Revista Femine - junho 2014

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Ano III - Nº3 Toledo - Junho/2014 Distribuição Gratuita

Empreendedorismo sob medida Juliana Frank e Neuza Bolson se inspiram na saúde para comandar um negócio FEMINE

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Sumário

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Made in Brazil

Pernas para o ar

Projeto prepara empreendedores para exportação

A moda que transparece as sensações da mocidade

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Amizade touch

Verde-amarelo

Elas não desgrudam uma da outra – nem do celular

Empresárias vestem a camisa pelo Brasil

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A juventude sempre inspira a mudança, a inovação, a quebra de paradigmas. É com essa geração que veremos o que chamam alguns especialistas de Revolução da Educação. Nesta edição da REVISTA FEMINE, apresentamos a teoria defendida pelo professor Ronaldo Mota que afirma: o atual sistema educacional é obsoleto e o novo modelo, que tem na tecnologia sua principal referência, só se erguerá se docentes e instituições ouvirem as lições de um ator, o aluno. Conversamos também com duas amigas adolescentes que refletem essa mudança de comportamento alicerçada nos dispositivos de comunicação. O celular, para elas, é mais do que uma ferramenta de comunicação – ele é o elo que mantém e estreia o relacionamento. Proximidade, aliás, é o ponto forte enfatizado pelos empresários que escolheram os bairros para abrirem seus negócios. Envolvidos com a comunidade do entorno e unidos entre si, os empreendimentos nos bairros despontam como um dos mais interessantes negócios a se investir. Dividimos com você, caro leitor, a história das empresárias Neuza Maciel Bolson e Juliana Frank Ciserza que ilustram a capa desta edição e estão à frente da academia Cia do Corpo. Mais do que dividir a responsabilidade de administrar o empreendimento, elas são amigas e essa relação transparece no clima da empresa. #vemcomagente

Projeto e edição gráfica: Revista Femine é uma produção da Z4 Talentos. Artigos e opiniões de entrevistados não representam, necessariamente, a opinião do periódico. Permitida a reprodução das informações aqui publicadas, desde que citada a fonte.

Coordenação:

Heloisa Helena B. Minghini Luciano Minghini

Redação e revisão:

Pé de Ideia Comunicação Jornalistas: Fabiola Dalla Vecchia (MTB/PR 8558) Camile Frizon (MTB/PR 8476)

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Thiago Costa Lopes Email: thiagocostalopes@yahoo.com.br

Fotografia

Gráfica:

Tolegraf Impressos Gráficos tolegrafartes@certto.com.br

Comercial:

z4@z4talentos.com.br

www.revistafemine.com.br FEMINE

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Capa

Cia do Corpo: uma academia referência em Toledo A sinergia entre as sócias Neuza e Juliana tornou o empreendimento conhecido na cidade. Com muita garra e determinação Neuza Maciel Bolson, de 52 anos, e Juliana Cristina Frank Ciserza, de 31 anos, coordenam a Academia Cia do Corpo, em Toledo. Uma amizade verdadeira que vai muito além do papel de sócias do empreendimento. São mulheres fortes e comprometidas diariamente com a missão de promover saúde, qualidade de vida, esté-

tica e bem-estar através da prática orientada de atividades físicas. Há 24 anos no mercado, a Academia Cia do Corpo tornou-se referência neste ramo de atuação na cidade. Essa parceria – que já dura 13 anos – começou de forma inesperada, mas com uma sinergia que se fortaleceu com o tempo. Neuza assumiu em 1995 o comando da academia que pertencia à irmã Neiva

Maciel, fundadora da marca e adepta dos esportes. A academia tornou-se conhecida no município, principalmente pelo espírito empreendedor de Neiva, que promoveu grandes eventos como a rainha da Academia Companhia do Corpo, Miss Toledo, desfiles e cursos de manequim e modelo. Até que Neiva foi em busca de seu grande sonho: ser médica, e hoje atua como cardiologista em Buenos Aires, na Argentina.

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Capa

DESAFIO Foi justamente o desafio de manter a marca forte no mercado que Neuza aceitou o convite da irmã para dirigir a academia. A formação em Ciências Econômicas e especializações em Desenvolvimento Gerencial e Finanças, além da experiência bancária, foram fundamentais para o comando dos negócios. “É prazeroso saber que a principal atividade de um empreendimento como este é proporcionar qualidade de vida, saúde e bem-estar. Como todo e qualquer negócio, este também exige muito conhecimento, dedicação e persistência”, destaca Neuza. Na busca pelo aprimoramento e qualificação dos profissionais da academia e zelando pela qualidade no atendimento dos clientes, Neuza abriu

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um processo seletivo para recrutar professores. “Eu já malhava na academia e comecei a trabalhar em 2001. Um ano depois já era sócia do empreendimento. Amo essa academia, tenho maior prazer de trabalhar aqui”, conta Juliana emocionada, que é responsável técnica pela academia. Desde então, Neuza e Juliana passaram a buscar mais competitividade no mercado, sempre com foco no aperfeiçoamento técnico da equipe e melhora do espaço físico. Por isso, em 2012 dobraram a capacidade física do ambiente para atender a grande demanda de adeptos da busca pela qualidade de vida. Hoje a academia oferece diversas modalidades de atividades, como musculação, dança, jump, lift e Treinamento Aeróbico Funcional (TAF). Possui seis colaboradores e mais de 300 alunos.

A academia também está sempre presente em eventos esportivos da cidade, como a Meia Maratona Rotary e Corrida 24 horas, buscando a integração de seus alunos para a prática de atividade física também fora do seu espaço. As datas comemorativas merecem atenção especial, como a tradicional Festa Junina na academia. O sucesso dos negócios é o resultado de muito esforço, dedicação, persistência, erros e acertos, não só da gestão, mas de toda a equipe comprometida com o resultado também dos clientes. “O que buscamos é o continuo aperfeiçoamento na gestão com uma equipe movida pela paixão e excelência no desenvolvimento desta atividade. Esse sucesso dá-se também pela união entre as duas sócias, que juntas conseguem sempre buscar uma equipe coesa e afinada com os resultados”, revelam Neuza e Juliana.


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Antena Femine

Posse câmara da mulher A assessora e cerimonialista Ivete Tanzawa é a nova presidente da Câmara da Mulher Empreendedora e Gestora de Negócios de Toledo, vinculada ao Sistema Fecomércio/Sesc/Senac PR. A cerimônia de posse da nova diretoria para o biênio 2014/2016 aconteceu no dia 27 de maio, nas dependências do

Senac, oportunidade em que a farmacêutica Fabiana Trento transmitiu o comando da entidade para a empresária. Há duas décadas participando da Câmara da Mulher, Ivete agora tem como principal desafio ampliar o número de empreendedoras, que hoje é de 225. Seu principal objetivo é levar as mu-

lheres a compreenderem o papel da Câmara para o crescimento pessoal e profissional, que oferece diversas capacitações. Com um trabalho focado na integração das empresárias, Ivete pretende realizar ainda workshops temáticos para as micro empresárias para atender a todos os públicos.

Dia das mães As empresárias Lúcia Comerlato (Spaço da Moda), Solange Dorini (D’Dorini Calçados) e Edna Leal (Pirralhos Bebê) realizaram no dia 08 de maio um desfile de moda com o tema “Minha Mãe, Minha Rainha” para

celebrar o Dia das Mães. O evento aconteceu em frente à Spaço da Moda, na Rua Barão do Rio Branco, Centro. A proposta foi apresentar às mamães o lançamento da coleção outono-inverno 2014 das três lojas.

Presidentes Quatro grandes empresárias que com muita disposição e dinamismo assumiram a responsabilidade de conduzir 225 empresárias associadas à Câmara da Mulher Empreendedora e Gestora de Negócios de Toledo. Nilde Koch, Ane Priscila Brandalize Kreuz, Fabiana Trento e Ivete Tanzawa.

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Miss Toledo Larrisa Machado da Silva foi eleita no dia 10 de maio a Miss Toledo 2014, no Empório Santa Maria. No total, 12 mulheres – com idades entre 18 e 23 anos - concorreram ao título. Larissa foi coroada junto a Jéssica Fernanda Ferreira Gomes, que conquistou o título de Primeira Princesa, e Alana Gonçalves de Carvalho, escolhida pelos jurados como Segunda Princesa. Além disso, Keila Kelnior foi eleita pelas próprias candidatas como Miss Simpatia e Ketlyn Dutra Michalski, que conquistou o título de Miss Fotogenia, foi escolhida em uma votação on line no site Mega Toledo. Larissa Machado também concorreu ao Miss Paraná, no dia 23 de maio, em Maringá. A jovem foi selecionada entre as 30 candidatas, das 68 que concorreram ao título.

Capacitando No dia 29 de maio a Faciap lançou em Toledo um projeto de capacitações gratuitas que serão ofertadas a 12 mil empresários paranaenses por meio do Bom Negócio Paraná, programa do Governo do Estado. Os cursos são disponibilizados através do portal www.capacitando.net/fa-ciap, plataforma de educação à distância da Federa-

ção. Para participar o empresário deve utilizar um card, que pode ser adquirido na Associação Comercial e Empresarial de Toledo (Acit), o qual contém um código bônus liberando o acesso ao curso escolhido. As capacitações são gratuitas e voltadas aos pequenos empresários, com duração média de 60 a 80 horas.

Mulheres de negócios Estão abertas até o dia 31 de julho as inscrições para o Prêmio Sebrae Mulher de Negócios. A premiação foi criada com intuito de valorizar a força empresarial das mulheres que se destacam não apenas como empresárias à frente de negócios de sucesso, mas também como pessoas que enfrentaram e superaram grandes obstáculos na vida pessoal. O prêmio é dividido em três categorias: Pequenos Negócios, Produtor Rural e Microempreendedor Individual, aonde as empreendedoras podem contar suas histórias. O prêmio, composto por duas etapas (estadual e nacional), é uma parceria entre o Sebrae, a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, a Federação das Associações de Mulheres de Negócios e Profissionais do Brasil (BPW) e a Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site www.mulherdenegocios.sebrae.com.br

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Negócios

O frio que inspira bons negócios Os comerciantes se planejaram e buscaram na meteorologia referências para fazerem suas compras de inverno. As perspectivas de temperaturas menores em 2014, devido a invernos rigorosos no hemisfério norte, incentivaram os lojistas a investirem em variedade e quantidade de produtos que supram as necessidades dos consumidores. Assim, diversos setores, mesmo com algumas previsões pessimistas sobre a economia do país neste ano, pretendem manter (e melhorar) o faturamento em relação ao mesmo período do ano passado.

É o caso do comércio varejista de móveis e eletro que sofre grande influência do frio, afirma o gerente da loja Romera há 14 anos em Toledo, Wilson J. Santos. “Temos produtos para venda sazonal como fogões a lenha, secadoras de roupas, lavadoras com água quente e aquecedores que têm mais procura nesta época”, descreve sobre as opções específicas para essa estação. Mas ele ressalta que outros produtos também entram na lista dos mais cobiçados e que é hora de aproveitar o momento para fazer bons negócios.

“Climatizadores e aparelhos de ar-condicionado são utilizados em qualquer época do ano e por isso o que tem que chamar a atenção do consumidor é a qualidade do item e a condição de pagamento”. Wilson adverte àqueles que esperam a oportunidade de adquirir produtos fora da época, como um ventilador no inverno, achando que fará um bom negócio. “As lojas fazem a compra antecipadamente e não compram a mais para sobrar. Por isso, a hora certa de adquirir um produto é no momento em que ele está sendo mais procurado”.

O fogão a lenha é um dos queridinhos nas vendas de inverno

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Os desafios de manter as vendas aquecidas

“Um dos principais desafios para quem trabalha com o mercado de frio é a sazonalidade. Há cerca de dez anos era só começar a esfriar e as mulheres já vinham até a loja para comprar os novelos de lã e confeccionar blusas, casacos e cachecóis. Com a inserção da mulher no mercado de trabalho essa tradição foi deixada um pouco de lado. Além disso, trabalhamos com novelos de lãs diferenciados, que possuem um valor mais agregado, mas muitas vezes acaba

tornando a confecção da peça muito cara e hoje se encontram mercadorias prontas no mercado, com um preço mais em conta para o consumidor. Por isso, as vendas do inverno dependem muito de quantos dias teremos de frio. Nossas maiores vendas são registradas nos meses de abril e maio, principalmente para mulheres que ainda mantém a tradição de fazer o tricô em casa, para os filhos e netos. O dinheiro ajuda a manter o negócio o ano inteiro. É difícil calcu-

lar se teremos no inverno um aquecimento das vendas, porque os pedidos da mercadoria para o ano seguinte precisam ser realizados quase um ano antes. Em setembro já tenho que fazer os pedidos dos novelos de lã para as indústrias para comercializar em 2015. Com a queda nas temperaturas, aumenta a procura por cursos de tricô e crochê. Essa tem sido uma de nossas apostas”, Inês Pizzatto Heis, proprietária da Barbarela Comércio de Fios, Lãs e Aviamentos.

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Artigo

Refletindo sobre os processos de relacionamento nas organizações

Refletir sobre relacionamento nos ambientes organizacionais significa pensar em proximidade nas relações. Ao falarmos em proximidade estamos nos referindo as relações entre sujeitos, onde um em conversação com outro pode concordar ou discordar, sendo fundamental nessa aproximação, o ouvir e o relacionar, o que certamente torna os ambientes organizacionais verdadeiros. Sabemos que somente conhecemos o outro nas experiências de comunicação. Assim, sujeitos em interação com outros, aprendem, desafiam, buscam o novo, evoluem, enfim, crescem e se transformam. Essa é uma das tônicas nos ambientes organizacionais da contemporaneidade: valorizar rela-

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cionamentos, o que significa disponibilidade para conhecer o outro e interagir. Nossa reflexão parte do pressuposto de que são os sujeitos, no âmbito interno, que ao conviverem e aprenderem, tornam esse ambiente pronto para se relacionar com diferentes públicos, onde os processos de identidade (quem somos) e de imagem (como somos vistos) se fundem. Falar em identidade e imagem é certamente uma exigência da sociedade contemporânea e reflete diretamente na necessidade de se trabalhar em primeiro plano as relações internas, proximidade entre líderes e liderados. Torna-se fundamental compreender que os sistemas por si só não suprem as necessidades, sendo premente o agir dos sujeitos. Su-

jeitos ao tecerem suas relações revelam ser fundamental o diálogo. Assim as organizações se constroem e se reconstroem, em dinâmicas interacionais. Essa reflexão se preocupa em dialogar com profissionais no campo da gestão, aqueles que naturalmente ao planejarem, executarem e avaliarem processos e práticas organizacionais tem como ponto de partida o relacionamento com aqueles que direta ou indiretamente estarão envolvidos no processo, em uma primeira instância. A partir daí, ampliam-se as relações para outros stakeholders, em busca de um pensar em que a aproximação é ponto de partida para que as conversações ocorram. Comunicação é, sem sombra de dúvida, um processo de relacionar-se (CONDIT, 2006). Nesse sentido, falar em relacionamento significa compreendê-lo como uma força interdinâmica e não uma entidade estática, o que requer o comportamento dos sujeitos para que as realidades possam ser construídas e naturalmente validadas. Preparar nossas organizações para relacionamentos implica primeiramente em uma prática interna, pois é justamente essa prática que dá conta de ampliar as relações com demais stakeholders. Assim, nossa preocupação centra-se nas relações entre líderes e liderados. No campo da comunicação organizacional vale um olhar nos estudos conduzidos por Gail Fairhurst (2007) que trata em profundidade da temática sobre Liderança Discursiva, uma abordagem que intensifica a prioridade nos relacionamentos, o que requer dos líderes e liderados um processo onde os sujeitos transcendem suas realidades, desenvolvendo continuamente maior consciência na construção de relações que oportunizem a conversação e o dialogo nas organizações para o crescimento dos sujeitos. Essas reflexões requisitam dos profissionais uma ação para além do uso de ferramentas comunicacionais nos ambientes organizacionais, ousando no campo das relações entre sujeitos. Marlene Marchiori é consultora, pesquisadora e professora do Programa de Mestrado em Administração da UEL. Pós-doutorado em comunicação organizacional na Purdue University, dos Estados Unidos. Doutora em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo. Publicou vários livros no campo da comunicação, cultura e estratégia. Essa e outras reflexões podem ser encontradas na Coluna Aberje (http://www.aberje.com.br/acervo_colunas.asp).


Legislação

eSocial: o que os empregados precisam saber O Sistema de Escrituração Fiscal Digital das obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas (eSocial) é um projeto do Governo Federal que visa unificar o envio das informações pelos empregadores em relação a seus empregados e informações dos produtores rurais e segurado especial. O contabilista Leandro Ramos explica que o eSocial faz parte da agenda de ações de modernização do sistema tributário e está sendo desenvolvido, em conjunto, pela Caixa Econômica Federal, pelo INSS e pelos Ministérios da Previdência Social, do Trabalho e Emprego e pela Secretaria da Receita Federal. FEMINE: Há quanto tempo o eSocial vem sendo debatido? LEANDRO: Não chega a ser um assunto novo, pois desde 2009 a autoridade tributária federal tem realizado apresentações para discuti-lo. Inicialmente batizado como Sped Folha de Pagamento, o projeto contou com diversas denominações: E-Fopag, Sped Folha, EFD-Social e por fim, o eSocial. F: Empregadores são obrigados aderir ao sistema? L: Todos os empregadores (empresas do Simples, lucro presumido e lucro real), inclusive MEI, segurado especial, pessoa física equiparada a jurídica (médicos, dentistas, advogados, entre outros), empregador doméstico, além do produtor rural em relação à produção vendida (Funrural) devem aderir. F: Quais são as vantagens para os empregadores e trabalhadores? L: O objetivo é simplificar o cumprimento das obrigações, viabilizar a garantia de direitos previdenciários e trabalhistas e aprimorar a qualidade de informações das relações de trabalho, previdenciária e fiscal. F: Na contabilidade, quais serão os aspectos positivos deste sistema para as empresas?

Estarão disponíveis, em breve, para consulta no Portal do eSocial (www.esocial. gov.br) vídeos de orientação, guias de “Perguntas e Respostas” e um novo manual de orientação mais claro e explicativo.

L: Algumas obrigações poderão ser substituídas: Gfip, Dirf, Rais, Caged, livro de registro de empregados, CAT, Formulário de Seguro Desemprego e até mesmo a Carteira de Trabalho. F: O governo tem dito que o sistema vai contribuir para evitar fraudes no sistema previdenciário. O eSocial vai cruzar dados? L: A padronização de informações tem um objetivo: evitar fraudes. A fiscalização será realizada de forma indireta, ou seja, eletrônica via computador. Atualmente a fiscalização é realizada pessoalmente pelo auditor fiscal na empresa, e a partir de agora será realizado sem necessidade de comparecer no local.

Rua Almirante Barroso, 1713 - 1º Andar - sala 1

(45)3277-2311

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Comércio

Nos bairros, empreendimentos crescem e se fortalecem Foi-se o tempo em que um comércio localizado em um bairro era sinônimo de amadorismo. A cada ano cresce o número de empreendimentos competitivos instalados dentro das comunidades. Alguns fatores têm influenciado a mudança no comportamento dos consumidores que adotam a praticidade como regra para suas compras. Uma delas é a necessidade de resolver o que precisam sem fazer grandes deslocamentos. Eletrodomésticos, sapatos, roupas, material de livraria: tudo pode ser encontrado a caminho de casa ou do trabalho. O outro motivador é fugir do trânsito pesado e da dificuldade em encontrar um local para estacionamento – tudo é cronometrado e calculado na relação custo x benefício. Porém, nenhum consumidor dispensa o bom atendimento, a presença de produtos de qualidade e preços atrativos. De olho nesse potencial, a empresária Claci Goetz Almeida preferiu o bairro onde mora há 30 anos – Santa Maria – para abrir sua loja de confecções. Inicialmente na garagem de sua casa e depois em uma sala

estrategicamente localizada, ela valorizou sua comunidade e trouxe mais comodidade aos seus clientes. “Sempre prezei em oferecer produtos de qualidade, com marcas conhecidas e com preços ao alcance de todos em um ambiente climatizado, amplo, não deixando a desejar a nenhum concorrente”, revela. Na outra ponta da cidade, desta vez no Jardim Porto Alegre, o empresário Valério da Silva também pensa – e age – assim. Ele revela que mais do que atender aos clientes do entorno, consumidores de outras localidades fazem compras em sua loja. “Somos competitivos tanto no preço quanto na qualidade”.

NÚCLEOS Essa profissionalização é incentivada entre os próprios empresários que se unem em núcleos multissetoriais e buscam melhorar cada vez mais seus serviços. Em Toledo, esses grupos estão presentes no Jardim Porto Alegre, Panorama e Vila Pioneiro e são apoiados pela Associação Comercial e Empresarial de Toledo (Acit), Sebrae-PR e Federa-

Encontros de planejamento e formação estão na agenda dos integrantes dos Núcleos

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ção das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap) por meio do projeto Empreender. “Nossa missão é fortalecer as empresas através do bom atendimento, oferecer produtos e serviços de qualidade e buscar o crescimento empresarial”, revela Valério que está à frente do Núcleo do Jardim Porto Alegre, o mais novo entre os três organizados no município. A inspiração para iniciar o projeto veio da experiência dos outros dois grupos, que estão há mais tempo em atividade. O presidente do Núcleo Multissetorial da Vila Pioneiro, Adailto Cassimiro de Oliveira, comenta que a união dos empresários trouxe muitos benefícios para a região. “Somos mais de 20 empresas que trabalham unidas visando um único objetivo”, sintetiza. Lá, eles são responsáveis por organizar feiras e campanhas específicas para o público da Grande Pioneiro. “Criamos um vínculo de amizade e respeito onde os resultados são comemorados por todos”.


Empresários focam em objetivos comuns para conquistarem melhores resultados

Empreender O programa Empreender incentiva a união e promove o fortalecimento de micro e pequenos empresários de diversos segmentos, com a importante parceria entre ACIT, Faciap e o Sebrae/PR. Unidos em núcleos setoriais vinculados à Associação Comercial e Empresarial de Toledo, s pequenas e médias empresas do mesmo

segmento podem discutir os problemas comuns e buscar melhorias e soluções conjuntas para seus negócios, com metodologia própria, e orientada por um consultor. Desse modo, os empresários abandonam a imagem de concorrência e passam a ter visão de parceria. São realizadas atividades como treinamentos e palestras específicos para o setor,

parcerias com fornecedores, compras conjuntas e negociações coletivas, participação conjunta em congressos, feiras e workshops, intercâmbio de informações e conhecimentos, formação de consórcios, lobby junto a entidades públicas e privadas, campanhas culturais e outras são realidades constantes dentro das atividades do Associativismo.

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Exportação

Projeto Peiex: desenvolvendo o potencial das micro e pequenas empresas O Projeto Extensão Industrial Exportadora - PEIEX tem como objetivo estimular a competitividade e promover a cultura exportadora nas empresas, ampliando os mercados das indústrias iniciantes em comércio exterior. É um instrumento de caráter estruturante aos setores e de reforço da base exportadora do Brasil. Em 2013 foram atendidos com o projeto os seguintes setores: vestuário, bebidas e alimentos, metal-mecânico, moveleiro, T.I., couro e calçados, químico, eletroeletrônico, cosméticos, gráfico, transformação plástica e construção civil. Todas as ações desenvolvidas visam o desenvolvimento econômico do Estado e a geração de empregos para os paranaenses. No Estado do Paraná, o PEIEX atua nas regiões de Cascavel, Curitiba, Londrina e Maringá. O Peiex é realizado pela Apex-Brasil e Fundação Araucária. No Brasil, são 30 núcleos operacionais

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em diversos estados, que são responsáveis pelo atendimento às empresas. Em Cascavel, o projeto conta com a parceria da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). Atualmente, mais 75 empresas participam do projeto na região, sendo dez indústrias somente em Toledo. Cada núcleo operacional possui uma equipe capacitada, formada por um coordenador, um monitor e técnicos extensionistas com conhecimentos multidisciplinares, todos com o objetivo de propor e implementar melhorias nas empresas. “A primeira conversa é para estabelecer o laço de confiança entre o empresário e a equipe do PEIEX. Com o diagnóstico inicial, conseguimos propor a implantação de melhorias e transmitir nosso conhecimento para tornar a empresa apta a encarar os desafios do mercado”, explica a coordenadora

do PEIEX Cascavel, Lizete Cecília Deimling. Os atendimentos dos técnicos nas empresas inscritas podem ser realizados conforme a necessidade de cada empresa, e mais de forma gratuita. Os profissionais avaliam todos os setores, propõem melhorias e buscam implantar as sugestões, que são todas documentadas segundo metodologia da APEX. “Atendemos indústrias de vários segmentos da economia brasileira, desde a pequena até a grande que pretende ou já exporta. Depois que empresa aceita participar realizamos um diagnóstico das áreas de atendimento, administração e estratégia, capital humano, finanças, vendas e marketing, produção e comércio exterior. Quando o empresário estiver com todas essas áreas estruturadas estará apta para exportar”, destaca.


Fórum

Fórum Femine convida empresários a refletirem sobre a competitividade internacional Um dia para refletir sobre o papel e a estratégia da indústria e do comércio regional na competição internacional pelo mercado consumidor paranaense. A temática será abordado durante o Fórum de Empreendedorismo, Integração e Negócios (Femine) no dia 27 de agosto, na Universidade Estadual do Oeste (Unioeste). O evento tem como público alvo empresários da indústria e comércio, executivos, gestores e acadêmicos do Oeste do Paraná, que são convidados a discutir sobre possíveis estratégias conjuntas para equilibrar a competitividade internacional das empresas da região. O fórum visa oferecer ao empresariado um direcionamento inicial sobre o processo de internacionalização, indicando empresas, pessoas, instituições e atividades para solucionar as dúvidas, principalmente nas áreas de fluxos, custos, controles e burocracias da importação e exporta-

ção, logística e marketing internacional.

PESQUISA Durante o evento será realizado um projeto paralelo com os empresários de Toledo e região. Uma pesquisa será aplicada abordando os principais temas que afetam a competitividade internacional, como infraestrutura, logística, mão de obra qualificada, prestadores de serviços, feiras e eventos internacionais, adequação de produto ou processo, inteligência comercial e importação. O objetivo é montar um relatório com as maiores dificuldades estratégicas e estruturas da indústria e comércio na competição internacional, com proposições e sugestões de melhorias.

CRONOGRAMA DO EVENTO O fórum terá início às 17:30, no Olinda Park Hotel, salão de inverno onde será feito o creden-

ciamento, cadastro dos participantes e entrega de material de apoio. Das 17h30 às 21h30 especialistas e prestadores de serviços de instituições de apoio e direcionamento, atenderão empresários com dúvidas específicas sobre internacionalização. Entende-se como direcionamento inicial “apontar o caminho e apoio”, indicar empresas, pessoas, instituições e atividades que o empresário deva conhecer para solucionar suas questões. O fórum conta com o apoio das Universidades de Toledo, SINVAR - Sindicato do Comércio Varejista de Toledo e Câmara da Mulher Empreendedora e de Negócios de Toledo. Palestra de cerimônia de abertura do Fórum “O papel e a estratégia da indústria e do comércio para a competição internacional”. O foco na “Gestão”. Após o término do painel do Fórum será o lançamento da edição de agosto da Revista Femine e coquetel de lançamento.

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Super Dica

Tá ruim de estacionar? Não tem problema, a tecnologia dá uma "mãozinha" Foi-se o tempo em que a diversão ao volante e o prazer de dirigir resumiam-se ao pé no acelerador em uma estrada bem pavimentada e sem tráfego, realidade beeemmm distante em nossas estradas brasileiras. Mas graças à evolução das tecnologias nos automóveis, o motorista tem condições de curtir seu carro de diversas formas e situações dentro de nossas vias urbanas, como é o caso do assunto em questão: o estacionamento. A frota de veículos aumenta a cada dia e em uma dinâmica que nos coloca em novos desafios como a demanda por novas vagas de estacionamento. O trânsito de Toledo, por exemplo, passou e está passando por mudanças significativas motivadas pelo grande número de veículos circulantes e a necessidade de um fluxo maior. Uma reclamação quase que generalizada para quem se utiliza do comércio central da cidade, foi a mudança do estacionamento que hoje se faz paralelo ao meio-fio. Reação na-

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tural pela redução considerável no número de vagas, como também ao costume e a prática da necessidade de efetuar baliza correta para estacionar dentro das vagas demarcadas. Diante desta nova realidade nos centros urbanos e de olho no mercado em expansão, as montadoras de veículos oferecem ao consumidor “uma mãozinha” na hora de fazer uma baliza correta, sem que haja aquela raspadela no pára-choque do carro da vaga vizinha. A Ford, por exemplo, evoluiu o já conhecido sensor de estacionamento, em modelos como New Fiesta e Ecosport, oferecendo este item original de fábrica, como item de série, e além do aviso sonoro já comum entre os sensores, acrescentou-se uma tela de 3,5'' que permite informações visuais além de auditivas que ajudam a estacionar o veículo sem esbarrar em obstáculos ou dar as famosas "batidinhas". Modelos como Novo Focus Titanium e o

Novo Fusion Titanium AWD, ampliam ainda mais a experiência das manobras. Um equipamento chamado Sistema de Estacionamento Automático - Park Assist (o falado “estaciona sozinho”) possui sensores que identificam uma vaga compatível com o tamanho do veículo e o sistema controla automaticamente o volante durante a baliza. O motorista só precisa controlar o freio, o acelerador e seguir as orientações que aparecem na tela de 8'' no painel central. A principal vantagem do sistema da Ford é que ele requer menos participação do motorista e reduz os riscos de se escolher uma vaga muito apertada. Além disso, o Sistema de Estacionamento Automático - Park Assist funciona em situações em que é preciso estacionar em terrenos mais acentuados ou ladeiras. Gilneia Grotto Gerente Comercial da Ford Slavieiro


Moda

Autênticos do verão, os vestidos voltam à cena no inverno

A leveza dos tecidos combinados com acessórios tipicamente mais quentes compõe looks aconchegantes e sensuais.

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Papo - Cabeça

Amizade conectada full time, tá ligado? Por cerca de 30 minutos elas não tocaram no celular. Milagre? Não, era sobre ele – e elas – que se tratava o assunto: a amizade e o celular. Victória Maria Miotto Caimi e Helouise Heuser Schorn, 15 anos de idade, são BFF (Best Friends Forever) – termo em inglês que significa “melhores amigas para sempre” e que caracteriza os novos estilos de vivenciar uma amizade. Relação, esta, muito intensa: mesmo estudando em diferentes escolas, elas trocam informações a cada dez minutos (talvez menos que isso). “A gente se encontra toda a semana para conversar sobre o que aconteceu e o que está programado, mas é pouco para falarmos tudo o que precisamos”, revela Helo. Por isso, mensagens por meio de aplicativos de celular, suprem com essa necessidade de saber todos os passos da amiga. “Se a bateria do meu celular acaba enquanto eu estou na rua, me sinto desnorteada, como se algo faltasse em mim”, atesta Vic que já fez sua mãe esperar alguns minutos antes de sair para um compromisso apenas para recarregar o celular. “No mínimo, tem que ter 30% carregado”. E o que elas tanto “conversam” por celular? “De tudo, desde a louça que temos para lavar em casa, dos trabalhos da escola, até bobeiras, como tirar uma foto fazendo careta para divertir o dia”, argumenta Vic que é complementada por Helo: “eu mandei um SnapChat para ela ver se a roupa para a sessão de fotos estava boa”,

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afirma, referindo-se a um aplicativo de celular que de tão dinâmico que é permite que o contato marcado veja sua foto por poucos segundos. Entre as dúvidas sobre a futura profissão – Helo quer fazer direito ou história com especialização em egiptologia e Vic permeia entre o universo da medicina, jornalismo e artes cênicas –, as reflexões sobre o comportamento dos

amigos e os anseios por novos conhecimentos, as garotas se divertem com o que a tecnologia oferece. “Nós vivenciamos a época da internet discada e do computador grande. Mas agora, está tudo em nossas mãos. Com o celular podemos tirar fotos, acompanhar as novidades do mundo e manter nossas amizades fortes”, contextualizam as conectadas amigas.

AV. Maripá, 4724 Tel.: (45) 3054-0131 FEMINE

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O Colégio Comunitário de Toledo

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sando suas potencialidades e avaliando a eficácia das intervenções pedagógicas adotadas. Os pais são os primeiros educadores, os reais responsáveis pela educação dos filhos. Desta forma, espera-se que sejam mais que parceiros, cúmplices no desafio crescente de educar os filhos nos valores mais fundamentais do ser humano, através do diálogo,

exemplo e do acompanhamento do processo de desenvolvimento e aprendizagem. A Fundação mantém convênio com o Centro Universitário - UNINTER, onde oferece mais de 20 Cursos de Graduação e Pós Graduação a distância nas áreas de Saúde, Educação e Empresarial. Como também com o IBPEX com cursos de Pós Graduação presencial nas áreas de educação e empresarial.

anos na educação O Colégio Comunitário de Toledo – Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio, mantido pela Fundação Educacional de Toledo (FUNET), foi criado em março de 1977 e tem como característica ser um segmento comunitário, com alunos de diferentes segmentos culturais e sociais. Se configura aos educadores o desafio de estruturar o Colégio às exigências do modelo de sociedade posta, sem perder de vista e o sonho de transformação que se busca nesta mesma sociedade, no preparo de crianças, jovens e adultos, para este século e para o futuro. Diante disto, foram estabelecidos alguns princípios básicos para nortear a ação educativa, quais sejam:

O compromisso com a aprendizagem, a preparação para a vivência da plena cidadania, a parceria com as famílias. Tais princípios refletem a vontade política, pessoal e institucional de toda a comunidade escolar de buscar a concretização de uma filosofia e proposta educacional libertadora/emancipadora, que tem como fim último a proposta de uma sociedade mais humana, solidária e inclusiva. O Colégio Comunitário de Toledo considera a diversidade de seu alunado como um valor máximo de respeito às diferenças entre os indivíduos, um fator de enriquecimento e não um obstáculo para o cumprimento da ação educativa. Atender as necessidades educacionais especiais de seus estudantes é estar atento à diversidade, considerando as especificidades de cada um, anali-

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Trilha de João e Maria

Acertos e erros na educação Observando o dia a dia da humanidade, em especial o processo educativo tenho que concordar com uma das afirmações mais sábias que existem: “Pais nunca erram, o que ocorre é que eles deixam de acertar”. Mesmo tendo diante de nós acontecimentos brutais e desumanos de punição impostas por pais descontrolados psicoemocionais, ainda assim, será difícil comprovar que temos pais com intenção de errar. No entanto, podemos dizer que acertam os pais que optam pelo diálogo como forma educativa. Mas como manter um diálogo quando uma criança é hiperativa? Quando a criança não consegue ficar parada, muito menos escutando e partilhando? A resposta para esse quadro é o mais comum desacerto da educação. No mundo atual, onde tudo tem um horário rigoroso a ser cumprido, e temos a impressão que tudo funciona dentro de uma organização rigorosíssima, em que as

agendas movimentam um mercado de negócios nos meses finais de ano e até se tornaram um bem precioso e um presente caro e elegante, pois são elas que nos auxiliam o ano todo com nossos mais diversos afazeres... Esta mesma agenda, que está tão cheia de compromissos, acaba não tendo horário para a educação. A resposta mais comum dos pais para os filhos: “Tenho que trabalhar” (isso quando ainda essa justificativa não vem complementada de que a razão de ter que trabalhar é para pagar as contas do próprio filho – da própria filha). Se justa ou não, a questão é que está faltando horário na agenda para a educação. Daí a expressão “terceirização da educação”, tão comum em nossos dias e tanto ouvida dentro das escolas: “Os pais estão terceirizando a educação”, isto é, não estão fazendo o que lhes compete. Mas o que é que compete aos pais? No processo educativo, se os pais fizessem apenas uma única coisa:

“investissem tempo” com os filhos eles já estariam fazendo tudo o que um filho precisa para ser bem sucedido. Exemplo disso é a fase filosófica dos filhos, mais conhecida como a fase dos porquês. Pais que respondem os “porquês” dos filhos, no processo educativo, estão formando no filho o conceito de que suas curiosidades são importantes, de que sua pessoa é importante, de que o conhecimento é importante... e com isso implantam no filho um “auto conceito positivo”; enquanto que ao contrário, isto é, a não valorização dos porquês, forma no filho um “auto conceito negativo” e disso se origina o complexo de inferioridade e de menos valia que vão desenvolver-se em transtornos nas fases seguintes, mais acentuadamente na adolescência. Em resumo, pois conversar sobre esse assunto, é uma conversar quase que interminável, podemos dizer com convicção que o grande termo no processo educativo é o “tempo”; de fato o “tempo” investido pelos pais é o grande diferencial. Quando existe este investimento em quantidade e qualidade, a educação acontece... não precisamos dizer nada quando isso não existe. Pais! Não poupem nem na quantidade e muito menos na qualidade do tempo investido em seus filhos e filhas. Eu sempre digo: “Tem coisas que me esperam e o tempo não tira, tem coisas que o tempo tira e nunca mais devolve e tem coisas que nem o tempo tira”. Exemplo da primeira é a louça na pia (ela espera para ser lavada mais tarde); da segunda é a guerra de almofada com os filhos (não existe depois, ou se faz agora ou nunca mais) e da terceira é o sentimento que sobrou do que eu vivi, e isto pode ser bom ou ruim. Para que seja bom, é preciso viver bem o segundo momento. “Bons tempos” é uma expressão de boa educação. Pais que vivem “bons tempos” com seus filhos estão acertando na educação. Meus votos a todos os pais são de “bons tempos” com seus filhos e filhas! *Maurício Nestor Miquelon, formado em filosofia, teologia e psicoterapia, atua na área de formação humana com curso de “Estruturação da Personalidade”, “Escola de Líderes” em parceria, e é criador do “Treinamento Para a Memória”: projeto este que desenvolve em parceria com escolas proporcionando melhores rendimentos aos alunos, professores e pais. Também atua como Terapeuta nas diversas áreas da psicoterapia; na orientação para casais; terapias bioenergéticas.

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Programa valoriza crianças e adolescentes com altas habilidades Augusto de Oliveira Miquelon, de 12 anos, é um dos estudantes da rede estadual de ensino de Toledo que integra a turma do Programa para Alunos com Altas Habilidades/Superdotação, no Colégio Estadual Jardim Porto Alegre, implantado pela Secretaria de Estado do Paraná em 2012. O objetivo é instigar nos alunos a busca pelo conhecimento e aproveitar o potencial de cada criança e jovem. A Resolução nº 4 CNE/CEB de 5 de outubro de 2009, considera alunos com Altas Habilidades/Superdotados aqueles que apresentam um potencial elevado e grande envolvimento com as áreas do conhecimento humano, isoladas ou combinadas: intelectual, liderança, psicomotora, artes e criatividade. Alunos com Altas Habilidades/Superdotação são aqueles que, quando comparado à população geral, apresentam uma habilidade significativamente superior em alguma área do conhecimento, podendo se destacar em uma ou várias áreas: Acadêmica - tira boas notas em algumas matérias na escola - não necessariamente em todas - tem facilidade com as abstrações, compreensão rápida, demonstra facilidade em memorizar; Criativa - é curioso, imaginativo, gosta de brincar com ideias, tem respostas bem humoradas e diferentes do usual; Liderança - é cooperativo, gosta de liderar os que estão ao seu redor, é sociável e prefere não estar só; Artística - habilidade em expressar sentimentos, pensamentos e humores através da arte, dança, teatro ou música; Psicomotora - habilidade em esportes e atividades que requeiram o uso do corpo ou parte dele, boa coordenação psicomotora;

Motivação - torna-se totalmente envolvido pela atividade do seu interesse, resiste à interrupção, facilmente se chateia com tarefas de rotina, necessita de pequena motivação externa para completar um trabalho percebido como estimulante e se esforça para atingir a perfeição.

INCENTIVO Em Toledo, as turmas são atendidas em dois colégios: Jardim Porto Alegre e Luiz Augusto Morais Rego. As aulas acontecem no contra-turno escolar. O adolescente Augusto, que está cursando o 8º ano do Ensino Fundamental Estadual na Escola do Campo de Nova Concórdia, em Concórdia D´Oeste, participa há três anos do projeto. No momento, integra o grupo de estudo de Química - tabela periódica. “Desde que estou participando do programa me sinto mais aberto ao conhecimento e consigo me expressar melhor”, revela. Maurício Nestor Miquelon, pai de Augusto, participou como orientador convidado do programa em 2013 e desenvolveu um trabalho com os estudantes na área

de formação humana. “Trabalhei com eles toda a parte de controle cerebral. Foi muito importante participar desse projeto, que abre portas e proporciona o crescimento da área educacional no Estado, valorizando crianças e jovens com altas habilidades/superdotação. Integrar esse projeto está sendo muito importante para o desenvolvimento do meu filho”, frisa. Os estudantes recebem um atendimento especial toda a semana. Nos encontros é possível potencializar as altas habilidades dos alunos que foram detectados na escola e passaram – ou passam – por um processo de avaliação. “Os alunos são segregados por áreas de interesse. Assim, a troca de experiências é maior e eles buscam desenvolver uma pesquisa no que mais chamar a atenção”, explica a coordenadora do Programa para Alunos com Altas Habilidades/Superdotação no Colégio Estadual Jardim Porto Alegre, Ivonete Arienti. Saiba mais sobre o projeto no site do Núcleo Regional de Educação de Toledo: http://www.nre.seed.pr.gov.br

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Educação

As tecnologias e a revolução no ensino: estamos preparados? Pedir para o aluno desligar o celular na sala de aula é a melhor atitude adotada pelo educador? Para o professor emérito da Universidade Federal de Santa Maria, especialista em ensino e inovação tecnológica, Ronaldo Mota, não. “O problema real não é o celular ligado. Os jovens conseguem perfeitamente acompanhar os dois e não haverá como mudar isso. As crianças não vão mais aprender equação de segundo grau na escola. Elas vão procurar um vídeo, com um bom professor, e vão aprender na hora que querem, como querem, com algum nível de interatividade. O espaço tradicional de ensino hoje mais se assemelha à tortura do que ao ensino. Tenho a esperança de que a escola vá reconhecer esse movimento e se reconceitualizar”. É com esse posicionamento que ele defende a modernização do sistema educacional no livro “Educando para a Inovação”, escrito em coautoria com David Scott, professor da universidade de Londres. No livro ele afirma que o atual sistema educacional é obsoleto e que o novo modelo só se erguerá se docentes e instituições ouvirem as lições de um ator: o aluno. “Os alunos já podem estudar em casa e até obter diploma pela internet. Mas muitos professores ainda não perceberam esse movimento: serão engolidos pela tecnologia e perderão a atenção dos estudantes”.

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INOVAÇÃO A resposta para o desfio das escolas de formar pessoas em um mundo de mudanças aceleradas e de demanda permanente por aprendizado está na inovação. Mas como a escola se insere nesse contexto de mudanças aceleradas? Para Mota, a instituição precisa formar pessoas aptas a viver nesse cenário constante de inovação. “O problema é que a escola segue se preparando para o antigo modelo. Ainda mantemos a figura clássica do professor que entra na sala de aula e apresenta o conteúdo para os alunos como se eles não soubessem nada. Isso, porém, não deve nos dar a ilusão de que a escola não será transformada: ela será”, atesta. A transformação para o professor passará pela extinção do modelo atual da escola e também do professor. Mota sugere uma nova nomenclatura para essa profissão, a de “designer educacional”, dedicado à organização de conteúdos. “Mas ele não poderá fazer essa tarefa sozinho: o processo de ensino e aprendizado será cada vez mais coletivo. O designer educacional de física que se propuser a colocar o conteúdo de aula em uma plataforma on-line contará com ajuda de gente que saiba usar a plataforma, alguém que entenda de design, usabilidade e ferramentas no ambiente virtual. Não será uma pessoa só, vai ser um time. É um fenômeno que já está acontecendo: as grandes funcionalidades dos por-

tais educacionais são desenvolvidas hoje por jovens que dominam os sistemas digitais graças à afinidade que possuem com o universo dos games. Se resolver ficar sozinho, o professor perderá essa corrida”.

VANGUARDA Nesse contexto, o cenário deverá ser assim: grande parte dos jovens já aprende parte do conteúdo escolar em canais que não dependem da escola. “Não é o fim da escola”, reforça Mota, “mas uma chance que se apresenta para aqueles alunos que não aguentam permanecer em sala de aula e que procuram mecanismos alternativos para adquirir o próprio conhecimento”. Metodologias que valorizem a aprendizagem independente são caminhos para a inovação defendida pelo professor. “O hábito de estimular o aluno a estudar em casa depois de ver o conteúdo em sala aula é falido, não há a menor chance de dar certo. A única forma de preparar alguém para a inovação e para a aprendizagem independente é oferecer o conteúdo antes da aula e fazer com que os momentos presenciais e coletivos passem por um filtro: só participam desses momentos aqueles que demonstrarem o mínimo interesse. Se a criança sequer tocar no conteúdo antes, ela simplesmente não deveria participar do convívio”.


Atualização vivencial Com o objetivo ampliar e aprofundar o estudo sobre a utilização dos dispositivos móveis na educação, a Secretaria de Estado da Educação do Paraná desenvolve o curso “Aprendizagem com Mobilidade”. A professora Eguimara Selma Branco, do Departamento de Formação dos Profissionais da Educação, afirma que o smartphoone, celular, notebook e outras ferramentas tecnológicas estão reorganizando a maneira de ver a vida e por isso,

a reflexão junto aos professores é: estamos dominados por essa necessidade e virtualidade? “Entendemos que toda essa discussão, de certa forma, irá refletir em uma nova postura de perfil de educador”, destaca. O curso ocorre parte a distância e parte presencial. A distância os professores além de acessarem o espaço do curso on-line, também discutem em fóruns e postam atividades dentro de um ambiente

virtual e ainda interagem com colegas de curso e de outros cursos dentro de uma rede social chamada Conecta. Os esforços, segundo a professora, são para superar um dos muitos desafios que se apresentam. “Os professores estão incomodados, procurando auxilio, pesquisando, aprendendo e reorganizando suas maneiras de ensinar. Isso tudo com certeza reflete na escola e nas mudanças que acreditamos que irão ocorrer”.

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Artigo

Copa do Mundo e o legado para o Brasil

Futebol definitivamente não é somente um jogo. É patrimônio cultural, criação artística coletiva. É ferramenta de inclusão social, instrumento de coesão nacional, é construção da identidade coletiva, é integração cultural. E a Copa do Mundo é o ápice de todos esses aspectos, um marco unificado no calendário mundial celebrando um grande encontro entre as nações. A realização da Copa do Mundo no Brasil – conhecido mundialmente como o país do futebol –– deixará importante legado como a convivência pacífica entre os torcedores. Os brasileiros, especialmente torcedores de clubes rivais, pouco habituados à tolerância, vão perceber que as partidas de uma Copa estabelecem uma espécie de trégua no antagonismo e fazem o futebol voltar às origens, quando surgiu como forma de lazer e de união de trabalhadores das indústrias britânicas. É a parte mais comovente de uma Copa do Mundo. Quem

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compra um ingresso muitas vezes descobre, ao chegar ao estádio, que está no meio da torcida adversária – e todos torcem em paz. Estão ali para curtir o futebol. Muitas vezes há concentrações em torcidas levadas por patrocinadores, mas em geral as compras avulsas provocam a mistura – algo que a Fifa valoriza muito. O fenômeno não se verifica apenas nos estádios. Nas ruas e, principalmente, nas grandes concentrações em áreas públicas lançadas e consagradas pelos alemães na Copa de 2006, a integração fica ainda mais evidente. É uma lição de tolerância para um mundo habituado a conflitos. Não importa a cor da bandeira ou das pessoas, o credo, o país de origem, todas circulam lado a lado, em absoluta harmonia. É a celebração do respeito, da alegria. É uma das tantas lições que o futebol pode dar e que a Copa no Brasil pode deixar como legado.

Além da reafirmação de uma cultura de paz, de respeito à diversidade étnica, racial e cultural um evento dessa envergadura pode proporcionar ao Brasil também contribuições importantes como a geração de empregos e renda e no fluxo de turismo para as nossas cidades-sede, porque elas passaram a ser muito mais conhecidas e o evento movimentará a sua economia. A presença da imprensa internacional, das televisões, revistas, jornais e rádios visitando o nosso país, colhendo depoimentos, divulgando o Brasil, não têm como calcular o que isso significa. Mas o maior legado da Copa do Mundo nem sequer pode ser medido. A Copa pode botar o Brasil de vez no mapa dos grandes destinos mundiais e imputou ao Brasil a qualidade de receber grandes competições como essa. E isso já mexeu com a autoestima dos brasileiros e trouxe uma mudança de mentalidade, não para que as pessoas acreditem que é possível fazer o que parecia exclusividade de outros países, mas para que percebam que nós já fazemos isso e não nos damos conta. Somos capazes e bons anfitriões para receber com carinho e respeito os cidadãos do mundo. Podemos, sim, organizar a Copa. Este é, então, um momento privilegiado para o Brasil. O verde e amarelo vai colorir as ruas e os corações nesta grande celebração da nossa autoafirmação nacional. E a Copa é uma festa esportiva que projetará mais uma vez para o mundo o talento dos nossos jogadores, vestidos de verde e amarelo, dando um show do “futebol-arte”, e também do carisma da nossa gente em receber com alegria os visitantes. O desafio agora é dar transparência aos custos e à execução dos projetos. O aficionado por futebol sabe que a organização é a melhor moldura para o talento; que improviso funciona quando há entrosamento; que autoconfiança em excesso prejudica o desempenho, e que não adianta comemorar antes do fim do jogo. Que façamos uma boa Copa e que os ganhos sejam mesmo da nação, e não apenas dos proprietários da marca registrada.

Marli Gonçalves Costa é professora de educação física e secretária municipal de Esportes e Lazer de Toledo


Empreendedoras

Uma Copa de oportunidades O pontapé foi dado e o Brasil já se apresentou em campo. Aliado ao momento de oportunidades tão esperado do ano, empreendedoras de sucesso colocaram em prática seus projetos e começam a colher os primeiros resultados de seu planejamento para o período da Copa da Mundo. A Revista FEMINE reuniu empresárias que vestiram a camisa – literalmente – e aproveitaram o clima para potencializar seus negócios.

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Estilo de vida

As lições de maturidade de uma jovem amazona Com um amadurecimento acima da idade cronológica, ela se dedica intensamente ao esporte que atua desde os dez anos. Como num processo biológico de osmose, ela incorporou - e levou toda a família - a viver intensamente todos os aspectos desse universo. O encontro de Isadora Riedi com o hipismo foi providenciado pelo destino. “Uma amiga me convidou a assistir uma prova e lá o treinador pediu se eu não queria competir, estava com medo do cavalo. Mas depois da insistência dele e da minha amiga montei e fiz devagar a prova do tambor”, relembra. O medo vencido naquele dia aflorou o espírito esportista da jovem, hoje com 14 anos de idade e nove títulos na bagagem – um deles de vice-campeã nacional na categoria. Mesmo com uma identificação natural com o esporte, a disciplina é fundamental para conquistar resultados positivos. “Treino três vezes na semana, durante uma hora e meia, mas fico a tarde toda cuidando dos animais que monto, levando-os para passear, comer, tomar banho. Tem que ter muita dedicação”, confirma, provando que o hipismo é uma paixão, um estilo de vida. Essa disciplina reforçada no esporte foi transferida para a vida pessoal. Sua mãe, Flora, confirma que Isadora é muito tranquila e responsável. “Cuidar do animal também faz parte do esporte que depende muito da sintonia entre ela e o cavalo”. Mãe e filha são unânimes também ao dizer que o hipismo oportuniza momentos únicos entre a família. “É um meio saudável, os pais acompanham os filhos nas competições e ficamos todos juntos” complementa Flora.

COMPETIÇÕES Isadora disputa as principais competições do país, nas modalidades tambor e baliza. Quem a acompanha nas provas são as éguas Ópera Líder FV e Ultra Violet AGAE. Com elas, Isadora foi vice-campeã na categoria 12 a 14 anos na ABQM (considerado o maior campeonato brasileiro). Com esse título, ela está apta a participar de provas nos Estados Unidos – porém, a pouca idade ainda não permite. “Tenho que ter 18 anos”, sinaliza. Enquanto isso, ela continua a viver, literalmente, o hipismo.

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Comportamentos

O afeto das quatro patas Eles ganharam um status muito importante dentro das relações pessoais. Conquistaram com seus pedidos de carinho, balanços de rabos, olhares pidões e respeito, o lugar de membros da família. Cães e gatos são, para muitas pessoas, mais do que melhores amigos. A médica veterinária Karine Rios Medeiros respalda essa teoria. Em sua clínica veterinária ela observa as relações entre donos e cães/gatos. “Eles estão presente na vida das pessoas e o valor sentimental é muito maior do que antigamente”, garante. Banhos semanais, podas, mimos com roupas, coleiras personalizadas, camas especiais são algumas das regalias que os pets tomaram para si. Mas não é apenas na beleza que os donos investem em seus bichanos. Quando há algum problema de saúde, por exemplo, os esforços são todos para deixá -los saudáveis. “Eles querem salvar seu bicho e não apenas substituí-lo por outro. Por isso, investem em tratamentos que tragam o animal de volta”, complementa Karine. Também pudera: nessa relação quem mais ganha é quem cuida. “O benefício sempre é do dono, que precisa de um carinho, de alguém para não dar problemas e que seja um companheiro fiel”, define. Por isso, muitos casais que optam por não terem filhos adotam um animal. Em outras situações, é o bichinho que devolve a alegria a uma família que passou por um trauma. A intensidade de afeto nem sempre é nas proporções descritas acima, mas pode ser conquistada. A Karine, por exemplo, vivenciou uma experiência transformadora: mesmo sem nunca ter um gato ou cão em casa – por vontade dos pais – sempre quis ser veterinária. Certo dia, ela adotou um filhote e o escondeu no guarda-roupa de seu quarto. Por lá a cachorrinha ficou por alguns dias, sendo alimentada e cuidada em segredo por Karine. Até que um dia, tudo foi descoberto. E o final dessa história? “Eu sai de casa e tive que deixar a cachorrinha com eles que também já adotaram outro cão”, descreve, sobre seu legado na família.

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Arquitetura

O lar à nossa moda Mais que sofisticação, os projetos devem ter estilo, funcionalidade e personalidade. Cada um vai ser diferenciado pela inovação e tecnologia do momento. A diversidade de materiais existentes - hoje ao alcance de todos - é fundamental para os novos conceitos de vida. O arquiteto trabalha com a realização do “sonho” do cliente: ele tem uma grande responsabilidade em suas mãos. Por isso deve atender as expectativas sem desrespeitar as preferências de quem solicita os serviços. Desde um projeto arquitetônico, a arquitetura de interiores, reformas, espaços comerciais, entre outros, o profissional sempre deve considerar os anseios do seu cliente e orientá-lo para que o resultado final tenha êxito. O que cada vez mais se busca são ambientes práticos, com espaços confortáveis e fáceis de transitar. Porém, sem perder a sensação de acolhimento que se consegue com pisos de madeiras, cortinas de tecidos nobres, tapetes e até mesmo com o forro de gesso e a iluminação. Os móveis feitos sob medida garantem o bom aproveitamento dos espaços e também uma circulação fluida. As opções de materiais no mercado de lâminas facilitam e muito a criatividade. Dos pisos às bancadas de cozinhas e banheiros, os acabamentos em pedras naturais e industrializadas proporcionam uma finalização sólida e duradoura. Diante de tantas opções, a grande preocupação da arquitetura é considerar todos os traçados que qualificarão com praticidade e beleza, os investimentos econômicos, sociais e culturais. Ione Bernhard é arquiteta e urbanista

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Rua Carlos Barbosa, 1 Fone/Fax: 4 (45) 3277-5 49 - Vila Industrial / Toledo-PR 957 / E-m ail: vacilmov

eis@yahoo. com.br

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Casamento

Dicas para não errar na escolha dos convites de casamento Cerca de quatro meses antes do casamento,

No convite de casamento também pode ser

Quando se escreve em um convite de casa-

e logo após ter escolhido a data, o local, o estilo

mencionado o tipo de vestuário a ser usado

mento “Convidamos a Sra. X e o Sr. Y e sua famí-

e a formalidade do mesmo, está na hora de pen-

pelos convidados. Por exemplo, caso o casa-

lia”, significa que toda a família que mora nessa

sar nos convites. Não se esqueçam que estes

mento seja formal, deve-se mencionar o uso

casa está convidada. No caso de convidarem

podem demorar até 45 dias para preparar e im-

de “fraque” ou “smoking”.

casais que não são casados, ou seja, não têm o

primir. Envolvem desde a decisão e a coerência

Juntamente com o convite de casamento pode ir

mesmo sobrenome, mas moram juntos, enviem

do design, além da escolha do tipo de letra, pa-

uma pequena amostra do estilo pessoal dos noivos,

um convite com o nome completo de cada um no

pel, cores, emblemas ou carimbos com iniciais

como uma fita impressa com os nomes. Imaginem

mesmo envelope. Se não vivem juntos enviem

para selar os convites. A harmonia entre o convi-

que irão comemorar o casamento com um chá das

dois convites de casamento separados. No caso

te e o cartão de localização dos convidados nas

cinco, em vez de um jantar formal, podem juntar ao

de um casal gay aplicam-se as mesmas regras.

mesas e na igreja, bem como os menus, papel

convite um saquinho de chá aromatizado (mas não

Incluam um último elemento juntamente com

e cor compõem outros detalhes do casamento.

se esqueçam de pesar nos Correios para contabili-

o convite, um Cartão de Resposta (RSVP) com

zar os eventuais custos extras).

um envelope e selo, autoendereçado, e esperem

Os convites devem, sem dúvida alguma, refletir a personalidade dos noivos, consequente-

De extrema importância é nunca fazer menção

a resposta. Caso não obtenham resposta no pró-

mente, o estilo a ser optado e que implicará na

onde estão registradas as listas de casamento. Só

ximo mês, liguem para o convidado, pois pode

formalidade ou informalidade do casamento. Se

mencionem a quem perguntar. Não citem também

não ter recebido o convite. O cartão RSVP pode

a cerimônia religiosa é em um ambiente diferente

qualquer tipo de título como Dr., Eng., etc.

ser um cartão separado do convite, requerido em

da recepção deve-se incluir os diferentes locais

Peçam primeiro uma amostra na gráfica

casamentos formais. Para pouparem custos, e

ou, então, enviar dois convites distintos para os

dos convites e verifiquem datas, horários,

no caso do casamento ser informal, o RSVP pode

diferentes acontecimentos. Quando a recepção

moradas e todos os itens antes de enviar para

ser impresso no verso do próprio convite. Cartões

não acontece logo depois da cerimônia não se

impressão. Não descuidem deste pormenor

de Respostas (RSVP) - este acrónimo provém do

esqueçam de mencionar o horário marcado.

para não terem uma dor de cabeça posterior.

francês, que significa “répondez s’il vous plaît”.

QUALIDADE EM TODOS OS DETALHES (45) 3378.1424

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Mai�d� que um papel, é uma arte, uma forma de demon�ra� junho /2014 35 alegria, afet� e desej�FEMINE de e�a�pert�


Para Ler, Ver e Ouvir PARA LER

Espelho, Espelho Meu... Manual da Mulher de 40 Cuidados de beleza, saúde e bem estar. Escrito por uma equipe disciplinar, a obra mostra o passo a passo dos procedimentos de beleza e cuidados com o corpo. O sucesso do livro se deu pela maneira simples das escritoras de diferentes áreas, a exemplo de esteticista facial, corporal, personal

trainner, nutricionista e terapeuta floral Ana Claudia Petkevicius, de repassarem seus conhecimentos e experiências de anos de trabalho, com sugestões e dicas primorosas. “Espelho, Espelho Meu...” é o Manual da mulher de 40, mas não deixa de ser um essencial para mulheres de todas as idades.

A Memória de um Pássaro sem Luz Neste livro o médico cardiologista e escritor londrinense Marco Fabiani mostra que a memória é vista como algo capaz de aprisionar as pessoas no passado, mas que há também a possibilidade da memória ser capaz de libertar as pessoas para o presente. E por esse motivo, esse romance mergulha na possibilidade da memória como elemento de libertação. A história do livro é narrada por uma mulher

Vinho & Guerra Os franceses, os nazistas e a batalha pelo maior tesouro da França

A exemplo de outros membros da Resistência, os vinicultores se mobilizaram para reagir aos

Em 1940, logo depois da ocupação da Franca

ocupantes, mas a saga de suas proezas heroi-

pelos nazistas, o exército alemão iniciou uma

cas permaneceu em grande parte desconhecida

campanha para pilhar um dos símbolos france-

- até a narrativa de tirar o folego, Vinho & Guerra

ses mais tradicionais e prestigiados: seu vinho.

de Don e Petie Kladstrup, editora Zahar.

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chamada Izabel, que nasceu e cresceu em um pequeno vilarejo chamado de Enseadas. E morando em uma fazenda, ela pode conhecer o mundo através da beleza das estações, mas também através da violência das secas e das inundações. Com várias obras já publicadas como “Trilhas do Fogo”, “Contos de Pau e Pedra”, “Histórias de um Norte tão Velho”, Marco divide o tempo entre medicina e literatura.


Abrir Portas e Janelas

PARA VER

Mundos Opostos A obra conta a história de Adam e Eden que se apaixonam ainda na adolescência. Um amor impossível, separado pela gravidade. Eles vivem em planetas com forças gravitacionais opostas: ele no mundo inferior, pobre; ela no superior, explorador. São brutalmente afastados quando um patrulheiro interplanetário os flagra, provocando um acidente

aparentemente fatal para Eden. Dez anos se passam e Adam é apenas mais um cara normal tentando levar a vida, ainda abalado pela perda da amada. Mas eis que Adam vê Eden na televisão e descobre que ela está trabalhando num prédio que conecta os dois planetas. Ele agora fará de tudo para, finalmente, reencontrar o amor de sua vida.

O filme argentino Abrir Portas e Janelas, de Milagros Mumenthaler, narra a história de três jovens irmãs que ficam sozinhas em uma casa cheia de memórias, depois da morte da avó que as havia criado. Disputas, brigas, momentos de entendimentos e esperanças vão permeando a vida dessas jovens que, além de terem que lidar com o sentimento da perda familiar, precisam aprender a lidar com essa nova fase em suas vidas. O filme ganhou o prêmio máximo da 26ª edição do Festival Internacional de Cinema de Mar del Plata.

PARA OUVIR

Mulher “Dizem que a mulher é sexo frágil / mas que mentira absurda / Eu que faço parte da rotina de uma delas / Sei que a força está com elas”. A letra da música cantada por Erasmo Carlos enaltece a força da mulher que divide sua atenção entre o marido, que quer uma mulher só sua, ao mesmo tempo em que ela amamenta o filho homem recém-nascido, estende a mão para o segundo e oferta sua atenção para o terceiro filho sedento de amor. São “quatro homens dependentes e carentes da força da mulher”. A obra é quase toda dedicada à louvação à sensualidade, à sexualidade e ao companheirismo do sexo feminino .

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Gourmet

Aguce seu paladar: dias frios combinam com pratos quentes e vinhos Um casamento perfeito. Poucas coisas combinam tão bem como inverno e vinho. Nesta época do ano, ele ganha lugar de destaque na mesa, ainda mais se vier acompanhado de comidas típicas das noites frias, como sopas e founde. As combinações entre os pratos e os vinhos são chamadas de harmonizações. Tudo isso para que um sabor não se sobreponha ao outro: eles devem se completar. Mas que tipo de vinho escolher para cada ocasião ou cardápio?

Sopas São bem harmonizadas com vinho tinto leve, de sabor fresco e frutado.

Massas Neste caso, a escolha do vinho não é uma tarefa fácil. As massas são servidas com os mais diversos tipos de molho. Recomenda-se os tintos leves, por serem mais saborosos e macios, para molho branco e à bolonhesa.

Pizzas Para acompanhar a pizza do fim de semana o melhor pedido são os tintos de corpo médio, que aguçam o sabor de vários ingredientes.

Aves São bem acompanhadas por vinhos tintos médios e fermentados em madeira. Dão um toque sutil ao paladar.

Carnes vermelhas Para um cardápio com carne vermelha os mais indicados pelos especialistas são os tintos encorpados.

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Peixes e Frutos do Mar A combinação perfeita para peixes e frutos do mar de água salgada se dá com os vinhos brancos secos. Neste caso, deve-se evitar o tinto, que ao entrar em contato com o iodo dos peixes produz a sensação de um gosto metalizado.

Fondues de queijo Queijos e pães, de maneira geral, pedem a companhia de um vinho branco seco.

Sobremesas A dica na hora da escolha é optar por um mais doce que a sobremesa servida. Os brancos doces caem bem.



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FEMINE

junho /2014


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