ANO VIII - Nº 45 - JANEIRO/FEVEREIRO 2013 REVISTA FERRAMENTAL - PUBLICAÇÃO DA EDITORA GRAVO - ISSN 1981-240X
Meso peças fabricadas pelo processo de extrusão direta
A capacidade inovadora das empresas é o diferencial para a próxima era
Entenda o fenômeno da impressão 3D no desenvolvimento de produtos
DESTAQUE
ANO VIII - Nº 45 - JANEIRO/FEVEREIRO 2013 REVISTA FERRAMENTAL - PUBLICAÇÃO DA EDITORA GRAVO - ISSN 1981-240X
Meso peças fabricadas pelo processo de extrusão direta
A capacidade inovadora das empresas é o diferencial para a próxima era
Entenda o fenômeno da impressão 3D no desenvolvimento de produtos
DESTAQUE
Christian Dihlmann Editor
Rumo ao pódio mundial! Em leitura ao artigo de Maílson da Nóbrega, publicado na Veja edição 2304, chamou-me atenção o texto que confirma o que expomos na Ferramental ao longo de vários meses. A pergunta é: O Brasil vai ser um país rico? “Nos últimos 100 anos apenas o Japão ingressou no clube dos países ricos, ou seja, os que reúnem três características: (1) renda per capita elevada e bem distribuída; (2) sólidas instituições políticas e econômicas e; (3) alto índice de desenvolvimento humano (IDH). ... Para que o Brasil fique rico, a produtividade terá de crescer a um ritmo sistematicamente superior ao das nações desenvolvidas. Em última análise, está aí a chave do sucesso da empreitada. ... No campo econômico, a lista é vasta: sistema tributário racional, legislação trabalhista moderna, previdência social sustentável, autonomia formal do Banco Central e agências reguladoras, e melhora da infraestrutura, fatores que assentarão os alicerces para o desenvolvimento mais rápido”. E conclui, dizendo que a distância que nos separa dos países ricos ainda é muito grande. Na mesma revista, outra reportagem interessante (e curiosa) com Nolan Bushnell, o grande mentor de Steve Jobs, sobre o tema inovação. Nela, Bushnell menciona que “a fórmula para identificar talentos é que executivos e investidores, de qualquer área, tenham a coragem de apostar em ideias. Muitos executivos acham perigoso arriscar. Para mim, perigoso é não arriscar. Eliminar a criatividade e a inovação leva as empresas ao declínio e, por consequência, prejudica toda a sociedade”. A empresa, para sobreviver e crescer precisa inovar buscando refletir em lucro todo o esforço dispendido. Gravei as palavras: crescer, coragem, criatividade e inovação. Remetendo essas considerações para o setor de ferramentaria, torna-se claro que precisamos crescer em ritmo superior aos nossos principais concorrentes utilizando de muita coragem para apostar na criatividade e inovação, caminho único para a perpetuação da cadeia produtiva. Apostar em novas tecnologias, em mercados emergentes, em estratégias comerciais agressivas, mas, acima de tudo, na capacitação dos profissionais, aproveitando a
energia dos mais novos e a vivência dos mais experientes. E sempre olhando para frente (leia o artigo Queime os navios! na página 7). Nesta edição publicamos artigos que abordam a inovação, como a aplicação da impressão 3D para facilitar o desenvolvimento de produtos, o uso de ferramentas computacionais para tornar a gestão da produção mais eficaz e uma pesquisa sobre os fatores que determinam a capacidade inovadora de empresas. É nossa constante preocupação com a melhoria do ambiente produtivo nas empresas. Em 1687 Isaac Newton publicou seu trabalho sobre as leis que explicavam vários comportamentos relativos ao movimento de objetos físicos. A terceira lei define que “para toda ação há sempre uma reação oposta ...”. Faltou a Newton ampliar o conceito, uma vez que a lei não é aplicada somente a objetos físicos, mas também aos seres humanos. O setor ferramenteiro é primordial em toda a cadeia produtiva nacional, dentre elas a de transformados plásticos, vidro, borracha e metal-mecânico, com destaque especial à automobilística. Praticamente todas as peças e componentes de um veículo são desenvolvidas a partir de um ferramental, projetado e construído por ferramentarias (sejam elas brasileiras ou estrangeiras). A duras penas conseguimos inserir o setor ferramenteiro no novo regime automotivo - Inovar Auto, cientes de que em muito podemos contribuir para aumentar a produtividade e, consequentemente, a competitividade do setor automotivo nacional. Entretanto, por análise do deputado João Maia, do Estado do Rio Grande do Norte (RN), que não detém histórico nem vocação no setor automotivo e menos ainda no de ferramentaria, sugere na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio a remoção do setor ferramenteiro do Inovar Auto, alegando que ferramentaria “não contribui com o incremento da produtividade” daquele setor. O parecer do deputado João Maia foi aprovado por unanimidade no dia 07/11/2012, propondo retirar o setor ferramenteiro do Inovar Auto. O projeto ainda caminha por outras comissões, mas o fato é repugnante. Infelizmente somos surpreendidos por parlamentares que tem total desconhecimento dos temas que debatem, não buscam embasamento técnico, são tendenciosos e acabam causando danos a toda a nação brasileira. A equipe da Ferramental deseja que o Ano Novo marque o início de uma reação positiva da cadeia produtiva de ferramentais e não medirá esforços para contribuir com esse importante setor na consolidação das metas traçadas pela Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais – ABINFER de galgar o Brasil ao pódio mundial dos ferramenteiros.
Janeiro/Fevereiro 2013
Ferramental
3
Artigos Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais www.revistaferramental.com.br ISSN 1981-240X
13
Estudo do processo de fabricação para uma matriz de extrusão direta de tamanho meso Com o objetivo de manufaturar meso peças pelo processo de extrusão direta, diversos testes são realizados a fim de avaliar a fabricação das respectivas matrizes. Os resultados do processo de usinagem indicam que é possível fabricar as matrizes de extrusão através de brocas de aço rápido e polimento utilizando pasta diamantada com resultados satisfatórios.
19
Dez motivos que levam engenheiros de produção a adotarem ferramentas APS Produto cada vez mais elaborado e produção de complexidade crescente exigem que a tarefa de gerenciamento da fabricação seja altamente inteligente e eficaz. A aplicação de ferramentas computacionais permite resolver a questão da qualidade e velocidade, objetivando maior competitividade e, consequentemente, melhoria do nível de lucro das empresas.
23
Impressão 3D abre portas para mini revolução industrial A completa liberdade de criação para os designers tem tornado a prototipagem rápida em um fenômeno no desenvolvimento de produtos. A tendência é que a manufatura aditiva siga o mesmo caminho.
27
Resultados da avaliação dos fatores que determinam a capacidade inovadora de empresas do setor metal mecânico de Joinville Os arranjos produtivos locais se caracterizam por criar ambientes onde as empresas se tornam mais produtivas e inovadoras, tornando-se assim mais competitivas. Nota-se um elevado grau de competitividade no setor metal mecânico, devido ao alto nível tecnológico empregado, o que sugere uma alta capacidade de inovação das empresas para se diferenciarem no mercado. Contudo, é necessário conhecer os fatores determinantes para a implementação de inovações.
DIRETORIA Christian Dihlmann – Jacira Carrer REDAÇÃO Editor: Christian Dihlmann - (47) 9964-7117 christian@revistaferramental.com.br Jornalista responsável: Antônio Roberto Szabunia - RP: SC-01996 Colaboradores Dr. Adriano Fagali de Souza, André P. Penteado Silveira Dr. Cristiano V. Ferreira, Dr. Jefferson de Oliveira Gomes, Dr. Moacir Eckhardt, Dr. Rolando Vargas Vallejos PUBLICIDADE Coordenação nacional de vendas Christian Dihlmann (47) 3025-2817 / 9964-7117 christian@revistaferramental.com.br Vendas São Paulo Gilmar Frassetto (11) 8827-1817 cocaper@hotmail.com Keith Souza da Silva (11) 6102-9270 keithmathias@hotmail.com.br ADMINISTRAÇÃO Jacira Carrer - (47) 3025-2817 / 8877-6857 adm@revistaferramental.com.br Circulação e assinaturas circulacao@revistaferramental.com.br Produção gráfica Martin G. Henschel Impressão Impressul Indústria Gráfica Ltda. www.impressul.com.br
A revista Ferramental é distribuída gratuitamente em todo o Brasil, bimestralmente. É destinada à divulgação da tecnologia de ferramentais, seus processos, produtos e serviços, para os profissionais das indústrias de ferramentais e seus fornecedores: ferramentarias, modelações, empresas de design, projetos, prototipagem, modelagem, softwares industriais e administrativos, matériasprimas, acessórios e periféricos, máquinas ferramenta, ferramentas de corte, óleos e lubrificantes, prestadores de serviços e indústrias compradoras e usuárias de ferramentais, dispositivos e protótipos: transformadoras do setor do plástico e da fundição, automobilísticas, autopeças, usinagem, máquinas, implementos agrícolas, transporte, elétricas, eletroeletrônicas, comunicações, alimentícias, bebidas, hospitalares, farmacêuticas, químicas, cosméticos, limpeza, brinquedos, calçados, vestuário, construção civil, moveleiras, eletrodomésticos e informática, entre outras usuárias de ferramentais dos mais diversos segmentos e processos industriais. As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as mesmas desta revista. A Ferramental tem como pressuposto fundamental que todas as informações nela contidas provêm de fontes fidedignas, portanto, recebidas em boa fé. Logo, não pode ser responsabilizada pela veracidade e legitimidade de tais informações. Quando da aceitação para publicação, o autor concorda em conceder, transferir e ceder à editora todos os direitos exclusivos para publicar a obra durante a vigência dos direitos autorais. Em especial, a editora terá plena autoridade e poderes para reproduzir a obra para fins comerciais em cópias de qualquer formato e/ou armazenar a obra em bancos de dados eletrônicos de acesso público. A reprodução de matérias é permitida, desde que citada a fonte. EDITORA GRAVO LTDA. Rua Jacob Eisenhut, 467 - Fone (47) 3025-2817 CEP 89203-070 - Joinville - SC
Foto da capa:
Detalhe de molde para injeção de alumínio sob pressão. Foto cedida por Tool Machine Indústria de Moldes Ltda., de Joinville, SC.
4
Ferramental
Janeiro/Fevereiro 2013
Seções 6 7 9 12 25 40 42 44 49 52 53 53 54
Cartas Radar Expressas Conexão www Ficha técnica JuríDICAS Dicas do Contador Gente & Gestão Enfoque
Associada à
Eventos Livros Índice de anunciantes Opinião O envio da revista é gratuito às empresas e profissionais qualificados das indústrias de ferramentais, seus fornecedores, compradores e usuários finais. Qualifique sua empresa no www.revistaferramental.com.br
Gostaria de saber se o artigo Fundamentos do processo de rotomoldagem, de Ueki, M. & Pisanu, L., publicado na revista Ferramental está disponível online. Como faço para ter acesso? Jeremias Macedo - Universidade Federal do Sergipe - UFS - São Cristóvão, SE
O material foi enviado por e-mail para o leitor. Informamos que o novo site da Ferramental estará no ar em breve, com possibilidade de acesso aos artigos publicados em arquivo eletrônico para os assinantes - Editor. Recebi a revista Ferramental com o artigo que enviamos e fiquei muito feliz com a publicação e a devida importância dada a ele. Alexandre de Aviz - SENAI - Joinville, SC Fiz uma publicação na revista Ferramental edição Nov/Dez 2005, intitulada Reparo por soldagem de moldes para plásticos: aspectos metalúrgicos. Estou precisando do ISSN da revista, o volume e número onde fiz a publicação e a categoria da revista indexada. Wilson Tafur Preciado - UFSC - Florianópolis, SC Agradecemos sua importante contribuição para os leitores da Ferramental. O ISSN da revista é 1981-240X, Ano I, Nº 3, páginas de 29 a 34. A classificação Qualis CAPES é nível B5 - Editor. Sou estudante de engenharia automotiva e gostaria de solicitar o artigo publicado na revista Ferramental intitulado Fundamentos do polimento em aços ferramenta, de autoria de Dante Ribeiro, publicado na edição de Jan/Fev 2007. Malthus Alves Rodrigues - Universidade de Brasília - UnB - Brasília, DF
O material foi enviado por e-mail para o leitor.
Agradeço a publicação do material informativo sobre o Eletro Spindle Tecnodrill na revista Ferramental de Nov/Dez 2012. Aproveito para desejar um excelente 2013, repleto de realizações e ótimos negócios. Giuliano Fernandes - Hikari-Bras - São Paulo, SP Prezado Giuliano, agradecemos e retribuímos com votos de um Ano Novo onde os sonhos se tornem realidade. Agradecemos os contatos de: Francisco de Assis da Cruz Rebitec Indústria Metalúrgica - Maringá, PR Karina Ayana Cambridge International - São Paulo, SP Edson Luiz Klein ZM S.A. - Brusque, SC Andréia Cristina Souza do Nascimento MC Components - Sorocaba, SP Romualdo Paiva Jr Wetzel S.A. - Divisão Eletrotécnica - Joinville, SC Denis Rech Busser Consultoria - Caxias do Sul, RS Fernando Seabra Bericap do Brasil - Sorocaba, SP Doris Schulz Schulz Presse - Korntal, Alemanha Todos os artigos publicados na revista Ferramental são liberados para uso mediante citação da fonte (autor e veículo). A Editora se reserva o direito de sintetizar as cartas e e-mails enviados à redação.
FERRAMENTARIA
6
Ferramental
Janeiro/Fevereiro 2013
Queime os navios! Por Roberto Adami Tranjan roberto.tranjan@cempre.net
ExcelĂŞncia depende de inteireza, de estar presente de corpo, mente e alma diante do que precisa ser feito. Janeiro/Fevereiro 2013
Ferramental
7
Falta de excelência, excesso de controle, anomia, ignorância, desculpas verdadeiras, tudo é patrocinado pela liderança.
Roberto Adami Tranjan
• Roberto Adami Tranjan é um inovador em modelos de gestão que usa como instrumentos a sua habilidade e experiência de pesquisador, escritor, educador, consultor e conferencista. Em resposta às novas necessidades das pessoas e dos mercados na era do conhecimento, idealizou a Metanóia com o objetivo de criar empresas éticas, humanas e prósperas. Autor dos livros Rico de Verdade (2008), Pegadas (2005), Metanóia (2002), Não durma no ponto (1999) e A empresa de corpo, mente e alma (1997). 8
Ferramental
Janeiro/Fevereiro 2013
A Villares Metals, maior produtora de aços especiais não planos de alta-liga da América Latina, lançou o VP ATLAS, um aço de elevada resistência mecânica e que oferece desempenho superior na produção de moldes para injeção de plásticos para as indústrias automotivas e de eletrodomésticos. O evento de lançamento ocorreu em Joinville, Santa Catarina, em novembro, no prédio da Associação Empresarial de Joinville (ACIJ). “Com o lançamento do VP ATLAS, a Villares Metals pretende consolidar a sua participação nos segmentos automotivo e de eletrodomésticos. É a certeza de que estamos atentos ao crescimento do mercado e aquecimento da economia, sobretudo nos últimos meses, além de estarmos mais próximos das necessidades dos nossos clientes”, afirma, Rafael Agnelli Mesquita, Diretor de Novos Negócios e Marketing da empresa. O produto é indicado para as mais severas aplicações automotivas e de eletrodomésticos por apresentar alta resistência mecânica, por exemplo, característica essencial exigida nesses segmentos. “Este novo aço possui composição química balanceada, com patente requerida, passando por tratamento de micro inclusões, o que lhe garante melhor equilíbrio e desempenho, que são vistos como vantagens competitivas em mercados tão acirrados, como o Automotivo, entre outros”, destaca o executivo. O lançamento do VP ATLAS na região Sul não é por acaso. A Villares Metals tem ciência da importância dessa região para o desenvolvimento sócio-econômico do país e uma das provas disso é a presença do Centro de Distribuição (CD) da empresa em Joinville, Santa Catarina. A unidade, que já completou um ano, tem o objetivo de melhorar o atendimento e obter maior agilidade nas entregas aos clientes da região Sul. O CD está instalado no Perini Business Park, um dos maiores e mais modernos condomínios industriais do país, situado a cinco minutos da rodovia BR 101, o que lhe garante facilidade de acesso e agilidade nas entregas nos estados do Paraná, Santa Catarina e
Rio Grande do Sul, onde estão localizados importantes polos ferramenteiros. Entre os principais produtos disponíveis para pronta entrega nesse novo braço de operações da Villares Metals estão os aços para trabalho a quente, trabalho a frio, aços rápido e aços para moldes para plásticos, uma vez que a região também é reconhecida pela grande quantidade de empresas voltadas para a fabricação de moldes. Instalada em uma área coberta de 1.300 m², a unidade opera através de um moderno sistema de controle de dados centralizado na sede da empresa, em Sumaré, interior de São Paulo, atendendo com maior rapidez a todas as necessidades dos clientes daquela região. “Nosso diferencial é termos o maior e mais diversificado mix de aços ferramenta e rápidos em estoque para pronta entrega no Brasil. Agilizando as entregas e o atendimento aos clientes, nós estimamos obter um incremento no faturamento gerado pela comercialização de aços ferramenta na região. Os principais segmentos a serem atendidos serão moldes para plásticos e fundição sob pressão de alumínio, uma vez que a região é pólo fabricador de moldes. Mas também atenderemos todos os segmentos do setor metal-mecânico da região”, salienta Rafael. O Presidente Harry Grandberg enfatizou que a Villares é referência mundial em segurança do trabalho no grupo austríaco controlador. Em suspense, anunciou para os próximos meses novidades tanto em termos de produtos quanto de serviços.
Os sistemas de Câmara quente INCOE® oferecem vantagens comprovadas, confiabilidade e bom custo benefício na maioria das aplicações do mercado. Com mais de 50 anos de experiência no campo, nossa tecnologia é suportada localmente com experiência comprovada. Esta é a performance dos Sistemas de Câmara quente INCOE®.
Villares 0800 707 0577 www.villaresmetals.com.br Janeiro/Fevereiro 2013
Ferramental
9
O Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Sr. Fernando Pimentel, concedeu audiência em Brasília/DF no dia 8/1/2013 ao Prefeito de São Bernardo do Campo, Sr. Luiz Marinho, que se fez acompanhar do Secretário de Desenvolvimento Econômico de São Bernardo do Campo e de três empresários representantes do Arranjo Produtivo Local (APL) de Ferramentaria do Grande ABCD, Carlos Manoel, Paulo Sérgio Furlan Braga e Maurício Tomazetti Filho, bem como do Assessor Jurídico José Siqueira Neto. A reunião tratou de temas de interesse do setor de Ferramentaria no Brasil: desafios face ao novo Regime Automotivo, problemas estruturais e propostas de soluções. O Prefeito Luiz Marinho expôs a importância do APL que se constituiu na Região do Grande ABC nos últimos dois anos. Afirmou que o APL conta também em sua coordenação com a participação de Prefeituras e do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Manifestou seu apoio às iniciativas tomadas pelo APL e disse que, a partir desta reunião com o Ministro, o setor poderia servir como um modelo de elaboração e implementação de programas, que, sendo bem sucedidos, poderiam inspirar outros segmentos. Os representantes do APL entregaram ao Ministro o documento “Diagnóstico e Propostas para o Setor de Ferramentaria no Brasil”, e expuseram sinteticamente os principais itens que constam do referido documento. São eles: a) O Setor de Ferramentaria abrange aproximadamente 1.852 estabelecimentos no Brasil (sendo 110 no Grande ABC) e representa 55.560 empregos (dos quais 3.300 na Região do Grande ABC); b) Em termos de cadeia produtiva, o setor de ferramentaria abrange 8.533 estabelecimentos no Brasil e representa 166.860 empregos; c) Com o novo Regime Automotivo (INOVAR AUTO), que concede incentivos a produção nacional são boas as perspectivas de expansão da demanda de ferramentais, que deverá se duplicar; o nível de em10
Ferramental
Janeiro/Fevereiro 2013
prego também apresenta perspectiva de expansão significativa; d) No entanto, o Setor de Ferramentaria passa hoje por sérias dificuldades em função da forte importação de ferramentais: o déficit na balança comercial pulou de US$ 151milhões no ano de 2008 para US$ 435 milhões no ano de 2012, totalizando aproximadamente US$ 1,2 bilhões em cinco anos; e) Este quadro agravou um problema enfrentado pelo setor de Ferramentaria em todo o País: a dificuldade de grande parte das empresas em obter as certidões negativas de débito (CND) para ter acesso aos financiamentos necessários para modernização, inovação e aumento de capacidade. Este problema também acontece em outros segmentos da base da cadeia produtiva automobilística. Diante do diagnóstico e das propostas de soluções apresentadas, o Ministro mostrou-se bastante sensível e receptivo, dando os seguintes encaminhamentos para cada um dos pleitos apresentados no documento do APL: 1) Afirmou que o Programa INOVAR AUTO foi pensado e constituído para fortalecer também a Indústria de Ferramentaria e que o Brasil pode tornar-se um forte competidor internacional neste segmento; 2) Considerou uma excelente proposta a constituição de um Grupo de Trabalho (GT) de Acompanhamento e Inteligência Competitiva para o Setor de Ferramentaria no Brasil. Afirmou que buscará estruturar o GT o mais imediatamente possível; 3) Concordou em dialogar com o BNDES para constituir o “Pró-ferramentaria”, linha de crédito específica para atender as necessidades do setor;
4) Mostrou-se favorável em conversar com o BNDES para estruturar modalidades de financiamento por meio de agente financeiro que ajude a resolver as pendências relativas a obtenção da documentação necessária para obtenção do crédito; 5) Mencionou que a proposta do APL de desenvolver a nova tecnologia de material e ferramental de hotform deve buscar enquadrar-se no edital da FINEP, de incentivo ao desenvolvimento de novos materiais; 6) Aceitou a proposta de manter dentro da lista de exceção da Tarifa Externa Comum (TEC) as NCMs 8207.3000, 8480.4100 e 8480.7100, relativas ao setor de Ferramentaria; 7) Sugeriu que o APL de Ferramentaria do Grande ABCD apresente um projeto de constituição jurídica formal, para a obtenção de recursos de apoio por parte do Ministério; 8) Recomendou que os detalhes técnicos das deliberações tomadas na reunião fossem desenvolvidos junto a sua assessoria em reuniões futuras. O Ministro valorizou os trabalhos do APL de Ferramentaria do Grande ABCD. Mencionou que o novo Regime Automotivo teria levado em conta as proposições do APL. Por fim, disse que o Ministério deverá estimular a difusão desta experiência em outras regiões produtoras de Moldes, Ferramentais e Autopeças no País. Prefeitura de São Bernardo do Campo & APL de Ferramentaria do Grande ABCD www.aplferramentaria.com.br
Com quatro dias de competições, em 30 horas de provas, 640 competidores participaram da 7ª Olimpíada do Conhecimento promovida pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI em 18/11/2012 em São Paulo. A Olimpíada do Conhecimento é uma competição bienal de educação profissional. No torneio, estudantes de cursos técnicos e de aprendizagem profissional do SE-
NAI e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - SENAC mostram as habilidades pessoais e os conhecimentos técnicos exigidos para o desempenho de atividades na indústria e nos setores de comércio e serviços. Os números de 2012 contemplam: 54 ocupações profissionais; 250 mil visitantes; 76 mil m2 de área; e 450 toneladas de equipamentos. Os campeões por categoria foram: CAD - Paulo Kazuo Inoue, São Paulo; Tornearia CNC Jacques Dias Prado, Minas Gerais; Fresagem CNC - Guilherme Arthur Wanderbroock Vilvert, de Santa Catarina; Construção de moldes - Bruno Yuji Otani Ramalho, São Paulo; Mecânica de usinagem - Lucas Medeiros de Brito, São Paulo; Mecânica de precisão Willian de Sá Firmino Guimarães, São Paulo e; Ferramentaria - Jonhy Crystian Alves de Lima, São Paulo. Dois jovens gaúchos de 19 anos são os grandes vencedores da competição. Com 576 pontos, Henrique Baron e
Maurício Zangali Toigo obtiveram a maior nota entre os primeiros colocados de cada estado e do Distrito Federal da maior competição de educação profissional das Américas. “Quando anunciaram a gente [como os campeões nacionais], não acreditei. Só conseguia pular de alegria. É uma emoção muito grande”, resume Maurício durante a cerimônia de encerramento do evento. A dupla esperava uma boa nota, pois estava segura depois de uma preparação que durou onze meses, com oito horas diárias de treinamento, de segunda a sexta-fei-
ra, às vezes chegando a onze horas por dia. “Mas não contávamos com o primeiro lugar geral de jeito nenhum, porque cometemos um erro que eu considerei muito grave, na última etapa da prova. Mas ainda bem que no fim deu tudo certo”, completa Henrique. Os alunos da mecatrônica se conheceram no início de 2012, durante uma etapa de seleção escolar da Olimpíada. Representam o SENAI de Caxias do Sul, segunda maior cidade do Rio Grande do Sul, com 436 mil habitantes. Bons em física e matemática desde muito cedo, ambos estão na universidade: Henrique estuda engenharia mecânica; Maurício, engenharia de controle de automação. SENAI Olimpíada do Conhecimento www.portaldaindustria.com.br
A Dassault Systèmes lança o SolidWorks® 2013 com novas ferramentas de projeto para fortalecer a cola-
Janeiro/Fevereiro 2013
Ferramental
11
boração, acelerar a criação de modelos e simplificar o desenvolvimento de produtos. Com mais de 200 aperfeiçoamentos voltados ao consumidor, como avançadas ferramentas de projeto e novos recursos de desenho, simulação de sub-modelos, estimativa de custos, renderização em rede, maior capacidade de compartilhamento e maior conectividade, a Dassault Systèmes atesta seu compromisso de ajudar os clientes da SolidWorks a produzir o valor adequado aos seus próprios usuários. Com a tecnologia da plataforma 3DExperience, o SolidWorks 2013 combina a facilidade de uso com uma personalização mais ampla, permitindo que novos usuários aprendam rapidamente e que usuários experientes sejam ainda mais produtivos nas tarefas que antes, eram consideradas complexas e sofisticadas. Inspirado nas 20 versões anteriores, o novo produto abrange toda a variedade de soluções SolidWorks para projetos 3D, simulação, comunica-
ção técnica, gerenciamento de dados de produtos e projeto sustentável. "Com o SolidWorks, faço o meu trabalho mais rápido do que com qualquer outro pacote CAD do mercado”, diz Robert Conley, proprietário da Interactive CAD Solutions. "Na minha área, tenho que concluir tarefas de forma rápida para gerar lucro. Com o SolidWorks, isso é possível. Estou particularmente satisfeito com o recurso de interoperabilidade da versão anterior com o SolidWorks 2013, com o qual posso compartilhar melhor meus projetos com os clientes e chegar rapidamente ao produto final". "Com o SolidWorks 2013, mantivemos nossa tradição de ouvir o que os
clientes têm a dizer, proporcionando melhorias e funcionalidades para simplificar suas atividades e criar produtos superiores. As novidades dos recursos de geometria principal e a ampliação da gama de ofertas de produtos demonstram o investimento contínuo em nosso principal produto", afirma Bertrand Sicot, CEO da SolidWorks. O software possibilita a criação de projetos inovadores com ferramentas para aplicações específicas. Com elas, os usuários definem, compartilham e validam a forma, o ajuste e a função de seus projetos de forma rápida e simplificada.Queremos ver nossos clientes transformando projetos em realidade no menor tempo possível", diz ele.
Solidworks 3DS 11 3186 4150 www.solidworksbrasil.com.br
CONEXÃO WWW O IQA - Instituto da Qualidade Automotiva é um organismo de certificação sem fins lucrativos especializado no setor automotivo, criado e dirigido pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores - ANFAVEA, Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores - SINDIPEÇAS e outras entidades. Representante de organismos internacionais e acreditado pelo INMETRO atua em Certificação de Produtos, de Serviços Automotivos, de Sistemas de Gestão, Publicações e Treinamentos. A formação do IQA foi consequência do desenvolvimento natural de várias ações com o intuito de aprimorar a qualidade e produtividade da cadeia automotiva nacional. No contexto das Câmaras Setoriais e do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade (PBQP), a ANFAVEA e o SINDIPEÇAS promoveram a integração dos diversos agentes no processo, de modo a iniciar a implementação dos objetivos na área de tecnologia previstos no 2º Acordo Setorial do Setor Automotivo, de fevereiro de 1993. Atuando desde 1995, a estruturação do IQA é resultado do trabalho conjunto da parceria envolvendo indústria, governo e trabalhadores, dentro da visão estratégica necessária para o progresso social e econômico, numa economia global cada vez mais competitiva. www.iqa.org.br O SENAI Ferramentaria foi criado com o objetivo de auxiliar as empresas na produção mais eficiente das ferramentas necessárias para o desenvolvimento de seus produtos, sendo uma importante aliada para a otimização de recursos materiais, econômicos e humanos na indústria. O serviço oferece consultoria, pesquisas aplicadas e profissionais qualificados para implementar as melhorias nos processos que a sua empresa precisa para se tornar mais competitiva. A Rede SENAI de Ferramentaria é formada pelo Departamento Nacional do SENAI e seus Departamentos Regionais, o que permite uma oferta de serviços em todos os Estados do país. Além da atuação nacional, a rede oferece equipamentos e tecnologia para diferentes aplicações e profissionais e pesquisadores experientes e capacitados. Compõe o leque de opções: Consultoria em processos de usinagem; Consultoria em processos de transformação; Desenvolvimento de equipamentos e dispositivos; Serviços metrológicos; Manutenção de moldes e matrizes; Prototipagem rápida; Engenharia reversa; Modelamento e detalhamento CAD em 2 e 3D; Serviços de usinagem especial; Serviços de micro-usinagem; e teste de moldes. www.portaldaindustria.com.br/senai/canal/senaiferramentaria/
12
Ferramental
Janeiro/Fevereiro 2013
ALEXANDRE MILANEZ - al.fritzen@satc.edu.br LÍRIO SCHAEFFER - schaefer@ufrgs.br ANDERSON DALEFFE - anderson.daleffe@satc.edu.br
Estudo do processo de fabricação para uma matriz de extrusão direta de tamanho meso
C
om o objetivo de manufaturar meso peças pelo processo de extrusão direta, diversos testes são realizados a fim de avaliar a fabricação das respectivas matrizes. Os resultados do processo de usinagem indicam que é possível fabricar as matrizes de extrusão através de brocas de aço rápido e polimento utilizando pasta diamantada com resultados satisfatórios.
Câmara
Fixador de matriz
Punção
Tarugo
Disco de pressão
Matriz
Figura 1 - Processo de extrusão direta. Fonte: Adaptado de [10]
Janeiro/Fevereiro 2013
Ferramental
13
Extrusão indireta
Extrusão lateral Figura 2 - Processo de extrusão indireta e lateral. Fonte: Adaptado de [11]
Figura 3 - Simulação em CAE de punção de extrusão com aplicação de carga de 50 kN. Fonte: Arquivo pessoal
14
Ferramental
Janeiro/Fevereiro 2013
Figura 4 - Dimensões relevantes para o processo de extrusão utilizado. Fonte: Arquivo pessoal
Figura 5 - Matriz de extrusão e punção em corte total com as respectivas cotas. Fonte: Arquivo pessoal
Figura 6 - Brocas de centrar utilizadas para abertura das furações das matrizes de Ø4 mm. Fonte: Arquivo pessoal
Janeiro/Fevereiro 2013
Ferramental
15
Polimento das matrizes
Pinos de madeira usados no polimento
Figura 10 - Polimento da matriz e hastes de madeira utilizadas no processo. Fonte: Arquivo pessoal
Figura 9 - Punções após o tratamento térmico. Fonte: Arquivo pessoal
Figura 7 - Acima: manufatura no centro de usinagem das matrizes; abaixo: matrizes usinadas. Fonte: Arquivo pessoal
Figura 8 - Manufatura no torno CNC dos punções de extrusão. Fonte: Arquivo pessoal
16
Ferramental
Janeiro/Fevereiro 2013
Figura 12 - Pino de Ă˜4 mm extrudado em um projetor de perfil. Fonte: Arquivo pessoal
Figura 11 - Montagem da matriz de extrusĂŁo. Fonte: Arquivo pessoal
Janeiro/Fevereiro 2013
Ferramental
17
Alexandre Milanez - Graduação em Engenharia Mecânica pelo Centro Tecnológico da Universidade Federal de Santa Catarina (2000). Mestrado (2006) em Engenharia Metalúrgica pelo programa de pós graduação em Minas, Metalurgia e Materiais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Doutorado (2012) em Engenharia Metalúrgica pelo mesmo programa. É professor na Faculdade SATC para o curso de Engenharia Mecânica e na Escola Técnica da SATC para o curso de Técnico em Fabricação Mecânica. É professor na Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC para o curso de Engenharia de Materiais. Tem experiência na área de Engenharia Mecânica, com ênfase em Elementos de Máquinas e conformação mecânica. Na Faculdade SATC também é coordenador do Laboratório de Conformação Mecânica. Lattes: http://lattes.cnpq.br/9528403601813842 Lírio Schaeffer - Engenheiro Mecânico e Mestre em Engenharia de Minas, Metalúrgica e Materiais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Doutor na área de Conformação Mecânica pela Universidade Técnica de Aachen na Alemanha (Rheinisch-Westfalischen Technischen Hochschule - RWTH). Coordenador do Laboratório de Transformação Mecânica (LdTM) da Escola de Engenharia da UFRGS. Pesquisador na área de Mecânica, Metalurgia e Materiais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), professor das disciplinas relacionadas aos processos de fabricação por conformação mecânica e vinculado ao programa de Pós-Graduação em Engenharia Metalúrgica, Minas e Energia (PPGEM) da UFRGS. Autor de vários livros sobre conformação mecânica. Lattes: http://lattes.cnpq.br/1093242836059112 Anderson Daleffe -Tecnólogo em Eletromecânica pela Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, Mestre em Engenharia de Minas, Metalúrgica e Materiais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) onde cursa atualmente o Doutorado. Pós graduado em Psicopedagogia Institucional. Professor da Faculdade SATC para o curso de Tecnologia em Manutenção Industrial. Professor na Escola Técnica da SATC para o curso de Técnico em Mecânica e Fabricação Mecânica. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Ensino Técnico, Profissionalizante e Superior, atuando principalmente nos temas fabricação, usinagem convencional, usinagem CNC e Manutenção. Possui experiência industrial em processos de fabricação, CAM, usinagem convencional e CNC. Lattes: http://lattes.cnpq.br/7569701338186684
18
Ferramental
Janeiro/Fevereiro 2013
SAMUEL GONSALES - samuel@kayros-it.com.br
Dez motivos que levam engenheiros de produção a adotarem ferramentas APS
P
roduto cada vez mais elaborado e produção de complexidade crescente exigem que a tarefa de gerenciamento da fabricação seja altamente inteligente e eficaz. A mente humana por si só não suporta e a velocidade é essencialmente baixa quando as quantidades de operações são elevadas e o processo é manual. A aplicação de ferramentas computacionais permite resolver a questão da qualidade e velocidade, objetivando maior competitividade e, consequentemente, melhoria do nível de lucro das empresas.
1
ERP: Enterprise Resource Planning, significa Planejamento de Necessidades da Empresa. No Brasil é denominado também de SIGE (Sistemas Integrados de Gestão Empresarial). São sistemas de informação que integram todos os dados e processos de uma organização em uma única plataforma. A integração pode ser vista sob a perspectiva funcional (sistemas de finanças, contabilidade, recursos humanos, fabricação, marketing, vendas, compras, e afins) e sob a perspectiva sistêmica (sistema de processamento de transações, sistemas de informações gerenciais, sistemas de apoio a decisão, e afins). Em termos gerais, são uma plataforma de programas computacionais desenvolvida para integrar os diversos departamentos de uma empresa, possibilitando a automação e armazenamento de todas as informações de negócios [1]. Janeiro/Fevereiro 2013
Ferramental
19
Quantidades
Máquinas e equipamentos Equipes de trabalho
Datas de entrega
Regime de trabalho
Tamanho de lote
Eficiência dos recursos Recursos terceirizados Capacidade de armazenagem
CAPACIDADE
DEMANDA
DE PRODUÇÃO
POR PRODUÇÃO
RESTRIÇÕES
POLÍTICAS
OPERACIONAIS
DE ATENDIMENTO
Variações de rendimento Prazos de produção Rotas alternativas de produção
Vínculos entre operações Ferramentas especiais Recursos preferenciais Matéria prima Tempo de setup Níveis de montagem Quebras e paradas planejadas Energia elétrica
Níveis de estoques Prioridades Multas por atraso Deferenciação de qualidade
Figura 1 - Abrangência da ferramenta APS [2]
Custos x lucratividade
Samuel Gonsales - É diretor executivo da Kayros IT Consultoria, especializada em modelos de gestão para empresas de moda e vestuário. É analista de sistemas pela Universidade Paulista, especialista em Sistemas de Gestão Empresarial - ERP pela FIAP e tem MBA em Gestão de Negócios. Atua também como professor em graduação e pós-graduação, palestrante e articulista de jornais, revistas e portais de negócios e tecnologia.
20
Ferramental
Janeiro/Fevereiro 2013
Benefício Revista Ferramental Associado da ABINFER agora pode contar com os benefícios e descontos da Revista Ferramental. Ganhe 10% de desconto em qualquer publicação. Aproveite esta oportunidade e coloque a sua empresa em evidência! Maiores informações: Revista Ferramental (47) 3025-2817 / (47) 9964-7117 christian@revistaferramental.com.br www.revistaferramental.com.br 21 Janeiro/Fevereiro 2013
Ferramental
Informações Cadastrais Razão Social Nome Fantasia
Data de Fundação
CNPJ
Nº de Empregados
Faturamento médio anual (R$)
Endereço
Nº
Complemento
Bairro
Cidade
Site
UF
Telefone (
)
Fax (
Responsável Financeiro
Responsável RH
CEP )
Tipo de Atividade (
) Fabricante (especificar)
(
) Fornecedor (especificar)
(
) Transformador (especificar)
(
) Prestador de Serviço (especificar)
(
) Instituição de Ensino ou Pesquisa
(
) Outras (especificar)
Segmento de Mercado Principais Produtos ou Serviços
Gestão da Empresa M F
Diretoria/ Gerência
Data Nasc.
Cargo
CPF
Contribuição Financeira Número de Profissionais *
Enquadramento Classificação
Estudantes
Até 10
De 11 a 15
de 16 a 20
de 21 a 30
de 31 a 50
Mais de 50
Valor Mensal
( ) R$ 30,00
( ) R$ 65,00
( ) R$ 120,00
( ) R$ 160,00
( ) R$ 200,00
( ) R$ 250,00
( ) R$ 350,00
* Total de sócios em atividades + funcionários.
Condições Gerais • Pagamento via boleto bancário, com vencimento no dia 1º de cada mês. • Valores reajustados anualmente, conforme determinação de assembléia geral.
Aceite Data
Assinatura
Nome
Instrução de preenchimento e envio: Após o preenchimento desta Ficha de Associado da ABINFER envie por email a executivo.abinfer@terra.com.br Em caso de dificuldade para preencher ou enviar, entre em contato com Pedro Luiz Pereira pelo telefone 47-9971-1751 ou pelo e-mail executivo.abinfer@terra.com.br Uso exclusivo da ABINFER Pessoa: ( ) Jurídica ( Representação:
(
) Física
) Singular
(
Associação: ) Coletiva
(
(
) Contribuinte
) Individual
Deliberação Vetado Aprovado Considerações: Data da Filiação /
22
Ferramental
Assinatura/Visto do Diretor Executivo
/ 20 Janeiro/Fevereiro 2013
(
Origem:
) Benemérito (
) Brasil
(
) Exterior
RENATA SOLLERO - renata.sollero@stratasys.com
Impressão 3D abre portas para mini revolução industrial
A
completa liberdade de criação para os designers tem tornado a prototipagem rápida um fenômeno no desenvolvimento de produtos. A tendência é que a manufatura aditiva siga o mesmo caminho.
Figura 2 - Protótipo de carrinho de brinquedo com peças em diferentes materiais [2]
Figura 1 - Modelagem de um veículo em argila [2] Janeiro/Fevereiro 2013
Ferramental
23
Figura 3 - Protótipo de carrinho de brinquedo com peças em diferentes materiais [3]
Renata Sollero – É diretora-geral (country-manager) da Stratasys Brasil.
24
Ferramental
Janeiro/Fevereiro 2013
Parte integrante da revista Ferramental - Nº 45 - Janeiro/Fevereiro 2013
Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais
Glossário de termos aplicados à Gestão de Processos (Business Process Management – BPM)
INGLÊS
PORTUGUÊS
ABC: Activity Based Costing
Custeio Baseado em Atividades
ABPMP: Association of Business Process Management Professionals
Associação de Profissionais de Gerenciamento de Processos de Negócio
ARIS: ARchitecture of integrated Information Systems
Arquitetura dos Sistemas de Informação Integrados
BAM: Business Activity Monitoring
Monitoramento da Atividade de Negócio
BI: Business Intelligence
Inteligência de Negócios
BPA: Business Process Analysis
Análise de Processos de Negócio
BPD: Business Process Diagram
Diagrama de Processos de Negócio
BPEL: Business Process Execution Language
Linguagem de Execução de Processos de Negócio
BPEL4WS: Business Process Execution Language for Web Services
Linguagem de Execução de Processos de Negócio para Serviços da Web
BMI: Business Modeling & Integration
Modelagem e Integração de Negócios
BPM: Business Process Management
Gestão de Processos de Negócio
BPM: Business Process Modeling
Modelagem de Processos de Negócio
BPMI: Business Process Management Initiative
Iniciativa de Gestão por Processos de Negócio
BPMM: Business Process Maturity Model
Modelo de Maturidade de Processos de Negócio
BPMN (Antes da versão 2.0): Business Process Modeling Notation
Notação da Modelagem de Processos de Negócio
BPMN (Versão 2.0): Business Process Model and Notation
Modelagem e Notação de Processos de Negócio
BSC: Balanced ScoreCard
Indicadores Balanceados de Desempenho
BPM CBOK: Business Process Management - Common Body of Knowledge
Gerenciamento de Processos de Negócio - Corpo Comum de Conhecimento
CBPP: Certified Business Process Professional
Profissional Certificado em Processo de Negócio
CMM: Capability Maturity Model
Modelo de Maturidade de Capabilidade
CRM: Customer Relationship Management
Gestão de Relacionamento com o Cliente
EPC: Event-Driven Process Chain
Cadeia de Processos Orientados a Eventos
ERP: Enterprise Resource Planning
Planejamento de Recursos Empresariais
FAD: Function Allocation Diagram
Diagrama de Alocação de Função
HTTP: HyperText Transfer Protocol
Protocolo de Transferência de Hipertexto
ISO: International Organization for Standardization
Organização Internacional para Padronização
IT: Information Technology
Tecnologia da Informação
OASIS: Organization for the Advancement of Structured Information Standards
Organização para o Desenvolvimento de Padrões de Informação Estruturada
OCEB: OMG Certified Expert In BPM
Especialista Certificado em BPM da OMG
OMG: Object Management Group
Grupo de Gestão de Objetos
RPC: Remote Procedure Call
Chamada de Procedimento Remota
SME: Subject Matter Expert
Especialista no Assunto
SOA: Service Oriented Architecture
Arquitetura Orientada a Serviços
SOAP: Simple Object Access Protocol
Protocolo de Acesso a Objetos Simples
SOAP: Service-Oriented Architecture Protocol
Protocolo de Arquitetura Orientada a Serviços
SWOT: Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats
Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças
UDDI: Universal Description, Discovery, and Integration
Descrição, Descoberta e Integração Universal
UML: Unified Modeling Language
Linguagem de Modelagem Unificada
VACD: Value Added Chain Diagram
Diagrama de Cadeia de Valor Agregado
WSDL: Web Service Description Language
Linguagem de Descrição de Serviços Web
W3C: World Wide Web Consortium
Consórcio Web
XML: eXtensible Markup Language
Linguagem de Marcação Extendida Fontes: www.tudosobrebpm.com Janeiro/Fevereiro 2013
Ferramental
25
Algoritmos de sequenciamento mais comuns
INGLÊS
PORTUGUÊS
COVERT: Cost Over Time
Custo ao longo do tempo. É um algoritmo que tenta ponderar as decisões pelo seu reflexo no custo esperado pela empresa. Nesse caso é dada prioridade à ordem que apresenta a maior razão do resultado da divisão do seu custo total de fabricação pelo tempo total restante. Ou seja, tendem a ser priorizadas as ordens de maior custo e as que se encontram em fase final de produção.
CR: Critical Rate
Razão crítica. São priorizadas as ordens que apresentam a menor razão crítica decorrente da divisão do prazo restante até a data de entrega pelo tempo total restante para a finalização da ordem.
EDD: Earliest Delivery Date
Data de entrega mais cedo. Algoritmo onde as ordens são priorizadas em função da data de entrega prometida. Revela-se uma estratégia de forte comprometimento com a confiabilidade de entrega, mas os resultados nem sempre são satisfatórios, uma vez que não é considerado o impacto nos recursos seguintes, nem o tempo total restante para a finalização da ordem.
FIFO: First In First Out
Primeiro que entra, primeiro que sai. Este método realiza as tarefas na ordem de chegada, sem levar em consideração sua importância podendo comprometer a rapidez e confiabilidade de entrega, bem como o custo incorrido.
HVF: High Value First
Maior valor primeiro. Esse algoritmo prioriza as ordens que apresentam o maior valor financeiro, não tendo nenhuma relação com prazos ou datas de entrega.
LST: Lowest Setup Time
Menor tempo de setup. Nesse algoritmo são priorizadas as ordens que resultem em menor tempo de preparação no recurso analisado. É normalmente utilizado em sistemas onde o setup é dependente da sequência.
LWR: Lowest Work Remain
Menor trabalho restante. É um algoritmo similar ao SPT, com a diferença de que ao invés de se considerar apenas o tempo de processamento no recurso analisado, considerase todo o tempo de processamento restante para a ordem. Normalmente não apresenta resultados muito distintos dos encontrados para a SPT.
SPT: Smallest Processing Time
Menor tempo de processamento. As ordens devem ser programadas em função da menor duração da atividade realizada no recurso analisado. Tende a reduzir o número de ordens atrasadas, porém as ordens que mais consomem recursos apresentam atrasos inaceitáveis para um mercado competitivo como o atualmente verificado.
SPTO: Smallest Processing Time Off
Menor tempo de folga por operação. Algoritmo que prioriza as ordens que apresentam menor folga temporal em relação à data de entrega, ou seja, são processadas primeiramente as ordens que apresentam o menor resultado da subtração da data de entrega pelo tempo total restante para a finalização da ordem. Fontes: www.enjourney.com.br
26
Ferramental
Janeiro/Fevereiro 2013
Parte integrante da revista Ferramental - Nº 45 - Janeiro/Fevereiro 2013
Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais
DAIANE POLESELLO - daiapole@yahoo.com.br NELSON HEIN - hein@furb.br MOHAMED AMAL - amal@furb.br
Resultados da avaliação dos fatores que determinam a capacidade inovadora de empresas do setor metal mecânico de Joinville
O
s arranjos produtivos locais se caracterizam por criar ambientes onde as empresas se tornam mais produtivas e inovadoras, tornando-se assim mais competitivas. Nota-se um elevado grau de competitividade no setor metal mecânico, devido ao alto nível tecnológico empregado, o que sugere uma alta capacidade de inovação das empresas para se diferenciarem no mercado. Contudo, é necessário conhecer os fatores determinantes para a implementação de inovações.
A indústria metalmecânica é caracterizada com um elevado grau de competição aonde sua dinâmica foi acelerada pela globalização e tecnologias da comunicação. As empresas localizadas neste APL1 precisam dispor de uma capacidade inovadora elevada para constituir vantagens competitivas neste mercado de alto nível tecnológico [2]. Na literatura, as abordagens indicam os efeitos positivos que os sistemas nacionais e regionais de inovação podem trazer às empresas, destacando o papel das localidades para a construção de um ambiente inovativo. O presente trabalho sugere então, a seguinte pergunta de pesquisa: Quais os fatores determinantes da inovação de empresas do setor Metalmecânico? Neste trabalho utilizou-se de objeto de estudo o APL Metalmecânico de Joinville, que segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior MDIC [2] concentra o principal parque fabril do Norte do Estado de Santa Catarina, com destaque internacional, por concentrar empresas de liderança de mercado e de alto nível tecnológico. A escolha do objeto é motivada pelo fato que empresas localizadas em APL se beneficiam de redes de cooperação, do apoio das instituições, que permitem um aprendizado coletivo para promover a competitividade das empresas desta indústria [3]. Por sua vez, o objetivo do estudo constitui-se em analisar os fatores determinantes da capacidade inovadora de empresas localizadas no APL Metalmecânico de
Joinville. A análise estabeleceu-se primeiramente por meio de uma descrição quantitativa dos dados da amostra e posteriormente efetuou-se uma correlação canônica2 entre as dimensões apresentadas no estudo. INOVAÇÃO: CONCEITUALIZAÇÃO E HISTÓRICO A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OECD) tornou-se o órgão responsável pela definição de inovação mundialmente adotada. Por meio do Manual de Oslo [4], assume-se inovação como a implementação de algo novo ou uma melhoria significante em produtos, processos, serviços, marketing3 e em sistemas organizacionais. Uma pesquisa bibliográfica que investigou a abordagem dada à inovação em pesquisas científicas, descobriu que ela pode 1
APL: Arranjos Produtivos Locais são aglomerações de empresas, localizadas em um mesmo território, que apresentam especialização produtiva e mantêm vínculos de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores locais, tais como: governo, associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa. Existe uma vasta literatura nacional e internacional sobre o fenômeno da aglomeração de empreendimentos de uma mesma atividade produtiva em uma determinada região geográfica. Há muitas denominações e ênfases diferentes. O mesmo fenômeno é às vezes denominado arranjo produtivo local, sistema produtivo local ou mesmo “cluster”. No Brasil a expressão mais difundida é arranjo produtivo local. 2 Correlação canônica: A análise de correlação canônica tem como objetivo principal explicar a relação entre dois conjuntos de variáveis encontrando um pequeno número de combinações lineares, para cada um dos conjuntos de variáveis, de modo a maximizar as correlações possíveis entre os grupos. A análise das variáveis canônicas (obtidas pelas combinações lineares) pode ser de grande utilidade no estudo de dependências multivariadas [www.ufv.br]. 3 Marketing: é o conjunto de estratégias e ações que provêem o desenvolvimento, o lançamento e a sustentação de um produto ou serviço no mercado consumidor. Janeiro/Fevereiro 2013
Ferramental
27
ser considerada como uma idéia, um método ou um processo, que contem como ingrediente essencial a novidade [5]. Ainda, que a inovação em um ambiente organizacional pode se apresentar de quatro maneiras distintas, a saber: inovação de produto, inovação de processo, inovação organizacional e inovação de serviço [6]. Cinco são as gerações do processo inovativo, movidas pelas mudanças tecnológicas e pelo encurtamento do ciclo de vida dos produtos. Atualmente vive-se a quinta geração aonde as principais características são: maior integração global de organizações e sistemas, estruturas organizacionais mais planas e flexíveis, banco de dados internos desenvolvidos, desenvolvimento de produtos eletronicamente assistidos e vínculos eletrônicos externos eficazes. Isto desperta os aspectos chaves do processo da inovação que são integração, flexibilidade, relacionamentos e processamento de informação em tempo real [7]. A inovação tem sido diretamente associada à vantagem competitiva da empresa no mercado em que ela atua. Para uma empresa possuir vantagens competitivas duradouras, ela deve ser capaz de inovar constantemente, não somente em tecnologia, mas também no seu processo comercial, sabendo posicionar seu produto e prestar serviços adequados, aumentando assim sua produtividade [8]. As mudanças geralmente são iniciadas por empresas líderes no mercado, pois elas já assumiram a redução de custo, o aumento da qualidade e da flexibilidade, assim a forma mais apropriada de estar à frente no mercado é por meio da inovação. As tecnologias desempenharam um importante papel para impulsionar as inovações, e inovação sempre envolve renovação, incluindo assim a mudança [9]. Diante deste cenário, percebe-se a importância da gestão da inovação. Em trabalhos científicos, encontram-se argumentos a respeito da complicada maneira de estabelecer uma gestão da inovação. A inovação é um processo complexo, difícil de gerenciar, mas de extrema importância, pois pode determinar o desempenho das empresas. A filosofia organizacional é um elemento importante para a empresa construir um comportamento consistente dentro do processo inovativo organizacional [6]. Por outro lado, o processo inovativo não acontece somente dentro das empresas, e hoje já se percebe o importante papel dos conhecimentos que emergem de fatores externos, tornando assim o ambiente um im28
Ferramental
Janeiro/Fevereiro 2013
portante instrumento para a construção de uma plataforma de atividades inovadoras [10]. SISTEMAS NACIONAIS DE INOVAÇÃO A expressão sistema nacional de inovação foi utilizada pela primeira vez por Bengt-Ake Lundwall. Logo após o final da segunda guerra mundial, o Banco Mundial concluiu que o investimento intangível em acúmulo do conhecimento seria tão interessante para o desenvolvimento econômico quanto o investimento em capital físico, pois o crescimento está diretamente associado com a inovação [11]. O governo desempenha inúmeras funções na economia, mas o objetivo principal é assegurar a estabilidade econômica e política do país, para tanto são imprescindíveis possuir instituições sólidas, estruturas econômicas básicas e políticas macroeconômicas eficientes [8]. Países com um desenvolvimento acelerado são aqueles que investiram em educação, ciência e tecnologia, com destaque para a Alemanha que quando adquiria algo das nações mais avançadas, procurava recriá-lo dentro do país, sempre acrescentando ainda mais esforços [11]. Dentre os países que criaram políticas de inovação estão Coréia do Sul, França, Estados Unidos da América e Japão. A Coréia do Sul, por meio da Lei da Promoção de C & T (Ciência e Tecnologia), construiu o modelo aprendendo-fazendo que posteriormente ficou conhecida como Lei da Promoção da Pesquisa Básica, tendo como princípio o modelo aprendendo-pesquisando. Dentre as políticas francesas estão a concessão de subsídios e renúncia fiscal. Por outro lado, os Estado Unidos da América concede grande incentivos à acumulação e aplicação de capital privado nesta área além de preocupar-se com a questão de propriedade intelectual uniforme. No Japão a prioridade foi a capacitação tecnológica e a formação de indústrias intensivas em conhecimento, que não poluem e tenham alto valor agregado [12]. No Brasil também existe a preocupação com o aumento de esforços para a inovação, por isso foram criadas políticas para este fim. A Lei de Inovação Tecnológica do Brasil, pelo seu conteúdo, foi diretamente influenciada pela lei francesa, pois as semelhanças são bastante evidentes [12]. De acordo com o MDIC, o objetivo central da política brasileira é dar sustentabilidade ao atual ciclo de ex-
Janeiro/Fevereiro 2013
Ferramental
29
pansão em que o Brasil se encontra. E destaca que os desafios para atingir a este propósito são: ampliar capacidade de oferta; preservar robustez do balanço de pagamentos; elevar capacidade de inovação; e fortalecer as Micro e Pequenas empresa (MPEs). Para cumprir esses desafios foram estabelecidas macrometas como: aumento da taxa de investimento, ampliação da participação das exportações brasileiras no comércio mundial, elevação do dispêndio provado em P & D (Pesquisa e Desenvolvimento) e ampliação de número de MPEs exportadoras. A Agência Nacional de Pesquisa e Desenvolvimentos das Empresas Inovadoras (ANPEI) explica que os mecanismos de incentivos nacionais à inovação consistem em: recursos financeiros; mecanismos de apoio técnico e gerencial; e incentivos fiscais. Para formalizar e incentivar as inovações do país foi criado a Lei Nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004, denominada “Lei da Inovação” com dispositivos legais eficientes que contribuam para o delineamento de um cenário favorável ao desenvolvimento científico, tecnológico e ao incentivo à inovação. Segundo o artigo 17§ 1º, "considera-se inovação tecnológica a concepção de novo produto ou processo de fabricação, bem como a agregação de novas funcionalidades ou características ao produto ou processo que implique melhorias incrementais e efetivo ganho de qualidade ou produtividade, resultando maior competitividade no mercado". Estipulado como marco regulatório, ela está organizada em torno de três vertentes: Vertente I - Constituição de ambiente propício às parcerias estratégicas entre as universidades, institutos tecnológicos e empresas; Vertente II - Estímulo à participação de instituições de ciência e tecnologia no processo de inovação; Vertente III - Incentivo à inovação na empresa. Na tabela 1 se apresentam algumas políticas públicas, com propósito que incentivar a inovação: SISTEMAS REGIONAIS DE INOVAÇÃO E CLUSTERS4 Quando são comentados a respeito dos sistemas nacionais e regionais de inovação, muitos autores usam como base os fundamentos comuns à várias abordagens que defendem que a proximidade geográfica influencia positivamente no desenvolvimento de um ambiente inovativo. As proximidades facilitam a transmissão de novos conhecimentos que tem como características a complexidade, natureza tácita e específica somente a deter30
Ferramental
Janeiro/Fevereiro 2013
Órgãos governamentais e Leis
Tipo de apoio
Vantagens oferecidas
Incentivos Fiscais
Autoriza o governo federal a conceder incentivos fiscais, de forma automática, às empresas que realizem pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica. Estas atividades podem ser a concepção de novos produtos ou processos de fabricação, bem como a agregação de novas funcionalidades ou características ao produto ou processo já existentes que impliquem melhorias incrementais e efetivos ganhos de qualidade e/ou de produtividade, resultando em maior competitividade no mercado.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI
Técnico e gerencial
Responsável por registros de marcas, concessão de patentes, averbação de contratos de transferência de tecnologia e de franquia empresarial, e por registros de programas de computador, desenho industrial e indicações geográficas. O INPI concentra esforços para utilizar o sistema de propriedade industrial em sua função de proteção intelectual e também como instrumento de capacitação e competitividade das empresas.
Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP
Financeiro
Pesquisa básica nas universidades; Pesquisa aplicada nos institutos de pesquisa; Atividades de inovação nas empresas.
Financeiro
Dois novos programas foram criados para esse fim - Linha Capital Inovador, cujo foco é a empresa, e Linha Inovação Tecnológica, cujo foco é o projeto.
Técnico e gerencial
Programa RHAE - Pesquisador na Empresa estimula a inserção de pesquisadores (mestres e doutores) nas micro, pequenas e médias empresas. As bolsas DCR - Desenvolvimento Científico e Tecnológico Regional têm por objetivo estimular a fixação de recursos humanos, com experiência em ciência, tecnologia e inovação e/ou reconhecida competência profissional, em instituições de ensino superior e de pesquisa, em empresas públicas de P & D, empresas privadas e microempresas que atuem em investigação científica ou tecnológica. Bolsas de pós-graduação para pesquisadores de empresas
Técnico e gerencial
Entidade representativa do segmento das empresas e instituições inovadoras dos mais variados setores da economia, com a missão de estimular a inovação tecnológica nas empresas.
Lei do Bem
Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq
Agência Nacional de Pesquisas e Desenvolvimento de Empresas Inovadoras - ANPEI
Tabela 1 - Mecanismos de apoio a inovação. Fonte: quadro elaborado com base na ANPEI.
4
Cluster: do inglês, significa grupo, agrupamento. No mundo da indústria, é uma concentração de empresas relacionadas entre si, em uma zona geográfica relativamente definida, que conformam um pólo produtivo especializado com vantagens competitivas. Este conceito foi popularizado pelo economista Michael Porter no ano de 1990, em seu livro Competitive Advantages of Nations ("As vantagens competitivas das nações"). Também é comumente denominado de APL - Arranjo Produtivo Local.
minadas atividades e sistemas de produção e inovação [13]. Os arranjos produtivos locais estabelecem um ambiente onde as epresas tornamse mais produtivas e inovadoras Figura 1 - Atuação em APL (fonte: SEBRAE) competindo de maneira mais sofisticada, sendo que a inovação dentro de clusters refere-se também com respeito às formas de comercialização, prestação de serviços e posicionamento de produtos [8]. A figura 1 demonstra o conceito de atuação em um APL. A formação de clusters ou sistemas locais de produção e inovação é evidenciada pela existência de uma localidade com conhecimentos especializados capazes de gerar grandes melhorias produtivas, técnicas e tecnológicas específicas em um determinado produto e ati-
vidade econômica, atraindo assim empresas e instituições para transmissão de conhecimentos tácitos e específicos [13]. Por meio de uma pesquisa com referência ao Estado de São Paulo, foi elaborado um conjunto de indicadores com o objetivo de mapear a distribuição geográfica de conhecimentos e capacitações científicas e tecnológicas. Os resultados mostraram um padrão de distribuição regional de atividades inovativas nas proximidades das principais rodovias do estado, em torno de áreas metropolitanas e próximas a regiões de grande concentração de instituições de ensino, pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico. Isto explica que as atividades inovativas estão fortemente relacionadas às localidades embora haja fatores históricos institucionais sociais culturais e políticos que determinam o desenvolvimento de uma região [13]. MODELO E HIPÓTESES A elaboração de hipóteses se deu de acordo com o resultado encontrado nas pesquisas anteriores, resultando em: • Hipótese H1: Há correlação entre o ambiente ins-
Janeiro/Fevereiro 2013
Ferramental
31
titucional e a capacidade inovadora das empresas localizadas em APL. • Hipótese H2: Há correlação entre incentivos e a capacidade inovadora de empresas localizadas em determinadas localidades. • Hipótese H3: Há correlação canônica entre as estratégias de cooperação da empresa e a capacidade inovadora das empresas. • Hipótese H4: Há correlação entre as redes em que a empresa está inserida e sua capacidade inovadora. • Hipótese H5: Há correlação canônica entre os investimentos em P & D e a capacidade inovadora das empresas. A partir da revisão de literatura efetuada criou-se o modelo teórico representado na figura 2.
Figura 2 - Modelo teórico utilizado no estudo (fonte: dados da pesquisa)
A partir disso, o modelo sugere que o ambiente institucional, os incentivos, a cooperação com os agentes do mercado, as redes e a P & D são fatores determinantes no processo inovativo de empresas. Sendo assim, foi pesquisado se esses achados também são determinantes para as empresas do APL Metalmecânico selecionado. No que tange ao ambiente institucional foram consideradas as seguintes variáveis: cultura de inovação, empreendedorismo, incentivos tributários, destinação de recursos públicos para atividades de inovação, apoio operacional (governo, entidades de classe), cooperação entre empresas e instituições, arranjos produtivos locais, regulamentação sobre propriedade industrial, sistema educacional, e foco em inovações radicais. As modalidades de incentivos mencionadas no questionário foram: lei da inovação, lei do bem, política de desenvolvimento produtivo - MDIC, registros de propriedade industrial - INPI, editais de apoio a inovação 32
Ferramental
Janeiro/Fevereiro 2013
FINEP, fundos de financiamento a inovação - BNDES, apoio a capacitação de pesquisadores - CNPq, e ações promovidas pela ANPEI. Quanto à configuração das estratégias de cooperação com outros agentes do mercado seguem o trabalho conjunto com: instituições nacionais (governo, bancos e órgãos de fomento), instituições regionais (associações comerciais, industriais, federação das indústrias, órgãos estaduais de pesquisa), centro de pesquisa e universidades, empresas que atuam no mesmo setor, empresas distribuidoras, fornecedores, e clientes. Verificou-se também a frequência de cooperação com estes agentes. Em relação às redes nas quais as empresas estão inseridas, foram averiguadas as seguintes variáveis: as redes de relacionamento permitem a empresa acessar fontes mais vantajosas de crédito e financiamento para inovação, as redes atuais favorecem o desenvolvimento de inovações de processos (gestão, distribuição, etc), a inserção em redes reduz o custo da inovação, as redes são uma importante fonte de informações sobre o mercado, a inserção em redes permite a adoção de estratégias aceleradas de internacionalização, as redes de relacionamento permitem melhores estratégias de marketing internacional. A fim de examinar como as empresas organizam a busca por inovação o questionário abordou: pesquisa junto aos clientes com possibilidades de melhorias, pesquisa junto aos fornecedores com possibilidades de novos produtos/formatos/tecnologias, estabelecimento de parcerias específicas para inovação, observação de tendências internacionais, aquisição de tecnologias inovadoras disponíveis no mercado, inserção em redes formais e manutenção de equipe permanente para pesquisa e desenvolvimento. Na dimensão inovação, foram considerados os seguintes tipos de inovações geradas pela empresa nos últimos 5 anos: inovação em produto já comercializado (melhorias), oferta de novos produtos/serviços, mudança na tecnologia empregada para fabricação do produto, certificações de qualidade, inovação na gestão da empresa, e desenvolvimento de novos canais de comercialização. MÉTODO Este estudo, de acordo com seus objetivos caracteriza-se como descritivo e foi realizado por meio de levantamento de dados, com abordagem quantitativa.
A pesquisa englobou empresas do setor Metalmecânico, cadastradas pelo SEBRAE5, como participantes do Arranjo Produtivo Local (APL) Metalmecânico de Joinville - SC, que abrange também as cidades de Jaraguá do Sul, Massaranduba e Schroeder. A amostra foi intencional, pois o SEBRAE mostra-se como uma das entidades mais ativas no desenvolvimento do APL. A lista é composta por 47 empresas de pequeno e médio porte, sendo que uma delas não possui unidade produtiva na localidade, e com duas delas não foi possível obter contato, excluindo-se assim 3 empresas da população estudada, permanecendo o total de 44 questionários enviados. Foram 19 os respondentes, o que equivale a 43,18% da amostra obtida. Os dados foram coletados a partir de um questionário disponibilizado em: sítio eletrônico; por meio de e-mail; contato telefônico com cada empresa. Compunham o questionário um total de 17 questões sendo 8 questões abertas e 9 questões fechadas, formuladas com variáveis, que foram tratadas como subitens da pergunta, utilizando a escala Likert6 de 1 a 7. A escala selecionada apresenta diferentes padrões de respostas, sendo que 1 para 'Nenhuma influência' e 7 para 'Muita influência', ou 1 para 'Pouco importante' e 7 para 'Muito importante', atribuindo significância diretamente proporcional ao valor atribuído a cada item. O tratamento e análise dos dados se deram em duas etapas. Na primeira etapa foram analisadas as perguntas abertas, por meio da média, frequência e desvio padrão. Na segunda parte, o tratamento dos dados deu-se por meio das correlações canônicas. O software7 utilizado para análise dos dados foi o Statgraphics, em sua versão 5.1. ANÁLISE DOS DADOS Descrições da amostra Os perfis das empresas respondentes estão representados pela tabela 2. As empresas receberam nomes de letras, para manter o caráter confidencial que foi proposto aos respondentes. Para facilitar a visualização dos dados foram criados códigos de acordo com as variáveis. Seguem os códigos que representam: o ano de fundação das empresas (Anof), número de funcionários (Nfun), e para as empresas com atividades exportadoras (Atexp). A amostra estudada apresenta predominância de empresas de pequeno porte. Apenas uma empresa possui acima de 100 funcionários, o que, segundo o Ins-
Empresa
Nfun
Anof
Atexp
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S
15 102 11 20 14 12 28 78 56 28 28 22 25 ** 36 18 15 20 14
1994 1993 2003 2003 1990 2004 1998 1991 1988 1985 2005 1998 2005 1995 1974 1992 2005 1998 2003
Não Não Sim Não Sim Não Não Não Sim Não Sim Não Não Não Não Sim Não Não Não
Tabela 2 - Perfil das empresas Fonte: dados da pesquisa
** Não houve resposta
tituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas - IBGE caracteriza uma empresa de médio porte. As demais possuem uma média de 26 funcionários, caracterizando-se como pequenas empresas. As empresas do APL Metalmecânico identificam-se como empresas consolidadas, sendo a média de idade em torno de 16 anos, a mais experiente com 38 anos e as mais jovens com 7 anos. Quanto à internacionalização das empresas do APL, constamos que 5 empresas são exportadoras, enquanto 14 empresas não estabelecem nenhuma atividade de exportação. A fim de avaliarmos características a respeito das atividades inovativas das empresas, buscou-se saber o percentual de faturamento proveniente de inovações (%fatinov), o percentual do faturamento dispendido em P & D (%fatPD), assim como o percentual do faturamento aplicado em capacitação tecnológica (%fatCT), o percentual de faturamento advindo de exportação (%fatex) e também o total de patentes registradas pelas empresas nos últimos 3 anos (tabela 3). A inovação tem sido defendida como um meio de 5 SEBRAE: abreviação de Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. 6 Escala Likert: ou Escala de Likert, é um tipo de escala de resposta psicométrica usada habitualmente em questionários, e é a escala mais usada em pesquisas de opinião. Ao responderem a um questionário baseado nesta escala, os perguntados especificam seu nível de concordância com uma afirmação. Esta escala tem seu nome devido à publicação de um relatório explicando seu uso por Rensis Likert (1903 - 1981). 7 Software: ou programa de computador, é uma sequência de instruções a serem seguidas e/ou executadas, na manipulação, redirecionamento ou modificação de um dado/informação.
Janeiro/Fevereiro 2013
Ferramental
33
Empresa
% fatnov
% fatPD
% fatCT
A 25 2 2 B ** ** ** C ** ** ** D ** ** ** E 6 15 5 F 9 7 6 G 5 3 5 H 0,4 15 0,75 I 10 10 40 J 1 1 50 K 4 2 70 L 2 2 15 M 1 1,5 60 N 5 3 ** O 3 1 10 P 5 40 5 Q ** ** ** R 1 3 35 S 6 5 30 Tabela 3 - Características de atividades inovativas ** Não possui registro Fonte: dados da pesquisa
Tpat 0 0 0 0 1 3 0 0 2 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0
% exfat
1 1
2 1
3
obter vantagem competitiva, assim cabe avaliar o seu impacto no faturamento das empresas. No que tange ao faturamento, foi considerado o faturamento bruto. O resultado para conhecimento do faturamento advindo de inovações indicou que, em média, 29% do faturamento das empresas pesquisadas são provenientes de novos produtos, considerando os novos produtos como produtos lançados nos últimos três anos e que incluem algum grau de inovação em relação a linha de produtos tradicionais. Os dados da pesquisa apresentaram que, em média, as empresas destinam 4,055% de seu faturamento para investimento em pesquisa, desenvolvimento de pesquisas em parceria com instituições, implantação de projetos na área de inovação, incluindo custo com a equ-pe, estrutura e, intercâmbio de profissionais entre instituições. Uma importante consideração para avaliação do processo inovativo é conhecer o número de registro de patentes realizadas por essas empresas. A pesquisa apontou que as 19 empresas pesquisadas, nos últimos cinco anos, realizaram um total de 7 patentes depositadas ou concedidas. A internacionalização pode representar uma inovação, quando a empresa utiliza-se desta para a busca de novos mercados, tecnologia e recursos, trazendo consigo uma melhoria nos processos empregados e em seus produtos, não precisando acontecer de maneira mútua. Os dados obtidos identificaram 5 empresas exportadoras, dentre as 19 que responderam o questionário. Por34
Ferramental
Janeiro/Fevereiro 2013
tanto, averiguou-se a representatividade de atividades de exportação no faturamento das empresas. Os dados revelam que três empresas obtêm 1% de seu montante de faturamento de exportações, uma empresa possui 2%, enquanto outra empresa obtém 3% de seu faturamento bruto de exportações. Buscou-se ainda averiguar as inovações implementadas pelas empresas para estabelecer um padrão de inovação para o setor pesquisado. Foram avaliadas as inovações realizadas em produtos já comercializados (melhorias), ofertas de novos produtos e serviços, mudança na tecnologia empregada para a fabricação do produto, certificações de qualidade, inovação na gestão da empresa e desenvolvimentos de novos canais de comercialização. Os resultados permitiram visualizar os tipos de inovações geradas pela empresa nos últimos cinco anos, conforme indicado na figura 3.
Figura 3 - Implementação de inovações (fonte: dados da pesquisa)
O gráfico mostra que o tipo que tem maior efeito positivo é a inovação na gestão da empresa, obtendo uma média de 5,53, evidenciando a importância das práticas de gestão para o sucesso no mercado. A seguir a inovação em produto. Importante destacar que nenhum dos tipos de inovações apresentados obteve pontuação abaixo de 4. A menor pontuação foi 4,47 para certificações de qualidade. Para conhecer as vantagens competitivas desenvolvidas pelas empresas foram levantadas variáveis para os respondentes avaliarem de muito a pouco importante para os itens da figura 4.
Figura 4 - Diferencial competitivo (fonte: dados da pesquisa)
Ainda a classificação do grau de diferenciação dos produtos da empresa em relação aos aspectos apresentados na figura 5. Considerando a médias acima de 4,5 como itens importantes para a diferenciação da empresa no mercado, consegue-se visualizar que a diferenciação dá-se principalmente por meio da qualidade dos produtos, item que atingiu a maior média, seguindo em importância pelos itens: produto inovador que ficou na segunda posição, e em sequência a capacidade de flexibilidade nas negociações. A cadeia logística, e a estrutura de marketing e vendas, também se assumem como atividades importantes, pois apesar de suas médias estarem na quarta e na quinta posição com relação aos demais itens, elas ainda possuem valor acima de 4,5 ou equivalente. O menor desvio padrão encontrado no item qualidade do produto mostra que este é o fator que menos diverge nas empresas, esse dado mostra que a inovação em produtos ainda não é prioridade, na diferenciação das empresas no mercado. O coeficiente
de variação alto para produção no exterior mostra que as empresas divergem de opinião, deste, como um fator de diferenciação. Quanto ao grau de diferenciação do produto, os resultados reforçam a preocupação com a qualidade e a capacidade de adaptação do produto as demandas de clientes, com possibilidades de customização, e garantia de um nível de satisfação do usuário, por meio da qualidade do produto. Produtos com desempenho superior ao concorrente também foram considerados como muito importantes, assim como a compatibilidade do produto para utilização integrada. A única variável abaixo da média de 4,5 foi a variável do produto com apelo sustentável. Os resultados a respeito do grau de diferenciação do produto são apresentados na figura 5. Considerando os resultados a respeito do diferencial competitivo, nota-se que apesar das empresas perceberem a qualidade do produto como um fator importante para a diferenciação da empresa no mercado, a questão atual mostra que as certificações de qualidade
Janeiro/Fevereiro 2013
Ferramental
35
Canonical Number Eigenvalue Correlation
Wilks Lambda
Chi-Square D.F.
P-Value
1 0,838296 0,915585 0,0211182 36,6474 48 0,8841 2 0,630047 0,793755 0,130598 19,3385 35 0,9852 3 0,430837 0,656382 0,353012 9,89189 24 0,9950 4 0,2749 0,524309 0,620231 4,53779 15 0,9954 5 0,115368 0,339659 0,855373 1,48407 8 0,9930 6 0,0330743 0,181863 0,966926 0,319519 3 0,9563 Tabela 5 - Correlação canônica entre inovação e mecanismos de incentivo à inovação (fonte: dados da pesquisa) Figura 5 - Grau de diferenciação do produto (fonte: dados da pesquisa)
são vistas como um item sem importante efeito. A menor divergência de opiniões é na inovação da gestão da empresa, apresentada pelo item que obteve menor desvio padrão. A resposta que houve a maior variação com relação à média foi a certificação de qualidade. Estimação do Modelo Efetuadas as análises dos resultados para identificação e descrição do APL Metalmecânico de Joinville, objetiva-se, na sequência, com a técnica da análise de correlação canônica, validar as hipóteses da pesquisa e avaliar as relações entre as variáveis dos fatores que a literatura apresentou como influenciadores no processo inovativo de empresas. O número de funções canônicas geradas nesta pesquisa foi seis, que informaram se existe correlação e se esta possui significância estatística entre as variáveis. A tabela 4 apresenta os resultados da análise entre as variáveis das inovações implementadas pelas empresas e o ambiente institucional brasileiro de acordo com suas modalidades. Constata-se que a correlação existente entre as variáveis é de 99,50%, havendo uma forte correlação positiva e o nível de significância obteve p-value = 0,0077. Verifica-se que na primeira função canônica existe correlação e também significância entre as variáveis. Canonical Number Eigenvalue Correlation
Wilks Lambda
Chi-Square D.F.
P-Value
1 0,990134 0,995055 0,0000260411 89,7246 60 0,0077 2 0,979505 0,989699 0,00263941 50,4662 45 0,2663 3 0,629935 0,793684 17,4219 32 0,9831 0,128781 4 0,448322 0,669568 8,97228 21 0,9894 0,347996 5 0,268074 0,517759 3,91657 12 0,9849 0,630796 6 0,138169 0,371712 5 0,9386 1,26392 0,861831 Tabela 4 - Correlação canônica entre inovação e ambiente institucional (fonte: dados da pesquisa)
Pode ser observada na Tabela 5 a correlação canônica existente entre a inovação e os mecanismos de incentivos, de 91,55%, no entanto sem grau de signifi36
Ferramental
Janeiro/Fevereiro 2013
cância estatística já que o p-value é de 0,8841, ou seja maior que 0,05. De acordo com a tabela 6, os resultados apontam que a correlação canônica existente entre a inovação e a cooperação é de 91,36% e o nível de significância é inexistente, pois p-value é 0,5185. Canonical Number Eigenvalue Correlation
Wilks Lambda
Chi-Square D.F.
1 0,834831 0,913691 0,0106069 40,9163 42 2 0,708858 0,841937 0,0642186 24,7092 30 3 0,564529 0,751352 13,6037 20 0,220575 4 0,394224 0,627873 6,12172 12 0,50652 5 0,131426 0,362527 1,6105 0,836152 6 6 0,0373279 0,193204 0,962672 0,342382 2 Tabela 6 - Correlação canônica entre inovação e cooperação (fonte: dados da pesquisa)
P-Value
0,5185 0,7390 0,8500 0,9098 0,9518 0,8427
Conforme pode ser observado na tabela 7, a correlação canônica existente entre a frequência de cooperação e a inovação é de 87,60% considerado alto, enquanto o teste de significância realizado mostra que não há significância, sendo p-value 0,7350. Canonical Number Eigenvalue Correlation
Wilks Lambda
Chi-Square D.F.
P-Value
1 0,767468 0,876053 0,0276194 35,8924 42 0,7350 2 0,571227 0,755796 0,118777 21,3051 30 0,8781 3 0,467017 0,683386 0,277016 12,8368 20 0,8843 4 0,260818 0,510703 0,519746 6,54415 12 0,8862 5 0,208109 0,45619 6 0,703137 3,52204 0,7410 6 0,112079 0,334781 2 0,887921 1,18872 0,5519 Tabela 7 - Correlação canônica entre inovação e frequência de cooperação com agentes de mercado (fonte: dados da pesquisa)
Conforme pode ser observado na tabela 8, a correlação canônica para interação entre inovação e redes é de 93,90% entre as variáveis e observa-se que este nível é considerado alto, entretanto apresentando um pvalue de 0,7573, o mostra que não existe significância. Pela tabela 9, evidencia-se a correlação canônica existente entre a inovação e a pesquisa e desenvolvimento (P & D), que de acordo com a análise mostra
Canonical Number Eigenvalue Correlation
Wilks Lambda
Chi-Square D.F.
P-Value
1 0,881807 0,939046 0,0197508 35,321 42 0,7573 2 0,548112 0,740346 0,167107 16,1021 30 0,9819 3 0,411891 0,641787 0,369798 8,95318 20 0,9834 4 0,234875 0,484639 0,628791 12 0,9801 4,1756 5 0,113574 0,337007 0,821815 6 0,9399 1,76616 6 0,0728894 0,26998 0,927111 0681142 2 0,7114 Tabela 8 - Correlação canônica entre inovação e redes (fonte: dados da pesquisa)
Canonical Number Eigenvalue Correlation
Wilks Lambda
Chi-Square D.F.
P-Value
1 0,955912 0,977707 0,00169944 63,7746 42 0,0167 2 0,842511 0,917884 0,0385462 32,559 30 0,3420 3 0,582508 00763222 14,075 0,244755 20 0,8267 4 0,266505 0,516241 5,34009 12 0,9456 0,58625 5 0,154 0,799256 2,24074 0,392429 6 0,8963 6 0,0552527 0,235059 0,944747 0,568378 2 0,7526 Tabela 9 - Correlação canônica entre inovação e P & D (fonte: dados da pesquisa)
uma correlação de 97,77% e apresenta-se também com significância, pois p-value é de 0,0167. A pesquisa aponta correlação existente em todas as associações elaboradas, no entanto a significância estatística representada por p-value < 0,05 foi encontrada apenas nas dimensões com relação ao ambiente institucional e P & D. CONSIDERAÇÕES FINAIS O trabalho teve como objetivo analisar os fatores determinantes da capacidade inovadora de empresas localizadas no APL Metalmecânico de Joinville. A revisão bibliográfica permitiu a elaboração de um modelo teórico dos fatores determinantes da capacidade inovadora das empresas. Foram destacados os seguintes fatores determinantes: ambiente institucional, mecanismos de incentivo, estratégias de cooperação, redes, e P & D. Na pesquisa encontramos correlação em todas as hipóteses sugeridas, no entanto confirmamos apenas as H1 e H5, pois estas se mostraram estatisticamente significativas, demonstrando que o ambiente institucional e P & D são os fatores determinantes na capacidade inovadora das empresas do APL de Joinville. Não se encontrou significância estatística para os fatores: mecanismos de incentivos; cooperação; e redes, apesar destes mostrarem correlações altas com as inovações geradas pelas empresas. A partir destes resultados, sugere-se que investimentos nas variáveis das dimensões ambiente institucional e
P & D resultariam em efetivas inovações empresarias neste competitivo setor. Cabe então analisar a importância de uma cultura de inovação, empreendedorismo, incentivos tributários, destinação de recursos públicos para atividades de inovação, apoio operacional (governos, entidades de classe), cooperação entre empresas e instituições, arranjos produtivos locais, regulamentação sobre propriedade industrial, sistema educacional, e foco em inovações radicais. No que tange a dimensão P & D, seguem as variáveis que merecem fortalecimento: pesquisas junto aos clientes e fornecedores, estabelecimento de parcerias específicas para inovação, observação de tendências internacionais, aquisição de tecnologias inovadoras disponíveis no mercado, inserção em redes formais e manutenção de uma equipe permanente para pesquisa e desenvolvimento. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] www.desenvolvimento.gov.br [2] MDIC - Ministério de Desenvolvimento, Indústria e C o m é r c i o E x t e r i o r. 2 0 0 7 ; D i s p o n í v e l e m : <http://www.mdic.gov.br//sitio/interna/index.php? area=3>. Acesso em: 20 de outubro de 2011. [3] Neto, Amato João; Gestão de sistemas locais de produção e inovação (clusters/APL): um modelo de referência. São Paulo: Atlas, 2009. [4] OECD, Eurostat; Oslo Manual: Guidelines for collecting and interpreting innovation data. 2005. Disponível em: <http://browse.oecdbookshop.org/oecd/pdfs/free/9 205111e.pdf>. Acesso em: 20 de outubro de 2011. [5] Gopalakrishman, S; Damanpour, F.; A review of innovation research in economics, sociology and technology management. In: Elsevier Science. Vol. 25, n. 1, 1997, pp. 15-28. [6] Ahmed, Pervaiz K.; Benchmarking innovation best practice. In: Benchmarking for Quality Management & Technology, vol. 5, n. 1, 1998, pp. 45-58. [7] Rothwell, Roy; Towards the fifth-generation innovation process. In.: International Marketing Review. Vol. 11, n. 1, 1994, pp. 7-31. [8] Porter, Michael E.; Vantagem competitiva: criando e sustentando um desempenho superior. Rio de Janeiro: Campus, 2002. [9] Kumpe, Ted; Bolwijn, Piet; Toward the Innovative Firm Challenge for R&D Management. In: ResearchTechnology Management. Vol. 37, n. 1, Jan/Feb, 1994, pp. 38-44. [10] Bröcker, J.; Dohse, D.; Soltweded, R.; Innovation clusters and interregional competition. New Yorks: Springer, 2003. Janeiro/Fevereiro 2013
Ferramental
37
[11] Freeman, Chris; The “national system of innovation” in historical perspective. In: Cambridge Journal of Economics. Vol. 19, 1995. pp. 5-24.
Ÿ Bolwijn, Piet; Kumpe, Ted.; About facts, fiction and forces in human resource management. In: Human Systems Management. Vol. 15, n. 3, 1996 - pp. 161-172. - 11
[12] Matias-Pereira, José; Kruglianskas, Isak; Gestão de inovação: a lei de inovação tecnológica como ferramenta de apoio às políticas industrial e tecnológica do Brasil. In: Revista de Administração de Empresaseletrônica/RAE. V. 4, n.2; art. 18. Jul/Dez, 2005.-pp. 121.
Ÿ Brito, J.; Cooperação interindustrial e redes de empresas. In: Kupfer, D.; Hasenclever, L. (Orgs.). Economia industrial - Fundamentos teóricos e práticos no Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 2002.
[13] Suzigan, Wilson; Furtado, João; Garcia, Renato; Sampaio, Sérgio E. K.; Inovação e conhecimento: Indicadores regionalizados e aplicação a São Paulo. In: Revista Economia Contemporânea. Rio de Janeiro: vol. 10, n. 2. Mai./Ago, 2006. pp.323-356.
Ÿ Enright, M. J.; What we know and what we should know. In: Bröcker, J.; Dohse, D.; Soltwedel, R. (Orgs). Innovation Clusters and Interregional Competition. New York: Springer, 2003. Ÿ Gil, Antônio C.; Métodos e técnicas de pesquisa social. 6ª edição. São Paulo: Atlas, 2009. Ÿ Hair Jr., J. F. et al.; Fundamentos de métodos de pesquisa em administração. São Paulo: Bookman, 2005.
FONTES DE CONSULTA
Ÿ Marconi, M. A; Lakatos, E. M.; Fundamentos de metodologia científica. 7ª edição. São Paulo: Atlas, 2010.
Ÿ Acs et al,; In: Bröcker, J.; Dohse, D.; Soltwedel, R. (Ed.) Innovation clusters and interregional competition. Kiel: Springer, 2003.
Ÿ Mingoti, S. A.; Análise de dados através de métodos de estatística multivariada - uma abordagem aplicada. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005.
Ÿ Anderson, T. W.; An introduction to multivariate analysis. New York: John Wiley, 2003.
Ÿ Pitelis, C.; Sugden, R.; Wilson, J. R.; Clusters and globalization - The development of urban and regional economies. Cheltenham, UK: Edward Elgar, 2006.
Ÿ ANPEI - Agência Nacional de Pesquisa em Inovação. Guia Prático de Apoio a Inovação. Disponível em: <http://proinova.isat.com.br/Downloads.asp >. Acesso em 22 de outubro de 2011. Ÿ Audretsch, D. B.; Globalization, Innovation and the Strategic Management of Places. In: Bröcker, J.; Dohse, D.; Soltwedel, R. (Ed.) Innovation clusters and interregional competition. Kiel: Springer, 2003.
Ÿ Richardson, R. J.; Pesquisa social: métodos e técnicas. 3ª edição. São Paulo: Atlas, 2011. Ÿ Seber, G. A. F.; Multivariate observations. New York: John Wiley and Sons, 1984. Ÿ Timm, N. H.; Applied multivariate analysis. New York: Springer Verlag, 2002.
Ÿ Colauto, Romualdo D.; Beuren, Ilse M.; Coleta, análise e interpretação dos dados. In: Beuren, Ilse M.; (org.). Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade: teoria e prática. 3ª edição. São Paulo: Atlas, 2009. Ÿ Costa, S.; Larga, S.; Internacionalização e redes de empresas. Conceitos e Teorias. Lisboa: Editorial Verbo, 2003.
Daiane Polesello - Mestranda em Administração na Fundação Universidade Regional de Blumenau - FURB, MBA em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas - FGV, graduação em Administração com habilitação em Comércio Exterior pela Faculdade Decisão. Experiência internacional com residência na Inglaterra pelo período de seis meses e na Índia durante um ano e meio. Interesses pelas áreas de gestão de empresasmarketing, logística e negócios internacionais. Experiência de trabalho na Indústria de Portas e Compensados Dois Irmãos, na Frances King School of English, na Trade - Azaila do Brasil e na multinacional WEG. http://lattes.cnpq.br/8513210916664424 Nelson Hein - Graduado em Ciências (1987) e em Matemática (1988) pela Universidade Regional de Blumenau - FURB, especialista em Ensino de Ciências / Matemática pela Universidade Regional de Blumenau (1990). Mestrado (1994) e Doutorado (1998) em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Possui Pós-Doutorado pelo IMPA - Associação Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (2003) e pela Anderson School of Management da Universidade do Novo México (EUA), concluído em 2011. É professor titular do Departamento de Matemática da Universidade Regional de Blumenau desde 1989. Atualmente é professor permanente no Programa de PósGraduação em Ciências Contábeis (PPGCC) da Universidade Regional de Blumenau. http://lattes.cnpq.br/2285426292603416 Mohamed Amal - Graduado em Ciências Econômicas e mestrado em desenvolvimento econômico pela Université Hassan II de Casablanca (1985), mestrado em Economia pela Universidade Federal de Santa Catarina (2000) e doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (2005). Atualmente é professor titular do quadro da Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB), no departamento de economia e no programa de pós graduação em administração. Professor visitante na Universidade de Halmstad (Suécia) e pesquisa no Center for European Integration Studies da Universidade de Bonn (Alemanha). É membro do Núcleo de Pesquisa em Negócios Internacionais da PUC-RJ. É ganhador do Prêmio de Outstanding Paper Award Winner at the Literati Network, da Emerald de 2012. http://lattes.cnpq.br/0232196983189263
38
Ferramental
Janeiro/Fevereiro 2013
Janeiro/Fevereiro 2013
Ferramental
39
CHRISTIANE SCHRAMM GUISSO - christiane@shv.adv.br
Excesso de normas: desestímulo ao empreendedorismo
A
s micro e pequenas empresas são responsáveis por cerca de 70% dos postos de trabalho com carteira assinada gerados no Brasil, das quais mais de 50% das vagas são fruto de contratações em empresas com até quatro trabalhadores, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados CAGED, do Ministério do Trabalho. A força desse segmento da economia brasileira poderia ser ainda maior se houvesse vontade política de facilitar a vida dos empreendedores. Para isso é necessário extinguir o ambiente de hostilidade em relação a quem produz.
1 BRICS: em economia, a sigla BRIC se refere a Brasil, Rússia, Índia e China, que se destacam no cenário mundial como países em desenvolvimento. O acrônimo foi cunhado e proeminentemente usado pelo economista Jim O´Neill, chefe de pesquisa em economia global do grupo financeiro Goldman & Sachs, em um estudo de 2001, intitulado Building Better Global Economic BRICs (Construindo um BRIC melhor para a economia global). A inserção do S refere-se à África do Sul (em inglês, South Africa). 2 MPE: abreviatura de Micro e Pequenas Empresas. 3 Simples Nacional: é um regime tributário diferenciado, simplificado e favorecido previsto na Lei Complementar Nº 123 de 14.12.2006.
40
Ferramental
Janeiro/Fevereiro 2013
• Christiane Schramm Guisso - Advogada e sócia da Schramm, Hofmann e Vargas Advogados Associados, com sede em Joinville
Curiosidade Bráulio S. Araújo - www.ibahia.com
No final de agosto último o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apresentou resultado de uma pesquisa sobre mortalidade empresarial no Brasil, onde indicou que das 464,7 mil empresas abertas em 2007, 48,2% fecharam suas portas em 2010. Segundo o mesmo estudo, 23,9% fecharam ainda no primeiro ano e 38,7% no segundo. Para efeito de comparação, no ano 2000 apenas 29% das empresas viviam por mais de 5 anos no Brasil, enquanto que em 2011 esse número foi para 44%. Estamos evoluindo. Interessante destacar que esse desempenho não difere tanto para países de 1o mundo como Canadá, Alemanha, França, Finlândia e Itália que apresentam mortalidade empresarial entre 30 e 40% no segundo ano de funcionamento. Nos Estados Unidos esse número é de aproximadamente 20% conforme apresentado no gráfico abaixo. Sobrevivência de empresas por País (em anos)
Schramm, Hofmann e Vargas Advogados Associados Ltda. Maiores informações pelo e-mail (ahofmann@shv.adv.br) ou pelo fone 47 3027 2848 Janeiro/Fevereiro 2013
Ferramental
41
Venda de mercadorias e produtos 42
Ferramental
Janeiro/Fevereiro 2013
Tabela progressiva de tributação – PLR (Anexo da MP 597/2012) Valor do PLR anual (R$)
Alíquota (%)
Parcela a deduzir do IR (R$)
De 0 a 6.000,00
0,00
0,00
De 6.001,00 a 9.000,00
7,50
450,00
De 9.001,00 a 12.000,00
15,0
1.125,00
De 12.001,00 a 15.000,00
22,5
2.025,00
Acima de 15.000,00
27,5
2.775,00
Grupo Abra Maiores informações pelo e-mail (abra@grupoabra.com) ou pelo fone 47 3028 2180 Janeiro/Fevereiro 2013
Ferramental
43
Prazer no trabalho â&#x20AC;&#x201C; Uma questĂŁo de intimidade com as pessoas e com os resultados por Paulo CĂŠsar Silveira (falecom@paulosilveira.com.br)
44
Ferramental
Janeiro/Fevereiro 2013
Janeiro/Fevereiro 2013
Ferramental
45
46
Ferramental
Janeiro/Fevereiro 2013
Janeiro/Fevereiro 2013
Ferramental
47
Se você tiver algum comentário, sugestão ou dúvida entre em contato pelo e-mail falecom@paulosilveira.com.br e no campo“Assunto” coloque Revista Ferramental. Paulo César Silveira - Conferencista com mais de 1.750 palestras em sua carreira em 15 anos de profissão. Consultor, empreendedor e articulista com mais de 500 artigos editados. Mentor e líder do Projeto Liderança Made in Brazil. Autor de 18 livros, destacando-se os best-sellers: A Lógica da Venda e Atitude - Virtude dos Prósperos. Sendo ainda um dos autores da Coleção Guia Prático da Revista PEGN e também dos livros Ser+ em Vendas, Ser+ com T&D e Ser+ com Palestrantes Campeões em parceria com a Revista Ser Mais. Seu trabalho corporativo se baseia no treinamento mundial de vendas mais agressivo do mundo: Buyer Focused Selling e nos principais métodos de compras mundiais, principalmente as metodologias BATNA, PAC e no método de liderança TGE. Professor convidado da FGV/SP, FIA FEA/USP e UFRGS. Palestrante indicado pela FACISC, ADVB e FIESP nas áreas de vendas consultivas, vendas técnicas e comunicação com base em liderança. Site www.paulosilveira.com.br
48
Ferramental
Janeiro/Fevereiro 2013
A Polimold lançou o novo controlador de temperatura MS (Mini Smart). Além dos recursos do modelo anterior, a nova versão do produto é do tamanho ideal: 60% menor que os controladores convencionais, mais leve e com muito mais tecnologia. Disponível em gabinetes de 5, 8 e 12 zonas (8 e 12 zonas acompanham o rack com rodízio para facilitar o transporte), pode ser montado com até 36 zonas em um mesmo rack ou conforme a necessidade do cliente. As novas características do produto incluem: Menor, mais leve, com componentes eletrônicos modernos e muito mais recursos; Rápido e eficiente. Agora, a configuração é feita diretamente no painel, sem a necessidade de desmontagem do módulo; Sistema modular que facilita a manutenção e gera rapidez na substituição; Novo sistema de alarme no visor caso a temperatura sofra alguma alteração de mais ou menos 20°C do que foi pré-programado; Com um simples toque é possível visualizar a corrente elétrica de cada zona de temperatura; Agora o primeiro módulo pode gerenciar os demais, facilitando o envio de informações, como: ligar, booster, stand by, set point e Off.
Polimold 11 4358 7300 www.polimold.com.br
A novidade da Atlasmaq é o Torno Mecânico TMX - 660 - Carcaceiro, em dois tamanhos diferentes: 1.500 mm e 2.200 mm. As vantagens na aquisição dessa máquina englobam: Maior barramento da categoria; Itens de segurança como proteção de placa e proteção de carro; Movimentação normal e rápida de carro longitudinal e transversal por Joystick e; Estrutura robusta com peso de aproximadamente 2.500 kg, dependendo do modelo escolhido. Além desses diferen-
ciais, a máquina conta também com: Fuso de 40 mm, com passo 12 mm; Varão de 30 mm; Luminária; Refrigeração; Botão de emergência; Botão de ligar o sistema no avental; Painel de comando; Engrenagem de recâmbio; Sistema de segurança do fim de curso do contra-ponto; Luneta fixa; Luneta móvel; Proteção de acrílico no castelo e; Cava. O TMX-660 - Carcaceiro cumpre os trabalhos com maior desempenho e otimiza a produção, proporcionando assim, excelentes resultados. Atlasmaq 11 3511 3030 www.atlasmaq.com.br
O localizador de arestas Dot.Zero, da Accure Technologies, representada pela empresa PHP Soluções, é um presseter de ferramentas eletrônico para fresas e tornos manuais e CNC de elevada precisão, apresentando repetitividade melhor que ± 0,001mm [2 Sigma]. A linha de ToolSetters ATS-1000 foi desenvolvida para proporcionar a medição automática do comprimento da ferramenta em centros de usinagem, aumentando a precisão das medições, reduzin-
Oito modelos de Eletroerosão CNC
Mais de 32.000 Sodick com motores lineares instaladas em todo o mundo ! Acesse www.sodick.com.br
Dez modelos de Eletroerosão a fio
Show Room Testes Práticos Suporte Técnico Total Serviços de eletroerosão SUPRIMENTOS E MATERIAIS DE CONSUMO RIGINAIS
Janeiro/Fevereiro 2013
Ferramental
49
do o tempo de setup da máquina e automatizando a tarefa de troca de ferramentas. Com um design robusto e alto grau de proteção, esses equipamentos podem ser instalados diretamente na mesa da máquina operatriz e as medições podem ser realizadas a qualquer momento, antes da usinagem, entre duas operações ou após o término da usinagem. As principais características técnicas são: Método de medição por contato físico patenteado; Direção de medição em Z; Força de medição de 2 N; Deslocamento para disparo de 0,5 mm; Over travel de 5 mm; Peso de 220 g e; Grau de proteção IP-66. PHP Soluções 11 2274 0819 www.phsolucoes.com
Na máquina de furo rápido por eletroerosão Actspark, modelo SD1, o processo de monitoramento e otimização é implementado através do console do operador. Sensores para indicação de arco, temperatura e nível de fluido dielétrico garantem uma operação segura. As características técnicas principais do equipamento são: curso nos eixos X, Y e Z de 300 x 200 x 300 mm respectivamente; peso máximo da peça na
mesa de 300 kg; diâmetro dos eletrodos de 0,3 a 3 mm; profundidade máxima de furação até 200 mm; bomba com pressão de 8 MPa; dimensões do tanque de 730 x 430 mm; dimensão do equipamento de 1.340 x 900 x 1.940 mm para comprimento, largura e altura respectivamente; peso total de 1.200 kg; e área necessária para instalação de 1.340 x 900 mm. Tem gerador de 30 Amperes, pode operar com aço, cobre, alumínio e metal duro, utiliza água como dielétrico, o sistema de medição é métrico. Agie Charmilles 11 5694 8332 www.gfac.com
O 11º Encontro da Cadeia de Ferramentas, Moldes e Matrizes - MOLDES ABM 2013 ocorre de 14 a 16 de agosto, na sede da ABM em São Paulo/SP. O tema central da edição deste ano é “NOVAS TECNOLOGIAS” e o público alvo ferramenteiros, projetistas, fabricantes e compradores de moldes, matrizes, estampos e outros ferramentais. O envio de resumos para apresentação de trabalhos pode ser feito até 16/02 e das íntegras até 15/04, com os temas: Gestão; Manufatura; Mercado e; Projeto. Os trabalhos apresentados no evento serão publicados nos anais do evento.
ABM 11 5534 4333 http://www.abmbrasil.com.br
A prensa de teste e ajuste de moldes, fabricada pela BLP de Caxias do Sul/RS, permite executar ajustes de fechamento de moldes, canais de injeção, desplacamento, espessuras de parede, acabamento, inclusões de ar, gavetas e sistemas de extração. Dentre as principais vantagens estão a redução de custos de até 20% na fabricação de moldes, teste de moldes sem a necessidade do uso de má50
Ferramental
Janeiro/Fevereiro 2013
quinas de produção (injetoras) e ajuste fino dos moldes sem desmontagens. As características técnicas do equipamento incluem colunas em aço retificado e cromado, com foles de proteção para operações que tenham poeira ou pó metálico. O painel de comando foi projetado para garantir total segurança de operação. O controlador lógico programável só permite a execução de uma sequência pré-estabelecida de movimentos. Os movimentos são obtidos através do simples toque de um botão. O basculamento da mesa é operado através do comando de cilindro hidráulico em qualquer posição de 0º a 41º. O basculamento da mesa superior é feito através da descida da mesa móvel e do cilindro auxiliar, basculando de 0º a 170º. O equipamento tem ainda a unidade hidráulica que foi selecionada de modo a suprir o mesmo de múltiplas funções. Cada cilindro (movimento) pode ter sua velocidade variável (regulável). O layout e a localização da unidade foram projetados de modo a facilitar o acesso para manutenção. Todas as válvulas estão montadas em blocos distribuidores de maneira a diminuir as tubulações e conexões. Não é necessário o uso de trocadores de calor. A prensa é equipada opcionalmente com um injetor de cera, que permite a retirada de amostras durante a fase de ajustes do molde com a finalidade de dimensionamento
do produto. Os modelos disponíveis são: PATM-20H, PATM-30H, PATM40H, PATM-50H, PATM-60H e PATM100H, cujos números representam a força máxima disponível (de zero até o máximo) de 20 a 100 toneladas. Os pesos admissíveis de molde e volumes de injeção variam de 1.500kg e 3 litros para o menor modelo até 10.000kg e 10 litros no maior modelo. A capacidade do motor é de 5CV no modelo PATM-20H e até 15CV no modelo PATM-100H. BLP 54 3227 2048 blp@blp.ind.br
Comercializado pela Bener, o centro de usinagem vertical V22, da Makino, tem curso dos eixos X, Y e Z de 320, 280 e 300 mm respectivamente e faixa de velocidade do fuso de 400 a 40.000 rpm com flange de fixação HSK-E32. No exclusivo sistema de refrigeração do núcleo do fuso da máquina operatriz circula um grande volume de óleo de corte com temperatura controlada, através do fuso
rotativo, para refrigerá-lo de dentro para fora. Além disso, com a lubrificação das pistas, o óleo de refrigeração que circulou através do fuso passa por orifícios das pistas internas dos rolamentos para lubrificá-los. A adoção deste sistema de refrigeração e lubrificação proporciona maior rigidez, precisão e velocidade de usinagem e facilita a usinagem contínua em alta velocidade. Nas tarefas de usinagem com acabamento contínuo que utilizam um ATC (Automatic Tooling Changer – Trocador Automático de Ferramentas) podem ocorrer minúsculas diferenças de nível nos sulcos das superfícies usinadas com ferramentas diferentes. O polimento para corrigir estas diferenças pode exigir muito tempo e esforço. O dispositivo híbrido de medição automática do comprimento da ferramenta mede e controla com precisão a posição da ponta da ferramenta, para se obter acabamentos superficiais excelentes, caracterizados pelas diferenças mínimas de nível. Como características técnicas, o equipamento dispõe de: mesa com 450 x 350 mm de área útil; tamanho máximo da peça
de 450 x 475 x 200 mm; a carga máxima na mesa é de 100 kg; a velocidade de avanço em rápido de 20 m/min; a velocidade de corte é de 1 a 10.000 m/min; o magazine de ferramentas com 30 (60 opcional) posições e o tempo de troca é de 8 segundos e; dimensão da máquina de 1.500 x 2.000 x 2.250 mm. Bener 19 3826 7373 www.bener.com.br
Para focar melhor seus clientes Anuncie na
Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais Coordenação de Vendas: (47) 3025-2817 cel. (47) 9964-7117 ferramental@revistaferramental.com.br cel. (11) 8827-1817 c o c a p e r @ h o t m a i l . c o m cel. (11) 6102-9270 k e i t h m a t h i a s @ h o t m a i l . c o m . b r
Janeiro/Fevereiro 2013
Ferramental
51
52
Ferramental
Janeiro/Fevereiro 2013
O PEQUENO LIVRO AZUL DA PROGRAMAÇÃO DA PRODUÇÃO Mike Liddell
O livro prega que, tendo tempo suficiente, qualquer um consegue criar um excelente plano de produção. O problema é que, muitas vezes, o plano já está obsoleto antes mesmo de ser im-presso. O autor mostra porque um ótimo plano de produção não é suficiente; é indispensável contar com um bom processo de PCP (planejamento e controle da produção). Um processo que permita reagir de forma imediata e racional às constantes variações na demanda, no fornecimento e na capacidade produtiva. Os sistemas APS - Advanced Planning & Scheduling - são as ferramentas capazes de automatizar esse processo. Eles permitem modelar fielmente as restrições operacionais tais como máquinas, operadores e taxas de produção, oferecendo informações valiosas para a tomada de decisões em todos os níveis da empresa. A edição brasileira apresenta ainda quatro estudos de caso. 2009. www.tecmaran.com.br
EVOLUÇÃO - PREPARE SUA EMPRESA PARA INOVAR SEMPRE Ricardo Cavallini
No Brasil as empresas não têm um bom histórico quando se fala de investimento em inovação. As dificuldades e desculpas são muitas. Falta mão de obra qualificada, existe a constante cobrança de resultados no curto prazo e todas as dificuldades inerentes de viver um cenário em constante transformação. Para dificultar, quando acontece, a inovação gera valor, mas não é eterna. Por isso, as empresas precisam estar preparadas para inovar sempre. Baseado nas experiências de fracasso e sucesso do autor, o livro apresenta os quatro pilares que devem ser trabalhados dentro da empresa para inovar de forma constante e sustentável. Formato de 12 x 18 cm. 1ª edição. 128 páginas. 2012. ISBN papel: 978-85-908688-42 ou ISBN e-book: 978-85-90868-85-9. www.livroevolucao.com.br
PROSPERIDADE Paulo César Silveira
Parte da coleção Atitude - Essência da Vida Compartilhada em Palavras. O livro baseia-se em reflexões e sentimentos de que você merece e pode ter tudo o que deseja. Que devemos desejar firmemente ser próspero, atrair dinheiro para gozar a vida, para ser feliz e assim também sermos solidários e desejar a prosperidade para nossa família, amigos, para todas as pessoas, pois somos seres especiais que desejam sinceramente ver todo o mundo próspero, saudável e feliz. Esta obra traz dicas de como melhorar o padrão de vida, visualizar o sucesso e prosperidade a cada dia. Seu formato de 14 x 21 cm facilita a leitura e apresentação em qualquer circunstância ou ambiente. 128 páginas. 2008. www.paulosilveira.com.br
EXTRUSION Martin Bauser, Gunther Sauer, Klaus Siegert
A obra oferece uma visão ampla e aprofundada deste importante processo para conformação de metais. Sua abrangente cobertura permite que engenheiros experientes, bem como estudantes e acadêmicos compreendam os processos de extrusão, equipamentos e ferramentais. A primeira edição deste livro, publicada em 1981, tem sido o padrão de referência na extrusão. A nova edição, atualizada e expandida, continua a servir como uma visão geral dos processos de extrusão, equipamentos e ferramentais. Um ampliado leque de produtos extrudados é fornecido para demonstrar a variedade de aplicações atuais e sugestões de potenciais aplicações em novas áreas. Os fundamentos da metalurgia da extrusão são abordados em detalhes para permitir que engenheiros otimizem o processo. Também estão ampliadas as abordagens sobre equipamentos de extrusão, layout da fábrica e ferramentais com a inclusão de exemplos de aplicação prática. Os exemplos enfatizam a colaboração necessária entre o cliente, a empresa de extrusão, o ferramenteiro e o fabricante do equipamento de extrusão. Todos estes participantes da cadeia de fabricação serão beneficiados com este livro. 2ª edição. 592 páginas. 2006. Inglês. ISBN 0-8717083-7-X ou 978-08-71708-37-3. www.asminternational.org
Abinfer .......................................21/22
Incoe .................................................9
ToolMachine .............................3ª capa
Açoespecial ........................................5
JN Ferramentaria .......................2ª capa
Top Line ...........................................35
Brehauser.........................................49
Moldtool..........................................11
Btomec ..............................................6
Plastech ...........................................39
Casa do Ferramenteiro......................17
Schmolz+Bickenbach ................4ª capa
CIMM ................................................6
Sodick..............................................49
Feiplastic..........................................29
Tecnoserv.........................................31
Janeiro/Fevereiro 2013
Ferramental
53
Divulgação
Ovandi Rosenstock Presidente da Metalúrgica Schulz ovandi.rosenstock@schulz.com.br
Planejamento estratégico nas organizações No mundo competitivo no qual as organizações estão inseridas, a velocidade das informações e das mudanças faz com que seja necessária a criação de estratégias para sobreviver a este ambiente. Neste contexto é que o processo de planejamento estratégico é importante, pois como vantagens competitivas, é possível preparar a organização para o futuro buscando antever possíveis ameaças e aproveitando as oportunidades do meio externo, utilizando os pontos fortes como diferencial e melhorando os pontos fracos do ambiente interno. Os principais elementos que compõem um planejamento estratégico são: missão, visão, valores, cenários, objetivos estratégicos, indicadores e metas. A missão define o que é a organização hoje, seu propósito e como pretende atuar no seu dia-a-dia. Já a visão tem o objetivo de esclarecer onde a organização pretende chegar e o que está fazendo para alcançar suas metas. Os valores são os elementos motivadores como as crenças e as convicções da empresa, ou seja, o que as pessoas acreditam na organização e a coerência com que trabalham. Os cenários visam realizar o diagnóstico estratégico, ou seja, os impactos causados pelas ações dos concorrentes, os planos futuros dos clientes atuais e potenciais, as tendências dos mercados de atuação, os produtos substitutos e o poder de barganha dos fornecedores e o impacto dos entrantes. Para garantir o correto gerenciamento do planejamento estratégico, muitas empresas utilizam uma ferramenta chamada Balanced Scorecard (BSC), que consiste na criação de indicadores mensuráveis de desempenho para cada objetivo estratégico da organização, com suas respectivas metas e ações. Funciona como um método inovador que busca transformações perante as limitações de uma organização, sendo acessível a todos, unindo a gestão operacional à gestão estratégica. Esta ferramenta auxilia os gestores a compreenderem as conexões existentes, facilitando a identificação dos fatores críticos de sucesso, fortalecendo o processo decisório e permitindo a execução de sua estratégia com mais eficácia. Desta forma, o planejamento estratégico unido às suas ferramentas traz vantagens competitivas para as empresas, gerenciando o risco de suas operações, atraindo clientes estratégicos, reduzindo custos, melhorando o retorno sobre o investimento e aumentando a lucratividade.
54
Ferramental
Janeiro/Fevereiro 2013