Revista Ferramental Edição 58

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CAPACIDADE DE INDIGNAÇÃO A nova “cara” da Ferramental deu uma grande reoxigenação na equipe. Estamos mo vados e transbordando de planos para novos desafios. O leitor será presenteado com muitas surpresas ao longo dos próximos meses e, estou certo, todas em bene cio do fortalecimento do segmento de ferramentarias. Agradecemos todas as manifestações de sa sfação com o novo visual. Nosso esforço é sempre na busca de levar a melhor informação ao leitor, agora de forma ainda melhor. O Brasil vive um momento decisivo, de tensão polí ca, econômica e social. Muita indignação com o nível de corrupção enraizado na gestão pública, mas também nos meios empresariais. Enorme sensação de manipulação das informações. Elevada insa sfação com a má gestão dos recursos do cidadão. Extremo descrédito na classe polí ca. Total incapacidade de atendimento básico na saúde e educação. Câmbio disparando. Inflação sinalizando reedição de condições catastróficas de passado recente. Entretanto, é sabido que nas horas de crise surgem as melhores oportunidades. Estamos, pois, diante de uma decisiva encruzilhada, na qual a decisão tomada hoje será diretamente responsável pelo cenário futuro em nossa vida privada e profissional. É imprescindível que, ordeira e sabiamente, façamos as manifestações necessárias para que o rumo seja corrigido. Precisamos de foco! Não podemos aceitar que a corrupção faça parte do es lo de vida do brasileiro. Essa praga precisa ser ex rpada do dicionário e, mais ainda, da ro na diária. Precisamos de decência na gestão do país e de nossas empresas. Carecemos de caráter! E, definidas as ações e prioridades, a execução deve ser imediata. Aliás, recentemente li em cartaz afixado em uma loja a correta definição da palavra urgente. Lá estava escrito: “Urgente é tudo aquilo que você deixou de fazer em tempo hábil e quer que eu faça em tempo recorde”. Triste, mas real. A Ferramental apoia e incen va toda expressão de opinião ou sen mento, seja pública ou privada, cole va ou individual, de sa sfação ou repúdio, desde que democrá ca, inteligente e pacífica. Enfim, não podemos perder a capacidade de nos indignarmos. Àqueles que não comungam dessa opinião, lanço a expressão imortalizada por Marian Wright Edelman, a vista americana dos direitos da criança: “Não se sinta no direito a nada que você não tenha lutado ou conseguido com o seu suor”.

Capa: Imposto de Renda Criação: All.x Soluções Estratégicas Ltda

O envio da revista é gratuito às empresas e profissionais qualificados das indústrias de ferramentais, seus fornecedores, compradores e usuários finais. Qualifique sua empresa no www.revistaferramental.com.br

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Chris an Dihlmann Editor



índice

32 Dicas do Contador: esclarecimentos sobre as úl mas mudanças no imposto de renda

42

Qualidade da Gestão: Você está usando o melhor modelo administra vo para sua empresa?

ÍNDICE En dade Tecnologia Gente e Gestão Ficha Técnica Capa Enfoque Dicas do Contador Rede Senai Saúde 06 REVISTA FERRAMENTAL MARÇO.ABRIL 2015

09 10 16 20 24 28 32 34 36

40 42 46 50 54 56 57 58 62

Inovação Qualidade da Gestão Expressas Memórias JuríDicas Livros Conexão www Agenda Opinião



cartas Gostaria de agradecer, em nome dos autores, pela oportunidade de publicar o nosso ar go na Ferramental. Agradeço também o envio das revistas. Lucas Camargo Uni Sociesc - Joinville, SC Fiquei muito feliz com a publicação do ar go na Ferramental e pelo tratamento dado ao mesmo. Compar lho os ques onários do Capital Intelectual (percepção, aplicação e perfil de negócio) para envio aos demais colegas ferramenteiros para construção do banco de dados nacional. Forte abraço. Luiz Eduardo Leão SENAI DN - Brasília, DF

já está bem "surrada", de tanto carregar de um lado para o outro. Estou lendo a revista e fico feliz pela qualidade das matérias. Certamente é um importante instrumento de agregação no conhecimento para as pessoas ligadas ao setor. Parabéns! Mo vo-os a prosseguirem com o projeto. Aproveito para desejar um especial, abençoado 2015 a vocês. Ivan F. Hudler Prosyst – Joinville, SC Prezado Ivan, ficamos muito felizes com sua mensagem. Esse é o obje vo principal da Ferramental: contribuir para o crescimento e fortalecimento das empresas da cadeia de fabricantes de ferramentais, levando informações e propiciando sa sfação na leitura. Estamos à disposição para futuras publicações.

Olá Luiz, as informações estão disponíveis para o leitor.

Sou estudante de administração e trabalho em uma empresa na área de gestão da qualidade. Tive oportunidade de ler a revista Ferramental e gostei muito das matérias. Eu gostaria de receber os exemplares. Parabéns pelo conteúdo. Dóris Prusch Estudante - Caxias do Sul, RS

Parabéns pela edição novembro/dezembro de 2014. Ar gos interessantes, principalmente o compar lhado em "Opinião" pelo Luis Eduardo, que enfa za o hiato que existe entre o Brasil e os países avançados no segmento de ferramentaria. Não há segmento industrial forte sem inves mento em educação e tecnologia. Um 2015 carregado de realizações a todos da equipe Ferramental e seus leitores. Luiz Carlos Santos Consultor – Americana, SP

Agradecemos o contato e sua referência a nossa publicação. Esse é um grande incen vo para con nuarmos a nos esmerar na qualidade da Ferramental. Envie os dados da sua empresa para cadastro e envio da revista.

Agradecemos os contatos de:

Tenho interesse em assinar a revista Ferramental. Em nossa empresa possuímos um setor de usinagem com diversas máquinas e gostaríamos de nos mantermos atualizados sobre inovações e tecnologias voltadas para a área de ferramentaria. Herbert da Silva Esmaltec Eletrodomés cos - Maracanaú, CE

Gostaria de saber qual foi a edição da revista Ferramental que trouxe um ar go sobre planilhas de orçamentos para moldes e injeção. Estou precisando deste material e ficarei muito grato pelo retorno. Antônio Carlos Plastécnica – Porto Alegre, RS As informações foram enviadas para o leitor.

Rudi Steinbrunn Quilmes Neuma ca – Buenos Aires, Argen na Luciana Aparecida dos S. Souza Jacto – Pompéia, SP Edson Fernandes Ponto Zero – Joinville, SC Robson Ballardin Vêneto Projetos – Caxias do Sul, RS João Antônio N. Almeida Alfa Mac Projetos Mecânicos – São Paulo, SP Odair dos Santos Pinto Volkswagen do Brasil – São Bernardo do Campo, SP Valen m Furlan VR Ferramentaria – Limeira, SP João Carmo Vendramim Isoflama – Indaiatuba, SP

Todos os ar gos publicados na revista Ferramental são liberados para uso mediante citação da fonte (autor e veículo).

Recebi dois exemplares da Ferramental. A recomendação para guarda no arquivo pessoal será seguida à risca. Foi bom receber porque a minha

cartas

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entidade

ASSOCIAÇÃO DE ENGENHEIROS BRASIL - ALEMANHA DESCRIÇÃO

Razão social: Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha (VDI-Brasil) Endereço: Rua Verbo Divino 1488 – terceiro andar Bairro: Chácara Santo Antônio CEP: 04719-904 Cidade: São PauloEstado-SP Fone: (11) 5180-2325 | Fax: (11) 5181-7013 E-mail: vdi@vdibrasil.com.br | Site:www.vdibrasil.com DIREÇÃO

Presidente: Wilson Bricio Mandato: 2015-2016 Contato primário: (11) 5180-2325 E-mail: vdi@vdibrasil.com.br CARACTERIZAÇÃO

Obje vos: Além de agir como interlocutora de tendências tecnológicas entre o Brasil e a Alemanha, tendo como foco as empresas e engenheiros no Brasil, contribui também para o desenvolvimento e sucesso profissional dos engenheiros. Contribui ainda para o desenvolvimento profissional dos engenheiros no Brasil, por meio de cursos, informa vos, eventos e visitas técnicas. Setor de atuação: Engenharia

Perfil do associado: São em sua maioria engenheiros e profissionais de empresas e ins tuições do eixo BrasilAlemanha. Destacam-se também diretores, presidentes de importantes empresas, ins tuições e pessoas com poder em tomadas de decisões. Associado: Engenheiros, estudantes de engenharia e interessados da área. Associado – Parceiro Top: Empresas que acreditam e valorizam os trabalhos e ações da VDI-Brasil. Associado – Parceiro Ins tucional: Um dos pontos fortes da Associação é a sua rede de parceiros, que ampliam e intensificam as suas a vidades no eixo Brasil-Alemanha, além de possibilitar o acesso direto a mais de 115 mil engenheiros. A VDI-Brasil abre as portas a todos os engenheiros, estudantes de engenharia, execu vos de áreas de liderança e interessados, para que façam parte deste universo rumo ao conhecimento tecnológico e ao sucesso profissional. Ser associado VDI significa, entre outros, estar à frente das principais tecnologias e tendências do setor, além de desfrutar de bene cios e redes de contatos com líderes da indústria, ciência, pesquisa e tecnologia.

SERVIÇOS OFERECIDOS

EVENTOS PROMOVIDOS

 Simpósios Internacionais para Cooperação Tecnológica;  Dia da Engenharia Brasil-Alemanha;  Encontros Tecnológicos em renomadas universidades

 Simpósio Internacional em S C – Excelência em Produção:Indústria do Futuro;  Congresso Mobilidade Urbana 2020;  Dia da Engenharia Brasil-Alemanha;  Simpósio Internacional de Produção;  TOP of Technology (setor, medicinal, construção civil, automo vo e químico);  Encontros Tecnológicos Brasil-Alemanha (FA A P, Mackenzie e Bosch).

brasileiras;  Cursos focados no desenvolvimento profissional;  Visitas técnicas a empresas com tecnologia de ponta;  Eventos com foco em networking, carreira e lazer;  Canais de Comunicação como estratégia de troca de informação e conhecimento (Revista Engenharia BrasilAlemanha, Informa vo Técnico Brasil-Alemanha, site,...).

Para informações detalhadas, consulte a en dade. PROGRAMAS  Campanha +ProPro - Mais Produ vidade na Produção (maispropro.com.br);  Emprego E2 VDI (empregos.vdibrasil.com).

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Filie-se a uma en dade representa va do seu segmento. Somente unidos seremos fortes. REVISTA FERRAMENTAL MARÇO.ABRIL 2015 09


tecnologia

SISTEMAS DE CÂMARA QUENTE: MANUTENÇÃO PREVENTIVA E RECOMENDAÇÕES PARA A INSTALAÇÃO OS SISTEMAS DE CÂMARA QUENTE TÊM CONTRIBUÍDO DE FORMA SIGNIFICATIVA PARA A MELHORIA DO PROCESSO DE PRODUÇÃO DE PEÇAS PLÁSTICAS, TANTO EM NÍVEL DE QUALIDADE QUANTO DE RENTABILIDADE. ENTRETANTO, É IMPORTANTE QUE SEJAM INSTALADOS E MANUTENIDOS DE FORMA CORRETA PARA MINIMIZAÇÃO DE TEMPOS DE MANUTENÇÃO CORRETIVA E, CONSEQUENTEMENTE, PARA REDUÇÃO SIGNIFICATIVA DE CUSTOS FINANCEIROS DO PROCESSO Por Michael Rollmann | Fotos Divulgação

N

o mercado extremamente compe vo de hoje os transformadores de plás co por injeção são con nuamente obrigados a reduzir os preços dos produtos moldados por injeção. Assim cada vez mais procuram por melhor eficiência e redução de custos. Os sistemas de câmara quente fornecem consideráveis vantagens em termos de redução de ciclos de produção e gastos com matéria prima. Para um bom funcionamento do molde é muito importante que os especialistas em câmara quente par cipem desde o início do projeto do molde. Os sistemas de câmara quente para moldes têm de ser desenhados de forma a proporcionar uma adaptação individual e flexível aos espaços disponíveis no molde, para permi r uma montagem fácil e segura. Além disso, o sistema de câmara quente precisa garan r as condições técnicas e reológicas¹ para o processamento de materiais plás cos. Hoje encontramos no mercado várias marcas e modelos de sistemas de câmara quente para a injeção de plás co. Estes sistemas fornecem consideráveis vantagens em termos de facilidade de instalação, operação e manutenção a custos reduzidos. Mas independentemente do po de câmara quente usado no molde, todos têm uma coisa em comum: eles necessitam de manutenção preven va para garan r sua eficiência e perfeito funcionamento. Mesmo com todas as vantagens que um sistema de câmara

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quente apresenta no processo de injeção de plás co, às vezes temos dificuldades em argumentar com a afirmação que uma câmara quente faz um molde de injeção mais complexo. Mas com diligência razoável e manutenção disciplinada facilitam para que o processo pague os bene cios de sua operação. Como pioneiro da tecnologia de câmara quente descrevemos aqui nossas recomendações para uma manutenção qualificada e instalação no molde. Em geral devem ser seguidos alguns procedimentos básicos de manutenção e, na sequência, vamos orientar a correta instalação dos sistemas no molde.

MANUTENÇÃO PREVENTIVA Um dos fatores mais importantes para manter um sistema de câmara quente em bom funcionamento é evitar a entrada de impurezas no canal do manifold² e nos bicos. A contaminação da matéria prima obstrui os canais e pode entupir os gates³, dificultando assim a injeção da peça. Para limitar ao máximo a entrada de impureza na câmara quente recomendamos: 1. Manter o material de plás co o mais puro possível; 2. U lizar um filtro homogenizador entre cilindro (em inglês, barrel) e bico da máquina injetora para filtrar o material fundido antes de entrar na câmara quente.


tecnologia O obje vo é evitar obstruções no processo de injeção e quando a pressão de injeção começa a subir é chegada a hora de limpar o filtro homogenizador. O filtro deve ser construído para facilitar a limpeza do seu elemento filtrante. Mas, em princípio, a limpeza de um filtro é sempre muito mais eficiente do que desobstruir um gate de um sistema de câmara quente (figura 1).

Figura 1 – Filtro homogenizador em corte

Em caso de processar plás co reforçado com fibra longa, naturalmente a fibra obstrui o filtro mais rápido. Neste caso recomendamos purgar⁴ o conjunto cilindro – filtro- câmara quente com material sem fibra antes da parada do molde. Este procedimento deixará cilindro, filtro e câmara quente limpos e facilitará a ro na de reiniciar a próxima produção de peças. Caso haja preocupação com a possibilidade de misturar material com ou sem fibra, recomendamos o uso de uma cor diferente para o material da purga. A manutenção preven va deve ser diferenciada da desmontagem completa do sistema. Como regra geral, quanto menos ocorrer a desmontagem de uma câmara quente melhor, já que alguns itens como, por exemplo, anéis de vedação, necessitam obrigatoriamente ser trocados a cada procedimento de desmontagem. Antes de iniciar uma manutenção preven va na câmara quente é muito importante ter conhecimento técnico adequado do po e da marca em uso. Assim, recomendamos solicitar um treinamento técnico do fabricante do sistema em uso e aprender o procedimento correto de sua manutenção preven va. Os sistemas de câmara quente de alta tecnologia oferecem resistências blindadas com dois filamentos separados em cada resistência de bico. Esta redundância permite uma produção ininterrupta no caso de rompimento de um dos filamentos, possibilitando a troca da resistência somente

durante a manutenção programada. A subs tuição periódica de resistências como parte pica da manutenção preven va não é necessária porque elas normalmente não falham por idade. Hoje a maior causa de queima de resistências da câmara quente é o vazamento de plás co, infiltração de água da refrigeração no molde e curto-circuito nos cabos da ligação elétrica. A fixação da resistênciade sistemas de alta tecnologia atualmente é feita por um anel elás co e a ponta não precisa mais ser desmontada para trocar uma resistência do bico de injeção. Assim a troca ficou significa vamente mais fácil e rápida e a possibilidade de vazamentos devido a eventuais erros na montagem da ponta foi eliminada. A queima de termopares, entretanto é imprevisível e por isso sistemas de alta tecnologia preveem um segundo termopar na resistência, aumentando assim a redundância da câmara quente. Em geral recomendamos a troca de termopares em cada manutenção preven va. Por isso é importante que eles sejam montados em separado da resistência, facilitando o acesso e a troca (figura 2).

Figura 2 – Termopar separado da resistência do bico

Durante a manutenção preven va do molde (normalmente duas vezes por ano) recomendamos inspecionar a conexão entre cabos e resistências e cabos e conectores para garan r que a conexão esteja justa e a passagem elétrica esteja isolada, não exis ndo contato com o molde. Estas são as maiores causas de falhas do aquecimento da câmera quente. Além disso, o uso de controladores de temperatura com so -start⁵ é altamente recomendado para reduzir a possibilidade de queima das resistências da câmara quente no inicio da produção.

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tecnologia Uma manutenção preven va das ponteiras (em inglês, p) e gates da câmara quente é necessária quando se injeta materiais reforçados com carga. Estes pos de material são altamente abrasivos e os componentes da câmara quente sofrem um constante desgaste. Para reduzir esse problema, novos pos de ponteiras foram desenvolvidos com uma cobertura que eleva a resistência ao desgaste, aumentando a flexibilidade das aplicações. Além disso, os fabricantes de câmara quente normalmente oferecem inseridos em aço para a região do gate. Estes insertos podem ser trocados facilmente durante a manutenção do molde no caso de um desgaste excessivo pelo material de injeção abrasivo.

RECOMENDAÇÕES PARA INSTALAÇÃO Diferenciamos entre quatro pos de sistemas de câmara quente: 1. Sistema com manifold sobreposto aos bicos de injeção; 2. Sistema com bicos de injeção rosqueados no manifold; 3. Sistema uni zado; 4. Sistema hot-half⁶. Sistemas com manifold sobreposto normalmente exigem mais usinagem nas placas do molde para alojar a câmara quente. A troca de anéis de vedação entre manifold e bicos de injeção é indispensável com cada manutenção, para evitar graves vazamentos. Os sistemas com bicos de injeção rosqueados no manifold são a prova de vazamento entre bico e manifold. Eles eliminam a usinagem do alojamento da cabeça dos bicos, reduzem o contato do sistema com o molde (melhor isolação térmica entre câmara quente e molde) e facilitam sua montagem no molde. Os sistemas uni zados são unidades drop-in⁷ pré-montadas completas, incluindo calhas para passagem da fiação elétrica, montagem dos conectores do molde que antedam ao esquema elétrico do controlador de temperatura e tubulações pneumá cas ou hidráulicas necessárias para sistemas valvulados de câmaras quentes. Os sistemas hot-half são unidades inteiramente operacionais, montadas, ligadas e pré-testadas para o funcionamento, antes de sair do fabricante do sistema de câmara quente. Normalmente estão prontos para montagem na placa cavidade do fabricante do molde. Para a instalação de cada um destes sistemas de câmara quente recomendamos solicitar um treinamento técnico específico do seu fabricante antes de iniciar a montagem do sistema no molde. Nos casos de manutenção também se deve sempre

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consultar pelo menos o manual técnico antes de colocar o sistema de volta no molde. Em geral devem ser observadas algumas regras para instalação de uma câmara quente. Câmara quente sobreposta aos bicos de injeção Essa configuração está apresentada na figura 3 e tem os seguintes pontos importantes a observar.

Figura 3 – Sistema de câmara quente com manifold sobreposto aos bicos de injeção

1. Verificar se a profundidade de alojamento da cabeça dos bicos e a altura da placa manifold estão de acordo com o projeto do molde; 2. Verificar se os detalhes do alojamento das pontas estão de acordo com o projeto do molde; 3. Posicionar os bicos no alojamento do molde e verificar se a fiação elétrica não esta obstruída; 4. Checar a con nuidade de todas as ligações elétricas das resistências e seus termopares; 5. Iden ficar toda a ligação elétrica; 6. Montar todos os espaçadores no manifold; 7. Dimensionar e comparar todas as alturas das cabeças dos bicos com os espaçadores inferiores do manifold. A variação no pode ser major de +/- 0,01mm; 8. Posicionar a guia central e a deslocada no molde. Cer ficar-se de que o pino guia esteja alojado corretamente no manifold; 9. Colocar os anéis O´Ring⁸ de aço inox no alojamento da cabeça dos bicos; 10. Posicionar o manifold por cima dos bicos e pinos guias; 11. Usar uma graxa para altas temperaturas nas roscas para fixar o manifold. Montar e apertar as roscas por igual para garan r uma distribuição da força de fixação uniforme nos suportes e bicos e aplicar os torques especificados no projeto da câmara quente; 12. Dimensionar e comparar todas as alturas dos espaçadores superiores com a altura rela va da placa manifold. Verificar se as medidas estão de acordo com o projeto da câmara quente;


tecnologia 12. Dimensionar e comparar todas as alturas dos espaçadores superiores com a altura rela va da placa manifold. Verificar se as medidas estão de acordo com o projeto da câmara quente; 13. Montar a placa superior do molde e apertar os parafusos conforme os torques especificados; 14. Proceder com a ligação elétrica de cada zona de aquecimento do sistema. Aquecer e testar cada uma delas individualmente até 100°C iden ficando a fiação elétrica; 15. No caso de um sistema valvulado, conectar as linhas hidráulicas ou pneumá cas e de refrigeração para os cilindros de acionamento das agulhas; 16. Ajustar a altura das agulhas dos bicos valvulados.

No caso de um sistema com atuação pneumá ca deve-se seguir as instruções do manual técnico do sistema; 8. Ajustar a altura das agulhas dos bicos valvulados conforme instruções do manual técnico do sistema.

Figura 5 – Sistema de câmara quente valvulado hidráulico, uni zado com os bicos rosqueados no manifold

Sistema hot-half Câmara quente com bicos rosqueados no manifold A figura 4 demonstra a configuração desse sistema.

A configuração do sistema hot-half está demonstrada na figura 6.

Figura 6 – Sistema hot half, com câmara instalada na parte fixa do molde, pronto para acoplar à parte móvel do molde. Figura 4 – Sistema de câmara quente com bicos rosqueados no manifold.

1. Verificar se os detalhes dos alojamentos dos bicos e do manifold estão de acordo com o projeto; 2. Considerando um sistema de câmara quente uni zado, toda ligação elétrica já vem preparada pelo fabricante da câmara quente. Caso não uni zado, deve-se seguir os passos 4,5, e 14 do procedimento anterior; 3. Posicionar e instalar o sistema de câmara quente no seu alojamento do molde (anotar: os espaçadores do manifold e o pino guia são montados no manifold); 4. Dimensionar e comparar todas as alturas dos espaçadores superiores com a altura rela va da placa manifold. Verificar se as medidas estão de acordo com o projeto da câmara quente; 5. Montar a placa superior do molde e apertar os parafusos conforme os torques especificados; 6. Conectar um controlador de temperatura e verificar o aquecimento de cada zona individualmente; 7. No caso de um sistema valvulado uni zado (figura 5) a instalação das linhas hidráulicas e de refrigeração para os cilindros do acionamento das agulhas já vem preparada pelo fabricante da câmara quente. Caso não uni zado, deve-se seguir o passo 15 do procedimento anterior.

1. Verificar se os detalhes dos alojamentos dos bicos e os pinos guia estão de acordo com o projeto; 2. Montar o hot-half na parte móvel do molde; 3. Fixar o hot-half no molde usando os torques especificados no projeto; 4. Conectar um controlador de temperatura e verificar o aquecimento de cada zona individualmente; 5. No caso de um sistema valvulado, ajustar a altura das agulhas dos bicos valvulados conforme instruções do manual técnico do sistema. Iniciar a operação da câmara quente Após a instalação da câmara quente no molde, é importante seguir alguns passos para minimizar problemas de operação do sistema na produção. 1. Devem ser tomadas as precauções de segurança adequadas; 2. Verificar o diâmetro e raio do ori cio do bico de injeção, que devem ser das mesmas dimensões que o assento da bucha de injeção do molde. Não fazer isso pode causar cisalhamento excessivo, vazamento ou degradação do material; REVISTA FERRAMENTAL MARÇO.ABRIL 2015 13


tecnologia 3. A temperatura inicial do manifold deve ser definida igual à zona frontal do cilindro da máquina (Nota: as temperaturas definidas podem variar de acordo com condições de processamento do material); 4. Definir a temperatura do bico em torno de 38°C (100°F) a menos que a temperatura do manifold enquanto ele aquece até a temperatura de operação. Após a ngir a temperatura definida (set point), regule os bicos para mais 5% do ponto definido no manifold. Atenção: deixe o manifold ligado durante 15 minutos antes de iniciar a operação; 5. Para sistemas de bicos valvulados. Verificar a abertura e posições de fechamento dos pinos; 6. Fechar o molde e movimentar a unidade de injeção até que o bico entre em contato com o assento da bucha do manifold. Acionar a rosca (usando apenas a contra pressão) para preencher o manifold e os bicos com material plás co. Abrir o molde e remover qualquer plás co ou parte de peça do macho ou cavidade; 7. Diminuir a contrapressão. Posicionar alimentação e pressões na faixa normal de arranque (start-up) e iniciar a moldagem. Seguir os procedimentos normais de segurança para as operações de arranque e regime de operação; 8. A operação de arranque do sistema pode exigir um ligeiro aumento na temperatura do bico; 9. Se forem necessárias alterações frequentes de cor, preencher o sistema u lizando resina natural ou clara do mesmo po. Isso facilitará a troca de cor quando necessário.

Em interrupções de processo mais longas que 10 minutos, reduzir a temperatura do sistema em aproximadamente 50°C (122°F) para evitar a queima do material. Problemas durante a operação da câmara quente Diversos problemas podem ocorrer durante a produção de peças plás cas. Algumas diretamente associadas ao sistema de aquecimento do molde, outras não. É fundamental que seja realizada uma avaliação criteriosa para cada ocorrência, a fim de evitar gastos desnecessários de tempo e dinheiro. Devido ao bico a) Congelamento de gate: Verificar temperaturas de molde e operação; Ponteira do gate muito curta (danificada, modelo); Gate muito pequeno; Bucha em contato com o molde (perda de calor); Dimensões da furação no molde fora de especificação; Par culas estranhas no gate; Material fundido incha fora do gate e congela; Ciclo de injeção irregular ou muito longo. b) Vazamento no gate: Diâmetro danificado; Dimensões de furação do molde fora de especificação.

Encerrar a operação da câmara quente

c) Não a nge ponto definido (set point): Controlador de temperatura defeituoso ou danificado; Resistência ou bico em contato com o molde; Vazamento no selo do gate; Resistência defeituosa ou danificada.

Ao terminar uma produção, caso o molde seja deslocado para armazenagem, recomenda-se tomar algumas providências para prolongar a vida dos sistemas de aquecimento.

d) Gate gotejando, escorrendo ou espirrando: Temperatura da câmara quente muito alta; Gate muito grande; Molde muito quente para o tempo de ciclo; Erro de descompressão.

1. Remover qualquer material (resina) que possa estar no gate ou no macho/cavidade do molde; 2. Desligar todas as zonas do manifold e bicos; 3. Para sistemas com bicos valvulados, cer ficar que todos os pinos das válvulas estejam na posição fechada antes de desligar o manifold e o controlador de temperatura dos bicos; 4. Reduzir a temperatura de resfriamento do molde; 5. Circular água no sistema de refrigeração do molde por 15 minutos. Isso auxiliará a resfriar o sistema de aquecimento (câmara quente) e prevenir falhas prematuras de O´Ring e selos de vedação.

e) Ves gio do gate muito grande: Comprimento normal da altura do gate deve ser aproximadamente 50% do diâmetro do gate; Ponteira muito curta (danificada, modelo); Furação do gate fora de especificação.

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f) Marcas de queima na peça injetada: Temperatura do sistema muito alta; Tempo de residência no sistema muito longo (interrupções); Verificar rosca (fuso) e cilindro; Se o material plás co for sensível ao cisalhamento


tecnologia (retardante de chama) deve ser alterado o gate.

CONCLUSÃO

g) Marcas coloridas na peça injetada: Material sensível à temperatura; Blenda (cor) mal misturada; Material de cor diferente no cilindro da máquina por sobra da operação anterior.

Os procedimentos apresentados não são complexos e parecem óbvios. Entretanto, é importante que sejam seguidos com certa disciplina, pois certamente serão de grande valia para minimização de tempos de manutenção corre va, bem como para redução significa va de custos financeiros do processo.

Para purgar o material an go do sistema, observar os passos a seguir. i. Fechar a refrigeração do molde no lado da injeção. ii. Elevar a temperatura do sistema de aquecimento (câmara quente) em aproximadamente 20°C (68°F) (acima da temperatura de operação) e aguardar 10 minutos (apenas 5 minutos para POM⁹). iii. Afastar a unidade de injeção. Elevar a temperatura das resistências da unidade de injeção em aproximadamente 30°C (86°F). iv. Após a ngir a temperatura, limpar a unidade de injeção. Ficar atento com as partes aquecidas para evitar acidentes. v. Limpar o ponto de transferência entre o bico da máquina injetora e a extensão da bucha de injeção (câmara quente). vi. Injetar 3 ou 4 ciclos ( ros) com baixa velocidade. Para ros de baixo peso, injetar o material plás co através do molde aberto. Não devem ser iden ficadas marcas da cor an ga (anterior). vii. Para sistemas de bicos valvulados, acionar os pinos de duas a trêsvezes (abrir-fechar) durante este procedimento, sem injetar material. viii. Religar a refrigeração do molde e regular o sistema de temperatura para normal (câmara quente e rosca de injeção). ix. Aguardar 10 minutos. x. Reiniciar a produção.

REFERÊNCIAS [1] Ferreira, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 3ª edição. Editora Posi vo. Curi ba, PR. 2004. [2] Incoe Corpora on. Quick-Flo™ - Hot runner systems instruc ons manual. www.incoe.com.

¹Reologia: ciência responsável pelos estudos do escoamento de um fluido e deformações decorrentes deste escoamento, envolvendo a fricção do fluido. ²Manifold:do inglês, significa distribuidor. É u lizado para a distribuição organizada de fluidos ou gases. ³Gate: do inglês, passagem, porta de acesso. Também denominado de ataque, é a seção que interliga canal de injeção e peça e por onde a cavidade é alimentada (preenchida). ⁴Purgar: tornar puro, purificar, limpar [1]. ⁵So -start: do inglês, significa, literalmente, par da suave. Na indústria de ferramentais, designa um acessório ou componente eletrônico, normalmente acoplado ou inserido no controlador de temperatura de um sistema de aquecimento (câmara quente), cujo obje vo é permi r a elevação programada (muitas vezes em rampa) da temperatura das resistências dos bicos de injeção. É altamente recomendado em ambientes úmidos para evitar a queima de resistências por curtocircuito provocado por condensação. ⁶Hot-half: do inglês, significa literalmente metade quente. Na indústria de ferramentais representa um conjunto de componentes inseridos em uma placa denominada hot-half, que comporta todo o sistema de aquecimento do molde (câmara quente) e é fornecida completamente montada, com todas as buchas, manifolds, suportes e componentes, e contém todas as usinagens rela vas à sua montagem (exceto detalhes relacionados à cavidade). Isso permite que o fabricante do ferramental acople o conjunto completo diretamente ao molde fabricado. ⁷Drop-in: do inglês, significa desnível, diminuição, queda. Neste caso, um sistema uni zado é uma câmara quente que tem a fiação elétrica totalmente embu da, representando menor risco de danos ao sistema elétrico durante a montagem do conjunto no molde. ⁸O´Ring: é um objeto toroidal com propósito de vedação, geralmente feito de elastômero, embora alguns materiais, tais como plás co e metais, sejam algumas vezes u lizados. ⁹POM: Poliacetal (polyoxymethylene = polioxime leno), também conhecido como Acetal, é um polímero proveniente do formaldeído, um plás co resistente, descoberto em 1956.

Michael Rollmann é formado em Engenharia Mecânica pela Fachhochschuledes Landes RheinlandPfalz, na Alemanha, e pós-graduado em Plás cos de Engenharia pela Universityof Lowell, nos Estados Unidos. michael@incoe.com.br

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gente e gestão

DAN

VOCÊ SABE COM QUEM VOCÊ ESTÁ NEGOCIANDO?

A HABILIDADE EM NEGOCIAR PODE SER DESENVOLVIDA E APRIMORADA COM BASE NA EXPERIÊNCIA E ORGANIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES. QUANTO MAIOR O DOMÍNIO DO AMBIENTE E DO NEGÓCIO, TANTO MAIOR SERÁ A CHANCE DE SUCESSO. Por Paulo Cesar Silveira

N

egociar é essencial na vida pessoal e profissional, e muitas vezes fazemos péssimas escolhas por não saber com quem estamos lidando. Inúmeros fatores estão envolvidos em uma negociação desde a influência de uma empresa à reputação da outra, um negociador em péssimo dia (e justamente no dia em que você o visita), o poder de decisão de quem negocia com você, tabela de preços, a polí ca de descontos, etc. Você poderá negociar com a maior empresa do mundo, mas estará na sala (ou pelo telefone, videoconferência, Skype) com um indivíduo ou equipe representando essa corporação. Os negócios on-line e sem interação humana con nuam a crescer, mas a negociação tradicional, olho no olho e o pico aperto de mão para selar o acordo ainda prevalecem no mundo dos negócios. Por isso é essencial conhecer o ser humano que antecede o tulo antes de ir para a mesa de negociação. Quando nos referimos aqui ao ser humano devemos considerar não só a pessoa do contato inicial, aquela com quem você realizou o agendamento da visita, mas procurar iden ficar se outras pessoas estarão presentes e quem são elas,seus nomes, cargos e funções. Algumas sugestões de abordagens para esta iden ficação são:  Você pode me passar o nome e cargo das pessoas que estarão presentes em nossa reunião? Nossa equipe de marke ng deseja mandar o novo material publicitário e preciso informar a eles quantos kits são necessários.  Nossa empresa está realizando a distribuição de material promocional da nova campanha. Teremos outras pessoas par cipando de nossa reunião? Posso solicitar mais quantos kits para que não falte a ninguém?  A equipe de marke ng deseja personalizar a apresentação e o material que será distribuído aos par cipantes. Pode me passar a lista dos nomes?

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 Alguém de sua equipe financeira estará presente em

nossa reunião? Gostaria de verificar se preciso convocar também algum profissional de minha área afim para que possa colaborar na reunião.  Faremos neste momento a discussão de algum po de contrato? É necessário o envolvimento das áreas jurídicas em nossa reunião? À medida que você aprofunda seus ques onamentos consegue montar a lista de quem são os possíveis par cipantes e se aquela será uma reunião com possibilidades de fechamento do negócio ou somente de prospecção. Uma sequência de nomes e cargos é apenas um dado e não terá serven a alguma. Portanto agora é hora de arregaçar as mangas e iniciar a busca, transformando este dado em informação relevante. Um dos erros mais comuns come do por aqueles que estão se preparando para negociar é a superficialidade. Acreditar que duas ou três informações são suficientes, que o que manda é o momento, e que a lábia de um bom vendedor sempre funciona e supera qualquer preparação. Bons tempos em que esta lábia era suficiente, a era sem internet e redes sociais! Realize pesquisas sobre a pessoa, o perfil da empresa, valores, crenças, tudo o que puder obter e que possa apoiar a sua argumentação durante a negociação. Procure iden ficar com antecedência o DAN. O DAN é a pessoa que têm:  Dinheiro para assumir e honrar as compras que fizer;  Autoridade e autonomia em toda e qualquer decisão que tomar em relação à compra efetuada;  Necessidade real e latente dos produtos e serviços que você vende.


gente e gestão Em seu estudo considere obter informações como:  Quem é o seu negociador como pessoa “ sica”, independente do CNPJ para o qual trabalha? Tem família, gosta de balada, algum hobbie? Os posts das redes sociais podem lhe ajudar e muito nesta pesquisa.  Como é o comportamento do DAN no ambiente corporavo? Ele tem um bom network, é uma pessoa carismá ca, costuma par cipar das confraternizações da empresa?  Qual é a sua autoridade como negociador? Ele pode assumir sozinho a decisão ou depende de um colegiado? Qual o seu grau de influência caso dependa de uma aprovação superior? A opinião do DAN é extremamente relevante ou somente usada para colher informações?  Existem avaliações e/ou feedbacks de outras empresas que já negociaram com este DAN? A reputação é confiável ou existem dúvidas quanto a idoneidade do DAN ou da empresa compradora?  Quais interesses estão conduzindo essa negociação? É uma compra necessária ou inves mento? Neste ar go oferecemos a você alguns modelos de checklist para aprimorar este seu planejamento e preparação, itens fundamentais para o sucesso nas negociações, crescimento profissional, fortalecimento de relacionamentos, crescimento de mercado, aumento da lucra vidade, melhoria do ambiente de trabalho e ganhos cole vos. *** U lize essas informações com discrição absoluta, lembrado que só serão úteis se puder fazer amigos, gerar lucro para seu meio e viver em equilíbrio.

 Qual é a qualificação para essa negociação? É decisora ou somente coletora de informações?;  Pode influenciar futuras negociações em sua divisão e também em outras?;  Pode ser uma referência para outros potenciais clientes? É alguém que te indicaria?;  O que lhe chamou a atenção em relação ao perfil desta pessoa?;  Esta pessoa é alguém com quem você faria negócios, somente através da primeira impressão?. Check-list em relação ao ambiente corpora vo  A empresa que você vai negociar é organizada em relação a pagamentos e prazos acordados?  Quais são as polí cas de pagamentos e escolha de novos fornecedores?  Quais são as polí cas da empresa em relação à renovação dos contratos?  Em caso de novas negociações, com quem você trata? O negociador permanece nomeado ou muda a cada transação?  Quais são as restrições de tempo da empresa e da equipe envolvida nas negociações?  Quais pressões se originam do local de trabalho que influenciam direta e indiretamente o negociador e sua equipe?  A empresa permite que seus colaboradores recebam brindes ou sejam convidados para happy hour de parceiros e fornecedores?

Check-list em relação a pessoa  Nome;  Empresa;  Área;  Nome do assistente diretor;  Nome do cônjuge;  Filhos (Nome, idade, o que gostam de fazer, escolas onde estudam, realizações);  Cidade de nascimento (Informações rela vas às cidades ajudam a iden ficar valores culturais);  Onde já morou anteriormente?;  Há quanto tempo mora na cidade atual?;  Há quanto tempo está na empresa?;  Há quanto tempo está na função?;  Existem expecta vas de ser promovido, se tornar sócio ou proprietário do negócio? Se sim, em quanto tempo?;  Pretende sair ou se aposentar? Em quanto tempo isso pode acontecer? E em caso de saída, já existe algum nome cotado para subs tuí-lo?;

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gente e gestão Check-list em relação a autoridade do negociador  Quais são os limites da autoridade do negociador? O negociador tem autoridade de assinar sozinho o fechamento da transação? Em caso nega vo, quem mais está envolvido e quanto tempo levará? Quais são os fatores de influência? O que você pode fazer para agilizar o processo?  Como o negociador é visto pelos seus superiores?  O negociador tem algum bene cio direto por realizar com total é ca a sua função?  Existe um programa de incen vo caso os recursos financeiros inves dos sejam inferiores ao planejado pelo negociador e sua equipe?  Sua remuneração é baseada somente em comissão?  Como você é visto pelo negociador?  Como sua empresa é vista pelo negociador?  Como você é visto e percebido pela equipe do negociador?  Quais são as suas expecta vas de novas negociações nos prazos de 3, 6, 9 e 12 meses?  A rentabilidade dos negócios se manterá? Ou você está pagando para dizer que vende para este cliente em especial para que o mercado veja e perceba seu posicionamento?  Como você percebe e prevê as metas pessoais de seu negociador?  O negociador influencia diretamente a sua equipe, ou a sua equipe influencia o seu negociador? Check-list em relação a avaliações externas  Quem fez acordos similares com esta pessoa no passado?  Como posso entrar em contato com essa pessoa para solicitar referências diretas sem ser invasivo?  Quanto tempo e que perguntas farei a essa pessoa sobre as referências que preciso?  Qual é a sua avaliação direta sobre esse negociador?  Vale a pena inves r tempo, reputação e dinheiro para gerar uma aliança com esse negociador? Desejo que estas perguntas lhe sirvam de base para evoluir os seus modelos de check-list e abrilhantar a cada dia sua preparação nas negociações. A negociação é uma linha tênue que envolve o vendedor e o comprador em cada transação. Por isso é necessário que aja comunicação, compreensão e conexão para que ambos cresçam e tenham sucesso. Se somente um dos lados se sen r confortável e “feliz” com o fechamento, o negócio ainda assim vai acontecer, mas possivelmente uma única vez. Ninguém gosta de sen r-se traído, enganado ou iludido. O obje vo destes modelos é fazer com que você se sinta cada vez mais

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seguro e preparado. As reuniões de negociação devem fazer parte de seu co diano e encaradas de forma natural, uma habilidade aprendida e dominada. Aquele frio na barriga para o fechamento de um grande contrato ou uma conta Premium devem e fazem parte do jogo. Agora se você ainda tem noites sem sono e dor de barriga diários por conta destas reuniões de negociação, melhor voltar os modelos de check-list. Ou você não está preparado o suficiente, ou não encontrou seu método mais eficaz de trabalho! Como regra de ouro adote um es lo de negociação baseado em confiança, fundamentado em valores compar lhados e balizado por princípios de jus ça que promovam situações e bene cios mútuos. Busque resultados que promovam a evolução das relações humanas e valores econômicos superiores durante a criação de seu legado. Tenham um fabuloso dia hoje e sempre... pois o MERCADO é do TAMANHO de sua IMAGINAÇÃO. Se você ver algum comentário, sugestão ou dúvida entre em contato pelo e-mail falecom@paulosilveira.com.br e no campo “Assunto” coloque Revista Ferramental.

Paulo Cesar Silveira - Conferencista com mais de 1.800 palestras em sua carreira em 18 anos de profissão. Consultor, empreendedor e ar culista com mais de 600 ar gos editados. Mentor e líder do Projeto Liderança Made in Brazil. Autor de 20 livros, destacando-se os best-sellers: A Lógica da Venda e A tude - A Virtude dos Vencedores. Sendo ainda um dos autores da Coleção Guia Prá co da Revista PEGN e também dos livros Ser+ em Vendas, Ser+ com T&D e Ser+ com Palestrantes Campeões em parceria com a Revista Ser Mais. Seu trabalho corpora vo se baseia no treinamento mundial de vendas mais agressivo do mundo: BuyerFocusedSelling e nos principais métodos de compras mundiais, principalmente as metodologias BATNA, PAC e no método de liderança TGE. Professor convidado da FGV/SP, FIA FEA/USP e UFRGS. Palestrante indicado pela FACISC, ADVB e FIESP nas áreas de vendas consul vas, vendas técnicas, negociação e comunicação com base em liderança. www.paulosilveira.com.br/falecom@paulosilveira.com.br



ficha técnica

LISTA DE VERIFICAÇÃO DE PROVISÃO MENSAL DAS OBRIGAÇÕES FISCAIS, TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS Fique por dentro das informações que irão tornar seu dia a dia mais prá co e trazer melhores resultados ao seu negócio. Aqui você encontra orientações sobre gestão, terminologia, finanças planejamento e muito mais. Nesta edição, confira a lista de impostos vigentes em 2015. OBRIGAÇÕES FISCAIS, TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS - MENSAL Tipo

Obrigação Principal

Tipo

Ano

Mês

PAGAR: até o 5 dia ú l do mês

PAGAR: até o 7 dia ú l do mês. Em caso de feriado, dia ú l imediatamente anterior.

Obrigação Principal

Tipo

REMETER: até o dia 7 do mês subsequente ao vencido. Em caso de sábado, domingo ou feriado, dia ú l imediatamente anterior.

Obrigação Acessória

CAGED - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados Fundamento Legal: Lei N 4.923/1965, ar go 1 , §1 . Prazo: CAGED mensal é dia 7 do mês subsequente ao vencido - e antecipando para o primeiro dia ú l caso este seja feriado, sábado ou Domingo. CAGED diário deve ser revisado a cada admissão de funcionário devido a informação de seguro desemprego do admi do. PAGAR: Até o dia 7 do mês. Em caso de feriado, dia ú l bancário imediatamente anterior.

Obrigação Acessória

GFIP – Guia de Recolhimento do Fundo de Garan a do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social Fundamento Legal: Ar go 32, inciso IV, da Lei Nº 8.212/1991; ar go 9 da Instrução Norma va RFB Nº 925/2009; Capítulo I, itens 5 e 6 do Manual da GFIP/SEFIP para usuários da versão 8.4, aprovado pela Instrução Norma va RFB Nº 880/2008 e Circular Caixa Nº 451/2008. Prazo: A GFIP deverá ser entregue/recolhida até o dia 7 do mês seguinte aquele em que a remuneração foi paga, credita ou se tornou devida ao trabalhador e/ou tenha ocorrido outro fato gerador de contribuição à Previdência Social. Caso não haja expediente no dia 7, a entrega deverá ser antecipada para o dia de expediente bancário imediatamente anterior.

Tipo

REMETER: 40 dias úteis após o vencimento da GPS vigente, não considerando domingos e feriados como dias úteis.

Obrigação Acessória

INSS - GPS - Envio ao Sindicato Entrega contrarecibo, da cópia da GPS eletrônica ao Sindicato da Categoria.Fundamento Legal: Ar go 225, inciso V e 18 do Decreto Nº 3.048/1999. Nota: A não observância da obrigatoriedade prevista acima sujeita à empresa a multa administra va prevista no ar go 287 do Decreto Nº 3.048/1999.

Tipo

PAGAR: Até o dia 15 do mês, ou imediatamente no dia ú l que anteceda.

Obrigação Principal

CIDE - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - Remessa ao Exterior Fundamento Legal: Lei Nº 10.168/2000, ar go 2.

Obrigação Principal

CSRF - Contribuições Sociais Re das na Fonte PIS/CONFINS/CSLL Fatos geradores ocorridos de 16 a 31 do mês anterior. Fundamento Legal: Lei Nº 10.833/2003, ar go 35.

Tipo

Obrigação Acessória

Data

SALÁRIOS Fundamento Legal: CLT, ar go 459 §1 e ar go 465. Prazo: Quinto dia ú l do mês (inclusive Sábado) subsequente ao vencido - Feriados nacionais e municipais não são considerados dias úteis. Na ocasião de o quinto dia ú l ser Sábado, repasse imediato no dia ú l que o anteceda.

FGTS - Fundo de Garan a por Tempo de Serviço Fundamento Legal: Lei N 8.036/1990, ar go 15 e Decreto N 99.684/1990, ar go 27. Prazo: Dia 7 do mês subsequente ao vencido - o prazo limite para recolhimento do FGTS- Fundo de Garan a por Tempo de Serviço fixa no dia 7, e antecipando para o primeiro dia ú l caso este seja feriado, Sábado ou domingo.

Tipo

Status

REMETER: até o dia 15 do mês, ou imediatamente no dia ú l que anteceda. EFD-CONTRIBUIÇÕES - Informações referentes à Contribuição Previdenciária Sobre a Receita Fatos geradores ocorridos no mês antes do mês anterior. Fundamento Legal: Instrução Norma va RFB Nº 1.252/2012, ar go 4, inciso IV e V. Nota Econet: A informação na EFD-Contribuições, em relação à Contribuição Previdenciária Sobre a Receita, referente aos fatos geradores ocorridos a par r do ingresso da empresa ou produto na regra da desoneração, é obrigatória para aqueles que desenvolvam as a vidades relacionadas nos ar gos 7 e 8 da Lei N 12.546/2011.

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ficha técnica OBRIGAÇÕES FISCAIS, TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS - MENSAL Obrigação Acessória Tipo Obrigação Acessória Tipo

Ano

Mês

Status

DCP - Demonstra vo de Crédito Presumido do IPI Rela vo ao ressarcimento do PIS e COFINS, para os fabricantes exportadores, referente ao trimestre anterior. Fundamento Legal: Instrução Norma va SRF Nº 419/2004, ar go 22. REMETER: até o 15 dia ú l do mês, não considerando dia ú l sábados, domingos e feriados nacionais. DCTF - Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais - Mensal Fundamento Legal: Instrução Norma va RFB Nº 1.110/2010, ar go 5. PAGAR: até o dia 20 do mês, ou imediatamente no dia ú l que anteceda.

Data

Obrigação Principal

INSS - Recolhimento Previdenciário - Contribuinte Individual/Empregado Domés co/Segurado Faculta vo Fundamento Legal: Lei Nº 8.212/1991, ar go 30, inciso II e V e §2 e Instrução Norma va RFB Nº 971/2009, ar go 82. Nota Econet: Quando não houver expediente bancário deverá ser pago até o dia ú l imediatamente posterior.

Obrigação Principal

IRRF - Imposto de Renda Re do na Fonte Fundamento Legal: Lei Nº 11.196/2005, ar go 70, inciso I, letra ‘d’.

Tipo

PAGAR: até o dia 20 do mês, ou imediatamente no primeiro dia ú l após o dia 20 do mês.

Data

Obrigação Principal

SIMPLES Nacional - DAS Fundamento Legal: Resolução CGSN Nº 94/2011, ar go 38. Nota Econet: Quando não houver expediente bancário deverá ser pago até o dia ú l imediatamente posterior.

Obrigação Principal

MEI - Microempreendedor Individual-DASMEI Fundamento Legal: Resolução CGSN Nº 94/2011, ar go 95. Nota Econet: Quando não houver expediente bancário deverá ser pago até o dia ú l imediatamente posterior.

Obrigação Principal

INSS - Recolhimento Previdenciário - Folha de Pagamento Fundamento Legal: Ar go 80 da Instrução Norma va RFB Nº 971/2009.

Obrigação Principal

INSS - DARF - Recolhimento sobre a Receita Bruta - Lei N 12.546/2011 ar go 7 e 8 DARF: (a) 2985- Contribuição Previdenciária Sobre Receita Bruta- Ar go 7 da Lei Nº 12.546/2011; (b) 2991Contribuição Previdenciária Sobre Receita Bruta- Ar go 8 da Lei Nº 12.546/2011. Fundamento Legal: Ar go 7, 8 e 9, inciso III da Lei Nº 12.546/2011, ar go 1 do Ato Declaratório Execu vo CODAC Nº 33/2013.

Obrigação Principal

INSS - Recolhimento Previdenciário - Retenção de INSS Sobre a Nota Fiscal Fundamento Legal: Ar go 129 da Instrução Norma va RFB Nº 971/2009.

Obrigação Principal

Tipo

INSS - Parcelamento Especial dos Débitos junto ao INSS - Lei N 10.684/2003 - PAES GPS: (a) 4103 - com iden ficador no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ; (b) 2208 - com iden ficador no Cadastro Específico do INSS- CEI. Fundamento Legal: Ar go 5 da Lei Nº 10.684/2003, ar go 15 da Instrução Norma va INSS Nº 91/2003, ar go 2 da Resolução INSS Nº 130/2003 e Ato Declaratório Execu vo CODAC Nº 71/2011. REMETER: até o dia 20 do mês, ou imediatamente no primeiro dia ú l após o dia 20 do mês.

Obrigação Acessória

PGDAS-D - Programa Gerador do Documento de Arrecadação do SIMPLES Nacional - Declaratório Fundamento Legal: da Resolução CGSN Nº 94/2011, ar go 37, §2 . Nota Econet: A entrega é para todas as optantes, inclusive as que estão ina vas, se não houver expediente bancário deverá ser entregue até o dia ú l imediatamente posterior.

Tipo

PAGAR: até o dia 25 do mês, ou imediatamente no dia ú l que anteceda. Não considerando dia ú l sábados, domingos e feriados nacionais.

Obrigação Principal

IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados DARF: (g) 5123- Caracterizado como demais produtos. Fundamento Legal: RIPI/2010, ar go 262, inciso III.

Tipo

PAGAR: até o úl mo dia ú l do mês, não considerando dia ú l sábados, domingos e feriados nacionais.

Obrigação Principal

CSRF - Contribuições Sociais Re das na Fonte PIS/COFINS/CSLL Fatos geradores ocorridos de 1 a 15 do mês em curso. Fundamento Legal: Lei Nº 10.833/2003, ar go 35.

Obrigação Principal

IRPF - Imposto de Renda Pessoa Física - Alienação de Bens e Direitos DARF: 4600- Alíquota: 15%. Fundamento Legal: Lei Nº 8.981/1995, ar go 21, §1 .

Obrigação Principal

IRPF - Imposto de Renda Pessoa Física - Carnê-Leão DARF: 0 190. Fundamento Legal: Lei Nº 8.383/1991, ar go 6, inciso II.

Tipo

Data

PAGAR: até o úl mo dia ú l do mês, não considerando dia ú l sábados, domingos e feriados nacionais.

Obrigação Principal

IR - Imposto de Renda - Renda Variável Fundamento Legal: Instrução Norma va RFB Nº 1.022/2010, ar go 45, §4 .

Obrigação Principal

IRPJ - Imposto de Renda Pessoa Jurídica - SIMPLES/Ganho de Capital DARF: 0507. Fundamento Legal: Resolução CGSN Nº 94/2011, ar go 5, inciso V, letra ‘b’.

Obrigação Principal

IRPJ - Imposto de Renda Pessoa Jurídica - Mensal, com base no lucro real Fundamento Legal: Lei Nº 9.430/1996, ar go 6.

Obrigação Principal

CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - Mensal, com base no lucro real Fundamento Legal: Lei Nº 9.430/1996, ar go 6.

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ficha técnica OBRIGAÇÕES FISCAIS, TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS - MENSAL

Ano

Mês

Status

Obrigação Principal

FINAM, FINOR, FUNRES - Mensal Fundamento Legal: Lei Nº 9.430/1996, ar go 6 e Instrução Norma va SRF Nº 267/2002, ar go 105.

Obrigação Principal

REFIS - Programa de Recuperação Fiscal Fundamento Legal: Lei Nº 9.964/2000, ar go 2, §4 .

Obrigação Principal

PAES - Parcelamento Especial Úl mo dia para recolhimento do Parcelamento Especial - Lei Nº 10.684/2003, referente a tributos e contribuições administrados pela RFB. Fundamento Legal: Portaria Conjunta PGFN/SRF Nº 1/2003, ar go 6.

Obrigação Principal

PAEX - Parcelamento Excepcional Fundamento Legal: Portaria Conjunta PGFN/SRF Nº 2/2006, ar go 6, §2 .

Obrigação Principal

Parcelamento Especial 2007 Lei Complementar N 123/2006 - SIMPLES Nacional Fundamento Legal: Instrução Norma va RFB Nº 767/2007, ar go 7.

Obrigação Principal

Parcelamento Especial 2009 Lei Complementar N 123/2006 - Ingresso no SIMPLES Nacional Fundamento Legal: Instrução Norma va RFB Nº 902/2008, ar go 7.

Obrigação Principal

Parcelamento Especial 2011 - SIMPLES Nacional Fundamento Legal: Instrução Norma va RFB Nº 1.229/2011, ar go 3.

Obrigação Principal

Parcelamento - Lei N 11.941/2009 Fundamento Legal: Lei Nº 11.941/2009, ar go 1 a 13 e Portaria Conjunta PGFN/RFB Nº 6/2009.

Obrigação Principal

Parcelamento - Lei N 11.941/2009 - Reabertura Fundamento Legal: Lei Nº 11.941/2009, ar go 1 a 13; Lei Nº 12.865/2013, ar go 17 e Portaria Conjunta PGFN/RFB Nº 7/2013.

Obrigação Principal

Parcelamento PIS/COFINS - Lei N 12.865/2013, ar go 39 Fundamento Legal: Lei Nº 12.865/2013, ar go 39 e Portaria Conjunta PGFN/RFB Nº 8/2013.

Obrigação Principal

Parcelamento IRPJ/CSLL - Lei N 12.865/2013, ar go 40 Fundamento Legal: Lei Nº 12.865/2013, ar go 40 e Portaria Conjunta PGFN/RFB Nº 9/2013.

Obrigação Principal

Parcelamento - Lei N 12.996/2014, ar go 2 Fundamento Legal: Lei Nº 12.996/2014 e Portaria Conjunta PGFN/RFB Nº 13/2014.

Obrigação Principal

IRPJ - Trimestral Base no úl mo trimestre. Calculado com base no Lucro Real, Presumido ou Arbitrado. Fundamento Legal: Lei Nº 9.430/1996, ar go 5.

Obrigação Principal

CSLL - Trimestral Base no úl mo trimestre. Calculado com base no Lucro Real, Presumido ou Arbitrado. Fundamento Legal: Lei Nº 9.430/1996, ar go 28.

Obrigação Principal

FINAM, FINOR, FUNRES Base no úl mo trimestre. Calculado com base no Lucro Real. Fundamento Legal: Lei Nº 9.430/1996, ar go 5 e Instrução Norma va SRF Nº 267/2002, ar go 105.

Obrigação Principal

INSS - Parcelamento para Ingresso no Regime do SIMPLES Nacional Fundamento Legal: Ar go 79 da Lei Complementar Nº 123/2006 e §3 do ar go 7 da Instrução Norma va RFB Nº 902/2008 e Ato Declaratório Execu vo CODAC Nº 46/2013. Nota Econet: Código GPS 4359. O valor de cada prestação não poderá ser inferior a R$ 100,00.

PROVISÃO DAS OBRIGAÇÕES FISCAIS, TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS - ANUAL Tipo Obrigação Acessória Tipo Obrigação Acessória Tipo

Obrigação Acessória

Ano

Status

REMETER: são abertos 60 dias de prazo a cada ano. Em 2015 inicia em 20 de janeiro e encerra em 20 de março

Data

RAIS - Relação Anual de Informações Sociais Fundamento Legal: Instrução Decreto Lei Nº 76.900 de 23/12/1975. Data

REMETER: úl mo dia ú l do mês de fevereiro DIRF - Declaração de Imposto de Renda Re do na Fonte - DSPJ Rela va ao ano-calendário de 2014, exercício 2015. Fundamento Legal: Instrução Norma va RFB Nº 1.503/2014, ar go 9. REMETER: úl mo dia ú l de setembro 2015, não considerando dia ú l sábados, domingos e feriados nacionais ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DIGITAL - ECF Será transmi da anualmente ao Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) até o úl mo dia ú l do mês de setembro do ano seguinte ao ano-calendário a que se refira. Fundamento Legal: Instrução Norma va RFB Nº 1.524/2014, ar go 3.

Data

Em caso de feriados estaduais e municipais, os vencimentos das obrigações principais deverão ser antecipados ou prorrogados de acordo com a legislação de regência. Os vencimentos das obrigações acessórias seguirão os prazos da legislação per nente. Fonte: Econet e Grupo Abra [Fevereiro de 2015].

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capa

LUCROS E DIVIDENDOS ENTENDA COMO A CARGA TRIBUTÁRIA INTERFERE DIRETAMENTE NA ATUAÇÃO DO BRASIL NO MERCADO INTERNACIONAL. INTERPRETADA POR DIFERENTES PONTOS DE VISTA, É UMA DAS PRINCIPAIS CAUSAS QUE IMPEDEM NOSSAS EMPRESAS DE COMPETIR EM PÉ DE IGUALDADE COM AS ESTRANGEIRAS Por Marcela Mayrinck | Fotos Divulgação

B

urocracia, taxas, obrigações acessórias e demais compromissos financeiros advindos de leis, medidas provisórias, decretos, portarias e por aí vai. A carga tributária do Brasil é considerada por muitos a mais alta do mundo. Porém, se comparadas às dos países ricos como Dinamarca, França, Bélgica, Alemanha e Noruega, as taxas brasileiras não são as primeiras no ranking das mais altas, segundo a lista da O C D E (Organização e Cooperação para o Desenvolvimento Econômico) da Receita Federal, na qual constam 35 países e o Brasil ocupa a 15ª posição. Ainda assim tais taxas são consideradas elevadas perante a realidade do país e contam com os revezes da burocracia proveniente de legislações específicas para cada produto ou serviço, tanto para a pessoa sica quanto para a jurídica. Segundo site do Ins tuto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), o país cria, em média, 46 novas regras de tributos a cada dia ú l, o que totalizava, até 15 de outubro de 2014, mais de quatro milhões de normas desde a promulgação da Cons tuição, em 1988. O mesmo estudo mostra que as empresas devem seguir 3.639 normas ou 40.865 ar gos, 304.446 incisos e 40.048 alíneas. A despesa es mada que o empresário assume para acompanhar tantas mudanças chega a R$ 50 bilhões ao ano. De acordo com o contador Douglas Steffen, presidente do Núcleo de Empresas Contábeis da ACIJ (Associação Comercial Industrial de Joinville), tais transações são ainda mais frequentes: a cada 35 minutos uma regra é alterada. Em contrapar da, no Canadá, por exemplo, a legislação tributária é a mesma há 15 anos, sem brechas e variáveis. O contador cita o método italiano, no qual as legislações tributária e previdenciária se fundem em uma só. “E tudo funciona bem”, ressalta. Tantas mudanças geram confusão até mesmo na hora de inves r. Segundo Douglas, isso dificulta as negociações e deixa os inves dores - principalmente os estrangeiros- inseguros.

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capa Douglas explica também que a carga tributária atual para empresas gera em torno de 60 impostos e se divide em três principais categorias: Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional. Essas são algumas das determinantes que aumentam ou diminuem a quan dade de taxas. Outro fator que afeta os pos e valores de impostos pagos pelo empresário é a especificidade do negócio, que varia conforme matériaprima, mão de obra, etc. No setor de ferramentaria, segundo Douglas, é importante estar atento à qual regime a empresa irá se adequar, pois há as que compram o produto para moldar e as que o fabricam no mesmo local: “Na hora de optar pelo Simples Nacional, Lucro Real ou Presumido, os industriais ferramenteiros devem estar cientes de sua expecta va de faturamento e receita tributária”.

LUCRO REAL Neste regime, o imposto é pago sobre o real rendimento da empresa. Se o faturamento foi de R$ 1 milhão, com R$ 900 mil de despesas, seus impostos são pagos com base nos R$ 100 mil restantes, ou seja, no lucro. Nesse valor são aplicados o imposto de renda, contribuição social e IOF. As demais despesas fixas, como PIS, COFINS, IPI e ICMS são inclusos automa camente na aquisição de mercadoria e pagamento de funcionários. É obrigatório para empresas de factoring e as que usufruem de bene cios fiscais.

Outra grande queixa dos empresários é a falta de retorno, ou seja, ao mesmo tempo em que todos são coagidos a arcar religiosamente com tantas contas, a qualidade de serviços e até mesmo de alguns bens adquiridos é pouca ou quase nula. Teoricamente, todos esses valores são conver dos em educação, saneamento básico, saúde, alimentação e demais necessidades básicas. Mas a maioria tem a impressão de que se trata de um dinheiro sem nenhuma recompensa. Veja a lista dos países cuja arrecadação tributária dá maior retorno à população, com base no Índice de Retorno de Bem Estar à Sociedade (IRBES), criado pelo IBPT. 01 Austrália 02 Estados Unidos 03 Coréia do Sul 04 Japão 05 Irlanda 06 Suíça 07 Canadá 08 Nova Zelândia 09 Grécia 10 Eslováquia 11 Israel 12 Espanha 13 Uruguai 14 Alemanha 15 Islândia

16 Argen na 17 República Tcheca 18 Reino Unido 19 Eslovênia 20 Luxemburgo 21 Noruega 22 Áustria 23 Finlândia 24 Suécia 25 Dinamarca 26 França 27 Hungria 28 Bélgica 29 Itália 30 Brasil

SIMPLES NACIONAL Des nado à micro e pequenas empresas, essa espécie de tributação visa facilitar os pequenos empresários no momento de pagar os impostos. Trata-se de um regime compar lhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos e a declaração de informações socioeconômicas e fiscais deve ser apresentada de forma única e simplificada. Dessa forma, todos o valores são embu dos em uma única declaração. LUCRO PRESUMIDO Específico para o Imposto de Renda para Pessoas Jurídicas (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), seu cálculo é feito conforme a receita bruta total da empresa no intervalo de um ano. Este valor deve ser menor ou igual a R$ 78 milhões (total) ou a R$ 6,5 milhões mul plicados pelo número de meses a vos do ano-calendário anterior, que deve ser inferior a 12. Neste regime paga-se imposto à alíquota de 15% sobre o lucro presumido. É importante ressaltar que empresas obrigadas a seguir o Lucro Real não podem optar por essa categoria.

“Na hora de optar pelo Simples Nacional, Lucro Real ou Presumido, os ferramenteiros devem estar cientes de sua expecta va de faturamento e receita tributária”, Douglas Steffen.

Em dia com o leão Douglas alerta que qualquer empresário, inclusive o principiante, deve ter em seu planejamento as reservas para cumprir as obrigações fiscais: “Sem isso, ele fecha as portas em cur ssimo espaço de tempo, com o risco de levar consigo grandes dívidas”. O agravante desta situação é quando, além de ser obrigado a encerrar seu negócio, o empresário fica em débito com a Receita Federal. “Ele não consegue abrir mais nenhum negócio por estar com o nome comprome do. Empresário sem crédito não existe. Quem quiser ir adiante, tem que arcar com as despesas tributárias”, afirma.

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capa O des no dos inadimplentes é o Cadin, Cadastro Informa vo de Créditos não quitado do setor público federal, semelhante ao SPC ou Serasa para pessoa sica. Além de ter seu nome incluso nessa lista impedindo-o de realizar qualquer outro empreendimento formal, o devedor ainda perde o direito de usufruir o Simples Nacional pelos próximos anos.

“Empresário sem crédito não existe. Quem quiser ir adiante, tem que arcar com as despesas tributárias'”. O contador Douglas Steffen explica como funciona e alerta quanto ao cumprimento das obrigações tributárias. | Thaís Almeida

O outro lado da moeda Já Ivandro de Souza, empresário e fundador do conhecido Feirão do Imposto, o ônus de tantos tributos não é do dono da empresa, mas sim do cidadão comum, ou seja, pessoa sica. Em sua opinião, no momento em que alguém adquire algum produto ou serviço, está pagando os gastos da companhia que os oferece. “Eu propus esse movimento para que nós todos, cidadãos, saibamos que estamos pagando impostos em cima de exatamente tudo que consumimos”, afirma categoricamente o empreendedor, reiterando, ao falar dos compromissos tributários que tem com sua construtora, que tal responsabilidade cai diretamente nos clientes. “O empresário sempre embute e repassa os custos de impostos para o consumidor final. Portanto, ele não paga imposto, quem o faz é o povo”. Na opinião de Ivandro, os donos das empresas deveriam estar realmente preocupados, na verdade, em informar ao seu consumidor final sobre os impostos pagos por ele. O entrevistado deixa claro que a população não tem essa consciência: “Não está na gôndola do mercado, por exemplo, a quan dade de imposto sobre os produtos”. Ao explicar que toda a carga tributária paga pela pessoa jurídica é financiada pela pessoa sica, ele cita sua própria experiência, ressaltando que quem paga os encargos do salário dos funcionários de sua empresa são os compradores dos seus imóveis. Resumindo: a responsabilidade é do

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empresário, mas a conta é do cliente. Dentro deste panorama, Ivandro constata que o país está passando por uma fase de “desindustrialização”, na qual, ao invés de consumir o que é produzido aqui, opta-se por comprar do exterior. Tal fenômeno ocorre, segundo ele, devido ao custo-bene cio: “Temos boas fábricas no Brasil, mas os custos são tão altos que vale mais a pena importar ou terceirizar os serviços, mesmo pagando frete. Isso faz com que percamos em compe vidade”. Como exemplo, descreve o processo em algumas confecções brasileiras, que enviam tecidos para outros países da América do Sul, que produzem a peça e mandam de volta para o Brasil. O encarecimento dos serviços e produtos feitos aqui, porém, não tem trazido retorno posi vo, pois de acordo com Ivandro, quase não sobra lucro para o empresário e no fim todos saem perdendo. “É preciso saber administrar muito bem todas as variáveis para conseguir levar um produto com preço compe vo ao consumidor final”, desabafa. “Temos boas fábricas no Brasil, mas por causa dos custos vale mais a pena importar, mesmo pagando frete. Isso faz com que percamos em compe vidade”, Ivandro de Souza.

Ivandro de Souza, fundador do Feirão do Imposto | Pablo Teixeira

Para começar bem Economista e consultora da Federação de Indústrias de Santa Catarina, Graciella Mar gnago reforça a ideia de planejar: “É essencial ter conhecimento e um plano de negócios bem elaborado. Entrar em um empreendimento a par r do desconhecido traz muitas dificuldades”. Explica que, para analisar se é viável ou não, os principais aspectos da análise são o mercadológico e financeiro, vista a dificuldade encontrada para começar um negócio no Brasil. “Aqui demora muito mais que a maioria dos países, como mostram os levantamentos do Banco Mundial”, afirma, sobre longo o prazo para a abertura de empresas no país, que é devido, em sua maior parte, aos trâmites exigidos


capa pelo governo. Tal fator, no entanto, é histórico, resultado de décadas de má gestão. Graciella detalha que a elevada carga brasileira decorre do contrato social estabelecido na cons tuição de 1988, que prevê uma série de atribuições ao Estado brasileiro, como saúde para todos, educação para todos, entre outros. “Além disso, no período inflacionário, a dívida pública não chegava a ser um problema porque a inflação corroía a dívida. Com a estabilização, esse endividamento passou a ser contabilizado de forma adequada em um contexto de elevadas taxas de juros, o que exigiu o aumento da carga tributária para que se reduzisse a relação dívida/PIB”.

PIB

36% 25% 20%

1993 a 2012

1965 a 1993

Se você é um empresário experiente já sabe o valor de ter um contador de confiança. Mas caso esteja iniciando ou pretende abrir seu negócio, não deixe de acionar um, pois é ele quem dá as diretrizes do que é ideal para seu e m p re e n d i m e n t o, d e n t ro d o s s e u s orçamento e planos. Assim a di cil tarefa de planejar, organizar planilhas e priorizar inves mentos fica a cargo de alguém que entende bem do assunto. Mas não se esqueça de contratar um profissional de sua extrema confiança, pois o relacionamento entre vocês deve ser de clareza e sinceridade, evitando gastos desnecessários e mantendo a financeira reserva para pagamento de impostos.

1947 a 1965

RELAÇÃO DE CONFIANÇA

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enfoque

D

esenvolvidas para aplicação no setor de ferramentais- moldes e matrizes-, as varetas de solda Anviloy®, da Binzel do Brasil, são fabricadas com um metal de enchimento TIG único com base em tungstênio usado para aprimorar e reparar matrizes e insertos. Estas varetas funcionam igualmente bem em materiais com base em açoferramenta e tungstênio. Por suas caracterís cas técnicas, permitem aumentar a resistência à fadiga e ao fendimento térmicos, assim como melhorar sua resistência à soldagem (colagem) da matriz. As aplicações picas são: reparar matrizes rachadas ou quebradas,reconstruir erupções e erosões, reparar e melhorar núcleos e ferramentas de fundição,blindar, reforçar ou reves r áreas expostas à alta erosão ou corrosão,aumentar a resistência à fadiga e fendimento térmicos, aumentar a resistência à erosão ou corrosão e reduzir a tendência para a soldagem (colagem). Estão disponíveis nos tamanhos de 1,6 mm (0,062”), 2,4 mm (0,094”) e 3,2 mm (0.125”) com comprimentos de 457 mm (18”), 305 mm (12”) e 175 mm (7”). Binzel do Brasil 24 2222-9764 | www.binzel.com.br

A

Hexagon Metrology lançou o sensor de digitalização HP-S-X5 HD, um resistente sensor analógico que oferece aos clientes melhor acessibilidade em peças e abre ampla gama de aplicações de digitalização. Esta adição da capacidade do HP-S-X5 foi projetada para oferecer a mais alta precisão e repe bilidade, mesmo com sensores que possuem extensões mais pesadas e longas, aceitando pontas com comprimentos de até 800 milímetros e peso de 650 gramas. O equipamento permite aos usuários das máquinas de medição por coordenadas (CMM- Coordinate Measuring Machine), medir com precisão peças pequenas, bem como caracterís cas profundas dentro de uma peça com o mesmo cabeçote. Permite também que os clientes se beneficiem da flexibilidade de ter mais opções de pontas e da melhoria da acessibilidade e produ vidade que isso traz. O cabeçote HP-S-V5 possui ainda o recurso de real apalpação 3D, compensando para o cabeçote a flexão de modo a reduzir os erros nos resultados. Eles u lizam um sistema de propriedade an colisão para proteger, tornando o cabeçote uma ferramenta ideal para verificar as tolerâncias apertadas e geometrias complexas de peças mecânicas. A possibilidade de u lizar troca automá ca de pontas o miza os programas de medição, u lizando trocas

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sem a necessidade de requalificação das mesmas. A construção robusta do sensor também os torna pra camente livres de manutenção. Hexagon Metrology 11 5525-6000 | www.hexagonmetrology.com.br

O

cabeçote micrométrico para acabamento de grande capacidade (CBH), fabricado pela Finetech e comercializado pela Casa do Ferramenteiro -Casafer- foi projetado para atender diferentes faixas de diâmetros a par r de 105 milímetros. O cabeçote, que possui ajuste de dois mícrons no diâmetro, é montado sobre um extensor modular BRF que se acopla a conexões do po BMC-25, dando rigidez a todo o sistema. Além disso, possui contrapeso para prover balanceamento à ferramenta. As faixas de diâmetro podem ser facilmente expandidas trocando os extensores. Os seguintes componentes são necessários para formação do conjunto: cone, extensor e cartucho. Os insertos são fornecidos separadamente. Casafer - Casa do Ferramenteiro 47 3027-1019 | www.casafer.com.br

A

engmex é uma empresa inovadora, fundada em Agosto de 2011, por profissionais reconhecidos e experientes, para atender um segmento do mercado carente de mão de obra qualificada em uma nova disciplina de engenharia chamada “Automação de Projetos”. Com foco no processo interdisciplinar, está capacitada para atender às disciplinas de tubulação, elétrica, arquitetura, civil, mecânica e estrutura metálica, provendo soluções viáveis e integradas, baseadas em diversas plataformas de so ware disponíveis no mercado (Autodesk, Aveva, Bentley, Siemens, Intergraph, PTC, dentre outras) para uma adequada migração dos trabalhos tradicionais de engenharia para ambientes de Plant Design. Busca na integração entre ferramentas e processos o mais alto grau de aplicabilidade do conceito BIM (Building Informa on Modeling), introduzindo nos modelos 3D informações para construção, ainda nas etapas de projeto básico e detalhado, segundo os conceitos mais recentes de constru bilidade. Com experiência em Engenharia de Materiais, oferece ao mercado o MEX – Material Explorer, solução para padronização de materiais de engenharia e montagem de especificações técnicas de projeto, em um ambiente único,


enfoque centralizado, atualizado e integrado, que fornece as informações necessárias às ferramentas de modelagem 3D e controla as extrações de listas de material, suas revisões e os totais para listas de compra com descri vos detalhados. Uma equipe dedicada mantém a padronização atualizada, através de parcerias com os fabricantes mais importantes, promovendo a disseminação de conhecimento em seu portal de referência de materiais de engenharia, o Webmex os totais para listas de compra com descri vos detalhados. Uma equipe dedicada mantém a padronização atualizada, através de parcerias com os fabricantes mais importantes, promovendo a disseminação de conhecimento em seu portal de referência de materiais de engenharia, o Webmex. Engmex 31 3582-6531 | www.engmex.com.br

A

máquina mul tarefas Integrex i-200S, fabricada pela Mazak, tem grande versa lidade, alta precisão e aplicação para peças de complexidade média a alta. O equipamento combina os recursos de um centro de torneamento de alta performance e de um centro de usinagem completo para produzir peças com um único setup. Possui um segundo cabeçote de torneamento que tem a função de permi r a usinagem em uma operação (Done-in-One) e trabalha para eliminar múl plas preparações, fixações, ferramentas, manuseios e tempo de corte morto (sem arranque de cavaco). Adicionalmente, a máquina permite reduções significa vas de tempos de produção e melhora a precisão das peças pela eliminação de diversas preparações. Com recursos completos de 5 eixos, processa facilmente peças cilíndricas com operações secundárias, peças prismá cas de blocos ou fundidos, ou peças com contorno esculpido (usinado). As principais caracterís cas técnicas são: cabeçote de acionamento principal com potência de 22 Kw/30 HP (regime de 30 minutos), rotação máxima de 5.000 rpm e tamanho de placa de 8 polegadas; cabeçote de acionamento secundário com potência de 19 kW/25 HP, rotação máxima de 5.000 rpm e tamanho de placa de 8 polegadas; cabeçote de acionamento para fresamento com potência de 22 kW/30 HP, máxima rotação de 12.000 rpm, magazine com 36 ferramentas (72 como opcional) e curso do eixo B de 240º; capacidade máxima de volteio de 658 mm, máximo diâmetro usinável de 658 mm e máximo comprimento usinável de 1.011 mm; eixos lineares com curso de 615 x

250 x 1.077 x 1.066 em X, Y, Z e W respec vamente. Mazak 19 3464-9100 | www.mazak.com.br

E

mpresa brasileira atuando há mais de 15 anos no desenvolvimento de soluções para evitar a corrosão, a Orvic, divisão da empresa Decorprint, oferece aos mercados nacionais e internacionais uma linha completa de produtos com tecnologia IVC (Inibidor Volá l de Corrosão), que proporciona confiabilidade, resistência e redução de custos. A constante preocupação com o meio-ambiente traduz-se em tecnologia atualizada e livre de componentes químicos que agridam a natureza. Além de atender as especificações dos clientes, trabalha em conjunto com ins tutos de tecnologia e associações brasileiras para desenvolvimento de novas aplicações e atualização tecnológica de seus produtos. A Solução Líquida Orvic® é atóxica e biodegradável, não contendo derivados de petróleo. O produto é indicado para a lavagem (desengraxe) e proteção contra corrosão interoperacional de peças em material ferroso e não ferroso. Os fluídos residuais de usinagem e outras operações são removidos por um processo de lavagem por pressão (recomendado) e temperatura média de 60°C. Após este processo, a peça pode ser u lizada em processos posteriores (pintura, montagem) ou para embalagem final, sem a necessidade de nova lavagem para a re rada da camada monomolecular de IVC. Os produtos podem ser fornecidos em galões de 50 ou 200 litros. Orvic 41 3133-5001 | www.orvicbrasil.com.br

O

comando Numérico CNC M70, da Melco CNC Mitsubishi Electric, tem operação simples com reduzido tempo de preparação. É uma unidade compacta de 64 bits, que controla até 11 eixos NC e está preparada para controlar dois sistemas independentes de um conjunto de eixos coordenados. A comunicação com os sistemas de drives/spindle é de tecnologia digital por meio de fibra óp ca, contribuindo com a o mização dos tempos de ciclos e funções com alta precisão e velocidade. As interpolações são executadas na escala de um nanômetro.Possui capacidade de até 256 IN / 256 OUT. Os módulos de I/O podem ser configurados para sinais de entrada/saída

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enfoque analógico com 12 bits de resolução. Pode ser configurado para uso com Compact Flash. Tem conexão padrão Ethernet 10/100 MBPS e built-in PLC. Compõe ainda de sistema de programação para criação de ro nas customizadas em Macro Language. Seu monitor de TFT pode ser de 8,4" ou 10,4” e os teclados tem configurações para montagem horizontal ou ver cal. Melco CNC Mitsubishi 15 3363-9855 | www.melcocnc.com.br

A

placa de vídeo FirePro™ W9000, da AMD traz tecnologia AMD Eyefinity, que permite o uso simultâneo de vários monitores possibilitando executar mul tarefas altamente imersivas e inigualáveis em até seis monitores, a vados por uma única placa, sendo altamente recomendada para uso no segmento de ferramentaria. O Geometry Boost permite que a GPU processe dados da geometria a uma taxa que equivale ao dobro do ciclo de clock, dobrando, assim, a taxa de processamento primi vo e de vér ces. As taxas de triângulo representam o dobro de uma GPU que não possui o Geometry Boost. A memória para código de correção de erros (ECC) ajuda a garan r a precisão de suas computações por corrigir erros de bit simples ou duplo resultantes de radiação que ocorre naturalmente em segundo plano. O PRT (texturas parcialmente residentes) pode u lizar enormes arquivos de textura, de até 32 terabytes, com um impacto mínimo no desempenho. O PRT consegue esse feito gerando o fluxo de pequenas porções dessas texturas gigantescas para a GPU conforme necessário, proporcionando aos aplica vos compa veis um suprimento pra camente inesgotável de dados de textura exclusivos. O DisplayPort 1.2 tem várias saídas simultâneas de fluxos de áudio independentes e conteúdo de vídeo a resoluções que superam o HD padrão (resolução máxima de 4.096 x 2.160 pixels compa vel com W9000). A tecnologia AMD PowerTune o miza o uso de energia da GPU de forma dinâmica, enquanto a tecnologia AMD Zero Core Power reduz o consumo de energia quando o sistema está ocioso. O Framelock/Genlock facilita a sincronização com fontes externas (Genlock) ou sincroniza a renderização em 3D em várias GPUs em sistemas diferentes (Framelock). Tem também o Video Codec Engine (VCE), codificador HD H.264 mul fluxo por hardware para proporcionar codificação de vídeo rápida e eficiente em termos de energia. A memória é GDDR5 de seis gigabytes, com interface de 384 bits e largura de banda de 264 GB/s. Apresenta desempenho de ponto flutuante de quatroTera FLOP de precisão única e de um TFLOP de precisão dupla. Tem seis miniportas para monitores. Sua potência máxima é de 274 W. Os requisitos necessários de sistema são: PCI® Express x16 disponível (slot duplo), 3.0 para desempenho o mizado; Fonte de energia, conector de energia PCIe AUX (oito pinos) e conector de energia PCIe® AUX (seis pinos); Memória do sistema de dois GB; Microso Windows 8, Windows 7, Windows XP, Windows Vista e Linux (32 ou 64 bits); e conexão de internet para instalação do driver. AMD www.amd.com

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dicas do contador

IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA

2015 Da Redação | Foto Divulgação

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dicas do contador Caro leitor, no dia 2 de março foi aberta a temporada de entregas das declarações de ajuste anual de rendas, a tão conhecida Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física DIRPF- Exercício 2015 Ano Calendário 2014. Amargos e polêmicos 4,5% percentuais foram reajustados à tabela do imposto de renda este ano, o que nos coloca cada vez mais afastados de uma revisão e aproxima a defasagem dela. Ricardo Se , em sua coluna Polí ca & Cia, no site da Revista Veja afirma que “(...) defasagem na tabela do Imposto Renda ameaça fechar 2015 em 75%. É mais punição para a classe media”. Polêmico, pois o assunto ainda circula nos anais da casa da cidadania - o Congresso Nacional. No úl mo dia 17 de fevereiro, a Câmara aprovou, quase que por unanimidade, o índice de 6,5%, elevando a isenção para contribuintes que recebam até R$ 1.903,98 em 2015, conforme tabela abaixo. A proposta foi de encontro ao índice da inflação. BASE DE CÁLCULO

ALÍQUOTA (%)

PARCELA A DEDUZIR DO IR

Até R$ 1.903,98 De R$ 1.903,99 a R$ 2.853,44 De R$ 2.853,45 a R$ 3.804,64 De R$ 3.804,65 a R$ 4.753,96 Acima de R$ 4.753,96

X

X

7,5

R$ 142,80

15,0

R$ 356,81

22,5

R$ 642,15

27,5

R$ 879,85

Documentos importantes  Comprovante de rendimento anual do declarante e de seus dependentes;  Extratos bancários anuais;  Comprovantes de aquisições de imóveis e veículos automotores;  Par cipações societárias;  Despesas com saúde, educação, dentre outras orientadas por nossos profissionais, diante de cada necessidade específica.

Despesas dedu veis para alcançar a res tuição de imposto de renda  Pagamento de pensão alimen cia;  Pagamentos de previdência privada Plano PGBL;  Consultas com médicos, den stas, psicológos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e em hospitais; além de exames laboratoriais, serviços radiológicos, aparelhos ortopédicos e próteses ortopédicas e dentárias;  Despesas com instrução do declarante e de dependentes até o limite individual es pulado pela RFB; * Todos os comprovantes devem trazer o nome da empresa ou do profissional liberal, com nº do CNPJ ou CPF, INSS pago quando da contratação de empregado domés co e recibo de doações a campanhas eleitorais com nome e CNPJ do Par do. Penalidades O prazo de entrega da declaração é até 30 de abril de 2015. As penalidades para o não cumprimento desta data são:  Bloqueio do recebimento dos proventos do INSS;  Incidência de multa de 1% ao mês ou fração de atraso, calculada sobre o imposto devido, ainda que integralmente pago, observados os limites mínimo de R$ 165,74 e máximo de 20% do imposto devido. Incen va-se o contribuinte a entregar no dia anterior ao prazo, evitando os conges onamentos nos servidores da Receita Federal, e se assim deixar para entregar no úl mo dia, tentar fazê-lo até as 20 horas. É prudente. OBRIGATORIEDADE 2015

Rendimentos Tributáveis

R$ 26.816,55

Rendimentos Isentos

R$ 40.000,00

A vidade Rural

R$ 134.082,75

Bens em 31 de dezembro

R$ 300.000,00

Desconto Simplificado

Obrigatoriedade da Declaração  Quem recebeu rendimentos tributáveis iguais ou acima de R$ 26.816,55 no ano calendário de 2014;  Quem teve posse ou a propriedade em 31/12/2014 de bens e direitos superiores a R$ 300 mil;  Quem percebeu rendimentos rurais com valor acima de R$ 134.082,75;  Quem optou por isenção do imposto de renda na venda de imóveis residenciais;  Contribuintes que passaram à condição de residente no Brasil, em qualquer mês do ano de 2014, e assim se man veram em 31/12/2014;  Quem tenha recebido valores acima de R$ 40 mil, isentos e não tributáveis.

20% - limitado a

R$ 15.880,89

Deduções Dependentes

R$

2.156,52

Instrução

R$

3.375,83

Contribuição Oficial Contribuição à Previdência Complementar Despesas Médicas

12% rendimento tributável R$ 2.156,52

Dedução Empregada Domés ca Doações - ECA - Incen vo à Cultura, à A vidade Audiovisual, ao Desporto e ao Estatuto do Idoso

6%

Fonte: h p://idg.receita.fazenda.gov.br e h p://veja.abril.com.br/blog/ricardo-se /poli ca-cia.

Maiores informações pelo e-mail abra@grupoabra.com ou pelo fone 47 3028 2180 REVISTA FERRAMENTAL MARÇO.ABRIL 2015 33


Rede SENAI de Ferramentaria

7º e 8º WORKSHOP DE MICROFABRICAÇÃO Melhoria da excelência tecnológica da indústria brasileira de moldes e matrizes Tecnologias de Microfabricação

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om o apoio do SENAI SC e como ação integrante das a vidades da Rede SENAI de Ferramentaria para o fortalecimento do setor industrial e fomento de novas tecnologias, o SENAI, em parceria com o Ins tuto Fraunhofer IPK (Ins tute for Produc on Systems and Design Technology) de Berlim realizará o 7º Workshop referente ao Projeto “Melhoria da Excelência Tecnológica da Indústria Brasileira de Moldes e Matrizes-Tecnologias de Microfabricação”. O evento será realizado no período de 4 a 8 de maio de 2015 na Alemanha. O evento terá início com visita a uma empresa metalomecânica no dia 4 na região de Frankfurt, seguindo no dia 5 para Stu gart na Feira Moulding Expo e prossegue com treinamento prá co e teórico entre os dias 6 e 8 no Fraunhofer IPK em Berlim. Serão apresentados os resultados finais dos dois micromoldes, incluindo os temas de projeto e fabricação de micromoldes, processo de microinjeção e metrologia da peça injetada. Em breve a agenda completa será disponibilizada. Nesse contexto, reforçamos o convite aos representantes que queiram par cipar dessas a vidades de transferência de tecnologia na Alemanha. Maiores informações e inscrições com André Zana a pelo e-mail andre.zana a@dn.senai.br. Os custos de hospedagem, deslocamento e alimentação ficarão a cargo dos par cipantes. O SENAI subsidiará o treinamento.

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Workshop de Microfabricação com Fraunhofer IPK de Berlim e Rede SENAI Ferramentaria em Joinville Em con nuidade ao projeto, será realizado em Joinville/SC, no período de 25 a 26 de maio de 2015, o 8º Workshop de mesmo nome, que incluirá reunião técnica e contará com a par cipação engenheiros do Departamento dMicroprodução do Fraunhofer IPK de Berlim e técnicos da rede SENAI Ferramentaria. Serão apresentados os resultados finais dos dois micromoldes construídos pelo projeto de transferência de tecnologia, e abordados os temas de projeto e fabricação de micromoldes, processo de microinjeção e metrologia da peça injetada. O evento, gratuito e com inscrições limitadas, ocorrerá no auditório do SENAI Norte I- Rua Arno Waldemar Dohler, 957 - Zona Industrial Norte - Joinville - SC e serão realizadas a vidades prá cas nas máquinas do Ins tuto SENAI de Inovação em Sistemas de Manufatura e demonstrações de empresas fornecedoras convidadas. Em breve será divulgada a agenda completa. Maiores informações e inscrições com André Zana a pelo e-mail andre.zana a@dn.senai.br.

André Marcon Zana a Diretor do ISI Sistemas de Manufatura



saúde

CORPO SÃO, EMPRESA SÃ MÁ POSTURA E SEDENTARISMO SÃO OS VILÕES DA MAIORIA DOS TRABALHADORES, TANTO OS QUE PASSAM O DIA EM FRENTE AO COMPUTADOR QUANTO AQUELES QUE FAZEM ESFORÇOS FÍSICOS DE MANEIRA INADEQUADA. A PREVENÇÃO, ATRAVÉS DA GINÁSTICA LABORAL, É A MELHOR SAÍDA PARA SE LIVRAR DE DORES E DESCONFORTOS Por Marcela Mayrinck | Fotos Thaís Almeida

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dia a dia no trabalho pode provocar mais lesões corporais do que se imagina. Embora não se trate de injúrias visíveis, os maus hábitos prejudicam a estrutura sica ao longo dos anos, de forma muitas vezes irreparável. Por essa razão é importante ficar atento à postura e à saúde em geral, para evitar problemas como lombalgia, cervicalgia ou até escoliose e hérnia de disco. Além de grande parte dos trabalhadores permanecerem boa parcela do dia sentada, há outros agravantes que prejudicam a saúde: cobranças e prazos que causam

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desgastes psicológicos que podem afetar diretamente o bom funcionamento dessa máquina que é o organismo humano. Segundo estudos realizados pela Universidade de Queensland, na Alemanha, a cada hora que um adulto com mais de 25 anos fica sentado, sua expecta va de vida é reduzida em 21 minutos. Portanto, se mul plicarmos este número por oito, que é o tempo médio gasto nesta posição, perdemos 168 minutos de expecta va de vida por dia, o equivalente a sete dias!


LESÕES PROVENIENTES DE MÁ POSTURA

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Lombalgia Dor na região lombar da coluna. Causas: Má posição para se sentar, deitar ou abaixar; Carregar objetos pesados. Pode ser decorrente de doenças mais graves, como a hérnia de disco, inflamação, infecção ou artrose.

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Cervicalgia Dor na coluna cervical. Sintomas: Rigidez nos movimentos, dores também nos braços e ombros e movimentos bruscos do pescoço. Causas: Posição forçada por um longo período de tempo, carregar objetos pesados, movimentos repe vos de membros superiores e má posição ao abaixar.

3

Escoliose Deformidade em curva da coluna vertebral. Sintomas: Eventual desconforto muscular, dores constantes nas costas, diminuição da capacidade pulmonar* e pressão no coração*. Causas: Má postura ao sentar, deitar ou abaixar e hábito de andar curvado para a frente (corcunda).

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Hérnia de disco Deslocamento do disco intervertebral. Sintomas: Dores constantes na região lombar, formigamento, dores na perna e o braço e em alguns casos é assintomá ca. Causas: Falta de a vidade sica, tabagismo, carregar ou levantar objetos pesados e pré-disposição gené ca. *Casos mais graves

A tensão muscular de quem passa o dia sentado em frente ao computador é o ponto de par da para dores cervicais e até de cabeça. Conforme a tabela acima, má postura pode causar até desvios de coluna que levam à diminuição da capacidade pulmonar.

E agora? A solução para essa situação, no entanto, é a boa e velha prevenção, que parte de cada um, mas é também uma responsabilidade das empresas para com seus colaboradores, de acordo com a Norma Regulamentadora 17 (NR17). Para atender essa necessidade, nasceu a ginás ca laboral, cujos primeiros registros datam de 1925 na Polônia. Já na década de 1960 chegou a outros países da Europa e se estendeu ao Japão, onde ficou famosa pela sigla GLC, que significa Ginás ca Laboral Compensatória, e se tornou obrigatória. Até chegar ao Brasil levaram-se 13 anos e hoje sua aplicação, apesar de muito falada, ainda é desconhecida por algumas pessoas. Sandro Mauro Vigo, coordenador de promoção da saúde e bem-estar do Sesi Joinville, explica que a ins tuição oferece o serviço nas empresas visando a melhoria na qualidade de vida dos trabalhadores, o que

automa camente gera o fortalecimento da indústria. Define-se como ginás ca laboral uma série de a vidades sicas realizadas no local de trabalho para que os funcionários adotem melhor postura, possam se alongar, fortalecer a musculatura e até relaxar. A proposta inicial do Sesi era apenas de prevenção de doenças ocupacionais, como as mentais, emocionais, sobrepeso, obesidade, diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares. Posteriormente tal obje vo se tornou mais abrangente, voltando para o comportamento cultural dos cidadãos com relação à vida saudável. Dessa forma, o programa envolve temas sobre exercícios sicos, boa alimentação, relaxamento e controle do estresse, além da já existente prevenção.

Sandro Vigo, coordenador de promoção da saúde e bem-estar do Sesi Joinville


saúde

As par cularidades de cada profissão também são levadas em conta: “A par r de 2012 passamos a atuar dentro das especificidades das funções de cada setor das empresas”, detalha Sandro, que em conjunto com sua equipe avalia o o cio dos profissionais para só então elaborar o programa de ginás ca. Nas áreas administra vas, por exemplo, os exercícios são focados em minimizar o desconforto causado pelos movimentos repe vos e a postura inadequada em frente ao computador. “Com a ginás ca laboral ocorre uma quebra na ro na, é quando as pessoas podem se alongar e relaxar”, afirma. O po de a vidade aplicada a essa área é a ginás ca compensatória, também u lizada nas indústrias. Há ainda a ginás ca preparatória - espécie de aquecimento antes da jornada de trabalho, aplicada nos setores produ vos - e a ginás ca de relaxamento - pra cada no final de turnos (em todas as áreas), cujo obje vo é fazer com o que colaborador encerre seu dia de forma mais tranquila. A analista de qualidade Keli Priscila Sobieranski faz ginás ca laboral há cinco anos e vê muitas vantagens: “Além de melhorar a postura e a disposição, é o tempo que temos para relaxar e amenizar tensão e estresse”. Ela conta que gosta de todos os exercícios, “pois cada um tem sua devida importância”. Em seu setor as aulas acontecem diariamente, às 15h30, e duram de oito a 10 minutos, o que é o tempo ideal, de acordo com Sandro. Algumas empresas, porém, optam por contratar o serviço duas vezes ao dia, conforme a ro na de trabalho. 38 REVISTA FERRAMENTAL MARÇO.ABRIL 2015

Outra vantagem deste recurso é que não exige local nem ves mentas específicas, podendo ser realizado na própria sala de trabalho. “As a vidades são de baixo impacto”, afirma o coordenador, explicando que os professores devem observar, por exemplo, se há pessoas usando salto alto e saia, para não aplicar exercícios que venham a provocar lesões, deslocamentos ou até constrangimentos.

Retorno a longo prazo Segundo pesquisas realizadas nos Estados Unidos (Na onal Council, 2011), cada dólar inves do na promoção de saúde nas empresas reduz em US$ 3,27 o custo com assistência médica. Em outras palavras, apostar em métodos preven vos evita lacunas no quadro de funcionários e gera economia para a empresa. Ainda de acordo com a pesquisa, cada dólar inves do também diminui em US$ 2,73 os custos do absenteísmo, que ocorre muitas vezes porque colaboradores com fatores de risco como diabetes, colesterol alto, hipertensão e obesidade faltam três vezes mais ao trabalho do que os que não os possuem. Isso resulta em uma queda de 30% da produ vidade. “O inves mento na saúde do funcionário da maneira certa pode ter um grande impacto sobre a produ vidade e só começou a ser medido recentemente”, ressalta Sandro, corroborando que é mais vantajoso inves r em saúde do que ter gastos com doença. Afinal, em um ambiente de trabalho saudável existe mais produ vidade e desempenho.



inovação

MODELOS DE NEGÓCIO PARA FERRAMENTARIAS: ONDE ESTÁ O VALOR? A BUSCA DO MODELO DE NEGÓCIO MAIS ADEQUADO PARA CADA TIPO DE INDÚSTRIA REFLETE DIRETAMENTE NA ELEVAÇÃO DA COMPETITIVIDADE, MELHORIA DO RESULTADO FINANCEIRO E PERPETUAÇÃO NO MERCADO. Por Ianiv Wainberg

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segmento de ferramentaria encontra-se pressionado economicamente por diversos fatores. Há o desafio da racionalização e atualização do parque fabril, o da elevada carga tributária, o dos recursos humanos, sem falar na forte concorrência estrangeira, par cularmente chinesa. Este ar go argumentará que a maior ameaça à sobrevivência das ferramentarias brasileiras não é nenhuma das citadas acima, mas seus modelos de negócio atuais. Por muito tempo ferramentarias supriram demandas crí cas nas cadeias produ vas: confecção de moldes para injeção de plás cos e metais, gabaritos para conformação metálica e produção de componentes, que são agregados a produtos acabados, sejam eles bens de consumo ou de capital. A cadeia de valor¹ da indústria segue uma ordem inexorável: quanto mais próximo es ver o negócio de uma empresa do produto acabado, de marca própria, maiores as margens. Quanto mais restrito for o serviço prestado, mais facilmente ele é subs tuído e, consequentemente, mais se concorre por preço. E em se tratando de preço, geralmente a indústria brasileira perde. Não tenho pretensão de argumentar que não há valor em prover serviços terceirizados especializados. Exper ses² complexas, adquiridas a duras penas, são componentes importantes nas cadeias produ vas. O risco inerente é a dependência deste modelo de negócio (puxado pela demanda industrial) como única fonte de receita, por deixar as organizações descobertas em relação a margens exíguas. Ferramentarias são indústrias técnicas por excelência. Seu corpo operacional e gerencial é picamente formado por profissionais com forte viés³ técnico, que tem como foco primário a excelência em engenharia e produção nos serviços e produtos oferecidos.Esta preocupação, embora legí ma, é míope.

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Excelência produ va, racionalização fabril e atualização tecnológica o mizam os produtos e serviços prestados, mas não alteram a posição das empresas nas cadeias de valor. A maneira mais efe va de subir em defini vo na cadeia de valor é criando produtos ou serviços próprios, que sejam reconhecidos pelos clientes através de marcas fortes. Antes que você desista de ler este ar go, frustrado com a memória de diversas empresas que tentaram enveredar por este caminho e fracassaram, precisamos alertar aos leitores: este não é um texto de autoajuda. Tornar-se uma marca reconhecida é um processo caro, penoso, demorado e incerto. Não há fórmula mágica. Para aqueles que sobreviverem, no entanto, a recompensa é o descolamento entre custos e margens. Para deixar de ser somente uma fábrica e passar a ser uma marca, picamente enfrentam-se alguns desafios, que são:  Postura da alta gestão e recursos humanos: Reconhecer limitações no modelo de negócio atual e alterá-lo deve ser missão da alta gestão, e ser um obje vo claramente comunicado para toda equipe. Mudar o foco da empresa (ou de parte dela) de orientação para a produção para orientação ao cliente implica, necessariamente, em mudar a forma de pensar de toda organização. Isto passa por treinar, incorporar e por vezes subs tuir membros da equipe. Isto provoca mudanças culturais: passar de uma organização focada no controle para uma disposta a correr riscos calculados;  Formação de equipes comerciais: Elas devem ser capazes de acessar canais apropriados para os produtos a serem desenvolvidos. Ao buscar vendas junto a clientes finais, e não para indústrias localizadas em degraus superiores da cadeia de valor, a organização precisa aprender a se comunicar e, sobretudo, a ouvir o mercado.


inovação  Obrigatoriamente a equipe comercial deve ser influente

no processo de desenvolvimento de novos produtos, e uma integração efe va deve ser alcançada com o me técnico ;Desenvolvimento de linhas de produtos próprios: Apesar do nível técnico picamente elevado das equipes existentes nas ferramentarias brasileiras, a capacidade inovadora das mesmas é, de um modo geral, muito baixa. Incapacidade de lidar com incerteza, de imaginar, proto par e validar hipóteses são os entraves mais comuns. Isto é decorrência das formações técnicas e de engenharia, que priorizam capacidades de parametrização e controle sobre as de inovação e de elaboração de cenários;  Desenvolvimento de uma cadeia de fornecedores: A indústria, ao passar a ser uma marca, usa sua capacidade produ va como um apoio para a fabricação de seus produtos, mas dificilmente é capaz de ver calizar todos os processos. Isto provoca a inusitada necessidade de passar de fornecedor a contratante de fornecedores terceiros, e com isto adquirir a capacidade de controle e gestão destes processos.

QUADRO PARA GERAR UM MODELO DE NEGÓCIO COMO?

O QUÊ

PARA QUEM?

QUANTO?

PARCERIAS PRINCIPAIS

PROPOSTA DE VALOR

CANAIS

ESTRUTURA DE CUSTOS

ATIVIDADES PRINCIPAIS

RELACIONAMENTO COM CLIENTES

FONTES DE RECEITA

RECURSOS PRINCIPAIS

SEGMENTOS DE CLIENTES

Visando catalisar o processo de incorporar a vidades de maior valor agregado, par cularmente produtos próprios a ferramentarias, alguns caminhos podem ser trilhados. Entre eles:  Alianças estratégicas: Por vezes um parceiro, fornecedor ou cliente já está desenvolvendo produtos que apresentam sinergia com a a vidade da empresa. Havendo alinhamento

entre as empresas, uma aquisição, par cipação ou jointventure podem ser formas de encurtar a distância entre o modelo de negócios atual e o desejado.  Spin-offs: Por vezes o perfil de uma empresa está consolidado de uma forma em que alterações excessivamente bruscas provocariam riscos insustentáveis. Neste caso, o desenvolvimento de uma spin-off pode ser interessante. Essa nova unidade de negócios pode u lizar exper se e bens de capital da empresa mãe, minimizando os riscos, com novas equipes e gestão. Isto pode ser feito via incubadoras de empresas, e permite u lizar capital inicial oriundo, por exemplo, da venda de uma parte das ações da empresa mãe.  Contratação de consultorias: Quando há o ímpeto e a convicção do curso a ser tomado, mas falta exper se técnica e gerencial para levar a cabo um projeto de desenvolvimento de uma marca, por ólio de produtos e estruturas de marke ng e inovação, consultorias podem ser recursos valiosos. Por possuírem vivência em diversos mercados, canais e culturas corpora vas, consultorias podem encurtar os caminhos, por terem extenso repertório de entraves e soluções picas. Ao buscar se tornar uma marca de valor existem desafios a serem enfrentados, assim como grandes oportunidades. Não buscar este obje vo garante, salvo exceções, margens exíguas e um futuro incerto para a indústria brasileira.

¹Porter, M.E.: Vantagem compe va. Rio de Janeiro: Campus, 1990. ²Exper se: do francês, exper se. Significa perícia, avaliação ou comprovação realizada por um especialista em determinado assunto. ³Viés: do francês biais originou-se bias em inglês, por supressão da vogal da úl ma sílaba. É uma tendência a apresentar ou possuir uma perspec va parcial em detrimento de alterna vas (possivelmente igualmente válidas).

Ianiv Wainberg - Sócio da Bertussi Design, consultor em design de produtos e gestão da inovação, com atuação junto a indústrias de médioe grande porte de diversos segmentos. Tem passagem em empresas como Dell, RBS, Unimed e Feevale. Bacharel em Design de Produtos e MBA em Gestão Estratégica. ianiv@bertussidesign.com.br


qualidade da gestão

O MELHOR MODELO DE GESTÃO COMO SEI QUAL É O MELHOR MODELO DE GESTÃO? EM MOMENTOS DE CRISE - COMO SE AVIZINHA - PODE FAZER A DIFERENÇA NA MINHA EMPRESA? Por Roger Becker da Silva

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m primeiro lugar, não temos a pretensão de ex nguir todas as dúvidas nem mesmo dar respostas categóricas para os ques onamentos acima, mas podemos contribuir com sugestões e dicas para que o empresário tenha subsídios importantes no processo de escolha dos modelos de gestão. Assim, já no primeiro parágrafo queremos deixar claro que o melhor modelo de gestão é aquele que melhor vai se adaptar a realidade atual da sua empresa, podendo evoluir junto com o desenvolvimento da mesma. Aproveitamos para elucidar que modelo de gestão não é o mesmo que ERP¹, mas sim um conjunto de maneiras e métodos que o administrador u liza para o melhor gerenciamento do seu empreendimento ao longo do tempo e com os recursos que tem a disposição. Dessa maneira não podemos dizer que um empreendedor que ainda não tem todos os dados de seu negócio parametrizados ou modelados está em total desvantagem em relação àquele que o tem. Não querendo plagiar o célebre cien sta Albert Einstein, pai da Teoria da Rela vidade: tudo depende! Depende do tempo e porte da empresa, mercado em que atua, diversificação e complexidade do negócio, entre tantos outros fatores. Sem minimizar nem desencorajar o microempreendedor individual – MEI-, a quan dade de fatores gerenciáveis do negócio está ligada direta e proporcionalmente ao tempo de existência e ao tamanho do empreendimento. Mo vo pelo qual o governo federal tem tentado facilitar ao máximo estes iniciantes com as preocupações sobre cálculos e controles relacionados à parte contábil e tributária. Alguns destes obje vos governamentais são alcançados, com a possibilidade de iniciar sua a vidade empreendedora nesta modalidade societária pouco complicada. Mesmo assim poderia ser feito muito mais, ensinando ao pretendente a empresário os primeiros passos de um negócio bem sucedido.

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qualidade da gestão Com o patamar de faturamento crescendo, aumentam também outras necessidades e responsabilidades. Com isso não é mais recomendado que novas metas e desafios sejam enfrentados da mesma maneira que no início do negócio. Não se pode realizar apenas mais do mesmo, mas é necessário encarar os ônus do progresso com a devida ordem. Parafraseando o Eisntein novamente, seria um primeiro sinal de loucura enfrentar desafios diferentes u lizando os mesmos métodos. Surge então a necessidade de tomar algumas decisões sobre várias questões importantes, que circundam o universo organizacional. Algumas das perguntas abaixo podem ajudar na implementação de medidas neste processo de maturidade da gestão:  Os gestores analisam sistema camente os resultados?  Consigo planejar e implementar as principais estratégias?  Minha empresa aproveita as oportunidades adequadas de divulgar meus produtos/serviços?  Meus clientes são devidamente atendidos?  As pessoas se sentem bem trabalhando em minha empresa?  Meus processos produ vos e gerenciais são executados da melhor maneira possível?  Meus fornecedores e parceiros são os melhores que posso ter?  Minhas finanças estão controladas e o mizadas, pensando em a ngir meus obje vos?  Tenho planos e metas ousados e consigo saber se os alcancei ou não? Caso você tenha conseguido responder com sim a todas as perguntas acima, parabéns. A sua empresa já está no caminho certo e provavelmente seguirá a jornada rumo ao sucesso. Se você respondeu posi vamente à metade delas, seria importante con nuar na busca de conhecimentos e parcerias para auxiliá-lo em questões que podem aparecer como surpresas desagradáveis no meio do caminho. E caso a maioria delas não seja favorável, ou mesmo nem começou a pensar nisso, é bom acelerar para não entrar nas esta s cas de fechamento precoce de empresas. Para cada pergunta acima, o empresário tem uma enxurrada de ferramentas, metodologias e possibilidades de respostas, desde o controle no “guardanapo” até os ERPs mais completos e complexos. O grande problema de olhar isoladamente para cada questão é que nos tempos atuais as variáveis não são mais do po “uma ação gera uma reação”, mas “uma ação pode gerar muitas reações em vários locais diferentes e em tempos dis ntos”. Isso tudo por causa de

fatores que estão muito acima de nosso controle, presentes nesta nova era baseada no conhecimento, como globalização, virtualização, novas tecnologias, etc. Diante de tantas mudanças não podemos ter apenas o olhar linear para as situações que precisamos solucionar. Assim como o mundo atual está mais complexo, as organizações precisam ter uma visão mais abrangente e mul facetada. Há poucos anos o empresário que analisava seu faturamento, caixa e lucro nha rela vamente tudo sob controle. Hoje existem várias perspec vas que precisam ser monitoradas com atenção, pois apenas o faturamento ou mesmo o lucro não garantem a perenidade das organizações no futuro próximo. Não posso deixar de citar que diante destes cenários diferentes e desafiadores que estão pela frente, as novas e oportunas possibilidades também estão inseridas. A empresa que conseguir se manter saudável no mercado e atenta às mudanças conseguirá aproveitar e sair na frente. Neste contexto uma boa gestão de inovação consegue ajudar a enxergar novos nichos, novos produtos ou até novos mercados por ângulos nunca antes observados. Por isso a importância de um modelo de gestão robustoe ao mesmo tempo flexível, que consiga contemplar todas as nuances do mundo empresarial. Não somente o ambiente interno precisa ser planejado e monitorado, mas também os envolvimentos externos, como a comunidade, meioambiente e fornecedores devem ser contemplados e bem cuidados. Mas então se eu conseguir planejar e monitorar tudo isso, posso ter a certeza de crescer e prosperar neste mundo complexo? Infelizmente preciso dar mais uma vez a resposta no es lo de Einstein: depende. O alerta que deixo é sobre a diferença entre ex nção e minimização dos impactos nega vos. As escolhas que cada empresário faz podem minimizar os riscos ou os impactos que sua empresa sofrerá, mas infelizmente nunca conseguirão isentá-la de todo e qualquer infortúnio. Fazendo uma comparação, você pode ter todos os coletes de salva-vidas na embarcação, mas pode ser que nem todos os passageiros u lizem, ou até mesmo, em caso de naufrágio, garan r que 100% dos que estavam com o colete salvem suas vidas. Então nenhum modelo de gestão é totalmente seguro? Posso arriscar dizer que a afirmação é verdadeira, se formos imaginar um modelo u lizado sem as devidas adequações e levando em consideração as par cularidades de cada organização.

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qualidade da gestão Da mesma maneira que para medir a temperatura do corpo humano podemos usar um simples termômetro de poucos reais, não podemos u lizar um método assim tão simples para saber se estamos com problemas no coração. Sei disso, pois estou fazendo no momento uma verificação de ro na sobre minha saúde e meu médico, sabiamente, solicitou quase 10 exames diferentes. Um modelo de gestão não deve ser escolhido por causa de uma crise, mas ele deve se mostrar eficiente, mesmo em meio a ela. Ao mesmo tempo, se a crise que a sua empresa está enfrentando é financeira, não adianta procurar um modelo de gestão que consiga valorizar as pessoas antes de resolver a questão financeira. Certamente qualquer ação bem realizada leva tempo e consome recursos da organização, mas devidamente realizada tem resultados consistentes e perenes. Não adianta tratar apenas o sintoma, é necessário anular a sua causa. É recomendável amenizar uma dor de estômago com um an ácido, mas ao mesmo tempo é necessário procurar um especialista e verificar como está seu sistema diges vo, pois pode ter, por exemplo, uma gastrite a ser tratada com medicamentos mais específicos.

Aprendi que na ânsia de se ter um modelo de gestão completo, muitos aguardam até terem os recursos de tempo e dinheiro necessários. Mas o ideal é trabalhar com o que se tem em mãos no curto prazo, con nuar melhorando e alinhando os sistemas a médio e longo prazo. Neste sen do o ó mo pode ser inimigo do bom. Se você chegou até aqui em sua corajosa caminhada empreendedora é porque também teve muitos acertos no caminho. Talvez não esteja fazendo tudo certo, mas também não está fazendo tudo errado. O lema é melhorar a cada dia, abrindo a mente para enxergar novas possibilidades. Olhe para a metade cheia do copo e não apenas a vazia. Nas próximas edições da revista Ferramental vamos trazer dicas e sugestões de modelos adotados por empresas do setor metalmecânico que comprovam eficiência, eficácia e efe vidade. Serão apresentados casos prá cos e a visão do principal execu vo responsável sobre o respec vo modelo adotado. Até lá, se você ver qualquer dúvida ou necessidade, mande um e-mail que teremos o maior prazer em responder.

¹ERP: do inglês Enterprise Resource Planning, significa Planejamento de Necessidades da Empresa. No Brasil é denominado também de SIGE (Sistemas Integrados de Gestão Empresarial). São sistemas de informação que integram todos os dados e processos de uma organização em uma única plataforma. A integração pode ser vista sob a perspec va funcional (sistemas de finanças, contabilidade, recursos humanos, fabricação, marke ng, vendas, compras, e afins) e sob a perspec va sistêmica (sistema de processamento de transações, sistemas de informações gerenciais, sistemas de apoio à decisão, e afins).Em termos gerais, é uma plataforma de so ware desenvolvida para integrar os diversos departamentos de uma empresa, possibilitando a automação e armazenamento de todas as informações de negócios.

Roger Becker da Silva É coach e Consultor Organizacional especialista no MEG. Formado em gestão de processos organizacionais e pós-graduado em administração e marke ng. roger@volltrix.com.br



expressas

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m 12 de junho será realizado em Joinville, Santa Catarina, o 8º Encontro Nacional de Ferramentarias ENAFER, que que reúne empresários da cadeia de fabricantes de ferramentais, governos, ins tuições de ensino, en dades representa vas e sociedade em geral. Ações de evolução da compe vidade e fomento de negócios prometem ser a tônica do maior evento de ferramentarias do Brasil. Da apresentação de cases de sucesso do próprio setor produ vo, passando por programas de governo, projetos de inovação, par cipação de representantes da indústria automo va e sindicatos de trabalhadores até agentes financeiros de fomento, todo o mercado estará envolvido no ciclo de debates e espaços de relacionamento. Uma palestra âncora voltada ao desafio de empreender será um dos pontos altos do evento. O ENAFER é uma realização da ABINFER (Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais), e da VIRFEBRÁS (Organização Virtual de Ferramentarias), com apoios do SIMPLÁS (Sindicato das Indústrias de Material Plás co do Nordeste Gaúcho), Plastech Brasil, SIMECS (Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul), Núcleo de Usinagem e Ferramentaria da ACIJ (Associação Empresarial de Joinville), APL de Ferramentaria do Grande ABCD, Câmara Setorial de Ferramentarias e Modelações da ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) e da revista Ferramental. São patrocinadores a Villares Metals, o S E B R A E e a FA C I S C (Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina). ABINFER 47 3461-3389 | www.abinfer.org.br

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medida Provisória 664 alterou o período de afastamento a cargo do empregador em caso de doença ou acidente do trabalho. Assim, em 90 dias da publicação da MP (30.12.2014), passará a vigorar a regra de ampliação do período de interrupção do contrato de trabalho de 15 dias para 30 dias, com salários pagos pelo empregador. Trata-se de uma medida que onera as empresas com o acréscimo de mais 15 dias sob sua

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responsabilidade em caso de afastamento por doença ou acidente, conforme disposto no novo parágrafo 3º do ar go 60 da Lei 8.213/1991: "Durante os primeiros trinta dias consecu vos ao do afastamento da a vidade por mo vo de doença ou de acidente de trabalho ou de qualquer natureza, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral". Esta alteração tem relevância direta para os cofres da Previdência Social porque, supostamente, sendo maior o período de espera para que o segurado se habilite para o bene cio do auxílio-doença, menor será o número de bene cios gerados, pois assim o segurado empregado tem a oportunidade de se recuperar antes de onerar os cofres da previdência social, cujo bene cio, calculado de acordo com o salário de bene cio previdenciário, produz inevitável redução de ganho. A alteração do período de espera poderá ser vista posi vamente, pois permi rá ao empregado a integral recuperação da saúde e da capacidade laboral. De outro lado o incen vo à recuperação da saúde do trabalhador, com interrupção do contrato de emprego por um prazo maior (que corre por conta do empregador por mais quinze dias e lhe produz um encargo econômico inicial) possui contrapar da na aquisição da estabilidade prevista no ar go 118 da Lei 8.213/91. Este novo prazo poderá impedir que os empregados, em caso de acidente de trabalho e dependendo do evento que gerou o afastamento, se afastem caso obtenham alta dentro de 30 dias, hipótese em que não se aplicaria a garan a de emprego de 12 meses. Há, portanto, alteração no requisito de obtenção dessa garan a de emprego. Da mesma forma, as normas cole vas que vinculam a garan a de emprego proporcional ao tempo de afastamento previdenciário terão um prazo maior para incidência. Destaque-se a importância do serviço médico da e m p re s a o u e m co nvê n i o a o q u a l s e at r i b u i a responsabilidade de exame médico e do abono das faltas. A perícia médica do INSS somente deverá ser provocada após 30 dias de afastamento do empregado, pois, enquanto isso, a recuperação da capacidade laboral do empregado estará a cargo do serviço médico da empresa. Contudo, a Medida Provisória já está sendo contestada. A Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (COBAP) e o


expressas Par do Socialista dos Trabalhadores Unificados (PSTU) moveram a Ação Direta de Incons tucionalidade 5.234 para pedir a suspensão da norma. De acordo com eles, a MP não cumpre o pressuposto de urgência, requisito para que fosse editada. Além disso, o texto afronta o princípio da proibição do retrocesso social. Na ação, os autores pedem a suspensão da medida, por meio da concessão liminar, e a declaração de sua incons tucionalidade, no julgamento do mérito pelo STF. Segundo a COBAP e o PSTU, a medida provisória teve caráter de minirreforma e violou pelo menos 11 disposi vos da Cons tuição Federal. Entre eles, o da falta de relevância e urgência para edição de Medida Provisória (Ar go 62) e o da regulamentação de comando cons tucional alterado por emenda aprovada entre 1995 e 2001 (Ar go 246). Com relação às regras para concessão do auxílio-doença e da pensão por morte, os autores afirmam que as mudanças restringiram mais direitos que o necessário. E que essas alterações violam os princípios da dignidade da pessoa humana, da proporcionalidade e da isonomia, resultando em inadmissível retrocesso social. Gouvêa dos Reis Advogados 48 3222-9696 | www.gdr.adv.br

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omo parte de seu programa de excelência no atendimento ao cliente, a GROB oferece consultoria para o mização do processo de usinagem. O conteúdo do pacote é dividido em três etapas, a saber: reunião com o cliente para definições das necessidades e levantamento de informações; controle da qualidade das peças produzidas, registro do tempo de ciclo, avaliação visual e documentação dos principais problemas, cópia de segurança (backup) dos arquivos NC e PLC, análise do sistema de medição na máquina (Renishaw, M&h, Bluhm, outros), quando necessário, medição do ba mento do(s) fuso(s) de usinagem, reuniões com a equipe de manutenção e operação, verificação do programa NC e PLC visando a o mização do processo; por úl mo, estudo dos pontos levantados, elaboração de proposta de melhoria e aplicação das melhorias desenvolvidas a par r da segunda etapa. Como resultado é possível ter entendimento da necessidade do cliente (primeira etapa), apresentar o estado do processo atual e as ações rela vas à melhoria do processo (segunda etapa) e aplicar as melhorias propostas (terceira etapa). Os bene cios diretos são: visualização da situação atual do processo, planejamento de melhorias no

processo para aumento da produ vidade, manutenção do equipamento em estado ó mo de produção preservando seu valor de mercado, além da minimização de riscos de parada não programada. B. Grob do Brasil 11 4367-9278 | www.grobgroup.com

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afael Marques - Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Paulista, acompanhado de Paulo Sérgio Furlan Braga e Carlos Manoel de Carvalho (vice-presidentes da Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais), Vagner Freitas (presidente da CUT), Carlos Alberto Gonçalves (secretário de desenvolvimento de São Bernardo do Campo), Giovanni Rocco Neto (secretário execu vo da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC), João Roberto Nogueira da Silva (diretor execu vo do sindicato dos metalúrgicos do ABC) e Fausto Augusto Júnior (assessor do Departamento Intersindical de Esta s cas e Estudos Sócio Econômicos) es veram reunidos em 3 de março com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para debater o setor de ferramentaria no Brasil. Na oportunidade, um estudo elaborado pelo Arranjo Produ vo Local, o APL de Ferramentaria, que é apoiado p e l o s M eta l ú rg i co s d o A B C e p e l a A gê n c i a d e Desenvolvimento Econômico do ABC, foi entregue à Lula. “O ex-presidente sabe o quanto é importante reverter a diferença entre o que se exporta e o que se importa em ferramentaria, porque o setor é responsável por 92% da construção de um veículo”, contou. “No ano passado, vemos um déficit de cerca R$ 460 milhões na balança comercial do setor”, alertou. Para Rafael, o novo regime automo vo, o Inovar-Auto, pode impulsionar o país, que já foi o 5º pólo de ferramentaria na década de 80. “A avaliação é de que todas as medidas estão dentro do foco de recuperarmos uma posição de alta relevância no setor”, analisou, completando que a meta é tornar o Brasil o 3º maior pólo de ferramentaria do mundo, citando a Coréia do Sul como exemplo mais próximo do quadro brasileiro, “de uma polí ca industrial agressiva que deu resultados posi vos”. Para isso, a comi va do presidente do sindicato defendeu três propostas primordiais para alavancar o setor. “A primeira medida é prorrogar o Inovar-Auto, que não pode se encerrar em 2017. Precisamos dar um prazo maior para o regime automo vo”. Rafael acrescenta que o outro desafio a ser superado é garan r financiamento para o

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expressas segmento: “Estamos lutando para que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) crie uma linha exclusiva para as ferramentarias, um programa próferramentaria”. Ele destacou ainda, para o ex-presidente Lula, o diferencial altamente favorável ao país, que é a capacidade de contar com profissionais que já par ciparam de projetos como dos carros Gol, Fusca e UP e possuírem esse conhecimento acumulado. “A vantagem do Brasil é a capacidade do ferramenteiro brasileiro e temos que inves r nesta formação e capacitação”, ressaltou. Segundo o presidente, Lula elogiou as propostas e incen vou o sindicato e o setor a pressionar e cobrar o governo federal que desenvolva uma polí ca envolvendo bancos públicos e também o Ministério da Educação (MEC). “O ex-presidente fez questão de destacar essa par cipação do MEC para a formação de ferramenteiros e construção do laboratório de engenharia”, afirma Rafael. O País tem na cadeia do setor de ferramentaria algo em torno de 10 mil empresas. Para Rafael, todo esse esforço tem como obje vo elevar o Brasil à condição de produtor de plataformas globais. “A Volks tem capacidade de produzir 128 modelos diferentes em uma única plataforma, queremos nos habilitar para isso”, conclui. Sindicato dos Metalúrgicos dos ABC 11 4128-4200 | wwww.smabc.org.br

construção civil. A nova planta terá capacidade para produzir, montar e comercializar mais de 890 mil itens entre produtos e componentes para automação industrial. O projeto da nova unidade industrial contemplou diversos aspectos relacionados à sustentabilidade, com o obje vo de minimizar o impacto ambiental de suas operações como, por exemplo, a captação de água pluvial, que depois de filtrada terá uso des nado à limpeza da fábrica e irrigação dos jardins, o que permi rá a economia de 30 mil litros de água tratada por mês. Recentemente, a Metal Work ampliou sua linha de produtos criando um sistema inovador que permite acoplar estruturas e elementos diretamente uns aos outros, usando o conceito VLOCK, que possibilita a construção de manipuladores e sistemas automa zados completos de forma modular. A linha VLOCK é composta por uma variedade de componentes para automação, elementos de fixação e acessórios e também apresenta um conceito inédito para se realizar automa zação. Os componentes, ao serem acoplados diretamente uns aos outros, reduzem a necessidade de estruturas mecânicas e elementos de fixação, o que diminui de forma significa va os tempos em projetos, montagem e confecção de suportes para fixação. As inovações agora permitem que os elementos da linha sejam conectados com demais componentes inclusive entre diferentes marcas, possibilitando assim a interface de forma modular com uma gama muito grande de produtos.

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Metal Work, empresa de origem italiana, que produz e comercializa equipamentos pneumá cos para automação industrial, ampliou sua planta no Brasil, com a construção de uma nova fábrica em São Leopoldo (RS), inaugurada oficialmente no dia 6 de março, em um evento com clientes, funcionários, fornecedores, distribuidores de toda a América La na e dirigentes de en dades ligadas à indústria e autoridades locais. Segundo Hernane Cauduro, diretor da Metal Work no Brasil, a ampliação faz parte do plano de expansão do grupo, que prevê dobrar o faturamento no mundo até 2020. Presente no mercado brasileiro desde 2002, a fábrica conta com 85 funcionários, três filiais e uma rede de distribuidores autorizados presentes nas principais cidades da América do Sul. A nova planta industrial contempla uma área construída de 5 mil metros quadrados, em um terreno com área total de 30 mil metros quadrados. De acordo com Cauduro, foram inves dos R$ 15 milhões na expansão, sendo R$ 2 milhões em máquinas e equipamentos e R$ 13 milhões em

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Metal Work 51 3590-7100 | wwww.metalwork.com.br

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eferência global em equipamentos e tecnologias para corte industrial, a Hypertherm acaba de desenvolver uma nova versão do so ware de agrupamento CAD/CAM ProNest®. Com mais recursos que melhoram a eficiência e facilitam o uso. Wagner Turri, líder de vendas na América do Sul, explica que o sistema oferece soluções para todas as necessidades em termos de cortes de chapas, perfis e tubos - pode ser aplicado em equipamentos do po plasma, laser, oxicorte e jato d´água. “Diferente de muitos so wares disponíveis no mercado, o ProNest® foi criado por uma empresa especializada em corte de materiais. Conhecemos a fundo os processos e sabemos exatamente o que os usuários finais precisam, por essa razão a proposta de valor do nosso programa é superior”, afirma. Ao instalar o programa, detalha Turri, o usuário consegue um melhor


arranjo no corte e, em decorrência, reduz o desperdício de aço: “Uma empresa de médio porte corta 100 toneladas por mês. Levando em conta que o quilo do aço custa por volta de R$ 4, a despesa com matéria-prima em um ano é de cerca de R$ 5 milhões. Ao arranjar o corte com o nosso so ware, se ela diminuir a perda em 1%, economizará R$ 50 mil no período”. Além de aprimorar a usabilidade da nova versão do ProNest®, a empresa ampliou a estrutura no Brasil para trabalhar com o produto. “Passamos a contar com um gerente dedicado a essa área e desenvolvemos uma plataforma de conhecimento específica para os clientes locais. Isso irá contribuir para o aproveitamento mais efe vo dos recursos do nosso so ware”, afirma Turri. Atualmente, os principais usuários do ProNest® no país são fabricantes de implementos (agrícola e rodoviário) e companhias do setor de transportes. Turri ressalta que ao longo deste ano, a empresa pretende a ngir outras que prestam serviço, uma vez que seu so ware 'conversa' com todos os pos de corte industrial. A Hypertherm conta com uma base na cidade de Guarulhos e um centro de distribuição em Cajamar, ambas no estado de São Paulo. Além de fabricar equipamentos para corte a plasma, laser e jato d´água, fornece solução completa para o corte industrial, com produtos de automação (controladores de altura e CNC) e so wares de o mização de processo. Também produz dezenas de pos de tochas e consumíveis para equipamentos próprios e de terceiros. Hypertherm 11 2409-2636 | wwww.hypertherm.com.br


memórias

HERANÇA VALIOSA EMPENHO, AMIZADE, CONFIANÇA E BONS RESULTADOS NA HISTÓRIA DA GTF FERRAMENTARIA Por Marcela Mayrinck | Fotos Thaís Almeida

Os sócios Fernando, Jorge, Jonathan, Guilherme e Thiago

F

oi do pai, Cláudio Roberto Leandro de Freitas, que veio o espírito empreendedor de Guilherme, Thiago e Fernando Hobus de Freitas, três dos cinco sócios da GTF Ferramentaria, que hoje conta também com Jorge Vogelsanger e Jonathan Hobus. Por ver o pai sempre envolvido com negócios, o filho mais velho, Thiago, decidiu empreender. Formado em Engenharia de Produção, sua primeira experiência foi com fundição em uma das empresas da família. Após observar cuidadosamente o mercado joinvilense, optou pelo ramo da ferramentaria. Com apenas 21 anos, convidou os dois irmãos e o primo Jonathan, que à época morava com eles: “Aproveitamos para incluí-lo no negócio”, conta Thiago. Foi assim que o grupo formado por quatro rapazes com idade entre 18 e 21 anos construiu uma história que tem dado 50 REVISTA FERRAMENTAL MARÇO.ABRIL 2015

certo há mais de uma década, com muito trabalho e dedicação.

Mãos à obra Máquina comprada, estudos concluídos e muita boa vontade. Com essa receita nasceu a GTF, em março de 2004, na Estrada da Ilha. “A máquina que nhamos era como um Fusca, fazia tudo, mas com baixa qualidade”, brinca Thiago, cuja empresa prestava também serviços de caldeiraria e modelagem, ou seja, tudo que pudesse ser usinado. Para atender a demanda, os jovens sócios cuidavam de tudo, desde a operação de maquinário à parte administra va. Apesar da coragem e do esforço para tocar um negócio sendo ainda inexperientes, afirmam que tudo fluía de forma natural.


memórias

Parque fabril da GTF Ferramentaria

Era comum trabalhar em feriados e não ter férias, inclusive no final de ano. Em 2007, excepcionalmente, conseguiram se organizar para rar uns dias de recesso entre o Natal e virada do ano e, segundo Thiago, estavam com tudo planejado e na úl ma hora apareceu um grande pedido. “Demos férias para os colaboradores e encaramos. Além de passarmos os feriados trabalhando, chegávamos em casa empoeirados e cheios de fuligem. Foi até diver do”, relembra o engenheiro.

Ops, erramos. E agora? “É claro que muitas coisas dão errado quando se está começando algo. Na nossa área, um erro se torna pra camente inaceitável, pois causa grandes prejuízos devido ao valor agregado ao material que u lizamos. Mas isso depende do estágio da empresa. No início, por exemplo, mil reais significavam um rombo. Hoje nem tanto. Tudo serve de aprendizado”, defende Thiago, relatando que já veram consideráveis perdas financeiras e conseguiram dar a volta por cima. Segundo o empresário, o ponto crucial para o equilíbrio e gestão da GTF foi a entrada de um velho

amigo da família, Jorge Vogelsanger: “Ele entrou posteriormente como sócio e abriu caminhos para a GTF, pois já nha uma extensa carta de clientes, bastante experiência e ó mos relacionamentos”. Assim, com o passar dos anos foram adquirindo novas máquinas - que hoje totalizam 19 unidades- e ampliando os negócios.

“Somos todos abertos a opiniões, nunca vi casos de arrogância ou discussões, independente do nível técnico ou função dos trabalhadores. Sabemos que sempre temos mais para aprender”

Thiago Hobus de Freitas, um dos fundadores

A par r de 2012 começaram a construir ferramentas para o consumidor final, já de 2013 para 2014 seu crescimento chegou a 70%, mantendo a fidelidade dos primeiros clientes.

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memórias Atualmente a empresa executa desde o projeto e fabricação à usinagem das ferramentas e entre seus planos está a mudança para uma sede maior. Os segredos para os bons resultados que a GTF tem trazido são, segundo os sócios, a sinergia entre as ferramentarias e a vontade de crescer: “Contamos com empresas do ramo que na época nos ajudaram com consultoria e conselhos. Aqui na GTF somos todos abertos a opiniões, nunca vi casos de arrogância ou discussões, independente do nível técnico ou função dos trabalhadores. Sabemos que sempre temos mais para aprender”, diz Thiago.



juríDicas

REGRAS DO NOVO SIMPLES NACIONAL APESAR DE RECÉM-LANÇADO, O NOVO SIMPLES JÁ É ALVO DE REVISÃO PELO GOVERNO FEDERAL E DEVERÁ APRESENTAR ALTERAÇÕES EM BREVE Por Astridt Hofmann | Foto Roberto Borba Em janeiro de 2015 entraram em vigor as novas regras do SIMPLES Nacional, regulamentado pela Lei Complementar Nº 147 de 8 de agosto de 2014, que alterou a LC Nº 123, datada de 15 de dezembro de 2006, que conferiu tratamento diferenciado às microempresas com receita bruta anual de até R$ 3,6 milhões. Dentre os bene cios concedidos já na legislação vigente, destaca-se o recolhimento unificado de tributos, tornando menos onerosa e burocrá ca a tributação dessas empresas. Por sua vez, junto à Lei Complementar 147/2014, podemos destacar as novas regras de enquadramento do regime diferenciado, com a universalização das a vidades para fins de ingresso no sistema. Portanto, a adesão ao SIMPLES não dependerá mais do po de a vidade exercida pela empresa, mas sim do seu porte e do seu faturamento (seja para microempresa ou empresa de pequeno porte). Assim, podemos dizer que todas as a vidades que anteriormente não estavam contempladas por este regime diferenciado de recolhimento passaram a se enquadrar no SIMPLES Nacional, inclusive aquelas de natureza intelectual, técnica e cien fica, beneficiando com isso os profissionais da área médica, odontológica e de advocacia, conhecidos como profissionais liberais e, inclusive, para aqueles cuja a vidade profissional é regulamentada por lei, envolvendo, principalmente, o setor de serviços. A nova lei possibilitou, ainda, que a abertura e o fechamento das empresas do SIMPLES sejam feitos de forma mais eficiente e célere, com a criação de um cadastro único por CNPJ¹, dispensando os demais cadastros estaduais e municipais. Outra importante alteração prevista para entrar em vigor em 2016 trata do ICMS² devido pelos contribuintes sujeitos ao regime de subs tuição tributária, já que a nova lei 54 REVISTA FERRAMENTAL MARÇO.ABRIL 2015


juríDicas contemplou de forma taxa va quais serão as a vidades que deverão recolher o citado imposto por subs tuição tributária. Com isso, aquela a vidade que não esteja relacionada no rol previsto em lei (alínea “a”, inciso XIII, §1º do ar go 13 da LC 123/06, com as alterações promovidas pela LC 147/14), estará dispensada de recolher o ICMS por subs tuição tributária. Vale frisar que na an ga redação dada pela LC 123/06, não havia a descrição das a vidades em que se exigia o ICMS por subs tuição tributária, de forma que toda e qualquer a vidade sujeita a esse regime estava obrigada a recolher o I C M S nas duas formas (S I M P L ES Nacional e por Subs tuição Tributária), com exceção do estado de Santa Catarina. Contudo, para que a atual legislação venha a beneficiar alguns setores, é de extrema importância a realização de uma análise detalhada e criteriosa, pois em alguns casos a opção pelo SIMPLES pode acarretar no aumento da carga tributária. Isso pelo fato de que a citada Lei criou uma nova tabela em seu anexo, com alíquotas que vão de 16,93% a 22,45%, o que pode ser mais oneroso para o contribuinte, como é o caso da a vidade de representação comercial. Portanto, dependendo da a vidade, poderá ser mais atra va a opção pelo regime do lucro presumido ou real ao invés do SIMPLES Nacional. Cabe igualmente relembrar que para fruição do bene cio, além da receita bruta anual enquadrar-se na faixa de valores constante da lei, as a vidades não podem estar incluídas no rol previsto no §4º do ar go 3º da referida LC 123, e também não podem estar inseridas nas vedações previstas no ar go 17 da legislação comentada. Outras duas alterações já sugeridas na LC 147 e que não foram contempladas tratam da necessária atualização das faixas e da aplicação da tabela progressiva para as empresas que extrapolam o limite de enquadramento. O clamor do movimento em prol das microempresas e empresas de pequeno porte não foi suficiente para sensibilizar o governo até então. Todavia, a boa no cia é que o Ministério da Fazenda e a Secretaria da Micro e Pequena Empresa(SMPE) discutem a possibilidade de atender aos pleitos com a atualização de faixas e limites de faturamento por segmento. A proposta que está sendo objeto de discussão leva o nome de “Programa Crescer sem Medo” cujo novo formato prevê quatro tabelas diferentes (duas para serviços, uma para indústria e uma para o comércio) e sugere somente sete faixas de tributação das vinte existentes. No caso de serviços, as tabelas terão alíquotas menores com o obje vo de es mular a criação de novos postos de trabalho.

O projeto em questão propõe um aumento no limite de faturamento anual das empresas, passando de R$ 3,6 milhões para R$ 14,4 milhões. Todavia, caso aprovadoo sistema beneficiará somente as empresas do segmento industrial. Já para o setor do comércio e de serviços as faixas variam até R$ 7,2 milhões. O texto sugere ainda as seguintes atualizações de faixas: a primeira para um faturamento de até R$ 225 mil/ano, a segunda faixa para valor até R$ 450 mil/ano, a terceira para um faturamento de até R$ 900 mil/ano, a quarta faixa iria até R$ 1,8 milhões/ano, a quinta até R$ 3,6 milhões/ano, teto vigente do SIMPLES, a sexta faixa tem o limite sugerido de até R$ 7,2 mihões/ano e para a sé ma e úl ma faixa um faturamento de até R$ 14,4 milhões/ano. Outro item de extrema relevância é a chamada aplicação da tabela progressiva quando do desenquadramento de uma faixa para outra do faturamento anual da empresa. A proposta sabiamente sugere o pagamento de nova alíquota sobre o excedente, isto é, caso a empresa venha a faturar o montante de R$ 230 mil/ano, sua tributação incidirá sobre a primeira faixa de faturamento no montante de até R$ 225 mil, sendo que sobre os R$ 5 mil excedentes incidirá a segunda faixa. Sabedores que as empresas brasileiras são acome das pela síndrome de Peter Pan, ou seja, nunca crescem ou simplesmente não querem crescer, pois ao superar o limite de faturamento o ambiente é totalmente desfavorável pela elevada carga tributária, espera-se que o projeto de fato entre na pauta do Congresso Nacional e do Senado com a devida urgência, visto que o cenário nacional clama por mudanças que de fato venham a criar mecanismos de recuperação e de crescimento econômico. Por fim, não poderíamos deixar de registrar que a manifestação de todos os empresários em prol deste projeto por intermédio de seus representantes ou através de suas associações empresariais é de suma importância para o êxito e a aprovação deste que poderá servir de alavancagem para um Brasil mais justo, equânime e compe vo. ¹CNPJ: Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica. ²ICMS: Imposto sobre circulação de mercadorias e prestação de serviços. O ICMS (imposto sobre operações rela vas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação) é de competência dos Estados e do Distrito Federal. Sua regulamentação cons tucional está prevista na Lei Complementar 87/1996 (a chamada “Lei Kandir”), alterada posteriormente pelas Leis Complementares 92/97, 99/99 e 102/2000. Na página ao lado, a advogada Astridt Hofmann é especialista em Direito Empresarial e sócia da Schramm. Hofmann Advogados Associados. ahofmann@sh.adv.br

Schramm. Hofmann Advogados Associados Ltda Maiores informações pelo e-mail ahofmann@sh.adv.br ou pelo fone 47 3027 2848 REVISTA FERRAMENTAL MARÇO.ABRIL 2015 55


LIVROS PLÁSTICOS DE ENGENHARIA - Tecnologia e aplicações Hélio Weibeck, Júlio Harada |Artliber ( 350 páginas. 1ª edição/2005. ISBN 978-85-88098-27-X)

Voltado para informar detalhes sobre os plás cos de engenharia. Racionalizar custos subs tuindo peças metálicas é a meta das empresas que buscam aumentar sua compe vidade. Os plás cos de engenharia são apresentados para que o profissional possa fazer uma análise inicial de escolha e seleção criteriosa do material a ser empregado ou ofertado. Os autores combinaram as experiências em suas disciplinas para compor uma obra singular, que apresenta, ao longo dos seus capítulos, um balanço sempre dosado de elementos técnicos com dados de mercado. Conhecer esse material é de primordial importância para os técnicos, engenheiros, supervisores, gerentes de empresas de transformação de plás cos, assistentes técnicos, pessoas relacionadas com vendas e ainda os compradores. É um manual completo para criar peças e aprofundar conhecimentos.

GESTÃO DE PROCESSOS - Pensar, agir e aprender Rafael Paim, Vinicius Cardoso, Heitor Caulliraux, Rafael Clemente | Grupo A (328 páginas. 2009. ISBN 97885-77805-32-7).

Baseada em mais de 20 anos de pesquisa, projetos de aplicação e testes, esta é uma obra imprescindível para acadêmicos e profissionais. Os autores são docentes da UFRJ, que hospeda o principal curso de gestão de processos do Brasil e conta com alunos em toda a América La na e outros con nentes. Dividido em oito capítulos, aborda gestão de processos,histórico e origens conceituais,bases conceituais, tarefas definidas para pensar, agir e aprender; pesquisas e sua u lidade prá ca,estruturação de escritório de processos, sistemas de apoio e síntese e tendências. Traz ainda três anexos com Instrumento de avaliação da gestão de processos,sites interessantes sobre gestão de processos e glossário do instrumento de pesquisa. Disponível na versão digital.

COMO CHEGAR AO SIM - A negociação de acordos sem concessão Bruce Pa on, Willian Ury, Roger Fisher | Imago (216 páginas. 2005. ISBN 978-85-31209-56-0)

Este livro oferece uma estratégia comprovada, concisa e detalhada para se chegar a acordos mutuamente aceitáveis em toda espécie de conflito - quer envolvam pais e filhos, vizinhos, empregadores e empregados, cliente e empresas, inquilinos e diplomatas. Baseando-se no trabalho do Projeto de Negociação de Harvard, a obra retrata um grupo que lida seguidamente com todos os níveis de negociação e resolução de conflitos- de domés cos a internacionais.

GERÊNCIA DE IMPOSTOS - IPI, ICMS, ISS e IR Humberto Bonavides Borges | Atlas (656 páginas. 8ª edição/2015. ISBN 978-85-22493-04-3)

O principal obje vo é contribuir para o processo de formação e aperfeiçoamento técnico dos execu vos responsáveis pelo gerenciamento de impostos incidentes nas operações industriais, negócios mercan s e prestações de serviços realizados pelas empresas. Oferece minuciosas instruções técnicas sobre a elaboração de um planejamento tributário voltado à anulação e à redução ou adiamento do ônus fiscal decorrente das a vidades empresariais. Contém modelos pragmá cos de planejamentos tributários. Analisa o segmento de coordenação tributária nas empresas com vistas à solução de conflitos de incidências tributárias e apresenta um programa específico para o controle tributário dos créditos e dos débitos do IPI e do ICMS. Ensina como estruturar um Departamento de Tributos e, adicionalmente, fornece análise de es lo gerencial eficiente das atribuições de uma eficaz assessoria de tributos. A 8ª edição está revista, atualizada e ampliada.


conexão www

www.canaldoensino.com.br O Canal do Ensino é um portal focado em compar lhar no cias sobre educação e ensino, lançado em 2012. Além disso, disponibiliza livros de domínio público, cursos gratuitos, vídeo-aulas, bolsas de estudo, dicas de concursos e para estudantes e professores, bem como conteúdo sobre tecnologia educacional, mídias e redes sociais na educação. Traz ainda informações sobre programas de intercâmbio e tem a missão de contribuir para o progresso social e cultural dos brasileiros, por meio da educação e a visão de tornar seu acesso simples e rápido, por meio de soluções inovadoras, ambientalmente corretas, de alto impacto social e economicamente sustentáveis.

www.brasilexport.gov.br

WWW

A página eletrônica Guia de Comércio Exterior e Inves mento - Brasil Export pretende ser uma ação governamental eficiente e coordenada de divulgação das oportunidades de negócios e inves mentos no Brasil e no exterior, diante do aumento da importância da promoção comercial e da atração de inves mentos para o dinamismo da economia nacional. De caráter essencialmente informa vo, resulta de parceria entre os Ministérios das Relações Exteriores; do Desenvolvimento; Indústria e Comércio Exterior; e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A nova plataforma reúne acervo consolidado de informações sobre oportunidades de negócio e de inves mentos, bem como apresenta, de modo organizado e temá co, os principais produtos e serviços disponibilizados pelos órgãos brasileiros dedicados ao tema. Além disso, segue a tendência internacional de compar lhamento de produtos e serviços entre diversos órgãos em um único ambiente eletrônico com layout padronizado. Dessa forma, traz maior sa sfação ao usuário, o mizando o acesso a informações, sanando dúvidas e oferecendo serviços que facilitam a vidades de exportação, importação e inves mento.


agenda

FEIRAS E CONGRESSOS março 3 a 6/03 | Cidade do México/México TECMA 2015 - Feira de Tecnologia em Máquina Ferramenta www.tecma.org.mx 4 a 5/03 | Orlando/FL - EUA LAM 2015 Laser Addi ve Manufacturing Workshop Seminário de Manufatura Adi va a Laser www.lia.org 9 a 10/03 | São Paulo/SP - Brasil 3D Inside Prin ng-Feira Mundial da Indústria de Impressão 3D Profissional e Fabricação Adi va (11) 3824-5300 www.inside3dprin ngbrasil.com.br 10 a 14/03 | Seul/Coréia do Sul IntermoldKorea 2015 - 22ª Feira Internacional de Moldes, Matrizes & Equipamentos Correlatos www.intermoldkorea.com

19 a 23/04 | Jacksonville/FL - EUA AMUG 2015 Addi ve Manufacturing UsersGroup -Conferência Anual sobre Manufatura Adi va 27 a 29/04 | Nairóbi/Quênia 18ª AutoExpo 2015 Interna onal Trade Exhibi on- Feira de Negócios Internacionais www.expogr.com

maio 4 a 8/05 | São Paulo/SP - Brasil Feiplas c-Feira Internacional do Plás co (11) 3060-5000 www.feiplas c.com.br 5 a 8/04 | Stu gart/Alemanha Moulding Expo 2015 - Feira Internacional para Construção de Ferramenta, Modelo e Moldes www.moulding-expo.com

23 a 27/03 | Orlando/FL - EUA NPE 2015 -Exposição Internacional de Plás cos www.npe.org

5 a 9/05 | Milão/Itália Plast 2015 - Feira Internacional para a Indústria do Plás co e da Borracha www.plastonline.org

26 a 28/03 | Parma/Itália Eurostampi 2015 -Feira e Congresso Europeu de Moldes e Matrizes Plas expo 2015 -Feira do Plás co

7 a 9/05 | Nairóbi/Quênia 18ª PPP Expo 2015 Plas c, Prin ng&Packaging - Feira do Plás co, Impressão e Embalagem www.expogr.com

31/03 a 03/04 | Shangai/China Metal + Metallurgy 2015 - Feira Internacional da Fundição e Metalurgia www.mm-china.com

18 a 21/05 | Long Beach/CA -EUA Rapid 2015 - Conferência sobre Manufatura Adi va www.rapid3devent.com

abril 8 a 10/04 | São Paulo/SP - Brasil 15º EBRATS 2015 -Exposição Brasileira de Tratamentos de Super cies 15º EBRATS 2015 - Encontro Brasileiro de Tratamentos de Super cies & 4º Interfinish La no-Americano (11) 5574-8333 www.ebrats.org.br 13 a 14/04 | Paris/França ICMPE 2015 - 4ª Conferência Internacional sobre Engenharia e Processos de Manufatura www.icmep.org 14 a 16/04 | Dubai/Emirados Árabes Unidos ALUMINIUM 2015 -4ª Feira de Tecnologia de Fabricação de Peças em Alumínio www.aluminium-middleeast.com 15 a 18/04 | Tóquio/Japão Intermold 2015 Die &MoldAsia- Feira Japonesa de Moldes, Matrizes e Tecnologia de Estampagem de Metais www.intermold.jp 15 a 19/04 | Guangzhou/China Canton Fair 2015 1ª Fase -117ª Feira de Importação e Exportação da China www.cantonfair.org.cn

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18 a 22/05 | Salvador/BA - Brasil COBEF 2015 – 8º Congresso Brasileiro de Engenharia de Fabricação (71) 3462-8421 www.cobef.com.br 18 a 23/05 | São Paulo/SP - Brasil Feimafe 2015 -15ª Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura (11) 3060-5000 www.feimafe.com.br 19 a 21/05 | Long Beach/CA - EUA Rapid 2015 - Feira de Manufatura Adi va www.rapid3devent.com 20 a 22/05 | Johannesburgo/África do Sul Afriplast 2015 - Feira Internacional da Indústria do Plás co www.exhibi onsafrica.com/ems/afriplast-expo 20 a 23/05 | Guangzhou/China Chinaplas 2015 - Feira de Negócios para Plás co e Borracha www.chinaplasonline.com 23 a 25/05 | Dar-es-Salaam, Tanzânia 18ª PPP Expo 2015 Plas c, Prin ng&Packaging - Feira do Plás co, Impressão e Embalagem www.expogr.com


agenda

FEIRAS E CONGRESSOS 28 a 30/05 | Dhaka/Bangladesh 5ª Feira Internacional de Equipamentos para Plás cos, PVC e Embalagens www.limraexpo.com

28 a 31/07 | Serra/ES - Brasil MecShow 2015 - 8ª Feira da Metalmecânica, Energia e Automação (27) 3434-0600 www.mecshow.com.br

20 a 23/05 | Guangzhou/China Chinaplas 2015 - Feira de Negócios para Plás co e Borracha www.chinaplasonline.com

29/07 a 1/08 | Maringá/PR - Brasil Metalmecânica 2015 – 11ª Feira Metalmecânica de Maringá (41) 3075-1100 www.feirametalmecanica.com.br

23 a 25/05 | Dar-es-Salaam, Tanzânia 18ª PPP Expo 2015 Plas c, Prin ng&Packaging - Feira do Plás co, Impressão e Embalagem www.expogr.com 28 a 30/05 | Dhaka/Bangladesh 5ª Feira Internacional de Equipamentos para Plás cos, PVC e Embalagens www.limraexpo.com

junho 2 a 4/06 | Birmingham/Reino Unido Advanced Manufacturing - Feira sobre Manufatura Avançada 16 a 18/06 | Rosemont/IL - EUA Molding 2015 - Congresso Fabricantes de Moldes www.ptonline.com/events 16 a 20/06 | Düsseldorf/Alemanha GIFA 2015 - 13ª Feira Internacional da Fundição www.gifa.com 17 a 18/06 | Rosemont/ IL - EUA Amerimold 2015 - Evento para Fabricantes de Moldes www.amerimoldexpo.com 23 a 25/06 | Moscou/Rússia RosMould 2015 Die &MoldAsia- Feira Internacional Especializada em Moldes, Matrizes e Estampos www.rosmould.com 23 a 26/06 | Blumenau/SC - Brasil Manutenção 2015 - 6ª Feira de Manutenção e Equipamentos Industriais HPA 2015 -Feira sobre Hidráulica, Pneumá ca e Automação Industrial (47) 3027-1008 www.feiramanutencao.com.br 24 a 27/06 | Bangcoc/Tailândia IntermoldThailand2015 – Feira Internacional de Moldes e Matrizes www.intermoldthailand.com

julho 4 a 6/07 | Beijing/China 11ª AIAE - Feira Asiá ca Internacional de Automação Industrial www.auto-wo.com 8 a 10/07 | Shangai/China China Die Cas ng 2015 - 10ª Feira e Congresso Internacional sobre Moldes para Fundição www.diecastexpo.cn 12 a 18/07 | Chengdu/China 23 ª ICCE - Conferência Annual Internacional sobre Compósitos e Nano Engenharia www.icce-nano.org

agosto 11 a 14/08 | Goiânia/GO - Brasil MAC & TOOLS 2015 - 3ª Feira de Máquinas e Ferramentas da Indústria Metalmecânica do Centro-Oeste (41) 3262-0525 21 a 24/08 | Phnom Penh, Camboja 5º Feira Internacional do Plás co, Borracha, Impressão, Embalagem e Indústria de Alimentos www.camboexpo.com/CIMIF 25 a 28/08 | Caxias do Sul/RS - Brasil Plastech 2015 - Feira do Plás co, Borracha, Compósitos e Reciclagem (54) 3228-1251 26 a 28/08 | Hanói, Vietnã Intermold Vietnam 2015 - Feira sobre Manufatura de Moldes e Matrizes www.vietnammanufacturingexpo.com 26 a 29/08 | Taipei/Taiwan Taimold 2015 - Feira Internacional da Indústria de Moldes e Matrizes www.odm-dmi.com/en/exhibitor/apply.asp 26 a 29/08 | Manila/Filipinas PDMEX 2015 - 7ª Feira das Filipinas para Moldes, Matrizes, Máquinas e Equipamentos www.pdmaec.brinkster.net/index2.html 27 a 29/08 | Dar-es-Salaam/Tanzânia 18ª AutoExpo 2015 Interna onal Trade Exhibi on - Feira de Negócios Internacionais www.expogr.com 31/08 a 2/09 | Atlanta/GE - EUA Thermoforming 2015 - 24ª Conferência Anual sobre Termoformagem www.4spe.org

setembro 1 a 4/09 | Joinville/SC - Brasil Intermach 2015 -Feira Internacional de Tecnologia, Máquinas, Equipamentos, Automação e Serviços para a Indústria Metalmecânica Cintec 2015 -Congresso de Inovação Tecnológica: Mecânica e Automação (47) 3451-3000 www.intermach.com.br 2 a 4/09 | Glasgow/Escócia 13º Congresso Internacional de Conformação a Frio www.strath.ac.uk 10 a 12/09 | Salvador/BA - Brasil SAIE Vetro 2015 -Salão I nerante de Esquadrias e Vidros (11) 5585-4355 www.saiebrasil.com.br

REVISTA FERRAMENTAL MARÇO.ABRIL 2015 59


agenda

FEIRAS E CONGRESSOS 15 a 17/09 | Guangzhou/China Asiamold 2015 - Feira Internacional de Moldes e Matrizes 21 a 24/09 | Poznan/Polônia EPLA 2015 - Feira Internacional para Plás co e Borracha www.epla.pl/en/ 22 a 25/09 | Düsseldorf/Alemanha Euromold 2015 - Feira Internacional de Moldes e Matrizes www.euromold.com 28/09 a 1/10 | São Paulo/SP - Brasil FENAF 2015 - 16ª Feira La no- Americana de Fundição CONAF 2015 - 17º Congresso ABIFA de Fundição (11) 3549-3344

outubro 7 a 9/10 | Porto Alegre/RS - Brasil SENAFOR 2015 -Conferência Internacional de Forjamento (51) 3308-6134 www.senafor.com 7 a 9/10 | Osaka, Japão 18ª Exposição de Componentes Mecânicos & Tecnologia dos Materiais 5 a 7/10 | Indianápolis/IN -EUA NADCA 2015 - Feira e Congresso sobre Moldes para Fundição www.diecas ng.org 13 a 17/10 | Friedrichshafen/Alemanha 24ª Fakuma - Feira Internacional para o Processamento de Plás cos www.fakuma-messe.de 15 a 19/10 | Guangzhou/China Canton Fair 2015 1ª Fase - 118ª Feira de Importação e Exportação da China www.cantonfair.org.cn

CURSOS março 3 a 28/03 | Fitso - São Bernardo do Campo/SP 21/03 a 25/04 | Fitso - São Paulo/SP 21/03 a 25/04 | Fitso - Piracicaba/SP Curso: Cimatron E -Fresamento CAM 3X (11) 4718-1611 eduardo@fitso.com.br 3/03 a 9/04 | UCS- Caxias do Sul/RS Curso: AutoCAD 2D (54) 3218-2800 extensaocursos@ucs.br 26 a 27/03 | UFRGS - Porto Alegre/RS Curso: Tecnologia e desenvolvimento dos processos de forjamento (51) 3308-6134 forging@ufrgs.br

abril 4 a 25/04 | Fitso - São Bernardo do Campo/SP 13 a 28/04 | Fitso- São Paulo/SP Curso: Cimatron E - CAD 2D3D (11) 4718-1611 eduardo@fitso.com.br 9 a 10/04 | UFRGS - Porto Alegre/RS Curso: 22º Treinamento em Estampagem (51) 3308-6134 forging@ufrgs.br 11/04 a 9/05 | Fitso - São Paulo/SP Curso: Cimatron E - Projetos de Estampos CAD 3D (11) 4718-1611 eduardo@fitso.com.br 20/04 a 3/06 | UCS - Caxias do Sul/RS Curso: SolidWorks Avançado (54) 3218-2800 extensaocursos@ucs.br

20 a 23/10 | São Paulo/SP - Brasil Corte e Conformação 2015 - 8º Feirasobre Corte e Conformação de Metais Brazilian Welding Show - Feira sobreSoldagem Corte e Conformação 2015 - 8º Congresso sobre Corte e Conformação de Metais Brazilian Welding Show -CongressosobreSoldagem (11) 3824-5300

5 a 6/05 | FGU – Stu gart/Alemanha Curso: Novos desenvolvimentos de tecnologia de forjamento www.fgu-mbh.de

21 a 24/10 | Joinville/SC -Brasil Intercon 2015 -Feira e Congresso da Construção Civil Cintec 2015 -Congresso de Inovação Tecnológica: Construção Civil, Arquitetura e Urbanismo (47) 3451-3000 www.feiraintercon.com.br

27/06 a 25/7 | Fitso -Piracicaba/SP Curso: Cimatron E – CAD 2D 3D (11) 4718-1611 eduardo@fitso.com.br

28 a 31/10 | Batalha, Portugal Moldplas 2015 - Salão de Máquinas, Equipamentos, Matérias-Primas e Tecnologia para Moldes e Plás cos

maio

junho

julho 23 a 24/07 | UFRGS - Porto Alegre/RS Curso: 43º Treinamento em Forjamento (51) 3308-6134 forging@ufrgs.br

agosto 6 a 7/08 | UFRGS - Porto Alegre/RS Curso: 23º Treinamento em Estampagem (51) 3308-6134 60 REVISTA FERRAMENTAL MARÇO.ABRIL 2015


agenda

CURSOS a consultar ABIPLAST - São Paulo, SP Curso: Formação de operadores de produção e planejamento stratégico para micro e pequena empresa (11) 3060-9688 www.abiplast.org.br Bertolo -in company Curso: Melhoria na troca de moldes (11) 8262-8785 bertolo @uol.com.br CeteaItal – Campinas/SP Curso: Design técnico, proteção, segurança, legislação e qualidade de embalagens plás cas (19) 3743-1900 www.cetea.ital.org.br Colégio Técnico – Campinas/SP Curso: Injeção de termoplás cos e projeto de moldes para injeção de termoplás cos (19) 3775-8600 www.cotuca.unicamp.br/plas cos Escola LF - São Paulo/SP Curso: Operação de máquinas de sopro e injetoras, análise de materiais e processamento, projeto de moldes (11) 3277-0553 www.escolalf.com.br

INPAME - São Paulo/SP Curso: Operador de prensas e similares (in company) (11) 3719-1059 www.inpame.org.br Curso: Produ vidade e eficiência, Custo padrão, Racionalização industrial (11) 4799-4182 www.oemitys.com.br Seacam - São Paulo/SP Curso: CAD, CAM, gravação 3D, inspeção, geração de super cies, projeto de produto (11) 5575-5737 www.seacam.com.br SENAI Mário Amato - São Bernardo do Campo/SP Curso: Materiais, moldes, processamento de plás cos (11) 4109-9499 www.sp.senai.br SKA - São Leopoldo/RS Curso: Curso básico e avançado de CAD e CAM 0800 510 2900 www.ska.com.br UCS - Caxias do Sul/RS Curso: Modelagem 3D, fundamentos de injeção de polímeros no Moldflow (54) 3218-2430 www.ucs.br


opinião

O MERCADO DE VIDROS Por Lucien Belmonte | Foto Divulgação

O

atual cenário econômico brasileiro tem se mostrado desmo vador para a indústria nacional de modo geral. Alta de juros, pressão inflacionária, inves mentos em queda, crise energé ca e crise hídrica são apenas alguns dos mo vos da desaceleração da nossa economia. Apesar desse panorama desalentador, a indústria vidreira segue apostando num crescimento, ainda que moderado, no setor de vidro float, o vidro plano u lizado majoritariamente nos mercados de construção civil e automo vo, para 2015. A demanda por esse po de vidro, especialmente para construção civil, con nua alta, mas enfrenta alguns entraves que nós, da Abividro, associação que reúne as indústrias automá cas de vidro do país, seguimos combatendo fortemente em prol dos interesses de nossos associados. Frentes de trabalho como defesa comercial e promoção de uso dos corretos pos de vidro nos diversos segmentos são alguns dos projetos tratados pela en dade na tenta va de garan r vantagens compe vas a seus associados. Entre os pontos que defendemos com maior vigor para assegurar uma compe ção justa no mercado de vidro plano estão a fiscalização e o cumprimento efe vo das normas técnicas da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, no tocante aos vidros planos de segurança; a universalização da cer ficação de edificações pelo nível de eficiência energé ca, na qual a aplicação de vidros de controle solar seria intensificado e, por úl mo, a implementação de mecanismos que minimizem o dumping nas importações de vidros.

62 REVISTA FERRAMENTAL MARÇO.ABRIL 2015

A indústria não tem receio de concorrência leal, com devido pagamento de impostos e feita dentro dos princípios de legalidade. A Abividro está constantemente liderando ações an dumping com o obje vo de defender e fortalecer o mercado nacional. Con nuaremos combatendo sonegadores e fraudadores incansavelmente, para garan r uma compe ção saudável. Outra batalha recorrente da associação é por uma tarifa de gás natural justa para a indústria. Em 2001, o setor de vidro foi um dos que subs tuíram parte da energia elétrica usada para o aquecimento dos fornos por gás natural. O sistema elétrico brasileiro prevê o acionamento de usinas térmicas e de outras fontes energé cas quando os reservatórios a ngem níveis perigosamente baixos. As primeiras a serem acionadas são as usinas a gás. Ou seja, atualmente, o gás natural é des nado prioritariamente para as térmicas, o que aumenta o temor de racionamento desse insumo. Se tal fato vier a ocorrer, seria uma verdadeira catástrofe para a produção nacional vidreira. Essa luta está longe de terminar, mas não desis remos. Con nuaremos par cipando a vamente das discussões acerca desses assuntos em defesa dos interesses da indústria nacional vidreira, garan ndo uma concorrência justa e es mulando seu desenvolvimento no país.

Lucien Belmonte Superintendente da Abividro Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automá cas de Vidro




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