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RAQUETES A POSTOS
SEJA NA PRAIA OU EM ARENAS FECHADAS, O BEACH TENNIS REÚNE UMA LEGIÃO DE ATLETAS NO CEARÁ, APAIXONADOS POR MOVIMENTO E DESCONTRAÇÃO
Banhado pelo mar e com sol praticamente o ano todo, o Ceará é o cenário perfeito pra diversos esportes náuticos e ao ar livre, mas um deles, em especial, tem levado à formação de uma verdadeira comunidade de praticantes: o beach tennis. Seja na praia ou em arenas espalhadas por todo o Estado - inclusive, em cidades sem ligação com o oceano -, os times são uma espécie de segunda família dos atletas.
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De acordo com a Federação Cearense de Tênis e Beach Tennis (FCTBT), a prática surgiu na Itália, no fim da década de 1980, e começou a se popularizar no Brasil, por volta de 2008, nas praias do Rio de Janeiro. Alguns anos depois, em viagem à capital fluminense, a empresária Brígida Frazão se interessou pelo esporte que usava redes e raquetes, como no tênis que ela já jogava, mas absorvia toda a informalidade e diversão de uma atividade entre
BRÍGIDA
Fraz O
TEVE CONTATO COM O BEACH TENNIS NO RIO DE JANEIRO, em uma viagem. No retorno, ela trouxe raquetes e uma bola para Fortaleza.
amigos. “Vi o pessoal jogando e fui me enturmar. Trouxe duas raquetes e uma bolinha para Fortaleza, mas não tinha arena, a gente jogava em frente ao Jardim Japonês”, conta. Com o tempo, o esporte foi se profissionalizando e ficou mais fácil encontrar instrutores capacitados e arenas exclusivas para a prática. As competições oficiais também ficaram mais frequentes e movimentadas, elevando o nível dos atletas, mas o que faz Brígida ser apaixonada pelo esporte é a leveza que ele proporciona. “Ele é agregador, a família toda pode jogar: avó, netos, tios, genros, noras. Eu me encontrei na turma de amigos que pratica comigo”, acrescenta ela, que reserva as manhãs de terça e quinta pra se movimentar no beach tennis, na Av. Beira-Mar.
A descontração e as amizades criadas e fortalecidas pelo esporte também fizeram com que a empresária Alice Diniz entrasse na turma de atletas. O encontro com a prática foi em fevereiro de 2021, por recomendação de uma amiga, e a identificação foi imediata. “O esporte do meu coração é a corrida, joguei vôlei por muito tempo, mas amei o beach tennis porque envolve saúde, amigos,
Com Ou Sem Praia
O site da Federação Cearense de Tênis e Beach Tennis (FCTBT) cita 33 arenas para a prática do esporte no Estado. Elas estão localizadas desde bairros afastados da orla, em Fortaleza, até cidades como Baturité e Quixadá, no interior do Ceará.
A lista completa está em fctbt.com.br endorfina, descontração. É bom pro corpo e pra mente”. Para conciliar com as atividades do cotidiano, Alice faz aulas em uma arena, espaço que permite a prática em diversos horários do dia e da noite, mas sempre que pode, ela combina de jogar na praia, coroando a atividade com um banho de mar. “O boom desse esporte veio depois da pandemia porque ele reúne tudo o que as pessoas estavam precisando, esse movimento de cuidar da saúde e da interação social”, avalia a empresária.
Disciplina Na Arena
O empresário Rodrigo Ponte viu, no beach tennis, o frescor que ele buscava após quase uma vida inteira jogando tênis. Mas longe de ser apenas um hobby, o esporte acabou virando um compromisso diário e, até, investimento financeiro. Há um ano e meio, ele e três sócios comandam a Villa Beach Tennis, arena com 12 quadras no bairro Patriolino Ribeiro. “Temos vários clubes e arenas no Estado, isso faz com que o esporte fique mais sério e agrega sempre mais pessoas”, argumenta. A semana de Rodrigo tem beach tennis pelo menos em seis dias, às vezes, até na hora do almoço, que é quando ele consegue espaço na agenda. “Queria muito que essa fosse minha atividade principal, mas por enquanto, ela permanece secundária”, brinca.
Ainda assim, hoje ele ocupa o primeiro lugar do Ceará, na categoria profissional, e disputa etapas chanceladas pela Federação junto com o parceiro de quadra, Márcio Petrone. ¤