Revista Ferramental Edição 62

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EDITORIAL

www.revistaferramental.com.br ISSN 1981-240X

NUNCA DESISTA!

DIRETORIA

Chris an Dihlmann - Jacira Carrer REDAÇÃO

Chris an Dihlmann Jornalista Responsável Gisélle Franciane de Araújo - SC/02466 jornalismo@revistaferramental.com.br COLABORADORES

Dr. Adriano Fagali de Souza, André P. Penteado Silveira, Dr. Cris ano V. Ferreira, Dr. Jefferson de Oliveira Gomes, Dr. Moacir Eckhardt, Dr. Rolando Vargas Vallejos PUBLICIDADE

Coordenação Nacional de Vendas Chris an Dihlmann (47) 3025-2817 | 9964-7117 chris an@revistaferramental.com.br comercial@revistaferramental.com.br GESTÃO

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Mar n G. Henschel IMPRESSÃO

Impressul Indústria Gráfica Ltda www.impressul.com.br A Revista Ferramental é distribuída gratuitamente em todo Brasil, bimestralmente. É des nada à divulgação da tecnologia de ferramentais, seus processos, produtos e serviços, para os profissionais das indústrias de ferramentais e seus fornecedores: ferramentais, modelações, empresas de design, projetos, proto pagem, modelagem, so wares industriais e administra vos, matérias-primas, acessórios e periféricos, máquinas ferramenta, ferramentas de corte, óleos e lubrificantes, prestadores de serviços e indústrias compradoras e usuárias de ferramentais, disposi vos e protó pos: transformadoras do setor plás co e da fundição, automobilís cas, autopeças, usinagem, máquinas, implementos agrícolas, transporte, elétricas, eletroeletrônicas, comunicações, alimen cias, bebidas, hospitalares, farmacêu cas, químicas, cosmé cos, limpeza, brinquedos, calçados, vestuário, construção civil, moveleiras, eletrodomés cos e informá ca, entre outras usuárias de ferramentais dos mais diversos segmentos e processos industriais. A Ferramental tem como pressuposto fundamental que todas as informações nela con das provêm de fontes fidedignas, portanto, recebidas em boa fé. Logo, não pode ser responsabilizada pela veracidade e legi midade de tais informações. Quando da aceitação para a publicação, o autor concorda em conceder, transferir e ceder à editora todos os direitos exclusivos para publicar a obra durante a vigência dos direitos autorais. Em especial, a editora terá plena autoridade e poderes para reproduzir a obra para fins comerciais em cópias de qualquer formato e/ou armazenar a obra em bancos de dados eletrônicos de acesso público. As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as mesmas da revista Ferramental. A reprodução de matérias é permitida, desde que citada a fonte. Tiragem: 5.000 exemplares.

EDITORA GRAVO LTDA

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Capa: Gestão estratégica - Ferramenta ou cultura empresarial? Por Pedro Guilherme Oliveira

O envio da revista é gratuito às empresas e profissionais qualificados das indústrias de ferramentais, seus fornecedores, compradores e usuários finais. Qualifique sua empresa no www.revistaferramental.com.br

Never give up! Tenho visto, com muita frequência, essa frase estampada em camisetas pelas ruas de nosso Brasil. Embora boa parte dos usuários possa não entender o seu real significado, é assim mesmo que eu penso e, ultimamente, pratico: Nunca desista! Quero conectar essa frase com outro material que recebi recentemente nestes, ao mesmo tempo amados e odiados, grupos de relacionamento virtual. E peço permissão para transcrever o que ouvi no filme. Não obstante minha forte crença em Deus e admiração por Jesus, a intenção não é fazer apologia à abordagem religiosa. O texto assim menciona: O maior ato de liderança é o que acontece na sua ausência. Se tudo o que você fizer morrer contigo, você é um fracasso. A verdadeira liderança é medida pelo que acontece depois que você morre. É por isso que verdadeiros líderes não investem em templos. Jesus nunca construiu um! Eles, os verdadeiros líderes, investem em pessoas. Por quê? Porque sucesso sem um sucessor é fracasso. Então o seu legado não deveria estar em templos, programas ou projetos. O seu legado deve ser em pessoas. O maior ato de um líder é ser um mentor. Quem você está mentoriando para assumir o seu lugar? Verdadeiros líderes se fazem desnecessários. Vou repetir. Verdadeiros líderes se fazem desnecessários. E verdadeiros líderes se constroem sem esforço, acontecem de forma natural. Então, grandes líderes medem sua grandeza pela ausência. Olhe Jesus, o maior líder de todos. Escute suas palavras: “É melhor para vocês que eu vá. Se eu não for embora, vocês não serão melhores! Minha ausência é sua grandeza!“. Ele provou Sua grandeza indo embora. Ele partiu e Sua organização cresceu em Sua ausência. Minha pergunta é: “Se você morrer hoje como um líder, o que vai acontecer com sua organização? Seu negócio?”. Se tudo morrer quando você morrer, você é um fracassado. Então, eu te encorajo neste momento: identifique seus sucessores e os mentorie, os treine, os ensine. É por isso que em nossa organização eu sou desnecessário. Eu treinei minha equipe. O que acontece em sua falta? Este é o seu legado. Assim, a singela mensagem que trago é sobre a necessidade de acreditarmos mais nas pessoas, nos amigos, nos colegas de trabalho, nos entes próximos. É preciso que aqueles mais iluminados e experientes dediquem-se a formar, orientar e educar uma nova geração de guerreiros bem intencionados, notáveis líderes, que percebam o grande potencial do País e adotem postura proativa em busca da reorganização e definitivo reencaminhamento do Brasil à merecida condição de país do futuro. Somos um povo ordeiro, sério, trabalhador e pujante. Merecemos um futuro promissor e recompensador. É fácil? Certamente que não! É impossível? Certamente que não! Precisamos de liderança e persistência. Nosso legado é esse: deixar uma geração melhor que a nossa. Por isso, engaje-se e não desista nunca! Chris an Dihlmann, Editor

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ÍNDICE

43 Inovação: O futuro é imprevisível, mas com certeza será bem diferente do presente.

45 Memórias: Em sua 27ª edição, o Encontro Anual dos Veteranos da Ferramentaria da VW do Brasil reúne 358 participantes.

06 CAPA 07 Expressas 11 Conexão www 16 Tecnologia 17 Gestão 28 Ficha Técnica 35 Jurídicas 37 Rede Senai de Ferramentaria 40 Cartas

04 REVISTA FERRAMENTAL NOVEMBRO.DEZEMBRO 2015

41 48 51 55 57 58

Dicas do Contador Enfoque Gente e Gestão Circuito Business Espaço Literário Opinião


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CARTAS

Recebi a edição da revista Ferramental. Além de linda, as matérias são realmente muito boas! Muito obrigada! Natália Hellen | Eccopress - São Paulo, SP Acabo de receber a revista Ferramental, edição 61 de setembro/outubro, com o artigo do nosso Dia da Engenharia. Obrigado pela força! Também, agradecemos por sua palestra em nome da VDI no evento “20° Seminário Internacional de Alta Tecnologia“, da UNIMEP, em Piracicaba, SP. Matthias Neisser VDI - Associação de Engenheiros Brasil Alemanha - São Paulo, SP Quero agradecer pela publicação do meu artigo na edição 61 da Ferramental. Ficou muito legal! Obrigada pela confiança e parceria. Ana Paula Santos de Matos Dias | Aron Metal - Canoas, RS Nós ficamos muito honrados em publicar artigos de pessoas competentes. Estamos abertos para futuras inserções. Editor.

Agradeço pelo espaço cedido na revista Ferramental para divulgação do MBE. Aliás, pelos anúncios que vi, o projeto da revista certamente está consolidado. Parabéns! Carlos Rodolfo Schneider MBE - Movimento Brasil Eficiente - Brasil Quero parabenizar pelo estágio de qualidade deste veículo. Uma notável maturidade se lê. Vocês sempre se superam! Jefferson de Oliveira Gomes | SENAI/SC - Florianópolis, SC Conforme conversado por telefone, envio o print da imagem encontrada na revista Ferramental. Preciso saber informações sobre o artigo que ela foi publicada para usar

como referência no meu trabalho. Se for possível enviar o artigo também seria interessante para minha leitura. Isabella Pedrosa Estudante - Belo Horizonte, MG Fan Page: Esta revista é fantástica. Parabéns! Antônio Manoel Oliveira Representante Comercial - Joinville, SC Agradecemos os contatos de: Prof. João C. Trisnoski CEDUP - Joinville, SC Carlos Henrique Silva INMETRO - Duque de Caxias, RJ Roner Chinellato Ballardin Vêneto Projetos Industriais - Caxias do Sul, RS Todos os artigos publicados na revista Ferramental são liberados para uso mediante citação da fonte (autor e veículo). ERRATA A Ferramental publicou, na edição 59, página 15, o currículo de João Carmo Vendramim com informação equivocada. Em atendimento a notificação extrajudicial da Villares Metals, datada de 28/08/2015, publicamos a informação correta: João Carmo Vendramim possui graduação em Metalurgia pelo Instituto Mauá de Tecnologia (1979) e mestrado em Engenharia Mecânica pela Universidade de Campinas (2004). Sócio do empreendimento industrial ISOFLAMA Indústria e Comércio de Equipamentos que iniciou atividades em 2006, na cidade de Indaiatuba, SP, de prestação de serviços de tratamento térmico a vácuo (tecnologia Seco/Warwick) e nitretação iônica (Plateg). Tem experiência na área de Engenharia de Materiais e Metalúrgica, com ênfase nos processos de modificação de superfícies de ligas ferrosas por difusão de nitrogênio. Pedimos desculpas por qualquer infortúnio.

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GESTÃO ESTRATÉGICA: FERRAMENTA OU CULTURA EMPRESARIAL? A NECESSIDADE DE CONSTRUIR UM CAMINHO ESTRUTURADO QUE LEVARÁ AS EMPRESAS AO SUCESSO PASSA PELO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO COMO UM HÁBITO E NÃO SOMENTE COMO UMA FERRAMENTA DE TRABALHO Por Fabrício Albrecht | Fotos Divulgação

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empre que sou convidado para falar sobre Planejamento Estratégico (PE), lembro-me de dois episódios pelos quais passei na minha carreira de Consultor e Palestrante apaixonado por esse tema. A primeira oportunidade foi quando, em uma entidade, levei alguns programas de treinamento para os associados. Para começar ofereci justamente falar sobre Planejamento Estratégico. Na hora a pessoa me respondeu: Não adianta ofertarmos treinamentos sobre este tema porque isso ninguém tem interesse em comprar. Ouvir aquilo foi muito frustrante porque além de ser um tema pelo qual tenho muito apreço e sobre o qual investi muito tempo e estudo, também sei que é vital para qualquer negócio. As mudanças que o mundo sofreu nos últimos tempos deixaram as relações muito mais rápidas e, ao mesmo tempo, sensíveis. Nos dias de hoje, onde a concorrência é global em qualquer setor da economia, um bom Planejamento Estratégico pode construir um caminho sólido para o sucesso de qualquer empresa. Outro episódio que vivi foi em uma palestra onde falei para um grupo de empresários de uma cidade muito forte no cenário econômico brasileiro. Sou defensor ferrenho do hábito do Planejamento Estratégico, justamente porque não acredito na eficácia somente da ferramenta de planejamento, mas sim, no hábito que a empresa incorpora ao viver a estratégia de negócio como um processo que faz parte do cotidiano de todas as pessoas que trabalham nela, e não apenas dos seus donos. É possível que planejar não seja a tarefa mais agradável para muitas pessoas, afinal temos preferências de comportamento diferentes, então isso é plenamente compreensível. Acredito que nem todo mundo acorda pela manhã e o primeiro pensamento que vem à sua mente é: Oba! Hoje tenho reunião de Planejamento Estratégico! Nos projetos que desenvolvo em empresas que decidem

estruturar seu Planejamento Estratégico, em uma determinada etapa do trabalho, desafio os membros do Comitê de Gestão a tirar três horas semanais para pensarem o que querem para o negócio e, com isso, prepararem-se para as reuniões com os demais membros do comitê. Sim, apenas três horas semanais e muitas pessoas não conseguem tirar um tempo sozinho para pensar o que ele, geralmente sócio do negócio, quer para o futuro do seu empreendimento. Isso faz com que as reuniões dos Comitês de Gestão acabem por discutir muito mais do mesmo ou até se transformem em um reality show1 onde o imperativo é você cobrar o outro pelo que ele não fez da sua parte ao invés de pensar no todo do negócio. Voltando ao episódio, defendi durante toda a minha fala para este grupo de empresários que o hábito do Planejamento Estratégico é o que faz a diferença e não apenas aquele conjunto de documentos que ele ou algum consultor desenvolveu para sua empresa. Também abordei esta questão das três horas semanais para pensar o negócio. Ao final da minha fala, naquele momento em que as pessoas colocam suas perguntas, uma participante pediu a palavra e disse o seguinte: Planejar é muito chato e, por isso, sei que eu e muitas outras pessoas precisamos de uma solução diferente para construir e conduzir a estratégia de nossos negócios. Minha primeira reação foi rebater mentalmente pensando que chato é você ver sua empresa enfrentar dificuldades, não ter dinheiro porque não consegue vender e não conseguir vender porque não sabe o que seus clientes estão comprando e/ou porque estão comprando de seus concorrentes. Mas passados os primeiros três segundos desta resposta mental, parti para a resposta verbal e prática que foi questionar aquela pessoa sobre o que custa mais caro: fazer algo que se considera chato, como o Planejamento Estratégico, ou simplesmente perder espaço no mercado sem saber o REVISTA FERRAMENTAL NOVEMBRO.DEZEMBRO 2015

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motivo, ver seu negócio perecer sem nenhuma razão evidente? Afinal de contas você é crente de que seu produto/serviço é bom, porém quem compra de você está comprando do vizinho e a diferença de preço não é o principal motivo. Neste momento, um breve silêncio tomou conta do auditório. Mesmo sabendo que eu estava com razão na minha resposta, esta questão da chatice de se fazer planos, pensar o negócio e querer construir o futuro ficou me atormentando por vários dias. Cheguei à conclusão de que esse é um dos maiores problemas, se não for o principal, que fazem com que as empresas, principalmente pequenas e médias, fujam do Planejamento e da Gestão Estratégica. Pensando um pouco mais, as pequenas e médias empresas são dominan2 tes na economia brasileira e isso deixa o cenário um pouco mais sério. Com um ambiente corporativo cada vez mais voraz, a chance de um futuro próspero e, por consequência, um crescimento financeiro e social de todas as pessoas ligadas a estes negócios fica ainda mais comprometido. Recentemente houve a publicação da versão 2015 da NBR3 ISO4 90015 e, para minha alegria, ela torna obrigatório o vínculo dos Sistemas de Gestão da Qualidade com o Planejamento Estratégico das empresas que sejam certificadas ou que queiram certificar-se. Embora eu defenda que o Planejamento Estratégico não resolva por si só o problema que as empresas enfrentam, isso trouxe uma esperança enorme para aqueles que, assim como eu, acreditam no hábito da estratégia como motor de mudança dos rumos de uma empresa. Esta iniciativa fará com que, mesmo sem querer, os empresários tenham contato com ferramentas como: Modelagem de Negócios Canvas, Análise SWOT6, Modelo das 5 Forças de Porter7, entre outras. Falando nestas ferramentas, quando é possível institucionalizar o seu uso em alguma organização, os participantes deste processo finalmente enxergam como elas podem 8 agregar para o negócio. Como sou Coach , adoro fazer perguntas. Então aqui vão algumas: a) Você conhece integralmente a capacidade de todos os recursos físicos, financeiros, humanos e organizacionais que sua empresa tem à disposição para funcionar? b) Você sabe qual é a proposta de valor do seu negócio, ou seja, o que o seu negócio significa para seus atuais e potenciais clientes? c) Você usa todo o potencial do seu poder de barganha com seus clientes e fornecedores? d) Você sabe qual é a vantagem competitiva que sua 08 REVISTA FERRAMENTAL NOVEMBRO.DEZEMBRO 2015

empresa consegue gerar para seus clientes? e) Você sabe qual é a vantagem competitiva que seus concorrentes também conseguem gerar? f) Você sabe qual a vantagem competitiva que seus clientes querem comprar? A resposta para estas perguntas tão intrigantes é facilmente respondida em empresas que possuem um Planejamento Estratégico instituído e assim possuem um plano claro de como seu futuro estará estruturado para os próximos anos. A boa notícia é que, ao contrário do que muita gente imagina, entender o funcionamento do processo Estratégia é algo simples e, quando conduzido da forma adequada, pode trazer retorno em curto prazo. Conheço empresas que no mesmo ano em que implantaram a Gestão e o Planejamento Estratégico, onde seus principais gestores foram desafiados a “pensar fora da caixa” e a começar dedicando três horas por semana a respeito dos rumos de seu negócio, conseguiram desenvolver suas estruturas de liderança e já estão planejando novos negócios, diversificando assim, a sua atuação no mercado. Pensando nisso, criamos uma ferramenta de diagnóstico rápido e simples, que mede o nível introdutório da maturidade estratégica de seu negócio. A sua análise é muito simples, ou seja, respostas compreendidas entre 100% e 85% definem empresas que alto índice de maturidade estratégica e que o hábito da gestão estratégica está presente nas pessoas que atuam nesta empresa. As respostas que estão abaixo de 85% e acima de 70% demonstram que a empresa possui certo nível de maturidade estratégica, certamente composta por processos relativos à estratégia de negócios, mas que precisa de atenção quanto à força do hábito da gestão estratégica. As respostas que estão abaixo de 70% revelam que a empresa possui o nível de maturidade estratégica muito baixo e, diante disso, precisa de ajuda especializada para desenvolver um trabalho voltado para a estruturação do processo de gestão estratégica. Aplique o Diagnóstico Estratégico Introdutório apresentado na Ficha Técnica desta edição (página 35) para ter uma avaliação preliminar do seu estágio atual de maturidade. Outro fator relevante a respeito da Gestão Estratégica no Brasil é o governo. Não estou falando a respeito de crises, instabilidade política ou coisas desse tipo. A grande questão é o nível de interferência que o governo tem sobre o ambiente de mercado, afinal somos um dos países do mundo, em regimes democráticos, onde as ações regulatórias do governo acontecem em grande escala.


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Portanto, fica evidente que não faltam pressões e motivos de todos os lados para que os pequenos e médios negócios resolvam investir de vez na construção de um caminho estruturado que os levará ao tão sonhado futuro próspero de uma forma muito mais transparente e segura. Afinal, os últimos tempos já nos mostraram que não há mais como deixar os negócios simplesmente acontecerem. É preciso construir o caminho que se quer seguir. 1

Reality show: é um tipo de programa televisivo baseado na vida real. Podemos então falar de reality show sempre que os acontecimentos nele retratados sejam fruto da realidade e os visados da história sejam pessoas reais e não personagens de um enredo ficcional [www.wikipedia.org.br]. 2 PME: Pequenas e Médias Empresas. O Brasil tem mais de seis milhões de micro e pequenas empresas, que totalizam 99% dos negócios do país. A pesquisa foi feita pelo SEBRAE em parceria com o Dieese, entre 2000 e 2011. 51% delas estão na região Sudeste. Quase 24% estão na região Sul e outros 15%, no Nordeste. Na região Norte estão 3,5%, enquanto 7% estão no Centro-Oeste. 3 NBR: é a denominação de uma norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 4 ISO: do inglês International Organization for Standardization, que significa Organização Internacional para Padronização. É uma entidade que atualmente congrega associações de padronização/normalização de 170 países [www.wikipedia.org.br]. 5 ISO 9001: é um conjunto de normas de padronização para um determinado serviço ou produto. Tem como objetivo melhorar a gestão de uma empresa e pode ser aplicado em conjunto com outras normas de funcionamento, como normas de saúde ocupacional, de meio ambiente e de segurança. Para obter a certificação da ISO, uma empresa deve cumprir certos requisitos, para que as várias fases sejam cumpridas de forma adequada. Através do ISO 9001, uma empresa aplica nos seus processos padrões para o seu sistema de gestão e qualidade e melhora a prestação de serviço ao cliente. Além disso, também é usado para medir o nível de satisfação dos clientes, melhorando a

eficácia da gestão da empresa [www.significados.com.br]. SWOT: do inglês, é um acrônimo de Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats). A análise SWOT ou análise FOFA (Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças) ou FFOA (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) ou PFOA (Potencialidades, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) em português é uma ferramenta utilizada para fazer análise de cenário (ou análise de ambiente), sendo usada como base para gestão e planejamento estratégico de uma corporação ou empresa, mas podendo, devido a sua simplicidade, ser utilizada para qualquer tipo de análise de cenário, desde a criação de um blog à gestão de uma multinacional. É um sistema simples para posicionar ou verificar a posição estratégica da empresa no ambiente em questão. A técnica é creditada a Albert Humphrey, que liderou um projeto de pesquisa na Universidade de Stanford nas décadas de 1960 e 1970, usando dados da revista Fortune das 500 maiores corporações. Tem várias denominações, como análise FOFA (Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças) ou FFOA (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) ou PFOA (Potencialidades, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) em português. 7 Porter: Michael Eugene Porter (nasceu em Ann Arbor, Michigan, EUA, 1947). É professor da Harvard Business School, com interesse nas áreas de Administração e Economia. Autor de diversos livros sobre estratégias de competitividade. Estudou na Universidade de Princeton, onde se licenciou em Engenharia Mecânica e Aeroespacial. Obteve MBA e Doutoramento em Economia Empresarial, ambos em Harvard, onde se tornou professor, com apenas 26 anos. Foi consultor de estratégia de muitas empresas norteamericanas e internacionais e tem um papel ativo na política econômica. Do seu trabalho resultaram conceitos como a análise de indústrias em torno de cinco forças competitivas e das três fontes genéricas de vantagem competitiva: diferenciação, baixo custo e focalização em mercado específico [wikipedia.org]. 8 Coaching: deriva do inglês coacher que significa treinador, tutor particular. É um processo, com início, meio e fim, definido em comum acordo entre o coach (profissional) e o coachee (cliente) de acordo com a meta desejada pelo cliente, onde o coach apoia o cliente na busca de realizar metas de curto, médio e longo prazo, através da identificação e uso das próprias competências desenvolvidas, como também do reconhecimento e superação de suas fragilidades. 6

Fabrício Albrecht – Mestre em Administração pela Pontifícia Universidade Católica (PUC/PR), coach de Vida, Liderança e Estratégia e consultor de Estratégia Empresarial na Albcon e professor de Pós Graduação na Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE). fabricio.albrecht@albcon.com.br REVISTA FERRAMENTAL NOVEMBRO.DEZEMBRO 2015

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POR AÍ FEIRAS, ENCONTROS OFICIAIS, SEMINÁRIOS, NOVAS PARCERIAS, NEGÓCIOS E MUITO MAIS VOCÊ ENCONTRA AQUI Produtividade e competitividade na ferramentaria foram discutidas durante o MOLDES 2015 A maior cidade catarinense e principal polo industrial do Estado - Joinville - sediou o MOLDES 2015 - 13º Encontro da Cadeia de Ferramentas, Moldes e Matrizes, promovido pela Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração – ABM. O evento aconteceu nos dias 14 e 15 de outubro, na Associação Comercial Industrial de Joinville. O tema central Novas tecnologias para ferramentaria: como ser mais produtivo na fabricação de moldes, matrizes e ferramentais no Brasil norteou os debates dos mais de 160 inscritos, entre

ferramenteiros, projetistas, fabricantes e compradores de moldes, matrizes e estampos, profissionais das indústrias siderúrgicas e de alumínio e acadêmicos. A solenidade de abertura, bem como as demais atividades, foi marcada por mensagens de otimismo para enfrentar o momento de incertezas no Brasil e no mundo. Toda a programação teve como objetivo promover o incremento do conhecimento dos participantes, por meio de palestras e sessão pôster. Além de uma mesa-redonda, cujo tema Especialização x Generalização: Tendências globais rendeu boas reflexões sobre a capacitação dos profissionais para atender às demandas tecno-

lógicas. O vice-diretor da Regional ABM Santa Catarina, Alceri Antonio Schlotefeldt, coordenador de Gestão e Processo Produtivo do Instituto SENAI de Inovação em Sistemas de Manufatura, disse ser fundamental para qualquer segmento, inclusive o ferramenteiro, debater sobre produtividade e competitividade. "Este encontro se propõe a ser um fórum de discussão destes e outros temas relevantes para a cadeia produtiva de moldes e matrizes do Brasil", afirmou. Para o coordenador do evento, Rodrigo Eceiza Manzano, gerente de Vendas Regional da B. GROB do Brasil, o encontro foi “fantástico e mostrou que levar este evento próximo de re-

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giões onde há muitas ferramentarias é melhor do que fazê-lo em São Paulo, onde o principal público está longe e tem que encarar um grande trânsito para participar”. Afirmou em seu discurso que "A presença de vocês demonstra que estamos todos focados em melhorar nossos processos produtivos. Escolhemos trazer palestrantes que apresentassem novas tecnologias em máquinas, softwares, sistema de fixação e acessórios que possam auxiliar nossas ferramentarias a serem mais competitivas e a produzirem com mais qualidade e em menor tempo. Trazemos aqui a receita seguida pelos países mais desenvolvidos para ganho real de produtividade". O homenageado desta edição do Moldes ABM foi o engenheiro Christian Dihlmann, presidente da ABINFER Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais, por sua valiosa contribuição ao desenvolvimento da metalurgia no Brasil e por sua honrosa participação em atividades da ABM. Agradecendo e estendendo a homenagem a todos os participantes, Christian usou uma citação de John F. Kennedy para passar sua mensagem: "não pergunte o que o país pode fazer por você; pergunte o que você pode fazer pelo seu país". Cabe a nós, que somos empresários, pessoas privilegiadas e que tivemos acesso à educação, fazer o melhor - disse ele, acrescentando: "Esse País é o melhor do mundo e depende de nós. O governo não vai fazer tudo sozinho". Também citando o cenário econômico atual, Fábio Silva, especialista da Gerência de Planejamento da Fiat Chrysler Automobiles - FCA, apresentou a palestra Benefícios, oportunidades, desafios e demandas do setor de ferramentaria brasileiro. "Os problemas que temos hoje no Brasil nós já conhecemos bem. Crise sempre existiu. Algumas mais longas, outras mais curtas. Nossa inflação, que hoje deve chegar a 9%, já foi de 80% ao 12 REVISTA FERRAMENTAL NOVEMBRO.DEZEMBRO 2015

mês!", lembrou. Fábio acredita que o setor precisa estar apto para, quando houver a retomada, crescer e focar em produtividade, não em aumento de produção. "Temos que aproveitar para fazer manutenção preventiva e melhorar nossos processos produtivos. Você não precisa necessariamente investir em treinamento formal. Pode pegar alguém da sua equipe que tenha um conhecimento maior de um determinado processo e fazer dele um multiplicador", ensinou. Segundo ele, a indústria automobilística está avançando, mas ainda tem uma taxa de motorização muito baixa, sendo uma grande oportunidade de crescimento para o segmento de moldes e ferramentas. Outra vantagem citada foi o Inovar-Auto e as linhas de crédito do BNDES, que fomentam a indústria nacional. "Mesmo com o mercado em 30% de queda, as montadoras vão lançar carros novos. Portanto, a construção de moldes continua. Pode até diminuir a quantidade, mas continua. O importante é o quanto competitivo estaremos para atender as novas demandas", falou, provocando uma reflexão na plateia. A Villares Metals foi a empresa anfitriã do Moldes 2015, que contou ainda com o patrocínio da Diferro, Schuler e SKA, apoio especial da Blum e GROB e apoio da ABIMAQ, ABIMEI, ABINFER, ABTS, CAPES, CNPq, Moldes Injeção Plásticos e FIESC/SENAI (Por Paula Gomes Teixeira, Assessoria de Imprensa da ABM - MTb 45.797). ABM 11 5534 4333 | www.abmbrasil.com.br

3D Experience 2015 apresenta estratégias e produtos da Dassault Systèmes A Dassault Systèmes Solidworks realizou o 3D Experience Fórum 2015, na cidade de São Paulo, SP. Para a empresa ser capaz de ajudar seus clientes a simular a experiência do consumidor final, é importante ter um entendimento completo das necessidades mais críticas de negócios dos setores em que seus clientes atuam. A Dassault Systèmes trouxe valor para os clientes desde a sua criação em 1981, fornecendo soluções em Design 3D para a criação de produto, DMU para substituir mock-ups físicos e PLM cobrindo toda a vida do produto, desde a concepção à fabricação e serviço. Agora, juntamente com a sua estratégia de experiência de indústria social, a Dassault Systèmes cruzou para a próxima fase da sua visão de futuro: a era 3DEXPERIENCE. Uma nova fase já está em andamento com os principais clientes inovadores que acreditam que a criação de produtos e/ou experiências de serviços é a nova forma de construção de valor duradouro para seus clientes finais. A Dassault Systèmes acredita que sua estratégia 3DEXPERIENCE amplia a oportunidade de mercado potencial. Especificamente, o software PLM e o mercado de serviços foram estimados para terem tamanho de cerca de 16 bilhões de dólares em 2011. Durante 2012, a companhia expandiu sua estratégia de envolver o PLM e abranger um mercado mais amplo, definido como o mercado 3DEXPERIENCE. Estimou-se


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que essa oportunidade de mercado representa aproximadamente o dobro do mercado de PLM atual, com base em estimativas internas da empresa e dados de mercado externos. O portfólio 3DEXPERIENCE da Dassault Systèmes é projetado para permitir a alimentação das experiências virtuais realistas em 3D que representam o uso de produtos futuros. Seu portfólio é composto por aplicações sociais e de colaboração, aplicações de modelagem 3D, conteúdo e simulação de aplicações e, ainda, aplicações de inteligência de informação. 3DS - SOLIDWORKS 11 3186 4163 www.solidworksbrasil.com.br

Os sistemas de Câmara quente INCOE® oferecem vantagens comprovadas, confiabilidade e bom custo benefício na maioria das aplicações do mercado. Com mais de 50 anos de experiência no campo, nossa tecnologia é suportada localmente com experiência comprovada. Esta é a performance dos Sistemas de Câmara quente INCOE®.

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Programa Formare Villares aposta no futuro de jovens através da educação profissional A Villares Metals lançou o Formare, programa de aprendiz que oferecerá cursos de educação profissional para jovens de 18 a 21 anos. O curso proporcionará a oportunidade de formação inicial para o mundo do trabalho e tem duração de aproximadamente um ano. É realizado em parceria com a Fundação Iochpe, organização que se dedica a apoiar profissionais e empresas em suas ações de desenvolvimento sustentável. A proposta do modelo é que as aulas sejam ministradas na Villares Metals pelos próprios colaboradores, que serão capacitados pela Fundação Iochpe para atuar como educadores Formare. O papel do educador Formare será contribuir na formação desses jovens. Seu principal legado, além da formação técnica, será fomentar valores e competências na formação e desenvolvimento profissional do aprendiz, que poderá ser futuro colaborador da empresa. O programa tem uma grade de aulas que não compromete as atividades diárias do educador, que atua de forma voluntária. O materi-

al a ser ministrado é desenvolvido pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) com reconhecimento pelo MEC – Ministério da Educação e Cultura, que certificará o curso. O conteúdo teórico aplicado em sala de aula será sempre enriquecido com a experiência dos educadores. Compõe as disciplinas básicas: organização empresarial; saúde, segurança no trabalho e meio ambiente; comunicação oral e escrita; matemática aplicada e lógica; empreendedorismo; relacionamento e cidadania; informática aplicada. As disciplinas específicas serão: medição e desenho técnico; ciência e engenharia dos materiais metálicos – produção metalúrgica; ajustagem mecânica, processos de usinagem e montagem; manutenção industrial; qualidade. Para seleção, os jovens na faixa de idade prevista deverão ter os seguintes requisitos: ensino médio em curso ou concluído e; residindo na comunidade do entorno da empresa ou filho de colaborador. Os candidatos farão provas de conhecimentos gerais bem como testes de aptidão. Villares Metals 19 3303 8000 www.villaresmetals.com.br

5ª Edição do Autodesk University Brasil reúne 2.000 profissionais O evento, que se consagrou no país como o maior encontro de inovação na área de projetos, objetiva transmitir aos participantes as tendências e ferramentas tecnológicas que transformarão a realidade dos negócios de diversos segmentos da indústria de design, projeto e engenharia do Brasil. Reunindo cerca de dois mil profissionais de diversos setores, o AU Brasil 2015 teve a presen-


EXPRESSAS

realizando diversos eventos, apesar da situação econômica atual. Autodesk 11 5501 2500 www.autodesk.com.br

ça do Vice-Presidente Sênior de Marketing e Estratégias para Indústrias da Autodesk Inc., Andrew Anagnost, que mostrou a visão de como a indústria de software está respondendo ao The Future of Making Things - O futuro de como fabricar coisas - e a influência deste conceito no mercado consumidor. O modo como as coisas serão feitas no futuro deverá desencadear o que os especialistas estão chamando de 'Nova Revolução Industrial'. Assim como o consumidor evoluiu, os produtos também mudaram. Abordagens inovadoras e bem sucedidas no uso de tecnologias e processos de projeto fazem parte da atualização profissional e difusão de ideias, pilares de sustentação do evento. A mensagem extraída do evento dá conta de que as tendências para o futuro dirigem para forte engenharia com colaboração, logística reversa, indústria 4.0, computação na nuvem (cloud computing) e processos físico-intelectuais. A empresa anunciou também que a partir de 31 de julho de 2016, novas licenças comerciais da maioria das suites de Design & Criação e produtos individuais estarão disponíveis apenas por assinatura. Quando isso acontecer a empresa fornecerá novas opções de inscrição simplificadas, para que os clientes possam acessar vários produtos e licenças como fazem hoje - ganhando simplicidade, acessibilidade e flexibilidade de subscrição. Marcelo Landi, presidente da Autodesk Brasil, informou que a companhia inaugurou em novo escritório e que continuará investindo no País,

SprutCAM oferece licenças gratuitas para instituições de ensino no Brasil O SprutCAM é desenvolvido na Rússia e constantemente aprimorado para garantir que continue a ser um dos mais fáceis sistemas CAM de usar. O software tornou-se extremamente aplicável, especialmente em usinagem 4 e 5 eixos. Existem várias versões diferentes do SprutCAM disponíveis, dependendo do tipo de máquina CNC e usinagem necessária. Para empresas, é possível obter licenças no módulo Express para usinagem na produção (2D) por um período de um ano totalmente livre. Os primeiros 30 dias permitem desfrutar da versão completa. A Comac Soluções Tecnológicas, distribuidora do SprutCAM no Brasil, informa que está disponibilizando licenças gratuitas para todas as instituições de ensino do Brasil. A empresa pode realizar treinamentos e implantação do sistema, para áreas de usinagem (torno, fresa, robôs), corte a plasma, laser, jato d'água, e máquinas de 2 a 14 eixos.

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CONEXÃO WWW

DATAVIVA http://dataviva.info/ O DataViva foi criado inicialmente para auxiliar na política de desenvolvimento econômico do governo do Estado de Minas Gerais. Em um segundo momento observou-se o potencial da plataforma como ferramenta de Big Data. A promoção de um ambiente de planejamento colaborativo contribui para o aprimoramento das iniciativas de desenvolvimento econômico em Minas Gerais e no Brasil, já que a plataforma possui dados para todo o país. Ao apontar relações e evidenciar dinâmicas que não eram vistas até então, o DataViva proporciona um conhecimento mais detalhado da economia brasileira, permitindo a agentes públicos e privados aprimorarem seus processos de tomada de decisão.

WWW ALICEWEB http://aliceweb.mdic.gov.br O Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior, denominado AliceWeb, da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC, foi desenvolvido visando modernizar as formas de acesso e a sistemática de disseminação das estatísticas brasileiras de exportações e importações. O AliceWeb é atualizado mensalmente com os dados do mais recente mês encerrado, e tem como base de dados o Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX), que administra o comércio exterior brasileiro. O acesso é gratuito, bastando realizar o cadastro e fazer as consultas desejadas.

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TECNOLOGIA

ANÁLISE DAS DEFORMAÇÕES NA REGIÃO EXTERNA DE CHAPAS DE AÇO LN 380 NO PROCESSO DE DOBRAMENTO - PARTE 1 Chapas de aço de alta resistência são normalmente utilizadas em projetos de peças e equipamentos que serão submetidos a um grande esforço, porém não há interesse em que o produto final aumente seu peso. Esses aços se destacam especialmente na indústria automotiva, inclusive em caminhões. Visando avaliar a máxima deformação do aço de alta resistência e baixa liga LN380, esse estudo tem como objetivo determinar as deformações causadas pelas tensões de tração em chapas submetidas ao processo de dobramento. Por Monique Valentim da Silva Frees e Lírio Schaeffer | Foto Divulgação

C

om a crescente preocupação sobre o efeito estufa dos gases induzidos pelo homem, os legisladores globais aprovaram normas de emissão de veículos mais rigorosas até 2020, considerando ainda metas mais agressivas para os próximos dez anos. Os fabricantes automobilísticos estão à procura de novos materiais e recursos de engenharia para atender as exigências que geralmente conflitam (Keeler e Kimchi, 2014). A indústria mundial de aço continua a desenvolver novos tipos de aço, definidos pela crescente capacidade de resistência e estampabilidade, reinventando continuamente este diversificado material para atender as demandas opostas (Keeler e Kimchi, 2014). Atualmente, poucos estudos são realizados na análise do processo de dobramento. Em razão disso, esse trabalho tem o objetivo principal de analisar as deformações de tração em chapas de aço de alta resistência LN380, muito utilizado na indústria automobilística, bem como avaliar o seu retorno elástico. O processo de dobramento é um processo relativamente simples e há muitos anos aplicado na indústria. Os esclarecimentos tecnológicos com seus fundamentos científicos são relativamente recentes. A importância deste processo reporta-se a aplicações de componentes geometricamente simples até estruturas complexas quando se pensa em componentes de nossas indústrias na área de transportes (Schaeffer, 2004). Neste trabalho, resultados obtidos a partir dos ensaios mecânicos em laboratório poderão ser comparados com os resultados adquiridos através de equações da bibliografia, podendo dessa forma, validar ou não os conceitos teoricamente aplicados na indústria.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Aços de alta resistência Um dos primeiros aços de Alta Resistência e Baixa Liga, conhecidos pela sigla ARBL (ou HSLA - High Strength Low Alloy - em inglês) foi introduzido em 1930 nos Estados Unidos com a denominação de COR-TEM (marca da USX Corporation). Possuía uma resistência mecânica cinco vezes maior quando comparado com os aços utilizados até então. Os modernos aços ARBL são bastante utilizados em linhas de alta pressão para distribuição de gás e petróleo. Nos Estados Unidos, são também utilizados para tanques de armazenagem, barcas ou embarcações, pontes, equipamentos para agricultura e indústria automobilística (ASM, 2001). Na década de 70, a indústria automotiva buscava intensamente o desenvolvimento de novos materiais, motivada principalmente pela crise do petróleo. Nesta mesma época o movimento para a redução de peso dos veículos se tornava um dos principais objetivos de projetistas, engenheiros e metalurgistas, envolvidos no desenvolvimento de novos produtos. Muitos veículos lançados no mercado apresentam soluções interessantes quanto a ganhos significativos de redução de massa e segurança (Perini, 2008). Aços de alta resistência e baixa liga são definidos do seguinte modo: aços específicos com composição química especialmente desenvolvida para proporcionar mais altos valores de propriedades mecânicas, e em alguns casos, melhor resistência à corrosão atmosférica do que aquelas obtidas em aços carbono convencionais. São produzidos com maior ênfase nas propriedades mecânicas do que na composição química. Por outro lado, não podem ser considerados aços de alta liga, pois os teores de elementos de liga adicionados REVISTA FERRAMENTAL NOVEMBRO.DEZEMBRO 2015

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aos aços ARBL são muito mais baixos do que em aços de outras categorias, como aços inoxidáveis, aço ferramenta, entre outros. Os principais elementos de liga adicionados a este tipo de aços são: Mn - Manganês, Nb - Nióbio, V Vanádio, Ti - Titânio, Co - Cobalto, Al - Alumínio, Cu - Cobre, Cr - Cromo (Costa, 2011). A tabela 1 apresenta a composição química fornecida pelo fabricante para os principais aços estruturais assim como o Ln380. As composições químicas destes materiais podem variar muito, principalmente devido ao tipo de aplicação, propriedades requeridas e processos empregados na fabricação e transformação dos mesmos (Keeler e Kimchi, 2014). Aços ARBL podem ser produzidos na condição de laminados com resistência ao escoamento na faixa de 290 a 550 MPa2 e resistência a tração na faixa de 415 a 700 MPa. Por causa de seu baixo teor de carbono apresentam excelente soldabilidade. Os graus de classificação de aços ARBL são definidos pelos níveis de resistência ao escoamento e não pela composição química (William, 1981). Na tabela 2 observam-se as propriedades mecânicas do aço LN380 fornecidas pela Usiminas. Aços de alta resistência não só precisam fornecer uma maior resistência, mas também maleabilidade3 suficiente durante processos de conformação. As resistências dos aços têm sido tradicionalmente limitadas a 440 MPa considerando a conformação de peças automotivas. Os aços avançados de alta resistência com melhor maleabilidade foram recentemente desenvolvidos otimizando as microestruturas metálicas. Como resultado, estes aços com resistência superior a 590 MPa são agora amplamente utilizados nas partes fundamentais para o desempenho da segurança (Zuidema, 2002). Grau

C máx.

Mn máx.

Si máx.

P máx.

Alguns aços com limite de escoamento menor que 450 MPa são principalmente utilizados em painéis externos e internos dos automóveis onde são anteriormente submetidos a processos de corte e conformação para sua adequação estrutural, tornando-se então peças chaves na resistência da estrutura. Por outro lado, esses aços possuem um bom alongamento4 e suportam esforços dinâmicos com maior desempenho se comparados a aços com alto limite de escoamento, como os aços enquadrados na faixa entre 450 e 1.000 MPa, hoje já empregados em armações, rodas e reforços (Perini, 2008). Nas últimas duas décadas, ressalta Wang et al (2015), esses aços também têm sido utilizados em construções arranhacéus, grandes edifícios e pontes. Comparados com grupos de aço carbono convencionais, a aplicação do grupo de HSS5 poderia não apenas reduzir tamanhos e ganhar espaço nas construções, mas também apresentar um considerável benefício econômico através de redução de cargas de trabalho de transporte assim como soldagem e diminuição do tempo de construção (Wang et al, 2015). Ensaio de tração Muitos testes e formas de análises são realizados atualmente para caracterizar propriedades que possam ajudar o projetista ou operador de uma prensa para que a produção ocorra com o mínimo possível de defeitos e de forma otimizada (Schaeffer, 2004). Ensaios de tração consistem em submeter o material a um esforço que tende a alongá-lo e deformá-lo até a ruptura. Esses ensaios permitem conhecer como os materiais reagem aos esforços de tração, quais os limites de tração que suportam e a partir de que momento se rompem (Perini, 2008).

S máx.

AI

Nb máx.

Ti

V máx.

Cr máx.

N máx.

USI-LN 200 0,12 0,60 0,35 0,03 0,030 ≥ 0,020 (1) (1) USI-LN 230 0,12 0,80 0,35 0,03 0,030 ≥ 0,020 (1) (1) USI-LN 280 0,15 1,00 0,35 0,03 0,030 ≥ 0,015 0,050 USI-LN 380 0,12 1,10 0,30 0,03 0,030 ≥ 0,010 ≥ 0,020 – – – 0,040 USI-LN 500 0,12 1,50 0,40 0,03 0,020 ≥ 0,010 ≤ 0,200 – – – 0,090 USI-LN 600 0,15 2,00 0,40 0,03 0,015 ≥ 0,010 ≤ 0,200 0,150 0,50 0,020 0,090 Tabela 1 - Composição química dos aços Usiminas1 qualidade estrutural (valores garantidos em % de peso). Fonte: www.industriahoje.com.br Grau

L.E. (MPa)

L.R. (MPa)

Alongamento BM (mm)

USI-LN 200 ≥ 200 280 a 420 USI-LN 230 ≥ 230 330 a 470 5,65 √ A USI-LN 280 ≥ 280 390 a 530 A = área da seção do corpo USI-LN 380 380 a 540 460 a 620 de prova (mm) USI-LN 500 500 a 620 560 a 700 USI-LN 600 ≥ 600 ≥ 680 Tabela 2 - Propriedades mecânicas dos aços Usiminas qualidade estrutural. Fonte: adaptado de www.industriahoje.com.br 18 REVISTA FERRAMENTAL NOVEMBRO.DEZEMBRO 2015

% mín. 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03


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Parâmetros como tensão, deformação, e outros, são importantes para a caracterização dos materiais e para análise dos processos de fabricação sendo a tensão um parâmetro fundamental para se conhecer o quanto um material resiste durante a conformação ou após a conformação (Schaeffer, 2004).

verdadeira (Schaeffer, 2009). A variação da tensão de escoamento (kf) que um material apresenta durante uma deformação em função da deformação verdadeira (j) pode ser expressa por: onde A (mm2) é a secção em cada instante do corpo de prova. E essa secção instantânea (A), conforme Schaeffer (2004) pode ser determinada a partir da Lei da Constância de Volume: V0 = V A0 l0 = A. l ou seja: A=

Figura 1 - Diagrama representativo tensão versus deformação

No início da deformação plástica ocorre o fenômeno de escoamento, caracterizado pela deformação permanente do material sem que haja aumento da tensão aplicada, mas com um aumento da velocidade de deformação. Durante o escoamento, a carga oscila entre valores muito próximos um dos outros (Perini, 2008). Um dos mais comuns testes mecânicos de tensão-deformação é realizado em tração (Callister, 2001). O teste de tração pode ser utilizado para verificar várias propriedades mecânicas de materiais que são importantes em projeto. Uma amostra é deformada, geralmente até a fratura, com um aumento gradual da carga de tração que é aplicada uniaxialmente ao longo do comprimento do eixo da amostra. Com as medições de força (F) e do comprimento (l1) se obtém a tensão (s) e a deformação relativa (e) em cada instante do

A0 l0 A

As curvas de escoamento, que sempre são obtidas experimentalmente, podem ser descritas por uma função matemática (Schaeffer, 2004). Em geral, na deformação a frio, essa equação tem a seguinte forma: onde C é uma constante do material (para j=1) e “n“ é o índice de encruamento6. Quanto maior o índice de encruamento maior é a encruabilidade do material. As deformações podem ser caracterizadas de diversas formas (Schaeffer, 2004). Estas podem ser vistas esquematicamente em um ensaio de tração representado pela figura 2.

ensaio (Schaeffer, 2004). A tensão é calculada por: sendo A0 a secção inicial do corpo de prova. Enquanto no diagrama convencional a força (F) é sempre relacionada com a área inicial (A0), no diagrama verdadeiro a força é relacionada com a área instantânea (A). E a curva que relaciona a tensão verdadeira (s) com a deformação verdadeira (j) é denominada de curva de escoamento ou curva 20 REVISTA FERRAMENTAL NOVEMBRO.DEZEMBRO 2015

Figura 2 - Dimensões esquemáticas em um ensaio de tração (Schaeffer, 2004)


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As deformações absolutas: Dl = l1 – l0

(no comprimento)

Db = b1 – b0

(na largura)

Ds = s1 – s0

(na espessura)

As deformações relativas: (no comprimento)

(na largura)

(na espessura) As deformações verdadeiras: (no comprimento)

(na largura)

(na espessura) Uma conformação somente é possível até uma determinada grandeza de deformação. Quando por exemplo, em um ensaio de tração é ultrapassada uma determinada deformação ocorrendo a ruptura, então se diz que a deformação atingiu seu limite máximo (Schaeffer, 2009). O limite máximo de deformação para um determinado material é influenciado principalmente por três grandezas (Schaeffer, 2009): ! Pelo estado de tensões; ! Pela temperatura e; ! Pela velocidade de deformação. Ou seja, aumentando a temperatura, o limite de deformação máxima também irá aumentar uma vez que ocorre recristalização7. E aumentando a velocidade de deformação, a probabilidade de que o material obtenha uma ruptura frágil igualmente aumenta. Desse modo, o limite máximo de deformação é normalmente apresentado pela expressão:

As deformações verdadeiras são os parâmetros empregados nas análises dos processos de conformação. O conheci-

mento das deformações que ocorrem em um processo de conformação podem fornecer importantes informações, tais como situação das tensões internas, possibilidades de reduzir etapas do processo, conhecimento sobre o limite máximo de deformação, entre outros (Schaeffer, 2004). Processo de dobramento O dobramento é usualmente definido como a deformação plástica de uma chapa metálica ao longo de uma linha reta. Na maioria dos casos tem-se uma deformação plana no canto da dobra. A operação de dobramento pode ser considerada como um sistema com sete componentes: produto, peça/material, equipamento, punção/matriz, zona de deformação, interface e ambiente (Marcondes, 2014). Segundo Rèche et al (2012), dobramento é uma das operações de conformação de chapas mais utilizadas frequentemente na indústria automotiva para produzir partes estruturais e de segurança como para-choques e barras de reforço lateral. O desenvolvimento e otimização de operações de dobramento para uma determinada chapa de aço requer o conhecimento de sua resistência e maleabilidade, que é geralmente definida como a razão do raio mínimo de dobramento que pode ser alcançado sem falhas, e a espessura da chapa. No caso particular de aços AHSS8, devido sua alta resistência, fraturas localizadas podem aparecer e afetar a elasticidade9. O dobramento é um dos processos mais simples de se conformar uma chapa, consistindo em realizar nela uma dobra linear. A deformação plástica ocorre apenas na região da dobra; o material restante não sofre deformação (Altan et al, 1999). No entanto, falhas são mais comuns de surgirem na região em que a peça é tracionada, ou seja, na fibra externa, pois o dobramento de chapas é guiado por um estado de tensão e deformação multiaxial não homogêneo, em que tensões de tração estão presentes no lado externo e tensões de compressão no lado interno da zona de dobra conforme figura 3.

Figura 3 - Representação das tensões de dobramento e da linha neutra (Santos, 2013) REVISTA FERRAMENTAL NOVEMBRO.DEZEMBRO 2015

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Na figura 3, verifica-se a linha neutra de uma peça submetida ao processo de dobramento. A linha neutra durante e após a dobra deve permanecer com o mesmo comprimento. Desprezando a variação da espessura da chapa, a linha neutra tende a permanecer no centro da dobra. Dessa forma, a deformação por tração na superfície externa será igual à deformação compressiva na superfície interna (Dieter, 1981). A sensibilidade a trincas nas arestas resultando em fraturas é significativamente aumentada quando a posição da zona de fratura externa do processo de corte está localizada na área de tensão de tração ao alcance da dobra. A frequência com que as trincas ocorrem é menor quando o corte é orientado paralelamente e a linha de dobra é orientada perpendicularmente à direção de laminação (Tsoupis et al, 2014). Para este tipo de conformação, espera-se que o material apresente uma boa ductilidade10, para evitar rupturas que, normalmente, ocorrem na parte externa da dobra. No entanto, essa não é a maior dificuldade, e sim, a obtenção de maior precisão dimensional e geométrica no dobramento, pois o retorno elástico nesse processo de conformação é considerável (Santos, 2013). Na operação de dobramento, a chapa é submetida a esforços aplicados em duas direções opostas para provocar a flexão e a deformação plástica, mudando a forma de uma superfície plana para duas superfícies concorrentes em ângulo, com raio de concordância em sua junção (Moro e Auras, 2006). Atualmente, os perfis laminados estão sendo substituídos, quando necessário e possível, por elementos de chapa dobrados. A execução destes perfis em geral é feita nas dobradeiras, porém, quando os elementos são relativamente curtos ou com conformação especial, podem ser executados vantajosamente por meio de matrizes e prensas (Marcondes, 2014). O ensaio de dobramento fornece uma indicação qualitativa da ductilidade do material. Por ser de realização muito simples, é largamente utilizado nas indústrias e laboratórios, constando mesmo nas especificações de todos os países, onde são exigidos requisitos de ductilidade para certo material. O ensaio de dobramento comum não determina nenhum valor numérico havendo, porém, variação do ensaio que permite obter valores de certas propriedades mecânicas do material (Palmeira, 2005). O ensaio, de modo geral, consiste em dobrar um corpo de prova de eixo retilíneo e secção circular, tubular, retangular ou quadrada, assentando em dois apoios afastados a uma distância especificada, de acordo com o tamanho do corpo de prova, por intermédio de um punção, que aplica um 22 REVISTA FERRAMENTAL NOVEMBRO.DEZEMBRO 2015

esforço de flexão no centro do corpo de prova até que seja atingido um ângulo de dobramento especificado (Palmeira, 2005). A carga, na maioria das vezes, não importa no ensaio e não precisa ser medida; o punção tem um diâmetro que varia conforme a severidade do ensaio, sendo também indicado nas especificações, geralmente em função do diâmetro ou espessura do corpo de prova. Atingindo-se o ângulo de dobra, examina-se a olho nu a zona tracionada do corpo de prova, que não deve conter trincas, fissuras ou fendas. Caso contrário, o material não passou no ensaio (Palmeira, 2005). O dobramento pode ser realizado em qualquer ponto e em qualquer direção do corpo de prova. É um ensaio orientado e localizado (Palmeira, 2005). Dobramento livre O dobramento não é somente usado para produzir geometrias funcionais tais como bordas, flanges, curvas, emendas e corrugação, mas também para aumentar a rigidez das peças aumentando o momento secional transversal de inércia11 (Marcondes, 2014). No dobramento livre, figura 4, não há necessidade de mudar nenhum equipamento ou ferramenta para obter ângulos de dobra diferentes porque os ângulos de curvatura são determinados pelo curso de punção. As forças requeridas para dar forma às peças são relativamente pequenas, mas o controle exato do curso do punção é exigido para obter o ângulo desejado da curvatura (Marcondes, 2014).

Figura 4 - Representação do dobramento livre (Altan, 1999)

Nas aplicações industriais algumas predições são cruciais durante o projeto, como: o controle da forma e da qualidade da parte curvada - retorno elástico, as tensões residuais, o enrugamento e/ou separação, a avaliação da capacidade de


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dobramento que determina o raio mínimo de curvatura sem fratura e a predição de forças de dobra (Marcondes, 2014).

Sendo l0 = r. a e l1 = (r + Y) a ou l1 = (rm – Y) a

abaixo da linha neutra. Sendo rm o raio de dobramento, a o ângulo de dobramento

Considerando que as fibras externas aumentam de tamanho enquanto as fibras internas são comprimidas podem-se definir as deformações verdadeiras por (Schaeffer, 2004): a) Na região de tração (entre a fibra neutra e a fibra externa)

Figura 5 - Símbolos do dobramento (adaptado de Marcondes, 2014)

Deformações no dobramento livre A deformação na superfície externa durante o dobramento livre depende da capacidade de estiramento12 do material. Um elevado alongamento total ajuda a sustentar um trecho maior da fibra externa da curvatura antes da fratura superficial, permitindo assim um raio de curvatura menor. Uma vez que o alongamento total diminui com o aumento da resistência de uma determinada espessura da chapa, o raio mínimo de dobra realizável em projeto deve ser aumentado (Keeler e Kimchi, 2014). Como uma primeira aproximação, a máxima deformação atingida na superfície externa após dobramento livre foi determinada graças a uma fórmula analítica simples proposta por Marciniak e Duncan, 1992: onde Y é a distância entre a fibra dobrada e a meia espessura e R é o raio de dobra na meia espessura. Para avaliar a deformação na superfície externa, Marciniak e Duncan, 1992 reescreveram a equação como: onde s é a espessura inicial e Ri é o raio interno da amostra dobrada; No caso de um processo de dobramento elementar e considerando uma pequena região de comprimento inicial (l0), que após um procedimento de dobramento por um ângulo (a) transforma-se no comprimento (l1), tem-se como deformação relativa (Schaeffer, 2004):

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b) Na região de compressão (fibras internas)

Considerando-se as fibras externas na posição y= tem-se como deformação nas fibras externas:

Como os testes de dobramento são mais graves ao longo da direção transversal porque as rachaduras aparecem antes do que quando carregadas ao longo da direção de laminação, sugere-se que os testes sejam realizados em amostras cortadas a 90° em relação a direção de laminação (Rèche et al, 2012). Retorno elástico O retorno elástico é a recuperação da parte elástica da deformação após a remoção da carga externa aplicada durante a operação de dobra (Vorkov et al, 2014). Este fenômeno é a maior fonte de imprecisões no processo de dobramento. Embora muitos estudos tenham focado no cálculo de retorno elástico, até agora nenhuma solução geral foi encontrada (Wagoner et al, 2013). Isto indica a natureza complexa do retorno elástico que depende de inúmeros materiais e parâmetros de processo (Vorkov, 2014). Durante muitas décadas a principal preocupação na conformação de chapas foi a eliminação de estricções e trincas durante o processo. Atualmente, a ênfase foi transferida para a precisão e consistência dimensional dos produtos, e um dos problemas mais enfrentados é o retorno elástico. Esse fenômeno provoca uma distorção geométrica que pode


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ser prejudicial esteticamente, assim como impossibilitar a montagem de componentes conformados. Na indústria automotiva o problema se acentua devido a crescente utilização dos aços avançados de alta resistência (AHSS). Esses aços possuem elevada resistência mecânica e um comportamento ainda não totalmente compreendido que dificulta o projeto de ferramentas de conformação eficientes (Lajarin et al, 2012). Em muitos processos de fabricação, o retorno elástico é o fator de maior preocupação dos engenheiros, tornando os projetos de ferramentas de conformação de chapas uma tarefa bastante complexa. De acordo com a teoria da deformação plástica, os materiais metálicos possuem, em função do seu estado de deformação, um comportamento elástico (onde a peça volta a ter o formato inicial) e posteriormente um comportamento plástico (onde a peça não volta mais a ter o seu formato inicial) durante o tempo em que esforços são aplicados ao mesmo (Thipprakmas, 2010). O retorno elástico depende do limite de escoamento do material e do processo de dobramento. Quanto menor o raio de dobramento tanto maior é a zona plástica. Nesse caso as forças elásticas são pequenas e o retorno elástico é pequeno (Schaeffer, 2004). Dessa forma, uma parte das tensões atuantes na seção dobrada estará abaixo do limite de proporcionalidade (máxima tensão abaixo do qual o material segue a lei de Hooke13 região de deformação elástica) e a outra parte supera a este limite, conferindo à peça uma deformação plástica permanente. Uma vez cessado o esforço de dobramento, a parte da seção que ficou submetida a tensões inferiores ao limite de proporcionalidade, por ter permanecido no domínio elástico, tende a retornar à posição inicial anterior ao dobramento (Moro e Auras, 2006). Como resultado, o corpo dobrado apresenta um pequeno retorno elástico ou efeito mola, que deve ser compensado durante a operação de dobramento (Moro e Auras, 2006). Uma nova tecnologia para eliminar o retorno elástico em dobramento U através da aplicação do "bottom pushingup14" com um contrapunção (counter punch) tem sido proposta por Lawanwomg (2014). A redução do retorno elástico no presente processo está atribuída ao momento de dobramento negativo gerado na parte do canto da dobra da chapa, o qual é a força motriz do "spring-go15". Conforme experimentos próprios, Lawanwomg (2014) demonstra que no processo "bottom pushing-up" sem força de fixação, o ângulo do retorno elástico pode ser reduzido a zero, mas imperfeições geométricas aparecerão na parte inferior da parte da dobra como observa-se na figura 6.

Figura 6 - Dobramento sem aplicação da força de fixação (Lawanwomg, 2014)

A fixação das chapas exerce um papel importante para melhorar a planicidade da parte inferior de um produto dobrado em U (Lawanwomg, 2014). Uma combinação adequada da chapa de fixação e da força do "bottom pushingup" é capaz de eliminar o retorno elástico (figura 7) completamente e remover as imperfeições geométricas.

Figura 7 - Representação do fenômeno do retorno elástico (Dieter, 1981)

Portanto, a operação de dobramento exige que se considere a recuperação elástica do material para que se tenham as dimensões exatas na peça dobrada. A recuperação elástica da peça será tanto maior quanto maior o limite de escoamento (Moro e Auras, 2006). Na próxima edição apresentaremos um estudo de caso onde chapas de aproximadamente 6 mm de espessura foram analisadas através de ensaios de tração e dobramento afim de verificar as propriedades mecânicas do aço e detectar o nível de deformação nas fibras externas da chapa, bem como seu retorno elástico.

1

Usiminas: é uma empresa do setor siderúrgico de produção e comercialização de aços planos laminados a frio e a quente, bobinas, placas e revestidos, destinados principalmente aos setores de bens de capital e de bens de conREVISTA FERRAMENTAL NOVEMBRO.DEZEMBRO 2015

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sumo da linha branca, além da indústria automotiva. Foi fundada em 25 de abril de 1956 em Coronel Fabriciano, Minas Gerais, que viria a ser o Vale do Aço. 2 MPa: unidade de medida de tensão mecânica ou pressão, que homenageia o físico francês Blaise Pascal (19/06/1623 – 19/08/1662). Pascal (1Pa = 1 N/m²; 105 N/m² = 1 bar) [www.wikipedia.org]. 3 Maleabilidade: propriedade que permite a conformação de uma liga metálica por deformação. Um material maleável é facilmente dobrado, laminado, forjado e conformado. É uma propriedade que junto a ductibilidade apresentam os corpos ao serem moldados por deformação. A diferença é que a ductibilidade se refere a formação de filamentos e a maleabilidade permite a formação de delgadas lâminas do material sem que este se rompa, tendo em comum que não existe nenhum método para quantificá-los. O elemento conhecido mais maleável é o ouro, que se pode malear até dez milésimos de milímetro de espessura [wikipedia.org]. 4 Alongamento: ou deformação longitudinal e da barra, é definido pela relação entre a variação de comprimento e o comprimento inicial. Aço HSS: do inglês High Strength Steel significa Aço de Alta Resistência. 6 Encruamento: é um fenômeno modificativo da estrutura dos metais, em que a deformação plástica realizada abaixo da temperatura de recristalização causará o endurecimento e aumento de resiliência (capacidade de um material voltar ao seu estado normal depois de ter sofrido tensão) do metal. Pode ser definido como o endurecimento do metal por deformação plástica [www.wikipedia.com.br]. 7 Recristalização: é um método de purificação de compostos orgânicos que são sólidos a temperatura ambiente [www.pucrs.br]. Em metalurgia, é a formação de novos cristais em um produto metalúrgico. 8 Aço AHSS: do inglês Advanced High Strength Steel significa Aço Avançado de Alta Resistência. 9 Elasticidade: é a propriedade de um corpo sofrer deformação, quando submetido à tração, e retornar parcial ou totalmente à forma original. 10 Ductibilidade/ductilidade/dutilidade: propriedade ou qualidade daquilo que se pode reduzir a fios, estirar, distender sem se romper. Flexível, elástico. 11 Inércia: é uma propriedade física da matéria (e segundo a Relatividade, também da energia). Podemos exemplificar da seguinte maneira: todos os corpos são "preguiçosos" e não desejam modificar seu estado de movimento: se estão em movimento, querem continuar em movimento; se estão parados, não desejam mover-se. Essa "preguiça" é chamada pelos físicos de Inércia e é característica de todos os corpos dotados de massa [www.wikipedia.org]. 12 Estiramento: ou "formação de pescoço", "empescoçamento" (de onde vem o termo em inglês necking) é um fenômeno que se manifesta nos ensaios de tração de formas cilíndricas ou espécimes prismáticos de materiais dúcteis, sendo um modo de deformação elástica, onde quantidades relativamente grandes de tensão localizam-se de forma desproporcional em uma pequena região do material. Esse fenômeno leva a uma redução da seção do corpo de prova antes do colapso real do mesmo (o "pescoço"). Porque as deformações locais no pescoço são grandes, o estiramento está frequentemente associado com escoamento, uma forma de deformação plástica associada a materiais, muitas vezes metais ou polímeros [wikipedia]. 13 Hooke: Robert Hooke (nasceu em Freshwater, Ilha de Wight, Inglaterra, 18 de julho de 1635 - faleceu em Londres, 3 de março de 1703). Foi um cientista experimental do século XVII, uma das figuras chave da revolução científica. 14 Bottom pushing-up: refere-se a um processo de dobramento em U complementado por uma força contrária ao punção principal que se move no sentido de baixo para cima com a finalidade de reduzir o retorno elástico na dobra da chapa. 15 Spring-go: retorno elástico negativo. Quando a chapa, após o processo de dobra, tende a permanecer na sua forma definida anulando o retorno elástico. 5

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process. Finite Element Analysis. David Moratal (ed.). InTech. 2010. [21] Tsoupis, I.; Hildering, S.; Merklein, M.; Bending oh highstrength low-alloyed steel with respect to edge crack sensitivity caused by shearing operations. Procedia Engineering 81. Página 712-717. 2014. [22] Características Usiminas http://www.industriahoje.com.br/wpcontent/uploads/downloads/2014/09/USILN.pdf. Aços laminados a quente para longarinas. Acessado em 22/02/2015. [23] Vorkov, V.; Aerens, R.; Vandepitte, D.; Springback prediction of high-strength steels in large radius air bending using finite element modeling approach. Procedia Engineering 81.

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Monique Valentim da Silva Frees – Graduada em Engenharia Industrial Mecânica pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI). Atualmente é mestranda do Programa de Pós Graduação em Engenharia de Minas, Metalúrgica e Materiais na área de Processos de Fabricação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Tem experiência na área de Engenharia do Produto, Sistema de Gestão da Qualidade. niquevalentim@hotmail.com http://lattes.cnpq.br/2282232403929565 Lírio Schaeffer - Engenheiro Mecânico e Mestre em Engenharia de Minas, Metalúrgica e Materiais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Doutor na área de Conformação Mecânica pela Universidade Técnica de Aachen na Alemanha (Rheinisch-Westfalischen Technischen Hochschule - RWTH). Coordenador do Laboratório de Transformação Mecânica (LdTM) do Centro de Tecnologia da Escola de Engenharia da UFRGS. Pesquisador na área de Mecânica, Metalurgia e Materiais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), professor das disciplinas relacionadas aos processos de fabricação por conformação mecânica e vinculado ao programa de Pós-Graduação em Engenharia Metalúrgica, Minas e Energia (PPGEM) da UFRGS. schaefer@ufrgs.br http://lattes.cnpq.br/1093242836059112

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INDÚSTRIA 4.0 SISTEMAS INTELIGENTES PARA MANUFATURA DO FUTURO UMA REVOLUÇÃO ESTÁ OCORRENDO NOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO. O MUNDO REAL E A REALIDADE VIRTUAL CONTINUAM A FUNDIR-SE; MODERNAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO ESTÃO SENDO COMBINADAS COM PROCESSOS INDUSTRIAIS TRADICIONAIS, ALTERANDO ASSIM AS VÁRIAS ÁREAS DE PRODUÇÃO. OS ESPECIALISTAS ESTÃO ATUALMENTE DISCUTINDO ESTES DESENVOLVIMENTOS SOB O TÍTULO DE "INDÚSTRIA 4.0" Por Paulo Roberto dos Santos e Dr. Ing. Jochen Schließer | Fotos Divulgação

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tema Indústria 4.0 não surgiu por mero acaso, mas decorrente das muitas transformações pela qual nossa sociedade está passando, tais como: ! Ritmo acelerado da mudança tecnológica: A tecnologia facilita a criação de mais tecnologia, de forma que este processo acelera em escala logarítmica, quer seja em velocidade ou em conteúdo. Novas tecnologias trazem mais facilidades e mais acesso à informação; ! Soluções personalizadas: O desejo por produtos que atendam necessidades específicas e individuais aumenta proporcionalmente ao aumento da disponibilidade de informação e ao acesso às redes sociais; ! Tecnologias inovadoras: Todos os dias surgem novas tecnologias, que em seguida são melhoradas ou suplantadas por outras ainda mais novas e mais surpreendentes. Impressão 3D deixa os laboratórios para equipar as mesas das escolas e as casas. Processamento de alta capacidade embutidos em smartphones1 cada vez mais compactos, e em objetos até agora não imaginados; ! Grande diversidade de clientes e mercados: As redes sociais pulverizam as notícias sobre novos produtos e novas tendências em uma velocidade nunca vista; ! Pressão permanente sobre os custos: A diferenciação é cada vez mais difícil de ser mantida, forçando as indústrias a serem cada dia mais eficientes na obtenção de produtos com menores custos; ! Globalização: A facilidade de adquirir produtos de qualquer parte do mundo faz com que os competidores e fornecedores sejam globais; ! Crescente importância da disponibilidade de produtos e pronta entrega: O desejo de consumo não é apenas pelo novo, mas também pelo inédito, criando uma geração ansiosa por receber mercadorias tão logo comprem; ! Aumento dos custos de energia e consciência ambiental: A 28 REVISTA FERRAMENTAL NOVEMBRO.DEZEMBRO 2015

racionalização no uso dos recursos naturais não é mais um discurso político, mas uma necessidade para sobrevivência. Empresas mais ecológicas são empresas mais eficientes; ! Trabalho em rede, flexibilidade e adaptabilidade da produção: As informações necessitam sair do chão de fábrica para servirem de suporte para decisões estratégicas, o que faz com que todo processo produtivo seja colocado em rede e; ! Autônomos, sistemas baseados em conhecimento de autoaprendizagem: A necessidade de velocidade faz com que a interferência humana seja fator limitador de desempenho, e com isto as máquinas ganham a capacidade de tomar as decisões sobre seus processos de forma autônoma. Com isso uma revolução está ocorrendo no mundo da produção. O mundo real e realidade virtual continuam a fundirse; modernas tecnologias da informação e da comunicação estão sendo combinadas com processos industriais tradicionais, alterando assim as várias áreas de produção. Os especialistas estão atualmente a discutir estes desenvolvimentos sob o título de "Indústria 4.0". Indústria 4.0 é um projeto no âmbito da estratégia de alta tecnologia do governo alemão que promove a informatização da manufatura. O objetivo é chegar à fábrica inteligente (Smart Manufacturing) que se caracteriza pela capacidade de adaptação, a eficiência dos recursos, e ergonomia2, bem como a integração de clientes e parceiros de negócios em processos de negócios e de valor. Sua base tecnológica é composta por sistemas físicos cibernéticos3 e da Internet das Coisas (IoT – Internet of Things). Especialistas acreditam que a Indústria 4.0 ou a quarta revolução industrial poderia ser realizada dentro de uma década. A figura 1 mostra os marcos das revoluções industriais.


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darão mão de obra cada vez mais especializada e criarão demandas para formação profissional. Análises realizadas do impacto da Indústria 4.0 na manufatura alemã pelo BCG (Boston Consulting Group) mostram que o crescimento econômico que será provocado vai levar a um aumento de emprego em 6%, durante os próximos dez anos, como podemos observar na figura 3. A procura no setor de Engenharia Mecânica pode subir ainda mais, em torno de 10 por cento, durante o mesmo período. No entanto, diferentes habilidades serão requeridas. Figura 1 - As revoluções industriais

ASPECTOS ECONÔMICOS DA INDÚSTRIA 4.0 Podemos dizer que o projeto Indústria 4.0 tem como motivador uma questão política, que busca o posicionamento estratégico da Alemanha para enfrentar o cenário de competitividade futuro, e assegurar que sua indústria se mantenha competitiva e provendo a riqueza necessária para manter o padrão da sociedade. Conforme podemos observar na figura 2, o impacto das novas tecnologias e do novo modelo de produção será maior do que todas as revoluções anteriores juntas, proporcionando um aumento significativo na economia doméstica dos países que estejam preparados para esse novo cenário. Especialistas estimam que o Produto Bruto Mundial alcance a cifra de 90.000 bilhões de dólares, impulsionado por novas tecnologias e pela modernização dos processos produtivos.

Figura 2 - O potencial econômica em cada revolução industrial

ASPECTOS SOCIAIS DA INDÚSTRIA 4.0 Mão de obra Com a velocidade das mudanças se faz necessário entender o novo papel do ser humano no processo industrial, que definitivamente migra de atividades manuais e operacionais para interação com processos produtivos complexos, que deman-

Figura 3 - Impacto da Indústria 4.0 na mão de obra

Como esta última revolução industrial avança, há implicações significativas para a força de trabalho industrial. Atualmente o software4 está impulsionando os avanços na fabricação e isso significa que o mouse5 está substituindo a chave de fenda em muitos lugares no chão de fábrica. Ter as pessoas certas no lugar certo é fundamental para alavancar o ganho tecnológico e para a realização dos objetivos de manufatura inteligente. Isso levou a muita discussão sobre a escassez de trabalhadores qualificados na força de trabalho, muitas vezes referido como o "déficit de competências". De acordo com o Departamento de Educação dos Estados Unidos, "60 por cento dos novos empregos que vão surgir no século 21 exigirão habilidades possuídas por apenas 20 por cento da força de trabalho atual". Com fábricas extremamente automatizadas existe o questionamento quanto ao risco de desemprego em larga escala, o que geraria grandes problemas sociais, especialmente se a força de trabalho não estiver qualificada para assumir novas funções em um ambiente digitalizado. Relações de consumo Além disso, há necessidade de entender os impactos nas relações de consumo. Uma vez que o consumidor será responsável por gerar as especificações que serão aplicadas ao REVISTA FERRAMENTAL NOVEMBRO.DEZEMBRO 2015

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produto no momento da compra, tornando-o praticamente exclusivo, caberá determinar como deverá ser regulada a insatisfação do cliente e as possíveis devoluções. No Brasil, a partir da publicação do código de defesa do consumidor, as relações de consumo passaram a ser mais rígidas. Haverá necessidade de revisar essas regulações e ajustá-las para esta nova realidade, sob o risco de inviabilizar a implementação de muitos dos conceitos embutidos na Indústria 4.0, como a customização em larga escala. A INDÚSTRIA 4.0 NO CONTEXTO MUNDIAL Hoje observamos que o conceito de nova revolução industrial está polarizado entre Alemanha, com o projeto da Indústria 4.0, e Estados Unidos, com a iniciativa conhecida por Coalizão da Liderança para Manufatura Inteligente (Smart Manufacturing Leadership Coalition – SMLC). SMLC é uma organização sem fins lucrativos de profissionais de produção, fornecedores e empresas de tecnologia; consórcios de fabricação; universidades; órgãos governamentais; e laboratórios. O objetivo desta coligação é permitir que as partes interessadas da indústria de transformação possam atuar de maneira colaborativa no desenvolvimento das abordagens, normas, plataformas e infraestrutura compartilhada que facilitar a ampla adoção da inteligência de fabricação. Países da Ásia acompanham de perto o desenvolvimento do tema na Europa, promovendo seminários e eventos sobre o assunto, em parceria com as entidades europeias (figura 4).

complexidade tecnológica dos processos de agregação de valor, em comparação com a situação que existe hoje. Dominar esse grau de complexidade exige ferramentas de software adequadas para projetar e construir as instalações e sistemas relevantes, e naturalmente, também para operá-los. É urgentemente necessário que essas ferramentas sejam desenvolvidas e lançadas ao longo dos próximos anos. Em todo o mundo, os governos, federações de indústrias e empresas têm reconhecido a importância de criar seu próprio valor acrescentado através da produção. Na manufatura inteligente, tudo está ligado com a ajuda de sensores e chips6 RFID7. Por exemplo, produtos, opções de transporte e ferramentas irão se comunicar uns com os outros e serão organizados com o objetivo de melhorar a produção global, mesmo além dos limites de empresas individuais. Neste ambiente de produção, o produto em si é uma parte ativa do processo de produção. Esta integração perfeita dos mundos físico e virtual só é possível porque cada elemento existe, simultaneamente, tanto como um físico e um modelo virtual. IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS FÍSICO-CIBERNÉTICOS A base para qualquer implantação significativa de sistemas físicos cibernéticos é uma conexão de dados transparente entre todas as fases do processo de agregação de valor. Para cada produto, ao lado de sua descrição física real, torna-se necessário uma representação virtual que passa agora por um maior desenvolvimento. Consequentemente, uma integração dos mundos real e virtual é o foco daqueles na vanguarda do desenvolvimento e implementação da manufatura inteligente. Na figura 5 podemos ver um conceito de como seria o novo ambiente industrial, baseado na fusão do mundo virtual (cyber) com o mundo real (físico), em que os produtos e os meios produtivos coexistem nos dois ambientes, possibilitando rápidas adaptações às demandas geradas por novos pedidos, com novas especificações.

Figura 4 - Ásia acompanha o desenvolvimento da Indústria 4.0

O Simpósio “Tomorrow's manufacturing today”, realizado em Junho de 2014, teve como objetivo discutir o futuro da Indústria 4.0 e suas influências dentro do setor produtivo, bem como o desenvolvimento de habilidades de ensino da futura força de trabalho, reunindo líderes do governo, da academia e de empresas. O que podemos esperar destes desenvolvimentos? Este conceito de produção irá aumentar substancialmente a 30 REVISTA FERRAMENTAL NOVEMBRO.DEZEMBRO 2015

Figura 5 - Exemplo de sistema ciber-físico


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Além do gerenciamento em tempo real de todos os ativos e processos industriais. Um fator chave da manufatura inteligente é descentralizar o controle. Neste tipo de processo de produção a comunicação ocorre em cada etapa para determinar quais peças adicionar ou etapas de montagem para implementar. O controle descentralizado torna mais fácil a ação de adicionar ou alterar os equipamentos conforme a necessidade, tornando mais flexível o processo para atender à crescente demanda por personalização em massa. DESAFIOS DO BRASIL PARA ATINGIR ESTE PATAMAR TECNOLÓGICO Para a indústria, a Internet das Coisas é a tendência mais importante do nosso tempo. Com a combinação de sensores e atuadores, que estão incorporados em objetos físicos, e a utilização dos dados que são gerados por estes sensores, os fabricantes veem a IoT como uma nova estratégia para melhorar a eficiência da produção. O potencial para sistemas físico-cibernéticos em melhorar a eficiência no processo de produção e da cadeia de abastecimento é muito grande. Considere processos que governam a si mesmos, onde os produtos inteligentes podem tomar medidas corretivas para evitar danos e onde as peças individuais são automaticamente repostas. A Internet das Coisas tem o potencial para iniciar uma nova era de inovação na fabricação. Mas o que impulsiona a Internet das Coisas? O que está por trás da IoT, expressão da moda que está transformando nosso negócio hoje? Os principais facilitadores para alavancagem da Internet das Coisas são: ! Computação móvel: acesso barato à informação A computação móvel desempenha um papel importante nesse desenvolvimento. Estamos incorporando capacidade de comunicação móvel em computadores e outros dispositivos. A largura de banda é cada vez maior, o que nos permite acessar ou transmitir informações a taxas de velocidade cada vez mais altas. Também é importante que componentes móveis tornaram-se acessíveis para todos. Gap8: Necessidade de expansão dos serviços de internet móvel e fixa, com largura de banda adequada aos novos tráfegos de dados. Desoneração dos serviços de telecomunicações, visando o incremento do comércio eletrônico, como plataforma necessária ao novo ambiente de competitividade; ! Mídia social: conhecimento compartilhado nas comunidades Os consumidores estão cada vez mais conectados e infor-

mados, em muitos casos, contornando completamente os meios convencionais de informação. 74% de todas as decisões de compra dos consumidores são influenciados pelos meios de comunicação social. Gap: Revisar e ajustar legislação que trata do comércio eletrônico, de maneira e tornar as transações ainda mais confiáveis; ! Internet: tudo conectado através de protocolo único A fim de facilitar a comunicação entre os dispositivos, todos eles precisam de um protocolo comum - o protocolo de internet - IP9. A norma IP4 a IP6 tem aumentado o número de endereços IP disponíveis a partir de 4,3.109 para 3,4.1038. No futuro, cada coisa física ou ativo poderá ser ligado à rede e tem uma representação virtual. Gap: Necessidade de difusão do novo cenário tecnológico para estudantes, que serão responsáveis pela implementação e manutenção das tecnologias aplicadas nas novas fábricas e empresas de serviço. Trazer a comunidade de pesquisadores da área tecnológica para o fórum de discussões, bem como outras entidades de âmbito nacional; ! Máquina a máquina: a autorregulação na produção Hoje em dia, temos uma combinação de máquinas assistidas por computador e comunicações rápidas e acessíveis. Máquinas comunicam entre si (e não através de um distribuidor - hub de controle central). O resultado é a autorregulação e autonomia dos processos. As máquinas podem até "chegar" de forma proativa para os consumidores e fornecedores. No futuro, a peça carrega a informação de "o que ele quer ser no final" e as máquinas simultaneamente processam e direcionam a peça de trabalho com base na capacidade e disponibilidade de produção. Gap: Incentivo às empresas para nacionalizarem a produção e implementação de tecnologias que são a base da plataforma tecnológica. Revisão da legislação que assegura a segurança do ambiente virtual, onde máquinas de diferentes empresas vão interagir, e gerar demandas que produzirão consequências físicas e econômicas para os parceiros de negócios. Esclarecer quanto a responsabilidade legal sobre as consequências de falhas operacionais que causem prejuízos na cadeia de negócios; ! Big Data10 e análise preditiva: compreensão e extrapolação em velocidade O resultado líquido de milhões de máquinas que se comunicam umas com as outras, sensores constantemente enviando dados, pessoas conectadas o tempo todo, será inevitavelmente, uma explosão em dados. Armazenar, analisar e fazer uso destes dados é fundamental. Tecnologias de Big Data fornecem os meios para as empresas examinarem REVISTA FERRAMENTAL NOVEMBRO.DEZEMBRO 2015

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rapidamente através destas quantidades extraordinárias de dados, para entender e analisar os padrões. Gap: Necessidade de difusão do novo cenário tecnológico para estudantes. Discussão e revisão da legislação que assegure a segurança da informação, bem como a propriedade intelectual e cultural em relação aos dados gerados. Praticamente todo conhecimento sobre a cultura de consumo do país estará disponível na grande massa de dados.

ços dinâmicos baseados em informações que são enviadas a partir do próprio produto vão ajudar a melhorar a experiência do cliente (pense em carros conectados que dizem ao motorista onde encontrar um bom restaurante nas proximidades). A Internet das Coisas também tem um impacto positivo sobre o desempenho de ativos de suas instalações de produção. Ela ajuda a reduzir o consumo de energia e aumentar o tempo de atividade equipamento.

BENEFÍCIOS DA REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA A Internet das Coisas é a habilitação de uma revolução industrial, o que está acontecendo de forma evolutiva. Isso fornece aos fabricantes oportunidades para melhorar os níveis de serviço, que vão levar a um aumento da satisfação do cliente. Individualizados, produtos inteligentes que atendam à demanda de uma nova geração de clientes, são um prérequisito para os fabricantes vencerem em um ambiente global e altamente competitivo. Mas este desenvolvimento não só irá ajudar a aumentar a eficiência na produção, mas também irá ajudar a criar valor adicional que vai além do produto em si. Processos de servi-

A FESTO11 RUMO A INDÚSTRIA 4.0 Nas pesquisas sobre a fábrica do futuro, os engenheiros da Festo fazem uso da natureza interdisciplinar da mecatrônica para trazer o conhecimento de especialistas de várias disciplinas de tecnologia. Isto fornece a base para efetividade e flexibilidade lidando com os diversos requisitos das atividades de pesquisa da fábrica do futuro. Em cooperação com clientes, parceiros de pesquisa e outras empresas de automação, a Festo participa em vários projetos buscando respostas para questões relacionadas com a Fábrica do Futuro e com os requisitos colocados para a automação. A seguir estão listados alguns dos projetos:

OPAK - open engineering platform Como parte do projeto "Plataforma de engenharia aberta para componentes de automação mecatrônica autônoma com arquitetura orientada para funções", a Festo, juntamente com sete parceiros de pesquisa e indústria, incluindo a Festo Didactic, comprometeu-se com o conceito de sistemas de automação baseados em componentes de engenharia. www.opak-projekt.de AutoPnP - plug and play for automation systems A Festo, juntamente com a Festo Didactic e outros parceiros, está desenvolvendo uma arquitetura de software aberta plug and play para sistemas de automação com o objetivo de fornecer uma maneira rápida, fácil e econômica de integração de novos componentes de hardware e software em sistemas existentes. www.autopnp.com Green Carbody Technologies Como um membro da Aliança de Inovação "Green Carbody Technologies", a Festo está concentrando-se em métodos e ferramentas para otimizar a eficiência de energia na fabricação de carrocerias. www.research-ingermany.de EMC² Em cooperação com a Fiat, Siemens, Comau e universidades selecionadas, a Festo analisa parâmetros-chave para a eficiência de recursos e energia de fábricas e como eles podem ser mais rapidamente implementados. www.emc2-factory.eu IDEAS Sistemas de montagem evolutiva instantaneamente implantável - neste projeto de pesquisa, a Festo investiga novos mecanismos e arquiteturas para o controle descentralizado de instalações fabris. Estes incluem fatores como controle baseado em agente. www.ideas-project.eu

Produtos Festo preparados para a Indústria 4.0 Como exemplos, se destacam os produtos que possuem conexão de comunicação para redes padrão Ethernet, como pode ser observado a seguir: Além destes citados, todos os projetos de desenvolvimento 32 REVISTA FERRAMENTAL NOVEMBRO.DEZEMBRO 2015

de novos produtos estão alinhados com as especificações de comunicação da Indústria 4.0. O envolvimento com os projetos relacionados com a Indústria 4.0 e o compromisso em atender as necessidades do mercado faz com que seja investido mais de 7% do fatura-


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mento em projetos de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos.

Controlador de motores

Câmeras para sistemas de visão

Interface homem máquina

Controladores de pequeno porte

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Terminais de válvulas CPX

Smartphone: do inglês smart = inteligente e phone = telefone. É um telefone móvel com funcionalidades avançadas que podem ser estendidas por meio de programas executados por seu sistema operacional. Os sistemas operacionais dos smartphones permitem que desenvolvedores criem milhares de programas adicionais, com diversas utilidades. Geralmente um smartphone possui características mínimas de hardware e software, sendo as principais a capacidade de conexão com redes de dados para acesso à internet, a capacidade de sincronização dos dados do organizador com um computador pessoal, e uma agenda de contatos que pode utilizar toda a memória disponível do celular - não é limitada a um número fixo de contatos [wikipedia]. 2 Ergonomia: termo que deriva do grego “ergon”, que significa “trabalho” e “nomos”, que significa “leis ou normas”. Portanto, designa o conjunto de disciplinas que estuda a organização do trabalho no qual existe interações entre seres humanos e máquinas. O principal objetivo da ergonomia é desenvolver e aplicar técnicas de adaptação do homem ao seu trabalho e formas eficientes e seguras de desempenhá-lo visando a otimização do bemestar e consequentemente, aumento da produtividade [significados.com.br]. 3 Cibernética: do grego kibernetiké significa timoneiro, o que governa o timão da embarcação, o homem do leme. Em sentido figurado, aquele que dirige ou regula qualquer cois, guia, chefe. Também é designativa de piloto. É a ciência que estuda os mecanismos de comunicação e de controle nas máquinas e nos seres vivos, do modo como se organizam, regulam, reproduzem, evoluem e aprendem [dicionarioinformal.com.br]. 4 Software: ou programa de computador, é uma sequência de instruções a

serem seguidas e/ou executadas, na manipulação, redirecionamento ou modificação de um dado/informação. 5 Mouse: do inglês, significa rato. Em informática é um periférico indicador (em inglês pointing device) que serve para deslocar um cursor na tela, permitindo selecionar, mover, manipular objetos graças a botões. Chama-se "clique", a ação de pressionar (clicar) um botão para efetuar uma ação. Tem este nome em função de sua forma construtiva assemelhar-se com o formato deste roedor. 6 Chip: do inglês, significa literalmente lasca. Em eletrônica, é um circuito eletrônico integrado miniaturizado (também conhecido como CI, microchip, chip de silício, chip ou chipe) composto principalmente por dispositivos semicondutores sobre um substrato fino de material semicondutor. 7 RFID: do inglês Radio-Frequency Identification, significa identificação por rádio-frequência. É um método de identificação automática através de sinais de rádio, recuperando e armazenando dados remotamente através de dispositivos denominados etiquetas RFID. Uma etiqueta ou tag RFID é um transponder, pequeno objeto que pode ser colocado em uma pessoa, animal, equipamento, embalagem ou produto, dentre outros. Contém chips de silício e antenas que lhe permite responder aos sinais de rádio enviados por uma base transmissora. Além das etiquetas passivas, que respondem ao sinal enviado pela base transmissora, existem ainda as etiquetas semipassivas e as ativas, dotadas de bateria, que lhes permite enviar o próprio sinal. São bem mais caras que do que as etiquetas passivas. 8 Gap: do inglês, significa brecha, fenda, abertura, intervalo, lacuna. Figurativamente, são as deficiências para atingir um objetivo. 9 IP: é uma sigla derivada do inglês Internet Protocol (Protocolo de Interconexão), usada no mundo todo. Representa um conjunto de protocolos de comunicação entre computadores em rede (também chamado de pilha de protocolos TCP/IP). O conjunto de protocolos pode ser visto como um modelo de camadas, onde cada camada é responsável por um grupo de tarefas, fornecendo um conjunto de serviços bem definidos para o protocolo da camada superior. 10 Big Data: do inglês, significa grandes dados ou megadados. Em tecnologia da informação (TI) refere-se a um grande armazenamento de dados e maior velocidade. Diz-se que o Big Data se baseia em 5 "V": velocidade, volume, variedade, veracidade e valor. 11 Festo: é uma das empresas líderes mundiais no fornecimento de tecnologia de automação para aumento da produtividade de seus clientes. Fundada na Alemanha em 1925, está presente em 176 países, possui uma área de 194 mil metros quadrados e emprega 16.700 pessoas em todo o mundo.

FONTES CONSULTADAS [1] Festo, pesquisa na intranet, home page; Julho de 2015. [2] IOT Forum Brasil, Advanced manufacture task force. Fevereiro de 2015. [3] Deutsche Bank, Forecast for industry 40. Abril de 2014.

Paulo Roberto dos Santos - Engenheiro Industrial Mecânico pela Universidade Braz Cubas (1990), MBA em Gestão e Engenharia do Produto pela Escola Politécnica da USP, Especialização em Gerenciamento do Desenvolvimento de Produtos pela Fundação Getúlio Vargas, Especialização em Dinâmica Organizacional e Gestão de Pessoas pela Fundação Getúlio Vargas, Especialização em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas. Na Festo Brasil exerceu funções de Gerente de Engenharia, Gerente de Produtos e Chefe de Desenvolvimento de Produtos. Atualmente é Gerente Regional de Produtos para Américas, sendo responsável por gerir e implementar as estratégias de produtos nas filiais do continente americano da Festo Américas. Também é Inspetor do CREA SP. paulo.santos@festo.com Jochen Schließer - Engenheiro pela Universidade de Stuttgart (1989) e Doutor em Engenharia pela mesma Universidade (1998). Exerceu a função de Gerente no Fraunhofer IPA, Na Festo AG (Alemanha) foi Gerente Industrial de Painéis Planos, Diretor de Gestão de Oportunidades de Negócios, Diretor de Programa de Estratégias e Processos deA Inovação. Atualmente é Diretor de Pesquisa de Estratégias e Processos de Inovação na Festo AG. jchs@de.festo A 34 REVISTA FERRAMENTAL NOVEMBRO.DEZEMBRO 2015


FICHA TÉCNICA

DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO INTRODUTÓRIO Questões Estratégicas

SIM

NÃO

Sua empresa possui Visão, Missão, Valores e Objetivos Estratégicos definidos? Eles são de conhecimento de todos na organização? Se sua resposta for NÃO, preencha como não também as respostas das próximas 5 perguntas. Você sabe qual a razão de ser da sua empresa e ela não está ligada somente ao faturamento e à geração de riqueza dos sócios? Existe clareza quanto ao potencial de mercado de sua empresa e a possibilidade de integração dela com outros negócios ou cadeias produtivas? Os valores da sua empresa são conhecidos e declarados interna e externamente? Caso sua empresa possua a declaração de valores, eles estão vinculados à comportamentos que comunicam, tanto ao público interno como externo, a sua fidelidade a estes valores como algo que qualquer um em sua organização não negocia por nada? Existe a clareza para todos na sua empresa do "quanto falta" para que sua Visão seja concretizada/atingida? Você sabe quem são seus concorrentes diretos e indiretos, ou seja, aqueles que não atuam no mesmo ramo, mas produzem produtos que podem substituir o seu? Você sabe qual é a proposta de valor do seu negócio, ou seja, o que o seu negócio significa para seus atuais e potenciais clientes? Você usa todo o potencial do seu poder de barganha com seus clientes e fornecedores?

Parte integrante da revista Ferramental no 62 | Novembro/Dezembro 2015

Você sabe qual é a vantagem competitiva que sua empresa consegue gerar para seus clientes? Você sabe qual é a vantagem competitiva que seus concorrentes também conseguem gerar? Você sabe qual a vantagem competitiva que seus clientes querem comprar? Some quantas vezes você marcou SIM Multiplique o resultado acima por 100 e este novo número divida por 12 para encontrar o percentual de maturidade estratégica do negócio.

Índice de maturidade estratégica

Nível de maturidade estratégica

≥ 85%

Alto

≤ 84% e ≥ 70%

Médio

≤ 69%

Baixo

Fonte: Albcon Estratégia, Tecnologia e Gestão | www.albcon.com.br | Fone +55 47 4009-9454 | e-mail comercial@albcon.com.br REVISTA FERRAMENTAL NOVEMBRO.DEZEMBRO 2015

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JURÍDICAS

O AJUSTE FISCAL E O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO A CONSTANTE INTERFERÊNCIA DO GOVERNO NAS POLÍTICAS DESENVOLVIMENTISTAS GERA DESCONFORTO E DESCRÉDITO POR PARTE DAS EMPRESAS, QUE INVESTEM EM PROJETOS CUJA GARANTIA DE RETORNO É DUVIDOSA. Por Astridt Hofmann | Foto Divulgação

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o afã de equacionar suas próprias contas, o Governo vem, sistematicamente, adotando medidas com vistas a aumentar sua arrecadação. Estas medidas são: i) o aumento de impostos e; ii) a redução de benefícios fiscais anteriormente concedidos. Neste contexto diversas medidas provisórias foram editadas pelo Governo Federal, dentre as quais destacamos a MPV 694, de 30 de setembro de 2015, que suspende, durante o ano-calendário de 2016, os benefícios fiscais deferidos pela Lei do Bem (Lei nº 11.196/2005), em seus artigos 19 e 19-A: Artigo 19 - Sem prejuízo do disposto no artigo 17 desta Lei, a partir do ano-calendário de 2006, a pessoa jurídica poderá excluir do lucro líquido, na determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL1, o valor correspondente a até 60% (sessenta por cento) da soma dos dispêndios realizados no período de apuração com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica, classificáveis como despesa pela legislação do IRPJ2, na forma do inciso I do caput do artigo 17 desta Lei. Artigo 19-A - A pessoa jurídica poderá excluir do lucro líquido, para efeito de apuração do lucro real e da base de cálculo da CSLL, os dispêndios efetivados em projeto de pesquisa científica e tecnológica e de inovação tecnológica a ser executado por Instituição Científica e Tecnológica (ICT), a que se refere o inciso V do caput do artigo 2º da Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004, ou por entidades científicas e tecnológicas privadas, sem fins lucrativos, conforme regulamento. Ainda que o corte de benefícios fiscais possa se mostrar como uma iniciativa inteligente e politicamente menos desgastante, não nos parece que seja a conclusão mais correta, pois as medidas impostas pela MPV 694 atingem em cheio a política nacional de fomento à inovação (artigo 28, Lei nº 10.973/2004) e à competitividade da indústria nacional em

um ambiente de mercado internacional (conforme Lei nº 9.478/1997). Ou seja, não se trata de esvaziar um simples benefício fiscal dado graciosamente a um determinado segmento da economia. A MPV 694, mais do que incrementar a arrecadação do Governo, esvazia toda uma política de inovação, que tinha em seu cerne o interesse público. Não há na exposição de motivos da MPV 694 qualquer análise ou estudo que demonstre o impacto econômico desta medida, comparando a arrecadação que se pretende conseguir com as consequências da retração econômica que se seguirá. Ou seja, o Governo, em um primeiro momento arrecadará mais, mas no longo prazo, enfraquecerá ainda mais a indústria de base tecnológica, já tão fragilizada pela competição externa e o ambiente macroeconômico, o que, acarretará, certamente, na perda da arrecadação que se busca com revogação do benefício. Ora, percebe-se que aqui o Governo está, novamente, como diz o dito popular “matando a galinha para ficar com os ovos”. E quando não houverem mais galinhas para serem mortas? Não bastassem a inadequação de tal medida à vista das políticas nacionais de fomento ao desenvolvimento tecnológico, a revogação dos incentivos pela MP 694 não observa a melhor técnica legal, vez que a mudança unilateralmente, sobretudo em casos de incentivos com prazos determinados, sugere a violação a preceitos constitucionais que protegem a segurança jurídica, a legítima expectativa e confiança dos contribuintes nos atos praticados pela Administração (artigo 5º, e 37, caput, da Constituição Federal). As empresas confiaram que poderiam contar com o benefício por um certo prazo e, assim, realizaram investimentos e firmaram contratos a longo prazo e, de uma hora para outra, se veem com uma carga tributária não prevista inicialmente, desestabilizando todo o planejamento inicialmente idealizaREVISTA FERRAMENTAL NOVEMBRO.DEZEMBRO 2015

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JURÍDICAS

do e, em alguns casos, comprometendo a própria continuidade do negócio. É historicamente demonstrado que a todo aumento de impostos, se segue uma retração na economia, o que acaba, se não anulando, minimizando o aumento arrecadatório que o Governo pretendia. Assim o será com o novo pacote do Ajuste Fiscal preparado pelo Governo Federal, que agravará ainda mais a situação da atividade econômica da indústria nacional, prejudicando a consecução da meta de superávit orçamentário. Por outro lado, a redução da interferência do Estado no mercado e a redução de tributos mostram-se com uma ferramenta de fomento econômico que, uma última instância, aumenta a arrecadação de tributos. Enfim, caberá ao Congresso Nacional analisar a questão com cuidado e profundidade que as consequências desta medida provisória impõem. 1

CSLL: Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. 2 IRPJ: é a sigla de Imposto de Renda - Pessoa Jurídica. São contribuintes do IRPJ as pessoas jurídicas e as empresas individuais. As disposições tributárias do IR aplicam-se a todas as firmas e sociedades, registradas ou não.

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Astridt Hofmann - Advogada, especialista em Direito Empresarial pela Universidade da Região de Joinville - Univille. Sócia da Schramm. Hofmann Advogados Associados. ahofmann@sh.adv.br


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REDE SENAI DE FERRAMENTARIA

PROGRAMA DO SISTEMA INDÚSTRIA ALAVANCA PRODUTIVIDADE NAS EMPRESAS A competitividade é baseada na otimização da produtividade das empresas, aposta forte da CNI com o Programa Indústria+Produtiva

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umentar a produtividade é um dos desafios mais importantes para a indústria brasileira, sobretudo em um momento de ajuste fiscal e retração econômica. Em 1980, a relação entre a produtividade de trabalhadores brasileiros e chineses era de 3/25, ou seja, 3 trabalhadores brasileiros possuíam uma produtividade equivalente a 25 trabalhadores chineses. Em 2013, esta relação caiu para 5/4 (5 trabalhadores brasileiros possuem uma produtividade equivalente a 4 trabalhadores chineses). Buscando uma melhoria neste cenário, um projeto da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e com o Instituto Euvaldo Lodi (IEL), mostrou que é possível mais que dobrar a produtividade e reduzir as despesas de produção em pouco tempo, com medidas simples e, mais importante, com baixo custo para as empresas. O resultado foi um retorno financeiro entre 8 e 108 vezes o valor investido pelas indústrias. O Programa Indústria +Produtiva foi testado em escala piloto em 18 empresas de médio porte de quatro estados

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(Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Ceará), nos setores de alimentos, confecção, calçados, metalomecânica e brinquedos. Neste piloto, os ganhos registrados foram acima da expectativa: ! 54% de aumento de produtividade; ! 26% de ganho em qualidade do processo produtivo; ! 14% de redução de custos de produção; ! Retorno financeiro entre 8 e 108 vezes do total investido no programa. O próximo passo do Programa é ampliar a oferta desta competência para um número maior de empresas e setores industriais. Para isso, o SENAI investe na implantação de Institutos capazes de transferir tecnologias para a indústria que gerem ganhos de produtividade, além de reduzirem custos de produção, utilização de insumos e otimização do uso de mão de obra. Ao todo, serão implantados 61 Institutos SENAI de Tecnologia e 26 Institutos SENAI de Inovação, sendo que mais de 50% desta estrutura já se encontra em operação. Para que o projeto possa alcançar um maior número de empresas, o Programa Indústria+Produtiva focou em três critérios: rápida intervenção no processo produtivo, retorno de curto prazo e baixo investimento da empresa. Na etapa piloto, o valor médio do investimento por empresa foi de R$ 18 mil, aproveitando-se ao máximo a infraestrutura e os profissionais da empresa. Com o aumento da oferta, espera-se que o custo de aplicação seja reduzido entre 15 e 20%. Com iniciativas desta natureza, o Sistema S tem apoiado empresas a obter ganhos de produtividade e eficiência, projetando um crescimento sustentável da indústria nacional, retomando assim sua representatividade na participação na economia do país.


DICAS DO CONTADOR

DIRF 2016 – O QUE MUDA? Por Francisco João dos Santos

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o último dia 18 de setembro foi publicada no Diário Oficial a IN - Instrução Normativa Nº 1.587/2015, da RFB - Receita Federal do Brasil, que define as regras para a apresentação da declaração relativa ao ano-calendário de 2015 (DIRF1 2016). Veja agora os principais pontos e a mudança mais significativa, que é a obrigação de informar os pagamentos realizados às operadoras de planos de saúde na modalidade coletivoempresarial.

único mês do ano-calendário, por si ou como representantes de terceiros. A extensa lista é apresentada na íntegra da IN, com destaque para empresas individuais, estabelecimentos matrizes de pessoas jurídicas domiciliadas no Brasil, inclusive as imunes ou isentas, filiais de pessoas jurídicas com sede no exterior, condomínios, comitês políticos, cartórios, entre outros.

Obrigação de entregar a DIRF 2016

O programa gerador da DIRF 2016, de uso obrigatório para preenchimento ou importação de dados da declaração, será aprovado por ato do Secretário da RFB e disponibilizado no site www.receita.fazenda.gov.br, devendo ser utilizado para a apresentação das declarações relativas ao ano-calendário de 2015, bem como para o ano-calendário de 2016, nos

Estão obrigadas a apresentar a DIRF 2016 praticamente todas as pessoas jurídicas e físicas que pagaram ou creditaram rendimentos sobre os quais tenha incidido retenção do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), ainda que em um

Programa gerador da DIRF 2016

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DICAS DO CONTADOR

casos de extinção de pessoa jurídica em decorrência de liquidação, incorporação, fusão ou cisão total e nos casos de pessoas físicas que saírem definitivamente do País e de encerramento de espólio. Prazo de entrega A DIRF 2016 deverá ser entregue exclusivamente via internet, até as 23h59min59s, horário de Brasília, do dia 29/02/2016, mediante a utilização do programa Receitanet, disponível no site da RFB, observando-se que, exceto em relação às pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional, é obrigatória a assinatura digital da declaração mediante a utilização de certificado digital válido. Em caso de extinção decorrente de liquidação, incorporação, fusão ou cisão total ocorrida no ano-calendário de 2016, a pessoa jurídica extinta deverá apresentar a DIRF relativa ao ano-calendário de 2016 até o último dia útil do mês subsequente ao da ocorrência do evento, exceto quando este ocorrer no mês de janeiro, caso em que a DIRF poderá ser entregue até 31/03/2016. Saída definitiva do Brasil ou de encerramento de Espólio Na hipótese de saída definitiva do Brasil ou de encerramento de espólio ocorrido no ano-calendário de 2016, a DIRF de fonte pagadora pessoa física relativa a esse ano-calendário deverá ser apresentada: a) No caso de saída definitiva, até a data da saída em caráter permanente; ou 30 dias contados da data em que a pessoa física declarante completar 12 meses consecutivos de ausência, no caso de saída em caráter temporário; e b) No caso de encerramento de espólio, até o último dia útil do mês subsequente ao da ocorrência do evento, exceto quando o evento ocorrer no mês de janeiro, caso em que a Dirf poderá ser entregue até 31.03.2016.

fixado para a entrega da declaração e considerada como termo final a data da efetiva entrega ou, no caso de não apresentação, da lavratura do auto de infração. Observada a multa mínima de R$ 200,00, em se tratando de pessoa física, de pessoa jurídica inativa e de pessoa jurídica optante pelo Simples ou pelo Simples Nacional, e de R$ 500,00, nos demais casos, essa multa será reduzida: a) Em 50%, quando a declaração for apresentada após o prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício; b) Em 25%, se houver apresentação da declaração no prazo fixado em intimação. O que muda em relação à DIRF 2015 Vale ressaltar que, entre as alterações introduzidas neste ano, devem ser informados na DIRF 2016 os dados relativos aos beneficiários pessoas físicas domiciliadas no País quanto aos pagamentos a plano privado de assistência à saúde, modalidade coletivo-empresarial, contratado pela fonte pagadora em benefício de seus empregados em relação: a) Ao número de inscrição no CNPJ2 da operadora do plano privado de assistência à saúde; b) Ao nome e número de inscrição no CPF3 do beneficiário titular e dos respectivos dependentes, ou, no caso de dependente menor de 16 anos em 31 de dezembro do ano-calendário a que se refere a DIRF 2016, ao nome e à data de nascimento do menor (anteriormente era exigido o nome e a data de nascimento do dependente menor de 18 anos); e c) Ao total anual correspondente à participação do empregado no pagamento do plano de saúde, identificando a parcela correspondente ao beneficiário titular e a correspondente a cada dependente. Fonte: IOB News – 23/10/2015

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Multa Os contribuintes que deixarem de apresentar a declaração no prazo fixado estarão sujeitos à multa de 2% ao mêscalendário ou fração, incidente sobre o montante de tributos e contribuições informados na declaração, ainda que integralmente pago, limitada a 20%. Para efeito de aplicação da multa, é considerado como termo inicial o dia seguinte ao término do prazo originalmente 42 REVISTA FERRAMENTAL NOVEMBRO.DEZEMBRO 2015

DIRF: Declaração do Imposto Retido da Fonte. CNPJ: Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica. 3 CPF: Cadastro de Pessoa Física 2

Maiores informações pelo e-mail abra@grupoabra.com ou pelo fone 47 3028 2180


INOVAÇÃO

MEGATENDÊNCIAS: VETORES PARA INOVAÇÃO A PREVISÃO DO COMPORTAMENTO DA SOCIEDADE E DAS TECNOLOGIAS AUXILIA, DE FORMA SIGNIFICATIVA, NO PLANEJAMENTO DA VIDA PARTICULAR E EMPRESARIAL. PORÉM, SÃO PROBABILIDADES E NÃO CERTEZAS. Por Ianiv Wainberg Pires | Foto Divulgação

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udo muda, o tempo todo: A economia, a moda, o tempo, nosso humor. A arte de fazer previsões relevantes consiste em diferenciar aquilo que é uma oscilação momentânea daquilo que é um movimento sustentado (diferenciar o tempo do clima, por exemplo), mesmo que não homogêneo, em determinada direção. Estes movimentos são megatendências. Megatendência é um termo cunhado por John Naisbitt, título de livro homônimo1, que diz respeito aos fatores subjacentes a mudanças profundas que ocorrem ao longo do tempo. Tipicamente tem maturação mais longa do que modismos ou cataclismas2 pontuais, mas também podem ser disparadas por eventos exponenciais (a descoberta da bomba nuclear ou da pílula anticoncepcional). Suas causas podem ser naturais (o El Niño3), sociais (o empoderamento feminino), tecnológicas (a internet4) ou uma combinação destes fatores. É o tipo de análise efetuada por serviços de inteligência de agências governamentais e consultorias de risco, levando em consideração horizontes de 50 anos ou mais. Tipicamente os estudiosos que escrevem sobre este tema são chamados de Futuristas. Entre seus expoentes estão muitos nomes célebres (não por acaso, muitos deles também são conhecidos por serem autores de ficção científica) tais como Aldous Huxley, Arthur C. Clarke, Buckmister Fuller, Carl Sagan, Alvin Toffler, George Orwell, David Houle e Ray Kurzweil, entre outros. Evidentemente, não existe bola de cristal, e estudiosos sérios não alegam tê-la. Existem discussões acadêmicas acirradas quanto à probabilidade e previsibilidade de eventos, sendo que aqueles que advogam ser possível maior precisão afirmam que avanços na ciência e estatística maximizam nossa capacidade de prever, construindo cenários alternativos. Dito isto, a taxa de acerto de muitos deles (baseado em previsões passadas) é considerável. São previsões que devem ser analisadas com senso crítico, e servir para reflexão. John Naisbitt antecipa, entre outras, as seguintes megatendências5:

1. A transformação de uma sociedade industrial para uma baseada na criação e distribuição da informação. A crescente importância do setor de serviços e a menor participação do setor industrial na economia global comprovam isto; 2. Economias nacionais autossuficientes passam a ser parte de uma economia globalizada, expondo suas forças e fraquezas frente aos demais concorrentes. Mesmo economias pouco conectadas sofrem os efeitos desta tendência, dada à oferta de produtos baratos produzidos de forma mais econômica em outros lugares; 3. As estruturas sociais passam a ser menos hierárquicas, e a importância de redes informais será maior. As redes sociais, crowdfunding6, Airbnb7 e Uber8 atestam a relevância desta tendência, subvertendo estruturas econômicas antes tidas como perenes e; 4. A sociedade passa de uma perspectiva binária (comunismo/capitalismo, masculino/feminino, por exemplo), com opções restritas, para uma com opções múltiplas. A existência concomitante de diversas tribos e estilos são uma manifestação deste fenômeno. A partir de Naisbitt, diversas organizações passam a publicar megatendências regularmente. Entre elas está a consultoria Ernest & Young, que agora em 2015 mapeou seis Megatendências9: 1. Futuro digital: A tecnologia transformará toda a atividade econômica, gerando uma miríade de oportunidades e desafios; 2. Aumento do empreendedorismo ao redor do mundo: Recursos tecnológicos antes indisponíveis viabilizam a participação de novos atores na disputa comercial global; 3. Mercado global: O poder econômico migra para o leste e para o sul, provocando novos padrões de comércio e de investimento; 4. Mundo urbano: Infraestrutura efetiva e planejamento sensato farão das futuras cidades locais competitivos e resilientes; REVISTA FERRAMENTAL NOVEMBRO.DEZEMBRO 2015

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INOVAÇÃO

5. Uso racional dos recursos naturais: Aumento da demanda e transformação da oferta provocam inovações nos âmbitos energéticos e de recursos e; 6. Saúde reimaginada: Tecnologia e demografia convergem em uma transformação disruptiva. Olhando mais a frente, Ray Kurzweil antecipa possibilidades tais como10: ! Transhumanismo11 (a fusão da biologia com a tecnologia, com a segunda eventualmente sobrepujando a primeira); ! Tradução em tempo real eliminando barreiras culturais; ! Inteligência artificial fazendo com que migremos de telas para sensores, o que gerará uma relação mais pervasiva com a tecnologia; ! Envelhecimento da sociedade, devido a técnicas de extensão da vida; ! Redução da demanda por trabalhadores, devido a técnicas altamente automatizadas tais como impressão 3D12 e; ! Nanotecnologia em diversas aplicações tecnológicas, controle de ferramentas genéticas e energia renovável ilimitada.

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Internet: é um conglomerado de redes em escala mundial de milhões de computadores interligados que permite o acesso a informações e todo tipo de transferência de dados. Ela carrega uma ampla variedade de recursos e serviços, incluindo os documentos interligados da World Wide Web (Teia de Abrangência Mundial), e a infraestrutura para suportar correio eletrônico e serviços como comunicação instantânea e compartilhamento de arquivos [www.wikipedia.com.br]. 5 http://www.buffalonews.com/did_megatrends_pan_out_a_look_back_at _societal_predictions_30_years_later.html 6 Crowdfunding: Obtenção de capital através de financiamento coletivo, em geral de pessoas físicas interessadas na iniciativa. Existem plataformas online especializadas nisso. 7 Airbnb: é um serviço online comunitário para as pessoas anunciarem, descobrirem e reservarem acomodações. 8 Uber: é uma empresa multinacional americana de transporte privado urbano baseado em tecnologia disruptiva em rede, através de um aplicativo E-hailing que oferece um serviço semelhante ao táxi tradicional, conhecido popularmente como serviços de "carona remunerada" [www.wikipedia.org]. 9 http://www.ey.com/Publication/vwLUAssets/ey-megatrends-report2015/$FILE/ey-megatrends-report-2015.pdf 10 http://www.singularity.com/ 11 Trans-humanismo: às vezes simbolizado por >H ou H+, é uma filosofia emergente que analisa e incentiva o uso da ciência e da tecnologia, especialmente da biotecnologia, da neurotecnologia e da nanotecnologia, para superar as limitações humanas (intelectuais, físicas e psicológicas), e, assim, poder melhorar a própria condição humana [www.wikipedia.org]. 12 3D: resulta de abreviação da denominação três dimensões.Também é linguagem coloquial no segmento de ferramentarias para denominar a representação gráfica eletrônica (modelamento) de uma peça em três dimensões.

Como será o futuro? Difícil dizer com certeza. Todos estudiosos parecem concordar, no entanto, que ele será bastante diferente do presente. Quais as implicações destas mudanças nos processos produtivos e comerciais? E no mundo do trabalho? E na sociedade?

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Megatrends: Ten New Directions Transforming Our Lives. Warner Books, 1982. 2 Cataclisma: é um termo que se refere à transformação brusca e de grande amplitude da crosta terrestre devido a efeitos perturbadores de vulcanismo e terremotos. Teria sido comum nos primórdios do planeta a ocorrência dessas perturbações de grande ordem na superfície terrestre. 3 El Niño: é o maior fenômeno climático global. De tempos em tempos, uma enorme quantidade de água do Oceano Pacífico Equatorial se aquece, mudando o regime dos ventos alísios. 44 REVISTA FERRAMENTAL NOVEMBRO.DEZEMBRO 2015

Ianiv Wainberg - Sócio da Bertussi Design, consultor em design de produtos e gestão da inovação, com atuação junto a indústrias de médio e grande porte de diversos segmentos. Tem passagem em empresas como Dell, RBS, Unimed e Feevale. Bacharel em Design de Produtos e MBA em Gestão Estratégica. ianiv@bertussidesign.com.br


MEMÓRIAS

FERRAMENTEIROS DA VOLKSWAGEN DO BRASIL Encontros para relembrar e confraternizar Por Gisélle Franciane de Araújo (gisellefranaraujo@gmail.com)

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o século passado, precisamente em 1957, inicia-se a história da ferramentaria na Volkswagen do Brasil. Da Alemanha foram trazidos alguns dispositivos e ferramentas para a montagem dos carros aqui no país, que vieram acompanhados de um ferramenteiro alemão, ainda jovem, mas que conhecia todo o processo. Henry Bruno Misch foi registrado na VW do Brasil no mesmo ano, com a chapa VW 0631-9.

Henry Bruno Misch, criador da ferramentaria na Volkswagen do Brasil [Arquivo Arnaldo Gonçalves Moita]

Há 62 anos a Volkswagen colabora com a economia brasileira e com o setor automobilístico. Sua biografia teve início em um pequeno galpão alugado na Rua do Manifesto, no bairro do Ipiranga, em São Paulo, com apenas 12 funcionários. Seis anos depois, em novembro de 1959, a empresa inaugurava a unidade Anchieta, na cidade de São Bernardo do Campo, em São Paulo. Esta foi a primeira fábrica da empresa a se instalar fora da Alemanha. E muitos casos de sucesso dos seus colaboradores podem ser relembrados no Encontro dos Ferramenteiros da Volkswagen do Brasil. Anualmente, ex-funcionários da companhia se reúnem para confraternizar, papear e contar muitas histórias. “O início de tudo foi por Henry Misch, grande idealizador, embora falecido, merece toda a nossa homenagem”, destaca Arnaldo Gonçalves Moita, um dos responsáveis pela organização do evento. A ideia de reunir esses profissionais foi de Darcy Ferreira. Ele

foi aprovado em uma seleção para o SENAI-Volkswagen, depois transferido da ferramentaria como instrutor na formação de novos ferramenteiros. Foi aí que começou a pensar em uma forma de promover o encontro. Reuniram-se para por em prática a ideia, além de Darcy, Valter Barros Silva, Rubem Francisco Garcia, Walter Kafka, José Roberto Cacalis e Vanderly Trevelyn. Então, dividiram funções para recrutar os amigos ativos e os que já haviam se aposentado. Hoje, a organização conta ainda com a ajuda de Arnaldo e de Natalino Alves. “Na primeira edição tivemos a presença de mais ou menos 35 pessoas. Foi um momento de grande alegria, principalmente por rever os que haviam se desligado da empresa”, relembra. São Bernardo do Campo, principal sede da Volkswagen do Brasil, é a cidade onde eles se encontram para o almoço de confraternização. “É lá que mora a maioria dos participantes”, explica Arnaldo. Os dois primeiros encontros foram realizados em uma churrascaria que ficava no centro da cidade. Do terceiro evento em diante passaram a se encontrar no Volkswagen Clube. Com o fechamento desta unidade, mudaram para o Restaurante Florestal, na rota do frango com polenta. Os veteranos deste grupo são George Adam (88 anos), Walter da Silva Reino (87 anos) e Newton Bastoni (85 anos). “Os três participam desde o primeiro encontro”, comenta Arnaldo. O evento é anual e realizado sempre no terceiro sábado de setembro. Este ano, o 27° contou com a presença de 358 pessoas. “Desde o início fazemos um controle dos participantes, que é editado anualmente, para que possamos sempre entrar em contato para relembrar o convite para a próxima

Veteranos no 27º Encontro em 2015 [Arquivo Arnaldo Gonçalves Moita] REVISTA FERRAMENTAL NOVEMBRO.DEZEMBRO 2015

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MEMÓRIAS

edição”. Conforme Arnaldo, a ideia básica do encontro seria reunir os próprios ferramenteiros, mas participam também convidados e acompanhantes. São envolvidos os que já participaram e os mesmos são orientados a convidarem os que encontrarem ocasionalmente. Antes o convite era no boca a boca e por telefonemas. “Atualmente, com o auxilio da informática, por e-mails e pelo Facebook. Nos últimos três anos contamos com a ajuda da Revista Ferramental”. Arnaldo disse que nesses 27 anos de evento mudou apenas o local de realização e a quantidade de pessoas, que a cada ano vem crescendo. De 2009 a 2011, entre 200 e 300 e, de 2012 até este ano, sempre mais que 300 pessoas. No ano pasado contamos com a presença de 362 veteranos. “Nossa meta para 2016 é alcançar 400 participantes”, estima Arnaldo. Em 2013, na edição de bodas de prata, Arnaldo disse que fizeram homenagem aos principais responsáveis pela formação técnica de ferramenteiros no SENAI-VW. “Destacamos Mair Moreno, criador e diretor do CFP - Centro de Formação de Profissionais, por sua colaboração na formação de novos profissionais”, salienta.

Ao centro, Mair Moreno, ladeado pela esposa Lilian e o organizar do evento, Arnaldo, em 2013 [Arquivo Arnaldo Gonçalves Moita]

Professores e ex-alunos do CFP, no almoço de 2012 [Arquivo Arnaldo Gonçalves Moita] 46 REVISTA FERRAMENTAL NOVEMBRO.DEZEMBRO 2015

Abraços e sorrisos, o fundamento desta festa. [Arquivo Arnaldo Gonçalves Moita]

Em meio a abraços e risadas há muito a se comentar e relembrar no dia do evento. Conforme Arnaldo, a VW cresceu muito no decorrer dos anos, sempre construindo novas alas e subdividindo seus setores. De um grupo de ferramenteiros na Ala I, chegou a 12 setores na fábrica. “Os mais antigos relembram as conquistas e dificuldades da época em que a VW se instalou em São Bernardo do Campo”, frisa. Com o crescimento da empresa, os assuntos passaram a ser referentes ao grupo de convívio diário, apelidos, conquistas e família. Destaca-se a vinda de participantes, hoje residindo em diversas cidades do interior paulista, do litoral, de Minas Gerais e até de Santa Catarina. “Sabemos de veteranos atuando nas mais diversas áreas como política, advocacia, voluntariado e terceiro setor”, aborda. A área de ferramentaria foi predominantemente masculina por muitos anos. “De feminino tínhamos apenas a secretária do gerente, Marga Pamp”, justifica Arnaldo. Com a abertura e interesse do SENAI-VW em recrutar garotas para os cursos de profissionalização, começou-se a contar com algumas ferramenteiras. “Por enquanto, raramente temos a presença delas no evento, mas uma que se fez presente foi a Glória Boldow”, revela Arnaldo. De pai para filho A história de sucesso de muitos dos profissionais está ligada a oportunidade de qualificação e este é o objetivo do Centro de Formação Profissional Volkswagen SENAI, que atua há 42 anos na fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo. A escola, que é referência no ensino dual no país, já capacitou mais de seis mil profissionais. Anualmente, novos aprendizes são formados e preparados para o seu primeiro emprego. Foi o caso de Rubens Rodrigues Fernandes, 62 anos, aprovado como aprendiz em 1968 e também de seu filho Gustavo Cintra Fernandes, 31 anos, que depois de três décadas seguiu o mesmo caminho e buscou a qualificação pelo CFP


MEMÓRIAS

SENAI-VW. Rubens dedicou-se durante 35 anos à empresa como ferramenteiro. Gustavo afirma que o pai gosta muito de violão: “Sempre que a gente se encontra para ele tocar, meu pai lembra a época, em que no horário do almoço, reuniam-se para tocar no meio das máquinas e vinham pessoas de todas as alas, era praticamente uma família”. “Desde criança, quando via meu pai sair para trabalhar, tinha vontade de ir com ele, ficava muito curioso de saber como era a empresa e o que ele fazia”, completa. Em 1998, Gustavo começou a trabalhar na Volkswagen em um estágio na manutenção da ferramentaria, onde permaneceu por três anos. “Arrumava a máquina do meu pai”, fala, sorrindo. Posteriormente, formou-se na área de eletrônica e foi transferido para a engenharia, no laboratório elétrico, onde está até hoje, 17 anos dedicados à VWB. História parecida, que tem como ponto comum a ferramentaria e também marcada por 30 anos de diferença e, nos mesmos anos, 1968 e 1998, a de Arnaldo Moita, 63 anos, e do seu filho Rodrigo Farinelli Moita, 32. Rodrigo disse que é o sonho de todo pai que trabalha na VW ver o filho ingressar na empresa, mas não houve uma exigência por parte dele. “A

ideia surgiu naturalmente, cresci ouvindo meu pai falar da Volkswagen”, explica. No SENAI-VW Rodrigo estudou mecânica geral e foi ser ferramenteiro na fábrica. Conforme ele, é um ótimo ambiente de aprendizado, com profissionais experientes. Depois de um pouco mais de um ano foi para a Engenharia. “É o local onde a maioria sonha em trabalhar, pois é o local onde se desenvolvem os projetos que serão carros no futuro”. Ele ficou durante dez anos como inspetor de medidas e, agora, está há quatro, como Engenheiro do Produto na área do Centro de Ensaios Estáticos. Seu pai, o paulistano Arnaldo, iniciou na Volkswagen aos 16 anos, depois de passar por um período de testes foi aprovado como aprendiz no CFP da VWB e, logo após, efetivado na ferramentaria, no departamento de chapelonaria, hoje chamado de fábrica-piloto, onde passou ao cargo de analista de processos, exercendo esta função até sua aposentadoria, em 1999. Quatro meses depois foi convidado a retornar como prestador de serviço na área do PKO Engenharia. “Em fevereiro do ano que vem completo 47 anos na indústria automobilística”, comemora Arnaldo.

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ENFOQUE

SEMPRE LIGADO FIQUE POR DENTRO DAS NOVIDADES TECNOLÓGICAS DO MUNDO DA FERRAMENTARIA

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ProGT é uma empresa que visa auxiliar a indústria no desenvolvimento de produtos, fornecendo soluções inovadoras para tornar possível a concretização de novos conceitos tecnológicos. Atua em segmentos variados, executando serviços nas seguintes áreas: automobilística, indústria de moldes para injeção e sopro de plásticos, brinquedos, eletroeletrônicos, empresas de projetos e design, entre outros. Tem em seu rol de atividades a: prototipagem de peças plásticas - com o objetivo de antecipar cenários ao cliente, possui impressora 3D para auxiliar na construção de peças através de um arquivo CAD. Destaca-se que o material utilizado por esse equipamento é o ABS plus, termoplástico com excelente resistência; engenharia reversa – geração de arquivo CAD a partir de uma peça física existente; desenvolvimento de produtos - auxilia o cliente na criação de uma nova solução ou inovação tecnológica, por meio de software 3D; modelamento 3D - partindo de um projeto existente em formato de desenho 2D ou croquis, desenvolve novo conceito através do programa CAD para futuras aplicações, como usinagem, projeto e manutenção; detalhamento 2D - criação de desenhos dimensionais para fabricação e conferência de peças, com todo o

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detalhamento necessário para fabricação e usinagem, a fim de possibilitar a verificação e efetiva montagem do molde; projetos técnicos - através do desenho de um produto, elabora projeto de ferramental respeitando as particularidades do cliente e limitações de equipamentos no qual o molde será executado e as peças injetadas. Projetos de dispositivos de controle dimensional e montagem. Auxílio por software 3D de modelamento de equipamentos, proteções, e manutenção. ProGT 47 8422 3917 | tiago@progt.ind.br

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retificadora cilíndrica Mello modelo UNS-2/1000, é equipada com sistema de comando NC IHM (Interface Homem Máquina), com tela de LCD de 5,7 polegadas, touch screen, colorida. O equipamento dispõe de ciclos de retificação automático de mergulho (APC) subdividido em até cinco fases: pré-desbaste, desbaste, recuperação da flexão, acabamento e faiscamento. Com parametrização independente para velocidades de avanço do rebolo, sobremetais e tempos a serem programados. A rotação da peça é programável entre 20 e 600 rpm. Tem ainda ciclo de retificação automático por

passadas (ATC) subdividido em até quatro fases: pré-desbaste, desbaste, acabamento e faiscamento. Cada fase tem seus parâmetros de avanços do rebolo e sobremetais programados de forma independente. O avanço do rebolo pode ser de três formas: somente na reversão esquerda, somente na reversão direita, ou em ambas. Compõe ainda o equipamento os ciclos automáticos de dressagem periódicos, programáveis, na quantidade de material a ser removido por avanço, no número de passadas de dressagem, no número de passadas de acabamento (sem avanço do rebolo), e nas velocidades das passadas. No ciclo ATC podem ser programadas até 12 dressagens por programa/peça, ou, como no ciclo APC, pode ser programada a dressagem para ocorrer após um determinado número de peças (contador de peças para dressagem de 0 a 99 peças). Na operação, sempre há a compensação automática do material retirado do rebolo. Afastamento final do


ENFOQUE

rebolo programável para facilitar a troca de peças, com desligamento automático da rotação da peça, da refrigeração e, como opção, também do rebolo. O avanço do rebolo e a rotação da peça são controlados de forma independente. Comando e indicação na tela de LCD, da posição do rebolo por régua digital. Manivela eletrônica para deslocamento e avanço do rebolo. Capacidade de armazenar até 100 programas. Avanços do rebolo programáveis e deslocamento com resolução de até 0,001 mm. A máquina básica é composta de: sistema de óleo hidráulico com bomba de palhetas de vazão variável, bloco óleo hidráulico com válvulas automáticas e manuais, tubulações, conexões e mangueiras; cabeçote porta-peças com sistema eletrônico de variação contínua da rotação entre 40 e 400 rpm; deslocamento rápido transversal de 40 mm, para frente e para trás, do cabeçote porta-rebolo; cabeçote contra-ponta de alta rigidez; lubrificação automática; quadro elétrico completo; pintura padrão em tinta epóxi, na cor verde RAL 6011, ou na composição de cores cinza, branco e vermelho; precisão de acordo com a norma ISO 2433. As principais características técnicas são: distância máxima entre centros de 1.000 mm; altura dos centros sobre a mesa igual a 150 mm; dimensões do rebolo de 300 x 40 x 76 mm; cone Morse da árvore porta-peças tipo CM 5; cone Morse da árvore contra-ponta CM 4; curso da mesa de 1.090 mm; giro angular da mesa em ambos sentidos até 6º; avanço transversal real do rebolo contra a peça por divisão do dial igual a 0,0025 mm; curso transversal rápido de 40 mm; rotações do porta-peças (variação contínua) entre 40 e 400 rpm; motor do rebolo com 4 HP; peso líquido com acessórios normais de 2.190 kg. Mello 11 5631 5287 | www.mellfaber.com.br

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Binzel do Brasil anunciou que iniciou a promoção e venda dos produtos Anviloy® no Brasil. A linha foi desenvolvida principalmente para utilização em moldes de fundição de alumínio, extrusões difíceis, como também para preenchimento no reforço e reparo de matrizes e insertos. Os eletrodos de tungstênio E3® promovem boas práticas para a soldagem TIG - sem riscos de contaminação radioativa. Como vantagens: o soldador não fica mais exposto à radiação; os pedaços remanescentes e as partículas de esmerilhamento não são mais tratados como perigosos e não há necessidade de nenhuma medida de segurança especial para apontamento, armazenamento e transporte. O E3® inicia mais rápido e mantém um arco estável. Testes realizados evidenciam que o delay na ignição com o E3® melhorou, enquanto o tungstênio toriado começa a aumentar após as 25 primeiras aberturas de arco. Em função da aplicação de maneira mais fria, a queima das pontas dos eletrodos E3® é reduzida e a durabilidade aumentada. Na mesma densidade de corrente, os eletrodos E3® operam a uma temperatura aproximadamente 900ºC menor do que os eletrodos WTh. Portanto, possuem uma capacidade de transporte de corrente mais alta. Os eletrodos E3®mantêm uma geometria estável da ponta e, portanto, possuem maior duração. Por fim, os eletrodos E3® são fabricados de acordo com a EN ISO

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6848 e todas as embalagens possuem um número de lote garantindo a rastreabilidade. Binzel 24 2222-9760 www.binzel-abicor.com.br

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Japax traz para o mercado o menor modelo da nova série de máquinas de eletroerosão a fio da Sodick, o SL400G L. O equipamento é enclausurado para maior segurança e limpeza (observando requisitos da NR-12), tem tanque de trabalho com 3 lados retráteis para comodidade na carga e descarga de peças e nas inspeções dimensionais, seus motores são lineares com 10 anos de garantia de precisão de posicionamento, as réguas óticas para os eixos X Y U e V garantem precisão, opera com corte submerso e inserção automática de fios a partir de Ø 0,05 mm, trabalha com fios de Ø 0,03 até 0,30 mm, permite importação de geometria 3D com pós processamento para códigos de máquina, o CNC vem com tela táctil de 19" multi gestos. Ainda, conta com processador 64 bit multi tarefa e

comporta dimensões máximas de peça de 600 x 470 x 240 mm. Os eixos tem cursos X, Y e Z de 400 x 300 x 250 mm respectivamente e permite inclinação de 25º a 130 mm de altura. Suporta peças com peso máximo de 500 kg. Eletroerosão Japax 11 5564-7488 www.japax.com.br

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Akra, sediada em São Paulo, é representante da alemã Kasto e vem para o mercado para suprir as necessidades de corte de alto desempenho, principalmente para materiais de difícil usinabilidade. A Kastowin, nova linha de máquinas de corte de alta produção e velocidade, é completamente automática e os operadores, após informar o material a ser cortado, terão à disposição informações como velocidade de corte, avanço e número de corte. Tudo estará disponível em uma tela de controlador digital colorido de 7'' com desenhos intuitivos. O equipamento contempla ainda processos como amaciamento automático, compensação de velocidade, avanço em função da vida útil da serra, completa eliminação da necessidade de medir um comprimento de corte e atende a norma de segurança NR12 totalmente. As principais especificações técnicas do modelo A 4.6 são: capacidade de corte de 460 mm; capacidade de corte H x L de 460 x 460 mm; capacidade máxima de alimentação por avanço igual a 500 mm; opcionalmente 1.500 mm; alimentação múltipla de 9.999 mm;

menor comprimento e menor diâmetro de corte igual a 10 mm; ajuste de velocidade de corte com faixa infinita entre 12 e 150 m/min; potência de acionamento da serra de fita com 4 kW; potência instalada total de 6 kW; largura e comprimento da serra de fita com 6.096 x 54 x 1,3 mm; altura máxima de corte de 700 mm; dimensões totais de 1.650 x 2.900 x 2.030 mm de largura, comprimento e altura respectivamente; e peso total de 3.000 kg. Akra 11 3486-1756 | www.akra.com.br

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STOR, comercializado pela Alamo Soluções em TI, é um programa computacional para gerenciamento do ciclo de vida de projetos (PLM), fornecendo a qualquer tempo e em qualquer etapa uma visão holística do projeto. É a ferramenta de integração do Gerenciamento de Projetos em todas as modalidades inclusive EPC, EPCM e turn key. Alguns dos benefícios do uso do STOR em alguns clientes: 30% de diminuição das horas de Engenharia; 15% de redução dos custos de aquisição de materiais; 15% de redução do volume de estoque e sobras; 36% de redução de não conformidades no fornecimento de itens e pacotes comprados de subfornecedores; e 13% de redução do “time to market”. Alamo TI 31 3504-1922 www.alamoti.com.br


GENTE & GESTÃO

COMO BLINDAR SUA EQUIPE PARA SUPERAR OS 14 MOTIVOS MUNDIAIS PELOS QUAIS OS CLIENTES PEDEM DESCONTOS! Por Paulo Cesar Silveira | Fotos Divulgação sustentabilidade, coerência e ganhos coletivos. Adotar a atitude correta e se preparar para o processo total da negociação

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eja bem vindo ao último artigo da série Venda Sustentável – Como Transformar Objeções em Lucros & Alianças. Em mais de 30 anos trabalhando diretamente na área de vendas e negociações técnicas mapeei os 14 motivos mundiais pelos quais os clientes pedem descontos. Indiferente de que parte do mundo você negocie, são eles: 1. O cliente sabe que vale a pena barganhar e “chorar” porque na maioria das vezes os vendedores concederão algum desconto por falta de preparo, para tirar o pedido rápido, por preguiça, ou por não perceber o devido valor no que vende; 2. O cliente quer cumprir sua obrigação de comprador; 3. O cliente ainda não está convencido da proposta; 4. O cliente ganha bonificações da concorrência; 5. O cliente é amigo do concorrente; 6. O orçamento do cliente é limitado demais; 7. Não há interesse na compra. A pergunta é apenas informativa; 8. O cliente não sabe qual é o preço mínimo que o vendedor pode conceder; 9. O cliente tem a impressão pessoal de que o produto não vale o preço pedido; 10. O cliente está escondendo outras restrições importantes, não diretamente ligadas ao preço; 11. O cliente não tem autonomia para decidir, mas não quer admiti-lo; 12. O cliente teme ser explorado por comprar uma solução nova; 13. O cliente quer provar sua competência, derrotando o vendedor / fornecedor e; 14. O cliente quer de fato conseguir um preço mais favorável ao seu negócio. A seguir veremos como você pode blindar sua equipe para superar essas objeções para fazer negócios com lucratividade,

Sempre é possível que os profissionais de vendas não estejam suficientemente preparados, que problemas de ordem pessoal os estejam prejudicando na área profissional, ou ainda, que determinada objeção válida não prevista o surpreenda. Em ambas as hipóteses, a linguagem do corpo pode atuar contra ele, deixando transparecer seu embaraço e seu desconforto, afinal corpo e mente formam um único conjunto. Os profissionais de vendas não podem correr esse risco. Suas reações precisam ser tanto mais controladas, quanto mais complicada for a situação. Por um lado, não deve passar ao cliente a sensação de que este conseguiu lhe encurralar; por outro, precisa imediatamente demonstrar que não lhe faltam argumentos. Tudo isso com o máximo cuidado para não minimizar ou ignorar a objeção, o que seria um grave erro. Como então, agir com assertividade diante de tantos detalhes? Algumas atitudes, tomadas na sequência correta, podem permitir que os profissionais de vendas possam lidar com eficiência frente a situação imprevista como os esquematizados no diagrama abaixo: Aprender com a objeção

Receber bem a objeção

Instrumentalizar a resposta satisfatória

Deixar o cliente falar

Ouvir atentamente

Evitar polêmicas

Fazer perguntas

Responder meticulosamente Não minimizar a objeção

1. Receber bem a objeção. Qualquer objeção válida interposta pelo cliente deve ser vista pelos profissionais de venREVISTA FERRAMENTAL NOVEMBRO.DEZEMBRO 2015

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das como uma boa oportunidade para aprofundar tópicos que não ficaram explícitos na apresentação inicial. Vale, também aqui, utilizar a linguagem do corpo para acentuar que a dúvida exposta pelo comprador foi bem recebida: ele tenderá, com isso, a uma posição de simpatia em relação àquele interlocutor que parece estar admitindo sua sagacidade e inteligência. Há outra vantagem nessa atitude: estimulando o cliente a desenvolver seu ponto de vista, o vendedor pode estar ganhando preciosos minutos para relacionar as próprias ideias e, desse modo, preparar-se bem para a resposta à objeção. Deixar o cliente falar. É importante permitir que o cliente fale todo o tempo que julgar necessário para expor sua ideia, esperar que ele complete seu argumento. Com frequência, quem fala muito acaba respondendo a si próprio. Além disso, vale lembrar que ninguém gosta de ser interrompido quando está falando. Por esse motivo, ao longo de todo o discurso de objeção, a linguagem do corpo dos profissionais de vendas deve sugerir ao cliente que prossiga tranquilo com sua linha de raciocínio. Ouvir atentamente. É um desdobramento natural do item anterior, também implicando em uma gestualidade adequada. O cliente deve perceber que os profissionais de vendas estão prestando a máxima atenção. Com isso, ele vai se sentir psicologicamente recompensado e valorizado, e tenderá a ver seu interlocutor como alguém que não deve ser hostilizado, mas, ao contrário, tratado com deferência. Fazer perguntas. Fazer perguntas não significa interromper o cliente. Os profissionais de vendas, como se viu, devem deixa-lo falar e ouvi-lo atentamente. Só no momento certo, quando verificar que a linguagem do corpo do comprador informa que este já expôs totalmente sua ideia, poderão então fazer as perguntas necessárias, que podem orientadas, abertas ou fechadas – tudo depende das circunstâncias e da finalidade específica de cada uma delas. Ainda que pareça elementar, é necessário ter sempre em mente: perguntar é o único modo de obter respostas; ouvilas atentamente é o único meio de compreendê-las. Não minimizar ou ignorar a objeção. Mesmo que a objeção pareça fraca e que, os profissionais de vendas já a tenham enfrentado dezenas de vezes, os profissionais de vendas devem resistir à tentação, mais do que natural, de menosprezar o argumento do comprador. Em especial, devem ter cuidado com a linguagem de seu corpo, para que ela não traduza tédio ou irritação. Lembre-se sempre: para quem a formulou, aquela objeção é original e muito importante. As suas respostas à objeção merecem semelhante cuidado.

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A réplica ao argumento dos profissionais de compras representa, para os profissionais de vendas, uma espécie de “libertação”. É como se, com isso, eles tivessem a oportunidade de livrar-se de um obstáculo interposto em seu caminho rumo à concretização da venda. Nesse empenho, os gestos, o tom da voz e as expressões faciais podem denunciar um estado de ânimo agressivo, que só atrapalharia suas relações com o comprador. Portanto, toda cautela é pouca: os profissionais de vendas não podem criar uma contradição entre o que diz sua resposta e o que expressa à linguagem de seu corpo. 6. Responder meticulosamente. É possível que o cliente se preocupe com detalhes pouco importantes, e dê pouca ênfase a itens de sua objeção que poderiam ser os mais facilmente contestados pelos profissionais de vendas. O melhor é procurar dissecar a objeção, sugerindo uma subdivisão do argumento em pontos e pedindo esclarecimento para cada um deles. Se o cliente se declarar favorável a essa subdivisão – que, em si, já será um dado positivo para a relação estabelecida entre os dois, os profissionais de vendas devem responder à objeção ponto a ponto. Julgando oportuno, pode sublinhar, com gestos adequados das mãos, cada um dos pontos superados. Trata-se, em suma, de responder meticulosamente e, em seguida, perguntar ao cliente se as explicações foram satisfatórias, ou se ele deseja um maior aprofundamento. 7. Evitar polêmicas. Nunca é demais repetir: profissionais de vendas estão diante dos compradores para vender, para auxiliá-los a ter lucro, e não para fazer belos discursos, tampouco para ter razão. Lembre-se de que ter razão não lhe fará honrar as metas que você ou sua empresa estabeleceram. Às vezes, os profissionais de compras sentem-se autorizados a assumir em relação ao vendedor uma atitude desagradável, quando não mal-educada. Por mais irritante que seja, isso também faz parte das regras do jogo; e ao profissional nada mais resta do que suportar com paciência a agressividade do interlocutor. Lembre-se: o sofrimento é temporário, a recompensa é eterna! Outra questão importante: com o tempo, a relação entre vendedores e compradores torna-se menos formal, o que é certamente uma vantagem, mas que pode transformar-se em desvantagem porque aumenta entre os dois as oportunidades de interferências estranhas ao aspecto comercial. Podem ocorrer, por exemplo, choques de opinião sobre grandes temas – divórcio, ideologias políticas, religião e assim por diante – dando origem a desvantagem: os profissionais de vendas tendem a sentirem-se bastante livres para expor as suas ideias com demasiada veemência e, se não estiver atento, fará o mesmo também numa apresen-


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tação de vendas, misturando completamente amizade e profissionalismo. Portanto, é importante opinar apenas depois de ter ouvido com atenção as objeções levantadas pelo comprador em relação ao produto ou serviço. Quando argumenta com excessivo entusiasmo ou não deixa o cliente expressar-se com tranquilidade, em regra os profissionais de vendas estão cometendo, na ânsia de defender suas ideias, um irreparável erro: o preço da vitória na discussão pode ser um negócio perdido. 8. Instrumentalizar a resposta satisfatória. Responder satisfatoriamente as objeções do cliente significa dizer que ele não tem mais nenhuma razão para deixar de comprar. A resposta satisfatória a qualquer objeção deve representar uma oportunidade para os profissionais de vendas tentarem fechar a negociação. É imprescindível estar muito atento à linguagem de seu corpo. Esta pode traí-lo, transformando a tentativa de fechamento do negócio numa espécie de proclamação de vitória – que, percebida pelo interlocutor, poderia leva-lo a retornar às posições negativas originais. Já quando os profissionais de vendas conseguem manter sob controle sua linguagem oral e corporal, a resposta

satisfatória apresenta-se ao cliente como mais uma manifestação de alguém que está ali pronto para ajudá-lo a resolver seus problemas. 9. Aprender com a objeção. Muitas vezes o cliente formula uma objeção inteligente e original. Como ela pode reaparecer em ocasiões futuras, quando os profissionais de vendas estiverem oferecendo o mesmo produto ou serviço a outros compradores, vamos estudá-la. Isso significará estar mais bem preparado para rebatê-la em outras oportunidades. Há também a objeções velhas e batidas, contra as quais em regra, os profissionais de vendas já têm o todo o discurso pronto. Pode acontecer, porém, que esse discurso não seja tão conciso e original como deveria. Os ótimos profissionais de vendas estão atentos a esse detalhe, e se questionarão sempre, procurando evoluir para fórmulas cada vez mais eficientes, originais e ousadas de enfrentar os mesmos obstáculos. As avaliações regulares a respeito de objeções levantadas pelos clientes – e de respostas que vêm sendo dadas a elas – constituem um poderoso instrumento de apoio, capaz de contribuir para aperfeiçoar as qualidades profissionais dos profissionais de vendas e, em consequência, melhorar seu desempenho durante as transações.

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GENTE & GESTÃO

Fechar o negócio ou a negociação com postura absoluta trará ganhos pessoais, profissionais e para a marca Infelizmente, fechar a negociação nem sempre significa fechar a venda. Às vezes, quer dizer que os profissionais de vendas não conseguiram convencer o cliente e, por isso, devem pegar suas coisas e retirar-se. Outras vezes, porém, significa controlar a situação, superar a resistência à compra do cliente e induzi-lo a fazer o pedido. Por ora, do ponto de vista metodológico, deve-se dizer apenas que a negociação está fechada. Para negociar bem com o cliente, os profissionais de vendas precisam dominar algumas técnicas essenciais de resposta e reversão de negociações viciadas para chegar a seus resultados desejados. Daí a importância de os profissionais de vendas contarem com técnicas adequadas, que lhes permitam enfrentar com competência e discernimento as objeções formuladas. O objetivo é promover a superação dos mais diversos obstáculos e também o encontro de rotas de fuga, sobretudo quando os profissionais de vendas verificam que seus interlocutores não acharam satisfatórias determinadas respostas dentro do ponto de vista do que é justo ou perceberam falta de ética no processo, que poderão acarretar prejuízos pessoais e para a sua empresa. O domínio desses recursos trará equilíbrio e tranquilidade necessários para a apresentação do produto ou serviço, potencializando assim a sua performance e sua lucratividade. Sendo assim os profissionais de vendas se sentem mais relaxados (e, portanto, em melhores condições para desenvolverem seu trabalho), pois sabem que, a qualquer momento, terão argumentos mais eficazes para lidar com imprevistos, em vez de recorrer apenas a sua ineficiente e limitada capacidade de improvisação frente aos profissionais compradores totalmente preparados para superá-los emocional e estrategicamente. Vale a pena relembrar as Cinco Lições Universais da Venda Sustentável: 1. Em vendas e na vida o que não se mede não existe; 2. Se você não sabe explicar o processo de vendas por escrito, então você não sabe o que está fazendo; 3. O lucro é a semente do amanhã; 4. Dificilmente existirá coisa pior nesse mundo do que pessoas que não se valorizam profissionalmente, e não agregam valor ao que vendem; E, para "vender" têm que sempre vender o mais barato. E pessoas que consideram preço somente, são suas merecidas vítimas e pagam alto preço por isso e; 5. Acredito que vender é servir, é compreender as necessidades das pessoas, é a arte de transformar dinheiro em amizade, é conseguir êxito... Na realidade todos os seres huma54 REVISTA FERRAMENTAL NOVEMBRO.DEZEMBRO 2015

nos que contribuem para o bem estar material, intelectual, espiritual e moral de seu ambiente, viverão sempre em equilíbrio e com uma justa e perfeita recompensa. Citação de Paulo Silveira em seu livro “A Lógica da Venda”, que você pode solicitar em PDF completo e sem nenhuma forma de custo ou cadastro pelo nosso e-mail com o título: Revista Ferramental / A Lógica da Venda Desejo que no ano de 2016, você continue sendo uma pessoa que viva em equilíbrio e abundância porque é visto como alguém que gera lucro tanto para as pessoas, como para a sociedade! Lembre-se ainda que RESULTADOS POSITIVOS decorrem do aproveitamento das oportunidades e não da solução de problemas! Solução de problemas no máximo restaura a normalidade, e no ambiente que trabalhamos, “ser normal” é morrer um pouco a cada dia que nasce um novo concorrente ou uma mudança de tecnologia... Oportunidades significam explorar novos caminhos, crescer com sustentabilidade e ser visto como uma pessoa de ATITUDE. Tenham um fabuloso dia hoje e sempre... pois o MERCADO é do TAMANHO de sua IMAGINAÇÃO. Se você tiver algum comentário, sugestão ou dúvida entre em contato pelo e-mail falecom@paulosilveira.com.br e no cam-po “Assunto” coloque Revista Ferramental. Paulo Cesar Silveira - Conferencista com mais de 1.900 palestras em sua carreira em 19 anos de profissão. Consultor, empreendedor e articulista com mais de 800 artigos editados. Mentor e líder do Projeto Liderança Made in Brazil. Autor de 22 livros, destacando-se os best-sellers: A Lógica da Venda e Atitude – A Virtude dos Vencedores. Sendo ainda um dos autores da Coleção Guia Prático da Revista PEGN e também dos livros Ser+ em Vendas, Ser+ com T&D e Ser+ com Palestrantes Campeões em parceria com a Revista Ser Mais. Seu trabalho corporativo se baseia no treinamento mundial de vendas mais agressivo do mundo: Buyer Focused Selling e nos principais métodos de compras mundiais, principalmente as metodologias BATNA, PAC e no método de liderança TGE. Professor convidado da FGV/SP, FIA FEA/USP e UFRGS. Palestrante indicado pela FACISC, ADVB e FIESP nas áreas de vendas consultivas, vendas técnicas, negociação e comunicação com base em liderança. www.paulosilveira.com.br falecom@paulosilveira.com.br


CIRCUITO BUSINESS

FEIRAS, CONGRESSOS E CURSOS FEIRAS E CONGRESSOS NOVEMBRO 2 a 3 - Charlotte, NC, EUA Extrusion 2015 - Conferência sobre o Processo de Extrusão www.ptonline.com/events 3 a 6 - Recife, PE, Brasil Fispal 2015 - 13ª Feira de Processos, Embalagens e Logística para as Indústrias de Alimentos e Bebidas no Nordeste (11) 3598-7800 www.fispaltecnologianordeste.com.br 17 a 20 - Frankfurt, Alemanha FormNext 2015 - Feira e Conferência Internacional de Ferramentaria e Tecnologias Aditivas www.mesago.de 26 a 29 - Cairo, Egito Egymold 2015 - Feira Internacional de Moldes e Matrizes www.euromold.com DEZEMBRO 6 a 11 - Rio de Janeiro, RJ, Brasil COBEM - 23º Congresso Brasileiro de Engenharia Mecânica (21) 2221-0438 | www.cobem2015.org JANEIRO 2016 5 a 7 - Muscat, Sultanato de Omã OMAN Plast 2016 - 3ª Feira Internacional da Indústria de Plástico, Borracha, Químicos, Impressão e Embalagens www.silverstaroman.com 20 a 23 - Dahka, Bangladesh IPF Bangladesh 2016 - Feira International do Plástico, Embalagem e Impressão www.bangla-expo.com/IPF/ 21 a 26 - Bangalore, Índia • Tooltech 2016 - 18ª Feira Internacional de Moldes e Matrizes, Ferramentas de Corte, Acessórios para Máquinas, Metrologia & CAD/CAM • IMTEX Forming 2016 - 18ª Feira Internacional para Tecnologia de Conformação www.imtex.in FEVEREIRO 2016 22 a 25 - Sharjah, União dos Emirados Árabes ArabiaMold - Feira Internacional de Moldes e Matrizes www.intermold.jp 23 a 27 - Düsseldorf, Alemanha Metav 2016 - 19ª Feira Internacional para Tecnologias de Processamento de Metais www.metav.com MARÇO 2016 2 a 3 - Kissimmee (Orlando), FL, EUA LAM 2016 - Laser Additive Manufacturing Workshop - Seminário de Manufatura Aditiva a Laser www.lia.org

ABRIL 2016 3 a 7 - St. Louis, MO, EUA AMUG 2016 Additive Manufacturing Users Group - Conferência Anual sobre Manufatura Aditiva www.additivemanufacturingusersgroup.com 4 a 5 - São Paulo, SP, Brasil 3D Inside Printing - Feira Mundial da Indústria de Impressão 3D Profissional e Fabricação Aditiva (11) 3824-5300 www.inside3dprintingbrasil.com.br 6 a 8 - Tóquio, Japão Metal Japan - 3ª Feira de Metais Altamente Funcionais www.reedexpo.co.jp 19 a 21 - Nagoya, Japão Manufacturing World Nagoya 2016 - Feira da Mundial da Manufatura www.reedexpo.co.jp 20 a 23 - Osaka, Japão Intermold 2016 - Feira Internacional para Manufatura de Moldes e Matrizes Inscrições: HIDA AOTS DO BRASIL aotssp@aotssp.com.br | www.arabiamold.com 25 a 28 - Shangai, China Chinaplas 2016 - Feira de Negócios para Plástico e Borracha www.chinaplasonline.com 26 a 27 - Atlanta, GA, EUA LME 2016 - Lasers for Manufacturing Event Laser para a Manufatura www.lia.org MAIO 2016 3 a 7 - São Paulo, SP, Brasil FEIMEC 2016 - Feira Internacional de Máquinas e Equipamentos (11) 3598-7876 | www.feimec.com.br 16 a 19 - Orlando, FL, EUA Rapid 2016 - Conferência sobre Manufatura Aditiva www.rapid3devent.com 17 a 20 - Beijing, China Metal + Metallurgy 2016 - Feira Internacional da Fundição e Metalurgia www.mm-china.com 25 a 27 - Istambul, Turquia ICMPE 2016 - 5ª Conferência Internacional sobre Engenharia e Processos de Manufatura www.icmep.org JUNHO 2016 7 a 9 - Birmingham, Reino Unido Advanced Manufacturing - Feira sobre Manufatura Avançada www.advancedmanufacturingshow.co.uk 13 a 16 - Buenos Aires, Argentina Argenplás 2016 - XVI Exposição Internacional de Plásticos www.argenplas.com.ar

15 a 16 - Novi, MI, EUA Amerimold 2016 - Feira de Fabricantes de Moldes www.amerimoldexpo.com 15 a 17 - Moscou, Rússia RosMould 2016 Die & Mold Asia - Feira Internacional Especializada em Moldes, Matrizes e Estampos www.rosmould.com 16 a 18 - Nairóbi, Quênia PPP Expo Africa 2016 - Plastic, Printing & Packaging - Feira do Plástico, Impressão e Embalagem www.expogr.com 22 a 24 - Tóquio, Japão Manufacturing World Japan 2016 - Feira Mundial da Manufatura www.reedexpo.co.jp 22 a 25 - Bangcoc, Tailândia Intermold Thailand 2016 - Feira Internacional de Moldes e Matrizes www.intermoldthailand.com JULHO 2016 12 a 14 - Dar-es-Salaam, Tanzânia 19ª PPP Expo 2016 Plastic, Printing & Packaging - Feira do Plástico, Impressão e Embalagem www.expogr.com 12 a 14 - Shangai, China China Die Casting 2016 - 11ª Feira e Congresso Internacional sobre Moldes para Fundição www.diecastexpo.cn AGOSTO 2016 16 a 19 - Joinville, SC, Brasil Euromold Brasil - Feira Mundial de Construtores de Moldes e Ferramentarias, Design e Desenvolvimento de Produtos (47) 3451-3000 | www.messebrasil.com.br SETEMBRO 2016 20 a 23 - Düsseldorf, Alemanha Glasstec 2016 - Feira Internacional de Produtos, Produção e Processamento para Vidro www.glasstec-online.com OUTUBRO 2016 5 a 7 - Osaka, Japão Manufacturing World Osaka 2016 - Feira Mundial da Manufatura www.reedexpo.co.jp

CURSOS NOVEMBRO Mapdata, Rio de Janeiro, RJ 3 - Curso: Autocad 2016 - P&ID 7 - Curso: Inventor 2016 - Ferramentas de Projetos 30 - Curso: Autocad 2016 - 2D (11) 2615-2939 www.mapdata.com.br/treinamentos TK, Joinville, SC 7 - Curso: CAM/CAD Cimatron Elite 11 9 - Curso: CAD Solidworks Básico REVISTA FERRAMENTAL NOVEMBRO.DEZEMBRO 2015

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CIRCUITO BUSINESS

21 - Curso: CNC Básico (47) 3027-2121 | www.tktreinamento.com.br Mapdata, São Paulo, SP 9 - Curso: Autocad 2016 - 2D 16 - Curso: Autocad 2016 - 3D (11) 2615-2939 www.mapdata.com.br/treinamentos Mapdata, Belo Horizonte, MG 9 - Curso: Inventor 2016 - Ferramentas de Projetos 23 - Curso: Autocad 2016 - 2D (11) 2615-2939 www.mapdata.com.br/treinamentos Magma, São Paulo, SP 24 a 25 - Curso: Desenvolvimento de peças fundidas (11) 5535-1381 | eventos@magmasoft.com.br DEZEMBRO Mapdata, São Paulo, SP 7 - Curso: Inventor 2016 - Ferramentas de Projetos (11) 2615-2939 www.mapdata.com.br/treinamentos Mapdata, Rio de Janeiro, RJ 8 - Curso: Autocad 2016 - 3D (11) 2615-2939 www.mapdata.com.br/treinamentos JANEIRO 2016 Escola Protec, São Paulo, SP 9 ou 11 - Curso: Desenho de máquinas 9 ou 11 - Curso: Materiais plásticos 9 ou 11 - Curso: Projeto de máquinas 9 ou 11 - Curso: Projeto de ferramentas & fineblanking 9 ou 11 - Curso: Projeto de moldes plásticos & alumínio 9 ou 11 - Curso: Autocad 2016 - 2D e 3D 9 ou 11 - Curso: Inventor 2016 9 ou 11 - Curso: Solidworks 2015 - Básico 9 ou 11 - Curso: Solidworks 2015 - Avançado 11 - Curso: Leitura e interpretação de desenho técnico mecânico 11 - Curso: GD&T - Metrologia industrial (11) 3105-1168 | www.escolaprotec.com.br MARÇO 2016 LdTM, Porto Alegre, RS 17 a 18 - Curso: Forjamento (51) 3308-6134 | www.cbcm-metalforming.com

WEBINAR NOVEMBRO Hypertherm 10 - Curso: Maximizando a vida útil dos consumíveis 19 - Curso: A importancia do controle de altura da tocha no processo de corte (11) 2409-2636 | www.hypertherm.com.br DEZEMBRO Hypertherm 3 - Curso: HyperthemCAM: programa de assinatura (11) 2409-2636 | www.hypertherm.com.br 56 REVISTA FERRAMENTAL NOVEMBRO.DEZEMBRO 2015

CONSULTAR ABIPLAST - São Paulo, SP Curso: Formação de operadores de produção e planejamento estratégico para micro e pequena empresa (11) 3060-9688 | www.abiplast.org.br ABM - São Paulo, SP Curso: Metalurgia e materiais (11) 5536-4333 | www.abmbrasil.com.br Bertoloti - In company Curso: Melhoria na troca de moldes (11) 8262-8785 | bertoloti@uol.com.br CECT - Florianópolis, SC Curso: Metrologia e sistemas da qualidade (48) 3234-3920 | www.cect.com.br CERTI - Florianópolis, SC Curso: Metrologia (48) 3239-2120 | www.certi.org.br/metrologia Cetea Ital - Campinas, SP Curso: Design técnico, proteção, segurança, legislação e qualidade de embalagens plásticas (19) 3743-1900 | www.cetea.ital.org.br Colégio Técnico - Campinas, SP Curso: Injeção de termoplásticos e projeto de moldes para injeção de termoplásticos (19) 3775-8600 www.cotuca.unicamp.br/plasticos CTA - São José dos Campos, SP Curso: Auditores da qualidade, gestão da qualidade, normalização, ultra-som, raio-X (12) 3947-5255 | www.ifi.cta.br Escola LF - São Paulo, SP Curso: Operação de máquinas de sopro e injetoras, análise de materiais e processamento, projeto de moldes (11) 3277-0553 | www.escolalf.com.br Escola Técnica Tupy - Curitiba, PR Curso: Técnico em plásticos (41) 3296-0132 | www.sociesc.org.br Faculdade Tecnológica Tupy - Curitiba, PR Curso: Tecnólogo em polímeros e Pós-graduação em desenvolvimento e processos de produtos plásticos (41) 3296-0132 | www.sociesc.org.br INPAME - São Paulo, SP Curso: Operador de prensas e similares (in company) (11) 3719-1059 | www.inpame.org.br IMA - Rio de Janeiro, RJ Curso: Especialização em processamento de plásticos e borrachas (21) 2562-7230 | www.ima.ufrj.br Intelligentia - Porto Alegre, RS Curso: Racionalização de processos de manufatura, desenvolvimento gerencial (51) 3019-5565 www.intelligentia.com.br

Itys Fides - São Paulo, SP Curso: Produtividade e eficiência, Custo padrão, Racionalização industrial (11) 4799-4182 | www.oemitys.com.br Ponto Zero - Joinville, SC Curso: Programação CNC Centros de Usinagem - ISO Curso: Programação CNC Centros de Usinagem - Heidenhain Curso: Programação CNC Torneamento Curso: Metrologia básica Curso: Desenho técnico mecânico (47) 3026-3056 www.pontozerotreinamento.com.br Sandvik - São Paulo, SP Curso: Técnicas básicas de usinagem, tecnologia para usinagem de superligas, otimização em torneamento e fresamento (11) 5696-5589 | www.sandvik.com.br Seacam - São Paulo, SP Curso: CAD, CAM, gravação 3D, inspeção, geração de superfícies, projeto de produto (11) 5575-5737 | www.seacam.com.br SENAI - Joinville, SC Curso: Tecnologia em usinagem, mecatrônica, ferramentaria (47) 3441-7700 | www.sc.senai.br SENAI Mário Amato - São Bernardo do Campo, SP Curso: Materiais, moldes, processamento de plásticos (11) 4109-9499 | www.sp.senai.br SENAI - Jundiaí, SP Curso: Tecnologia de moldes, operador de extrusora, técnico em plásticos (11) 4586-0751 | www.sp.senai.br/jundiai SENAI Roberto Mange - Campinas, SP Curso: Técnico em construção de ferramentas (19) 3272-5733 | www.sp.senai.br SKA - São Leopoldo, RS Curso: Curso básico e avançado de CAD e CAM 0800 510 2900 | www.ska.com.br Smarttech - São Paulo, SP Curso: Conformação mecânica, projeto de ferramentas, defeitos em peças plásticas, injeção de plásticos (11) 3168-3388 www.smarttechtreinamentos.com.br Sociesc - Joinville, SC Curso: Automação, mecânica, mecatrônica, metalurgia, plásticos 0800 643 0133 | www.sociesc.org.br Trade Mix - Rio de Janeiro, RJ Curso: Design de embalagens e projeto de produtos (21) 3852-5363 | www.trademix.com.br UCS - Caxias do Sul, RS Curso: Modelagem 3D, fundamentos de injeção de polímeros no Moldflow (54) 3218-2430 | www.ucs.br


conexão www ESPAÇO LITERÁRIO

DICAS DE LEITURA MECÂNICA GERAL PARA ENGENHEIROS Paulo Carlos Kaminski Um livro destinado especificamente para estudantes de engenharia em todas as suas modalidades, em seu início de curso. Procura-se abordar, de forma direta e precisa, todos os tópicos usualmente utilizados em uma disciplina de Mecânica, incluindo alguns itens mais específicos, como: hidrostática, estruturas treliçadas, eixo helicoidal, instantâneo de rotação, balanceamento, ângulos de Euler, e outros tópicos. Estão presentes ainda, três apêndices: Vetores, Geometria das Curvas e Baricentros e Momentos de Inércia, facilitando ao aluno e ao professor a utilização destes "instrumentos" para a resolução dos problemas de mecânica propriamente ditos. Tem 320 páginas. 1ª edição. 2000. ISBN 978-85-21202-73-3 | www.blucher.com.br

O INOVADOR MODELO JAPONÊS DE GESTÃO DO CONHECIMENTO Pierre Fayard Apresenta os componentes culturais do modelo japonês de gestão do conhecimento, além de casos práticos de empresas japonesas. É dividido em 7 capítulos que contém: introdução – amerissagem; o Budo do conhecimento intuitivo; o BA e o conhecimento colaborativo; o Kata e a criação do conhecimento; cultura; espaço; comunidade; e tecnologia. Encerra com a conclusão O Caminho do Conhecimento. Tem 216 páginas. 2010. ISBN 978-85-77805-80-8 | www.grupoa.com.br

METODOLOGIA DO PROJETO – Planejamento, execução e gerenciamento Omar Moore de Madureira Apresenta uma metodologia para a condução e gestão de projetos visando a máxima eficiência e riscos mínimos. São descritas as fases, etapas e atividades na execução de um projeto, amplamente ilustradas por exemplos de aplicação em áreas bem diversas como farmácia, mecânica, hotelaria e informática. Da sua extensa experiência profissional, o autor afirma que os esforços feitos pelas empresas por maior eficiência e lucratividade podem ser completamente anulados pela má execução de seus projetos. Em um grande número de empresas, as deficiências têm origem já no planejamento do projeto, com a proposição dos prazos e de objetivos técnicos, econômicos e financeiros incoerentes ou conflitantes e, em alguns casos, até radicalmente incompatíveis. Tem 361 páginas. 2ª edição. 2015. ISBN 978-85-21209-13-3 | www.blucher.com.br

GESTÃO ESTRATÉGICA DO RISCO Aswath Damodaran O autor é reconhecido como um dos melhores professores de Finanças dos Estados Unidos. A obra mostra que o risco, se explorado com inteligência, é fundamental para o sucesso de uma empresa. O leitor vai aprender a determinar quais riscos ignorar, contra quais se proteger e quais explorar. Damodaran oferece um quadro de referências detalhado para a maximização dos lucros pela exposição limitada a alguns tipos de riscos e pela exploração de outros. Disponível também na versão digital. Tem 384 páginas. 2009. ISBN 978-85-77803-99-6. www.grupoa.com.br

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OPINIÃO

PROFISSIONALIZAÇÃO PELA COMPETITIVIDADE Por Fábio Júnio Rodrigues da Silva| Foto Divulgação

O

setor de ferramentaria no Brasil tem enfrentado uma grande crise devido à concorrência global e a nossa falta de competitividade como País, além das ineficiências internas inerentes a cada ferramentaria. Temos como grandes concorrentes, em passado recente Portugal, atualmente China e Coreia do Sul, e amanhã, talvez, Índia, leste Europeu ou até mesmo os Estados Unidos, dentre outros. Apesar de que, hoje, a indústria brasileira de moldes e ferramentais esteja sendo beneficiada pela alta do câmbio, há um grande desafio a ser realizado em curto prazo: melhorar a produtividade, a qualidade e a gestão. Mesmo com a desvalorização da nossa moeda, coreanos e chineses conseguem oferecer um produto com alto valor agregado, unindo competitividade, qualidade, desenvolvimento e dinamismo durante todo o processo de construção e entrega do ferramental. O parque ferramenteiro nacional tem se reduzido a cada ano, apesar de todos os esforços das entidades de classe, como ABINFER, ABIMAQ, APL ABC, aliados à própria indústria automobilística e a outros entes da cadeia produtiva de moldes e ferramentais para desenvolver a produção local. Face o exposto, não podemos cruzar os braços e devemos seguir firmes na busca contínua por melhorias de qualidade e gestão. Se olharmos no médio prazo, nossa realidade oferece grandes oportunidades frente ao cenário Brasil. Temos como pontos fortes um país de dimensões continentais, com inúmeros recursos naturais, uma população de 203 milhões de pessoas, das quais 75% estão com idade entre 15 e 64 anos e a classe média representando 52% da população. Possuímos um único idioma e estamos isentos de problemas religiosos. A natureza é generosa e não apresenta catástrofes naturais significativas. Uma economia diversificada com regime democrático estável. A indústria automotiva cresceu, mas ainda temos uma taxa de motorização muito baixa comparativamente a números mundiais. Esta é, sem dúvida, uma grande oportunidade de evolução para o setor e, consequentemente, para o “mundo das ferramentarias”. Entretanto, devemos encarar os nossos pontos fracos: a economia está desacelerando, é necessário um ajuste fiscal urgente e uma política mais agressiva de incentivo à indústria. Ainda temos a pressão inflacionária alta, elevadas taxas de juros e um câmbio volátil, resultando em baixo índice de 58 REVISTA FERRAMENTAL NOVEMBRO.DEZEMBRO 2015

confiança para investidores, o que é ainda mais agravado pela incerteza sobre o rumo do governo. Ressalto que se faz necessária uma grande profissionalização, visando otimizar e agregar valor à atividade de ferramentaria: com melhores práticas de gestão empresarial; redução dos prazos de entrega; melhoria da qualidade; aumento da competitividade e; visão de médio e longo prazo (investimentos no parque de máquinas). Há que se usufruir de benefícios governamentais oferecidos por bancos de fomento à pesquisa ou investimento como, por exemplo, o FINAME, seja no momento da aquisição de ativos (financiamento) ou na venda de ferramentais (cadastro FINAME), de forma que os clientes possam também utilizar estas linhas ou benefícios fiscais, gerando assim, melhor competitividade via redução do impacto no caixa com despesas financeiras. É necessário revisar os processos produtivos e operacionais, preparando empresas para a retomada, a fim de que estejam prontas para crescer com ganho de produtividade e não apenas pelo aumento de capacidade. Fundamental mudar a realidade da gestão familiar centralizada no conhecimento dos proprietários sem uma formação complementar. É imperativo entender a necessidade de maximizar os investimentos e que, cada vez mais, os tempos de desenvolvimento dos produtos serão menores. Em futuro próximo, a Indústria 4.0, baseada na automatização e controle por robôs, será cada vez mais presente. Máquinas dotadas de sensores conseguirão comunicar-se entre si - e tornar o processo produtivo mais eficiente. Com o avanço dos sistemas de Big Data e da chamada internet das coisas, o controle da produção poderá ser feito remotamente. É uma questão de tempo para que indústrias de todo tipo se adaptem a esse novo conceito.

Fábio Júnio Rodrigues da Silva Finanças de Compras Gestão FINAME fabio.silva@fcagroup.com




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