Revista Ferramental Edição 34

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ANO VI - Nº 34 - MARÇO/ABRI 2011 REVISTA FERRAMENTAL - PUBLICAÇÃO DA EDITORA GRAVO - ISSN 1981-240X

Veja porque os plásticos biodegradáveis são chave para um mundo melhor

Quais as responsabilidades do empregador relativas aos acidentes de trabalho.

DESTAQUE



ANO VI - Nº 34 - MARÇO/ABRI 2011 REVISTA FERRAMENTAL - PUBLICAÇÃO DA EDITORA GRAVO - ISSN 1981-240X

Veja porque os plásticos biodegradáveis são chave para um mundo melhor

Quais as responsabilidades do empregador relativas aos acidentes de trabalho.

DESTAQUE



Christian Dihlmann Editor

Querer é poder O brasileiro é um povo esperançoso. E sempre que há eleições, principalmente quando da troca de governantes, a mudança enseja uma sensação de esperança. Os bons ventos da economia no Brasil têm reforçado essa expectativa. E os números comprovam. Recentemente comemoramos o crescimento do Produto Interno Bruto - PIB de 2010, que foi de 7,5%1, resultando um montante de R$ 3,675 trilhões (melhores somente Cingapura - 14,7%, China - 10,3% e Índia 8,6%). O Brasil já é a sétima economia mundial, atrás de Estados Unidos da América, China, Japão, Alemanha, França e Reino Unido e a frente de Itália, Canadá e Rússia. Precisamos, entretanto, manter os pés no chão. A previsão de crescimento nos próximos anos não deve repetir essa cifra, sendo que os economistas vislumbram algo em torno de 5%. E, para buscar esse número, é necessário trabalhar muito, com eficiência e eficácia. O setor ferramenteiro nacional vem se mobilizando com energia crescente. A Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais - Abinfer estará, em breve, registrada e operante. Ações de vigilância e de organização das relações comerciais internacionais têm sido desenvolvidas ativamente por entidades parceiras dos empresários do setor. A interação é tamanha que está havendo uma saudável cooperação entre os profissionais e os empresários, através dos sindicatos e entidades laborais e patronais. A revista Ferramental acredita na competência e no potencial do setor nacional e vem buscando constantemente contribuir com a sua parte. Inserimos, a partir desta edição, a seção Tecnologia da Informação por entendermos que se trata de elemento fundamental no ambiente competitivo empresarial. Quando utilizada adequadamente, torna-se fator diferencial e indispensável à tomada de decisão, tanto a nível estratégico quanto tático e operacional.

Ainda, preocupados com a sustentabilidade de nosso planeta e em função de grande parte dos ferramentais fabricados pelo setor no país ser voltado à transformação de plásticos, trouxemos um artigo para explicar a questão do futuro uso dos biopolímeros biodegradáveis e compostáveis. O resultado de uma organização advém, em grande parte, do esforço da equipe de profissionais, que busca satisfação e segurança no ambiente de trabalho. Um artigo introduz nuances sobre a questão do acidente de trabalho nas empresas, objetivando alertar, tanto empregador quanto empregado, de suas responsabilidades quanto ao tema. Por fim, a satisfação do cliente, objetivo maior sem o qual não há evolução do negócio, é tratada em artigo sobre CRM - Gestão do Relacionamento com o Cliente. Os benefícios dessa metodologia podem ditar a sobrevivência da empresa. Novamente uma edição recheada de informações para o conhecimento e capacitação de nossos leitores. Ah, por sinal quero comentar um fato que me deixou surpreso, positivamente. Em final de janeiro, a 30 dias do Carnaval carioca, um incêndio destruiu boa parte dos barracões das escolas Grande Rio, União da Ilha, Portela e da Liga Independente das Escolas de Samba - Liesa. Não obstante o infortúnio, foi impressionante o comprometimento da comunidade em reconstruir as fantasias e os carros alegóricos para que o Carnaval não fosse prejudicado. “Antes do incêndio, havia 180 pessoas trabalhando na confecção de fantasias e alegorias. Agora são 350 e não há folga, tem gente 24 horas aqui”, mencionou o diretor da Grande Rio, Paulo Machado. Um belo exemplo a ser seguido por nossas autoridades no que se trata de resolver os problemas públicos que se arrastam por longos anos. Isso quando são concluidos. Algo desejado com determinação pode ser alcançado com força de vontade e dedicação. Querer é sim, poder! 1

Fonte Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, www.ibge.gov.br

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Artigos Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais www.revistaferramental.com.br ISSN 1981-240X

13 Responsabilidade civil do empregador nos acidentes de trabalho É inegável que a responsabilidade principal quanto à prevenção de acidentes de trabalho está imputada ao empregador. Entretanto, as estatísticas negativas são potencializadas pela comum displicência do empregado.

DIRETORIA Christian Dihlmann Jacira Carrer REDAÇÃO Editor: Christian Dihlmann - (47) 9964-7117 christian@revistaferramental.com.br Jornalista responsável: Antônio Roberto Szabunia - RP: SC-01996

25 Sustentabilidade do plástico Cuidados com o meio ambiente hoje garantirão qualidade de vida superior no futuro. Os biopolímeros biodegradáveis e compostáveis terão grande contribuição para a sustentabilidade do plástico na cadeia de produção de bens de consumo.

Colaboradores Adriano Fagali de Souza, André P. Penteado Silveira Jefferson de Oliveira Gomes, Cristiano V. Ferreira, Rolando Vargas Vallejos PUBLICIDADE Coordenação nacional de vendas Christian Dihlmann (47) 3025-2817 / 9964-7117 christian@revistaferramental.com.br

37 CRM - Gestão eficiente do relacionamento com os clientes ADMINISTRAÇÃO Jacira Carrer - (47) 3025-2817 / 8877-6857 adm@revistaferramental.com.br Circulação e assinaturas circulacao@revistaferramental.com.br Produção gráfica Martin G. Henschel Impressão Impressul Indústria Gráfica Ltda. www.impressul.com.br

A revista Ferramental é distribuída gratuitamente em todo o Brasil, bimestralmente. É destinada à divulgação da tecnologia de ferramentais, seus processos, produtos e serviços, para os profissionais das indústrias de ferramentais e seus fornecedores: ferramentarias, modelações, empresas de design, projetos, prototipagem, modelagem, softwares industriais e administrativos, matériasprimas, acessórios e periféricos, máquinas ferramenta, ferramentas de corte, óleos e lubrificantes, prestadores de serviços e indústrias compradoras e usuárias de ferramentais, dispositivos e protótipos: transformadoras do setor do plástico e da fundição, automobilísticas, autopeças, usinagem, máquinas, implementos agrícolas, transporte, elétricas, eletroeletrônicas, comunicações, alimentícias, bebidas, hospitalares, farmacêuticas, químicas, cosméticos, limpeza, brinquedos, calçados, vestuário, construção civil, moveleiras, eletrodomésticos e informática, entre outras usuárias de ferramentais dos mais diversos segmentos e processos industriais. As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as mesmas desta revista. A Ferramental tem como pressuposto fundamental que todas as informações nela contidas provêm de fontes fidedignas, portanto, recebidas em boa fé. Logo, não pode ser responsabilizada pela veracidade e legitimidade de tais informações. Quando da aceitação para publicação, o autor concorda em conceder, transferir e ceder à editora todos os direitos exclusivos para publicar a obra durante a vigência dos direitos autorais. Em especial, a editora terá plena autoridade e poderes para reproduzir a obra para fins comerciais em cópias de qualquer formato e/ou armazenar a obra em bancos de dados eletrônicos de acesso público. A reprodução de matérias é permitida, desde que citada a fonte. EDITORA GRAVO LTDA. Rua Jacob Eisenhut, 467 - Fone (47) 3025-2817 CEP 89203-070 - Joinville - SC

É comum empresas perderem clientes em função de mau atendimento e desconhecimento do seu perfil. Esse prejuízo pode ser incalculável. A adoção de sistemas eficientes de gestão do relacionamento traz benefícios para a imagem e para o caixa das empresas que os adotam.

Seções 6 7 9 12 20 22 30 33 35 42 44 47 49 49 50

Cartas Radar Expressas Conexão www Tecnologia da Informação JuríDICAS Dicas do Contador Ficha técnica Memórias Gente & Gestão Enfoque Eventos Livros Índice de anunciantes Opinião

Foto da capa:

Molde para injeção de tampas com 48 cavidades, da Ki Tampa Embalagens, do Rio de Janeiro, RJ. Foto cedida por Usipa Serviços de Usinagem Ltda., de Joinville, SC

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O envio da revista é gratuito às empresas e profissionais qualificados das indústrias de ferramentais, seus fornecedores, compradores e usuários finais. Qualifique sua empresa no www.revistaferramental.com.br


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O artigo sobre Balanced Score Card - BSC ficou show! Meus parabéns à equipe da Ferramental. Samuel Gonsales - Kayros - São Paulo, SP

Parabenizo as Doutoras Astridt e Christiane pela importante e interessante matéria “Contrato de experiência não garante estabilidade acidentária”, publicada na edição 33 da Ferramental. Júlio Cesar Castelhano - Grupo Abra - Joinville, SC

Sou estudante de Engenharia Mecânica e projetista de ferramentas em uma empresa de implementos agrícolas no Estado do Rio Grande do Sul. Estou fazendo o meu Trabalho Final de Graduação e observei na revista Ferramental muitos assuntos interessantes sobre o assunto do meu TFG que é sobre moldes de injeção. Diego Perrera - Stara Implementos Agrícolas - Não Me Toque, RS

Parabéns pela ótima revista Ferramental. Édi Carlos Campeol - Metalúrgica Boeira - Caxias do Sul, RS

Agradecemos os contatos de: Débora Lima Yod Ferramentaria - São Paulo, SP Carla R. Souza Estampar - Londrina, PR Bismark Pereira das Neves Acumuladores Moura - Belo Jardim, PE Adelson H. Andrade Modine Brasil - Guarulhos, SP Flávia Navarro Metalúrgica Matrici - São Paulo, SP André Marcelo Tonet Technobohn - Joinville, SC

Cibele Francisco ABM Brasil - São Paulo, SP Thiara Morgana Tonolli Toplast Plásticos - Joinville, SC Djalma Nascimento Lorenzetti - São Paulo, SP Fernando Seabra Garboni Plásticos - Petrópolis, RJ Vagner Santos de Araújo Diferro Aços Especiais - Caxias do Sul, RS Camilo Fortunato Bruni Neto Eldorado Plásticos - Barueri, SP Elizabeth Iurk Lemos Universidade Tuiuti do Paraná - Curitiba, PR Daniel Silva Lana Teksid - Betim, MG Fátima Baldissera Rosa Elite Ferramentaria - Caxias do Sul, RS Silvana Beatriz Bueno SENAI - Luzerna, SC Laerte José de Almeida Sumidenso do Brasil - São Paulo, SP Marcelo Picolli Engelubri - Joinville, SC Domenico Montone Istamp - São Paulo, SP Pedro Tonetta Projetista - Joinville, SC Todos os artigos publicados na revista Ferramental são liberados para uso mediante citação da fonte (autor e veículo). A Editora se reserva o direito de sintetizar as cartas e e-mails enviados à redação.

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A cunha e o imã Por Roberto Adami Tranjan roberto.tranjan@cempre.net

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Complacência: Disposição de atender aos desejos de outrem para agradar. Tolerância, benevolência, condescendência. Roberto Adami Tranjan

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A maestria na obtenção de resultados está em compatibilizar cunha e imã, na medida certa.

Quando o imã pretende levar a empresa para o sul e a cunha para o norte tem-se a estagnação.

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Surfwear: do inglês surf = rebentação, onda e wear = moda. Significa a moda de costumes para surfistas. 3 Fastfood: do inglês, fast = rápido e food = comida. Significa comida com preparo rápido.

• Roberto Adami Tranjan é um inovador em modelos de gestão que usa como instrumentos a sua habilidade e experiência de pesquisador, escritor, educador, consultor e conferencista. Em resposta às novas necessidades das pessoas e dos mercados na era do conhecimento, idealizou a Metanóia com o objetivo de criar empresas éticas, humanas e prósperas. Autor dos livros Rico de Verdade (2008), Pegadas (2005), Metanóia (2002), Não durma no ponto (1999) e A empresa de corpo, mente e alma (1997). 8

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O Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex) decidiu, em reunião no dia 17/2/2011, alterar a Lista Brasileira de Exceções à Tarifa Externa Comum (Letec), elevando a alíquota do Imposto de Importação (II) de moldes utilizados nos processos de moldagem por injeção ou compressão de borrachas e plásticos (NCM 8480.71.00) de 14 para 30%. A elevação entra em vigor em 1° de março de 2011, em função de abertura de vaga na Lista de Exceções à TEC nessa data. A alteração foi aprovada diante da perda de competitividade da indústria nacional em relação aos moldes importados e da consequente redução de encomendas, o que coloca em risco a atuação de empresas e a manutenção de empregos no setor. A Resolução Camex nº 7, que determina a alteração, foi publicada no Diário Oficial de 18/2/2011. Dessa forma estão inseridas na lista de exceções à TEC, além do novo NCM, também o NCM 8207.30.00 (ferramentas de embutir, estampar ou puncionar, de metais comuns) e o NCM 8480.41.00 (ferramentas para moldagem de metais por injeção ou compressão). O regime de ex-tarifário é um mecanismo de estímulo aos investimentos produtivos no país através da redução do custo de aquisição no exterior de bens que não tenham produção nacional. Ele consiste na redução temporária do Imposto de Importação desses bens.

to, aumento de produtividade e otimização do tempo de fabricação são alguns dos principais diferenciais que as soluções da Cimatron oferecem aos seus usuários. Voltado principalmente para o mercado de ferramentaria, o CimatronE é um produto que agiliza o desenvolvimento do projeto e a fabricação de moldes e ferramentas. A nova versão de seu produto, o E 9.0, com mais de 200 modificações em relação a sua versão anterior, passa agora a ser comercializada no Brasil. Cerca de 250 empresas no país utilizam as várias versões do CimatronE. “Estamos de volta com uma rede sólida de distribuidores que vai proporcionar melhor atendimento aos nossos clientes. A nova estrutura permite oferecer manutenção e treinamento constantes e, ainda, suporte técnico, treinamento, confecção de pós-processadores de forma rápida e eficiente”, informa o gerente da Cimatron no Brasil, Alexandre Censi. A Cimatron já tem instalada sua rede nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. “Em breve estaremos atuantes também no Rio de Janeiro e Minas Gerais”, adianta Alexandre Censi.

Camex 61 2027 7819 www.mdic.gov.br

A Cimatron, empresa de origem israelense, está voltando ao mercado brasileiro e apresenta a versão E 9.0 do seu sistema que objetiva aumentar a produtividade das operações de CAD/CAM. Conhecida pelo fornecimento de soluções integradas de CAD/CAM para projeto e fabricação de moldes, ferramentas de estampo e usinagem de peças em geral, a empresa volta a atuar com força total no Brasil através de uma rede de distribuidores instalados nas regiões mais estratégicas do país. Redução de cus-

Cimatron 11 4039 4239 www.cimatron.com

O Movimento Brasil Eficiente - MBE acredita que pelo menos 5% do PIB (Produto Interno Bruto) devem ser destinados à infraestrutura. Em seu discurso de posse a presidente Dilma Rousseff assumiu compromissos essenciais com o país, como o combate à corrupção, ajustes no modelo políMarço/Abril 2011

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tico, simplificação da obsoleta estrutura tributária e aumento da eficiência da administração pública. Contudo, como ficará a taxa de investimentos, que hoje não chega nem a 20% do PIB? Para que o Brasil consiga crescer em média 6% pelos próximos 10 anos é preciso investir, no mínimo, 25% do PIB ao ano. Comparando com os nossos principais competidores, a Índia investe em torno de 35% e a China próximo a 45%. “Isso faz muita diferença para a competitividade das economias”, afirma Carlos Rodolfo Schneider, um dos coordenadores do Movimento Brasil Eficiente (MBE). O MBE defende que é preciso destinar, por ano, pelo menos 5% do PIB à infraestrutura nacional, por meio de investimentos do setor público, alocando a totalidade do Fundo do Regime Geral da Previdência Social, a ser criado, conforme o artigo 68 da Lei de Responsabilidade Fiscal, pelo recolhimento mensal das contribuições individualizadas. O recente ciclo de crescimento brasileiro deve-se especialmente ao aumento do consumo, impulsionado principalmente pela expansão do crédito e transferências de renda. Porém, tendo no consumo a mola propulsora, o crescimento econômico só se sustentará no curto prazo. “Só uma taxa de investimento adequada garante um crescimento acelerado, no médio e longo prazo. Se não, faltará o que consumir, seja por limitação de produção ou de infraestrutura”, explica Schneider. O Movimento Brasil Eficiente reúne o setor produtivo nacional, federações empresariais, empresas de segmentos variados e a sociedade civil em torno de uma proposta de reformulação fiscal e tributária que garanta ao país um crescimento econômico sustentável, consistente, constante e acelerado. Ele tem por objetivo sensibilizar a população e a classe política sobre a importância de diminuir o peso da carga tributária sobre o setor produtivo, simplificar e racionalizar a complicada estrutura tributária, melhorando a gestão dos recursos públicos. Sem qualquer vinculação político-partidária, o movimento traça para os brasileiros um roteiro de ação capaz de 10

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conduzir o crescimento econômico e a geração de empregos à média decenal de 6% ao ano, praticamente dobrando a renda per capita da população em 2020. Isso será possível, desde que a carga tributária caia para patamares de 30% (hoje em 40%) do PIB ao fim da década. Todos aqueles que querem e acreditam em um Brasil Eficiente podem participar do projeto. O movimento deve ser de muitos para obter ampla legitimidade, condição fundamental, para que possa ser ouvido, considerado e, principalmente, respeitado.

MBE 11 2836 0785 www.brasileficiente.org.br

A SKA, empresa de sistemas computacionais e serviços de CAD e CAM, anuncia ter se tornado a mais nova Revenda Autorizada da Dassault Systèmes SolidWorks em São Paulo. Assim a SKA amplia suas operações e ofertas no Estado de São Paulo, onde conta com um escritório na Capital, e outra unidade em Santa Bárbara D'Oeste. “Nosso objetivo é levar às empresas paulistas todo o nosso conhecimento e experiência em engenharia de projetos e processos. As indústrias procuram uma solução tecnológica integrada e completa, de modo a enfrentar os desafios relacionados ao desenvolvimento e produção de produtos inovadores e competitivos”, destaca Siegfried Koelln, diretor da empresa. A partir de agora, a SKA - maior Revenda SolidWorks da América Latina em 2010 - passa a oferecer a empresas localizadas no Estado de São Paulo as soluções de CAD 3D, CAE e PDM da SolidWorks. Ela já faz parte do ecossistema de revendas SolidWorks desde 2006 e tem forte presença no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais. Para


levar resultados às empresas instaladas no Estado de São Paulo, a SKA está realizando pesados investimentos na região. “Além do que injetamos nos escritórios localizados em São Paulo e em Santa Barbara D'Oeste, ampliamos toda nossa estrutura de retaguarda, de equipes de suporte remoto à infraestrutura de sistemas e telecomunicações”. A empresa conta com mais de 100 colaboradores. “Nossa expertise está disponível para empresas de todos os portes e também para universidades e centros de formação de engenheiros e projetistas”, diz Koelln. Para o diretor, a visão que norteia as novas ações da SKA no Estado de São Paulo é baseada em dados bem concretos. Relatório da Fundação Seade aponta levantamento publicado em 2010 a partir de informações referentes a 2009 -, onde a região recebeu 37,7 bilhões de dólares de investimentos. Deste total, 14,2 bilhões de dólares foram colocados no setor industrial, com pólos por todo o Estado. Consciente da riqueza e multiplicidade do ambiente de negócios desta região, Koelln já mapeou as principais oportunidades para a SKA. “Na região de Piracicaba, por exemplo, nosso foco é nas grandes indústrias do setor de açúcar e álcool e em todas as indústrias que fornecem máquinas e equipamentos para essas empresas”. Outra área com potencial de negócios, na visão de Koelln, é o ABCD. “Ao contrário do que muita gente pensa, a indústria automotiva no Estado de São Paulo continua forte e em expansão; somente em 2009, por exemplo, uma grande montadora investiu 3,6 bilhões de dólares para ampliar plantas em São Bernardo do Campo e São Caetano”. No total, a indústria automotiva do Estado de São Paulo obteve investimentos da or-

dem de US$ 5,3 bilhões, em 2009. Segundo o diretor da SKA, outra região com grande demanda por serviços de alto nível para a indústria metal mecânica é o Vale do Paraíba. “Além da indústria aeronáutica, esta região conta com montadoras em Taubaté e centenas de empresas médias que vivem de desenvolver peças e equipamentos para as grandes indústrias consumidoras”. A mesma pesquisa indica que o Vale do Paraíba recebeu 1,7 bilhões de investimentos, em 2009; deste total, 90% foram aplicados ao setor industrial. SKA 51 3591 2900 www.ska.com.br

O Departamento de Política Científica e Tecnológica da UNICAMP oferece a 6ª edição do Curso de Especialização em Gestão Estratégica da Inovação Tecnológica, coordenado pelo Prof. Dr. Ruy Quadros. O curso integra módulos sobre processos e ferramentas de gestão de tecnologia e inovação, incluindo a gestão da inovação aberta, sobre práticas organizacionais das empresas inovadoras, e sobre as políticas de inovação e o sistema nacional de inovação no Brasil. O objetivo é capacitar profissionais que gerenciam funções críticas do processo de inovação e que atuam em organizações que criam valor com base nas inovações de produtos, processos, serviços e negócios. A nova turma será no Campus da Unicamp, em Campinas/SP. As inscrições estão abertas até o dia 11 de março de 2011. As atividades se iniciarão em 18 de março de 2011. Unicamp 19 3521 5167 www.extecamp.unicamp.br/gestaodainovacao Março/Abril 2011

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A PTC - Parametric Technology Corporation firmou uma parceria com o portal B2B da ABIMAQ - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, possibilitando às empresas associadas obter seus produtos com descontos de até 25%. A empresa, no Brasil há 14 anos, é especializada no segmento de soluções para o desenvolvimento e gerenciamento do ciclo de vida do produto (CAD/CAM/CAE e PLM). “Estamos muito felizes e confiantes com esta parceria porque, por meio dela, as indústrias de bens de capital mecânicos poderão adquirir, a preços mais acessíveis, as tecnologias de ponta que contribuem para reduzir o tempo de fabricação, aumentar a competência das suas áreas de engenharia, diminuir custo de peças e de desenvolvimento de produtos, reduzir número de componentes e tempo de geração de protótipos, dentre outros benefícios”, destaca Hélio Samora, diretor da PTC para a América Latina. “São soluções que contribuem para agregar competitividade ao segmento e por isso esperamos obter, com esse

acordo, um crescimento de 30% em nosso negócio no período de um ano”, acrescenta o executivo. Na avaliação de Daniel Lemos Machado, gerente de Mídia On-line do Portal B2B ABIMAQ, a parceria com a PTC é muito importante na medida em que amplia as oportunidades de negócios e de aquisição de produtos que interessam a toda a comunidade e que contribuem para tornar as indústrias mais produtivas. “O B2B ABIMAQ é o maior portal da América Latina que oferece serviços de valor agregado e recebe mensalmente mais de 60 mil visitantes. Nosso interesse é ampliar, cada vez mais, as oportunidades de negócios para que as indústrias do setor possam se modernizar e aumentar seu poder de competitividade”, destaca Machado. O acordo firmado com a PTC será válido para três soluções. A primeira delas é o Pro/Engineer Foundation, solução high-end de MCADCAE-CAM, produto que permite o modelamento de sólidos 3D completo, documentação detalhada, desenhos 2D e 3D, modelamento de superfícies técnicas, capacidades web in-

tegradas, além de outras funcionalidades. A segunda solução é o Mathcad Professional, indicado para cálculos matemáticos, que permite às empresas criar e reusar cálculos de engenharia. O produto contribui para proteger inovações de engenharia e propriedade intelectual, melhorando a eficiência e produtividade. Segundo Samora, o Mathcad conta com uma base instalada de 250.0000 licenças comerciais e tem sido utilizado em 90% das empresas listadas na Fortune 1000. A parceria também inclui o Windchill, uma solução de PLM corporativo (planejamento e gerenciamento do ciclo de vida do produto) que permite gerenciar conteúdo, processos e equipes de desenvolvimento em ambientes heterogêneos. Trata-se de uma solução aberta e interoperável, capaz de gerenciar qualquer produto CAD, contando com arquitetura 100% web e implementação incremental focada em rápida adoção. PTC 0800 770 3032 www.ptc.com

CONEXÃO WWW O TI para negócios é um blog que foi concebido para dar suporte ao usuário das seguintes maneiras: garantir acesso ao conteúdo sonoro introduzido no livro de mesmo nome; abrir um canal para envio de dúvidas, sugestões e idéias; oferecer um canal para trocar de experiências com outros profissionais; apresentar informações e conhecimentos complementares ao livro de mesmo nome; e conectar o usuário ao mundo das Tecnologias para Negócios através da newsletter. O site é uma excelente fonte de consulta, com assuntos atualizados e individualizados por categorias: carreira, especiais, gestão, negócios, segurança, sustentabilidade e tecnologia. www.tiparanegocios.com.br

A Fundação Nacional da Qualidade - FNQ é uma entidade privada e sem fins lucrativos que foi criada em outubro de 1991. Sua principal função era administrar o Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ) e as atividades decorrentes do processo de premiação em todo o território nacional, bem como fazer a representação institucional externa do PNQ nos fóruns internacionais. Em 2005, a FNQ lançou projeto a fim de se tornar, até 2010, um dos principais centros mundiais de estudo, debate e irradiação de conhecimento sobre Excelência em Gestão. A FNQ propõe o aperfeiçoamento da gestão nas organizações de todos os setores e portes. Também foram estabelecidos quatro eixos estratégicos com o intuito de pôr a FNQ à frente de suas congêneres mundiais: premiação, inovação, educação e mobilização. www.fnq.org.br 12

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GIUSELENE BONET ZOMER - giuselene@gmail.com

Responsabilidade civil do empregador nos acidentes de trabalho inegável que a responsabilidade principal quanto à prevenção de acidentes de trabalho está

É imputada ao empregador. Entretanto, as estatísticas negativas são potencializadas pela co-

mum displicência do empregado.

A segurança do trabalho é tida hoje como uma forma de prevenção dos acidentes que vem para proteger os trabalhadores e também os empregadores, aqueles dos abusos que podem causar acidentes e estes das indenizações e processos que poderão sofrer. Desde a Revolução Industrial, que ocorreu na Inglaterra em meados do Século XVIII, onde o trabalho passou a ser fabril e a causar diversos acidentes, o Direito vem tomando medidas para trazer o mínimo de segurança à vida e à saúde do trabalhador. As empresas têm a obrigação de cumprir normas mínimas impostas pela Lei, sujeitas a punições impostas pelos órgãos competentes. Entre estas obrigações destacam-se a de instruir os empregados, por meio de ordens, quanto às precauções para se evitar doenças ou acidentes de trabalho e facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente. Os empregados deverão observar as normas de segurança e medicina do trabalho, e devem, também, colaborar com a empresa na aplicação das normas e medicina e segurança do trabalho. Considera-se falta grave do empregado quando este não observa as instruções expedidas pelo empregador. Pode-se ver assim que o empregador tem sim a obrigação de cumprir e fazer cumprir as normas de segurança, porém a lei é sensata ao também punir o empregado que, mesmo tendo acesso a todas as formas de prevenção é negligente. O artigo 158 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) determina que cabe ao empregado observar as

normas de medicina e segurança no trabalho e colaborar com a aplicação destas na empresa. O parágrafo único do mesmo artigo esclarece que o não cumprimento causa ato faltoso. Para que se possa caracterizar a falta grave de que trata o artigo 481 do mesmo diploma legal, ensejando assim rescisão do contrato de trabalho com justa causa, deverá ser analisada a gravidade da omissão, sendo passível, antes da rescisão do contrato, de advertência ou suspensão [1]. Pode-se ver que, o mesmo trabalho que trouxe e traz ao homem a realização de seus sonhos e sua sobrevivência está interrompendo vidas e trazendo danos à saúde do cidadão trabalhador. Será visto a seguir, um breve histórico, que fará compreender a evolução desta proteção dada ao trabalhador e será possível perceber que, apesar de todas as conquistas democráticas da sociedade, os reflexos reais no dia-a-dia fabril são pequenos. HISTÓRICO O direito à segurança do trabalhador começou a ser discutido a partir de 1891 quando o Papa Leão XIII expôs sua preocupação com o trabalhador em sua Encíclica conhecida como De Rerun Novarun, que dizia em seu capítulo 22: Aplicar a força e autoridade das leis, dentre outros casos, contra os patrões que esmagam os trabalhadores sob o peso de ônus iníquos1, ou desonram, neles, a Março/Abril 2011

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pessoa humana, por condições indignas e degradantes ou, ainda, que atentam contra a saúde destes por um trabalho desproporcionado com a sua idade e sexo. Em 1917 começaram a ser positivadas na Constituição Mexicana, seguida em 1919 pelo Tratado de Versalhes, que originou a Organização Internacional do Trabalho (OIT), que logo instituiu seis convenções, versando sobre a limitação da jornada de trabalho, proteção à maternidade, trabalho noturno para mulheres, trabalho noturno para menores e idade mínima para contratação de crianças. No ano de 1948, poucos anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, evento que mudou significativamente a mentalidade da população à busca da paz social, criou-se a Organização Mundial da Saúde (OMS). Esta organização trouxe novos conceitos para a saúde, destacando que a saúde é sim direito fundamental do ser humano. Neste mesmo ano, as Nações Unidas aprovaram a Declaração Universal dos Direitos Humanos que dita, em seu artigo XXIII, a livre escolha de emprego e assegura ao trabalhador, entre outras garantias, a de condições justas de trabalho. Continuou-se criando leis específicas a partir daí, cada país garantindo direitos aos trabalhadores mais agredidos. Na década de 1960 a idéia de liberdade trouxe também consequências no âmbito trabalhista, quando começou a se questionar o valor real do trabalho para o homem e os países industrializados começaram a apreciar a questão da saúde do trabalhador não mais em suas consequências e sim em suas causas. No Brasil, a segurança do trabalho é tema desde o século XIX, quando em 1891 fora regulada, através do Decreto n° 1.313, que ditava normas sobre o trabalho dos menores entre 12 e 18 anos. A primeira constituição brasileira a referir-se à segurança do trabalho como direito do trabalhador foi a Constituição promulgada no ano de 1946, que em seu artigo 157 mencionava “a legislação do trabalho e a da previdência social obedecerão nos seguintes preceitos, além de outros que visem a melhoria da condição dos trabalhadores: higiene e segurança do trabalho”. No ano de 1966 foi criada, no Brasil, a Fundação Centro Nacional de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho. A preocupação com a saúde do trabalhador no Brasil se intensificou no início dos anos 70, quando os índices de acidentes alcançaram o topo da lista mundial. A CLT ganhou em 1977 um capítulo específico à Segurança e Medicina do Trabalho. 14

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A Constituição Federal de 1988 - CF/88, conhecida como Constituição Social, trouxe inovações à segurança do trabalhador, quando criou as normas auto-executáveis, ou seja, normas que são executadas por si mesmas, sem a necessidade de outras Leis que a regulamentem. Já no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), o legislador prestigiou o integrante da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), quando em seu artigo 10, II, “a”, proibiu a dispensa arbitrária dos eleitos para os cargos de direção deste órgão. DEFINIÇÃO A Segurança e Medicina do Trabalho são, para os trabalhadores, a proteção mínima necessária para evitar os acidentes ou as doenças decorrentes do labor. Pode ser vista como todos os meios empregados para evitar os acidentes ou as doenças dele decorrentes. Este segmento do Direito do Trabalho considera em seus estudos além da saúde especificamente, todo o universo envolvido e necessário para que esta se mantenha no ambiente de trabalho. Podem-se considerar dentro deste universo, elementos como os físicos, propriamente ditos, ou seja, o lugar onde o empregado realiza suas atividades rotineiras, os elementos químicos, também os psicológicos entre outros. Como responsabilidade essencial do empregador, há de ser enfatizado que compete a este segmento da relação trabalhista, em primeiro lugar, promover a eliminação ou neutralização de riscos ambientais profissionais [2]. Tal posicionamento, que é defendido de forma unânime, tem como fundamento o artigo 2° da CLT que conceitua quem é o empregador, impondo-lhe a responsabilidade de assumir os riscos inerentes à atividade. Porém, como já foi citado anteriormente, o empregado tem sim a obrigação de cumprir as normas de segurança impostas pela empresa, sob pena de ser punido como determina a mesma CLT. A principal forma de se evitar acidentes e danos à saúde do trabalhador é com o uso adequado dos Equipamentos Individuais (EPI) e Coletivos (EPC) de Proteção, que devem ser fornecidos de forma gratuita pelo empregador. Os EPIs (figura 1) são classificados conforme a zona corporal que protegem, a saber: Ÿ Proteção da cabeça - capacetes, elmos, protetores; Ÿ Protecção auditiva - abafadores de ruído (ou protetores auriculares) e tampões; Ÿ Proteção respiratória - máscaras,que são aparelhos 1

Iníquo: Contrário a equidade, que não respeita o princípio da igualdade. Perverso, malévolo, extremamente injusto.


quer proteger: mecânicos, químicos, elétricos e de queda; e Ÿ Proteção contra quedas - cintos de segurança, sistemas de pára-quedas.

Figura 1 - Exemplos de equipamentos de proteção individual

filtrantes próprios contra cada tipo de contaminante do ar: gases, aerossóis por exemplo; Ÿ Proteção ocular e facial - óculos, viseiras e másca-ras; Ÿ Proteção de mãos e braços - luvas, feitas em diversos materiais e tamanhos conforme os riscos contra os quais se quer proteger: mecânicos, químicos, biológicos, térmicos ou elétricos; Ÿ Proteção de pés e pernas - sapatos, botinas, botas, tênis, apropriados para os riscos contra os quais se

Já os EPCs são equipamentos utilizados para proteção de segurança enquanto um grupo de pessoas realiza determinada tarefa ou atividade. Esses equipamentos não são necessariamente para proteção de um grupo de trabalhadores. Muitas vezes são apenas de uso coletivo, como por exemplo uma máscara de solda ou um cinto de segurança para alturas. Como exemplos podem ser citados: rede de proteção; guarda-corpo; sinalizadores de segurança (como cones, placas e cartazes de advertência, ou fitas zebradas); extintor de incêndio; lava-olhos; chuveiros de segurança; exaustores; e kit de primeiros socorros. Além de fornecer estes equipamentos, deve o empregador orientar sobre o uso e as consequências da sua não utilização. A Norma Regulamentadora - NR 6 especifica as regras desta forma de proteção. Apesar de ser esta a mais utilizada forma de prevenção de acidentes, a segurança do trabalho deveria ser mais preventiva, de modo que se cuidasse antes do

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ambiente de trabalho em geral. As consequências do não uso dos equipamentos de proteção devem ser extremamente divulgadas, pois, apesar de o maior prejudicado com a falta de segurança no trabalho ser o próprio trabalhador, visto que este paga com sua saúde e em muitos casos com a própria vida, não há conscientização entre a classe operária dos riscos a que se sujeita aquele que não o utiliza. Pode-se afirmar a falta de consciência quando se vê os números (tabela 1) dos acidentes de trabalho. Ano

Trabalhadores

Total de acidentes

1970

7.284.022

1.220.111

1980

18.686.355

1.464.211

1990

23.198.656

693.572

2000

26.228.629

363.868

2008

39.441.566

747.663

se registrar os acidentes enquanto que as mortes não podem passar sem que se registrem [3]. Na figura 4 está representada a evolução das doenças ocupacionais e na figura 5 o comportamento dos acidentes de trajeto.

Figura 4 - Evolução de doenças ocupacionais no Brasil de 1971 a 2008 [3]

Tabela 1 - Estatística de acidentes de trabalho no Brasil para o período de 1970 a 2008 [3]

A seguir uma sequência de gráficos mostra a evolução dos acidentes de trabalho ao longo das últimas quatro décadas (1970 a 2008). A figura 2 indica a tendência de acidentes de trabalho, enquanto a figura 3 mostra o perfil de óbitos por acidente de trabalho no mesmo período.

Figura 5 - Evolução dos acidentes de trajeto no Brasil de 1971 a 2008 [3]

Os dois últimos, doenças ocupacionais e acidentes de trajeto, com forte tendência ao crescimento a partir do final da década de 90. É importante destacar que o acidente de trajeto ocorre por outros motivos que não o uso de EPI ou EPC propriamente ditos. A redução deste tipo de acidente carece de uma campanha de conscientização do trabalhador. Figura 2 - Evolução de acidentes de trabalho no Brasil de 1971 a 2008 [3]

Figura 3 - Evolução de óbitos por acidente de trabalho no Brasil de 1971 a 2008 [3]

Note-se que, enquanto o número de acidentes diminui, o de mortes se mantém constante. Aventa-se a hipótese de que isso seja devido a possibilidade de não 16

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LEGISLAÇÃO PROTETORA DO TRABALHADOR Diferentemente do que ocorre na legislação civil comum, onde as leis são editadas para sujeitos em condições semelhantes, o Direito do Trabalho tem que equiparar situações economicamente diferentes na mesma relação jurídica. Assim, o Direito do Trabalho tem por fundamento melhorar as condições de trabalho dos obreiros e também suas situações sociais, assegurando que o trabalhador possa prestar seus serviços em um ambiente salubre, podendo, por meio de seu salário, ter uma vida digna para que possa desempenhar seu papel na sociedade [1]. Porém, não significa que a Justiça do Trabalho, seja ela, protetora dos trabalhadores. Esta deverá aplicar as normas internas e internacionais que forem incorpo-


radas pelo ordenamento jurídico brasileiro, em cada caso concreto. Âmbito Interno O poder de legislar em Direito do Trabalho é de competência privativa da União, de acordo com o artigo 22 da CF/88. Toda legislação trabalhista dever-se-á originar da Constituição. Esta é a maior fonte do Direito do Trabalho, ou seja, não poderá contrariar a Lei maior. A CF/88 traz inúmeras disposições sobre tal ramo do Direito. Apesar de a maior parte das normas constitucionais não serem auto-aplicáveis, a atual Constituição trouxe o parágrafo 1° do artigo 5°, que torna as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais de aplicação imediata. A segunda fonte do Direito do Trabalho são as Leis, que são várias neste ramo do Direito. A mais extensa é o Decreto n° 5.452/432, conhecida como CLT, uma consolidação das leis existentes anteriormente. Além desta consolidação, existem diversas outras leis que ditam normas trabalhistas. São consideradas fontes do Direito do Trabalho ainda os Atos do Poder Executivo, visto que o Poder Exe-

cutivo edita medidas provisórias que têm força de Lei. Também pode editar decretos que regulamentam e fazem cumprir a legislação. Ainda, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) que expede portarias e ordens de serviços. Há as sentenças normativas que são expedidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). Estas sentenças normativas vêm sendo aplicadas nos dissídios coletivos em que os órgãos decidem sobre normas ou condições de trabalho, competência dada pela EC 45 de 2004. As sentenças normativas terão feitos erga omnes3. Ainda, as Convenções Coletivas de Trabalho firmadas entre o sindicato patronal e o sindicato dos trabalhadores, e os Acordos Coletivos de Trabalho firmados entre a empresa e sindicato dos trabalhadores. Estes pactos devem referir-se a determinada categoria e ver2 O Decreto n° 5.452/43 é chamado de Consolidação das Leis do Trabalho e não como Código, pois seu objetivo não era de criar um Direito novo, mas apenas, reunir as diversas Leis esparsas já existentes. 3 Erga omnes: do latim erga = contra e omnes = todos. É usada principalmente no meio jurídico para indicar que os efeitos de algum ato ou lei atingem todos os indivíduos de uma determinada população ou membros de uma organização, para o direito nacional.

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sar sobre as suas condições de trabalho. As disposições contratuais são consideradas fontes do Direito do Trabalho. Estas disposições são aquelas inseridas no contrato individual de trabalho, contrato este que é bilateral e, portanto podem as cláusulas ser acordadas entre as partes, porém, não poderá de forma alguma contrariar as normas pré-estabelecidas pelas fontes hierarquicamente superiores a esta. Outra fonte importante para o Direito do Trabalho são os usos e os costumes, da comunidade em que a relação de trabalho está constituída. São as regras que surgem dentro das empresas ou na categoria. Aqueles acordos tácitos4 que se prorrogam por longo período passam a integrar uma relação de trabalho por força de seu uso e costume, como é o caso das horas extras, que reflete nas outras verbas por força de sua continuidade. A doutrina diverge se os regulamentos das empresas são ou não fonte do Direito do Trabalho. A CLT é uma consolidação de leis que se tornou a mais extensa lei trabalhista do ordenamento pátrio, porém a redação atual dos artigos referente à Segurança e Medicina do Trabalho foi determinada pela Lei n° 6.514 de 22/12/1977. Os artigos 154 a 159, (NR - 01 Disposições Gerais) dispõem sobre as competências para estabelecer, coordenar e conhecer em última instância dos recursos sobre a matéria de Segurança e Medicina do Trabalho, que deverá ser sempre dos órgãos de âmbito nacional, retirando assim a competência inclusive para legislar sobre o assunto aos órgãos estaduais e municipais. São órgãos do Poder Executivo vinculados a Segurança e Medicina do Trabalho, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE); o Departamento de Segurança e Saúde do Trabalho (DSST); a Secretaria da Inspeção do Trabalho (SIT); as Delegacias Regionais do Trabalho (DRT) e a Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (FUNDACENTRO). Todos os órgãos estão dispostos, assim como as suas atribuições, na Estrutura Regimental do Ministério do Trabalho e Emprego. As Normas regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho disciplinam toda a matéria (Tabela 2). Entre as NRs que se pode destacar neste estudo está a de número 15, que trata das Atividades e Operações Insalubres. Este - a insalubridade - é um dos assuntos que mais causam polêmicas, tanto pela complexidade técnica que é exigida para determiná-la como pela repercussão salarial que estas determinações geram. Âmbito Internacional (OIT) O Direito Internacional do Trabalho é regido pela 18

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NR nº

Descrição

01

Disposições Gerais

02

Inspeção Prévia

03

Embargos ou Interdição

04

Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho

05

Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

06

Equipamento Individual de Proteção

07

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

08

Edificações

09

Programa de Prevenções de Riscos Ambientais

10

Instalações e Serviços em Eletricidade

11

Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais

12

Máquinas e Equipamentos

13

Caldeiras e Vasos de Pressão

14

Fornos

15

Atividades e Operações Insalubres

16

Atividades e Operações Perigosas

17

Ergonomia

18

Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção

19

Explosivos

20

Líquidos Combustíveis e Inflamáveis

21

Trabalho a Céu Aberto

22

Segurança e Saúde Ocupacional

23

Proteção Contra Incêndios

24

Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho

25

Resíduos Industriais

26

Sinalização de Segurança

27

Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no Ministério do Trabalho e Emprego

28

Fiscalização e Penalidades

29

Segurança e Saúde no Trabalho Portuário

30

Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário

NRR 01

Disposições Gerais (Trabalho Rural)

NRR 02

Serviço Especializado em Prevenção de Acidentes no Trabalho Rural

NRR 03

Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural

NRR 04

Equipamento Individual de Proteção (Trabalho Rural)

NRR 05

Produtos Químicos (Trabalho Rural)

Tabela 2- Normas regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho

OIT, órgão que é composto da Conferência ou Assembléia Geral, o Conselho de Administração e a Repartição Internacional do Trabalho. A Repartição Internacional do Trabalho faz as vias de secretária da OIT, publicando as Convenções e as Recomendações que são expedidas pelo órgão. O Conselho de Administração, órgão exe4

Tácito: não expresso. Subentendido, implícito. Que, por não ser expresso, se deduz de alguma maneira.


cutivo, pode ser considerado aquele que administra a OIT, determinando as datas, locais e pautas para as reuniões da Conferência. Reúne-se três vezes ao ano em Genebra, na Suíça e possui 56 membros. A Conferência ou Assembléia Geral é composta de todos os representantes dos Estados-membros. Reúne-se pelo menos uma vez ao ano, e delibera sobre as diretrizes que devem ser observadas pela própria OIT e também são nestas reuniões que são elaboradas todas as Convenções e Recomendações do Direito Internacional do Trabalho. Entre Convenções e Recomendações existem diversas diferenças. Pode-se diferenciá-las quanto à aprovação. Torna-se recomendação o projeto que não obteve o número mínimo de adesão (2/3 dos Delegados presentes) para ser considerada Convenção. Ou ainda, pela obrigatoriedade em sua aplicação, a Convenção tem por objetivo que esta seja ratificada pelos Estadosmembros, podendo assim ter seu cumprimento tornado obrigatório, implicando assim a estes direitos e obrigações. Ainda sobre as Convenções, pode-se dizer que são normas abertas, pois, há um prazo de 18 meses para que sejam ratificadas. Os Estados-Membros deverão inserí-las em seu ordenamento somente quando lhes for conveniente. Estas Convenções têm natureza de Tratados Internacionais e multilaterais. As Convenções passam a ter vigência em âmbito internacional 12 meses após a ratificação por dois Estados-membros e nacionalmente 12 meses após a ratificação pelo Estado-membro, desde que a Convenção esteja em vigor internacionalmente. Em ambos os casos, deverão ser aprovados por duas vezes seguidas (anos seguidos) pela Assembléia Geral. Em matéria de tratados internacionais, o Brasil é dualista, portanto, exigi-se, para o cumprimento interno das obrigações assumidas internacionalmente, a sua transformação em uma norma interna. Esta norma é o Decreto que contém a ratificação e a promulgação do texto do tratado internacional; é a última fase de internalização dos tratados internacionais e passa a gerar efeitos após a sua publicação no DOU5 [4]. No Brasil, somente o Presidente da República tem competência exclusiva para celebrar tratados, mas deverá submeter à aprovação do Congresso Nacional para que decida definitivamente sobre os tratados. A primeira Convenção da OIT referente à Segurança e Medicina do Trabalho, que foi ratificada pelo Brasil foi

a de número 16, no ano de 1936, porém teve sua promulgação somente em 19 de janeiro de 1937. Tinha como tema o Exame Médico de Menores no Trabalho Marítimo. Todas as normas de âmbito interno ou internacional entram no ordenamento jurídico, com o principal objetivo de melhorar o meio ambiente de trabalho, evitando-se ou diminuindo-se as consequências dos acidentes e doenças de trabalho. CONSIDERAÇÕES FINAIS A preocupação com direito do trabalho vem sendo aprimorada desde a Revolução Industrial, onde as fábricas passaram a ser as maiores empregadoras e assim, começaram a surgir os acidentes laborais. As condições dignas de trabalho são, no Brasil, garantias constitucionais, que buscam fazer com que os empregados e empregadores tenham, apesar da diferença sócio-econômica existente, igualdade jurídica. Entretanto, apesar de a segurança do trabalho ser abordada amplamente na lei nacional e internacional, buscando sempre que o acidente de trabalho seja evitado, o infortúnio por vezes torna-se inevitável e até mesmo constante, seja por falta de vigilância do empregador, o que lhe acarreta a culpa, seja por displicência do empregado. 5

DOU: Diário Oficial da União.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do trabalho, p. 638. [2] GONÇALVES, Edward Abreu. Manual de segurança e saúde no trabalho, p.37 [3] MARANGON, Carlos; www.areaseg.com [4] ARIOSI, Mariângela F. Os efeitos das convenções e recomendações da OIT no Brasil. Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=59 46>

Giuselene Bonet Zomer – Bacharel em Direito pela Universidade da Região de Joinville – Univille em 2009. Pós graduanda em Direito do Trabalho pela Universidade da Cidade de São Paulo. Advogada associada da Furtado Neto Advogados Associados.

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Tecnologia da Informação EDSON PERIN - edson.perin@netpress.com.br

3D para agarrar com os olhos e as mãos

Tudo começa na frente de um monitor 3D1 e um micro equipado com uma GPU (Graphic Processing Units ou Unidades de Processamento Gráfico), um processador gráfico de alto desempenho. Você coloca uns óculos especiais e aquela imagem que estava toda embaçada, com contornos dobrados, torna-se um objeto tridimensional (veja infográfico), que dá a impressão de que salta para fora da tela. Impressionante como um filme 3D do tipo Avatar ou Harry Potter! Mas a tecnologia não para por aí. Agora, uma série de impressoras especiais, criadas nos Estados Unidos e amadurecidas na Alemanha, traz para a realidade, em forma de objetos de plástico, a reprodução de um projeto que só podia ser visto na prancheta digital. É o máximo! Na primeira etapa, a do vídeo digital 3D, o papel das GPUs é fazer aquilo que nenhuma CPU (Computing Processing Unit ou Unidade de Processamento Computacional) conseguiria fazer sozinha. O motivo é que as CPUs, como os processadores da Intel2, têm no máximo um, dois ou até quatro cores (ou núcleos) trabalhando em série. Já as GPUs, como as placas da Nvidia3, por exemplo, têm milhares de núcleos de processamento trabalhando paralelamente. A impressão 3D já deixou de ser uma novidade nos eventos internacionais de CAD (Computer Aided Design ou Desenho Auxiliado por Computador), onde aparecem em grande quantidade. No entanto, a redução dos custos destes aparelhos passou a ser a notícia mais recente. Eu vi uma máquina deste tipo sendo oferecida por US$ 14 mil em um evento de CAD nos Estados Unidos. A referida impressora pode fazer peças e objetos em tamanho natural ou mesmo reduzidos. A cabeça de impressão é o que diferencia uma impressora 3D de um modelo convencional para uso de tinta em papel. Em primeiro lugar, porque a cabeça não 20

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se move apenas em um só plano, como sobre uma folha de papel: no caso da impressora 3D, o movimento é para frente e para trás, para os lados e também para cima e para baixo. O segundo diferencial é o conteúdo “despejado”, que na impressora comum é a tinta, mas na impressora 3D é uma massa plástica. As impressoras 3D estão sendo utilizadas basicamente para três funções principais: 1) Promover uma experiência mais real de observar e avaliar um produto, antes que este entre em produção em série. Assim, os ajustes necessários para torná-lo bem sucedido podem ser feitos antes que os erros e/ou defeitos sejam constatados na prática, quando, por exemplo, o produto passar a ser rejeitado no mercado; 2) Produzir peças que servirão para moldar as formas para a produção das peças verdadeiras, que serão produzidas por um processo de custo mais baixo, como injeção de plástico ou fundição; e 3) Produzir produtos finais. Ainda não é o foco principal, devido aos custos ainda elevados dos objetos produzidos pelas impressoras 3D. Aqui, sem dúvida, está o grande futuro desses aparelhos, como indicam as previsões. Visite também o site www.tiparanegocios.com 1 3D: resulta de abreviação da denominação três dimensões. Também é linguagem coloquial no setor ferramenteiro para denominar a representação gráfica eletrônica (modelamento) de uma peça em três dimensões. 2 Intel Corporation: é a contração de Integrated Electronics Corporation, empresa multinacional de origem americana fabricante de circuitos integrados, especialmente microprocessadores. Também é fabricante de chips para placa mãe (conhecidos como chipsets) em geral e de placas-mãe (para todos os gêneros de aparelho computacional), além de memórias flash. Foi fundada em 1968 por Gordon E. Moore (químico e físico) e Robert Noyce (físico e coinventor do circuito integrado). 3 Nvidia: empresa multinacional com sede nos Estados Unidos que fabrica peças de computador e é mais popularmente conhecida por sua série de placas gráficas de vídeo.


Tecnologia da Informação

Diferentemente de cavalos, seres humanos têm dois olhos localizados lado a lado na frente de seu rosto. Graças a esse posicionamento, cada olho tem visão de uma mesma área a partir de um pequeno ângulo diferente. A visão dos dois olhos é muito parecida, mas cada um capta uma informação visual que o outro não capta. Cada olho captura sua própria visão e as duas imagens são enviadas separadamente até o cérebro para processamento. Quando as duas imagens chegam simultaneamente ao fundo do cérebro, elas são unidas em uma imagem única. A mente combina as duas imagens comparando as similaridades e adicionando as pequenas diferenças. As pequenas diferenças entre as duas imagens representam uma grande diferença na imagem final! A imagem combinada é mais do que a soma das partes. Ela é uma imagem stereo em três dimensões. A palavra stereo vem da palavra grega stereos que significa firme ou sólido. Com essa visão é possível ver um objeto como um sólido em três dimensões espaciais - largura, altura e profundidade ou x, y e z. A adição da percepção da dimensão profundidade é que torna a visão stereo tão rica e especial.

A visão stereo tem muitas vantagens Provavelmente a visão stereo - ou visão stereoscópica desenvolveu-se nos seres humanos como um meio de so-

Dois olhos = Três dimensões (3D)!

brevivência. Com ela é possível ver onde os objetos estão em relação ao nosso próprio corpo com uma precisão muito elevada - especialmente quando estes objetos estão se movendo em aproximação ou afastamento de nós na dimensão de profundidade. Nós podemos ver um pouco em volta dos objetos sólidos sem movimentar nossa cabeça e também podemos perceber e medir espaços “vazios” com nossos olhos e cérebro. Fonte: www.vision3d.com/stereo.html

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CHRISTIANE SCHRAMM GUISSO - christiane@shv.adv.br

Quando o contrato social não salvaguarda os interesses da sociedade e de seus sócios

A

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proteção contratual das partes, sócio e sociedade, é fundamental para o bom desempenho da empresa e a tranquilidade do investidor.

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• Christiane Schramm Guisso - Advogada e sócia da Schramm, Hofmann e Vargas Advogados Associados, com sede em Joinville

Schramm, Hofmann e Vargas Advogados Associados Ltda. Maiores informações pelo e-mail (ahofmann@shv.adv.br) ou pelo fone 47 3027 2848

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JÚLIO HARADA - julio.harada@basf.com

Sustentabilidade do plástico

C

uidados com o meio ambiente hoje garantirão qualidade de vida superior no futuro. Os biopolímeros biodegradáveis e compostáveis terão grande contribuição para a sustentabilidade do plástico na cadeia de produção de bens de consumo.

Figura 1 - Ciclo do carbono para indústria de plásticos (polímeros e biopolímeros)

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Frações de

%

Eteno

31

Propeno

24

Metileno

16

Buteno

4

Isobutileno

4

Outros

21

Tabela 2 - Craqueamento térmico da nafta

Figura 2 - Fracionamento do petróleo [2

%

Temperaturas de obtenção (oC)

GLP

2

Abaixo de 25

Nafta

12

20 a 150

Gasolina

14

70 a 200

Querosene

10

175 a 275

Piche

5

200 a 330

Graxa

20

300 a 370

Óleos lubrificantes

20

Acima de 350

Resíduos de piche

17

Frações de

Tabela 1 - Frações resultantes do craqueamento

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230.000 toneladas/dia

Volume de lixo no Brasil Resíduo orgânico

60%

Material reciclável (papel, metal, vidro, plástico, alumínio, outros)

35%

Não aproveitáveis

5%

Tabela 3 - Composição típica do lixo no Brasil

Figura 3 - Ciclo de vida dos produtos plásticos Março/Abril 2011

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Resíduo domiciliar Resíduo de serviços da saúde Resíduo de varrição Resíduo inerte Resíduo seletivo

9.500 toneladas/dia 90 toneladas/dia 270 toneladas/dia 3.000 toneladas/dia 130 toneladas/dia

Outros

1.300 toneladas/dia

Total

14.290 toneladas/dia

Tabela 4 - Volume médio de resíduos coletados em São Paulo Capital (2008) Fonte: http://portal.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/servicoseobras/coletadomiciliar/0001

Figura 4 - Vias de degradação de uma cadeia polimérica [4]

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Selo da European Selo do BPS Japão Selo do BPI Americano Bioplatics Figura 5 - Selos das entidades certificadoras mundiais para biodegradáveis

Júlio Harada - Formado pela UNESP - Faculdade de Tecnologia de São Paulo, pós-graduado em Administração Industrial pela USP Universidade de São Paulo, em Plásticos no OMTRI - Osaka Municipal Technical Research Institute, em Osaka, Japão e em Comércio Exterior pela UNIP - Universidade Paulista. Trabalhos realizados no setor plástico nos EUA, Alemanha e México. Autor dos livros “Moldagem por injeção: projetos e princípios básicos” e “Plásticos de Engenharia: tecnologia e aplicações”. É professor na Universidade de São Paulo, na Faculdade Oswaldo Cruz, na Fundação de Desenvolvimento Tecnológico de Engenharia - FDTE, na Society of Plastics Engineers - SPE e na Associação Brasileira de Polímeros - ABPol. Desempenha as funções de diretor da ABPol, diretor da Society of Plastics Engineers - SPE e membro da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva - AEA, diretor técnico da ABICOM e é Especialista da empresa Basf S.A.

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Ponto Eletrônico

Fique ligado!

Descontar INSS de empregado doméstico no IR só vale até 2011

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Grupo Abra Maiores informaçþes pelo e-mail (abra@grupoabra.com) ou pelo fone 47 3028 2180


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Cronograma de recolhimento de impostos Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais

Obrigação

Data de pagamento*

Multas ou penalidades pelo não cumprimento ou inexistência

Autorização para impressão de documentos fiscais

Indeterminado

Consultar a legislação estadual

CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados)

Mensal

Multas: a) até 30 dias - R$ 4,47 b) de 31 a 60 dias - R$ 6,70 c) acima de 60 dias - R$ 13,41

CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho)

1º dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte de imediato Anual

Multa de R$ 415,00 a R$ 3.038,99

Multa de 0,33% ao dia sobre o imposto, limitado a 20% mais juros Selic acumulados

CIDE remessas ao exterior - royaltes (Guia)

Mensal ou data do fato gerador Mensal

CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica)

Indeterminado

X

CBE (Declaração Eletrônica de Capitais Brasileiros no Exterior) CIDE Combustíveis (Guia)

Parte integrante da revista Ferramental - Nº 34 - Março/Abril 2011

Prazo para elaboração

Multa de R$ 125.000,00 ou 5% do valor da informação que deveria ter sido prestado, o que for menor

Multa de 0,33% ao dia sobre o imposto, limitado a 20% mais juros Selic acumulados

COFINS importação (Guia)

Data do fato gerador

Impossibilidade de efetuar a importação

COFINS sobre faturamento (Guia)

Mensal

Multa de 0,33% ao dia sobre o imposto, limitado a 20% mais juros Selic acumulados

Comprovante de pagamento ou crédito a pessoa jurídica de juros sobre o capital próprio

Mensal

Multa de R$ 41,43 por documento

Comprovante de rendimentos pagos e de retenção das pessoas físicas

Anual

Multa de R$ 41,43 por documento

Comprovante de rendimentos pagos e de retenção das pessoas jurídicas

Anual

Multa de R$ 41,43 por documento

Contabilidade

Mensal

Arbitramento do resultado

Contribuição sindical patronal (Guia)

Anual

Multa de 10% nos 30 primeiros dias, acrescidos de 2% por mês de atraso e juros de mora de 1% ao mês

CSLL (Guia)

Mensal ou trimestral

Multa de 0,33% ao dia sobre o imposto, limitado a 20% mais juros Selic acumulados

CSLL/PIS/COFINSfonte (Guia)

Quinzenal

Multa de 0,33% ao dia sobre o imposto, limitado a 20% mais juros Selic acumulados

DACON (Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais)

Mensal ou semestral

Multa de 2% ao mês, incidente sobre o montante da Cofins ou, na sua falta, do PIS/PASEP informado no demonstrativo, limitado a 20%. Multa mínima de R$ 200,00 (inativa) ou R$ 500,00 (demais pessoas jurídicas)

DAI (Declaração Anual de Isento)

Anual

Taxa de R$ 5,50 por regularização de CPF

DASN (Declaração Anual do Simples Nacional)

Anual

Multa de 2% ao mês, incidente sobre o montante do Simples Nacional informado na declaração, limitado a 20%. Multa mínima de R$ 500,00

DBF (Declaração de Benefícios Fiscais)

Anual

Multa de R$ 5.000,00 por mês

DCIDE combustíveis (Declaração de Dedução de Parcela da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico)

Mensal

Multa de R$ 5.000,00 por mês

DCP (Demonstrativo de Crédito Presumido - IPI)

Trimestral

Multa de R$ 5.000,00 por mês

DCR-E (Demonstrativo do Coeficiente de Redução do Imposto de Importação)

Data do fato gerador

Impede o cálculo do imposto de importação reduzido, devido na internação dos produtos produzidos na Zona Franca de Manaus - ZFM

DCTF (Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais)

Mensal ou semestral

Multa de 2% ao mês sobre o valor dos tributos informados na declaração, limitado a 20%. Multa mínima de R$ 200,00 (inativa) ou R$ 500,00 (demais pessoas jurídicas)

Declaração SISCOMEX Internação Zona Franca de Manaus - ZFM

Semanal

Impossibilidade de efetuar a importação

DECRED (Declaração de Operações com Cartão de Crédito)

Semestral

Multa de R$ 5.000,00 por mês

Demonstrações contábeis (Balanço, DRE, DLPA, DFC, DVA, NE)

Mensal

Impedimento de participação em licitações, além de dificuldade na obtenção de empréstimos bancários

DERC (Declaração de Rendimentos Pagos a Consultores por Organismos Internacionais)

Anual

Multa de R$ 5.000,00 por mês

DEREX (Declaração sobre a Utilização dos Recursos em Moeda Estrangeira Decorrentes do Recebimento de Exportações)

Anual

Multa de 0,5% ao mês, incidente sobre o valor correspondente aos recursos mantidos ou utilizados no exterior, limitada a 15%

DIMOF (Declaração de Informações sobre Movimentação Financeira)

Semestral

Multa de R$ 5.000,00 por mês

DIPJ (Declaração de Imposto de Pessoas Jurídicas)

Anual

Multa de 2% ao mês sobre o valor do imposto de renda informado na declaração, limitado a 20%. Multa mínima de R$ 500,00

DIRF (Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte)

Anual

Multa de 2% ao mês sobre o valor dos tributos informados na declaração, limitada a 20%. Multa mínima de R$ 200,00 (pessoas físicas, inativas e Simples) ou R$ 500,00 (demais pessoas jurídicas)

DIRPF (Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física)

Anual

Multa de 1% ao mês sobre o valor do imposto devido, limitada a 20%. Multa mínima de R$ 165,74

DITR (Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural)

Anual

Multa de 1% sobre o imposto devido. Multa mínima de R$ 50,00 Março/Abril 2011

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Cronograma de recolhimento de impostos Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais

Prazo para elaboração

Data de pagamento*

Multas ou penalidades pelo não cumprimento ou inexistência

DNF (Demonstrativo de Notas Fiscais Ativ. Controladas)

Mensal

DOI (Declaração sobre Operações Imobiliárias)

Mensal

Multa de 0,1% ao mês s/ o valor da operação, limit. a 1%. Multa mín. de R$ 20,00

DSPJ inativa (Declaração Simp. da P. Jurídica - Inativa)

Anual

Multa de R$ 200,00

ECF

Diário

Consultar a legislação estadual

Estatuto, convenção, contato social ou declaração de empresário, atas de reuniões anuais dos sócios, contabilidade

Indeterminado

X

FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) Depósito em conta vinculada do trabalhador

Mensal

Multa de R$ 10,64 a R$ 106,41 por empregado

Folha de pagamento

Mensal

Multa a partir de R$ 1.254,89

GFIP (Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social)

Mensal

Multa de R$ 627,44 a R$ 62.744,50

GPS (Guia da Previdência Social)

Mensal

Multa máx. de 10% mais juros Selic acumulados, desde que os valores estejam declarados na GFIP ou quando o contrib. estiver dispensado da sua entrega

ICMS (Guia de Substituição Tributária)

Mensal

Consultar a legislação estadual

ICMS (Guia)

Mensal

Consultar a legislação estadual

Imposto de Exportação (Guia)

Data do fato gerador

Impossibilidade de efetuar a exportação

Imposto de Importação (Guia)

Data do fato gerador

Impossibilidade de efetuar a importação

IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados (Guia)

Decendial ou mensal

IRPF Carne Leão (Guia)

Mensal

IRPJ - Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (Guia)

Mensal ou trimestral

IRRF - Imposto de Renda Retido na Fonte (Guia) LALUR - Livro de Apuração do Lucro Real

Semanal, decendial, mensal ou data do fato gerador Mensal ou anual

Multa de 0,33% ao dia sobre o imposto, limitada a 20% mais juros Selic acumulados Multa de 0,33% ao dia sobre o imposto, limitada a 20% mais juros Selic acumulados Multa de 0,33% ao dia sobre o imposto, limitada a 20% mais juros Selic acumulados Multa de 0,33% ao dia sobre o imposto, limitada a 20% mais juros Selic acumulados Arbitramento do resultado

Livro de Inspeção do Trabalho

Indeterminado

Multa de R$ 201,27 a R$ 2.012,66

Livro de Registro e Apuração do ICMS

Mensal

Livro Diário

Anual

Livro Razão

Anual

Livro de Registro de Apuração do IPI

Mensal

Livro de Registro de Contr. da Produção e do Estoque

Mensal

Consultar a legislação estadual Arbitramento do resultado e presunção de valores pagos aos sócios com aplicação das alíquotas e multas correspondentes Arbitramento do resultado e presunção de valores pagos aos sócios com aplicação das alíquotas e multas correspondentes Multa de R$ 21,90 Consultar legislação estadual

Livro de Registro de Empregados

Indeterminado

Livro de Registro de Entradas

Mensal

Multa de R$ 402,53 por empregado Consultar legislação estadual

Livro de Registro de Inventário

Anual

Consultar legislação estadual

Livro de Registro de Saídas Livro de Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências Livros Auxiliares (Facultativo)

Mensal

Consultar legislação estadual

Indeterminado

Consultar legislação estadual

Anual

Arbitramento do resultado e presunção de valores pagos aos sócios com aplicação das alíquotas e multas correspondentes

Anual Indeterminado

Multa de R$ 670,89 a R$ 6.708,88 Multa de R$ 402,53 a R$ 4.025,32

Indeterminado Anual

Multa de R$ 670,89 a R$ 6.708,88 Multa de R$ 670,89 a R$ 6.708,88

Diário Anual

Será considerado não formulado o pedido de restituição ou de ressarcimento e não declarada a compensação Não penalidade por se tratar de um pedido de revisão

Data do fato gerador Mensal Mensal Anual Anual Indeterminado Mensal 20 d. a contar da intim. Mensal X

Impossibilidade de efetuar a importação Multa de 0,33% ao dia, máxima de 20% sobre a contrib., mais juros Selic Multa de 0,33% ao dia, máxima de 20% sobre a contrib., mais juros Selic Multa de R$ 1.254,89 a R$ 125.487,95 Multa de R$ 425,64 a R$ 42.564,00 Multa de R$ 425,64 a R$ 42.564,00 Multa de 0,33% ao dia sobre o imp., limit. a 20%, mais juros Selic acumul. Multa de 0,02% ao dia, incid. s/ o montante da rec. bruta do período, limit. a 1% Consultar a legislação estadual Multa de R$ 170,26 por empregado

LTCAT - Laudo Téc. das Cond. do Ambiente de Trab. NR7 - PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional NR9 - PPRA - Progr. de Prev. de Riscos Ambientais PCMAT - Programa de Controle Médico do Ambiente de Trabalho PER/DCOMP - Pedido Eletrônico de Restituição ou Ressarcimento e Declaração de Compensação PERC - Pedido de Revisão de Ordem de Emissão de Incentivos Fiscais PIS importação (Guia) PIS sobre faturamento (Guia) PIS sobre folha de pagamento (Guia) PPP - Perfil Profissiográfico Previdenciário RAIS - Relação Anual de Informações Sociais Seguro Desemprego Simples Nacional (Guia) SINCO - Sistema Integrado de Coleta SINTEGRA (Convênio 57/95) Vale Transporte

Multa de R$ 5.000,00 por mês

* Preencha as datas de pagamento junto ao seu contador. Fonte: Federação Nacional das2011 Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas – FENACON/FISCOSoft – Versão 2008 (www.fenacon.org.br) 34 Ferramental Março/Abril

Parte integrante da revista Ferramental - Nº 34 - Março/Abril 2011

Obrigação


Por Antônio Roberto Szabunia redação@revistaferramental.com.br

JR Oliveira Indústria Metalúrgica Ltda.

E

Primeira máquina CNC

Assim começou. . .

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Sede atual

Planta injeção

Data da Fundação 06/06/1986 Sede Rua Sílvio Bivar Schmitt, s/n Centenário CEP: 95045-165 Cidade: Caxias do Sul / RS

Planta fabril moderna

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Contato Fone 54 3224-1869 jrmetal@jrmetal.com.br www.jrmetal.com.br


SAMUEL GONSALES - samuel@kayros-it.com.br

CRM - Gestão eficiente do relacionamento com os clientes comum empresas perderem clientes em função de mau atendimento e desconhecimento do seu perfil. Esse prejuízo pode ser incalculável. A adoção de sistemas eficientes de relacionamento traz benefícios para a imagem e para o caixa das empresas que os adotam.

É

Figura 1 - Ponte de conexão ao cliente

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Figura 3 - Processo de refino do CRM

Figura 2 - Integração dos sistemas corporativos com o CRM

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Samuel Gonsales - É diretor executivo da Kayros IT Consultoria, especializada em modelos de gestão para empresas de moda e vestuário. É analista de sistemas, especialista em Sistemas de Gestão Empresarial - ERP pela FIAP e tem MBA em Gestão de Negócios.

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O futuro hoje: papel do Planejamento EstratĂŠgico Por Alfredo MendĂ­vil (contato@lisechaves.com.br)

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Alfredo Mendívil - Administrador de empresas formado pela Faculdade Católica de Administração e Economia - FAE de Curitiba. Tem pósgraduação em Marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing - ESPM de São Paulo, e em Gestão Empresarial pelo Instituto Nacional de pós-graduação - INPG também de São Paulo. É professor convidado na Extensão na Universidade Positivo, onde ministra a cadeira de Gestão do Conhecimento e consultor na Lisechaves, pessoas, estratégias e resultados, focada na Gestão Estratégica de Pessoas.

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O scanner 3D laser LPX-60, comercializado pela Engraver, foi desenvolvido para oferecer toda a precisão de uma grande Roland, em um avançado dispositivo compacto e acessível. Projetado para ser fácil de usar, o LPX-60 pode ser controlado a partir de um único botão e vem completo com o software de fácil utilização que cria dados digitais de alta qualidade a partir de uma ampla variedade de objetos. O modelo é ideal para o desenho e engenharia reversa de pequenos objetos, incluindo a captação de protótipos. O LPX-60 apresenta uma nova cabeça digitalizadora com uma lente aspheric, e melhorou a triangulação do laser resultando no aumento da cobertura do objeto. A estrutura rígida garante alta qualidade na digitalização de no mínimo 0,2 milímetros pitch. Esta precisão da cabeça é ideal para captar detalhes da superfície de um objeto. Graças à sua capacidade dual mode, o LPX-60 permite escolher o modo rotatório para uma rápida varredura de objetos de superfície esférica e lisa, ou o modo plano para capturar áreas planas, ângulos oblíquos e pequenos detalhes. As características técnicas principais englobam tamanho de mesa de 203,2 mm de diâmetro, área máxima de digitalização plana/rotativa de 203,2 mm de largura por 304,8 mm de altura, precisão de repetição de ± 0,1 mm, peso máximo sobre a mesa de 5 kg, método de digitalização por triangulação do feixe, velocidade de rotação da mesa de 10,06 rpm, velocidade de rotação da cabeça de 4,98 rpm, velocidade máxima de deslocamento da cabeça de 50 mm/s, consumo de energia em torno de 20 Watts, dimensões de 500 x 382 x 619 mm e peso de 32 kg. O ambiente de trabalho deve ter temperatura entre 10 e 40ºC e umidade entre 35 a 80%. A operação silenciosa do LPX-60 o torna ideal para utilização em escritório. O LPX-60 inclui o programa de digitalização Roland LPX EZ Studio, sistema que controla todo o processo a partir da digitalização da LPX para a criação de dados 3D CAD/CG em uma variedade de formatos de arquivo, incluindo STL (Standard Tessellated Lan44

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guage, formato padrão da indústria 3D CAD), GSF (Geometry Systems, arquivo de formato nativo) e 3DM (Rhinoceros, formato de arquivo). O EZ Studio elimina automaticamente polígonos extras e preenche buracos para modelos de superfícies lisas e malhas impermeáveis.

Engraver 11 2955 5807 www.engraver.com.br

A Tecpron, sediada em Curitiba, representa no Brasil o sistema Moldex 3D, da empresa CoreTech System Co., para simulação 3D nas indústrias de plásticos e de moldes para injeção. Em sua linha, entre outros produtos, tem o eXplorer (ProE/SolidWorks), ferramenta de integração 3D, que projetistas utilizam para a simulação, inclusive dentro da cavidade, após termino do modelamento CAD. O eXplorer suporta a tecnologia de computação paralela, capaz de alcançar a máxima velocidade na simulação utilizando cada core da arquitetura do modem da CPU (máximo de 4 cores). A linha de produtos contempla ainda o eDesign, cujo módulo eDesign-Project promove um ambiente de ajustes para análises, processos e seleção de materiais e para processamento dos resultados. As imagens e animações capturadas podem ser geradas por várias ferramentas diferentes. O módulo eDesign-Designer promove um ambiente de pré processamento do eDesign, com alta tecnologia para a criação de malhas. Já o módulo eDesignFlow, baseado em malha 3D sólida

híbrida e método de volumes finitos de alta performance (High-Performance Finite Volume Method, HPFVM) fornece informações importantes como preenchimento da cavidade pela injeção, linhas de solda, pressão de injeção, força de fechamento do molde, contração volumétrica, dimensionamento do canal de injeção, distribuição de temperatura, velocidade de preenchimento, vetores de velocidade, entre outros. O eDesign-Pack é o módulo que prediz as distribuições de temperatura, pressão, contração volumétrica, taxa de distribuição de tensão durante o preenchimento da cavidade. Ajuda a minimizar problemas como preenchimento da cavidade e contração não-uniforme. Ainda o eDesign-Cool fornece tempo de resfriamento, temperatura do molde e da peça, fluxo de calor, carregamento de calor, eficiência de aquecimento e resfriamento, para verificação da eficiência do projeto em resfriamento do molde. O módulo eDesign-Warp simula o comportamento da peça modelada depois da injeção, permitindo melhorias de projeto. Os resultados são baseados em diversos fatores que podem contribuir para a causa do empenamento. Outros módulos são ainda o eDesign-Fiber, o eDesign-MCM, o eDesign-RIM, o eDesign-I2 e o Capability of Transient Cool & RHCM Analysis.

Tecpron 41 3095 2545 www.tecpronbrazil.com.br

As placas eletropermanentes da Ital (EEPM) permitem a rápida fixação de peças em fresadoras e centros de usinagem, possibilitando a operação em 5 lados com um único setup. A força magnética é gerada através dos imãs permanentes de terras raras, ali-


mentados por uma tensão de 220 Volts proveniente do painel eletrônico com regulagem de fluxo magnético. Têm força de atração que atinge a 15 kg/cm2, dependente da peça em fixação. As dimensões variam entre 240 x 430 mm e 755 x 810 mm. Em caso de queda de energia elétrica, não há perda de magnetização, garantindo segurança para operador e máquina. O tempo de acionamento é de 3 segundos e o comando, incluso, permite a desmagnetização das peças após remoção da fixação.

dade de fazer todas as operações que a face lateral de um molde requer (furar com broca helicoidal, rosquear com macho ou interpolando, chanfrar ou fresar bolsões, entre outras) com um processo que tem refrigeração interna através do fuso.

Moldes de Injeção para: • Termoplástico • Alumínio • Ferramentas de Estampo • Dobra • Repuxo

Tecnologia da Inovação

Femat 11 3205 3435 www.femat.com.br

Em busca de soluções para nossos clientes www.parkfer.com.br

Ital 11 4148 2518 www.italpro.com.br

A máquina de furação profunda Mollart Prismaic 1510-15S, comercializada pela FEMAT - Ferramentas Equipamentos Máquinas Alta Tecnologia, é um equipamento tipo bancada com coluna porta fuso comandada por um controle CNC Fanuc tipo OM. Suas características de operação contemplam: diâmetro de furação de 3 a 35 mm, profundidade máxima de furação de 1.500 mm, velocidade de rotação até 6.000 rpm, fuso de fresagem opcional, dimensões de mesa com 1.700 x 1.200 mm, indexação manual (opcional) de 800 x 800 mm, fuso sem escalonamentos e com potência de 7,5 kW. É equipado com sistema de refrigeração de alta pressão, transportador de cavacos, tanque com bomba de transferência pressão regulável e filtro de papel autocambiante de 20 mícrons. O benefício da furação com brocas canhão se reflete no fato de que, executando um furo de 7/16" (11,11mm) em material P20 ou RAMAX de 900 mm de profundidade, a operação é realizada em aproximadamente 12 minutos, a um avanço de 75 mm/min. Outra vantagem oferecida pela máquina é a possibili-

A Fortmac oferece soluções em movimentação e armazenagem de materiais e está no mercado desde 1994. Voltada a prestação de serviços, locação e comercialização de empilhadeiras novas e usadas, tem um grande leque de opções para atender diversas necessidades. Os modelos vão de transpaletes até empilhadeiras, acionadas por GLP (gás liquefeito de petróleo), eletricamente ou a diesel.

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Fortmac 11 3782 1762 www.fortmac.com.br

A Demag Service oferece serviços que ajudam a manter pontes rolantes, talhas elétricas e seus componentes em perfeitas condições de operação com segurança, através de: manutenção corretiva e preventiva, inspeções e consertos. Além da manutenção de rotina, a modernização e reforma de pontes rolantes desempenham um papel importante, uma Março/Abril 2011

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vez que, com frequência as necessidades mudam durante a vida útil do equipamento. Para cada caso de modernização, é desenvolvido um projeto especifico para atender aos novos requisitos. A assistência funciona 24 horas por dia, possibilitando disponibilidade dos equipamentos, redução de paradas não programadas para um mínimo e assistência para a equipe interna de manutenção.

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O protetor auricular com comunicação simultânea EHL-CA 15319, fabricado pela Epibra - EPI do Brasil, protege em 100% do tempo a integridade física dos colaboradores, permitindo clareza e precisão, via rádio, em baixo volume. O resultado é uma redução sensível do stress pela melhoria da comunicação, eliminando a necessidade de gestos e sinais e reduzindo significativamente a probabilidade de ocorrência de acidentes de trabalho e afastamentos. Do tipo “concha” e dotado de alta atenuação (NRR 31dB e NRRsf 22dB), tem haste superior para apoio na cabeça e altura ajustável para maior conforto. É disponível em duas cores, sendo uma delas especial para situações onde se requer alta visibilidade. O conforto e a alta performance de proteção e da comunicação, aliado a sua leveza, faz com que tenham ótima aceitação no uso diário. É resistente para uso em condições hostis e agressivas. O acionamento do PTT pode ser feito com a mão direita ou esquerda, em painel frontal, no cabo, à altura do peito. Um clipe permite fixação do painel frontal

à roupa. Possui microfone com redutor de ruído (noise cancelling), com uma haste leve, moldável e articulada. Compatível com rádios profissionais Motorola novos e antigos, portáteis (EP450, PROxx50, SP50, P110, GP68/300/350) e móveis/veiculares (EMx00, PRO x100, GM300), e em alguns casos através de acessório opcional. Compatibilidade com outros modelos e fabricantes da linha profissional (Icom, Kenwood e Vertex) sob consulta.

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TI PARA NEGÓCIOS: COMO FAZER A TECNOLOGIA TRABALHAR PELO SEU SUCESSO E DA SUA EMPRESA Edson Perin O autor explica, na obra impressa, os principais recursos da Tecnologia de Informação (TI) para empresas de todos os portes e setores e, na internet, oferece mais de uma centena de entrevistas gravadas sobre diversos temas abordados em seu livro. Estão detalhadas soluções e sistemas para empresas como, por exemplo, Gestão Empresarial (ERP), Relacionamento com Clientes (CRM), Cadeia de Valor (SCM), Nota Fiscal Eletrônica (NFe), Comércio Eletrônico (B2B e B2C), Segurança, Pirataria, Mobilidade, Armazenamento de Dados, Sustentabilidade, Recrutamento de Pessoal, Computação em Nuvem, entre outros. Por meio de textos descomplicados, de um glossário bastante prático e de recursos online, a publicação facilita a consulta diária de quem quer se destacar pelo uso profissional da tecnologia, sem ter de se tornar um técnico para isso. Na primeira parte da obra, estão abordadas as tecnologias para negócios mais utilizadas pelas organizações do Século XXI. A segunda contém informações adicionais e a listagem das entrevistas oferecidas no site do livro (www.tiparanegocios.com). O glossário ocupa a terceira parte, com o significado de dezenas de expressões, siglas e verbetes de uso diário nas empresas que utilizam as ferramentas de TI nos negócios. Também disponível em e-book no site www.amazon.com/dp/B004NSV8W4. 2010. ISBN 978-85-63702-00-5 www.netpress.com.br

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: TEORIAS, MODELOS E PROCESSOS Maurício Fernandes Pereira Pontos fortes que caracterizam bem o conceito de Planejamento Estratégico, defendido pelo autor, surgem bem a propósito em um momento da economia brasileira, em que as classes menos favorecidas, começam a ser resgatadas com o aumento de emprego, da necessidade de treinamento para formação de mão de obra especializada e consequentemente uma grande inclusão de novos consumidores de produtos e serviços. Um planejamento estratégico bem imaginado, certamente vai contemplar essa grande massa de novos consumidores, criando novos produtos, melhores e mais baratos, que possam fazer frente aos produtos importados que invadem o nosso mercado e geram empregos lá fora. 2010. ISBN 978-85-22458-63-9 www.editoraatlas.com.br

MANUAL DA EMPREGABILIDADE COMO PROCURAR, ACHAR E MANTER UM EMPREGO NESTES TEMPOS BICUDOS Léo Salgado O autor se vale se sua experiência pessoal como empregado e profissional de Recursos Humanos para orientar profissionais que estão empregados, mas sentem-se insatisfeitos e, principalmente aqueles que perderam seus postos e estão buscando uma recolocação. Ele afirma que a chave para que o profissional garanta sua atual colocação e possa crescer profissionalmente é a auto-motivação. Isto inclui além de uma atitude positiva, a aplicação dos conhecimentos, por meio de cursos de reciclagem, cursos livres ou sequências e pós-graduações. Aborda também o impacto da demissão tanto do ponto de vista do demitido quanto do profissional da empresa incumbido de dispensá-lo. Mostra como o profissional deve lidar com a nova realidade e a melhor forma de administrar o dinheiro na rescisão; ensina como elaborar novo currículo; lista as agências de emprego nas grandes Capitais; explica como o candidato deve se comportar em uma entrevista de emprego e os desafios que terá de enfrentar após conseguir uma nova colocação. ISBN 978-85-73032-59-6 www.qualitymark.com.br

A EMPRESA VERDE Élisabeth Laville O termo “sustentável” significa tanto aquilo que se pode sustentar como aquilo que é possível defender. Isso nos dá a chave para entender por que se define “desenvolvimento sustentável” como aquele que permite que a geração atual satisfaça suas necessidades sem, para tanto, comprometer a possibilidade de que as gerações futuras façam o mesmo. O livro mostra que esse conceito se aplica a todos os aspectos da atividade econômica. Cada vez mais, consumidores de todo o mundo pautam suas escolhas - do impacto ecológico provocado pelas indústrias até as condições humanas em que se produziram os bens oferecidos pelo comércio. Muitos exemplos estão inseridos para comprovar que a adoção de medidas favoráveis ao desenvolvimento sustentável exige uma boa dose de coragem por parte dos dirigentes, pois implica quase sempre uma mudança radical na cultura das empresas. Mas também demonstra que essas medidas não necessariamente inviabilizam o lucro - em muitos casos, elas geram economia. Sobretudo, porém, são medidas que posicionam a empresa de forma estratégica para mudanças que já estão em processo. 2009. ISBN 978-85-62446-01-6 www.bei.com.br

ABM ................................................43

CIMM ................................................6

Plastech ...........................................40

Abratec ..............................................6

CQB.................................................11

Polimold ...................................4º capa

Açoespecial ........................................5

Fator Sul...........................................17

Schmolz+Bickenbach .......................32

Bodycote .........................................31

Incoe .................................................9

Siemens ....................................2ª capa

Brehauser.........................................45

Intermach ........................................24

SKF ..................................................21

Btomec .....................................3ª capa

Moldtool..........................................15

Tecnoserv.........................................29

Casa do Ferramenteiro......................10

Parkfer .............................................45

Topline.............................................23

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Emerson Senafé Tribuci Coordenador Técnico da Comissão Organizadora da Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais - ABINFER abinfercontato@gmail.com

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Ferramental

Março/Abril 2011

Oportunidade ou necessidade estratégica No mundo dos negócios não há espaço para a estagnação. A parada no mirante da estrada da gestão para ver a paisagem simplesmente não existe. É como subir uma escada rolante na contramão: ou se avança ou, se regride e somos postos fora do processo econômico. Desde 2009 tenho acompanhado de perto a nossa indústria de ferramentais, a chamada “mãe de todas as indústrias”, responsável por viabilizar tudo o que existe em termos de produtos, desde os mais complexos, como automóveis, eletrodomésticos, computadores, até a mais simples tijelinha de plástico. Mesmo assim, a importância estratégica deste setor industrial para a economia ainda é pouco percebida. Em dezembro de 2010 tive a oportunidade de representar empresários ferramenteiros em uma missão ao Japão, intitulada DDMI - Development of Die and Mold Industry, promovida pela AOTS - Association of Overseas Training Schoolarship e, subsidiado pelo METI - Ministery of Economy and Trade International do Japão, que tratou justamente da experiência deles no desenvolvimento da indústria de moldes e ferramentas. Junto com representantes de outros 11 países pude entender a importância da JaDMA, a associação japonesa, no estabelecimento de estratégias alinhadas com o governo e que estão ajudando o país símbolo da tecnologia e da qualidade a se manter competitivo no cenário mundial. Temos muito que aprender sobre esta aparente mágica de gestão, considerando que o Japão não tem o custo como prioridade. Além da riqueza de conteúdo do evento, o momento foi extremamente oportuno pois, em 2010, no III ENAFER, uma centena de empresários da indústria de ferramentais validou a necessidade de termos uma associação nacional que cuide dos interesses e desenvolva oportunidades para o setor. Isso mesmo, o Brasil, uma das maiores potencias econômicas do mundo, não pode se dar ao luxo de ficar atrás de países como Índia, Taiwan, África do Sul, Paquistão, Coréia, Bangladesh, Indonésia e o nosso maior concorrente, a China, todos já com suas associações, sem falar dos países desenvolvidos. Impulsionados por esta consciência da necessidade e pela oportunidade do momento, a ABINFER - Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais está sendo concebida e implantada através de um Comitê Organizador formado por empresários de várias regiões. A missão da ABINFER será a de defender os interesses e promover o desenvolvimento sustentável da indústria nacional de ferramentais. Esta missão será realizada através da Gestão Estratégica que estabelecerá políticas, diretrizes e planos de ação nas áreas de capacitação em gestão, formação de mão de obra, relacionamento com clientes e fornecedores, crédito e investimentos, tecnologia, regulamentação técnica, internacionalização entre outras. Representará o setor junto a autoridades, órgãos e entidades. Além disso, criará um código de ética, gerenciará informações do setor, bem como estabelecerá parcerias, inclusive com o Japão de quem já obtivemos o aval durante o DDMI. Nosso cenário político e econômico ímpar, com uma taxa de crescimento invejável esperada para os próximos anos, associado à avidez de concorrentes que almejam este mercado, nos impõe a obrigação de nos organizarmos e crescermos com o que é nosso. A ABINFER não vai garantir o desenvolvimento do setor, mas tenho convicção de que sem ela isto não será possível. É agora ou nunca!


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