Revista Ferramental Edição 60

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O LONGO CAMINHO PARA CHEGAR AO CUSTO FINAL DOS MOLDES

GENTE & GESTÃO APRENDA A VER O LADO BOM DAS OBJEÇÕES DE SEU CLIENTE

INOVAÇÃO DESCONTRAIR RELAÇÕES É A APOSTA EM BONS RESULTADOS

TECNOLOGIA ANÁLISE DO MICROFRESAMENTO EM TODOS OS TIPOS DE MÁQUINAS

n 60 | Julho.Agosto 2015




EDITORIAL

FERRAMENTARIA - A INDÚSTRIA CHAVE!

www.revistaferramental.com.br ISSN 1981-240X DIRETORIA

Chris an Dihlmann - Jacira Carrer

Expecta vas superadas! Ao fechar o 10º ano da Ferramental fiz um balanço do período sobre as forças e fraquezas do nosso veículo. Apesar de alguns contratempos, mo vados na maioria das vezes por um cenário polí co-econômico fragilizado e conturbado, o saldo é posi vo. Confesso que estou feliz em ter atestado, através de inúmeras manifestações de leitores, que a revista contribuiu de forma proa va com a estruturação e crescimento de muitas empresas, levou informações precisas e valiosas para os leitores e atuou como ar culadora de diversas ações em prol do setor, de forma mais abrangente do que minhas esperanças iniciais. Graças a uma equipe entrosada que está comprome da em con nuar esse incansável trabalho para o sucesso da indústria brasileira de ferramentais. Obrigado ao nosso me. Manifesto ainda minha sa sfação com o resultado do 8º ENAFER - Encontro Nacional de Ferramentarias, realizado em Joinville no dia 12 de junho. Foram 289 inscritos, de cinco Estados e um total de 54 ferramentarias presentes. Estou certo de que o conteúdo recebido e a rede de relacionamento desenvolvida no evento por cada um dos profissionais que lá es veram irá contribuir ainda mais para a consolidação e o crescimento das ferramentarias brasileiras. Esperamos que a edição de 2016 seja ainda mais rica de informações e de público. O conteúdo para os profissionais de ferramentaria não fica restrito à revista Ferramental e ao ENAFER. De 25 a 28 de agosto teremos a Plastech Brasil - Feira do Plás co, Borracha, Compósitos e Reciclagem, em Caxias do Sul, RS, onde será realizado no dia 26 o Fórum Inovar-Auto -Desafios e Oportunidades, obje vando ampliar ainda mais a divulgação e o entendimento deste Programa, cujo teor da Lei dá destaque especial às ferramentarias. Em sua programação constam, entre outras, palestras de Luiz Moan Yabiku Júnior - Presidente da ANFAVEA e de Margarete Gandini Coordenadora Geral de APL do MDIC - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Paulo Sérgio Furlan Braga - Presidente da Câmara Setorial de Ferramentarias e Modelações da ABIMAQ e vice-presidente da ABINFER e José Roberto Nogueira da Silva- Diretor execu vo do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Paulista. Oportunidade ímpar para ferramenteiros de captar subsídios para planejar e operacionalizar suas empresas voltadas à cadeia produ va automo va. Enfim, tudo alinhado com as expecta vas e demandas deste importante setor. Em recente leitura da revista alemã The Mold & Die Journal, edição 2/2015, fiquei ainda mais fortalecido em minha certeza da importância da ferramentaria para o crescimento de um país. O engenheiro Karl-H. Möller, que in tula o editorial com “Mold and die making – the key industry of every modern economy”, confirma que toda economia moderna tem o setor ferramenteiro com indústria chave e sacramenta que o coração da produção são os ferramentais u lizados nas máquinas. Há de se destacar o termo “economia moderna”, que não reflete exatamente a realidade brasileira atual. Entretanto, é um alerta a ser considerado, uma diretriz a ser adotada, um norte a ser seguido, uma meta a ser a ngida. E, para tanto, há muito por se fazer, em todas as esferas, sejam elas públicas ou privadas, sejam locais, regionais ou federais. As ações precisam ser planejadas, organizadas, treinadas, sinérgicas, concatenadas e, principalmente, sincronizadas. Há um belo exemplo de como isso é fac vel no filme precision walking (veja no site www.youtube.com). Requerer o tulo de indústria chave é um direito, justo e necessário, do setor ferramenteiro nacional. Merecê-lo é também o seu dever.

REDAÇÃO

Chris an Dihlmann Jornalista Responsável Marcela Mayrinck - MG/13677 jornalismo@revistaferramental.com.br COLABORADORES

Dr. Adriano Fagali de Souza, André P. Penteado Silveira, Dr. Cris ano V. Ferreira, Dr. Jefferson de Oliveira Gomes, Dr. Moacir Eckhardt, Dr. Rolando Vargas Vallejos PUBLICIDADE

Coordenação Nacional de Vendas Chris an Dihlmann (47) 3025-2817 | 9964-7117 chris an@revistaferramental.com.br GESTÃO

Administração Arnoldo Corrêa de Oliveira (47) 9971-3507 arnoldo@revistaferramental.com.br Circulação e Assinaturas circulacao@revistaferramental.com.br PRODUÇÃO GRÁFICA

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Impressul Indústria Gráfica Ltda www.impressul.com.br A Revista Ferramental é distribuída gratuitamente em todo Brasil, bimestralmente. É des nada à divulgação da tecnologia de ferramentais, seus processos, produtos e serviços, para os profissionais das indústrias de ferramentais e seus fornecedores: ferramentais, modelações, empresas de design, projetos, proto pagem, modelagem, so wares industriais e administra vos, matérias-primas, acessórios e periféricos, máquinas ferramenta, ferramentas de corte, óleos e lubrificantes, prestadores de serviços e indústrias compradoras e usuárias de ferramentais, disposi vos e protó pos: transformadoras do setor plás co e da fundição, automobilís cas, autopeças, usinagem, máquinas, implementos agrícolas, transporte, elétricas, eletroeletrônicas, comunicações, alimen cias, bebidas, hospitalares, farmacêu cas, químicas, cosmé cos, limpeza, brinquedos, calçados, vestuário, construção civil, moveleiras, eletrodomés cos e informá ca, entre outras usuárias de ferramentais dos mais diversos segmentos e processos industriais. As opiniões dos ar gos assinados não são necessariamente as mesmas desta revista. A Ferramental tem como pressuposto fundamental que todas as informações nela con das provêm de fontes fidedignas, portanto, recebidas em boa fé. Logo, não pode ser responsabilizada pela veracidade e legi midade de tais informações. Quando da aceitação para a publicação, o autor concorda em conceder, transferir e ceder à editora todos os direitos exclusivos para publicar a obra durante a vigência dos direitos autorais. Em especial, a editora terá plena autoridade e poderes para reproduzir a obra para fins comerciais em cópias de qualquer formato e/ou armazenar a obra em bancos de dados eletrônicos de acesso público. A reprodução de matérias é permi da, desde que citada a fonte.

EDITORA GRAVO LTDA

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Capa: O longo caminho para chegar ao custo final dos moldes

Chris an Dihlmann, Editor

04 REVISTA FERRAMENTAL JULHO.AGOSTO 2015

O envio da revista é gratuito às empresas e profissionais qualificados das indústrias de ferramentais, seus fornecedores, compradores e usuários finais. Qualifique sua empresa no www.revistaferramental.com.br



ÍNDICE

38

Dicas do Contador: O contribuinte deve se preparar novamente para alterações na arrecadação do governo

52 Saúde: Saiba como prevenir a propagação de doenças no local de trabalho

08 Tecnologia 10 Gente e Gestão 16 Homenagem 20 Ficha Técnica 21 CAPA 24 Expressas 28 JuriDicas 34 Dicas do Contador 38 Cartas

06 REVISTA FERRAMENTAL MAIO.JUNHO 2015

40 42 48 50 52 54 56 57 58

Rede Senai Enfoque Inovação Espaço Literário Saúde Circuito Business Conexão www Marke ng Opinião



CARTAS Estamos implementando no Ins tuto Federal de Educação de São Paulo pesquisas na área de ferramentaria. Gostaria de ter acesso aos ar gos da revista Ferramental e, se possível, uma assinatura. Chris ano A. Facchini Ins tuto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de SP São Paulo, SP

qualidade do material de impressão u lizado e pelo conteúdo técnico e informa vo. Par cularmente achei de extrema u lidade o glossário técnico e gostaria de saber como obter as páginas anteriores. Que o sucesso seja perene. Roberto Mo a de Sillos | ABTS – São Paulo, SP

O cadastramento para recebimento da revista pode ser realizado no site www.revistaferramental.com.br.

As informações foram enviadas para o leitor.

Parabéns por conseguir reunir informações de bastante interesse ao segmento metal mecânico. João Carmo Vendramim | Isoflama - Indaiatuba, SP Meus parabéns pelos 10 anos da revista! Aliás, a capa e a matéria sobre o aniversário ficaram sensacionais! Luana Hoepers | GAD Comunicação e Publicidade - São Paulo, SP Cumprimentos pelo aniversário de 10 anos da revista Ferramental. Udo Fiorini | S+F Editora - Campinas, SP Pesquisando na internet encontrei uma matéria sobre centrais de compras e seus bene cios e redução de custos alcançada pelos empresários, publicada na revista Ferramental. No texto diz que empresas do segmento do alumínio da cidade de Diadema estavam obtendo redução de 3%. Estou muito interessado em conhecer mais sobre o mercado das centrais de compras e de como elas podem ser formadas. Se puderem me auxiliar a entender melhor ficarei muito grato. Fábio Chiaradia Lunus Comércio de Alumínio - São José dos Campos, SP Prezado Fábio, agradecemos seu contato. O ar go de Jorge de Paiva Campos foi publicado na edição 23 (maio/junho de 2009). Enviamos aos seus cuidados. Você também pode contatar diretamente o autor para obter maiores informações sobre as suas dúvidas. Obrigado pelo apoio constante ao MBE e parabéns pela revista Ferramental. Carlos Rodolfo Schneider | Movimento Brasil Eficiente - Joinville, SC A ABTS (Associação Brasileira de Tratamentos de Super cie) agradece o envio de exemplar da edição nº 59 da revista Ferramental, que sem dúvida fará parte do nosso acervo na biblioteca. Parabenizamos a equipe pela

Acabo de receber a Ferramental de nº 59 e, ao vê-la, pensei que fosse uma revista nova de outra editora, mas vi com grata surpresa tratar-se da revista com roupagem renovada, que ficou ainda melhor. É ver efe vamente realizar o que vocês pregam em suas falas: “Não se pode ficar parado, não basta ser o melhor. Tem que se superar sempre“. Parabéns! Oduvaldo José Ferreira | Heat Tech – Mogi das Cruzes, SP Esta é uma revista que leio há anos e usei muitas referências dela para meus trabalhos acadêmicos. O conteúdo é de primeira classe e os editores são muito competentes Diego Alves de Miranda | Estudante Univille - Araquari, SC Gostaria de parabenizar a Ferramental em especial pela publicação do Glossário de Termos Técnicos. Apesar de minha a vidade ser administra va, devido ao envolvimento com termos técnicos, principalmente em traduções, este glossário está sendo uma ferramenta de grande u lidade. Priscila M. Ishibashi Mar ns | Mitutoyo - São Paulo, SP Agradecemos o contato e o parecer sobre a revista e o material publicado. O documento com todos os itens já publicados foi enviado à leitora. Excelente conteúdo! Rica em informações des nadas ao setor industrial, especialmente o de plás co e metalmecânico. Chris ane Schramm Guisso | S & H Advogados - Joinville, SC Agradecemos os contatos de: Camila Caires | Calibratools - Santa Bárbara d´Oeste, SP Willian Campos Alves | Villares Metals - Joinville, SC Maria Sakarkisyan | TMP JSC Tjazhmkh Press - Voronezh, Rússia Victor Albert Ba sta | Forvm - Joinville, SC Eduardo de Marco | Integral PLM - Porto Alegre, RS Todos os ar gos publicados na revista Ferramental são liberados para uso mediante citação da fonte (autor e veículo).

cartas

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TECNOLOGIA

AVALIAÇÃO DE CENTROS DE USINAGEM CNC, CONVENCIONAIS E MICROFRESAMENTO, E O COMPORTAMENTO DE TRAJETÓRIAS DE FERRAMENTA GERADAS POR SISTEMAS CAM PARA A FABRICAÇÃO DE FORMAS COMPLEXAS UMA ANÁLISE SOBRE O COMPORTAMENTO DA VELOCIDADE REAL DE AVANÇO PARA O MICROFRESAMENTO EM MÁQUINA CNC CONVENCIONAL E EM MÁQUINA ESPECÍFICA PARA ESTE FIM APRESENTA SURPRESAS INTERESSANTES. NESTE TRABALHO FOI AVALIADA A INFLUÊNCIA DO VALOR DE TOLERÂNCIA PARA CÁLCULO DAS TRAJETÓRIAS PARA MICROFRESAMENTO. OS RESULTADOS MOSTRARAM QUE OS SISTEMAS CAM DEVEM SER APRIMORADOS NO CÁLCULO DE TRAJETÓRIAS COM VALORES DE TOLERÂNCIA REDUZIDOS, NECESSÁRIOS PARA MICROUSINAGEM; E QUE AS MÁQUINAS CONVENCIONAIS CNC TIVERAM UM COMPORTAMENTO REGULAR NA VELOCIDADE DE AVANÇO PARA USINAGEM DE PEQUENAS REGIÕES COMPLEXAS, REPRESENTANDO UMA POSSÍVEL ALTERNATIVA PARA MICROFRESAMENTO Por Taiuê Cavalheiro Hoffmann, Adriano Fagali De Souza e Jorge Adriano Dos Santos

O

bserva-se no mercado atual expressivo aumento na fabricação de produtos com pequenas dimensões. Micro peças/componentes são empregados em uma vasta gama de aplicações industriais. Desde eletroeletrônicos como tablets, smartphones; componentes para a indústria médicoodontológica tais como microparafusos para implantes dentários, ósseos e próteses ortopédicas; até componentes das áreas automobilís ca e aeroespacial [1]. Estes componentes podem ser fabricados por processos de transformação, empregando moldes e matrizes, ou diretamente usinados. Desta forma, a microusinagem está se tornando um processo de significa va importância, no qual o microfresamento tem

Figura 1 - Exemplo de fuso mul plicador. Cortesia: Tecnodril

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um destaque especial devido a sua amplitude de aplicação industrial e flexibilidade na fabricação de geometrias [2]. Atualmente, existem fusos mul plicadores de rotação disponíveis no mercado para serem instalados em máquinas CNC¹ convencionais (figura 1), com o obje vo de u lizar ferramentas de pequeno diâmetro, evitando a usinagem por eletroerosão (EDM²) [3, 4]. Segundo estes autores, o processo EDM pode danificar a integridade da super cie usinada e também requer um tempo de processamento longo devido à baixa taxa de remoção de material e a necessidade de fabricar o eletrodo.


TECNOLOGIA Um trabalho de pesquisa compara o processo de EDM com o de microfresamento u lizando-se de um fuso mul plicador [5]. Nota-se que a aplicação deste equipamento em materiais de maior dureza implica maior deflexão da ferramenta, o que danifica o acabamento superficial, podendo comprometer ainda, a precisão de trabalho e a velocidade de avanço. O trabalho contribuiu para o conhecimento dos processos de fabricação em micro escala, entretanto os casos de usinagem estudados foram realizados em super cies planas. A diminuição da escala de corte não pode ser considerada apenas pela passagem dos conceitos da macrousinagem para a microusinagem [2]. Devem ser feitas algumas mudanças de parâmetros que não se restringem apenas à redução da escala. Além disso, com emprego de ferramentas de pequeno diâmetro faz-se necessário o uso de um maquinário específico, que possibilite a ngir as velocidades de corte mínimas de usinagem. Para que haja corte por cisalhamento, devem-se a ngir elevadas velocidades de rotação [6]. Severas oscilações da velocidade de avanço no macrofresamento de formas complexas estão relacionadas com o tamanho dos segmentos de reta que compõe a trajetória, associado à capacidade de resposta da máquina CNC. O tamanho dos segmentos de reta depende do valor de tolerância u lizado no cálculo dos programas pelo CAM³ e do raio de curvatura da super cie a ser usinada. Como no caso do macrofresamento este efeito é representa vo, supõe-se que para o microfresamento este problema tende a se agravar, pois as tolerâncias de cálculo devem ser reduzidas [7]. O processo no microfresamento de formas complexas ainda carece conhecimento. Neste contexto o presente trabalho contribui para o entendimento dos fenômenos no processo de microfresamento e o estudo das oscilações do avanço, u lizando dois centros de usinagem, um específico para microfresamento em comparação a um centro de usinagem convencional u lizando um fuso mul plicador. São avaliadas as trajetórias calculadas por sistemas CAM. Obje va-se iden ficar as velocidades reais de avanço no microfresamento de formas complexas. TRAJETÓRIAS DE FERRAMENTA E OSCILAÇÕES NA VELOCIDADE DE AVANÇO NO FRESAMENTO DE FORMAS COMPLEXAS O CAM é empregado para a geração de programas para máquinas CNC. Calcula as trajetórias da ferramenta para realizar a usinagem [8]. O método tradicional para descrever

uma trajetória de ferramenta para usinagem de uma super cie complexa é a interpolação linear de segmento de retas, com con nuidade C⁰, de acordo com DIN⁴ 66025. O comprimento destes segmentos está relacionado com as tolerâncias de cálculo do CAM e o grau de curvatura da super cie, como ilustra a figura 2. O CAM ajusta a trajetória da ferramenta dentro de uma banda de tolerância definida pelo usuário, conhecida como chord error, que é representada por um offset⁵ da super cie. Para realizar este cálculo, a trajetória é desviada para dentro e para fora da geometria.

Figura 2 - Trajetória da ferramenta dentro da banda de tolerância

Quanto menor a banda, mais próxima à ferramenta está da geometria CAD⁶, entretanto, serão menores os segmentos de retas. Os programas CNC terão maior volume de dados, logo esta caracterís ca poderá limitar as velocidades de avanço durante a usinagem. MATERIAIS E MÉTODOS No presente trabalho são estudadas as oscilações da velocidade de avanço no microfresamento de formas complexas. São avaliados os valores de tempo de usinagem es mados pelo CAM em comparação com o tempo real de usinagem, empregando duas máquinas CNC (centro de usinagem convencional e centro de usinagem específico para microfresamento) com o obje vo de entender a aplicação de fusos de alta rotação em máquinas CNC convencionais, o que permite trabalhar com ferramentas de pequeno diâmetro. Para calcular as trajetórias da ferramenta foi u lizado o módulo

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TECNOLOGIA CAM do programa NX V9⁷. A figura 3 apresenta um fluxograma do procedimento experimental.

gerados, as médias dos tamanhos dos segmentos de retas calculados para a trajetória da ferramenta e o desvio padrão, para cada valor de tolerância estudado.

Figura 3 - Delineamento do experimento

Figura 5 - Tamanho dos programas CNC e dos segmentos de retas em função da tolerância

Os valores de tolerâncias para o cálculo das trajetórias foram alterados em proporções de dez vezes, ou seja, de 0,01 mm; 0,001 mm; 0,0001 mm [9]. Para a realização do estudo foi adotada a forma geométrica de 1/4 de cilindro. Esta geometria representa toda a alteração de contato entre uma ferramenta de ponta esférica e uma super cie complexa, durante a usinagem de moldes e matrizes. As trajetórias da ferramenta foram calculadas seguindo a seção transversal como ilustra a figura 4, para operações de acabamento em passes paralelos.

Observa-se que reduzindo a tolerância de 0,01mm em 100%, eleva-se o tamanho do programa em 99,8%. Diminuindo mais 100% (tolerância de 0,001 para 0,0001) eleva-se em 145% o número de linhas do programa CNC. Observa-se também que este comportamento segue um padrão exponencial e não linear. Como constado por [7], este comportamento deve refle r nega vamente na velocidade real de avanço durante a usinagem. O fato mais importante observado é que houve um elevado desvio-padrão no tamanho dos segmentos gerados para o menor valor de tolerância, o qual deve ser indicado para microfresamento (figura 5b). Devido à geometria ser cilíndrica e a trajetória circular, esperava-se um baixo desvio-padrão, como ocorreu nos casos de valores maiores de tolerância. Isto mostra que o algoritmo de cálculo deve ser aprimorado. Para visualizar as trajetórias da ferramenta e tamanho dos seguimentos de retas, a figura 6 apresenta os pontos dos programas CNC para um passe de usinagem.

Figura 4 - Trajetória da ferramenta e geometria do corpo de prova

Os equipamentos u lizados foram: centro de usinagem Romi modelo D600 com potência de 30 kW e comando numérico GE-Fanuc Oi-MC, e uma microfresadora Kern Pirâmide Nano 5 eixos, com potência de 15 kW e comando numérico Heidenhain. RESULTADOS E DISCUSSÕES Estudo das trajetórias geradas para o microfresamento A figura 5 apresenta o número de linhas dos programas CNC

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Figura 6 - Trajetórias da ferramenta: a) tolerância de 0,01mm; b) tolerância de 0,001mm e; c) tolerância de 0,0001mm


TECNOLOGIA Para os valores de tolerância 0,01 e 0,001 mm a dispersão dos pontos foi linear como esperado. Porém, é visível com a aproximação da imagem que os tamanhos dos segmentos de retas não apresentaram uniformidade quando os valores de tolerância são alterados à escala 10-⁴ mm, que a dispersão dos pontos não é linear, como nos casos dos valores de tolerância de 0,01mm e 0,001mm. Isso mostra que o programa tem limitações ao trabalhar em micro escala. Estudo da velocidade real de avanço no microfresamento As oscilações da velocidade de avanço foram avaliadas através do tempo real de usinagem. A figura 7 apresenta os tempos reais de usinagem empregando o centro de usinagem CNC convencional e centro de usinagem específico para microfresamento, juntamente com o tempo calculado pelo programa CAM. Os valores dos tempos de usinagem foram confirmados com uma réplica do experimento de movimentação.

Figura 7 - Tempo de usinagem real entre máquina 1 e máquina 2

Observa-se que o tempo es mado pelo CAM não considera a capacidade de movimentação da máquina e é constante em todos os casos. Entre o primeiro e segundo caso, reduzindo-se o valor de tolerância em 100%, eleva-se o tempo de usinagem em 14%, semelhante para os dois equipamentos. Observa-se também que o centro de usinagem para microfresamento, embora seja uma máquina de elevada tecnologia, levou mais tempo para usinagem que o centro de usinagem CNC convencional, fato não esperado. Ainda, mais impactante foi o elevado tempo de usinagem com o menor valor de tolerância. Provavelmente, o maior tempo de usinagem deve estar relacionado com a precisão de movimentação da máquina, que deve ser maior para o centro de microfresamento. Desta forma, observa-se que a máquina CNC convencional

demonstrou uma performance adequada de movimentação para usinagem de micro escala. Contudo, os erros dimensionais não foram avaliados neste trabalho. CONCLUSÃO O presente ar go apresenta um estudo sobre a aplicação de máquinas convencionais para usinagem de pequenas geometrias empregando fusos mul plicadores de rotação. As trajetórias calculadas por sistemas CAM para microfresamento de formas complexas também foram estudadas. Dentre as principais conclusões, destacam-se:  Os tamanhos de segmentos de reta calculados pelo programa CAM seguiram uma tendência linear para as tolerâncias de 0,01mm e 0,001mm. Contudo para a menor tolerância observou-se um elevado desvio-padrão dos comprimentos dos segmentos de retas que compõe a trajetória, implicando no microfresamento, pois ocasiona uma variação da velocidade de avanço, elevando o tempo de usinagem, podendo prejudicar o acabamento superficial. Com isso, sugere-se que os algoritmos para cálculo de trajetórias complexas de pequenas dimensões e baixos valores de tolerância sejam aprimorados.  Observou-se um comportamento regular da velocidade de avanço da máquina CNC convencional para trabalho em pequenas dimensões. Nos casos avaliados, este equipamento demonstrou ser mais rápido que o centro de usinagem específico para microfresamento. Contudo, ressalta-se que os desvios geométricos durante as movimentações não foram avaliados. Espera-se maior precisão para este úl mo equipamento. AGRADECIMENTOS Os autores agradecem ao ISI SENAI de Joinville, a FAPESC e a empresa Tecnodrill Indústria de Máquinas.

¹CNC: do inglês Computer Numerical Control, que significa comando numérico computadorizado. ²EDM: do inglês Electro Discharge Machine, significa máquina de eletroerosão. ³CAM: do inglês Computer Aided Manufacturing, significa fabricação assis da por computador. ⁴DIN: do alemão Deutsches Ins tut für Normung (Ins tuto Alemão para Norma zação) é a organização nacional na Alemanha para padronização, representante da Interna on Standariza on

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TECNOLOGIA Organiza on (Organização Internacional para a Padronização – ISO) no país. ⁵Offset: do inglês, significa distância normal, afastamento, deslocamento. Em usinagem representa a distância em que uma ferramenta está afastada de sua super cie de trabalho. ⁶CAD: do inglês Computer Aided Design, significa projeto assis do por computador. ⁷NX V9: é um programa CAD/CAM da Siemens PLM.

REFERÊNCIAS [1] Dhanorker, A.; O Zel, T.; An experimental and modeling study on meso/micro end milling process. In: Proceedings of the ASME interna onal conference on manufacturing science and engineering). 2006; [2] Chae, J.; Park, S. S.; Freiheit, T.; Inves ga on of microcu ng opera ons. Int J Mach Tools Manuf). 2005; [3] Ekmekci, B.; Residual stresses and white layer in electric discharge. Ho KH, Newman ST., 2003. State of the art electrical discharge. Int J Mach Tools Manuf. 2007; [4] Ho, K. H.; Newman, S. T.; State of the art electrical discharge. Interna onal Journal of Machine Tools & Manufacture. 2003; [5] Bodziak, S.; Souza, A. F.; Rodrigues, A. R.; Coelho, R. T.; Diniz, A. E.; Surface integrity of moulds for micro components manufactured by micro milling and electro-discharge machining. Journal of the Brazilian Society of Mechanical Sciences and Engineering, São Paulo, v.3,p 623-635, Outubro. 2013; [6] Machado, A. R.; Silva, M. B.; Usinagem dos metais HSC. Uberlândia: Intergraf. 2007; [7] Souza, A. F. de, Coelho; R. T.; Experimental inves ga on of feed rate limita ons on high speed milling aimed at industrial applica ons. Int J Adv Manuf Technol 32:1104–1114. 2007; [8] Souza, A. F. de; Ulbrich, C. B. L.; Engenharia integrada por computador e sistemas CAD/CAM/CNC: princípios e aplicações. 2. ed. São Paulo (SP): Artliber, 358 p. 2013; [9] Camargo, L. G.; Podda, L.; Souza, A. F. de; Influência das trajetórias de usinagem e da tolerância de cálculo no tempo real de fresamento de formas complexas. Congresso Brasileiro de Engenharia de Fabricação, Salvador, Ba, v. 8. 2015.

Taiuê Cavalheiro Hoffmann

Taiuê Cavalheiro Hoffmann Aluno de graduação em engenharia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC/Joinville) e pesquisador de iniciação cien fica CNPq no Laboratório GPCAM-UFSC. taiue.hoffmann@ufsc.br Adriano Fagali de Souza Doutor em Engenharia Mecânica pela Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC-USP); professor do curso de Engenharia da Mobilidade da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC/Joinville); líder do Grupo de Pesquisa em Manufatura Auxiliada por Computador (GPCAM) e pesquisador do CNPQ. Desenvolve projetos envolvendo a fabricação de moldes e matrizes, sistemas CAD/CAM/CNC/CAx e usinagem em altas velocidades (HSC). É também autor dos livros “Manufacturing Complex Geometries using High Speed Cu ng Technology” pela editora VDM Verlag, 2010; e “Engenharia Integrada por Computador e Sistemas CAD/CAM/CNC” pela editora Artliber, 2009. Avaliador do curso superior do INEP - Áreas das Engenharias. Pesquisador colaborador n a F E M / U N I C A M P d e s d e m a r ço / 2 0 1 2 h p://la es.cnpq.br/8744045259194288. adriano.fagali@ufsc.br Jorge Adriano dos Santos Aluno de mestrado do IST-UNISOCIESC, professor do SENAI Blumenau e pesquisador do GPCAM-UFSC. jorge.santos@edu.sc.senai.br



GENTE E GESTÃO

OBJEÇÕES, O TRAMPOLIM PARA PREJUÍZOS OU LUCROS OBJEÇÕES SÃO FATORES DETERMINANTES EM NEGOCIAÇÕES SAUDÁVEIS E O VENDEDOR DEVE ATUAR COMO CONSULTOR E GERADOR DE LUCROS PARA A EMPRESA COMPRADORA

Por Paulo Cesar Silveira | Foto Vanderlei Kupicki

D

urante a apresentação de um produto ou serviço, naturalmente um inteligente profissional de vendas deve esperar que o cliente faça objeções sobre alguns de seus argumentos. Tais objeções podem ser formuladas verbalmente ou não. Muitas vezes, o comprador faz com que a linguagem corporal e sua postura se manifestem de maneira mais ou menos consciente, com mais ou menos discordância, e isso dependerá muito do perfil da empresa na qual o comprador em questão trabalha ou representa. A capacidade de enfrentar objeções, que supõe descobrir os mo vos que levam o cliente a levantá-las, é essencial para o sucesso do profissional de vendas e a equipe que representa.

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GENTE E GESTÃO dependerá muito do perfil da empresa na qual o comprador em questão trabalha ou representa. A capacidade de enfrentar objeções, que supõe descobrir os mo vos que levam o cliente a levantá-las, é essencial para o sucesso do profissional de vendas e a equipe que representa. Normalmente, em vendas sistemá cas, só depois de responder à pergunta “por que o cliente objeta (me pergunta isso)?” é que o vendedor decidirá o que dizer, como dizer, como comportar-se, e se irá abrir concessões ou não em relação àquela objeção! A objeção pode surgir em qualquer fase do processo, e se o profissional de vendas es ver preparado, concre zará a venda. Caso contrário fará péssimos negócios, se o fizer! Na prá ca, muitos “vendedores” e empresários torcem para que o profissional de compras não faça objeções e se iludem que só a empa a fechará bons negócios. Em outras palavras: não há uma espécie de relação causa/efeito entre apresentação, negociação, objeções e conclusão do negócio- o profissional de compras não espera necessariamente o fim de uma apresentação para expor suas restrições ao produto ou serviço que o vendedor está lhe oferecendo. Por esses mo vos o vendedor deve estar pronto para responder objeções, não importa em que momento elas sejam feitas. MAS POR QUE O CLIENTE OBJETA? Na minha experiência, observo seis razões principais: 1. Confundir o profissional de vendas e através do medo e pressão, rar vantagens; 2. Exercitar um poder; 3. Ganhar tempo e potencializar sua argumentação, e com isso obter alguma vantagem adicional; 4. Porque precisa de muitos orçamentos para jus ficar sua escolha para um parceiro de negócio; 5. Porque não quer comprar; 6. Porque quer comprar. Não existe negociação sem objeção nem nos contos de fadas, embora alguns “curiosos em vendas” ainda acreditem nisso. Se da abordagem à apresentação não surgir nenhuma restrição da parte do comprador, só há duas possibilidades: ou tudo foi conduzido com perfeição a ponto do cliente comprar e confiar na primeira abordagem, ou o cliente nem se interessou e de forma gen l e educada o dispensou com promessa de ligar depois (a segunda hipótese costuma ser mais verdadeira). Uma objeção não formulada pode ser uma barreira instransponível,

na qual o profissional de vendas percebe no comprador e também na sua equipe de negociação o ato de desinteresse e espera que ele se manifeste, mas, como nada acontece ele fica com medo de responder. E aqui deixo uma regra de ouro que aprendi em todos esses anos de profissão: a mais dura objeção é muito melhor que o silêncio apá co! Objeções, portanto, devem ser bem-vindas. Elas representam um elemento fundamental para a negociação, desencadeando o processo de comunicação entre o cliente e o profissional de vendas. O profissional comprador que se cala não se comunica e também impede que o interlocutor se comunique com ele. Temos ainda o outro lado da moeda, representado pelos clientes que estão sempre de acordo e dizem “sim” facilmente embora sejam cada vez mais raros -, mas também não compram. Esses dois pos de comprador têm algo em comum, não se comunicam e, portanto, demonstram que não querem comprar. Quando o profissional de vendas tem bastante experiência - e se o produto ou serviço atende de fato a necessidade do cliente - ele pode até seguir com uma negociação que não dê mo vos para objeções. Mas ainda assim o profissional de compras, nem que seja por questão de regra da empresa, fará pelo menos duas objeções padrão. O profissional de vendas bem preparado deixará o cliente em questão objetar e pensar que assumiu o controle da situação. Neste caso, porém, ele precisa ter certeza que possui todas as ferramentas para responder de maneira adequada, a fim de demonstrar que tem condições de ajudar o cliente a resolver seus problemas. Muitas vezes atos de dúvidas ou incredulidade do cliente mostram resistência à compra, mas é apenas uma cor na de fumaça que esconde os verdadeiros mo vos da rejeição. Juntamente com isso, o vendedor deve querer que ele objete muito, deve até provocar objeções que custam a aparecer, porque só assim será possível descobrir os reais fatores que estão determinando o comportamento nega vo e as resistências em relação à compra. Eu chamo esta técnica de “espremer o caldo”, sem o qual a garapa da cana não se faz. Em outra hipótese, o cliente está convencido de ter um grande poder sobre o profissional de vendas. Tal convicção origina-se, em muitos casos, de uma leve e inconsciente tendência sádica. Ele vinga as suas frustrações no profissional de vendas, exigindo-lhe o máximo esforço durante a negociação. O desejo de exercitar o poder também deriva da necessidade psicológica do comprador de deixar bem claro que quem

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GENTE E GESTÃO manda é ele. Não se permite demonstrar fraquezas, pois pensa que assim impedirá que o vendedor re vantagens. Essa a tude pode ter origem em experiências passadas, por exemplo, como reação de defesa contra a excessiva agressividade de vendedores “piratas” que procuravam fechar vendas de qualquer jeito, sem se preocupar se o produto ou serviço sa sfazia de fato às necessidades do comprador. Quais são as objeções e resistências não declaradas pelo cliente? Muitas vezes há objeções ou resistências que ele não expressa abertamente. Cabe ao profissional de vendas compreender os pensamentos ocultos, perguntando, ouvindo e descobrindo, dessa maneira, os obstáculos a serem removidos para a conclusão do negócio. Pelo que pra quei na maioria das negociações, considero que a segunda ou terceira razão (não expressa) do cliente é a verdadeira. É essa que deve ser examinada, trabalhada e considerada até o termino da negociação. Exemplos de dúvidas não expressas:  Será que estão querendo rar proveito de mim?  Com esse preço será que u lizarão a matéria- prima prome da?  Será que vão cumprir as promessas?  A qualidade será mesmo adequada?  A execução será boa?  Cumprirão mesmo o prazo de entrega prome do?  Será que a empresa vendedora não falirá antes do fim do prazo de garan a?  Será que escolhi a empresa certa?  Será que manterão os preços?  Será que aceitei o preço certo?  A assistência técnica e a instalação serão sa sfatórias?  A gerência ficará feliz com minha escolha?  Os usuários da empresa que terão acesso ao produto ou serviço realmente terão o melhor se eu fechar com esta empresa? Uma objeção muito comum será em relação à internet e suas facilidades de busca. Segundo a Fundação Getúlio Vargas o percentual de brasileiros conectados à internet aumentou de 27 para 56%, entre 2007 e o primeiro semestre de 2015, mas ainda assim temos metade da população como público-alvo para outras formas de venda.

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Como agir quando o cliente levanta objeções para adiar a sua decisão Muitas vezes a relutância do cliente para comprar é explicada sem meios-termos: “Sim, sua proposta me interessa! Preciso de tempo para refle r”. Duas possibilidades: ou o cliente é daqueles que sempre diz sim, para afirmar exatamente o contrário, ou tem total boa fé. Deve-se descobrir, sem possibilidade de erro, suas reais intenções, porque, sobretudo quando a apresentação foi completa e os termos da proposta colocados em pauta e documentados, a falta de conclusão expõe o vendedor (e a empresa que ele representa) a três riscos dis ntos no mínimo: 1. O cliente u liza as informações que acabou de obter para falar com seus fornecedores habituais, ou com qualquer concorrente que bata a sua porta para conseguir condições semelhantes ou talvez melhores; 2. O cliente, ao analisar a situação proposta friamente, acha que os termos da oferta não são muito interessantes; 3. O cliente se esquece da situação e, depois de algum tempo, fecha o negócio com outro concorrente menos disposto a aceitar adiamentos. Existem cinco poderosos argumentos com os quais o vendedor pode superar a tendência para o protelamento, escondida na objeção: 1. Ressaltar o dano que poderia ser causado pelo cliente com o fato de o produto não estar disponível (em especial se for um que tenha normalmente muita procura), ou pela falta de um serviço que, se iniciado de imediato, começaria a gerar retornos de forma muito rápida para a empresa; 2. Apresentar, de forma su l, exemplos de ocasiões do passado recente em que houve problemas com alguma importação necessária para a produção do produto; 3. Ressaltar o dano econômico que poderia ser causado ao cliente por não ter aproveitado certas condições de fornecimento que não serão repe das no futuro, como por exemplo, o frete gratuito; 4. Ressaltar que o cliente ao adiar a decisão de compra, precisaria depois colocar-se em contato com a empresa fornecedora para transmi r-lhe um pedido que poderia ser feito naquele momento, com toda a comodidade, suporte técnico e assistência estendida, sem nenhum custo adicional; 5. Ressaltar ao seu cliente o perigo de comprar somente preço e não valor agregado, e que esta economia momentânea pode se tornar um problema crí co posteriormente.


GENTE E GESTÃO Um profissional de compras procura exercitar poder em cima de um profissional de vendas que, especialmente no caso de venda repe da, tem medo de perder o cliente e por isso age de modo submisso em relação àquele poder. Em uma situação dessas, muitas vezes os interlocutores não se dão conta de uma verdade mais que óbvia: o vendedor tem que vender, caso contrário não recebe salário, comissões e prêmios; o cliente precisa comprar, senão fica impedido de sa sfazer as necessidades próprias (se for um simples consumidor), e se for um comprador corpora vo as perdas podem representar escalas milionárias de prejuízo. Algumas coisas têm mudado em escala diária e o profissional de vendas, entre outras atribuições, também terá a tarefa de estabelecer os termos de uma nova relação na qual o cliente não é mais soberano onipotente, reinando para os pobres súditos profissionais de vendas. No reino, o mero súdito foi promovido pelo rei e hoje atua como indispensável consultor e gerador de lucros. Principalmente no quadro de contrato de longo prazo, não pode haver outro po de relacionamento que não seja a mútua integração entre as duas exigências não antagônicas, mas, ao contrário, alianças estreitamente

forjadas e fortalecidas a cada transação - a de comprar e a de vender com lucro - pois o lucro é a semente do amanhã, e garante o futuro de ambos! Tenham um fabuloso dia hoje e sempre. Afinal, o MERCADO é do TAMANHO de sua IMAGINAÇÃO. Se você ver algum comentário, sugestão ou dúvida entre em contato pelo e-mail falecom@paulosilveira.com.br e no campo “Assunto” coloque Revista Ferramental. Paulo Cesar Silveira – Conferencista com mais de 1.900 palestras em sua carreira em 19 anos de profissão. Consultor, empreendedor e ar culista com mais de 800 ar gos editados. Mentor e líder do Projeto Liderança Made in Brazil. autor de 22 livros, destacando-se os best-sellers A Lógica da Venda e A tude - A Virtude dos Vencedores. É também um dos autores da Coleção Guia Prá co da Revista PEGN e também dos livros Ser+ em Vendas, Ser+ com T&D e Ser+ com Palestrantes Campeões, em parceria com a Revista Ser Mais. Seu trabalho corpora vo se baseia no treinamento mundial de vendas mais agressivo do mundo: Buyer Focused Selling e nos principais métodos de compras mundiais, principalmente as metodologias BATNA, PAC e no método de liderança TGE. Professor convidado da FGV/SP, FIA FEA/USP e UFRGS. Palestrante indicado pela FACISC, ADVB e FIESP nas áreas de vendas consul vas, vendas técnicas, negociação e comunicação com base em liderança. Site: www.paulosilveira.com.br


HOMENAGEM

Não foi fácil chegar até aqui. Visitamos muitas ferramentarias Conhecemos profissionais das mais diversas áreas E dos mais diversos lugares do Brasil e do mundo Não, não foi fácil... Foi e tem sido extremamente prazeroso e gra ficante trazer a informação para você leitor!

Obrigado por nos dar a honra de comemorar nossa

a

60 edição

www.revistaferramental.com.br

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FICHA TÉCNICA GLOSSÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS APLICADOS À FERRAMENTARIAS

Parte integrante da revista Ferramental no 60 | Julho/Agosto 2015

Inglês Hea ng channel Hea ng equipment Hea ng of the barrel Hea ng of the screw Hea ng rolls Hea ng me Hea ng zone Hea ng-cooling mixer Heat-sealing High loading High-density polyethylene (PE-HD) High-frequency hea ng High-frequency welding High-gloss High-impact polystyrene (PS-HI) High-impact resistant High-performance plas cs High-speed extruder Holding pressure Holding pressure stroke Hole Holemaker Hologram Hollow ar cle Hollow point Hollow sha Homocyclic Homogeniza on Homopolymer Honeycomb material Hook Hoop stress Hopper Alimentador; Hopper dryer Hopper heater Hopper loader Horizontal Hose Hot Hot air Hot area Hot chamber die-cas ng Hot curing Hot die Hot forming Hot gas welding Hot melt Hot melt adhesive Hot mixing Hot mold (mould)

Português Canal de aquecimento Equipamento de aquecimento Aquecimento do cilindro Aquecimento da rosca Cilindros (rolos) de aquecimento Tempo de aquecimento Zona de aquecimento Misturador quente-frio Selagem a quente Alto carregamento; carga elevada Polie leno de alta densidade

Alemão Heizkanal m Temperiergerät n Zylinderheizung f Schneckenheizung f Heizwalzen fpl Au eizzeit f Temperierzone f; Heizzone f Heizkühlmischer m Heißsiegeln n Hoch-füllbar Niederdruck-Polyethylen n; Polyethylen n hoher Dichte Aquecimento por alta frequência Hochfrequenzerwärmung f Soldagem por alta frequência Hochfrequenzschweißen n Alto brilho Hochglanz m Polies reno de alto impacto Polystyrol, schlagzähes n Resistente a alto impacto Hochschlagfest; Hochschlagzäh Plás cos de alta performance Hochleistungskunststoffe mpl Extrusora de alta velocidade Schnellläufer-Extruder m Pressão de manutenção; recalque Nachdruck m Curso da pressão de manutenção Nachdruck weg m Furo; fenda; buraco Loch n Furadeira; máquina de furar; sonda; perfuratriz Locher m; Bohrmaschine f Holograma Hologramm n Produto oco, vazado Hohlkörper m Ponta oca Hohlspitze f Eixo oco, vazado Hohlwelle f Homocíclico Homocyclische Homogenização Homogenisierung f Homopolímero Homopolymer n Material alveolar; em forma de colméia Honigwaben-Baustoff m Gancho; anzol; Haken m Tensão circular; tensão no entorno Umfangsspannung f Funil de alimentação Trichter m Secador do funil de alimentação, do alimentador Trichtertrockner m Aquecedor do funil de alimentação, do alimentador Trichterheizung f Carregador do funil de alimentação, do alimentador Einfüll-Leitung f Horizontal Horizontal Mangueira; Schlauch m Quente Warm Ar quente Warmlu n Área aquecida; área quente Warmbereich Fundição em câmara quente Warmkammerdruckguss m Cura a quente Wärmehärtung f Matriz quente Heißwerkzeug n Formação a quente Warmumformung Soldagem por gás quente Heißgasschweißen n; Warmgasschweißen n Material derre do quente Heiße Schmelze Adesivo fundido quente Schmelzkleber m Mistura a quente Heißmischen n Molde quente ou aquecido; moldar a quente Heißen Form; Heiße Werkzeug REVISTA FERRAMENTAL JULHO.AGOSTO 2015 21


FICHA TÉCNICA

Hot press moulding Hot runner Hot runner manifold block Hot runner mould Hot runner nozzle Hot running Hot spray Hot stamping Hot water Hot wire cu er Hot wire welding Hot work Humidifica on Humidifier Humidity Humidity regulator Hybrid Hybrid drive Hydraulic; hidraulical Hydraulic clamp Hydraulic ejector Hydraulic loss Hydraulic pressure Hydraulic pump Hydraulic system Hydrogen Hydrogena on Hydrolysis Hydrophilic Hydrophobic Hygroscopic Hysteresis Idler gear Idling roller Igni on temperature Imidiza on Impact extrusion Impact modifier Impact-resistant Impact strength Impact test Impeller Impeller mixer Impregnate, to Impregna ng bath Impregna ng resin Impress Impulse welding

Português Alemão Placa aquecida Heizelement n Soldagem por placas quentes; por ferramenta quente Heizelementstumpfschweißen (HS) n; Heizspiegelschweißen n Prensagem a quente Warmpressverfahren n Canal quente Heißkanal m Bloco do distribuidor da câmara quente Heißkanal-Verteilerblock m Molde com câmara quente Heißkanalwerkzeug n Bico da câmara quente Heißkanaldüse f Funcionamento a quente Warmfließende Jato quente Heißsprühen n Estampagem a quente Heißprägen n Água quente ou aquecida Warmwasser f; Erwärmtewasser n Cortador por fio quente Glühdrahtabschneider m Soldagem por fio quente Heizdrahtschweißen n; Glühdrahtscweißen n Trabalho a quente Heißarbeiten Umidificação Befeuchtung f Umedecedor Lu befeuchter m Umidade Feuch gkeit f Regulador de umidade Feuch gkeitregler n Híbrido hybrid Acionamento híbrido Hybridantrieb m Hidráulico Hydraulisch Unidade de fechamento hidráulica Hydraulische Schließeinheit f Extrator hidráulico Hydraulischer Auswerfer m Perda hidráulica hydraulische Verlust Pressão hidráulica Hydraulikdruck m Bomba hidráulica Hydraulikpumpe f Sistema hidráulico Hydrauliksystem n Hidrogênio Wasserstoff m Hidrogenação Hydrierung Hidrólise Hydrolyse f Hidro lico Hydrophil Hidrofóbico Hydrophob Higroscópico Hygroskopisch Histerese Hysterese f Engrenagem louca Mitläuferzahnrad f Rolo "bailarino"; roda livre Tänzerwalze f; Mitläuferwalze f Temperatura de ignição Zündpunkt m Imidização Imidisierung f Extrusão por impacto Schlagextrusions n Modificador de resistência ao impacto Schlagzähigkeitsverbesserer m Resistente ao impacto; plás co resistente ao impacto Schlagfest Resistência ao impacto Schlagzähigkeit f Teste de impacto Shlagversuch m Impulsor; rotor; excitador Kreisel m; Antriebsrad n Misturador rota vo Kreiselmischer m Impregnar; embeber; encharcar; ensopar Imprägnieren Banho de impregnação Tränkbad n Resina de impregnação Tränkharz n Imprimir; estampar; marcar Druck m; Stempel m Soldagem por impulso Impulsschweißen n

Fontes: A Glossary of Plas cs Terminology in 7 Languages, Wolfgang Glenz, Hanser Verlag, 2010 / Novo Dicionário de Termos Técnicos Inglês-Português, Eugênio Fürstenau, Editora Globo, 2005 / Dicionário Inglês-Português Português-Inglês, Collins Gem, Editora Disal, 1998 / Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, Editora Posi vo, 2004

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o

Inglês Hot plate Hot plate bu welding

Parte integrante da revista Ferramental n 60 | Julho/Agosto 2015

GLOSSÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS APLICADOS À FERRAMENTARIAS



CAPA

VALE O QUE SE PAGA? É SEMPRE VÁLIDO ESTUDAR E FICAR POR DENTRO DOS PREÇOS COBRADOS PELOS MOLDES, AS VANTAGENS E DESVANTAGENS EM IMPORTAR E COMO TUDO ISSO REFLETE NO MERCADO, ESTIMULANDO COMPRADORES E VENDEDORES A REALIZAREM BONS NEGÓCIOS Por Marcela Mayrinck | Fotos Divulgação

M

uito se ques ona no Brasil quanto o valor final dos ferramentais. Em nossa edição 58, a matéria de Capa abordou os impostos que interferem diretamente no bolso do consumidor. Agora vamos aprofundar especificamente no mercado metal mecânico. Afinal de contas, como surge o preço de um ferramental? Como ele é formado e o que é levado em consideração durante esse processo? Tal discussão nos leva a um dos principais pontos do comércio, a importação, tema que gera polêmica entre os industriais em todo o país. Enquanto uns acreditam que importar seja algo saudável para a nação, outros a abominam por temerem a desindustrialização do Brasil. Como em qualquer po de negociação, existe um lado bom e outro ruim, independente de se importar ou produzir dentro do próprio território.

Cada detalhe conta $$ Sejam eles quais forem- injeção, sopro, compressão, termoformagem, ferramentas de extrusão, embu mento, corte e dobra, estampos ou qualquer outro disposi vo de conformação de materiais - os moldes demandam diversos custos, que estão envolvidos tanto na compra quanto na sua fabricação. Além disso, acrescenta-se à soma etapas como projeto, planejamento, matéria-prima, processos de tratamento térmico e superficial e os testes de validação e aprovação. E para engordar mais um pouco o valor final, são levados em consideração os gastos indiretos, como transporte, despesas comerciais e administra vas, alterações no design do produto e o retrabalho para adequá-lo às normas de produção ideal. O custo total de um molde ou ferramental, porém, não se limita apenas ao preço de compra inicial. Seu montante final provém dos seguintes itens:

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- Custo de produção ou preço de compra: pode ser facilmente determinado e baseia-se no orçamento proposto pelo fornecedor. Seu acompanhamento também é simples por estar vinculado às regras do negócio e fundamento em contrato de compra e venda. - Custo de manutenção: por depender de fatores técnicos, é extremamente subje vo, não podendo ser previsto com exa dão. Isso dificulta sua formação, visto que envolve também a construção do molde e os cuidados na sua u lização pelo usuário final. Entretanto há uma parcela que depende do fator humano, que não é previsível e pode significar o desembolso de quan as elevadas de recursos financeiros por custos de correção, de perda de produção ou até mesmo de imagem e credibilidade junto ao cliente. Portanto, todos os detalhes do processo influenciam diretamente no custo, conforme detalhado abaixo: O custo de produção começa na intenção de compra e venda e termina na entrega do molde, abrangendo: - Visitas aos potenciais clientes e inves mentos em publicidade; - Realização de orçamento e envio de propostas; - Negociação, pedido de compra, contrato de compra e venda; - Custos financeiros; - Fabricação, incluindo projeto, planejamento de fábrica, programação de usinagem, salários e encargos trabalhistas, máquinas e equipamentos, ferramentas e disposi vos, consumo de energia elétrica e água, lubrificantes e fluidos de corte, manutenção de máquinas e equipamentos, matériasprimas e componentes e procedimentos de controle da



CAPA qualidade; - Custos indiretos com administração, espaço sico, vigilância e limpeza, segurança do trabalho jurídico, seguro, taxas e impostos; - Garan a do serviço/produto;- Pós-vendas. Estes custos se resumem, em média, a cinco componentes, Custo de manutenção é o conjunto de ações para a ngir os obje vos previstos a par r da definição dos indicadores que serão u lizados para quan ficar tais obje vos. Eles envolvem custos com: - Racionalização da mão de obra própria e da contratação de serviços de terceiros; - Qualificação e mo vação da mão de obra; - Controle de materiais e sobressalentes de manutenção; - Sistema de planejamento, programação e controle de manutenção; - Sistemá cas de manutenção preven va, inspeção e manutenção predi va; - Planos periódicos de paradas programadas; - Controle de custos; - Sistema de padrões de manutenção (normalização); - Engenharia de manutenção em geral, como apoio à manutenção de área; - Controle gerencial integrado de todas as funções de manutenção; - Melhorias nos equipamentos em final de vida, obsoletos ou eliminação de pontos crí cos; Vale considerar que a maior parte das estratégias empresariais de manutenção visa, primordialmente, diminuir os custos e melhorar a confiabilidade operacional ou da gestão dos a vos. Existe ainda o termo balanced scorecard, que remete à manutenção estratégica como forma de gerar resultados para a corporação.

E no fim das contas... Tratando-se de um cenário no qual o preço final depende das duas variáveis mencionadas acima e o obje vo final é gerar lucros, estes são calculados pela diferença entre o preço da venda e o custo para produzir e vender. Daí importância de incluir a manutenção no valor final do produto, uma vez que a peça sem qualidade, e consequentemente mais barata, demanda maiores gastos com correções ao longo de sua vida ú l.

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Importar ou não? A ideia de que adquirir moldes no exterior vale mais a pena é bastante difundida no Brasil, pois seu valor pode ser até 40% mais baixo que o do comprado em território nacional. O economista e consultor Waldir Dagos n esclarece que com o elevado custo Brasil, os preços propostos visam apenas um “repasse de custo para a sobrevivência”. “Ano a ano este percentual (de lucro) vem reduzindo dras camente, pois os preços estão caindo e os custos subindo”, afirma Dagos n, explicando que atualmente a representa vidade da quan dade de horas disponíveis em relação às horas efe vamente trabalhadas demonstra um custo crescente em função da baixa taxa de ocupação. Por outro lado, importar nem sempre é a melhor opção, pois os moldes fabricados no exterior geralmente demandam maior manutenção do que os feitos aqui. Isso implica em despesas que muitas vezes ultrapassam no valor economizado na compra, além de desconfortos com um produto de qualidade inferior. Além disso, há alguns fatores que interferem nega vamente na importação, como dificuldades com o idioma do país de origem do ferramental, a distância geográfica que colabora para impedir a boa comunicação, e por fim, até mesmo os gastos com a viagem, que acabam por descartar qualquer po de economia. A esses itens somam-se os retrabalhos gerados pela falta de teste no local da aplicação do molde, os problemas com manutenção à distância; possíveis alterações no projeto inicial que podem requerer um novo modelo de molde, entre outros. Entende-se, portanto, que a ideia de importar moldes pode ser ilusória, caso leve-se em conta as situações citadas acima. Já para adquiri-los no Brasil, há questões financeiras, burocrá cas e operacionais que podem ser posi vas ou nega vas. Entre elas estão: - O crédito de impostos (inexistente em outros países) que aumenta o valor do molde; - A demanda pelo acompanhamento profissional na construção do molde, o que gera mais custos para a empresa que abre mão de horas de um funcionário que poderia estar realizando horas rentáveis de trabalho; - Não há preocupações com a grande burocracia alfandegária; - Com a importação ocorre a degradação do potencial tecnológico de nossos profissionais, uma vez que isso deixa de ser uma demanda se todos adquirem apenas produtos importados. Tal quadro pode gerar desemprego e atraso no avanço econômico


CAPA do país; - A responsabilidade técnica exigida no Brasil gera obrigações que resultam em despesas que são aplicadas no valor final da mercadoria. Porém esse mesmo dever se converte em vantagens para o cliente, pois ele pode contar com a proteção

com o cliente, eles devem implantar um sistema de custo totalmente eficaz que aponte, além do custo de cada setor, a quan dade de horas a serem u lizadas. “Já para matéria-prima e serviços terceirizados, é recomendável manter esta projeção e um efe vo controle do processo”, explica.

de profissionais e órgãos fiscalizadores.

Relação comprador e vendedor Quando o assunto é comprar e vender no Brasil, há uma discussão em torno de quem determina o preço final do molde. Na opinião de Dagos n, toda e qualquer empresa de porte tem seu custo interno, mas a palavra final é do cliente: “Dessa

“O cliente é quem dita o preço que está disposto a pagar. Se é justo ou não, é uma questão de oportunidade e necessidade” Waldir Dagos n

forma, o dispêndio interno em negociações tende a balizar preços e muitas vezes, o cliente é quem dita o preço que está disposto a pagar. Se é justo ou não, é uma questão de oportunidade e necessidade”, afirma. Este método de transação se dá, principalmente, devido ao fato da oferta de trabalho ser muito maior que a demanda. Assim, os fabricantes se tornam reféns do mercado. Dagos n aconselha que, para não saírem prejudicados na negociação

Segundo o economista, para tentar manter o controle dos custos, a empresa deve calcular corretamente os gastos em cada setor, assim como a quan dade de esforço despendido em cada OS (ordem de serviço), ou seja, as horas efe vamente trabalhadas. “Os encargos sociais e suas provisões, além dos diversos pos de impostos tanto nas compras quanto nas vendas, requerem atenção especial”, alerta Dagos n.


EXPRESSAS

POR AÍ FEIRAS, ENCONTROS OFICIAIS, SEMINÁRIOS, NOVAS PARCERIAS, NEGÓCIOS E MUITO MAIS VOCÊ ENCONTRA AQUI

T

omaram posse em 28 de abril os novos membros do Conselho de Administração e da Diretoria Execu va da Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração - ABM para o biênio 2015/2017. Os engenheiros Albano Chagas Vieira e Sérgio Neves Monteiro assumem como presidente e vice-presidente do Conselho de Administração, juntamente com outros 48 conselheiros: 20 representantes das mantenedoras e empresas associadas; e 28 conselheiros representantes dos associados pessoas sicas, observada a proporcionalidade de associados por regional ou conjunto de regionais da A B M . Albano que é engenheiro mecânico, especializado em Administração Industrial, com pósgraduação em metalurgia de soldagem e m e st ra d o e m A d m i n i st ra çã o d e Negócios, tem experiência de 40 anos no setor minero metalúrgico. Consultor, foi diretor execu vo de operações da CSN (1999 - 2003), vice-presidente execu vo da Arcelor Mi al (2004 - 2006) e diretor s u p e r i n t e n d e n t e d a Vo t o ra n m Siderurgia (2006-2014). Sérgio Monteiro é engenheiro metalúrgico, com tulos de Master of Science e de PhD na Universidade da Flórida (EUA) e pós-doutorado na Universidade de Stu gart (Ale). Construiu sólida carreira a ca d ê m i ca , s e n d o, d e s d e 2 0 1 2 , p r o fe s s o r c o l a b o r a d o r n a P ó s Graduação em Ciência dos Materiais do Ins tuto Militar de Engenharia - IME. Tomaram posse na Diretoria Execu va, nomeada pelo Conselho de Administração, Horacídio Leal Barbosa 28 REVISTA FERRAMENTAL JULHO.AGOSTO 2015

Filho (na foto com Albano Chagas Vieira à esquerda), como presidente; Rosangela Zilio e Campos, como Diretora de Relacionamento com o Mercado; e Hideyuki Hariki, como Diretor Administra vo-Financeiro. Leal também acumula interinamente o cargo de diretor de Desenvolvimento de Competências. ABM 11 5534-4333 wwww.abmbrasil.com.br

E

m correspondência recebida de Jorge Rososchansky, Diretor Geral da Bodycote Brasil, o informe de descon nuidade de operações no País: “É com profunda tristeza que informamos que o Grupo Bodycote tomou a decisão de encerrar suas a vidades no Brasil. Em anúncio realizado no dia 30 de junho de 2015 o grupo informou que deu início a este processo visando o término desta fase até 30 de setembro de 2015. Durante este período de encerramento a Bodycote apoiará todos os seus clientes para que os mesmos sejam amparados da melhor forma possível e consigam fazer a transição de suas necessidades de tratamento térmico e cobertura de PVD para outros fornecedores. Após mais de 50 anos operando e oferecendo serviços aos nossos clientes, a decisão de encerrar as a vidades foi tomada depois de considerar e explorar todas as alterna vas. A conclusão foi de que não há volume de negócios suficientes para manter esta operação viável. Agradecemos a sua parceria”.

Bodycote Brasil 11 2755-7200 www.bodycote.com/brazil

C

om o obje vo de aproximar profissionais da Indústria e da Academia, a UniSociesc realiza o CINTEC 2015 - Congresso de Inovação Tecnológica - Mecânica e Automação, evento que ocorre juntamente com a Intermach - Feira e Congresso Internacional de Tecnologia, Máquinas, Equipamentos, Automação e Serviços para a Indústria Metalmecânica, de 1 a 4 de setembro. Além de palestras técnicas, a programação do CINTEC contempla os minicursos divididos em carga horária de quatro e oito horas. “Lean manufacturing”, “Aspectos da NR 12 aplicáveis à indústria da usinagem e estratégias para atendimento da norma”, “Lean Seis Sigma” e “Redução de custos com uso da tecnologia (eliminação de operações x maior capabilidade)” serão os cursos com oito horas de carga horária. Já os com quatro horas, serão: “Sistemas de rastreabilidade de produtos”, “Manutenção o mizada e gerenciamento dos a vos”, “Novo sistema de tarifação - sistema de bandeiras aplicadas à indústria” e “Sistemas de gestão de energia para empresa”. Todos os cursos ocorrerão na UniSociesc- Campus Marquês de Olinda, em Joinville, SC. Cintec Mecânica e Automação 47 3461-0160 www.socies.org.br/cintec



EXPRESSAS

A

Staufen Ták ca, empresa de consultoria internacional de Gestão Lean, traz em seu primeiro evento Best Prac ce Day no Brasil, nos dias 6 e 7 de outubro, em Itupeva (SP), o Dr. Jeffrey Liker, autor de inúmeros livros sobre Lean, entre eles, “Toyota Way” e “Toyota Way para Liderança Lean”. A “Compe vidade é o desafio. Transformação Lean é o caminho” é o tema da primeira Conferência Internacional da Staufen Ták ca. Modelos e prá cas que alavancam a redução de custos e o aumento da produ vidade serão deba dos durante os dois dias de evento. A palestra de abertura com Dr. Liker, sobre Liderança Lean, enfa zará a necessidade de desenvolver pessoas e cultura lean para alcançar alto desempenho. O especialista e professor da Universidade de Michigan apresentará tópicos em uma

organização que busca reduzir os desperdícios e aumentar o valor para seus clientes em todo o seu fluxo, e o funcionamento do processo de transformação e seus responsáveis. Na oportunidade, Liker comentará seu livro mais recente “Developing Lean Leaders at all Levels: A Prac cal Guide”, que traz orientações de como aplicar os princípios da Liderança Lean em uma organização. Liker explica que, antes de tudo, está a formação da alta liderança, “para oferecer coaching aos outros, é preciso e sta b e l e c e r g r u p o s d e t ra b a l h o autossuficiente que diariamente estarão melhorando os processos. Todos devem estar alinhados em uma direção comum através de polí cas de desdobramentos de metas”. O Best Prac ce Day é um evento voltado para execu vos, gestores, especialistas lean e acadêmicos para ampliar a compreensão sobre o

processo evolu vo lean, na implementação de conceitos, formação de liderança e prá ca de gestão. “Eu estou certo que a liderança lean, como eu tenho definido, pode ajudar o Brasil a ser bemsucedido e melhorar a qualidade de vida dos brasileiros. Se nós observarmos o Lean como um programa de aumento de eficiência que é imposto para as pessoas e organização - reduza aqui, consolide isso e terceirize aquilo - então as organizações nunca desenvolverão a capacidade de aprender como aprender. Isso fará com que sempre enxerguemos apenas os ganhos de eficiência de curto prazo”, define o especialista. Jeffrey Liker já par cipou de duas edições do Best Prac ce Day na Alemanha e ressalta a seriedade do evento, que inclui além das palestras, a vidades prá cas e visitas às empresas, “aproveitei bastante ambas as conferências e espero que o evento


EXPRESSAS as conferências e espero que o evento no Brasil seja uma grande mistura de aprendizado e diversão”. Staufen Ták ca 19 3262-0011 www.best-prac ce-day.com.br

A

Porsche anunciou na semana passada a compra da divisão de ferramentaria da Kuka Systems GmbH. Com 600 funcionários, a divisão conta com unidades na Alemanha e na Eslováquia e passará a chamar-se Porsche Werkzeugbau GmbH, tornandose subsidiária integral da fabricante de veículos espor vos. O valor da transação - ainda sujeita à aprovação das autoridades an truste - não foi revelado. "Ao assumir a divisão de ferramentaria da Kuka, a Porsche faz um importante movimento visando a produção de carros espor vos do futuro", disse M a h i a s M ü l l e r, p re s i d e n t e d o Conselho Execu vo da Porsche AG. "Do ponto de vista estratégico, esta integração é um grande passo para nós”, completou, lembrando que uma longa tradição de competência e tecnologia une as duas empresas. "Conceitos inovadores em ferramentas são o que nos permitem implementar o design emocional pico de Porsche com o máximo de qualidade possível”, observou Oliver Blume, membro do Conselho Execu vo - Produção e Logís ca da Porsche AG, destacando a importância da ferramentaria na manufatura de veículos. Em sua opinião, os funcionários da nova subsidiária se dis nguem pelo alto nível de exper se em todo o processo de fabricação de ferramentas. “Iremos nos beneficiar especialmente dessa exper se no desenvolvimento de peças complexas em alumínio, que são de grande importância para o nosso light weight

design”. Comunicado divulgado pela Porsche lembra ainda que a Kuka “tem uma tradição que remonta há mais de 100 anos, com elevado nível de exper se nas áreas de métodos e planejamento, projetos de engenharia, ferramentaria e soluções em ferramentas de conformação e de corte para o setor automo vo”. Till Reuter, CEO da Kuka AG, afirmou: “Estamos confiando nossos funcionários da Unidade de Negócios de Tools and Dies a mãos responsáveis. Estamos convencidos de que a unidade con nuará sendo bem-sucedida e que irá se beneficiar com a integração à equipe da Porsche”. Com a venda dessa divisão, assim como a da HLS Engineering, também concre zada na semana passada, a Kuka Systems pretende concentrar-se em seu core business: soluções de automação baseadas em robó ca. Usinagem Brasil www.usinagem-brasil.com.br "Indústria Brasileira do Aço - As Grandes Questões" será tema do terceiro painel do 26º Congresso Brasileiro do Aço, realizado pelo Ins tuto Aço Brasil. A indústria brasileira do aço, assim como a indústria de transformação como um todo, passa por extremas dificuldades, reflexo da deterioração do cenário polí co-econômico nacional e da con nua perda de compe vidade sistêmica. Adicionalmente a esse quadro crí co o setor do aço se defronta com uma conjuntura externa adversa com excedentes de capacidade da ordem de 700 milhões/ton. Diante desse panorama, a indústria do aço espera que haja crescimento do mercado interno de forma sustentável e correção estrutural das assimetrias compe vas, além de uma defesa comercial eficiente e da u lização efe va do instrumento do

conteúdo nacional. Presidente Execu vo do Ins tuto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes coordenará as apresentações sobre o assunto. O Conselheiro do Aço Brasil e VicePresidente Comercial da Usiminas, Sérgio Leite, o Conselheiro do Aço Brasil e CEO ArcelorMi al Aços Longos Brasil, Jefferson De Paula e o Presidente Execu vo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), José Velloso estarão entre os palestrantes. O evento será realizado de 12 a 14 de julho, no Transamérica Expo Center, em São Paulo. Outros palestrantes serão: Maílson da Nóbrega Economista; Haiyan Wang - Sóciadiretora do China India Ins tute e; José Santos - Professor de Prá cas de Gestão Global da INSEAD. Ins tuto Aço Brasil 21 2524-6917 www.acobrasil.org.br/congresso2015

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m reunião da Comissão Setorial de Insumos para Borracha da ABIQUIM – Associação Brasileira da Indústria Química, Stephan Keese, sócio e diretor para os segmentos automo vo e de indústria de transformação na Roland Berger Strategy Consultants para os mercados do Brasil e América do Sul, apresentou o cenário de crise pelo qual passa a indústria automo va brasileira e falou sobre as oportunidades que o Programa de Incen vo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produ va de Veículos Automotores (Inovar-Auto), do Governo Federal pode proporcionar aos fornecedores de insumos para esse setor. Na opinião de Keese, além da alta na inflação e do aumento da taxa de desemprego no País, um dos principais fatores que agravam a crise da indústria de automóveis é a falta de confiança dos consumiREVISTA FERRAMENTAL JULHO.AGOSTO 2015 31


EXPRESSAS dores e dos bancos, que sobem a taxa de juros para financiamentos. “Há uma falta de disponibilidade do consumidor brasileiro em gastar dinheiro e assumir riscos de crédito”, completou. Na opinião do consultor, não deve acontecer uma recuperação do setor em curto prazo. Para ele, mesmo após o início de uma recuperação, a produção e as vendas não devem chegar aos patamares dos úl mos anos, quando incen vos governamentais impulsionaram o mercado automobilís co. Em relação ao Inovar-Auto, Keese destacou que o programa trouxe medidas que incen varam a indústria nacional, promoveu inves mentos, gerou empregos – principalmente em PD&I e Energia – e melhorou a eficiência energé ca dos carros. Entretanto, o programa não conseguiu compensar o custo Brasil para aumentar a compe vidade. “Não são n o c i a s b o a s , m a s ve j o q u e h á

oportunidades para a indústria química no fornecimento de soluções para o setor de automóveis que auxiliem no cumprimento das normas do InovarAuto pelas montadoras”, concluiu. ABIQUIM 11 2148-4700 | www.abiquim.org.br

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3D Systems La n America terá, junto a sua sede em Diadema, SP, o maior parque de máquinas para impressão 3D da América La na até final de agosto, contando com um total de 21 equipamentos, dentre eles quatro modelos de grande porte, incluindo as ProJet 660 Pro, ProJet 3500 HDMax e ProJet 4500. Este complexo será capaz de imprimir peças idên cas as reais, em materiais plás cos, como nylon e acrílico (diversas cores), e também em metais como tânio, aço ferramenta, alumínio e ligas especiais. “Com essas impressoras de grande porte, o mizaremos a

produção de modelos padrão para moldes rápidos e fundição, u lizados nos processos de manufatura de grandes companhias, e também de protó pos voltados para procedimentos mais pontuais, como um planejamento cirúrgico, por exemplo”, explica o Diretor Geral da 3D Systems La n America, Luiz Fernando Dompieri. O complexo também funcionará como showroom para aproximar clientes da impressão 3D. “É um local montado para demonstração, exibição e também para colaborar com o conhecimento sobre a capacidade que essa tecnologia tem para contribuir com os mais diferentes s e t o r e s d o m e r c a d o ”, c o m e n t a Dompieri. E conclui que o obje vo é melhorar ainda mais a qualidade do atendimento. 3D Systems 11 3318-5100 | www.robtec.com



JURÍDICAS

O COMPLIANCE E A PEQUENA EMPRESA APESAR DE SER UM TERMO MAIS CONHECIDO ENTRE AS GRANDES CORPORAÇÕES, O COMPLIANCE PODE E DEVE SER APLICADO EM EMPRESAS DE TODOS OS PORTES COMO FORMA DE GARANTIR A SAÚDE FINANCEIRA, A SOBREVIVÊNCIA E A MANUTENÇÃO DE SUA IMAGEM PERANTE O MERCADO Por Astridt Hofmann | Foto Divulgação

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á há algum tempo vem se falando muito de governança corpora va, compliance e outros mecanismos de combate à lavagem de dinheiro e fraudes corpora vas. Estamos acostumados a pensar que estas ferramentas de gestão e controle só seriam aplicáveis e exigidas das grandes corporações e ins tuições financeiras, mas no mundo globalizado e interconectado de hoje não é mais assim. Antes de tratarmos como o compliance se aplica a todas as empresas e organizações, precisamos saber o que significa o termo, no que consistem suas funções e partes. O termo compliance tem sua origem no verbo da língua inglesa to comply, que significa, literalmente, obedecer, aquiescer, concordar. É definido ainda como act in accordance with a wish or command, ou seja, “agir de acordo com o desejo ou comando”. Então, estar em compliance é estar conformidade com leis e regulamentos internos e externos, entende-se como uma obrigação de cada colaborador dentro da empresa, desde a alta gerência até aqueles que exercem as funções mais simples. Neste contexto, o compliance não é um evento isolado, mas sim um processo con nuo de controle, monitoramento o melhoramento das prá cas empresariais e dos relacionamentos da empresa com seus colaboradores, fornecedores, clientes, órgãos reguladores e sociedade como um todo. A necessidade de controles mais eficazes ficou evidente nos úl mos anos, quando pudemos assis r diversas empresas sólidas e tradicionais irem à bancarrota em decorrência de fraudes internas, lesando não só seus clientes como também funcionários, além de quebrarem toda uma cadeia de fornecedores. O mercado também impõe um novo es lo de trabalho, no qual é importante saber fazer as coisas certas da maneira certa e no tempo certo, incen vando que todos na empresa possam cumprir as leis, os regulamentos e polí cas internas, sendo de suma importância que todos, sem exceção, saibam o que está sendo feito e o que deve ser feito.

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Foi o que vimos no caso Enron¹, que levou à auditoria Arthur Andersen, a Worldcom, o Banco Santos, entre outros. Este é um exemplo de que, pela dor, aprendemos que precisamos controlar e monitorar todos os procedimentos internos e externos. E não se diga que o que acontece em grandes corporações não se verifica em pequenas e médias empresas! Os problemas, exigências e necessidades são as mesmas, diferindo apenas na proporção, no tamanho e na repercussão. O compliance Em termos prá cos, quando falamos de compliance, estamos nos referindo a um sistema de controle interno que possibilite a aferição da aderência e conformidade da empresa e seus colaboradores às leis e regulamentos internos e externos. Estes controles vão proporcionar uma melhora na qualidade das informações geradas pela empresa, que eventualmente serão u lizadas pela alta direção para tomada de decisões estratégicas e também pelos eventuais inves dores desta empresa. A qualidade e eficiência desses controles também servirá para efeitos de governança corpora va, que, segundo a Lei das S.A. (Sociedades Anônimas), deve ser função do Conselho Fiscal, órgão que, idealmente, deve ser composto por profissionais de várias áreas, tais como Direito, Contabilidade e Administração, dentre outras necessárias conforme a par cularidade de cada negócio. Risco de compliance A existência e atuação empresarial, por si só, implica em riscos. Riscos de sanções legais ou regulatórias; de perdas financeiras, de reputação e imagem. Todas estas perdas, infelizmente, podem ocorrer como resultado de uma falha, ignorância ou descuido no cumprimento das leis vigentes, regulamentos,


JURÍDICAS códigos de conduta e é ca que norteiam boa parte das a vidades empresariais. Eventualmente, ocorrem por dolo, ou seja, por fraudes intencionais no seio das empresas. Riscos são inerentes a qualquer negócio, mas devemos ponderar até que ponto a assunção de riscos é aceitável e adotar medidas para reduzir seus efeitos maléficos, bem como elaborar planos de con ngência para reduzir os danos caso o risco ocorra. Assim, a adoção de prá cas de compliance e o monitoramento constante de sua aplicação visam mi gar esses riscos e con ngenciar seus prejuízos. As principais áreas de uma empresa que podem sofrer com os riscos de conformidade/compliance são:  Contabilidade fiscal, societária e gerencial;  Operacional;  Crédito;  Recursos humanos- trabalhista;  Administra vo;  Tecnologia da informação (TI) e BackOffice²;  Comercial;  Financeiro/tesouraria/contas a pagar. A ausência de controles próprios para cada área pode custar muito caro para empresas de qualquer porte. Por exemplo, digamos que a empresa X, em determinada a vidade de seu processo produ vo, tenha uma etapa que pode ser considerada insalubre. A empresa então investe nos EPIs³ determinados pelo seu LTCAT⁴ entregando-os aos colaboradores envolvidos, mas não adota nenhum controle de treinamento, entrega e reposição destes equipamentos. No caso de uma ação trabalhista, a ausência do comprovante de entrega do EPI equivale a dizer que este EPI não foi entregue. Ainda que se faça prova testemunhal, a prova mais robusta e aceita pela jus ça é o recibo de entrega. Então, digamos que você tenha 10 trabalhadores nesta a vidade, cada um ganhando cerca de R$ 1 mil, expostos à insalubridade de grau médio (20%) e todos com cinco anos de casa. Temos aí um passivo latente de cerca de R$ 160 mil, algo em torno de R$ 16 mil por colaborador. É um preço muito alto para se pagar pela simples ausência de um controle efe vo de cumprimento das normas de segurança e medicina do trabalho. Compliance e a conduta corpora va Mas como implantar a função de compliance na empresa? A

gestão de compliance vai ao encontro da implementação de uma conduta corpora va é ca, que deverá envolver as áreas de recursos humanos e jurídica da empresa (próprio ou externo), sendo fundamental a par cipação e o engajamento da alta direção. Como um primeiro passo da adoção de uma cultura corpora va é ca é a criação e implementação de um código de conduta interno, ele deve cobrir, no mínimo, os seguintes assuntos:  Propinas;  Pagamentos impróprios;  Conflito de interesses;  Informações privilegiadas;  Recebimento de presentes;  Acesso às redes sociais e postagem de informações;  Discriminação de oportunidades;  Doações;  Assédio sexual e moral;  Segurança do trabalho;  A vidades polí cas;  Relação com a comunidade;  Uso de álcool e drogas;  Confidencialidade pessoal;  Direito à privacidade;  Nepo smo;  Trabalho infan l. Mas tão importante quanto a criação desta norma interna é a sua implementação, para que a inicia va não fique relegada a um documento impresso que ninguém conhece ou segue. E aqui, torno a dizer, o papel da alta gerência é de suma importância, vez que cabe a ela educar os demais colaboradores da empresa pelo seu exemplo. Há necessidade que os gestores e gerentes, com naturalidade e inteligência, influenciem os demais com valores morais que se sobreponham ao oportunismo, à fraude, ao medo da concorrência e aos costumes pouco retos que eventualmente sejam impostos pelo ramo no qual a companhia atue. É importante, ainda, que seja realizado um mapeamento da cultura já existente na empresa, verificando até que ponto ela pode ser um motor ou um obstáculo à adoção da função compliance. Sem isso, a efe vidade dos controles, imposta pelo compliance, está fadada ao insucesso. É importante que todos saibam o que se espera de cada colaborador. Sem isso as pessoas tendem a criar seus próprios sistemas e regras de trabalho, o que, certamente gerará uma miríade de oportunidades de não conformidades e riscos de

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JURÍDICAS

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processo de implementação da função compliance na empresa é necessário iden ficar aqueles que não queiram se alinhar à nova cultura de é ca e conformidade legal e eliminá-los do processo;  Prevenção de fraudes internas que podem gerar grandes perdas financeiras;  Valorização da empresa no mercado. Por tudo isto, temos claro que há mais incen vos que obstáculos para adoção de compliance pelas pequenas e médias empresas. E nesta tarefa nós podemos auxiliar uma vez que contamos com uma equipe mul disciplinar apta a cobrir todas as áreas do negócio e implantar o sistema de compliance que, depois, pode ser aplicado e monitorado pelos próprios gestores. ¹Enron: a Enron Corpora on era uma companhia de energia dos Estados Unidos da América, localizada em Houston, Texas. Empregava cerca de 21 mil pessoas, tendo sido uma das companhias líderes no mundo em distribuição de energia (eletricidade e gás natural) e comunicações. Seu faturamento a ngia US$ 101 bilhões em 2000, pouco antes do escândalo financeiro que ocasionou sua falência. Alvo de diversas denúncias de fraudes contabilistas e fiscais e com uma dívida de US$ 13 bilhões, o grupo pediu concordata em dezembro de 2001 e arrastou consigo a Arthur Andersen, que fazia a sua auditoria. Na época, as inves gações revelaram que a Enron havia manipulado seus balanços financeiros, com a ajuda de empresas e bancos, e escondeu dívidas de US$ 25 bilhões por dois anos consecu vos, tendo seus lucros inflados ar ficialmente [wikipedia.org]. ²BackOffice: do inglês, significa escritório de retaguarda. Sistemas de BackOffice são so wares u lizados para automa zar a operação e o gerenciamento dos processos que ocorrem no âmbito interno das empresas. Conhecidos também como Sistemas de Gestão das empresas [neogrid.com.br]. ³EPI: equipamento de proteção individual. ⁴LTCAT: a sigla significa Laudo Técnico das Condições do Ambiente de Trabalho. Trata-se de um documento estabelecido e adotado pelo Ins tuto Nacional do Seguro Social – INSS na comprovação da exposição aos agentes ambientais nocivos à saúde ou à integridade sica do trabalhador. Foto Roberto Borba

compliance. Então, realizada a primeira etapa, que é a criação de um código de conduta e é ca empresarial, deve se passar para a análise dos controles (normas e polí cas internas) existentes quanto ao relacionamento com colaboradores/empregados, fornecedores, clientes entre outros, verificando sua consistência e aderência às normas legais vigentes e ao código de é ca adotado pela empresa. Na ausência de tais polí cas, elas devem ser criadas futuramente. Na sequência, deve-se conferir se as prá cas internas e os documentos adotados pela empresa - contratos, termo, documentação trabalhista - estão em conformidade com as normas legais, código de conduta e é ca e polí cas internas, realizando-se a devida correção de rota sempre que necessário. Parece, novamente, que tais prá cas não seriam relevantes ao pequeno e médio empresário. Ledo engano! Na verdade toda essa inicia va pode e deve ser adotada pelos negócios de menor porte, inclusive por empresas familiares, sendo que neste úl mo caso o desafio é um pouco maior, uma vez que existe o envolvimento emocional dos principais gestores no negócio e o processo de mudança deve ser conduzido com extremo cuidado. A adoção de prá cas de compliance quando o negócio ainda é pequeno proporcionará um crescimento mais sustentável e organizado, conferindo maior valor à empresa a médio e longo prazo. E aqui falamos de valor financeiro, inclusive. A diferença, como já dissemos, consiste apenas no tamanho do trabalho. Enquanto em uma grande empresa, o compliance pode envolver dezenas ou centenas de pessoas, durante um longo período de tempo, em uma pequena empresa poderá ocorrer com duas ou três pessoas, que se responsabilizaram pela disseminação da nova cultura corpora va e será realizado em um curto espaço de tempo. O importante, para pequenas empresas que não podem se dar ao luxo de ter departamentos jurídicos internos, é contar com o apoio de profissionais externos capacitados e comprome dos com o resultado. E por falar em resultados, os principais ganhos ao se implantar o compliance em um pequeno negócio são:  Redução de riscos legais e dos custos financeiros diretamente e indiretamente envolvidos;  Ganhos de imagem interna e externa. A empresa passa a ter uma imagem mais consistente no mercado em que atua e a alta gerência ganha com a admiração e fidelidade de seus colaboradores. Aqui é importante salientar que no

Astridt Hofmann - Advogada, especialista em Direito Empresarial. Sócia da Schramm. Hofmann Advogados Associados. ahofmann@sh.adv.br



DICAS DO CONTADOR

A RETENÇÃO DAS CSRF FIQUE DE OLHO NAS NOVAS MUDANÇAS DE ARRECADAÇÃO Por Francisco João dos Santos | Foto Divulgação

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an ga redação, tais valores deveriam ser recolhidos pelos tomadores "até o úl mo dia ú l da quinzena subsequente àquela quinzena em que ver ocorrido o pagamento à pessoa jurídica fornecedora dos bens ou prestadora do serviço". Pela nova redação, o prazo passa a ser "até o úl mo dia ú l do segundo decêndio do mês subsequente àquele mês em que ver ocorrido o pagamento à pessoa jurídica prestadora do serviço".

revista Ferramental chega a sua edição de número 60, relembrando os contribuintes de seus direitos a créditos do IPI¹ para ressarcimento do valor do PIS² e COFINS³. O ar go facilitará ao departamento contábil sua escrituração. Em meio a uma possibilidade de crédito, cabe-nos informar aos clientes e contribuintes da exorbitância de atos arrecadatórios do governo federal, que mobilizou-se mais uma vez com alterações à legislação tributária com o fim de engordar os cofres públicos. A “bola da vez” foram as retenções da CSRF (Contribuições Sociais Re das na Fonte), que nada mais eram do que valores re dos quando o contribuinte emi a um documento fiscal com valor acima de R$ 5 mil e, neste caso, a legislação obrigava a retenção do CSLL⁴, COFINS e PIS a 1%, 3% e 0,65% respec vamente. A novidade é que a par r de 22/06/2015 todos os valores serão tachados, observadas as alterações na lei 13.137/2015. Boa leitura e até a próxima edição.

A Lei 9.363/1996 concedeu à empresa produtora e exportadora de mercadorias nacionais crédito presumido do IPI, como ressarcimento do PIS e COFINS incidentes sobre as respec vas aquisições, no mercado interno, de matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagem, para u lização no processo produ vo.

ALTERAÇÃO NA RETENÇÃO CSRF 2015

Direito ao crédito presumido

As alterações entraram em vigor na data da publicação da Lei nº 13.137/2015, ou seja, desde o dia 22/06/2015. A par r desta data, a retenção fica dispensada quando o seu valor for igual ou inferior a R$ 10, exceto na hipótese de DARF⁵ eletrônico efetuado por meio do SIAFI⁶. Lembramos que, pelo regime anterior, válido até o dia 21/06/2015, a dispensa ocorria apenas para os pagamentos de valor igual ou inferior a R$ 5 mil. Com as alterações, foi revogado o § 4º do ar go 31 da Lei nº 10.833/2003; ou seja, não existe mais a regra pela qual era obrigatória a soma de todos os valores pagos no mês, para efeito de cálculo do limite de retenção, na hipótese de ocorrer mais de um pagamento no mesmo mês à mesma pessoa jurídica, compensando-se o valor re do anteriormente. O prazo para recolhimento das contribuições sociais re das durante o mês também foi alterado, mediante nova redação conferida ao ar go 35 da Lei nº 10.833/2003. Conforme a

Fará jus ao crédito presumido a pessoa jurídica produtora e exportadora de produtos industrializados nacionais. O direito ao crédito presumido aplica-se inclusive: I. a produto industrializado sujeito à alíquota zero; II. nas vendas à empresa comercial exportadora, com o fim específico de exportação.

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CRÉDITO PRESUMIDO DO IPI PARA RESSARCIMENTO DO VALOR DO PIS E COFINS

Base de cálculo A base de cálculo do crédito presumido será determinada mediante a aplicação, sobre o valor total das aquisições de matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagem adquiridos no mercado interno, do percentual correspondente à relação entre a receita de exportação e a receita operacional bruta do produtor exportador. O crédito fiscal será o resultado da aplicação do percentual de 5,37% sobre a base de cálculo.


DICAS DO CONTADOR Exemplo: Empresa optante pelo Lucro Presumido Valor dos materiais adquiridos: R$ 2 mil Valor do % da receita de exportação: 45% Valor do crédito do IPI = R$ 2 mil x 45% x 5,37% = R$ 48.330

O crédito presumido poderá ser transferido para qualquer estabelecimento da empresa para efeito de compensação com o IPI, observadas as normas expedidas pela Secretaria da Receita Federal. Já a Lei 10.276/2001 estabelece procedimento alterna vo à Lei 9.363/1996 para fins de determinação do crédito presumido do IPI, para ressarcimento do PIS e COFINS pelo exportador, permi ndo a inclusão na base de cálculo, além dos materiais, do valor da prestação de serviços de industrialização, energia elétrica e combus veis, adquiridos no mercado interno e u lizados no processo produ vo (art. 1- parágrafo 1, I e II). Não aplicação do crédito às empresas tributadas pelo lucro real Observe-se que, a par r de 01/12/2002, por força do ar go 6 da Lei 10.637/2002, o direito ao ressarcimento da contribuição para o PIS não se aplica à pessoa jurídica subme da à apuração do lucro real e sujeita às regras de não cumula vidade (ar go 2 e 3 da Lei 10.637/2002). Porém, para a COFINS, o direito ao crédito permaneceu até 31/01/2004. E, a par r de 01/02/2004, para as empresas tributadas pelo lucro real, sujeitas às regras de não cumula vidade do PIS e da COFINS, não se aplicará mais o cálculo do crédito presumido (ar go 14, da Lei 10.833/2003). CONTABILIZAÇÃO DO CRÉDITO PRESUMIDO É entendimento deste autor que o crédito presumido corresponde a uma redução dos custos de aquisição das matériasprimas e demais insumos da empresa. O crédito da Lei 9.363/96 origina-se pela compra da matériaprima ou insumos des nados à exportação, portanto, vinculada a um fato principal (aquisição de insumos) e dependente dele. Não se trata de uma “receita”, mas de uma recuperação de custo das respec vas matérias primas ou insumos.

D - IPI a recuperar (a vo circulante) C - Recuperação de custos - IPI crédito presumido (conta de resultado) ou estoque de matérias-primas (a vo circulante) R$ 150.000,00 Por ocasião da compensação com o IPI devido nas operações pra cadas no mercado interno, o registro contábil, a compensação integral, será a seguinte: D- IPI a pagar (passivo circulante) C- IPI a recuperar (a vo circulante) R$ 150 mil No caso de ressarcimento em moeda corrente por impossibilidade de compensação com o IPI: D - Bancos conta movimento (a vo circulante) C - IPI a recuperar (a vo circulante) R$ 150 mil

Nota do autor: a Receita Federal tem entendimento diferente, e trata o crédito presumido do IPI como “receita”, tributável pelo PIS, COFINS, IRPJ⁷ e CSLL. Entende o autor que se trata de equívoco, já que o valor ressarcido, na forma de crédito do IPI assemelha-se à verdadeira recuperação do custo, e não é uma espécie de receita. Muitos contribuintes já ques onaram tal tributação, com sucesso, e cabe ao contabilista responsável examinar a questão e procurar alertar aos administradores da empresa sobre a polêmica. Autor: Júlio César Zanluca Fonte: h p://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/creditopresumidoipi.htm e h p://guiatributario.net/2015/06/22/credito-presumido-do-ipi-para-exportadores/ ¹IPI: Imposto sobre Produtos Industrializados. É um imposto federal e, neste caso, somente a União pode ins tuí-lo ou modificá-lo sobre produtos industrializados no Brasil. Está previsto no ar go153, IV, da Cons tuição Federal. Suas disposições estão descritas através do Decreto 7.212 de 15/06/2010, que regulamenta sua cobrança, fiscalização, arrecadação e administração. ²PIS/PASEP: o Programa de Integração Social é uma contribuição social de natureza tributária, devida pelas pessoas jurídicas, com obje vo de financiar o pagamento do seguro-desemprego e do abono para os trabalhadores que ganham até dois salários mínimos. O PIS foi criado pela Lei Complementar 07/70 para beneficiar os empregados da inicia va privada, enquanto o PASEP foi criado pela Lei Complementar 08/70 para beneficiar os servidores públicos. Foi ins tuído com a jus fica va de promover a integração do empregado na vida e no desenvolvimento das empresas. Na prá ca consiste em um programa de transferência de renda, possibilitando melhor distribuição de renda nacional. ³COFINS: a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social é uma contribuição federal, de natureza tributária, incidente sobre a receita bruta das empresas em geral, des nada a financiar a seguridade social. Tem por base de cálculo o faturamento mensal (receita bruta da venda de bens e serviços) ou o total das receitas da pessoa jurídica. ⁴CSLL: é a sigla de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, ins tuída pela Lei 7.689/1988. Aplicam-se à CSLL as mesmas normas de apuração e de pagamento estabelecidas para o imposto de renda das pessoas jurídicas, man das a base de cálculo e as alíquotas previstas na legislação em vigor (Lei 8.981, de 1995, ar go 57). Desta forma, além do IRPJ, a pessoa jurídica optante pelo Lucro Real, Presumido ou Arbitrado deverá recolher a Contribuição Social sobre o Lucro Presumido (CSLL), também pela forma escolhida. ⁵DARF: Documento de Arrecadação de Receitas Federais. ⁶SIAFI: o Sistema Integrado de Administração Financeira do governo federal é um sistema contábil que tem por finalidade realizar todo o processamento, controle e execução financeira, patrimonial e contábil do governo federal brasileiro. ⁷IRPJ: é a sigla para Imposto de Renda - Pessoa Jurídica. São contribuintes do IRPJ as pessoas jurídicas e as empresas individuais. As disposições tributárias do IR aplicam-se a todas as firmas e sociedades, registradas ou não.

Exemplo: Empresa com crédito do IPI (Lei 9.363/96) de R$ 150 mil decorrentes de aquisições, no mês, de matérias-primas com direito ao crédito:

Maiores informações pelo e-mail abra@grupoabra.com ou pelo fone 47 3028 2180 REVISTA FERRAMENTAL JULHO.AGOSTO 2015 39


REDE SENAI

EDITAL SENAI SESI DE INOVAÇÃO TEM 40 MILHÕES DE REAIS PARA O DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS INDUSTRIAIS ENTRE AS NOVIDADES DESTA EDIÇÃO ESTÃO A CATEGORIA EXCLUSIVA PARA STARTUPS E A PARCERIA COM AGÊNCIA BRITÂNICA DE INOVAÇÃO PARA A REALIZAÇÃO BILATERAL DE PROJETOS. INSCRIÇÕES VÃO ATÉ 7 DE DEZEMBRO Por André Marcon Zana a | Diretor do ISI Sistemas de Manufatura | www.sc.senai.br/inovacao

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mpresas de pequeno, médio e grande porte, que têm projetos tecnológicos ou de melhoria de qualidade de vida do trabalhador, podem se inscrever no Edital SENAI SESI de Inovação- 2015. Este ano serão R$ 40 milhões para o desenvolvimento de novos produtos, processos e serviços que visem o aumento da produ vidade e compe vidade das empresas brasileiras. O valor é 31,14% superior ao do ano passado. Os projetos devem ser desenvolvidos em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) ou com o Serviço Social da Indústria (SESI). “Nesta edição, a principal novidade é a parceria com a agência britânica de inovação, a Innovate UK, para o desenvolvimento bilateral de projetos nas áreas de água, energia ou resíduos. Projetos nessas áreas aprovados no edital poderão ser escolhidos para ser executados em parte no Reino Unido, nas etapas de testes, protó pos e aprimoramento”, explica Marcelo Prim, gerente execu vo de inovação e tecnologia do SENAI. A parceria visa es mular a transferência de tecnologia e a troca de experiência entre profissionais dos dois países para, assim, fortalecer o ecossistema de inovação no Brasil. O Edital SENAI SESI de Inovação tem como missão custear projetos de inovação tecnológica. Além disso, desta vez, as startups estão contempladas em uma categoria específica. A ideia é financiar projetos de até R$ 150 mil para soluções rápidas que ajudem, por exemplo, em produtos-piloto ou protó pos. Todos os concorrentes precisam atuar em parceria com os departamentos regionais do SENAI, do SESI ou do SENAI/Ce qt. As inscrições vão até 7 de dezembro na página do Edital na internet: www.editaldeinovacao.com.br. Assim como no úl mo ano, haverá um ciclo con nuo de inscrição. Dessa forma, as empresas terão chance de submeter propostas a qualquer tempo, até fevereiro de 2016, com possibilidade de seleção em avaliações trimestrais.

CATEGORIAS - Empresas de qualquer porte podem inscrever projetos em três categorias: Categoria A - inovação tecnológica - projetos realizados em parceria com o SENAI, orçados em até R$ 400 mil. Os projetos desta modalidade poderão ser desenvolvidos de forma bilateral, em parceria com o Innovate UK. Prazo: 20 meses para ser executado a par r da contratação. Categoria B - startups inovadoras - Projetos de startups de base tecnológica, realizados em parceria com o SENAI, orçados em até R$ 150 mil. Prazo: 10 meses para ser executado a par r da contratação. Categoria C - soluções de Saúde e Segurança no Trabalho (SST) e qualidade de vida - projetos realizados em parceria com o SESI, orçados em até R$ 400 mil. Prazo: 20 meses para ser executado a par r da contratação. PASSO A PASSO 1 - Inscrição: o projeto inovador pode ser inscrito a qualquer tempo até 7 de dezembro de 2015. Cada projeto pode ser orçado em até R$ 400 mil; 2 - Análise: as ideias apresentadas serão analisadas trimestralmente por um comitê de avaliadores que inclui especialistas do ITA e da FGV. Serão três períodos de avaliação; 3- Plano de projeto: são levados em conta o potencial inovador da ideia e a capacidade da empresa colocá-la no mercado; 4 - Os projetos aprovados serão ranqueados. Aqueles que es verem dentro do limite de crédito disponível para o ciclo seguem para a fase de contratação e execução. Os que ficarem abaixo, porém aprovados, terão chance no ciclo seguinte. HISTÓRICO Ao longo de 10 anos, o Edital de Inovação já recebeu 4.424 propostas. Ao todo, 620 projetos foram aprovados.

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

Projetos Aprovados

7

7

9

21

26

62

77

98

105

112

96

Inves mento em R$ milhões

0,375

0,595

0,65

1,3

4,5

12,5

15,5

26

30

30,5

30,5

40 REVISTA FERRAMENTAL JULHO.AGOSTO 2015



ENFOQUE

SEMPRE LIGADO FIQUE POR DENTRO DAS NOVIDADES TECNOLÓGICAS DO MUNDO DA FERRAMENTARIA

O

centro de Usinagem Universal Mul tarefa 5 Eixos G550T, fabricado pela GROB, é uma máquina única para realizar operações de fresamento e torneamento com motofuso horizontal em apenas uma fixação. O G550T possui a mesma co nfi g u ra çã o b á s i ca d a s d e m a i s máquinas da Série G da fabricante: G350, G550 e G750. A combinação do motofuso de alta rotação e a mesa giratória oferece a possibilidade de realizar também operações de torneamento no centro de usinagem e apresenta duas vantagens principais: o produto pode ser posicionado na horizontal ou inclinado para realização da usinagem, o que facilita a queda de cavacos. Além disso, nesta configuração é possível trabalhar com o volteio máximo na área de trabalho e comprimentos máximos de ferramenta, uma caracterís ca que poucos conceitos de máquinas oferecem. Todas essas vantagens são possíveis devido à configuração única do G550T. Os acionamentos dos eixos A, B e Y na mesa giratória seguem o mesmo conceito do G350 e G550. Estes acionamentos garantem altas precisões de posicionamento e excelente desempenho devido à ausência de desgaste. A rigidez da máquina foi aprimorada por simulações computacionais, principalmente para o dimensionamento das guias lineares e dos mancais da mesa giratória. Uma nova tecnologia de fixação permite a fixação do produto com três castanhas centralizadoras ou fixação eletromecâni-

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ca sem componentes hidráulicos. Menor tempo de usinagem e alta precisão estas são as vantagens da tecnologia mul tarefa. O G550T é máquina ideal para usinagem de componentes desde carcaças de bombas e elementos de turbinas até produtos maiores para a indústria de veículos comerciais, efetuando as operações sem necessidade de várias fixações. Além disso, componentes que requerem alta precisão de fresamento e furação assim como um processo de torneamento dinâmico tem aplicação no novo G550T. O equipamento pode ainda ser conectado com o Sistema de Controle de Produção G-Net, uma nova tecnologia de so wares dedicados para acompanhamento da produção em Centros de Usinagem da GROB. O G-Net é composto por cinco aplica vos modulares: GLine, conexão remota com a máquina pelo smartphone, onde a máquina fica conectada à internet e pode ser monitorada por qualquer computador ou smartphone conectado à internet; GRecord, feedback da máquina para melhoria con nua do processo, onde a máquina registra con nuamente o estado atual e os dados são coletados e processados pelo G-Record em um banco de dados, criando indicadores muito precisos; G-Fusion, conectando o mundo real com o sistema ERP, possibilitando inserir todas as informações acumuladas no ERP diretamente através do sistema de controle da máquina; GCare, portal de serviços e manutenção, projetado para criar um diário de

registros das manutenções realizadas e informar o operador com antecedência sobre o próximo intervalo de manutenção, além de disponibilizar contato direto com a assistência técnica da GROB e; G-Coach, pacote que abrange so wares de programação, simulação e t r e i n a m e n t o s , o fe r e c e n d o u m a plataforma simples e de fácil u lização aos operadores. Cada módulo pode ser individualmente personalizado para as aplicações dos clientes. A GROB já está u lizando o G-Net em sua própria produção na matriz na Alemanha. Atualmente o sistema fornece feedback essencial para a melhoria con nua da produção, tanto para os operadores quanto para a equipe de desenvolvimento. Desta maneira o sistema é constantemente aperfeiçoado e os clientes GROB recebem soluções que já foram aplicadas na prá ca. Grob 11 4367-9100 www.grobgroup.com

A

AUTODESK está oferecendo o Desktop Subscrip on em resposta a uma demanda crescente do mercado, exigindo flexibilidade e acessibilidade. É uma ó ma escolha se você tem uma variação no número de funcionários e de projetos. O modelo de negócio é uma nova opção de licenciamento, que permite a locação de licenças, adequando suas necessidades ao orçamento como, por exemplo, a contratação de funcionários temporários ou um


aumento de projetos. Oferece ao usuário o direito de u lizar o so ware Autodesk por um período de tempo específico, com a opção da renovação do contrato. Clientes que comprarem o Desktop Subscrip on irão receber suporte técnico, acesso a versão mais recente do so ware e acesso a serviços de nuvem. As opções são: Trimestral - Plano de locação de licenças com duração de três meses, com possibilidade de renovação. Por exemplo, se um cliente compra um plano começando no dia 31 de agosto, a licença irá terminar no dia 30 de novembro (ou no úl mo dia do mês); Anual Plano com duração de doze meses, com possibilidade de renovação. Os principais bene cios do modelo são: Custo reduzido e previsível; Suporte técnico, conferência via web, acesso remoto e email; Suporte via Web para os produtos inclusos no contrato diretamente com a Autodesk; Acesso ao Subscrip on Center para gerenciamento das licenças e realização de download da nova versão, extensões e advantage packs; Permite a instalação e u lização do so ware em domicílio; U lização da licença fora do território nacional (90 dias); U lização gratuita do so ware Autodesk Inventor HSM Express CAM 2,5 Eixos (somente para clientes Autodesk Inventor); 25 GB de espaço para armazenamento na nuvem (Autodesk 360); Renderização na nuvem; Acesso gratuito ao Autodesk Fusion 360 CAD (solução avançada para modelamento free-form - formas livres e complexas) - Disponível para clientes Autodesk Product Design Suite Premium com contrato de subscrição e; Acesso gratuito ao Autodesk Fusion 360 C A D/C A M (solução avançada para modelamento free-form - formas livres e complexas/solução para usinagem 3 eixos)- Disponível para clientes Autodesk Product Design Suite Ul mate com

contrato. O Desktop Subscrip on inclui acesso ao suporte básico ou avançado, dependendo da forma de aquisição ou do nível da suite. Autodesk 11 5501-2500 | www.autodesk.com

O

grupo J U N K E R apresenta a Jucenter 6L, re ficadora de alta velocidade com rebolo CBN, comercializada pela Bener, que combina todas as possibilidades de re ficação em uma única base. Ao invés de operar com máquinas individuais para as diferentes tarefas de re ficação, os processos são feitos em dois centros separados, porém instalados sobre a mesma máquina. O resultado é altamente eficiente com a mais elevada precisão. O equipamento oferece alto rendimento e precisão com a pica qualidade dos produtos JUNKER. Projetada para usinar três pos de eixos (eixos de comando, virabrequins e eixos de transmissão), a máquina opera com duas estações de trabalho, estabelecendo assim um novo padrão às operações de re ficação. São várias versões, que podem ser combinadas para o mizar a produção em uma única base e um único comando. A máquina permite operar duas estações em uma única máquina. A estação 1 é u lizada geralmente para re ficação circular de assentos de mancais em eixos de comando ou virabrequins. A estação 2 serve para re ficação não circular nos casos de perfis de cames ou de forma pendular em virabrequins. Dependendo da especificação da máquina, pode ser equipada para produções da direita para a esquerda ou vice-versa de acordo com o sen do de alimentação das peças. As peças são re ficadas em uma sequência ininterrupta, com redução drás ca do valor do inves mento em comparação às outras máquinas do mercado, devido à


ENFOQUE economia com as unidades de carregamento e descarregamento, equipamentos auxiliares e controles. Em números, a forma compacta da Jucenter 6L representa uma redução de cerca de 40% no valor inves do, de 60% no espaço ocupado e 50% na mão de obra. Cálculos realizados pela J U N K E R mostram que a máquina trabalha com tolerância de 1 milésimo e pode finalizar um mancal, por exemplo, a cada 45 segundos. Reúne as vantagens de duas tecnologias diferentes em uma única máquina, garan ndo aumento da produ vidade e aumento da confiabilidade do processo. Entre seus avanços tecnológicos estão aferição em processo com o controle da precisão dimensional, controles como o "learning func on", incluindo a compensação automá ca do desvio de circularidade e erros dimensionais, alta precisão com guias circulares hidrostá cas (eixo X, fuso de alimentação e rolamentos axiais) e processos desacoplados. As principais caracterís cas técnicas da peça de trabalho são: altura do centro com Ø máximo de 170 mm; volteio com Ø máximo de 280 mm; comprimento de fixação máximo de 500 m m ; co m p r i m e nto d e u s i n a ge m máximo de 500 mm; peso máximo da peça de trabalho entre os centros de 30 kg. As caracterís cas da máquina são: rebolo CBN; alimentação do eixo X com CNC; movimento CNC longitudinal do eixo Z; resolução do eixo de alimentação de 0,0001 mm; dimensões de 4.500 x 3.000 x 2.250 mm e; peso de 28.000 kg. Junker/Bener 19 3826-7373 www.bener.com.br

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eguladores hidráulicos de velocidade são comercializados pela DRILLMASTER. Os Kinecheks têm

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mais capacidade, podem ser montados em qualquer posição, são extremamente pequenos e não requerem nenhum reservatório de fluido externo. Um Kinechek pode fazer mais trabalho por um período mais longo de forma mais segura e precisa do que qualquer outra solução hidráulica de controle de velocidade. Podem ser usados para regular precisamente a velocidade de qualquer disposi vo que se move. Velocidade constante é uma caracterís ca importante dos equipamentos. São mais precisos no movimento do que as aplicações convencionais, porque o fluido de silicone é selado à vida e filtrado a cada ciclo. Nenhuma sujeira, poeira ou fiapo pode contaminar o fluido. Um Kinechek é a resposta quando se necessita de um temporizador eficiente e de confiança, assim como um controle exato da velocidade. As vedações especiais patenteadas e o diafragma fornecem vedação perfeita e baixo coeficiente de atrito na haste, para um controle macio, seguro e constante da velocidade. É uma unidade hidráulica notável e a prova de vazamentos (leakproof). Herme camente selado, podem ser montados em qualquer posição, e tem vida ú l de milhões dos ciclos. Permanecem limpos e são excelentes para o uso em equipamentos de processamento de alimentos, equipamentos médico e ó co, e em máquinas automá cas de produção. Os reguladores hidráulicos de velocidade Kinecheks são de fácil instalação e são usados em uma grande variedade de aplicações. São ideais para controlar com precisão a velocidade de avanço de c i l i n d ro s p n e u m á c o s e o u t ro s disposi vos e estão disponíveis com cursos de 1/2”, 1”, 2”, 3”, 4” e 6” e capacidades de 110N a 4.400N. pequenos e não requerem nenhum

reservatório de fluido externo. Um Kinechek pode fazer mais trabalho por um período mais longo de forma mais segura e precisa do que qualquer outra solução hidráulica de controle de velocidade. Podem ser usados para regular precisamente a velocidade de qualquer disposi vo que se move. Velocidade constante é uma caracterís ca importante dos equipamentos. São mais precisos no movimento do que as aplicações convencionais, porque o fluido de silicone é selado à vida e filtrado a cada ciclo. Nenhuma sujeira, poeira ou fiapo pode contaminar o fluido. Um Kinechek é a resposta quando se necessita de um temporizador eficiente e de confiança, assim como um controle exato da velocidade. As vedações especiais patenteadas e o diafragma fornecem vedação perfeita e baixo coeficiente de atrito na haste, para um controle macio, seguro e constante da velocidade. É uma unidade hidráulica notável e a prova de vazamentos (leakproof). Herme camente selado, podem ser montados em qualquer posição, e tem vida ú l de milhões dos ciclos. Permanecem limpos e são excelentes para o uso em equipamentos de processamento de alimentos, equipamentos médico e ó co, e em máquinas automá cas de produção. Os reguladores hidráulicos de velocidade Kinecheks são de fácil instalação e são usados em uma grande variedade de aplicações. São ideais para controlar com precisão a velocidade de avanço de c i l i n d ro s p n e u m á c o s e o u t ro s disposi vos e estão disponíveis com cursos de 1/2”, 1”, 2”, 3”, 4” e 6” e capacidades de 110N a 4.400N. Drillmaster 11 4361-4977 www.drillmaster.ind.br


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D E B ´ M A Q comercializa a fresadora universal Diplomat FU360 de alta rigidez, precisão e flexibilidade. As principais caracterís cas técnicas do equipamento são: tamanho da mesa de 360 x 1.320 mm; peso admissível sobre a mesa de 350 kg; ângulo de giro da mesa de 45º; curso em X de 1.000 mm; curso em Y de 400 mm; curso em Z de 460 mm; avanço rápido engrenado em X, Y e Z igual a 2.365, 2.210 e 940 mm/min respec vamente; número de avanços X/Y/Z igual a 16 posições; ava n ço d e t ra b a l h o e n g re n a d o longitudinal (X) com mínimo/máximo de 22 a 770 mm/min; transversal (Y) com mínimo/máximo de 20 a 718 mm/min; ver cal (Z) com mínimo/máximo de 8 a 306 mm/min; curso do torpedo de 700 mm; diâmetro dos fusos X/Y/Z de 32 mm; gama de velocidades variando de 48 a 2.160 rpm em 24 posições e; potência do motor principal de 4/5,5 kW e do motor dos avanços de 1,3/1,8 kW. Como acessórios padrão tem: sistema de refrigeração de corte; sistema de lubrificação automá ca centralizada; sistema de iluminação; jogo de chaves de serviço; jogo de grampos com 58 peças; eixo porta-fresa de 16mm, 22mm e 27mm com anéis espaçadores; divisor universal completo com placa diâmetro 160 mm; porta-pinças ISO 40; avanço automá co X, Y e Z; jogo de pinças de 4 a 25mm, variando de 1 em 1 mm; morsa paralela mecânica com abertura de 200 mm; guias X, Y e Z temperadas, re ficadas e com material an fricção; indicador digital de posição nos eixos X, Y e Z; cabeçote ver cal com suporte ar culável incorporado à máquina. A máquina tem 2.070 x 2.025 x 1.950 mm e peso de 2.350 kg.

Deb´maq 35 3433-8310 | www.debmaq.com.br

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ISCAR apresenta ao mercado a broca TriDeep, nova solução para executar furos profundos e precisos de forma rápida e com baixo custo. A ferramenta trabalha de 2 a 3 vezes mais rápido que a broca-canhão convencional, pode ser u lizada em máquinas dedicadas para furação profunda, tornos, centros de usinagem, mandrilhadoras entre outras, e é a primeira broca do po a trabalhar com pas lha de metal duro com 3 arestas de corte. A nova broca u liza também guias re ficadas de metal duro integral e permite executar furos com tolerância de diâmetro dentro de IT10, e a ngir níveis de rugosidade superficial extrafina. As pas lhas TO G T especialmente desenvolvidas para a broca TriDeep, além das 3 arestas de corte, são também re ficadas e possuem fase alisadora (wiper), caracterís cas essas que, combinadas com a montagem das guias re ficadas oferecem o bene cio de um furo preciso sem qualquer necessidade de ajuste ou regulagem. A pas lha TOGT possui ainda uma geometria de corte muito posi va que permite um corte suave e menor consumo de potência da máquina. A aresta de corte apresenta segmentadores (chip spli er) que formam cavacos curtos facilmente re m o v í ve i s d o f u ro m e s m o e m e q u i p a m e n t o s c o m p re s s ã o d e refrigeração mais baixa, evitando quebras decorrentes de problemas com escoamento de cavaco. Produzidas na classe IC908 com reves mento PVD TiAlN, as pas lhas podem ser usadas para furação de aço, ferro fundido, inox, metais não ferrosos, aços endurecidos ou materiais de alta resistência como


ENFOQUE tânio e Inconel. A gama standard de medidas abrange diâmetros de 16 a 28 mm em opções de comprimento ú l de 10xD, 15xD e 25xD. Versões especiais podem ser produzidas até 4.500 mm de comprimento ú l. Iscar 19 3826-7137 www.iscar.com.br

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e p r e s e n t a d a p e l a MAQUIMPORT, a Denn, fabricante espanhola, coloca no mercado o Torno de Repuxar modelo MAX 1000, produzido no Brasil através de jointventure, com capacidade de discos até 1.000 mm. Suas principais caracterís cas técnicas incluem: altura de ponto da bancada de 1.000 mm; distância entre pontos de 980 mm; acoplamento do molde através de cone longo conforme ASA B-5.9; curso do carro longitudinal de 576 mm e do carro transversal de 560 mm; capacidade de esforço longitudinal e transversal iguais a 30 kN; velocidades máximas de avanço longitudinal e transversal de 10 m/min; deslocamento do contra ponto igual a 500 mm; esforço máximo no contra ponto de 8 kN; potência do motor principal igual a 30 kW; potência do motor do grupo hidráulico de 3 kW; velocidade de giro do fuso principal de 2.500 rpm e; voltagem da máquina com opções de 220V a 60 Hz ou 380V a 60 Hz. O equipamento pode trabalhar com espessuras de até 4 mm para alumínio, 3 mm para aço ST 37 e 1,5 mm para aço inoxidável. As espessuras são teóricas e deverão ser avaliadas para cada aplicação e forma de peça. Maquimport 11 2862-0488 www.maquimport.com.br

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lizado para criar, simular, divulgar e gerenciar projetos de produtos u lizando uma série abrangente de soluções de projetos 3D, o Solidworks Premium 2015, da DASSAULT SYSTÈMES, é um pacote de programas que oferece funcionalidade avançada e facilidade de uso para automa zar tarefas, agilizando o fluxo de trabalho e auxiliando na definição e validação da forma, ajuste e funções do projeto. A transformação rápida de ideias em realidade é suportada pelos diversos módulos do sistema. Na modelagem e montagem de peças, as funcionalidades são: modelagem de sólidos 3D; projeto conceitual; recursos de projeto de grandes montagens; super cies avançadas; chapas metálicas; soldagens; projeto de moldes (peças moldadas e as ferramentas necessárias para criá-las, inclusive com super cies de núcleos e cavidades, inclinação, par ção automá ca e componentes de base de molde); projeto de tubulação rígida/flexível; projeto de cabos/chicotes e conduítes elétricos. Os recursos de renderização fotorrealistas e animações incluem: PhotoView 360; animações passo a passo e com anotações; animação de montagens. Ainda o recurso de desenho 2D permite: criação automá ca de vistas de desenhos; atualização automá ca de vistas de desenhos; dimensionamento; lista de materiais (BOM); anotações; verificação de padrões; controle de desenho. É possível ainda u lizar as ferramentas de Projeto por Custo (DFC Design for Cost) e orçamentos automa zados, que incluem es ma va de custos automá ca e configurações de fabricação personalizáveis. A detecção de interferências e colisões, verificação de alinhamento de furos em peças e montagens e análise de empilhamento

de tolerâncias é outro recurso interessante. Ainda o Projeto para Viabilidade de Fabricação ( D F M - Design for Manufacturability) autoriza comparar alterações em peças e desenhos e verificar inclinação, rebaixo e espessura de parede de produtos moldados. A saída de dados permite gerar: padrões planos de chapa metálica; planificação de super cies que não podem ser desenvolvidas; impressão 3D/criação rápida de protó pos; dados 2D para fabricação; gráficos de furos, tabelas de soldagem, listas de corte, tabelas de ferramentas de punção, dados de dobra de tubulação C N C; integração de parceiros CAM 3D. Solidworks 11 2348-9960 www.3ds.com/pt-br



INOVAÇÃO

EFICIÊNCIA É IMPORTANTE, MAS CRIATIVIDADE É DECISIVA MUITAS VEZES BRINCAR COM SERIEDADE PODE DESPERTAR RESULTADOS INÉDITOS E INESPERADOS DE FORMA POSITIVA, DANDO NOVO SIGNIFICADO AOS NEGÓCIOS Por Ianiv Wainberg Pires

G

ostaria de tratar na coluna deste mês de um tema relacionado ao que vínhamos abordando nas úl mas duas edições (inovação em modelos de negócio). Na úl ma edição da Expogestão, feira ocorrida em Joinville no mês de maio, um dos palestrantes convidados, o professor Bruce Nussbaum, falou do tema sobre o qual entendemos que a ngiu um nervo exposto. O tema abordado foi inteligência cria va em um ambiente onde o contexto econômico, tecnológico e social é repleto de vola lidade, incerteza, ambiguidade e complexidade. Empresas de natureza fabril, como matrizarias, por natureza focam em qualidades de controle, eficiência e conformidade. Estas qualidades são decisivas em ambientes rela vamente estáveis, onde as mudanças são incrementais, e os processos produ vos/tecnológicos e regras econômicas mudam ao longo de uma geração. Nestes tempos de lei de Moore¹, China e internets dos dados e das coisas, o cenário é outro e demanda um a tude diferente para que nossos negócios sobrevivam. O cerne desta nova a tude é a cria vidade. Esta palavra, carregada de conotações frívolas, gera associações a a vidades lúdicas que não devem ter lugar em um ambiente de trabalho que almeja eficiência e rentabilidade. O que talvez tenha fundamento quando se vive em um contexto estável, previsível e regular, que não é o momento que vivemos agora. Diversas forças conspiram para que nossa era seja de disrupção. A ascensão do millennials², acostumados com tecnologias digitais e um mercado globalizado, torna menos relevante o conceito de “praça comercial”, posto que os verdadeiros limitantes a transações globais são o preço e o tempo. A concorrência passa a ser o mundo todo. Esta nova geração conhece e viaja o mundo, as potencialidades e entraves de cada mercado, não se restringindo aos problemas do contexto local. Existe clareza quanto à necessidade de olhar além das paredes da indústria. Os consumidores e parceiros potenciais contemporâneos querem autonomia para tomar decisões. Posto que o conhecimento técnico, antes feudo de privilegiados, agora está escancarado na internet, qualquer pessoa suficientemente interessada é 48 REVISTA FERRAMENTAL JULHO.AGOSTO 2015

Ianiv Wainberg Pires


INOVAÇÃO capaz de fazer decisões que antes necessitavam de intermediários com autoridade no assunto. O papel das organizações neste contexto deve ser o de parceiro, não autoridade. Neste ambiente mutante, de mercados abertos, informação transparente e consumidores experts, como podemos u lizar a cria vidade para criar diferenciais, já que somente a busca por eficiência não é mais suficiente para oferecer uma proposição de valor única? Bruce cita algumas estratégias com as quais entende poder aumentar o QC (Quociente de Conexão) - um parente do conhecido QI (Quociente de Inteligência), mas que mede a capacidade de inovação, não de resolução de problemas com variáveis totalmente conhecidas. Estas estratégias são: 1. A busca por sen do: é prá ca comum na literatura de negócios dizer que o obje vo das empresas é sa sfazer as necessidades dos clientes. Fazendo isso sanamos seus problemas mais básicos, mas não despertamos o desejo, o sonho. Evidentemente tal fenômeno é mais claro em mercados orientados ao consumidor final (celular - smartphone), mas muito provavelmente nenhum comprador potencial de zíperes imaginava que o velcro poderia resolver seus problemas de maneira econômica, flexível e esté ca. Encontrar sen do é uma prá ca que ocorre durante a observação atenta do contexto no qual os clientes usam seu produto. Quais são os desejos subjacentes? Suas queixas? Quais são os produtos subs tutos? Esse po de pergunta é o berço das inovações.

processos estruturados de resolução de problemas, é uma forma de gerar resultados inéditos e inesperados. Talvez não ó mos, mas certamente novos. Esta estratégia, aliada à busca por sen do, pode gerar novos significados, e por consequência, novos negócios. Geralmente a brincadeira consiste em unir pontos que muitas vezes são demandas latentes, tecnologias, hábitos e preferências. Jogando com esses elementos, através de metáforas e analogias, por exemplo, todos somos capazes de iden ficar soluções potenciais para problemas persistentes. Esta abordagem é possível em qualquer indústria, e designers não são obrigatoriamente os mediadores que catalisam este po de inovação, posto que os métodos são conhecidos e abertos. Designers podem, no entanto, ser úteis, não somente como proje stas de produto, mas como idealizadores de soluções. Isso se dá por pra carem a disciplina da cria vidade de forma sistemá ca, permi ndo com que, rápida e eficientemente, se explorem caminhos inovadores para problemas conhecidos. E até para alguns problemas novos!

2. Resignificação: esta estratégia consiste em entender a narra va de seu negócio de uma nova forma, o que implica em reavaliar o modelo de negociação. Uma matrizaria/ferramentaria pode se entender como uma fábrica de ferramentais para a indústria plás ca, mas também pode se entender como uma fábrica de componentes de usinagem de precisão. O parque fabril e a exper se³ técnica são similares. A narra va é diferente.

¹Lei de Moore: Até meados de 1965 não havia nenhuma previsão real sobre o futuro do hardware, quando o então presidente da Intel, Gordon E. Moore fez sua sua profecia, na qual o número de transistores dos chips teria um aumento de 100%, pelo mesmo custo, a cada período de 18 meses. Essa profecia tornou-se realidade e acabou ganhando o nome de Lei de Moore [wikipedia.org. ²Millennials: A Geração Y, também chamada geração do milênio (por isso Millennials) ou geração da internet, é um conceito em sociologia que se refere, segundo alguns autores, ao grupo dos nascidos após 1980 e, segundo outros, de meados da década de 1970 até meados da década de 1990, sendo sucedida pela geração Z. Essa geração desenvolveu-se em uma época de grandes avanços tecnológicos e prosperidade econômica. Os pais, não querendo repe r o abandono das gerações anteriores, encheram-nos de presentes, atenções e a vidades, fomentando a autoes ma de seus filhos. Eles cresceram vivendo em ação, es mulados por a vidades, fazendo tarefas múl plas. Acostumados a conseguirem o que querem, não se sujeitam às tarefas subalternas de início de carreira e lutam por salários ambiciosos desde cedo. É comum que os jovens dessa geração troquem de emprego com frequência em busca de oportunidades que ofereçam mais desafios e crescimento profissional. Uma de suas caracterís cas atuais é a u lização de aparelhos de alta tecnologia. ³Exper se: do francês, exper se. Significa perícia, avaliação ou comprovação realizada por um especialista em determinado assunto.

3. Brincar com seriedade: Em nossa vida adulta, par cularmente no mundo dos negócios, estamos inclinados a acreditar que não há espaço para brincar. Mas brincar, ao contrário de

Ianiv Wainberg - Sócio da Bertussi Design, consultor em design de produtos e gestão da inovação, com atuação junto a indústrias de médio e grande porte de diversos segmentos. Tem passagem em empresas como Dell, RBS, Unimed e Feevale. Bacharel em Design de Produtos e MBA em Gestão Estratégica.


ESPAÇO conexão www LITERÁRIO

DICAS DE LEITURA CAMINHOS DA USINAGEM Marcelo Acácio Rodrigues | Editora Artliber (342 páginas . 1ª edição/2015 . ISBN 978-85-88098-94-7) A obra reúne sete anos de publicações mensais de Marcelo Acácio. Nas palavras do autor, o chão de fábrica é o ambiente deste livro, que aborda os detalhes que conduzem aos melhores resultados na manufatura por usinagem, desde a formação do cavaco até a administração da produção e de todas as modalidades que ela compreende. Para que Caminhos da Usinagem passasse do formato coluna para livro, os seus textos foram organizados e reeditados. São 11 capítulos: Mecanismos da Formação do Cavaco, Metalurgia e Materiais, Desgaste, Máquinas e Disposi vos, CAD/CAM/CNC, Ferramentas e Geometria de Corte, Furação, Torneamento, Alargamento, Re ficação e Organização da Produção. No final, um apêndice reúne referências de publicações sobre o processo de usinagem. GESTÃO DA INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS Paul J. Tro | Editora Grupo Abra (648 páginas . 4ª edição/2012 . ISBN 978-85-40701-65-6) Aqui estão os ingredientes que, segundo regras, princípios e técnicas bem claras, podem ser objeto das mais diversas combinações e levar à inovação. O autor apresenta um leque de discussões atuais e imprescindíveis para que estudantes e profissionais envolvidos com novos produtos e inovação consigam construir seus próprios modelos de análise e gestão. Trata com propriedade o modo como fazer para lidar com muitas das inúmeras variáveis envolvidas no processo de gestão da inovação que, em úl ma instância, sempre enfrenta mudanças e novos produtos. DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS - Guia de Bolso Ministério da Saúde - Secretaria de Vigilância em Saúde - Departamento de Vigilância Epidemiológica www.bvsms.saude.gov.br (444 páginas . 8ª edição/2010) As várias edições deste Guia de Bolso têm sido fruto de um trabalho cole vo que envolve profissionais e dirigentes das áreas técnicas afins do Ministério da Saúde. Os editores têm o papel de coordenar esse processo e revisar os capítulos, com vistas a imprimir certa uniformidade à publicação, além de elaborar capítulos sobre temas específicos. Assim, centenas de profissionais vêm par cipando a vamente dessa construção, de modo que parte dos conteúdos das edições anteriores permanece nas seguintes. É disponibilizado gratuitamente pelo Ministério da Saúde através da BVSBiblioteca Virtual em Saúde, que tem como propósitos reunir, organizar e disseminar informações em saúde, com ênfase na produção ins tucional, uma vez que as publicações do MS não são comercializadas. Disponível na versão digital. GESTÃO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS - Conceitos, modelos e instrumentos Alexy Dubois, Luciana Kulpa, Luiz Eurico de Souza | Editora Atlas (272 páginas . 3ª edição/2009 . ISBN 978-85-2245536-2) Este livro traz uma análise sobre os efeitos dos juros sobre o capital de giro nas despesas financeiras, além de apreciações fundadas sobre as definições tradicionais e técnicas inovadoras, em um esforço de informação e compreensão do complexo universo que é o ensino de custos. Os autores também mostram e ilustram com casos prá cos de especial u lidade, fixando os conceitos e apresentando instrumentos do dia a dia para aqueles que buscam uma formação no ramo e que pretendam atuar profissionalmente nas a vidades relacionadas a custos e formação de preços. O livro está dividido em três partes. Na parte I são apresentados os elementos estruturais de custos e alguns conceitos básicos que deverão nortear o leitor. A parte II trata de sistemas e métodos de custeio. Por fim, a parte III contempla os elementos necessários para uma boa focalização sobre formação do preço de venda e suas influências no resultado das organizações. Cada capítulo contém uma série de exemplos prá cos resolvidos e propõe testes de fixação e exercícios. Os estudos de caso são apresentados nos capítulos considerados de maior relevância.



SAÚDE

O CONTÁGIO MORA AO LADO O AMBIENTE DE TRABALHO PODE SER UM DOS PRINCIPAIS LOCAIS DE CONTÁGIO DE DOENÇAS, AFINAL É ONDE GRANDE PARTE DA POPULAÇÃO PASSA A MAIOR PARTE DO TEMPO. ALGUNS CUIDADOS SÃO FUNDAMENTAIS PARA MANTER A SAÚDE EM DIA E EVITAR QUE VÍRUS E BACTÉRIAS Por Marcela Mayrinck | Foto Divulgação

Q

uando crianças, nos primeiros dias de escola pegávamos todo po de doença, desde uma simples gripe à tão temida caxumba. Já na fase adulta o local onde esses vírus e bactérias se espalham é no trabalho, onde provocam problemas até mais graves, que podem resultar em vários dias de atestado médico. As contaminações ocorrem, em sua maioria, pela falta de cuidados preven vos - como manter a estação de trabalho arejada e higienizada - e transmissão pessoal, pois várias vezes o indivíduo exerce suas a vidades doente, e em muitas delas nem sabe que está com um vírus ou bactéria que pode fazer mal para ele e seus colegas. Os riscos são o contágio em cadeia, o que resulta na lacuna no quadro de profissionais e queda de produ vidade. Por esta razão é importante, além do cuidado individual, que os líderes conscien zem seus colaboradores com relação a este tema e mantenham o funcionário enfermo afastado das a vidades até sua total recuperação. Afinal, é melhor ter um pequeno desfalque do que ficar sem a maior parte da equipe. De acordo com a médica do trabalho da clínica Nexvital e das empresas Krona e Petrobrás Transportes, Dr.ª Monica Lorenz, as patologias mais transmi das no trabalho são as de natureza viral e parasitária, como conjun vite, gripes, diarreias e hepa te. VIGILÂNCIA CONSTANTE A saúde do trabalhador vem sendo objeto de estudo de suma importância, e por essa razão é necessário que a prevenção e conscien zação com relação a si mesmo e ao próximo sejam aplicadas diariamente. Veja algumas dicas da Dr.ª Monica de

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como evitar a propagação de enfermidades: - Orientar os trabalhadores com DSMS (Diálogos sobre Segurança, Meio Ambiente e Saúde) abordando a prevenção de doenças com medidas de higiene no local de trabalho e alimentação saudável; - Dar atenção especial para a higienização constante das mãos; - Disponibilizar álcool gel, pias com acionamento via sensores e sabão líquido; - Disponibilizar descartáveis, evitando o compar lhamento de louças; - Manter o ambiente arejado e limpo. A profissional atende entre cinco e dez pessoas por mês com problemas de doenças contraídas no local de trabalho e alega que uma das principais causas da propagação de enfermidades é a falta de acompanhamento médico já no começo da infecção. “Na minha empresa afastamos o empregado de suas a vidades logo no início dos sintomas, e o mantemos afastado até que o período de transmissão da doença cesse”, afirma Dr.ª Monica, que aconselha também evitar a aglomeração de pessoas, principalmente em locais pouco ven lados. EXAMES EM DIA Também com intuito de evitar o contágio de doenças entre seus colaboradores, é obrigatório que as empresas os encaminhem para o conhecido como exame admissional antes do primeiro dia no emprego novo. Dessa forma é possível iden ficar qualquer po de doença que o indivíduo tenha e detectar possíveis pré-disposições para outros problemas de saúde.


SAÚDE O que boa parte da população não sabe é que, além do exame admissional, o empregador tem ainda a obrigação de oferecer exames periódicos aos seus funcionários, visando garan r a manutenção da saúde para o desempenho das funções, reduzir a taxa de absenteísmo e minimizar a chance de arbitrariedades em caso de doença. Veja abaixo com que frequência e em que casos eles devem ser realizados: 

Para trabalhadores expostos a riscos ou a situações de trabalho que impliquem no desencadeamento ou agravamento de doença ocupacional, ou ainda para sejam portadores de doenças crônicas, deverão ser repe dos:

Anualmente ou com intervalos menores de acordo com o médico encarregado, ou se no ficado pelo médico agente da inspeção do trabalho, ou como resultado de negociação cole va de trabalho;  De acordo com a periodicidade especificada no anexo número 6 da Norma Regulamentadora 15 (NR 15), para os trabalhadores expostos a condições hiperbáricas (pressão do ar superior à atmosférica). 

Para os demais trabalhadores:

Anualmente, para os colaboradores com menos de 18 e mais que 45 anos de idade;  A cada dois anos para os trabalhadores entre 18 e 45 anos de idade. 

Ao retornar ao trabalho após 30 dias ou mais de afastamento, o trabalhador deve realizar o exame de retorno. O mesmo acontece quando ele passa a cumprir outra função ou caso ocorra qualquer alteração de a vidade, posto de trabalho ou de setor que o exponha a riscos diferentes daqueles provenientes da função anterior. A analista financeira Mariana de Oliveira se previne diariamente para evitar o contágio de doenças no ambiente de trabalho. Tanta preocupação tem seus mo vos, além de dividir a sala com mais seis pessoas, o ambiente está sempre fechado e com o ar-condicionado ligado. Ela ainda deixa a dica: “O aparelho é um grande propagador de doenças, pois fica em um local onde há várias pessoas e, se uma está gripada, contagia a outra facilmente”.


CIRCUITO BUSINESS

FEIRAS, CONGRESSOS E CURSOS FEIRAS E CONGRESSOS JULHO 2015 4 a 6/07 | Beijing, China 11ª A I A E - Feira Asiá ca Internacional de Automação Industrial www.auto-wo.com 8 a 10/07 | Shangai, China China Die Cas ng 2015 - 10ª Feira e Congresso Internacional sobre Moldes para Fundição www.diecastexpo.cn 12 a 14/07 | São Paulo SP, Brasil Congresso Brasileiro do Aço & Expoaço 2015 (21) 2524-6917 | www.acobrasil.org.br 12 a 18/07 | Chengdu, China 23 ª ICCE - Conferência Anual Internacional sobre Compósitos e Nano Engenharia www.icce-nano.org 28 a 31/07 | Serra, ES, Brasil MecShow 2015 - 8ª Feira da Metalmecânica, Energia e Automação (27) 3434-0600 | www.mecshow.com.br 29/07 a 1/08 | Maringá, PR, Brasil Metalmecânica 2015 – 11ª Feira Metalmecânica de Maringá (41) 3075-1100|www.feirametalmecanica.com.br AGOSTO 2015 11 a 14/08 | Goiânia, GO, Brasil MAC & TOOLS 2015 - 3ª Feira de Máquinas e Ferramentas da Indústria Metalmecânica do Centro-Oeste (41) 3262-0525 | www.feiramactools.com.br 17 a 21/08 | Rio de Janeiro, RJ, Brasil ABM Week 2015 70º Congresso Anual ABM 52º Seminário de Laminação 46º Seminário de Aciaria 45º Seminário de Redução 16º Simpósio de Minério de Ferro 3º Simpósio de Aglomeração 34º Seminário de Logís ca 36º Seminário de Balanços Energé cos 30º Encontro de Gases Industriais 19º Seminário de Automação & TI 15º Enemet 6º Seminário de Trefilação 12º Seminário Brasileiro de Aço Inoxidável (11) 5534-4333 | www.abmbrasil.com.br 21 a 24/08 | Phnom Penh, Camboja 5º Feira Internacional do Plás co, Borracha, Impressão, Embalagem e Indústria de Alimentos www.camboexpo.com/CIMIF 25 a 28/08 | Caxias do Sul, RS, Brasil Plastech 2015 - Feira do Plás co, Borracha, Compósitos e Reciclagem

54 REVISTA FERRAMENTAL JULHO.AGOSTO 2015

(54) 3228-1251 | www.plastechbrasil.com.br

www.epla.pl/en/

26 a 28/08 | Hanói, Vietnã Intermold Vietnam 2015- Feira sobre Manufatura de Moldes e Matrizes www.vietnammanufacturingexpo.com

22 a 25/09 | Düsseldorf, Alemanha Euromold 2015 - Feira Internacional de Moldes e Matrizes www.euromold.com

26 a 29/08 | Taipei, Taiwan Taimold 2015 - Feira Internacional da Indústria de Moldes e Matrizes www.odm-dmi.com/en/exhibitor/apply.asp

28/09 a 1/10 | São Paulo, SP, Brasil FENAF 2015 - 16ª Feira La no - Americana de Fundição CONAF 2015- 17º Congresso ABIFA de Fundição (11) 3549-3344 | www.fenaf.com.br

26 a 29/08 | Manila, Filipinas PDMEX 2015 - 7ª Feira das Filipinas para Moldes, Matrizes, Máquinas e Equipamentos www.pdmaec.brinkster.net/index2.html 27 a 29/08 | Dar-es-Salaam, Tanzânia 18ª AutoExpo 2015 Interna onal Trade Exhibi onFeira de Negócios Internacionais www.expogr.com 31/08 a 2/09 | Atlanta/GE - EUA Thermoforming 2015 - 24ª Conferência Anual sobre Termoformagem www.4spe.org SETEMBRO 2015 1 a 4/09 | Joinville, SC, Brasil Intermach 2015-Feira Internacional de Tecnologia, Máquinas, Equipamentos, Automação e Serviços para a Indústria Metalmecânica Cintec 2015 -Congresso de Inovação Tecnológica: Mecânica e Automação (47) 3451-3000 | www.intermach.com.br 2 a 4/09 | Glasgow, Inglaterra 13º Congresso Internacional de Conformação a Frio www.strath.ac.uk 3/09 | São Paulo, SP, Brasil Autodesk University Brasil 2015 - Encontro de usuários Autodesk (11) 5501-2500 | www.autodesk.com.br 10 a 12/09 | Salvador, BA, Brasil SAIE Vetro 2015 -Salão I nerante de Esquadrias e Vidros (11) 5585-4355 www.saiebrasil.com.br 15 a 17/09 | Guangzhou, China Asiamold 2015 - Feira Internacional de Moldes e Matrizes www.asiamold-china.com 16 a 19/09 | Ho Chin Minh City, Vietnam Plas cs Vietnam Interna onal Plas c Exhibi on 15 Feira Vietnamita do Plás co www.vietnamplas.com 21 a 24/09 | Poznan, Polônia EPLA 2015 - Feira Internacional para Plás co e Borracha

OUTUBRO 2015 5 a 7/10 | Indianápolis, IN, EUA NADCA 2015 - Feira e Congresso sobre Moldes para Fundição www.diecas ng.org 5 a 10/10 | Milão, Itália EMO 2015 - Exposição Mundial de Máquinasferramenta www.emo-milano.com 6 a 7/10 | Itupeva, SP, Brasil Best Prac ce Day Staufen Ták ca- Gestão Lean (19) 3262-0011 | www.best-prac ce-day.com.br 7 a 9/10 | Porto Alegre, RS, Brasil SENAFOR 2015 19ª Conferência Internacional de Forjamento 18ª Conferência Nacional de Conformação de Chapas 5ª Conferência Internacional de Conformação de Chapas 2º Congresso do BrDDRG 5ª Conferência Internacional de Materiais e Processos de Energias Renováveis (51) 3308-6134 | www.senafor.com 7 a 9/10 | Osaka, Japão 18ª Exposição de Componentes Mecânicos & Tecnologia dos Materiais www.dms-kansai.jp 8 a 11/10 | Mumbai, Índia India Pack 2015 - 6ª Feira Internacional da Embalagem www.chanchao.com.tw 13 a 17/10 | Friedrichshafen, Alemanha 24ª Fakuma - Feira Internacional para o Processamento de Plás cos www.fakuma-messe.de 14 a 15/10 | Joinville, SC, Brasil Moldes 2015 - Encontro da Cadeia de Fabricante de Moldes (11) 5534-4333 | www.abmbrasil.com.br 15 a 19/10 | Guangzhou, China Canton Fair 2015 1ª Fase - 118ª Feira de Importação e Exportação da China www.cantonfair.org.cn


20 a 23 | São Paulo, SP, Brasil Corte e Conformação 2015- 8 Feira sobre Corte e Conformação de Metais Brazilian Welding Show - Feira sobre Soldagem Corte e Conformação 2015 - 8º Congresso sobre Corte e Conformação de Metais Brazilian Welding Show - Congresso sobre Soldagem (11) 3824-5300 | www.arandanet.com.br 21 a 24/10 | Joinville, SC, Brasil Intercon 2015 -Feira e Congresso da Construção Civil Cintec 2015 -Congresso de Inovação Tecnológica: Construção Civil, Arquitetura e Urbanismo (47) 3451-3000 | www.feiraintercon.com.br 28 a 31/10 | Batalha, Portugal Moldplas 2015 - Salão de Máquinas, Equipamentos, Matérias-Primas e Tecnologia para Moldes e Plás cos www.exposalao.pt

27/07 a 18/08 | Fitso, São Paulo, SP Curso: Cimatron E – Modelamento de produto CAD (11) 4718-1611 | eduardo@fitso.com.br 27 a 30/07 | ABM, São Paulo, SP Curso: Engenharia do forjamento (11) 5534-4333 | www.abmbrasil.com.br 28/07 | Magma, São Paulo, SP Curso: Parametrização de geometrias- Fundição (11) 5535-1381 | www.magmaso .com.br 29/07 a 20/08 | Fitso, São Paulo, SP Curso: Cimatron E – Fresamento CAM 3x (11) 4718-1611 | eduardo@fitso.com.br

AGOSTO 2015 3/08 | ABAL, São Paulo, SP Palestra: Defeitos de fundição – Estudos de casos (11) 5904-6450 | abal@abal.org.br

JULHO 2015

6 a 7/08 | UFRGS, Porto Alegre, RS Curso: 23º Treinamento em Estampagem (51) 3308-6134 | forging@ufrgs.br

6 a 10 | ABM, São Paulo, SP Curso: Análise de falhas (11) 5534-4333 | www.abmbrasil.com.br

6 a 7/08 | ABM, São Paulo, SP Curso: Trefilação do alumínio (11) 5534-4333 | www.abmbrasil.com.br

7/07 | Magma, São Paulo, SP Curso: Compreendendo tensões em fundição (11) 5535-1381 | www.magmaso .com.br

6 a 7/08 | ABAL, São Paulo, SP Curso: Trefilação do alumínio (11) 5904-6450 | abal@abal.org.br

11/07 | TK Treinamento, Joinville, SC Curso: CNC fresamento parametrizado (47) 3027-2121 | www.tktreinamento.com.br

11/08 | ABAL, São Paulo, SP Curso EAD: Corrosão do alumínio e suas ligas (11) 5904-6450 | abal@abal.org.br

18/07 | TK Treinamento, Joinville, SC Curso: CAM PowerMill avançado Curso: CAD SolidWorks modelamento avançado de peças (47) 3027-2121 | www.tktreinamento.com.br

12 a 14/08 | ABAL, São Paulo, SP Curso: Fundição das ligas de alumínio sob pressão (11) 5904-6450 | abal@abal.org.br

CURSOS

18/07 a 1/08 | Fitso, Piracicaba, SP Curso: Cimatron E – Fresamento CAM 3x (11) 4718-1611 | eduardo@fitso.com.br 20 a 22/07 | ABM, São Paulo, SP Curso: Trefilação (11) 5534-4333 | www.abmbrasil.com.br 20 a 23/07 | ABM, Vitória, ES Curso: Fundamentos do processo de laminação dos aços (11) 5534-4333 | www.abmbrasil.com.br 23 a 24/07 - UFRGS, Porto Alegre, RS Curso: 43º Treinamento em Forjamento (51) 3308-6134 | forging@ufrgs.br 25/07 a 22/08 | Fitso, Mairinque, SP Curso: Cimatron E – Modelamento de produto CAD (11) 4718-1611 | eduardo@fitso.com.br

17 a 18/08 | ABAL, São Paulo, SP Curso: Fusão do alumínio – Aspectos prá cos (11) 5904-6450 | abal@abal.org.br 20/08 | ABAL, São Paulo, SP Palestra: Ferramentaria para extrusão de alumínio (11) 5904-6450 | abal@abal.org.br 22/08 a 26/9 | Fitso, São Paulo, SP Curso: Cimatron E – Projeto de estampos CAD 3D (11) 4718-1611 | eduardo@fitso.com.br 23 a 24/08 | ABAL, São Paulo, SP Curso: Laminação do alumínio – Conceitos básicos (11) 5904-6450 | abal@abal.org.br 24/08 a 10/9 - Fitso, São Paulo, SP Curso: Cimatron E – Projeto de moldes CAD 3D (11) 4718-1611 | eduardo@fitso.com.br 30/08 | ABAL, São Paulo, SP Curso EAD: Fundição das ligas de alumínio (11) 5904-6450 | abal@abal.org.br


CONEXÃO WWW

VDI-BRASIL www.vdibrasil.com A VDI-Brasil - Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha, que foi fundada em 1956 em São Paulo, é um competente centro para esclarecimento de dúvidas tecnológicas e incen va a cooperação tecnológica entre o Brasil e a Alemanha. Desde março de 2008, trabalha em parceria com a Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo e, desde então, seu escritório também está localizado em suas dependências. Com foco em engenheiros e futuros profissionais da área, a organização oferece cursos, seminários e palestras sobre temas técnicos e também voltados à formação gerencial e assuntos relacionados às mais novas tecnologias internacionais, especialmente alemãs e brasileiras. Além de contribuir para o aperfeiçoamento profissional do engenheiro, traz possibilidades de networking, um importante ingrediente no mundo corpora vo atual. Sua missão é agir como interlocutor de tendências tecnológicas entre Brasil e Alemanha, tendo como foco empresas e engenheiros no Brasil; e contribuir para o desenvolvimento profissional dos engenheiros no Brasil, por meio de cursos, informa vos, eventos e visitas técnicas.

WWW ITA www.ita.br O ITA - Ins tuto Tecnológico de Aeronáu ca, fundado em 16/01/1950, é uma ins tuição universitária pública ligada ao Comando da Aeronáu ca (COMAER). Está localizado no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), na cidade paulista de São José dos Campos. Especializado nas áreas de ciência e tecnologia no setor aeroespacial, o ITA oferece cursos de graduação em Engenharia; pósgraduação stricto sensu em nível de Mestrado, Mestrado Profissional e Doutorado e pós-graduação lato sensu de especialização e de extensão. Criado em 1950, por inspiração do Marechal Casimiro Montenegro Filho e intensa cooperação internacional, o ITA é considerado um centro de referência no ensino de engenharia no Brasil. Em sua página eletrônica é possível acessar a biblioteca virtual, que permite visualizar teses e dissertações com diversas abordagens em materiais, processos de fabricação, conformação e tecnologias de fabricação.


MARKETING

LÍDERES QUE GERAM RESULTADOS Por Alex Medeiros | Foto Arlei Schmitz

H

á muitos anos venho trabalhando com pessoas e para várias empresas, grandes e pequenas, nesse tempo percebi que o fator de sucesso de uma empresa passa quase invariavelmente pelo líder que ela possui. Existem três pos de lideranças que pra mim fazem a diferença no resultado de uma organização, sendo: Líder proa vo Ser proa vo é antecipar e iden ficar possíveis circunstâncias ao invés de reagir a elas. Devido às exigências do dia-a-dia, alguns líderes apenas reagem a situações inesperadas que surgem, no entanto, reagir sempre produz resultados menos eficazes. Um líder proa vo sempre está aberto a mudanças, porque sem mudança não há crescimento. Empresas que operam apenas em resposta às circunstâncias perdem tempo e recursos valiosos, que drenam os seus lucros. A empresa que possui um líder proa vo avalia e reavalia suas estratégias constantemente, para manter seu desempenho sempre oxigenado. Líder com propósito Cada decisão e ação de um líder deve haver um mo vo ou uma necessidade associada. Faça essas perguntas a você: - Por que eu iniciei o meu negócio? - Que aspiração ou obje vo eu tenho? - Que impacto posi vo pode a minha empresa ter sobre os outros? Alguns empresários acreditam que o seu único obje vo é ganhar dinheiro, mas se você olhar para aqueles que são os

mais bem sucedidos do mundo, vai ver que eles nham uma visão maior em mente. Descubra qual é o seu propósito, em seguida faça com que as decisões da sua empresa se alinhem com ele. Compar lhe com seus funcionários e trabalhe de forma consistente em direção a um obje vo comum, e isso com certeza irá se traduzir em maiores lucros para seu negócio. Líder parceiro Dentro de uma organização há quatro parceiros chave que devemos considerar: funcionários, clientes, fornecedores e inves dores. Parceiros não são os que pensam como você ou agem de forma conveniente, parceiros são pessoas que podem pensar e agir de forma diferente, que são reconhecidos pelos grandes líderes independente das diferenças. Funcionários que recebem o reconhecimento de seus líderes tendem a ser pessoas mais felizes. Empregados que trabalham com esse po de liderança têm maior produ vidade gerando mais resultados para suas organizações. Clientes que encontram em uma empresa um parceiro na figura do líder ou refle da por seus funcionários se torna um grande defensor de sua marca, gerando um cliente fiel e apontador de seus produtos e serviços a outros. Avalie sua liderança e seus resultados e reflita. Bom trabalho! Alex Medeiros, Consultor de Marke ng alex@alexmed.com.br

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OPINIÃO

CAPACITAÇÃO DO PROFISSIONAL FERRAMENTEIRO Por Rodrigo Manzano | Foto Fábio Pestana

O

brasil está mudando, não com a velocidade que deveria, mas está começando a entender e dar o devido valor ao aumento de produ vidade que há anos falamos. O aumento de produ vidade só se dá com maior nível tecnológico dentro das empresas e com a capacitação de seus colaboradores para extrair todo o potencial das novas tecnologias. Várias ações são tomadas todos os anos para ajudar na capacitação dos trabalhadores, desde apresentações dentro das empresas com os fornecedores de tecnologia, até apresentações em faculdades, viagem para o exterior, encontros e seminários com foco em determinados segmentos da indústria. As ferramentarias são geralmente empresas pequenas e familiares, nem sempre com alto nível de profissionalização, e nem como empresas mul nacionais, onde se pode u lizar de “intercâmbio” dos funcionários nas plantas para que eles possam aprender a forma com que suas matrizes conseguiram aumentar a produ vidade e reduzir custos. Neste caso, a melhor forma seria que as ferramentarias se organizassem em grupos para esta troca de informação e aprendizado, mesmo que estas sejam concorrentes em sua região. Na atualidade, se os clientes não encontrarem melhores preços no mercado nacional, irão importar. Por isso é importante que estes grupos sejam formados para trocarem informações e tornar o mercado ou a região especializados em 58 REVISTA FERRAMENTAL JULHO.AGOSTO 2015

produzir com alta compe vidade perante o mercado mundial. A empresa que não se focar em ter alta produ vidade, atendendo as necessidades de qualidade e prazo de entrega dos seus clientes, não conseguirá se manter no mercado e acabará sendo consumida pelas que estão focadas em melhorar seus processos e capacitar seus funcionários para as novas tecnologias desenvolvidas. Pensando nesta necessidade, a Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM) realizará o 13º Moldes, que este ano ocorrerá nos dias 14 e 15 de Outubro na Associação Empresarial de Joinville (ACIJ). A ideia é que nos próximos anos este evento vá para outros polos ferramenteiros. O obje vo do evento é trazer palestrantes especializados no segmento de usinagem de moldes, compar lhando casos de sucesso e fabricantes de equipamentos com tecnologia para aumento de produ vidade, como automação em ferramentaria, menor tempo de setup, menor tempo de usinagem de peças, dentre outros. A par cipação do evento será gratuita e os interessados deverão fazer a sua inscrição pelo site www.abmbrasil.com.br/seminarios/moldes/2015 a par r de 15 de julho.

Rodrigo Manzano é coordenador de moldes 2015.




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