ANO II - Nº 10 - JANEIRO/FEVEREIRO 2007
Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais
Entenda os princípios da nitretação de metais a plasma Veja algumas considerações sobre o setor ferramenteiro chinês
REVISTA FERRAMENTAL - PUBLICAÇÃO DA EDITORA GRAVO
Tire o máximo proveito dos eventos de negócios O gerenciamento do ciclo de vida do produto (PLM) como ferramenta de competitividade global
DESTAQUE
Sistemas de câmara quente Controladores de temperatura Hot Halfs Porta moldes especiais
“Schmolz+Bickenbach do Brasil”, esse é o novo nome da Swiss Steel, o mesmo usado por todas as outras 37 empresas do grupo, incluindo 4 usinas siderúrgicas, 5 fábricas de processamento de aços e 25 centros de distribuição de aços em várias partes do mundo.
. Um grupo com mais de 10.000 funcionários, líder mundial na fabricação de aços inox longos, um dos maiores produtores de aços-ferramenta e aços para construção mecânica do mundo, com faturamento de 3,5 bilhões de Euros.
A teoria fica mais próxima da prática nos treinamentos dentro da fábrica Mold Masters. Inscreva-se já! Aumente sua qualificação profissional em sistemas de câmara quente com Mold Masters. Só a única fornecedora de câmara quente com recursos próprios pode realizar treinamentos dentro de sua própria unidade fabril, onde é possível acompanhar passo a passo a fabricação dos sistemas e controladores de temperatura. A Mold Masters conta com farto material didático e técnicos especializados treinados para capacitar funcionários de qualquer nível hierárquico. Os cursos são mensais, com vagas limitadas e temas específicos a cada mês atingindo as mais variadas necessidades profissionais. Cursos extras e temas exclusivos também podem ser agendados. Ligue para (19) 3922-4265 com Eliane Podadera, saiba as datas e horários dos cursos e inscreva-se já! e-mail: treinamento@moldmasters.com.br
Sistemas de câmara quente Rua Hum, 1106 e 1126 Jardim Manchester - Nova Veneza Sumaré - São Paulo CEP 13178-440 - Brasil Fone/Fax: 55 (19) 3922-4265 www.moldmasters.com vendas@moldmasters.com.br
Controladores de temperatura
Hot Halfs
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ANO II - Nº 10 - JANEIRO/FEVEREIRO 2007
Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais
Entenda os princípios da nitretação de metais a plasma Veja algumas considerações sobre o setor ferramenteiro chinês
REVISTA FERRAMENTAL - PUBLICAÇÃO DA EDITORA GRAVO
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DESTAQUE
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. Um grupo com mais de 10.000 funcionários, líder mundial na fabricação de aços inox longos, um dos maiores produtores de aços-ferramenta e aços para construção mecânica do mundo, com faturamento de 3,5 bilhões de Euros.
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Christian Dihlmann Editor
A caminho da maturidade Diversos fatos marcaram o ano de 2006. Entre eles tivemos bons momentos, mas também muitos instantes perigosos e inseguros. Os mais marcantes foram, certamente, os atos criminosos contra o patrimônio público e as agressões à inteligência do cidadão, capitaneadas pelos nossos representantes nas esferas executiva, legislativa e judiciária, que mancharam a tarefa nobre de labutar em prol da comunidade e do futuro do país. Outras não menos agressivas foram as propostas de aumento de impostos e incrementos abusivos na remuneração de cargos públicos. Todavia, várias destas propostas foram rechaçadas por atos isolados de protesto do povo brasileiro, que resultaram na revisão de seus objetivos e decisões, apesar das contestações dos proponentes. E este tipo de postura e manifestação dos brasileiros nos remete à esperança de um mundo melhor, digno de respeito e prosperidade. Sugiro então que usemos esta capacidade de articulação e mobilização para reivindicar, de forma planejada, as ações necessárias à estruturação de um cenário definitivo de desenvolvimento sustentável do Brasil. Reivindicar não somente ao governo, mas também aos clientes, fornecedores, parceiros, funcionários, sócios e, acima de tudo, a nós mesmos. Somos membros de uma comunidade complexa e interdependente. Vamos copiar países de sucesso! Copiar a China! Sim, a tão famigerada China que nos assusta tanto. Ela tem muitos bons exemplos, sendo um dos mais notáveis o nível de investimento em infra-estrutura, que atinge 5% do
extraordinário Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 2,3 trilhões. Esse é um dos segredos do sucesso daquele país. Vamos eliminar as travas existentes em nosso país, que impedem que o setor produtivo cresça de maneira sólida e constante.
O mundo dos negócios é um verdadeiro campo de batalha. E Sun Tzu, autor da obra prima “A Arte da Guerra”, ensina que a guerra é de vital importância para o Estado. É o domínio da vida ou da morte, o caminho para a sobrevivência ou a perda do Império. Portanto, é fundamental saber manejá-la bem. Precisamos estar preparados para enfrentar todas as adversidades e, com maestria, superá-las. A Ferramental brinda novamente seu leitores, nesta primeira edição de 2007, com um farto material informativo, buscando cooperar com a profissionalização e a excelência do nosso setor ferramenteiro, preparando-o para esta disputa. Apresentando um estudo realizado por um instituto de pesquisas da Alemanha, são colocadas diversas informações a respeito da realidade dos baixos custos de moldes chineses no mercado alemão e, por extensão, no mundo. Também na componente de gestão, a preocupação cada vez maior com os produtos aponta para o artigo sobre a ferramenta de gerenciamento do ciclo de vida do produto (PLM Product Lifecycle Management), caminho irreversível para as empresas que pretendam atingir a classe mundial. E, objetivando contribuir para a obtenção de resulta-dos positivos quando da participação em eventos de negócios, as empresas têm a disposição um artigo so-bre o assunto, complementado pela Ficha Técnica que traz uma metodologia de preparação e acompa-nhamento na participação em eventos de negócios. Na vertente técnica, são apresentados os fundamentos para o processo de polimento em aços ferramenta, demonstrando os diversos fatores que influenciam a obtenção de uma ferramenta ou molde de boa qualidade. E, para fechar o leque de informações técnicas, os princípios sobre o processo de nitretação a plasma, comparado com técnicas convencionais, vêm pôr luz sobre diversas dúvidas ainda existentes em grande parcela de profissionais do setor ferramenteiro. Começo o ano esperançoso ao ver que, nós brasileiros, estamos evoluindo politicamente e, embora ainda de maneira lenta, caminhamos para a maturidade.
Janeiro/Fevereiro 2007
Ferramental
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Artigos Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais www.revistaferramental.com.br
DIRETOR - EDITOR Christian Dihlmann (47) 9964-7117 christian@revistaferramental.com.br
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Nitretação de metais a plasma: princípios, comparações com as técnicas convencionais e aplicações A evolução dos processos de tratamento superficial tem caminhado no sentido de minimizar a agressão às características físico-químicas dos materiais e a nitretação a plasma tem sido uma contribuição importante neste sentido.
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Um estudo sobre o desafio da China no setor ferramenteiro alemão A participação da China no mercado mundial de ferramentas desperta a curiosidade de importantes fabricantes. A Alemanha expõe alguns detalhes a serem considerados quando se avalia efetivamente os baixos preços praticados por aquele país.
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Planejamento para a participação em eventos de negócios A preparação e acompanhamento quando da participação em eventos de negócios ampliam as chances de sucesso. Todavia, pontos fundamentais na organização devem ser observados de forma seqüencial e ordenada.
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Fundamentos do polimento em aços ferramenta A etapa de polimento em moldes e ferramentas é determinante para obter melhor em trabalho. Portanto, é fundamental o entendimento das diversas variáveis que influenciam o processo.
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O uso do PLM - Gerenciamento do ciclo de vida do produto - para atingir a competitividade de empresas de classe mundial O acompanhamento do ciclo de vida dos produtos é extremamente complexo e exige a aplicação de ferramentas específicas para este fim, com o objetivo de conhecer e controlar as diversas variáveis do processo.
Jornalista responsável Roberto Junior Monteiro - RP: 2248/09/27v redacao@revistaferramental.com.br Colaboradores Adriano Fagali de Souza, André P. Penteado Silveira Arnaldo Forneck de Carvalho, Felipe Cusmanich, Jefferson de Oliveira Gomes, Cristiano V. Ferreira Rolando Vargas Vallejos PUBLICIDADE Coordenação nacional de vendas (41) 3013-3801 ferramental@revistaferramental.com.br Rio Grande do Sul - Ivano Casagrande (51) 3228-7139 / 9109-2450 casagrande@revistaferramental.com.br São Paulo - Ronaldo Amorin Barbosa (11) 6459-0781 / 9714-4548 ronaldo@revistaferramental.com.br ADMINISTRAÇÃO Jacira C. Dihlmann (47) 3025-2817 / 9919-9624 adm@revistaferramental.com.br Circulação e assinaturas circulacao@revistaferramental.com.br Produção gráfica Martin G. Henschel producao@revistaferramental.com.br Pré Impressão (CtP) e impressão Maxigráfica - (41) 3025-4400 www.maxigrafica.com.br A revista Ferramental é distribuída gratuitamente em todo o Brasil, bimestralmente, com tiragem de 8.000 exemplares. É destinada à divulgação da tecnologia de ferramentais, seus processos, produtos e serviços, para os profissionais das indústrias de ferramentais e seus fornecedores: ferramentarias, modelações, empresas de design, projetos, prototipagem, modelagem, softwares industriais e administrativos, matérias-primas, acessórios e periféricos, máquinasferramenta, ferramentas de corte, óleos e lubrificantes, prestadores de serviços e indústrias compradoras e usuárias de ferramentais, dispositivos e protótipos: transformadoras do setor do plástico e da fundição, automobilísticas, autopeças, usinagem, máquinas, implementos agrícolas, transporte, elétricas, eletroeletrônicas, comunicações, alimentícias, bebidas, hospitalares, farmacêuticas, químicas, cosméticos, limpeza, brinquedos, calçados, vestuário, construção civil, moveleiras, eletrodomésticos e informática, entre outras usuárias de ferramentais dos mais diversos segmentos e processos industriais. As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as mesmas desta revista. A reprodução de matérias é permitida, desde que citada a fonte. A revista Ferramental tem como pressuposto fundamental que todas as informações nela contidas provêm de fontes fidedignas, portanto, recebidas em boa fé. Logo, não pode ser responsabilizada pela veracidade e legitimidade de tais informações.
EDITORA GRAVO LTDA. Rua Jacob Eisenhut, 467 - Fone (47) 3025-2817 CEP 89203-070 - Joinville - SC
Seções 6 Cartas 7 Radar 10 Expressas 12 Conexão www 26 Ficha técnica 46 Enfoque 53 Eventos 57 Livros 57 Índice de anunciantes 58 Opinião
Foto da capa:
Ferramenta para estampagem Foto cedida pela Weg S.A., de Jaraguá do Sul - SC
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Sua colaboração é muito importante para o levantamento de dados, aprimoramento da revista e sua circulação. Mantenha atualizados os dados de sua empresa através do formulário da página 55 ou acesse o site www.revistaferramental.com.br
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A revista Ferramental supera qualquer expectativa. Recebam os meus votos de sucesso crescente.
Desejo muito sucesso para a equipe de trabalho, que continuem inovando com a revista.
Paulo Cury Modelação Usmold Ltda. - Barueri, SP
José Rovani Kurz Metalbus - Caxias do Sul, RS
Gostaria de parabenizar a revista Ferramental pelas suas ótimas matérias que passam informações objetivas e claras sobre os diversos assuntos do setor, com ênfase técnica e prática.
Gostaria de agradecer a oportunidade de expor algumas idéias, na seção radar da edição set./out.2006 da revista Ferramental. Já recebi inclusive e-mails parabenizando pelo artigo.
Carlos E. Menghini Engenheiro - Curitiba, PR
Victor Batista Forvm Project - Joinville, SC
Nós da Sociesc-Curitiba gostaríamos de receber a revista Ferramental já que possuímos os cursos Técnico em Plástico, Tecnólogo em Plástico e Moldes e pós-graduação em Desenvolvimento de Produto e Processos Plásticos e, no próximo semestre, o curso Técnico Mecânico. Tenho certeza que a Ferramental vem a somar e contribuir para a formação de nossos alunos e professores.
Há algumas edições venho acompanhando os conteúdos da revista Ferramental, notadamente os artigos sobre gestão e tecnologia. Tem sido motivo de grande satisfação encontrar temas tão interessantes, atuais e pertinentes ao segmento de ferramentaria e demais empresas. Tenho lido e indicado com satisfação a sua leitura e adoção dos conceitos ali expressos. Parabéns a toda e equipe responsável pela edição da revista.
Maurício de Oliveira Gondak - Coodenador da Pós Graduação em Desenvolvimento de Produtos Plásticos e Processos Sociesc - Curitiba, PR
João Carlos Domanski- Diretor Técnico Synergia Consulting - Curitiba, PR
A escola SENAI Roberto Mange de Campinas desenvolve o curso Técnico de Construção de Ferramentas, que visa qualificar profissionais para desenvolver moldes para termoplásticos e ferramentas para corte, dobra e repuxo. Assim sendo, gostaríamos de receber a revista Ferramental, que utilizaremos como fonte de consulta e atualização de nossos docentes e alunos.
A revista Ferramental superou nossas expectativas atingindo um público alvo extremamente selecionado. Entre as revistas do setor com as quais já trabalhamos, a Ferramental se destacou por apresentar um retorno de forma quase imediata de nossos anúncios fazendo valer o nosso investimento.
Newton Manuel Peron - Coordenador Técnico Escola SENAI "Robeto Mange" - Campinas, SP
Aproveito para elogiar a qualidade da revista e fico muito contente em saber que o editor desta publicação foi meu professor na pós-graduação feita na Univille. Há dois anos estou em Caxias do Sul e socializando meus conhecimentos e experiências adquiridas em Joinville. Exerço minhas atividades na Metalbus na condição de Gerente Técnico da Engenharia.
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Marcelo Marques Artis Prototipagem - Brasília, DF
Retificação O último parágrafo da seção Radar, Redução de tributos já! (edição nov./dez.2006), é: “Não é difícil concluir porque os empresários têm tantas dificuldades para tocar o seu negócio e desenvolver as suas atividades. Tributo na medida certa é remédio, mas em excesso é veneno!” A Editora se reserva o direito de sintetizar as cartas e e-mails enviados à redação.
A importância da formalização das vendas através de contratos A adoção de medidas preventivas, quanto aos aspectos contratuais e de análise de crédito, podem evitar riscos às empresas. Da redação
dos, muitos com elevado grau de sofisticação técnica e cujas especificações são de fundamental importância para o uso subseqüente, tais pedidos ou ordens de serviços, muitas vezes, são insuficientes para garantir segurança tanto ao fabricante quanto ao encomendante.
Altair Santana da Silva
Matérias anteriormente publicadas nesta revista abordaram temas pertinentes ao processo de fabricação, valorização e comercialização de produtos fabricados por empresas do segmento da indústria de ferramentais e modelações. Ultrapassada a fase de comercialização, tendo sido definido o custo de produção e o preço da venda, é comum que empresas de pequeno e médio porte formalizem os negócios mediante simples pedidos ou ordens de serviços. No entanto, em face das peculiaridades dos produtos fabrica-
Ressalte-se que não sendo definidos com exatidão e riqueza de detalhes as especificações técnicas do produto, previamente, eventuais problemas, no decorrer do processo de fabricação ou mesmo após a entrega, poderão acarretar sérios prejuízos para as partes, pois a responsabilidade dependerá de aspectos subjetivos de avaliação e, se não contar com bom senso e boa vontade dos envolvidos no negócio, há riscos de disputas judiciais, perícias técnicas, bem como eventuais prejuízos comerciais, como a perda do cliente ou, até mesmo, o bom nome na praça. Tais fatos ocorrem com freqüência e dependendo do montante envolvido na negociação, poderá acarretar dificuldades econômicas insuperáveis ao fabricante, geralmente a parte hipossufi-
ciente do negócio. Diante disto, algumas considerações devem ser efetuadas, visando dar maior segurança ao fabricante, tanto no aspecto técnico quanto no financeiro. O negócio pode ser finalizado com maior segurança desde que atendidos alguns pressupostos. Vejamos alguns exemplos: 1. Projetos, desenhos ou memoriais fornecidos pelo cliente e/ou pelo fabricante devem fazer parte do negócio, recomendando-se que os mesmos sejam assinados ou rubricados pelas partes; 2. Ordem de serviço ou pedido devem ser completos, com todas as especificações técnicas necessárias à fabricação;
“Pedidos ou ordens de serviços, muitas vezes, são insuficientes para garantir segurança tanto ao fabricante quanto ao encomendante.” Janeiro/Fevereiro 2007
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3. Estabelecer de forma clara todos os prazos que as partes estão sujeitas, não só do fabricante, mas também do cliente, quando este esteja obrigado a fornecer qualquer elemento ou informação essenciais ao processo; 4. Ocorrendo qualquer atraso ou eventual problema no processo, procurar documentar a ocorrência, visando prevenir e/ou apurar responsabilidades. Tais documentos, como correspondências ou memorandos, mesmo que efetuadas através de e-mail ou de fax, devem ser conservados mesmo depois de entregue o produto. Se possível, deve ainda o fabricante formalizar o negócio através de contrato, o qual poderá ser de simples elaboração, desde que suportados por outros elementos que farão parte do mesmo (anexos), como aqueles especificados nos itens 1 e 2, acima. Tal instrumento, além das cláusulas usuais, deverá tratar de maneira clara e objetiva quanto a eventual indenização por perdas e danos, decorrentes ou causados pelo produto negociado, seja em função de atrasos na entrega ou defeito de fabricação. Este ponto é fundamental, pois se sabe que uma ferramenta fará parte de um processo de produção futuro, no cliente, e poderá resultar em prejuízos ao mesmo, passível de indenização. Assim, sugere-se que haja cláusula genérica de perdas e danos no contrato, mas com limitação de valor. É comum que as partes 8
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acordem, previamente, que as perdas e danos sejam limitados ao valor total do contrato ou a um percentual do valor do contrato. Desta forma, o fabricante não colocará em risco seu patrimônio, não obstante responda pelos prejuízos eventualmente causados a terceiros. Outra questão de fundamental importância que deverá constar
Estabelecer de forma clara todos os prazos que as partes estão sujeitas, não só do fabricante, mas também do cliente. no contrato é o conjunto de garantias financeiras, como previsão de multa e juros de mora por eventual inadimplência, bem como de atualização monetária. Se tomadas tais medidas, eventual execução judicial será facilitada, possibilitando uma maior probabilidade de recuperação do crédito. Por fim, cabe lembrar, que antes de vincular-se juridicamente com o cliente, deve-se saber com quem se está contratando. Conhecemos com quem contratamos através de informações obtidas por terceiros, bem como por meio de órgãos públicos ou particulares, como Junta Comer-
cial, Associação Comercial de Proteção ao Crédito, SERASA, etc., os quais levam ao conhecimento dos interessados as informações essenciais, como valor do capital social, quadro societário, inscrições referentes a créditos não adimplidos, entre outras. Para negócios de maior valor, cuja eventual inadimplência do cliente possa resultar em prejuízos significativos para o fabricante, deve-se aprofundar na pesquisa cadastral. Esclareça-se que restringimonos aqui a alertar, de modo sucinto, acerca de algumas medidas preventivas e das garantias que devem estar insertas na minuta de um contrato, para que sejam afastados, ou até mesmo evitados, eventuais prejuízos econômicos e/ou comerciais. Portanto, é recomendável que o fabricante seja assessorado por profissional, elaborando uma minuta de contrato que atenda as peculiaridades de seu produto e tipo de cliente. Desnecessário concluir que o tempo e os recursos investidos nestas medidas preventivas, além da tranqüilidade presente para o empresário, poderão evitar ou reduzir significativos dispêndios futuros.
Altair Santana da Silva - Advogado, pela PUC-PR, contador pela FAE, Curitiba, Pós-Graduado pela Fundação Getúlio Vargas, São Paulo, Professor em cursos de graduação e pós-graduação e Diretor da DS Consulting Ltda., Curitiba - PR. Vanessa Pedrollo Cani - Advogada pela PUC-PR, com especialização em Direito Ambiental, pelo Centro Universitário Positivo UNICENP, Curitiba - PR.
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Análise carga tributária O Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário - IBPT divulgou a análise da “Arrecadação tributária da União, dividida por Estados e por regiões”. É possível verificar no estudo que mais de 81% da arrecadação tributária da Receita Federal está concentrada nas regiões sudeste e sul, sendo que estas regiões detêm pouco mais de 57% da população. O estudo mostra quanto cada brasileiro paga de tributos para a União e qual é a contribuição que cada Estado e região destina para os cofres públicos federais. É possível verificar no estudo: a carga tributária de cada Estado e região do Brasil, e a carga de tributos federais "per capita", por Estados e Regiões. IBPT www.ibpt.com.br (41) 3232-9241
Setor do plástico ganha escola profissionalizante A Serra Gaúcha passa a contar com a Agência de Educação Profissional Senai do Plástico, inaugurada em dezembro na cidade de Caxias do Sul, RS. A escola já vinha funcionando parcialmente, desde meados de 2006 e tem como objetivo preparar profissionais de alto nível, formando mão-de-obra qualificada para o setor. A concretização deste projeto é resultado da parceria de quatro entidades: SENAI do Rio Grande do Sul, Sindicato de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (SIMPLÁS), Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Vale dos Vinhedos (SIMPLAVI) e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas e de Material Plástico de Caxias do Sul. Com uma infra-estrutura que abriga oficinas de 10
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injeção, extrusão, sopro, reciclagem, manutenção de moldes, torre de resfriamento e laboratório de informática, a escola oferece cursos técnicos de preparador de máquinas injetoras e extrusoras, segurança para operadores de máquinas injetoras, reciclagem, técnica de desenvolvimento de moldes, entre outros. As inscrições estarão abertas a partir de 10 de janeiro. Senai www.senai-serra.com.br (54) 3028-7005
Chamada de trabalhos para Encontro da Cadeia de Ferramentas, Moldes e Matrizes Os interessados em apresentar trabalhos e concorrer a prêmios de reconhecimento técnico no 5º Encontro da Cadeia de Ferramentas, Moldes e Matrizes que acontecerá em São Paulo, SP, nos dias 22 e 23 de agosto de 2007, deverão enviar seus resumos exclusivamente pela página eletrônica do evento até o dia 9 de fevereiro. A data limite para a entrega das íntegras será 25 de maio. Promovido e realizado pela Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais (ABM), com a su-
pervisão da Divisão Técnica de Tratamentos Térmicos e Engenharia de Superfície, o evento terá como público alvo projetistas, fabricantes e usuários de ferramentas e abordará temas sobre gestão, mercado, manufatura e projeto. Maiores informações sobre regulamento, critérios de avaliação e prêmios estão disponíveis no site da ABM. ABM www.abmbrasil.com.br/seminarios (11) 5536.4333 ramal 111
Programa Export Plastic Ampliar a exportação de produtos manufaturados de plástico, criar empregos no setor e inserir novas empresas no processo de exportações, estão entre os objetivos do Programa Export Plastic Nacional desenvolvido pelo Instituto Nacional do Plástico (INP), em conjunto com a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST) e a Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM).
Export Plastic Brazil Supplying the World Somando a experiência e representatividade de toda a cadeia produtiva do plástico e o esforço governamental da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX Brasil), o programa visa fornecer bases para a indústria de transformação do plástico (3ª geração) e direcionar seus negócios ao mercado internacional. A atual
globalização das atividades econômicas não permite mais que um país, ou mesmo um setor industrial, fique alheio aos movimentos de integração de mercados e não aproveite as oportunidades que se apresentam para expansão e internacionalização de suas vendas. As empresas transformadoras de plástico irão obter vantagens significativas como diversificação de mercados, melhoria da programação de produção, maior rentabilidade das vendas no mercado interno, melhor planejamento tributário dos créditos, estabelecimento de parcerias e acordos de cooperação internacional, além de outros benefícios. INP - Instituto Nacional do Plástico (11) 3814-8142 www.exportplastic.com.br.
Prêmio de excelência em exportação O Programa Export Plastic do Instituto Nacional do Plástico (INP) foi o vencedor, na categoria Prêmios Especiais do Júri - Melhor Gestão de Projetos, do Prêmio APEX-Brasil de Excelência em Exportação. O prêmio representa o reconhecimento pelo trabalho desenvolvido pela equipe do Export Plastic e simultaneamente pelas empresas associadas que têm participado das ações de promoção e inteligência comercial implementadas pelo Programa. Criado pela Agência de Promoção de Exportação e Investimentos, o prêmio sinaliza as melhores práticas implementadas nos projetos em parceria com o setor privado. É um incentivo adicional às entidades e empresas que vêm se destacando
quanto à inserção de novas empresas no esforço exportador, ações de promoção comercial diferenciada, abertura de novos mercados, consolidação de mercados, inteligência comercial, agregação de valor nas exportações e impacto social além da melhor gestão de projetos e atuação nos centros de distribuição. APEX Brasil www.apexbrasil.com.br (61) 3426-0202
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Guia de serviços de metrologia O Guia Metrológico da Rede Senai de Laboratórios de Metrologia foi desenvolvido para orientar e facilitar a consulta aos serviços de ensaios e calibração oferecidos pelos Departamentos regionais do SENAI no Brasil. No guia constam os serviços de diversos laboratórios, em inúmeras grandezas ou áreas tec-
nológicas, bem como o nivel dos mesmos quanto à obtenção de habilitação no INMETRO, ou de reconhecimento por parte de outros organismos. Contém dados como localização regional dos departamentos, áreas de atuação, normas, organismos certificadores entre outros. O guia pode ser obtido na página eletrônica do Departamento Nacional: www.dn.senai.br/br/paraindustria/ snai_ind_stt_ser.aspx. Senai/DN (61) 3317 9769 www.dn.senai.br
Prêmio Talentos Empreendedores O Prêmio Talentos Empreendedores 2006 teve como vencedor na categoria Indústria, a empresa NGT Top Tools Industrial, de Jaguará do Su - SCl, fabricante de ferramentas especiais (fresas, brocas e machos).
Promovido pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Estado (SEBRAE) em parceria com o Grupo Gerdau e a RBS, conta ainda com o apoio do Movimento Brasil Competitivo (MBC) e o Movimento Catarinense pela Excelência (MCE). Incentivar a competitividade e reconhecer o desempenho das micro e pequenas empresas de Santa Catarina são objetivos deste prêmio que, entre outros critérios, avalia as empresas pelas estratégias inovadoras na geração de oportunidades de mercado para seus negócios, pela gestão de qualidade realizada e pela capacidade empreendedora do empresário. O prêmio é dividido em cinco categorias principais: agronegócio, indústria, comércio, serviços e empresa de base tecnológica. NGT - Top Tools (47) 3371-6211 toptools@toptools.com.br
A página da Associação Brasileira do Alumínio difunde o emprego do alumínio, incentiva novas aplicações, divulga características físico-químicas, processos, aplicações, história, vantagens e reciclagem. Publica estatísticas de produção, consumo e exportações além de notícias, eventos e conexões a outras páginas. Viabiliza o acesso ao Centro de Informações ABAL, que atende profissionais do setor e conta com acervo bibliográfico.Também é possível realizar consultas sobre empresas, produtos e serviços do setor, normas técnicas, legislações, além de outras informações. www.abal.org.br O Instituto de Inovação e Melhoramento na Administração Moderna congrega empresas e profissionais de administração, logística, engenharia industrial, movimentação, armazenagem, transporte, embalagem, qualidade e produtividade. Objetiva divulgar técnicas e ferramentas da gestão para melhoria da competitividade empresarial, através do desenvolvimento profissional. O IMAM edita publicações, organiza missões técnicas internacionais além de realizar cursos e prestar consultoria. O site da instituição divulga eventos, cursos, seminários, artigos e disponibiliza a compra de vídeos e livros. www.imam.com.br 12
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CARLOS A. FIGUEROA - carlos.cafiguer@gmail.com
Nitretação de metais a plasma: princípios, comparações com as técnicas convencionais e aplicações
CARLOS A. FIGUEROA
A
agressão do tratamento superficial no aço pode ser extremamente danosa para a durabilidade da ferramenta. Os processos vêm sendo aperfeiçoados de forma a interferir minimamente nas características físico-químicas dos materiais, sendo a nitretação a plasma mais um passo importante neste sentido.
O PROCESSO Na nitretação a plasma, o nitrogênio presente no processo na forma de íons que constituem o plasma, é primeiro implantado no metal para depois difundir, termo-quimicamente, gerando uma camada superficial ou camada nitretada [2]. Ocorrem três processos específicos na nitretação a plasma: ! Sputtering: processo de remoção de átomos de uma superfície pela incidência de íons ou partículas neutras; ! Adsorção: processo de adesão de átomos e moléculas da atmosfera em uma superfície e;
! Desorção: processo de saída de átomos e moléculas aderidas em uma superfície para a atmosfera. A Figura 1 apresenta um esquema do processo de nitretação a plasma. A peça a ser tratada é envolvida pelo plasma e em seu entorno se forma uma região luminosa com alta [N]
LIGA METÁLICA Sputtering
Zona de implantação
Tecnologia de ponta em engenharia de superfícies metálicas, a nitretação a plasma é uma técnica maciçamente utilizada em paises como Alemanha, França e USA [1]. Basicamente, o método utiliza um plasma para implantar íons de nitrogênio em metais como o aço, titânio e alumínio. O processo é usado para aumentar a dureza superficial, a resistência ao desgaste e à corrosão e diminuir a fadiga e o atrito. Dentre as aplicações, podem ser citados os moldes, matrizes e ferramentas de corte utilizados nos mais diversos segmentos e processos industriais como indústrias metal-mecânica, siderúrgica, plástica, aeroespacial, biomédica entre outras. Este artigo visa explicar o processo de nitretação a plasma e suas comparações com as técnicas convencionais de nitretação a gás e banho de sais fundidos, como também as aplicações mais relevantes da técnica.
Fluxo de N2+, H2+
Zona de Difusão
Adsorção
Desorção
Nitrogênio
Hidrogênio
Profundidade Oxigênio
Figura 1 - Esquema do processo de nitretação a plasma Janeiro/Fevereiro 2007
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densidade de íons, os quais são "acelerados" em direção à superfície metálica devido à aplicação de um campo elétrico negativo na peça (cátodo). Durante esse processo, o forno é mantido em vácuo, em uma faixa de pressão entre 1 e 10 torr*, a temperatura constante, em uma faixa entre 350 e 580oC e por um período de tempo que satisfaça a especificação solicitada (geralmente de 30 min a 90 h). As descargas de plasma são geradas em pulsos com freqüência que podem variar de 1 até 1.000 µs. A Figura 2 apresenta uma peça banhada por um plasma argônio (Ar) + H2 (limpeza da superfície visando a remoção de óxidos).
Forno a vácuo (800 kg)
Fonte pulsada de potência (120 kW)
Figura 3 - Equipamento de nitretação a plasma, aonde se apresentam o forno a vácuo e a fonte pulsada de potência. Cortesia Plasmatec
Figura 2 - Plasma constituído de uma mistura de ar + H2 envolvendo peças
A cor violeta característica se deve à emissão de fótons pelo descaimento das espécies excitadas. Essas espécies contêm excesso de energia, a qual é emitida na forma de luz quando decai ao modo fundamental ou normal de menor energia. A Figura 3 apresenta um equipamento de nitretação a plasma constituído pelo forno a vácuo de parede quente e a fonte pulsada de potência. COMPARAÇÕES DA NITRETAÇÃO A PLASMA COM AS TÉCNICAS CONVENCIONAIS DE NITRETAÇÃO COM SAIS FUNDIDOS E A GÁS As comparações entre estas tecnologias devem ser efetuadas pela análise das propriedades metalúrgicas finais da superfície modificada e pelo princípio de funcionamento dos equipamentos envolvidos em cada técnica. * O milímetro de mercúrio, também chamado torricelli, é uma unidade de pressão antiga, que equivale a 101.325 Pa. Surgiu quando Evangelista Torricelli inventou o barômetro de mercúrio, em 1643 e tem vindo a cair em desuso com o aparecimento de tecnologia mais eficaz para a medição da pressão atmosférica e com a disseminação das unidades do sistema internacional de unidades (SI).
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A nitretação em banho de sais fundidos e a maioria dos processos de nitretação gasosa são denominados de técnicas convencionais. A primeira delas usa sais fundidos de cianetos de sódio e potássio. A segunda usa amônia como agente nitretante. Em ambas, a temperatura de trabalho se encontra na faixa dos 500 a 580oC. Ocorre que o potencial químico do nitrogênio não pode ser controlado, provocando a formação de uma camada branca (CB) porosa [3], composta pelos nitretos g-Fe4N e e-Fe2-3N. Essa camada é muito dura, porém frágil, e dependendo da aplicação, pode ser até suprimida. Essas condições de tratamento põem limitações implícitas, uma vez que podem alterar o tratamento térmico anterior (distorções, incremento de volume e perda da dureza de núcleo) e são pouco flexíveis com a escolha metalúrgica da camada nitretada. Já a nitretação a plasma se realiza a baixa pressão, aonde os íons de nitrogênio são acelerados pela aplicação de pulsos negativos (cátodo) até a superfície da peça. Devido à característica de que o plasma pode ser ligado a partir de 120oC, o processo de nitretação pode ser executado a baixas temperaturas. Os gases envolvidos no processo são nitrogênio (N2), hidrogênio (H2) e argônio (Ar), o que torna o processo amigável com o meio ambiente. Além disso, a mistura gasosa nitretante (N2 - H2) pode ser modificada, criando um apurado controle do potencial químico de nitrogênio e, conseqüentemente, diferentes tipos de camadas nitretadas podem ser obtidas (sem e com camada branca e de espessura variável), atingindo a metalurgia desejada [4, 5]. A versatilidade do plasma permite realizar um tratamento de oxidação logo após a nitretação, resultando em um processo único. Finalmente, vale destacar
que o plasma é gerado em vácuo, o que permite um acabamento superficial de alta qualidade e sem resíduos de sais, semelhante à têmpera a vácuo. A Tabela 1 Critério de Julgamento
Nitretação a Plasma
Nitretação a gás convencional
Nitretação em sais fundidos
Distorção mínima
Sim
Sim, mas não em todos os casos
Não
Sim, mínima
Sim
Incremento de volume
Desprezível o
o
apresenta as comparações mais importantes entre a nitretação a plasma e os processos convencionais (nitretação a gás e em sal). Critério de Julgamento
Nitretação a Plasma
Nitretação a gás convencional
Nitretação em sais fundidos
Resíduos de sais
Não
Não
Sim
Nitretação parcial
Fácil
Difícil
Difícil
Possibilidade de solda
Sim
Não
Não
Camada branca (CB) livre de poros
Sim
Difícil
Não
Especificação exata da camada superficial
Sim
Não
Não
Formação de uma camada branca fina
Sim
Sim, mas com baixa dureza em profundidade
Não
Temperatura de tratamento
350-580 C
500-580 C
500-580 oC
Proteção contra corrosão
Sim
Sim, mas menor que com plasma
Sim, mas menor que com plasma
Pós-oxidação
Sim, no mesmo processo
Sim, mas envolvendo mais custos e retrabalho
Sim, mas envolvendo mais custos e retrabalho
Incremento da rugosidade
Desprezível
Sim
Sim
Capacidade de polimento
Sim
Não, em todos os casos
Não, em todos os casos
Formação de uma camada branca espessa
Sim
Sim
Sim
Camada nitretada até 1 µm
Sim
Sim
Não
Reagentes químicos e meio-ambiente
Compatível
Não compatível
Não compatível
Tempo de tratamento para uma dada profundidade
Baixo
Até 3 vezes maior que em plasma
Baixo
Qualificação do funcionário
Alta
Média
Baixa
Tipos de ligas ferrosas a serem nitretadas
Todo tipo
Não pode tratar aços altamente ligados
Não pode tratar aços altamente ligados
Investimento inicial
Alto
Médio
Baixo
Tabela 1 - Quadro comparativo entre a nitretação a plasma e os processos convencionais (nitretação a gás convencional e sal)
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Temperatura, oC
Diagrama de Fases Fe-N
g g +de g’ Trabalho Região
580 350
a + g’
a
g’ + e
Nitretação Sem Camada Branca a-Fe (bcc) com N Finos Nitretos nas Bordas de Grãos Alta Carga Dinâmica
Nitrogênio, %
Carbonitretação
Camada Branca g-Fe4 N (fcc)
Camada Branca e-Fe2-3N (hcc)
+ Resistência ao Desgaste
++ Resistência ao Desgaste
+ Dureza
++ Dureza
Dutilidade + Baixo Atrito
Alto Stress Compressivo
e
Composto Cerâmico
Composto Metálico
Pós-Oxidação
+ Resistência à corrosão ++ Baixo Atrito Composto Cerâmico ++ Resistência à corrosão Baixa Difusão de Átomos Metálicos
Figura 4 - Diagrama de fases Fe-N e as propriedades mecânicas e químicas das fases nitretadas como uma função do potencial químico de nitrogênio utilizado na nitretação a plasma
APLICAÇÕES DO PROCESSO A tecnologia de nitretação possui inúmeras aplicações em moldes, matrizes e ferramentas de corte. Uma observação fundamental é que cada peça recebe um tratamento diferente, em função da constituição do aço, da aplicação de esforços específicos a que será submetida e também do tratamento térmico característico que sofreu. Além disso, o apurado controle da camada branca e da camada difundida na nitretação a plasma possibilita uma aplicação diferenciada. A Figura 4 apresenta um esquema-guia do diagrama de fases ferro-nitrogênio (Fe-N) e as correspondentes propriedades mecânicas e químicas das fases nitretadas como
uma função do potencial de nitrogênio utilizado na nitretação a plasma. São exemplos mais característicos de aplicação da nitretação a plasma os moldes e matrizes que devem ser modificados após um determinado tempo de uso, por exigências de design ou alterações funcionais, onde o processo de solda poderá ser utilizado. Nesse caso, a camada branca (obtida pela nitretação a sal e na maioria dos processos de nitretação a gás) impossibilita um trabalho adequado, devido a suas propriedades físico-químicas. Como é possível verificar na Figura 4, a camada branca está constituída pelos compostos e-Fe2-3N e g-Fe4N, os quais possuem um comportamento cerâmico (não metálico) [6]. Por outro lado, uma camada difundida (isenta de camada branca e obtida pela nitretação a plasma) deixa a superfície com caráter metálico, possibilitando uma solda normal. Outra aplicação da nitretação a plasma, na geração de uma camada nitretada sem camada branca, é em matrizes e ferramentas que sofrem impactos. Por sua característica quebradiça e pouco tenaz, a camada branca pode provocar trincas prematuras nas ferramentas quando submetidas a altas pressões e cargas dinâmicas. Por outro lado, uma camada difundida com finos precipitados nas bordas dos grãos, possibilita uma excelente dureza e tenacidade [7]. Finalmente, um bom exemplo da versatilidade da técnica é o tratamento de moldes de injeção de alumínio. No mesmo processo, a nitretação seguida de um tratamento de pós-oxidação confere à superfície do molde baixo atrito e pequena aderência do alumínio devido ao reduzido coeficiente de difusão do alumínio na magnetita (Fe3O4, composto que forma a camada oxidada) [8, 9].
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] Deutchman, A. H.; Partyka, R. J.; Lewis, C.; Spalvins, T.; Kovacs, W. L.; Conference Proceedings of the ASM - 2nd International Conference, Cincinnati, Ohio, USA, 1989, p. 29 [2] Lieberman, M. A.; Lichtemberg, A. J.; Principle of plasma discharges and materials processing, John Wiley & Sons, NY, USA, 1994 [3] Alves Jr., C.; Nitretação a Plasma: Fundamentos e Aplicações, Editora Natal, EDUFRN, 2001 [4] Ochoa, E. A.; Figueroa, C. A.; Alvarez, F.; Surface Coat Technology 200, 2165, 2004
[5] Walkowicz, J.; Surface Coat Technology 174, 1211, 2003 [6] Shriver, D. F.; Atkins, P. W.; Langford, C. H.; Inorganic Chemistry, University Press, Second Edition, Oxford, UK, 1994 [7] Taneike, M.; Abe, F.; Sawad, K.; Nature 424, 294, 2003 [8] Shewmom, P. G.; Diffusion in Solid, McGraw Hill, New York, 1963 [9] Bokshtein, B. S.; Difusión en Metales, Editorial MIR, Moscú, 1980
Carlos A. Figueroa - Formado em Química pela Universidad de Buenos Aires - UBA (Argentina) e doutorado em Física pela Universidade Estadual de Campinas UNICAMP (Brasil). Especializou-se em nitretação a plasma de alta tensão na ANSTO (Austrália). Atuou como Gerente Técnico e Comercial da Plasma-LIITS (Campinas-SP, Brasil). Atualmente atua como Consultor Tecnológico
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GÜNTHER SCHUH - G.Schuh@wzl.rwth-aachen.de CHRISTOPH KLOTZBACH - C.Klotzbach@wzl.rwth-aachen.de ANA WITTEK - A.Wittek@wzl.rwth-aachen.de
GÜNTHER SCHUH
Um estudo sobre o desafio da China no setor ferramenteiro alemão
O
desafio da China para o setor de ferramentais está onipresente. É importante avaliar efetivamente os baixos custos praticados por esse país e saber como reagir a tais ofertas.
Em todos os setores produtivos, a China é atualmente o ponto chave de discussão. É a rainha no jogo de xadrez. Move-se com liberdade, facilidade e rapidez por todos os campos do tabuleiro. É impulsionadora e representante de 25% do crescimento econômico mundial nos últimos dez anos. Seu produto interno bruto (PIB) vem evoluindo a uma taxa superior a 9% ao ano. Motivo de análise concorrencial nos mercados mundiais mais desen-
Milhões de unidades
9 volvidos. Com 1,3 bilhão de 8 habitantes, o país pre7 vê um crescimento 6 considerável do rendi5 mento anual domésti8,1 4 7,4 co no período compre6,2 3 5,8 endido entre 2004 e 4,7 4,5 2 3,9 3,3 2008. Pelo gráfico da 2,1 1 Figura 1 é possível 0 identificar que 90 mi2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 lhões de pessoas terão Figura 2 - Produção anual de veículos. Fonte: Droege & Comp rendimento anual su- Research, 2004, Berger Consulting 2005 (2006 a 2010 são estimados) perior a 100% 3 5 7 para cada mil cidadãos alemães. US$ 7.650,00 até 8 90% 11 12 A China representa a abertura de 2008. 16 80% um mercado importante, que seOs números de 17 18 70% duz com hipóteses de crescimento produção na China são 60% 32 quase ilimitadas. assustadores, como 30 50% 30 pode ser visto no grá40% MERCADO DAS fico da Figura 2 refe30% FERRAMENTARIAS rente ao setor automo41 20% 37 33 O desafio da China para o setor bilístico. E tendem a 10% de ferramentais está onipresente. subir vertiginosamen0% Não há empresa européia de ferrate. Atualmente existem 2004 2006e 2008e mentais que não tenha se visto 7 automóveis para Abaixo USD 1.500 Abaixo USD 3.000 Abaixo USD 4.600 Abaixo USD 7.650 Acima USD 7.650 confrontada com orçamentos mais cada mil habitantes na baratos, da concorrência chinesa, China contra uma Figura 1 - Rendimento anual doméstico. Fonte: Ásia Demographic (2006 e 2008 são estimados) por parte de seus clientes. Na situarelação de 537 veículos
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ção atual, com uma diminuição geral da procura, ofertas deste gênero geram queda significativa dos preços. No entanto, muitas vezes subestima-se a análise sobre até que ponto as ofertas da China serão comparáveis às ofertas das empresas de ferramentais alemãs. Embora as exigências técnicas das ferramentas fiquem registradas em contratos formais, não se pode prever o comportamento destes requisitos durante a utilização da ferramenta. Com a falta de proteção da tecnologia (know-how), devido à situações política e jurídica incertas na China bem como de um sistema financeiro debilitado, há graves perigos à espreita, que já foram dolorosamente experimentados por empresas européias. A maioria das empresas estrangeiras não chega a realizar grandes lucros naquele país, pois os custos de matérias-primas e energia além da elevada rotatividade de trabalhadores e a perda de produtividade daí resultante acabam por engolir os ganhos nos custos de mão-deobra. Qual o significado desta situação obscura para o setor ferramenteiro alemão? Como avaliar efetivamente as ofertas baratas da China e como reagir a tais ofertas? Quão verdadeiramente eficaz é o setor de ferramentarias chinês? Será que, com índices de crescimento tão elevados, não serão muito maiores as oportunidades de aumentar significativamente a rentabilidade própria, através de laços de cooperação com a China? Ou será que prevalecem os perigos que citamos? Este leque de perguntas a serem respondidas foi o motivo e o ponto de partida para um estudo reali18
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zado em 2006 pelo Laboratório de Máquinas-Ferramentas e Engenharia de Produção (WZL) da Universidade RWTH de Aachen em conjunto com o Instituto de Tecnologias de Produção (IPT) do Instituto Fraunhofer, no âmbito da sua iniciativa comum na área da ferramentaria e moldes: a Aachener Werkzeug- und Formenbau (AWF). No decurso do estudo “Ferramentaria e moldes na China - oportunidade ou ameaça?”, foram analisados dados relativos a vinte mil fabricantes de ferramentais e moldes, sendo que para duas mil destas empresas foram enviados questionários. Também foram entrevistados compradores de ferramentas, transformadores (95 empresas de países da Europa ocidental e 80 da China) e fabricantes de máquinasferramenta para proceder a uma avaliação da situação na China. METODOLOGIA A metodologia utilizada nesta pesquisa assegura a maior objetividade possível. Foram considerados pontos de vista de empresas chinesas e européias, de fabricantes de ferramentas e moldes, e de seus clientes. Recorreu-se ainda à grande base de dados sobre o setor ferramenteiro, elaborada pela AWF nos seus numerosos projetos de avaliação de desempenho (benchmarking) e, finalmente, às visitas dos colaboradores do projeto à China. RESULTADOS OBSERVADOS Examinando a questão relativa à eficiência do setor, podemos afirmar que 65% dos clientes destas ferramentarias consideram que a relação qualidade-preço é fraca, conforme demonstrado na Figura 3. As economias obtidas com o
Fraca 65%
Boa 35%
Figura 3 - Avaliação do custo x benefício das ferramentas chinesas para o consumidor alemão Fonte: Estudo WZL, “Ferramentaria e Moldes na China - oportunidade ou ameaça?”, 2006
preço de compra serão absorvidas por correções suplementares, vida útil mais breve da ferramenta e custos de manutenção mais altos. Foram também constatados problemas de coordenação na fase de colocação da ferramenta em funcionamento. A gestão de alterações na ferramenta é praticamente impossível a partir da Europa, e a maior parte das firmas chinesas não o faz. São necessários muito mais ciclos de coordenação e acompanhamento, que geram custos substanciais, devido à grande distância e aos problemas de comunicação. A média de testes (try-out) de ferramentas até aprovação final é outro item que desperta grande preocupação. Para os moldes alemães o índice de reprovação após o segundo teste é de apenas 8% em média, enquanto que para as ferramentas chinesas este índice é de 54%, como indicado na Figura 4. Os serviços de pós-venda das empresas chinesas são inexistentes na Alemanha, ou seja, não oferecem qualquer tipo de assistência técnica junto ao cliente, dificultando sobremaneira a manutenção da ferramenta ao longo de sua utilização. A grande maioria das empresas chinesas emprega menos de trinta trabalhadores, apesar de precisarem muito mais mão-de-obra para a fabricação de ferramentas. Menos de trinta empresas atin-
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pavilhões restantes serão ocupados nos pró54% 50% ximos dois anos. A rápida capacida40% de de aprendizagem dos chineses, bem co30% mo o aumento das 20% aquisições de empresas pelo Ocidente, 8% 10% permite considerar realistas as perspecti0% Alemanha China vas de crescimento Figura 4 - Indice de reprovação após segundo teste. Fonte: exponencial. ContriEstudo WZL, “Ferramentaria e Moldes na China - oportunidade bui ainda o aumento ou ameaça?”, 2006 do consumo interno. gem um valor de produção anual RESTRIÇÕES superior a 100 milhões de Yuan MACROECONÔMICAS DO (CNY), ou seja, cerca de 10 milhões SETOR FERRAMENTEIRO CHINÊS É perfeitamente normal que em de Euros ( ). um país com um crescimento extraImportante também levar em ordinário como o vivenciado atualconsideração as condições de tramente pela China haja pontos resbalho dos operários chineses, uma tritivos, principalmente no que tanvez que o mundo está precisando ge a macroeconomia. Especificase adaptar rapidamente às regras mente as seguintes condicionantes de responsabilidade social. O vetor devem ser atentamente observadas de segurança no trabalho é requi( F o n t e : w w w. c h i n a . o r g . c n / sito necessário em empresas de ferWirtschaftswoche): ramentaria, todavia ainda é muito ! Condições gerais de infra-estruinsipiente naquele país. tura instáveis: sistema de abasteciExistem inúmeras firmas pequemento com constantes quedas no nas, muitas vezes sob a forma de fornecimento de energia elétrica e “fundos de quintal”. Há que se conde água; variação considerável no siderar, no entanto, o número crespreço de matérias-primas; cente de empresas que conseguem ! Sistema financeiro pouco segufabricar ferramentas de boa qualiro: o sistema bancário é fraco e, dade. Muitas vezes, graças à ajuda consequentemente, sobrecarrega a de clientes ou acionistas estrangeieconomia do país, gerando forte ros, há empresas chinesas que coninstabilidade; o Estado está falido, seguem obter êxitos notáveis e forcontando com uma dívida superior necem ferramentas que não merea 400 bilhões de Euros (US$ 500 bicem nenhuma critica. Tais emprelhões), segundo normas internaciosas de sucesso já atingem índices de nais de contabilidade; crescimento de 100% ao ano, razão ! Componente social complexa: para um otimismo quase ilimitado. cerca de 900 milhões de habitantes Como observador, fica-se esno setor agrícola, com salário anual pantado ao ver uma empresa consde RMB* 2.622,00 (US$ 334,00), truir seis grandes pavilhões, emborepresentando menos de 1/3 do ra precise em curto prazo, somente ganho de RMB 8.500,00 (US$ de três, justificando que os três 60%
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1.084,00) de um habitante urbano; ! Sistema político arbitrário: representando, geralmente, falta de transparência; ! Sistema jurídico frágil: serão necessários vários anos até que a economia do país possa apoiar-se em um sistema judiciário sério e competente; ! Política comercial não alinhada internacionalmente: estratégia de mercado x conhecimento, priorizando a importação de conhecimento à custa de empresas estrangeiras, com perda de tecnologia (know-how); o plágio é prática comum, conflitando com políticas de proteção aos direitos de marca e patente (mais de 56% de componentes automotivos são copiados). CONSIDERAÇÕES FINAIS Este quadro naturalmente desperta interesse. Por isso, o estudo analisou ainda até que ponto o mercado chinês oferecerá oportunidades ao setor alemão de ferramentaria e moldes. Em princípio, existem duas possibilidades a considerar: de um lado, pode-se pressionar a própria base de custos através da compra de componentes ou ferramentas simples; por outro lado, a entrada no mercado chinês é convidativa. Quanto à primeira hipótese, há que ter em mente que as empresas chinesas realmente eficientes têm o segredo de seu conhecimento e tecnologia bem guardado, e que não podem aumentar as respectivas capacidades a um ritmo aleatório. Nessas empresas, o potencial de economia não é substancial, por utilizarem para a fabricação das suas ferramentas aço de alta qualidade e boas máquinas-ferramenta, * RMB = Renmimbi = CNY = Chinese Yuan = Yuan Moeda da República Popular da China
e, na sua excelência operacional, podem ser praticamente igualadas a algumas empresas européias deste setor. Com relação à maior parte das empresas que anunciam ferramentas baratas, o risco associado à compra de tais ferramentas é bastante elevado e pode anular rapidamente as economias conseguidas até então. Na segunda hipótese, temos a considerar que, para as pequenas empresas, a entrada no mercado chinês representa certamente um risco igualmente difícil de calcular. Enquanto para muitos grandes consórcios, o objetivo é produzir na China as suas encomendas e reduzir a produção em suas plantas originais, de forma a fazer apenas manutenção de ferramentas, as pequenas empresas desta área só conseguem “pôr um pé” na China através da cooperação. Contudo, até aqui, não há quase nenhum exemplo que nos permita avaliar esta estratégia. Talvez resida neste ponto uma possibilidade de preparar uma vantagem competitiva. Concluindo, pode-se dizer que as empresas alemãs ainda possuem um avanço tecnológico considerável, que é reconhecido pelos chineses em nosso estudo. A Figura 5 apresenta os principais pontos de concorrência considerados pelos fabricantes chineses com relação aos fabricantes alemães.
Tecnologia
Precisão
Produtividade
Durabilidade Figura 5 - Pontos fortes do setor ferramenteiro alemão na visão do setor chinês.
Todavia, agarrar-se a este diferencial tecnológico é certamente uma estratégia errada. Mesmo porque nem todos os produtos requerem uma ferramenta tecnologicamente tão avançada, além da realidade de que os chineses aprendem muito velozmente - inclusive com a ajuda do estrangeiro. Nesta linha, os chineses planejam igualar o nível europeu de precisão e durabilidade até 2016, de tecnologia até 2017 e de produtividade até 2018. O governo chinês também declarou o setor de ferramentaria como uma indústria nacional do futuro, sendo Ninghai o centro mundial de fabricação de ferramentas. Para tanto, estão construindo uma fábrica modelo, com treinamento, gerenciamento, marketing, compras e vendas centralizados. O salto quântico dos últimos anos mostra que devem ser feitos grandes esforços para vencer o desafio chinês. A excelência tecnológica pressupõe uma estratégia
excepcional, que ressalte a proximidade do cliente e a sua integração de aspectos que não poderão ser concretizados na mesma medida a partir da China. Isto diz respeito tanto à contribuição para o desenvolvimento do produto e para a produtividade da ferramenta, como à participação para assegurar a disponibilidade da ferramenta através de programas de manutenção otimizados. Do mesmo modo, é necessário desenvolver a excelência operacional através da aplicação de princípios de industrialização, de normalização e de cooperação. As empresas de ferramentaria e moldes devem estar cientes das suas próprias capacidades, de forma a escolherem a estratégia mais adequada. Esta é apenas uma parte do desafio para conseguir comercializar as capacidades adicionais das ferramentas e moldes europeus. Serão ainda necessários elevados esforços, tanto por parte da comunidade científica como por parte das próprias empresas. Enquanto os pesquisadores devem tentar tornar mais transparentes novos princípios como, por exemplo, a eficiência dos custos associados aos ciclos de vida das ferramentas, as empresas deverão esgotar todas as possibilidades de comercialização dos produtos e aproveitamento dos recursos de produção.
Günther Schuh - Engenheiro mecânico com Doutorado pela Universidade de Aachen. Atualmente é membro do quadro de diretores do Laboratory for Machine Tools and Production Engineering (WZL), do Fraunhofer-Institute for Production Technology (IPT), e do FIR Research Institute for Rationalization, da RWTH Universidade de Aachen, Alemanha. Christoph Klotzbach - Engenheiro mecânico com Doutorado pela Universidade de Aachen. É chefe do Departamento de Desenvolvimento de Negócios do WZL e engenheiro responsável pelo centro de competência para o setor de ferramentaria e moldes (Aachener Werkzeug- und Formenbau) da Universidade de Aachen, Alemanha. Ana Wittek - Engenheira mecânica formada pela Universidade de Aachen. Atua como pesquisadora no WZL da RWTH Universidade de Aachen, Alemanha, desde 2002. As atividades concentram-se no setor de ferramentaria e moldes, especialmente em projetos de benchmarking e na competição realizada para empresas deste setor pelo projeto “Excellence in Production”. Janeiro/Fevereiro 2007
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RICHARD SPIRANDELLI - richard@messebrasil.com.br
RICHARD SPIRANDELLI
Planejamento para a participação em eventos de negócios
P
ara que se obtenha um melhor aproveitamento nos eventos de negócios, é conveniente que o expositor considere atentamente todas as etapas do processo e adote uma metodologia de participação.
Com freqüência o empresário se vê diante de uma questão crucial: como aumentar minha presença e penetração no mercado, como incrementar minha carteira de clientes? Ocorre que, para as micro e pequenas empresas há entraves a vencer. Muitos empreendedores têm experiências de “chão de fábrica”, com longos anos de aprendizado ligado à área de produção. Mas não têm tino comercial. Sabem fazer, mas enfrentam dificuldades na hora de sair a campo. Todo empreendimento deve estar apoiado no tripé técnico, administrativo e comercial. Estes departamentos são interdependentes, um não funciona sem o outro. Uma empresa com um excelente departamento comercial não obterá sucesso a longo prazo se não dispuser de um bom produto. Ao mesmo tempo, se tiver este bom produto, ele não se perpetuará no mercado se o departamento res-
ponsável não divulgar seus diferenciais. Finalmente, se a empresa tiver um ótimo produto e uma força de vendas de primeira linha, terá problemas se a gestão do negócio for precária. Portanto, há que se investir em todas estas três áreas. É comum vermos empresários investirem na divulgação de sua empresa e de seus produtos através de veículos como periódicos, jornais, mala direta ou ainda através de televendas. Outros focam seu esforço em eventos de negócios. Os eventos de negócios vêm ocupando uma posição estratégica entre as ferramentas de marketing, pois oportunizam negócios às empresas que, de forma ordenada, fazem um planejamento de suas ações nestes eventos.
– por que investir em um evento de negócios? – como definir as metas? – como avaliar a minha participação? Além das questões acima, para uma organização e estratégia de participação em um evento de negócios, destacamos alguns pontos a serem considerados: ! Segmentação de um público-
alvo específico; ! Aproximação do expositor face a
face com potenciais compradores e fornecedores de forma ágil, rápida e inteligente, pois a grande maioria dos que participam dos eventos são potenciais clientes; ! Ambiente tridimensional e parti-
PLANEJAMENTO DE PARTICIPAÇÃO Antes de uma empresa se decidir a participar de eventos de negócios é de suma importancia que as seguintes questões sejam bem avaliadas:
cipativo, capaz de acionar todos os sentidos dos prospectos, elevando as chances de sucesso das estratégias e objetivos pretendidos; ! Oferta de uma ampla gama de ações de divulgação, promoção de Janeiro/Fevereiro 2007
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vendas, propaganda e relações públicas. ! Obtenção de informações sobre a situação do mercado. Nestes eventos é possível perceber as tendências do mercado, conhecer os concorrentes, seus pontos fortes e fracos, podendo assim aprimorar estes pontos na própria empresa; ! Criação e articulação de acordos
e parcerias comerciais, novos canais de vendas; ! A relação custo/benefício de ações promocionais realizadas em eventos é bastante favorável, pois nos três ou quatro dias do evento, as possibilidades de uma empresa iniciar negócios são potencializadas.
É conveniente adotar uma metodologia para a organização, do evento considerando sempre as seguintes etapas: Pré-evento: É puro planejamento, onde todos os detalhes devem ser observados, desde a divulgação, projeto do estande, treinamento de funcionários, material promocional (catálogos, folders, brindes) distribuição de convites, entre outros; Evento: É a mais simples, pois o empresário estará fazendo aquilo que já faz bem: vender seu produto; Pós-evento: É a hora de iniciar os contatos para dar continuidade aos relacionamentos obtidos durante o evento. Na página 27 é apresentada uma sugestão de planilha com a 24
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finalidade de auxiliar na preparação e acompanhamento das empresas em eventos de negócios. REGRAS PARA UM MELHOR APROVEITAMENTO A participação em um evento de negócios deve ser planejada com bastante antecedência e os negócios precisam ter prosseguimento depois de desmontados os estandes, isso porque os contatos comerciais e as vendas não acontecem como num passe de mágica. São necessários uma preparação cuidadosa, foco correto e investimentos em tempo e recursos para que sejam bem aproveitadas as oportunidades que um evento de negócios oferece. Para que o expositor possa planejar melhor sua participação, devem ser consideradas algumas regras: ! Seleção criteriosa do evento Avalie muito bem se o evento é do interesse da empresa, verifique qual é o público-alvo, analise o mercado que o evento cobre, verifique seu orçamento para participar. Acompanhe o calendário de eventos, leia publicações especializadas, participe de outros eventos com olhos de visitante e com olhos de expositor, converse com promotores. Prospecte mercados em outras regiões, avalie a importância dos eventos para sua empresa e decida com bastante antecedência, no mínimo quatro meses. Procure identificar a idoneidade e experiência do organizador, solicite informações de quais empresas estarão expondo e avalie o número de visitantes e volume de negócios em edições anteriores. Formalize a participação no evento por meio de contrato de locação e serviços.
! Definição dos objetivos A participação em eventos de negócios pode ter como foco as vendas diretas ou a alavancagem de vendas indiretas. No primeiro caso, estabeleça metas claras levando em conta sua expectativa de vendas. Providencie um bom estoque de produtos, organize e treine o pessoal de vendas. Por outro lado, se a intenção for potencializar as vendas indiretas, estabeleça metas realistas, pois seu estande será como um escritório comercial onde serão feitos contatos para vendas futuras. Atente também para estar apto a atender à demanda gerada no evento para não criar frustrações futuras.
Planejamento de investimentos Determine com clareza e precisão o volume de recursos disponíveis para investimento no evento. Detalhe o orçamento, de forma que não fuja do planejamento financeiro de sua empresa. A estimativa de custos deve incluir a montagem do estande, pessoal, segurança, logística e todos os demais gastos, sendo altamente recomendável a elaboração de um cronograma do fluxo financeiro. Um orçamento detalhado e realista evita surpresas desagradáveis. Lembre-se que a imagem de sua empresa está em jogo ao se expor ao público e, por isso, tudo deve ser muito bem planejado. !
! Seleção criteriosa de
fornecedores Ao escolher seus fornecedores, selecione e contrate uma montadora de estandes confiável e com experiência nas particularidades do local de exposições onde se realizará o evento. Para os demais
fornecedores, use o mesmo critério. Exija um projeto detalhado, inclusive em termos de decoração e espaços compatíveis com eventuais ações promocionais programadas para o evento. Estabeleça pontos de verificação para comprovar o andamento dos trabalhos e inclua penalidades para atrasos e/ou serviços mal executados. Afinal, há pouco tempo, durante a feira, para resolver problemas pois o objetivo no evento é vender a imagem da empresa, e concretizar e prospectar negócios. ! Recepção profissional no
estande O evento não é festa, é um negócio e o estande uma extensão da empresa. Receber bem os visitantes é muito importante e a atividade social deve ser sóbria. Uma equipe de atendentes bem treinada faz a diferença, não bastam belas recepcionistas e um estande esteticamente agradável. É hora de fazer um cadastro com os visitantes de seu estande, pois é através dele que você vai poder organizar todos os atendimentos feitos durante o evento. Ademais, o evento é muitas vezes o único momento do ano em que o empresário pode receber e conversar pessoalmente com seus clientes de outros estados. ! Divulgação focada no públicoalvo Você escolheu o evento certo, tem boas expectativas quanto a sua participação, então divulgue a sua
presença através de: revistas e jornais especializados, mala direta, mídia eletrônica e/ou impressa, telemarketing, internet e visitas pessoais. Uma forma de garantir a presença de clientes é o envio de convites personalizados. Para isso é preciso definir previamente o universo que se pretende atingir e construir uma base de dados com os clientes efetivos e potenciais. O departamento de marketing e a assessoria de imprensa devem ser ágeis na divulgação da empresa e do que ela estará mostrando no evento. E lembre-se. O evento não termina após a desmontagem do estande. É hora de iniciar os contatos para dar continuidade às negociações. Orçamentos e propostas devem ser feitos com firmeza e as visitas imediatas. É no pós-evento que você vai poder avaliar a importância de ter participado dele, de quanto sua empresa se beneficiou. O mais importante: poderá investir em seus pontos fortes e corrigir seus pontos fracos. Portanto, invista em propaganda e na imagem de sua empresa, mas com critério e planejamento. É sempre bom lembrar o velho ditado: “Só é visto quem aparece e só é lembrado quem é visto”. Fonte de consulta: Manual Feiras do Brasil - Preparação para Feiras de Negócios.
Richard Spirandelli - Administrador de Empresas formado pela Univille - Universidade da Região de Joinville. Atualmente é gerente financeiro da Messe Brasil Feiras e Eventos.
Janeiro/Fevereiro 2007
Ferramental
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Participação em eventos de negócios Notas explicativas Um dos fatores que dificultam a participação de empresas em eventos de negócios é a falta de conhecimento e experiência sobre os procedimentos para atingir resultados positivos. Entende-se por Eventos de Negócios as feiras, encontros, fóruns técnicos com expressivos dispêndios em estandes, deslocamentos, diárias entre outros. Portanto, a falta de tempo para planejar a participação em eventos técnicos não é “desculpa” para justificar a não participação da empresa no evento. Igualmente, não pode justificar a ausência de planejamento e controle do processo de participação e resultados esperados. Neste sentido, apresentamos nesta edição uma sugestão de planejamento e verificação de atividades que devem ser desenvolvidas antes, durante e depois do evento. O início se dá a partir da escolha do evento correto a participar. Após a decisão de participar de um evento, recomenda-se buscar referências sobre a empresa organizadora. Certificando-se de que a empresa é idônea, é importante proceder a leitura completa, inclusive com assessoria jurídica, de todas as cláusulas do contrato de locação. Para utilização da ficha ao lado, a primeira ação deve ser o preenchimento dos campos de identificação do evento e da equipe de trabalho, nos respectivos quadros. É importante a definição de um líder para coordenação de todas as atividades e ações relativas a participação da empresa no evento. Também é conveniente destacar um responsável para coordenação das atividades logísticas, outro para as definições técnicas e mais um para o relacionamento comercial com os clientes e visitantes. Os campos “Abrev. Resp.”, no qua26
Ferramental
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dro Equipe Responsável, serão preenchidos com a abreviatura do nome de cada membro, a fim de utilizar oportunamente nos campos da coluna “Resp.” do planejamento. No quadro Atividades Pré-Evento, preencher inicialmente o mês e a semana do evento, na coluna O Evento. A seguir, retroagir informando nas colunas os meses e semanas anteriores ao evento. Da mesma forma, inserir os meses e semanas subseqüentes no quadro Pós-Evento. A partir deste ponto a planilha já pode ser utilizada para o planejamento. O próximo passo é elaborar uma planilha de custos, a fim de planejar os investimentos e o desembolso de recursos financeiros para cumprimento do objetivo de participação no evento. No verso da planilha encontra-se um quadro para detalhamento destes custos, a saber: ! Área - locação do espaço físico; ! Montagem do estande - projeto, montagem e desmontagem do estande; ! Horas/homem - pessoal interno envolvido com a organização do evento. Inclui as horas internas bem como as horas consumidas em viagens para divulgação do evento; ! Diárias - todas as despesas de hospedagem e alimentação da equipe de trabalho, bem como da equipe terceirizada, além das diárias consumidas em viagens para a divulgação do evento; ! Passagens - viagens feitas antes do evento, bem como o transporte de ida e volta da equipe de trabalho entre a cidade da empresa e a cidade do evento; ! Alimentação - durante o evento; ! Correios/estacionamento/seguro
- muitas vezes esquecidos, podem representar parcela considerável do orçamento; ! Equipe temporária - pessoal externo envolvido com a organização do evento; ! Energia elétrica / água / internet / instalação de equipamentos / limpeza / vigilância / extintores - são custos acessórios; ! Locação de equipamentos - equipamentos que serão utilizados, por locação, além do custo de montagem. Neste conjunto entram televisão, equipamentos de reprodução de vídeo/áudio, decoração, móveis, utensílios, entre outros; ! Material de divulgação - incorridos na confecção ou locação de material publicitário, tanto no pré como durante a feira. Compõe este grupo a assessoria de imprensa, os anúncios, convites, catálogos, prospectos (folders), faixas (banners), placas (displays), totens, brindes, fotografias, entre outros; ! Taxas/impostos - é comum que os órgãos públicos procedam a cobrança de taxas como alvará, iluminação, etc. Algumas empresas organizadoras de eventos têm taxas não incluídas no custo do metro quadrado; ! Transporte/movimentação - movimentação de material para exposição, da empresa para o evento e o retorno. Além do transporte da equipe de trabalho entre o local do evento e o hotel. A planilha integra ainda um quadro para apropriação dos custos ao longo do período de trabalho, como forma de manter o controle tanto por parte da equipe de trabalho quanto do setor financeiro da empresa. No quadro de avaliação devem constar observações referentes ao evento, e sugestões para as próximas participações.
Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais
PLANILHA DE PREPARAÇÃO E ACOMPANHAMENTO NA PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS DE NEGÓCIOS
Preparada por: Data
DADOS DO EVENTO Nome:
Período: de:
Endereço:
Horários: à: Cidade/Estado:
Empresa Organizadora:
Fone:
e-mail:
Contato:
Fone:
e-mail:
CEP:
Abrev. Resp.:
Fone:
e-mail:
Técnica:
Abrev. Resp.:
Fone:
e-mail:
Comercial:
Abrev. Resp.:
Fone:
e-mail:
Logística:
Abrev. Resp.:
Fone:
e-mail:
Mês Semana
Item
Atividades
1
Definir a equipe de trabalho
2
Elaborar a planilha de custos
3
Contratar locação da área do estande
3.1
Selecionar localização do estande
4
Contratar montadora do estande
4.1
Projeto do estande
4.2
Montagem/desmontagem do estande
5
Relacionar potenciais clientes
6
Elaborar estratégia de divulgação
7
Confeccionar material de divulgação
7.1
Catálogos/banners
7.2
Cartas informativas
7.3
Convites
7.4
Vídeos/apresentações
7.5
Brindes
8
Distribuir material de divulgação
8.1
Mala direta
8.2
Convite personalizado
8.3
Convite via telefone/e-mail
9
Contratar equipe temporária
9.1
Recepção/segurança/limpeza
10
Treinar equipe de campo
11
Definir procedimentos da equipe
11.1 Escala de trabalho 11.2 Atribuições individuais 11.3 Vestimenta 11.4 Padrão comportamental 12
Preparar material de exposição
12.1 Simular estande
Observações
Resp.
EVENTO
PRÉ-EVENTO
12.2 Verificar material de divulgação 12.3 Limpar e identificar peças/equipamentos 12.4 Verificar acessos ao local do evento 12.5 Verificar movimentação no local do evento 13
Contratar serviços terceirizados
13.1 Telefone/internet
O
Parte integrante da revista Ferramental - Nº 10 - Janeiro/Fevereiro 2007 - Para preenchimento, consulte as notas explicativas na página 26
EQUIPE RESPONSÁVEL Lider:
13.2 Transporte/movimentação 13.3 Hospedagem 13.4 Alimentação 13.5 Equipamentos: vídeo/áudio/coletores de dados 13.6 Seguro de acidentes/transporte 14
Organizar atividade especial
14.1 Confirmar palestrante/outros 14.2 Definir local e estrutura 14.3 Convidar clientes 14.4 Preparar ficha de avaliação da atividade
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Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais
PÓS-EVENTO Item 1 1.1 1.2 2 2.1 2.2 2.3 2.4 3 3.1 3.2 3.3 3.4
Atividades
Mês Semana Resp.
Verificar Desmontagem do estende Retorno do material exposto à empresa Providenciar Carta de agradecimento aos visitantes Agendamento de visita às empresas contactadas Ações junto à mídia Atendimento às críticas e sugestões dos visitantes Avaliar e expedir críticas e sugesões Empresa organizadora do evento Empresa montadora do estande Empresas terceirizadas Equipe interna
Observações
PLANILHA DE CUSTOS
1 2
3
4
5
m2 R$/m 2 R$ R$ horas R$/hora R$ dias R$/dia R$ unidade R$/unidade R$
Quantidade de metros quadrados Custo metro quadrado Custo total da área Custo total montagem do estande Quantidade horas/homem Custo hora/homem Custo total Quantidade de diárias da equipe Custo diária Custo total Quantidade de passagens Custo da passagem Custo total
6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
Alimentação Correios Energia elétrica/água/internet Equipe temporária Estacionamento Instalação de equipamentos Limpeza/vigilância/extintores Locação de equipamentos Material de divulgação Seguro Taxas/impostos Transporte/movimentação Custo total (S 1 a 17)
R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
FLUXO FINANCEIRO Itens Mês Atividade especial Equipe de trabalho Contrato serviços terceirizados Distribuição do material de divulgação Despesas de viagem Locação da área do estande Material de divulgação/exposição Projeto/montagem do estande Treinamento de equipes TOTAL GERAL Avaliação/comentários gerais sobre o evento:
Estudar a participação na próxima edição deste evento?
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Total (R$)
Sim
Não
Data/visto do líder da equipe:
/
/
Parte integrante da revista Ferramental - Nº 10 - Janeiro/Fevereiro 2007 - Para preenchimento, consulte as notas explicativas na página 26
Observar (no estande) Limpeza, arrumação e ordenação Estandes dos concorrentes/vizinhos Manter (no estande) Alimentação/bebidas Cartões de visita Material de divulgação/brindes Blocos e canetas Anotar (do visitante) Dados (cartão de visita) Críticas e sugestões Elaborar Relatório diário de visitas Relatório diário de pendências Reunião diária pré-abertura do evento Logística para levar visitantes à empresa Base de dados consistente dos visitantes Providenciar Execução de evento especial Relatório de avaliação do evento
Observações
O
1 1.1 1.2 2 2.1 2.2 2.3 2.4 3 3.1 3.2 4 4.1 4.2 4.3 4.4 4.5 5 5.1 5.2
Atividades
Data
EVENTO
Item
Mês Semana Resp.
Preparada por:
O EVENTO
DURANTE O EVENTO
PLANILHA DE PREPARAÇÃO E ACOMPANHAMENTO NA PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS DE NEGÓCIOS
DANTE RIBEIRO - dante@acoespecial.com.br
DANTE RIBEIRO
Fundamentos do polimento em aços ferramenta
O
processo de polimento é uma fase determinante para a obtenção de moldes e ferramentas de boa qualidade. Entretanto, diversos fatores têm influência significativa para que um polimento adequado seja atingido. Entender os fundamentos desse processo é fundamental para que se alcance um bom resultado.
O polimento representa um papel fundamental no tratamento final da superfície dos aços-ferramenta. Essa técnica é utilizada para obter superfícies mais ou menos ásperas, de acordo com as características de acabamento requeridas nas peças moldadas finais. O tratamento de polimento consiste em um processo de alisamento manual ou mecanizado da superfície com o auxílio de tecidos, pastas abrasivas ou micro-esferas afim de atingir um nível específico de rugosidade superficial. O FENÔMENO DA REFLEXÃO Em uma superfície áspera acontece o fenômeno de difusão de maneira que a imagem refletida, decomposta nessa superfície, se torna irreconhecível. Cada raio incidente se reflete de acordo com a lei de reflexão, mas como a superfície refletora é irregular, os raios retornam em várias direções, como representado na Figura 1. O raio de luz que atinge a superfície é refletido em uma direção específica
diferencia de uma fosca porque os raios de luz incidentes se refletem sobre ela de uma maneira ordenada, como pode ser visto na Figura 2. Portanto, quanto mais lisa for a superfície, tanto maior será o grau de espelhamento obtido. SUPERFÍCIE ÁSPERA
Figura 1 - Um feixe de raios paralelos sobre uma superfície áspera. O raio incidente é decomposto ao acaso por causa de sua rugosidade
dependendo tanto da direção de incidência do raio quanto da orientação da pequena porção de superfície lisa na qual o raio se reflete. Como conseqüência, a soma dos raios refletidos não pode ser considerada como um feixe único, mas como uma irradiação de feixes menores provenientes, cada um, de uma porção lisa diferente da superfície e que se propaga em direções diferentes através do espaço. Quanto mais lisa for uma superfície, menos relevante será este fenômeno, porque a ordem é mantida e a imagem refletida é reconhecível. Uma superfície polida se
SUPERFÍCIE LISA
Figura 2 - Um feixe de raios paralelos sobre uma superfície lisa. Cada raio incidente se reflete regularmente com o mesmo ângulo Janeiro/Fevereiro 2007
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NECESSIDADE DE UM ACABAMENTO DE SUPERFÍCIE DE ALTA QUALIDADE A utilização crescente de produtos plásticos levou ao aumento da necessidade de construção de matrizes e moldes com superfícies polidas e espelhadas. A Figura 3 apresenta um exemplo de inserto para lente com polimento espelhado.
Figura 3- Inserto polido
O acabamento de superfície de alta qualidade traz os seguintes benefícios: ! Facilita, na maioria dos casos, o processo de extração da peça moldada da cavidade. Eventualmente o polimento excessivo pode causar retenção da peça por formação de vácuo. Nestes casos, há necessidade de tornar a superfície levemente fosca; ! Reduz o risco de originar rebarbas devido a possíveis sobrecargas ou entrada de gases de escape (um perfil denteado pode favorecer a intensificação local dos esforços); ! Reduz o perigo de corrosões localizadas (um perfil denteado possui maior reatividade do que um plano, por causa da maior superfície exposta às condições circundantes) e; ! Aumenta a resistência ao desgaste dentro de certos limites (ao remover a rugosidade, aumenta o contato da superfície entre as peças e diminui a pressão efetiva). 30
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Janeiro/Fevereiro 2007
EFEITOS DO POLIMENTO Basicamente, há duas teorias desenvolvidas recentemente para descrever os efeitos do tratamento de polimento. De acordo com alguns especialistas, não há diferença entre o esmerilhamento e o polimento, porque ambos os métodos removem material, porém em quantidades diferentes. Como prova dessa avaliação, pode-se estabelecer que mesmo por meio de uma simples limpeza com lã ou algodão é possível remover partículas metálicas da superfície. Entretanto, para outros especialistas o polimento não remove qualquer material. A pressão aplicada sobre a peça durante o polimento, junto com a elevação da temperatura devido à fricção, levaria à fusão da camada superficial da peça. O material que compõe as arestas da rugosidade se depositaria em suas ranhuras. Ambas as teorias são válidas. De modo geral, podemos afirmar que durante o polimento a superfície é submetida a fortes pressões e é deformada. O material das arestas da rugosidade primeiro preenche as cavidades próximas e, em seguida, flui para onde for possível. Em uma camada superficial de alguns milímetros de espessura, fortes pressões se desenvolvem localmente entre os materiais abrasivos e o metal, de modo que junto com o calor gerado pela fricção, elas levam à deformação plástica e a uma variação micro estrutural. Está demonstrado que o polimento causa o aumento da temperatura a um ponto em que, ao se examinar a estrutura cristalina com o microscópio a alguns Ängstrom (Å) de profundidade, observamos dimensões diminuídas do grão cristalino à
medida que nos aproximamos da superfície polida (Figura 4). 100 Å 1000 Å
10.000 Å
Figura 4 - Variação dimensional da estrutura cristalina em uma área de superfície submetida ao tratamento de polimento
ELEMENTOS DETERMINANTES DO POLIMENTO O acabamento superficial obtido por meio do polimento do aço depende essencialmente dos seguintes fatores: – Técnica de polimento; – Características do aço; – Tratamento térmico e; – Áreas soldadas. ! Técnica de polimento
O elemento mais importante para o polimento correto é a técnica utilizada. Primeiro, a superfície a ser polida deve ser preparada corretamente por meio de esmerilhamento ou outro processo de usinagem. Além disso, é muito importante não prolongar essa operação mais do que o necessário. Sugere-se encerrar o polimento assim que a última imperfeição for removida e o nível de acabamento superficial requerido for atingido. No processo de esmerilhamento, a quantidade de material removida é maior quanto menor o nível de dureza do material, como demonstra a Figura 5. Já no processo de polimento, a
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Esmerilhamento
Dureza Figura 5 - Tendência do esmerilhamento em relação à dureza do aço
quantidade de material removida é maior quanto mais elevada for a dureza do material, como mostra a Figura 6. Polimento
Dureza
ficação a vácuo (VD - Vacuum Decarburation) ou a refusão elétrica da escória (ESR - Eletro Slag Remelting) podem atender com maior fidelidade às mais severas necessidades de polimento. No processo VD, a partir da desgaseificação selada a vácuo obtém-se um aço homogêneo com grau reduzido de inclusões não-metálicas. O processo ESR permite reduzir ainda mais o teor de inclusões nãometálicas em comparação com o processo VD. Sugere-se escolher um aço de padrão ESR para aplicações onde seja necessário um polimento intenso. A Figura 7 mostra a distribuição de inclusões em aços tradicionais e em aços obtidos pelo processo ESR. Tradicional
ESR
Figura 6 - Tendência do polimento em relação à dureza do aço
Ao contrário do que se poderia pensar, o processo de polimento mecanizado não permite atingir os mesmos altos níveis de qualidade que o polimento manual. Isso ocorre porque o operador pode decidir usar uma pressão maior ou menor de acordo com a qualidade de sua execução manual, enquanto um sistema automático apenas segue a seqüência pré-estabelecida de execução. ! Características do aço A fim de obter bom resultado com uma superfície refletora sem halos, manchas, opacidades ou pontos escuros, é necessário verificar primeiramente, a limpeza e a homogeneidade do aço. Porosidade e inclusões causam problemas durante o tratamento de polimento. Aços produzidos com tecnologias avançadas como a desgasei32
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70X
70X
Figura 7 - Distribuição comum de inclusões em um aço tradicional e em um aço tratado por ESR
! Tratamento térmico O tratamento térmico também pode afetar o polimento do material. Se o aço for tratado por meio de um processo de cementação incorreto, com carbonetação excessiva, pequenas partículas de óxido podem se desenvolver sob a superfície, e dificilmente poderão ser removidas na fase de polimento. Descarbonetações e recarbonetações sobre a superfície durante o tratamento térmico causam variações na dureza, as quais tornam as operações de polimento difíceis.
! Áreas soldadas
As áreas soldadas podem causar problemas durante as fases de polimento porque produzem variações de estrutura, composição química e dureza do material. O problema pode surgir no caso de moldes polidos com disco. A fim de obter melhores resultados, é de fundamental importância que a peça seja pré-aquecida antes da soldagem, que os eletrodos recomendados pela usina siderúrgica sejam utilizados e que um tratamento de alívio de tensões pós-soldagem seja previsto de acordo com o tipo de aço. O POLIMENTO CORRETO Como já mencionado, a fase de esmerilhamento ou outro processo mecânico preliminar é muito importante. A seguir algumas sugestões operacionais para o polimento adequado de aços para moldes: ! Utilizar ferramentas de polimento limpas; ! Ao mudar para um meio abrasivo de granulação mais fina, deve ser procedida boa limpeza da peça tratada e das mãos do operador a fim de evitar partículas abrasivas indesejadas ou poeira na fase posterior; ! Quando utilizar uma granulação mais fina, é correto polir em uma direção deslocada 45° em relação à posição anterior, até que a superfície apresente somente os defeitos relativos à posição de polimento atual. A partir do momento em que todas as imperfeições do processamento anterior forem eliminadas, é recomendável manter o polimento por mais 10% do tempo despendido, antes de passar para um meio abrasivo de granulação mais fina. Isso serve para remover a camada superficial deformada pela tensão
mecânica provocada pelo processo de esmerilhamento anterior; ! A mudança na direção do polimento é importante para prevenir a formação de depressões e desnivelamentos; ! A pressão e o calor não devem ser muito altos, porque poderiam influenciar negativamente a estrutura e a dureza do material; ! Onde possível, o uso de uma quantidade mínima de líquido de resfriamento é sugerida e; ! Quando efetuar o polimento de superfícies grandes e planas do molde, evite o uso manual do disco. Assim é reduzido o risco de se causar extensas irregularidades de formato. Meios de polimento A pasta de diamante é o agente abrasivo mais utilizado no processo de polimento com disco. Os melhores desempenhos são obtidos por meio do uso da pasta correta e da ferramenta de polimento apropriada. As ferramentas mais comuns são as limas abrasivas e blocos deslizantes (Figura 8) para processos manuais, e as escovas e discos para máquinas de esmerilhamento. As ferramentas de polimento estão disponíveis com materiais de durezas diferentes como metais, madeira, fibras sintéticas e almofadas de feltro macio. A dureza das ferramentas de polimento influen-
Figura 8 - Pedras abrasivas para polimento de aços (Cortesia: Zanola S.n.c.)
cia a eficiência da pasta de diamante e o nível de remoção de material. Os custos de polimento e o desgaste e corte das ferramentas podem ser reduzidos apenas aplicando as seguintes regras específicas: ! O movimento de polimento deve ser iniciado a partir dos cantos, bordas, chanfros, ou seja, das áreas mais dificilmente alcançáveis; ! A pressão de polimento deve ser adequada à dureza da ferramenta e à granulação da pasta. No caso de granulação mais fina, a pressão deve ser simplesmente equivalente à pressão gerada pelo peso da ferramenta de polimento; ! O polimento com disco deve ser executado em uma sala sem correntes de ar e poeira. Partículas de pó de alta dureza podem facilmente contaminar e estragar uma superfície quase acabada; ! A cada mudança de pasta, as mãos do operador e a peça devem ser limpas cuidadosamente usando um solvente desengraxante para a peça e sabão para as mãos; ! Cada ferramenta deve ser usada somente para um tipo de pasta, além de ser armazenada em recipientes vedados; ! A pasta deve ser depositada sobre a ferramenta em caso de polimento manual e sobre a peça em caso de polimento mecanizado; ! É necessário ser cuidadoso e proteger na medida do possível as bordas e cantos afiados a fim de não arredondá-los. É sugerido o uso de ferramentas duras; ! A remoção intensa de material necessita de ferramentas de polimento duras e pasta de granulação grosseira; ! As ferramentas de polimento se tornam gradualmente “encharca-
das” e melhoram sua eficiência; ! Em particular, a limpeza em ca-
da fase do processo de polimento é de grande importância. Condições da superfície antes do polimento As superfícies usinadas por eletroerosão são mais difíceis de polir em comparação com as superfícies construídas por métodos convencionais. O processo de eletroerosão deve ser completado por uma fase final de centelhamento. Se essa fase for efetuada corretamente, não haverá problema. Caso contrário, na superfície permanecerá uma camada endurecida, mais dura do que a matriz do material, que terá de ser removida. Uma superfície nitretada ou temperada é mais difícil de ser esmerilhada em comparação com o material original, mas um bom acabamento superficial pode ser obtido após o polimento. Pequenos defeitos na camada superficial nem sempre permitem obter o melhor acabamento. Um molde revenido por chama apresenta freqüentemente áreas de dureza não-homogênea por causa do fornecimento de calor instável durante o processo. Nesse caso, para evitar a formação de depressões nas zonas menos endurecidas, será necessário usar uma pedra abrasiva com movimentos amplos. PROBLEMAS DURANTE O POLIMENTO Os principais problemas que surgem durante o polimento podem ser encontrados quando se efetua um polimento excessivo, chamado de “superpolimento”. De fato, pode ocorrer que as condições da superfície piorem quanto mais longo for o polimento, Janeiro/Fevereiro 2007
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como representado na Figura 9. O “superpolimento” está ligado a dois fenômenos distintos chamados “casca de laranja” e formação de micro cavidades superficiais (pitting). O excesso de polimento ocorre na maioria das vezes com o polimento mecanizado. Rugosidade da superfície
Tempo de duração do polimento Figura 9 - Tendência da rugosidade superficial em comparação com o tempo de duração do polimento
! Efeito “casca de laranja” Um dos principais defeitos que podem surgir durante o processo de polimento é o que resulta da superação do limite de escoamento em micro-áreas de uma superfície não-homogênea. Desenvolvem-se depressões na superfície da peça em micro-áreas mais macias: esse é o fenômeno chamado comumente de “casca de laranja”, que pode ser visto na Figura 10. As principais causas dessas falhas são: - Pressão excessiva efetuada durante o processo de polimento; - Carbonetação excessiva ou superaquecimento durante o tratamento térmico podem formar áreas irregulares de austenita resi-
Entenda seu CNC Cinemática da máquina
Figura 10 - Efeito “casca de laranja” no polimento
dual, a qual é mais sensível a deformações permanentes do que outras estruturas revenidas e; - Não-homogeneidade químico-estrutural do material inicial. É importante salientar que a tentativa de aumentar a pressão do polimento a fim de recuperar um defeito pode levar à intensificação daquele mesmo defeito. Um material mais duro pode suportar melhor uma alta pressão de polimento, por outro lado aços de baixa dureza são submetidos facil-
s
A cinemática das máquinas operatrizes representa a maneira como os eixos se movimentam dentro do campo de usinagem. Dependendo da cinemática da máquina, pode ser necessária uma programação de movimentos totalmente diferente para a usinagem de uma mesma peça. Nos dois casos ao lado, temos:
u Seqüência de movimentos na cinemática cabeçote/cabeçote Para descrever uma circunferência simples ou um semicírculo em X/Y com raio igual ao raio do cilindro. Durante o movimento, a ferramenta deve ser rotacionada ao redor do eixo Z, de maneira que a ferramenta se mantenha sempre perpendicular à superfície.
v Seqüência de movimentos na cinemática mesa/mesa Para descrever a mesma geometria anterior, a mesa gira 90º em torno do eixo A. Durante o movimento, o eixo C é rotacionado entre as posições +90º e -90º e o movimento no eixo Y é executado na direção linear. A cinemática de máquina v é muito mais adequada para a fabricação desta peça. Nosso serviço de apoio ao cliente presta os esclarecimentos necessários quanto à utilização do seu comando CNC pelo telefone (11) 3833-4040 ou e-mail adhelpline.br@siemens.com.br E na compra de uma nova máquina CNC podemos lhe auxiliar no esclarecimento de dúvidas técnicas pelo telefone (11) 3833-4989 ou e-mail william.pereira@siemens.com
mente a um polimento excessivo. Há duas alternativas para se recuperar este defeito. A primeira solução prevê a completa remoção da camada defeituosa por meio do processo de esmerilhamento. Para isso, se utiliza a segunda granulação mais fina usada antes da fase de polimento final. Em seguida, se efetua o polimento com a granulação mais fina e com o processo de polimento com disco, exercendo uma pressão menor do que a anterior. De modo diverso, a segunda solução contempla o uso de recozimento preliminar a uma temperatura aproximadamente 25°C abaixo da usada no revenimento. Um processo de esmerilhamento é efetuado com a granulação mais fina usada antes do polimento até se obter boa qualidade da superfície. Em seguida, o processo de polimento se inicia novamente, mas a uma pressão inferior à aplicada anteriormente. Se o resultado não for satisfatório, será necessário aumentar a dureza do aço, o que poderá ser feito de várias maneiras, geralmente por tratamento de nitretação ou nitrocementação, ou ainda efetuando novamente o tratamento térmico da ferramenta (revenimento).
xa/média adesão ao material metálico. Os principais fatos relevantes que governam a formação de micro cavidades são a duração e a pressão do polimento, a pureza do aço (especialmente no que concerne a inclusões não-metálicas duras), o tipo de ferramenta de polimento usada e por fim, mas não menos importante, o meio abrasivo. A diferença de dureza entre a matriz do material e a inclusão metálica é a causa principal do pitting. Durante o polimento, a matriz do material é removida mais rapidamente do que as duras partículas não-metálicas. Gradualmente, o polimento atinge as partículas duras até que elas se destaquem do material. Esse processo resulta no aparecimento de depressões, como pode ser visto na Figura 11. Geralmente o problema é encontrado quando se usa uma pasta com granulação mais fina do que 10 µm e ferramentas de polimento macias (como almofadas de feltro). Uma maneira de reduzir o risco de pitting
Camada removida
Inclusão
Matriz (aço)
! Efeito “pitting”
As cavidades muito pequenas que podem ser observadas em uma superfície lisa durante a fase de polimento derivam comumente de inclusões não-metálicas que são removidas da superfície durante o processo de polimento. Geralmente as partículas removidas são sulfetos ou óxidos, os quais não somente diferem em dureza e rigidez da matriz de material metálico circundante, como também se caracterizam por uma bai-
Microcavidade
Figura 11 - Comportamento das inclusões durante o polimento
é selecionar um aço para moldes de alta pureza, que tenha sido tratado por VD e ESR durante o processamento. Em caso de pitting, é necessário esmerilhar com exatidão a superfície com um rebolo usando a segunda granulação mais fina antes do polimento e executar o esmerilhamento final e, em seguida, o polimento. Ao usar uma granulação de 10 µm ou mais fina, evite usar ferramentas macias. Como já foi visto para o fenômeno da “casca de laranja”, a fim de evitar o pitting é necessário polir por um tempo mais curto e com a menor pressão possível. FASES DO PROCESSO DE POLIMENTO A escolha da seqüência de esmerilhamento e polimento depende da experiência do operador e do equipamento à sua disposição. Dois métodos são usados no processo de polimento. No primeiro método, uma pasta de granulação de tamanho específico é escolhida junto com uma ferramenta dura logo de início, enquanto ferramentas mais macias são utilizadas posteriormente. No segundo método, uma ferramenta de dureza intermediária é escolhida em combinação com uma pasta de granulação grosseira e, posteriormente, o tamanho da granulação é reduzido de modo gradual. Sugere-se a aplicação da combinação desses dois métodos, obtendo a seqüência a seguir: ! Iniciar com uma ferramenta dura e uma pasta de granulação grosseira; ! Mudar para uma ferramenta mais macia com a mesma pasta; Janeiro/Fevereiro 2007
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! Usar uma ferra! Completa ausência de crateras, Laminação menta de dureza Torneamento poros, micro cavidades e efeitos de intermediária e Eletroerosão casca de laranja. uma pasta de graA fim de relacionar de uma maEsmerilhamento Rugosidade Granulação nulação média; neira unívoca o nível de acaba! Mudar para mento que foi atingido ao final do uma ferramenta processo de polimento, é possível mais macia com a ainda utilizar métodos instrumenmesma pasta e; tais, como técnicas de interferên! Ao final, usar cia óptica ou medidores de rugouma ferramenta sidade. Polimento com lixa Rugosidade Granulação macia com uma Máx. pasta de granuPRINCIPAIS TIPOS DE Polimento com pasta Rugosidade Mícron lação fina. POLIMENTO Na Figura 12 A Tabela 1 apresenta uma relaconsta um exemção dos tipos de polimento mais plo de como poutilizados na indústria com os de ser selecionada campos de aplicação relacionados. uma seqüência de polimento: FONTES DE CONSULTA ! Esmerilhar com Empresas colaboradoras deste rebolo ou uma artigo: Lucchini Sidermeccanica e pedra de granuZanola S.n.c. Polimento de Moldes Máx. Máx. lação 180 a 320; e Soldagem a Laser. ! Polir com uma Figura 12 - Seleção da seqüência de polimento lixa ou pó de granulação 400 a 1200 e; Tipo de polimento Rugosidade Campo de aplicação ! Polir com pasta de diamante com RA 0,69 Esmerilhamento Polimento técnico de punções ou detalhes internos RZ 4,62 com lixa 100 granulação entre 50 e 1 µm, combinada com uma ferramenta de Polimento técnico de peças de extração ou RA 0,57 Lixa 150 microtexturizações extensas RZ 3,62 madeira macia ou almofadas de felPolimento técnico de matrizes e punções para RA 0,39 tro. Lixa 240
AVALIAÇÃO DO POLIMENTO O julgamento da superfície acabada geralmente é efetuado a olho nu, eventualmente comparado com imagens padrão. Na avaliação da qualidade da superfície de um modelo, os seguintes pontos são importantes: ! Conformação geometricamente correta, sem riscos ou depressões superficiais;
microtexturização e fundição sob pressão
RZ 3,40
Lixa 400
Polimento técnico para itens moldados a serem pintados ou microtexturizações muito finas
RA 0,23 RZ 2,28
Lixa 800
Pré-polimento com disco
RA 0,21 RZ 1,22
Sisal ou lustro com lixa 320
Polimento com lixa 320 com escovas
RA 0,06 RZ 0,34
Polimento espelhado com lixa 400 3 µm
Polimento com disco com lixa 400 para itens formados coloridos
RA 0,03 RZ 0,12
Polimento com disco com lixa 800 1 µm
Polimento com disco para itens formados transparentes
RA 0,02 RZ 0,10
Polimento óptico com disco 1/4 µm
Polimento especial para lentes de vidro, viseiras de capacete e óculos de segurança
Tabela 1 - Escala de polimento
Dante Ribeiro - Formado em Engenharia de Materiais - habilitação em Metalurgia, pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo. É gerente técnico da Açoespecial Ltda.
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MARCELO TEIXEIRA DOS SANTOS - mteixeira@brasilmatics.com.br
O uso do PLM Gerenciamento do ciclo de vida do produto - para atingir a competitividade de empresas de classe mundial MARCELO T. DOS SANTOS
O
s conceitos e as ferramentas para o gerenciamento do ciclo de vida do produto são ainda pouco explorados. Todavia, é crescente a necessidade de conhecer e controlar as diversas variáveis que compõem o ciclo de vida de um produto, desde sua criação até a saída do mercado. A filosofia do PLM pode contribuir para este gerenciamento, elevando as empresas para corporações classe mundial.
Com a evolução da tecnologia da informação e o fortalecimento da Sociedade da Informação, apareceram as empresas classe mundial. Os profissionais destas empresas são ricos em três ativos principais: conhecimentos avançados e especializados; competência para operar segundo os mais altos padrões de qualidade e; acesso a recursos em todo o mundo através de conexões globais [1]. As empresas classe mundial conseguem o sucesso em uma economia cada vez mais competitiva. Tornaram-se elos essenciais nas cadeias de negócios globais. As empresas com este perfil contribuem para que os países desenvolvidos estejam à frente da economia mundial. Atualmente as empresas de classe mundial posicionam-se em seus mercados focalizando dois pontos vitais: manter-se em uma linha crescente de resultados e desenvolver produtos de tecnologia superior. Estas necessidades trazem consigo questionamentos do tipo: “como podemos fazer mais com os recur-
sos existentes?”, e, “como podemos inovar melhor, mais rápido e com baixo custo, enquanto nos diferenciamos da concorrência aos olhos dos nossos clientes?”. O gerenciamento do ciclo de vida do produto (PLM - Product Lifecycle Management) é a estratégia de aproximação do negócio que pode auxiliar as organizações a alcançarem esses objetivos enquanto, de maneira contínua, reduzem os custos, melhoram e protegem a propriedade intelectual, aumentam a qualidade e diminuem o “time to market”, ou seja, o intervalo de tempo entre a concepção e a disponibilidade do produto no mercado. PROJETOS GLOBAIS Para que se possa estar ainda mais envolvido pelo cenário que começa a se desenhar acima, é importante a compreensão sobre o que é a gestão de projetos globais. Afinal, é através de projetos que as empresas classe mundial realizam o movimento de suas estratégias.
A gestão de projetos globais é a aplicação da teoria atual e de processos às oportunidades globais. Qualquer projeto doméstico ou global pode demandar um sistema de gerenciamento que, com pequenas adaptações, se define pelos seguintes subsistemas [2]: ! De planejamento estratégico amplo: integra o todo observando sempre a pertinência entre os resultados do projeto à missão, aos objetivos e metas do patrocinador do projeto; ! De concepção organizacional: estabelece como são conduzidas autoridade, responsabilidade e demais atribuições no ambiente de um projeto; ! Cultural: inclui valores, atitudes, crenças, tradições e comportamento dos stakeholders (pessoas e organizações direta ou indiretamente envolvidas) do projeto; ! Humano: inclui as pessoas, sua motivação, comunicação e a habilidade para gerenciar sua parte do projeto; ! De planejamento: meio pelo Janeiro/Fevereiro 2007
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qual os objetivos, metas e estratégias do projeto são influenciados; ! De informação: através do qual se pode rastrear informações referentes a custos, prazos e desempenhos técnico e administrativo e; ! De monitoramento e controle: cujo objetivo é determinar a situação das metas de custos, prazos e desempenho técnico do projeto. Esses subsistemas apresentados podem parecer, à primeira vista, um tanto genéricos, mas são de extrema importância na gestão de qualquer projeto, seja qual for sua dimensão ou complexidade. Aqui também já se evidenciam, dentro desses subsistemas, importantes elementos que podem justificar a necessidades de sistemas de gerenciamento do ciclo de vida de um produto. O seguinte diálogo auxilia no entendimento sobre o PLM: – Leitor: O que tem a ver gerenciamento de projetos com gerenciamento do ciclo de vida do produto? – Autor: Praticamente tudo. – Leitor: Poderia detalhar um pouco mais? – Autor: PLM é a disciplina de gerenciamento de projetos que cuida para que os projetos de produtos previamente concebidos tenham um inicio, meio e fim, com prazos, custos e especificações pré-determinados. Para simplificar, o inicio é o desenvolvimento de uma idéia até o produto. – Leitor: E o fim é o lançamento do produto ao mercado? – Autor: Isso mesmo. – Leitor: Muito bem. Mas de onde veio esse produto? – Autor: O produto surge da necessidade identificada por todos os membros da cadeia, como clientes, fornecedores, prestadores de ser38
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viços e da própria empresa. Aqui fica clara a importância do gerenciamento do ciclo de vida do produto. Ele delimita, controla e valida fases que vão da concepção do produto, passando logicamente pela sua implantação, até a sua retirada do mercado. – Leitor: O que acontece por meio de um projeto? – Autor: Correto GERENCIAMENTO DO CICLO DE VIDA DE UM PRODUTO Primeiro vamos definir o que vem a ser o ciclo de vida de um produto, representado na Figura 1 pelas suas etapas e atividades funcionais. O ciclo de vida do produto é um dos conceitos mais conhecidos. Esse termo foi mencionado pela primeira vez em 1920 por economistas referindo-se à indústria automobilística [3]. O termo aplica um conceito biológico às marcas, fabricantes e modelos de bens de consumo diversos - realmente qualquer produto imaginável - classificando cada um em fases do nascimento ao crescimento, do crescimento à maturidade, da maturidade ao declínio, e por fim à morte. A visão apresentada pelo gerenciamento do ciclo de vida do produto - PLM, pode antever a necessidade de um ambiente para gestão incluindo processos, aquisição de dados e possibilidades de cruzamento de recursos de toda a empresa - sem a necessidade de revi-
Planejamento
Gerente de Produto
Marketing
sões da fábrica ou da infra-estrutura de uma organização. O empresário deve procurar sistemas que aumentem a flexibilidade e a agilidade de seus negócios, permitindo assim responder de maneira eficiente e efetiva, às mudanças, novos mercados e concorrência. Essas características são os diferenciais encontrados em estratégias de PLM para uma empresa de classe mundial. Especificamente, pensa-se que três fatores críticos de sucesso devem conduzir a estratégia de PLM de uma organização [4]: ! Inovação - empresas devem aproveitar seu capital intelectual e inovar, dentro dos processos e organizações diretamente relacionados ao produto; ! Execução - redução de custos, melhoria da qualidade, achatamento do time to market e um alto retorno sobre investimento (ROI) somente podem ser conseguidos com transparência total na gestão dos processos; ! Velocidade - uma estrutura reconfigurável, processos e a escolha de ferramentas independentes são essenciais para proporcionar velocidade e manutenção do controle em oposição à mera pretensão de se fazer as coisas de maneira veloz. O que se constata é que, para uma empresa ser bem sucedida no mercado global de hoje, a escolha de uma solução e de uma estratégia correta de PLM não é uma opção - é uma necessidade competitiva.
Conceito
Fornecedor
Figura 1 - Ciclo de vida do produto
Compras
Desenvolvimento
Manufatura
Projetos
ATIVIDADES EM QUE O PLM AUXILIA A INDÚSTRIA NA TOMADA DE DECISÃO Constantemente indústrias de todo o mundo encontram novas maneiras para eliminar custos e aumentar a eficiência por meio da implantação de novas estratégias. Essas empresas sofrem a influência do PLM e por meio de seus conceitos imprimem maior velocidade ao desenvolvimento e introdução de novos produtos, ao mesmo tempo em que reduzem as taxas de risco e custos associados à operação de uma cadeia produtiva global de clientes, empregados, parceiros e fornecedores, como representa a Figura 2. Atualmente a estratégia de PLM ajuda muitas companhias líderes mundiais na inovação de seus pro-
dutos. Empresas integradoras desses sistemas suge-rem que nessa esEntrada de tratégia as seguin-tes ações para a recursos sobreposição dos desafios encontrados no desen-volvimento de um produto sejam consideradas: de ! Manter a visibilidade eLongo o ciclo conmodificação
Processos ao Longo da Cadeia Produtiva Vazamentos de R$
Saída de recursos Retrabalhos
Múltiplos fluxos de trabalho
Incidentes de qualidade repetitivos
Especificações Assuntos trole do novo produto - para pos-Diversos sistemas, sem regulatórios duplicadas conexão Perda de sibilitar a melhor tomada de decifIdelização do Produtos abaixo Demora para chegar cliente são e otimizar o planejamento do ao mercado da qualidade portfólio, executivos eFigura outros toma2 - Desafios atuais [4, adaptado] dores de decisão necessitam de uma consolidada base de infordo mercado, os grupos de markemações, para que, em tempo real, ting e de planejamento do produto possam acompanhar todas as necessitam colaborar ativamente iniciativas de desenvolvimento com outros grupos funcionais, codesses produtos; mo clientes e fornecedores. Estes ! Entregar os produtos certos capturam em detalhe os requisitos aos mercados certos - para produe repassam à equipe de desenvolzir produtos vencedores, que atenvimento que define novos produdam as necessidades de clientes e tos, suas características e capa-
INJEÇÃO INJEÇÃO
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cidades; ! Maximizar forças de trabalho dispersas globalmente e influenciar oportunidades de baixo custo através do desenvolvimento de um produto global - para otimizar os benefícios do custo associado a um projeto qualquer. Para construir uma estratégia e efetivamente utilizar recursos internos e externos, o desenvolvimento de produtos e as operações devem estar aptos a conectar as equipes de projetos, parceiros, fornecedores, terceirizações e outras fontes por todo o globo em uma rede colaborativa simples; ! Reduzir imprevistos nos produtos e atrasos em projetos e aumentar a satisfação dos consumidores por meio da sincronização do projeto e desenvolvimen-
to - para comprimir o ciclo de desenvolvimento de produto, reduzir erros críticos e re-trabalhos de produtos, além de possibilitar que seus grupos rapidamente respondam as mudanças ocorridas, organizações necessitam eliminar significantes barreiras que existem entre as diferentes disciplinas de projetos e tornar possível a efetiva colaboração em tempo real; ! Influenciar especialistas, melhorar o projeto do produto e entregar o resultado permitindo a participação do fornecedor - para melhorar o projeto e o custobenefício dos componentes montados pelos fornecedores como produto final, a organização desenvolvedora necessita de uma parceria estratégica com seus fornecedores, envolvendo-os no desenvolvimen-
to do produto, em todos os aspectos e fases do processo de fornecimento e; ! Gestão da responsabilidade do produto e leis regulamentadoras - para mitigar os riscos sobre a responsabilidade e resguardar-se das leis reguladoras, fabricantes necessitam assegurar que estão gerenciando o desenvolvimento de produtos e capturando todas as informações para a rastreabilidade desse produto, com o objetivo de obter a aprovação em órgãos reguladores, garantir-se de reclamações do cliente e dos problemas oriundos do descarte de produtos. INTEGRANDO A EMPRESA As ferramentas baseadas em tecnologia da informação para PLM apresentam soluções para coletar
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informações como, por exemplo, de desenhos, e otimizar essas informações. A comunicação entre os integrantes do projeto passa a ser parte essencial dessa estratégia. Assim sendo, a utilização de ferramentas como salas de bate-papo eletrônico (chats), e-mails ou soluções de voz sobre o protocolo da internet (VoIP), deve ser dominada pelos integrantes do sistema, sejam internos ou externos. A integração demonstrada na Figura 3 é a chave para possibilitar o compartilhamento dos dados entre programas (softwares) de PLM e os aplicativos e ferramentas das empresas parceiras. Os programas de PLM devem incorporar uma estrutura de troca de informações, que permita que as organizações padronizem esforços de integração com múltiplas possibilidades de cruzamento de dados. E que, além disso, gerem ambientes de trabalho idealizados para agregar diferentes programas e protocolos de comunicação. A redução dos grupos de trabalho e dos custos de suporte em tecnologia da informação (TI) também aparece como efeito colateral da implantação desses sistemas. Na atualidade, os principais usuários das ferramentas proporcionadas por programas de PLM são as indústrias com alta tecnologia como a automotiva, de bens de consumo, eletrônicos, de armamentos e aeroespacial. Para essas companhias, segundo um dos maiores provedores dessas soluções no mundo, a taxa de retorno (ROI) pode ser conseguida rapidamente e com baixo comprometimento dos recursos em TI. Para isso se requer a adoção de processos de classe mundial. QUANDO E COMO? Estar preparado para a implan42
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Planejamento dos recursos corporativos
ERP
Sistemas CAD (abrangência mundial)
Web Integração
Colaboração da engenharia (usuários remotos)
Sistema PLM Aplicação
Arquivos para visualização
Web
Sistemas de orçamentos e simulação
Colaboração de fornecedores (usuários externos)
Figura 3 - Ambiente de projetos colaborativos: PLM [4]
tação de sistemas da informação que contribuam para o gerenciamento do ciclo de vida de produtos pode ser uma saída. Soluções encontradas nas empresas nos dias atuais funcionam, em sua maioria, esporadicamente. Muitos deles se parecem mais com um verdadeiro “Frankenstein”. São as denominadas soluções caseiras e baratas que muitas vezes, a longo prazo, saem caras. Basta perguntar a um gerente de TI quantos sistemas de controle de compras e estoques, de acompanhamento de projetos, de recursos humano e financeiro já passaram por suas mãos em uma mesma empresa. Esses sistemas podem facilitar ou simplesmente bloquear, esconder e até “maquiar” as informações necessárias ao gerenciamento do ciclo de vida do produto. Ou seja, a qualidade do produto pode estar sendo diretamente afetada sem que saibamos suas razões e em que ponto desse ciclo foi comprometida. Podemos dizer que o mesmo servirá para os casos de produtos de sucesso? Como vamos aproveitar a
experiência adquirida no desenvolvimento de um produto de sucesso em um novo projeto? Com informação de qualidade, armazenada, com fácil acesso aos interessados e que nos registre essa história, seus meandros de acertos e desacertos. Por isso, uma primeira ação a ser sugerida é a completa revisão desses sistemas para que se possa buscar eficiência máxima das áreas de apoio às atividades produtivas da organização. Assim, depois de colocar a “casa” em ordem, deverá ser estabelecido um cronograma de implantação de sistemas PLM. E este é apenas o começo. A continuidade passa pela revisão dos sete subsistemas de Clealand [2], descritos anteriormente, e primeiramente pelo estabelecimento , na estratégia empresarial, de meta de implantação de um sistema de gerenciamento do ciclo de vida de um produto. Reorganizar-se para que méto-dos e ferramen-tas possam ser incorporados no dia a dia das atividades da empresa.O compartilha-mento dos va-lores e
v i s ã o d a Prestadores de Serviço empresa com Prestadores de Serviço Fornecedor Fornecedor todos os seus Peças necessárias Prestadores Aprovação de venda colaboradores Retorno de viabilidade de Serviço Fornecedor Projeto de ferramentas pode ser outro Instruções de trabalho Programa NC FTP fator crítico de Retorno sobre requisitos de projeto sucesso para o Produção Compras PLM. Afinal, há Configuração customizada Projeto da peça m e l h o r e s Dados de campo Lista de materiais Sistema de Engenharia Serviços Preocupações do cliente Alterações gestores do que Informação Relatórios de falhas Manuais Modelos aqueles que Manutenção Desenhos Vendas Marketing Simulações conhecem em detalhes os Escritório E-mail Cliente de Projeto processos e Correio Requisitos produtos de Cliente Escritório de conceito de Projeto Propostas comerciais Requisitos de mercado s u a Cliente Exigências do cliente Catálogos Escritório Fichas de dados organização? de Projeto Criar um a m b i e n t e Figura 4 - Ambiente colaborativo de pesquisa, desenvolvimento e inovação [4, adaptado] colaborativo para a pesquisa, desenvolvimento e fáceis de encontrar. A IDEO é uma As equipes geram sua própria inovação, em que todos tenham empresa de projetistas de produto energia e elegem seus líderes. A uma visão compartilhada não é (designers) responsável por uma palavra “eles” é totalmente abolida. algo trivial. A Figura 4 apresenta um verdadeira revolução na maneira de Todos são responsáveis pela manumodelo de cadeia integrada. administrar equipes para o desentenção de um ambiente criativo e Casos de sucesso na criação desvolvimento de novos produtos. Um gerador de idéias. Sonho para alses ambientes como os da IDEO, exemplo muito conhecido é o do guns, realidade para outros [5]. sediada em Palo Alto, Califórnia, desenvolvimento do mouse para a Outro bom exemplo de sucesso nos Estados Unidos, não são tão Apple em 1980. de empresas classe mundial que uti-
os om Disp áquina t m de try-ou a r a p
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lizam gerenciamento de ciclo de vida de produto é o da Johnson & Johnson. Com 250.000 especificações de produtos, 26 plantas fabris que trabalham com outras 56 empresas da área de marketing, introduziu o PLM em suas plantas e conseguiu reduzir 25 sistemas de controle [4]. Na área automobilística, além da Ford, Volvo, Fiat e Renault, a Honda, caso mais recente, conseguiu otimizar seus investimentos em TI, compartilhando as informações de seus produtos com os fornecedores e clientes, gerenciando 30 milhões de objetos, com 6 milhões de relações entre eles. Outro caso interessante é o da General Electric que trabalha com 16.753 usuários de um sistema de PLM colaborando entre si e com 4.005 fornecedores. Na GE existe um milhão de arquivos sendo gerenciados, que auxiliam inclusive na implantação de estratégias de “seis sigma” e na redução de custos. É importante que todas as em-
presas, inclusive as ferramentarias, se situem dentro desse contexto, determinando os meios para a comunicação e a troca de informações com seus clientes com melhor qualidade e maior rapidez. Algumas ferramentas comerciais de PLM que já fornecem essas funcionalidades são a ENOVIA MatrixOne (www.matrixone.com), a PTC (www.ptc.com) e a UGS (www.ugs.com). Em resumo, pode-se dizer que um dos maiores segredos para o sucesso de empresas no mundo global, independente de seu porte, seja saber aproveitar o melhor de vários mundos, enxergar seus objetivos e metas de diferentes perspectivas e, sobretudo, no que se refere aos funcionários mais valiosos para a empresa, aplicar os conceitos da meritocracia.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] Kanter, R. M.; World Class, Simon & Schuster, 1995 [2] Clealand, D. I.; Gestão de Projetos Globais, Uma Perspectiva Crescente, Revista Mundo PM, Nº 11, ano II, E. Mundo, Rio de Janeiro, out/nov 2006 [3] Clancy, K. J.; Krieg, P. C.; www.copernicusmarketing.com/ copernicus-port/articulos/ ciclo_de_vida_de_produto.htm, BrandWeek, Copernicus Marketing Consulting, 2004 (acessado em 25 de novembro de 2006) [4] MatrixOne, A PLM Whitepaper, MatrixOne Inc., Massachusetts, 2004 [5] Kelley, T.; A Arte da Inovação, 2. ed., E. Futura, 2002
Marcelo Teixeira dos Santos - Engenheiro mecânico pela Universidade do Estado de Santa Catarina, 1989. Doutor em Engenharia Mecânica pela Escola Politécnica da Universidade do Estado de São Paulo, na área de Fabricação e Projetos, 1998. Atualmente é diretor da Brasil Automatics Automação e Tecnologia, desenvolvendo trabalhos na área de engenharia industrial, com projetos de automação industrial e integração de sistemas produtivos por meio da tecnologia da informação. Membro do Project Management Institute PMI e VicePresidente Executivo do capítulo do PMI para Santa Catarina. Coordena o Projeto Iberoamericano de Automação de Processos de Usinagem de Alto Rendimento - PIBAMAR, programa que enfoca ações de cooperação científica e tecnológica entre empresas e institutos de pesquisa da América Latina, Espanha e Portugal.
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Torno CNC O torno ST 030, fabricado pela Stauffer, com comando CNC MDSI FLASH 6.4 de 32bits, tem eixo árvore com motor de 7,5 kW / 10 HP e rotação entre 200 e 6.000 rpm. Com lubrificação automática e velocidade de 30 m/min. nos eixos X e Z e cursos de 270 mm e 150 mm respectivamente. A velocidade em G00 dos eixos é de 42 m/min. Possui barramento com guias lineares e avanços com fusos de esferas recirculantes.
jamento, têm corpo em ferro fundido nodular e acessórios especiais como: dispositivo auto-compensador para peças cônicas ou brutas, base giratória, entre outros. Takaimec (12) 3951- 3800 takaimec@takaimec.com.br
Pedras abrasivas para polimento A Permold, distribuidor exclusivo para o Brasil da marca Gesswein, fornece pedras abrasivas para acabamento e polimento de metais ferrosos e não ferrosos. Estão disponíveis em diversos formatos, dimensões, grãos e composições em óxido de alumínio, em carbeto de silício e supra cerâmica.
Stauffer (47)33517878 info@stauffer.com.br
Morsas de precisão As morsas de precisão Superlock, fabricadas pela Takaimec, têm sistema de fixação por semi-esferas que evita o levantamento ou perda do posicionamento da peça. Nos mordentes internos as faixas de abertura vão até 70, 100 e 150 mm e nos mordentes externos até 215, 300 e 400 mm, permitindo com esse recurso evitar a perda de curso no comprimento da morsa.
Trabalham em posições laterais, permitindo operações de esquadre46
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Permold (21) 2205-9324 permold@permold.com.br
Safe Gerencial BD O software Safe Gerencial BD, da Safesystem, incorpora o conceito ERP (Enterprise Resource Planning), utiliza banco de dados relacional, propiciando a gestão integrada de todas as funções empresariais dos diversos segmentos do comércio, indústria e serviços de pequeno e médio porte. Executa controles gerenciais, análise de produto e potencial de mercado, picos de vendas e inteligência de negócios, entre outros recursos avançados. Atende as operações administrativo-financeiras, compra, venda e
Ferramentas progressivas de corte, dobra e repuxo Moldes de injeção e de sopro estoques, permitindo a integração com outros processos administrativos e industriais através de módulos opcionais.
sui velocidade variável definida pelo operador de acordo com a utilização do equipamento. A empresa fabrica também pontes rolantes de viga dupla com capacidade de 10 a 100 t para vãos de até 35 metros.
ISO 9001 2000 O módulo opcional Safe Produção incorpora o Planejamento e Controle de Produção (PCP), dispõe de recursos para controle e otimização do tempo de uso de máquinas, mão-de-obra e matéria-prima sendo desenvolvido de acordo com as necessidades de cada empresa. O Safe Gerencial BD conta ainda com outros módulos avançados de gestão como Gerenciamento do Relacionamento com o Cliente CRM (Customer Relationship Management), integração entre unidades móveis de venda (Móbile), cobrança bancária eletrônica (CNAB), integração e consolidação entre filiais e outras facilidades. Safesystem (41) 3028-4200 paulochedid@safesyst.com.br
CSM KRAUPP (47) 3372-7600 vendas@csm.ind.br
Giacomini Indústria e Comércio Ltda. Av. Portugal, 956 - CEP 86046-010 - Londrina - PR Fone/Fax: (43) 3341-6315 giacomini@giacomini.ind.br www.giacomini.ind.br
Máquina de medição A linha Swan de máquinas de medição fabricada pela Coord3, representada no Brasil pela Nucleon, está disponível nas versões manual e motorizada, com braço único ou duplo e nas configurações com guia fixada na lateral da mesa e independente. Ideal para medições de peças de grandes dimensões, de elementos prismáticos e verificação de superfícies com formas livres. Está disponível em modelos com cursos em X de 2.000 a 6.000 mm, em Y de 1.000 a 1.500 mm e em Z de 1.200 a 2.000 mm.
Pontes rolantes As pontes rolantes univiga fabricadas pela CSM KRAUPP se adaptam às mais diversas condições de espaço, mesmo em plantas estreitas e baixas. Construídas em perfis laminados ou em vigas tipo caixão, são dimensionadas para atender às capacidades de 1 a 12 t e vãos de até 30 metros. O modelo padrão pos-
Nucleon (11) 5063-2066 nucleon@nucleon.com.br Janeiro/Fevereiro 2007
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Fresadora universal A fresadora ferramenteira Promill modelo FU-300, fornecida pela Vitor & Buono, tem mesa com dimensões de 1.320 x 320 mm, capacidade para 300 kg, oito diferentes velocidades de avanço da mesa que vão de 25 a 430 mm/min e motor com potência de 4 kW. Os cursos automáticos nos eixos X, Y e Z são de 770 x 300 x 400 mm respectivamente e motor independente para o eixo Z. Está equipada ainda com cabeçote vertical e seus respectivos suportes basculantes e cone ISO 40. A gama de velocidades na árvore é de 70 a 2.160 rpm com cone ISO 50.
tável. Estão disponíveis opcionais como chave limite por engrenagens, controle de temperatura do motor, ventilação forçada, contador de horas de funcionamento para programação de manutenção preventiva e versão à prova de explosão para utilização em áreas risco.
Refrisat (11) 6423-5900 refrisat@refrisat.com.br
Cilindros para estampagem
STAHL (11) 4781-3000 stahl@stahl-talhas.com.br
Unidades termoreguladoras As unidades de água gelada da Refrisat têm capacidade de 3.000 a 240.000 kcal/h e temperatura ajustável de 4ºC a 30ºC.
Vitor & Buono (11) 3376-7777 vitorbuono@vitorbuono.com.br
A Prodty oferece os sistemas de cilindros de nitrogênio Pro-Nitro, para aplicação em prensas ou ferramentas de estampar em operações de repuxo, dobra ou corte. São compactos de alta força, com pressão ajustável de 20 a 150 bar, cursos disponíveis de até 300 mm e velocidades de trabalho de até 14 m/min. Possibilitam a utilização de vários sistemas em paralelo em uma mesma ferramenta, com pressões e cursos diferenciados e controlados individualmente.
Prodty (11) 4072-8400 prodty@prodty.com.br
Talhas elétricas de corrente As talhas elétricas de corrente série ST da STAHL, possuem construção modular, dimensões compactas e pesos reduzidos. Os modelos ST05 ao ST50 têm capacidade de carga de 125 a 5.000 kg e velocidades de elevação de até 20 m/min. e classificações conforme normas FEM até grupo 3m. São equipadas com motor de rotor cilíndrico de uma ou duas velocidades e freio auto-ajus-
de troca de calor. Possuem controlador de temperatura micro processado, placa eletrônica com indicação de capacidade, operações, falhas e alarme sonoro.
Mantas para isolação térmica
Utilizadas para refrigeração de moldes em injetoras, sopradoras, termoformadoras, extrusoras de tubos, perfis e laminados e em outros processos onde haja necessidade
As mantas para isolação térmica ISO-10, da Gecomp, são aplicáveis em injetoras e extrusoras. Fabricadas em camadas de materiais isolantes e independentes, com espessura uniforme resistem ao manuseio e a temperaturas de até 600ºC. Proporcionam economia de energia em até 40% no sistema de Janeiro/Fevereiro 2007
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Distribuidor de água
aquecimento da máquina, que só é acionado para compensar a troca de calor com o material, evitando picos de temperatura. Aumentam a vida útil da resistência e reduzem a temperatura externa em até cinco vezes a interna.
Fornecidos pela Multmold, os distribuidores de água para moldes de injeção de termoplásticos e metais não ferrosos possuem entrada e saída para moldes fixos e móveis. Seu formato compacto permite a fixação com apenas dois parafusos e em várias posições na máquina ou no molde. Fabricados em alumínio anodizado, podem ser configurados em duas vias ou mais.
Gecomp (41) 3029-3678 gecomp@gecomp.com.br
Fresadora CNC A fresadora CNC da Sunlike, modelo S-1654, comercializada pela Ferramentas Gerais, tem mesa de trabalho com dimensões de 1.370 x 400 mm, capacidade de carga máxima de 1.000 kg e os cursos nos eixos X, Y e Z são de 1.000 x 500 x 600 mm respectivamente. Possui motor principal com potência de 10 HP, eixo árvore com velocidade de 50 a 6.000 rpm e distância até a mesa de 100 a 700 mm.
Multmold (19) 3818-1949 vendas@multmold.com.br
Fresas de topo A linha de fresas de topo da Iscar apresenta vários tipos e tamanhos de pastilhas. As pastilhas quadradas QUAD2000 de 6 e 10 mm; as pastilhas HELI2000 de 10 e 15 mm tanto para corte fácil e exato como para alto acabamento de superfície; as pastilhas MILL2000 de 13 e 20 mm para desbaste em fresamento de alto avanço; e as ferramentas versáteis CHAMMILL que portam
Ferramentas Gerais (51) 3358-1213 rs@fg.com.br Janeiro/Fevereiro 2007
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até quatro tipos de pastilhas no mesmo alojamento. As fresas de furar e fresar, fresas de chanfro, fresas de topo de perfilação com pastilhas redondas, fresas de metal duro integral e fresas de rosca também estão disponíveis. Iscar do Brasil (19) 3826-7132 iscar@iscardobrasil.com.br
Pontas montadas para acabamento As pontas montadas Poliflex de acabamento fino e pré-polimento para moldes e matrizes da Pferd, são produzidas a partir de óxidos de alumínio diversificados ou carbureto de silício misturados a uma base de poliuretano, borracha ou têxtil. Esta combinação de materiais permite remoção de material e acabamento superficial com ferramentas de alta resistência que suportem trabalhos em cantos e arestas bem
52
Ferramental
Janeiro/Fevereiro 2007
como em áreas planas. São fornecidas com perfil cilíndrico e esférico, diâmetros de 10 a 20 mm e altura de 25 a 30 mm.
guias lineares com 4 pontos de apoio, conferindo alta rigidez na usinagem, comando Fanuc e extensão de memória para facilitar a programação da máquina. O fuso, duplamente apoiado, tem precisão de +/- 0,005 mm e velocidade de avanço rápido de 36 m/min. nos eixos X e Y e de 30 m/min. no eixo Z. Com rotação de 10.000 rpm e unidade refrigerante que previne o aquecimento e minimiza a deformação térmica.
Pferd Rüggeberg do Brasil pferd@pferd.com.br (41) 3373-8222
Centro de usinagem vertical Com mesa de 1.200 x 500 mm e capacidade de carga de até 1.000 kg, o centro de usinagem CNC Hyundai Kia Machine modelo VX 500, comercializado no Brasil pela COSA Intermáquinas, tem configuração de máquina para a usinagem de moldes em CNC. Possui
COSA Intermáquinas (19) 3886-3003 mo@cosa.com.br
MARÇO ! 13 a 15 - Monterrey, México ExpoPlasticos 6ª Exposição Internacional de Fornecedores e Conferências para a Indústria do Plástico (81) 8347-8560 www.expoplasticos.com.mx ABRIL ! 10 a 12 - Belo Horizonte, MG EMBALA Minas Feira do Setor de Embalagem (11) 5184-1515 www.greenfield-brm.com MAIO ! 7 a 11 - São Paulo, SP 11ª Brasilplast Feira Internacional da Indústria do Plástico (11) 3291-9111 www.brasilplast.com.br ! 21 a 26 - São Paulo, SP 11ª Feimafe Feira Internacional de MáquinasFerramenta e Sistemas Integrados de Manufatura (11) 3291-9111 www.feimafe.com.br ! 21 a 26 - São Paulo, SP 9ª Qualidade Feira Internacional do Controle da Qualidade (11) 3291-9111 www.feiradaqualidade.com.br ! 22 a 24 - São Paulo, SP Expoalumínio Exposição Internacional do Alumínio (11) 5084-1544 www.abal.org.br ! 30 a 2 junho - Santiago, Chile Chileplast e Mundoplast 5ª Feria Internacional da Indústria do Plástico + (56-2) 333-8511 www.chileplast.cl/ JUNHO ! 12 a 16 - Buenos Aires, Argentina Plásticos II Exposição Internacional da Indústria do Plástico + (5411) 4374-1848 www.banpaku.com.ar
! 12 a 16 - Düsseldorf, Alemanha GIFA International Foundry Trade Fair + (49-211) 456-001 www.messe-duesseldorf.de JULHO ! 13 a 18 - Buenos Aires, Argentina EMAQH 22ª Exposição Internacional de la Máquina Herramienta, Herramentas y Afines (11) 4371-1593 www.emaqh.com ! 24 a 27 - São Paulo, SP Intertooling Brasil Feira e Congresso Internacional de Tecnologias de Ferramentais (47) 3451-3000 www.intertooling.com.br ! 24 a 27 - Caxias do Sul, RS Plastech Brasil Feira de Tecnologias para Termoplásticos e Termofixos, Moldes e Equipamentos (54) 3228-1251 www.plastechbrasil.com.br AGOSTO ! 1 a 4 - Pinhais, PR Ferramental Feira de Máquinas-Ferramenta do Mercosul (41) 3075-1100 www.diretriz.com.br ! 14 a 18 - Caxias do Sul, RS FEBRAMEC Feira Brasileira da Mecânica (51) 3357-3131 www.efep.com.br ! 20 a 23 - Olinda, PE EMBALA Nordeste Feira do Setor de Embalagem (11) 5184-1515 www.greenfield-brm.com SETEMBRO ! 11 a 15 - Joinville, SC Intermach Feira e Congresso de Tecnologia, Máquinas, Equipamentos, Automação e Serviços para a Indústria MetalMecânica (47) 3451-3000 www.intermach.com.br
Metalúrgica, Ferramentas e Material Elétrico (11) 5184-1515 www.greenfield-brm.com ! 25 a 28 - São Paulo, SP Fenaf 12ª Feira Sul-Americana de Fundição (11) 3549-3344 www.fenaf.com.br ! 26 a 29 - Pinhais, PR Feipack Feira Sul Brasileira da Embalagem (41) 3075-1100 www.diretriz.com.br OUTUBRO ! 24 a 31 - Dusseldorf, Alemanha K' 2007 Feira Internacional do Plástico e Elastômero (49-211) 4560-900 www.k-online.de NOVEMBRO ! 6 a 9 - Bogotá, Colombia Andina-Pack Feira de Soluções para Transformação, Processo, Embalagem e Distribuição de Produtos (57-1) 6212436 www.andinapack.com ! 20 a 23 - Porto Alegre, RS Tecnoplast 4ª Feira de Tecnologias para a Indústria do Plástico, Borracha, Moldes e Matrizes Embaplast 2ª Feira de Equipamentos, Produtos e Serviços para Embalagem Expoplastic Exposição da Transformação do Plástico (51) 3338-0800 www.fcem.com.br
ABRIL ! 15 a 18 - Estância de São Pedro, SP 4º Cobef Congresso Brasileiro de Engenharia e Fabricação (21) 2221-0438 www.cobef.com.br
! 24 a 28 - Olinda, PE 13ª FIMMEPE Mecânica Nordeste Feira da Indústria Mecânica,
Janeiro/Fevereiro 2007
Ferramental
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MAIO ! 22 a 24 - São Paulo, SP III Congresso Internacional do Alumínio (11) 5084-1544 www.abal.org.br
MAIO ! 16 a 19 - San Sebastian, Espanha WCTC World Cutting Tool Conference + (34-943) 213 763 www.wctc.es
! IAPA DO BRASIL Cursos: metrologia, desenho mecânico, mecânica industrial e outros (41) 3016-1096 www.iapabr.com.br
JUNHO ! 12 a 15 - Salvador, BA 9ª COTEQ Conferência Internacional sobre tecnologia de Equipamentos (11) 5586-3197 www.abende.org.br
AGOSTO ! 22 a 23 - São Paulo, SP 5º Encontro da Cadeia de Ferramentas, Moldes e Matrizes (11) 5536-4333 ramal 111 www.abmbrasil.com.br/seminarios
! Ima - UFRJ - Rio de Janeiro, RJ Curso: especialização em processamento de plásticos e borrachas (21) 2562-7230 www.ima.ufrj.br
JULHO ! 23 a 27 - Vitória, ES 62º Congresso Anual da ABM (11) 5536-4333 www.abmbrasil.com.br AGOSTO ! 5 a 9 - Brasília, DF Cobem 19º Congresso Internacional de Engenharia Mecânica (21) 2221-0438 www.abcm.org.br
! Sandvik - São Paulo, SP Cursos: usinagem (11) 5696-5589 www.sandvik.com.br ! ABIPLAST - São Paulo, SP Cursos: formação de operadores de produção e planejamento estratégico para micro e pequena empresa (11) 3060-9688 www.abiplast.org.br ! ABM - São Paulo, SP Cursos: metalurgia e materiais (11) 5536-4333 www.abmbrasil.com.br
! 6 a 10 - Uberlândia, MG Creem XIV Congresso Nacional de Estudantes de Engenharia Mecânica (21) 2221-0438 www.abcm.org.br/creem2007
! CECT - Curitiba, PR Cursos: Metrologia e Sistema da Qualidade (48) 3234-3920 www.cect.com.br
SETEMBRO ! 25 a 28 - São Paulo, SP Conaf 13º Congresso de Fundição (11) 3549-3344 www.abifa.org.br
! Cetea Ital - Campinas, SP Cursos: design técnico, proteção, segurança, legislação e qualidade de embalagens plásticas (19) 3743-1900 www.cetea.ital.org.br
OUTUBRO ! 7 a 11 - Campina Grande, PB 9º Congresso Brasileiro de Polímeros (16) 3374-3949 www.abpol.com.br
! Colégio Técnico de Campinas, SP Cursos: injeção de termoplásticos e projeto de moldes para injeção de termopláticos (19) 3775-8600 www.cotuca.unicamp.br/plasticos
JANEIRO ! 22 a 25 - Porto Alegre, RS Curso de Racionalização de Processos de Manufatura (51) 3347-8622 www.igea.org.br
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Ferramental
Janeiro/Fevereiro 2007
! Escola LF - São Paulo, SP Cursos: operação de máquinas de sopro e injetoras, análise de materiais e processamento e de projetos de moldes (11) 3277-0553 www. escolalf.com.br ! Fundação CERTI Cursos: área de metrologia (48) 3239-2120 www.certi.org.br/metrologia cursos@certi.org.br
! Seacam - São Paulo, SP Cursos: CAD, CAM, gravação 3D, inspeção, geração de superfície e projeto de produto (11) 5575-5737 www.seacam.com.br ! Senai - Joinville, SC Cursos: tecnologia em usinagem, mecatrônica e ferramentaria (47) 3441-7700 www.sc.senai.br ! Senai Mário Amato - São Bernardo do Campo, SP Cursos e treinamentos: materiais, moldes e processamento de plásticos (11) 4109-9499 www.sp.senai.br ! Senai Roberto Mange - Campinas, SP Curso: técnico em construção de ferramentas (19) 3272-5733 www.sp.senai.br ! SKA - RenderWorks Cursos básico e avançado de CAD E CAM 0800-5102900 www.ska.com.br treinamentos@ska.com.br ! SOCIESC - Joinville, SC Cursos de extensão: mecânica, automação, metalurgia e plástico 0800-6430133 www.sociesc.com.br sce@sociesc.com.br
CADASTRO DE QUALIFICAÇÃO PARA RECEBIMENTO DA REVISTA (*)
Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais
DADOS DA EMPRESA
(*) O envio da revista é gratuito às empresas e profissionais qualificados das indústrias de ferramentais, seus fornecedores, compradores e usuários finais. Não serão considerados os formulários não preenchidos completamente, ilegíveis e sem assinatura. Envie-o anexando preferencialmente catálogos de seus produtos/serviços, para: Editora GRAVO Ltda. - Caixa Postal 24034 CEP 82200-980 - Curitiba - PR, ou preencha o formulário no site www.revistaferramental.com.br Razão Social Endereço CEP
Cidade
Fone (
Estado
)
Fax (
)
www.
Responsável pelo preenchimento Fone (
Cargo/Área
)
DIRETORIA
Preencha os nomes correspondentes aos cargos abaixo e assinale para quem a revista deve ser enviada. Dir. Presidente
Dir. Comercial
Dir. Industrial
Dir. Marketing
Outro: Cargo/Área
SUA EMPRESA É
Nome:
100
Moldes para a indústria do plástico
Preencha o campo 1
200
Ferramentais e dispositivos para a indústria metal-mecânica
Preencha o campo 2
300
Modelos e ferramentais para a indústria da fundição
Preencha o campo 3
400
Outros tipos de ferramentais
Preencha o campo 4
Compradora
500
De ferramentais
Preencha o campo 5
Usuária
600
De ferramentais e dispositivos
Preencha o campo 6
Fornecedora
700
Para a indústria de ferramentais
Preencha o campo 7
Fabricante de
CAMPO 1
Fabricante de moldes para a indústria do plástico: 101
Elastômeros
105
Resinas fenólicas
109
Termoformagem
110
Outros (especifique)
102
Extrusão 106
103
104
Fibras de Vidro e Carbono
Rotomoldagem
107
Sopro
108
Injeção
Termofixos
Para: 111
Terceiros
112
Uso próprio
Projeto: 113
Interno
114
Terceiros
Protótipo: 115
Interno
116
Terceiros
Terceiros
222
Uso próprio
Projeto: 223
Interno
224
Terceiros
Protótipo: 225
Interno
226
Terceiros
Fabricante de ferramentais e dispositivos para a indústria metal-mecânica:
CAMPO 2
Ferramentais para:
Conformação de arame 204
206
Dobra de chapas
207
Embutimento
210
Punções de corte
211
Punções de dobra
213
Repuxo
214
Outros (especifique) 215 219
218
Soldagem
220
Outros (especifique)
202
Corte de chapas
Conformação de tubos
Dispositivos para:
10
201
203
Controle/Inspeção
208
Conformação de perfis
205 Estampo
212
216
Corte fino (fine blank) 209
Forjamento
Punções de repuxo
Montagem
Para: 221
217
Rebitagem
Usinagem
CAMPOS 3 - 4 - 5 - 6 e 7 Janeiro/Fevereiro 2007
Ferramental
55 59
CAMPO 4
CAMPO 3
Fabricante de modelos e ferramentais para a indústria da fundição: Em:
301
Isopor (PU)
302
Para:
305
309
Baixa pressão
313
Shell-molding
314
Outros (especifique)
Cold-box
Madeira
306
310
303
Hot-box Microfusão
304
Metal
Para: 315
Resina
307
Coquilha
308
311
Moldagem em areia
316
* Uso próprio
* Sua empresa é fundição de
Sob pressão 312
Terceiros
317
Reo-colato
Metais ferrosos
318
Metais não ferrosos
Projeto: 319
Interno
320
Terceiros
Protótipo: 321
Interno
322
Terceiros
Terceiros
408
Uso próprio
Projeto: 409
Interno
410
Terceiros
Protótipo: 411
Interno
412
Terceiros
Fabricante de outros tipos de ferramentais: Para a indústria:
401
Alimentícia
405
402
403
Cerâmica
Para: 407
Cosmética
Farmacêutica
404
Do vidro
406
Outros (especifique)
CAMPO 5
Compradora de ferramentais: assinale qual(is) o(s) segmento(s) de atuação de sua empresa 502
Água e Saneamento
503
501
Aeronáutico
507
Brinquedos
514
Embalagens metálicas
519
Máquinas e implementos
523
Movimentação e Armazenagem (equipamentos)
508
509
Calçados
527
Utensílios domésticos
528
Outros (especifique)
515
Alimentos
Construção civil
Embalagens plásticas
520
510
516
Máquinas em geral
Áudio e Vídeo
Cosméticos
Moveleiro
Químico
522
525
505
511 517
Farmacêutico
521
524
504
Automobilístico/Auto-peças
Elétrico
512
Eletrodomésticos
Hospitalar
518
Informática
506
Bebidas
513
Eletrônico
Vestuário
Telecomunicações
526
Transporte (motos, bicicletas, triciclos)
CAMPO 6
Usuária de ferramentais e dispositivos: assinale qual(is) o(s) processo(s) utilizado(s) em sua empresa 602
601
Conformação a frio
605
Conformação de tubos
610
Embutimento
606
611
618
Conformação a quente Corte de chapas
Estampagem
Rotomoldagem
617
Repuxo
624
Outros (especifique)
612
603 607
Extrusão
619
Sopro
Conformação de arame Corte fino (fine blank)
613
620
Flashless
614 621
Termofixos
604
608
Conformação de perfis
Dobra de chapas
Forjamento
615 622
Termoformagem
609
Injeção
Elastômeros 616
Usinagem
Laminação 623
Wasteless
Fornecedora para a indústria de ferramentais de: 701
Análise estrutural
707
Óleos e Lubrificantes
712
Resinas para moldes
716
Outros (especifique)
702 708 713
Análise reológica Polimento Texturização
703
709 714
Bico/Câmara quente
Programação CNC
704
710
Tratamento superficial
Projetos 715
CAMPO 7
Para os itens abaixo, especifique o produto: 717
Acessórios para ferramentais:
718
Equipamentos:
719
Ferramentas de corte:
720
Máquinas ferramenta:
721
Matéria prima:
722
Serviços:
723
Softwares administrativos:
724
Softwares industriais:
725
Outros (especifique)
Data: 60 56
Ferramental
/
/
Janeiro/Fevereiro 2007
Design
Assinatura:
711
705
Gravação
706
Prototipagem rápida
Tratamento térmico
Modelagem
MANUAL PRÁTICO DO TORNEIRO MECÂNICO E DO FRESADOR
DICIONÁRIO DE POLÍMEROS Cristina T. Andrade, Fernanda M. B. Coutinho, Marcos L. Dias, Elisabete F. Lucas, Clara Marize F. Oliveir e David Tabak.
Tonino Rossetti
Este volume possibilita formar em pouco tempo, bons operários especializados, fornecendo uma sólida base para atingir os métodos técnico-práticos e facilitando a introdução ao campo de trabalho. Os temas são apresentados de forma prática e de fácil compreensão. Nesta obra são abordados os seguintes tópicos: o torno (máquinas ferramenta, aplicações, materiais, trabalhos, tolerâncias, torneamentos, rodas dentadas e filetagem); a fresadora (velocidade de corte, trabalhos, divisão, fabricação, fresas e fórmulas) e; apêndices com tabelas (quadrados, cubos e medidas). www.hemus.com.br
Destina-se a estudantes em nível de graduação e pós-graduação, professores universitários e profissionais ligados a centros de pesquisa e à indústria. A obra contém termos recomendados em língua portuguesa, suas definições e as terminologias correspondentes em língua inglesa. Os assuntos abordados na obra são: dicionário temático, polímeros, engenharia química, entre outros. www. editorainterciencia.com.br
ATUALIDADES EM ERGONOMIA
GESTÃO AMBIENTAL E RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA: Estratégias de Negócios Focadas na Realidade Brasileira
Antônio Francisco Abrantes
Artigos sobre ergonomia onde o autor procura mostrar a parte conceitual da ergonomia, sua importância e aplicabilidade nos mais diversos segmentos da indústria. Fazem parte destes temas diversas reportagens sobre a importância de uma análise ergonômica no ambiente de trabalho, ergonomia aplicada aos equipamentos de movimentação de materiais, ambientes de escritórios, produtividade, layout fabris, método de trabalho, desenvolvimento de equipamentos entre outros. www.imam.com.br
Takeshy Tachizawa
Este livro apresenta tecnologias inovadoras, conceitos e situações práticas de gestão ambiental e responsabilidade social no contexto das organizações, com foco na realidade brasileira. Esse tema tem se destacado devido ao rápido crescimento do número de organizações que tratam a gestão ambiental e a responsabilidade social corporativa como uma questão econômica, passível de alavancar suas estratégias de negócios. Os 20 capítulos estão divididos em quatro partes: gestão ambiental e responsabilidade social nas organizações; modelo de gestão ambiental e responsabilidade social; estratégias de responsabilidade social e ambiental; outros fatores de influência do modelo. www.editoraatlas.com.br
Açoespecial ......................................19
Intermach ........................................50
Precitéc............................................43
Agie Charmilles ..................................6
Intertooling......................................44
Redil ................................................46
Btomec ............................................41
JN Ferramentaria ..............................15
Schmolz+Bickenbach ........22 e 3ª capa
Casa do Ferramenteiro .....................45
Leonam ...........................................51
Siemens ...................................31 e 34
Diretriz.............................................40
Modelação Universal ..........................5
Subirós.............................................51
Giacomini ........................................47
Mold-Masters ...........................2ª capa
Tecnoserv.........................................11
GTP .................................................46
Nitrion .............................................47
Thermoplay .....................................39
H.E.F ................................................25
Plastech ...........................................48
Uddeholm..........................................9
Incoe ...............................................41
Polimold...................................4ª capa
Janeiro/Fevereiro 2007
Ferramental
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Repensando as estratégias
Jair Bonatti Diretor Geral da Ferramentaria JN
58
Ferramental
Janeiro/Fevereiro 2007
O início do ano é sempre um momento oportuno para avaliar o nosso negócio. Fazemos planos e revisamos metas baseados nas experiências do passado e nas previsões do futuro. Assim, convoco os colegas a refletir sobre alguns pontos fundamentais para a perpetuação do setor ferramenteiro nacional. Avaliando a perda de competitividade incorrida nos últimos anos, identificamos os seguintes tópicos: - o custo médio da matéria-prima a níveis duas vezes superiores aos dos concorrentes internacionais, sendo justificado pelos fornecedores como resultante de baixa demanda, custos financeiros (mais altos do mundo), impostos no desembaraço com média de 63%, taxas, frete e margem de contribuição (markup); - o custo de máquinas e equipamentos que, salvo alguns regimes especiais, segue a lógica anterior; - o custo da mão-de-obra que, nos últimos dois anos, foi majorado a uma média de 70% quando considerado em dólares, refletindo neste caso a variação cambial e os dissídios coletivos incidentes; - a valorização excessiva do Real, fazendo com que um molde que custava US$ 100.000,00 em dezembro de 2004 (US$ 1,00 = R$ 3,12) passasse a valer US$ 145.000,00 em novembro de 2006 (US$ 1.00 = R$ 2,15), representando um aumento de 45% e; - a carga tributária incidente no país, já conhecida como uma das maiores do mundo. Além das considerações acima, contribuem para tornar ainda mais complexo o mercado de moldes e ferramentas os movimentos mundiais, iniciados nos Estados Unidos e Europa e liderados pelos clientes, no sentido de imprimir metas de redução de custos aos seus fornecedores. E, no caso das ferramentarias nacionais, as metas atingem índices de redução média da ordem de 20% para permitir competitividade internacional. Como resultado, o Brasil deverá perder diversos novos projetos, inclusive para países do grupo do primeiro mundo. Portanto, percebe-se nitidamente que o setor exportador de ferramentas caminha para a aniquilação. Todavia, precisamos entender que o mundo dos negócios é impiedoso com aqueles que se mantém estagnados. Portanto, necessitamos trabalhar para reverter a situação e conquistar nosso espaço. Buscar novas estratégias. Novas idéias. Novo ânimo! Comecemos então por conscientizar os órgãos governamentais sobre a importância deste setor. É através dele que grande parte dos produtos hoje disponíveis são produzidos, pois praticamente todo processo envolve algum tipo de ferramenta. Assim, o reconhecimento do poder de geração de emprego e renda deste setor pode transformar a política econômica nacional em uma forte aliada do seu desenvolvimento. Outra frente de trabalho importante é mapear as empresas, buscando desenvolver parcerias e compactar o número de ferramentarias no país, com foco em segmentação de mercado, tornando-as mais fortes e producentes. Como conseqüência, o processo produtivo altamente integrado com o cliente consolida a fidelização, reduzindo significativamente o custo comercial da empresa. Por fim, investir em formação de profissionais para a gestão do negócio. O amadorismo na condução das empresas deste setor ainda é notório. A partir da gestão eficiente e da adoção das medidas mencionadas, poderemos nos manter e, na seqüência, crescer neste concorrido mercado. Afinal, quando se trata de buscar alternativas, o brasileiro é campeão.