DESAFIOS NÃO METEM MEDO!
No início de 2007 fomos “presenteados” com uma cópia do planejamento estratégico plurianual de cinquenta anos para o setor ferramenteiro de uma superpotência mundial. Uma impressionante trilha de estratégias, caminhos, desvios e ações para tornar aquele país o maior fabricante de ferramentais do planeta. Esse complexo “tabuleiro de xadrez” foi composto de um número incontável de jogadas, cada uma com seu próprio desdobramento e prazo de execução.
Inspirados nele, um importante movimento de empresários brasileiros ferramenteiros e fornecedores iniciou uma série de encontros para analisar, avaliar, discutir e encaminhar nosso futuro, fortemente ameaçado pelas estratégias externas de abastecimento de moldes, modelos, matrizes e dispositivos. Após algumas incursões e estudos em modelos mundiais, surgiu a ABINFER – Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais, nata em 16/09/2011, com o objetivo de representar a cadeia de fabricantes tão estratégica para o desenvolvimento de um país.
No planejamento da entidade constavam (e constam) os cinco pilares de atuação, quais sejam: capacitação, tecnologia, mercado, tributos e sustentabilidade. Nenhum deles se sustenta isoladamente, e todos são interdependentes.
Entretanto, não há capacidade humana, gerencial, estrutural e financeira para “atacar” todos os pontos simultaneamente. Portanto, houve a necessidade de definir prioridades. Estas, por sua vez, balizadas e calcadas em atuações de curto, médio e longo prazos. Apesar de terem sido definidas ações emergenciais e prioritárias em todos os pilares mencionados, grande destaque está sendo dado para os três iniciais, cujos desdobramentos se tornaram desafios nunca antes imaginados dada a relevância, a abrangência e
o impacto resultante. Como entregas, estão sendo trabalhadas frentes na busca de:
• Retenção de pedidos de compra no território brasileiro, para garantir emprego e renda;
• Renovação do parque de máquinas para torná-lo mais produtivo e competitivo;
• Formação de profissionais técnicos e gerenciais, aqui incluindo empregados e empregadores, que atendam aos requisitos e demandas globais de qualidade e produtividade em produção de ferramentais.
Esta última, em meu ponto de vista, a de prioridade número 1. Cabe manifestar neste espaço o imediato entendimento da demanda do setor pelo sistema SENAI e agradecer ao irrestrito apoio no “redesenho” dos cursos de formação de ferramenteiros para moldes para plástico, matrizes para conformação e moldes para fundição.
O novo modelo de ensinamento foi tão caprichosa e cuidadosamente elaborado que recebeu elogios internacionais do competente e experiente japonês Etsujiro Yokota. Ele, que foi ferramenteiro, diretor de empresa, consultor internacional do governo japonês para assuntos de ferramentaria e professor universitário, Em sua manifestação, após tomar conhecimento do modelo inovador de formação profissional elaborado por “nosso” SENAI, destacou que “o programa de formação de recursos humanos é maravilhoso! Em todos os aspectos de conteúdo, equipamentos
e sistema educacional, é a melhor forma de ensino técnico para moldes do mundo”. Mencionou ainda que o modelo deve ser amplamente difundido, promovendo mais desenvolvimento para o Brasil e para o mundo. Para entender o posicionamento do nobre profissional, leia a reportagem “Cantinho de Ideias” nesta edição. E reforça ainda que o Brasil está a caminho de ter a melhor indústria de ferramentais do mundo.
Para isso precisamos aumentar o valor agregado dos ferramentais para torná-los lucrativos. E isso exige especialização.
Que desafio! Que orgulho! Que responsabilidade!
Ah, o país que mencionei no início foi a China, que previa ser o maior fabricante mundial de ferramentais em 2020 e que, por conta de planejamento, comprometimento e atitude, conquistou o posto com 6 anos de antecedência, validando a frase: Não tenha medo dos desafios, tenha medo de não tentar.
Desejo boa leitura dessa edição imperdível e ótimas reflexões, pelo bem da sua empresa, da indústria brasileira e do Brasil.
POR CHRISTIAN DIHLMANN06
CONTEÚDO
EXPRESSAS
Informes objetivos sobre acontecimentos do setor
12 ROTA 2030
Conecta Mais Ferramentarias - Plataforma online conecta demandas de ferramentarias à fornecedores e consultores
16
CANTINHO DE IDEIAS
A nova estrutura SENAI para formação do ferramenteiro brasileiro
24 PROCESSOS
A simulação numérica sozinha é suficiente para garantir uma peça estampada em boas condições?
28 PROCESSOS
Produtividade é a solução: trabalhando o melhor custo
38 GESTÃO
Como um sistema ERP impacta o lucro de uma indústria?
41 PROCESSOS Digital twin e o poder da análise de dados aplicado a indústria CNC
46 MEMÓRIAS
Global moldes é referência na produção de moldes de embalagens plásticas
50
GENTE & GESTÃO
Nada começa em algo, tudo começa em alguém
56 ENFOQUE Novidades tecnológicas do mundo da ferramentaria
60 CIRCUITO BUSINESS Cursos, eventos e feiras
62 CONEXÃO WWW Indicação de websites
64 ESPAÇO LITERÁRIO Indicação de livros
66 OPINIÃO
Sustentabilidade como vetor do desenvolvimento
44 JURÍDICA Patente ou segredo industrial: qual a melhor opção para meu negócio?
ORGULHO DE SER MEMBRO PROUD TO BE MEMBER
REVISTA DIGITAL
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NOVIDADES E ACONTECIMENTOS DA INDÚSTRIA
1 BRASIL COMPRA MAIS DE US$ 3 BILHÕES EM AUTOPEÇAS CHINESAS
Do lado das exportações, Argentina foi principal parceiro do Brasil.
O expressivo volume de compra de autopeças chinesas contribuiu para o déficit comercial do setor em 2022. A China vendeu US$ 3,18 bilhões em componentes automotivos para o Brasil, o que representou um crescimento de 16,2% sobre o total de US$ 2,74 bilhões registrado em 2021.
No ranking das importações brasileiras, a China tem participação de 16,3%, seguida dos Estados Unidos, com 12,4%, Alemanha, 9,9%, e Japão, 8,6%, conforme relatório da balança comercial publicada no site do Sindipeças esta semana.
A venda de autopeças produzidas nos Estados Unidos para o mercado brasileiro chegou a US$ 2,42 bilhões no ano passado, volume 23,9% superior ao do ano anterior, que foi de US$ 1,96 bilhão.
O Brasil importou da Alemanha US$ 1,94 bilhão (alta de 12,4%) e do Japão, US$ 1,69 bilhão, expansão de 8,6% no comparativo interanual.
O México completa o ranking dos cinco maiores importadores, com US$ 1,33 bilhão em 2022 e US$ 1,1 bilhão em 2021.
No que tange às exportações, os cinco principais parceiros brasileiros são Argentina – 35,3% de participação -, Estados Unidos, México, Alemanha e Chile.
O país vizinho comprou US$ 2,95 bilhões em autopeças produzidas no Brasil no ano passado, o que representou expressiva alta de 51,3% sobre o ano anterior, quando esse total ficou em US$ 1,95 bilhão.
Em seu site, o Sindipeças explica que “a performance favorável experimentada pelo setor automotivo na Ar-
gentina em 2022, ainda que por razões negativas (aquisição de ativos para proteção do patrimônio, devido à inflação explosiva de quase 100% no ano) ampliou a participação do país vizinho no total das exportações do setor de 29,7% para 35,5%”.
As exportações para os Estados Unidos atingiram US$ 1,36 bilhão em 2022, ante total de US$ 1,19 bilhão um ano antes, enquanto para o México foram embarcados US$ 762,7 bilhões, ante os US$ 705,5 bilhões de 2021.
A Alemanha comprou quase US$ 580 milhões em autopeças brasileiras, enquanto o Chile adquiriu US$ 330,3 bilhões.
Fonte: AutoIndústria
técnico, por exemplo), Eletroeletrônica, Tecnologia da Informação e Construção Civil.
“A projeção do emprego setorial considera o contexto econômico, político e tecnológico do país”, explica o gerente-executivo do Observatório, Márcio Guerra.
“Um dos diferenciais é a projeção da demanda por formação a partir do emprego estimado para os próximos anos. Mas também são levadas em conta as estimativas das taxas de difusão das novas tecnologias nas empresas e as eventuais mudanças organizacionais nas cadeias produtivas”.
2
BRASIL PRECISA FORMAR 77 MIL TÉCNICOS INDUSTRIAS SÓ EM 2023
Estudo do Observatório Nacional da Indústria, hub de dados do Sistema Indústria, dá conta de que apenas neste ano o Brasil precisará capacitar mais de 77 mil técnicos industriais para atender as necessidades do setor, que vive nova fase de crescimento.
Segundo o Observatório, que realizou a análise com base no Mapa de Trabalho Industrial 2022-2025, com estas quase 80 mil novas vagas, o total de postos de trabalho de base industrial e de nível técnico alcançará cerca de 2,2 milhões, representando 18,4% da totalidade do emprego industrial no país.
As áreas com maior abertura de novas vagas e demanda por técnicos em 2023, de acordo com o estudo, são Logística e Transporte, Metalmecânica, Funções Transversais (englobando profissionais que atuam em pesquisa, seguranças do trabalho e desenho
Segundo Guerra, é digno de nota que as mudanças tecnológicas já estão impactando o perfil de muitos profissionais (com o crescimento paralelo de áreas como Tecnologia da Informação e Eletroeletrônica), e que setores mais tradicionais, como Metalmecânica e Construção, também continuam demandando cargos técnicos.
Já a Logística ganhou destaque porque muitas empresas precisaram se reinventar, durante a pandemia, no processo de distribuição de mercadorias e acesso aos insumos.
“A pandemia exigiu do setor industrial uma nova forma de organização da cadeia produtiva. Demandou profissionais que monitoram dados e informações para garantir que o processo produtivo tenha menor custo e melhor entrega”, resume o gerente-executivo do Observatório da Indústria.
A distribuição das novas vagas técnicas ofertadas pelo país espelha fielmente o potencial industrial de cada unidade da Federação.
Assim, São Paulo responde por 26.985 vagas, quase um terço das 77 mil vagas totais, seguido por Minas Gerais (7.829), Rio de Janeiro (6.704), Pa-
raná (5.324), Rio Grande do Sul (5.098), Bahia (2.817) e Ceará (2.434 vagas).
Os cursos técnicos têm duração média de um ano e meio, podendo chegar a dois anos. Eles exigem como pré-requisito o aluno estar cursando ou já ter o ensino médio completo.
A estratégia desses cursos é preparar o aluno para o exercício de uma profissão por meio de uma metodologia de ensino bastante prática, e voltada fundamentalmente para o mercado de trabalho.
Fonte: Usinagem Brasil
3 DESACELERAÇÃO DO PIB EM 2022 SUGERE CRESCIMENTO MODESTO EM
2023
A desaceleração da economia brasileira em 2022 sugere um ritmo mais modesto de crescimento neste ano. É o que avalia a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, em nota divulgada após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentar o resultado anual do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país.
Na última quinta-feira (2), o IBGE informou que o PIB recuou 0,2% no quarto trimestre de 2022. No ano, houve crescimento de 2,9%, contra 5%, em 2021.
“A desaceleração acentuada do ritmo de crescimento em 2022, com retração já observada no último trimestre, repercute, sobretudo, a reduzida liquidez no ambiente externo e o ciclo contracionista da política monetária [aumentos da taxa básica de juros, a Selic]”, diz a nota da SPE.
A SPE acrescenta que o “aumento dos juros somado à inadimplência crescente dificultou a tomada de crédito e os investimentos produtivos, levando à retração da atividade industrial”. “Esse cenário foi parcialmente contrabalanceado pelo setor de serviços, estimulado por reajustes nos valores do programa de transferência de renda, liberação do FGTS [Fundo de Garantia do Tempo de Serviço] e pelo crescimento da massa salarial ao longo do ano”, destacou.
A secretaria diz ainda que o cres-
cimento das exportações, repercutindo principalmente o aumento nos preços das commodities (produtos primários com cotação internacional), também colaborou positivamente.
Perspectiva
No curto prazo, a expectativa é de recuperação da atividade econômica, impulsionada pela previsão do IBGE de crescimento de 14,7% para a produção de grãos em 2023.
“Apesar do alto endividamento das famílias, a dinâmica positiva que segue sendo verificada no mercado de trabalho, a valorização real do salário mínimo e o aumento da faixa de isenção do IRPF [Imposto de Renda da Pessoa Física] também devem contribuir para a atividade nos primeiros meses desse ano”, acrescentou a SPE.
Em contrapartida, a secretaria cita como fator negativo para o crescimento econômico os juros básicos, atualmente em 13,75% ao ano, o maior patamar desde janeiro de 2017.
“Como consequência das elevadas taxas de juros, observa-se trajetória ascendente para os spreads [diferença entre taxa de captação dos recursos pelos bancos e a cobrada dos clientes] e para o custo de crédito, além de desaceleração acentuada nas concessõEs de crédito”, destaca.
Para a SPE, o setor externo pode ser outro fator de desaceleração, a depender do ritmo de arrefecimento da atividade global em função do ciclo de aperto monetário nas economias centrais, com destaque para os Estados Unidos e países da Europa.
Nível da Selic
Integrantes do governo tem criticado o atual nível da taxa Selic, que dificulta o crescimento econômico. Hoje, a ministra Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, reforçou esse discurso ao dizer que o governo tem feito o seu “dever de casa” e, por isso, espera “um gesto positivo”, não de generosidade, na próxima reunião do Comitê de Polícia Monetária (Copom) do BC, responsável por definir a Selic.
Fonte: CIMM
4 BMW ANUNCIA INÍCIO DE TESTES DE CARROS MOVIDOS A HIDROGÊNIO
Para a companhia o desenvolvimento da tecnologia de célula de combustível de hidrogênio é uma opção adicional para a mobilidade livre de emissões no futuro.
Após quatro anos de trabalho de desenvolvimento, o projeto da BMW, BMW iX5 Hydrogen, está entrando em sua fase de testes. De acordo com comunicado da companhia, nessa nova fase uma frota com cerca de 100 veículos BMW ix5 Hydrogen será empregada internacionalmente para fins de demonstração e teste para vários grupos-alvo, permitindo que pessoas não envolvidas no processo de desenvolvimento informem a impressão direta do veículo movido a hidrogênio.
“O hidrogênio é uma fonte de energia versátil que tem um papel fundamental a desempenhar no processo de transição energética e, portanto, na proteção do clima. Afinal, é uma das formas mais eficientes de armazenar e transportar energias renováveis”, disse Oliver Zipse, presidente do conselho de administração da BMW AG. “Devemos usar esse potencial para também acelerar a transformação do setor de mobilidade. O hidrogênio é a peça que faltava no quebra-cabeça quando se trata de mobilidade livre de emissões. Uma tecnologia por si só não será suficiente para permitir uma mobilidade neutra em termos climáticos em todo o mundo”.
Mobilidade livre de emissões no futuro
A montadora explica que o sistema de célula de combustível de hidrogênio é mais uma prova da experiência de desenvolvimento líder do BMW Group no campo de tecnologias de acionamento elétrico. E para a companhia o desenvolvimento da tecnologia de célula de combustível de hidrogênio é uma opção adicional para a mobilidade livre de emissões no futuro.
O hidrogênio necessário para abastecer a célula de combustível é armazenado em dois tanques de 700 bar feitos de plástico reforçado com fibra de carbono (CFRP). Juntos, eles contêm
quase seis quilos de hidrogênio, o suficiente para dar ao BMW iX5 Hydrogen um alcance de 504 km (313 milhas) no ciclo WLTP.
Além disso, encher os tanques de hidrogênio leva apenas de três a quatro minutos – então o BMW iX5 Hydrogen também pode proporcionar o dirigir em longas distâncias, com apenas algumas paradas curtas ao longo do caminho.
Confira as especificações técnicas:
• Potência máxima do sistema de acionamento geral : 295 kW/401 hp
• Potência elétrica contínua do sistema de célula de combustível: 125 kW/170 hp
• Potência máxima do bateria (tecnologia de íons de lítio)
• Potência máxima da unidade de acionamento elétrico integrada: 295 kW/401 hp
• Capacidade dos tanques de hidrogênio: 6 kg de hidrogênio (gasoso)
• Aceleração 0-100 km/h (62 mph) em menos de 6 s
• Velocidade máxima: acima 180 km/h (112 mph)
• Consumo de hidrogênio no ciclo WLTP: 1,19 kg/100 km (84 km/kg)
• Autonomia no ciclo WLTP: 504 km (313 milhas)
Fonte: CIMM
5 TIMTOS 2023 CONTARÁ COM MAIS DE 1 MIL EXPOSITORES
A TIMTOS 2023 – Taipei International Machine Tool Show, será realizada de 6 a 11 de março, em Taiwan. Uma das principais feiras de máquinas-ferramenta do mundo, a edição deste ano contará com mais de 1.000 expositores e quase 6.200 estandes.
O slogan da edição de 2023 será
“Keep Rolling in Metalworking” e o foco do evento estará “em conectar o ecossistema global de máquinas-ferramenta para tornar o processamento de metal mais inteligente, eficiente e sustentável”.
Grandes marcas estarão presentes no evento com seus modelos mais
recentes e novas soluções de smart manufacturing, como Chin Fong, Earth-Chain, FFG, TTGroup, Hiwin, PMI, YLM, Shinbu, Kafo, Chmer, Hartford, SOCO, YOU JI, Takisawa, YCM, Kao Ming, Victor Taichung, Delta, Siemens, Heidenhain, Trumpf, Fanuc, igus, Mazak, Mitsubishi, THK, Zeiss, Universal Robot, Mitutoyo, Keyence e Renishaw.
Entre os destaques deste ano, a TIMTOS irá abordar a questão da transição net zero, ou seja, a redução das emissões de carbono, que é uma preocupação comum e urgente da indústria manufatureira global. Para tanto, haverá duas séries de eventos: “ESG action!” e “ESG in TIMTOS”, com o objetivo de “reunir expositores e profissionais do setor para fornecer novos insights e serviços de consultoria que ajudarão mais fabricantes de máquinas-ferramenta a acelerar sua transição para a neutralidade de carbono”.
A TIMTOS 2023 também contará com três novas áreas temáticas: “Tecnologia Avançada de Metalurgia”, “Manufatura Aditiva” e “Manufatura Futura”. Com a adição das novas áreas de exibição, o evento pretende ampliar o escopo de exposições que cobrem o ecossistema do setor metalúrgico.
TIMTOS 2023 – Taipei International Machine Tool Show
Data: 6 a 11 de março de 2023
Local: Taipei Nangang Exhibition Center, em Taiwan Maiores informações em www.timtos.com.tw
Fonte: Usinagem Brasil
6 ENERGIA VERDE DEVE GERAR 2 MILHÕES DE EMPREGOS NO BRASIL
O Brasil já detém nada menos do que 10% dos empregos “verdes” no mundo, segundo cálculo da Agência Internacional para as Energias Renováveis (Irena, na sigla em inglês). Os empregos estão concentrados principalmente no mercado de geração hidrelétrica e de biocombustíveis.
E a tendência é a aceleração do ritmo de abertura de vagas no setor de
energia renovável. Projeção contida no estudo “Plano Nordeste Potência”, realizado pelas entidades Centro Brasil no Clima, Fundo Casa Socioambiental, Grupo Ambientalista da Bahia e Instituto Clima Info, estima que este mercado poderá gerar mais 2 milhões de vagas nos próximos cinco anos.
O cálculo tem como base futuros investimentos na área, como a construção de parques eólicos e usinas solares, que reforçarão ainda mais estas modalidades no Brasil.
Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a energia solar fotovoltaica acabou de atingir 23,9 GW de capacidade instalada no país, ultrapassando a energia eólica, que registra 23,8 GW.
De acordo com o “Plano Nordeste Potência”, 13% das futuras vagas serão para ensino superior; a maior parte, 50% das vagas, será para ensino técnico; os outros 37% não devem requerer qualificação específica.
“Essa expansão do mercado de energia mostra o grande potencial do setor na geração de postos de trabalho”, diz Vítor de Mesquita, diretor de Experiência e Pessoas da empresa de energia limpa Juntos Energia, que pretende triplicar a abertura de vagas no decorrer de 2023, direcionadas não só aos profissionais com formação específica técnica ou superior, mas também para aqueles sem especialização.
De qualquer forma, apesar da amplitude da oferta, há consenso no mercado de renováveis sobre a insuficiência de formação técnica dos novos entrantes no mercado de trabalho do setor.
Por isto, entidades como o Instituto Clima Info, a Absolar e a Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (Abeeólica) defendem parcerias entre governo, empresas e universidades para elevar a qualificação da mão de obra nesta área, como forma de impedir um possível “gargalo” futuro na expansão do mercado.
Fonte: Usinagem Brasil
conectamais
FERRAMENTARIAS
Plataforma
OConecta Mais Ferramentarias é uma iniciativa da Linha IV do Rota 2030, coordenada pela Fundação de Apoio da UFMG (Fundep), com o objetivo de melhorar a competitividade e a produtividade de micro, pequenas e médias ferramentarias brasileiras. O trabalho está em fase de prospecção de indústrias, fornecedores e consultores para a identificação de demandas e implementação de soluções de forma personalizada.
Por meio de cadastro gratuito na plataforma online, a meta da Fundação é atender 100 empresas do setor automotivo ainda este ano, especialmente na região sul e sudeste do país, onde há maior concentração de ferramentarias.
A solução foi desenvolvida com base nos resultados apresentados em uma pesquisa de benchmarking organizacional e tecnológico aplicada em ferramentarias brasileiras (13/11/2020 à 31/01/2022) para avaliar o desempenho atual do setor em comparação com os concorrentes mundiais, como a Alemanha e a China.
De acordo com Ana Paola V. Braga, pesquisadora do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) e coordenadora técnica do programa, os dados trouxeram uma importante visão estratégica sobre o setor ferramenteiro brasileiro para concentrar os esforços no desenvolvimento de soluções para o setor. Dentre os principais campos que precisam ser melhorados apontados na pesquisa, estão:
1. Orientação estratégica;
2. Conceito de manufatura e plano de investimentos;
3. Aumento da utilização de máquinas pela automação da manufatura;
4. Processo digital para o acompanhamento dos pedidos e indústrias 4.0;
5. Planejamento e agendamento da produção.
O trabalho foi executado pelo Fraunhofer Institute for Production Technology e pela WBA (Aachener Werkzeugbau Akademie); em cooperação com o IPT e o Instituto Tecnológi-
co de Aeronáutica – ITA.
A pesquisa também contou com o apoio da Associação Brasileira da Indústria de Ferramentarias (ABINFER), Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), e da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA).
COMO FUNCIONA A PLATAFORMA CONECTA MAIS Independentemente de seu tamanho e conexões com o mercado, cada indústria tem desafios específicos que precisam ser superados na operação de seus negócios. Neste contexto, a plataforma Conecta Mais Ferramen-
online conecta demandas de ferramentarias à fornecedores e consultores para ter acesso a soluções tecnológicas de forma eficiente
tarias apresenta-se como uma das soluções desenvolvidas especificamente para o setor automotivo, com o objetivo de melhorar a produtividade do setor.
Os interessados devem realizar o cadastro no site da plataforma e as informações serão utilizadas para conectar as demandas da sua empresa à consultores especialistas do setor. Com base nesse direcionamento, o agente de relacionamento será o responsável por intermediar as necessidades específicas de cada ferramentaria à consultores técnicos e fornecedores, fomentando
desta forma o relacionamento entre eles e o desenvolvimento de soluções tecnológicas.
Oportunidades e benefícios para as empresas:
• Suporte de consultores técnicos especializados;
• Conexão com parceiros selecionados;
• Acesso a soluções tecnológicas;
• Acesso à provedores de solução em gestão empresarial;
• Avaliação e classificação de fornecedores e ferramentarias.
O cadastro é gratuito, simples e prático!
Para realizar o cadastro na plataforma, os interessados devem preencher os campos do formulário online com informações de contato e da empresa: www.rota2030.fundep.ufmg.br/ conecta-mais
Amanda Nascimento Analista de Marketing e Comunicação da Fundep amandaoliveira@fundep.com.brO CÍRCULO VIRTUOSO DA EFICIÊNCIA TRIBUTÁRIA
POR CARLOS RODOLFO SCHNEIDERTanto quanto a responsabilidade financeira e a adequada gestão das despesas são virtudes necessárias às famílias e empresas que queiram estar preparadas para enfrentar períodos difíceis, a responsabilidade fiscal e a eficiência dos gastos devem ser compromisso de governos e bons gestores públicos. Isso é especialmente importante nos períodos mais favoráveis, para que se possam implementar políticas anticíclicas em tempos mais desafiadores, isto é, usar as reservas acumuladas no verão para enfrentar o inverno. As civilizações aprenderam a fazer isso ao longo dos séculos, mas muitos governos ainda não. E isso é especialmente importante para viabilizar apoio aos mais pobres, seja na forma de auxílios, como aconteceu na pandemia, seja evitando que a inflação e a exagerada depreciação cambial, sensíveis à condução fiscal, corroam a sua renda. É a estreita relação entre responsabilidade fiscal e responsabilidade social.
Especial atenção deve ser dada ao que vem acontecendo nos estados brasileiros. A partir de 2021, ainda durante a pandemia, tiveram uma arrecadação surpreendente, por uma série de fatores: transferências extraordinárias da União em função da Lei Complementar 173/2020, aquecimento da economia decorrente de mudança de hábitos de consumo durante a crise da Covid 19 e proibição de aumentos de
gastos com pessoal no poder público durante esse período. Com isso os estados conseguiram um importante reforço de caixa que, recomenda a responsabilidade fiscal, deveria ser usado para sanar as contas e fazer alguma reserva, se possível.
Manoel Pires, pesquisador associado do IBRE/FGV, questiona o caráter estrutural dessa melhora nas finanças estaduais, tanto no que diz respeito ao controle dos gastos de pessoal, que vêm contidos desde 2015, e mais durante a pandemia, como à recente arrecadação extraordinária. O grande risco, repetindo experiências nefastas do passado, é que esse superávit de arrecadação e caixa conjuntural, passageiro, seja direcionado a aumento de gastos permanentes, que não poderão ser reduzidos no próximo período de vacas magras, engessando ainda mais o orçamento. Lembrando que já existe uma grande distorção nas diretrizes orçamentárias, que estabelecem a indexação de muitos gastos às receitas, como os mínimos constitucionais à saúde e à educação. Isso significa que o aumento de arrecadação automaticamente obriga o aumento dos gastos na mesma proporção, sejam eles necessários ou não, dificultando ajustes de contas ou redirecionamento a pautas momentaneamente mais importantes.
O Estado precisa aprender a gastar com mais eficiência o enorme volume de recursos que já arrecada.
Estranhamente, quando um governo tem a coragem de reduzir carga tributária, como a proposta do ex-ministro Paulo Guedes de reduzir o IPI, para reduzir o famigerado Custo Brasil e aumentar a eficiência da economia, o mercado financeiro, agências de rating e parte da imprensa reagem mal e só enxergam risco fiscal de descasamento entre receitas e despesas. Por que não se enxerga o lado positivo, a oportunidade para voltar à reforma administrativa, ao aumento da eficiência da máquina pública, para fazer o ajuste pela despesa e não pela receita, consolidando o equilíbrio das contas públicas num menor nível de carga tributária, que é o que todos queremos?
Temos de iniciar essa mudança, que pode ter grande impacto no futuro do país, mas para isso é necessário despolitizar assuntos econômicos e de interesse nacional, que certamente devem estar acima de ideologias e partidos.
Carlos Rodolfo Schneider Empresário, um dos idealizadores do Movimento Brasil Eficiente (MBE). Membro do Conselho Político e Social da Associação Comercial de São Paulo – ACSP e do Comitê de Líderes da Mobilização Empresarial pela Inovação da Confederação Nacional da Indústria – CNI. crs@brasileficiente.org.br
INTERCÂMBIO BRASIL-JAPÃO DA INDÚSTRIA DE FERRAMENTAIS
13ª Reunião – A nova estrutura SENAI para formação do ferramenteiro brasileiro
Relato da reunião virtual realizada em 8 de fevereiro de 20223 (20:00h às 22:00h) para alinhamentos de visões globais referentes ao setor de ferramentaria, principalmente para o período pós pandemia, com a presença do Prof. Etsujiro Yokota, do Japão, Presidente de Honra da ABINFER –Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais.
Foi definido o próximo encontro virtual para o dia 22/03/2023 (quarta-feira), as 20:00h. O título sugerido para a próxima reunião é a continuação do tema: A melhor indústria de ferramental.
INTRODUÇÃO
A reunião teve como tema principal comentários do Prof. Yokota relativos a atualizações tecnológicas implementadas pelo SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, regional de São Paulo, para os cursos de Ferramentaria de Matrizes para Corte, Dobra e Repuxo (CDR) e de Ferramental de Moldes para Plásticos.
O Prof. Yokota iniciou com a frase “o conteúdo de formação de recursos humanos do SENAI é maravilhoso!”. Em todos os aspectos de conteúdo, equipamentos e sistema educacional, ele reafirmou
que em seu entendimento “é a melhor forma de ensino de moldes do mundo”. Menciona que o modelo deve ser difundido promovendo mais desenvolvimento para o Brasil e para o mundo.
EXPECTATIVAS EM RELAÇÃO À ABINFER E AO SENAI
Em seu entendimento, ele gostaria de ver o desenvolvimento dos recursos humanos necessários para a próxima geração de ferramenteiros. No conteúdo educacional atual, mesmo que se formem artesãos, eles não poderão treinar a próxima geração de engenheiros. E o Brasil
já está progredindo para a próxima etapa, onde serão necessários moldes mais avançados. Assim, solicita que sejam atentados os seguintes pontos:
• Desenvolvimento de pessoal para as novas tecnologias de moldes;
• Desenvolvimento de pessoal para os novos negócios de moldes.
E há diversas razões para pensar assim.
EDUCAÇÃO PARA MUDAR A MENTALIDADE SOBRE FERRAMENTAIS – PARTE 1
O molde não é uma ferramenta, é um sistema ou dispositivo de produção. Por exemplo, moldes com núcleo motorizado multicamada, moldes de precisão para latas de alumínio, sistemas de forjamento a frio, sistemas de insertos de moldes. E qual a diferença entre uma ferramenta e um dispositivo ou sistema? Do ponto de
vista da mecânica, uma ferramenta consiste de algumas poucas peças enquanto um dispositivo/máquina/ sistemas é uma combinação de muitas peças. Sendo assim, para utilizar uma ferramenta é necessária habilidade e o resultado pode variar conforme o usuário. Já o dispositivo não requer nenhuma habilidade humana, e o mesmo resultado pode ser obtido independentemente do operador.
Assim, um molde se classifica como um sistema ou dispositivo e não como uma ferramenta, pois as partes individuais influenciam-se umas nas outras, formando um verdadeiro mecanismo que funciona como um todo.
E a evolução dos sistemas tem direcionado à sofisticação, requerendo o desenvolvimento de softwares de controle. Portanto, a partir da definição de que o ferramental é um sistema, há possibilidade de expansão infinita.
As ferramentarias devem considerar fortemente o desenvolvimento de sistemas de informática para os moldes do futuro, principalmente para operação e monitoramento remotamente. Também a conexão de moldes à inteligência artificial (IA).
META DE DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIAS ALMEJADO PELOS CLIENTES
O mercado tem exigido que os ferramentais evoluam para operação de alta variedade e baixo volume, em função da redução da vida útil dos produtos, naturalmente com produção de eficiência garantida e de qualidade estável. Desta forma, é necessário caminhar na direção de aplicação de tecnologias de IA, de comunicação, de TI, de tecnologia digital, de virtualização, e de tecnologia analítica. Entretanto, este estágio não pode ser alcançado apenas por uma ferramentaria.
ENSINO PARA DESENVOLVIMENTO DA TECNOLOGIA DE MOLDES – PARTE 2
O Brasil tem uma forte tendência de não pagar pela criação de valor. Geralmente o cliente pede um molde “mais barato” ao invés de um “mais eficiente”. E como reverter esta situação? Como obter lucro neste ambiente? É preciso desenvolver uma estratégia para abortar este caminho perigoso. A meta para o futuro do desenvolvimento da tecnologia de moldes é aumentar o valor agregado dos ferramentais para torná-los lucrativos. E isso exige especialização.
Para atingir essa meta, primeiro todos os envolvidos na cadeia de fabricantes de ferramentais devem mudar a mentalidade e pensar na mesma direção. Na abordagem atual, o molde é apenas um “aglomerado de aço”, que não gera valor de venda e, ao contrário, produz uma verdadeira guerra de preços. É necessário reposicionar o ferramental como um produto de alto valor agregado.
E para isso é possível espelhar na indústria de máquinas-ferramentas do Japão. Antes do advento dos centros de usinagem, o valor de fresadoras, tornos e retificadoras era praticamente definido em termos de peso do produto. Na época, 1 tonelada de “máquina” valia cerca de 1 milhão de ienes. Após o surgimento dos centros de usinagem, com o fundamento determinado pelo software e pela usabilidade, essa relação passou a ser de 1 tonelada valendo cerca de 10 milhões de ienes. Assim, o valor do produto “máquina” passou a ser definido pela tecnologia, design e inovação. Nasce então a indústria das melhores máquinas-ferramentas, em uma transição para produto de alto valor agregado. Essa é a recomendação para a indústria do ferramental.
ENSINO DA FERRAMENTARIA RUMO A ATIVIDADES LUCRATIVAS – PARTE 3
É, portanto, necessário mudar o modo de pensar a fabricação de ferramentais. Focar em atividades sustentáveis, que conduzam ao lucro. Nem todas as atividades geram lucro para a empresa. A figura 1 apresenta algumas metodologias de gestão e garantia da qualidade.
Quais destas ações são mais necessárias para tornar a empresa lucrativa?
REPENSAR O SENSO COMUM – PARTE 4
É necessário repensar também o senso comum da indústria manufatureira atual. Para aumentar a produtividade em uma época de mudanças rápidas e constantes, é preciso revolucionar o PDCA atual e praticar o OODA. Para produtos repetitivos, o PDCA é válido, mas para produtos sob encomenda, caso dos ferramentais, o OODA é mais vantajoso. A figura 2 apresenta os dois modelos.
Também há de ser questionado se a busca pelo QCD é realmente importante para a indústria manufatureira? O conceito japonês de baratear as coisas boas não deve ser imitado. Na China e Europa, é natural que coisas boas sejam caras. A figura 3 mostra o novo conceito de QCD que deve ser praticado pelas ferramentarias.
Portanto, devemos repensar o conceito de QCD e trabalhar na sua nova abordagem, focada na qualidade e no lucro garantido, como indica a figura 4.
ABORDAR AS MUDANÇAS TRAZIDAS PELA INTRODUÇÃO DE VEÍCULO ELÉTRICOS (EV) – PARTE 5
A transição da estrutura de componentes mecânicos para componentes eletroeletrônicos trouxe muitos aprendizados para a indústria manufatureira. É perceptível o seguinte comportamento de mercado:
• Aumento de demanda de componentes pequenos, leves e de precisão – necessidade de componentes de altíssima qualidade – aumento da demanda por ferramentais de alta precisão;
• Grande demanda por alta variedade e baixo volume – necessidade de ferramentais com prazos curtos e baixos preços – estabilidade de preço dos ferramentais por impossibilidade de redução.
Para isso, é necessária uma mudança considerável na estrutura das ferramentarias e na configuração dos componentes de ferramentais existentes até o momento. Uma demanda forte pela engenhosidade da indústria de ferramentais.
Mas há diversos problemas nestas mudanças. O departamento de suprimentos de novos clientes é como um novato sem experiência. Algumas observações:
1. Não conhecem bem o custo (C) real do ferramental;
2. Não conhecem bem o que é a qualidade (Q) do ferramental;
3. Não conhecem bem o prazo (D) de fabricação de um ferramental;
4. Não conhecem bem o tipo de ferramental que é necessário;
5. Não conhecem bem onde estão as indústrias de ferramentais.
Ou seja, não há real compreensão do que é o QCD. Como resultado, continuam fazendo a aquisição de ferramentais nos mesmos formatos do passado. E este ciclo se repete. E, como conclusão, há uma relação de subordinação das ferramentarias em relação aos seus clientes, como uma hierarquia patrão x empregado.
Para evitar essa situação, há que se desenvolver maior capacidade de apresentar propostas do que há disponível atualmente.
A diferença entre as exigências de componentes para o veículo elétrico (EV) e os produtos eletroeletrônicos convencionais está assim:
• Durabilidade – componentes de alta qualidade (para utilização mínima de 10 anos);
• Segurança – componentes de alta precisão (garantia da vida humana);
• Confiabilidade – alta capacidade de projeto.
Os produtos eletroeletrônicos são sucateados quando danificados e basicamente substituídos, e não ter componentes para substituição é inadmissível. Em automóveis, é necessário fazer manutenção. Não ter componentes. Assim, chegou a era em que qualidade e alta precisão dos ferramentais faz a diferença. Os ferramentais japoneses serão
requisitados. O importante, a partir de agora, é jamais vender barato.
AÇÕES ESPERADAS DE INSTITUIÇÕES EDUCACIONAIS –PARTE 6
São vários os atores que vão fazer a diferença neste “virada de chave”. Dentre eles, as instituições de ensino são fundamentais. Mais uma vez, pensar no que é necessário para a indústria de ferramentais a partir de agora. Para tanto, são estudos e ações recomendadas:
• Conversão do ferramental para sistemas de produção (aumento do valor agregado);
• Automação sem operador com uso de TI e IA em ambiente IoT;
• Aumento da lucratividade do negócio.
Importante não limitar a pesquisa em como otimizar/aumentar
a precisão dos ferramentais, mas desenvolver intensamente a aplicação de IA e TI. Identificar os pontos fracos da indústria de ferramentais brasileira.
O CAMINHO QUE A INDÚSTRIA BRASILEIRA DE FERRAMENTAIS DEVE ALMEJAR –PARTE 7
Ser a alavanca da indústria manufatureira deve ser o foco da indústria de ferramentais do Brasil, pois é a indústria que lidera o mercado consumidor, e sua evolução tecnológica gera impacto direto na produtividade do país. Essa é a forma mais objetiva de acabar com o jargão de que o Brasil “tem baixa produtividade”, pois a ferramentaria será o melhor indicador deste cenário.
Certamente a indústria de ferramentais é a indústria central da segurança econômica da indústria
manufatureira.
O caminho também passa por sensibilizar e conquistar a adesão do poder público, representado pelo Congresso Nacional, Ministérios e Governos Regionais, além de universidades, escolas técnicas, ensino médio e fundamental, imprensa e os próprios empresários ferramenteiros.
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A SIMULAÇÃO NUMÉRICA SOZINHA
É SUFICIENTE PARA GARANTIR
UMA PEÇA ESTAMPADA EM BOAS CONDIÇÕES?
Asimulação computacional de processos de estampagem se tornou algo corriqueiro nos departamentos de engenharia de diversas empresas no mercado, tanto a nível local quanto mundial. São raras as exceções em que nenhum tipo de simulação é usada, seja ela feita internamente ou contratada de fornecedores.
As primeiras simulações deste tipo começaram a ser realizadas na década de 1990 e de lá para cá houve uma evolução impressionante tanto na qualidade dos resultados dos softwares de simulação, quanto nos conhecimentos dos engenheiros nesta aplicação.
A obtenção de primeiras peças ferramentadas sem rupturas é hoje algo tão comum que engenheiros de gerações mais novas nunca tiveram uma experiência diferente desta. Em algumas empresas, encontramos uma média de 85% da peça dentro do dimensional nas primeiras peças estampadas. Com essas informações, é de se espantar quando em outros locais se observa um retrocesso significativo: Rupturas extensas, vários loops de tryout para correção dimensional e até mesmo de rupturas onde antes isso era considerado problema do passado.
Esse fenômeno pode ser explicado por uma característica da mente humana estudada por psicólogos mundialmente há séculos. Em 1885, o psicólogo alemão Hermann Ebbinghaus desenvolveu um estudo cujo objetivo era entender e mensurar a capacidade da memória humana de reter informações em um curto prazo de tempo.
Com base nos resultados de seu estudo, Hermann criou a então chamada Curva do Esquecimento, que descreve, naquela época, a capacidade da mente humana de registrar as informações recebidas.
A mente humana, imediatamente após “aprender” algo, retém 100% da informação. Cerca de 20 minutos depois, pouco mais de 40% da informação é perdida, avançando assim sucessivamente até cerca de apenas 21% de lembrança daquilo que foi aprendido 31 dias após o fato.
Vale lembrar que, na época do estudo, não havia, como hoje, acesso massivo a informação. A quantidade de dados absorvidos pela mente de um adulto saudável hoje é significativamente superior aquela de 1885, o que pode significar que nem mesmo os 21% de memorização sejam atingidos.
De forma correlata, a troca de gerações e a passagem do tempo faz com que em algumas empresas apareça uma certa desconfiança nos resultados e o questionamento sobre a real necessidade das simulações. Isso acontece porque muitos não lembram ou até mesmo não viveram épocas em que uma peça precisava de meses e meses de tryout para, enfim, ser manufaturada sem rupturas.
O MITO DA SIMULAÇÃO
Na década de 1990, em seu início, a simulação era tratada como um mito, havia desconfiança generalizada nos resultados e eram poucas as empresas que se arriscavam nesse novo mundo. Nos anos 2000 ela foi sendo cada vez mais aceita, mas ainda assim era tratada como uma espécie de “mandinga” ou um simples item de um checklist que precisava ser executado por exigência dos clientes.
Não havia grandes preocupações com a qualidade dos dados de entrada, como a definição das propriedades do material, a cinemática do processo, a acurácia das geometrias etc. Isso contribuiu com a desconfiança de alguns, pois refletia diretamente em resultados físicos divergentes daqueles obtidos virtualmente.
A CREDIBILIDADE DA SIMULAÇÃO
Com a evolução dos processos, controle de entradas e principalmente integração dos departamentos, os resultados práticos passaram a cada vez mais coincidir com aqueles obtidos na simulação, o que trouxe credibilidade para as indicações e solicitações do time de engenharia responsáveis por ela.
Como mencionado anteriormente, é possível encontrar empresas que atingem números médios de eficiência na casa dos 85%, e isso quando falamos em comparativos de desvios dimensionais. Peças sem ruptura já são consideradas um resultado natural em muitos departamentos de engenharia. A pergunta que fica e é tema deste
artigo é então: Executar a simulação numérica, mesmo que quase à perfeição, é suficiente para garantir um resultado satisfatório?
A resposta direta é: Não, não é suficiente!
O CONTROLE DO PROCESSO
Na manufatura de peças estampadas, conjuntos e subconjuntos da estrutura de um carro (BiW), por exemplo, existe um número finito, porém muito alto de variáveis que influenciam direta e indiretamente no resultado final alcançado, sendo a
simulação numérica, apesar de muito importante, apenas uma destas variáveis.
Por isso, para alcançar resultados satisfatórios de forma sistemática é imprescindível controlar todo o processo de desenvolvimento, que inclui, mas não se limita à simulação numérica. Isso significa que é preciso ter cuidado com tudo aquilo que vem antes da simulação, como dados de entrada, informações do material, condições de contorno etc. E com tudo aquilo que vem após a simulação, como o desenvolvimento das superfícies de usinagem, a construção e montagem do ferramental, ajustes, tryout etc.
Em outras palavras, se preocupar com parâmetros avançados de simulação, como o modelo de quebra-rugas, encruamento cinemático ou até mesmo o modelo de atrito considerado, pode se tornar um desperdício de energia caso a preocupação com estas informações se encerre ao término da simulação, deixando de lado detalhes como o controle de acabamento da ferramenta (responsável pelo coeficiente de atrito real) ou em qual condição os quebra-rugas foram realmente usinados.
O CONCEITO DE GÊMEO DIGITAL E COMO UTILIZÁ-LO
Com o foco em tentar solucionar problemas como os descritos acima, podemos adaptar conceitos existentes no mercado de modo a conseguir indicadores mensuráveis que nos permitam identificar quais e onde estão as divergências de processo que podem gerar resultados indesejados na manufatura de peças e subconjuntos.
O Gêmeo Digital é hoje um dos temas mais mencionados nos fóruns e encontros relacionados à manufatura. Sua base parte do princípio de que uma réplica digital de um ativo físico é criada, no caso, a simulação numérica, e a partir dos resultados observados neste Gêmeo (mestre) Digital é então projetada e construída a ferramenta física. Na prática, deve-se ajustar os procedimentos de construção e ajuste do ferramental e as condições de contorno do tryout até que se alcance o
resultado previsto virtualmente, e nunca o contrário.
E como então garantir que o construído alcance na prática os resultados do Gêmeo Digital? Para isso é preciso analisar uma série de variáveis e condições de contorno que podem ser resumidas nos 2 grandes campos mostrados na Figura 4.
FUNDAMENTOS:
Aqui, olhamos para aquilo que é a base para a simulação. Em termos simplificados, a simulação é um cálculo baseado em modelos matemáticos que tentam reproduzir o comportamento físico do fenômeno estudado a partir de variáveis de entrada fornecidas pelo usuário. Ou seja, o card de material utilizado, por exemplo, nada mais é do que uma tentativa de representar virtualmente o comportamento físico daquele material. Assim sendo, um erro na definição do card de material fatalmente gerará um resultado incorreto na simulação.
E o material é apenas um dos dados de entrada. Esse comportamento característico é válido para todos os outros itens do campo de fundamentos: Sistema tribológico, parâmetros da simulação (condições de contorno) e a avaliação dos resultados.
PROCESSOS:
São todas as variáveis que são diretamente ligadas ao processo de manufatura, como as geometrias utilizadas, a cinemática do ferramental, parâmetros de processo, forças de sujeição, quebra-rugas etc.
Outro item de processo importante é aquilo que chamamos de robustez, ou seja, a capacidade do processo de absorver variações incontroláveis na prática como a flutuação das propriedades mecânicas do material na troca de bobina, variação de força de prensa, posição inicial do blank, entre outras. Um processo robusto é aquele que entrega um produto funcional independente das condições de entrada destes “ruídos”, desde que eles estejam dentro das faixas de variação aceitas pelas normas.
FUNDAMENTOS E PROCESSOS: BUSCANDO A CORRELAÇÃO
Uma vez entendida a diferença entre os fundamentos e os procedimentos o objetivo dos times de engenharia, construção e tryout passa a ser um só, que é garantir que os dados coincidam entre mundo virtual (Gêmeo Digital) e mundo físico (ferramental).
Isso significa dizer que, antes de qualquer avaliação dos resultados ou até mesmo início do tryout, certos aspectos devem ser observados:
• Propriedades do material: O material do blank que será utilizado no tryout prestes a se iniciar coincide com aquele utilizado na simulação? Os dados de ensaio são conhecidos? As propriedades mecânicas são as mesmas?
• Tamanho e posicionamento do blank: O blank foi cortado e posicionado na ferramenta de acordo com o definido na simulação?
• Sistema tribológico: O acabamento superficial das áreas de contato na ferramenta coincide com o que foi adotado como condição de contorno na simulação? O comportamento do par tribológico ferramenta/chapa real é o mesmo considerado na simulação?
• Parâmetros de simulação: As recomendações de cálculo foram seguidas? As condições de contorno foram bem definidas e representam fielmente aquilo que foi construído?
• Pós-processamento: A avaliação dos resultados foi feita da maneira correta? Todos os critérios de aprovação como afinamento máximo, ruptura, estiramento mínimo, desvio dimensional etc. foram atendidos?
• Geometrias: As geometrias da ferramenta são as mesmas que foram validadas na simulação? Os alívios de usinagem feitos representam aquilo que foi considerado na simulação?
• Cinemática das ferramentas: A movimentação das ferramentas, quem desloca quem, pontos de contato e cursos respeitam aquilo que foi definido na simulação?
• Parâmetros de processo: As definições de processo na ferramenta (forças de sujeição, altura de quebra-ruga, raios de entrada e saída, alívios, apertos, etc.) representam as que foram consideradas na simulação:
• Robustez: O processo é capaz de absorver variações os dados de entrada, como variação das propriedades mecânicas, espessura, atrito, temperatura etc.?
Uma resposta positiva a todas essas perguntas certamente aumentará as chances de que durante o tryout se consiga atingir os resultados obtidos na simulação. Essa afirmação pode ser feita pois, respeitando os pontos mencionados conseguiremos um controle daquilo que vem antes da simulação, ou seja, a preparação dos dados e coerência com aquilo que será executado, assim como aquilo que vem após a simulação, que é a construção do ferramental. Metaforicamente falando, é como se estivéssemos
comparando maçãs com maçãs e bananas com bananas ao se verificar a correlação entre os resultados do tryout físico e da simulação.
A consideração de todos estes fatores durante o desenvolvimento traz uma série de benefícios que podem ser descritos em tópicos:
• O Lead Time do projeto é consideravelmente reduzido, visto que há uma redução significativa em tempo de construção, ajuste, tryout e buyoff. Há relatos e estudos que apontam para reduções na casa de até 6 meses no desenvolvimento de um veículo como um todo;
• Redução da “departamentalização”: a adoção do gêmeo digital e suas aplicações na engenharia fatalmente fará com que diversos departamentos passem a conversar entre si, reduzindo o comportamento típico “isso não é problema meu” e elevando o “caso eu resolva isso agora os custos serão menores”, mesmo que não para o setor que realizou o trabalho;
• Aumento de confiabilidade: com respostas mais assertivas e rápidas, será mais fácil provar o valor da simulação em negociações com clientes.
O QUE ESPERAR PARA O FUTURO?
Como mencionado no texto, hoje escutamos em congressos e apresentações diversas palavras e expressões, geralmente em inglês e na maioria dos casos conectadas a Indústria 4.0, como os termos digital-twin, big data, inteligência artificial, entre outras. Há um termo ainda pouco discutido, porém também de grande valia, chamado hoje de Smart Engineering, que nada mais é que um conglomerado de ações, que utiliza todos os conceitos citados no artigo para desenvolver processos de produção robustos e inteligentes.
O termo inteligente se torna interessante pelo fato de que a metodologia utiliza informações tanto do modelo matemático do processo físico, ou seja, simulação numérica, tanto quanto informações de dados coletados pelo sensoriamento dos processos, se assemelhando ao machine learning e mirando cada vez mais em processos extremamente eficientes.
Vou parar por aqui pois o Smart Engineering merece um artigo dedicado a ele, dada as proporções de suas aplicações, e o veremos em uma nova publicação!
Fernando Henrique
no
brasileiro e argentino, possui 10 anos de experiência na indústria automobilística tendo atuado na área de projetos de ferramentas para estamparia e simulação de processos de estampagem e armação de conjuntos soldados e/ou grafados. Possui graduação em Engenharia de Controle e Automação, MBA em Gerenciamento de Projetos e MBA em Gestão de Pessoas. +55 11 4121-1644 fernando.tersetti@autoform.com.br
PRODUTIVIDADE É A
SOLUÇÃO: TRABALHANDO O MELHOR CUSTO
Na edição anterior abordamos a teoria dos custos para formação de preços na indústria de ferramentais. A sequência do tema nos leva a refletir, entender e aplicar as ferramentas necessárias para minimizar tais custos com o objetivo de obter o maior aproveitamento dos ativos produtivos e viabilizar a necessária competitividade para se manter no mercado frente a concorrência.
A EVOLUÇÃO DO PREÇO DE MERCADO
Atualmente é comum que as empresas de ferramentaria e de usinagem se queixem de não conseguir vender seus produtos e serviços pelo preço correto, com a justificativa de que o mercado não aceita. Para investigar este fenômeno, podemos criar um modelo de como o custo e o preço da usinagem evoluíram nos últimos 20 anos.
Imaginemos, por exemplo, que uma empresa saudável no ano de 2000 vendia um molde por R$ 100.000, o qual custava R$ 90.000 para ser produzido. Assim a empresa obtinha um lucro de 10% em cima do preço do seu produto.
Se ajustarmos estes valores para os dias atuais, ano de 2020, segundo a inflação média de 6,15% no período, esta mesma empresa deve vender seu produto por R$ 334.911,37, e deste valor obter a mesma margem de lucro de 10%, ou R$ 33.491,14. Assim seu custo de produção seria R$ 301.420,23.
Porém, neste período de 20 anos a tecnologia deu grandes saltos, ou seja, em teoria as empresas devem ser mais produtivas. Se a parte final da cadeia produtiva, como uma montadora de automóveis, tem a meta de reduzir custos em 1% ao ano, ela consequentemente fará pressão para que os seus fornecedores reduzam seus preços de acordo. A redução acumulada de preço do produto fornecido nos últimos 20 anos, deve ser de 17,24%. Logo, o preço de venda do produto aceito pelo mercado seria de R$ 274.405,54. Se a empresa que vende o produto não reduzir seu custo de fabricação quer dizer que ela terá um prejuízo elevado, pois, segundo a expressão de preço, temos que:
Preço = Custos + Lucro
274.405,54 = 301.420,23 + Lucro
Lucro = 274.405,54 – 301.420,23
Lucro = - R$ 27.014,69
Desta forma, a empresa obtém prejuízo de R$ 27.014,69. Para que isso não aconteça, a empresa necessita aumentar sua produtividade. Neste exemplo a empresa precisa aumentar sua produtividade em 20,8% para conseguir acompanhar o preço de mercado e manter sua margem de lucro em 10%.
A produtividade acumulada de 20,8% em 20 anos, corresponde a um aumento de produtividade anual de 1,16%. Segundo estudos do Observatório de Produtividade Brasileiro da Fundação Getúlio Vargas a produtividade média por hora trabalhada anual foi de 0,9% no período de 1981 a 2020.
Os trabalhadores alemães e japoneses são três vezes mais produtivos que o brasileiro, já os trabalhadores americanos são em média quatro vezes mais produtivos. Ou seja, o Brasil tem muito potencial de ganhos produtivos que resultariam em um drástico aumento de competitividade. Como diria o fundador do instituto Kaizen, Masaaki Imai, “Problemas são uma montanha de tesouros. Então, se você tem muitos problemas você deveria estar feliz”. Como mencionado anteriormente, o setor de ferramentaria é um mercado altamente globalizado, ou seja, muitos outros fatores como a taxa cambial influenciam na competitividade das empresas nacionais em relação a empresas de outros países.
CUSTO DA QUALIDADE
Na Gestão da Qualidade Total (TQM), existem quatro tipos de custos de qualidade como definidos a seguir:
• Custos de Prevenção – evitar a má qualidade dos produtos ou serviços;
• Custos de Medição – detectar a má qualidade dos produtos ou serviços;
• Custos de Falha Interna – evitar que produtos ou serviços de má qualidade sejam entregues a clientes;
• Custos de Falha Externa – incorrem após a entrega de produtos e serviços defeituosos.
Os custos de prevenção e medição geralmente são chamados de Custos de Conformidade, enquanto os custos
de falha interna e externa são chamados de Custos de Não-Conformidade.
Um modelo que pode ser utilizado para o gerenciamento de custos é o Modelo Econômico de Conformidade a seguir:
Este modelo mostra que se a empresa tiver baixos custos de conformidade (prevenção e medição) então só será possível ter produtos ou serviços de alta qualidade com altos custos de não-conformidade (falhas internas e externa). Da mesma maneira, se a empresa tiver altos custos de conformidade terá baixos custos de não conformidade. Então é necessário que a empresa defina através de um planejamento estratégico, qual a qualidade do seu produto e serviço que deseja entregar ao mercado, e a partir daí, controlar seus custos de qualidade para encontrar um equilíbrio.
OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS
Um processo tem três pilares fundamentais para controle, o primeiro é o custo, o segundo é o tempo, e o terceiro é a qualidade. Para otimizar processos, temos que avaliar estes fatores para entender se uma alteração de processo será bené-
fica ou não.
Aqui iremos isolar o pilar da qualidade e como hipótese postular que os processos discutidos a seguir, atingem qualidade equivalente. Assim simplificamos a analise a apenas custo e tempo de processo. Digamos que o processo atual existente na empresa, por exemplo a usinagem de faceamento em uma determinada máquina, tenha custo hora de R$ 100, e em um mês a empresa realize 150 horas deste processo. Para facilitar o entendimento do comportamento desta relação é interessante plotar a curva de custo em relação a produção.
No gráfico podemos ver que em um mês a empresa tem um custo de R$ 15.000 com este processo de faceamento. É importante notar que o custo hora é a inclinação da curva plotada.
Existem duas linhas de referências que podem ser traçadas a partir do gráfico do processo base. A linha Iso-custo que significa que todos os processos analisados em que a curva termine nesta linha são processos que custam o mesmo que o processo base. E a linha Iso-tempo em que os processos que terminem nela, levam o mesmo tempo para entregar a demanda.
Vamos agora adicionar processos para serem comparados ao atual. O primeiro processo tem custo hora mais barato, mas leve o mesmo tempo. Já o segundo processo é mais rápido, porém o custo mensal será o mesmo. O terceiro processo é mais rápido e tem custo mensal mais elevado. Por fim, o quarto processo é mais rápido e tem custo mensal menor que o processo base.
Com o entendimento das linhas Iso, fica fácil entender quais são os processos mais interessantes de serem adotados. E para quantificar estes valores podemos propor dois tipos de ganhos que processos propostos podem entregar, Ganho Passivo e Ganho Latente.
GANHO PASSIVO
Este ganho recebe o nome de passivo pelo fato de não necessitar de nenhuma ação além da troca do processo base pelo processo proposto. Ele é mensurado em relação ao eixo Y, Custo de Produção. Uma vez que o custo de produção diminui, a margem de lucro aumenta, este aumento de lucro será igual ao ganho passivo. Um exemplo de otimização de processo que entraria nesta categoria é encontrar um fornecedor de insertos com o preço menor.
No exemplo a cima o custo hora do novo processo é R$ 66, assim em 150 horas o processo deixa de gastar R$5.000. Se extrapolarmos o ganho de mensal para anual teremos uma economia de R$60.000, que pode ser bastante significativo.
GANHO LATENTE
Latente significa não aparente, oculto ou encoberto. O ganho latente só se transforma em ganho realizado se alguma atitude for tomada para aproveitá-lo. É medido no eixo X, que denota o tempo de processo. Neste caso a empresa só terá ganho caso consiga vender mais pedidos, possa se desfazer de equipamento produtivo, libere gargalo, ou consiga capitalizar em cima de uma entrega mais rápida do produto ao cliente.
O processo mais rápido analisado aqui, tem o mesmo custo mensal, porem libera 66% do tempo de máquina, ou seja, se a empresa trabalhasse com 3 máquinas poderia vender 2. O quanto cada hora vale depende do valor que a empresa consegue converter, mas se considerarmos que ela pode produzir o triplo, então quer dizer que ela tem potencial de amentar sua receita e lucro em três vezes.
CUSTO POR MATERIAL REMOVIDO
Apesar de o custo hora ser amplamente utilizado ele não é o melhor parâmetro para representar a produtividade de um processo de usinagem mesmo que corrigido pelo OEE. A forma mais direta para comparar a produtividade de dois processos é utilizar a taxa de remoção de material, ou Material Removal Rate (MRR) em inglês. Cada operação de usinagem tem uma equação para calcular o MRR, para fresas a seguinte equação aproxima bem o valor:
MRR = F x Ap x Ae / 1.000
Onde:
MRR em [cm³/min]
F é a velocidade de avanço [mm/min]
Ap é a profundidade de corte [mm]
Ae é o passo lateral [mm]
Dessa forma é interessante saber qual o custo por material removido, para que fique mais claro os impactos que a utilização de ferramentas e operações diferentes tem na rentabilidade da empresa. Tome o exemplo a seguir, onde a empresa A tem um custo hora de R$100 e a empresa B tem um custo hora de R$200, porem a empresa B utiliza processos mais produtivos que atingem uma remoção duas vezes maior que os processos utilizados pela empresa A.
Deste modo, ambas as empresas têm o mesmo custo por material removido, porem enquanto a Empresa A faz apenas uma peça, a empresa B consegue fazer duas peças. O resultado dessa produtividade elevada é que a empresa B consegue um lucro duas vezes maior que a empresa A, logo ela está em uma situação muito vantajosa perante o mercado. Nesta posição a empresa B tem muito poder de negociação, e a possiblidade de reduzir um pouco seu preço para ganhar mais pedidos e ainda conseguir maiores lucros.
Para comparar dois processos, é uma boa pratica separar os custos fixos dos custos variáveis, assim podemos plotar as curvas do custo por material removido em função do custo fixo para cada processo, assim saberemos qual será o ponto de equilíbrio. Conforme o custo fixo aumenta, maior o benefício de utilizar ferramentas mais caras.
Neste exemplo a Ferramenta 1 atinge MRR de 25 cm³/min ao custo de R$ 50/h, e a Ferramenta 2 atinge MRR de 50 cm³/min ao custo de R$ 200/h. A utilização da Ferramenta 2 resultara no mesmo custo de produção de uma peça quando o custo fixo por hora da máquina for R$ 100, mas não podemos esquecer que assim como no exemplo anterior, aqui o MRR é duas vezes maior que na Ferramenta 1, resultando em maiores lucros.
ÍNDICE
DE DISPONIBILIDADE
É o percentual de tempo em que a máquina foi utilizada em relação a quantidade de tempo em que a empresa esteve trabalhando. Se a empresa trabalhou dois turnos, totalizando 16 horas, porem a máquina foi utilizada por 12 horas, então o indicador de disponibilidade naquele dia foi de 75%. Este indicador é afetado por falta de serviço, programação de produção malfeita, paradas para manutenção, atraso de matéria prima, preparação de setup, entre outras razões.
ÍNDICE DE QUALIDADE
É o percentual de peças produzidas que são aceitas pelos padrões de qualidade da empresa em relação ao total produzido. Então se uma empresa fez um lote de 1.000 peças e dessas, 18 peças foram rejeitadas, o índice de qualidade deste lote é de 98,2%. Em empresas de usinagem, é comum que uma peça não seja descartada como refugo, mas sim retrabalhada. Dessa forma é importante o monitorar a quantidade de retrabalho. Por exemplo, se a empresa usinou 500 horas no mês passado, porém 30 horas foram retrabalhando peças, o índice de qualidade foi de 94%.
ÍNDICE DE DESEMPENHO
É o percentual da velocidade produtiva máxima em relação a velocidade produtiva realizada. Em termos de usinagem CNC, podemos exemplificar com uma situação em que um programa CAM foi gerado com parâmetros de avanço de 5.000 mm/ min, porem o operador da máquina reduziu o potenciômetro da máquina de 100% para 80%. Neste caso a velocidade de avanço caiu para 4.000 mm/min e a operação foi realizada mais lentamente, neste exemplo fica fácil de perceber que o
indicador de desempenho foi de 80%.
Porém outras situações podem existir, como o programador CAM utilizar uma ferramenta de diâmetro muito pequena, levando mais tempo para fazer a usinagem, ou então utilizar pouco profundidade de corte, ou uma estratégia lenta, ou estratégias muito generalizadas, ou trajetórias sem corte de material. Também pode afetar este indicador o uso de ferramentas pouco produtivas, onde o gestor pensou em apenas reduzir o custo por aresta de uma ferramenta ao invés de calcular a produtividade do sistema ferramenta-máquina.
OVERALL EQUIPMENT EFFECTIVENESS (OEE)
Este indicador, que significa Eficácia Geral do Equipamento, é muito útil para medir o desempenho produtivo dos equipamentos de uma empresa.
A ideia é que o gestor possa ter um número que informe o quanto é possível melhorar o processo para que os custos de produção caiam, e consequentemente a empresa seja mais rentável. Geralmente o OEE é descrito como o produto de três outros indicadores, sendo eles disponibilidade, desempenho e qualidade.
Se em um dia a empresa trabalha 10 horas, porem o equipamento foi utilizado por somente 8 horas, então o indicador de disponibilidade foi de 80%. Durante a operação da máquina, foi realizada a preparação da fabricação de um lote de peças que durou 2 horas das 8 horas totais, então o indicador de desempenho foi de 75%. Neste lote de 20 peças que a máquina produziu, uma peça foi rejeitada, então o indicador de qualidade foi de 95%.
OEE = 80% x 75% x 95% = 57%
Então neste dia, a máquina do exemplo obteve um OEE de apenas 57%.
ÍNDICE DE CARGA
É o percentual do tempo em que a empresa trabalha em relação ao tempo que ela poderia trabalhar. A quantidade de turnos trabalhados está relacionada com a quantidade de horas em que uma máquina trabalha. Ou seja, se trabalharmos em 2 turnos, teremos o dobro de horas para dividir o Custo Fixo da máquina. Podemos utilizar como exemplo uma máquina com Custo Fixo anual de R$ 100.000, quando trabalhamos com UM turno de 2.112 horas (8 horas/dia vezes 22 dias no mês vezes 12 meses), a parcela de Custo Fixo por hora será de R$ 47,34.
Enquanto que, se trabalharmos DOIS turnos, com 2.112 horas cada, a parcela de Custo Fixo por hora será de apenas R$ 23,67. Da mesma maneira, operando em TRÊS turnos a parcela irá para R$ 15,78.
Portanto quanto mais horas uma máquina trabalhar, menor será a parcela de custo fixo no custo hora. Neste caso se trabalharmos 24 horas por dia todos os 365 dias de um ano (Carga 100%), teríamos 8.760 horas, chegando a uma parcela de R$ 11,41.
Trabalhar em um turno significa ter um índice de carga igual a 24,1%, dois turnos igual a 48,2%, e em três turnos a 72,3%. Ainda é possível trabalhar quatro turnos utilizando sábados e domingos, para atingir índice de carga de 96,4%.
TOTAL EFFECTIVE EQUIPMENT PERFORMANCE (TEEP)
Este indicador adiciona ainda uma parcela de Carga ao OEE, ou seja, quanto tempo este equipamento está programado para ser utilizado em comparação com o tempo em que ele existe, 24 horas por dia 365 dias por ano.
No exemplo anterior, as 10 horas em que a máquina estava disponível nas 24 horas do dia, representam 41,6% de carga.
TEEP = 57% x 41,6% = 23,7%
Se a empresa trabalhar 10 horas todos os 365 dias do ano, então ela teria um TEEP de 23,7% neste dia especifico. É claro que este indicador não deve ser calculado apenas num período de um dia, mas sim ser constantemente monitorado, toda hora, todo turno, todo dia, toda semana, todo mês e todo o ano! Assim os gestores terão grandes quantidades de informações para poder tomar melhores decisões em seus projetos de melhoria de processos.
RESUMO
1. É necessário contabilizar todos os custos envolvidos, do contrário a margem de lucro será negativamente afetada;
2. Essencial o entendimento da diferença entre custo fixo e custo varável;
3. Guardar recursos para a reposição de equipamentos ao final de sua vida útil;
4. Considerar o custo de oportunidade ao realizar investimentos;
5. Calcular o custo hora dos centros de custos produtivos;
6. Atualizar os preços periodicamente;
7. Otimizar processos levando em conta não só custo variável (ferramenta), mas do sistema como um todo (material removido);
8. Monitorar indicadores de eficiência e produtividade em tempo real;
9. Encontrar clientes e fornecedores que estejam alinhados com a filosofia da empresa;
10. Discutir melhorias com a equipe.
Para operacionalização e acompanhamento destes conceitos, foram criadas planilhas para o cálculo e controle de indicadores de disponibilidade, qualidade, desempenho, OEE e TEEP. Basta mensurar o tempo que cada atividade impacta no tempo global de operação. Em caso de interesse, entre em contato com os autores pelos e-mails disponibilizados.
AGRADECIMENTOS
A equipe da Ágile2 Consulting agradece a ABINFER – Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais por financiar este estudo e viabilizar a disseminação do conteúdo para a indústria de ferramentais do Brasil como forma de preparar, capacitar e garantir a competitividade e consequente perpetuação do setor.
Stephan Dihlmann - Engenheiro Mecânico pela Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC. Realizou estágio na Euro-Fer de trabalho em ferro forjado em Castelgomberto - Itália e no Instituto Fraunhofer - Pesquisa e desenvolvimento na área de microprodução, na cidade de BerlinAlemanha. Atualmente trabalha como engenheiro de manufatura na Agile² Consulting. Sócio fundador da Agile2 Consulting. stephan@agile2.com.br
Alexandre Machado Júnior - Engenheiro Mecânico pela Faculdade de Engenharia Mecânica - UNIVILLE. Técnico em Mecânica pelo SENAI Norte. Amplo conhecimento em ferramentas e processos de usinagem. Atualmente trabalha como engenheiro de manufatura na Agile² Consulting. Sócio fundador da Agile2 Consulting. junior@agile2.com.br
Christian Dihlmann - Engenheiro Mecânico e Mestre em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, Especialista em Administração de Empresas pela Fundação Educacional da Região de Joinville - FURJ/UNIVILLE. Diretor Presidente da SNBD Consultoria Ltda.; Editor-chefe da Revista Ferramental. Sócio fundador da Agile2 Consulting. Exerce ainda as funções de: Presidente da Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais - ABINFER; Vice-Presidente da ISTMAInternational Special Tooling & Machining Association; Vice-Presidente da VDI Brasil - Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha SC - VDI Verein Deutscher Ingenieure. Lattes http://lattes.cnpq.br/0446222929419765. christian@agile2.com.br
Alexandre Machado - Técnico em Mecânica pelo CIS - Dário G. Salles. Larga experiência em processo de manufatura para construção de moldes de injeção de plástico e alumínio sob pressão, processo de usinagem de eletrodos de cobre e grafite, processo de usinagem de cavidades e componentes, e implantação e gerência de laboratório para montagens de ferramentas. Sócio fundador da Agile2 Consulting. alexandre@agile2.com.br
COMO UM SISTEMA ERP IMPACTA O LUCRO DE UMA INDÚSTRIA?
Muito se fala sobre investir em tecnologia para aumentar o lucro de uma indústria, mas quais são exatamente as ferramentas tecnológicas que contribuem para isso? Há alguns anos, o sistema ERP tem se mostrado o melhor aliado para esse fim, visto que a solução é capaz de automatizar e integrar processos, contribuindo para otimização do gerenciamento, da tomada de decisão e da produtividade.
De acordo com o Market Research Engine, principal fornecedor de inteligência do setor para empresas, consultores, investidores e pessoas físicas, o mercado de ERP está em uma fase de rápida expansão, podendo alcançar US $49,5 bilhões até 2027. Essa estimativa se deve à maior necessidade das empresas inovarem para suprir as demandas, competir com as concorrentes e garantir sua sobrevivência.
Segundo um estudo realizado pela ServiceNow e ThoughtLab, 51% das empresas entrevistadas atribuíram o aumento de suas receitas em 2022 à inovação. O levantamento também apontou que a satisfação do cliente
cresceu 40%, graças à adoção de novas tecnologias, além do aumento na melhora dos produtos (39%) e das empresas que conseguiram reduzir seus custos em 36%.
Mas há gestores que ainda questionam a capacidade de um sistema ERP impactar o lucro da indústria, porém os números não mentem. A adoção de novas tecnologias garante vantagens excepcionais e o seu uso contínuo pode influenciar positivamente na produção e lucratividade.
em tempo real sobre tudo o que ocorre dentro da indústria, contribuindo para que sua tomada de decisão seja mais efetiva para a resolução de problemas ou aplicação de melhorias que impactam a lucratividade, dentre outros indicadores. Além disso, a comunicação interna entre os colaboradores fica mais simples,evitando que erros ocorram e contribuindo para uma maior produtividade e desempenho.
ERP:
TECNOLOGIA PARA A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL
O ERP (Enterprise Resource Planning) é um sistema de gestão desenvolvido para integrar todos os setores e processos de uma indústria: comercial, PCP, qualidade, compras, estoque, etc. Esses são apenas alguns dos departamentos que podem ser integrados por uma única solução.
De que forma essa integração impacta o lucro?
Primeiramente, o gestor consegue ter uma visão mais dinâmica e atualizada
Em uma fábrica, o processo de produção precisa ocorrer continuamente para que o produto chegue até o cliente no prazo combinado pelo comercial, certo? Para que o chão de fábrica não sofra paralisações e a produção não atrase, é preciso que todos os componentes necessários para a produção estejam disponíveis no estoque, e essa disponibilidade de materiais vai depender do setor de compras, encarregado por fazer novos pedidos. Também está relacionado com o planejamento de produção, capacidade produtiva e eficiência.
Sem o auxílio da tecnologia, a comunicação entre as equipes fica completamente descentralizada. E essa descentralização deixa a indústria
suscetível a erros, como problemas na contagem de itens no estoque, aquisições em caráter de urgência, falha no lançamento de produtos, emissão de notas fiscais, entre outros.
Mas com a tecnologia, absolutamente tudo é integrado e essa centralização impede que erros de comunicação ocorram e isso prejudique a empresa de muitas formas.
VANTAGENS EXCEPCIONAIS DO SISTEMA ERP
O aumento no lucro da indústria se deve à sequência de benefícios entregues por um sistema ERP especializado no segmento. Nesse sentido, a centralização das operações é apenas uma das vantagens. Mas existem outros diferenciais da ferramenta que precisam e merecem ser destacados. Confira!
Segurança da informação
O ERP aloca todas as informações da indústria em um só espaço, disponíveis para os usuários com as devidas permissões, e esse diferencial já facilita para que a empresa monitore seus dados e a liderança ou colaboradores acessem informações importantes para a tomada de decisão e ação.
Escalabilidade
O ERP é uma tecnologia que se adapta facilmente às necessidades de negócio por meio das parametrizações das funcionalidades feitas na fase de implantação. Assim, a empresa pode adaptá-lo conforme seus processos, desfrutando apenas de recursos e funcionalidades que contribuem e fazem sentido à sua rotina.
Maior flexibilidade e menos infraestrutura
Por se tratar de uma tecnologia remota, quando hospedado em nuvem - modalidade mais escolhida atualmente - permite o acesso às funcionalidades de qualquer lugar e hora, respeitando as permissões de cada usuário e registrando o histórico de todas as atividades realizadas. A indústria não precisa mais se ver “presa” para agir e tomar suas decisões. O gestor pode
atuar fora das instalações da empresa, monitorando processos, gerando relatórios, avaliando compras ou emitindo pedidos, por exemplo.
Menor tempo de resposta
Ainda, por se tratar de uma tecnologia de ponta, um sistema ERP feito para fábricas garante um fluxo muito mais ágil na comunicação interna e geração de dados. Desse modo, as equipes podem usar a ferramenta para se informar, em tempo real, o que diminui o tempo de resposta para realizar transações, resolver possíveis problemas rotineiros, planejar e tomar decisões.
Parametrização de dados
A análise e o uso de dados se tornaram propulsores para o sucesso empresarial, principalmente neste mercado tão competitivo, que é o industrial. O gestor que tem acesso à informação, consegue avaliá-la rapidamente e pode usar esses números para tomar decisões mais estratégicas ou antever gargalos. Portanto, esse é outro ponto interessante do ERP, visto que a ferramenta possibilita que processos fiquem padronizados, visíveis e compreensíveis em um só espaço. Isso permite melhor monitoramento de indicadores relevantes para cada organização e auxilia na projeção dos resultados.
Modelos de negócios disruptivos ou até mesmo os tradicionais precisam investir em um sistema ERP para reduzir os custos, agilizar a produção e aumentar os lucros. Se a sua empresa quer garantir todos os benefícios entregues pela solução, conheça o Nomus ERP Industrial, o mais completo sistema ERP para pequenas e médias indústrias.
DIGITAL TWIN E O PODER DA ANÁLISE DE DADOS APLICADO A INDÚSTRIA CNC
POR MOISÉS HENRIQUES
A tecnologia Digital Twin (Gêmeos Digitais) já é utilizada pela metade das maiores empresas do mundo e a estimativa é de que, até 2023, as receitas geradas a partir dessa tecnologia saltem de US$ 9,8 bilhões para US$ 13 bilhões (GARTNER, 2021 apud PACETE, 2022).
Você já ouviu falar a respeito da tecnologia Digital Twin ? Independente de qual seja a sua resposta, permaneça até final desta leitura, que eu tenho certeza que será de grande relevância para a sua área profissional e até mesmo cotidiana, uma vez que a tecnologia não é aplicada exclusivamente à indústria CNC.
Digital Twin , ou gêmeo digital, em tradução literal do inglês, tem sido amplamente utilizada no contexto empresarial. Trata-se de um termo emergente, resultante do surgimento do metaverso e vêm ganhado cada vez mais destaque na indústria 4.0. Essa tecnologia pode ser utilizada para espelhar o mundo real em diversas simulações e desenvolvimento de projetos.
As primeiras aplicações da tecnologia iniciaram na década d e 1960, quando a NASA começou replicar digitalmente suas espaçonaves em viagens para realizar estudos e desenvolver melhorias de instalações. De acordo com Noel
O’Connor, arquiteto sênior da empresa de tecnologia Red Hat, embora o caso da NASA refere-se a uma réplica digital de um objeto físico, a tecnologia, evoluiu muito ao longo nos últimos anos, a fim de replicar processos hipotéticos em softw are e componentes de hardware simulados (Pacete, 2023).
O termo gêmeo digital, refere-se a representação digital de objetos ou sistemas físicos em tempo real. Representação digital essa, que permite monitorar, controlar e simular o comportamento de objetos ou sistemas reais, fornecendo informações relevantes para a tomada de decisões e para a otimização de processos empresariais. A intenção trás da tecnologia digital twins é criar uma réplica virtual, fiel a um objeto físico, de modo que esse modelo digital consiga fornecer todas as perspectivas e dados importantes sobre a utilização do produto (Figura 01).
O princípio tecnológico por trás do Digital Twin baseia-se em sensores, Internet das Coisas (IoT), análise de dados, Inteligência Artificial e diversas simulações. Os dados coletados, seja de objetos ou sistemas reais, são integrados à sua representação digital. Essa integração permite uma visão em tempo real da sua condição e desempenho.
APLICAÇÕES NA INDÚSTRIA CNC
O Digital Twin pode ser aplicado nos mais diversos seguimentos: indústria, saúde, energia, transportes e construções em geral. Na área industrial, por exemplo, a tecnologia pode ser utilizada para otimizar os processos produtivos, na prevenção de falhas operacionais/funcionamento das máquinas, além de auxiliar no planejamento e manutenção preventiva. Já na área da saúde, pode ser usado para aprimorar o tratamento de doenças e para auxiliar no monitoramento da condição de pacientes em tempo real. Adicionalmente, gêmeos digitais, também poderá ser utilizado, em situações onde é necessário haver simulações de cenários futuros, por exemplo, a fim de avaliar possíveis consequências de um determinado contexto, permitindo uma análise mais precisa e eficiente dos riscos e oportunidades.
E QUANTO A INDUSTRIA DE USINAGEM CNC?
A tecnologia pode também ser utilizada para simular e otimizar o desempenho de máquinas antes de serem fabricadas ou instaladas. Ademais, pode ser utilizada para monitorar e manter o funcionamento de máquinas CNC. Graças à tecnologia, fabricantes e colaboradores, conseguem analisar dados em tempo real, que permitem uma avaliação de desempenho, produtividade, e manutenção preventiva, dentre outros. Além disso, a tecnologia pode contribuir com melhorias na eficiência operacional e de máquinas. Quanto aos cenários futuros, poderá colaborar com a identificação de possíveis falhas e otimizar o desempenho das máquinas
BENEFÍCIOS DA TECNOLOGIA DIGITAL TWIN
Os benefícios que tecnologia trazem são inúmeros, mas vamos escolher os principais, que incluem:
• Melhorias na eficiência de máquinas;
• Redução de custos com manutenção e aumento da disponibilidade da máquina.
• Otimização de desempenho
• Análise de falhas e resolução em tempo real
• Melhoria da eficiência
• Redução do tempo de inatividade de máquinas
• Melhoria na segurança das operações, evitando, possíveis acidentes,
E QUANTO A SUAS LIMITAÇÕES?
Assim, como qualquer tecnologia, o Digital Twins, não seria diferente, também há limitações que incluem:
• O procedimento e ajustes da tecnologia poderá ser demorado, principalmente nos casos de máquinas de alta complexidade.
• Integração e compatibilidade com sistemas existentes: O Digital Twin precisa ser integrado com os sistemas de gerenciamento de produção que a empresa já utiliza, o que pode ser desafiador se os sistemas não forem compatíveis.
• Alto Custo: a sua criação e manutenção pode ser cara, principalmente se houver necessidade de contratação de especialistas.
• Depende diretamente da alimentação completa dos dados, caso contrário, seu desempenho poderá ser comprometido.
QUAIS SÃO OS SOFTWARES MAIS UTILIZADOS?
A área de tecnologia passa por constantes transformações, mas vamos citar alguns que já vêm sendo utilizado, para fique mais claro para você, o universo de oportunidades que surge com a implantação dessa tecnologia:
• Tecnologia Siemens NX- Trata-se de uma importante ferramenta para a programação de máquinas CNC, devido a sua ampla gama de funcionalidades, tais como projetos, simulações, fabricação e manutenção de produtos. Em termos práticos, o profissional de CNC poderá criar programas que produzam peças usinadas com mais precisão e eficiência. A sua interface de utilização é bastante intuitiva, o que facilita na definição de ferramentas. É integrável aos sistemas de gerenciamento de produção, sistemas de controle de máquinas e sistemas de medição e falha.
• Tecnologia Mastercam – É um software de programação de máquinas CNC que utiliza para criar programas de máquinas para uma variedade de aplicativos industriais:
○ Modelagem de peças em 2D e 3D
○ Geração automática de bandejas de corte
○ Ferramentas de simulação e verificação de programas
○ Suporte para uma ampla variedade de idiomas de programação CNC
○ Integração com sistemas CAD e CAM adicionais.
• Tecnologia Autodesk Fusion 360 é um software de design e engenharia que permite a criação de modelos 3D, para uso em uma variedade de aplicações. É uma excelente opção para quem busca uma solução integrada para projetos na área CNC. Ele oferece recursos avançados e uma interface intuitiva que ajudam a tornar o processo de usinagem CNC mais eficiente e preciso.
• Tecnologia Delcam é um software de fabricação
CAD/CAM que oferece uma solução completa para o processo de usinagem CNC. É utilizado por empresas de diversos setores, incluindo aeroespacial, automotivo, ferramentaria e muitos outros. O software Delcam permite aos usuários criar modelos 3D, simular a usinagem e gerar códigos G-code para serem enviados
para a máquina CNC. Alguns dos recursos do Delcam, que incluem:
○ Ferramentas de modelagem 3D avançadas
○ Ferramentas de usinagem para a criação de programas CNC
○ Simulação de usinagem para verificação de qualidade e precisão
○ Otimização de ferramentas para maximizar a eficiência da usinagem
○ Integração com outros softwares de engenharia e design
○ Suporte para uma ampla gama de máquinas CNC.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Indústria de Usinagem CNC é uma área extremamente exigente e tecnológica. É importante que os programadores da área tenham amor pelo conhecimento, curiosidade e vontade de sempre aprender e inovar. Procure estudar mais sobre os avanços tecnológicos não somente na sua área, mas também nas áreas correlatas. Ao longo do artigo pontuei os tópicos mais relevantes e aplicáveis. Citei apenas alguns exemplos de aplicações do Digital Twin para a indústria CNC, dentro de um universo de muitas outras soluções que podem atender às suas necessidades específicas. É importante avaliar conforme suas necessidades e escolher o que mais de adeque à sua realidade.
BIBLIOGRAFIA UTILIZADA:
Equipe TD, 2022. Entenda o que é o Digital Twin e o poder dela para o seu negócio. Disponível em <https://transformacaodigital.com/ tecnologia/entenda-o-que-e-digital-twin-e-o-poder-dele-para-o-seu-negocio/> Acesso em 09 de fevereiro de 2023.
FEI TAO, FANGYUAN Sui, ANG Liu, QINGLIN Qi, MENG Zhang, BOYANG Song, ZIRONG Guo, STEPHEN C.-Y. LU & A.Y.C. Nee (2018): Digital twin-driven product design framework, International Journal of Production Research, DOI: 10.1080/00207543.2018.1443229
Ferramental, 2021. Digital Twin: Descubra o que é, como aplicar e os principais benefícios. Disponível em <https://www.revistaferramental.com.br/artigo/digital-twin-descubra-o-que-e-como-aplicar-e-os-principais-beneficios/> Acesso em 09 de fevereiro de 2023.
PACETE, Luiz Gustavo. Gêmeo digital: como funciona a tecnologia que espelha o mundo real. Publicado em 05 de setembro de 2022. Disponível em https://forbes.com.br/forbes-tech/2022/09/ digital-twin-como-funciona-a-tecnologia-que-espelha-o-mundo-real/ Acesso em 09 de fevereiro de 2023.
Moises Henriques Braga Pereira - Especialista em CNC, Professor e CEO da Empresa desde 2012. (31) 99477-8520
Instagram: @papocnc moises@papocnc.com.br
PATENTE OU SEGREDO
INDUSTRIAL: QUAL A MELHOR
OPÇÃO PARA MEU NEGÓCIO?
Uma das formas da empresa se destacar no mercado é ter um produto inovador ou um método de produção diferenciado, que otimize as etapas da transformação do seu produto.
Quando uma empresa busca proteger esse produto ou esse método ela encontra dois caminhos: a patente (seja de invenção ou de modelo de utilidade) e o segredo industrial.
Mas, afinal, qual a diferença entre eles e como fazer para identificar a melhor estratégia para o meu negócio? Para se avaliar melhor esse questionamento, é importante saber como funciona cada uma dessas formas de proteção.
A patente consiste em um registro concedido por uma autarquia pública, no caso do Brasil, pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI, que concede ao seu proprietário o direito exclusivo para explorar determinado bem, seja ele um produto, um processo de fabricação ou um aperfeiçoamento de produto ou processo já existente por determinado período de tempo (20 anos para invenção e 15 anos para modelo de utilidade).
A ideia é que durante esse período de exclusividade, o titular seja recompensado pelos esforços e gastos empreendidos para desenvolvimento ou aperfeiçoamento do produto ou processo. Porém, após o período de vigência desse registro, o produto ou processo passa a ser de domínio público, ou seja, poderá ser replicado pelo mercado, sem que
o seu criador tenha qualquer direito contra essa repetição.
O segredo industrial, por sua vez, consiste no compromisso assumido entre a empresa e seus stakeholders diretamente envolvidos no desenvolvimento, fabricação e comercialização de algo diferente no mercado para que essas informações que determinam a diferenciação do produto ou processo não sejam compartilha -
das com terceiros. Isto é, o segredo industrial nada mais é do que uma garantia contratual que possui aquele que desenvolve e inova.
Nesse caso, não existe prazo determinado para a proteção, podendo ela durar por quanto tempo a empresa entender que seja pertinente, desde que a empresa se rodeie da segurança necessária para evitar a dissipação e disseminação das suas
informações confidenciais.
Para avaliar qual a melhor forma de proteção, então, o empresário deve levar em consideração a chance do seu concorrente chegar a uma inovação similar a sua, sem necessariamente ter acesso ao segredo e quanto isso pode interferir no seu negócio.
Isso porque a proteção relacionada ao segredo industrial é restrita às partes que estão envolvidas no contrato, não sendo oponível a terceiros.
Dois exemplos de segredos industriais que perduram ao longo do tempo são a fórmula da Coca-Cola, que é um segredo há mais de um século, e o código fonte do programa de computador Windows. Em ambos os casos, os detentores do segredo se cercaram de providências que impedem que a informação seja disseminada.
A patente, porém, garante mais segurança ao seu detentor, pois pode ser oposta contra terceiros, ou seja,
qualquer um que vier a imitá-la poderá ser responsabilizado pelo dano que causar ao seu proprietário. Na página anterior temos um pequeno resumo das diferenças e semelhanças.
Seja qual for o caminho escolhido, não há dúvidas de que será um importante avanço para a empresa, já que a moverá para a inovação e perpetuidade.
Maiores informações contato@sh.adv.br
(47) 3027-2848
MEMÓRIAS
GLOBAL MOLDES É REFERÊNCIA NA PRODUÇÃO DE MOLDES DE EMBALAGENS PLÁSTICAS
POR GISÉLLE ARAUJO CEMIN
Know how dos sócios-fundadores e dos atuais gestores proporcionou diversas conquistas nestes 16 anos no mercado brasileiro e internacional
Quem diria que de uma conversa informal nasceria uma empresa que hoje exporta para mais de cinco países? Isto aconteceu em 2006, quando um dos futuros fundadores “provocou” o Edilson Adriano de Lima - atualmente sócio majoritário - que à época trabalhava na SIPA, empresa italiana que fabrica injetoras e sopradoras para embalagens PET, sobre o porquê de não abrir uma ferramentaria de moldes de sopro no Brasil. A pergunta normal sempre é: Mas, como? Uma ferramentaria demanda capital intensivo e era algo que nenhum deles possuía no momento.
Então, Edilson e Antonio Ribeiro de Lima, que apesar dos sobrenomes idênticos não possuem nenhum grau de parentesco, começaram a engendrar aquilo que se transformaria na Global Moldes. Eles sabiam que disputariam o mercado com concorrentes de peso, mas que trabalhando de maneira profissional, haveria um espaço para realizarem o seu sonho de empreender.
No Brasil, abrir uma empresa ainda leva muito tempo, mas como um dos sócios-fundadores já possuía uma empresa aberta, porém inativa, chamada Rematec Metalúrgica, ela foi utilizada para acelerar o início da operação da empresa. Assim, surgiu a Global Moldes, na época, nome fantasia.
A Global Moldes começou literalmente da estaca zero. Zero prédio,
zero capital, zero máquinas, mas muitos sonhos e força de vontade. No começo, os fundadores alugaram um escritório na Vila Olímpia, em São Paulo. Usaram a credibilidade que possuíam e começaram a bater de porta em porta, executando os primeiros projetos em ferramentarias de terceiros. O volume de negócios foi crescendo e em pouco tempo o escritório da Vila Olímpia foi trocado por um pequeno galpão em Osasco, São Paulo.
Nas funções dentro da empresa, um cuidava dos projetos de moldes e embalagens, outro focava na administração e no acompanhamento da fabricação nos parceiros e o Antonio, carinhosamente chamado por todos de Toninho, era o responsável pela área comercial. O primeiro projeto foi fornecido para a Química Amparo, empresa que é mais conhecida pela sua marca principal Ypê, produtos de limpeza conhecida no Brasil inteiro.
Nas origens, o principal produto eram os moldes de Pet para o mercado de águas minerais e refrigerantes e alguns moldes de injeção de tampas, porém dada a diferença entre os dois produtos, quanto aos detalhes de fabricação, optou-se por ter o foco nos moldes de sopro. Assim, aos poucos os projetos para molde de sopro convencional para polietileno de alta densidade e polipropileno, tornaram-se o principal negócio, apesar dos moldes de Pet terem uma boa participação no faturamento.
Em 2010, a primeira composição da Global Moldes foi desfeita. E, a partir de 2021, Toninho decidiu partir para novos empreendimentos e alavancar novos negócios, mantendo o respeito conquistado nesta jornada e, claro, sempre grato pelo ciclo na Global Moldes.
Hoje, Edilson continua como sócio majoritário e, ao seu lado, um novo gestor, Fabio Ferreira Alexandre, profissional que possui mais de 30 anos de carreira na indústria de embalagens plásticas sopradas.
Atualmente, no Brasil, a maioria dos clientes da Global está localizado na região Sudeste. Entre os principais clientes estão Ihara, Química Amparo, Globalpack, Raízes, Hara, com produtos presentes em todas as regiões do país. Um grande projeto extremamente desafiador para os empresários foi a fabricação dos moldes para a nova família de embalagens da marca de óleo lubrificante Petronas, da fábrica da Logoplaste, em Contagem, Minas Gerais.
Por meio dos clientes multinacionais e de um grande parceiro, a Multipack Plas, fabricante nacional de máquinas sopradoras, a Global Moldes já exportou para vários países da América Latina e, ainda, chegou ao continente europeu com um projeto vendido para a Polônia. Os principais clientes multinacionais são Brasalpla, Logoplaste, Reckitt Benckiser, Gerresheimer, Graham Packaging, Greif e AB Inbev. “Nossos moldes já
chegaram na Argentina, no Chile, na Colômbia, no Panamá, no Paraguai e na Polônia. No momento estamos trabalhando para ganhar projetos no México e nos Estados Unidos. Está em nosso plano estratégico para os próximos cinco anos, que entre 25% a 30% de nossa receita venha de projetos de exportação”, destaca Fabio.
Atualmente, entre horas de usinagem e bancadas, a Global conta com aproximadamente 40.000 horas/ ano, já excluindo tempo por set up e outras paradas. Entre as máquinas e equipamentos que fazem parte do parque da Global: máquinas como GROB, HASS, ROMI, DMG, entre outros. Já os softwares utilizados são Siemens NX e Powermill.
Desde o princípio, era um sonho dos gestores ser uma empresa certificada pela norma ISO 9001, hoje na versão 2015, além de ter um software de ERP para que os processos da empresa estivessem dentro de um sistema, conquistas que já foram garantidas pela empresa.
Nestes 17 anos de história, existem muitos marcos importantes:
• 2006 – Abertura da empresa e funcionamento a partir de um escritório de 25m² e fabricação em parceiros;
• 2006 – Na metade de 2006, a mudança para o primeiro galpão em Presidente Altino, em Osasco/SP;
• 2006 – Compra do primeiro centro de usinagem;
• 2008 – Prêmio Embalagem e Marca – Refrigerante “Os Simpsons”;
• 2009 – Mudança para o galpão atual no Parque Industrial Mazzei em Osasco/SP, com 1.300m². No início apenas a metade do galpão estava ocupado pelas máquinas e bancadas, sendo a área hoje ocupada pelos CNCs, usada para reformas de máquinas e outros serviços;
• 2010 – Fundação do grêmio para os funcionários terem um local de recreação e descanso nos intervalos das refeições;
• 2011 – Homologação como fornecedor pela Graham Packaging Company;
• 2012 – Primeira certificação ISO 9001;
• 2013 – Primeira exportação;
• 2014 – Compra de um centro de usinagem GROB 5 eixos;
• 2015 – Homologação como fornecedor pela Alpla;
• 2016 – Início da implementação do software de ERP GRV;
• 2017 – Exportação de projetos para a Colômbia;
• 2018 – Projeto Del Valle Fruit –Coca-Cola Norsa;
• 2019 – Ampliação do parque fabril com a aquisição de dois centros de usinagem HASS;
• 2020 – Primeiro projeto para bombona de 20 litros em parceria com a Multipack;
• 2021 – Projeto nova família de embalagens Petronas Lubrifi -
Primeira sede fabril em Presidente Altino - Osascocantes;
• 2022 – Projeto exportados para o Panamá e Polônia;
• 2023 – Mudança para Global Moldes Rematec S/A.
DESAFIOS ENFRENTADOS
Os sócios destacam que o mercado de ferramentaria no Brasil e no mundo sempre é desafiador. “Se no início dos anos 80 a participação da indústria de transformação, que foi quase 30% do PIB, hoje oscilamos entre 9 e 10%, com muito esforço”, abordam Edilson e Fabio.
Em todo o período de vida da empresa, os anos mais difíceis foram 2014 e 2015, que exigiram muita resiliência e sacrifício dos sócios. “Ter ultrapassado esta fase deixou a empresa mais forte e criou um processo de seleção natural no nosso segmento”, complementa Fabio.
Eles consideram que neste período de atividade, uma grande mudança foram as diferenças de tecnologia, tanto em softwares quanto em equipamentos, além de um mercado que cada vez exige mais adaptação e flexibilidade.
FUTURO DA GLOBAL MOLDES
A conversão da Global Moldes para uma sociedade anônima de capital fechado é o início de um plano de
Atuais sócios
sólido, além de garantir a gestão da empresa no futuro. A meta é que em dez anos, os atuais sócios sejam membros de um Conselho de Administração, mas que a empresa seja gerida em seu dia a dia por diretores e gerentes profissionais.
Para os próximos anos, os gestores pretendem focar na construção de uma nova sede. “Nossas instalações atuais já passaram por muitas reformas e adaptações, inclusive estamos fazendo mais uma reforma atualmente para ganhar um pouco mais de espaço e melhorar o layout e o fluxo de produção da fábrica. Desta forma, um de nossos objetivos para os próximos cinco anos é ter -
mos uma nova sede, com uma área construída maior”, salienta Edilson.
“No nosso segmento, o capital humano é fundamental, então o nosso próximo endereço será escolhido com muito cuidado para termos um equilíbrio em posição geográfica e custo do imóvel, além do deslocamento ou mesmo realocação dos nossos 56 colaboradores”, explicam.
Outro objetivo é firmar uma parceria com alguma universidade ou centro de pesquisa, semelhante ao que é praticado nos países de ponta. Também pretendem receber reconhecimento como o WCT ( World Class Tooling ). Muitos sonhos, sonhados lá em 2006 já foram conquistados e muitos outros, aos poucos, vão se concretizando pela força de vontade e dedicação dos gestores e de toda a equipe que compõe a Global Moldes.
Global Moldes
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CEP: 06268-120 – Osasco/SP
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NADA COMEÇA EM ALGO, TUDO COMEÇA EM ALGUÉM
Oque é Lealdade? Lealdade, o estado de ser leal; o propósito ou devoção de fidelidade a alguma pessoa, ou a uma causa. A partir dessa definição lhe perguntamos: a que você é leal?
De uma premissa, temos muitos casos para citar: Que a falta de lealdade entre as pessoas hoje destrói mais as empresas que a falta de competência, que a falta de lealdade entre as pessoas hoje em um casamento, destrói mais as famílias que a falta de amor, que a falta de lealdade entre as pessoas hoje em uma amizade, destrói mais os vínculos que a falta de contato. Com isso em vista, segue a primeira dica:
Vista a camisa do time no qual você faz parte, seja o time da família, da empresa, da vizinhança, da associação, da sua pátria, pois se você não veste a camisa de um time...
Então você não pertence a nenhum!
As pessoas vivem na maioria das vezes culpando as circunstâncias por aquilo que são. Não acreditamos
em circunstâncias... Acreditamos que quem prospera neste mundo são as pessoas que saem à procura das circunstâncias que desejam e, se não as encontram, criam-nas. E para criar estas circunstâncias ou aproveitá-las ao máximo, a lealdade é um fundamento que faz toda a diferença, que nos permite uma vida de mais equilíbrio e excelência. E para que o entendimento e a prática da lealdade sejam facilitados, criamos os Princípios da Lealdade, balizamentos para o processo decisório e para o comportamento que o auxiliarão em seu dia-a-dia, permitindo que a busca pela excelência se torne algo natural, e não um comportamento com dia e hora marcados.
PRINCÍPIO I
ACEITE SEU VALOR, RECONHEÇA O VALOR DOS OUTROS Todas as pessoas têm seu valor, inclusive você. Aceite seu valor e reconheça o valor daqueles à sua volta. Aceitar e reconhecer o valor são a base de uma mudança bem
sucedida e talvez o caminho mais rápido para a prosperidade.
Tudo começa com o reconhecimento do próprio valor, do valor dos outros e do valor de cada coisa viva que faz parte da evolução e do equilíbrio da Natureza. Todos os indivíduos nascem com a capacidade de contribuir e trazer talentos singulares e diversificados ao mundo. Sem a crença de que cada pessoa tem seu valor, não há base sobre a qual construir um relacionamento.
O valor é essencial a todas as pessoas – em suas vidas particulares, como membros de famílias e organizações sociais, e em suas vidas profissionais, como membros de grupos, equipes e organizações. Quando o valor é realmente reconhecido, as tarefas se tornam muito mais significativas para o indivíduo e a produtividade pessoal, institucional, comportamental e social aumentam consideravelmente, gerando equilíbrio.
O valor de si próprio é a base da vida. Se você não acreditar que tem
valor, será difícil, talvez impossível, desenvolver integralmente a sua capacidade como ser humano, pois no momento em que você passa a evoluir, por consequência melhora a sua comunicação e os ambientes por onde passa, tornando o valor conjunto mais nobre.
PRINCÍPIO II TRANSMITA CONFIANÇA
Quando existe confiança entre duas ou mais pessoas, a mudança é mais rapidamente aceita. Confiar em outros e contar com a confiança dos outros faz com que você e os outros sejam indivíduos positivos, produtivos, prósperos e sinérgicos.
A confiança é o catalisador da mudança bem sucedida, uma nobre atitude e o caminho mais rápido para um “enriquecimento” conjunto. Quando a confiança é o ponto central em qualquer organização, equipe, família, país ou relacionamento, o nível de produtividade de cada um e
de todos aumenta.
Temos vários exemplos na história e algumas culturas que nos ensinam suas senhas de sucesso. Onde a confiança é o elo mais forte, a mudança é enfrentada pela cooperação, com mais segurança, com mais lealdade, pelo consenso e comprometimento pessoal, igualitário e fraterno. A confiança gera tolerância, cria uma irmandade, supera preocupações e erros e se acaso houver “fracassos”, eles serão transpassados de forma mais eficaz, indiferente das suas proporções. Levando os envolvidos a uma causa comum e ações corretivas e coletivas eficazes, assim a comunidade, na sua totalidade, será beneficiada, enriquecida, equilibrada, enobrecida.
PRINCÍPIO III
APRENDA POR EMPATIA
A empatia vai muito além de se colocar no lugar do outro, pois sem a racionalidade e o raciocínio certo
a empatia pode virar uma estratégia contrária à sua filosofia de vida, ao seu negócio, à sua família etc. Aqueles que aprendem continuamente sobre si mesmos, sobre os outros, sobre a importância do trabalho e conseguem ver a fabulosa riqueza que o universo nos oferece, têm maior possibilidade de mudar e prosperar em todas as amplitudes.
Aprender diariamente intensifica seus melhores momentos e valoriza a sua vida como um todo. Observando os outros, ampliando seus interesses e abrangendo perspectivas diferentes, podemos desenvolver uma compreensão instintiva sobre a mudança no sentido mais nobre da vida. A vida nos foi dada de presente pelo nosso elo maior e a única coisa que temos de fazer é selecionar, no catálogo do Universo, as mudanças necessárias para o nosso desenvolvimento pelo livre arbítrio.
A aprendizagem, por sua própria natureza, promove a comunicação
dos indivíduos, favorecendo a confiança e o crescimento mútuos. A tecnologia está para nos servir, pois a única fronteira que o homem terá que conhecer, daqui para frente, é a sua própria evolução e a do seu semelhante. A empatia é o catalisador. Aprender e saber usá-la é a única coisa que terá que fazer para se tornar supremo e, com isso dominar as mudanças e gerar a liberdade de criação na sua totalidade.
A vontade de aprender libera a mente e a expande de forma ilimitada, para considerarmos as novas condições de um futuro criado por nós, por meio da compreensão do que chamamos “hoje” desconhecido. As mudanças daqui para frente beneficiarão de forma ilimitada as pessoas de atitude, pois a única regra do futuro se resumirá às escolhas do que e de como fazer, do livre arbítrio e não mais do controle do medo, que assassina a criatividade e o raciocínio de milhões que temem a crítica dissidente.
PRINCÍPIO IV
TENHA
NA MUDANÇA A ÚNICA
CERTEZA PARA O CRESCIMEN -
TO
Mudar é o destino dos seres humanos. Essa mudança pode ser comportamental, física, espiritual, emocional, financeira, profissional, sentimental etc. A mudança é inevitável e aumenta em proporções globais. Muitas pessoas resistem às mudanças, pois para muitos ela é dolorosa. A equação para a prosperidade é simples:
- Se a sua Capacidade de Resposta às Mudanças (CRM) é maior que o “problema”, você estará sempre em evolução:
CRM > Problema = Prosperidade
- Se a sua CRM é menor que o “problema”, você está fadado à falência pessoal, física, emocional e financeira:
CRM < Problema = Falências
Múltiplas
A questão é bem simples: ou você é parte do problema ou parte da solução.
A mudança é a principal força de nossa época, ela afeta praticamente todos os aspectos das pessoas na Terra. A mudança é intrínseca, nem boa, nem ruim; não podemos controlá-la, mas podemos controlar a estratégia que nos levará à prosperidade e às reações diferentes daqueles que ficam esperando sem fazer nada. Pois existem, e provavelmente existirão, quatro tipos de pessoas no mundo:
• As que fazem a mudança acontecer e prosperam com isso;
• As que veem as mudanças acontecerem e ficam neutras;
• As que veem as mudanças acontecerem, suas vidas serem devastadas em longo prazo e não fazem nada além de reclamar;
• E as que nem sabem que tem alguma mudança acontecendo, vivem na mediocridade absoluta sem perceberem isso. Logo, sem cérebro, sem dor.
PRINCÍPIO V LIDAR COM MUDANÇAS IMPLICA EM LIDAR COM PESSOAS
As pessoas, em geral, não têm nenhum problema em perceber os custos de uma mudança, de modo que é natural que tentam resistir àquelas nas quais não vejam benefícios. Portanto, mostre com clareza os benefícios que as pessoas terão com as mudanças. Muitas pessoas preferem ficar onde estão. A inércia é o maior de todos os obstáculos. Você terá que movê-las em alguma direção. Esta é a essência da movimentação.
É possível reduzir o medo do desconhecido mantendo o pessoal a par de informações relacionadas com a mudança. Explique os planos, a estratégia. Quando a empresa enfrenta mudanças tecnológicas, é de especial importância que o pessoal saiba o que vem pelo caminho e que resultados são esperados. Em seguida, dar-lhes um bom treinamento pode contribuir para que a nova tecnologia pareça menos ameaçadora. Nos casos em que empregados têm
tempo e oportunidade para desenvolver gradualmente as habilidades necessárias, em clima não ameaçador, a resistência desaparece. Para tornar-se um agente de mudanças:
• Descubra onde e como o pessoal resiste ao seu papel de agente de mudanças;
• Verifique bem qual sua verdadeira intenção;
• Introduza primeiro a mudança dando-lhe o caráter de enfoque experimental. Isso é muito menos ameaçador do que pedir a alguém que se comprometa de vez com um novo estilo: “Vamos tentar isto para ver como funciona. Que tal dentro de três meses, avaliarmos os resultados?”
Daqui para frente, você poderá mudar suas atitudes ou continuar no seu estágio atual que provavelmente é um dos seguintes: 50 DESCULPAS PARA NÃO MUDAR – Incrível é que você já ouviu ou disse a maioria delas... Mas o que faz a respeito para que isso não se repita?
1. Nós nunca fizemos isso antes.
2. Ninguém nunca fez isso.
3. Isso nunca foi tentado antes.
4. Nós já tentamos isso antes?
5. Outra empresa já tentou isso antes?
6. Nós fazemos isso desse jeito há 25 anos.
7. Isso não vai funcionar numa empresa pequena.
8. Isso não vai funcionar numa empresa grande.
9. Isso não vai funcionar em nossa empresa.
10. Por que mudar? Está bom assim.
11. O chefe jamais vai concordar.
12. Isso precisa de mais investigação. Já deu certo para alguém?
13. 1Nossos concorrentes não estão fazendo assim.
14. Dá muito trabalho mudar.
15. Nossa empresa é diferente, não vamos mudar nada.
16. O departamento de marketing diz que isso não é viável.
17. O departamento de vendas diz
que isso não é viável.
18. O departamento de serviços não vai gostar.
19. O porteiro diz que não dá certo. Já tentei isso antes, em outras épocas.
20. Não temos dinheiro.
21. Não temos pessoal.
22. Não temos equipamento.
23. O sindicato vai chiar.
24. Não dá para ensinar truque novo a cachorro velho.
25. A mudança seria muito radical.
26. É visionário demais.
27. Não é responsabilidade minha.
28. Não faz parte do meu trabalho.
29. Não temos tempo.
30. Isso vai tornar os outros procedimentos obsoletos.
31. Os clientes não vão aprovar.
32. Isso vai contra a política da companhia.
33. Isso só vai aumentar as despesas.
34. Os funcionários não vão aceitar.
35. Não é problema nosso.
36. Não gostei.
37. Você tem razão, mas...
38. Não estou pronto para essa mudança. Se eu não voltar a estudar serei despedido.
39. Temos que pensar melhor para mudarmos nossas atitudes.
40. A gerência já está sabendo?
41. Não podemos arriscar, a crise está presente.
42. Perderíamos dinheiro com isso.
43. Levaria muito tempo para dar lucro, não vou arriscar.
44. Estamos bem desse jeito.
45. Precisamos criar um grupo de estudos, não consigo enxergar uma única solução.
46. A concorrência não vai gostar.
47. Não vai funcionar nesse departamento.
48. Vamos esperar mudar a política do país para ver se tiram esse presidente, pois ele nos impede de crescer.
49. É impossível ser um pouco melhor por que... Você sabe né...
50. Vamos ter que reciclar a equipe, não há tempo e nem dinheiro para isso.
PRINCÍPIO VI
LIBERTE A SINERGIA
A sinergia de uma equipe é o resulta do de duas ou mais pessoas que se valorizam entre si e confiam umas nas outras. Quando duas ou mais pessoas desenvolvem ideias juntas, elas conseguem resultados finais muito mais nobres do que teria sido possível isoladamente. Os indivíduos fazem contribuições únicas. A sinergia onde os indivíduos trabalham juntos, como comunidades e grupos conectados, multiplicam esses esforços muitas vezes. Esse catalisador chamado sinergia é tão poderoso que às vezes os indivíduos não conseguem lidar com ele sozinho no sentido da liderança. Começam, então, a compartilhar esse sucesso com pessoas de fluxo e energia semelhante, melhorando assim a comunicação como um todo, trocando informações confiáveis, em um clima mais saudável e de prospe ridade global.
PRINCÍPIO VII
TENHA MESTRES NA VIDA, VIVA COM PRÓSPEROS, FORME CAM PEÕES
A mudança eficiente será sempre gerada por um líder. O ambiente pro pício para a mudança deverá eliminar os seres humanos sem atitude, pois nos tempos latentes os “parasitas” estão se autodestruindo. Charles Darwin comentou: “Não são os mais fortes, tampouco os mais inteligentes que sobreviverão, mas sim os mais flexíveis ao meio”. As pessoas que estão em franca evolução estão eliminando políticas e soluções autocráticas e fazendo parcerias com pessoas e empresas sadias, que buscam campeões, mestres e sábios altruístas que desejam realizar a mudança.
Embora alguns líderes ainda estejam se dedicando mais à estratégia e à gestão administrativa, alguns visionários e algumas empresas estão cada vez mais preocupados com a cultura e a autovalorização da sociedade emergente enquanto
sociedade, enquanto “clientes”, pois o crescimento de todos depende da liderança mútua.
Os seres humanos prósperos têm paixão inabalável pela sua família, pelo seu trabalho, seu grupo, sua organização, seu país, por vencer em seu papel social e também torná-lo rico nas suas várias faces.
Os campeões lideram mediante seu exemplo e energia positiva incessante. Muito admirados pelos membros de seus grupos, eles constantemente rejuvenescem o meio em que vivem, energizando os que buscam, nas atitudes e trabalho constante, desenvolver-se como indivíduo e como sociedade. Os mestres completam suas tarefas sem supervisão devido às habilidades que desenvolveram em seus seguidores. Na maior parte das vezes, os seguidores surpreenderão positivamente seus mestres, fazendo melhor que o ensinado, logo, todos alcançarão a excelência e todos ganharão com isso.
Os mestres, nesse caso, representam a influência estabilizadora na mudança conjunta, individual e, por consequência, institucional, liberando muitas vezes a tomada de decisão. A única forma de a mudança ser positiva, enquanto sociedade, é compartilhando o processo de crescimento e decisão, concedendo poder de realização às mentes que buscam auto aperfeiçoamento, lealdade as pessoas e ao seu meio, trabalho com excelência, riqueza pessoal e conjunta, prosperidade contínua.
Assim, precisamos acreditar e desejar a mudança indiferente do preço que viermos a pagar por ela. Se houver algum tipo de crise, ótimo, pois ela desafia a nossa inteligência, nos traz evolução, riqueza, compaixão, perseverança e outras fabulosas virtudes.
Faça prevalecer a lealdade, a liberdade de expressão, a saúde física e mental e, principalmente, o uso nobre do tempo em todos os aspectos. Com certeza, esses quatro
ingredientes se tornarão o bem mais precioso para o enriquecimento de nossas vidas.
Aproximar-se de outros seres humanos é fabuloso e já é um começo. Manter-se unidos num trabalho conjunto, um progresso. Prosperarmos juntos é um fabuloso sucesso.
Precisamos, sim, de muita atitude, trabalho, esperança e união dos povos para uma visão comum de bem estar do planeta. E quaisquer resultados que tivermos, enquanto seres humanos, partirão sempre de nosso livre arbítrio e ações coerentes das pessoas na sua individualidade e lealdade. Pois quando perdemos o direito de sermos diferentes, perdemos o privilégio de sermos livres.
Muitos ainda não entenderam que vieram para este mundo para serem prósperos, cultos, inteligentes e ricos na sua amplitude. Infelizmente, para algumas “massas” a desordem impera, a liberdade escraviza e só a lealdade a boas pessoas e princípios éticos os liberta.
Acreditamos nos outros países e podemos, devemos acreditar mais ainda que a mudança deve partir de cada um de nós, que o Brasil é um dos países do futuro pela sua condição geográfica, suas riquezas minerais, a água abundante e policulturas de colonização. Na fusão dessas culturas, criamos muito poder de recomposição, riquezas conjuntas, uma comunicação inigualável e recebemos as pessoas de outras nações aqui como ninguém, pois nossas relações humanas e nossa cortesia são comentadas de forma positiva no mundo inteiro. O enriquecer como nação só depende de nós, pois ainda não inventaram lei alguma por aqui que diz que temos de ser pobres.
O Brasil é um magnífico país meus irmãos, e nós podemos deixá-lo melhor ainda hoje através da inovação e lealdade; preparando as lideranças e os empreendedores do futuro por meio da educação, da ética e do valor agregado no trabalho inteligente executado com excelência e profissionalismo absoluto. Lembran-
do ainda: SER LEAL – Uma questão de ATITUDE.
Lembre-se: NADA começa em ALGO, TUDO começa em ALGUÉM! QUE SEJA VOCÊ ENTÃO!
Tenha um excelente dia e hoje e sempre; Pois o mercado é do tamanho da sua competência, influência e reputação.
Michelle Borchardt Silveira
- Administradora de empresas com MBA em marketing pela Fundação Getúlio Vargas. Atua na área de Customer Success, no relacionamento e comunicação direta com clientes, equipes internas e parceiros estratégicos. Em seu dia-a-dia busca contribuir para a retenção de clientes e entrega de valor percebido. Também possui experiência em liderança de equipes de Serviços e gerenciamento de projetos. Autora dos livros ATITUDE – A VIRTUDE DOS VENCEDORES – Best-seller com mais de 500.000 leitores, além de Coautora no livro Ser+ com Palestrantes Campeões e dos doze títulos da Coleção Atitude. michelle.silveira@totvs.com.br
Paulo César Silveira - Conferencista com mais de 2500 palestras em seus 21 anos de carreira, nas áreas corportamental, liderança, vendas consultivas, negociação, vendas técnicas e comunicação com base em influência. Foi contratado por mais de 200 empresas das 500 melhores empresas eleitas pela Revista Exame. Professor convidado da FGV/SP, FIA FEA/USP, UDESC e UFRGS. Consultor, empreendedor e articulista com mais de 900 artigos editados. Autor de 26 livros, destacando-se os best-sellers: A LÓGICA DA VENDA, ATITUDE – A Virtude dos Vencedores e o VENDA SUSTENTÁVEL – A Lógica da NEGOCIAÇÃO lidos por mais de 4,8 milhões de leitores. Está revolucionando o mercado com novas formas de pensar e treinar equipes comerciais, com formatos disruptivos e inovadores, trazendo resultados nunca antes alcançados! Sua experiência e conhecimento são amplamente compartilhados em livros e artigos. Esses não só fizeram sucesso entre os mercados corporativos, como também despontaram em vendas para o público geral, tornando alguns dos seus títulos como os mais aplicáveis e vendidos do segmento. Sendo ainda Mentor e líder do Projeto Liderança Made in Brazil. falecom@paulosilveira.com.br
SEMPRE LIGADO
Fique por dentro das novidades tecnológicas do mundo da ferramentaria.
modelos da série 5 eixos, possui queda de cavacos otimizada, integrável a soluções em automação e permite diversas possibilidades de configuração. “Esta série de máquinas também foi expandida nos últimos anos com a G150, menor centro de usinagem 5 eixos da Grob para produtos com até Ø450 mm”, informa a fabricante de máquinas.
GROB
GROB APRESENTARÁ NOVIDADES
NA EXPOMAFE 2023
Após um longo período longe das feiras presenciais, este ano a Grob participará da terceira edição da Expomafe – Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Automação Industrial, que ocorre dos dias 9 a 13 de maio, no São Paulo Expo, em São Paulo. Com novidades que vão desde as tecnologias de usinagem 4 e 5 eixos até soluções para mobilidade elétrica, a empresa traz inovações, almejando novos negócios.
A empresa apresentará pela primeira vez em caráter presencial a nova série de centros de usinagem horizontais de 4 eixos, caracterizada por alta produtividade, estabilidade e robustez. Esta série de máquinas atende a peças com dimensões de até Ø1.400 x 1.500 mm e já está sendo utilizada na indústria brasileira em aplicações do mercado agrícola, construção civil e energia, por exemplo.
O modelo apresentado será o G640, que possui cursos em X, Y, Z de 1.050, 800 e 1.050 mm, respectivamente, capacidade de carga de até 1.500 kg e conta com o sistema automático de troca de paletes.
Em seu estande, a Grob também destacará a segunda geração do centro de usinagem de 5 eixos G550, que possui área de trabalho de até 900 mm e que, assim como os demais
Para complementar, através do Grob-NET4Industry o público poderá ter uma interação em tempo real com conceitos de conectividade e indústria 4.0, visualizando na prática como funciona a produção inteligente em uma máquina Grob.
Novas tecnologias: eletromobilidade e manufatura aditiva
A empresa também preparou novida des em relação às mais recentes inovações da indústria. “Nos últimos anos, o grupo Grob vem se estruturando e investindo fortemente para se adaptar às mudanças de paradigma da indústria, tendo ganhado cada vez mais espaço no ramo da mobilidade elétrica a nível global”, informa em comunicado de imprensa.” Hoje, o grupo fornece soluções completas para fabricação de estatores, rotores, motor elétrico e montagem final, além dos sistemas de armazenamento de energia, como baterias e células de combustíveis”.
Além disso, a empresa traz novidades no ramo da manufatura aditiva, apresentando sua tecnologia exclusiva Liquid Metal Printing (impressão de metal líquido), que permite o processo de fabricação de peças através de impress ão 3D sem a utilização de pó.
(11) 4367-9100
grobgroup.com/pt
TRUMPF TRUMPF LANÇA NA EXPOMAFE MÁQUINA PARA CORTAR TUBOS A LASER
A Trumpf, uma das líderes mundiais em máquinas de corte a laser, vai expor na Expomafe – pela primeira vez numa feira no Brasil – a sua linha de máquinas para o corte de tubos a laser.
Na feira, será destacado o modelo de entrada da linha, a TruLaser Tube 3000 fiber. Segundo a fabricante, essa máquina substitui processos manuais, como o uso de serras, furações manuais ou rebarbar. “Comparado com o corte de tubos convencional, o laser substitui uma série de etapas de trabalho e maximiza a produtividade, espaço e logística”, informa a Trumpf.
A TruLaser Tube 3000 fiber permite executar contornos complexos com muita precisão em materiais como aço-carbono, aço inoxidável, alumínio ou metal não ferroso. O corte de tubos a laser oferece grande flexibilidade e variedade de recursos para o processamento de tubos e perfis, abrindo as portas para novos produtos, clientes e pedidos.
TruLaser 5030 fiber com 24 kW de potência Outra novidade no estande, será a TruLaser 5030 fiber equipada com o novo laser TruDisk 24001, capaz de processar chapas metálicas até 300% mais rápido que a sua antecessora. “Dependendo do material e da aplicação, a TruLaser 5030 atualizada pode processar até 80% mais chapas de metal por hora”, informa.
Com 24kW de potência, a máquina é capaz de cortar aço-carbono com até 20 mm de espessura, usando nitrogênio como gás de corte, mantendo a face livre de óxido. De acordo com a Trumpf, “Isso elimina a necessidade
do retrabalho que surge quando o oxigênio é usado, permitindo aumentar a produtividade e reduzindo etapas de processo posteriores. Ao mesmo tempo, o aumento da potência do laser melhora a qualidade das peças cortadas, especialmente para espessuras de chapas médias e altas”.
A fabricante alemã acrescenta que outras máquinas expostas na Expomafe 2023, como a TruLaser 1030 fiber e a TruPunch 2000, “dedicadas ao mercado de entrada no segmento ou aos empresários que querem ampliar ou modernizar a sua linha de produção”.
(11) 4133-3560
trumpf.com/pt_BR
KENNAMETAL
de quebrar o cavaco também em maiores profundidades de corte e avanços; transição suave de geometria facilitando a remoção da cavaco para fora da peça a fim de garantir uma elevada qualidade superficial; maior área de assentamento, aumentando a face de apoio e tendo elevado impacto na estabilidade do torneamento reduzindo possibilidade de vibração.
Por fim, detalhes no desenho do quebra-cavaco que direcionam a refrigeração para a zona de corte da pastilha, baixando assim a temperatura de corte durante a usinagem.
Segundo a fabricante, o novo quebra-cavaco MV já se encontra disponível nos estilos C, D, S, T, V e W e oferece uma excelente versatilidade. “Em conjunto com a recém-lançada classe KCP25C, oferece performance diferenciada na usinagem de aços em geral”, informa a Kennametal.
kennametal.com/pt
LIEBHERR
AUTOMAÇÃO MODULAR
LIEBHERR: SOLUÇÃO PARA QUALQUER APLICAÇÃO
MV é o mais recente quebra-cavaco para as pastilhas negativas de torneamento da Kennametal. Desenvolvido principalmente para operações em aços (ISO P), é voltado para aplicações médias e oferece extrema versatilidade.
Segundo a Kennametal, o novo desenvolvimento oferece vários benefícios, como o fato de gerar forças de corte mais baixas e um corte mais suave durante a usinagem, além de excelente controle do cavaco em baixas e médias profundidades de corte e avanços, graças a um elemento formador de cavaco especialmente desenvolvido na região do raio da pastilha.
A estas, somam-se ainda outras características técnicas: devido à sua geometria com um design aberto, tem a capacidade
A necessidade de uma solução de automação para a própria linha de fabricação fez com que a Liebherr desenvolvesse um novo produto: um sistema de automação modular, abrangente e ao mesmo tempo escalável e com diversos opcionais de personalização. O manipulador de paletes PHS Pro foi criado nesse cenário. Com vistas à possibilidade de levar à solução a outras indústrias, a Liebherr tornou o sistema modular, desenvolvendo,
então, o PHS Allround.
Com seu conceito modular, o PHS Allround combina as vantagens de um produto standard com opções de expansão para automatizar diferentes centros de usinagem, conforme a demanda do cliente. Está disponível com três classes de peso e vários opcionais para se ter acesso frontal a área da máquina, carregador de paletes duplo, para menor tempo de troca de paletes, e elevador de paletes extralongo, para maior quantidade de prateleiras de paletes.
O paletizador manipula peças para serem usinadas, fixadas a um palete padrão. Isto torna este tipo de automação ideal para a produção de pequenos lotes ou de lotes uniformizados. Com este tipo de sistema, os custos unitários podem ser reduzidos em até 40%, e a produtividade das máquinas (OEE) pode alcançar os 90%. Outra vantagem é a possibilidade de turnos sem operadores.
O PHS Allround pode ser estendido de metro a metro e interligar até quatro máquinas. A parte da frente do sistema também pode receber máquinas, de modo que as mesmas possam ficar ou lado a lado ou de frente uma para a outra. Segundo a empresa, isso significa máxima flexibilidade para todos os layouts.
“O sistema pode ser adotado também para aplicações específicas. Em um fornecedor de serviços de medição, o PHS Allround automatiza uma máquina de medição, ao invés de um Centro de Usinagem. A Liebherr desenvolveu um controlador para ligar a máquina de medição e programou toda interface de software específica do cliente”, informa a fabricante.
Em 2021, a Liebherr instalou em um fabricante de componentes para máquinas de construção um PHS Pro, com alto grau de automação, desenvolvido para usinar uma grande variedade de peças: três células robotizadas alimentam e fixam peças brutas em paletes, de forma totalmente automatizada. “O PHS Pro, então, recolhe o palete com as
peças fixadas e o coloca no centro de usinagem. A gestão e movimentação das ferramentas de corte também foram automatizadas e são carregadas no centro de usinagem assim que o palete, com a devida peça, é carregado. Após a usinagem, as peças são automaticamente soltas, limpas e descarregadas. Um sistema inteligente controla todo o fluxo do material”, informa.
Em outra aplicação em uma montadora de carros, a Liebherr forneceu – para uma linha de usinagem de virabrequins – uma solução especial com um manipulador de paletes rotativo (RLS). Neste caso, o manipulador de paletes foi colocado na entrada da linha de usinagem junto com uma célula robotizada com sistema de visão por câmera, que armazena virabrequins, do mesmo modelo, na sua devida prateleira, funcionando como um armazém de peças brutas.
(12) 2131 4200 liebherr.com/pt
KENNAMETAL
KENGOLD, NOVA TECNOLOGIA DE COBERTURA DA KENNAMETAL
te, aumentando a confiabilidade no processo produtivo.
A novo revestimento é composto de quatro camadas. A camada mais periférica da cobertura protege contra o desgaste frontal e permite fácil visualização do desgaste na camada dourada TiN, além de melhorar a resistência à abrasão da KCP25C.
A segunda camada é composta por uma cobertura negra Al2O3 com nanoestrutura uniforme desenvolvida recentemente para agir como uma forte barreira térmica e resistir ao desgaste.
A terceira camada é uma camada de transição que une as camadas tenaz e resistente ao desgaste.
A quarta camada resiste a lascamentos devido a sua cobertura TiCN de média temperatura com estrutura cristalina altamente uniforme. Também confere tenacidade e grande resistência ao desgaste ao inserto.
A Kennametal destaca ainda que, em função das tecnologias avançadas de prensagem e preparação de aresta, alcançou-se níveis de tolerância consistentemente rígidos com a KENGold. Assim, a classe é extremamente versátil ao usinar aço em uma ampla gama de aplicações de torneamento, oferecendo maior tenacidade e resistência à abrasão e ao lascamento. “Dessa forma, os clientes terão uma vida útil da ferramenta mais confiável e consistente”, informa a empresa.
A Kennametal está lançando sua mais nova geração de tecnologia de revestimentos CVD para insertos de torneamento, a KENGold. A primeira classe a ser lançada nesse novo conceito é a KCP25C, indicada para torneamento de aços.
Segundo a fabricante, as principais características dessa nova tecnologia de cobertura são: proteção contra desgaste frontal; facilidade para visualizar o desgaste, reduzindo o desperdício de arestas não utilizadas; alta resistência ao desgaste e forte barreira térmica; vida útil consisten-
A tecnologia de cobertura KENGold está disponível na classe KCP25C, para torneamento ISO de aço, nos estilos e formatos mais comuns do mercado: Positivo (Screw-On) e Negativo (Kenloc). Nas fases futuras de lançamento haverá disponibilidade em formatos e estilos adicionais.
kennametal.com/pt
SKA
SKA LANÇA O SYNECO TOOLS, NOVA FUNCIONALIDADE DO SEU SISTEMA
MES
Quanto maior é o volume de produção de uma empresa, maior é a
necessidade de controle do seu fluxo. A partir deste pensamento, a SKA utilizou a base do seu software MES, o SYNECO, para desenvolver mais uma solução que auxiliará ainda mais os seus clientes a gerenciar recursos da fábrica, desta vez, com foco direcionado a monitorar a vida útil de moldes de injeção e estampo: conheça o SYNECO Tools.
moldes em injeção e estamparia. A solução também contribui com outros setores, como manutenção, almoxarifado e PCP.
O primeiro cliente a utilizar a solução da SKA, a Legrand (Caxias do Sul/ RS), possui mais de 700 moldes para gerenciar. Estudando casos como esse, a SKA buscou desenvolver uma solução que melhor atendesse a estes ambientes e necessidades.
Quais ganhos o SYNECO Tools pode trazer?
Junto dos outros softwares do SYNECO, o Tools torna o ambiente da sua empresa ainda mais conectado.
Por que implantar o SYNECO Tools?
• Receba relatórios que apontam a necessidade de manutenção preventiva de ferramentas;
• Acompanhe a vida útil das ferramentas para não atrasar lotes de fabricação;
O que é o SYNECO Tools?
Tendo como objetivo principal o gerenciamento de um grande volume de itens e recursos de fabricação, o SYNECO Tools tem uma gama de funcionalidades voltadas para controle de
Além de estabelecer um processo estruturado para requisição de ferramenta, o SYNECO Tools também automatiza o monitoramento de recursos que passam por desgaste ao longo do uso. Hoje incorporando os processos de injeção e estampo através da gestão de moldes e matrizes, é possível gerir o fluxo desses componentes pela fábrica, eliminando a ociosidades de máquinas devido à falta da ferramenta necessária disponível.
• Diminua a quantidade de máquinas paradas devido à falta de planejamento para manutenção das ferramentas;
• Reduza o custo de investimento com novas máquinas e ferramentas ao utilizá-las de forma mais assertiva;
• Mantenha o histórico de uso e manutenção da ferramenta para futuras decisões.
0800 510 2900 ska.com.br
CURSOS, EVENTOS E FEIRAS
EVENTOS, FEIRAS E WEBINARS
MAIO 2023
09 a 13 - São Paulo - SP, Brasil
EXPOMAFE 2023 - Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Automação Industrial expomafe.com.br
25 a 26 - São Bernardo do Campo - SP, Brasil
15º ENAFER - Encontro Nacional de Ferramentarias 2023 (47) 99661-9555 enafer.com.br
JUNHO 2023
12 a 16 - Düsseldorf, Alemanha
GIFA 2023 - 15 Feira Internacional de Fundição com Fórum Técnico gifa.com
13 a 16 - Stuttgart, Alemanha
Molding Expo 2023 - Feira Internacional de Fabricação de Ferramentas e Moldes messe-stuttgart.de/moulding-expo
20 a 22 - Cidade do México, México
FITMA 2023 - Feira internacional de tecnologia e manufatura fitma-la.com
JULHO 2023
11 a 17 - Joinville - SC, Brasil
Intermach 2023 - Feira e Congresso de Tecnologia, Máquinas, Automação e Serviços para Indústria MetalMecânica (47) 3451-3000 intermach.com.br
SETEMBRO 2023
05 a 08 - Milão, Itália
PLAST - Exposição Internacional das Indústrias de Plásticos e Borrachas plastonline.org
18 a 23 - Hannover, Alemanha EMO Hannover 2023 - O principal evento da Indústria Metalúrgica do mundo deutschemesse.co.uk/emo
25 a 27 - Joinville - SC, Brasil Metalurgia - Feira e Congresso de Tecnologia para Fundição, Forjarias, Alumínio e Serviços (47) 3451-3000 metalurgia.com.br
OUTUBRO 2023
17 a 21 - Milão, Itália Fakuma 2023 - Feira Internacional de Processamento de Plásticos fakuma-messe.de/en
CURSOS ONLINE E PRESENCIAIS
ABRIL 2023
Ferramental - Joinville - SC 05 - Gestão de Custos na Ferramentaria Moderna (47) 9120-4426 (47) 3202-7280
SOB CONSULTA
FIT Tecnologia Cursos para a área metal-mecânica (15) 3500-9392 fit-tecnologia.com.br
Udemy – Cursos de diversos temas com preços acessíveis
Custo: pago udemy.com
Faber-Castell – Cursos sobre desenho e caligráfica
Custo: gratuito cursos.faber-castell.com.br/courses
Sebrae – Cursos sobre empreendedorismo e negócios
Custo: gratuito sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ cursosonline
FBV Cursos Cursos sobre empreendedorismo e negócios Custo: gratuito fbvcursos.com
Segredos da simulação
Custo: pago repuxando.com.br/curso-segredosda-simulacao
Programação CNC para Torneamento Custo: pago render.com.br
A Interação Homem-máquina Custo: gratuito faculdadesdaindustria.org.br/ ielgratuito
Big Data e Inteligência Artificial como Sabedoria Tecnológica da Indústria
Custo: gratuito faculdadesdaindustria.org.br/ ielgratuito
Conceitos e Fundamentos da Inovação
Custo: gratuito faculdadesdaindustria.org.br/ ielgratuito
Cultura para a Inovação na Transformação Digital Custo: gratuito faculdadesdaindustria.org.br/ ielgratuito
Estratégia para a Indústria 4.0 Custo: gratuito faculdadesdaindustria.org.br/ ielgratuito
Gestão Financeira por Fluxo de Caixa Custo: gratuito faculdadesdaindustria.org.br/ ielgratuito
Colégio Técnico - Campinas, SP
Curso: Injeção de termoplásticos e projeto de moldes para injeção de termoplásticos
(19) 3775-8600
cotuca.unicamp.br/plasticos
CTA - São José dos Campos, SP Auditores da qualidade, gestão da qualidade, normalização, ultra-som, raio-X (12) 3947-5255 ifi.cta.br
Escola LF - São Paulo, SP
• Operação de máquinas de sopro e injetoras, análise de materiais e processamento, projeto de moldes
• Injeção de plásticos
• Decoração e gravação
• Máquina sopradora
• Manutenção de injetoras
• Máquinas injetoras
• Setup em máquinas injetoras
• Segurança em máquinas injetoras
• Projeto de moldes 2D e 3D
• Metrologia e desenho
• Câmara quente
• Extrusão de filme
• Processamento de PET
• Preparador técnico em máquinas de sopro
• Processos de extrusão (11) 3277-0553 escolalf.com.br
Escola Técnica Tupy - Curitiba, PR Técnico em plásticos (41) 3296-0132 sociesc.com.br
Faculdade Tecnológica Tupy - Curitiba, PR Tecnólogo em polímeros e Pós-graduação em desenvolvimento e processos de produtos plásticos (41) 3296-0132 sociesc.com.br
FC Educa - Joinville, SC
• Lean Manufacturing
• Administração de Compras e Fornecedores
• Como Planejar Ações na Área Comercial
• Consultoria em Vendas
• Desenvolvimento de Lideranças
• Estratégias de Negociação e
Vendas (47) 3422-2200. fceduca.com.br
INPAME - São Paulo, SP Operador de prensas e similares ( in company )
(11) 3719-1059 inpame.org.br
IMA - Rio de Janeiro, RJ Especialização em processamento de plásticos e borrachas (21) 2562-7230 ima.ufrj.br
Intelligentia - Porto Alegre, RS Racionalização de processos de manufatura, desenvolvimento gerencial (51) 3019-5565 intelligentia.com.br
PLMX Soluções - São Caetano do Sul, SP, Brasil Treinamentos: Solid Edge (11) 3565-3808 plmx.com.br
Sandvik - São Paulo, SP Técnicas básicas de usinagem, tecnologia para usinagem de superligas, otimização em torneamento e fresamento (11) 5696-5589 sandvik.com.br
SENAI - Joinville, SC Tecnologia em usinagem, mecatrônica, ferramentaria (47) 3441-7700 sc.senai.br
SENAI Mário Amato - São Bernardo do Campo, SP
• Materiais, moldes, processamento de plásticos
• Projetista de moldes para injeção de termoplásticos (11) 4344-5028 meioambiente.sp.senai.br
SENAI - Jundiaí, SP
Tecnologia de moldes, operador de extrusora, técnico em plásticos (11) 4586-0751 sp.senai.br/jundiai
SENAI Roberto Mange - Campinas, SP
Técnico em construção de ferramentas (19) 3272-5733 sp.senai.br
SKA - São Leopoldo, RS
Curso: Curso básico e avançado de CAD e CAM 0800 510 2900 ska.com.br
Sociesc - Joinville, SC
Curso: Automação, mecânica, mecatrônica, metalurgia, plásticos 0800 643 0133 sociesc.com.br
Trade Mix - Rio de Janeiro, RJ
Curso: Design de embalagens e projeto de produtos (21) 3852 5363 trademix.com.br
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As informações publicadas nesta seção são repassadas à Editora Gravo pelas entidades e empresas organizadoras. A Editora Gravo não se responsabiliza por alterações de data e local dos eventos.
INDICAÇÃO DE WWWEBSITES
1 NOTION
O Notion é uma ferramenta de organização e distribuição de tarefas. Ele é excelente para equipes cujos componentes não trabalham todos no mesmo lugar e para home office.
A ferramenta se destaca especialmente porque permite que haja o acesso a documentos, agenda e lembretes em um só lugar.
notion.so/pt-br
2 FREEPIK
Rotineiramente, diversos produtores de conteúdo para a internet se veem buscando imagens e vetores para adicionar aos seus projetos.
O Freepik é um banco de imagens gratuito que reúne milhões de recursos para download, incluindo fotos, vetores, ícones e arquivos editáveis.
br.freepik.com
PENSE COMO A AMAZON
Pense como a Amazon analisa de perto tudo o que faz com que uma das mais bem-sucedidas empresas do mundo funcione tão bem e continue crescendo e se reinventando.
Neste guia passo a passo, Rossman apresenta cinquenta dicas e meia que farão você pensar como a Amazon, traçar estratégias como Jeff Bezos e ser bem-sucedido nos negócios como poucos.
O livro foi publicado em 2022 e possui 288 páginas.
DE LEITURA
COMECE PELO PORQUÊ
Neste livro, Simon Sinek mostra que as pessoas só irão se dedicar de corpo e alma a um movimento, ideia, produto ou serviço se compreenderem o verdadeiro propósito por trás deles.
Ao publicar esse livro, o autor iniciou um movimento que tem ajudado milhões de pessoas a encontrar um sentido maior no próprio trabalho e, assim, inspirar colegas e clientes.
O livro foi publicado em 2018 e possui 324 páginas.
A REGRA É NÃO TER REGRAS: A NETFLIX E A CULTURA DA REINVENÇÃO
A partir de centenas de entrevistas com funcionários da Netflix e relatos nunca antes compartilhados, Hastings explica como seus princípios controversos fizeram da Netflix um exemplo de inovação e sucesso global.
Uma obra fascinante sobre uma empresa que desafiou tradições e expectativas e dominou as premiações do cinema e da TV.
O livro foi publicado em 2020 e possui 393 páginas.
TRABALHO FOCADO: COMO TER SUCESSO EM UM MUNDO DISTRAÍDO
Em Trabalho Focado, o autor e professor Cal Newport discorre sobre o impacto da era digital.
Em vez de argumentar que a distração é ruim, ele celebra o poder do seu oposto.
Trabalho Focado é um guia indispensável para quem procura alcançar sucesso em um mundo repleto de distrações.
O livro foi publicado em 2020 e possui 286 páginas.
NÃO PERCA TEMPO COM
QUEM NÃO ENXERGA VALOR
Aordem de Jesus “não jogue pérolas aos porcos” significa que não se deve entregar coisas valiosas àquelas pessoas que não veem nenhum valor nelas. Mas, quem são os porcos na Bíblia? São as pessoas impuras, aquelas que estão no meio dos “demônios”, qualquer que seja o significado desta horrenda palavra.
Jesus fez esse alerta durante seu Sermão da Montanha, no qual, dirigindo-se aos seus seguidores, passou uma série de instruções sobre como eles deveriam viver e se portar de acordo com sua visão de mundo. E o foco foi àqueles, que além de não enxergar, rejeitam e não apreciam o que outros têm de mais precioso.
A expressão “não perder tempo com quem não enxerga valor” remete também a condição empresarial rotineira. Há empresas que, metaforicamente, representam solo nada fértil para sementes de qualidade, por mais que se tente adubar e cuidar das ervas daninhas.
Contudo, ressalto o outro lado, o de muitas empresas, que são verdadeiras universidades, por tudo que proporcionam de aprendizado ao longo do dia a dia profissional, e, também, por criarem ambientes férteis à sua equipe, para a criação, desenvolvimento e consolidação de resultados técnicos e econômicos. E que, nas más empresas, o valor
pessoal e profissional raramente é reconhecido, valorizado e incentivado, muitas vezes, pelo receio do gestor em envaidecer o colaborador e aumentar o valor de seu passe.
Assim, por esse risco, há que ser acertada a medida exata dos feedbacks positivos, isto é, há que se cuidar para que não se exagere nos predicados.
Do lado do colaborador, ele deve ter sempre consigo que “não se deve tentar criar raízes onde não se é regado”.
Voltando aos ensinamentos bíblicos, Jesus, em outro sermão, faz algumas considerações acerca do ‘julgamento’ e, nesse contexto, Ele diz: “não julgueis para que não sejais julgados“ (Mateus 7:1). Com essas palavras, Jesus não estava proibindo qualquer tipo de julgamento, mas estava proibindo o julgamento hipócrita e indicando o padrão e a forma correta pela qual seus seguidores deveriam julgar adequadamente. E é na sequência desse ensino, que Ele diz: “não deem o que é sagrado aos cães, nem atirem suas pérolas aos porcos” (Mateus 7:6).
Para cumprir a ordem de “não dar aos cães” o que é santo (inquestionavelmente, de valor), nem “jogar pérolas aos porcos” (significando dar um presente a quem não sabe para que serve), precisa-se de um julgamento que possa determinar quem se comporta como cão e porco
diante das coisas sábias (como por exemplo, conhecimento experimentado no tempo e na prática).
Enfim, assim como cães, naquele tempo, eram predominantemente animais selvagens, violentos e perigosos, que andavam em bandos e causavam muitos transtornos nas pequenas vilas e cidades e os porcos, por sua vez, considerados animais imundos na Lei Mosaica, os judeus não podiam ter contato com estes animais.
Dessa forma, pode-se assimilar que - nos dias de hoje - existem pessoas que agem como cães (daquele tempo) e porcos (hoje, ainda), diante de “boas novas” - de valor, validade e espírito sinergético - não compreendendo, não apreciando e, até, desprezando, escarnecendo, pisando, atacando e dilacerando.
Portanto, hajam com inteligência e parcimônia em seus julgamentos, valorizando mutuamente o profissional e a empresa que tem valor. Dessa forma, não haverá desperdício de tempo e recursos nem conflitos que travem o desenvolvimento conjunto dos bons.