Revista Ferramental Edição 27

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ANO V - Nº 27 - JANEIRO/FEVEREIRO 2010 REVISTA FERRAMENTAL - PUBLICAÇÃO DA EDITORA GRAVO - ISSN 1981-240X

A importância da análise térmica no projeto da câmara quente

Como planejar um modelo de negócio para aumentar a competitividade das empresas

DESTAQUE



ANO V - Nº 27 - JANEIRO/FEVEREIRO 2010 REVISTA FERRAMENTAL - PUBLICAÇÃO DA EDITORA GRAVO - ISSN 1981-240X

A importância da análise térmica no projeto da câmara quente

Como planejar um modelo de negócio para aumentar a competitividade das empresas

DESTAQUE



Christian Dihlmann Editor

Retrospectiva 2010: depende de nós! Em seu livro “A Arte da Guerra”, Sun Tzu sugere várias técnicas e ações para tornar possível a vitória em batalhas militares. Destaca que a guerra é de vital importância para o Estado, pois é o domínio da vida ou da morte, o caminho para a sobrevivência ou a perda da soberania. Portanto, é preciso saber manejála bem. O universo empresarial não é diferente. É necessário perspicácia, rapidez e criatividade para vencer os diversos embates comercias que se apresentam diariamente. Por analogia, as técnicas de sobrevivência são similares nos dois mundos. Nesse sentido, Tzu propõe a valorização de cinco fatores fundamentais, que devem ser comparados entre os “competidores” para prever a condição de vitória em determinada disputa: doutrina, tempo, terreno, mando e disciplina. A doutrina é a orientação que faz com que o povo esteja em harmonia com seu governante, de modo que o siga onde for, sem temer por suas vidas, nem de correr qualquer perigo. Ou seja, representa os valores e a postura da empresa. O tempo significa a condição externa, a noite e o dia, o frio e o calor, a mudança das estações. Por consequência, alerta para as alterações de mercado no âmbito empresarial. O terreno implica as distâncias, e faz referência onde é fácil ou difícil deslocar-se, e isto influencia as possibilidades de sobrevivência. Na empresa, o foco é a logística de produção e distribuição. O mando há de ter sabedoria, sinceridade, bene-

volência, coragem e disciplina como qualidades. Nesse caso, um líder verdadeiro frente a empresa. Por último, a disciplina, compreendida como a organização do exército, as graduações e classes entre os oficiais, a regulação das rotas de mantimentos, e a provisão de material militar. Traduzindo para a realidade empresarial, procedimentos e metas claras e objetivas. Estes cinco fatores fundamentais hão de ser conhecidos por cada general (e por cada profissional da empresa). Aquele que os domina, vence; aquele que não, sai derrotado. Lições, a princípio, óbvias, mas pouco aplicadas na vida real. Chegamos ao final de mais um ano. Retrospectivas diversas inundam a nossa vida. Infelizmente grande parcela delas é direcionada para fatos ruins e deploráveis. Acidentes, mortes, crise, corrupção, ameaças ambientais, golpes, guerras, terrorismo, tragédias, repressão, ... absorvem quase todo o espaço da mídia. Apesar do viés negativo, elas nos permitem reconhecer as fraquezas e tomar, se assim o desejarmos, as devidas providências para correção do rumo. 2009 foi um ano comercialmente dificil para o setor ferramenteiro nacional. Entretanto, houve boa evolução na organização da categoria. Iniciamos uma nova década (a da economia sustentável). Não apenas acreditemos nas boas perspectivas mas sim, trabalhemos para que se tornem realidade. Com uma quantidade tão farta de dicas, como as de Sun Tzu e tantos outros gurus, podemos tornar as empresas competitivas e perenes. Entretanto, é necessário um alerta importante: não desperdicemos o embate eleitoral que se põe à nossa frente. Não deixemos que o brilho e empolgação da Copa do Mundo ofusque a nossa obrigação de cobrar um Brasil melhor. Vamos exigir dos candidatos planos objetivos e rápidos para reforma dos sistemas tributário, fiscal, previdenciário e trabalhista. Comemorar com satisfação e orgulho a retrospectiva de 2010 depende de nós.

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Artigos Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais

www.revistaferramental.com.br ISSN 1981-240X

17 Usinagem por eletroerosão de penetração em aços-ferramenta O processo de usinagem por eletroerosão de penetração é largamente utilizado na indústria de ferramentais. Entretanto há considerações técnicas importantes que devem ser observadas para um bom aproveitamento dos recursos de fabricação e conseqüente elevação da qualidade e produtividade.

DIRETORIA Christian Dihlmann Jacira Carrer REDAÇÃO Editor: Christian Dihlmann - (47) 9964-7117 christian@revistaferramental.com.br Jornalista responsável: Antônio Roberto Szabunia - RP: SC-01996 Colaboradores Adriano Fagali de Souza, André P. Penteado Silveira Jefferson de Oliveira Gomes, Cristiano V. Ferreira, Rolando Vargas Vallejos PUBLICIDADE Coordenação nacional de vendas Christian Dihlmann (47) 3025-2817 / 9964-7117 christian@revistaferramental.com.br Representantes Ívano Casagrande (51) 3228-7139 / 9109-2450 casagrande@revistaferramental.com.br Nilson de Souza Jr. (11) 3481-5324 / 9959-5655 vendas.sp@revistaferramental.com.br ADMINISTRAÇÃO Jacira Carrer - (47) 3025-2817 / 9919-9624 adm@revistaferramental.com.br Circulação e assinaturas circulacao@revistaferramental.com.br Produção gráfica Martin G. Henschel Impressão Impressul Indústria Gráfica Ltda. www.impressul.com.br

A revista Ferramental é distribuída gratuitamente em todo o Brasil, bimestralmente. É destinada à divulgação da tecnologia de ferramentais, seus processos, produtos e serviços, para os profissionais das indústrias de ferramentais e seus fornecedores: ferramentarias, modelações, empresas de design, projetos, prototipagem, modelagem, softwares industriais e administrativos, matériasprimas, acessórios e periféricos, máquinas ferramenta, ferramentas de corte, óleos e lubrificantes, prestadores de serviços e indústrias compradoras e usuárias de ferramentais, dispositivos e protótipos: transformadoras do setor do plástico e da fundição, automobilísticas, autopeças, usinagem, máquinas, implementos agrícolas, transporte, elétricas, eletroeletrônicas, comunicações, alimentícias, bebidas, hospitalares, farmacêuticas, químicas, cosméticos, limpeza, brinquedos, calçados, vestuário, construção civil, moveleiras, eletrodomésticos e informática, entre outras usuárias de ferramentais dos mais diversos segmentos e processos industriais. As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as mesmas desta revista. A Ferramental tem como pressuposto fundamental que todas as informações nela contidas provêm de fontes fidedignas, portanto, recebidas em boa fé. Logo, não pode ser responsabilizada pela veracidade e legitimidade de tais informações. Quando da aceitação para publicação, o autor concorda em conceder, transferir e ceder à editora todos os direitos exclusivos para publicar a obra durante a vigência dos direitos autorais. Em especial, a editora terá plena autoridade e poderes para reproduzir a obra para fins comerciais em cópias de qualquer formato e/ou armazenar a obra em bancos de dados eletrônicos de acesso público. A reprodução de matérias é permitida, desde que citada a fonte. EDITORA GRAVO LTDA. Rua Jacob Eisenhut, 467 - Fone (47) 3025-2817 CEP 89203-070 - Joinville - SC

Foto da capa:

Vista parcial da Moldtool Ferramentaria Ltda., Joinville, SC

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31 Modelo de negócios - uma forma de aumentar a competitividade das empresas em momentos de crise Repensar o modelo de gestão das empresas com vistas a torná-las mais competitivas em um cenário cada vez mais aguerrido é uma tarefa freqüente para os executivos. O desenvolvimento de um modelo de negócios é uma ferramenta importante para auxiliar as empresas a entenderem o mercado, buscando inovar os produtos e desvendar novas oportunidades de negócios.

45 A análise térmica ideal de um sistema com câmara quente pode levar ao sucesso no processo de injeção de plásticos Sistemas de câmara quente exigem que vários fatores técnicos estejam em perfeito balanceamento a fim de apresentar desempenho adequado. Um dos principais tópicos é a configuração térmica que, quando bem avaliada, resulta em condições perfeitas de operação.

Seções 6 7 12 13 14 27 37 41 43 50 51 53 53 54

Cartas Radar Entidade Expressas Conexão www JuríDICAS Ficha técnica Memórias Dicas do Contador Enfoque Eventos Livros Índice de anunciantes Opinião O envio da revista é gratuito às empresas e profissionais qualificados das indústrias de ferramentais, seus fornecedores, compradores e usuários finais. Qualifique sua empresa no www.revistaferramental.com.br


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Agradeço o espaço na revista para falar um pouco sobre planejamento estratégico, bem como o exemplar recebido. Certamente ficará num lugar bem especial em meu arquivo pessoal. Alfredo Mendivil - Dhromos - Joinville, SC

É muito interessante ter acesso a uma revista como a Ferramental, uma vez que o ramo de ferramentaria e/ou usinagem de precisão é carente de publicações especializadas. As publicações do ramo metalmecânico em geral focam mais em publicidade e/ou venda de equipamentos. Em minha opinião uma publicação mais técnica - menos comercial - tem importante capacidade de difundir informação, além de permitir a modernização do setor. Roberto Bezerra Cavalcanti - Fibra - Rio de Janeiro, RJ

Necessito do material referente à plano de manutenção, publicado na edição Nº 24 da Ferramental. Célio J. Santana - Whirlpool S.A. Eletrodomésticos - Rio Claro, SP

Temos muito interesse em receber os exemplares da revista Ferramental. É um material muito interessante para os alunos das áreas de mecânica e soldagem. Esperamos que em breve ela faça parte do acervo de nossa Biblioteca. Sílvia Mara Pastore - Fatec - São Paulo, SP

Sou assinante desta excelente revista desde a edição nº 1 e ela é rica em informações para a execução do meu trabalho na área de processos. Claudemir Tadeu Moretti Continental Brasil Indústria Automotiva - Salto, SP

Me emociono muito ao ler a história da nossa empresa. Ficou linda! A nossa família está muito feliz e grata pela oportunidade de

Oportunidades de Negócios, Informações e Notícias Você encontra tudo isso em um só lugar! Negócios Informações e Notícias

www.cimm.com.br comercial@cimm.com.br (48) 3239.2356

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fazer essa homenagem! Maria Lúcia M. Maradei Souza - Cosmolde - São Paulo, SP

Estive conversando com colegas da Tramontina Forjasul Eletrik, no Rio Grande do Sul, e eles me recomendaram a assinatura da revista Ferramental. Breno Santana da Silva - Tramontina Delta - Recife, PE

A revista Ferramental será muito útil aos nossos alunos dos cursos de engenharias. Karine Émile de Oliveira - Universidade de Guarulhos - Guarulhos, SP

Foi muito interessante saber que a revista Ferramental é indexada pelo Qualis. Ótimo para nós pesquisadores! Fabiano Baldo - Universidade Federal de Santa Catarina - Florianópolis, SC

Agradecemos os contatos de: Arildo J. F. Martins SENAI - Matão, SP Gilson José Costa Embraer - São José dos Campos, SP Gustavo da Silva Pinto Editora QD - São Paulo, SP Mariangela F. C. Soares Ferramentaria Soares - Joinville, SC Jonas Vale da Costa Moldmetal Ferramentaria - São Paulo, SP Fábio B. Novello Aditec - Caxias do Sul, RS Todos os artigos publicados na revista Ferramental são liberados para uso mediante citação da fonte (autor e veículo). A Editora se reserva o direito de sintetizar as cartas e e-mails enviados à redação.


A hist贸ria do autom贸vel no Brasil - II Por AMPC - Antigomodelismo Mem贸ria e Patrim么nio Cultural contato@carroantigo.com www.carroantigo.com

Simca

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AJORPEME DESCRIÇÃO Razão social: Associação de Joinville e Região da Pequena, Micro e Média Empresa Endereço: Rua Urussanga, 292

Bairro: Bucarein

CEP: 89202-400

Estado: SC

Cidade: Joinville

Fone: (47) 2101-4100

Fax: (47) 2101-4100

e-mail: ajorpeme@ajorpeme.com.br

Site: www.ajorpeme.com.br

DIREÇÃO Presidente: Gilberto Guilherme Boettcher

Mandato: 2010

Contato primário: Sandra Borghesan Gomes

e-mail: administrativo@ajorpeme.com.br

SUB-GRUPO Denominação: Núcleo de Usinagem e Ferramentaria Presidente: Cláudio Menestrina

Mandato: 2010

Contato primário: Fabiana Bartolomeu

e-mail: fabiana@ajorpeme.com.br

CARACTERIZAÇÃO Objetivos: Assim como a força é a matriz dos nossos serviços, ela orienta o nosso núcleo proporcionando o crescimento das empresas nucleadas por meio de integração e geração de negócios. Setor de atuação: Usinagem e ferramentaria Perfil do associado: Empresários da cadeia de usinagem e ferramentaria

SERVIÇOS OFERECIDOS

Ÿ Central de compras Ÿ Treinamentos em diversos cursos Ÿ Participação no Arranjo Produtivo Local (APL) metalmecânico

Ÿ Promoção e divulgação do núcleo Ÿ Consultorias diversas Ÿ Reuniões quinzenais para debate de temas relacionados ao setor

Ÿ Cursos Ÿ Palestras Ÿ Seminários de aperfeiçoamento

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EVENTOS PROMOVIDOS

Ÿ Rodadas de negócios


Patentes de universidades brasileiras

A preocupação em proteger suas invenções deu um salto nas universidades brasileiras nos últimos anos, mas ainda está longe do ideal. Esta é a principal conclusão do estudo “Universidades brasileiras - utilização do sistema de patentes de 2000 a 2004”, que acaba de ser apresentado por Jeziel da Silva Nunes e Luciana Goulart de Oliveira, ambos do Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI. Eles também apontam problemas como a concentração dos pedidos de patente em poucas instituições e a falta de parcerias, além de sugerir soluções. O estudo mostra que, de 2000 a 2004, foram depositados 784 pedidos de patentes pelas instituições de ensino superior do Brasil, o que representa, em apenas cinco anos, um crescimento de 120% em relação à década de 90. Segundo os autores, vários fatores contribuíram para isso: a ação das Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs), a criação dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) e a possibilidade aberta pela Lei 9.279/96 de proteger medicamentos, alimentos e produtos químicos. Os números impressionam, mas também revelam um problema: os depósitos das universidades representam apenas 2,3% dos pedidos feitos por residentes no Brasil e, quando comparados com o total de depósitos, o que inclui os não-residentes, este percentual cai para 0,78%. O cenário torna-se ainda mais preocupante porque os números revelam enormes disparidades: entre 2000 e 2004, a região sudeste foi responsável por 79% dos depósitos e a líder da classificação, sendo que a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), respondeu sozinha por 232 depósitos, ou quase 30% do total. Ape-

nas 25 instituições possuem três ou mais depósitos de patente nestes cinco anos. O estudo revela, ainda, que as pesquisas se concentram em poucas áreas do conhecimento e que 81% dos pedidos de patente possuem um único titular, ou seja, com pequeno número de parcerias entre as instituições e os pesquisadores. Mesmo com os problemas identificados, os autores afirmam que a cultura de propriedade industrial ganhou um amplo espaço para crescimento nas universidades, especialmente a partir de 2004, com a Lei da Inovação. Para isso, eles sugerem alguns caminhos, tais como: a busca de modelos de sucesso e a criação de políticas de estímulos para combater as distorções regionais; um investimento mais frequente em parcerias entre as instituições de ensino, formando redes de conhecimento específico; e o cruzamento de dados entre a demanda de tecnologia estrangeira pelas empresas brasileiras e as pesquisas nacionais, identificando novas áreas para o desenvolvimento tecnológico nas universidades. INPI 21 2139 3000 www.inpi.gov.br

Encontro Moldes 2010 Está aberta a chamada de trabalhos para a 8ª edição do Encontro da Cadeia de Ferramentas, Moldes e Matrizes - Moldes 2010, a ser realizado entre os dias 11 e 12 de agosto deste ano, em São Paulo, na sede da Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração ABM. O prazo para envio dos resumos é 5 de fevereiro e as íntegras devem ser encaminhadas até 16 de abril. O evento busca consolidar a aproximação entre todos os elos da cadeia de ferramentas, moldes e matrizes e contará com palestras de especialistas reconhecidos pelo segmento, que falarão sobre as tendências e perspectivas de mercado, Janeiro/Fevereiro 2010

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inovação tecnológica e gestão. O evento é direcionado para projetistas, fabricantes, fornecedores e usuários de ferramentas.

ABM 11 5534 4333 www.abmbrasil.com.br

Prorrogado financiamento a bens de capital O Governo Federal anunciou a prorrogação, até 30 de junho de 2010, do PSI - Programa de Sustentação do Investimento - e da desoneração do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para bens de capital. Destinado ao financiamento de máquinas e equipamentos novos credenciados no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BNDES, o PSI oferece acesso às

linhas de crédito Finame e BNDES automático, com taxas de juros fixadas em 4,5% ao ano, para aquisição de máquinas e equipamentos. O prazo para pagamento é de dez anos, com carência de até 24 meses e zero de entrada. O valor mínimo para financiamento é de R$ 30 mil e o máximo é de até 100% do valor do bem a ser adquirido, para contratos com micro, pequenas e médias empresas, e de até 80% em financiamentos direcionados às grandes empresas. Além do financiamento, o programa oferece a possibilidade do empréstimo de recursos para capital de giro, com parcela limitada a 50% dos bens para microempresas e a 30% para as pequenas e médias empresas. Essa medida tem importância decisiva no momento em que as empresas voltam a investir. O volume de aprovações do BNDES por meio desta linha, que teve alta de 53,4% durante o mês de outubro, mostra o sucesso do programa. No total, o banco aprovou R$ 1,43 bilhão, contra R$ 933

milhões de setembro. Este resultado deve se refletir no faturamento da indústria de máquinas nos próximos meses. O Governo também ampliou para R$ 1 milhão o limite de crédito que pode ser oferecido aos clientes do Cartão BNDES. Anteriormente, o limite era de R$ 500 mil. O prazo máximo de amortização não foi alterado, permanecendo em 48 meses. Ainda como opção, o PSI Inovação tem como objetivo contribuir para o aumento das atividades de inovação no país e para a sua realização em caráter sistemático, incentivando o aumento da competitividade das empresas brasileiras. Sua aplicação se estende a todos os setores da economia, com linhas de apoio que combinam instrumentos de renda fixa e variável. Permite o financiamento não só de itens de produção, mas também de itens intangíveis, como cursos e treinamentos. BNDES 21 2172 7447 www.bndes.gov.br/inovacao

CONEXÃO WWW O Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI é uma autarquia federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC, responsável por registros de marcas, concessão de patentes, averbação de contratos de transferência de tecnologia e de franquia empresarial, e por registros de programas de computador, desenho industrial e indicações geográficas. Criado em 11 de dezembro de 1970, pela Lei 5.648, em uma época marcada pelo esforço de industrialização do país limitava-se à concessão de marcas e patentes e pelo controle da importação de novas tecnologias. Hoje, com a modernização do país, concentra esforços para utilizar o sistema de propriedade industrial não somente em sua função de proteção intelectual, mas também como instrumento de capacitação e competitividade, condições fundamentais para alavancar o desenvolvimento tecnológico e econômico do país. www.inpi.gov.br Portal que visa atender às necessidades dos usuários do mundo metálico, apresentando, de forma simplificada e de fácil interpretação, uma ferramenta útil aos profissionais e estudiosos das áreas da metalurgia e mecânica. Conta com informações preciosas para sanar dúvidas, realizar pesquisas, consultar pessoas, cadastrar oportunidades, negócios, empresas e serviços. Disponibiliza assuntos diversos visando à atualização de informações relacionadas ao mundo dos metais, a partir de entrevistas, vídeos, colunistas, salas de bate-papo (chats), fóruns, classificados, dados metalmecânicos, dentre outras opções. Na seção Materiais, possibilita acesso aos mais variados assuntos relacionados aos materiais metálicos, desde história, aplicações, processos produtivos e de fabricação metalmecânicos, além de tratamentos térmicos e conceitos. Oferece ainda um jornal on-line, dicionário técnico e informações completas (ilustradas e com vídeos) sobre os elementos da tabela periódica. www.metalmundi.com

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Charlie Bliss

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DANTE RIBEIRO - dante@acoespecial.com.br

Usinagem por eletroerosão de penetração em aços-ferramenta

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processo de usinagem por eletroerosão de penetração é largamente utilizado na indústria de ferramentais. Entretanto há considerações técnicas importantes que devem ser observadas para um bom aproveitamento dos recursos de fabricação e consequente elevação da qualidade e produtividade.

Servomotor

Avanço da ferramenta

Ferramenta

Gerador de pulsos

Fluido dielétrico

Tanque

Filtro

Peça Dispositivo Bomba

Figura 2 - Seção transversal de uma superfície usinada por eletroerosão (aumento de 1.000x)

Mesa

Figura 1 - Diagrama de usinagem por eletroerosão submersa Janeiro/Fevereiro 2010

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Figura 6 - As colisões originam centelhas Figura 3 - Seção de uma superfície usinada por eletroerosão (aumento de 1.450x)

Figura 7 - Uma bolha de gás se forma ao redor do plasma

Figura 9 - A voltagem é interrompida e a bolha entra em colapso

Figura 4 - A voltagem cria um campo elétrico

Figura 5 - Os íons geram um canal condutor

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Figura 8 - As altas temperaturas vaporizam o material


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“Camada branca”

Camada temperada Camada revenida

Material de base Figura 11 - Camadas características observadas na superfície de aço-ferramenta usinado por eletroerosão

Figura 10 - Diagrama de usinagem por eletroerosão a fio

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Figura 12 - AparĂŞncia tĂ­pica de uma cratera

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Figura 14 - Representação esquemática do grau de acabamento da EDM tradicional (seção A) e da BEDM (seção B) em uma chapa de composto de Al2O3/6061Al

Figura 13 - Eletrodo típico usado em BEDM

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Ativado Centelhamento

Arco

CurtoDesativado circuito

Tempo

A

Tempo

Figura 15 - Classificação dos pulsos de descarga segundo Tarng

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1. Modelo

2. Metalização

3. Eletroformação eletrodo

4. Separação

5. Enchimento

Figura 16 - Método indireto por eletroformação

Dante Ribeiro - Formado em Engenharia de Materiais - habilitação Metalurgia, pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. É gerente técnico da Açoespecial Ltda.

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CARLOS EDUARDO KLEIN - carlos@hew.adv.br LEONARDO WERNER - leonardo@hew.adv.br DANIEL AUGUSTO HOFFMANN - daniel@hew.adv.br

A taxa de controle e fiscalização ambiental

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proteção ambiental é justa e necessária. Todavia, as taxas impostas pelas autoridades devem ser cobradas com base nas leis vigentes e não aleatoriamente.

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ANEXO VIII (incluído pela Lei 10.165, de 27/12/2000) Atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos ambientais Código 01 02

Categoria

PP/GU

Extração e tratamento de minerais Indústria de produtos minerais não metálicos (beneficiamento de minerais não metálicos, não associados a

Alto Médio

extração; fabricação e elaboração de produtos minerais não metálicos tais como produção de material cerâmico, cimento, gesso, amianto, vidro e similares)

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ANEXO IX (incluído pela Lei 10.165, de 27/12/2000) Pessoa física

Microempresa

Empresa pequeno porte

Empresa médio porte

Empresa grande porte

-

50,00

112,50 180,00 225,00

225,00 360,00 450,00

450,00 900,00 2.250,00

Alto

siderúrgicos, produção de fundidos de ferro e aço, forjados, arames, relaminados com ou sem tratamento; de superfície, inclusive galvanoplastia, metalurgia dos metais não-ferrosos, em formas primárias e secundárias, inclusive ouro; produção de laminados, ligas, artefatos de metais não-ferrosos com ou sem tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia; relaminação de metais não-ferrosos, inclusive ligas, produção de soldas e anodos; metalurgia de metais preciosos; metalurgia do pó, inclusive peças moldadas; fabricação de estruturas metálicas com ou sem tratamento de superfície, inclusive; galvanoplastia, fabricação de artefatos de ferro, aço e de metais não-ferrosos com ou sem tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia, têmpera e cementação de aço, recozimento de arames, tratamento de superfície)

Valores, em R$, devidos a título de TCFA por estabelecimento por trimestre Potencial de poluição, grau de utilização de recursos naturais Pequeno Médio Alto

Indústria metalúrgica (fabricação de aço e de produtos

04

Indústria mecânica (fabricação de máquinas, aparelhos,

Médio

peças, utensílios e acessórios com e sem tratamento térmico ou de superfície)

05

Indústria de material elétrico, eletrônico e comunicações (fabricação de pilhas, baterias e outros acumuladores,

Médio

fabricação de material elétrico, eletrônico e equipamentos para telecomunicação e informática; fabricação de aparelhos elétricos e eletrodomésticos)

06

Indústria de material de transporte (fabricação e

Médio

montagem de veículos rodoviários e ferroviários, peças e acessórios; fabricação e montagem de aeronaves; fabricação e reparo de embarcações e estruturas flutuantes)

07 08 09 10 11 12

Indústria de madeira Indústria de papel e celulose Indústria de borracha Indústria de couros e peles Indústria têxtil, de vestuário, calçados e artefatos de tecidos Indústria de produtos de matéria plástica (fabricação de

Médio Alto Pequeno Alto Médio Pequeno

laminados plásticos, fabricação de artefatos de material plástico)

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Indústria do fumo Indústrias diversas Indústria química Indústria de produtos alimentares Serviços de utilidade Transporte, terminais, depósitos e comércio Turismo Uso de recursos naturais

Médio Pequeno Alto Médio Médio Alto Pequeno Médio

(redação dada pela Lei 11.105, de 2005)

Carlos Eduardo Klein - Bacharel em Direito pela Associação Catarinense de Ensino. Cursa MBA em Direito Tributário pela Fundação Getúlio Vargas - FGV/RJ. Advogado e sócio proprietário da Hoffmann & Werner Advogados Associados. Leonardo Werner - Bacharel em Direito pela Universidade do Vale do Itajaí - Univali, pós-graduado pela Escola da Magistratura de Santa Catarina - ESMESC, pós-graduado em Direito Empresarial pelo Instituto Nacional de Pós-graduação - INPG e especialista em Direito Tributário pela Universidade da Região de Joinville - Univille. Advogado, sócio proprietário da Hoffmann & Werner Advogados Associados e membro da Junta de Recursos Administrativo-Tributários - JURAT de Joinville, SC. Daniel Augusto Hoffmann - Bacharel em Direito pela Associação Catarinense de Ensino - ACE e pós-graduado pela Associação Catarinense do Ministério Público em Direito Penal e Processual Penal. Advogado, sócio proprietário da Hoffmann & Werner Advogados Associados e Professor de Legislação Tributária no curso de Administração da Faculdade Cenecista de Joinville, SC.

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LEANDRO LOSS - leandro.loss@gmail.com

Modelo de negócios - uma forma de aumentar a competitividade das empresas em momentos de crise

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epensar o modelo de gestão das empresas com vistas a torná-las mais competitivas em um cenário cada vez mais aguerrido é uma tarefa frequente para os executivos. O desenvolvimento de um modelo de negócios é uma ferramenta importante para auxiliar as empresas a entenderem o mercado, buscando inovar os produtos e desvendar novas oportunidades de negócios.

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Análise SWOT

Análise do negócio Campos de criação de valor Análise do mercado Cadeia de valor Estratégia de fornecimento Proposição de valor

Análise do ecossistema

Antecipação de rupturas

Análise competitiva

Segmentação de mercado

Figura 1 - Elementos que compõem um Modelo de Negócios

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Na conquista do objetivo

Interna (organização) Externa (ambiente)

Origem do fator

Ajuda

Atrapalha

S W O T Forças

Fraquezas

Oportunidades

Ameaças

Figura 2 - Diagrama SWOT [4]

Leandro Loss - Doutor pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica - Departamento de Automação e Sistemas, Mestre pelo mesmo departamento e Bacharel em Ciência da Computação pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc). Experiência em projetos nacionais, (IFM-I e IFM-II do Programa Instituto do Milênio) e de projetos internacionais em conjunto com a União Européia (Damascos, MyFashion.eu, ECOLEAD, MIDAS) na área de Redes Colaborativas de Organizações, Aprendizagem Organizacional, Gestão de Conhecimento e Saúde Eletrônica. É membro da SoColNet (Society of Collaborative Networks http://www.socolnet.org).

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Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais

Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia MEDIÇÕES

Parte integrante da revista Ferramental - Nº 27 - Janeiro/Fevereiro 2010

Termo Português/Inglês/Francês

Significado

Medição, f (measurement) mesurage

Conjunto de operações que tem por objetivo determinar um valor de uma grandeza. Observação: As operações podem ser feitas automaticamente.

Metrologia, f metrology métrologie

Ciência da medição Observação: A metrologia abrange todos os aspectos teóricos e práticos relativos às medições, qualquer que seja a incerteza, em quaisquer campos da ciência ou tecnologia.

Princípios de medição, m principle of measurement principe de mesure

Base científica de uma medição. Exemplos: a) O efeito termoelétrico utilizado para a medição da temperatura; b) O efeito Josephson utilizado para a medição da diferença de potencial elétrico; c) O efeito Doppler utilizado para a medição da velocidade; d) O efeito Raman utilizado para medição do número de ondas das vibrações moleculares.

Método de medição, m method of measurement méthode de mesure

Sequência lógica de operações, descritas genericamente, usadas na execução das medições Observação: Os métodos de medição podem ser qualificados de várias maneiras; entre as quais: - método de substituição; - método diferencial; - método “de zero”.

Procedimento de medição, m measurement procedure mode de opératoire (de mesure)

Conjunto de operações, descritas especificamente, usadas na execução de medições particulares, de acordo com um dado método. Observação: Um procedimento de medição é usualmente registrado em um documento, que algumas vezes é denominado procedimento de medição (ou método de medição) e normalmente tem detalhes suficientes para permitir que um operador execute a medição sem informações adicionais.

Mensurando, m mensurand mesurand

Objeto de medição. Grandeza específica submetida à medição. Exemplo: Pressão de vapor de uma dada amostra de água a 20o C. Observação: A especificação de um mensurando pode requerer informações de outras grandezas como tempo, temperatura ou pressão.

Grandeza de influência, f influence quantity grandeur d'influence

Grandeza que não é o mensurando, mas que afeta o resultado da medição deste. Exemplos: a) A temperatura de um micrômetro usado na medição de um comprimento; b) A frequência na medição da amplitude de uma diferença de potencial em corrente alternada; c) A concentração de bilirrubina na medição da concentração de hemoglobina em uma amostra de plasma sanguíneo humano.

Sinal de medição, m measurement signal signal de mesure

Grandeza que representa o mensurando ao qual está funcionalmente relacionada. Exemplos: a) Sinal de saída elétrico de um transdutor de pressão; b) Frequência de um conversor tensão-frequência; c) Força eletromotriz de uma célula de concentração eletroquímica utilizada para medir a diferença em concentração. Observação: O sinal de entrada de um sistema de medição pode ser denominado estímulo, o sinal de saída pode ser denominado resposta.

Valor transformado (de um mensurando), f transformed value (of a measurand) valeur transformée (d'un mesurand)

Valor do sinal de uma medição representando um dado mensurando.

RESULTADOS DE MEDIÇÃO Termo Português/Inglês/Francês

Significado

Resultado de uma medição, f result of a measurement résultat d'un mesurage

Valor atribuído a um mensurando obtido por medição. Observações: 1) Quando um resultado é dado, deve-se indicar, claramente, se ele se refere: – à indicação; - ao resultado não corrigido; - ao resultado corrigido; e, se corresponde ao valor médio de várias medições. 2) Uma expressão completa do resultado de uma medição inclui informações sobre a incerteza de medição.


Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais

Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia

Termo Português/Inglês/Francês

Significado

Indicação (de um instrumento de medição), f Indication (of a measuring instrument) indication (d'un instrument de mesure)

Valor de uma grandeza fornecido por um instrumento de medição; Observações: 1) O valor lido no dispositivo mostrador pode ser denominado de indicação direta, ele é multiplicado pela constante do instrumento para fornecer a indicação; 2) A grandeza pode ser um mensurando, um sinal de medição ou uma outra grandeza a ser usada no cálculo do valor do mensurando; 3) Para uma medida materializada a indicação é o valor a ela estabelecido.

Resultado não corrigido, m uncorrected result résultat brut

Resultado de uma medição, antes da correção, devida aos erros sistemáticos.

Resultado corrigido, m corrected result résultat corrige

Resultado de uma medição, após a correção, devida aos erros sistemáticos.

Exatidão de medição, f accurancy of measurement exactitude de mesure

Grau de concordância entre o resultado de uma medição e um valor verdadeiro do mensurando. Observações: 1) Exatidão é um conceito qualitativo; 2) O termo precisão não deve ser utilizado como exatidão.

Repetitividade (de resultados de medições), f repeatibility (of results of measurement) épétabilité (des résultats de mesurage)

Grau de concordância entre os resultados de medições sucessivas de um mesmo mensurando efetuadas sob as mesmas condições de medição. Observações: 1) Estas condições são denominadas condições de repetitividade; 2) Condições de repetitividade incluem: - mesmo procedimento de medição; - mesmo observador; - mesmo instrumento de medição, utilizado nas mesmas condições; - mesmo local; - repetição em curto período de tempo. 3) Repetitividade pode ser expressa, quantitativamente, em função das características da dispersão dos resultados.

Reprodutibilidade (dos resultados de medição), f reproducibility (of results of measurement) reproductibilité (des résultats de mesurage)

Grau de concordância entre os resultados das medições de um mesmo mensurando, efetuadas sob condições variadas de medição. Observações: 1) Para que uma expressão da reprodutibilidade seja válida, é necessário que sejam especificadas as condições alteradas; 2) As condições alteradas podem incluir: - princípio de medição; - método de medição; - observador; - instrumento de medição; - padrão de referência; - local; - condições de utilização; - tempo. 3) Reprodutibilidade pode ser expressa, quantitativamente, em função das características da dispersão dos resultados. 4) Os resultados aqui mencionados referem-se, usualmente, a resultados corrigidos.

Desvio padrão experimental, f experimental standard deviation écart-type expérimental

Para uma série de "n" medições de um mesmo mensurando, a grandeza "s", que caracteriza a dispersão dos resultados é dada pela fórmula: n

å (x s=

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2

1

- x)

i =1

n -1

onde xI representa o resultado da "iésima" medição e x representa a média aritmética dos "n" resultados considerados. Observações: 1) Considerando uma série de "n" valores como uma amostra de distribuição, x é uma estimativa não tendenciosa da média µ e s2 é uma estimativa não tendenciosa da variância desta distribuição. 2) A expressão s / n é uma estimativa do desvio padrão da distribuição de x e é denominada desvio padrão experimental da média. 3) "Desvio padrão experimental da média", é, algumas vezes, denominado incorretamente erro padrão da média.

Parte integrante da revista Ferramental - Nº 27 - Janeiro/Fevereiro 2010

RESULTADOS DE MEDIÇÃO


Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais

Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia RESULTADOS DE MEDIÇÃO

Parte integrante da revista Ferramental - Nº 27 - Janeiro/Fevereiro 2010

Termo Português/Inglês/Francês

Significado

Incerteza de medição, f uncertainty of measurement incertitude de mesure

Parâmetro, associado ao resultado de uma medição, que caracteriza a dispersão dos valores que podem ser fundamentadamente atribuídos a um mensurando. Observações: 1) O parâmetro pode ser, por exemplo, um desvio padrão (ou um múltiplo dele), ou a metade de um intervalo correspondente a um nível de confiança estabelecido; 2) A incerteza de medição compreende, em geral, muitos componentes. Alguns destes componentes podem ser estimados, com base na distribuição estatística dos resultados das séries de medições e podem ser caracterizados por desvios padrão e experimentais. Os outros componentes, que também podem ser caracterizados por desvios padrão, são avaliados por meio de distribuição de probabilidades assumidas, baseadas na experiência ou em outras informações; 3) Entende-se que o resultado da medição é a melhor estimativa do valor do mensurando, e que todos os componentes da incerteza, incluindo aqueles resultantes dos efeitos sistemáticos, como os componentes associados com correções e padrões de referência, contribuem para a dispersão. Esta definição foi extraída do “Guia para Expressão de Incerteza de Medição”, e sua fundamentação é detalhada.

Erro (de medição), m error (of measurement) erreur (de mesure)

Resultado de uma medição menos o valor verdadeiro do mensurando. Observações: 1) Uma vez que o valor verdadeiro não pode ser determinado, utiliza-se, na prática, um valor verdadeiro convencional [ver Edição 26 - Valor verdadeiro (de uma grandeza) e Valor verdadeiro convencional (de uma grandeza)] 2) Quando for necessário distinguir “erro” de “erro relativo”, o primeiro é, algumas vezes, denominado erro absoluto da medição. Este termo não deve ser confundido com valor absoluto do erro, que é o modulo do erro.

Desvio, m deviation écart

Valor menos seu valor de referência.

Erro relativo, f relative error erreur relative

Erro da medição dividido por um valor verdadeiro do objeto da medição. Observação: Uma vez que o valor verdadeiro não pode ser determinado, utiliza-se, na prática, um valor verdadeiro convencional [ver Edição 26 - Valor verdadeiro (de uma grandeza) e Valor verdadeiro convencional (de uma grandeza)]

Erro aleatório, f random error erreur aléatoire

Resultado de uma medição menos a média que resultaria de um infinito número de medições do mesmo mensurando efetuadas sob condições de repetitividade. Observação: 1) Erro aleatório é igual ao erro menos o erro sistemático; Em razão de que apenas um finito número de medições pode ser feito, é possível apenas determinar uma estimativa do erro aleatório.

Erro sistemático, f systematic error erreur systématique

Média que resultaria de um infinito número de medições do mesmo mensurando, efetuadas sob condições de repetitividade, menos o valor verdadeiro do mensurando. Observações: 1) Erro sistemático é igual ao erro aleatório; 2) Analogamente ao valor verdadeiro o erro sistemático e suas causas não podem ser completamente conhecidos; 3) Para um instrumento de medição ver Tendência de um instrumento de medição (Edição 28).

Correção, f correction correction

Valor adicionado algebricamente ao resultado não corrigido de uma medição para compensar um erro sistemático. Observações: 1) A correção é igual ao erro sistemático estimado com sinal trocado; 2) Uma vez que o erro sistemático não pode ser perfeitamente conhecido, a compensação não pode ser completa.

Fator de correção, m correction factor facteur de correction

Fator numérico pelo qual o resultado não corrigido de uma medição é multiplicado para compensar um erro sistemático. Observação: Uma vez que o erro sistemático não pode ser perfeitamente conhecido, a compensação não pode ser completa. Janeiro/Fevereiro 2010 Ferramental 39


Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais

Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO

Muitos termos diferentes são empregados para descrever os artefatos utilizados nas medições. Este vocabulário define somente uma seleção de termos preferenciais; a lista a seguir, mais completa, está organizada em ordem aproximadamente crescente de complexidade. Esses termos não são mutuamente excludentes. a - elemento; b - componente; c - parte; d - transdutor de medição; e - dispositivo de medição; f - material de referência; g - medida materializada; h - instrumento de medição; i - aparelhagem; j - equipamento; k - cadeia de medição; l - sistema de medição; m - instalação de medição

Significado

Instrumento de medição, m measuring instrument instrument de mesure, appareil de mesure

Dispositivo utilizado para uma medição, sozinho ou em conjunto com dispositivo (s) complementar (es).

Medida materializada, f material measure mesure matérialisée

Dispositivo destinado a reproduzir ou fornecer, de maneira permanente durante seu uso, um ou mais valores conhecidos de uma dada grandeza. Exemplos: a) Uma massa; b) Uma medida de volume (de um ou vários valores, com ou sem escala); c) Um resistor elétrico padrão; d) Um bloco padrão; e) Um gerador de sinal padrão; f) Um material de referência. Observação: A grandeza em questão pode ser denominada grandeza fornecida.

Transdutor de medição, m measuring transducer transducteur de mesure

Dispositivo que fornece uma grandeza de saída que tem uma correlação determinada com a grandeza de entrada. Exemplos: a) termopar; b) transformador de corrente; c) extensômetro elétrico de resistência (strain gauge); d) eletrodo de pH

Cadeia de medição, f measuring chain chaine de mesure

Sequência de elementos de um instrumento ou sistema de medição, que constitui o trajeto do sinal de medição desde o estímulo até a resposta. Exemplo: Uma cadeia de medição eletroacústica compreende um microfone, atenuador, filtro, amplificador e voltímetro.

Sistema de medição, m measuring system système de mesure, m

Conjunto completo de instrumentos de medição e outros equipamentos acoplados para executar uma medição específica. Exemplo: a) Aparelhagem para medição de condutividade de materiais semicondutores; b) Aparelhagem para calibração de termômetros clínicos. Observações: 1) O sistema pode incluir medidas materializadas e reagentes químicos. 2) Um sistema de medição que é instalado de forma permanente, é denominado instalação de medição.

Instrumento (de medição) mostrador, m displaying (measuring instrument appareil (de mesure) affischeur Instrumento (de medição) indicador, m indicating (measuring) instrument appareil (de mesure) indicateur

Instrumento de medição que apresenta uma indicação. Exemplos: a) Voltímetro analógico; b) Frequenciometro digital; c) Micrômetro. Observações: 1) A indicação pode ser analógica (contínua ou descontínua) ou digital 2) Valores de mais de uma grandeza podem ser apresentados simultaneamente. 3) Um instrumento de medição indicador pode, também, fornecer um registro.

Instrumento (de medição) registrador, m recording (measuring) instrument appareil (de mesure) enregistreur

Instrumento de medição que fornece um registro da indicação. Exemplos: a) barógrafo b) dosímetro termoluminescente c) espectômetro registrador Observações: 1) O registro (indicação) pode ser analógico (linha contínua ou descontínua) ou digital; 2) Valores de mais de uma grandeza podem ser registrados (apresentados) simultaneamente; Um instrumento registrador pode, também, apresentar uma indicação.

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Parte integrante da revista Ferramental - Nº 27 - Janeiro/Fevereiro 2010

Termo Português/Inglês/Francês


Por Antônio Roberto Szabunia redação@revistaferramental.com.br

BTOMEC Ferramentaria e Usinagem de Precisão Ltda.

O

Sede atual

Vista parcial da primeira sede

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Laboratório de metrologia e controle da qualidade

Participação em feiras

Wiland Tiergarten

Data da Fundação 1985 Contato Fone 47 3436-0600 btomec@btomec.com.br 42

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Armando Bohn

Sede Rua Sorocaba, 91 - Floresta Joinville - SC www.btomec.com.br


Certificado Digital

Fonte: www.receita.fazenda.gov.br / www.nfedobrasil.com.br / www.acnotarial.com.br 1

RFB: Receita Federal do Brasil e-CPF: Cadastro de Pessoa Física eletrônico. 3 e-CNPJ: Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica eletrônico 4 e-NF: Nota Fiscal eletrônica. 5 Site: do inglês, significa local. Em português tem sido utilizada a palavra sítio. Um sítio é uma localização (endereço) na rede mundial de computadores (www) que abriga um conjunto de páginas eletrônicas que ficam abaixo da URL inicial (do inglês, Uniform Resource Locator = Localizador de Recursos Uniformes). A URL é uma seqüência de números que fornece o endereço internet de um site da rede ou um recurso da www, juntamente com o protocolo, através do qual o site ou recurso é acessado. 6 Smart Card: é um cartão que geralmente assemelha-se em forma e tamanho a um cartão de crédito convencional de plástico com tarja magnética. Além de ser usado em cartões bancários e de identificação pessoal, é encontrado também nos celulares modernos (o "chip" localizado normalmente atrás da bateria). A grande diferença é que ele possui capacidade de processamento uma vez que embute um microprocessador e memória (que armazena vários tipos de informação na forma eletrônica), ambos com sofisticados mecanismos de segurança. 7 Token: é um dispositivo eletrônico, geralmente ligado ao computador, o qual gera uma nova senha numérica aleatória a cada determinado intervalo de tempo ou segundo a programação previamente realizada, para ser utilizada como um fator de segurança adicional em transações financeiras realizadas pela internet. 2

Fonte: www.infowester.com

Grupo Abra Maiores informações pelo e-mail (joseane@grupoabra.com) ou pelo fone 47 3028 2180 Janeiro/Fevereiro 2010

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RAFAEL GEREMONTE - rgeremon@husky.ca

A análise térmica ideal de um sistema com câmara quente pode levar ao sucesso no processo de injeção de plásticos

S

istemas de câmara quente exigem que vários fatores técnicos estejam em perfeito balanceamento a fim de apresentar desempenho adequado. Um dos principais tópicos é a configuração térmica que, quando bem avaliada, resulta em condições perfeitas de operação.

Figura 1 - Esquema de molde com câmara quente. (cortesia de Orycon Control Technology Inc.)

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Figura 2 - Dois manifolds de quatro bicos de injeção, com tamanhos diferentes

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Figura 3 - Manifold pequeno de quatro bicos

Figura 4 - Manifold grande de quatro bicos

Figura 5 - Manifold com resistência melhorada

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Figura 6 - Manifold com melhoria no perfil térmico

Figura 7 - Manifold utilizando resistências centrais de manutenção


Rafael Geremonte - Formado em Engenharia Mecatrônica na Faculdade Politécnica de Jundiaí. É Coordenador da Engenharia de Câmaras Quentes na Husky do Brasil Sistemas de Injeção Ltda.

Não quebre a cabeça! na hora de decidir. . . Anuncie na

Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais Coordenação de Vendas: (47) 3025-2817 (51) 3228-7179 (11) 3481-5324

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ferramental@revistaferramental.com.br casagrande@revistaferramental.com.br vendas.sp@revistaferramental.com.br


Centro de torneamento CNC O centro de torneamento vertical da ACE, modelo VTL-30, comercializado pela Andorinha, combina força, rigidez e versatilidade com capacidade superior. Tem amplo acesso à área da placa que facilita o carregamento e descarregamento de peças. As altas gamas de avanço rápido (de 50 a 2.500 rpm) reduzem o tempo de cada ciclo. A máquina é equipada com guias de deslocamento lineares nos eixos X e Z para melhor posicionamento e repetibilidade. Tem curso de 260 x 500 mm nos eixos X e Z respectivamente e velocidade de deslocamento rápido no eixo X de 20 m/minuto. Os diâmetro e comprimento máximos de torneamento são iguais a 500 mm e sua potência no motor do eixo-árvore é de 18,5 kWh. Como opcionais disponibiliza porta automática, gerenciamento da vida útil da ferramenta, coletor de cavaco e torre de 12 posições.

ramentarias. Transporta e eleva a altura desejada. Tem acionamento hidráulico por bomba manual de dupla ação. Acionamento a pedal para elevação rápida sem carga. Rodas e rodízios com rolamentos de esferas blindados e lubrificados; rodas de nylon, ferro ou ferro com revestimento em poliuretano. Sua estrutura em aço é soldada eletricamente e a plataforma é confeccionada em chapa lisa de aço. Está disponível em 3 versões, para 200, 500 e 1.000 kg com altura de elevação de 1.300 a 1.600 mm.

Zeloso 11 3694 6000 www.zeloso.com.br

Eletroerosão para micro furos

Andorinha 19 3027 7000 11 2604 3663 www.andorinhabr.com

Movimentação de ferramentais A plataforma elevadora fabricada pela Zeloso é indicada para colocação de estampos em prensas bem como para deslocamento de moldes no chão de fábrica das fer50

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A Japax, representante no Brasil da fabricante coreana KTC, comercializa a máquina de eletroerosão EDB435 NC para execução de micro furos, permitindo operação em alta velocidade no corte de peças a partir de materiais endurecidos de difícil usinabilidade. O curso nos eixos X, Y e Z é de 400 x 350 x 250 mm respectivamente e o diâmetro do eletrodo pode variar de 0,08 mm até 4 mm. O tamanho máximo de peça atinge 720 x 580 x 285 mm e sua configuração conta ainda com trocador automático de ferramentas e eixo W. Tem monitor de 12” LCD com touch screen (tela de toque), sistema operacional Windows® XP e entradas para USB, LAN e MDI. Japax 11 5564 7488 www.japax.com.br


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CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO - CEP

WRITING A CONVINCING BUSINESS PLAN (ESCREVENDO UM PLANO DE NEGÓCIOS CONVINCENTE)

IQA

Fornece novas técnicas e adiciona tópicos essenciais para a melhoria contínua, incluindo a cobertura aprimorada de análise de dados com o intuito de cobrir todas as situações que normalmente ocorrem com o sistema CEP. Várias mudanças foram realizadas nesta nova edição, bem como no enfoque de técnicas alternativas e avançadas para dar suporte à melhoria contínua dos processos. Um ponto muito importante é a inclusão de técnicas estatísticas específicas e avançadas, o que representa uma resposta à altura das necessidades atuais e futuras da indústria automobilística mundial. O foco está na redução da variabilidade através do ciclo da melhoria contínua do processo. O CEP é visualizado como uma ferramenta para o chão-de-fábrica, onde os operadores e supervisores têm a função básica de acompanhar a estabilidade do processo, promovendo ações locais quando necessário. Segunda edição. 2006. www.iqa.org.br

DICIONÁRIO DE TERMOS DE ESTRATÉGIA EMPRESARIAL Belmiro Valverde Jobim Castor e Fábio Zugman

Estratégia empresarial é uma área rica, com mais de 50 anos de desenvolvimentos práticos e acadêmicos. Sua importância é tanta que hoje é difícil pensar em um centro de pesquisa, ensino ou consultoria em administração que não contenha um núcleo de estratégia em suas atividades. Ao elaborarem a obra os autores objetivaram atingir tanto o profissional que quer um entendimento sobre o assunto, quanto o acadêmico que busca fontes para uso em sala de aula. Assim, oferecem uma visão mais rica e completa, que atualmente só se encontra disponível para aqueles dispostos a se aventurar pela pesquisa acadêmica na área. Este dicionário busca oferecer essa riqueza de teorias, fatos, opiniões e experiências que acaba sendo otimizada e excluída dos trabalhos mais lineares sobre o tema. 2008. ISBN 978-85-22451-89-0. www.editoraatlas.com.br

Arthur R. DeThomas, Stephanie Derammelaere

Um plano de negócios harmônico e convincente é o primeiro passo para um empreendedor iniciar um negócio lucrativo. É também um pré-requisito para a obtenção de financiamentos e atração de investidores. Um bom plano de negócios descreve as operações de negócio e metas, analisa os mercados e projeta as vendas, configura os planos de operação e marketing, e prevê as despesas operacionais. Este livro mostra como organizar e escrever um modelo de negócios lógico e profissional que pode ser apresentado a potenciais investidores e instituições financeiras. Terceira edição. Idioma inglês. 2008. ISBN 978-07-64139-34-5. www.barronseduc.com

ANÁLISE TÉRMICA DE MATERIAIS Cheila Gonçalves Mothé e Aline Damico de Azevedo

Apresenta os fundamentos teóricos e práticos das técnicas de análise térmica de maneira clara e de fácil leitura com aplicações, equipamentos e resultados, além de exemplos experimentais oriundos do nosso país, ilustrando a diversidade e potencial industrial em alimentos, compósitos, fibras vegetais, hidrocolóides, medicina, polímeros, tratamento-reciclagem e aproveitamento energético de resíduos, dentre outros. As técnicas termoanalíticas tais como termogravimetria, termogravimetria derivada, análise térmica diferencial, calorimetria exploratória diferencial, análise mecânica térmica, análise mecânica dinâmica, detecção de gases desprendidos e análise de volatilização térmica, tornaram-se métodos extremamente úteis na caracterização ou no estudo de propriedades térmicas, no desempenho do material, avaliação de decomposição, controle de reações químicas, falhas de processo e operação, elucidação da cinética e do mecanismo dos processos, além do controle e garantia da qualidade de produtos. 2009. ISBN 978-85-88098-49-7. www.artliber.com.br

ACIJ .................................................28

Forvm ..............................................33

Polimold ...................................3ª capa

Autodesk ...................................4ªcapa

Incoe ...............................................13

Schmolz+Bickenbach .........................5

Brehauser.........................................50

Interplast .........................................30

Siemens ....................................2ª capa

Btomec ............................................23

Kruth .................................................6

Tecnoserv.........................................11

CIMM ................................................6

Metalurgia .......................................44

Zeiss ................................................19

Dynamach .......................................36

Plastibras..........................................50

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Divulgação

Carlos Rodolfo Schneider Presidente Associação Empresarial de Joinville presidente@acij.com.br

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A desilusão das reformas É consenso na sociedade brasileira a necessidade de reformas profundas na Constituição aprovada em 1988 pela Assembléia Nacional Constituinte. Convocada para reorganizar, acabou por deixar uma série de lacunas, na política, na economia, nas relações trabalhistas, no sistema previdenciário e assim por diante. Os últimos governos federais tiveram boas chances de implementar as reformas e as desperdiçaram. Lula chegou ao poder em 2003 falando em alterar as aposentadorias dos funcionários públicos, em mudanças na legislação trabalhista e nas regras tributárias. A reforma previdenciária jamais foi regulamentada, e os mais de 100 mil funcionários que ingressaram no serviço público nos últimos seis anos mantêm o direito à aposentadoria integral. A promessa de equiparar a aposentadoria dos servidores públicos à dos trabalhadores da iniciativa privada não foi cumprida. Frequentemente surge a pergunta: qual a reforma estrutural mais importante ou mais urgente? Qual reforma deve acontecer primeiro? O ideal seria que todas já tivessem sido implementadas. Mas, em Brasília, o ideal vai além da utopia. Nenhuma das reformas propostas: Fiscal, Política, Trabalhista, Previdenciária, foi efetivamente realizada. Não há projetos efetivos de reforma. Ou melhor, não há projetos que proponham as mudanças que são realmente necessárias. Não estão em pauta, pelo menos com evidência, a reforma do Judiciário e a reforma das Leis Trabalhistas. Não está em pauta a Reforma Fiscal, imprescindível para que possamos efetivamente reduzir a carga de impostos. Apenas uma pseudo-proposta de Reforma Tributária, que está parada no Congresso Nacional e não passa de maquiagem. Os governos parecem não estar dispostos a reduzir os gastos. Só aceitam uma reforma que não diminua a arrecadação. E reforma que não considere a redução da carga tributária é apenas um ensaio que poderá, na melhor das hipóteses, simplificar a atual grade de tributos e amenizar a guerra fiscal. Seria um avanço importante, mas insuficiente. Políticos e governadores de todos os partidos concordam com a necessidade de se fazer a reforma tributária, com a condição de que não se diminua nenhum real da arrecadação. Essa posição vem da avaliação de que, em se reduzindo a arrecadação, não será possível cobrir as despesas existentes. Por isso, a necessidade de mudarmos o foco para a Reforma Fiscal, que discuta e estabeleça as formas de reduzir as despesas da máquina pública, como pré-condição para a redução da arrecadação. Igualmente incompleta e com aprovação improvável é a proposta de reforma política, que não mexe com questões que realmente podem contribuir para que tenhamos os poderes mais transparentes, equilibrados e éticos em suas relações. Nossa percepção é de que as demais reformas dificilmente caminharão se não forem precedidas da Reforma Política. Somente com uma nova conduta dos nossos representantes no legislativo e executivo, que privilegie o respeito ao partido e às instituições, a transparência e a responsabilidade com a coisa pública e o comprometimento com a sociedade, será possível deflagrar as demais mudanças, fundamentais para que o país possa efetivamente ter o crescimento e os níveis de qualidade que precisa e merece. Nossos políticos vivem num mundo de distorções que lhes garante segurança e tranquilidade diante dos atos e crimes denunciados todos os dias pela imprensa. A imunidade virou sinônimo de impunidade. A renúncia impede eventual cassação. A possibilidade de legislar em causa própria é mais um entre tantos outros absurdos. Temas como voto distrital, cláusula de barreira, supressão do foro privilegiado, fidelidade partidária e renovação obrigatória nos diretórios dos partidos poderiam estabelecer uma nova configuração no Congresso Nacional, exigindo do parlamentar uma postura mais ética e coerente. Num momento tão controverso pelo qual passa o Senado, fica ainda mais difícil acreditar que mudanças profundas, e importantes, possam acontecer. O descrédito do Legislativo Nacional, e a impotência do mesmo em por foco no que realmente é importante para o país, nos levam a crer que muito pouco, ou nada, que dependa dos ares de Brasília terá algum poder transformador. Diante desse quadro, a mobilização conjunta da sociedade organizada, em todo o país, é fundamental para que um novo pensamento, e a necessária pressão sobre a classe política, venha a ser efetivamente exercida.


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