Revista Ferramental Edição 61

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EDITORIAL

TAPAR BURACOS OU PAVIMENTAR ESTRADAS?

www.revistaferramental.com.br ISSN 1981-240X

O momento atual pelo qual passamos na economia nacional demonstra que a cultura de “ajeitar para lucrar” prevalece sobre “fazer a coisa certa da primeira vez”. Paliativas, as decisões sobre atitudes corretivas são infinitamente mais prejudiciais e onerosas quando comparadas às preventivas. Não obstante o recurso financeiro e temporal desperdiçado quando as devidas medidas não são adotadas, outro grande impacto é a perda do domínio de “como fazer”, ou, em uma linguagem mais chique, do know-how. Tomo a liberdade de citar a Alemanha por sua elevada competência mundial no projeto e fabricação de ferramentais. O país europeu já vivenciou inúmeras crises complexas. De lá vem os exemplos de duas guerras mundiais e a difícil lida do pós-guerra, inclusive com conterrâneos e famílias sendo apartados efetivamente por um muro que está mais para “da vergonha” do que “de Berlim”. Entremeados nestes marcos históricos, diversos outros críticos enfrentamentos como, por exemplo, na década de 70, os grupos terroristas Baader-Meinhof e outros não menos cruéis. Apesar e por conta disso, a Alemanha, totalmente arrasada em alguns episódios, tornou-se um dos países mais fortes e respeitados do mundo. Referência na produção de conhecimento, na solidez econômica e no crescimento da qualidade de vida do seu povo, é fonte inesgotável de boas práticas para qualquer país que pretenda sobrepassar o empirismo. Não é compreensível nem aceitável que economias emergentes como o Brasil optem por “errar para aprender” quando podem acessar facilmente as diretivas de gigantes que tropeçaram, corrigiram o rumo, e que estão totalmente abertos a “compartilhar para crescer”. A Alemanha é um grande parceiro do Brasil, em todos os sentidos, sejam eles comerciais, tecnológicos ou humanos. A crise de 2008, pela qual passou, foi somente mais uma pedra no caminho daquele país, que já precisou remover diversas imensas rochas do seu trajeto. Estão acostumados a “apertar o cinto” quando necessário e investir em capacitação e inovação, mesmo quando não necessário. Houve erros? Certamente. Naquele momento, o suporte financeiro à outros países do bloco europeu, por força de um conjunto maior de interesses, pôs em risco à poupança interna e acendeu a luz amarela da saúde econômica do país. Mas, as ações corretivas e firmes não tardaram a chegar para retomar as rédeas. Enfim, a Alemanha passou, passa e passará por desafios, em certas ocasiões maiores ou, noutras, menos significativos, da mesma forma que o Brasil e qualquer outro país. O que diferencia o grau de dificuldade com que se supera esses empecilhos é a atitude e rapidez com que se tomam as decisões, necessariamente do setor público e privado. O que resulta das decisões é o céu ou o inferno. Rumo ao céu, a cobrança deve ser feita por cada cidadão em si próprio, na comunidade e nos seus pares, com planejamento, disciplina e determinação. Estas são as principais características do povo alemão e que podem e devem ser copiadas. Investimento em educação básica e formação profissional. Seriedade e eficiência das instituições públicas. Profissionalismo e arrojo do setor privado. Comprometimento e parceria da comunidade. A mistura destes ingredientes compõe as ações estruturantes necessárias para formar o diferencial de qualquer sociedade e consolidar o seu garantido sucesso. Temos, nós brasileiros, excelente oportunidade de aprender muito com eles e outros países desenvolvidos. Sejamos, pois, acessíveis e humildes, cooperativos e focados, e o resultado será um fantástico avanço na competitividade do Brasil. Trilhando esse caminho, galgaremos um posto elevado no ranking mundial dos “países sonho de consumo”. E você faz parte deste contexto. Então, vamos “tapar buracos” ou “pavimentar as estradas”? Chris an Dihlmann, Editor

Chris an Dihlmann - Jacira Carrer

DIRETORIA

04 REVISTA FERRAMENTAL SETEMBRO.OUTUBRO 2015

REDAÇÃO

Chris an Dihlmann Jornalista Responsável Gisélle Franciane de Araújo - SC/02466 jornalismo@revistaferramental.com.br COLABORADORES

Dr. Adriano Fagali de Souza, André P. Penteado Silveira, Dr. Cris ano V. Ferreira, Dr. Jefferson de Oliveira Gomes, Dr. Moacir Eckhardt, Dr. Rolando Vargas Vallejos PUBLICIDADE

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Administração Arnoldo Corrêa de Oliveira (47) 9971-3507 halterna va@brturbo.com.br Circulação e Assinaturas circulacao@revistaferramental.com.br PRODUÇÃO GRÁFICA

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Impressul Indústria Gráfica Ltda www.impressul.com.br A Revista Ferramental é distribuída gratuitamente em todo Brasil, bimestralmente. É des nada à divulgação da tecnologia de ferramentais, seus processos, produtos e serviços, para os profissionais das indústrias de ferramentais e seus fornecedores: ferramentais, modelações, empresas de design, projetos, proto pagem, modelagem, so wares industriais e administra vos, matérias-primas, acessórios e periféricos, máquinas ferramenta, ferramentas de corte, óleos e lubrificantes, prestadores de serviços e indústrias compradoras e usuárias de ferramentais, disposi vos e protó pos: transformadoras do setor plás co e da fundição, automobilís cas, autopeças, usinagem, máquinas, implementos agrícolas, transporte, elétricas, eletroeletrônicas, comunicações, alimen cias, bebidas, hospitalares, farmacêu cas, químicas, cosmé cos, limpeza, brinquedos, calçados, vestuário, construção civil, moveleiras, eletrodomés cos e informá ca, entre outras usuárias de ferramentais dos mais diversos segmentos e processos industriais. As opiniões dos ar gos assinados não são necessariamente as mesmas desta revista. A Ferramental tem como pressuposto fundamental que todas as informações nela con das provêm de fontes fidedignas, portanto, recebidas em boa fé. Logo, não pode ser responsabilizada pela veracidade e legi midade de tais informações. Quando da aceitação para a publicação, o autor concorda em conceder, transferir e ceder à editora todos os direitos exclusivos para publicar a obra durante a vigência dos direitos autorais. Em especial, a editora terá plena autoridade e poderes para reproduzir a obra para fins comerciais em cópias de qualquer formato e/ou armazenar a obra em bancos de dados eletrônicos de acesso público. A reprodução de matérias é permi da, desde que citada a fonte.

EDITORA GRAVO LTDA

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Capa: Marke ng - Saiba como um pequeno inves mento pode ser um salto em sua empresa – Por Pedro Guilherme Oliveira

O envio da revista é gratuito às empresas e profissionais qualificados das indústrias de ferramentais, seus fornecedores, compradores e usuários finais. Qualifique sua empresa no www.revistaferramental.com.br


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ÍNDICE

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Jurídicas: Apesar de ser justa, a proposta de concessão de auxílio-doença para cuidar de ente familiar é onerosa para as empresas.

39 Memórias: Os 25 anos de sucesso da ferramentaria Homeyer Precision Manufacturing, contada por quem fez.

08 CAPA 09 Expressas 14 Conexão www 18 Tecnologia 19 Ficha Técnica 25 Rede Senai de Ferramentaria 30 Marke ng e Vendas 31 Dicas do Contador 32 Cartas

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Inovação Movimento Brasil Eficiente Enfoque Gente e Gestão Circuito Business Espaço Literário Opinião


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CARTAS

Gostaria de receber os artigos da Ferramental. Estou interessado na planilha eletrônica de orçamento de moldes de injeção. Carlos Sidney Machado Piconi Servmol Ferramentaria - Santa Bárbara d´Oeste, SP Publicamos uma planilha para elaboração dos custos de células produtivas que por sua vez deve ser considerada na planilha de orçamento do molde. São muitas variáveis. As planilhas (custo por célula e orçamento de moldes) bem como o artigo que faz referência à elas foram enviadas para o leitor. Editor.

Fan Page: A fanpage será, certamente, mais um sucesso! Luiz Carlos dos Santos Consultor - Americana, SP

Ótima revista com excelentes artigos. Parabéns! Edson Miranda da Silva Consultor em Gestão Moderna - São Paulo, SP

Agradecemos os contatos de: Parabéns pelos 10 anos de sucesso da revista Ferramental. Carlos Siqueira Delphi Automotive - Piracicaba, SP

Parabéns pelos 10 anos da revista Ferramental. Jessé da Silva Fastparts - Joinville, SC

Molto informativa la lettura della Rivista ma anche il Libro. Un grande Saluto dall' ITALIA- Muito informativa a leitura da revista. Saudações da Itália. Ilario Cailotto Vicenza - Itália

Cheguei há pouco e fique muito feliz com o resultado do 25º artigo que escrevo para a Revista Ferramental em mais de quatro anos que assino o conteúdo da Coluna Gente & Gestão. Muito obrigado a toda a equipe da revista pela oportunidade, pelo brilhante trabalho e zelo que têm comigo e com os leitores, anunciantes e colunistas. Paulo Cesar Silveira Instituto Paulo Silveira - Joinville, SC

Natália Helen Ecco Press - São Paulo, SP Vinicius Teles Fitso Soluções em Tecnologia - Mairinque, SP Felipe Voltolini Forvm Comércio Exterior - Joinville, SC

Todos os artigos publicados na revista Ferramental são liberados para uso mediante citação da fonte (autor e veículo).

ERRATA A Ferramental publicou equivocadamente, na edição 60, página 44, o nome da Junker associado à Bener. A informação correta é: Junker do Brasil 11 4153-9645 www.junker-group.com.br Pedimos desculpas por qualquer infortúnio.

cartas

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MARKETING! PEQUENOS INVESTIMENTOS PARA GRANDES RESULTADOS TRABALHAR O CONJUNTO DE PRÁTICAS E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO E FORTALECIMENTO DA MARCA É FATOR CRUCIAL PARA A SOBREVIVÊNCIA DAS EMPRESAS NESTE SÉCULO Por Nena Mir (nena@addcomunicacao.com.br) | Fotos Divulgação

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final, por que investir em marketing1? Esta pergunta é muito simples de responder. Vamos apresentar conceitos que na prática não requerem grandes investimentos, mas que geram grandes resultados. Então, comecemos tentando estabelecer a alma de seu negócio. Nele temos um dono que idealizou o negócio a partir de sua expertise2 no assunto. Ele precisa colocar no papel três decisões básicas: ! A Visão- o que eu quero como empresário, o que eu quero para minha vida? Qual é o meu sonho? ! A Missão - o que eu vou me comprometer em entregar para meus clientes? Isso demanda responsabilidade em cumprir a entrega do que foi vendido. Comprometimento. ! Os Valores - o que realmente importa para mim, para poder passar para todos na empresa a filosofia que ali se emprega. Seus valores são seus guias, sua experiência e sua capacidade de reunir pessoas em um mesmo objetivo comum. Mas o que isso tem a ver com marketing? Daqui a pouco você vai entender. Em segundo lugar, é preciso observar se sua empresa está alinhada com as premissas básicas do marketing: ! Produto/Serviço - seu produto é necessário, é um sonho de consumo, é comprado para satisfazer quais necessidades? Você domina seu produto, sabe o custo de produção, sabe a tendência e como ele pode ser melhorado. É essencial que isso esteja claro. ! Preço - seu preço é justo, competitivo, muito lucrativo, de acordo com o mercado? E sua estratégia de venda, tem valor agregado - qualidade e inovação, ou está defasada? Enfim, por que um cliente pagaria pelo seu produto/serviço com satisfação? ! Praça - você escolheu e delimitou aonde vender? Quantos canais de vendas você abriu? Você tem uma fábrica e representantes comerciais, uma loja, um distribuidor, atua em um mercado regional, nacional, local, está investindo em um mercado global chamado internet3? Sem essas respostas não consegui-

mos investir pouco e ganhar muito. Estaremos dando tiros para todos os lados sem nenhum alvo. ! Promoção - Enfim, chegamos ao marketing que todos conhecem! E é aqui que mora o perigo para quem é pequeno e precisa divulgar sua marca. Geralmente os donos de pequenos e médios negócios não têm grande verba para investir todos os meses e também conhecimento sobre o tema. Isso leva sempre a imaginar que tudo acaba em propaganda. Maior ainda é nossa insegurança em saber se dará ou não resultado! Além disso, geralmente quem nos vende o serviço não apresenta métricas e medidas para sabermos os resultados. Esse P de Promoção tem uma série de “ferramentas de comunicação” que vão desde a propaganda tradicional até as mais novas descobertas sobre o consumidor. É nesse ponto que vamos trabalhar, esclarecendo essas ferramentas. Para citar as mais conhecidas, publicidade e propaganda, assessoria de imprensa, eventos, comunicação digital, comunicação interna, comunicação corporativa, comunicação administrativa, sendo que cada uma delas tem suas subferramentas, como, por exemplo, digital - sites4, portais, redes sociais, e-commerce5, treinamentos on-line, EAD6. Altamente dinâmico e que, certamente, surgirão novas opções que serão inventadas na próxima semana. A GRANDE FERRAMENTA DO MARKETING Além dos itens mencionados anteriormente, uma grande ferramenta disponibilizada pelo marketing é a análise SWOT7. Provêm do inglês e é um acrônimo de Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats). A análise SWOT é uma ferramenta utilizada para fazer análise de cenário (ou análise de ambiente), sendo usada como base para gestão e planejamento estratégico de uma corporação ou empresa, mas podendo, devido a sua simplicidade, ser utilizada para qualquer tipo de análise de cenário, desde a criação de um blog à gestão de uma multinacional. É um sistema simples para posicionar ou verificar a posição estratégica da empresa no ambiente em questão. REVISTA FERRAMENTAL SETEMBRO.OUTUBRO 2015

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Tem várias denominações, como análise FOFA (Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças) ou FFOA (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) ou PFOA (Potencialidades, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) em português. Enfim, tanto faz. O importante é colocá-las no papel na sua empresa. Estas análises são realizadas no ambiente interno (forças e fraquezas) e externo (oportunidades e ameaças) da empresa.

Ambiente Interno Os pontos fortes (ou forças) são as vantagens competitivas internas onde se analisa, por exemplo, estrutura física, financeira, equipe, tempo de mercado, e é com elas que a empresa contou para atingir o nível atual. Portanto, elas podem ser aperfeiçoadas a partir de pequenos investimentos em inovação. Já os pontos fracos (ou fraquezas) representam o Calcanhar de Aquiles8 da empresa. São as deficiências, seja por falta de conhecimento no assunto, falta de atenção, falta de tempo, falta de pessoas. É preciso tomar muito cuidado com eles para que os pontos fracos não tomem conta da empresa.

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Ambiente Externo Oportunidades estão sempre rondando nossa empresa, acredite! Entretanto, muitas vezes estamos fechados em dar conta do que já fazemos e, neste caso, em tempos de crise, temos muitas perdas. Seus pontos fortes podem se transformar em grandes oportunidades, mas para isso é preciso inovar e acompanhar o


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que chamamos de tendências de mercado. Ameaça significa o prenúncio ou indício de coisa desagradável ou temível, de desgraça. E quando você não tem o menor controle sobre elas, sua empresa poder correr sérios perigos. É necessário que, pelo menos, elas estejam listadas. Exemplos são: o valor do dólar; os concorrentes; um novo produto ou serviço; que podem influenciar o negócio. Faça essa tarefa e não esqueça que, por mais que estejamos preparados para reagir rapidamente, não temos como eliminá-las. Apenas prevenimos nossos negócios. Até agora você não gastou nada! Você apenas parou para pensar no seu negócio! Mas voltando às ferramentas de comunicação derivadas do P de Promoção do Marketing, qual delas é a melhor para sua empresa? A que começa pelo início. Explicando: você respeita e cuida da sua marca? Ela tem um manual de aplicação? Você reconhece na sua marca seu maior tesouro? Se sim, parabéns. Se não, melhor você dar uma atenção prioritária para ela. Quando você respeita e valoriza sua marca, seu cliente percebe. Nessa fase tudo é muito importante, seu cartão de visita, sua proposta bem elaborada, seu envelope personalizado, sua placa e fachada indicativa. O economista Gilson Nunes9, presidente da Brand Finance para a América Latina, especializada na gestão e valoração das marcas, com sede em Londres, na Inglaterra, arrisca dizer que a marca é a maior fonte de valor corporativo das empresas neste século. E sustenta que as organizações que não trabalharem o branding10 e tiverem um vazio entre a promessa e proposta de valor da marca e o que de fato é entregue ao mercado estão fadadas a, no médio e longo prazo, destruir totalmente o valor da sua marca. Informa ainda que a Mackenzie fez um estudo com os CEOs11 das principais empresas do mundo que coloca a marca como o segundo tema mais importante para as organizações nos próximos dez anos, atrás somente da inovação. Por isso, a gestão estratégica da marca passa a ser fator crucial para o sucesso ou fracasso de qualquer negócio. No momento sua empresa não dispõe de fartos recursos, certo? Então vá para internet. Comunique-se! Faça seu site, crie sua Fan Page12, entre em todos os canais de consulta on-line de contatosatualize seus dados cadastrais, coloque tudo sobre sua empresa na rede. Existem bons fornecedores e parceiros atuando na área de marketing que certamente podem cuidar disso para você! Avalie quais são os clientes desse fornecedor, peça indicações dos clientes deles, peça para te mostrarem os trabalhos já realizados. O CUIDADO COM OS CLIENTES Uma base de cadastro consolidada e higienizada é essencial para 12 REVISTA FERRAMENTAL SETEMBRO.OUTUBRO 2015

qualquer empresa sobreviver. Atualize-a! Faça uma análise desses dados. Utilize uma planilha eletrônica para tabular dados. Descubra quem são em gênero, onde está localizada a maioria, com que frequência eles compram. E se faltarem informações relevantes, contate seu cliente. Pergunte o motivo de ele escolher sua empresa para fazer negócios. Não temos como vender algo se não sabemos para quem, se não mapeamos nosso mercado. Definir o perfil do seu cliente ou ainda o perfil do cliente que sua empresa quer é determinante para um bom resultado em vendas. Acompanhe o cliente em sua experiência de compra. Sim, faça um pós-venda! Pergunte se está tudo em ordem. Mantenha um registro que represente todo mês o controle de atendimento ao cliente. Atender bem é o princípio básico de qualquer estratégia de marketing. Os Canais de Vendas Com essas tarefas cumpridas o próximo passo é dedicar-se efetivamente aos canais de vendas da sua empresa. Eles são toda e qualquer forma lucrativa de trazer negócios para sua empresa. E quer saber, você tem que apostar muito neles. Que canais sua empresa tem? Representantes comerciais, e-commerce (vendas on-line), loja física, distribuidores, vendedores internos, televendas, franqueados? Existe uma confusão nas empresas que misturam marketing e vendas. São coisas distintas, sendo o vendedor uma importante fonte de dados para o marketing, mas não necessariamente a pessoa indicada para direcionar investimentos na divulgação do seu produto ou serviço. Venda é venda, marketing é marketing, é estratégia, são os 4Ps, é o que pode ajudar a definir a escolha da sua empresa através de um conjunto de ações de comunicação integrada. Sua equipe comercial precisa estar munida do perfil e localização do cliente e de materiais que ajudem na venda como: catálogos,


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cartão de visita, material gráfico e digital. Estes devem permitir e facilitar a consulta do produto/serviço por seu cliente. Também devem ser ferramentas de auxílio ao vendedor. Então, para investir em marketing para gerar resultados, é preciso que o empresário tenha em mente que antes de divulgar e propagandear seu produto e seu serviço é preciso cumprir algumas etapas de preparação. Investir e gerar resultado em marketing significa maturidade e responsabilidade com aquilo que sua empresa oferece, com o atendimento que presta, com o produto/serviço que entrega, com o relacionamento e experiência de compra que participa, com o compromisso pessoal sobre o que faz e onde pretende chegar. É uma composição integrada e, acima de tudo, a vontade de servir e criar experiências de valor para quem escolheu fazer negócios com sua empresa. Para finalizar, você vai fazer a tarefa de casa, organizar seu marketing e investir um pouco nos passos acima? Vale registrar que o marketing não pára! É contínuo e permanente e deve ser levado a sério. Meu convite é que você vá adiante! INOVAÇÃO! Durante longos anos a palavra inovação esteve intimamente ligada à tecnologia, o que nos fez perder muito tempo achando que quem inovava investia muito, com grandes desembolsos financeiros e altíssima complexidade. O acesso era tido como permissivo apenas para empresas de tecnologia de ponta ou grandes conglomerados. Mas isso já faz parte do passado e atualmente é possível inovar e dar mais sustentação ao marketing. O que uma pequena ou média empresa precisa fazer para inovar é simplesmente encarar suas falhas e fraquezas. E em inovação é sempre a novidade que está em voga. Você já ouviu falar em Design Thinking? Se não, corra! É a bola de vez! São três pilares fundamentais: [ Empatia; [ Colaboração (cocriação) e; [ Experimentação. Uma visão para resolver problemas por meio do pensamento de que tudo é serviço. Sim, até seu produto é serviço porque ele serve para fazer alguma coisa e porque ele, antes de ser produto, tem uma prestação de serviço, sem falar na assistência técnica, pós-venda e entrega. Enfim, mais um conselho, quando você se deparar com uma empresa de sucesso, seja ela ou não de seu segmento ou concorrência, observe os passos acima. Você vai encontrar, com certeza, e em primeiro lugar uma marca forte, com uma estratégia definida e que vem inovando sempre!

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Marketing: é o conjunto de estratégias e ações que provêem o desenvolvimento, o lançamento e a sustentação de um produto ou serviço no mercado consumidor. 2 Expertise: do francês, expertise. Significa perícia, avaliação ou comprovação realizada por um especialista em determinado assunto. 3 Internet: é um conglomerado de redes em escala mundial de milhões de computadores interligados que permite o acesso a informações e todo tipo de transferência de dados. Ela carrega uma ampla variedade de recursos e serviços, incluindo os documentos interligados da World Wide Web (Teia de Abrangência Mundial), e a infraestrutura para suportar correio eletrônico e serviços como comunicação instantânea e compartilhamento de arquivos [www.wikipedia.com.br]. 4 Site: ou website (sítio eletrônico ou sítio) é um conjunto de páginas web, isto é, de hipertextos acessíveis na internet. O conjunto de todos os sites públicos existentes compõe a World Wide Web (teia mundial). Simplificando, é a página eletrônica de qualquer instituição disponível na rede mundial de computadores. 5 e-commerce: ou comércio eletrônico, é a forma on-line de compra e venda. Ou seja, pela Internet, você pode adquirir os mais diversos produtos e serviços disponíveis na grande rede por meio das lojas virtuais. Você pesquisa, escolhe, especifica características — modelo, tamanho, cor, periodicidade — e a forma de pagamento. Depois, recebe, dentro de um prazo determinado, o produto ou serviço diretamente em sua casa. A vantagem para as lojas virtuais é que elas não necessitam de espaço físico, diminuindo custos. Além disso, estão abertas 24 horas por dia e oferecem serviços personalizados de acordo com o perfil do consumidor. Elas também podem existir como serviço complementar de uma rede de lojas ou serviços já existentes ou somente na Internet [www.educacional.com.br]. 6 EAD: significa Ensino a Distância. É a modalidade educacional onde o “ato ensinar” se dá em lugar e tempo diferentes do “ato aprender”, ou seja, o aluno está separado fisicamente de seu professor e de seus colegas e faz uso de meios de comunicação e da tecnologia para interagir com o professor e com os seus colegas. 7 SWOT: A técnica é creditada a Albert Humphrey, que liderou um projeto de pesquisa na Universidade de Stanford nas décadas de 1960 e 1970, usando dados da revista Fortune das 500 maiores corporações. 8 Calcanhar de Aquiles: Na mitologia grega, Aquiles foi um herói da Grécia, um dos participantes da Guerra de Tróia e o personagem principal e maior guerreiro da Ilíada, de Homero. Aquiles tem ainda a característica de ser o mais belo dos heróis reunidos contra Tróia, assim como o melhor entre eles. Lendas posteriores afirmavam que Aquiles era invulnerável em todo o seu corpo, exceto em seu calcanhar. Ainda segundo estas versões de seu mito, sua morte teria sido causada por uma flecha envenenada que o teria atingido exatamente nesta parte de seu corpo. A expressão “calcanhar de Aquiles”, que indica a principal fraqueza de alguém, teria aí a sua origem [Wikipédia.org]. 9 Entrevista com Gilson Nunes: http://www.superbrands.com.br/ 10 Branding: é o conjunto de práticas e técnicas que visam a construção e o fortalecimento de uma marca. 11 CEO: do inglês Chief Executive Officer, é um título dado ao gerente administrativo, superintendente geral, diretor administrativo ou vice-presidente executivo, dependendo da estrutura organizacional da empresa, sendo responsável pela gestão geral. 12 Fan Page: é uma interface específica para a divulgação de uma empresa, marca, banda, etc. Ao realizar a criação é possível escolher o objetivo dela, conseguindo assim melhor segmentação do público que deseja alcançar. Com o objetivo de disponibilizar um recurso de interação e comunicação voltado especificamente para a divulgação de marcas, produtos, empresas, bandas, entre outros, o Facebook criou a Fan Page.

Nena Mir - Publicitária. Especialista em Gestão em Comunicação Empresarial e Relações Públicas. Sócia Proprietária da ADD COMUNICAÇÃO - 15 anos de mercado atendendo empresas de pequeno, médio e grande porte nos segmentos indústria, serviços e comércio. REVISTA FERRAMENTAL SETEMBRO.OUTUBRO 2015

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EXPRESSAS

POR AÍ FEIRAS, ENCONTROS OFICIAIS, SEMINÁRIOS, NOVAS PARCERIAS, NEGÓCIOS E MUITO MAIS VOCÊ ENCONTRA AQUI

Contagem regressiva para o Almoço dos Veteranos da Ferramentaria VW O 27º Encontro dos Veteranos da Ferramentaria da Volkswagen será realizado em 19 de setembro de 2015, terceiro sábado do mês, das 10 às 17h, no restaurante Florestal, em São Bernardo do Campo, SP. Em 2013 o evento reuniu 352 participantes e no último, em setembro de 2014, congregou 360 ferramenteiros e seus familiares. É uma reunião de congraçamento com muitos momentos de diversão e nostalgia. Fotos das celebrações de 2012, 2013 e 2014 podem ser acessadas no facebook (facebook.com/groups/-

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430817740434882/). O evento é aberto e pode ser divulgado para amigos e parentes que trabalharam na ferramentaria da VW. Aproveitando a oportunidade, será Apresentado o novo UP! TSI, modelo que vai revolucionar o mercado brasileiro no que diz respeito a motorização, com uma combinação perfeita de alto desempenho e eficiência energética. Venha fazer parte desta confraternização. Não precisa fazer a reserva, basta comparecer que será muito bem vindo. Arnaldo Gonçalves Moita 11 4347 3659 arnaldomoita@hotmail.com

Encontro de ferramentarias MOLDES 2015 será realizado em Joinville, SC O 13º Encontro da Cadeia de Ferramentas, Moldes e Matrizes – MOLDES 2015 será realizado de 14 a 15 de outubro em Joinville, SC, na ACIJ- Associação Empresarial de Joinville. Com foco em profissionais ferramenteiros, projetistas, fabricantes e compradores de moldes, matrizes, estampos, terá as “Novas tecnologias para ferramentaria: Como ser mais produtivo na fabricação de moldes, matrizes e ferramentais no Brasil” como tema principal da edição deste ano. As inscrições são gratuitas e deverão ser realizadas diretamente


EXPRESSAS

na ABM – Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração. ABM 11 5534 4333 | www.abmbrasil.com.br

3D Systems Latin America incorpora a Cimatron, provedora de soluções 3D para usinagem e ferramentaria Maior player do segmento de impressão 3D e prototipagem rápida, a norte-americana 3D Systems anuncia que concluiu a integração dos serviços da Cimatron a suas atividades na América Latina, após transação realizada em novembro de 2014. A Cimatron, provedor mundial de softwares CAD/CAM, passa a concentrar a sua atuação na sede da 3D Systems Latin America, em Diadema (SP). Presente em mais de 40 países e com mais de 40 mil licenças vendidas, a Cimatron foi comprada no fim do ano passado e tornou-se responsável pela divisão de softwares da 3D Systems em todo o mundo. Fundada em 1982 e no Brasil desde 1990, a empresa é reconhecida mundialmente pelo software CimatronE, solução de CAD/CAM integrada para o auxílio no desenvolvimento de projetos e fabricação de moldes e estampos, e na usinagem em geral. “A integração da Cimatron aos nossos processos será fundamental para ampliarmos ainda mais a qualidade do serviço que oferecemos aos clientes de todo o mundo e, principalmente, aqui do Brasil. A partir de agora, a 3D Systems Latin America dará todo o suporte às revendas das soluções da Cimatron e, inclusive, está aberta para demonstrar como elas funcionam na prática, já que todas as nossas máquinas voltadas aos serviços de usinagem contam com os softwares CimatronE e GibbsCAM”, explica Luiz Fernando Dompieri, gerente geral da 3D Systems Latin America. Os softwares desenvolvidos pela Cimatron podem ser encontrados nas principais regiões do Brasil, por meio de distribuidores especializados que, agora,

passam a contar com todo o suporte local da 3D Systems Latin America. “A estrutura de uma grande multinacional certamente vai contribuir muito com o crescimento do mercado, garantindo a qualidade de produtos e serviços aos usuários do CimatronE”, comenta Alexandre Censi, gerente nacional Brasil da Cimatron. 3D Systems 11 3318-5100 | www.robtec.com

O mercado de máquinas e equipamentos em debate no 1º Congresso da ABIMAQ Representantes do governo, economistas, bancos e empresários vão colocar em questão os rumos do segmento de bens de capital nacional, durante o 1º Congresso Brasileiro da Indústria de Máquinas e Equipamentos, promovido pela ABIMAQ. “A ideia de realizar 1° Congresso Brasileiro da Indústria de Máquinas e Equipamentos surgiu depois de constatarmos que, apesar de organizarmos quatro feiras oficiais do setor (FEIMEC, Plástico Brasil, Expomafe e Agrishow) e apoiar, aproximadamente, 50 feiras no Brasil, não tínhamos um espaço para discutir os temas relevantes do setor”, explica José Velloso, presidente executivo da ABIMAQ. Para Velloso, o objetivo do evento é trazer todas as pessoas envolvidas no segmento de bens de capital, como fabricantes, clientes, fornecedores, governo e bancos para discutir o futuro da indústria brasileira. “A intenção é que o congresso se perpetue, seja referência para o setor e aconteça anualmente”. O mercado atual, produtividade, competitividade, inovação, mercado externo, financiamentos, tecnologia e perspectiva do setor serão alguns dos temas tratados no encontro, que ocorrerá em 16 de setembro, na sede da entidade. O evento contará com a presença de renomados representantes do setor, como José Aldo Rebelo Figueiredo - ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação; Luciano Coutinho-

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EXPRESSAS

presidente do BNDES; Amir Khair - engenheiro e mestre em Finanças Públicas; Abrão Miguel Árabe Neto - secretário substituto de Comércio Exterior; Luis Fernandes - presidente da FINEP; Milton Luiz de Melo Santos - diretor presidente da Desenvolve SP; e Jorge Gerdau Johannpeter - presidente do Conselho de Administração da Gerdau, dentre outros participantes. ABIMAQ 11 5582-6355 | www.abimaq.org.br

TOMRA contribui para a recuperação eficiente de metais eficiente A TOMRA Sorting, com quatro anos de implantação no Brasil, lançou em agosto deste ano, a nova geração do seu sistema de separação para recuperação de metais TITECH finder. Este equipamento dispõe de um sensor eletromagnético altamente sensível (EM) que reconhece os materiais com base na sua condutividade eletromagnética, o que permite recuperar uma fração limpa de cabos elétricos, uma fração limpa de aço inoxidável e ainda todos os metais não ferrosos. Combinado ao sensor NIR (infravermelhos próximos), ele é também capaz de recuperar todos os plásticos visíveis e separar diferentes polímeros, como PP, PS, PE e ABS. Este equipamento inovador incorpora a tecnologia DEEP DATA, que coleta e processa os dados relativos a múltiplos objetos de metal de modo constante; e a tecnologia SUPPIXX® para processamento de imagens com alta precisão. Graças a ambas, ele é capaz de identificar as menores diferenças das frações de metal quanto a forma, tamanho e intensidade, e de segregar tais frações com elevado grau de pureza. A calibração adaptativa do equipamento permite, adicionalmente, anular o sinal de pequenos fragmentos metálicos embebidos na faixa da esteira aceleradora, evitando que as válvulas se ativem na sua passagem e obtendo com isso maior pure-

za no produto selecionado. Tomra 11 3476-3500 | www.tomra.com

Dia da Engenharia Brasil-Alemanha foca no Engenheiro e seu papel na competitividade brasileira A VDI – Associação de Engenheiros Brasil Alemanha promove o 7º Dia da Engenharia Brasil Alemanha, em 22 de outubro, na cidade de São Paulo, SP. O evento tem como objetivo evidenciar a contribuição da indústria alemã para o progresso econômico e tecnológico brasileiro e será realizado a partir deste ano em novo formato. Terá como público alvo engenheiros, empresários, presidentes e diretores de grandes empresas, representantes de associações e entidades de classe, políticos, acadêmicos, imprensa e demais interessados na Engenharia, abrangendo cerca de 500 pessoas. O encontro contará com renomados debatedores que irão compor três diferentes painéis, nos quais serão abordados assuntos mais atuais no âmbito da Engenharia. Contará também com a participação de universitários, que terão a oportunidade de se apresentarem frente às mais renomadas empresas, além de dois keynote speakers, que falarão sobre as engenharias no Brasil e na Alemanha. A entidade entregará este ano, em sua primeira edição, o “Prêmio VDIBrasil”. Será uma premiação concedida anualmente, cujo objetivo é reconhecer engenheiros, dos diversos setores, por uma vida dedicada a contribuições para o desenvolvimento do país. A entrega do Prêmio ocorrerá durante coquetel logo após o encerramento da 7ª edição do Dia da Engenharia Brasil-Alemanha. Nesta ocasião, também será entregue o “Prêmio Embaixador VDI-Brasil”, uma homenagem ao profissional que contribuiu para o crescimento da associação nos últimos anos. VDI Brasil 11 5180 2325 | www.vdibrasil.com.br REVISTA FERRAMENTAL SETEMBRO.OUTUBRO 2015

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CONEXÃO WWW

PLÁSTICO VIRTUAL www.plasticovirtual.com.br A união de duas empresas com experiência superior a 15 anos de mercado, uma com larga experiência no desenvolvimento de software e sistemas inteligentes para gestão de negócios e outra especializada em atender o mercado industrial no desenvolvimento de propaganda e design, gerou uma relação entre atendente e atendido que criou forças rumo a evolução na forma de divulgar, informar, comprar e vender no mercado do plástico. A era digital veio para ficar e com ela a força da divulgação de empresas dos mais variados setores de nossa cadeia industrial. Atendendo a esta tendência é que estas duas empresas fizeram nascer o portal Plástico Virtual, que vai além de tudo que já foi pensado ou trabalhado no mercado brasileiro, objetivo, informativo e essencial para todos que atuam direta ou indiretamente no mercado do plástico. Oferece criação e otimização de sites, construção de loja virtual, e-mail marketing, newsletter, aplicativos mobile, além de projetos especiais desenvolvidos especialmente para a necessidade do cliente.

WWW FUNDAÇÃO DOM CABRAL

www.fdc.org.br

Criada em Belo Horizonte em 1976, a Fundação Dom Cabral é uma instituição autônoma e sem fins lucrativos. Comprometida com a excelência na educação executiva, a FDC exerce suas atividades no Brasil e no exterior, muitas vezes em cooperação com instituições locais, por meio da sua rede de alianças internacionais. Disseminar o saber, distribuir oportunidades e contribuir para a capacitação e crescimento de negócios, projetos e empreendedores sociais fazem parte da crença da Fundação Dom Cabral para um mundo mais sustentável. Por isso apoia e mantém diversas iniciativas com foco em educação, gestão, inclusão social e cidadania. Oferece diversos programas de capacitação executiva. Em sua página eletrônica, aba de publicações, é possível ter acesso a diversos meios de divulgação do conhecimento, entre eles: revista DOM, artigos, casos, livros, relatórios de pesquisas, FDC Executive e cadernos de ideias. Uma infinidade de aulas, palestras e depoimentos são também acessíveis na aba vídeos.

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TECNOLOGIA

DESENVOLVIMENTO DE UMA ENGRENAGEM SINTERIZADA DE DENTES INCLINADOS O DESENVOLVIMENTO DE UMA ENGRENAGEM DE CAIXA DE REDUÇÃO PARA UTILIZAÇÃO EM MÁQUINA AGRÍCOLA DE PLANTIO, A PARTIR DE MATERIAIS SINTERIZADOS, É VIÁVEL. ENTRETANTO, ALGUNS CUIDADOS DEVEM SER ADOTADOS PARA QUE O COMPORTAMENTO DIMENSIONAL E FUNCIONAL SEJA SATISFATÓRIO. Ana Paula Santos de Matos Dias, Maurício dos Santos, Arão de Matos Dias, Lírio Schaeffer e Clayton Motta

O

processo de metalurgia do pó (MP) consiste na obtenção de pó metálico e na sua transformação através de etapas importantes como compactação e tratamento de sinterização1 em temperaturas abaixo do ponto de fusão do metal base. Esse processo, característico da metalurgia do pó, resulta em produtos de alta precisão proporcionando as características mecânicas desejadas aos produtos [1]. A composição química desejada para o produto final é bastante controlável na metalurgia do pó. Basicamente, pós de diferentes metais podem ser misturados nas proporções especificadas, podendo-se partir diretamente de pós pré-ligados ou, ainda, misturar pós pré-ligados com pós metálicos e não metálicos para se chegar à composição química desejada [2]. A metalurgia do pó tem como principais vantagens a utilização de fornos mais simples e com baixo consumo de energia, isto devido ao fato de necessitar de temperaturas de sinterização mais baixas, quando comparado a outros processos que também utilizam fornos para transformação de produtos. O produto final pode não precisar de ajustes dimensionais uma vez que possui excelente tolerância dimensional. Associada as tolerâncias já citadas, a MP pode dispensar, em muitos casos, as operações de acabamento superficial. Outro fator relevante e favorável a MP está relacionado ao de o processo permitir gerar formatos pré-definidos, tornando a construção de peças de alta complexidade menos onerosas e o processo mais competitivo [3]. O Controle Estatístico de Processos (CEP) é uma abordagem muito utilizada na melhoria dos processos. Com esta ferramenta é possível a prevenção de defeitos, o aumento da produtividade e o ajuste do processo [4]. O CEP é uma ferramenta que pode permitir, quando bem implantada, a garantia da qualidade do processo e do produto, e com isso um melhor gerenciamento do Sistema de Gestão de Qualidade (SGQ) de uma empresa ou corporação [5]. O CEP consiste em métodos para a compreensão, monitoramento e melhoria do desempenho do processo ao longo do tempo. Esse processo foi desenvolvido por Walter Shewhart2 durante a

década de 1920. Atualmente é percebido que o CEP não é apenas uma coleção de técnicas, mas uma forma de pensamento sobre a melhoria da qualidade. Muitas empresas consideram o Controle Estatístico do Processo como uma ferramenta importante da Gestão da Qualidade Total (GQT) e também no seu Sistema de Gestão da Qualidade [6]. METODOLOGIA E MATERIAIS UTILIZADOS Este estudo refere-se ao desenvolvimento de uma roda dentada sinterizada de dentes inclinados utilizada em máquina agrícola de plantio. O composto utilizado para balanço em massa foi Fe-2Cu0,4Grafita, onde o Fe (ferro) foi processado por atomização e o Cu (cobre) processado eletroliticamente. As peças foram compactadas em um conjunto de ferramentas compostas por: matriz (cavidade), punção superior, punção inferior e um macho para prover o diâmetro interno da roda dentada. Todas as ferramentas foram fabricadas com aço ferramenta, próprio para tal processo. MANUFATURA DA RODA DENTADA DE DENTES INCLINADOS PELA METALURGIA DO PÓ CONVENCIONAL A fabricação de rodas dentadas de dentes inclinados utilizandose o processo de metalurgia do pó convencional tem sido um desafio. A dificuldade na fabricação desse tipo de produto é ainda mais acentuada quando produzidas em prensas de simples estágio, onde ocorrem apenas um movimento no punção superior e um movimento no punção inferior. A figura 1 mostra uma roda dentada de dentes inclinados, feita pelo processo da metalurgia do pó convencional. As principais variáveis a serem controladas neste estudo foram as densidades, devido a sua distribuição pontual na peça, e as variações nos dentes das rodas dentadas (altura e fundo do dente). Foram avaliadas as medições de densidades nos dentes, REVISTA FERRAMENTAL SETEMBRO.OUTUBRO 2015

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TECNOLOGIA

separadamente. Tal método teve por objetivo identificar e validar a densidade média necessária para tal produto (6,3 a 6,6 g/cm3). Também foram realizadas medições nas alturas dos dentes e dos fundos dos dentes.

ação simples. A sinterização foi feita em forno contínuo de esteira, com atmosfera controlada de nitrogênio (N) e hidrogênio (H) com percentuais de 80% e 20% respectivamente. As temperaturas de sinterização dentro do forno obedeceram as seguintes condições: ! 550 0C- 30 minutos (primeira zona); ! 900 0C- 30 minutos (segunda zona) e; ! 1.100 0C- 30 minutos (terceira zona). A terceira zona é a região da sinterização propriamente dita. O arrefecimento, dependente da velocidade da esteira, foi de 3 horas até a temperatura ambiente.

Fabricado

Conceitual

Figura 1 - Roda dentada de dentes inclinados

Conforme pode ser visto na figura 2, o punção que compacta os dentes é feito em uma peça só. Isto é, os dentes são compactados em um só nível. Isto pode resultar em diferenças de densidade entre os dentes da peça e a base da engrenagem, em função de a altura de enchimento não ser proporcional. Sabe-se, pelas técnicas da MP, que a altura de enchimento para uma densidade em torno de 6,6 g/cm3 (considerando-se pó de ferro atomizado) deve ser próxima de 2 para 1, isto é, o pó solto na cavidade da matriz deve ter o dobro da altura da peça compactada. Quando isto não ocorre, podem surgir variações na densidade do compactado, promovendo diferenças de propriedades mecânicas em regiões distintas.

Figura 2 - Punção superior de compactação da roda dentada

Compactação e sinterização das amostras As amostras foram compactadas até a densidade de aproximadamente 6,6 g/cm³. Essa densidade é considerada média para peças feitas pelo processo de metalurgia do pó convencional. O processo ocorreu em uma prensa hidráulica de 200 toneladas de 20 REVISTA FERRAMENTAL SETEMBRO.OUTUBRO 2015

Análise das densidades dos dentes utilizando-se o CEP Foram analisadas 24 amostras retiradas de três diferentes rodas dentadas após o processo de sinterização. Essas amostras retiradas dos dentes das rodas dentadas serviram para analisar o comportamento da variação de densidade em cada dente. As medições foram realizadas utilizando-se o Princípio de Arquimedes3. O resultado das análises encontra-se na tabela 1 e a figura 3 fornece o comportamento da variação da densidade de cada parte ensaiada. Amostra

Massa (g)

Volume (cm³)

Densidade (g/cm³)

1 5,37 0,83 2 5,47 0,87 3 4,36 0,68 4 4,49 0,67 5 4,38 0,69 6 5,45 0,88 7 4,41 0,68 8 6,2 0,99 9 5,23 0,8 10 1,06 6,46 11 0,91 5,54 12 0,84 5,33 13 0,8 5,3 14 0,73 4,65 15 0,72 4,77 16 0,74 4,77 17 0,77 4,95 18 0,71 4,51 19 0,74 4,78 20 0,77 4,96 21 0,58 3,56 22 0,76 5,06 23 0,89 5,86 24 0,79 5,24 Tabela 1 - Valores das densidades ensaiadas em cada amostra

6,46 6,28 6,41 6,7 6,34 6,19 6,48 6,26 6,53 6,09 6,08 6,34 6,62 6,36 6,62 6,44 6,42 6,35 6,45 6,44 6,17 6,65 6,58 6,63

A fim de determinar os parâmetros do Controle Estatístico do


REVISTA FERRAMENTAL SETEMBRO.OUTUBRO 2015

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TECNOLOGIA

Para a melhor avaliação e análIse os dados da tabela 2, foram plotados em forma de gráfico, conforme pode ser visto na figura 5.

Processo foram utilizadas as seguintes equações: Média Geral das Amostras

X = (∑ Χ) ⁄n = (X1+X2+...+Xn)/n; Χ = 6,41 (1)

Amplitude Média das Amostras

R = Xmáx - Xmín; R = 0,62

(2)

Desvio Padrão Médio das Amostras

S² = 1/(n-1) . ∑(Xi - X)²; S = 0,17507711

(3)

Limite Superior de Controle (LSC)

µ + 3σ = 6,93

(4)

Limite Inferior de Controle (LIC)

µ - 3σ = 5,88

(5) Figura 5 - Comportamento da variável hd (altura do dente em relação a base da peça) para cada amostra e limites de controle, baseados nos cálculos de desvio-padrão

Figura 3 - Comportamento da variação da densidade de cada parte ensaiada

Análise da variação das alturas dos dentes e fundo dos dentes em relação à base da roda dentada A figura 4 mostra em projeção 2D4 a roda dentada e também as variáveis hd (altura do dente em relação à base) e altura hf (altura do fundo do dente em relação à base).

Figura 4 - Vista em projeções 2D das variáveis hd e hf da roda dentada

As medidas hd foram realizadas em 10 diferentes peças sinterizadas, onde cada peça foi submetida a 4 verificações. As análises realizadas estão representadas na tabela 2. Amostra

Medida 1

Medida 2

1 13,38 13,41 2 13,36 13,36 3 13,42 13,43 4 13,47 13,47 5 13,35 13,37 6 13,38 13,39 7 13,41 13,42 8 13,39 13,36 9 13,37 13,41 10 13,45 13,43 Tabela 2 - Medidas de altura do dente hd

Medida 3

Medida 4

13,39 13,4 13,41 13,48 13,35 13,39 13,38 13,37 13,4 13,47

13,37 13,38 13,4 13,49 13,38 13,41 13,4 13,4 13,39 13,46

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Logo após a realização das análises apresentadas na tabela 2, para a variável hd, foram feitas as análises na altura do fundo do dente, hf, em relação a base da peça. Os resultados foram: ! Média Geral das Amostras- Χ = 53,61 ! Amplitude Média das Amostras- R = 0,14 ! Desvio Padrão Médio das Amostras- S² = 1/(n-1) . ∑(Xi- X)²; S = 0,03712 ! Limite Superior de Controle (LSC)- µ + 3σ: # Medida 1: 13,5073 # Medida 2: 13,50607 # Medida 3: 13,52345 # Medida 4: 13,51384 ! Limite Inferior de Controle (LIC)- µ- 3σ: # Medida 1: 13,2727 # Medida 2: 13,29393 # Medida 3: 13,27655 # Medida 4: 13,28616 Tal como ocorrera para a variável da altura do dente em relação à base da peça, foram realizadas as medidas hf em dez diferentes peças sinterizadas. Novamente, cada peça foi submetida a quatro verificações. As análises realizadas estão representadas na tabela 3. As medidas hf foram tomadas utilizando-se um relógio comparador analógico. Amostra

Medida 1

Medida 2

1 3,54 3,51 2 3,53 3,52 3 3,48 3,53 4 3,58 3,57 5 3,44 3,46 6 3,46 3,46 7 3,51 3,49 8 3,52 3,48 9 3,52 3,48 10 3,56 3,52 Tabela 3 - Medidas de altura do fundo do dente hf

Medida 3

Medida 4

3,54 3,45 3,49 3,58 3,45 3,51 3,48 3,54 3,47 3,56

3,5 3,5 3,49 3,6 3,46 3,49 3,47 3,52 3,47 3,56


TECNOLOGIA

Para melhor avaliação e análise dos dados da tabela 3, estes foram plotados em forma de gráfico para hf, conforme pode ser visto na figura 6.

Figura 6 - Comportamento da variável hf (altura do dente em relação ao fundo da peça) para cada amostra e limites de controle, baseados nos cálculos de desvio-padrão

um bom controle da flutuação da matriz (determinado pelo controle do sistema hidráulico da prensa) e um bom polimento da ferramenta são fundamentais para que tenhamos uma boa distribuição da densidade. A análise da variação das alturas dos dentes e fundo dos dentes em relação à base da roda dentada foi também motivo de preocupação neste projeto, já que uma variação muito significativa nestas dimensões em relação à base provocou uma variação na altura da peça e, por consequência, ocasionou interferência no engrenamento. Isto foi corrigido com uma melhor condição de enchimento. As medições encontradas (tabelas 2 e 3) foram consideradas adequadas para o funcionamento das engrenagens. CONCLUSÕES

Como resultados surgiram os seguintes valores: ! Média Geral das Amostras- Χ = 14,029 ! Amplitude Média das Amostras- R = 0,14 ! Desvio Padrão Médio das Amostras- S² = 1/(n-1) . ∑(Xi- X)²; S = 0,040824 ! Limite Superior de Controle (LSC)- µ + 3σ: # Medida 1: 3,644537 # Medida 2: 3,60573 # Medida 3: 3,6456 # Medida 4: 3,637301 ! Limite Inferior de Controle (LIC)- µ- 3σ: # Medida 1: 3,383463 # Medida 2: 3,39827 # Medida 3: 3,3684 # Medida 4: 3,374699 ANÁLISE DOS RESULTADOS Houve preocupação neste desenvolvimento em relação a densidade nos dentes da engrenagem, pois é onde se desenvolve todo o esforço para a transmissão do movimento e redução da velocidade. Como se sabe, um dos aspectos determinantes na distribuição de densidade em uma peça fabricada pela metalurgia do pó é a altura de enchimento do pó. Quando temos diferenças de altura devido ao desenho da peça, conforme pode ser visto na foto do punção na figura 2, teremos maior quantidade de pó nas partes mais baixas e menor quantidade nas partes mais altas. Isto, teoricamente, poderia resultar em diferenças muito grandes de densidades entre a base da engrenagem e os dentes. Neste desenvolvimento o efeito foi consideravelmente minimizado, embora tenhamos ainda muita diferença entre as densidades dos dentes. Na compactação com estágio simples,

Verificou-se que as peças atenderam os requisitos necessários para o funcionamento do engrenamento sem interferência. Em relação às propriedades mecânicas não houve problema, já que o material empregado foi projetado para resistir, ao menos, três vezes mais às solicitações exigidas pelo equipamento. Os experimentos que foram realizados demonstraram que as tolerâncias dimensionais, de acordo com as cartas de controle, são adequadas para o funcionamento da caixa de redução.

1 Sinterização: processo em que pós com preparação cristalina ou não, uma vez compactados, recebem tratamento térmico, no qual a temperatura de processamento é sempre menor que a sua temperatura de fusão. Esse processo cria uma alteração na estrutura microscópica do elemento base, que ocorre devido a um ou mais métodos chamados “mecanismos de transporte”. Sua finalidade é obter uma peça sólida coerente. 2 Walter Andrew Shewhart (18/03/1891 – 11/03/1967): físico, engenheiro e estatístico estadunidense, conhecido como o "pai do controle estatístico de qualidade" [wikipedia.org]. 3 Princípio de Arquimedes: ou método da flutuação. Diz que um corpo imerso em um líquido aparentemente perde peso em quantidade igual ao peso do líquido que desloca. Esse método permite a determinação da densidade de substâncias sólidas, viscosas e pastosas, além de líquidas. O princípio foi desenvolvido pelo pensador, físico e matemático grego Arquimedes de Siracusa (278 a.C. – 212 a.C.) no século III a.C. [www.fis.ufba.br]. 4 2D: desenho bidimensional, sem a referência de profundidade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] Barboza, Juliano Soares; Caracterização de compósitos magnéticos macios desenvolvidos através da metalurgia do pó aplicados a núcleos de máquinas elétricas. Dissertação. PPGE3M: UFRGS, 2009. [2] Pauletti, Philippe; Construção e análise do desempenho de um motor de indução trifásico com núcleo produzido via metalurgia do pó. Dissertação. PPGE3M: UFRGS, 2012. [3] Ferreira, Carlos Antônio; Desenvolvimento de núcleos para transformadores monofásicos de baixa potência pela metalurgia do pó. Dissertação. PPGE3M: UFRGS, 2011. REVISTA FERRAMENTAL SETEMBRO.OUTUBRO 2015

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TECNOLOGIA

[4] Montgomery, D. C.; Introdução ao controle estatístico de qualidade. 4ª Edição. 513p. Rio de Janeiro, 2004. [5] Caburon, J.; Aplicação do controle estatístico de processo em uma indústria do setor metal-mecânico: um estudo de caso. Artigo. XIII SIMPEP- Bauru, SP, Brasil, 6 a 8 de Novembro de 2006. [6] Behbahani, M.; Saghaee, A.; Noorossana, R.; A case-based reasoning system development for statistical process control: Case representation and retrieval. Artigo. 10 Setembro 2012.

Ana Paula Santos de Matos Dias

24 REVISTA FERRAMENTAL SETEMBRO.OUTUBRO 2015


FICHA TÉCNICA

Parte integrante da revista Ferramental no 61 | Setembro/Outubro 2015

GLOSSÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS APLICADOS À FERRAMENTARIAS Alemão Inglês Português Soldagem por impulso térmico Wärmeimpulsschweißen n Impulse welding (thermal) Impuro Unrein Impure Impureza Unreinheit f Impurity Incineração Einäscherung f Incineration Inclusão Einschluß m Inclusion Incompatibilidade Unverträglichkeit f Incompatibility Incompressibilidade Druckfestigkeit f Incompressibility Incorrosível; inoxidável Rostfrei Incorrodible Incremental Inkremental Incremental Resistência à indentação; resistência à penetração Eindruckwiderstand m Eindruckfestigkeit f Indentation resistance Índice de absorção Index m der absortion Index of absortion Aquecimento por indução Induktionsheizung f Induction heating Período de indução Induktionsperiode f Induction period Induktionsschweißen n Induction welding; induction soldering Soldagem por indução Rígido; inelástico Unelastisch Inelastic Inflamabilidade Entzündbarkeit f Inflammability Infravermelho Infrarot Infrared Espectroscopia por infravermelho Infrarot-Spektroskopie f Infrared spectroscopy Rigidez inerente Formsteifigkeit f Inherent rigidity Inibidor Inhibitor m Inhibitor Molde para injeção/sopro Spritzblasen n Injection blow moulding Capacidade de injeção Hubvolumen n; Schussvolumen n Injection capacity Processo de injeção compressão Spritzprägen n Injection compression Taxa de fluxo de injeção Einspritzstrom m Injection flow rate Molde para processo de injeção Spritzgießwerkzeug n Injection mould Peça injetada; peça obtida por processo de injeção Spritzgussteil n Injection moulded part Moldagem por injeção Spritzgießen n Injection moulding Defeitos de moldagem por injeção Spritzgießfehler mpl Injection moulding defects Máquina injetora; injetora Spritzgießmaschine f Injection moulding machine Bico de injeção Einspritzdüse f Injection nozzle Fase de injeção Einspritzphase f Injection phase Êmbolo de injeção Spritzkolben m Injection plunger Força de injeção Einspritzleistung f Injection power Pressão de injeção Einspritzdruck m Injection pressure Processo de injeção Injektionsverfahren n Injection process Velocidade de injeção Einspritzgeschwindigkeit f Einspritzstrom m Injection rate Moldagem por injeção sopro com estiramento Spritz-Streckblasen n Injection stretch blow moulding Caminho de fluxo (injeção) Einspritzweg m Injection stroke Tempo de injeção Einspritzzeit f Injection time Unidade de injeção Spritzeinheit f Injection unit Impressão com jato de tinta Tintenstrahl-Beschriften n Ink-jet printing Impressão por estampagem, cunhagem Farbprägen n Inlay printing Moldagem por revestimento (dentro do molde) In-Mould-Lackieren n In-mould coating (IMC) Moldagem por decoração (dentro do molde) In-Mould-Dekorieren n In-mould decoration Moldagem por etiquetagem (dentro do molde) Etikettenhinterspritzen n; IML-Technik f In-mould labelling (IML) Moldagem com superfície decorada (dentro do molde) Dekorhinterspritzen n In-mould surface decoration Inorgânico Anorganisch Inorganic Inserto Einpressteil n; Einlegeteil n Insert Moldagem com inserto Insert-Technik f; Umspritzen n Insert moulding Robo de posicionamento/colocação de inserto Einlegeroboter m Insert-placing robot REVISTA FERRAMENTAL SETEMBRO.OUTUBRO 2015

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FICHA TÉCNICA

Inglês In-situ foam Insulated runner Insulating bushing Insulating material Insulating varnish Insulation Integral hinge Interface Interfacial polymerization Interlaminar Interlock Internal calibration Internal cooling Internal heating Internal mixer Internal pressure Internal stress Internal thread Internally heated Interpenetrating network Intrinsic viscosity Ionic polymerization Ionitrided Ionomer Irradiation Isochronous stress-strain curve Isocyanate Isocyanurate Isomorphism Isoprene rubber Isotactic Isotropic Isotropy Jacket Jaw chuck Jet mixer Jetting Joining Joining pressure Joint Kinetics Kneader Knit line Knitted fabric K-value Labelling Lacquer Ladder polymers Laminar flow Laminate

Português Espuma localizada Canal de isolamento Bucha de isolamento Material de isolamento Verniz isolante Isolamento Dobradiça (articulação) de película (filme) Interface Polimerização interfacial (limite) Interlaminar Bloqueio; interlock Calibração interna Refrigeração interna Aquecimento interno Misturador interno Pressão interna Tensão interna Rosca interna Aquecido internamente Rede interpenetrante Viscosidade limite Polimerização iônica Nitrificado com íon Ionômero Irradiação Curva Tensão Alongamento Isocrôna Isocianeto Isocianureto Isomorfismo Borracha de isopreno Isotáctico Isotrópico Isotropia Camisa Mandril de mandíbula Misturador por jato Jateamento Unir Pressão de união Junta Cinética Amassador Linha de solda Tecido de malha; tricotado Fator k Etiquetagem; identificação; marcação Laca; esmalte Polímero progressivo Fluxo laminar Laminado

Alemão Ortsschaum m Isolierkanal m Isolierbuchse f Dämmstoff m Isolierlack m Isolierung f Filmscharnier n Schnittstelle f Grenzflächen-Polymerisation f Interlaminar Verriegelung f Innenkalibrierung f Innenkühlung f Innenbeheizung f Innenmischer m Innendruck m Eigenspannung f Innengewinde n Innenbeheizt Durchdringendes Netzwerk n Grenzviskosität f Ionische Polymerisation f Ionitriert Ionomer n Bestrahlung f Isochrone Spannungs-Dehnungskurve f Isocyanat n Isocyanurat n Isomorphie f Isoprenkautschuk m Isotaktisch Isotrop Isotropie f Mantel m Backenfutter n Strahlmischer m Freistrahlbildung f Fügen n Fügedruck m Verbindung f Kinetik f Kneter m Schweißnaht f Gewirke n K-Wert m Kennzeichnung f Lack m Leiterpolymere npl Quellfluss m; laminares n Fließen Schichtstoff m; Laminat n

Fontes: A Glossary of Plas cs Terminology in 7 Languages, Wolfgang Glenz, Hanser Verlag, 2010 / Novo Dicionário de Termos Técnicos Inglês-Português, Eugênio Fürstenau, Editora Globo, 2005 / Dicionário Inglês-Português Português-Inglês, Collins Gem, Editora Disal, 1998 / Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, Editora Posi vo, 2004

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Parte integrante da revista Ferramental no 61 | Setembro/Outubro 2015

GLOSSÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS APLICADOS À FERRAMENTARIAS


REVISTA FERRAMENTAL SETEMBRO.OUTUBRO 2015

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JURÍDICAS

AUXÍLIO DOENÇA PARA CUIDAR DE FAMILIAR OBJETIVANDO IGUALAR DIREITOS DO SETOR PÚBLICO COM O PRIVADO, A PROPOSTA DE CONCESSÃO DE AUXÍLIO-DOENÇA É JUSTA DE UM LADO, MAS DE OUTRO, ONEROSA ÀS EMPRESAS. Por Débora Kühl | Foto Divulgação

O Projeto de Lei nº 286/2014, que propõe a concessão de auxílio-doença para cuidar de ente familiar, aprovado em 27/05/2015 pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal, foi remetido à Câmara dos Deputados em 11/06/2015, onde segue aguardando revisão, nos termos do artigo 65 da Constituição Federal, que assim dispõe: “Artigo 65 - O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só turno de discussão e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou arquivado, se o rejeitar”. Referido projeto de lei cria um novo benefício previdenciário: o auxílio-doença parental no âmbito do Regime Geral de Previdência Social (RGPS). Este benefício visa conceder ao segurado licença remunerada para acompanhar o ente familiar enfermo. Para tanto, considerase membro da família o cônjuge ou companheiro, os pais, padrasto, madrasta, enteado ou qualquer pessoa que dependa financeira mente do segurado e conste da sua de28 REVISTA FERRAMENTAL SETEMBRO.OUTUBRO 2015

claração de rendimentos. Do texto do projeto, verifica-se que para que se tenha direito ao benefício, é necessária a comprovação por perícia médica, e o período máximo de concessão é de 12 (doze) meses, cabendo ao Poder Executivo regulamentar os casos que exijam maior ou menor tempo de acompanhamento. Para a senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS), autora do projeto, a justificativa deste é cumprir o direito fundamental de proteção à família e o princípio da vedação da proteção insuficiente, vez que no Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), em especial a dos servidores federais, já existe essa possibilidade (artigo 83 da Lei nº 8.112/90), no entanto, tal medida ainda não 1 foi estendida aos segurados do INSS . Ana Amélia argumenta que, na atual situação, existe o que se chama de proteção insuficiente no que concerne aos segurados do regime geral, já que o servidor público federal tem o direito de licença por motivo de doença de familiares, enquanto o trabalhador da iniciativa privada, em situação/risco idêntico, não faz jus ao mesmo benefício. E no final de sua “justificação” ao projeto, Ana Amélia ainda defende que: “Nem mesmo o “falacioso” argumento do déficit da previdência pode ser argumento. Sabe-se que os valores arrecadados deveriam (o correto seria “deveriam”, mas é de conhecimento público a 2 existência da DRU que possibilita sua aplicação em outras fontes, como no financiamento das obras da copa do mundo e das olimpíadas de 2016) ser aplicados em saúde, assistência e previdência, logo, devemos entender o sistema em sua integralidade. Racionalizando o entendimento do sistema percebe-se que o pagamento de benefício a uma mãe que acompanha seu filho no tratamento de uma neoplasia, por exemplo, faz com que o custo de internamento e remédios seja menor, tendo em vista a demonstração de que o tempo de internação é reduzido em virtude da presença do ente familiar. Logo, o raciocínio lógico leva à conclusão de que


JURÍDICAS

ocorreria justamente o contrário, ou seja, o pagamento do benefício nos moldes defendidos seria forma de economia aos cofres públicos”. Portanto, outro argumento utilizado pela autora do projeto é de que o acompanhamento de pessoa da família a um ente doente diminuirá as despesas públicas no que concerne a internamento e remédios, e, assim sendo, a aprovação do projeto não geraria prejuízo aos cofres públicos. Temos, então, que o referido projeto de lei, se aprovado e 3 sancionado, irá proporcionar aos segurados do RGPS direito igual ao já existente no âmbito do RPPS, o que, via de regra, poderá influenciar no índice de absenteísmo da empresa, já que aumentarão as hipóteses de afastamentos dos empregados. O projeto, que aguarda análise da Câmara dos Deputados, se aprovado, será encaminhado à Presidência da República para ser sancionado ou vetado. 1

INSS: Instituto Nacional do Seguro Social é uma autarquia do Governo Federal do Brasil que recebe as contribuições para a manutenção do Regime Geral da

Previdência Social, sendo responsável pelo pagamento da aposentoria, pensão por morte, auxílio-doença, auxílio-acidente, entre outros benefícios previstos em lei. Trabalha junto com a Dataprev, empresa de tecnologia que faz o processamento de todos os dados da Previdência. Está vinculado ao Ministério da Previdência Social [wikipedia]. 2 DRU: Desvinculação de Receitas da União é um mecanismo que permite ao governo desvincular até 20% das receitas das contribuições sociais – excetuando as previdenciárias – para o orçamento fiscal. A partir de então, esses recursos podem ser usados, por exemplo, para o pagamento de juros da dívida. 3 Absenteísmo: ou absentismo, do latim, absens = estar fora, afastado ou ausente. Consiste no ato de se abster de alguma atividade ou função. É usado para designar as ausências dos trabalhadores no processo de trabalho, seja por falta ou atraso, devido a algum motivo interveniente.

Débora Kühl - Advogada, atua na área trabalhista patronal junto a empresas e sindicatos. Com graduação na Universidade do Vale do Itajaí - Univali e Pós Graduação em Direito e Processo do Trabalho pelo Complexo Educacional Damásio de Jesus. debora@sh.adv.br

Schramm. Hofmann Advogados Associados Ltda Maiores informações pelo e-mail ahofmann@sh.adv.br ou pelo fone 47 3027 2848

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REDE SENAI FERRAMENTARIA

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MARKETING

UM TEMPO DE OPORTUNIDADES! Por Alex Medeiros|Foto Arlei Schitz

1 Internet: é um conglomerado de redes em escala mundial de milhões de computadores interligados que permite o acesso a informações e todo tipo de transferência de dados. Ela carrega uma ampla variedade de recursos e serviços, incluindo os documentos interligados da World Wide Web (Teia de Abrangência Mundial), e a infraestrutura para suportar correio eletrônico e serviços como comunicação instantânea e compartilhamento de arquivos. 2 Site: ou website (sítio eletrônico ou sítio) é um conjunto de páginas web, isto é, de hipertextos acessíveis na internet. O conjunto de todos os sites públicos existentes compõe a World Wide Web (teia mundial). Simplificando, é a página eletrônica de qualquer instituição disponível na rede mundial de computadores. 3 APP: em se tratando do mundo mobile, app é uma abreviação para “application”, do inglês, que significa aplicativo, programa, software. 4 SEO: abreviação do inglês Search Engine Optimization. É um conjunto de técnicas que têm como principal objetivo tornar os sites de busca mais amigáveis, trabalhando palavras-chave selecionadas no conteúdo do site de forma que este fique melhor posicionado nos resultados orgânicos. 5 Marketing: é o conjunto de estratégias e ações que provêem o desenvolvimento, o lançamento e a sustentação de um produto ou serviço no mercado consumidor. 6 Smartphone: do inglês smart = inteligente e phone = telefone. É um telefone móvel com funcionalidades avançadas que podem ser estendidas por meio de programas executados por seu sistema operacional. Os sistemas operacionais dos smartphones permitem que desenvolvedores criem milhares de programas adicionais, com diversas utilidades. 7 Tablet: dispositivo pessoal em formato de prancheta que pode ser usado para acesso à internet, organização pessoal, visualização de fotos, vídeos, leitura de livros, jornais e revistas e para entretenimento com jogos. É um novo conceito: não deve ser igualado a um computador completo ou um smartphone, embora possua funcionalidades de ambos.

Alex Medeiros - Consultor de empresas (alex@allxsolucoes.com.br) REVISTA FERRAMENTAL SETEMBRO.OUTUBRO 2015

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DICAS DO CONTADOR

A e-FINANCEIRA VOCÊ JÁ OUVIU FALAR OU SABE O QUE É A e-FINANCEIRA? Da Redação | Foto Divulgação

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m setembro de 2014 o Brasil fechou acordo com os EUA ao programa FATCA (Foreign Account Tax Compliance). Este programa permitirá a troca de informações entre as administrações tributárias dos dois países, ou seja, de forma automática as informações de contas correntes e patrimoniais de brasileiros no sistema financeiro americano. Há quem diga que a implantação do sistema fortalece o Brasil, sobretudo as decisões e medidas de combate a fraude fiscal internacional, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. O cumprimento das obrigações fiscais em contas estrangeiras, que basicamente ilustra a sigla FATCA, tem seus prazos a serem seguidos assim como todas as obrigações fiscais brasileiras. A Instrução Normativa Nº 1.580, de 14/08/2015, da RFB- Receita Federal do Brasil aplica-se nas movimentações financeiras que incorram no mês de dezembro deste ano. O contribuinte, com o auxílio da instituição financeira que lhe assista na movimentação de consórcios, fundos de aposentadoria, previdência complementar, seguros, corretoras de valores, distribuidores de títulos e valores imobiliários, terá extraordinariamente seu prazo de entrega até o último dia útil de maio de 2016 para declarar nos módulos da e-Financeira a movimentação de dezembro de 2015. Para os próximos semestres, a obrigatoriedade será até o último dia útil de agosto do ano em curso referente as movimentações do 1º semestre, e até o último dia útil de fevereiro do ano seguinte para movimentações do 2º semestre. Ressalta-se a existência da obrigação acessória DIMOF- Declaração de Informações de Movimentação Financeira, criada em 2007 após a queda da CPMF - Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, onde o governo precisou criar um

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mecanismo de buscar as movimentações financeiras dos contribuintes. A DIMOF, hoje entregue pelas instituições financeiras, poderá ser extinta pouco a pouco, após as implantações de 1 outros módulos inseridos através do portal SPED . Esta será constituída por um conjunto de arquivos digitais referentes a cadastro, abertura, fechamento e auxiliares, e pelo módulo de operações financeiras no sistema SPED da Receita Federal. A obrigatoriedade refere-se às entidades supervisionadas pelo BACEN- Banco Central do Brasil, pela CVM- Comissão de Valores Mobiliários, pela SUSEP- Superintendência de Seguros Privados e pela PREVIC- Superintendência Nacional de Previdência Complementar. Outras entidades deverão prestar informações relativas a saldos de qualquer conta de depósito e de poupança; saldo de cada aplicação financeira; aquisições de moeda estrangeira, quando o montante global movimentado ou o saldo, em cada mês, por tipo de operação financeira, for superior a R$ 2 mil, no caso de pessoas físicas, e R$ 6 mil, no caso de pessoas jurídicas. A pessoa responsável pelas informações é: a) A instituição financeira depositária de contas de depósito, inclusive de poupança; b) A instituição custodiante das contas de custódia de ativos financeiros vinculadas às aplicações financeiras; c) O administrador, no caso de fundos e clubes de investimento cujas cotas estejam vinculadas às aplicações financeiras; d) O distribuidor de cotas de fundos de investimento distribuídos a terceiros por conta e ordem vinculadas às aplicações financeiras; e) A instituição intermediária, no caso de ações, derivativos,


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DICAS DO CONTADOR

f) g) h)

i) j) k)

ou cotas de fundos de investimento, negociadas em bolsa ou que devam ser, ou sejam, registradas em balcão organizado vinculadas às aplicações financeiras; A instituição autorizada a realizar operações no mercado de câmbio; A pessoa jurídica autorizada a instituir e administrar FAPI Fundos de Aposentadoria Programada Individual; A pessoa jurídica que tenha como atividade principal ou acessória a captação, intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, incluídas as operações de consórcio, em moeda nacional ou estrangeira, ou a custódia de valor de propriedade de terceiros; A sociedade seguradora autorizada a estruturar e comercializar planos de seguros de pessoas; A pessoa jurídica administradora de consórcios, conforme o artigo 5º da Lei Nº 11.795/2008 e; A instituição que detenha o relacionamento final com o cliente, nos demais casos.

nos últimos tempos. Ater-se e compartilhar com um profissional da contabilidade será uma agenda mensal necessária para o bom desenvolvimento da vida tributária do contribuinte pessoa jurídica ou física. 1

SPED: Sistema Público de Escrituração Digital. A Escrituração Fiscal Digital - EFD é um arquivo digital, que se constitui de um conjunto de escriturações de documentos fiscais e de outras informações de interesse dos fiscos das unidades federadas e da Secretaria da Receita Federal do Brasil, bem como de registros de apuração de impostos referentes às operações e prestações praticadas pelo contribuinte.

Exceções da responsabilidade Os seguintes administradores de fundos e de clubes de investimento estão excluídos da responsabilidade de apresentação das informações: a) De fundos de investimento especialmente constituídos, destinados exclusivamente a acolher recursos de planos de benefícios de previdência complementar ou de planos de seguros de pessoas e; B) De fundos cujas cotas sejam negociadas em bolsa ou devam ser, ou sejam, registradas em balcão organizado. A importância na exposição da pessoa obrigada à entrega está em alertar o contribuinte pessoa física sobre seus controles nestas informações já constantes nos arquivos eletrônicos da RFB. Ao gerar sua DAA - Declaração de Ajuste Anual da Pessoa Física, terá maiores cuidados com a documentação e informes de rendimentos para evitar qualquer malha fiscal. Obrigações acessórias estão sendo exigidas em maior número

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Maiores informações pelo e-mail abra@grupoabra.com ou pelo fone 47 3028 2180


INOVAÇÃO

INDÚSTRIA 4.0 E O FUTURO DA MANUFATURA A 4ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL INDICA TENDÊNCIA DE FORTE MUDANÇA ESTRATÉGICA E TECNOLÓGICA NAS FERRAMENTARIAS, A PARTIR DO FORTALECIMENTO DA COOPERAÇÃO E DA INTENSA APLICAÇÃO DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO INTELIGENTES. Por Ianiv Wainberg Pires | Foto Divulgação

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o momento em que nos encontramos imersos em crise e incerteza, olhar além do horizonte não é tarefa fácil. No entanto, nesta era de mudança exponencial isto é questão de sobrevivência. Na atividade de consultoria em design1 e inovação nos deparamos com clientes de diversos perfis e segmentos, todos impactados por mudanças econômicas e tecnológicas. Entre estas mudanças, há uma que entendemos acabará por impactar a indústria em geral, e as ferramentarias em particular: A chamada Indústria 4.0. A priori pode parecer estranho prever uma revolução, mas de certa forma ela ocorre na esteira do que já aconteceu com a tecnologia da informação, desta vez fundindo fluxos físicos e fluxos lógicos. Neste artigo exploramos a definição, os impactos para a economia, indústria e o segmento de ferramentaria, assim como desafios e oportunidades futuros resultantes deste fenômeno. O termo Industrie 4.0 foi cunhado na Alemanha [1] e encampado pelo governo local como uma estratégia macro para incrementar, de forma radical, a eficiência através da automatização e da organização em rede - um sistema ciber-físico. Este ganho em eficiência permitiria, por exemplo, que clusters2 com menor disponibilidade de mão de obra (Suíça, Japão) consigam competir com clusters maiores (China) [2]. A Indústria 4.0 é a manifestação no âmbito da produção industrial da internet3 das coisas (IoT- Internet of Things) e dos serviços (IoS - Internet of Services). Ela será, depois da mecanização, da eletrificação e da tecnologia da informação, a quarta revolução industrial. Embora não haja uma única definição formal, ou mesmo nome, do que é Indústria 4.0 (a GE a chama de internet industrial, o governo da Coréia nomeia de Manufacturing Innovation 2.0, e assim por diante), existe consenso entre autores sobre quais são seus princípios básicos, que são seis: ! Interoperabilidade: Diferentes fábricas, estações de montagem, armazéns de estoque e humanos estarão conectados através da IoT e IoS; ! Virtualização: “Fábricas Virtuais”, compostas por diferentes estações unidas por sensores permitem visões unificadas de processos distribuídos; ! Descentralização: Fábricas inteligentes são capazes de monitorar etapas de processos remotos, adequando os ritmos de

produção; ! Real Time: Processos monitorados instantaneamente, e os demais processos ajustados; ! Orientação a serviços: Através da IoS, serviços podem ser oferecidos e prestados de maneira integrada e; ! Modularidade: As capacidades necessárias para o projeto são identificadas no sistema. A necessidade por grandes estruturas verticais diminui. Qual o impacto destas mudanças no ecossistema industrial? De um modo geral, a integração entre processos que hoje ocorre em uma fábrica (ou entre uma fábrica e alguns sistemistas) passará a ocorrer de maneira profundamente distribuída e flexível. Fábricas diferentes concorrerão (e cooperarão) de maneira automática, fornecendo produtos e serviços, automatizando o supply chain4. Algo como processamento na nuvem (Cloud Computing), no caso, manufatura na nuvem (Cloud Manufacturing). Será impossível esconder ineficiências e não conformidades de softwares5 distribuídos de controle. Custos não competitivos para produtos e serviços eliminarão automaticamente fornecedores pouco produtivos. Compradores (donos de projetos) comprarão capacidade produtiva “virtual”, como quem compra espaço em um servidor. Ferramentarias invariavelmente serão elos desta cadeia. Uma vez criadas as ferramentas, elas podem ser utilizadas a partir dos fornecedores mais eficientes, como peças de Lego6 [3]. Uma provável decorrência da adoção pela indústria de sistemas distribuídos inteligentes é a simplificação de iniciativas de customização em massa. Posto que os controles de produção passem a ser inteligentes e automáticos, torna-se mais econômico produzir em lotes pequenos, com variações entre os produtos. Some-se a isto o incremento na produtividade de processos aditivos (impressão 3D7 em diversos materiais) e a eliminação de parte do ferramental necessário para diversos tipos de produtos e chegamos a um cenário onde o papel e o funcionamento das ferramentarias muda significativamente. Na Indústria 4.0 a capacidade de se conectar a rede é fundamental, e acessá-la a preços competitivos é fator crítico de exclusão ou sucesso em concorrências futuras. Neste cenário, a necessidade de atualizar o parque fabril das REVISTA FERRAMENTAL SETEMBRO.OUTUBRO 2015

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INOVAÇÃO

ferramentarias brasileiras é uma oportunidade. Estabelecer a conectividade com a IoT e a IoS assim como obter ganhos de produtividade significativos serão condições de sobrevivência neste contexto. Políticas alfandegárias desburocratizadas e econômicas, assim como custos competitivos de transporte, armazenagem e seguro são elementos de um cenário onde o supply chain atende as novas necessidades da indústria. 1

Design: processo técnico e criativo relacionado à configuração, concepção, elaboração e especificação de um artefato [www.wikipedia.com.br]. 2 Cluster: do inglês, significa grupo, agrupamento. No mundo da indústria, é uma concentração de empresas relacionadas entre si, em uma zona geográfica relativamente definida, que conformam um pólo produtivo especializado com vantagens competitivas. Este conceito foi popularizado pelo economista Michael Porter no ano de 1990, em seu livro Competitive Advantages of Nations ("As vantagens competitivas das nações"). 3 Internet: é um conglomerado de redes em escala mundial de milhões de computadores interligados que permite o acesso a informações e todo tipo de transferência de dados. Ela carrega uma ampla variedade de recursos e serviços, incluindo os documentos interligados da World Wide Web (Teia de Abrangência Mundial), e a infraestrutura para suportar correio eletrônico e serviços como comunicação instantânea e compartilhamento de arquivos [www.wikipedia.com.br]. 4 Supply chain: do inglês, significa cadeia de suprimentos ou cadeia de fornecimento. 5 Software: ou programa de computador, é uma sequência de instruções a serem seguidas e/ou executadas, na manipulação, redirecionamento ou modificação de um dado/informação.

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Lego: o sistema LEGO é um brinquedo cujo conceito se baseia em partes que se encaixam permitindo inúmeras combinações. Criado pelo dinamarquês Ole Kirk Kristiansen é fabricado em escala industrial em plástico injetado desde 1934, popularizando-se em todo o mundo desde então. 7 3D: resulta de abreviação da denominação três dimensões.Também é linguagem coloquial no segmento de ferramentarias para denominar a representação gráfica eletrônica (modelamento) de uma peça em três dimensões.

Fontes de consulta [1] www.zdnet.com/article/germanys-vision-for-industrie-4-0the-revolution-will-be-digitised/ [2]www2.deloitte.com/content/dam/Deloitte/ch/Documents/ manufacturing /ch-en-manufacturing-industry-4-024102014.pdf [ 3 ] w w w. b c g p e r s p e c t i v e s . c o m / c o n t e n t / a r t i c l e s / engineered_products_project_business_industry_40_future_productivity_growth_manufacturing_industries/). Ianiv Wainberg - Sócio da Bertussi Design, consultor em design de produtos e gestão da inovação, com atuação junto a indústrias de médio e grande porte de diversos segmentos. Tem passagem em empresas como Dell, RBS, Unimed e Feevale. Bacharel em Design de Produtos e MBA em Gestão Estratégica. ianiv@bertussidesign.com.br

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MBE

PRODUTIVIDADE PARA A COMPETITIVIDADE Por Carlos Rodolfo Schneider | Foto Roberto Borba

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crescimento de um país é fortemente influenciado pela disponibilidade dos fatores de produção, capital e trabalho. No que se refere ao capital, já tivemos experiências negativas no passado, com a excessiva dependência de empréstimos externos, pela falta de poupança interna. E essa carência de poupança permanece. Falando de trabalho, por outro lado, o Brasil alavancou parte do seu crescimento recente com a absorção de consideráveis contingentes de mão de obra que ainda estavam disponíveis. Essa ferramenta, todavia, limitase hoje ao desemprego conjuntural e não pode contar com aqueles que não buscam trabalho por estarem acomodados nos programas salário-desemprego e bolsa família. Diante desse quadro, a ampliação dos fatores de produção depende fundamentalmente do crescimento da produtividade. Paul Krugman, Nobel de Economia, afirmou que a “capacidade de um país melhorar de padrão de vida depende quase inteiramente de sua capacidade para aumentar a produção por trabalhador”. O Brasil não tem muito o quê mostrar em relação a isso. Entre os principais emergentes, foi o único a recuar nas últimas décadas. De 1990 a 2013, a nossa produtividade caiu 15% em relação à dos EUA. A Coreia do Sul, por outro lado, avançou 40%. De 2000 a 2008, a variação anual média no Brasil foi de (-) 1,8%, contra 2% na Turquia, 2,8% na Colômbia, 3,2% na Rússia e 4,8% na Coreia do Sul. Estudo realizado pela consultoria The Boston Consulting Group (BCG) mostra que a capacidade de competição da indústria brasileira foi amplamente afetada na última década. Foram analisados os custos de produção de 25 países, a partir de quatro fatores: salários na indústria, produtividade no trabalho, custo de energia e taxa de câmbio. O Brasil perdeu competitividade em

todos os quatro. Salários mais elevados, que mais do que dobraram nos últimos dez anos, sem o crescimento da produtividade, são o grande problema. Esse descompasso ocorreu pela baixa oferta de mão de obra qualificada, falta de investimento, infraestrutura inadequada e burocracia excessiva, segundo o BCG. O forte aumento do custo da eletricidade para a indústria, que dobrou na última década, também foi destacado. Isso fez com que o custo de produzir no Brasil, que em 2004 era 3% mais baixo do que nos EUA, se tornasse 23% mais elevado. Se estabelecermos o índice 100 para os EUA, o custo de produção da indústria brasileira ficaria em 123 contra: 121 na Alemanha, 116 na Suécia, 115 no Canadá, 111 no Japão, 109 no Reino Unido, 99 na Rússia, 96 na China, 91 na Tailândia e México, 87 na Índia e 83 na Indonésia. Segundo o BCG, esses números devem orientar as decisões de investimento, centrando a produção industrial nos países mais competitivos. A ascensão do México, estruturada com crescimento moderado de salários, ganhos de produtividade, taxa de câmbio estável e redução do custo da energia, deve estar no nosso radar. Não estamos bem na fotografia e as consequências já são visíveis a quase todos. E também sabemos o que deve ser feito. O que falta é vontade política e senso de urgência. Devemos deixar de nos conformar com o que é “possível” fazer, por questões políticas, e construir o caminho para o que é “necessário”. Os concorrentes certamente não nos aguardarão e as futuras gerações poderão não entender a omissão.

Carlos Rodolfo Schneider é empresário e coordenador do Movimento Brasil Eficiente (MBE) crs@brasileficiente.org.b

Movimento Brasil Eficiente 38 REVISTA FERRAMENTAL SETEMBRO.OUTUBRO 2015


MEMÓRIAS

“Homeyer Precision, made in USA“ VISITANDO UMA EMPRESA VENCEDORA NO MEIO OESTE AMERICANO. Por Luiz Eduardo Albano (lealbano@kobonet.com.br) | Foto Divulgação

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m uma manhã nublada, a cerca de trinta minutos de carro do centro de Saint Louis, Estado americano de Missouri, fomos recebidos pelo proprietário da Homeyer Precision Manufacturing, Mr. Herb Homeyer. Fundada por ele em 1990, com apenas U$ 60.000,00 de investimento inicial em uma área de cerca de 400 m2, com ajuda de sua família, iniciou as atividades fabricando dispositivos e estampos para as indústrias próximas, dos mais diversos ramos. Formado em ferramentaria, trabalhou em empresas da região, sendo que em seu último contrato de trabalho, que durou 15 anos, conquistou o título de projetista e foi promovido a gerente industrial. Mesmo ciente de que 70% dos novos empreendimentos nos EUA são fracassados, viu-se capaz de construir uma empresa vencedora: “Minha meta era ter 5 funcionários”. Hoje, ainda com forte presença familiar (Herb conta com seus dois filhos em posições gerenciais importantes), 65 funcionários, 3.500 m2 de área industrial em duas unidades e faturando anualmente cerca de US$ 10 milhões, a Homeyer fornece para os mais diversos mercados. São fabricados peças e dispositivos para os aviões caça F15 e F18, helicópteros Apache, entre outras aeronaves de ponta. Equipamentos médicos como pinças para cauterização em cirurgias neurológicas, trocadores de calor para laser de alta potência, peças para sistemas de foguetes, entre outros populam a estante na confortável sala de reunião da empresa. Herb muito generosamente não recusa nossas perguntas. Diz que o sucesso da empresa vem do comprometimento de toda a equipe com a qualidade, com a melhoria contínua e com a pontualidade: “Qualidade é fundamental. No mercado de hoje, não há margem para erros. Qualidade está no centro da estratégia e

Herb Homeyer, fundador

da cultura da empresa. E não é um conceito estático. A melhoria contínua é apostar, adotar a mais recente tecnologia combinada ao melhor talento disponível. Fabricar certo da primeira vez, toda vez, com pontualidade. O lucro é uma consequência do bom trabalho...”. Qualidade, melhoria contínua, trabalho em equipe, reinvestimento em tecnologia e pontualidade, fórmula para o sucesso. A qualidade é comprovada com a última certificação internacional ISO 9001:08 obtida, além do reconhecimento de diversos fornecedores e clientes (a empresa foi eleita parceira ouro pela Boeing). Herb menciona que 10% do faturamento da empresa é reinvestido em tecnologia para o chão de fábrica. Dentre o extenso parque, estão presentes mais de quinze máquinas da renomada fabricante japonesa Okuma, muitas destas centros horizontais e verticais com capacidade de usinagem em 5 eixos. A idade média de uso das máquinas gira em torno de cinco anos contra quinze anos para a média nacional. Sistema de informática para programação CAM, gerenciamento de PCP, presset de ferramentas online, sistema de gerenciamento de ferramentas, além de uma completa e refinada sala de metrologia estão presentes e são intensamente utilizados. O próximo desafio parte para a integração e automação da produção, tendo em vista melhorar a produtividade, a flexibilidade e a redução dos prazos de entrega. A empresa nem sempre forneceu a quantidade de peças usinadas de precisão que hoje compõe seu portfólio. Ao final dos anos 90, Herb percebeu a queda da demanda de diversos estampos de CRD, principalmente do ramo de máquinas vending machines por conta da nova tecnologia de corte a laser e logo direcionou o mix de produtos da empresa para mais precisão e menos ferramental. Hoje, grande parte da produção gira em torno de peças de alta dificuldade técnica e alto valor agregado. Dificuldade pela usinabilidade dos materiais (como aços ligados endurecidos, alumínio em ligas e tratamentos especiais, titânio), pelo tamanho da peça, pela complexidade geométrica presente, pelas tolerâncias (giram em torno de 5 microns – 0.00020 in) ou até pelo prazo de entrega das peças (variando entre 1 a 8 semanas). Como a usinagem por remoção de material é o processo mais utilizado, recomenda que cerca de 4% do faturamento seja gasto em ferramentas de usinagem. Se o valor exceder, há excessos. Se REVISTA FERRAMENTAL SETEMBRO.OUTUBRO 2015

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MEMÓRIAS

for menor, talvez a velocidade de produção deva ser aumentada. Há também o fornecimento (montagem) de subconjuntos, em uma forma de agregar mais valor junto ao cliente. Herb atualmente não se envolve tanto no dia-a-dia das operações como antigamente. Hoje concentra seu tempo no planejamento estratégico da empresa. Mostra-se confiante com a economia americana, e não se intimida com dados publicados em jornais. Seu mais recente investimento em maquinário se encontra ainda em fase de adaptação. Questionado sobre o ritmo e a ordem de grandeza do investimento (cerca de U$ 1 milhão), Herb tranquilamente fala que “dinheiro é barato nos EUA” e que não se preocupa, de imediato, de ter a máquina carregada de serviço. Ele prefere citar a frase do filme Field of Dreams – Campo dos Sonhos, com Kevin Kostner: “If you built it, it will come“, que na tradução objetiva significa “Se você construir o sonho, ele virá”. Em suma ele tem como estratégia a compra da máquina para após poder receber pedidos, ao invés de ir atrás de pedidos para adquirir uma máquina. Para nós brasileiros, esta atitude é quase (ou é) um sacrilégio. No Brasil, um país com pouca disponibilidade de capital para investimentos de produção, juros para o ramo produtivo na casa de 15-20% ao ano, além dos custos de aquisição de tecnologia importada, não podemos nos dar ao luxo de andar de Ferrari em primeira marcha. Apesar dos juros básicos ofertados pelo FED (Banco Central Americano) para títulos da dívida americana estarem perto de 0% ao ano, Herb nos informa que a taxa por ele paga gira em torno de 6% ao ano para um financiamento de 60 meses. Questionado se poderia estender o financiamento para 120 meses (10 anos), e assim ter mais tempo e parcelas menores para amortizar o investimento, disse ser possível, mas não interessar-lhe, pois haveria um aumento da taxa de juros, em uma clara mostra da saúde financeira da empresa. Seu horizonte de projeto é cerca de cinco anos. Quando perguntado sobre um bom livro de negócios, ele sugere The great game of business. Como fonte de informação usa-se do Wall Street Journal, dos “clippings” de notícias fornecidos pela SME e pelas

pesquisas de mercado regionais da NTMA. Frequenta feiras locais e eventos de manufatura promovidos pela NTMA, pouco provável de serem conhecidos por brasileiros. Mas informa que a IMTS (em Chicago) deve ser um evento a ser colocado em nossas agendas. Em exposição aos seus maiores problemas, cita que Washington (o governo) é o primeiro, seguido da falta de oferta de mão de obra qualificada e dedicada. Por último, apesar de tudo, considera-se um empresário conservador, e que nunca recomenda endividar-se excessivamente. “Never bet the farm” – Nunca aposte a fazenda. Em resumo, nunca ponha em risco aquilo que trás o pão nosso de cada dia. Membro atuante do board da NTMA (National Tooling & Machining Association - Associação Norte Americana de Ferramentarias e Usinagem) recomenda a participação pelo networking e pelo que uma associação permite atingir como representante da indústria de ferramentais. É dele o dizer: “If you are not writing de menu, then you are food”, literalmente, se você não escreve o cardápio, você é a comida. O autor agradece a NTMA, a ABINFER, a ISTMA e a Homeyer Precision Mfg Co. por terem articulado acesso aos seus membros e eventos, que culminaram com a visita e reportagem.

HOMEYER PRECISION MFG. 16051 State Hwy 47 PO Box 247 Marthasville, MO 63357 Tel: +1 636 433-2244 www.homeyertool.com

Vista geral da fábrica

Sandro Vatanabe - Engenheiro de Projetos da Kobo, Luis Eduardo Albano – Sócio gerente da Kobo e VP da ABINFER, Gretchen Homeyer – Diretora de RH da Homeyer, Herb Homeyer – undador e CEO da Homeyer, Justin Homeyer – Gerente de Operações da Homeyer 40 REVISTA FERRAMENTAL SETEMBRO.OUTUBRO 2015


ENFOQUE

SEMPRE LIGADO FIQUE POR DENTRO DAS NOVIDADES TECNOLÓGICAS DO MUNDO DA FERRAMENTARIA

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Hidral-mac fabrica e comercializa a prensa hidráulica tipo H prismática PHHP try-out especialmente para aplicação em teste e ajuste de moldes. O equipamento, com martelo guiado por guias lineares que proporcionam maior precisão, tem mesa móvel inferior com deslizamento sobre réguas com esferas e braços de apoio. Oferece opção de martelo basculante com travamento hidráulico e injeção de cera. Essa condição garante a precisão indicada para o ajuste de moldes, matrizes e ferramentas. Tem modelos com capacidade de fechamento de até 1.500 toneladas. Hidral-mac 16 3311 4100 www.hidralmac.com.br

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quipamento prático e de fácil operação, a impressora 3D Makerbot Replicator Z18, comercializada pela Anacom, tem excelente custo benefício na categoria de impressão 3D profissional com grande capacidade de produção. É ideal para grandes projetos e frequentemente aprimorada com melhorias de software. Permite a construção de modelos de protótipos industriais e produtos ultraaltos e extragrandes. O conceito construtivo possibilita imprimir múltiplas peças de uma vez. Suas características técnicas são: volume de impressão (envelope de construção) de 305 x 305 x 457 mm (equivalente a 42.512 cm3); resolução de 100 mícrons; diâmetro do filamento de 1,75 mm; mesa/bandeja de PC-ABS; conectivi-

dade por chave USB, WiFi, Ethernet ou cabo USB; câmera integrada com resolução de 320 x 240 pontos; interface LCD e; câmara aquecida (heated chamber). A

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ENFOQUE

Z18 tem dimensões de 49,3 x 56,5 x 85,4 cm de comprimento, largura e altura respectivamente e pesa 41 kg. A tensão de trabalho é de 100~240 Volts, a 5,4/2,2 Amperes, 50/60 Hz e com consumo de 350 Watts. Anacom 11 3422 4225 www.anacom.com.br

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omercializada pela Eurostec, de Caxias do Sul, RS, a máquina de furação profunda de moldes DP-1500 tem construção rígida, especialmente desenvolvida para alta performance em furação profunda, sem necessidade de entrada e saída de ferramenta devido ao sistema de refrigeração de alta pressão e utilização de brocas canhão. Confere alto rendimento para furações complexas e profundas, a partir de comando CNC FANUC oI-MD para programação de diversos furos e operação não monitorada. Os 3 eixos XYZ são controlados pelo CNC. É fabricada com guias lineares de alta rigidez garantindo total precisão e longa vida útil. Sua carenagem completa protege o ambiente de respingos de refrigeração, que é completo com alta pressão. Algumas de suas características técnicas são: mesa de 1.700 x 1.200 mm; diâmetro de furação de 3 a 35 mm; profundidade máxima de furação de 1.500 mm; curso dos eixos X, Y e Z de 1.500, 1.200 e 1.500 mm respectivamente; peso máximo sobre a mesa de 6.000 kg; velocidade máxima de rotação igual a 6.000 rpm; velocidade de avanço

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com faixa entre 0 e 3.000 mm/min; potência do motor principal de 10 HP; pressão máxima da bomba igual a 11 MPa; potência total requerida de 35 kW. Como opcionais podem acompanhar: mesa rotativa indexada de 0,001º com régua linear; mesa interpolada para usinagens interpoladas de 4 eixos; função de fresamento (usinagem horizontal); avanço e recuo do eixo árvore (eixo W); inclinação do torpedo para furação em diagonal e; brocas canhão. O equipamento inclui transportador de cavacos. As dimensões da DP-1500 são de 6.000 x 4.900 x 3.550 mm e o peso total atinge 14.000 kg. Eurostec 54 3021 2948 www.eurostec.com.br

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monitor curvo HP Z Z34c ultralargo (K1U77A4), de 34 polegadas, da HP – Hewlett-Packard entrega uma experiência visual e de áudio elegante, imersiva e curva para o conteúdo da estação de trabalho, PC e dispositivo móvel. Adequado para utilização no desenvolvimento de projetos em plataformas CAD. Vai além da configuração tradicional de dois monitores, melhorando a percepção visual com um único monitor curvo fino de ultra-alta resolução (4K – WQHD nativa de 3.440 x 1.440 pixels) que aumenta o campo de visão com uma relação entre altura e largura de 21:9. Tela com profundidade de cor de 8 bits, 110 ppi e 98,8% de gama de cores sRGB. Baixo reflexo e distorção ajudam a garantir imagens consistentes em toda a tela. Permite espelhar o conteúdo de tablets ou smartphones na tela grande, usando uma conexão MHL que também mantém os dispositivos carregados e prontos para o uso. Os modos picture-in-picture e picture-by-picture permitem visualizar feeds do dispositivo e do PC ao mesmo tempo. O áudio tem surround DTS voltado para frente. O controle remoto incluído controla o monitor e navega

entre feeds de seu dispositivo. A garantia padrão limitada de um ano. É possível estender a proteção além das garantias padrão. Principais características do produto: tamanho de tela (diagonal) de 34”; área ativa de 749,9 x 333,7 mm; densidade de pixels de 0,232 mm; brilho de 350 cd/m2; taxa de contraste de 3.000:1 estático e 10.000.000:1 dinâmico; ângulo de exibição de 178º horizontal e vertical; 2 conectores de entrada HDMI; entrada multimídia de áudio com alto-falantes integrados de 6 Watts por canal e; tempo de resposta de 14 ms de cinza para cinza sem overdrive e 8 ms com overdrive. O monitor tem ainda recursos como plug & play, antirreflexo, baixa distorção, programação pelo usuário, seleção de idioma, controles na tela e iluminação por LED. Opera com tensão de 100~240 Volts e consome, no máximo, 150 Watts. O equipamento pesa 9,83 kg e tem 95,1 x 9,4 x 37,4 cm sem suporte. HP 11 4197 8000 www8.hp.com/br

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om conceito de operação simples e intuitivo, a dobradeira TruBend 3100, da Trumpf, possui atraente custo de investimento e é perfeita para empresas que buscam maior produtividade e qualidade dos produtos. A primeira máquina da segunda geração das dobradeiras série 3000, lançada recentemente, tem design compacto, ocupa pouco espaço e tem


ENFOQUE

área interior de fácil acesso. O novo e moderno painel de controle multi-touch T3500T permite que o operador programe graficamente os componentes de maneira bastante simples. O sistema de controle de tecnologia Trumpf calcula o ângulo exato dos parâmetros de dobra, mas, se já existem programas de dobra prontos, é possível importar os dados via USB ou conexão de rede. Pode vir com quatro ou cinco eixos, tornando a produção rápida e precisa. Os batentes internos podem mover-se em todo o comprimento da dobra, possibilitando uso irrestrito mesmo durante a operação. Possui também, o automatic crowning – compensação de flecha – função que garante ângulos constantes em todo comprimento de dobra da máquina. A nova geração de dobradeiras da série TruBend 3000 oferece ainda a visualização 3D da peça, permitindo a simulação da produção e identificação de possíveis colisões. Para proteger o operador da máquina sem perder produtividade, traz o sistema BendGuard, que usa um feixe laser para controlar a área por baixo da ferramenta superior. Portanto, se houver qualquer tipo de interferência a TruBend 3100 pára de funcionar imediatamente. Desta forma é possível fazer uso da velocidade máxima da máquina- um de seus grandes diferenciais- com completa segurança. A posição do BendGuard pode ser facilmente ajustada e permite uma variada gama de ferramentas e diferentes conceitos. Dependendo das necessidades operacionais é possível selecionar o sistema de troca de ferramentas manual ou de fixação automática. Por ser fornecida completamente montada, tem instalação rápida e área de trabalho bem iluminada graças a instalação de LED tanto na frente quanto no interior da máquina. As principais características técnicas da máquina incluem: força de 1.000 kN; comprimento de dobra de 3.060 mm; largura entre colunas igual

a 3.384 mm; altura de instalação expandida até 500 mm; velocidade em Y de 200 mm/s e; velocidade máxima de operação de 15 mm/s. Trumpf 11 4133 3560 www.br.trumpf.com

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novo módulo de acoplamento de robô VERO-S NSR maxi 220, da Schunk, torna mais fácil e seguro o manuseio de pallets pesados (1.000 kg com tamanho de pallet de 800 x 800 mm). A alta força de manuseio de 75 kN cria um sistema incomum de rigidez, com uma força de agarre que permite elevados torques. A posição de deslizamento da garra do módulo é monitorada pelo sistema indutivo do curso de medição. Combinado com o monitoramento de presença do pallet o sistema auxilia a garantir a confiabilidade máxima do processo. Uma função de limpeza integrada para todas as superfícies de contato minimiza o desgaste durante a troca de paletts. As principais características do processo são: torque máximo transferível de 4.000 Nm; módulo completamente selado; bloqueio com travamento automático; todos os componentes em aço inoxidável temperado; purga de ar com função de limpeza em todas as superfícies funcionais; duas opções para segurança contra torção – via pinos cilíndricos ou via inclinação externa (patenteado); todo monitoramento integrado como padrão – posição da garra (aberta/fechada) e presença de pallet; precisão de repetição < 0,02 mm; não tem necessidade de lubrificação; dimensões extremamente compactas com 220 x 180 x 108 mm de comprimento, largura e altura respectivamente.

Schunk 11 4468 6888 www.br.schunk.com REVISTA FERRAMENTAL SETEMBRO.OUTUBRO 2015

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COMO EVITAR OS ERROS QUE PODEM LHE IMPEDIR DE CHEGAR À FASE DA NEGOCIAÇÃO Por Paulo Cesar Silveira | Fotos Divulgação

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a apresentação que os profissionais de vendas fazem do produto ou serviço, o que costuma provocar objeções do cliente? A definição de objeção mais aceita no contexto de vendas é: “afirmação ou pergunta que sugere a intenção de não comprar”. Na maior parte dos casos, essa intenção só acaba se transformando em realidade se o vendedor não for capaz de dar a resposta correta. Há também o risco de o profissional – sobretudo se for novato – tender a tomar tal intenção por uma quase decisão. Isso pode fazer com que sinta medo de não conseguir esclarecer a objeção e, assim, de perder a venda. Claro que o medo não justifica, quando se trata de profissionais de vendas bem preparados, pois eles têm consciência que a objeção é mais um degrau rumo às metas e ótimos resultados. De qualquer modo, vale a pena ter sempre em mente e esta regra vale mundialmente tanto no mercado doméstico, como nos departamentos de vendas profissionais. Eles só entenderão o que realmente interessa ao cliente se este formular objeções, que fornecerão as indicações necessárias para dar um conteúdo mais concreto e convincente à apresentação. Uma vez que um dos requisitos mais importantes para um vendedor profissional ter êxito consiste na capacidade de antecipar restrições do cliente, será preciso descobrir os elementos e conteúdos específicos da apresentação que poderão ajudar na dissolução das objeções como: ! O preço; ! O sistema de distribuição; ! A política comercial da empresa representada; 1 ! A relutância em modificar o status quo , ou seja, a situação estabelecida. Nesses fatores misturam-se questões de ordem prática e atitudes pessoais e persuasivas. O perigo das objeções intransponí-

veis será proporcionalmente menor quanto maior for o profissionalismo dos “vendedores”, ou seja, se for grande seu conhecimento do produto ou serviço e sua capacidade de apresentá-los de modo profissional e convincente. Infelizmente a maioria dos vendedores não se prepara para mais de quatro ou cinco objeções. Para a maioria das empresas, principalmente as multinacionais que atuam em outros países, seus compradores são em maioria totalmente despreocupados que os seus fornecedores venham a perder dinheiro nos negócios ou até venham à falência pela forma como conduzem suas negociações, portanto é essencial para os empresários e profissionais de vendas que eles sejam coerentes, leais e zelosos com a sua empresa, com a sua equipe, e com o território em que atuam. Confira abaixo os principais erros cometidos pelos profissionais de vendas e que os impedem de chegar à fase da negociação: [ Menosprezar a capacidade da concorrência em virtude de superioridade tecnológica, sem observar a demanda do cliente e o quanto ele está disposto a investir na sua solução; [ Preparar-se minimamente para a primeira reunião e não oferecer sequer a pontualidade; [ Não tratar com a pessoa certa, a que toma decisões; [ Pressa/impaciência com o tempo de raciocínio do comprador; [ Não reconhecer as necessidades e ideias do cliente; [ Não levar em conta os desejos e interesses pessoais do comprador em relação ao negócio; [ Apresentação excessiva de detalhes técnicos sem perceber que já é momento para entrar na negociação de valores, de iniciar o fechamento da venda; [ Deixar de identificar problemas estruturais da empresa compradora que poderão cancelar o pedido (o cliente sempre mentirá aqui dizendo que teve outros problemas); [ Não demonstrar as vantagens reais da solução ofertada de forma completa. Ficar vendendo apenas o produto para ser REVISTA FERRAMENTAL SETEMBRO.OUTUBRO 2015

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comparado pelo preço; Não destacar a segurança de comprar de sua empresa, seja pela alta tecnologia utilizada, equipes treinadas constantemente, operações pelo mundo e milhões de clientes satisfeitos como evidência; Apresentar ao cliente uma imagem de “sabe tudo”, muitas vezes prejulgando o cliente pela sua aparência ou simplicidade; Não perguntar sobre objeções para evitar “conflitos” diretos, e com isso engessar a continuidade do negócio. Neste momento o cliente marcará uma “nova” reunião que nunca acontecerá; Argumentar sem objetivos fixos de desconto gradual, por exemplo; Falta de convicção quanto ao estabelecimento do preço, muitas vezes argumentando até em prol da concorrência, neste sentido passando para o cliente que não faz parte de forma integral da marca que representa. O cliente perceberá esse fator aqui pela sua linguagem corporal negativa e; Apresentar excesso de alternativas, deixando o cliente indeciso. Normalmente isso acontece quando se tem concorrentes de nicho de mercado. Tentar customizar sua solução aqui para bater preço demonstrará falta de segurança, falta de conhecimento, despreparo, e também desespero na negociação.

Todas estas situações mencionadas acima se encaixam em algum tipo de objeção. As mais comuns são listadas a seguir. Objeção para não comprar O cliente às vezes não tem coragem de recusar o encontro com o profissional de vendas, mas quando o recebe, usa todo o tipo de expediente para negar a argumentação dele. O recurso mais frequente é a objeção, cuja finalidade prática consiste em não comprar e tomar o tempo do profissional de vendas na reunião em questão, apesar da “boa vontade e empatia” revelada ao vendedor por “amizade”. A mesma coisa costuma acontecer na primeira visita de um profissional de vendas a um cliente potencial, que acha que não precisa do produto ou serviço oferecido, mas não tem coragem de esclarecer a situação e de expressar a sua rejeição de modo aberto. Por isso, recorre às objeções, demonstrando dessa forma que não vai comprar naquele momento, mas agradece de “coração” a agradável visita do vendedor “de primeira viagem”. A vontade de não comprar também costuma ter uma causa que está a meio caminho entre o prático e o psicológico: a resistência à compra. Na prática, tal resistência costuma ser motivada pela 46 REVISTA FERRAMENTAL SETEMBRO.OUTUBRO 2015

preocupação do revendedor ou do transformador com um excesso de estoque, ou de aumento do débito com os bancos. Uma vez que compra implica no desembolso de dinheiro (mesmo que exista prazo determinado para pagar) e um correspondente aumento de estoque para revender ou utilizar, esses dois aspectos acabam somados e induzem o cliente a adiar a aquisição. A tais motivos práticos soma-se também o fator psicológico: o medo de comprar desnecessariamente ou de forma equivocada. A aquisição é vista então como um ato definitivo, irrecorrível, que deve ser executado o mais tarde possível. Em casos desse tipo, quando o responsável pela produção encarrega o comprador de recompor o estoque, este atrasa o quanto pode o pedido de compra, para não ser acusado de administrar mal o estoque. Quando quem compra é o responsável pelo ponto-de-venda, a relutância torna-se mais exasperada, chegando a ponto de leválo a correr o risco de perder venda por falta de produtos, ou ao extremo de esperar que o vendedor prometa a entrega imediata dos produtos solicitados, mesmo sabendo que o fornecedor costuma exigir, por exemplo, cinco dias como prazo para entrega. Essas manifestações de adiamento também ficam evidentes no comportamento do consumidor final que, dentro de uma loja, foge ao contato dos balconistas. Objeção para comprar Embora pareça paradoxal, essa é a objeção mais frequente. Os clientes consideram que o produto ou serviço oferecido atende as suas necessidades, mas antes de comprar, querem ter certeza de fazer um ótimo negócio, para ele! Nesse caso, a objeção destina-se a aumentar o nível da informação: ele quer mais, para reafirmar a sua convicção que está fazendo o que é certo, gerando um negócio lucrativo. Contudo, aqui também pode haver um elemento negativo. Mesmo convencido de que o produto ou serviço tem tudo para atender as suas necessidades e exigências, os compradores continuam a objetar, na esperança de que o profissional vendedor, preocupado em perder o pedido, conceda facilidades adicionais ou descontos. Quando a objeção é causada por uma das razões analisadas, em geral aparece de modo formulado e preciso. Ao contrário, quando tem por objetivo atingir um alvo concreto, parece que os clientes encontram certa dificuldade para expressá-la com a necessária clareza. Esta pode ser uma maneira de descobrir suas causas. Objeções quanto ao profissional de vendas Muitas vezes, a própria objeção do profissional de vendas provo-


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ca boa parte das objeções do cliente. Isso poderá acontecer se o vendedor estiver despreparado, sem ter, por exemplo, caracterizado o tipo de necessidade do cliente, na fase de préabordagem. Por isso, ofereceria o produto errado, ou mostraria as características-vantagens erradas. O despreparo dos profissionais de vendas também poderá revelar-se na incapacidade de controlar sua linguagem corporal ou em saber olhar, ler, e interpretar a do cliente. Nesta segunda circunstância, ele não percebe que assumiu atitudes e comportamentos irritantes, provocando reações negativas. Talvez os profissionais de vendas se deem conta, num segundo momento, da necessidade de autocrítica, e então mudem sua postura, retomando a situação. Embora no meio corporativo normalmente quase nunca tenhamos uma chance “de causar uma segunda ótima impressão”, normalmente é mais inteligente causar uma primeira ótima impressão, pois assim o fluxo dos negócios fica mais fácil. Fazendo isso, os profissionais de vendas evitarão cometer os mesmos erros pela segunda vez, e possivelmente não o farão mais ao longo da vida profissional. Objeções quanto ao produto ou serviço Os compradores podem perceber as características físicas, de facilidade de manejo e de funcionamento, bem como as exigências de manutenção e outros itens relacionados ao produto ou serviço como não ideais. Se ele for um revendedor, pode não ver o produto como grande fonte de lucro, tanto pelo fato de a relação benefício/custo lhe parecer insatisfatória quanto por prever uma lenta rotatividade. Já o cliente industrial ou transformador pode não identificar no produto uma alternativa válida para os materiais que costuma comprar, ou considerar características insuficientes para levá-lo a uma cara substituição do parque de máquinas e outros equipamentos ainda não obsoletos. Por fim, esses clientes ou mesmo usuários finais podem objetar que o produto custa mais caro que o outro que ele costuma utilizar, mesmo que este possua características de custo versus benefício muito mais vantajoso e justifique seu pagamento. E cabe, neste caso aos profissionais vendedores, fazer uma venda profissional onde consigam passar nas suas apresentações todas as vantagens e benefícios que a sua solução trará de imediato.

Regra de ouro: mesmo sendo um amigo do cliente fora dos ambientes corporativos, o profissionalismo e o zelo pela empresa que se representa deverá prevalecer, sempre.

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Objeções quanto ao preço O preço dá origem a muitas objeções, que em grande parte são definidas como não válidas, ou seja, infundadas por natureza. A primeira coisa que o cliente diz quando não quer comprar é que não concorda com o preço, em um tipo de restrição cujas especificidades variam de acordo com o setor mercadológico dentro do qual está se dando a negociação. O problema surge do fato de que o vendedor tem consciência do valor daquilo que oferece, enquanto o cliente preocupa-se mais com o preço em si – a menos que, de tão interessado no valor do bem, seja capaz de deixar a questão do preço para um plano secundário e raciocine em termos de custo x benefício. Os vendedores, cientes das possíveis objeções que virão à baila, devem organizar sua apresentação de modo que as características-vantagens tenham a força de influenciar e convencer. [ O preço é uma das características do produto ou serviço, e até mesmo de suas atitudes; [ Os profissionais de vendas e os empresários precisam aprender a não ter medo do preço que oferecem: trata-se de um medo facilmente perceptível pelo comprador e suas equipes e é contagioso ao seu meio e; [ Vale a pena reforçar: os clientes sempre objetam, seja no mercado doméstico ou no mercado corporativo. Não se preocupe, pois o cliente objeta quanto ao preço porque naquele momento, não tem dinheiro, embora não admita diante do interlocutor. Quando você tem pela frente uma objeção reconheça-a como uma oportunidade. Uma chance de mostrar que o seu produto ou serviço foi feito para atender às necessidades de seus clientes. Esteja preparado e isso o levará ao próximo passo no ciclo da VENDA! O bserve B em J eitos E C omportamentos A parentemente O cultos Objeção não é rejeição!... O cliente quer saber mais antes de dizer SIM. Na próxima edição confira o último artigo da série, com o tema: Como blindar sua equipe para superar os 14 motivos mundiais pelo qual os clientes pedem descontos.


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Tenham um fabuloso dia hoje e sempre... pois o MERCADO é do TAMANHO de sua IMAGINAÇÃO. Se você tiver algum comentário, sugestão ou dúvida entre em contato pelo e-mail falecom@paulosilveira.com.br e no campo “Assunto” coloque Revista Ferramental. 1

Status quo: deriva da expressão em latim “in statu quo res erant ante bellum”, termo diplomático que significa "no estado (em que se estava) antes da guerra". Emprega-se esta expressão, geralmente, para definir o estado atual de coisas ou situações, seja em que momento for.

Paulo Cesar Silveira - Conferencista com mais de 1.900 palestras em sua carreira em 19 anos de profissão. Consultor, empreendedor e articulista com mais de 800 artigos editados. Mentor e líder do Projeto Liderança Made in Brazil. Autor de 22 livros, destacando-se os bestsellers: A Lógica da Venda e Atitude – A Virtude dos Vencedores. Sendo ainda um dos autores da Coleção Guia Prático da Revista PEGN e também dos livros Ser+ em Vendas, Ser+ com T&D e Ser+ com Palestrantes Campeões em parceria com a Revista Ser Mais. Seu trabalho corporativo se baseia no treinamento mundial de vendas mais agressivo do mundo: Buyer Focused Selling e nos principais métodos de

compras mundiais, principalmente as metodologias BATNA, PAC e no método de liderança TGE. Professor convidado da FGV/SP, FIA FEA/USP e UFRGS. Palestrante indicado pela FACISC, ADVB e FIESP nas áreas de vendas consultivas, vendas técnicas, negociação e comunicação com base em liderança. Site www.paulosilveira.com.br

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CIRCUITO BUSINESS

FEIRAS, CONGRESSOS E CURSOS FEIRAS E CONGRESSOS SETEMBRO 2115 1º a 4 - Joinville, SC, Brasil Intermach 2015- Feira Internacional de Tecnologia, Máquinas, Equipamentos, Automação e Serviços para a Indústria Metalmecânica Cintec 2015- Congresso de Inovação Tecnológica: Mecânica e Automação (47) 3451-3000 | www.intermach.com.br

5 a 10 - Milão, Itália EMO 2015- Exposição Mundial de Máquinasferramenta www.emo-milano.com 6 a 7 - Itupeva, SP, Brasil Best Practice Day Staufen Táktica - Gestão Lean (19) 3262-0011 | www.best-practice-day.com.br

NOVEMBRO 2015 2 a 3 - Charlotte, NC, EUA Extrusion 2015- Conferência sobre o Processo de Extrusão www.ptonline.com/events 3 a 6 - Recife, PE, Brasil Fispal 2015- 13ª Feira de Processos, Embalagens e Logística para as Indústrias de Alimentos e Bebidas no Nordeste (11) 3598-7800 www.fispaltecnologianordeste.com.br

3 - São Paulo, SP, Brasil Autodesk University Brasil 2015- Encontro de usuários Autodesk (11) 5501-2500 | www.autodesk.com.br

7 a 9 - Porto Alegre, RS, Brasil 35º SENAFOR 2015 19ª Conferência Internacional de Forjamento 18ª Conferência Nacional de Conformação de Chapas 5ª Conferência Internacional de Conformação de Chapas 2º Congresso do BrDDRG 5ª Conferência Internacional de Materiais e Processos de Energias Renováveis (51) 3308-6134 | www.senafor.com

10 a 12 - Salvador, BA, Brasil SAIE Vetro 2015 - Salão Itinerante de Esquadrias e Vidros (11) 5585-4355 | www.saiebrasil.com.br

7 a 9 - Osaka, Japão 18ª Exposição de Componentes Mecânicos & Tecnologia dos Materiais www.dms-kansai.jp

DEZEMBRO 2015

15 a 17 - Guangzhou, China Asiamold 2015- Feira Internacional de Moldes e Matrizes www.asiamold-china.com

8 a 11 - Mumbai, Índia India Pack 2015- 6ª Feira Internacional da Embalagem www.chanchao.com.tw

6 a 11 - Rio de Janeiro, RJ, Brasil COBEM - 23º Congresso Brasileiro de Engenharia Mecânica (21) 2221-0438 | www.cobem2015.org

16 - São Paulo, SP, Brasil 1º Congresso Brasileiro da Indústria de Máquinas e Equipamentos (11) 5582-6311 | www.abimaq.org.br

13 a 17 - Friedrichshafen, Alemanha 24ª Fakuma - Feira Internacional para o Processamento de Plásticos www.fakuma-messe.de

FEVEREIRO 2016

16 a 19 - Ho Chin Minh City, Vietnam Plastics Vietnam International Plastic Exhibition15ª Feira Vietnamita do Plástico www.vietnamplas.com

14 a 15 - Joinville, SC, Brasil Moldes 2015- Encontro da Cadeia de Fabricantes de Moldes (11) 5534-4333 | www.abmbrasil.com.br

21 a 24 - Poznan, Polônia EPLA 2015- Feira Internacional para Plástico e Borracha www.epla.pl/en/

15 a 19 - Guangzhou, China Canton Fair 2015 1ª Fase - 118ª Feira de Importação e Exportação da China www.cantonfair.org.cn

22 a 25 - Düsseldorf, Alemanha Euromold 2015- Feira Internacional de Moldes e Matrizes www.euromold.com

20 a 23 - São Paulo, SP, Brasil Corte e Conformação 2015- 8º Feira sobre Corte e Conformação de Metais Brazilian Welding Show - Feira sobre Soldagem Corte e Conformação 2015- 8º Congresso sobre Corte e Conformação de Metais Brazilian Welding Show - Congresso sobre Soldagem (11) 3824-5300 | www.arandanet.com.br

2 a 4 - Glasgow, Inglaterra 13º Congresso Internacional de Conformação a Frio www.strath.ac.uk

25 a 27 - Bangalore, Índia IPLEX´15- Feira Internacional do Plástico www.iplex15blr.com 28 a 1º/10 - São Paulo, SP, Brasil FENAF 2015- 16ª Feira Latino Americana de Fundição CONAF 2015- 17º Congresso ABIFA de Fundição (11) 3549-3344 | www.fenaf.com.br

21 a 24 - Joinville, SC, Brasil Intercon 2015- Feira e Congresso da Construção Civil Cintec 2015- Congresso de Inovação Tecnológica: Construção Civil, Arquitetura e Urbanismo (47) 3451-3000 | www.feiraintercon.com.br

OUTUBRO 2015 5 a 7 - Indianápolis, IN, EUA NADCA 2015- Feira e Congresso sobre Moldes para Fundição www.diecasting.org 50 REVISTA FERRAMENTAL SETEMBRO.OUTUBRO 2015

28 a 31 - Batalha, Portugal Moldplas 2015- Salão de Máquinas, Equipamentos, Matérias-primas e Tecnologia para Moldes e Plásticos www.exposalao.pt

17 a 20 - Frankfurt, Alemanha FormNext 2015 - Feira e Conferência Internacional de Ferramentaria e Tecnologias Aditivas www.mesago.de 26 a 29 - Cairo, Egito Egymold 2015- Feira Internacional de Moldes e Matrizes www.euromold.com

22 a 25 - Sharjah, União dos Emirados Árabes ArabiaMold- Feira Internacional de Moldes e Matrizes www.arabiamold.com

CURSOS SETEMBRO 2015 1 a 3 - ABAL, São Paulo, SP Curso: Metalografia das ligas de alumínio (11) 5904-6450 | abal@abal.org.br 1 a 4 - Fitso, Sorocaba, SP Curso: Cimatron E - CAD 2D 3D (11) 4718-1611 | eduardo@fitso.com.br 2 a 4 - ABM, Rio de Janeiro, RJ Curso: Análise metalográfica (11) 5534-4333 | andrea@abmbrasil.com.br 3 a 4 - Magma, São Paulo, SP Curso: Metalurgia dos ferros fundidos (11) 5535-1381 | eventos@magmasoft.com.br 3 a 4 - ABAL, São Paulo, SP Curso: Extrusão do alumínio (11) 5904-6450 | abal@abal.org.br 3 a 4 - ABM, São Paulo, SP Curso: Metalização - Deposição de materiais na fabricação e na manutenção de componentes mecânicos e estruturas metálicas


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CIRCUITO BUSINESS

Curso: Extrusão do alumínio (11) 5534-4333 | andrea@abmbrasil.com.br 9 a 10 - ABM, São Paulo, SP Curso: Aços avançados com alta resistência mecânica para aplicações automotivas (11) 5534-4333 | andrea@abmbrasil.com.br 12 a 24/10 - Fitso, São Paulo, SP Curso: Cimatron E - Projeto de Moldes CAD 3D (11) 4718-1611 | eduardo@fitso.com.br 16 a 19 - Fitso, São Paulo, SP Curso: Cimatron E - Fresamento CAM 4X e 5X (11) 4718-1611 | eduardo@fitso.com.br 22 a 23 - Magma, São Paulo, SP Curso: Tratamento térmico em aços fundidos (11) 5535-1381 | eventos@magmasoft.com.br 22 a 25 - ABM, Rio de Janeiro, RJ Curso: Ensaios dos materiais (11) 5534-4333 | andrea@abmbrasil.com.br 23 a 24 - ABAL, São Paulo, SP Curso: Laminação do alumínio- Conceitos básicos (11) 5904-6450 | abal@abal.org.br 30 - ABAL, São Paulo, SP Curso: Fundição das ligas de alumínio (11) 5904-6450 | abal@abal.org.br OUTUBRO 2015 27 a 28 - Magma, São Paulo, SP Curso: Utilização de ferramentas estatísticas aplicadas à fundição (11) 5535-1381 | eventos@magmasoft.com.br NOVEMBRO 2015 24 a 25 - Magma, São Paulo, SP Curso: Desenvolvimento de peças fundidas (11) 5535-1381 | eventos@magmasoft.com.br

CONSULTAR ABIPLAST - São Paulo, SP Curso: Formação de operadores de produção e planejamento estratégico para micro e pequena empresa (11) 3060-9688 | www.abiplast.org.br ABM - São Paulo, SP Curso: Metalurgia e materiais (11) 5536-4333 | www.abmbrasil.com.br Bertoloti - In company Curso: Melhoria na troca de moldes (11) 8262-8785 | bertoloti@uol.com.br CECT - Florianópolis, SC Curso: Metrologia e sistemas da qualidade (48) 3234-3920 | www.cect.com.br Certi - Florianópolis, SC Curso: Metrologia (48) 3239-2120 | www.certi.org.br/metrologia 52 REVISTA FERRAMENTAL SETEMBRO.OUTUBRO 2015

Cetea Ital - Campinas, SP Curso: Design técnico, proteção, segurança, legislação e qualidade de embalagens plásticas (19) 3743-1900 | www.cetea.ital.org.br Colégio Técnico - Campinas, SP Curso: Injeção de termoplásticos e projeto de moldes para injeção de termoplásticos (19) 3775-8600 | www.cotuca.unicamp.br/plasticos CTA - São José dos Campos, SP Curso: Auditores da qualidade, gestão da qualidade, normalização, ultra-som, raio-X (12) 3947-5255 | www.ifi.cta.br

de superfícies, projeto de produto (11) 5575-5737 | www.seacam.com.br Senai - Joinville, SC Curso: Tecnologia em usinagem, mecatrônica, ferramentaria (47) 3441-7700 | www.sc.senai.br Senai Mário Amato - São Bernardo do Campo, SP Curso: Materiais, moldes, processamento de plásticos (11) 4109-9499 | www.sp.senai.br Senai - Jundiaí, SP Curso: Tecnologia de moldes, operador de extrusora, técnico em plásticos (11) 4586-0751 | www.sp.senai.br/jundiai

Escola LF - São Paulo, SP Curso: Operação de máquinas de sopro e injetoras, análise de materiais e processamento, projeto de moldes (11) 3277-0553 | www.escolalf.com.br

Senai Roberto Mange - Campinas, SP Curso: Técnico em construção de ferramentas (19) 3272-5733 | www.sp.senai.br

Escola Técnica Tupy - Curitiba, PR Curso: Técnico em plásticos (41) 3296-0132 | www.sociesc.org.br

SKA - São Leopoldo, RS Curso: Curso básico e avançado de CAD e CAM 0800 510 2900 | www.ska.com.br

Faculdade Tecnológica Tupy - Curitiba, PR Curso: Tecnólogo em polímeros e Pós-graduação em desenvolvimento e processos de produtos plásticos (41) 3296-0132 | www.sociesc.org.br

Smarttech - São Paulo, SP Curso: Conformação mecânica, projeto de ferramentas, defeitos em peças plásticas, injeção de plásticos (11) 3168-3388 | www.smarttechtreinamentos.com.br

INPAME - São Paulo, SP Curso: Operador de prensas e similares (in company) (11) 3719-1059 | www.inpame.org.br IMA - Rio de Janeiro, RJ Curso: Especialização em processamento de plásticos e borrachas (21) 2562-7230 | www.ima.ufrj.br Intelligentia - Porto Alegre, RS Curso: Racionalização de processos de manufatura, desenvolvimento gerencial (51) 3019-5565 | www.intelligentia.com.br Itys Fides - São Paulo, SP Curso: Produtividade e eficiência, Custo padrão, Racionalização industrial (11) 4799-4182 | www.oemitys.com.br Ponto Zero - Joinville, SC Curso: Programação CNC Centros de Usinagem - ISO Curso: Programação CNC Centros de Usinagem Heidenhain Curso: Programação CNC Torneamento Curso: Metrologia básica Curso: Desenho técnico mecânico (47) 3026-3056 | www.pontozerotreinamento.com.br Sandvik - São Paulo, SP Curso: Técnicas básicas de usinagem, tecnologia para usinagem de superligas, otimização em torneamento e fresamento (11) 5696-5589 | www.sandvik.com.br Seacam - São Paulo, SP Curso: CAD, CAM, gravação 3D, inspeção, geração

Sociesc - Joinville, SC Curso: Automação, mecânica, mecatrônica, metalurgia, plásticos 0800 643 0133 | www.sociesc.org.br Trade Mix - Rio de Janeiro, RJ Curso: Design de embalagens e projeto de produtos (21) 3852-5363 | www.trademix.com.br UCS - Caxias do Sul, RS Curso: Modelagem 3D, fundamentos de injeção de polímeros no Moldflow (54) 3218-2430 | www.ucs.br Unicamp - Campinas, SP Curso: Especialização em gestão estratégica da inovação tecnológica (19) 3521-4557 | www.extecamp.unicamp.br Yaskawa - São Paulo, SP Curso: Servo-acionamentos, inversores de frequência, motion controllers (11) 5071-2552 | www.yaskawa.com.br


conexão www ESPAÇO LITERÁRIO

DICAS DE LEITURA MÉTRICAS DE MARKETING - O guia definitivo de avaliação de desempenho do marketing Paul W. Farris, Neil T. Bendle, Phillip E. Pfeifer, David J. Reibstein Você sabe qual é o verdadeiro retorno das ações de marketing da sua empresa? Ele está dentro do previsto? Se você não sabe, está em suas mãos o guia mais abrangente e autorizado para definir, construir e usas as métricas necessárias aos profissionais de marketing de hoje. Mais do que simplesmente medir, compreenda como as diversas métricas se interligam - e as consequências financeiras resultantes das decisões de marketing. A obra dá um grande passo nessa discussão ao analisar sistemas alternativos de mensuração de marketing integrado e como as empresas estão montando esses sistemas para diagnosticar melhor e para ter modelos mais transparentes. Disponível na versão digital. Tem 426 páginas. 2ª edição. 2013. ISBN 978-85-40701-40-3. | www.grupoa.com.br CONFORMAÇÃO MECÂNICA Lírio Schaeffer Esse livro serve como subsídio para as disciplinas vinculadas aos processos de fabricação por conformação mecânica. Apresenta fundamentos básicos a serem usados por alunos de engenharia mecânica, metalurgia e materiais, bem como técnicos de indústrias relacionados com os processos de conformação mecânica e áreas afins. O Brasil retém uma das maiores reservas de minerais no mundo, porém, o exterior ainda é muito requisitado pelos brasileiros em relação aos produtos primários. Esse trabalho visa contribuir formulando aspectos básicos na fabricação de componentes para a conformação mecânica. Tem 170 páginas. 2ª edição. 2004. ISBN 978-85-86647-13-6. | www.imprensalivre.net MOVIDOS POR IDEIAS - Insights para criar empresas e carreiras duradouras José Salibi Neto, Sandro Magaldi Neste livro, José Salibi e Sandro Magaldi, respectivamente presidente e diretor comercial da HSM, apresentam uma síntese das grandes lições de administração que todo e qualquer líder de empresa deve conhecer e seguir, representando os pilares do pensamento do management - que nunca mudam. Abordando temas como gestão de vendas, autogestão de carreira, liderança, parcerias eficazes, networking e outros, o ponto forte do livro é que essas lições são apresentadas por eles tendo como apoio os ensinamentos de grandes gurus da administração moderna, como Peter Drucker, Jim Collins e Ram Charan, bem como pelas lições de grande empreendedores brasileiros, como Edson Bueno e Jorge Paulo Lemann. Tem 159 páginas. 1ª edição. 2010. ISBN 978-85-35243-88-8. | www.elsevier.com.br PRODUCTION OF THE FUTURE - How to prepare for the fourth Industrial Revolution Bernd Leukert A Indústria 4.0 representa uma economia baseada em rede, alimentada por processos, tecnologias e dispositivos conectados perfeitamente entre si. O uso de dispositivos inteligentes irá conduzir a uma nova onda de digitalização, de conscientização e de automação que vai reinventar a indústria transformadora. Fundamentalmente mudará como os produtos são adquiridos, construídos e consumidos, criando um novo tipo de padrão. Este e-book explica como a SAP pode ajudar as empresas a fazer o melhor uso das oportunidades que vêm junto com essa nova revolução industrial. Você terá uma visão abrangente de nossos passos na direção de um futuro cada vez mais conectado e relacionado, incluindo a nossa opinião sobre novos e inteligentes sistemas de produção, cadeias de suprimentos em rede, manutenção e análise preditiva, bem como novas formas de trabalho na indústria de manufatura. Disponível apenas na versão digital. Tem 72 páginas. 2015. Idioma inglês. | http://global.sap.com/

60 REVISTA FERRAMENTAL SETEMBRO.OUTUBRO 2015

REVISTA FERRAMENTAL SETEMBRO.OUTUBRO 2015

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OPINIÃO

Ferramentarias no INOVAR-AUTO Por José Roberto Nogueira da Silva| Foto Adonis Guerra

O

INOVAR-AUTO, novo Regime Automotivo, programa do governo federal que concede incentivos fiscais ao setor como estímulo para a produção local, à pesquisa, à inovação e ao desenvolvimento tecnológico -, abriu um novo caminho para as ferramentarias no Brasil. Desde a criação das Câmaras Setoriais, em 1992, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC participa de iniciativas que têm como objetivo a construção de políticas desta natureza, que sejam mais duradouras e possibilitem o crescimento industrial com geração de postos de trabalho, principalmente em áreas de maior conhecimento. É importante destacar que 92% de um veículo automotivo é produzido a partir de um molde ou ferramental e que, mesmo assim, as ferramentarias vinham sendo sucateadas sistematicamente desde o início da década de 90. Esse processo de desmonte foi o motivador da organização do APL de Ferramentaria do ABCD, um Arranjo Produtivo Local que tem o intuito de recuperar essa área essencial. A operação do APL, da mesma forma que outras entidades como a ABINFER, está sendo fundamental para reunir os agentes públicos e privados na 'reconstrução' do setor. Todos esses esforços têm encontrado no INOVAR-AUTO um mecanismo de fortalecimento, que por meio da portaria interministerial 318, publicada no final do ano passado pelo MDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e pelo MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia, definiu etapas de

José Roberto Nogueira da Silva - Bigodinho Diretor de Organização do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC bigode@smabc.org.br

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produção de ferramental e autorizou a reversão destes gastos em créditos para desconto no IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados. Essa regulamentação estabelece regras para que as montadoras declarem investimentos no setor como pesquisa, desenvolvimento e engenharia. As cinco fases do desenvolvimento de ferramental que passaram a ser creditadas no Regime Automotivo são: Planejamento - especificação da matéria-prima, equipamentos e meios de produção, incluindo os processos de ferramental ou planos de métodos, simulações virtuais de peças, processos e equipamentos de produção; Projeto - desenhos, cálculos e simulações, modelamentos e detalhamentos técnicos, de acordo com especificações da área de planejamento; Construção - baseado nas informações do projeto, lista de materiais, componentes e processo produtivo; Testes - fabricação de amostras de peças para validação do ferramental e; Acabamento - execução de processos de acabamento para atendimento às especificações do produto e processo. Essa política de estímulo vem ao encontro de uma nova concepção, que busca na unidade de diferentes atores sociais, sendo eles trabalhadores e empresários, pontos de interesses comuns, em um novo processo civilizatório de crescimento social.




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