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EXPRESSAS

NOVIDADES E ACONTECIMENTOS DA INDÚSTRIA

1 FALTA DE MATÉRIASPRIMAS, DEMANDA INSUFICIENTE, TAXA DE JUROS E LOGÍSTICA PREOCUPAM EMPRESÁRIO INDUSTRIAL

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Sondagem Industrial do primeiro trimestre, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que 58,8% dos empresários ainda consideram a falta ou o alto custo da matéria-prima o principal problema enfrentado pela indústria. No entanto, esse percentual caiu em relação ao período anterior e outros três problemas começaram a despontar: demanda interna insuficiente, taxas de juros elevada e dificuldades com logística. A pesquisa ouviu 1.842 empresas entre 1º e 11 de abril.

A queda no consumo foi citada por 25,5% dos empresários industriais. Há dois trimestres esse problema vem ganhando força. No segundo trimestre de 2021, ele atingia 19,4%. O gerente de Análise Econômica, Marcelo Azevedo, explica que, isoladamente, o percentual não parece ser tão alto, no entanto, dado o momento em que a oferta começa a se ajustar, a demanda se mostra insuficiente. “A dificuldade de acesso à matéria-prima começa a ter uma pequena redução e o problema de demanda fica mais evidente. É realmente uma situação muito complicada”, explica.

O aumento mais expressivo ocorre na parcela do empresariado que considera as altas taxas de juros um problema. Passou de 14,2% para 20,8%. É o quarto trimestre consecutivo que esse problema cresce. No fim do ano passado, apenas 7,6% consideravam os juros um obstáculo ao seu negócio. Além disso, as dificuldades na logística de transporte já afetam 13,8% ante 11,8% no trimestre anterior. Esse é o terceiro trimestre seguido de alta.

A produção industrial apresentou vigoroso crescimento em março de 2022. O índice de evolução da produção ficou em 54,5 pontos, resultado que está acima da linha divisória entre queda e crescimento da produção. Desde dezembro, o índice encontrava-se abaixo do patamar dos 50 pontos, comportamento que foi revertido em março, indicando crescimento da produção. Além disso, o índice que mensura a produção industrial em março de 2022 foi 4 pontos acima de março de 2021.

A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) aumentou 1 ponto percentual, para 69%, entre fevereiro e março de 2022. O resultado é positivo: 2 pontos acima da média dos meses de março. O percentual vem em trajetória de crescimento desde janeiro de deste ano.

A intenção de investimento manteve-se estável em abril. O índice de intenção de investimento alcançou 56,6 pontos, permanecendo acima da média histórica de 51 pontos.

Fonte Ipesi

2 PERNAMBUCO SERÁ A SEDE DE NOVA MONTADORA NACIONAL

O município de Araripina, em Pernambuco, vai sediar a montadora de automóveis da NBR – Grupo Novo Brasil. A planta receberá investimentos da ordem de R$ 260 milhões e as obras devem ser iniciadas ainda neste primeiro semestre de 2022. O lançamento da pedra fundamental do projeto aconteceu no final do mês passado.

A sede será erguida em área de 290 mil m² e contará com 30 mil m² de área construída. O complexo também terá uma usina solar fotovoltaica e uma pista de testes. A planta do Grupo NBR será mista, utilizará mão de obra humana e robotizada e contará com tecnologia europeia.

Conforme publicado no site da prefeitura de Araripina, na localidade serão produzidos dois modelos de carros populares para o mercado nacional. Ainda de acordo com as informações do governo municipal, a capacidade instalada da fábrica será de 1.600 carros por mês. A produção será iniciada no segundo semestre de 2023 com 1200 unidades. Em três anos, a capacidade instalada poderá ser dobrada.

Os veículos serão comercializados em lojas próprias (Recife, Natal, Fortaleza, São Paulo e Florianópolis) e revendas homologadas pelo fabricante. As unidades serão compostas por showroom e oficinas autorizadas.

Modelos

Na montadora serão fabricados dois modelos, um buggy e um carro popular para cinco pessoas. Os dois modelos

serão construídos em uma estrutura modular com carroceria de fibra de vidro ou carbono e deverá custar R$ 66 mil para o consumidor final.

Para conseguir vender o carro a esse valor, o Grupo NBR vai realizar a montagem dos conjuntos junto aos fornecedores e fabricantes disponíveis no mercado brasileiro, como por exemplo conjunto de rodas, pneus, baterias, conjuntos óticos e faróis auxiliares, vidros, amortecedores, molas, sistemas de freio, resinas, fibras etc. Os motores deverão ser fornecidos por fabricantes do Brasil, China e Índia.

“Nossa montadora ocupa uma lacuna em que não há concorrente em nenhum país do mundo. Grandes marcas apresentaram protótipos de buggies que ainda não chegaram ao mercado. No país, apenas empresas artesanais realizam a adaptação de carros pré-existentes para atender à demanda do mercado brasileiro de buggies, investimento que varia entre R$ 80 mil e R$ 100 mil. Também queremos renovar e reacender a paixão dos brasileiros pelo buggy”, diz Evandro Lira, diretor-presidente do Grupo NBR.

Capacitação

O Grupo NBR está negociando junto à Secretaria de Trabalho, Capacitação e Empreendedorismo do Governo de Pernambuco um projeto de capacitação para até 1.000 pessoas nas áreas de laminação de fibra de vidro e de carbono, elétrica, mecânica, montagem e funilaria, entre outros. Toda a capacitação será realizada em Araripina.

Fonte Usinagem Brasil

6 NOVO METAL DESENVOLVIDO PELA NASA SUPORTA TEMPERATURAS DE ATÉ 1000 GRAUS CELSIUS Pensando em aumentar a vida útil dos motores a jato, reduzir o consumo de combustível e gastos com manutenção, recentemente, a NASA desenvolveu uma nova liga metálica através de um processo de impressão 3D.

Com isso, a resistência dos componentes e peças utilizados durante uma exploração espacial terão um desempenho melhor e mais duradouro.

Formado por uma liga de dispersão de óxido, o material que ficou conhecido como GRX-810 é capaz de manter sua força estrutural em cenários adversos.

De acordo com a publicação da NASA, para que fosse possível compreender o comportamento e desempenho termodinâmico do objeto, os pesquisadores usaram modelos computacionais para determinar a composição da liga.

Segundo o relato, a equipe de pesquisadores descobriu a composição ideal em apenas 30 simulações e o material apresentou resistência e flexibilidade em condições de até 1093 ºC.

“Esta inovação é revolucionária para o desenvolvimento aeroespacial. Anteriormente, um aumento na resistência à tração geralmente reduzia a capacidade de um material de esticar e dobrar antes de quebrar, e é por isso que nossa nova liga é notável”, afirma Dale Hopkins, vice-presidente de projetos da NASA.

Além da sua alta performance, o GRX-810 é visto como um forte aliado no desenvolvimento sustentável, afinal, sua vida útil contribui para a redução do uso de combustível e manutenção de aeronaves nas missões espaciais.

Fonte CIMM

4 TUPY COMPRA MWM DO BRASIL POR R$ 865 MILHÕES Com aquisição, fabricante de componentes quer atuar em novos setores da cadeia e integrar serviços de usinagem, montagem e engenharia

Com o objetivo de estender suas operações no país, a Tupy acaba de anunciar a compra da MWM do Brasil. Com o negócio, a multinacional brasileira de componentes para veículos pesados e agrícolas pretende atuar em outros segmentos de mercado ao agregar os serviços da tradicional fabricante de motores e geradores.

Estimada em R$ 865 milhões, a aquisição ainda está sujeita à aprovação da autoridade antitruste do país. A negociação é mais um movimento de expansão da Tupy, que no ano passado adquiriu a Teksid, divisão de componentes do Grupo Stellantis.

Bom para os dois lados

A nova negociação segue a lógica do “juntar o útil ao agradável”. Segundo a Tupy, a aquisição da MWM do Brasil visa a integração de serviços de fundição, usinagem, montagem, validação técnica e engenharia.

Além de fornecer componentes a fabricantes de caminhões, máquinas agrícolas, de construção e motores, a Tupy vai se valer da produção e expertise da MWM na fabricação de propulsores e grupos geradores para ampliar seus negócios.

Do outro lado, a aquisição é uma nova frente para a MWM. A empresa foi uma das que mais sentiu o baque do fim das operações industriais da Ford, em janeiro de 2021, e atualmente concentra suas atividades em grupos geradores. A compra pela Tupy pode dar novo fôlego ao segmento de motores para veículos comerciais e pesados.

Novos segmentos de mercado

A transação permite à Tupy atuar também em novos segmentos, como os de energia, marítimo e reposição. Só no segmento de reposição de peças e componentes de motores, são mais de 600 pontos de venda e cerca de 300 oficinas credenciadas da MWM em todo o país.

“Juntas, MWM e Tupy tornam-se uma companhia singular no mercado. Vamos nos unir a uma empresa com grande capital intelectual e tecnológico, cultura empreendedora e elevada credibilidade técnica em nossa indústria. Com a competência técnica desse time, estenderemos os serviços por eles oferecidos aos nossos clientes atuais”, afirma Fernando Cestari de Rizzo, CEO da Tupy.

Iniciativas sustentáveis

Segundo comunicado da Tupy, a aquisição também vai permitir que a companhia ofereça soluções de descarbonização. A empresa destaca a eletrificação para o agronegócio como uma das principais estratégias e diz que já há um time de engenharia dedicado na adaptação de geradores e veículos comerciais ao uso de biogás, biometano, biodiesel, gás natural e hidrogênio, “em um processo desenvolvido, certificado e garantido pela fábrica da MWM”.

“O uso de biogás e biometano para geração de eletricidade e como combustível para frotas de caminhões, ônibus e tratores agrícolas é a principal rota para a descarbonização da indústria nacional e exportadora”, defende José Eduardo Luzzi, CEO da MWM. “A produção de biogás no país é inerente ao tamanho do agronegócio brasileiro e também será utilizado, em grande medida, como combustível para a produção de eletricidade em propriedades rurais através de geradores elétricos desenvolvidos e fabricados pela MWM”, completa o executivo.

Vale lembrar que a Tupy Tech, no ano passado, apresentou iniciativas para processos mais sustentáveis. Desenvolvimento de materiais, geometrias e usinagem de componentes apropriados ao hidrogênio como combustível e para carros de passeio híbridos a etanol ou gasolina, além de soluções para reciclagem e reutilização das baterias de íon-lítio, estavam entre as premissas da companhia.

Fonte Automotive Business

5 MACHINERY TOOLING UNIT: UMA HISTÓRIA DE INOVAÇÃO E PIONEIRISMO Unidade da Nidec Global Appliance chega aos 50 anos com softwares de gestão que permitem acompanhamento da produção das peças em tempo real.

Há cinco décadas, a ferramentaria da Nidec Global Appliance é uma referência na América Latina. Criada, inicialmente, para suprir as demandas da companhia, o setor cresceu, incorporando tecnologias e pedidos que extrapolam os muros da empresa. O crescimento foi tão intenso que a área passou a ser chamada de Machinery Tooling Unit (MTU).

Ao longo de sua história, a MTU contabiliza muitas inovações. O setor foi um dos primeiros a incorporar a tecnologia CNC e ferramentas intercambiáveis. A partir dos anos 1990, começou uma grande modernização, que hoje se reflete na utilização de modelagem 3D, simulações em realidade virtual, entre outras melhorias. O time conta com colaboradores de diferentes áreas, que juntos já desenvolveram mais de 12 patentes em ferramentais e máquinas, gerando diferencial competitivo e estratégico para a Nidec Global Appliance.

“Joinville é um polo metalmecânico no Brasil e a MTU auxiliou nesse crescimento, com o desenvolvimento de tecnologias, a preparação de fornecedores e o treinamento de profissionais qualificados”, afirma Heber de Carvalho Hespanhol, gerente da MTU. Hoje, são mais de 80 equipamentos, usados no desenvolvimento de ferramentais e máquinas para a companhia e para clientes externos.

Alinhado aos princípios de manufatura avançada, o setor incorporou softwares que aprimoram ainda mais seus processos. Projetos que antes eram feitos no papel, hoje são manipulados em programas de alta tecnologia e permitem economia de tempo. São mais de 150 mil desenhos gerenciados pela equipe. O setor recebe, em média, 12 mil pedidos novos por ano, desenvolvendo aproximadamente 100 ferramentais e máquinas durante o período.

Hoje, a MTU se dedica à fabricação de ferramentais para os processos de produção de quase todas as peças metálicas do compressor. Também são produzidos dispositivos especiais como gabaritos para linhas de montagens, medição e máquinas customizadas, desenvolvidas e automatizadas sob demanda. São

equipamentos utilizados para construir peças complexas que podem integrar linhas inteiras de montagem. Para Heber, um ferramental eficiente é estratégico no funcionamento de uma linha de produção. “Ele gera um produto de qualidade, com cada vez mais produtividade, de forma prática, otimizando recursos como matéria-prima”.

Gestão e automação – Softwares de gestão também permitem acompanhar a produção das peças em tempo real, reduzindo o ciclo de entrega de cada produto. Há, inclusive, programas que simulam a fabricação do produto final. Os ferramentais projetados são de fácil manutenção a ponto de, em muitos casos, não precisar parar a linha de produção para realizar um eventual setup, ajuste ou conserto.

Assistência técnica, treinamentos sob encomenda, manuais de manutenção preventivos que trazem as revisões programadas e máquinas modernas são outros aspectos importantes da rotina do setor.

Mais informações: www.nidec.com

3 GOVERNO EDITA DECRETO QUE REDUZ ALÍQUOTAS DE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS O governo federal editou decreto que reduz as alíquotas de produtos industrializados relacionados na Tabela de Incidência do Imposto de Produtos Industrializados (TIPI).

A medida altera decreto anterior, publicado no final do mês passado, que trata do mesmo tema. As alterações começam a valer a partir do dia 1º de maio.

De acordo com o governo, a medida publicada na quinta-feira (14), no Diário Oficial da União (DOU), busca a adequação das alíquotas da tabela para este ano, em relação ao que estava estabelecido em decreto de 2017, “promovendo a manutenção da redução geral da alíquota do IPI em 25% para a maioria dos produtos.”

O governo justificou a redução com o argumento de que a medida tem por objetivo estimular a economia, afetada pela pandemia de covid-19, para auxiliar na recuperação econômica do país.

Ainda de acordo com o governo, as mudanças representam uma diminuição da carga tributária de R$ 19,5 bilhões para o ano de 2022.

Nos anos seguintes, a estimativa de redução será de R$ 20,9 bilhões para o ano de 2023 e R$ 22,5 bilhões para o ano de 2024.

“Por se tratar de tributo extrafiscal, de natureza regulatória, é dispensada a apresentação de medidas de compensação, como autorizado pela Lei de Responsabilidade Fiscal”, informou a Secretaria-Geral da Presidência da República.

Fonte CIMM

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