ANO VII - Nº 40 - MARÇO/ABRIL 2012 REVISTA FERRAMENTAL - PUBLICAÇÃO DA EDITORA GRAVO - ISSN 1981-240X
Conheça os principais ensaios mecânicos para determinar as melhores condições de trabalho na conformação mecânica
A evolução da termomecânica no processamento de aços planos
DESTAQUE
ANO VII - Nº 40 - MARÇO/ABRIL 2012 REVISTA FERRAMENTAL - PUBLICAÇÃO DA EDITORA GRAVO - ISSN 1981-240X
Conheça os principais ensaios mecânicos para determinar as melhores condições de trabalho na conformação mecânica
A evolução da termomecânica no processamento de aços planos
DESTAQUE
Christian Dihlmann Editor
Pensado para o sucesso de sua empresa Será realizado no dia 18 de maio, em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, o V ENAFER Encontro Nacional de Ferramentarias, cujos temas a serem discutidos, com grande profundidade, serão base para entendimento do atual estágio de competitividade do setor nacional bem como servirão para nortear as futuras ações em prol da perpetuação das ferramentarias brasileiras. Entre os assuntos apresentados teremos: procedimentos para validação de importação de ferramentais e a regulamentação da importação de peças automotivas; a Rede Nacional de Ferramentarias do SENAI, a criação e implantação da EMBRAPI – Empresa Brasileira de Pesquisa Industrial e as fontes de capacitação internacional para ferramentarias; planejamento tributário com foco em ferramentarias; mesa redonda sobre a composição de custos de produção e seu impacto no setor ferramenteiro, com discussão baseada em exemplo de custos de componentes na fabricação de um veículo e impacto na cadeia produtiva e a proposição de um modelo de produção que viabilize a manutenção e evolução da cadeia produtiva nacional e; balanço de atividades da Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais – ABINFER com assembléia de associados. Caro leitor simpatizante da cadeia de fabricantes de ferramentais: Divulgue esse evento, nós precisamos de você! Nessa edição estamos trazendo rico material para complementar o seu conhecimento. A introdução da termomecânica no processamento de aços planos comprova que processos alternativos devem ser constantemente desenvolvidos em busca de melhoria de desempenho e redução de custos de fabricação. O entendimento dos aspectos de ensaios mecânicos na ob-
tenção de curvas de escoamento fornece subsídios para dominar as características de um material metálico e, dessa forma, determinar as melhores condições de trabalho, obtendo resultados na qualidade e no preço do produto final. Na gestão da empresa, apesar da relevância da capacitação da equipe, com frequência “jogamos dinheiro pelo ralo” com treinamentos mal planejados e conduzidos. A sistematização do processo, através de recomendações básicas, permite otimizar os resultados obtidos. Importante artigo sobre a visão de negócios no desenvolvimento de produto dirige olhar para as armadilhas da falta de planejamento e controle nessa atividade. Um alerta sobre a movimentação da legislação relativa ao aviso prévio proporcional permite prevenir o empresário sobre os riscos da falta de provisionamento de recursos para este fim. E, grande destaque na edição, material sobre uma auto-avaliação da sua rede de relacionamento e como você lida com ela. Fantásticas dicas! Por fim, um trabalho muito bem elaborado pela equipe da ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, em conjunto com um grupo de instituições financeiras, sobre as falhas nos processos de encaminhamento de pleitos de financiamento via FINAME. Do trabalho resultou uma lista de verificação (check-list) que orienta o interessado nos principais procedimentos para a consolidação do processo. E, para não esquecer, um rol de feiras e congressos para os próximos meses, os quais devem ser considerados como oportunidades de prospecção de negócios e aprendizado de novas tecnologias. Tudo pensado a fim de contribuir com informações essenciais para o sucesso de sua empresa. Março/Abril 2012
Ferramental
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Artigos Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais www.revistaferramental.com.br ISSN 1981-240X
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Utilização da termomecânica no processamento de aços planos A melhoria de desempenho dos aços tem sido cada vez mais relevante, uma vez pela concorrência existente com outros materiais e outra pelos crescentes requisitos que estão sendo solicitados dos produtos finais. Para atingir estes requisitos as indústrias siderúrgicas estão desenvolvendo alternativas de materiais associadas a novas tecnologias de fabricação, entre os quais o processamento termomecânico.
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Recomendações para não gastar errado em treinamento O investimento na capacitação das equipes de trabalho é fundamental nas empresas. Mas é preciso sistematizar o processo de treinamento para obter ganhos reais em produtividade e não “jogar dinheiro pelo ralo”.
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Aspectos dos ensaios mecânicos para obtenção de curvas de escoamento As curvas de escoamento de um material são características essenciais a serem avaliadas para a determinação das condições de trabalho na conformação mecânica. É importante conhecer os principais ensaios mecânicos para obtenção destas curvas.
DIRETORIA Christian Dihlmann – Jacira Carrer REDAÇÃO Editor: Christian Dihlmann - (47) 9964-7117 christian@revistaferramental.com.br Jornalista responsável: Antônio Roberto Szabunia - RP: SC-01996 Colaboradores Dr. Adriano Fagali de Souza, André P. Penteado Silveira Dr. Cristiano V. Ferreira, Dr. Jefferson de Oliveira Gomes, Dr. Moacir Eckhardt, Dr. Rolando Vargas Vallejos PUBLICIDADE Coordenação nacional de vendas Christian Dihlmann (47) 3025-2817 / 9964-7117 christian@revistaferramental.com.br Vendas Santa Catarina / Paraná Spala Marketing (41) 3027-5565 spala@spalamkt.com.br Vendas São Paulo Gilmar Frassetto (11) 8827-1817 cocaper@hotmail.com ADMINISTRAÇÃO Jacira Carrer - (47) 3025-2817 / 8877-6857 adm@revistaferramental.com.br Circulação e assinaturas circulacao@revistaferramental.com.br Produção gráfica Martin G. Henschel Impressão Impressul Indústria Gráfica Ltda. www.impressul.com.br
A revista Ferramental é distribuída gratuitamente em todo o Brasil, bimestralmente. É destinada à divulgação da tecnologia de ferramentais, seus processos, produtos e serviços, para os profissionais das indústrias de ferramentais e seus fornecedores: ferramentarias, modelações, empresas de design, projetos, prototipagem, modelagem, softwares industriais e administrativos, matériasprimas, acessórios e periféricos, máquinas ferramenta, ferramentas de corte, óleos e lubrificantes, prestadores de serviços e indústrias compradoras e usuárias de ferramentais, dispositivos e protótipos: transformadoras do setor do plástico e da fundição, automobilísticas, autopeças, usinagem, máquinas, implementos agrícolas, transporte, elétricas, eletroeletrônicas, comunicações, alimentícias, bebidas, hospitalares, farmacêuticas, químicas, cosméticos, limpeza, brinquedos, calçados, vestuário, construção civil, moveleiras, eletrodomésticos e informática, entre outras usuárias de ferramentais dos mais diversos segmentos e processos industriais. As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as mesmas desta revista. A Ferramental tem como pressuposto fundamental que todas as informações nela contidas provêm de fontes fidedignas, portanto, recebidas em boa fé. Logo, não pode ser responsabilizada pela veracidade e legitimidade de tais informações. Quando da aceitação para publicação, o autor concorda em conceder, transferir e ceder à editora todos os direitos exclusivos para publicar a obra durante a vigência dos direitos autorais. Em especial, a editora terá plena autoridade e poderes para reproduzir a obra para fins comerciais em cópias de qualquer formato e/ou armazenar a obra em bancos de dados eletrônicos de acesso público. A reprodução de matérias é permitida, desde que citada a fonte. EDITORA GRAVO LTDA. Rua Jacob Eisenhut, 467 - Fone (47) 3025-2817 CEP 89203-070 - Joinville - SC
Foto da capa:
Molde para injeção de alumínio sob pressão. Foto cedida por Ferramentaria JN Ltda., de Joinville, SC
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Cartas Radar Expressas Conexão www Ficha técnica Euromold JuríDICAS Dicas do Contador Gente & Gestão Enfoque Eventos Livros Índice de anunciantes Opinião O envio da revista é gratuito às empresas e profissionais qualificados das indústrias de ferramentais, seus fornecedores, compradores e usuários finais. Qualifique sua empresa no www.revistaferramental.com.br
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Somos uma indústria de fogões e produzimos todas as matrizes de estampo internamente. Gostaria de receber a Ferramental em nossa empresa. Glederson Tramontini CSM Indústria e Comércio de Fogões - Maravilha, SC
Como coordenador de cursos de escola técnica, na qual ministramos cursos de moldes de injeção e ferramentas de corte, gostaria de receber a revista Ferramental.
Reginaldo Silva Lorenzetti - São Paulo, SP Rita de Cássia Enilla Indústria e Comércio - São Paulo, SP Elzio Biancalana JAW Plásticos - Joinville, SC Ágatha por Lírio Schaeffer Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Porto Alegre, RS
Fabiano Sberse CadMax Escola Técnica Profissionalizante - Caxias do Sul, RS
Sou bibliotecária das Unidades do SENAI/SC de Jaraguá do Sul, Pomerode e Schroeder e temos grande interesse em receber a revista Ferramental nas 3 unidades. Patrícia Ciciliano SENAI/SC - Jaraguá do Sul, SC
Agradecemos os contatos de: Gianpaulo Alves Medeiros Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Porto Alegre, RS
Todos os artigos publicados na revista Ferramental são liberados para uso mediante citação da fonte (autor e veículo). A Editora se reserva o direito de sintetizar as cartas e e-mails enviados à redação.
Moldes para injeção de termoplásticos e alumínio A Sildre está capacitada em disponibilizar a melhor solução em serviços na área de ferramentaria, com alto nível de qualidade e produtividade exigidos em projetos de engenharia.
SILDRE IND. DE MATRIZES LTDA. Rua Abel Postali, 430 95112-000 - Caxias do Sul - RS Fone (54) 3227-1334 sildre@sildre.com.br
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www.sildre.com.br
Uma visão de negócios no desenvolvimento de produtos Por Hélio Samora hsamora@ptc.com
Estima-se que metade dos recursos das companhias é destinada à criação de produtos que irão falhar ou que não terão boa receptividade no mercado.
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Em pouco tempo investir em PLM será mandatório.
Hélio Samora
• Hélio Samora é engenheiro mecânico e diretor da Parametric Technology Corporation (PTC) para a América Latina. 8
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Reciclagem, Gestão, Moldes e Ferramentas, e Matéria-prima, Máquinas e Processos serão os macro temas do Cintec 2012 Plásticos Congresso de Inovação Tecnológica, evento paralelo à Interplast – Feira e Congresso da Integração da Tecnologia do Plástico. O evento acontece de 20 a 24 de agosto na Expoville, em Joinville/SC com a expectativa de reunir 400 congressistas. Os temas do evento foram decididos em reunião da comissão formada por doutores e mestres da Sociesc, expositores da feira e representantes do Simpesc - Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de SC - e da Messe Brasil. Os próximos passos envolvem a busca de profissionais das respectivas áreas para apresentação de estudos e práticas relacionadas aos macro-temas. O evento contará ainda com mini cursos realizados na Sociesc. Messe Brasil 47 3451 3000 www.messebrasil.com.br
xesse algo a mais”, afirma Siegfried Koelln, diretor da SKA. Em mais de 20 anos de existência, a Stratasys, de origem norte-americana, construiu uma reputação sólida no mercado ao facilitar o dia a dia de inúmeros e variados clientes de renome. Koelln mostra o seu ponto de vista: “Assumir a comercialização no Brasil é a escolha mais acertada. Assumir os negócios e equipe da empresa mais tradicional do mercado brasileiro é um grande passo. O futuro é a manufatura digital, e a Stratasys é líder de mercado há muitos anos. Sua qualidade é imbatível. Há diversos modelos, e cada um deles é adequado a determinado tipo de empresa e mercado. A SKA também reafirma, com a impressão e sistemas de produção 3D, seu posicionamento de redução de tempo e custos do projeto e design até a peça pronta, em condições de uso. Trata-se de uma complementação e qualificação da linha de produtos da SKA”. O diretor da SKA também destaca os benefícios da integração dos profissionais da GraphStation à equipe da SKA: “A SKA passa a oferecer imediatamente aos clientes Stratasys da GraphStation/Sisgraph atendimento técnico e comercial, incluindo suporte, treinamento e demais serviços”, afirma Siegfried Koelln, Diretor da SKA. SKA 0800 510 2900 www.ska.com.br
A SKA, fornecedora de tecnologia CAD e CAM, e a Stratasys, pioneira da impressão 3D e maior fabricante do ramo, apertam oficialmente as mãos neste início de 2012. Em contrato assinado entre as partes, a SKA passa a representar no Brasil os produtos Stratasys, oferecendo toda a linha de produtos - desde a linha uPrint até a Fortus, incluindo os serviços de instalação, treinamento, assistência técnica e fornecimento de consumíveis. “Já há algum tempo a SKA estava em busca de um novo fabricante de impressoras 3D - e que não apenas substituísse o antigo fornecedor Solido, responsável pela impressora SD 300 Pro, mas que trou-
A partir de janeiro, a Sescoi International assumiu o controle da TData Processamentos, fundada há mais de 20 anos, e que era representante exclusiva da Sescoi International no Brasil, com os softwares de CAM/CAD WorkNC e WorkXplore. Assim poderá dar continuidade no relacionamento com seus clientes e manter o padrão de atendimento e suporte técnico. A equipe atual de suporte, o endereço do escritório e os telefones para contatos não mudarão. Março/Abril 2012
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Cyrille Schneider, formado em engenharia de produção na França, foi contratado para assumir a filial brasileira e desenvolver o mercado no País. Seus objetivos este ano são de alavancar parcerias com os fabricantes de máquinas e as universidades, além de criar uma rede de distribuição no Brasil. Tornando-se parte do grupo da Sescoi, a equipe técnica tem agora acesso direto ao departamento de desenvolvimento na França e condições de poder responder com mais rapidez as dúvidas que poderão encontrar no futuro. Além disso, a filial, em conjunto com a equipe técnica de Sescoi International estará em capacidade de estudar as possibilidades de integração de projetos especiais no software WorkNC. “É parte da cultura da Sescoi ser um aliado estratégico de seus clientes sendo provedor de soluções técnicas para melhoria da sua produtividade”, diz Schneider. “Assim, ela reforça o desejo de aproximação de sua equipe técnica com a de seus clientes para que possam evoluir e conquistar juntos suas metas futuras”, completa o executivo. Para oficializar e festejar este acontecimento a Sescoi Brasil organiza seu evento de lançamento na quarta-feira, 28 de março de 2012, às 14h30, no Hotel Sofitel em São Paulo. Na ocasião, Bruno Marko, presidente e fundador da Sescoi, irá apresentar a empresa e o grupo. Será também lançada a versão 21 do WorkNC que traz uma série de novidades e oferecidos descontos especiais para aquisição dos softwares da companhia. Sescoi Brasil 11 4226 6671 www.sescoi.com.br
A Organização Mundial de Comércio (OMC) marcou para os próximos dias 27 e 28 de março, em Genebra, na Suíça, a realização do seminário internacional para tratar da relação entre taxas de câmbio e comércio internacional. A discussão, que atende a um pedido feito pelo governo brasileiro em 2011, será dividida em quatro sessões distintas, dedicadas aos setores público e privado, às organizações internacionais e às ins-
tituições acadêmicas. O seminário é desdobramento de duas propostas circuladas na OMC pelo Brasil no ano passado. A primeira delas, de abril, ressaltava a necessidade de se discutir a relação entre taxas de câmbio e comércio internacional. A segunda, de setembro, retomou o tema e buscou contribuir para a reflexão sobre como os membros da OMC poderiam lidar com os efeitos negativos de desalinhamentos acentuados das taxas de câmbio para os fluxos comerciais internacionais. O empresário Josué Gomes da Silva, do grupo Coteminas, foi indicado pelo Brasil e aceito como participante da sessão dedicada ao setor privado. Além do empresário brasileiro, foram convidados para participar dessa sessão: Eva Jaili, CEO da PB Swiss Tools, Ruogu Li, presidente do EximBank chinês, e Eugênio Simeoni, diretor-geral da Nestlé. Assessoria de Comunicação Social do MDIC 61 2027 7190 ascom@mdic.gov.br
A Siemens apresenta a solução SINUMERIK MDynamics aos mercados automobilístico e aeroespacial. Usinagem de precisão, superfícies perfeitas e alta confiabilidade são as principais funcionalidades do SINUMERIK MDynamics, solução desenvolvida pela Siemens que atende os mercados automobilístico e aeroespacial, e fornece um grande diferencial: a função Advanced Surface, responsável por um inovador controle de movimento e otimização do processo de compressão de dados. A nova função possibilita ainda maior qualidade de superfície no acabamento de peças e alta precisão e está presente também nas soluções Sinumerik 840Dsl e Sinumerik 828D, da Siemens. Com uma interface amigável, o SINUMERIK Operate permite a rápida adaptação à peça final, fácil manuseio de programas e ferramentas, além de reduzir o tempo de programação e operação, o que dinamiza todo o processo. “Essa nova forma de aplicação do software atende às exigências da evolução deste mercado em que a qualidade de usinagem, a eficiência de custos e velociMarço/Abril 2012
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dade são prioridades”, afirma Gustavo Marino, coordenador de suporte ao cliente final. Entre os demais diferenciais do SINUMERIK, destaca-se a função MDynamics que apoia de forma completa o processo de usinagem, auxiliando em conjunto com as funcionalidades do Sinumerik desde o planejamento da produção e instalação no CNC (Comando Númerico Computadorizado), até à produção final. A versatilidade da solução abrange desde processos de usinagem de peças simples, que são programadas diretamente com base em um desenho, até peças complexas presentes no mercado. Siemens 11 3833 4040 www.siemens.com/industry
O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, recebeu do Vice Presidente Técnico da ABINFER - Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais, Gelson Oliveira, uma carta de reivindicação de um novo projeto de lei, que determine um índice de nacionalização para qualquer produto que venha a ser fabricado no
Brasil. A Associação entende que 60% seja um bom índice. Gelson Oliveira aproveitou o momento para convidar Marco Maia a participar do 5º ENAFER - Encontro Nacional de Ferramentarias, que se realizará no dia 18 de maio, nas dependências da Câmara de Indústria e Comércio de Caxias do Sul (CIC). O principal tema a ser tratado durante o evento será a questão da importação de ferramentais usados para fabricação de produtos “novos” no mercado brasileiro, fazendo com que a população esteja adquirindo produtos já de segunda linha, além da perda de postos de trabalho por parte das empresas e redução no recolhimento de impostos por parte da União. O encontro contou com a presença do presidente do Simplás, Orlando Marin, da deputada estadual Maria Helena Sartori, do prefeito José Ivo Sartori e dos vereadores Marcos Daneluz (PT/RS) e Guiovane Maria (PT/RS), e ocorreu no estande coletivo do Simplás na Festa da Uva Simplás 54 3228 2422 www.simplas.com.br
A Panambra Zwick Comércio de Máquinas e Equipamentos inaugura em março suas novas instalações em São Bernardo do Campo, São Paulo. Cerca de 50 clientes, 35 funcionários, 10 representantes, 30 fornecedores e a imprensa especializada estarão presentes no local do evento, com o objetivo de confirmar o que a Panambra Zwick poderá oferecer de grandes melhorias em seus projetos. O evento acontecerá na sua própria sede e o CEO da corporação, Dr. Jan Stefan Roell (Zwick Roell A.G.) discursará aos presentes. Segundo Leandro Santis, gerente comercial e técnico da Panambra Zwick, esse evento é de grande importância, pois será um divisor de águas para o então passado, marcado já com grande importância e notoriedade para um presente e futuro de muito trabalho visando a superação das expectativas de nossos clientes, fornecedores, funcionários e comunidade.
Panambra 11 3128 6300 www.panambrazwick.com.br
CONEXÃO WWW O Empretec, metodologia desenvolvida pela ONU e implantada no Brasil pelo Sistema SEBRAE, atinge empresários, futuros empresários e profissionais liberais interessados em desenvolver comportamento empreendedor e potencial competitivo. O empresário se familiariza e se identifica com características presentes em exemplos bem sucedidos: Busca de oportunidade e iniciativa; Persistência; Correr riscos calculados; Exigência de qualidade e eficiência; Comprometimento; Busca de informações; Estabelecimento de metas; Planejamento e monitoramento sistemáticos; Persuasão e rede de contatos; Independência e autoconfiança. O participante desenvolve segurança nas decisões, maior desempenho no planejamento empresarial e reduz chances de fracasso. O Empretec oferece: Workshop; Seminários intensivos; Métodos e técnicas de ensino mundialmente testados; Instrutores altamente capacitados; Reputação de ter formado mais de 50.000 alunos; Material didático. www.empretec.sebrae.com.br O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas - IBGE tem por missão institucional "Retratar o Brasil com informações necessárias ao conhecimento da sua realidade e ao exercício da cidadania". As estatísticas oficiais constituem um elemento indispensável no sistema de informação de uma sociedade democrática, oferecendo ao governo, à economia e ao público dados sobre a situação econômica, demográfica social e ambiental. Com esta finalidade, órgãos oficiais de estatística devem produzir e divulgar, de forma imparcial, estatísticas de utilidade prática comprovada, para honrar o direito do cidadão à informação pública. A página eletrônica do IBGE é rica em informações, contemplando indicadores de trabalho e rendimento, agropecuária, indústria, comércio, índices, preços e custos. Permite ainda obter estatísticas sobre população, economia e geociências, além de possibilitar download de diversos documentos. www.ibge.gov.br
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ANDRÉ OLAH NETO - aoneto@joinville.udesc.br GUILHERME OURIQUE VERRAN - dem2gov@joinville.udesc.br
Utilização da termomecânica no processamento de aços planos
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e forma geral nos segmentos industriais, a melhoria de desempenho dos aços tem sido cada vez mais relevante, uma vez pela concorrência existente com outros materiais e outra pelos crescentes requisitos que estão sendo solicitados dos produtos finais, como maior resistência mecânica e ao impacto. Para atingir estes requisitos as indústrias siderúrgicas estão desenvolvendo alternativas de materiais associadas a novas tecnologias de fabricação, entre os quais o processamento termomecânico. Com ele, através do controle adequado da temperatura de conformação, da intensidade do trabalho mecânico e do resfriamento, está sendo possível obter metais com estruturas muito mais refinadas, compartilhando elevada resistência mecânica com boa tenacidade.
No caso específico dos metais, tanto suas propriedades associadas ao processo de fabricação como a aplicação do produto, bem como indiretamente o seu custo, são determinadas pela sua microestrutura, que por sua vez é definida pelo tipo de matriz metálica, tamanho e forma do grão, tipo de textura cristalina, presença de elementos em solução sólida ou na forma de precipitados, como as inclusões, compostos intermetálicos, entre muitos outros fatores. Esta microestrutura é perfeitamente previsível e controlável, sendo determinada durante o processamento do metal, através do controle de quatro variáveis fundamentais: – composição química; – processo de fabricação; – tratamento térmico e; – trabalho mecânico. Especificamente o trabalho mecânico, além de determinar a forma e os aspectos dimensionais do material, também apresenta um forte impacto sobre a microestrutura. Quando é realizado em temperatura ambiente gera o fenômeno de encruamento1, que eleva tanto a dureza como a resistência mecânica. Quando realizado a quente (acima da temperatura de recristalização) ou mesmo a morno (temperatura subcrítica), em condições específicas, associado à taxa de deformação, a recristalização dinâmica e ao resfriamento controlado, promove a formação de deter-
minadas microestruturas, mais refinadas, com características bastante diferenciadas. Neste caso o trabalho mecânico acaba sendo designado por “processo termomecânico”. A termomecânica é amplamente empregada em processos siderúrgicos na fabricação de produtos planos, desde as chapas finas, para a obtenção de peças e componentes estampados até as chapas grossas com espessura de até 100 mm, para fabricação de tubos de grande diâmetro e vasos de pressão [1-4]. É aplicado na fabricação dos mais diferentes tipos de aços, desde os de baixa resistência com ultra baixo teor de carbono, passando pelos microligados como os HSS (High Strength Steel - Aço de alta resistência), para estampagem, da classe HSLA (High Strength Low Alloy Steel Aço de alta resistência com baixo teor de liga) [5], mas principalmente nos aços AHSS (Advanced High Strength Steel - Aço de avançada alta resistência) [6]. Merecem destaque os aços do tipo HF (Hot-Formed Conformado a quente), aplicados para a estampagem a quente [7, 8], os aços induzidos por deformação (TRIP2 1 Encruamento: é um fenômeno modificativo da estrutura dos metais, em que a deformação plástica realizada abaixo da temperatura de recristalização causará o endurecimento e aumento de resiliência (capacidade de um material voltar ao seu estado normal depois de ter sofrido tensão) do metal. Pode ser definido como o endurecimento do metal por deformação plástica. 2 Aços TRIP: são aqueles que adquirem maior plasticidade mediante a ocorrência de transformação de fase induzida geralmente por deformação plástica. Do ponto de vista microestrutural, estes aços, inicialmente austeníticos, apresentam composição química que permite a transformação desta austenita em martensita através da deformação, resultando em resistência mecânica mais elevada e, simultaneamente, maior ductilidade [www.infomet.com.br].
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Transformation Induced Plasticity) e aços com plasticidade induzida por maclação3 (TWIP4 - Twining Inducity Plasticity). A termomecânica pode ser definida como o tratamento onde a deformação plástica é introduzida no ciclo de tratamento térmico, como mostrado na figura 1, de forma a alterar o processo de transformação da austenita5, resultando na melhoria das propriedades, principalmente a resistência mecânica. Em alguns casos também melhora a resistência à fadiga, a fluência, a resistência à corrosão e principalmente a tenacidade à fratura [5]. Trata-se de uma das poucas alternativas de Austenita estável A3 A1
TMBT
Austenita Metaestável
Ms (a)
Temperatura
Austenita estável A3 A1 Austenita Metaestável TMAT
Ms (b) Austenita estável
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Isoforming
Ms (c)
Tempo Figura 1 - Diagrama esquemático de alguns tratamentos termodinâmicos: (a) Ausforming (tratamento mecânico de baixa temperatura); (b) Tratamento mecânico de alta temperatura e; (c) Isoforming [9] Ferramental
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TERMOMECÂNICA NA LAMINAÇÃO No passado a laminação era utilizada unicamente para dar a forma aos materiais, sendo que as propriedades necessárias eram obtidas através da adição de elementos de liga ou tratamentos térmicos complementares, que encareciam a liga. Com o aumento dos requisitos em determinadas aplicações, como o automobilístico, o naval e o de fabricação de tubos, entre outros, foi necessário que a indústria siderúrgica desenvolvesse novos conceitos de ligas e outras tecnologias de fabricação. Isto envolveu a adição de microligantes, como o Nióbio (Nb), Vanádio (V) e Titânio (Ti) e o desenvolvimento do processo de laminação controlada [8]. O desenvolvimento da laminação a quente com resfriamento controlado trouxe grande evolução na metalurgia de fabricação do aço, permitindo a obtenção de uma microestrutura mais homogênea e refinada, com melhores propriedades mecânicas e tenacidade. A laminação controlada consiste em se realizar a conformação em duas etapas: (1) A operação de “esboçamento6” a elevada temperatura, com recristalização total da austenita entre passes de laminação e, (2) A de acabamento, realizada a baixa temperatura, com nenhuma recristalização da austenita entre passes. 3
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fabricação que concilia resistência mecânica com tenacidade, garantindo ainda, em alguns casos, boa soldabilidade, ao permitir a redução de elementos de liga e principalmente o carbono equivalente em chapas grossas, oportunizando um intenso refino do grão [2, 9]. O tratamento termomecânico de uma liga metálica envolve a aplicação combinada e controlada de três fatores: temperatura; deformação e resfriamento. Consiste de um trabalho térmico/mecânico com o objetivo de, além de dar uma forma específica ao material, também controlar e refinar a sua estrutura.
Maclação: processo de formação de maclas. A macla é um tipo de defeito cristalino que pode ocorrer durante a deformação plástica. A maclação ocorre em um plano cristalográfico determinado segundo uma direção cristalográfica específica. Tal conjunto plano/direção depende do tipo de estrutura cristalina [www.poli.usp.br]. 4 Aços TWIP: são aços de alto teor de Manganês contendo em sua composição Silício e Alumínio (2% a 4%). Este material ostenta uma combinação de alta resistência e uma excepcional plasticidade, além de uma redução de aproximadamente 10% em sua massa específica quando comparado às ligas Fe-C [www.abmbrasil.com.br]. 5 Austenita: é a fase do aço cúbica de face centrada (CFC), com boa resistência mecânica, apreciável tenacidade, amagnética e com solubilidade máxima de carbono de 2%. 6 Esboçamento: etapa de pré-acabamento em processos de conformação, onde o material é levado a uma aproximação da forma final.
Neste processo ainda é utilizada a alternativa do resfriamento acelerado nos laminadores de chapas grossas, que refinam ainda mais o tamanho de grão ferrítico formado após a laminação controlada. Neste caso se usa a aplicação de água, no sentido de promover o resfriamento acelerado. Como pode ser observado através da figura 2, em baixas temperaturas de laminação não ocorre recristalização da austenita, obtendo-se grão menor e/ou alongado e ligeiramente encruado. Nesta condição a nucleação da ferrita é favorecida, resultando em grão ferrítico muito fino, em comparação com o processo tradicional [4, 8]. Na figura 3 pode ser observado o efeito da temperatura de laminação sobre o tamanho de grão do aço. O aço que sofreu laminação a temperaturas menores apresenta uma estrutura ferrita e perlita finamente dis-persa, enquanto o que foi processado sob maior tem-peratura apresenta uma microestrutura menos refinada [4]. A termomecânica, aplicando a prática da laminação
Figura 2 - Alterações microestruturais durante a laminação [8]
e resfriamento controlados, como mostrada na figura 4, possibilitou a produção de aços com excelentes características diretamente após a conformação a quente, sem necessidade de tratamentos térmicos posteriores, permitindo a redução de energia, de custos e a ob-
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Ferrita Martensita Bainita
Austenita retida Figura 5 - Figura esquemática do aço TRIP mostrando fases adicionais de bainita e austenita retida [6]
Figura 3 - Influência da temperatura de conformação sobre o tamanho de grão, associado a deformação mecânica [4]
Figura 4 - Tratamento termomecânico mostrando que a conformação e resfriamento controlados propiciam o refino do grão austenítico do aço [8, 11]
Figura 6 - Esquema mostrando o ciclo de tratamento térmico aplicado no aço TRIP [11]
tenção de ciclos de processamento mais curtos, principalmente nos aços do tipo ARBL7 (HSLA) [8, 11].
O aço TRIP é inicialmente laminado a quente e na sequência é resfriado de forma controlada na temperatura intercrítica para a formação de ferrita10. Depois é resfriado para a temperatura de austêmpera11 onde parte da austenita é transformada em bainita. Além da formação da austenita retida granular também ocorre a formação da austenita retida entre as placas de bainita [6]. As propriedades mecânicas típicas deste aço são apresentadas nas figuras 7 e 8 a seguir.
PLASTICIDADE INDUZIDA POR DEFORMAÇÃO O aço TRIP consiste em outro bom exemplo de aplicação da termomecânica. É um material relativamente recente que apresenta uma microestrutura com austenita retida envolvida por uma matriz de ferrita, como mostrado na figura 5. Pode conter austenita retida (mínimo 5% volume), como também apresentar quantidades variadas de fases duras de martensita8 e bainita9. Envolve o resfriamento isotérmico, a uma temperatura intermediária, para permitir que se obtenha a bainita [6]. O aço TRIP é um aço avançado para conformação mecânica e a quantidade e a composição química da austenita retida são ajustadas para que ocorra transformação martensítica durante a deformação. A figura 6 apresenta os ciclos de tratamentos termomecânicos para os aços TRIP [6]. 16
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ARBL: Alta resistência a baixo teor de liga. Martensita: fase metaestável que corresponde a uma solução sólida supersaturada de carbono em ferro. É uma fase extremamente dura. 9 Bainita: microestrutura de cementita dispersa em ferrita, obtida por transformação da austenita em baixa temperatura (200 a 550 ºC). 10 Ferrita: substância constituída por material ferromagnético e diversos óxidos, com propriedades eletromagnéticas e de elevadíssima resistência elétrica. A ferrita tem estrutura molecular cristalina cúbica. Normalmente utilizado como núcleo de transformadores elétricos. É comum encontrar este material dentro de rádios de ondas curtas, onde funciona como uma espécie de antena, devido suas propriedades eletromagnéticas. Também é muito utilizado na fabricação de fita para gravadores de áudio e vídeo. 11 Austêmpera: tratamento isotérmico composto de aquecimento até a temperatura de austenitização, permanência nesta temperatura até completa equalização, resfriamento rápido até a faixa de formação da bainita, permanência nesta temperatura até completa transformação. 8
sequente deformação do material, como em um evento de impacto, em um acidente, por exemplo, o que o torna muito peculiar [6].
Figura 7 - Caracterização mecânica do aço TRIP em relação a resistência a tração e alongamento [6]
PLASTICIDADE INDUZIDA POR MACLAÇÃO O aço TWIP tem elevado teor de Manganês (Mn), variando de 17 a 24%, que faz com que a estrutura seja totalmente austenítica a temperatura ambiente. Neste caso é aplicada uma grande quantidade de deformação para que exista a formação de maclas de deformação (“twin”). Esta maclação causa um elevado valor da taxa instantânea de endurecimento (n) bem como a estrutura torna-se cada vez mais fina. A macla age sobre o contorno de grão, evitando o seu crescimento, aumentando a resistência mecânica do aço [6, 15]. Combina uma alta resistência mecânica (chegando a 1.000 MPa) com um alongamento extremamente elevado, como mostrado na figura 9.
Figura 8 - Curva tensão deformação mostrando o aço TRIP com um alongamento muito superior aos aços DP e HSLA [6] Figura 9 - Caracterização mecânica do aço TWIP [6]
Quando da fabricação do componente, durante a deformação, a austenita retida, por ser instável, se transforma progressivamente em martensita, em função das tensões geradas, aumentando a resistência mecânica e a taxa de encruamento (work hardening rate) a elevados níveis de deformação. O nível de deformação no qual a austenita retida inicia a transformação em martensita é controlado pelo teor de carbono (C). Quando o teor de C é baixo a austenita retida se transforma imediatamente, mesmo com uma pequena deformação, aumentando a taxa de encruamento e a conformabilidade durante o processo de estampagem. Quando o C é elevado a austenita retida é muito mais estável e a sua transformação ocorre somente a elevados níveis de deformação. Neste caso a austenita retida persiste mesmo até o final da fabricação do componente, e só se transforma em martensita durante a sub-
TERMOMECÂNICA NA ESTAMPAGEM A QUENTE De uma forma mais focada na indústria automobilística existe a necessidade de desenvolvimento de aços cada vez mais resistentes, para permitir a redução da espessura dos componentes, reduzir o seu peso, o consumo de combustível, associado à uma elevada tenacidade, por uma questão de segurança, no sentido de se aumentar a resistência ao choque do veículo [7]. Em alguns tipos de veículos, principalmente os mais esportivos e velozes, está sendo cada vez mais comum, ou obrigatório, o uso de aços reforçados na confecção de componentes estruturais como o suporte de párachoques, colunas, reforço de porta, entre outros componentes, como mostrado na figura 10. A indústria siderúrgica tem feito um grande esforço em evoluções tecnológicas no sentido de atender estes Março/Abril 2012
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Figura 10 - Esquema mostrando componentes da cabine e de suporte do pára-choque confeccionados com aços mais resistentes mecanicamente [7]
requisitos. Isto está sendo conseguido através do desenvolvimento de novas ligas e do uso de novos processos de fabricação. Ocorre que os aços mais ligados trazem consigo o efeito mola, que consiste em um maior comportamento elástico ao invés do plástico, dificultando a obtenção de componentes com a precisão dimensional desejada. Este problema foi resolvido através da utilização do processo de estampagem a quente, onde a chapa de aço ou o “blank” é previamente aquecido acima da temperatura de recristalização e na sequência transferida para uma matriz de conformação, onde é estampada, como mostrado na figura 11.
Figura 11 - Etapas envolvendo o processo de estampagem a quente [7]
Neste processo, como a matriz de estampagem é resfriada através da circulação de água, ao mesmo tempo em que o material é conformado sofre um resfriamento forçado, provocando a sua têmpera12, conforme demonstra a figura 12. A estrutura final é martensítica, muito resistente e, o mais importante, a peça já sai na dimensão final, sem necessidade de retrabalho para eventuais correções dimensionais. 18
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Figura 12 - Diagrama TTT13 e curva de resfriamento de um aço para estampagem a quente [7]
A estampagem a quente também se caracteriza por um processo termomecânico, pois o aquecimento, a conformação e o resfriamento ocorrem quase que simultaneamente, de forma controlada, objetivando-se obter a estrutura e as propriedades desejadas. Para este processo se utiliza o aço HF (Hot-Formed Steel) ou 22MnB5, que é ligado ao Boro (0,002/0,005%). Durante o processo de conformação deve ser mantida temperatura de 850oC e resfriado a velocidade de 50oC/s para que as propriedades dese-jadas sejam alcançadas. Pode apresentar um limite de resistência de até 1.500 MPa, como mostrado na figura 13 [6, 7].
Figura 13 - Variação de propriedades do aço HF antes da conformação (1), quando da recristalização (2) e após o resfriamento (3) - [6]
12 Têmpera: Tratamento térmico caracterizado pelo resfriamento em velocidade superior a velocidade crítica de têmpera de uma liga ferro-carbono, a partir de uma temperatura acima da zona crítica para os aços hipoeutetóides e geralmente dentro da zona crítica para os aços hipereutetóides, resultando em transformação da austenita em martensita. 13 Diagrama TTT: também conhecido como diagrama de transformação isotérmico ou curva TTT, é um gráfico que representa a temperatura, transformação e tempo de um processo. A evolução da transformação pode ser representada por uma família de curvas que indicam o percentual de transformação ao longo do tempo.
Nas figuras 14 e 15 são mostradas curvas tensão x deformação de alguns tipos de aços HF, antes e após o tratamento, podendo ser observado um substancial ganho de resistência.
mecânicos. Revista Metalurgia & Metais, 564, v.62, p.102, março 2006. Gorni, Antônio Augusto; Silveira, José Herbert Dolabela da; Resfriamento acelerado de chapas grossas: o futuro chegou. Revista Metalurgia & Metais, 564, v.62, p.103-105, março 2006. Moraes Júnior, Luiz Roberto; Laminação acelerada de produtos não-planos sob temperatura controlada. Revista Metalurgia & Metais, 564, v.62, p.106-109, março 2006. Meyers, M. A.; Chawla, K. K.; Princípios de Metalurgia Mecânica. Item 13.4: Processamento Termomecânico. São Paulo: Edgard Blücher, 1982. World Auto Steel; Advanced high strength steel (AHSS). Application guidelines. Version 4.1, June 2009, www.worlautosteel.org. Word Auto Steel.
Figura 14 - Curva tensão x deformação para diferentes espessuras de aço HF com Boro, sem tratamento térmico (como recebido), a temperatura ambiente (6)
Gorni, Antônio Augusto; Novas tendências no processo de estampagem a quente de chapas. CINTEC. Joinville: setembro, 2009. Silva, André Luiz V. da Costa; Mei, Paulo Roberto; Aços e Ligas Especiais - Capítulo 10.3.1 - Conformação a quente - Tratamentos Termomecânicos. São Paulo: Edgard Blücher, 2006. Honeycombe, R. W. K.; Aços, Microestruturas e Propriedades. Capítulo 9: Tratamentos termomecânicos dos aços. Lisboa: Fundação Caloustre Gulbenkian, 1981.
Figura 15 - Curva tensão deformação de um aço HF com boro, após tratamento térmico, a temperatura ambiente (6)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Gorni, Antônio Augusto; Silveira, José Herbert Dolabela da; Reis, S. S.; Um panorama do desenvolvimento recente de chapas grossas e suas aplicações. Corte & Conformação de Metais, nov. 2006.
Gonçalvez, Marcelo; Fundamentos teórico-experimentais para o processamento termomecânico de ligas de alumínio. Anais da Ia Semana da Conformação, p. 287-305 - Joinville: ABM, 1993. Colpaert, Hubertus; revisão técnica André Luiz V. Costa e Silva; Metalografia dos produtos siderúrgicos comuns. Item 3.6.1: Tratamentos termomecânicos. São Paulo: Edgard Blücher, 2008.
Silveira, José Herbert Dolabela da; Tratamentos termoAndré Olah Neto - Engenheiro Metalúrgico pela Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC, Mestre em Engenharia de Materiais pela Universidade Federal de São Carlos - UFSCar, Especialista em Gestão Empresarial pela Sociedade Educacional de Santa Catarina - SOCIESC/ Fundação Getúlio Vargas - FGV e cursando Doutoramento em Ciência e Engenharia de Materiais (UDESC). Atuou por mais de 30 anos em empresas como Perfilados Tupy, SOCIESC, Embraco e Brasimet. Professor universitário no Departamento de Engenharia Mecânica da UDESC desde 1982, no Departamento de Engenharia Mecânica, ministrando disciplinas na área de especificação de materiais, processos de fabricação e controle de qualidade. Tem trabalhos publicados na área de fundição, tratamento térmico e conformação mecânica. Guilherme Ourique Verran - Engenheiro Metalúrgico, Mestre e Doutor em Engenharia Metalúrgica, de Minas e Matérias pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS. Professor Associado do Departamento de Engenharia Mecânica, atuando no ensino de graduação em Engenharia Mecânica e no Pós Graduação em Ciência e Engenharia dos Materiais da UDESC. Pesquisador nas áreas de Fundição e Metalurgia e orientador de alunos de Doutorado, Mestrado e Graduação. Autor de vários artigos publicados em periódicos nacionais e internacionais.
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JORGE DE PAIVA CAMPOS - depaivacampos@gmail.com
Recomendações para não gastar errado em treinamento
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ada vez mais se faz necessário investir na capacitação das equipes de trabalho. Entretanto, a mera aplicação de recursos financeiros na contratação de treinamentos sem a implantação de uma metodologia de execução e medição dos resultados representa um grande erro em boa parte das corporações brasileiras. É preciso sistematizar o processo para obter ganhos reais em produtividade e não “jogar dinheiro pelo ralo”.
Em uma empresa constantemente surgem demandas por melhorias em todos os processos, inclusive aqueles relacionados à competência da equipe (figura 1). As necessidades devem ser bem definidas para que o investimento traga o retorno desejado. Este artigo procura indicar as etapas necessárias para se obter resultados mensuráveis e favoráveis nos
Necessidades de melhorias
Análise das necessidades da organização
Outras necessidades
Outras necessidades
Necessidades relacionadas à competência
Necessidades de treinamento
TREINAMENTO
Figura 1 - Fluxo de seleção de treinamento [Fonte: NBR ISO 10015:2001]
treinamentos empresariais. Para tanto, é apresentado um check-list1 para os interessados em aproveitar melhor essa modalidade de preparação de mão de obra para o exercício de uma dada função. As recomendações são baseadas em depoimentos de empresários, gestores, treinandos, consultores, nos relatórios de gestão e na norma NBR2 ISO3 10015:2001 - Gestão da Qualidade - Diretrizes para Treinamento. Observa-se que as etapas de um treinamento devem ser cuidadosamente elaboradas para não haver gastos desnecessários e para prevenir a existência de gap4 de competência. SELEÇÃO E PROGRAMAÇÃO DO TREINAMENTO Para selecionar e programar um treinamento que objetiva reduzir as tais “lacunas de competência” entre a situação desejada e a existente na empresa, recomenda-se (figura 2): Elaborar a definição clara das necessidades de treinamento
1. Definição das necessidades de treinamento
4. Avaliação dos resultados do treinamento
Monitoração
2. Projeto e planejamento do treinamento
3. Execução do treinamento
Figura 2 - Ciclo de treinamento [Fonte: NBR ISO 10015:2001]
Nesta etapa devem-se analisar, no local de trabalho, quais são os requisitos necessários para o desenvolvimento da função e/ou atividade; fazer um levantamento detalhado das competências necessárias 1
Check-list: do inglês check = verificar e list = lista. É uma lista de verificação, geralmente utilizada para organizar itens de um evento. Pode ser elaborada para verificar atividades já realizadas ou à realizar. 2 NBR: é a denominação de uma norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 3 ISO: do inglês International Organization for Standardization, que significa Organização Internacioonal para Padronização. É uma entidade que atualmente congrega associações de padronização/normalização de 170 países [www.wikipedia.org.br]. 4 Gap: do inglês, significa brecha, fenda, abertura, intervalo, lacuna. Março/Abril 2012
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para o pleno desenvolvimento da atividade (o que fazer, quais os erros mais frequentes, quais os recursos oferecidos pela empresa); relacionar o que se espera da atuação desse profissional e quais resultados deverão ser avaliados após o curso. Sem essa ação perde-se o foco do treinamento e, caso o treinamento ocorra, é perda de dinheiro na certa. Projetar e planejar o treinamento Esta etapa exige do Gestor (responsável pelo treinando) uma visão clara do que deverá ser trabalhado em sala de aula durante o treinamento para corrigir os erros do diaa-dia relacionados ao trabalho de uma dada equipe ou dos indivíduos a serem treinados; não se deve enviar para treinamento um profissional sem um portfólio5 de atividades a serem desenvolvidas previamente (por exemplo, os principais gap's identificados no exercício da função ou atividade). De modo geral, todos os assuntos abordados no curso e/ou treinamento deverão colaborar para eliminar as lacunas de competência identificadas no decorrer do exercício da função. Executar o treinamento É uma das últimas etapas a serem executadas. De certa forma, o treinamento não alcança o resultado esperado pela maioria das empresas porque tal atividade (a definição do treinamento) não é especificada adequadamente pelos profissionais responsáveis. É preciso clareza na descrição do treinamento. Avaliação dos resultados do treinamento Recomenda-se avaliar, ao término do curso, o que foi ensinado (avaliação do conhecimento adqui22
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rido para quantificar percentualmente a aprendizagem do treinando). Após sessenta dias, deve-se repetir a sistemática de avaliação para que a empresa saiba o que de fato foi retido pelo profissional em termos de novos conhecimentos e, por fim, verificar a eficácia do treinamento (o que de fato foi adotado pelo treinando no dia-a-dia). A condição ideal e o esperado é que as empresas disponham de profissionais competentes e preparados para a função. Ou seja, “não treinar somente se possível”. Porém, para facilitar o processo nas empresas e chegar o mais próximo desta condição, deve-se contratar o profissional certo e colocá-lo no lugar correto. O que se verifica na prática é que isso não ocorre. Se considerarmos que a maioria dos postos de trabalho é preenchida por indicação, essa possibilidade (contratar corretamente) cai por terra. Outras empresas contratam seus funcionários sabendo de antemão que deverão preparar a sua mão de obra. Neste caso, grande parte das empresas opta pela sistemática “on the job training” (treinar no próprio trabalho). Em muitas ocasiões o Departamento de Recursos Humanos (ou antigo DP - Departamento de Pessoal), verifica a eficiência do treinamento, ou seja, se o treinando/trainee6 cumpriu o horário e o programa, se o material didático oferecido foi de boa qualidade, se o ambiente foi adequado, se o coffeebreak (parada para café) foi de boa qualidade, se os aparelhos eletrônicos utilizados funcionaram, entre outras atividades. Porém, avaliar o conteúdo do que foi tratado no treinamento, a avaliação no dia-a-dia, quanto ao rendimento operacional que deveria ser
dimensionado e quantificacado, não é feito. Logo, na maioria das vezes não se sabe o quanto foi absorvido pelo treinando e as empresas continuam jogando dinheiro fora. De modo geral, alguns cuidados devem ser tomados pelas organizações que pretendem aproveitar melhor o investimento em treinamento dos seus funcionários. AS NORMAS E OS TREINAMENTOS O item cinco (5) da NBR ISO 9001:2008 deixa claro quais são os requisitos necessários para que qualquer empresa faça a coisa certa quanto a estrutura necessária para executar os seus treinamentos. Uma das recomendações é que a organização deve criar e fornecer evidências do seu comprometimento com o desenvolvimento e a implementação do seu Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ). A norma em tela também faz referência ao comprometimento da empresa com a melhoria contínua e com a indicação da eficácia alcançada com as suas ações. Ora, se não houver evidências do comprometimento da Alta Direção da empresa com o desenvolvimento dos seus funcionários não haverá treinamento que resolva lacunas de competência. O que se verifica nas empresas (com certa facilidade) é o repasse dessa responsabilidade (de definir as 5 Portfólio: é uma lista de trabalhos/produtos de um profissional ou empresa. Refere-se a uma coleção de todo o trabalho em andamento na organização relacionado com o alcance dos objetivos do negócio. Toda organização tem um portfólio, mesmo que não o reconheça especificamente [wikipedia.org ]. 6 Trainee: do inglês, significa treinando, pessoa que está sendo treinada. Atualmente utiliza-se o termo para denominar um tipo de cargo dentro da estrutura hierárquica de uma empresa onde o desenvolvimento profissional do funcionário é incentivado.
etapas de um treinamento) ao responsável pelo setor de atuação do profissional indicado para o treinamento. Por mais que esse Gestor conheça da função e/ou dos requisitos necessários para o pleno desenvolvimento de uma dada atividade, não é o bastante para resolver como deverá ser desenvolvido esse ou aquele treinamento. Isso é atividade reservada aos profissionais da educação. Por isso existe uma norma específica e pessoas especializadas para indicar como deve ser elaborado e desenvolvido um treinamento. Enquanto for desenvolvido por especialistas de plantão (de outras áreas), seguramente será dinheiro jogado no lixo. E é neste ponto que reside o problema, pois a maioria dos gestores desconhece as necessidades de cada
cargo e/ou função, por mais que conheçam os resultados esperados de cada profissional. Ao assegurar que os requisitos e objetivos da qualidade devam ser estabelecidos e mantidos (atendidos plenamente), a organização demonstra a sua intenção em atender ao requisito necessário para se alinhar à exigência do mercado e ao exercício de uma dada função. Porém, por desconhecimento ou por lapso profissional, os Gestores da própria empresa agem contra a intenção da organização em colocar a pessoa certa no lugar certo. Ao acatar os preceitos da NBR ISO 9001:2008, a empresa se compromete a assegurar que os processos necessários para a manutenção do seu sistema de gestão da qualidade sejam estabelecidos, implementados e mantidos (o que na prá-
tica é uma tarefa difícil, mas não impossível). Para facilitar a atuação dos executivos, existem as entradas para análise crítica onde são verificados os resultados das auditorias, o desempenho do processo em relação à conformidade do produto, a situação das ações preventivas e corretivas. Então, por que não avaliar também o resultado efetivo do trabalho dos profissionais? Nesse momento é possível identificar as falhas ocorridas na contratação do profissional, pois é relativamente fácil identificar quem não tem os atributos necessários para o desenvolvimento do cargo ou função. Deve-se, nessa ocasião, indicar os temas para aprendizagem e outras formas de corrigir uma falha ou problema, se a proposta da empresa é formar seus profissionais.
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Em caso de dúvida, verifique o item 6 da NBR ISO 9001:2008, que indica explicitamente a responsabilidade da empresa quanto ao que ela deve fazer para determinar e prover os recursos para resolver os possíveis problemas relacionados a lacunas de competência dos cargos ou funções. MODELO DE PLANEJAMENTO PARA UM TREINAMENTO Referência: norma NBR ISO 10015:2001 - Gestão da Qualidade - Diretrizes para Treinamento Definição das necessidades de treinamento: para determinar adequadamente consideram-se os objetivos estratégicos da empresa antes de descrever os principais motivos para a execução do treinamento. – Objetivos estratégicos da empresa: descrever quais são os objetivos estratégicos da empresa e se estão relacionados com esse projeto; considerar a execução do mesmo no médio e longo prazo (ver 4.2.2 Definição das necessidades da organização - NBR ISO 10015:2001). – Considerar os objetivos estratégicos da empresa antes de descrever os principais motivos para a execução de um dado treinamento e o que se pretende com ele; inserir as competências básicas exigidas do candidato ao cargo no momento da contratação e as competências essenciais da empresa que estão relacionadas ao projeto de treinamento e capacitação (ver 4.2.3 Definição e análise dos requisitos de competência - NBR ISO 10015:2001). – Inserir quais as competências essenciais da empresa que estão relacionadas ao projeto (ver 4.2.4 Análise crítica das competências - NBR ISO 10015:2001). 24
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Considerar: Ÿ Competências requeridas do público alvo e as lacunas identificadas; Ÿ Perfil do público alvo (escolaridade, idade x geração, quantificar o público, tempo de casa, turn-over7); Ÿ Desempenho do público alvo (índices e dados quantitativos e qualitativos); Ÿ Histórico de treinamentos (ações realizadas, custos, resultados, retenção da aprendizagem, comparação entre o requerido e o alcançado); Ÿ Informações de mercado (treinamentos semelhantes e dados pertinentes disponíveis no mercado); Ÿ Consulta aos itens 4.2.5 Definição das lacunas de competência e 4.2.6 Identificação de soluções para eliminar as lacunas de competência - NBR ISO 10015:2001. – Especificação das necessidades de treinamento: Ÿ Detalhamento das necessidades, englobando quais serão os insumos para o desenvolvimento do treinamento, seu monitoramento e os resultados esperados; Ÿ Análise conclusiva da viabilidade do treinamento, verificando se a execução do treinamento é positiva. Se atender ao pressuposto acima observar o que deve ser feito: Definir claramente os objetivos a serem alcançados; Quantificar percentualmente os resultados (em uma visão simples, de zero a cem por cento); Ÿ Consulta ao item 4.2.7 Definição da especificação das necessidades de treinamento - NBR ISO 10015:2001. – Definição das restrições e pré-re-
quisitos: determinante para definição da metodologia, fornecedor, programa de treinamento, prazo, orçamento, treinamento prévio, avaliação prévia, pré-disposição do público alvo (ver 4.3.2 Definição de restrições - NBR ISO 10015:2001). – Métodos de treinamento e critérios para seleção: definição do público, formato, mecânica de deslocamento (se houver), prazos, local, estrutura, avaliação e certificação (ver 4.3.3 Métodos de treinamento e critérios para seleção - NBR ISO 10015:2001). ESPECIFICAÇÃO DO PROGRAMA DE TREINAMENTO A especificação do programa deve ser minuciosa e considerar o que segue: a) Objetivos e requisitos da organização; b) Especificação das necessidades de treinamento; c) Objetivos do treinamento; d) Métodos de treinamento e conteúdo programático; e) Metas corporativas (BSC8, área, % satisfação e retenção) e metas de cobrança da equipe treinada; f) Cronograma; g) Equipe, materiais necessários e verbas para efetivação do evento (consultoria, local, coffee-break, deslocamentos, etc.). Critérios e métodos de avaliação dos resultados do treinamento (sa7 Turn-over: do inglês, significa rotatividade. Neste caso, a frequência com que o ocupante da função é substituído. 8 BSC: do inglês Balanced Scorecard, significa indicadores balanceados de desempenho. É uma metodologia de medição e gestão de desempenho desenvolvida pelos professores da Harvard Business School, Roberto Kaplan e David Norton em 1992. Foi apresentado inicialmente como um modelo de avaliação e performance empresarial, porém, a aplicação em empresas proporcionou seu desenvolvimento para uma metodologia de gestão estratégica [www.wikipedia.org.br].
tisfação, aprendizagem, comportamento, impactos na organização e monitoramento dos processos treinados) podem ser baseados no item 4.3.4 Especificação do programa de treinamento - NBR ISO 10015:2001. CRITÉRIOS PARA ANÁLISE E SELEÇÃO DO FORNECEDOR DE TREINAMENTO A precisa definição do instrutor é crucial para o bom resultado do treinamento. Portanto, devem ser observadas as seguintes considerações: a) Definição de papéis e responsabilidades (referências, trabalhos relevantes e documentos atestando idoneidade); b) Alinhamento de expectativas (formas de avaliação, pré-requisitos para os participantes do curso); c) Contrato (levando em consideração pré-requisitos para continuidade do trabalho - fases de validação e pagamento); d) Critério de avaliação do fornecedor ao final do trabalho (ver 4.3.5 Seleção do fornecedor de treinamento - NBR ISO 10015:2001). APOIO PRÉ-TREINAMENTO É importante descrever o processo de customização e visita da consultoria à empresa antes da realização do treinamento e facilitar o contato com os gestores das áreas envolvidas no treinamento. Além disso, considerar: a) Visita ao local de trabalho do treinando e identificação de possíveis interfaces com outras áreas; b) Materiais de apoio (flip-chart, painel, pincéis, data-show, etc.); c) Sistemas de apoio, consulta e su-
porte (indicação de quem dará o apoio necessário ao treinamento. d) Visitas aos parceiros: fornecedores, hotéis, etc.; e) Convocação e detalhamento do curso (ver 4.4.2.1 Apoio pré treinamento - NBR ISO 10015:2001). APOIO AO TREINAMENTO Todos os compromissos e atividades que devem ser executados durante o treinamento devem ser claramente explicitados, de forma a organizar o processo e as responsabilidades de cada parte. Para tanto, observar o que segue: a) Especificação dos recursos instrucionais que serão utilizados; b) Atividades que subsidiam as competências a serem desenvolvidas no curso; c) Acompanhamento dos gestores do projeto no treinamento (definir a participação e/ou responsabilidade de cada gestor – exemplo: alguns gestores deverão participar de todas as turmas presenciais) (ver 4.4.2.2 Apoio ao treinamento - NBR ISO 10015:2001). APOIO FINAL AO TREINAMENTO Por fim, o ciclo de melhoria contínua só pode ser realimentado com o acompanhamento constante dos resultados do processo de capacitação. Assim, é importante observar: a) Análise dos resultados obtidos nas avaliações especificadas (ver 4.5 Avaliação dos resultados do treinamento - NBR ISO 10015:2001); b) Descrição de como será executada/trabalhada a avaliação e como ela poderá retroalimentar o processo e indicar como as ações serão fei-
tas a partir do resultado da avaliação (ver 4.4.2.3 Apoio ao final do treinamento - NBR ISO 10015:2001); c) ROI9: verificar a possibilidade de aplicação do referido conceito e suas implicações no resultado financeiro do setor / empresa; d) Preparar o relatório de avaliação final e tabular os resultados (compará-los com outros eventos semelhantes); e) Análise crítica x Plano de ação: aplicação do processo (PDCA10) e retroalimentação do sistema (ver 4.5 Avaliação dos resultados do treinamento - NBR ISO 10015:2001). FONTES DE CONSULTA Ÿ Campos, Jorge de Paiva; Guimarães,
Sebastião; Em Busca da Eficácia em Treinamento. São Paulo, ABTD, 2009. Ÿ Guimarães, Sebastião; Tudo que você
precisa saber sobre a NBR ISO 10015:2001. Disponível em: www.tgtreinamento.com.br, acesso em 30/01/2012. Ÿ Associação Brasileira de Normas Técni-
cas - ABNT; Norma NBR ISO 10015:2001. Editado e distribuí-do pela ABNT. Ÿ Associação Brasileira de Normas Técni-
cas - ABNT; Norma NBR ISO 9001:2008. Editado e distribuído pela ABNT. Ÿ www.wikipedia.org
9 ROI: do inglês Return On Investment, significa retorno sobre investimento. É a relação entre o recurso financeiro ganho ou perdido através de um investimento e o montante de dinheiro investido (ROI = ganho ou perda / investimento). Também chamado ROR, do inglês Rate Of Return, que significa taxa de retorno, taxa de lucro ou simplesmente retorno. 10 PDCA: do inglês Plan (planejar), Do (executar), Check (verificar) e Act (corrigir). O ciclo tem por princípio tornar mais claros e ágeis os processos envolvidos na execução da gestão. O ciclo começa pelo planejamento, em seguida a ação ou conjunto de ações planejadas são executadas, checase se o que foi feito estava de acordo com o planejado, constantemente e repetidamente (ciclicamente), e toma-se uma ação para eliminar ou ao menos mitigar defeitos no produto ou na execução.
Jorge de Paiva Campos - Mestre em Gestão da Qualidade Total (FEM / UNICAMP) com especialização em Ferramentas da Qualidade e Estudos Brasileiros. É Professor Universitário, Pedagogo, Consultor de Empresas, autor do livro “Em busca da eficácia em treinamento” e Diretor de Cursos da Ábaco Engenharia, Assessoria e Consultoria Empresarial.
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Expositores apostam em negócios, parcerias e intercâmbio de tecnologia
Por Simone Hülse Feuser especial para a Ferramental
Foto cedida por Herten Engenharia de Moldes
Foto cedida por CQB do Brasil
Messe Brasil / Demat Mais informações pelo e-mail euromoldbrasil@messebrasil.com.br ou pelo fone 47 3451 3000 26
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Lista de verificação para processo de financiamento pelo FINAME
Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais
Parte integrante da revista Ferramental - Nº 40 - Março/Abril 2012
A Diretoria de Financiamentos da ABIMAQ - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos reuniu-se com alguns Agentes Financeiros, entre eles, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal - CEF, Itaú BBA, Itaú Unibanco, Nossa Caixa Desenvolvimento, Santander e HSBC, a fim de trocar informações sobre os aspectos operacionais do produto FINAME desde a aprovação do financiamento até a liberação de recursos ao Fabricante. Em continuidade a este trabalho, foi elaborada uma lista de verificação (check-list), que contou com a contribuição dos bancos mencionados, sobre as principais irregularidades/dificuldades encontradas no processo operacional que ocasionam o atraso nas liberações de recursos. Maiores informações: Departamento de Financiamentos/ABIMAQ (11) 5582-6361, ou pelo e-mail defi@abimaq.org.br Glossário: FINAME: é uma linha de crédito destinada a empresas de micro e pequeno porte, localizadas em qualquer região do país. São utilizados recursos do BNDES para financiar a aquisição de máquinas e equipamentos nacionais novos, cadastrados na Agência Especial de Financiamento Industrial (FINAME), e capital de giro associado à aquisição isolada de equipamentos. CNPJ: Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica. CPF: Cadastro de Pessoa Física. IPI: Imposto sobre Produtos Industrializados. ICMS: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços. PIS: Programa de Integração Social. COFINS: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social. BNDES: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. PAC: Pedido de Abertura de Crédito. FGTS: Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. INSS: Instituto Nacional de Seguridade Social. RAIS: Relação Anual de Informações Sociais. DRE: Demonstrativo de Resultados do Exercício. CETESB: Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental. ORÇAMENTO Itens necessários no orçamento
Principais irregularidades
1. Dados da beneficiária (nome, endereço e CNPJ/CPF) com seu aceite; 2. Prazos de validade/entrega; 3. Dados da empresa que irá faturar o bem (razão social, CNPJ, nº do fax e e-mail); 4. Dados do bem: a. Quantidade; b. Valor unitário e total (excluído frete, acessórios, mão de obra); c. Valor/percentual do IPI, ICMS, PIS, COFINS; d. Classificação fiscal; e. Código/descrição (idênticos aos do Cadastro de Equipamentos do BNDES - www.bndes.gov.br; credenciamento de equipamentos); f. Local de instalação.
1. Dados da beneficiária incompletos (nome/razão social e endereço); 2. Descrição do equipamento em não conformidade com o cadastro no BNDES; 3. Demora no envio da documentação complementar para os equipamentos cadastrados no BNDES como finamizável caso a caso. Exemplo: planta baixa, desenhos e planilha do índice de nacionalização; 4. Orçamentos sem o “de acordo” do cliente; 5. Muitos fabricantes informam um prazo de entrega incompatível com o prazo de validade da PAC, ou seja, equipamentos com prazo de entrega superior a 180 dias e sem a informação de que a operação será conduzida através de cronograma de eventos; 6. Inclusão de valor para itens que não são finamizáveis. Exemplo: acessórios, frete, mão-de-obra; 7. Não informação do endereço de instalação da máquina/equipamento; 8. Falta de dados bancários para crédito do recurso.
Observações: existindo desenhos, prospectos, plantas e planilhas do índice de nacionalização o fabricante deve enviar uma cópia desses documentos ao agente financeiro, pois esses documentos serão submetidos à análise do BNDES.
Orçamento com cronograma de eventos 1. Descrever valores e percentuais (parte FINAME e comprador); 2. Data ou prazo previsto para a conclusão de cada evento.
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ENCAMINHAMENTO PARA PAC Documentos para aprovação da PAC
PAC aprovada/autorização de faturamento
! Crédito aprovado com prazo de carência > que o prazo de entrega do bem; ! Orçamento do bem, assinado entre as partes, com código FINAME, descrição igual ao cadastro e preço com imposto, exceto frete e montagem; ! Documentação complementar para os equipamentos cadastrados no BNDES como FCC (Finamizável Caso a Caso). Exemplo: planta baixa, desenhos e planilha do índice de nacionalização; ! Certidões Negativas de Débito (CND) do FGTS, INSS (finalidade 4) e Tributos Federais; ! Comprovante de entrega da RAIS da matriz e filiais, se for o caso; ! Balanço do último exercício com DRE da beneficiária e do grupo; ! Para empresas recém constituídas, declaração de receita prevista, assinada pelo representante da empresa; ! Para empresas com participação estrangeira, adiantar o envio dos documentos do item 3.1 da Circular FINAME Nº 33/2011 de 01/09/11; ! Licença Ambiental com número da CETESB, do local de instalação do bem; e ! Declaração de inexistência de infrações ambientais e declarações obrigatórias do BNDES.
! Agente financeiro emite contrato e envia a beneficiária; ! Beneficiária assina e registra em cartório, se aplicável; ! Agente financeiro envia a autorização de faturamento ao fabricante com
as informações necessárias para emissão da Nota Fiscal. OBS: Cliente deve atentar-se aos itens 7.3 a 7.3.1.5 e 15.10 dos Procedimentos Operacionais da Circular FINAME 33/2011 de 01/09/2011.
Itens necessários na Nota Fiscal / DANFE
Principais irregularidades
Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica - DANFE com a correspondente fatura e seus respectivos vencimentos, mencionando o valor relativo à Beneficiária. O DANFE deverá conter: 1. Dados do bem financiado: a. Código/descrição (idênticos aos do Cadastro de Equipamentos do BNDES - www.bndes.gov.br; credenciamento de equipamentos); b. Nº de série/chassi ou Nº de identificação; c. No caso de bem usado, informar o ano de fabricação; 2. Alienação Fiduciária ao banco (exceto para as modalidades BNDES FINAME Componentes e Financiamentos à Fabricante); 3. Nº da proposta ou Nº da PAC; 4. Data de emissão da Nota Fiscal Eletrônica e data de saída do bem financiado; 5. Código de Situação Tributária composto de três dígitos; 6. Não pode estar destacado na Nota o Frete e a Montagem.
1. Erro na data de saída do bem financiado; 2. Falta da fatura e seus respectivos vencimentos, mencionando o valor relativo à beneficiária; 3. Demora no envio das Notas Fiscais de Remessa; 4. Nº incorreto da proposta ou da PAC; 5. Falta de informação quanto a Alienação Fiduciária ao Banco; 6. Não informação do número de série do equipamento; 7. Erro no código/descrição (devem ser idênticos aos do Cadastro de Equipamentos do BNDES - www.bndes.gov.br ; credenciamento de equipamentos); 8. Erro na quantidade de equipamentos e no valor unitário divergindo do orçamento apresentado na fase de enquadramento da operação.
Observação: Em se tratando de Nota Fiscal de simples faturamento deverão também enviar cópia da 1ª via da Nota Fiscal de simples remessa. Principais irregularidades
Cronograma de eventos Correspondência do fornecedor, em papel timbrado, com as seguintes informações: ! Nome e CNPJ/CPF da compradora; ! Número da PAC; ! Descrição, valor e percentual do evento conforme orçamento; ! Dados para crédito - banco, agência e conta-corrente; ! Assinaturas do fornecedor e compradora; ! Ratificação do agente financeiro.
1. Número incorreto da PAC; 2. Nº incorreto do Contrato; 3. Descrição, valor e percentual do evento divergindo do orçamento; 4. Correspondência sem o “de acordo” do cliente.
LIBERAÇÃO DO RECURSO Itens necessários ! ! ! ! ! ! ! !
Notas Fiscais; Declaração de recebimento do bem; Certidão do INSS - CND vigente* (no caso da CND do INSS é necessário que a mesma possua finalidade 4); Apólice de Seguro; Vistoria “in loco”; A Plaqueta de Identificação e o Adesivo do BNDES devem constar no bem; Carta do fornecedor / fabricante informando os dados para crédito do recurso a ser liberado (banco, agência e conta corrente); Tudo correto, o agente financeiro solicita o Pedido de Liberação ao BNDES.
* As certidões devem estar válidas na data de assinatura do contrato e no caso da CND do INSS tem que estar valida na data do repasse dos recursos. Fontes: Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos – ABIMAQ; Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal – CEF, Itaú BBA, Itaú Unibanco, Nossa Caixa Desenvolvimento, Santander e HSBC. 28 Ferramental Março/Abril 2012
Parte integrante da revista Ferramental - Nº 40 - Março/Abril 2012
NOTA FISCAL / DANFE
TIAGO CRISTOFER AGUZZOLI COLOMBO - tiago.colombo@ufrgs.br LÍRIO SCHAEFFER - schaefer@ufrgs.br
Aspectos dos ensaios mecânicos para obtenção de curvas de escoamento
A
s curvas de escoamento de um material são características essenciais a serem avaliadas para a determinação das condições de trabalho na conformação mecânica. Por isso é importante conhecer os principais ensaios mecânicos para obtenção destas curvas, com suas respectivas características, vantagens e desvantagens, bem como o efeito da temperatura e da velocidade de deformação sobre as curvas de escoamento.
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Curva verdadeira
Figura 1 - Corpo de prova tradicional para ensaio de tração. Adaptado de [7]
Tensão
M’
M Curva de engenharia
Deformação Figura 2 - Comparativo entre curvas tensão-deformação de engenharia e verdadeira. Adaptado de [7]
Tensão convencional:
σ = F / A
Deformação verdadeira: (ϕ):
φ = ln A0/A = ln l/l0
Como
φ = ln (1 + ε)
φ = ln (1 + ε) = ln A0/A A = A0/(1 + ε)
kf = F / A = (F / A0). (1 + ε) kf = σ. (1 + ε)
Deformação convencional: 30
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ε = Δl / l0 = (l / l0) - 1
εc = Δh / h0 = (h - h0) / h0 = (1 – (h / h0)
φ=
2
σ = F / A0 (4.F/π.D0
V0 = V
2
)
2
(π.D0 /4). h 0 = (π.D /4). h
E se
2
2
D = D0 .(h 0 / h)
kf = (4.P.h)/( π.D02.h 0)
5 Flambagem: ou encurvadura é um fenômeno que ocorre em peças esbeltas (peças onde a área de secção transversal é pequena em relação ao seu comprimento), quando submetidas a um esforço de compressão axial. Acontece quando a peça sofre flexão tranversalmente devido à compressão axial. A flambagem é considerada uma instabilidade elástica, assim, a peça pode perder sua estabilidade sem que o material já tenha atingido a sua tensão de escoamento. Este colapso ocorrerá sempre na direção do eixo de menor momento de inércia de sua seção transversal. A tensão crítica para ocorrer a flambagem não depende da tensão de escoamento do material, mas da seu módulo de Young (http://pt.wikipedia.org).
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Figura 4 - Obtenção de curvas de escoamento pelo ensaio de compressão. Adaptado de [11]
Figura 3 - Corpo de prova pelo método de Rastegaev
Sendo (a) h/d = 1,5 para lubrificação convencional; (b) h/d = 1,0 para lubrificação Rastegaev.
e
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Figura 5 - Representação de um ensaio de torção em corpo de prova cilíndrico. Adaptado de [6]
Figura 6 - Curvas de escoamento para um aço ao Cr obtidas por ensaio de compressão. Velocidade de deformação constante de 0,1 s-1 e variando a temperatura (a) e temperatura constante de 1.150°C e variando a velocidade de deformação (b)
6 Difusão: a difusão molecular, frequentemente chamada simplesmente difusão, é um exemplo de fenômeno de transporte de matéria onde um soluto é transportado devido aos movimentos das moléculas de um fluído (líquido ou gás), pelo movimento térmico de todos as partículas a temperaturas acima do zero absoluto. Estes movimentos fazem com que, do ponto de vista macroscópico, o soluto passe das zonas mais elevada de concentração para zonas de baixa concentração. Um aço pode passar por processos que incluam difusão (por exemplo, com carbono ou nitrogênio) para modificar suas propriedades (http://pt.wikipedia.org).
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Tiago Cristofer Aguzzoli Colombo - Engenheiro de Materiais. Pesquisador e Mestrando no Laboratório de Transformação Mecânica (LdTM) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Lírio Schaeffer - Engenheiro Mecânico e Mestre em Engenharia de Minas, Metalúrgica e Materiais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Doutor na área de Conformação Mecânica pela Universidade Técnica de Aachen na Alemanha (Rheinisch-Westfalischen Technischen Hochschule - RWTH). Coordenador do Laboratório de Transformação Mecânica (LdTM) da Escola de Engenharia da UFRGS. Pesquisador na área de Mecânica, Metalurgia e Materiais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), professor das disciplinas relacionadas aos processos de fabricação por conformação mecânica e vinculado ao programa de Pós-Graduação em Engenharia Metalúrgica, Minas e Energia (PPGEM) da UFRGS. Autor de vários livros sobre conformação mecânica.
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Associe-se à ABINFER Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais Nossa missão é organizar a defesa e os interesses da indústria de ferramentais do Brasil e promover o desenvolvimento sustentável do setor, com visão de longo prazo, mas com atuação rápida e eficaz nas oportunidades e situações emergentes. Estamos trabalhando para que sua empresa possa enfrentar os desafios com mais competência. Vamos juntar nossas forças. Seja um associado!
Contatos: (47) 9971-1751 executivo.abinfer@terra.com.br
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Informações Cadastrais Razão Social Nome Fantasia
Data de Fundação
CNPJ
Nº de Empregados
Faturamento médio anual (R$)
Endereço
Nº
Complemento
Bairro
Cidade
Site
UF
Telefone (
)
Fax (
Responsável Financeiro
Responsável RH
CEP )
Tipo de Atividade (
) Fabricante (especificar)
(
) Fornecedor (especificar)
(
) Transformador (especificar)
(
) Prestador de Serviço (especificar)
(
) Instituição de Ensino ou Pesquisa
(
) Outras (especificar)
Segmento de Mercado Principais Produtos ou Serviços
Gestão da Empresa M F
Diretoria/ Gerência
Data Nasc.
Cargo
CPF
Contribuição Financeira Número de Profissionais *
Enquadramento Classificação
Estudantes
Até 10
De 11 a 15
de 16 a 20
de 21 a 30
de 31 a 50
Mais de 50
Valor Mensal
( ) R$ 30,00
( ) R$ 65,00
( ) R$ 120,00
( ) R$ 160,00
( ) R$ 200,00
( ) R$ 250,00
( ) R$ 350,00
* Total de sócios em atividades + funcionários.
Condições Gerais • Pagamento via boleto bancário, com vencimento no dia 1º de cada mês. • Valores reajustados anualmente, conforme determinação de assembléia geral.
Aceite Data
Assinatura
Nome
Instrução de preenchimento e envio: Após o preenchimento desta Ficha de Associado da ABINFER envie por email a executivo.abinfer@terra.com.br Em caso de dificuldade para preencher ou enviar, entre em contato com Pedro Luiz Pereira pelo telefone 47-9971-1751 ou pelo e-mail executivo.abinfer@terra.com.br Uso exclusivo da ABINFER Pessoa: ( ) Jurídica ( Representação:
(
) Física
) Singular
(
Associação: ) Coletiva
(
(
) Contribuinte
) Individual
Deliberação Vetado Aprovado Considerações: Data da Filiação /
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Assinatura/Visto do Diretor Executivo
(
Origem:
) Benemérito (
) Brasil
(
) Exterior
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THIAGO DE OLIVEIRA VARGAS - tov@shadvocacia.com.br
Trabalhador demitido antes de lei que regulamentou o aviso prévio proporcional poderá ter direito ao benefício
A
omissão legislativa em regulamentar a legislação do aviso prévio proporcional poderá acarretar elevados custos extras ao empregador. É importante ficar atento para não ser surpreendido com valores não provisionados a título de complementação do aviso prévio.
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• Thiago de Oliveira Vargas - Advogado especialista em Direito Tributário pela Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL. Sócio da Schramm, Hofmann e Vargas Advogados Associados, com sede em Joinville.
Schramm, Hofmann e Vargas Advogados Associados Ltda. Maiores informações pelo e-mail (ahofmann@shv.adv.br) ou pelo fone 47 3027 2848
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PIS e Cofins na exportação
1 PIS/PASEP: O Programa de Integração Social é uma contribuição social de natureza tributária, devida pelas pessoas jurídicas, com objetivo de financiar o pagamento do seguro-desemprego e do abono para os trabalhadores que ganham até dois salários mínimos. O PIS foi criado pela Lei Complementar 07/70 para beneficiar os empregados da iniciativa privada, enquanto o PASEP foi criado pela Lei Complementar 08/70 para beneficiar os servidores públicos. Foi instituído com a justificativa de promover a integração do empregado na vida e no desenvolvimento das empresas. Na prática consiste em um programa de transferência de renda, possibilitando melhor distribuição de renda nacional. 2 COFINS: A Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social é uma contribuição federal, de natureza tributária, incidente sobre a receita bruta das empresas em geral, destinada a financiar a seguridade social. Tem por base de cálculo o faturamento mensal (receita bruta da venda de bens e serviços) ou o total das receitas da pessoa jurídica. 3 Trading: Refere-se a uma empresa que opera no comércio internacional, exportando/importando mercadorias ou serviços por conta ou de terceiros.
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Grupo Abra Maiores informações pelo e-mail (abra@grupoabra.com) ou pelo fone 47 3028 2180 Março/Abril 2012
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Networking - Você é um AMIGO ou um perigo para o seu meio? por Paulo César Silveira (falecom@paulosilveira.com.br)
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QUESTIONร RIO
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PONTUAÇÃO GERAL
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RESULTADO
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Se você tiver algum comentário, sugestão ou dúvida entre em contato pelo e-mail falecom@paulosilveira.com.br e no campo“Assunto” coloque Revista Ferramental. Paulo César Silveira - Conferencista com mais de 1.750 palestras em sua carreira em 15 anos de profissão. Consultor, empreendedor e articulista com mais de 500 artigos editados. Mentor e líder do Projeto Liderança Made in Brazil. Autor de 18 livros, destacando-se os best-sellers: A Lógica da Venda e Atitude - Virtude dos Prósperos. Sendo ainda um dos autores da Coleção Guia Prático da Revista PEGN e também dos livros Ser+ em Vendas, Ser+ com T&D e Ser+ com Palestrantes Campeões em parceria com a Revista Ser Mais. Seu trabalho corporativo se baseia no treinamento mundial de vendas mais agressivo do mundo: Buyer Focused Selling e nos principais métodos de compras mundiais, principalmente as metodologias BATNA, PAC e no método de liderança TGE. Professor convidado da FGV/SP, FIA FEA/USP e UFRGS. Palestrante indicado pela FACISC, ADVB e FIESP nas áreas de vendas consultivas, vendas técnicas e comunicação com base em liderança. Site www.paulosilveira.com.br
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Moldes de Injeção para: • Termoplástico • Alumínio • Ferramentas de Estampo • Dobra • Repuxo
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A MY20A é uma afiadora versátil, comercializada pela Atlasmaq, ideal para quem procura trabalhar de maneira ágil e precisa. Ela pode afiar fresas de topo, brocas e bits de ferramentas. Possui uma série de suportes que facilitam e tornam mais seguro o trabalho do operador, como o suporte da guia de brocas e suporte de fixação de pinças. Outro mecanismo importante é o carro horizontal para a afiação, que garante maior agilidade e praticidade no manuseio das peças, otimizando o tempo de trabalho. Suas características técnicas contemplam: curso de deslocamento do rebolo de 8 mm; curso de deslocamento do suporte de 140 mm; potência do motor do rebolo de 0,33 HP; rotação do rebolo até 5200 rpm; dimensões do rebolo de 100 x 50 x 20 mm; cone do suporte do tipo pinça modelo R8; diâmetro máximo de fixação de 13 mm; peso líquido de 60 kg; dimensões da máquina iguais a 530 x 430 x 450 mm e; tensão de operação de 220 Volts monofásico.
Atlasmaq 11 3511 3030 www.atlasmaq.com.br
O grupo BrasilCarbon atua na área de importação e distribuição de produtos para ferramentaria, sendo especializado na distribuição de grafites EDM. Tem experiência em importação e parcerias com empresas situadas em diversos países do mundo. O grafite EDM moldado tem fator custo/benefício ideal para as empresas. Com variação de densidades para atingir as operações de desbaste, acabamento e acabamento fino, garante excelentes resultados no processo. Os 48
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tarugos de grafite podem ser utilizados em diversas áreas e fornecidos com formas diversas, de acordo com pedido. A empresa também disponibiliza no mercado três tipos de fios para eletroerosão a fio: fios de latão que possibilitam precisão no corte e versatilidade em máquinas. Garantem durabilidade no corte e no acabamento. São aplicados em mercados diversificados como automobilístico, mecânico, moldes, telecomunicações, elétricos e engenharia; fios de cobre amplamente utilizado na área elétrica assim como mecânica e; fios com acabamento em zinco, produto mais recente no mercado. Este produto tem obtido destaque em seu desempenho nos novos modelos de máquinas aumentando de 10 a15% sua produtividade, mantendo qualidade de corte e permitindo excelente condição na superfície no corte ou perfuração. Brasilcarbon 47 3433-1856 www.brasilcarbon.com.br
A Matripeças, de Caxias do Sul, comercializa os dispositivos de engate rápido para utilização em placas extratoras de moldes. A linha inicia com medidas a partir de diâmetro de
32 mm e força de puxamento de cerca de 19.000 N, e tem engate de M16 x 1,5. O maior diâmetro da linha é de 56 mm com força de puxamento em torno de 32.000 N, com engate M30 x 1,5 Matripeças 54 2108-5757 www.matripecas.com.br
O VP ATLAS ®, aço para moldes de plástico da Villares Metals, é o mais recente lançamento da empresa, indicado para ferramentais com requisitos de alta resistência. Este novo aço (ligado ao Cromo, Molibdênio, Manganês + micro adições) possui composição química balanceada, com patente requerida, e passa por tratamento de micro inclusões, o que garante melhor equilíbrio entre usinabilidade, soldabilidade, polibilidade, resposta a texturização, nitretabilidade e alta uniformidade de dureza em toda secção transversal da peça, além de ele-
vada resistência mecânica. O material é ideal para a fabricação de moldes que atuem sob elevadas tensões ou que requeiram uma maior resistência ao desgaste, e será fornecido com dureza na faixa de 38 a 42 HRC, em substituição aos aços já pré-endurecidos para 40 HRC, tal como o N2711M. Não possui similares normatizados e é indicado em substituição aos aços pré-endurecidos para 40 HRC, como o DIN 1.2711 e DIN 1.2714. Suas cores de identificação são: Azul – Branco – Azul. Vem nas formas e bitolas disponíveis: redondo com diâmetro máximo de 1.000 mm; quadrado máximo de 885 mm; retangular com área máxima de 9.000 cm2 (p/ espessura máxima de 900 mm). Para outras dimensões é necessário consultar o fabricante. Villares 0800 707-0577 www.villaresmetals.com.br
A Japax, representante da Sodick no Brasil, comercializa a máquina de eletroerosão a fio modelo AQ400L com motores de acionamento linear. O equipamento tem as características essenciais para usinagem com precisão, como: corpo da máquina criado em CAD para cálculo de espessura e disposição da estrutura; acionamento por motores lineares sem transmissão mecânica, sem folga nos componentes; CNC com interface amigável para operação intuitiva; controlador de movimentos Sodick que movimenta até 5 eixos simultaneamente; cerâmicas para estabilidade térmica e maior precisão com repetibilidade. Suas principais características técnicas são: tanque de trabalho com 935 x 770 mm; cursos dos eixos X, Y e Z de 400 x 300 x 250 mm respectivamente; cursos dos eixos UV de 80 x 80 mm; ângulo e altura de +20º a 80 mm; peso máximo da peça na lavagem de 550kg; peso máximo da peça submersa de 430kg; diâmetros de fio variando de 0,15 a 0,30 mm; peso
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máximo do carretel de fio de até 8kg; tensão do fio variando de 3 a 23N; dimensões da máquina de 1.920 x 2.600 x 2.095 mm e; área necessária para instalação de 3.000 x 3.700 mm. O peso da máquina atinge 4.300kg e o consumo de energia é de até 13 kVA. O gerador CNC tem sistema operacional multitarefa Windows XP, armazenamento por Compact Flash Disk ou pen drive, potência da faísca de 40 Amperes, monitor colorido de 15 polegadas TFT-LCD e incremento mínimo 0,01 μm. Pode ser configurado com controle simultâneo máximo de 4 eixos (LN2W) ou máximo de 8 eixos (LN-
20W). Tem ainda inserção automática de fio por jato fixo, o que confere: sistema com alta taxa de eficiência na inserção automática de fio em peças submersas e não submersas; incremento na retilineidade do fio através do corte térmico (por sistema de indução térmica); função automática de busca de furo de passagem; confiabilidade na inserção sob quaisquer circunstâncias; incremento na precisão da usinagem; incremento na performance da usinagem devido à utilização de guias fechadas; limpeza na parte interna das guias do fio (superior e inferior com formato redondo, diferentes das guias convencionais utilizadas em sistemas de inserção automática de fio). É equipado com função automática para desligamento e passagem do fio por jato de água. O AQ400L vem ainda com a função de servo tensão do fio para controlar e estabilizar a tensão do fio durante o corte e garantir elevada precisão e desempenho.
O bico de injetora com misturador, fabricado pela Fator, melhora a homogeneização do polímero com o masterbach proporcionando diminuição de manchas, peças com melhor acabamento, redução da rotação da rosca e redução da contrapressão. Os benefícios são rapidamente alcançados, principalmente a redução na quantidade de pigmento, redução no tempo de ciclo, maior produtividade, menor refugo de peças, peça moldada de melhor qualidade e redução no consumo de energia. O bico pode ser aplicado principalmente quando a peça moldada exigir qualidade superior, ou seja, livre de manchas e marcas de fluxo, existir extrema necessidade de redução de ciclo na fase de plastificação, os índices de refugo forem altíssimos, por exemplo, na produção de peças de grandes dimensões.
Japax 11 5564-7488 www.japax.com.br
Fator 11 2546-0073 www.fator.ind.br
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ENSAIOS MECÂNICOS DE MATERIAIS METÁLICOS Sérgio Augusto de Souza
NOVA GERAÇÃO DE EMPREENDEDORES (A): Guia para a elaboração de um plano
Este livro traz os seguintes temas: fundamentos teóricos e práticos; introdução de novos ensaios mecânicos de importância crescente no país; descrição dos ensaios específicos para diversos produtos industriais; noções de normas técnicas; revisão da parte teórica; nova ordem dos capítulos para melhor didática. Em seu escopo tem os seguintes assuntos: ensaio de tração, ensaios relacionados à fratura frágil, ensaio de dureza, ensaios de dobramento e flexão, ensaio de torção, ensaio de compressão, ensaio de fadiga, ensaio de fluência, ensaios diversos em produtos metalúrgicos, variáveis metalúrgicas, propriedades mecânicas elásticas - critérios de escoamento, além de exercícios e um anexo com as propriedades mecânicas de metais e ligas. 5ª edição. 304 páginas. 2004. ISBN 97885-21200-12-3 www.blucher.com.br
de negócios Fernando César Lenzi O livro descreve o ambiente que o empreendedor vivencia em seu dia a dia a partir dos diversos desafios que enfrenta. Voltado a empreendedores iniciantes e experientes, estudantes de áreas com afinidade ao tema e empreendedores corporativos (intra empreendedores), o livro traz capítulos com os seguintes enfoques: onde tudo começou as bases do empreendedorismo e as principais dificuldades das micro e pequenas empresas; como o empreendedor deve enfrentar os obstáculos que tem pelo caminho; o ambiente em movimento - a velocidade das mudanças, os mitos sobre empreendedorismo e as competências do empreendedor para chegar ao sucesso; o caminho para se reconhecer como empreendedor; o caminho para as oportunidades - da ideia à oportunidade, a visão de futuro, o foco, a energia e a rede de relacionamentos para chegar ao sucesso; a melhor forma de identificar oportunidades e aproveitá-las evitando erros e desgastes desnecessários; para chegar ao sucesso é necessário planejar - o momento certo de planejar evitando tomar decisões erradas no momento certo ou decisões certas no momento errado, usando as ferramentas mais adequadas para organizar; os mistérios do planejamento e seus segredos; sua transformação sem volta tudo que devemos saber e aprender para evitar que nosso caminho seja muito árido e para atingir os objetivos pessoais propostos; as regras para o sucesso como profissionais empreendedores. 176 páginas. 2009. ISBN 978-85-22455-53-9 www.editoraatlas.com.br
O LIVRO NEGRO DO NETWORKING Jeffrey Gitomer
Estabelecer contatos é mera questão de ser amigável, de ter capacidade de se entrosar e de estar disposto a dar algo de valor primeiro. Quando combinar esses três atributos, você terá descoberto o segredo que há por trás dos poderosos contatos que resultam em valiosos relacionamentos. Todos sabem que um livro negro contém registros de contatos e de redes de relacionamento importantes, muitas vezes secretos. Este livro negro trata de contatos e de como fazê-los, para que o seu livro negro se torne uma ferramenta para o sucesso, e não um mero estoque de números. A obra trata de: como subir a escada sem pisar (ou montar) nas costas dos outros; como conquistar o respeito de um mentor poderoso sem mendigar; como desenvolver relacionamentos mais fortes com clientes, chefes, colegas, vendedores, amigos e familiares; o poder de estar na mesma sala com pessoas poderosas; como se associar a pessoas poderosas, e como não se associar a pessoas poderosas; como dizer as coisas certas para as pessoas certas nas circunstâncias certas, para causar a impressão certa; como maximizar seus contatos, para que eles tenham a ganhar com você - e, mais importante, como ter a ganhar com eles. Mas o segredo é fazer com que eles tenham a ganhar primeiro. 208 páginas. ISBN 97885-76800-23-1 www.mbooks.com.br
EM BUSCA DA EFICÁCIA EM TREINAMENTO Jorge de Paiva Campos e Sebastião Guimarães
O livro tem como objetivo maior orientar os profissionais de RH na implementação da norma ABNT NBR ISO 10015: 2001 - Gestão da qualidade - Diretrizes para treinamento. A ISO 10015 é uma nova ferramenta de gestão de RH que dá as diretrizes para o desenvolvimento correto de todas as etapas do ciclo de treinamento. A norma ISO 10015 enfatiza a contribuição do treinamento para a melhoria contínua e tem como objetivo ajudar as organizações a tornarem seus programas de treinamento um ótimo investimento. 2009. ISBN 978-85-98561-13-4 www.abtd.com.br
Abinfer.............................................35
Incoe .................................................9
Sildre .................................................6
ABM ................................................39
Interplast .........................................20
Schmolz+Bickenbach................4ª capa
Brehauser.........................................48
JN Ferramentaria ......................2ª capa
II Simpósio Internacional ..................15
Btomec ..............................................5
Metalurgia .......................................37
Tecnoserv.........................................49
Casa do Ferramenteiro .....................11
Moldtool..........................................23
Top Line...........................................15
CIMM ................................................6
Nexa................................................34
Grob ........................................3ª capa
Parkfer .............................................48
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Divulgação
Carlos Rezende
Empreender Competitivo: instrumento para o crescimento
Coordenador Executivo Nacional do Projeto Empreender rezende@cacb.org.br
Recentemente estive em Joinville, Santa Catarina, a convite da Fundação Empreender, para participar da recepção ao presidente da Câmara de Artes e Ofícios de Munique e Alta Baviera (Handwerkskammer), Heinrich Traublinger. Na oportunidade foi feito um breve relato das conquistas do sistema de Associações Comerciais, e das empresas a elas vinculadas, nestes vinte anos de Empreender no Brasil. Por mais otimistas que fossem as visões, tanto do lado brasileiro quanto do lado alemão, ninguém imaginava que aquela semente plantada nas Associações comerciais de Brusque, Blumenau e Joinville pudesse germinar de forma tão consistente. Ela não só se desenvolveu como se esparramou em todo o estado de Santa Catarina. Alcançou todo o território brasileiro e nos últimos cinco anos avançou nossas fronteiras, atravessou o oceano Atlântico onde se consolida o Empreender em vários países do continente africano e da Ásia. O objetivo do Empreender nesses vinte anos não mudou. Continua o de promover o fortalecimento das micro e pequenas empresas (MPE) por meio do associativismo, cuja participação na economia brasileira é bastante difundida na imprensa: representam 95% dos empreendimentos formais; são responsáveis por cerca de 50% dos empregos; e respondem por aproximadamente 35% do PIB (produto interno bruto) brasileiro. Ao se inserir em um núcleo setorial, espera-se que os benefícios alcançados pelas empresas sejam capazes de manter ou melhorar esses indicadores, ou seja, que elas gerem mais empregos e aumentem o faturamento contribuindo para maior participação no PIB. O Empreender Competitivo não deixa dúvidas quanto a intenção da iniciativa. Ela prevê o aporte de recursos para projetos de núcleos setoriais que promovem a melhoria da competitividade das MPEs e consequentemente gere mais emprego e aumente o faturamento das empresas. Ao longo desses vinte anos, muitos núcleos setoriais sucumbiram em sua jornada. Em outros, os resultados ficaram muito aquém do esperado. Dentre os motivos que levaram a este estágio pode-se afirmar que alguns segmentos são menos aderentes às estratégias estabelecidas. Logo, não conseguem contribuir para o alcance dos resultados pretendidos. Percepção contrária se tem em relação ao núcleo de Ferramentaria e Usinagem da Associação Empresarial de Joinville, que está inserido em um ambiente bastante favorável. Todos os estudos de crescimento do Brasil levam à expansão do setor de petróleo e gás, indústria da mineração e construção civil. A renda das famílias continua aumentando, levando a maior demanda por bens duráveis. Estes setores, somados à agropecuária e indústria automobilística sempre tiveram expressiva participação no PIB brasileiro. Este cenário, aliado a fatores de inovação e tecnologia presentes na atividade, é uma ótima oportunidade para tornar perene o núcleo setorial de Usinagem e Ferramentaria. E o sistema de Associações Empresariais, junto com outras entidades de apoio às MPEs, pode ser importante instrumento para continuidade do crescimento das empresas nucleadas por meio de projetos como o Empreender Competitivo.
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