Revista Ferramental Edição 47

Page 1

ANO VIII - Nº 47 - MAIO/JUNHO 2013 REVISTA FERRAMENTAL - PUBLICAÇÃO DA EDITORA GRAVO - ISSN 1981-240X

Avalie os fatores mais importantes na reconstrução de modelos por engenharia reversa

O gerenciamento de estoques e seus benefícios para a competitividade

DESTAQUE



ANO VIII - Nº 47 - MAIO/JUNHO 2013 REVISTA FERRAMENTAL - PUBLICAÇÃO DA EDITORA GRAVO - ISSN 1981-240X

Avalie os fatores mais importantes na reconstrução de modelos por engenharia reversa

O gerenciamento de estoques e seus benefícios para a competitividade

DESTAQUE



Christian Dihlmann Editor

Insanidade: esperar resultados diferentes fazendo sempre o mesmo! Poucas menções me fizeram refletir tanto quanto a frase que encerrou o editorial da última edição da Ferramental: A única forma de prever o futuro é construílo, do economista Antônio Delfim Neto. Após anos lamentando e repudiando as ações dos governos, devemos compreender que eles não são nada mais do que “nossos anseios” geridos por “pessoas as quais colocamos no comando”. Ou seja, somos os sócios desta estrutura a quem tanto criticamos. E o que fazer para mudar essa postura? Como proceder para, enfim, obter retorno para a sociedade, para a empresa, para a família, para nós mesmos? Fácil! Muito fácil mesmo! Tal como em uma empresa, quando o gestor não traz os resultados desejados, ele é substituído por um melhor. E como saber se o resultado é bom? Monitorando o processo e cobrando as ações. Em resumo, a palavra certa é comprometimento. Novamente, tal qual uma empresa de sucesso, metas e planos devem ser traçados mirando um futuro de crescimento e estabilidade. E esse é o segredo: construir o futuro para poder prevê-lo.

dades empresariais, entidades sindicais e academia. Também nele não se buscou apenas a proteção de mercado em detrimento das importações. Um trabalho completo e consistente, elaborado com metas de inovação tecnológica como balizadores da evolução produtiva, garante a adição de desafios e elevação da competitividade da indústria nacional. Enfim, um feito digno de elogios. É o resultado do pensamento comum no futuro do Brasil. Ainda no mês de abril participei do ISTMA World, reunião da associação mundial de ferramentarias (International Special Tooling & Machining Association), na Inglaterra. O evento concentrou as entidades representantes de 13 países, os quais discutiram a situação atual e futuras ações para o setor a nível internacional. Também neste fórum é perceptível a preocupação com os rumos e com a competitividade das ferramentarias em mercados tão concorridos. O tema de maior abordagem na ocasião é coincidente com as carências do mercado brasileiro: profissionais qualificados. Naqueles mercados, fatores diferenciais positivos relativamente ao nosso são a maior facilidade de acesso à equipamentos de ponta e a financiamentos para investimentos. Estas e tantas outras demandas são importantes e fundamentais para a sobrevivência da cadeia de fabricantes de ferramentais (fornecedores e ferramentarias). A abordagem destes temas é o ponto alto do VI ENAFER – Encontro Nacional de Ferramentarias, que será realizado em São Paulo no dia 3 de Junho. Desta feita, a programação contempla quatro frentes de trabalho da entidade, quais sejam: a criação de mercado de consumo (Inovar-Auto), a busca por disponibilização de recursos financeiros para investimentos (Pró-Ferramentaria), a ampliação dos esforços em formação de profissionais e inovação tecnológica (Rede SENAI de Ferramentarias) e a capacitação dos empresários para o gerenciamento do negócio (Programa de Excelência da Gestão).

Vejo que muitas entidades, dentre elas a ABINFER – Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais, estão no caminho certo. Finalmente há uma união de forças cujos objetivos estão alinhados para o bem da nação e não mais para atendimento a desejos pessoais.

Espero que a participação dos empreendedores da nossa cadeia seja maciça. Somente colocando os assuntos em pauta é que poderemos encontrar soluções para os problemas.

Um grande exemplo dessa organização foi dado por ocasião da elaboração do Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (o Novo Regime Automotivo ou Inovar-Auto). Nele estiveram envolvidos governos, enti-

Quanto a frase inicial, cabe mencionar outra não menos profunda e que tem o mesmo foco. Para o cientista Albert Einstein, insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes. Portanto, não sejamos insanos. Maio/Junho 2013

Ferramental

3


Artigos Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais www.revistaferramental.com.br ISSN 1981-240X

15

Estudo da precisão na reconstrução de modelos tridimensionais pela técnica de engenharia reversa A engenharia reversa é uma técnica cada vez mais utilizada na fase inicial de projeto de um produto. Contudo, ainda falta conhecimento sobre os erros geométricos oriundos desta etapa, pois envolvem limitações das etapas de aquisição de dados, conhecida como digitalização (obtenção da nuvem de pontos), até erros provenientes dos softwares de reconstrução da geometria. O trabalho aborda os fatores que mais influenciam nos erros geométricos da engenharia reversa para reconstrução de geometrias 3D.

19

WMS como vantagem competitiva para organizações Um sistema de gerenciamento de armazéns resulta em diversos benefícios e pode garantir vantagens competitivas às organizações em relação a seus concorrentes, trazendo mais assertividade, redução de custos, melhorias significativas nas operações de gerenciamento de depósitos e centros de distribuição, conseqüente aumento no nível de serviço prestado aos clientes e melhor utilização dos espaços físicos.

29

Liga de bronze ao alumínio: destaque no grupo dos não ferrosos Desde seu descobrimento há mais de 150 anos, a liga de bronze ao alumínio continua se destacando pelas qualidades mecânicas antifricção e anticorrosiva. Apesar de seu baixo uso no segmento de ferramentaria, é conveniente avaliar sua aplicação, pois apresenta diversas características técnicas desejáveis para o setor.

DIRETORIA Christian Dihlmann – Jacira Carrer REDAÇÃO Editor: Christian Dihlmann - (47) 9964-7117 christian@revistaferramental.com.br Jornalista responsável: Antônio Roberto Szabunia - RP: SC-01996 Colaboradores Dr. Adriano Fagali de Souza, André P. Penteado Silveira Dr. Cristiano V. Ferreira, Dr. Jefferson de Oliveira Gomes, Dr. Moacir Eckhardt, Dr. Rolando Vargas Vallejos PUBLICIDADE Coordenação nacional de vendas Christian Dihlmann (47) 3025-2817 / 9964-7117 christian@revistaferramental.com.br Vendas São Paulo Gilmar Frassetto (11) 8827-1817 cocaper@hotmail.com Keith Souza da Silva (11) 6102-9270 keithmathias@hotmail.com.br ADMINISTRAÇÃO Jacira Carrer - (47) 3025-2817 / 8877-6857 adm@revistaferramental.com.br Circulação e assinaturas circulacao@revistaferramental.com.br Produção gráfica Martin G. Henschel Impressão Impressul Indústria Gráfica Ltda. www.impressul.com.br

A revista Ferramental é distribuída gratuitamente em todo o Brasil, bimestralmente. É destinada à divulgação da tecnologia de ferramentais, seus processos, produtos e serviços, para os profissionais das indústrias de ferramentais e seus fornecedores: ferramentarias, modelações, empresas de design, projetos, prototipagem, modelagem, softwares industriais e administrativos, matériasprimas, acessórios e periféricos, máquinas ferramenta, ferramentas de corte, óleos e lubrificantes, prestadores de serviços e indústrias compradoras e usuárias de ferramentais, dispositivos e protótipos: transformadoras do setor do plástico e da fundição, automobilísticas, autopeças, usinagem, máquinas, implementos agrícolas, transporte, elétricas, eletroeletrônicas, comunicações, alimentícias, bebidas, hospitalares, farmacêuticas, químicas, cosméticos, limpeza, brinquedos, calçados, vestuário, construção civil, moveleiras, eletrodomésticos e informática, entre outras usuárias de ferramentais dos mais diversos segmentos e processos industriais. As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as mesmas desta revista. A Ferramental tem como pressuposto fundamental que todas as informações nela contidas provêm de fontes fidedignas, portanto, recebidas em boa fé. Logo, não pode ser responsabilizada pela veracidade e legitimidade de tais informações. Quando da aceitação para publicação, o autor concorda em conceder, transferir e ceder à editora todos os direitos exclusivos para publicar a obra durante a vigência dos direitos autorais. Em especial, a editora terá plena autoridade e poderes para reproduzir a obra para fins comerciais em cópias de qualquer formato e/ou armazenar a obra em bancos de dados eletrônicos de acesso público. A reprodução de matérias é permitida, desde que citada a fonte. EDITORA GRAVO LTDA. Rua Jacob Eisenhut, 467 - Fone (47) 3025-2817 CEP 89203-070 - Joinville - SC

Foto da capa:

Vista parcial da fábrica. Foto cedida por Top Line Ferramentaria de Moldes Ltda., de Joinville, SC

4

Ferramental

Maio/Junho 2013

Seções 6 7 9 10 14 25 35 37 39 45 48 52 53 53 54

Cartas Radar Entidade Expressas Conexão www Ficha técnica JuríDICAS Dicas do Contador Qualidade da Gestão Enfoque Gente & Gestão

Associada à

Eventos Livros Índice de anunciantes Opinião O envio da revista é gratuito às empresas e profissionais qualificados das indústrias de ferramentais, seus fornecedores, compradores e usuários finais. Qualifique sua empresa no www.revistaferramental.com.br


Maio/Junho 2013

Ferramental

5


Ano passado iniciamos um escritório de projetos para moldes de injeção no Vale do Paraíba - SP. Gostaria de divulgar nosso trabalho. Já temos como clientes algumas empresas no ramo automotivo, mas queremos expandir as atividades para outros setores. Como tenho percebido, inclusive nos artigos da revista Ferramental, o mercado para este tipo de trabalho tem crescido no Brasil e isso é uma boa oportunidade. Quais as orientações que poderiam nos passar para ampliar nossa clientela? Renato P. Cunha Jr. renato@overmolding.com.br Overmolding - São José dos Campos, SP Prezado Renato, agradeço o contato. Primeiramente desejo sucesso no novo desafio. O Brasil precisa de bons escritórios de projeto e tem muito espaço para novos negócios. Em segundo lugar, não há novidades sobre a metodologia de vendas. As melhores maneiras de divulgar as empresas são: - Anúncios em meios de divulgação especializados (sites, revistas, entre outros); - Participação em associações empresariais com afinidade para o seu negócio; - Contato direto com os potenciais clientes, de preferência com indicação de empresas referência; - Apresentação em agrupamentos de empresas (APL - Arranjos Produtivos Locais); - Contato em feiras e eventos afins; - Bom representante comercial, com conhecimento técnico comercial; - Material de divulgação de qualidade e objetividade. Acredito que vocês já sabiam destes caminhos. Mas não há outro jeito. Precisa ser investido tempo e dinheiro para divulgação. Caso contrário, o sucesso pode demorar mais um pouco. Participem dos eventos relacionados à ferramentarias. O networking (rede de relacionamento) é a ferramenta mais eficaz para divulgação de um bom trabalho. Fico à disposição. Editor

Agradeço o envio da revista Ferramental. Gostaria de saber se vocês fornecem a listagem das ferramentarias do cadastro da revista. Sou representante comercial e temos em nossa linha de produtos calibradores de roscas, ferramentas de corte e instrumentos de medição. Camila Caires - Mitutools Soluções Industriais - Campinas, SP

FERRAMENTARIA

6

Ferramental

Maio/Junho 2013

Prezada Camila, ficamos honrados com seu contato. Entretanto, o conteúdo de nosso cadastro é restrito ao uso interno. Para ampliar sua rede de contatos e fortalecer a relação comercial com os clientes, sugiro seguir as recomendações inseridas na resposta ao leitor Renato P. Cunha Júnior. Editor

Sugiro que curtam a fanpage da nossa empresa, que é https://www.facebook.com/toplineferramentaria Samantha Fiamoncini - Top Line Ferramentaria - Joinville, SC

Sou Bibliotecária da Universidade Federal do Pampa - Unipampa e solicito a doação da revista Ferramental para a Biblioteca do Campus Bagé, por sugestão do Prof. Vanderlei Eckhardt da área de Engenharia da Produção. Ele acredita ser importante para enriquecer o conteúdo das disciplinas ministradas. Andréa de Carvalho Pereira - Unipampa - Bagé, RS

Agradeço confirmar envio da revista Ferramental para diretoria da empresa argentina Argenmetal. A assinatura foi feita durante a última Feira da Euromold em Joinville. Demétrio Eremeeff - Argenmetal Brasil - Joinville, SC

Somos uma Instituição de Ensino Superior e ofertamos o curso de Mecatrônica Industrial, e a revista Ferramental foi indicada no plano de ensino. Gostaríamos de receber a revista para que a mesma fique disponível na biblioteca para consulta dos alunos. Devido as exigências do MEC, necessitamos dos exemplares dos dois últimos anos, ou seja, 2011 e 2012. Élida Júnia Coelho - Anima Educação - Belo Horizonte, MG Todos os artigos publicados na revista Ferramental são liberados para uso mediante citação da fonte (autor e veículo). A Editora se reserva o direito de sintetizar as cartas e e-mails enviados à redação.


Salário emocional Por Pedro Luiz Pereira plp@terra.com.br

Todas as gerações, especialmente os millenials, buscam a plena satisfação.

Maio/Junho 2013

Ferramental

7


Pedro Luiz Pereira

• Pedro Luiz Pereira é Hunter, especialista em Gestão de Empresas e Desenvolvimento Organizacional, Consultor, Professor de MBA e Pós Graduação em Gestão Estratégica de Pessoas e Gestão Contemporânea, Pós Graduado em Gestão da Produtividade e MBA em Gestão de Recursos Humanos. Atual presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos - ABRH seccional Joinville e diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais ABINFER.

8

Ferramental

Maio/Junho 2013


Maio/Junho 2013

Ferramental

9


A Cimatron anuncia o lançamento oficial do Cimatron E 11, a mais nova versão de sua solução integrada de software CAD/CAM. "O Cimatron E 11 contém tudo que uma ferramentaria precisa para aumentar sua produtividade", afirma Ira Bareket, Vice Presidente de vendas e marketing da Cimatron. Os usuários irão se beneficiar de todas as inovações, como as novas ferramentas de análises, de automação e dos novos processos com tecnologia mais avançada. "As ferramentarias que ainda não usam o Cimatron E vão se surpreender com a variedade das ferramentas específicas para o desenvolvimento de moldes e matrizes, que podem ser utilizadas para aumentar a perfomance geral da empresa, aumentar a qualidade do produto e reduzir os custos de produção”, destaca a Vice Presidente. Algumas das principais inovações disponíveis nesta versão para a melhoria da produtividade são: CAD mais rápido e efetivo para projeto de moldes e matrizes - A ferramenta de análise para detecção da espessura das paredes garante a descoberta precoce de problemas na integridade do produto. A nova ferramenta para o espelhamento de montagens acelera o processo do projeto. As novas funções que possibilitam o modelamento de sólidos e faces garante maior flexibilidade e rapidez no projeto. Novas ferramentas para desenho permitem criação mais rápida, fácil manipulação de vistas e posicionamento de cotas. Inovação na ferramenta de controle de modificações de engenharia (ECO) - Com alta eficiência na avaliação, implementação e controle de modificações, é possível realizar inúmeras modificações em um projeto, sem emendas, otimizando e controlando todo o processo de modificações no projeto de moldes. Existem ainda ferramentas para o desenvolvimento rápido de superfícies de partição internas, do alojamento para as pinças, e também para o projeto e análise dos canais de refrigeração. O projeto de matrizes é feito de forma flexível e intuitiva - Um novo ambiente para o projeto de matrizes possibilita mais flexibilidade na criação e ainda permite que o desen10

Ferramental

Maio/Junho 2013

volvimento seja feito por vários projetistas simultaneamente. A nova ferramenta de nesting assegura a otimização e melhor aproveitamento do material usado em matrizes de transferência. A ferramenta de cálculo do efeito mola (spring-back) reduz custos e o tempo gasto nos try-outs e as interações feitas no chão de fábrica. Novas características para programação NC - Com novas estratégias de usinagem, a programação automatizada ficou mais eficiente com melhor resultado no produto final. Além disso, outras características estão disponíveis para operações de desbaste e acabamento, como a para remoção de material em alto volume, através do uso do VoluMill. A furação automática possui novas formas para detecção de colisão e prevenção de sulcos e intersecções, além de outras poderosas sequências para furação e total controle nas rotinas de furações profundas. Outras novas características, como as melhorias nos templates, permitem alto grau de automação na programação NC, tornando-a mais rápida e eficiente. Além do maior controle na programação NC sobre componentes importados nas montagens. Também a nova ferramenta para simulação de remoção de material oferece resultados muito mais preciso. Projeto de Eletrodos - A facilidade de identificar os componentes através de cores melhora o processo de projetos e fabricação de eletrodos e permite acabamento mais automatizado, garantindo assim que a fabricação de eletrodos ocorra em tempo recorde. Cimatron 11 4039 4239 www.cimatron.com


Braskem, Du Pont e Skintech Tecnologia apresentam a nova realidade dos plásticos. Para cada tonelada de plástico verde produzido, até 2,5 toneladas de CO2 são capturadas da atmosfera. Uma das maiores bandeiras defendidas pela Feiplastic - Feira Internacional do Plástico, que acontece de 20 a 24 de maio de 2013 é, justamente, a abordagem sustentável dos produtos e soluções. São tecnologias e matérias-primas que não só surpreendem os visitantes, mas que garantem ao Brasil a liderança no mercado de plásticos verdes. Um dos exemplos é o polímero criado pela Braskem, confeccionado a partir de etanol de cana-de-açúcar, e que reduz consideravelmente a emissão de gases do efeito estufa. O produto pode ser utilizado na fabricação de frascos de higiene e beleza, embalagens de alimentos, sacolas, sacos de lixo e brinquedos. O Polietileno (PE) Verde da Braskem é considerado um marco mundial de inovação. A empresa, ao lançar o material fez do Brasil o maior produtor de biopolímeros do planeta. Para cada tonelada de Polietileno Verde produzida, são capturadas e sequestradas até 2,5 toneladas de gás carbônico da atmosfera. A empresa já contribui com a redução anual de emissão de mais de 750 mil toneladas de CO2, o que equivale a plantar e manter mais de 5 milhões de árvores a cada ano. “Temos como visão alcançar a liderança mundial da química sustentável até 2020”, explica Jorge Soto, diretor de Desenvolvimento Sustentável da Braskem. “Isso significa não apenas ampliar o portfólio de resinas verdes, mas também investir em operações cada vez mais sustentáveis e no desenvolvimento de novas tecnologias e processos com esse fim”. Atualmente, a tecnologia que usa como matéria-prima o etanol passou, inclusive, a fazer parte de produtos de outra empresa expositora da Feiplastic, a Du Pont. A empresa possui linha de resinas adesivas e modificadores de polímeros criada em parceria com a Braskem, ampliando suas linhas de resinas Bynel e Fusabond. Os produtos foram desenvolvidos para igualar ou superar o desempenho de seus equi-

A capacidade da produção global de bioplástico deve chegar a 6 milhões em 2016, volume quase cinco vezes maior que o de 2011, que fechou em 1,2 milhão de toneladas. O PET parcialmente vegetal deverá ocupar 80% do mercado, o equivalente a 4,6 milhões de toneladas. Reed Exhibitions Alcantara Machado 11 3030 9463 www.reedalcantara.com.br

valentes derivados de petróleo. Os produtos são totalmente recicláveis através das atuais redes de reciclagem de polietileno. Também a empresa Skintech Tecnologia, expositora da Feiplastic 2013, oferece os aditivos oxibiodegradáveis da norte-americana Willow Ridge Plastics, como explica Talitta Silva, gestora de Marketing e Administração da companhia. “Tais aditivos podem ser aplicados em polímeros diversos como PEAD, PEBD, PELBD, PP, BOPP e PS. Os plásticos oxibiodegradáveis possuem duas fases ativas. A primeira é a fase de degradação oxidativa. Isso ocorre com o envelhecimento do próprio material. Conforme o plástico sofre a degradação, as propriedades físicas se reduzem. O material fragmentado tornase ideal para a ação dos micróbios. Os produtos derivados resultantes são água, dióxido de carbono e biomassa. Os critérios de normatização da Willow Ridge Plastics estão de acordo com a Resolução nº 105 da Anvisa e com a norma ASTM 6954-04. A tecnologia é aplicável a polímeros plásticos de origem fóssil ou renovável. A vantagem é a sua versatilidade e custo final, que não ultrapassa 5% do preço final. Acredita-se que, em poucos anos, o consumo dos “plásticos verdes” deva representar parcela significativa de todas as resinas plásticas consumidas no mundo todo. Estudo divulgado em novembro de 2012, parceria entre o instituto European Bioplastics e a Universidade de Hannover, na Alemanha, revela cenário favorável para mercado mundial de plásticos ecologicamente corretos, com grande virada daqui cinco anos.

Baseado em tecnologia que visa aumentar a produtividade em dez ou mais vezes, ao trabalhar com arquivos CAD importados, o 3DSync da Siemens está disponível para uso gratuito por tempo determinado. Um dos mais significativos benefícios associados à tecnologia síncrona está disponível para usuários de qualquer fornecedor de tecnologia computeraided design (CAD). A Siemens está introduzindo uma nova ferramenta de edição de CAD 3D para o mercado, com base na tecnologia síncrona que foi desenvolvida para aumentar a produtividade na proporção de dez ou mais vezes, quando se trabalha com dados CAD importados. A nova aplicação está disponível, e pode ser utilizada sem nenhum custo até 15 de maio de 2013. Na indústria de produção global dos dias de hoje, a colaboração entre as empresas de desenvolvimento de produtos múltiplos é uma prática predominante. No entanto, devido a formatos de dados inconsistentes, empregados por muitos dos aplicativos de software CAD concorrentes, importar dados e trabalhar com as informações digitais de produtos 3D, à partir de uma solução CAD, é, muitas vezes, um trabalho incompatibilizado, propenso a erros, árduo e caro. Portanto, o intuito do projeto construído em CAD, na forma de regras paramétricas, é perdido durante o processo de tradução, tornando o modelo importado difícil de trabalhar, e muitas vezes inutilizável. Como resultado, os engenheiros são muitas vezes obrigados a passar horas ou dias para "consertar" um modelo importado, ou simplesmente recriar o modelo a partir do zero. Este proMaio/Junho 2013

Ferramental

11


blema foi praticamente eliminado para os usuários dos softwares Solid Edge e NX, da Siemens, quando a empresa iniciou a sua avançada e exclusiva tecnologia síncrona, em 2008. Como resultado de sua capacidade de interagir com dados 3D importados, reconhecer a intenção do projeto e aplicar automaticamente os parâmetros de design apropriados, a tecnologia síncrona foi idealizada para produzir em uma relação de dez para um na redução do tempo de retrabalho do modelo, com alguns usuários citando, inclusive, a redução de tempo de certas tarefas de dias para minutos. A disponibilidade do novo 3DSync estende esse benefício para além da comunidade de usuários do Solid Edge e do NX, mas para os usuários de qualquer sistema CAD disponível comercialmente. "O 3DSync é o próximo passo evolutivo na constante movimentação da Siemens para fornecer soluções abertas que ajudam a aumentar significativamente a produtividade de desenvolvimento de produto, enquanto, ao mesmo tempo, melhora a compatibilidade de dados em toda a indústria global de transformação", disse Chuck Grindstaff, CEO e presidente da Siemens PLM Software. "Ao permitir que modelos CAD possam ser compartilhados e editados facilmente entre versões incompatíveis oferecidas para o CAD, mesmo entre diferentes aplicativos, o 3DSync oferece a produtividade e os benefícios da redução de custos da tecnologia síncrona para usuários comuns, permitindo-lhes mais eficácia ao reutilizar os dados de um produto 3D". O 3DSync suporta formatos amplamente utilizados em CAD, como o STEP, o IGES, o software Parasolid, e o formato de dados JT, além de ter um built-in de tradutores de dados para ajudar a eliminar problemas de in12

Ferramental

Maio/Junho 2013

compatibilidade entre versões. O 3D Sync oferece aos engenheiros um método rápido e simples para importar, editar e exportar arquivos CAD 3D de fornecedores e clientes. Isto pode poupar tempo e reduzir custos, diminuindo a necessidade de recursos de remodelagem, ou dispensando o reinvestimento nos fornecedores para que eles façam edições. Siemens 11 4224 7155 www.siemens.com/plm

Realizado em 24 de abril o Seminário Inovar-Auto: Desafios e Oportunidades para a Região do Grande ABC. As conferências destacaram a visão de futuro que o novo regime automotivo trouxe para os envolvidos na cadeia do setor. No evento promovido pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, empresários, trabalhadores, universidades e poder público, os palestrantes expuseram seus planos para investimentos em mais tecnologia e suas apostas em um novo tipo de veículo produzido no Brasil, mais barato, menos poluente e mais seguro. Confira o que eles disseram no encontro.

Thomas Schmall, presidente da Volkswagen – Apresentou um histórico da empresa no País, desde a fundação há 60 anos comparando o crescimento da indústria automotiva brasileira com a trajetória da fábrica. “Nesse tempo todo progredimos muito e 2012 foi o melhor de nossa história aqui”, disse. As previsões do executivo são de mais crescimento da economia interna, impulsionado pela distribuição de renda e pelo surgimento da nova classe média. “Além disso, o Brasil empurra o desenvolvimento dos países vizinhos de forma conjunta, o que é positivo para o continente”, avaliou Schmall. Depois dos elogios, o presidente da Volks aproveitou o espaço para criticar

o que chamou de falta de infraestrutura do País, principalmente no setor ferroviário e os chamados custos de produção. (Leia a resposta às críticas na intervenção de Heloísa Menezes). Rogélio Golfarb, vice-presidente da Ford – Uma reflexão sobre o futuro foi a tônica da apresentação. Ele foi mais um a reforçar a aposta no futuro da indústria automotiva nacional, pontuando que ainda existe espaço para venda de veículos dentro do mercado interno. “O Brasil é um País bom de negócio, tanto que o número de marcas operando aumentou 242% nos últimos cinco anos”, comentou Golfarb. Falando dos planos da Ford, o executivo mostrou que nos próximos anos os novos produtos que sairão da linha de montagem terão matriz energética menos poluente. “Já temos carros assim no mercado, adotando o modelo híbrido de combustível que permite o uso de várias tecnologias diferentes, como o flex, o biodiesel e o gás natural”, explicou. Luiz Carlos Moraes, diretor da Mercedes – Para o dirigente, a chegada do Inovar Auto traz um novo cenário para a indústria automotiva brasileira e é positiva, principalmente no planejamento da montadora. “A previsibilidade é um elemento crucial que vai facilitar a orientação dos nossos investimentos nos próximos anos”, afirmou Moraes. Segundo ele, o governo federal acerta ao incentivar o investimento das empresas em pesquisa e inovação dentro das normas do novo regime. “Aqui em São Bernardo temos um centro de desenvolvimento tecnológico com centenas de engenheiros e técnicos que se dedicam ao design dos nossos produtos”, destacou. Ele finalizou a apresentação afirmando que o Inovar Auto só vai funcionar se as montadoras forem rápidas e precisas e que a Mercedes está entrando em um novo ciclo de investimentos. Ricardo Simões de Abreu, vice-presidente mundial da Mahle – Representando uma empresa do setor de autopeças, deu exemplos de como a Mah-


le está investindo em inovação na fabricação de seus produtos. Ele acredita que a chegada do Inovar Auto é a oportunidade de fazer aparecerem novas idéias. “Nossa corrida é pela competitividade mundial, temos que estar preparados”, disse o vice-presidente. O executivo mostrou quais ações a Mahle desenvolve com foco em estratégia e inovação, nas áreas de patentes de novos produtos e inteligência. Todos esses produtos são desenvolvidos no Centro Tecnológico da Mahle, em Jundiaí, que faz também treinamento de novos trabalhadores. “Temos um prêmio chamado Mahle Jovem Talento, que estimula os novos engenheiros na empresa”, contou. Heloísa Guimarães Menezes, Secretaria de Desenvolvimento do MDIC – A representante do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio apresentou em detalhes como funcionará o Inovar Auto dentro da Política Industrial Brasileira. “O Inovar Auto não é uma política de proteção ao setor”, disse. Ela acrescentou que a construção do novo Regime Automotivo foi resultado de muita negociação. Em sua explanação, Heloísa pontuou também metas do Plano Brasil Maior (PBM) e rebateu as críticas de Schmall de que o

País não tem uma política para resolver os problemas crônicos de infraestrutura. “O Inovar Auto serve para acabar com todos os gargalos que impedem que a nossa indústria avance”, afirmou. Fausto Cestari, representante do CIESP e José Zeno Fontana, superintendente da FINEP em SP – O dirigente regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo afirmou que o Inovar Auto pode ajudar no planejamento das empresas em médio prazo. Ele destacou também a iniciativa dos arranjos produtivos locais (APLs) na região. “Eles são construídos de forma coletiva, o que não é comum entre as empresas de médio e pequeno porte”, disse. Ao final do seu discurso, Cestari afirmou que ainda existem dificuldades para conseguir investimentos em inovação. “Só empresas de lucro real, quase 7% do total do País, tem acesso a políticas de inovação”. Em resposta, Fontana, superintendente regional da FINEP, agência brasileira financiadora de inovação, mostrou como funcionam os mecanismos para conseguir empréstimos para inovação. Paulo Cayres, presidente da CNM-CUT – O presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT

(CNM-CUT) cobrou também um olhar diferenciado para as autopeças. “Nós podemos ter autossuficiência em tecnologia na nossa indústria, fazendo tudo aqui no Brasil”, disse Paulão Cayres. “As pequenas empresas precisam apenas de financiamento para inovar suas tecnologias e poder competir em pé de igualdade com o mercado externo. Temos que reverter o saldo: menos importações, mais exportações”, completou o dirigente. Sindicato dos Metalúrgicos do ABC 11 4128 4200 www.smabc.org.br

A VDI-Brasil, Associação dos Engenheiros Brasil-Alemanha, tem como objetivo promover a cooperação técnica e tecnológica entre o Brasil e a Alemanha. Neste sentido, ela vem intensificando a sua atuação na área de produção e na melhoria do proces-so fabril. A Alemanha nos mostra dia a dia o resultado de investir no desenvolvimento e na pesquisa de suas empresas. Está claro que empresas alemãs são hoje líderes mundiais na fabricação de tecnologia de ponta e que o país é um dos que mais exportam no mundo, sem mencionar sua robusta economia e seu PIB anual considerável. “O

Maio/Junho 2013

Ferramental

13


maior desafio nas fábricas competitivas do futuro é o conhecimento e a aplicação de novos materiais, tal como novas técnicas e processos”, confirma Christian Müller, Presidente da VDIBrasil. É por isso que a Associação lança a campanha +ProPro - mais Produtividade na Produção. O objetivo é “agrupar” os engenheiros e responsáveis pela organização e pelo planejamento da produção nas empresas a nível nacional, informando-os periodicamente sobre novas tendências e experiências positivas na produção (Best Practice). Para ter acesso às informações sobre os destaques mundiais e tendências no mundo da produção, assim como participar desta campanha, basta cadastrar-se no site www.maispropro.com.br. O lançamento oficial da campanha acontecerá no dia 23 de maio de 2013 no III Simpósio Internacional - Excelência em Produção: Novos Materiais & Novos Processos, que contará com renomados palestrantes da Alemanha e do

Brasil. “Para ter sucesso no mundo globalizado, é necessário saber o que vai acontecer amanhã; pois, o que acontece hoje, nós já sabemos”, conclui Christian Müller. VDI Brasil 11 5180 2325 www.vdibrasil.com.br

A Schunk, fabricante de tecnologias de fixação e sistemas de garras, instalou sua mais nova subsidiária aqui no Brasil, a primeira na América do Sul. Seu mais novo Centro Tecnológico e de Treinamento conta com mais de 500m² com show-room dos principais produtos da marca e está sediado na cidade de Santo André, SP. A nova unidade conta com a experiência de profissionais com vasto co-

nhecimento nas necessidades da indústria nacional e distribuidores espalhados nas principais regiões do país, altamente qualificados e treinados no próprio Centro Tecnológico da empresa, visando a atendimentos técnicos da mais alta qualidade. Para marcar oficialmente a chegada da SCHUNK ao Brasil será realizado um coquetel especial de inauguração, que acontecerá logo após a abertura da Feimafe 2013, no dia 03 de junho. O evento contará com apresentações sobre a empresa e suas tecnologias inovadoras e também com a presença do presidente da multinacional, Henrik Schunk.

Schunk 11 4468 6888 www.schunk.com

CONEXÃO WWW O Programa de Educação Fiscal é o resultado de um processo que teve início em dezembro de 1995, em um seminário sobre Federalismo Fiscal realizado em Salvador - BA, promovido pelo Conselho de Política Fazendária - CONFAZ. Neste seminário, expositores internacionais trataram do tema “cumprimento das obrigações tributárias pelo cidadão com a visão educativa”, na busca de provocar mudanças culturais e esclarecer a organização e o funcionamento das políticas públicas para a sociedade. Educação fiscal é um programa executado pelo Estado brasileiro através de seus órgãos federais (Ministério da Fazenda, Ministério do Planejamento e Ministério da Educação, Secretaria do Tesouro Nacional), estaduais (Secretarias da Fazenda, da Educação, Delegacias da Receita Federal) e municipais (Prefeituras) e que tem em seus objetivos a construção da consciência cidadã (direitos e deveres). Na prática, quer dizer a criação de ações que dêem a oportunidade para a sociedade participar da gestão pública através de suas representações locais. As diretrizes para a execução do Programa de Educação Fiscal consistem: na ênfase no exercício da cidadania; na abrangência dos três níveis de governo (União, Estados e Municípios); no caráter de permanência e desvinculação de campanhas promocionais; no apoio do Ministério da Educação e do Ministério da Fazenda; nos Estados a ação deve ser desenvolvida de forma conjunta entre as Secretarias de Educação da Fazenda; na busca do controle social; na participação dos educadores na elaboração do material didático. www.educacaofiscal.com.br A Associação Brasileira da Indústria Química - Abiquim, entidade sem fins lucrativos fundada em 16 de junho de 1964, congrega indústrias químicas de grande, médio e pequeno portes, bem como prestadores de serviços ao setor nas áreas de logística, transporte, gerenciamento de resíduos e atendimento a emergências. A Abiquim está estruturada para realizar o acompanhamento estatístico do setor, promover estudos específicos sobre atividades e produtos da indústria química, acompanhar mudanças na legislação e assessorar os associadas em assuntos econômicos, técnicos e de comércio exterior. A entidade representa o setor nas negociações de acordos internacionais relacionados a área. Em outubro de 1996, a Abiquim passou a representar a indústria química brasileira no Conselho da Indústria Química do Mercosul - CIQUIM e no Conselho Internacional das Associações das Indústrias Químicas - ICCA, entidade que coordena o programa Responsible Care® e que representa a indústria química mundial em diversos foros ligados à área de comércio internacional. A Abiquim é responsável por administrar o CB 10 - Comitê Brasileiro de Normas Técnicas, da ABNT, para a área química. www.abiquim.org.br

14

Ferramental

Maio/Junho 2013


SABRINA BODZIAK - sabrina.bodziak@sociesc.org.br ALISSON DELLA GIUSTINA - alisson_dg@hotmail.com ADRIANO FAGALI DE SOUZA - adriano.fagali@sociesc.org.br

Estudo da precisão na reconstrução de modelos tridimensionais pela técnica de engenharia reversa

A

engenharia reversa é uma técnica cada vez mais utilizada na fase inicial de projeto de um produto. Contudo, ainda falta conhecimento sobre os erros geométricos oriundos desta etapa, pois envolvem limitações das etapas de aquisição de dados, conhecida como digitalização (obtenção da nuvem de pontos), até erros provenientes dos softwares de reconstrução da geometria, em função dos modelos matemáticos empregados para tal fim. O objetivo deste trabalho é contribuir com este conhecimento, estudando os fatores que mais influenciam nos erros geométricos da engenharia reversa para reconstrução de geometrias 3D.

Geometria original

Digitalização

Nuvem de pontos

Geometria reconstruída

Figura 1 - Aplicação da engenharia reversa

Maio/Junho 2013

Ferramental

15


a)

b)

c)

Figura 3 - Geometria do corpo de prova: a) CAD original; b) Laser para digitalização do modelo físico; c) Nuvem de pontos obtidos para a reconstrução do modelo CAD

Figura 2 - Delineamento do experimento

16

Ferramental

Maio/Junho 2013


Figura 4 - Gráfico dos efeitos principais para precisão do modelo

Figura 5 - Gráfico dos efeitos principais para o tempo de construção do modelo

Maio/Junho 2013

Ferramental

17


Sabrina Bodziak - Mestre em Engenharia Mecânica pelo Instituto Superior Tupy IST/SOCIESC. É professora do IST/SOCIESC e pesquisadora do grupo de pesquisa Promolde. Aluna de doutorado da UDESC/Joinville. Principais temas de pesquisa: aplicação de sistemas CAD/CAM/CNC, micro-fresamento, materiais para fabricação de moldes e matrizes. http://lattes.cnpq.br/7958476944372164 Alisson Della Giustina - Engenheiro mecânico pelo Instituto Superior Tupy IST/SOCIESC. Trabalha na Fundição Tupy. http://lattes.cnpq.br/1541200768242196 Adriano Fagali de Souza - Doutor em Engenharia Mecânica pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP). Professor do curso de Mestrado em Engenharia Mecânica do IST/SOCIESC. Líder do grupo Promolde. Pesquisador do CNPq. Desenvolve projetos envolvendo a fabricação de moldes e matrizes; sistemas CAD/CAM/CNC/CAx e usinagem em altas velocidades (HSC). http://lattes.cnpq.br/8744045259194288

18

Ferramental

Maio/Junho 2013


SAMUEL GONSALES - samuel@kayros-it.com.br

WMS como vantagem competitiva para organizações

U

m sistema de gerenciamento de armazéns resulta em diversos benefícios e pode garantir vantagens competitivas às organizações em relação a seus concorrentes, trazendo mais assertividade, redução de custos, melhorias significativas nas operações de gerenciamento de depósitos e centros de distribuição, consequente aumento no nível de serviço prestado aos clientes e melhor utilização dos espaços físicos.

Processamento de matéria prima iais r e t a Outros m

Produção

Matéria prima

Distribuição

Varejo

Consumidores

Figura 1 -Exemplo de processo logístico clássico Maio/Junho 2013

Ferramental

19


20

Ferramental

Maio/Junho 2013


Outros

Produção

Processamento is de matéria prima ria e t a m

Matéria prima

e-Commerce

Consumidores

Figura 2 -Exemplo da nova proposta de mercado para o processo logístico - incluindo venda direta ao consumidor, sem distribuidores e varejistas

Armazenagem Recebimento /conferência Cross-docking

Movimentação

Auditoria/ embalagem /extornos

Carregamento /conferência

Controle

Inventário Picking Abastecimento

Figura 3 -Exemplo de um armazém e operações realizadas no armazém Maio/Junho 2013

Ferramental

21


Figura 4 -Exemplo de mapeamento de um armazĂŠm logĂ­stico (ruas, prateleiras, box, mercadorias, etc)

Figura 5 -Exemplo de processo automatizado com WMS usando coletores de dados e etiqueta externa que considera todos os itens dentro da caixa

22

Ferramental

Maio/Junho 2013


FONTES DE CONSULTA [1] www.wikipedia.org.br

Samuel Gonsales - É diretor executivo da Kayros IT Consultoria, especializada em modelos de gestão para empresas de moda e vestuário. É analista de sistemas pela Universidade Paulista, especialista em Sistemas de Gestão Empresarial - ERP pela FIAP e tem MBA em Gestão de Negócios. Atua também como professor em graduação e pós-graduação, palestrante e articulista de jornais, revistas e portais de negócios e tecnologia.

Maio/Junho 2013

Ferramental

23



Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais

Entenda o novo Regime Automotivo Inovar-Auto

Parte integrante da revista Ferramental - Nº 47 - Maio/Junho 2013

O Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (Novo Regime Automotivo Brasileiro, denominado Inovar-Auto), foi definido pelo governo federal nos artigos 40 a 44 da Lei Nº 12.715 de 17 de setembro de 2012 e regulamentado pelo Decreto Nº 7.819 de 3 de outubro de 2012. Suas regras prevêem benefícios fiscais proporcionais às compras de insumos e peças no País pelas montadoras aqui instaladas ou que venham a se instalar no Brasil. Elas serão válidas de janeiro de 2013 a dezembro de 2017 e definem metas para que os veículos gastem menos combustíveis e sejam mais seguros. Também determina mais investimentos em tecnologia, engenharia e desenvolvimento de fornecedores. A portaria Nº 113, de 15 de abril de 2013, estabelece regulamentação complementar do Inovar-Auto, quanto à capacitação de fornecedores, insumos estratégicos e ferramentaria, solicitação de habilitação, relatórios de acompanhamento e dá outras providências. PERGUNTA

RESPOSTA

O que é o novo Regime Automotivo?

Nova política de impostos para a cadeia automotiva (montadoras, autopeças, indústrias de máquinas e equipamentos, fundição, entre outras).

E o Inovar-Auto?

É o nome dado ao novo Regime Automotivo.

Qual é o objetivo do Inovar-Auto?

Fortalecer os fornecedores e incentivar as montadoras a investirem em pesquisa, engenharia e desenvolvimento tecnológico.

Que empresas poderão se beneficiar do InovarAuto?

Todas as montadoras de veículos que atuam no Brasil, aquelas com projetos para se instalarem e as importadoras. Cada uma delas com regras específicas para conseguir o benefício.

O que elas terão que fazer para se adequarem?

Serem habilitadas pelo MDIC - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, cumprindo um conjunto de obrigações.

Que obrigações são essas?

Obter a CND - Certidão Negativa de Débitos com o governo federal, que proíbe que a empresa receba benefícios públicos se tiver dívidas trabalhistas, por exemplo. Além de assumir o compromisso com a eficiência energética e cumprir obrigações específicas para cada perfil de empresa (com fábrica aqui, com projeto de fábrica e importadora).

Qual é a duração do Inovar-Auto?

A duração é de cinco anos, começando a valer em janeiro de 2013 e terminando em dezembro de 2017.

O que muda com o novo regime em relação aos impostos?

A atual alíquota do IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados será acrescida de 30%, para todos os carros, caminhões e chassis com motor.

Então haverá aumento do IPI? Os preços vão aumentar?

Não. O governo federal está estabelecendo a mesma alíquota de IPI para todos os carros, nacionais e importados. O que acontecerá é que as montadoras que cumprirem as obrigações do Inovar-Auto conquistarão abatimentos no próprio IPI, podendo chegar a uma alíquota de até 5%. Portanto, menor que a aplicada hoje.

Que obrigações são essas?

São gastos das montadoras na produção dos veículos, em oito itens estipulados no Inovar-Auto, que as empresas poderão abater no IPI.

Quais são os itens?

Insumo estratégico, ferramentaria, pesquisa, desenvolvimento tecnológico, inovação tecnológica, recolhimento ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico Tecnológico, capacitação de fornecedores e engenharia e tecnologia básica.

Como a empresa pode obter a redução do IPI por meio destes gastos?

Para cada item gasto, a empresa apresentará as notas fiscais e terá de volta o valor integral ou parcial, dependendo do caso, transformado em créditos presumidos do IPI.

O que são créditos presumidos do IPI e para que vão servir?

São créditos obtidos pelas empresas por meio de investimentos nestes itens e que são convertidos em abatimento do IPI.

Como isso vai funcionar?

A montadora irá apresentar as notas fiscais de seus gastos com os dois primeiros itens, insumos estratégicos e ferramentaria. Os valores serão multiplicados por um fator, que no primeiro ano será de 1,3 (decrescendo até chegar a 1,0). Depois, o resultado será revertido em créditos presumidos do IPI, podendo abater até 30% do imposto.

A montadora poderá reduzir os 30%, da nova alíquota do IPI, com gastos só nestes dois primeiros itens?

Sim, além de estarem fortalecendo a cadeia automotiva, já que os insumos são adquiridos no País.

E os outros itens?

As montadoras poderão abater 1% do IPI com investimentos em pesquisa e tecnologia e outro 1% com recursos destinados para engenharia e capacitação. Maio/Junho 2013

Ferramental

25


Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais

Entenda o novo Regime Automotivo Inovar-Auto

PERGUNTA

RESPOSTA

O que isso representa para o setor?

Significa que o governo federal está, por meio do Inovar-Auto, abrindo mão de impostos para, em contrapartida, incentivar as empresas a investirem em desenvolvimento tecnológico, pesquisa e inovação e, ainda, fortalecer o setor automotivo e toda a cadeia produtiva envolvida.

As empresas habilitadas pelo novo Regime Automotivo terão que cumprir metas de eficiência energética. Que metas são essas?

A média dos veículos dos beneficiários do regime comercializados a partir de 2017 terá de consumir 12,08% menos combustível do que atualmente. Ou seja, na média, os veículos deverão passar dos atuais 14 km/litro para 17,26 km/litro para gasolina e 9,7 km/litro para 11,96 km/litro no caso do etanol. Está previsto, também, um benefício de até dois pontos percentuais de redução do IPI para os fabricantes que ultrapassarem a meta de habilitação, fixada em 12,08%. Válido para o período entre 2017 e 2020, esse desconto na alíquota do IPI será de um ponto percentual no caso de uma redução de consumo de 15,46% e de dois pontos percentuais, no caso de uma redução de 18,84%. A meta-alvo de 18,84% equivale à meta européia de 2015 de 130 g de CO2/km.

Mas todas terão as mesmas obrigações?

Não, essas são obrigações gerais. Para cada tipo de atuação das montadoras no País existirão critérios específicos para se habilitar.

Como serão esses critérios para as empresas que já atuam no Brasil?

As montadoras instaladas terão, como pré-requisito de habilitação ao Inovar-Auto, que ampliar as etapas produtivas no País até 2017, quando se encerra o regime.

O que isso significa

Significa que das 12 etapas de produção de um carro, oito terão que ser realizadas aqui no Brasil. No caso de caminhões, das 14 etapas de produção, dez serão feitas na planta brasileira. E para construção de chassis, sete das onze etapas serão nacionalizadas.

Quais são as regras do Inovar-Auto para as montadoras que pretendem instalar novas plantas no Brasil?

Essas empresas deverão ter o projeto aprovado pelo governo federal, com a descrição das características técnicas dos carros que serão produzidos. Elas poderão utilizar créditos presumidos do IPI para até 25% da capacidade de produção da nova fábrica.

Pode dar um exemplo de como isso funcionará?

Uma planta com capacidade de produção prevista em 100 mil veículos por ano poderá colocar no mercado 25 mil unidades importadas do mesmo modelo a ser produzido, sem o acréscimo de 30% do IPI.

Mas qual será a contrapartida destas empresas para conseguirem os créditos do IPI?

Será o projeto de instalação, que deve estar concluído em até dois anos. Após esse prazo, os critérios de habilitação no Inovar-Auto passam a ser idênticos aos das montadoras instaladas no Brasil.

Haverá mais algum incentivo durante a construção das novas fábricas?

Sim. Outros 25% de suas importações vão gerar créditos presumidos do IPI, porém esses créditos só poderão ser utilizados para isenção do imposto nos carros fabricados no País.

E as montadoras que apenas comercializam veículos no Brasil, sem nenhuma produção? Quais são os critérios segundo o Inovar-Auto?

Se quiserem se habilitar ao Inovar-Auto, as empresas que só comercializam carros ou caminhões terão que cumprir, obrigatoriamente, os três itens de investimentos das montadoras instaladas.

Que itens são esses?

Investir em pesquisa e desenvolvimento, em engenharia e tecnologia industrial básica e capacitação de fornecedores e aderir à etiquetagem veicular.

Elas terão direito a isenção por créditos presumidos do IPI?

Sim. Receberão isenção de 30% do IPI até o limite de 4.800 unidades por ano ou a média de importação dos anos de 2009, 2010 e 2011 - o que for menor.

Essas regras valerão para todas as importações?

Não. Para as empresas oriundas do Mercosul e do México valem os acordos que já estão firmados.

A habilitação das montadoras é para todo o período de vigência do novo Regime Automotivo?

Não. As empresas terão que renová-la anualmente. Se tiverem a habilitação cancelada por descumprimento dos critérios, serão punidas e deverão pagar todo o imposto isento desde a primeira habilitação.

Fonte: Tribuna Metalúrgica Nº 3348 de 24/abril/2013 - Publicação diária do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Repórter Rossana Lana, 2013 Contato 011 4061-1040 26

Ferramental

Maio/Junho 2013

Parte integrante da revista Ferramental - Nº 47 - Maio/Junho 2013

Regras para as novas plantas e importadoras


Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais

Proposta para o Inovar-Peças

CARTA DO GRANDE ABC EM PROL DO INOVAR-PEÇAS NO ÂMBITO DO PROGRAMA INOVAR-AUTO Nesta data, em São Bernardo do Campo, Região do Grande ABC Paulista, realizou-se o Seminário “INOVARAUTO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES PARA A REGIÃO DO GRANDE ABC”, que reuniu representantes dos trabalhadores, dos empresários, do poder público (esferas municipal, estadual e federal) e das instituições de ensino e pesquisa de nível superior e técnico, com vistas a debater os desafios para a cadeia automotiva da região e do Brasil, com a entrada em vigor do novo Regime Automotivo, o “Inovar-Auto”. A partir das discussões do seminário e do Arranjo Produtivo Local (APL) de Autopeças da Região do Grande ABC, ora em formação, nós, membros dos diversos segmentos da cadeia produtiva, concluímos que o Inovar-Auto representa um avanço na política industrial. Pela primeira vez no setor, a política automotiva condiciona os incentivos a contrapartidas em termos de inovação, pesquisa e desenvolvimento tecnológico no país. Contudo, queremos alertar que, apesar do mercado de veículos no Brasil ter crescido continuamente nos últimos dez anos, tornando-se o quarto maior mercado mundial, as empresas nacionais da cadeia automotiva, em particular as da base da pirâmide, não têm participado desta evolução. Ao contrário: elas vêm ano a ano se desestruturando e perdendo participação no fornecimento de peças, componentes, máquinas e ferramentas na produção brasileira de veículos. Um dos resultados é o crescimento do déficit comercial no setor, que, em 2012, atingiu US$ 5,7 bilhões. Dentre as causas dessa desestruturação de importantes elos da cadeia automotiva, destacamos: ! A gradativa redução da participação de peças, componentes, máquinas e ferramentais nacionais nos projetos de veículos das montadoras; ! A perda da competitividade do setor nacional de autopeças e seus fornecedores, bem como a diminuição significativa de sua capacidade de investimento e modernização; ! A falta de eficácia dos atuais programas de inovação tecnológica, bem como os de qualificação profissional, no apoio às empresas da base da pirâmide da cadeia automotiva; e ! A dificuldade do efetivo acesso ao crédito para investimento e capital de giro, especialmente no caso das empresas de pequeno e médio porte pertencentes à base da pirâmide. Assim, neste momento de regulamentação do Inovar-Auto, nós, integrantes da cadeia automotiva da Região do Grande ABC, que é o mais importante pólo produtivo do setor no país, apresentamos as seguintes propostas ao Governo Federal e aos demais representantes da cadeia automotiva, visando constituir o INOVAR-PEÇAS no âmbito do INOVAR-AUTO:

Parte integrante da revista Ferramental - Nº 47 - Maio/Junho 2013

I - NACIONALIZAÇÃO, INOVAÇÃO E QUALIFICAÇÃO 1. Garantir a efetivação dos índices de nacionalização de peças e componentes criados pelo Inovar-Auto, por meio de um sistema transparente de rastreabilidade. 2. Subtrair as despesas com componentes e peças importadas utilizadas, tanto nos veículos como nos subconjuntos, dos gastos que geram crédito tributário no Inovar-Auto. 3. Tornar públicas, por meio de mecanismos apropriados, as despesas das montadoras que geram crédito de IPI. 4. Criar sistema de denúncia formal e documentada ao MDIC referente à “maquilação” da produção nacional de veículos. 5. Desenvolver, por meio de incentivos tributários e de crédito, o adensamento da cadeia automotiva no Brasil. 6. Apoiar, por meio de incentivos tributários e de crédito, a diversificação da produção da cadeia automotiva para setores correlatos, que projetam elevados investimentos para os próximos anos, tais como, ferroviário, naval, defesa, aeroespacial, petróleo e gás, tratamento de superfícies, beneficiamento de materiais, entre outros. 7. Apoiar a estruturação de APLs regionais para setores ligados à cadeia automotiva. 8. Promover, por meio de incentivos tributários e de crédito, parcerias nacionais e internacionais no setor de crédito, parcerias nacionais e internacionais no setor de autopeças (fusões, joint ventures entre outros). 9. Desonerar os bens de produção produzidos no Brasil para as empresas de autopeças e as montadoras de veículos. 10. Viabilizar estudos da cadeia automotiva que identifiquem as necessidades das empresas do setor. 11. Apoiar a criação de um Observatório Regional voltado à identificação das necessidades de qualificação de trabalhadores para a cadeia automotiva, e atendê-las por meio do Pronatec. 12. Constituir um banco de informações de recursos humanos qualificados e aptos a exercer as funções na indústria de autopeças. Maio/Junho 2013

Ferramental

27


Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais

Proposta para o Inovar-Peças

II - ACESSO AO CRÉDITO 13. Implantação de um plano de renegociação de dívidas para micro, pequenas e médias empresas, a fim de resolver o problema da emissão de Certidão Negativa de Débito (CND). 14. Construir linhas alternativas de crédito direcionadas à base da pirâmide da cadeia automotiva, por meio do BNDES e de intermediários financeiros não públicos que assumam o risco do financiamento, tendo como garantia os pedidos das montadoras e sistemistas. 15. Garantir a participação das Centrais Sindicais nas decisões de investimentos dos bancos oficiais, de formar a assegurar as contrapartidas em termos de geração de empregos e de qualificação continuada dos trabalhadores (as) que atuam na indústria de autopeças, em especial os da base da pirâmide. III - INOVAÇÃO 16. Desenvolver política específica de apoio à inovação tecnológica para a cadeia automotiva, em especial as empresas produtoras de autopeças e ferramental. 17. Regulamentar o gasto obrigatório das montadoras em inovação, engenharia, tecnologia básica e desenvolvimento de fornecedores, de modo que parte desses recursos sejam gastos “fora” das montadoras. 18. Estabelecer em regulamento a obrigatoriedade de que as montadoras despendam localmente os gastos exigidos pelo Inovar-Auto em centros de engenharia independentes, universidades, parques tecnológicos e projetos de qualificação profissional, com vistas à modernização das empresas da base da pirâmide alocadas nas regiões em que estão instaladas as montadoras. IV - TRIBUTOS 19. Alterar a regulamentação da desoneração da folha de pagamento do setor de autopeças, permitindo que a mesma atinja a totalidade da empresa, de modo a viabilizar as estratégias de diversificação da produção. 20. Envolver as Centrais Sindicais e os sindicatos de trabalhadores metalúrgicos nas negociações de desoneração fiscal ora em curso no âmbito dos governos federal e estaduais, que tenham como objetivo incentivar a indústria de autopeças. 21. Postergar o prazo do pagamento dos tributos em relação ao fato gerador como forma de liberar capital de giro para as empresas do setor.

Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá APL de Autopeças do Grande ABC APL de Ferramentaria do Grande ABC APL Metal - Mecânico do Grande ABC SINDIPEÇAS CIESP São Bernardo CIESP Diadema CIESP Santo André CIESP São Caetano ABIMAQ Consórcio Intermunicipal Grande ABC Agencia de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC Centro Universitário da FEI Instituto Mauá de Tecnologia - IMT

Definição de Ferramentaria: é um ramo da indústria metal-mecânica responsável pela criação e construção de ferramentais que objetivam transformar matéria-prima bruta em produto acabado, através de processos mecânicos, térmicos, físicos e químicos que levam um determinado material de seu estado líquido ou sólido, através das grandezas de força e pressão, a mudar sua forma inicial para a forma final desejada.

28

Ferramental

Maio/Junho 2013

Parte integrante da revista Ferramental - Nº 47 - Maio/Junho 2013

São Bernardo do Campo, 24 de abril de 2013


JORGE A. OTTONE - info@argenmetal.com.ar DIEGO WALSER - diego@argenmetalsa.com.ar FELIPE SCHILLIACI - info@argenmetal.com.ar DEMÉTRIO EREMEEFF - dima@terra.com.br

Liga de bronze ao alumínio: destaque no grupo dos não ferrosos

D

esde seu descobrimento há mais de 150 anos, a liga de bronze ao alumínio continua se destacando pelas qualidades mecânicas antifricção e anticorrosiva. Apesar de seu baixo uso no segmento de ferramentaria, é conveniente avaliar sua aplicação, pois apresenta diversas características técnicas desejáveis para o setor.

Maio/Junho 2013

Ferramental

29


30

Ferramental

Maio/Junho 2013


Bronze ao Bronze ao chumbo estanho

Bronze ao alumínio

C95200 C95300 C95400 C95500 SAE 64 SAE 65

Resistência à tração (MPa)

450

450

515

620

Limite elástico (MPa)

170

170

205

Alongamento %

20

20

12

110

110

150

5

Dureza Brinell (HB)(10/30/3000)

207

276

275

83

124

6

15

20

190

50

70

Tabela 1 - Comparativo de resistência mecânica entre ligas bronze ao alumínio e outras ligas de bronze

Bronzes ao alumínio não normatizados SAE 64 SAE 65

450

50

70

Resistência à compressão (MPa) 1059 1117 1147 1216 1372

325

410

Dureza Brinell (10/30/3000)

240

280

300

360

Tabela 2 - Comparativo de resistência a compressão entre tipos de material bronze ao alumínio Figura 1 - Gráfico de capacidade de carga em fricção

Figura 2 - Gráfico de dureza

Figura 3 - Gráfico de resistência a tração

Maio/Junho 2013

Ferramental

31


Figura 4 - Ensaio de roçamento para diversas ligas com lubrificação

Figura 5 - Ensaio de roçamento para diversas ligas sem lubrificação

32

Ferramental

Maio/Junho 2013


Jorge A. Ottone - É tecnólogo em metais pela ENET Otto Krause, Buenos Aires, Argentina. Sócio fundador da Argenmetal S.A., tem 68 anos de experiência em pesquisa, desenvolvimento e aplicações de metais não ferrosos, extensa especialização em ligas de bronze ao alumínio. Ex-presidente da Alzen Argentina. Membro da Comissão Diretiva e Assessor Sênior da C.I.F.R.A. (Cámara de Industriales Fundidores de la República Argentina). Diego Walser - Tecnólogo em Metais Não Ferrosos pela ENET Otto Krause, Buenos Aires, Argentina. Gerente de Gestão do Sistema da Qualidade da Argenmetal S.A. Felipe Schilliaci - Engenheiro licenciado em Metalurgia (Comissão de Energia Atômica da Argentina). Assessor técnico de diversas fundições na América Latina. Integrante da ITA (International Tube Association). Demetrio Eremeeff - Engenheiro Mecânico Industrial pela ENET E. Mosconi Quilmes, Buenos Aires, Argentina. Especialização em Sistemas de Gestão da Qualidade e Metalografia. Representante e assessor técnico da Argenmetal S.A. no Brasil.

Maio/Junho 2013

Ferramental

33


34

Ferramental

Maio/Junho 2013


ASTRIDT HOFMANN - ahofmann@shv.adv.br

Ferramentas de Gestão: Plano de Participação nos Lucros e Resultados (PPLR)

O

aumento da competitividade passa pelo envolvimento de todos os profissionais da empresa, além do uso de tecnologias inovadoras e produtivas. Uma ferramenta para elevar o comprometimento da equipe é o Plano de Participação nos Lucros e Resultados que, se bem aplicado, traz benefícios à empresa e empregados.

1 Staff: Quadro dos dirigentes de uma empresa, de uma entidade ou organismo. Normalmente refere-se a um grupo de pessoas que assessora um dirigente ou líder.

Maio/Junho 2013

Ferramental

35


• Astridt Hofmann - Bacharel em direito pela Faculdade de Direito de Joinville - FDJ da Associação Catarinense de Ensino e pósgraduada em direito empresarial pelo Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas Socioeconômicos (INBRAPE). Advogada militante na área de Direito do Trabalho (Patronal) e sócia da Schramm, Hofmann e Vargas Advogados Associados, com sede em Joinville.

Schramm, Hofmann e Vargas Advogados Associados Ltda. Maiores informações pelo e-mail (ahofmann@shv.adv.br) ou pelo fone 47 3027 2848 36

Ferramental

Maio/Junho 2013


Geração do SPED

Maio/Junho 2013

Ferramental

37


Grupo Abra Maiores informaçþes pelo e-mail (abra@grupoabra.com) ou pelo fone 47 3028 2180 38

Ferramental

Maio/Junho 2013


QUALIDADE DA GESTÃO

Excelência da Gestão Organizacional Fundamentos universais por Roger Becker (roger@volltrix.com.br)

Figura 1 - Dimensões do cenário atual e mudanças de paradigma Maio/Junho 2013

Ferramental

39


QUALIDADE DA GESTテグ

40

Ferramental

Maio/Junho 2013


QUALIDADE DA GESTÃO

Figura 2 - Representação do modelo de excelência da gestão

Maio/Junho 2013

Ferramental

41


QUALIDADE DA GESTÃO

Figura 3 - Evolução e estágios de maturidade da gestão

42

Ferramental

Maio/Junho 2013


QUALIDADE DA GESTÃO

Roger Becker - É Coach e Consultor Organizacional especialista no MEG. Formado em gestão de processos organizacionais e pós-graduado em administração e marketing.

Maio/Junho 2013

Ferramental

43


44

Ferramental

Maio/Junho 2013


A fim de ampliar seus resultados, a W. ANnex Consultoria e Representações, de São Paulo, SP, está desenvolvendo novas representadas, fornecedoras de produtos e serviços, para o segmento metal-mecânico. Já firmou parceria com a Ghizzi, especializada em afiação de serras e ferramentas, bem como na fabricação de ferramentas especiais e com a Sun Metais, empresa de tratamento térmico, com certificação ISO 9001:2008. Ambas as empresas estão localizadas em Santo Amaro, São Paulo. A parceria de sete anos com a ITW Chemical permanece consolidada em soluções químicas relativas a óleo solúvel, solvente e desengraxante. W. ANnex 11 99125 6515 http://about.me/wagneraneas

O robô ZX-1100 V é o equipamento top de linha da Star Seiki e atende injetoras de 300 a 850 toneladas de fechamento, com ciclo total de extração de produto abaixo de 4 segundos. Com potência de acionamento de 200 ~ 220 VAC a 50/60Hz, pressão de ar de 0,49 MPa, sistema de acionamento com servo motor de corrente alternada, curso de movimentação de 1.100 a 1.700 mm na vertical e 1.600 a 2.500 mm na transversal e peso total do corpo de 876 kg. Com uma vasta linha de opcionais, pode ter para o lado de extração do produto: unidade adicional de vácuo, extração de molde fixo, circuito de extração para moldes com under-cut, circuito de ajuste fino de produto, liberação entre molde, servo de acionamento de posição & torção, movimento de descida durante abertura do molde e sensor de presença para confirmação do produto. No deslocamento transversal pode ter: circuito de descarte de produto com defeito e retardo de movimento. Para o lado de liberação do produto, as opções são: pinça de ar, liberação de produto em dois pontos distintos e embalagem em ponto livre. Outros opcionais são: pintura em cor especial, lâmpada de alarme, função bilíngüe, função trilingüe, conexão com computador pessoal, suporte para controlador, controlador STEC-610 e

segundo estágio do braço em material de carbono. Star Seiki 11 3326 3349 www.starseiki.com.br

Os cabeçotes especiais para centros de usinagem da Triaxis têm diversas aplicações. Como principais características técnicas destacam-se: Angulares para fresar ou mandrilar; Multifusos p/ furar, rosquear, alargar; Disponíveis para todas as máquinas nos cones ISO, BT, CAT, HSK, CAPTO; Engrenagens helicoidais retificadas; Elevada rigidez garantindo ausência de vibrações; Corpo em liga de alumínio; Rolamentos de precisão classe ABEC7 lubrificados à vida; e mandris portapinça tipo ER (DIN 6499), Weldon, HSK ou eixos porta-fresa (vários diâmetros). A relação de transmissão é de 1:1,8 e a rotação máxima de saída de 1.000 rpm. As dimensões totais são diâmetro de 202 mm e altura de 190 mm e peso de 11 kg.

Oito modelos de Eletroerosão CNC

Mais de 32.000 Sodick com motores lineares instaladas em todo o mundo ! Acesse www.sodick.com.br

Dez modelos de Eletroerosão a fio

Show Room Testes Práticos Suporte Técnico Total Serviços de eletroerosão SUPRIMENTOS E MATERIAIS DE CONSUMO RIGINAIS

Triaxis 11 4361 4977 www.triaxis.ind.br

A Resitron, distribuidora exclusiva no Brasil da fabricante alemã Röders, comercializa a fresadora RXP 200 DS. O equipamento de usinagem de alta velocidade (high speed) apresenta características notáveis como velocidade padrão do spindle de 3.000 a 60.000 rpm, velocidade de avanço de até 40.000 mm/min e motores lineares em todos os eixos. Essas características permitem que a máquina execute operações em elevadas velocidades com precisão e qualidade de acabamento. Com cursos de 200 x 200 x 200 mm nos eixos X, Y e Z respectivamente, tem mesa de diâmetro 199 Maio/Junho 2013

Ferramental

45


mm com giro (eixo A) de + 20º a 110º, rotação completa (eixo C) e suporta até 15 kg de peso máximo sobre a mesa. Vem equipado com trocador de ferramentas de 12 posições (opcionalmente com 40 ou mais). O espaço requerido para instalação da RXP 200 DS é de 2.425x1.925x2.070 mm e o seu peso atinge 3.000 kg.

gerado e proteger o spindle de contaminação. É importante observar o uso de filtros e reguladores (pressão do ar 0,2 ~ 0,3 MPa). Todos os sistemas de fixação estão disponíveis: BT30/ BT40/ SK40/ HSK63A/ BT50/ SK50. O equipamento é fornecido com os seguintes itens: Fuso de alta velocidade HES 510 BT-40-RPM 50.000; unidade de controle ASTRO E3000C (240V); cabo HES 510-BT40; pinças CHK Ø 3,0 mm, Ø 4,0 mm e Ø 6,0 mm; e filtro de ar.

Resitron 54 3218-4600 www.resitron.com.br

Comercializado pelo grupo Alltech, de Caxias do Sul, o HES 500 é um eletro spindle de pequeno porte (até 50.000 rpm – NSK). O equipamento é um sistema elétrico de ultra precisão (precisão do spindle igual a 1 µm), que através de altas velocidades permite que o equipamento (máquina operatriz) realize muitas outras operações hoje limitadas a rotação atual. Fresadoras convencionais e centros de usinagem podem trabalhar em altas velocidades (rpm), realizar furações com pequenos diâmetros e usinar superfícies acabadas com extrema qualidade. As principais características técnicas englobam: potência máxima de 250 W; utilização de duplo par de rolamentos de cerâmica; motor e spindle construídos em uma única peça, minimizando o tamanho e o peso do equipamento e permitindo seu uso em um grande número de máquinas; conector de emergência (conector breakaway) para ajudar a prevenir danos maiores, em caso do spindle principal da máquina trabalhar acidentalmente; excelente durabilidade do sistema pela refrigeração a ar, que utiliza pequeno volume de ar (30 r/min), prevenindo o aumento da temperatura e permitindo um longo tempo de operação; e refrigerador a ar, importante para manter o motor refri46

Ferramental

Maio/Junho 2013

Alltech 54 3027 9300 www.grupoalltech.com.br

A Serra de Fita horizontal SFA-550, comercializada pela Atlasmaq, é indicada para serviços de corte em materiais (barras, perfis, tarugos, tubos e cantoneiras) das mais variadas formas e tamanhos. Com sua serra de 24 mm de largura, este equipamento é indicado não só para materiais maciços de grande largura, mas também para materiais leves e perfis. Além do controle hidráulico de descida da bandeira de corte, esta máquina conta com sistema de aproximação rápida acionada por válvula solenóide e morsa com travamento hidráulico do materi-

al, que torna a máquina muito mais produtiva. A Atlasmaq oferece facilidade de pagamento e diversos tipos de financiamento. Atlasmaq 11 3511 3030 www.atlasmaq.com.br

Marca da Saint-Gobain, a Winter apresentará na Feimafe 2013 (3 a 8 de junho, em São Paulo - SP) rebolos para retificação de anéis de motores e para a retificação de vidros automotivos. A empresa apresentará os rebolos Double Disc Grinding com Buttons e os rebolos Supercut. Os rebolos Double Disc Grinding com Buttons foram especialmente desenvolvidos para uso nos processos de usinagem de operações de retificação de anéis de motores que são produzidos nas indústrias de autopeças. Um dos principais diferenciais dos novos produtos são os buttons produzidos com uma combinação adequada de grãos especiais e resina de alta tecnologia que se encontram na face diamantada dos rebolos. Com isso, o conjunto de rebolos garante a precisão geométrica das peças-obras mesmo com grandes lotes de unidades por dressagem. No caso dos rebolos Double Disc Grinding com Buttons, a camada intermediária passa a ter função importante no alinhamento da peça-obra durante retificação e seu desgaste controlado garante um fluxo fino


do lubrificante para uma operação sem queimas e com contato por igual nos dois planos. Sua concepção permite ainda rápido setup, manutenção da planicidade e a possibilidade de reutilização do corpo gerando, assim, redução no custo das reposições e menor impacto ambiental. As principais características técnicas são: manutenção da planicidade; melhor lubrificação e remoção dos cavacos; redução de custos por possibilitar resegmentação. Já os rebolos Supercut para retífica de vidros automotivos, desenvolvidos a partir de tecnologia de ponta, se destinam ao uso em máquinas que trabalham com alta velocidade. Uma nova formulação de ligas metálicas e diamantes permite alto grau de remoção de material sem gerar queimas, bem como a manutenção do perfil, o que proporciona metragens superiores por reperfilação e consequentemente, per-

formance superior do rebolo. Destacam-se nas características técnicas: maiores taxas de remoção sem queima; trabalho a altas velocidades (velocidade de mesa até 40 m/min); alto desempenho entre reperfilações. Winter 0800 727 3322 www.winter.com.br

A ITAL lança uma nova concepção em máquinas de afiar brocas. São dois modelos: EDG-213 (capacidade de afiação de Ø 2 à Ø 13 mm) e EDG1226 (capacidade de afiação de Ø 12 à Ø 26 mm). Possuem rolamentos de precisão com alta resistência ao desgaste, que garantem repetibilidade dimensional nos ângulos de corte. Os afiadores de brocas são equipados com rebolos de CBN que ficam enclausurados, não permitindo o conta-

to direto com as mãos do usuário. Possibilitam que a afiação de uma broca seja feita em poucos segundos. O modelo EDG-213 acompanha 12 pinças ER, rebolo CBN 230 mm para brocas HSS, tem ângulo de corte/afiação de 90º a 130º, motor com 1/3 HP, tensão de alimentação de 220 Volts a 60 Hz e 5.300 rpm, porta pinça com rolamento, chave hexagonal de 4 mm e de 5 mm e pesa 7 kg. Já o modelo EDG-1226 acompanha 15 pinças ER, rebolo CBN 150 mm para brocas HSS, tem ângulo de corte/afiação de 90º a 130º, motor com 1/2 HP, tensão de alimentação de 220 Volts a 60 Hz e 4.500 rpm, porta pinça com rolamento, chave hexagonal de 4 mm e de 6 mm e pesa 26 kg. Italpro 11 4148 2518 www.italpro.com.br

Maio/Junho 2013

Ferramental

47


Delegar e Administrar ... As artes do CONFIAR por Paulo CĂŠsar Silveira (falecom@paulosilveira.com.br)

48

Ferramental

Maio/Junho 2013


Maio/Junho 2013

Ferramental

49


50

Ferramental

Maio/Junho 2013


Se você tiver algum comentário, sugestão ou dúvida entre em contato pelo e-mail falecom@paulosilveira.com.br e no campo“Assunto” coloque Revista Ferramental.

Paulo César Silveira - Conferencista com mais de 1.800 palestras em sua carreira em 17 anos de profissão. Consultor, empreendedor e articulista com mais de 500 artigos editados. Mentor e líder do Projeto Liderança Made in Brazil. Autor de 20 livros, destacando-se os best-sellers: A Lógica da Venda e Atitude - Virtude dos Prósperos. Sendo ainda um dos autores da Coleção Guia Prático da Revista PEGN e também dos livros Ser+ em Vendas, Ser+ com T&D e Ser+ com Palestrantes Campeões em parceria com a Revista Ser Mais. Seu trabalho corporativo se baseia no treinamento mundial de vendas mais agressivo do mundo: Buyer Focused Selling e nos principais métodos de compras mundiais, principalmente as metodologias BATNA, PAC e no método de liderança TGE. Professor convidado da FGV/SP, FIA FEA/USP e UFRGS. Palestrante indicado pela FACISC, ADVB e FIESP nas áreas de vendas consultivas, vendas técnicas e comunicação com base em liderança. Site www.paulosilveira.com.br

Maio/Junho 2013

Ferramental

51


52

Ferramental

Maio/Junho 2013


SER + COM T & D Alexandre Slivnik, Dr. Jô Furlan e Maurício Sita A evolução tecnológica tem diminuído o diferencial competitivo das empresas. As vantagens que muitas empresas possuíam estão sendo diminuídas a cada dia, sejam elas quais forem. A exceção ocorre na área de formação de capital, não o financeiro, mas sim o humano. O treinamento e desenvolvimento (T&D) de pessoas tem se tornado cada vez mais uma ferramenta fundamental na geração de resultados diferenciados para empresas, corporações e instituições públicas e privadas. Alguns dos maiores especialistas em T&D apresentam aqui estratégias, dicas, técnicas e idéias, formando um poderoso instrumental na capacitação de pessoas das mais diversas áreas. Não se fala mais se é vantajoso investir em T&D, mas sim do quanto se deve investir para atingir resultados desejados. Quanto maior for o foco em treinamento, maiores serão as possibilidades de êxito, crescimento e lucro. Afinal, o capital humano tem se tornado um dos grandes diferenciais das empresas de sucesso. São 376 páginas. 2010. ISBN 978-85-63178-09-1. www.editorasermais.com.br

SUPER TIMES: OS SEGREDOS DE SETE EQUIPES VENCEDORAS PARA UM DESEMPENHO FORA DE SÉRIE Khoi Tu Que qualidades grandes campeões possuem que lhes possibilitam alcançar tanto sucesso? Sem dúvida, eles têm algo especial. O que se destaca em primeiro lugar é seu tino para a oportunidade, sua determinação e sua confiança. No entanto, o sucesso vem de algo maior que o simples brilhantismo individual. O mito do herói solitário não passa disto: um mito. Um piloto de Fórmula 1 pode ser instintivamente rápido, mas cruzará a linha de chegada em último lugar se o carro for mal projetado. Embora a imagem de James Bond salvando o mundo sozinho atice nossa imaginação, a realidade é que a maioria das missões urgentes e ousadas é executada por times de soldados de elite, escolhidos a dedo e treinados exaustivamente. Desafios importantes exigem reação coletiva. A excelência individual é essencial e necessária, mas a capacidade e a vontade de construir, liderar e trabalhar em equipe não raro representa a diferença entre sucesso e fracasso. Mesmo para estrelas individuais, deixar de trabalhar em equipe pode ser um erro que limita suas carreiras. Cada time é diferente, mas o segredo do trabalho em equipe é que ele pode ser desenvolvido e aprimorado. Em Super Times, o autor, renomado consultor de estratégia e liderança, estuda grandes equipes - como a Pixar, Cruz Vermelha, Rolling Stones e Ferrari - para mostrar como um líder pode montar e preparar seu super time para que obtenha resultados ainda melhores. 211 páginas. 2013. ISBN 978-85-63560-67-4. www.portfolio-penguin.com.br

GERENCIAMENTO DE FERRAMENTARIAS Cristiane Brasil Lima Ulbrich Muito se tem dito ultimamente sobre a melhoria da produtividade nas empresas, como um dos caminhos para ampliar a economia brasileira. Além disso, também se fala bastante sobre o novo e importante papel que as empresas de serviços vêm prestando à economia. Nada mais natural do que as autoridades almejarem a melhoria da produtividade das indústrias em geral e uma expansão das atividades das empresas de serviços. Isso, no entanto, esbarra em um problema que aflige o Brasil já há muitos anos: a maior parte das empresas brasileiras possui estrutura familiar. São geridas por pessoas que normalmente amam o que fazem, mas se esquecem facilmente de todo o resto. Fatores diversos fazem com que percam o foco no negócio: disputas internas pela sucessão, desleixo com a produtividade, com a qualidade, despreparo dos gestores, etc. A autora, engenheira que desde 1990 atua como consultora junto a empresas de prestação de serviços sob encomenda, especialmente ferramentarias, um ramo pouco conhecido da prestação de serviços, mas que é vital para o desenvolvimento de novos produtos, pois produz as “ferramentas” necessárias à fabricação de qualquer bem. O livro é baseado em material recolhido nas inúmeras consultorias que realizou, auxiliando empresas a se reorganizarem, a melhorar seus processos e sua produtividade, como forma de enfrentar o fantasma das importações baratas, entre outros problemas. Mostra como o planejamento pessoal, a carreira e a inovação são aliados da gestão de produtos, para promover o sucesso de um negócio. Aborda um modelo exclusivo de Plano de Negócios para profissionais que buscam agregar valor aos produtos e serviços de sua empresa, por meio da inovação. O resultado deste trabalho mostra que os lucros vêm da boa gestão da empresa como um todo, auxiliando não apenas as ferramentarias, mas todo empreendedor que acredita no seu sonho. Tem 184 páginas. 2013. ISBN 978-85-88098-73-2. www.artliber.com.br

DICIONÁRIO DE METALURGIA, MATERIAIS E MINERAÇÃO - Inglês/Português Stephan Wolynec O autor, Professor Dr. Stephan Wolynec, se dedicou durante quatro anos para oferecer esta obra de alta qualidade para a área de Metalurgia, Materiais e Mineração na versão Inglês/Português com mais de 55 mil verbetes. Tem 906 páginas. 2012. ISBN 978-8577370-42-9. www.lojavirtualabm.com.br

Abinfer.............................................20

Expogestão ......................................24

Plastech ...........................................34

Argenmetal ......................................13

Feiplastic..........................................30

Sodick/Japax ....................................45

B. Grob .....................................4ª capa

Incoe ...............................................41

Tecnoserv...........................................8

Brehauser.........................................45

Intermach ........................................44

Top Line ....................................3ª capa

Btomec ..............................................6

JN Ferramentaria .......................2ª capa

Villares ...............................................5

Casa do Ferramenteiro......................10

Moldes ABM.....................................47

CIMM ................................................6

Moldtool..........................................33

Maio/Junho 2013

Ferramental

53


Divulgação

Temos de produzir aqui o que os brasileiros querem comprar

José Ricardo Roriz Coelho Presidente da ABIPLAST - Associação Brasileira da Indústria do Plástico e do Sindiplast Sindicato da Indústria de Material Plástico abiplast@abiplast.org.br

54

Ferramental

Maio/Junho 2013

Não é só juro alto que mantém os preços de nossos produtos e serviços e a inflação sob controle. Para isso, a concorrência é fundamental! Juros altos por tanto tempo ajudaram a provocar um longo período de valorização da nossa moeda, que, aliado à baixa produtividade, pesada carga tributária, falta de infraestrutura adequada, burocracia, aumento dos gastos do governo com pouca eficácia na sua utilização, afastou o investimento e destruiu a capacidade competitiva do Brasil. O País pagou desnecessariamente muito tempo cerca de R$ 19 bilhões em juros para cada 1% de aumento de Selic, sendo que boa parte desse valor poderia ter sido aplicada na infraestrutura e/ou desoneração dos investimentos. Enquanto isto, felizmente, a disponibilidade maior de crédito, aumento do poder de compra dos salários e inclusão social resultante dos corretos investimentos do governo em erradicação da miséria aumentaram a renda dos brasileiros, que foram às compras! Com renda per capita até US$ 5.000/ano, as pessoas procuram atender as suas necessidades básicas. Quando ultrapassam esse patamar, situação na qual nos encontramos hoje, elas passam a ter acesso a mais serviços, bens duráveis e produtos manufaturados. E são justamente estes últimos, que tanto encantam os consumidores, que perdemos a capacidade de produzir aqui a preços competitivos. Depois que a nossa renda per capita ultrapassar US$ 20 mil, com melhora da qualidade da educação e com os salários mais altos, cairá a participação dos manufaturados no PIB, aumentando a de serviços e de produtos de maior conteúdo tecnológico. Porém, isso está longe de acontecer! A falta de concorrência e o baixo investimento jogaram os preços de serviços administrados pelo governo e os de produtos de grandes oligo/monopólios nas alturas. O custo do capital, carga tributária, salários crescentes com queda da produtividade e o baixo interesse de investir para competir com produtos importados, que a cada dia ficavam mais fortalecidos com a valorização do Real, afastaram a possibilidade de aumento de oferta da produção brasileira. A consequência é que a parcela de ampliação do nosso mercado advinda do crescimento da renda do brasileiro acabou sendo capturado pelos produtos importados. Se não tivermos capacidade de produzir aqui os manufaturados que nossa população comprará devido ao aumento de sua renda, as importações desses bens, de alto valor agregado, serão crescentes. E de que adianta esse processo de ascensão socioeconômica, inclusão social e maior massa salarial, se os produtos nacionais são os mais caros do mundo? Por que o brasileiro tem de pagar mais caro por tudo? Imaginem os nossos consumidores com a renda de hoje se os produtos e serviços aqui oferecidos tivessem os preços das lojas de Miami ou das principais capitais asiáticas! A questão prioritária é: como permitir que o Brasil volte a ter condições de concorrer e continue aumentando a renda de seu povo como tem acontecido nos últimos nove anos? Só temos um caminho: investimento. Apesar de alguns avanços importantes e corajosos definidos pelo governo no último ano, o investimento só virá a partir do momento em que se consolidem alguns preceitos no País: ambição de ser melhor do que os nossos concorrentes; condições adequadas para crescermos muito mais do que se tem verificado; previsibilidade com planos e metas de curto, médio e longo prazo bem definidas; melhora da capacidade de gestão e execução; regras claras associadas à desoneração do investimento; simplificação dos processos, com menos burocracia; melhora da qualidade do ensino; acordos comerciais inteligentes com outros países; melhor distribuição da carga tributária, com simplificação, não se onerando tanto o custo de se produzir. Ademais, precisamos melhorar a nossa infraestrutura e, principalmente, convencer os investidores de que voltem a acreditar no Brasil. Sem investimentos, ficaremos com a inovação a reboque dos nossos concorrentes! E hoje a inovação, fundamental para atender às exigências cada vez maiores dos consumidores, ocorre onde as coisas acontecem e onde os produtos são fabricados. O importante é recuperar a capacidade de concorrer com vantagem, que perdemos, já faz um bom tempo.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.