Revista Ferramental Edição 39

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ANO VII - Nº 39 - JANEIRO/FEVEREIRO 2012 REVISTA FERRAMENTAL - PUBLICAÇÃO DA EDITORA GRAVO - ISSN 1981-240X

Alternativa de forjamento de ligas de magnésio para substituição de peças em aço e alumínio

A importância dos materiais e tratamentos em ferramentas para a metalurgia do pó

DESTAQUE



ANO VII - Nº 39 - JANEIRO/FEVEREIRO 2012 REVISTA FERRAMENTAL - PUBLICAÇÃO DA EDITORA GRAVO - ISSN 1981-240X

Alternativa de forjamento de ligas de magnésio para substituição de peças em aço e alumínio

A importância dos materiais e tratamentos em ferramentas para a metalurgia do pó

DESTAQUE



Christian Dihlmann Editor

Estar preparado Há tempos atrás li um artigo do renomado conferencista Stephen Kanitz1 . Confesso que sou fã do “cara”. Intitulado “A coragem de cobrar caro”, traz o seguinte conteúdo: Meu médico me recebeu todo envergonhado pelo atraso de duas horas na consulta marcada. "Doutor, eu não estou irritado pela espera porque o senhor é simplesmente o melhor médico do país, e eu não sou bobo. Prefiro esperar a consultar o segundo ou o décimo melhor especialista da área." Isso o tranquilizou. "Eu só acho triste que o melhor médico deste país esteja cobrando o mesmo preço que os outros, tendo de trabalhar o dobro, sem tempo para estudar e ver a família. Eu, como palestrante que sou, cobro dez vezes o preço desta sua consulta, só que nunca chego atrasado." Ele concordou e balbuciou a seguinte frase. "Tenho medo de cobrar mais do que os meus colegas. Eles ficariam com inveja, falariam mal de mim, seria um inferno". No Brasil, a maioria dos empregados e profissionais no fundo tem medo de pedir um aumento de salário ou de cobrar mais caro. Cobrar mais significa criar um cliente mais exigente, que irá reclamar toda vez que o serviço não corresponder ao preço. Cobrar menos é sempre a saída mais fácil, dá muito menos problemas, menos reclamações, como no meu caso. É preciso ter coragem para cobrar mais e assumir as responsabilidades inerentes. A maioria prefere o comodismo e a mediocridade do "preço tabelado". Só que, se cobrar o mesmo que os colegas menos competentes, você estará roubando clientes deles, e é isso que cria inveja e maledicência. Você estará fazendo "dumping profissional", estará sendo injusto com eles e consigo mesmo. Eu sei que é difícil cobrar mais caro, mas alguém tem de dar o exemplo, mostrar aos outros profissionais o caminho da excelência, implantar novos padrões, como pontualidade, por exemplo. Você será o guru da nova geração, e a inveja que terão de seu novo preço fará com que eles passem a copiá-lo. E, à medida que seus colegas se aprimorarem, sua vantagem competitiva desaparecerá e você terá de reduzir o preço novamente ou então melhorar ainda

mais seus serviços. ... De graça, o povo não tem como reclamar dos péssimos serviços, ... Precisamos mudar a mentalidade deste país, uma mentalidade que incentiva a mediocridade, e o medo de cobrar pelos serviços, por óbvias razões. ... Não faça a opção pela pobreza, não tenha medo de cobrar cada vez mais. Caso contrário, continuaremos pobres e medíocres para sempre. Novamente nesta edição não vou comentar o conteúdo da Ferramental e deixar a análise para o leitor. Preciso aproveitar este curto espaço para mencionar minha avaliação sobre o texto do conferencista. Pensei sob duas óticas, a de que ele esteja errado e a de que esteja certo. E, ao fim, em meu modesto ponto de vista, optei pela concordância. Vejo com muita preocupação a postura da chamada geração Y. É um grupo de pessoas que, provavelmente, tem maior conhecimento que as gerações anteriores. Isso é muito bom. Por outro lado, a liberdade de ação os torna, por assim dizer, irresponsáveis (claro que não estou generalizando, existem as exceções). Fazer o que “dá na cabeça” às vezes impacta em não considerar qualidade e cumprimento de prazos, justamente o que o mercado exige de forma crescente. A queda na qualidade e os atrasos de entrega acabam refletindo em um menor ganho (seja pelo preço de venda propriamente dito, seja pelas multas incorridas no processo). A ciranda se fecha com a necessidade de vender mais (por ser mais barato) para que haja maior entrada de recursos financeiros na empresa afim de fazer frente aos compromissos assumidos (entre eles, o salário). Poderia ser diferente. Vender menos e melhor, para ter tempo de produzir com qualidade e obter maiores ganhos, cumprindo as exigências do cliente. Há alguns dias o Brasil atingiu o 6º PIB (Produto Interno Bruto) do mundo, mas está em 84º no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). Percebam as grandes oportunidades que temos pela frente. Estamos crescendo e podemos direcionar nossos recursos para elevação da qualidade de vida de nosso povo. Para isso precisamos nos preparar. É melhor estar preparado para uma oportunidade e nunca tê-la, do que ter uma oportunidade e não estar preparado. 1

Stephen Kanitz: Mestre em Administração de Empresas pela Harvard University, foi professor Titular da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - USP. É consultor de empresas e conferencista. www.kanitz.com

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Artigos Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais www.revistaferramental.com.br ISSN 1981-240X

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Forjamento isotérmico de liga de magnésio AZ61 em ferramentas aquecidas por resistências elétricas A aplicação de produtos forjados em ligas de magnésio é atualmente crescente em todo o mundo. Estas ligas possuem baixíssima densidade, resultando na maior resistência mecânica específica entre os metais de engenharia. Esta característica, aliada a um processamento por conformação, torna possível a substituição de diversas peças em aço e alumínio por ligas de magnésio forjado, sobretudo nas indústrias automobilística e aeronáutica.

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Materiais e tratamentos superficiais aplicados à ferramentas para metalurgia do pó A seleção correta dos materiais auxilia na otimização dos custos de produção de um ferramental, incidindo diretamente na produtividade e no custo do produto. Atendendo a esta demanda foram pesquisados os materiais aplicados na fabricação de matrizes de compactação para a metalurgia do pó e na confecção os moldes para a moldagem de pós por injeção.

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Business Intelligence como vantagem estratégica Entre os fatores importantes para o processo decisório a que um administrador está sujeito em sua ocupação está a integridade das informações e a velocidade na identificação de oportunidades e ameaças provenientes dessas informações. O Business Intelligence é uma ferramenta que oportuniza tirar proveito destes fatores em busca da elevação da competitividade da empresa.

DIRETORIA Christian Dihlmann – Jacira Carrer REDAÇÃO Editor: Christian Dihlmann - (47) 9964-7117 christian@revistaferramental.com.br Jornalista responsável: Antônio Roberto Szabunia - RP: SC-01996 Colaboradores Dr. Adriano Fagali de Souza, André P. Penteado Silveira Dr. Cristiano V. Ferreira, Dr. Jefferson de Oliveira Gomes, Dr. Moacir Eckhardt, Dr. Rolando Vargas Vallejos PUBLICIDADE Coordenação nacional de vendas Christian Dihlmann (47) 3025-2817 / 9964-7117 christian@revistaferramental.com.br Vendas Santa Catarina / Paraná Spala Marketing (41) 3027-5565 spala@spalamkt.com.br Vendas São Paulo Gilmar Frassetto (11) 8827-1817 cocaper@hotmail.com ADMINISTRAÇÃO Jacira Carrer - (47) 3025-2817 / 8877-6857 adm@revistaferramental.com.br Circulação e assinaturas circulacao@revistaferramental.com.br Produção gráfica Martin G. Henschel Impressão Impressul Indústria Gráfica Ltda. www.impressul.com.br

A revista Ferramental é distribuída gratuitamente em todo o Brasil, bimestralmente. É destinada à divulgação da tecnologia de ferramentais, seus processos, produtos e serviços, para os profissionais das indústrias de ferramentais e seus fornecedores: ferramentarias, modelações, empresas de design, projetos, prototipagem, modelagem, softwares industriais e administrativos, matériasprimas, acessórios e periféricos, máquinas ferramenta, ferramentas de corte, óleos e lubrificantes, prestadores de serviços e indústrias compradoras e usuárias de ferramentais, dispositivos e protótipos: transformadoras do setor do plástico e da fundição, automobilísticas, autopeças, usinagem, máquinas, implementos agrícolas, transporte, elétricas, eletroeletrônicas, comunicações, alimentícias, bebidas, hospitalares, farmacêuticas, químicas, cosméticos, limpeza, brinquedos, calçados, vestuário, construção civil, moveleiras, eletrodomésticos e informática, entre outras usuárias de ferramentais dos mais diversos segmentos e processos industriais. As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as mesmas desta revista. A Ferramental tem como pressuposto fundamental que todas as informações nela contidas provêm de fontes fidedignas, portanto, recebidas em boa fé. Logo, não pode ser responsabilizada pela veracidade e legitimidade de tais informações. Quando da aceitação para publicação, o autor concorda em conceder, transferir e ceder à editora todos os direitos exclusivos para publicar a obra durante a vigência dos direitos autorais. Em especial, a editora terá plena autoridade e poderes para reproduzir a obra para fins comerciais em cópias de qualquer formato e/ou armazenar a obra em bancos de dados eletrônicos de acesso público. A reprodução de matérias é permitida, desde que citada a fonte.

Lionei Sasse

EDITORA GRAVO LTDA. Rua Jacob Eisenhut, 467 - Fone (47) 3025-2817 CEP 89203-070 - Joinville - SC

Foto da capa:

Detalhe de automatização em molde para injeção de conexão soldável em PVC. Foto cedida por Jung Industrial Ltda., de Joinville, SC

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Seções 6 7 9 12 30 31 36 39 41 43 44 48 51 53 53 54

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FERRAMENTARIA

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Escrevo porque estou interessado em saber se será possível receber em Portugal exemplares oferta a vossa revista Ferramental. Como Professor na Universidade de Aveiro na área da maquinagem (usinagem como vocês dizem) tenho muito interesse na matéria. Terei muito gosto em divulgar mais a revista em Portugal. Também gostaria de saber se estão interessados em receber trabalhos para publicação (artigos) efectuados pelo nosso grupo. Cumprimentos com consideração. J. Paulo Davim Professor - Universidade de Aveiro, Portugal

Favor enviar a direção completa para cadastramento e envio da revista. A Ferramental é distribuída graciosamente aos leitores da cadeia de produtores de moldes e será um prazer enviá-la ao nobre professor. Também temos grande interesse em artigos técnicos voltados à área de maquinação, principalmente quando voltados ao setor de ferramentarias - Editor. Após nosso treinamento em Manaus, gostaria de salientar que seria muito bom receber a revista Ferramental. Quero também reforçar nossa disponibilidade aqui na região para qualquer tipo de suporte. Laurence C. Magalhães Universidade Federal do Amazonas - Manaus, AM

Recebemos e agradecemos o envio da revista Ferramental. Informamos que temos interesse em continuar recebendo o periódico. Gladston José Cordeiro Universidade Federal do Paraná - Curitiba, PR

Agradeço pela doação da revista Ferramental. Este material será muito útil para os alunos e docentes de nossa escola. Samira Antunes SENAI - São Paulo, SP

Agradecemos os contatos de: Marciléia Ap. da Paula ABM - Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração - São Paulo, SP Vilson Camargo Venax Eletrodomésticos - Venâncio Aires, RS István Dergecz Neto Anole Soluções em Câmara Quente - São Leopoldo, RS José Eduardo Shamá Projetos de Moldes - Joinville, SC Thamara Torques Polar Construindo Soluções - Joinville, SC Samira Antunes SENAI - São Paulo, SP Thais Thomaz Hill + Knowlton Strategies - São Paulo, SP

Todos os artigos publicados na revista Ferramental são liberados para uso mediante citação da fonte (autor e veículo). A Editora se reserva o direito de sintetizar as cartas e e-mails enviados à redação.

Moldes para injeção de termoplásticos e alumínio A Sildre está capacitada em disponibilizar a melhor solução em serviços na área de ferramentaria, com alto nível de qualidade e produtividade exigidos em projetos de engenharia.

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Ter a visão do simples não é fácil, mas é FUNDAMENTAL: Teoria do Simples Por Fábio Mazotto fabiomazotto@pop.com.br

Vivemos na cultura do “trabalhar de graça” e não do “receber pelo benefício”.

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Fábio Mazotto

• Fábio Mazotto é consultor de relacionamento estratégico com o mercado. Com treze anos de experiência em Estratégia de Mercado, Relacionamento Comercial, Marketing e Estratégia de Relacionamento e Geração de Negócios, Desenvolvimento de Plano de Negócios, Gestão de Projetos e Estratégia para Unidades de Negócio. Atuação em diagnóstico, desenvolvimento, e soluções para Gestão Estratégica de Pessoas e de Negócios com foco em Resultado. Coordenador e Facilitador de Entidades Empresariais e de Formação. Bacharel em Publicidade e Propaganda e Especialista em Gestão Empresarial pela FGV - Fundação Getúlio Vargas.

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Em 15 de dezembro passado, empresários e poder público oficializaram o Pólo de Desenvolvimento de Ferramentaria na região do ABC, na grande São Paulo. Com o objetivo de fortalecer o setor e combater as importações, esse pólo deixaria o Brasil nos próximos cinco anos entre os quatros maiores centros de ferramentaria do mundo. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que o setor emprega por volta de 423 mil trabalhadores no Brasil. A estrutura do pólo será baseada na relação entre os empresários, montadoras, governo federal e cadeia produtiva, com o objetivo de articulações capazes de frear as importações, além de dar mais agilidade para financiamento de projeto junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Social - BNDES. No dia 14 do mesmo mês foi realizada a segunda reunião do Grupo de Trabalho (GT) Ferramentaria, no Salão Nobre do Paço Municipal, em São Bernardo do Campo, SP. O órgão é resultado de parceria entre as prefeituras de São Bernardo e Diadema, Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Tem como objetivo apresentar um diagnóstico do segmento de moldes e ferramentaria e, em seguida, constituir o Arranjo Produtivo Local (APL) de moldes e ferramentas das duas cidades. O grupo foi constituído em novembro de 2011. "O segmento de moldes e ferramentaria é de vital importância para a região do ABC, tanto pelo número de empregos quanto pela elevada qualificação profissional existente no segmento. Neste sentido, o APL será constituído entre as cidades de São

Bernardo do Campo e Diadema para que, no futuro, possamos levar este tema ao Consórcio Intermunicipal do Grande ABC", afirmou o Secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo do Campo, Jefferson José da Conceição. Câmara Setorial de Ferramentarias e Modelações - Abimaq 11 5582 6375 www.abimaq.org.br

Os estudantes brasileiros que conquistaram medalhas no WorldSkills 2011, o torneio internacional de educação profissional, foram homenageados pela presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. A solenidade teve um destaque catarinense: Natã Barbosa, do SENAI de Joinville, foi convidado a se pronunciar em nome dos homenageados e, de improviso, agradeceu o reconhecimento do governo federal. Para o presidente do Sistema FIESC, Glauco José Côrte, a atitude da presidente da República de receber os estudantes que levaram o Brasil à segunda posição na classificação geral do torneio "mostra a importância da conquista para o país". No encontro, Dilma anunciou que vai incluir o desempenho no WorldSkills como uma pontuação adicional na disputa de bolsas do Programa Ciência sem Fronteiras. O programa vai conceder 100 mil bolsas de estudos para universitários brasileiros estudarem no exterior, sendo 75 mil oferecidas pelo governo federal e 25 mil pela iniciativa privada. A presidente também pediu que os medalhistas apóiem o Pronatec, valorizando o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego. O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, também se pronunciou e reafirmou que o Brasil sediará o WorldSkills 2017. Foram homenageados os 23 alunos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e cinco do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC) que conquistaram 11 medalhas, das quais seis Janeiro/Fevereiro 2012

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de ouro, ficando atrás apenas da Coréia do Sul e à frente de países como Japão, China e Inglaterra. O reconhecimento de Dilma foi a segunda homenagem do dia para os jovens que representaram o Brasil no 41º WorldSkills, realizado em Londres, no início de outubro. Na parte da manhã, eles participaram de sessão especial da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, que atendeu requerimento do senador Cristovam Buarque (PDT-DF). Nessa sessão especial, Barbosa já tinha composto a mesa, representando os competidores. FIESC 48 3231 4673 ivonei@fiescnet.com.br

Os representantes do Conselho do Mercado Comum do Mercosul decidiram implementar um mecanismo que irá permitir que os países membros do bloco econômico possam aumentar temporariamente as alíquotas do Imposto de Importação. A reunião ordinária precedeu o encontro presidencial realizado em 20 de dezembro em Montevidéu no Uruguai. Esse mecanismo será um instrumento paralelo à já existente Lista de Exceção à Tarifa Externa Comum (Letec), com a diferença que, na Letec, é

possível elevar ou reduzir as alíquotas (atualmente, dos cem itens que compõem a lista brasileira, 65 reduzem o Imposto de Importação e 35 aumentam). Cada país poderá elencar cem novos códigos tarifários da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), que não estejam na Letec, neste mecanismo, para elevar as alíquotas previstas na Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul para produtos importados de países do extrabloco. Para a elevação tarifária, serão, obviamente, respeitados os tetos compromissados na Organização Mundial do Comércio (OMC). A secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Lacerda Prazeres, explica que “o novo mecanismo consiste em um instrumento estratégico para que os países do Mercosul possam lidar com a crise internacional, permitindo fazer melhor uso da margem de manobra para definição do Imposto de Importação”. A ação já estava prevista no Plano Brasil Maior, com o compromisso do governo brasileiro de pleitear a adoção da medida junto aos demais países membros do Mercosul. Pelo mecanismo aprovado, cada país do bloco econômico deverá enviar formulário para a adoção da medida à Secretaria do Mercosul. Os demais países do bloco terão 15 dias úteis para se manifestar contrariamente. Caso não o façam, o país poderá adotar a medida de forma imediata. No formulário, o país deverá informar aumento significativo das importações originárias de países do extrabloco e ainda o dano causado à produção interna. A medida será aplicada por até 12 meses, podendo ser prorrogada por igual período, desde que sejam mantidas as circunstâncias que motivaram a medida. Quando da prorrogação, os demais países poderão novamente se manifestar contrariamente em 15 dias úteis. Assessoria de Comunicação Social do MDIC 61 2027 7190 andre.diniz@mdic.gov.br

A 8ª Conferência Internacional Latino Americana de Tecnologia do Pó (PTECH 2011), que ocorreu em novembro de 2011 no Centro de Convenções do Resort Costão do Santinho, em Florianópolis, Santa Catarina, contou com a participação de 492 pessoas, sendo 453 brasileiros (representantes de 17 estados) e 39 estrangeiros (vindos da Argentina, Austrália, Canadá, Colombia, França, Alemanha, Itália, Japão, Noruega, Paraguai, Portugal, Espanha, Suécia e EUA). Realizada pela ABC (Associação Brasileira de Cerâmica), promovida e organizada pela Metallum (empresa especializada em Eventos Técnicos e Científicos), a conferência contou com o apoio do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN). Segundo o diretor da Metallum Lúcio Salgado, em função do crescimento expressivo de cerca de 45% no número de participantes em relação a edição anterior de 2009, e no aumento de 50% no número de trabalhos, este ano teve pela primeira vez duas sessões técnicas, uma dedicada à cerâmica e outra à metalurgia do pó. “Tivemos a apresentação de 550 trabalhos técnicos, entre painéis, apresentações orais e palestras com renomados especialistas, que abordaram, de forma abrangente ou específica, aspectos relacionados ao desenvolvimento nacional e internacional dos materiais cerâmicos e metálicos”, afirma. A conferência abordou temas referentes à metalurgia do pó como: fabricação de pós metálicos, caracterização, corrosão e propriedades mecânicas, tratamento térmico, materiais magnéticos, moagem de alta energia, materiais para bateria, moldagem por injeção, comJaneiro/Fevereiro 2012

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pósitos de matriz metálica, nanomateriais, compactação, processamento, sinterização e aplicações automotivas. Destacou também assuntos relacionados à cerâmica como: cerâmica eletroeletrônica, compósitos de matriz cerâmica, processamentos e estrutura de cerâmica, sinterização e propriedades, síntese e biomateriais, síntese de pós-cerâmicos. Ainda de acordo com Salgado, além da apresentação de trabalhos focados em novas tecnologias e processamento relacionados ao desenvolvimento de materiais cerâmicos e de metalurgia do pó, foram abordados temas como nanomateriais para armazenamento de energia e células combustível. Em especial, a realização de uma mesa redonda para discussão das perspectivas globais para o setor de metalurgia do pó (M/P), onde estiveram presentes o Presidente da Metal Powder Industries Federation - MPIF, Sr. Jim Trombino, e o representante da European Powder Metallurgy Association, Sr. Arnd Thom, da Basf. O evento contou também com importantes patrocínios de em-

presas como Abbott, Air Products, Ametek, Basf, Brats, Brutt, BS, Citra, Combustol/Metalpó, CTGAS, DORST, EDG, Engefor, General Motors, GIG, GKN, Grupo Setorial de M/P, Haver & Boecker, Hoganas, Magneti Marelli, Mahle, Miba, Metaldyne, Mextra, OMG, Rio Tinto/QMP, Shimadzu, Zeisse e ZOZ. Metallum 11 3731 8549 www.metallum.com.br/ptech2011

O dia 13 de setembro foi escolhido pelo Grupo Alltech para inaugurar sua mais nova empresa: a Alltech Steel - distribuidora de aços ferramenta e aços construção mecânica para todo o Brasil. Os produtos são fornecidos por empresas renomadas do setor, como os gigantes japoneses Hitachi Metals e Sanyo Special Steel, além da sueca SSAB e da italiana Lucchini. O empreendimento conta com nomes conhecidos do setor em seu staff, como o executivo Hirohide Kamada, que assume a diretoria técnica da em-

presa. A empresa está localizada em Santa Catarina, na BR 101, entre os municípios de Joinville e Garuva. A localização é estratégica, pois a logística para distribuição dos aços fica privilegiada: a 600 km da matriz do Grupo em Caxias do Sul e ainda assim próximo ao mercado do sudeste do país. O evento de lançamento aconteceu nas dependências do novo empreendimento, o qual abrigará ainda as filiais das outras empresas do Grupo: Alltech Tools (ferramentas de corte) e Alltech Máquinas (centros de usinagem e tornos). Na ocasião também foram comemorados os 10 anos do Grupo Alltech.

Alltech Steel 47 8870 3132 www.grupoalltech.com.br

CONEXÃO WWW Fundado em 27 de novembro de 1995, o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa IBGC é uma entidade sem fins lucrativos, de atuação nacional e internacional, que tem como meta a busca pela excelência em Governança. Em sua atuação como centro de conhecimento no tema, o Instituto promove cursos, pesquisas, palestras, fóruns e congresso anual, entre outras atividades direcionadas à temática Governança Corporativa. O IBGC mantém um quadro de pesquisadores e especialistas sempre atento às mudanças do universo empresarial. Como resultados dessa união de esforços estão as publicações, tendo como primeiro e principal documento elaborado o Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa. Balizador das práticas disseminadas pelo IBGC, o Código permeia todas as demais publicações: das séries Cadernos de Governança, Estudos de Casos, Experiências em Governança, Cartas Diretrizes a livros. www.ibgc.org.br

A Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas e Bobinas Plásticas de BOPP e BOPET Adirplast, que foi fundada em 2007, tem como diretrizes o fortalecimento da distribuição, o apoio aos seus associados e a consolidação com petroquímicas. O objetivo é estreitar os laços que unem estes dois segmentos da indústria e demonstrar a importância que os distribuidores têm para o setor e para o desenvolvimento do mercado brasileiro de plásticos. Os valores da entidade são: coordenar e defender políticas públicas que estejam ligadas à indústria do plástico; aprimorar a relação entre as empresas associadas e os produtores de resinas plásticas; incentivar a política da livre concorrência no segmento da distribuição, promovendo elevados padrões éticos no relacionamento entre a cadeia de suprimentos do setor plástico e; difundir a sustentabilidade e a correta imagem do plástico. www.adirplast.org.br

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DIEGO RODOLFO SIMÕES DE LIMA - diego.lima@ufrgs.br TIAGO DE SÁ GOMES - tiagods.gomes@ufrgs.br LÍRIO SCHAEFFER - schaefer@ufrgs.br ANA ROSANETE LOURENÇO REIS - arlr@inegi.up.pt AUGUSTO BARATA DA ROCHA - abrocha@inegi.up.pt

Forjamento isotérmico de liga de magnésio AZ61 em ferramentas aquecidas por resistências elétricas

A

aplicação de produtos forjados em ligas de magnésio é atualmente crescente em todo o mundo. Estas ligas possuem baixíssima densidade, resultando na maior resistência mecânica específica entre os metais de engenharia. Esta característica, aliada a um processamento por conformação, torna possível a substituição de diversas peças em aço e alumínio por ligas de magnésio forjado, sobretudo nas indústrias automobilística e aeronáutica.

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Redução de peso em relação ao AA6082 (T6) [%]

AZ31 (F)

AZ80 (T6)

AZ61 (F)

ZK60 (T6)

40

20

0

- 20

Limite de Resistência a Tração Equivalente (YS/r)

Módulo de Elasticidade Equivalente (E/r)

Módulo de Resistência a Flexão Equivalente (E1/2/r)

Limite de Resistência a Flexão Equivalente (YS2/3/r)

Critério de projeto de componentes

Figura 1 - Comparativo entre ligas de magnésio e a liga de alumínio AA6082 [1]

Propriedades Mecânicas Típicas Liga (tratamento)

sesc Tração

sesc Comp.

(MPa)

(MPa)

AZ31 (F)

195

85

9

Alongamento (%)

AZ61 (F)

180

115

12

AZ 80 (T6)

250

185

5

ZK 60 (T6)

270

170

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Tabela 1 - Dados de propriedades mecânicas de algumas ligas de magnésio [5]

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Figura 2 - Peรงa de trabalho, em corte

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Liga AZ61 (F) Tensão de escoamento a compressão (MPa)

152,8 ± 1,3

Tensão de ruptura a compressão (MPa)

370,8 ± 10,8

Alongamento a compressão (%)

12,6 ± 0,4

Tensão de escoamento a tração (MPa)

220,6 ± 3,3

Tensão de ruptura a tração (MPa)

316,1 ± 2,3

Alongamento a tração (%)

15,5 ± 1,5

Módulo de Young (GPa)

40,1 ± 0,6

Dureza (HB)

68,9 ± 1,1

Tabela 2 - Propriedades mecânicas da matéria-prima (a)

(b)

Figura 3 - Sistema de aquecimento (a) e controlador de temperatura (b) das ferramentas

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(a)

(b)

(c) Figura 4- Simulação computacional dos forjamentos em diferentes temperaturas: (a) 350°C, (b) 300°C e (c) 250°C. Programa Simufact.forming 9.0

(b)

(a)

(c)

Figura 5 - Peças forjadas em diferentes temperaturas: (a) 350°C, (b) 300°C e (c) 250°C

Temperatura

Dureza no centro (HB)

Dureza nas bordas (HB)

Matéria-prima

68,9 ± 1,1

68,9 ± 1,1

350 °C

65,0 ± 2,6

60,3 ± 1,5

300 °C

67,0 ± 1,7

71,0 ± 1,0

250 °C

73,0 ± 4,0

74,6 ± 2,1

Tabela 3 - Perfil de dureza das peças forjadas

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Temperatura

Tensão de escoamento a compressão (MPa)

Tensão de ruptura a compressão (MPa)

Alongamento a compressão (%)

Matéria-prima

152,8 ± 1,3

370,8 ± 10,8

12,6 ± 0,4

350 °C

145,2 ± 3,2

330,2 ± 6,2

13,5 ± 0,9

300 °C

181,7 ± 2,9

382,9 ± 7,7

13,0 ± 0,7

250 °C

Tabela 4 - Propriedades mecânicas das peças forjadas


Diego Rodolfo Simões de Lima - Engenheiro de Materiais pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Mestre em Engenharia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Doutorando em Engenharia pela UFRGS e professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina - IFSC, campus Araranguá. Tiago de Sá Gomes - Engenheiro de Materiais pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Mestrando em Engenharia e pesquisador do Laboratório de Transformação Mecânica (LdTM) do Centro de Tecnologia da Escola de Engenharia da UFRGS, atuando no Grupo de Estudos em Forjamento, Simulação e Ensaios Lírio Schaeffer - Engenheiro Mecânico e Mestre em Engenharia de Minas, Metalúrgica e Materiais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Doutor na área de Conformação Mecânica pela Universidade Técnica de Aachen na Alemanha (Rheinisch-Westfalischen Technischen Hochschule - RWTH). Coordenador do Laboratório de Transformação Mecânica (LdTM) da Escola de Engenharia da UFRGS. Pesquisador na área de Mecânica, Metalurgia e Materiais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), professor das disciplinas relacionadas aos processos de fabricação por conformação mecânica e vinculado ao programa de Pós-Graduação em Engenharia Metalúrgica, Minas e Energia (PPGEM) da UFRGS. Autor de vários livros sobre conformação mecânica. Ana Rosanete Lourenço Reis - Engenheira Mecânica e Mestra em Engenharia Mecânica pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Portugal. Doutora em Engenharia Mecânica e de Materiais pela Universidade de Ghent na Bélgica. Professora dos cursos de Engenharia Mecânica e Engenharia de Gestão Industrial na Universidade do Porto, Portugal. Diretora da Unidade de Conformação Plástica do Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial da Universidade do Porto - INEGI. Augusto Duarte Campos Barata da Rocha - Engenheiro Mecânico e Mestre em Engenharia Mecânica pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Portugal. Doutor em Engenharia Mecânica pelo Instituto Politécnico de Grenoble, na França. Professor dos cursos de Engenharia Mecânica e Engenharia de Gestão Industrial na Universidade do Porto, Portugal. Presidente da Direção do Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial da Universidade do Porto - INEGI. Autor de diversos livros na área de conformação plástica e projetos mecânicos.

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VINÍCIUS MARTINS - viniciushiper@yahoo.com.br PAULO RICARDO BÖESCH JÚNIOR - paulo.boesch@ufrgs.br RODRIGO GONZATTI - rgonzatti@yahoo.com.br WILSON CORRÊA RODRIGUES - wilson.rodrigues@ufrgs.br ALEX FABIANO BUENO - alex.bueno@ufrgs.br LÍRIO SCHAEFFER - schaefer@ufrgs.br

Materiais e tratamentos superficiais aplicados à ferramentas para metalurgia do pó

A

seleção correta dos materiais auxilia na otimização dos custos de produção de um ferramental, incidindo diretamente na produtividade e no custo do produto. Atendendo a esta demanda foram pesquisados os materiais aplicados na fabricação de matrizes de compactação para a metalurgia do pó e na confecção dos moldes para a moldagem de pós por injeção.

O mercado de componentes produzidos pela metalurgia do pó tem crescido continuamente nos últimos anos. Essa constante expansão pode ser atribuída a alguns fatores, tais como: a criação de novas aplicações através de sua “popularização” entre os projetistas, além da melhoria da matéria-prima e das técnicas de processamento resultando em componentes com propriedades mecânicas finais superiores. Tem-se observado também, que além do crescimento da quantidade de peças produzidas, houve um aumento no valor agregado e na qualidade; isto se explica, sobretudo, pelo aumento de requisitos de geometria, tolerâncias dimensionais e propriedades mecânicas exigidas pela alta competitividade do mercado consumidor [1]. A metalurgia do pó através da técnica de sinterização é um processo de produção de peças pequenas e de geometria complexa altamente competitiva no mercado industrial mundial. Este processo tem como característica produção em grande escala, com alto padrão de repetibilidade, e contribuindo de forma bastante positiva com o meio ambiente, pois emite uma quantidade mínima de resíduos sólidos [2]. O processo PIM - Powder Injection Mold, moldagem por injeção de pós, foi desenvolvido em 1973 e utilizado em escala industrial a partir do final dos anos setenta. Atualmente, a indústria tem se interessado na fabricação de peças de forma complexa tais como guias de aço inox1, válvulas de fechamento circulares, pás de turbina feitas por carbeto de silício, as quais apresentam boa

resistência mecânica, melhoria na transmissão de calor e energia, entre outras [3]. No projeto e fabricação de um produto é essencial que as propriedades dos materiais e os processos sejam compreendidos. O ferramental é um elemento chave dos sistemas de produção. Compreender as propriedades, características, aplicabilidade e usinabilidade dos materiais que o compõe são essenciais para a competitividade no meio industrial, possibilitando assim selecionar os mais aptos para cada aplicação e que, simultaneamente, determinam custos de produção mais baixos. Os aspectos econômicos na sua seleção são tão importantes como as considerações de ordem tecnológica relativas às suas propriedades [4]. Os aços comumente utilizados na fabricação de ferramentais (moldes e/ou matrizes) fazem parte de uma família de materiais denominada aços-ferramenta. Estes materiais evoluíram de simples ligas de Ferro (Fe) e Carbono (C) produzidas até 1868, para ligas complexas altamente ligadas. Os elementos que compõe essas ligas são Tungstênio (W), Vanádio (V), Cromo (Cr), Molibdênio (Mo), Silício (Si), Manganês (Mn) e Cobalto (Co). Dependendo das quantidades que estes elementos são adicionados ao sistema Fe-C e dos tratamentos térmicos dados, haverá formação de ligas com diferentes pro1 Inox: forma reduzida de inoxidável, que é a qualidade do que resiste à oxidação. Em metalurgia é uma liga de Ferro (Fe) e Cromo (Cr), podendo conter também Níquel (Ni), Molibdênio (Mo) e outros elementos, que apresenta propriedades físico-químicas superiores aos aços comuns, sendo a alta resistência à oxidação atmosférica a sua principal característica.

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priedades mecânicas. Em geral, a solicitação que a ferramenta irá receber em trabalho é que determinará a propriedade mecânica desejada e, consequentemente, os elementos de liga que deverão ser adicionados [5]. O objetivo deste trabalho é apresentar o que está sendo utilizado atualmente na confecção de moldes e matrizes destinados aos processos de metalurgia do pó, bem como salientar as propriedades e possíveis aplicações para cada material.

tante papel. A maioria dos carbetos é formada quando os elementos de liga como Vanádio, Molibdênio e Cromo combinam-se com o Carbono durante a solidificação do aço. Porcentagens mais altas de carbetos melhoram a resistência ao desgaste, mas reduzem a tenacidade. A resistência ao desgaste abrasivo do aço-ferramenta é promovida pela dureza da matriz, dada pelo tratamento térmico e pela presença dos carbetos primários não dissolvidos [5,7].

CONSIDERAÇÕES GERAIS A crescente introdução no mercado de uma vasta gama de novos materiais com características técnicas específicas determina, por vezes, um desgaste anormal por abrasão dos equipamentos de produção. Neste contexto, os fabricantes de moldes e matrizes são confrontados com a necessidade de encontrar soluções para incrementar a resistência dos seus produtos e, simultaneamente, com níveis de exigência para a qualidade final cada vez mais elevadas.

Tensão limite de compressão Durante a conformação temos dois fatores que interferem na resistência compressiva: a) o teor de liga de elementos como o Molibdênio e o Tungstênio são benéficos para o aumento da resistência à compressão e; b) a dureza, que quanto mais elevada em um dado aço mais alto também é o seu limite de compressão. A figura 1 apresenta um comparativo das propriedades citadas de algumas classes de aços-ferramenta normatizados [7].

Parâmetros a serem considerados na seleção de um aço-ferramenta Os aços utilizados na fabricação de ferramentais devem ser resistentes às altas pressões empregadas durante o processo de produção, bem como pela necessidade de suportar as tensões de flexão e as cargas de compressão, exigindo que a resistência no núcleo de aço seja alta enquanto se mantém uma dureza superficial adequada que permite [4,6]: Ÿ Suportar efeitos de erosão dos materiais nas zonas do molde ou matriz em que o fluxo é restrito ou obstruído; Ÿ Resistir ao desgaste, especialmente em grandes produções e; Ÿ Manter na superfície um alto grau de polimento, que facilite a extração do produto e lhe proporcione um bom acabamento. Tenacidade2 A metalurgia do pó em geral fornece tenacidade mais alta do que o processo convencional. Esta propriedade nos aços tende a decrescer com o aumento do teor de elementos de liga, sendo afetada também pelo processo de produção do aço. Resistência ao desgaste O aumento de teores de elementos de liga eleva a resistência ao desgaste tendo os carbetos3 um impor22

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Figura 1 - Propriedades de alguns aços na escala de 1 a 10 [7]

Tratamentos superficiais e o aumento da dureza Os tratamentos superficiais têm por objetivo prolongar a vida das ferramentas. Estes aumentam a dureza superficial e a resistência ao desgaste e reduzem o coeficiente de atrito. Tratamentos que produzem maiores valores de dureza, como o revestimento com carbeto de Titânio (Ti) e a difusão térmica produzem camadas su2 Tenacidade: é a energia mecânica, ou seja, o impacto necessário para levar um material à ruptura. Se um material é tenaz ele pode sofrer um alto grau de deformação sem romper. Em outras palavras, tenacidade é uma medida de quantidade de energia que um material pode absorver antes de fraturar. Os materiais cerâmicos, por exemplo, tem baixa tenacidade. 3 Carbetos: classe de compostos, também denominada de carbonetos, que se constitui de sais binários contendo carbono e características inorgânicas.


perficiais mais espessas, mas exigem uma grande quantidade de calor, o que inviabiliza seu uso em muitas aplicações. Os métodos usualmente empregados para tratamento superficial das ferramentas são a nitretação convencional, nitretação a plasma e processo PVD [7,8]. Têmpera4 superficial O processo consiste em produzir-se uma têmpera localizada apenas na superfície das peças de aço, adquirindo as propriedades e as características típicas da estrutura martensítica5. A figura 2 mostra o efeito do tempo de aquecimento na profundidade de endurecimento [9]. Nitretação gasosa A nitretação gasosa em alta temperatura consiste no enriquecimento superficial em Nitrogênio (N) de aços, por meio de tratamento termoquímico em temperaturas elevadas (entre 500 a 600ºC), sob atmosfera gasosa rica em N2. Por meio deste tratamento é possível obter peças com camadas de elevado teor de Nitrogênio com aproximadamente 0,5 a 2 mm de espessura e alto nível de tensões residuais de compressão, sobre núcleos com

Figura 2 - Efeito do tempo de aquecimento na profundidade de endurecimento [9]

propriedades mecânicas otimizadas. A microestrutura das camadas nitretadas depende principalmente da composição química do material ba4 Têmpera: Tratamento térmico caracterizado pelo resfriamento em velocidade superior a velocidade crítica de têmpera de uma liga Ferro-Carbono, a partir de uma temperatura acima da zona crítica para os aços hipoeutetóides e geralmente dentro da zona crítica para os aços hipereutetóides, resultando em transformação da austenita em martensita. 5 Martensita: fase metaestável que corresponde a uma solução sólida supersaturada de carbono em ferro. É uma fase extremamente dura.

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se e da quantidade de Nitrogênio absorvido durante o tratamento. As principais razões para se utilizar a nitretação são: obtenção de altíssima dureza superficial (em torno de 65 HRC6) e alta resistência ao desgaste; melhoria na resistência à fadiga e à corrosão (exceto para aços inoxidáveis) [10,11]. Nitretação a plasma A nitretação a plasma é um processo utilizado para melhorar as propriedades mecânicas, tribológicas7 e a resistência à corrosão dos materiais, proporcionando um aumento na vida útil das peças tratadas. O controle dos parâmetros envolvidos no tratamento termoquímico a plasma, tais como a mistura gasosa, temperatura, tempo e pressão, são muito importantes para a formação adequada das estruturas das camadas de proteção [12, 13, 14]. A figura 3 apresenta uma peça sendo submetida ao processo de nitretação a plasma.

dades mecânicas durante o aquecimento excessivo. Os revestimentos, além de diminuir o desgaste das ferramentas, melhoram a qualidade superficial do produto conformado, aumentam a produtividade e reduzem o uso de lubrificantes. O processo PVD, pode aumentar a vida de uma ferramenta de precisão de aço rápido com alto teor de liga, mas não resolve o problema de desgaste de uma matriz com tolerâncias estreitas nem impede a flexão de punções submetidos a altas cargas [16]. A figura 4 apresenta esquematicamente o processo de PVD a plasma.

Figura 4 - Processo PVD a plasma [17]

ESCOLHA DO MATERIAL PARA FERRAMENTA A escolha do material para ferramenta é de extrema importância e está ligada diretamente com a qualidade e exigência do ferramental e do processo. Aços-ferramenta A principal e mais difundida classificação dos vários Figura 3 - Nitretação a plasma de uma peça em aço [15]

Revestimentos de superfície Entre as inúmeras maneiras para reduzir o desgaste e aumentar a dureza superficial de matrizes, uma delas é a deposição de uma fina camada de filme formado geralmente por materiais cerâmicos com dureza elevada e baixa afinidade em relação às peças a serem conformadas [5]. Atualmente, as ferramentas de conformação a frio utilizam filmes depositados pelo método PVD8, devido a este processo permitir a cobertura com revestimentos a temperaturas de aproximadamente 250°C e 500°C. Com isso os substratos mantêm suas proprie24

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6 Dureza Rockwell: é um método de medição direta de dureza desenvolvido por Stanley Pickett Rockwell em 1922, nos Estados Unidos. É um dos mais utilizados em indústrias e um dos mais simples e que não requer habilidades especiais do operador. Além disso, várias escalas diferentes podem ser utilizadas através de possíveis combinações de diferentes penetradores e cargas, o que permite o uso deste ensaio em praticamente todas as ligas metálicas, assim como em muitos polímeros. 7 Tribologia: do grego Tribos = atrito e Logos = estudo, significa a ciência que estuda o atrito. É definida como “a ciência e a tecnologia da interação entre superfícies com movimento relativo e dos assuntos e práticas relacionadas”. Atualmente trata dos tópicos relativos ao atrito, desgaste e lubrificação. 8 PVD: do inglês Physical Vapour Deposition, significa deposição física de vapor. Trata-se de um processo descoberto acidentalmente por Faraday, que observou a deposição de partículas na superfície interna de bulbos de lâmpadas incandescentes oriundas da explosão do filamento. O processo consiste de deposição em vácuo onde, primeiramente, um material é transformado em vapor, então é transportado nessa fase e por último é depositado na superfície de um substrato. Este processo permite depositar uma infinidade de metais puros e ligas (como Ouro, Cromo, e outros) bem como uma série de nitretos e outros compostos.


tipos de aços-ferramenta foi desenvolvida pela AISI (American Iron and Steel Institute), organizando os mesmos, com base em pontos fundamentais como elementos de liga, aplicação ou tratamento térmico. A tabela 1especifica, de forma resumida, indicações gerais para a escolha de aços-ferramenta [18, 19,20]. Os fabricantes desenvolvem aços com características especiais, obtidas por métodos de processamento os quais incluem desoxidação controlada, desgaseificação a vácuo (VAD9) ou refusão em vácuo (VAR10), produzindo aços mais uniformes e isentos de impurezas. Dentre as propriedades melhoradas dos materiais estão a possibilidade de polimento com qualidade ótica, aumento da resistência ao desgaste e à corrosão, melhoria da usinabilidade e resistência à deformação, dureza uniforme, entre outras [7]. Devido às ligas de aço-ferramenta apresentarem alto custo em relação aos aços convencionais de baixa liga, ao optar-se por fabricar uma ferramenta com aços altamente ligados espera-se que essa ferramenta apresente alta resistência ao desgaste, à fadiga e à fratura, com uma maior vida útil para que o custo da fabricação dessa ferramenta dilua-se na produção das peças [5].

Tabela 1 - Classificação dos aços ferramenta [18,19,20]

Os aços ferramenta para trabalho a frio são subdivididos nas classes D, A, O conforme apresentado na tabela 1. Essas classes têm como característica comum elevado teor de Carbono, que potencializa os valores de 9 VAD: do inglês Vacuum Arc Degassing, significa desgaseificação a arco por vácuo. Também denominada desgaseificação por aquecimento a vácuo (VDH - Vacuum Heating Degassing). Foi uma tecnologia criada há mais de 40 anos para produção de aço. 10 VAR: do inglês Vacuum Arc Remelting significa refusão a arco em vácuo.

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dureza, aumentando a resistência ao desgaste. O que as difere são os elementos de liga, que afetam a quantidade e a distribuição dos carbetos na matriz [21]. Os aços ferramenta para trabalho a frio da classe A, também denominados “temperáveis ao ar”, são caracterizados pelos altos teores de C, Mn, médios teores de Cr e moderados teores de outros elementos de liga, com exceção do AISI A7. O resultado após tratamento térmico de têmpera e de revenido é uma estrutura martensítica com fina dispe-são de carbetos. Esta classe de aços é aplicada em facas de cisalhamento, punções de corte e matrizes para conformação. Pelo fato de serem temperáveis ao ar, possuem a vantagem de minimizar os riscos ou a tendência a trincas, assim como tendem a apresentar baixos valores de distorção durante o endurecimento, garantindo estabilidade dimensional, importante propriedade, por exemplo, quando usados como matrizes [22]. Os aços ferramenta da classe O, também conhecidos como “temperáveis em óleo”, possuem altos teores de C e moderados teores de elementos de liga, suficientes para promover boa profundidade de endurecimento pela têmpera em óleo. Difere-se dos demais aços ferramenta para trabalho a frio devido à baixa resistência ao revenido. As aplicações dos aços do grupo O incluem matrizes e punções para corte, conformação e calibradores para metais não ferrosos [22, 23, 24]. Os açosferramenta da classe D (de alto C - alto Cr) foram desenvolvidos com o objetivo de substituir os aços rápidos. Os valores de dureza a quente obtidos na época revelaram-se insuficientes para a referida substituição, tendo sido notado, porém, que havia presença de carbetos em grande quantidade na matriz martensítica revenida o que aumentava consideravelmente a resistência ao desgaste. Os teores elevados de C e Cr, além da presença de outros elementos de liga formadores de carbetos, como o V, promovem uma estrutura com considerável fração volumétrica de carbetos, responsável diretamente pela alta resistência aos mecanismos de desgaste. O Cr é o principal elemento de liga presente nestes aços com concentração nominal na ordem de 12,5% em peso [22]. AÇOS FERRAMENTA OBTIDOS POR M/P Recentemente, o mais significativo desenvolvimento foi a introdução da metalurgia do pó (M/P) para fabricação dos aços-ferramenta, possibilitando o surgimento de estruturas isotrópicas11 e homogêneas, potenciali26

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zando assim a resistência ao desgaste, aumentando a tenacidade destes aços e possibilitando o surgimento de novas ligas com composições químicas mais complexas [22]. Na tabela 2 estão apresentados alguns dos principais aços-ferramenta produzidos por M/P.

Tabela 2 – Alguns aços ferramenta sinterizados [25, 26, 27,28]

Observa-se na tabela 2 que o processo proporcionou o surgimento de ligas com elevados teores de Carbono e elementos formadores de carbetos, que só podem ser obtidas pela metalurgia do pó. A figura 5 mostra uma comparação entre microestrutura de aço-ferramenta temperado, sendo uma amostra obtida pela metalurgia convencional, onde a seta indica o carbeto grosseiro; e outra produzida por metalurgia do pó indicando pela seta o carbeto fino [29].

Figura 5 - (a) metalurgia convencional e (b) metalurgia do pó [29]

Na figura 5 observa-se através da microscopia ótica, que o aço produzido a partir do processo da metalurgia do pó, (figura 5b) não apresenta uma microestrutura caracterizada por estrias, mostrando tamanho, distribuição e morfologia homogênea dos carbetos. Tais características são responsáveis pelo incremento da resistência ao desgaste, à capacidade de corte, a tenacidade, além de reduzir distorções típicas durante os tratamentos térmicos [29]. Em algumas situações específicas, em que a resistência ao desgaste e à compressão deve ser superior às dos aços para trabalho a frio da classe D, [30] podem ser utilizados aços rápidos. Tais materiais atingem dureza acima de 64 HRC e possuem carbetos primários de alta 11 Isotropia: do grego ísos = igual e tropos = girar. Propriedade que caracteriza as substâncias que possuem as mesmas propriedades físicas independentemente da direcção considerada.


dureza, proporcionando resposta adequada nas aplicações mais críticas. Um exemplo típico de aço rápido ao Molibdênio é o M2 (são os da classe M), de elevada dureza, resistência ao desgaste e boa tenacidade. São beneficiados para durezas superiores a 62 HRC. Estes aços são frequentemente temperados em banhos de sais e utilizados principalmente em situações que exigem maiores esforços de flexão ou concentração de tensão. Podem ser inclusive aplicados aços rápidos obtidos por metalurgia do pó, devido a maior tenacidade desses materiais [31, 32]. AÇOS PARA FABRICAÇÃO DE MOLDES Os aços indicados na tabela 3 são os de uso corrente no Brasil sendo oferecidos por fabricantes nacionais e importadores. A relação apresenta as principais características dos aços indicados e a dureza obtida após tratamento térmico. Nota-se que os aços indicados são para a seleção padrão para moldes de injeção, devido a suas funções de requisitos especiais.

merante, que encontrou diversas aplicações no campo da engenharia, destacando-se na fabricação de ferramentas para usinagem, matrizes de conformação, brocas de mineração e componentes resistentes ao desgaste [34]. A classe de metal duro utilizada em ferramentas para compactação e conformação é a G com o percentual de Cobalto variando entre 18 a 30% FERRAMENTA DE COMPACTAÇÃO As ferramentas de compactação e os moldes para injeção de pós metálicos são ferramentas de extrema complexidade e sofrem grandes cargas de desgaste. Muitas vezes estes ferramentais possuem uma grande variedade de material visando à minimização do custo em função das propriedades mecânicas. A figura 6 mostra ferramentas de compactação de baixa e média complexidade aplicadas em fabricação de diversas peças.

Figura 6 - Ferramentas de compactação com baixa e média complexidade [35]

Já a figura 7 apresenta ferramentas de compactação de alta complexidade aplicadas em fabricação de peças variadas.

Tabela 3 - Aços padrão para injeção [6]

FERRAMENTA DE METAL DURO O metal duro destaca-se pela elevada dureza e resistência à abrasão aliadas a elevada resistência e tenacidade. As propriedades de cada fase, a microestrutura e a composição da mistura são os parâmetros que influenciam nas propriedades finais do produto [33]. É um material compósito a base de WC e Cobalto como aglo-

Figura 7 - Ferramentas de compactação com alta complexidade [35]

A figura 8 apresenta punções e matrizes de compactação de alta complexidade aplicadas em fabricação de várias peças. Janeiro/Fevereiro 2012

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] Galiotto, A.; Estudo da sinterabilidade de materiais ferrosos contendo elevados teores de sulfeto como aditivos. Dissertação. Universidade Federal de Santa Catarina. 2005

Figura 8 - Punções e matrizes de compactação com alta complexidade [36]

O molde da figura 9 possui os espaçadores, as bases superiores e inferiores de aço AISI 1020 e as placas porta cavidades inferiores e superiores de AISI 1045. As cavidades são fabricadas em aço AISI P20. Nesta ferramenta para moldagem de pós por injeção é possível observar um sistema de colunas e guias, o sistema de gavetas e as cavidades.

[2] Chiaverini, V.; Metalurgia do pó. São Paulo, Brasil: Associação Brasileira de Metalurgia e materiais - ABM, 4ª Edição, 2001. [3] História da metalurgia do pó Disponível em: www.mpif.org/newsroom/facts.pdf. Acesso em: 04/08/2010. [4] Metals Handbook. Introduction to heat threatening of tools steels, vol. 4, 1991. [5] Mendes, M. A. R. S.; Estudo do desgaste de ferramentas com e sem revestimento de filmes finos utilizadas em operações de conformação a frio. Dissertação para o titulo de mestre em engenharia São Paulo, Brasil, 2009. [6] Garcia, M. C. R.; Apostila de fundamentos de projetos de ferramentas Instituto federal de educação, ciência e tecnologia Sul-rio-grandense - IFSUL, RS, Brasil, 2009. [7] Disponível em: http://www.cimm.com.br/portal/noticia/material_di datico/6399. Acesso em: 10/08/2010. [8] Yuhara, D. A.; Aplicação de revestimentos PVD em ferramentas de corte. Brasimet São Paulo Brasil 2000. D i s p o n í v e l e m : www.brasimet.com.br/artigos/revestimentos.pdf. Acesso em: 02/08/2010.

Figura 9 - Punções e matrizes de compactação com alta complexidade [36]

CONCLUSÕES De acordo com a pesquisa realizada, o melhor material para fabricação de ferramentas de compactação é o metal duro em relação às propriedades de resistência ao desgaste e abrasão, permitindo a utilização de revestimento que aumenta a vida útil do ferramental. A utilização de insertos em ferramentas de compactação é a solução economicamente viável para a minimização dos custos de ferramental em função da vida produtiva da mesma. O moldes para injeção de pós metálicos tem o seu custo reduzido utilizando vários tipos de materiais e aços para sua fabricação. As partes menos nobres (por exemplo, o porta-molde) são constituídas de aços ao carbono, enquanto nas partes que estão envolvidas com a matéria prima em processamento ou que sofre grande desgaste devem ser utilizados aços ferramentas. Os aços mais utilizados para a fabricação das cavidades dos moldes são AISI P20 e AISI H13. 28

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[9] Chiaverini, V.; Aços e ferros fundidos. 5ª Edição, São Paulo: Edgard Blücher, 1993. ABM, p. 518, 1982. [10] Garzón, C. M.; Tschiptschin, A. P.; Nitretação gasosa em alta temperatura de aços inoxidáveis. Revista Matéria, v. 10, n. 4, /pp. 502 - 525, 2005 Disponível em: http://www.materia.coppe.ufrj.br/sarra/artigos/artig o10697. Acesso em: 12/08/2010. [11] Nitretação gasosa em moldes de injeção. Disponível em http://www.moldesinjecaoplasticos.com.br/sistemat ratamentotermoquimico.asp. Acesso em: 12/08/2010. [12] Miola, E. J.; Souza, S. D.; Nascente, P. A. P.; OlzonDionysio, M.; Olivieri, C. A.; Spinelli, D.; Appl. Surf. Sci., 272, 144-145 (1999). [13] Gontijo, L. C.; Machado, R.; Miola, E. J.; Casteletti, L. C.; Nascente, P. A. P.; Ver. Bras. Apl. Vácuo, 20, 1-2, 3136 (2001). [14] Abdalla, A. J.; Baggio-Scheid, V. H.; Tratamentos termo-químicos a plasma em aços carbono. Corros. Prot. Mater., Vol. 25, Nº 3, 2006. [15] Disponível em: http://www.pmt.usp.br/Pronex/DSCN8192.JPG.


Acesso em: 09/08/2010. [16] Vetter et al.; Hard coatings for lubrification reduction in metal forming. Surface and coatings technology. Vol. 86 87, pp. 739-747, 1996. [ 1 7 ] D i s p o n í v e l e m : h t t p : / / w w w. s u p e r i o r coat.com/shber_tech1en.htm. Acesso em: 09/08/2010. [18] Roberts, G.; Krauss, G.; Kennedy, R.; Tool steels. 5a edição, American Society for Metals, Metals Park, OH., 1998. [19] American Society for Metals - Metals Handbook. V.1, 7a edição, 1983. [20] Krauss, G.; Steels: heat treatment and progressing principles. Colorado: ASM International, 2st ed., 1990. [21] Krauss, G.; Principles of heat treatment of steel. Ohio, A. Society for metals, 1980. [22] Roberts, G.; Krauss, G.; Kennedy, R.; Tool steels. 5a edição, American Society for Metals, Metals Park, OH., 1998. [23] American Society For Metals - Metals Handbook. v. 1, 7a edição, 1983. [24] Tool steels. Steel Products Manual. Iron and Steel Society. 1998. [25] Aços Böhler - Catálogo Técnico - 2002. [26] Uddeholm - Catálogos Técnicos - Aços Especiais - 2002 2006. [27] Crucible Particle Metallurgy - Technical catalogue Crucible tool steel and specialty alloy selector, 2001. [28] Thyssen - Catálogo Técnico - Aços Especiais.Brasil, 1a edição, nov., 1998. [29] Relatórios Mahle Metal Leve - Centro de Pesquisas Tecnológicas -2002 a 2006.

[31] Mesquita, R. A.; Barbosa, C. A.; Evaluation of as-hiped PM high speed for production of large diameters cutting tools. Materials Science and Forum, V. 416 - 418, p. 235-240, 2003. [32] Mesquita, R. A.; Andrijauskas, P. S.; Barbosa, C. A.; Aços de alta tenacidade para matrizes de trabalho a frio. In: Encontro de Integrantes da Cadeia Produtiva de Ferramentas, Moldes e Matrizes, I.; 2003, São Paulo. Anais. São Paulo: ABM, pag. 51. 2003. [33] Martins, V.; Rodrigues, W. C.; Schaeffer, L.; Obtenção eficaz de compósitos de metal duro através de balanço de massa - Anais do 64º Congresso da ABM 2009 Brasil D i s p o n í v e l e m : http://www.ufrgs.br/ldtm/publicacoes/metaldurobal anco.pdf. Acesso em 19-08-2010. [34] Correa, E. O.; Klein, A. N; Santos, J. N.; Microstructure and mechanical properties of WC Ni-Si based cemented carbides developed by powder metallurgy. Journal of Refractory Metals and Hard Materials journal homep a g e , 2 0 1 0 . D i s p o n í v e l e m : http://www.elsevier.com/locate/IJRMHM. Acesso em: 5 jul. 2010. [35] Ferramentas de compactação. Disponível em: http://www.sz-wholesale.com/p/Other-1/PowderMetallurgy-Moulds--Plastic-Moulds-56843.html. Acesso em 01/08/2010. [36] Ferramentas de compactação. Disponível em: www.dachenty.com.tw/.../Products/products2.asp. Acesso em: 5 jul. 2010.

Contribuição Técnica apresentada na 14ª Conferência Internacional de Forjamento - Brasil/RS, 20 a 22 de outubro de 2010, Porto Alegre, RS, Brasil.

[30] Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6189: Aços Ferramenta. Rio de Janeiro, 1982.

Vinícius Martins - Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Minas, Metalúrgica e Materiais (PPGEM). Laboratório de Transformação Mecânica (LdTM), Departamento de Metalurgia, UFRGS. Professor do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia Sulrio-grandense - IFSUL. Paulo Ricardo Böesch Júnior - Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Minas, Metalúrgica e Materiais (PPGEM). Laboratório de Transformação Mecânica (LdTM), Departamento de Metalurgia, UFRGS. Rodrigo Gonzatti - Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Minas, Metalúrgica e Materiais (PPGEM). Laboratório de Transformação Mecânica (LdTM), Departamento de Metalurgia, UFRGS. Wilson Corrêa Rodrigues - Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Minas, Metalúrgica e Materiais (PPGEM). Laboratório de Transformação Mecânica (LdTM), Departamento de Metalurgia, UFRGS. Alex Fabiano Bueno - Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Minas, Metalúrgica e Materiais (PPGEM). Laboratório de Transformação Mecânica (LdTM), Departamento de Metalurgia, UFRGS. Professor do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia Sulrio-grandense - IFSUL. Lírio Schaeffer - Engenheiro Mecânico e Mestre em Engenharia de Minas, Metalúrgica e Materiais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Doutor na área de Conformação Mecânica pela Universidade Técnica de Aachen na Alemanha (Rheinisch-Westfalischen Technischen Hochschule - RWTH). Coordenador do Laboratório de Transformação Mecânica (LdTM) da Escola de Engenharia da UFRGS. Pesquisador na área de Mecânica, Metalurgia e Materiais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), professor das disciplinas relacionadas aos processos de fabricação por conformação mecânica e vinculado ao programa de Pós-Graduação em Engenharia Metalúrgica, Minas e Energia (PPGEM) da UFRGS. Autor de vários livros sobre conformação mecânica.

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Euromold Brasil

Joinville sedia primeira EuroMold Brasil Uma das principais feiras de ferramentais, moldes e design da Europa, EUA, África do Sul, Rússia, Índia e China, têm sua primeira edição da América Latina confirmada para o período de 20 a 24 de agosto de 2012, em Joinville/SC. O Brasil foi escolhido como sede do evento por concentrar grandes pólos industriais e por ser um mercado promissor para esse segmento. A edição brasileira intitulada EuroMold Brasil Feira Internacional de Fabricantes de Ferramentas e Construtores de Moldes, Desenho e DeStand da Messe Brasil na Euromold 2011 em Frankfurt senvolvimento de Produtos, é viabilizada por meio de parceria entre a DEMAT, organizadora alemã do evento, e a Messe Brasil, umas das principais organizadoras de feiras do Sul do país. Para a estreia do evento no mercado nacional são aguardadas 90 empresas, ocupando espaço de 4.000 m². Já confirmaram participação expositores brasileiros, alemães, norte-americanos e sul-coreanos. “Além dos eventos já consolidados, os clientes DEMAT têm agora a oportunidade de explorar novos negócios na América Latina. Entendemos que a primeira edição, em paralelo à Interplast, agrega valor à cadeia de moldes, ferramentarias e design, ampliando as possibilidades de negócios para visitantes e expositores da cadeia de desenvolvimento de produtos”, comenta Richard Spirandelli, diretor da Messe Brasil. A Messe BraDr. h.c. Wolfgang Leonhardt (empresa Leroxid) recebe sil é responsável prêmio Euromold Ouro, ladeado por Christian Dihlmann, pela divulgação Presidente da ABINFER (E) e Dr.-Ing. Eberhard Döring, e comercializaPresidente da DEMAT (D)

Por Simone Hülse Feuser especial para a Ferramental

ção do evento no Brasil e demais países da América Latina, e a Demat por expositores e visitantes dos demais continentes interessados em negócios nos países latinos. Intercâmbio de conhecimento A Messe Brasil participou da EuroMold em Frankfurt, na Alemanha, de 29 de novembro a 2 de dezembro de 2011, como expositora, com o objetivo de estreitar o relacionamento e o intercâmbio de conhecimento com empresas e entidades de diferentes segmentos. Entre os países contatados estão Alemanha, Japão, Índia e Portugal. Diretores de uma associação do segmento de plásticos da Índia, por exemplo, iniciaram contatos de parceria para a Interplast. “Os visitantes buscaram ampliar o conhecimento sobre o mercado brasileiro e as oportunidades que podem explorar aqui”, lembra Spirandelli. A feira contou com a presença de 57.955 visitantes de 97 países, número 4,8% maior que na edição anterior. Para divulgar a primeira edição da Euromold Brasil, Christian Dihlmann, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais - ABINFER, entregou os prêmios aos três expositores de destaque, durante a Messefest, um jantar para expositores da EuroMold. Em seu discurso ressaltou o Brasil como um país de oportunidades em diferentes segmentos. “Somos um país em desenvolvimento e com excelentes perspectivas de crescimento”. A festa contou ainda com a apresentação de uma escola de samba, promovendo a cultura brasileira. A EuroMold teve a presença de uma delegação de 30 brasileiros levados em duas missões internacionais organizadas pela Messe Brasil e pela Fundação Vista geral de um dos pavilhões da Euromold 2011 Empreender/Associação Empresarial de Joinville - ACIJ/SEBRAE-SC. O país parceiro da Euromold 2011 em Frankfurt foi a Turquia e para a edição de 2012 será a Áustria.

Messe Brasil / Demat Mais informações pelo e-mail euromoldbrasil@messebrasil.com.br ou pelo fone 47 3451 3000 30

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Glossário de termos técnicos aplicados à ferramentarias

Parte integrante da revista Ferramental - Nº 39 - Janeiro/Fevereiro 2012

Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais

INGLÊS

PORTUGUÊS

ALEMÃO

Ablative

Ablativo

ablativ

Abrasion

Abrasão

Abrieb m

Abrasion resistance

Resistência a abrasão

Abriebwiderstand m

Abrasion resistant

Resistente a abrasão

abrasionsgeschützt

Abrasion test

Teste de abrasão

Abriebprüfung f

Abrasive

Abrasivo

abrasiv

Absorption

Absorção

Absorption f

Accelerator

Aceleredor

Beschleuniger m

Accumulator

Acumulador

Akkumulator m

Accumulator head

Cabeça do acumulador

Kopfspeicher m ; Speicherkopf m

Acetylene

Acetileno

Acetylen n

Acetylene black

Acetileno negro

Acetylenruß m

Acid capacity

Capacidade ácida

Säuregrad m

Acoustic properties

Propriedades acústicas

akustische Eigenschaften fpl

Acrylic glass (PMMA)

Acrílico (PMMA)

Acrylglas n

Acrylic resin

Resina acrílica

Acrylharz n

Acrylic rubber

Borracha acrílica

Acrylkautschuk m

Acrylonitrile butadiene rubber

Borracha de acrilonitrila butadieno

Acrylnitril-Butadien-Kautschuk m

Acrylonitrile butadiene styrene copolymers (ABS)

Acrilonitrila butadieno estireno

Acrylnitril-Butadien-Styrol-Copolymere npl

Acrylonitrile isoprene rubber

Borracha de acrilonitrila isoprene

Acrylnitril-Isoprenkautschuk m

Activation

Ativação

Aktivierung f

Activator

Ativador

Aktivator m

Adapter

Adaptador

Passstück n

Additive

Aditivo

Additiv n

Adhere, to

Aderir

haften

Adhesion

Adesão

Adhäsion f

Adhesive

Adesivo

Klebstoff m

Adhesive film

Filme adesivo

Klebefolie f

Adhesive strength

Força de adesão

Haftfestigkeit f

Adhesive tape

Fita adesiva

Klebeband n

Adjusting screw

Rosca/fuso de ajustagem

Justierschraube f

Adsorption

Adsorção

Adsorption f

After-shrinkage

Pós contração

Nachschwindung f

Ageing

Envelhecimento

Alterung f

Ageing resistance

Resistência ao envelhecimento

Alterungsbeständigkeit f

Ageing test method

Método de teste de envelhecimento

Alterungprüfung f

Agglomerate

Aglomerante

Agglomerat n

Air bubble

Bolha de ar

Luftblase f

Air cushioning film

Filme para amortecimento de ar

Luftpolsterfolie f

Air ejector

Extrator de ar

Luftauswerfer m

Air inlet

Entrada de ar

Lufeintritt m

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Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais

INGLÊS

PORTUGUÊS

ALEMÃO

Air knife

Gume de ar

Luftrakel m

Air nozzle

Bico de ar

Luftdüse f

Air outlet

Saída de ar

Luftaustritt m

Air separator

Separador de ar

Windsichter m

Aldehyde resin

Resina de aldeíd

Aldehydharz n

Aliphatic

Alifático

aliphatisch

Alkyd resin

Resina alquídica

Alkydharz n

Alloy

Liga

Legierung f

Allyl resin

Alilo. Radical monovalente do propileo

Allylharz n

Alternating stress

Tensão alternada

Wechselbeanspruchung f

Aluminium trihydrate

Alumínio trihidratado

Aluminiumtrihydrat n

Amino plastics

Aminoplástico

Aminoplaste npl

Amorphous

Amorfo

amorph

Analytical procedure

Procedimento analítico

Analyseverfahren n

Ancillary equipment

Equipamento auxiliar

Zusatzeinrichtung f

Angular adjustment

Ajuste angular

Schrägverstellung f

Anionic polymerization

Polimerização aniônica

anionische Polymerisation f

Anisotropy

Anisotropia

Anisotropie f

Annealing

Recozimento

Tempern n

Annular piston

Cilindro anelar

Ringkolben m

Antiblocking agent

Agente antiblocante

Antiblockmittel n

Anticorrosive

Anticorrosivo

Korrosionsschutz m

Antifogging agent

Agente antineblina

Antibeschlagmittel n

Antioxidant

Antioxidante

Antioxidans n

Antiozonant

Antiozonizante

Ozonschutzmittel n

Antistatic agent

Agente antiestático

Antistatikum n

Anti-twist device

Equipamento anti-enrolamento

Verdrehsicherung f

Apparent density

Densidade aparente

Rohdichte f; Schüttdichte f

Applicator roll

Rolo aplicador

Auftragwalze f

Aramid fibre

Fibra aramida

Aramidfaser f

Arc resistance

Resistência ao arco

Lichtbogenfestigkeit f

Ash content

Container de cinzas

Aschegehalt m

Assembly

Montagem

Montage f ataktisch

Atactic Austenitic

Austenítico

austenitisch

Automatic press

Prensa automática

Pressautomat m

Autoxidation

Autooxidação

Autoxidation f

Axial movement

Movimento axial

Axialverschiebung f

Axial stress

Tensão axial

Axialspannung f

Axially moving screw

Fuso axial

Schubschnecke f

Fontes: A Glossary of Plastics Terminology in 7 Languages, Wolfgang Glenz, Hanser Verlag, 2010 / Novo Dicionário de Termos Técnicos Inglês-Português, Eugênio Fürstenau, Editora Globo, 2005 Dicionário Inglês-Português Português-Inglês, Collins Gem, Editora Disal, 1998 / Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, Editora Positivo,2004 32 Ferramental Janeiro/Fevereiro 2012

Parte integrante da revista Ferramental - Nº 39 - Janeiro/Fevereiro 2012

Glossário de termos técnicos aplicados à ferramentarias


SAMUEL GONSALES - samuel@kayros-it.com.br

Business Intelligence como vantagem estratégica

E

ntre os fatores importantes para o processo decisório a que um administrador está sujeito em sua ocupação está a integridade das informações e a velocidade na identificação de oportunidades e ameaças provenientes dessas informações. O Business Intelligence é uma ferramenta que oportuniza tirar proveito destes fatores em busca da elevação da competitividade da empresa.

Figura 1 - Topografia da inteligência de negócios (business intelligence) e gestão das informações (information management) [1]

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Figura 2 - Componentes recomendadas para eficรกcia do BI [3]

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Figura 3 - Exemplo de um dashboard [3]


Samuel Gonsales - É diretor executivo da Kayros IT Consultoria, especializada em modelos de gestão para empresas de moda e vestuário. É analista de sistemas pela Universidade Paulista, especialista em Sistemas de Gestão Empresarial - ERP pela FIAP e tem MBA em Gestão de Negócios. Atua também como professor em graduação e pós-graduação, palestrante e articulista de jornais, revistas e portais de negócios e tecnologia.

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THIAGO DE OLIVEIRA VARGAS - tov@shadvocacia.com.br

Da Empresa Individual de Responsabilidade Limitada - EIRELI

O

tema sobre a responsabilidade de cada sócio em uma sociedade é alvo de discussão há muito tempo. Nas limitadas esta responsabilidade é restrita ao valor de suas quotas e as figuras da pessoa física e jurídica são totalmente distintas. Na empresa individual - EI este fato era diverso, confundido as duas pessoas. A nova lei propõe um avanço importante ao corrigir a falha da EI.

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• Thiago de Oliveira Vargas - Advogado especialista em Direito Tributário pela Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL. Sócio da Schramm, Hofmann e Vargas Advogados Associados, com sede em Joinville.

Schramm, Hofmann e Vargas Advogados Associados Ltda. Maiores informações pelo e-mail (ahofmann@shv.adv.br) ou pelo fone 47 3027 2848

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SPED X Custo

Fonte: Renato Carbonari Ibelli – Diário do Comércio

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Fonte: Valor Econômico

Grupo Abra Maiores informações pelo e-mail (abra@grupoabra.com) ou pelo fone 47 3028 2180 40

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Por Antônio Roberto Szabunia redação@revistaferramental.com.br

GFM - Gerenciamento e Fabricação de Moldes Ltda.

T

Vista da sede atual

Primeiro escritório, ainda dentro de outra empresa

Primeiras máquinas operatrizes

Moldes altamente complexos... Janeiro/Fevereiro 2012

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Engenharia atual

... e de grande porte

Data da Fundação 1995 Sede Rua Colon, 1.300 - Glória CEP: 89216-400 Cidade: Joinville / SC

Engenharia precursora

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Nelson Pedro Wanzuita

Contato Fone/Fax 047 3453-1362 gfm@gfm-moldes.com.br www.gfm-moldes.com.br


Tecnologia da Informação EDSON PERIN - edson.perin@netpress.com.br

Importante compreender como a TI pode gerar lucro

1 Chip: do inglês, significa lasca, pedaço. Em eletrônica, é utilizado para definir um pequeno circuito integrado (CI) que é um circuito eletrônico miniaturizado (composto principalmente por dispositivos semicondutores). 2 Transponder: abreviação do inglês (Transmitter = transmissor e Responder = de resposta, reação) é um dispositivo de comunicação eletrônico cujo objetivo é receber, amplificar e retransmitir um sinal em uma frequência diferente ou transmitir de uma fonte uma mensagem pré-determinada em resposta à outra pré-definida de outra fonte.

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Como administrar conflitos de forma produtiva nas empresas e na vida por Paulo CĂŠsar Silveira (falecom@paulosilveira.com.br)

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Se você tiver algum comentário, sugestão ou dúvida entre em contato pelo e-mail falecom@paulosilveira.com.br e no campo“Assunto” coloque Revista Ferramental.

Paulo César Silveira - Conferencista com mais de 1.750 palestras em sua carreira em 15 anos de profissão. Consultor, empreendedor e articulista com mais de 500 artigos editados. Mentor e líder do Projeto Liderança Made in Brazil. Autor de 18 livros, destacando-se os best-sellers: A Lógica da Venda e Atitude - Virtude dos Prósperos. Sendo ainda um dos autores da Coleção Guia Prático da Revista PEGN e também dos livros Ser+ em Vendas, Ser+ com T&D e Ser+ com Palestrantes Campeões em parceria com a Revista Ser Mais. Seu trabalho corporativo se baseia no treinamento mundial de vendas mais agressivo do mundo: Buyer Focused Selling e nos principais métodos de compras mundiais, principalmente as metodologias BATNA, PAC e no método de liderança TGE. Professor convidado da FGV/SP, FIA FEA/USP e UFRGS. Palestrante indicado pela FACISC, ADVB e FIESP nas áreas de vendas consultivas, vendas técnicas e comunicação com base em liderança. Site www.paulosilveira.com.br

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Moldes de Injeção para: • Termoplástico • Alumínio • Ferramentas de Estampo • Dobra • Repuxo

A Triaxis, tradicional empresa brasileira, oferece ao mercado soluções de automação de usinagem, de montagem, acessórios para máquinas CNC e rosqueadeiras de braço articulado. Na automação da usinagem, o leque de ofertas contempla furadeiras automáticas, rosqueadeiras automáticas, furadeira rosqueadeira CNC e pneumáticas, fusos de usinagem, mesas de avanço linear, cabeçotes multifusos e múltiplos, cabeçotes angulares e faceadores, mesas de coordenadas, mesas giratórias indexadas pneumáticas e hidráulicas, morsas autocentrantes e porta-pinça de sujeição, distribuidores rotativos, sensores de quebra de ferramentas, motores pneumáticos de alta rotação, além de outros acessórios. Já na automação da montagem, a oferta passa por mesas rotativas à cames, mesas rotativas para grandes cargas, garras para manipuladores e robôs, motores de torque, manipuladores programáveis (pick & place), sistema transfer linear, atuadores rotativos e lineares pneumáticos, entre outros. Complementa ainda a linha os acessórios para máquinas CNC, compostos de cabeçotes angulares para centros de usinagem, 4º e 5º eixos CNC, cabeçotes especiais para centros de usinagem, cabeçotes pneumáticos de alta velocidade, eletrospindles portáteis para máquinas CNC, multiplicadores de velocidade, ferramentas acionadas para tornos CNC e ferramentas para rebarbação manual.

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suas ligas especiais. Composta por dois discos de corte (BNA 22 ALU /115 x 2,0 x 22,23mm e BNA 22 ALU /178 x 2,0 x 22,23mm) e dois de desbaste (115 BDA 620 ALU /115 x 6,4 x 22,23mm e 180 BDA 620 ALU /178 x 6,4 x 22,23mm), os produtos da linha são utilizados na fabricação de perfis extrusados que se transformam em esquadrias (portas e janelas), forros, divisórias, acessórios para banheiros, estruturas pré-fabricadas, elementos decorativos de acabamento e nas chapas de alumínio (telhas e fachadas). São ainda indicados para aplicações nas indústrias automobilística, aeronáutica, em montagens industriais e em fundidos e forjados. Os discos de corte e desbaste ALU caracterizam-se pela alta tecnologia e pelos cortes rápidos e precisos. Destacam-se também pela baixa formação de rebarbas, pela alta remoção de material e pelo não empastamento no alumínio. Estão de acordo com as exigências da Norma Européia EN 12413 e já contam o Selo Marca de Segurança ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

A Norton comercializa a linha ALU de discos de corte e desbaste para uso em peças de metais não ferrosos, especificamente o alumínio e

Com estrutura em tampo de aço, sistema de fechamento com chave e abertura para ventilação, o rack para computador da Celmar é ideal para uso e proteção de sistemas no chão de fábrica. O equipamento tem 2 portas e 1 prateleira, além de visor do monitor em acrílico. Na parte superior é composto de gaveta porta teclado com corrediça telescópica e porta do monitor. Já na parte inferior, tem prateleira de altura regulável e duas portas protegidas com fechadu-


denhain CNC Pilot 620 com Smart.Turn. O equipamento vem ainda com programa 3D e tela de 19”.

ra. A movimentação é realizada por meio de duas rodas fixas e outras duas giratórias, sendo uma com freio, todas de 4”. As dimensões do móvel são de 700 x 600 x 1.620 mm. Tem capacidade de carga de 20 kg. Celmar 11 2095-3100 www.celmar.com

Da linha NEF, o torno da 5ª geração modelo 400 fabricado pela DMG Deckel Maho Gildemeister utiliza componentes de alta tecnologia para permitir que até usuários de nível básico possam extrair o máximo das capacidades de eficiência e precisão em torneamento - no maior nível de qualidade possível. Os operadores NEF beneficiam-se da alta flexibilidade para fabricação de peças únicas e alcançam a máxima precisão e dinâmica na produção de peças seriadas. Inúmeras opções permitem configurações personalizadas da máquina para alcançar máxima produtividade na fabricação. Suas características técnicas são: diâmetro de passagem de 350 mm, curso de trabalho em X e Z de 255 e 800 mm respectivamente, tamanho do cabeçote (spindle) de 170 h5, potência de 11,5 kW, torque máximo de 340 Nm e faixa de rotação de 0 a 4.500 rpm. A velocidade de trabalho atinge 30 m/min em avanço rápido nos eixos X e Z. Comporta 12 ferramentas no magazine e pode ter até 6 ferramentas acionadas. O equipamento pesa 3.500 kg sem e 3.700 kg com depósito de cavacos. É possível escolher entre três opções de comando numérico: Siemens ShopTurn 3G, Siemens 840D Solutionline ou Hei-

DMG 11 3742-5000 http://br.dmg.com

Comercializado pela Presto Industrial, o armário gaveteiro misto é altamente recomendado para organização de componentes em ferramentarias e ambientes de produção. Fabricado na cor cinza escuro com gavetas em plástico azul, possui fechadura com 2 chaves e pé com regulador de nível. Pode ser configurado com 18 gavetas Nº 3, 20 gavetas Nº 5 ou 9 gavetas Nº 7. Tem dimensões de 1.850 mm de altura, 650 mm de largura e 370 mm de profundidade.

Presto 54 3522-4344 www.prestoindustrial.com.br

A Magma Brasil é representante da alemã Sigma Engineering GmbH e responsável pela comercialização do Sigmasoft®, programa computacional para simulação do processo de transformação de plásticos, oferecendo ao mercado a solução para melhoria da eficiência e desempenho das empresas deste segmento. O sistema Janeiro/Fevereiro 2012

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é composto de diversos módulos, entre eles os de avaliação: de tensões (stress), de multicomponentes, de multi-ciclos, de insertos, de sistemas de aquecimento (hot runners), térmica, de cristalização, de cura, e de fibras. Estes módulos permitem prever a ocorrência de falhas, reduzindo o custo de fabricação e melhorando a qualidade do produto. Seus recursos permitem demonstrar o caminho de enchimento do molde, a solidificação, as propriedades mecânicas, as tensões

térmicas e as distorções do produto final. O sistema é recomendado para aplicação no desenvolvimento de novos produtos, na otimização de ferramentais e de processos e na análise por elementos finitos. Magma Engenharia Brasil 11 5535 1381 www.magmasoft.com.br

Menor torno disponível no mercado nacional, o Micro Torno Hobby MR-34, comercializado pela Manrod, tem como acessórios padrão dois pinos recartilhados para aperto/desaperto da placa, uma ponta fixa CM1, jogo de chaves Allen com 3 – 4 – 5 mm, chave fixa de 5,5 x 7 mm, chave Phillips 5 x 75 mm, três manípulos de acionamento com parafusos, uma chapa de proteção traseira contra cavacos (já instalada) e fusível sobressalente. Tem distância máxima entre centros de 125 mm, diâmetro máximo de passagem sobre o barramento de 110 mm, largura do barramento de 58 mm, diâmetro de passagem do eixo-árvore de 10 mm e encaixe do

mangote de Ø 10 mm (com rosca M14 x 1). O curso transversal é de 50 mm e a velocidade de operação varia de 100 a 3.800 rpm (+/- 10%). Possui controle de velocidade via potenciômetro, botão de parada de emergência e acrílico de proteção (protege o usuário contra cavacos). A potência do equipamento é de 150 W (0,2 HP), com alimentação 220V e 60Hz monofásica. As dimensões são de 440 x 270 x 210 mm e o peso de 22 kg. Acompanha uma placa de 50 mm com 3 castanhas para fixação externa. Não acompanha gabinete de trabalho e este modelo de torno não faz roscas.

Manrod 11 2093-6633 www.manrod.com.br

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DECISÕES COM B. I. (Business Intelligence) Fábio Vinícius Primak O enfoque principal desta obra é o Business Intelligence baseando-se em uma linguagem cotidiana, simples, detalhada e, sobretudo acessível! É especial imprescindível para profissionais das áreas de gestão empresarial, responsáveis pela informática e informações na empresa além de ser material auxiliar dos mais variados cursos sobre novas tecnologias aplicadas ao desenvolvimento da empresa tendo como base explicitamente a informação correta. Contempla introdução, histórico e evolução do BI, seus objetos, exemplos de aplicação, dados x informação x conhecimento x decisão, processo decisório, sistemas de informação e de apoio à decisão, as ferramentas do BI, influência do fator humano, benefícios na aplicação e dificuldades de implantação e a integração com outras tecnologias. 2008. ISBN 978-85-73937-14-5 www.lcm.com.br

ADMINISTRAÇÃO DE CONFLITOS – ABORDAGENS PRÁTICAS PARA O DIA A DIA Ernesto Artur Berg Pesquisas organizacionais revelam que mais de 20 por cento do tempo das empresas são gastos em administrar conflitos e divergências entre pessoas. Logo, administrar conflitos passou a ser uma habilidade, não apenas essencial, mas também inadiável nos dias de hoje, pois a motivação e a produtividade de uma equipe dependem grandemente de um ambiente de trabalho harmônico. Este livro mostra de forma prática e objetiva como abordar e solucionar conflitos com colegas, chefias e subordinados - bem como entre equipes -, no ambiente de trabalho. Assuntos como: os 3 tipos de conflitos, as 5 formas de abordar e resolver divergências, como usar de comunicação eficaz nos conflitos, os 3 estágios dos conflitos interpessoais, como gerenciar conflitos nas mudanças - e muitos mais -, são tratados de maneira clara e direta, fornecendo técnicas e instrumentos eficazes para eliminar conflitos organizacionais. Como inovação no mercado editorial brasileiro, o livro vem acompanhado de um DVD com palestra do autor sobre o assunto Administração de Conflitos. O DVD trata dos pontos capitais do gerenciamento de conflitos, mostrando processos, instrumentos e comportamentos que ajudam a solucionar divergências e atritos em todas as áreas da organização e pode ser utilizado em atividades de treinamento, em abertura de reuniões e encontros profissionais, bem como para o crescimento pessoal. 138 páginas. 2010. ISBN 978-85-36231-88-4 www.jurua.com.br

MANUAL PRÁTICO DO MECÂNICO Lauro Sales Cunha e Marcelo Padovani Cravenco Edição mais recente da conhecida obra do professor Cunha foi amplamente revista e aumentada, e teve a colaboração e co-autoria do Professor Cravenco, do SENAI, sendo completamente compatível com o nível tecnológico requerido dos alunos de cursos de aprendizagem e outros profissionais da área mecânica em geral. Recomendável para profissionais como professores, torneiros, ajustadores, fresadores, afiadores de ferramentas, ferramenteiros, plainadores, retificadores, funileiros, prensistas, controladores de qualidade e de tempo, aprendizes de ofício, supervisores de produção, desenhistas técnico, projetistas e outros. O livro aborda temas como tratamento térmico dos aços-carbono; recozimento; revenimento; cementação; têmpera; torno mecânico; ângulos e velocidades de corte; roscas; brocas; machos; alargadores; brochadeiras; fresas; engrenagens; rebolos; rugosidade; CNC; além de elementos práticos de mecânica; serras; cones; chavetas; durezas Rockwell, Vickers, Shore e Brinnell; entre diversos outros itens. Tem ainda exercícios e problemas com resoluções. Contém diversas tabelas técnicas. 2006. ISBN 978-85-289-0506-9 www.leopardoeditora.com.br

AÇOS E FERROS FUNDIDOS Vicente Chiaverini A obra é referência no segmento, abordando as características gerais dos aços e ferros fundidos, tratamentos térmicos e principais tipos. Trata-se de nova reimpressão, 2008 da 7ª edição de 1996. O conteúdo do livro traz capítulos sobre definições, diagrama de equilíbrio ferro-carbono, efeito dos elementos de liga sobre as linhas de transformação; efeito da velocidade de resfriamento sobre a transformação da austenita - diagrama transformação x tempo x temperatura; fatores que afetam a posição das curvas do diagrama TTT, endurecibilidade ou temperabilidade; tratamento térmico dos aços - recozimento x normalização, têmpera e revenido, coalescimento; austêmpera, martêmpera e outros tratamentos térmicos; têmpera superficial; tratamentos termo-químicos; prática dos tratamentos térmicos; açoscarbono e aços-liga, classificação e propriedades mecânicas; aços para fundição, estruturais, para trilhos, para produtos planos, para tubos, para barras, arames e fios, para molas, aços de usinagem fácil; para cementação, para nitretação, para mancais, para ferramentas e matrizes, resistentes ao desgaste, resistentes à corrosão, resistentes ao calor, para fins elétricos e magnéticos, ultra-resistentes e criogênicos, aços sinterizados, ferros fundidos - generalidades, ferros fundidos brancos, cinzentos, maleáveis, de grafita compactada e dúcteis ou nodulares. 2008. ISBN 987-85-8677-8486 www.abmbrasil.com.br

AçoEspecial ......................................38

JN Ferramentaria .......................2ª capa

II Simpósio Internacional...................15

Alumicoper ......................................48

Metalurgia .......................................20

SKF ..................................................25

Brehauser.........................................49

Moldtool..........................................37

Tecnoserv.........................................23

Btomec ..............................................5

Nexa................................................49

Top Line .............................................8

Casa do Ferramenteiro......................35

Parkfer .............................................48

CIMM ................................................6

Sandvik.....................................3º capa

Incoe .................................................9

Schmolz+Bickenbach ................4ª capa

Interplast .........................................10

Sildre .................................................6

Janeiro/Fevereiro 2012

Ferramental

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Divulgação

Luiz Eduardo Leão

Rede SENAI de Ferramentaria

Analista de Desenvolvimento Industrial da Unidade de Inovação e Tecnologia do SENAI Nacional LLeao@dn.senai.br

Devido às exigências cada vez maiores, fruto da globalização dos mercados, e a acirrada concorrência externa, o SENAI busca continuamente fortalecer-se no papel de partícipe e como um dos pilares para o aumento da competitividade da indústria brasileira, promovendo a educação profissional e tecnológica, a inovação e a transferência de tecnologias industriais. Sendo o Brasil um país de dimensões continentais apresentando características tão distintas entre regiões, surgem como desafio para o SENAI levar o ensino profissionalizante, a oferta de soluções tecnológicas, a inovação e transferir tecnologia a todos os centros industriais consolidados e em desenvolvimento deste país, de forma rápida e eficaz compatível com a expectativa da indústria. Diante esta preocupação o SENAI estruturou uma rede Nacional de competências e infraestrutura para oferecer soluções às empresas de diversos setores industriais. E preocupado, em particular com o setor ferramenteiro, o SENAI criou recentemente a rede Nacional de competências em Ferramentaria com a participação de suas principais Unidades e profissionais da área metalmecânica e de sua rede de laboratórios para criar uma interação mais dinâmica com as ferramentarias, de modo a manter atualizados os programas de educação profissional e serviços técnicos e tecnológicos do SENAI, passando a oferecer cursos e serviços compatíveis com as demandas atuais e futuras desse setor. O SENAI, alinhado com os objetivos do setor de ferramentaria, inicia a rede com uma proposta de parceria com as empresas para prover soluções em pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica, serviços técnicos especializados, capacitação, certificação de processos e produtos, assessoria e consultoria em gestão empresarial e em processos produtivos. As empresas poderão encontrar no SENAI apoio para a busca da melhoria de sua competitividade e produtividade. Inicialmente a Rede SENAI de Ferramentaria será composta pelos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Amazonas, e pretende atuar conjuntamente com a indústria desse setor e com seu plano estratégico. Além destas ações o SENAI está investindo na construção de institutos de tecnologia e inovação, que disponibilizarão soluções avançadas em tecnologias que se encontram na vanguarda mundial. Com esses institutos, pretende-se contribuir com o reposicionamento do Brasil para o grupo dos países com economias baseadas em inovações e produtos de valor agregado, além de oferecer suporte tecnológico a Rede de Ferramentaria e demais redes SENAI e a toda cadeia produtiva existente no país. 54

Ferramental

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