ANO V - Nº 28 - MARÇO/ABRIL 2010 REVISTA FERRAMENTAL - PUBLICAÇÃO DA EDITORA GRAVO - ISSN 1981-240X
Organize sua empresa com o mapeamento de processo e aumente a produtividade
Otimize a geometria de matrizes através da simulação numérica
DESTAQUE
ANO V - Nº 28 - MARÇO/ABRIL 2010 REVISTA FERRAMENTAL - PUBLICAÇÃO DA EDITORA GRAVO - ISSN 1981-240X
Organize sua empresa com o mapeamento de processo e aumente a produtividade
Otimize a geometria de matrizes através da simulação numérica
DESTAQUE
Christian Dihlmann Editor
distanciar-se na velocidade da luz. E os volumes deles tendem a aumentar.
O tubarão no tanque
Por outro lado, também confirmei que o planejamento leva a redução dos “tropeços” e facilita atingir os objetivos. Usando a máxima que diz “nunca é tarde”, estou certo de que, com dedicação e comprometimento, atingiremos a respeitável condição de fabricante mundial de ferramentais.
“O setor de ferramentaria da China liderou o mundo em 2009 com uma fatura de mais de 400 bilhões de yuans, um crescimento 16% superior ao ano anterior. Os dados divulgados pela Associação da Indústria das Máquinas e Ferramentas revelam que o volume de venda de ferramentaria da China gerou 330 bilhões de yuans nos primeiros 11 meses do ano passado, 11% superior ao mesmo período do ano anterior. Destaca-se também a ocupação da ferramentaria produzida pela China no mercado doméstico, que ultrapassou 70%. No entanto, a China continua sendo o maior importador de ferramentaria no mundo, especialmente no respeito à tecnologia avançada.”
Em 28 de maio deste ano, na cidade de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, ocorrerá o III Encontro Nacional de Ferramentarias, cujo foco será fomentar a discussão, entre os empresários, sobre temas comuns ao setor ferramenteiro nacional. O encontro abordará o planejamento estratégico do setor para os próximos 15 anos, validado no II ENAFER (São Paulo, julho de 2009). Desta feita, serão desmembradas as ações para atendimento aos objetivos definidos, visando colocar o Brasil em posição de destaque mundial na comercialização de moldes e ferramentais.
Fonte: China Radio Internacional - CRI, março de 2010, http://portuguese.cri.cn/561/2010/02/26/1s119412.htm
Empresário ferramenteiro, contamos com sua participação!
Já há algum tempo, tenho mencionado isso nas palestras que faço sobre ferramentarias:
Lafayette Ronald Hubbard (1911-1986) publicou no início dos anos 50 que “o homem progride, estranhamente, somente perante um ambiente desafiador”.
1) O mercado mundial de ferramentais era de US$ 25 bilhões em 2004. Em 2006 a China apresentou um planejamento estratégico para o setor até 2050, objetivando produzir US$ 30 bilhões, ou seja, acima do que já existia de mercado mundial na época. A notícia mostra que já se superaram (400 bilhões de yuans = 58,8 bilhões de dólares). Logicamente, o setor internacional cresceu como um todo. 2) A China importa moldes/ferramentais de alto valor agregado. Temos que parar de pensar em exportar apenas para a Europa e USA (isso quando atingirmos o nível de exportadores) e nos voltarmos para os mercados emergentes e menos visados. Confesso que senti uma pontinha de inveja quando li essa informação. Com o nosso pífio volume de produção (e de faturamento), estamos vendo o dragão asiático
Estamos frente a um cenário altamente competitivo. A nossa perpetuação depende de ações imediatas. Precisamos de mudanças rápidas e de medidas que compensem as dificuldades que nos são impostas pela realidade empresarial nacional. Isso me faz lembrar a história do tubarão no tanque. Conta-se que os japoneses, para manter os peixes frescos quando da pesca distante, colocam um pequeno tubarão no tanque do navio pesqueiro. Isso faz com que os peixes nadem para fugir do predador e se mantenham em boas condições físicas. O tubarão come alguns peixes, mas a maioria chega “muito vivo” e fresco ao porto. Estamos com um tubarão em nosso tanque. Veremos o quão longe podemos realmente chegar.
Março/Abril 2010
Ferramental
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Artigos Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais
www.revistaferramental.com.br ISSN 1981-240X
13 Mapeamento de processos - Parte 1 Mapear processos significa conhecer em profundidade tudo o que é realizado por todos os profissionais em uma empresa. E as metodologias de mapeamento de processos permitem aprimorar os fluxos de trabalho de forma a maximizar a produtividade, melhorar a qualidade das entregas, padronizar a sua execução e facilitar a automatização dos processos.
DIRETORIA Christian Dihlmann Jacira Carrer REDAÇÃO Editor: Christian Dihlmann - (47) 9964-7117 christian@revistaferramental.com.br Jornalista responsável: Antônio Roberto Szabunia - RP: SC-01996 Colaboradores Adriano Fagali de Souza, André P. Penteado Silveira Jefferson de Oliveira Gomes, Cristiano V. Ferreira, Rolando Vargas Vallejos PUBLICIDADE Coordenação nacional de vendas Christian Dihlmann (47) 3025-2817 / 9964-7117 christian@revistaferramental.com.br Representantes Ívano Casagrande (51) 3228-7139 / 9109-2450 casagrande@revistaferramental.com.br Nilson de Souza Jr. (11) 3481-5324 / 9959-5655 vendas.sp@revistaferramental.com.br ADMINISTRAÇÃO Jacira Carrer - (47) 3025-2817 / 9919-9624 adm@revistaferramental.com.br Circulação e assinaturas circulacao@revistaferramental.com.br Produção gráfica Martin G. Henschel Impressão Impressul Indústria Gráfica Ltda. www.impressul.com.br
A revista Ferramental é distribuída gratuitamente em todo o Brasil, bimestralmente. É destinada à divulgação da tecnologia de ferramentais, seus processos, produtos e serviços, para os profissionais das indústrias de ferramentais e seus fornecedores: ferramentarias, modelações, empresas de design, projetos, prototipagem, modelagem, softwares industriais e administrativos, matériasprimas, acessórios e periféricos, máquinas ferramenta, ferramentas de corte, óleos e lubrificantes, prestadores de serviços e indústrias compradoras e usuárias de ferramentais, dispositivos e protótipos: transformadoras do setor do plástico e da fundição, automobilísticas, autopeças, usinagem, máquinas, implementos agrícolas, transporte, elétricas, eletroeletrônicas, comunicações, alimentícias, bebidas, hospitalares, farmacêuticas, químicas, cosméticos, limpeza, brinquedos, calçados, vestuário, construção civil, moveleiras, eletrodomésticos e informática, entre outras usuárias de ferramentais dos mais diversos segmentos e processos industriais. As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as mesmas desta revista. A Ferramental tem como pressuposto fundamental que todas as informações nela contidas provêm de fontes fidedignas, portanto, recebidas em boa fé. Logo, não pode ser responsabilizada pela veracidade e legitimidade de tais informações. Quando da aceitação para publicação, o autor concorda em conceder, transferir e ceder à editora todos os direitos exclusivos para publicar a obra durante a vigência dos direitos autorais. Em especial, a editora terá plena autoridade e poderes para reproduzir a obra para fins comerciais em cópias de qualquer formato e/ou armazenar a obra em bancos de dados eletrônicos de acesso público. A reprodução de matérias é permitida, desde que citada a fonte. EDITORA GRAVO LTDA. Rua Jacob Eisenhut, 467 - Fone (47) 3025-2817 CEP 89203-070 - Joinville - SC
29 Processo de polimento eletroquímico - ECP A necessidade crescente de melhoria no acabamento superficial de moldes e matrizes requer o uso de novas tecnologias. O ECP traz esse benefício, aliado à redução do tempo de polimento.
43 Aumento da vida de serviço de matrizes através da simulação numérica O aumento da vida de serviço de matrizes para forjamento é uma estratégia para a redução de custos de manufatura. A simulação numérica permite otimizar a geometria das matrizes, visando à redução de concentradores de tensões e, consequentemente, a redução do desgaste das mesmas.
Seções 6 7 9 12 20 22 25 35 41 50 52 53 53 54
Cartas Radar Expressas Conexão www Memórias Dicas do Contador Gente & Gestão Ficha técnica JuríDICAS Enfoque Eventos Livros Índice de anunciantes Opinião
Foto da capa:
Molde para injeção de ventoinha. Foto cedida por JR Oliveira, de Caxias do Sul, RS
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O envio da revista é gratuito às empresas e profissionais qualificados das indústrias de ferramentais, seus fornecedores, compradores e usuários finais. Qualifique sua empresa no www.revistaferramental.com.br
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A revista Ferramental é uma publicação essencial para quem atua no ramo de ferramentarias.
matéria sobre "Cálculo do custo de células produtivas". Lúcia da Assunção Gonçalo - Modelação Universal - São Paulo, SP
Rogério Felipe Zampoli - Homerplast - Itupeva, SP
Na edição 25 da revista Ferramental foi publicado o artigo sobre uma análise com o programa Moldflow, verificando sua eficiência. Também desenvolvemos um trabalho de conclusão do curso de Tecnologia em Fabricação Mecânica do Instituto Federal de Tecnologia no ano de 2008, através do qual conseguimos comprovar que é viável, antes da usinagem, proceder a uma análise detalhada do molde através do mesmo programa. No trabalho foi ensaiado um novo modelo de refrigeração e avaliada sua eficiência. Através da execução prática, com a confecção de um porta molde, foram colocados entre a cavidade e o sistema de refrigeração cinco termopares tipo "J", coletando-se os dados em um microcomputador. Foram então realizadas as comparações entre os dois resultados. A conclusão foi a mesma do artigo apresentado na revista, indicando que o programa é confiável. Anderson Souza - IFTEC - Sapucaia do Sul, RS
Considero muito importantes as informações que a revista Ferramental publica, permitindo que eu aprimore meus conhecimentos. Robson P. Camargo - Projetista autônomo - Passo Fundo, RS
A revista Ferramental tem sido frequentemente base para consulta minha e da equipe de processo. Marcelo Tavares - Dana Victor Reinz Mercosur - Gravataí, RS
Sou aluna do 8º trimestre do curso de Administração de Empresas e na busca sobre o tema TPM (Total Production Maintenance) encontrei uma matéria muito interessante, apresentada por Sérgio Borcato e Roberto Mariottti, da qual extrai alguns pontos para meu trabalho disciplinar. Edna C. C. Souza - IPEP - Campinas, SP
Estamos precisando da edição nº 2 da revista Ferramental, que tem
Capaz de produzir qualquer componente plástico injetável, a Maradei está pronta para atender os mais variados clientes que procuram produtos de qualidade permanente e alta tecnologia.
Estrada do Rufino | 864 Diadema | São Paulo | SP tel. 55 11 4099-9900 fax 55 11 4099-9920 pm@plasticosmaradei.com.br www.plasticosmaradei.com.br 6
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Março/Abril 2010
Gostaria de receber a revista Ferramental como assinante. Trabalho em uma empresa multinacional como projetista além de desenvolver projetos para terceiros como free lancer. Também leciono na escola Protec como instrutor de projetos de ferramentas. Desejo deslocar a revista para todos ambientes onde trabalho além de apresentar para os meus alunos. Marcelino Honório - Projetista Autônomo - São Paulo, SP
Trabalho no ramo de injeção plástica há 7 anos. Gostaria de saber se vocês possuem arquivo online da Ferramental para disponibilizar, pois estou necessitando da matéria publicada a partir da página 33 da edição maio/junho de 2006, que trata de "Planilha de verificação para projeto de molde para injeção de termoplásticos". Cristiano Rocha - Lifemed - Pelotas, RS No momento não há edição eletrônica da Ferramental. Os arquivos solicitados foram enviados via e-mail para o leitor. Editor
Agradecemos os contatos de: Bismark Pereira das Neves Acumuladores Moura -Belo Jardim, PE Carlos Henrique Silva Inmetro -Duque de Caxias, RJ Carlos Henrique Meirinho JN Ferramentaria -Joinville, SC Cleiton Inox do Brasil -Blumenau, SC Felipe Querino Metadil -São Paulo, SP Todos os artigos publicados na revista Ferramental são liberados para uso mediante citação da fonte (autor e veículo). A Editora se reserva o direito de sintetizar as cartas e e-mails enviados à redação.
Empresa com mais de trinta anos na criação e produção de moldes para a indústria plástica, a Cosmolde trabalha com alta tecnologia, o que garante qualidade e confiabilidade na produção.
Av. Padre Arlindo Vieira, 939 - Vila N. Sra. Mercês Tel. 55 11 2969 0085 - São Paulo - SP cosmolde@cosmolde.com.br www.cosmolde.com.br
Onde está o profissional qualificado? Por Cristian Degasperi Guilhen cristian.guilhen@abc71.com.br
Cristian D. Guilhen
• Cristian Degasperi Guilhen é formado em Psicologia pela Universidade Metodista de São Paulo - UMESP. Atua nas áreas de Psicologia Organizacional / RH (T&D, R&S, C&S), Psicologia Clínica e Psicologia Escolar / Educacional. É Professor Voluntário da UMESP no curso de Psicologia e Coordenador de Projetos (Educação a Distância). Março/Abril 2010
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Importadores de máquinas encerram 2009 com retomada nas vendas
ABIMEI Os importadores de máquinas-ferramenta e equipamentos industriais chegaram ao final de 2009 com o movimento de cerca de US$ 1,5 bilhão em negócios. Este valor corresponde a 55% do volume total negociado em 2008 - considerado o melhor ano para o setor - e é inferior a 2007, que fechou em US$ 2 bilhões. “O mercado ficou praticamente paralisado no primeiro semestre, em decorrência da crise econômica mundial. O ritmo de vendas só começou a voltar a partir do final de agosto”, comenta Thomas Lee, presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais (ABIMEI). Para 2010, a expectativa é de um volume 50% maior do que em 2009, mas ainda assim distante dos US$ 2,6 bilhões negociados no ano passado. “A economia interna já demonstra melhora, o consumidor está mais confiante e a indústria planeja reinvestir. Devemos fechar 2010 com US$ 2,2 bilhões negociados”, analisa Lee. Abimei 11 5506 6053 www.abimei.org.br
III Encontro Nacional de Ferramentarias - ENAFER
A comissão organizadora do Encontro Nacional de Ferramentarias está trabalhando ativamente para realizar o evento em 28 de maio de 2010, na cidade de Caxias do Sul, RS. Os anfitriões serão o Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho - Simplás e o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul - Simecs, que tem o apoio de outras entidades como o Sindicato da Indústria de Material Plástico no Estado de Santa Catarina - Simpesc e da Câmara Setorial de Ferramentarias e Modelações da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos - Abimaq. O evento procura discutir assuntos estratégicos para o setor ferramenteiro nacional bem como implantar as devidas ações para atingir os objetivos traçados e garantir a perpetuação das empresas. É promovido pelo Núcleo de Usinagem e Ferramentaria da Associação Empresarial de Joinville - Acij e seu público alvo são os empresários ferramenteiros do Brasil. Agende esta data e faça parte da história do nosso setor. ACIJ 47 3461 3333 carina@acij.com.br
Cimhsa inaugura nova unidade A empresa Cimhsa/Travis, fornecedora de máquinas operatrizes para o setor metal-mecânico, inaugura a sua nova filial em Jundiaí, SP, no dia 10 de março. O endereço da nova filial é Avenida José Alves de Oliveira, 4360, no distrito industrial. Cimhsa 41 3596 4477 www.cimhsa.com.br Março/Abril 2010
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Marรงo/Abril 2010
Husky tem novo gerente Paulo Carmo assumiu em 11 de janeiro a posição de Gerente de Negócios para Embalagens da Husky do Brasil. Ele será o responsável comercial da área de sistemas de moldagem por injeção para os mercados de embalagens, médico e outros da empresa no Brasil. Husky 11 4589 7201 www.husky.ca
Investimentos do setor de máquinas em 2010 A indústria brasileira de máquinas e equipamentos registrou, em janeiro de 2010, queda de 26,1% em seu faturamento nominal quando comparado com o mês imediatamente anterior (dezembro de 09),
atingindo o montante de R$ 4,63 bilhões. Em relação ao mesmo mês do ano anterior (janeiro de 2009), houve crescimento de 15,9%. Já os investimentos realizados pelo setor em 2009 totalizaram R$ 7,43 bilhões, o equivalente a 11,6% do faturamento do setor. Deste total, R$ 3,76 bilhões foram investidos em máquinas e equipamentos. Os dados fazem parte da pesquisa realizada pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos - Abimaq junto aos fabricantes de bens de capital mecânico. De acordo com o levantamento, os investimentos realizados pelo setor privilegiaram a modernização tecnológica (36,8%), a reposição de máquinas depreciadas (28,1%) e a ampliação da capacidade industrial (26,4%). Com relação a 2010,
a previsão de investimentos totais no setor é de R$ 8,9 bilhões, o que representa um crescimento de 20% sobre os investimentos realizados em 2009. No mês de janeiro de 2010, o setor voltou a empregar, apresentando incremento no nível de emprego. O crescimento foi de 0,8%, o que representa mais 1.987 pessoas, levando a um quadro de 235.925 pessoas. Quando comparado com o mesmo mês do ano de 2009, a queda foi de 2,6%. O déficit da balança comercial do setor fabricante de bens de capital mecânico foi 8,6% superior ao resultado apurado em janeiro de 2009, passando de US$ 1,05 bilhão para US$ 1,14 bilhão. Em janeiro de 2010, o país teve queda de 7,1% nas importações de máquinas e equipamentos. O maior volume de máqui-
nas importadas foi direcionado aos setores relacionados aos componentes para a indústria de bens de capital, somando 22% do total importado, e também ao setor de máquinas para bens de consumo, com 20,6% do total importado. O desempenho das exportações brasileiras de máquinas e equipamentos em janeiro de 2010 foi 31,3% inferior ao resultado alcançado no mesmo período de 2009. Em janeiro de 2010, o setor exportou US$ 465,19 milhões, sendo 15,6% deste volume para os Estados Unidos, 13,1% para a Argentina, 8,8% para a Holanda e 6% para o México. No mesmo período do ano passado (janeiro de 2009) o setor exportou US$ 677,25 milhões. Abimaq 11 5582 6355 www.abimaq.org.br
Romi fornece máquinas para provas da 6ª Olimpíada do Conhecimento A Indústrias Romi, fornecedora brasileira para o setor de máquinas-ferramenta e de máquinas para plásticos, mais uma vez participará da Olimpíada do Conhecimento, evento que reúne alunos de diferentes áreas tecnológicas das unidades do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI, para participarem de competições teóricas e práticas com o objetivo de promover e incentivar o ensino profissional no Brasil. O apoio da Romi envolve o patrocínio à iniciativa, por meio da cessão, sem custo, de equipamentos para utilização nas provas técnicas, que acontecem entre 10 e 13 de março de 2010, no Riocentro, RJ. O diretorpresidente da Romi, Livaldo Aguiar dos Santos, acredita que além de
desenvolver e fortalecer a qualidade de ensino, as Olimpíadas do Conhecimento proporcionam aos alunos oportunidades de vivenciar situações semelhantes às que enfrentarão na vida profissional, capacitando-os para o mercado de trabalho. "Há mais de 50 anos, mantemos um relacionamento com o SENAI, desde o primeiro convênio firmado em 1958 com a Fundação Romi, instituição sem fins lucrativos mantida pela companhia” comenta Santos. Nesta edição do evento, a Romi cederá três Centros de Usinagem Vertical modelo Romi D 600, para a modalidade Manufatura Integrada, além do apoio técnico para instalação e acompanhamento durante a competição.
ROMI 19 3455 9000 www.romi.com.br
CONEXÃO WWW O Portal tem como objetivo contribuir para a evolução constante do administrador e da administração de empresas. É um canal on-line voltado à área de administração e negócios. Dinâmico, interativo e conectado a tudo o que acontece no ambiente empresarial e acadêmico, reúne administradores, professores e estudantes de Administração de Empresas, além de empresários, executivos e outros profissionais do setor. Apresenta diariamente conteúdo relevante e atualizado, totalmente focado em Administração e áreas afins, como Marketing, Finanças, Estratégia e Recursos Humanos. A página eletrônica adota conceitos de redes sociais de uma maneira totalmente diferente. Seus usuários contam com múltiplas opções de interatividade. Além da participação em comunidades, redes de amigos e outras opções comuns aos sites de relacionamento, os membros desse Portal contam ainda com blogs pessoais, espaço para publicar seus próprios artigos e também suas publicações acadêmicas. Em sintonia com as principais tendências da internet, permite que o usuário seja um agente ativo na formação do conteúdo do site. www.administradores.com.br Página eletrônica cujo objetivo é reunir dados e informações relevantes dos segmentos de siderurgia, mineração e metalurgia, transformá-los em conhecimento, contextualizá-los e disponibilizálos no formato apropriado para a prática de Inteligência Competitiva. Para tanto, fornece serviço diário de resumo de notícias (clipping), informações atualizadas, serviços de personalização e um local para a exposição de negócios e oportunidades, criando assim, um espaço na internet que visa o desenvolvimento de profissionais, organizações, empresas, sindicatos, institutos, universidades e qualquer pessoa interessada no mundo metalúrgico. Em seu conteúdo traz indicadores de desempenho e taxas de mercado, além de preços de aços, notícias do setor, currículos, artigos e um glossário com mais de 1.000 termos técnicos e econômicos. www.infomet.com.br
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JORGE DE PAIVA CAMPOS - jorgepaiva@uol.com.br
Mapeamento de processos Parte 1
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apear processos significa conhecer em profundidade tudo o que é realizado por todos os profissionais em uma empresa. E as metodologias de mapeamento de processos permitem aprimorar os fluxos de trabalho de forma a maximizar a produtividade, melhorar a qualidade das entregas, padronizar a sua execução e facilitar a automatização dos processos.
CADEIA DE VALOR
atividades
atividades
atividades
atividades
RECEBIMENTO
PRODUÇÃO
VENDAS
EXPEDIÇÃO
FORNECEDORES
CLIENTES
INFORMAÇÃO
Figura 2 - Conceito de processo [Fonte: adaptação livre a partir da NBR ISO 9001:2008]
Processos cruzam... ... fronteiras Funcionais e Organizacionais... Vendas
Produção
Finanças
... fronteiras na Cadeia de Suprimentos e... Estratégico
Fabricante Distribuidor
Cliente
Fornecedor
... fronteiras Hierárquicas.
Planejamento Controle Operacional
Figura 1 - Visão geral sobre os processos [Fonte: adaptação livre 2009] Março/Abril 2010
Ferramental
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Visão de processo
Visão Funcional Figura 3 - Visão exigida do processo [Fonte: adaptação livre a partir da NBR ISO 9001:2008]
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Etapas usuais para desenvolvimento de Processo / Produto Desenvolvimento
Pré Planejamento estratégico dos podutos
Pós Acompanhar produto/ processo
Verificar o impacto no ambiente
interface > > Planejamento da ação
Processos de apoio
Definição
Projeto conceitual
Projeto Preparação Lançamento detalhado produção do produto
Gerenciamento de mudanças (engenharia) Melhoria do processo (desenvolvimento do produto)
Figura 4 - Visão sistêmica do processo [Fonte: adaptação livre a partir da NBR ISO 9001:2008]
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Estabelecer desenho do produto
Elaborar protocolo de verificação
Definir critérios e especificações para embalagem
Inspecionar produto
Equipe
Produção
CQ
Engenharia
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Definir parâmetros de de operação de equipamentos
Elaborar proc. interno
Elaborar inst. trabalho
Produzir lote piloto
PROCESSO
SAÍDAS
3
Avaliar processo produtivo
3
Analisar criticamente
Controle de Documentos
Problemas? NÃO
SIM
Corrigir processo e alterar documentação SIM Problemas? NÃO
Validar produto
ENTRADAS
Definir critérios e especificações para manuseio e armazenagem
Definir ações a serem tomadas
1
Desenvolvimento de lote comercial
Figura 6 - Etapas da gestão de processos [Fonte: adaptação livre 2009] TRANSFORMAÇÃO QUE AGREGA VALOR
OPORTUNIDADE DE MEDIR
Figura 5 - Características de processo [Fonte: adaptação livre 2009]
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PROCESSOS EMPRESARIAIS
PROCESSOS SUB-PROCESSOS ATIVIDADES TAREFAS Figura 7 - Representação da hierarquia dos processos [Fonte: adaptação livre 2009]
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Figura 8 - Visão horizontal de determinado processo [Fonte: adaptação livre 2009]
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Jorge de Paiva Campos - Mestre em Engenharia Mecânica na área de Gestão da Qualidade Total pela Unicamp - Universidade de Campinas. É pós graduado em Estudos Brasileiros (Mackenzie) e atua em Engenharia de Produção há mais de 20 anos. Coordenou a implantação do programa de qualidade no Pólo Moveleiro de Votuporanga (SP) pelo CNPq - RHAE. Foi o responsável pela certificação ISO 9001 de seis empresas simultaneamente. Atualmente trabalha como consultor de empresas e é credenciado pelo SEBRAE - SP para o Programa Rumo à ISO. Atua na criação de redes de empresas, centrais de compras, otimização de processos e treinamentos empresariais.
Março/Abril 2010
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Por Antônio Roberto Szabunia redação@revistaferramental.com.br
GAMA Indústria de Matrizes Ltda.
A
Vista parcial das instalações fabris
Sede atual
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Ferramental
Março/Abril 2010
Antônio Darci Gaviraghi
Sede Data da Fundação Rua Archimedes Manenti, 490 1995 Novo Perímetro Contato Caxias do Sul - RS Fone 54 3289-6400 gama@gamamatrizes.com.br www.gamamatrizes.com.br
Entenda seu CNC Falhas em eixos de máquinas CNC
SIEMENS
As falhas em eixos de máquinas com controle numérico computadorizado (CNC), que normalmente danificam o produto final, podem ser divididas em 4 grupos gerais: ! Ordem estrutural - São aquelas relacionadas com a geometria e a estrutura da máquina. Para diagnosticar estas falhas normalmente fazemos uso de esquadros de granito, réguas retificadas, relógios apalpadores. ! Ordem metrológica - Estão relacionadas ao sistema de medição. Quando o diagnóstico é realizado através de transdutores lineares torna-se mais simples, observando basicamente a correta instalação. Quando é pelo encoder do motor (transdutor de movimento capaz de converter movimentos lineares ou angulares em informações elétricas que podem ser transformadas em informações binárias e convertidas em informações como distância, velocidade, e outras) tem a influência do fuso de esferas recirculantes e da redução (podendo ser da polia/correia dentada, da caixa redutora ou da caixa planetária). O diagnóstico mais eficaz é por interferometria a laser (figura). Com o relatório obtêm-se o valor da folga mecânica (backlash) e a curva de desvio metrológico do fuso. Inserimos no SINUMERIK e obtemos a compensação. ! Ordem dinâmica - São aquelas que impedem o movimento fluido do eixo. Normalmente observada em componentes eletrônicos (motor, regulador) e mecânicos (guias, fusos, rolamentos). O diagnóstico é feito através do SINUMERIK TRACER, observando a corrente do motor e o following error do eixo em questão. ! Ordem eletrônica - São aquelas decorrentes da agressividade do ambiental. Manifestam-se na placas eletrônicas e nos cabos, normalmente em decorrência de ataque químico. O diagnóstico normalmente é através de análise empírica e substituindo os elementos sob suspeita. A compreensão da natureza da falha auxilia ao assistente técnico a cercar mais rapidamente a origem, e por decorrência a restituição plena do funcionamento da produção. Nosso serviço de apoio ao cliente presta os esclarecimentos necessários quanto à utilização do seu comando CNC pelo telefone (11) 3833-4040 ou e-mail adhelpline.br@siemens.com.br E na compra de uma nova máquina CNC podemos lhe auxiliar no esclarecimento de dúvidas técnicas pelo telefone (11) 3908-1757 ou e-mail william.pereira@siemens.com Março/Abril 2010
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FAP - Fator Acidentário de Prevenção
Fator Acidentário de Prevenção - FAP No Brasil, os registros de acidentes de trabalho indicam que ocorrem três mortes a cada duas horas de trabalho e três acidentes a cada minuto. Isso apenas entre os trabalhadores do mercado formal, considerando o número de casos para os quais houve notificação de acidente do trabalho, por intermédio da Comunicação do Acidente do Trabalho - CAT. A ausência de segurança nos ambientes de trabalho no Brasil tem gerado custos altos com pagamento de benefícios acidentários, aposentadorias especiais, despesas com assistência à saúde do acidentado, além de indenizações. A fonte de custeio para a cobertura de eventos advindos dos riscos ambientais do trabalho baseia-se na tarifação coletiva das empresas, segundo o enquadramento das atividades preponderantes estabelecido conforme a Subclasse da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE. A tarifação coletiva está prevista no artigo 22 da Lei 8.212/1991 que estabelece as taxas de 1, 2 e 3% calculados sobre o total das remunerações pagas aos segurados empregados. Em 2003 foi criado o Fator Acidentário de Prevenção (FAP), a Lei 10.666, prescreve que a alíquota de 1%, 2% ou 3%, pagas conforme o ramo de atividade econômica de cada empresa poderá ser reduzido pela metade, ou até dobrar, de acordo com os índices de frequência, gravidade e custo dos acidentes de trabalho. Ou seja, empresas que investirem em prevenção de acidentes de trabalho poderão receber 50% de redução dessa alíquota e, em dimensão oposta, onerar em até 100%. A aplicação do FAP iniciou em Janeiro/2010 Para o cálculo do fator acidentário, leva-se em consideração a acidentalidade total da empresa, com a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e todos os nexos técnicos sem CAT, incluídos todo o Nexo Técnico Epidemiológico (NTEP) a partir de abril de 2007. O objetivo do Fator Acidentário de Prevenção (FAP) é incentivar a melhoria das condições de trabalho e da saúde do trabalhador estimulando as empresas a implementarem políticas mais efetivas de saúde e segurança no trabalho para reduzir a acidentalidade. Diante desta realidade, alertamos sobre a necessidade da contratação de serviços de engenheiros e médicos do trabalho para a elaboração dos laudos (PCMSO1, LTCAT2, PPRA3, PPP4 e outros conforme a necessidade da empresa) para que se adotem medidas de segurança e uma agenda
positiva que contenha os dados da vida médica do empregado e dos equipamentos e instruções de segurança dados pelo empregador. Recomenda-se que o empregador invista em uma equipe de segurança do trabalho e adote exames admissionais rígidos e anuais. A responsabilidade de comprovar que não houve culpa da empresa em um eventual acidente cabe ao empregador. Fonte: www.mpas.gov.br
IMPOSTO DE RENDA Prepare-se para o Leão: mais cobranças neste ano A Receita Federal do Brasil (RFB) já está fazendo um alerta: mais gente deve cair na malha fina neste ano. No ano passado foram mais de 1 milhão. Para este ano, o Leão está de olho vivo principalmente em: [ Gastos com médicos, dentistas e profissionais de saúde, pensões alimentícias - a RFB vai exigir um detalhamento maior; [ Deduções - além de apertar o cerco nas despesas com saúde, estabeleceu uma multa de 75% sobre o valor das despesas, para quem não conseguir comprovar as deduções com gastos em educação ou saúde. Fonte: Zero Hora Contribuinte: procure seu contador para declarar suas rendas. Através de caminhos e trâmites legais, você evitará maiores prejuízos. 1 PCMSO: Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, que estabelece o controle de saúde físico e mental do trabalhador, em função de suas atividades, e obriga a realização de exames médicos admissionais, de muança de função e de retorno ao trabalho, estabelecendo ainda a obrigatoriedade de um exame médico periódico. As empresas (ou condomínios) com até 25 empregados, não estão obrigadas a manter um médico coordenador do PCMSO, estando ainda desobrigadas de elaborar o relatório anual. Como estão obrigadas à realização dos exames médicos acima mencionados, a obrigação poderá ser cumprida mediante convênio com empresas especializadas/credenciadas em medicina do trabalho. 2 LTCAT: Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho. Este documento tem como principal objetivo comprovar o exercício do trabalho em condições insalubres ou periculosas, bem como a adoção de medidas preventivas pelas empresas com intuito de eliminar e/ou neutralizar os agentes agressores que podem prejudicar o trabalhador. 3 PPRA: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. Visa à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. 4 PPP: Perfil Profissiográfico Previdenciário, é um documento histórico-laboral do trabalhador, apresentado em formulário instituído pelo Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS, contendo informações detalhadas sobre as atividades do trabalhador, exposição a agentes nocivos à saúde, resultados de exames médicos e outras informações de caráter administrativo.
Grupo Abra Maiores informações pelo e-mail (contato@grupoabra.com) ou pelo fone 47 3028 2180 22
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A complexa arte de lidar com gente Por Lise Steigleder Chaves (lise@lisechaves.com.br)
Independente do tamanho da empresa que conduzimos, ou em que trabalhamos, todas tem algo em comum: pessoas. Falando assim parece bem simples, mas a verdade é que se ouvem comentários por todos os lados sobre a complexidade que é lidar com gente! Por mais tecnologia e maquinário, por melhor que o produto seja, o que move as empresas são as diferentes gentes que ligam as máquinas, usam o espaço físico, produzem, compram e vendem, desenham, desenvolvem, organizam, fazem o café, alimentam os sistemas e dão vida aquelas coisas que ali estão. O que é então Gestão de Pessoas? Pensem em um ensaio (de uma banda, de uma escola de samba, de uma orquestra - um ensaio qualquer). Pois assim é a Gestão de Pessoas. É conseguir, no meio daquele caos, ir aos poucos organizando e promovendo o melhor de cada um dos que estão ensaiando. Às vezes parece que ninguém se entende? Parece! Às vezes o diretor dá uns gritos e ameaça a todos com o fim-do-mundo? Acontece! Às vezes se cria um clima de já ganhamos? Sim! Às vezes aparece alguém dizendo que isto não vai dar certo ou que a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) não permite? Com certeza, aparece! Mas no fim das contas temos ali uma empresa - viva, na mesma medida em que as pessoas que ali estão fazendo as coisas funcionarem. E para que estes “atores” façam parte deste espetáculo, as atividades de gestão de pessoas contribuem com seus subsistemas: Recrutamento e Seleção, Treinamento e Desenvolvimento, Avaliação de Desempenho, Plano de Carreira e Sucessão, Remuneração, Relação com os Empregados. Esta coluna tem a proposta de abordar de forma prática estes assuntos. E a iniciamos com uma série de artigos enfocando cada um dos subsistemas citados acima. Esperamos que eles contribuam com seu negócio e tragam conhecimentos para aprimorar ainda mais suas atividades de Gestor de Pessoas!
cesso é uma das atividades mais importantes em uma organização - afinal, como identificar e trazer a pessoa certa para contribuir para o desenvolvimento da empresa como um todo e gerar os resultados desejados? Antes de conversarmos sobre resultados, precisamos entender como trazer as pessoas para nossa organização. E isto começa bem antes do recrutamento e da seleção, propriamente ditos: começa com a identificação das necessidades e do profissional que você deseja. Ÿ Seu negócio está crescendo e você precisa contratar novos funcionários? Ÿ Você acaba de receber a notícia que um dos seus funcionários pediu demissão e não quer negociar? Ÿ O responsável por uma determinada área está se aposentando. Quem assumirá esta função?
O Recrutamento Recrutar é procurar profissionais que atendam as necessidades da empresa. Há dois tipos de recrutamento e você pode utilizar os dois ou só um deles: O recrutamento interno e o externo.
Recrutamento e Seleção - Como identificar a pessoa certa para sua empresa Não há empresa que não tenha passado pela necessidade de contratar um profissional. E gerenciar este pro-
Recrutamento interno - neste tipo de processo olha-se para dentro da empresa. Quem são as pessoas que atendem os requisitos deste cargo? Quantos funcionários foram treinados, estagiaram ou se interessaram por buscar
Estas são perguntas que normalmente aparecem quando a situação já está acontecendo. Mas o ideal é trabalhar com planejamento sobre necessidades de recrutamento e seleção. E por que é importante antecipar? Para evitar custos extras, desgaste com a equipe e perda de tempo, fatores que podem comprometer todo o trabalho e a conquista das metas. O primeiro passo é definir o cargo, a função e outros requisitos necessários para que os resultados sejam alcançados. O exemplo da planilha 1 é para um cargo de coordenador do setor de planejamento e controle da produção (PCP). Agora que você já definiu que profissional vai buscar, use as técnicas e ferramentas de gestão para que isto aconteça com sucesso.
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Cargo: Coordenador de PCP
Função: responsável pelo gerenciamento das atividades de planejamento e controle da produção, englobando a verificação de disponibilidade de recursos produtivos, o planejamento da seqüência de operações e etapas de produção, o acompanhamento e verificação diária da programação e serviços executados e o remanejamento de recursos produtivos em caso de descompasso da programação existente. É co-responsável pelo desenvolvimento constante da qualidade e produtividade dos serviços prestados. Participa da análise de projetos, sugerindo alterações. Participa de reuniões de planejamento. Acusa todo desvio de programação, providenciando solução rápida para a correção do problema. É autogerenciável, negociando com os clientes internos e treinando colaboradores de enquadramentos inferiores. Mantém a carga máquina em dia. Acompanha contratação de pessoal subordinado. Mantém seu local de trabalho organizado e asseado. São diretamente ligados ao Coordenador de PCP os colaboradores alocados nos seguintes cargos: 1. Processista 2. Auxiliar de PCP. Escolaridade: 2o. Grau Completo ou 2o. Grau Técnico Completo Tempo de experiência: 5 anos Conhecimentos: interpretação de desenhos, trigonometria, tecnologia de usinagem, tecnologia de materiais, tecnologia de injeção de termoplásticos, tecnologia de injeção de metais não -ferrosos, leitura e interpretação instrumentos de medição, noções de microinformática, fixação de ferramentas, fixação de peças, fixação de dispositivos, segurança do trabalho. Habilidades: relacionamento humano, raciocínio rápido, lógica, perspicácia, bom senso, espírito cooperativo, rapidez de movimento, firmeza de movimento, seriedade, paciência, destreza prática, didática. Horário: Turno 1 . Planilha 1 - Definição de cargo
Cargo: Fresador CNC III Atividades: responsável pelo desenvolvimento de programas para usinagem de componentes com alto nível de complexidade e precisão. Tem domínio para realizar cálculos de avanços e velocidade de corte. Conhece tecnologia de ferramentas e está apto a selecionar ferramentas. Está capacitado para elaborar dispositivos de fixação para usinagem. Lê e interpreta desenhos técnicos e domina tolerância de forma e posição. Acompanha a usinagem nas máquinas e sugere melhorias no processo. Avalia novas ferramentas executando testes de usinagem. Utiliza instrumentos de medição. É autogerenciável, negociando com os clientes internos e treinando colaboradores de enquadramentos inferiores. Mantém seu local de trabalho organizado e asseado e seus equipamentos em perfeitas condições de funcionamento. Escolaridade requerida: 2o. Grau Completo ou 2o. Grau Experiência: 7 anos Técnico Completo Habilidades: relacionamento humano, raciocínio rápido, lógica, Conhecimentos: interpretação de desenhos, perspicácia, bom senso, espírito cooperativo, rapidez de trigonometria, tecnologia de usinagem, tecnologia de movimento, firmeza de movimento, seriedade, paciência, destreza materiais, leitura e interpretação instrumentos de prática, didática. medição, linguagem de programação CNC, noções de microinformática, uso de sistemas CAM, fixação de ferramentas, fixação de peças, fixação de dispositivos, inglês básico, segurança do trabalho. Outros cursos desejáveis: inglês intermediário, construção de ferramentas Salário inicial: $ Salário intermediário: $$ Salário máximo: $$$ Ocupantes do cargo: Idade: Tempo Empresa: Fulano 28 3 anos Beltrano 52 22 anos Sicrano 31 6 anos Cargos de acesso: Fresador CNC II Ocupantes do cargo de acesso: JPS BCN Planilha 2 - Levantamento de cargos
cursos voltados para uma futura carreira. Vocês têm estas informações? Se não, está na hora de organizar um banco de dados sobre as pessoas que fazem seu negócio funcionar. Pode ser algo simples ou bem complexo. Mas vamos começar pelo básico, como o exemplo da planilha 2. Você criou um cenário sobre os cargos. Fica claro o que é preciso saber/fazer para ocupar aquela vaga e qual o salário que a empresa pratica. E pode comparar estes dados com os das pessoas que ocupam os cargos de acesso 26
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para a posição que está em processo de recrutamento. O recrutamento interno é, na maioria das vezes, uma ótima solução. Você conhece o profissional, seu desempenho, comportamento. Ele conhece a empresa, as pessoas com quem trabalhará, os valores e normas. Muitas vezes até já conhece a atividade a ser desenvolvida. Além disto, uma empresa que oportuniza o crescimento das pessoas sempre é um local no qual vale a pena trabalhar. Olhar para a empresa e ver que seus colegas cresceram
nela, motiva e gera melhor desempenho. Além disto, é muito mais fácil contratar um aprendiz do que um Fresador! Recrutamento Externo - neste tipo de processo buscamse no mercado de trabalho os profissionais capacitados/qualificados para aquela atividade. Há algumas maneiras de se fazer isto: Ÿ Ter arquivado os currículos que as pessoas entregaram na portaria de empresa – tomara que você tenha feito isto por cargos, em pastas específicas e guardado em local adequado. Se ainda não fez, sempre é tempo de começar. Ÿ Contratar uma empresa de Recursos Humanos (RH) especializada em cargos técnicos e operacionais. Ou em cargos de gestão, se for o caso. Ÿ Fazer contato com o SENAI, por exemplo, ou outras escolas (técnicas, graduação e pós-graduação - tudo depende do perfil do cargo que você está buscando) e solicitar a divulgação da oportunidade oferecida ou envio de currículos de ex-alunos ou alunos interessados. Ÿ Anunciar em jornais - municipais, regionais, da comunidade ou outros. Ÿ Divulgar na internet - por meio de sites específicos ou das pessoas com quem você se relaciona (as chamadas redes sociais - Twitter ou Orkut, por exemplo). Ÿ Pedir indicação para seus funcionários - o que vale uma ressalva. Há pessoas que são ótimas indicadoras: responsáveis, só indicam alguém que de fato conhecem e sabem que não vão trazer problemas para ele (o indicador) e muito menos para a empresa. Porém, há os indicadores que mal conhecem alguém e já querem arranjar a vida do sujeito, o que pode gerar problemas para todos. Estimule seus funcionários que são “bons indicadores”, reconheça e valorize esta sua capacidade. Por outro lado, deixe claro que uma indicação errada é acidente; mais do que uma incompetência! Agradeça a tentativa de ajuda do funcionário, mas não perca seu tempo entrevistando seus indicados. Se a indicação for de parentes, lembre-se do ditado popular: “Parente é que nem os dentes, quando menos se espera mordem a língua”! Isto não significa que não possam trabalhar em uma empresa pessoas de uma mesma família - em algumas há verdadeiras árvores genealógicas! O que não pode é ter pai chefe de filho; marido e esposa na mesma área, sob a mesma supervisão. Se for para ter familiares na empresa, que cada um atue em uma área, com supervisores diferentes. Parente em relação de chefe/ subordinado, nem pensar! A Seleção Bom, agora que você já conhece as fontes de recru-
tamento vamos falar da seleção. Esta segunda etapa do processo pode ser a mais demorada. E deve ser assim mesmo, já que a atenção da sua parte neste processo é fundamental. Siga este passo-a-passo: Ÿ Leia atentamente o material que você recebeu sobre o candidato - pode ser uma ficha ou cadastro de candidato, ou o currículo. Observe: – Tempo de permanência nos empregos anteriores. – Tempo que ocupou em cada função. – Grau de escolaridade e cursos realizados. – Local de residência. Se o candidato traz no seu material os requisitos que o cargo exige, você pode passar para a próxima etapa. Ÿ Ligue para o candidato e pergunte se ele está interessado em conversar sobre uma oportunidade - deixe claro qual é o cargo/função. Se a resposta for positiva, agende dia, horário e local para a entrevista - peça que ele anote ou repita as informações que você passou. A entrevista de seleção é a oportunidade que temos de dedicar tempo e atenção ao profissional/candidato. Uma entrevista de má qualidade, com resultados pouco confiáveis, acarreta sempre o mesmo ônus à empresa: desperdício de tempo e dinheiro. A entrevista é um processo de interação entre o entrevistado e o candidato, cujo processo é composto por diferentes graus e posições que chamaremos de expressões verbais e não verbais. Ÿ Expressões verbais: tudo que é dito pelo candidato, respondido, contado, referenciado, representado por meio da palavra. Estas palavras, mesmo parecendo claras, muitas vezes podem ter várias interpretações. Sempre que surgirem dúvidas quanto ao significado de uma palavra ou expressão, pergunte ao candidato. Não deixe dúvidas para que não ocorra uma interpretação distorcida. Ÿ Expressões não verbais: é a linguagem presente em gestos, postura ou outros símbolos. Lembre-se: O corpo fala! O entrevistador deve prestar bastante atenção na linguagem corporal do candidato enquanto ele está falando. Olhe para o candidato, para seus olhos, observe, perceba o candidato e também a si mesmo em relação aquele candidato. Para quê? Todos nós temos um alerta em nossas memórias, por isto é importante escutar nossas lembranças e pensamentos. Às vezes não sabemos explicar de forma racional, mas não gostamos de uma pessoa. Isto pode ser injusto? Claro que pode! Mas também pode ser um sentimento verdadeiro. Se tiver dúvidas, esclareça, não tenha vergonha, por exemplo, de perguntar mais sobre a vida da pessoa. Ela está ali para isto: se apresentar. Março/Abril 2010
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Prepare a entrevista: O local: deve ser adequado para que a entrevista transcorra num bom tempo e com bons resultados. – Certifique-se de que a sala esteja iluminada; – Evite locais que possam causar distração, com pessoas entrando e saindo, por exemplo; – Assegure-se de que a sala esteja bem ventilada; – Mantenha o local suficientemente silencioso. Leia o currículo e estruture antecipadamente o seu roteiro de perguntas. Dê informações sobre a empresa ou outras especificações do cargo, salário, horas-extras, perspectivas de promoção, benefícios sociais, etc. Preste atenção a sua postura e aparência - elas vão representar também a identidade da empresa. Pontualidade de ambas as partes é importante. Sempre se levante para receber o candidato. Ouça com atenção - assim o candidato se sentirá estimulado a falar; ouça mais e fale menos. Seja curioso sem parecer invasivo, mas não deixe de perguntar. Depois de encerrada a entrevista, leve o candidato para conhecer o posto de trabalho. Fale um pouco a respeito das atividades que ele irá desempenhar. Pergunte se há alguma dúvida. Encerre a entrevista, agradecendo.
Basicamente as informações que devem ser coletadas na entrevista são: Dados do candidato: Ÿ Experiência profissional (onde, o que, com quem e por quanto tempo trabalhou). Ÿ Vida familiar (constituição, convivência). Ÿ Apresentação pessoal. Ÿ Senso de responsabilidade. Ÿ Nível de ambição, aspiração. Ÿ Motivação para o trabalho. Ÿ Como o profissional se percebe. Ÿ Verificar sua aceitação quanto ao salário, plano de benefícios e horário de trabalho. Importante: Ÿ Pergunte novamente ao entrevistado sempre que o tema/assunto não esteja bem claro. Por exemplo: “pode falar um pouco mais a respeito de...” / “em sua opinião, qual a causa de...” / “qual a sua idéia em relação a...”. Ÿ Anotar alguns aspectos e atitudes do entrevistado, informações relevantes - isto irá ajudá-lo a tomar decisões.
Vejamos alguns exemplos de perguntas. Calma! São sugestões! Não significa que você deverá fazer TODAS. Porém se fizer, muito melhor! Ÿ Fale-me sobre seu trabalho/carreira/profissão (onde você já trabalhou como foi trabalhar lá, do que gostou, do que não gostou)? Ÿ O que você busca para seu futuro? Ÿ Como você descreveria seu jeito de ser? Ÿ Como você acha que seus amigos ou ex-líderes o descreveriam? Ÿ Quais são suas qualidades e o que acha que deveria melhorar? Ÿ De que forma você acredita que poderá contribuir com a empresa? Ÿ Para você, como deveria ser a relação entre o superior e os subordinados? Ÿ Por que você esta concorrendo a esta vaga? Ÿ Você está estudando? O quê? Se parou de estudar, por quê? Ÿ Quais os principais problemas que você encontrou nos seus trabalhos anteriores e como os superou? Ÿ Você tem alguma informação sobre a nossa empresa? Ÿ Cite duas ou três coisas que você considera fundamentais no ambiente de trabalho? Ÿ Por que você está querendo trocar de emprego (caso esteja empregado)? Ÿ O que você gosta de fazer nas horas de folga? Ÿ Fale-me um pouco da sua família? O encerramento da entrevista também é um momento importante. Aproveite para deixar a “porta aberta” para um eventual contato posterior; pergunte ao candidato se ele tem alguma dúvida; deixe claro que as informações prestadas são de uso exclusivo da empresa; e principalmente, agradeça o comparecimento do candidato e deseje a ele sucesso. Com estes elementos, você terá dados para definir quem você está procurando para sua empresa e se determinado candidato é a pessoa certa. E poderá fazer uma escolha mais precisa, aumentando as chances de encontrar o profissional que irá fazer a diferença na sua equipe. No próximo artigo, abordaremos questões sobre Treinamento e Desenvolvimento. Se você tiver algum comentário, sugestão ou dúvida entre em contato pelo e-mail contato@lisechaves.com.br e no campo “Assunto” coloque Revista Ferramental.
Lise Steigleder Chaves - Psicóloga formada pela Unisinos/RS. Mestre em Administração pela ESAG/Sociesc, especialista em Gestão Avançada de Pessoas pela Univille/SC, em Psicologia do Trabalho e Psicologia Organizacional. Professora das disciplinas de Comportamento Organizacional, Gestão por Competências e Liderança na Sociesc. Consultora com sólida e extensa experiência na área de Gestão de Pessoas. Empresária, sóciafundadora da LiseChaves pessoas, estratégias e resultados.
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VIRGÍLIO BARBEIRO - virgilio@pmm-moldes.com JOÃO LUIS DOMINGUES - producao@pmm-moldes.com
Processo de polimento eletroquímico - ECP
A
necessidade crescente de melhoria no acabamento superficial de moldes e matrizes requer o uso de novas tecnologias. O ECP traz esse benefício, aliado à redução do tempo de polimento.
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Figura 1 - Esquema 1: configuração de ligação. Esquema 2: processo de remoção
Figura 2 - Comparação entre superfície EDM e ECP
Superfícies standard da tecnologia ECP EDM
ECP 0,05mm
ECP 0,10mm
ECP 0,20mm
ECP 0,30mm
Figura 3 - Padrões de acabamento superficial da tecnologia ECP comparado com o acabamento EDM
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Cavidade 1
Cavidade 2
Cavidade 3
Figura 4 - Variações de acabamento em molde para injeção de cabo de faca com ilustração de flores
Figura 5 - A) Refletor com acabamento de erosão e; B) Refletor com brilho sobre a erosão, com recurso ao ECP
Figura 6 - Refletores automotivos com acabamento de erosão e processo de ECP
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Maquinação: Torno Fresagem Eletroerosão
Retificação grossa
ECP
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Retificação fina
Horas
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Polim.Manual ECP EDM fina
15
EDM média EDM grossa
10
5
Polimento com pasta de diamante grosso
Polimento com pasta de diamante fino
0
Ra 1.1 Ra 0.8 Ra 2.7
Ra 0.34
Ra 0.8
Ra 0.02
mm
Figura 7 - Economia de tempo através do ECP para acabamento de moldes/cunhos e matrizes
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Superfície acabada Figura 8 - Etapas para obtenção de acabamento superficial após usinagem
Virgílio Barbeiro - Engenheiro de Ferramentais e Diretor da PMM - Projectos, Moldes, Manufactura Lda., de Maceira, Portugal. João Luis Domingues - Técnico em processo ECP e Coordenador de Produção da PMM - Projectos, Moldes, Manufactura Lda., de Maceira, Portugal.
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Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia
Parte integrante da revista Ferramental - Nº 28 - Março/Abril 2010
INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO Termo Português/Inglês/Francês
Significado
Instrumento (de medição) totalizador, m totalizing (measuring) instrument appareil (de mesure) totalisateur
Instrumento de medição que determina o valor de um mensurando, por meio da soma dos valores parciais desta grandeza, obtidos, simultânea ou consecutivamente, de uma ou mais fontes. Exemplos: a) Plataforma ferroviária de pesagem totalizadora; b) Medidor totalizador de potência elétrica.
Instrumento (de medição) integrador, m integrating (measuring) instrument appareil (de mesure) intégrateur
Instrumento de medição que determina o valor de um mensurando por integração de uma grandeza em função de uma outra. Exemplo: Medidor de energia elétrica.
Instrumento (de medição) analógico, m analogue measuring instrument appareil de mesure (à)
Instrumento de indicação analógica (analogue indicating instrument). Instrumento de medição no qual o sinal de saída ou a indicação é uma função contínua do mensurando ou do sinal de entrada. Observação: Este termo é relativo à forma de apresentação do sinal de saída ou da indicação e não ao princípio de funcionamento do instrumento.
Instrumento (de medição) digital, m digital measuring instrument appareil de mesure (à ffichage) numérique Instrumento de indicação digital, m digital indicating instrument
Instrumento de medição que fornece um sinal de saída ou uma indicação em forma digital Observação: Este termo é relativo à forma de apresentação do sinal de saída ou da indicação e não ao princípio de funcionamento do instrumento.
Dispositivo mostrador, m displaying device dispositif d'affichage Dispositivo indicador, m indicating device dispositif indicateur
Parte de um instrumento de medição, que apresenta uma indicação. Observações: 1)Esse termo pode incluir o dispositivo no qual é apresentado ou alocado o valor de uma medida materializada; 2) Um dispositivo mostrador analógico fornece uma “indicação analógica”, um dispositivo indicador digital fornece uma “indicação digital”; 3) É denominada indicação semi-digital, a forma de apresentação, tanto por meio de um indicador digital, no qual o dígito menos significativo move-se continuamente permitindo a interpolação, quanto por meio de um indicador digital, complementado por uma escala e índice.
Dispositivo registrador, m recording device dispositif enregistreur
Parte de um instrumento de medição que fornece o registro de uma indicação.
Sensor, m sensor capteur
Elemento de um instrumento de medição ou de uma cadeia de medição que é diretamente afetado pelo mensurando. Exemplos: a)Junta de medição de um termômetro termoelétrico; b) Rotor de uma turbina para medir vazão; c) Tubo de Bourdon de um manômetro; d) Bóia de um instrumento de medição de nível; e) Fotocélula de um spectrofotômetro. Observação: Em alguns campos de aplicação é usado o termo “detector” para este conceito.
Detector, m detector détecteur
Dispositivo ou substância que indica a presença de um fenômeno, sem necessariamente fornecer um valor de uma grandeza associada. Exemplos: a) Detector de vazamento de halogênio; b) Papel tornassol. Observações: 1) Uma indicação pode ser obtida somente quando o valor da grandeza atinge um, denominado às vezes limite de detecção do detector. 2) Em alguns campos de aplicação o termo “detetor” é usado como conceito de “sensor”
Índice, m index index
Parte fixa ou móvel de um dispositivo mostrador, cuja posição em relação às marcas de escala permite determinar um valor indicado. Exemplos: a) Ponteiro; b) Ponto luminoso; c) Superfície de um líquido; d) Pena de registrador.
Comprimento de escala, f scale length longueur d'échelle
Para uma dada escala, é o comprimento da linha compreendida entre a primeira e a última marca, passando pelo centro de todas as marcas menores. Observações: 1) A linha pode ser real ou imaginária, curva ou reta; 2) O comprimento da escala é expresso em unidades de comprimento, qualquer que seja a unidade do mensurando ou a unidade marcada sobre a escala. Março/Abril 2010 Ferramental 35
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Termo Português/Inglês/Francês
Significado
Escala (de um instrumento de medição), f scale (of a measuring instrument) échelle (d'un appareil de mesure)
Conjunto ordenado de marcas, associado a qualquer numeração, que faz parte de um dispositivo mostrador de um instrumento de medição. Observação: Cada marca é denominada de marca de escala.
Faixa de indicação, f range of indication étendue des indications
Conjunto de valores limitados pelas indicações extremas. Observações: 1) Para um mostrador analógico pode ser chamado de faixa de escala; 2) A faixa de indicação é expressa nas unidades marcadas no mostrador, independentemente da unidade do mensurando e é normalmente estabelecida em termos dos seus limites inferior e superior, por exemplo 100o C a 200o C; 3) Ver observações do item 5.2
Divisão de escala, f scale division division
Parte de uma escala compreendida entre duas marcas sucessivas quaisquer.
Comprimento de uma divisão, m scale spacing longueur d'une division (d'échelle)
Distância entre duas marcas sucessivas quaisquer, medidas ao longo da linha do comprimento de escala. Observação: O comprimento de uma divisão é expresso em unidades de comprimento, qualquer que seja a unidade do mensurando ou a unidade marcada sobre a escala.
Valor de uma divisão, m scale interval échelon - valeur d'une division (d'échelle)
Diferença entre os valores da escala correspondentes a duas marcas sucessivas. Observação: O valor de uma divisão é expresso na unidade marcada sobre a escala, qualquer que seja a unidade do mensurando.
Escala linear, f linear scale échelle linéaire
Escala na qual cada comprimento de uma divisão está relacionado com o valor de uma divisão correspondente por um coeficiente de proporcionalidade constante ao longo da escala. Observação: Uma escala linear, cujos valores de uma divisão são constantes, é denominada “escala regular”.
Escala não-linear, f nonlinear scale échelle non-linéaire
Escala na qual cada comprimento de uma divisão está relacionado com o valor de uma divisão correspondente por um coeficiente de proporcionalidade, que não é constante ao longo da escala. Observação: Algumas escalas não-lineares possuem nomes especiais como “escala logarítmica”, “escala quadrática”.
Escala com zero suprimido, f supressed-zero scale échelle à zéro décalé
Escala cuja faixa de indicação não inclui o valor zero Exemplo: Escala de um termômetro clínico.
Escala expandida, f expanded scale échelle diletée
Escala na qual parte da faixa de indicação ocupa um comprimento da escala que é desproporcionalmente maior do que outras pares.
Mostrador, m dial cadran
Parte fixa ou móvel de um dispositivo mostrador no qual estão a ou as escalas. Observação: Em alguns dispositivos mostradores o mostrador tem a forma de cilindros ou de discos numerados que se deslocam em relação a um índice fixo ou a uma janela.
Numeração da escala, f scale numbering chiffraison d'une échelle
Conjunto ordenado de números associados às marcas da escala.
Marcação da escala (de um instrumento de medição, m gauging (of a measuring instrument) calibrage (d'un instrument de mesure)
Operação de fixar as posições das marcas da escala de um instrumento de medição (em alguns casos apenas certas marcas principais) em relação aos valores correspondentes do mensurando.
Ajuste (de um instrumento de medição), m adjustment (of a measuring instrument) ajustage (d'un instrument de mesure)
Operação destinada a fazer com que um instrumento de medição tenha desempenho compatível com o seu uso. Observação: O ajuste pode ser automático, semi-automático ou manual.
Regulagem (de um instrumento de medição), m user adjustment (of a measuring instrument) réglage (d'un instrument de mesure) 36 Ferramental Março/Abril 2010
Ajuste, empregando somente os recursos disponíveis no instrumento para o usuário.
Parte integrante da revista Ferramental - Nº 28 - Março/Abril 2010
INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO
Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais
Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia
CARACTERÍSTICAS DOS INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO Alguns dos termos utilizados para descrever as características de um instrumento de medição são igualmente aplicáveis a dispositivos de medição, transdutores de medição ou a um sistema de medição e por analogia podem, também, ser aplicados a uma medida materializada ou a um material de referência. O sinal de entrada de um sistema de medição pode ser chamado de estímulo: o sinal de saída pode ser chamado de resposta. Neste capítulo o termo “mensurando” significa a grandeza aplicada a um instrumento de medição.
Parte integrante da revista Ferramental - Nº 28 - Março/Abril 2010
Termo Português/Inglês/Francês
Significado
Faixa nominal, m nominal range calibre
Faixa de indicação que se pode obter em uma posição específica dos controles de um instrumento de medição. Observações: 1) Faixa nominal é normalmente definida em termos de seus limites inferior e superior, por exemplo: “100o C a 200O C”. Quando o limite inferior é zero, a faixa nominal é definida unicamente em termos do limite superior, por exemplo: a faixa nominal de 0V a 100V é expressa como “100V”. 2) Ver observação do item Amplitude da faixa adicional
Amplitude da faixa nominal, m span intervalle de mesure
Diferença, em módulo, entre os dois limites de uma faixa nominal. Exemplo: Para uma faixa nominal de –10V a +10V a amplitude da faixa nominal é 20V Observação: Em algumas áreas, a diferença entre o maior e o menor valor é denominada faixa.
Valor nominal, f nominal value valeur nominale
Valor arredondado ou aproximado de uma característica de um instrumento de medição que auxilia na sua utilização. Exemplos: 100W como valor marcado em um resistor padrão; 1L como valor marcado em um recipiente volumétrico com uma só indicação; 0,1 mol/L como a concentração da quantidade de matéria de uma solução de ácido clorídrico, HCL; 25o C como ponto pré-selecionado de um banho controlado termostaticamente.
Faixa de medição, f measuring range étendue de mesure Faixa de trabalho, f working range
Conjunto de valores de um mensurando para o qual se admite que o erro de um instrumento de medição mantém-se dentro dos limites especificados. Observações: 1) “erro” é determinado em relação a um valor verdadeiro convencional. 2) Ver observação do item Amplitude da faixa adicional
Condições de utilização, f rated operating conditions conditions assignées de fonctionnement
Condições de uso para as quais as características metrológicas especificadas de um instrumento de medição mantêm-se dentro de limites especificados. Observação: As condições de utilização geralmente especificam faixas ou valores aceitáveis para o mensurando e para as grandezas de influência.
Condições limites, f limiting conditions condition limites
Condições extremas nas quais um instrumento de medição resiste sem danos e degradação das características metrológicas especificadas, as quais são mantidas nas condições de funcionamento em utilizações subsequentes. Observações: 1) As condições limites para armazenagem, transporte e operação podem ser diferentes; 2) As condições limites podem incluir valores limites para o mensurando e para as grandezas de influência.
Condições de referência, f reference conditions conditions de référence
Condições de uso prescritas para ensaio de desempenho de um instrumento de medição ou para intercomparação de resultados de medições. Observação: As condições de referência geralmente incluem os valores de referência ou as faixas de referência para as grandezas de influência que afetam o instrumento de medição.
Constante de um instrumento, f instrument constant constante (d'um instrument)
Fator pelo qual a indicação direta de um instrumento de medição deve ser multiplicada para obter-se o valor indicado do mensurando ou de uma grandeza utilizada no cálculo do valor do mensurando. Observações: Instrumentos de medição com diversas faixas com um único mostrador, têm várias constantes que correspondem, por exemplo, a diferentes posições de um mecanismo seletor; Quando a constante for igual a um, ela geralmente não é indicada no instrumento.
Característica de resposta, f response characteristic caractéristique de transfert
Relação entre um estímulo e a resposta correspondente, sob condições definidas. Exemplo: A força eletromotriz (fem) de um termopar como função de temperatura. Observações: A relação pode ser expressa na forma de uma equação matemática, uma tabela numérica ou um gráfico; Quando o estímulo varia como uma função do tempo, uma forma de característica de resposta é a função de transferência (“transformada de Laplace” da resposta dividida pela do estímulo).
Sensibilidade, f sensitivity sensibilité
Variação da resposta de um instrumento de medição dividida pela correspondente variação do estímulo. Observação: A sensibilidade pode depender do valor do estímulo.
Resolução (de um dispositivo mostrador), f resolution (of a displaying device) résolution (d'un dispositive afficheur)
Menor diferença entre indicações de um dispositivo mostrador que pode ser significativamente percebida. Observações: Para dispositivo mostrador digital, é a variação na indicação quando o dígito menos significativo varia de uma unidade; Este conceito também se aplica a um dispositivo registrador. Março/Abril 2010
Ferramental
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Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia
CARACTERÍSTICAS DOS INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO Significado
(Limiar de) mobilidade, m discrimination (threshold) (seuil de) mobilité
Maior variação no estímulo que não produz variação detectável na resposta de um instrumento de medição, sendo a variação no sinal de entrada lenta e uniforme. Observação: O limiar de mobilidade pode depender, por exemplo, de ruído (interno ou externo) ou atrito. Pode depender, também, do valor do estímulo.
Deriva, f drift dérive
Variação lenta de uma característica metrológica de um instrumento de medição.
Zona morta, f dead band zone morte
Intervalo máximo no qual um estímulo pode variar em ambos os sentidos, sem produzir variação na resposta de um instrumento de medição. Observações: 1) A zona morta pode depender da taxa de variação. 2) A zona morta, algumas vezes, pode ser deliberadamente ampliada, de modo a prevenir variações na resposta para pequenas variações no estímulo.
Estabilidade, f stability constance
Aptidão de um instrumento de medição em conservar constantes suas características metrológicas ao longo do tempo. Observações: 1) Quando a estabilidade for estabelecida em relação a uma outra grandeza que não o tempo, isto deve ser explicitamente mencionado; 2) A estabilidade pode ser quantificada de várias maneiras, por exemplo: - pelo tempo no qual a característica metrológica, varia de um valor determinado; ou, - em termos da variação de uma característica em um determinado período de tempo.
Discrição, f transparency discrétion
Aptidão de um instrumento de medição em não alterar o valor do mensurando. Exemplos: 1) Uma balança é um instrumento discreto para medição de massas 2) Um termômetro de resistência que aquece o meio no qual a temperatura está sob medição, não é discreto.
Tempo de resposta, m response time temps de réponse
Intervalo de tempo entre o instante em que um estímulo é submetido a uma variação brusca e o instante em que a resposta atinge e permanece dentro de limites especificados em torno do seu valor final estável.
Exatidão de um instrumento de medição, f accurancy of a measuring instrument exactitude d'un instrument de mesure
Aptidão de um instrumento de medição para dar respostas próximas a um valor verdadeiro. Observação: Exatidão é um conceito qualitativo.
Classe de exatidão, f accuracy class classe d'exactitude
Classe de instrumentos de medição que satisfazem a certas exigências metrológicas destinadas a conservar os erros dentro de limites especificados. Observação: Uma classe de exatidão é usualmente indicada por um número ou símbolo adotado por convenção e denominado índice de classe.
Erro (de indicação) de um instrumento de medição, f error (of indication) of a measuring instrument erreur (d'indication) d'un instrument de mesure
Indicação de um instrumento de medição menos um valor verdadeiro da grandeza de entrada correspondente. Observações: 1) Uma vez que um valor verdadeiro não pode ser determinado, na prática é utilizado um valor verdadeiro convencional (ver Valor verdadeiro (de uma grandeza) e Valor verdadeiro convencional (de uma grandeza) 2) Este conceito aplica-se principalmente quando o instrumento é comparado a um padrão de referência. 3) Para uma medida materializada, a indicação é o valor atribuído a ela.
Erros máximos admissíveis (de um instrumento de medição),f maximum permissible errors (of a measuring instrument) erreurs maximales tolérées (d'un instrument de mesure) Limites de erros admissíveis (de um instrumento de medição), f limits of permissible error of a measuring instrument) limites d'erreur tolérées (d'un instrument de mesure)
Valores extremos de um erro admissível por especificações, regulamentos, etc., para um dado instrumento de medição.
Erro no ponto de controle (de um instrumento de medição), f datum error (of a measuring instrument) erreur au point de controle (d'un instrument de mesure) 38 Ferramental Março/Abril 2010
Erro de um instrumento de medição em uma indicação especificada ou em um valor especificado do mensurando, escolhido para controle do instrumento.
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Termo Português/Inglês/Francês
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CARACTERÍSTICAS DOS INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO Termo Português/Inglês/Francês
Significado
Erro no zero (de um instrumento de medição), f zero error (of a measuring instrument) erreur à zero (d'um instrument de mesure)
Erro no ponto de controle de um instrumento de medição para o valor zero do mensurando.
Erro intrínseco (de um instrumento de medição), f intrinsic error (of a measuring instrument) erreur intrinsèque (d'um instrument de mesure)
Erro de um instrumento de medição, determinado sob condições de referência.
Tendência (de um instrumento de medição), f bias (of a measuring instrument) erreur de justesse (d'um instrument de mesure)
Erro sistemático da indicação de um instrumento de medição. Observação: Tendência de um instrumento de medição é normalmente estimada pela média dos erros de indicação de um número apropriado de medições repetidas
Isenção de tendência (de um intrumento de medição),f freedom from bias (of a measuring instrument) justesse (d'un instrument de mesure)
Aptidão de um instrumento de medição em dar indicações isentas de erro sistemático.
Repetitividade (de um instrumento de medição), f repeatability (of a measuring instrument) fidélité (d'un instrument de mesure)
Aptidão de um instrumento de medição em fornecer indicações muito próximas, em repetidas aplicações do mesmo mensurando, sob as mesmas condições de medição. Observações: 1) Estas condições incluem: - redução ao mínimo das variações devido ao observador; - mesmo procedimento de medição; - mesmo observador; - mesmo equipamento de medição, utilizado nas mesmas condições; - mesmo local; - repetições em um curto período de tempo. 2) Repetitividade pode ser expressa quantitativamente em termos das características da dispersão das indicações.
Erro fiducial (de um instrumento de medição), f fiducial error (of a measuring instrument) erreur réduite conventionnelle (d'un instrument de mesure)
Erro de um instrumento de medição dividido por um valor especificado para o instrumento. Observação: O valor especificado é geralmente denominado de valor fiducial, e pode ser, por exemplo, a amplitude da faixa nominal ou o limite superior da faixa nominal do instrumento de medição.
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PADRÕES Padrão, m (measurement) standard étalon
Medida materializada, instrumento de medição, material de referência ou sistema de medição destinado a definir, realizar, conservar ou reproduzir uma unidade ou um ou mais valores de uma grandeza para servir como referência. Exemplos: Massa padrão de 1 kg; Resistor padrão de 100W; Amperímetro padrão; Padrão de frequência de césio; Eletrodo padrão de hidrogênio; Solução de referência de cortisol no soro humano, tendo uma concentração certificada. Observações: 1) Um conjunto de medidas materializadas similares ou instrumentos de medição que utilizados em conjunto, constituem um padrão coletivo. 2) Um conjunto de padrões de valores escolhidos que, individualmente ou combinados formam uma série de valores de grandezas de uma mesma natureza é denominado coleção padrão.
Padrão internacional, m International (measurement) standard étalon international
Padrão reconhecido por um acordo internacional para servir, internacionalmente, como base para estabelecer valores a outros padrões da grandeza a que se refere.
Padrão nacional, m national (measurement) standard étalon national
Padrão reconhecido por uma decisão nacional para servir, em um país, como base para estabelecer valores a outros padrões da grandeza a que se refere.
Padrão primário, m primary standard étalon primaire
Padrão que é designado ou amplamente reconhecido como tendo as mais altas qualidades metrológicas e cujo valor é aceito sem referência a outros padrões de mesma grandeza. Observação: O conceito de padrão primário é igualmente válido para grandezas de base e para grandezas derivadas.
Padrão secundário, m secondary standard étalon secondaire
Padrão cujo valor é estabelecido por comparação a um padrão primário da mesma grandeza. Março/Abril 2010
Ferramental
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Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia PADRÕES Significado
Padrão de referência, m reference standard étalon de référence
Padrão, geralmente tendo a mais alta qualidade metrológica disponível em um dado local ou em uma dada organização, a partir do qual as medições lá executadas são derivadas.
Padrão de trabalho, m working standard étalon de travail étalon secondaire
Padrão utilizado rotineiramente para calibrar ou controlar medidas materializadas, instrumentos de medição ou materiais de referência. Observações: 1) Um padrão de trabalho é geralmente, calibrado por comparação a um padrão de referência. 2) Um padrão de trabalho utilizado rotineiramente para assegurar que as medições estão sendo executadas corretamente é chamado padrão de controle.
Padrão de transferência, m transfer standard étalon de transfert
Padrão utilizado como intermediário para comparar padrões. Observação: O termo dispositivo de transferência deve ser utilizado quando o intermediário não é um padrão.
Padrão itinirante, m travelling standard étalon voyageur
Padrão, algumas vezes de construção especial, para ser transportado entre locais diferentes. Exemplo: Padrão de frequência de césio, portátil, operado por bateria.
Rastreabilidade, f traceability traçabilité
Propriedade do resultado de uma medição ou do valor de um padrão estar relacionado a referências estabelecidas, geralmente padrões nacionais ou internacionais, através de uma cadeia contínua de comparações, todas tendo incertezas estabelecidas. Observações: 1) O conceito é geralmente, expresso pelo adjetivo rastreável; 2) Uma cadeia contínua de comparações é denominada de cadeia de rastreabilidade.
Calibração, m calibration étalonnage Aferição
Conjunto de operações que estabelece, sob condições especificadas, a relação entre os valores indicados por um instrumento de medição ou sistema de medição ou valores representados por uma medida materializada ou um material de referência, e os valores correspondentes das grandezas estabelecidos por padrões. Observações: 1) O resultado de uma calibração permite tanto o estabelecimento de valores do mensurando para as indicações, como a determinação das correções a serem aplicadas. 2) Uma calibração pode, também, determinar outras propriedades metrológicas como o efeito das grandezas de influência. 3) O resultado de uma calibração pode ser registrado em um documento, algumas vezes denominado certificado de calibração ou relatório de calibração.
Conservação de um padrão, f conservation of a (measurement) standard conservation d'un étalon
Conjunto de operações necessárias para preservar as características metrológicas de um padrão, dentro de limites apropriados. Observação: As operações, normalmente, incluem calibração periódica, armazenamento em condições adequadas e utilização cuidadosa.
Material de referência (MR), m reference material (RM) matériau de référence (MR)
Material ou substância que tem um ou mais valores de propriedades que são suficientemente homogêneos e bem estabelecidos para ser usado na calibração de um aparelho, na avaliação de um método de medição ou atribuição de valores a materiais. Observação: Um material de referência pode ser uma substância pura ou uma mistura, na forma de gás, líquido ou sólido. Exemplo é a água utilizada na calibração de viscosímetros, a safira como um calibrador de capacidade calorífica em calorimetria, e soluções utilizadas para calibração em análises químicas. Definição e observação extraídas da ISO Guide 30:1992.
Material de referência certificado (MRC), m certified reference material (CRM) matériau de référence certifié (MRC)
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Material de referência, acompanhado por um certificado, com um ou mais valores de propriedades, e certificados por um procedimento que estabelece sua rastreabilidade à obtenção exata da unidade na qual os valores da propriedade são expressos, e cada valor certificado é acompanhado por uma incerteza para um nível de confiança estabelecido. Observações: 1) A definição de “certificado de material de referência” é dada no item 4.2 2) Os MRC são geralmente preparados em lotes, para os quais o valor de cada propriedade considerada é determinado dentro de limites de incerteza estabelecidos por medições em amostras representativas de todo o lote. 3) As propriedades certificadas de materiais de referência certificados são, algumas vezes, obtidas convenientemente e de forma confiável, quando o material é incorporado em um dispositivo fabricado especialmente, por exemplo: uma substância de ponto triplo conhecido em uma célula de ponto triplo, um vidro com densidade óptica conhecida dentro de um filtro de transmissão, esferas de granulometria uniforme montadas na lâmina em um microscópio. Esses dispositivos também podem ser considerados como MRC. 4) Todos MRC atendem à definição de “padrões” dada no “Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia (VIM)” 5) Alguns MR e MRC têm propriedades nas quais, em razão deles não serem correlacionados com uma estrutura química estabelecida ou por outras razões, não podem ser determinadas por métodos de medição físicos e químicos exatamente definidos. Tais materiais incluem certos materiais biológicos como as vacinas para as quais uma unidade internacional foi determinada pela Organização Mundial de Saúde. * Esta definição e as observações foram extraídas da ISO Guide 30 : 1993.
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Março/Abril 2010
Parte integrante da revista Ferramental - Nº 28 - Março/Abril 2010
Termo Português/Inglês/Francês
ANELISE FERREIRA SCHUBERT - anelise@cmadvocacia.adv.br GUILHERME FREITAS CAUDURO DE OLIVEIRA - guilherme@cmadvocacia.adv.br
Lei das locações
A
observação da nova lei das locações pode minimizar conflitos gerados pelo não cumprimento de suas disposições legais.
Março/Abril Março/Abril 2010
Ferramental
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Anelise Ferreira Schubert - Advogada formada em Direito em 2007 pela Faculdade de Direito de Joinville - FDJ e pós-graduada em Direito Civil e Processual Civil pela Faculdade Guilherme Guimbala - FGG. Atuante na área de direito eleitoral e civil em geral, nos segmentos de direito de família, sucessões, consumidor, bancário, dentre outros. Guilherme Freitas Cauduro de Oliveira - Advogado formado em Direito em 2005 pela Faculdade de Direito de Joinville - FDJ e pós-graduado em Direito e Gestão Empresarial pela Faculdade Cenecista de Joinville - FCJ. Atuante nos segmentos do direito empresarial, com ênfase na área cível e processual civil.
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Ferramental
Março/Abril 2010
ALEXSANDRO S. MORAES - alexsandro.moraes@ufrgs.br LÍRIO SCHAEFFER - schaefer@ufrgs.br
Aumento da vida de serviço de matrizes através da simulação numérica
O
aumento da vida de serviço de matrizes para forjamento é uma estratégia para a redução de custos de manufatura. A simulação numérica permite otimizar a geometria das matrizes, visando à redução de concentradores de tensões e, consequentemente, a redução do desgaste das mesmas.
No projeto de ferramentas para conformação1 de metais, os principais objetivos do projetista são garantir a produção de peças sem defeitos e maximizar a vida das matrizes. Mesmo que os defeitos e a durabilidade das matrizes sejam influenciados por vários fatores (figura 1), os projetistas, normalmente, utilizam dispendiosas experiências de “tentativa e erro” para alcançar os objetivos do projeto. A falha de matrizes ocorre principalmente por desgaste, fadiga térmica, fadiga mecânica e deformação plástica [3]. O desgaste e a deformação plástica alteram a geo-
Lubrificação
Projeto das Matrizes
Geometria das Matrizes
Peça de Trabalho
Vida das Matrizes
Material das Matrizes
Material da Peça de Trabalho
Tratamento térmico das Matrizes
Manufatura das Matrizes
Figura 1 - Fatores que influenciam na vida de matrizes de forjamento (adaptada de [2[)
metria da cavidade das matrizes, enquanto que a fadiga térmica e/ou mecânica pode provocar a trinca ou quebra das matrizes. O desgaste é responsável por aproximadamente 70% da falha de matrizes [4] e provoca um aumento de 30% no custo da unidade forjada devido à produção de componentes fora da especificação [5]. A simulação numérica pode reduzir o desgaste das matrizes equalizando as cargas de conformação em processos com mais de um estágio [6], e também reduzindo concentradores de tensões nas matrizes através da otimização da sua geometria [7]. Neste trabalho, através da simulação numérica, foi possível determinar quais valores de raios de concordância e ângulos de saída resultaram em menores concentrações de tensões. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL A figura 2 ilustra o fluxograma do procedimento experimental utilizado. Inicialmente foi medida a
carga de conformação do processo atual de forjamento a quente de um flange da liga de titânio Ti-6Al-4V, onde o flange é a peça de trabalho e a carga medida é a referência para validação do modelo numérico. Em seguida foi realizada a modelagem numérica do processo, sendo dividida em duas etapas: Ÿ na primeira apenas a peça de trabalho foi analisada visando à aferição do modelo numérico, e Ÿ na segunda foram analisadas tanto a peça de trabalho como as matrizes. 1 Conformação: é o processo mecânico onde se obtém peças através da compressão de metais sólidos em moldes/ferramentais, utilizando a deformação plástica da matéria-prima para o preenchimento das cavidades dos moldes/ferramentais. O processo pode ou não ser executado com o aquecimento da matéria-prima para facilitar o processo ou para modificar as características mecânicas da peça final. Com o processo a quente pode-se conformar peças com menor gasto de energia (maior produtividade) e sem necessidade de tratamento térmico, pois a conformação a quente é feita a temperaturas acima do ponto crítico do diagrama ferro-carbono, provocando, a essa temperatura, a recristalização da estrutura simultaneamente com a deformação sofrida. O processo a frio apresenta a vantagem de um melhor acabamento na peça e encruamento do material, o que auxilia a elevar a resistência mecânica, diminuindo, entretanto, a ductilidade [1].
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Ferramental
Marรงo/Abril 2010
Forjamento da peça
Medição da carga
Simulação da peça Estipulação de uma diferença aceitável
Estimação da carga
Comparação da carga
Não
A diferença é aceitável? Sim Simulação da matrizes
Há concentradores de tensões?
Sim
Modificação da geometria das matrizes
Não Finalização do projeto
Figura 2 - Fluxograma do procedimento experimental
Quando é desenvolvido um modelo numérico de um processo de conformação mecânica, são consideradas várias hipóteses simplificadoras que interferem na precisão do resultado. Assim, necessitamos calibrar o modelo numérico através da comparação de valores estimados pela simulação com valores reais medidos na prática. Neste trabalho, o modelo foi calibrado utilizando como referência a carga de conformação medida, e, como critério de aprovação, foi estipulado que a carga estimada poderia ser até 10% superior à carga medida. Foram realizadas diversas simulações até que o valor estimado estivesse dentro da faixa estipulada como aceitável. Após calibrar o modelo, foi realizada a análise das tensões nas ma-
trizes. Nesta análise, procurou-se observar a presença de locais com concentrações de tensões. Havendo concentradores de tensões, a geometria da matriz sofreria alterações e uma nova simulação seria realizada, até a eliminação ou a redução satisfatória destes concentradores. MODELAGEM NUMÉRICA A simulação numérica do processo foi modelada no programa Simufact.forming 9.0, utilizando o método dos elementos finitos (FEM2). Devido às matrizes e o tarugo apresentarem geometria de re2 FEM: do inglês Finite Element Method. É uma forma de resolução numérica de um sistema de equações diferencias parciais e encontra aplicação em diversos campos, a saber: mecânica estrutural, mecânica dos fluídos e eletromagnetismo [1].
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a)
b) Figura 3 - Modelo de elementos finitos para análise da peça de trabalho (a) e para análise das matrizes (b)
volução em torno do mesmo eixo, foi possível realizar a análise axissimétrica3 do processo, e, com isto, reduzir o custo computacional. A figura 3a ilustra o modelo de elementos finitos para a análise da peça de trabalho e a figura 3b para a análise das matrizes. A diferença entre os modelos ilustrados na figura 3 é o comportamento dos materiais. No primeiro, o material da peça é considerado elástico-plástico e o material das matrizes rígido, enquanto que no segundo, o material da peça é definido como rígido-plástico e o das matrizes elástico. Como o programa movimenta apenas corpos rígidos, foi necessário colocar uma ferramenta para empurrar a matriz superior e outra para suportar a matriz inferior. O tarugo da liga Ti6Al4V e as matrizes de H134 foram modelados utilizando as propriedades mecâni46
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Figura 4 - Propriedade mecânicas da liga Ti6Al4V do banco de dados do Simufact.forming
Figura 5 - Propriedade mecânicas do aço ferramenta H13 do banco de dados do Simufact.forming
cas do banco de dados do programa de simulação, conforme figura 4 e figura 5 respectivamente. Os parâmetros do processo foram estipulados em 6,7 mm/s para a velocidade da prensa hidráulica e 0,3 para o coeficiente de atrito. O programa Simufact.forming possui, em seu banco de dados, valores médios para os parâmetros térmicos dos materiais da peça e das matrizes. Mas, esses valores são apenas de referência, pois os parâmetros térmicos variam com a qualidade do material e a temperatura do processo. Assim, estes valores foram alterados a cada simulação até a calibração do modelo, com exceção da temperatura inicial do 3 Axissimétrica: simetria em relação a rotações em torno de um eixo, ou a reflexões nesse eixo. Simetria cilíndrica [8].
a)
b) Figura 6 - Parâmetros térmicos do material da peça de trabalho (a) e das matrizes (b)
4
H13: denominação comercial de aço para trabalho a quente.
Carga de conformação
Diferença relativa
Medida
» 3100 kN
–
Estimada
» 3400 kN
» + 8,8%
pois como ilustra a figura 7b, foi uma região com grande concentração de tensões caracterizando uma falha de projeto. No primeiro teste (Teste 1), apenas os ângulos de saída foram aumentados e observou-se que as tensões em R1, R3 e R4 reduziram e em R2 não foi alterada, conforme pode ser visto na figura 9. Em virtude dos resultados do primeiro teste, onde o local com maior raio apresentou a maior concentração de tensões, no Teste 2 apenas o valor de R2 foi reduzido em relação aos valores do Teste 1. As modificações do segundo teste reduziram as tensões em R2 e aumentaram em R3 e R4, conforme ilustrado na figura 10. No Teste 3, o ângulo f2 foi reduzido, o que resultou na redução da tensão em R2, conforme pode ser observado na figura 11. A configu-
Tabela 1 - Comparação entre a carga estimada pela simulação e o valor medido no forjamento
tarugo e das matrizes, que permaneceram constantes em 950ºC e 300ºC respectivamente (figura 6). RESULTADOS E DISCUSSÕES Análise da peça de trabalho Foi necessário realizar 5 simulações para que a carga estimada ficasse com uma diferença dentro da faixa aceitável, estipulada em até 10% superior à carga medida, conforme podem ser os resultados lidos na tabela 1. Cada simulação necessitou de aproximadamente 1,7 minutos para o tempo de processamento, desconsiderando-se aqui o tempo para pré e pós-processamento, totalizando 8,5 minutos para realizar a calibração do modelo para este trabalho.
Figura 8 - Esquema dos ângulos de saída e dos raios de concordância da peça de trabalho
Análise das matrizes O resultado da simulação do primeiro modelo, com as geometrias das matrizes que são utilizadas atualmente, apresentou concentração de tensões nos raios de concordâncias e na região da rebarba. A figura 7a apresenta a tensão efetiva na peça de trabalho e nas matrizes no final do forjamento e a figura 7b mostra em detalhes os concentradores de tensões presentes na matriz inferior. A figura 8 ilustra um esquema dos ângulos de saída e raios de concordância da matriz, e a tabela 2 seus valores originais e modificados em cada novo teste. Em todos os testes foram adicionados raios de concordância na região da rebarba,
Figura 9 - Concentração de tensões da matriz inferior no Teste 1
a)
b)
Figura 7 - Tensão efetiva no final do forjamento (a) e os concentradores de tensões da matriz inferior (b)
Original
Teste 1
Teste 2
Teste 3
Teste 4
Teste 5
Teste 6
f1 [graus]
5
6
6
6
7
7
8
f2 [graus]
7
8
8
7
7
7
8
R1 [mm]
1
1
1
1
2
1
2
R2 [mm]
2
2
1
1
1
1
3
R3 [mm]
1
1
1
1
1
1
2
R4 [mm]
1
1
1
1
1
1
2
R5 [mm]
0
1
1
1
1
1
1
R6 [mm]
0
1
1
1
1
1
1
R7 [mm]
0
1
1
1
1
1
1
R8 [mm]
0
1
1
1
1
1
1
Tabela 2 - Valores dos ângulos e raios de concordância originais e modificados (testes) Março/Abril 2010
Ferramental
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Figura 10 - Concentração de tensões da matriz inferior no Teste 2
Figura 11 - Concentração de tensões da matriz inferior no Teste 3
Figura 12 - Concentração de tensões da matriz inferior no Teste 4
ração de f2, R1 e R2 foram as melhores, mas as tensões em R3 e R4 ainda apresentam valores elevados. Assim, no Teste 4 foi aumentado f1 e, aproveitando-se o novo modelamento, R1 também foi aumentado. A figura 12 mostra os resultados do quarto teste, onde as tensões em R3 e R4 reduziram consideravelmente e o aumento de R1 proporcionou um aumento de tensão em R2. No Teste 5 foram utilizados os 48
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Março/Abril 2010
melhores resultados dos testes anteriores. Os valores de f2, R1 e R2 foram obtidos no terceiro teste e f1, R3 e R4 no quarto teste. Observando o resultado do teste 5, mostrado na figura 13, verifica-se que ainda existem concentrações de tensões, mas muito menores que no projeto original (ver figura 7b). O objetivo de reduzir a concentração de tensões foi alcançado. Mas, por curiosidade, foi realizado um último teste (Teste 6), fazendo as modificações mais usuais, ou seja, aumentando os ângulos de saída e os raios de concordância. Estas modificações acarretaram em tensões mais elevadas (ver figura 14) quando comparadas aos resultados do quinto teste. Além disto, as modificações no sexto teste aumentaram o volume da cavidade da matriz (41.481,8 mm³), quando comparado ao volume original
Figura 13 - Concentração de tensões da matriz inferior no Teste 5
Figura 14 - Concentração de tensões da matriz inferior no Teste 6
(41.449,1 mm³) e ao volume do quinto teste (41.320,6 mm³). Para realizar estas 7 simulações, foram gastos aproximadamente 77 minutos de tempo de processamento do programa computacional, o que resulta em 11 minutos em média por simulação. CONCLUSÕES Para o forjamento desta peça de trabalho, as modificações mais utilizadas na prática industrial para aumentar a vida de serviço das matrizes – aumento de ângulos de saída e raios de concordância – não reduziram de forma satisfatória as concentrações de tensões. A simulação numérica, de certa forma, também é um processo de “tentativa e erro”, porém de forma virtual. Ao contrário do processo de “tentativa e erro real”, que aumenta o custo do projeto devido ao tempo de confecção das matrizes e perda de material, a simulação numérica diminui o custo de forma global, já que este se restringe ao tempo de processamento do programa computacional (software) e ao trabalho do projetista. Em aproximadamente 90 minutos de tempo de processamento, desconsiderando-se o tempo de pré e pós-processamento, foi possível reduzir os concentradores de tensões significativamente e reduzir a quantidade de material a ser forjado. AGRADECIMENTOS Os autores agradecem ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pelo apoio financeiro para o desenvolvimento deste trabalho, e a Simufact-Americas LLC pela disponibilização do programa de simulação Simufact.forming 9.0.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] www.wikipedia.org.br [2] Schruff, I. e Pannes, W.; Thyrotherm 2999 EFS supra: the new hot-work tool steel for highest performance in the forging industry. Porto Alegre. Anais do XX Senafor, 2000. [3] Altan, T., Oh, S. e Gegel, H.; Conformação de Metais: Fundamentos e Aplicações. São Carlos. EESC/ USP, 1999. [4] Heinemeyer, D.; Undersuchungem zur frage der haltbarkeit von schmiede-gesenken. Dissertation Universität Hannover. Germany. Institut für Umformtechnik, 1976. [5] Magalhães, F.C.; Pertence, A.E.M.; Campos, H.B.; Aguilar,
M.T.P.; Cetlin, P.R.; Simulação numérica do desgaste de uma matriz de forjamento a quente. Porto Alegre. Anais do XXIX SENAFOR, 2009. [6] Buijk, A.J. e Schultz, C.; Simulation based optimization of a cold heading process to extend die life, using Simufact.forming. Porto Alegre. Anais do XXIX SENAFOR, 2009. pp. 13-17. [7] Schaeffer, L.; Forjamento: introdução ao processo. Porto Alegre. Imprensa Livre, 2006. [8] Ferreira, A. B. de H.; Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa. 3ª edição. Curitiba. Positivo, 2004.
Alexsandro S. Moraes - Engenheiro Metalúrgico pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Mestrando no Programa de PósGraduação em Engenharia Metalúrgica, Minas e Materiais (PPGEM) da UFRGS na área de Processos de Fabricação. Pesquisador do Laboratório de Transformação Mecânica (LdTM) do Centro e Tecnologia (CT) da Escola de Engenharia da UFRGS. Engenheiro da MetalProject na área de serviços de simulação para processos de conformação mecânica. Lírio Schaeffer - Engenheiro Mecânico e Mestre em Engenharia de Minas, Metalúrgica e Materiais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Doutor na área de Conformação Mecânica pela Universidade Técnica de Aachen na Alemanha (Rheinisch-Westfalischen Technischen Hochschule - RWTH). Coordenador do Laboratório de Transformação Mecânica (LdTM) do Centro de Tecnologia da Escola de Engenharia da UFRGS. Pesquisador na área de Mecânica, Metalurgia e Materiais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), professor das disciplinas relacionadas aos processos de fabricação por conformação mecânica e vinculado ao programa de Pós-Graduação em Engenharia Metalúrgica, Minas e Energia (PPGEM) da UFRGS. Consultor ad-hoc da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul, na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Autor de vários livros sobre conformação mecânica.
Março/Abril 2010 Julho/Agosto 2009
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Controlador de temperatura modular O controlador de temperatura Tecnoserv modelo CNT-03 é um instrumento de controle PID (controlador proporcional integral derivativo, do inglês proportional integral derivative controller), especificamente desenvolvido para aplicação em sistemas de câmara quente, em moldes de injeção de plásticos. Possui a função auto ajustável (autotunning) e é capaz de manter um grau elevado de exatidão da temperatura, bem como sua repetibilidade. Através de controles simplificados e o uso de indicadores de situação (status), permite que o operador faça ajustes facilmente. Os módulos de controle são totalmente intercambiáveis e foram desenvolvidos para substituir vários módulos existentes no mercado, sem a necessidade de substituir os boxes, além de trabalhar com en-
trada de termopar tipo J ou K. Para necessidades acima de 12 zonas e até 48 zonas, são usados 2, 3 ou 4 gabinetes fixados na parte posterior em um armário (rack) com uma única entrada de energia.
cas, tanto internas como externas, com precisão e qualidade. O sistema é customizado pelo fabricante de acordo com as necessidades do cliente. Ideal para fixação lateral junto ao molde, a versão TGA-01 suporta especificações de rosca com diâmetro até 60 mm, profundidade até 70 mm, passo de rosca de 0,5 até 20,0 mm, distância entre eixos padrão de 80 a 120 mm (sistema duplo) e espaçamento individual de eixos (sob encomenda). Os principais benefícios do sistema englobam a redução de tempo e cus-
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Sistema desroscante A ExaFlow, representada no Brasil pela Casa do Ferramenteiro, fabrica os sistemas desroscantes compactos, que permitem extrair de moldes, peças que contenham ros-
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tos de projeto pela aplicação de mo-delos CAD prontos (ready-made model); o tamanho do sistema não se altera durante o ciclo de produção do molde graças à tecnologia de guias telescópicas; garante precisão e repetibilidade durante a operação; desrosca tanto roscas esquerdas quanto direitas; tem motor hidráulico potente para uma rápida ação de desroscamento; é adequado para produção seriada, requerendo manutenção mínima; e pode ser adaptado em moldes de injeção já existentes. Casa do Ferramenteiro 47 3027 1019 www.casafer.com.br
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Bucha quente inoxidável As buchas quentes inoxidáveis Delkron possuem centralizador que permite a sua montagem sobre uma placa lisa (sem rebaixos para centralização). Têm também alojamento para anel de vedação removível e possuem vedação radial na ponteira e na cabeça, sendo esta uma importante característica, que impede a migração de resina do alojamento do manifold para a região onde estão alojadas as buchas quentes. Em caso de acidentes operacionais, como a injeção com o molde aberto, por exemplo, eventuais escapes de resina não atingem as buchas quentes e assim esta parte elétrica fica preservada. Os torpedos são maciços, endurecidos, inoxidáveis e removíveis e possuem diversos modelos, proporcionando ótima flexibilidade para se adequar produtos e resinas e também para a manutenção, principalmente nas buchas quentes multiponto e nos conjuntos valvulados, sequenciais e para a injeção de PET (por exemplo em pré-formas).
Delkron 11 4482 1290 www.delkron.com.br Março/Abril 2010
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MARÇO • 2 a 5 - Joinville, SC, Brasil F+M+U - Feira de Ferramentaria, Modelação e Usinagem (47) 3028-0002 www.eurofeiras.com.br • 2 a 6 - La Roche Sur Foron, França Simodec 2010 - Feira Internacional de Máquina-Ferramenta para Torneamento http://rochexpogb.pemacoh.com • 15 a 18 - São Paulo, SP, Brasil Techmei 2010 - Feira Internacional de Tecnologia em Máquinas e Equipamentos Industriais (11) 5506-6053 www.abimei.org.br • 18 a 21 - Mumbai, Índia DieMould India 2010 - Feira Internacional de Moldes e Matrizes www.tagmaindia.org • 23 a 26 - Cidade do México, México Plastimagen 2010 - Exposição Internacional da Indústria do Plástico www.plastimagen.com.mx ABRIL • 6 a 9 - Belo Horizonte, MG, Brasil Minas Plast 2010 - Feira Internacional da Indústria do Plástico em Minas Gerais (31) 3327-1843 www.embalaweb.com.br • 13 a 16 - Joinville, SC, Brasil Feira de Eletro-eletrônica e Automação Industrial (47) 3028-0002 www.eurofeiras.com.br • 19 a 22 - Shangai, China Chinaplas 2010 www.chinaplasonline.com MAIO • 6 a 9 - Mumbai, Índia IMEX 2010 - Feira Internacional de Máquinas Ferramenta www.imexonline.com • 18 a 20 - São Paulo, SP, Brasil ExpoAlumínio 2010 - Exposição Internacional do Alumínio (011) 3060-5000 www.expoaluminio.com.br • 19 a 20 - Dortmund, Alemanha Verpackung 2010 - Feira da Embalagem www.easyfairs.com • 31 a 5/6 - Bilbao, Espanha Biemh 2010 - Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta http://www.biemh.com JUNHO • 8 a 11 - Joinville, SC, Brasil Logística 2010 - Feira de Logística e Movimentação de Cargas (47) 3028-0002 www.eurofeiras.com.br • 15 a 18 - Criciúma, SC, Brasil Sul Metal & Mineração 2010 - Feira
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Nacional da Indústria Metalmecânica e Mineração (48) 3433-4003 www.criciumafeiras.com.br • 16 a 19 - Chapecó, SC, Brasil Metalplast 2010 - Feira de Metalmecânica e Plásticos (49) 3361-9200 www.feirametalplast.com.br JULHO • 28 a 30 - Espírito Santo, ES, Brasil MecShow 2010 - Feira da Metalmecânica, Energia e Automação (27) 3434-0619 www.mecshow.com.br AGOSTO • 4 a 7 - Rio de Janeiro, RJ, Brasil Expomac Rio 2010 - Feira Brasileira da Indústria Metalmecânica, Eletron Rio 2010 - Feira Brasileira da Indústria Elétrica, Eletrônica e Automação Industrial, Feipack Rio 2010 - Feira Brasileira da Embalagem (41) 3075-1100 www.expomacrio.com.br www.feiraeletronrio.com.br www.feipackrio.com.br • 9 a 13 - Caxias do Sul, RS, Brasil Febramec 2010 - Feira Brasileira da Mecânica e Automação Industrial (51) 3357-3131 www.febramec.com.br • 23 a 26 - Recife, PE, Brasil Embala Nordeste 2010 - V Feira Internacional de Embalagens e Processos (11) 3567-1890 www.embalaweb.com.br • 23 a 27 - Joinville, SC, Brasil Interplast 2010 - Feira Nacional de Integração da Tecnologia do Plástico (47) 3451-3000 www.interplast.com.br • 25 a 28 - Rio de Janeiro, RJ, Brasil Rio Parts 2010 - Feira Internacional da Indústria de Autopeças e Reparação Automotiva (41) 3075-1100 www.feirarioparts.com.br
MAIO • 18 a 20 - São Paulo, SP, Brasil IV Congresso Internacional do Alumínio e Exposição Internacional do Alumínio (11) 3060-5023 congresso@abal.org.br • 25 a 26 - São Paulo, SP, Brasil Simpósio Internacional de Injeção de Plásticos - Otimização de Recursos Produtivos (11) 3081-7388 eventos@especifica.com.br www.especifica.com.br AGOSTO • 23 a 27 - Joinville, SC, Brasil
Interplast 2010 - Congresso Nacional de Integração da Tecnologia do Plástico (47) 3451-3000 www.interplast.com.br SETEMBRO • 6 a 8 - Porto, Portugal ENMEC 2010 - Encontro Nacional de Materiais e Estruturas Compósitas www.fe.up.pt • 14 a 17 - Joinville, SC, Brasil Metalurgia 2010 - Congresso Internacional de Tecnologia para Fundição, Forjaria, Alumínio & Serviços (47) 3451-3000 www.metalurgia.com.br • 15 a 17 - Ghent, Bélgica PMI 2010 - Polymers and Moulds Innovations - Conferência sobre Inovações em Polímeros e Moldes www.pmiconference.eu
ABRIL • 9 - LdTM - Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS - Porto Alegre, RS Curso: Metalurgia do Pó (51) 3308-6134 www.ufrgs.br/ldtm - ldtm@ufrgs.br • 15 a 16 - LdTM - Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS - Porto Alegre, RS Curso: Forjamento (51) 3308-6134 www.ufrgs.br/ldtm - ldtm@ufrgs.br • 29 - LdTM - Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS - Porto Alegre, RS Curso: Estampagem (corte/dobra/ repuxo) (51) 3308-6134 www.ufrgs.br/ldtm - ldtm@ufrgs.br
• ABIPLAST - São Paulo, SP Curso: Formação de operadores de produção e planejamento estratégico para micro e pequena empresa (11) 3060-9688 www.abiplast.org.br • Itys Fides - São Paulo, SP Cursos: Produtividade e eficiência, Custo padrão, Racionalização industrial (11) 4799-4182 www.oemitys.com.br • Senai Mário Amato - São Bernardo do Campo, SP Cursos: Materiais, moldes, processamento de plásticos (11) 4109-9499 www.sp.senai.br • Trade Mix - Rio de Janeiro, RJ Cursos: Design de embalagens, projeto de produtos (21) 3852-5363 www.trademix.com.br
PLANEJAMENTO AVANÇADO DA QUALIDADE DO PRODUTO E PLANO DE CONTROLE - APQP IQA Essa edição do APQP substitui a primeira, a menos que seja especificado de outra forma por seu cliente. Este manual continua a apresentar as diretrizes gerais para assegurar que o Planejamento Avançado da Qualidade do Produto seja implementado de acordo com os requisitos do cliente. Inclui a incorporação de uma abordagem de processo focado no cliente, a terminologia atualizada e conceitos consistentes com a norma ISO / TS 16949 e outros manuais de ferramentas essenciais da Chrysler, Ford e General Motors. Apresenta referenciais apropriadas às especificidades do cliente fornecidas sem o texto completo. Segunda edição. 2008. www.iqa.org.br
ALMOXARIFADO E GESTÃO DE ESTOQUES - DO RECEBIMENTO, GUARDA E EXPEDIÇÃO À DISTRIBUIÇÃO DO ESTOQUE Bruno Paoleschi Voltado aos estudantes, profissionais da área e empresários em geral, tem conteúdo didático e preocupa-se com a parte operacional. Possui várias planilhas para facilitar o aprendizado e a aplicação nas empresas, além de uma série de exercícios práticos. Abrange as etapas de planejamento industrial, PCP, produção, engenharia, marketing, gestão da qualidade, recursos humanos, finanças, vendas, manutenção, movimentação dos materiais, fluxos de produção e transportes, todos integrados em uma cadeia logística para atender bem ao cliente e visando a qualidade dos produtos. Divide-se em vários capítulos englobando administração e planejamento do almoxarifado, leiaute (arranjo físico), estocagem, insumos, identificação de materiais, rastreabilidade, planejamento do recebimento e expedição, compras/suprimentos, lead time, itens críticos, sistemas de Inventário, embalagem, armazenamento e movimentação de materiais, equipamentos de proteção individual (EPIs), Just In Time (JIT), programa 5 Ss, Housekeeping e ISO 9000/2000. Idioma português. 2010. ISBN 97885-36502-54-0. www.editoraerica.com.br
GESTÃO DE PESSOAS CATEGORIA EMPRESA Cleide Fonseca Rodrigues, Mônica Torquato, Vanessa Fontoura Nesta edição, são apresentados dois trabalhos. O primeiro, de Cleide Rodrigues, trata do projeto Humanismo: A Mapfre valoriza esta prática. O texto descreve, entre outras ações voltadas para o público interno da corporação, o POP - Programa de Ouvidoria e Papo. A iniciativa oferece atendimento profissional para os mais variados assuntos que possam causar dificuldades ao colaborador como crises conjugais, financeiras, luto e problemas de aprendizagem dos filhos. A realização é um sucesso e faz da organização um exemplo na missão de oferecer melhores condições de vida aos seus funcionários e parentes. O segundo artigo foi escrito por Mônica Torquato e Vanessa Fontoura. Nele as autoras descrevem a criação de um processo de treinamento especial para área de varejo esportivo, na qual o Grupo SBF atua. O Departamento de RH da corporação identificou a necessidade de promover um seminário para levar aos seus colaboradores os conhecimentos teóricos e práticos das diversas modalidades esportivas que compõem os produtos comercializados pela rede. O programa se tornou sucesso, uma vez que os ensinamentos difundidos edificaram ainda mais a relação cliente-empresa. 2009. ISBN 978-85-73038-91-0. www.qualitymark.com.br
FAP/NTEP - ASPECTOS JURÍDICOS E TÉCNICOS Antônio Carlos Vendrame e Selma Aquino e Graça O Fator Acidentário de Prevenção - FAP e o Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário NTEP se constituem nas mais novas alterações previdenciárias com reflexos desastrosos para as empresas que não investem em saúde e segurança do trabalho. Focado no impacto nas finanças das empresas e nos reflexos na contratação de empregados e terceiros, a obra foi escrita por profissionais com forte ênfase em defesa empresarial, cuja intenção é conscientizar o empresário para a prevenção técnica e jurídica, gerando informações que não se transformem em confissão de culpa. 2009. ISBN 97885-36113-82-1. www.ltreditora.com.br
ACIJ .................................................11
Forvm ................................................5
Schmolz+Bickenbach ................3ª capa
Autodesk...................................4ª capa
Incoe .................................................9
SecoTools.........................................23
Brehauser.........................................51
Interplast .........................................24
Siemens .............................2ª capa e 21
Btomec ............................................45
Metalurgia .......................................34
Simpósio Específica.............................8
CIMM ..............................................45
Plastech ...........................................44
Tecnoserv.........................................19
Cosmolde ..........................................6
Plastibras..........................................51
Topline.............................................49
Expogestão ......................................10
Plasticos Maradei................................6
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Ainda somos poucos! Alexandre Fix Presidente da Câmara Setorial de Ferramentarias e Modelações da ABIMAQ fix@polimold.com.br
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No dia 6 de julho de 1987 reuniram-se, na Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos - ABIMAQ, 51 representantes de empresas do setor de ferramentarias e modelações, com o objetivo de identificar os problemas inerentes a esse segmento da indústria mecânica, para juntos encontrar as soluções capazes de facilitar para esses fabricantes o acesso a novas tecnologias, desenvolvimento profissional, qualificação, entre outras demandas reprimidas. Atualmente reestruturado como Câmara Setorial de Ferramentarias e Modelações - CSFM, o grupo busca integrar as diversas ferramentarias e modelações para viabilizar o crescimento setorial. Vários são os fatores que preocupam nosso setor, dentre eles o alto custo do aço em relação ao que se pratica no exterior, a concorrência predatória de países asiáticos, a carência de profissionais qualificados, o atraso no pagamento por parte de grandes usuários de moldes, a dificuldade de obtenção de crédito junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES principalmente aos pequenos empresários, entre outros não menos importantes. Para que nossos pleitos sejam ouvidos por fornecedores, clientes, governos federal, estaduais e municipais e até dentro de nossas associações, precisamos ter uma câmara forte. Precisamos ter representatividade! O número de participantes da câmara é ainda extremamente baixo, não representando adequadamente o setor. Precisamos atrair novos associados para termos uma presença mais significativa e representativa, para juntos, podermos pleitear melhores condições em diversos pontos que vem prejudicando sobremaneira o nosso desempenho. Sei que muito já foi feito para conquistar novos associados. Não é uma tarefa fácil. Pretendo me dedicar pessoalmente na conquista de novos membros. Porém não basta atrair colegas empresários, mas sim fazer com que eles participem ativamente da câmara. Nossos esforços se concentrarão notadamente em assuntos inerentes ao setor. Sabemos que diversos problemas de difícil solução prejudicam o desenvolvimento da indústria brasileira. Apenas para citar alguns, lembro a carga tributária, custo financeiro e burocracia. Vamos fazer reuniões objetivas e focadas, desenvolvendo ações para a sustentabilidade e perpetuação do setor ferramenteiro nacional. Pretendemos atuar firmemente na análise dos pleitos de importação de ferramental com isenção tributária, evitando as distorções que hoje ocorrem, de forma predatória, prejudicando nossos associados. Buscaremos o apoio da APEX - Agência Brasileira de Promoção às Exportações e Investimentos - no sentido de apoiar nossos associados a participarem de feiras e exposições no exterior promovendo as ferramentarias brasileiras, buscando assim novos mercados. Temos que nos mobilizar e nos organizar melhor como setor produtivo, caso contrário enfrentaremos grandes problemas no futuro. Somente com uma Câmara que represente um grande número de associados é que seremos ouvidos. Conto com você amigo ferramenteiro. Essa é a nossa hora!