documentos ou a Registro de Imóveis, para a sua conservação e publicidade, não será possível obter cópias. Além disso, não constitui documento com pleno valor probatório, nem força executiva, admitindo prova em contrário. Diante desses esclarecimentos, vale informar que todo instrumento particular pode ser feito por escritura pública, atendidos os critérios para sua elaboração. Considerando o custo benefício entre o escrito particular e escrito público, consultar um tabelião, é sempre vantajoso. Para os notários, a “confecção” de instrumentos públicos e particulares, é um trabalho árduo na busca pela prevenção de litígios, pela paz social e pelo aperfeiçoamento de seus às novas tecnologias. (*) Tabelião e Tabeliã Substituta do 2º Tabelionato de Notas de Novo Hamburgo – Tabelionato Barreto. Acesse www.barreto.com.br
Revista Expansão
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INFORME TRIBUTÁRIO
MIX Comusa
Por Paulo Nicolau Justen Contador justen@justen-heberle.com.br
Simples ou Lucro Presumido, você já definiu?
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Desde de 20 de janeiro, os cidadãos de Novo Hamburgo (RS), que precisarem de serviços da Comusa – Serviços de Água e Esgoto, terão uma unidade alternativa da autarquia, na Rua Bartolomeu de Gusmão, 705, no bairro Canudos. A Comusa Canudos foi inaugurada pelo prefeito Tarcísio Zimmermann. Segundo o diretor geral da Comusa, Mozar Dietrich, é uma demanda antiga da população. “Ali a população vai contar com serviços de acesso a contas, reclamações, segundas vias, pedidos de ligação e corte, transferência de titularidade, certidões, parcelamentos, entre outros”, explicou. Segundo ele, mesmo estando situada em Canudos, a Unidade pode atender a qualquer cidadão do município. Além disso, o usuário poderá obter vários outros serviços pelo número 0800-6000-115 ou ainda pelo site www.comusa.com.br.
Esporte
Campos Running na Travessia Torres Tramandaí A equipe Campos Running, de Novo Hamburgo (RS), participou, em 28 de janeiro, da 8º Travessia Torres/Tramandaí, prova de corrida em revezamento, com saída da Praia Grande, em Torres (RS) e chegada na Barra, em Imbé (RS), num total de 81quilômetros pelas areias das praias do litoral Norte. A equipe hamburguense disputou com quatro equipes – duas mistas e duas masculinas -, na categoria revezamento em duplas; e uma equipe octeto máster – de oito atletas. Na categoria dupla, os atletas Rudimar Campos e Rosane Hack conquistaram o primeiro lugar; Raul e Simone Bordin ficaram em quarto lugar; Ricardo dos Reis e Ronie Fagundes, em oitavo lugar e, em décimo lugar, a dupla masculina Joalcedir Rodrigues e Nei Domin- Reis e Lima, presenças na competição gues. O octeto formado por Renan Lima, Ana Paula Lima, Álvaro Scherer, Darlan Lima, Raquel Jacobus, Jorge Ebert, Berto dos Santos e João Carlos Marcelino conquistou o sexto lugar. Ao todo, foram 298 equipes participantes. Em 26 de fevereiro, a equipe participa do Revezamento das Colônias, em Caxias do Sul , e em 14 de abril da 17º Volta a Ilha, revezamento com 141 quilômetros, em Florianópolis.
Parceria
MBA para associados da ACI Um convite para transformar ideias em crescimento profissional. É assim que a Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e a Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha (ACI-NH/CB/EV) conceituam o MBA em Gestão Empresarial, oferecido aos associados da ACI pelas duas entidades, em parceria. O curso, que tem como propósito o aperfeiçoamento de profissionais que buscam ampliar seus conhecimentos na área da administração de empresas, ocorrerá em Novo Hamburgo (RS), na sede da ACI de 6 de março a 24 de junho. As inscrições vão até 25 de fevereiro. Inscrições podem ser realizadas na ACI-NH/CB/EV ou pelos e-mails; eventos@acinh.com.br ou cristinar@unisinos.br
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Divulgação
virada de ano sempre traz possibilidades de economias fiscais para as empresas, assim seria conveniente que antes do final de janeiro os empresários dispusessem de algum tempo para definirem como pretendem pagar seus tributos em 2012. Com um planejamento adequado, a empresa poderá economizar no final do ano calendário pagando menos impostos, e tudo dentro da lei. Embora o ano de 2012 não tenha um cenário muito otimista com algumas medidas, a empresa poderá pagar menos impostos se fizer um planejamento tributário inteligente. Hoje as empresas podem ser enquadradas nos regimes Simples Nacional (Supersimples), Lucro Presumido, Lucro Real, Empreendedor Individual. Nem sempre a opção do Simples traz mais benefícios do que o Lucro Presumido, principalmente se a empresa optante tem poucos empregados. Citamos, por exemplo, uma empresa comercial que fature R$ 3,5 milhões por ano e que tenha poucos ou nenhum funcionário. Esta empresa teria que pagar uma alíquota de 11,61% se estivesse enquadrada no Simples. A mesma empresa, com o mesmo faturamento anual, estando enquadrada no Lucro Presumido, pagaria bem menos, 5,93% — isso, levando em consideração as taxas do ICMS. Por exemplo, uma empresa que explore o ramo de laboratórios clínicos que fature também R$ 3,5 milhões por ano. Pelo regime tributário do Simples ele recolheria uma alíquota de 22,9% de impostos. Todavia, se estivesse enquadrado no Lucro Presumido, a alíquota cairia para 14,44% caso não tivesse funcionários. Em ambos os casos o Lucro Presumido se mostrou mais vantajoso do que o Simples porque em ambas as hipóteses havia poucos funcionários. Entretanto, quando a empresa possui um número maior de funcionários, como é o caso de indústrias de calçados, o enquadramento no Simples Nacional começa a se tornar muito mais atrativo do que o Lucro Presumido. Para determinadas atividades, entretanto, que operam com baixas margens de lucratividade e com despesas operacionais elevadas, o regime tributário do Lucro Real seria na maioria das vezes a melhor saída para pagar menos impostos. Assim, mãos à obra, fale com seu contador, pois ele é a pessoa mais indicada nesse momento, reveja seus custos, suas contas e economizem legalmente seus impostos.
Unidade de atendimento em Canudos
Cláudio Etges/Divulgação
Campo Bom A Bela Adormecida, da Allegro Ballet, encantou no CEI
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Dois Irmãos
Walachai em sessões especiais no Teatro Adriano Schenkel (135)
Estância Velha
Desfile de carnaval será em 18 de fevereiro com quatro escolas na avenida (134)
Feliz
Festival do Chopp e Festa das Amoras, Morango e Chantilly já têm data marcada (140)
Nova Petrópolis
Rua Coberta será nova sede da Magia da Páscoa, realizada no final de março (139)
Novo Hamburgo Município e Estado anunciam a duplicação da Rua Rincão (126)
Porto Alegre
Exposição sobre Elis Regina na Casa de Cultura Mário Quintana (128)
Santa Cruz do Sul Casa das Artes Regina Simonis recebe recursos para restauração (142)
São Leopoldo
Projeto de aleitamento materno do Centenário recebe prêmio internacional (132)
Sapiranga
Prefeitura anuncia R$ 17 milhões para saneamento básico (137)
Taquara
Carnaval Legal 2012 programado para dia 20 de fevereiro (138)
Revista Expansão
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CIDADES Divulgação
Nova Petrópolis
Mais um empreendimento O empresário argentino Alejandro Héctor Tirachini foi recebido pelo vice-prefeito de Nova Petrópolis (RS), Ricardo Lawrenz, em 16 de dezembro, quando apresentou ao político o empreendimento que instalou na Linha Araripe. A mão-de-obra qualificada e um mercado consumidor em expansão foram, segundo o empresário, motivos que o levaram a investir em Nova Petrópolis. A fábrica de malhas, que possui uma linha de produção com cinco funcionários, tem outro sócio, o brasileiro Carlos Luiz Rodrigues, que acompanhou Tirachini na visita ao vice-prefeito. Estava presente também o advogado Hector Oscar Zeolla.
Proposta é formar profissionais mais completos
Três Coroas
Escola de Sapateiros forma nova turma A Escola de Sapateiros de Três Coroas encerrou, em 11 de janeiro, mais uma etapa do curso que objetiva ensinar aos alunos todos os processos da confecção de calçados. Segundo o coordenador, Juliano Mapelli, a ideia é profissionalizar para suprir a demanda de profissionais do setor calçadista, mas com profissionais mais completos, que compreendam todos os processos de confecção do calçado, como eram os antigos sapateiros da região. Ao todo, se formaram mais 35 sapateiros. “Todos já estão empregados ou com vagas garantidas no mercado de trabalho”, diz Mapelli. Além da prefeitura, Faculdades Integradas de Taquara (Faccat), Sindicato da Indústria de Calçados e Componentes de Três Coroas e Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Calçados, Componentes e Vestuário de Três Coroas participam da iniciativa.
Hector, Alejandro, Lawrenz e Rodrigues
Fotos: Marco Dieder/Divulgação
Novo Hamburgo
Anunciada duplicação da Rua Rincão Foi assinado em 29 de dezembro pela Prefeitura de Novo Hamburgo (RS), Secretaria Estadual de Obras Públicas, Irrigação e Desenvolvimento Urbano (SOP) e Fundação de Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan), convênio para duplicação da Rua Rincão, no bairro de mesmo nome. A atividade ocorreu no Centro Administrativo Fernando Ferrari, em Porto Alegre, com a participação do prefeito Tarcísio Zimmermann e secretário estadual Luiz Carlos Busato, entre outras autoridades. Serão investidos R$ 1.365.705,45. O trecho possui 800 metros e fica entre as Ruas Rumânia e Hungria. As intervenções também contemplam a instalação de uma rede de drenagem pluvial e o deslocamento da rede elétrica que atualmente está no passeio público para o canteiro central. Ronan Dannenberg/Divulgação
Zimmermann e Busato na assinatura do convênio
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Lawrenz: Mais de R$ 50 mil no setor
Nova Petrópolis
Poder público garante investimentos na fruticultura Com subsídio de 50%, a administração pública de Nova Petrópolis (RS) repassa à comunidade, mudas de árvores frutíferas para produção em suas terras. Em 2005 foram distribuídas 1.750 mudas para 17 produtores. Em 2010, 64 foram beneficiados com quase 20 mil mudas. Em 6 de janeiro, mais de 100 fruticultores, reunidos na Associação Esportiva Piá (Assespiá), tiveram a garantia do vice-prefeito Ricardo Lawrenz, de que em 2012 serão investidos R$ 53 mil no programa de fruticultura. Na oportunidade, o superintendente da Cooperativa Piá, José Mário Hansen, anunciou que com a nova fábrica, prevista para operar no final de 2012, a produção deve dobrar e a necessidade de matéria-prima também. Os interessados em adquirir mudas devem entrar em contato até o final de março com a Secretaria da Agricultura e Meio Ambiente.
Estância Velha
Ensino municipal com mais de 90% de aprovação A cidade de Estância Velha (RS) comemora os índices alcançados com as médias de notas e de aprovação dos alunos da rede municipal de ensino. Na média nacional de notas, dados do Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (Ideb) indicam média nacional de 4.6, enquanto o município do Vale do Sinos alcança 5.2. Na aprovação, o percentual de alunos que passou para a série seguinte chegou a 92.2% em 2011, entre os mais de 6 mil estudantes do ensino fundamental. Em 2012, segundo a secretária de Educação, Marly Arigony, o foco será a erradicação do analfabetismo. Conforme o prefeito José Waldir Dilkin, é preciso focar o atendimento nos analfabetos. “Precisamos levar a eles o aprendizado da leitura e da escrita básica, o reconhecimento do seu próprio nome”, completa.
Nova petrópolis
Martha Medeiros doa livros à biblioteca pública
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A escritora gaúcha Martha Medeiros, conhecida também por seus artigos semanais em jornal de grande circulação de Porto Alegre, surpreendeu a Secretaria da Educação, Cultura e Desporto de Nova Petrópolis. Em um telefonema à coordenadora do projeto Nova Petrópolis Cidade Leitora, Paula Schoeler, em janeiro, Martha solicitou que retirassem na residência dela quase duas centenas de livros numa doação que ela estava fazendo para a recuperação do acervo da Biblioteca Pública Municipal Professora Elsa Hofstätter da Silva, perdido em parte no incêndio de junho de 2011. “Para nós foi surpreendente e prazeroso ao mesmo tempo ter tido essa lembrança da Martha, que esteve conosco em 2010 palestrando pelo projeto Autores nas Escolas”, salienta Paula. Em forma de agradecimento foi entregue à escritora um livro confeccionado a partir de madeira.
Estudantes estancienses: melhor nota e maior aprovação
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PORTO ALEGRE Por Edith Auler
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Graciele
Jornalista revistaexpansaopoa@hotmail.com
TOMBINI
Durante a infância, ela foi obesa. Aos 12 anos começou a ler sobre alimentação, nutrição e dietas, despertando a paixão pelo tema. Sua persistência e dedicação permitiram que ela conseguisse reduzir cerca de 20 quilos. E com o passar do tempo, a vontade de cursar Medicina e atuar nesta área falou mais alto. Especialista pela Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre (FFFCMPA) e titulada pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia, Graciele Tombini é considerada uma das profissionais mais atuantes no segmento da Endocrinologia, tendo hoje como foco de trabalho, a obesidade e dietas para ganho de massa muscular. Médica no Centro de Prevenção do Complexo Hospitalar Santa Casa, a partir de março, ela também estará na televisão junto ao canal GNT, como colaboradora do programa Perdas e Ganhos. Outra novidade é que a partir de agora, sob sua supervisão, nutricionistas da equipe de sua clínica particular vão até a casa dos pacientes com o objetivo de orientar ainda melhor em questões como preparo de cardápios, compras de alimentos, dicas de receitas, entre outros. Mãe de Martina, um lindo bebê de sete meses, ela aborda, nesta entrevista exclusiva à Revista Expansão, algumas das novidades na Endocrinologia e os motivos pelos quais ela tem despertado tanto interesse do público.
Quais as principais novidades na área da Endocrinologia? Nos últimos anos se comprovou que a melhor dieta de emagrecimento é a que contém carboidratos, que demoram mais tempo para virar açúcar. Ou seja, carboidratos de baixo índice glicêmico e alta quantidade de proteínas, em especial uma proteína do soro do leite. E no que diz respeito a medicamentos? Já têm estudos em andamento sobre medicamento para diabetes que auxiliam na perda de peso. Especialmente na gordura abdominal. Eu já estou com uma grande experiência com o Liraglutide. É um medicamento novo para o diabetes e a Anvisa ainda não aprovou o uso deste para emagrecimento em pacientes não diabéticos. Eu, assim como outros endocrinologistas do Brasil, tenho usado o medicamento para pacientes que necessitam emagrecer. O critério que estamos usando é o seguinte: pacientes obesos que não tenham tido sucesso nos demais tratamentos aprovados. Sempre o primeiro passo, quando falamos em emagrecimento, é tentar a mudança de hábitos alimentares e atividades físicas. Hoje temos muito poucas opções de medicamentos para emagrecer, uma vez que a Anvisa proibiu o uso dos anorexígenos. Ainda temos a Sibutramina (substância que atua na saciedade) e o Orlistat (medicamento que inibe a absorção de 30% das gorduras ingeridas). Quais as dicas para quem quer seguir uma dieta saudável? Equilíbrio é a palavra chave! Mas uma dica geral seria reduzir os carboidratos - os pães, batata, etc. E aumentar as proteínas – carne de frango, peixes, clara de ovo, por exemplo.
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O que + gosto na cidade Um restaurante: Lóris Restaurante (Avenida Carlos Gomes, 965) Um lugar para a prática de esportes: Gasômetro Esporte: esquiar no Guaíba Um dia de domingo: na Redenção Local para tomar café: no metro quadrado com maior concentração de gente bonita, a Rua Padre Chagas Porto Alegre é: tri legal Porto Alegre precisa melhorar: o trânsito está um caos!
Quais foram as experiências mais enriquecedoras profissionalmente? Por ser uma apaixonada por esportes, em 2001, quando iniciei minha especialização, percebi que a maioria dos profissionais não tinha conhecimento sobre suplementos e esporte. Foi quando decidi estudar tudo sobre o assunto, fazendo estágio nos Estados Unidos com um médico com ampla experiência em suplementos e obesidade. Todo esporte está relacionado à endocrinologia no momento em que, quando aumentamos a nossa massa magra, aumentamos o metabolismo. De que maneira será a sua participação no canal GNT? O programa se chama Perdas e Ganhos. As gravações duraram dois meses e o programa vai ao ar em março. O que posso adiantar é que um dos meus pacientes teve o melhor resultado do Brasil entre os 10 participantes! Onde as pessoas podem saber mais sobre o seu trabalho e as ações que desenvolve como endocrinologista aqui no Estado? Sou médica do complexo Hospitalar da Santa Casa desde 2001 e também atendo no meu consultório. Mantemos um blog gracieletombini.blogspot. com, destinado a pessoas que se interessam por assuntos relacionados a obesidade e nutrição e meio de contato para quem deseja ser orientado.
Luciano Lanes/Divulgação
Homenagens para Elis Regina A porto-alegrense Elis Regina, uma das cantoras mais amadas do Brasil, nos deixou há 30 anos. Várias atividades culturais vão ser realizadas em homenagem à Pimentinha, apelido carinhoso de Elis. Espetáculos musicais e uma exposição interessante que acontece na Casa de Cultura Mário Quintana, estão entre as dicas. O acervo de Elis, que está localizado no segundo andar (foto), reúne diversos itens da história da artista. Entre anotações, discos, livros, publicações e outros. A exposição está muito bem apresentada. Boa parte do material foi doada por fãs e colecionadores. Um programa bacana para quem quiser curtir uma tarde agradável neste verão. Fiquem atentos para os horários e dias de visitação: de terça a sexta, das 10 horas às 16 horas, e nos sábados, domingos e feriados, das 15 horas às 19 horas, até final de fevereiro.
Boa parte das frutas é comercializada em feiras locais e em pequenas barracas, espalhadas em vários pontos da cidade
Boa safra de frutas é comemorada CCMQ/Divulgação
Com qualidade e excelente maturação, as frutas produzidas na região rural de Porto Alegre – maioria delas na zona sul - surpreenderam , e muito, este ano. Fruticultores e consumidores comemoram. O tempo ajudou a estes produtores, especialmente em virtude das temperaturas do último inverno e chuvas regulares. É uma delícia provar os figos, pêssegos, uvas, ameixa, melão, melancia e outros. É quase uma tradição dos porto-alegrenses dar uma paradinha, em algum momento do dia, para comprar uma fruta fresquinha a preços mais convidativos. De acordo com os levantamentos da Secretaria Municipal de Produção, Indústria e Comércio (Smic), a safra de 2011/2012 teve uma produção total próxima das quatro mil toneladas. Com o calor deste verão, nada melhor que se deliciar com uma fruta!
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Luciano Lanes/Divulgação
Grande momento para a orla do Guaíba Um dos mais renomados urbanistas do país, Jaime Lerner, ex-prefeito de Curitiba e ex- governador do Paraná, foi escolhido para ser o arquiteto a capitanear execução do projeto que prevê a revitalização da Orla do Guaíba. O contrato foi assinado em cerimônia realizada na prefeitura. Inicialmente a obra estabelece uma extensão de 5,9 quilômetros, entre a Usina do Gasômetro e o Arroio Cavalhada, próximo do BarraShoppingSul. As possibilidades de desenvolvimento para o comércio, economia, turismo e, sobretudo, qualidade de vida para os portoalegrenses com o projeto são extraordinárias. Lerner considera o projeto fundamental para a cidade e espera corresponder a confiança depositada
T4F/Divulgação
Circuito de grandes shows segue em 2012
Sam’s Club, só para sócios
Edith Auler/Especial
O calendário de shows em 2012, na capital, está aquecido. Entre os grandes destaques para o primeiro trimestre, o show de Roger Waters, ex-Pink Floyd (foto), marcado para 25 de março no Beira Rio. De acordo com os organizadores, entre os atrativos, também está a estrutura do show, considerada uma das maiores do mundo.
A rede Walmart inaugurou recentemente em Porto Alegre, a loja de varejo Sam’s Club, na zona norte, junto a Avenida Sertório. Para comprar no local é necessário se tornar sócio.
Site da Linna com novidades
Circuito de arte urbana Vários pontos da cidade já receberam as obras propostas pelo circuito de arte urbana Artemosfera. Muito bacana! Fomos também até a escadaria da Rua 24 de Maio, no Centro. Amamos, vale à pena conferir! Poesias e gravuras em diferentes cores e tons de azulejos, que foram colocados no local, deram uma nova cara ao espaço, garantindo charme e uma visão bastante agradável para quem está de passagem por ali.
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As lojas Linna, considerada a maior rede de artigos para festas e artesanatos do RS, inaugurou seu novo site em janeiro – www.lojaslinna.com.br. A partir de agora os consumidores também passam a contar com outra facilidade, o televendas Linna, pelo telefone (51) 2121-3333 - adquirindo seus produtos sem sair de casa, com a possibilidade de verificar as disponibilidades de estoques. A rede oportunizou no site, várias facilidades para os interessados em fazer cursos e para alunos e professores. A agenda também pode ser consultada on line. É possível verificar informações como disponibilidades de vagas, regulamentos, horários e dias da semana, nomes dos profissionais a ministrar os cursos, valores e os endereços onde acontecem os módulos. Para conferir, acesse em www.lojaslinna.com.br/ cursos/procure-seus-cursos.
Nattan Carvalho/Divulgação
Noite especial de lançamento
Isaías Mattos/Divulgação
O lançamento da segunda edição da Agenda Empresarial e Social de Eduardo Conill foi um sucesso. A noite reuniu personalidades no evento, que aconteceu no Leopoldina Juvenil. Quem também marcou presença foi o prefeito José Fortunatti. O guia é editado pela Editora Brasileira de Guias Especiais (Ebge).
Coisas de Paris A cidade luz, sempre tão encantadora, ganhou mais uma exposição de fotos em sua homenagem na capital. Denominada ‘Coisas de Paris’, a mostra consiste em imagens feitas durante a lua de mel de um casal de noivos em 2011, com registros de Nattan Carvalho e Fernanda Nickel. As fotos, que estiveram em exposição recentemente, podem ser vistas em www.fotografiadeautor.com.br.
Datelli Jardim Botânico Somando mais de cem lojas no Brasil e Uruguai, a Datelli realizou badalado coquetel na capital marcando as instalações da loja nova loja da grife no Jardim Botânico, junto ao Bourbon Shopping Ipiranga. Destaque para a coleção 2012: sensacional! Lindas bolsas, acessórios e calçados inspirados nos anos 70. Entre as tendências, minimalismo moderno, color blocking, western e neorromântico.
Priscilla Borges/Divulgação
Eduardo Conill autografou a Agenda Empresarial e Social 2012 em movimentada noite no Leopoldina Juvenil
Os novos franqueados da loja, a arquiteta Fabiana Frasson e o engenheiro Vinícius Torino, com a filha Valentina
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SÃO LEOPOLDO Por Letícia de Oliveira Relações públicas Conrerp 2494 - RS/SC leticia@revistaexpansao.com.br
Dedicação personalizada Um local lúdico e transdisciplinar, assim a diretora Fabíola Scherer Cortezia define o Espaço Dom Quixote. A jovem psicóloga idealizou esse projeto porque sentia necessidade de um espaço em que crianças e adolescentes que tivessem alguma dificuldade pudessem ser encaminhados, pois não havia um trabalho especializado na região. Sentia falta de um lugar que fugisse do modelo médico tradicional, que fosse mais lúdico e que crianças e adolescentes gostassem e tivessem prazer em frequentar. Um local com vários profissionais que realizassem um trabalho integrado.
Com 11 profissionais da área da saúde, o Espaço Dom Quixote realiza atendimentos clínicos individualizados com psicólogas, psicopedagogas, fonoaudióloga, terapeuta ocupacional, psicomotricista, musicoterapeuta e nutricionistas. Também são realizados atendimentos combinados, com dois profissionais juntos atendendo a uma mesma criança ou adolescente de maneira transdisciplinar, formando grupos em que a troca de ideias e experiências funciona como elemento fundamental no tratamento. Existe uma parceria muito importante com os médicos da região e uma troca valiosa de conhecimentos e informação com pediatras, psiquiatras e neurologistas que atendem os pacientes do Espaço Dom Quixote.
Tese de doutorado e referência no Brasil Gabriela Consalter defendeu sua tese de doutorado em dezembro de 2011, na Universidade Sagrado Coração, em Bauru, no interior de São Paulo. O seu doutorado foi em Odontologia com área de concentração em Implantologia. A faculdade é uma referência na área no Brasil. O título defendido foi Influência da Técnica de Moldagem Para Transferência na Precisão Dimensional de Modelos de Trabalho em Implantologia. Seus pais e namorado estiveram por lá assistindo a defesa.
As oficinas apresentadas pelo Dom Quixote são uma grande oportunidade de integração e aprendizagem, além dos jogos, brincadeiras e práticas na cozinha, oficinas de música e de teatro também são oferecidas para crianças e adolescentes mais tímidos, que precisam exercitar a interação social e a comunicação. Aulas de música, oficina de férias e oficinas de aprendizagem são outras propostas que a instituição oferece. Questões relacionadas à alimentação e autoestima são trabalhadas através da reeducação alimentar com psicóloga e nutricionista. A ambientoterapia é outra modalidade de atendimento e uma proposta inovadora na região. Profissionais atendem grupos de crianças com necessidades especiais, como autismo, psicose ou transtorno global do desenvolvimento. Os pequenos passam duas tardes inteiras no ambiente, realizando atividades lúdicas, pedagógicas, lanche e passeios. Fabíola e sua equipe acreditam nesse modelo de atendimento e comemoram sempre cada resultado. Fotos: Divulgação
Equipe
Atividades
A equipe de profissionais do Espaço Dom Quixote atende crianças e adolescentes de forma totalmente acolhedora
Uma nova bandeira Em dezembro, a última bandeira Unidão Supermercados deixou de existir e passou para a bandeira Supper Rissul. A nova loja Rissul completa o ciclo de troca de bandeiras para a marca. Atualmente, são 41 lojas no Rio Grande do Sul, com identidade visual unificada e funcionários igualmente treinados para oferecer, sempre, o melhor atendimento para o cliente.
Anos de tradição e funcionários dedicados fazem do Supper Rissul referência em supermercado na cidade
Aleitamento materno e prêmio de reconhecimento O Hospital Centenário é referência mundial para aleitamento materno. A instituição foi agraciada, no final de 2011, com o prêmio de reconhecimento IBCLC (International Board Certified Lactation Consultants) pelo trabalho que os profissionais realizam em prol da prática, e agora é referência mundial na área. A iniciativa de inscrever o Hospital no prêmio foi do médico Leandro Nunes, coordenador da UTI Neonatal e da Comissão de Incentivo ao Aleitamento Materno Exclusivo do HC. O título recebido consiste em um diploma internacional válido até o ano de 2013 e a autorização para divulgar essa informação. No Brasil, este prêmio havia sido recebido apenas pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Gabriela concluiu doutorado em odontologia em universidade de Bauru (SP)
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ESTÂNCIA vELHA Por Marcos Antonio Kroeff Colunista kroeffecia@ig.com.br
Divulgação
Pequenos escritores reúnem textos em livro Os alunos do 3º ano do Ensino Fundamental do Colégio Luterano Arhur Konrath viram seus textos escritos ao longo do ano reproduzidos em um livro que levou o título de Grandes Aventuras dos Animais da Fauna Brasileira. Este projeto foi coordenado pela professora Renata Mengue dos Santos, com supervisão da coordenadora pedagógica Helena Senger. Os pequenos escritores tiveram sua noite de autógrafos em 20 de dezembro de 2011, nas dependências da escola. Coordenados por Renata, alunos tiveram noite de autógrafos
Acampamento para comemorar aniversário O grupo de Escoteiros Jean de Lery completará, em 11 de junho, 45 anos de fundação. Em 7 de janeiro, Charles Augustin foi eleito presidente do grupo por um período de dois anos. Desde já a nova diretoria prepara uma programação festiva, devendo culminar com um acampamento comemorativo com data a ser confirmada. O retorno das atividades será em 3 de março, às 14 horas, em sua sede na rua Renato Robinson, 717, bairro União.
Agora é oficial
Cláudia Utzig/Divulgação
Os deputados estaduais aprovaram, em 21 de dezembro, por unanimidade, o projeto de Lei de autoria do deputado Lucas Redecker, que denomina o município de Estância Velha como Capital Nacional do Couro. Estância Velha tem tradição no beneficiamento de couros, o que remonta ao século 19, quando havia fabricação de selas e assessórios para montaria, sendo que mais tarde o município dedicou-se também ao curtimento de couros e peles, combinado com a produção de calçados, ainda hoje a principal vocação do município. Tamanha vocação pode ser resumida em uma bela obra de arte, o Monumento ao Curtidor, executada em 1984 pela artista plástica Verena Becker, localizada no centro da cidade. Divulgação/PMEV
Grupo de escoteiros completa 45 anos de fundação em junho
Divulgação/PMEV
Desfile carnavalesco
Escola Acadêmicos do Samba foi a vencedora de 2011
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Deverá ocorrer em 18 de fevereiro o tradicional desfile de rua do carnaval de Estância Velha. O palco do evento será novamente na Avenida Brasil nas proximidades da Sociedade Esportiva e Recreativa Chimarrão (Serc), entre os bairros Bela Vista e Lira. A ordem do desfile das escolas será a seguinte: Asas da Liberdade, Unidos da Ponte, Acadêmicos do Samba, finalizando com uma escola convidada. Até o fechamento da edição, o nome da escola convidada ainda não havia sido definido. Uma das novidades para este ano será o dia da premiação, que ocorrerá uma semana depois, em 25 de fevereiro. A ideia é possibilitar um número maior de participantes.
Monumento ao Curtidor resume a vocação da cidade
Dois Irmãos | Ivoti | Lindolfo Color | Morro Reuter | Picada Café | Presidente Lucena | Santa Maria do Herval
ENCOSTA DA SERRA
Por Sandra Hess Jornalista sandrahess2003@yahoo.com.br
Marcus Feil, morador de Ivoti há dois anos, vem conquistando mais e mais apreciadores da arte iniciada na China, há 200 anos a.C., e que ganhou notoriedade no Japão. Ele é um dos únicos produtores de bonsai - a arte de cultivar árvores em bandejas -, da Encosta da Serra. Para quem não tem paciência, mas admira o trabalho e gostaria de ter a planta em casa, não é preciso ter receio: basta dar água e colocá-la em área iluminada. “A parte mais complicada é a do bonsaísta, que vai dando forma à arvore, podando e trocando de bacias na medida em que vai diminuindo o seu tamanho”, explica. O valor varia de acordo com a idade e espécie, entre R$ 20 a R$ 5 mil.
Sandra Hess/Divulgação
Que tal enfeitar a casa com um bonsai?
Feil junto a variedades da pequena árvore
Anelise Kunrath/Divulgação
Walachai é exibido no Teatro Adriano Schenkel Nas férias escolares, o Departamento de Cultura de Dois Irmãos está distribuindo, gratuitamente, 30 ingressos para cada sessão do documentário Walachai, exibido desde janeiro no Teatro Adriano Schenkel, da Curto Arte Produções. O filme da diretora Rejane Zilles, produzido pela Curto Arte, retrata a vida dos moradores do Walachai, localidade próxima ao município. Novas sessões estão marcadas para os dias 8 e 15 de fevereiro. Os ingressos podem ser retirados no Departamento Municipal de Cultura, que fica na Avenida São Miguel, 1619 de segunda à sextafeira, das 7h30min às 13h30min. Para retirar o ingresso é necessário trazer o documento de CPF ou carteira de identidade. Também há ingressos disponíveis no teatro, a R$ 8. Mais informações pelo telefone (51) 3564-7101. Teatro Adriano Schenkel recebe estudantes a convite do Departamento de Cultura
A Câmara de Vereadores de Picada Café ganhou uma Galeria dos Presidentes do Poder Legislativo. A iniciativa foi do presidente da legislatura de 2011, Artêmio Arnold, que havia se comprometido em criar o espaço a fim de marcar a história de todos os edis que estiveram à frente da casa desde 1993. Em 2012, o vereador Egon Hansen assumiu a presidência.
Em 26 de janeiro, nova parceria foi firmada entre as cidades co-irmãs Ivoti e Rottenbuch, localizada no sul da Alemanha, para intercâmbio de estudantes da rede municipal ivotiense, mediante avaliação de rendimento em prova ZDP aplicada nas oitavas séries. A Unimed Vale dos Sinos avaliou os seus prestadores de serviços e entregou troféu aos nove melhores e, dentre eles, o Laboratório Ruff, de Roseli Ruff Anschau, localizado em Ivoti. Ivoti, Dois Irmãos e Morro Reuter fazem parte do Roteiro Integrado Pelos Caminhos da Rota Romântica. O projeto ainda integra São Leopoldo e Novo Hamburgo. A ação é coordenada pela agência doisirmaosense Dinamicatur.
Robinson Kunz/Divulgação
Homenagem aos vereadores
Marcando presença
Arnold, presidente da Câmara de Picada Café de 2011, junto ao espaço criado em sua legislatura
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CAMPO BOM Por Juraci Reichert Colunista juraci_tr@yahoo.com.br
O teatro Marlise Saueressig, do Centro de Educação Integrada (CEI), foi palco da apresentação que encerrou o ano de 2011 da Allegro Ballet Escola de Dança. O espetáculo A Bela Adormecida reuniu 15 turmas de bailarinos de 3 a 25 anos, das Escolas de Educação Infantil Pingo de Gente e do Colégio Marista Pio XII, de Novo Hamburgo. Um espetáculo colorido e cheio de alegria, organizado pelas sócias Patricia Bassani e Márcia Del Rey, que levou emoção à plateia. A apresentação teve duas edições em 27 e 28 de novembro.
Claudio Etges/Divulgação
Conto de fadas no palco
O espetáculo A Bela Adormecida reuniu bailarinos de 3 a 25 anos no CEI
Fotos: Divulgação
Shows no aniversário da cidade
Claus e Vanessa foram atrações na festa dos 53 anos do município
A prefeitura promoveu, em 31 de janeiro, no Largo Irmãos Vetter, dois grandes shows para comemorar os 53 anos de emancipação do município. A festa teve início às 19 horas, com a apresentação da dupla Claus e Vanessa que cantou seus principais sucessos. Logo após foi a vez do grupo Nenhum de Nós animar o público com o repertório de seus 25 anos de carreira que inclui sucessos como Camila, Astronauta de Mármore e Paz e Amor.
Cidadão da cultura, e agora de Campo Bom O empresário José Roberto Lenhard, que hoje vive nos Estados Unidos, recebeu das mãos do prefeito Faisal Karam e do vereador proponente da homenagem, Maurélio dos Santos, o diploma que concede a ele o título de Cidadão de Campo Bom. O reconhecimento, até hoje, foi entregue para 15 pessoas que adotaram o município e contribuíram de forma significativa para que a cidade se desenvolvesse de forma destacada seja no setor da saúde, indústria, cultura, segurança, social entre outros. O reconhecimento a Lenhard se deu por seu trabalho de incentivo à cultura, especialmente com a Orquestra Eintracht.
Lenhard obteve reconhecimento por sua contribuição na área da cultura
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Espaço para o Direito Foi inaugurado, em janeiro, a Tramontin Bonho Advocacia, especializada nas áreas Previdenciária e Cível, localizado na Avenida João XXIII, 601. O novo escritório é resultado da parceria entre Luciana Tramontin Bonho e sua colega de faculdade e amiga, a Assessora Jurídica Adriane Kunst (foto), natural da cidade.
SAPIRANGA Município recebe R$ 17 milhões para saneamento básico
Por Aline Schneiders Colunista aschneiders@gmail.com
Temporada Premiada 2011 termina com sucesso O show da dupla de sertanejo universitário Lucas e Felipe marcou o fim da campanha Temporada Premiada 2011, promovida pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). A ação sorteou, em 24 de dezembro, dois caminhões recheados de prêmios e entre os mais de 200 mil cupons preenchidos, as sorteadas foram Andréia Bueno e Fabiane Bayer. Cada uma ganhou mais de 30 itens para casa, como cama box, eletrodomésticos, geladeira, entre outros prêmios.
No início de janeiro o prefeito de Sapiranga, Nelson Spolaor, assinou os contratos do PAC 2 Grupo 1 para obras de saneamento, no auditório da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), em Porto Alegre. Com o contrato, o município receberá mais de R$ 17 milhões para a implantação de sistema de esgotamento compreendendo redes coletoras, coletores troncos e ligações prediais parcialmente nas sub-bacias hidrossanitárias SA03 e SA05. A obra adicionará cobertura urbana de esgoto na cidade, passando do atual índice de 8% para 21%. Além de Sapiranga, a estatal gaúcha vai investir R$ 140 milhões nos municípios de Bento Gonçalves, Cachoeirinha, Gravataí, Santo Antônio da Patrulha, Santa Maria e Canoas.
Fotos: Divulgação
Carnaval de rua A cidade já se prepara para a folia de carnaval, em fevereiro. Para entrar no clima, no dia 12, às 17 horas, tem Muamba de Carnaval, na Avenida João Corrêa. E no dia 18, acontece o tradicional carnaval de rua com desfile das escolas de samba da cidade.
Beleza natural
Uma boa opção para quem fica na cidade e quer se refrescar bem pertinho da natureza é visitar os sítios de lazer. Passeios e trilha em meio à mata, banho de cachoeira e um clima agradável. Entre as opções disponíveis na zona rural estão o Camping da Família Deberofski, Reserva Ecológica Paraíso Verde e o Sítio da Família Lima.
A dupla Lucas e Felipe encantou centenas de fãs na Praça da Bandeira
Comitê Regional de Qualidade entrega certificados do GDE O Comitê Regional de Qualidade RS – Vale do Sinos entregou os certificados de conclusão para os 24 formandos do curso de Gestão e Desenvolvimento para Excelência (GDE) durante solenidade, em 7 de dezembro. O GDE prepara os participantes para administrar os seus negócios com base em fatos e dados, facilitando assim a tomada de decisões na construção de melhores resultados. Elita (E), com Wolff, foi recebida pela senadora Ana Amélia Lemos
Hospital de Sapiranga busca recursos para ampliar UTI
Segunda turma do GDE acaba de se formar em Sapiranga
A ampliação da capacidade da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Sapiranga de sete para dez leitos foi o pleito levado pelo presidente da entidade, João Wolff, e pela administradora Elita Herrmann, em reunião ocorrida em dezembro passado com a senadora Ana Amélia Lemos (PP), em Brasília. A UTI Adulta Tipo 2, funciona desde 2005 e atende pacientes de todo o Estado. Atualmente funciona em tempo integral com ocupação plena. Normalmente, possui pacientes em espera através da central de leitos de saúde do Estado. O Hospital de Sapiranga aumentou muito sua complexidade nos últimos anos e os leitos de UTI devem crescer na mesma proporção a fim de continuar prestando um serviço qualificado com segurança aos pacientes. Com ampliação de mais três leitos será possível atender essa demanda.
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PARANHANA
Taquara | Rolante | Igrejinha | Três Coroas | Parobé
Usina de triagem de lixo é reinaugurada
Espaço valoriza a produção da agricultura familiar e produtos coloniais e oferece itens mais saudáveis
Alvaro Bourscheidt/Divulgação
Vice-prefeita assume cargo no Martim Pescador
Nelsi com dirigentes do instituto e o artista Kia Santos, que fez doação de obra à entidade
Colunista lidilehnen@gmail.com
A vice-prefeita de Parobé, Nelsi Lázaro, foi empossada no Conselho Fiscal do Instituto Martim Pescador para o biênio 2012/1013. Ela desempenhava esse cargo em caráter interino na última gestão e agora o assumiu oficialmente. É a única representante o vale na diretoria do instituto. Na ocasião o artista plástico Kia Santos, radicado no município, fez a doação de uma obra. A figura é um peixe fabricado com metal e a base de materiais reciclados com a qual o artista protesta contra a mortandade de toneladas de peixes ocorrida no Rio dos Sinos em outubro de 2006.
A Usina de Triagem de Lixo, em Moquém, no distrito de Rio da Ilha, interior de Taquara, foi reinaugurada em 13 de janeiro. No local, todo o lixo recolhido no município será separado e destinado a reciclagem. O espaço funcionará por meio da Cooperativa de Reciclagem e Limpeza de Taquara, onde o valor arrecadado mensalmente com a venda dos itens será dividido entre os seus integrantes, hoje, 37 pessoas. O investimento para reforma e funcionamento da usina é de R$ 250 mil e veio da Fundação Nacional da Saúde (Funasa), R$ 125 mil; do Fundo Municipal de Meio Ambiente R$ 60 mil; de recursos próprios municipais R$ 25 mil, e de compensação de multa tributária, R$ 40 mil. Magda Rabie/Divulgação
Valorizar a produção dos agricultores do município e oferecer à comunidade alimentos fresquinhos e mais saudáveis. Isso será possível em mais um ponto de Três Coroas, onde, em janeiro, foi inaugurada mais uma Feira do Produtor. Frutas, verduras, legumes, pães, cucas, embutidos e outros produtos fresquinhos, oriundos da agricultura familiar serão comercializados aos sábados, a partir das 6 horas. O espaço em acabamento rústico com característica colonial germânica tem 31 metros quadrados e fica no entroncamento das ruas Frederico Ritter e Antônio Oppitz.
Por Lidiani Lehnen
Diego Land/Divulgação
Mais uma feira do colono em Três Coroas
Preparação para o Carnaval Legal 2012 segue em grande estilo Já é tradicional a comemoração de carnaval realizada em Taquara. O Carnaval Legal 2012 será realizado em 20 de fevereiro, a partir das 22 horas, na passarela Emílio Holderbaum, na Rua Júlio de Castilhos. A principal novidade do ano será a participação da Escola Unidos da Pinheiro que abrirá a folia, com cerca de 200 integrantes. Antes do carnaval já será tempo de festa. A escolha da rainha e das princesas do carnaval taquarense foi realizada em 4 de fevereiro, na Sociedade Recreativa Unidos da Pinheiro, na Rua Coronel Neves, 2.060, no bairro Campestre/Mundo Novo.
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O local será utilizado para separação do lixo, armazenamento e envio para reciclagem
NOVA PETRÓPOLIS Por Fabiane Sehnem Colunista fabiane@evidencyeventos.com.br
Figo, força das comunidades
Festival Internacional de Folclore terá registro especial
Graziela Dannenhauer/Especial
O maior evento cultural de Nova Petrópolis completa, em 2012, 40 anos e, para registrar sua história será colocado em prática um projeto bem interessante. Através da técnica da literatura oral com a coleta de dados, fotos e objetos, a proposta da organização é registrar e apresentar para comunidade e visitantes a trajetória do Festival Internacional de Folclore. Em parceria com a Universidade Feevale, está sendo estudada a didática do trabalho e do levantamento destes dados. Além da narração da história, também serão coletadas fotos e objetos para fazerem parte do acervo. Quem tiver interesse pode fazer contato pelo telefone (54) 3281.8439 ou pelo email culturanp@novapetropolis.rs.gov.br. O resultado do projeto de literatura oral será apresentado no 40º Festival Internacional de Folclore, que será realizado entre 27 de julho e 12 de agosto, na Praça das Flores. O evento é realizado em parceria entre a prefeitura e a Associação dos Grupos de Danças Folclóricas Alemãs, e conta com o apoio da Organização Internacional de Folclore e Artes Populares (IOV).
O figo é fonte de renda para muitos moradores e a razão da maior festa do interior da cidade. A 39ª Festa do Figo de Nova Petrópolis ressalta a união das comunidades na manutenção das tradições e, ainda, a importância do setor primário que atualmente é responsável por 23% da economia do município. Prevista para os dias 11 e 12 de fevereiro na Sociedade Cultural e Esportiva Linha Brasil, o evento contará com cerca de 450 expositores, sendo que destes, em torno de 200 são de figo. A coordenadora do Departamento de Cultura, Magdalena Hillebrand, a rainha Paloma Schabarum e as princesas Kátia Arend e Débora Voltz estiveram na Revista Expansão, no mês passado, para divulgar a 39ª edição da Festa do Figo.
Magdalena, Débora, Paloma e Kátia
Fotos: Divulgação
Acervo conta com momentos das primeiras edições da festa
A Cooperativa Piá desenvolve, mais uma vez, a Campanha Verão no Litoral, que se estende por todos os finais de semana até o final deste mês. As ações acontecem no Lounge Itapema, em Produtos serão distribuídos para degustação Xangri-Lá, onde os promotores da Piá estarão oferecendo degustação do iogurte Essence Pedaços. Em Torres, o ponto de encontro da Piá será na Casa de Verão da Band, e em Atlântida, no Lounge da Rádio Ipanema, na Saba. Os supermercados do litoral irão promover degustação do Essence Pedaços, em Torres, Capão da Canoa, Xangri-Lá, Imbé e Tramandaí. A Piá está em diversos pontos de venda espalhados pelo litoral norte.
Bruna Tamires Sehnem/Divulgação
Piá divulga produtos
7ª edição da Magia da Páscoa
O evento mais doce de Nova Petrópolis é a Magia da Páscoa, com o seu Fabuloso Labirinto de Chocolate. Em 2012, o evento irá unir cultura, história, sabor e diversão através da história do “Coelhinho que não queria ser de PásDecoração do evento promete emocionar os visitantes coa” que será contada por personagens lúdicos dentro de um labirinto. Após três anos no Centro de Eventos, neste ano, o evento será na Rua Coberta, junto à Praça das Flores. A sétima edição da Magia da Páscoa é entre 29 de março e 8 de abril. Além do labirinto de chocolate, o evento também contará com um palco de atrações culturais, vila do aprendiz com oficinas e brinquedos para as crianças e lojas de chocolates.
Revista Expansão
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VALE DO CAÍ Por Édio Otto Trein Colunista ediotrein@terra.com.br
A cidade de Feliz (RS) prepara dois grandes eventos para este ano. O tradicional Festival Nacional do Chopp ocorre nos dois finais de semana, de 14 e 21 de abril, na Sociedade Cultural e Esportiva de Feliz (Socef ). Já a Festa Nacional das Amoras, Morango e Chantilly (Fenamor) está agendada para o período de 10 a 18 de novembro, no Parque Municipal. Para divulgar as duas festas, a cidade conta com o apoio das soberanas 2012, a princesa Cristine Walter Schmitz, a rainha Laís Poersch e a princesa Édina Weber. Também o prefeito César Assmann disponibilizará sua equipe de apoio e a população de Feliz irá colaborar para o êxito destes, que são os dois maiores eventos do município de Feliz, no Vale do Caí.
Maico Vogel/Divulgação
Dois maiores eventos
Rápidas
As soberanas, Cristine, Laís e Édina atuam na divulgação das festas
Emerson de Oliveira/Divulgação
Obras concluídas em três meses
Oliveira acompanha pessoalmente as obras nas vias públicas
As obras de asfaltamento de ruas em Montenegro deverão estar concluídas em até três meses. A previsão é da prefeitura, comandada por Percival de Oliveira, que anuncia um investimento de R$ 417.314,97, por meio de financiamento junto ao Badesul, com contrapartida do município de R$ 96.965,40. As vias que estão sendo asfaltadas são Olavo Bilac, Assis Brasil. Estão sendo usados 11.497,6 metros quadrados de asfalto para as obras.
São Sebastião do Caí (RS) está preparando o 14° Rodeio Crioulo, para os dias 4, 5 e 6 de maio, no Parque de Eventos da Universidade de Caxias do Sul, unidade Vale do Caí. Montenegro (RS), no Vale do Caí, promoverá a 4ª Expomonte, de 1° a 10 de junho, no Parque Centenário. “É um evento de exposições e cultura da nossa terra”, informa Marcelo Silva, chefe de gabinete da prefeitura de Montenegro. Tupandi (RS) prepara a 5.ª Maifest e a 14.ª Festa do Porco no Rolete. Iniciará com o baile da escolha das soberanas, marcado para 10 de fevereiro, na Sociedade São Luiz. Mais informações pelo telefone (51) 3635-8040. Vale Real (RS) festejará o seu 20° aniversário de emancipação político-administrativa. E para comemorar a data, programou o baile para a escolha das soberanas da 14.ª Kronthal Fest, no Centro de Eventos Arno Stoffels, em 17 de março.
Mais uma boa notícia para a população de Bom Princípio. Depois da inauguração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no segundo semestre de 2011em 5 de novembro, a cidade receberá um centro cirúrgico. O anúncio foi feito em 10 de janeiro e, de acordo com o prefeito Nestor Seibel, o espaço deverá ser especializado em traumatologia e, poderá atender também outros tipos de cirurgia. “Teremos um centro de referência na especialidade”, disse o prefeito. A liberação dos recursos para a construção do Centro de Traumatologia de Bom Princípio esteve na pauta de uma audiência com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também em 10 de janeiro. O encontro aconteceu em Brasília e o prefeito esteve acompanhado pelo deputado federal Osmar Terra. Segundo o prefeito, o ministro prometeu o repasse do recurso até junho, desde que o projeto seja encaminhado o mais breve possível.
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Castor Becker Júnior/Divulgação
Bom Princípio terá um Centro de Traumatologia
UPA foi inaugurada no segundo semestre de 2011
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SANTA CRUZ DO SUL Por Sandro Viana e
Ana C. dos Santos
Expoagro Afubra 2012
Four Comunicação assessoria@fourcomunicacao.com.br
A 12.ª Expoagro Afubra, que ocorre no Parque de Exposições, na localidade de Rincão Del Rey, na cidade de Rio Pardo (RS), será lançada em 1.º de março. Este ano, o evento, considerado a maior feira do Brasil voltada à agricultura familiar, será realizado nos dias 21, 22 e 23 de março, das 8 às 18 horas, com entrada franca.
Marcus Luconi/Divulgação
Pitt lança coleção com novidades em tecidos A Pitt Jeans lançou oficialmente sua Coleção Outono/Inverno 2012, na Fenim, no Serra Park, em Gramado (RS). Nesta nova coleção, a marca traz diversas novidades, entre elas, a utilização de tecidos exclusivos. Como astro da campanha, a Pitt traz o ator global Ricardo Pereira, que posa ao lado da modelo Elisandra Tomacheski. O global Ricardo Pereira estrela a campanha ao lado da modelo Elisandra Tomacheski
A Casa das Artes Regina Simonis, considerada um dos prédios históricos mais importantes de Santa Cruz do Sul, ganhou uma importante aliada na luta pela sua preservação. A Japan Tobacco International (JTI) anunciou em dezembro que vai financiar o projeto de reconversão de uso e restauração para que possa ser iniciada a captação de recursos.
Casa das Artes terá projeto de restauração financiado pela JTI
China Tabaco e Alliance unidas em nova empresa
Divulgação
Oktoberfest obtém lucro O resultado financeiro da 27ª Oktoberfest e Feirasul, realizadas de 5 a 16 de outubro, em parceria pela Associação de Entidades Empresariais (Assemp) e prefeitura de Santa Cruz do Sul, foi apresentado à comunidade no mês de dezembro. Conforme o Balanço Financeiro, os eventos registraram um resultado positivo de R$ 537,5 mil.
Strohschoen e Deqing Liang firmaram parceria
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Junio Nunes/Divulgação
Financiamento para restaurar Casa das Artes
A China Tabaco Internacional do Brasil (CTIB) e a Alliance One Brasil Exportadora de Tabacos (AOB) anunciaram, no início de janeiro, a criação de uma nova empresa (joint venture). De acordo com os dirigentes da empresas, Alexandre Strohschoen, da Alliance One; e Deqing Lian, da China Tabaco, a nova organização deve gerar, inicialmente, em torno de 250 empregos diretos, entre efetivos e temporários, com previsão de faturamento da ordem de R$ 200 milhões ao ano.
Junio Nunes/Divulgação
Duas décadas de história da Engepro
Márcia, Sabbi e Mario na comemoração
As duas décadas de atuação da Engepro Construções em Santa Cruz foram comemoradas em dezembro com um coquetel para autoridades, clientes, amigos e fornecedores, na Cervejaria Heilige. Na ocasião, o engenheiro Ário Sabbi, ao lado da esposa Márcia e do filho Mario, comemorou os 20 anos de atuação e anunciou o novo empreendimento da construtora, o Residencial Arthur.
Plantio de grãos após a colheita do tabaco
Junio Nunes/Divulgação
A propriedade da família Haas, em Linha Hansel, Venâncio Aires, sediou em janeiro o lançamento do Programa Milho & Feijão Após a Colheita do Tabaco, que objetiva incentivar o plantio de grãos na resteva do tabaco como forma de diversificar a propriedade, aumentar a renda do produtor e contribuir para a preservação do meio ambiente. O programa é uma parceria da Souza Cruz, do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, por intermédio da Seapa, e da Farsul e Fetag.
Expocande 2012
Assinatura renovou a parceria entre a iniciativa privada e o governo do Estado
O potencial comercial, industrial e agropecuário do município de Candelária vai estar em evidência de 26 de abril a 1º de maio de 2012, no Parque de Eventos Itamar Vezentini, durante a Expocande. O evento, promovido pela Associação Cultural de Candelária Erico Veríssimo (ACCEV), com apoio da prefeitura e da Associação Comercial e Industrial de Candelária (Acic), tem como presidente de honra, o prefeito de Candelária, Lauro Mainardi, e como presidente executivo, o secretário municipal de Turismo e Cultura, Jorge Mallmann.
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Revista Expans達o
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EM CENA
2012 será um ano regido pela Mãe Iemanjá... Salve Nossa Senhora, Rainha das águas de todos os mares!!! Salve o amor, a feminilidade, o cuidado, o desejo, a graça, a responsabilidade, a esperança, o afeto...o gesto!!! (Marlete Lourenço Fernandes Feltes)
Foto: Vera Fernandes/Especial Rosas brancas para brindar Iemanjá, no mar de Garopaba (SC), para o ano que se inicia, que é regido por esta orixá.
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