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SUMÁRIO
CONTEÚDO 06 12 14
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EXPRESSAS
Informes objetivos sobre acontecimentos do setor
TECNOLOGIA
Gerenciamento de ferramentas de usinagem
INDÚSTRIA 4.0
Os pilares tecnológicos da indústria 4.0
48 51 57
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JURÍDICA
22
TECNOLOGIA
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CAPA
66
32
BALANÇO ENAFER 2018
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QUALIDADE DA GESTÃO
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DICAS DO CONTADOR
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Posso responder pessoalmente pelas dívidas da minha empresa?
Influência das velocidades de avanço e rotação na estampagem incremental de alumínio puro
Gerenciamento matricial de despesas
Encontro nacional de ferramentarias
O orçamento empresarial como ferramenta de gestão
PERT - Programa especial de regularização tributária (simples nacional)
TECNOLOGIA
Análise de retorno elástico para uma compensação eficiente
ORGULHO DE SER MEMBRO
PROUD TO BE MEMBER
60
69 70
MEMÓRIA
3 grandes histórias de pioneiras na ferramentaria
ENFOQUE
Fique por dentro das novidades tecnológicas do mundo da
GENTE & GESTÃO
A liderença em construção... porque a mudança é a nossa única constante!
FICHA TÉCNICA
Glossário de termos técnicos aplicados à ferramentarias
TECNOLOGIA
Vida em fadiga termomecânica de matrizes de forjamento - parte 2 - final
CIRCUITO BUSINESS Cursos, eventos e feiras
CONEXÃO WWW Indicação de websites
ESPAÇO LITERÁRIO Indicação de livros
OPINIÃO
Estratégias que impõem mudanças e oportunidades
EDITORIAL
SE A CANOA NÃO VIRAR... POR CHRISTIAN DIHLMANN, EDITOR
D
a clássica música “Marcha do Remador”, imortalizada por Emilinha Borba, desperta a percepção de desdobramento da letra para o mundo empresarial e político real. Se a canoa não virar/Olê olê olê olá/Eu chego lá. Rema, rema, rema, remador/Quero ver depressa o meu amor/Se eu chegar depois do sol raiar/Ela bota outro em meu lugar. Basta substituir as palavras “amor” por “negócio” e “ela” por “governo” que temos outro clássico, desta feita de Nelson Rodrigues, “a vida como ela é”. O setor ferramenteiro nacional evolui, a passos lentos, para um nível mais alto de maturidade. Sim, estamos melhores do que há alguns anos. E sim, estamos ainda muito distantes do patamar recomendado e necessário. Reportando alguns fatos ocorridos nos últimos dias tento ilustrar minha afirmação. No ENAFER - Encontro Nacional de Ferramentarias, maior evento do setor que ocorre anualmente no Brasil, e que foi realizado no mês de maio na cidade de Caxias do Sul, RS, houve um grande dispêndio de energia e recursos financeiros. O objetivo foi construir e entregar aos participantes um volume intenso de informações e discussões, com palestrantes de grande valor e destaque em nível nacional. Ocorre, pois, que tivemos 365 inscrições e 282 presenças. São mais de 20% de ausentes. Defino essa postura como altamente prejudicial à imagem de seriedade do nosso empresário e profissional. Sendo mais direto, considero como um grande desrespeito à comissão organizadora, aos palestrantes, aos patrocinadores e à cadeia de fabricantes de ferramentais. Isso agride diretamente o trabalho que vem sendo realizado, pois transmite para os observadores externos a nítida e clara constatação de que não há união e força do setor ferramenteiro. Aqui, a demonstração de um nível de maturidade ainda em nível embrionário. Recentemente tivemos excluídas da LETEC – Lista de Exceção a Tarifa Externa Comum a NCM 8480.41.00 - moldes para siderurgia, fundição, plástico e NCM 8480-
71.00 - moldes para vulcanização por meio da resolução CAMEX Nº 46, publicada no DOU de 05/07/2018. Novamente, um revés por conta da baixa adesão das empresas do setor à causa da entidade representativa. Não vivemos somente de notícias nefastas. Recentemente dois bons anúncios aliviaram esses golpes. O primeiro trata do programa Rota 2030, que foi, finalmente, sancionado pelo Presidente da República, através da Medida Provisória 843/2018 de 05/07/2018. O setor de ferramentaria foi contemplado no parágrafo 5º, como área estratégica. Será constituído um Observatório Nacional das Indústrias, para o qual a ABINFER pleiteou assento. O segundo, e não menos importante, foi o Pro-Ferramentaria – Programa de Apoio e Adensamento da Cadeia Produtiva de Ferramentaria. O programa foi desenhado pelas instituições ABINFER, ABIMAQ, ANFAVEA e Governo do Estado de São Paulo. Objetiva permitir o uso de créditos de ICMS disponíveis na Fazenda do Estado de SP pelas montadoras e sistemistas. O programa prevê um piloto de R$ 100 milhões para o ano de 2018 e, a partir de 2019, pacotes de R$ 1 bilhão anuais. Aguarda sanção do Governador do Estado. Há ainda muito trabalho pela frente. E apenas com união e força poderemos usufruir dos benefícios futuros destes projetos. E, por fim, se a canoa não virar é possível que eu chegue lá.
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EXPRESSAS
NOVIDADES E
ACONTECIMENTOS
DA INDÚSTRIA PRODUÇÃO BRASILEIRA DE AÇO BRUTO CRESCE 4,1% NOS QUATRO PRIMEIROS MESES DO ANO
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A produção brasileira de aço bruto alcançou 11,6 milhões de toneladas nos quatro primeiros meses de 2018, o que representa um incremento de 4,1% frente ao mesmo período do ano anterior. A produção de laminados no mesmo período foi de 7,8 milhões de toneladas, aumento de 7,1% em relação a 2017. A produção de semiacabados para vendas totalizou 3,1 milhões de toneladas no acumulado de 2018, uma queda de 0,1% na mesma base de comparação¹. As vendas internas foram de 5,9 milhões de toneladas de janeiro a abril de 2018, o que representa uma elevação de 14,7% quando comparado com igual período do ano anterior. O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos foi de 6,7 milhões de toneladas no mesmo período, o que representa uma alta de 13,4% frente aos primeiros quatro meses de 2017. As importações alcançaram 791 mil toneladas no acumulado do primeiro quadrimestre de 2018, aumentando 0,1% frente ao mesmo período do ano anterior. Em valor, as importações atingiram US$ 872 milhões, uma alta de 29,2% no mesmo período de comparação. As exportações atingiram 4,7 milhões de toneladas e US$ 2,9 bilhões nos quatro primeiros meses de 2018. Esses valores representam, respectivamente,
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aumento de 0,6% e 23,9% na comparação com o mesmo período de 2017. Dados de abril de 2018 Em abril de 2018 a produção brasileira de aço bruto foi de 2,9 milhões de toneladas, um aumento de 1,9% frente ao mesmo mês de 2017. Já a produção de laminados foi de 2,0 milhões de toneladas, 6,4% maior que a registrada em abril de 2017. A produção de semiacabados para vendas foi de 773 mil toneladas, uma queda de 8,2% em relação ao mesmo mês de 2017. As vendas internas cresceram 24,9% frente a abril de 2017, atingindo 1,5 milhão de toneladas. O consumo aparente de produtos siderúrgicos foi de 1,7 milhão de toneladas, 25,9% maior do que o apurado no mesmo período de 2017. As importações de abril de 2018 foram de 203 mil toneladas e US$ 226 milhões, o que resulta em um crescimento de 31,8% em quantum e uma alta de 48,7% em valor na comparação com abril de 2017. As exportações foram de 1,1 milhão de toneladas e US$ 706 milhões, representando, respectivamente, uma elevação de 32,9% e uma alta de 54,5% na comparação com o mesmo mês de 2017. Devido a perdas que ocorrem durante o processo produtivo do aço,
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a soma da produção de laminados e semiacabados para vendas não equivale exatamente ao total da produção de aço bruto. Fonte: CIMM
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AMERICAN TOWER DO BRASIL LANÇA PRIMEIRO CENTRO DE EXPERIÊNCIA DE IOT DO PAÍS
Primeiro Centro de Experiência de Internet das Coisas do País é uma parceria da ATC com a Everynet e BandTec Digital School e tem como objetivo estimular a capacitação de novos profissionais para acelerar o ecossistema de IOT no Brasil. A American Tower do Brasil lança no Brasil o IoT Open Labs, o primeiro Centro de Experiência e Desenvolvimento de Internet das Coisas (IoT), em parceria com a Everynet e a BandTec Digital School. O IoT Open Labs faz parte da estratégia da companhia de ampliar a sua atuação no compartilhamento de infraestrutura no setor de telecomunicações no Brasil e explorar áreas que viabilizarão o crescimento mais rápido das soluções para Internet das Coisas. A proposta do IoT Open Labs é ser um local onde empresas parceiras, clientes, desenvolvedores e estudantes poderão experimentar, interagir, testar e entender
EXPRESSAS
fim a fim as aplicações para Internet das Coisas funcionando em uma rede real. Várias aplicações estarão expostas e disponíveis na área de demonstração. O Centro de Experiência apresenta a rede LoRa, que fornece cobertura de longo alcance e de baixo custo, ideal para aplicações IoT não atendidas atualmente em escala. “Vemos um potencial significativo de crescimento no país e acreditamos que podemos continuar a desempenhar um papel fundamental como parceiros na implementação de infraestrutura de telecomunicações. O Brasil é uma peça chave da estratégia global da ATC e um mercado crucial na América Latina”, destaca Flavio Cardoso, Diretor Geral da American Tower no Brasil. Por meio da parceria com a Everynet e a BandTec Digital School, espera-se que o Centro de Experiência seja um catalisador do ecossistema de aplicações para o desenvolvimento e implantação de aplicações para Internet das Coisas, fazendo uso de espaços dedicados ao desenvolvimento de aplicações, cursos de capacitação e especialização nas tecnologias de rede e aplicações para IoT. “A ATC viabiliza o compartilhamento eficiente de infraestrutura de telecomunicações no país. Com o uso da nova rede LoRa, com tecnologia LPWAN, que fornece cobertura de longo alcance e de baixo custo, que será apresentada durante o IoT Open Labs, nós fomentamos ainda mais o desenvolvimento do ecossistema de IoT no Brasil”, afirma Abel Camargo, Diretor Sênior de Estratégia e Novos Negócios da American Tower no Brasil. A Everynet é o parceiro tecnológico escolhido pela American Tower responsável pelo desenvolvimento dos rádios e servidores LoRa. A BandTec Digital School é o parceiro que fornece a infraestrutura para o IoT Open Labs e o suporte acadêmico no desenvolvimento de soluções de IoT. “A união de infraestrutura, tecnologia e ensino, concedem características ímpares ao projeto que sustentará de forma eficiente o crescimento do ecossistema de Internet das Coisas no Brasil”, acrescenta Camargo.
Rede IoT/LoRa A American Tower está construindo uma infraestrutura de rede para Internet das Coisas na tecnologia LPWAN (Low Power Wide Area Network), com cobertura nacional e no padrão LoRa (Long Range), em frequência não licenciada (banda ISM, 900MHz). Trata-se de uma rede neutra destinada a usuários com perfil de atacado, que necessitam de uma infraestrutura de rede de baixo custo para suportar ou complementar suas soluções e aplicações de Internet das Coisas para clientes finais, ou para uso próprio em suas atividades empresariais. “Por meio desta iniciativa a ATC traz ao Brasil a primeira rede com abrangência LoRa da América
necessitam somente da conectividade em grande quantidade (tipicamente centenas de milhares ou mais) para uso próprio, como por exemplo concessionárias distribuidoras de energia, água e gás. “A conectividade poderá ser comercializada tanto pelas próprias operadoras de telecomunicações – considerando que redes LPWAN podem ser utilizadas como complemento às suas redes celulares na oferta de soluções ou aplicações para seus clientes finais – como também por outros canais como integradores de soluções ou operadoras virtuais”, lembra Camargo. Desde o ano passado, a rede IoT/ LoRa da American Tower está sendo implementado nas cidades de São
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Latina”, ressalta o executivo. A tecnologia LPWAN permite implementação de aplicações com custos muito baixos de conectividade e sensores com baixo consumo de energia, cuja bateria pode durar mais de 5 anos dependendo da intensidade do uso. Entre as aplicações mais promissoras para essa tecnologia estão as aplicações para cidades inteligentes, medição remota de energia, água ou gás, rastreamento de ativos, agricultura e pecuária. Entre os usuários possíveis dessa rede estão as empresas ou setores que
Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, cobrindo suas regiões metropolitanas, representando aproximadamente 24% do PIB. Desde o início do ano está em fase de testes com aplicações de parceiros estratégicos sendo implementadas e testadas em ambiente real. O objetivo é que a rede esteja funcionando em caráter comercial até o final do ano, com cobertura em mais de 80 cidades correspondendo a aproximadamente 50% do PIB brasileiro. Fonte: Ferramental
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EXPRESSAS
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DEZ SETORES INDUSTRIAIS QUE SE BENEFICIAM COM ALTA DO DÓLAR
onde quase 50% dos materiais são importados, o setor é prejudicado com a valorização da moeda norte-americana. Por mais que a indústria possa vender por maior valor, o custo de produção também aumenta. Uma saída é aumentar o tecido industrial para depender menos do produto importado. A ideia é tornar o produto brasileiro mais valioso, ou seja, investir em inovação e qualificação. Assim, os produtos que saem das fábricas nacionais têm maior valor agregado”, observa o coordenador. Entre os setores industriais que podem ser beneficiados com o aumento do dólar no curto e médio prazos estão:
Desde o início do ano, o dólar alcançou valorização de quase 15% sobre o real e a moeda americana estava avaliada em R$ 3,26. Segundo projeção da ABDI Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, pelo menos dez setores podem ter vantagens competitivas com a alta da moeda norte-americana.
A indústria da celulose, da metalurgia e a extrativa de madeira estão entre os setores com possibilidades de ganhos maiores no curto e médio prazos. De acordo com o coordenador de inteligência da ABDI, Rogério Araújo, commodities e produtos menos complexos saem ganhando quando o real está desvalorizado. Exemplos: madeira e celulose, cuja confecção não exige muitos componentes, o que torna mais barato produzir e exportar. Outro setor que ganha com a alta do dólar, apesar de envolver um processo de produção mais elaborado, é o calçadista, que tem forte vocação exportadora. A projeção da ABDI é feita com base em alguns dados gerados pelo mercado como o coeficiente de exportações líquidas da CNI, do índice de produtividade do IBGE e análise da balança comercial da FGV - Fundação Getúlio Vargas. Não é apenas o real que tem acumulado quedas sucessivas em relação à divisa norte-americana, o fenômeno está ocorrendo em diversos países.
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No Brasil, a taxa de câmbio efetiva real - quando são descontados outros fatores como a inflação - já acumula uma desvalorização de 7%, segundo a FGV. O especialista da ABDI aponta que, se a desvalorização se consolidar, um incremento das exportações da indústria nacional deve ocorrer. O complicador, no entanto, está justamente na volatilidade da moeda, que pode atrapalhar o fechamento de negócios. “Quando o empresário confirma uma venda para o exterior, ele precisa projetar o câmbio. Com alterações repentinas essa estimativa fica comprometida”, explica Rogério. Os produtos de maior valor agregado, como eletrônicos, fármacos e químicos, têm muitos componentes vindos do exterior, por isso esses setores saem perdendo com o aumento do dólar, que ocasiona um aumento do custo de produção no curto e médio prazos. Por isso é fundamental uma qualificação e modernização da indústria nacional. “Quando o componente é complexo como equipamentos de informática,
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›› Produtos têxteis; ›› Couro, artigos para viagem e calçados; ›› Produtos de madeira; ›› Celulose, papel e produtos de papel; ›› Produtos de minerais não metálicos; ›› Metalurgia; ›› Produtos de metal (exceto máquinas e equipamentos); ›› Máquinas e equipamentos; ›› Veículos automotores, reboques e carrocerias; ›› Outros equipamentos de transporte. Fonte: Usinagem Brasil
INTERPLAST E EUROMOLD REÚNEM TODA A CADEIA DE FORNECEDORES E AS MELHORES TECNOLOGIAS PARA A INDÚSTRIA DO PLÁSTICO
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Feira acontece de 14 a 17 de agosto, em Joinville, SC, e destaca-se por reunir soluções do design a produção. Santa Catarina reúne um importante polo industrial com cerca de mil indústrias de transformação de plástico, somando mais de 32 mil empregos diretos nas unidades fabris. Aproximadamente 1 milhão de
EXPRESSAS
toneladas de plástico são processados no estado anualmente, com grandes empresas de atuação nacional e internacional com destaque para peças técnicas, embalagens e descartáveis. No embalo da força da indústria e no perfil qualificado dos profissionais que visitam feiras, está a Interplast – Feira e Congresso da Integração da Tecnologia do Plástico que acontece de 14 a 17 de agosto, em Joinville, SC, e está consolidado como principal evento do setor no Brasil, realizado nos anos pares. O evento reúne também a EuroMold Brasil – Feira Mundial de Construtores de Moldes e Ferramentarias, Design e Desenvolvimento de Produtos, para a América Latina. Os principais players do segmento já confirmaram a participação nas duas feiras e boa parte das empresas com espaço maior, se comparado à edição de 2016. Cerca de 90% dos espaços já estão comercializados, o que fez a organizadora ampliar a área útil do evento para o hall de acesso do pavilhão, para mais 30 estandes, totalizando uma área de 20 mil m². “A Interplast e EuroMold estão consolidadas como a principal ferramenta de marketing do setor plástico do Brasil, com o diferencial de outros eventos por reunir toda a cadeia do processo produtivo, do design a produção”, comenta Richard Spirandelli, diretor da Messe Brasil, organizadora do evento. Na Interplast o visitante encontra as melhores soluções da matéria-prima a máquinas e equipamentos, e na EuroMold soluções tecnológicas em ferramentais e desenvolvimento de produtos. “Esse acesso a toda a cadeia do plástico em um único espaço atrai visitantes cada vez mais qualificados e faz com que a feira se consolide como o ponto de encontro do segmento na América Latina, em 2018”, destaca. Independente do cenário econômico, a feira se mantém consolidada por ser uma referência em tecnologia e reunir
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diversos lançamentos. Agora em 2018, com os sinais visíveis da retomada da indústria, o cenário é ainda mais favorável para investimentos na renovação tecnológica do parque fabril, possibilitados a partir da feira. A Interplast 2018 e EuroMold Brasil é realizada pelo Simpesc (Sindicato da Indústria do Material Plástico de SC) e tem o apoio da ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), ABIPLAST (Associação Brasileira da Indústria do Plástico) e FIESC (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina). Deve reunir em 2018 500 marcas, em 400 estandes, expositores de máquinas, equipamentos, transformação, ferramentarias, embalagens, matérias-primas, periféricos, design e serviços. O credenciamento para visitantes já está disponível no site www.interplast. com.br e concentra um número surpreendente de participantes a cada semana, considerando que o evento acontece em agosto.
e EuroMold a expectativa é reunir 15 compradores.
Rodada de Negócios amplia possibilidades foca novas parcerias e contratos Uma prática crescente nas feiras organizadas pela Messe Brasil é a realização da Rodada de Negócios, onde compradores e vendedores sentam à mesa para negociações com preços e financiamento facilitado, ampliando as oportunidades de consolidar negócios e parcerias durante o evento. Na Interplast
Congresso de Inovação Tecnológica A capacitação dos profissionais tem o espaço garantido na Interplast 2018 por meio do Cintec Plásticos – Congresso de Inovação Tecnológica. Serão 12 palestras e seis minicursos para debater as mais recentes tecnologias em máquinas e equipamentos, matéria-prima e processos para a indústria do plástico. São esperados 600 participantes.
Prêmio Embanews Pela primeira vez os organizadores do Prêmio EMBANEWS farão o lançamento e a abertura das inscrições da premiação durante um evento do setor. A Interplast foi escolhida devido a sinergia entre a EMBANEWS e o Messe Brasil e pela grandeza que o evento tem a nível nacional. Cerca de 40% dos participantes do Prêmio EMBANEWS são em embalagens plásticas rígidas ou flexíveis. As empresas que se inscreverem para o 28º Prêmio Brasileiro de Embalagem EMBANEWS 2019 durante a Interplast terão descontos de 20%. O Prêmio EMBANEWS revela todos os anos cases de marcas que comprovam o poder da embalagem como ferramenta de marketing, alavancando crescimentos expressivos. Além disso, a embalagem acompanha a busca incessante das empresas por produtividade, redução de custos e processos mais sustentáveis.
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EXPRESSAS
B. GROB DO BRASIL PROMOVE EVENTO ABERTO AO PÚBLICO VOLTADO AO MERCADO DE USINAGEM 5 EIXOS
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No dia 25 de outubro de 2018, a B. GROB do Brasil realiza a 4ª edição do Workshop “Soluções Tecnológicas em Usinagem com 5 Eixos”. Desde 2012, a GROB realiza o evento a cada dois anos em sua planta em São Bernardo do Campo, promovendo o encontro entre profissionais do setor e disseminando o que há de mais inovador em técnicas de usinagem com 5 eixos. O evento tem como objetivo trazer as melhores e mais modernas tecnologias ligadas à indústria de usinagem. Entre elas, as principais vantagens da linha de Centros de Usinagem 5 Eixos GROB e suas aplicações nos diversos segmentos industriais. A ocasião também visa aproximar fornecedores e clientes a fim de entender e atender cada vez mais as demandas do mercado, bem como aprimorar processos e práticas de usinagem. Além disso, promove o networking entre clientes e fornecedores, oferecendo um momento ideal para a troca de experiências. Como atração especial, fornece a oportunidade para todos os participantes realizarem um tour completo à fábrica, passando por todo o seu processo de produção, desde a engenharia à montagem das máquinas GROB e finalizando com demonstrações em seu novo Centro de Aplicação Tecnológica, o CAT.
ferramenta da YG1, que apresentará ao público o que há de mais inovador em ferramentas voltadas à usinagem de peças para o setor aeroespacial. A empresa coreana trará um especialista mundial da área e usinará uma peça com uma de suas ferramentas em tempo real. Ainda sobre ferramentaria, a Sandvik apresentará soluções inovadoras para a usinagem de materiais complexos, utilizando uma de suas ferramentas para usinar uma peça em alumínio. Outro destaque será a Schunk, que trará soluções de otimização de set-up em máquinas de 5 eixos com tecnologia de fixação. Nela, a empresa falará especificamente do sistema de troca de paletes VERO-S NSR, que é acoplado no punho do robô, possibilitando a troca de paletes acima de 1 tonelada. Por fim, a Sequor abordará soluções em software para Indústria 4.0, que discutirá desde soluções de gestão de chão de fábrica a KPI’s (Key Performance Indicator) na palma da mão, machine learning e manutenção preditiva. Para maiores informações, favor entrar em contato com: Cynthia Brandão Tel. +55 11 4367-9862 E-mail: cynthia.brandao@grob.com.br Thiago Devecchi Tel. +55 11 4367-9864 E-Mail: Thiago.devecchi@grob.com.br
TECNOLOGIAS APRESENTADAS
Focada em discutir soluções integradas como tema principal deste ano, a programação trará assuntos relevantes aos mais diversos segmentos do mercado de usinagem, que serão posteriormente demonstrados no CAT. Entre os assuntos abordados, a OpenMind fará uma palestra sobre a tecnologia hyperMILL® CONNECTED. Trata-se de um módulo de usinagem que traz como novidade a troca bidirecional de dados entre o controlador da máquina e a máquina, permitindo que o processo de usinagem fique disponível em tempo real para o usuário na simulação. Essa tecnologia será aplicada junto a uma
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16º ENCONTRO DA CADEIA DE FERRAMENTAS, MOLDES E MATRIZES - MOLDES ABM
O Encontro tem por objetivo disseminar conhecimento técnico-científico, em processos, gestão, e estratégias, entre outros assuntos relevantes nas atividades relacionadas a produção de ferramentas, moldes e matrizes. Abordando temas atuais e relevantes para o desenvolvimento da ferramentaria nacional. Por meio de palestras, mini cursos e visitas técnicas, o Encontro promove a disseminação de conhecimento e a capacitação profissional.
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PÚBLICO - ALVO
Tradicional Evento que recebe anualmente projetistas, fabricantes e usuários de ferramentas, moldes, matrizes e estampos. CONTRIBUIÇÕES TÉCNICAS
Apresente seu trabalho no 16º Moldes ABM, e seja reconhecido por suas ideias, descobertas e resultados! Você terá uma oportunidade única de agregar conhecimentos técnicos e estratégicos, debater e esclarecer dúvidas com outros especialistas, o que aumenta sua experiência, aprendizado e networking. Além disso, os trabalhos receberão DOI (Digital Object Identifier) e estarão indexados em bases como CroosRef e Google Scholar, com possibilidade de vincular os artigos diretamente ao CV Lattes. Envie sua contribuição técnica até 15 DE AGOSTO, para vani@abmbrasil.com. br. Lembre-se de ler as regras e utilizar o template abaixo. TEMAS
• Manufatura (usinagem, texturização, aditiva, hibrida, tratamentos térmicos, recuperação, soldagem a laser, tratamentos superficiais, revestimentos, entre outros) • Projetos (novos conceitos, gerenciamento, melhores práticas, entre outros) • Materiais (novos materiais, aços, ligas especiais, entre outros) COMISSÃO ORGANIZADORA
Alceri Antonio Schlotefeldt - Senai Carlos Eduardo Pinedo - Heat Tech Christian Dihlmann - Abinfer Francisco Giraldes Arieta Filho - Zapp Tooling Alloys Luiz Roberto Hirschheimer - Consultor Marcelo Pimenta - IGUS Paulo de Tarso Rossi Haddad - Villares Metals Rodrigo Teixeira dos Santos - GRV Software Rafael Silva - Oerlikon Balzers
Para maiores informações: abmbrasil.com.br/eventos
10. DIA DA
SAVE THE DATE
EXPRESSAS
ENGENHARIA
BRASIL-ALEMANHA: Engenhando a sociedade digital 23 de outubro de 2018 – das 13:30 às 19:30 TEMAS ABORDADOS: pilar econômico
Infraestrutura digital
pilar ambiental
pilar social
Smart farming
Inovação inclusiva
MAIS INFORMAÇÕES NO SITE: http://www.vdibrasil.com/eventos/dia-da-engenharia-2018/
PATROCINADORES 2018 Realização
Patrocínio Platinum
Patrocínio Ouro
Patrocínio Prata
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TECNOLOGIA
GERENCIAMENTO DE FERRAMENTAS DE USINAGEM O momento de crise e a possibilidade de inovar processos POR MARCOS OLIVEIRA DOS SANTOS
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o setor metal mecânico, duramente afetado por essa nova realidade, a atenção pode ser concentrada na reestruturação e adequação de novos processos para se manter “vivo” e competitivo. Entre essas mudanças estruturais, há uma que deve ser considerada pelo setor, em especial o automotivo e o de máquinas. Para melhorar os processos de produção, em todos os aspectos, é necessário voltar à atenção para o Gerenciamento de Ferramentas de Usinagem, que pode representar o principal gargalo do processo de produção. Esse tema é disciplina obrigatória e fundamental para atender as exigências de competitividade, qualidade e produtividade. Quais são as causas e impactos diretos no processo de produção com um sistema de Gerenciamento de Ferramentas não eficiente? Para citar apenas alguns: • •
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Falta de ferramentas - Parada de máquinas; Ferramentas inadequadas ou em
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mau estado - Quebras, refugos e retrabalhos; • Superavaliação do estoque - Alto valor em estoque e obsolescência; • Dificuldade para encontrar a ferramenta certa – atraso na produção. Qual é o custo que pode ser adicionado aos “custos de produção” em casos de ocorrências como as citadas acima? E o “custo” de qualidade do seu produto? Algumas empresas do setor de Ferramentas oferecem apoio aos seus clientes, através de soluções especificas, para tratar esse tema. Veja alguns exemplos abaixo e avalie a melhor aplicação para o seu processo. MÓDULO DE GERENCIAMENTO POR ARMÁRIO DE FERRAMENTAS
Este modelo consiste na aquisição de armários “dispenser” de ferramentas instaladas no chão de fabrica proporcionando ao operador ter a ferramenta sempre disponível no momento em que surge a necessidade. MÓDULO DE GERENCIAMENTO POR CONCESSÃO DE SOFTWARE ESPECIALIZADO
Nesta modalidade o cliente utiliza um software especialista em Gerenciamento de Ferramentas cedido pelo fornecedor. Este software fica instalado no cliente durante o período em que durar o acordo de parceria.
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MÓDULO DE GERENCIAMENTO LOGÍSTICO
A partir desse modelo a parceria entre no campo da terceirização uma vez que neste módulo é necessário que o fornecedor de ferramentas instale uma base/filial na planta do seu cliente para controlar os fluxos de ferramentas e informações. MÓDULO DE GERENCIAMENTO COMPLETO
Este modelo é o que pode trazer maior beneficio aos tomadores do serviço. Neste caso todos os setores ligados a área de gestão de ferramentas da usinagem são terceirizados e ficam sob responsabilidade do fornecedor do serviço obedecendo a um contrato de parceria. Neste modelo a integração fornecedor cliente é completa, todos os dados de produção devem ser compartilhados para que as ferramentas estejam disponíveis em quantidade, qualidade, local e momento certo na produção. Alguns benefícios são propostos, dependendo do Módulo adotado: • Redução do inventário; • Redução de pessoal; • Eliminação dos processos de montagem, desmontagem e avaliação das ferramentas. • Suporte técnico para desenvolvimento de novos processos e ferramentas; • Suporte técnico para melhorias nos
TECNOLOGIA
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processos já estabelecidos; Mapeamento do processo por operações, ferramentas e dados de corte; Acompanhamento da vida útil da ferramenta; Análises de quebras de ferramentas para identificar e eliminar as causas; Elaboração de relatório de custo por peças; Elaboração de relatório de “savings” gerados por período. Aumento da produtividade e redução do tempo de máquinas paradas. Relatórios gerenciais.
O Gerenciamento de Ferramentas de Usinagem surgiu com uma solução para acabar com os gargalos nas fabricas e aumentar a competitividade. Ao optar por uma solução de Gerenciamento de Ferramentas de Usinagem sugiro alguns pontos de atenção: •
Realize vistorias constantes para
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verificar se os procedimentos estão atuais e são seguidos. Tenha sempre atenção e a qualidade no atendimento a produção. Certifique-se que o estoque não seja abastecido com novas classes/modelos de ferramentas antes de esgotar os saldos das classes/modelos anteriores, esse erro no controle é ruim para os dois lados. Na introdução de novos produtos/ linhas de produção solicite o acompanhamento técnico do seu fornecedor, trabalhando em conjunto os objetivos e metas podem ser alcançados com mais qualidade e menor prazo. Adote o sistema de Carta de Versatilidade para acompanhar o programa de capacitação dos funcionários do seu fornecedor, eles terão impacto direto na qualidade do seu produto. Faça um contrato formal de confidencialidade das informações que seu fornecedor terá acesso por con-
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ta da atividade que ele desenvolverá em sua fabrica. (Este procedimento é normal neste tipo de transação). Compartilhe a visão do seu negocio com os colaboradores do fornecedor, eles devem ter o mesmo comprometimento dos seus colaboradores diretos. Por fim: determine a realização de reuniões para apresentação de resultados e projeções futuras. Boa sorte e sucesso!
Marcos Oliveira dos Santos Pós-Graduado em Logística e Gestão da Cadeia de Suprimentos, atuando em diversos segmentos da Indústria. Gestor de equipes e projetos de melhorias e redução de custos com base no desenvolvimento e implantação de novos processos e treinamentos. Elaboração e acompanhamento de indicadores e projetos internos e consultoria externa em clientes de pequeno, médio e grande porte na área de intralogística.
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INDÚSTRIA 4.0
OS PILARES TECNOLÓGICOS DA INDÚSTRIA 4.0 POR EDSON MIRANDA DA SILVA
A
Indústria 4.0 envolve o uso de avanços na tecnologia de comunicação e informação para aumentar o grau de automação e digitalização da produção, fabricação e processos industriais. O objetivo final é gerir todo o processo da cadeia de valor, melhorando a eficiência no processo de produção e obtendo produtos e serviços de qualidade superior. Assim, o que temos é a fábrica do futuro, apropriadamente chamada “Smart Factory” (Fábrica Inteligente). Essa fábrica é prevista para ser aquela que opera com tranquila eficiência, onde todos os processos são executados e conduzidos sem problemas.
A INDÚSTRIA 4.0 É BASEADA EM 09 PILARES TECNOLÓGICOS A maioria destes nove pilares atualmente estão em uso em fábricas, no entanto, é na Indústria 4.0 onde estas tecnologias vão transformar a produção: células isoladas e otimizadas se juntam para formar fluxos de produção totalmente integrada, automatizada e otimizada, que ele vai trazer uma maior eficiência e uma mudança nas relações de produção tradicionais entre distribuidores, produtores e clientes, e entre máquinas e seres humanos. A aplicação de novas tecnologias criará equipamentos totalmente automatizados que “conversam” entre si, modernizando o processo produtivo. Como consequência, as empresas utilizarão seus recursos de forma mais eficiente, terão economia nos custos e a capacidade de criar produ-
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tos altamente customizáveis. Mas para garantir a sua plena funcionalidade, são necessárias algumas ferramentas estabelecendo, assim, os noves pilares da Indústria 4.0.
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BIG DATA E ANÁLISE
A análise de grandes quantidades de dados surgiu recentemente no mundo industrial, permitindo optimizar a qualidade da produção, economizar energia e melhorar o equipamento. Na indústria 4.0, a obtenção e avaliação exaustiva dos dados de muitas fontes diferentes (equipamentos e sistemas de produção, sistemas de gestão de clientes ...) se tornará padrão para suportar a tomada de decisão em tempo real. O Big Data atua como um grande banco de dados e surgiu no mundo industrial com o aumento da quantidade de dados a serem analisados de diferentes fontes, como por exemplo, equipamentos e sistemas. Citando caso análogo, o fabricante de semicondutores Infineon Technologies diminuiu as falhas do produto, correlacionando dados capturados na fase de teste no final do processo de produção com os dados recolhidos no início. Desta forma, a empresa pôde identificar padrões que ajudaram a descarregar semicondutores defeituosos no início do processo de produção e melhorar a qualidade da produção. Sem o Big Data Analytics não haverá Indústria 4.0, seu papel é central ao verificar detalhadamente os números e as estatísticas de uma indústria, para, assim, identificar
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falhas nos processos, otimizar a qualidade da produção e economizar energia, tornando mais eficiente a utilização de todos recursos.
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ROBÔS AUTÔNOMOS
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SIMULAÇÃO
Há algum tempo as indústrias utilizam robôs para lidar com tarefas complexas, mas agora eles terão uma maior utilidade. Mais e mais autônoma, flexível e cooperativo na medida em que interagem com outros robôs e trabalham lado a lado com os seres humanos com segurança, aprendendo com eles. Estes robôs vão custar menos e ter mais capacidades do que os atualmente são usados na fabricação. Essa abordagem é utilizada pela Kuka, um fabricante de equipamentos robóticos europeu, que oferece robôs autônomos que interagem uns com os outros. O trabalho realizado em conjunto pelo homem e por um robô autônomo será livre de riscos, já que o robô autônomo terá a capacidade de perceber a presença e interação do ser humano, mudando seu comportamento quando a pessoa se afastar ou se aproximar.
Na fase de engenharia e simulações em 3D sobre os produtos, atualmente são utilizados materiais e processos de produção. Mas em simulações futuras serão utilizados também mais extensivamente as informações da planta. Estas simulações exploram os dados em tempo real que refletem o mundo físico em um modelo virtual, o qual irá incluir máqui-
INDÚSTRIA 4.0
nas, produtos e seres humanos. Isto irá permitir aos operadores testar e otimizar as configurações das máquinas para o próximo produto na linha de produção virtual antes de qualquer mudança no mundo físico, reduzindo assim os tempos de preparação das máquinas e aumento da qualidade. Estas simulações irão alavancar dados em tempo real para espelhar o mundo físico em um modelo virtual, que pode incluir máquinas, produtos e seres humanos. A Siemens desenvolveu uma máquina virtual que pode simular a usinagem de peças usando dados da máquina física, reduzindo o tempo de preparação para o processo de usinagem.
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SISTEMAS DE INTEGRAÇÃO HORIZONTAL E VERTICAL
A maioria dos sistemas de TI (tecnologia da informação) atualmente não estão totalmente integrados. Empresas, distribuidores e clientes muitas vezes não estão ligados. Nem departamentos como engenharia, produção ou serviço. Mesmo o próprio (produto-planta-automação), o departamento de engenharia carece de integração plena. No entanto, com a Indústria 4.0 empresas, departamentos, funções e capacidades, será muito mais coesa. Redes de integração de dados universais permitirão que as cadeias de valor sejam verdadeiramente automatizadas. A Dassault Systèmes e a BoostAeroSpace, lançaram uma plataforma de colaboração para a indústria aeroespacial e defesa europeia. A plataforma, AirDesign, serve como um espaço de trabalho comum para o projeto e colaboração de fabricação, e está disponível como um serviço em uma nuvem privada.
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INTERNET INDUSTRIAL DAS COISAS (IOT)
Hoje, apenas alguns sensores e máquinas em rede trabalham e fazem uso de computação embarcada (IOT). Normalmente são organizados em uma automação vertical em que sensores, dispositivos de campo com controladores de inteligência e automação são limitados e regidas por um sistema de
controle global. Com a Internet industrial das coisas, um maior número de dispositivos (às vezes até mesmo de produtos não acabados) serão acrescentados e se conectarão por meio de padrões tecnológicos. Isso permitirá que os dispositivos de campo se comuniquem e interagem com os outros como controladores mais centralizados, conforme necessário. Também descentraliza a tomada de análise e decisão, que permitirá respostas em tempo real. A Bosch Rexroth, um fornecedor de sistemas de controle, equipou uma unidade de produção de válvulas com um processo de produção descentralizada semiautomático. Os produtos são identificados por códigos de identificação de frequência de rádio, e as estações de trabalho “sabem” que passos de fabricação devem realizar para cada produto e adapta-se para executar a operação específica.
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CIBERSEGURANÇA
Muitas empresas ainda dependem de sistemas de gestão e de produção desconectado ou fechado. Mas com o aumento da conectividade e uso de protocolos de comunicação padrão envolvidos na Indústria 4.0, a necessidade de proteger os sistemas críticos e linhas de produção industrial de ameaças cibernéticas aumentarão dramaticamente. Como resultado, eles são as comunicações essenciais, seguras e confiáveis, gerenciamento de sistemas sofisticados e de identidade e acesso de máquinas e usuários.
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CLOUD COMPUTING
Empresas já utilizam algumas aplicações de softwares e análises baseadas em nuvem, mas com a Indústria 4.0 um maior número de tarefas relacionadas a produção requer um maior intercâmbio de dados entre os locais e empresas. Ao mesmo tempo, os desempenhos das tecnologias nas nuvens melhorarão, atingindo tempos
de reação de alguns milissegundos. Como resultado, os dados e funcionalidade das máquinas será gradualmente cada vez mais utilizado fazendo uso da computação em nuvem, permitindo que mais serviços de sistemas de produção baseados em dados. Com as fabricas totalmente digitalizadas, a computação na nuvem servirá para armazenar todas as informações em um banco de dados que poderá ser acessado de qualquer lugar do mundo, a qualquer hora, por meio da internet.
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FABRICAÇÃO ADITIVA
As empresas estão apenas começando a adotar fabricação aditiva, como a impressão 3D, que é usado principalmente para a criação de protótipos e produção de componentes individuais. Com a Indústria 4.0, estes métodos são amplamente utilizados para produzir pequenos lotes de produtos personalizados que oferecem vantagens de construção e desenhos complexos. Teremos sistemas fabricação aditiva descentralizados, de alto desempenho, reduzindo as distâncias de transporte e estoque. Por exemplo, as empresas aeroespaciais já estão usando a manufatura aditiva para aplicar novos
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INDÚSTRIA 4.0
projetos que diminuem o peso das aeronaves, reduzindo as suas despesas de matérias-primas, como o titânio. A manufatura aditiva permitirá a criação de uma grande variedade de peças por meio da tecnologia de impressão 3D, que adapta rapidamente qualquer produto adicionando matéria prima sem a necessidade de usar moldes físicos, sua utilização garantirá maior flexibilidade e capacidade de impressão de geometrias complexas.
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REALIDADE AUMENTADA
Sistemas de realidade aumentada com base em suportar uma varieda-
de de serviços, tais como seleção de peças em um armazém e de reparação do transporte através de dispositivos móveis. Estes sistemas ainda estão em seus estágios iniciais, mas no futuro as empresas vão fazer uma realidade aumentada muito mais ampla para fornecer aos trabalhadores informações em tempo real, a fim de melhorar a tomada de decisões e procedimentos de trabalho. Por exemplo, os trabalhadores receberão instruções sobre como substituir uma determinada peça, enquanto eles estão olhando para o sistema que será reparado por meio de óculos de realidade aumentada.
Lembrando que não adianta ter uma Empresa 4.0, um Profissional 4.0 e um RH 1.0. Pessoas são a parte mais importante dos processos organizacionais e a base de qualquer programa de melhoria contínua. A receita do sucesso para as empresas é: “Gestão e Cultura Lean + Ótima Gestão de Pessoas + Tecnologia 4.0”, pois adicionar uma máscara de tecnologia em um processo ineficiente numa empresa com clima organizacional ruim, não vai torná-lo produtivo e melhor!
Edson Miranda da Silva - 30 anos de experiência no processo qualidade, cinco certificações ISO 9001, uma ISO/TS 16949 e vários projetos para melhorar a qualidade, aumentar a produtividade, eliminar desperdícios, reduzir custos, melhorar a organização, segurança e o relacionamento com clientes e fornecedores.
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// R E V I S T A F E R R A M E N T A L . C O M . B R // MAR / ABR 2018
4 OUT 2018
Engenho Central | Piracicaba SP
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DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS INTELIGENTES: DESAFIOS E NOVOS REQUISITOS
» Produtos Inteligentes na Indústria 4.0 » Desenvolvimento de Componentes Sensorizados » Digitalização do Ciclo de Desenvolvimento do Produto » Desenvolvimento de Produto para Manufatura Aditiva » Sistema Produto-Serviço » Mobilidade como Serviço
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Realização
EROSÃO EM CÂMARA DE INJEÇÃO DE ALUMÍNIO OTIMIZAÇÃO COM INSERTO DE TUNGSTÊNIO (Pat. Reg.) Wilmar Fischer
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a área de injeção de alumínio, no ferramental utilizado, quanto maior sua durabilidade menor o custo por peça injetada e em consequência maior competitividade no mercado e também rendimento financeiro. O mercado tem a tendência de reduzir cada vez mais o peso das peças e em consequência paredes mais finas com reforços profundos exigem maiores temperaturas do alumínio líquido. O sistema de injeção de alumínio composto de câmara, pistão e haste, em função da temperatura do alumínio possui muitas variáveis e quanto maior o volume e temperatura injetados mais críticas as condições, pois o sistema recebe todo o poder calorífico do alumínio líquido num espaço de alguns segundos, provavelmente dez ou mais vezes, esta condição é mais severa que no molde que possui uma regulagem de temperatura e uma distribuição deste calor com dissipação nas cavidades internas do molde. O aço ferramenta para trabalho a quente dependendo da condição de trabalho possui sua limitação quanto a suportar a temperatura do alumínio líquido visto esta temperatura ser superior à temperatura do revenimento do aço algumas dezenas de graus Centígrados. Neste descritivo iremos nos ater somente a erosão precoce em câmaras de injeção de alumínio. As principais causas de erosão precoce na câmara de injeção de alumínio são: • A alta temperatura do alumínio • Um maior volume de alumínio • A espessura da parede da câmara • O impacto do alumínio vindo pela calha inclinada do forno dosador Não é necessário que toda espessura da parede da câmara alcance a temperatura crítica acima do revenimento do aço sendo que alguns milímetros já são suficientes para iniciar a fadiga térmica, mudança de microestrutura, microtrincas, trincas e erosão precoce. O aço da câmara de injeção não suporta o poder calorífico da somatória do volume e temperatura do alumínio que se deseja, e sim, o limite da composição química e características que o aço possue. Alta temperatura e baixo volume, bem como temperatura normal e grande volume de alumínio são os principais causadores da erosão precoce. Condições intermediárias de temperatura e volume de alumínio derramado na câmara também interferem bem como uma temperatura mais alta do alumínio da panela de reabastecimento do forno da injetora. Sempre repetimos, é a gota da água que faz transbordar o copo. Várias melhorias são utilizadas para retardar a erosão precoce e o uso de um projeto singular desenvolvido e patenteado no Brasil e Estados Unidos fazendo o uso de um inserto de tungstênio alcançar o mais alto desempenho antes nunca alcançado justificando plenamente o custo x benefício. O Tungstênio possue um ponto de fusão de 3.400ºC, é sinteri-
zado, possue uma dureza de ~ 34 HRC e não aceita tratamento térmico e nitretação. O projeto desenvolvido que ora promovemos possue tempo de uso, iniciando e solucionando na erosão da injeção de bloco de motor. Quando descrevemos sobre custo x benefício isto se confirma em função do número de empresas que fazem uso comprovando a eficiência e justificando posterior novas compras pelas mais variadas empresas que injetam ou ferramentarias que fornecem o molde. Descrevemos abaixo a relação das empresas: • • • • • • • • • • • • • •
FBM FÁBRICA BRASILEIRA DE MOLDES LTDA FERRAMENTARIA JN LTDA GAMA INDÚSTRIA DE MATRIZES LTDA HONDA AUTOMÓVEIS DO BRASIL LTDA METALFINO DA AMAZÔNIA LTDA METALKRAFT S/A INJEÇÃO E USINAGEM METALÚRGICA SCHADEK LTDA MFW INDUSTRIAL LTDA (Ferramentaria) MOTO HONDA DA AMAZÔNIA LTDA MULTIMETAL INDÚSTRIA METALÚRGICA LTDA SEW EURODRIVE BRASIL LTDA STIHL FERRAMENTAS MOTORIZADAS LTDA TRAMONTINA ELETRIK S/A WIND INDUSTRIAL LTDA
Com muita ousadia no desenvolvimento conseguimos angariar confiança e crédito naquilo que foi realizado e confirmado seu desempenho em trabalho em empresas nacionais e multinacionais, chegando até as maiores injetoras (2500 ton) do país. Vimos colocar à vossa apreciação e consideração o abaixo descrito. 1. Converse conosco ou envie e-mail fazendo perguntas e esclarecendo dúvidas. 2. Forneça o desenho da câmara e informe as condições de trabalho e desempenho. Não existe limite máximo de volume injetado. 3. Apresentaremos um anteprojeto do conjunto. 4. Foram fornecidas câmaras de furo Ø 60 mm até Ø 150 mm (30 kg de alumínio). 5. O histórico do projeto e das câmaras fornecidas colocam em evidência seu êxito e viabilidade do custo x benefício, principalmente em moldes cativos. 6. O principal foco não é somente “preço” e sim qual o retorno que será obtido com maior desempenho desta opção. W. FISCHER TÉCNICA LTDA 31 anos transformando um nome em conceito. Web: www.wfischer.com.br Tel.: + 55 (47) 3027-1605 Joinville - SC - Brasil
JURÍDICA
Posso responder pessoalmente pelas dívidas da minha empresa? POR BÁRBARA MEIRA DE SOUZA OAB/SC 38.711
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ão há dúvidas de que empreender significa correr riscos. Assim, ao se constituir uma empresa, o empreendedor deverá se atentar para o fato de que será responsável pelos atos praticados por esta, na medida em que todas as pessoas que exercem atividade empresarial estão sujeitas a sofrer algum tipo de prejuízo. Nessa seara, veio o legislador e criou o instituto da limitação da responsabilidade dos sócios, justamente para que estes pudessem ter alguma garantia de proteção patrimonial, fomentando a atividade empresarial que, como se sabe, é a grande responsável por fornecer produtos e serviços essenciais para a vida em sociedade. Conforme entendimento do doutrinador Fábio Ulhoa Coelho, “A partir da afirmação do postulado jurídico de que o patrimônio dos sócios não responde por dívidas da sociedade, motivam-se investidores e empreendedores a aplicar dinheiro em atividades econômicas de maior envergadura e risco. Se não existisse o princípio da separação patrimonial, os insucessos na exploração da empresa poderiam significar a perda de todos os bens particulares dos sócios, amealhados ao longo do trabalho de uma vida ou mesmo de gerações, e, nesse quadro, menos pessoas se sentiriam estimuladas a desenvolver novas atividades empresariais. No final, o potencial econômico do País não estaria eficientemente otimizado, e as pessoas em geral ficariam prejudicadas, tendo
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menos acesso a bens e serviços”. No Brasil, as Leis 10.406/2002 (Código Civil) e 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações) são as grandes responsáveis por regulamentar a responsabilidade dos sócios nas empresas. Conforme o art. 1.051 do Código Civil, na sociedade limitada a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos os sócios responderão solidariamente pela integralização do capital social. Portanto, a regra geral no tocante às sociedades limitadas é a de que os sócios não responderão pelas dívidas da sociedade com seus bens pessoais, tendo assim seu patrimônio pessoal protegido pela limitação da responsabilidade. Na mesma linha, conforme o art. 1º da Lei das S/A, na Sociedade Anônima a responsabilidade dos acionistas será limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas. Para que ocorra a responsabilização pessoal dos sócios por dívidas trabalhistas, é necessária a figura da Desconsideração da Personalidade Jurídica, que nada mais é do que a suspensão da autonomia patrimonial da empresa para um determinado fato. Assim, para que seja possível responsabilizar os sócios juntamente com a empresa, é necessário que tenha havido abuso da personalidade jurídica, por desvio de finalidade ou confusão patrimonial. Verifica-se, portanto, que se o sócio utiliza-se da empresa para negócios alheios ao seu fim ou faz confusão com o seu patrimônio pessoal e o da sociedade, poderá vir a responder com seus bens pelas dívidas ou condenações que a sociedade venha a contrair. Todavia, já há entendimento jurisprudencial no sentido de não responsabilizar os sócios minoritários por dívidas trabalhistas. De acordo com recente decisão da 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, a desconsideração da personalidade jurídica não deve alcançar os acionistas minoritários sem poder de gestão. Em análise processual, a Juíza de primeiro grau, ao constatar que a empresa não possuía bens suficientes para quitação do débito contraído, deferiu a desconsideração da personalidade jurídica para responsabilizar três acionistas da sociedade. De acordo com
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a decisão, o sócio minoritário deveria igualmente responder pela dívida trabalhista, pois, além de ter direito a voto dentro da sociedade, foi beneficiado pelo trabalho do empregado. Em sede de recurso, a procuradora do sócio minoritário alegou que este deveria ser isentado de tal resposabilidade uma vez que: 1º não participava na administração da sociedade anônima e 2º que havia firmado acordo com os outros acionistas, no sentido de eximi-lo de qualquer passivo trabalhista. Em segunda instância, a Turma decidiu por afastar a desconsideração da personalidade jurídica para o sócio minoritário, argumentando que esse tipo de acionista na maioria das vezes está completamente alheio ao controle da empresa, e que responsabiliza-lo seria “subverter todo o sistema empresarial e financeiro do País, responsabilizando indiscriminadamente acionistas por débitos trabalhistas de sociedades anônimas”. Portanto, percebe-se que a jurisprudência, em harmonia com a legislação vigente, entendeu que o sócio somente virá a responder com seu patrimônio pessoal se for verificada fraude nas atividades empresariais, por sócio com poder de controle e gestão dentro da empresa. Caso contrário, as dívidas contraídas pela empresa não poderão recair nos bens pessoais de seus sócios. Percebe-se, assim, que a legislação foi criada com o intuito de beneficiar o empreendedor de boa-fé, estimulando o desenvolvimento de novas atividades empresariais e contribuindo, assim, com o crescimento da economia nacional, no que é dever de cada empreendedor, antes de constituir ou se associar a uma empresa, ter conhecimento de seus direitos e deveres, garantindo assim a proteção e resguarda de seus interesses.
Bárbara Meira de Souza Advogada societária em Schramm & Hofmann Advogados Associados.
Maiores informações E-mail ahofmann@sh.adv.br Fone 47 3027 2848
JURÍDICA
MAR / ABRIL 2018 // R E V I S T A F E R R A M E N T A L . C O M . B R //
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TECNOLOGIA
INFLUÊNCIA DAS VELOCIDADES DE AVANÇO E ROTAÇÃO NA ESTAMPAGEM INCREMENTAL DE ALUMÍNIO uma matriz é posiciomatriz pode ser fabricada na própria nada abaixo da chapa máquina CNC, onde se realizará a P O R A N D R I S O N R . T E I X E I R A | R A FA E L G . metálica, o que confere estampagem [3]. Assim sendo não há SCHREIBER | LIRIO SCHAEFFER ao produto estampado necessidade da matriz ser fabricada em maior precisão, permiaço ferramenta, podendo-se destinar a tindo que a chapa assueste propósito materiais mais acessíveis ma a forma desejada quando como aço comum ou poliuretano rígido um perfil mais complexo é exigido [3], de alta densidade [5]. conforme indicado na Figura 1. Diversos estudos relacionam os A estampagem incremental de parâmetros de destaque com influência estampagem incremental (Indois pontos pode ser realizada com no processo de estampagem incremencremental Sheet Forming) é um matriz parcial positiva ou negativa, ou tal, como a temperatura do processo [6], processo de fabricação aplicado ainda com matriz completa positiva ou a lubrificação utilizada [7], a espessura a conformação de chapas metálicas que negativa, dependendo do formato que da chapa e o ângulo de parede formapode ser realizado tanto em máquinas se deseja conformar [5]. A utilização de do na estampagem [8], bem como o dedicadas à estampagem incremental, uma matriz parcial não é um caso que diâmetro [9], o incremento vertical (Δz) como em fresadoras, centro de usinaexija muito tempo ou recursos, já que [10], o avanço (F) [11,12] e a rotação (N) gem CNC, ou ainda através de um braço robótico [2]. O processo possui duas variações principais, a Estampagem Incremental de Ponto Único: onde uma chapa fixada por um prensa chapas sofre deformação pelo movimento de uma ferramenta de ponta semiesférica em movimento de rotação e realizando incrementos progressivos contra a chapa metálica nos eixos X, Y e Z, conferindo a ela a forma desejada; e a EstampaFigura 1 – (a) Estampagem Incremental de Ponto Único, (b) Estampagem Incremental de Dois Pontos [4] gem Incremental de Dois Pontos: onde
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TECNOLOGIA
Figura 2 – Dispositivo para realização dos experimentos de estampagem incremental.
[13] da ferramenta. Este artigo apresenta uma análise detalhada da influência das velocidades de avanço e rotação da ferramenta na deformação máxima obtida pela chapa metálica estampada. MATERIAIS E MÉTODOS
Para realizar os experimentos de estampagem incremental foi utilizado um centro de usinagem CNC da marca Romi modelo Discovery 308, com curso longitudinal de 450 mm, curso transversal de 310 mm e curso vertical de 410 mm. Foi fixado à mesa do centro de usinagem um dispositivo constituído por uma matriz parcial, sobre a qual foi fixada cada chapa de Alumínio AA1200, com dimensões 1 x 60 x 160 mm, através de um prensa chapas. A conformação da chapa foi realizada pela ferramenta de estampagem incremental com ponta semiesférica com diâmetro 9,5 mm. Após a estampagem das chapas em cada experimento, estas apresentaram uma redução significativa da espessura inicial (s0) para a espessura final (s1), sendo que cada experimento foi interrompido logo após a apresentação da trinca na chapa, registando-se a profundidade (h1) em que ela ocorreu, conforme indicado na Figura 2. O dispositivo de estampagem foi fabricado em aço SAE1020, inclusive a
matriz parcial, devido às baixas tensões atuantes no processo. No entanto, a ferramenta foi fabricada em aço rápido, a fim de garantir sua funcionalidade no processo. Para realização de cada experimento foi determinado o percurso da ferramenta de estampagem por programação CNC, com incremento vertical de 0,5 mm sobre a chapa (no eixo Z). Após cada incremento vertical ocorre um deslocamento da ferramenta em 100 mm (no eixo X) e outro incremento vertical, até que ocorra o surgimento de trinca na chapa, então o experimento é interrompido. A Figura 3 apresenta o percurso da ferramenta em cada experimento de estampagem incremental.
Δz = 0,5 mm
100mm
ficava sem lubrificação. A escolha da graxa foi orientada por Azevedo et al. [7] que na estampagem incremental de alumínio obteve resultados de rugosidade das chapas com o uso de uma graxa similar (graxa AL-M). A Figura 4 apresenta o processo de estampagem incremental sendo realizado no centro de usinagem CNC e a superfície da chapa devidamente lubrificada.
Figura 4 – Realização dos experimentos no Centro de Usinagem CNC
No total foram realizados 12 experimentos combinando-se 4 parâmetros de rotação N (com eixo livre, 200 rpm, 400 rpm e 800 rpm) e 3 parâmetros de avanço F (200 mm/min, 400 mm/min e 800 mm/min) mantendo-se o incremento vertical Δz de 0,5 mm. Em cada chapa de alumínio foram gravados círculos com 2,5 mm de diâmetro por um processo eletroquímico. Após o surgimento da trinca em cada experimento ocorreu sua interrupção, sendo a medição das deformações máximas realizada nas formas elípticas (geradas pela deformação da chapa) logo ao lado da região onde a trinca ocorreu, conforme indicado na Figura 5.
Figura 3 – Percurso da ferramenta nos experimentos
A lubrificação nos experimentos foi realizada por meio da graxa UNILIT MP BSM, graxa preta com bissulfeto de molibdênio. Sua aplicação foi feita por meio de pincel, sendo que a cada incremento da ferramenta essa graxa foi sendo reaplicada manualmente à medida que a interface chapa-ferramenta
Figura 5 – Resultados dos Ensaios de Estampagem Incremental de AA1200, com Δz = 0,5 mm
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TECNOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Através da análise dos 12 experimentos realizados variando os parâmetros de avanço e rotação e mantendo o incremento vertical constante em 0,5 mm, foi construída a Tabela 1. Nela também foram adicionados os resultados de cada experimento, como a profundidade em que ocorreu a trinca h1, a espessura final da chapa s1, a deformação no comprimento φ1, a deformação na largura φ2, e a deformação na espessura φ3.
Conhecendo a deformação na espessura φ3 e o valor da espessura inicial (s0 = 1 mm), a partir da Equação 2, foi possível calcular a espessura final s1, conforme indicado na Equação 3.
φ3=ln s1/s0
Equação 2
s1=eφ3 ∙ s0
Equação 3
Nº
N (rpm)
F(mm/min)
h1 (mm)
s1 (mm)
φ1 (-)
φ2 (-)
φ3 (-)
1
livre
200
7,0
0,41
0,88
0
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7,0
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0,88
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0,69
0
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0,69
0
-0,69
7
400
200
7,0
0,41
0,88
0
-0,88
8
400
400
6,5
0,50
0,69
0
-0,69
9
400
800
6,5
0,50
0,69
0
-0,69
10
800
200
8,0
0,38
0,96
0
-0,96
11
800
400
6,5
0,50
0,69
0
-0,69
800
800
6,5
0,50
0,69
0
-0,69
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Tabela 1 – Resultados dos Ensaios de Estampagem Incremental de AA1200, com Δz = 0,5 mm
Onde: s1 = Espessura final da chapa [mm]; s0 = Espessura inicial da chapa [mm]. A profundidade em que ocorreu a trinca h1, foi determinada de acordo com a profundidade registrada no painel do centro de usinagem CNC no instante em que cada experimento foi interrompido, variando de 6,5 mm a 8 mm. Na Figura 6 é apresentada a relação entre rotação (N) e deformação máxima obtida (φ1) para cada avanço (F) utilizado nos experimentos. A Figura 6 indica que quanto menor for a velocidade de avanço, maior será a estampabilidade no processo de estampagem incremental, assim como também concluído por Arruda [14]. Já que com avanço F = 200 mm/min foi possível obter os maiores valores de deformação, enquanto que com avanço de F = 800 mm/min, foram obtidas as menores deformações e com F = 400 mm/min deformações intermediárias dependendo da rotação utilizada. Também se percebe que com baixo valor de avanço (200 mm/min) há aumento na deformação máxima com
Nos 12 experimentos a deformação φ1 variou de 0,69 a 0,88 com a deformação φ2 se mantendo em 0, o que caracteriza a deformação plana, medidas ao lado da trinca. A deformação na espessura φ3 foi determinada pela lei da constância de volume, que determina que a variação das deformações é nula, conforme indicado na Equação 1.
φ1+φ2+φ3=0
Equação 1
Onde: φ1 = Deformação no comprimento [adimensional]; φ2 = Deformação na largura [adimensional]; φ3 = Deformação na espessura [adimensional].
24
//
Figura 6 – Relação de rotação (N) e deformação (φ1) para cada velocidade de avanço (F) nos experimentos de Estampagem Incremental
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TECNOLOGIA
rotação de 800 rpm, confirmando as conclusões dos estudos de Xu et al. (com mesmo incremento vertical e faixa de avanço próxima) [13] que indicam que em geral, a estampabilidade aumenta à medida que ocorre aumento da rotação da ferramenta. No entanto, com avanço de 400 mm/ min, a deformação diminui a partir de 400 rpm. Já com avanço de 800 mm/min a variação de rotação não apresenta nenhuma influência na profundidade estampada. Na Figura 6 ainda é apresentada uma região em destaque onde foram constatadas as melhores condições de estampagem incremental, ou seja, onde foi possível obter maior deformação sem que houvesse comprometimento da rugosidade superficial da chapa estampada. Desta região foi excluído ao o experimento que apresentou maior deformação, pois este também apresentou defeitos superficiais. A maior deformação ocorreu no 10° experimento, com baixo valor de avanço (F = 200 mm/min) e alta velocidade de rotação (N = 800 rpm). No entanto, nessa condição a rugosidade da chapa foi visivelmente comprometida, apresentado a aparência característica do “efeito casca de laranja” (orange peel effect) na parte externa. Este tipo de defeito também verificado em alguns experimentos nos estudos de Hamilton e Jeswiet [15] para valores de avanço
A
muito mais elevados (entre 5080 e 8890 mm/min). Na Figura 7 fica evidente a elevada rugosidade apresentada na superfície externa do 10° experimento quando comparada com o 7° experimento (semelhante aos demais). Além disso, o 10° experimento também apresentou irregularidades na parte interna. A Figura 8 apresenta a comparação entre as superfícies internas do 10° experimento (com muitas irregularidades) e do 7° experimento (com a aparência uniformemente lisa, muito semelhando à dos demais experimentos).
A
B
Figura 8 – (A) Superfície interna com irregularidades - experimento 10 e (B) sem irregularidades (demais experimentos)
Nos demais ensaios as superfícies não apresentaram comprometimento algum em sua rugosidade, que fossem visíveis a olho nu.
Com base nos dados obtidos nos 12 experimentos foi possível agrupar os resultados de deformação em três Retas Limite de Conformação (RLC): a primeira com RLC com o menor valor de deformação para os ensaios n° 3, 6 , 8, 9, 11 e 12; a segunda RLC com valor intermediário de deformação para os ensaios n° 1, 2 , 4, 5 e 7; a terceira reta com maior valor de deformação para o ensaio n° 10, conforme indicado na Figura 9. CONCLUSÕES
Este estudo apresentou uma análise de 12 experimentos de estampagem incremental de AA1200, comparando as velocidades de avanço e rotação utilizados com as deformações obtidas. Permitindo a conclusão de que é possível obter maior deformação na estampagem incremental de alumínio puro, sem comprometer a rugosidade superficial do produto estampado, utilizando incremento vertical de 0,5 mm, com avanço de 400 mm/min e rotação entre 0 a 200 rpm, ou ainda com avanço de 200 mm/min e rotação dentre 0 a 400 rpm. Também se conclui que os experimentos propostos permitem a construção de três Retas Limites de Conformação que agrupam os resultados obtidos, podendo estes serem aplicados à estampagem incremental de qualquer formato desejado, desde que atendam às faixas de parâmetros estabelecidas.
B
Figura 7 – (A) Superfície externa com irregularidades - experimento 10 e (B) sem irregularidades - demais experimentos
Figura 9 – Retas Limite de Conformação (RLC) para Estampagem Incremental de AA1200
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TECNOLOGIA
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incremental forming assisted by induction heating. International Journal of Advanced Manufacturing Technology 2016;82:1163–71. doi:10.1007/s00170-015-7439-x. [7] Azevedo N. G., Farias J. S., Bastos R. P., Teixeira P., Davim J. P., Alves de Sousa R. J.; Lubrication aspects during Single Point Incremental Forming for steel and aluminum materials. International Journal of Precision Engineering and Manufacturing 2015;16:589–95. doi:10.1007/s12541-015-0079-0. [8] Duflou J. R., Verbert J., Belkassem B., Gu J., Sol H., Henrard C., et al.; Process window enhancement for single point incremental forming through multi-step toolpaths. CIRP Annals - Manufacturing Technology 2008;57:253–6. doi:10.1016/j. cirp.2008.03.030. [9] Al-Ghamdi K. A, Hussain G.; Threshold tool-radius condition maximizing the formability in SPIF considering a variety of materials: Experimental and FE investigations. International Journal of Machine Tools and Manufacture 2015;88:82–94. doi:10.1016/j.ijmachtools.2014.09.005. [10] Bhattacharya A., Maneesh K., Cao J.; Formability and Surface Finish Studies in Single Point Incremental Forming 2011;133. doi:10.1115/1.40054.58. [11] Baruah A., Pandivelan C., Jeevanantham A. K.; Optimiza-
tion of AA5052 in incremental sheet forming using grey relational analysis. Measurement 2017;106:95–100. doi:10.1016/j. measurement.2017.04.029. [12] Ambrogio G., Filice L., Gagliardi F.; Improving industrial suitability of incremental sheet forming process. International Journal of Advanced Manufacturing Technology 2012;58:941–7. doi:10.1007/s00170-011-3448-6. [13]Xu D., Wu W., Malhotra R., Chen J., Lu B., Cao J.; Mechanism investigation for the influence of tool rotation and laser surface texturing (LST) on formability in single point incremental forming. International Journal of Machine Tools and Manufacture 2013;73:37–46. doi:10.1016/j.ijmachtools.2013.06.007. [14] Arruda R. P. de.; Estampagem Incremental na Conformação de Chapas para Fabricação de Coletores Solares Planos. Porto Alegre: Tese (Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Minas, Metalúrgica e Materiais) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2010. [15] Hamilton K., Jeswiet J.; Single point incremental forming at high feed rates and rotational speeds: Surface and structural consequences. CIRP Annals - Manufacturing Technology 2010;59:311–4. doi:10.1016/j.cirp.2010.03.016.
Autor principal Andrison Rodrigues Teixeira - Diretor Industrial na empresa G1 Equipamentos. Mestrando do Programa de Pós-graduação em Engenharia de Minas, Meta¬lúrgica e de Materiais (PPGE3M) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) na área de conformação mecânica. Pós-graduado em MBA em Gestão de Projetos em 2017 pela Faculdade IBGEN (Instituto Brasileiro de Gestão de Negócios). Graduado em Automação Industrial em 2011 pela Faculdade SENAI de Tecnologia (FATEC). andrison@g1equipamentos.com.br Co-autor Rafael Gustavo Schreiber - Professor do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) Campus Lages. Mestrando do Programa de Pós-graduação em Engenharia de Minas, Meta¬lúrgica e de Materiais (PPGE3M) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) na área de conformação mecânica. Especialista em Docência na Educação Profissional e Tecnológica em 2014 pela Faculdade SENAI CETIQT. Graduado em Engenharia Mecânica em 2010 pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). rafael.schreiber@ifsc.edu.br Co-autor Lirio Schaeffer – Professor titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), coordenador do Laboratório de Transformação Mecânica (LdTM) no Departamento de Metalurgia. Concluiu o Doutorado em Conformação Mecânica em 1982, pela Rheinisch-Westfalischen Technischen Hochschule/Aachen na Alemanha. É orientador de mestrado e doutorado da UFRGS. Atua principalmente nas áreas de forjamento, estampagem, metalurgia do pó, materiais biomédicos e energias alternativas. schaefer@ufrgs.br
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CAPA
GERENCIAMENTO
MATRICIAL DE DESPESAS
Uma abordagem orçamentária de redução de custos e despesas POR CLÓVIS LUÍS PADOVEZE
O
Gerenciamento Matricial de Despesas (GMD) é uma técnica que pode ser adicionada ao conjunto de conceitos e técnicas do planejamento orçamentário para otimizar o lucro das empresas, tendo como foco a redução (otimização) do uso dos recursos de custos e despesas. Primeiramente, vamos apresentar os principais conceitos de orçamento ou planejamento orçamentário. Em seguida, falaremos sobre os principais fundamentos do GMD.
PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO O orçamento é o grande instrumento de gestão empresarial de controladoria, em conjunto com o sistema de contabilidade. A controladoria é a unidade administrativa responsável pelo planejamento e controle do lucro empresarial. Sua principal função é dotar as empresas de instrumentos de gestão para controle econômico de suas atividades, coordenando os esforços de todos os departamentos e unidades de negócio para otimizar o lucro empresarial. O sistema contábil, em conjunto com o plano orçamentário, forma a base do conceito de controladoria.
controlar alguma coisa se, antes disso, houver o planejamento das ações. Desta maneira, para que uma empresa possa dizer que tem um setor de controladoria, primeiro, tem que adotar instrumentos de planejamento de suas operações e, após isso, planejar seu lucro. Fica também claro que, se uma empresa não tem um sistema de contabilidade bem estruturado, não é possível estruturar um plano orçamentário eficaz.
Figura 1 – Planejamento, Controle, Orçamento e Contabilidade
CONTROLAR O PLANEJADO
O QUE É ORÇAMENTO
O princípio da controladoria é o planejamento, uma vez que só é possível
Orçamento pode ser definido como a expressão quantitativa e monetária de
28
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um plano de ação. Em outras palavras, o orçamento é a expressão formal de planos de curto prazo. No palavreado contábil e financeiro, curto prazo é o que acontecerá no próximo ano. Desta maneira, o orçamento mede o que deverá acontecer no próximo ano nas operações da empresa e seus reflexos financeiros. Tomando como referência o ano de 2018, o orçamento será o planejamento das operações, com sua mensuração quantitativa e monetária, para 2019. Os reflexos financeiros e econômicos das operações da empresa são apresentados nas demonstrações financeiras ou contábeis, que são: a demonstração do resultado (lucro ou prejuízo); o balanço patrimonial e o fluxo de caixa. O detalhamento das demonstrações contábeis ou financeiras é estruturado e apresentado na demonstração dos custos e despesas por departamento.
CAPA
ENVOLVIMENTO DOS GESTORES
ORÇAMENTO E ESTRATÉGIA
Para que o orçamento seja efetivo, é necessário o envolvimento dos gestores, para obtermos o seu comprometimento. Não há sentido de a empresa adotar uma postura orçamentária de orçamento ditatorial (de cima para baixo), sem conversar com os gestores reconhecidos na empresa. Nesse sentido, impõe-se, naturalmente, o conceito de orçamento participativo, onde todos os gestores reconhecidos na hierarquia ou no organograma empresarial (diretores, gerentes, chefes ou supervisores) tenham sua própria peça orçamentária. O plano orçamentário parte das premissas orçamentárias definidas pela alta administração da empresa (metas de vendas, lucro etc.) e, a partir daí, os gestores de cada setor (departamento ou atividade) propõe seu orçamento particular, alinhado com as metas definidas pela administração central.
Não há como o plano orçamentário ficar desalinhado da estratégia. Os grandes objetivos a serem introduzidos no orçamento do próximo ano devem partir das estratégias definidas pela empresa. Além disso, tendo em vista que a empresa recebe os efeitos do ambiente externo, é necessário definir os cenários que serão adotados para o próximo ano. Denominamos de cenários a adoção de variáveis macroeconômicas que serão adotadas para o planejamento orçamentário, tais como expectativa de crescimento do PIB, inflação, taxa de desemprego, taxas de dólar, taxa de juros e crescimento esperado do setor de atuação da empresa.
orçamentárias: ›› Orçamento Operacional, de receitas, custos e despesas; ›› Orçamento de Investimentos, de imobilizações e investimentos em outros negócios; ›› Orçamento de Financiamentos, das necessidades de obtenção de empréstimos ou aumento de capital social; ›› Orçamento das Demonstrações Contábeis, da demonstração do lucro orçado, balanço patrimonial e fluxo de caixa orçados. Todas as peças orçamentárias desses conjuntos de orçamentos são integradas. Assim, os dados de
FUNDAMENTOS DO ORÇAMENTO Desta maneira, podemos resumir os fundamentos do plano orçamentário em dois pilares: a) Mensuração quantitativa e monetária das operações do ano a ser orçamentado; b) Envolvimento dos gestores.
Figura 2 – Fundamentos do plano orçamentário
O envolvimento dos gestores se dá pela natural cobrança de responsabilidade pelos gastos do setor de cada gerente, diretor ou chefe; por outro lado, após concluído o orçamento específico de cada um, o sistema dá a delegação de autoridade para a administração de cada um, dentro dos valores e das regras adotadas pela empresa.
Figura 3 – Estratégia, cenários, premissas, orçamento e controle
Com os objetivos estratégicos e os cenários adotados, a empresa estrutura e define as premissas orçamentárias específicas que darão base para os cálculos das peças orçamentárias, tais como, volume de produção e vendas, número de funcionários, expectativa de aumento de preços de vendas, percentual de acordo coletivo esperado etc. Após calcular todas as peças orçamentárias de todos os setores, departamentos, unidades de negócio, o setor de controladoria junta todas as peças orçamentárias, consolidando numericamente o orçamento no conjunto das demonstrações contábeis e financeiras. A partir daí, quando as operações começarem a ser realizadas, será feito controle orçamentário, comparando os dados reais e os dados orçados.
ESTRUTURA DO PLANO ORÇAMENTÁRIO O plano orçamentário é estruturado em quatro grandes conjuntos de peças
custos e despesas que se relacionam com o orçamento de investimentos, afetarão também as demonstrações contábeis; da mesma forma, os dados de custos e despesas do orçamento de financiamentos afetarão as demonstrações contábeis.
Figura 4 – Estrutura do plano orçamentário
ONDE FICA O GERENCIAMENTO MATRICIAL DE DESPESAS (GMD)? Basicamente, os conceitos de gerenciamento matricial de despesas são aplicados no orçamento operacional, no conjunto de custos e despesas. O objetivo é um controle mais forte em
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29
CAPA
O QUE É GMD? É um conceito de planejamento orçamentário, tanto para as despesas quanto para as receitas, onde se identificam os itens mais relevantes e que passam a ter um planejamento e controle duplicado. O objetivo é a otimização das receitas e a redução dos custos, tanto em nível departamental ou divisional, quanto por tipo de receita ou gasto. Os conceitos de GMD foram utilizados pela primeira vez na AMBEV. Os elementos básicos do GMD são: a) Entidades, a estrutura organizacional da empresa; b) Pacotes; os custos e despesas.
de custos e despesas, ou sobre um conjunto de contas de custos e despesas semelhantes.
GESTOR DE COLUNA E GESTOR DE LINHA Assim, no GMD temos dois tipos de gestores orçamentários: a) O gestor de coluna, o responsável pela peça orçamentária do seu departamento ou atividade, que tem a responsabilidade de prestar contas de todas as contas contábeis de despesa de sua área; b) O gestor de linha, que será designado pela empresa para ser o responsável por uma determinada conta contábil, ou conjunto de contas contábeis, e deverá prestar conta à empresa dessas contas.
›› Variável de análise: a variável de análise é uma conta contábil ou um grupo de contas contábeis homogêneas em relação aos lançamentos que as originam. Por exemplo, as diversas contas contábeis que recebem os lançamentos dos encargos sobre a folha de pagamentos podem ser agrupadas em uma Variável de Análise denominada Encargos Folha. ›› Pacotes: são agrupamentos de variáveis de análise relacionadas ao mesmo tema. Exemplo: Despesas de Pessoal. ›› Entidade: é o menor nível onde será realizado levantamento de dados. Pode ser uma unidade organizacional da empresa ou um centro de custos. Para cada entidade é definido um dono e um gestor. Gestores de Coluna
Despesas
Depto. 1
Salários e Encargos
Depto. 2
Depto. N
Total
1.000
2.000
3.000
6.000
•Manutenção
1.000
2.000
3.000
6.000
•Expediente
1.000
2.000
3.000
6.000
•Energia Elétrica
1.000
2.000
3.000
6.000
•Viagens
1.000
2.000
3.000
6.000
•Serviços de limpeza
1.000
2.000
3.000
6.000
•Etc
1.000
2.000
3.000
6.000
•Diretas
1.000
2.000
3.000
6.000
•Indiretas
1.000
2.000
3.000
6.000
Total Geral
9.000
18.000
27.000
54.000
Materiais Indiretos Gestores de Linha
todos os gastos relevantes da empresa (denominados genericamente de custos e despesas), objetivando a otimização desses gastos e a redução dos valores de custos e despesas de forma contínua. Não há dúvida que as reduções de custos e despesas devem ser feitas de forma inteligente. Não há sentido em reduzir custos e despesas que “cortem” receitas! Para haver receitas, há que haver gastos. Contudo, o objetivo é ter a otimização dos gastos, que provoquem a maior e a melhor receita.
Despesas Gerais
Depreciações
Figura 6 – Gestores de Coluna e Gestores de Linha
Figura 5 – Elementos Básicos do GMD
CONTROLE DUPLICADO É a essência do GMD. Na abordagem tradicional ou normal de condução do plano orçamentário, a responsabilidade dos gastos é dada ao gestor de cada setor, que deve prestar contas à empresa de todos os gastos de seu setor, departamento ou unidade de negócio. Na abordagem do GMD, a responsabilidade pelos gastos da empresa é dada também de forma duplicada para diversos gestores escolhidos, que serão responsáveis por uma conta contábil
30
//
A novidade do GMD é a introdução do gestor de linha, que será responsável por uma conta contábil de custo ou despesa (ou um conjunto de contas contábeis). Na abordagem do GMD, o gestor de linha tem autonomia de questionar o gestor de coluna sobre os gastos de seu setor. A nomenclatura matricial vem de que o controle fica sendo um cruzamento de controle de linhas e controle de coluna, formando uma matriz de controle de gastos.
NOMENCLATURAS UTILIZADAS No GMD esses conceitos são traduzidos nas seguintes nomenclaturas:
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›› Controle cruzado: isto significa que todas as despesas orçadas devem ser acompanhadas por duas pessoas. O gerente do centro de custos da entidade orçamentária e o gerente do pacote de gastos;
REDUÇÃO POR COMPRESSÃO A ideia é ter um planejamento e controle aprofundado sobre todo tipo de gasto relevante da empresa, incorporando metas de redução de gastos a serem obtidas no próximo ano orçamentado. Este conceito é denominado de redução por compressão.
CAPA
para dar um padrão de comparação de consumo entre os setores (gestores de colunas). Por exemplo, se uma empresa tem vários fornos em operação que utilizam energia elétrica como energia, um parâmetro de comparação entre um forno e outro pode ser a quantidade de reais de energia elétrica dividida pela quantidade de tonelagem produzida em cada forno (parâmetro de consumo = R$/tonelada). Figura 7 – Definição de metas por compressão
Assim, no GMD, as metas serão utilizadas para sair de um custo antigo para um custo novo.
PARAMETRIZAÇÃO Para obter o efeito da redução por compressão, o gestor de linha, em conjunto com os gestores de colunas, deverão assumir parâmetros quantitativos, para permitir a comparação do gasto entre os diversos setores (entidades). Para tanto, é necessário desdobrar o gasto nas suas duas formações: a redução do consumo e a redução do preço. Por exemplo, no caso de consumo de energia elétrica, há a possibilidade de reduzir o consumo de KVW, bem como a possibilidade de reduzir, por negociação, o preço do KVW. No caso de telecomunicações, há a possibilidade de reduzir os minutos utilizados por cada funcionário (consumo), bem como a possibilidade de reduzir o custo por minuto, negociando com a operadora. A parametrização, por outro lado, é
PAPEL DO GESTOR DE LINHA Cabe ao gestor de linha identificar e estruturar o modelo de gerenciamento de cada tipo de gasto. Assim, deve: 1. Conhecer a natureza de cada classe de gasto sob sua responsabilidade; 2. Definir os parâmetros e os índices de desempenho dos gastos sob sua responsabilidade na fase que antecede a elaboração orçamentária; 3. Negociar estes índices com os gerentes dos centros de custos e preparar junto com eles planos de ação objetivando alcançar estes índices; 4. Atuar como facilitador durante a elaboração dos orçamentos dos centros de custos; 5. Fazer o benchmarking interno entre os diversos centros de custos (comparar as despesas similares em áreas diferentes) e divulgar entre eles as melhores práticas observadas; 6. Identificar eventuais desvios e preparar, juntamente com o gerente do centro de custos, um relatório com propostas de ações corretivas.
As despesas que tendem a merecer o gerenciamento matricial são as seguintes: ›› Energia elétrica; ›› Despesas de viagens e estadas com funcionários; ›› Fretes, transporte interno e armazenagem; ›› Serviços de manutenção; ›› Materiais de manutenção e conservação; ›› Despesas com telecomunicações; ›› Depreciações de imobilizados; ›› Horas extras; ›› Benefícios dados aos funcionários; ›› Serviços de terceiros, pessoas físicas e jurídicas. Em princípio, o GMD não se aplica ao custo dos materiais diretos, que compõe a estrutura do produto, uma vez que o consumo desses elementos de custos decorre da fabricação dos produtos e não são gerados pelos departamentos. Não há dúvida que o orçamento é uma necessidade que se impõe para qualquer empresa como instrumento de obtenção do lucro almejado. Entre as diversas metodologias e conceitos utilizados para este objetivo maior, o GMD é um instrumento prático para o processo de otimização dos custos e despesas, permitindo o envolvimento de todos os gestores, ao mesmo tempo que dá instrumentos para coordenação e padronização para o consumo dos principais custos e despesas da empresa.
Clóvis Luís Padoveze - formado em Administração pela Pontífica Universidade Católica de Campinas – SP e em Ciências Contábeis pelo Instituto Superior de Ciências Aplicadas de Limeira – SP. Especialização em Teoria Contábil e Financeira Superior e em Contabilidade e Finanças na Universidade Metodista de Piracicaba – SP. Mestre em Ciências Contáveis pela Pontífica Universidade de São Paulo – SP e doutor em Contabilidade e Controladoria na Universidade de São Paulo. Atua desde 1978 como professor da Faculdade de Gestão e Negócios da Universidade Metodista de Piracicaba-SP. Ministra seminários a profissionais nas áreas de controladoria, custos e sistemas de informações. É autor de diversos livros e palestrante, além de ter vários artigos publicados em revistas da classe contábil.
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BALANÇO ENAFER 2018 - ENCONTRO NACIONAL DE FERRAMENTARIAS
ABINFER - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE FERRAMENTAIS // FONE 47 3227-6305 RUA CORONEL SANTIAGO, 243 – ANITA GARIBALDI – 89203-560 – JOINVILLE / SC // ABINFER.ORG.BR
BALANÇO ENAFER 2018 - ENCONTRO NACIONAL DE FERRAMENTARIAS
CONVITE ENAFER 2018
ABINFER - Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais www.abinfer.org.br
SIMPLÁS - Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho www.simplas.com.br
Comissão organizadora Christian Dihlmann Pedro Luiz Pereira Daniela Camargo Vanessa Weber Pedro Henrique Pereira Marco da Rosa José Antônio Severo Martins Márcio Mário Poffo Paulo Sérgio Furlan Braga José Alceu Lorandi Gelson Oliveira Colaboradores Antônio Darci Gaviraghi Carlos Manoel de Carvalho Emerson Senafé Tribuci Jacira Carrer Dihlmann José R. N. da Silva (Bigode) Luiz Eduardo Albano Mauro Pereira (Deputado) Sansão Cadengue da Silva Wellington Messias Damasceno
O Brasil está sendo inserido no circuito mundial dos fabricantes de ferramentais através das ações da ABINFER - Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais. Algumas das ações contemplam a capacitação técnico/administrativa, o desenvolvimento de parcerias internacionais, o aprimoramento das tecnologias de fabricação empregadas, além do fortalecimento da visibilidade desta indústria no cenário nacional e internacional. Desta forma, a ABINFER reúne anualmente as empresas da cadeia de fabricantes de ferramentais no Brasil e realizará o 11º Encontro Nacional de Ferramentarias - ENAFER 2018. O evento é itinerante e ocorre nos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Este é o maior evento nacional na área de ferramentarias. Tem como missão proporcionar um amplo fórum para apresentações e discussões críticas sobre a realidade atual e cenários futuros do setor, propondo e articulando ações em prol da perpetuação das ferramentarias e seus parceiros. Desta maneira, o ENAFER apresenta-se como um fórum apropriado no qual empresários e profissionais técnicos discutem temas em sintonia com as realidades brasileira e mundial. Este evento ocorrerá no período de 17 a 18 de maio de 2018, na UCS - Universidade de Caxias do Sul, na cidade de Caxias do Sul, RS. Estima-se um público de 350 participantes do Brasil e exterior. Convidamos você a prestigiar o maior encontro brasileiro de ferramentarias para construir e fortalecer sua rede de relacionamentos e consolidar ainda mais o setor em nível nacional e mundial. Contando com sua sempre distinta atenção e colaboração, aguardamos esperançosos sua confirmação.
Período 17 a 18/05/2018 Local UCS - Universidade de Caxias do Sul Caxias do Sul - RS - Brasil
Christian Dihlmann Presidente ABINFER - Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais presidente@abinfer.org.br
ABINFER - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE FERRAMENTAIS // FONE 47 3227-6305 RUA CORONEL SANTIAGO, 243 – ANITA GARIBALDI – 89203-560 – JOINVILLE / SC // ABINFER.ORG.BR
BALANÇO ENAFER 2018 - ENCONTRO NACIONAL DE FERRAMENTARIAS
1. JUSTIFICATIVA DO EVENTO O 11º Encontro Nacional de Ferramentarias - ENAFER 2018 visa proporcionar o relacionamento mútuo de aproximadamente 350 profissionais do setor industrial e de serviços, onde será debatido o contexto atual do mercado e a inovação em direção à Indústria 4.0. A realização do evento tem como objetivo fomentar a discussão, entre os empresários e órgão governamentais, sobre temas comuns ao setor ferramenteiro nacional. O encontro abordará as ações para a sustentabilidade do setor ferramenteiro nacional, validadas nos encontros anteriores. Desta feita serão discutidos temas como: visão do cliente sobre as ações estratégicas necessárias à perpetuação do setor ferramenteiro nacional; planejamento sucessório e governança familiar; situação atual do programa ROTA 2030; importância da organização de ações políticas e sua representatividade junto ao governo federal; e fortalecimento do senso de equipe nas empresas.
2. OBJETIVOS DO EVENTO Objetivo geral Como objetivos gerais têm-se: - divulgação dos trabalhos realizados no País relativos á inovações no setor industrial de ferramentarias, tanto de cunho tecnológico quanto gerencial; - discussão das etapas realizadas e vindouras do Programa Rota 2030, novo ciclo de política automotiva; - apresentação de modelos de gestão inteligente com foco na perpetuação dos negócios familiares e profissionais; - articulação de grupo de trabalho que represente o setor junto aos órgãos públicos federal, estaduais e municipais.
Objetivos específicos Os principais objetivos pontuais são: • articular um ambiente empresarial favorável à consolidação e desenvolvimento do setor ferramenteiro nacional e internacional, que implique em crescimento e fortalecimento da cadeia produtiva de ferramentais (ferramentaria, fornecedores e clientes); • informar e orientar sobre novas tecnologias com o propósito de fomentar a modernização das empresas do setor ferramenteiro nacional e internacional; • sugerir ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação com a finalidade de permitir a constante evolução do nível tecnológico das empresas refletindo em resultados positivos também para os clientes; • sensibilizar o empresário de ferramentaria para a importância de planejar e construir um plano de negócios com metas e procedimentos que oriente a empresa na busca da gestão lucrativa e saudável e com a perpetua-
ção dos negócios; • apresentar os diversos projetos em desenvolvimento no mundo com vistas a introduzir o setor nacional no circuito mundial de fabricantes de ferramentais com base nas melhores práticas; • gerar demanda de ferramentais para o setor nacional e internacional por meio do contato entre clientes, ferramentarias e fornecedores; • fomentar a rede de relacionamento para fortalecimento do setor através da troca de experiências e da aplicação de boas práticas de gestão; • vislumbrar as novas tecnologias e metodologias na abordagem educacional com vistas a planejar a capacitação de profissionais em médio e longo prazo; • entender as melhores práticas na gestão dos resíduos fabris visando a preservação do meio ambiente; • divulgar a indústria de ferramentais sensibilizando a comunidade para a importância do setor e da profissão de ferramenteiro.
3. NÚMEROS DO EVENTO Reuniões de organização
26
Estados presentes
7
Inscritos/Participantes
365/216
Eventos paralelos
9
Patrocinadores
61
Apoiadores
4
Atividades sociais
1
Equipe envolvida na organização
20
E-mails disparados
7.000+
Veículos de divulgação utilizados
Revistas, site da ISTMA, site do evento, site da ABINFER, site do SIMPLÀS, e-mail marketing direto, contatos telefônicos
ES, MG, PR, RS, SC, SE, SP
jantar de confraternização + 8 workshops
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4. PROGRAMAÇÃO DO EVENTO WORKSHOP TÉCNICO DO ENAFER 2018 17 de maio de 2018 - Local: UCS - Caxias do Sul/RS SALA FLORENCE (208) 08h00min
Integração CAD/CAE/CAM/PDM/ERP para ganho de produtividade em ferramentarias - Glauber Longo
TOP SOLID
10h00min
A engenharia de aplicação Polimold aliado aos conceitos de indústria 4.0 inovando os processos de injeção - João Ricardo Nascimento
POLIMOLD
13h30min
Novas tecnologias em laser (texturização, micro usinagem e manufatura aditiva) - Benjamin Paganelli
GEORG FISCHER
15h30min
Novas tecnologias para aumento da produtividade de moldes de injeção de plásticos - Allan Guimarães
CASAFER
AUDITÓRIO DA REITORIA (305) 08h00min
Estratégias e tecnologia de ferramentas de corte para moldes e matrizes - Rafael Verçosa
YG1
10h00min
Product Cost Management – Tool Costing - Estimativas de custo de ferramentais em 15 minutos ou menos - João Vicente Vassallo
PRODUTTARE
13h30min
Gestão dimensional de produtos na indústria de ferramental - André Roberto de Sousa, Dr. Eng.
GDT METRO
15h30min
Engenharia, produtos e serviços para a cadeia de ferramentas, moldes e matrizes - Paulo Haddad
VILLARES
JANTAR DE CONFRATERNIZAÇÃO DO ENAFER 2018 17 de maio de 2018 - Local: Restaurante Di Paolo - Caxias do Sul/RS 19h00min
Jantar confraternização ABINFER
11º ENCONTRO NACIONAL DE FERRAMENTARIAS – ENAFER 2018 18 de maio de 2018 - Local: UCS - Caxias do Sul/RS 09h00min
Abertura oficial
09h35min
General Motors - como estar preparado para atender ao futuro da ferramentaria nacional em competência humana e tecnologia
José Antônio Zara – Diretor de Ferramentaria da GMB
10h25min
Assembleia Geral da ABINFER - Prestação de contas da ABINFER
Christian Dihlmann – Presidente ABINFER Pedro Luiz Pereira – Diretor Executivo ABINFER
11h00min
Preparando uma empresa de sucesso - a continuidade através da governança
Bruno Luís Ferrari Salmeron – Diretor Schulz Automotive
12h10min
Almoço
13h35min
A importância do Programa ROTA 2030 para o futuro da indústria automotiva e de ferramentais no Brasil
Igor Calvet - Secretário do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços - MDIC
14h20min
A importância da Frente Parlamentar da Indústria de Máquinas e Equipamentos na defesa dos pleitos do setor
Mauro Pereira - Deputado Federal e Secretário Geral da FPMAQ & José Antônio Fernandes Martins – VP Marcopolo
15h05min
Intervalo para relacionamento
CAFErramental
15h35min
Tropa de elite: A força da sua empresa
Márcio Mâncio
16h45min
A história da ferramentaria no Brasil e seus desafios nos próximos anos Homenagem: Estatueta Herói Ferramenteiro
1. Renato Henrique Leonardelli 2. Alcides Bonessi 3. Salustiano Lino Machado
17h30min
Encerramento do XI ENAFER
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5. BALANÇO JORNALÍSTICO POR ROBERTO HUNOFF Programa Rota 2030 - O programa está praticamente pronto. A avaliação jurídica de um dos artigos da medida provisória é o que falta para que o governo anuncie as bases finais do Programa Rota 2030, novo regime automotivo em substituição ao Inovar-Auto, que perdeu vigência em dezembro do ano passado. A informação foi transmitida por Igor Calvet, titular da Secretaria de Desenvolvimento e Competitividade Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), aos mais de 200 participantes do 11º Encontro Nacional de Ferramentarias – ENAFER 2018, realizado em Caxias do Sul, RS, nos dias 17 e 18 de maio. O evento teve a organização da ABINFER - Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais e do SIMPLÁS - Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho. De acordo com Calvet, o anúncio deve ocorrer ainda neste mês (maio), consolidando processo iniciado em abril do ano passado após o governo brasileiro ter sido contestado na OMC - Organização Mundial do Comércio, por representações do Japão e da Alemanha, sob alegação de que o Inovar-Auto infringia normas internacionais, como a de fazer distinção entre produtos nacionais e importados. O Secretário, no entanto, entende que o regime adotado em 2012 trouxe benefícios ao setor automotivo e à economia como um todo. Citou, por exemplo, os ganhos de 15% em eficiência nos veículos e redução nas emissões de CO², gerando economia próxima a R$ 7 bilhões por ano em combustíveis. O Secretário ressaltou que o programa Rota 2030 é um modelo disciplina-
dor do mercado e sintonizado com tendências tecnológicas mundiais, como compartilhamento de veículos, novas formas de propulsão e a condução autônoma. Dentre medidas a serem incorporadas estão a rotulagem veicular, que deve informar índices de eficiência e segurança. A medida será exigida de produtos nacionais e importados. “Todos os veículos precisarão ter padrões mínimos de segurança e eficiência similar à obtida no Inovar-Auto”, acrescentou. Para ter acesso ao novo regime automotivo, a empresa terá de fazer dispêndios em pesquisa e desenvolvimento. Parte destes investimentos poderá ser abatido de impostos federais. Na avaliação do Secretário, este diferencial pode ser determinante no momento da decisão do investimento pela matriz da multinacional. Calvet lembrou que o regime anterior beneficiava especialmente as montadoras. Já o Programa Rota 2030 será extensivo a toda a empresa que se habilitar, favorecendo a cadeia de forma ampla. “Soluções estratégicas serão contempladas com bônus. Uma destas soluções é o desenvolvimento de moldes e matrizes no Brasil, trazendo benefício direto às ferramentarias”, comentou. Ele assinalou que nenhum país será forte na produção de veículos se não tiver um complexo próprio de ferramentarias bem estruturadas. O secretário ainda anunciou decisão governamental de criar o observatório da indústria, envolvendo setor público, sociedade civil, trabalhadores e iniciativa privada. A medida integra o rol de reivindicações do setor ferramenteiro. Oportunidades de mercado - A programação do ENAFER 2018 ainda incluiu palestra de José Antônio Zara,
diretor de ferramentaria da General Motors do Brasil. Ele destacou que a China detém 37% do mercado mundial de ferramentais, seguida pelos Estados Unidos com 22%. O Brasil participa com menos de 1%. Na avaliação de Zara, existem no mercado local e no exterior oportunidades potenciais para as ferramentarias brasileiras. Segundo ele, a indústria nacional responde por 52% da produção local de ferramentais, sendo oito por cento exportados. Portanto, apenas 44% das demandas das montadoras são atendidas por itens brasileiros. O restante, 56%, vem do exterior. “Esta é uma oportunidade a ser explorada”, provocou. Zara defendeu que é preciso investir em tecnologia, gestão e qualificação de pessoas de forma simultânea e destacou que a colaboração é essencial para superar as dificuldades. “É preciso ter clareza de que o ponto de saída da manufatura é a ferramentaria”, indicou. Governança familiar – Diretor de operações da Schulz, Divisão Automotiva, empresa de Joinville, SC, Bruno Salmeron, palestrou sobre governança familiar. Segundo ele, que está escrevendo um livro sobre o tema, as famílias que detêm o comando das empresas erram na governança e na formação dos sucessores. “Este é o maior risco para a continuidade dos negócios”, registrou. Salmeron citou estudo feito pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores com 100 empresas do setor que requereram recuperação judicial. Segundo ele, duas situações são comuns nestas organizações: a falta de planejamento estratégico e nenhuma tem governança, nem preparou a sucessão.
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Homenagens - Ao final da palestra motivacional de Márcio Mâncio sobre o tema Tropa de Elite: A força da sua empresa, a ABINFER e o SIMPLÁS prestaram homenagem, com entrega da medalha Herói Ferramenteiro, a três ferramenteiros que fazem parte da história do setor. Foram homenageados Renato Leonardelli, nascido em 1945; Alcides Bonezi, em 1940; e Salustiano Lima Machado, em 1936. Maior participação - Em sua manifestação, na abertura do evento, o presidente da ABINFER, Christian Dihlmann, defendeu maior envolvimento do empresariado visando ao fortalecimento da entidade para que as demandas do setor sejam atendidas.
Destacou a importância da articulação política junto aos poderes Executivo e Legislativo, bem como maior divulgação da indústria de ferramentais. “Somos desconhecidos porque somos negligentes em mostrar o que fazemos e representamos”, definiu. Uma das ações da ABINFER é trabalhar na criação de um núcleo de defesa do setor em Brasília, assim como já existe no segmento de máquinas por meio de uma Frente Parlamentar. O presidente do SIMPLÁS, Jaime Lorandi, afirmou que os desafios continuarão sendo constantes, exigindo a busca permanente pela perfeição da qualidade. Citou que a consolidação da indústria 4.0 exigirá empenho ainda maior nesta direção. Argumentou que
as ferramentarias terão de ser adaptar aos novos tempos, que não são do individualismo, mas do compartilhamento de conhecimentos com os concorrentes para acelerar a inovação. “É hora de quebrar paradigmas. Com o individualismo não se tem futuro”, alertou. Segundo ele, só por meio do associativismo e do conhecimento é que o setor se tornará competitivo. A abertura do ENAFER ainda teve as presenças de Evandro Fontana, secretários de Desenvolvimento Econômico, como representante do governo do Estado, e de Emílio Andreazza, representando a Prefeitura de Caxias do Sul. A representação da Universidade de Caxias do Sul coube ao pró-reitor Juliano Gimenez.
6. BALANÇO FINANCEIRO BALANÇO FINANCEIRO CONTA
R$
RECEITAS
232.000,00
Patrocínios
228.000,00 4.000,00
Outras receitas DESPESAS
(184.917,02)
Infraestrutura
(21.000,00)
RH internos
(25.000,00)
RH externos
(22.091,55)
Logística
(10.171,17)
Alimentação
(13.029,93)
Mídia
(27.554,00)
Despesas comerciais
(26.128,37) (5.842,00)
Material expediente
(31.000,00)
Diversos
(3.100,00)
Tributos e taxas
(23.541,49)
SIMPLÁS RESULTADO
23.541,49
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BALANÇO ENAFER 2018 - ENCONTRO NACIONAL DE FERRAMENTARIAS
6. FOTOS DO EVENTO
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BALANÇO ENAFER 2018 - ENCONTRO NACIONAL DE FERRAMENTARIAS
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QUALIDADE DA GESTÃO
O ORÇAMENTO EMPRESARIAL COMO FERRAMENTA DE GESTÃO POR GILLES B. DE PAULA
O processo de construção de um orçamento não precisa ser longo, assim como o acompanhamento dos números não tem que ser complexo.
É
bem provável que você já tenha ouvido a frase: “O que não pode ser medido não pode ser gerenciado”, dos autores da metodologia Balanced Scorecard (BSC), Robert Kaplan e David Norton. Numa indústria essa frase torna-se ainda mais verdadeira, com toda estrutura gerencial, áreas de produção e processos. Mas quando chega no financeiro e na controladoria, essa verdade não precisa seguir a complexidade do restante da organização. Pelo contrário, quanto mais claro e alinhado com o planejamento estratégico da empresa, mais fácil será o processo. Mas, por que fazer orçamento? Diferente do que muitos pensam, não é apenas para estabelecer controles. Essa é uma das muitas funções e benefícios de adotar uma cultura orçamentária. O orçamento empresarial é o ato de planejar e estimar os ganhos, despesas e investimentos que a empresa terá em um período futuro. Um orçamento empresarial bem feito, com a metodologia correta e a colaboração de todos os envolvidos pode se tornar uma ferramenta de gestão preciosíssima. Identificar os gargalos na operação ou até oportunidades são alguns dos ganhos que essa ferramenta pode proporcionar. De acordo com a Budget Trends 20172018, uma pesquisa para avaliar a gestão orçamentária das empresas brasileiras, 74,1% das organizações fazem planeja-
40
//
mento orçamentário. Entretanto, quando vai avançando no processo, os números só caem: 58,5% fazem acompanhamento orçamentário e apenas 43,1% fazem revisões orçamentárias. Um fator decisivo é o uso de planilhas nesse processo de controle orçamentário, que é de 63,1%. Isso acontece porque muitas empresas utilizam programas para acompanhar o operacional, como contas a pagar e a receber. O que já é um grande avanço na gestão empresarial. Mas quando se fala em previsibilidade financeira e possíveis cenários, como otimista e pessimista, por exemplo, são poucas as organizações que conseguem fazer. Por vários motivos, como falta de conhecimento, de pessoas responsáveis e até de ferramentas adequadas. O desafio, primeiro, está em montar uma boa equipe de controladoria, com competências múltiplas e muito conhecimento tanto técnico como de gestão. Na sequência, o apoio da diretoria para essa equipe é fundamental, especialmente, porque em geral é o corpo diretivo que define as premissas orçamentárias. Além disso, fica mais fácil engajar o restante da empresa. Nesse processo, também é fundamental o envolvimento dos gestores, especialmente aqueles que lidam com os orçamentos dos muitos departamentos. Se eles são os responsáveis pelos gastos, ninguém melhor do que os próprios gestores para definirem os planos, junto com a controladoria.
REVISTAFERRAMENTAL.COM.BR // JUL / AGO 2018
Por fim, a metodologia utilizada será decisiva para o sucesso do processo. Pensando em como auxiliar as empresas, a Treasy desenvolveu uma metodologia de planejamento e acompanhamento. Único no mercado, o método auxilia as organizações a definirem o principal objetivo, aquele que realmente importa para o negócio, e a traçar o melhor caminho para alcançá-lo. Mais, dá ferramentas adequadas para realizar o planejamento e acompanhamento de forma eficiente. Além de especialistas que auxiliam em todo o processo de implantação da metodologia, a Treasy possui um software que garante agilidade e segurança do processo. As planilhas foram por muito tempo uma boa opção, mas com a complexidade dos negócios e necessidade de informações confiáveis cada vez mais rápidas, elas ficaram ultrapassadas. O empresário ou gestor não tem mais tempo para dedicar horas apenas ao operacional, por isso um software dá foco no estratégico. O sistema está totalmente integrado aos principais programas disponíveis no mercado, como ContaAzul, Nibo, SAP e Superlógica, por exemplo. Estas soluções costumam ser mais focadas nos processos de contas a pagar e receber, emissão de NF, etc. O Treasy utiliza as informações desses sistemas para planejar o orçamento e acompanhar o que foi planejado. Por meio do Treasy é possível criar projeções de cenários, fazer revisões do orçamento, gerar relatórios e análises gerenciais e gráficos e indicadores de desempenho. O programa on-line permite o acompanhamento dos números de forma rápida, o que dá agilidade às tomadas de decisões, já que é possível identificar possíveis desvios ou oportunidades facilmente.
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DICAS DO CONTADOR
PERT PROGRAMA ESPECIAL DE REGULARIZAÇÃO TRIBUTÁRIA SIMPLES NACIONAL
POR FRANCISCO J. DOS SANTOS
F
oi publicada, no DOU em 04.06.2018, a Instrução Normativa RFB n° 1.808/2018, que dispõe sobre o Pert-SN no âmbito da Receita Federal, instituído pela Lei Complementar n° 162/2018. A referida IN estabelece que poderão ser parcelados os débitos vencidos até 29.12.2017, apurados na forma do Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional) ou do Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos abrangidos pelo Simples Nacional (Simei) pelo Microempreendedor Individual (MEI), constituídos ou não, inclusive os que estão em parcelamentos anteriores ativos ou rescindidos, ou que estão em discussão judicial, mesmo que em fase de execução fiscal já ajuizada. Para a inclusão de débitos objeto de parcelamentos em curso, primeiramente, deverá ser formalizada a desistência desses na página da internet da RFB, para posteriormente integrá-lo ao Pert-SN.
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//
O período para adesão ao parcelamento é de 04.06.2018 a 09.07.2018, através de requerimento protocolado na página da internet da RFB, ou pelos Portais e-CAC ou Simples Nacional. Será exigido o pagamento em espécie de, no mínimo, 5% do valor da dívida consolidada, sem reduções, que poderão ser divididas em até cinco parcelas mensais e sucessivas. O parcelamento do sujeito passivo que não tiver efetuado o pagamento total do percentual mínimo exigido, será cancelado. O restante poderá ser pago integralmente ou parcelado em 145 e 175 parcelas. Na opção pelo parcelamento, os juros de mora terão redução de 50%, 80% ou 90%; as multas de mora, de ofício ou as isoladas terão redução de 25%, 50% ou 70%, conforme o caso. A adesão ao parcelamento só produzirá efeitos após o pagamento da 1ª prestação, efetuado: A até 29.06.2018, se o requerimento for apresentado no mês de junho; B até o prazo para pagamento com desconto da multa de ofício, caso sejam indicados débitos lançados de ofício, cuja multa ainda não esteja vencida; ou C até o dia 09.07.2018, se o requerimento for apresentado no mês de julho, exceto nas localidades em que essa data for feriado estadual ou municipal, onde esse prazo passa a ser o próximo dia útil.
REVISTAFERRAMENTAL.COM.BR // JUL / AGO 2018
Lembrando que o valor da parcela não poderá ser inferior a R$ 300,00, para as empresas optantes pelo Simples Nacional, e de R$ 50,00, para os débitos devidos pelo MEI, independentemente da modalidade escolhida. O artigo 144 da Resolução CGSN n° 140/2018 determina que o contribuinte poderá apresentar um pedido de parcelamento convencional por ano-calendário. Porém esse limite fica alterado para dois durante o período previsto para a opção pelo parcelamento de que trata a Lei Complementar n° 162/2018 (Pert-SN). A alteração excepcional desse limite decorre da eventual necessidade de incluir, em parcelamento convencional, débitos tributários do Simples Nacional a partir da competência de dezembro de 2017, não alcançados pelo PERT-SN. A exclusão do parcelamento será automática e ocorrerá a exigibilidade imediata da totalidade do débito confessado e ainda não pago e a execução automática da garantia anteriormente existente na falta de pagamento de 3 parcelas, consecutivas ou não; ou a existência de saldo devedor, após a data de vencimento da última parcela do parcelamento. Parcela paga parcialmente é considerada inadimplida. Com a rescisão do parcelamento, será apurado o saldo devedor com o cancelamento dos benefícios concedidos, e cobrança imediata. Fonte: Redação Econet Editora – Editado.
DICAS DO CONTADOR
DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO – EXCLUSÃO DE SEGMENTOS
F
oi publicada no DOU Extra de 30.05.2018, a Lei n° 13.670/2018 que traz alterações à Lei n° 12.546/2011, que trata sobre o programa da Desoneração da Folha de Pagamento, qual menciona sobre a substituição da contribuição previdenciária sobre a receita bruta. A referida Legislação regulamentou as atividades que ainda poderão optar pelo recolhimento da CPRB (Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta), bem como, reduziu os setores que poderão fazê-lo, voltando a reonerar a folha de pagamento com o recolhimento de 20% sobre os valores pagos aos segurados empregados e trabalhadores avulsos e aos contribuintes individuais (sócios, autônomos e demais prestadores de serviços sem vínculo empregatícios), por força dos incisos I e III do artigo 22 da Lei n° 8.212/91. Atualmente, aproximadamente 56 setores da economia fazem jus a este benefício e, a partir de 01.09.2018 e até 31.12.2020, apenas 17 setores poderão continuar optando pela CPRB. Dentre as atividades relacionadas que continuam desoneradas encontram-se os setores de calçados, tecnologia da informação (TI), tecnologia da informação e comunicação (TIC), têxtil, construção civil, transportes rodoviários e metroferroviário e comunicação. Assim é possível a opção pela CPRB somente pelas atividades listadas no quadro o lado. Diversas atividades voltam a reonerar, ou seja, a partir de 01.09.2018, voltarão a recolher sobre folha de pagamento efetuando o recolhimento da parte patronal de 20%, tais como, ramo hoteleiro, comércio varejista, trans-
porte aéreo de passageiros e de carga, entre outras. Poderá a empresa, que se sentir prejudicada recorrer por meios judiciais para manter a aplicação da Desoneração até o fim do ano, visto que a opção pela Desoneração uma vez que é feita, é irretratável para o resto do ano conforme § 13 do artigo 9° da Lei 12.546/2011.
A Lei n° 13.670/2018, produzirá efeitos a partir da data de 01.09.2018. Fonte: Redação Econet Editora – Editado.
Base Legal
Atividades / Produtos
Incisos I, III, IV, V,VI, VII do artigo 7°da Lei n° 12.546/2011.
as empresas que prestam os serviços referidos nos §§ 4° e 5° do art. 14 da Lei n° 11.774, de 17 de setembro de 2008; (empresas de TI) as empresas de transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal, intermunicipal em região metropolitana, intermunicipal, interestadual e internacional enquadradas nas classes 4921-3 e 4922-1 da CNAE 2.0. as empresas do setor de construção civil, enquadradas nos grupos 412, 432, 433 e 439 da CNAE 2.0 as empresas de transporte ferroviário de passageiros, enquadradas nas subclasses 4912-4/01 e 4912-4/02 da CNAE 2.0; as empresas de transporte metroferroviário de passageiros, enquadradas na subclasse 4912-4/03 da CNAE 2.0; as empresas de construção de obras de infraestrutura, enquadradas nos grupos 421, 422, 429 e 431 da CNAE 2.0
Artigo 8° da Lei n° 12.546/2011, com a redação dada pela Lei n° 13.670/2018.
as empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens de que trata a Lei n° 10.610, de 20 de dezembro de 2002, enquadradas nas classes 1811-3, 5811-5, 5812-3, 5813-1, 5822-1, 5823-9, 6010-1, 6021-7 e 6319-4 da CNAE 2.0; as empresas de transporte rodoviário de cargas, enquadradas na classe 4930-2 da CNAE 2.0; as empresas que fabriquem os produtos classificados na Tipi nos códigos: a) 3926.20.00, 40.15, 42.03, 43.03, 4818.50.00, 6505.00, 6812.91.00, 8804.00.00, e nos capítulos 61 a 63; b) 64.01 a 64.06; c) 41.04, 41.05, 41.06, 41.07 e 41.14; d) 8308.10.00, 8308.20.00, 96.06 e 96.07; e) 87.02, exceto 8702.90.10, e 87.07; g) 4016.93.00; 7303.00.00; 7304.11.00; 7304.19.00; 7304.22.00; 7304.23.10; 7304.23.90; 7304.24.00; 7304.29.10; 7304.29.31; 7304.29.39; 7304.29.90; 7305.11.00; 7305.12.00; 7305.19.00; 7305.20.00; 7306.11.00; 7306.19.00; 7306.21.00; 7306.29.00; 7308.20.00; 7308.40.00; 7309.00.10; 7309.00.90; 7311.00.00; 7315.11.00; 7315.12.10; 7315.12.90; 7315.19.00; 7315.20.00; 7315.81.00; 7315.82.00; 7315.89.00; 7315.90.00; 8307.10.10; 8401; 8402; 8403; 8404; 8405; 8406; 8407; 8408; 8410; 8439; 8454; 8412 (exceto 8412.2, 8412.30.00, 8412.40, 8412.50, 8418.69.30, 8418.69.40); 8413; 8414; 8415; 8416; 8417; 8418; 8419; 8420; 8421; 8422 (exceto 8422.11.90 e 8422.19.00); 8423; 8424; 8425; 8426; 8427; 8428; 8429; 8430; 8431; 8432; 8433; 8434; 8435; 8436; 8437; 8438; 8439; 8440; 8441; 8442; 8443; 8444; 8445; 8446; 8447; 8448; 8449; 8452; 8453; 8454; 8455; 8456; 8457; 8458; 8459; 8460; 8461; 8462; 8463; 8464; 8465; 8466; 8467; 8468; 8470.50.90; 8470.90.10; 8470.90.90; 8472; 8474; 8475; 8476; 8477; 8478; 8479; 8480; 8481; 8482; 8483; 8484; 8485; 8486; 8487; 8501; 8502; 8503; 8505; 8514; 8515; 8543; 8701.10.00; 8701.30.00; 8701.94.10; 8701.95.10; 8704.10.10; 8704.10.90; 8705.10.10; 8705.10.90; 8705.20.00; 8705.30.00; 8705.40.00; 8705.90.10; 8705.90.90; 8706.00.20; 8707.90.10; 8708.29.11; 8708.29.12; 8708.29.13; 8708.29.14; 8708.29.19; 8708.30.11; 8708.40.11; 8708.40.19; 8708.50.11; 8708.50.12; 8708.50.19; 8708.50.91; 8708.70.10; 8708.94.11; 8708.94.12; 8708.94.13; 8709.11.00; 8709.19.00; 8709.90.00; 8716.20.00; 8716.31.00; 8716.39.00; 9015; 9016; 9017; 9022; 9024; 9025; 9026; 9027; 9028; 9029; 9031; 9032; 9506.91.00; e 9620.00.00; j) 02.03, 0206.30.00, 0206.4, 02.07, 02.09, 0210.1, 0210.99.00, 1601.00.00, 1602.3, 1602.4, 03.03, 03.04 e 03.02, exceto 03.02.90.00; k) 5004.00.00, 5005.00.00, 5006.00.00, 50.07, 5104.00.00, 51.05, 51.06, 51.07, 51.08, 51.09, 5110.00.00, 51.11, 51.12, 5113.00, 5203.00.00, 52.04, 52.05, 52.06, 52.07, 52.08, 52.09, 52.10, 52.11, 52.12, 53.06, 53.07, 53.08, 53.09, 53.10, 5311.00.00, no capítulo 54, exceto os códigos 5402.46.00, 5402.47.00 e 5402.33.10, e nos capítulos 55 a 60.
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TECNOLOGIA
ANÁLISE DE RETORNO ELÁSTICO PARA UMA COMPENSAÇÃO EFICIENTE Springback Feasibility POR AUTOFORM
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o desenvolvimento de carrocerias atuais, os principais materiais aplicados são aço de alta e ultra alta resistência, bem como o alumínio. Esses materiais permitem que os fabricantes de automóveis projetem carros mais leves que satisfaçam as crescentes exigências de segurança. No entanto, em função de suas características, a aplicação desses materiais apresentam desafios adicionais a engenharia de manufatura. A conformação de peças em aços de alta, ultra alta resistência e alumínio são mais afetadas pelo retorno elástico do que as peças feitas em aços convencionais. Além disso, a fim de se manterem competitivos, os engenheiros devem encontrar caminhos de reduzir os tempos de engenharia para desenvolvimento de peças e produção de ferramentais. A engenharia moderna enfrenta esses desafios com a aplicação da simulação dos processos de estampagem e das analises de viabilidade de produtos. A simulação dos processos de estampagem é usada para a correção de problemas de conformação tais como rupturas e rugas. No passado, o principal foco quando se analisavam rupturas e rugas era o estágio de repuxo, entretanto, com a elevação dos requisitos de qualidade, um dos pontos mais importantes as se observar passou a ser a precisão geométrica. A verificação do retorno elástico e suas contramedidas, como a sua compensação, são realiza-
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das regularmente na engenharia e definição dos processos de estampagem. A experiência adquirida mostra que a definição e estudo não é uma tarefa fácil e que um conjunto de requisitos deve ser cumprido a fim de se realizar uma compensação de forma eficaz. Esse conjunto de requisitos inclui o estudo de viabilidade do retorno elástico “springback feasibility”. A análise de viabilidade do retorno elástico “springback feasibility” garante que o processo definido permita uma compensação eficiente na qual não exista contra saída na ferramenta de repuxo e a conformação não seja comprometida. Os mais recentes softwares de simulação permitem aos engenheiros compensar
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a geometria da peça no início do processo de engenharia, como demonstra nossa matéria que tomou como base o AutoForm. Durante a fase de viabilidade da engenharia de manufatura, um primeiro processo simples é definido. Esse processo considera o repuxo e todas as operações secundárias assim como “springback” mantendo o foco na operação de repuxo. A ferramenta de repuxo é projetada usando conceitos de geometria, a fim de verificar se a peça é viável no que diz respeito a questões de conformação. Quando o processo de conformação está concluído o “springback” da geometria final da peça pode ser calculado.
Setup do processo: Blank / Blank – Repuxo / Drawing – Corte / Trimming – Retorno Elastico / Springback
TECNOLOGIA
Esses primeiros resultados de “springback” da peça final são aplicados na geometria da peça original. Com base nessa geometria da peça compensada, a ferramenta de repuxo é atualizada automaticamente e, se necessário, modificações podem ser feitas diretamente. A questão fundamental é o possível aparecimento de contra saídas na ferramenta de repuxo, que pode ocorrer devido a uma significativa diferença entre a geometria da peça compensada e a geometria original. A fim de evitar contra saídas, o balanço da peça pode ser alterado. O processo ajustado com a ferramenta de repuxo compensada deve ser verificado com relação a novos problemas de conformação recém-introduzidos.
engenharia e projetos quando os dados de entrada partem de uma simulação. Entretanto o grande ganho, quando comparados a processos convencionais onde simulações não são levadas em consideração, é verificado na grande diminuição nos tempos de ajustes e try-out de ferramentais, que partem de geometrias quando não dentro das ideais, muito próximas. É com base nestes ganhos que cada vez mais as simulações são utilizadas e em fazes cada vez mais avançadas no processo de definição e confecção de produtos estampados e de ferramentais gerando um grande aumento de qualidade do produto final, robustez na produção, melhores prazos e evitando riscos e desperdícios.
Estudo de Viabilidade do Retorno Elástico: Compensação da Geometria do Produto / Compensation of Part Geometry – Desenho do Ferramental Compensado / Compensated Die Face Design – Analise de Contra Saída da Ferramenta Compensada / Backdraft Analysis of Compensated Die – Viabilidade do Processo de repuxo / Feasibility of Drawing Process
Esta abordagem garante um processo confiável que permite uma compensação eficiente. Como resultado, tempo e custos são reduzidos substancialmente na engenharia, na confecção e try-out de ferramental e o risco de alterações onerosas posteriores é minimizado. A qualidade da peça e das ferramentas é aprimorada. Alguns relatos, inclusive publicados nesta revista, já demonstram ganhos no tempo de definição de processos,
César Augusto Batalha - Gerente Geral da AutoForm do Brasil e responsável pelo suporte técnico comercial ao mercado Argentino, possui mais de 20 anos de experiência na indústria automobilística tendo atuado nas áreas de Ferramentaria / Estamparia, Armação de Carrocerias, Montagem Final, Pintura, Automação e Robótica, desenvolendo e implementando novas tecnologias. Possui formação em mecatrônica, processos de produção mecânica e gestão de projetos. +55 11 4121 1644 / cesar.batalha@autoform.com.br
Artigo cedido por
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MEMÓRIA
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GRANDES
HISTÓRIAS DE
PIONEIROS NA FERRAMENTARIA POR GISÉLLE ARAUJO
ABINFER e SIMPLÁS entregaram a medalha Herói Ferramenteiro no encerramento do 11º Encontro Nacional de Ferramentarias
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lcides Jerônimo Bonezi, Renato Henrique Leonardelli e Salustiano Lino Machado são profissionais que dedicaram suas vidas à produção de ferramentais em Caxias do Sul, RS, um dos três maiores polos da atividade no Brasil, juntamente com Joinville, SC, e São Paulo e Região do ABC Paulista. Durante o 11º Encontro Nacional de Ferramentarias (ENAFER), realizado em Caxias do Sul, em maio passado, eles foram homenageados por suas histórias pela Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais (ABINFER) e pelo Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (SIMPLÁS), entidades organizadoras do evento. Os três iniciaram, em épocas distintas, suas atividades na Metalúr-
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gica Abramo Eberle, um dos ícones da indústria metalmecânica de Caxias do Sul e inspiradora de muito dos grandes negócios atualmente localizados na cidade e na região da Serra Gaúcha. Também tiveram especialização em cursos técnicos oferecidos pelo SENAI. Machado e Bonezi estão aposentados, enquanto Leonardelli segue no comando da Cirna, empresa que fundou há 46 anos. Juntos, somam mais de 160 anos dedicados ao segmento metalmecânico, a maioria deles com foco em projetos e produção de ferramentais.
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SALUSTIANO LINO MACHADO
Natural de Maquiné, cidade litorânea do Rio Grande do Sul, Salustiano Lino Machado tem 81 anos. Neto de imigrantes portugueses e italianos,
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nasceu e cresceu no interior, onde a família desenvolvia atividades agrícolas, como a moagem de milho e trigo e o beneficiamento de arroz. Dos 12 aos 14 anos trabalhou como tropeiro. Aos 16 anos, depois de concluir o sexto ano, deixou a cidade de origem e foi em busca de oportunidades em Porto Alegre, capital gaúcha. Trabalhou como atendente em posto de gasolina e entregador de gelo em hotéis e residências mais ricas - à época não existiam geladeiras. Em 1955, ele e um cunhado chegaram em Caxias do Sul. Depois de breve experiência como lenheiro, foi admitido no setor de produção da Metalúrgica Abramo Eberle, à época a mais importante do segmento em Caxias do Sul. Em 1958, foi transferido para a matrizaria, onde
MEMÓRIA
permaneceu até 1972. Nestes 14 anos especializou-se nos cursos de matrizes e desenho técnico ministrados pelo SENAI. Também participou de cursos oferecidos pela empresa e realizou estudos por correspondência em eletro, eletrônica, rádio e TV. Em 1972, assumiu cargo de responsabilidade nas Matrizes Polesso, ajudando-a a tornar-se empresa de referência nacional. Ali participou de vários projetos, como o lançamento do primeiro ar condicionado nacional, produzido pela Brastemp. Machado recebeu da empresa, onde permaneceu até 1981, a responsabilidade de entregar e testar os moldes para os clientes por todo Brasil. Teve uma segunda passagem pela Polesso no período de 1992 a 1997, atuando no setor de manutenção. De 1981 a 1997 passou por Acrilys, Jarba e Lenalto. Também empreendeu, sendo sócio da empresa Proequip e abrindo uma loja de discos em Caxias do Sul. Aposentou-se no início dos anos 2000, mas não deixou a ativa. Trabalhou na Ciberplast até 2012 nos setores de moldes e injeção de plásticos. Deixou a atividade por motivos de saúde. Destaca que a profissão de matrizeiro lhe ofereceu oportunidades de crescimento, conhecimentos e contatos profissionais. Permitiu que fizesse grandes amizades que lhe proporcionaram aprendizados importantes para a vida profissional e pessoal. “Este é o momento de olhar para trás e ver que, com a parceria de colaboradores e amigos, foi possível alcançar o sucesso e que tudo valeu a pena”, afirmou ao tomar conhecimento da premiação. Machado casou-se duas vezes. Do casamento de 1959, encerrado por divórcio em 1986, nasceram quatro filhos, que lhe deram quatro netos e duas bisnetas. Em 1997, casou-se com Iolanda da Fonseca Branco, com quem teve mais duas filhas. Estas lhe deram mais três netas e uma bisneta.
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ALCIDES JERÔNIMO BONEZI
Nascido em 12 de fevereiro de 1940, Alcides Jerônimo Bonezi iniciou sua carreira na Metalúrgica Abramo Eberle com apenas 14 anos no setor de produção. Foram seis anos atuando no setor de manutenção até transferir-se para a área de mecânica, onde operou torno e fresa. Ainda passou pela matrizaria, onde ficou até 2001, quando se aposentou. Foram 47 anos dedicados à mesma companhia.
Figura 1 - Carteira de trabalho de menor
Casado com Dalva de Aguiar Bonezi, pai de Simone e avô de Luiza e Gabriel, o homenageado completou o primeiro grau e realizou cursos no SENAI. Cita, como um dos grandes desafios da maior parte da sua vida profissional, a ausência de tecnologias, como a de eletroerosão a fio e eletroerosão para produção de moldes de mais de um metro. “Tudo era feito manualmente”, recorda.
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RENATO HENRIQUE LEONARDELLI
Nascido em Caxias do Sul em 1945, Renato Henrique Leonardelli começou a trabalhar com 17 anos, na Metalúrgica Abramo Eberle, como torneiro mecânico, profissão que desejava quando ainda era estudante do pri-
mário na Escola Apolinário Alves dos Santos, em 1958, e no ano seguinte, em curso técnico do SENAI. Após servir o Exército Brasileiro, nos anos de 1964 e 1965, trabalhou como torneiro ferramenteiro nas empresas Dambroz, Nicola Carrocerias e Marcopolo. Tornou-se, em 1969, o primeiro funcionário com carteira assinada na Polesso Matrizaria, onde manteve contato profundo com o plástico, produzindo tampas para bebidas, conta-gotas e cápsulas para garrafões de vinho. Com a experiência adquirida ao longo dos anos, resolveu empreender, fundando em 1972, em sociedade com Moacir Mezzomo, a Cirna Metal Matrizes. Os primeiros produtos foram moldes para linha automotiva, sinaleiras e peças de tomada de luz. Com poucos equipamentos, a produção era quase toda feita manualmente. A primeira injetora foi adquirida em 1979, mesmo ano em que Leonardelli comprou a parte que cabia ao sócio. Lembra que, sem as tecnologias atuais, os moldes eram feitos a partir de um piloto, que tinha a função de medir as contrações. “Fazia e refazia até acertar as medidas. Só depois partia para o molde com mais cavidades”, assinala. O primeiro molde de nylon atendeu pedido da Agrale. Tratava-se de um tampão de rosca do tanque de combustível de 70 mm. “Para aquecer o molde usamos uma resistência”, recorda. Injetada em parceiro terceirizado, a peça ficou perfeita. Só que não! “A cabeça da peça tinha borda de oito milímetros maior que a rosca. No momento de enroscar, a peça caiu no interior do tanque e encolheu de cinco a seis milímetros. Foi o maior fiasco”, relata. Também recorda que todos os moldes com raio e curvas arredondadas eram feitos com chapelona e ajustados até fecharem. “Começava pelo macho, temperava e ajustava na fêmea. Colocava no balancin, prensava e ia torneando até ajustar”, detalha a forma como a operação era feita 40 anos atrás.
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ENFOQUE
SEMPRE LIGADO
Fique por dentro das novidades tecnológicas do mundo da ferramentaria
MITSUBISHI NOVO CNC DA MITSUBISHI AUMENTA A PRODUTIVIDADE
A Mitsubishi Electric está trazendo para o mercado brasileiro o mais recente lançamento de sua linha de CNCs: a série M80/M800. Segundo a empresa, trata-se uma plataforma inovadora que pode reduzir em até 11% o tempo de execução de tarefas se comparado ao modelo anterior - o M700V, além de garantir maior precisão no acabamento superficial. “O processamento de alto desempenho e velocidade é resultado da aplicação de uma tecnologia exclusiva da Mitsubishi Electric que permite executar linhas de programas de forma rápida e precisa, garantido máxima velocidade e, assim, resultando em melhor acabamento superficial das peças”, afirma Eduardo Miller, engenheiro de Aplicação da unidade CNC da Mitsubishi Electric do Brasil. Outro diferencial é a possibilidade de usinar de forma simultânea ciclos de torneamento e rosqueamento com machos. “Essa tecnologia é única e uma importante vantagem para o setor, já que permite otimizar o processo de produção, reduzindo o tempo de desempenho”, acrescenta Miller.
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Além de realizar tarefas precisas em menor tempo, a linha M8 também possui inovações importantes para o setor, como o suporte completo para iniciativas de automação industrial e IoT (Internet das Coisas). Dessa forma, é possível estabelecer conectividade com robôs, sensores e outros dispositivos, cada vez mais utilizados pela indústria. A fabricante destaca ainda que a nova linha de CNC proporciona aumento da confiabilidade para os operadores de máquinas, graças à nova tecnologia que permite fazer transferência de dados de maneira remota. Isso resulta em redução do risco de máquina parada por falhas e manutenções não planejadas. Outro ponto importante é a facilidade de uso da linha M80/M800 e a conectividade. “Esse sistema foi projetado para ser mais intuitivo para quem opera, de forma similar a operação de um smartphone, possuindo facilidade de conexão remota através de programas VNC (Virtual Network Computing), disponíveis para Windows, IOS e Android”, finaliza Miller. A nova linha tem ainda como diferenciais os drivers E e os servomotores linha HG, componentes que garantem maior precisão no acabamento superficial de peças durante o processo de usinagem. (15) 3023 9000 br.mitsubishielectric.com WALTER TOOLS TC430, O NOVO MACHO LAMINADOR DA WALTER PARA AÇOS
O TC430 Supreme é o novo macho laminador HSS-E-PM da Walter Tools, desenvolvimento especialmente para os materiais ISO P (aços). Adequado para
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furos cegos e passantes, é produzido em duas classes e está disponível com ou sem ranhura para lubrificação e com dois tipos de refrigeração interna: axial e radial ou sem refrigeração. De acordo com a fabricante, a vida da nova ferramenta é extremamente longa, resultado do novo substrato, uma geometria com mais polígonos e um novo tipo de pré e pós tratamento inovador. “O resultado é que, apesar de ter mais polígonos, o TC430 Supreme reduz o torque em cerca de 30%”, informa a empresa, esclarecendo que isso torna o TC430 Supreme ideal para máquinas com baixa potência.
Além disso, a cobertura multicamada HIPIMS é outra característica completamente nova que também contribui para aumentar a vida útil da ferramenta. Entre os benefícios do novo macho laminador, a Walter cita a geração de roscas com elevada resistência, ferramenta com design robusto contra risco de quebra, sem formação de cavacos, sem perda do corte e produzindo um acabamento superficial excelente. “Sua característica especial, que foi especialmente desenvolvida para materiais ISO P, faz do TC430 Supreme a solução número 1 para roscas laminadas mais resistentes as forças dinâmicas. Essas roscas são exigidas, por
ENFOQUE
exemplo, em engenharia mecânica em geral, no setor automotivo e na indústria de energia”, informa a fabricante. (55) 1532 2457 00 walter-tools.com
também as opções de ferramentas de haste poligonal tipo capto: TungCap, disponíveis em tamanho de acoplamento C4, C5 e C6, o que permite uma repetibilidade de montagem precisa, reduzindo o tempo de inatividade da máquina proporcionando um processo eficiente e econômico. Características do TungCut: suportes monobloco, lâmina modular e Capto C4, C5 e C6; insertos com largura de 2,0 a 6,0 mm; classes para uma ampla gama de materiais, como aço carbono, aço inoxidável, ferro fundido e ligas resistentes ao calor. (19) 3826 2757 tungaloy.com
TUNGALOY PORTA-FERRAMENTAS TUNGALOY COM REFRIGERAÇÃO DE ALTA PRESSÃO
“A usinagem de canal tem como característica a dificuldade de escoamento do cavaco e, por consequência, a deficiência em dissipar o calor. Por este motivo muitas vezes nos deparamos com baixo rendimento da aresta de corte e deficiência em atingir o acabamento superficial desejado”, observa Nilton Petrucelli, gerente Nacional de Produto da Tungaloy do Brasil, ao apresentar um dos mais recentes lançamentos da empresa: o porta-ferramentas TungCut. Com o recurso da tecnologia de refrigeração interna de alta pressão, o TungTurnJet minimiza a geração de calor e facilita o escoamento do cavaco em operações de canal, tornando o processo extremamente confiável e produtivo. A fabricante destaca que a nova série de suportes TungCut inclui as linhas monobloco e lâmina modular. Oferece
KYOCERA KYOCERA LANÇA CLASSE COM REVESTIMENTO ULTRADURÁVEL
A Kyocera Corporation anuncia o desenvolvimento de nova tecnologia de revestimento ultradurável e um novo substrato para insertos intercambiáveis para melhorar a usinagem de aços. “A nova tecnologia de revestimento CVD CA025P e o novo substrato-base com excelente durabilidade garantem alto desempenho e longa vida útil para usinagem automotiva e industrial”, informa a empresa. A empresa lembra que o aço tem inúmeras aplicações na indústria e que
existe demanda crescente por insertos que tenham uma longa vida útil e grande resistência ao desgaste, quebra e lascamento, capazes de um desempenho estável em uma ampla faixa de condições de trabalho. “A nova série de ferramentas de corte da Kyocera apresenta revestimento CVD multicamadas com uma camada espessa de oxido de alumínio (Al2O3) que proporciona uma excelente resistência ao calor”, destaca a Kyocera. “O novo substrato de metal duro garante excelente resistência a fratura, grande performance e maior vida útil do inserto”. Ainda segundo a fabricante, as novas ferramentas de corte atendem ampla gama de aplicações de usinagem, do desbaste ao acabamento com grande variedade de quebra-cavacos. “Com mais este lançamento, a Kyocera quer apoiar os clientes, reduzindo a frequência de troca de insertos e melhorando a produtividade”. Disponível no mercado mundial desde maio passado, a família CA025P é composta de 360 tipos de insertos, voltados para aplicação de usinagem contínua e/ou corte interrompido. Com revestimento CVD, a família conta com quatro tipos diferentes de quebra -cavacos (PG, GS, PQ e PP).
(15) 3227 3800 brazil.kyocera.com
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Como última dica: A superação é uma realidade que exige firmeza dos vencedores, e para isso, é necessário que você assuma suas diretrizes, tenha convicção no que está fazendo e também tenha controle das suas transformações e virtudes que lhe servirão de guia na vida. Busque o crescimento constante, e terá prosperidade pessoal, equilíbrio e liderança exponencial hoje e sempre... PARABÉNS! Tenham um excelente dia hoje é sempre, pois o mercado é do tamanho da sua capacidade, influência e imaginação.
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GENTE & GESTÃO
A LIDERANÇA EM CONSTRUÇÃO... Porque a mudança é a nossa única constante! POR PAULO CÉSAR SILVEIRA
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sse admirável mundo novo exige um tipo de liderança muito diferente daquele tradicionalmente praticado no mercado; exige líderes que obviamente valorizam inovação, cooperação, e novos tipos de equipes. Se você quer fazer parte dessa grande mudança cultural, prepare-se para novos conceitos e formas de trabalho. É necessário você se atualizar e descobrir como pensam e agem os líderes exponenciais e suas melhores práticas da atualidade. Pois: LIDERAR DE FORMA EXPONENCIAL JÁ NÃO É UMA QUESTÃO DE ESCOLHA, MAS DE SOBREVIVÊNCIA!
Mentes lineares perderão cada vez mais espaço, e em breve serão riscadas do mapa, e do mercado. Assim, conheça alguns dos desafios e habilidades de um líder exponencial: • Atrair e reter “pessoas exponenciais” • Motivação pelos desafios e conquistas alcançadas • Saber conviver com a diversidade de gerações no mesmo ambiente de trabalho • Gestão por meritocracia “A.R.C.O” • Ter coragem para correr riscos sendo disruptivo todo o tempo
• Praticar um modelo de gestão inclusiva • Promover a integração de todos ao seu redor • Dar autonomia para experimentações com tolerância aos erros naturais da inovação • Estar sempre disponível para o seu time • Ser exemplo • Ser verdadeiro e autêntico • Comunicar mensagens simples e claras • Buscar sempre o resultado que aparentemente é impossível • Saber reconhecer • Ter a convicção de que as relações humanas nunca serão substituídas • Ter consciência da necessidade de se “desconectar tecnologicamente” como essência para a vida no mundo real... Na primeira parte deste artigo trazemos então alguns conceitos envolvidos com a liderança exponencial para dar início a esta nova jornada. Mas para subir este degrau e alcançar o patamar da exponencialidade, o líder precisa primeiro estar fortemente preparado e alinhado com os pilares da liderança empreendedora, base para seu êxito na carreira, abordados na segunda parte deste artigo. A era exponencial traz e reforça alguns conceitos, são os 6 D´s exponenciais:
DIGITALIZAÇÃO
Qualquer coisa que se torna digitalizada entra na lógica do crescimento exponencial. A informação digital é fácil de acessar, compartilhar e distribuir. Ela é transmitida na velocidade da internet e muda desde o campo do entretenimento e informação – revolucionando o mercado da música e do jornalismo — até mesmo o da construção e da medicina. Todos esses campos deverão mudar muito nos próximos anos com o uso da impressão 3D, aplicativos de saúde e robôs cirurgiões, por exemplo. DECEPÇÃO
No começo, qualquer inovação pode enganar e parecer decepcionante. De um para dois e de dois para quatro, a diferença não é tão grande. Mas de 500 mil para 1 milhão e de 1 milhão para 2 milhões, a diferença começa a ficar imensa. Esse é o conceito de uma curva exponencial. Se alguém desistir antes da hora, poderá perder oportunidades. No entanto, quem perseverar, terá um mar de opções para explorar. DISRUPÇÃO
Nas curvas exponenciais e digitalizadas, novas tecnologias podem criar mercados completamente novos e mudar as regras do jogo. Quando temos câmeras superpo-
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GENTE & GESTÃO
tentes em nossos smartphones, para que comprar uma câmera com filme e rolos? Quando temos serviços de compartilhamento de carros, vamos mesmo querer comprar automóveis? Quando temos Netflix, para que alugar DVDs?
de curtidas e 350 milhões de fotos compartilhadas todos os dias. A tecnologia do Big Data serve exatamente para lidar com esse volume de dados, guardando-os em diferentes localidades e juntando-os através de software.
DESMATERIALIZAÇÃO
2. VELOCIDADE
Fita K7, VHS, Discman, walkmen, walk-talk, câmera, livros todos eles cabem hoje no seu bolso. E não porque eles viraram diversas tecnologias pequenas, eles se desmaterializaram. São serviços na nuvem que chegam a nós em forma de aplicativo ou de um sistema rodando em um navegador. Não é mais necessário uma indústria gigantesca para produzir versões físicas desses serviços, com recursos que muitas vezes eram escassos.
Se refere à velocidade com que os dados são criados. São mensagens de redes sociais se viralizando em segundos, transações de cartão de crédito sendo verificadas a cada instante ou os milissegundos necessários para calcular o valor de compra e venda de ações. O Big Data serve para analisar os dados no instante em que são criados, sem ter de armazená-los em bancos de dados.
DESMONETIZAÇÃO
Uma consequência direta da disrupção costuma ser a desmonetização. Ao passo em que tecnologias se tornam mais baratas e acessíveis, o preço de serviços vai ficando cada vez mais barato até que, muitas vezes, chega a zero. Você pode pensar em serviços de streaming de música ou na quantidade de bons aplicativos gratuitos disponíveis. DEMOCRATIZAÇÃO
Por fim, quando algo se torna digitalizado e desmonetizado, mais pessoas podem ter acesso a isso. E aí o mundo começa a mudar, porque as pessoas estão tecnologicamente empoderadas — têm acesso a informações, a serviços, a fontes de receita. Outro fator relevante para a liderança na era exponencial é saber utilizar e aproveitar o potencial do Big Data. O Big Data refere-se a um grande conjunto de dados armazenados. Diz-se que o Big Data se baseia em 5 V’s: Velocidade, Volume, Variedade, Veracidade e Valor. Em um mundo cada vez mais conectado, a utilização de recursos é fundamental para sua sobrevivência. Conheça os 5 V´s e entenda por que a tecnologia precisa ser sua aliada: 1. VOLUME
Big Data é uma grande quantidade de dados gerada a cada segundo. Pense em todos os e-mails, mensagens de Twitter, fotos e vídeos que circulam na rede a cada instante. Não são terabytes e sim zetabytes e brontobytes. Só no Facebook são 10 bilhões de mensagens, 4,5 bilhões
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3. VARIEDADE
No passado, a maior parte dos dados era estruturada e podia ser colocada em tabelas e relações. Hoje, 80% dos dados do mundo não se comportam dessa forma. Com o Big Data, mensagens, fotos, vídeos e sons, que são dados não-estruturados, podem ser administrados juntamente com dados tradicionais. 4. VERACIDADE
Um dos pontos mais importantes de qualquer informação é que ela seja verdadeira. Com o Big Data não é possível controlar cada hashtag do Twitter ou notícia falsa na internet, mas com análises e estatísticas de grandes volumes de dados é possível compensar as informações incorretas. 5. VALOR
O último V é o que torna Big Data relevante: tudo bem ter acesso a uma quantidade massiva de informação a cada segundo, mas isso não adianta nada se não puder gerar valor. É importante que empresas entrem no negócio do Big Data, mas é sempre importante lembrar dos custos e benefícios e tentar agregar valor ao que se está fazendo. Como comentado anteriormente, somente a tecnologia e novos conceitos aplicados não garantem o sucesso de uma empresa. Esse sucesso depende muito da postura e do perfil do empreendedor, responsável por dirigir o negócio. Assim, outra primordial variável é o seu perfil de liderança, afim de garantir que você acompanhe e se torne um líder exponencial.
REVISTAFERRAMENTAL.COM.BR // JUL / AGO 2018
Iniciar um empreendimento e subir os primeiros degraus do sucesso é o grande desejo de quem decide ter o seu próprio negócio. E para isso, você como líder precisa de: 1. COMUNICAÇÃO EFICAZ
Saber transmitir informações de forma objetiva, consistente e eficaz mostra-se fundamental para obter sucesso em qualquer área de trabalho, principalmente se tratando de posição de liderança. Um bom empreendedor deve saber comunicar e transmitir de forma clara seus conhecimentos, necessidades, informações e prioridades. 2. AUTOCONFIANÇA
Inspirar credibilidade é essencial para que os outros confiem plenamente em suas capacidades, conhecimento e atitudes. Deve-se ter audácia, coragem e determinação para implantar inovações, sem medo de fracassar. Atitudes positivas são fundamentais para que qualquer área e tarefas sejam bem feitas. 3. AUTOCONTROLE
O empreendedor coordena pessoas, incentiva-as a realizar tarefas, analisa problemas e propõe soluções. Todas essas tarefas são de grande importância e responsabilidade, e irão determinar o sucesso ou não da equipe. Para isso, é necessário um grande autocontrole, para tomar decisões certas e que gerem resultados. O empreendedor sem autocontrole é como a bússola quebrada. Além de não levar ao objetivo almejado, acabará guiando toda a equipe para um caminho errado. 4. SENSO DE JUSTIÇA
Quando medimos o desempenho, este pode ser excelente, satisfatório ou não. Um bom líder deve reconhecer e prestigiar excelentes resultados; incentivar a melhora de resultados insuficientes, e indicar os caminhos para corrigir os resultados insatisfatórios. 5. PERSEVERANÇA
O empreendedor deve ter metas muito bem traçadas e fazer o máximo possível para cumpri-las. Mudar o rumo a ser tomado é válido, mas nunca deve desistir do objetivo. 6. PLANEJAMENTO
Ter consciência do andamento da situação que está sendo vivenciada é vital para exercer uma boa liderança.
GENTE & GESTÃO
Entretanto, só isso não basta, é preciso conhecer a fundo experiências anteriores e ser visionário o suficiente para traçar metas desafiadoras, porém possíveis de serem alcançadas e, junto com a equipe, definir os caminhos e decisões a serem tomadas.
comportamento, deficiências e traços de caráter, para que tudo isso possa ser trabalhado e permitindo que as atividades possam ser designadas a cada colaborador de acordo com sua aptidão, realizando e aproveitando o melhor de cada potencial.
7. EMPATIA CONSTANTE
9. TRABALHAR DE FORMA COOPERATIVA
Qualquer pessoa precisa criar e preservar uma imagem carismática e cheia de entusiasmo, principalmente quando se trata de um empreendedor, que inspira pessoas. Agindo de forma empática, seus colaboradores se tornarão prestativos e assumirão mais compromissos. Afinal, é difícil negar algo para as pessoas com quem nos sentimos bem e que agem de forma entusiasmada, positiva, capacitada e gentil conosco.
O empreendedor de uma empresa e seus funcionários precisam mutuamente um do outro, caso contrário, se tornarão elementos incompletos. Precisam se tornar um só, adquirindo confiança e comprometimento plenos, pois a sobrevivência, crescimento e evolução da equipe depende destes fatores.
8. CONHECER SUA EQUIPE
A necessidade de obter colaboração, transmitir informações, dividir responsabilidades e créditos e delegar tarefas faz parte do dia-a-dia. Portanto, um líder deve conhecer as habilidades de sua equipe, particularidades de perfil, características de
10. ASSUMIR RESPONSABILIDADES
Quem espera comprometimento de seus funcionários, precisa, com certeza, assumir responsabilidades e também se comprometer. Não de respostas evasivas do tipo “quem sabe...”, “vou ver se posso”, “se der eu vou” entre outras. Ao invés disso diga, “Eu posso”, “Irei com certeza”, “Farei com maior prazer”, e realmente cumpra sua palavra.
11. COMPROMETER-SE
Comprometer-se é muito importante, mas só o faça quando tiver plena consciência de que você pode realizar a promessa feita. Se não pode assumir uma tarefa ou compromisso, comunique com clareza e o mais breve possível, caso contrário irá gerar frustração e perda de sua credibilidade. 12. SELECIONAR SEGUIDORES
O empreendedor deve escolher pessoas em quem confia, enxergue futuro, e que tenha capacidade para se tornarem seus sucessores ou, pelo menos, futuros bons líderes. Para essas pessoas a atenção deve ser especial (sem contudo causar ciúmes no restante dos funcionários), transmitindo bagagem e conhecimento para que possam evoluir e prosperar. A experiência não será produtiva e gratificante apenas para o mentorado, mas também para o mentor, pois uma das melhores formas de aprender, é ensinar. 13. CONHECER NOVAS TECNOLOGIAS E FAZÊ-LAS TRABALHAR A SEU FAVOR
Pessoas e empresas que não forem capa-
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GENTE & GESTÃO
zes de se adaptar às mudanças tecnológicas ficarão para trás, e portanto para evitar esse tipo de infortúnio um bom empreendedor deve estar preparado, junto com a sua equipe, para receber e se adaptar às mudanças. 14. SER ÉTICO
Sendo empreendedor, você possui a obrigação e a grande responsabilidade de dar bons exemplos. Afinal, sua equipe se espelha em você, admira suas atitudes e aprecia seu conhecimento. Então, faça jus à sua honra e transmita somente coisas positivas. Se você agir de forma injusta, corrupta ou desonesta, seus funcionários sentirão direito de ter os mesmos atos e direitos. 15. CONTROLAR IMPULSOS
Infelizmente é natural do ser humano a grande variação de humor. Em algumas ocasiões, tomamos certas atitudes que acabam por surpreender, espantar e até mesmo assustar outras pessoas. Os danos causados à sua imagem por essas atitudes podem variar de superficiais até permanentes e irreversíveis. Portanto, controle os seus impulsos, não direcione a raiva ou angústia para outras pessoas e, principalmente, não tome nenhuma decisão se não estiver no seu estado normal de equilíbrio e humor. 16. SABER ELOGIAR
Procure pontos positivos no trabalho de seus colaboradores e enfatize os aspectos que pedirem maior atenção e dedicação de seu funcionário. Faça um sincero elogio a ele, acompanhe o trabalho de perto, exponha a sua satisfação e informe os resultados obtidos, e depois comemorem juntos. 17. SABER CRITICAR
É preciso ter muita cautela ao fazer uma crítica. Se mal-empregada, pode gerar resultados desastrosos, como desarmonia, desmotivação e total falta de compromisso. Ao apontar um erro discuta-o junto com seu colaborador e encontre as possíveis soluções. Assim, ele irá perceber que você pretende ajudar, importa-se com os resultados obtidos, e que ele só tem a aprender e ganhar com as suas dicas, exemplo e observações. 18. APRENDER A CONTRATAR BEM
O sucesso de uma empresa depende de todos os seus membros. O empreendedor
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deve saber selecionar pessoas capazes e competentes para complementar o time dentro de suas necessidades, tempo, cultura, e lugar adequados. 19. TRAJAR-SE DE ACORDO COM A SUA POSIÇÃO
Você precisa preocupar-se muito com sua aparência, afinal de contas ela é seu cartão de visita, sua primeira impressão causada. Por estar em constante evidência, o empreendedor precisa tomar cuidado dobrado. Além de correr o risco de passar uma imagem de relaxo, de má aparência, irá induzir as pessoas a se vestirem do seu modo. 20. TER CRIATIVIDADE
Com o aumento da idade os fatores externos cortam nossa criatividade e ação, mesmo que nossa cultura cresça. Isso faz com que deixemos de ter atos criativos e passemos a agir por condicionamento. Considerando isso, um empreendedor precisa praticar diariamente sua criatividade, buscando inovar e ampliar seus horizontes. Afinal, é a partir de boas ideias que as empresas mudam, evoluem e prosperam exponencialmente. 21. FALAR EM PÚBLICO
e pedir informações, fazer uma venda de qualidade, resolver problemas com a equipe, e clientes internos e externos, além de fazer pós-vendas ou realizar contatos em feiras de negócios, congressos, etc. 23. TER ENTUSIASMO ELETRIZANTE
Tudo o que deve ser realizado merece ser bem feito. Então, sempre que realizar uma tarefa ou estiver envolvido em um projeto, dedique-se 100%, aja de maneira entusiasmada, pense positivo e incentive sua equipe. O entusiasmo é algo difícil de ser ensinado, porém muito fácil de contagiar as pessoas ao seu redor. Logo, agindo com afetividade, seus funcionários ficarão empolgados ao vê-lo trabalhar com tanto prazer. Transborde empolgação, sorria, converse com todos, diga como se sente bem, seja dinâmico, espontâneo, animado e autêntico... E tenha certeza que todos esses estados emocionais empolgam, incentivam e deixam além de um ótimo exemplo a ser seguido, também um grande, agradável e amistoso clima de trabalho. 24. SER UM CAMALEÃO EM RELAÇÃO ÀS MUDANÇAS
Para exercer esta competência de forma satisfatória, é preciso primeiro possuir uma comunicação eficaz. Pelo fato de lidar com pessoas o tempo todo, o empreendedor precisa passar grande quantidade de informações de forma rápida e objetiva, para que esta seja bem compreendida. Entretanto, ele pode não se dar ao luxo de transmitir essas informações individualmente para os funcionários e clientes. Logo, faz-se necessário que um bom empreendedor tenha autoconfiança, oratória e técnicas eficientes para fazer uma excelente apresentação em público de forma eficaz, alcançando assim, influência e credibilidade tanto na fala, como na forma que transmite.
A lei de Darwin enuncia “Não é o mais forte que sobrevive, mas sim o mais adaptável ao meio”. Desta forma, um líder deve ter grande capacidade de se adequar ao meio em que vive e a cada nova mudança que surge. É sua obrigação também incentivar os colaboradores a assumirem a mesma postura, pois é inadmissível permitir que qualquer pessoa ancore o desenvolvimento da equipe. Sempre que possível, prepare-se para a mudança antes que ela ocorra, fazendo as devidas correções no sistema de trabalho e em suas respectivas áreas. Não se deixe pegar de surpresa, pois a mudança é a única coisa constante para nossa evolução.
22. TER PRAZER EM SERVIR PESSOAS
25. VIVER NA VANGUARDA
O princípio básico para liderar pessoas é gostar de lidar e conviver com elas. Portanto, para exercer uma liderança eficaz, você precisa ser um ótimo e respeitoso ouvinte, mostrando-se atencioso e interessado, demonstrando vontade e disponibilidade para ajudar os seus colaboradores e clientes, seja para transmitir
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Não se limite apenas ao seu mundo, globalize-se! Busque sempre novos contatos e, principalmente, informações de vanguarda e favoreça-se com conhecimentos em primeira mão. Inovar através de informações que estão à frente do seu tempo, em fontes confiáveis e que ditam tendências.
Através deste teste descubra como está o seu perfil empreendedor e de líder: ESCALA DE PERSONALIDADE EMPREENDEDORA
Baseado em uma escala de 1 (discordo radicalmente) até 5 (concordo plenamente), responda às afirmações abaixo conforme a sua realidade, hoje: 1. Procuro sempre inovar minhas atitudes buscando melhorar minha vida 1 [ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ] 2. Em qualquer projeto que esteja envolvido, consigo atingir bons resultados 1 [ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ] 3. Ver minhas ideias se transformarem em realidade é o que me traz maior satisfação pessoal 1 [ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ] 4. Tenho facilidade para identificar erros, e ao apontá-los, trago junto uma ou mais soluções 1 [ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ] 5. Dedico-me ao máximo para concretizar aquilo que acredito 1 [ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]
6. Meus ideais são bem definidos e posso defendê-los com firmeza, e na certeza que servirei com bondade, justiça e retidão ao coletivo 1 [ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ] 7. Sou ótimo para identificar oportunidades 1 [ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ] 8. Evito cair no lugar comum e sempre procuro inovar 1 [ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ] 9. Uso de todos os artifícios para concretizar meus objetivos, mas sempre atuando de forma ética 1 [ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ] 10. Sou capaz de antever boas oportunidades e investir nelas muito antes das outras pessoas 1 [ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ] 11. Consigo utilizar os contatos de minha rede para realizar meus planos 1 [ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ] 12. As pessoas admiram a dedicação e a ética naquilo que faço 1 [ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ] 13. Tenho confiança e estabilidade, demonstradas em minhas atitudes 1 [ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]
14. Mantenho um ótimo relacionamento com a minha equipe e os impulsiono também em meu exemplo pessoal e profissional 1 [ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ] 15. Sempre estou um passo à frente da concorrência 1 [ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ] 16. Mantenho um relacionamento bem próximo com meus clientes 1 [ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ] 17. Busco adquirir novas habilidades e conhecimentos de forma constante, através de leitura e treinamentos 1 [ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ] 18. Procuro sempre satisfazer as necessidades de meus clientes atuais 1 [ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ] 19. Constantemente busco novos clientes e consigo satisfazer suas necessidades 1 [ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ] 20. Tenho segurança para fazer grandes investimentos, pois tenho certeza que eles trarão ótimos resultados e ganho coletivo 1 [ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]
CONFIRA O RESULTADO: Some todos os pontos e veja em que faixa você está: DE 20 A 40 PONTOS Mude sua postura!
DE 41 A 60 PONTOS Você já subiu os primeiros degraus!
DE 61 A 80 PONTOS Você está próximo do topo!
DE 81 A 100 PONTOS Bem-vindo ao sucesso!
As características de um empreendedor ainda não fazem parte da sua postura. Portanto, está mais do que na hora de você assumir uma posição mais dedicada e proativa. Chega de deixar as tarefas para terceiros e limitar-se somente ao que é sua pura obrigação. Assuma responsabilidades, faça novos contatos e mostre para si e para os outros que deseja crescer pessoal e profissionalmente, e que tem potencial para isso.
Você está no caminho certo, mas mesmo assim, sua imagem ainda não possui grande destaque nos negócios. Torne-se mais prestativo com a equipe e obterá grande retorno. Trace metas desafiadores para si e para os outros, desde que sejam possíveis de realizar. Procure sempre informações de vanguarda e, assim, estar a um passo à frente da concorrência e obterá admiração dos colaboradores, crescimento profissional e profissional e aumento nos resultados com grande lucratividade.
O sucesso lhe agrada! Portanto não é hora de se acomodar. Faça de tudo para alcançá-lo. Descubra o que é necessário obter para aprimorar sua liderança na vida pessoal e profissional. E acima de tudo, confie no seu potencial, pois você possui uma ampla visão empresarial e é capaz de liderar pessoas e ajudá-las obter ótimos resultados junto com você.
Você é um ótimo empreendedor, além de ser um líder exponencial inspirador. Sabe agarrar as oportunidades e reconhecer talentos. Tem grande capacidade de liderar com eficácia, e as pessoas tendem a acreditar no seu potencial confiando em suas decisões. Afinal, você sabe ser objetivo e transmitir autoconfiança e tem presença executiva. Sabe ainda que é muito importante atualizar-se constantemente, ampliando seus conhecimentos, pois o mercado está cada vez mais exigente.
Como última dica: A superação é uma realidade que exige firmeza dos vencedores, e para isso, é necessário que você assuma suas diretrizes, tenha convicção no que está fazendo e também tenha controle das suas transformações e virtudes que lhe servirão de guia na vida. Busque o crescimento constante, e terá prosperidade pessoal, equilíbrio e liderança exponencial hoje e sempre... PARABÉNS! Tenham um excelente dia hoje é sempre, pois o mercado é do tamanho da sua capacidade, influência e imaginação.
Paulo César Silveira - Conferencista com mais de 2.000 palestras em sua carreira em 19 anos de profissão. Consultor, empreendedor e articulista com mais de 900 artigos editados. Mentor e líder do Projeto Liderança Made in Brazil. Autor de 25 livros, destacando-se os best-sellers: A Lógica da Venda e Atitude – A Virtude dos Vencedores. Sendo ainda um dos autores da Coleção Guia Prático da Revista PEGN e também dos livros Ser+ em Vendas, Ser+ com T&D e Ser+ com Palestrantes Campeões em parceria com a Revista Ser Mais. Seu trabalho corporativo se baseia no treinamento mundial de vendas mais agressivo do mundo: Buyer Focused Selling e nos principais métodos de compras mundiais, principalmente as metodologias BATNA, PAC e no método de liderança TGE. Professor convidado da FGV/SP, FIA FEA/USP e UFRGS. Palestrante indicado pela FACISC, ADVB e FIESP nas áreas de vendas consultivas, vendas técnicas, negociação e comunicação com base em liderança. Site www.paulosilveira.com.br.
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FICHA TÉCNICA
GLOSSÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS APLICADOS À FERRAMENTARIAS INGLÊS
P ORTUGU Ê S
ALEMÃO
Shore hardness
Dureza Shore
Shore-Härte f
Short-stroke press
Prensa de curso curto
Kurzhubpresse f
Short-term test
Teste de curta duração
Kurzzeitprüfung f
Shot capacity
Capacidade de injeção (ciclo)
Schussleistung f
Shot volume
Volume de injeção (ciclo)
Spritzvolumen n; Schussvolumen n
Shot weight
Peso de injeção (ciclo)
Schussgewicht n
Shredder
Moinho (de sobras)
Abfallmühle f
Shrink, to
Encolher
Schrumpfen
Shrink film
Filme termoencolhível
Schrumpffolie f
Shrink wrapping
Embalagem de filme termoencolhível
Schrumpffolienverpackung f
Shrinkage
Contração
Schwindung f
Shrinkage factor
Fator de contração
Schrumpfungsfaktor m
Shrinking
Contração; encolhimento
Schrumpfung f
Shrink ring
Anel de contração
Schrumpfring m
Shunt circuit
Circuito em derivação
Ablenkungsschaltung f
Shut
Fechado; cerrado
Geschlossen
Shut-down
Cerrar; reduzir
Herunterfahren n
Shut-off
Cortar; desligar
Abschaltung f
Shut-off device
Equipamento de corte (desligamento)
Verschließeinrichtung f
Shut-off needle
Agulha de corte (fechamento)
Verschlussnadel f
Shut-off nozzle
Bico de corte (fechamento)
Verschlussdüse f
Shut-off valve
Válvula de corte (de fluxo)
Verschlussventil n
Shuttle
Lançador
Pendeln
Side chain
Cadeia lateral
Seitenkette f
Side cutting
Corte lateral
Seitenschneider m
Side gate
Entrada lateral
Seitenanguss m
Side milling
Fresamento lateral
Seitliches Fräsen npl
Side plate
Chapa ou placa lateral
Seitliche Platte f
Side pressure
Pressão lateral
Seitlicher Druck m
Side shield
Blindagem lateral; proteção lateral
Seitenschilder pl
Side valve
Válvula lateral
Seitenventil n
Siderurgy
Siderúrgica
Siderurgie f
Sieve
Peneira
Sieb n
Sieve analysis
Análise granulométrica em peneira
Siebanalyse f
Sight
Alça; Mira; Visor
Sicht f
Signal
Sinal
Signal n
Signal conversion
Conversão de sinal
Signalumwandlung f
Signal injection
Inserção de sinal
Signaleinführung f
Signal level
Nível do sinal
Signalniveau n
Signal measurement
Medição de sinal
Signalmessung f
Silane
Silano
Silan n
Silane-cured
Reticulado de silano
Silanvernetzt
Silent
Silencioso
Leise
Silica
Sílica
Kieselsäure f
Silicone (SI)
Silicone
Silikon n
Silicone resin
Resina de silicone
Silikonharz n
Silicone resin moulding compounds
Composto moldado de resina de silicone
Silikonharz-Formmassen fpl
Silicone rubber
Borracha de silicone
Silikonkautschuk m
Silk screen printing
Impressão por serigrafia; serigrafia (com tela de seda)
Siebdruck m
Silo
Silo
Silo m
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FICHA TÉCNICA
GLOSSÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS APLICADOS À FERRAMENTARIAS INGLÊS
P ORTUGU Ê S
ALEMÃO
Silver
Prata
Silber f
Silver alloy
Liga de prata
Silberlegierung f
Silvery streaks
Raias prateadas; marcas prateadas
Silberschlieren fpl
Simulation
Simulação
Simulation f
Simulation program
Programa de simulação
Simulationsprogramm n
Sine
Seno
Sinus m
Single
Simples; único; não duplicado
Einzel
Single entry
Entrada única
Einzeleintritt m
Single screw
Rosca simples
Einfachschnecke f
Single-cavity mould
Molde de cavidade única
Einfachwerkzeug n
Single-flighted (screw)
(Rosca) de um só filete; entrada única
Eingängig
Single-layer
Camada única
Einzelne Schicht f
Single-layer film
Filme de camada única
Einschichtfolie f
Single-lobe
Came com um só ressalto; que tem um só ressalto
Einlappig m
Single-roller
Rolo único; Que tem um só rolo ou rolete
Einzelrolle f
Single-screw extruder
Extrusora de rosca simples
Einschneckenextruder m
Single-speed
Velocidade única; de uma só velocidade
Single-Geschwindigkeit f
Single-stage
Estágio único
Einstufig f
Single-step
Estágio único
Einstufig f
Sink
Poço; afundamento; rebaixo; penetração
Sinken
Sink erosion
Erosão de penetração
Sinkerosion f
Sink marks
Marcas de rechupe
Einfallstellen fpl
Sintering
Sinterização
Sintern n
Six-lobe
De seis ressaltos; com seis ressaltos
Sechs-lappig m
Size
Dimensionamento
Schlichte f
Sketch
Croqui; esboço; desenho preliminar
Skizze f
Skew
Inclinação; desvio
Schräg
Skid resistance
Resistência ao escorregamento (deslizamento)
Rutschfestigkeit f
Skin
Pele; Crosta; Casco
Schale f
Skin pack
Embalagem de filme
Skinverpackung f
Slabstock foam
Bloco de espuma
Blockschaumstoff m
Slag
Escória
Schlacke f
Slant
Declive; inclinação; plano inclinado
Schräg
Sleek
Liso; polido; lustrado; luzente
Glatt
Sleep mode
Modo de espera; modo de repouso
Ruhemodus m
Sleeve
Bucha; tubo; luva
Hülse f
Sleeve ejector
Extrator tubular; bucha extratora
Hülsenauswerfer m
Sleeve machine
Máquina de formar luvas tubulares
Hülsemaschine f
Slide
Gaveta; cursor; carrinho
Schieber m
Slider
Gaveta; cursor; carrinho
Schieber m
Slide bar
Barra de deslizamento
Schieber m
Sliding bearing
Mancal corrediço
Gleitlager n
Sliding bolt
Parafuso deslizante
Schiebebolzen m
Sliding bushing
Bucha móvel ou corrediça
Gleitbuchse f
Sliding door
Porta corrediça
Schiebetur f
Sliding friction
Fricção deslizante
Gleitreibung f
Sliding guides
Guias deslizantes
Gleitführungen fpl
Sliding shut-off nozzle
Bico com fechamento por deslizamento
Schiebeverschlussdüse f
Sliding split mould
Molde deslizante
Schieberwerkzeug n
Sliding table
Mesa deslizante
Schiebetisch m
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REVISTAFERRAMENTAL.COM.BR // JUL / AGO 2018
TECNOLOGIA
Vida em fadiga termomecânica de matrizes de forjamento PARTE 2 - FINAL POR DIEGO RAFAEL ALBA, THOMAS G. DOS SANTOS, LÍRIO SCHAEFFER
CRITÉRIO DE FALHA EM FADIGA MÉTODO DA VIDA SOB TENSÃO
O método da vida sob tensão já está difundido a mais de um século, e pode ser considerado o método padrão de análise e possui uma maior exatidão na região de fadiga de alto ciclo (N>103 ciclos) [4]. O método da vida sob tensão, ou método de Wöhler, pode ser expresso por um diagrama log-log onde o eixo das coordenadas é a tensão aplicada e o eixo das abcissas o número de ciclos até a falha [20]. Estas curvas são conhecidas como curvas S-N do material. Exemplos de uma curva S-N típica para aços encontrados na literatura são mostradas na figura 6. Fadiga de baixo ciclo
Infelizmente, este método trata todas as deformações como elásticas e não consegue discernir etapa de nucleação e etapa de propagação da trinca [20, 22]. Esta consideração é extremamente importante na análise de matrizes de forjamento pois devido as grandes tensões, as deformações podem ser plásticas. Basquinpropôs um modelo o qual utiliza uma escala log-log para plotar um relação linearentre número de ciclos e a amplitude de tensões. A equação 1 expressa o número de ciclos até a falha em função da amplitude de tensões (equação 2), e das propriedades do material extraídas da curva S-N [4, 10].
Fadiga de alto ciclo Vida finita
1
Vida infinita
Resistência a fadiga [MPa]
Sat 700
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Se
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Número de ciclos, N
Figura 6 - (a) Curva S-N típica de um aço [12]; (b) Curva S-N para o aço AISI H13 para diferentes processos de fabricação [21].
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Na equação proposta por Basquin para definir o número de ciclos até a ruptura, NF,definimos o coeficiente b como a inclinação da curva S-N, σD como o limite de resistência a fadiga e ND como o número de ciclos até o limite de resistência a fadiga. Também para este método, podese utilizar os diagramas de tensões flutuantes para a análise de fadiga. Os diagramas de Goodman e Gerber são os mais difundidos e apresentam uma relação entre a média e a amplitude das tensões aplicadas [12, 23]. Entretanto, no caso de matrizes de forjamento o
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tipo de carregamento torna autilização destes diagramas inútil. Assim, para a análise da fadiga do material é somente necessário comparar a tensão aplicada com os respectivos dados da curva S-N. No entanto, Kim and Choi [23] aplicaram as equações de Goodman e Gerber e o método da vida sob tensão para estimar a vida em fadiga de matrizes de forjamento a quente. MÉTODO DA VIDA SOB DEFORMAÇÃO
O método da vida sob deformação é reconhecido como o método mais preciso para prever a fadiga de matrizes segundo a ASTM e a SAE [3, 4]. A abordagem mais difundida para o este cálculo foi proposta por Coffin & Manson na década de 1950. Considerando que uma falha por fadiga sempre começa em uma descontinuidade local, como por exemplo, um entalhe, um defeito, ou qualquer outro concentrador de tensões, quando a tensão nesta descontinuidade excede o limite elástico, ocorre deformação plástica [10]. Assim, se uma fratura está para ocorrer, deformações plásticas cíclicas devem ocorrer. O conceito por trás deste método é simples: para uma mesma amplitude de deformações é analisada a variação de tensões. Os três diferentes tipos de resposta da variação de tensão são mostrados nas figura 7a e figura 7b. Ao lado, na figura 7c, é mostrada a curva de histerese para as diferentes respostas. A curva de histerese demonstra as deformações e tensões aplicadas no campo de tração e compressão [10, 12]. Após
TECNOLOGIA
um determinado período, a amplitude de tensões atinge valores constantes e a curva de histerese é dita estável [12]. Após a estabilização, o material tende a trincar e as tensões de carregamento tendem a decrescer até a total ruptura. É possível observar a nucleação da trinca através da amplitude de tensões e sua repentina queda [3, 24].
tensão/deformação aplicado, a deformação plástica é dominante comparada à elástica ou vice-versa. Este ponto de transição divide o campo LCF e HCF. Entretanto, o número exato de ciclos até esta transição não é possível de ser exatamente definido, pois varia de material para material e das condições de contorno de cada caso [10, 12].
Figura 7 - Comportamento dos materiais sujeitos a deformação cíclica [3]
Em mãos dos dados referentes a curva de histerese de tensão-deformação verdadeira é possível estabelecer a curva de Wöhler sob qualquer circunstância, bem como o comportamento em fadiga de baixo ciclo (LCF) e fadiga em alto ciclo (HCF), através das equações propostas por Basquin e Coffin-Manson [2-4].A curva de Wöhler é descrita em uma escala log-log, conforme figura 8 para estabelecer uma relação linear e facilitar a interpretação dos dados. Dependendo do nível de
Considera-se que a deformação total é a soma da componente de deformação plástica e deformação elástica, conforme equação 3. 3 A equação da linha de deformação plástica na figura 8 é expressa pela equação 4.
Figura 8 - Características da Curva de Wöhler [3]
4
A equação da linha de deformação elástica é expressa pela equação 5. 5 Logo, podemos reescrever a equação 3 como segue. 3a A equação 3a é a relação de Coffin-Manson entre a vida em fadiga e a deformação total. Esta abordagem não considera o crescimento da trinca. Devido a este fato, o método da vida sob deformação é considerado como uma estimativa para a nucleação de trincas, não considerando o estágio de propagação [2, 4]. Dentre os métodos de análise da vida em fadiga, este é o frequentemente adotado para a predição de ferramentas de forjamento [3, 19, 25]. Como previamente relatado, diversos trabalhos são encontrados na literatura, os quais utilizam o método da vida sob deformação para e predição de vida em fadiga mecânica e termomecânica de matrizes. Rosbrook [26] utilizou analise em elementos finitos, aliado a experimentos de fadiga térmica para definir a vida em fadiga de matrizes de fundição de alumínio. Os resultados obtidos mostraram que o modelo em elementos finitos era capaz de calcular a distribuição de temperaturas na matriz e que este possuía boa concordância com os resultados obtidos experimentalmente. Em outro estudo, Ebara [18], realizou uma análise da nucleação e propagação de trincas devido a fadiga termomecânica em matrizes fabricadas no aço SKD62 (ASTM¹ H12).
1 ASTM: American Society for Testing and Materials (Sociedade Americana para Ensaios e Materiais) foi fundada em 1898 nos Estados Unidos da América, por um grupo de cientistas e engenheiros, para analisar as frequentes quebras dos trilhos de trem. Como resultado, o grupo desenvolveu uma norma para o aço utilizado nas ferrovias. É responsável pela produção de normas para diversas áreas da indústria, sendo muito usadas na padronização de materiais, como ligas de aço, alumínio, polímeros e combustíveis.
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Foram obtidas curvas de fadiga de baixo ciclo e fadiga de alto ciclo, bem como a sua relação com diferentes tipos de tratamentos superficiais, concentradores de tensão e temperaturas. Em dois trabalhos distintos,Persson [17] e Persson, Hogmark [14] realizou testes de fadiga termomecânica em aços de trabalho a quente e propôs um modelo de predição de vida em fadiga baseado no método da vida sob deformação. O autor concluiu que um aumento de 150ºC na temperatura máxima do processo, decaiem uma casa de magnitude o número de ciclos para nucleação e propagação de trincas de fadiga. Também foi mostrado que embora o processo cause amolecimento na superfície da matriz, a dureza inicial do material desempenha papel importante na resistência a fadiga térmica. Em Behrens, Schäfer [19], o autor propôs um modelo em elementos finitos para o processo de fadiga termomecânica. Neste modelo, variações na dureza do material devido aos ciclos térmicos são considerados e em mãos de extensivos dados de experimentos e processos industriais um modelo foi proposto e busca avaliar trincas devido a deformação plástica. Já em Behrens and Schäfer [25], o autor procurou prever a iniciação de trincas em materiais de trabalho a quente. Primeiramente, experimentos e fadiga termomecânica foram realizadas para determinar a resistência doaço de trabalho a quenteDIN 1.2367 (ASTM H13). A partir de tais resultados, um curva S-N para fadiga de baixo ciclo e alto ciclo foi proposta, a qual apresentou resultados similares aos experimentas para a nucleação de trincas. No trabalho de Santaella [3], o autor propõe um modelo em elementos finitos capaz de predizer a vida de matrizes de forjamento a quente. Através de experimentos de fadiga termomecânica, foi possível obter as curvas de histerese do aço DIN 1.2367 (ASTM H13). O autor buscou definir a curva de Wöhler para o material e através do método da vida
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sob deformação, alimentar o software de simulação para estimar a vida em fadiga de matrizes de geometrias distintas. Os resultados obtidos adequaram-se bem aos processos indústrias e auxiliaram na otimização das geometrias de matrizes de forjamento a quente.
descrito através da Equação 10 o qual é dependente do tamanho da trinca e da intensidade do carregamento externo [10, 12].
MÉTODO DA MECÂNICA DA FRATURA LINEAR ELÁSTICA (LEFM)
Desta forma, pode-se dizer que fadiga cíclica acontece no estágio II, e que portanto esta relação linear de crescimento pode prever a falha de um componente mecânico[9]. A Equação 10 apresenta esta relaçãoconhecida como Lei de Paris e é utilizada em condições de tensão pulsante[4, 12, 27]. Neste modelo, a microestrutura e a tensão média desempenham pequena influência no crescimento da trinca no estágio II[28]. Na Equação 10,Ce m são constantes empíricas e podem ser encontradas na literatura, enquanto que e ΔKI é fornecido pela Equação 11.
Com o intuito de avaliar mais estágios relacionados a fadiga e obter resultados mais precisos, muitos pesquisadores focam em modelar a propagação de trincas via Mecânica da fratura linear elástica (LEFM) [2]. Como previamente descrito, a propagação de trincas é dividida em três estágios: nucleação, propagação e propagação instável. Considerando que matrizes de forjamento são isotrópicas, uma abordagem simplificada da mecânica da fratura pode ser considerada [4]. Este método oferece uma melhor compreensão relacionada ao estágio de propagação para uma trinca já existente no componente. Em contrapartida, este método possui limitações em avaliar o estágio de nucleação [4, 9, 10]. Considera-se que o estágio de propagação da trinca acontece de forma ordenada, conforme figura 9, e pode ser
10
11 Através deste método, é possível mensurar o número de ciclos até a falha, bem como, o tamanho critico de trinca o qual leva a propagação instável e súbita ruptura do componente[4, 9]. Para isto, substitui-se a Equação 11 na Equação 10 e integra-se. Esta integração resulta na Equação 12 para o número de ciclos até falha, e Equação 12 para o tamanho crítico da trinca antes do estágio III.
11
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Figura 9 - Curva de propagação de trinca para carregamentos em fadiga [10]
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Diversos trabalhos estão disponíveis na literatura os quais utilizaram LEFM para prever a vida em fadiga de matrizes de forjamento. Exemplos deles são Qamar, Sheikh [28] que estudou a propagação de trincas em matrizes de
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extrusão através da Lei de Paris para trincas com tamanho inicial de 0,05 a 0,1 mm. Skov-Hansen, Bay [29]também realizou estudos para definir o número de ciclos até trincas atingirem seu valor crítico. Horita, Ishihara [27] comparou resultados experimentais com uma
Método da vida sob-tensão
Método da vida sobdeformação
análise em elementos finitos para definir os valores de Keq e da curva da/dN de um punção no processo de forjamento a frio. Os resultados foram satisfatórios e podem ser utilizados para auxiliar na predição da vida de ferramentas de forjamento a frio.
As vantagens e desvantagens destes três métodos teóricos/mecânicos para a avaliação da vida em fadiga são resumidas na tabela 1.
Vantagens
Desvantagens
Simplicidade em definir as constantes do material;
Completamento empírico;
Indicado para projeto de vida infinita, com históricos de carregamento de amplitude constante;
Ignora a relação tensão/deformação;
Grande quantidade de informações disponíveis.
Não distingue as etapas de nucleação e propagação de trinca;
Modela precisamente deformação plástica;
Mais complexo do que o método de vida sob tensão;
Habilidade de modelar tensões residuais devido ao histórico de carregamento;
Somente considera aspectos iniciais da vida sob fadiga;
Facilmente extrapolado para geometrias mais complexas;
Ainda empírico para muitas aplicações;
Útil para aplicações de altas temperaturas;
Necessita de experimentos posteriores para possíveis correções do modelo.
Possível incorporar comportamento transiente de materiais. Mecânica da fratura linear elástica (LEFM)
CONCLUSÕES
Trata diretamente do estágio de propagação de trincas;
Dificuldade em lidar com a etapa de nucleação;
Possível de incorporar dados de ensaios não-destrutivos;
Dificuladde de determinar o fator de intensidade de tensões para geometrias complexas;
Oferece melhores compreensões sobre os mecanismos de fadiga. Tabela 1 – Vantagens e Desvantagens dos métodos de avaliação da vida em fadiga [2]
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Deve-se salientar que a matriz de forjamento possui grande representatividade nos aspectos relacionados à custo e dimensional das peças forjadas. Dependendo do tamanho e complexidade o custo de uma matriz pode ser elevado e espera-se que sua vida útil seja suficiente a fim de equilibrar custos de fabricação com número de peças produzidas. Os defeitos mais usuais ocorridos em matrizes de forjamento estão relacionados a iniciação e propagação de trincas devido a fadiga térmica e mecânica e ao desgaste de sua superfície, acarretando em peças de dimensões aquém das esperadas, que geram retrabalho ou até mesmo descarte da matriz. Portanto, a busca por métodos que possam prever ou incrementar a vida útil de matrizes se faz necessária e neste aspecto os métodos de avaliação de vida em fadiga aliado a análise em elementos finitos podem se tornar uma ferramenta útil para a solução de tais desafios.
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Autor principal Diego Rafael Alba - Graduação em Engenharia Mecânica e Mestrado em Engenharia de Materiais, Minas e Metalúrgica pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Atualmente aluno de doutorado do Programa de Pós Graduação em Engenharia de Minas, Metalúrgica e Materiais (PPGE3M) da UFRGS. Pesquisas relacionadas aos processos de conformação mecânica e análises numérica dos processos através do método dos elementos finitos. Experiência na área de Engenharia de Materiais e Metalúrgica, com ênfase em Propriedades Mecânicas dos Metais e suas ligas, atuando principalmente nas áreas de conformação dos metais, soldagem em estado sólido, fadiga e análise de falha. Experiência na área de Engenharia Mecânica, com ênfase em projeto de componentes e equipamentos para indústria rodoviária e de Óleo & Gás. eng.diego. alba@gmail.com Co-autor Thomas Gomes dos Santos - Possui graduação em Fabricação Mecânica pela Universidade Federal de Santa Maria (2015). Tem experiência na área de Engenharia Mecânica, com ênfase em Processos de Fabricação, atuando principalmente nos seguintes temas: usinagem, forjamento, extensômetros e análises numéricas. thomas.santos@ufrgs.br Co-autor Lirio Schaeffer – Coordenador do Laboratório de Transformação Mecânica (LdTM) da UFRGS. Engenheiro Mecânico pela UFRGS, com doutorado na área de Conformação pela Universidade Técnica de Aachen (RWTH-Aachen). Pesquisador na área de Mecânica, Metalurgia e Materiais pelo CNPq, professor das disciplinas relacionadas aos processos de fabricação por conformação mecânica da UFRGS e vinculado ao Programa de Pós Graduação em Engenharia de Minas, Metalúrgica e Materiais (PPGE3M) desta universidade. Autor de diversos livros relacionados ao tema de Conformação Mecânica. schaefer@ufrgs.br
TECNOLOGIA
Empírico: É o conhecimento que se adquire no decorrer do dia, por meio de tentativa e erro. 5 Elementos finitos: É uma forma de resolução numérica de um sistema de equações diferenciais parciais. É uma análise matemática que consiste na discretização de um meio contínuo em pequenos elementos, mantendo as mesmas propriedades do meio original. 4
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MESSE
A Messe Brasil tem orgulho em promover o intercâmbio de conhecimento e tecnologia, estimulando a produtividade e a ampliação de mercados. Contribui com a visibilidade de Joinville, Santa Catarina e o Brasil no cenário internacional de grandes eventos, em segmentos como metal-mecânico, metalúrgico, plástico, gestão empresarial, construção civil, moldes e eficiência energética. messebrasil.com.br
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ESPAÇO LITERÁRIO
DICAS DE
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LEITURA
MECÂNICA DOS MATERIAIS
Beer e Johnston são líderes incontestáveis no ensino de mecânica dos sólidos. Utilizado por milhares de estudantes em todo o mundo desde sua primeira edição, Mecânica dos Materiais, 7.ed. oferece uma apresentação precisa da matéria, ilustrada com inúmeros exemplos. O texto enfatiza o correto entendimento dos princípios da mecânica e a sua aplicação na resolução dos problemas de engenharia. O livro possui 856 páginas foi publicado em 2015.
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Livros para você se inspirar
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A CRISE DA TOYOTA
Com um acesso sem precedentes a instalações da Toyota em todo o mundo, Timothy Liker e Timothy N. Ogden investigaram como a montadora enfrentou os desafios da recessão e a crise dos recalls de 2009-2010. Os fundamentos continuavam lá, e a Toyota acabou conseguindo sair mais forte do que nunca dos anos mais difíceis de sua existência desde o pós-guerra. O livro possui 272 páginas foi publicado em 2012
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COMPRAS ESTRATÉGICAS CONSTRUA PARCERIAS COM FORNECEDORES E GERE VALOR PARA SEUS NEGÓCIOS
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Um livro dinâmico e prático para qualquer profissional que esteja iniciando em funções de abastecimento e que queira conhecer a base teórica e prática dos processos de negociações, de relacionamento com fornecedores e de construção das estratégias de compras. O livro possui 279 páginas e foi publicado em 2014
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A CIÊNCIA DA FÁBRICA
A Ciência da Fábrica aborda a natureza dos sistemas de produção. Com um texto agradável e repleto de exemplos, os autores levam o leitor a perceber diversos princípios que influenciam o desempenho de um sistema de produção. A descrição das ferramentas e métodos é profunda e útil até mesmo para profissionais já experientes que atuam na indústria. O livro possui 720 páginas e foi publicado em 2012.
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OPINIÃO
NA DEFESA DAS FERRAMENTARIAS E DOS EMPREGOS POR WELLINGTON MESSIAS DAMASCENO
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ecentemente, em um estudo realizado pela Subseção do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), a pedido do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, apontou a necessidade de políticas de incentivo ao setor de ferramentaria no Brasil. No documento sobre a evolução do emprego em ferramentarias, entre os anos de 2008 e 2012, houve um aumento de 13,4% nos postos de trabalho, com o pico de 59.512 profissionais empregados no segmento neste último ano. Após esse período, o estudo apontou uma queda de mais de 10 mil empregos, chegando em 2018 com pouco mais de 48 mil trabalhadores. Esses dados reforçam a necessidade de entidades, como o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC; o Arranjo Produtivo Local, o APL de Ferramentaria do ABC; a Associação Brasileira das Indústrias de Ferramentaria, a ABINFER, lutar em defesa do setor e estarem articuladas na construção coletiva de políticas para o fortalecimento das ferramentarias. O setor é estratégico para o desenvolvimento de toda a cadeia industrial, detém conhecimento, tra-
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balhadores com mais qualificação e, portanto, melhor remunerados, além de impulsionar a produção no país. Uma das ações, que o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC está empenhado, consiste em pressionar os representantes governamentais para que incluam a ferramentaria nos debates sobre um novo regime automotivo, o chamado Rota 2030, como um pilar estratégico no desenvolvimento da indústria brasileira. A ineficiência do governo federal em aprovar o programa, que seria o substituto do Inovar-auto, traz sérias implicações para a recuperação e avanço do setor de ferramentaria. Outra medida proposta pelas entidades é a utilização, para a compra de ferramentas, dos créditos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, o ICMS, retido das montadoras. Essa medida garante que os créditos sejam usados exclusivamente com essa finalidade, no intuito de estimular a produção local. É importante lembrar que, apesar da indústria automotiva ser um grande propulsor do segmento, outros setores também podem contribuir com
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o crescimento e fortalecimento, com demandas específicas de ferramental, como a indústria de eletrodomésticos da linha branca, por exemplo. No esforço de propor novas políticas para o setor, o Sindicato tem realizado encontros com representantes das ferramentarias com o objetivo de ter um panorama geral, que possa nortear as ações nesse sentido. Com o fortalecimento das entidades e a implementação dessas e outras ações teremos a criação de novos empregos, o crescimento das empresas do setor de ferramentaria e o surgimento de novas cadeias produtivas.
Wellington Messias Damasceno Diretor executivo do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, responsável por políticas industriais
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