Revista Ferramental Edição 4

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ANO I - Nº 4 - JANEIRO/FEVEREIRO 2006

Editora Sul

Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais

Responsabilidade Social, mais que contribuição social, é lucro certo Entenda os princípios básicos do processo de eletroerosão

REVISTA FERRAMENTAL - PUBLICAÇÃO DA EDITORA GRAVO

Planilha sugere método para cálculo de preço do ferramental Reduza os custos de produção com sistemas integrados de câmara quente Ferramentarias apostam na união para vencer em 2006

DESTAQUE



ANO I - Nº 4 - JANEIRO/FEVEREIRO 2006

Editora Sul

Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais

Responsabilidade Social, mais que contribuição social, é lucro certo Entenda os princípios básicos do processo de eletroerosão

REVISTA FERRAMENTAL - PUBLICAÇÃO DA EDITORA GRAVO

Planilha sugere método para cálculo de preço do ferramental Reduza os custos de produção com sistemas integrados de câmara quente Ferramentarias apostam na união para vencer em 2006

DESTAQUE



Christian Dihlmann Editor

Não somos problema, mas sim solução Feliz 2006! É com essa expressão que desejamos iniciar o próximo período de muito trabalho e dedicação a que, certamente, estaremos submetidos. Período de recuperar o tempo perdido, de buscar soluções para os conflitos, de implantar novas técnicas de gestão e, principalmente, de ser otimista em relação ao nosso futuro. Após um ano bastante turbulento, onde o crescimento do País foi da ordem de 2,5%, insignificante frente a média de 8% dos países emergentes e ainda abaixo da média mundial de cerca de 5%, o Brasil vive a expectativa de um ano melhor. Apesar de não haver indicadores de melhoria da conjuntura econômica, uma vez que o governo federal pretende manter a inflação na casa dos 5% e, por conta disso, não reduzir substancialmente a taxa de juros – as previsões dos economistas apontam para uma taxa média de 16,5% –, o Brasil vive a expectativa de um ano melhor. Também não há indicação de uma nova política cambial nem tampouco a possibilidade de uma redução substancial na carga tributária. Ainda assim, o Brasil espera viver um ano melhor. E nós, da revista Ferramental, acreditamos que o diferencial será conquistado pela somatória dos esforços de todos aqueles que assumirem sua parte no desenvolvimento sustentado do País. Estivemos no início de dezembro na Euromold, maior feira mundial do setor de ferramentarias, realizada em Frankfurt, na Alemanha, com mais de 1.500 expositores. Tudo impressiona. Da organização até o tamanho dos pavilhões. Dos produtos expostos até a origem dos expositores. Entre os grandes fabricantes mundiais de ferramentas, começam a aparecer pequenos expoentes, até então sem a menor expressão em nosso setor, como Jordânia, Líbano e Sérvia e Montenegro. E nesse ponto uma informação lamentável: nenhuma empresa brasileira expondo. Apesar disso, todos nos olham como um futuro grande mercado consumidor, principalmente por termos um considerável parque de empresas multinacionais.

Novamente a certeza de que possuímos um grande potencial para crescimento e consolidação de nossas ferramentarias. Na ocasião visitamos também empresas, instituições e associações em Portugal. Lá verificamos um grande diferencial entre eles e nós: a maior parte do setor adotou o associativismo para enfrentar a concorrência. Lançamos um desafio: seguir aquele modelo vencedor! Para isso precisamos nos atualizar em tecnologia e gestão. Nesta edição apresentamos quatro artigos para o desenvolvimento de sua empresa. No artigo sobre a Responsabilidade Social introduzimos os conceitos para aqueles que ainda não tomaram ciência da importância deste assunto. De nada resultará termos nossas empresas afinadas tecnologicamente se não mantivermos a preocupação com o meio em que vivemos. Afinal, são as pessoas do meio que consomem nossos produtos e serviços e que, consequentemente, propiciam a perpetuação de nossas empresas. Da mesma forma, precisamos estar atentos a estrutura interna de nossa equipe. O atendimento das necessidades e a satisfação dos funcionários se traduz em resultado para a empresa. Por outro lado, o profissional que se empenha em elevar o seu nível de conhecimento e formação deve ser valorizado em relação ao funcionário passivo. A metodologia de remuneração por multifuncionalidade presente nesta edição tende a contribuir para o enquadramento dos profissionais dentro de uma política salarial moderna. Na componente técnica, incluímos o artigo sobre os princípios básicos do processo de eletroerosão, ainda tão cheio de mistérios para muitos profissionais da área. E também o conceito de aplicação de sistemas integrados de câmara quente que sugerem uma grande economia de tempo e redução de custos de produção para seus usuários. A Ficha Técnica propõe um modelo de planilha para o cálculo do preço final de um ferramental. Dessa forma, é possível padronizar orçamentos e, principalmente, montar um histórico para futuras cotações. E, finalmente, introduzimos a seção Radar, que trará informações de tendências e posicionamentos do setor. Contamos, nesta edição, com o ponto de vista de Nelson Gonçalves, presidente da Câmara Setorial de Ferramentaria e Modelação da ABIMAQ, incansável defensor do segmento. Ah! Você deve estar se perguntando como pude citar que o Brasil tem expectativa de um ano melhor com tantas previsões negativas para a conjuntura econômica do País. Baseio-me na citação de John F. Kennedy, que disse certa vez: “Se você não faz parte do problema, certamente faz parte da solução”. Vamos ser solução para os problemas do nosso setor e do nosso País.

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Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais www.revistaferramental.com.br

DIRETOR - EDITOR Christian Dihlmann (47) 9964-7117 christian@revistaferramental.com.br Jornalista responsável Alessandra Ferreira - RP: 3331/12/85v redacao@revistaferramental.com.br Colaboradores Adriano Fagali de Souza, André P. Penteado Silveira Felipe Cusmanich, Jefferson de Oliveira Gomes Jorge A. Acurio Zavala,Marcelo Teixeira dos Santos Rolando Vargas Vallejos PUBLICIDADE Coordenação nacional de vendas (41) 3013-3801 comercial@revistaferramental.com.br Rio Grande do Sul - Ivano Casagrande (51) 3228-7139 / 9109-2450 casagrande@revistaferramental.com.br São Paulo - Ronaldo Amorin Barbosa (11) 6459-0781 / 9714-4548 ronaldo@revistaferramental.com.br ADMINISTRAÇÃO Jacira C. Dihlmann (47) 9919-9624 adm@revistaferramental.com.br Circulação e assinaturas circulacao@revistaferramental.com.br Produção gráfica Martin G. Henschel producao@revistaferramental.com.br Pré Impressão (CtP) e impressão Maxigráfica - (41) 3025-4400 www.maxigrafica.com.br A revista Ferramental é distribuída gratuitamente em todo o Brasil, bimestralmente, com tiragem de 8.000 exemplares. É destinada à divulgação da tecnologia de ferramentais, seus processos, produtos e serviços, para os profissionais das indústrias de ferramentais e seus fornecedores: ferramentarias, modelações, empresas de design, projetos, prototipagem, modelagem, softwares industriais e administrativos, matérias-primas, acessórios e periféricos, máquinas-ferramenta, ferramentas de corte, óleos e lubrificantes, prestadores de serviços e indústrias compradoras e usuárias de ferramentais, dispositivos e protótipos: transformadoras do setor do plástico e da fundição, automobilísticas, autopeças, usinagem, máquinas, implementos agrícolas, transporte, elétricas, eletroeletrônicas, comunicações, alimentícias, bebidas, hospitalares, farmacêuticas, químicas, cosméticos, limpeza, brinquedos, calçados, vestuário,; construção civil, moveleiras, eletrodomésticos e informática, entre outras usuárias de ferramentais dos mais diversos segmentos e processos industriais.

EDITORA GRAVO LTDA. Rua Jacob Einsenhut, 467 CEP 89203-070 - Joinville - SC As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as mesmas da revista Ferramental. A reprodução de matérias é permitida, desde que citada a fonte.

Artigos 13 Responsabilidade Social é mais que uma questão de sobrevivência na modernidade Uma crescente exigência dos clientes é que seus fornecedores sejam empresas responsáveis, em todos as esferas tecnológicas, administrativas e sociais. A gestão da Responsabilidade Social é uma ferramenta para o sucesso empresarial.

17 Princípios do processo de eletroerosão O entendimento dos conceitos de funcionamento do processo de eletroerosão auxilia na utilização dos diversos recursos desta tecnologia.

25 Sistemas de câmara quente integrados melhoram a eficiência e reduzem custos O emprego do conceito de sistemas integrados de canais quentes traz enormes benefícios para as empresas que buscam a redução dos custos de manutenção e, conseqüentemente, dos produtos injetados.

31 Um modelo de plano de remuneração multifuncional aplicado à indústria metal-mecânica A aplicação de uma metodologia para avaliação e enquadramento de profissionais em política de remuneração multifuncional contribui expressivamente para o bom desempenho da empresa.

Seções 6 Cartas 7 Radar Ferramentarias apostam na união para vencer em 2006

9 Expressas 12 Conexão www 22 Ficha técnica 41 Enfoque 49 Eventos 53 Livros Índice de anunciantes

54 Opinião Foto da capa:

Stack molde para injeção de termoplástico fabricado pela Tokyo Indústria de Matrizes Ltda., de Caxias do Sul - RS

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Sua colaboração é muito importante para o levantamento de dados, aprimoramento da revista e sua circulação. Mantenha atualizados os dados de sua empresa através do formulário da página 51 ou acesse o site www.revistaferramental.com.br



É com muita satisfação que recebemos os primeiros exemplares da revista Ferramental e aproveitamos para cumprimentá-los por este importante lançamento para o setor. Coordeno o Laboratório de Transformação Mecânica (LdTM), relacionado com os processos de fabricação por conformação mecânica, onde as ferramentas são elementos fundamentais. Esperamos poder trabalhar conjuntamente como também já colaboramos há muitos anos com outras editoras. Prof. Dr. Eng. Lirio Schaeffer - Coordenador do LdTM Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS - Porto Alegre - RS

Gostaria de parabenizá-los pela publicação da revista Ferramental. Penso que será de grande valia aos profissionais da área, por ser uma literatura específica facilitará contatos técnicos e soluções de problemas. Elder Duarte - Engenheiro Colgate Palmolive Ind. e Com. Ltda - São Bernardo do Campo - SP

Meus parabéns por esta iniciativa que vem preencher uma necessidade técnica/informativa para este setor tão carente até o momento. Sucesso para todos é o que desejo. Contem comigo naquilo que eu puder ajudar. Geraldo José Figueredo Cloan Assessoria de Vendas Ltda - Joinville - SC

Parabéns pela visão de criar um periódico que reúna tantas informações de qualidade e interesse para a área. Excelente apresentação visual e gráfica. Vamos em frente. Marcos Luíz Krelling - Gerente Geral Somar S.A. Ind. Mec. - Joinville - SC

Gostaria de parabenizá-los pelo artigo "Metodologia para avaliação e qualificação de fornecedores de ferramentais" publicado na 3ª edição desta revista, de autoria de Cláudio Luiz da Silveira e Osmarina Escoton Rischioto, o qual me despertou satisfação ao saber que mais empresas possam vir a agir com seus fornecedores com uma metodologia de avaliação. Demonstra mais profissionalismo na contratação dos serviços, o que se tornará benéfico não somente para a empresa contratante como para a contratada. Percebo que

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desta forma iremos eliminar vícios que ainda existem no mercado quanto à cultura do "jeitinho" que nos traz problemas e não força os setores tornarem-se profissionais, dando abertura até à concorrência internacional. A avaliação para a empresa prestadora de serviço serve automaticamente para o pós-venda, ou a preocupação de saber o que seu cliente observou na atividade prestada, e com isso, melhorar e fortalecer seus pontos fortes, minimizando seus pontos fracos, e assim favorecer o crescimento coerente, visando a melhoria contínua da qualidade do serviço prestado. Dilmar Luis Mathes - Diretor Renova Ferramentaria Ltda. - Joinvile - SC

Em recente visita a um fornecedor, tomei conhecimento da existência da revista Ferramental através da edição nº 2 – Setembro/Outubro – onde foi publicada uma matéria sobre Avaliação de desempenho técnico administrativo: Uma alternativa para a melhoria da produtividade. Gostaria de obter maiores informações sobre este assunto, bem como o sistema de distribuição da revista, pois apesar de sermos fabricantes de produtos eletrotécnicos, temos ferramentaria interna e precisamos nos manter atualizados sobre as novidades deste setor. Francisco Amado T. Santana - Diretor Conter Conectores e Terminais Elétricos Ltda, Bebedouro - SP

Parabenizo pela revista Ferramental. A iniciativa veio em boa hora e a edição apresenta qualidade editorial e principalmente de conteúdo. Concordo com o editorial da edição nº 1, pois sou profissional de larga vivência em desenvolvimento de produtos e ferramentais e está mais que na hora de nossa indústria se profissionalizar, nem tanto tecnicamente, mas principalmente em questões gerenciais, administrativas e até institucionais. Só assim seremos competitivos em "dizer e fazer". Boa sorte a todos! Bom trabalho! Jaime Fernandes Caneda - Diretor Codesign Ind. Com. de Matrizes Ltda. - Caxias do Sul - RS A Editora se reserva o direito de sintetizar as cartas e e-mails enviados à redação.


Ferramentarias superam 2005 em busca de um ano melhor Setor sofreu com a queda do dólar e a invasão das indústrias asiáticas. Agora quer se unir para fazer um 2006 mais rentável Da redação

Nelson Gonçalves

Um ano em que a queda do dólar não contribuiu para o mercado interno, a instabilidade política provocou grande ociosidade nas ferramentarias, e uma perspectiva de injeção de recursos que deve movimentar toda a cadeia produtiva em um futuro próximo. Essa é a avaliação de 2005 e a expectativa para 2006 que o presidente da Câmara Setorial de Ferramentarias e Modelações (CSFM) da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Nelson Gonçalves, fez em sua primeira entrevista depois de eleito para o cargo, no final do ano passado.

Segundo ele, 2005 não foi um ano muito bom para o setor porque a economia externa favoreceu a importação de produtos, prejudicando as indústrias locais. “Esse é um problema mundial, já sabido e efetivo. Sabemos que não é uma ação governamental artificial que irá resolver. O mercado é instável e muitas ferramentarias não souberam lidar com isso”, admite. Segundo uma percepção pessoal e informal, Gonçalves acredita que em 2005 algumas empresas tiveram um índice de ociosidade de até 40%. “Isso gera uma cadeia de conseqüências. Sem pedidos, não há porque manter os funcionários, que acabam sendo dispensados”, diz. No entanto, o grande fantasma das ferramentarias nacionais tem sido as empresas asiáticas. Gonçalves admite que algumas empresas estão desesperadas, porque as asiáticas estariam dominando 50% do mercado nacional, como é o caso das máquinas injetoras. “E não é pela qualidade que estamos perdendo, mas na maioria dos casos por causa do preço e, em alguns casos, prazo de entrega”. Ele afirma que de uma forma geral a indústria nacional de ferramentaria só perde em qualidade para as de alta performance na Europa.

Para tentar recuperar parte deste mercado que as empresas asiáticas estão tomando da indústria local, a Câmara pretende pressionar o governo a tomar uma atitude mais efetiva. “O problema do mercado asiático na indústria nacional já é grave em diversos setores. Está na hora do governo tomar uma posição mais firme de proteção à economia nacional”. Uma dificuldade que o presidente da Câmara avalia que terá para pressionar o governo a tomar uma atitude protecionista, será de agregar forças no setor ferramenteiro. “Sempre que o segmento precisa solicitar algo, perdemos força porque não temos um universo conhecido e unido”, diz. A Abimaq não possui sequer o número exato das ferramentarias no Brasil. “Normalmente são em-

“Sempre que o segmento precisa solicitar algo perdemos força porque não temos um universo conhecido e unido” Janeiro/Fevereiro 2006

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presas pequenas, onde o ferramenteiro é o próprio dono, que está preocupado em sobreviver diariamente, sem tempo para buscar informações”, justifica. Unir forças e traçar um perfil do setor serão algumas das ações importantes na sua gestão. Outra ação que ele pretende executar é auxiliar as ferramentarias na gestão administrativa, considerado um ponto fraco no setor. Por serem de pequeno porte, o grau de profissionalização da administração é ineficiente, o que as prejudica em diversos aspectos. “Mas antes de realizar algo, precisamos conhecer o nosso universo”, diz. Por isso, adverte, toda sua opinião sobre o cenário local de 2005 é restrita ao universo de sócios da CSFM, o que efetivamente pode não corresponder exatamente à realidade nacional, onde as exceções existem. “Tivemos muitas empresas que cresceram e outras que até exportaram. É preciso considerar isso”, ressalta.

O Nordeste está acordando para esse tipo de negócio e pode vir a se tornar muito forte

Gonçalves tem percebido que as empresas que cresceram foram aquelas que buscaram um grau de especialização maior. “É compreensível que no estágio inicial a especialização é muito difícil, porque a ferramentaria tem que sobreviver e recusar um trabalho que não é o foco da empresa, no 8

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começo é complicado. Mas acredito que esse é o caminho de sobrevivência no setor”, diz. Futuro promissor Mas se 2005 foi um ano muito difícil, 2006 promete ser melhor. E isso, acredita Gonçalves, não é apenas esperança, mas constatação. “O cenário macro não deve mudar muito, mas no cenário interno tenho percebido que o governo não tem gastado tudo aquilo que o orçamento previa. Como 2006 é um ano de eleição, acredito que muito será investido e toda a cadeia produtiva irá se beneficiar” aposta. Uma outra perspectiva positiva que ele vislumbra é um novo mercado brasileiro. O Nordeste, normalmente à margem do setor, é uma região que tem revelado um bom mercado e que deve ser explorado. “O Nordeste está acordando para esse tipo de negócio e pode vir a se tornar muito forte”, acredita. Segundo ele, as próprias ferramentarias do Sudeste e Sul deveriam aproveitar esse potencial local. “É um mercado carente e que tem buscado o setor”. A CSFM reúne os fabricantes de ferramentais aplicáveis ao processo de produção industrial de peças metálicas, plásticas, cerâmicas, entre outros, distribuídos nos segmentos de moldes de injeção de termoplásticos e de metais; ferramentas de corte, dobra e repuxo e modelos para fundição em geral. De acordo com informações divulgadas pela entidade, em 2004 o setor exportou US$ 62 milhões, enquanto no primeiro quadrimestre de 2005 exportou US$ 31 milhões. A estimativa é que em 2005 as exportações tenham atingido a soma de US$ 90 milhões.


Empresa lança manufatura de câmaras quentes no Brasil A Husky Injection Molding Systems começou a fabricar os sistemas de câmara quente em seu centro tecnológico, localizado em Jundiaí (SP). “Pela primeira vez, nós podemos oferecer um sistema de câmara quente completo feito no País,” disse Fábio Seabra, Gerente geral da Husky do Brasil. “Isto tem várias vantagens, como custo e prazo de entrega reduzidos, além do acesso a um time local de engenheiros que entende as necessidades do mercado brasileiro.” A Husky vem desenvolvendo sua capacidade de fabricação no Brasil há um ano e entregou mais de 135 sistemas durante este período, tanto manifolds como sistemas de câmara quente com placas de 2 até 32 bicos. Antes montados no Brasil com peças importadas, os sistemas de câmara quente já estão com um

índice de nacionalização de 80%. “Nós estamos prevendo crescimento em todas as áreas da indús-

tria de plásticos, especialmente embalagens e aplicações técnicas,” disse Seabra. “E temos expectativa que os processadores irão aumentar o número de cavidades usadas atualmente à medida que os níveis de produção continuem a crescer.” A Husky Injection Molding Systems é um fornecedor global de equipamentos de moldagem por injeção e serviços para a indústria de plásticos. A empresa possui mais de 40 escritórios de serviços e vendas, dando suporte aos clientes em mais de 100 países. As instalações de manufatura da Husky estão localizadas no Canadá, Estados Unidos, Luxemburgo e China. As ações ordinárias da empresa (HKY) estão listadas na Bolsa de valores de Toronto. Husky www.husky.ca

Fabricante de ferramentas de metal duro abre filial brasileira Está funcionando, desde o final do ano passado, a filial brasileira da Ceratizit, fabricante de ferramentas de metal duro. No mercado nacional a empresa está investindo na formação de uma rede de revendas pelo País. "Já somos o primeiro no Brasil em blocos e semi-acabados para conformação e os únicos no mundo a produzir metal duro anticorrosivo para aplicações de conformações", afirma Harald Egger, gerente geral da Ceratizit América Latina. Com grande participação no fornecimento de metal duro para serras usadas em madeiras, a empresa agora pretende consolidar

sua participação na área de ferramentas de corte para usinagem. A linha de insertos será trabalhada basicamente através da rede de representantes. A atuação direta se dará em segmentos específicos, como ferramentas para usinagem de rolamentos, usinagem pesada e de alumínio. "Somos muito fortes em alumínio, inclusive com geometrias patenteadas, que viraram referência no mundo", diz Egger. Outro segmento que a Ceratizit quer conquistar no Brasil é o de fornecimento de blanks de metal duro pré-formados para brocas. O grupo conta com duas fábricas especializadas na produção desses blanks nos Estados Unidos. A Ceratizit é uma das divisões do grupo Plansee e resultado da fusão das empresas Cerametal, de Luxemburgo, e Tizit, da Áustria, ocorrida há cerca de três anos. O grupo conta com dez fábricas na Europa, duas nos Estados Unidos e uma na China. Com 4.600 funcionários no mundo, faturou em 2004 cerca de US$ 800 milhões e deve ter atingido US$ 1 bilhão em 2005. Do faturamento, 71% são obtidos na Europa, 18% na Ásia e 11% nas Américas. Ceratizit (11) 7173-4714 www.ceratizit.com Janeiro/Fevereiro 2006

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Financiamento para o setor tecnológico As empresas de base tecnológica, como as ferramentarias, já podem solicitar financiamento do programa da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), a agência de fomento do Ministério da Ciência e Tecnologia, Programa Juro Zero. Lançado no final do ano passado, o programa objetiva beneficiar cerca de 2,5 mil empreendimentos em 30 meses. Inicialmente serão contempladas empresas da Bahia, Grande Florianópolis, Minas Gerais, Paraná e Recife. Segundo a Finep, serão investidos R$ 20 milhões em cada Estado, divididos em financiamentos que variam entre R$ 100 mil e R$ 900 mil por empresa. No total, serão R$ 100 milhões oriundos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Dirigido a empreendimentos inovadores, com faturamento anual de até R$ 10,5 milhões, o Programa oferece financiamentos corrigidos apenas pelo IPCA, mais 10% ao ano a título de spread. Porém, enquanto a empresa se mantiver em dia com os pagamentos, o spread será integralmente subsidiado com recursos do Fundo Verde-Amarelo. Outra característica marcante do Programa Juro Zero é a redução da burocracia. Os projetos serão apresentados por meio de um formulário eletrônico disponível no site da Finep e dos parceiros. Treinadas pela Finep, essas instituições serão responsáveis pela pré-qualificação das propostas. As instituições parceiras são: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia, Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia, Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, Federação das Indústrias do Estado 10

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do Paraná e Porto Digital, em Recife. A Finep está em negociações para que em 2006 o Juro Zero seja implementado em outras regiões . Finep (61) 3033-7408 www.finep.gov.br

Usuários experimentam novo programa A empresa SKA está apresentando aos consumidores brasileiros o EdgeCAM 10, uma evolução do programa para fresamento, torneamento, usinagem avançada de superfícies e modelos sólidos, desenvolvido pela empresa britânica Pathrace. A principal novidade que o produto oferece é a capacidade de simulação com toda a máquina, incluindo a verificação e visualização de todas as ferramentas disponíveis no EdgeCAM.

Estas novas funcionalidades possibilitam ter a precisão e o movimento das ferramentas ao longo de todo o processo de usinagem e são extremamente úteis para aplica-

ções de torneamento, onde há possibilidade de colisões, devido aos movimentos curtos das máquinas e o número de troca de ferramentas. No final do ano passado usuários da região Sul e parte da região Sudeste tiveram a oportunidade de conhecer a nova versão do programa, trocar experiências, apresentar sugestões, discutir melhorias e verificar através da apresentação de cases, as diversas formas de aplicação do produto. SKA Automação (51) 3591-2900 www.ska.com.br

Nanotecnologia em foco A Ford, a Boeing e a Northwestern University anunciaram um trabalho conjunto na pesquisa e desenvolvimento de nanotecnologia. O acordo deve abrir caminho para futuros avanços na área de transportes. "A Ford tem uma longa história de pesquisas no campo da nanotecnologia e essa proximidade fortalecerá nosso conhecimento para o futuro", disse Gerhard Schmidt, vice-presidente de Pesquisas e Engenharia Avançada da Ford. "A nanotecnologia oferece novas possibilidades para ajudar a evolução de nossos produtos atuais e desenvolver melhores produtos no futuro", disse Bob Krieger, presidente da Boeing Phantom Works, empresa do grupo voltada à pesquisa e desenvolvimento. Com a nanotecnologia, a Ford pretende encontrar soluções para ampliar a capacidade das baterias usadas nos veículos híbridos, que poderão gerar mais energia que os materiais de hoje. Na área do hi-


drogênio, a nanotecnologia pode ajudar na ampliação da capacidade de armazenamento dos tanques dos carros. Entre os focos iniciais das pesquisas se incluem outras áreas potenciais tais como materiais especiais e térmicos, revestimentos e também sensores. As empresas têm realizado vários trabalhos em conjunto nos últimos 10 anos, incluindo a cooperação tecnológica em várias áreas como prototipagem rápida e soldagem de alumínio. Ford +(313) 598-0481 www.ford.com Boeing +(206) 766-2923 www.boeing.com Northwestern University +(847) 491-4887 www.northwestern.edu

Encontro discute Tratamento térmico

Profissionais do setor de tratamento térmico terão a oportunidade de discutir a situação atual do desenvolvimento e do mercado global, bem como divulgar novos produtos, processos e tecnologias durante a TTT 2006 (3ª Conferência Brasileira sobre Temas de Tratamento Térmico), que acontecerá de 20 a 23 de junho de 2006 em Águas de São Pedro (SP).

Organizada pela Associação Brasileira de Cerâmica (ABC), a TTT 2006 reunirá os fabricantes, fornecedores e usuários de equipamentos, acessórios, produtos e serviços; indústrias automotivas, mecânicas, siderúrgicas, eletrônicas, petroquímicas, além de universidades e institutos de pesquisas, entre outros. Os interessados em apresentar trabalhos técnicos e científicos devem enviar resumos eletronicamente até dia 20 de janeiro de 2006. A data limite para entrega dos originais será dia 20 de abril. O regulamento completo encontra-se no site da Metallum, promotora do evento. Metallum (11) 3731-8549 www.metallum.com.br ABC (11) 3768-7101 www.abceram.org.br

Subsidiária alemã altera razão social A ThyssenKrupp Aços Especiais passou a se chamar Swiss Steel International do Brasil Ltda., a partir do ano passado. A empresa continua sendo uma subsidiária da usina alemã Edesltahl Witten-Krefeld (EWK) de aços de alta liga, pertencente agora à Swiss Steel International, divisão de usinas siderúrgicas do grupo Schmolz+Bickenbach, fundada em 1996. O grupo Schmolz+Bickenbach atua na fabricação e distribuição de aços ligados e de construção mecânica, bem como na prestação de serviços. Seu volume anual de vendas é de 4 milhões de toneladas, com um faturamento de 3,2 bilhões. Além da EWK, que é tradicional fabrican-

te mundial de aços-ferramenta e aços rápidos, com filiais em todo o mundo fazem parte do grupo as usinas de Stahl Gerlafingen (construção civil), Von Moos Stahl (construção mecânica), Steeltec Group (aços acabados) e a Edelstahlwerke Südwestfalen (aços inoxidáveis para construção mecânica e açosferramenta). Swiss Steel (11) 6165-5627 www.swiss-steel-int.com.br

BNDES investirá R$ 68 bilhões até 2010 O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) irá investir R$ 68 bilhões em projetos de insumos básicos até o ano de 2010, sendo que 40% deste total, ou seja, R$ 27,2 bilhões, serão destinados para as empresas que desejam comprar máquinas e equipamentos para expansão da produção dos setores de siderurgia, papel e celulose, mineração e petroquímica. A estratégia visa fortalecer o setor de máquinas e equipamentos, que está sob forte impacto da concorrência estrangeira. Segundo informações divulgadas pelo setor de insumos básicos do banco, o Brasil teria capacidade de fabricar até 60% dos equipamentos, no entanto, a indústria de máquinas e equipamentos teme que a queda do dólar, os juros altos e a carga tributária, provoquem uma corrida por encomendas no exterior, onde os preços estão muito mais competitivos. O banco está condicionando empréstimos a um índice de nacionalização dos projetos de até Janeiro/Fevereiro 2006

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60%. "Maximizar a participação de bens nacionais nos projetos é uma ação do banco, que trabalha com recursos provenientes do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT)", realçou o superintendente do setor, Wagner Bittencourt. BNDES www.bndes.gov.br

Empresa chinesa aposta no País Estabelecida há um ano no Brasil, a marca ZCCCT (Zhouzhou Cemented Carbide Cutting Tools), da China, quer ampliar sua presença no país em 2006. Para isso, a Wolf Brasil, empresa que comercializa estes produtos chineses com exclusividade no Brasil, anuncia que deixará de trabalhar com os

produtos da marca italiana Wolframcarb. A ZCCCT oferece ferramentas para torneamento, mandrilamento, fresamento, furação, corte e canal, rosqueamento e ferramentas especiais utilizadas pelas indústrias automobilísticas, de moldes e matrizes e aeronáutica. “Hoje, somente uma pequena parte desta linha pode ser encontrada no País. Nosso objetivo é o de ampliar gradativamente essa disponibilidade”, disse o diretorpresidente, Ricardo Bianchi.

Estão disponíveis desde pastilhas de metal duro soldáveis nas normas DIN, ASA, ISO, STB, e outras, nas classes: YG6 = K10, YT5 = P30, YG3X = K01, até cilindros de metal duro inteiriços, e com furos retos e helicoidais. Para este ano estão programados vários lançamentos, como a linha para corte e canal Little Squirrel que já está disponível para comercialização. Certificada nas normas ISO 9001 e ISO 14001 e com cerca de 7 mil funcionários, a empresa conta com laboratório de metalurgia. A área da fábrica abriga um campus de pós-doutorado para pesquisas de tecnologia em metal duro. No País, a Wolf Brasil mantém um laboratório próprio e estrutura para cursos e treinamentos. Wolf Brasil (11) 3271-8231 www.wolfbrasil.com.br

Notícias sobre energia, eletrônica, mecânica, materiais avançados e até sobre nanotecnologia, é uma das propostas do site. De acordo com informações divulgadas pelo site, o objetivo do grupo é informar aos empresários sobre novas tecnologias de produtos, processos e pesquisas que poderão significar novas oportunidades de negócios. Com um cadastro simples e rápido, as notícias produzidas pelo site são enviadas para o email do usuário. www.inovacaotecnologica.com.br

O site do Centro de Informação Metal Mecânica (CIMM) é destinado ao setor metal mecânico brasileiro. Disponibilizado de forma organizada, possibilita encontrar oportunidades de negócios, pesquisar catálogos e consultores on-line, analisar material didático, obter informações acadêmicas e até mesmo fazer pesquisa de currículos. O CIMM é formado por um grupo de diferentes instituições de pesquisas e empresas privadas e com apoio finan-ceiro do Ministério da Ciência e Tecnologia, o que garante a credibilidade dos dados e informações. www.cimm.com.br

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MARILISE KLAUS EINSFELDT - marilise@lauster.com.br

MARILISE K. EINSFELDT

Responsabilidade Social é mais que uma questão de sobrevivência na modernidade

medida que as empresas avançam tecnologicamente, precisam se sensibilizar com os cuidados ambientais em que estão inseridas, sob pena de se tornarem ilhas sem acesso. A responsabilidade social é o compromisso integral entre os meios produtivos e os consumidores para a garantia da continuidade na relação.

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Considerando que atualmente a medicina nos proporciona longevidade, teremos ainda muito tempo para trabalhar, viver bem e consumir. O Instituto Akatu pelo Consumo Consciente orienta: "consuma sem consumir o mundo em que você vive". Isso significa sustentabilidade, ou seja, usar todos os recursos naturais do planeta para nosso sustento e prosperidade, desde que deixemos que gerações futuras também usem estes mesmos recursos. E quando falamos em Responsabilidade Social (RS), dizemos de algo concreto, rentável, lucrativo e benéfico a todos. Pensando em consumo também lembramos que os recursos naturais da Terra são finitos e utilizados por todos os setores da indústria, comércio e serviços. Assim como usufruimos dos recursos naturais, devemos também compartilhar da sua preservação. METAS DO MILÊNIO Em 2000 a Organização das Nações Unidas (ONU) elaborou a

Declaração do Milênio, da qual faz parte o conjunto de metas do milênio, que deve ser consolidado até o ano de 2015. As metas, estão apresentadas no Diagrama 1.

1. Erradicar a extrema pobreza e a fome 2. Atingir o ensino básico universal 3. Promover a igualdade entre os sexos e autonomia da mulher 4. Reduzir a mortalidade infantil 5. Melhorar a saúde materna 6. Combater a aids, a malária e outras doenças 7. Garantir a sustentabilidade ambiental 8. Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento Diagrama 1 - Metas do Milênio

INDICADORES DO NÍVEL DE ENQUADRAMENTO DA EMPRESA EM RESPONSABILIDADE SOCIAL O mercado oferece diversas ferramentas para a medição dos resultados da aplicação de projetos

de Responsabilidade Social. A norma NBR 16001, publicada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), do final de 2004, estabelece os requisitos mínimos relativos a um sistema de gestão da Responsabilidade Social. Também o Instituto Ethos de Pesquisa Aplicada utiliza indicadores para diagnosticar empresas socialmente responsáveis. Estes indicadores consideram aspectos como público interno, meio ambiente, clientes, fornecedores, governo e comunidade. Sob a ótica empresarial é interessante que os funcionários trabalhem satisfeitos produzindo melhor e gerando competitividade. A classificação das "Melhores empresas para se trabalhar" existe porque há interesse das empresas em serem as melhores. Isto é lucrativo. Usufruir com responsabilidade do meio ambiente além de oferecer para a empresa o título de "ecologicamente correta", também traz lucro no mercado de ações, pois o Índice de Sustentabilidade EmpreJaneiro/Fevereiro 2006

Ferramental

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sarial da BOVESPA mostra que as empresas com menor passivo ambiental têm mais chance de receber investimentos. Clientes do mundo inteiro exigem certificações ambientais. Critérios na seleção dos fornecedores tornam a empresa socialmente responsável e também lucrativa. Sem conhecer as práticas na cadeia produtiva de seus fornecedores, a empresa corre o risco de ser envolvida em escândalos que podem destruir sua reputação. Nenhuma empresa está imune à denúncias sobre o trabalho escravo ou infantil, sobre o uso de capital humano sem registro oficial, sobre o uso de equipamentos ou sistemas não legalizados, mesmo que seja indiretamente, através do fornecedor. E quando falamos em Responsabilidade Social em relação ao cliente, não resta a menor dúvida de que o resultado é o lucro. Empresas que optam pela ética no atendimento a seus clientes criam a reputação merecedora de confiança. Uma pesquisa realizada, pelo Serviço Brasileiro de Apoio à Pequena e Micro-empresa (Sebrae) de São Paulo, em 425 pequenas e médias empresas de vários setores da indústria mostra que, de fato, é grande o número de empresas que praticam ações sociais. Mas a maioria das iniciativas tem cunho filantrópico, é esporádica e não conta com planejamento ou orçamento prévios. Portanto, não pode ser enquadrada como fruto de políticas de Responsabilidade Social. Destas empresas, 74% realizaram ações sociais nos últimos 12 meses. Todavia, há pelo menos dois dados preocupantes: os valores são irrisórios e não há constância nos investimentos. Apenas 7% das empresas 14

Ferramental

Janeiro/Fevereiro 2006

mantêm ações sociais continuadas. Um fator importantíssimo a ser considerado é que grande parte das doações pode contar com benefícios fiscais, o que foi explorado por pouquíssimas empresas do universo pesquisado. Em recente levantamento realizado pela Fundação Dom Cabral e pela ONG inglesa Accountability para o Índice de Competitividade Responsável, o Brasil aparece na 48ª posição de um universo de 83 países pesquisados. Os primeiros colocados foram aqueles detentores de alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), como Finlândia, Dinamarca e Suécia. O Brasil está posicionado em 5º lugar na América Latina, atrás do México e Chile. Entre o grupo dos países emergentes (Brasil, Rússia, Índia e China, chamado de Brics), o Brasil está à frente apenas da Rússia. Mesmo assim, temos bons exemplos de empresas que já estão buscando a prática de sistemas de gestão da Responsabilidade Social. Vejamos o levantamento realizado em 99 empresas da região Sul pela Lauster (Lauster do Brasil Pesquisas Ltda.). Do total de empresas, 20 estão no estágio 1, 34 no estágio 2, 20 compõe o estágio 3 e 25 delas já aparecem no estágio

Estágio 4 25,25%

Estágio 3 20,20%

Estágio 1 20,20%

Estágio 2 34,35%

Gráfico 1 - Distribuição de empresas por estágio (Fonte: pesquisa da Lauster publicada no Anuário Expressão de Gestão Social, Ano 15)

4, conforme Gráfico 1. A classificação dos estágios de enquadramento está apresentada no Diagrama 2 a seguir. 1. A empresa se encontra em um nível de desempenho entendido como inicial e observado em organizações ainda na fase de sensibilização das lideranças e conhecendo a gestão de responsabilidade social 2. Indica que a empresa está evoluindo nas práticas adotadas, implementando políticas de responsabilidade e incorporando o conceito ao sistema de gestão 3. Neste nível observa-se que já existe uma incorporação das práticas de responsabilidade social ao sistema de gestão da organização e um gerenciamento específico para as políticas sociais 4. É o nível mais avançado e demonstra que possivelmente a empresa já tenha incorporado as políticas de responsabilidade social ao seu planejamento estratégico Diagrama 2 - Estágios de enquadramento

Já é possível notar que as grandes companhias cobram da cadeia produtiva o uso de boas práticas

87%

utilizam critérios para evitar a compra de produtos falsificados ou resultado de roubo

71%

incluem critérios de responsabilidade social como requisito para contratar fornecedores

56%

possuem políticas formais para contribuir com a erradicação do trabalho infantil

47%

possuem políticas formais para contribuir com a erradicação do trabalho escravo

Diagrama 3 - Indicadores de responsabilidade social



sociais. O Diagrama 3 apresenta alguns indicadores de responsabilidade social, importantes de serem observados e monitorados. Portanto, a cadeia produtiva está caminhando para um ciclo onde o cliente exige a aplicação de sistemas de gestão da Responsabilidade Social dos fornecedores, e estes por sua vez, apresentam ao cliente os indicadores do uso destes sistemas como forma de habilitá-los (Diagrama 4).

FORNECEDOR Indicadores de RS

CLIENTE Critérios de RS

Diagrama 4 - Ciclo de evolução dos sistemas de gestão da Responsabilidade Social (RS)

Sabemos que 80% da renda mundial, atualmente, concentra-se nas mãos de 1 bilhão de pessoas, e que os 20% restantes estão distribuídos entre 5 bilhões de pessoas. Segundo o Instituto Ethos, 52% de todo o dinheiro do mundo pertence a empresas. Existem empresas que possuem mais divisas que muitos países. Vemos hoje que os empresários estão cada vez mais conscientes da sua responsabilidade na sociedade, e começam a exigir maior qualidade de vida, como contrapartida ao nível de desenvolvimento imputado. O poder público inteligente faz alianças com o empresariado e oferece a contrapartida correta, como investimento em educação, segurança e saúde. O Congresso Nacional debate o projeto da chamada Lei da Responsabilidade Social, baseada na Lei da Responsabilidade Fiscal aprovada em 2000. A proposta prevê a fixação de metas para iniciativas de

combate à pobreza e à fome, controle da aids, redução do analfabetismo e diminuição da mortalidade infantil. Também há sugestão de inclusão das Metas do Milênio, anteriormente descritas. Quando a empresa investe em projetos sociais que beneficiam a comunidade ela está oportunizando a sua lucratividade, pois a comunidade com melhor qualidade de vida se torna um potencial consumidor. Então, além de melhorar a vida das pessoas e criar um futuro melhor para todos, a empresa está também trabalhando pela sua própria sobrevivência. No Pacto Global que a ONU lançou como desafio aos 191 países signatários, encontramos maneiras muito simples de contribuir para o bem-estar de todos. A Responsabilidade Social vai muito além de fazer o bem. Dá sustentabilidade aos negócios e garante longevidade às nossas empresas.

Marilise Klaus Einsfeldt - Psicóloga, Membro do Comitê Pacto Global da ONU, representante legal da UNESCO no Comitê Fundo do Milênio, realizadora do Congresso Sul Brasileiro de Responsabilidade Social e Diretora da Lauster Pesquisas e Responsabilidade Social Corporativa.

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Ferramental

Janeiro/Fevereiro 2006


SÍLVIO AKIO MITSUNAGA - silvio.mitsunaga@agie-charmilles.com.br

SILVIO A. MITSUNAGA

Princípios do processo de eletroerosão

O

processo de eletroerosão existe há muitos anos, todavia seu potencial ainda não é completamente utilizado devido ao desconhecimento dos operadores sobre sua diversidade de recursos, principalmente no que se refere ao acabamento superficial

O processo de eletroerosão, Electrical Discharge Machining (EDM), desenvolvido e utilizado há mais de 50 anos, é conhecido por todos os profissionais envolvidos no desenvolvimento de ferramentas de corte, injeção, sopro, estampo, termoformagem, entre outras. Todavia, o conhecimento sobre esta tecnologia é essencialmente empírico. Sob a alegação de falta de tempo, grande parte dos profissionais do setor não investe no estudo sobre os princípios de funcionamento do processo de remoção de material por faiscamento. Exemplo disso são os freqüentes comentários dos operadores, tais como “aprendi com o operador anterior como se regula a máquina para este ou aquele material”, ou então, “estas duas marcas de caneta no potenciômetro são as regulagens. Uma é para desbaste e a outra para acabamento”. Os recursos que esta tecnologia oferece são muitos. Entretanto, para obter o melhor aproveitamento e eficácia é necessário compreender

esse processo da usinagem. Para tanto apresentamos os princípios básicos de funcionamento do processo de eletroerosão, para os usuários e interessados no mundo da eletroerosão.

Em 1959 surge o gerador de pulso transistorizado e somente na década de 70 aparece a primeira máquina de eletroerosão a fio.

HISTÓRICO Na década de 50 foi lançada a máquina de eletroerosão por penetração. Figura 2 - Primeira máquina de eletroerosão a fio em 1970

Em 1976 são desenvolvidos os movimentos planetários tridimensionais e em 1981 é lançada a máquina de eletroerosão por penetração CNC e introduzidos os eixos U e V nas máquinas de eletroerosão a fio.

Figura 1 - Máquina de eletroerosão por penetração lançada em 1955

O QUE É ELETROEROSÃO? O processo de eletroerosão pode ser explicado como sendo uma faísca gerada e controlada entre duas peças metálicas que causa uma série de pequenas crateras, com conseqüente remoJaneiro/Fevereiro 2006

Ferramental

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Figura 3 - Usinagem com 6 geradores, cada um com 2 saídas de 25A

ção de material. Isso é obtido pela imputação de uma diferença de potencial entre os dois materiais, basicamente como ocorre em um curto-circuito, conforme mostra a Figura 4.

Figura 4 - Esquema simbólico da ligação no processo de eletroerosão

As micro-crateras que determinam a remoção de material são produzidas pela fusão local, causada pelas altas temperaturas geradas pela faísca, conforme Figura 5.

Figura 5 - Esquema de superfície gerada no processo de eletroerosão

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Ferramental

Janeiro/Fevereiro 2006

O PRINCÍPIO DA ELETROEROSÃO Considerando que o processo de remoção tem dois componentes, peça e ferramenta, que devem ser condutores de eletricidade, ambos não podem se tocar durante o processo. A fenda remanescente é preenchida com um dielétrico. Esses dois componentes são conectados a uma fonte de energia e um interruptor é inserido no circuito que, quando fechado, gera um potencial elétrico entre a peça e a ferramenta, conforme esquematizado na Figura 6.

Figura 7 - Componentes do processo

A DESCARGA ELÉTRICA No primeiro instante não há corrente fluindo, porque o dielétrico age como isolante. Ocorre uma descarga elétrica com faísca, quando a fenda é reduzida a uma distância muito pequena. Essa fenda mínima é denominada de gap. Durante a descarga, a voltagem cai e a corrente causa uma considerável elevação da temperatura no ponto da faísca. Isso faz com que pequenas quantidades de material se fundam e evaporem. A Figura 8 esquematiza esse efeito físico.

Figura 6 - Esquema simplificado de funcionamento de uma máquina de eletroerosão

PEÇA E ELETRODO O processo gera crateras na peça e na ferramenta, chamada de eletrodo. Na peça o tamanho das crateras é maior, devido a grande quantidade de material que é removido. Na ferramenta a formação de crateras deve ser mínima. O processo de eletroerosão ocorre imerso em um fluído, denominado dielétrico, que facilita a criação de um campo elétrico entre peça e ferramenta, permite a limpeza da região de remoção e refrigera as partes. A Figura 7 mostra componentes do processo.

Figura 8 - Esquema de processo de faiscamento


FORMAÇÃO DA SUPERFÍCIE DA PEÇA Quando o circuito é aberto, pela ação do interruptor, o material fundido é disperso exatamente como em uma explosão. O canal de descarga é deionizado e resta apenas uma pequena cratera. Se for aplicada uma seqüência de descargas, serão produzidas diversas crateras,

Figura 9 - Formação da superfície da peça

umas próximas das outras, pela remoção contínua de material da superfície da peça, Figura 9. DOIS PROCESSOS DIFERENTES: ELETROEROSÃO POR PENETRAÇÃO E ELETROEROSÃO A FIO Em ambos os processos a energia elétrica da fonte é transformada e controlada por sofisticados geradores de pulso. A capacidade dos equipamentos atuais é muito grande, proporcionando altas velocidades de corte e taxas de remoção, operação automática, interfaceamento homemmáquina, armazenamento de grandes ciclos de usinagem e monitoramento de praticamente 100% da superfície final dos materiais usinados, desde alta rugosidade até acabamentos espelhados. Eletroerosão por penetração A forma desejada é transferida para a peça por meio de um eletrodo. Ou seja, o eletrodo é exatamente igual a peça gerada, no entanto, apresenta em suas dimen-

sões uma redução proporcional, devido ao parâmetro gap. Por meio da superposição de movimentos nos eixos principais x, y, z e c, é possível criar as mais variadas formas de cavidades, que não podem ser obtidas em nenhum outro processo de usinagem. A Figura 10 apresenta esquematicamente o processo de eletro-

a)

b) Figura 10 - Sistema de eletroerosão por penetração: a) peça x eletrodo e; b) exemplos de geometrias obtidas

Janeiro/Fevereiro 2006

Ferramental

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erosão por penetração e exemplos de geometrias possíveis de serem obtidas. A máquina de eletroerosão por penetração (Figura 11) é composta basicamente por: ! Corpo da máquina: a rigidez estrutural do conjunto mecânico é fundamental para a qualidade do processo, como a precisão e o acabamento. ! Comando numérico: converte os dados introduzidos pelo operador em comandos para a máquinaferramenta, para o gerador e para a unidade de dielétrico. ! Gerador: fornece a corrente para o processo de erosão. ! Unidade de dielétrico: serve como reservatório, filtra o dielétrico proveniente da máquina, fornece dielétrico limpo para o processo e mantém a peça e a ferramenta na temperatura desejada. Eletroerosão a fio A forma desejada é armazenada no comando numérico e transferida para a máquina, que então corta a peça com um fio metálico

Figura 11 - Esquema do sistema completo de uma máquina de eletroerosão por penetração

ao longo do percurso, conforme demonstrado na Figura 12. A máquina de eletroerosão a fio (Figura 13) é composta das mesmas unidades da eletroerosão por penetração, com as seguintes unidades adicionais: ! Deionizador: controla a condutividade da água, para regular a descarga elétrica existente a cada pulso emitido. ! Braço inferior: direciona os movimentos dos eixos, especificados pelo comando. ! Unidade de tração do fio: controla o tracionamento do fio, man-

tendo-o tensionado durante o corte da peça. Enfim, é notório que os princípios acima abordados são básicos para o processo de remoção por eletroerosão. Todavia, para que o equipamento possa ser amplamente explorado e permita oferecer um melhor rendimento, é importante a busca constante por conhecimentos. A qualificação dos operadores de máquinas de eletroerosão é uma forma de otimizar o processo e reduzir o tempo de retorno do investimento no equipamento, entre outros benefícios.

a)

Figura 13 - Componentes de máquina de eletroerosão a fio b) Figura 12 - Sistema de eletroerosão a fio: a) par peça/fio de corte e; b) exemplos de geometrias obtidas

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Ferramental

Janeiro/Fevereiro 2006

Silvio Akio Mitsunaga - Formado em Administração de Empresas com especialização em Comércio Exterior pela Universidade Metodista de São Paulo. Analista de Sistemas pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) - SP. Atualmente é Diretor Técnico da AgieCharmilles Ltda.



Planilha de orçamento de ferramental Notas explicativas A ficha técnica apresentada nesta edição tem como objetivo sugerir a padronização de um método de cálculo de preço para um ferramental. A seqüência natural é a obtenção de todas as informações importantes para conhecimento do que está sendo calculado, como: tipo de peça, materiais utilizados, custos de produção e taxas de impostos. O primeiro item deve ser atendido com informações do cliente sobre suas necessidades. O segundo item é obtido diretamente no mercado fornecedor de insumos. Já o terceiro deve ser identificado internamente, ou seja, os custos de produção são específicos de cada empresa. Para tanto, é recomendado utilizar a planilha de “Cálculo do custo de células produtivas”, publicada como ficha técnica na edição Nº 2 da revista Ferramental. E o último item deve ser informado pelo contador da empresa, uma vez que impostos são dependentes de vários fatores. Para que o orçamento seja o mais completo possível, é importante que sejam informados os dados do cliente e a descrição do ferramental em estudo. Portanto, dados como número de desenho e data da última revisão podem ser diferenciais na hora de discutir dúvidas sobre a cotação. O prazo de entrega deve ser bem definido no momento da negociação, determinando se a data é de entrega do ferramental aprovado ou se é para primeiro teste (try-out). Muitas ferramentarias têm parte de seus serviços executados por empresas terceirizadas, portanto é interessante identificar quais os trabalhos que serão executados externamente. Para os serviços realizados internamente, calcule o custo utilizando a ficha técnica da edição Nº 2 e informe nos campos Custo Hora (R$/h) de cada célula específica. 22

Ferramental

Janeiro/Fevereiro 2006

Antes de iniciar os cálculos propriamente ditos, utilize o espaço quadriculado no verso da ficha para elaborar um esquema da ferramenta. Faça um esboço em vista de planta e de corte, inserindo as dimensões principais do ferramental. Especifique em “Observações” o máximo possível sobre o ferramental, como por exemplo, se os acionamentos são hidráulicos, pneumáticos ou mecânicos, os tipos de tratamentos térmicos e superficiais empregados, enfim, todos os detalhes construtivos especiais. Para preenchimento dos quadros 1 e 5, informe o número de horas previstas para execução de cada atividade. Nos campos 101 e 501 totalize o número de horas calculadas para os quadros 1 e 5 respectivamente. Da mesma forma, para os campos 102 e 502, totalize o valor em reais calculados para os quadros 1 e 5 respectivamente. Os quadros 2 e 3 devem ser preenchidos a partir de informações e cotações obtidas junto aos fornecedores de insumos, ou seja, são informações de mercado. É muito importante atualizar constantemente os preços, pois a variação ou erro pode ser brutal em caso de não observância deste ponto. Ao concluir o preenchimento dos campos de matéria-prima e acessórios, totalize os valores nos campos 201 e 202 para o quadro 2 e no campo 301 para o quadro 3. O quadro 4 tem as mesmas características dos quadros 1 e 5, apenas os custos são unitários e não por hora trabalhada. No campo 401 totalize o valor em reais. O quadro 5 requer maior cuidado e atenção especial. A construção de ferramentais é uma produção não seriada, ou seja, normalmente não há

repetição de ferramentais iguais. Portanto, cada ferramental deve ser calculado de forma única, considerando os cálculos de horas de fabricação existentes na teoria, mas principalmente, considerando a experiência dos profissionais do setor. Há sempre uma margem de erro, que também varia significativamente. Por isso, é recomendado que sejam armazenadas todas as planilhas de ferramentais concluídos como forma de manter um histórico de serviços executados. Para calcular o preço final do ferramental preencha o quadro 6, calculando os campos conforme as fórmulas apresentadas. A coluna “Valor”, referente aos itens 601, 602, 603, 604 e 605 é alimentada com os valores transferidos dos campos 102, 202, 301, 401 e 502 respectivamente. Para o item 606, proceda a somatória dos itens anteriores. A Taxa custos indiretos (607) é dada em percentual e obtida por uma média de todos os custos não produtivos, que incluem comissão de vendas, anúncios, propaganda, telefone, mão de obra indireta, despesas de viagem, entre outros. A Taxa impostos (608) também é percentual e deve ser verificada junto ao contador da empresa. Finalmente procede-se aos cálculos apresentados nas colunas “Cálculo do campo” e “% do preço final”. O passo seguinte é elaborar uma proposta com a descrição minuciosa de todos os itens considerados no orçamento para envio ao cliente. Esta é uma sugestão de planilha. Os campos serviços, equipamentos e materiais devem ser adequados a cada tipo de empresa e para cada parque de máquinas. Os itens citados são referência para grande parte das ferramentarias, mas não para todas.


Nº do Orçamento

PLANILHA DE ORÇAMENTO DE FERRAMENTAL

Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais

Data

CLIENTE Empresa:

Fone:

Contato:

e-mail:

Fax:

DESCRIÇÃO Do Ferramental: Nome da Peça:

Nº do Desenho: Peso (kg):

Dimensões (mm x mm x mm):

Data do Desenho:

Nº de Cavidades:

Prazo de Entrega:

Parte integrante da revista Ferramental - Nº 4 - Janeiro/Fevereiro 2006 - Para preenchimento, consulte as notas explicativas na página 22

Material a Processar:

1 - SERVIÇOS DE ENGENHARIA *A *B

Serviço

Nº Horas (1) (h)

Custo Hora (R$/h)

*A *B

Total (R$) (1)

* A) Serviços Internos

Nº Horas (2) (h)

Serviço

Digitalização

Custo Hora (R$/h)

B) Serviços Externos Total (R$) (2)

Programação CAM Outros 1

Dimensional

Outros 2

Modelamento

Outros 3

Projeto 101

Total Horas

102

Total Serviços de Engenharia

h

(Soma do número de horas das colunas Nº Horas 1 + Nº Horas 2)

(Soma dos valores das colunas Total 1 + Total 2)

R$

2 - MATÉRIA PRIMA Material

Peso (kg) (1)

Custo (R$/kg)

Material

Total (R$) (1)

Aço 420 IM

Aço 420 Normal

Aço DIN 2316

Alumínio

Aço SAE 1045

Cobre/Grafite

Peso (kg) (2)

Custo (R$/kg)

Total (R$) (2)

Outros 1

Aço DIN 2711

Outros 2

Aço H13 IM

Outros 3

Aço P20 201

Total Quilos

202

Total Matéria Prima

kg

(Soma do número de quilos das colunas Peso 1 + Peso 2)

(Soma dos valores das colunas Total 1 + Total 2)

R$

3 - ACESSÓRIOS Descrição

Quantidade

Custo Unitário (R$)

Descrição

Total (R$) (1)

Câmara/Bico Quente

Quantidade

Custo Unitário (R$)

Motor Hidráulico Outros 1

Cilindro Hidr./Pneumático

Outros 2

Extratores

Outros 3

Micro Chaves

301

Total Acessórios (Soma dos valores das colunas Total 1 + Total 2)

4 - OUTROS SERVIÇOS *A *B

Total (R$) (2)

Serviço

Quantidade

Custo Unitário (R$)

Total (R$) (1)

*A *B

* A) Serviços Internos Serviço

Análise Reológica

Trat. Térmico

Frete/Seguro

Trat. Superficial

Soldagem

Teste (Try-Out)

Texturização

R$

Quantidade

Custo Unitário (R$)

Outros Total Outros Serviços (Soma dos valores das colunas Total 1 + Total 2)

401

R$

B) Serviços Externos Total (R$) (2)


5 - PROCESSO DE FABRICAÇÃO Serviço

Custo Hora (R$/h)

Total (R$) (1)

*A *B

* A) Serviços Internos

Serviço

Ajustagem

Mandrilhadora e Fur. Rad.

Bancada e Equip. Manual

Polimento

Eletrodos Gravação

Retífica Plana

Eletroerosão a Fio

Retífica Cilíndrica

Eletroerosão Penetração

Retífica Afiadora

Fresadora 1

Torno CNC

Fresadora 2

Nº Horas (h) (2)

Custo Hora (R$/h)

B) Serviços Externos Total (R$) (2)

Torno Convencional Outros 1

Fresadora 3

Outros 2

Fresadora Eletrodos

Outros 3

Furadeira (Banc. e Col.) 501

Total Horas

Total Processo de Fabricação

h

(Soma do número de horas das colunas Nº Horas 1 + Nº Horas 2)

(Soma dos valores das colunas Total 1 + Total 2)

502

R$

6 - CÁLCULO DO PREÇO FINAL Transferir para coluna VALOR

Resultado do Campo

Unid.

601 - SERVIÇOS DE ENGENHARIA

102

R$

601 ÷ 609 x 100 =

602 - MATÉRIA PRIMA

202

R$

602 ÷ 609 x 100 =

603 - ACESSÓRIOS

301

R$

603 ÷ 609 x 100 =

604 - OUTROS SERVIÇOS

401

R$

604 ÷ 609 x 100 =

605 - PROCESSO DE FABRICAÇÃO

502

R$

605 ÷ 609 x 100 =

606 - SUB-TOTAL

102+202+301+ 401+502

R$

606 ÷ 609 x 100 =

607 - TAXA CUSTOS INDIRETOS

Adotado

%

Adotado

%

606 ÷ {[100 - (607 + 608)] ÷ 100}

R$

609 x 607 ÷100

R$

609 x (608 ÷ 100)

R$

608 - TAXA IMPOSTOS 609 - PREÇO FINAL DO FERRAMENTAL 610 - CUSTOS INDIRETOS 611 - CUSTO IMPOSTOS

Esquema da ferramenta e dimensões principais

Observações:

Orçamento calculado por:

Valor

% do Preço Final

Cálculo do Campo

Itens

100

Parte integrante da revista Ferramental - Nº 4 - Janeiro/Fevereiro 2006 - Para preenchimento, consulte as notas explicativas na página 22

*A *B

Nº Horas (h) (1)


MICHAEL ROLLMANN - michael@incoe.com.br

MICHAEL ROLLMANN

Sistemas de câmara quente integrados melhoram a eficiência e reduzem os custos

O

constante avanço da tecnologia permite que os construtores de moldes ofereçam vantagens aos seus clientes, como a otimização dos tempos de manutenção em sistemas de câmara quente que se traduzem em redução de custos de produção.

Moldes para injeção de plástico estão sendo produzidos com prazos cada vez menores em comparação a alguns anos atrás. E a tecnologia continua a avançar, permitindo diversos benefícios para os seus fabricantes. Os transformadores de peças injetadas procuram por melhor eficiência à medida que são continuamente pressionados a reduzir os preços dos produtos moldados, resultando na necessidade de cortes nos custos de produção. Nos dias de hoje, fabricantes de câmara quente fornecem sistemas montados diretamente no portamolde – denominados injection half ou lado injeção e hot half ou lado quente – para reduzir o tempo de montagem do molde, vendendo o sistema de câmara quente como uma unidade totalmente auto-suficiente. Um aperfeiçoamento deste conceito são os sistemas unificados, que são unidades encaixáveis (drop-in) completamente pré-montadas, incluindo calhas para passagem da fiação elétrica, montagem dos conectores do molde atendendo ao esquema elétrico do controlador de temperatura, bem como tubulações pneumáticas ou hidráulicas necessárias para sistemas de câmara quente valvulados. Este sistema unificado fornece todas as vantagens presentes na montagem injection half a um custo reduzido. Com menos modificações necessárias no molde e usando um modelo de sistema unificado, os sistemas integrados de câmara quente podem ser construídos fornecendo os seguintes benefícios:

! Redução do tempo de montagem da câmara quente; ! Eliminação dos erros associados às ligações elétricas e fiação e; ! Redução de custos comparados aos sistemas montados diretamente no porta-molde - injection half. O coração do sistema integrado está no projeto do distribuidor (manifold) unificado. Os bicos são rosqueados diretamente ao manifold, portanto a necessidade de placa de retenção é eliminada. Além disso, é garantido um perfil térmico uniforme, uma vez que a junção do bico e do manifold é através de rosca, eliminando assim qualquer perda térmica usualmente encontrada como nos sistemas convencionais por buchas ou placas. Estes sistemas as vezes demandam uma resistência adicional no flange da bucha, para fornecer calor para esta área, aumentando assim o custo operacional. Também devido ao fato de o manifold do modelo integrado ter pouco contato com o molde, a energia consumida é menor, permitindo assim que o molde mantenha um nível de temperatura mais consistente e estável. Bicos rosqueados também eliminam a tendência de vazamento do material plástico entre os bicos e o distribuidor, o que pode ocorrer durante a dilatação térmica dos modelos convencionais montados com a utilização de buchas ou placas, forçando à paradas de máquina para efetuar o reparo. Na Figura 1 está apresentado um sistema de câmara Janeiro/Fevereiro 2006

Ferramental

25


Figura 1 - Sistema de câmara quente integrado

26

Ferramental

Janeiro/Fevereiro 2006

quente integrado, onde os bicos são rosqueados no manifold e a fiação é unificada. O sistema se transforma em um conjunto auto-suficiente. Como o sistema integrado é dotado de um canal para passagem da fiação durante a instalação no molde, a chance de ocorrer esmagamento ou rompimento dos fios das resistências e termopares é eliminada durante a montagem. Toda a fiação das resistências até a caixa de derivação é acondicionada dentro deste condutor, tipo calha, especialmente projetado para esta finalidade. Isto representa um benefício todas as vezes que o sistema de molde/câmara quente é desmontado. Além disso, o sistema unificado pode ser totalmente testado em suas funções térmicas e elétricas diretamente na fábrica, antes do embarque para instalação no molde. O sistema integrado fornece ainda os seguintes benefícios para moldagem por injeção: ! A rotina de manutenção pode ser executada sem retirar o sistema de câmara quente e o molde da máquina injetora. Embora os sistemas montados diretamente no porta-molde injection half também permi-


tam que a manutenção seja executada enquanto o molde está na máquina, ela é limitada apenas à parte frontal da área do bico. Serviços executados além deste ponto exigem que o molde seja removido da máquina para permitir o acesso ao sistema de câmara quente, como: ! Intercambiabilidade simples entre câmara quente e molde. Os insertos podem ser facilmente substituídos sem remoção do molde da máquina e ! A tubulação operacional de um sistema valvulado pode ser reparada sem desmontagem.

de fechamento. O sistema integrado não compromete de nenhuma forma a função normal de produção na moldagem por injeção. Quando for necessário efetuar manutenção de rotina, aplica-se o seguinte procedimento: ! Abrir o molde, usando o modo de instalação da máquina de injeção (set-up); ! Retirar o parafuso usado para fixar a placa cavidade à placa base superior (Figura 3);

Na Figura 2 é possível visualizar que as conexões da válvula também são fixas ao manifold e se tornam partes do conjunto auto-suficiente.

Figura 3 - Retirar o parafuso usado para fixar a placa cavidade à placa base superior

Figura 2 - Sistema integrado de câmara quente valvulado

A incorporação do modelo integrado envolve a análise preliminar com o fabricante do molde para garantir a operação adequada. O sistema unificado é montado diretamente na placa do molde. Também adicionadas à placa da cavidade estão as travas que podem ser colocadas em duas posições: a) No lado da placa cavidade do molde e b) De modo a captar tanto a placa cavidade como a placa porta-machos do molde unindo as partes na linha

! Fechar o molde usando o modo de instalação set-up da máquina de injeção; ! Deslocar a trava da placa cavidade e colocá-la sobre a linha fechamento, de modo que a placa portamachos e a placa cavidade estejam presas (Figura 4). ! Acionar lentamente o curso de abertura, usando novamente o modo de instalação set-up da máquina injetora. Esta ação agora puxará a placa porta-machos e a placa cavidade da placa base superior e exibirá todo o sistema de câmara quente (Figura 5). Agora, qualquer das operações abaixo podem ser executadas sem remover o sistema integrado da máquina injetora: ! Troca do diretor de fluxo; ! Troca da ponta; Janeiro/Fevereiro 2006

Ferramental

27


Troca da resistência do bico; Troca do termopar do bico; Troca do termopar do manifold e Inspeção total do sistema de câmara quente.

! ! ! !

O sistema integrado reduz substancialmente o tempo de parada de máquina, normalmente requerido por um modelo convencional de câmara quente. Podese chegar até a redução de um turno completo para apenas uma a duas horas, uma vez que todo o sistema de câmara quente estará exposto e facilmente acessível. Caso a remoção total do sistema de câmara quente ainda seja necessária, olhais para suspensão podem ser colocados na placa base superior e, em seguida, removendo-se as presilhas de fixação do molde na

Figura 4 - A trava do molde na posição mostrada irá unir tanto a placa porta-macho como a placa cavidade

Figura 6 - Se necessário, apenas a placa base superior e o sistema integrado devem ser removidos da máquina

Figura 5 - O sistema integrado é totalmente exposto dentro da máquina

28

Ferramental

Janeiro/Fevereiro 2006

Figura 7 - O sistema integrado é facilmente separado da placa base superior


máquina, o conjunto pode ser deslocado para a bancada de trabalho para serviço posterior (Figura 6). O sistema unificado agora pode ser totalmente removido, soltando-se os parafusos usados para fixar o sistema à placa base superior (Figura 7). Como o sistema unificado fornece facilidade para uma montagem funcional drop-in completa, a unidade agora pode ser totalmente renovada na fábrica e depois reinstalada para produção (Figura 8). Os sistemas integrados de câmara quente fornecem consideráveis vantagens em termos de facilidade de instalação e de operação a custos acessíveis, atendendo assim a demanda do mercado atual, extremamente competitivo. Figura 8 - O sistema pode ser totalmente renovado e facilmente reinstalado no molde

Michael Rollmann - Formado em Engenharia Mecânica pela Fachhochschule des Landes Rheinland Pfalz, Alemanha e pós-graduado em Plásticos de Engenharia pela University of Lowell, Estados Unidos da América. Atualmente é gerente geral da Incoe International Brasil.

Entenda seu CNC

Compensação do raio da ferramenta

SIEMENS

O uso da função de compensação faz com que programas CNC sejam independentes do raio da ferramenta. A compensação do raio da ferramenta em ambientes 2½D é bastante simples. Todavia, em ambientes 3D, principalmente na usinagem 5 eixos, o processo é extremamente complicado. Neste caso, a simples especificação da geometria da ferramenta não é suficiente. É necessário informar também a direção da compensação. E esta é calculada a partir da reta normal à superfície, da direção da ferramenta e da geometria da ferramenta.

j k

No caso especial de uma ferramenta esférica, por exemplo: Para um caminho de usinagem na área de trabalho, a compensação deve ser feita perpendicularmente à superfície onde o caminho transcorre. Isso significa que a compensação da direção será descrita por um vetor normal à superfície no ponto de contato, que varia constantemente. O vetor está representado em j e k. Uma opção do comando Sinumerik 840D permite que esta compensação seja calculada a partir do vetor normal. Poucos sistemas CAM são capazes de fornecer o vetor normal à superfície em cada bloco do programa CNC.

l

m

n

A ilustração mostra todas as dimensões utilizadas pelo sistema de controle e os dados geométricos da ferramenta relevantes para o cálculo. FN - vetor normal l Fresa de topo reto TCP - ponto de centro da ferramenta m Fresa de topo com raio PE - ponto de entrada da ferramenta n Fresa esférica TB - tangente ao caminho da ferramenta VK - vetor de compensação

Nosso serviço de apoio ao cliente presta os esclarecimentos necessários quanto à utilização do seu comando CNC pelo telefone (11) 3833-4040 ou via e-mail adhelpline.br@siemens.com.br E na compra de uma nova máquina CNC podemos lhe auxiliar no esclarecimento de dúvidas técnicas pelo telefone (11) 8385-4126 ou e-mail fyk@siemens.com.br Janeiro/Fevereiro 2006

Ferramental

29



CHRISTIAN DIHLMANN - dihlmann@brturbo.com.br

Um modelo de plano de remuneração multifuncional aplicado à indústria metal-mecânica

CHRISTIAN DIHLMANN

N

o instante em que as empresas necessitam se organizar para competir no disputado mercado, um dos pontos mais importantes é o justo e correto plano de enquadramento dos funcionários das organizações, membros decisivos do sucesso ou do fracasso de um empreendimento.

Os modelos tradicionais de planos de carreira não levam em consideração a análise dos conhecimentos e habilidades do funcionário, ocultando as potencialidades que podem ser exploradas. Atualmente vivemos em um mundo com características distintas das de 10 anos atrás. Somos forçados a lidar com chavões como mão-de-obra qualificada, flexibilidade, remuneração por resultados, participação nos lucros, desemprego, racionalização, descentralização, globalização, competitividade, qualidade assegurada, criatividade, polivalência, base de conhecimento, sistemas de informação, automação, mudanças radicais, jornada de trabalho flexível entre outros, que ocupam grande parte de nossa força de trabalho [1]. O modelo apresentado neste trabalho sugere uma metodologia referencial para o desenvolvimento de um plano multifuncional, que pode ser adaptada à empresas do setor metal-mecânico e, com alguns ajustes, também a outros setores industriais e comerciais. Tratase de uma proposta onde as habilidades e a análise de conhecimentos dos funcionários são considerados dentro do plano de remuneração. Nos sistemas tradicionais de remuneração há uma série de limitações em função da forma de relacionamento entre capital e trabalho. Neles as relações humanas não são consideradas, por isso é comum verificar situações como: ! Inflexibilidade nas relações, ou seja, assuntos e

pessoas diferentes são tratados de formas iguais; ! Falta de objetividade, o que projeta uma visão simplista da realidade; ! Metodologia desatualizada e não motivadora; ! Conservadorismo, configurado por estrutura burocrática; ! Anacronismo, ressaltando o entrave à evolução do processo de mudanças e ! Divergências, uma vez que não considera os objetivos, a visão de futuro e a orientação estratégica da organização. No entanto, o novo enfoque nas relações de trabalho nos leva a considerar o conceito de remuneração estratégica, que é fundamentado em celularização com poucos níveis hierárquicos e multifuncionalidade. Os componentes de um sistema de remuneração estratégica englobam: ! A remuneração fixa, onde a base é considerada por habilidade ou por função; ! A remuneração por desempenho, alicerçada por uma parcela variável, participação acionária ou ainda salário indireto e ! Outra forma especial de remuneração. A remuneração por habilidades, também conhecida como remuneração por conhecimentos ou por habilidade certificada, surgiu em função das estruturas organizacionais mais enxutas (poucos níveis hierárJaneiro/Fevereiro 2006

Ferramental

31


quicos), exigindo uma maior autonomia e amplitude de responsabilidades para os indivíduos e/ou grupos. A valorização do trabalho em grupo, o aumento da exigência da especialização em diferentes aspectos e de uma visão global do processo, com foco no aperfeiçoamento contínuo e as pressões por redução de custos com pessoal também colaboraram para o desenvolvimento deste conceito de valorização do funcionário. João Lins Pereira Filho [2] cita que as empresas devem alinhar seus sistemas de remuneração com suas estratégias, caso queiram prosperar. Mas as mudanças também podem partir dos funcionários. As principais atitudes esperadas do funcionário moderno, dizem respeito diretamente ao seu interesse em evoluir, prosperar e tornar-se absoluto em seu domínio. Uma pesquisa realizada pela Towers & Perrin [3], denominada “RH no Ano 2000”, cita as principais exigências para o profissional do futuro: ! Cumprimento da função associada à estratégia da empresa em longo prazo; ! Abandono da função reativa, que deverá passar a ser

32

Ferramental

Janeiro/Fevereiro 2006

pró-ativa e catalisadora de mudanças; ! Adoção de postura corporativa ao invés de visão segmentada e ! Relação do trabalho estabelecida por meio de parcerias. Podemos observar que é notória a prioridade de investimentos na formação de recursos humanos na empresa, pois o aumento da competitividade nos negócios fez com que o diferencial principal de uma organização seja o material humano [4]. METODOLOGIA APLICADA NO DESENVOLVIMENTO DE PLANO MULTIFUNCIONAL Realizada esta breve contextualização de como se dá e como pode ser um modelo ideal de plano de remuneração, propõe-se uma metodologia adaptável à realidade de cada empresa. Os exemplos de cargos e funções são ilustrativos, apesar de refletirem a aplicação da metodologia em um caso real. No caso apresentado o desenvolvimento do pro-


Setores Torno

Fresadora

Eletro

Afiação

CAM

Furadeira

Torneiro I Torneiro II Torneiro III Fresador I Fresador II Fresador III Operador de Eletroerosão I Operador de Eletroerosão II Operador de Eletroerosão III Construtor de Ferramentas Programador CAM Operador de Furadeira Radial

Tabela 1 - Cargos em relação aos setores pesquisados

Operador Radial

Programador CAM

Constr. Ferram.

Operador Eletro III

Operador Eletro II

Operador Eletro I

Fresador III

Fresador II

Torneiro III

Cargo X Função

Fresador I

ção de ferramentas de usinagem; afiação de ferramentas de usinagem e construção de ferramentas de usinagem, entre outras atividades. As atividades foram organizadas e agrupadas em uma planilha inicial, onde cada cargo relaciona-se às várias funções executadas pelo funcionário. Esta classificação encontra-se na Tabela 2.

Torneiro I

Realização de entrevista informal com funcionários Inicialmente os grupos de funcionários foram separados pelos setores: vendas; projeto; planejamento e controle da produção; suprimentos; controle de qualidade; usinagem (compreendendo tornos, fresadoras, furadeiras, eletroerosão, afiação e programação CAM); montagem e manutenção. O programa piloto começou na área produtiva. A entrevista baseou-se na descrição de cada função exercida pelo funcionário, com o relato de suas atividades. Na apuração das funções verificou-se que a mesma atividade era descrita de formas diferentes por cada funcionário entrevistado. Por isso, fez-se necessário organizar uma metodologia para coleta de dados que pudesse direcionar a descrição das funções, sem todavia influenciar sua veracidade. Obteve-se como resultado da coleta a Tabela 1.

Cargos

Torneiro II

cesso de levantamento das informações, discussão e validação da metodologia iniciou pela área produtiva da empresa, que serviu como piloto, a ser estendido aos demais setores. Participaram desta fase dois profissionais da área de Recursos Humanos, em conjunto com dois profissionais da área de produção. É de extrema importância que estes últimos estejam em posições de liderança. Os levantamentos foram executados pelo RH e, imediatamente após a coleta de informações, criticados e validados pela produção. A seqüência do processo iniciou através de uma entrevista informal com os funcionários das áreas piloto selecionadas. Após a interpretação dos dados, foram realizadas ordenações e classificações preliminares das funções, que geraram uma planilha final de cargos e funções. Foi determinada uma escala de pontuação baseada na definição dos conhecimentos e habilidades funcionais. Posteriormente foi avaliada a estrutura funcional, para elaboração de um questionário e, somente então, a realização de uma entrevista formal com os funcionários, obtendo uma escala de pontuação para cada um, quando foi possível a implantação de um plano multifuncional de remuneração.

Afiação de ferramentas de usinagem Cálculo de parâmetros de usinagem Cálculo de trajetórias de ferramentas Construção de eletrodo Construção de ferramentas de usinagem Fixação de dispositivos Fixação de ferramentas Fixação de peças Geração de programas NC eletroerosão a fio Geração de programas NC para fresadoras Geração de programas NC para tornos CNC Medição de peças Operação de computador CAM Operação de eletroerosão a fio Operação de eletroerosão de penetração Operação de fresadora Operação de furadeira bancada Operação de furadeira radial Operação de pantógrafo Operação de torno CNC Operação de torno convencional Preparação de eletroerosão a fio Preparação de eletroerosão de penetração Preparação de fresadora Preparação de furadeira bancada

Ordenação e classificação preliminar das funções Do levantamento preliminar resultaram as atividades descritas pelos funcionários, como preparação e operação de fresadora; preparação e operação de torno CNC e convencional; preparação e operação de furadeira radial e de bancada; preparação e operação de pantógrafo; cálculo de parâmetros de usinagem; sele-

Preparação de furadeira radial Preparação de pantógrafo Preparação de torno CNC Preparação de torno convencional Pré-setagem de ferramentas Projeto de eletrodo Referenciamento de eletroerosão a fio Referenciamento eletroerosão penetração Referenciamento de fresadoras

Tabela 2 - Cargos em relação às funções exercidas Janeiro/Fevereiro 2006

Ferramental

33


Cargo X Função

Torneiro I Torneiro II Torneiro III Fresador I Fresador II Fresador III Operador Eletro I Operador Eletro II Operador Eletro III Constr. Ferram. Programador CAM Operador Radial

Consistência final das funções Após montagem da planilha de ordenação e classificação preliminar das funções, citadas na Tabela 2, ela foi submetida à gerência do setor para avaliação do conteúdo e aprovação do detalhamento descrito. Por haverem algumas funções que se confundiam, da análise resultou uma planilha final, relacionando cada cargo com suas funções reais. A Tabela 3 traz essa classificação. Um exemplo dessa alteração é que a fixação de ferramentas, dispositivos e peças, bem como o referenciamento de máquinas foram considerados parte integrante das respectivas funções de preparação.

interpretação de desenho técnico; trigonometria; tecnologia de usinagem; leitura e interpretação de instrumentos de medição; lingua inglesa; linguagem de programação ISO; linguagem de programação Heidenhain; noções de microinformática; fixação de ferramentas, de peças, de dispositivos e segurança no trabalho. Foi então criada uma escala de pontuação para os conhecimentos, que identificou a importância de determinado conhecimento em consonância com determinada função, da seguinte maneira: 0 - Sem valor; 3 - Pouco valor; 6 - Necessário; 9 - Muito importante; Os relacionamentos entre conhecimentos e funções estão apresentados na Tabela 4.

Afiação de ferramentas de usinagem

Interpr. desenho

Trigonometria

Tecnolog. Usinagem

Leit. Instr. Medição

Ling. Program. ISO

Ling. Program HEID

Noções Microinform.

Fixação Ferramentas

Fixação Peças

Fixação Dispositivos

Inglês

Segurança Trabalho

Cálculo de parâmetros de usinagem

Medição de peças

Afiação de ferramentas de usinagem

6

3

3

6

0

0

0

9

0

6

0

9

Operação de computador CAM

Cálculo de parâmetros de usinagem

3

3

9

0

0

0

0

0

0

0

0

0

Operação de eletroerosão a fio

Cálculo de trajetórias de ferramentas

3

6

9

0

0

0

0

3

0

3

0

0

Operação de eletroerosão de penetração

Construção de eletrodo

9

6

3

9

0

0

0

6

9

6

0

9

Operação de fresadora

Construção de ferramentas de usinagem

6

6

6

9

0

0

0

9

6

6

0

9

Operação de furadeira bancada

Geração de programas NC eletroerosão a fio

6

9

9

0

0

0

6

0

6

6

3

0

Operação de furadeira radial

Geração de programas NC para fresadoras

9

9

9

0

9

9

6

0

6

6

3

0

Operação de pantógrafo

Geração de programas NC para tornos CNC

9

9

9

0

0

0

6

0

6

6

3

0

Operação de torno CNC

Medição de peças

6

6

0

9

0

0

0

0

6

6

0

6

Operação de torno convencional

Operação de computador CAM

6

3

0

0

0

0

9

0

9

0

6

0

Preparação de eletroerosão a fio

Operação de eletroerosão a fio

9

6

9

9

0

0

3

3

6

6

0

9

Preparação de eletroerosão de penetração

Operação de eletroerosão de penetração

9

3

9

9

0

0

0

3

6

6

0

9

Preparação de fresadora

Operação de fresadora

9

9

9

9

6

6

3

3

6

6

0

9

Preparação de furadeira bancada

Operação de furadeira bancada

6

3

6

9

0

0

0

3

6

6

0

9

Preparação de furadeira radial

Operação de furadeira radial

6

3

6

9

0

0

0

3

6

6

0

9

Preparação de pantógrafo

Operação de pantógrafo

6

3

3

9

0

0

0

3

6

6

0

9

Preparação de torno CNC

Operação de torno CNC

9

9

9

9

0

0

3

3

6

6

0

9

Preparação de torno convencional

Operação de torno convencional

9

9

9

9

0

0

0

3

6

6

0

9

Pré-setagem de ferramentas

Preparação de eletroerosão a fio

6

6

3

9

0

0

0

9

9

9

0

9

Projeto de eletrodo

Preparação de eletroerosão de penetração

6

6

3

9

0

0

0

9

9

9

0

9

Seleção de ferramentas de usinagem

Preparação de fresadora

6

6

6

9

6

6

0

9

9

9

0

9

Simulação programas NC para fresadoras

Preparação de furadeira bancada

6

3

3

9

0

0

0

9

9

9

0

9

Simulação programas NC para tornos CNC

Preparação de furadeira radial

6

3

3

9

0

0

0

9

9

9

0

9

Transmissão programas NC máquinas/servidor

Preparação de pantógrafo

6

3

3

9

0

0

0

9

9

9

0

9

Tabela 3 - Cargos em relação às funções exercidas reais

Preparação de torno CNC

6

6

6

9

0

0

0

9

9

9

0

9

Preparação de torno convencional

6

6

6

9

0

0

0

9

9

9

0

9

Pré-setagem de ferramentas

6

3

6

9

0

0

0

9

0

0

0

9

Projeto de eletrodo

9

6

3

0

0

0

0

0

0

0

0

3

Seleção de ferramentas de usinagem

3

3

9

6

0

0

0

0

0

0

6

0

Simulação programas NC para fresadoras

3

3

6

0

6

6

6

0

6

3

6

0

Simulação programas NC para tornos CNC

3

3

6

0

0

0

6

0

3

3

6

0

Transmissão programas NC máquinas/servidor

3

3

0

0

6

6

6

0

3

6

6

0

Cálculo de trajetórias de ferramentas Construção de eletrodo Construção de ferramentas de usinagem

Função x Conhecimento

Geração de programas NC eletroerosão a fio Geração de programas NC para fresadoras Geração de programas NC para tornos CNC

Definição dos conhecimentos associados às funções A etapa seguinte consistiu em relacionar os conhecimentos necessários para o desempenho de cada função. Após o levantamento e avaliação, os seguintes conhecimentos foram considerados essenciais: leitura e 34

Ferramental

Janeiro/Fevereiro 2006

Tabela 4 - Conhecimentos relacionados às funções



Raciocínio Rápido

Lógica

Perspicácia

Bom senso

Espírito Cooperativo

Rapidez Movimentos

Firmeza Movimentos

Seriedade

Paciência

Destreza Prática

Definição das habilidades associadas às funções Na etapa seguinte buscou-se relacionar as habilidades exigidas ao desempenho de cada função. Um trabalho de levantamento e avaliação propiciou verificar que para um funcionário desempenhar satisfatoriamente suas funções é ideal que tenha como habilidade o raciocínio rápido; lógica; perspicácia; bom senso; espírito cooperativo; rapidez e firmeza nos movimentos; seriedade, paciência e destreza na prática. Nem todas as habilidades são igualmente necessárias em todas as funções. Portanto foi determinado para cada função as habilidades inerentes esperadas. A escala de pontuação segue a mesma lógica utilizada para graduar os conhecimentos. Os relacionamentos entre funções e habilidades estão apresentados na Tabela 5.

Afiação de ferramentas de usinagem

6

3

3

9

9

6

9

3

9

9

Cálculo de parâmetros de usinagem

6

3

3

3

3

0

0

3

3

3

Função x Habilidades

Análise da Estrutura Funcional Após avaliação de todas as funções, conhecimentos e habilidades necessárias ao perfeito funcionamento do ciclo produtivo da empresa, foram redefinidos os cargos a fim de ajustá-los às atividades desenvolvidas pelo conjunto de funcionários. Da análise surgiu a necessidade de desmembrar os cargos de programador CAM e construtor de ferramentas. A classificação passou a ser: ! Construtor de ferramentas I; ! Construtor de ferramentas II; ! Programador de CAM I; ! Programador de CAM II. Elaboração de questionário para aquisição de dados O questionário para aquisição de dados deve conter o nome, data de admissão e setor, além dos conhecimentos e habilidades do funcionário. Para cada conhecimento e habilidade deve ser atribuído um valor na escala de 0 a 10, que irá quantificar o nível de atendimento de cada requisito no questionário.

Realização de entrevista formal com funcionários O questionário foi então submetido a todos os funcionários, individualmente, sendo que eles avaliaram cada quesito, atribuindo uma nota de 0 a 10, conforme sua interpretação de atendimento aos pontos em questão. Esta avaliação foi homologada pelo superior, que em caso de dúvidas envolveu o funcionário para esclarecer a nota atribuída. A Tabela 6 apresenta um exem-

Cálculo de trajetórias de ferramentas

6

6

9

9

3

0

0

3

9

3

Construção de eletrodo

6

6

9

9

3

6

9

3

9

9

Construção de ferramentas de usinagem

6

6

9

9

3

6

9

9

9

9

Geração de programas NC eletroerosão a fio

6

9

6

9

3

3

3

3

3

3

Geração de programas NC para fresadoras

6

9

9

9

3

3

3

3

3

3

Geração de programas NC para tornos CNC

6

9

9

9

3

3

3

3

3

3

Medição de peças

6

6

9

9

3

9

9

9

9

9

Operação de computador CAM

3

9

9

6

3

3

6

3

3

3

Operação de eletroerosão a fio

6

3

3

9

9

9

9

9

6

9

Operação de eletroerosão de penetração

6

3

3

9

9

9

9

9

6

9

Nome: Pedro de Tal

Operação de fresadora

9

6

9

9

9

9

9

9

6

9

1. Conhecimentos

Operação de furadeira bancada

6

3

3

9

9

9

9

9

3

9

1.1 Leitura/Interpretação de desenho técnico

7

Operação de furadeira radial

6

3

3

9

9

9

9

9

3

9

1.2. Trigonometria

6

Operação de pantógrafo

6

3

3

9

9

9

9

9

3

9

1.3. Tecnologia de usinagem

8

1.4. Leitura/interpretação instrumento de medição

9

Operação de torno CNC

9

6

9

9

9

9

9

9

6

9

1.5. Linguagem de programação ISO

5

Operação de torno convencional

6

6

9

9

9

9

9

9

9

9

1.6. Linguagem de programação Heidenhain

9

Preparação de eletroerosão a fio

6

3

6

9

9

6

9

3

9

6

1.7. Noções de informática

4

Preparação de eletroerosão de penetração

6

3

6

9

9

6

9

3

9

6

1.8. Fixação de ferramentas

8

1.9. Fixação de peças

8

Preparação de fresadora

6

6

9

9

9

6

9

3

9

6

1.10. Fixação de dispositivos

7

Preparação de furadeira bancada

6

3

6

9

9

6

9

3

3

6

1.11. Lingua inglesa

2

Preparação de furadeira radial

6

3

6

9

9

6

9

3

3

6

1.12. Segurança no trabalho

Preparação de pantógrafo

6

3

3

9

9

6

9

3

3

6

2. Habilidades

Setor: Eletroerosão

Data admissão: 14/10/2000

Conceito

6

Conceito

2.1. Raciocínio rápido

8

2.2. Lógica

5

2.3. Perspicácia

4

Preparação de torno CNC

6

6

9

9

9

6

9

3

9

6

Preparação de torno convencional

6

3

9

9

9

6

9

3

9

6

Pré-setagem de ferramentas

6

6

3

9

9

6

9

3

9

9

2.4. Bom senso

7

Projeto de eletrodo

3

9

9

9

3

3

3

9

9

3

2.5. Espírito cooperativo

9

Seleção de ferramentas de usinagem

3

3

6

9

3

3

3

3

3

6

2.6. Rapidez de movimentos

8

Simulação programas NC para fresadoras

6

6

6

6

3

3

3

3

6

3

2.7. Firmeza nos movimentos

9

2.8. Seriedade

8

Simulação programas NC para tornos CNC

6

6

6

6

3

3

3

3

6

3

2.9. Paciência

6

Transmissão programas NC máquinas/servidor

3

6

3

3

3

6

3

3

6

9

2.10. Destreza na prática

9

Tabela 5 - Habilidades relacionados às funções

36

Ferramental

Janeiro/Fevereiro 2006

Observação

Tabela 6 - Exemplo de formulário preenchido

Observação


Função 1. Afiação de ferramentas

1080

813

75

Cálculo de parâmetros de usinagem

420

303

72

Cálculo de trajetórias de ferramentas

720

483

67

Construção de eletrodo

1260

912

72

Construção de ferramentas de usinagem

1320

963

73

Geração de programas NC eletroerosão a fio

930

615

66

Geração de programas NC para fresadoras

1170

774

66

Geração de programas NC para tornos CNC

990

648

65

Medição de peças

1170

849

72

7 6 8 9 5 9 4 8 8 7 2 6 8 5 4 7 9 8 9 8 6 9

Operação de computador CAM

810

501

61

Operação de eletroerosão a fio

1320

993

75

Operação de eletroerosão de penetração

1260

963

76

Operação de fresadora

1590

1158

72

Operação de furadeira bancada

1170

900

76

Operação de furadeira radial

1170

900

76

Operação de pantógrafo

1140

876

76

Operação de torno CNC

1470

1074

73

Operação de torno convencional

1440

1056

73

Preparação de eletroerosão a fio

1260

936

74

Preparação de eletroerosão de penetração

1260

936

74

Preparação de fresadora

1470

1071

72

Preparação de furadeira bancada

1170

882

75

Preparação de furadeira radial

1170

882

75

Preparação de pantógrafo

1140

870

76

Preparação de torno CNC

1350

987

73

Preparação de torno convencional

1320

972

73

Pré-setagem de ferramentas

1110

837

75

Projeto de eletrodo

810

540

66

Seleção de ferramentas de usinagem

690

477

69

Simulação programas NC para fresadoras

900

585

65

Simulação programas NC para tornos CNC

750

477

63

Transmissão programas NC máquinas/servidor

840

555

66

6x7 3x6 3x8 6x9 0x5 0x9 0x4 9x8 0x8 6x7 0x2 9x6 6x8 3x5 3x4 9x7 9x9 6x8 9x9 3x8 9x6 9x9

1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 1.10 1.11 1.12 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 2.10

para cada conhecimento e cada habilidade (Figura 1); ! Multiplicar o valor da nota pelo valor da escala de

1. Afiação de ferramentas

Figura 2 - Valor da nota por valor da escala de pontuação

42 18 24 54 0 0 0 72 0 42 0 54 48 15 12 63 81 48 81 24 54 81 813

1. Afiação de ferramentas

1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 1.10 1.11 1.12 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 2.10 Total

pontuação (Figura 2); ! Somar, para cada função, o total de pontos obtidos Função

Valor Valor Perc. Máximo Obtido %

Afiação de ferramentas de usinagem

Figura 1 - Nota obtida por conhecimento e habilidade

Função

Funções

1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 1.10 1.11 1.12 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 2.10

plo de um questionário preenchido. Obtenção da pontuação por funcionário ! A pontuação obtida pelo funcionário é introduzida na matriz de pontuação, que fornece o percentual de atendimento relativo a cada função. A sistemática de cálculo é a seguinte: ! Introduzir, para cada função da matriz, a nota obtida

Figura 3 - Pontuação total

Obs.

Tabela 7 - Matriz de pontuação

(Figura 3); ! Dividir o total de pontos obtidos pelo valor máximo possível de ser obtido e multiplicar este valor por 100, para obtenção do valor percentual. Desse cálculo, o funcionário Pedro de Tal obtém: - Valor máximo possível: 1080 pontos; - Valor obtido: 813 pontos; - Resultado: 75,3% A Tabela 7 apresenta a matriz de pontuação para o funcionário Pedro de Tal. A consideração para cada índice obtido nas diversas funções é a seguinte: - Valor 0% - conhecimento nulo; - Valor entre 1 e 25% - noções básicas; - Valor entre 26 e 50% - conhece teoria ou prática; - Valor entre 51 e 75% - conhece teoria e prática; - Valor acima de 76% - domina a função. A pontuação assim obtida é então inserida na matriz

cargos x funções como apresenta a Tabela 8. É perceptível nesta situação que o funcionário avaliado tem bom embasamento teórico/prático para exercer as diversas funções da área produtiva, classificando-se em todos os cargos na faixa entre 51 e 75%. A média aritmética simples resulta da somatória de todas as notas dividida pelo número total de cargos. Assim, de um total de 859 pontos para 12 cargos, obteve-se a média de multifuncionalidade igual a 71,6%. Todavia, não houve registro de domínio em nenhum dos cargos. Ele é, portanto, um potencial candidato a operar qualquer equipamento desta área, necessitando apenas uma avaliação prática e, eventualmente, treinamento específico para operação de determinada máquina. Consistência da matriz funcionário x cargos A matriz final é intitulada de matriz funcionários x cargos, e fornece um excelente panorama do potencial para cada funcionário da empresa. A Tabela 9 apresenta Janeiro/Fevereiro 2006

Ferramental

37


Afiação de ferramentas de usinagem

75 75 75

Cálculo de parâmetros de usinagem

72 72 72 72 72 72 72 72 72

Cálculo de trajetórias de ferramentas

67 67 67 67

Constr. Ferram.

Operador Radial

75

75

72 72

67

Construção de eletrodo

67

72 72

Construção de ferramentas de usinagem

73 73

Geração de programas NC eletroerosão a fio

66

66

Geração de programas NC para fresadoras

66 66 66

Geração de programas NC para tornos CNC Medição de peças

Programador CAM

Operador Eletro III

Operador Eletro II

Operador Eletro I

Fresador III

Fresador II

Fresador I

Torneiro III

Torneiro II

Torneiro I

Cargo X Função

66

65

Função

65

72 72 72 72 72 72 72 72 72 72 72 72 61

Operação de computador CAM

61

75 76 76 76

Operação de fresadora Operação de furadeira bancada

61

61

Operação de eletroerosão a fio Operação de eletroerosão de penetração 76 76 76

72

76 76 76 76 76 76

76 76

76

Operação de furadeira radial

76

Operação de pantógrafo

76 76 76 73

Operação de torno CNC Operação de torno convencional

73

73 73 73

Preparação de eletroerosão a fio

74 74 74

Preparação de fresadora Preparação de furadeira bancada

74

74 74

Preparação de eletroerosão de penetração 72 72 72

72

75 75 75

75

75

Preparação de furadeira radial

75

Preparação de pantógrafo 73

2 anos

4 anos

5 anos

Operador Radial

100,00

107,00

110,00

113,00

115,00

Torneiro I

107,00

114,50

117,50

120,50

123,00

Operador Eletro I

107,00

114,50

117,50

120,50

123,00

Construtor Ferramentas I

107,00

114,50

117,50

120,50

123,00

FresadorI

107,00

114,50

117,50

120,50

123,00

Torneiro II

120,50

129,00

133,00

137,00

140,00

Operador Eletro II

120,50

129,00

133,00

137,00

140,00

Fresador II

129,00

138,00

142,00

146,00

149,00

Programador Cam I

129,00

138,00

142,00

146,00

149,00

Operador Eletro III

129,00

138,00

142,00

146,00

149,00

Construtor Ferramentas II

129,00

138,00

142,00

146,00

149,00

Torneiro III

138,00

147,00

151,00

155,00

159,00

Fresador III

138,00

147,00

151,00

155,00

159,00

Programador CAM II

138,00

147,00

151,00

155,00

159,00

Tabela 10 - Faixa salarial por cargo

Nível de Desempenho do Funcionário

73 73 73 75 75 75 75

Pre-setagem de ferramentas Projeto de eletrodo

69 69 69 69 69 69

Faixa do Fator

75 75

Cargo 50%

0,70 a 0,80

66

Cargo 75%

0,85 a 0,95

66

Seleção de ferramentas de usinagem

Contratação Efetivação

76 76 76

Preparação de torno CNC Preparação de torno convencional

salariais para os funcionários, definindo um valor mínimo para aquele de menor qualificação e um valor máximo para o mais qualificado. Esta base de informações deve ser constantemente atualizada, de preferência com periodicidade definida por exemplo, de 6 em 6 meses ou a cada 12 meses. Uma sugestão de plano de enquadramento é apresentada a seguir, sendo que a Tabela 10 mostra a faixa salarial por cargo e a Tabela 11 exibe um fator para consideração da multi-

69 69 69 69 69 65

Cargo 50% + Multi 25%

0,85 a 0,95

Simulação programas NC para tornos CNC

63

63

Cargo 50% + Multi 50%

0,95 a 1,00

Transmissão programas NC máquinas/servidor

66 66 66 66

66

Cargo 100%

Simulação programas NC para fresadoras

CLASSIFICAÇÃO

65 65 65

73 73 70 70 70 69 74 74 71 73 68 74

Funcionário X Cargo

Torneiro I Torneiro II Torneiro III Fresador I Fresador II Fresador III Operador Eletro I Operador Eletro II Operador Eletro III Constr. Ferram. Programador CAM Operador Radial

Tabela 8 - Matriz cargos x funções

Pedro de Tal

73 73 70 70 70 69 74 74 71 73 68 74

Funcionário

67 55 45 68 68 54 33 32 26 22 54 78

Funcionário

78 79 65 78 78 76 56 53 54 34 86 76

Funcionário

..

..

..

..

..

..

..

..

..

..

..

..

...

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..

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..

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..

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..

..

..

..

..

..

..

Funcionário

44 43 32 35 31 21 54 51 49 76 32 54

Funcionário

66 66 45 54 54 56 76 74 74 34 66 67

Tabela 9 - Matriz funcionários x cargos

a matriz para o caso estudado. Proposição de plano multifuncional Com base na Tabela 9 é possível estabelecer faixas 38

Ferramental

Janeiro/Fevereiro 2006

1,0

Cargo 75% + Multi 25%

1,0

Cargo 75% + Multi 50%

1,05 a 1,10

Cargo 100% + Multi 25%

1,05 a 1,10

Cargo 100% + Multi 50%

1,10 a 1,20

Tabela 11 - Fator adicional para uma ou mais multifuncionalidades

funcionalidade. A composição da remuneração final é obtida a partir destas duas tabelas. Asim sendo, na primeira classificação se busca o enquadramento na faixa salarial pela tabela 10, ou seja, para o funcionário Pedro de Tal, operador de eletroerosão II, 2 anos de serviços, o salário é de R$ 133,00. Na segunda classificação, a partir do nível de desempenho do funcionário, é calculada a remuneração final. Portanto, para o funcionário Pedro de Tal, cujo nível de desempenho no cargo é igual a 74% (Tabela 9) e cuja média de multifuncionalidade é igual a 71,6%, obtemos na Tabela 11 a faixa Cargo 75%


+ Multi 50% com fator variando entre 1,05 e 1,10. Percebe-se que o funcionário tem grande tendência a ser multifuncional, todavia na função específica está abaixo de 75%, o que sugere a necessidade de um treinamento para a função. Como cálculo final, considerando a boa multifuncionalidade do funcionário, adota-se o valor superior da faixa, ou seja, 1,10. Assim, o valor final da remuneração é de R$ 133,00 x 1,10, o que resulta em R$ 146,30. Obviamente que os valores e índices aqui apresentados podem e devem ser ajustados para a realidade de cada empresa. É possível simplificar ou agregar informações às funções, conhecimentos e habilidades. O fato importante é que um sistema transparente de remuneração e avaliação dos funcionários traduz-se em uma ferramenta excelente para alavancar a produtividade da empresa, uma vez que tanto funcionários quanto empresários, têm conhecimento dos parâme-

tros considerados para a evolução profissional dentro da corporação. Com isso, cada profissional pode avaliar se tem chance ou não de crescer e, principalmente, o que deve fazer para evoluir.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] DIHLMANN, C.; Desenvolvimento e Implantação de Remuneração Estratégica, Monografia de Especialização em Administração de Empresas, Univille Universidade da Região de Joinville, Joinville, SC, 1997 [2] PEREIRA FILHO, João Lins & WOOD JR., Thomaz; Remuneração Estratégica: A Nova Vantagem Competitiva, Revista RAE Light, V2, No. 4, pág. 21-25, EAESP/FGV, São Paulo, SP, 1995 [3] FERREIRA, Aluísio; RH: Prioridades para uma Vantagem Competitiva, III Congresso Nacional de Recursos Humanos das Instituições Financeiras, São Paulo, SP, Novembro/1994 [4] EDITOR; Como Contratar Bem sem Amadorismo, Revista Exame, 17 de fevereiro de 1993, pág. 102-103

Christian Dihlmann - Engenheiro Mecânico e Mestre em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC e Especialista em Administração de Empresas pela Fundação Educacional da Região de Joinville - Univille. Realizou aperfeiçoamento na área de fabricação de moldes e análise reológica em Portugal e Alemanha. Atualmente é diretor da BRTooling Ltda.

Janeiro/Fevereiro 2006

Ferramental

39



Guindaste hidráulico

Medição tridimensional

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Ferramental

41


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42

Ferramental

Janeiro/Fevereiro 2006

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Janeiro/Fevereiro 2006

Ferramental

43


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UMA BOA USINAGEM COMEÇA NA ESCOLHA DA MELHOR MÁQUINA ergomat tornear e fresar

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Ferramental

Janeiro/Fevereiro 2006

nações, largura de fase negativa e avaliações de qualidade de afiações de brocas, fresas, alargadores, escareadores, ferramentas escalonadas, perfis, bem como os batimentos dos sistemas de fixação utilizados na afiação. Blickle Ferramentas de Corte (41) 3366-5515 koch.r@blickle-tools.com

Fresadora CNC A Engraver está comercializando no Brasil a Fresadora CNC da Roland, modelo MDX-650, capaz de gravar, usinar e recortar desde resinas até ferro e aço. A movimentação se dá através de servo-motores AC e fusos de esfera recirculantes, que permitem o deslocamento de até 85mm/s nos 3 eixos, e motor de 400 watts de potência de 3.000 a 12.000rpm. A área de trabalho é de 650mm(X) x 450mm(Y) x 155mm(Z) e admite cargas de até 20 kg.

Com mesa móvel, a MDX-650 possui um passo de 0,001mm, ideal para confecção de moldes, peças


com pequenos detalhes e protótipos. A altura livre de 155mm no eixo Z propicia a confecção de protótipos de peças para produção e embalagens. A MDX-650 possui ainda os opcionais de 4º eixo e troca automática de ferramentas. Além de compatível com os softwares 2D e 3D (CAD e CAM) disponíveis no mercado, a fresadora é fornecida com o pacote de programas da Roland que oferece uma vasta gama de aplicativos com todos os recursos necessários para confecção e criação de peças 2 e 3D, a partir de desenhos 2D, criação de relevos a partir de fotos digitais, imagens scaneadas ou em extensão bitmap, importação de arquivos em extensão stl ou dxf, configuração de ferramentas, cria-

ção de caminhos da ferramenta (ToolPath) além de simulação de usinagem com apresentação de tempo. Engraver Solution Provider (11) 6955-5807 engraver@terra.com.br

poluição normalmente produzida por retíficas. O diâmetro máximo usinável é de 180mm para todas as ferramentas e de 280mm sem ferramenta adjacente, variando de acordo com as condições das ferramentas fixadas.

Torno CNC vertical invertido A Mazak, empresa multinacional de origem japonesa, está trazendo para o Brasil a IVS 200, torno CNC vertical invertido. Projetado para peças de alta precisão, o equipamento garante que, mesmo os materiais mais duros que HRC 50 podem ser usinados pela série IVS em vez de retificados. As máquinas da série IVS eliminam a

Com placa de 8", possui cabeçote com rotação de 7.000 rpm e potência de 26kW (35HP). O deslo-

Janeiro/Fevereiro 2006

Ferramental

45


camento do eixo X é de 320mm mais curso para o transportado de 560mm e do eixo Z é de 280mm.O avanço rápido do eixo X é de 110m /min e do eixo Z é de 60m/min. A máquina pode ser usada em sistema automático de produção com duas outras conectadas para uma usinagem contínua do 1º e 2º processo de fixação e tem capacidade de armazenar 12 ferramentas. A empresa, de 85 anos, está instalada no Brasil com um centro tecnológico de pré e pós-venda. Masak Sulamericana (19) 3464-9100 mazak@mazak.com.br

Pontas montadas para acabamento

das são sempre utilizadas em operações manuais e não devem ser operadas em grandes velocidades, geralmente não ultrapassando a 33 m/s. Estão disponíveis nos mais diversos formatos e medidas, possibilitando o acabamento desejado para os diferentes tipos de materiais. As pontas montadas são divididas em três grupos de acordo com a sua utilização: tipo A e tipo C com hastes de 6,4 mm de diâmetro e tipo B com hastes de 3,2 mm de diâmetro. Saint-Gobain Abrasivos (11) 6464-5221 sac.sga@saint-gobain.com

Protetivo em aerossol para moldes

As pontas montadas Norton são ferramentas abrasivas utilizadas em ferramentarias, forjarias e fundições, na rebarbação de furos e retificação de peças pequenas, minimizando as dificuldades nas operações de desbaste, acabamento e entalhes em locais de difícil acesso. São fabricadas em óxido de alumínio rosa e providas de um pequeno rebolo fixado em haste de aço, feitos em liga vitrificada, o que possibilita melhor poder de corte e maior vida útil. As pontas montaO protetivo para moldes EP32 da Implastec protege superfícies metálicas sujeitas à corrosão/oxidação tais como ferramentas, estampos, moldes de injeção, extrusão e sopro, máquinas e equipamentos, formando uma fina película de cera de longa duração e de fácil remoção, não sendo necessária a utilização de solventes e a limpeza das cavidades antes do uso do molde, pois é removido automaticamente 46

Ferramental

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logo nas primeiras injetadas. Possibilita a identificação da camada protetora pela sua coloração. O produto é repelente à água e resistente à maioria dos agentes químicos. É fornecido em aerossol com 250g/400ml. Implastec Plásticos e Lubrificantes Especiais (15) 3243-3788 vendas@implastec.com.br

Sistema de supervisão da produção O Sistema de Supervisão da Produção (SSP) da Numericon, avalia dados coletados em chão de fábrica e apresenta as informações para controle e monitoramento da manufatura, apontando gargalos, focos de ineficiência e motivos de interrupções.

Proporcionando o conhecimento do processo produtivo, permite a definição precisa dos pontos e métodos de intervenção para a obtenção de melhores índices de produtividade. Os grupos de funcionalidade do SSP são o monitoramento e supervisão do processo produtivo em tempo real, a avaliação e apresentação de dados estatísticos sobre máquinas, produção e mão-deobra, agrupados por períodos de

tempo e o interfaceamento e integração com sistemas externos tais como, planilhas, ERPs, MRPII, PCP e Internet. Numericon Sistemas de Manufatura (51) 3489-8771 depcom@numericon.com.br

Scanner 3D a laser A Roland DG apresenta seu novo scanner 3D a laser modelo LPX1200 que, em conjunto com o programa para edição de modelos Pixform PRO, oferece solução completa para modelagem reversa com altíssima qualidade de escaneamento e de fácil manuseio. Suas principais características técnicas são a resolução de 0,1mm, a captura de objetos de até 130mm de diâmetro e 203,2mm de altura, combinando ainda os modos de scanner rotativo e plano. É compatível com muitos programas de modelagem reversa e formatos de exportação de CAD 3D.

Roland DG Brasil (11) 4615-5684 marketing@roland.com.br www.rolanddg.com.br Janeiro/Fevereiro 2006

Ferramental

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poucos segundos. Por incorporar cálculos acoplados de fluxo do plástico e de aquecimento/resfriamento baseado na transferência de calor dentro do molde, o sistema permite mostrar a distorção térmica da peça e do molde. Também permite avaliar a pressão de ar interna, uma vez que considera as condições das saídas de ar da ferramenta.

Programa de simulação de fluxo para multicomponentes A versão 4.4 do programa 3DSigma, para simulação do fluxo de termoplásticos, da Sigma, lançado na Euromold 2005, traz como principal novidade a possibilidade de avaliar o escoamento do material em moldes para peças multicomponentes. O sistema é baseado em equações tridimensionais. O programa possui um gerador de malhas completamente automático para peça e molde, processando as informações em

Sigma Engineering GmbH (49) 241 89 495 0 info@sigmasoft.de

Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais Fonte de consultas técnicas e mercadológicas, fundamental para a cadeia produtiva.

Em 2006 tenha resultados efetivos na conquista de novos clientes Divulgue seus produtos na revista Ferramental e atinja o maior número de compradores qualificados. Não perca a edição de Março/Abril de 2006 Reserve seu espaço até 10 de Fevereiro. Ligue para: SP (11) 6459-0781 - Cel. (11) 9714-4548 - ronaldo@revistaferramental.com.br PR/SC (41) 3013-3801 - Cel. (47) 9964-7117 - comercial@revistaferramental.com.br RS (51) 3228-7139 - Cel. (51) 9109-2450 - casagrande@revistaferramental.com.br

www.revistaferramental.com.br


FEVEREIRO ! 9 a 14 - Nova Délhi - Índia Plastindia 2006 6ª Feira e Congresso Internacional do Plástico + (91 22) 268 329 11 -14 www.plastindia.org ! 14 a 18 - Milão - Itália Plast 2006 Feira Internacional para a Indústria do Plástico e Borracha + (39 02) 8228-3756 www.plast06.org MARÇO ! 3 a 6 - Chennai - Índia DieMould 2006 5ª Feira Internacional de Moldes e Ferramentas + (9122) 2852-6876 www.tagmaindia.org/diemould.php ! 6 a 11 - Bilbao - Espanha BIEMH 24ª Bienal Espanhola de Máquinas-Ferramenta + (34 94) 428-5427 www.bilbaoexhibitioncentre.com ! 7 a 9 - Nürnberg - Alemanha EUROGUSS Feira Internacional de Tecnologia em Fundição sob Pressão + (49 911) 8606-0 www.euroguss.de ! 20 a 24 - Buenos Aires - Argentina Argenplas 2006 XI Exposição Internacional de Plásticos + (54 11) 4313-6100 www.argenplas.com ! 28 a 31 - Cidade do México México Plastimagen 2006 14ª Exposição Internacional da Indústria do Plástico + (52 55) 5241-0400 www.plastimagen.com.mx

! 24 a 28 - Düsseldorf - Alemanha Tube / Wire Feira de Tubos, Arames e Cabos (11) 5535-4799 www.mdkfeira.com.br

! 18 a 21 - Belo Horizonte - MG Ferramental Minas 4ª Feira da Indústria de MáquinasFerramenta (41) 3335-3377 www.diretriz.com.br

MAIO ! 2 a 5 - Joinville - SC FMU 3ª Feira de Ferramentaria Modelação e Usinagem (47) 3028-0002 www.marktevents.com.br

! 19 a 23 - Chicago - EUA NPE 2006 Exposição Internacional da Indústria do Plástico + (1 202) 3731-0700 www.npe.org JULHO

! 9 a 11 - São Paulo - SP PlastShow 2006 Feira e Congresso (11) 3824-5300 www.arandanet.com.br ! 10 - 12 - Miami - EUA Fispal Latino 2ª Feira da Alimentação Latina nos EUA (11) 5694-2666 www.fispal.com ! 17 a 19 - Belo Horizonte - MG MinasFund 2006 II Feira da Indústria de Fundição de Minas Gerais (31) 3281-7200 www.minasfund.com.br ! 18 a 23 - Buenos Aires - Argentina EMAQH Exposição Internacional de Máquinas-ferramenta, Ferramentas e Afins + (54 11) 4371-1593 www.emaqh.com ! 23 a 27 - São Paulo - SP Mecânica 2006 26ª Feira Internacional da Mecânica (11) 3291-9111 www.mecanica.com.br ! 24 a 27 - Lima - Peru Expoplast Peru 2006 + (51 1) 447-7379 www.expoplastperu.com

! 10 a 13 - Porto Alegre - RS MF Feira Brasileira de MáquinasFerramenta (51) 3337-3131 www.efep.com.br ! 12 a 14 - Belo Horizonte - MG FaiMinas 2006 Feira de Automação Industrial de Minas Gerais (31) 3592-2011 www.faiminas.com.br AGOSTO ! 22 a 25 - Criciúma - SC Tecnometal Feira da Tecnologia em Produtos e Serviços Metalmecânicos do Sul (48) 3437-0362 www.nossacasa-sc.com.br ! 8 a 12 - Joinville - SC Metalurgia 2006 Feira e Congresso Internacional de Tecnologia, Fundição, Siderurgia, Forjaria, Alumínio e Serviços (47) 3451-3000 www.messebrasil.com.br ! 22 a 26 - Joinville - SC 4ª Interplast Feira e Congresso Nacional de Tecnologia do Plástico (47) 3451-3000 www.messebrasil.com.br

JUNHO ABRIL ! 24 a 28 - São Paulo - SP 5ª Brasilpack Feira Internacional da Embalagem (11) 3291-9111 www.brasilpack.com.br

SETEMBRO ! 6 a 9 - São Paulo - SP Fispal Tecnologia 2006 22ª Feira Internacional das Indústrias de Alimentos e Bebidas (11) 5694-2666 www.fispal.com

! 6 a 13 - Chicago - EUA IMTS Feira de Tecnologia de Manufatura + (312) 703-893-2900 www.imts.com Janeiro/Fevereiro 2006

Ferramental

49


! 20 a 22 - Essen - Alemanha Aluminium 2006 5ª Feira Internacional da Indústria do Alumínio + (49 211) 90191-202 wwwaluminium2006.com ! 26 a 30 - Curitiba - PR Expomac 16ª Feira Sul Brasileira da Indústria Metalmecânica (41) 3335-3377 www.diretriz.com.br OUTUBRO ! 3 a 6 - Caxias do Sul - RS Mercopar 2006 Feira de Subcontratação e Integração Industrial (11) 3662-4692 www.mercopar.com.br ! 4 a 7 - Porto Alegre - RS Autoparts 2006 3ª Feira de Autopeças, Equipamentos e Serviços (41) 3335-3377 www.diretriz.com.br

JULHO ! 24 a 27 - Rio de Janeiro - RJ 61º Congresso Anual da ABM (11) 5536-4333 www.abmbrasil.com.br AGOSTO ! 28 a 1º setembro - João Pessoa - PB CREEM 2006 XIII Congresso Nacional dos Estudantes de Engenharia Mecânica (21) 2221-0438 www.abcm.org.br

FEVEREIRO ! 14 e 16 - Nova Délhi - Índia 2ª Conferência Anual de Rotomoldagem + (1 630) 571-0611 www.rotomolding.org

! 24 a 26 - São Paulo - SP Usinagem 2006 Feira e Congresso (11) 3824-5300 www.arandanet.com.br

! 20 a 22 - Nova Orleans - EUA Molding 2006 Conferência de Moldagem por Injeção + (1 734) 737-0507 www.executive-conference.com

NOVEMBRO

JUNHO

! 7 a 9 - Olinda - PE Fispal Nordeste 3ª Feira Internacional de Produtos, Equipamentos, Embalagens e Serviços para a Alimentação (11) 5694-2666 www.fispal.com

! 20 a 23 - Águas de São Pedro - SP TTT 2006 III Conferência Brasileira sobre Temas de Tratamento Térmico (11) 3731-8549 www.metallum.com.br

MAIO ! 2 a 5 - Joinville - SC 4º Encontro da Cadeia de Ferramentas, Moldes e Matrizes (11) 5536-4333 www.abmbrasil.com.br ! 21 a 26 - Fortaleza - CE Latin Corr 2006 Congresso Latino Americano de Corrosão (21) 2516-1962 www.abraco.org.br/latincorr2006 50

Ferramental

Janeiro/Fevereiro 2006

O Sistema KANBAN de Produção. Lay out e manufatura Celular. Manutenção Produtiva Total (TPM) na Produção Enxuta. (51) 3347-8622 www.igea.org.br gdc@.igea.org.br

! Seacam - São Paulo - SP Cursos de CAD, CAM, Gravação 3D, Inspeção, Geração de Superfície e Projeto de Produto (11) 5575-5737 www.seacam.com.br ! IGEA - Instituto Gaúcho de Estudos Automotivos - Porto Alegre - RS Cursos e Workshops em Caxias do Sul - RS Automação, CQZD, Poka-Yoke: Ferramentas da Produção Enxuta. PPCPM - Planejamento, Programação e Controle da Produção e dos Materiais.

! HDB Representações - Cotia - SP Curso Básico e Avançado de Operador de Injetoras (11) 4615-4655 www.hdbrepr.com.br ! Escola LF - São Paulo - SP ! Cursos Técnicos nas áreas de operação de máquinas, materiais e processamento (11) 3277-0553 www. escolalf.com.br ! Siemens Ltda. - Automation & Control - São Paulo - SP Cursos de Controles Numéricos CNC (11) 3833-4205 www.siemens.com.br ! TK Treinamento Industrial - Joinville SC Cursos - CNC Básico em Fresamento, CNC Parametrizado SolidWorks 2005 - CAD/CAM PowerSHAPE e PowerMILL (47) 3027-2121 tkeng@terra.com.br ! Senai - Jundiaí - SP Curso Tecnologia de Moldes (11) 4586-0751 www.sp.senai.br/jundiai ! Senai - São Bernardo do Campo - SP Curso Técnico em Plásticos e Treinamentos nas Áreas de Materiais, Moldes e Processamento de Plásticos (11) 4109-9499 www.sp.senai.br senaimarioamato@sp.senai.br ! Draw Tec São Paulo - SP Curso Projetos de Moldes para Injeção (11) 9740-4400 germanopro@bol.com.br ! Escola Tupy - Joinville - SC Cursos - Programação CNC e Tratamento Térmico em Aço (47) 3461-0221 www.sociesc.com.br


CADASTRO DE QUALIFICAÇÃO PARA RECEBIMENTO DA REVISTA (*)

Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais

DADOS DA EMPRESA

(*) O envio da revista é gratuito às empresas e profissionais qualificados das indústrias de ferramentais, seus fornecedores, compradores e usuários finais. Não serão considerados os formulários não preenchidos completamente, ilegíveis e sem assinatura. Envie-o anexando preferencialmente catálogos de seus produtos/serviços, para: Editora GRAVO Ltda. - Caixa Postal 24034 CEP 82200-980 - Curitiba - PR, ou preencha o formulário no site www.revistaferramental.com.br Razão Social Endereço CEP

Cidade

Fone (

Estado

)

Fax (

e-mail

)

www.

Responsável pelo preenchimento Fone (

Cargo/Área

)

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DIRETORIA

Preencha os nomes correspondentes aos cargos abaixo e assinale para quem a revista deve ser enviada. Dir. Presidente

e-mail

Dir. Comercial

e-mail

Dir. Industrial

e-mail

Dir. Marketing

e-mail

Outro: Cargo/Área

e-mail

SUA EMPRESA É

Nome:

100

Moldes para a indústria do plástico

Preencha o campo 1

200

Ferramentais e dispositivos para a indústria metal-mecânica

Preencha o campo 2

300

Modelos e ferramentais para a indústria da fundição

Preencha o campo 3

400

Outros tipos de ferramentais

Preencha o campo 4

Compradora

500

De ferramentais

Preencha o campo 5

Usuária

600

De ferramentais e dispositivos

Preencha o campo 6

Fornecedora

700

Para a indústria de ferramentais

Preencha o campo 7

Fabricante de

CAMPO 1

Fabricante de moldes para a indústria do plástico: 101

Elastômeros

105

Resinas fenólicas

109

Termoformagem

110

Outros (especifique)

102

Extrusão 106

103

104

Fibras de Vidro e Carbono

Rotomoldagem

107

Sopro

108

Injeção

Termofixos

Para: 111

Terceiros

112

Uso próprio

Projeto: 113

Interno

114

Terceiros

Protótipo: 115

Interno

116

Terceiros

Terceiros

222

Uso próprio

Projeto: 223

Interno

224

Terceiros

Protótipo: 225

Interno

226

Terceiros

Fabricante de ferramentais e dispositivos para a indústria metal-mecânica:

CAMPO 2

Ferramentais para:

Conformação de arame 204

206

Dobra de chapas

207

Embutimento

210

Punções de corte

211

Punções de dobra

213

Repuxo

214

Outros (especifique) 215 219

218

Soldagem

220

Outros (especifique)

202

Corte de chapas

Conformação de tubos

Dispositivos para:

4

201

203

Controle/Inspeção

208

Conformação de perfis

205 Estampo

212

216

Corte fino (fine blank) 209

Forjamento

Punções de repuxo

Montagem

Para: 221

217

Rebitagem

Usinagem

CAMPOS 3 - 4 - 5 - 6 e 7


CAMPO 4

CAMPO 3

Fabricante de modelos e ferramentais para a indústria da fundição: Em:

301

Isopor (PU)

302

Para:

305

309

Baixa pressão

313

Shell-molding

314

Outros (especifique)

Cold-box

Madeira

306

310

303

Hot-box Microfusão

304

Metal

Para: 315

Resina

307

Coquilha

308

311

Moldagem em areia

316

* Uso próprio

* Sua empresa é fundição de

Sob pressão 312

Terceiros

317

Reo-colato

Metais ferrosos

318

Metais não ferrosos

Projeto: 319

Interno

320

Terceiros

Protótipo: 321

Interno

322

Terceiros

Terceiros

408

Uso próprio

Projeto: 409

Interno

410

Terceiros

Protótipo: 411

Interno

412

Terceiros

Fabricante de outros tipos de ferramentais: Para a indústria:

401

Alimentícia

405

402

403

Cerâmica

Para: 407

Cosmética

Farmacêutica

404

Do vidro

406

Outros (especifique)

CAMPO 5

Compradora de ferramentais: assinale qual(is) o(s) segmento(s) de atuação de sua empresa 502

Água e Saneamento

503

501

Aeronáutico

507

Brinquedos

514

Embalagens metálicas

519

Máquinas e implementos

523

Movimentação e Armazenagem (equipamentos)

508

509

Calçados

527

Utensílios domésticos

528

Outros (especifique)

515

Alimentos

Construção civil

Embalagens plásticas

520

510

516

Máquinas em geral

Áudio e Vídeo

Cosméticos

Moveleiro

Químico

522

525

505

511 517

Farmacêutico

521

524

504

Automobilístico/Auto-peças

Elétrico

512

Eletrodomésticos

Hospitalar

518

Informática

506

Bebidas

513

Eletrônico

Vestuário

Telecomunicações

526

Transporte (motos, bicicletas, triciclos)

CAMPO 6

Usuária de ferramentais e dispositivos: assinale qual(is) o(s) processo(s) utilizado(s) em sua empresa 602

601

Conformação a frio

605

Conformação de tubos

610

Embutimento

606

611

618

Conformação a quente Corte de chapas

Estampagem

Rotomoldagem

617

Repuxo

624

Outros (especifique)

612

603 607

Extrusão

619

Sopro

Conformação de arame Corte fino (fine blank)

613

620

Flashless

614 621

Termofixos

604

608

Conformação de perfis

Dobra de chapas

Forjamento

615 622

Termoformagem

609

Injeção

Elastômeros 616

Usinagem

Laminação 623

Wasteless

Fornecedora para a indústria de ferramentais de: 701

Análise estrutural

707

Óleos e Lubrificantes

712

Resinas para moldes

716

Outros (especifique)

702 708 713

Análise reológica Polimento Texturização

703

709 714

Bico/Câmara quente

Programação CNC

704

710

Tratamento superficial

Projetos 715

CAMPO 7

Para os itens abaixo, especifique o produto: 717

Acessórios para ferramentais:

718

Equipamentos:

719

Ferramentas de corte:

720

Máquinas ferramenta:

721

Matéria prima:

722

Serviços:

723

Softwares administrativos:

724

Softwares industriais:

725

Outros (especifique)

Data:

/

/

Design

Assinatura:

711

705

Gravação

706

Prototipagem rápida

Tratamento térmico

Modelagem


MANUAL PRÁTICO DO MECÂNICO Lauro Sales Cunha e Marcelo Padovani Cravenco A Edição 2003 da conhecida obra do professor Cunha foi amplamente revista, ampliada, e teve a colaboração e co-autoria do professor Marcelo Padovani Cravenco, do SENAI, sendo completamente compatível com o nível tecnológico requerido aos alunos de cursos de aprendizagem e outros profissionais da área mecânica em geral. Recomendável para profissionais como torneiros; ajustadores; fresadores; afiadores de ferramentas; ferramenteiros; plainadores; retificadores; funileiros; prensistas; aprendizes de ofício, entre outros profissionais da área. O livro aborda temas como o tratamento térmico dos açoscarbono; recozimento; revenimento; cementação; têmpera; torno mecânico; ângulos de corte; velocidade de corte; roscas; plaina mecânica; brocas; machos; alargadores; brochadeiras; fresas; engrenagens; rebolos; rugosidade; e CNC, orientação e exemplos; além de elementos práticos de mecânica; serras; cones; chavetas; durezas Rockwell, Vickers, Shore e Brinnell; entre diversos outros itens. O livro vem ainda com exercícios e problemas com resoluções. Contém diversas tabelas técnicas. www.hemus.com.br

MANUAL PRÁTICO DE ESTAMPAGEM

GUIA PRÁTICO PARA O RECEBIMENTO DE TORNOS CONVENCIONAIS E A COMANDO NUMÉRICO Antonio Carlos A. Gonçalves Em dez capítulos, o livro oferece orientação sobre os diferentes aspectos de embalagens e transporte; desembalagem; retirada das proteções anti-ferrugem; instalação no local de trabalho; verificações geométricas; precisão de posicionamento e repetibilidade dos tornos a comando numérico; histerese de posicionamento e capabilidade. Escrito pelo responsável das primeiras normas brasileiras de máquinas-ferramenta e o primeiro e atual presidente da sub-comissão de Mecânica de Precisão, Antonio Gonçalves tem mais de 20 anos de experiência no campo de fabricação e controle de máquinas-ferramenta e de injetoras de plástico e agora disponibiliza seu conhecimento ao público, através desta obra, que já virou referência no setor. www.blucher.com.br

CNC PROGRAMAÇÃO DE COMANDOS NUMÉRICOS COMPUTADORIZADOS TORNEAMENTO

Antonio Valenciano Polack Breve tratado teórico-prático sobre estampagem para mecânicos e profissionais. Estampagem é o ramo da Mecânica referente à fabricação de moldes e estampos, utilizados na fabricação de peças em série, que terão de tomar forma em todas as suas partes de uma só vez. O livro apresenta tabelas e aborda os temas de estampagem; corte e puncionamento; formas e detalhes construtivos dos cortadores; dobras e curvas; embutimento; tipos de moldes de embutir; prensas empregadas na construção de moldes e estampos e construção de ferramentas de estampagem. www.hemus.com.br

Sidnei Domingues da Silva Apesar do conteúdo técnico, esse livro se propõe a tratar o assunto de sistemas de programação de alguns comandos CNC mais utilizados no mercado com uma linguagem simples e prática. Entre os tópicos abordados pela obra pode-se encontrar coordenadas cartesianas e sistemas de coordenadas; introdução à programação; funções preparatórias e auxiliares; definição das funções preparatórias; trigonometria aplicada; definição do sistema de medidas; compensação de raio de corte; informações tecnológicas e estrutura de programação; fluxogramas de programação; ciclos fixos e alguns exemplos de programação e ferramentas. www.ensinoprofissional.com.br

Açoespecial ......................................................................39 Agie Charmilles ..................................................................6 Beckert ............................................................................32 Btomec ............................................................................26 Casa do Ferramenteiro......................................................43 Centrustec .......................................................................46 Cimhsa ..............................................................................5 CIMM ..............................................................................42 CQB...................................................................................8 Giacomini ........................................................................43 GFM ................................................................................45 GPS .................................................................................44 Incoe ...............................................................................45 Interplast .........................................................................40 Metalurgia .......................................................................30

Mold-Masters ...........................................................2ª capa Novapoli..........................................................................47 Parkfer .............................................................................44 Plastmix ...........................................................................19 PlastShow ........................................................................35 Precitéc............................................................................16 Render .............................................................................47 Siemens .............................................................29 e 4ª capa Simoldes ..........................................................................21 Sociesc.............................................................................32 Tokyo...............................................................................15 Truff.................................................................................46 UGS..........................................................................3ª capa Zavala..............................................................................42

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Assumindo culpas e buscando soluções Irineu Cambruzzi Presidente do Núcleo Setorial de Usinagem e Ferramentaria da Associação Empresarial de Joinville - ACIJ

Constantemente nos questionamos o que fazer para que nossa empresa seja mais eficaz e rentável. Culpamos o governo, o fornecedor, o funcionário, o cliente, enfim, sempre encontramos a quem sacrificar. Mas quando paramos para refletir, verificamos que muito do que acontece está sob nosso controle. Somos nós que escolhemos os governantes, que selecionamos o fornecedor, que instruímos o colaborador e que fechamos o contrato com o cliente. Ou seja, praticamente todas as ações da organização passam pela decisão do empresário. Então, qual a receita para evitar os deslizes e atingir a produtividade tão almejada? Dizer que a solução é simples seria pura demagogia. Por outro lado, convencer-se de que é impossível seria sinal de fraqueza. Quando investigamos os países líderes no segmento de ferramentaria percebemos que todos, sem exceção, estão solidamente organizados e coesos em suas ações internas. A grande atividade das associações de ferramentarias em Portugal, Alemanha, Espanha, Itália, China, Estados Unidos e tantos outros produtores mundiais é, certamente, geradora do sucesso destes gigantes do setor. Precisamos rever nossos conceitos! Levantar a cabeça e enxergar os vizinhos como parceiros para o crescimento e não simplesmente como concorrentes perigosos. Conhecer o mercado de atuação e direcionar os esforços para superar as expectativas do cliente. Debater com profundidade as deficiências do segmento e criar alternativas para competir em um ambiente extremamente agressivo e concorrido. Estruturar nichos para atendimento segmentado, formatando empresas especializadas em determinados tipos de ferramentas, e, naturalmente, divulgar os resultados obtidos. A relevância do segmento para toda a indústria nacional e, por que não dizer, internacional, é incontestável. Existe um espaço enorme para o crescimento de nossas empresas. Busquemos então o nosso lugar ao sol. Vamos fazer um 2006 de revolução administrativa e tecnológica em nossas empresas, visando consolidar o setor no mercado brasileiro, sem esquecer de vislumbrar o mercado externo. Para isso contamos também com o apoio da revista Ferramental, que vem em momento oportuno para contribuir com o fortalecimento da cadeia produtiva de ferramentais.

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