Gestão Global #5

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P.M.E. LÍDER A Desenvolver Portugal

EM DESCOBERTA DA OCIDENTAL PRAIA LUSITANA Produto Português

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ANOS Revista Mensal Distribuição gratuita com o Jornal de Notícias e Diário de Notícias

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tema de ca pa

HÁ 25 ANOS NO MERCADO DA ELECTRÓNICA p ro d uto po r tug u ê s

AQUÁRIO EM ENTREVISTA pág. 6

Suportada no crescimento dos últimos anos, a Aquário fechou o ano de 2012 com um volume de negócio de cerca de cinco milhões de euros. “Num ano de tremendas dificuldades conjunturais a Aquário apresentou os melhores resultados de sempre”, revela o empresário José Sousa em entrevista à Gestão Global.

e dito ri a l

EM DESCOBERTA DA ANO NOVO, OCIDENTAL PRAIA LUSITANA VIDA NOVA pág. 28

pág. 4

p.m.e. l í der

P.M.E. LÍDER: A DESENVOLVER PORTUGAL pág. 5

uma referência no setor da saúde pág. 8

rederia no mercado da inovação pág. 10

na vanguarda do mercado pág. 12

há 30 anos no mercado dos empanques mecânicos pág. 14

hoje o mundo calça “made in portugal” pág. 16

tribérica: a empresa que dava um case-study

lousaestradas apresenta novas áreas de nogócio

pág. 18

pág. 24

lar residencial d. bárbara pág. 30

uma gráfica para o setor do calçado

triunfo na metalomecânica

castelogest · o parceiro ideal

pág. 20

pág. 26

pág. 32

barato é no supermercado couto

alma de pias: um vinho com paixão

da ambição ao projecto

pág. 22

pág. 29

pág. 34

Diretor Geral António Matos (amatos@gestaoglobal.pt) Editora Rita Almeida e Silva (rita.gestaoglobal@gmail.com) Redação Marta Cabral, Adélia Abreu, Liliana Marinho (gestaoglobal.redacao@gmail.com) Gestora Comercial Cátia Amorim Departamento Comercial Gestão Global Secretariado Cristiana Sousa

Distribuição gratuita com o Jornal de Notícias e Diário de Notícias Publicação editada ao abrigo do novo acordo ortográfico

Fotografia Banco de imagens Gestão Global

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ed ito r i a l

ANO NOVO, VIDA NOVA

Um verdadeiro cliché. Mas a verdade, é que o começo de um novo ano é sempre uma oportunidade para melhorar alguma coisa ou iniciar um novo projeto. Decisões importantes (ou pelo menos pensá-las, para descansar a consciência) são tomadas nesta altura do ano: “Para o ano, inscrevo-me num ginásio”, “É agora, vou deixar de fumar”, “Vou lutar pelo emprego dos meus sonhos”, entre outras… A nossa lista de “coisas para fazer no ano novo” parece ter muito sentido no primeiro dia de janeiro, mas geralmente é esquecida logo que a rotina volta ao normal, e aí as mudanças são adiadas mais uma vez. Será o nefasto “inconveniente de mudança” que nos assombra? A famosa reação contrária de todo e qualquer ser humano em resistir a modificações no seu quotidiano? Ou tudo o que nos leva para fora da nossa famosa zona de conforto incomoda e muito? São questões que nos levam a pensar que talvez o erro frequente seja não estabelecer objetivos realistas. Um ritual de passagem é sempre válido para fazermos um balanço geral das nossas ações e refletirmos se estamos no caminho certo. No entanto, não é preciso esperar qualquer simbolismo para colocar os nossos planos em prática. A realização é uma busca diária. Somos os únicos responsáveis por dar sentido à nossa vida, todos os dias, todos os anos. Bom início de ano e Boas Mudanças! Rita Almeida e Silva Editora

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P.M.E. LÍDER A DESENVOLVER PORTUGAL

Num país amplamente afetado pela perturbada situação económica e financeira que se abateu pelo mundo, as PME afirmam-se como o principal motor da economia Portuguesa. Assumem, cada vez mais, um papel preponderante no seio do tecido económico português, exprimindo um papel decisivo na criação de emprego e no fomento das exportações. O Estatuto de PME Líder é atribuído pelo IAPMEI (Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas) e pelo Turismo de Portugal, no caso das Empresas de Turismo, juntamente com os bancos parceiros, tendo por base a avaliação das melhores notações de rating e indicadores económico-financeiros e de gestão de cada Empresa. Esta distinção é atribuída no âmbito do Programa FINECRESCE, que tem como propósito distinguir as empresas que se afirmam como importantes alavancas de desenvolvimento económico do país, evidenciando sólidos graus de competitividade e, consequente, solidez financeira, com rentabilidade acima de média nacional.

A restituição de um sistema económico vigoroso que renove o país pode, em grande parte, ser alcançada através dos trilhos da globalização. A internacionalização da economia portuguesa afigura-se, nos tempos correntes, uma condições única de sobrevivência para as empresas em risco. Os mercados do Brasil e de Moçambique, atraídos pela língua e cultura comuns, sentem-se cada vez mais recetivos ao que Portugal lhes pode oferecer nomeadamente ao nível dos serviços e know how.

O Brasil é já a sexta maior potencia económica do mundo e prevê-se que, até 2020, ocupe o quarto lugar, à frente da França e da Alemanha. Continuando pela Rota Lusa, Moçambique destaca-se pelas oportunidades empresariais que tem vindo a despoletar bem como pela sua estabilidade política. Estes países ainda apresentam grandes lacunas no que concerne à mão de obra qualificada, que rapidamente pode ser saciada pelos jovens portugueses com habilitações, carentes de uma oportunidade de trabalho que os valorize e lhes reconheça a merecida realização profissional. É necessário que o povo português reveja o seu espírito empreendedor e faça jus aos seus ensinamentos, aplicando-os por forma a criar valor não somente para si como também para o país. Investir em novos mercados, apesar de tudo, constitui a melhor forma de mantermos ativa a atividade económica e social de Portugal! Marta Cabral

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HÁ 25 ANOS NO MERCADO DA ELETRÓNICA AQUÁRIO FECHA 2012 COM OS MELHORES RESULTADOS DE SEMPRE A eletrónica revolucionou por completo o modo de vida humano em todos os aspetos e melhorou inquestionavelmente a qualidade de vida das populações. Já pensou como consegue ligar a luz em sua casa, falar ao telefone, ver televisão ou ouvir música?

A eletrónica é a base da tecnologia moderna , da cibernética, da ciência da computação, da informática, da domótica, e de tantas outras ciências. Sem ela os sistemas de informação e comunicação do mundo moderno não funcionariam. Tudo o que hoje nos rodeia está envolvido de alguma forma com a eletrónica. Os componentes eletrónicos foram realmente um marco nas descobertas que nos proporcionaram um imenso avanço tecnológico e tornaram mais simples a nossa forma de viver. Precisamente com base nos componentes eletrónicos surge em 1988, a Aquário. Projetada e criada há 25 anos, a Aquário nasce a partir da necessidade do mercado prestar apoio às escolas e centros de formação com dificuldades em adquirir, à data, determinados componentes eletrónicos para a realização de ensaios no meio académico. A estes juntaramse os técnicos de eletrónica, da necessidade, fez-se oportuni-

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dade e a Aquário é hoje uma referência na comercialização de componentes e equipamentos eletrónicos. Cabos elétricos, comandos, baterias, alarmes, microfones, sirenes, lâmpadas, memórias, periféricos, computadores, impressoras ou até pequenos eletrodomésticos. A oferta é variada e compreende hoje mais de 80 mil referências em todas as áreas da eletrónica e informática. Nasceu num espaço de 30 m2 com apenas um funcionário. A partir daí “crescimento” foi sendo a palavra de ordem. Abriram-se novos espaços, agregaram-se novos setores, modernizaram-se procedimentos, contrataram-se mais pessoas. Hoje, a Aquário tem 2500 m2 de exposição espalhados por cinco lojas no norte do país e conta com vinte e cinco colaboradores nos seus quadros. A enorme diversidade da oferta que a Aquário disponibiliza aos clientes é o seu grande motor de oportunidade. Segundo José Sousa, administrador do Grupo Aquário, “quando algum cliente pretende determinada peça específica, sabe que na Aquário encontrará”. Desta forma, a empresa consegue atingir um nível elevadíssimo de fidelização dos clientes: “A permanente disponibilidade de stock, complementa e reforça a satisfação de quem nos procura”, conclui o empresário. Hoje, a Aquário oferece mais de 80 mil referências em todas as áreas da eletrónica e da informática, sendo a pesquisa por novos produtos diária.


Desde a diversidade de oferta, passando pela disponibilidade de stock até à constante procura de produtos inovadores, tudo acontece tendo como foco o cliente.

Suportado no crescimento dos últimos anos, a Aquário fechou o ano de 2012 com um volume de negócio de cerca de cinco milhões de euros. Segundo o empresário José Sousa, “num ano de tremendas dificuldades conjunturais, a Aquário apresentou os melhores resultados de sempre”. Um crescimento estimado de 3,1% numa conjuntura geral de recessão valida de forma indiscutível a solidez da empresa que, acaba de ser distinguida com o estatuto de PME Líder como reconhecimento pela sua excelente performance financeira.

Flow – a impressão digital do Grupo Para os melhores resultados de sempre da Aquário, contribuiu também o lançamento da marca “Flow”, a impressão digital do Grupo. Foi uma das estratégias mais preponderantes para o modelo de negócio da empresa no ano 2012 e pretende traduzir-se, a médio prazo, na crescente presença, em Portugal e no mundo, da marca própria “Flow”. Segundo José Sousa, “na condição de produtor, o grupo Aquário consegue disponibilizar ao cliente um produto de qualidade, de nível e prestações superiores por um preço de venda semelhante ao produto comum”. Em 2012, o volume de negócios da marca “Flow” foi de 8% no total do grupo. Aumentar o volume da faturação da marca própria “Flow” e chegar a novos mercados são os votos de José Sousa para 2013.

Growtronica – uma marca para clientes de distribuição A Aquário teve a sua génese no auxílio ao ensino e aos técnicos de eletrónica, tendo sido sempre este o segmento tradicional da empresa. Porém, o mercado começou a apresentar outras necessidades e a Aquário deu-lhes resposta alargando não apenas a vasta rede de lojas para qualquer tipo de cliente, como criando também um novo canal de comercialização através da marca Growtronica. Destinada à revenda de produtos eletrónicos para a grande distribuição, a nova empresa do grupo Aquário nasce em 2007 e conta já com uma carteira de 900 clientes absolutamente implementada. Segundo José Sousa, “é com enorme expetativa e confiança que a Growtronica enfrenta 2013, após um 2012 de franco crescimento e consolidação da empresa”. Hoje, a Aquário é um grupo abrangente no que diz respeito à eletrónica e, através da Growtrónica, tem já representação comercial em Espanha, Grécia e Angola.

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UMA REFERÊNCIA NO SETOR DA SAÚDE À conversa com Jorge Lima, diretor geral da PROHS S.A., a Gestão Global descobriu uma empresa especializada na conceção, produção e comercialização de centrais de desinfeção e esterilização hospitalar que é hoje uma referência no mercado.

Abrangendo todas as necessidades de um serviço central de esterilização, a PROHS S.A. destaca-se pela capacidade de projetar, planear e produzir centrais de esterilização adaptadas às necessidades e exigências de cada projeto, apostando na inovação, qualidade e segurança. Complementarmente, presta serviço de assistência técnica que se distingue pela elevada especialização dos seus técnicos e celeridade dos tempos de resposta. O início do século XXI trouxe consigo o desafio da internacionalização para a PROHS S.A., repto que a empresa tem recebido com entusiasmo e responsabilidade. Neste momento, a PROHS S.A. está presente em mais de 20 países dispersos pela Europa, África e Ásia. Segundo Jorge Lima, “procurar novos mercados, mais do que ser um sonho

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antigo, foi uma necessidade de crescer”. Segundo o diretor, “a aposta na internacionalização foi reforçada em 2006, quando decidiram participar na MEDICA em Dusseldorf, a maior feira mundial do setor da saúde, tendo sido a PROHS S.A. das primeiras empresas portuguesas de dispositivos médicos a expor no evento germânico”. Desde então, a presença na exposição anual tem sido constante, permitindo gerar contatos de todo o mundo. Outra participação regular a destacar é na Arab Health, no Dubai, onde a empresa demonstra que continua empenhada no processo de expansão externa, com capacidade de adaptação local. Com uma forte aposta na presença em feiras médicas, para os próximos anos a PROHS S.A. está a equacionar a possibilidade de marcar também presença nas


feiras do Brasil, Tailândia e Rússia, pela importância crescente dessas regiões no futuro da indústria de dispositivos médicos. E quando se questiona sobre o futuro da PROHS S.A. numa altura de grave crise económica, Jorge Lima aponta com convicção uma meta de 10% de crescimento. Ao nível de investimentos, segundo o diretor, “a aposta para o futuro passa essencialmente pela melhoria dos processos de fabrico”.

Há seis anos com um crescimento consecutivo na ordem dos 15% e há três com a distinção PME Líder, quando questionado sobre a chave para tanto sucesso, o diretor da PROHS S.A. não hesita em esclarecer: “o principal triunfo para o sucesso da empresa tem sido a contribuição e empenho de todos os colaboradores. Somos uma equipa coesa e forte.” A aposta na Investigação

Consciente de que a produção de um dispositivo médico exige uma posição atenta no que respeita à evolução da tecnologia e dos processos produtivos, a PROHS S.A. aposta na investigação e no intercâmbio académico empresarial. Assim, a empresa estabeleceu uma parceria com uma das instituições líderes em tecnologia – a Universidade do Minho –, com o intuito de otimizar o processo produtivo e os seus produtos de desinfeção e esterilização.

O constante investimento em investigação, como é o caso da participação no projeto PROHS –LAB i&DT e as parcerias com os núcleos de desenvolvimento, permitem à PROHS S.A. oferecer soluções inovadoras nas áreas da esterilização, design, construção e processos produtivos, tornando-se uma referência na área da esterilização e desinfeção.

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REDERIA NO MERCADO DA INOVAÇÃO E NOVAS TECNOLOGIAS Imagine que pode gerir centralmente, sentado no seu gabinete, todos os telefones, computadores e câmaras de vigilância da sua empresa. Imagine que em vez de pagar, pode vender energia à rede elétrica. E agora…deixe de imaginar porque é real. A Rederia está no mercado desde 1995 e oferece-lhe o estudo e a execução de todas essas soluções.

Hoje, todos os sistemas de comunicação dentro de edifício são passíveis de integração numa rede e, por isso, a Rederia, no mercado desde 1995, centra a sua atividade na prestação de serviços de projeto, estudo, execução e manutenção de redes de telecomunicações, telemetria e controlo. Segundo David Cartaxo, administrador da Rederia, “até a iluminação, com o surgimento da domótica, pode já ser integrada numa rede e ser gerida centralmente”. No decorrer do último século, devido a um forte desenvolvimento tecnológico, a ideia de edifício estático desaparece, emergindo na sua linha evolutiva o conceito de edifício dinâmico em que a tecnologia se conjuga com a informação

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residente otimizando as capacidades do edifício. Assim, acompanhando as tendências do mercado, a Rederia entra na área da domótica oferecendo o serviço de gestão técnica de edifícios. Paralelamente, a empresa passa a oferecer também o serviço de gestão de servidores e instalação e manutenção de softwares e, fruto da experiência adquirida ao longo dos anos, sedimenta a sua atuação no comercio de equipamentos de electrónica e telecomunicações. Sempre de olhos postos no desenvolvimento de novas tecnologias, atualmente a Rederia presta ainda serviços na área das energias renováveis. Oferecendo soluções de eficiência energética, os serviços oferecidos pela Rederia nas re-


nováveis pode passar, por exemplo, pela instalação de unidades de produção de energia para reduzir os gastos de energia não renovável de um edifício ou até vender à rede. A estratégia da Rederia passa sobretudo pela orientação para o cliente procurando oferecer sempre as soluções tecnológicas que melhor se adequam às necessidades dos seus clientes, em tempo útil e de acordo com os objetivos traçados. Para além da inovação e qualidade como fatores de sucesso e desenvolvimento da empresa, David Cartaxo destaca ainda a sua equipa. Segundo o empresário, na Rederia “acreditamos verdadeiramente que as empresas são feitas pelo capital humano que possuem, por isso investimos em profissionais com larga experiência no mercado de telecomunicações, automatismos e controlo”. Para o futuro, a estratégia da Rederia passa pela apresentação ao mercado de

novos produtos que já estão a ser estudados numa parceria entre a empresa e um núcleo de investigação e desenvolvimento da Universidade de Aveiro, bem como pela internacionalização da empresa. “Acreditamos no que fazemos e queremos continuar a melhorar continuamente pelo que, todos os anos, damos novos passos na diversificação das nossas áreas de negócio e num crescimento sustentado além-fronteiras”, refere David Cartaxo. Presente sobretudo na América Latina e em países de expressão portuguesa, são já 10 os países que têm a marca Rederia. O permanente investimento na qualidade, certificação e investigação, valeu à Rederia, em 2004, o prémio “Century International Gold Quality Era Award” e a consecutiva distinção, desde 2006, de PME Líder.

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NA VANGUARDA DO MERCADO Dedicação, trabalho e sacrífico são algumas das palavras que melhor descrevem a história da A.S. Metais – Fabrico e Lacagem, Lda. e do seu fundador e sócio-gerente, Arnaldo Serafim.

Oriundo de uma “família trabalhadora”, Arnaldo Serafim conta que foi ainda em menino que aprendeu com o seu pai o ofício de ferreiro. Mas, cedo decidiu que o seu percurso profissional devia seguir outra direção e com essa ideia em mente criou a Aluminex, uma pequena serralharia de alumínio. “Tive a sorte do meu pai me ter ajudado a comprar as primeiras máquinas para a serralharia. Mais tarde, comprei uma velha lacagem usada e restaurei-a, oferecendo mais serviços aos meus clientes”, recorda Arnaldo Serafim. Mas em 1997 assinalou-se uma das principais mudanças na história profissional do empresário, ano em que decidiu expandir a sua atividade, comprando um terreno propício à construção de novas instalações. Apesar das dificuldades que envolveram este processo, o mesmo teve um desfecho positivo devido à “persistência” de Arnaldo Serafim. Assim, no dia 24 de Novembro de 1997 nasceu a A.S. Metais, uma empresa que tem vindo a crescer e a alargar a sua intervenção no mercado. “Inicialmente foram construídas duas naves industriais com 2500 metros quadrados, sendo que hoje

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em dia a empresa já possui dez mil metros de área coberta”, conta o empresário. Com uma verdadeira visão empresarial, Arnaldo Serafim sempre apostou na tecnologia de ponta para a sua empresa, dotando-a da mais recente maquinaria existente no mercado. E a aquisição de uma linha de lacagem “Efeito de madeira” em 2002, uma das primeiras em Portugal, é um excelente exemplo da inovação e vanguarda que caraterizam a evolução da A.S. Metais. Mais tarde, em 2005, foi instalada uma linha de “Efeito Madeira sistema Pó sobre Pó”, tornando a A.S. Metais mais competitiva nesta área de negócio em relação aos seus concorrentes. Aliás, a A.S. Metais é líder do mercado ibérico a nível da termolacagem de cores em diversos relevos à decoração “Efeito Madeira”exatamente, porque tem apostado, ao longo dos anos, na tecnologia mais avançada e, também, por causa do forte empenho de Arnaldo Serafim e da sua equipa que resultam numa maior qualidade dos produtos e num menor tempo de resposta ao cliente. Tem havido uma aposta clara na modernização das infraestruturas e equipamentos da empresa, a fim de aumentar a diversidade de produtos e serviços a prestar aos seus clientes. “Em 2012 investi quase um milhão de euros na modernização da empresa, pois acredito que quem não tiver a mais recente tecnologia é ultrapassado”, comenta Arnaldo Serafim. Note-se que hoje em dia o principal ramo de atividade é o tratamento de superfícies e a comercialização de produtos, no entanto a A.S. Metais mantém como atividade residual o fabrico e montagem de caixilharia de alumínio. Esta última área tem vindo a evoluir tecnologicamente, à semelhança dos restantes setores da empresa, mas não tem sido desenvolvida a


nível de recursos humanos. Segundo o sócio-gerente, este setor deve ser encarado como um: “Laboratório que presta apoio técnico aos clientes da A.S. Metais”. Pensando nas melhores formas de atender às necessidades dos seus clientes, a A.S. Metais disponibiliza ainda nas suas instalações um showroom, onde os mesmos (serralheiros) podem trazer os seus clientes para verem os diversos sistemas de alumínio e as diferentes soluções disponíveis. A A.S. Metais comercializa alguns dos melhores sistemas de alumínio do mercado europeu como o Euroline e Cortizo, opções que garantem a qualidade do produto final. Mas além da eficiência térmica e acústica, a componente estética é cada vez mais importante nas casas de hoje e, como tal, a A.S. Metais disponibiliza uma vasta gama de sistemas e acabamentos em alumínio para responder às mais variadas necessidades dos seus clientes. Uma empresa de sucesso

Marcação CE No passado dia 24 de novembro, a A.S. Metais realizou um pequeno evento que contou com a presença dos principais clientes e parceiros da empresa, a fim de informar os presentes sobre algumas questões relacionados com a marcação CE para caixilharias, um aspeto fundamental para se manterem no mercado. Como a A.S. Metais trabalha há cerca de quatro anos com o software Opera para desenho de caixilharia e elaboração de orçamentos e recentemente adquiriu uma nova aplicação para o programa, Arnaldo Serafim considerou importante fazer uma demonstração do mesmo. Reconhecendo as mais-valias do software para esta área de atividade: “Estabelecemos um protocolo com a Opera a fim de oferecer um apoio monetário aos nossos clientes para adquirirem este programa. E, assim, a A.S. Metais assume-se como um parceiro para o futuro”, revela.

Arnaldo Serafim acredita que o segredo do seu sucesso é: “Humildade, trabalho e dedicação. Tenho imenso orgulho na A.S. Metais porque fui eu que idealizei e construi esta empresa, mas o seu sucesso deve-se também a todos os funcionários, aos clientes e fornecedores. Muito obrigado a todos!”.

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HÁ 30 ANOS NO MERCADO DOS EMPANQUES MECÂNICOS

Dão vulgarmente pelo nome de empanques mecânicos e são peças que têm por finalidade evitar derrames de fluído para que os líquidos ou gazes sejam confinados ao seu espaço próprio.

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Fundada em 1983, a Eiquipetrol dedicase à fabricação de empanques mecânicos e é hoje uma referência no mercado. Com quase 30 anos de atividade, a empresa apresenta uma ampla experiência na normalização de materiais e equipamentos rotativos, criando uma vasta oferta de soluções para sistemas de vedação para toda a indústria. Abrangendo todas as necessidades de um serviço de fabricação de empanques mecânicos destinados à indústria, a Eiquipetrol destaca-se pela capacidade de produzir produtos adaptados às necessidades e exigências de cada cliente, apostando no rigor, qualidade e segurança. Desde o apoio técnico na fase de projeto, até à garantia dos prazos de entrega, a Eiquipetrol presta um serviço integral contando, para isso, com a elevada especialização dos seus técnicos. Segundo José Neves, administrador da Eiquipetrol, “na nossa empresa esfor-

çamo-nos diariamente em melhorar a qualidade dos nossos produtos e serviços” apostando, para isso, em “material humano tecnologicamente qualificado e em equipamento capaz de dar resposta aos padrões de qualidade exigidos”, conclui. A Eiquipetrol criou um laboratório nas suas instalações, devidamente equipado, para ensaios e controlo de produtos fabricados na empresa complementando, assim, o regular e já habitual autocontrolo durante os vários processos de fabricação. De forma a cumprir as metas desejadas, a Eiquipetrol iniciou o seu processo de internacionalização e conta já com o mercado angolano. Para o futuro, a estratégia da empresa passa sobretudo pela internacionalização, objetivo que motivou o estudo de um novo e inovador empanque mecânico. Assim, e consciente que a produção de um empanque


mecânico exige uma posição atenta no que respeita à evolução da tecnologia e dos processos produtivos, a Eiquipetrol apostou fortemente na investigação e intercâmbico académico empresarial. Com uma parceria com a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, nomeadamente com o IDMEC, a Eiquipetrol desenvolveu muito recentemente um projeto de investigação com vista à criação de um novo empanque mecânico. A investigação está já na sua fase final e o empanque mecânico pronto a ser patenteado em vários países. Com este investimento, o empresário espera assim nos próximos anos conseguir penetrar em força no mercado externo. Apesar dos empanques mecânicos serem o “core business” da Eiquipetrol, atualmente, e fruto das solicitações do mercado, a empresa dedica-se também à fabricação de todo o tipo de componentes para a mecânica em geral, com aplicações em toda a indústria. Galp Energia, Repsol, Cimpor, Cires, Portucel, Sociedade Portuguesa de

Oxigénio, Grupo Finsa, Sonae, Efacec, Grupo Amorim, Lactogal, Saba, Edp e Sonangol são apenas alguns dos clientes que integram o portefólio de marcas para as quais a Eiquipetrol trabalha. Assim, e com o objetivo ser uma empresa líder na fabricação de produtos de qualidade, a Eiquipetrol trabalha com as mais diversas indústrias. Desde a indústria química e petrolífera até ao setor alimentar, têxtil, tinturaria e estampagem, infindáveis são os setores para os quais a Eiquipetrol está preparada para dar resposta. O enorme rigor, qualidade e inovação têm permitido à Eiquipetrol um forte crescimento nos últimos anos. Nesse sentido, e como reconhecimento pela excelente performance financeira, a empresa foi recentemente galardoada com o estatuto de PME Líder 2012.

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HOJE O MUNDO CALÇA “MADE IN PORTUGAL” Hoje, a indústria de calçado é uma das raras histórias de sucesso da indústria portuguesa e fabrica para as mais conceituadas marcas internacionais. A Gestão Global esteve à conversa com António Augusto, administrador da fabincal, que exporta 100% da sua produção.

É uma empresa familiar criada em 1990 pela mão de António Augusto e dá pelo nome de FABINCAL – Fábrica Industrial de Calçado, Lda. Fabrica cerca de 180 mil pares de sapatos por ano, o seu destino é a 100% para o mercado externo e recebeu recentemente a distinção de PME Líder 2012 pela sua excelente performance financeira. Primando pelos valores da qualidade, rigor e perfecionismo, a FABINCAL faz todo o trabalho de corte, costura e montagem do sapato que, depois de embalado, está pronto a seguir para a distribuição. E, se até há uns anos atrás era tabu dizer-se que as fábricas de calçado português produziam para marcas de renome internacional, hoje é um dado adquirido. No portefólio de marcas para as quais a FABINCAL trabalha podem encontrar-se nomes tão sonantes como a Emidio Tucci, Just Cavalli, Marlboro, Levi´s, Zara, Massimo Dutti, Benetton, Diesel, Snipe, Next, entre muitas outras. Consciente desde o primeiro momento da

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Uma força motriz: 70 colaboradores

necessidade de pensar o mundo enquanto global, António Augusto desenhou a estratégia da FABINCAL assente na internacionalização. Dois anos depois de ter criado a empresa, António faz uma parceria com Mário Cunha & Filhos, Lda., firma que se encarregaria de levar a FABINCAL ao mundo. Dessa forma, o empresário português pôde congregar todos os seus esforços para a rigorosa gestão da empresa possibilitando, assim, um controlo rigoroso sobre a produção de modo a oferecer um produto de altíssima qualidade. A estratégia valeu-lhe a rápida penetração e crescimento no mercado europeu. Hoje, António Augusto exporta o seu calçado para Espanha, Itália, Alemanha e Inglaterra. Chegar a novos continentes é o objetivo.

“A grande força motriz da empresa são as pessoas com quem trabalho”. As palavras são de António Augusto cuja forma de ver o negócio pode explicar, em grande medida, não apenas o sucesso do mesmo, como também o tempo de casa que grande parte dos funcionários da FABINCAL tem. Dos atuais 70 colaboradores, grande parte está com a FABINCAL há mais de duas décadas. E, apesar do cenário difícil do país, pela empresa não se fala de despedimentos mas sim de novas admissões. Segundo António Augusto, em janeiro está prevista a contratação de cinco novos funcionários. O futuro mora ao lado

Quando questionado sobre o futuro da FABINCAL, António Augusto retorque: “essa já não será uma tarefa minha. Como vê, tenho aqui os meus três filhos a trabalhar lado a lado com o pai”. Em processo de passagem de pasta, o futuro da empresa já não passará por António mas sim pelos seus filhos Hugo, Filipe e Leandra. Com idades compreendidas entre os 25 e os 33 anos, esta será a nova geração de empresários da FABINCAL. O pai, porém, conclui: “gostaria que eles aliassem a filosofia de rigor, qualidade e perfecionismo que imprimi nesta empresa à capacidade de inovação das gerações mais novas”.

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TRIBÉRICA A EMPRESA QUE DAVA UM CASE-STUDY

Está no mercado há quatro anos, provém da terceira geração familiar dentro desta área com largos anos de experiência, teve um investimento de um milhão e meio de euros, emprega hoje cerca de 35 trabalhadores e, ao mesmo tempo que a procura e o preço do produto cai drasticamente em Portugal, o crescimento da empresa tem sido exponencial.

Em Vila Nova de Famalicão, a Tribérica dedica-se à captação de produtos de origem animal. Segundo Paulo Tomaz, sócio-gerente da empresa, “comercializamos tudo menos a carne do animal”. Dos produtos que comercializam, podem destacar-se orelhas, mãos, pés, línguas, corações, fígados, intestinos, estômagos e de alguns destes faz captação de um produto para fins farmacêuticos. Sem grande concorrência no país e com uma faturação que ronda os dois milhões de euros anuais, apenas 20% da produção da Tribérica se destina ao mercado nacional. Segundo Paulo Tomaz, “o nosso país não consegue absorver as enormes quantidades diárias que se produzem” e, para além disso, “este tipo de produtos, para além de em Portugal ter um consumo sazonal [inverno] também alguns não fazem parte da nossa cultura”, conclui o jovem empresário. A Tribérica está aberta há quatro anos, teve um investimento de um milhão e meio de euros, emprega hoje cerca de 35 trabalhadores e, ao mesmo tempo que o preço do produto cai drasticamente, o crescimento da empresa tem sido notável. “Em 2011 e 2012 tivemos um

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crescimento exponencial e agora 2013 promete. Desde 2010, quando iniciámos o projeto, o preço e a procura do produto já caiu 80%”. E, ao mesmo tempo que a procura e o preço do produto cai drasticamente em Portugal e em toda a Europa devido à crise, o valor da faturação tem subido sempre”, refere Paulo Tomaz. A chave para o crescimento tem sido, segundo o empresário, “os elevados índices de qualidade, o aumento da variedade de produtos comercializados, o excelente trabalho de todos os funcionários e a constante busca de novos mercados”. Para congratular a boa gestão e performance finaceira, a empresa é distinguida, pelo segundo ano consecutivo, com o estatuto de PME Líder. Para o futuro, Paulo Tomaz tem como projeto penetrar em novos mercados, designadamente nos países da América Central que, segundo o empresário, “são países que têm pouca produção de carne suína e uma grande procura”. Uma nova área de negócio é também uma das ideias de futuro para a Tribérica: “estamos a pensar entrar na área da comerciali-

zação da carne também. Dessa forma, não apenas estendemos o nosso leque de atuação, como ajudamos os matadouros a escoar mais e melhor os seus produtos”, conclui Paulo Tomaz.


Captação de produto para fins farmacêuticos

Sempre de olhos postos em novos produtos de origem animal, a Tribérica produz agora, uma substância retirada de alguns produtos de suínos que, depois de devidamente tratada pela indústria farmacêutica, resulta num medicamento bastante importante nesta área. Segundo Paulo Tomaz, a Tribéria foi a primeira empresa portuguesas a insurgir nesta área. Em todo o espaço europeu, são apenas duas as empresas farmacêuticas que convertem produto em fármaco e, portanto, o produto é vendido pela Tribérica a 100% para o mercado externo.

A chave para o crescimento tem sido “os elevados índices de qualidade, o aumento da variedade de produtos comercializados, o excelente trabalho de todos os funcionários e a constante busca de novos mercados”

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UMA GRÁFICA PARA O SETOR DO CALÇADO

Responsável por cerca de 80% da sua produção, foi no setor do calçado que “A Gráfica da Lixa” desde cedo encontrou o seu core business.

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Estamos em Cerdeira das Ervas, junto à estrada que une a Lixa a Felgueiras. No número 416 da Rua Costa Rosa encontramos “A Gráfica da Lixa”. Com quase meio século de experiência no setor, esta fábrica de impressão trabalha maioritariamente com o setor do calçado e é galardoada, há quatro anos consecutivos, com a distinção de PME Líder como reconhecimento pela excelente performance financeira. À conversa com Ricardo Fonseca, administrador da empresa, descobrimos os novos projetos de uma Gráfica que se encontra em franca expansão.

Uma nova filial, com 1300 m2 de área, e a certificação ambiental foram algumas das surpresas. Com uma equipa bastante dinâmica e um parque de máquinas bem recheado, desde a pré- impressão, à impressão e acabamento, “A Gráfica da Lixa” não esmorece com a crise e continua a crescer. Às atuais instalações de 900 m2, Ricardo Fonseca acaba de juntar mais 1300 m2 com a aquisição de um pavilhão na zona industrial de Sendim de forma a mais eficazmente dar resposta ao franco crescimento da empresa e às solicitações dos seus clientes. Com uma expansão gradual registada desde os anos 70, o setor português do calçado, através da qualidade dos produtos e da resposta às exigências da procura de cada mercado, tem aumentado a sua competitividade com uma penetração crescente no mercado europeu. Sendo o concelho de Felgueiras o maior exportador de calçado do país, não é de admirar que este setor de atividade seja responsável por grande parte da produção d’A Gráfica da Lixa. Catálogos, litografia para as empresas de cartonagem, etiquetas, rotulagem, ou até o papel que envolve o sapato dento da caixa que, atualmente é vulgar ser impresso com o nome ou logótipos das marcas, são apenas alguns dos produtos que “A Gráfica da Lixa” desenvolve para os seus clientes do setor do calçado. Atualmente, e fruto das novas dinâmicas do mercado, os clientes d’A Gráfica da Lixa no que ao setor do calçado diz respeito, vêm dos mais variados pontos do globo: de Felgueiras à América do Norte, passando pela Europa, Ásia e África do Sul. Ora, se a internacionalização era há uns largos anos atrás para esta empresa um desejo de futuro, hoje é uma realidade.


Apesar da sua cada vez menor expressão no cômputo total dos serviços prestados, “A Gráfica da Lixa” continua a realizar trabalhos de impressão para outros setores de atividade: jornais, revistas, catálogos, livros, cartões-de-visita e livros de faturação são apenas alguns dos trabalhos que pel’A Gráfica da Lixa ainda se podem encontrar. Preocupação ambiental

“A Gráfica da Lixa” considera que as florestas do mundo inteiro deviam ser geridas de acordo com critérios sociais, ecológicos e económicos, assegurando as necessidades da geração presente sem comprometer as das gerações futuras. Sendo o papel a matéria-prima essencial à atividade da empresa, “A Gráfica da Lixa” está neste momento em processo de certificação de uma norma mundial [FSC/ PEFC] que atesta que o produto que estão a produzir e a adquirir no mercado foi produzido de acordo com práticas de gestão sustentável.

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BARATO É NO SUPERMERCADO DA FAMÍLIA COUTO

A filosofia “melhores produtos sempre ao melhor preço” vale ao Couto Super a classificação do estabelecimento mais barato do país e o estatuto PME Líder.

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Nasceu em 1985 pela mão de António de Oliveira Couto e desde então não parou de crescer. Hoje, o Couto Super dispõe de uma área de venda ao público de 800 m 2, um parque de estacionamento coberto com capacidade para 45 viaturas e emprega 25 colaboradores. Porém, segundo António, “apesar do crescimento, o Couto Super nunca abdicou do princípio de proporcionar aos seus clientes os melhores produtos sempre ao melhor preço, aliando a simpatia e bom atendimento de todos os seus colaboradores”. Prova disso são as várias distinções que a empresa tem recebido ao longo dos anos. Nos anos 2001 e 2004, o supermercado da família Couto foi considerado pela revista PROTESTE como o estabelecimento mais barato do país. Apesar da forte concorrência das grandes cadeias de distribuição, o Couto Super continua a ser destacado por esta entidade como um dos supermercados mais baratos do concelho de Estarreja. Outra distinção recebida pela empresa de distribuição alimentar tem sido a de PME Líder, menção essa que, atesta pelo quarto ano consecutivo, a boa performance financeira do supermercado. Sempre de olhos postos na qualidade, preços baixos e alargamento da gama de produtos, António de Oliveira Couto fechou, há cerca de um ano, um contrato de parceria com a marca Auchan. Dessa forma, o empresário consegue oferecer mais variedade de produtos a preços mais reduzidos.


Nos anos 2001 e 2004, o supermercado da família Couto foi considerado pela revista PROTESTE como o estabelecimento mais barato do país.

Quando se pergunta ao empresário qual é o segredo para conseguir tão boa performance financeira em tempos de crise, António Couto não hesita em responder: “Penso que a chave é o nosso supermercado estar em constante adaptação às exigências do mercado. Para além disso, tentamos ter sempre os melhores preços sem menosprezar a melhor seleção e qualidade”. Outro fator de diferenciação na casa da família Couto é a atmosfera de proximidade que se respira assim que se entra na loja. Segundo António, “há uma relação de amizade muito grande com os clientes o que nos permite fazer um atendimento muito mais personalizado”. O empresário refere ainda que, no seu supermercado não existe “uma vulgar relação de comerciantecliente, existe antes uma grande proximidade que nos permite, em alguns casos até, saber antecipadamente o que o cliente deseja”. Uma das grandes preocupações do supermercado é a qualidade. Procura sempre os produtores de melhor qualidade e privilegia aqueles que são da região para que possa contribuir para a dinamização da economia local: “Se os produtos não chegarem nas condições exigidas pelo supermercado, voltam para trás”, conclui António Couto. Já no caso da padaria e pastelaria a preocupação é com a cozedura. Segundo o empresário, “o forno está permanentemente ligado para que quando sai uma fornada esteja a entrar outra. Assim o nosso cliente tem sempre o pão quentinho e o produto nas melhores condições.” Para além dos produtos de mercearia, frutaria, padaria, pastelaria, peixaria, talho e charcutaria, o supermercado Couto oferece ainda refeições prontas no serviço de take-away. Segundo António Couto, “ao fim de semana, o cliente pode deliciar-se com um excelente leitão pronto a levar.”

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LOUSAESTRADAS APRESENTA NOVAS ÁREAS DE NEGÓCIO Com grande know-how no setor da construção, a Lousaestradas está no mercado há duas gerações e revela-se agora em novas áreas de negócio. Transportes, aluguer de máquinas e setor vitivinícola são as novas apostas.

Com muitos anos de experiência no setor da construção, a Lousaestradas, outrora conhecida por Ribeiro&Filhos, é hoje gerida por Nuno Ribeiro e cunhados. Com os serviços de escavações, aterros e alisamento de terrenos a mostrar o fator sazonal devido aos dias chuvosos de inverno que obrigavam as obras a parar, e com a crise no setor da construção a rebentar, a Lousaestradas começou a experimentar novas áreas de negócio. Assim, e de forma a rentabilizar ao máximo as 35 máquinas da empresa (retroescavadoras, giratórias e outras), 26 camiões, Nuno Ribeiro e sócios decidiram começar a prestar o serviço de aluguer dos equipamentos e aluguer de camiões articulados para serviços de transportes nacionais e internacionais. A partir de 1996, e de forma a não depender tanto do estado do tempo, a Lousaestradas inicia também a prestação de serviços na área do saneamento, esgotos e águas pluviais. Há um ano, a necessidade de aumentarem o espaço para guardar os materiais que vêm das obras surgiu e, da necessidade, fez-se uma oportunidade. A Lousaestradas comprou um terreno com 150.000 m2 e, como era bastante irregular, os sócios decidem alisá-lo. No final, conta-nos Nuno Ribeiro, “o espaço era imenso e pensámos: porque não rentabilizá-lo?”. Estando a Lousaestradas em plena zona do vinho verde, assim surge a ideia de fazer uma vinha. Com uma combinação das melhores castas, Nuno Ribeiro espera “daqui a três ou quatro anos já estar a produzir um excelente vinho verde”. Para o empresário, o futuro da vinha passa por “produzir vinho de excelência não apenas para o mercado nacional, como também para a exportação”. Para isso, conclui Nuno Ribeiro, “serviço de transporte já temos”.

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Segundo o empresário, “trabalhamos em várias áreas distintas que, no fundo, se complementam”. E concluiu: “nos últimos anos, devido à enorme crise que o setor da construção atravessa, tem sido a chave para continuarmos em atividade porque, se tivermos algum problema com uma das áreas de negócios, temos sempre as outras áreas que acabam por alavancar a empresa no seu todo”. Criativa, a estratégia valeu aos administradores da Lousaestradas não apenas o crescimento da empresa em tempos de crise, como também a consecutiva distinção, desde 2006, de PME Líder. O segredo para o sucesso “é acompanhar as obras e estar no terreno, ao lado dos trabalhadores, de manhã até à noite”, esclarece Nuno Ribeiro. Os clientes da Lousaestradas são maioritariamente ibéricos sendo que, em Portugal, podem destacar-se a Soares da Costa, Somague, CAET XXI, Mota-Engil, Barragem do Tua, Metro do Porto, Câmara Municipal de Lousada, Câmara Municipal de Felgueiras, Águas de Gondomar, Águas de Paços de Ferreira, Águas de Marco de Canaveses, AGS, entre muitas outras. Conseguir chegar a outros mercados estrangeiros é uma das apostas da Lousaestradas para o ano de 2013 e, por isso, Nuno Ribeiro tem já viagem marcada para Moçambique onde espera, durante este mês de janeiro, fechar um novo negócio.

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TRIUNFO NA METALOMECÂNICA

A Tecnobento posiciona-se ao lado do cliente, no ramo da metalomecânica e da automação industrial, distinguindo-se na apresentação de projetos chave-na-mão.

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Sedeada em Vale de Cambra e com fábrica em Escariz, a Tecnobento é composta por uma equipa jovem, dotada de um vasto know-how e experiência nos setores em que atua. A empresa tem como principal atividade a construção de equipamentos em aço inoxidável, destinados às indústrias alimentares, de bebidas, química, farmacêutica, tratamento de águas, cortiça e energia. Por se tratar de uma empresa com duas áreas distintas, mas que se complementam, a Tecnobento consegue desenvolver e fornecer aos seus clientes produtos ou sistemas adequados às necessidades de cada um. “Um dos nossos fatores de sucesso é apresentar aos clientes um projecto chave-na-mão”, observa Paulo Silva, sócio-gerente e engenheiro eletrotécnico da empresa. Além de uma empresa de metalomecânica, eletricidade e automação industrial, a Tecnobento assume-se também como um gabinete de projeto. “Fazemos primeiro um projeto, apresentamos sempre ao cliente uma solução chave-na-mão e, a partir daí, fazemos todo o desenvolvimento. A mesma empresa fornece três serviços distintos; após isso damos assistência aos equipamentos e fazemos serviços de manutenção, sejam eles às máquinas, a motores, ou mesmo válvulas”, explica ainda o gerente.


Clientes e parceiros

Num mercado que se revela cada vez mais standardizado em termos de produto, a mais-valia que a Tecnobento desenvolveu foi a sua posição, lado a lado com o cliente: “Nós estamos sempre ao lado do cliente. O serviço pós-venda é muito importante, mas o pré-venda, que é saber o que o cliente realmente necessita e propor-lhe uma solução adequada, é igualmente importante”, refere Nuno Bento, gerente da empresa. “Os clientes podem ligar-nos a qualquer hora que nós estamos sempre disponíveis”, acrescenta Paulo Silva. É nas feiras internacionais que os gerentes aproveitam para trocar experiências e contactos, mantendo-os também a par das novidades. São estas trocas de experiências que alicerçam a inovação de produtos na Tecnobento, que tende a ir ao encontro das necessidades do mercado. “Temos que satisfazer as necessidades do cliente, mesmo que estas nos obriguem a um estudo exaustivo e ao desenvolvimento de soluções inovadoras e especialmente concebidas para cada projecto”, salienta Nuno Bento.

Exceder as expectativas

“Exceder as expectativas” é a principal missão que a Tecnobento tem para com os seus clientes. Foi em 2009 que os dois atuais gerentes lançaram a empresa no mercado. Tinha decorrido apenas um ano quando o IAPMEI lhes atribui o prémio PME Excelência 2010. Volvido mais um ano, em 2011, a Tecnobento vê implementado o seu Sistema de Gestão da Qualidade de acordo com a norma NP EN ISSO 9001:2008 pela entidade certificadora TUV Rheinland. Hoje, com uma equipa experiente, a Tecnobento já marca presença em todo o país e também em Angola, onde instala diretamente os seus produtos.

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EM DESCOBERTA DA “OCIDENTAL PRAIA LUSITANA”

Viajar pelo mundo do vinho

Das verdes montanhas aos vinhedos e socalcos, vales e planaltos atravessados pelo rio Douro, típicas aldeias do interior, planícies de tirar a respiração, as diferentes espécies de fauna e flora do litoral alentejano, as praias e reservas naturais do Algarve até às inacreditáveis paisagens da Madeira e dos Açores, Portugal é um país de diferentes belezas que surpreende quem o visita. E as distinções internacionais são prova disso. Eleito melhor destino turístico do mundo para 2013 pelo portal internacional de viagens Global Spots, o país luso foi enaltecido pelo seu “velho charme europeu”, pelas “cidades medievais e quarteirões históricos cheios de praças, igrejas e mosteiros” e “bairros típicos, onde a roupa seca à janela” e “onde os vizinhos partilham os últimos boatos e discutem política às janelas”. Ainda é referida a abundância de pastelarias e tabernas, o que leva a pensar se os portugueses alguma vez comem em casa e, claro, o gosto que se adquire pelo vinho do Porto, “daquelas coisas que Portugal faz a si”.

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E se em 2010 o prémio da European Consumers Choice para melhor destino europeu foi atribuído a Lisboa, em 2012 o galardão foi atribuído ao Porto entre 20 cidades selecionadas. Mais uma vez o vinho do Porto e a boa gastronomia, o centro histórico classificado como Património da Humanidade, os museus, parques e jardins, bares e lojas de moda foram algumas das características da Invicta enaltecidas pela organização no seu site. Apesar de popular entre os turistas europeus, Portugal precisa de investir na promoção do país em novos mercados como Brasil, Ucrânia, China, Polónia e Índia. “Diversificar é uma das principais vias para o país diminuir a dependência que detém do mercado europeu – de 80% para 75%,70% – e crescer”, esclareceu Frederico Costa, presidente do Turismo de Portugal.

Sabia que a região do Douro é a mais antiga região de vinha demarcada do mundo de que se tem conhecimento, tendo o título desde 1756? Portugal detém um património vínico valioso e a história da nação lusa está intrinsecamente ligada à cultura do vinho. Mas só agora Portugal começa a abrir as portas aos verdadeiros amantes do vinho através do enoturismo. É no “Alentejo e Douro que esta nova forma de turismo se encontra mais desenvolvida, mas um pouco por todo o país se multiplicam ações que põem em contacto o amante do vinho com a produção e natureza da bebida. Numerosas adegas e herdades abrem as suas portas e permitem que o turista participe nas vindimas, prove vinhos, visite caves, (…)”, lê-se no site do programa Prove Portugal. Aliando tradição e modernidade, Portugal promete proporcionar momentos únicos. Adélia Abreu


p ro du to po r t ug uê s

ALMA DE PIAS UM VINHO COM PAIXÃO Interessada em conhecer aprofundadamente o vinho Alma de Pias, líder de mercado na região da Grande Lisboa, a Revista Gestão Global deslocou-se até à Quinta S. José da Lage, em Alenquer, onde se encontrou com Diogo Martins, fundador da Casco Real.

Diogo sempre teve paixão pelas regiões rurais e pelo negócio dos vinhos. Depois de estudar durante três anos numa Escola Agrícola, decidiu abraçar um projeto inovador e fundar uma empresa que pudesse trazer mais valias para a economia nacional. Surge assim a Casco Real, uma empresa empreendedora que pretende dinamizar o mercado dos vinhos em todo o território português.

Criada há dez anos, a Casco Real, rapidamente se integrou no mercado dos vinhos. Com apenas dez trabalhadores, Diogo Martins fez da Empresa um verdadeiro sucesso na distribuição do vinho Alma de Pias na Grande Lisboa onde, no espaço de quatro meses, duplicou o seu valor inicial de venda colocado no mercado a preço de custo. Ciente da concorrência do mercado, Diogo privilegiou uma estratégia baseada na forte relação entre o preço e a qualidade através da qual conseguiu alavancar cada vez mais clientes.

Vendido em centenas de estabelecimentos comerciais da Grande Lisboa, este vinho é, sem dúvida, um dinamizador do comércio tradicional, carente de novas apostas sólidas no mercado que o fortaleçam, como esta que aqui retratamos. Para o futuro, Diogo Martins pretende conquistar o Norte de Portugal, tal como fez com Lisboa e obter o mesmo reconhecimento pela qualidade e pelas características de um produto que, com tanto amor e afeição, coloca à mesa para degustação e proveito de inúmeros portugueses.

Alma de Pias (…) dinamizador do comércio tradicional.

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LAR RESIDENCIAL D. BÁRBARA UM PROJETO DE ESTIMA PELO IDOSO

O Lar Residencial D. Bárbara, situado na freguesia de Penamacor, distrito de Castelo Branco, é reconhecido como uma Instituição Particular de Solidariedade Social, sem fins lucrativos, com a missão de proporcionar auxílio e conforto aos idosos da região. Fundado em 1981 como um asilo, na altura disponha somente da valência de internamento. Com o passar dos anos e com o aumento das necessidades dos utentes, passou a prestar também funções de centro do dia bem como apoio ao domicílio, com serviços de limpeza das habitações, lavagem de roupa, confeção de refeições e higiene pessoal. A cozinha, edificada na Quinta Nossa Senhora do Incenso, foi instituída para abastecer todas as valências do lar a um preço unitário de refeição o menor possível. Importa referir os cuidados na alimentação dos utentes reconhecidos por nutricionistas que elaboram ementas saudáveis com vista à promoção de uma alimentação cuidada e equilibrada ao longo de todo o dia. Com a inauguração da nova Unidade de Cuidados Continuados calcudada para o início deste ano, prevê-se algumas reformulações nesta cozinha com vista ao seu aumento, por forma a responder com eficácia ás necessidades que surgirão.

Unidade de Cuidados Continuados

A edificação de uma Unidade de Cuidados Continuados surgiu da necessidade de se criar um espaço que acolhesse os utentes que chegassem à Instituição vindos do hospital em condições debilitadas e que precisassem de apoio constante. Por esses mesmos utentes não terem habitualmente alguém que cuide deles, o Lar afigura-se-lhes a única alternativa viável de sobrevivência, pelo que é importante haver um espaço onde as suas carências físicas sejam solucionadas: “Ultimamente somos confrontados com inúmeros utentes que vêm diretos do hospital para o nosso lar”, confirma o administrador da Instituição, Nuno Lucas. Esta Unidade antevê início de atividade para o começo do próximo ano. Aguardando apenas pela autorização por parte da ARS – Administração Regional de Saúde do Centro – com a qual foi celebrado um acordo, o administrador da Instituição apela ao Estado celeridade na resposta para esta que será uma valência de longa duração (período superior a noventa dias) e que terá capacidade para noventa camas. Este projeto incluirá nos seus quadros mais quatro enfermeiros que já estão a ter formação e contará com uma área destinada à fisioterapia, atividade que não existe na região: “Esta é uma área que só existe em Castelo Branco e na Covilhã e que implica custos enormes de deslocação e um transtorno que leva muitos habitantes de Penamacor a não usufruírem destes tratamentos”, confirma Nuno Lucas. Função Social

O papel social é uma das preocupações primárias da Instituição que se assume como a “primeira família para mais de 15% dos utentes” que acolhe. Nuno Lucas pronuncia-se com tristeza face à desumanização com que se depara diariamente por parte das famílias dos idosos que acolhe e afirma que ainda há muito para fazer ao nível da humanização da sociedade. O interlocutor adianta que está já pensado um projeto destinado à construção de um novo lar: “A nossa missão enquanto instituição é melhorar progressivamente as nossas instalações físicas, o que se repercutirá no bem-estar dos utentes que virão”. Reafirma que é necessário pensar na nova geração de utentes que trará novas exigências e expectativas.

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Fomento do Corpo e do Espírito

Paralelamente à preocupação que denota com as suas instalações, o Lar D. Bárbara não descura do acompanhamento psíquico e intelectual do utente. Para tal, implementa ao longo de todo o ano inúmeras atividades com vista a repercutir no idoso um sentimento de importância que muitos consideram já não ter na idade em que se encontram. No Natal, uma época de felicidade e confraternização por excelência, a Instituição realiza um almoço com todos os utentes assim como dedica um dia da semana de natal a cada valência. “Ocupar a mente destes idosos é uma das nossas funções principais”, afirma o administrador. Projetos Futuros

Para o ano 2013, Nuno Lucas assegura que os recursos da Quinta Nossa Senhora do Incenso que contemplarão, para além da cozinha já referida anteriormente e de uma lavandaria que serve as suas sete valências, uma rentabilização máxima dos recursos. Ao longo do próximo ano, prevê-se a colocação de painéis solares térmicos e fotovoltaicos, um projeto que visa incrementar a eficiência energética da Instituição. Acrescenta-se ainda a rentabilização fundamental dos produtos hortícolas que tornem a Instituição autossuficiente também a esse nível. Nuno Lucas acredita que, com todos estes projetos em curso, se conseguirá baixar o custo da mensalidade praticada para cada utente.

Ajuda ao Idoso Uma Profissão de Estima Nuno Lucas demonstra grande amor pela região de Penamacor, onde nasceu e onde se sente bem a morar, em harmonia com a natureza. Confessa que trabalhar numa Instituição deste cariz não havia sido algo que pensara para si. No entanto, depois de mergulhado, por ordem do destino, neste projeto, reconhece que se sente completo e realizado nesta que é a sua profissão atualmente: “Hoje em dia as funções que exerço são muito mais do que um emprego”, confidencia o administrador da Instituição que garante: “O entusiasmo que coloco em tudo o que faço contagia quem está em meu redor e faz de nós bons profissionais.” Conclui confirmando que se apaixonou por completo pelo que faz e que sente uma enorme gratidão pela forma como pode ajudar o Outro: “Dar apoio às pessoas que não tenham condições de sobrevivência capazes de fazer jus às suas necessidades move-nos!”

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CASTELOGEST · O PARCEIRO IDEAL 16 ANOS DE SUCESSO. O TODO EM PROL DO INDIVIDUAL A operar no mercado da administração de condomínios desde 1996, a castelogest começou com uma modesta carteira de clientes, tendo hoje uma forte e vincada presença no mercado com mais de 2500 clientes/condóminos. Localizada no Funchal, esta empresa de gestão de condomínios alicerça o seu êxito na satisfação e consequente fidelização do cliente. Em entrevista à revista Gestão Global, Joana Filipa Gonçalves, CEO da castelogest, faz um “balanço muito positivo e satisfatório” destes 16 anos e assegura uma continuidade assente numa política de transparência e rigor orçamental.

Quais as principais vantagens de delegar a função de administrar o condomínio a uma Empresa especializada ao invés de serem os próprios condóminos a gerir o condomínio? A gestão de um condomínio assume-se como algo que à primeira vista pode parecer simples, mas ao analisarmos todas as dinâmicas e vertentes existentes compreendemos que as dificuldades são muitas, sendo portanto mais razoável e racional entregar a quem sabe e a quem faz da gestão de condomínios o seu dia-a-dia. Exige formação técnica, pessoal e profissional. O tempo do amadorismo está ultrapassado. Tendo como desiderato supremo, a defesa do interesse dos seus clientes –os condóminos–a castelogest, membro dos órgãos da direção nacional da apegac–Associação Portuguesa de Empresas e Administração de Condomínios, procura transmitir valores assentes em pilares de estabilidade, credibilidade e prestígio junto dos fornecedores e dos seus prestadores de serviços nos condomínios. A castelogest assume-se como solução, pois é uma empresa com know how adquirido e reconhecido, coadjuvando a isso uma enorme capacidade de liderança, transmitindo esses valores a cada cliente. Tem quadros altamente qualificados, na área jurídica e de gestão. Goza de estabilidade financeira própria. Possui uma equipa de manutenção competente e disponível. 32

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Quais os serviços que prestam ao cliente? Os serviços que prestamos limitam-se à gestão dos condomínios e à melhor rentabilização dos seus fundos. Todos os restantes serviços: manutenção, limpeza, jardinagem, etc. são contratadas em parcerias com empresas da especialidade. Poder-se-á dizer que a atual conjuntura económica tem provocado um aumento nas dívidas dos condóminos? Em que medida esta situação pode agravar o contexto económico das empresas do sector? Evidentemente que as dificuldades económicas e financeiras que o país atravessa têm um reflexo importante neste sector. A cobrança das quotas torna-se mais difícil. Isto acarreta sobrecarga de trabalho e custos adicionais. Com frequência há entrega de apartamentos aos bancos. E são frequentes os processos de insolvência pessoal. A nossa justiça também é lenta, o que não ajuda nada.

Sabe-se que o atraso no pagamento dos condomínios aumentou em 10% face ao mês de Dezembro do ano transato. O que propõe para combater esta situação? Uma forma de dar mais garantias aos condomínios seria a dívida do anterior proprietário transitar para o novo. O devedor, nestas situações, é a fração. O facto de ser de A ou de B não deveria ser relevante. É que aqui também está em jogo um interesse coletivo. Em caso de compra, o comprador tem sempre a hipótese de saber a situação do condomínio antes de fazer escritura. E, no caso de entrega ao banco, em dação de pagamento, seria o de o condomínio ficaria em pé de igualdade com o banco.

A qualidade de um condomínio também depende da excelência da administração.


A Castelogest tem crescido de uma forma sustentada e consolidada, tendo convicções e uma política de gestão bem definidas. A apegac criou um estatuto que impede as empresas de se dedicarem a outras atividades, bem como um código deontológico por forma a mudar a imagem das Empresas de Gestão de Condomínios. Estas medidas são fundamentais para lhes dar mais prestígio e credibilidade? A especialização da atividade de gestão de condomínios será uma mais-valia em todos os aspetos. É necessário que haja seriedade, transparência, competência e responsabilidade no exercício da atividade. Por isso, consideramos também de extrema importância a existência do seguro de responsabilidade civil. Concorda que a atividade de gestão e administração de condomínios necessite de regulamentação e da criação de uma Lei justa que valorize os administradores profissionais e sérios de condomínios? A regulamentação da atividade de administração de condomínios é urgente. Qualquer entidade se sente capaz de administrar condomínios. E isso é altamente prejudicial, porque depois não há responsabilidade. Os fundos desaparecem, as contas não são prestadas e a documentação não existe.

Qual diria ser o segredo para estes 16 anos de sucesso da castelogest? Apesar das dificuldades normais e comuns, a castelogest tem crescido de uma forma sustentada e consolidada, tendo convicções e uma política de gestão bem definidas, ou seja, o cliente assume-se como o centro das nossas preocupações, porque a qualidade de um condomínio também depende da excelência da administração. Além disso, a castelogest aposta nos seus diversos serviços com dinamismo, seriedade e segurança, tendo sempre em linha de conta, principalmente numa fase de alguma recessão económica, o rigor orçamental.

Tendo a castelogest bases sustentadas, qualidade e reconhecimento público, quais são os grandes desafios neste âmbito? A perspectiva estratégica passa por transformar a globalidade dos clientes em promotores, missão que obviamente se assume difícil e ambiciosa, mas que acredito que será alcançada pois na castelogest «remamos» todos no mesmo sentido. Como em qualquer outro sector de mercado, as dificuldades são acrescidas pelos efeitos da denominada crise económica que, um pouco por todo lado, aporta sérios obstáculos. No entanto, a castelogest estará presente no sentido de proteger e defender os interesses do condomínio. Compreendemos as suas inquietações e tentamos criar condições para que esses receios sejam dissipados. Esta é a nossa postura e do nosso ponto de vista, a mais correta e coerente. Estrada Monumental, 284 - Centro Comercial Monumental Lido, 2º Andar, Sala 5 · 9000-100 Funchal Telf: 291 761 536 · Tlm: 964 019 289 / 966 845 264 · Fax: 291 766 446 · email: castelogest@ gmail.com ; www.castelogest.pt

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DA AMBIÇÃO AO PROJECTO A Ambisom abraçou o mercado das energias renováveis, explorando também o mundo da eficiência energética, isolamento e ensaios acústicos. Hoje encontra-se na linha da frente da tecnologia de ponta.

Foi com ambição e dedicação que Marco Costa lançou, em 2007, a Ambisom no mercado. A empresa foi concebida para operar, inicialmente, na área da acústica, fazendo projetos e ensaios acústicos para a edificação e para a indústria. Alargou ligeiramente a sua abrangência até ao ambiente e no espaço de quatro anos deu o maior salto, até alcançar as energias renováveis. Também ele ambicioso e audaz, Marco Costa, gerente, empregou a privilegiada exposição solar portuguesa, aproveitando assim a energia solar para o desenrolar do seu negócio. “Estamos preparados para trabalhar, tanto no mercado residencial ou doméstico, como no mercado industrial, a nível de eficiência energética e também a nível de acústica”, refere Marco Costa. Além das vendas e instalações de produtos, a Ambisom apostou no aconselhamento a cada cliente, singularizando uma solução única para cada um deles: “Não é só vender por vender, é vender com o aconselhamento técnico e com confiança”, salienta o gerente.

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As feiras internacionais e nacionais em que tem participado (destacando-se a Feira Agrival), têm contribuído para uma troca de experiências e acompanhamento mais profundo da evolução do mercado. A Ambisom tem também hoje estabelecida uma excelente parceria com o laboratório de ensaios AmbiEstudos. Na linha da frente no que toca a tecnologia de ponta, a Ambisom tem trabalhado com marcas como a Junkers, Giacomini, MicroplusGermany e Openplus. E se com ambição começou, com ambição pretende agora a equipa da Ambisom explorar o setor agrícola. As boas relações que têm mantido com fornecedores, clientes e outras empresas têm-se revelado uma importante sinergia nesta empresa que vive da, e com, boa energia!


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