Revista Ferramental Edição 18

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ANO IV - Nº 18 - JULHO/AGOSTO 2008 REVISTA FERRAMENTAL - PUBLICAÇÃO DA EDITORA GRAVO - ISSN 1981-240X

Conheça as vantagens das ferramentas de projeto em 3D

Procedimentos para o projeto adequado de estampos

DESTAQUE



ANO IV - Nº 18 - JULHO/AGOSTO 2008 REVISTA FERRAMENTAL - PUBLICAÇÃO DA EDITORA GRAVO - ISSN 1981-240X

Conheça as vantagens das ferramentas de projeto em 3D

Procedimentos para o projeto adequado de estampos

DESTAQUE



Christian Dihlmann Editor

Educar crianças para o futuro Nos últimos dias voltamos a ter períodos de apreensão com a ameaça de retorno de uma economia instável. Indicadores não faltam, como o preço do barril de petróleo nas alturas indicando um repasse de custos inevitável nos bens de consumo a nível mundial, a crise imobiliária americana que afeta economicamente todo o planeta, a aproximação das eleições no Brasil que mexe com o processo democrático, a elevação da inflação que põe em risco o poder aquisitivo da população, enfim, tantos outros motivos de preocupação. Todavia, esta não é a primeira e não será a última crise pela qual passaremos. A história do mundo é feita de altos e baixos, picos e vales, felicidade e tristeza, bons e maus momentos, e mesmo assim, a humanidade segue seu caminho. Qual a receita então? Estou certo que o instinto de sobrevivência é o maior responsável pela superação de problemas e evolução da espécie. Entretanto, sobrevivem aqueles que agem com inteligência e cautela. Portanto, quanto mais preparados estivermos, tanto maior será a chance de sobressairmos em um ambiente turbulento. Quanto mais focados trabalharmos, maiores serão as condições de sucesso. A qualificação é diretamente proporcional ao nível de competitividade. Vamos então, com otimismo e precaução, à busca do conhecimento e experiência para que nossa missão seja facilitada. Os artigos técnicos da Ferramental vem agregar esse conhecimento e experiência ao leitor, compartilhando, nesta edição, informações importantes sobre o projeto de ferramentas. No primeiro, um completo descritivo

das vantagens da aplicação de ferramentas de projeto em três dimensões, nitidamente favoráveis à redução dos tempos de desenvolvimento de produtos. No segundo, uma matéria de conteúdo rico, abordando os principais fundamentos para o projeto de estampos que orientam o projetista para a fabricação de uma ferramenta de qualidade. Postos os conhecimentos, é necessário avaliar a quantidade de informações e dados assimilados pelo profissional. Não haverá crescimento da empresa se a equipe de colaboradores não evoluir. Mas como mensurar a qualificação dos profissionais? A resposta está no artigo sobre a avaliação de desempenho como ferramenta de gestão, que propicia ao leitor o embasamento para a aplicação de métodos de acompanhamento e tomada de decisão. A ficha para avaliação de desempenho é um modelo referencial, que pode ser aplicado tanto às ferramentarias quanto a outras empresas do setor metal-mecânico. Material interessante também ilustra nossa seção de dicas jurídicas, orientando o empresário sobre os diversos entendimentos da lei quanto à manutenção de funcionários em empresas inscritas no Simples. Enfim, recomendo que a edição seja lida e estudada, como forma de agregar conhecimento, experiência e métodos para os diversos profissionais do segmento ferramenteiro nacional. Sugiro também que sejam aproveitados os diversos eventos, feiras e congressos que ocorrerão nos próximos meses. Nestes fóruns encontram-se profissionais de áreas correlatas ao setor metal-mecânico, permitindo o intercâmbio de informações e experiências. Também estão presentes novas tecnologias e metodologias de administração, ferramentas indispensáveis para o sucesso do seu, do nosso negócio. Por fim, quero mencionar que fiquei surpreso e gratificado com as manifestações favoráveis ao material publicado na edição anterior referente ao planejamento orçamentário familiar. Confesso que tinha receio em inserir um assunto tão básico na Ferramental, mas acreditava que pudesse ser uma semente que resultaria em bons frutos. Hoje estou certo de que será. Percebe-se que Pitágoras tinha razão quando citou: “Eduquemos as crianças e não será necessário castigar os homens”.

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Artigos Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais www.revistaferramental.com.br ISSN 1981-240X

13 Considerações sobre ferramentas de projeto 3D A exigência de ciclos de projetos menores, processos de fabricação modernizados, tempo de entrada no mercado mais curto, custos de projeto reduzidos e produtos com alta qualidade direciona para a aplicação de modernas tecnologias, dentre as quais o uso das ferramentas de projeto em três dimensões.

DIRETORIA Christian Dihlmann Jacira Carrer REDAÇÃO Editor: Christian Dihlmann - (47) 9964-7117 christian@revistaferramental.com.br Jornalista responsável: Antônio Roberto Szabunia - RP: SC-01996 Colaboradores Adriano Fagali de Souza, André P. Penteado Silveira Jefferson de Oliveira Gomes, Cristiano V. Ferreira, Rolando Vargas Vallejos PUBLICIDADE Coordenação nacional de vendas Christian Dihlmann (47) 3025-2817 christian@revistaferramental.com.br Rio Grande do Sul Ivano Casagrande (51) 3228-7139 / 9109-2450 casagrande@revistaferramental.com.br São Paulo Ronaldo Amorin Barbosa (11) 8324-3122 ronaldo@revistaferramental.com.br

21 A avaliação de desempenho como ferramenta de gestão Parte considerável do sucesso de uma empresa está baseada no desempenho de sua equipe de profissionais. Neste sentido, é de suma importância utilizar-se de ferramentas para mensurar este desempenho e permitir a tomada de decisões em busca do aumento da competitividade.

33 Diretrizes para projeto de ferramentas de estampagem – Parte II Seqüência da edição anterior, neste artigo são apresentadas diversas diretrizes para orientação ao projetista de ferramentas de estampo, ilustrando com o estudo de um caso onde uma série de melhorias foi incorporada a uma ferramenta de trabalho.

ADMINISTRAÇÃO Jacira Carrer - (47) 3025-2817 / 9919-9624 adm@revistaferramental.com.br Circulação e assinaturas circulacao@revistaferramental.com.br Produção gráfica Martin G. Henschel Pré impressão (CtP) e impressão Maxigráfica - (41) 3025-4400 www.maxigrafica.com.br A revista Ferramental é distribuída gratuitamente em todo o Brasil, bimestralmente, com tiragem de 5.000 exemplares. É destinada à divulgação da tecnologia de ferramentais, seus processos, produtos e serviços, para os profissionais das indústrias de ferramentais e seus fornecedores: ferramentarias, modelações, empresas de design, projetos, prototipagem, modelagem, softwares industriais e administrativos, matérias-primas, acessórios e periféricos, máquinasferramenta, ferramentas de corte, óleos e lubrificantes, prestadores de serviços e indústrias compradoras e usuárias de ferramentais, dispositivos e protótipos: transformadoras do setor do plástico e da fundição, automobilísticas, autopeças, usinagem, máquinas, implementos agrícolas, transporte, elétricas, eletroeletrônicas, comunicações, alimentícias, bebidas, hospitalares, farmacêuticas, químicas, cosméticos, limpeza, brinquedos, calçados, vestuário, construção civil, moveleiras, eletrodomésticos e informática, entre outras usuárias de ferramentais dos mais diversos segmentos e processos industriais. As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as mesmas desta revista. A reprodução de matérias é permitida, desde que citada a fonte. A revista Ferramental tem como pressuposto fundamental que todas as informações nela contidas provêm de fontes fidedignas, portanto, recebidas em boa fé. Logo, não pode ser responsabilizada pela veracidade e legitimidade de tais informações.

EDITORA GRAVO LTDA. Rua Jacob Eisenhut, 467 - Fone (47) 3025-2817 CEP 89203-070 - Joinville - SC

Seções 6 7 10 12 28 31 44 48 52 55 57 57 58

Cartas Radar Expressas Conexão www Ficha técnica 1 JuríDICAS Ficha Técnica 2 Serviço Índice cumulativo anual dos tópicos abordados nas edições de julho/agosto de 2005 a maio/junho de 2008 Enfoque Eventos Livros Índice de anunciantes Opinião

Foto da capa:

Molde para injeção de carcaça de farol. Foto cedida por GFM – Gerenciamento e Fabricação de Moldes, de Joinville, SC

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O envio da revista é gratuito às empresas e profissionais qualificados das indústrias de ferramentais, seus fornecedores, compradores e usuários finais. Qualifique sua empresa no www.revistaferramental.com.br


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Gostaria de ter uma definição sobre o que é ferramental e de informação sobre o número da norma ABNT que faz alguma menção sobre esse assunto. É possível de se ter uma amostra dessa revista? Harben S. Branco - Mercedes Benz do Brasil – S. Bernardo do Campo, SP A definição de FERRAMENTAL, segundo Michaelis - conjunto de ferramentas. Não dispomos de informação sobre número de norma ABNT para ferramentais, mas solicitamos esta informação para a Associação. Existem as classificações do CNAE Código Nacional de Atividades Econômicas (disponível para download no site www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/CNAEFiscal/cnaef.htm). Lá é possível encontrar códigos para moldes, matrizes, ferramentas, dispositivos, entre outros. O termo FERRAMENTAL não está classificado. Outra opção de classificação é a do BNDES, utilizado para operações de financiamento. Neste site (www.bndes.gov.br/produtos/credenciamento/PesqProd.asp) é possível encontrar o termo FERRAMENTAL, todavia ele é definido para cada solicitação individual das empresas. Em nosso entendimento (revista FERRAMENTAL), o termo designa todo e qualquer equipamento utilizado para transformar, através de processos mecânicos, a matéria bruta em peça acabada.

Gostaria de receber a revista Ferramental. O nosso grupo é responsável pela elaboração de viabilidade de custos (allowable cost) e investimentos para o Brasil e outros paises e esta revista ajuda a atualizar o grupo com as novas tecnologias do mercado. Fábio Alves de Freitas - General Motors do Brasil – S. Caetano do Sul, SP

Somos fabricantes de alto-falantes e gostaríamos de nos cadastrar para recebimento da revista Ferramental. Tiago Henrique Menegão - Audilab – Salto, SP

A Ferramental é uma revista de enorme importância para o nosso setor. Mário Bravo - SIMEC - Sindicato das Indústrias Metalúrgicas no Estado do Ceará – Fortaleza, CE

Sou consultor na área de processos de fabricação, com espe-

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cialidade em usinagem. As ferramentarias têm grande participação na minha carteira de clientes e contatos. Eu já conhecia a Revista, porém não sabia que poderia conseguir uma assinatura. No último congresso Plastshow eu estive em vosso stand e obtive um exemplar. Gostaria de receber regularmente a revista para que eu possa aumentar meu conhecimento do mercado de ferramentarias. Marcelo Acácio Rodrigues - Lean Engenharia – São Paulo, SP

Agradecemos por ajudar a divulgar nosso trabalho e parabenizamos pela excelente revista! Fabíola Stringhini Casagrande - Instituto Stringhini – Concórdia, SC Pedimos desculpas pela publicação incorreta do endereço eletrônico do Instituto Stringhini na edição Nº 18 (maio/junho 2008) O endereço eletrônico correto é: contato@institutostringhini.com.br. – Editor.

Acabo de receber o exemplar da Ferramental. Adorei todas as matérias e com certeza será de muito valia para minha empresa. Damaso R. Alonso - AC Filter do Brasil – Sorocaba, SP

Quero agradecer o envio da edição 17 e parabenizar a equipe pelo conteúdo da Ferramental, que ao meu ver está cada vez melhor. Gostaria ainda de verificar a possibilidade de usar o conteúdo do artigo Integração da Prototipagem na Elaboração do Produto em sala de aula da Universidade da Região de Joinville (logicamente citando a fonte). Trata-se de um artigo a ser explorado pelos alunos da disciplina de Projetos de Produtos, do 8º período, que estão na fase final de seu curso. Carlos Amorim - A+ Design – Joinville, SC Todos os artigos publicados na revista Ferramental são liberados para uso mediante citação da fonte (autor e veículo). A Editora se reserva o direito de sintetizar as cartas e e-mails enviados à redação.


Por um ambiente mais humano Por Antônio Roberto Szabunia redação@revistaferramental.com.br

A Gama oferece jantares para comemorar aniversários... Julho/Agosto 2008

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...e festas de Natal para os funcionĂĄrios e filhos.

WEG disponibiliza acesso Ă internet nos quiosques.

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Parceria ABNT e Sebrae

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) firmaram um convênio que possibilita às Micro e Pequenas Empresas (MPE), após breve cadastro, o acesso às normas técnicas brasileiras por 1/3 do seu preço de mercado. O uso da norma técnica auxilia na melhoria da qualidade, redução de custo e acesso a mercados, permitindo que o empresário ou empreendedor seja mais competitivo e facilite o crescimento de sua empresa. Para acessar é necessário estar cadastrado no SEBRAE ou ser optante do SIMPLES. ABNT 61 3223 5590 www.abntnet.com.br/sebrae/ SEBRAE 61 3226 0823 www.sebrae.com.br

China líder em ciência e tecnologia

“É como ter 40 anos de idade e jogar basquete contra um adversário de apenas 12 anos, mas que já tem a sua altura. Você é um pouco melhor do que ele, e tem mais experiência, mas não vai conseguir melhorar muito o seu desempenho". As palavras são do norte-americano Nils Newman, diretor de novos negócios da Search Technology, e servem como resumo dos resultados de um estudo comparativo sobre competitividade dos países mais industrializados. De acordo com o 10

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estudo, a China ultrapassará em breve o gigante rival e se tornará o principal motor da economia mundial, posição ocupada pelos Estados Unidos desde o fim da Segunda Guerra. Os indicadores apontam que a inversão já começou, com os chineses aparecendo em 2007 na liderança no item competitividade tecnológica. O trabalho analisou o desempenho na exportação de produtos tecnológicos em 33 países, combinado com quatro fatores: orientação nacional no sentido da competitividade tecnológica, infra-estrutura sócio-econômica, tecnológica e capacidade de produção. Os EUA ficaram com 76,1, seguidos pela Alemanha com 66,8 e Japão com 66, e a China, à frente, com impressionantes 82,8 pontos. A pesquisa também indica que a China ultrapassará em breve os Estados Unidos no desenvolvimento de ciência e tecnologia básica, na capacidade de transformar inovações em produtos e serviços e na eficiência de venda para o resto do mundo. Embora a China continue sendo encarada por muitos como um fabricante de produtos baratos e de baixa qualidade, o gigante asiático tem aspirações muito maiores. "Pela primeira vez em quase um século vemos a liderança em pesquisa básica e na capacidade econômica de buscar os benefícios das pesquisas - ou seja, criar e comercializar produtos baseados em pesquisa - em mais de um lugar no planeta", disse Newman. O novo estudo indica que tanto os Estados Unidos como o Japão estão em queda no item competitividade tecnológica, em contraste com o crescimento elevado da China e de outros tigres asiáticos, como Coréia do Sul, Cingapura e Taiwan. Além disso, se os 27 países da União Eu-

ropéia foram considerados em conjunto, o resultado também deixaria os norte-americanos para trás. Fapesp 11 3838 4000 www.agencia.fapesp.br

Mercado de máquinas operatrizes de vento em popa O aumento da demanda por bens e serviços motivou o setor industrial a investir na modernização e ampliação de seus parques fabris, o que fez de 2007 um ano excepcional para os fornecedores de máquinas operatrizes. A avaliação é de Alcino Bastos, gerente geral da subsidiária brasileira da Okuma, que comemora o excelente desempenho obtido pela empresa no mundo todo. “A matriz, no Japão, prevê faturar US$ 2 bilhões em 2008 e, com exceção da subsidiária da América do Norte, cujo faturamento se manteve nos mesmos níveis do ano passado, todas as demais instaladas nos continentes europeu, asiático australiano e africano cresceram de forma expressiva em 2007”, destaca. No Brasil, em particular, a empresa fechou o ano com crescimento nas vendas da ordem de 20% em relação ao ano anterior. “Podemos afirmar que foi o ano de maior comercialização de máquinas-ferramenta em número de unidades e em valores desde 1997, quando a subsidiária se instalou no país”, salienta Bastos, atribuindo esse resultado à disponibilidade de crédito para todos os tipos de produto e para todos os níveis de renda da população. “Devido a isto, houve expansão da demanda em várias áreas e principalmente nos segmentos automotivo, agrícola e de mineração,


o que levou o setor industrial a investir intensivamente em novas máquinas e equipamentos para atender aos pedidos”, justifica. A situação poderia ter sido ainda melhor, não fosse a excessiva valorização do real que prejudicou, sobretudo, as grandes indústrias que haviam firmado importantes contratos de exportação. “Muitos dos nossos clientes tradicionais foram penalizados pelo câmbio, o que os levou a postergar investimentos locais em máquinas e equipamentos. Isso só não nos causou sérias dificuldades porque, em contrapartida, houve um aquecimento da demanda interna por bens e serviços que acabou compensando essa situação”, ressalta Bastos. Okuma 11 3846 6645 www.okuma.com

Interplast 2008

A Interplast 2008 - Feira e Congresso Nacional de Integração da Tecnologia do Plástico será realizada de 25 a 29 de agosto de 2008, em Joinville, Santa Catarina. Um dos mais importantes eventos de negócios do segmento do plástico no Brasil tem mostrado a sua importância pelos números crescentes que apresenta. A expectativa dos organizadores é que esta seja a maior feira já realizada na região, reunindo as principais empresas do mercado nacional e internacional.

Este ano a feira ocupará dois pavilhões totalizando 18.000 m2 e contará com mais de 500 expositores. “O crescimento econômico do país e do investimento em bens de capital das indústrias contribuem para a grande participação das empresas na Interplast”, destaca o gerente de marketing da Messe Brasil, Richard Spirandelli. Paralelamente a feira acontecerá o Cintec Plásticos - Congresso de Inovação Tecnológica, organizado pela Sociesc - Sociedade Educacional de Santa Catarina que terá como temas: Desenvolvimento de produtos, Automação, Matérias-primas, Controle de Qualidade e Aditivos. Entre os palestrantes estarão Marco Aurélio de Paoli, da Unicamp, Elisabete Frollini, da USP São Carlos, José Carlos Grubisich, da Braskem e Júlio Harada, da Basf. Terá lugar também o concurso Programador CAM 2008, realizado pelo IST/Sociesc, cujas inscrições estão abertas até 11 de julho. Segundo o professor Adriano Fagali de Souza, coordenador do evento Programador CAM, o concurso vai escolher os melhores profissionais que trabalham com a programação CNC através de sistemas CAD/CAM, para a fabricação de moldes e matrizes, além de alunos de cursos técnicos, graduação e pós-graduação. O trabalho vencedor de 2008 receberá um prêmio de R$ 4.000,00 e será apresentado no dia 25 de agosto, durante o II Seminário Desenvolvimento da Manufatura de Moldes e Matrizes, inserido no Cintec 2008. Messe Brasil 47 3451 3000 www.messebrasil.com.br Sociesc 47 3461-0160 www.sociesc.com.br/cintec www.sociesc.org.br/programadorcam Julho/Agosto 2008

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Parceria ITA e Adept para desenvolvimento de projetos

Embraer e a Fundição Tupy. O sistema permite aos seus usuários uma redução de 75% do tempo de parada de máquina, além do aumento de 5% na produtividade. ITA 12 3947 5814 www.ita.br Adept 48 3239 2262 www.adeptmec.com.br

O ITA – Instituto Tecnológico de Aeronáutica firmou uma parceria com a Adept, de Florianópolis que representa com exclusividade no Brasil o TDM Systems, sistema para gerenciamento de ferramentas de usinagem desenvolvido pela alemã TDM. O objetivo é utilizar o programa no desenvolvimento de projetos industriais do Centro de Competência em Manufatura (CCM), laboratório de ensino e pesquisa do ITA, que atende empresas como a

Duas novas plantas da Romi A Indústrias Romi S.A., fabricante de máquinas-ferramenta e injetoras de plástico, instalará duas novas unidades fabris no município de Santa Bárbara d´Oeste, SP. O investimento irá dobrar a capacidade de produção de peças fundidas e usinadas da empresa, que atualmente é de 40 mil toneladas/ano. Serão aportados cerca de R$ 110 milhões na unidade de fundição e R$ 120 milhões na de usinagem, com a uti-

lização de recursos próprios e de financiamentos a serem contratados. O objetivo é elevar a produção para o mercado interno e externo, sendo concretizado em etapas, entre 2008 e 2011. Além disso, a Romi investirá mais R$ 160 milhões até 2011, na ampliação de plantas industriais para aumentar a produção de máquinas-ferramenta e máquinas para processamento de plástico. Ao final do projeto em 2011, a capacidade de fabricação da Romi saltará das atuais 2.900 para cerca de 4.800 máquinas industriais.

Romi 19 3455 9000 www.romi.com.br

Administrado pela Secretaria do Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Governo Federal, o site traz inúmeras informações relativas à exportação de produtos. A página está dividida por assuntos como acordos comerciais internacionais, programas e procedimentos de apoio às exportações, barreiras técnicas, promoção e investimentos, estatísticas e indicadores, instrumentos de crédito, legislação, logística, oportunidades de negócios e tarifas e normas dos países para os quais se deseja exportar. Destaque para o calendário de eventos, que traz a programação diária de feiras, congressos e outros eventos. A aba de informações úteis permite acesso a cotação de moedas de diversos países e a um glossário de termos do comércio exterior. www.portaldoexportador.gov.br

A Associação dos Moldadores de Plásticos do Estado de São Paulo – AMPLAST é uma entidade sem fins lucrativos que visa o fortalecimento e desenvolvimento tecnológico das indústrias de transformação e beneficiamento de plásticos e de empresas afins. As principais vantagens para os associados são as compras conjuntas, a participação em rodadas de negócios, feiras e missões empresariais, além de acesso ao banco de currículos. Um dos destaques da página eletrônica é a seção “central de negócios”, onde podem ser encontrados moldes, máquinas, equipamentos, matériasprimas e serviços para comercialização. O site disponibiliza ainda artigos técnicos e notícias do segmento transformador, além de uma agenda de eventos. www.amplast.org.br

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OSCAR SIQUEIRA – osiqueira@solidworks.com

Considerações sobre ferramentas de projeto 3D

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panorama da competição nacional e internacional exige ciclos de projetos menores, processos de fabricação modernizados, tempo de entrada no mercado mais curto, custos de projeto reduzidos e, por fim, produtos com qualidade superior. As ferramentas de projeto 3D compõe um grande diferencial para atendimento destes objetivos.

Todos sabem que mudanças relativamente simples em nossas vidas – como manter um programa diário de exercícios físicos ou abandonar alguns vícios - podem trazer grandes benefícios. Mesmo conscientes de que iremos ganhar, e muito, é costume adiar qualquer resolução que traga o novo para nossas vidas. O mesmo acontece com a transição do universo 2D1 de ferramentas de projeto para o mundo 3D2. Engenheiros e projetistas convencidos das vantagens desse movimento podem hesitar em dar esse salto diante dos desafios imediatos. Todavia a opção pelo ambiente de CAD3 3D é quase uma obrigatoriedade para aqueles que estão dispostos a competir no mercado global. Na verdade, operar um ambiente CAD de tecnologia 3D é operar no mundo real, enquanto que a tecnologia 2D exige que o homem tridimensional dê um passo atrás. Algumas das razões mais convincentes para essa mudança in-

cluem alterações de projetos mais rápidas, ciclos de projeto mais curtos, redução do número de protótipos físicos, colaboração mais eficiente, além de melhor controle sobre os dados de projeto. Mas a questão central é que o panorama da competição nacional e internacional exige ciclos de projetos menores, tempo de entrada no mercado (time-to-market) mais curto, custos de projeto reduzidos e, por fim, produtos com qualidade superior. Com o 3D, as empresas alcançam esses objetivos e permanecem no jogo. PROJETO DE NOVOS PRODUTOS O processo mais demorado do projeto de novos produtos em 2D talvez seja a criação de desenhos. Criar um componente detalhado em vistas ortogonais em 2D pode exigir quatro a cinco vezes mais entradas de comandos do que seriam necessárias em 3D, a maioria duplicata de outros comandos. A criação de desenhos requer tempo e custos significativos e extras ao pro-

jeto, principalmente quando a tarefa envolve peças intrincadas ou montagens complexas. Ao se projetar uma peça em 3D, pode-se usar uma linha para estabelecer as coordenadas x, y, z e, em seguida, mover, copiar, dimensionar ou manipular a peça de alguma forma para criar o modelo em 3D. Uma vez criado o modelo, é possível gerar de maneira fácil e automática as vistas isométricas e explodidas da montagem utilizando a maioria dos pacotes CAD 3D. A Figura 1 apresenta um modelo em vista explodida de um molde, facilitando o processo de entendimento de toda a equipe de trabalho. Outra realidade perene na vida dos projetistas é que, na grande maioria das vezes, haverá alterações, independentemente da perfeição do projeto conceitual inicial. Praticamente toda vez que os di1

2D: desenho bidimensional, sem a referência de profundidade. 2 3D: desenho tridimensional, representando altura, largura e profundidade do produto. 3 CAD: do inglês Computer Aided Design, significa projeto assistido por computador. Julho/Agosto 2008

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Figura 1 – Desenho explodido da parte fixa de um molde

versos membros da equipe de produto (engenheiros, equipe de vendas, marketing4 e parceiros da cadeia de fornecimento) avaliar os projetos propostos, haverá mudanças. Os projetos evoluem e melhoram como resultado desses esforços de colaboração e o processo de projeto, portanto, também deve ser

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flexível e adaptável. No universo 2D, os desenhos são continuamente modificados e reinterpretados durante o ciclo de vida de um produto. Como uma alteração em uma peça quase sempre influencia várias vistas do projeto, os engenheiros que projetam em 2D devem atualizar manualmente todos os modelos de montagens, desenhos, vistas, detalhes e listas de materiais associados (Figura 2). Este é um processo demorado e sujeito a erros.

Quando os engenheiros projetam em 3D, no entanto, uma alteração é muito mais simples e rápida de ser procedida. Graças à associação bidirecional, os elementos de um modelo estão associados ou conectados. Isso significa que todos os recursos e dimensões são armazenados como parâmetros do projeto, permitindo que se efetuem mudanças rápidas simplesmente alterando o valor do parâmetro. Quando um valor é alterado, o modelo é automaticamente atualizado, assim como todas as características e dimensões afetadas pela alteração. Como resultado, quando um modelo 3D sofre uma alteração, ela se reflete automaticamente em todas as vistas e desenhos rela4

Figura 2 – Projeto de molde em 2D

Marketing: conjunto de estratégias e ações que provêem o desenvolvimento, o lançamento e a sustentação de um produto ou serviço no mercado consumidor.


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cionados, permitindo que o usuário faça mudanças rapidamente e prossiga com o novo projeto. A Figura 3 apresenta um produto 3D cuja cota foi alterada de forma parametrizada, atualizando concomitantemente todas as dimensões nas vistas 2D. COMPARTILHAMENTO DE INFORMAÇÕES Na medida em que as equipes de projeto ficam maiores, mais di-

Figura 3 – Projeto de peça em 3D [2]

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versificadas e geograficamente dispersas, a capacidade de colaboração eficaz é um componente essencial para o sucesso do projeto de produtos. Os modelos sólidos facilitam a colaboração pois são infinitamente mais fáceis de interpretar do que os desenhos estáticos em 2D. Isso, por sua vez, simplifica e acelera a obtenção de aprovações porque é muito fácil apresentar esses projetos à diretoria, ao marketing, aos clientes e aos usuários finais. Os modelos sólidos permitem que dados de CAD 3D sejam compartilhados em tempo real (on line) e todos os envolvidos possam interagir simultaneamente nos projetos. O difundido formato PDF5 aprimora ainda mais esse processo ao permitir que os usuários combinem modelos de CAD 2D e 3D com outros tipos de dados (planilhas,

listas de materiais e arquivos de processadores de texto) e compartilhem tudo isso com usuários em qualquer parte do mundo durante o ciclo do projeto. O processo é fácil, sendo realizado pela conversão dos arquivos de CAD em arquivos PDF com os filtros disponíveis nos principais aplicativos de CAD. Esses arquivos são então enviados para usuários no mundo todo por meio de e-mail6. Os destinatários não precisam dispor de nenhum software7 5

PDF: do inglês Portable Document Format, é um formato aberto de arquivo desenvolvido pela Adobe Systems para representar documentos de maneira independente do aplicativo, hardware e sistema operacional usados para criá-los. Pode descrever documentos que contenham texto, gráficos e imagens. 6 E-mail: do inglês electronic mail, que significa correio eletrônico. 7 Software: ou programa de computador, é uma sequência de instruções a serem seguidas e/ou executadas, na manipulação, redirecionamento ou modificação de um dado/informação.


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de edição de CAD. Basta abrir os arquivos no programa Reader, distribuído gratuitamente [1]. Após a abertura dos arquivos, os destinatários podem realizar investigações adicionais no modelo, fornecer feedback8, seccioná-los, salvar vistas, marcar e destacar o arquivo, fazer medições, adicionar notas e muito mais. Os autores do arquivo PDF que contém os dados de projeto em 3D podem ainda sincronizar os comentários dos revisores no documento original para manter todos os comentários e observações em um único arquivo. Já no caso de projetos em 2D, após a realização do trabalho de criação dos desenhos nos diversos níveis que representam o produto, esses dados não valem quase nada para outros aplicativos ao longo do processo. Funções essenciais, como análise e simulação, fabricação, marketing e vendas, logística e criação de documentação técnica e de manuais de usuário, requerem o uso de dados do produto em todas as suas três dimensões. Assim, os desenhos originais em 2D devem ser recriados em 3D para a entrada do novo produto no mundo real. Com a criação de projetos em 3D entretanto, o modelo sólido torna-se o componente central do processo de projeto e dos aplicativos utilizados durante seu desenvolvimento. Tradicionalmente, o departamento de projeto e a fábrica nunca falaram a mesma língua, ou seja, a linguagem dos computadores, o que freqüentemente provoca erros dispendiosos quando peças são cortadas incorretamente devido a dados perdidos no processo de conversão. No caso da tecnologia 3D, a equipe pode compartilhar rapidamente os projetos atualizados, as18

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segurando que a documentação técnica esteja sempre sincronizada com o processo do projeto. Depois que o projeto for concluído e o produto for fabricado, toda a documentação de suporte (instruções de montagem, manuais de manutenção para representantes de campo ou manuais do usuário) estará disponível imediatamente. Para auxiliar a gerenciar e controlar a maior quantidade de dados produzidos pelos sistemas de CAD 3D, muitos fabricantes implementam soluções integradas de gerenciamento de dados de produto (PDM9). Os sistemas PDM, criados para atender às necessidades dos grupos de trabalho de engenharia, capturam automaticamente os históricos de revisão de arquivos, permitindo que os usuários acessem os arquivos instantaneamente, determinem quem trabalhou neles e visualizem exatamente que alterações foram realizadas (Figura 4).

Figura 4 – Sistema de acompanhamento de informações sobre um projeto [2]

USINAGEM DOS COMPONENTES Programas computacionais de fabricação auxiliada por computador (CAM) diretamente integrados a programas de CAD 3D podem ajudar as empresas a reduzir seus ciclos de projeto, diminuir os custos de produção e evitar erros dispendiosos que não aparecem até que as peças estejam prontas para ser cortadas. O programa de CAM10 integrado permite que as equipes técni-

cas passem direto para a fabricação utilizando o mesmo modelo sólido criado na fase de projeto. PROTOTIPAGEM VIRTUAL Se uma imagem vale por mil palavras, então um modelo 3D vale mil desenhos 2D. Os modelos de sólidos são infinitamente mais fáceis de interpretar do que uma série de desenhos 2D estáticos que representam o mesmo projeto. Usando desenhos 2D de componentes do produto, interfaces de subconjuntos e envelopes de trabalho (área de alcance de robôs), os engenheiros não conseguem determinar totalmente a forma, a interface e a função dos componentes do conjunto. Conseqüentemente, os problemas quase nunca aparecem até que os protótipos físicos sejam criados mais adiante, no ciclo de projeto, quando a solução dos problemas envolve custos altos e processos demorados. Ao visualizar peças e conjuntos em 3D, os engenheiros podem avaliar problemas de forma e tolerância muito cedo no processo do projeto, bem antes da fabricação das primeiras peças. Essa capacidade é freqüentemente chamada de prototipagem virtual. Os modeladores sólidos permitem que os usuários criem com facilidade modelos integralmente processados e realistas do produto ainda nos primeiros estágios do ciclo de projeto. Dessa forma, a equipe de marketing obtém uma vantagem na avaliação das opiniões dos clientes sobre novos produtos enquanto eles ainda estão no estágio conceitual do projeto (Figura 5). 8 Feedback: retorno de informação ou provimento de informação sobre o estado de um sistema. 9 PDM: do inglês Product Data Management. 10 CAM: do inglês Computer Aided Manufacturing, significa fabricação assistida por computador.


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Figura 5 – Produto modelado inserido em ambiente com iluminação simulada [2]

Levando a visualização um passo à frente, muitos modeladores de sólidos oferecem recursos de animação para que os produtos possam ser criados – mesmo antes que existam fisicamente - para auxiliarem as iniciativas de vendas, de marketing e de serviço ao cliente. Construir e testar protótipos físicos, um problema dispendioso e demorado dos processos tradicionais de desenvolvimento de produtos, é uma área que os fabricantes estão examinando cuidadosamente para reduzir os custos gerais do projeto e acelerar o tempo de colocação no mercado. Quando se projetam produtos em 2D, é necessário construir protótipos físicos reais para testar a integridade estrutural, detectar se as peças estão colidindo entre si e assegurar que todos os componentes possuam folgas adequadas. Por meio da criação de montagens virtuais de peças em sistemas de modelagem de sólidos, os técnicos podem avaliar e resolver rapidamente problemas de ajuste e de tolerância por meio de funções integradas de verificação de interferência e detecção de colisões oferecidas pela maioria dos modeladores de sólidos.

As ferramentas de simulação e de análise também podem reduzir significativamente a necessidade do fabricante de criar protótipos físicos. Embora os testes físicos ainda sejam freqüentemente necessários para a certificação de produtos, a simulação é uma opção com melhor relação custo-benefício e pode ser repetida. A capacidade dos engenheiros de produzir várias interações hipotéticas usando ferramentas de simulação resulta em produtos superiores e reduz a necessidade de testes, minimizando consequentemente o custo desta etapa. Com esse tipo de software, que inclui análise de tolerância, análise de elementos finitos (FEA11), dinâmica computacional de fluídos (CFD12) e avaliação de cinemática e dinâmica, os projetistas podem testar a integridade estrutural, as características térmicas e de fluxo, e o movimento físico de novos produtos enquanto os projetos ainda se encontram na forma digital. A Figura 6 apresenta a tela de simulação cinemática de uma montagem mecânica. BIBLIOTECAS DE COMPONENTES Outro excelente recurso para os

engenheiros que utilizam o CAD 3D são as bibliotecas de peças em 3D on line que alguns fornecedores da tecnologia disponibilizam. Nelas podem ser armazenados componentes de projetos mecânicos originais, como dispositivos de fixação, mancais e formas de aço, de acordo com padrões da indústria ou a partir dos catálogos dos fabricantes. É possível ter acesso em tempo real a diversas fontes e milhões de peças e todas podem ser editadas para atender às necessidades específicas dos usuários. Essas bibliotecas economizam tempo dos engenheiros que podem incorporar componentes aos projetos sem precisar remodelar a partir das especificações dos fabricantes. CONCLUSÕES Por essas e muitas outras vantagens da tecnologia de CAD 3D é que as empresas estão migrando sem retroceder. O retorno sobre o investimento (ROI13) é incontestável, a economia é indiscutível e a melhoria de qualidade é mais que perceptível. Boa parte do mercado já migrou, algumas empresas têm mantido ambientes híbridos (2D + 3D), mas poucas são as que nem pensam no assunto. O seu concorrente está se mexendo e sua empresa não pode ficar para trás. FONTES DE CONSULTA [1] www.adobe.com/br [2] www.solidworksbrasil.com.br

11

Figura 6 – Simulação cinemática de um componente mecânico [2]

FEA: do inglês Finite Element Analysis. CFD: do inglês Computational Fluid Dynamics. 13 ROI: do inglês Return of Investment. 12

Oscar Siqueira – Graduado em Engenharia pela Universidade Mackenzie de São Paulo e em Administração pela Universidade Campos Salles de São Paulo. Tem 25 anos de experiência em vendas, gerenciamento de equipes e negociações, sendo 22 dedicados ao mercado de Tecnologia da Informação, dos quais 17 em cargos de gerência. É gerente de planta da Solidworks Brasil.

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ROSIMÉRI INÁCIO – alcancetreinamentos@gmail.com

A avaliação de desempenho como ferramenta de gestão

P

arte considerável do sucesso de uma empresa está baseada no desempenho de sua equipe de profissionais. Neste sentido, é de suma importância utilizar-se de ferramentas para mensurar este desempenho e permitir a tomada de decisões em busca do aumento da competitividade.

A avaliação de desempenho é um instrumento gerencial que permite ao administrador mensurar os resultados obtidos por um empregado ou por um grupo, em determinado período e área específica (conhecimentos, metas, habilidades, atitudes, entre outras). Este tipo de análise foi criado basicamente para acompanhar o desenvolvimento cognitivo1 dos empregados durante sua permanência na organização, especificamente para medir o seu nível de CHA (conhecimentos, habilidades e atitudes). Esta análise de desempenho pode ser chamada de avaliação 360 graus, avaliação de eficiência, avaliação de mérito, avaliação pessoal, feedback2 360 graus, gestão de competências, mapeamento de competências, relatório de progresso, entre vários outros nomes. O mais importante não é o nome que a avaliação de desempenho recebe, mas como ela é aplicada e como os resultados obtidos são utilizados pela organização. O objetivo é contribuir com o desenvolvimento das pessoas na organização e com o seu sucesso, por meio das seguintes ações: • Melhorar os resultados das pessoas e da organização; • Conhecer o potencial de cada pessoa em relação a novos desafios; • Identificar necessidades de treinamento e desenvolvimento; • Proporcionar oportunidades de crescimento profissional e de participação na organização; • Identificar problemas e oportunidades de melhoria

relacionados à gestão de pessoas; • Suportar decisões sobre remunerações, promoções,

transferências e desligamentos; • Estimular e incentivar o crescimento profissional e o

desenvolvimento de novas competências; • Proporcionar maior adequação ao trabalho e maior

produtividade e; • Melhorar a comunicação e as relações interpessoais.

OS PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS NO PROCESSO Para que o processo de avaliação de desempenho apresente os resultados desejados, é necessário o envolvimento de diversos atores da empresa, a saber: • Colaborador que será avaliado, seja chefe ou subordinado; • Colaborador que avalia. Pode ser gestor (superior hierárquico), par (mesmo nível hierárquico do avaliado, função equivalente ou colega de trabalho), subordinado e/ou o próprio colaborador (auto-avaliação); • Coordenador do processo de avaliação e; • Comitê de avaliação formado por representantes das áreas internas. BENEFÍCIOS DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO A avaliação de desempenho traz benefícios para: • O avaliado: Compreensão dos requisitos de desem1

Cognição: aquisição de um conhecimento. Conjunto de processos mentais utilizados no pensamento, na percepção, na classificação, etc. Feedback: do inglês, significa retorno de uma informação.

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penho e o que leva a melhorá-los; oportunidade do autoconhecimento e auto-avaliação de seu desempenho e; oportunidade da busca de seu desenvolvimento pessoal e profissional; • O avaliador: Visão de planejamento de longo prazo das necessidades de sua área em termos de competências e habilidades humanas; discernimento para tomar decisões relacionadas com aumentos de salário por mérito, relatividades salariais, promoções, treinamento e desenvolvimento, contratações e outros assuntos relacionados à gestão de pessoas; melhoria do nível de comunicação e de relacionamento com a equipe; melhoria do desempenho da equipe e; orientação mais segura em relação ao desenvolvimento profissional do avaliado e; • A organização: Visão geral do perfil dos profissionais avaliados e dos aspectos que afetam diretamente a qualidade e competitividade da organização; informações sobre o desempenho humano e sua contribuição para o desempenho empresarial e para o alcance dos objetivos organizacionais; identificação das necessidades de colaboradores e gestores em termos de treinamento e desenvolvimento; agilidade nas ações de recrutamento interno, permitindo buscar as pessoas certas e preparadas para uma nova função dentro da empresa e, dessa forma, desenvolver carreiras e talentos; promoção, realocação ou desligamento de pessoas e; dinamização das políticas de recursos humanos de forma a oferecer oportunidades de crescimento profissional, estimular a produtividade e melhorar o relacionamento interpessoal. PRINCIPAIS DIFICULDADES DO SISTEMA DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO Todo sistema de avaliação humana apresenta o que se denomina “vícios de julgamento”, que dão origem às críticas, tornando o sistema vulnerável pela sua subjetividade. Trata-se, em geral, muito mais de questões ligadas diretamente àqueles que o processo avalia do que ao instrumento propriamente dito. São efeitos que, do ponto de vista psicológico, podem estar presentes no processo de avaliação de duas maneiras distintas, de conformidade com o tipo de atitude tomada pelo avaliador, e que podem ser catalogadas como: Atitudes conscientes – quando o avaliador, sob qualquer pretexto, vicia um resultado, premeditando atender a interesses em jogo ou ao buscar ajudar ou ainda ao tentar prejudicar o avaliando e; 22

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Atitudes inconscientes – quando o avaliador toma as mesmas atitudes anteriores, porém, sem a intenção premeditada, dolosa, de provocar uma alteração no resultado original. CAMPOS INFLUENTES NO PROCESSO AVALIATÓRIO DO DESEMPENHO HUMANO No programa de avaliação de desempenho interagem diversos fatores que acabam por influir diretamente, de forma isolada ou conjunta, no sucesso final do processo avaliatório. É possível identificar cinco fatores que influenciam decisivamente nos resultados: O Objetivo (variável Teleológica3) – Considera-se a forma como a avaliação é administrada e entendida pelos empregados. Para obter uma aproximação máxima de 100% de probabilidade de sucesso é preciso que: • O empregado tenha compreendido o objetivo e sua importância; • O líder tenha a oportunidade de discutir certos parâmetros do seu interesse; • O empregado se sinta comprometido e participe e; • O objetivo alvo esteja em sintonia com o seu conjunto de valores. O Saber – Este fator leva em conta o nível de conhecimento (variável cognitiva) necessário no processo de realização do trabalho. O Querer – É um componente que depende quase única e exclusivamente do próprio empregado. É a chamada variável motivacional, isto é, o desejo intrínseco de querer realizar alguma coisa. A Condição (variável tecnológico) – Representa as ferramentas disponíveis para que o indivíduo possa conseguir atingir o máximo do que se espera do seu trabalho. A Recompensa – Por último é preciso notar a importância da variável compensatória no contexto de um programa de avaliação de desempenho humano. Em primeiro lugar é necessário destacar que a recompensa deve existir (qualquer que seja ela). É impensável implantar um programa de avaliação de desempenho se não tomar nenhuma medida como resposta. Os avaliados devem ter certeza de receber, logo após a realização das avaliações, o feedback dos resultados e, nos casos positivos, as devidas premiações em consonância com a política previamente traçada e do conhecimento e aprovação dos envolvidos. 3 Teleológico: argumento, conhecimento ou explicação que relaciona um fato com sua causa final.


A AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO A seqüência do processo de avaliação de desempenho deve contemplar as fases de auto-avaliação, avaliação do gestor e do coordenador do processo, análise do comitê de avaliação, retorno ao avaliado e tomada de decisão (Figura 1).

Auto-avaliação

Avaliação do Gestor

Avaliação do Coordenador

Avaliação do Comitê

Tomada de decisão

Retorno ao avaliado Figura 1 – Etapas do processo de avaliação de desempenho

O sistema Feedback 360º Esta metodologia se refere ao retorno de informa-

ções com múltiplas fontes, avaliação em rede e outros. Trata-se de uma técnica na qual todos os participantes do programa recebem, simultaneamente, feedbacks estruturados de seus superiores, pares, subordinados e, em algumas situações, de pessoas externas à empresa tais como clientes e fornecedores (Figura 2). Há também uma auto-avaliação do participante. O objetivo da metodologia é contribuir para o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes demandados pela organização que a utiliza. Benefícios do sistema Feedback 360º Dentre os benefícios do sistema, é possível destacar: • O sistema permite aos clientes a possibilidade de fortalecer o relacionamento, por meio da melhoria de atitudes em relação ao cumprimento dos requisitos para atender de forma adequada às necessidades dentro do processo de interação; • Participando de um processo que resulta em um considerável impacto em suas carreiras, os colaboradores irão definir os critérios e as pessoas que vão julgá-los e proporcionar o retorno, de maneira profissional, por um processo justo e com credibilidade;

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Supervisão

Outros Grupos

Clientes Externos

Clientes Internos

Profissional

Outros

Membros de Equipe

Subordinados

Dirigentes

Figura 2 – Atores do processo de avaliação feedback 360º

• Como o processo possibilita envolver todos os atores

para a obtenção de uma visão completa e ampla de várias fontes, fortalece o conceito de clientes e fornecedores internos e incentiva a formação de equipes de trabalho (Teamwork); • Aumenta a responsabilidade da supervisão e expande a compreensão de realizar um processo detalhado e

orientado para a melhoria, de forma imparcial e colaborativa, tirando os aspectos subjetivos e profissionalizando as relações interpessoais; • O processo orienta de maneira estruturada os líderes e gerentes nas áreas em que os mesmos deverão melhorar e nas outras em que deverão potencializar ações para conduzir a empresa mais eficazmente e; • A organização ganha em identificar os pontos fortes e de melhoria e os requisitos para obter um profissional eficaz, além de conhecer as necessidades de treinamento e desenvolvimento estruturados às suas demandas empresariais, não canalizando investimentos de forma subjetiva baseada em julgamento intuitivo. Enfim, é um instrumento que tem por objetivo apoiar o desenvolvimento e melhoria de desempenho gerencial. Em especial, contribui para o desenvolvimento de competências e comportamentos de liderança demandados pela organização que o aplica. Estes feedback são fornecidos por meio de um questionário específico que descreve os comportamentos

Entenda seu CNC Tempo de processamento de bloco

SIEMENS

A utilização de sistemas CAM na geração de programas de usinagem em processos de altas velocidades (HSC) é um pré-requisito tecnológico para a viabilização dos mesmos. Para tanto devem ser feitas algumas considerações sobre o tempo de processamento de bloco, principalmente quando o método usado pelo sistema CAM na definição da trajetória da ferramenta é o método da interpolação linear. O TPB - tempo de processamento de bloco (Block Cycle Time) é definido como o tempo que o CNC leva para ler um bloco de informação, processar e transmitir dados (setpoint) para que os acionamentos (drives) da máquina executem o movimento definido no programa de usinagem. Atualmente, para os CNC's disponíveis no mercado, este valor varia de 1 a 10 milisegundos (ms) aproximadamente. Interpolação linear: Sendo assim, em processos HSC, onde as velocidades de avanço são altas e segmentos de reta os blocos de programa gerados pelos sistemas CAM caracterizam-se por pequenos segmentos de reta (para sistemas CAM com interpoladores lineares), tem-se que o TPB do CNC da máquina deve ser necessariamente menor que o tempo do percurso do segmento. Se isso não ocorrer, a máquina terá atingido o ponto de destino e a informação para o próximo movimento ainda não estará disponível. Neste caso (TPB > Tempo do Percurso do Segmento), os CNC's atuais automaticamente reduzem a velocidade de avanço programada para uma velocidade de avanço compatível com seu TPB. A equação abaixo define a máxima velocidade de avanço em função do TPB do CNC e do comprimento do segmento gerado pelo sistema CAM: onde: • Vmax = máxima velocidade de avanço (mm/min); • Δx = comprimento do segmento de reta (mm) e; Vmax = 60 * (Δx / TPB) • TPB = tempo de processamento de bloco (ms).

Nosso serviço de apoio ao cliente presta os esclarecimentos necessários quanto à utilização do seu comando CNC pelo telefone (11) 3833-4040 ou e-mail adhelpline.br@siemens.com.br E na compra de uma nova máquina CNC podemos lhe auxiliar no esclarecimento de dúvidas técnicas pelo telefone (11) 3908-1757 ou e-mail william.pereira@siemens.com 24

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considerados essenciais pela organização, a fim de viabilizar os seus objetivos estratégicos. Auto-avaliação É importante considerar a percepção do avaliado quanto ao seu desempenho. Naturalmente o ser humano tem dificuldade em identificar e, principalmente, reconhecer seus pontos fracos. As considerações decorrentes da auto-avaliação devem ser tratadas com esmero. A Figura 3 apresenta um modelo de formulário de auto-avaliação. Empregado Cargo/Função Data

Centro de Custo

Avalie de 1 a 5 seu grau de desempenho, sendo: 1= ruim; 2= regular; 3= bom; 4= muito bom; 5= excelente Nome:

Função:

Data:

Questões para avaliação

Graduações 1 2 3 4 5

Como avalia o seu desenvolvimento no trabalho? Você consegue entregar com segurança e exatidão os projetos? Seu conhecimento profissional para a sua área de atuação é suficiente para um bom trabalho? Sua apresentação pessoal é satisfatória com sua área de atuação?. Você acha que seu comportamento emocional no trabalho está favorável para o trabalho em equipe? Como é seu nível de sociabilidade dentro e fora da empresa? Como você avalia seu grau de iniciativa e capacidade de solucionar problemas? Você está satisfeito com a empresa e seu cargo? Os treinamentos estão sendo adequados à sua função? Fale sobre suas qualidades: Comente o que Você acha que deveria melhorar: Sugestões: Figura 3 – Modelo de formulário para auto-avaliação

Avaliação dos pares Nesta etapa serão consideradas as análises dos envolvidos com o participante avaliado e devem ser atentamente observadas distorções de avaliação. Por exemplo, se vários avaliadores indicaram notas boas para um avaliado e apenas um avaliador inseriu notas muito ruins, destoando da média, o processo deve ser revisto. A Figura 4 propõe um modelo de formulário de avaliação aplicado no sistema feedback 360º. Tomada de decisão Com base nas informações dos processos anteriores, há necessidade de tomada de decisão quanto ao futuro do profissional na empresa. Assim, a partir das notas e 26

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Avaliado Avaliador Data

Centro de Custo

Avalie de 1 a 5 o seu grau de satisfação, sendo: 1= ruim; 2= regular; 3= bom; 4= muito bom; 5= excelente Avaliador: Condição do Avaliador: Gestão de Clientes Atitudes Ousadia para assumir riscos; Envolvimento com o cliente e organização; Saber ouvir; Ter percepção; Conhecimentos e habilidades Capacidade de pensar estrategicamente, de negociar e de conduzir reuniões; Criatividade; Habilidade de Relacionamento; Senso de Oportunidade. Gestão de Pessoas Atitudes Atitudes Flexibilidade; Saber ouvir; Ser positivo; Coerência; Ser participativo. Conhecimentos e habilidades Capacidade de formar equipes, identificar perfis, tratar com equidade e ter bom relacionamento interpessoal. Gestão de Processos Atitudes Ousadia; Objetividade; Abertura para novas idéias;

Avaliador: Condição do Avaliador:

Conhecimentos e habilidades Capacidade de definir e mostrar caminhos; Visão global; Sintonia com as mudanças. Gestão Estratégica Atitudes Ousadia para assumir riscos; Ser positivo; Ter energia. Conhecimentos e habilidades Capacidade de inovar, de planejar, de definir direções e implementar, de estabelecer metas e objetivos e de formar equipes.

Avaliação 1 Sugestões:

2

3

4

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Avaliação 1 Sugestões:

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Avaliação 1 Sugestões:

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Avaliação 1 Sugestões:

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Avaliação 1 Sugestões:

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Avaliação 1 Sugestões:

2

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Figura 4 – Modelo de formulário avaliação feedback 360º

do consenso obtido com as avaliações, podem ser consideradas as possibilidades apresentadas na Tabela 1. Por exemplo, para um funcionário com uma nota “regular”, a primeira ação é buscar treiná-lo, em um período de tempo determinado, para então repetir a avaliação. Se não houver evolução, a próxima ação é a demissão. Ou se a nota estiver enquadrada em “muito bom”, poderá ser presenteado com um step4 a título de 4 Step: do inglês, significa degrau. Termo utilizado para designar uma promoção profissional.


Pontos obtidos

Classificação

1ª Ação

2ª Ação

Ruim

Demitir

Inexistente

Regular

Bom

Muito bom

Excelente

Treinar

Demitir

Poderá receber um step a título de mérito, dependendo da verba a ser liberada.

Dar ênfase aos pontos negativos da avaliação para que o avaliado possa melhorá-lo.

Poderá receber um step a título de mérito, dependendo da verba a ser liberada.

Poderá ser promovido, desde que esteja no mínimo no penúltimo step de sua faixa salarial, se houver vaga em aberto.

Poderá receber um step a título de mérito, dependendo da verba a ser liberada.

Poderá ser promovido, desde que esteja no mínimo no penúltimo step de sua faixa salarial, se houver vaga em aberto.

Tabela 1 – Enquadramento da avaliação de desempenho

mérito. Em contraposição, uma nota “ruim” direciona para a demissão sem segunda alternativa de ação. Essas regras podem ser adaptadas conforme a necessidade e interesse de cada empresa. Feedback ao avaliado O processo é concluído com o retorno da avaliação ao participante avaliado. As opções são a dispensa ou a continuidade do profissional na empresa. Como é muito raro que não haja pontos a melhorar, devem ser determinados, conjuntamente, as ações para atingir os objetivos propostos.

Tabela 2 - Modelo de instrumento de Compromisso de Ação Conjunta

Fator

Conceito

Qualidade

Realizar o trabalho com planejamento e organização, de acordo com os padrões estabelecidos, aplicando o conhecimento técnico exigido e buscando sempre a eficiência na utilização dos recursos disponíveis e a satisfação do usuário do serviço prestado.

Dedicação e Compromisso

Aplicar-se no desenvolvimento dos trabalhos com disponibilidade, responsabilidade, par ticipação, aperfeiçoamento contínuo e visão global da instituição, enfatizando o cumprimento das metas de trabalho e da missão institucional.

Relacionamento Interpessoal

Lidar social e profissionalmente com pessoas, independentemente do nível hierárquico, influenciandoas construtivamente e demonstrando respeito à individualidade de cada um, tendo sempre como objetivo a melhoria do trabalho como um todo.

Iniciativa e Criatividade

Tomar iniciativa e criar idéias inovadoras para o desenvolvimento dos trabalhos e da Instituição, na falta de normas e processos previamente determinados, demonstrando senso crítico e interesse pela pesquisa e produção de conhecimento.

Capacidade técnica e gerencial para administrar com Gestão de Pessoas efetividade os recursos humanos disponíveis de forma a (exclusivo p/ a avaliação de gerentes) garantir o melhor desenvolvimento dos processos de sua unidade de trabalho. Tabela 3 – Quesitos de desempenho

COMPROMISSO DE AÇÃO CONJUNTA É muito importante pensar em um programa de avaliação de desempenho que, além de cumprir o seu papel principal, possibilite que avaliadores e avaliados encontrem um campo fértil para se aproximar e fortalecer, de forma saudável, a relação profissional e pessoal. Uma forma de alcançar esse objetivo é revestir o ritual de avaliação em ação conjunta entre avaliador e avaliado, com transparência. A Tabela 2 apresenta um modelo de instrumento de compromisso mútuo. QUESITOS DE DESEMPENHO Quesitos de desempenho são aspectos que orientam a percepção e facilitam os registros de fatos con-

cretos, práticas diárias, comportamentos, atitudes e esforços para a consecução dos resultados de trabalho. A Tabela 3 apresenta os principais quesitos de desempenho para uso durante o processo de avaliação. FONTES DE CONSULTA · COSTA, Eliezer Arantes da; Gestão Estratégica; Editora Saraiva, São Paulo, SP, 2005 · DUTRA, Joel Souza; Competências, Conceitos e Instrumentos Para a Gestão de Pessoas na Empresa Moderna, Editora Atlas, São Paulo, SP, 2004 · MARRAS, Jean Pierre; Administração da Remuneração; Editora Pioneira, São Paulo, SP, 2002 · PASCOAL, Luiz; Administração de Cargos e Salários; Editora Qualitymark, Rio de Janeiro, RJ, 2007

Rosiméri Inácio – Formada em Administração de Empresas e Negócios pela Faculdade Cenecista de Joinville – FCJ e Pós-Graduada em Gestão Estratégica de Pessoas. Tem ampla experiência na área de Recursos Humanos em Treinamento, Avaliação de Desempenho, Recrutamento & Seleção, Remuneração Fixa e Variável, Negociações Sindicais e Benefícios. Participa na condução do Programa de Formação de Líderes, desde o autoconhecimento, processo de gestão de pessoas e avaliação 360 graus. É sócia da empresa Alcance Consultoria, Capacitação e Treinamento Empresarial Ltda.

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Ficha para avaliação de desempenho Notas explicativas

RESULTADOS DA AVALIAÇÃO PARA SUBORDINADO Nome do avaliado:

Cargo ou função:

Nome do avaliador:

Cargo ou função:

Fatores

Somatória das Notas dos Quesitos

Relacionamento Interpessoal

1.1 + 1.2 + 1.3 + 1.4 + 1.5 =

Iniciativa e Criatividade

2.1 + 2.2 + 2.3 + 2.4 + 2.5 =

Dedicação e Compromisso

3.1 + 3.2 + 3.3 + 3.4 + 3.5 =

Qualidade

4.1 + 4.2 + 4.3 + 4.4 + 4.5 =

Índice de Multiplicação

19 22 18 14

Pontos por Fator

0,8 0,8 1,2 1,2 Total de Pontos

Figura 1 - Pontos no somatório das notas dos quesitos

RESULTADOS DA AVALIAÇÃO PARA SUBORDINADO Nome do avaliado:

Cargo ou função:

Nome do avaliador:

Cargo ou função:

Fatores

Somatória das Notas dos Quesitos

Relacionamento Interpessoal

1.1 + 1.2 + 1.3 + 1.4 + 1.5 =

Iniciativa e Criatividade

2.1 + 2.2 + 2.3 + 2.4 + 2.5 =

Dedicação e Compromisso

3.1 + 3.2 + 3.3 + 3.4 + 3.5 =

Qualidade

4.1 + 4.2 + 4.3 + 4.4 + 4.5 =

Índice de Multiplicação

19 22 18 14

Pontos por Fator

15,2 17,6 21,6 16,8 71,2

0,8 0,8 1,2 1,2 Total de Pontos

Figura 2 - Total de pontos

TABELA DE DECISÃO 1ª Decisão

1ª Ação

Classificação

De 0 a 20

Ruim

Demitir

Inexistente

De 21 a 40

Regular

Treinar

Demitir

De 41 a 60

Bom

De 61 a 80

Muito bom

De 81 a 100

Excelente

71,2

Recomendações adicionais:

Figura 3 - Tabela de decisão

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Ferramental

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2ª Decisão

Pontos

2ª Ação


Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO FICHA DE AVALIAÇÃO Data:

Nome do avaliado: Faixa de notas:

5 = Freqüentemente supera a expectativa de desempenho 4 = Eventualmente supera a expectativa de desempenho 3 = Atende a expectativa de desempenho

FATOR

2 = Eventualmente frustra a expectativa de desempenho 1 = Freqüentemente frustra a expectativa de desempenho

QUESITOS

ITEM

NOTA

1.1

1.2 1.3 1.4 1.5 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 3.1

3.2 3.3

Parte integrante da revista Ferramental - Nº 18 - Julho/Agosto 2008

3.4 3.5 4.1 4.2

4.3 4.4 4.5 5.1 5.2

5.3

5.4 5.5

Julho/Agosto 2008

Ferramental

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AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais

RESULTADOS DA AVALIAÇÃO PARA GESTOR Nome do avaliado:

Cargo ou função:

Nome do avaliador:

Cargo ou função:

Fatores

Somatória das Notas dos Quesitos

Índice de Multiplicação

Relacionamento Interpessoal

1.1 + 1.2 + 1.3 + 1.4 + 1.5 =

0,6

Iniciativa e Criatividade

2.1 + 2.2 + 2.3 + 2.4 + 2.5 =

0,6

Dedicação e Compromisso

3.1 + 3.2 + 3.3 + 3.4 + 3.5 =

0,8

Qualidade

4.1 + 4.2 + 4.3 + 4.4 + 4.5 =

0,8

Gestão de Pessoas

5.1 + 5.2 + 5.3 + 5.4 + 5.5 =

1,2

Pontos por Fator

Total de Pontos

RESULTADOS DA AVALIAÇÃO PARA SUBORDINADO Nome do avaliado:

Cargo ou função:

Nome do avaliador:

Cargo ou função:

Fatores

Somatória das Notas dos Quesitos

Índice de Multiplicação

Relacionamento Interpessoal

1.1 + 1.2 + 1.3 + 1.4 + 1.5 =

0,8

Iniciativa e Criatividade

2.1 + 2.2 + 2.3 + 2.4 + 2.5 =

0,8

Dedicação e Compromisso

3.1 + 3.2 + 3.3 + 3.4 + 3.5 =

1,2

Qualidade

4.1 + 4.2 + 4.3 + 4.4 + 4.5 =

1,2

Pontos por Fator

Total de Pontos

TABELA DE DECISÃO 1ª Decisão

2ª Decisão

Classificação

De 0 a 20

Ruim

Demitir

Inexistente

De 21 a 40

Regular

Treinar

Demitir

De 41 a 60

Bom

De 61 a 80

Muito bom

De 81 a 100

Excelente

1ª Ação

2ª Ação

Parte integrante da revista Ferramental - Nº 18 - Julho/Agosto 2008

Pontos

Recomendações adicionais:

Nome do avaliador:

Cargo ou função:

Assinatura

Data

30

Ferramental

Julho/Agosto 2008


DANIEL AUGUSTO HOFFMANN - daniel@hew.adv.br LEONARDO WERNER - leonardo@hew.adv.br

Manutenção de funcionários em empresa inscrita no Simples: planejamento tributário ou sonegação?

O

planejamento tributário, com fins de economia fiscal, é dever de todo empresário e ato lícito, desde que observado o ordenamento jurídico. É fundamental o entendimento da legislação com a finalidade de evitar futuros desconfortos para a empresa e seus gestores.

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Daniel Augusto Hoffmann - Bacharel em Direito pela Associação Catarinense de Ensino – ACE e pós-graduado pela Associação Catarinense do Ministério Público em Direito Penal e Processual Penal. Advogado, sócio proprietário da Hoffmann & Werner Advogados Associados e Professor de Legislação Tributária no curso de Administração da Faculdade Cenecista de Joinville, SC. Leonardo Werner - Bacharel em Direito pela Universidade do Vale do Itajaí – Univali, pós-graduado pela Escola da Magistratura de Santa Catarina - ESMESC, pós-graduado em Direito Empresarial pelo Instituto Nacional de Pós-graduação – INPG e especialista em Direito Tributário pela Universidade da Região de Joinville – Univille. Advogado, sócio proprietário da Hoffmann & Werner Advogados Associados e membro da Junta de Recursos Administrativo-Tributários - JURAT de Joinville, SC

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FABRÍCIO DREHER SILVEIRA – fabriciodreher@yahoo.com.br LÍRIO SCHAEFFER – ldtm@ufrgs.br

Diretrizes para projeto de ferramenta de estampagem – Parte II

E

m continuidade ao artigo da edição anterior, são abordadas neste material diversos fundamentos para o projeto de estampos, objetivando orientar os profissionais sobre os conceitos para a obtenção de uma ferramenta de qualidade.

Nesta e na próxima edição será estabelecida uma seqüência de etapas para o desenvolvimento de uma ferramenta de estampagem, demonstrando a importância do estudo prévio e as dificuldades en1 - Espiga 2 - Pino guia 3 - Placa de coque 4 - Porta-punção 5 - Punção de corte 6 - Placa guia 7 - Matriz 8 - Base

j k l m n Figura 8 - Estágios e passos da ferramenta de ensaio

o p q

Figura 7 - Configuração da ferramenta de ensaio

contradas para tal procedimento. A configuração da ferramenta utilizada no ensaio é apresentada na Figura 7 e na Figura 8 constam os estágios e passos da mesma. DIRETRIZES PARA PROJETO DE FERRAMENTAS Na elaboração do projeto da ferramenta para a fabricação de uma

determinada peça, é indispensável estabelecer uma seqüência de etapas de trabalho. Em função da importância e dificuldades que existem no estudo de determinados procedimentos, é altamente recomendado que haja acesso e interação com a ferramentaria, interna ou externa, que será responsável pela construção da ferramenta. A Julho/Agosto 2008

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análise do ciclo de trabalho consiste em definir uma série de operações tecnológicas ordinárias que transformam uma forma inicial na final pretendida. Alguns dos fatores que contribuem para dificultar a solução teórica de determinados problemas são: a forma geométrica irregular de algumas peças; a qualidade do material que é utilizado para produção e; o modo como é construída a matriz. Os problemas práticos que podem ser encontrados na fabricação dos estampos são diversos, porém, um ferramenteiro engenhoso deve recorrer à experiência para resolvêlos utilizando da melhor forma os recursos de trabalho disponíveis, segundo a tarefa a realizar. Em uma ferramentaria com procedimento de trabalho estruturado, a execução de qualquer projeto deve passar por algumas etapas antes de sua aprovação. No caso da produção de ferramentas, geralmente o fluxo de trabalho ocorre como representado na Figura 9. O fluxograma refere-se aos procedimentos desde a elaboração do produto a ser estampado até a finalização da ferramenta. Recebida a especificação do projeto, é realizada uma análise para verificar qual processo será necessário para produzi-lo: corte, dobra, embutimento ou misto. Um estudo de viabilidade técnica e econômica do projeto

também deve ser executado, considerando os fatores: custos de produção; seleção de prensa adequada e; ferramental necessário para produzir o estampo. A configuração da ferramenta, através de alguns croqui1 é estudada até seus detalhes mínimos e, definido o sistema, se passa para a elaboração dos desenhos e cálculos de projeto definitivo. A partir deste ponto é gerada uma lista, contendo os materiais selecionados para fabricação e os componentes a serem adquiridos no mercado. A determinação do material a ser utilizado de acordo com a função que a ferramenta irá desempenhar é uma das etapas mais importantes. A escolha mais criteriosa está particularmente no punção e na matriz, pois estes são os elementos em contato direto com a chapa. A seleção deve ser feita em relação aos seguintes fatores: Ÿ Segundo o tipo de estampo, ou seja, se de corte, dobra ou embutimento; Ÿ Segundo a temperatura a qual deve operar o estampo, a frio ou a quente; Ÿ Segundo o tipo de material sobre o qual a ferramenta irá atuar.

Com esta relação disponível serão verificados quais componentes existem em estoque e quais devem ser adquiridos no mercado. Se necessário, a matériaMontagem Especificação de projeto Desenhos e cálculos prima pode ser corda ferramenta tada em serra mecâSeleção de Seleção de processo material/aquisição nica, por cisalhaTestes mento ou oxicorte2, Usinagem Análise de conforme a conveAjustes viabilidade/planejamento Tratamento térmico niência. Configurações propostas Produção Após estas etaAcabamento pas, inicia a produFigura 9 - Fluxo de produção de uma ferramenta de estampar ção dos elementos

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da ferramenta, envolvendo normalmente operações de usinagem de desbaste (torneamento, furação, fresamento entre outros), restando um sobre metal para as operações finais de acabamento. Na seqüência é realizado o tratamento térmico, cujo objetivo é aumentar a dureza e resistência mecânica das peças que atuam sobre a chapa, geralmente o punção e a matriz. Concluído o tratamento térmico, os elementos passam ao estágio de acabamento, com as operações mais usuais de retificação e polimento. Com a ferramenta montada, são realizados testes e os ajustes devidos, dando início à produção. Matriz Na matriz encontra-se a geometria da peça a ser produzida, sendo portanto, o elemento do estampo que suporta maior esforço e o de maior responsabilidade. Geralmente é montada sobre a base, de modo a mantê-la estática, impedindo qualquer movimento. Suas superfícies são lisas, sem rebarbas e completamente paralelas e devem ser projetadas de forma a: Ÿ Facilitar a execução e manutenção da ferramenta; Ÿ Aumentar a vida útil da mesma e; Ÿ Economizar na utilização de aços de melhor qualidade e, naturalmente mais caros. a) Matriz de corte O primeiro passo para sua elabo1 Croqui: do francês croquis, que significa esboço ou rascunho. Costuma caracterizar-se como um desenho rápido, feito com o objetivo de discutir ou expressar graficamente uma idéia. 2 Oxicorte: técnica muito usada para o corte de placas, barras ou outros elementos ferrosos. Neste processo um gás é usado (acetileno, hidrogênio, propano ou gás liquefeito de petróleo - GLP), para produzir uma chama que aquece o material causando a oxidação necessária para o processo do corte.


ração é a definição do tipo de ação que ocorrerá sobre a chapa. Em uma matriz de corte, o fio cortante deve possuir exatamente a geometria externa da peça a ser produzida, pois este irá cortar a área de chapa. Os fatores que determinam as dimensões de uma matriz são a forma, o tamanho e a seqüência de operações necessárias para obter a peça. A disposição da peça no centro da ferramenta deve ser convenientemente estudada, pois se posicionada de forma incorreta pode ocasionar uma significativa perda de área útil de trabalho e desperdício de material. Entretanto, alguns casos não permitem esta variação de posição devido à complexidade de seus perfis. Entretanto, se for possível modificar a geometria da peça sem alterar suas

características funcionais, deve-se tentar obter uma configuração favorável para não haver nenhuma superfície inutilizada. Um parâmetro importante a ser considerado no projeto, principalmente em ferramentas de corte progressivo, é a localização dos pontos onde atuam os esforços no material, com a finalidade de poder estabelecer o centro médio das pressões ou centro de gravidade (CG). Esta determinação tem como objetivo posicionar o estampo coincidindo com o centro do martelo da prensa de modo que a linha média das guias coincida com o CG dos esforços de estampagem. Para encontrar o CG é necessário estudar a disposição dos punções ou fases de corte, decompondo os perfis envolvidos na matriz e determinando seu perímetro planificado e seus bari-

centros. O resultado é multiplicado pela espessura e da chapa e pela tensão sc , a qual deve ser submetida a chapa para haver o corte. Para estas distintas forças de corte, decompostas, é necessário encontrar o centro de gravidade com os métodos conhecidos. O passo de uma matriz - avanço da chapa em cada golpe de prensa é um parâmetro de extrema importância a ser calculado, pois determina como será o aproveitamento da chapa cortada. Calcula-se somando a dimensão máxima da peça a cortar, no sentido longitudinal da chapa, com a distância mínima entre duas peças na mesma direção. O máximo aproveitamento do material deve ser obtido, por isso não é indiferente à posição de corte adotada e, desta forma, dos punções que cortam a chapa. A Figura

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10 mostra a diferença de economia entre os tipos de posicionamentos de corte.

Figura 10 - Aproveitamento de chapas

Recomenda-se empregar como separação mínima entre cortes uma distância igual à espessura da chapa [2]. Mas, essa distância mínima é dada somente em pontos isolados, como no primeiro caso da Figura 10. Entretanto, quando a distância mínima está em uma linha contínua, como no segundo caso da

Figura 10, convém aumentar a distância aproximadamente até o dobro da espessura da chapa para evitar que o retalho deforme e obstrua o avanço do material. O passo da ferramenta é controlado por um sistema batente ou trava que é responsável pela contenção da chapa. Este sistema pode variar conforme a maneira que a chapa entra na ferramenta, sendo o sistema mais simples o avanço por trava, que consiste em um pivô, o qual impede o avanço da chapa aproveitando o recorte deixado pela peça anterior. Outro sistema empregado é a formação de cutelos3 estreitos ou punções auxiliares, cuja longitude é igual ao passo da matriz. Este cutelo faz um entalhe de comprimento igual ao avanço que a chapa deve ter, de forma que ao empurrar ou puxar a mesma após o corte, avança até que o entalhe efetuado encontre uma obstrução da ferramen-

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ronaldo@revistaferramental.com.br ferramental@revistaferramental.com.br casagrande@revistaferramental.com.br

ta. Para maior precisão, pode-se colocar dois cutelos, um em cada lado, porém haverá maior desperdício de material. As Figuras 11 e 12 ilustram os sistemas citados. As matrizes de corte que não possuem extratores e realizam a retirada da peça ou cavaco pela su-

Figura 11 - Avanço por trava


perfície inferior da ferramenta devem possuir um ângulo de saída para facilitar a extração dos mesmos. As geometrias de corte devem ser passantes e apresentar uma conicidade. EntretanFigura 12 - Avanço por cutelo to, este artifício pode originar complicações se mal disendo E a espessura da matriz, em mensionado, pois à medida que a centímetros (cm) e F a força de cormatriz passa a ser afiada, as geomete, em toneladas-força (tonf). Valotrias têm suas dimensões aumenres tabelados para espessura ideal tadas e, conseqüentemente, as mede matriz em função da força de didas das peças e folga entre puncorte, perímetro e espessura de ção e matriz também o tem. Para chapa podem ser encontrados em compensar este fator do ângulo de [4, 5, 6]. saída, usualmente a matriz é projetada a partir das tolerâncias mínib) Projeto do ferramental mas da peça. O limite superior será O projeto auxilia na criação de atingido após um número determimatrizes eliminando os erros ennado de afiações da matriz. contrados em projetos anteriores. A O ângulo de saída pode ser um diminuição do tempo de produção complicador apenas nas ferramenatravés da diminuição do número tas de corte, pois nas de furação a de estágios de produção está entre manutenção da matriz não altera as os objetivos. dimensões dos furos, sendo que As modificações começam pela estes dependem dos punções. Com redução em uma das dimensões da a utilização de extratores, não se faz matriz. O comprimento dos blocos necessária a formação deste ângulo passa a ser menor (de 280 mm para e, neste caso, o projeto se resume 222 mm) em função da diminuição em estabelecer a folga entre pundo número de estágios. Seguindo a ção e matriz. equação (1), publicada na edição A força que o punção exerce se anterior, calcula-se a força de corte distribui ao longo das arestas de para a peça, partindo do somatório corte da matriz e, desta forma, a dos perímetros dos punções espessura da matriz é um parâ1.003,67 mm - e da espessura da metro de extrema importância a ser chapa SAE 1010, igual a 2,25 mm e dimensionado. Deve ser suficiente sC = 220 MPa, empregada na propara suportar a solicitação resultandução da peça. O valor calculado te e a experiência de fábrica recopara esta grandeza é 496,8 kN e, menda a equação (6) como uma com auxílio da tabela encontrada boa aproximação para este parâna referência da seção anterior, é metro. possível verificar a espessura de 34 mm para a matriz. (6) O passo entre os estágios é corE ³ 3 F -3 rigido e distribuído igualmente. Pa-

ra o comprimento determinado na matriz em estudo, a dimensão calculada é 74 mm. Esta modificação estabelece uma melhor distribuição de tensões ao longo da matriz. O sistema que controla o avanço é do tipo cutelo de banda, onde dois punções posicionados na entrada da ferramenta definem o passo. Os cantos vivos são eliminados / minimizados com a finalidade de reduzir os pontos com maior concentração de tensão. Assim, as geometrias de corte são reconfiguradas com maiores raios de arredondamento. O ângulo de saída é estabelecido em 1º (um grau) devido à máxima tolerância da peça. A modificação mais significativa é, contudo, a redução do número de estágios de produção da peça. Os cinco estágios da outra matriz são transformados em dois, o que proporciona um ganho de 60% no tempo de produção. A configuração do projeto é apresentada na Figura 13. A matriz é usinada em aço VC131, produzido pela Villares. É um aço de extrema estabilidade dimensional do tipo conhecido como indeformável. Tem excepcional resistência à abrasão e máxima estabilidade de gume, sendo recomendado para tal tipo de aplicação por possuir boas propriedades mecânicas como: dureza elevada devido à alta taxa de carbono e resistência ao desgaste. O processo de eletroerosão a fio é o mais indicado para este caso devido a sua eficiência na usinagem de geometrias complexas. Um fio de latão ionizado (eletricamente carregado) atravessa a peça submersa em água deionizada4, em movimentos constantes, provocan-

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Figura 13 - Configuração para dois estágios

do descargas elétricas entre o fio e a peça, as quais cortam o material. Para permitir a passagem do fio é feito um pequeno orifício no material a ser usinado. O corte a fio é programado com sistemas computacionais, permitindo a obtenção de perfis complexos e precisos. O tratamento térmico segue a especificação para aços-ferramenta de designação F-531, sendo têmpera entre 800ºC e 850ºC com resfriamento em óleo [2]. A dureza final é especificada na Tabela 1. c) Matriz de dobra Para obtenção de um elemento dobrado, de acordo com um perfil determinado, é necessário conhecer a planificação dos recortes ou as dimensões exatas da chapa, da qual a peça será produzida. Desta forma, Villares Similares

VC-131

D6

se faz necessária a determinação da linha neutra do elemento dobrado, ou seja, a linha de seção transversal cuja fibra correspondente não foi submetida a nenhum esforço e não sofreu qualquer deformação. A linha neutra não se encontra sempre na metade da espessura da chapa. Se a chapa dobrada apresenta contracurvas, é admitido que, em cada caso, a linha neutra se localize em direção à curva interna da chapa. O cálculo é resolvido comparando a longitude da chapa planificada com os valores encontrados após a dobra. Baseados nesta metodologia, os resultados tabelados em [3] fornecem, com boa precisão, a posição da fibra neutra. Localizada sua posição, podem ser calculadas as dimensões planificadas de uma peça dobrada.

DIN WNr

C (%)

Mn (%)

Cr (%)

Ni (%)

Mo (%)

W (%)

V (%)

1.2436

2,10

0,30

11,50

0,70

0,20

Resistência ao desgaste

Tenacidade

Tabela 1 - Características do aço VC-131 [9]

Usinabilidade

Dureza de Outros Utilização (%) (HB) –

56-62

Com a determinação das dimensões da peça dobrada, é possível projetar o perfil da matriz responsável pela produção da mesma. A matriz de dobramento é elaborada com a geometria semelhante ao produto final, sendo que servirá de molde para sua conformação. O punção também é projetado com a forma da peça, porém, descontado da espessura da chapa. Neste caso, é comum a peça ficar presa na matriz ou no punção depois de conformada e, necessita-se introduzir um sistema de extração nestes elementos. Os tipos de extratores serão abordados em seção posterior. Como há dificuldade em prever o resultado exato da ação dos punções e matrizes nas operações de dobra, é correto regular os ângulos e raios de curvatura antes do tratamento térmico. A regulagem é feita estampando peças com a ferramenta ainda não temperada. Usualmente, estes pontos devem ser usinados com sobremetal considerável, pois o tratamento térmico ao qual são submetidos os elementos provoca irregularidades (deformações) em suas superfícies. Estas imperfeições são corrigidas posteriormente com um processo de acabamento, normalmente a retificação, até a peça encontrar-se dentro da tolerância desejada. No projeto de matrizes de dobra, devem ser evitados os cantos vivos, sendo que não é recomendável executar raios de curvatura internos inferiores à espessura da chapa. Neste caso, as fibras externas da chapa são tracionadas demasiadamente e o material acaba rasgando. Raios mínimos seguros para conformação de alguns materiais são encontrados em [4, 5, 6]. Existem situações em que maJulho/Agosto 2008

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trizes de aço, por sua rigidez, não se adaptam às variações geométricas da chapa. Baseado nisto, é usual produzir tais matrizes com uma camada de material polimérico com alta resistência à tração, compressão e desgaste. Este material pode ser o plastiprene5. O sistema funciona da seguinte forma: a chapa é posicionada sobre o polímero que por sua vez está apoiado sobre um molde com a geometria da peça desejada. O punção, que também possui a geometria da peça, atua sobre a chapa de forma a comprimi-la contra o plastiprene, fazendo com que o mesmo deforme segundo o molde. Quando o punção é suspenso, o polímero retorna ao seu estado inicial, devido ao seu poder elástico, extraindo a peça dobrada. Em operações mais complexas de dobramento, onde a chapa deve tomar a forma exata do punção, é necessário haver um ou mais insertos dentro do molde que se adaptem ao punção, para que o material se conforme através dos mesmos. d) Matriz de embutimento As matrizes de embutir podem ser basicamente de duas classes: Ÿ Simples embutidoras - usam uma chapa previamente cortada ou; Ÿ Embutidoras e cortadoras - trabalham sobre uma tira de chapa que atravessa um passo por vez, sendo denominadas de sucessivas ou progressivas. Um dos parâmetros mais importantes na operação de embutimento está relacionado com a determinação das dimensões necessárias da chapa para obter o produto desejado. A profundidade do repuxo em relação às dimensões é de fundamental importância para a determinação do número de ope40

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rações necessárias para a conformação de uma peça, pois se for um repuxo profundo, a forma final da peça deverá ser obtida em mais de uma operação. Logicamente, a superfície primitiva da chapa é diferente da obtida após o embutimento, sendo que ocorre o estiramento do material. Desta forma, quando possível, é necessário efetuar os cálculos da dimensão primitiva para aproximar-se da dimensão apropriada. Estes cálculos se baseiam na equivalência de superfícies como mostrado a seguir na Figura 14 e equação (7). d2

h

d1

D

Figura 14 - Cálculo de diâmetro de chapa para embutimento [4, 5, 6]

p .D 4

p .d 22 + p .d 1 . h 4

2

=

(7)

D =

d

2 2

+ 4 .d 1 .h

Portanto, a matriz deverá conter uma cavidade cortante - se for do tipo sucessiva - com o diâmetro D para alcançar o produto final. O macho que conforma a parte cilíndrica deve ter, no mínimo, a altura h e o diâmetro d1 exatamente. No caso da Figura 14, a peça não possui raios de arredondamento, mas em situações onde existem raios, estes devem ser considerados no cálculo da chapa. Tabelas com formulação para os diâmetros mais comumente utilizados na indústria

podem ser encontradas em [10]. O cálculo com relação à dimensão primitiva correta da chapa é mais facilmente aplicável para peças de seção circular, com forma geométrica regular. Para peças de forma mais complexa, não são todas as situações que possibilitam seguir um cálculo aproximado: é necessário recorrer à experimentação. O arredondamento na entrada da cavidade da matriz, tratando-se de uma matriz simples embutidora, é devidamente importante. Se o raio neste ponto é demasiadamente pequeno, a chapa pode sofrer um estiramento brusco e romper. Porém, se o raio for amplo, haverá formação de rugas. Costuma-se aplicar, como regra para determinação do raio, entre seis e dez vezes a espessura da chapa empregada, de acordo com a qualidade do material [7]. A Tabela 2, gerada por experimentação, sugere valores de raio mínimo para repuxo prismático, sendo h a profundidade de repuxo. A Figura 15 ilustra uma matriz com os raios de arredondamento e a respectiva peça produzida pela mesma. Base da Ferramenta O estampo propriamente dito, é montado sobre este elemento que facilita a centralização correta da matriz. r (mm)

h (mm)

2,5

£ r<5 £ r < 10 10 £ r < 13 13 £ r £ 20

25

5

38 50 75

Tabela 2 - Raio mínimo “r” para matrizes de repuxo prismático


Força de Estampagem “F” (tonf)

Espessura

20 £ F < 30

12,7 mm (1½”)

30 Figura 15 - Matriz de embutimento e peça produzida

£ F < 50

50 £ F

£ 80

50,8 mm (2’’) 63,5 - 76,2 mm (2 ½’’- 3’’)

Tabela 3 - Espessura das bases [4, 5, 6]

Levando em conta que a função da base é a sustentação do estampo, recomenda-se para sua construção o ferro fundido ou aço SAE 1010/1020. Estes metais reúnem suficiente resistência para seu fim, e seu baixo custo contribui para o barateamento da ferramenta. Em alguns casos, onde há maiores solicitações, pode ser empregado o SAE 1045 tratado termicamente. O emprego do aço de liga, de alto custo, não somente aumentaria desnecessariamente o valor do estampo, como também seria prejudicial quanto ao esforço de flexão que poderia originar a ruptura da base. A espessura da base é determinada de acordo com a força aplicada no processo e testes experimentais sugerem que este parâmetro siga as recomendações da Tabela 3.

Normalmente, a base é o último elemento do conjunto a ser usinado, pois esta deve ser adequada à matriz. Em situações nas quais a retirada do cavaco será efetuada pela extremidade inferior do estampo, através do corte do punção, a base deverá conter geometrias passantes conforme a matriz, que podem possuir formas mais simples e dimensões maiores para facilitar a construção. Normalmente o processo de usinagem das bases é realizado da seguinte forma: Ÿ Desbaste das superfícies superior e inferior com o objetivo de obter paralelismo entre ambas; Ÿ Desbaste ou fresamento de uma lateral formando um ângulo de 90º com as superfícies usinadas anteriormente. Esta lateral servirá de referência no traçado para a

montagem do estampo sobre a base; Ÿ Rebarbamento ou alisamento das outras três laterais; Ÿ Furação, se necessário, para saída do cavaco pela extremidade inferior ou mesmo para a passagem de um extrator e; Ÿ Retificação das faces usinadas, obedecendo a tolerância de paralelismo. A base é fixada à mesa da prensa por meio de porcas e parafusos. Em caso de bases maiores e mais pesadas, estas são fixadas por meio de abas ou “orelhas”, que são fundidas ou unidas por solda. A normalização dos tamanhos das bases facilita sua intercambiabilidade, padronização e produção em série e, conseqüentemente, reduz o custo da ferramenta. A norma para série retangular pode ser encontrada em [4, 5, 6]. Na próxima edição o artigo será concluído com considerações finais e apresentação de uma lista de verificação para projeto de estampos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] ROSSI, M.; Estampado en Frio de La Chapa: Estampas, Matrices, Punzones, Prensa y Máquinas, São Paulo, Dossat, 1979.

Construcción y Empleo de Punzones y Matrices, Barcelona, José Montesó, 1957.

[2] POLACK, Antônio V.; Manual Prático de Estampagem, São Paulo: Hemus, 1974.

[8] FERREIRA, A. B. de H.; Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, 3ª Edição, Editora Positivo, 2004.

[3] CHIAVERINI, Vicente; Tecnologia Mecânica: Processos de Fabricação e Tratamento, 2 ed., São Paulo: McGraw-Hill, 1986

[9] Catálogo VILLARES, 2004. [10] ÁLVAREZ-SOLER; Estampos. São Paulo: Mestre Jou, 1972.

[4] PROVENZA, F.; Estampos, Vol. I, São Paulo, PRO-TEC, 1982. [5] PROVENZA, F.; Estampos, Vol. II, São Paulo, PRO-TEC, 1982.

BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS

[6] PROVENZA, F.; Estampos, Vol. III, São Paulo, PRO-TEC, 1982.

• BENDIX, Friedrich; Principie a Trabalhar o Metal, Rio de Janeiro: Reverte, 1967.

[7] STANLEY, F. A.; Estampado y Matrizado de Metales: Proyecto,

Fabrício Dreher Silveira – Engenheiro Mecânico pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Pós-graduando pela UFRGS na área de Conformação Mecânica. Profissional com experiência em projeto e desenvolvimento de ferramental de diferentes processos de fabricação. Atuação como encarregado de estamparia e ferramentaria e Engenheiro de projetos e desenvolvimento de produto na Unidade de Metalurgia do Pó da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Lírio Schaeffer - Engenheiro Mecânico pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Doutor na área de Conformação pela Universidade Técnica de Aachen/Alemanha (RWTH). Coordenador do Laboratório de Transformação Mecânica (LdTM) do Centro de Tecnologia da Escola de Engenharia da UFRGS. Pesquisador na área de Mecânica, Metalurgia e Materiais do CNPq, professor das disciplinas de processos de fabricação por conformação mecânica e vinculado ao programa de Pós-Graduação em Engenharia Metalúrgica, Minas e Energia da UFRGS. Autor de vários livros sobre conformação mecânica.

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Descrição de Cargo

Data

Fresador I

Formação: 2º Grau Técnico Completo

Experiência: 2 anos

Conhecimentos: interpretação de desenhos, trigonometria, tecnologia de usinagem, tecnologia de materiais, leitura e interpretação instrumentos de medição, linguagem de programação CNC, noções de microinformática, fixação de ferramentas, fixação de peças, fixação de dispositivos, segurança do trabalho, ferramentas da qualidade.

Habilidades: relacionamento humano, raciocínio rápido, lógica, perspicácia, bom senso, espírito cooperativo, rapidez de movimento, firmeza de movimento, seriedade, paciência, destreza prática.

Descrição de Cargo

Data

Parte integrante da revista Ferramental - Nº 18 - Julho/Agosto 2008

Fresador II

Formação: 2º Grau Completo ou 2º Grau Técnico Completo

Experiência: 3 anos

Conhecimentos: interpretação de desenhos, trigonometria, tecnologia de usinagem, tecnologia de materiais, leitura e interpretação instrumentos de medição, linguagem de programação CNC, noções de microinformática, fixação de ferramentas, fixação de peças, fixação de dispositivos, segurança do trabalho, ferramentas da qualidade.

Habilidades: relacionamento humano, raciocínio rápido, lógica, perspicácia, bom senso, espírito cooperativo, rapidez de movimento, firmeza de movimento, seriedade, paciência, destreza prática.

Descrição de Cargo

Data

Fresador III

Formação: 2º Grau Completo ou 2º Grau Técnico Completo

Experiência: 5 anos

Conhecimentos: interpretação de desenhos, trigonometria, tecnologia de usinagem, tecnologia de materiais, leitura e interpretação instrumentos de medição, linguagem de programação CNC, noções de microinformática, fixação de ferra-mentas, fixação de peças, fixação de dispositivos, inglês, segurança do trabalho, ferramentas da qualidade.

Habilidades: relacionamento humano, raciocínio rápido, lógica, perspicácia, bom senso, espírito cooperativo, rapidez de movimento, firmeza de movimento, seriedade, paciência, destreza prática, didática. Julho/Agosto 2008

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Descrição de Cargo

Data

Torneiro I

Formação: Senai ou 2º Grau Técnico Incompleto

Experiência: 5 anos

Conhecimentos: interpretação de desenhos, trigonometria, tecnologia de usinagem, tecnologia de materiais, leitura e interpretação instrumentos de medição, linguagem de programação ISO, noções de microinformática, fixação de ferramentas, fixação de peças, fixação de dispositivos, segurança do trabalho, ferramentas da qualidade.

Habilidades: relacionamento humano, raciocínio rápido, lógica, perspicácia, bom senso, espírito cooperativo, rapidez de movimento, firmeza de movimento, seriedade, paciência, destreza prática.

Descrição de Cargo

Data

Formação: 2º Grau Completo ou 2º Grau Técnico Completo

Experiência: 5 anos

Conhecimentos: interpretação de desenhos, trigonometria, tecnologia de usinagem, tecnologia de materiais, leitura e interpretação instrumentos de medição, linguagem de programação ISO, noções de microinformática, fixação de ferramentas, fixação de peças, fixação de dispositivos, segurança do trabalho, ferramentas da qualidade.

Habilidades: relacionamento humano, raciocínio rápido, lógica, perspicácia, bom senso, espírito cooperativo, rapidez de movimento, firmeza de movimento, seriedade, paciência, destreza prática.

Descrição de Cargo

Data

Torneiro III

Formação: 2º Grau Completo ou 2º Grau Técnico Completo

Conhecimentos: interpretação de desenhos, trigonometria, tecnologia de usinagem, tecnologia de materiais, leitura e interpretação instrumentos de medição, linguagem de programação ISO, linguagem de programação Fanuc, noções de microinformática, fixação de ferramentas, fixação de peças, fixação de dispositivos, inglês, segurança do trabalho, ferramentas da qualidade. 44 Ferramental Julho/Agosto 2008

Experiência: 7 anos

Habilidades: relacionamento humano, raciocínio rápido, lógica, perspicácia, bom senso, espírito cooperativo, rapidez de movimento, firmeza de movimento, seriedade, paciência, destreza prática, didática.

Parte integrante da revista Ferramental - Nº 18 - Julho/Agosto 2008

Torneiro II


Descrição de Cargo

Data

Operador de Eletroerosão I

Formação: 2º Grau Técnico Completo

Experiência: 1 ano

Conhecimentos: interpretação de desenhos, trigonometria, tecnologia de usinagem, tecnologia de materiais, leitura e interpretação instrumentos de medição, linguagem de programação ISO, noções de microinformática, fixação de ferramentas, fixação de peças, fixação de dispositivos, segurança do trabalho, ferramentas da qualidade.

Habilidades: relacionamento humano, raciocínio rápido, lógica, perspicácia, bom senso, espírito cooperativo, rapidez de movimento, firmeza de movimento, seriedade, paciência, destreza prática.

Descrição de Cargo

Data

Parte integrante da revista Ferramental - Nº 18 - Julho/Agosto 2008

Operador de Eletroerosão II

Formação: 2º Grau Completo ou 2º Grau Técnico Completo

Experiência: 5 anos

Conhecimentos: interpretação de desenhos, trigonometria, tecnologia de usinagem, tecnologia de materiais, leitura e interpretação instrumentos de medição, linguagem de programação ISO, linguagem de programação Heidenhain, noções de microinformática, fixação de ferramentas, fixação de peças, fixação de dispositivos, segurança do trabalho, ferramentas da qualidade.

Habilidades: relacionamento humano, raciocínio rápido, lógica, perspicácia, bom senso, espírito cooperativo, rapidez de movimento, firmeza de movimento, seriedade, paciência, destreza prática.

Descrição de Cargo

Data

Operador de Eletroerosão III

Formação: 2º Grau Completo ou 2º Grau Técnico Completo

Experiência: 7 anos

Conhecimentos: interpretação de desenhos, trigonometria, tecnologia de usinagem, tecnologia de materiais, leitura e interpretação instrumentos de medição, linguagem de programação ISO, linguagem de programação Heidenhain, noções de microinformática, fixação de ferramentas, fixação de peças, fixação de dispositivos, inglês, segurança do trabalho, ferramentas da qualidade.

Habilidades: relacionamento humano, raciocínio rápido, lógica, perspicácia, bom senso, espírito cooperativo, rapidez de movimento, firmeza de movimento, seriedade, paciência, destreza prática, didática.

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Descrição de Cargo

Data

Operador de Furadeira

Formação: 2º Grau Completo ou 2º Grau Técnico Completo

Experiência: 3 anos

Conhecimentos: interpretação de desenhos, trigonometria, tecnologia de usinagem, tecnologia de materiais, leitura e interpretação instrumentos de medição, noções de microinformática, fixação de ferramentas, fixação de peças, fixação de dispositivos, segurança do trabalho, ferramentas da qualidade.

Habilidades: relacionamento humano, raciocínio rápido, lógica, perspicácia, bom senso, espírito cooperativo, rapidez de movimento, firmeza de movimento, seriedade, paciência, destreza prática, didática.

Descrição de Cargo

Data

Formação: 2º Grau Técnico Completo

Experiência: 1 ano

Conhecimentos: interpretação de desenhos, trigonometria, tecnologia de usinagem, tecnologia de materiais, leitura e interpretação instrumentos de medição, noções de microinformática, fixação de ferramentas, fixação de peças, fixação de dispositivos, segurança do trabalho, ferramentas da qualidade.

Habilidades: relacionamento humano, raciocínio rápido, lógica, perspicácia, bom senso, espírito cooperativo, rapidez de movimento, firmeza de movimento, seriedade, paciência, destreza prática.

Descrição de Cargo

Data

Coordenador de Informática

Formação: 2º Grau Técnico Completo

Experiência: 5 anos

Conhecimentos: conhecimento profundo de microinformática, inglês, relações públicas, segurança do trabalho.

Habilidades: relacionamento humano, raciocínio rápido, lógica, perspicácia, bom senso, espírito cooperativo, rapidez de movimento, firmeza de movimento, seriedade, paciência, destreza prática.

Descrição de Cargo

Data

Coordenador de Contabilidade Descrição: responsável pela escrituração contábil e fiscal da empresa. Mantém seu local de trabalho organizado e asseado. Formação: 3º Grau Completo

Experiência: 7 anos

Conhecimentos: atividades financeiras, conhecimento profundo em contabilidade, legislação societária, legislação tributária, noções de informática, inglês, segurança do trabalho.

Habilidades: relacionamento humano, raciocínio rápido, lógica, perspicácia, bom senso, espírito cooperativo, rapidez de movimento, firmeza de movimento, seriedade, paciência, destreza prática.

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Parte integrante da revista Ferramental - Nº 18 - Julho/Agosto 2008

Retificador I


Índice Cumulativo Anual

Arrola os tópicos abordados nos fascículos 1 a 17 (julho/agosto de 2005 a maio/junho de 2008), classificados em três grupos: gestão, tecnologia e fichas técnicas. Os artigos estão disponíveis em formato PDF e podem ser solicitados Pelo e-mail ferramental@revistaferramental.com.br

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Serviços de Mecatrônica Componentes para eletroerosão

Com ampla experiência em eletroerosão, a Intertechnik EDM tem completa linha de peças de reposição e consumíveis para eletroerosão multimarca. Fornece peças de reposição como bicos diversos, guias de diamante, contatos, roletes, roldanas, correias, facas, câmaras de injeção, entre outros componentes para máquinas importadas das marcas Agie, Actspark, Charmilles, Fanuc, Japax, Mitsubishi, Ona e Sodick. As peças podem ser consultadas através dos códigos originais de cada fabricante. Além das peças de reposição e desgastas, a empresa fornece ainda materiais de consumo como aditivo anti-oxidante, fios de latão, fios de molibdênio, elementos filtrantes, esponjas abrasivas, líquidos para limpeza de máquinas e cabeçotes, filtros para painéis, eletrodos capilares em cobre ou latão, guias de cerâmica e muitos outros neste segmento.

processos de usinagem a altas velocidades, usinagem convencional, usinagem em materiais endurecidos. Os produtos padrão estão disponíveis em blanks sem retífica, com retífica (comprimento de 325 a 330 mm ou com corte de acordo com o desenho do cliente), barras sem retífica (retangular ou quadrada) e ainda com furos de refrigeração paralelos (1 central ou 2 laterais) e helicoidais (2 ou 3 furos a 30º ou 40º). Estão ainda disponíveis blanks especiais para brocas canhão ou de acordo com o projeto do cliente (inclusive de Cermet e nitreto de silício). Em seu site a empresa disponibiliza um sistema de informações (WinTool) que proporciona suporte adicional na escolha da ferramenta de corte. O benefício deste sistema é a ampla variedade de possibilidades para uso, incluindo folhas de ferramentas, listas de preparação, informações para programação CNC; suporte gráfico em vários formatos; ferramenta de busca rápida; representação em escala real das ferramentas completas e; integração das informações na empresa.

Assistência Técnica em: P Máquinas CNC's e Convencionais; P Geradores; P Sub estações e P Montagem de Painéis (Força e

Comando)

R. Comendador Araújo, 31 - Bom Retiro 89222-585 - Joinville/SC fone/fax: 47 3026-4521 - 47 9146-4521 e 9119-7273 ocamecatronica@yahoo.com.br

Intertechnik 11 5851 3654 www.intertechnikedm.com

Blanks especiais de metal duro A Ceratizit fornece ferramentas inteiriças especiais para fresamento, furação e operações de rosqueamento. Podem ser aplicadas em

Ceratizit 11 4133 2300 www.ceratizitbrasil.com.br

Torno Universal DMG A DMG – Deckel Maho Gildemeister do Brasil está comercializando o Julho/Agosto 2008

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novo torno universal CTX 510 eco V1, com comando CNC, painel integrado de aço inoxidável e monitor TFT de até 15". Opera com comando Siemens 810D e software Shopturn ou comando Fanuc Oi-TC e software Manual Guide. É composto de revólver VCI 40 com 12 estações para ferramentas (opcional de 6 ferramentas acionadas), cabeçote móvel de deslocamento automático, guias lineares, bandeja de cavacos, placa de fixação hidráulica de 3 castanhas de 250 mm e cilindro de passagem de barra.

estatísticos, edição de dados, conversões, indicação gráfica e testes de aceitação de resultados. Opera em rotação máxima de 3.250 rpm e avanço rápido de 30 m/min. Tem curso de deslocamento de 1.050 mm em Z, de 300 mm em X e diâmetro de torneamento máximo de 465 mm. DMG 11 3742 5000 www.dmgecoline.com

Microdurômetros A série HMV-2T (até 2 kgf), da Shimadzu, é uma linha de durômetros que fornecem as informações de microdureza e dureza sob a forma de resultados na escala Vickers, tanto para aplicações em pesquisas quanto no controle de qualidade. Possuem painel de cristal líquido, que facilita a operação e podem ser acoplados à câmeras digitais e programas computacionais para melhor operação. Incorporam ainda um conjunto de funções de análises, tais como cálculos 52

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Shimadzu 11 2134 1688 www.shimadzu.com.br

Mandrilhadora Horizontal CNC Wotan A mandrilhadora/fresadora horizontal CNC Cutmax PT, fabricada pela gaúcha Taurus Wotan, é oferecida em 3 modelos (2PT, 3PT e 4PT), todas com estruturas fundidas.


Seus diferenciais tecnológicos englobam melhores velocidades no sistema de guias prismáticas, mancais hidrostáticos, flexibilidade para aplicativos especiais, guias com insertos temperados e retificados e guias aerostáticas. As principais características técnicas são: capacidade de carga sobre a mesa de 6 a 40 toneladas, cursos de trabalho de até 4.000 x 3.500 x 1.000 em X, Y e Z respectivamente, cone ISO 50, gama de rotações de 20 a 3.000 rpm, avanços de trabalho de até 5.000 mm/min e potência do motor principal até 100 kW. Tem ainda opção de 4º eixo. Entre os acessórios disponíveis, podem ser configuradas com transportador de cavaco, refrigeração via ferramenta de corte, medição em processo, estação de carga e pallets, placa de facear NC, proteção da mesa contra respingos, supervisão da vida útil da ferramenta, mancal de apoio da árvore e cabine para a máquina. Taurus Wotan 51 3043 1488 www.tauruswotan.com.br

Assistência técnica em equipamentos de medição

A Holtermann realiza serviços de calibração, assistência técnica, emissão de certificados, moderni-

zação e reforma de aparelhos de metrologia e controle de qualidade, entre os quais durômetros (Brinell, Rockwell, Vickers e Shore), projetores de perfil, microscópios (metalográficos e de medição), aparelhos ópticos para pré-set de ferramentas, máquinas de ensaio (tração, compressão e molas), dinamômetros e balanças analíticas. A empresa também realiza a modernização (retrofiting) de durômetros de leitura óptica, instalando um sistema (composto de régua eletrônica de medição, coletor de dados com programa computacional, processador de leitura e impressora térmica), que registra a leitura das diagonais e imprime as leituras realizadas com ou sem média, conforme seleção do operador. Holtermann 11 3609 0970 www.holtermann.com.br

Eletro spindle de alta precisão A série de spindles elétricos de elevada precisão para altas velocidades HES, comercializada pela Alltech Tools, permite que sua máquina operatriz realize muitas operações hoje limitadas pela rotação atual. Fresadoras convencionais e centros de usinagem podem trabalhar em altas velocidades (RPM), realizar furações com pequenos diâmetros e usinar superfícies acabadas com extrema qualidade. O equipamento opera em uma faixa de 6.000 a 50.000 rotações por minuto, em potência máxima de 250 Watts, e utiliza um duplo par de rolamentos de cerâmica. Motor e spindle compõem uma peça única, minimizando o tamanho e o peso do equipamento e permitindo seu uso em grande número de máquinas. A precisão do spindle atinge 1 µm. O equipamento incorpora Julho/Agosto 2008

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Alimentador para usinagem de pequeno porte

um sistema de emergência (conector breakaway) para ajudar a prevenir danos maiores, em caso do spindle principal da máquina trabalhar acidentalmente. Alltech Tools 54 3027 9300 www.grupoalltech.com.br

Facas para Guilhotinas As facas para corte de chapa de aço do Grupo Estampar Profasa são produzidas em AISI D6, AISI D2, AISI S1 e VF 800. A escolha da matéria-prima das guilhotinas é determinada pelo tipo de material cortado, a espessura da chapa e a condição de corte, levando em consideração qual delas irá atribuir maior vida útil às facas. A composição química destes materiais determina suas propriedades mecânicas como estabilidade dimensional, tenacidade, resistência ao desgaste, entre outras. Apresentam boa qualidade e durabilidade.

O alimentador de barras Smart 320, da marca Iemca, é indicado para empresas que pretendem investir na automação da usinagem de peças de pequeno porte e utilizam, principalmente, tornos de cabeçote móvel CNC. O Smart 320 possui magazine para a estocagem de barras de 3 a 20 milímetros de diâmetro com até 4 metros de comprimento. Além disso, tem sistema de alimentação com duplo empurrador e injeção de óleo no canal de guia, o que evita ruídos e vibração durante o funcionamento. Uma das principais características do Smart 320 é que ele aumenta a produtividade de 30% a 80%, dependendo do comprimento da peça. Fabricado na Itália, o Smart 320 é comercializado no país pela Bucci Industries Brasil.

Bucci 11 3801 3763 www.buccibrasil.com.br

Linha de aços

Estampar 43 3325 5624 www.estampar.com.br

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A Diferro, do Grupo Ferrosul, dispõe de completa linha de aços ferramenta para trabalho a frio e a quente, para moldes da indústria de transformação de plásticos, inoxidáveis martensíticos, aços rápi-

dos, prata e carbono, além de vasta linha de arames MIG, MAG, cobre eletrolítico e latão. Com matriz em Caxias do Sul, conta com filiais em Porto Alegre e Joinville. A empresa reestruturou todo o seu ambiente de tecnologia da informação, implantando uma nova solução de ERP (gestão corporativa) e atualizou seu parque de computadores com soluções redundantes de gerenciamento e segurança de dados, com a finalidade de proporcionar maior agilidade no atendimento e confiabilidade das informações. Diferro 54 3224 7600 www.diferro.com.br

Sistema de câmara quente modular

O sistema modular econômico Ecomodu, fabricado pela Yudo, consiste em partes essenciais previamente instaladas, formando um conjunto composto de distribuidor (manifold), bicos (abertos ou valvulados) e sistemas de conexão elétricas, pneumáticas ou hidráulicas, que asseguram um rápido e fácil método de instalação. O sistema pode contar ainda com alerta de vazamentos na câmara, sinal de posição da válvula, controlador seqüencial de injeção e bucha refrigerada a ar. Yudo 11 2274 7633 www.yudo.com.br


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ENGENHARIA DE EMBALAGENS

DICIONÁRIO TÉCNICO DE FUNDIÇÃO E METALÚRGIA VOLUME 2 (Inglês / Português / Alemão) e VOLUME 3 (Alemão / Português / Inglês)

Maria Aparecida Carvalho

O livro aborda os diversos aspectos a serem considerados no projeto de uma embalagem, fala sobre a formação da equipe para o desenvolvimento do projeto e serve de guia para a especificação dos testes de verificação da estabilidade dos produtos e o desempenho das embalagens projetadas. Este livro ensina o profissional a como se organizar para atingir o sucesso esperado antes de começar o projeto da embalagem, e mesmo do produto, e também responde a inúmeras questões que até hoje só se tinha acesso por meio de especialistas em projetos de embalagens. ISBN 978-85-7522-154-9 www.novatec.com.br

Herbert Schwarz

Com cerca de 40 mil verbetes o dicionário é fruto de dez anos de pesquisa do engenheiro Herbert Schwarz. A obra é considerada como fundamental para os setores de engenharia, fundição e metais. www.novaletra.com.br

GERENCIAMENTO DE PROJETOS: PROCEDIMENTO BÁSICO E ETAPAS ESSENCIAIS

DESEMPENHO HUMANO NAS EMPRESAS: COMO DESENHAR CARGOS E AVALIAR O DESEMPENHO

Ricardo Aldabó Lopez

Idalberto Chiavenato

O gerenciamento eficaz dos projetos permite poupar energia e recursos. E este livro foi escrito de uma forma leve e com linguagem simples, com o objetivo de conduzir o leitor nessa direção. Destina-se a todos aqueles que precisam entender as estratégias já testadas de gestão de projeto, como, por exemplo, estudantes, executivos experientes, gerentes de nível médio e membros da equipe de projeto. Pessoas que trabalham em setores de engenharia, pesquisa, construção, informática e desenvolvimento de produtos podem utilizar o planejamento como uma chave de sucesso na administração de projetos. ISBN 85-88098-05-9 www.artliber.com.br

Esta obra incorpora os mais avançados conceitos da área de recursos humanos, bem como apresenta modelos decorrentes dos conceitos alinhados à realidade brasileira. Em substituição aos tradicionais enfoques funcionalistas, o livro foi estruturado com base na abordagem sistêmica - teoricamente mais atraente e, ao ser vivenciada, operacionalmente mais ajustada à complexa realidade do mundo empresarial contemporâneo. A obra é subdividida em quatro partes bem definidas, a saber: Subsistema de Aplicação de Recursos Humanos; Desenho de Cargos; Descrição e Análise de Cargos e; Avaliação do Desempenho Humano. EAN13 9788522428649. www.editoraatlas.com.br

Açoespecial ........................................5

Hexagon ............................................9

Programador CAM ...........................14

Altmann...........................................52

Incoe ...............................................11

Sandvik.....................................3ª capa

Alumicopper ....................................51

Interplast .........................................42

Schmolz+Bickenbach .......................25

Btomec ............................................35

Metalurgia .......................................38

Seminário de alta tecnologia .............16

Centroforte ......................................53

Mold-Masters ............................2ªcapa

Siemens ....................................17 e 24

Cimm ..............................................35

Oca..................................................51

Tecnoserv...........................................6

CQB.................................................23

Plastibrás..........................................52

Uddeholm........................................15

Giacomini ........................................53

Polimold....................................4ªcapa

Villares .............................................19

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Qualificação resultando em competitividade Rolando Vargas Vallejos Professor Titular e Coordenador do Laboratório de Novas Tecnologias de Produção - Universidade de Caxias do Sul rvvallej@ucs.br

Atualmente, a grande parte dos produtos novos tem algum componente de material polimérico ou de metal conformado. Portanto, dentro do seu ciclo de desenvolvimento encontram-se os processos de projeto e fabricação de moldes e matrizes, que são vitais para o produto se tornar competitivo no mercado. Dentro das etapas envolvidas no desenvolvimento destes produtos, percebe-se que os tempos de projeto e fabricação dos diversos tipos de ferramentas são os mais significativos para o processo. Assim sendo, novas tecnologias são e serão desenvolvidas para reduzir esses tempos, resultando na melhoria da produtividade deste setor. Outro aspecto a ser considerado é o perfil dos proprietários das ferramentarias no Brasil. A grande parte dos gestores não tem formação específica na área de gestão e são forçados a enfrentar um mercado cada vez mais dinâmico, competitivo e agressivo. Diante deste contexto, o setor de ferramentaria, considerado como estratégico para o desenvolvimento e competitividade da cadeia produtiva brasileira, enfrenta o desafio em qualificar pessoas altamente preparadas. Essa qualificação não depende somente das empresas fabricantes de moldes e matrizes, mas sim de um esforço conjunto das instituições de ensino (superior e técnico) e principalmente do governo. Existem algumas iniciativas bem sucedidas e neste sentido escolas técnicas e universidades, que atuam principalmente nas cidades de São Paulo, Caxias do Sul, Joinville e Fortaleza, têm desenvolvido cursos de formação específica para o setor de ferramentaria. Esses cursos abordam aspectos técnicos e de gestão. As iniciativas têm mostrado que os esforços devem estar concentrados, de uma forma articulada, para uma formação sólida e planejada tanto de gestores quanto de funcionários do setor. Em estudo realizado pela Associação de Ferramentarias de Caxias do Sul VIRFEBRÁS (www.virfebras.com.br) em conjunto com a Escola de Educação Profissional de Farroupilha - ETFAR/UCS e o Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Caxias do Sul - UCS identificou duas linhas de capacitação para o setor de ferramentarias: gestão (para os gestores, coordenadores e responsáveis pelo planejamento e controle da produção) e tecnologia (para projetistas, programadores de máquinas CNC e envolvidos na fabricação). Caracterizou também as habilidades e competências para as diferentes funções dentro de uma ferramentaria, desenvolvendo algumas ações isoladas na formação destes profissionais. Em resumo, percebe-se que o setor de ferramentaria no Brasil precisa do desenvolvimento de um programa estratégico para formação e qualificação de profissionais. Neste programa devem estar envolvidos: governo, instituições de ensino (técnico e superior) e empresas do setor de ferramentaria. O sucesso desse programa representará uma base sólida para sustentar o desempenho do setor de ferramentaria e do setor produtivo brasileiro.

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