Expansão RS | Edição 222 - Setembro 2018

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RS PERSONALIDADE Grace Gianoukas Talento e bom humor da atriz gaúcha conquista brasileiros

RS ESPECIAL Série Educação aborda diferenciais tecnológicos

IARA SCHNEIDER DIREITO COM PROPÓSITO

Advogar com foco na sustentabilidade e questões sociais RS ENTREVISTA

Ano 19

Secretária do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Ana Pellini fala sobre lei dos agrotóxicos e cidades inteligentes

nº 222 R$ 13,00




DA REDAÇÃO FICHA TÉCNICA ADMINISTRAÇÃO Ana Maribel Pacheco | Diretora geral ana@revistaexpansao.com.br Sérgio Luiz Jost | Diretor comercial sergio@revistaexpansao.com.br EXPANSÃO RS REDAÇÃO

Os bons ventos sopram em setembro

Mayara Morales | Repórter/Estagiária redacao@revistaexpansao.com.br Matheus Martins Repórter/Estagiário site@revistaexpansao.com.br

Deixemos o inverno de lado, pois setembro é o mês das flores, da primavera e da vida. É justamente a vida que trazemos como tema para essa nossa edição, pois tratamos de sustentabilidade e pensamento coletivo quando entrevistamos a secretária do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Ana Pellini. Outra perspectiva sobre a vida é abordada na matéria que tem como foco o voto responsável. Os 20 anos da AMO Criança NH nos lembram que, por mais o cenário político e a polarização dificultem o dia a dia e tornam a crise maior, ainda é possível estender a mão ao próximo. E já que estamos celebrando, trouxemos um apanhado da história de Santa Cruz do Sul, que completa 140 anos neste mês. Essa edição é o nosso desejo mais sincero de que os bons ventos da primavera fortaleçam o pensamento coletivo e o bem-estar.

Gabrielle Pacheco Assistente de redação e mídias gabrielle@revistaexpansao.com.br CRIAÇÃO Alexandre Bitello | Edição de Arte (ABDesigner) alexandre@revistaexpansao.com.br ASSINATURAS assinaturas@revistaexpansao.com.br ASSESSORIA JURÍDICA Becker&Santos Advogados | OAB/RS 3.201 contato@beckeresantos.com.br IMPRESSÃO

ABRANGÊNCIA Porto Alegre, Grande Porto Alegre, Vale do Sinos, Vale do Paranhana, Vale do Caí, Vale do Rio Pardo, Região das Hortênsias e Encosta da Serra

Ana Maribel Pacheco Diretora Geral/ Coordenadora Editorial

www.expansaors.com.br CAPA | Edição 222

Iara Schneider Sociedade Individual de Advocacia Criação: Alexandre Bitello ABDesigner (Expansão RS) Fotografia: Homero Schuch/Especial (51) 98196-1329

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Setembro/2018 - Os artigos assinados não representam, necessariamente, o pensamento da revista. Não é permitida a reprodução parcial ou total dos artigos publicados na revista sem prévia autorização do editor. Rua Quintino Bocaiúva, 99, Centro/Novo Hamburgo - RS | 93510-270 | (51) 3065-6380, (51) 3036-6380 ou (51) 3036-6381 CNPJ 03.526.627.0001/79

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Fotos: Divulgação

SETEMBRO 8 | RS ENTREVISTA Ana Pellini, Secretária do Meio Ambiente, fala do uso de agrotóxicos e agricultura no Estado

24 | RS PERSONALIDADE Grace Gianoukas e as atuações tão marcantes quanto sua personalidade

28 | RS SAÚDE Obesidade é barreira no mercado de trabalho e gera atritos

RS ESPECIAL

Wagner Cezar/Divulgação

Os desafios tecnológicos que as escolas enfrentam

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34 | RS POLÍTICA Como o voto consciente é necessário para mudar a realidade brasileira

38 | RS CIDADE Santa Cruz do Sul celebra 140 anos de história e prosperidade

12 | RS Capa 32 | RS Solidariedade 36 | RS Artigo 44 | RS Poa

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46 | RS É negócio? 48 | RS Drops 55 | RS Finanças 56 | RS E aí, tudo Bley?

57 | RS Organze 58 | RS De A a Zita 64 | RS Eventos, Dicas e Fatos 65 | RS Glamour 66 | RS Inspiração


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RS ENTREVISTA

TEXTO Mayara Morales | FOTOS: Divulgação

PARA

TRANSFORMAR o Rio Grande do Sul

O Estado está se desenvolvendo de maneira sustentável?

A

s cidades inteligentes, segungundo a União Europeia, são volco tadas para o uso estratégico da infraestrutura e serviços. s. Ou seja, elas são planejadas para catalisar o sistema de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida de sua comunidade. Teríamos, então, que começar a construir novas cidades? Não. Já existem medidas que a comunidade e seus governantes podem investir para trazer as tecnologias sustentáveis para suas cidades. Mas por que é importante deba-ter sobre questões sustentáveis? O Brasil, assim como o resto do munundo, está enfrentando sérios problemas mas quanto ao descarte correto do lixo. ixo. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, só em 2016, 56% dos municípios cípios brasileiros estavam depositando incorrencorretamente o lixo produzido em aterros. rros. No mesmo ano desse levantamento, o país havia produzido 78 milhões de toneladass de entulho. A secretária do Ambiente e Desenvolvimento senvolvimento Sustentável do Estado, Ana Pellini,i nos concedeu entrevista para falarmos desses e outras temáticas relacionadas a sustentabilidade.

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As cidades gaúchas estão se ttornando inteligentes? Isso está mais na alçada dos municípios, mas, de qualquer forma, muni estabelecemos algumas regras via Conestabele do Meio Ambiente, que os selho Estadual Esta seguir. O que mais estagestores devem de mos dando prioridade é quanto ao esgotapois esse é um dos fatores mento sanitário, sanitá poluição nas cidades. Uma que mais produz prod das mudanças que fizemos para agilizar o processo foi trazer o licenciamento de estações de esgoto e água todo para a Funtratamento de e dação Estadual de d Proteção Ambiental (Fepam). estamos estimulando a utilização da Também esta pois é uma solução de fossa filtro e sumidouro, sum Quanto ao lixo, temos trabaixo custo financeiro. finan balhado de forma form intensa para combater os lixões Junto com o Ministério nos municípios gaúchos. g do Ambiente e DesenvolviPúblico e a Secretaria Secre mento Sustentável Sustentáv (Sema), temos multado muitos prefeitos quanto à utilização dos lixões, pois é uma muito a região. Com a reduprática que degrada deg ção de recursos, recursos muitos prefeitos têm encarado essa ação de cuidar e dar tratamento adequado para o lixo, lix como algo que não seria um investimento. Todo mundo tem enfrentado investimento situações parecidas e infelizmente, as soluções para o lixo não são baratas.


O governo apresenta outras saídas além da multa? Sim, a multa ocorre para desestimular a má conduta do prefeito. Assim, essa multa não é uma forma de entrada de dinheiro nos cofres públicos. Sempre indicamos uma solução que deve ser realizada na cidade. Algumas vezes, sugerimos recuperar a área que antes era usada como lixão, outras indicamos construção de uma praça, por exemplo. Normalmente, os prefeitos trazem um projeto, fazemos sugestões de melhoria e, por fim, aprovamos o projeto.

“Acreditamos que precisa existir algo permanente para realmente criar essa responsabilidade ambiental nas próximas gerações.”

Quais são as ações que a Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável tem realizado para conscientizar as próximas gerações? Temos uma assessoria que trata justamente disso. Então, realizamos ações pontuais nas praias e nos teatros. Além disso, todo grande empreendedor tem que trazer um projeto voltado para educação ambiental. Isso, ao meu ver, não é efetivo. Por isso, estamos trabalhando em parceria com a Secretaria da Educação para implantar uma disciplina de educação ambiental no ensino regular a cargo do Estado. Acreditamos que precisa existir algo permanente para realmente criar essa responsabilidade ambiental nas próximas gerações. Assim, vamos mudando a nossa cultura de “achar que, como população, podemos fazer tudo que o poder público vem para resolver depois”. Queremos tornar essa ação uma medida de política pública voltada para o meio ambiente.

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RS ENTREVISTA

O Rio Grande do Sul tem desenvolvido ações com base nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU? No Rio Grande do Sul, por exemplo, a agricultura familiar representa 70% dos produtores. É uma situação atípica do restante do País. Esse alto índice de adesão à agricultura familiar faz com que, de certa forma, tenhamos boas práticas no campo. Conseguimos grande apoio da própria Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (FETAG-RS), que cuida de questões relacionadas à agricultura familiar e também, temos a confiança do agricultor. No convênio com a FETAG-RS, eles nos ajudam a incentivar as boas práticas e, também, estão plantando mudas. Fizemos uma parceria entre a Corsan, que devia compensações ambientais ao Estado, assim, transformamos a multa em plantio de mudas em propriedades que desenvolvem a agricultura familiar. Escolhemos esses agricultores porque eles têm muitas nascentes e beiras de rio sendo degradadas. Eles sabem que é importante recuperar essa área, não só por causa de uma questão pública, mas porque também é uma maneira deles terem água de qualidade e proteção do solo. Afinal, é de onde vem o sustento deles. Nesse convênio com a FETAGRS, está previsto o plantio de mais de 1 milhão de mudas. Temos revertido essas pendências de compensação ambiental para produção de água de qualidade em áreas degradadas. Como o agricultor pode se relacionar de forma sustentável com o pampa gaúcho? A Emater/RS-Ascar é um braço muito importante para o Estado em

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“Disponibilizamos técnicos que visitam a propriedade e passam a orientar o produtor para aplicar a melhor prática. ”

questões voltadas ao campo, pois dá assistência técnica. O Programa Estadual de Conservação do Solo e da Água tem vários atores, inclusive, o Sindicato da Engenharia está dando os cursos para os profissionais consultores. Esse programa vem desde 2015, e assinamos a prorrogação porque ele tem se mostrado muito bom. Em locais onde já estava ocorrendo a desertificação, e por meio desse programa, estamos conseguindo dar todo o apoio para o produtor. Tudo isso para que tenhamos uma produção agropecuária mais sustentável. Nós temos outro problema adicional. A metade sul do Estado é pampa, então, se nessa região se planta lavoura, por exemplo, isso descaracteriza o bioma pampa. Queremos preservar o nosso bioma. Por isso, queremos estimular o pastoreio com o gado. Por meio de incentivo financeiro do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), é repassado um auxílio para os produtores se prepararem e continuarem com o pastoreio de maneira correta. Porque o pastoreio nem sempre é a prática mais lucrativa, quando comparada a outras culturas. Quando o produtor procura as instituições do Estado porque está com sua terra muito degradada, como a Secretaria procede? Toda a nossa linha de auxílio para a agricultura familiar chega por meio da FETAG-RS e sindicatos rurais. Disponibilizamos técnicos que visitam a propriedade e passam a orientar o produtor para aplicar a melhor prática. Além disso, tivemos o programa RS Pampa Biodiversidade, com apoio do BRDE, em que foi destinado R$ 6.716.000,00 em financiamento para execu-


ção da restauração do Pampa. O problema é que, para recuperar a área, o agricultor tem que parar de produzir nessa terra. Esse é o grande desafio. Como o Estado pretende se posicionar quanto à abertura do país para novos agrotóxicos? Como isso afetaria a saúde da população gaúcha? Nós já temos uma lei referente ao uso de agrotóxicos. Inclusive, a nossa lei foi a primeira do país direcionada a esse assunto. Ou seja, não importa o que ocorra na lei federal, pois aqui no Rio Grande do Sul a legislação é outra. Nós temos um cadastro de agrotóxicos liberados para uso no Estado. Essa lista é regulamentada pela FEPAM e pelas secretarias de saúde, meio ambiente e agricultura. O que isso significa? Se o produto não for aprovado no país de origem, ele não pode ser comercializado aqui no estado. De qualquer sorte, alguma modernização na legislação dos agrotóxicos temos que fazer, porque hoje levamos muito tempo para aprovar um produto novo. Surgem novas moléculas e produtos que são menos agressivos ao meio ambiente, e o Estado não consegue acompanhar essas novidades do mercado. Contudo, o nosso principal problema é o produto clandestino. Temos uma fronteira muito extensa e, por mais que façamos ações de apreensão junto à polícia, sempre ocorrem esses contrabandos vindos do Uruguai. Esses agrotóxicos ilegais estão causando problemas para nossa produção de maçã e uvas. Acreditas que a modernização da lei dos agrotóxicos e a capacitação dos técnicos que avaliam os produtos é a solução para tornar esse processo seguro? O mais importante é modernizar a capacitação dos técnicos para que eles possam aprovar essas novas moléculas com segurança. Não é uma tarefa fácil, porque alguns desses produtos não tem muito tempo de uso, então tem um risco a longo prazo para ser considerado. O segredo da segurança em utilizar esses novos produtos está na qualificação necessária desses técnicos.

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RS CAPA

Direito com propósito Advogar com foco na sustentabilidade e em prol de quem precisa

Q

uantas vezes ouvimos falar que devemos aplicar práticas sustentáveis em nosso dia a dia? Para inserir essas práticas ecologicamente corretas é necessário uma reeducação. Mudanças de hábitos tão enraizados não é nada fácil, em alguns casos, a tecnologia ainda precisa ser desenvolvida e adaptada. Por isso, Califórnia, estado norte-americano, aprovou uma lei que prevê que, a partir de 2045, o estado só poderá utilizar energia limpas. Dessa forma, passa a ser proibida a queima de combustíveis fósseis, como derivados de petróleo e carvão. A CONSCIÊNCIA É O MELHOR INCENTIVO Por aqui, no Brasil, o Governo tem um plano que disponibiliza R$ 3,2 bilhões para financiar placas fotovoltaicas nas regiões Norte, Nordeste

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Fotos: Homero Schuch/Especial

e Centro-Oeste. A região Sul e Sudeste ficaram de fora desse investimento. Enquanto o apoio não chega, a advogada Iara Schneider implementa por conta própria as placas fotovoltaicas em sua rede escritórios, tornando-se, assim, um dos primeiros escritórios de advocacia do Estado a investir em energia limpa. “Trabalhamos com a questão de sustentabilidade, porque tudo aqui é feito com um propósito. Então, por que não trabalhar o sentido da vida com a minha equipe? Aqui cuidamos das pessoas, logo, utilizar os recursos de maneira responsável se enquadra nessa questão também”, ressalta a advogada. Como pós-graduada em Direito Ambiental, Iara fez questão que as práticas sustentáveis, que vão desde placas solares a reaproveitamento de papel, estivessem em todos os setores dos escritórios. “Em dia de audiência, por exemplo, incentivamos a carona compartilhada, pois assim diminuímos o consumo de combustível e emissão de gases no meio ambiente. Todos os escritórios vivem essa cultura”, explica Iara. A advogada afirma que procura a tecnologia para construir um projeto sustentável que ajude a empresa em uma de suas missões e valores, de atuar com responsabilidade social. “O nosso lema: servir para transformar”, ressalta Iara.


Placas fotovoltaicas nos escritórios

ÁREA DE ATUAÇÃO

Direito previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Civil | Direito Criminal

A SENSIBILIZAÇÃO DA EQUIPE

O Judiciário gaúcho terminou o ano passado com 2,78 milhões de processos. Neste cenário, de superlotação do nosso sistema jurídico, é como se a cada quatro habitantes do Estado, um estivesse envolvido em algum processo judicial. E, ninguém contrata um advogado querendo se sentir mais um em meio a tantos processos. Para Iara, como tratamos as pessoas se reflete em como lidamos com as questões ambientais. Assim, sustentabilidade ambiental caminha lado a lado com o sentimento de empatia com as causas das pessoas que procuram algum de seus escritórios. Portanto, a sensibilidade em atender os seus clientes é essencial para sua equipe. “Atrás de processos, atrás de um judiciário, atrás de decisões, existem pessoas. Do que adianta tudo isso se você não favorece as pessoas? As pessoas, normalmente, chegam fragilizadas em um escritório de advocacia. Os clientes precisam se sentir acolhidos e compreendidos”, ressalta a advogada. Outro ponto destacado é o investimento na qualificação de sua equipe. “Ao longo dos anos, investiu-se na altíssima especialização dos profissionais, incentivando a busca por novos conhecimentos e aperfeiçoamento dos trabalhos jurídicos desenvolvidos”, diz Iara. Além disso, desde o ano de 2017, o escritório tem se voltado para ações relacionadas ao meio ambiente e questões sociais.

iaraschneider.com.br

Atualmente, são mais de 50 colaboradores em todas as filiais, integrados em equipes que garantem o melhor atendimento. Aliado a isso, investe, constantemente, no que há de mais moderno em termos de tecnologia da informação.

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IaraSchneiderAdvocacia iaraschneideradvocacia 13


RS ESPECIAL

TEXTO Matheus Martins | FOTOS: Divulgação

Os diferenciais tecnológicos oferecidos por escolas da região

A cronicidade

do F5 no ensino

“O professor exerce um papel essencial nesse novo mundo digital, não mais como um ‘provedor de conteúdos’, mas funcionando como um catalisador de reflexões e conexões para seus alunos nesse ambiente mais complexo, que também é mais rico e poderoso”, explica a escritora Martha Gabriel no livro Educ@r - A Revolução Digital na Educação. O ambiente na qual Martha se refere é aquele que não mais cabe em um monitor de 13’’, deixando de ser apenas metafísico para espalhar-se pela vida cotidiana.

A vida em terra firme e palpável segue os moldes da World Wide Web, criada em 1989, onde tudo é instantâneo, para ontem. A tecnologia caminha a passos largos e, se piscar, tu ficas para trás. No segundo mês do Especial Educação de 2018, dividido em quatro partes sobre diferenciais oferecidos pelas escolas da região, vamos entender como a tecnologia invadiu a sala de aula, renovando a forma de ensinar e a maneira do professor e aluno se relacionar.

“O professor exerce um papel essencial nesse novo mundo digital, (...) 14

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oB oting*

As redes sociais causam a falsa sensação de a internet ser algo novo. Porém foi criada em 1969 para fins militares, mas a popularização da WWW e dos computadores começou em 1990, desenvolvendose em um ritmo acelerado de crescimento para um curto espaço de tempo. No Brasil, segundo o estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) do ano passado, aponta que nosso país possui cinco computadores (desktop, notebook ou tablet) p para cada seis habitantes. E a computação, é uma prátitica de longa data desenvolvida pelas escolas da região. No Sinodal, o olhar para a tecnologia já tem três décadas. “Há 30 anos o Sinodal dá ênfase à tecnologia a partir de aulas de informática”, explica o o). diretor geral, Ivan Renner (foto “Essa ênfase foi crescendo e se e desenvolvendo ao longo dos anos, aproveitando as oportunidades e as demandas que foram aparecendo”, diz. Segundo a professora de língua portuguesa da IENH Carolina Muller, a instituição trabalha a tecnologia no ensino desde os anos de 1980. “Nós trabalhamos com informática há muito tempo, o que acon-

Bárbara Vier Mengue

“Há 30 anos o Sinodal dá ênfase à tecnologia a partir de aulas de informática.”

tece é que hoje o olhar é um pouco diferente”, explica. Desde essa época, difere a escola vem trabalhando com programação e inserindo no currículo metodologias que são inovadoras, usando dispositivos e recursos digitais como auxilio no ensino em sala de aula. Desde 2000, nos cursos complementares do Instituto Ivoti, é ofertado o Projeto de Robótica Educacional. De acordo com o professor Vanderlei Kriesang, é “uma proposta transdisciplinar para instigar a curiosidade do educando na construção das Novas Tecnologias”, explica. “Procuramos conhecer novas tendências e incorporá-las em nossos processos quando entendemos que elas podem agregar, melhorar ou facilitar o que já se faz”, conta a coordenadora pedagógica do Ensino Médio, Bárbara Vier Mengue.

“Procuramos conhecer novas tendências e incorporá-las em nossos processos (...)”

* Refere-se ao processo de inicialização de um sistema operacional.

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RS ESPECIAL

Reboot system*

O movimento dos professorido aqui, na escola também”, analisa. res de adaptação às novas práApós equipar e implantar recursos ticas tecnológicas na forma de digitais nas salas de aula, o Sinodal read ensinar é unânime entre todos: llizou um curso sobre tecnologia voltada é contínuo. Buscar entender à educação para os professores. A ativicomo funciona os mecanismos dade teve a finalidade de exemplificar a d de aprendizagem das crianças utilização dos materiais e gerar discusu e novos adolescentes imersos ssão sobre o tema. “Grande parte dos no digital levou muitos dos doprofessores e dos alunos são favoráveis p centes a voltar a estudar. É uma a esses recursos na sala, pois, uma explicurva que se mantém, pois a ccação de assuntos complexos pode se Jorge tecnologia é uma estrada que ttornar mais simples através de demonsJardim não dá previsão de como será ttrações de vídeos, imagens ou modelos logo a frente, apenas flui. E 3D”, conta o coordenador de tecnologia como toda curva, a cautela é e estratégia do Sinodal, professor Jorge necessária. Jardim Jr. “Com a tecnologia disponível, é possível A professora de língua inglesa da IENH acompanhar notícias em tempo real, tornando a sala Janaina Menezes conta que a instituição tem de aula num palco para debates e reflexões sobre provocado o grupo de professores a olhar temas atuais”, reitera. para os fenômenos e transformações tecnoSegundo Bárbara, do Instituto Ivoti, a escola busca lógicas, tentando, a partir disso, entender incentivar o uso dos recursos multimídias em sala de como a educação atua. “A tecnologia é mais aula, oferecendo suporte e auxilio. “Há professores que um recurso, uma ferramenta, é mais do que utilizam mais os novos recursos digitais, que se que uma coisa. É para promover apropriaadaptam rapidamente”, diz. Mas, também pondera ção, para que os alunos possam se apropriar o retrospecto dos profissionais quanto à tecnologia. dela, indo além de uso e que sejam criadores “Isso também depende das experiências individuais também”, explica. “É todo um estudo que a de cada docente e da sua motivação”, explica. gente precisa ter por trás para poder ir conPara o professor do Instituto, Lucas Breunig, “o duzindo essas abordagens e traçando esse uso de recursos multimídia nas aulas oferecem múlpercurso de aprendizagem”, completa. tiplas oportunidades”, diz. A aula se torna mais diPara provocar um aluno é preciso estar atunâmica com o apoio da internet para pesquisas e alizado, define a professora de língua inglesa relação com outras áreas do conhecimento. Poder da IENH Cristiane Ely Lemke. buscar e trazer rapidamente para discusb “Para a gente conseguir fazer ssão assuntos que ocorrem na hora, ou esse trabalho com os alunos, perto do começo da aula, gera um dep desde 2014 todo o grupo de bate mais factual. Outro apoio que, para b professores vêm sendo prepao professor, atrai o aluno são os recursos rado e fazendo um treinamenaudiovisuais para ilustrar a matéria esa to, um preparo, de forma bem ttudada. Lucas retoma o ponto central, intensa”, diz. “Eu não trabaque “para maximizar o uso dos recursos, q lhava muito com tecnologia, e o professor deve estar em constante cahoje eu sou professora de aula pacitação, sempre buscando novas ferp de programação. Então foi rramentas e tecnologias para aprimorar Lucas todo um conhecimento adquissuas aulas”, completa. Breunig

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* Processo de reinicialização de um sistema operacional.



Wagner Cezar/Especial

RS ESPECIAL

BOTNET*

A Geração Z, aqueles que nasceram entre 1995 a 2010, se encontram de certa forma com a Geração Baby Boomer, de 1940 a 1959. A segunda, nascidos no pós-guerra, tinha uma veia idealista e revolucionária, a primeira, nascidos na era cyber, tem uma veia questionadora e conectada. Logo, é possível traçar uma conexão em que o questionamento leva à ideais e a conectividade à revolução. A professora Carolina diz que para os “Zs” é muito natural o uso dos dispositivos, e brinca, “faz parte do corpo deles até”. A interação dos alunos com a tecnologia é um complemento e não o fim. Dar significado ao uso deste recurso para completar a aula é essencial para uma boa cognição. Janaina explica que hoje a sala passa por uma reconfiguração, descentralizando a informação do professor, e democratizando a troca de conhecimentos entre professor e estudante, fazendo-os estar lado a lado. “Tirar o professor sempre do papel central, e tornar os alunos também protagonistas”, diz Cristiane. Mesmo com o aspecto tecnológico, a interação social professor-aluno não deve ser dissociada. Para Jorge, “é preciso cuidar para não deixar a tecnologia como o astro principal da aula”, diz. O diretor geral, Ivan, afirma que o professor não pode ser um simples transmissor de informação, e que ele continua sendo um elemento fundamental no processo educacional. Hoje, uma das tarefas do professor é de catalisar as informações, reorganizar, e ajudar o aluno a compreender de forma crítica os eventos ao redor dele. A passividade que existia antes deixou de ser realidade, abrindo espaço para a discussão.

* Coleção de programas ligados à internet que se comunicam para executar tarefas.

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Seno, Carolina, Janaína e Cristiane

O gerenciador de tarefas*

Alinhar a tecnologia com a educação é um desenvolvimento constante na cabeça dos professores. Tornar a aula mais interativa, que dialogue com a realidade vivida pelos estudantes, é um desafio e um laboratório. Tecnologia está ligada a tentativas, experimentação e erros para aprimorar-se. Neste caso, o erro serve como fator motivador. Balançar o uso dos dispositivos é tarefa do professor. “A tecnologia é um recurso importante, mas acredito também que ela deva ser usada com cautela, de maneira consciente e crítica”, conta Bárbara. No Instituto Ivoti, “smartphones podem ser utilizados em aula com o consentimento do professor. Muitos estudantes possuem aplicativos de dicionários e realizam pesquisas utilizando seus telefones”, explica. No Sinodal, o uso do celular também é liberado em sala de aula, sendo usado como método didático, a partir da iniciativa do professor e com sua supervisão, explica Ivan. Jorge conta que os alunos gostam muito de usar o smartphone para realizar pesquisa ou mostrar alguma novidade, em sala de aula. A problematização é necessária para promover esse alinhamento. “Eles usam e sabem usar tecnologia, mas eles sabem ir além disso? Ou seja, não é só saber ler, mas também escrever”, indaga Janaina, sobre os alunos se apropriarem e serem autores de novas tecnologias também. * Aplicativo para administrar tarefas e aplicativos usados no sistema operacional.


A SUSTENTĂ VEL LEVEZA DO SER

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SĂŁo Leopoldo - PortĂŁo - Prado 19


RS ESPECIAL PROJETO DE ROBÓTICA EDUCACIONAL

Google for Education Em 2015, a IENH firmou uma parceria com o Google para implementação do Google for Education na escola. Um pacote de ferramentas colaborativas usadas pelos professores e alunos. Segundo o diretor geral, Seno Leonhardt, “a tecnologia deixa de ser apenas um componente, uma disciplina, dentro do contexto geral da instituição, e passa a ser uma ferramenta de colaboratividade”. A escola entende que a tecnologia não deve ser a parte e sim interagir com as demais áreas do conhecimento. O protagonismo coletivo dos alunos é estimulado pela instituição para ampliar os horizontes, tomando um forte caráter social e tecnológico. Para desenvolver o trabalho, a chegada da professora e mestra em Ciência da Computação, Maldi Dalri, foi essencial. Certificada pelo Google Teacher Academy, foi responsável por fazer capacitações aos professores da IENH, para possibilitar o uso da ferramenta. Capacitações que são contínuas, sendo realizadas ano a ano. De acordo com Carolina, “os alunos trabalham juntos no mesmo documento, trabalham em casa produzindo o trabalho, recebendo e fazendo tarefas ali em conjunto, é outra forma de trabalhar”, conta. “Isso é característica da instituição de sempre estar tentando inovar nas diversas áreas, e não vamos parar nunca”, confessa Seno.

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A robótica no Instituto Ivoti é incentivada há 18 anos. De lá pra cá, muitas transformações enriqueceram o espaço de criação no estudo do tema, diz Vanderlei. Inclusive, os alunos sendo vice-campeões na Olímpiada Brasileira de Robótica. De acordo com Vanderlei, “descobrir na robótica um espaço para compor o seu projeto de vida e tê-la como presente nas mais diversas áreas do saber é o principal foco”, conta. O projeto contribui para a formação cidadã do aluno, oferecendo através do laboratório um crescimento critico e lógico ao estudante.

Alunos do Sinodal trabalhando no projeto de robótica

ROBOTICANDO OS ALUNOS

No Sinodal, segundo Ivan, a procura dos alunos é grande pelo ensino da robótica, inclusive, aproveitando cursos extra-classe. Fato que levou os alunos, em 2014, a competirem em um campeonato mundial de robótica, ficando em sexto lugar. Todo o interesse e envolvimento com essa temática, garantiu ser a primeira escola da América Latina a fazer parte do programa da empresa de tecnologia SAP, chamado de University Alliances. “O convite partiu da própria empresa e, desde 2015, integramos este programa e nossos alunos do Ensino Médio participam de forma regular de ações dentro da empresa”, diz Ivan.


Tradição não pode ser confundida com trajetória. E história, o Instituto Ivoti tem de sobra para oferecer. Nestas 11 décadas,o Instituto Ivoti viveu as experiências e as mudanças mais impressionantes no campo da Educação. Soube se adaptar bem a todas elas e seguir sempre acrescentando positivamente ao processo educacional,tendo como norte,tudo pela educação.

www.institutoivoti.com.br Acompanhe nas redes sociais: institutoivoti

Rua Pastor Ernesto Schlieper, 200 | Ivoti - RS | (51) 3563.8600

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Até esse ponto, ouvimos quem aplica em sala de aula e reflete de forma acadêmica essa convergência. Mas, os grandes influenciados e que experienciam o momento são os alunos. Para Augusto de Souza, 10 anos, e Heitor Justen, 10 anos, alunos do quinto ano do Sinodal, contam que acham muito interessantes e divertidas as aulas de Tecnologia e Estratégia. Gravam e editam vídeos, e agora, estão trabalhando fazendo modelagem de figuras em 3D. Frisam a importância do professor em trazer novidades interativas para o estudo. O aluno do primeiro ano do Ensino Médio de 15 anos, Tales Muller, diz que sempre gostou de lego e robótica, quando soube do projeto do Sinodal, resolveu participar. “A gente aprende bastante, tem boas noções de programação, por exemplo, e faz muitos amigos”, fala, não dissociando a tecnologia dos laços sociais. “Aprender sobre robótica também é uma maneira de já começar a pensar no futuro, após o fim do Ensino Médio”, afirma Bruno Richwick de 16 anos, também do primeiro ano do ensino médio. Divulgação

Heitor H it JJusten t eA Augusto t D De S Souza * Computadores vagamente ou fortemente ligados que trabalham em conjunto para que em vários aspectos, podem ser vistos como um único sistema.

Vítor, Enzo e Felipe criadores do jogo Através da plataforma online aberta Ozoblockly, os alunos Enzo Ludwig, 11 anos, Felipe Morschbacher, 12 anos, e Vítor Ludwig Pereira, 12 anos, do sexto ano, criaram um jogo híbrido: com robô eletrônico e maquete feita à mão. O jogo se passa em uma cidade, Ozobot tem cinco amigos que o ensinam, mas agora, ele tem que mostrar aos seus parceiros o que ele aprendeu. Enquanto o robozinho caminha entre prédios coloridos, cartas com perguntas relacionadas à cor que ele passou, devem ser respondidas. Perguntas que variam de astronomia a história, formuladas pelos três. No Ozoblockly, os alunos programaram o caminho e os passos que são enviados ao Ozobot, após uma espécie de carregamento, para ele passear pela cidade. Mas antes de programar, precisaram contar, passo a passo, como e por onde o robô deveria andar. A lógica foi essencial para desenvolver a programação, e muitos erros antecederam o projeto final. Porém, o erro é usado como estratégia educacional, instigando o aluno a refazer o processo para acertar, não enxergando como fracasso. * Robô desenvolvido para novos criadores que pode ser programado em plataforma livre, e amigo de três meninos da IENH.

A maquete foi feita durante as férias, e o produto final realizado em um mês, mas os alunos ficaram fascinados pelo projeto, utilizando mais horas para trabalhar no jogo. A orientação e as provocações foram feitas pela professora Janaina Menezes, durante a aula de língua inglesa. O trabalho acabou sendo apresentado na feira de iniciação científica CIARTEC da IENH, escrito um artigo pela professora e apresentado-o na UFRGS, e tendo sempre a possibilidade de expandi-lo. Sobre o projeto, Enzo conta que “me sinto feliz por a gente ter conseguido fazer”, Felipe também compartilha do sentimento, mas diz que “foi difícil conseguir realizar o jogo”. Já Vítor diz que foi fácil, porque orque é o que ele quer trabalhar no futuro. Ele afirma, entusiasmado, sua vontade profissional, “jogos digitais!”.

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Wagner Ceza r/Especial

PLUGANDO A CIDADE DO OZOBOT

Ozobot*

Cluster*

Wagner Cezar/Especial

RS ESPECIAL


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RS PERSONALIDADE POR Vitor Bley de Moraes | FOTOS: Divulgação

PETÚLIA,TEODORA ABDALA OU SIMPLESMENTE

GRACE

GIANOUKAS? O talento e o bom humor da atriz gaúcha conquistam o público brasileiro

G

race Gianoukas é natural de Rio Grande. Vive, atualmente, a personagem Petúlia, na novela Orgulho e Paixão, na Rede Globo. Já desempenhou, também, outros papéis marcantes e inesquecíveis, como a poderosa Teodora Abdala, de Haja Coração. Mas o talento de Grace também pode ser conferido no cinema e nos palcos seja como autora, atriz ou diretora. A sagitariana, nascida em 9 de dezembro de 1963 é, como ela própria se define, bem-humorada por natureza. E seu talento para o humor já rendeu prêmios. Há 18 anos, criou e dirige o projeto de comédia Terça Insana, que mudou a cara do humor contemporâneo brasileiro. Na adolescência, queria cursar Antropologia, mas o destino lhe colocou na segunda opção: Artes Cênicas, na UFRGS. Foi o impulso que precisava para dar a arrancada à sua consagrada carreira artística. Radicada em São Paulo, desde 1984, a atriz conversou com a Expansão RS e contou da sua paixão pela natureza, falou do seu cotidiano, da sua infância, das suas recordações da Praia do Cassino, do seu futuro, das influências da descendência grega e deu dicas para quem deseja seguir a carreira artística.

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Como foi a tua infância em Rio Grande? Foi a melhor infância que uma criança poderia almejar, rodeada de uma família amorosa, que sempre me deu exemplos positivos, que me incentivou a brincar, ler, adquirir conhecimento, a ser eu mesma. Aprendi a amar, respeitar e ter empatia por todos os seres vivos. Cresci numa casa enorme, cheia árvores e de animais de estimação: cachorros, coelhos, patos, galinhas, papagaios, peixes, tartarugas, aranha caranguejeira, pinguim, coruja, quero-quero. Na minha casa, procuramos proteger a natureza. Você descende de avós portugueses e gregos. Quais as características que herdastes das duas etnias? Acredito que herdei o desejo de aventura, de desbravar o mundo, a necessidade de conhecimento, gosto pela filosofia e pelas letras.

“Na minha casa, procuramos proteger a natureza.” E da gastronomia grega e portuguesa, alguma influência? Eu amo a culinária grega. Os frutos do mar, as saladas, os azeites, os pratos à base de legumes e alimentos frescos, como o mutsaká, fora que a comida mediterrânea é uma das mais saudáveis que existem. Os doces portugueses, à base de ovos, são os melhores do mundo e a culinária portuguesa também tem maravilhosas maneiras de fazer frutos do mar como o bacalhau, o arroz de polvo... delícia!

Foi na sua cidade natal que começou o sonho de ser atriz, ou você tinha outros planos? Eu nunca sonhei em ser atriz. Aliás, o meu sonho de criança, que ainda persiste até hoje, é adquirir novos conhecimentos. Sou extremamente curiosa e interessada no mundo, nas diversas culturas, em todas as ciências, em todas as etnias e linhas de pensamento. Isso com certeza me levou para o lado das ciências humanas. Inicialmente, eu queria ser antropóloga e trabalhar com comunidades indígenas e quilombolas, por quem eu nutro uma profunda admiração. Coloquei Artes Cênicas como uma segunda opção de curso quando me inscrevi para o vestibular na UFRGS e acabei passando para esta opção. Comecei a cursar e, em pouco tempo, fui chamada para fazer espetáculos profissionais. Fora da universidade, estes trabalhos nos palcos porto-alegrenses me fizeram conhecer muitos artistas interessantes, entre eles o escritor Caio Fernando Abreu, que me apadrinhou e me abriu as portas da cidade de São Paulo.

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RS PERSONALIDADE

A família aprovou a tua decisão? Minha família é maravilhosa, meu pai, minha mãe e meus irmãos sempre me incentivaram a estudar. Sempre me apoiaram em todas as minhas escolhas. Sabemos que é fundamental gostar do que se faz para poder enfrentar as dificuldades que toda a profissão traz. Com que idade e como foi a tua transferência para o centro do país e os primeiros trabalhos? Mudei para São Paulo em julho de 1984, tinha 20 anos e fui a convite do Caio Fernando Abreu. Em Porto Alegre, eu já havia atuado em vários espetáculos, inclusive num que ganhou o Prêmio Açorianos, O Acre Vaia à Russia, de Élcio Rossini e Mina Lunardi. No final de 1984, estreei nos palcos paulistanos fazendo Dias Felizes de Samuel Becket. Em 1985, montei meu grupo de teatro Harpias e desde então escrevo, atuo, produzo e dirijo espetáculos de minha autoria e de outros. Os teus personagens são muito divertidos. O humor sempre foi o teu forte? Eu sou bem-humorada por natureza, mas não consigo me manter assim todo o tempo. Quando eu fico de mau humor ou brava, o que é raro, fico muito chata. Gosto da comédia, mas eu adoro atuar também em personagens dramáticos. O que te tira o bom humor? Injustiça, destruição da natureza, da cultura alheia, gente egoísta e mau caráter. Entre gravações e outros trabalhos, nas tuas folgas, quais os teus hobbies? Gosto de estar no meio da natureza e dos animais. Também adoro viajar de carro e descobrir novos lugares.

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“Para mim é importante a partir do momento que eu me entrego de corpo e alma para personagem e faço isso em todos os trabalhos que realizo, senão não vale a pena atuar.” O que representa Terça Insana para você? Eu poderia escrever diversas laudas a respeito disso, mas resumindo, é um projeto de comédia que eu criei e dirijo há 18 anos, com diretrizes muito bem definidas e que mudou a cara do humor contemporâneo. Foi um projeto divisor de águas, pioneiro em muitas frentes como DVD e Internet. Lancei centenas de novos talentos no mercado e influenciei as novas gerações de comediantes. A Terça Insana Produções foi criada para administrar esse fenômeno que o projeto se tornou. Hoje, é uma produtora de cultura bastante atuante no mercado de espetáculo produzindo vários outros artistas. A poderosa Teodora Abdala foi uma personagem marcante. Para você, qual foi o papel mais importante da tua carreira? Todo papel é importante, esteja eu fazendo uma coadjuvante da coadjuvante, uma participação ou uma protagonista. Para mim, é importante a partir do momento que eu me entrego de corpo e alma para personagem e faço isso em todos os trabalhos que realizo, senão, para mim, não vale a pena atuar. Eu só trabalho com entrega, senão nem faço. E a Petúlia, em Orgulho e Paixão, também está mexendo com o público, não é mesmo? Sim! As pessoas adoram a personagem da Petúlia. Eu também já estou morrendo de pena de ter que me despedir dela no final de setembro, quando a novela chegará ao fim. Fico triste, vou morrer de saudades dela.


Prefere atuar como atriz ou diretora? Depende do momento e do trabalho. Também gosto, igualmente, das duas atividades.

nha profissão, afinal de contas, o corpo é o meu instrumento de trabalho. Um corpo nu é só um corpo. Ele pode ser trágico, cômico, erótico, agressivo, neutro, doente, dependendo do contexto em que se insere na encenação. Mas, o que aconteceu na primeira vez em que pisei no palco fora da faculdade, é que eu estava enrolada num pano branco carregando uma ânfora, fazendo uma passagem de um lado ao outro do palco como deusa grega, e no início do palco, o pano branco prendeu num preguinho que tinha no chão e eu não podia parar de caminhar. O pano foi desenrolando e quando cheguei no meio do palco estava nua carregando uma ânfora. Foi um acidente que virou um sucesso, sem querer.

Por falar em teatro, como foi a sua primeira nudez no palco? Foi involuntária, não é mesmo? Como foi? Já fiz cenas contendo nudez algumas vezes. Isso faz parte da mi-

Quais os teus projetos para o futuro? No início de 2019, vou dirigir o espetáculo Amelie, uma Mulher de Verdade, uma adaptação do quadrinho homônimo da cartunista Pryscila Vieira, com Ellen Roche no papel de Amelie, produção da Terça Insana Produções.

Próxima novela? Tenho alguns convites e possibilidades, mas ainda não tenho autorização para falar a respeito. Você gosta mais de televisão, teatro ou cinema? Gosto dos três igualmente. Atualmente, estou em lua de mel com a minha personagem da televisão.

“Mas não existe verdade absoluta. Verdades absolutas servem aos egoístas e aos ignorantes. Precisamos ampliar o nosso conhecimento para fazer melhores escolhas.”

Sobre a situação do Brasil, é de rir ou de chorar? Nem rir nem chorar. Temos que ser realistas e amadurecer como cidadãos. Somos um povo quase infantil politicamente. Somos passionais e não gostamos de não ter verdades absolutas para nos conduzir. Mas não existe verdade absoluta. Verdades absolutas servem aos egoístas e aos ignorantes. Precisamos ampliar o nosso conhecimento para fazer melhores escolhas. Precisamos não ter preguiça de ler de tudo, de ouvir vários pontos de vista para desenvolver pensamento e opinião própria. O estado é laico, democracia não é campeonato de futebol. Sem empatia e educação independente, que respeite e valorize a diversidade da sociedade, não há país. Para quem quer seguir a carreira artística, quais as tuas dicas? Estude, leia muito, assista muito teatro, cinema e manifestações culturais diversas. Não tenha medo de viver nem ache que a tristeza é ruim. Ela nos faz crescer. Se coloque sempre no lugar do outro. Não seja preconceituoso. Ouça mais, observe mais, tenha empatia, se abra para o mundo, para que o mundo passe a caber dentro de ti e tu possas levá-lo para o palco.

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RS SAÚDE

TEXTO Matheus Martins | FOTOS: Divulgação

O peso que regula o mercado de trabalho As dificuldades profissionais encontradas por obesos

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uando o cálculo do Índice de Massa Corpórea atinge um número superior a 30,0 kg/m², é um sinal perigoso. É uma denúncia matemática de que você está no primeiro grau da obesidade. Esse resultado é encontrado através da apuração: peso ÷ altura x altura, que apresenta o peso ideal para cada pessoa. O distúrbio está relacionado com o acúmulo de gordura no corpo, quando você ingere mais alimento do que seu organismo consegue gastar. Além de desencadear doenças como diabetes, problemas cardiovasculares, insônia, entre outras patologias, o contexto social também é afetado. A doença respinga nas relações familiares e, prin-

Dr. Rogério Friedman

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cipalmente, profissionais. O Brasil tem um guarda-chuva que sustenta diversos preconceitos.Nosso país é considerado, pela Anistia Internacional, o que mais mata LGBTs, além de diversos casos de racismo, e, também, o preconceito relacionado à pessoa obesa. Segundo o médico endocrinologista e pesquisador do assunto Dr. Rogério Friedman, do Hospital Moinhos de Vento, “em pleno século XXI, vivemos um momento de preconceito contra as pessoas obesas. O obeso ainda é visto como um indivíduo com ‘falta de força de vontade’, que ‘não consegue se controlar’, uma pessoa de maus hábitos”, relacionando a visão generalizada da população frente às pessoas que sofrem desse distúrbio. “Obesidade não é uma falha de caráter, uma opção ou um comportamento anormal. É uma doença grave, que requer cuidados permanentes e cujo tratamento nem sempre é simples”, afirma Friedman.


O MERCADO DE TRABALHO

Há pelo menos 15 anos estudando o tema na pesquisa Representação Social da Obesidade, realizada na PUCRS, Friedman conta que, em uma das etapas desse projeto, foi produzida uma abordagem em grupo com recrutadores e gerentes de RH de várias empresas. “Durante o ciclo da pesquisa, apareceram fatores como repulsa pura e simples ao aspecto físico”, diz. Houve também argumentos direcionados à possível falta de assiduidade ou de rendimento do candidato, medo de afastamentos excessivos por doença e até mesmo temor de comprometer a imagem da empresa. A professora do curso de Recursos Humanos da Universidade Feeea os vale Cristine Kassick (foto) relaciona argumentos apresentados acima e di diz que “qualquer pessoa poderá ter problemas e êxitos no ambiente de trabalho, independente de seu peso ou estrutura física”, retomando a questão do preconceito. “Diversos pacientes entrevistados buscaram ajuda

“Aspecto estético fora dos padrões, maior chance de ter doenças e, portanto, faltar o trabalho, limitações de mobilidade que podem impossibilitar algumas profissões.”

“Durante o ciclo da pesquisa, apareceram fatores como repulsa pura e simples ao aspecto físico.”

médica, motivados por m suas dificuldades prosu fissionais”, complemenfis Rogério Friedman. ta R No Hospital Estadual do Rio de JaCarlos Chagas, Ch neiro, o médico Cid Pitombo criou o Programa de Cirurgia Bariátrica, em 2014. O serviço é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), já operou mais de 2.400 pessoas, e Pitomba conta que a maioria das pessoas que buscam o procedimento, é devido às dificuldades profissionais. Segundo Pitombo, “essa é uma queixa de quase 100% dos pacientes. Ser obeso envolve uma série de dificuldade na hora de disputar um emprego: aspecto estético fora dos padrões, maior chance de ter doenças e, portanto, faltar o trabalho, limitações de mobilidade que podem impossibilitar algumas profissões”.

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RS SAÚDE

g n i y ll u b O

Obesos que participaram da pesquisa de Friedman, cujos nomes permanecem em sigilo pelo projeto, relataram a ele os piores ataques sofridos nas entrevistas. “Ouvir de um potencial empregador que a pessoa ‘não se enquadra no modelo da empresa’, ou que, ‘embora tenha qualificações, há pessoas menos doentes, com mais potencial aguardando a mesma vaga”, conta. Em ambientes escolares, ser chamado de “fofo”, “balofo”, “baleia” e até mesmo “monstruosidade” são os piores ataques contados. De acordo com a advogada do escritório B&G Advocacia Cláudia Bressler (foto), existe uma legislação especifica, de número

13.185/2015, que trabalha a problemática. Na lei, estão definidos os comportamentos que são enquadrados como bullying e diretrizes para tratar a questão, especialmente em escolas, clubes e associações. A advogada ressalta que o bullying não se restringe apenas a crianças e adolescentes, mas perpassa todos os ambientes sociais. “É importante lembrar que, sempre que houver ação ou omissão compreendida como ato ilícito, haverá o dever de reparar o dano moral ou material que for decorrente”, afirma Claudia.

“É importante lembrar que, sempre que houver ação ou omissão compreendida como ato ilícito, haverá o dever de reparar o dano moral ou material que for decorrente.”

EXCLUSÃO NO RECRUTAMENTO A professora Cristine tem mais de 20 anos de prática em recrutamento e seleção de pessoas. Ela lembra de uma vez em sua carreira que o peso de alguém foi motivo usado como fator de exclusão. “Nesta ocasião, o gestor para o qual eu estava fazendo a seleção, excluiu o candidato e justificou que era por conta do mesmo ser obeso”, conta. Cristine traça um parâmetro ainda mais recortado entre o homem e a mulher obesa. A dificuldade por não se encaixar em um padrão de beleza pré-determinado na nossa cultura, e o fato de ser mulher, pode tornar a busca mais complexa ainda. “As mulheres que estão acima do peso considerado ideal, não necessariamente obesas, sofrem maior discriminação no mercado de trabalho, dificultando contra-

tações e/ou promoções”, explica. A discriminação durante uma entrevista pode causar revolta ou silenciamento da parte ofendida. Cláudia ressalta a importância de se combater o preconceito, e diz que é possível realizar o registro da discriminação por meio de boletim de ocorrência e ajuizamento de demanda. Contudo, a alegação deve ser provada. Ela relembra o Artigo 5º da Constituição Federal Brasileira que estabelece um postulado essencial no combate. “A Constituição defende neste Artigo que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais”, afirma.

“Nesta ocasião, o gestor para o qual eu estava fazendo a seleção, excluiu o candidato e justificou que era por conta do mesmo ser obeso.”

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PARA REINSERIR

À margem

O preconceito sofrido pela população obesa causa diversas mudanças comportamentais, como o processo de marginalização, pois a falta de adaptação afeta diretamente a mobilidade. As dificuldades variam do transporte coletivo, mal desenvolvido para suportar o porte físico, aos assentos não adaptados em cinemas e teatros, mesmo havendo leis que obrigam os estabelecimentos a disponibilizar esse espaço. Friedman explica que “não se atinge os 20% da população que está obesa, particularmente em torno de 5% que têm as formas mais graves da doença”. Além de outras restrições que os deixam alheios à sociedade, como dificuldades para caminhar, dançar, encontrar roupas para atividades sociais, e praticar esportes. “A lista

O trabalho realizado no Rio pelo médico Cid Pitombo (foto), além de clínico, é social. Através do projeto, di-versas pessoas conseguiram reetornar para o mercado de trabalho balho de forma saudável e sustentar de d maneira digna suas famílias. “O impacto para essa família é maravilhoso”, conta. Para o médico Rogério Friedman, são necessárias políticas públicas de adequação de espaços comuns, informação da população para entender a doença e uma educação que trabalhe as questões do preconceito como um todo, incluindo a obesidade. “É necessário educar para reduzir o preconceito”, explica. A professora Cristine Kassick afirma que “não podemos associar, no que diz respeito ao mercado de trabalho, capacidade e competência ao gênero, peso, cor da pele, religião, idade. Somos diferentes, únicos. As diferenças são positivas, o que não devemos perpetuar é a desigualdade”.

de restrições impostas às pessoas com obesidade é grande”, diz. Essa marginalização afeta diretamente a economia, de acordo com Pitombo. “Diversos são os trabalhos que demonstram que em 2030, a maior parte dos sistemas de saúde, seja de países ricos ou pobres, não terão condições financeiras de sustentar a quantidade de complicações produzidas pela obesidade”, conta. Entre essas complicações, estão diabetes, problemas renais, ortopédicos, entre outros. Se nada for feito, o médico sinaliza que caminhamos para um caos econômico.

A advogada Cláudia Bressler, desenvolve uma conclusão básica, d mas completa. “Estamos buscando m um excesso de regulação, determinando condutas específicas, enquannan de lado a reflexão sobre a to deixamos dei necessidade necessida de compreender o universo do outro para vivermos todos bem. É um grande desafio na atualidade”, finaliza.

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RS SOLIDARIEDADE TEXTO Matheus Martins / FOTOS: Divulgação

AMO Criança NH chega aos 20 anos Há duas décadas, a entidade auxilia no combate ao câncer infanto-juvenil

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xistem criações que surgem ao acaso e em situações aleatórias. Um copo de refresco com uma colher dentro, esquecido por um menino de 11 anos do lado de fora da casa em uma noite gelada, dá surgimento ao picolé. Uma maçã cai sobre a cabeça de um físico, bem-vinda a teoria da gravidade. No elevador, surgiu uma entidade que completa 20 anos de história em 2018, a AMO Criança NH. Em 1998, a dentista Fátima Porto estava abrindo a primeira franquiada do McDonald’s em Novo Hamburgo. Saindo de seu apartamento, encontrou o Dr. Gastão Coelho no elevador e o perguntou se havia alguma entidade que trabalhasse com câncer infantil. À época, planejava fazer o primeiro McDia Feliz e precisava de alguma entidade que atendesse essa questão, caso contrário, o resultado da campanha iria para outro munícipio.

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Por sua vez, Coelho procurou o Dr. Valdir Marquez de Souza, presidente da entidade, informando-o de que não existia. Nasce a AMO Criança da parceria entre a Liga Feminina, Secretária de Saúde e Hospital São Rafael, instalando-se em uma sala cedida pelo então antigo hospital. A ANATOMIA DA SOLIDARIEDADE Com foco no tratamento do câncer infanto-juvenil, a Associação de Assistência em Oncopediatria – Amo Criança oferece uma rede de apoio aos portadores do câncer e para sua família. A partir do diagnóstico positivo da doença, os membros do núcleo familiar são acolhidos pela entidade, que faz o encaminhamento necessário e articula para iniciar a assistência. Crianças e jovens entre 0 a 18 anos são assistidos pela ONG. O atendimento se desdobra entre a saúde física, psicológica e social. Segundo o presidente da associação, Dr. Valdir Marquez de Souza, atualmente 19 pessoas participam da equipe.


OS PARCEIROS Os parceiros âncora da associação são formados por um tripé, o CentroEco, Unimed e a Clínica de Reprodução Humana Nilo Frantz. Segundo Valdir, “além destes temos outras empresas parceiras que colaboram com recursos financeiros, serviços ou disponibilizam seus funcionários para realizarem trabalhos voluntários”, conta.

OS 20 ANOS DE RELAÇÕES

O MCDIA FELIZ DESDE SEMPRE Desde o início esse evento está marcado no calendário da entidade. Segundo a associação, esse dia é de extrema importância para a difusão da causa do câncer infanto-juvenil. Hoje, o McDia Feliz representa 15% da captação anual da AMO. “É um país inteiro se mobilizando para que crianças de norte ao sul tenham condições de acesso e tratamento”, conta Valdir. No dia 25 de agosto, ocorreu outra edição do evento na cidade, e no país. Carla destaca que a comunidade sempre apoia e se envolve nesse dia. “Os resultados financeiros vem apenas em outubro, mas a participação nos fornece a expectativa de que teremos condições de executar o projeto psicossocial para o qual este evento se destina”, diz. O McDia Feliz é o principal evento comunitário do McDonald’s. A campanha é realizada há 30 anos, e toda a arrecadação pela venda do Big Mac é revertida para a causa, mais de R$ 260 milhões já foram recolhidos. O evento ocorre anualmente, no último sábado de agosto.

Segundo Valdir, “uma vez assistida pela AMO Criança, esta família será sempre uma família da a instituição”, diz. A ge-rente administrativa, Carla Rosana da Silva, conta que “as portas estarão sempre abertas para recebê-la como família voluntária ou para participar de outras formas”, como uma funcionária que foi tratada pela AMO quando adolescente e atualmente trabalha na associação. A entidade fica atrelada à família, especificamente às crianças e adolescentes, durante o período de cinco anos. Mantendo um contato direto sobre o andamento do tratamento e vida, naturalmente nesse processo, muitos laços afetivos são criados entre o próprio paciente, responsáveis e núcleo familiar. Nos primeiros anos em que a ONG foi criada, não houve o registro de crianças atendidas. Apenas em 2003, os números começaram a ser contabilizados para o banco de dados. Nesses 15 anos, foram 289 crianças assistidas pela associação. “Atualmente, atendemos 39 pacientes, e 72 familiares, um total de 111 pessoas diretamente”, destaca Carla.

OS 20 ANOS E O SALDO Para a associação, é revigorante observar famílias que conseguira ram se reestruturar após o período difícil de enfrentar a doença. O saldo é positivo ao analisar a possibilidade de tratar o câncer p infanto-juvenil com qualidade in técnica e apoio nas diversas deté mandas que o tratamento exige. m Para Valdir, “uma criança em ttratamento que segura a minha mão e pede ajuda, um apoio, m e eu consigo fazer isso por ela, me emociona e me gratifica”. “Trabalhar na AMO é fazer diferença positiva para o outro, é uma oportunidade de crescimento pessoal, é ressignificação da própria vida”, complementa Carla.

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RS POLÍTICA TEXTO Mayara Morales FOTOS: Divulgação

O voto para mudar o cenário político O representante político deve ser visto como nosso espelho

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esde 1985, com o fim da ditadura militar e a aprovação da Emenda Constitucional nº 25, que facilitou a criação de diversas legendas partidárias, o país criou mecanismos que incentivam o surgimento de novos partidos. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), neste ano, ao todo temos registrados 35 partidos. Por isso, por mais que hoje exista uma fragmentação dos votos, os partidos são essenciais para que a democracia seja mantida. Na teoria, eles são os representes de ideais e interesses comuns a quem os elege. Eles são o nosso espelho. Sendo assim, estude os seus candidatos e procure entender os seus planos de governo.

Everton Santos

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Sueli Cabral E O TAL DO VOTO CONSCIENTE? A doutora em Sociologia e professora da Universidade Feevale Sueli Cabral, inspirou-se no Discurso da Servidão Voluntária, escrito por Étienne de La Boétie, para nos ajudar a entender se existe ou não o voto consciente. “O consciente deve ser algo que nos tire de fato da ignorância, que nos coloque questões fundamentais sobre e da humanidade, portanto, acredito que devemos falar de voto responsável”, explica Sueli. Já para o cientista político Everton Santos, também professor na Feevale e Ulbra, “o voto consciente seria dado àquele candidato ou candidata que espelhasse melhor os nossos sentimentos, desejos, valores e aspirações como cidadãos”.


O COMPROMISSO COM A DEMOCRACIA

Votar não é obrigatório. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), a obrigatoriedade está na presença e na justificativa da ausência, pois o cidadão pode votar em branco ou anular seu voto. O TRE considera nulo aquele eleitor que digita 00 e depois aperta confirma. Atualmente, é eleito o candidato que atingir a maioria dos votos válidos, ou seja, brancos e nulos não são considerados nessa contagem. Entende-se que, o eleitor que vota branco ou nulo está de acordo com qualquer candidato que venha assumir. Por meio de campanhas realizadas pelo TRE, entende-se que se ausentar das urnas é abrir mão da sua liberdade como cidadão.

O BRASILEIRO E A POLÍTICA

Em 1979, foi sancionada a emenda que decretava o fim do bipartidarismo, conhecida como Lei Orgânica dos Partidos Políticos. A partir disso foram extinguidos o MDB e a Arena, que se ramificaram em partidos menores e continuam, de certa forma, em nosso cenário político atual. Everton ressalta que “a relação do brasileiro com a política não é boa, na verdade, não há uma identidade partidária no Brasil. De acordo com as últimas pesquisas de opinião pública, o brasileiro vem perdendo a confiança nos partidos”. O Datafolha divulgou, em 2018, o grau de confianças na instituições, sete em cada dez brasileiros afirma não confiar nos partidos políticos, correspondendo a 68% dos entrevistados. “O voto do brasileiro está ligado mais a pessoa do que ao partido e suas propostas. Também não devemos esquecer que o Brasil é um país patrimonialista”, explica Sueli.

“o voto do brasileiro está ligado mais a pessoa do que ao partido e suas propostas. Também não devemos esquecer que o Brasil é um país patrimonialista.”

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RS ARTIGO Maílson Ferreira da Nóbrega Economista e ex-ministro da Fazenda Rua Estados Unidos, 498 – Jd. Paulista – São Paulo – SP Mnobrega@tendencias.com.br | (11) 3052-3311

Tabaco: relevância econômica e social no Brasil O cultivo de tabaco tem elevada importância econômica e social para o Brasil. Além da geração de renda e emprego, o setor exerce contribuição importante para a balança comercial do país. Sob o prisma social, a atividade acarreta melhores condições de saúde, educação e segurança na região Sul, onde a cultura se concentra. No contexto internacional, o cultivo de tabaco ocorre tanto em países emergentes quanto nos desenvolvidos. O Brasil se destaca como um dos principais produtores e exportadores. Dados mais recentes divulgados pela FAO para produção mundial revelam que o Brasil foi o terceiro maior produtor em 2016, ficando atrás somente da China e da Índia. Até 2015, ocupávamos a segunda posição, da qual caímos em razão da forte queda de 30,2% da produção, provocada por adversidades climáticas em função da ocorrência de El Niño. Depois da China, ainda de acordo com a FAO, o Brasil foi o país de maior crescimento do valor de produção nos últimos 20 anos. O elevado dinamismo brasileiro se explica pelo aumento sistemático da produtividade da cultura de tabaco, cujo rendimento passou de 1,5 para 2,2 toneladas por hectare entre 1998 e 2017 (IBGE), com avanço médio de 2,4% a.a. no período. Tais resultados constituem fatos ainda mais notáveis em face: (i) da maior disputa por área na região Sul, na qual as cadeias do setor agropecuário se encontram em estágio mais consolidado e onde a expansão de lavouras de soja e de milho limitou a ampliação de outras culturas nos últimos anos; e (ii) da predominância da forma familiar de produção que caracteriza o cultivo de tabaco no Brasil, o que não impediu, contudo, a adoção de práticas mais eficientes e o aprimoramento tecnológico do setor.

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Adicionalmente, o cultivo de tabaco se destaca pelo baixo uso de defensivos em comparação com as principais culturas do Brasil, como as de soja, milho, trigo, algodão, uva, cana-de-açúcar, café e arroz, conforme estudo de 2011 conduzido pela ESALQ. Mesmo assim, o setor registrou avanço do rendimento da área nos últimos anos.A área plantada do tabaco foi de 391 mil hectares em 2017, enquanto o valor bruto de produção totalizou aproximadamente R$ 6,4 bilhões segundo o IBGE (a preços constantes de 2017). Comparativamente a outras atividades agrícolas de relevância nacional como trigo, feijão, batata, uva, cacau e tomate, o cultivo de tabaco alcança altos níveis de geração de renda sem absorver grandes quantidades de terra. Em comparação com o trigo, por exemplo, a produção de tabaco foi obtida em uma área plantada 82% menor, ao mesmo tempo em que gerou um valor bruto de produção 41,8% maior em 2016 (IBGE). As vantagens comparativas do Brasil para a produção rural e, por conseguinte, sua elevada competividade no mercado internacional também valem para o cultivo de tabaco. No ano passado, as exportações de tabaco e derivados somaram US$ 2,1 bilhões, corres-


pondendo a 2,2% do total das receitas de exportação do agronegócio e 1,0% de todo o comércio externo brasileiro. Os embarques do setor fumageiro superaram os de suco de laranja, papel, óleos vegetais, couro, algodão e produtos têxteis. Mesmo que a produção de tabaco não seja tenha o protagonismo do complexo soja (14,6% do total de receitas de exportação), do complexo carnes (6,8%) e do complexo sucroalcooleiro (5,6%), são inegáveis suas contribuições para o bom desempenho da balança comercial do Brasil. De acordo com o IBGE, das 675 mil toneladas de tabaco produzidas em 2016, quase 99% se distribuíam entre os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná (nesta ordem em importância), envolvendo o trabalho de cerca de 150 mil famílias segundo a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra). Ainda em 2016, cerca da metade dos municípios da região Sul produziu alguma quantidade de tabaco. Dessas 566 cidades sulistas, mais de 10% derivava sua renda agrícola majoritariamente do cultivo do produto. A importância econômica e social do tabaco como principal produto agrícola gerador de renda local supera a de culturas como trigo, uva, laranja e cacau. Segundo pesquisa da UFRGS, de 2016, o perfil socioeconômico dos produtores de tabaco revela uma renda per capita média mais elevada do que o conjunto da população dos estados do Sul. No caso do Rio Grande do Sul, os produtores de tabaco ganhavam, em média, R$1.672 por mês, superior à renda média do total de residentes do estado (R$1.435). Essa diferença é ainda maior em Santa Catarina e Paraná, cuja renda per capita dos

produtores superava em 65,6% e 64,1% a da população geral, respectivamente. Análises comparativas para municípios altamente especializados na produção de tabaco também se aplicam a outros indicadores socioeconômicos que exibem melhores condições de vida nas regiões fumageiras. Segundo os dados do Datasus, por exemplo, a mortalidade infantil (crianças entre 0 a 4 anos) em 2015 não só era significativamente menor nas cidades das áreas produtoras de tabaco como apresentava redução mais intensa desde 2006 diante da relativa estagnação observada no cômputo geral dos três estados sulistas. Ainda com base nas estatísticas do Datasus, a taxa de homicídios em 2016, indicador bastante relacionado a outros indicadores de violência e criminalidade, também era significativamente menor entre as cidades onde o tabaco representava a maior parte da renda agrícola local. Na região Sul do Brasil, houve 24,3 homicídios por 100 mil habitantes (a menor taxa entre as regiões do País), ao passo que os municípios sulistas de alta especialização do tabaco registraram 4,2 óbitos por 100 mil habitantes, ou 82,7% menor do que a média regional. Além dessas métricas que sintetizam indicadores de bem-estar social, sobressai-se a taxa de evasão escolar das áreas de produção de tabaco, a qual é igualmente relevante para se mensurar a qualidade de vida das famílias produtoras de tabaco. Segundo o Censo Escolar de 2016, que abrange tanto a rede pública quanto a privada, a proporção de alunos matriculados que abandonaram o ano letivo foi menor nos municípios caracterizados por alta especialização no cultivo de tabaco, relativamente à região Sul. Os resultados mais favoráveis estão presentes em todos os ciclos de ensino (anos iniciais do ensino fundamental, os anos finais e o ensino médio). No Brasil, mesmo que a redução da evasão escolar constitua desafio maior no ensino médio, o abandono dos estudos no ensino fundamental é preocupante, haja vista a possibilidade de tal fenômeno estar associado ao trabalho infantil e outras situações de vulnerabilidade nos primeiros anos de vida. Em resumo, o cultivo de tabaco se destaca por sua relevância econômica e especialmente pela qualidade de vida que proporciona às populações das áreas produtoras, substancialmente melhor do que a observada nos estados da região Sul como um todo.

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RS CIDADE

Que sua Cruz ao sol levanta A cidade de Santa Cruz do Sul completa 140 anos de história

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155 km da capital gaúcha, uma cidade é palco de diversas manifestações culturais. Um município que foi abrigo para o grande compositor e músico Belchior, hoje é residência fixa do guitarrista André Fonseca, ex-Titãs, o berço de nascimento da modelo e apresentadora Ana Hickmann, e cenário de uma das maiores festas germânicas do sul do país, a Oktoberfest. Com uma população de mais de 129 mil habitantes no bolso, Santa Cruz do Sul completa 140 anos de história neste mês. Monumento ao Imigrante

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Na história Os primeiros habitantes do munícipio, à época distrito de Rio Pardo, vieram das regiões europeias de Reno e Silésia, em 1849. As terras ocupadas por este povoado imigrante, foram cedidas pelo governo imperial através de uma lei de incentivo à imigração estrangeira. Inicialmente, estabeleceram-se na Colônia Picada Velha, hoje conhecida como linha Santa Cruz. A população se dividia entre agricultores e artesãos, que precisaram com as próprias mãos desbravar as terras. Segundo registros históricos, havia muitas dificuldades como infraestrutura escassa, falta de dinheiro, e a concorrência desleal com a produção de outras regiões, visto que eles estavam no começo de seu processo produtivo. No ano seguinte, já estabelecidos, iniciam a produção de feijão, milho, batata, cevada, linho e fumo, esse especialmente marca da cidade. Os produtos eram exportados pelo Rio Pardo, uma parte sendo consumida, outra

Pista do Aeroporto

comerciada. Percebe-se de cara o tabaco como atividade agrícola de maior produtividade, sendo notada pelo governo que começa a importar sementes para distribuição. Dessa forma, os colonos passam a ganhar dinheiro e saldar os débitos relacionados à aquisição destas terras. Após 28 anos de seu surgimento, em 1858, Santa Cruz do Sul é emancipada no dia 28 de setembro, dando inicio a um ligeiro progresso. Pequenos agricultores passam a crescer, criam estabelecimentos comercias e industriais. Em 1904, é fundado o primeiro banco da cidade chamado Caixa de Crédito SantaCruzense, depois se expande e forma o Banco Agrícola Mercantil, que se funde ao Banco Moreira Salles surgindo o Unibanco. Para impulsionar a circulação de mercado e pessoas na cidade, em 1905, é inaugurada a via férrea Santa Cruz-Rio Pardo, gerando mais integração com Porto Alegre, possibilitando o aumento do município.

140 ANOS

Nestes 140 anos de Santa Cruz do Sul, desejamos que os caminhos do passado e do presente permaneçam sempre iluminados para que, no futuro, a comunidade se mantenha próspera e humana. www.afubra.com.br

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RS CIDADE

Pontos a turistar Em meio a diversos pontos culturais da cidade, alguns se destacam aos olhos dos turistas que visitam e pela representatividade nacional. Catedral de SĂŁo JoĂŁo Batista, ĂŠ a maior igreja no estilo neogĂłtico da AmĂŠrica Latina, localizada em frente Ă Praça GetĂşlio Vargas. A construção foi iniciada em 1928, porĂŠm, trĂŞs anos depois foi interrompida por falta de verba e descumprimento de exigĂŞncias feitas na planta. Em 1934, outra empresa assume o andamento da obra. Na vĂŠspera do Natal de 1938, sem estar completamente concluĂ­da, foi inaugurada, mas, a conclusĂŁo se deu apenas em 1977. As pinturas e vitrais de arte sacra na parte interna foram feitos por imigrantes alemĂŁes. Lago Dourado, fundamental para o abastecimento de ĂĄgua da população e estiagem, possui um espelho d’agua de 120 hectares. O seu entorno, utilizado para caminhadas, corridas e pedaladas, possui uma pista com uma extensĂŁo de seis quilĂ´metros. AutĂłdromo Internacional de Santa Cruz do Sul, inaugurado em 2005, segundo a Federação Internacional de Automobilismo (FIA), ĂŠ um dos mais seguros e modernos do Brasil. Possui uma pista de 3.507,7 metros de extensĂŁo, com 14 curvas de diversas velocidades. O autĂłdromo ĂŠ palco das principais provas do automobilismo nacional, como Stock Car, FĂłrmula 3, FĂłrmula Truck, e motociclĂ­sticas. Monumento ao Imigrante, ĂŠ uma homenagem criada pelo artista santa-cruzense Hildo Muller em forma de arte prestada da comunidade aos imigrantes que colonizaram a cidade. O painel em mosaico

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Parque da Oktoberfest

Autódromo Internacional mede onze metros de largura por três de altura, composto por pedaços de ladrilho, trabalhados com torquês e esmeril, inaugurado em 1969. A obra se encontra na Praça Hildo Muller. Parque da Oktoberfest, anualmente sedia uma das maiores festas germânicas do sul do país, com um årea de 14 hectares localizada na região central da cidade. O espaço tem infraestrutura para realização de eventos esportivos, lazer e turismo. O parque possui campo de futebol, quadras de basquete, academia ao ar livre, pista atlÊtica, e três pavilhþes para feiras e exposição.

! "


No céu de Santa Cruz O Aeroporto Luiz Beck da Silva foi fundado em 1934, tendo inicialmente uma proposta de construção de protótipos de aviões. Com 1180 metros de comprimento e 18 de largura, o local realiza voos panorâmicos, aulas de aviação e paraquedismo, além de campeonatos estaduais do esporte radical. O aeroporto passará por obras que permitirão a ampliação de suas operações, para voos executivos e, futuramente, voos comerciais. O espaço também abriga o Aeroclube de Santa Cruz. Sua criação ocorreu no dia 12 de julho de 1940, através de uma assembleia geral, tendo Luiz Beck da Silva como presidente. O ano seguinte, foi o marco inicial do clube tendo voos a motor enviados ao céu de Santa Cruz, com o avião a hélice doada devido a campanha Dê asas ao Brasil, de Assis Chateaubriand. Nos anos seguintes, o aeroclube foi ganhando mais força, angariando mais aviões de instituições e parceiros.

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RS CIDADE

VITÓRIA PARA O PITT/CORIANTHIANS 24 ANOS ATRÁS

Domingo, 17 de abril de 1994. Data marcante para o basquete estadual, em que o time Pitt/ Corianthians de Santa Cruz do Sul conquistava o primeiro e único título nacional do esporte no Rio Grande do Sul. Disputando com o time Franca, de São Paulo, o Corinthians foi contra todas as expectativas e venceu de 99 a 92 no último quinto do jogo, com a orientação do técnico Ary Vidal. O jogo ocorreu no ginásio Tesourinha, em Porto Alegre, e uniu todos os gaúchos na cor verde do time, angariando mais torcedores e reconhecimento. 24 anos se passaram, os 17 jogadores se separaram e mudaram os rumos de suas vidas, mas a história do pequeno time santa-cruzense que desafiou as chances, continua orgulhando a população do município, e do estado.

Time Pitt/Corianthians

Lago Dourado

Lana

De jaleco branco, bandana, e quatro patas, a cachorrinha Lana é personagem ilustre da ala pediátrica do Hospital de Santa Cruz (HSC). A pastor-alemão compõe o projeto cinoterapia no hospital, uma terapia alternativa lúdica que propõe a interação de pacientes com cães para tirar o foco da doença, distrair a criança, e proporcionar um momento de companheirismo. A iniciativa é uma parceria do hospital com o Corpo de Bombeiros de Santa Cruz do Sul. A cada 15 dias, Lana visita as crianças para propiciar um momento de descon-

Cadela Lana tração e relaxamento. As crianças podem brincar, fazer carinho e interagir, pois antes do encontro, a cadela passa por um banho com limpeza profunda, sem colocação de perfume. Da petshop, ela segue direto para o hospital para não ser contaminada. Antes de começar as visitas, Lana passou por um treinamento de um ano e meio para poder participar do projeto. Aos poucos, a cinoterapia deve se estender a todos os pacientes do hospital, com a possibilidade de acontecer passeios com os cachorros pelos corredores.

“Cada uma das gestões anteriores deu a sua contribuição para que chegássemos a esse momento, que marca a inauguração de um espaço que não está à disposição apenas da Assemp e de suas 19 associadas, mas também para a comunidade de Santa Cruz do Sul” 42

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Assemp sempre No ano em que a Associação de Entidades Empresariais de Santa Cruz do Sul (Assemp) completa 20 anos de sua fundação, a data foi comemorada com uma nova sede. O prédio com mais de mil metros quadrados foi doado pela prefeitura do município, e agora a sede estará à disposição de mais de 19 entidades associadas, proporcionando auditórios, salas de reunião e espaço para eventos. Mais de 120 convidados, entre lideranças empresariais, autoridades e imprensa participaram da cerimônia de inauguração no dia 10 de setembro. O presidente da Assemp, Léo Henrique Schwingel, contou que nessas duas décadas, é a primeira vez que a entidade investe em si própria. “Cada uma das gestões anteriores deu a sua contribuição para que chegássemos a esse momento, que marca a inauguração de um espaço que não está à disposição apenas da Assemp e de suas 19 associadas, mas também para a comunidade de Santa Cruz do Sul”, disse.

A entidade sem fins lucrativos foi fundada em 18 de maio de 1998, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento social, turístico e econômico de Santa Cruz. A origem se deu a partir da parceira entre entidades representativas da iniciativa privada do município. A Assemp é parceira da cidade na realização de eventos como Oktoberfest, Semana do Empreendedor, entre outros. Das terras desbravadas pelos imigrantes ao crescente progresso econômico, Santa Cruz do Sul é hoje uma das cidades mais desenvolvidas do estado. De início, os imigrantes podem ter chorado por estarem longe de sua terra natal, mas o chão santa-cruzense botou um sorriso neste povo, e todas as promessas estão procedendo.

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RS POA Edith Auler Camila Andres/Divulgação

revistaexpansaopoa@hotmail.com

Marcos Meneghetti Oscilações no mercado e cenário de mudanças de governo estão entre os principais temas discutidos por quem deseja empreender e continuar investindo no Brasil. Atentas a essa questão, a Invistasul, do empresário Marcos Felipe Meneghetti, e a Guide, de São Paulo, realizaram um meeting e trouxeram a Porto Alegre este debate, discutindo a fundo o tema. Nesta entrevista, Meneghetti aborda como os estrategistas de finanças estão avaliando as tendências econômicas e perspectivas financeiras do Brasil.

Diretor geral da Invistasul

QUEM QUER EMPREENDER DEVE ADOTAR QUAIS ESTRATÉGIAS?

Sabemos que a construção de um futuro financeiro de sucesso começa com o conhecimento. Acreditamos ser fundamental que as empresas e aqueles que desejam empreender busquem cada vez mais profissionalização, no momento de discutir quais são as melhores estratégias para seu negócio. É muito importante desenvolver dentro das empresas a capacidade para selecionar, analisar com isenção política e reconhecer informações pertinentes no momento de investir.

Quais os resultados colhidos a partir do meeting realizado na capital?

Trouxemos essas experiências para dentro do meeting. Acredito que o principal resultado desse encontro foi apresentar a necessidade de se estabelecer parcerias consolidadas e a curadoria de serviços especializados dentro do mercado de investimento.

Como trabalhar a questão de investimento versus período pré-eleitoral? 44

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Neste meeting, nós, da Invistasul, junto com os analistas de mercado Luis Gustavo Pereira e Erick Hood, analisamos esta questão. A primeira questão a ser levada em conta são as oscilações financeiras frente às mudanças de governo. Portanto, a necessidade de se manter um controle de riscos e ter objetivos claros necessários no momento de investir é fundamental, além de estar sempre atento às tendências e tecnologias versus estratégias de investimentos.

Como funciona o trabalho de curadoria de investimentos?

Todas as pessoas que querem investir devem passar por um processo de curadoria antes de mais nada, selecionando não apenas o melhores produtos para o seu negócio, mas sobretudo avaliando com total isenção o que é ideal para você. Estar atento ao que acontece no cenário macroeconômico do Brasil e do mundo também é importante. Ser inovador e ter a dedicação em cada detalhe do próprio negócio também é imprescindível e vital.


O Instituto da Mama apresentou novo visual dos uniformes que identificam as voluntárias do Imama. O destaque é a linha exclusiva de lenços que serão vendidos em diversos pontos de Porto Alegre. A expectativa é de que mais de duas mil peças sejam comercializadas. O lançamento da campanha foi no dia 4 de setembro, em um chá da tarde. A linha foi apresentada pelas suas madrinhas, entre elas Lisete Feijó, Xuxa Pires e Ana Fritsch.

A Mais Criativa está comemorando 16 anos no mercado. A empresa transforma o aperfeiçoamento profissional em resultados para os negócios. Fundada por Letícia Pires e Silvana Bastian (foto), a Mais Foco trabalha também através de dinâmicas de grupo e em áreas como sensibilização e encorajamento. Informações Telefone (51) 3226 6204 e 98429 9011.

Pela segunda vez no Brasil, ocorre a Copa do Mundo de Cerveja. O concurso será em Porto Alegre, de 14 a 16 de novembro, e está com inscrições abertas até o dia 19 de outubro. Junto com o evento também ocorre o Congresso da Cerveja Poa. Os cursos acontecerão no dia 15 de novembro, das 9h às 19h, na cervejaria Dado Bier do Bourbon Country - Av. Túlio de Rose, 80, Passo d’Areia. Informações www.matinecervejeira.com.br

RÁPIDAS

Menos de dois anos após a abertura da primeira unidade no bairro Moinhos de Vento, o Poke House anuncia a inauguração de seu segundo restaurante, no número 759 da Rua Lima e Silva, na Cidade Baixa. O novo espaço segue com o comando do californiano Nedal Abdelmuti e do gaúcho Antônio Freire, que assinam o cardápio e toda a concepção do negócio. Mestra em Ciências do Movimento Humano, Cíntia Báril inaugurou o espaço Cíntia Báril – Fascia Training, direcionado à reeducação postural, com foco no tratamento e condicionamento físico do sistema fascial. Rua Cel. Lucas de Oliveira, 505/608 – Mont’Serrat. Contatos: (51) 98403 7513 ou cintiabbaril@gmail.com O presidente da Fruki, Nelson Eggers, e sua equipe, apresentaram, durante a Expoagas, a linha de cervejas Bellavista. Os rótulos da linha serão dos estilos IPA, Blond Ale, Witbier, Weiss e Premium Lager, assinados pelo mestre cervejeiro Alfredo Ferreira. Também na Expoagas, a Piá apresentou suas novas linhas de produtos com a a linha X-Protein, composta por iogurtes com proteína extra e a linha de bebidas vegetais Natür, versões coco, aveia e amêndoas, em embalagens de 1 litro. A empresa apresentou também o Piá Gurt, com nova embalagem e formulação.

Edith Auler/Divulgação

Lisa Roos/Divulgação

O bar e restaurante Dry inaugurou, trazendo a alta coquetelaria, drinks e clássicos. O gim é a principal aposta da nova casa. São 32 marcas do destilado para o cliente escolher, entre nacionais e importados. Avenida Nova York, 48 - Auxiliadora. De terça a quinta, das 18h à 1h; sexta e sábado, das 18h às 2h.; e domingo, das 18h à 1h.

Um espaço voltado a aproximar apreciadores da boa gastronomia, com mesas compartilhadas, sommeliers qualificados e uma seleção de rótulos para conquistar quem é apaixonado por vinhos. Assim é a Cardamomo Enogastronomia, localizada no bairro Três Figueiras, em Porto Alegre. O local, comandado pela uruguaia Fabiana Aguinsky (foto), realiza diversos eventos focados em culinária de referência e harmonizações, todos com público limitado e um clima de muito acolhimento e delicadeza. Para o segundo semestre deste ano, a agenda está recheada de ótimos encontros. Os Wine Share estão imperdíveis. Informações em www.facebook. com/cardamomoenogastronomia/ ou @cardamomo.enogastronomia no Instagram.

Um encontro para os apaixonados pela Itália. No dia 27 de setembro, quinta-feira vai rolar um mix de gastronomia e cultura buscando homenagear diversas regiões do país europeu na primeira edição do projeto Varal Cultural Famiglia Facin. O evento vai acontecer a partir das 19h30min, no restaurante Cantina Famiglia Facin do Shopping Total em Porto Alegre. Os participantes serão convidados a trazer fotos de viagens para expor, ou de lugares que tem o sonho de ir conhecer na Itália, ganhando desconto especial no jantar. A ideia busca aproximar pessoas que já viajaram ou aquelas que ainda querem ir conhecer a Itália, a trocarem sugestões e conhecimentos da cultura daquele país, num bate-papo alegre, leve e descontraído. Reservas 51 99377 9746 ou 51 3018 8383.

Fotos: Divulgação

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RS

RS É NEGÓCIO? JORGE TRENZ -

Consultor Imobiliário biliário

Bairros de Novo Hamburgo: GUARANI

Divulgação

jorgetrenz@trenznegociosimobiliarios.com.br

Maurício M aurí Martins e Liege Lieg Tagliari

A ÁFRICA, QUEM DIRIA, JÁ FOI AQUI

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ivemos escravos em Novo Hamburgo, você sabia? Fiquei deveras surpreso quando o senhor Lauro José Martins Filho me contou. A área que concentrou a maioria deles, na época, chamava-se África. Hoje, conhecemos como bairro Guarani, que é onde reside o casal Maurício Martins e Liege Tagliari. Aliás, ainda existe a edificação onde era a senzala, disse-me o Zeca Martins, como é conhecido o Lauro: “Perto da casa que foi adquirida pelos Friedrich, anos depois de terminado o escravagismo.” O nome indígena do bairro vem de outro fato inusitado. Havia uma empresa de ônibus chamada Transporte Guarani e o coletivo tinha um cacique estampado na lateral. O pessoal dizia: “Vou pegar o Guarani”. E, assim, o nome da empresa acabou batizando o bairro.

Novo Hamburgo é uma cidade cheia de surpresas. Vocês conheciam a história do Guarani? Maurício - Meu pai me contou isso muito antes de falar para ti (risos). A história é sempre muito importante e cada lugar tem a sua para contar e preservar. Mas a do Guarani é bem curiosa e se ela não for compartilhada, acaba se perdendo. Liege - Eu desconhecia, mas gostei de saber. O Maurício nunca falou disso. Eu sou de São Leopoldo, estou aqui desde 2010 e conheço o bairro a partir daí. Mas jamais me passaria pela cabeça esse passado e nem a origem do nome.

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Fotos: Divulgação

Como é a relação de vocês com o bairro? Maurício - Sou nascido e criado no Guarani. É o lugar que emoldurou a minha infância inteira. Hoje eu não tenho uma convivência íntima, porque no dia a dia minha rotina não é aqui. Mas a convivência é longa, nossa vida é aqui e me habituei ao bairro. Liege - Tudo que tu precisas tem. Salão de beleza, mercadinhos diversos, restaurantes, pet shop. Tem shopping por perto, o acesso a bancos é tranquilo e o centro é um pulinho também. Mas a gente não depende do centro. O bairro é bem estruturado em serviços. Gosto bastante. Valorizou bem esta região, concordam? Liege - Alguns imóveis valorizaram até demais, penso eu. Tem alguns proprietários pedindo preços que não condizem com a realidade. Apesar de o bairro ter prosperado, alguns valores estão fora da curva. É que andei dando umas espiadinhas. Maurício - Talvez não queiram vender agora, estão testando o mercado, não é? Mas eu acho isso bom. Valorização é sinal de evolução, de crescimento. Poderia estar melhor ainda se as pessoas cuidassem do patrimônio público, não vandalizassem. Mas acontece muito por aqui? Maurício - Não é só aqui. Na verdade, eu estava me referindo ao conjunto da nossa sociedade, que precisa rever conceitos. Precisamos cuidar do que é nosso, e isso envolve todos e também contamina,


O que precisaria para atrair mais investimentos imobiliários no Guarani? Maurício - Uma padronização das calçadas, por exemplo. Temos uma área plana, favorável para que as pessoas caminhem, se apropriem dos espaços de verdade. Mas há muitos desníveis, má conservação dos passeios públicos. Isso

Marcos Quintana/Divulgação

tanto positivamente como negativamente. Um exemplo: tem um terreno aqui na rua que tinha virado depósito de lixo. O dono fez calçada, roçou e pararam de por lixo ali. Não é sempre assim, mas é um exemplo positivo. Liege - Não adianta a prefeitura plantar uma flor se ela é logo roubada. Por que Dois Irmãos é bonito, Morro Reuter, Ivoti? Tudo ali para cima é bem cuidado, a população se engaja. Também é uma questão de educação, consciência. O governo deve dar o exemplo, claro. Então, acho que essa fórmula da prefeita é coerente. Está arrumando a casa, deixando mais bonita, mexendo com a autoestima. Mas tem que encarar os problemas mais graves também.

Rua São Luiz Gonzaga: o caminho que leva a todos os lugares no Guarani

é um trabalho que envolve o poder público e os donos dos imóveis. Liege - Faltam lixeiras nas ruas, boas lixeiras. Na Suíça tem aquelas de metal, que não se danificam, são quase blindadas. Custam caro, mas duram. A infraestrutura de uso social precisa ser aprimorada. Uma poda regular das árvores também ajudaria a deixar o bairro mais bonito e atraente para investir. Aí as pessoas já se animam a cortar sua grama, cuidar do jardim, da praça. Assim, vamos melhorando.

“Espero que vocês tenham gostado da nossa passagem pelo bairro Guarani. Para mim, foi surpreendente conhecer uma pequena parte da nossa história.”

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RS CRÔNICA

RS Drops

Osvino Toillier osvino@sinepe-rs.org.br

A TOLICE DAS VAIDADES HUMANAS Ao olhar para a história da humanidade, percebe-se quanta tragédia se abateu sobre a espécie humana por conta da arrogância daqueles que achavam que poderiam dominar os outros, escravizar povos, apossar-se dos seus bens e destruir-lhes a cultura. Duas grandes guerras mundiais dominaram o cenário do século XX e cujas consequências ainda repercutem hoje em dia. Quantas guerras regionais sucederam-se, com milhares de vítimas, sem falar dos conflitos em andamento. Se olharmos para o armamento que vem sendo produzido pelas grandes potências, não conseguimos entender por que continuamos nos armando, se não estamos em guerra. Quantos recursos continuam sendo consumidos para a corrida armamentista, quando poderíamos destiná-los para alimentar pobres e famintos, ajudar países pobres a sair da miséria e alcançar grau de desenvolvimento que garanta condições de vida digna para o povo. O ser humano é realmente engraçado: tem tudo para ser feliz, mas prefere a guerra, só para mostrar ao outro quem tem poder. Escrevo este texto num voo. Vejo abaixo de mim, nuvens brancas que cobrem a visão e impedem que se veja a paisagem e onde estamos. Parece que algo semelhante está acontecendo conosco como gênero humano: vamos vivendo sem ter muito claro o que queremos da vida e aonde queremos chegar. Enquanto isso, cresce assustadoramente a violência, a ponto de fazer-nos reféns em nossas próprias casas, inibindo visita aos locais onde curtimos a infância no interior. Aonde queremos chegar com nossas maluquices, privando nossas crianças de poderem viver as emoções e sustentarmos as tolices das vaidades humanas?

PROCURADORIA ESPECIAL DA MULHER LANÇA CAMPANHA CONTRA A VIOLÊNCIA Em visita à sede da Expansão RS, a vereadora de Novo Hamburgo Patrícia Beck (PPS), titular da Procuradoria Especial da Mulher, divulgou a campanha Fale Agora, pelo fim da violência de gênero. Patricia afirma que diversos avanços já foram conquistados com a campanha, como o aumento do número de denúncias. Ela também frisou algumas parcerias institucionais que já foram realizadas. “Estamos juntos à Trensurb, que nos disponibilizou um vagão para adesivarmos com o tema da campanha. Só nos falta conseguir um parceiro para custear o adesivo. Na biblioteca do trem também foram disponibilizados os marcadores de página que trazem o tema do Fale Agora”, destacou a parlamentar. Patrícia apresentou ainda o projeto-piloto pioneiro que pretende criar um braço da Delegacia da Mulher na estação Novo Hamburgo. A vereadora enfatizou que a campanha deve ser trabalhada pelas escolas municipais em uma parceria com a Secretaria Municipal de Educação e apresentada aos piquetes que integrarão o 1º Acampamento Farroupilha de Canudos, no mês de setembro.

Patrícia e equipe com a diretora da Expansão RS, Ana Pacheco * Mestre em Educação e Presidente em Exercício do SINEPE/RS

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LIGA DE ESTÂNCIA VELHA LANÇA CAMISETA SOLIDÁRIA

REITOR DA UNIVERSIDADE FEEVALE VISITA SEDE DA EXPANSÃO RS

O reitor da Universidade Feevale, Cleber Prodanov, esteve recentemente em visita à sede da Expansão RS. No encontro, foram discutidas as propostas da universidade em se fazer mais presente junto à comunidade hamburguense. Prodanov destacou o compromisso da universidade com aqueles que a cercam. “A Feevale vem reforçando seus laços com as comunidades ao propor mudanças pedagógicas e estruturais na sua forma de ensino”, diz Prodanov. Uma das ações mencionadas pelo reitor é o desconto de 50% nos cursos de graduação da Universidade para funcionários públicos das áreas de Segurança Pública e Educação. “Essa medida é para ajudar a qualificar os profissionais das prefeituras. Essa seria a contribuição da Feevale para os setores de Educação e Segurança Pública”, afirma.

Homero Schuch/Divulgação

A 14ª Caminhada pela Vida de Estância Velha promoveu um concurso para escolher o design das camisetas promocionais do evento. Ocorrido pela primeira vez com estudantes da cidade, o processo de escolha contou com desenhos produzidos por crianças de dez a 16 anos. O modelo vencedor foi o de Camila Beatriz Bender, 10, orientado pela professora de desenho Ledi Scola. “Eu estava lendo um livro, quando vi um pássaro. Dali tirei a ideia para desenhar a pomba com o galho na boca. Minha professora me ajudou também”, revela Camila. Segundo a presidente da Liga, Dora Frank, a única orientação feita aos alunos foi que o tema principal seria Vida. O modelo ainda estampa a frase “Com calma e com alma”. As camisetas têm custo de R$ 25, totalmente revertido para a organização solidária, e estão sendo vendidas na sede da entidade. A Caminhada ocorre no dia 29 de setembro, das 8h às 20h, na pista central da Avenida Presidente Vargas.

Estampa da camiseta foi inspirada em livro

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RS COMPORTAMENTO

RS Drops

Cris Manfro acmanfro@terra.com.br

PEDÁGIOS

* Psicóloga clínica, terapeuta de família e mediadora familiar

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IRO SCHÜNKE É REELEITO PRESIDENTE DO SINDITABACO

O SindiTabaco, que representa os interesses comuns das indústrias de tabaco, reelegeu Iro Schünke como presidente para o quinto mandato consecutivo, continuando à frente da entidade nos próximos três anos. A chapa única integra ainda representantes de diferentes empresas associadas à entidade. “O sindicato tem atuado muito na sustentabilidade da cadeia produtiva, na maior visibilidade da importância econômica e social do setor e no acompanhamento dos assuntos regulatórios, especialmente aqueles relacionados com a Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT). Atualmente, a entidade representa os interesses comuns de 15 empresas”, afirma Schünke.

ROTA ROMÂNTICA INICIA MAPEAMENTO DO ROTEIRO DE CICLOTURISMO

A Associação dos Municípios da Rota Romântica está iniciando a implantação do circuito de cicloturismo que interligará as 14 cidades do roteiro através de estradas alternativas. Uma empresa especializada foi contratada pela entidade e está percorrendo o interior para fazer o levantamento e o mapeamento técnico. A partir do estudo, a entidade confeccionará as placas e demais estruturas e materiais necessários para a orientação dos visitantes, identificação dos pontos de apoio e dos atrativos turísticos. “Não estamos medindo esforços para a criação deste novo produto turístico da região. Ao finalizarmos o mapeamento, a implantação do circuito será de forma gradual, com saída da sede da Rota Romântica, localizada em Nova Petrópolis”, destaca o presidente da entidade, Cláudio José Weber. Fotos: Divulgação

Ouvi dizer que todas as boas estradas têm pedágio para que possa ser feita uma manutenção adequada e para que possam existir melhorias. Na teoria elas terão que ser as melhores estradas para você percorrer. Mas convenhamos que algumas exageram no preço. Até porque, diferente do que dizem, esse preço não é todo revertido para agregar valor ao seu trajeto. Na verdade, às vezes você só paga e não recebe nada em troca. Pois na vida não é muito diferente. Se você quer chegar onde você quer, dependendo do caminho vez que outra terá que pagar pedágio. Mas cuidado com o preço. Tem gente pagando caro demais. Tão caro que para chegar onde querem tem custado estragar relacionamentos, piorar de qualidade de vida e a perda do bem- estar. Essas três coisas custam caro e perdê-las é um preço muito alto a pagar. Tem gente nessa estrada fazendo suas refeições em pé. Isso mesmo, nem sentam para não perderem tempo. Não sabem o que se passa ao lado da estrada, tão pouco enxergam a paisagem, isso porque não olham pra ela. Não olham nem para as pessoas. Vão seguindo, pagando cada vez mais pedágio, sem recompensa pontual, só imaginando o que ganharão lá na frente, sem nada que lhes dê estímulo para continuar. Poucas pessoas estão reparando no desgaste durante esse trajeto. Pessoas sem alegrias vão percorrendo as suas estradas, com olhar cansado, irritadas e preocupadas com quantos pedágios ainda faltam e se terão o suficiente para pagar. Perdem a liberdade de usufruir o trajeto da vida. Perdem a alegria da parceria por estarem sempre sisudas e angustiadas. Você pagará pedágios na vida, isso é certo. Mas você deve se preparar para eles para não ficar agoniado no meio da estrada. Dentro do possível deve tentar fazer uma previsão para se questionar sobre se essa é a estrada que você quer mesmo percorrer. Sabe-se que numa vida mais simples os pedágios são menores ou praticamente inexistentes. Caso decida por uma estrada cheia de pedágios, lembre-se de parar algumas vezes, pois você merece pequenas gratificações como olhar a paisagem e apreciar o lugar aonde já chegou, desfrutando o lugar onde está e com as pessoas que são importantes pra você. E cuidado! Já vi pessoas perderem gente pelo caminho. E gente que era importante para elas. Como podemos esquecer ou perder alguém no caminho? Pagando pedágios! Com o foco somente na chegada, que não chega nunca, sem prestar atenção em quanto isso está custando. Se for por um trajeto curto, por um breve tempo, vá lá. Mas se for por muito tempo, por um longo caminho e custando a qualidade dos relacionamentos com quem você ama, então é um perigo. Chegando ao fim da estrada você pode chegar à conclusão que mesmo chegando onde você quer aquilo não valeu à pena por custar caro demais.


RS CADA VEZ MELHOR

T FACTORY STORE RECRIA EXPERIÊNCIA EM COMPRAS NA TRAMONTINA

Possibilitar ao consumidor o contato direto com o universo Tramontina, entre móveis, ferramentas, materiais elétricos, eletros, veículos utilitários, além de utensílios e equipamentos para cozinha. Essa é a finalidade da maior loja própria da marca e a primeira com o conceito T factory store. Localizada na cidade onde tudo começou, há 107 anos, o ponto de vendas com mais de 10 mil itens é parada turística importante na rota dos viajantes à serra gaúcha. “Mais do que um tradicional showroom, a T factory store em Carlos Barbosa recria a experiência de compra de quem visita a cidade, apresentando produtos das dez fábricas da Tramontina no Brasil, ao alcance da mão”, declara Clovis Tramontina, presidente do Conselho da empresa.

Daniel Müller daniel@cadavezmelhor.com.br

QUANTO VALE? Debora Zandonai/Divulgação

ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA MATEUS ELLWANGER TEM COMO FOCO DIREITO CIVIL E IMOBILIÁRIO

Atuando em Novo Hamburgo e região, o advogado Mateus Ellwanger, formado em Direito pela Unisinos, atua nos ramos de assessoria e elaboração de minutas de contratos e pareceres, ações indenizatórias; defesas e responsabilidade civil. Também atende na área imobiliária, compreendendo locação e despejo, contratos imobiliários, inventários, testamentos, entre outros.“As expectativas profissionais de atuar em Novo Hamburgo e região são grandes, uma vez que o mercado de trabalho está bastante exigente diante do atual cenário de crise ética e moral que estamos passando, e procuro sempre oferecer as melhores e mais adequadas soluções jurídicas - judiciais ou não - para o cliente”, afirma Ellwanger.

Imagine que você tem um cavalo que vale 1 milhão de dólares. Você se preocuparia com ele? Cuidaria dele? Eu acredito que você arrumaria um bom veterinário para cuidar dele, estaria atento com a alimentação, com a água que ele vai beber e onde ele vai dormir. Não é verdade? E quanto você acha que vale o seu corpo? Você deixaria cortar uma mão por um 1 milhão de dólares? Acho difícil! E quanto valeria o seu corpo inteiro? Acredito que o seu corpo vale muito mais que esse cavalo de 1 milhão de dólares. E você, você cuida do seu corpo como você cuidaria de um cavalo de 1 milhão de dólares? Provavelmente não! Se olharmos para as pessoas nas ruas, veremos que elas não dão muita atenção para o corpo. O nosso corpo é o templo da nossa alma. Você não tem uma alma, você é uma alma que habita um corpo. E esse corpo está aqui para carregar essa alma, nesta experiência de vida. Por tanto, nós devemos ter um grande respeito pelo nosso corpo. O valor do seu corpo é absoluto. Normalmente, as pessoas aprendem a dar valor a saúde quando “a perdem”. Mas, você não precisa perder a sua saúde para dar valor. Visite uma pessoa doente para ela te dizer o que elas dariam para ter a sua saúde de volta. Você já deve ter ouvido uma pessoa doente dizer: eu daria tudo que eu tenho para recuperar a minha saúde. E o dia que você perder a sua, você vai falar a mesma coisa. Se você não arrumar tempo, hoje, para cuidar da sua saúde, eu te garanto que, um dia, você vai ter que arrumar tempo para cuidar de sua doença. Cuide de sua saúde hoje e garanta uma vida cada vez melhor!

* Jornalista, fundador e CEO do Instituto Cada Vez Melhor

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RS ENERGIA DOS NEGÓCIOS

RS Drops

Isnar Amaral* Consultor ambiental - CRQ 05203390 isnaramaral@ambientebasico.com.br ambientebasico.com.br | (51) 99956-0042

CAUSAS E EFEITOS DA VARIAÇÃO DA ENERGIA DO AMBIENTE DE TRABALHO

Ambiente que Mata (esclarece sobre a interferência do ambiente na saúde das pes*PALESTRAS: soas); Energia do Negócio (correlação entre o ambiente empresarial e resultados alcançados), e

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Equipe Eficaz (motivação e conscientização para as equipes de trabalho) SERVIÇOS: Análise do ambiente residencial ou profissional tornando-o harmônico e saudável, e reprogramação quântica do ambiente empresarial para melhorias nos resultados

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MODA E ENGAJAMENTO SOCIAL DÃO NOVOS ARES AO SITE DA VEROFATTO

O novo site da Verofatto entrou no clima disco que embala a campanha verão 2019 da grife. A home www.verofatto.com. br exibe fotos e o fashion film estrelados pela top e DJ Vivi Orth, com as apostas em calçados e bolsas para a temporada quente. Outro destaque é a página dedicada à ação Ser elegante é, iniciativa da Verofatto que visa disseminar atitudes elegantes através da gentileza, ética, educação, solidariedade, gratidão e positividade. Ligada a todos os canais virtuais da grife, a hashtag #sejaelegante conecta o compartilhamento de vídeos, fotos e mensagens que transmitam o que é ser elegante para cada um. O site da Verofatto foi desenvolvido em parceria pela BMA Comunicação e Marketing e a Loft Digital.

Fotos: Divulgação

As situações cotidianas nos mostram, na realidade, aquilo que está na nossa imaginação. Estava na aeronave aguardando a decolagem, voltando de férias com a família em uma conexão do Aeroporto de Guarulhos-São Paulo a Porto Alegre, mentalizando sobre um artigo que eu deveria entregar na manhã seguinte e ainda não o havia escrito. A ideia era descrever como a energia de um ambiente pode variar em um curto espaço de tempo, contagiando e desestabilizando todas as pessoas, por ressonância, a partir de um gatilho, muitas vezes imprevisível. A narrativa a seguir é verdadeira e, por coincidência ou não, veio a descrever exatamente a causa e o efeito do que eu tinha em mente. O embarque do voo, previsto para as 11h55, já estava concluído alguns minutos antes do horário, mas um fato atípico aconteceu. Um casal com ares de arrogância negou-se a despachar uma mala que, pelas dimensões, não poderia seguir dentro da aeronave. Conseguiram, de alguma forma, embarcar e guardar a mala dentro do avião no compartimento que fica sobre os assentos. De imediato, o piloto chamou a segurança e, então, começou uma discussão que encerrou quando o casal foi retirado juntamente com seus pertences. A seguir, o piloto avisou que atrasaria a partida em alguns minutos, pois a autoridade competente deveria assinar um documento autorizando a viagem. Até então, todos os passageiros apenas observavam a cena sentados nos seus lugares, a maioria já com os cintos afivelados. Após vários comunicados do comandante pedindo mais alguns minutos de tolerância, a nave não decolava e já estávamos com mais de duas horas de atraso. O descontentamento já era visível entre as pessoas. Em torno das 14h, esquentou de vez o clima do ambiente. Bate-boca, gritos, assovios, palmas e vaias deixaram tensa a relação entre os passageiros e a tripulação. Em alguns minutos havia se formado uma comissão de passageiros que se deslocou até a dianteira da aeronave em seu corredor e insistiu em falar com a autoridade responsável. Resumindo o desfecho do episódio, depois de mais 15 minutos, o avião decolou e a viagem seguiu tranquila até o destino. Fazendo uma analogia, a energia humana é dinâmica e, por isto, o ambiente de trabalho deve ser tratado também de forma dinâmica. Situações semelhantes podem ocorrer em um ambiente empresarial por causas diversas, podendo comprometer a harmonia, o empenho e a produtividade da equipe, elevando o nível de estresse. Para minimizar estes efeitos, mantendo a energia do ambiente em uma média harmônica favorável, a aplicação da Reprogramação Quântica do Ambiente Básico é uma solução eficaz.

SECÇÃO RS DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA ELEGE DIRETORIA

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD-RS), que atua como defensora dos interesses de médicos dermatologistas do estado, escolheu, em chapa única, a nova diretoria QUE vai comandar a entidade pelo biênio 2019-2020. Os integrantes serão empossados na Assembléia Geral a ser realizada na Jornada Gaúcha de Dermatologia, marcada para o dia 20 de outubro. O efetivo exercício da diretoria terá início no dia 1º de janeiro de 2019. “Vamos ter muito trabalho juntos, mas com certeza poderemos contribuir bastante para a Dermatologia e para a saúde da pele da população gaúcha”, afirmou a nova presidente, Taciana Dal’Forno Dini.


João Alves/Divulgação

Agraciados com o Prêmio Mérito em Administração

PROFISSIONAIS SÃO PREMIADOS COM O MÉRITO EM ADMINISTRAÇÃO 2018

O Prêmio Mérito em Administração condecorou, com o Troféu Êxitus, os profissionais gaúchos que se destacam com suas iniciativas e contribuições para a área neste ano. Os agraciados foram distribuídos em quatro áreas: Público, Privado, de Ensino e Tecnólogo, sendo esse último a novidade desta 31ª edição. Entre os premiados está o presidente da FCDL-RS, Vitor Koch, reconhecido na categoria Setor Privado, por sua trajetória como administrador, empresário e líder empresarial. “Apliquei todos os ensinamentos da faculdade no meu negócio. A Administração nos ensina a zelar, cuidar e ser íntegro”, enfatizou em seu discurso de agradecimento. Além do presidente da federação, foram agraciados com o Prêmio Mérito em Administração 2018, o Secretário de Educação do Estado, Ronald Krummenauer, na categoria Setor Público; o gerente de Recursos Humanos do Senac-RS, Orian Kubaski, em Setor de Ensino; e a tecnóloga em Processos Gerenciais Márcia Helena Rodrigues, na categoria Tecnólogo em determinada área da Administração.

Divulgação

A CONQUISTA DO VALE DO PARANHANA EM GAMES

Com os avanços das tecnologias, a interatividade com o mundo digital aumentou. O computador é uma ferramenta poderosa, que pode e deve ter todas as suas potencialidades utilizadas com propósitos educacionais, e seguindo esta linha de pensamento, foi criado nas Faculdades Integradas de Taquara (Faccat) o game A Conquista do Vale do Paranhana. “Este é um projeto interdisciplinar desenvolvido por uma equipe formada por integrantes dos cursos de História, Jogos Digitais e de Publicidade e Propaganda da Faccat”, explica a professora Dóris Fernandes, do curso de História. Dóris ressalta que a ideia de criar um game a partir da história do Vale do Paranhana surgiu no primeiro semestre de 2017, durante as aulas do curso de História. “Desde então começamos a tecer ideias e formar o grupo de criação, com a participação dos acadêmicos dos três cursos. Ocorreram encontros semanais para essa construção”, salienta a professora da Faccat. Era necessário inventar algo que chamasse a atenção dos estudantes e que valorizasse a região do Paranhana. “O game foi elaborado em etapas. Os desenhos são baseados em quadros do artista Pedro Weingärtner e que representam a colonização. É um projeto de forma interdisciplinar e estamos agindo e atuando junto com a comunidade”, destaca a professora Dóris Fernandes. 151 e 152) do Colégio Santa Teresinha, de Taquara, estiveram testando o game, no laboratório de Jogos Digitais.

ROTARY CLUBES SÃO PARCEIRO NA LUTA CONTRA PÓLIO E SARAMPO

Único candidato à Deputado Federal que registrou em cartório o compromisso de não concorrer à reeleição e cumprir integralmente o mandato, caso eleito. Acredita e Renova!

1230 DEPUTADO FEDERAL

CNPJ CAND: 31.177.574/0001-63 | Coligação Frente Trabalhista Sustentável PDT | Valor: R$ 1.800,00

Daniel Bitello/Divulgação

A Pedido

Com meta de vacinar 554 mil crianças, o Rio Grande do Sul já atingiu cerca de 93%, imunizando a população contra a paralisia infantil, também conhecida como poliomelite, e o sarampo. A pólio está erradicada no Brasil em 1994 e sem casos registrados no Estado desde 1983, enquanto que o sarampo teve seu último caso registrado em 2015. Foram 87% do público-alvo imunizado, e, além de campanhas do governo e dos municípios, os Rotary Clubes foram agentes ativos na luta contra as duas doenças. “O que nos preocupou foi o relaxamento na vacinação por parte das famílias devido a erradicação da poliomielite no País”, destaca o governador distrital do Rotary Internacional-D4670, Ilo Vile Coutinho. Em visita à sede da Expansão RS, Coutinho, do Distrito D670 do Rotary Club, destacou que o clube está empenhado em auxiliar na divulgação da campanha de vacinação das secretarias municipais de saúde das cidades nas quais está presente.

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RS DIREITO &EMPRESAS alberto@beckeresantos.com.br

Divulgação

Alberto Becker

RS Drops

GESTÃO INTELIGENTE E A BATALHA DE PIRRO Há dois anos, nesse espaço, afirmamos que, num plano geral, as crises sempre passam, mas que, numa análise individual, talvez não passasse para todos. Advertíamos: esses tempos difíceis vão passar para quem fizer a coisa certa, tomar as decisões e agir. Nossas provocações eram: Como você vai estar quando a crise passar? Sua empresa terá sobrevivido? Em que condições estará? Será prudente apenas esperar que os problemas se resolvam sozinhos? Para ajudar, apresentamos os 3 pilares fundamentais: clareza para saber o que se quer/ deve fazer; método, consubstanciado no plano passo a passo de como sair do ponto A para o ponto B; e ressignificação positiva, no sentido de que, se um problema existe, assumilo e fazer algo a respeito é o que verdadeiramente nos dá a condição de superá-lo. Essa é uma síntese do essencial, de acordo com as melhores práticas profissionais. Um enxutíssimo guia de sobrevivência. Na sua empresa, você fez o básico em termos de organização e preparo para enfrentar a crise? É que, embora sejam medidas aparentemente singelas, nem sempre é fácil fazer o que é preciso. Quase sempre, verificamos que as empresas rapidamente dão conta dos dois primeiros pilares, mas falham com relação ao último. É recorrente vermos certa dificuldade em admitir dificuldades e aceitar que é preciso tomar atitudes mais contundentes. Para vencer essa guerra, devemos ter cuidado com as “batalhas de Pirro”. Pirro, rei de Épiro, em síntese, teve uma vitória sobre o exército romano em Heraclea, norte de Taranto, em 280 A.C., ao custo de milhares de seus homens, o que quase dizimou seu exército. Nessa hora, se diga que a “vitória” obtida a alto preço, potencialmente acarretadora de prejuízos, pode ser um cenário onde, mesmo “ganhando”, se perde. Na ânsia de “proteger” a imagem ou o ego dos gestores, de conseguir suportar os malogros da crise por mais um semestre, mais um ano, é comum vermos aumento dos problemas, elevação do endividamento, diminuição dos recursos etc., o que poderia ser evitado com ação a tempo e a hora. A gestão inteligente escolhe bem suas batalhas, evitando vitórias Pírricas. Muitas empresas, contudo, não ressignificaram o papel de sua gestão diante da crise. Diversas organizações, com grande potencial de prosperar ou se recuperar, seguem sem saber direito para onde vão, caminhando para longe da solução de suas questões e, algumas vezes, agravando os seus problemas. Qual batalha você e a sua empresa devem realmente lutar? Pense nisso! * Advogado

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COMUSA REGULARIZA TERRENO DO RESERVATÓRIO PETRY Uma irregularidade relacionada à posse do terreno onde está localizado o reservatório Petry fez com que a Comusa Serviços de Água e Esgoto de Novo Hamburgo corresse o risco de precisar devolver os recursos investidos na obra. A área, que havia sido adquirida ainda no período em que os serviços eram operados pela Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), nunca foi formalmente transferida para a companhia estadual. Uma reunião em Brasília entre as direções da Comusa e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), no entanto, ratificou um acordo para que a autarquia não tenha que devolver R$ 1,5 milhão ao órgão federal. O terreno foi vendido por um particular para a Corsan, com um contrato de compra e venda sendo celebrado. A posse definitiva, no entanto, nunca foi formalizada. “Quando a Comusa assume os serviços assume junto a posse dessa estrutura, incluindo essa área. Anos depois o reservatório é construído com recursos da Funasa. Ao revisar os dados do projeto eles perceberam que a obra foi feita em uma área que ainda não havia sido escriturada em nome da Comusa, e por isso solicitaram a devolução do investimento”, explica o diretor-geral da autarquia, Mário Lüders. A resolução do impasse motivou a ida de Lüders e do diretor-técnico, Ari Borges dos Santos, até a sede da Funasa em Brasília. Neste encontro foi possível estabelecer o compromisso de regularização da área, evitando o desembolso de R$ 1,5 milhão.


Joares Machado/Especial

RS FINANÇAS

Existe uma saída para o

endividamento Procurar um advogado é uma alternativa para regularizar situação financeira

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m julho deste ano, os cilho que o endividado gera é brasileiros com algu- a vergonha de estar nessa situma conta atrasada so- ação financeira. “O que sempre maram 63,4 milhões, dizemos, tanto para a pessoa Dr. Jamil Abdo, sócio segundo o Serviço de física quanto jurídica que nos da Abdo Advogados Proteção ao Crédito (SPC Brasil). procura, é que o Direito pode Mais da metade dos devedores, ajudar quem contraiu algum AÇÕES TRABALHISTAS de acordo com o levantamento re- tipo de dívida”, diz o diretor. E TRIBUTÁRIAS alizado pela Confederação NacioOutro ponto salientado é a Após a implementação da refornal de Dirigentes Lojistas (CNDL) conformidade com a situação. ma trabalhista o Tribunal Superior do em parceria com SPC Brasil, está “Essas ações judiciais podem Trabalho (TST), registrou uma queda entre a faixa etária de 30 e 49 anos. ser resolvidas com base na lei, de 46% no número de novos procesPensando nas dificuldades do mesmo quando o processo já sos. Contudo, as ações trabalhistas mercado, a Expansão RS buscou está em andamento”, afirma Dr. acontecem e, por vezes, os valores trazer outra abordagem sobre o Jamil. O entendimento de que a serem pagos são além do que o endividamento, com o sócio da se pode procurar um advogado empreendedor consegue arcar. “Às Abdo Advogados, Dr. Jamil Abdo. para lidar com esse tipo de ação vezes, a pessoa jurídica recebe uma Ele destaca que o primeiro empe- pode evitar a perda de um bem. reclamatória trabalhista com valor astronômico e acredita que tem que “Essas ações judiciais podem ser pagar todo aquele valor. Mas, admiresolvidas com base na lei, mesmo quando nistrando essa causa, é possível reo processo já está em andamento.” duzir o valor”, explica Dr. Jamil. As ações tributárias são relacionadas aos impostos direcionados UM CLÁSSICO: O ENDIVIDAMENTO BANCÁRIO aos empresários. Para evitar o cresciNeste ano, o cartão de crédito alcançou 76,4% dos compromissos mento da dívida pelo não pagamen- financeiros dos brasileiros, segundo o levantamento da Confederação to, Abdo explica que algumas co- Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), tornandobranças desse tipo já foram declara- se a principal causa de inadimplência das famílias endividadas. das como inconstitucionais. Ou seja, O diretor da Abdo Advogados afirma que, “essas ações são resolexiste solução para o endividamen- vidas por advogados, julgadas por juízes e acompanhadas por promoto, mas é necessário planejamento tores. Assim, se for feito um trabalho técnico sobre determinado endie acompanhamento de profissionais vidamento pode ocorrer a anulação deste”. O advogado diz que, em comprometidos com a causa. alguns casos, é possível deixar de ser devedor e passar a ser credor.

NOVO HAMBURGO: Rua Cinco de Abril, 258 - Rio Branco PORTO ALEGRE: Av. Ipiranga, 40, Sala 1508 - Praia de Belas

ABDO.COM.BR (51) 3582-9000 (OAB/RS 172)

Foto: Divulgação

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RS E AÍ, TUDO BLEY? Vítor Bley de Moraes Jornalista (Reg. Prof. 5495) vibleymor@gmail.com

ESTÁ CHEGANDO A HORA! Eleições: Momento dos brasileiros votarem conscientemente em candidatos sérios e competentes

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Brasil vive um grande momento de confraternização, talvez superando, até mesmo, ao Natal e Ano-Novo. São apertos de mãos, abraços, tapinhas nas costas, muitos sorrisos e beijos por todos os cantos do País. Também é uma época de muitas promessas. Cada eleitor é paparicado como uma grande personalidade. Estes fatos acontecem, sempre, em épocas eleitorais. No entanto, é preciso ficar atento, pois como já dizia o chanceler alemão Otto Von Bismark “Nunca se mente tanto como antes das eleições, durante uma guerra e depois de uma caçada”. O eleitor deve buscar informações fidedignas sobre os candidatos em quem ele pretende votar. Saber se é honesto e competente são aspectos fundamentais. No caso de políticos que concorrem à reeleição, é importante saber sobre a sua atuação. O que fez para merecer ser reconduzido ao cargo? Conseguiu falar com o candidato em que você votou após as eleições?

SÓ RECLAMAR NÃO ADIANTA

Não adianta nada reclamar e dizer que vai anular o voto, que vai votar em branco ou que vai votar num candidato folclórico como forma de protesto. É a oportunidade que temos de garimpar os mais preparados, competentes e éticos. E existem, mas é preciso pesquisar muito. O discurso afinado não é garantia de um bom voto. Temos que banir todos os maus políticos que só trabalham em causa própria e que só te dão atenção em período pré-eleitoral.

ELEIÇÃO NÃO É FUTEBOL

Outro detalhe: nem sempre o novo representa renovação política, muito menos é garantia de um bom mandato. Prometer, como eu já disse, é

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uma coisa, fazer é outra. Temos que analisar se as propostas apresentadas são exeqüíveis de fato ou apenas uma mera ilusão. Também é o momento de deixarmos que o fanatismo partidário nos cegue. Eleição não é jogo de futebol. Aqueles que elegermos ficarão em seus cargos por quatro anos. Somos todos brasileiros que querem e merecem um Brasil mais decente, sem roubalheira corrupção. Os recursos desviados poderiam ser aplicados na saúde, na educação, na segurança, na infraestrutura.

R$ 1,7 BILHÃO PARA AS CAMPANHAS

As eleições, por si só, já representam uma afronta aos brasileiros. O Fundo para o custeio da campanha distribuiu aos diretórios nacionais dos 35 partidos com registro no TSE, mais de R$ 1,7 bilhão para custear as eleições. Um verdadeiro absurdo num País cheio de carências. Mas já que, para as eleições deste ano, não poderemos alterar mais nada, temos que fazer a nossa parte elegendo políticos sérios e competentes e combatendo o nefasto “jeitinho brasileiro” de querer levar vantagem em tudo. Isto é uma questão cultural que se fortaleceu nos anos de 1970, através de uma campanha publicitária de uma marca de cigarro, protagonizada pelo jogador Gérson, tricampeão mundial de futebol pela Seleção Brasileira, no México. Ele encerrava a propaganda dizendo: Você tem que levar vantagem em tudo, certo? A partir de então, todo tipo de malandragem ficou marcada como a Lei de Gérson. Talvez, assim, conseguiremos avançar. Eleição é coisa séria. Muito séria. Temos que ficar atentos, também, às urnas eletrônicas, colocadas em suspeição por muita gente. Mas, para quebrar um pouco esse clima, eu convido os leitores - que ainda não leram - a conferirem a reportagem que fiz com a atriz gaúcha Grace Gianoukas. A Petúlia de “Orgulho e Paixão”, a novela das 18h da Rede Globo. Ela é uma atriz completa e de um humor contagiante. Está nas páginas.......desta edição. Boas eleições a todos!


RS ORGANZE Alessandra Dias organzenoivas@gmail.com

Participação especial

Fotos: Richard Vieira/Especial

O sonho de se casar faz parte do imaginário de muitas mulheres. E sinto orgulho de dizer que faço parte desse sonho todos os dias, desenhando vestidos exclusivos para noivas, além de debutantes e de festa. Tive a oportunidade de expor meu trabalho no brunch de lançamento da Expansão Noivas, e você pode conferir as fotos de algumas das minhas criações a seguir. Encante-se e venha me visitar, vou adorar conversar com você e te ajudar a criar o vestido dos sonhos!

www.organze.com.br Rua José de Alencar, 461 Novo Hamburgo/RS (51) 3065-2866 (51) 98682-5282 organzenoivas@gmail.com

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RS De A a Zita

Tenho orgulho de ser GAÚCHO, Tudo aqui é lindo por NATUREZA, Por isso me dou o LUXO, De elogiar tua BELEZA....

Zita Pereira zitapereira@revistaexpansao.com.br

Homenagens a presidente do Badesul

(Sérgio o Cancioneiro)

Beleza e bom gosto: à moda dela

A presidente do Badesul, a santa-cruzense Jeanette Halmenschaler Lontra, foi homenageada em honrosa cerimônia no salão nobre do Palacinho. A deferência foi prestada pelo Município de Santa Cruz do Sul, junto à Associação de Entidades Empresariais (Assemp), e contou com autoridades municipais, familiares e imprensa. Jeanette é servidora de carreira do Badesul e baseou sua vida profissional na administração publica indireta, trabalhando há 42 anos em projetos de desenvolvimento do Rio Grande do Sul durante diversas fases da agência de fomentos. Foi também superintendente do setor público por 12 anos e é diretora de Operações desde abril de 2015, função que continua desempenhando junto com, a presidência. Com currículo invejável, ela foi ovacionada durante a solenidade, sendo agraciada, pelo prefeito Telmo Kirst, com uma placa com mensagem a trajetória da homenageada. Agradecida, ela falou do orgulho de ter nascido em Santa Cruz. Mas mais orgulhosa ainda está a cidade e seus conterrâneos, pela filha ilustre. Joia da terra: homenagem mais que merecida

Estilo atemporal

Talita Lammel vem se destacando nos meios da moda. Muita jovem, a estilista cria peças casuais e atemporais. Tudo o que ela faz vira hit. Participando de feiras, e criando peças exclusivas para lojas, a marca Tahle vem se firmando no mercado gaúcho e além. Linda, a filha de Jussara e Zeca Lammel, vem recebendo elogios por onde passa, usando ela mesma criações inéditas, e pelas peças fashions que vem apresentando no mercado. Talita é grande aposta entre as jovens estilistas.

Atitude em prol de nobre causa

O Rotary Clube de Gramado promoveu ação cuja renda foi revertida para a Liga de Combate ao Câncer. Agosto foi o mês escolhido para a realização da oitava edição do Chá da Solidariedade, que reuniu quatro centenas de nomes conhecidos na Serra Gaúcha e além. O desfile da loja Rosa Carmina foi o ponto alto do evento, que teve como tema Autoestima, Moda e Atitude. Glamourosamente, as modelos que brilharam na passarela foram mulheres da comunidade gramadense, que venceram a doença e mostraram que a superação é possível. Adereços de cabeça foram criados especialmente para a ocasião pelo decorador João Vicente Corrêa. Show do tenor Evandro Martins e da cantora mirim Johana Martins tornaram a tarde ainda mais iluminada. Nestes oito anos de atuação conjunta, já foram arrecadados mais de R$100 mil, sendo 100% revertido para a Liga, incansável quando o assunto toma forma de câncer. Assim, elas criaram sua chamada: “Dar de si antes de pensar em si, e mais se beneficia quem melhor serve.’’

Atitude: todas unidas por uma nobre causa

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EXPANSAORS.COM.BR Fotos: Divulgação

Presenças notadas: Aline Viezzer, Wanda Fagundes Werlang e Tábatha Colla

Belas da tarde: Evelise e Neusa Silveira bem-acompanhadas de suas meninas


Rafa ATZ Fotografia/Divulgação

Noite de princesa

Giovana Martina Negri comemorou seus 15 anos em noite cheia de glamour no espaço de eventos Bávaro, em Dois Irmãos. Os pais, Meri e Sérgio Negri, receberam com a elegância habitual e os convidados ficaram encantados com a entrada triunfal da linda debutante, acompanhada da mascote e fiel escudeira Lilly. Amigos e familiares estiveram reunidos e fizeram a festa acontecer com sua animação. Depois da tradicional valsa com o pai, foi a vez do padrinho Ederson Agostini, que lhe presenteou com um anel. A grande noite de Giovana foi um mix de emoções, divertidas homenagens, coreografias ritmadas e contou ainda com a atuação de personagens interativos, que primou pelos tons de verde e muita iluminação. Foi ocasião inesquecível!

Beleza e competência na televisão

Douglas Austria/Divulgação

Noite repleta de surpresas: a linda debutante com os felizes e elegantes pais

A bela da tv: Paloma na sua festa de formatura

Paloma Arnold Maino, linda como ela só, recebeu seu diploma de jornalista e vem mostranto seu talento. A nova profissional, formada pela Universidade Feevale, é o colírio dos olhos da RDCTV. A conquista da filha de Adriana Arnold e João Luís Maino, o Lolo, foi festejada com entusiasmo, junto a amigos e familiares, no salão de eventos da CDL. As tias Janete Maino, junto do marido André Spier, e Joelma Maino, suas maiores tietes, estavam tão felizes quanto os pais. O ponto alto da noite foi quando Paloma fez agradecimentos ao avô, Luiz Maino, em um momento de muita emoção que contagiou os convidados. A festa se estendeu com a pista lotada e a turma se esbaldando em coreografias até o amanhecer.

CDL tem Memorial do Comércio

A CDL-NH acaba de inaugurar o Memorial do Comércio, cujas peças foram doadas pelo empresário Romeu Blauth. O acervo conta com relíquias históricas, como a registradora fabricada em 1950, em Nova Iorque, e um mimiógrafo de 1880. Orgulhoso, o empresário do setor joalheiro e farmacêutico falou da revolução tecnológica dos últimos 50 anos. O memorial foi montado na sede da CDL e está aberto ao público. Gilberto Kasper, presidente da entidade, agradeceu as doações e salientou as conquistas da entidade em 2018. Neste ano, a instituição passou a ser Autoridade de Registro da Certificação Digital. “Somos a CDL que mais emite o documento no Rio Grande do Sul e estamos em décimo lugar no ranking nacional”, afirmou Kasper, que ressaltou ainda a elaboração do Natal dos Sinos e a Convenção Estadual Lojista, que será realizada no próximo mês, em Novo Hamburgo. Fotos: Lu Freitas/Divulgação

CDL-NH e Unicred se uniram para comemorar aniversário e a parceria entre eles

Nova idade e parceria Os 56 anos da CDL-NH foram comemorados com elegância, reunindo empresários para brindar a data e assistir a palestrsa da Unicred sobre o cenário econômico mundial e nacional. Gustavo Saltiél, diretor administrativo e de negócios da Unicred RS, foi o aplaudido palestrante da noite que reverenciou o convênio entre CDL e a cooperativa. O médico Paulo Luiz Rech, presidente da Unicred Região dos Vales, destacou o fundo previdência afirmando ‘‘que a cooperativa elimina intermediários e nossa missão é oferecer serviços mais em conta que os bancos e com mais qualidade’’. Anelis Staudt, diretora de desenvolvimento e negócios da Unicred, também falou sobre as vantagens desta parceria.

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RS De A a Zita

Esperança com os homens na cozinha

A Liga Feminina de Combate ao Câncer de Sapiranga realizou com sucesso absoluto a 23ª edição do Homens na Cozinha. Pratos elaborados fizeram o deleite dos comensais e se reverteram em eloquentes elogios aos chefs. Gilberto Cherutti e Julio Kunrath, Evandro Costa e Pablo de Melo Costa, Lucas Adriano da Costa e Mateus Moller, Gione Roggia, Walter Groschewicz e Lucas Diniz Pereira, Marcos Dutra e Jorge Alberto Bom, Felipe Cemim e Flávio Lamb, Everaldo Grippa da Silva e Igor Soares Grippa da Silva José Aristides Figueiro de Moura, Borys Sommer Zabolosky e Ademir Gerson Deltos, Adolar Rogério Salin e Élio Cemim pilotaram forno e fogão com todo esmero. Eles ganharam mais uma causa em benefício da entidade que com a renda deste evento faz caixa para tratar quem necessita dos cuidados da LFCC.

Gilberto Cherutti e Júlio Konrath

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Lucas e Fábio Rosa

Filho e pai: Gabriel e Evandro Costa

Felipe Cemin e Flávio Lamb

Marcos Dutra e Jorge Alberto Born

Élio Cemim e Adolar Salin ( Laio)

Tudo pelo bem comum: as mulheres maravilhosas de Sapiranga

Alan Carlos da Silva e Felipe Berg

EXPANSAORS.COM.BR Fotos: Retratus Fotografia/Divulgação

Walter Groschewicz e Gione Rocha

Família Grippa da Silva: Everaldo e Igor

Ademir Deitos, Boris Zabolotsky e José Aristides de Moura( Juca)


Maria Helena Sartori, Cezar Augusto Schirmer, Raffaele Di Cameli, Ana Pellini e Coronel Cleber Valinodo Pereira

Gilberto Müller e Cleber Pereira

Sérgio Jost, Adriana Kayser, Cleber Pereira, Ana Pacheco e Bruno Jost

Bombeiros Militar festejam um ano

Pereira e David Abramo Randon

O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul comemorou seu primeiro aniversário como instituição independente da Brigada Militar, passando a ser diretamente vinculada à Secretaria Estadual de Segurança Pública. Para firmar o vínculo, ocorreu a formatura militar no Quartel do Comando Geral, durante a manhã do dia 22 de agosto. Representantes de todas as unidades operacionais do Estado marcaram presença na cerimônia, em que foi concedida a Comenda do Corpo de Bombeiros Militar a 20 militares que se destacaram à frente de seus batalhões, durante o ano. A cerimônia se estendeu até a noite, com coquetel no Grêmio Náutico União (GNU), com apresentação do Coral do GNU e da orquestra da escola Júlio de Castilhos, que executaram o hino do Corpo de Bombeiros Militar do RS. Os diretores da Expansão RS, Sergio Jost e Ana Pacheco, foram presenteados com uma placa de homenagem, e outros agraciados receberam a Comenda do Comando do Corpo de Bombeiros Militar. Para encerrar, o comandante-geral, coronel Cleber Valinodo Pereria, fez discurso à altura dos homenageados e ao futuro promissor da instituição.

Diogo Leuck e o Comandante dos Bombeiros

Luciane da Silva Fabbro, Diana Paula Sana e Cel. Cleber Pereira

Fotos: Divulgação

O Coronel com Neco Argenta

Mãos de ouro no consultório e em campo

Luís Henrique Poersch (foto) acaba de entrar para o rol dos novos dentistas de Novo Hamburgo. Já atuando na área, e cursando pós em implantodontia, na Universidade de Caxias do Sul, dá amostra de seu gabarito na odontologia. Para comemorar a formatura, bem ao jeito festeiro do novo profissional e sua turma, a noitada foi embalada ao som de DJ, show de pagode e a bateria da Escola de Samba Cruzeiro do Sul, com seus ritmistas e passistas elegantemente vestidos. Cercado de amigos de longa data e muitos parceiros de punhobol, agora mostra que também é certeiro como dentista. O bonitão, que casualmente e, modéstia à parte, é meu filho e do Felipe, vem mostrando que tem mãos de ouro em ambas as áreas.

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RS De A a Zita

Bom exemplo: time da instutuição solidária

Elas são do bem: Marlise Bernd e Flávia Trevisan

Amigas de Mãos Dadas em prol do bem comum

Solidariedade. Este é o termo certo para identificar o Grupo Amigas de Mãos Dadas, que atua junto a Catedral Basílica São Luiz, de Novo Hamburgo, dando apoio a mulheres com câncer. Em preparativos para o Chá da Solidariedade, que ocorre no dia 29 de setembro, juntamente com o lançamento do Outubro Rosa, estas mulheres doam seu tempo para salvar vidas. A campanha inicia com uma caminhada, que sairá da Praça 20 de setembro, às 10h, do dia 20 de outubro. Realizado pelo Grupo de Apoio a Superação do Câncer de Mama e da prefeitura de Novo Hamburgo, tem como lema Prevenção ainda é a melhor solução. O grupo de canto formado pelas pacientes é lindo de se ver e ouvir, e o trabalho destas voluntárias é incansável. Elas merecem todos os aplausos por tudo o que são e fazem!

Reverências a Snel (penúltimo, da esquerda para a direita): o grande homenageado da noite

A noite dos Advogados

Os filhos de Nelcy Orsi: Maria Angelica, Luciano e Patrícia

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EXPANSAORS.COM.BR Fotos: Divulgação

A OAB/NH realizou, no final do mês de agosto, seu jantar anual em comemoração ao Dia do Advogado. Reunidos no Restaurante Galeto D’Itália, tiveram momentos de homenagens. A presidente, Regina Abel, fez discurso enaltecendo as conquistas e projetos desta gestão. O vice-presdente, Carlos Eduardo Braun, também falou sobre a importância da data que estava sendo comemorada. Diversas personalidades marcaram presença e aplaudiram o advogado decano da Subseção e primeiro presidente da OAB Novo Hamburgo, Adalberto Alexandre Snel. A primeira advogada mulher de Campo Bom, Nelcy Schroeder Orsi, também foi reconhecida, além de demais ex-presidentes. A noite foi reunião de grandes nomes da advocacia da região!


PUBLIEDITORIAL

Descobrindo um novo universo Aparelhos auditivos auxiliam na ampliação de percepção de mundo

Felicidade em família: Oma Vivian com seus netos Felipe, Luca e Frederico

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Vike Aparelhos Auditivos há 28 tro Auditivo? A oma, um pouco surpresa anos no mercado, é a pioneira com a pergunta, faz sinal de positivo com neste ramo na região do Vale do a cabeça e senta-se em frente aos meninos Sinos. Mas, mais importante do e começa a contar. “Alguns anos atrás, um que estar empreendendo, é a alemenino na mesma idade de vocês, que nungria de oportunizar aos seus clientes a chance ca tinha ouvido, veio à Vike com a mãe para de voltar a ouvir. Com quase três décadas de adquirir aparelhos auditivos. Depois dos empresa, Vivian Hillmann já se deparou com exames feitos, o grande dia havia chegado. muitas situações comoventes, Chovia muito neste dia. E, quan“Alguns anos que rendem boas histórias do a criança colocou o aparelho, e que gosta de compartilhar atrás, um menino olhou para a chuva e com os dedicom os netos. A oma, que sig- na mesma idade nhos fez sinal de chuva, em libras, e nifica avó, observava os netos logo depois sinal de barulho. de vocês, que gêmeos, Frederico e Felipe, Foi a primeira vez que ele ouviu nunca tinha conversando com o outro neto a chuva. A sua felicidade foi conouvido, veio à menor, o Luca. Eles estavam tagiante. O menino pulava de um Vike com a mãe lado para o outro e depois comebrincando no tapete da sala. para adquirir Curiosa, a oma se aproxiçou a descobrir os sons pela sala, mou para escutar o que estava batendo com as mãos na mesa, nos aparelhos sendo dito ao Luca. “Nós esvidros e tudo que encontrava e foi, auditivos.” tamos contando historinhas”, alegremente, descobrindo a difediz o Frederico. Logo Felipe, que é muito rença dos sons. Sua mãe e eu ficamos muiligado nas histórias, pergunta para sua avó: to emocionadas, e as lágrimas de felicidade Oma, tu tens histórias para contar do Cencorreram”, relembra Vivian.

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Blog

Carlos e Bruna Monteiro, pai e filha, brindaram o Dia dos Pais em grande estilo.

Sororidade é a palavra que resume o evento Mulheres Ex-o perience, que reuniu um grupo de mulheres empreendedorass para troca de experiências e networking, em São Leopoldo. O evento contou com feira de produtos e serviços, além da palestra Ciência da Felicidade, ministrada por Lily Marchisio (foto).

As organizadoras Viviana Rigon, Dalva Heinrichs, Madalena Cerullo, Cláudia Conti, Mari Freitas.

A bela debutante Laura Lisboa comemorou seus 15 anos numa linda comemoração no Alpen Festas, organizada com muito carinho por Jael Pereira e José Lisboa. Parabéns!

S k Susana Kakuta assumiu, recentemente, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado, em cerimônia realizada no Palácio Piratini.

O Centro Literário de São Leopoldo comemorou seus 25 anos numa tarde descontraída de prosa, verso e poesia na Sociedade Orpheu. O encontro foi marcado também pelo lançamento da Ontologia Jubileu de Prata, escrita por 33 autores.

Gilberto Carvalho, Hilda Pacheco Kfuri, Jandira Weber e Jacy Ribeiro Cristiano C ri Bender/Divulgação

Diretoria: Cláudio Garcez, Rita Pavoni, Lea Potrick, Sandra Schlabrendorff e Rene Engroff A mamãe coruja Angélica Nery e o filho Adriano Maciel Filho, aluno do CPOR PA, em solenidade de juramento à bandeira.

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Fotos: Divulgação

Advogados e convidados de São Leopoldo e Portão brindaram o Dia do Advogado e os 66 anos da OAB-SL, no tradicional Baile do Rubi, que ocorreu no dia 24 de agosto, no Villa Petit.


Lu Larré ehventus@gmail.com

Stéphanie Beuren está radiante por causa da sua formatura em Publicidade e Propaganda, que ocorreu recentemente na PUCRS.

Carina Silva/Divulgação

Joares Machado/Divulgação

RS GLAMOUR

Joares Machado/Divulgação

Natália Kehl mostrou muita atitude nas suas fotos! O dia perfeito e o lugar certo garantiram belos registros.

Quem posou orgulhosa para a foto foi Andressa Gunzel Broenstrup, segurando o canudo da formatura em Administração pela Universidade Feevale. Cristiano Bender/Divulgação

Felipe Utz/Divulgação

Mateus Henrique de Mello e Joseane Vanessa dos Santos curtiram Canela e Gramado no momento de fazerem as fotos do ensaio pré-wedding. O casamento será em outubro.

Em clima de romance, os noivos Diego Klein e Caroline Bassani curtiram as fotos do seu ensaio fotográfico em Porto Alegre. Gabriela Estorti/Divulgação

Carina Silva/Divulgação

Os ensaios urbanos estão super em alta, e a Barbara Carrard não perdeu a oportunidade de fazer as suas fotos e curtir a cidade de Novo Hamburgo.

Priscilla Norling e Renato Oliveira seguraram a pose para o ensaio pré-wedding, no Centro Histórico de Porto Alegre (RS). O casamento está marcado para breve!

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HÁ 85 ANOS, VIVEMOS NO MUNDO DOS NEGÓCIOS MAS, PRINCIPALMENTE, EM UM MUNDO COM VALORES EM QUE VOCÊ POSSA CONFIAR.

Em que mundo você vive? Circulamos com naturalidade abordando com profundidade todos os pontos de vista do mundo dos negócios, da política, da cultura, do empreendedorismo, da tecnologia e de tantos outros segmentos, porque vivemos no mundo dos valores. Para fazer jornalismo de credibilidade e de qualidade por 85 anos e produzir conteúdos relevantes, é preciso ter ética, imparcialidade, clareza G EQPƂ CDKNKFCFG EQOQ XCNQTGU HWPFCOGPVCKU Esse é o nosso mundo, esses são os nossos valores.

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