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ALE NEK’s, rede de pizzaria sem pizzaiolo, inova o segmento da alimentação
Rede lança pizzas artesanais feitas sem pizzaiolo e entregues em minutos
A Revista Franquia & Global Opportunities conversou com Virgínia Ueda que está lançando a nova rede de franquias Ale Nek’s em um segmento que vende mais de um milhão de pizzas por dia, mas que oferece um novo conceito de negócio. Uma pizzaria compacta, sem pizzaiolo, um fast food que convida para o consumo de pizzas artesanais, montadas na hora, massas e saladas a qualquer horário do dia e em um ambiente temático que remete a um navio de piratas onde a capitã leva a uma experiência sensorial e entrega seu pedido em até sete minutos
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ANeka, ainda criança, sonhava em abrir seu próprio negócio com seu primo Alex. Juntos, já tinham tudo planejado, seria uma pizzaria à beira mar. O principal diferencial do negócio seria a experiência que os amantes de pizza teriam no local. Nome e o propósito do estabelecimento nasceram naquela época. “Criamos a marca em uma brincadeira de criança, na beira da praia, já pensando em oferecer diversão e bom atendimento aos clientes”, relembra a empresária Virgínia Ueda. Assim nasceu a Ale Nek’s, com a junção dos apelidos dos primos e o sonho de empreendedorismo e coragem da mulher que começou a trabalhar aos 16 anos. Formada em Ciências contábeis, sempre foi muito ligada às pessoas, na área de RH. Em 2018, entrou para o mundo das franquias, como franqueada, investindo em sua unidade no ramo de alimentação. A ideia tinha um propósito: conhecer mais de perto todos os processos de gestão de uma rede no segmento. Operou sua unidade franqueada durante mais de dois anos para criar e vivenciar essa experiência, conhecer de perto a operação de uma rede e poder chegar, alguns anos depois, ao seu sonho inicial de criar sua própria marca no segundo maior segmento de vendas do mundo, pizzas.
Mas, foi a pandemia que acelerou esse caminho e levou a ex-franqueada, a fechar sua unidade. “Com o lockdown não tivemos fôlego para se manter porque não tínhamos um delivery forte, e nosso faturamento caiu em 70%. Entrei
em pânico, achando que todo nosso investimento teria sido em vão, mas no dia seguinte senti a certeza de que esse era o caminho certo, me enchi de coragem e planejamos o passo a passo do lançamento”, lembra.
O negócio foi pensado para se tornar uma rede de franquias levando produtos de alta qualidade, ambiente criativo e inovador que gera uma experiência diferenciada e sensorial. A grande novidade é a forma como as pizzas são ‘montadas’: é o próprio cliente que cria seu combo, escolhe o tipo de massa e vai acrescentando seus recheios e molhos. O projeto tomou forma no final de 2019, quando a branding da rede ficou pronta. E, em plena pandemia de Covid-19, a empreendedora deu o start. A primeira pizzaria da Ale Nek´s – A Pizza da Capitã é um restaurante temático e instagramável com 200m2, onde o mundo dos mares é o pano de fundo. Cardápio, ambientes, janelas, mesas, decoração, tudo foi pensado para remeter ao universo pirata e a um navio. Além disso, a Capitã representa o empoderamento feminino: as mulheres que nunca desistem dos seus sonhos e se tornam ‘as capitãs de suas próprias trajetórias’. “Hoje, 90% do nosso time é composto por mulheres, elas são batalhadoras, e as capitãs das suas vidas e lares”, afirma a empresária.
DIFERENCIAIS DO NEGÓCIO
Segundo Virgínia, o modelo de negócio não é o de ‘mais uma pizzaria’, mas sim, é um lugar lúdico onde o consumidor e sua família se sentem únicos. Via tablet ou QRCode, o cliente tem o poder em suas mãos. “Escolher os seus próprios ingredientes, inventar combinações e montar seu pedido de forma personalizada é o que mais encanta, além da qualidade da massa e dos ingredientes e a rapidez da entrega. O pedido chega até o cliente em até sete minutos”, explica.
A operação, que é sucesso desde o seu lançamento na cidade de Uruguaiana (RS), fatura em média R$135 mil por mês. Em março de 2021, a marca iniciou o processo de expansão por meio do franchising. Hoje, algumas aceleradoras especializadas já atuam em várias regiões do país, com algumas áreas já reservadas. A boa notícia para os futuros franqueados da rede é a forma como a massa e os insumos chegam às unidades. “O processo é totalmente automatizado, artesanal e muito simples. Em cinco minutos, nossa massa é misturada, aberta, no abre massa, e pré-assada. Tudo foi desenvolvido com tecnologia de ponta.
Nossos franqueados não precisam de um pizzaiolo profissional. Isso facilita e barateia a operação. Além disso, a mistura para produção das massas é entregue seca, o que facilita e viabiliza o transporte também, diminuindo o CMV do produto. Esse desenvolvimento foi todo pensado para que a rede pudesse ter menos custos e mais rentabilidade.
Entender os processos internos de uma
10,5%
17%
AUMENTO DE CONSUMO
Pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), identificou que o Brasil mudou seus hábitos alimentares ao longo do processo de isolamento. Muitos brasileiros têm apelado para alimentos processados e fast-food. Com relação as pizzas, houve um aumento muito sugestivo:
Responsáveis por 10,5% do consumo antes da pandemia, agora as redondas já representam 17%.
A Associação Pizzarias Unidas do Brasil registrou que o setor foi um dos que menos sofreu com o isolamento social. Tudo isso graças as opções de delivery. Apesar de ter que adaptar os serviços para atender as novas normas de higiene, os estabelecimentos tiveram um aumento no faturamento de até 30%.
O Brasil é o segundo colocado no ranking de países que mais consomem pizzas no mundo. Ficamos atrás apenas dos Estados Unidos. Em apenas um dia, são produzidas mais de um milhão de pizzas, sendo, aproximadamente a metade desse número, apenas no estado de São Paulo. Mas as pizzas são o tipo de alimento que está presente em todo o País. Enquanto temos a calabresa a mais pedida em São Paulo, outras regiões contam com outros sabores. Em Salvador, Bahia, a pizza de frutos do mar está entre as mais pedidas Já em Belo Horizonte, Marguerita e Frango com Catupiry assumem a ponta.
Virgínia Ueda, fundadora da rede Ale Nek’s
unidade franqueada fez toda a diferença nesse planejamento. Nossos esforços e logística visam o sucesso dos franqueados”, garante a franqueadora.
Todo o pré-treinamento da padronização de receituário para produção dos molhos e da finalização dos produtos poderá ser feita previamente online. A rede foca no desempenho e na rentabilidade de cada unidade. O cardápio oferece opções tradicionais, veganas e para intolerantes a lactose, abrindo o leque do público.
A FRANQUIA
São quatro modelos de negócio, o modelo Delivery, que parte de um investimento inicial de R$107 mil, com uma projeção de faturamento bruto em torno de R$65 mil. Já o modelo Small Ship, loja de 40 m2 que além do delivery, também conta com uma pequena estrutura para acomodar alguns clientes para consumo no local, além de take-away, tem um investimento inicial estimado em R$129 mil. Nesse modelo de negócio, o faturamento é estimado em R$85 mil e a rentabilidade do franqueado gira em torno de 30%. Nesses valores, taxa de franquia, capital de giro e custos de instalação e equipamentos estão computados.
O modelo Smart, de 100 m2, estima o investimento inicial a partir de R$180 mil e as lojas de shopping cujo projeto inicial é a partir de R$220 mil, dependendo das necessidades de instalação.
A expectativa da marca é chegar a mais de 40 franquias vendidas em diversos estados brasileiros e faturamento de R$5 milhões até o final do ano.