www.expansaors.com.br Julho 2019
nº 231 R$ 15,00
PERSONALIDADE Fafá de Belém e seu novo álbum
ENTREVISTA Otelio Drebes se reinventa aos 84 anos
FELIPE KUHN BRAUN
Compromisso com a comunidade e a preservação da história
ESPECIAL EDUCAÇÃO Os valores passados pelas instituições de ensino
COOPERATIVISMO | Investimento, sustentabilidade e cidadania
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MUNDO DOS EVENTOS A evolução da sonorização e das celebrações contada pela PS Som & Eventos
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elebrar conquistas, sejam elas quais forem, faz parte da cultura imaterial e está atrelado diretamente ao que significa viver em sociedade. E de celebrações Moisés Roberto Strottmann, proprietário da PS Som & Eventos, entende bem, pois está no mercado da sonorização há 26 anos. O empresário conta que no início de sua carreira se dividia entre dois empregos. “Durante o dia trabalhava em uma madeireira e a noite tocava em festas e eventos. O momento decisivo para investir definitivamente nesse ramo foi ter tocado na festa dos meus chefes, donos da madeireira, e receber apoio e elogios para seguir discotecando”, diz Moisés.
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Moisés Roberto Strottmann
“Durante o dia trabalhava em uma madeireira e a noite tocava em festas e eventos. O momento decisivo para investir definitivamente nesse ramo foi ter tocado na festa dos meus chefes, donos da madeireira, e receber apoio e elogios para seguir discotecando.”
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“Já produzimos eventos em grande parte do Rio Grande do Sul e também em outros estados, como Minas Gerais e Santa Catarina.”
FORMATURAS E CASAMENTOS Entre tantos eventos realizados ao longo desses 17 anos, a PS Som & Eventos já contabiliza 300 casamento e 400 formaturas. “Já produzimos eventos em grande parte do Rio Grande do Sul e também em outros estados, como Minas Gerais e Santa Catarina”, conta o empresário. Essa quantidade de eventos se deve ao fato da possibilidade de personalização dos serviços ofertados pela PS Som & Eventos. “Levando em consideração que temos um público variado que vai desde classe A a classe C e D, optamos pelos pacotes personalizados. Ou seja, os serviços ofertados são de acordo com o orçamento informado pelo cliente”, explica Moisés.
TEMPO DE INOVAR Completando 17 anos no mercado, a PS Som & Eventos passa por um processo de modernização. Atualmente, a produtora oferece todos os serviços relacionados a eventos, como barman, estruturas, garçons, cerimonial, decoração e recepção. Por isso, para acompanhar as necessidades de seus clientes, os investimentos nesse ano serão direcionados aos equipamentos de som e layout do site. “Queremos atender cada vez melhor os nossos clientes”, afirma o empresário.
“Levando em consideração que temos um público variado que vai desde classe A a classe C e D, optamos pelos pacotes personalizados. Ou seja, os serviços ofertados são de acordo com o orçamento informado pelo cliente.” 3
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DA REDAÇÃO www.expansaors.com.br
HISTÓRIA viva Julho é o mês em que relembramos a trajetória dos imigrantes que saíram da Alemanha e embarcaram em uma jornada desconhecida até o Brasil, 195 anos atrás. Com isso, São Leopoldo tornou-se o berço da imigração germânica no país, e é justamente esse o tema da edição 231. Na capa, o historiador Felipe Kuhn Braun, vereador hamburguense e pesquisador da história e cultura alemã; intrínseco à economia germânica, o cooperativismo pauta uma das nossas matérias; a entrevista é com Otelio Drebes, fundador das Lojas Lebes e que se reinventou aos 84 anos, incentivando a educação e dando palestras motivacionais pela Região Sul. Também iniciamos o Especial Educação, abordando como é a transmissão de valores humanos nas escolas e universidades. Música e cultura estampam nossas páginas, em que entrevistamos Fafá de Belém e a dupla Claus e Vanessa.
Ana Maribel Pacheco
Diretora geral / Coordenadora editorial
FICHA TÉCNICA ADMINISTRAÇÃO Ana Maribel Pacheco | Diretora geral ana@revistaexpansao.com.br Sérgio Luiz Jost | Diretor comercial sergio@revistaexpansao.com.br
Julho/2019
REDAÇÃO Mayara Morales | Repórter/Jornalista redacao@revistaexpansao.com.br
Os artigos assinados não representam, necessariamente, o pensamento da revista. Não é permitida a reprodução parcial ou total dos artigos publicados na revista sem prévia autorização do editor.
Laura Poersch Schommer Repórter/Estagiária site@revistaexpansao.com.br Gabrielle Pacheco Assistente de redação e mídias gabrielle@revistaexpansao.com.br CRIAÇÃO Alexandre Bitello | Edição de Arte (ABDesigner) alexandre@revistaexpansao.com.br
LIGUE E ASSINE: (51) 3065-6380
ASSINATURAS assinaturas@revistaexpansao.com.br ASSESSORIA JURÍDICA Becker&Santos Advogados | OAB/RS 3.201 contato@beckeresantos.com.br
CAPA | Edição 231
Felipe Kuhn Braun CNPJ 03.526.627.0001/79
(Novo Hamburgo/RS)
Criação: Alexandre Bitello (ABDesigner) Fotografia: Joares Machado/Divulgação
IMPRESSÃO Gráfica Noschang Tramandaí/RS (51) 3661-2370 ABRANGÊNCIA Porto Alegre, Grande Porto Alegre, Vale do Sinos, Vale do Paranhana, Vale do Caí, Vale do Rio Pardo, Região das Hortênsias e Encosta da Serra
Rua Quintino Bocaiúva, 99, Centro, Novo Hamburgo/RS 93510-270 | (51) 3065-6380, (51) 3036-6380 ou (51) 3036-6381
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JULHO 2019
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EVENTO
CAPA
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FELIPE KUHN BRAUN
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Comemoração beneficente relembra 195 anos de imigração alemã
MÚSICA Claus e Vanessa contam suas aventuras por terras americanas
34 CULTURA
ES PE CI AL
Imersão na realidade europeia leva turistas gaúchos à Alemanha
EN TRE VISTA 10
Otélio Drebes se reinventa aos 84 anos com palestras e projetos para educação
A importância dos valores na educação
22 PERSONALIDADE
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COOPERATIVISMO Instituições que buscam a união de seus colaboradores comemoram o Dia Internacional do Cooperativismo
(51) 999-467-405
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Fafá de Belém fala sobre seu processo criativo para o novo álbum
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Fotos: Divulgação
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CAPA
História e CIDADANIA
Felipe Kuhn Braun preserva a memória da imigração alemã
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m 1824, os primeiros imigrantes alemães se instalaram às margens do Rio dos Sinos. Neste mês, a colonização alemã completa 195 anos e não é possível falar sobre esse tema sem mencionar o trabalho de resgate realizado pelo jornalista, vereador, escritor e historiador Felipe Kuhn Braun.
Aos seus 14 anos, Felipe ganhou uma caixa repleta de fotografias antigas da família e assim, surgiu o seu interesse pela imigração alemã. “Eram 50 fotos e uma árvore genealógica. Foi com esse material que iniciei meu trabalho de pesquisa”, conta Kuhn Braun. Atualmente, em seu acervo particular, há registros de visitas a 710 famílias e 39 mil fotografias digitalizadas e originais. “Visitei famílias nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, além de países como Argentina, Paraguai, Luxemburgo e Alemanha”, diz o historiador. Ele revela que o seu propósito é resgatar e registrar a maior quantidade possível de documentos para que essa história não se perca com o tempo. “O objetivo é montar esse grande acervo e aos poucos ir disponibilizando para as pessoas por meio de livros e conteúdo digital”, diz Felipe. Ele acrescenta que “conforme fui entrando em contato com as famílias, observei que, aos poucos, elas iam se desfazendo dos registros fotográficos e, por isso, tive que acelerar mais o processo de pesquisa para alcançar o maior número de pessoas possível, evitando que esses registros se perdessem”.
Joares Machado/Divulgação
O DESPERTAR
Por conta dessa trajetória, há oito anos Felipe faz parte da diretoria do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo de forma voluntária, que é considerado o maior museu da região sul voltado para a imigração alemã.
Ao todo, são 18 anos de pesquisas e 16 livros publicados, que tem suas histórias relacionadas às cidades de Tramandaí, Novo Hamburgo, Linha Nova, Dois Irmãos, Bom Princípio e São José do Hortêncio. Ainda esse ano, mais três serão lançados. Aliás, o 17º livro deve ser disponibilizado até o início de agosto e tem o município de Tupandi como cenário.
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DEVER CÍVICO E PROJETOS Junto às suas tarefas e responsabilidades como jornalista e historiador, Felipe também exerce seu mandato como vereador de Novo Hamburgo. “A política está em minha vida desde os 16 anos, e tempos depois filiei-me ao Partido Democrático Trabalhista (PDT)”, explica. Por isso, sua trajetória é longa e já esteve em diversos setores da política, da administração pública e do jornalismo. “Trabalhei seis anos na Assembleia Legislativa do Estado, passei pela assessoria de imprensa e parlamentar. Além disso, fui diretor de jornalismo da Assembleia Legislativa por quase um ano e, em 2018, fui presidente da Câmara Municipal de Novo Hamburgo”, conta o vereador.
Atualmente, é o vereador mais jovem dessa legislatura da Câmara Municipal de Novo Hamburgo e exerce a presidência da Comissão da Educação e também da Comissão de Constituição e Justiça. “Durante a presidência da Câmara, busquei aproximar a comunidade não apenas aprovando projetos de leis, mas abrindo ainda mais as portas da Câmara, para que os cidadãos ocupassem este espaço e participassem das sessões”, afirma Kuhn Braun. Ele complementa que “a Câmara teve seu auditório cedido para exposições, ensaios do coral da cidade ou ensaios de CTGs”.
PROJETOS DE LEI NA CÂMARA •Vereador Mirim: pro-
•Síndrome de Down:
jeto que busca auxiliar os jovens alunos da rede municipal a conhecer o papel do Legislativo e participar do processo de cidadania; •Semana do Folclore Gaúcho: institui a Semana do Folclore Gaúcho no calendário oficial do município de Novo Hamburgo; •Prêmio Leopoldo Petry: autor do projeto que busca valorizar e incentivar a prática da escrita e da leitura nas escolas municipais;
institui o Programa Municipal de Orientação sobre Síndrome de Down; •Adote uma escola: autor do projeto que incentiva parcerias público-privadas para execução de melhorias nas escolas municipais; •Cientista Júnior: busca a valorização dos jovens envolvidos e incentiva iniciativas de pesquisas científicas e tecnológicas.
“(...) busquei aproximar a comunidade não apenas aprovando projetos de leis, mas abrindo ainda mais as portas da Câmara, para que os cidadãos ocupassem este espaço e participassem das sessões.”
Divulgação Homero Schuch/Divulgação
“Visitei famílias nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, além de países como Argentina, Paraguai, Luxemburgo e Alemanha.” 9 Edição 231.indd 9
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ENTREVISTA TEXTO Laura Poersch Schommer | FOTO: Divulgação
Experiência e
VITALIDADE Fundador das Lojas Lebes utiliza sua carreira de sucesso em favor da educação
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os 84 anos de idade, Otelio Drebes não diminuiu o ritmo. O filho de agricultores imigrantes e fundador das Lojas Lebes ministrou, em São Leopoldo, no dia 2 de julho, sua 125ª palestra. Quando a presidência da empresa foi transferida para seu primogênito, Otelmo Drebes, em 2016, Drebes passou a promover palestras. Nos encontros que já passaram por todo o Rio Grande do Sul e, recentemente, Santa Catarina, o empresário se dedica a compartilhar os ensinamentos que absorveu durante sua trajetória como empreendedor e negociante. Trajetória essa que começou cedo: aos seis anos, na colônia de São Jerônimo (RS), aprendeu a negociar, vendendo as rapaduras feitas por sua mãe. Ali, Drebes já sentia o gosto de ganhar dinheiro e, há mais de 60 anos, fundou a rede de varejo que hoje possui cerca de 160 filiais no Rio Grande do Sul. Porém, isso não era o bastante. O empresário acreditava que poderia fazer mais, melhorando a educação no estado e, quem sabe, até mesmo do país. Pensando nisso, ele lançou o prêmio Fala, Professor!, que já está em sua segunda edição e concede prêmios de até R$10 mil para professores e escolas municipais do Estado. A premiação tem como objetivo enaltecer projetos de impacto social que estimulem a criatividade, inovação, envolvimento e abrangência no número de alunos beneficiados. Professores de escolas municipais de cidades gaúchas e algumas catarinenses podem se inscrever.
O que você considera necessário para se tornar um bom negociante?
sempre vim me atualizando nesses 84 anos.
Primeiro, tem que gostar de tudo do que faz. Precisa gostar e querer a sua profissão. Treinar, estudar e persistir para ser o melhor.
Como surgiu o interesse por um projeto que auxiliasse professores e escolas municipais do RS?
Você começou a trabalhar muito cedo, para ajudar seus pais. Como se adaptou às tecnologias atuais? Tudo na vida tem que ter mudanças. Naquela época, na roça, também tinha transformações. Eu
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As palestras estavam indo muito bem, mas um dia eu pensei: posso fazer mais. Posso fazer algo bom para o nosso Rio Grande do Sul e para o nosso Brasil. Eu queria fazer algo para a educação, então começamos a desenvolver a ideia.
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ENTREVISTA
Como é formada a banca que examina e avalia esses projetos? Quais profissionais fazem parte? Nós temos uma comissão avaliadora de especialistas da área da educação que avalia os projetos pela criatividade, impacto, abrangência, participação, e qualidade do vídeo de inscrição. Ano passado, tivemos uma comissão avaliadora com cerca de 40 especialistas para ponderar mais de 400 projetos. Esse ano, o número de avaliadores vai depender do número de projetos inscritos.
“Tudo tem um momento certo na vida. Esperei ter alguém preparado e entusiasmado pra assumir meu lugar, assim fiz o processo de governança. Também queria me dedicar aos meus sonho.”
Quais tipos de projetos podem ser inscritos no prêmio? Nesta edição, expandimos regionalmente as participações e acrescentamos a categoria da educação infantil. Então, poderão participar projetos de 2018/19 de professores de educação infantil e ensino fundamental, da rede pública municipal de ensino de todo o Rio Grande do Sul. Já em Santa Catarina, estamos indo devagar, lá só podem se inscrever professores de escolas municipais das cidades onde eu palestrar. Ainda não fechamos a agenda, mas Criciúma já é uma cidade confirmada.
Quais temas aborda nas palestras? Nas palestras, compartilho minhas lições de vida e de empreendedorismo, falo da família e do poder de acreditar e gostar de pessoas.
Como surgiu a vontade de realizar palestras? Qual foi o ponto de partida? Gratidão. O povo foi muito generoso comigo. Eu venho de família humilde de imigrantes, fui agricultor e depois, com a Lebes, tive muitas oportunidades graças aos gaúchos. Quero devolver com as palestras, e agora com o prêmio Fala, Professor!, tudo o que me proporcionaram, compartilhando minhas lições e ensinamentos como um empresário que acredita nas pessoas. Sempre tive o desejo de fazer algo novo, além de poder compartilhar com as pessoas a minha história. A
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troca de energia e o olho no olho são maravilhosos. Foi-me sugerido escrever um livro, mas preferi fazer palestras e ter o contato com as pessoas. Poder mostrar que todos podem ser melhores e que devem confiar no seu sonho é algo muito especial.
Aos 84 anos, você realiza inúmeras palestras pelo Rio Grande do Sul e, agora, também por Santa Catarina. Como se manter ativo? Cuidando da mente e do corpo. Eu malho quase todos os dias.
Por que optou por deixar a presidência das Lojas Lebes? Tudo tem um momento certo na vida. Esperei ter alguém preparado e entusiasmado pra assumir meu lugar, assim fiz o processo de governança. Também queria me dedicar aos meus sonhos pessoais e às palestras.
Quais são seus projetos pessoais para os próximos anos? Primeiro, tenho que concluir os que tenho no momento, os outros ainda não posso revelar, está guardado na caixa.
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APROVEITE MELHOR O SEU TEMPO NO TRÂNSITO, NA ACADEMIA E ATÉ PASSEANDO COM O SEU CACHORRO!
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EVENTO
Celebrando a IMIGRAÇÃO Uma parceira entre a Expansão e a Sicredi Pioneira RS vai celebrar os 195 anos da imigração alemã
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evento Expansão Juntos na Imigração promete reunir música boa, saborosa gastronomia e ótimas companhias no Villa Petit Espaço Multieventos, no dia 23 de julho, às 20h. Os convites podem ser adquiridos com os anfitriões do evento pelo valor de R$ 80,00 por pessoa. O lucro alcançado pela venda dos cartões será direcionado para a pediatria da Fundação Hospital Centenário e para a Associação Vida Nova – Escola e CAEM. Além disso, doações de alimentos nãoperecíveis serão bem-vindas durante o evento.
INSTITUIÇÕES BENEFICIADAS Para Maristel Brasil Pereira, administradora da Associação Vida Nova - Escola e CAEM, um evento como este, pensado para crianças e adolescentes em vulnerabilidade social, promove solidariedade e um olhar para o próximo. “Nos ajuda a cumprir nossa missão, que é a de servir com excelência por meio da educação e assistência, formando cidadãos éticos, solidários e com-
petentes, onde as diferenças não fazem diferença”, esclarece a profissional. A associação atende 73 pessoas, dentre crianças e adolescente com e sem deficiência. O valor arrecadado pela venda dos ingressos será destinado ao espaço da creche (CAEM) e às salas de aula e de atendimento que precisam de reparos e melhor iluminação. Lilian Silva, presidenta da Fundação Hospital Centenário, comenta que a participação e o envolvimento da comunidade com o hospital são fundamentais. “Neste sentido, eventos como este, que contam com a adesão da sociedade, são de grande relevância, pois além de reverterem recursos, oportunizam as pessoas a conhecerem a realidade da instituição, que vive uma de suas piores crises, em razão da insuficiência de recursos”, relata a dirigente da fundação. Os recursos recebidos pelo hospital que atende pacientes do Vale dos Sinos, Vale do Caí e Região Metropolitana serão direcionados à qualificação da Pediatria, unidade de internação que conta com 26 leitos e recebe crianças de 30 dias a 12 anos incompletos.
APOIADORES VesteBem Blend Beauty Estética Joias Baba de Moça Dipilatti Magalli Schaefer Eventos Villa Petit Espaço Multieventos Print Art Plotagem e Impressões Veri Kohler Grife em Sobrancelhas Lucas de Lucas Fotógrafo Dal Prá Eventos & Sonorizações Restaurante Paradouro Luizão Eventos Locação de Materiais para Festas Box 23 Filmes Caxias Ensemble Escola de Música Santa Cozinha Finger Food e Mini Porções Atelie da Juh Doces Artesanais Pasteria Doces Artesanais Sindilojas São Leopoldo ABDesigner
ANFITRIÕES
ATRAÇÕES: Acústico Rockfeller | Leandro Melo | Caxias Ensemble Orchestra
Daniel e Magalli Schaefer
Chérlis e Jânderson Nunes
Alethea e Alexsandro Geremia
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Tanise Nunes
Carlos e Leni da Silva
Veridiana Kohler
Plinio e Francine Rangel
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Eduarda e Alexandre Frozi
Sr. Walter Seewald
Sr. Regis L. Feldmann
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COOPERATIVISMO
Crédito para a COMUNIDADE Sicredi celebra o cooperativismo
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mês de julho é representativo, tanto às cooperativas de crédito quanto às demais organizações que adotaram o modelo alemão cooperativista. No primeiro sábado do mês, é comemorado o Dia Internacional do Cooperativismo. Embora tenha sido oficialmente criada em 1994, a Aliança Cooperativa Internacional (ACI) comemorou a data pela primeira vez em 1923, para homenagear a confraternização de todos os povos ligados à essa filosofia de gestão. Em 2019, o dia alusivo foi celebrado em 6 de julho. A lembrança é pertinente como demonstração de força do cooperativismo de crédito. Tudo começou em 1902, no Rio Grande do Sul, sob a inspiração do padre jesuíta Theodor Amstad, que, conhecedor da experiência alemã do modelo de Friedrich Wilhelm Raiffeisen, adotou uma proposta de gestão na companhia de mais 19 lideranças da comunidade de Nova Petrópolis,
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constituindo a Caixa de Economias e Empréstimos Amstad. Essa foi a primeira cooperativa de crédito da América Latina, no distrito de Linha Imperial. Ela se transformou no que é hoje a Sicredi Pioneira RS, que já soma 116 anos de história, com 40 agências em 21 municípios e 140 mil associados, sediada em Nova Petrópolis, cidade oficializada como Capital Nacional do Cooperativismo pela Lei Federal 12.205/2010. O modelo cooperativista se aplicava, preferencialmente, nas comunidades rurais ou pequenas vilas, fundamentado na honestidade de seus cooperados e voltado aos pequenos produtores rurais. A movimentação financeira era feita por meio de depósitos. Com as sobras eventualmente apuradas, eram criadas reservas para que os cooperados, na época, pudessem enfrentar, com mais segurança, os momentos de incerteza. Hoje, a rede de atendimento das cooperativas de crédito representa 18% das agências bancárias, enquanto que os depósitos totais administrados ultrapassam 5% do total, sendo que as cooperativas somadas ocupam a 6ª posição no ranking do volume de ativos, depósitos e
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empréstimos, estando entre as maiores instituições financeiras de varejo. Dados que também demonstram um desafio a ser superado nos próximos anos. Apesar de darem ao Brasil o 16º maior volume de ativos de instituições financeiras cooperativas no mundo, ainda possuem um potencial muito grande para crescer. Segundo informações do Banco Central do Brasil (Bacen), as regiões Sul e Sudeste são consideradas as mais prósperas, onde 2/3 das cooperativas de crédito estão concentradas nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
O COOPERATIVISMO E O SISTEMA SICREDI O Sicredi aparece entre os dois maiores sistemas de crédito nacionais, presente em 22 estados e Distrito Federal, com mais de 1,6 mil agências, oferecendo mais de 300 produtos e serviços, já ultrapassando os 4 milhões de associados. A marca equivale a um crescimento de 37% da base de associados nos últimos cinco anos, com participação significativa no RS. Na base da expansão do agronegócio está a participação cada vez maior das cooperativas de crédito, principalmente nas regiões Sul e Centro-Oeste. Foram essas instituições que mais contribuíram para os avanços da produção rural, permitindo investimentos em mais tecnologia e eficiência. Além das linhas de crédito competitivas para o segmento, outro ponto forte também é um de seus diferenciais: não existem clientes ou correntistas, eles são os próprios sócios. Como donos das cooperativas, os associados podem votar em assembleias para tomar decisões sobre os rumos do negócio. A cada final de exercício, instituições financeiras, a exemplo do Sicredi, devolvem as sobras aos associados, proporcionalmente às suas movimentações financeiras. Enquanto nos bancos tradicionais os recursos se concentram nas mãos de famílias ou donos, nas cooperativas de crédito o dinheiro permanece nas regiões onde estão inseridas, atendendo a princípios cooperativistas, como a intercooperação e o interesse pela comunidade. Esse fluxo gera novos empregos, renda, investimentos e, acima de tudo, melhoria na qualidade de vida da comunidade.
TIAGO LUIZ SCHMIDT Presidente da Sicredi Pioneira RS
COOPERATIVISMO, UMA IDEIA NÃO TÃO NOVA ASSIM Já são 116 anos de história do cooperativismo de crédito no Brasil. Ainda assim, é comum pensar na prática como algo novo, devido a lei de livre admissão de associados, promulgada há pouco mais de 15 anos, e aos atuais movimentos mercadológicos, que fomentam oficinas de coworking, plataformas de compartilhamento, entre outros exemplos. Nessa conjuntura, ser a cooperativa de crédito mais antiga da América Latina e a instituição financeira privada em atividade há mais tempo no Brasil, enche-nos de alegria e nos traz responsabilidades. Nosso papel é mostrar que não há nada de moderno nesses movimentos, os quais já existem de forma organizada desde 1844, na Inglaterra. Lembrar sistematicamente da nossa história, nossas origens e os motivos que levaram um grupo de 20 pessoas, conduzidas pelo Padre Theodor Amstad, a constituir a “Bauernkasse”, reforça-nos o compromisso de entender o mercado e seus desafios, os quais realizamos ouvindo nossos associados, visando o equilíbrio entre o econômico e o social, oportunizando o mesmo propósito almejado lá em 1902: melhorar a vida das pessoas e o local em que vivemos. A doutrina cooperativista traz valores de paz, liberdade, equidade, justiça, solidariedade, responsabilidade e ajuda, tendo este último grande destaque, pois lembra que numa sociedade cooperativa, cada indivíduo contribui da forma que pode, mas todos ganham. O que nos traz o questionamento: será que a soma destes princípios e valores, praticados diariamente por muitas pessoas, é capaz de construir um mundo melhor? Existe no cooperativismo uma teoria de que é justamente nos momentos de crise em que as cooperativas mais crescem, o que é um fato comprovado. Mas prefiro acreditar que nossas próximas gerações trazem uma consciência cada vez mais responsável e voltada para o senso coletivo, as quais fomentarão o cooperativismo independente do momento econômico, construindo, juntos, comunidades cada vez melhores.
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COOPERATIVISMO
POSSE DE NOVOS CONSELHEIROS Proximidade com o associado, pluralidade e equilíbrio entre os pilares econômico e social são os objetivos dos novos conselhos da Sicredi Pioneira RS. Ao todo, 20 novos conselheiros fiscais e de administração tomaram posse no dia 29 de junho, em Nova Petrópolis. À frente da presidência da Sicredi Pioneira RS desde dezembro de 2017 e agora oficializado como presidente da gestão 2019/2023, Tiago Schmidt destaca a composição qualificada do conselho de administração. “Entendemos que a diversidade é importante para representar de forma efetiva o nosso associado e isso é um dos motivos que fez a Sicredi Pioneira RS crescer de forma tão rápida e organizada nos últimos anos”, destaca Schmidt. “Em um momento onde se discute o papel da mulher e do jovem na sociedade, ter um conselho administrativo e um conselho fiscal plural em termos de juventude e de participação ativa feminina, tanto em cargos de titularidade, como em cargos de suplência, mostra o comprometimento da Sicredi Pioneira RS em construir comunidades melhores”, explica o presidente. Heloisa Helena Lopes, a primeira mulher a ocupar o cargo de vice-presidente da Sicredi Pio-
neira RS, conduz também o Comitê Mulher, projeto que discute a liderança da mulher na sociedade, com foco na inclusão e desenvolvimento local. Professora, formada em Direito e cursando Mestrado em Gestão e Negócios de Cooperativas, Heloísa destaca o protagonismo da mulher na sociedade e na economia: “As mulheres representam mais da metade da população nacional. São criativas, dedicadas, superam desafios e contribuem de diversas formas. Um balanceamento harmonioso entre os gêneros em corporações é benéfico, pois agrega potencialidades e gera melhores resultados do ponto de vista econômico e social”, defende Heloísa. Mario José Konzen, liderança representativa há mais de 12 anos, segue como conselheiro de administração, dedicado ao relacionamento da cooperativa com os mais de três mil associados que visitam a Sicredi Pioneira RS todos os anos e às cooperativas escolares, projeto com finalidade educativa, em que alunos de escolas da área de atuação da Pioneira desenvolvem conhecimentos e atividades econômicas, sociais e culturais.
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - GESTÃO 2019/2023 PRESIDENTE Tiago Luiz Schmidt VICE-PRESIDENTE Heloisa Helena Lopes
CONSELHEIROS TITULARES Alceu Dalle Molle Evandro Carlos Knob Jorge Maldaner Juarez Buriol Marcelo André Wendling Marco Juarez Reichert Mário José Konzen Carlos Henrique Schwartzhaupt
SUPLENTES Josué Neumann Spengler Nilo Pistorello Sara Cetolin Joana Faller
CONSELHO FISCAL - GESTÃO 2019/2022 CONSELHEIROS TITULARES Clair Matter Mapelli Gustavo Fantoni Luciano Ricardo Fick
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SUPLENTES Iria Liane Strohm Milton Bach Rodrigo Bohnenberger
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CELEBRAÇÃO DO DIA C As baixas temperaturas não espantaram turistas e a população de Nova Petrópolis, que prestigiaram as diferentes atrações da 6ª Rua da Cooperação, realizada na Rua Coberta durante o primeiro final de semana de julho. A programação reuniu diversos shows, exposição e comercialização de orquídeas, brincadeiras, arrecadação de ração para animais atendidos pela Associação Focinho Amigo, aluguel de bicicletas, área de gastronomia com food trucks e cervejarias, entre outras atividades. Organizada pela Casa Cooperativa de Nova Petrópolis, com apoio da Sicredi Pioneira RS, Cooperativa Piá e Sescoop/RS, a Rua da Cooperação é uma das iniciativas que integram o Dia C – Dia de Cooperar. Além dela, os colaboradores da cooperativa também são convidados a desenvolver ações de responsabilidade social, como doação de sangue, de alimentos e roupas, visitas em entidades carentes, benfeitorias em escolas, ações sociais em comunidades ou grupos menos favorecidos, entre outros.
O Dia de Cooperar nasceu em 2009, como projeto do Sistema Ocemg (Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais). Hoje, se consolidou como grande movimento nacional de estímulo às iniciativas voluntárias diferenciadas, contínuas e transformadoras, feitas por cooperativas, com irrestrito apoio do Sistema OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) e de suas unidades estaduais, fazendo parte da agenda estratégica do cooperativismo brasileiro. O Dia C é pautado pelos princípios e valores do cooperativismo. A cada ano, as cooperativas podem participar, cadastrando uma ou mais iniciativas voluntárias com finalidades sociais, ambientais e/ou econômicas. “A nossa participação no Dia C permite demonstrar às pessoas que ainda não conhecem o quanto o cooperativismo pode impactar de maneira positiva nas questões sociais e econômicas, transformando as comunidades onde as cooperativas estão inseridas”, argumentou Tiago Luiz Schmidt, presidente do Conselho de Administração da Sicredi Pioneira RS.
“A nossa participação no Dia C permite demonstrar às pessoas que ainda não conhecem o quanto o cooperativismo pode impactar de maneira positiva nas questões sociais e econômicas, transformando as comunidades onde as cooperativas estão inseridas.”
MUSEU SICREDI É REVITALIZADO Totalmente revitalizado e ocupando uma área de 37,60 metros quadrados na Aldeia Histórica do Parque Aldeia do Imigrante, em Nova Petrópolis, as novidades do Museu Sicredi já podem ser conferidas pela comunidade. O espaço reúne acervo de objetos, documentos e fotografias que reportam a chegada dos primeiros imigrantes alemães em Nova Petrópolis, além da história do cooperativismo no sul do Brasil, trazido da Europa pelo Padre Theodor Amstad. O jesuíta fundou a primeira cooperativa de crédito da América Latina, a Caixa de Economia e Empréstimos Amstad (“Bauernkasse”), em 1902, que se transformou no que é hoje a Sicredi Pioneira RS.
COOPERATIVISMO QUE TRANSFORMA O Fundo Social chega a sua quinta edição transformando comunidades. Somente em 2019, foram distribuídos mais de R$ 1,5 milhão a 255 projetos contemplados nos 21 municípios da área de ação da cooperativa. O objetivo é apoiar ações na área de educação, cultura e esporte inclusivo das comunidades nas quais a Sicredi Pioneira RS está inserida. Por meio do programa, entidades podem ter suas iniciativas 100% financiadas, sendo o valor mínimo de R$ 2 mil e o máximo de R$ 12 mil, com um limite de até dois repasses por instituição. Ao todo, desde a sua primeira edição, foram repassados mais de R$ 3,8 milhões para 895 projetos sociais.
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COOPERATIVISMO
Sicoob ECOCREDI Investimento e sustentabilidade
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primeira Cooperativa do Sistema Sicoob no Rio Grande do Sul, o Sicoob Ecocredi está prestes a comemorar seus 10 anos de constituição. Durante este período a Cooperativa nascida como segmentada com sede em Três Coroas, teve sua livre admissão deliberada em 2015 e atualmente soma mais de 37mm em patrimônio líquido e 45,9mm em capital social. Com agências distribuídas nas cidades de Três Coroas, Igrejinha, Novo Hamburgo, São Francisco de Paula, Gramado, Ivoti e Sapiranga, a Cooperativa se relaciona com seus 11 mil associados através de suas agências e canais digitais. Com aplicativos e plataformas digitais o sistema Sicoob é reconhecido pelo investimento e liderança em tecnologia, que ano após ano são contemplados no Prêmio Efinance.
SUSTENTABILIDADE SOCIAL Um projeto de aplicação trimestral que tem por objetivo melhorar a qualidade de vida das comunidades em que a Cooperativa atua, com atividades de revitalização de espaços de uso público, que torna a participação da Cooperativa contínua nas comunidades. As ações compreendem serviços de pintura, manutenção de espaços de passeio e lazer, troca de brinquedos, troca e manutenção de espaços de espera, criação e revitalização de hortas, entre outros. Com três anos de existência e cerca de 40 voluntários envol-
vidos em cada ação, o projeto já beneficiou mais de 11.160 pessoas, dentre as cidades e locais que já receberam o projeto estão: Apae de Três Coroas, Hospital São José de Ivoti, Atapi – Associação de Trabalhadores Aposentados e Pensionistas de Igrejinha, Hospital São Francisco de Paula de São Francisco de Paula, sendo a última ação ocorrida na Leme – Associação de Lesados Medulares do Rio Grande do Sul, no dia 06 de julho de 2019, Dia Internacional do Cooperativismo.
RELACIONAMENTO
Fotos: Divulgação
Em sua atuação o Sicoob Ecocredi tem seu trabalho desenvolvido nos pilares de Sustentabilidade no Negócio, Sustentabilidade Social e Sustentabilidade Ambiental. Na prática do relacionamento com os associados e comunidade, a sustentabilidade do negócio acontece através dos produtos, serviços, taxas e tarifas praticadas, que equilibram um relacionamento de ganho do associado e da cooperativa. Por não obter fins lucrativos os valores retornam para a comunidade através das sobras geradas a cada ano e através dos projetos e ações desenvolvidos pela Cooperativa.
Sede administrativa
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ESPECIAL
TEXTO: Mayara Morales
VALORES compartilhados
Instituições de ensino buscam tornar seus alunos mais humanos
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O
Censo Escolar de 2018 aponta que foram realizadas 48,5 milhões de matrículas nas 181,9 mil escolas de ensino básico do país. Entretanto, a grande questão que fica é: que tipo de pessoas estão saindo do ensino básico? Estamos formando jovens mais empáticos, críticos e com capacidade de refletir sobre diferenças sociais para transformar realida-
des? Desconstruir o pensamento individualista para construir o coletivo. Aliás, esse tem sido um dos desafios que as escolas estão se propondo a solucionar. Por isso, iniciamos o Especial Educação de 2019 abordando os valores passados pelas instituições de ensino. Nesse ano, o especial será dividido em cinco partes, ou seja, serão cinco meses tratando de assuntos de extrema importância que ressaltam a relevância do bem-estar coletivo.
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INTEGRAL E HUMANA Há 119 anos começou a história do Colégio Santa Catarina, de Novo Hamburgo. A educação humanizada está presente desde a origem da instituição de ensino, já que as irmãs vieram para essa região justamente para auxiliar na educação dos filhos de imigrantes alemães. As aulas começaram com apenas 15 estudantes, e, hoje, a escola conta com mil alunos. A diretora geral, Irmã Veronice Weber, reforça que a escola preza pela formação de estudantes com base em valores humanocristão. “Nossos princípios estão atrelados à vida acadêmica, científica e desenvolvimento pessoal. Um elemento que nos identifica muito é a acolhida, algo muito reforçado em todos os setores, porque acreditamos que todos estamos aqui em missão educacional”, diz.
“É a minha segunda casa, passo a maior parte do meu dia aqui e por isso, tenho bastante contato com os funcionários. Eles são muito abertos e receptivos.”
A SEGUNDA CASA
Veronice Weber
Bruna Abreu
Kauã Flach
É justamente esse ambiente de acolhida que a estudante Bruna Abreu, 17 anos, destaca em sua jornada no Colégio Santa Catarina. “É a minha segunda casa, passo a maior parte do dia aqui e, por isso, tenho bastante contato com os funcionários. Eles são muito abertos e receptivos. Temos eles como amigos, por isso nos sentimos cuidados aqui”, diz a estudante. Ela complementa que “em alguns momentos em que eu não estava bem, foi essa proximidade que permitiu que os professores e funcionários me ajudassem”. Esse convívio também é evidenciado pela exaluna Carolina Zimmermann. “Tenho um carinho muito grande pelo Santa Catarina, dessa forma, sempre venho quando me chamam para participar de algum evento, mesmo estando fora desse ambiente há algum tempo já”, diz Carolina, que participou da organização da atividade Jovem, qual é a sua?. Foi por meio desse evento que o estudante Kauã Flach, 12 anos, teve oportunidade de compreender mais sobre coletividade. “Participamos de muitas atividades sobre como podemos melhorar a sociedade e trabalhos em grupo”, diz o aluno.
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ESPECIAL
A PEJESC A Pastoral da Juventude Estudantil do Colégio Santa Catarina (Pejesc) é um dos elos entre os jovens e a instituição de ensino, que também incentiva a acolhida e noção de comunidade. É com esse espírito que os ex-alunos retornam à escola para organização das atividades e mobilizações da comunidade escolar através do evento Jovem, qual é a sua?, que, neste ano, trabalha questões voltadas às políticas públicas. “Isabela, Carolina e eu já tínhamos sido colegas na Pejesc e em outros projetos, então organizar o Jovem, qual é a tua? foi natural, porque já estávamos familiarizados com esses eventos e esse tipo de responsabilidade”, conta Matheus Krummenauer, ex-aluno do Colégio Santa Catarina. Isabela Stein, também ex-aluna, complementa que “a valorização do compromisso, responsabilidade para com os estudos e o apoio também foram muito importantes. Os professores sempre estiveram próximos quando tínhamos alguma dificuldade. Hoje, na faculdade, faz toda a diferença essa persistência que eles estimularam em nós”.
Matheus Krummenauer, Carolina Zimmermann e Isabela Stein
O projeto Jovem, qual é a tua? teve a sua primeira edição em Novo Hamburgo, pois normalmente é realizado apenas em escolas da rede Porto Alegre. “O evento tem a temática alinhada com a Campanha da Fraternidade, e durante o evento, refletimos muito sobre quais políticas públicas são aplicadas e quais poderíamos implantar para melhorar a sociedade como um todo”, explica Andrei Pinheiro, 18 anos, estudante do Ensino Médio.
“O evento tem a temática alinhada com a Campanha da Fraternidade e durante o evento refletimos muito sobre quais políticas públicas são aplicadas e quais poderíamos implantar para melhorar a sociedade como um todo”.
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Andrei Pinheiro
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O PENSAMENTO CRÍTICO A sociologia surge no século XIX, como consequência das transformações econômicas, culturais e históricas da Revolução Industrial e Revolução Francesa. A sociedade se organizava de uma forma diferente e a sociologia pretendia compreender, registrar e refletir os desdobramentos das novas relações sociais estabelecidas. Já a filosofia teve sua origem na Grécia com filósofos como Platão e Sócrates e tem como mote a reflexão referente a existência humana. Claramente, são as ciências do pensamento crítico. E são essas disciplinas que guiam o projeto Um Olhar para o Outro, da Instituição Evangélica de Novo Hamburgo (IENH). O professor de Filosofia e Sociologia Marcelo Felipe Vier explica que o projeto inicia no primeiro ano do Ensino Médio, tem parceria com a disciplina de Língua Portuguesa e utiliza as
ETAPAS DO UM OLHAR PARA O OUTRO
Marcelo Felipe Vier
“Buscamos trabalhar com os alunos a importância de compreendermos nossa realidade (...).”
aulas dessas matérias para promover a sensibilização e provocação em relação aos problemas sociais da realidade brasileira. “Buscamos trabalhar com os alunos a importância de compreendermos nossa realidade, para que possamos identificar formas de contribuirmos para a construção de uma sociedade melhor”, diz o professor. 1º ano - Sensibilização e provocação 2º ano - Elaboração e vivência do projeto 3º ano - Realização do Fórum Social do Ensino Médio
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ESPECIAL FÓRUM SOCIAL DO ENSINO MÉDIO Neste ano, o tema do Fórum Social do Ensino Médio foi Arte como Linguagem: Eu, o Outro, o Meio Ambiente e a Cultura, no qual estudantes do Ensino Médio do IENH expuseram suas vivências adquiridas aos realizarem projetos sociais em entidades de Novo Hamburgo. A coordenadora de Programas Sociais, Isabel Lizakoski, fala como é feita abordagem e apresentação dos projetos aos alunos. “O envolvimento acontece de forma espontânea, por meio de apresentação direta aos alunos dos programas e pela divulgação das ações por meio da mídia interna e externa, que sensibilizam a comunidade escolar, empresas e voluntários”, conta a coordenadora. Aliás, a estudante Yasmin Grings fala sobre como participar desses programas socioambientais foi transformador. “Esse projeto me fez crescer muito pessoalmente, pois me incentivou a genuinamente olhar para os outros e enxergá-los, com seus medos, dores e amores. Aprendi muito sobre empatia, sobre escutar, sobre me colocar no
PROJETO SOCIOAMBIENTAIS Responsabilidade Social, Ambiental e Cultura da Paz Programa Um Olhar para o Outro Programa Social do Curso Técnico Programa Social da Faculdade Programa Social da Unidade Pindorama Programa Social da Unidade Oswaldo Cruz Programa Gota D’água
Isabel Lizakoski
Yasmin Grings
PROGRAMAS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL Programa de Bolsas de Estudo Programa Cultural Arte em Movimento Programa Esportivo Corrida pela Cidadania Projeto de Voluntariado – ELLOS
Enrico Ferro
lugar de alguém que possui uma perspectiva completamente diferente da minha”, afirma a aluna. Ao longo da jornada, eles têm contato com diversas entidades da comunidade hamburguense. No caso de Enrico Ferro, quando estava no segundo ano do Ensino Médio, o seu grupo escolheu o Lar São Vicente de Paula; no terceiro, desenvolveram atividades com o projeto Catavida, e no Fórum Social promovido pela escola, apresentaram um compilado dessas experiências. “A abordagem do meu grupo foi sobre como os estereótipos agem como um empecilho ao movimento de olhar para o outro; cantamos e analisamos a música Índios, da Legião Urbana, e entrevistamos diversas pessoas que relataram algo que gostariam, ao menos uma vez, que fosse diferente no mundo, visando compilar os depoimentos em um só vídeo que foi apresentado”, conta Enrico.
COMUNIDADE E APRENDIZADO Atualmente, a Universidade Feevale conta com 45 projetos e programas sociais, divididos entre as áreas de comunicação, direitos humanos, educação, meio ambiente, saúde, tecnologia e trabalho. A pró-reitora de ensino Angelita Renck Gerhardt diz que, “enquanto instituição, buscamos a realidade e seus fenômenos como objeto de aprendizagem, como prática profissional e cidadã. Por isso, todos os cursos da instituição preveem no mínimo 10% da carga horária total voltada a atividades extensionistas, e o máximo possível de práticas, projetos interdisciplinares e atividades fora da sala de aula”.
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Angelita Renck Gerhardt
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Marina da Rosa Staudt
CRESCIMENTO E VĂ?NCULO
Ana Paula Reis William Schuch
CONHECIMENTO PARA INOVAR Para a prĂł-reitora de ensino, disseminar o conhecimento gera autonomia para as comunidades e ĂŠ uma das formas de cumprirmos nosso compromisso social. “Essa essĂŞncia comunitĂĄria mantĂŠm vivo o foco social e local, nos desaďŹ a a olhar a cada dia para a realidade que se coloca e buscar, junto aos estudantes, professores e funcionĂĄrios, formas de mudĂĄ-la para melhor. AlĂŠm disso, buscamos transformar essas experiĂŞncias em aprendizado, nĂŁo sĂł para a comunidade acadĂŞmica, mas tambĂŠm para a comunidade localâ€?, acrescenta.
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Seguindo a proposta da instituição de ensino, a acadĂŞmica de Administração Ana Paula Reis, vinda da Escola de Aplicação Feevale, conta como as experiĂŞncias nesses ambientes moldaram a sua forma de perceber o mundo. “Na Feevale, pude me conhecer melhor, tive a liberdade para me encontrar, assumir quem sou e nĂŁo sofri nenhum tipo de preconceitoâ€?, diz a estudante. E complementa: “Isso foi extremamente importante para mim, pois me tornei mais forte, autoconďŹ ante, mais sentimental e mais grataâ€?. AliĂĄs, o vĂnculo estabelecido entre estudantes e proďŹ ssionais contribui para o desenvolvimento pessoal daqueles que fazem parte desse ambiente e, por isso, ĂŠ outro ponto destacado pela acadĂŞmica de Jornalismo Marina da Rosa Staudt. “Entre os valores que aprendi e pretendo passar adiante estĂĄ a ideia de que devemos criar relaçþes com as pessoas que estĂŁo ao nosso redor, sempre com empatiaâ€?. Para o estudante de Administração William Schuch, sua vivĂŞncia na universidade evidenciou a potĂŞncia das suas conquistas. “A primeira lembrança marcante que tenho ĂŠ do inĂcio da caminhada na Feevale, quando caiu a ďŹ cha que eu estava fazendo faculdade, que era um sonho que parecia distante para mim, distante para muitos e realidade para poucosâ€?, diz William.
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UM VISIONÁRIO ENTRE NÓS Gabrielle Pacheco/Especial
Lembranças sobre Ernest Sarlet: o homem da educação
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professora Traude Schneider conheceu e conviveu com uma das mentes mais privilegiadas e respeitadas do nosso passado recente: o professor Sarlet. Homem de temperamento forte, criado no Velho Mundo, enfrentou uma grande guerra e, quando desembarcou por aqui, trazia gravado na alma as razões pelas quais deveríamos trabalhar para não permitir que acontecesse entre nós, aquilo que vivenciara. Para relembrar alguns e para não deixar esquecer a outros o seu nome e a sua visão, fui tomar um café com a professora Traude e falar sobre ele. Quem foi o professor Sarlet? Um homem de muita cultura, que contribuiu decisivamente para o que nós somos como cidadãos hamburguenses. Chegou na Fundação Evangélica em 1955, e a primeira aula que deu foi de História, para a minha turma. Era um belga apaixonado pelo Brasil, especialmente pelo Rio Grande do Sul, um dos tantos professores que vieram fugidos da guerra ou depois dela para viver aqui. Acreditava num homem melhor, num ser humano inteiro, com conhecimento, com cultura, com respeito pela natureza que o rodeia. Como Sarlet entra na nossa história? Ele atuou muito tempo como professor e fez carreira na Fundação Evangélica, chegou a diretor geral. Trabalhou fortemente na modernização
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Traude Schneider
das relações, fortaleceu os Círculos de Pais e Mestres e gestou a criação de uma nova estrutura: a Instituição Evangélica. Ele pensou na estratégia? Não posso afirmar, mas esteve envolvido. Das três escolas luteranas, duas estavam em dificuldades na época. Reuniram-se, então, os presidentes das comunidades religiosas de Hamburgo Velho e Novo Hamburgo e decidiram pela associação de todas sob um mesmo propósito, mas com trabalhos independentes. Cada uma cuidando e atendendo o seu perfil de cliente. A tarefa principal coube a ele.
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Qual era essa tarefa? Pensar. Conduzir. Administrar. O conhecimento, a filosofia, o caminho que ele queria para a educação causava encantamento, mas as ideias precisavam ser implementadas. O desafio não era pouco. De ex-aluna, fui chamada para ser parceira do professor. Berlize Ko Freitag e eu fomos convidadas para ser vice-diretoras dele nas outras unidades. Como foi essa experiência? Foi um trabalho complexo, dele e de nós duas, transformarmos três escolas em uma só, com um pensamento só. Tínhamos que trazer as colegas das outras unidades como irmãs. O que ele fazia? No início do ano, organizava um seminário com as três escolas. Falava ele e quem mais fosse necessário para apresentar os propósitos do ano. Depois, cada escola trabalhava o seu método, sabendo que fazia parte de uma unidade, e tinham que prestar contas. Era um homem bastante enérgico? Ele não era fácil, era uma pessoa de temperamento forte. É preciso dizer que nunca foi inacessível, mas muito focado. Desmarcava uma reunião na hora de iniciar, se assim lhe convinha. Nos mandava embora, literalmente, porém era impossível se indispor com ele, porque era muito justo, tinha clareza de propósito, uma coerência muito grande entre o que queria e o que fazia.
Como Secretário de Educação de Novo Hamburgo implementou o conceito “do aipim ao computador” nas escolas
Quais eram suas políticas educacionais? Sua política era uma educação integral. Ele defendia que nós temos de ensinar o aluno a ser cidadão, cuidar da sua cidade, da sua escola, do meio ambiente, da arte e de si mesmo. Os pais o respeitavam enormemente. Sobre política na escola, Sarlet pregava que somos todos cidadãos políticos, mas não podemos fazer política partidária dentro da escola. Berlize e eu concordávamos plenamente. E sua contribuição no cenário do município? Ele era um visionário. O prefeito Atalíbio Foscarini, que também olhava adiante, que queria uma Novo Hamburgo próspera, teve a sensibilidade de convidá-lo para secretário de Educação. Sarlet trouxe a informática para o ensino municipal, com o conceito “do aipim ao computador”. Do distrito rural de Lomba Grande ao centro da cidade, todas as escolas deveriam dar acesso ao computador. Na era Sarlet, Novo Hamburgo foi referência em educação no país, certo? O professor Sarlet trouxe para Novo Hamburgo o grande incentivo da escola de educação infantil. Na Alemanha, havia a “kindergarten” – jardim de infância –, e ele replicou. Introduziu nas escolas o psicólogo, o supervisor escolar, a informática. As professoras eram motivadas ao trabalho, porque ele dava condições de estudo, aprimoramento. Pouco se sabia sobre educação infantil até sua chegada. O que Sarlet pensaria da educação hoje? É um ótima pergunta para os pais e educadores responderem.
Prof. Ernest Sarlet, um belga apaixonado pelo Brasil e pela natureza Colaboração: Cinara de Araújo Vila – Procuradora do Município de Novo Hamburgo
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AÍ, TUDO BLEY?
VÍTOR BLEY DE MORAES
- Jornalista (Reg. Prof. 5495)
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A IMPORTÂNCIA DOS IMIGRANTES Há 95 anos, os Bley fazem parte dessa história de superação
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este mês em que se celebra os 195 anos da chegada dos primeiros imigrantes alemães ao Rio Grande do Sul, peço licença para contar um pouco do meu grande orgulho de ser descendente dessa nacionalidade que, que como as demais que compõem a nação brasileira, ajudaram no desenvolvimento do Brasil. Meus familiares deixaram Bösel, na Alemanha, pelo porto de Bremerhaven, há 95 anos.
DIFICULDADES As conseqüências da Primeira Guerra Mundial e um iminente conflito no continente europeu não permitiram dúvidas: era preciso deixar a Europa. Muitos familiares morreram em combate. Meus avós não queriam perder seus filhos nas batalhas inúteis, que deixaram vários países, inclusive a Alemanha, numa crise sem pre-
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cedentes e com muitos mortos. A família Bley chegou à nova terra no final de 1924. Vieram à bordo do navio Werra meus avós Klemens e Maria Helena, os pais dela e sete filhos pequenos. Juntos, trouxeram alguns pertences e o sonho de uma vida melhor, num país pacífico e cheio de possibilidades. Entretanto, como diz um ditado alemão: Aller Anfangs ist Schwer, ou seja, todo começo é difícil. As dificuldades já começaram na viagem longa até o Rio de Janeiro. Conheceram o calor intenso do verão brasileiro que estava apenas começando; a comunicação foi outro fator que dificultou a vida dos Bley, pois nenhum deles falava o idioma português. A família enfrentou, ainda, uma outra grande distância até o Rio Grande do Sul, onde morava um irmão do meu avô, e se estabele-
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ceram na cidade de Rolante. As terras não eram tão férteis como havia sido prometido, e meu avô precisou se desdobrar em esforços para sustentar a numerosa família, que ainda ganhou mais dois integrantes em solo brasileiro. Entretanto, no último parto, houve complicações e minha avó veio a falecer. Pouco tempo depois, minha bisavó faleceu. Minha tia mais velha morreu em seguida, em decorrência das complicações do parto do seu primeiro filho. Todas essas perdas entristeceram e complicaram ainda mais a vida dos Bley.
PERESEVERANÇA Meu avô não desistiu, pois era persistente. Construiu uma atafona moderna para a época e dali, junto com uma pequena produção agrícola, passou a obter recursos para o sustento da família. Os filhos maiores e alguns empregados produziam farinha de mandioca e derivados, que chegaram a ser exportados para outros estados. Mesmo assim, não foi fácil proporcionar educação a todos filhos. Casou-se pela segunda vez com Otília Bárbara, com quem teve mais uma filha. O casal chegou a viajar para a Alemanha
para tentar resgatar um dinheiro que havia ficado num banco alemão, mas não obtiveram êxito. Veio, então, a temida Segunda Guerra Mundial, outro fator que tirou o sono da família, pois muitos familiares ficaram na Alemanha. Além disso, a partir do momento em que o Brasil entrou na guerra, imigrantes alemães, italianos e japoneses passaram a sofrer uma série de restrições. Uma delas foi a proibição de falar esses idiomas no país; para deslocamentos, era necessário possuir um salvo-conduto; os estrangeiros também não podiam ter armas de qualquer tipo nem aparelhos de rádio. Muitos imigrantes eram ofendidos e chamados de nazistas, mesmo que não tivessem qualquer vinculação ao regime idealizado por Adolf Hitler. Entidades tiveram de trocar seus nomes, como o clube Sogipa, fundado em 1867 com o nome de Deutscher Turnverein (Sociedade Alemã de Ginástica), e o Hospital Moinhos de Vento, que se chamava Deutsches Krankenhaus, e conhecido como Hospital Alemão. Aliás, meu avô ajudou na construção do complexo hospitalar, situado em Porto Alegre e inaugurado em 1927.
“Entretanto, como diz um ditado alemão: Aller Anfangs ist Schwer, ou seja, todo começo é difícil.” RECOMEÇO A guerra terminou em 1945, e a integração entre os diferentes povos se restabeleceu aos poucos. Da numerosa família que saiu da Alemanha em 1924, há apenas uma remanescente, a minha mãe Anna, que está com 97 anos e relembra com lucidez a sofrida trajetória da família, que precisou superar vários obstáculos, mas que está totalmente integrada ajudando a fazer a história do Brasil. Mesmo assim, ela ainda mantém alguns costumes da cultura alemã, o que enriquece os conhecimentos do meu filho João Vítor, de nove anos. Dos primeiros Bley no Rio Grande do Sul surgiram várias gerações de descendentes que estão espalhadas pelo interior gaúcho, em outros estados e pelo mundo afora. Há 95 anos, os Bley contribuem nas mais diferentes áreas, que nos enche de orgulho.
Em 2024, estaremos comemorando os 200 anos da imigração alemã. Os preparativos já começaram, e os Bley vão festejar os 100 anos de Brasil. Parabéns a todos imigrantes e descendentes que têm colaborado, através dos seus esforços e competência, para o engrandecimento deste país escolhido para ser a nova pátria e que recebe sempre a todos muito bem!
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CULTURAMA TEXTO Laura Poersch Schommer / FOTOS: Divulgação
THE BEATS Há mais de três décadas dando vida aos Beatles, os argentinos The Beats trazem o novo show Influencers para o Teatro Feevale, no dia 7 de agosto, e para o Auditório Araújo Vianna, no dia 11. Eleita a melhor banda Beatle do mundo pela Beatles Annual Convention of Liverpool, o grupo liderado por Patricio Perez renova os espetáculos a cada ano ao interpretar, junto a sua banda, George Harrison, John Lennon, Paul McCartney e Ringo Star.
Aumenta O SOM
O ano promete para os fãs de rock ‘n’ roll. No mês em que é comemorado o Dia Mundial do Rock, no dia 13, selecionamos alguns eventos para os apreciadores do gênero que revolucionou o mundo da música e moldou o comportamento de gerações.
ROCK AO VIVO Grandes nomes do rock internacional vão se reunir em Porto Alegre no dia 1º de outubro. O Ginásio Gigantinho receberá o Rock ao Vivo após sua passagem por Curitiba, Brasília e Florianópolis, com apresentações das bandas alemãs Scorpions e Helloween e da britânica Whitesnake.
IRON MAIDEN
LED ZEPPELIN IN CONCERT Em comemoração aos 50 anos dos primeiros lançamentos da banda britânica, a Nova Orquestra vai transformar os maiores sucessos do Led Zeppelin em versões sinfônicas. Contando com mais de 30 músicos, a orquestra apresentará clássicos como Stairway to Heaven e Whole Lotta Love. O espetáculo será no Auditório Araújo Vianna no dia 24 de outubro, mas tem estreia marcada para o Rock in Rio.
Após mais de dez anos, Iron Maiden volta à capital gaúcha, dessa vez para tocar na Arena do Grêmio, em 9 de outubro. A banda, que se apresenta também no Rock in Rio (4/10), traz a Legacy of the Beast Tour, uma apresentação elaborada com vários elementos cênicos que transformam o show em um verdadeiro espetáculo.
CAPITAL INICIAL Com uma agenda lotada de shows e mais de 18 discos lançados, a banda brasileira traz seus sucessos para o Auditório Araújo Vianna no dia 10 de agosto. Em turnê com Sonora, seu disco mais recente, lançado em dezembro de 2018, o Capital Inicial apresenta as clássicas e as inéditas da banda.
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CULTURA
VIVÊNCIA
alemã
Grupo gaúcho foi até a Alemanha para viver na pele a cultura germânica TEXTO e FOTOS: Rodrigo Giacomet*
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isitar a Alemanha, no ponto de partida de onde os então emigrantes deixaram seu país, rumo ao desconhecido sul do Brasil, em 1824 era um convite irrecusável. A iniciativa da Escola de Idiomas SK, situada em São Leopoldo, justamente o berço da imigração alemã, obteve total aceitação na União FM e viabilizado o projeto, em 20 de junho partia eu com destino a Trier, na Região do Hünsrick. A cobertura jornalística apresentou diversos ângulos, ora com viés cultural, ora emocional. A história passada se misturava com o presente, resgatando as origens de cada um dos 22 integrantes da comitiva, com uma Alemanha pujante e moderna. Foi possível registrar lágrimas de encontros inesperados e surpreendentes, bem como olhares de espanto com as maravilhas de um mundo em que quase tudo funciona.
LOCOMOÇÃO Uma das realidades que chama a atenção na Alemanha de hoje é a variada possibilidade de deslocamentos. Chega-se no aeroporto de Frankfurt, um dos maiores da Europa e facilmente o trem está a disposição. Ao custo de 39 Euros comprei uma passagem que me levou diretamente a
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Trier, cerca de 200 km distantes, ao longo de 3 horas de viagem, trafegando às margens do encantador Rio Reno. Silencioso, pontual, refrigerado, com atendente que vende do vinho ao café, do chocolate a fruta. Tomadas para carregar o seu celular, mesinhas e lixinhos também existem em abundância. De carro, o trajeto poderia ser feito em cerca de 2h, mas a comodidade do trem é bem mais atraente. Mesmo que as estradas sejam verdadeiros tapetes, sem ondulações ou porções de asfalto colocadas para tapar buracos. Da janela do trem podia observar: ciclovia, estrada e rio. E não por acaso, bicicletas, carros e barcos, todos cumprindo suas funções.
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RIOS E ESTRADAS A utilização dos rios merece uma atenção especial. Como em quase todos os países da Europa que já tive a oportunidade de conhecer, na Alemanha o rio pertence às cidades. É quase uma rua ou rodovia a mais. As cidades se formam no seu entorno e não de costas para ele: caminhadas eram costumeiras nas margens do Reno, do Mosel, do Saar, no período em que lá estive. As chatas, barcos longos e baixos, carregam minério, areia, carros e diversos outros produtos. Diversos são os barcos de turismo, levando 150, 200 pessoas de uma cidade a
REVISTA EXPANSÃO / 19 anos *Rodrigo Giacomet é diretor da União FM
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outra e com paradas pontuais, como se fossem ônibus. Atividades esportivas como canoagem, jet ski, stand up paddle, entre outras, são praticadas com freqüência, dividindo espaços com cisnes, patos além de outras aves que desfilavam sem pressa nas águas urbanas dos rios alemães. Tudo isso é feito em águas límpidas, onde alguns calorentos permitiam-se mergulhar, mediante um calor de 37º C que apresentava o início de um verão com temperaturas recordes na Europa. Sobre as estradas, nada de remendos, e pode-se observar, em um trecho que liga Trier a Koblenz, obras. Como funciona? Cerca de 10 km de estrada interditada. O fluxo passa para a mão inversa, com divisores físicos sendo fixados no asfalto - nada de cavalete. A estrada em obras tem todo seu asfalto removido e a base é toda refeita, com dois ou três metros de fundura. Só depois o asfalto é recolocado, ficando ali por mais quatro ou cinco anos.
Ciclovia e rodovia às margens do Rio Reno
Bela Trier
Chegada na Alemanha
O grupo de gaúchos em solo alemão
Navegando nos rios limpos da Alemanha
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CULTURA
“Lembranças vivas de quem não quer esquecer os erros do passado, sob pena de repeti-los.” Grupo de viajantes
GUERRA AINDA VIVA Os dramas e sofrimentos, em especial da Segunda Guerra Mundial não são e ao que tudo indica, não querem ser esquecidos. Em diversas igrejas, castelos e prédios públicos existem placas que apontam quando a edificação foi erguida, quando ela foi destruída (período da segunda guerra) e quando foi reconstruída. Ou seja, datas que ficam claras para quem está visitando aquele ambiente e que poderiam, facilmente, ser subtraídas da memória de quem está ali. Mais impactante ainda são as “plaquinhas de tropeçar”. Placas metálicas, colocadas no meio do calçamento e que chamam a atenção de quem caminha, diante da porta de uma casa. O olhar atento vai identificar um nome e várias datas, normalmente associadas a nascimento, prisão e morte, em campos de concentração. Eram judeus, que ali moravam e que foram vítimas do Nazismo.
Datas de construção e destruição
Casa onde foi retirado um judeu na segunda guerra
PARAÍSO NÃO EXISTE Costumo dizer, ao viajar para países mais desenvolvidos que o Brasil, que existem lugares em que a maioria das coisas funciona e algumas dão errado, caso da Alemanha, por exemplo. Tristemente, no Brasil vivemos realidade diversa: algumas coisas funcionam e a maioria não funciona como deveria. Ou seja, não existe paraíso. Na Alemanha, por exemplo, o consumo de cigarros impressiona. Em todos os lugares, praticamente, os fumantes não se furtam de acender seus cigarros e liberarem a respectiva fumaça. Estamos à
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Estrada em reforma
frente deles, sem dúvida alguma. No quesito pichações, no mínimo empatamos, e sempre é bom lembrar: se a viagem ao velho mundo for marcada no verão, cuidado. O continente europeu sabe muito bem lidar com o frio, mas não é possível dizer o mesmo em relação ao calor. Aparelhos de ar condicionado não existem com a abundância brasileira e as bebidas, mesmo a cerveja, via de regra, são servidas em temperatura ambiente.
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Cuidado com as flores: beleza alemã
FLORES COLORIDAS Porém, as citadas ressalvas anti-paraíso servem apenas para legitimar os tantos elogios e fazer com que os mesmos não pareçam deslumbre. A Alemanha é bela, por demais! Os jardins floridos, as gramas bem cortadas, a conservação dos prédios históricos enchem os olhos. São memórias que podem ser resgatadas nas pequenas cidades gaúchas de colonização germânica, das viagens de 1824. As cores das flores chamam atenção e suavizam o jeito mais rude que o alemão transparece.
RESGATE DA HISTÓRIA FAMILIAR Jeito rude que transparece, mas nem sempre é regra. Vi alemães emocionados, chorando ao conhecerem parentes nunca antes vistos, do distante do Brasil; vi alemães se organizando em grupo – cada um com seu carro – para surpreender e encantar brasileiros e ao final sob um sol de 40º C fazer uma apresentação de coral com lindas músicas alemãs; vi alemães abrindo suas residências e oferecendo bolos, chás e o mais diversos cardápio de Frühstück para brasileiros até então desconhecidos; vi alemão aprendendo a tomar chimarrão. Isso tudo deu-se a partir da essência da comitiva gaúcha: a família. Tido como fora de
A emoção de parentes se conhecendo
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Her Follmann, nosso guia, tomando chimarrão
moda, o resgate da história familiar fez com que descendentes de alemães pesquisassem, por horas a fio, na Diocese de Trier, seus antepassados, em livros de 1200, 1300 e outras datas distantes. A família uniu primos, remontou histórias de tataravós, trouxe emoção e lágrimas de felicidade. Esse é o propósito da SK Idiomas, que contou com a cobertura da União FM – 105.3: resgatar as famílias e contar histórias, pensando em dias melhores nessa sociedade tão individualista que vivemos. Pensar na história de cada um, revisitando o caminho que, em 1824, trouxe ao Brasil alemães que aqui deixaram seus legados, sem abandonarem suas raízes.
Com as idealizadoras do proejto: Arielle Bauermann e Solange Kamphorst
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MÚSICA
Entre Brasil e EUA TEXTO Mayara Morales | FOTO: Divulgação
Dupla Claus e Vanessa se dividem entre shows nacionais e internacionais
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sucesso Medo de Amar, lançado em 2007, catapultou Claus e Vanessa a nível nacional e, consequentemente, tiveram o seu single na novela Malhação daquele mesmo ano. Antes do sucesso estrondoso e diversas turnês, a dupla iniciou sua carreira tocando em bares, acompanhados apenas de voz e violão.
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Atualmente, eles se lançaram aos novos desafios e não moram mais no Rio Grande do Sul. Há um ano, a dupla gaúcha Claus e Vanessa decidiu que era hora de mudar os ares e partiu rumo aos Estados Unidos. Agora, prestes a completar 20 anos de carreira, o duo conta quais foram os seus desafios e quais são os projetos nessa jornada.
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Vocês irão completar 20 anos de carreira. Olhando para a trajetória da dupla, tem alguma situação que fariam diferente? Faríamos todo o esforço novamente, mas, claro, com algumas estratégias diferentes para nos moldarmos às novas maneiras de divulgação do mercado fonográfico.
“Ultimamente, a receita de compormos juntos tem funcionado muito bem, mas não existe uma regra. A inspiração é quem manda.”
A dupla começou com voz e violão. Por que mantiveram essa característica? Começamos tudo com voz e violão, por isso, se tornou algo que fazemos com muita naturalidade, e, principalmente, profissionalismo. Estão trabalhando em algum projeto novo? O projeto que estamos focados agora é o lançamento da versão remix de Herói Estelar, que chega às rádios do Rio Grande do Sul e plataformas digitais ainda nesse mês.
O que motivou a ida para os Estados Unidos? Completamos um ano morando nos EUA. Desde sempre, gostamos muito daqui e, há alguns anos, já planejávamos morar aqui e continuar mantendo algumas turnês no Brasil durante o ano. Além da música, temos outros negócios por aqui, e a nossa filha, Olívia, está tendo oportunidades ímpares de ser inserida na cultura americana.
Vocês continuam atuando como músicos nos EUA? Sim! Estamos administrando um restaurante português e, nele, gostamos de tocar nos finais de semana. Além disso, a agenda de shows particulares e festivais segue em paralelo por aqui a todo vapor.
Como é o processo criativo da dupla para compor as músicas? Ultimamente, a receita de compormos juntos tem funcionado muito bem, mas não existe uma regra. A inspiração é quem manda.
Quais as maiores diferenças que notaram entre o público brasileiro e o americano? O calor do público brasileiro não há igual! Ainda assim, também é uma questão cultural, pois os americanos também sabem valorizar muito a arte por aqui.
Como foi a produção da música Herói Estelar? Essa é a última música de trabalho? Sim, é o nosso último single lançado. Dessa forma, ela ainda está sendo trabalhada. Essa música foi escrita em dez minutos, em consequência de um momento família muito intenso na Flórida (EUA).
Pretendem retornar para o país? Temos mantido uma certa frequência de turnês durante o ano para o Brasil. Morar novamente não está descartado. Devido aos negócios futuros no país, teremos que voltar, mas por temporadas.
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PERSONALIDADE
Sob nova PERSPECTIVA Fafá de Belém mostra lado mais humano em novo disco TEXTO Laura Poersch Schommer | FOTOS: Divulgação
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er humano possibilita o uso da inteligência, razão, raciocínio e criatividade, além da capacidade de comunicação complexa. Significa ter autoconsciência de sua existência e ser emocionalmente inteligente, o que difere os humanos das demais espécies. Mesmo assim, nem sempre esse lado humano é demonstrado em todas as ações no cotidiano. Maria de Fátima Palha de Figueiredo decidiu ir contra essa maré de desinteresse e indiferença, escolhendo exibir seu lado humano em seu novo trabalho. Humana é o primeiro álbum de estúdio gravado pela cantora paraense desde 2015, quando lançou o disco Do tamanho certo para o meu sorriso. Ao contrário deste último, com sonoridade alegre, o novo CD é introspectivo e realista, com dez músicas que revelam uma nova perspectiva do universo de Fafá de Belém.
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“As músicas remetem a esse conceito, de se falar de emoções verdadeiras. ”
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Acredita que esse é o disco mais denso de toda sua carreira? Por quê? Esse disco traz o outro lado do meu sorriso. As pessoas me veem sempre como uma explosão de alegria, e gosto disso, mas para ter essa explosão, por trás, precisa de uma base sólida de olhar preciso, com os pés no chão. Está todo mundo gritando muito, mas é o momento de a gente tentar conversar. Esse projeto nasceu da necessidade de se falar de emoções verdadeiras, do lado humano do ser. O álbum é composto por inéditas e regravações. Todas as músicas, mesmo as antigas, remetem à mesma época que você deseja retratar no Humana? As músicas remetem a esse conceito, de se falar de emoções verdadeiras. Quero que as pessoas reflitam sobre o momento em que se vive, um momento de vazios. É um processo mundial de solidão. Quis falar de afeto e que toda forma de amor vale a pena. Foi por esse caminho que segui para escolher o repertório. Esse álbum é bastante introspectivo. Sua produção foi um processo de autoconhecimento? Por quê? Com certeza. O projeto Humana começou em agosto do ano passado, depois que passei um tempo gravando as minhas histórias para transformar em biografia. Fui mergulhando em questões que sempre me angustiaram, e várias coisas foram passando pela minha cabeça. Eu estava fora do Brasil e, quando voltei, encontrei Paulo Borges e Zé Pedro, que estavam com a mesma sensação, com a mesma inquietação do que dizer sobre o momento que vivemos. Seria possível gravar um disco assim no início da carreira? Bom, são 45 anos passados e a sonoridade, naquela época, não era contemporânea. Era uma fase de grandes orquestras e instrumentos vivos dentro do estúdio. Nós demorávamos pelo menos um mês e meio pra gravar um disco, que eram gravados por fases, mas o Tambatajá e o Água foram tão revolucionários quanto o Humana é, em conceito. Nos primeiros, eu fazia o Brasil inteiro através dos vários olhares e sotaques e passei dois anos e meio viajando em turnê. Eles foram uma marca muito forte na música brasileira. Então, como sonoridade, não seria possível fazer Humana naquela época, mas como conceito, sim.
Várias das músicas do álbum são composições de mulheres. Essa distinção foi proposital para este CD? Não foi proposital. É interessante falar disso, porque uma das músicas que eu considero mais forte no disco é a canção da Joyce Moreno (Eu sou aquela). Ela simboliza bem essa coisa nossa de mulheres livres, mas sem muita bandeira para lá e para cá, mulheres que sempre foram empoderadas sem fazer clichê. Além disso, gravei pessoas emblemáticas, porque gravar Fátima Guedes pela primeira vez aos 62 anos é muito significativo. Esse disco foi se desenhando. Havia um conceito, uma inquietação muito grande por parte da gente (minha, do Zé Pedro e do Paulo Borges). As músicas foram entrando e de repente foram chegando muitas mulheres com as quais eu queria cantar há muito tempo. Você canta absolutamente de tudo, sem preconceitos. De rock a sertanejo, de lambada a samba. No entanto, qual é o ritmo que rouba seu coração? O ritmo do meu coração. É ele que me embala e vai me levando a novas descobertas, novas caminhadas e a coisas inusitadas. Eu respeito esse movimento. Não tenho paciência de ficar sentada no meu baú, vivendo do que já fiz ou do que já fui. Tudo isso é bagagem para a gente ser e continuar caminhando. Assim é como eu penso a vida e o meu trabalho.
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PERSONALIDADE Você conta que não gosta muito do estúdio, prefere o contato com o público. Essa inclinação tem relação com sua personalidade ou simplesmente com a energia do palco? Quando a gente está com o público à frente, existe uma troca de energia muito grande. E acredito que todo artista quer saber de que forma ele está se comunicando com esse público. Sou uma cantora popular e adoro isso, gosto de sentir como o público está sentindo, se estamos em sintonia, se estou falando as coisas e estou sendo ouvida, não importa se por mil ou por cem mil. Agora não, é mais rápido, mas antigamente ficávamos cerca de dois meses no estúdio, e para mim era muito angustiante, sou ansiosa. Cada coisa tem um momento, mas quando é um disco de carreira, prefiro fazer o mais rápido possível para trabalhar cada emoção no palco. Você diz que o mercado fonográfico oferecia mais oportunidades antigamente. Acredita que seu sucesso perduraria, hoje, apenas fazendo shows? Quando, em 2003 ou 2004, fiz o último disco de gravadora, percebi que a reedição do sucesso, ou seja, fazer mais uma igual àquela virou uma regra, principalmente para quem não era compositor, como é o meu caso. Então, fiquei dez anos sem entrar em estúdio, sem fazer disco nenhum e trabalhando direto, com uma agenda de shows grande que garantiu a minha vida. Minha vida é cantar. Foi o Zé Pedro que me colocou de novo em estúdio e fizemos Do tamanho certo para o meu sorriso. Uma coisa independe da outra. O que você não pode é fazer coisas que não acredita. Entrar no estúdio para cumprir uma agenda, porque alguém está querendo que você seja de novo o que já foi ou a cópia de algumas coisas, isso não muda a vida de ninguém para positivo, pelo contrário, muda para negativo. A arte e a música são muito sérias para serem levadas de qualquer jeito.
Com parceiros certos. Quando eu gravei, lá atrás, o disco Fafá canta Chico, nenhuma gravadora quis. Diziam que eu, como uma cantora popular, não ia ter um eco cantando Chico Buarque. Só que as pessoas olham de seis meses para cá e não enxergam a origem do nosso canto para cá, e o álbum foi um sucesso absoluto. Quando eu achei a canção Meu coração é brega, gravada no álbum Do tamanho certo para o meu sorriso, com a sonoridade do Pará, que hoje está explodindo no Brasil, as gravadoras acharam que eu queria fazer um brega dos anos 80. Uns eu até gravei, sem imposição, porque eu quis mesmo, mas não era o momento na época. Então, ou você fica reclamando que as gravadoras não te entendem ou você passa a entender o que elas querem. Por isso, esse é o segundo trabalho que faço com o Zé Pedro, com meu selo, onde a gente trabalha e se joga independentemente de estar na mão ou na contramão.
“O ritmo do meu coração. É ele que me embala e vai me levando a novas descobertas, novas caminhadas e a coisas inusitadas. ”
Como inovar em uma indústria onde os moldes do que é/faz sucesso já estão praticamente firmados?
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É muito comparada a artistas como Gal Costa e Maria Bethânia, mesmo tendo apontado que elas não são suas principais referências. Imagina de que forma surge esse desejo de comparação do público? Gal e Bethânia chegaram bem antes de mim e são referências para todas nós. Agora, querer ser Gal e Bethânia é outra coisa, eu nunca quis ser nenhuma das duas. Como admiração e referência tenho elas, Elis, Maysa, Nora Ney, Barbra Streisand, Maria Callas, Edith Piaf, Ângela Maria... Sempre essas grandes vozes de grades mulheres passaram e passam pela (agora) minha playlist e pela minha vitrola que eu ainda gosto de ouvir. Eu entendo que a inspiração e a referência são uma coisa, agora querer ser aquela cantora, imitar os seus trejeitos, o jeito de vestir, acho muito estranho. Por ter viajado constantemente com shows pelo Brasil, conheceu muitas cidades. Qual é o seu lugar preferido para cantar? O palco. Pode ser o palco da praça pública, da rua, de uma igreja, do teatro, do estádio, do ginásio. Sempre o palco.
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Diversificação DO TURISMO As oliveiras de Gramado
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Fotos: Cristiano Carniel/Divulgação
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esta época do ano, quando as baixas temperaturas se instalam, a Serra Gaúcha se torna destino certo para aqueles que buscam desfrutar dos prazeres do frio, como gastronomia e neve. Entretanto, o município de Gramado tem mais a oferecer quanto o assunto é turismo. OLIVAS DE GRAMADO São mais de 150 hectares com 12 mil mudas de oliveiras plantadas de cinco diferentes variedades. Localizado na área rural de Gramado, o Olivas de Gramado resgata os hábitos, paisagens e a identidade do estilo de vida do interior justamente onde a cidade, que hoje é considerada o segundo melhor destino do Brasil, segundo Traveler’s Choice. “Queremos resgatar a história e a essência de Gramado trazendo o turista para a região rural onde a cidade começou em um empreendimento inédito e pioneiro no setor de turismo e olivicultura”, explica Daniel Bertolucci, empresário que está à frente do negócio. Inaugurado no final de 2018, o Olivas de Gramado apresenta atrações variadas que contemplam seus dois principais conceitos: rusticidade e sofisticação. Além de entender todo o processo de produção do azeite de oliva, desde a plantação ao envase, quem visitar o empreendimento pode desfrutar ainda de passeios pelo parque entre pomares com 100 espécies de árvores frutíferas nativas e exóticas, horta orgânica, viveiro de plantas, fazendinha com animais de pequeno e ainda fazer piqueniques, trilhas e passeio de jardineira.
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“Queremos resgatar
TRATTORIA A gastronomia tem um espaço de destaque. Buscando insumos de produtores da região, a proposta da trattoria do Olivas de Gramado é resgatar o sabor das origens da cidade com pratos simples e saborosos. São três diferentes sugestões de menu, além de sanduíches, sobremesas e bebidas que vão desde café a clericot. Servido entre 11h30 e 15h, o Menu Raízes oferece um buffet colonial que inclui tagliatelle ao molho caipira, tortei com carne de panela e costelinha de porco na cerveja preta, além da clássica sopa de capeletti, polenta frita e salada orgânica direto da horta do parque. Servidas durante todo o dia, as cestas de piquenique são uma atração à parte. O visitante pode escolher uma das tantas paisagens do Olivas de Gramado para abrir sua toalha xadrez e degustar os mais de dez itens de produção local.
a história e a essência de Gramado trazendo o turista para a região rural onde a cidade começou em um empreendimento inédito e pioneiro no setor de turismo e olivicultura.
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Os produtores da região também estão contemplados no Empório Colonial, onde o visitante encontra queijos, embutidos, schmiers, sucos naturais e outros produtos coloniais. Além do plantio de oliveiras e das atrações, o complexo também dedica boa parte de sua área à preservação ambiental e contemplação. Mais de 90 hectares são de Área de Preservação Permanente (APP) preservadas, monitoradas e com visitação por via de trilhas ecológicas cuidadosamente traçadas com acompanhamento de guias capacitados, para que o ecossistema se mantenha inalterado.
OLIVAS DE GRAMADO Funcionamento: das 10h às 18h em todos os dias da semana, exceto quartas-feiras. Endereço: Rua Vereador José Alexandre Benetti, 1808 – Linha Nova - Gramado/RS Ingresso: A partir de R$ 30 (crianças de 4 a 11 anos e idosos) e R$ 60 (público geral) - crianças até quatro anos não pagam. Gramadenses e canelenses tem entrada promocional de R$ 35, que podem ser consumidos na loja ou no restaurante. Telefone: (54) 3422-1382
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Adriana Monteiro Arrial/Divulgação
DIRETO AO PONTO Novo Hamburgo
RIO DOS SINOS MONITORADO O monitoramento de situações de risco envolvendo o Rio dos Sinos passa a se tornar ainda mais efetivo. Uma parceria entre a Comusa - Serviços de Água e Esgoto e a Defesa Civil de Novo Hamburgo possibilitará o acompanhamento do nível do rio em tempo real. A partir dos próximos dias, a Defesa Civil passará a contar com uma câmera de monitoramento disponibilizada pela Comusa. O equipamento está posicionado junto à régua instalada na captação de água bruta. Servidores da Defesa Civil poderão acompanhar as variações de nível ao vivo, assim como já fazem os servidores da Comusa. “Para nós essa é uma parceria estratégia que traz benefícios à população de Novo Hamburgo, unindo forças e conhecimento”, ressalta o diretor-geral da Comusa, Márcio Lüders.
Comusa e Defesa Civil reforçam parceria em prol do rio
Equipe da Perspective e Paulo Staudt no ponto turístico
Nova Petrópolis
CONCESSÃO NO NINHO DAS ÁGUIAS O Parque Ninho das Águias está em estudo de viabilidade para projeto de concessão. O secretário Municipal de Turismo, Indústria e Comércio de Nova Petrópolis, Paulo Roberto Staudt recebeu a equipe da Perspective Desenvolvimento e Gestão de Negócios para dar início ao processo. “A proposta do Município é realmente conferir se é viável econômica e financeiramente fazer a concessão do atrativo turístico. A empresa irá ouvir pessoas envolvidas com o local e visitantes para fazer o diagnóstico. Conversas com a comunidade também estão programadas para o processo”, ressalta Staudt. A prefeitura irá investir R$ 9.800,00 no estudo, e a previsão é de que, em agosto de 2019, o desenvolvimento do estudo esteja finalizado.
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DIRETO AO PONTO Novo Hamburgo
INGRESSOS À VENDA A Associação de Assistência em Oncopediatria (AMO Criança) já está com tíquetes disponíveis para o McDia Feliz, que ocorre durante as 24 horas do dia 24 de agosto. A entidade será beneficiada com as vendas do Big Mac em cinco unidades da rede de fast-food: duas em São Leopoldo e três em Novo Hamburgo. Cada tíquete custa R$ 17, e a compra deve ser feita até o dia 23 de agosto. A retirada precisa ser feita no dia da promoção. “Empresas também podem adquirir cartões conosco. Quanto mais lanches vendermos, mais poderemos ajudar na luta contra o câncer infantojuvenil”, destaca a gerente administrativa da AMO Criança, Carla Silva. Os tíquetes podem ser adquiridos diretamente na sede da entidade – Rua Vidal Brasil, 1.695, no bairro Hamburgo Velho, em Novo Hamburgo.
Big Mac é revertido em renda para crianças com câncer
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Bento Gonçalves
BOAS PRÁTICAS Novo Hamburgo é vencedora, na categoria Meio Ambiente, do 3º Prêmio Boas Práticas da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs). O projeto ambiental Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos Através do Incentivo à Compostagem Caseira e Comunitária concorreu com mais 373 inscritos em outras categorias. A premiação ocorreu durante o 39º Congresso de Municípios do Rio Grande do Sul, em Bento Gonçalves. Coordenado pela engenheira química Barbara Potrich Zen, o projeto consiste em promover a conscientização ambiental entre as comunidades das escolas municipais por meio da compostagem caseira e comunitária, iniciativa desenvolvida em parceria entre as secretarias municipais de Meio Ambiente (Semam) e Educação (Smed), e com o Laboratório de Estudos Ambientais da UFRGS. A premiação foi entregue aos titulares das pastas, respectivamente, Udo Sarlet, e Maristela Guasselli. “Acreditamos nas comunidades escolares como multiplicadores eficazes dessa prática essencial para a preservação ambiental”, afirma Udo. São Leopoldo
CINQUENTA ANOS HOMENAGEADOS A celebração dos 50 anos do Colégio Concórdia - fundado em março de 1969 - foi lembrada pela Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Tecnologia de São Leopoldo (Acist-SL). Em jantar comemorativo dos 99 anos da associação, foi entregue uma placa comemorativa à instituição cinquentenária. O diretor do colégio, Nelci Naor Senger, disse que a lembrança da Associação reforça a importância da instituição para a comunidade de São Leopoldo. “Formamos muitos empresários que hoje são lideranças nas suas áreas”, comenta. A placa foi recebida pelo pastor Rubens José Ogg e pela coordenadora pedagógica, Francini Scipioni Belau, e entregue pelo vice-presidente Financeiro da Acist, Ivan Renner. “Para o colégio, é um prestígio estar presente neste momento tão importante da associação, e reforça nossa postura de educar para a vida”, destaca o pastor Rubens. Além do Colégio Concórdia, também foram homenageadas as empresas Pren Flex e Buffet Francini Scipioni, Pastor Rubens Hogg Pessin, o Banrisul e as instie Ivan Renner, vice-presidente da Acist tuições Unisinos e Feevale.
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Sapiranga
CIDADE INTELIGENTE O Centro Municipal de Cultura Lucio Fleck recebeu um grande público para acompanhar o 1º Fórum Inova Sapiranga. Com o tema Cidades Inteligentes, o evento apresentou à comunidade o trabalho de cooperação que vem sendo realizado há seis meses em uma parceria idealizada pela Prefeitura de Sapiranga, Centro Sinodal de Ensino Duque e Campus Sapiranga do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense (IFSul). “Quando surgiu a proposta do Inova Sapiranga, conversei com o pessoal e disse que não queria apenas que fosse realizado fórum e que as ideias ficassem no papel, porque nós precisamos preparar a cidade para os próximos 30, 40 anos”, enfatizou a prefeita Corinha Molling. O projeto Inova Sapiranga surgiu para propor alternativas de modernização e crescimento da cidade em diferentes setores da sociedade sapiranguense. A ideia principal é pensar o uso da tecnologia a serviço da comunidade, buscando soluções inovadoras através de pesquisa aplicada e de formação continuada, fomentando o empreendedorismo e a cidadania na Cidade das Rosas.
Envolvidos no projeto Inova Sapiranga
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ALENTOS & DNA
Maria Helena Rodrigues mhelena@formatoaberto.com.br
A história DO MATEUS Conheci o Mateus, um homeless fofo pra jornais e afins. Também me chamou atenção uma caramba, morando em uma praça pertinho por doce fêmea canina que ele cuidava e tratava com onde costumo passear com meu cão. Logo, caí de apreço de um pai – É a única coisa que tenho, disse compaixão por esse mendigo de rua com a cara ele, minha única propriedade! mais simpática do mundo. De olhos castanhos Durante essa sequencia de eventos fomos nos meigos, me presenteou com um vasto sorriso, conhecendo. Quando passava de carro por ele, semporém vazio pela ausência de dentes, bem ao espre fazia questão de chamar para cumprimentá-lo tilo de uma criança banguela e assim iniciamos e era premiada por um sorriso faceiro de quem está nosso relacionamento. Nesfeliz e contente da vida. sa época, cerca de dois anos Conversei com meu marido, que é atrás, Mateus carregava sua construtor, sobre a possibilidade de ele Mateus casa nas costas em um grande trabalhar nas obras e vibrei quando continuou me saco de lixo. Não parecia ter me respondeu um redondo sim! Ficou a surpreendendo cargo de meu genro providenciar desde muita coisa, mas deduzo que, para ele, seria seus pertences certidão de nascimento, carteira de positivamente mais preciosos. e carteira de trabalho. Uma pela sua força de identidade Fiquei um tempo fora de tarefa bastante trabalhosa e demorada trabalho. Topei já que Mateus não sabia nem a data giro e quando voltei, qual minha surpresa – esse jovem com ele no final exata de quando chegou ao mundo, apsenhor já havia conseguido do ano passado e enas o nome de uma cidadezinha nos uma maleta velha sem rodinconfins do interior, onde havia nascido. has e fez dela sua casa am- concluí que, além Deu certo. Mateus hoje tem trabalho, bulante. Um tempo depois de ter conseguido uma quentinha bem gostosa todos os avistei o dito cujo andando, e nas suas folgas ainda cuida do um upgrade em dias de um lado para outro, atenestacionamento de uma igreja na resua vida, estava dondeza, o que lhe dá uma grana extra to às lixeiras, acondicionando suas coletas em um carrinho para comprar mais alimentos para seus mais elegante de mercado meio capenga. filhotes caninos, sua grande paixão. (magro). Certamente havia conquistaEu arrisco afirmar que Mateus do algo a mais e seu rosto estem, em seus cinco primeiros talentos, tava radiante de pura felicidade. Ele me confiADAPTABILIDADE – que lhe permite flutuar, em denciou estar morando num cantinho aberto em meio do caos, de um lugar para outro com grande um posto de lavagem para carros e, em troca de facilidade, REALIZAÇÃO – habilidade que se manmoradia, limpava o lugar pela manha cedinho. ifesta através de sua força de trabalho, ele é um Mateus continuou me surpreendendo positidos melhores e mais rápido servente da obra, POSvamente pela sua força de trabalho. Topei com ITIVO – conseguiu, apesar de todos seus pesares, ele no final do ano passado e concluí que, além encontrar alegria e compartilhar com os outros, de ter conseguido um upgrade em sua vida, esESTRATÉGICO – encontrou alternativas e saídas tava mais elegante (magro). No entanto, para para suas próprias dificuldades e RELACIONAele, a pança era uma espécie de status entre a MENTO – traça relações genuínas com quem encategoria, pois não ficou tão feliz assim quando contra e agora com os colegas de trabalho. eu elogiei sua esbeltesa. Nesse período carreEsta é a verdadeira e inspiradora história de gava uma carroça lotada de papelão, garrafas, um ex-morador de rua, o Mateus.
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*Especialista em Desenvolvimento de Talentos | Coach de Pontos Fortes | Gallup® Certified Strengths Finder Publicitária | Escritora |Palestrante
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NERGIA DOS NEGÓCIOS
Isnar Amaral*
Consultor ambiental - CRQ 05203390 isnaramaral@ambientebasico.com.br ambientebasico.com.br | (51) 99956-0042
Gestão do “clima” do AMBIENTE DE TRABALHO O ambiente de trabalho pode ser analisado sob vários aspectos, onde o “clima” é um elemento importante que deve ser considerado. Este é o efeito de um conjunto de fatores incidentes, que interfere na saúde, na motivação, no comprometimento e na satisfação dos colaboradores, com reflexo na produtividade. As pessoas são contagiadas pela energia deste meio, pelo fato de ali permanecerem. Cabe lembrar que a energia total do ambiente de trabalho é o somatório de todas as energias presentes. Cada indivíduo é uma entidade energética única. Uma intenção direta manifesta-se como uma energia elétrica e magnética, produzindo um fluxo ordenado de biofótons, capaz de alterar a estrutura molecular da matéria. Também as emoções produzem um padrão de frequência que afeta o “meio”. É visto que existe uma correlação do indivíduo com o ambiente, onde um interfere no outro e vice-versa. Para alterar o “clima” do ambiente de trabalho, uma solução é interagir com cada pessoa na intenção de mudar o seu impacto, ou seja, a sua contribuição energética. No entanto, fica claro que esta é uma tarefa complexa e de eficácia não
tão duradoura, considerando que a energia das pessoas muda frequentemente em função das suas emoções, intenções e sentimentos. Outra solução, eficaz e constante para esta situação é trabalhar a energia do ambiente como um todo, pois vimos que esta interfere nas pessoas. Desta forma, tudo o que se encontra neste “meio” tende a se harmonizar com o padrão de energia estabelecido. Exemplificando, é como uma máquina de lavar roupas, onde a água lava tudo o que está ali dentro, porém se alguma peça, por algum motivo, precisa de uma limpeza especial, deve, então ser lavada individualmente. A reprogramação da energia do ambiente de trabalho, o seu “clima”, contagia as pessoas, criando uma sinergia, gerando uma performance sustentável e melhorando a qualidade de vida e os resultados do negócio. Esta reprogramação é executada pelo sistema de Reprogramação Quântica do Ambiente Básico, com excelência comprovada por centenas de empresas.
*Palestras: Ambiente que Mata (esclarece sobre a interferência do ambiente na saúde das pessoas); Energia do Negócio (correlação entre o ambiente empresarial e resultados alcançados), e Equipe Eficaz (motivação e conscientização para as equipes de trabalho) Serviços: Análise do ambiente residencial ou profissional tornando-o harmônico e saudável, e reprogramação quântica do ambiente empresarial para melhorias nos resultados
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O Unimed Pleno segue o conceito do médico de família, que é sucesso na Europa e Estados Unidos. Ele conhece todo o histórico de saúde do paciente, encaminhando, sempre que necessário, a médicos cooperados especialistas. Além disso, você não paga coparticipação em exames, e agora tem uma
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IREITO& EMPRESAS
Alberto Becker
Cris Manfro
alberto@beckeresantos.com.br
acmanfro@terra.com.br
AVERSÃO ao novo Interessante a natureza humana. O ser humano tem uma verdadeira aversão a novas ideias. Queremos que o mundo mude, mas, a rigor, não estamos dispostos nem a mudar o lado que dormimos na cama. É por esta razão que desenvolvemos o costume de colocar as coisas no gerúndio, porque as coisas vão indo, mas muitos não estão vendo. Uma vez que emitimos nossa opinião sobre determinado tema, temos uma imensa dificuldade em mudar, a tal ponto de nos tornarmos praticamente escravos dela. Robert Cialdini, psicólogo norte-americano é quem melhor descreve este fenômeno, um verdadeiro mecanismo de reação automática, que batizou de efeito “do compromisso e da consistência”. Há uma razão evolucionista para agirmos assim. Sim, pois, toda decisão que tomamos é fruto de um sofisticado processo, que importa analisar todas alternativas possíveis, imaginarmos cenários mais favoráveis, calcular riscos, custos (biológicos). Depois deste itinerário complexo, tomamos uma decisão. Agora, imagine o leitor que a ciência estime que nossos ancestrais tomavam dezenas de decisões diariamente. Atualmente, tomamos milhares. E num mundo que somos expostos a uma overdose de informações, ininterruptamente - televisão, sites, redes sociais, celulares etc. -. Seria o caos se tivéssemos que reavaliar todo processo decisório para cada ponto do nosso cotidiano. Daí o quase desespero, muita vez, de rebater cada ponto que vai contra opiniões que já emitimos, mesmo quando dadas sem maior reflexão, com base em memes da internet ou frases motivacionais, porque, ao assumirmos um ponto de vista, estamos biologicamente programados para defende-lo até o fim das ordálias. Por isso, vemos tanto ódio irracional nas redes sociais e na dualidade do debate político brasileiro: são muitas pessoas defendendo opiniões já emitidas e que não querem se ouvir. Desimporta se a falta de veracidade de um fato já está provada, ou quão absurda a ideia for, o objetivo é defender a versão com a qual assumimos o compromisso. E o que isso tem a ver com as empresas? Tudo! As empresas são feitas de pessoas. Por consequência, quando uma prática, uma política, um modelo está estabelecido, a natureza humana nos faz criar uma barreira quase intransponível ao novo. Porque sempre foi de tal maneira, resistimos a olhar com os olhos do novo o cenário, as nossas práticas de governança, o mercado, o mundo. No entanto, nossa solução ou nosso próximo nível, pode estar a uma ideia de nós, num insight apenas. Afinal, as coisas são novas ou velhas, mas as ideias são boas ou más. E essa é uma verdade eternal.
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OMPORTAMENTO
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Quando vocês SE PERDEM...
Desde que nascemos o que mais queremos é conexão. É nos sentirmos conectados, seguros e amados pelas figuras importantes da nossa vida. Com palavras e, gestos que nos digam: “fique calmo eu estou aqui com você e nada de ruim vai se passar”. Quando nos sentimos conectados afetivamente e fisicamente com o outro sentimos tranqüilidade, segurança, apoio e calma. Quando um alarme toca dentro da gente, nos dizendo que alguma coisa vai mal, que estamos afastados de quem amamos, ou que a pessoa de alguma maneira está longe ou, desconectada , entramos numa espécie de pânico. Nessas situações o nosso sistema límbico, emite um sinal dentro de você, para o seu corpo que passa a pedir e a se mover por contato. O problema é que muitas vezes a interpretação que você dá, quando a resposta, não vem na maneira esperada, é a de que o outro, não se importa com você e, geralmente, essa tentativa de aproximação passa a ser feita com raiva. Por vezes, o outro nem imagina o que está se passando com você. Tão pouco entende que a sua brabeza, raiva e, cobrança, é um protesto, um chamado emocional de socorro para, que o outro volte a ficar mais perto e se conecte a você. O problema é que esse protesto é sentido como ataque, cobrança, crítica, invalidação e nesse caso, o casal se afasta, ainda mais. Você que está lendo esse artigo como costuma agir ou, fazer quando se sente desconectado de alguém importante para você? Como costuma protestar para se sentir novamente tranqüilo e assegurado de amor, apego e contato? Você pode agir brigando, pois, brigar, não deixa de ser uma forma de chamar atenção e de fazer um protesto barulhento. Pode ficar quieto, se calar, mostrando que está magoado e, você pode se afastar, querendo dizer que, não se importa tanto com o outro, por medo de se entregar. Nenhuma dessas tentativas em longo prazo funciona. Porque mais as pessoas vão se afastando. Muitas vezes nos tornamos estranhos íntimos dentro da mesma casa. É mais fácil garantir, não perder a conexão da internet, buscamos os melhores planos, mais potentes, para melhor conexão, para que seja rápida, segura, forte, mas deixamos totalmente de lado as conexões mais importantes da nossa vida com as pessoas que fazem a diferença na nossa estima, na saúde e na nossa felicidade. É comum que todos os casais passem por momentos de desconexão. Ninguém fica conectado o tempo todo, da mesma forma e na mesma intensidade. Mas, se você perceber que o afastamento está sendo em demasia, lembre que todo seu corpo entrará em alerta, pedindo apego e contato. Assegurem-se de que estão juntos, que podem contar um com o outro, que se escutam e são ouvidos. Se ficar difícil busque ajuda. Desconexão, solidão, trás muito sofrimento. Voltar a se conectar é libertador e trás grande paz.
* Advogado
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MODA
TEXTO Rebecca Filgueiras | FOTO: Divulgação
Sob Medida Renus apresenta uma solução para a indústria da moda
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conceito de fast fashion nasceu na Europa e se espalhou por todo o mundo. Este movimento baseia-se, primariamente, em um modelo de produção e consumo em que os produtos são fabricados, consumidos e descartados em um curto espaço de tempo. E justamente pelo rápido processo de descarte, este modelo de negócio vem gerando polêmicas e implicações quanto à sua sustentabilidade. Como todo “vilão” tem um “herói” para combatê-lo, o conceito de slow fashion chegou para contrapor o atual modelo de negócios e sugerir soluções diferenciadas e mais preocupadas com questões socioambientais. Esse movimento traz consigo peças perenes, com modelagens cuidadosamente pensadas no público-alvo e design atemporal. E, dentro deste modelo, a reinvenção do conceito de Sob Medida vem ganhando força no mundo da moda. A Renus, indústria que apresenta soluções em metais e plásticos, aposta no conceito Sob Medida e, por isso, criou um projeto de
mesmo nome. Apresentando peças exclusivamente pensadas e desenvolvidas para seus principais clientes, a iniciativa consiste em uma pesquisa detalhada da história da marca, seus diferenciais e apelos comerciais de cada um dos parceiros Renus. Essa análise é alinhada às tendências do mundo fashion e o resultado tem sido excelente para todos os envolvidos. Mensalmente, os representantes comerciais da Renus — Luciano Rohden e Carine Schorn (foto) — convidam alguns de seus clientes para participar do Sob Medida. Uma caixa com três peças exclusivas é entregue aos parceiros convidados em um evento muito especial. Troca de experiências, conversas sobre o mundo fashion e aproximação de todos os envolvidos no processo de fabricação e venda dos modelos são alguns dos muitos benefícios destes encontros.
3 MOTIVOS PARA APOSTAR NO RENUS SOB MEDIDA CUSTOMIZAÇÃO Cada marca tem a sua definição de perfeição e a customização permite entregar um modelo que seja exatamente no seu conceito de perfeito. Afinal, nenhuma peça refletirá tanto a personalidade de seu negócio quanto uma feita Sob Medida para ele.
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OA&VOCÊ
EDITH AULER
revistaexpansaopoa@hotmail.com
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Quais detalhes encantam os clientes no quesito decoração? A sala da lareira que é toda revestida de mármore Carrara, cujas paredes são de madeira original da época de construção da casa, em torno de 1950. Chama a atenção o imponente quadro do pintor italiano Aldo Locatelli, representando seis leões, dando um toque especial à cultura e arte. Também temos o piano Schiedmayer, de 1932, fabricado na Alemanha. Já a sala de estar é mais moderna, com deck e vista privilegiada, ideal para confrarias e jantares íntimos, em função da proximidade com a cozinha.
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Qual é a capacidade de atendimento hoje? Atendemos cem pessoas acomodadas, realizando, além de eventos corporativos, sociais como cerimônias de casamentos e mini weddings. O empreendimento conta, ainda, com seis ambientes e uma adega.
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Cada vez mais, as empresas estão concentradas em relação aos espaços físicos onde possam realizar treinamentos de equipes, apresentações, palestras, batepapos ou conferências, bem como momentos de entretenimento direcionados ao quadro funcional. Atentos a essa demanda, a Di Leone Eventi está lançando no mercado a Di Leone Corporate, buscando mostrar as possibilidades que a casa de eventos oferece ao mercado. Nesta entrevista à Expansão, a jovem empresária Maria Eduarda Leão fala sobre a casa e a proposta do novo projeto.
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MARIA EDUARDA LEÃO
O que a Di Leone Eventi traz na sua essência? Elegância e sofisticação num ambiente intimista, onde os convidados são recebidos em casa, numa equipe atenta aos detalhes. O espaço foi idealizado para atender os sonhos dos clientes, numa abordagem delicada e profissional na realização de eventos sociais e corporativos. Uma nova forma de reunir, fazendo com que cada um dos convidados sinta-se único e especial.
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Robson Nunes/Divulgação
O que as empresas levam em conta no momento de contratar um espaço para eventos? Quando as empresas nos procuram, buscam verificar itens como acesso universal, estacionamento próprio, segurança e ambiente climatizado. Foi pensando nesse cenário que formatamos a Di Leone Corporate. Surgiu da necessidade dos próprios clientes, que já estão procurando reservas de olho no final de ano. A maior parte visa encontros entre lideranças e gestores, seguido de atividades sociais de integração, como coquetel, brunch, almoço ou jantares.
Rodrigo Ziebell/Divulgação
Quem nunca procurou um canto no sofá que estivesse mais próximo da tomada para poder carregar seu celular, tablet e continuar conectado? A Leffa Estofados apresenta novidade em ambiente da Casa Cor 2019, com uma linha de estofados hi-tech. Entre os acessórios disponíveis estão carregadores eletrônicos, interruptores, cabos de USB, luminárias touch, além de totens automáticos e manuais. Outra opção, são os estofados com multiplugs, alocados no braço do sofá.
Fotos: Divulgação
CURTAS
Os diretores da Idéia1 Arquitetura, Cristina Martins, Gabriel Grandó, Marcos Laurino e seus sócios celebraram, na Casiere, os 15 anos da empresa, com a apresentação de sua nova marca NAV. Grupo de fornecedores do mercado de eventos se reuniu no PPKB Kitchen & Bar para um coquetel com organizadores, onde apresentaram a proposta do Inverno em Festa. A ideia é oferecer condições especiais e descontos para aqueles que optarem por realizar seus eventos de junho a agosto, estimulando a realização de ações no período mais frio do ano.
No ano em que completaria 90 anos, o estilista Rui Spohr será homenageado, na Mostra Elite Design 2019 no espaço J’adore, assinado pelo arquiteto Henrique Steyer. Dentro do espaço estão sendo projetadas diferentes ações em benefício do Instituto Rui Spohr. A edição desse ano vem com uma programação intensa, ocorrendo de 27 setembro a 24 de novembro.
A Terrunyo Wine Store, junto com a equipe da vínicola Concha y Toro, recebe, no dia 6 de agosto, o prestigiado enólogo Enrique Tirado, que apresenta as safras do vinho Don Melchor. Ícone da viña, o Don Melchor é um dos mais cultuados rótulos da América do Sul, considerado um dos cem melhores vinhos do mundo. A degustação, trazendo comentários e informações sobre a produção, ocorre no Espaço Don Melchor, recenteRogério Concli, diretor da Terrunyo mente inaugurado. e Enrique Tirado da Don Melchor
A Imóveis Crédito Real, presente há mais de 80 anos no mercado imobiliário, anunciou o fechamento do primeiro quadrimestre do ano com receita bruta apresentando um aumento de 9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Casa de Apoio Madre Ana terá um acréscimo de R$ 351 mil na sua conta. O valor foi arrecadado pela influencer gaúcha Claudia Bartelle, por meio de um brechó beneficente realizado com diversas parcerias. O evento foi realizado na Associação Leopoldina Juvenil. Duas das maiores produtoras de
Rodrigo Ziebell/Divulgação
A loja S.C.A Mobiliário Contemporâneo de Porto Alegre passa a apresentar no seu portfólio o Slimstone, uma renovação do granito ou mármore, com várias possibilidades de aplicação. A espessura é um dos destaques, com cinco milímetros, podendo ser usada em áreas internas, inclusive de meios de transporte, como barcos, iates, lanchas, aviões e em elevadores.
Vera Vasques/Divulgação
Quem nunca imaginou a possibilidade de chegar no trabalho ou em casa nos dias gelados e já entrar encontrando o ambiente bem quentinho? Ou poder andar de pés descalços tendo o piso aquecido? Tudo isso é possível de se realizar e de forma programada com soluções que chegam através da automação. Segundo Edson Daroit, diretor da DTS - Diversão Tecnologia e Serviços, sistemas integrados que atendem tais demandas estão cada vez mais sendo procuradas na capital e região metropolitana.
espetáculos do Estado anunciaram fusão nas operações: a Opus Promoções e a Hits Entretenimento passam a formar uma única e ainda maior empresa, unindo portfólios. Evergreen Empreendimentos Imobiliários, empresa gaúcha com 14 anos de atuação no mercado, lançou o Trust Coworking, resultado de investimentos da ordem de R$ 8 milhões nos 3 mil m² de área total no projeto.
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VENTOS &MOMENTOS
Magalli Schaefer
magallidecor@hotmail.com
A edição de julho chegou com muitas novidades! Neste mês, teremos a comemoração dos 195 anos da Imigração alemã de São Leopoldo. Por isso, um super evento vai marcar esse momento: Expansão Juntos na Imigração, com muitas atrações musicais e gastronômicas. O lucro dos convite será revertido a melhorias na Pediatria do Hospital Centenário e da Associação Vida Nova. Você não pode perder! Sara Souza/Divulgação
Geração de ex-presidentes do GEPRS
Diretor geral da instituição, Ivan Renner
Uma história de 80 anos foi lembrada no Colégio Sinodal, com uma cerimônia que reuniu várias gerações de ex-presidentes do Grêmio Estudantil Pastor Rudolfo Saenger (GEPRS). Os convidados foram recebidos com um café da manhã no Auditório Principal, e uma galeria de fotos foi montada para mostrar a linha do tempo de líderes que fizeram uma bela trajetória no Sinodal. Destaque especial ao meu marido, Daniel Daudt Schaefer.
Empresas homenageadas
99 ANOS DE ACIST
Comemorando os 99 anos da Associação Comercial Industrial de Serviços de Tecnologia de São Leopoldo (AcistSL), o espaço Villa Petit ficou lotado de convidados no dia 28 de junho. Diversas empresas marcantes foram homenageadas por sua trajetória. Que venha o centenário!
É TEMPO DE FESTA!
Ela fez uma linda festa de aniversário, para amigos e familiares. Clara Weber comemorou em grande estilo seus 85 anos. Parabéns, sempre linda! A aniversariante, radiante em seu dia
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Pamela Jacobus/Divulgação
Vitor Amoretti/Divulgação
Cangu Estudio/Divulgação
CELEBRAÇÃO HISTÓRICA
DESTAQUE
Taís Maders Trapp (foto), especialista em comunicação com propósito, atua há oito anos na área digital e está se destacando na sua carreira, palestrando para públicos que pretendem se diferenciar nas redes sociais. Recentemente, Taís levou sua palestra Dez recomendações essenciais para se diferenciar no Instagram a um evento realizado em Canoas, e foi um sucesso, com público lotado!
Palestra reuniu público em Canoas
Nos siga no Instagram @magallischaefereventos | www.magallischaefereventos.com
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ILENA MORENA INDICA
Milena Morena | Relações Públicas contato@milenamorena.com.br
A preparação para a tão sonhada festa de 15 começa bem cedo e está repleta de momentos descontraídos e divertidos. Um deles é o ensaio fotográfico, que deve trazer a essência da menina, desde a escolha do look favorito, até os locais prediletos. Confira essas inspirações! Fotos: Gabriel Strack/Divulgação
ANA CAROLINA BITTENCOURT
Pamela Jacobus/Divulgação
Fotos: Richard Vieira/Divulgação
Carismática e talentosa, Ana Carolina selecionou looks que retratam seu estilo. Ela elegeu a cidade de Gramado como cenário, fazendo paradas em diversos pontos atraentes, como o Hotel Ritta Höppner, com ambientes elegantes, arquitetura e decoração de inspiração europeia, bem como ambientes externos arborizados e aconchegantes.
JULIA KLEIN A debutante optou por um único espaço para seu ensaio fotográfico. Priorizando uma arquitetura medieval, composta por um castelo exuberante, além de jardins e parreirais, encantou ainda mais a Cave de Pedra. Ela trouxe elegância com vestidos de princesa, assinados pelo estilista Milton Rodrigues.
Lembre-se! Esse é um momento de curtir cada clique e viver essa experiência incrível de fotografar em ambientes lindos e que estão, de alguma forma, conectados a você!
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“Minha meta é ser feliz, não perfeito.’’
DE A A ZITA
Zita Pereira
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(autor desconhecido)
MEDALHA DE OURO PARA A FEEVALE O cinquentenário da Aspeur Feevale foi grandiosamente comemorado com jantar no salao social, da Sociedade Ginástica. Os 50 anos de história e inovação da Associacão Pró-Ensino Superior e da Universidade Feevale teve como anfitriões o reitor Cleber Prodanov; o presidente da Aspeur, Roberto Cardoso; e o ex-presidente da entidade e integrante da comissão organizadora da festividade alusiva à data, Francisco Sturmer. André Haar foi o mestre de cerimônias da noite. Ninguém mais adequado que ele para fazer as apresentações do currículo da entidade, já que é ex-aluno de graduação e mestrado na instuição. Tal como deveria ser, os expresidentes da Aspeur foram chamados para homenagens e posaram para foto histórica junto ao presidente Roberto Cardoso. Heinz Drews, Alex Jung, Glauco Engel, Renato Kunst, Paulo Kopschina, Francisco Stürmer, Argemi Machado de Oliveira e Luiz Ricardo Bohrer entraram para a galeria de fotos da entidade.
zitapereira@revistaexpansao.com.br
Cleber Prodanov e Claudia Schemes, Dalva e Roberto Cardoso
Ex-presidentes da Aspeur
Francisco Stürmer, Heinz Drews, Roberto Cardoso, Cleber Prodanov e Jacson Drews
Paula e José Carlos Cundari
Maria Bernadete e Luis Ricardo Pessin
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Lasier Martins e Sônia Molon
Issur Koch e Daiane Fritz
Conselheiros da Aspeur
Renato e Corinha Molling
Greice Berlitz e Major Alexandre Sório Nunes
Lucas e Manuela Redecker
Nara e Milton Killing
Kátia e Luciano Orsi
Fátima Daudt e Marcelo Nunes
Andrea e Osvaldo Schmitt
Márcia e Antônio Fagan
Sergio Peteffi e esposa
REVISTA EXPANSÃO / 19 anos Fotos: Divulgação
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TODA PODEROSA
Visionária: Marta sempre à frente do seu tempo
Marta Rossi está entre os nomes que integram a Academia Gramadense de Letras e Artes. Multifacetada, mereceu a honraria por seus relevantes serviços na cidade serrana. O Secretário de Cultura de Gramado, Allan Jonh Lino, fez o convite oficial acompanhado dos escritores Romeo Ernesto Riegel e Iraci Casagrande Koppe. Poderosa, está entre as executivas de renome do setor de Turismo e Eventos no Brasil e América do Sul. Uma das fundadoras da Rossi e Zorzanello Eventos e Empreendimentos e CEO de cases como a Feira Internacional de Turismo de Gramado e da Chocofest, conta com incontáveis premiações, Citada em uma publicação nacional como uma das oito mais importantes personalidades que fizeram história e continuam contribuindo para o mercado no Brasil nos últimos 25 anos, detêm o título de Cidadã Emérta de Gramado.
TUDO QUE RELUZ É OURO Alda Maria e José Menguel Model festejaram suas bodas de ouro junto aos cinco filhos e 9 netos. Amigos e familiares aplaudiram o significativo marco ao lado dos herdeiros do casal, que recebeu os convidados em meio a muita emoção na Tradicional Festas. Para tornar a inesquecível ocasião ainda mais marcante, Padre Barcelos abençoou os 50 anos da feliz união do casal. Felicidade doradoura: casal celebra a união
Rosana e Cláudio Holz
Elaine e Daniel Campos
Ana Moreira e Edésio Fuga
Hilária e Fernando Martini
Celebração histórica O dia 6 de julho foi de muita alegria na Sociedade Ginástica Novo Hamburgo. Celebrando os 125 anos do clube, o Jantar Baile de Aniversário lotou o Salão Social. O cardápio, impecável como sempre, teve assinatura da grife Irius Gastronomia, acompanhado de repertório musical requintado, ao som do piano. A pista de dança ficou cheia, embalada pela animação da banda madrugada adentro. O baile contou ainda com sorteio de um cruzeiro pela costa brasileira. A sortuda da noite foi a associada Fabiane Zotti, que, entusiasmada, recebeu seu prêmio.
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Marcelo e Camila Castilhos
Raul e Débora Cassel
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DE A A ZITA
DE A A ZITA
Dario Ten Cate, Joaquim Freiberger e Jacó Trein
Roberto Zwirtes, Fábio Krindges e Fernando Martell
Fernando Stefani, Rogério Selbach e Juacir Dries
Primeira dama, Cristina e prefeito Albano Kunrath
Todos os homens participantes
Vilmar A. Ritterbuch, Albano Kunrath e Júnior Santos
Ricardo Bagatini, Renato Froener e Odair Seidel
Nélson Martiny, Daniel Zimmer e Gabriel Assmann
Aparício Dorneles, Carlos Berres e Daniel Auler
ATITUDE QUE FAZ BEM Promoção do Gabinete da Primeira-dama de Feliz e da Associação de Voluntários Mais Feliz, a 15ª edição do Homem Feliz na Cozinha reuniu mais de uma centena de comensais, na Sociedade Cultural Esportiva Feliz (Socef). A solidariedade é o grande mote desse encontro, que leva homens que integram a lista de benfeitores da cidade a comandar forno e fogão. Anualmente, eles se desdobram para favorecer os necessitados e montar diferenciado cardápio, para agradar a todos os paladares. A associação de Voluntários ONG Mais Feliz distribui a renda arrecadada aos menos favorecidos. Aplausos à atitude de quem participa e dos cozinheiros que se doam para fazer o bem. A Cooperativa Sicredi, patrocinadora máster, e Prefeitura de Feliz são alguns dos importantes parceiros do grandioso evento. Doar faz bem a quem faz e a quem recebe!
Paulo Soares, Antônio Pedro Schneider e Pedro Vitor Martini
Janos Pinter, Carlos José Cviko e Eduardo Martiny Schneider
Márcio Müller, Cláudio Rodrigo Vieira e Bruno Krumenauer Silva
Luciano Reichert, Junior Freiberger e Marcus Nienow
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Lidiane Bortoli/Divulgação
ENCONTRO DE CASAIS A noite do Dia dos Namorados teve espaço novo para ser comemorado. Com decoração de flores, a Casa Nova Festas e Eventos, recebeu os casais que optaram para brindar a data em lugar diferenciado. Maurício Torino e Tatiane Bauer Torino, os proprietários da Casa Nova, organizaram ocasião com jantar assinado pelo chef Emerson Zanu. Marcos Maestro, vocalista da banda Dama da Noite, mais o DJ Renato Rocha ditaram os ritmos aos pares de apaixonados.
São só sorrisos: Izabela em seu mundo cor de rosa
EM FAMÍLIA Para comemorar seus oito anos, Izabela Lorenzon escolheu a temática LOL Surprise e recebeu seus amigos e familiares em casa. Muito contentes, seus pais Letícia e Evandir Lorenzon e seus irmãos Vitor e Emanuela, elaboraram a decoração para celebrar a infância e mais esse ciclo que se inicia. Que venham mais celebrações como essa!
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DE A A ZITA
EXCLUSIVIDADES DO HAVAÍ O Poke’s, restaurante recém inaugurado em Novo Hamburgo, trouxe a gastronomia havaiana para cá, sendo o primeiro e único da cidade. O jovem Francisco Schmidt, atleta campeão de punhobol, mostrou que não é só bom em campo e demonstra sua ousadia ao deixar esporte e trabalho para trás e investir em seu próprio negócio. O restaurante conta com cardápio de saladas, frutos do mar e outras especialidades. Quem já bateu ponto lá saiu rasgando elogios. Os pais Marco e Ana, sempre participativos, deram a maior força e apoio ao herdeiro nessa nova etapa. E eu, que o conheço desde da barriga da mãe, desejo sucesso em altas doses ao mais novo investidor da cidade, que, literalmente, mostra que a ousadia é a alma do negócio!
O Havaí é aqui: o jovem empresário traz culinária exclusiva a Novo Hamburgo
FESTA PARA UM GRANDE ESPORTISTA O aniversário de Dani Becker reuniu amigos e família, além da esposa, Sissi Lachnit, na sede do tênis, na Sociedade Ginástica, onde não faltaram entusiasmo, marca registrada da turma do punho, e música da boa com grupo de pagode que arrasou, também, no samba. A dupla forma casal perfeito na vida e no esporte. Ambos com vários títulos no punhobol, são grandes parceiros em tudo, dando a certeza que foram feitos um para o outro. Descolados, criaram os três filhos, Dudu, Gui e Nicole no clube, segunda casa deles. Dani agora se divide ente a academia e o centro de treinamento (CT) Sprint de Futevôlei, em quadras de areia de clubes da cidade.
Originalidade: os títulos mundiais emoldurados pela turma do punho
SURPRESA! A linda ortodontista Patrícia Schaeffer fez aniversário e teve festa surpresa organizada pela mãe, Angela, e pela irmã, a endodontista, Bárbara, tão bela quanto ela. A informal comemoração, para poucos, reuniu somente os mais próximos na cobertura da família. Entre os que bateram palmas para Patrícia estavam o namorado, o também dentista Ique Poersch, e o namorado da irmã, Chico Schmidt. A animada noite se estendeu entre brindes com espumante, boa música e muitos assuntos da hora. Neori, paizão atencioso, foi o primeiro a homenagear a aniversariante, mandando flores logo pela manhã, como faz desde sempre com as três mulheres da sua vida.
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NOITE EM CLIMA DE ROMANCE O Rotary Clube de Novo Hamburgo Oeste não deixou passar em branco o Dia dos Namorados. O Baile dos Namorados, animado pela Banda Clave de Prata, reuniu associados na Sociedade Fraternal. O presidente da entidade, Paulo Vianei Kunst e sua diretoria, receberam os casais que foram comemorar a data em grande estilo, onde imperou o amor e a alegria. Noite de felicidade explícita, contou, também, com elogiadíssimo jantar. Prestes a completar seis décadas de fundação, ergueram brindes antecipando as comemorações da grandiosa e significativa data.
Issur Koch, Paulo Kunst e Alceu Marmitt
Íris e Paulo Rodrigues
Mário e Zenaide Konzen
Alceu e Andrea Marmitt, Adriana e Paulo Kunst
Hugo e Maria Irma Springer, Luiz e Lisete Gerhardt, Adolfo e Juliana Klein
Sueli e Germano Becker
FEIJOADA DA AMIZADE A feijoada anual de Ricardo Jung já ganhou fama e reúne amigos que entram a madrugada divididos em grupo, que discutem temas diversos. Luciana Paes, namorada do anfitrião, faz a parte dela recebendo quem vai chegando. Em noite repleta de entusiasmo, o motivo de sempre é o reencontro e manter a amizade em dia. Neste ano, não foi diferente, e todo mundo bateu ponto!
João Veloso e Juliana Flores
Beatriz e Jaimi Passos
Inês e Celso Borelli
Gislene Oliveira e Sérgio Renck
AMOR MAIOR Eu e Felipe ficamos vovôs novamente, só que em dose dupla! Na Austrália, nasceu Lexi, a irmã da Maya, as lindas ruivinhas de cintilantes olhos azuis, são filhas de nossa Bárbara com o australiano Wayne Moltoni. Em terras gaúchas, nasceu a igualmente linda Malu, filha de nossa Marina com Alexandre Abicht. Nossas meninas dos olhos encheram nossos corações de felicidade. A família toda está em festa. E junto com os pais, estamos todos babando pelas três gurias. Netos são amor renovado. Verdadeiras bonecas, elas são as estrelas maiores de nosso universo. Amor sem limites!
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VIPS DA SERRA
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Cássia Schmitt e Liliane Trentin
Liliane Trentin
Liliane Trentin Gastronomia
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Nei Bernardes/Divulgação
Fotos: Sérgio Nogueira/Divulgação
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Gilmar Júnior
A empresária Liliane Trentin, que comanda em Caxias do Sul o Nostra Cucina Ristorante, lançou na tarde do dia 26 de junho, uma marca com foco em eventos sociais e corporativos, a Liliane Trentin Gastronomia. O evento de apresentação ocupou as dependências do espaço administrado por Débora Sant’anna Rosa e Thomas Nikoloff, o Vila Olinda Eventos. O espaço, em Nova Petrópolis, foi escolhido a dedo por conta da paisagem Serrana e por estar localizado entre cidades como Porto Alegre, Gramado e Caxias do Sul. Entre os convidados, que conheceram e provaram as delícias produzidas pela Liliane Trentin Gastronomia, estão promotores de eventos, imprensa e influenciadores. O evento teve a assinatura da RP e Comercial da marca, Cássia Schmitt, e contou com alguns parceiros que ajudaram a abrilhantar a ocasião, como o bar de drinks da CeleBar, a mesa com lascas de chocolate da Karla Fachinelli, a ornamentação floral e o arranjo para a mesa de antepastos com legumes e frutas da Beija Flor Atelier De Flores, algumas peças de decoração da Amora Casa Regalli, o fotógrafo Sérgio Nogueira e a LTM Filmes.
3º Festival Angus Malbec Neto Fagundes; seu empresário, Luciano Gehres; Josiano Schmitt, sócio do restaurante Malbec, e André Zimmer, do Frigorífico Zimmer, durante o lançamento do 3º Festival Angus Malbec, que vai até 25 de agosto, em Gramado.
A quarta edição da Festejar Gramado 2019, realizada de 17 a 19 de maio, foi marcada pela expansão do evento, que além do perfil social diversificou para eventos corporativos e live marketing. A inclusão do Seminário com nomes nacionais do mercado de eventos foi o marco para esse crescimento, pois foram abordados temas fundamentais na construção de eventos de sucesso. Ao todo, foram 12h de conteúdo no seminário, rodada de negócios entre expositores e parceiros, além da feira de negócios. Os expositores apresentaram serviços e produtos em estandes diferenciados, a pista do conhecimento recebeu 10 palestras e workshops e no Multipalco, artistas se apresentaram com músicas do clássico ao popular.
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Tati Noel e Pedro Bertolucci
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Fotos: Sérgio Azevedo/Divulgação
Festejar Gramado 2019
Festejar
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Homero Schuch/Divulgação
GLAMOUR
Lu Larré
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Gabriela Minossi e Leonardo Stenert em clima de romance posaram para o seu ensaio de casamento na cidade de Ivoti.
ehventus@gmail.com
Fernando Maccagnan
Fábio Winter e Lu Freitas/Divulgação
Nei Bernardes/Divulgação
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Alésia Muller e Marlene Hartz na Noite de Queijos e Vinhos em prol do Lar João Bosco. Fábio Winter e Lu Freitas/Divulgação
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Cláudio e Milena Rodrigues em recente evento social na cidade de Novo Hamburgo.
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Hanna Lisa Leffever Ribeiro dos Santos e Mauro Siebeneichler da Silva estão prestes a subir ao altar. O cenário escolhido para o pré-wedding foi a Serra Gaúcha.
Fotos: Sérgio Azevedo/Divulgação
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