MÍDIAS SOCIAIS E CIDADANIA

Page 1

MÍDIAS SOCIAIS E CIDADANIA

SÉRIE OMNI DE BOLSO

E D I T O R A



A

S NOVAS TECNOLOGIAS GARANTEM VIAS DE ACESSO E PERSPECTIVAS ABERTAS PARA O PLENO EXERCÍCIO DE UMA POLÍTICA BEM MAIS CIDADÃ. PARLAMENTARES E COMUNIDADE INTERAGEM VIRTUALMENTE NA ELABORAÇÃO DE PROJETOS E PAUTAS DE REIVINDICAÇÃO.


M ÍDIAS S OCIAIS E C IDADANIA A influência das mídias sociais na construção da cidadania e uso que a Assembleia Legislativa do Estado do Ceará vem fazendo, incluindo parlamentares, políticos e os eleitores. PATROCÍNIO ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO CEARÁ


MÍDIAS SOCIAIS E CIDADANIA

SÉRIE OMNI DE BOLSO

E D I T O R A


© C OPY RI GHT 2 0 1 1-2 0 12 Omni Editora DIREÇÃO EDITORIAL Luís-Sérgio Santos

TEXTOS Luís Antonio Alencar REVISÃO Larissa Sousa CAPA Jon Romano

ISBN 978-85-88661-42-8

000 – Ciência da computação, informação, obras gerais Todos os direitos reservados. Esta edição não pode ser reproduzida por nenhum meio mecânico ou eletrônico, incluindo fotocópia, scanner, duplicação ou distribuição sem autorização escrita do editor. A distribuição desta edição via Internet é de responsabilidade do editor e faz parte do projeto de formação de leitores e difusão da leitura da Omni Editora.

O M N I E D I T O R A Rua Joaquim Sá, 746 FONES (85) 3247.6101 e (85) 3091.3966 CEP 60.130-050 Fortaleza, Ceará, Brasil E-MAIL df@fortalnet.com.br

www.omnieditora.com.br


SUMÁRIO 08 15 19 25 29 37 39 44 52 61 70

POLÍTICA E CIDADANIA EM COMPASSO VIRTUAL A MÍDIA SOCIAL NO PARLAMENTO INTERNET E CIDADANIA ELEITOR, PARCEIRO POLÍTICO NAS MÍDIAS SOCIAIS CRIPTOGRAFIA BASEADA NO CAOS, SEGURANÇA CINTURÃO DIGITAL INTERLIGA O CEARÁ REDES SOCIAIS, UMA REVOLUÇÃO INTERNET VERSUS INDÚSTRIA CULTURAL A INOVAÇÃO REINVENTANDO SISTEMAS GERAÇÃO TWITTER GLOSSÁRIO DAS MÍDIAS SOCIAIS


Cibercultura

POLÍTICA E CIDADANIA EM COMPASSO VIRTUAL

A

S NOVAS TECNOLOGIAS GARANTEM VIAS DE ACESSO E PERSPECTIVAS ABERTAS PARA O PLENO EXERCÍCIO DE UMA POLÍTICA BEM MAIS CIDADÃ. PARLAMENTARES E COMUNIDADE INTERAGEM VIRTUALMENTE NA ELABORAÇÃO DE PROJETOS E PAUTAS DE REIVINDICAÇÃO. A partir do sucesso da estratégia de Barack Obama na sua campanha nas eleições presidenciais norte-americanas de 2008, políticos do mundo inteiro adotaram a Internet como a nova mídia imediata, e também como tribuna virtual. Não é para menos, já que Obama fez farto uso da Web ao utilizar redes sociais como Facebook, Myspace, Youtube, Flickr, AsianAve e Twitter. Estimulados pelo sucesso de seu colega americano, chefes de estado como Sílvio Berlusconi (Itália), Angela Merkel (Alemanha) e Nicolas Sarkozy (França) passaram a adotar a Internet como mídia difusora prioritária de suas plataformas e idéias, até mesmo por conta de sua notória e relevante abrangência e alcance global. A façanha de Barack Obama tanto criou escola,

8


Cibercultura

Tres momentos de Barack Obama usando o Twitter, uma rede social bem popular. Acima, a pågina no Twitter remete para o site de campanha que pede doaçþes (ao lado) e, no detalhe, tenta envolver o eleitor tornando-o militante e doador 9


Cibercultura

como abriu um novo portal para a prática do exercício político virtual. As mídias sociais ganharam relevância com a campanha digital do presidente eleito dos EUA, Barack Obama, por conta de fatores óbvios e determinantes para a sua expressiva vitória nas urnas americanas. Ambos os candidatos, ou seja, Tanto Obama como John McCain tinham contas em diversas mídias sociais. Acontece que a utilização dessas mídias por Obama foi bem mais expressiva. Para começar, Obama contava com 130 mil seguidores no Twitter, número que deve ter aumentado, já que contava com atualizações diárias, e seu perfil no Youtube possuía em torno de 1.800 vídeos postados com 14 milhões de visualizações em apenas um vídeo no Youtube, além de um grupo no Facebook, com 2,3 milhões de membros. Até no Flickr, Obama teve sorte, já que a maioria das fotos de seu perfil não era registrada por profissionais e sim por eleitores voluntários. John McCain por sua vez apresentou um número bem mais pífio de adesões virtuais com menos de cinco mil seguidores no Twitter sem atualizações diárias, pouco mais de 330 vídeos postados no Youtube e ausência de perfis no Facebook e Flickr. E para completar Obama criou uma rede social, no caso a mybarackobama.com, através da qual os eleitores 10


Cibercultura

puderam criar seus próprios blogs para discurso e o envio de recomendações e mini-sites para arrecadações de ações e organização de eventos. Sedimentando a sua base virtual, Obama ainda criou depois de eleito o change.gov, um ambiente onde a comunidade pode propor novas idéias e emitir opiniões sobre os temas dos mais diversos, criando um link virtualmente democrático de participação social pura e simples no governo, uma aproximação Estado e povo sem precedentes na própria história política mundial. Assim, sendo, bingo, está gerada uma nova forma de exercício da cidadania. Vitrine política na Internet. No Brasil já se dispõe de um site, o Politweets, onde se pode ter acesso a dados sobre vários políticos brasileiros, reunindo perfis de representantes públicos, a maioria deles deputados federais, segundo dados mais recentes. Nele além de se disponibilizar uma avaliação pública virtual do homem público, se pode até simular pleitos virtuais, no caso, a twitteleição. O Politweets assinala também o Twitter, microblog que aceita no máximo 140 caracteres, como a ferramenta favorita dos políticos brasileiros, até mesmo pela sua funcionalidade a partir da facilidade de postagens tanto por computador, como através de telefone celular. Enquanto isso, a Câmara dos Deputados lançou sua rede social, o e-democracia, enquanto o Ministério da Cultura lançou a Cultural Digital voltado para uma dis11


Cibercultura

cussão aberta sobre políticas públicas de cultura digital. Como se trata de um expediente usado livremente e sem direcionamento ideológico ou teórico estabelecido, partindo do princípio de que a Internet é um espaço aberto e sem a trava de jurisprudências e legislações localizadas, o exercício da cidadania tem o desempenho garantido em dimensão virtual ampla e aberta, numa web democracia acolhedora de todas as informações, tendências, opiniões e idéias, configurando consequentemente uma espécie de ágora grega informatizada. (A ágora era a praça na Grécia Antiga aonde o cidadão tinha viva voz). A mídia social atua assim com desenvoltura nesse leque de possibilidades e disponibilidades tecnologicamente instrumentalizadas. Afinal, o que é mídia social? Trocado em miúdos, a mídia social pode ser definida como a produção de conteúdos sem monitoração editorial de grandes grupos, de forma descentralizada, portanto, em suma um imenso diálogo partilhado por uma grande diversidade de pessoas, utilizando expedientes e ferramentas de tecnologia online. As mídias sociais apresentam diferentes formatos tais como blogs, mensagens instantâneas, compartilhamento de músicas, e-mails, etc, e diferentemente das mídias tradicionais como televisão, jornais, rádio ou livros, dependem da interação entre pessoas para se concretizar, pura e simplesmente, daí o nome mídias sociais. A partilha de 12


Cibercultura

conteúdos usando a tecnologia como condutor é também outra de suas características básicas. Entre os exemplos de aplicação de mídias sociais destacamos os blogs — publicações editoriais independentes —, Google Groups (redes sociais, referências) Wikipedia (referência), MySpace (rede social), Last.fm (compartilhamento de música e rede social), Youtube (rede social e compartilhamento de vídeo), Second Life(realidade virtual), Facebook (rede social), Flickr (rede social e compartilhamento de fotos), Twitter (rede social e microblogging, Wikis (compartilhamento de conhecimento), entre outros serviços similares. Por outro lado, com o surgimento de novas ferramentas por conta da própria tecnologia virtual, as mídias sociais adquirem amplitude, gerando uma relevante mudança na própria estrutura de poder social, a partir da possibilidade aberta legada ao cidadão comum, de influenciar comunidades e pessoas a partir da geração de novas temáticas e conteúdos, em uma nova e livre performance de cidadania aberta. Assim sendo, as mídias sociais se estabelecem como uma das mais abrangentes formas de mídia surgidas até hoje. Enquanto isso, diversas empresas brasileiras já apostam nas mídias sociais como um importante instrumento de comunicação, relacionamento, vendas e até atendimento de seus clientes. 13


Cibercultura

Exemplos como o atendimento pelo Twitter, que a Sky Brasil faz a seus assinantes, a estratégia de divulgação e relacionamento usada pela Rede Globo, e até a estratégia de aproveitamento de conteúdo de blogueiros por parte da Editora Abril, são claro demonstrativos de que as mídias sociais se tornam gradualmente um dado positivo até mesmo nos esquemas de interação produtiva das grandes empresas e corporações brasileiras. Com isso, já começa a se configurar um mercado novo, já que se estabelece a urgência das empresas contratarem profissionais especialistas em mídia social, uma tendência comportamental e tecnológica que ao que tudo indica, veio para ficar.

14


Cibercultura

A MÍDIA SOCIAL NO PARLAMENTO

A

S NOVAS TECNOLOGIAS GARANTEM VIAS DE ACESSO E PERSPECTIVAS ABERTAS PARA O PLENO EXERCÍCIO DE UMA POLÍTICA BEM MAIS CIDADÃ. PARLAMENTARES E COMUNIDADE INTERAGEM VIRTUALMENTE NA ELABORAÇÃO DE PROJETOS E PAUTAS DE REIVINDICAÇÃO. A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará conta com uma rede de ação interativa com base na Tecnologia da Informação visando gerar todo um painel de transparência e visibilidade no intuito de tornar virtualmente público o trabalho da casa Legislativa. Além das mídias tradicionais a Assembleia tem utilizado com ênfase nas redes sociais, principalmente o Twitter. Agência AL, a TV Assembleia e a FM Assembleia atuam também virtualmente ao darem acesso a toda a comunidade de internautas para interação através do Twitter e do Facebook. Versões das mídias impressas como a Revista Plenário e o Jornal AL se encontram disponíveis na web, além do acesso ao áudio de pronunciamentos de parlamentares disponíveis à toda a comunidade, inclusive radialistas que quiserem reproduzir as falas dos deputa15


Cibercultura

dos em seus programas radiofônicos. A TV Assembleia lança também a sua enquete virtual sobre temas de maior relevância para a comunidade com significativa participação popular como um oportuno aferidor de opinião pública de modo a servir de referência popular na desenvoltura do desempenho legislativo. A chefe da Agência de Notícias da Assembleia Legislativa jornalista Clara Guimarães, menciona o boletim eletrônico e o mailing da casa como outras vias virtuais de modo a compor todo o painel de mídia social da AL, garantindo que a participação de internautas devidamente cadastrados para receberem informações com periodicidade até de tempo real dos eventos da AL tenda a crescer cada vez mais. O cidadão pode cadastrar-se na agência de notícias e ficar também tendo acesso à dados informativos no mesmo compasso e agilidade, recurso disponibilizado, é claro, para outras unidades de mídia, por exemplo. Outra via de acesso possibilita acompanhar através de mensagens no celular toda a programação de eventos da AL, outra vertente de mídia social a possibilitar mais uma interação popular nos acontecimentos e fatos do cotidiano do palácio legislativo. O sistema wireless de acesso virtual interno da AL, atende por sua vez a três categorias: visitantes, autoridades e parlamentares, visando controlar o acesso à Internet 16


Cibercultura

no recesso da AL, no sentido até mesmo de evitar navegações e incursões em sites indevidos. A grande novidade por outro lado é a implantação do sistema digital na TV Assembleia a partir de 2012, com óbvia garantia de qualidade e-upgrade nas suas transmissões televisivas. Trata-se de mais um demonstrativo de que a Assembleia Legislativa do Estado do Ceará se mostra disposta a intensificar esse link cada vez mais preciso entre a ação política e a práxis legisladora e as novas e emergentes tecnologias, compondo assim o quadro mais ampliado das mídias sociais crescentemente atuantes nesse segmento específico. A editora de Mídias Sociais da Assembleia, Juliana Sampaio, por sua vez explica que as notícias da Agência AL, os projetos que tramitam em plenário e os eventos da Casa, poderão ser acompanhados em tempo real pelo usuário que seguir o endereço. “ A página garante a velocidade das nossas notícias e a transparência do Poder. Qualquer pessoa esteja onde estiver, pode participar de manifestações, enviar sugestões e críticas”, afirma a jornalista. Segundo ainda a comunicadora, o número de seguidores do Twitter da Assembleia chega a 3.963, enquanto o Facebook reúne 402 seguidores, uma comunidade virtual que inclui políticos, jornalistas e o público em geral, geralmente apresentando sugestões passíveis de se tornarem temas em pauta no plenário e até futuros 17


Cibercultura

projetos de lei. Essa busca de uma proximidade com o cidadão fez com que a Assembleia começasse a abrir canais de redes sociais em 2009, quando foi criado o @Assembleia CE no Twitter. Só no microblog a Assembleia possui 2.893 seguidores, o que demonstra que a aproximação entre o Poder Legislativo Cearense e a comunidade se acentua e adquire cada vez mais desenvoltura e transparência através das redes sociais. Além disso as principais ações do legislativo estadual podem ser acompanhadas pelo Facebook, na “fan page” oficial Assembleia Legislativa do Ceará. Para concluir, uma frase do gestor de Comunicação Social da Casa, jornalista Hermann Hesse, que define a postura da Assembleia Legislativa em relação à utilização racional e direcionada da mídia Social: “Acredito que temos que ir onde o público está.”

18


Cibercultura

INTERNET E CIDADANIA

P

ARLAMENTARES DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO CEARÁ FALAM DA IMPORTÂNCIA DA INTERNET E DAS REDES SOCIAIS PARA INFORMAR, INTERAGIR E RECEBER DEMANDAS DA POPULAÇÃO FERNANDO HUGO. O Deputado Estadual Fernando Hugo declara encontrar nas ferramentas virtuais um amplo suporte para o seu desempenho como parlamentar. Segundo as suas próprias palavras, e na eloquência que lhe é peculiar: “A vida moderna atinge o seu degrau superior, fazendo com que um embricamento instantâneo una pela preciosidade da informação os povos, bem como os continentes. A vida política ultramoderna tem no toque genialesco da informática a peculiaridade de transportar idéias, fatos e ações no imediatismo do pensamento, universalizando desde a câmara parlamentar mais humilde até as hostes congressionais mais imponentes. Isto propicia percucientemente o entendimento popular tão indispensável à boa cidadania, propiciando a todos que têm acesso à pérola da modernidade que é a informática, conhecimento, debates, propostas e reivindicações instantâneas aos representantes dos poderes.” Utilizando com

19


Cibercultura

mais assiduidade as ferramentas do Facebook e Twitter, Fernando Hugo enfatiza que “é incocebível se falar em política nesse início do século 21, sem a utilização da mais audaciosa forma de comunicação até hoje existente.

MAÍLSON CRUZ. O deputado estadual Maílson Cruz, do Partido Republicano Brasileiro, é um amplo usuário do Twitter e do Facebook, e prioriza o uso da Internet como um fórum virtual de intercâmbio de idéias e revalidação dos preceitos democráticos. Tendo criado um grupo virtual de diálogo e interação com a comunidade, acolhendo também críticas e sugestões, o parlamentar criou o projeto Cidade Virtual nos municípios cearenses de Tauá e Limoeiro do Norte, que ganhou inclusive o Prêmio Idéias Inovadoras do Sebrae. Apesar de considerar a Internet, uma mídia ainda segmentada, Maílson Cruz acredita e aposta na eficácia de seu desempenho como ferramenta de interação social e política, bem como um plano aberto de exercício democrático da cidadania e da ação política como um todo, um novo polo de integração entre o parlamentar e a comunidade. Quanto ao seu Projeto Cidade Digital, ele está propiciando o acesso à Internet às cidades as quais abrange, dentro da filosofia do Projeto Cinturão Digital do Governo do Estado do Ceará, que visa informatizar com custos reduzidos 86% da população urbana do Ceará com Internet banda larga. 20


Cibercultura

Quanto ao Cidade Digital, foi criada inclusive uma Praça Virtual para moradores de Limoeiro do Norte interagirem como nas velhas praças interioranas.

HEITOR FÉRRER. O deputado estadual Heitor Férrer, do PDT, se considera um dos grandes entusiastas da Internet na Assembleia Legislativa, sendo até enfático ao afirmar que “a democracia agradece a essa nova ferramenta que abre um espaço valioso para a participação popular, se constituindo assim uma tribuna virtual aberta, com níveis de divulgação, transparência e rapidez da maior expressividade. Trata-se de um mecanismo extraordinariamente barato e transparente, e utilizo como um meio privilegiado de divulgação dos meus propósitos.” Heitor Férrer manifesta uma predileção especial pelo Twitter e pelo Facebook e enfatiza que as mídias sociais criam um espaço de atuação e transcendência parlamentar para muito além dos limites do próprio plenário legislativo estadual.

PAULO DUARTE. O deputado estadual Paulo Duarte, da sigla Democratas, assevera que a Internet “democratizou a democracia” a partir da abertura da participação popular, criando assim um novo polo virtual de exercício da própria cidadania. Para o parlamentar, trata-se de uma ferramenta indispensável que possibilita à comunidade 21


Cibercultura

tanto um acompanhamento cotidiano de toda a atividade do representante público como uma interação dessa mesma comunidade com o parlamentar. Utilizando preferencialmente, o Twitter e o Facebook, Paulo Duarte na Internet como uma transcendência os próprios limites da Casa legislativa, democratizando o acesso do eleitor ao homem público, e vice-versa.

FERREIRA ARAGÃO. O deputado estadual Ferreira Aragão, também apresentador televisivo do Programa Comando 22, na TV Diário, além de um recordista em audiência e produção legislativa, garante utilizar o Facebook como mídia social favorita, deixando claro que a Internet é uma ferramenta altamente importante para a comunicação e para o exercício pleno da cidadania, além de ser um canal da maior valia no que se refere ao propiciamento da participação popular. Integrado à comunidade até mesmo por conta de sua atuação como parlamentar e como comunicador, Ferreira Aragão se posiciona nitidamente favorável à utilização do espaço virtual como desenvoltura plena da cidadania como conceito e ação.

HERMÍNIO RESENDE. O deputado estadual pelo PSL, Hermínio Resende utiliza o Facebook e o Twitter como ferramentas prediletas na qual, segundo ele, se instrumentaliza todo tipo de participação popular através desse 22


Cibercultura

tipo de interação aberta, que o leva a concluir que a Internet se configura como um equipamento relevante para a consolidação da democracia pura e simples. Resende ressalta ainda a transparência do poder legislativo, tanto no espaço virtual como também em outras mídias.

CARLOMANO MARQUES. O deputado estadual Carlomano Marques assinala o exemplo da revolução do mundo árabe, a Primavera Árabe, para ilustrar as importância interativa da Internet como expediente de interação social. Segundo ele, trata-se de um autêntico observatório eletrônico do que acontece dentro da própria Assembleia Legislativa, a partir do princípio de que cada frase, ou afirmação, por parte de um parlamentar pode suscitar toda uma onda de comentários virtuais, o que confere à mídia social todo um papel de consolidação da própria democracia em sua essência maior. Carlomano Marques, que prefere ferramentas de pesquisa como Google, Skype e Hotmail assinala a criação do Projeto Cinturão Digital, por parte do Governo do Estado do Ceará, que através de 260km de cabos de fibra ótica, pretende interligar virtualmente 92 municípios cearenses, beneficiando 86% da população urbana do Ceará.

HERMANN HESSE. O jornalista Hermann Hesse, coordenador de Comunicação Social da Assembleia Legislati23


Cibercultura

va do Estado do Ceará assinala que a utilização da mídia social confere uma maior transparência às ações do poder legislativo. Hermann Hesse adianta ainda que a comunicação do poder legislativo atua como uma resposta articulada à grande mídia que trata a informação do poder legislativo com desdém, enquanto que o setor de comunicação da Assembleia Legislativa do Ceará, por exemplo, procura atingir um público cada vez maior, utilizando as ferramentas com a maior capilaridade possível, haja vista o fato do Twitter da Assembleia Legislativa contar com quase quatro mil seguidores. O jornalista ressalta também toda a interrelação entre as várias modalidades de ferramentas aplicadas no complexo midiático da casa legislativa, principalmente no sentido de tornar pública a ação dos 46 parlamentares, além de atrair o internauta para a mídia convencional, servindo assim de suporte para essas mesmas mídias, quais sejam, o rádio, a TV, etc.

24


Cibercultura

ELEITOR, PARCEIRO POLÍTICO NAS MÍDIAS SOCIAIS

C

OM A PRESENÇA DAS MÍDIAS SOCIAIS NO COTIDIANO DO CIDADÃO, O ELEITOR SE TORNA ASSIM UM NOVO E PARTICIPATIVO AGENTE NO PROCESSO POLÍTICO-ELEITORAL. COMEÇA PELO NIVELAMENTO DO POLÍTICO OU CANDIDATO COM O ELEITOR, SEM NENHUM DISTANCIAMENTO ATRAVÉS DA INTIMIDADE VIRTUAL DE UM TWITTER OU UM FACEBOOK. Por conta dessa ferramentas o corpo a corpo político transcende o período eleitoral e continua no campo virtual, a nível de um clima de monitoramento e cobrança, de modo que o homem comum se nivela com o candidato ou político eleito no processo de participação social. Assim sendo, o diálogo e a transparência permanecem, no que as mídias sociais mudaram o jogo político tradicional. Assim sendo, o monitoramento de fatos recorrentes como desvio de conduta, desrespeito à coisa pública e promessas não cumpridas e outras derrapagens éticas, facilitam todo um trabalho de rastreamento, colaboração, registro, réplica, e classificação por parte do cidadão comum que faz das mídias sociais um observa-

25


Cibercultura

tório constante de modo a detectar possíveis turbulências ou atalhos comportamentais antes raramente detectáveis. Quem julga contudo que a utilização de redes sociais conduz a um sucesso garantido nas urnas, está apenas abordando um lado da questão. De acordo com a revista Veja, o presidente da Agência de Publicidade e Marketing Político Propeg, Fernando Barros adverte que”será preciso montar estratégias criativas, inéditas, e que trabalhem a customização das mensagens para grupos específicos, deixando de lado os boletins generalistas.” Segundo ainda a publicação, outra especialista em marketing político a Consultora Gaudência Torquato, afirma que as redes sociais podem modificar a cultura de participação do povo brasileiro no processo político em geral. “Nunca se viu tanta propagação de mensagens de interesse político na internet: se acontece um escândalo, uma votação polêmica em Brasília, imediatamente as pessoas começam a se manifestar nos blogs.” Ao que parece, uma das ferramentas preferida pelos políticos brasileiros é o Twitter, um microblog que aceita textos de no máximo 140 caracteres, muito popularizado pela facilidade de postagem de mensagens a partir do computador ou celular. Voltando ainda a Fernando Barros na mesma matéria, ele menciona o processo de humanização do candidato nas eleições legislativas de Angola em 2008, quando 26


Cibercultura

o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) obteve 80%. Lá a estratégia desenvolvida pelo publicitário foi justamente aproximar o político do eleitorado. “Quando um político comenta em uma rede social a música que está ouvindo, ele humaniza a sua figura e se aproxima do eleitor. É impressionante como funcionou: o resultado foi muito superior ao esperado”, comentou Barros. É muito simples: as regras do novo jogo político, tendo como cenário a Internet, prescrevem uma identificação do candidato com seu eleitorado, a receita básica sendo fazer com que esse mesmo candidato se mostre como “um de nós”, uma pessoa com sentimentos e preferências comuns ao seu eleitorado, em suma, mostrá-lo como “gente da gente.” É como se um parente, um vizinho ou amigo íntimo se candidatasse a um cargo eletivo. As redes sociais bem utilizadas facilitam esse processo salutar de aproximação e identificação, já que o universo virtual se configura com uma imensa praça pública onde todos os cidadãos do mundo convivem democraticamente, inclusive candidatos e eleitores. Segundo um novo estudo do Ibope Nielsen Online, divulgado em setembro de 2011, o Brasil conta com 46,3 milhões de usuários tanto em casa como no trabalho, ficando no terceiro lugar do ranking mundial de 2011. As assessorias especializadas em mídias sociais por sua vez, estão na agenda de contratações de parlamentares, crian27


Cibercultura

do assim uma nova categoria de comunicadores presentes nas dependências do Congresso Nacional. O site virtual Midiatismo, por sua vez, fez a alusão a uma pesquisa política coordenada por Alexandre Secco, jornalista e diretor da agência Medialogue Digital, que levantou mais de 70 mil dados entre 27 de junho e 09 de setembro de 2011, criando assim um quadro de avaliação sobre como os políticos federais se relacionam com as redes sociais. De acordo com Secco, a pesquisa detectou no ar sites desatualizados e com problemas de funcionalidade, políticos que ignoram e-mails e que desprezam ferramentas de interação com os eleitores como enquetes, constatando que muitos não divulgam sequer agendas e compromissos. A inabilidade por parte de políticos no trato com internautas levam a falhas elementares visíveis como excesso de autopropaganda, falta de interatividade, não atualização de dados, foco em apenas um tema, e até o fato de ignorar críticas e não esclarecer dúvidas. Resumindo, a mídia social para certos políticos deveria migrar para o modelo de mais um marketing político, para uma ferramenta com prevalência da cidadania e da transparência e o diálogo aberto e democrático entre o cidadão e seus representantes junto ao poder público.

28


Cibercultura

CRIPTOGRAFIA BASEADA NO CAOS, SEGURANÇA

M

ÍDIAS SOCIAIS E CIDADANIA — O USO DA INTERNET COMO MEIO DE RELACIONAMENTO, INFORMAÇÃO E POLITIZAÇÃO ESBARRAM NUM PROBLEMA, A AMEAÇA DE HACKERS. UM NOVO SISTEMA DE CRIPTOGRAFIA BASEADO NA TEORIA DO CAOS PODE SER A SOLUÇÃO Uma equipe de pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da Universidade de São Paulo trabalha no desenvolvimento e aprimoramento de um novo sistema de criptografia (codificação de dados), baseado na teoria do caos. A técnica é mais eficiente que os métodos convencionais e pode oferecer maior segurança a transações financeiras online, por exemplo. O método também apresenta a vantagem de operar em alta velocidade até mesmo em aparelhos que têm hardwares limitados e pouca capacidade de processamento. Uma equipe de pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP trabalha no desenvolvimento e aprimoramento de um novo sistema de criptografia (codificação de dados), baseado na teoria do caos. A técnica é mais eficiente que os métodos convencionais 29


Cibercultura

e pode oferecer maior segurança a transações financeiras online, por exemplo. O método também apresenta a vantagem de operar em alta velocidade até mesmo em aparelhos que têm hardwares limitados e pouca capacidade de processamento. A base do sistema é a metodologia dos autômatos celulares, proposta pelo matemático inglês Alan Turing (1912-1954), utilizada na geração de números aleatórios, desenvolvida por Stephen Wolfram (1959), cientista inglês. O processo tem inúmeras aplicações na ciência, desde soluções para experimentos em Física até a segurança tecnológica — a criptografia. A proposta da pesquisa do IFSC é uma nova utilização dos autômatos celulares, que serviriam para gerar números pseudo-aleatórios muito fortes e, assim, uma criptografia forte. A vantagem deste sistema de criptografia é a velocidade em que opera, além da facilidade de ser implementado em telefones celulares ou equipamentos que não possuem hardware de grande capacidade. “Nós temos um sistema que pode ser implementado por hardware porque não é um algoritmo pesado”, explica Odemir Bruno, docente do Grupo de Computação Interdisciplinar do IFSC e responsável pelo desenvolvimento do projeto. O método desenvolvido pela equipe do IFSC é uma maneira potencial de tornar ilegível essencialmente qualquer tipo de dados na computação, como fotografias, filmes, textos, disco rígido (HD), 30


Cibercultura

entre outros. De acordo com o pesquisador, para decodificar a mensagem gerada pelo dispositivo, seria necessário utilizar um sistema caótico idêntico àquele do qual o dispositivo se utilizou para codificá-la em primeiro lugar. “A chance deste sistema ser quebrado é infinitamente menor do que a chance de quebrar senhas convencionais utilizadas hoje em dia na Internet, porque o número de combinações utilizadas para gerar aquele padrão específico de codificação é muito maior do que as combinações possíveis nos métodos atuais, que são baseados em aritmética e em uma matemática mais básica”, comenta. Muitos pesquisadores da área afirmam que, ao enviar uma mensagem sobreposta por um sinal caótico e por ele criptografada, a codificação é aleatória e essencialmente impossível de ser diferenciada da aleatoriedade natural.

USO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO, ESSENCIAL PARA EMPRESAS A engenheira Kumiko Oshio Kissimoto estudou em seu mestrado, na Escola Politécnica (Poli) da USP, a influência que a Tecnologia da Informação (TI) tem na estratégia de personalização das empresas e concluiu que ela é essencial para quem busca aprimorar os seus negócios. A personalização de produtos é uma estratégia que visa a fabricação de bens em que algumas características 31


Cibercultura

são definidas pelo próprio cliente. Por meio da interação que existe entre o cliente e a empresa, tanto o produto como a experiência que o consumidor tem no momento da compra são construídos. O estudo, intitulado A influência da tecnologia da informação na estratégia de personalização nas empresas brasileiras, foi orientado por Fernando José Barbin Laurindo e constatou que empresas que desejam trabalhar com personalização devem considerar como ponto de partida as necessidades dos clientes e não mais as de seu próprio processo ou de seus produtos. Kumiko utilizou três empresas como estudo de caso e pôde estabelecer algumas relações interessantes a respeito do tema. Por exemplo, a TI melhora a eficiência da infraestrutura da empresa no setor que dialoga com o público (o chamado “front-office”). Esta interface deve ser bem desenvolvida, pois é por meio dela que as necessidades e preferências dos consumidores são captadas e transferidas como atributos dos produtos ou serviços oferecidos. A engenheira também observou a necessidade de um alinhamento estratégico entre as áreas de negócios e de tecnologia da informação. Este processo pode ocorrer informalmente pois deste modo, sem burocracias, fica mais fácil acompanhar o ritmo dos clientes. “Os modelos teóricos que regem o alinhamento estratégico ainda são válidos, mas a forma de analisar mudou por 32


Cibercultura

causa da Internet, que alterou a lógica de tudo”, comenta a pesquisadora. Nas três empresas pesquisadas, este alinhamento estava presente, e um ponto observado em todas elas foi a proximidade existente entre os principais executivos de negócios com os executivos de TI. Kumiko ainda destaca que o tipo de indústria influencia no sucesso da questão da personalização. Uma indústria automobilística, por exemplo, não tem muitos caminhos para personalizar um produto. As corporações estudadas pela pesquisadora incluíam uma loja de artigos esportivos e uma loja virtual de produtos diversos. A loja de artigos esportivos trabalhou com a experiência que o consumidor tem com o produto, já que não era possível customizá-los. Deste modo, a loja construía ofertas diferentes para cada cliente. Já a loja de produtos diversos, desde a sua concepção, foi estruturada para trabalhar somente em ambiente virtual, personalizando os produtos comercializados. Além de oferecer a personalização, a empresa incentiva a colaboração, ou seja, os próprios consumidores criam os designs e layouts dos produtos comercializados. “Essa é uma estratégia que aumenta a fidelidade do público, o alcance da marca e abaixa o custo de produção”, completa Kumiko. A engenheira observou que a virtualidade é uma estratégia muito importante na personalização, mas que 33


Cibercultura

precisa de três pré-requisitos funcionando em conjunto para dar certo: os processos de relacionamento com o cliente tem de estar maduros, a captação do conhecimento, sua disseminação e internalização têm que estar bem desenvolvidos, e é necessário saber transformá-los em potencial competitivo, trabalhando com o conhecimento adquirido. Segundo ela, quanto mais trabalhados estes aspectos, maior a capacidade de personalização destas empresas. A pesquisadora destaca a internalização do conhecimento como um desafio para as empresas no que diz respeito à personalização: “Elas conseguem identificar os seus problemas e as mudanças desejadas pelos consumidores, mas ainda não conseguem internalizar este conhecimento de forma sistemática”.

REFINAMENTO DA TEORIA Kumiko acredita que sua pesquisa refina a pesquisa teórica na área, já que grande parte dela vem da década de 1990. Desde lá, as tecnologias se desenvolveram com velocidade e é necessário refletir como estes modelos vão se refletir no modelo de negócios atual. A pesquisadora também diz que novas ferramentas, como as mídias sociais, vêm influenciando a personalização de produtos. Tais ferramentas não foram o foco de seu trabalho de mestrado, mas a engenheira os incluiu no 34


Cibercultura

seu estudo de doutorado, em curso.

SEGURANÇA O principal benefício deste desenvolvimento é a promessa de maior segurança em transações bancárias e comércio via Internet. Um projeto semelhante divulgado em um artigo científico de 2010, escrito por Marina Jeaneth Machicao e Anderson Marco, em parceria com o professor Odemir, já associava de maneira inovadora o método tradicional de criptografia à teoria do caos. “De alguma forma, vemos uma contínua batalha entre pessoas que geram criptografia e pessoas que quebram essa criptografia, por isso precisamos estar à frente no desenvolvimento constante de novos métodos”, explica Odemir Bruno. Para demonstrar a presença da teoria do caos, ou ciência não-linear no cotidiano, o professor do IFSC aponta que a própria matureza pode ser modelada como um autômato celular, pois o funcionamento dos seres vivos se dá por meio da interação de células que podem ser vistas como pessoas que, quando em conjunto, dão origem a uma folha ou a algum órgão do corpo humano, por exemplo. Os fractais, objetos geométricos que podem ser divididos em partes idênticas ao objeto original, compõem uma parte importante na investigação dos pesquisadores e podem ser encontrados na natureza de 35


Cibercultura

diversas formas, desde a forma de uma couve-flor até a cauda de um pavão, e mesmo na costa fragmentada de países como a Inglaterra. “A natureza se utiliza de métodos matemáticos que os cientistas só conseguiram desenvolver na década de 70 do século passado”, conta Odemir. “Muitos fenômenos naturais encontram uma explicação mais exata na teoria do caos, desde o funcionamento dos seres vivos até a maneira com que a natureza gera certos fenômenos aleatórios”. No IFSC, os pesquisadores utilizam essa teoria para desenvolver um software para reconhecimento de plantas, e no caso dos fenômenos aleatórios, para criar um sistema inovador de codificação de dados.

36


Cibercultura

CINTURÃO DIGITAL INTERLIGA O CEARÁ

3

.020 KM DE FIBRA ÓTICA, EM UM INVESTIMENTO DE EM TORNO DE R$ 65 MILHÕES, O PROGRAMA CINTURÃO DIGITAL DO CEARÁ DISPONIBILIZA INTERNET EM BANDA LARGA PARA PREFEITURAS E ÓRGÃOS PÚBLICOS DO INTERIOR DO CEARÁ, COM A VANTAGEM ADICIONAL DE OFERECER UMA MELHORIA DE INFRAESTRUTURA À PRÓPRIA COMUNIDADE EM GERAL. Com previsão de conexão para 92 cidades, o Cinturão Digital do Ceará estabeleceu uma conexão inicial instalada na sede de 53 municípios, o que corresponde a 85% da população urbana do estado. A partir da economia resultante da digitalização, o governo prevê a recuperação do investimento em dois anos. O programa não estabelece contudo a abertura do sinal para a população, mas se propõe a baratear o custo de sua utilização na iniciativa privada, de modo que a promessa do governo é justamente oferecer 30 megabytes por segundo ao mercado através de uma empresa pública a ser criada. O programa Cinturão Digital do Ceará contempla todas as escolas públicas estaduais com acesso à banda larga. A Empresa de Tecnologia de Infor37


Cibercultura

mação do Ceará (ETICE) recebeu em agosto de 2011, licença do Serviço de Comunicação Multimídia (SCM) para operar o Cinturão Digital no Ceará. 38


Cibercultura

REDES SOCIAIS, UMA REVOLUÇÃO

E

LAS ESTÃO NA INTERNET E FAZEM PARTE DE NOSSSAS VIDAS. AS REDES SOCIAIS, TRANSFORMARAM CADA USUÁRIO EM EMISSOR DE INFORMAÇÃO, OPINIÃO E, ÀS VEZES DE BOATO E DE PRECONCEITOS. NO GERAL, AS REDES SOCIAIS SÃO UM FENÔMENO POSITIVO AO CONFERIR CIDADANIA NA BOCA DO CAIXA A CADA UM DOS SEUS USUÁRIOS. FACEBOOK SE CONSOLIDA COMO UMA REDE MAIS ECLÉTICA E PODEROSA. TWITTER SE CONSOLIDA COMO MICROBLOG E O YOUTUBE, COMO UMA GRANDE BABÉLIA DE SONS E IMAGENS. Uma rede social é uma estrutura social composta por pessoas ou organizações, conectadas por um ou vários tipos de relações, que partilham valores e objetivos comuns. Uma das características fundamentais na definição das redes é a sua abertura e porosidade, possibilitando relacionamentos horizontais e não hierárquicos entre os participantes. “Redes não são, portanto, apenas uma outra forma de estrutura, mas quase uma não-estrutura, no sentido de que parte de sua força está na habilidade de

39


Cibercultura

se fazer e desfazer rapidamente”, defendem Fábio Duarte e Klaus Frei no ensaio Redes Urbanas. Muito embora um dos princípios da rede seja sua abertura e capilaridade, por ser uma ligação social, a conexão fundamental entre as pessoas se dá através da identidade. “Os limites das redes não são limites de separação, mas limites de identidade”, argumenta Fritjof Capra no ensaio Vivendo Redes. “Não é um limite físico, mas um limite de expectativas, de confiança e lealdade, o qual é permanentemente mantido e renegociado pela rede de comunicações”. As redes sociais online podem operar em diferentes níveis, como, por exemplo, redes de relacionamentos — facebook, orkut, myspace, twitter —, redes profissionais — LinkedIn— , redes comunitárias — redes sociais em bairros ou cidades —, redes políticas, dentre outras, e permitem analisar a forma como as organizações desenvolvem a sua actividade, como os indivíduos alcançam os seus objetivos ou medem o capital social — o valor que os indivíduos obtêm da rede social. As redes sociais tem adquirido importância crescente na sociedade moderna. São caracterizadas primariamente pela autogeração de seu desenho, pela sua horizontalidade e sua descentralização. Um ponto em comum dentre os diversos tipos de rede social é o compartilhamento de informações, conhecimentos, interesses e esforços em busca de objetivos

40


Cibercultura

comuns. A intensificação da formação das redes sociais, nesse sentido, reflete um processo de fortalecimento da Sociedade Civil, em um contexto de maior participação democrática e mobilização social.

FORMAS DE REDES SOCIAIS As redes sociais costumam reunir uma motivação comum, porém podem se manifestar de diferentes formas. As principais são: redes comunitárias, estabelecidas em bairros ou cidades, em geral tendo a finalidade de reunir os interesses comuns dos habitantes, melhorar a situação do local ou prover outros benefícios. Redes profissionais, prática conhecida como networking, tal como o linkedin, que procura fortalecer a rede de contatos de um indivíduo, visando futuros ganhos pessoais ou profissionais. Redes sociais online, tais como Facebook, Orkut, Myspace, Twitter, que são um serviço online, plataforma ou site que foca em construir e refletir redes sociais ou relações sociais entre pessoas, que, por exemplo, compartilham interesses ou atividades.

O FUTURO. Por Bruce Sterling, escritor, orador, designer e futurista Steve Jobs nunca foi exatamente um futurista. Eu sou um futurista, porque os futuristas têm público. Jobs 41


Cibercultura

teve usuários. Se ele tivesse morrido de câncer há 70 anos, a história o teria categorizado como Nikola Tesla o foi como o Thomas Edison de Bill Gates. O cara era um excêntrico, um vegetariano hippie com a cabeça embalada pelo ácido, um maluco do estilo Tesla salvo de ser considerado ruim para os negócios pelo próprio cargo. Jobs era por demais irascível, judicioso e competitivo para ser um futurista. Os futuristas são indivíduos que enxergam longe e cosmopolitas ao ponto de se tornarem amorais. Elas deixam as coisas pequenas ficarem de lado, porque a própria história deixa as coisas pequenas de lado. Steve Jobs nunca deixou nada de lado. Ele leu o livro “1984” de George Orwell, e designou um assessor da Superbowl que berrava que o 1984 de Orwell nunca aconteceria, justo porque, ele, Steve Jobs, havia decidido de outra maneira. Seu senso de planejamento o tornou diferente depois que ele largou a universidade, viajou para a Índia e deu uma boa verificada em um certo tipo de espiritualidade instantânea. Ele renunciou aos bens materiais e contraiu escabiose e desenteria. Jos nunca falou muito acerca de suas lições aprendidas durante a sua viagem à Índia, o que me leva a pensar que devem ter sido cruciais para ele. Com sua astuta ênfase ao utilitário, ele tornou minha vida mais fácil subvertendo tudo na qual ela se centralizava: manuscritos datilografados, cartas ponderadamente 42


Cibercultura

escritas, música em discos de vinil obscuros e difíceis de encontrar, longas e caras conversas ao telefone e cenas regionais intensamente criativas. Ele evaporou tudo, projetando-as em um avatar iCloud do tamanho da palma da mão. Hoje eu migro entre cidades em dois continentes, tirando a parafernália de Jobs dos meus bolsos dúzias de vezes durante o dia. Pensar diferente significa viver diferente, apesar de que o termo diferente não vincula necessariamente ao fato de ser melhor. Assim sendo, não vai demorar até que cada buginganga polida de Jobs seja sucateada ou reciclada. Isso contudo não irá mudar o seu legado: um instrumento de diferença.

43


Cibercultura

INTERNET VER INDÚSTRIA CU

O

que Gutenberg te tes? Bem, tudo, o atual embate entr ícones e regras do tural, fica a indaga ria-se vivendo uma encruz de procedimentos da ordem conta da diluição das norm cional dos bens culturais. 44


Cibercultura

VERSUS CULTURAL

rg teria a ver com Bill Ga-

do, ou quase tudo. Com o entre a mídia virtual e os as do jogo da indústria culdagação a que ponto estaruzilhada de transposição rdem capitalista, justo por normas de consumo tradiais. 45


Cibercultura

A gratuidade e o acesso livre de obras musicais, literárias e imagísticas ofertados pela Internet ingressam no debate que posiciona o comprometimento da auto-sustentabilidade da indústria cultural em face da abertura de acesso aos bens culturais proporcionada pela rede virtual e suas vias de compartilhamento. Voltando à pergunta inicial sobre Gutenberg e Bill Gates, se conduz à resposta de ambos terem vivido em momentos históricos similares e de transição. Com a invenção da imprensa, Gutemberg, abriu, na Alemanha do século XV, uma via de acesso ao conhecimento adstrita anteriormente ao âmbito do binômio Igreja- Estado, cujo programa ideológico congelava o conhecimento na curralização do dogmatismo. O próprio regime feudal com seus desdobramentos mesmo estertorais passou a ter seus dias contados com a possibilidade ampla de acesso ao conhecimento propiciada pela invenção da imprensa. Com a Internet as regras do jogo do consumo de massa passam a sofrer uma reciclagem, na medida em que os limites financeiros da informação simplesmente deixam de existir, para dar lugar uma deselitização do conhecimento e do acesso pura e simples às criações artísticas. À nível de ensejo a uma conscientização social mais ampla e crescente, foi uma mudança mais do que oportuna, agora no que se refere à sustentabilidade da própria 46


Cibercultura

indústria do conhecimento e da arte, as ferramentas virtuais criaram uma lacuna e uma indagação- Qual será o próximo passo?

CAPITALISMO SE RECICLA Para o jornalista Luís Sérgio Santos, o sistema capitalista se reinventa, de modo que todo o dinheiro que deveria ir para gravadoras, editoras e similares encontrará outros destinos, seguindo a própria lógica do capitalismo em si, onde nada se perde, tudo se fatura. Já o radialista Ronaldo César, coordenador da Rádio FM Assembléia, de Fortaleza, acredita que a grande saída para o mercado fonográfico seria a gravadora vender antecipadamente os fonogramas para uma comunidade virtual qualquer que viabilizaria o produto virtualmente como bem lhe aprouvesse. Acontece que os dados não são bem animadores, com grandes nomes da música em geral, recuando diante de grandes projetos fonográficos, para produções menos dispendiosas do registro de seu trabalho, o que coloca instâncias mercadológicas prioritárias em relação à própria qualidade de sua produção artística em si. Exemplo maior é a ausência fonográfica de Roberto Carlos dos finais de ano, quando seu disco era um presente de Natal, com 1 milhão ou 1 milhão e meio de cópias vendidas. Desde 2006, RC retirou-se dos estúdios, 47


Cibercultura

segundo informações do então divulgador da gravadora Sony Music, Everardo Ramos, justamente por conta da queda vertiginosa da venda de discos, em função de sua própria coleção de lançamentos estar disponibilizado para download gratuito na Internet. Diante do fato, vários outros artistas já disseram amém diante do “liberou geral virtual”, deixando suas obras navegarem à vontade nos oceanos multiculturais da web. No mercado editorial o quadro é o mesmo, com a disponibilização até de obras didáticas e culturais, como registros literários que vão de Dante e Shakespeare até o nosso atualíssimo Paulo Coelho, cujos livros estão oferecidos virtualmente de mão beijada com todo o seu conteúdo esotérico e tudo mais. O mesmo acontece com as obras cinematográficas, o que determinou pelo menos em Fortaleza o fechamento de locadoras de DVD. Dados de 2008 mostram o fechamento de cerca de 2 mil lojas de disco em todo o Brasil, enquanto as gravadoras se debatem em uma crise sistêmica pilotada inclusive pelas implantação dos estúdios caseiros e devidamente informatizados, crise essa que assola o mercado fonográfico do mundo inteiro. Resultado: O artista musical passa a depender exclusivamente de shows, com sua aposentadoria postergada ad infinitum, só para dar um exemplo bem emblemático. Com todo esse quadro a indústria cultural passa a 48


Cibercultura

ter que se reinventar dentro de uma sociedade que também se reinventa dado ao volume de informações e consequentemente de questionamentos. Como a imprensa de Gutemberg, a Internet de Bill Gates passa a inovar os procedimentos do próprio sistema capitalista que passa a ser por conta disso até autofágico, em decorrência das suas próprias contradições enfatizadas por todo um programa de inovações tecnológicas. Vamos esperar pela nova coisa que virá. A crise não se limita a pequenos espaços localizados, atinge também as grandes corporações como a superpoderosa gravadora EMI, e até os grandes empreendimentos cinematográficos como o filme “ Tropa de Elite”, estrelado pelo ator brasileiro Wagner Moura, que detectou uma evasão de uma cópia do filme para a pirataria causando um desvio de milhões em faturamento que deveriam ser destinados aos produtores legais. A pirataria é a grande vilanizada por violações óbvias de direitos autorais e desvios de recursos causadores de impactos sucessivos nas produções formais, mas ela é apenas a ponta do iceberg, a causa final de toda uma proliferação de mídias e ferramentas de acesso à manipulação imediata da obra de arte em sua versão final e acabada. Com Internet e estúdios caseiros, as gravadoras entram rota de queda livre, já que ninguém compra mais 49


Cibercultura

CD e DVD legais, todo mundo faz download, o mesmo acontecendo com filmes e livros. Em suma: liberou geral, democratizou-se a informação, mas o lucro de todo esse processo saiu da mão do artista que perdeu o poder de gestão da sua própria obra. A EMI, gravadora dos Beatles e do Pink Floyd, registra quedas desapontadoras de seu retorno financeiro, o que aponta para uma busca imediata e quase emergencial de saídas virtuais à nível de mercado, já que o crescimento e a penetração da informática são dados irreversíveis. A própria Hollywood, detentora tradicional de grandes e portentosos investimentos com retornos nababescos, apresentou em 2011, uma arrecadação 8,5% inferior ao mesmo período no ano anterior, o que demandaria uma recuperação de 51% a mais do que o mesmo período de dezembro de 2010, só para dar uma compensada.

INTERNET SOB CENSURA Um deputado americano do Partido Republicano, Lamar Smith foi o principal articulador de um projeto de lei antipirataria da Câmara dos Deputados dos EUA intitulado S.O.P.A — Stop Online Piracy Act —, ou seja Ato pelo Fim da Pirataria na Internet, enquanto também no Senado americano surgiu um projeto semelhante intitulado P.I.P.A — Project IP Act —. Caso fosse aprovado o projeto SOPA, os EUA poderiam obrigar provedores 50


Cibercultura

de conteúdo como o Google e o Yahoo, por exemplo, a retirarem conteúdos e até sites inteiros do ar, independente até mesmo dos países onde estivessem hospedados, sob a alegação de estarem violando direitos de propriedade sobre músicas, filmes, fotos ou textos. Lamar Smith justificou a medida como recurso contra a pirataria que se apropria inclusive da propriedade intelectual dos Estados Unidos. Sites e blogs do mundo inteiro se manifestaram contrários ao projeto tido como uma ameaça à liberdade de expressão, bem como uma forma de censura. Diante das pressões, Lamar Smith decidiu suspender a legislação.

51


Cibercultura

A INOVAÇÃO REINVENTANDO SISTEMAS

U

MA DEFINIÇÃO INICIAL DO TERMO INOVAÇÃO, SE REPORTA A PRODUTOS, PROCESSOS, SERVIÇOS E TECNOLOGIAS OU EM SENTIDO MAIS AMPLO, IDÉIAS RECICLADORAS E ENRIQUECEDORAS DE SISTEMAS JÁ ESTABELECIDOS, GERALMENTE ACOLHIDAS PELOS MERCADOS, GOVERNOS E PELA PRÓPRIA SOCIEDADE. A inovação difere da invenção a partir do fato de que ela se refere ao uso de uma nova idéia ou método, inclusive reciclando um sistema pré-existente, ao passo que a invenção remete mais diretamente à criação de uma nova idéia ou um novo método. Um bom exemplo disso é o sistema operacional Windows que foi desenvolvido a partir de uma base já existente mas não acessível pelo hermetismo da linguagem. O termo inovação deriva da latim innovare, que significa renovar ou mudar. Quem primeiro sistematizou o conceito de inovação foi o pesquisador Gabriel Tarde em 1903, que definiu o processo de inovação e decisão em uma série de etapas que incluem: 52


Cibercultura

1. primeiro conhecimento 2. formação de uma atitude 3. uma decisão a ser adotada ou rejeitada 4. implementação e uso 5. confirmação da decisão VERTENTES DA INOVAÇÃO A inovação em seu conceito mais amplo, está inserida em múltiplos aspectos funcionais da sociedade em geral, sendo um tópico relevante nos estudos de economia, empreendimento, tecnologia e negócios, e particularmente da arte, só para mencionar alguns itens. A inovação pode ser categorizada como novidade, ao agregar determinados valores com a marca do ineditismo, sendo a novidade uma consequência da implementação prática da própria inovação. A partir daí, a inovação se torna um elemento básico de transformação e mudança, e como resultado final, como um elo condutor de vantagens socialmente utilizadas e aceitas. No contexto organizacional, a inovação é fator atuante nas mudanças positivas no que se refere aos elementos intrinsecamente estruturantes como eficiência, produtividade, qualidade, competitividade e mercado, entre outras vertentes. As diferentes, profusas e capilarizadas fontes de inovação repousam nas diferentes mudanças ocorridas na própria estrutura da indústria, do mercado, na estrutu53


Cibercultura

ra demógrafica tanto local como global, nas próprias variações humanas de percepção, tendência e significado, aliadas ao considerável acervo de conhecimento científico disponível entre outras bases de apoio. Em face dos notórios reflexos nos fatores de eficiência, qualidade de vida e crescimento de produtividade, a inovação se configura como um agente relevante na dinâmica da sociedade e da própria economia em seu sentido mais abrangente. Muitos países já reconhecem a importância da inovação como aliada da própria pesquisa sistematizada ligada ao desenvolvimento, como Japão, Alemanha, China , Rússia e a própria Austrália que criou um programa de inovação e incentivos nesse sentido para departamentos do próprio governo. As falhas na concretização de um processo de inovação, podem ser detectadas na própria logística organizacional do processo inovativo. Fraquezas em itens básicos como definição de objetivos, alinhamento de ações com metas, participação em equipes, monitoramento de resultados e acesso à comunicação e informação podem comprometer todo um programa de metas e possíveis êxitos de caráter inovador. Assim sendo, a inovação adquiriu sistemática a partir do próprio reconhecimento da sociedade da sua real importância na própria dinâmica do desenvolvimento humano como fator preponderante. 54


Cibercultura

AS EMPRESAS MAIS INOVADORAS DO MUNDO SEGUNDO A REVISTA “FORBES” Para chegar ao ranking final com as 100 companhias mais inovadoras, os pesquisadores levaram em conta a “inovação premium” de cada uma. Isto é, a medida de quanto os investidores têm apostado na alta das ações acima do valor de mercado, com base nas expectativas com relação a futuros produtos, serviços e mercados inovadores. A disputa englobou empresas com pelo menos 10

Posição

Empresa

Valor em bilhões de dólares

Inovação Premium

1

Salesforce.com

20.7

75.1

2

Amazon.com

92.7

58.9

3

Intuitive Surgical

13.4

57.6

4

Tencent Holdings

46.5

52.3

5

Apple

303.4

48.2

6

Hindustan Unilever

15.5

47.7

7

Google

138.1

44.9

8

Natura

10.2

44.5

9

Bharat H. Electricals

19.5

43.6

10

Monsanto

41.3

42.6 55


Cibercultura

bilhões de dólares em capitalização de mercado, que gastam no mínimo 1% de sua base de ativos em pesquisa e desenvolvimento e têm sete anos de dados públicos registrados. A empresa de aplicativos de “cloud computing” Salesforce.com é a mais inovadora do mundo, de acordo com uma lista divulgada nesta quarta-feira (20/07) pela revista americana Forbes. O segundo lugar do ranking pertence à loja virtual Amazon.com e a medalha de bronze foi para a fabricante de instrumentos cirúrgicos Intuitive Surgical. A Apple, recentemente muito destacada por sua inovação, só aparece no quinto lugar e o Google, em sétimo. A brasileira Natura aparece logo em seguida, em oitavo lugar na lista, elaborada com a ajuda da Holt, uma divisão do banco de investimentos Credit Suisse.

56


Cibercultura

AS 10 EMPRESAS MAIS INOVADORAS DO BRASIL

U

MA EMPRESA DE AGENTES BIOLÓGICOS PARA MATAR PRAGAS SEM CAUSAR OS DANOS DOS PESTICIDAS É A NÚMERO 1 DO RANKING DAS DEZ COMPANHIAS MAIS INOVADORAS DO BRASIL. ALÉM DA BUG AGENTES BIOLÓGICOS, NOMES MAIS CONHECIDOS COMO O GRUPO EBX, DE EIKE BATISTA, A EMBRAER E A PETROBRAS ESTÃO NO RANKING DA REVISTA AMERICANA FAST COMPANY. O ranking brasileiro faz parte da eleição das 50 empresas mais inovadoras do mundo. Confira, abaixo, um pouco do perfil das representantes brasileiras e a justificativa da revista para ocuparem as respectivas posições: 1. BUG AGENTES BIOLÓGICOS - Por criar uma alternativa natural aos danosos pesticidas usados na agricultura. Vespas produzidas em massa matam larvas e percevejos antes que eles ameacem plantações de cana e de soja no Brasil. Ao pulverizar as vespas em campos de soja, a empresa está substituindo os pesticidas. Além de visar a matar os insetos prejudiciais, a empresa também tem uma meta financeira em mente: o mercado de pesticidas do Brasil, que gira em torno de US$ 7 bilhões.

57


Cibercultura

2. BOO-BOX - Por construir um gigante da publicidade na América Latina. A rede de publicidade, que domina o mercado de anúncios em mídia social do Brasil, agora tem parceria com a empresa argentina de análise de mídia social Popego, combinando forças e oferecendo anúncios direcionados a públicos específicos, pelo continente. 3. GRUPO EBX - Segundo a revista, a marcha do Brasil rumo à autossuficiência em petróleo tem um impulso extra a partir deste ano. A publicação elogia o superporto do Açu, que está sendo construído pelo grupo em São João da Barra, norte do Estado do Rio. 4. STEFANINI - Por ir aonde os clientes estão. Segundo a revista, a maior empresa de serviços de tecnologia da informação (TI) do Brasil solidificou sua presença ao expandir seus serviços para economias emergentes, como a China. A Stefanini também tem um projeto de entrar no mercado japonês: seu novo centro de desenvolvimento de softwares está localizado em Jilin, uma cidade na China que tem uma grande população falante de japonês. 5. EMBRAER - Por proteger e servir seu país. A quarta maior fabricante de aviões do mundo, e a maior do Brasil, está com novos empreendimentos em defesa e segurança. A Embraer está com projeto de construir o primeiro satélite geoestacionário do Brasil, uma iniciativa 58


Cibercultura

que, segundo a publicação, irá aumentar a comunicação do País, a qualidade da imagem remota e a capacidade de previsão do tempo. 6. PETROBRAS - Este ano a Petrobras recebeu aprovação do Ministério do Interior dos Estados Unidos para a primeira exploração de petróleo em águas profundas e produção de gás natural e instalações de armazenamento, no Golfo do México. Segundo a revista, isso faz com que a empresa fique numa posição de liderar outras companhias de energia em direção a uma “forma nova e mais segura de aproveitar os recursos naturais”. 7. PREDICTA - Por abrir o mercado de aplicativos a desenvolvedores da web. A Predicta, localizada em São Paulo, lançou o SiteApps em abril de 2011, como uma plataforma de fácil utilização para otimização de sites. Os desenvolvedores podem inserir seus aplicativos gratuitos ou não no site, e os usuários podem instalar a ferramenta em seus websites. 8. F*HITS - Por registrar no blog a ascensão da moda no Brasil. O blog do coletivo de Alice Ferraz, com 26 especialistas em estilo e moda, atrai mais de 3,5 milhões de visitantes únicos por mês, superando, segundo a revista, o tradicional estilo da Marie Claire Brasil. 9. APONTADOR - Por ser a principal empresa que oferece serviço de localização geográfica no Brasil. Em 2011, criou o Apontador +, um recurso que permite às 59


Cibercultura

empresas criar páginas no site para ver como os usuários do Apontador (mais de 12 milhões por mês) interagem com sua marca. 10. VOSTU - Por levar o rádio ao jogo. A multinacional de jogos online com escritório em São Paulo conhecida pelos jogos Joga Craque, Mini Fazenda, Café Mania, entre outros - é a primeira empresa a incorporar rádio aos seus jogos. Os usuários agora podem ouvir hits pop brasileiros e jogar, em vez de música “enlatada” e efeitos sonoros.

60


Cibercultura

GERAÇÃO TWITTER

S

ERÁ MESMO QUE O TWITTER PODERÁ MUDAR A MANEIRA COMO NÓS VIVEMOS? A FANTÁSTICA REDE SOCIAL, COM LIMITE DE 140 CARACTERES PARA CADA MENSAGEM, ESTÁ REVOLUCIONANDO A INTERNET A única coisa que você pode dizer com segurança sobre o Twitter é que ele causa uma terrível primeira impressão. Você ouve falar deste novo serviço que permite enviar atualizações de até 140 caracteres para os seus followers, e você pensa: por que o mundo precisa disso, exatamente? Não é como se estivéssemos todos sentados, quatro anos atrás, coçando nossas cabeça e dizendo: “Se pelo menos houvesse uma tecnologia que me permitisse enviar uma mensagem para os meus 50 amigos, alertando-os em tempo real sobre que cereal eu escolhi para o café-da-manhã”. O escritor Steve Johnson também era cético no início. O jornalista, que emplacou na capa da revista norte-americana Time um artigo sobre o poder do Twitter, já havia se encontrado com Evan Williams, co-criador do Twitter, algumas vezes em conferências nos anos 1990, 61


Cibercultura

quando Williams estava lançando o Blogger.com. Naquela época, as pessoas estavam preocupadas com a ameaça que os blogs representavam para a nossa capacidade de concentração, com sua personalidade de telégrafo e seus posts de dois parágrafos substituindo longos artigos e livros. Com o Twitter, Williams estava lançando uma plataforma de comunicações que lhe limitava apenas a um par de frases, no máximo. “Qual era o próximo passo? Um software que permita que você envie um único sinal de pontuação para descrever seu humor?”, disse Johnson. Mas, como milhões de usuários descobriram, o Twitter possui uma supreendente profundidade. Isso ocorre em parte porque ouvir o que seus amigos comeram no café da manhã é realmente mais interessante do que parece. O especialista em tecnologia Clive Thompson chama isso de “conscientização do ambiente”: seguindo estes rápidos relatórios de status dos membros de sua rede social, você tem uma noção de suas rotinas diárias. E isso nos dá uma estranha satisfação. Nós não consideramos idiota ligar para um amigo e iniciar a conversa perguntando como foi o seu dia. O Twitter lhe dá a mesma informação sem que você tenha que pedir. Para Steve Johnson, no entanto, ainda há algo mais profundo acontecendo com o Twitter nos últimos dois anos, algo que, segundo ele, nos diz mais sobre a cultura que abraçou e expandiu o Twitter em tamanha velocida62


Cibercultura

de. “Sim, as atualizações de status acabaram sendo mais interessante do que pensávamos. Mas a chave do crescimento do Twitter é como nós improvisamos o sistema para fazer coisas que seus criadores jamais sonharam”, explica Johnson. Em suma, a coisa mais fascinante sobre o Twitter não é o que ele está fazendo por nós. É o que estamos fazendo por ele.

CONVERSA ABERTA Para ilustrar a tese, Steve Johnson conta a experiência que teve durante uma conferência sobre reformas no sistema educacional americano, em Nova York, chamada de “Hacking Education”. Na conferência, estavam presentes cerca de 40 educadores, acadêmicos, filantropos e capitalistas de risco, todos envolvidos em uma conversa sobre o futuro das escolas americanas. Segundo Johnson, “vinte anos atrás, as idéias trocadas nessa conversa teriam sido confinadas nas mente dos participantes. Dez anos atrás, uma transcrição poderia ter sido publicada semanas ou meses mais tarde na Internet. Cinco anos atrás, um punhado de participantes poderia ter blogado sobre suas experiências depois do fato. Mas este evento aconteceu em 2009, então, paralela à conversa do mundo real, ocorria uma, também em tempo real, no Twitter”. No início da conferência, os anfitriões anunciaram 63


Cibercultura

que quem quisesse postar comentários ao vivo sobre o evento via Twitter deveria incluir a palavra #hackedu em seus 140 caracteres. Na sala, uma grande tela de exposição mostrou um feed de execução de tweets. “Então, todos nós começamos a conversar, e à medida que nós o fazíamos, uma conversa sombra se desdobrava na tela: os resumos dos argumentos de alguém, uma piada ocasional, links sugeridos para uma leitura posterior”, relata Johnson. No início, todos esses tweets vinheram de dentro da sala e foram criados exclusivamente pelos participantes da conferência teclando em seus laptops ou BlackBerrys. Mas dentro de meia hora, uma notícia de que uma conversa interessante sobre o futuro das escolas estava acontecendo em #hackedu começou a vazar para “twittosfera”. Então alguns tweets de estranhos apareceram na tela, anunciando que eles estavam seguindo a conversa através da hashtag #hackedu. Em seguida, outros se juntaram a conversa acrescentando suas observações ou propondo temas para estudos posteriores. Alguns especialistas reclamaram publicamente pelo Twitter sobre como eles não tinham sido convidados para a conferência. Ao final do dia, quando a conferência já havia se encerrado, houve um registro público de centenas de tweets que documentavam o evento. E a conversa continuou. Para Johnson, “injetar o Twitter naquela conversa mudou 64


Cibercultura

fundamentalmente as regras do jogo. Ele acrescentou uma segunda camada de discussão e trouxe um público mais amplo para o que teria sido um debate privado. E deu ao evento uma pós-vida na web. Sim, foi inteiramente construído com mensagens de 140 caracteres, mas a soma total dos tweets resultou em algo verdadeiramente substantivo, como uma ponte suspensa feita de pedras”.

WEB SUPER-FLASH A mecânica básica do Twitter é extremamente simples. Usuários publicam tweets — as mensagens de 140 caracteres — a partir de um computador ou dispositivo móvel. Como uma rede social, o Twitter gira em torno do princípio dos followers, ou seguidores. Quando você opta por seguir outro usuário do Twitter, tweets dele aparecem, em ordem cronológica inversa na sua página página principal. Se você segue 20 pessoas, você verá uma mistura de tweets ao rolar a página: atualizações sobre café-da-manhã, novos links interessantes, recomendações de músicas ou mesmo as reflexões sobre o futuro da educação. Algumas celebridades usuárias do Twitter — o mais famoso é o apresentador Luciano Huck — ultrapassaram a marca dos milhões de seguidores, efetivamente dando a eles uma vasta audiência. O perfil médio do Twitter navega na casa das dezenas de seguidores: uma colagem de 65


Cibercultura

amigos, colegas e um punhado de celebridades. A combinação cria uma experiência de mídia muito diferente de tudo que veio antes dele, estranhamente íntima e, ao mesmo tempo, sempre obcecada por celebridades. Você olha para o seu feed do Twitter enquanto toma um copo de café e, em poucos segundos, descobre que seu sobrinho passou no vestibular de medicina e que Ivete Sangalo está malhando em uma academia no Rio de Janeiro.

OS PRIMEIROS PASSOS DO TWITTER Desde sua criação em 2006 por Jack Dorsey, o Twitter ganhou extensa notabilidade e popularidade por todo mundo. Na época, Jack Dorsey e os outros fundadores trabalhavam em uma empresa chamada Odeo Inc, localizada em São Francisco, Estados Unidos. A empresa estava passando por maus bocados devido à brutal concorrência com a Apple e outros pesados da informática. Por isso, a diretoria adotou a estratégia de dividir seus funcionários em grupos, para que fossem apresentadas ideias que pudessem “reinventar a empresa”. O grupo de Dorsey descreveu um serviço que utilizava SMS (mensagens curtas por celular) para pequenos grupos avisando-os sempre sobre “o que você estava fazendo”. “Eu quero ter um serviço de envio que nos ligue aos nossos telefones usando texto”, disse Dorsey. A ideia se sobressaiu e tornou-se o principal projeto da empresa. 66


Cibercultura

O nome original do produto foi “twttr” inspirado pelo Flickr e pelo fato de que a SMS americanas tinham como padronização de códigos cinco dígitos. Poucos meses depois, Twttr.com foi lançado ao público. Ainda assim, poucas pessoas compreenderam o seu valor: para que usar SMS no Twttr? Quem iria querer saber o que você fazia? Cada programador então tornou-se uma espécie de envangelizador para conseguir usuários para o Twttr, incentivando seus colegas e amigos a usá-lo. O serviço tinha apenas alguns meses de vida quando o domínio Twitter.com foi adquirido e o serviço relançado com o nome que conhecemos até hoje. Naquele tempo, não havia limite de caracteres no sistema. Mensagens com mais de 160 caracteres — o limite de tamanho padrão de SMS — foram divididas em vários textos e entregues sequencialmente. Houve outros bugs, na montagem da SMS. A equipe decidiu colocar um limite no número de caracteres que iria sair através de SMS para cada post. Estabeleceram em 140 caracteres, a fim de deixar espaço para o usuário e os dois pontos na frente da mensagem. “Podemos mudar o mundo com cento e quarenta caracteres”, escreveu Jack Dorsey em fevereiro de 2007.

O QUE SÃO MÍDIAS SOCIAIS? Mídias sociais são mídias feitas para a interação social, utilizando técnicas de publicação altamente acessí67


Cibercultura

veis. Com base no uso de tecnologias da Internet para transformar a comunicação em diálogos interativos, as mídias sociais promovem a produção de conteúdos de forma descentralizada e livre do controle editorial de grandes grupos. Significa a produção de muitos para muitos, em sistemas online projetados para permitir a interação social a partir do compartilhamento e da criação de conteúdo, nos mais diversos formatos, com ênfase na colaboração. As mídias ou redes sociais possuem várias características que as diferem das mídias tradicionais, como jornais e revistas, livros ou televisão. Primeiramente, as mídias sociais dependem da interação entre pessoas, porque é a discussão e a integração entre os membros de uma comunidade que constroem conteúdo compartilhado, usando a tecnologia disponível como condutor. Outra diferença é que essas mídias não possuem limites físicos, não existindo um número determinado de páginas ou horas para a veiculação de conteúdo: qualquer membro da audiência pode participar de uma mídia social, comentando ou até mesmo editando as histórias. Novas ferramentas de mídia social se estabelecem com o passar do tempo, passando algumas vezes por transformações nos seus usos e finalidades. Os blogs, por exemplo, nasceram como apenas diários virtuais, mas acabaram tendo sua natureza diversificada, a ponto de 68


Cibercultura

se tornarem, por exemplo, instrumentos de geração de negócios ou fontes de informação jornalística de credibilidade e prestígio. Isto significa uma mudança significativa na estrutura de poder social, pois o poder de disseminar informação e formar opiniões deixa de ser apenas dos grandes meios tradicionais, para se tornar acessível a qualquer pessoa. Essa democratização da comunicação, que se dá de forma inovadora e interativa, combinada à facilidade de uso das ferramentas e do caráter participativo das redes, forma a base para que as mídias sociais possam ser classificadas como uma das mais influentes formas de veiculação de informação da atualidade. No mundo interativo – sem barreiras ou altos custos — da Internet, é possível que o formador de conteúdo seja visto por todos e faça muito mais, por muito menos.

69


Cibercultura

GLOSSÁRIO DAS MÍDIAS SOCIAIS

A

S MÍDIAS SOCIAIS REPRESENTAM UM MERCADO EMERGENTE DENTRO DAS VÁRIAS OPÇÕES DE INVESTIMENTOS NA INTERNET. ACONTECE QUE O SURGIMENTO DE NOVAS FERRAMENTAS, REDES E FORMAS DE DESEMPENHO A UMA VELOCIDADE CRESCENTE, PEDE UMA ATUALIZAÇÃO CONSTANTE DE TERMOS E INOVAÇÕES QUE ASSOMAM A CADA DIA NESSE NOVO E FASCINANTE MERCADO. VAMOS A ALGUNS DELES BLOG. Um blog é uma página da Web estruturada de modo a permitir uma atualização rápida de informações, geralmente em torno de uma mesma temática. Trata-se de uma ferramenta que pode por exemplo, ser utilizada em uma empresa ou entidade visando otimizar a comunicação entre equipes, departamentos e pessoas.

E-MAIL MARKETING. Peças publicitárias em formato HTML destinadas a usuários cadastrados e que deram autorização do recebimento das informações referentes à marca ou à empresa. 70


Cibercultura

BUZZ MARKETING. Termo referente a uma estratégia de marketing visando incentivar um indivíduo a repassar a outros de seu âmbito social, certas informações acerca de um produto, serviço, etc.

REDES SOCIAIS ONLINE. Define-se como rede social uma estrutura que abrange, organizações ou pessoas, conectadas por uma ou vários tipos de relações, e com valores, interesses e objetivos comuns. As Redes Sociais atuam em níveis diferenciados, como por exemplo, as redes de relacionamento como Facebook, Orkut, Twittter e Myspace. Ou então em redes profissionais (linkedin), ou mesmo as redes comunitárias, como por exemplo, as redes sociais em bairros ou cidades, ou em um caso mais específico, em redes políticas. Elas permitem uma análise bem ampla de dados relevantes como a forma de desenvolvimento das atividades das organizações, o meio de alcance de objetivos por parte de indivíduos, e até a mensuração, ou seja a medida do capital social obtido pelos indivíduos como a rede social.

LINK BUILDING. O processo de estruturamento do total de links externos para um site.

NEWSLETTERS. Informativos com artigos, notícias 71


Cibercultura

e sugestões que são remetidos a e-mails com cadastro prévio.

BUSCA ORGÂNICA. Links em ordem de relevância em uma página de resultados.

FEED. Termo oriundo do idioma inglês, que significa “ alimentar”, os feeds são utilizados para que um usuário da Internet, possa ter acesso e acompanhamento de diversos artigos ou conteúdos de um site ou blog, sem que precise visitá-lo.

WOMM WORD OF MOUTH MARKETING. Estratégias de marketing que estimulam indivíduos a repassar uma mensagem de marketing para outros, potencializando o conteúdo dessa mesma mensagem.

TRANSMÍDIA STORYTELLING. Narrativas e conteúdos que lançam mão de diferentes mídias para completar uma mensagem inicial. Trata-se de uma técnica adequada para atingir públicos diversificados visando criar engajamento sobre uma marca ou um produto.

MARKETING VIRAL.Também chamado de publicidade viral, refere-se a técnicas de marketing que buscam explorar redes sociais pré-existentes, visando a produção de 72


Cibercultura

aumentos exponenciais em conhecimento de marca.

MÍDIAS SOCIAIS. Conteúdo online criado por indivíduos utilizando tecnologias de publicação como blogs, Facebook, Orkut, Twitter, Myspace, Youtube, etc.

SMO. Social Media Optimization é um conjunto de práticas visando gerenciar a presença digital de uma marca nos diversos canais e mídias sociais existentes na web.

WIKI. As expressões wiki e Wiki/Wiki são usadas para definir uma modalidade específica de coleção ou documentos em hipertexto ou software colaborativo utilizado para cria-lo.

SEEDING. Técnica usada em buzz marketing, representando o ato de disseminar a informação nas redes sociais.

SEM. Search Engine Marketing ou Marketing de Busca é todo o conjunto de estratégias para sites de busca, envolvendo otimização de sites e links patrocinados.

73


 Texto composto em Plantin Regular, corpo 10 entrelinha 13,5 e títulos e capitulares em Scriber Bold Stencil pela Omni Editora. O Plantin foi criado por Christophe Plantin por volta de 1913 baseado na fonte Gros Cicero, do século 16. O Scriber Bold Stencil foi desenhado por Jonathan Hill. 



M

ÍDIAS SOCIAIS E CIDADANIA. A INFLUÊNCIA DAS MÍDIAS SOCIAIS NA CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA E O USO QUE A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO CEARÁ VEM FAZENDO, INCLUINDO PARLAMENTARES, POLÍTICOS E OS ELEITORES.

O M N I

E D I T O R A www.omnieditora.com.br

ISBN 978-85-88661-42-8

9 788588 661424

80


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.