ANO III - Nº 17 - MAIO/JUNHO 2008 REVISTA FERRAMENTAL - PUBLICAÇÃO DA EDITORA GRAVO - ISSN 1981-240X
A importância do projeto de ferramentas de estampagem
Entenda como a prototipagem rápida pode auxiliar o desenvolvimento de produtos
DESTAQUE
ANO III - Nº 17 - MAIO/JUNHO 2008 REVISTA FERRAMENTAL - PUBLICAÇÃO DA EDITORA GRAVO - ISSN 1981-240X
A importância do projeto de ferramentas de estampagem
Entenda como a prototipagem rápida pode auxiliar o desenvolvimento de produtos
DESTAQUE
Editor
Objetivos comuns Podemos classificar a tributação brasileira em partes: aquela incidente sobre os rendimentos (salários, honorários, pró-labores, entre outros), que é formada principalmente pelo Imposto de Renda Pessoa Física, pela contribuição previdenciária (INSS, previdências oficiais) e pelas contribuições sindicais; a incidente sobre o consumo – inclusa no preço dos produtos e serviços (PIS, COFINS, ICMS, IPI, ISS); a que recai sobre o patrimônio (IPTU, IPVA, ITCMD, ITBI, ITR); além das taxas (limpeza pública, coleta de lixo, emissão de documentos) e contribuições (iluminação pública e outras). Recente levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário – IBPT (www.ibpt.com.br) apresenta indicadores interessantes em termos de tributação em nosso País, comprovando o peso crescente dessa componente no “bolo de dinheiro” que cada cidadão recebe por seu trabalho. A partir da estimativa de que cada brasileiro, nascido em 2008, precisará trabalhar a metade de sua vida para pagar os impostos, fica explícita a importância de se avaliar o significado dessa realidade. Na década de 70 os brasileiros precisavam trabalhar 76 (setenta e seis) dias por ano para pagar os impostos, o que já era considerado muito alto na época. Atualmente, os contribuintes destinam 148 (cento e quarenta e oito) dias anuais para cumprir as obrigações fiscais. E a tendência é que essa carga, seja municipal, estadual ou federal, continue aumentando gradativamente se nada for feito para combatê-la. O gráfico mostra a projeção do índice de carga tributária para os próximos anos. Suécia com 185 e França com 149 dias são mais vorazes que o Brasil, porém com uma realidade social e empresarial invejável. Já EUA com 102, Argentina com 97 e México com 91 dias são bem menos agressivos. O mais grave é que, além de cobrar tanto imposto, o poder público brasileiro retribui cada vez com menor
Projeção de Evolução do Indíce de Tributação
(Fonte: IBPT, 2008)
60 Carga tributária (%)
Christian Dihlmann
quantidade de serviços e com qualidade decadente. Há necessidade urgente de reação dos contribuintes, cobrando de seus representantes, nas mais diversas esferas, ações objetivas para operacionalizar a reforma tributária, de maneira ampla, geral e irrestrita, como única maneira de tornar nosso País competitivo internacionalmente. E a Ferramental continua buscando contribuir com sua parte para a profissionalização do setor ferramenteiro nacional. Nessa edição publicamos dois artigos técnicos, remetendo à integração da prototipagem rápida ao desenvolvimento de produtos com o objetivo de redução do tempo de lançamento de novos produtos. Iniciamos ainda uma série de artigos voltados à proposição de diretrizes para o projeto de ferramentas de estampagem, cuja metodologia certamente facilitará a tarefa dos projetistas. Apesar do caráter empresarial da revista, entendemos que o sucesso de um negócio está intimamente relacionado com a formação básica do empreendedor, que inicia em sua infância. Neste sentido, inserimos um artigo que busca resgatar o princípio da organização familiar, sugerindo formas de planejamento financeiro que, com a participação dos pais, permitirá educar os futuros empreendedores no controle dos recursos financeiros. Dando continuidade ao artigo sobre planos de cargos da edição anterior, publicamos mais uma série de planilhas com sugestões de descrição de cargos para ferramentarias. Enfim, estamos certos de que o sucesso de uma empresa se faz com o resultado da equipe. Como menciona nosso convidado da seção Opinião, devemos ter responsabilidade por relacionamentos em nossas companhias. Essa lição já nos ensinou o maior líder da história, Jesus Cristo: “Conduzir seres humanos significa dar a eles objetivos comuns”.
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Ano
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Artigos Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais www.revistaferramental.com.br ISSN 1981-240X
13 Diretrizes para projeto de ferramentas de estampagem – Parte I A estampagem é um processo que permite fabricar produtos economicamente viáveis por sua eficiência e precisão. Todavia, é necessário aplicar procedimentos criteriosos de projeto a fim de obter o máximo de rendimento destas ferramentas.
DIRETORIA Christian Dihlmann Jacira Carrer REDAÇÃO Editor: Christian Dihlmann - (47) 9964-7117 christian@revistaferramental.com.br Jornalista responsável: Antônio Roberto Szabunia - RP: SC-01996 Colaboradores Adriano Fagali de Souza, André P. Penteado Silveira Jefferson de Oliveira Gomes, Cristiano V. Ferreira, Rolando Vargas Vallejos PUBLICIDADE Coordenação nacional de vendas Christian Dihlmann (47) 3025-2817 christian@revistaferramental.com.br Rio Grande do Sul Ivano Casagrande (51) 3228-7139 / 9109-2450 casagrande@revistaferramental.com.br São Paulo Ronaldo Amorin Barbosa (11) 9714-4548 ronaldo@revistaferramental.com.br
21 Educação financeira e planejamento orçamentário familiar Através da educação financeira há a possibilidade de reestruturar a situação econômica das famílias, oportunizando para que estejam preparadas para as mudanças que estão ocorrendo no dia a dia, além de formar gestores empresariais qualificados.
35 Integração da prototipagem na elaboração do produto A Engenharia Simultânea e a Engenharia Reversa são metodologias que reduzem o ciclo de desenvolvimento e lançamento de produtos no mercado, principalmente se empregados em conjunto com processos de prototipagem rápida.
ADMINISTRAÇÃO Jacira Carrer - (47) 3025-2817 / 9919-9624 adm@revistaferramental.com.br Circulação e assinaturas circulacao@revistaferramental.com.br Produção gráfica Martin G. Henschel Pré impressão (CtP) e impressão Maxigráfica - (41) 3025-4400 www.maxigrafica.com.br A revista Ferramental é distribuída gratuitamente em todo o Brasil, bimestralmente, com tiragem de 5.000 exemplares. É destinada à divulgação da tecnologia de ferramentais, seus processos, produtos e serviços, para os profissionais das indústrias de ferramentais e seus fornecedores: ferramentarias, modelações, empresas de design, projetos, prototipagem, modelagem, softwares industriais e administrativos, matérias-primas, acessórios e periféricos, máquinasferramenta, ferramentas de corte, óleos e lubrificantes, prestadores de serviços e indústrias compradoras e usuárias de ferramentais, dispositivos e protótipos: transformadoras do setor do plástico e da fundição, automobilísticas, autopeças, usinagem, máquinas, implementos agrícolas, transporte, elétricas, eletroeletrônicas, comunicações, alimentícias, bebidas, hospitalares, farmacêuticas, químicas, cosméticos, limpeza, brinquedos, calçados, vestuário, construção civil, moveleiras, eletrodomésticos e informática, entre outras usuárias de ferramentais dos mais diversos segmentos e processos industriais. As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as mesmas desta revista. A reprodução de matérias é permitida, desde que citada a fonte. A revista Ferramental tem como pressuposto fundamental que todas as informações nela contidas provêm de fontes fidedignas, portanto, recebidas em boa fé. Logo, não pode ser responsabilizada pela veracidade e legitimidade de tais informações.
EDITORA GRAVO LTDA. Rua Jacob Eisenhut, 467 - Fone (47) 3025-2817 CEP 89203-070 - Joinville - SC
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Foto da capa:
Inserto em aço H13 em forno de têmpera a vácuo. Foto cedida por Bodycote Brasimet, de São Paulo, SP
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O envio da revista é gratuito às empresas e profissionais qualificados das indústrias de ferramentais, seus fornecedores, compradores e usuários finais. Qualifique sua empresa no www.revistaferramental.com.br
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Gostaria de receber a revista, pois preciso fabricar alguns moldes para plásticos e injeção de alumínio. Se possível uma lista de fabricantes de moldes e protótipos. Preciso acompanhar a evolução constante de ferramentarias, para melhor analisar processos, custos, para tomada de decisão. Carlos Roberto Coelho - Carapicuíba, SP
Gilmar Morales - Capri Tecnologia Industrial – São Paulo, SP Por problemas técnicos, não houve publicação da revista Ferramental nos meses de novembro e dezembro de 2007. Seu pleito já foi encaminhado e regularizado. (Editor)
Eu costumava ouvir esta expressão quando via algumas propagandas aqui na Europa e confesso não entendia bem. Agora já entendo e por isso vou utilizá-la para a Ferramental. Recebi a revista aqui no meu escritório e com certeza ela é priceless (não tem preço), é algo muito único. Muito obrigado pelo envio. Com certeza muitos negócios ainda serão feitos e a revista Ferramental faz parte desta estratégia.
Sou leitor assíduo da revista Ferramental. Os exemplares que tenho lido são os que chegam para a empresa. Como sou da ferramentaria do grupo, gostaria que me enviassem diretamente os exemplares, pois acompanho com grande interesse todos os artigos.
José Edison Dantas - Yudo Internacional – Marinha Grande, Portugal
Itamar Volpini - Dana – Diadema, SP
Gostaríamos de continuar recebendo a revista, pois é uma fonte de informação extremamente relevante para a área de atuação da nossa escola que oferece o curso de Construção de Ferramentas e Dispositivos em nível técnico e superior.
A revista Ferramental nos mantém informados e atualizados nos diversos assuntos que ela se propõe a cobrir. Parabéns pela publicação.
Rachel A. L. Valente - Senai Roberto Mange – Campinas, SP
A revista Ferramental nos tem sido muito útil. Seus artigos são de excelente qualidade. José Vicente Franco Martins - Mecatron – São Bernando do Campo, SP
Estou trabalhando em um projeto de uma matriz de corte para um aço 8620 aquecido e não consigo literatura específica sobre as folgas nas facas para condição a quente. Se for possível, aguardo uma resposta de como será possível essa informação. Luiz Otávio - luizotaviomarcia@uol.com.br Disponibilizamos o endereço eletrônico do leitor para aqueles que porventura possam auxiliá-lo com informações técnicas. (Editor)
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Verificamos junto ao nosso departamento de projetos a falta dos exemplares de Nov/Dez 2007 e Jan/Fev 2008 da Revista Ferramental. Para nós é muito importante recebermos essa revista regularmente. Solicitamos o envio dos exemplares atrasados.
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Luis Ghidelli - Tecumseh do Brasil – São Carlos, SP
Tenho recebido regularmente a revista Ferramental. Excelente publicação, papel e impressão de alta qualidade, além de matérias interessantíssimas. Parabéns, porque através destas publicações temos oportunidade de saber a quantidade, a qualidade e o avanço tecnológico das ferramentarias nacionais. Eduardo Cardoso Jr. - Remac Máquinas – Limeira, SP
Gostaríamos de receber os exemplares desta revista, pois é de suma importância para nós acompanharmos este setor. Somos fabricantes de filtros industriais e também prestamos serviços em assistência técnica. Damaso R. Alonso - AC Filter do Brasil – Sorocaba, SP A Editora se reserva o direito de sintetizar as cartas e e-mails enviados à redação.
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Investimentos da indústria automobilística Conforme informações divulgadas pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil, Miguel Jorge, montadoras e fabricantes de autopeças têm US$ 15 bilhões de investimentos planejados para os próximos três anos. Com esses recursos, a capacidade de produção de veículos no País, que hoje é de cerca de 3,5 milhões/ano, deverá pular para 5 milhões de unidades em quatro anos. "Parte desses investimentos já foi contratada por meio de financiamentos do BNDES", acrescentou. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior www.desenvolvimento.gov.br
Sala limpa classe 100 mil Os plásticos são utilizados em todas as áreas da medicina, com aplicações cada vez mais sofisticadas e complexas, como bolsas para sangue, luvas descartáveis, peças para respiradores ou aparelhos de anestesia, instrumentos cirúrgicos e implantes além de materiais absorvíveis. As resinas estão presentes em cerca de 300 mil itens utilizados na área médica, indicados para todas as partes do corpo. O aumento da expectativa de vida torna ainda maior a necessidade de se fabricar produtos mais duráveis, de melhor qualidade e de maior nível de bio e hemocompatibilidade. Estudos em todo mundo levam ao desenvolvimento de novos dispositivos, com o aprimoramento das propriedades das resinas plásticas e das tecnologias de fabricação, que melhorem a qualidade dos componentes, aumentando sua vida útil. O domínio de técnicas de processamento e transformação das resinas plásticas 10
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interfere na qualidade dos produtos, pois requerem cuidados especiais não somente pela aplicação dos componentes, como também pelas características técnicas dos materiais, máquinas e dispositivos especiais. A adoção e prática destes procedimentos aliadas ao ambiente apropriado como salas limpas isentas de qualquer tipo de contaminação são essenciais e exigem cuidados extremos na manipulação de materiais e operação de equipamentos, com regras rígidas de assepsia e tratamentos especiais para máquinas e materiais produtivos. Neste sentido, a Unipac, de São Paulo, implantou uma sala limpa Classe 100 mil (norma internacional ISO 14644-1 - Classe ISO 8 classificação feita em função do número de partículas por pé cúbico de ar), na qual são fabricadas peças de alta complexidade técnica para UTIs, centros cirúrgicos, áreas odontológica, laboratorial e farmacêutica. Unipac 11 4166 4260 www.unipac.com.br
Campanha de legalização de programas Em parceria com a Business Software Alliance (BSA), a Associação
Brasileira das Empresas de Software (ABES) estendeu a Campanha de Legalização de Software para 14 novas cidades. O objetivo é alertar as companhias sobre os problemas causados pela utilização de programas ilegais, motivando a regularização. Nesta fase, cerca de 20,5 mil empresas receberão uma carta alertando para os riscos, além de explicações sobre como manter suas instalações regulares. A iniciativa englobará também contato telefônico para esclarecer as possíveis dúvidas, garantindo um prazo determinado para resolução de problemas. Segundo as entidades, o uso de programas ilegais expõe as organizações a riscos de perda de informação, afeta a produtividade da equipe de trabalho e não oferece garantia ou mesmo suporte técnico qualificado. Tanto as organizações quanto seu principal executivo podem sofrer conseqüências, já que o crime de pirataria de software obriga a companhia, se sentenciada, a pagar multa de até três mil vezes o valor de cada programa de computador ilegal. Os destaques da Campanha Antipirataria: • O software é uma obra intelectual e não um produto. Quando compramos um programa de computador, estamos adquirindo uma licença de uso. • Quem compra software pirata está sujeito a mesma punição aplicada a quem está vendendo. Nas ações, as autoridades policiais apreendem listas com nomes de compradores, que podem ser indiciados. • Há quem diga que o alto preço cobrado pelo software no mercado brasileiro incentiva a pirataria. A prática, ao contrário, mostra que é uma questão cultural, que se consolidou à época da reserva de mercado. Um bom exemplo é o do pro-
grama Wordstar. Em comparação com os demais, tinha um baixo custo e nem por isso deixou de ser amplamente pirateado. • Todos perdem com a pirataria. A oferta de empregos diminui, o Estado deixa de arrecadar, o país fica com sua imagem comprometida no exterior e empresas estrangeiras, bem como as nacionais, não se sentem seguras para investir em tecnologia e no desenvolvimento de novos produtos, já que os direitos autorais são desrespeitados. ABES 11 5044 7900 www.abes.org.br
Concurso Programador CAM 2008 A Sociedade Educacional de Santa Catarina (Sociesc) organiza o segundo concurso para programador CAM, visando eleger os melhores profissionais que trabalham com programação CNC via programas CAD/CAM para a fabricação de moldes e matrizes. O evento busca estimular e desenvolver o conhecimento nesta etapa de fabricação, contribuir com a indústria nacional dos fabricantes de moldes e matrizes, difundir o conhecimento, promover discussão para aprimoramento deste processo, valorizar os profissionais da área e auxiliar a integração das indústrias correlatas. O concurso é aberto para profissionais e estudantes do Brasil e do exterior. A participação no evento inicia com a inscrição no site da Sociesc e o resultado final
será divulgado durante a Interplast 2008, em agosto. Sociesc 47 3461 0277 www.sociesc.org.br/programadorcam/
Mori Seiki por Mitsui Motion Desde janeiro, a Mori Seiki é representada no Brasil pela Mitsui Motion, cuja parceira já existe em alguns mercados internacionais como os Estados Unidos e a Rússia. "Com a linha da Mori Seiki, somada à linha da Fanuc Machines, estamos perseguindo nosso objetivo de montar no Brasil uma distribuição dentro do conceito one stop shop, com máquinas de alta precisão", informa Osmar Takeuchi, vicepresidente da Mitsui Motion do Brasil. Fabricante de máquinas-ferramentas (tornos CNC, centros de usinagem verticais e horizontais, máquinas multitarefa e células automatizadas), a Mori Seiki já está presente no mercado brasileiro há cerca de 20 anos, onde conta com base instalada de 1.200 máquinas. "Nossa expectativa, assim como a da Mori Seiki, é a de alcançar uma penetração ainda maior no mercado", diz Takeuchi.
MITSUI MOTION 11 2092 7970 www.mitsuimotion.com.br Maio/Junho 2008
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Situação das fundições no Brasil Em nota enviada aos seus associados, a Associação Brasileira de Fundição (ABIFA) alerta para crise no setor. Conforme o presidente da entidade, Engenheiro Devanir Brichesi, o setor de fundição vive como recheio de sanduíche entre monopólios de fornecedores e grandes corporações como clientes. O setor sofre pressão de aumento de custos de um lado e não consegue repassá-los a seus clientes, que muitas vezes exigem uma redução no preço dos produtos fundidos. A continuidade deste processo pode levar o setor a uma instabilidade cujas conseqüências são imprevisíveis, comenta Brichesi. Segundo a mesma
fonte, o documento enviado aos associados, tem o objetivo de alertar aqueles que têm o poder de decisão sobre seus negócios dentro da cadeia: fornecedores, fundições e clientes, da gravidade da situação e que evitemos um colapso que não seria interessante para ninguém. Os penalizados neste caso seriam os fornecedores e clientes das fundições que, sem dúvidas, no início poderiam se beneficiar, mas persistindo nesta política terão unicamente o mercado externo como alternativa, conclui Brichesi. ABIFA 11 3549 3344 www.abifa.org.br abifa@abifa.org.br
Deb´Maq adquire DN Ferramentas A Deb’Maq, fabricante e importadora de máquinas, decidiu diversificar suas atividades adquirindo a
DN Ferramentas, de Caxias do Sul (RS). Com mais de 20 anos de atividades, a DN comercializa mais de 10 mil itens em amplo leque de produtos, desde ferramentas de corte e equipamentos de medição até máquinas para madeira, agora acrescidos dos produtos da Deb'Maq, como tornos, fresadoras, centros de usinagem, mandrilhadoras, furadeiras, injetoras de plástico, dobradeiras, prensas e puncionadeiras. "Vamos transformá-la em uma das maiores lojas do País em termos de variedade de produto", diz Mauro Eduardo Trevisan, gerente de Marketing. "A idéia é manter em uma estrutura única, sólida e moderna, todos os produtos que atendam as necessidades da indústria". A DN Ferramentas passará a se chamar comercialmente de Deb'Maq DN. DEB´MAQ 11 3348 3333 www.debmaq.com.br
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas é uma entidade privada sem fins lucrativos que tem como missão promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável dos empreendimentos de micro e pequeno porte. Com este objetivo, o site do Sebrae permite acessar informações importantes para abertura e manutenção de empresas. Além disso, apresenta diversos estudos, pesquisas e indicadores acerca da situação e evolução das micro e pequenas empresas do Brasil. Destaque para o relatório “Fatores condicionantes e taxa de mortalidade das MPEs”, que ressalta os principais pontos para a perpetuação do negócio. A bolsa de negócios também é uma excelente ferramenta para a compra e venda de produtos entre os cadastrados no Sebrae. www.sebrae.com.br
O portal do empresário on-line traz informações objetivas para o usuário. Está dividido em quatro seções: atualização, leitura, serviços e finanças. Destaca-se, na primeira seção, a “agenda do empresário” e a “legislação”, que permitem acompanhamento da legislação pertinente para diversos segmentos da indústria. Na segunda seção, vale uma investigada em “orientador gerencial” e em “artigos”, que tem conteúdo muito rico para o empresário. Na seção de finanças, encontram-se diversos indicadores econômicos e informações relativas à comércio exterior. www.empresario.com.br
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FABRÍCIO DREHER SILVEIRA – fabriciodreher@yahoo.com.br LÍRIO SCHAEFFER – ldtm@ufrgs.br
Diretrizes para projeto de ferramenta de estampagem – Parte I
A
estampagem é um processo que permite fabricar produtos economicamente viáveis por sua eficiência e precisão. Todavia, é necessário aplicar procedimentos criteriosos de projeto a fim de obter o máximo de rendimento destas ferramentas.
Todos os segmentos da indústria buscam a produção de produtos de qualidade a baixo custo. Esta meta normalmente é atingida com a produção em série, usando máquinas e ferramentas especiais, capazes de produzir um elevado número de peças mantendo o padrão desejado. Um processo importante na produção seriada é a estampagem de chapas. As máquinas usadas na estampagem são as prensas dos mais variados tipos e tamanhos e as ferramentas ou estampos, que dependendo da quantidade e da qualidade das peças a produzir, variam das mais simples e rudimentares às mais complexas e aperfeiçoadas. O projeto de ferramental destinado ao processo de produção por estampagem engloba uma série de parâmetros que devem ser seguidos para a obtenção precisa do produto final e maior vida útil da ferramenta. Objetivando reproduzir um procedimento criterioso de projeto para matrizes deste tipo de aplicação, os parâmetros citados são
abordados neste trabalho de forma a orientar o projetista sobre a correta maneira de elaboração de uma ferramenta de corte e repuxo. A importância de tal procedimento poderá ser visualizada através do caso de uma ferramenta mal projetada e com registro de falha. A matriz era
Antes
utilizada na indústria de rolamentos, produzindo uma peça de fixação de um tensor que se tornara fragilizada devido à ruptura originada na matriz. Um novo projeto é apresentado eliminando as falhas do anterior e, conseqüentemente, capacitando a utilização da peça.
Com a força aplicada
Depois
Deformação elástica
Deformação plástica
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A ESTAMPAGEM A estampagem é um processo de conformação mecânica, realizado geralmente a frio, que compreende um conjunto de operações de corte, dobra e embutimento por intermédio das quais uma chapa plana é submetida a transformações de modo a adquirir uma nova forma geométrica própria e determinada por projeto. A deformação plástica (veja o infográfico) é levada a efeito com o emprego de prensas específicas e dispositivos especiais denominados estampos ou matrizes. Em situações nas quais a demanda de produção é pequena, o processo de estampagem não é recomendado, pelo elevado custo das ferramentas. Quando se trata de grandes séries, constitui o processo mais econômico, pois o custo das ferramentas é distribuído entre a grande quantidade de unidades produzidas. OPERAÇÕES DE ESTAMPAGEM Basicamente, a estampagem compreende as seguintes operações: Corte de chapas: chapas planas são submetidas à ação de um punção de corte, aplicada por intermédio de uma prensa que exerce pressão sobre a chapa apoiada em uma matriz. No instante em que o punção penetra na matriz, o esforço de compressão converte-se em esforço de cisalhamento e ocorre o desprendimento brusco de um pedaço de chapa. Dobramento: faz com que uma chapa forme dois ou mais planos separados por um ângulo. Neste processo, parâmetros como raio de curvatura e elasticidade do material são importantes. No caso de mate14
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riais com alto módulo de elasticidade1 é comum que depois de realizado o esforço de dobramento, a chapa tenha um maior retorno elástico, voltando a sua forma primitiva. Desta forma, é recomendável construir a matriz com ângulos de dobramento mais acentuados, além de realizar-se a operação em várias etapas, com uma única ou com várias matrizes. Embutimento ou repuxo: é o processo em que as chapas metálicas e planas pré-cortadas são conformadas em forma tridimensional, ou seja, um objeto oco, tendo como aplicações mais comuns a produção de pára-lamas de automóveis, estojos, cápsulas, capas de rolamentos, etc. Se a complexidade geométrica da peça produzir tensões superiores à de ruptura do material, costuma-se fazer o embutimento em duas ou mais operações sucessivas. Em geral, em certas direções a chapa é estirada2, em outras é comprimida e, em resumo, a espessura da mesma não sofre uma variação significativa. CLASSIFICAÇÃO DAS FERRAMENTAS As ferramentas para as prensas podem dividir-se em alguns grupos, considerando primeiramente, seu efeito sobre a estrutura metálica a qual são aplicadas. Ferramentas de corte No corte por puncionamento, primeiramente o material é comprimido, deformando suas fibras. Quando a pressão exercida é maior que a resistência do material ao cisalhamento, este se rompe e, ao término do corte, as fibras deformadas tendem por elasticidade retornar a sua posição primitiva.
Deste modo, há a necessidade que o punção apresente precisamente a dimensão final do furo e a geometria externa da peça esteja contida na matriz, ainda que não possuam exatamente a mesma medida por existir folga entre os mesmos. Além do punção (A) e da matriz (B), uma ferramenta de corte completa possui um bloco (C) que atua como guia do(s) punção(ões). Deve existir ainda um mecanismo, que podem ser duas chapas fixadas à matriz (D), com o objetivo de guiar a chapa que será cortada continuamente, tal como, um sistema “batente” com a função de fixar o passo que é adotado para o avanço da chapa. O esquema de uma matriz de corte pode ser visto na Figura 1.
A C D B
Figura 1 - Esquema de um estampo de corte [1]
Ferramentas de dobra O dobramento de chapas é realizado mediante ferramentas especiais chamadas estampos de dobra. Estes são compostos de dois elementos essenciais: o punção superior (C) e a matriz (D) denominados 1 Módulo de elasticidade: é uma grandeza que proporciona a medida da rigidez de um material sólido. A unidade de medida no Sistema Internacional (SI) é o Pascal (Pa). 2 Estiramento: consiste em afinar a espessura de uma chapa por meio de um punção, prendendose a chapa em uma matriz, de modo a impedir que o material deslize para dentro da matriz.
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macho e fêmea respectivamente. No caso da Figura 2, completam o estampo os componentes de fixação da chapa presos à matriz por parafusos e necessários para posicionar a chapa previamente cortada, o elemento extrator (A) responsável pela retirada da peça e a mola (B) acoplada ao mesmo para exercer a pressão de extração. O uso de componentes fixadores não só é necessário para evitar o deslizamento da peça, mas também para que não sejam produzidas peças deformadas incorretamente. A peça “a” é o produto resultante da ferramenta mostrada.
a A
D
B
Figura 2 - Esquema de um estampo de dobra [1]
Ferramentas para embutimento A Figura 3 mostra uma matriz para esta aplicação. O disco a ser embutido é introduzido sobre a matriz. O punção é fixado no portapunção e o conjunto é fixado no cabeçote superior da prensa. Durante a deformação, o sujeitador mantém a superfície da chapa tensa para impedir a formação de rugas. O punção, ao penetrar na Ferramental
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Sujeitador
Extrator
Figura 3 - Matriz de embutimento ou repuxo [2]
C
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Peça embutida
matriz, conforma o objeto. Durante a penetração, a mola é comprimida e, ao terminar a operação, o punção retrocede e o extrator sob a ação da mola sobe e extrai o objeto conformado. A matriz vai fixada na base que, por sua vez, é presa na mesa da prensa. ESFORÇOS NA ESTAMPAGEM O cálculo dos esforços envolvidos nos processos de estampagem é fundamental para o desenvolvimento de ferramentas. Partindo desta informação, é possível selecionar os materiais a serem utilizados no estampo, bem como a capacidade necessária da prensa utilizada no processo. Esforço necessário para corte O punção, no momento do contato com a chapa, inicia sobre a mesma uma carga compressiva seguida de corte. Ocorre uma pressão contínua por parte do punção e reação do material pressionado. Devido à a-
ção do fio cortante do punção, a área de chapa atingida se separa do restante. Neste processo pode-se verificar a superação do esforço superior sobre a resistência ao cisalhamento do material [1]. O esforço necessário para efetuar um corte depende do material que será cortado, das dimensões do corte e da espessura da chapa. Desta forma, esta grandeza é dada por:
Q = p.e.t C
(1)
onde Q é a força necessária para corte, em Newton (N), p é o perímetro de corte, e é a espessura da chapa, ambos em milímetros (mm) e tC é a tensão de cisalhamento, em N/mm2. Se existem vários punções envolvidos no processo, a força total é a soma das forças exercidas por cada um deles. Para o cálculo pode-se utilizar a equação (1), porém substituindo em p a soma dos perímetros de corte de todos os punções. Esforço necessário para dobra Os esforços necessários para dobrar e curvar chapas medianas ou finas, normalmente são pequenos se comparados aos necessários para corte das mesmas. Para o cálculo do esforço de dobra é necessário basear-se no momento fletor produzido segundo as forças externas atuantes em cada caso. Partindo da equação (2), pode-se obter esta grandeza.
s =
M .y I
(2)
onde s é a tensão exercida sobre a chapa para o dobramento, em
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onde F é o esforço necessário para dobra, em N, sT é o limite de resistência à tração, em N/mm2, b é a largura da chapa e l é a distância entre os apoios, ambos em mm. Esforço necessário para embutimento Um corpo metálico que sofre a ação de esforços crescentes se deforma elasticamente e depois plasticamente ou permanentemente. Para haver o embutimento é preciso que sT supere a tensão de escoamento se mas não a tensão de ruptura sr do material da chapa, pois nesta situação, a chapa acaba rasgando. A força de embutimento é máxima no início da operação, diminui gradualmente ao longo do percurso e se anula no final. As equações (4) e (5) fornecem o esforço de repuxo.
para repuxo prismático, sendo F a força necessária para embutimento, em N, d o diâmetro do punção, D o diâmetro do disco, ambos em mm. PRENSAS DE ESTAMPAGEM As prensas utilizadas na estampagem podem ser mecânicas, onde um volante é fonte de energia, a qual é aplicada por manivelas, engrenagens, excêntricos, durante a aplicação do esforço de deformação, ou hidráulica, em que a pressão hidrostática aplicada contra um ou mais pistões fornece a energia para o esforço de deformação. As prensas excêntricas são as de uso mais geral, utilizando-se para quase todos os trabalhos de estamparia. Contudo, por não serem de fácil regulagem e exatidão de percurso, apresentam dificuldades nos trabalhos de embutimento (sem saída livre do punção), pois um des-
cuido nesta regulagem pode ter como conseqüência a ruptura das ferramentas e até da prensa. A prensa excêntrica para uma determinada operação de corte ou repuxo não pode ser escolhida pela capacidade nominal fornecida pelos fabricantes, pois esta é a capacidade máxima que a prensa desenvolve quase no final do curso [4, 5, 6]. Para a escolha da prensa é preciso estabelecer o curso que será necessário, em função do tipo de fabricação – corte, dobra, embutimento ou mista – a força no início da operação e a produção diária a ser desenvolvida. Estabelecida a máquina, se deve verificar todas as características necessárias como avanço máximo e mínimo, dimensões da mesa, regulagem do punção. A capacidade da prensa não deve ser justamente igual aos esforços relacionados na seção anterior, sendo recomendado deixar uma margem levando em conta os atritos e demais resistências passivas. No
Volante 180º
e 90º a y
(3)
(5)
0º
a b
x
4.s T .b.e 2 F= 3.l
D F = p.e.s e . ln d
l
N/mm2, M é o momento fletor em N.mm, y é a distância máxima das fibras ao eixo neutro, em mm e I é o momento de inércia da secção, em mm4. Admite-se em alguns casos que a chapa se comporte como um sólido apoiado nas extremidades e carregado no centro. Após o desenvolvimento de equações partindo do momento fletor das forças externas atuantes [3], pode-se calcular o esforço de dobra pela equação (3):
Biela
para repuxo cilíndrico e 18
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D d
(4)
Martelo Mesa
Figura 4 - Mecanismo de acionamento de uma prensa excêntrica [4]
y
F = p .d .e.s e . ln
e
Guias
F
caso do estampo possuir molas extratoras ou dispositivos semelhantes é necessário considerar a força dos mesmos e somá-las ao esforço total que a prensa deve exercer. A Figura 4 mostra o mecanismo de acionamento de uma prensa excêntrica. A força útil da prensa varia com a posição da manivela, ou seja, depende do ângulo a. Quando a = 90o a prensa desenvolve a força mínima. ESTUDO DE CASO O projeto consistiu na modificação de uma matriz de estampagem progressiva utilizada na indústria de rolamentos que estava apresentando problemas para a produção de determinada peça. A peça produzida faz parte do rolamento codificado pela empresa que o fa-
Figura 5 – Peça RL 27074
brica como RL 27074, e este é um tensor da correia dentada dos automóveis Kadett, Ipanema e Vectra. A peça pode ser vista na Figura 5 após a sucessiva operação de dobra. O fato era que a matriz, onde houve trincamento, estava produzindo uma peça fragilizada devido ao aumento da largura do bloco e, conseqüentemente, aumento das geometrias de corte. Ao entrar em funcionamento, a peça sofria ruptura e, conseqüentemente, provocava a inutilização do rolamento. O problema mais freqüente estava relacionado ao lingote indicado acima, que era estampado com uma espessura muito fina. Quando o rolamento era submetido ao torque, o lingote acabava rompendo. Este fato estava gerando inúmeros casos de reembolso aos clientes, então,
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tes. Isto pode provocar uma distribuição de tensões não-uniforme ao longo da matriz;
Ÿ Existência de cantos vivos em algumas geometrias de corte da matriz. Estes são pontos projetados com raios relativamente pequenos, aumentando a concentração de tensão na região dos mesmos. Provavelmente este foi um dos fatores que contribuíram para o trincamento da matriz visto na figura anterior;
Figura 6 - Matriz RL 27074 (cinco estágios de produção)
foi preciso retirar o estampo de operação. A ferramenta é mostrada na Figura 6. Foram verificados os seguintes erros de projeto:
Ÿ Os passos entre os estágios de produção das peças são diferen-
Ÿ A matriz foi submetida a tratamento térmico e, após um ensaio de dureza, foi constatado que sua dureza ficou entre 64 e 70 HRC. Esta dureza foi considerada excessiva diante das circunstâncias a que a matriz é submetida – carga de 85 toneladas exercida pela prensa utilizada – e este seria um agravante para o defeito surgido; Ÿ A base que suporta a matriz, porém, não foi submetida a um tratamento térmico, segundo análise realizada, e desta forma sua
dureza é inferior a dos outros elementos. Com o passar do tempo e as inúmeras vezes em que a matriz operou, a base deformou, criando um empenamento, o que submeteria a matriz ao esforço de flexão. Na próxima edição, o tema continuará sendo abordado através do estabelecimento de uma seqüência de etapas para o desenvolvimento de uma ferramenta de estampagem, demonstrando a importância do estudo prévio e as dificuldades encontradas para tal procedimento.
BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS • ÁLVAREZ-SOLER; Estampos. São Paulo: Mestre Jou, 1972 • BENDIX, Friedrich; Principie a Trabalhar o Metal, Rio de Janeiro: Reverte, 1967 • STANLEY, Frank A.; Estampado y Matrizado de Metales: Proyecto, Construcción y Empleo de Punzones y Matrices, Barcelona, José Montesó, 1957
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [2] POLACK, Antônio V.; Manual Prático de Estampagem, São Paulo: Hemus, 1974. [1] ROSSI, M.; Estampado en Frio de La Chapa: Estampas, Matrices, Punzones, Prensa y Máquinas, São Paulo, Dossat, 1979.
Fabricação e Tratamento, 2 ed., São Paulo: McGraw-Hill, 1986 [4] PROVENZA, F.; Estampos, Vol. I, São Paulo, PRO-TEC, 1982. [5] PROVENZA, F.; Estampos, Vol. II, São Paulo, PRO-TEC, 1982. [6] PROVENZA, F.; Estampos, Vol. III, São Paulo, PRO-TEC, 1982.
[3] CHIAVERINI, Vicente; Tecnologia Mecânica: Processos de
Fabrício Dreher Silveira – Engenheiro Mecânico pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Pós-graduando pela UFRGS na área de Conformação Mecânica. Profissional com experiência em projeto e desenvolvimento de ferramental de diferentes processos de fabricação. Atuação como encarregado de estamparia e ferramentaria e Engenheiro de projetos e desenvolvimento de produto na Unidade de Metalurgia do Pó da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Lírio Schaeffer - Engenheiro Mecânico pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Doutor na área de Conformação pela Universidade Técnica de Aachen/Alemanha (RWTH). Coordenador do Laboratório de Transformação Mecânica (LdTM) do Centro de Tecnologia da Escola de Engenharia da UFRGS. Pesquisador na área de Mecânica, Metalurgia e Materiais do CNPq, professor das disciplinas de processos de fabricação por conformação mecânica e vinculado ao programa de Pós-Graduação em Engenharia Metalúrgica, Minas e Energia da UFRGS. Autor de vários livros sobre conformação mecânica.
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ALBERTO STRINGHINI – stringhini@institutostringhini.com.br
Educação financeira e planejamento orçamentário familiar
A
través da educação financeira há a possibilidade de reestruturar a situação econômica das famílias, oportunizando para que estejam preparadas para as mudanças que estão ocorrendo no dia a dia, além de formar gestores empresariais qualificados.
Em um mundo onde constantemente somos atraídos por novos produtos, bonitos, úteis (às vezes nem tanto) e que despertam o lado consumista1, percebe-se a falta de preparo de grande parte dos cidadãos no controle de seus gastos. Esse fato estende-se, de maneira representativa, também nas empresas nacionais. A palavra endividamento já faz parte do vocabulário diário do brasileiro. Uma breve averiguada nos números do crédito pessoal indica que temos bilhões de reais em compromissos a honrar. Isso representa o pagamento de juros, recursos estes que, se bem administrados, poderiam estar no bolso do cidadão. A carteira de crédito total alcançou R$ 732,6 bilhões em dezembro de 2006, com expansão de 75,1% em relação a 2003. O desempenho expressivo do crédito nos últimos anos também pode ser evidenciado pelo aumento da relação entre o total de empréstimos e o Produto Interno Bruto (PIB), que evoluiu de 24% em dezembro de 2003 para 30,8% no final de 2006. Especificamente o crédito destinado a pessoas físicas teve acréscimo de 118% no período de 2003 a 2006 [1]. Também no universo corporativo as estatísticas indicam a mortalidade de 50 a 70% das empresas brasileiras nos dois primeiros anos de atividade [2]. Sabidamente, o Brasil é o país com as maiores taxas de juros do mundo, o que fez com que os endividados pagassem R$ 220.000.000.000,00 (duzentos e vinte bilhões de reais) nos últimos doze meses.
A educação financeira passou a ser de extrema importância para a melhoria da qualidade de vida. O dinheiro que passa pelas mãos das pessoas terá muito mais valor se houver controle nos gastos. Através da educação financeira há a possibilidade de reestruturar a situação econômica das famílias, oportunizando para que estejam preparadas para as mudanças que estão ocorrendo no dia a dia. Construir uma vida estável é o sonho de todo cidadão e compartilhá-la demonstra consciência e responsabilidade social. Saber ganhar, gastar, poupar, investir e doar é o fundamento da educação financeira e este conhecimento permite abrir o caminho da prosperidade com qualidade, tanto na vida pessoal quanto empresarial [3]. PORQUE EDUCAR EM FINANÇAS? Apesar de os fracassos empresariais serem mais comumente divulgados em detrimento das tragédias pessoais, eles tem como fundamento principal a falta de preparo dos empresários na formação administrativa e financeira básica. Sendo mais objetivo, não existe a cultura em nosso país de preparo das crianças e adolescentes para o 1
Consumismo: é o ato de consumir produtos ou serviços, muitas vezes, sem consciência. Há várias discussões a respeito do tema, entre elas o tipo de influência que as empresas, por meio da propaganda e da publicidade, bem como a indústria cultural, por meio da TV e do cinema, exercem nas pessoas. Muitos alegam que elas induzem ao consumo desnecessário, sendo este um fruto do capitalismo e um fenômeno da sociedade contemporânea. Maio/Junho 2008
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planejamento da vida, quer seja na profissão ou na política, quer seja no envolvimento social e, principalmente, na vida financeira. A Figura 1 mostra as principais causas do analfabetismo financeiro em nosso país. Alta taxa de juros
Plano de Saúde e Seguro de Vida.
Poupança e Previdência Privada
Inflação alta
Meio ambiente. Política
Status social
Incompetência governamental
Desemprego
Falta de gestão financeira familiar Inexistência de educação financeira no currículo escolar
diversos gastos que se realizam em um ambiente controlado, neste caso a residência (Figura 3).
Cultura consumista
ALTO ÍNDICE DE ANALFABETOS FINANCEIROS NO BRASIL
Educar para a VIDA!
Conforto
Cidadania, Religião e Família Conhecimento
Lazer
Baixa renda mensal
Negócio próprio e investimento
Planejar (sonhos)
Figura 1 – Causas do analfabetismo financeiro no Brasil
Primeiramente, visualiza-se que as pessoas adquirem bens, muitas vezes sem condições de pagá-los, apenas em função do status social e da cultura de consumo. Como resultado, envolvem-se em dívidas e culpam as elevadas taxas de juros, a incompetência governamental, a inflação alta, o desemprego e a baixa renda salarial. Todavia, a real causa está na falta do autoreconhecimento de que são incompetentes na gestão de seus recursos financeiros. A Figura 2 mostra a distribuição da renda e gastos nas classes sociais brasileiras. Gasto total
Prestação média
Renda disponível após gasto
Prejuízo após gasto
Classes A e B
Classe C
Classes D e E
26,4 milhões de pessoas
50 milhões de pessoas
92,9 milhões de pessoas
Renda familiar de R$ 2.484,00
Renda familiar de R$ 1.107,08
Renda familiar de R$ 544,72
R$ 631,79
R$ 1.852,23
R$ 122,34
R$ 203,04
R$ 984,74 R$ 150,13
R$ -16,56
R$ 561,28 R$ 84,44
Figura 2 – Distribuição da renda e gastos (Fonte: Folha de São Paulo, 31.05.2006)
É necessário difundir e ensinar metodologias de planejamento familiar, para todas as classes sociais e em todos os pontos, econômico, social, político e financeiro. O objetivo deste artigo é justamente contribuir com a proposição de metodologia para o planejamento e controle financeiro familiar, preparando o futuro empresário e cidadão para uma qualidade de vida mais ampla. Organização Organizar significa arranjar, dispor ou classificar objetos, documentos e informações. Esse processo é imperativo para que seja possível obter visão clara dos 22
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Figura 3 – Componentes estratégicos para uma vida com qualidade
Um modelo de organização eficaz é o programa 5S, desenvolvido para ser aplicado nas empresas, mas que pode ser perfeitamente adequado ao ambiente familiar. A aplicação dos cinco princípios deste programa permite melhorar o ambiente e desenvolver as pessoas. O nome 5S provém de cinco palavras do idioma japonês, iniciadas com a letra "S" e que designam cada um dos princípios a serem adotados: Ÿ Senso de Utilização (Seiri): Consiste em deixar no ambiente de trabalho apenas os materiais úteis, descartando ou destinando os demais da maneira mais adequada. Permite o melhor uso do espaço, menor custo pela redução de itens e a redução do tempo de procura e movimentação de material. Ÿ Senso de Organização (Seiton): Consiste em estabelecer um lugar para cada material, identificando-os e organizando-os conforme a frequência do uso. Quanto mais frequente a utilização, tanto mais próximo o material deve ficar do usuário. Dessa forma, tem-se facilidade em encontrar os materiais e um ambiente mais agradável. Ÿ Senso de Limpeza (Seisou) - Consiste em manter os ambientes sempre limpos. Este princípio diz: melhor que limpar é não sujar. Auxilia na conservação dos equipamentos, transfere boa impressão aos visitantes e proporciona o bem estar das pessoas. Ÿ Senso de Saúde (Seiketsu): Consiste em ter um ambiente saudável e seguro e as pessoas conscientes so-
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bre segurança e bem estar. Permite prevenir doenças e lesões, melhorar a saúde física e mental e proporciona um ambiente mais seguro. Ÿ Senso de Autodisciplina (Shitsuke): Consiste em ter as pessoas comprometidas e habituadas com os conceitos do programa 5S. O resultado é o desenvolvimento das pessoas e a criação de novos e bons hábitos. A organização e limpeza melhoram as condições do ambiente, gerando melhor auto-estima, saúde e satisfação às pessoas. Habitue-se a verificar freqüentemente o estágio desse programa na residência. A Figura 4 apresenta uma pequena lista de pontos a verificar. Estes pontos podem ser adequados às necessidades de cada usuário.
melhor o planejamento, tanto mais fácil será o caminho para atingir as metas. Quem não sabe para onde e como vai, não chega a lugar nenhum. É importante definir a meta, determinando obrigatoriamente o objetivo, o valor e o prazo. Por exemplo: ü Objetivo: poupar ü Valor: 5% dos rendimentos ü Prazo: nos próximos 3 anos O planejamento será o seu mapa de navegação, o caminho que deve percorrer para atingir suas metas. É importante escrever este planejamento a partir de uma planilha, que deve determinar o que, como, quem, quando e onde fazer as ações para atingir as metas especificadas, como demonstrado na Figura 5.
Planejamento O planejamento é a ordenação do sonho e do futuro de quem o realiza, definindo metas e acompanhando as ações para que este objetivo seja atingido. Quanto
PLANO DE AÇÃO
ITENS
Utilização
1. Existem materiais desnecessários na área? 2. Existe área para guardar material de uso eventual? 3. Os locais estão identificados? 4. Mesas e equipamentos são ordenados após o uso? 5. Os materiais estão no lugar? 6. Existem fios/cabos soltos ou mal conservados na área? 7. O piso, teto, paredes e vidros estão limpos? 8. Os móveis e equipamentos estão limpos? 9. Os móveis e equipamentos estão em condições de uso? 10. As plantas bem cuidadas? 11. As áreas comuns estão limpas e bem conservadas? 12. O ambiente está bem arejado? 13. O ambiente está bem iluminado? 14. As lâmpadas e equipamentos estão funcionando? 15. Os móveis estão adequados ergonomicamente? 16. São realizadas conversas sobre o programa com a família? 17. Os equipamentos e lâmpadas são desligados quando não utilizados? 18. O relacionamento entre os membros está agradável? 19. O lixo útil é separado? 20. As torneiras são fechadas quando não utilizadas? Não há vazamentos? TOTAL
Ordenação
Limpeza
Saúde
Autodisciplina
ÓTIMO 3
BOM 2
Figura 4 – Ficha para acompanhamento de programa 5S
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RUIM 1
Como?
Quem?
Quando?
Onde?
João
Sextas-feiras
Lecionar
Todos
Diariamente
Lazer
Poupar 5% dos Aumentar ganhos rendimentos Reduzir gastos
Observação: Próximos 3 anos
LISTA DE VERIFICAÇÃO DO PROGRAMA 5S SENSO
O quê?
Figura 5 – Exemplo de planilha para plano de ação TOTAL
Não tenha medo de sonhar e busque a sabedoria para vencer eventuais medos. Concentre-se no que fazer, no que não fazer e no que parar de fazer. O mais importante aqui é definir o que “quero” comprar e o que “preciso” comprar. Fluxo de caixa A trajetória financeira se dá a partir de três pontos: como ganhar, como gastar e como poupar. Para tanto é necessário controlar essas três ações. O fluxo de caixa é o conjunto de entradas e saídas de dinheiro em certo período de tempo. Consiste na representação dinâmica da situação financeira. O principal objetivo do fluxo de caixa é dar uma visão das atividades de movimentação de dinheiro. Permite assim planejar os pagamentos de acordo com a disponibilidade de recursos financeiros, desenvolvendo o uso eficiente e racional do dinheiro disponível. Orçamento familiar O orçamento será então o planejamento baseado no fluxo de caixa. Um orçamento é um plano que ajuda a acompanhar o quanto uma família gasta e manter as despesas dentro da disponibilidade de dinheiro que entra. Ele deve contribuir para estabelecer limites e saber gerenciá-los. Muitas vezes as famílias assumem dívidas maiores do
que podem pagar, resultando no endividamento e perda de crédito. Por isso é importante, antes de fazer dívidas, saber se poderão ser pagas e como. Em muitos casos, os juros de cheque especial e da compra a prazo consomem grande parte das receitas. Ninguém quer passar o resto da vida pagando juros, se endividando, cobrindo cheque especial ou atrasando suas contas. Os recebimentos muitas vezes são mais estáveis e não sofrem muita variação. Quando são variáveis, como no caso de comissões sobre vendas, devem ser estimados pela média dos últimos meses. Nesse caso é importante verificar as sazonalidades. Para as despesas, devem-se considerar as comuns (necessárias) que acontecem todos os meses, como alimentação, transporte, prestações de moradia, consórcio, aluguel, energia elétrica, água, taxas e impostos, e as extraordinárias, que ocorrem em períodos cíclicos, como aniversários, festas e períodos em que se deve fazer aquisição de vestuário (início de período escolar, inverno, verão). Relacionando-se tudo, pode-se verificar quanto se gasta e quanto se estima receber. Quando o volume de
receita for superior ao dos gastos, a situação está resolvida no curto prazo. Na segunda etapa, prepara-se o orçamento para dois ou três meses, e depois para um ano ou dois, prevendo investimentos como troca de carro, manutenção da moradia, entre outros bens que se quer adquirir. A Figura 6 sugere uma planilha de orçamento familiar para um cidadão que recebe R$ 2.000,00 por mês. Ela deve ser adequada às necessidades de cada grupo. Importante é fazer um planejamento conjunto e acompanhar, periodicamente, o comportamento das receitas e despesas. Se o usuário conseguir manter a programação conforme planejado, ele estará economizando na maioria dos meses. Note que no mês de novembro há uma entrada maior em função de recebimento do 13º salário. Todavia, no mês de dezembro há um gasto acima do normal gerado pelas compras de Natal. No balanço final, ele terá poupado um valor considerável, que deve ser mantido como reserva. Caso o volume de recursos de entrada seja inferior aos gastos, é necessário avaliar duas situações: aumen-
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Controle de caixa acumulado dos meses de:
Janeiro Realizado
RECEITAS Salários Complementos Outros DESPESAS Educação Colégio/Cursos Livros Lazer Clubes/Associações Viagem Restaurantes/Festas Pessoal Alimentação INSS Imposto de Renda Plano Saúde/Tratamento/Medicamentos Previdência Privada Seguro Privado Transporte Vestuário Outros Residência Condomínio/Luz/Água/Telefone/TV IPTU Manutenção Móveis Prestação/Aluguel/Seguro Funcionários Outras Despesas Veículo Combustível Prestação/Licenciamento/IPVA Manutenção/Multas Seguro Veicular Diversos Juros Outras Despesas SALDO (R$)
0,00
0,00
Previsto
2.000,00 2.000,00 0,00 0,00 1.895,00 145,00 100,00 45,00 100,00 0,00 50,00 50,00 633,00 350,00 0,00 0,00 50,00 0,00 18,00 65,00 100,00 50,00 680,00 100,00 100,00 80,00 50,00 250,00 0,00 100,00 287,00 55,00 200,00 0,00 32,00 50,00 10,00 40,00 105,00
Fevereiro Realizado
0,00
0,00
Março
Previsto
2.000,00 2.000,00 0,00 0,00 1.795,00 145,00 100,00 45,00 100,00 0,00 50,00 50,00 633,00 350,00 0,00 0,00 50,00 0,00 18,00 65,00 100,00 50,00 580,00 100,00 00,00 80,00 50,00 250,00 0,00 100,00 287,00 55,00 200,00 0,00 32,00 50,00 10,00 40,00 205,00
Realizado
0,00
0,00
Previsto
2.000,00 2.000,00 0,00 0,00 1.795,00 145,00 100,00 45,00 100,00 0,00 50,00 50,00 633,00 350,00 0,00 0,00 50,00 0,00 18,00 65,00 100,00 50,00 580,00 100,00 00,00 80,00 50,00 250,00 0,00 100,00 287,00 55,00 200,00 0,00 32,00 50,00 10,00 40,00 205,00
Abril Realizado
0,00
0,00
Maio Previsto
2.000,00 2.000,00 0,00 0,00 1.795,00 145,00 100,00 45,00 100,00 0,00 50,00 50,00 633,00 350,00 0,00 0,00 50,00 0,00 18,00 65,00 100,00 50,00 580,00 100,00 00,00 80,00 50,00 250,00 0,00 100,00 287,00 55,00 200,00 0,00 32,00 50,00 10,00 40,00 205,00
Realizado
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Junho Previsto
2.000,00 2.000,00 0,00 0,00 1.795,00 145,00 100,00 45,00 100,00 0,00 50,00 50,00 633,00 350,00 0,00 0,00 50,00 0,00 18,00 65,00 100,00 50,00 580,00 100,00 00,00 80,00 50,00 250,00 0,00 100,00 287,00 55,00 200,00 0,00 32,00 50,00 10,00 40,00 205,00
Realizado
0,00
0,00
Previsto
2.000,00 2.000,00 0,00 0,00 1.795,00 145,00 100,00 45,00 100,00 0,00 50,00 50,00 633,00 350,00 0,00 0,00 50,00 0,00 18,00 65,00 100,00 50,00 580,00 100,00 00,00 80,00 50,00 250,00 0,00 100,00 287,00 55,00 200,00 0,00 32,00 50,00 10,00 40,00 205,00
Julho Realizado
0,00
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Previsto
Agosto Realizado
2.000,00 2.000,00 0,00 0,00 1.795,00 145,00 100,00 45,00 100,00 0,00 50,00 50,00 633,00 350,00 0,00 0,00 50,00 0,00 18,00 65,00 100,00 50,00 580,00 100,00 00,00 80,00 50,00 250,00 0,00 100,00 287,00 55,00 200,00 0,00 32,00 50,00 10,00 40,00 205,00
0,00
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Previsto
2.000,00 2.000,00 0,00 0,00 1.815,00 145,00 100,00 45,00 100,00 0,00 50,00 50,00 653,00 350,00 0,00 0,00 70,00 0,00 18,00 65,00 100,00 50,00 580,00 100,00 00,00 80,00 50,00 250,00 0,00 100,00 287,00 55,00 200,00 0,00 32,00 50,00 10,00 40,00 185,00
Setembro Realizado
0,00
0,00
Previsto
2.000,00 2.000,00 0,00 0,00 1.815,00 145,00 100,00 45,00 100,00 0,00 50,00 50,00 653,00 350,00 0,00 0,00 70,00 0,00 18,00 65,00 100,00 50,00 580,00 100,00 00,00 80,00 50,00 250,00 0,00 100,00 287,00 55,00 200,00 0,00 32,00 50,00 10,00 40,00 185,00
Outubro Realizado
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0,00
Previsto
2.000,00 2.000,00 0,00 0,00 1.815,00 145,00 100,00 45,00 100,00 0,00 50,00 50,00 653,00 350,00 0,00 0,00 70,00 0,00 18,00 65,00 100,00 50,00 580,00 100,00 00,00 80,00 50,00 250,00 0,00 100,00 287,00 55,00 200,00 0,00 32,00 50,00 10,00 40,00 185,00
Novembro Realizado
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5.000,00 4.000,00 0,00 1.000,00 1.815,00 145,00 100,00 45,00 100,00 0,00 50,00 50,00 653,00 350,00 0,00 0,00 70,00 0,00 18,00 65,00 100,00 50,00 580,00 100,00 00,00 80,00 50,00 250,00 0,00 100,00 287,00 55,00 200,00 0,00 32,00 50,00 10,00 40,00 3.185,00
Dezembro Realizado
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2.000,00 2.000,00 0,00 20,00 2.025,00 145,00 100,00 45,00 100,00 0,00 50,00 50,00 863,00 350,00 0,00 0,00 70,00 0,00 18,00 65,00 100,00 260,00 580,00 100,00 00,00 80,00 50,00 250,00 0,00 100,00 287,00 55,00 200,00 0,00 32,00 50,00 10,00 40,00 (25,00)
TOTAL ANO DE 2008 Realizado
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Média/Mês
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Figura 6 – Modelo de orçamento familiar
tar a renda ou reduzir os gastos. Normalmente, atua-se primeiro na redução dos gastos, uma vez que o aumento do rendimento exige um determinado tempo para ser atingido. Se não houver a redução imediata
dos gastos, poderá haver a necessidade de uso de recursos financeiros emprestados, sujeitos a juros. Estes juros devem ser previstos no orçamento, na coluna de despesas.
Entenda seu CNC Modos de aceleração ajustáveis
SIEMENS
Velocidade
A geração de programas que definem o contorno da ferramenta, mediante a utilização de sistemas CAM, característicos de aplicações em altas velocidades (HSC), tem dentre outros efeitos colaterais, a geração de programas extremamente longos, cujos comprimentos dos segmentos a serem interpolados são significativamente pequenos. Tal efeito implica na ocorrência de grandes picos de aceleração e desaceleração dos eixos de posicionamento da máquina-ferramenta, quando da execução fiel da trajetória da ferramenta. Este efeito gera grande sobrecarga do ponto de vista mecânico, nos eixos posicionadores da máquina-ferramenta e implica na geração de vibrações, que em última análise comprometerá o bom acabamento superficial e a exatidão da geometria usinada. Deste modo, além da utilização de recursos de controle, tais como o Look Ahead, alguns CNC's mais avançados disponibilizam funções para a adaptação do comportamento da aceleração dos eixos, as quais podem ser ativadas ou desativadas via programação CNC. Na prática, tais funções permitem a ativação de valores limites para aceleração bem como a suavização desta aceleração, especialmente aplicáveis em condições onde os percursos de aceleração e desaceleração são curtos, como no caso de programas gerados em sistemas CAM. Entretanto o uso do modo de aceleração ajustável via programa (Jerk Limitation) para a suavização do comportamento da aceleração implica em um pequeno aumento do tempo de usinagem, uma vez que o CNC necessita de Limite (Setpoint) mais tempo para alcançar o valor da velocidade programada. Como vantagens na utilização do Jerk Limitation observam-se o menor desgaste das partes mecânicas da máquina e a redução das excitações de alta freqüência, responsáveis pelas vibrações nos eixos de máquina e, SOFT BRISK (redução consequentemente, melhoria no acabamento superficial da peça. (tempo de desgaste A seguir um exemplo de programa (comando Sinumerik otimizado) na máquina) 810/840D/840Di), no qual o bloco N10 é executado com Jerk Limitation (SOFT) e o N20 é executado sem a limitação de aceleração (BRISK). O Gráfico de velocidades com e sem resultado está representado na figura ao lado. Tempo a função jerk limitation N10 G1 X… Y… F5000 SOFT N20 X.. Y.. F1000 BRISK N30 M30
Nosso serviço de apoio ao cliente presta os esclarecimentos necessários quanto à utilização do seu comando CNC pelo telefone (11) 3833-4040 ou e-mail adhelpline.br@siemens.com.br E na compra de uma nova máquina CNC podemos lhe auxiliar no esclarecimento de dúvidas técnicas pelo telefone (11) 3908-1757 ou e-mail william.pereira@siemens.com 26
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Depois de equilibrar o orçamento, havendo aumento da receita pode-se aumentar também a despesa. Todavia, é altamente recomendado que uma parte do excedente seja reservada para a geração de uma poupança, resgatável em caso de necessidade futura. Outra opção interessante é a aplicação em um plano de previdência privada. Um inconveniente pode surgir no planejamento dos gastos da família, gerando descompasso. Por exemplo, um vazamento de grandes proporções no sistema de água, exigirá um desembolso não previsto. A perda do emprego pode comprometer o orçamento da casa. Para tanto, é recomendado que se disponha uma reserva de segurança saudável em torno de quatro a cinco vezes o valor dos rendimentos mensais da família. Isto pode garantir que não haja necessidade de buscar empréstimos para a sobrevivência da família. Um comparativo sobre aplicação e empréstimo está demonstrado na Figura 7. Na página 32 sugerimos uma planilha para uso residencial, a qual pode ser adaptada por cada família. Acompanhe também no quadro em destaque as nove dicas para economizar.
Fonte Valor R$ Juros % Tempo (anos) Saldo R$
Empréstimo
Aplicação
Cheque especial 1.000,00 7,49/mês 10 A pagar 5.809.885,00
Poupança 50,00/mês 50,00/mês 1,00/mês 1,00/mês 20 30 A receber 49.957,00 176.495,00
Figura 7 – Cálculo de saldos em empréstimos e aplicações
CONSIDERAÇÕES FINAIS Em seu livro O Homem mais rico da Babilônia, Georges S. Clason menciona que nossa prosperidade como nação depende de nossa prosperidade financeira como indivíduos. Ensinar as crianças como lidar com o dinheiro, entender e executar o orçamento junto com a família e na escola, para o desenvolvimento do controle, autodisciplina e maturidade financeira, bem como o fortalecimento do seu caráter gerará bons frutos para o futuro de nossa nação. É necessário distinguir entre o querer e o precisar.
Ganhará a corrida no mundo globalizado quem construir o melhor sistema de educação. O segredo está no desenvolvimento humano. Em suma, quanto mais cedo a pessoa aprende a lidar com o dinheiro, mais facilidade terá para conduzir a economia familiar ou empresarial. Vale lembrar que a riqueza não depende de quanto a pessoa ganha, mas de quanto a pessoa gasta ou do que ela faz com aquilo que ganha. Fazer o controle das finanças é de grande importância para saber onde está o problema e, conseqüentemente, tomar as ações necessárias. Colocando ordem na vida financeira: 9 dicas para economizar Primeira dica: Não ignorar que o dinheiro faz parte da sua vida. Se o dinheiro é seu, você tem que saber quanto possui e quanto pode gastar. Segunda dica: Cuidado com a lábia dos vendedores. Compre só o que você precisa. Precisa de um tênis novo para a ginástica? É só comprar. Mas, ao entrar na loja, tenha na cabeça que é disso que você precisa. Não importa quantas vezes o vendedor disse que ficou muito bem com aquele vestido de seda verde e rosa. Terceira dica: Se você recebe uma quantia inesperada de dinheiro, procure investir. Mas verifique antes se o investimento é seguro. Se não for uma quantia alta, a melhor opção é a caderneta de poupança, pois sempre será uma disponibilidade imediata para eventual emergência. Quarta dica: Não esqueça: impostos existem e devem ser pagos no vencimento. O pagamento de impostos após o vencimento é acrescido de juros, multas e correção monetária. Fica muito caro. Quinta dica: Antes de se endividar, lembre-se de que você vai precisar ter dinheiro para pagar as contas. Conta é prioridade e deve ser paga no vencimento, para evitar juros. Além disso, é muito importante manter crédito. Sexta dica: Valorize o que você tem. Se você precisa vender o carro, um imóvel, cuidado para não perder muito dinheiro. Procure avaliar bem o que você possui e busque opiniões de especialistas. Sétima dica: Programe-se para gastar. Administre o seu dinheiro. O orçamento familiar evitará que você esqueça de pagar suas dívidas no vencimento. Evitará também que você se endivide. Talvez mostre que não é bom ter cheque especial para não cair na tentação de gastar mais do que pode. Oitava dica: Nunca esqueça: ECONOMIZE. Lembre-se que o sapato que você tanto amou pode custar a metade do preço na vitrine ao lado. Pesquise. O dinheiro que você poupar vai ser útil mais tarde. Nona dica: Viver endividado não é motivo de orgulho. Dívidas parecem dar status porque são de um dinheiro que você gastou. Mas se você não tem como pagar, isso vai virar um transtorno.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] Relatório de economia bancária e crédito, Banco Central do Brasil, Brasília, 2006. [2] Buys, E., Taxa de mortalidade empresarial, www.varejototal.zip.bet, 2007 [3] Peretti, L. C.; Educação financeira: gestão empresarial, um guia para ajudar resolver seus problemas, Instituto Stringhini, www.institutostringhini.com.br, Concórdia, 2007
Alberto Stringhini – Engenheiro agrônomo pela Universidade Federal do Paraná – UFPR e especialista em Gestão da Qualidade Total pela Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG. Atualmente é palestrante e consultor para a área de Educação Financeira, vice-presidente da Federação das Associações Empresariais do Estado de Santa Catarina – FACISC e diretor-presidente do Instituto Stringhini (www.institutostringhini.com.br).
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LEONARDO WERNER - leonardo@hew.adv.br DANIEL AUGUSTO HOFFMANN - daniel@hew.adv.br
A responsabilidade tributária dos sócios e administradores de sociedades anônimas e limitadas pelo inadimplemento de tributos
O
simples inadimplemento das obrigações tributárias não é o suficiente para responsabilizar por elas os sócios e gestores. É, sim, um risco natural aos negócios, pressuposto na própria natureza da pessoa jurídica.
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Leonardo Werner - Bacharel em Direito pela Universidade do Vale do Itajaí - Univali, pós-graduado pela Escola da Magistratura de Santa Catarina - ESMESC, pós-graduado em Direito Empresarial pelo Instituto Nacional de Pós-graduação - INPG e especialista em Direito Tributário pela Universidade da Região de Joinville - Univille. Advogado, sócio proprietário da Hoffmann & Werner Advogados Associados e membro da Junta de Recursos Administrativo-Tributários - JURAT de Joinville, SC. Daniel Augusto Hoffmann - Bacharel em Direito pela Associação Catarinense de Ensino - ACE e pós-graduado pela Associação Catarinense do Ministério Público em Direito Penal e Processual Penal. Advogado, sócio proprietário da Hoffmann & Werner Advogados Associados e Professor de Legislação Tributária no curso de Administração da Faculdade Cenecista de Joinville, SC.
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Planilha para orçamento familiar Notas explicativas Com o objetivo de criar uma rotina de planejamento das receitas e despesas de uma família, é necessário proceder a descrição das contas de entrada e saída dos recursos financeiros. A partir dessa descrição, é recomendado agrupar as despesas em contas específicas, a fim de facilitar o acompanhamento e as tomadas de decisão. A planilha de orçamento familiar que publicamos nesta edição complementa o artigo intitulado “Educação financeira e planejamento orçamentário familiar”, da página 21. Ela pode e deve ser ajustada a realidade de cada família, mas as contas principais já estão relacionadas. O primeiro passo é verificar todas as entradas de recursos financeiros previstas para o ano. Nem sempre é possível identificar precisamente estes valores, portanto é prudente não utilizar previsões extremamente otimistas. Na seqüência, devem-se listar todas as despesas correntes da família, agrupadas em educação, lazer, despesas pessoais, despesas com a residência e veículos. O grupo “Outros” pode conter despesas bancárias, juros e até investimentos (poupança, imóveis, ações). A justificativa para que os investimentos estejam no conjunto de despesas é similar a um balanço contábil. As receitas (ativo) devem ser equivalentes as despesas (passivo) mais os recursos disponíveis (patrimônio líquido). Estas receitas, despesas e investimentos devem ser distribuídos ao longo dos doze meses, na coluna “previsão” u, cuidando para que em cada mês a despesa v adicionada do investimento w seja menor ou igual a receita x. Para melhor visualização, devem ser totalizadas as 32
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despesas por subgrupos y e por grupos z na linha do título. A utilização deste tipo de planilha tem dois aspectos importantes: • Permite acompanhar, periodicamente, a situação do previsto com o realizado. Isto é, possibilita que as distorções sejam rapidamente corrigidas, principalmente quando o gasto é maior que o recebimento. • Cria a cultura e o hábito familiar de seguir um planejamento, facilitando visualizar futuros investimentos com grande antecedência. É necessário que a família toda acompanhe, preferencialmente uma vez por semana, a programação de gastos e entradas. Apesar de este processo ser cansativo no início, uma vez que exige disciplina no registro de muitos gastos antes não controlados, ele passa a tornar-se uma rotina em pouco tempo e será adotado como excelente ferramenta de apoio na administração da vida financeira familiar.
RECEITAS Salários Complementos Outros DESPESAS Educação Colégio/Cursos Livros Lazer Clubes/Associações Viagem Restaurantes/Festas Pessoal Alimentação INSS Imposto de Renda Plano Saúde/Tratamento/Medicamentos Previdência Privada Seguro Privado Transporte Vestuário Outros Residência Condomínio/Luz/Água/Telefone/TV IPTU Manutenção Móveis Prestação/Aluguel/Seguro Funcionários Outras Despesas Veículo Combustível Prestação/Licenciamento/IPVA Manutenção/Multas Seguro Veicular Diversos Juros Outras Despesas SALDO (R$)
Controle de caixa acumulado dos meses de:
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Parte integrante da revista Ferramental - Nº 17 - Maio/Junho 2008
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TOTAL ANO DE 20___ Média/Mês
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MOACIR ECKHARDT – moacir@unijui.edu.br DEIVISON ALENCAR RICK – egnrick@yahoo.com.br LUIS FRANCISCO MARCON RIBEIRO – marcon@unijui.edu.br CHRISTIAN DIHLMANN – dihlmann@brturbo.com.br
Integração da prototipagem na elaboração do produto
A
Engenharia Simultânea e a Engenharia Reversa são metodologias que reduzem o ciclo de desenvolvimento e lançamento de produtos no mercado, principalmente se empregados em conjunto com processos de prototipagem rápida.
O sucesso de um produto está diretamente associado à habilidade da empresa em identificar as necessidades do cliente e imediatamente desenvolver produtos de forma a atendê-las a um custo competitivo. Para atingir esse objetivo, freqüentemente faz-se necessário o emprego de modelos físicos do produto em desenvolvimento. A prototipagem rápida (RP-rapid prototyping) juntamente com métodos como a Engenharia Simultânea 1 (ES), Engenharia Reversa (ER), entre outras, tem se destacado no desafio atual de rapidez e flexibilidade se comparada com os processos convencionais de desenvolvimento de produtos. A PROTOTIPAGEM A palavra protótipo designa um produto que está em desenvolvimento e ainda não liberado para comercialização. Pode se referir a um eletrodoméstico, automóvel, avião, ou qualquer tipo de produto que necessite avaliação de formato, visualização e planejamento do processo de fabricação. O protótipo de um produto ou componente é parte essencial no
seu processo de desenvolvimento, pois possibilita que a análise de sua forma e funcionalidade seja realizada em fase anterior à produção de ferramental definitivo. A representação física de produtos é conhecida desde a antiguidade, através da construção manual de modelos, passando para protótipos virtuais nos anos 80, com a disseminação dos sistemas CAD tridimensionais, e mais recentemente com os protótipos rápidos (Figura 1). A RP pode ser definida como um processo de fabricação através da adição de material em forma de camadas planas sucessivas, baseado no princípio da manufatura estratificada. Esta tecnologia permite fabricar componentes físicos (protótipos e modelos) em três dimensões Prototipagem rápida Simulações virtuais Modelos manuais
(3D), com informações obtidas diretamente do modelo geométrico gerado no sistema CAD2, de forma rápida, automatizada e totalmente flexível. O processo inicia com o modelo 3D da peça no CAD sendo "fatiado" eletronicamente, obtendo-se curvas de níveis 2D que definirão, em cada camada, onde existe ou não material a ser adicionado. Estas camadas serão então processadas seqüencialmente, gerando-se a peça física através do empilhamento e aderência das mesmas, iniciando na base e indo até o topo da mesma [1, 2], conforme é ilustrado na Figura 2. Implementações práticas da fabricação por camadas para as necessidades atuais de manufatura tornaram-se possíveis devido à integração de processos tradicionais de manufatura, tais como a metalurgia do pó, extrusão, solda e usinagem CNC3, a diversas outras tecnologias acessórias mais recentes 1
Também chamada de engenharia concorrente. CAD: do inglês Computer Aided Design, que significa projeto auxiliado por computador. 3 CNC: do inglês Computer Numerical Control, que significa comando numérico computadorizado. 2
Antiguidade
1980 1990
Figura 1 – Evolução no uso de técnicas de prototipagem
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Modelagem por Fusão e Deposição) [2]. PROTOTIPAGEM RÁPIDA E A ENGENHARIA SIMULTÂNEA Embora as tecnologias de RP Figura 2 – Representação do processo de prototipagem por camadas [2] possam ser utilizadas com como controles de movimento de benefícios em uma abor-dagem alta precisão, novos materiais, sisseqüencial tradicional do processo temas de impressão a jato de tinta, de desenvolvimento do produto tecnologias laser, entre outras. Esta (PDP), a combinação das mesmas interação é a base dos diversos siscom a engenharia simul-tânea temas de RP atualmente disponíveis permite explorar, de forma mais no mercado [1, 2]. completa os benefícios dessas Os diversos processos de RP são tecnologias. Este fato é observado baseados no mesmo princípio: sinprincipalmente porque o potencial terização, aglutinação, polimerizados protótipos físicos e dos demais ção ou solidificação de camadas de tipos de representações do produto materiais que podem estar na forpode ser completamente trabalhama de pós (cerâmicas, plásticos ou do em um ambiente de ES. metais), filetes plásticos, resinas líA engenharia simultânea baseiaquidas e outros [3]. se no princípio de que as várias atiA Figura 3 demonstra o esquevidades técnicas e econômicas no ma de funcionamento do processo PDP podem ser integradas e realide estereolitografia, baseado na pozadas em paralelo, ao invés de selimerização de um líquido fotosqüencialmente, e o desenvolvisensível por um feixe de laser. mento do produto é realizado por Outro exemplo de processo está profissionais de diferentes áreas que demonstrado na Figura 4, onde o trabalham integrados em times comaterial é depositado pela fusão do mo representado na Figura 5. material em um bico que descreve a Os protótipos obtidos por protrajetória de uma superfície fatiada. totipagem rápida ou ferramental Este processo é denominado de rápido (RT - rapid tooling) proporFDM (Fused Deposition Modeling cionam um excelente auxílio para a
alimentação do arame do material
guias rotativas movimento XY
resistência bico extrusor
objeto
suportes espuma plataforma Z
Figura 4 – Princípio de funcionamento do processo FDM [2]
engenharia simultânea porque contribuem para o aprendizado, comunicação e integração entre os membros da equipe, além de atenderem as diferentes áreas de aplicações. Também desempenham um papel-chave para o compartilhamento de idéias em uma equipe multidisciplinar, especialmente considerando-se o aumento da complexidade e do grau de inovação dos produtos recentemente desenvolvidos. As atividades de engenharia, gerenciamento, marketing e manufatura podem ser beneficiadas consideravelmente com o uso de protótipos como base para o aprendizado rápido, unificação da equipe e decisões consensuais sobre o produto [1]. PROTOTIPAGEM RÁPIDA E A ENGENHARIA REVERSA
Processo tradicional / seqüencial ótica
laser
espelhos (xy)
Projeto e desenho
Projeto conceitual
elevador (z)
feixe do laser
Preparação da manufatura
Prototipagem verificação
TEMPO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO
camada sendo construída
Projeto conceitual
faca nível da resina coincidente com o foco de feixe de laser
Engenharia concorrente
Rendering animação Verificação análise Projeto detalhado desenho
objeto plataforma
suportes
cuba com resina fotossensível
Figura 3 – Princípio de funcionamento do processo de estereolitografia [2]
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Prototipagem testes Preparação da manufatura
Redução de tempo
Figura 5 – Comparativo do tempo de desenvolvimento no processo seqüencial e concorrente [1]
O modelo físico (em protótipo) de um novo produto pode ser feito a partir do modelo virtual (CAD) desenvolvido em engenharia reversa utilizando a técnica de prototipagem rápida. Genericamente, na prototipagem rápida os modelos físicos são fabricados camada por camada, através de algum dos diversos processos disponíveis no mercado. O processamento destas camadas é realizado por computadores cujos sistemas incorporam a lógica do processo em seus programas. Estes sistemas aceitam arquivos de malha triangular em formato STL4 . O formato tem vantagens devido à sua estrutura simples e de uso fácil, porém apresenta alguns inconvenientes: ! Os computadores necessitam de grandes quantidades de memória em função da precisão do modelo e; ! Algumas vezes é necessário gastar um tempo significativo para reparar descontinuidades de superfícies ou sobreposições e vetores com problemas. A integração da digitalização tridimensional com a prototipagem rápida pode acelerar o processo de design5 e manufatura de um produto. Um objeto físico pode ser copiado com um sistema a laser ou de apalpação que captura dados obtendo coordenadas 3D. O programa computacional de engenharia reversa converte estes pontos em uma malha triangular que é utilizada na reconstrução do modelo CAD 3D de superfícies. Os avanços tecnológicos, freqüentemente requeridos pelo mercado, criaram, por exemplo, novas possibilidades em aplicações médicas. Imagens de tomografia computadorizada (CT - Computed Tomography) e ressonância magnética (MRI - Magnetic Resonance Imaging) podem ter seus dados transformados em modelos tridimensionais proporcionando inú-
meras aplicabilidades na área biomédica [4, 5]. A Figura 6 apresenta um exemplo de aparelho de tomografia utilizado para gerar imagens tridimensionais do corpo humano [6]. Na Figura 7 pode ser vista uma seqüência de imagens "fatiadas" de crânio humano, reconstruído em um modelo 3D a partir de tomografia computadorizada, Figura 8. A Figura 9 apresenta uma imagem da articulação de um joelho obtida em um equipamento de ressonância magnética como o mostrado na Figura 10.
Figura 6 – Equipamento de TC [6]
Figura 7 – Seqüência de imagens de crânio obtidas em TC [3]
4
STL: é um formato de arquivo nativo dos programas para o processo de estereolitografia, criado pela empresa 3D Systems. Este formato de arquivo é suportado por muitos programas e é largamente utilizado em sistemas aplicados a prototipagem rápida. Os arquivos STL descrevem apenas a geometria da superfície de uma peça tridimensional sem representar características como cor, textura e outros atributos comuns a modelos para CAD [7]. 5 Design: (em alguns casos projeto) é um esforço criativo relacionado à configuração, concepção, elaboração e especificação de um produto. Esse esforço normalmente é orientado por uma intenção ou objetivo, ou para a solução de um problema. O design também pode ser uma qualidade daquilo que foi projetado [7]. Maio/Junho 2008
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Figura 8 – Crânio reconstruído em 3D [3]
Maquete As maquetes são representações realistas e não funcionais, em escala, de produtos em desenvolvimento. Podem ser feitas com uma grande diversidade de materiais, incluindo plásticos, metais, madeira ou resinas próprias para este fim. A Figura 11 mostra uma maquete de computador pessoal. Existem também as representações virtuais, desenvolvidas em sistemas CAD, denominadas de maquetes eletrônicas. Na Figura 12, vemos um modelo virtual de telefone celular [9].
repete sucessivamente até que o funcionamento atenda as especificações técnicas, quando então o produto é liberado para ser produzido em larga escala (Figura 13).
Protótipo
Avaliação/ Teste
Aprovado SIM NÃO Modificações
Liberação produto
Figura 13 – Seqüência de avaliação de protótipo
Figura 9 – Ressonância magnética de joelho [3]
Figura 11 – Mock-up de um computador pessoal McBook
Figura 12 – Modelo virtual de telefone celular [8] Figura 10 – Equipamento de MRI [3]
PROTOTIPAGEM FUNCIONAL E NÃO FUNCIONAL Durante a criação de novos produtos é comum a construção de modelos tridimensionais, utilizados como forma de avaliar características diversas do projeto em desenvolvimento. Basicamente existem dois tipos de modelos 3D: os não funcionais e os funcionais. O primeiro geralmente recebe o nome de maquete (mock-up) e o segundo é chamado de protótipo [8].
Protótipo O protótipo é um modelo funcional - físico ou virtual - do produto usado para testes práticos, que deve ser feito antes da produção industrial, preferencialmente com o mesmo material da peça final e também com o mesmo processo de fabricação. Sua obtenção tem o objetivo de permitir que se descubram possíveis erros não previstos no projeto. Caso se encontre algum problema, modificações são introduzidas e um novo protótipo é construído e testado novamente. Esse processo se
Os protótipos físicos são geralmente construídos de forma artesanal ou semi-artesanal, e tendem a apresentar um alto custo de produção. Por isso, nem sempre reproduzem todas as funcionalidades do produto final, seja por não haver necessidade para o teste em questão ou pela dificuldade de construílo com dada característica utilizando um investimento aceitável. Em contrapartida, os protótipos virtuais são modelos 3D digitais que conseguem reproduzir de forma bastante aproximada as características e funcionalidades do produto real, com base em complexos algoritmos de simulação computadorizada. Esses modelos virtuais, criados no desenvolvimento de produtos, são geralmente construídos em programas de modelagem 3D ou de animação. Existe ainda a possibilidade de se gerar um modelo CAD a partir do uso de um scanner6, geralmente usado em processos de engenharia reversa [8]. Na Figura 14 pode ser visto um exemplo de equipamento de varredura a laser. 6 Scanner: equipamento de entrada de dados, responsável por digitalizar imagens, fotos ou textos, através de um processo de varredura da imagem física.
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Aplicações Projeto
Figura 14 – Scanner 3D usado para criar um modelo virtual de automóvel [7]
APLICAÇÕES DA PROTOTIPAGEM E FERRAMENTAL RÁPIDOS As tecnologias de prototipagem rápida têm sido constantemente melhoradas, com aumento da qualidade, precisão e do leque de materiais disponíveis para a obtenção dos protótipos. Observa-se que a aplicação da RP, que se iniciou no projeto, foi estendida primeiramente para a engenharia, análise e planejamento, e mais recentemente para etapas de manufatura e ferramental. A Figura 15 ilustra como esta técnica tem sido utilizada nos EUA [1, 10, 11].
12,60% 17,60%
27,60%
5,30% 5,20% 6,20% Bens de consumo Área militar Área médica Outros Academias e instituições
9,00% Veículos Aeroespacial
Figura 15 - Aplicações de prototipagem rápida em diferentes áreas [9]
A Tabela 1 sintetiza algumas das aplicações típicas das tecnologias de RP. A tendência crescente do uso de protótipos na engenharia, manufatura e ferramental é percebida pela mudança da demanda nas áreas de aplicações no decorrer dos últimos anos. Adicionalmente, estão sendo desenvolvidos e aperfeiçoados os processos de ferramental rápido (RT, de Rapid Tooling) que visam a produção de moldes-protótipo. Estes são necessários para obtenção 40
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• CAD - verificação de modelo (especificação de projeto). • Visualização. • Prova de conceito. • Marketing e apresentação de modelo.
Engenharia, Análise e Planejamento • Modelos de forma. • Análise de escoamento. • Análise da distribuição de tensões. • Peças pré-séries. • Diagnóstico e planejamento de operação cirúrgica. • Projeto e fabricação de próteses e implantes.
Manufatura e Ferramental • Peças moldadas em plástico (utilizando molde de silicone, molde obtido por pulverização metálica, etc.). • Fundição (em areia, cera perdida, em molde metálico). • Eletrodos de EDM. • Modelos mestres.
Tabela 1 - Área de aplicação típica de protótipos obtidos por RP [1]
de um número maior de protótipos quando aplicados à avaliação de mercado, ensaios destrutivos e testes de campo. A maioria das tecnologias de RT disponíveis é utilizada para a obtenção de moldes para pequenos ou médios lotes de peças [1, 10, 11]. Vários são os setores industriais que podem se beneficiar do uso das tecnologias de RP e RT, sendo já bastante difundidas na indústria aeroespacial, automobilística, de bioengenharia (medicina e odontologia), de produtos elétricos e eletrônicos (utensílios domésticos), setor de joalheria, artes, arquitetura, entre outros [1, 3]. Observa-se ainda que novos campos de aplicação estão aparecendo, à medida que aumenta o número de profissionais e empresas que tem contato com estas tecnologias [1]. DESAFIOS DAS TECNOLOGIAS O temor do desconhecido ainda parece uma barreira para a aplicação mais intensa destas tecnologias. Alguns desafios devem ser enfrentados nos próximos anos para tornar corriqueiro o uso destes processos. Desfazer o mito da RP Ainda encontram-se argumentações de que os materiais disponíveis nas tecnologias de RP não têm boa qualidade e de que o acabamento superficial e a precisão di-
mensional são inferiores aos dos processos convencionais. Pode-se observar que os desenvolvimentos nestas áreas foram consideráveis nos últimos anos, com o aumento do número de materiais disponíveis e melhoria do processo. Talvez o aspecto mais forte na realidade brasileira seja o desconhecimento dos próprios processos de prototipagem. Melhorar a relação custo x benefício Como importador de equipamentos de prototipagem, o país está em situação pouco privilegiada, visto que vários aspectos oneram a sua operação no Brasil. Pode-se incluir, neste contexto, além dos altos custos e impostos na aquisição, a manutenção que tem alcançado valores impraticáveis. A matéria-prima, por estar geralmente vinculada ao fabricante do equipamento, também tem seu preço elevado. Neste sentido, a relação de preço final do protótipo pode não ser a mais adequada. Mesmo assim, em protótipos de alta complexidade, ainda se obtém valores compensadores, principalmente quando é avaliada a componente de tempo de construção. Utilizar a tecnologia adequada para cada aplicação Não há muita diversidade de tecnologia de RP no Brasil, porém,
os principais processos estão hoje representados. Para a escolha da tecnologia a utilizar, deverá ser verificada sempre a finalidade do protótipo em questão, escolhendo-se o processo com melhor relação custo x benefício. Apesar da comunicação eletrônica rápida, a distância geográfica no Brasil ainda causa impacto na utilização efetiva da RP. PERSPECTIVAS DA PROTOTIPAGEM Atualmente, pode-se afirmar que uma nova etapa nos processos de prototipagem e ferramental rápido vem sendo almejada. Nesta, surgirão novos processos e os atuais sofrerão melhorias, objetivando a fabricação final de produtos. A RP poderá, então, se referir a Produção Rápida ou à Manufatura Rápida. Desta forma, espera-se produzir peças no material desejado, em curto
espaço de tempo, sem necessidade de manter estoques. Em algumas aplicações ainda muito restritas, a fabricação de peças com a RP já pode ser considerada realidade. Não é possível determinar quais dos atuais processos e tecnologias serão os precursores dos processos a serem utilizados no futuro. Mesmo considerando que existam fabricantes de determinadas tecnologias, não há como prever por quanto tempo elas se manterão no mercado. Entretanto, o que parece certo é que cada vez mais a prototipagem será utilizada no desenvolvimento de produtos, para reduzir de forma significativa o tempo de lançamento no mercado (time to market7). Também é possível vislumbrar que estes equipamentos estarão presentes com maior intensidade nos escritórios, em decorrência de cus-
tos mais baixos de aquisição e manutenção e maior facilidade de utilização pelo usuário. É interessante observar que não só o avanço tecnológico é importante, mas também que o desenvolvimento futuro venha acompanhado de uma boa dose de mudança comportamental e cultural, uma vez que, em geral, o maior retardo se dá nesta esfera. Assim, as previsões para o futuro poderão ser otimistas, mas dependerão de como os consumidores reagirão às mudanças impostas pelas novas tecnologias. Em relação ao Brasil, são enfatizados alguns aspectos diferentes, mas o aspecto do custo ainda é um fator crítico para a difusão da RP. Neste sentido, observa-se que, de 7 Time-to-market: tempo de desenvolvimento de um produto até sua entrada no mercado.
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modo geral, as micro e pequenas empresas demandam um maior tempo para utilizar estas novas tecnologias, embora se mostrem mais receptivas às mesmas. Se no Brasil, até um período relativamente curto, a RP ainda era admirada como uma maravilha tecnológica, hoje é encarada com naturalidade pelas empresas que tiveram oportunidade de utilizá-las. Apesar dos altos custos, a demanda por protótipos rápidos é crescente. Para impulsionar de fato a geração de protótipos necessitase, antes de tudo, de um mercado interno forte e não sujeito às constantes oscilações como se tem experimentado. O Brasil representa um grande mercado potencial para a utilização da tecnologia de RP, devido a uma série de fatores, tais como: tama-
nho, liderança regional, grande número de montadoras e suas empresas de base, tendência de expansão de escritórios de design e desenvolvimento de produtos. Entretanto, em função dos custos internos de aquisição e instalação, pode-se extrapolar para um cenário pessimista, resultando em simples importação de protótipos. Isto excluiria a possibilidade de instalação e utilização destes equipamentos no Brasil, representando um grande risco para as iniciativas de desenvolvimento neste setor, não contribuindo para a geração de massa crítica e causando uma conseqüente estagnação tecnológica na área. Neste ponto, acredita-se que uma política de resultado seria a simplificação da entrada destes equipamentos e, ao mesmo tempo,
o incentivo a mecanismos de fomento ao desenvolvimento de tecnologias nacionais. Apesar dessas possibilidades pessimistas, as universidades e centros de pesquisa têm realizado trabalho importante tanto na área de prototipagem quanto na confecção de moldes (ferramental rápido). Um outro fato, que pode ser considerado positivo, é que algumas empresas que anteriormente produziam protótipos para consumo próprio estão se abrindo para o mercado como prestadores de serviços. Existem relativamente poucas empresas dedicadas unicamente à geração de protótipos. A RP será difundida como um investimento nas empresas e não como custo adicional no processo de desenvolvimento de produto [1].
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] VOLPATO, N.; Prototipagem rápida, tecnologia e aplicações. São Paulo. Editora Edgard Blücher, 2007 [2] Laboratório de Projeto e Fabricação de Componentes de Plástico Injetado. Cimject. Disponível em: www.cimject.ufsc.br/index.html. Acesso em 29/12/2007 [3] DA SILVA, J. Características de processos de prototipagem. Revista Ferramental, Joinville - SC, n 13, p. 39 - 44. Jul-Ago 2007 [4] LIMA, C. B.; Engenharia reversa e prototipagem rápida, estudos de casos. Dissertação de Mestrado de Pós Graduação da Faculdade de Engenharia Mecânica, Universidade Estadual de Campinas, SP, 2003 [5] FERNEDA, A. B.; Integração metrologia, CAD e CAM: uma contribuição ao estudo de engenharia reversa. Dissertação de Mestrado - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, 1999
[6] www.siemens.com.br [7] www.pt.wikipedia.org [8] FORTI, F. S. D'A.; Uma avaliação do ensino da prototipagem virtual nas graduações de design de produto do estado do Rio de Janeiro. Dissertação de Mestrado de Pós Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2005 [9] www.gizmodo.com/gadgets/cellphones [10] CARVALHO, J.; Disponível em: www.numa.org.Br/conhecimentos_port/pág_conhec/ prototipagem. Acesso em 19/09/2007 [11] Laboratório de Sistemas Computacionais para Projeto e Manufatura. Disponível em: www.unimep.br/feau/scpm/Cursos/SCAPPM/Prototipa gemRapida.pdf. Acesso em 30/12/2007
Moacir Eckhardt – Engenheiro Industrial Mecânico pela Fundação Missioneira de Ensino Superior (FUNDAMES), mestre em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Doutor em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Atualmente é Professor Associado do Departamento de Tecnologia (DETEC) da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ). Luis Francisco Marcon Ribeiro – Engenheiro Mecânico pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), mestre em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Doutor em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Atualmente é Professor Associado do Departamento de Tecnologia (DETEC) da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ). Deivison Alencar Rick – Engenheiro Mecânico pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJU/UERGS). Atualmente atua como projetista da empresa EATON Ltda. e como instrutor do SENAI. Christian Dihlmann – Engenheiro Mecânico e Mestre em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Especialista em Administração de Empresas pela Fundação Educacional da Região de Joinville – Univille. Realizou aperfeiçoamento na área de fabricação de moldes e análise reológica em Portugal e Alemanha. Atualmente é diretor comercial da BRTooling Consultoria e vice-presidente da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina – FACISC.
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Descrição de Cargo
Data
Processista Descrição: responsável pela digitação e montagem de lista de matéria-prima. Encaminha lista de matéria-prima para o setor de suprimentos. Descreve os processos de fabricação de todos os componentes de um molde. Controla e substitui desenhos de fabricação. Monta o conjunto de especificações para fabricação (desenho, ficha CAM e ficha de processo). Providencia orçamento e encaminhamento para usinagem externa, englo-
bando confecção de plaquetas de identificação, eletrodos, retificação cilíndrica, torneamento, polimento, eletroerosão a fio e usinagens pesadas, inclusive controlando toda a documentação pertinente. Identifica, caracteriza e providencia todas as atividades de retrabalho. Mantém seu local de trabalho organizado e asseado.
Formação: 2º Grau Completo ou 2º Grau Técnico Completo
Experiência: 5 anos
Conhecimentos: interpretação de desenhos, trigonometria, tecnologia de usinagem, tecnologia de materiais, leitura e interpretação instrumentos de medição, microinformática, fixação de ferramentas, fixação de peças, fixação de dispositivos, segurança do trabalho, ferramentas da qualidade.
Habilidades: relacionamento humano, raciocínio rápido, lógica, perspicácia, bom senso, espírito cooperativo, rapidez de movimento, firmeza de movimento, seriedade, paciência, destreza prática.
Descrição de Cargo
Data
Auxiliar de Almoxarife Descrição: responsável pelo apoio ao gerenciamento das atividades de recebimento de materiais, constando de conferência de quantidades, de qualidade, de preço, de condições de pagamento e dados da empresa fornecedora. Executa o corte e codificação de materiais (Ordem de Serviço e Posição). Organiza os materiais por Ordem de Serviço (OS) e encaminha
para a produção. Fornece ferramentas para a produção. Controla materiais utilizados por empresas terceirizadas. Acusa todo desvio de programação, informando o Almoxarife. Mantém seu local de trabalho organizado e asseado. Mantém seu local de trabalho organizado e asseado.
Formação: 2º Grau Técnico Incompleto
Experiência: 1 ano
Conhecimentos: interpretação de desenhos, trigonometria, tecnologia de usinagem, tecnologia de materiais, leitura e interpretação instrumentos de medição, noções de microinformática, segurança do trabalho, ferramentas da qualidade.
Habilidades: relacionamento humano, raciocínio rápido, lógica, perspicácia, bom senso, espírito cooperativo, rapidez de movimento, firmeza de movimento, seriedade, paciência, destreza prática.
Descrição de Cargo
Data
Parte integrante da revista Ferramental - Nº 17 - Maio/Junho 2008
Comprador Descrição: responsável pela operacionalização do processo de aquisição de materiais, produtos e serviços. Executa a qualificação de fornecedores avaliando preços médios em conjunto com a qualidade dos bens e serviços adquiridos e o cumprimento dos prazos de entrega acordados. Pesquisa e desenvolve novos fornecedores. Preenche e despacha os pedidos de orça-
mentos. Negocia o preço final com o fornecedor com base nas datas de necessidade informadas pelos clientes internos. Preenche e emite as ordens de compra. Executa o acompanhamento do fornecimento. Mantém seu local de trabalho organizado e asseado.
Formação: 2º Grau Técnico Completo
Experiência: 3 anos
Conhecimentos: interpretação de desenhos, trigonometria, tecnologia de usinagem, tecnologia de materiais, leitura e interpretação instrumentos de medição, noções de microinformática, fixação de ferramentas, fixação de peças, fixação de dispositivos, inglês básico, segurança do trabalho, ferramentas da qualidade.
Habilidades: relacionamento humano, raciocínio rápido, lógica, perspicácia, bom senso, espírito cooperativo, rapidez de movimento, firmeza de movimento, seriedade, paciência, destreza prática,negociador, didática.
Descrição de Cargo
Data
Coordenador Jurídico Descrição: responsável pela orientação jurídica nas áreas fiscal, societária, tributária e trabalhista. Acompanha as novas leis e
informa alterações significativas para a empresa. Mantém seu local de trabalho organizado e asseado.
Formação: 3º Grau Completo
Experiência: 5 anos
Conhecimentos: legislação societária, legislação tributária, legislação trabalhista, legislação previdenciária, noções de informática, inglês básico.
Habilidades: relacionamento humano, raciocínio rápido, lógica, perspicácia, bom senso, espírito cooperativo, rapidez de movimento, firmeza de movimento, seriedade, paciência, destreza prática. Maio/Junho 2008 Ferramental 45
Descrição de Cargo
Data
Coordenador de Projetos Descrição: responsável pela coordenação dos trabalhos de projeto. Guia-se por normas, análise e interpretação de desenhos de produto e pelas configurações das especificações construtivas solicitadas pelo cliente. Propõe e viabiliza modificações no funcionamento de ferramentas e processos, estudando e modificando projetos, visando a execução dos trabalhos dentro dos padrões de qualidade, quantidade e prazos estabelecidos. É responsável pelo desenvolvimento tecnológico constante da
qualidade e produtividade dos serviços prestados. Acusa todo desvio de programação, providenciando solução rápida para a correção do problema. Verifica necessidade de manutenção em equipamentos. É autogerenciável, negociando com os clientes internos e treinando colaboradores de enquadramentos inferiores. Mantém a programação de projetos em dia. Acompanha contratação e avaliação de pessoal subordinado. Mantém seu local de trabalho organizado e asseado.
Formação: 3º Grau Completo ou 2º Grau Técnico Completo + 3º Grau Incompleto
Experiência: 5 anos
Conhecimentos: interpretação de desenhos, trigonometria, tecnologia de usinagem, tecnologia de materiais, tecnologia de injeção de termoplásticos, tecnologia de injeção de metais nãoferrosos, leitura e interpretação instrumentos de medição, linguagem de programação CNC, conhecimento profundo em sistemas CAE/CAD/CAM, microinformática, inglês básico, segurança do trabalho, ferramentas da qualidade.
Habilidades: relacionamento humano, raciocínio rápido, lógica, perspicácia, bom senso, espírito cooperativo, rapidez de movimento, firmeza de movimento, seriedade, paciência, destreza prática,didática.
Descrição de Cargo
Data
Descrição: responsável pelo desenvolvimento de projeto de molde para peças com alto nível de complexidade e precisão. Desenvolve projeto para moldes de injeção de termoplásticos complexos bem como moldes para fundição sob pressão de alumínio complexos, além de moldes para transferência de elastômeros do tipo molde flashless. Tem domínio para realizar cálculos de força de fechamento e dimensionamento de estrutura de molde. Está capacitado a utilizar sistemas CAD 2D e 3D.
Participa de reuniões de avaliação de projetos. Lê e interpreta desenhos técnicos e domina tolerância de forma e posição. Utiliza instrumentos de medição. É autogerenciável, negociando com os clientes internos e treinando colaboradores de enquadramentos inferiores. Mantém seu local de trabalho organizado e asseado e seus equipamentos em perfeitas condições de funcionamento.
Formação: 2º Grau Completo ou 2º Grau Técnico Completo
Experiência: 5 anos
Conhecimentos: interpretação de desenhos, trigonometria, tecnologia de usinagem, tecnologia de materiais, tecnologia de injeção de termoplásticos, tecnologia de injeção de metais nãoferrosos, leitura e interpretação instrumentos de medição, noções de microinformática, uso de sistema CAD 2D e 3D, inglês, segurança do trabalho, ferramentas da qualidade.
Habilidades: relacionamento humano, raciocínio rápido, lógica, perspicácia, bom senso, espírito cooperativo, rapidez de movimento, firmeza de movimento, seriedade, paciência, destreza prática, didática.
Descrição de Cargo
Data
Controlador de PCP Descrição: responsável pelo gerenciamento das atividades de planejamento e controle da produção, englobando a verificação de disponibilidade de recursos produtivos, o planejamento da seqüência de operações e etapas de produção, o acompanhamento e verificação diária da programação e serviços executados e o remanejamento de recursos produtivos em caso de descompasso da programação existente. É co-responsável pelo desenvolvimento constante da qualidade e produtividade dos serviços prestados. Participa da análise de projetos,
sugerindo alterações. Participa de reuniões de planejamento. Acusa todo desvio de programação, providenciando solução rápida para a correção do problema. É autogerenciável, negociando com os clientes internos e treinando colaboradores de enquadramentos inferiores. Mantém a carga máquina em dia. Acompanha contratação e avaliação de pessoal subordinado. Mantém seu local de trabalho organizado e asseado. São diretamente ligados ao Coordenador de PCP os colaboradores alocados nos seguintes cargos: 1. Processista e 2. Auxiliar de PCP.
Formação: 2º Grau Completo ou 2º Grau Técnico Completo
Experiência: 5 anos
Conhecimentos: interpretação de desenhos, trigonometria, tecnologia de usinagem, tecnologia de materiais, tecnologia de injeção de termoplásticos, tecnologia de injeção de metais nãoferrosos, leitura e interpretação instrumentos de medição, noções de microinformática, fixação de ferramentas, fixação de peças, fixação de dispositivos, segurança do trabalho, ferramentas da qualidade. 46 Ferramental Maio/Junho 2008
Habilidades: relacionamento humano, raciocínio rápido, lógica, perspicácia, bom senso, espírito cooperativo, rapidez de movimento, firmeza de movimento, seriedade, paciência, destreza prática, didática.
Parte integrante da revista Ferramental - Nº 17 - Maio/Junho 2008
Projetista
Descrição de Cargo
Data
Coordenador de Programação CAM Descrição: responsável pela coordenação dos trabalhos de programação CAM. Desenvolve programas para usinagem de componentes com alto nível de complexidade e precisão. Tem domínio para realizar cálculos de avanços e velocidade de corte. Conhece tecnologia de ferramentas e está apto a selecionar ferramentas. Guia-se por normas, análise e interpretação de desenhos de produto e pelas configurações das especificações construtivas solicitadas pelo cliente. Propõe e viabiliza modificações no funcionamento de ferramentas e processos, estudando e sugerindo modificações em projetos, visando a execução dos trabalhos dentro dos padrões de qualidade, quantidade e prazos estabelecidos. Está capacitado para elaborar dispositivos de fixação para usinagem. Lê
e interpreta desenhos técnicos e domina tolerância de forma e posição. Acompanha a usinagem nas máquinas e sugere melhorias no processo. Avalia novas ferramentas executando testes de usinagem. Acusa todo desvio de programação, providenciando solução rápida para a correção do problema. Verifica necessidade de manutenção em equipamentos. Utiliza instrumentos de medição. Mantém a programação de programas CAM em dia. Acompanha contratação de pessoal subordinado. É autogerenciável, negociando com os clientes internos e treinando colaboradores de enquadramentos inferiores. Mantém seu local de trabalho organizado e asseado e seus equipamentos em perfeitas condições de funcionamento.
Formação: 3º Grau Completo ou 2º Grau Técnico Completo + 3º Grau Incompleto
Experiência: 5 anos
Conhecimentos: interpretação de desenhos, trigonometria, tecnologia de usinagem, tecnologia de materiais, tecnologia de injeção de termoplásticos, tecnologia de injeção de metais não-ferrosos, leitura e interpretação instrumentos de medição, linguagens de programação utilizadas nos equipamentos da empresa, microinformática, conhecimento profundo em sistemas CAE/CAD/CAM, fixação de ferramentas, fixação de peças, fixação de dispositivos, inglês básico, segurança do trabalho, ferramentas da qualidade.
Habilidades: relacionamento humano, raciocínio rápido, lógica, perspicácia, bom senso, espírito cooperativo, rapidez de movimento, firmeza de movimento, seriedade, paciência, destreza prática, didática.
Descrição de Cargo
Data
Parte integrante da revista Ferramental - Nº 17 - Maio/Junho 2008
Desenhista Descrição: responsável pelo auxílio ao desenhista-projetista e ao projetista, nos trabalhos de detalhamento de componentes, revisões, atualizações, correções de projeto e plotagem de desenhos. Desenvolve projeto de molde e dispositivos para peças com baixo nível de complexidade e
precisão, auxiliado pelo desenhista-projetista e pelo projetista. Lê e interpreta desenhos técnicos e domina tolerância de forma e posição. Utiliza instrumentos de medição. Mantém seu local de trabalho organizado e asseado e seus equipamentos em perfeitas condições de funcionamento.
Formação: 2º Grau Técnico Completo
Experiência: 2 anos
Conhecimentos: interpretação de desenhos, trigonometria, leitura e interpretação instrumentos de medição, noções de microinformática, uso de sistema CAD 2D, segurança do trabalho, ferramentas da qualidade.
Habilidades: relacionamento humano, raciocínio rápido, lógica, perspicácia, bom senso, espírito cooperativo, rapidez de movimento, firmeza de movimento, seriedade, paciência, destreza prática.
Descrição de Cargo
Data
Programador I Descrição: responsável pelo desenvolvimento de programas para usinagem de componentes com baixo nível de complexidade e precisão. Tem domínio para realizar cálculos de avanços e velocidade de corte. Conhece tecnologia de ferramentas e está apto a selecionar ferramentas. Lê e inter-
preta desenhos técnicos e domina tolerância de forma e posição. Acompanha a usinagem nas máquinas. Utiliza instrumentos de medição. Mantém seu local de trabalho organizado e asseado e seus equipamentos em perfeitas condições de funcionamento.
Formação: 2º Grau Técnico Completo
Experiência: 3 anos
Conhecimentos: interpretação de desenhos, trigonometria, tecnologia de usinagem, tecnologia de materiais, leitura e interpretação instrumentos de medição, linguagem de programação CNC, uso de sistemas CAM, noções de microinformática, segurança do trabalho, ferramentas da qualidade.
Habilidades: relacionamento humano, raciocínio rápido, lógica, perspicácia, bom senso, espírito cooperativo, rapidez de movimento, firmeza de movimento, seriedade, paciência, destreza prática. Maio/Junho 2008
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Descrição de Cargo
Data
Programador II Descrição: responsável pelo desenvolvimento de programas para usinagem de componentes com médio nível de complexidade e precisão. Tem domínio para realizar cálculos de avanços e velocidade de corte. Conhece tecnologia de ferramentas e está apto a selecionar ferramentas. Está capacitado para elaborar dispositivos de fixação para usinagem. Lê e interpreta dese-
nhos técnicos e domina tolerância de forma e posição. Acompanha a usinagem nas máquinas e sugere melhorias no processo. Utiliza instrumentos de medição. Mantém seu local de trabalho organizado e asseado e seus equipamentos em perfeitas condições de funcionamento.
Formação: 2º Grau Completo ou 2º Grau Técnico Completo
Experiência: 5 anos
Conhecimentos: interpretação de desenhos, trigonometria, tecnologia de usinagem, tecnologia de materiais, leitura e interpretação instrumentos de medição, linguagem de programação CNC, noções de microinformática, uso de sistemas CAM, segurança do trabalho, ferramentas da qualidade.
Habilidades: relacionamento humano, raciocínio rápido, lógica, perspicácia, bom senso, espírito cooperativo, rapidez de movimento, firmeza de movimento, seriedade, paciência, destreza prática.
Descrição de Cargo
Data
Programador III Descrição: responsável pelo desenvolvimento de programas para usinagem de componentes com alto nível de complexidade e precisão. Tem domínio para realizar cálculos de avanços e velocidade de corte. Conhece tecnologia de ferramentas e está apto a selecionar ferramentas. Está capacitado para elaborar dispositivos de fixação para usinagem. Lê e interpreta desenhos técnicos e domina tolerância de forma e
posição. Acompanha a usinagem nas máquinas e sugere melhorias no processo. Avalia novas ferramentas executando testes de usinagem. Utiliza instrumentos de medição. É autogerenciável, negociando com os clientes internos e treinando colaboradores de enquadramentos inferiores. Mantém seu local de trabalho organizado e asseado e seus equipamentos em perfeitas condições de funcionamento.
Formação: 2º Grau Completo ou 2º Grau Técnico Completo
Experiência: 7 anos
Conhecimentos: interpretação de desenhos, trigonometria, tecnologia de usinagem, tecnologia de materiais, leitura e interpretação instrumentos de medição, linguagem de programação CNC, noções de microinformática, uso de sistemas CAM, fixação de ferramentas, fixação de peças, fixação de dispositivos, inglês, segurança do trabalho, ferramentas da qualidade.
Habilidades: relacionamento humano, raciocínio rápido, lógica, perspicácia, bom senso, espírito cooperativo, rapidez de movimento, firmeza de movimento, seriedade, paciência, destreza prática, didática.
Data
Coordenador de Usinagem Descrição: responsável pelo gerenciamento das atividades de usinagem dos setores de torneamento, eletroerosão e retificação cilíndrica. Guia-se por normas, análise e interpretação de desenhos e pelas configurações das especificações construtivas. Propõe e viabiliza modificações no funcionamento de ferramentas e processos, estudando e sugerindo modificações em projetos, visando a execução dos trabalhos dentro dos padrões de qualidade, quantidade e prazos estabelecidos. É co-responsável pelo desenvolvimento constante da qualidade e produtividade dos serviços prestados. Acusa todo desvio de programação, providenciando solução rápida
para a correção do problema. Verifica necessidade de manutenção em equipamentos. É autogerenciável, negociando com os clientes internos e treinando colaboradores de enquadramentos inferiores. Participa de reuniões de planejamento. Mantém a carga máquina em dia. Acompanha contratação de pessoal subordinado. Mantém seu local de trabalho organizado e asseado. São diretamente ligados ao Coordenador da Usinagem os colaboradores alocados nos seguintes setores: 1. Fresamento, 2. Torneamento, 3. Eletroerosão 4. Furação e 5. Retificação.
Formação: 2º Grau Completo ou 2º Grau Técnico Completo
Experiência: 5 anos
Conhecimentos: interpretação de desenhos, trigonometria, tecnologia de usinagem, tecnologia de materiais, tecnologia de injeção de termoplásticos, tecnologia de injeção de metais não-ferrosos, leitura e interpretação instrumentos de medição, linguagem de programação CNC, linguagem de programação Heidenhain, noções de microinformática, fixação de ferramentas, fixação de peças, fixação de dispositivos, inglês, segurança do trabalho, ferramentas da qualidade. 48 Ferramental Maio/Junho 2008
Habilidades: relacionamento humano, raciocínio rápido, lógica, perspicácia, bom senso, espírito cooperativo, rapidez de movimento, firmeza de movimento, seriedade, paciência, destreza prática, didática.
Parte integrante da revista Ferramental - Nº 17 - Maio/Junho 2008
Descrição de Cargo
Cilindros SPC A Arcinco produz cilindros com controle de velocidade (SPC), desenvolvidos para solucionar os problemas de trepidação do prensachapas e excesso de barulho que a maioria das ferramentas tem. Trabalhando com uma regulagem no início e no fim do curso, eliminam a trepidação e reduzem os ruídos dos cilindros em percentuais acima de 50%, comparadas às peças convencionais. Além disso, em função de que os primeiros milímetros funcionam como amortecedores, há uma redução significativa dos níveis de manutenção no desgaste da prensa.
metros/min e tem guias lineares em todos os eixos. A rotação do eixo árvore é padrão de 8.000 rpm, mas dispõe opcionalmente de rotações até 14.000 rpm. Pode também ser adquirida com comandos Siemens, Fanuc ou Mitsubishi. Acompanha ainda, nas versões padrão, transportador e carrinho para cavacos, manivela eletrônica manual, sapatas e parafusos de nivelamento, caixa e ferramentas de serviço. Bener 11 5641 3993 vendas@bener.com.br www.bener.com.br
Arcinco 11 3463 8855 www.arcinco.com.br
Centro de Usinagem Litz Veker MV 1000 A Bener está comercializando seu mais recente lançamento, o Centro de Usinagem Litz Veker MV 1000, que possui como principal característica um desenho construtivo que oferece alta rigidez, alta velocidade e alta precisão. As principais características deste equipamento são: dimensão de mesa com 1.000 x 500mm e carga admissível de 500 kg. Opera com cursos em x, y e z de 1.020, 510 e 540mm respectivamente. Sua velocidade de deslocamento rápido nos eixos x e y é de 24
Levantador magnético A JR Máquinas e Equipamentos comercializa levantadores magnéticos, que dispõe de capacidades de içamento de 300, 600 e 1.000 kg, e com coeficiente de segurança de 3,5.
Leves e eficientes, são ideais para o levantamento de chapas, blocos, moldes e as mais diversas peças Maio/Junho 2008
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ferrosas, pois são construídos com imãs permanentes de terras raras (liga de Neodímio-Ferro-Boro) de altíssima intensidade magnética. Pela sua forma construtiva, permitem o levantamento de peças cilíndricas, como tubos e cilindros. Equipados com trava de segurança, impedem o destravamento acidental da alavanca. JR Máquinas 47 3028 0315 vendas@juniorferramentas.com.br
Transpalete de elevação rápida A Empilha Máquinas e Equipamentos comercializa o transpalete manual AM2200 que, com cinco movimentos, alcança elevação máxima. É fabricado pela JungHeinrich, para transporte e movimentação de cargas até 2.200 kg. A empresa oferece também outros modelos de empilhadeiras, com capacidades de carga até 9.000 kg.
Ferramentas rotativas de usinagem A Gühring possui completa linha de soluções inovadoras de ferramentas, como também presta serviços de pesquisas e desenvolvimento de ferramentas específicas para os clientes através da Central de Negócios de Serviços. Empilha 71 3270 3813 www.empilhamaquinas.com.br
Prestação de serviços de medição
Entre suas soluções oferece o programa ampliado de ferramentas para roscar, com machos para a usinagem de materiais de alta resistência como também para a usinagem de aços temperados até 62 HRc e novos mandris para roscamento. Gühring 11 6842 3066 vendas@guhring.com.br www.guhring.com.br
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Com o emprego da tecnologia de braços de medições tridimensionais portáteis, a RGB Serviços e Medições atua nas áreas de controle de qualidade, engenharia de processo, manufatura, engenharia de
desenvolvimento de produtos, manutenção e certificação de dispositivos e gages. Desenvolve também trabalhos nas áreas de digitalização, engenharia reversa, modelamento matemático e detalhamento de projetos. Seus laboratórios atendem à norma ISO NBR 17025. RGB 19 3426 2781 rgb@rgbservicos.com.br www.rgbservicos.com.br
cam retidas. Após o término da limpeza basta levar o equipamento para local apropriado onde, através de um puxador, o material ferroso é despejado. Recolhem cavacos, pregos, parafusos e outros materiais que podem causar danos a pneus, rodas, máquinas e que também podem ferir os que trafegam no local contaminado. Altamente indicadas para uso em ferramentarias e empresas de usinagem.
Vassoura magnética As vassouras magnéticas, da ITAL Produtos Industriais, são construídas com ímãs anisotrópicos de ferrite e possuem grande poder de atração. São compostas por uma caixa de alumínio, rodinhas e mecanismo de limpeza. Fornecidas em modelo único EMCC-18, têm altura de 1.280mm, comprimento de 550m e largura de 180mm. No interior da caixa de alumínio existe um potente circuito magnético. A medida que a vassoura percorre a região de limpeza, o campo magnético gerado no interior da mesma atrai as partículas ferrosas, que fi-
Ital 11 4148 2518 www.italpro.com.br
Ferramentas para fresamento A série Rich-mill RM4, da Korloy do Brasil, é um novo conceito de ferramentas para fresamento. Devido ao
seu projeto arrojado e de última geração, oferece um aumento significativo na vida útil das arestas de corte dos insertos os quais possuem quatro arestas de corte, dupla face, exclusiva geometria e dispositivo de fixação no corpo das fresas. Os novos insertos foram dimensionados especialmente para permitir um excelente corte e fluxo dos cavacos, possuindo ângulo de ataque elevado que resulta em baixas forças de corte, alta resistência ao desgaste com as quatro arestas de corte e espessura do tipo reforçadas, o que garante suavidade, estabilidade e segurança durante a operação de fresamento, mesmo com altas taxas de remoção. Estas ferramentas são destinadas aos mais diversos materiais, tais como, aços ligados, inoxidáveis, ferros fundidos, além de alumínio e suas ligas. Disponíveis desde os diâmetros de 50-160 mm no estilo cabeçote ou árvore, e 3263 mm no estilo com haste cilíndrica. Korloy 11 6441 0442 www.korloy.com.br
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MAIO · 1 a 5 – Taipei, Taiwan Tintos - Taipei International Machine Tool Show e Taipei CNC Machine Tool & Manufacturing Technology Show www.taitra.org.tw/contact_01.asp · 6 a 8 – São Paulo, SP, Brasil Plast Show 2008 (11) 3824-5300 www.arandanet.com.br · 8 a 11 – Batalha, Portugal Moldplas – Salão de Máquinas, Equipamentos, Matérias-Primas e Tecnologia para Moldes e Plásticos www.centimfe.com · 3 a 17 – São Paulo, SP, Brasil Mecânica 2008 (11) 3291-9111 www.alcantara.com.br · 13 a 16 – Karachi, Paquistão Plastipac PaKistan 2008 www.plastipac.com.pk · 28 a 1 – Buenos Aires, Argentina FIMAQH 2008 - Feira Internacional de Máquinas-Ferramentas, Bens de Capital e Serviços para a Produção (5411) 4343-1493 www.fimaqh.com/2008 · 28 a 31 – Lima, Peru Expoplast Peru 2008 www.expoplastperu.com JUNHO · 4 a 7 – Pinhais, PR, Brasil Autopar 2008 (41) 3075-1100 www.diretriz.com.br · 10 a 13 – Criciúma, SC, Brasil Sul Metal & Mineração 2008 – Feira Nacional da Indústria Metalmecânica e Mineração (48) 3443-9193 www.criciumafeiras.com.br · 11 a 14 – Bancoc, Tailândia ProPak ASIA 2008 www.propakasia.com · 17 a 20 – Serra, ES, Brasil Mec Show (27) 3337-6855 www.milanezmilaneze.com.br AGOSTO · 6 a 9 – Rio de Janeiro, RJ Rio Industrial 2008 (41) 3075-1100 www.diretriz.com.br · 8 a 10 – Belo Horizonte, MG, Brasil Tecnoshow Automotivo - Feira 52
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Internacional de Serviços, Peças, Acessórios e Abastecimento Automotivo (11) 3291-9111 www.feiratecnoshow.com.br · 12 a 16 – Caxias do Sul, RS, Brasil Febramec 2008 - Feira Brasileira da Mecânica e Automação Industrial (51) 3357-3131 www.febramec.com.br · 18 a 21 – Recife, PE, Brasil Embala Nordeste (81) 3466-8989 www.greenfield-brm.com · 25 a 29 – Joinville, SC, Brasil Interplast 2008 (47) 3451-3000 www.interplast.com.br
JUNHO · 17 a 20 - Joinville, SC, Brasil Expogestão 2008 www.expogestao.com.br AGOSTO · 20 a 22 – São Paulo, SP, Brasil 6º Encontro da Cadeia de Ferramentas, Moldes e Matrizes (11) 5534-4333 www.abmbrasil.com.br · 26 a 28 - Joinville, SC, Brasil Congresso Nacional de Integração da Tecnologia do Plástico (47) 3451-3000 www.interplast.com.br
MAIO · 10, 17, 31/05 e 7/06 Curso: Fundamentos Para Projetos de Moldes para Injeção de Termoplásticos (19) 9175-7985 celiadecarli@uol.com.br · 17 - UFPR - Universidade Federal do Paraná - Departamento de Engenharia Mecânica - Curitiba, PR Cursos: Básico de Conformação de Chapas (41) 3524-7896 marchi.sandra@gmail.com · 18 - UFPR - Universidade Federal do Paraná - Departamento de Engenharia Mecânica - Curitiba, PR Cursos: Avançado de Conformação de Chapas (41) 3524-7896 marchi.sandra@gmail.com
· 30 - AEA - Associação Brasileira de Engenharia Automotiva Curso: Plásticos de Engenharia para Indústria Automobilística (11) 5575-9043 www.aea.org.br JUNHO · 28 - UFPR – Universidade Federal do Paraná – Departamento de Engenharia Mecânica – Curitiba, PR Cursos: Metrologia Industrial (41) 3524-7896 marchi.sandra@gmail.com · 29 - UFPR – Universidade Federal do Paraná – Departamento de Engenharia Mecânica – Curitiba, PR Cursos: Corte e Dobramento de Chapas (41) 3524-7896 marchi.sandra@gmail.com
· Sandvik – São Paulo, SP Cursos: Técnicas básicas de usinagem, tecnologia para usinagem de superligas, otimização em torneamento e fresamento (11) 5696-5589 www.sandvik.com.br · Seacam – São Paulo, SP Cursos: CAD, CAM, gravação 3D, inspeção, geração de superfícies, projeto de produto (11) 5575-5737 www.seacam.com.br · Senai – Joinville, SC Cursos: Tecnologia em usinagem, mecatrônica, ferramentaria (47) 3441-7700 www.sc.senai.br · Senai Mário Amato – São Bernardo do Campo, SP Cursos: Materiais, moldes, processamento de plásticos (11) 4109-9499 www.sp.senai.br · Senai – Jundiaí, SP Cursos: Tecnologia de moldes, operador de extrusora, técnico em plásticos (11) 4586-0751 www.sp.senai.br/jundiai · Senai Roberto Mange – Campinas, SP Cursos: Técnico em construção de ferramentas (19) 3272-5733 www.sp.senai.br
ADMINISTRAÇÃO PARA ADMINISTRADORES E NÃOADMINISTRADORES Idalberto Chiavenato
O livro foi escrito para ajudar pequenos e grandes empresários no direcionamento de seus empreendimentos, que ao trazer uma visão sistêmica, desmistifica o significado da administração de uma maneira didática e de fácil entendimento. Administração para Administradores e Não-Administradores responde perguntas como o que é administrar e porque e como administrar, ajudando o leitor a entender o seu negócio e a lidar com tudo que envolve a gestão de uma empresa – desde questões financeiras a seleção e liderança de funcionários. www.saraiva.com.br
4C´s PARA COMPETIR COM CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO Maria Inês Felippe
Neste livro o leitor encontrará conceitos, práticas, testes e roteiros que irão lhe auxiliar a ser ainda mais criativo e inovador. A obra apóia a quem deseja fazer acontecer uma mudança, e busca um caminho novo para problemas profissionais e pessoais. Um verdadeiro guia para viver melhor. O livro é de fácil leitura, compreensão e aplicação, sendo muito útil para as organizações, para qualquer profissional que deseje exercitar em si e em seus funcionários seu potencial criador, seu sentido inovador de vida, o ócio e o trabalho até configurar um estilo de pensar, comunicar e administrar equipes eficazes e coesas de trabalho. Os leitores encontrarão em suas páginas um diálogo fluído com sua própria criatividade através da criatividade de sua autora. www.qualitymark.com.br
COMO ADMINISTRAR O FLUXO DE CAIXA DAS EMPRESAS Edson Cordeiro da Silva
Este livro fornece os passos da elaboração do fluxo de caixa, que é um instrumento de planejamento e controle financeiro, com a capacidade de apresentar em valores e datas, os inúmeros dados gerados pelos sistemas de informação da empresa. É também um instrumento de tomada de decisão para o gerenciamento financeiro de curto, médio e longo prazos, que dá base para usar as novas técnicas gerenciais, de maneira a projetar as receitas, custos, despesas e os investimentos da empresa com precisão. O autor teve o cuidado de fornecer e facilitar, para um perfeito entendimento, os conceitos, os princípios, o inter-relacionamento do fluxo de caixa com as outras áreas econômico financeiras da empresa, ilustrando com exemplos práticos, planilhas auxiliar e planilhas de fluxo de caixa. www.editoraatlas.com.br
COMO CRIAR FILHOS FINANCEIRAMENTE INTELIGENTES Eileen Gallo e Jon Gallo
Os autores mostram no livro que aquilo que você fala sobre dinheiro e o que faz com ele exercem profunda influência sobre seus filhos. Eles mostram que você pode usar pequenos acontecimentos do dia-a-dia para ensinar a seus filhos, habilidades financeiras e lições de vida. Responde questões como: É uma boa idéia pagar por tarefas em casa ou boas notas na escola? Como você pode ajudar seus filhos a desenvolver uma ética de trabalho? Quando a criança deve começar a receber mesada e como estruturar de forma a ajudar seus filhos a aprender a fazer escolhas? Entre outras questões. www.editoralandscape.com.br
Açoespecial .................................5 e 31
Giacomini ........................................49
Mold-Masters ............................2ªcapa
Alumicopper ....................................50
Hexagon ............................................9
Polimold....................................4ªcapa
Btomec ............................................25
Incoe ...............................................11
Romi ................................................17
Brehauser.........................................50
Interplast .........................................38
Sandvik.....................................3ª capa
Centroforte ......................................49
Isoflama ...........................................37
Siemens ....................................23 e 26
Cimm ..............................................41
Krüth ...............................................25
Tecnoserv...........................................6
CQB.................................................19
Mecshow .........................................42
Topline.............................................41
Expogestão ......................................28
Metalurgia .......................................44
Uddeholm........................................15
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Responsabilidade por relacionamentos Wiland Tiergarten Presidente – Btomec Ferramentaria e Usinagem de Precisão wiland@btomec.com.br
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A análise de resultados comprova que o trabalho em equipe é a melhor solução para atingir objetivos propostos em qualquer organização ou atividade. Assim, devemos estar cientes de nossa responsabilidade pelo bom relacionamento com as pessoas com as quais convivemos em nosso trabalho, seja subordinado, superior, fornecedor ou cliente. Para sermos eficientes em nossos relacionamentos precisamos conhecer bem as forças, os modos de desempenho e os valores das pessoas com as quais trabalhamos. Parece óbvio, mas poucas pessoas prestam atenção e percebem as diferenças entre os indivíduos. Cada indivíduo numa organização deve fazer seu trabalho da maneira que sabe fazer melhor. Observá-lo e descobrir como ele trabalha, procurando adaptar as atividades à forma que o torna mais eficiente é, na verdade, o segredo para o bom relacionamento. Toda pessoa tem um jeito próprio de trabalhar que pode ser diferente do seu jeito. Devemos aprender a respeitá-las, pois o que importa é se elas têm um bom desempenho e quais são os seus valores, independente da forma como executará a tarefa. Além disso, é muito importante para um bom relacionamento assumirmos a responsabilidade pela comunicação. São visíveis os conflitos de personalidade na maioria das organizações, porque as pessoas não se comunicam. Elas não sabem o que as outras estão fazendo, como elas estão fazendo, em que estão se dedicando e quais os resultados elas esperam do seu trabalho. Não sabem por que não perguntaram e, portanto, não lhes foi dito. No passado, era comum todo mundo fazer as mesmas atividades e isto habituou as pessoas a não questionarem. Porém, hoje a maioria trabalha com outros que têm tarefas e responsabilidades diferentes. É fundamental que os outros compreendam o que você está fazendo, por que está fazendo, como irá fazer e quais resultados devem ser esperados. Da mesma forma, é responsabilidade sua, como gestor, saber a visão de seus colegas, quais são as metas deles, como eles trabalham e o que eles esperam deles mesmos e de você. Mesmo àqueles que já compreenderam a importância dos relacionamentos muitas vezes não se comunicam suficientemente com seus parceiros por temerem ser rotulados de presunçosos, inquisitivos ou burros. Isto é um erro. Na verdade, deveríamos comunicar a todos com quem trabalhamos, sejam subordinados, superiores, colegas, ou membros da equipe: “É nisto que eu sou bom. É assim que eu trabalho. Estes são os meus valores. Esta é a contribuição na qual planejo me concentrar e os resultados que eu quero atingir”. O sucesso de uma organização está na confiança e, para isso, ela não depende, necessariamente, que as pessoas desta organização gostem umas das outras, mas sim, que elas entendam umas as outras. Assumir responsabilidade por relacionamentos é, portanto, mais que uma necessidade. É um dever. Dela depende o sucesso da equipe.