Edição_54

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Índice Foto: Leoiran/Fotoshows

Ao leitor

Colunas

Esta edição de HOJE, a de nº 54, tem como matéria de capa um assunto do momento: o caos no trânsito, cujo número de vítimas é superior ao de muitas guerras ao longo da História. A autora, jornalista Janaina Gomes, é estudiosa do assunto. Vale conferir seu texto. HOJE tem também novos colunistas: Maria Paula Bueno assina a coluna “Registro”, enquanto Roberta Tum assina coluna de notas contando o que há de mais relevante no Tocantins. Roberta, que já militou na Imprensa em Goiás, mora em Palmas há vários anos, onde dirige um prestigiado blog: www.robertatum.com. br. Além da coluna, ela passa a escrever artigos, comentários e reportagens, sob a ótica tocantinense

Primeiro Plano Valterli Guedes

Turismo Izabel Todeschini

Resenha Renato Dias

Auto Hoje Fabrício Oliveira

Urubuservando Carlos Brandão

Culturamix Carlos Pompeu

Lendo, vendo e ouvindo Pampinha Registro Maria Paula Bueno Caiu na Rede Pedro Guedes

Coluna Social Jane Sebba Roberta Tum Café On Line

A revista do Centro-Oeste e Tocantins

Editora Caraíba Ltda.: CNPJ: 08629243/0001-03 Rua 103, nº 46, Setor Sul Goiânia-GO CEP 74.080-200 Fone: 62 3091-5959/Fax: 62 3293-1454 Redação Revista Hoje: Administração: revista.hoje@yahoo.com.br Redação: redacao.hoje@yahoo.com.br Rua 261 nº 438 Setor Coimbra Goiânia - GO - CEP: 74.533-050

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Foto de capa: Leoiran/Fotoshows Concepção: Pedro Guedes e Gustavo Nascimento

Cartas Parabéns à equipe. A qualidade da revista HOJE é indiscutível.

Dr. José Coimbra, médico, ex-deputado federal, autor da lei autorizando a mudança de sexo via cirurgia no Brasil

Folheei a revista inteira e reparei que existem nela muitas fotos, mas todas sem os créditos a seus respectivos autores. Edgard Soares, fotógrafo, via facebook

Diretores Tarzan de Castro e Valterli Guedes

Coordenação comercial Mônica Marchesi (monicamarchesi1@gmail.com)

Diretor administrativo-financeiro Joari Sousa Barreira

Contato publicitário Carla Poiani (carla.revistahoje@gmail.com)

Diretor de Projetos Especiais Eliezer Penna

Colaboradores Pedro Guedes e Valterli Filho

Editor-Geral Valterli Guedes (guedesvalterli@gmail.com)

Correspondente em Palmas Roberta Tum Sucursal de Brasília Adriana Ferraz (adriana@juridiconet.com.br) Sucursal de São Paulo (Capital) Maria de Fátima Vital (fatvital@gmail.com)

Edição Karla Rady (karlarady@gmail.com) Reportagens Jairo Macedo Júnior,Janaina Gomes, Lucíola Correa, Marina Costa, Nádia Timm e Rhadá Costa Design e Diagramação Gustavo Nascimento (gustavomorc@gmail.com)

Impressão Gráfica e Editora Elite (62) 9106-7883 Tiragem: 20.000 exemplares

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Pedro Guedes | @guedzin

Caiu na Rede Não é possível ficar no DEM e atuar para criar outro partido. É querer ter a cômoda vida de casado com as regalias da vida de solteiro. Ronaldo Caiado deputado federal (DEM-GO), sobre a jornada dupla de alguns Democratas. @deputadocaiado

Fazer o quê, se o príncipe encantado (William) é careca e o melhor jogador do mundo é argentino (Messi)? Ademir Lima publicitário, fazendo reflexão sobre os novos tempos @Ademiromago

Roberto Freire, deputado federal (PPS-SP), mostrando porque a cremação é coisa de rico @freire_roberto

O PT goiano critica Marconi Perillo pela criação do fundo. Temos que encontrar meios. Nós não temos o Delúbio Soares para arrecadar dinheiro. Túlio Isac, deputado estadual (PSDB-GO), aliado a qualquer tempo, passado, presente e futuro, mas coerente com seus ideais, sobre o fundo para recuperação das estradas, criado pelo governador Marconi Perillo @tulioisac1

A população sofre com eleições a cada dois anos, além do custo elevado. Defendo com fervor a unificação das eleições diretas no país. Sandro Mabel deputado federal (PR-GO) @sandromabel

O atual governador assinou, em 20/10/1998, o compromisso com os servidores públicos de passar a direção do IPASGO. Mauro Rubem, deputado estadual (PT-GO), relembrando um dos compromissos de campanha do então candidato a governador Marconi Perillo. @depmaurorubem

Cremação de José Alencar pode no futuro criar certo constrangimento à Justiça. Corre no Judiciário mineiro ação de Investigação de paternidade.

Me perguntaram: pastor, é pecado gostar do U2? Respondi: se é pecado, estou pecando há muito tempo. Fábio Sousa, deputado estadual (PSDB-GO) @depfabiosousa

Sugeri ao Tiririca que no seu primeiro discurso dissesse como era a escola no Ceará, quando ele criança. Cristovam Buarque, senador (PDT-DF), sugerindo “um pouco de coisa séria” ao deputado federal Francisco Everardo, o Tiririca. @Sen_Cristovam Ironicamente, o governo reduziu o ICMS do combustível de aviação de 9% para 1%. Será que é porque os poderosos possuem jatinhos? Luis Cesar Bueno, deputado estadual (PT-GO) @DepLuisCesar

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Entrevista I Ilézio Inácio Ferreira

Desafios do crescimento planejado Fotos: Pedro Guedes

Marina Costa

O P

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cidadão goianiense nunca esteve tão imerso em uma experiência de evolução urbanística como vem presenciando nos últimos tempos. Trafegar pelas ruas de Goiânia tem sido uma tarefa pouco fácil pelo volume de carros e também pela própria dinâmica do trânsito. Construções de prédios e arranha-céus que se aproximam das grandes metrópoles estão fazendo parte da nova paisagem da cidade. Onde havia apenas duas casas e duas famílias vivendo, hoje estão centenas de pessoas sob um mesmo solo. Fica a questão: este é um crescimento organizado? Para discutir e refletir sobre os rumos do planejamento urbano de Goiânia, a Revista Hoje conversou com o engenheiro civil Ilésio Inácio Ferreira. Sócio fundador da Consciente Construtora, é vice-presidente financeiro adjunto do Sindicato das Indústrias da Construção Civil de Goiás, Sinduscon-GO, presidente da Cooperativa do Setor da Construção, Coopercon, e também presidente da Ademi-GO, Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás.


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Entrevista I Ilézio Inácio Ferreira HOJE – O senhor, pelas diversas posições que ocupa nessa área de urbanismo e construção, está acompanhando de perto o projeto e as discussões da revisão do plano diretor de Goiânia. Quais aspectos positivos e negativos constam nele? Ilézio Inácio – Em 2000, podíamos construir prédios em 16 bairros de Goiânia. Hoje, temos construção em 81 bairros. Com isso, houve uma diversificação na oferta de moradia, sob vários aspectos, o que tem seus lados positivo e negativo. O primeiro é de você ter oferta de imóvel mais próxima da necessidade do cidadão. O ideal é que você tenha sua moradia próxima ao escritório e ao centro de abastecimento. Este é o ideal: você economizar viagens dentro da cidade. O grande problema que vemos hoje na cidade é a mobilidade. Esses são os aspectos que, uma vez bem planejados, trazem qualidade de vida. Esse plano diretor aprovado em 2008 trouxe grande vantagem por ser participativo. Foi o plano diretor aprovado na vigência como o mais amplamente discutido com a sociedade organizada, como previa o Estatuto da Cidade. Com isso, deu uma abertura muito grande para que se pudesse aproveitar o crescimento do mercado imobiliário, que já era previsto. Em 2005, já havia a sinalização desse crescimento. HOJE – É preciso que o plano diretor defenda efetivamente o meio ambiente. Como o senhor vê essa questão? Ilézio – O mais importante de tudo é que exista lei. Temos que saber o que pode e o que não se pode fazer. Uma vez tendo a lei, é preciso fazê-la cumprir. Quando a gente secciona uma área e não faz uma destinação correta, ela acaba tendo mal uso. Por exemplo, a questão do Rio Meia Ponte. É preciso investimento público. Um rio com a importância que ele tem para o estado, como você não o trata? Qual investimento público foi feito? Outro exemplo, a barragem do João leite. Se tiver uma definição do uso dela, quantas coisas bonitas poderíamos fazer? Transformá-lo num pólo atrativo do desenvolvimento de Goiás. Mas não

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se pode utilizá-la. Então volte lá daqui a dez anos e me conte; estará degradada. É preciso pensar Goiânia daqui a 25 anos. Cometeram um grande crime no ano passado quando extinguiram o IPLAN, Instituto de Planejamento, que era uma instituição que pensava Goiânia. Deram essa função para a Seplan, que acabou envolvendo muito de seu tempo só no operacional, por conta da demanda. Não tem como esta pasta

“O mais importante de tudo é que exista lei. Temos que saber o que pode e o que não se pode fazer. Quando a gente secciona uma área e não faz uma destinação correta, ela acaba tendo mal uso. Por exemplo, a questão do Rio Meia Ponte” deslocar técnicos para pensar a cidade. Daí a nossa ideia de criar o Instituto das Cidades, uma instituição sem fins lucrativos voltada para o planejamento de Goiânia e região metropolitana. Nosso foco é criar fóruns permanentes de discussão, desenvolvendo projetos para dar subsídios ao governo, mas sem nenhum poder decisório. HOJE – Como conciliar o crescimento imobiliário com uma expansão planejada?


IIézio – O estatuto da cidade tem uma coisa clara que é a autonomia que o município tem de legislar sobre a ocupação urbana. Assim, buscamos junto à municipalidade uma forma de criar um mecanismo que oferecesse agilidade aos processos e que viesse de encontro com esse crescimento do mercado imobiliário. Foi aí que se estabeleceu um modelo de cidade que teria duas opções: uma, de crescimento para fora, a chamada expansão urbana; e a outra, de um modelo de cidade compacta. Optaram por este último modelo. A cidade compacta, ao invés de se produzir continuamente mais áreas para habitação, utiliza das áreas já estabelecidas dentro da cidade com melhor aproveitamento. Foi então que nesse plano diretor se estabeleceu a obrigatoriedade do uso dos vazios urbanos, o imposto progressivo para quem não desse destino à propriedade. Isso permitiu maior verticalização. Verticalizar onde? Se tenho um modelo compacto e não quero que cresça além desse cerco limitador, resta crescer para cima, ocupando esses espaços. Então, criou-se duas regras fundamentais e que estão sendo respeitadas. A primeira é a questão dos afastamentos. Quanto mais alto, mais se afasta um prédio do outro. No primeiro mundo as construções são coladas. Esses prédios que haviam no setor Bueno são um exemplo disso: foram construídos em cima de um único lote, com afastamento de cerca de três metros. Se você espichasse o braço, conseguia pegar a mão do outro vizinho. Hoje, ao contrário disso, posso crescer, só que diminuindo a projeção do prédio. Imagine um setor extremamente residencial. Eu venho com uma quadra inteira de 10 mil metros e, ao invés de fazer um predinho ao lado do outro, como já existe no Urias Magalhães, faço um belo de um espigão, bem no centro da quadra, com um parque ao redor, estacionamento no subsolo e o térreo para recreação. Qual modelo é melhor? Você vai achar várias correntes de pensamento sobre isso. HOJE – Em países da Europa, os prédios são, ou eram, obrigados a terem

a mesma altura. O que acha de se estabelecer esse critério em Goiânia? IIézio – Você deve construir uma malha urbana onde possa evitar os corredores de vento e não deve fazer prédios da mesma altura para evitar os paredões. Quando se tem alternâncias de altura e afastamento, você cria um modelo ideal de malha urbana. Hoje, já não é mais possível fazer um prédio em um lote, como era feito em Goiânia há dez anos. Todos eram feitos ocupando um lote inteiro, encostados uns nos outros, com as mesmas alturas, que variavam entre 12 a 17 metros. O modelo atual é fantástico, porque tem outro ponto forte, de induzir o crescimento ao longo dos eixos de desenvolvimento. Foram criados vários eixos de desenvolvimento que acabaram coincidindo com os eixos do transporte coletivo. Quando se dá maior densidade a esses eixos, então podemos verticalizá-los. Ao se fazer isso, de cara você traz como benefício a viabilidade financeira de um transporte de massa de qualidade. Entretanto, há um ponto frágil. Se o poder público não criar as condições para que esses eixos sejam implementados, eles arrebentarão com a cidade. HOJE – O que falta para essa implantação efetiva de eixos? IIézio – Existe uma cultura no Brasil de que os governantes não tratam a questão do transporte público como responsabilidade do Estado. O que é um erro. A operação do transporte, seja metrô ou ônibus, deve ser privatizada para dar a agilidade precisa. Mas toda a infraestrutura precisa ser feita pelo poder público. Sem nenhuma apologia política, foi no governo Lula que o governo dispôs recursos para financiamento dessas obras de infraestrutura urbana, de mobilidade. Agora, fico muito feliz de ver a Dilma lançar o PAC da mobilidade, programa no qual ela concentrou os projetos que o Lula já havia avançado e criou uma política de mobilidade urbana. Falei, inclusive, com o ministro das Cidades há um mês, fiz o pleito a ele de que todos esses projetos que fossem contemAbril de 2011 - Hoje | 9


Entrevista I Ilézio Inácio Ferreira plados dentro do PAC da mobilidade fizessem, obrigatoriamente, parte de um programa de mobilidade urbana das regiões metropolitanas. O que é isso? Se Goiânia for contemplada com um ou dois projetos é preciso que durante seu desenvolvimento, a municipalidade apresente para o Ministério um projeto de mobilidade urbana da região metropolitana de Goiânia. Isso, sim, que dá consistência ao projeto. Hoje, temos um modelo de desenvolvimento das cidades que é mais ou menos pautado assim: a cidade vai crescendo de acordo com os pólos indutores que vão surgindo, com as obras de infraestrutura que são resolvidas, por exemplo, o Portal Shopping e o Buriti Shopping. Imagine que, quando implantou-se o Buriti Shopping, não havia essa expectativa. Mas, se o poder público olhar o que ele representa, o que atraiu de desenvolvimento para a cidade, para a região, deveria dar um tratamento especial.

HOJE – Falando em mobilidade, e a questão da instalação dos BRT e de um metrô em Goiânia? É viável? IIézio – O prefeito Paulo Garcia quer implantar um BRT (Transporte Rápido de Ônibus) para o eixo Norte-Sul e o governador Marconi Perillo quer implantá-lo no eixo Anhanguera, o que a gente vê com bons olhos. Este modelo é utilizado em Bogotá, na Colômbia, e tem sido copiado no mundo inteiro. O ônibus encosta na estação climatizada, igual ao metrô, só que na superfície. Ele só para nas estações, o sinal abre para ele quando se aproxima. Quando se recomenda um metrô? Quando se tem uma demanda acima de 30 mil usuários por dia. O BRT faz bem até 40 mil pessoas. Qual é a diferença? Um sistema como esse custa cerca de 5 milhões de dólares por quilômetro. Um metrô numa situação plana de Goiânia custa 100 milhões de dólares por quilômetro. Um quilômetro de

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metrô faz 20 quilômetros de BRT. Se o BRT ainda nos atende e nossa economia ainda não tem caixa para bancar um metrô, é melhor passar com essa alternativa e lá na frente se pensar em outras formas. HOJE – Como o senhor avalia o trânsito em Goiânia?

“No Brasil, há uma cultura de que os governantes não tratam a questão do transporte público como de responsabilidade do Estado, o que é um erro. A operação do transporte deve ser privatizada para dar agilidade. Mas toda a infraestrutura precisa ser feita pelo poder público” IIézio – O Marconi defende um BRT para o eixo anhanguera. E acho que já comporta, sim. Tem uma condição espetacular para a implantação e uma demanda e tráfico que o justificariam. Mas já é preciso pensar em um metrô para o eixo Anhanguera.

Se implantarmos os eixos Norte-Sul e o Leste-Oeste – esses dois projetos já foram encaminhados para o PAC da mobilidade, mesmo assim não vamos resolver a questão da quantidade de veículos nas ruas. Melhora muito, principalmente para as comunidades que utilizam essas linhas, isso vai dar fluidez, porém não resolve. Precisamos atacar também os outros eixos e linhas alimentadoras. Fazer as subestações, que é onde o governo entra, os eixos, licitar a exploração. É inimaginável pensar que uma empresa vai fazer tudo isso e não vai jogar o custo no bilhete. Então, o governo deve fazer esse serviço público. O transporte público tem uma quantidade de veículos muito maior do que há 5 anos atrás, mas transporta menos pessoas porque não consegue ter velocidade. Por que metrô funciona bem? Ele tem uma pista única e nada pára ele. Entretanto, ainda falta uma coisa tão pequena que não foi feita, que é o ônibus parar só nos pontos. Isso já melhoraria 40% da situação. Se criarmos a pista, tendo agilidade dos ônibus nos pontos necessários, a população deixa os carros em casa. HOJE – E o trem-bala? O senhor acredita que é uma demanda importante neste momento? Ilézio – Estão falando que esse trem-bala, que ligará São Paulo ao Rio de Janeiro, custará 30 bilhões de reais, mas quem entende disso afirma que vai passar dos 60 bilhões. Atualmente, temos apenas 15 % da malha viária pavimentada. Esse recurso daria para fazer mais que o triplo do que temos hoje. Pense nossas rodovias e aeroportos do jeito que estão. Onde seria mais bem aplicado esse recurso? Pode perguntar para qualquer paulista ou carioca. Eles têm consciência, como brasileiros, qual é o melhor. O quanto representou a construção das rodovias de Goiás? Aí você fala: vamos construir o dobro das rodovias em quatro anos. Imagine como aumentaria a economia em nossa região.


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PRIMEIRO PLANO

Delúbio

Sem fusão É improvável, e muito, a comentada fusão do DEM

com o PSDB. Ao DEM, que deixaria de existir, a idéia é desinteressante por dois motivos: o partido perderia os recursos do Fundo Partidário, sua principal fonte, e abriria mão do horário gratuito de rádio e TV. Além disso, embora desejado enquanto aliado, o DEM abriga pessoas que são refugadas pelo PSDB. E vice-versa. E, para finalizar: os dois partidos já são aliados nacionalmente.

O retorno de Delúbio Soares ao PT, aprovado pelo diretório nacional, tem grande significado. Corresponde a dizer que o PT assumiu tratar-se de montagem, ou uma grande farsa, a denúncia do mensalão. Por esse raciocínio, o que ocorreu foi uma tentativa da oposição direitista de desestabilizar o governo Lula, visando derrubar o então presidente. Em todo esse contexto, Delúbio foi o grande sacrificado. Só ele sofreu a punição no âmbito partidário, agora anulada. Embora tarde, melhor do que nunca.

PSD Só a partir de julho o PSD do prefeito Gilberto Kassab será abrigo para os descontentes de outras agremiações. É quando, esperam os organizadores, o PSD

Ficha limpa Misael Oliveira, deputado estadual do PR, quer a adaptação da lei da ficha limpa à esfera estadual, cujas repartições ficariam livres dos condenados em nível de 2º grau. “É compromisso da campanha do governador Marconi Perillo”, diz o deputado, acrescentando: - Estou ajudando a ele”. 12 | Hoje - Abril de 2011

ganhará registro no TSE. Kassab e seus seguidores estão convencidos de que o registro sairá a tempo para os que pretendem disputar as eleições de 2012.

Aliança A parceria administrativa entre o governador Marconi Perillo (PSDB) e o prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguita Vilela (PMDB) mostra-se promissora. Pode, por exemplo, evoluir para uma aliança política com vistas ao pleito de 2012 no município. Tipo assim: Maguito, candidato à reeleição, teria como vice alguém do PSDB. Há vários nomes para a escolha. Seria um acordo pontual, sem compromissos para 2014, por exemplo. Coisa de político experiente, testado, como é o caso de Marconi e Maguito. O primeiro, não quer maiores tropeços na região metropolitana de Goiânia. Quanto ao prefeito, estaria garantido não apenas a reeleição, e sim uma consagração nas urnas.

Jovair no TCU Há um acordo de líderes na Câmara Federal tendente a consolidar a indicação, para uma das próximas vagas de ministro do TCU – Tribunal de Contas da União – do deputado federal Jovair Arantes, do PTB goiano. Ainda neste ano surgirá pelo menos uma vaga. Mas há uma queda de braço, uma vez que os auditores do TCU reivindicam o direito à indicação. Nesta hipótese, Jovair ficaria para a vaga seguinte.

Canícula Em Cuiabá, onde a temperatura com freqüência alcança 40 graus, positivos, o vereador Antônio Fernandes (PSDB), quer poupar os entregadores de correspondências do trabalho à tarde. Até apresentou projeto. Mas, como a Legislação trabalhista é da alçada federal, deu em nada.


Valterli Guedes |guedesvalterli@gmail.com

Carajás

Metrobus

O governador tocantinense Siqueira Campos ( PSDB) esteve em Parauapebas, no Pará, onde apoiou, durante palestra, a criação do Estado de Carajás. O movimento pró-Carajás foi definido por Siqueira como o “começo forte de grandes mudanças transformadores do Brasil e da sociedade Brasileira”. Ele pregou também a instituição do voto distrital e de mandatos de seis anos para prefeito, governador e presidente. Sem reeleição.

Momento oportuno A famosa expressão cunhada por Alcides Rodrigues durante entrevistas, quando governador , acaba de ganhar definição no que se refere a seu retorno na emissão de opiniões: segundo um seu interlocutor freqüente, o ex-governador falará de política e de outros assuntos a partir de julho. Discretamente, Alcides montou escritório em Goiânia, de onde despachará com freqüência a partir de julho.

Sem-terra Em Campo Grande, a sede regional do Incra foi invadida por trabalhadores. Reivindicações: cestas básicas, ajuda às famílias prejudicadas pelas chuvas e a nomeação de novo superintendente. Eles apóiam o nome de Celso Cestaria para o Incra sul-matogrossense.

A Prefeitura de Goiânia renovou a permissão ao governo estadual para que a Metrobus continue explorando o eixo Anhanguera. Inicialmente, por 90 dias. Mas será por mais tempo. Exigências: extensão das linhas e renovação da frota, além de subsídios. O governo do Estado, por sinal, tem estudos adiantados para a implantação do VLT (veículo leve sobre trilhos). Coisa de um bilhão de reais.v

Revolução no PC do B De volta à antiga casa, o ex-vereador de Goiânia Euler Ivo, que estava no PDT, voltou ao PC do B. Ele não gostou da entrega do comando regional à deputada Flávia Moraes. Sua mulher, deputada estadual Izaura Lemos, e a filha Tatiana,

vereadora de Goiânia, permanecem no PDT. Euler voltou com tudo. Tanto que, segundo diz, os diretórios municipais do PC do B, de 26, saltaram para 126 em poucos dias. E, em breve, diz, “estaremos em quase todos, senão em todos os municípios goianos”.

Quem teme Magal? Comunicador de mérito, Evandro Magal foi prefeito de Caldas Novas antes de eleger-se deputado estadual. Agora, só porque apoiou Vanderlan

Cardoso (PR) para governador, querem incompatibilizá-lo com o governador Marconi Perillo que, é claro, deseja o seu apoio na Assembléia.

Mas os que resistem a uma aliança Magal-Marconi já estão identificados: são aqueles que o temem como candidato a prefeito de Caldas Novas em 2012. Abril de 2011 - Hoje | 13


Um leão por dia Tocantins

Quatro meses depois, novo governo segue sob comando de pai e filho: aliados interferem pouco nos rumos do Tocantins

Roberta Tum

I

niciado com a marca de mais de 15 mil demissões, o novo governo Siqueira Campos completa neste mês de abril quatro meses no comando do Tocantins, depois de uma eleição disputada e vencida com uma margem de pouco mais de 7 mil votos de frente. À frente do comando do Estado, o governador, com 82 anos, divide as decisões com o filho, ex-senador Eduardo Siqueira Campos (PSDB). Sacudido por uma tragédia pessoal, com a morte do filho Gabriel, de 11 anos, em acidente aéreo em Senador Canedo, Eduardo enfrenta novos problemas com a descoberta de um tumor maligno no útero, enfrentado pela esposa Polianna. É neste cenário de dificuldades pessoais da família Siqueira Campos, que o governo caminha: interferência de aliados é mínima. Quando venceu as eleições em outubro do ano passado, por pouco mais de 7 mil votos de frente sobre o ex-governador Carlos Henrique Gaguim(PMDB), Siqueira Campos reconheceu e agradeceu a ajuda de todos os líderes que se uniram em torno dele para devolver o comando do estado a quem foi Siqueira Campos: as dívidas herdadas de outras gestões e o atraso na execução orçamentária criam expectativas

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Fotos: divulgação

Marcelo Lélis

decisivo na sua emancipação. Quatro meses depois, dois dos principais líderes, senadores João Ribeiro (PR), que levou os prefeitos e lideranças do PR a apoiarem Siqueira, e Kátia Abreu, primeira aliada ainda em dezembro de 2009, quando despontava nas pesquisas com 23% das intenções de votos para governadora, atrás apenas do próprio Siqueira, pouco contribuem nas decisões, ou interferem no governo.

Montagem do secretariado deu o tom

A forma de trabalhar, escolhendo as pessoas que iriam compor o secretariado, foi o primeiro sinal de que o Velho Siqueira faria escolhas próprias, sem a consulta, ou o aval dos companheiros. Nomes do PR, de Ribeiro e do DEM até então fechado em torno de Kátia Abreu, foram convidados sem passar pelos dois líderes as escolhas. Na posse de Siqueira, a senadora Kátia Abreu demonstrou o descontentamento: não foi. Ribeiro, com um estilo mais frio, compareceu e evitou criticas ao governador na imprensa, embora seja senso comum entre amigos e correligionários mais próximos, que ainda aguarda ser inserido no processo de discussão do governo.


Tragédia apara arestas e abala pai e filho no começo

O acidente aéreo que vitimou seis pessoas em janeiro, dois dias depois do anúncio das 15 mil exonerações de comissionados, levou a tragédia à família Siqueira com a morte do pequeno Gabriel Marques Siqueira Campos, filho do ex-senador Eduardo e Polianna. A morte trágica soou como uma trégua nos ânimos do grupo, e reaproximou a senadora Kátia Abreu, do casal, a quem deu toda assistência desde o primeiro momento. Homem forte do governo do pai, consultado para todas as decisões importantes, e interlocutor da bancada de sustentação do governo na Assembléia Legislativa, Eduardo não parou de trabalhar e conduziu as articulações que elegeram Raimundo Moreira(PSDB) à presidência da Casa. Os ecos da tragédia no entanto repercutiram no governo, alquebrando o ânimo e diminuindo o ritmo das decisões.

Pendências com servidores, concurso cancelado e outros desafios

O governo do Estado entra no quarto mês com algumas pendências importantes, especialmente com os servidores públicos. O acordo para pagamento de parcelas de um aumento negociado extra-judicialmente, os históricos 25%, não vem sendo cumprido. Segundo justificou à imprensa o secretário de Administração, Lúcio Mascarenhas, o problema maior foi o atraso na aprovação do Orçamento 2011, primeira queda de braço entre governo e oposição que atrasou em três meses a execução orçamentária. Por outro lado as progressões devidas ao servidor, cuja data para correção foi o mês de março, também aguardavam sem pagamento até a última semana do mês de abril. Histórico defensor da bandeira do servidor público, o deputado estadual Marcelo Lélis (PV), na bancada de sustentação de governo, perdeu a condição de cobrar agilidade no cumprimento dos compromissos

devidos pelo governo ao servidor. E é pré-candidato a prefeito da Capital, o nome de melhor aceitação entre o eleitorado até aqui.

Dividir responsabilidades pode fortalecer o governo

É neste quadro, que lideranças ouvidas no governo e na oposição dividem o mesmo entendimento: “o governo só conseguirá obter bons resultados se dividir a responsabilidade com os aliados”. Diante do quadro complexo das necessidades do Estado, dívidas herdadas em diversos setores, problemas fundiários especialmente na capital com a abertura irregular de loteamentos

no entorno da cidade, venda de lotes em balcão e dações em pagamento irregulares, toda ajuda é necessária. A necessidade de dar resposta rápida a problemas de infra –estrutura – diante da situação de precariedade das estradas – neste final de período chuvoso, e a necessidade de fazer realizar novo Concurso para o Quadro Geral, que cancelou após exonerar os comissionados, são desafios que se colocam no começo de maio para o governo do Tocantins. Um governo que até aqui segue o comando do pai e do filho. Sob o olhar atento e não muito satisfeito dos aliados que trabalharam duro para garantir uma vitória apertada.

Ribeiro se licencia, Kátia funda o PSD Num quadro em que deputados estaduais não conseguem emplacar suas indicações, enquanto observam secretários escolhidos pelo governador determinarem nomeações, às vezes até entre adversários da campanha recente, o cenário não é favorável para os aliados do governado no recente pleito eleitoral. É neste momento que o senador João Ribeiro, conhecido como “o amigo dos municípios” tocantinenses está se licenciando a partir de maio por três meses. Vai tratar de um quadro agudo de diabetes e hipertensão, ao mesmo tempo em que abre espaço para o empresário Ataídes Oliveira, do grupo Araguaia, assumir uma cadeira no Senado Federal. Já a senadora Kátia Abreu deixou o DEM para ser uma das principais fundadoras do PSD nacional, partindo para um caminho que a aproxima da presidenta Dilma Roussef no cenário nacional. Com ela está levando a deputada estadual Solange Duailibe, expulsa do PT em decisão

recente do diretório regional. Um novo conjunto de forças em torno de Kátia Abreu já traça novos cenários para a disputa pelas prefeituras no próximo ano.

Kátia Abreu: o momento é de reaproximação com o governo de Siqueira Campos

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CAFÉ

On Line

Batata assando "Disse ao ministro que estou pronto para colaborar com a presidente Dilma independente de cargos. Mas se outros terão a prerrogativa de indicar, quero tratamento igualitário" - Deputado federal César Hallum, que deixou o PPS para ajudar a fundar o PSD e poder votar com o governo, comentando indicação de cargos pela bancada do Tocantins.

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O presidente do PT Regional do Tocantins, Donizete Nogueira, sofre desgaste junto à direção nacional do partido por dois episódios. Primeiro, conduziu o diretório a expulsar o prefeito da capital, Raul Filho e a deputada estadual e primeira dama de Palmas, Solange Duailibe do partido. Os dois contrariaram determinações de Donizete, referendadas pelo diretório. Raul apoiou João Ribeiro (PR), ao Senado, ao invés de Paulo Mourão(PT). Solange foi lançada candidata à presidência da Assembléia com apoio de toda a oposição. O PT decidiu apoiar o candidato tucano, Raimundo Moreira.

Contra amoratória O deputado Ângelo Agnolin(PDT) vai comandar o partido no Tocantins a partir deste ano. A favor da aprovação do relatório do deputado Aldo Rebelo(PC doB), o pedetista se posicionou contra a moratória. “Como é que pode a gente aprovar alguma coisa que vai prejudicar quem cumpriu a lei? O fazendeiro que comprou uma área e não desmatou imediatamente, mas pela legislação poderia usar 65% dela, vai ficar sem poder derrubar uma área? Não concordo”, argumenta. A aprovação do Código Florestal segue como um dos temas polêmicos na pauta do Congresso.

Batata assando II O segundo motivo foi justamente a trombada que Nogueira deu com o senador João Ribeiro no episódio das indicações para cargos federais no Tocantins. O PT, que não tem deputado federal eleito, e não tem direito às indicações da bancada, foi convidado a participar e teve quatro indicações. Entre elas estava o Incra, mas não o representante do MDA. Donziete orquestrou articulações contra a prerrogativa de Ribeiro fazer a indicação. Na imprensa, ele e o vereador Bismarque do Movimento fizeram artilharia pesada contra o senador do PR. Resultado: perdeu duas das quatro indicações e ficou sem o MDA.


Roberta Tum / editoria@robertatum.com.br

Drops Em Dianópolis, Sudeste do Tocantins, os vereadores Hagaús Neto e Osvaldo Baratins travam uma guerra que rendeu denúncia do primeiro contra a gestão do segundo, que é presidente. A ação rendeu uma

Rompimento à vista A senadora Kátia Abreu e a professora Dorinha Seabra Rezende estão de pratos quebrados desde que Dorinha foi convidada para assumir a regional do Democratas no estado com a saída de Kátia e seu grupo para criar o PSD. Até o ano passado, Dorinha era do grupo da senadora, mas preferiu ficar, e teria articulado para que o vice-governador não fosse indicado pela nacional para permanecer no comando do partido. Kátia disparou contra ela assim que Oliveira percebeu o isolamento, e anunciou saída. “Dorinha foi dissimulada”.

interferência cinematográfica do promotor público da cidade que fechou a rua, e com ordem judicial apreendeu veículo e computadores, além de notebooks de vereadores. Baratins foi à Corregedoria do TJ contra o

que considerou “abuso” das autoridades judiciais, e aprovou 30 dias de suspensão a Hagaús Neto por quebra de decoro. E a pendenga continua. O ex-senador Eduardo Siqueira, secretário de Planejamento

Por trás do pano - 1 O deputado federal César Hallum(PPS) deixou o DEM em 2009 para apoiar Carlos Gaguim (PMDB) ao governo em eleições indiretas, contra a vontade da senadora Kátia Abreu(DEM) e a posição oficial adotada pelo seu partido. Correu o risco de perder o mandato em processo de infidelidade movido pelo Democratas, mas volta a conviver no mesmo barco com a senadora no novo PSD. “Eu faço política olhando para frente, nunca para trás”, disse ele.

Por trás do pano - 2 O discurso de Hallum foi o mais tenso na solenidade realizada no sábado, 9, na Assembléia do Tocantins para lançar o novo partido. Nos bastidores é sabido que deu trabalho acomodar todos os companheiros que o deputado queria levar para o novo partido. Não foi sozinho, nem entrou a convite da senadora. Pelo que fez questão de deixar claro, foi convidado por um colega de Câmara Federal, o deputado Geraldo Tadeu, de Minas Gerais. Filiação avalizada por Kassab. Lógico, com a anuência de Kátia em recebê-lo de volta.

enfrenta nova crise pessoal após a perda do filho, Gabriel Marques Siqueira Campos em acidente aéreo em Senador Canedo. Sua esposa, Polliana Marques enfrenta problema grave de saúde. Em São Paulo para tratamento.

Obras paradas A quantidade de obras com recursos do PAC paralisadas na Capital tem sido alvo de ataque da bancada de oposição ao prefeito Raul Filho(PT) na Câmara Municipal de Palmas. O vereador Aurismar Cavalcante(PP) listou na tribuna que de 45 convênios federais firmados desde 2005, a prefeitura tem 34 obras entre paralisadas e inconclusas. Levantou a ira da bancada do prefeito, que quer questionar o uso dos recursos do PAC pelo governo do Estado, apoiado por Cavalcante.

Abril de 2011 - Hoje | 17


Resenha

Renato Dias | renatodias67@gmail.com

“PMDB é aliado preferencial” (De Paulo Garcia à Resenha) C´est fini

José Vitti trocará o PRTB pelo PSD.

Democrata

Heuler Cruvinel ficará mesmo no DEM.

Sem surpresa

Essa é quente 1 - O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, exonerou os irmãos do vereador-artilheiro do PMDB Túlio Maravilha. 2 - Os dois trabalhavam na Prefeitura de Goiânia. Eles são ex-jogadores de futebol: Agnaldo Pereira Costa e Télvio Henrique 3 - Tudo porque Túlio decidiu apoiar Marconi Perillo. Durma-se com um barulho desses.

Euler Ivo é o novo presidente do PC do B em Goiânia.

PP da vida

Evandro Magal acertou a prosa com Roberto Balestra.

PL no DF

João Batista Cimfel será o presidente do PL no DF.

Compressor

Com o rolo compressor da bancada governista na Assembléia Legislativa de Goiás, os deputados e s t a d u a i s a p r o va ram, em plenário, alterações do Código Tributário, mudança de prazos para o pagamento do ICMS, assim como nos prog r a m a s P r o d u z i r, Funproduzir, Proalgo e Fialgo.

Alta dos combustíveis

O Índice de Preços ao Consumidor em

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Jogo do Poder Apesar dos protestos de Luis Cesar Bueno, a Assembleia Legislativa aprovou em segunda e última votação o projeto de lei nº 1.100, da Governadoria do Estado, que cria o Fundo de Transporte (FT).

Goiânia, que mede a inflação na Capital do Estado, registrou variação de 0,77% no mês de março. Será o fantasma do dragão assombrando a economia?

Cidadania

1 - João Campos participou de audiência pública na Assembléia sobre as políticas públicas de combate às drogas

Agenda política O deputado federal Sandro Mabel informa ter apresentado no mês de fevereiro último projeto de lei que propõe a instalação nas escolas públicas do Brasil de detector de metais.

2- Com foco no crack. 3 - Presidente da Frente Parlamentar Evangélica da Câmara Federal, o tucano estava escoltado por Daniel Messac.

OAB 2012 Leon Deniz soprou velas de aniversário dia 12 de abril. Com pinta de candidato à presidência da OAB (Goiás).


PSD Linha direta 1 - O governador do Estado, Marconi Perillo, fez balanço dos seus 100 primeiros dias. 2 - Défict financeiro, situação da Celg e investimentos integraram a pauta.

Vilmar Rocha, Thiago Peixoto e Armando Vergílio participaram, em Brasília, de ato de fundação do PSD.

Fio direto

Isto é Agenda internacional

O presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, deputado federal tucano Carlos Alberto Silva, teve sessão política e gastronômica com o embaixador dos Estados Unidos Thomas Shannon. Leréia, como é chamado, conversou antes com a diplomata da Suécia, Annika Markovic.

Denúncia

1 - Elias Vaz quer que o MPF investigue a obra do viaduto na Br-153, em frente à Agetop, acesso ao bairro Caiçara.

Presidente do Conselho Federal de Farmácia, Jaldo de Souza abençoa os 100 dias de Dilma Rousseff e também os de Marconi Perillo.

2 - A obra é gerida pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit). 3- O parlamentar recebeu denúncia de que houve alteração no projeto original.

Jogo do Poder (III)

Os recursos a serem destinados ao Fundo seriam no valor de R$ 300 milhões por ano, vindos de fontes como o Tesouro Estadual, incremento do ICMS e taxas do Detran.

Linha direta

1 - Francisco Gedda realizou Encontro Estadual do PTN. Detalhe: com a presença do presidente nacional, José de Abreu. 2 - O deputado estadual Frederico Nascimento participou do fórum.

Boa notícia O plenário da Câmara Municipal de Goiânia aprovou, em segunda votação, o projeto de lei enviado pelo prefeito petista Paulo Garcia que concede reajuste salarial de 15,85%, retroativos a janeiro de 2011, aos professores da rede municipal de ensino. Quem informa é Santana Gomes (PMDB).

De ex-empregada doméstica a ministra do TST: é a vida de Delaíde Arantes, nascida em Pontalina, relata o advogado Edilberto de Castro Dias.

Verbas para segurança

A Casa Verde enviou à Assembléia projeto que abre créditos especiais ao Fundo Estadual de Segurança Pública no valor de sete milhões e trezentos e vinte e quatro mil reais.

Malha fina

1 - A Comissão Especial de Inquérito que investigará o aumento dos combustíveis em Goiânia será

formada pelos vereadores Djalma Araújo, Alfredo Bambu, Clécio Alves, Luiz Teófilo, Santana Gomes, Richard Nixon e Deivisson Costa. 2 - Uma espécie de CPI municipal, a CEI tem 90 dias para apresentar o seu relatório final.

Tricô 1 - Recolher mais 100 mil assinaturas para consolidar a legalização no Tribunal Superior Eleitoral do Partido Liberal. 2 - Essa é a missão que o ex-deputado estadual Cleovan Siqueira acelera a partir de maio. 3 - Detalhe: abençoado pelo presidente de honra da legenda, o multinacional Júnior do Friboi. Abril de 2011 - Hoje | 19


A conclusão da Ferrovia Norte-Sul é uma realidade próxima. A estrada deverá ser inaugurada em agosto pela presidenta Dilma. Protagonizadas pela Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A, as obras avançam a todo vapor. Além da NorteSul, a empresa ainda trabalha ativamente na construção das ferrovias Oeste-Leste e Centro-Oeste, que comporão o mosaico da nova malha ferroviária brasileira Rhadá Costa

R

eparar as falhas existentes no Plano Nacional de Logística de Transporte do Brasil e oferecer condições efetivas para o seu crescimento sustentável, amparado por uma estrutura sólida, que integra todos os modais de transporte; inaugurando, assim, uma nova fase para o desenvolvimento do País. Com este intuito, as obras da ferrovia Norte-Sul (FNS), protagonizadas pela VALEC – Engenharia, Construções e Ferrovias S.A, seguem a todo vapor abrindo trilhos e levando desenvolvimento real a diversas regiões brasileiras. Projetada para promover a integração nacional, minimizando custos

de transporte de longa distância e interligando as regiões Norte e Nordeste às Sul e Sudeste, através das suas conexões com 5 mil quilômetros de ferrovias privadas, a Ferrovia Norte-Sul tem previsão de ser inaugurada em agosto pela presidenta Dilma Russeff (PT), conforme anúncio do governo federal. Além da ferrovia Norte-Sul, a Valec S.A está empenhada em outros desafios e projetos não menos grandiosos, que pretendem integrar ainda mais as regiões do Brasil, dinamizando o fluxo do progresso.

Norte-Sul: situação atual

No Estado do Tocantins, durante o governo do Presidente Lula, já foram concluídos 505 kms da ferrovia, no

Fotos: Divulgação

Norte-Sul

João Ribeiro

trecho entre Aguiarnópolis e o Pátio Multimodal de Palmas/Porto Nacional. O trecho seguinte entre Palmas (TO) e Anápolis (GO), de 855 km, está todo em obras e deve estar concluído até agosto de 2011. O investimento é da ordem de R$ 2,92 bilhões. Em janeiro de 2011, tiveram início as obras de construção de mais 670 kms, no trecho que integra a extensão sul da ferrovia Norte-Sul e vai de Ouro Verde (GO) a Estrela d´Oeste (SP), onde a Norte-Sul se interligará à Ferronorte. Nesse trecho devem ser investidos cerca de R$ 2,7 bilhões, com previsão de conclusão das obras para o final de 2012. O trecho ferroviário da Norte-Sul, ligando as cidades maranhenses de Estreito e Açailândia, já está concluído e em operação comercial desde 1996. Esses 215 quilômetros de linha ferro-

Integração Nacional 20 || Hoje Hoje -- Abril Abril de de 2011 2011 20


viária se conectam à estrada de ferro Carajás, permitindo o acesso ao Porto de Itaqui, em São Luís. Quando estiver plenamente em operação, a FNS deverá transportar 12,4 milhões de toneladas/ano, com um custo médio de longo prazo equivalente a US$ 15 / 1000 T.KM, menos da metade do frete rodoviário. De acordo com os estudos mercadológicos, a FNS poderá absorver aproximadamente 30% do volume de carga transportada pelas principais rodovias, sendo a carga transportada composta de commodities minerais e produtos agrícolas, partindo do norte em direção ao sul, e de combustíveis, fertilizantes e carga geral, partindo do sul em direção ao norte. Além disso, como ela já está interligada com a Estrada de Ferro Carajás, da Companhia Vale do Rio Doce, que desemboca no Porto de Itaqui (MA), será o principal meio de escoamento da região, de toda a produção agrícola e mineral destinada ao mercado externo. A implantação da Ferrovia a partir de Goiás tem também um significado muito importante para a viabilização econômica do empreendimento e, especialmente, para o aumento de sua atratividade, uma vez que o volume mais importante de seu carregamento, nas regiões Norte e Centro-Oeste, seguramente, será fornecido pelo Estado de Goiás – grande produtor de grãos e minérios. Inúmeros benefícios sociais surgirão da sua implantação. O projeto possibilitará a ocupação econômica e

Leste-Oeste Buscando dinamizar o transporte da produção do estado da Bahia e servindo de ligação dessa região com outros pólos do país, por intermédio de conexão com a ferrovia Norte-Sul, a Ferrovia de Integração Oeste-Leste também é outro projeto do governo federal cuja gestão das obras é da Valec. A nova ferrovia terá um papel tão relevante para a economia e o desenvolvimento do Estado que pode ser comparada à importância que terá a ferrovia Norte-Sul para a economia brasileira, para a integração das regiões e dos modais de transporte. Estudos iniciais apontam que a sua implantação viabilizará o imenso potencial produtivo do interior e oeste baiano, gerando divisas para os municípios por onde vão passar os trilhos da nova estrada, além de milhares de empregos diretos e indiretos. Os setores mais diretamente beneficiados serão os de mineração e produção de grãos, que passarão a contar com uma estrutura de transporte eficiente, mais rápida e de custo mais barato para o transporte das riquezas produzidas na região, quer para o mercado interno, quer para a exportação. A necessidade de contemplar as regiões produtoras de minério de ferro de Caetité e Tanhaçu, no Sul do Estado da Bahia e as produtoras de grãos no Oeste daquele Estado e Sudeste do Tocantins fez com que o Governo Federal e os estaduais optassem por uma alternativa de transporte mais econômica, moderna e segura, que representasse também menores prejuízos para o meio ambiente: se iniciava assim a construção da EF 334 – Ferrovia de Integração Oeste-Leste – FIOL, ligando a ferrovia

Norte-Sul, em Figueirópolis, no Tocantins, ao Porto de Ilhéus, no litoral baiano, cujo projeto, quando concluído terá 1.527 quilômetros de extensão. Como a construção da Oeste-Leste foi definida como uma obra prioritária, tendo, inclusive sido incluída no PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, a VALEC vem tomando todas as medidas necessárias para garantir o cumprimento do programa de implantação do projeto. As obras, no trecho de Ilhéus-Caetite, de 430 km, tiveram início em janeiro de 2011. O objetivo da VALEC é chegar em julho de 2013 com o trecho Ilhéus-Barreiras, de cerca de 1.000 km totalmente concluído. Os investimentos previstos para a execução das obras da FIOL serão da ordem de R$ 7,3 bilhões. A Ferrovia de Integração Oeste-Leste terá sua implantação em duas etapas. Primeira etapa: Ilhéus/Caetité (BA), onde são 537 km, cuja construção deverá ser concluída em julho de 2012. Segunda etapa: Caetité/ Barreiras/São Desidério (BA), são 485 km, cuja construção deverá ser concluída em julho de 2013.

Juquinha

Abril de de 2011 2011 -- Hoje Hoje || 21 21 Abril


Norte-Sul social da extensa região do cerrado brasileiro, 1,8 milhão de km² - viabilizando a implantação de negócios, e induzirá a geração de frentes de trabalho com absorção de mão de obra anual equivalente a mais de 750 mil empregos diretos e indiretos, incluindo o período de construção e um período de 20 anos de operações normais.

Apoio decisivo

Desde o anúncio da construção da ferrovia, merece destaque ainda a participação e o apoio decisivo de alguns parlamentares na construção e continuidade do projeto. No Estado de Tocantins, entre outras lideranças, o senador João Ribeiro (PR/TO) vem se destacando como peça chave no processo de implementação da ferrovia. Defendeu desde o começo a construção da ferrovia Norte-Sul, sendo um dos primeiros a conversar com o até então presidente Lula com o objetivo de tirar do papel e transformar o projeto em construção. O diálogo histórico ocorreu pouco depois de João Ribeiro assumir seu mandato como senador da República. No mesmo dia, João Ribeiro anunciou no plenário do Senado, a decisão sobre o início da construção da ferrovia Norte Sul. Em 2009, a Comissão de Serviços de Infra Estrutura do Senado Federal aprovou proposta de emenda ao Orçamento no valor de R$ 900 mi-

lhões para a continuidade das obras da ferrovia Norte-Sul. A emenda foi proposta por João Ribeiro ao relator, senador Francisco Dornelles (PP/RJ), que a acatou integralmente. Segundo João Ribeiro, a integração ferroviária das regiões brasileiras será o grande agente uniformizador do crescimento auto-sustentável da região. Para ele, a Norte-Sul deve colocar o Tocantins no centro do transporte de cargas do país. No Estado de Goiás, vários políticos também foram decisivos para a implantação da Norte-Sul. Entre eles, está o deputado federal Rubens Otoni (PT/Go). O parlamentar foi um dos principais responsáveis pela retomada das obras no trecho goiano.

Ferrovia Centro-Oeste

Outra obra que a VALEC está empenhada em dar todos os encaminhamentos necessários para iniciar os trabalhos de construção ainda em 2011 é a EF 354, ferrovia Centro-Oeste (FICO), no trecho que vai da Norte-Sul em Campinorte (GO) a Vilhena (RO), num total de 1.638 km e um custo estimado de R$ 6,4 bilhões. A FICO terá sua implantação em duas etapas. 1ª Etapa: Campinorte(GO)- Lucas do Rio Verde(MT), são 1.040 quilômetros, cujas obras devem ter início em Rubens Otoni

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2011, com conclusão prevista para o final de 2014. Investimentos previstos: R$ 4,1 bilhões. 2ª Etapa: Lucas do Rio Verde (MT) – Vilhena (RO), são 598 quilômetros, cujas obras ainda não tem previsão de início. Investimento previsto: R$ 2,3 bilhões.

Superação

Além destes novos desafios pelo Brasil, em 2011 a Valec S/A supera as denúncias de que a empresa pública estaria ligada a casos de improbidade administrativa, marcados pelo superfaturamento de trechos da ferrovia no Estado de Goiás. Segundo o presidente da Valec Engenharia, Construções e Ferrovia S/A, José Francisco das Neves (o Juquinha), essas denúncias já são matéria requentada. Neves rebate as críticas e informa que desde 2004 está trabalhando afinado e em conformidade com todas as prerrogativas do Tribunal de Contas da União (TCU). Ainda de acordo com o presidente da Valec, desde que esta operação conjunta com o TCU foi iniciada, os gastos com as Ferrovias até foram reduzidos em muitos pontos. Para ele, as denúncias são matéria velha de especuladores e completamente infundadas. No site oficial da Valec (www.valec.gov.br), estão disponíveis todos os demonstrativos contábeis e os processos de contas anuais.


Cenários

Negócios, Empreendedorismo e Agronegócio

Grupo Liberté O Grupo Liberté anuncia a expansão do grupo para o Distrito Federal. A Liberté Taguatinga ficará no Pistão Sul, em frente à Universidade Católica de Brasília. A concessionária terá quase dois mil m2de área coberta, além de pátio para estoque de veículos. Com a loja, que segue os novos padrões mundiais da montadora francesa, a Liberté pretende vender 60 veículos novos e 40 seminovos. A Liberté levará também para Taguatinga o mesmo padrão de atendimento no Pós-Venda, que mereceu da Citroën do Brasil a premiação máxima no Programa Totalité para as lojas do Setor Bueno e de Aparecida de Goiânia.

Atalaia oferece novo serviço de vacinação

Nova presidência

A DASA, maior empresa de medicina diagnóstica na América Latina e quarta maior rede no mundo, oferece, desde o início de 2011, vacinas no Distrito Federal e em Goiás, com o objetivo de ampliar a competitividade nos mercados do Centro-Oeste. Em Goiânia, o serviço já está disponível na marca Atalaia Medicina Diagnóstica. Para oferecer aos clientes as principais vacinas disponíveis no mercado privado do Brasil, o Atalaia conta com a experiência de mais de uma década da DASA no setor. Com mais de um milhão de doses já aplicadas, a DASA está presente em várias capitais e é hoje a maior rede privada de vacinação do País.

A Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg) tem nova diretoria. A empresária Helenir Queiroz, diretora executiva do grupo Multidata, foi eleita a primeira mulher presidente na história da Acieg. Além da nova líder, o grupo administrativo é composto por 123 empresários que ficarão à frente da entidade até março de 2014. O objetivo, segundo ela, é criar ambientes de interação para trazer a opinião do empresário para dentro do debate, seja a respeito dos caminhos da Acieg ou dos gargalos que a economia goiana possui. Para o ex-presidente, Pedro Bittar, Helenir se mostrou, desde o princípio, determinada e com novas ideias. “A Acieg dará passos largos sob a administração de Helenir. Confio muito no trabalho da nova gestão.”

Nutrição e Atividade Física

Etanol A capacidade de produção de etanol em 2011 só tem condições de garantir o abastecimento de 45% da frota de veículos flex. A projeção é da União da Indústria de cana-de-açúcar

(Unica), que divulgou a previsão de crescimento de apenas 0,52% na produção de etanol na safra 2011/2012. Mantido o ritmo de crescimento atual da produção e

Ampliar as discussões sobre nutrição e atividades físicas: essa é a proposta do 2o Congresso Brasileiro de Nutrição e Atividade Física, o CBNAFI, que contará com palestras, mesas redondas, desafios e uma feira de exposições. Além disso, convidados nacionais e internacionais já confirmados, como Robert Sallis, presidente do Exercise is Medicine; e Scott Powers, diretor do Centro de Ciência do Exercício da Universidade da Flórida. Dias 17 e 18 de junho, no Oliveira’s Place. Informações pelo site www.cbnafi.com.br.

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Cenários

Negócios, Empreendedorismo e Agronegócio

Queda Após o grande crescimento do setor imobiliário em 2010, com empresas batendo recordes de vendas e lançamentos, a previsão é para um ritmo menor em 2011. Entre as causas para a desaceleração do setor, estão as restrições para construção em algumas áreas, escassez e alto valor dos terrenos, assim como encarecimento da mão-de-obra.

Inovação colaborativa Vários sistemas que permitem utilizar o esforço em rede para concretizar projetos criativos e sociais tem surgido. São os financiamentos colaborativos via web, conhecidos também pelo nome de crowd funding. O Catarse e o Senso Incomum são dois exemplos desta nova forma de fazer negócios. No Catarse, por exemplo, é possível contribuir com valores a partir de R$ 10. Funciona assim: alguém cadastra um projeto – artístico ou criativo – na plataforma, informa quanto de dinheiro é necessário e em quanto tempo precisa levantar o montante. Se até o prazo

Cargill e Unilever

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Shoppings O mercado de shoppings centers, já consolidado nas metrópoles, está crescendo no interior. A informação é da repórter de Mercado da Folha Mariana Sallowicz. De acordo com a jornalista, “o ano de 2010 fechou com 766 empreendimentos e o país encerrou na sexta posição dentro do ranking mundial dos shoppings”. O período registrou 33 inaugurações. Sallowicz diz que o setor está adotando novas estratégias. “A principal delas é a abertura de empreendimentos em cidades do interior”. Um dos

motivos é “a expansão das classes de renda mais baixas, que surgem como novos consumidores nesses municípios”, explica a jornalista.

final o valor for alcançado, o projeto sai do papel e quem apostou na ideia, além da satisfação de ver o projeto concluído, recebe recompensas. Se o valor proposto não for atingido, quem apoiou o projeto recebe o dinheiro de volta. O designer goiano Carlos Filho conseguiu arrecadar pelo Catarse R$ 23.035 para seu projeto em 45 dias, sendo que o objetivo inicial era de R$ 22.500. Ele criou o projeto Rabiscaria, para financiar projetos de designer e artistas de Goiânia. Como recompensa, o site dava pinturas, telas exclusivas e produtos estampados, como a arte assinada por Mateus Dutra (foto), co-criador do Rabiscaria.

A Cargill concluiu a compra do negócio de produtos de tomate da Unilever no Brasil, cujo acordo de aquisição foi firmado em setembro do ano passado, por aproximadamente R$ 600 milhões. A operação é parte da estratégia da empresa em continuar a expandir sua atuação no varejo brasileiro. O negócio garante à Cargill a diversificação de seu portfólio no setor de alimentos, com a inclusão de marcas fortes e reconhecidas no mercado, como as de molho de tomate Pomarola e Tarantella, as de extrato de tomate Elefante e Extratomato e de polpa de tomate Pomodoro, e traz para a operação da companhia a fábrica processadora de tomates instalada em Goiânia (GO). A Cargill, por meio de sua Unidade de Negócio Cargill Foods Brasil, atende o varejo, indústrias de alimentos e food service, atuando em vários mercados regionais do País.


Agrocenários

Cartilha busca prevenir crime no Campo A Polícia Civil, em parceria com a Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura, lançou a Cartilha de Prevenção ao Crime na Zona Rural. A publicação contém instruções para prevenção do crime no campo, preservação ambiental e prevenção às drogas. A ideia da Polícia, conforme o depoimento do diretor geral, é a do trabalho preventivo e de agregação em parceria com outras instituições, como ocorre com a SGPA. A parceria se estende durante a 66ª Exposição Agropecuária, quando um plano de ação será posto em prática na área preventiva e de palestra junto aos jovens.

Selo Verde para boi goiano A Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura e a Associação Goiana dos Criadores de Zebu propuseram a criação do Selo Verde para a Pecuária de Corte. A iniciativa, pioneira no Brasil, busca melhoria na qualidade genética do gado goiano, almejando a criação de um selo verde de qualidade da carne estadual. O processo será todo certificado e a melhoria

da qualidade genética se daria com o apoio da Embrapa e do programa de melhoramento de touros jovens conduzido pelo professor da USP e da Associação Nacional dos Criadores e Pesquisadores (ANCP), Raysildo Lobo. Serão usadas como modelo da experiência 48 fazendas goianas, onde serão montadas as estruturas para iniciar o ganho genético. Segundo o pesquisador,

pretende-se atingir com a genética mais apurada, aumentar a acurácia de animais jovens, aumentar o ganho genético e democratizar o uso do sêmen.

Congresso Sindical Rural Um verdadeiro marco. Assim pode ser definido o I Congresso do Sistema Sindical Rural realizado pelo Sistema Faeg/ Senar. “Podemos definir esse momento como orgulho e sonho”, com estas palavras, José Mário Schereiner, presidente do Sistema,

abriu o evento de dois dias. Palestras, mesas redondas, apresentações culturais, workshops, premiações e grupos de trabalho fizeram parte da vasta programação. Ilustres como o ex-ministro da agornomia, Alysson Paulinelli, o governador do Estado de Goiás, Marco-

ni Perillo, e a senadora presidente da CNA, Kátia Abreu, registraram presença no evento. A senadora aproveitou a ocasião para lançar seu livro: 2 Palavras + 11 Argumentos, uma coletânea de artigos publicados em diversos veículos do País.

Gado

Aprovado A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, validou o Biofórmula Leite, um aditivo probiótico para alimentação animal desenvolvido por uma empresa de Goiás. O Biofórmula Leite apresenta em sua composição uma associação de enzimas digestivas que proporcionam um maior equilíbrio fisiológico aos animais, o que garante o aumento da produção e a qualidade do leite. O produto reduz a Contagem de Células Somáticas (CCS), diminui a incidência de mastite, aumenta a absorção de nutrientes, estimula o desenvolvimento dos bezerros, previne infecções intestinais e aumenta a fertilidade do rebanho.

O Plenário aprovou o projeto de lei nº 937/2011, que extingue o crédito tributário de ICMS relativo à operação com gado bovino ou bubalino. O texto explica que a restrição quanto aos beneficiários baseia-se nas peculiaridades relacionadas à comercialização de gado.

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Ilumine Arquitetura e decoração

Fotos: iSaloni

Exposição Internacional de Iluminação destaca-se no Salão Internacional do Móvel de Milão Lucíola Correa

E

m abril, arquitetos, designers de interiores e produtos, além de empresas ligadas a esse setor se encontraram em Milão, a capital financeira da Itália. Acontecia a 50ª edição do Salão Internacional do Móvel de Milão, onde produtos e tendências em móveis, design e decoração foram apresentados aos mais de 321 mil visitantes do evento. Este ano também foi realizada a 26ª edição da Exposição Internacional de Iluminação, que ocorre a cada dois anos, e reuniu em mais de 41 mil m2, 479 expositores do setor. A exposição dedicada à iluminação apresentou sistemas de iluminação, desde fontes de luz, uma variedade de

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técnicas de engenharia, inclusive para espaços públicos, como museus, hospitais, além de ambientes comerciais e industriais, até a iluminação doméstica. Destaque para os produtos e soluções apresentados pela holandesa Royal Philips Eletrocnics e pela italiana Flos. Ambas apóiam seus novos produtos em lâmpadas de LED, que nada mais é do que um diodo emissor de luz. Segundo o Laboratório de Iluminação da Universidade de Campinas (Unicamp) os diodos são semicondutores de luz que podem emitir raios luminosos invisíveis ao olho humano, como a luz infravermelha, por exemplo. O uso da sua abreviação em inglês se popularizou rapidamente e tomou conta da linguagem do mundo da iluminação. Criado na década de 1960, apenas no final da década de 1990 teve seu potencial maximizado, já que foi no final desse período que os estudiosos conseguiram aumentar seu poder de emitir luz em cores variadas, como no branco, no azul e no ciano. Antes, já era possível emitir luz via LED nos tons vermelho, verde, entre outras. O LED é um componente do tipo bipolar, pois possui um pólo positivo e outro negativo, logo, quando a corrente elétrica passa por meio desses materiais e ocorre as reações químicas, a luz é emitida. Essa luminosidade emitida pelas lâmpadas de LED é fria e mais durável que a emitida pelas lâmpadas incandescentes. Apostando nessas e outras vantagens, a gigante holandesa e líder do mercado brasileiro de iluminação chamou a atenção por apresentar novidades e soluções

exclusivas para o conforto doméstico, especialmente para ambientes como sala de estar; home-office; banho e áreas externas. Essas inovações foram mate1rializadas em produtos de iluminação com tecnologia LED, que a empresa aposta como o futuro da iluminação doméstica. Já a italiana Flos aposta em nomes do design internacional como Antonio Citterio, Edward Barber, Jay Osgerby, Marcel Wanders, Patricia Urquiola, Philippe Starck, Piero Lissoni, Ron Gilad, Ronan Bouroullec, Erwan Bouroullec e Thierry Dreyfus que desenvolveram produtos com iluminação LED e design inovador para cativar consumidores de gosto apurado e requintado. Os produtos apresentados por essas duas empresas já podem ser encontrados nas melhores lojas de iluminação de Goiânia. Abril de 2011 - Hoje | 27


DecorArt

Merzian

A mil

Contagem regressiva para as designers de interiores Andreia Carneiro e Irma Leão. Elas serão as responsáveis pela Suíte do Casal, um dos ambientes do Apartamento Merzian, que compõe a 15ª edição da Casa Cor Goiás. Na foto, o espaço Escritório do Diretor, idealizado pela dupla, e que ganhou o título de ambiente mais sustentável na Casa e Cor de 2010.

O arquiteto, urbanista e design de interiores Alexandre Milhomem está a mil. Em Araguaína, entregou as instalações do laboratório de análises clínicas Prisma Diagnósticos. Ao mesmo tempo em Goiás já concentra esforços para a finalização de seus ambientes para as mostras Casa Cor Goiás e 2ª Mostra Época.

Fotos: Divulgação

Agenda O programa de Pós-Graduação em Arte e Cultura Visual (Mestrado/ Doutorada) da Faculdade de Artes Visuais - FAV da Universidade Federal de Goiás – UFG, realizou o Seminário Internacional “A Perspectiva Construcionista na Investigação em Arte e Educação”.O evento contou com presenças ilustres, como Juana M. Sancho, doutora em Filosofia e Ciência da Educação, professora titular de Currículo e Novas Tecnologias da Universidade de Barcelona.

Milão A arquiteta Ana Maria Miller dá os últimos retoques no projeto que irá apresentar para a próxima da Casa Cor Goiás. Destaque para a automação da climatização, da iluminação e dos acessórios tecnológicos que levam a assinatura da GR Cine Áudio, responsável pelo toque de funcional-futurista do ambiente.

Época Decorações Selecionado Helô Sanvoy, aluno do 5º período de Licenciatura em Artes Visuais FAV/UFG, foi selecionado para a 2ª fase do 39° Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto em Santo André, São Paulo, com dois trabalhos de desenho. A comissão julgadora foi composta pelos críticos de arte, Oscar D’Ambrósio, Enock Sacramento, eleitos pelos inscritos, e José Armando Pereira, indicado pela organização do Salão.

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A Época Decorações lança no próximo dia 17 de maio a 2ª edição de sua mostra de decorações: Movimento Presente, que estará em exposição pelos próximos nove meses. Os responsáveis pela ambientação dos 20 ambientes, incluindo as três vitrines, são vinte e seis profissionais da área de arquitetura e design de interiores, que atuam no mercado goiano.

Artistas plásticos na Casa Cor O canteiro de obras da Casa Cor Goiás foi todo pintado por quatro dos mais destacados artistas plásticos do cenário artístico goiano. Rodrigo Flávio, Fabíola Morais, Ebert Calaça e Mateus Dutra compuseram, em uma performance simultânea realizada no dia 3 de maio,um painel de 2,5m x 4m utilizando estilos, texturas e técnicas diversificados, como tinta a óleo, desenho e grafite. A interação artística poderá ser vista no espaço “Um Refúgio para Ingrid Guimarães”, projetado pelo designer de interiores Genésio Maranhão, em homenagem à atriz goianiense.


Salão de Arte

Bontempo A Bontempo inaugurou em Goiânia (GO) uma nova loja-conceito. O endereço, Rua 13, Setor Marista, foi escolhido por ser um ponto de referência no segmento da alta decoração. O projeto é assinado pelo escritório de arquitetura Ana Paula e Sanderson, em parceria com o Studio Bontempo, visando equilibrar o estilo moderno e aprimorado da marca às necessidades práticas do dia-a-dia. Na foto, João Nelson de Azevedo, Rosmar Stédile, Marcelo Greiner e Rudimar Stédile na nova loja.

O 1º Salão de Arte Contemporânea do Centro-Oeste divulgou os nomes dos quatro artistas homenageados e dos vinte selecionados para compor a exposição, que foi inaugurada no dia 28 de abril, no Centro Cultural UFG. Na Comissão de Seleção (foto), os especialistas Cayo Honorato (SP), Daniela Labra (RJ), Gilmar Camilo (GO), Marília Panitz (DF), Rafael Maldonado (MS), e pelo Curador do Salão e Diretor do Centro Cultural UFG, Carlos Sena Passos. Foram selecionadas obras de 20 artistas de 5 cidades do Centro-Oeste nas categorias de desenho, pintura, objeto, fotografia, vídeo-instalação, vídeo-objeto, vídeo-performance, compondo um painel representativo da produção contemporânea na região. Os selecionados passam, agora, a concorrer a quatro prêmios no valor de R$ 10.000,00.

Salão de Arte II O formato do Salão é renovado com a apresentação de quatro artistas homenageados, convidados pelo Curador do Salão, devido à importância de suas trajetórias e de suas contribuições durante décadas de trabalho para a construção da História da Arte no Centro-Oeste. Humberto Espíndola (Mato Grosso do Sul), que é um pioneiro vindo do final dos anos 60, e mais artistas oriundos da chamada Geração 80, como Adir Sodré (Mato Grosso), Edney Antunes (Goiás) e Elder Rocha (Distrito Federal), serão os homenageados. Os artistas foram premiados Hors Concurs com o valor de R$ 10.000,00 e suas obras passam a integrar o acervo do Centro Cultural UFG. Na foto, o goiano Edney Antunes.

InVoga O artista plástico Pitágoras é destaque na edição da revista especializada INVOGA. O artista realizou importantes exposições individuais e coletivas. Participou da Bienal Vento Sul (2009) com curadoria de Leonor Amarante, em Curitiba (PR). Exposição Individual, REVERBERA, Projeto Cultural aprovado por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, na Galeria Potrich, Museu de Arte Goiana (MAG) e Centro Cultural Goiânia Ouro, em 2008. Fez parte do Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo (SP), em 2006. Com curadoria de Tadeu Chiarelli participou, em 2005, do “Erótica – Os Sentidos da Arte”, no Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro. Participou também do 29° Panorama das Artes, Museu de Arte Moderna de São Paulo (SP), curada por Felipe Chaimovich. Na ocasião, as obras de Pitágoras expostas foram compradas pelo MAM-SP. Pitágoras possui obras em importantes museus e coleções particulares no Brasil, Europa e EUA.

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Reportagem de capa

Caos urba 30 | Hoje - Abril de 2011


Foto:

ano

Mais que uma simples questão de ir e vir, a cidade precisa ser pensada dentro de um conceito maior de urbanidade e de mobilidade, para que a sonhada paz no trânsito seja possível. Mas não basta: é preciso rever os conceitos individuais e coletivos, a organização dos espaços urbanos e a dinâmica do desenvolvimento social. Isso, só para começar Janaina Gomes

“O

mundo deles é quadrado, eles moram em casas que parecem caixas, trabalham dentro de outras caixas, e para irem de uma caixa à outra, entram em caixas que andam. Eles veem tudo separado, porque são o Povo das Caixas....” Esta frase de um pajé do povo Kaingang ilustra bem a atual realidade e o pensamento quadrado (literalmente) que se desenvolveu ao longo dos séculos, em função de um tal progresso – ou desenvolvimento, dando origem à civilização contemporânea. Do latim civita (cidade), o termo “civilização” refere-se ao “estágio mais avançado de determinada sociedade humana, caracterizada basicamente por sua fixação ao solo mediante construção de cidades e tem como seu mais ilustre habitante o civile (civil). O que não está claro é se esta proposta de civilização realmente tem contemplado todos os seres vivos que tentam conviver neste emaranhado de pessoas, prédios e veículos que se tornaram os espaços urbanos. As ciências biológicas bem que tentaram colocar cada um no seu quadrado. Dividiu o meio ambiente em três “reinos”: Animalia, Plantae e Mineral, na expectativa de “organizar” a área. Os seres humanos (ditos racionais) que se encontram no primeiro reino, há muito tempo expulsaram em debandada os seus colegas irracionais. Os indivíduos do reino “Plantae” estão cercados de cimento, disputando com firmeza o pequeno espaço que ainda lhes resta. Para completar o cenário, o tal do bicho homem tem conseguido avançar cada vez mais rapidamente sobre o reino “Mineral”, e a atmosfera se apresenta cada vez mais inóspita. Grande adensamento urbano, verticalização, poluição atmosférica e visual, impermeabilização dos solos, motorização individual, bolsões de miséria, falta de condições básicas de subsistência são alguns fatores que caracterizam a urbanidade e que acrescidos da falta de planejamento de longo prazo, têm causado incomodo aos cidadãos, que esperavam poder usufruir todas as benesses advindas do desenvolvimento tecnológico do século XXI. Tudo isso tem cerceado um direito humano básico – de ir e vir -- e deixado irritadas pessoas que precisam se locomover em qualquer modal: seja a pé, de bicicleta, de carro, de ônibus e até de avião. Abril de 2011 - Hoje | 31


Reportagem de capa

Goiânia de todos os parques (e quase um milhão de veículos) Foto: divulgação

Na segunda cidade mais populosa do centro oeste brasileiro, Goiânia, o problema não é diferente das demais metrópoles do mundo. Em 739,492 quilômetros quadrados de área urbana, cerca de 1 milhão e 300 mil habitantes, acrescidos de mais 870 mil (números aproximados) que compõem a décima região metropolitana, mais populosa do país disputam o espaço físico. E a própria lei da física que pode sentenciar: “dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço”. A explosão da frota veicular acompanha o mesmo ritmo do crescimento populacional. Dados da Agência Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade (AMT) apontam que em 1992 estavam emplacados na capital 257 mil e 447 veículos de todos os tipos. Hoje, menos de 20 anos depois, este número esbarra na casa do milhão: são 655 mil 277 automóveis, 226 mil 289 motocicletas – um aumento de quase 4 vezes –, 80 mil caminhões, 6 mil 799 ônibus, entre outros, segundo dados de fevereiro de 2010. Com relação à mortalidade, o Brasil figura entre os piores índices. Dados de 2008 mostram que, enquanto os Estados Unidos obtiveram uma taxa de 12,5 mortes a cada 100

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mil habitantes, naquele ano, o BRasil registrou 30,1, sendo que a frota de carros norte americana é o triplo da brasileira. E Goiânia contribui para este quadro. Em 2010, conforme dados da Delegacia Especializada em Crimes de Trânsito, cerca de 32 pessoas morreram por mês vítimas de acidentes de trânsito. Vulneráveis a esta realidade, os motociclistas são os mais atingidos, pois estão envolvidos em 70% dos acidentes com vítimas fatais. Uma realidade caótica que inseriu os problemas de trânsito entre aqueles considerados de segurança nacional. Obviamente, que esta relação pessoas – meio ambiente – veículos – deslocamento não está saudável e estes números cada vez mais preocupantes começam a mexer com a vida cotidiana. As crianças não podem sair às ruas, e é raro ver aquelas que se arriscam nas brincadeiras tradicionais em meio a tantos veículos; o estresse é doença comum em praticamente todos os adultos, a natureza e outras belezas passam despercebidas em meio ao caos, isso sem falar das mortes e mutilações cada vez mais rotineiras, comparáveis, em muitos casos, com números das piores guerras do mundo.

Invertendo prioridades É compreensível que uma cidade idealizada e planejada para 50 mil habitantes não comporte esta situação. A professora da Faculdade de Artes Visuais e Arquitetura da Universidade Federal de Goiás (UFG) Dra. Érika Cristine Kneib explica esta realidade complexa com a qual devem lidar todos os envolvidos. “A mobilidade urbana, quando relacionada aos cidadãos, pode ser simplificadamente descrita como a capacidade de deslocamento das pessoas nas cidades. É influenciada diretamente pelo uso e ocupação do solo, pelos sistemas de transporte, trânsito e circulação; e, indiretamente, por outras questões urbanas, como economia, cultura, segurança, educação, dentre outras”. Ela lembra que “experiências nacionais e internacionais comprovaram que o uso excessivo do transporte moto-


rizado individual – carros e motos – é insustentável para as cidades, tanto em termos sociais, quanto ambientais e econômicos”. Ter um carro, de preferência grande é sinônimo de status. Todo mundo quer um carro (e tem direito), mas depois que ele chega às ruas isso passa ser responsabilidade de todos, podendo, inclusive, se mal utilizado, ser uma poderosa arma letal. O que fazer se o desenvolvimento em curso valoriza questões que se confrontam com a visão de sustentabilidade? Se os gestores públicos não conseguem burlar o interesse econômico, o uso inadequado do solo, o monopólio das empresas de transporte, o grande favorecimento do uso do veículo individual (...)? “Como mencionado anteriormente, o planejamento das cidades tem tentado compatibilizar as demandas de deslocamento apenas com o sistema viário, refletindo-se na prioridade da infraestrutura urbana para automóveis e motos. E este é o modelo – deslocamento por carros e motos – adotado pela realidade contemporânea, um modelo

Movimentos em defesa do uso da bicicleta como meio de transporte e de ciclovias crescem pelo mundo. Defesa do meio ambiente e da qualidade de vida

insustentável”, destaca Éricka Cristine. Ela afirma que “por mais que o planejamento tenha pensado e destinado espaços de circulação e estacionamentos para carros e motos, seu crescente número inviabiliza espaços qualitativos na cidade. Pensar em uma cidade que consiga absorver um número infinitamente crescente de carros e motos em circulação é inviável”. E diz mais: “fatores em transformação das áreas urbanas, o processo de idealização das

cidades “planejadas”, assim como das não planejadas, precisa ser atualizado segundo a realidade contemporânea. As cidades devem buscar viabilizar novas opções de uso e ocupação do solo que alterem as necessidades de grandes e dispendiosos deslocamentos, que absorvam e potencializem novas alternativas de transporte coletivo e não motorizado, e que garantam a qualidade dos espaços urbanos”.

Modelo de BRT utilizado em Curitiba. Sistema de ônibus de alta capaciadade que provê um serviço rápido, confortável, eficiente e de qualidade. Com a utilização de corredores exclusivos, o BRT simula o desempenho e outras características atrativas dos modernos sistemas de transporte urbano sobre trilhos, com uma fração do seu custo. Abril de 2011 - Hoje | 33


Reportagem de capa

O desafio é de tod@s Os atores envolvidos – cidadãos, iniciativa privada, poder público e seus gestores de trânsito e transportes – não têm o direito de se eximir das responsabilidades. O condutor “deveria no mínimo respeitar a legislação de trânsito”, é o que dizem os especialistas, mas se o veículo é sinal de status, burlar as regras de boa circulação e conduta deve ser sinal de poder, por que chega ser humilhante presenciar os inúmeros desmandos. Eles se esquecem que acima de tudo são pedestres e dificultam o trânsito conforme sua própria razão. “Para a gestão de trânsito, é necessário investimento em fortalecimento institucional, que viabilize a contratação e capacitação de técnicos, para um correto planejamento de trânsito que considere modos individuais, coletivos e não-motorizados; assim como a adequada fiscalização de trânsito, que é indispensável para garantir fluidez

e diminuir os acidentes”, acredita a professora da UFG. Sobre a gestão de transportes, defende que devem ser abordados o transporte coletivo e o não-motorizado. “Indubitavelmente é um desafio para ambos, devido à prioridade e à cultura da população relacionada ao automóvel. Criar e investir em espaços para o automóvel é aplaudido por todos. Porém, para viabilizar uma mudança de paradigma relacionada à necessidade de priorizar modos coletivos e não-motorizados, muitas vezes significa retirar investimentos e espaços dos carros. E isso gera pouca aceitação da sociedade, principalmente no campo político”, esclarece.

Vontade política

O coordenador da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP – Regional Goiás), Antenor Pinheiro

acredita que a equação é simples e que basta vontade política para solucionar o problema. “Hoje temos a compreensão que as soluções para o trânsito das metrópoles passam pela qualificação do sistema de transporte, desestimulo ao uso do veículo individual, que ao se tornar política permanente, vai contribuir para migração do usuário do veículo individual para transporte coletivo. O Plano Diretor caminha neste sentido, mas acaba se tornando só uma intenção, sendo permanentemente sabotado. Existem cinco eixos exclusivos do transporte coletivo, entre eles a T-7 e T-9, Norte Sul, incompletos e os que tinham segregação, como o Avenida Goiás, começam a ser invadidos por carros de passeio e motos”. Pinheiro lembra que a tendência urbanística universal prioriza o transporte coletivo e que existe solução de curto prazo. “Os estudos apontam que

VLT (Metrô Leve), ou ainda de metrô de superfície, é uma espécie de trem ou comboio urbano e suburbano de passageiros, cujo equipamento e infraestrutura é tipicamente mais “leve” que a usada normalmente em sistemas de metropolitano (metrô) ou de ferrovias de longo curso.

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a cada trecho de corredor exclusivo construído para o transporte coletivo se ganha 10km / hora na velocidade de deslocamento. Se as pessoas perceberem que o trânsito o ônibus flui, está mais ágil, naturalmente elas migram, assim que aconteceu em várias cidades do mundo. Na Colômbia que é mais pobre, quatro cidades, incluindo Bogotá, 2 vezes e meio a região metropolitana de Goiânia, conseguiu com estas políticas dar resposta ao caos trazido pelas utilização do transporte individual”. Sobre as políticas de expansão urbana, o coordenador da ANTP – Regional Goiás avalia que os gestores devem se preocupar primeiro com formas de locomoção das pessoas. “Noventa em cinco por cento dos recursos destinados a política de mobilidade estão sendo investidos para resolver as demandas do automóvel. Isso é antidemocrático e injusto. O correto é a restrição de tráfego, taxar acesso às áreas de grande adensamento com alternância de preços, política de estacionamento automatizado (parquímetro), regulamentação da carga e descarga, tudo isso vai melhorar a fluidez... O poder público não pode mais ‘apanhar’ por retirar estacionamento de uma quadra, não podemos ficar reféns dos empresários”, defende. Otimista, Pinheiro cita a experiência da maior cidade brasileira para avaliar que ainda dá tempo para a jovem capital do Cerrado brasileiro. “Goiânia é 10 vezes ‘menos’ que São Paulo em tudo: pessoas, ruas, frota, mortes no trân sito. Temos uma área proporcionalmente menor e com menor adensamento urbano, assim 10 vezes mais chances de evitar que a cidade fique intransitável”. A professora Érika Cristine Kneib reforça que o envolvimento da sociedade é fator fundamental. “Além disso, os governantes precisam ter coragem, muitas vezes, de adotar medidas contrárias a alguns grupos sociais relevantes, em prol de ações que vão beneficiar toda a cidade. A iniciativa privada precisa ter um papel conscientizador e formador de opinião, de trabalhar em prol de ações coletivas, que buscam melhorar toda a cidade, e não apenas buscar ações que beneficiam um restrito grupo. Afinal, a cidade, para garantir a qualidade de vida e a valorização de áreas, precisa ser coletiva”.

Sustentabilidade O termo mobilidade urbana remete à “capacidade de deslocamento de pessoas e bens no espaço urbano para a realização de suas atividades cotidianas (trabalho, abastecimento, educação, saúde, cultura, recreação e lazer), num tempo considerado ideal, de modo confortável e seguro”. A instituição World Busisness Counsil For Sustainable Development amplia o conceito incluindo a palavra “sustentável” que, por sua vez, representa a “capacidade de dar respostas às necessidades da sociedade em deslocar-se livremente, aceder, comunicar, negociar e estabelecer relações, sem sacrificar os outros valores humanos e ecológicos hoje e no futuro”. O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia dá sinais de que entende do assunto e aponta a mobilidade urbana como uma de suas principais preocupações, investindo e incentivado os principais assessores ligados à área – Trânsito (Miguel Tiago), Planejamento (Roberto Elias) e Transportes (Carlos Xavier Grafite) – a propor soluções de curto, médio e longo prazos. Anunciou a construção de viadutos, ciclovias, projetos de educação para o trânsito, estuda a implantação dos BRT’s e VLT`s** retirou rotatórias, abriu ruas, restringiu estacionamentos, embelezou avenidas; medidas que agradaram muitos e desagradaram outros. Muito se tem dito que essedesafio é crucial para que Garcia consiga cair nas graças dos goianienses e ser alçado a mais um mandato. “Temos que fazer uma análise histórica e cultural sobre as opções de transporte adotadas. Para superarmos a subordinação da cidade ao automóvel, é preciso considerar com igual importância as pessoas que andam a pé, bici-

Paulo Garcia

cleta, ônibus, entre outros. Também é preciso entender que a rua reune relações sociais envolvendo o lazer, a vizinhança, as atividades comunitárias e o trabalho. Queremos viabilizar mudanças que promovam a cidadania, visto que o espaço da cidade é para o homem, que a cada dia busca mais qualidade de vida. Temos que romper com a ditadura do veículo individual e nos preocupar com a saúde das pessoas e da cidade”, conclui, destacando uma visão contemporânea de cidades, que se espera, sejam sustentáveis. * Agradecimento especial a escritora Sinvaline, de Uruaçu (GO), pela apresentação da frase e por toda sua sabedoria http://www.overmundo. com.br/perfis/sinvaline.

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Urubuservando Casa do espanto A Cidade da TV está sendo erguida em São Bernardo do Campo, município do ABC Paulista. A tal cidade será uma espécie de museu com cenários de velhos programas, câmeras mais antigas que minha avó e outras antiguidades. Os organizadores avisam que uma das atrações será o primeiro cenário do Jornal Nacional, com um bonecão de Cid Moreira desejando boa noite pra quem se atrever a visitar o espaço. Pra mim, o velho Cid e sua voz grossa, falando boa noite, tá mais pra casa do espanto, do que pra Cidade da TV.

Que infância? Faz tempo que a infância foi pro saco. Acabou esse papo. Só quem acredita nisso são os defensores de uma infância e adolescência cada dia mais adultas e conscientes do que fazem. O jornaleco britânico The Sun andou criticando a badalada loja Matalan, por vender sutiãs acolchoados para meninas a partir de oito anos. As pré-pré-adolescentes se sentem com mais seios, já que a fábrica projeta o produto para dar aparência de mocinha às meninas. Cada sutiã vale algo em torno de R$ 12,00. É, a infância foi pro saco, senhores.

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Rei é rei Juro que não entendi a vitória da Beija-Flor, no Rio. Qual o mistério para um desfile tão simples ganhar a parada? Não quero crer que o tema, “Roberto Carlos”, tenha influenciado na vitória. Será? Fotos: divulgação

Que infância (2)?

Falando em infância, não tá passando da hora de rever essa cínica lei que protege bandidos de alta periculosidade que têm menos de 18 anos? Não existe isso de tratar como criança quem já é adulto e saca da vida como gente grande. Maioridade deve ser com 16 anos. Se não for menos. Eu, por mim, defendo 14 anos. Mas pra não ser linchado em praça pública, apoio 16. E zé fini!

Pega mal Parte da imprensa GO se meteu a advogada da Rotam e, por extensão, de toda polícia goiana. Nessa hora, o que menos se precisa são de advogados, mas de pessoas lúcidas e isentas, dispostas a fazer uma radiografia da situação, para que se possa, definitivamente, extirpar a banda podre das nossas polícias. Puxação de saco e compadrio, numa hora dessas, pega mal e atrapalha a própria polícia, na tentativa de se reorganizar.


Me dá um selo? Hebe Camargo, aos 82 anos, continua distribuindo selinhos a torto e a direito. Após abandonar Sílvio Santos e desembarcar de mala e cuia na Rede VTV, a provecta senhora promete um programa diferente. Sabe-se lá o que quer dizer diferente, nesse mundinho sem criatividade da televisão brazuca. Falar nisso, quem perdeu e quem ganhou com a mudança de Hebe de emissora?

Gata sensível

Um tal de Allyson, da Record Goiás, dando “aula” de segurança pública, é no mínimo ridículo. Tem que ser MUITO jornalista pra ser âncora. Neymar disse: Não tem como não gostar do Exalta Samba. Generalizo: Odeio pagode!

Jesus!!! Se uns têm sorte de serem “descobertos” por Madonna, outros precisam correr atrás, literalmente, pra ver se sobra pelo menos uma casquinha da diva pop. É o caso de Grzegorz Matlok, 29 anos, que deu de invadir a mansão da cantora, em Londres. Os seguranças da mansão de 27 milhões de dólares afirmam que Matlok é useiro e vezeiro nessas tentativas de roubar a casinha modesta da artista. Nem todos são Jesus, né?

Quando eu penso que todas as baboseiras foram feitas e faladas, quebro a cara. Vem da Inglaterra a notícia que uma gata “sensitiva” (pode?) salva o dono todas as vezes que ele está à beira de um ataque epilético. “Normalmente ela é tranquila. Mas quando Natham (Cooper, 19) tem crise, ela começa a subir e a descer a escada e sua voz fica diferente”, avisa a mãe do rapaz dodói. Esse poder da gatinha rendeu a ela uma premiação no concurso Meu animal de estimação superstar. Quem promove o concurso? Uma fabricante de produtos para animais. Eu sabia que por baixo desse angu sensitivo tinha caroço grosso. Tá boa?!

O que é pior: Novela Araguaia, o Cris que todos odeiam, o Tarzan caolho do SBT ou o enjôo diário do Datena? Deu na TV Serra Dourada: ONG é criada pra melhorar a imagem das sogras. Peraí. Repete. Não acredito. Será que tem grana pública nessa bagaça? Tia Amélia, uma pianista que morou em Goiânia por anos, é tida como uma das principais “choronas” do País. Goiânia não lembra seus artistas. Preciso de um bar, uma briga, um bordel, seguindo a teoria de Max, de Across the Universe. “Primeiro, o desejo, depois o prazer. Até quando há lágrima, adoro você.” (Geraldo Azevedo) A TV diz que Lady Gaga é a artista mais vista e ouvida do mundo. Certeza que minha participação nesse “sucesso” é de 0%. Será que a Lady Gaga tá magoada comigo? rsrs. Tadinha!

meu twitter: @carlosbrandao7 Abril de 2011 - Hoje | 37


Saúde

Arte do bisturi

Para alcançar o padrão de beleza idealizado pelos costumes, mulheres e homens contam com um aliado: o cirurgião plástico. No Centro-Oeste, atendendo em Goiânia, Vinícius Brito de Mello é um jovem médico que se destaca por seu trabalho criterioso. Nesta entrevista, ele fala sobre o que pode ser feito para uma mulher ficar ainda mais linda, suas especialidades, detalhes sobre a lipoaspiração, rinoplastia, implantes de silicone e cirurgia reparadora, entre outros assuntos. Nádia Timm

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O que uma mulher pode fazer para se tornar ainda mais linda? Toda mulher tem a sua beleza individual. A cirurgia plástica estética tem o objetivo de trazer as variações da normalidade para o mais próximo possível daquilo que se concebe como padrão de beleza de uma cultura, em uma determinada época. Além disso, pode-se sempre corrigir alterações evolutivas do tempo, promovendo o rejuvenescimento. Na cena internacional, em que nível está a cirurgia plástica no Brasil? A cirurgia plástica apresentou um grande desenvolvimento nos últimos anos, especialmente no Brasil, talvez pelos traços multiétnicos do nosso povo aliado ao culto ao corpo. Por trás de tudo isso, encontra-se a figura do professor Ivo Pitanguy, idealizador de diversas técnicas e um dos grandes responsáveis pela divulgação da especialidade em todo o mundo.

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Em que patamar se encontra Goiás? A Medicina em Goiás, de um modo geral, está em destaque no cenário nacional. Aqui temos excelentes profissionais, em todas as áreas da Medicina. Na Cirurgia Plástica não é diferente. Quais os parâmetros que definem um corpo e um rosto belos? Não existe um modelo de beleza único e que todos devem buscar. A beleza é individual, cada um com seus traços e características. Algumas pessoas se incomodam com um ou outro aspecto de sua aparência. Aí atua o cirurgião plástico, modelando o contorno corporal e/ou facial e, com isso, devolvendo a autoestima. O 11º Simpósio de Cirurgia Plástica divulgou que em um ano foram realizadas mais de 645 mil plásticas. O que contribuiu para as cirurgias estéticas, que não são cobertas por convênios, terem se tornado mais acessíveis? Alguns fatores contribuíram pra uma maior acessibilidade aos procedimentos estéticos. O poder aquisitivo do brasileiro melhorou nos últimos anos. As técnicas cirúrgicas e anestésicas se desenvolveram, possibilitando menor tempo de internação e consequente redução de custos. Além disso, houve uma crescente multiplicação de profissionais na área, muitos, inclusive, sem a devida habilitação. Até que ponto o fator autoestima ligado à reparação de pequenos defeitos tem fundamento? Isso é muito importante. A autoestima melhora muito quando o procedimento é bem indicado. As pacientes nos relatam essa satisfação. Do outro lado, alguns pacientes com problemas psicológicos depressivos e afetivos nos procuram para que a cirurgia devolva a felicidade. Isso já não é possível. Por melhor que seja o resultado cirúrgico desses pacientes, o problema não é o contorno corporal. Esses devem ter uma orientação e tratamento psicológico


adequados antes de submeter-se a qualquer procedimento. Pacientes com falsa autoimagem, cuja vaidade extrapola valores essenciais, devem ser encaminhados à terapia? Sim, costumo sugerir uma avaliação de um especialista na área da psicologia. Quais os riscos da cirurgia plástica? Todo procedimento cirúrgico, em qualquer especialidade, tem riscos. Porém, são mínimos, desde que tomadas todas as medidas preventivas e utilizados recursos disponíveis para assegurar o adequado andamento cirúrgico. A preferência dos homens, informam os dados do Ibope, é por intervenções de lipoaspiração. Quando é recomendada? A lipoaspiração é um excelente procedimento cirúrgico para tratamento de gordura localizada. A distribuição de gordura no corpo masculino é um pouco diferente do feminino. Por exemplo, no abdome, o homem apresenta a gordura predominantemente intra-abdominal, o que não é possível tratar com cirurgia. Mas essa distribuição é muito individual. Somente uma avaliação clínica poderá indicar o melhor procedimento para cada um. A pesquisa também revela que as mulheres representam 99% dos pacientes que optam por implantes de silicone. 91% aumentaram as mamas e 5% os glúteos. Há um modismo? Quem deseja aumentar mamas ou glúteo deve procurar o cirurgião plástico para examiná-la e discutir as possibilidades cirúrgicas. Nem toda mama tem indicação de implante de silicone. Alguns casos, como na mamoplastia com mastopexia (modelagem e elevação da mama), pode-se devolver um formato harmônico ao cone mamário, preenchendo o colo da paciente. Existe uma tendência atual em aumentar cada vez mais as mamas. Muitas pacientes querem substituir próteses por tamanhos cada vez maiores. Porém, não devemos utilizar próteses de tamanhos excessivos. Elas podem ser prejudiciais e

se tornam desproporcionais ao corpo feminino. O melhor resultado deve ser aquele natural. Implantes de silicone interferem na sensibilidade? Há um período de validade? Eventualmente, pode ocorrer alteração da sensibilidade no mamilo, porém quando ocorre, geralmente é transitória. As próteses mais antigas tinham que ser trocadas a cada dez anos. Hoje, a qualidade das próteses melhorou muito. A recomendação que faço é que após dez anos do implante, a paciente procure o cirurgião plástico para avaliar a integridade e posicionamento do mesmo. Caso esteja íntegro, bem posicionado e com cápsula cicatricial adequada, não há indicação para troca.

“Não existe um modelo de beleza único. A beleza é individual, cada um com seus traços e características”

da técnica cirúrgica, o conhecimento da anatomia e a consciência da arte. A lipoaspiração é indicada para o tratamento da obesidade? Não. A lipoaspiração é uma técnica cirúrgica desenvolvida por um cirurgião francês no final da década de 70 e início dos anos 80. É indicada exclusivamente para tratamento de gordura localizada. Não é recomendada para emagrecimento. Existe um limite de gordura que pode ser aspirado, não devendo ultrapassar 7% do peso corporal. Como é feita a cirurgia plástica no queixo? A cirurgia de avanço do momento, seja com prótese ou osteotomia (avanço do osso do queixo), é um procedimento rápido que pode ser realizado com anestesia local e sedação ou anestesia geral, sempre acompanhado de um anestesiologista. Muitas vezes é associado à rinoplastia, de forma a harmonizar o contorno facial. O que o paciente deve observar na hora de escolher o médico? Não só na cirurgia plástica, mas em todas as especialidades, o paciente deve ouvir indicações de outras pacientes, além de consultar o conselho de classe (CRM) e a sociedade da especialidade. No site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica podemos consultar se o cirurgião está devidamente habilitado a exercer a especialidade.

O procedimento para correção dos seios abrange mais do que aspectos estéticos? Sim. A acentuada hipertrofia mamária pode prejudicar a postura, tendendo a acentuar a curvatura da coluna dorsal produzindo dor. Além disso, o excesso de peso das mamas força a alça do sutiã contra o ombro, o que causa grande desconforto.

Qual a melhor época do ano para realizar uma cirurgia plástica? Isso é muito individual. Não existe uma estação do ano especial para se realizar uma cirurgia plástica. Algumas pacientes preferem o inverno, pelo clima ameno que contribui para um menor edema e maior conforto no uso de malhas compressivas. Porém, em qualquer época do ano os procedimentos podem ser realizados.

As modernas técnicas de cirurgia plástica possibilitam aumentar, reduzir, levantar, dar nova forma às mamas, esculpir o corpo. O cirurgião plástico deve ter a sensibilidade e senso estético de um artista? Costumo dizer que devem ser atributos do cirurgião plástico: o domínio

Que tipo de cirurgia plástica é adequada para adolescentes? Há uma faixa etária recomendável? Não existe uma cirurgia específica do adolescente. O ideal é indicar o procedimento de forma individual, desde que o desenvolvimento corporal já esteja completo. Abril de 2011 - Hoje | 39


História

Desbravadores do JK e Gaúcho, juntos na boléia do trator, derrubaram a última árvore, um jatobá de 45 m de altura, que simbolizava a última barreira para estabelecer a ligação Norte-Sul do Brasil por meio da BelémBrasília. Era 31 de janeiro de 1959

George Yunes, mais conhecido como Gaúcho, foi braço direito de Bernardo Sayão e comandou o trecho goiano da Belém-Brasília. A revista HOJE resgata a história deste pioneiro

Rhadá Costa

H

á 51 anos morria um dos ícones da História do Brasil: Bernardo Sayão. Era 15 de janeiro de 1959. O carioca Bernardo Sayão foi atingido por um gigantesco galho de uma árvore de 40 metros, quando cortava a mata fechada para dar passagem à rodovia Belém-Brasília. Afetada pelo movimento de terra que se fazia para romper a floresta, a árvore se moveu lá no alto, caiu sobre a barraca onde estava Ber-

Reitor da Universidade de Brasil, Pedro Calmon, proferindo discuro em 31 de janeiro de 1059, em frente ao último jatobá, em Açailandia – Maranhão.

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nardo Sayão, o construtor de estradas. Ele teve o crânio fraturado, braço e perna esquerdos também. Meia hora depois, perto das três tarde, passou um Cessna, do patrulhamento, lançando comida aos operários. Os homens deitaram-se no chão em forma de cruz. O Cessna se foi e veio um helicóptero que conseguiu pousar na clareira, onde estavam os homens desesperados e o desbravador aventureiro semimorto.

Às sete da noite, Bernardo Sayão morre no ar, sem nenhum socorro. Na manhã seguinte, a Cidade Livre acorda com a notícia da Rádio Nacional de Brasília e do serviço de alto-falantes. Nesse dia, o único em quase quatro anos de construção, tudo parou. Esta história trágica e todo o pioneirismo são fatos conhecidos por quem aprecia e estuda a História do Centro-Oeste e do grande monumento


Brasil

Fotos: arquivo de família

da Belém-Brasília. O que poucos sabem é que, além do pioneirismo incontestável de Bernado Sayão, fizerem parte dessa história homens decisivos para o sucesso da empreitada e que compartilhavam com Sayão o mesmo espírito desbravador. Um deles foi o seu braço direito: George Yunes, mais conhecido por todos como “Gaúcho”. Em entrevista a HOJE, ele contou que conheceu Sayão por acaso, quando um dia ele chegou com seu carro a uma oficina mecânica que Gaúcho administrava à época. O carro estava todo comprometido, fruto das longas viagens do pioneiro. Gaúcho o consertou com todo esmero e profissionalismo. Foi então que recebeu o convite de Sayão para se juntar a ele em sua comitiva de desbravadores. Gaucho, então, não pensou duas vezes e aceitou o convite. Ao lado de Bernardo, participou e contribuiu ativamente para que vários momentos históricos para o Estado fossem concretizados.

História

A comitiva referida no trecho acima, a qual Gaucho foi convidado a integrar, teve inicio ainda nos anos 40. Em 1941, Getúlio Vargas escolheu Bernardo Sayão para dirigir a implantação de uma Colônia Agrícola no interior de Goiás. A colônia seria primeira de uma série de 8 que se pretendia implantar no Oeste do país, como parte da famosa “Marcha para o Oeste”. Sayão foi dirigir a CANG (Colônia Agrícola Nacional de Goiás), que pretendia fundar fazendas para atrair famílias que iriam habitar o sertão goiano. “A colônia administrada por Sayão era a mais bem gerida e promissora de todas. Interessante lembrar que a essa época ele fez uma pequena reforma agrária, onde cada família recebia de 4 a 6 hectares de terra”, relata “Gaúcho”. Em 1944, Sayão concluiu a estrada de 142 km que ligava a Colônia Agrícola, hoje Município de Ceres, à cidade de Anápolis.

Comitiva de Bernando Sayão e George Yunes construindo a Belém-Brasília

Em 1958, Sayão iniciou seu maior desafio: desbravar a floresta para construir a Belém-Brasília. Ele foi encarregado por Juscelino Kubitschek de construir a estrada chamada por ele de Transbrasiliana. Crendo que a construção de Brasília já se encontrava bem encaminhada, Sayão aceita dirigir pessoalmente as obras da rodovia. Gaucho esteve com ele nos principais momentos desse épico movimento, sendo o comandante do trecho goiano.

Desbravadores: A Belém Brasília

Antes da Belém-Brasília, o Pará estava isolado do resto do País. Para se ter uma idéia, para se chegar a Belém, só por via aérea ou marítima. Outra opção, a mais penosa, seria via terres-

tre, através de picada aberta na mata, partindo do Maranhão, seguindo a região costeira, passando por Santa Helena, Viseu, Bragança e chegando à capital paraense através da região do Salgado. Por essa rota também vinham rebanhos de outras regiões. Muitos obstáculos desafiaram JK e sua equipe, da qual faziam parte Gaúcho, na empreitada da construção da rodovia no trecho que cortaria a selva amazônica. Entre eles, além do alto custo, a presença de índios, animais selvagens e doenças tropicais ameaçavam a continuidade do projeto. Para o projeto da Belém-Brasília foram criadas duas frentes de serviço: de Brasília até determinado ponto e de Belém até o mesmo local, onde aconteceria o encontro das duas partes Abril de 2011 - Hoje | 41


História da estrada. A Belém-Brasília, com 2.772 km, dos quais 450 dentro da selva amazônica, corta os Estados de Goiás, Tocantins, Maranhão e Pará. No acampamento de Gaúcho, em Cercadinho, JK, e comitiva composta de embaixadores ministros e os comandantes Dr. Waldir Bouhid, Dr. Sayão e George Yunes marcaram o dia de encontro das turmas do norte e do Sul na ligação da Belém-Brasília para dia 31 de janeiro de 1959. Nesta data, JK e Gaúcho, juntos na boléia do trator derrubaram a última árvore, um jatobá de 45 m de altura, escolhido para vir abaixo como sendo a última barreira para estabelecer a ligação Norte-Sul do Brasil. Na selva maranhense de Açailândia, próximo ao local onde Bernardo Sayão morreu dezessete dias antes, a caranava presidencial composta de dez aviões comerciais e da FAB presenciavam a queda daquela árvore que definiu para sempre a integração da Amazônia no cenário nacional. Mas, até o dia 31 de janeiro de 1959, foram inúmeras as dificuldades enfrentadas pelos desbravadores Bernardo Sayão, os comandantes George Iunes “Gaucho”, Dr. Waldir Bouhid e toda a comitiva. Era árduo trabalho de desbravamento da floresta virgem, a falta de equipamentos adequados, situações climáticas extremas como calor ou chuvas. Na fase inicial os homens se lançavam ao desmatamenVisão Paronâmica da Belém-Brasília

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to com machados, terçados, facões e pequenas ferramentas de uso manual, munidos de determinação e bravura para enfrentar o cansaço e a fadiga. O que parecia irrealizável se foi convertendo, aos poucos, em realidade. “Todos nos diziam que éramos loucos em investir em uma empreitada dessas, de desbravar daquele jeito o interior do País. As pessoas não acreditavam que iria dar certo. Mas, não desistimos. Passamos por cima de várias dificuldades, tivemos de ficar longe das nossas famílias por longos períodos”, relada George Iunes, o “Gaúcho”, que hoje reside na capital goiana e fala com emoção e orgulho ao poder ver hoje o resultado do que ajudou a construir: o desenvolvimento de toda região Centro-Oeste, de Goiânia e de Brasília. Segundo Gaúcho, vários foram os momentos em que, no meio da selva, tiveram que improvisar soluções para transportar o maquinário e solucionar problemas e imprevistos que iam surgindo durante o trabalho de construção, afinal, as máquinas à época eram pesadas e grandes. “Éramos pioneiros e desbravadores em todos os sentidos”, completa George Iunes. A Belém-Brasília e atuação de Gaúcho estão relacionadas intimamente também com o desenvolvimento e a construção de várias importantes cidades do interior goiano. Na região de Araguaína, Gaúcho também

Parceria Visionária: George Yunes “Gaúcho” e Bernardo Sayão

foi o idealizador e construtor da Hidrelétrica da Usina do Corujão, a primeira fonte energética da localidade, que à época era o principal núcleo populacional localizado às margens da Rodovia Belém-Brasília. Na cidade de Araguaína, George Yunes foi gerente proprietário da Companhia de Engenharia que administrava a construção da Belém-Brasília. Hoje, a cidade conta com um Estádio de Futebol e um Bairro em sua homenagem. “No meu segundo ano de mandato quando o George Yunes - o gaúcho, chegou para cá, abrindo a Belém-Brasília, veio junto o progresso, pois as coisas chegavam mais rápido já que tinha estrada para transportar as mercadorias e tudo mais”, relembra em uma entrevista para o Portal Araguaína Online o primeiro prefeito eleito da cidade, Anatólio Carneiro. Gaucho pode acompanhar a inauguração de Brasília e da Belém-Brasília e todo desenvolvimento de que goza o País nos tempos atuais – o qual, com certeza, passou pela rota da Belém-Brasília e pelas mãos e espírito empreendedor de homens como George Yunes.


Especial

Nelo Egídio Balestra Inhumas conquistou em março um Centro de Convenções. O nome do espaço homenageia o ex-prefeito da cidade, Nelo Egídio Balestra, pai do deputado federal Roberto Balestra. A viúva, matriarca dona Garcita Balestra, além de cortar a faixa ao lado do governador Marconi Perillo, roubou a cena esbanjando simpatia com um discurso extramamente profundo e comovente. Foto: Arqui. dep Roberto Balestra

Pais Devotados Ela já nasceu guerreira, lutando pela vida. Prematura de 6 meses e 6 dias, Louise Roddrigues D’abbadia, após 37 dias na UTI, está em casa fazendo a alegria dos papais, advogado Assilvo D’abadia e Elda D’abadia. Louise Roddrigues D’abbadia é loura de olhos azuis, igual ao avô paterno, Rosenvaldo Roddrigues D’abbadia. Felicidades à familia! Foto: Assilvo

Deputado Federal Roberto Balestra

Troféu Parceria Fotos: Solimar

Em comemoração aos 33 anos da Vasco Promoções, realizou- se, recentemente, no Salão Grená Pite Clube, a 4º edição do Troféu Parceria. Houve a entrega do Troféu Mulher - Elas em Performance, com as musas: Shênia Abrão, filha do saudoso Miguel Abrão e Joana D’Arc Abrão; a estilista, Maísa Gouveia; Elza Selva e Márcia Brandão. Dentre outros agraciados, o oftalmologista dr. João Sebba Neto e a colunista Jane Sebba.

Uma gerente exemplar Os clientes do Banco Itaú, agência instalada nas dependências da Secretaria de Segurança Pública, estão de parabéns. A competência, sensibilidade e desenvoltura da gerente Vanusa Pereira de Araújo Rocha, que ostenta um lastro de elevado conceito e credibilidade, são somados à sua experiência anterior, especialmente durante sua promissora passagem pela esfera administrativa do extinto BEG, onde teve um comportamento digno e exemplar. Continue no seu desiderato, DEUS vai te contemplar.

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Especial

Posse da ministra

Pedro Bittencourt em alto estilo

Em um ambiente cheio de magia e glamour, Pedro Bittencourt, personal trainer do mais alto nível, reuniu em Goiânia um numeroso grupo de amigos e amigas, quando do seu aniversário. O salão e as suítes de eventos do Eros Motel estiveram repletos de pessoas elegantes. Na foto com o aniversariante: Geralda D’Arc de Castro, Lúcia e Mercedes. Delaíde Alves Miranda Arantes, competente advogada trabalhista goiana, foi empossada ministra do TST - Tribunal Superior do Trabalho, durante solenidade muito prestigiada. Na foto, Aldo Arantes (ex-deputado federal, marido de Delaíde), Valterli Guedes, advogado e presidente da AGI; Delaíde, e a advogada Adriana Ferraz, de Brasília, durante a recepção que se seguiu à posse.

Aliança Em março, foi a vez do prestigiado fotógrafo Leo Iran posar para as lentes. No dia 12, ele oficializou seu casamento com Eliene Cabral. Na foto, o pequeno João Victor Lima feliz com o enlace dos pais. Foto: Leo Iran/photoshows

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Sucesso gospel Iomar Carneiro é um cantor evangélico residente em Goiânia que começa a fazer sucesso nacional. Tranquilo, como convém a um bom evangélico, ele dedilha o violão e solta a voz em muitas oportunidades (igrejas, eventos públicos ou familiares), sempre com extrema simpatia e dedicação. Iomar tem CDs lançados na praça.

As questões femininas A professora Lúcia Rincon foi a responsável pelos debates realizados durante o evento Elas por Elas, que reuniu personalidades como Marina Sant’Anna, Narcisa Cordeiro, Gláucia Teodoro e Beth Fernandes.


Silvana de Castro e Áttila Jardim Foto: Carol Moura e Marcel Bianchi.

Em uma bela festa realizada no dia 12 de março, no Retaurante Flamingo, Silvana de Castro e Áttila Moraes Jardim Júnior trocaram alianças na presença de familiares e amigos. Os cantores Gustavo Veiga e Regina Jardim cantaram na cerimônia. Já a animação da festa ficou por conta do samba classe A de João Garoto e seu grupo de choro. Um momento inesquecível!

Geralda D’Arc, Tarzan de Castro, Silvana de Castro, Áttila Moraes Jardim Júnior, Maria Bilego Jardim e Raoni Machado Moraes Jardim Ian Barreto de Moraes Jardim, Frederico Bucar Moraes Jardim, Isa Leão Jardim, Pedro Bucar e Moraes Jardim, Raoni Machado Moraes Jardim, Moreno Machado Moraes Jardim, Vitor Bucar de Moraes Jardim e Caio Leão Jardim

Cristiano Teixera, Derval de Paiva, Luís Soyer e, ao fundo, Cristina Rocha e Élio Cabral

Frederico, Renata, Karine e Pedro

Guilherme de Moraes Jardim e Marcela Mendonça Leão Jardim Murillo, Otávio, Gregório, Kenny, Guilherme, Silvana e Luana

Maria Paula, Elaine, Gustavo e Maria Bilego Jardim

Tarzan de Castro, Vilmar Rocha e Flávio Peixoto

Hosana e Michelle

Olvanir de Carvalho e Gália Calil de Carvalho

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Homenagem Fotos: arquivo de família

Rhadá Costa

U

Marconi Perillo, Abelardo Vaz e Garcita, Sérgio Cardoso, Roberto e Beth Balestra durante solenidade de inauguração do Centro de Cultura e Convenções Nelo Egído Balestra, em Inhumas

Centro de Cultura e Convenções Nelo Egídio Balestra, inaugurado recentemente em Inhumas (GO), resgata a história de amor e dedicação à Política do casal Nelo Egídio Balestra e de sua esposa e viúva Garcita Soyer Balestra

m dia de homenagens, prestigiado por várias autoridades, como o governado Marconi Perillo e o prefeito Abelardo Vaz. Este foi o clima que marcou a inauguração do Centro de Cultura e Convenções Nelo Egídio Balestra, em Inhumas, dia 17 de março. Nelo Egídio Balestra, que empresta seu nome ao empreendimento, foi um empresário bem sucedido e prefeito de Inhumas nos anos 60. Foi um dos fundadores da Loja Otávio Balestra, que leva o nome de seu irmão. Nelo deixou viúva a senhora Garcita Soyer Balestra, que fez um discurso emocionante durante a solenidade. Em sua fala, ela destacou passagens da vida do marido desde sua chegada a Inhumas, em 1938, proveniente do interior de Minas Gerais, até sua morte, em 2004. A figura histórica de Nelo também foi lembrada pelo prefeito Abelardo Vaz e pelo governador Marconi Perillo. “Homem digno, político ilibado, foi vice-prefeito e prefeito, profissional responsável, construiu ao lado de sua esposa Garcita uma família sólida”, elogiou Marconi. Durante a cerimônia, filhos, noras, genros, netos e bisnetos, acompanhados de um piano executado por uma de suas filhas, cantaram a música de que ele mais gostava.

Inhumas em festa 46 | Hoje - Abril de 2011


Garcita Soyer Balestra nasceu em 1923; é filha de Francisca da Silva Rabelo e Francisco Soyer. Já Nelo Egídio Balestra nasceu em 18 de fevereiro de 1921, é filho de Arcanjo Licínio Balestra e de Augusta Servale Balestra. Juntos, Garcita e Nelo, tiveram os filhos: Roberto Balestra (eleito deputado federal por seis legislaturas e que atualmente cumpre seu sétimo mandato até 2015), Nelo Egídio Balestra, Reinaldo Balestra, Maria Lúcia Balestra, Nelcita Balestra, Goianita Balestra, Ronaldo Balestra, Renato Balestra e Ricardo Balestra (os três últimos, infelizmente, já falecidos). Ao todo, são 28 netos e 25 bisnetos. Dona Garcita conta que Nelo nasceu em uma cidade interiorana do sul de Minas, chamada Monte Santo. Por dificuldades financeiras, só concluiu o que, à época, era denominado de 4º ano do primário. Teve que se mudar e passou com sua família por várias cidades, como São Paulo, até chegar em Inhumas em 13 de junho de 1938. Enquanto sua futura esposa havia chegado à cidade em 1924, com 1 ano e 10 meses de idade. Como costume nas cidades do interior, todos se conheciam. Garcita conta que as primeiras trocas de olhares entre os dois aconteceram quando ela se apresentava com o Coro da Igreja, no qual era solista. Eles se conhecerem e se apaixonaram. Em 24 de dezembro de 1941, se casaram. “Em 4 de outubro do mesmo ano, ele me pediu em casamento para meu pai sem me contar. Foi uma surpresa”, conta.

Família Balestra reunida

A vida política sempre fez parte da história do casal. Filha, esposa e mãe de político, Garcita Soyer Balestra ainda participa, aos 88 anos, intensamente da vida política. Já a gestão do ex-prefeito e seu marido foi marcada pelo trabalho social, continuado até hoje por ela. Garcita relembra a difícil eleição de Nelo e que características fundamentais de seu marido, como a simpatia, foram determinantes na sua conquista para vice-prefeito (à época, a eleição para os cargos de vice e de prefeito eram separadas, e Nelo conquistou o dobro de votos dados ao prefeito eleito) e posteriormente para prefeito. “Na sua candidatura a prefeito ele enfrentou com bravura a oposição ferrenha contra sua eleição, que era encabeçada desde o presidente da república aos vereadores. Ele conseguiu vencer por nove votos de diferença. Era um homem alegre e diferente dos demais. Foi uma grande vitória, ainda mais para uma pessoa que não possuía ensino superior”, conta. “Em sua gestão, ele fez um trabalho exemplar. Nelo trouxe várias freiras de Goiás para Inhumas para lecionar e o dinheiro que recebeu como prefeito, doava para as irmãs para manter a escola funcionando”, conta Garcita. Eleito, o seu mandato foi dedicado à educação e ao trabalho social. No local onde foi construído o Centro Cultural em sua homenagem, Nelo havia fundado um Centro de Treinamento para professores, que foi tido como modelo. Segundo Garcita, o centro atendia pessoas

Aqui, o casal Nelo Egídio Balestra e Garcita Balestra, em Inhumas

de 11 Estados e contava com uma infraestrutura ímpar. “Com as outras gestões, os Centro infelizmente foi sendo abandonado até que foi extinto. Uma pena. Pois o local foi catalisador de todo um movimento intelectual e político muito grande”, afirma. Ela completa que a construção do Centro Cultural neste local é um grande momento e uma homenagem muito bonita ao trabalho tão importante de Nelo. “Estamos muito gratos ao prefeito e à Câmara por esta homenagem. Com certeza, esta foi uma grande maneira de honrar e homenagear a memória de Nelo”. Ela ainda lembra que o filho do casal, Roberto Balestra, foi decisivo neste processo. “Ele conseguiu sozinho toda a verba para a construção e mobiliário do centro”. O governador Marconi Perillo teceu elogios ao trabalho do deputado Roberto Balestra, justamente por ele ser autor das emendas parlamentares que viabilizaram os recursos (R$ 1,5 milhão) empregados na construção do Centro de Cultura e Convenções. O momento de inauguração do novo espaço vem ainda saudar uma importante conquista de Inhumas: no dia 19 de março, a cidade completou 80 anos. Parabéns Inhumas, parabéns família Balestra! Abril de 2011 - Hoje | 47


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Esporte

Derrotas do passado e lutas do presente. A história dos protagonistas do Goianão 2011 Jairo Macedo Júnior

P

ouca gente se lembra, ou quer se lembrar, das agruras do passado de seu time do coração. O goiano não é diferente. Alguns “contos do futebol”, no entanto, servem bem para retratar a luta que é – e sempre foi – manter um Campeonato Goiano forte e vivo.

Lado B

Do Araguaia ao Vila Nova

Foto: Vila Nova F.C.

A persistência da Xata

A Anapolina, por sua vez, nunca deixou de existir, mas também nunca ganhou um título. Ou melhor: ganhou, mas não levou. Em 1981, foi campeã sobre o Goiás, mas a diretoria esmeraldina alegou que Osmar Lima, meia recém-contratado pela Xata, estava com registro irregular na Federação Goiana. Era o fim do sonho do título Nos tempos do Araguaia: O clube quase acabou na década de 1950. Mas depois de ser chamado de Araguaia e Operário, vira Vila Nova e muda o rumo dessa história Foto: Lia Bello

Hoje ninguém se lembra, por exemplo, de que o Vila Nova quase acabou nos idos dos anos 50. Então líder do campeonato, o clube enfrentava o Goiânia quando, revoltados com um gol irregular do Galo, os vilanovenses jogaram suas camisas ao chão e saíram de campo. A recusa a jogar custou caro: O Vila Nova, que na época se chamava Araguaia, foi expulso da competição e não mais existiu, exceto nos campe-

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onatos de várzea da cidade. Essa sub-existência no amadorismo, no entanto, não passou em branco. Os jogos do Vila levavam mais público que os do “campeonato oficial”. Não demorou para os outros times, almejando um Campeonato Goiano mais popular, pedissem o retorno do Vila Nova/Araguaia. Esse retorno veio em 1956, agora sob o nome de Operário. Mas não precisa se confundir: Aos olhos de sua torcida, o Vila Nova sempre se chamou Vila Nova, e não tardou a seus dirigentes admitirem esse fato.

Goiás: Na elite do futebol brasileiro há muito anos


Foto: Atlético Clube Goianiense

O retorno do Dragão: Depois de quase acabar e ter seu estádio demolido, o Atlético ocupa lugar privilegiado na elite do futebol goiano

e o começo de uma história ainda entalada na garganta. Luiz Eduardo Kruger, torcedor fanático do rival Anápolis, explica e provoca: “Dói ainda mais porque eles têm que ouvir os torcedores do rival. Esse título de 81 seria o único da história do clube, já o Anápolis foi campeão em 66.” Hoje o Anápolis de Kruger, no entanto, está na segunda divisão do Goianão e, para não morrer, aposta nas categorias de base e no investimento dos empresários locais. Anápolis e Anapolina não disputam o clássico do interior desde 2009, quando a Anapolina venceu os dois jogos disputados.

O fogo do dragão Outro que deixou de existir, embora em um passado mais recente, foi o Atlético. O rubronegro estava sem time profissional no início da década passada e seu estádio, o Antônio Accioly, prestes a dar lugar a um shopping center. A grama virara um matagal e os esforços do empresário Odilon Soares, falecido em janeiro, pareciam em vão. Em 2005, o Dragão se reergueu, agrupou novos dirigentes e antigos torcedores e venceu a segunda divisão do Goianão. Foto: Associação Atlética Anapolina

Anapolina: Anapolina: Garfado em 1981, o time de Anápolis perdeu a melhor chance que teve até então de ser campeão goiano.

Esmeraldinos Já o Goiás, de volta à Série B depois de 11 anos, vive atualmente as suas maiores mágoas. “Fiz e fiquei pelo senhor, Seu Hailé”, disse emocionado o goleiro Harlei, na homenagem pelos 700 jogos vestindo verde. Sempre alvos das maiores críticas, Harlei e “Seu” Hailé Pinheiro têm se apoiado mutuamente na defesa e manutenção do clube. Abril de 2011 - Hoje | 51


Lendo, Vendo e Ouvindo Luiz Augusto Pampinha A quem interessar possa: Essa coluna não é melhor e nem pior do que as outras. É diferente! Longe do arroz com pequi, do mamão com açucar, da pamonha com linguiça. Propaganda enganosa é dizer que Goiânia é uma das maravilhas do mundo, com excelente qualidade de vida. Uma cidade que tem o pior aeroporto do país, sem estacionamento para seus 900 mil veículos e um transporte coletivo de péssima qualidade, não merece ser cantada em versos e prosas. Tem gente acreditando que o Japão vai reconstruir o país inteiro, muito antes que o Brasil termine os estádios para a Copa do Mundo. Cartaz num boteco da periferia da cidade goiana de Pirinópolis: “Nóis tem cachaça, fumo, rapadura e rapariga. Tudo que um ser humano precisa pra ser feliz”. Frase do mês: “Com uma mulher dirigindo o Brasil, ou o país melhora ou piora. Estacionar, nem pensar!” As mulheres estão traindo mais, indicam pesquisas. Levantamento da Fundação Perseu Abramo e do Sesc (SP) com 2.345 brasileiras mostrou que 12% delas admitiram ter pulado a cerca pelo menos uma vez na vida - há nove anos eram 7%. Mais surpreendentes do que os números são os motivos que as fazem infiéis. Na pesquisa a vingança aparece como a grande motivadora para elas procurarem outros homens. Uma em cada três (35%) disse que só enganou o parceiro porque descobriu que havia sido traída e desejava provocar ciúme”. Essa é ótima: universidade nos Estados Unidos diz que picada de aranha brasileira funciona melhor que Viagra. Já tem neguinho pensando em montar criadouro de aranhas. Coisas do Millor Fernandes: “As mulheres são mais irritáveis porque os homens são mais irritantes.\ “Pouco a pouco o Carnaval se transfere para Brasília. Já tem, pelo menos, o maior bloco dos sujos!”

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Aos 24 anos, Any Quint é administradora de empresas e também dedica parte de seu tempo para carreira de modelo recém-iniciada. O ensaio que fez para o Bella da Semana é o primeiro de Any, que é natural de de Florianópolis (SC) e tem Jurerê Internacional como a praia preferida.


Bicho homem É aquele que sonha ser tão bonito quanto a mãe dele acha que ele é. Ter tanto dinheiro quanto o filho dele acha que ele tem. Ter tantas mulheres quanto a mulher dele acha que ele tem. E ser tão bom de cama como ele acha que é.

Três conselhos para ter um infarto feliz! Cuide de seu trabalho

1 antes de tudo. Esqueça a família, as necessidades pessoais são secundárias. Se não puder permanecer no escritório à noite, leve trabalho para casa e trabalhe até tarde Se tiver dificuldade em dormir não perca tempo: tome calmantes e sedativos de todos os tipos. Agem rápido e são baratos.

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Ora, viva! Goiás foi premiado com o cargo mais importante para os Jogos Olímpicos de 2016. O goiano Henrique Meireles, ex-presidente do Banco Central, vai presidir o orgão que coordenará as obras e fiscalizará os gastos. A bandeira de Goiás já está hasteada e deve brilhar quando 2016 chegar.Valiosissimo A prefeitura de Goiânia está oferecendo um prêmio de R$ 5 milhões para quem encontrar uma de suas escavadeiras desaparecidas num dos buracos da cidade.

Essa é boa

O passageiro vê a linda aeromoça, toda sexy e pergunta: – Qual é o seu nome? – Mercedes, senhor! – O sobrenome, por acaso, é Benz? Com um sorriso maravilhoso ela responde: – Exatamente, senhor! E o passageiro novamente: – Humm...Lindo nome! Alguma relação com o carro? E a aeromoça com o mesmo sorriso, percebendo a cantada, responde: – O mesmo preço, senhor!

É melhor ter mais do que menos Homens e mulheres raramente entram em acordo quando o assunto é beleza feminina. Elas querem ser magras como Gisele Bündchen. Eles gostam de curvas, principalmente naquele trecho da anatomia que liga o tronco às pernas. Os homens, em especial os brasileiros, apreciam quadris benfeitos e volumosos, como os da morena Juliana Paes (99 centímetros antes da gravidez) ou os da loira Ellen Roche (98 centímetros). Mesmo opulências de 119 centímetros – como o da funkeira Adressa Soares, a Mulher Melancia – têm público fiel. Num país obcecado por bumbuns, é sempre melhor ter mais do que menos.

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Turismo

Os extremos da No

Considerado o país mais pacífico do mundo e a terra dos esportes radicais, a Nova Zelândia concede a você dias de puro relax e de muita adrenalina Izabel Todeschini izabelace@yahoo.com.br

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ue é cansativo chegar até a Nova Zelândia, isso é ! Para alcançar a ilha vulcânica do Pacífico que fica no outro extremo do mapa, perto da Austrália, é preciso enfrentar cerca de 30 horas de viagem - contando com chegadas antecipadas em aeroportos, espera de conexões, 18 horas dentro de aviões e ainda 12 horas de fuso horário. Ou seja, você aterrissa dois dias depois que partiu, totalmente atordoado. Mas isso passa, porque a vontade de começar logo a se aventurar é grande, já que está a um passo de conhecer os cenários naturais onde foram gravados filmes como a trilogia de O Senhor dos Anéis, Wolverine e King Kong, além da fazenda onde foram confeccionados os figurinos de As Crônicas de Nárnia. Pode acreditar: o Middle Earth (Centro da Terra), onde habitam estranhas

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criaturas como elves e orcs, fica em Owhango e pode ser visitado – a menos que a data do seu passeio coincida com a da equipe de filmagem que está lá, neste mês e nos próximos, fazendo as gravações de um novo filme, com estréia marcada para 2012: Hobbit. Se isso acontecer, não tem problema. Você pode agendar um programa mais radical, ir conhecer uma das pontes onde se pratica o bungy jump e pular de mais de 100 metros de altura. Ou ainda despencar de uma cachoeira de sete metros em um bote de borracha, balançar como um pêndulo pendurado a 40 metros, voar dentro de uma lancha a mais de 100 km por hora em um tanque d’água, rolar barranco abaixo dentro de uma bola de plástico… Para quem tem compulsão por adrenalina, há uma lista enorme do que fazer. Portanto, prepare-se, porque esta é uma viagem que mexe com extremos: um mix de relax e meditação em cená-

rios exuberantes & e adrenalina pura, emoção à flor da pele. Nosso ponto de partida foi Auckland, que mesmo não sendo a capital (Wellington), é a maior e mais cosmopolita cidade da Nova Zelândia - a terra dos esportes radicais, considerada pelo Global Peace Index o país mais pacífico do mundo. É em Auckland que se encontra o único grande aeroporto internacional neozelandês, o que faz dela a principal conexão do país com o mundo, concentrando uma mistura de estilos e culturas. Parte da população é européia – já que a Nova Zelândia foi coloniza-


ova Zelândia da pelos britânicos –, outra parte é de imigrantes asiáticos, e muitos habitantes têm nas veias sangue dos Maori – indígenas polinésios que povoaram o país há cerca de mil anos. Apelidada de “Cidade da Vela”, por ser sede da tradicional regata mundial America’s Cup, tem o maior número de barcos por pessoa no mundo, e este ano vai sediar também a Copa

Mundial de Rugby, o esporte nacional. Sofisticada e descolada, Auckland mescla beleza natural e modernidade. As atrações vão de galerias de arte a parques arborizados; de cavernas e montanhas a regiões vinícolas; de praias paradisíacas a vulcões – a própria cidade foi construída sobre uma área vulcânica. Com tantas opções, difícil foi escolher por onde começar. Então, pegamos um ferry boat e em meia hora chegamos a Rangitoto, uma ilhota formada a partir de uma erupção oceânica, há 600 anos. Foi uma caminhada longa e incrível, observando a devastação e as marcas deixadas pelas lavas vulcânicas, até chegar à cratera e imaginar que mesmo adormecido por centenas de anos, aquele ainda era um vulcão ativo, que poderia acordar de repente... A vista – a partir do ponto mais alto da ilha – foi a mais linda que já tivemos: parecia uma pintura surreal. Para despertar daquele estado de graça, só mesmo a notícia do que estava agendado a seguir, na volta à cidade:

um salto de quase 200 metros de altura, a uma velocidade de 85 km por hora, do topo da Sky Tower. Você acha mesmo que encarei esta aventura, pulando do ponto turístico mais famoso no centro da cidade, sob os olhares de uma multidão frenética, só amarrada a um cabo de aço? Acertou, posso morrer tranquila sem essa. Fotos: arquivo de família

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Moda

Para sair do armário

São quase 10 mil indústrias, mais de 140 mil empregos diretos e 60 mil indiretos. Com preço competitivo, qualidade e posição estratégica, o Estado de Goiás tem tudo para deslanchar. Mas para isso é necessário mudança na cultura e um pouco mais de ousadia dos empresários Janaina Gomes

D

atam de 40 mil a.C as evidências das primeiras agulhas feitas de marfim, utilizadas para costurar pedaços de couro. O primeiro tear que se tem notícia é de 9 mil a.C. Para falar em moda do jeito que ela se apresenta hoje é preciso fazer uma viagem no tempo: prova de que a história da moda se confunde com a da própria existência da humanidade. Hoje, a moda é fashion e não há uma pessoa adulta de qualquer lugar do mundo que não saiba o que significa este termo.

O Brasil e a moda

Com uma história tão antiga o segmento de moda não poderia deixar de ter números significativos. O Brasil é o quinto maior parque têxtil do mundo, com cerca de 30 mil empresas, 70% delas de pequeno e médio porte, que devem movimentar cerca de R$ 136 bilhões somente em 2011. É o segundo setor que mais emprega, só perdendo nacionalmente para o de alimentação. As indústrias de confecção estão forPara José Divino Arruda, presidente do Sinvest, o setor do vestuário em Goiás só perde em geração de empregos para a indústria da construção. “E isso devido à informalidade”, critica.

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temente concentradas nas regiões Sul e Sudeste, mas tem se observado uma pulverização desses centros nos últimos anos, com maior expressividade do Nordeste e do Centro-Oeste. Este último com projeção de consumo estimada em 11,1 bilhões de reais.

Goiás fashion

O Estado de Goiás, mesmo com mercado em franca expansão caiu do terceiro para o oitavo lugar no ranking nacional. “Perdemos espaço para outros estados que deram incentivos e uma política arrojada de divulgação. Produzimos mais que o Rio de Janeiro, temos mais empresas, mas estamos perdendo competitividade para os estados do Norte, Nordeste e Sul”, é o que explica o presidente do Sindicato das Indústrias de Vestuário (Sinvest), José Divino Arruda. Jeans, moda praia, lingerie, moda feminina, fitness, acessórios, bolsas, cintos e calçados são, entre outros, os produtos goianos com maior destaque. Com grande e rápido potencial de ramificação, são quase 10 mil indústrias, gerando mais de 40 mil empregos diretos e 60 mil indiretos. “É difícil ter um município que não tem pelo menos uma confecção. A projeção da Secretaria de Fazenda do Estado é que até 2015 sejam 45 mil indústrias em Goiás. É um setor que contribui para o desenvolvimento social, promove a inclusão da mulher no mercado de trabalho e gera empregos em todas as etapas da cadeia produtiva. Creio que perdemos em empregos, só para

a construção civil, especialmente devido à informalidade”.

O papel do governo

O presidente do Sinvest destaca também a interferência negativa que a informalidade traz à moda goiana, o que deve contribuir para esta perda de espaço. “Falamos muito da entrada dos produtos chineses no mercado, mas esquecemos da informalidade local. Sabemos que ela não significa criminalidade, é uma necessidade social. As altas cargas tributárias e as dificuldades de abrir uma empresa fazem com que a pessoa comece na informalidade e estenda esta situação o máximo de tempo. É o mesmo Arruda que sugere as fórmulas para mudar esta realidade: “Empresas nascem

Moda goiana Trindade: jeans e moda praia Jaraguá: jeans Catalão e Taquaral: lingerie e moda praia Aparecida de Goiânia: moda masculina e jeans São Francisco de Goiás: jeans e moda masculina Pontalina: lingerie Goiânia: jeans e moda praia Pólos em ascensão: Senador Canedo, Goianápolis, Inhumas, Jataí e Rio Verde.


Moda goiana

Fotos: divulgação

O império da moda Brasil em números por necessidade de sobrevivência, se os direitos forem garantidos, teremos mais empresas na formalidade, gerando empregos. Se o governo der melhores condições para abrir a empresa, facilitar o processo e reduzir a carga tributária, será possível sair da informalidade”.

Criar, inovar e investir

Com preço competitivo, qualidade e posição estratégica, Goiás tem tudo para deslanchar. De localização estratégica, o estado requer uma mudança na cultura e um pouco mais de ousadia por parte dos empresários. Grandes empresas que ousaram como Sallo e Jean Darrot exportam para os EUA, mas a maior parte da produção vai mesmo para o Norte, Nordeste e parte de Minas Gerais, mais diretamente para a Classe C. “Moda não é só cópia, precisamos criar uma identidade goiana, um diferencial para atrair os mercados consumidores. O empresário tem que utilizar melhor a nossa criatividade, contratar profissionais da área de design, valorizar a mão-de-obra local, buscar constantemente a qualificação; aumentar a produtividade garantindo preço e qualidade do produto, e participar da luta do segmento. Com a melhoraria dos nossos produtos e maior divulgação, teremos condições de atingir mercados maiores como São Paulo, Rio de Janeiro e também países da África”, almeja o presidente do Sinvest.

Profissionais gabaritados

A Universidade Federal de Goiás (UFG) é pioneira na criação da primeirca faculdade de Moda do Estado. A professora Míriam Costa Manso acredita que o curso tem resultado em bons frutos e conseguido conscientizar o setor da importância do desenvolvimento de uma coleção original e bem acabada para a colocação do produto no mercado. “Jovens estilistas têm despontado e obtido destaque em mostras

e concursos, oferecendo aos industriais a oportunidade de ter acesso aos conhecimentos adquiridos. Mas nem todos acordaram, ainda, para a necessidade de colocar o trabalho desses novos profissionais a seu serviço”, destaca. Em meio a um cenário internacional extremamente competitivo, Manso aponta os principais gargalos que impedem a moda goiana de se consolidar. “A cópia de propostas ainda é uma prática muito difundida e arrasa o setor, difcultando sua projeção nacional e, claro, internacional. A qualidade do produto quanto ao acabamento também preocupa. Por vezes, uma boa proposta esbarra em problemas sérios de modelagem e confecção. É comum depararmos com costuras repuxadas, corte sem o caimento adequado e impropriedade na mistura de materiais têxteis. Isso, em um cenário extremamente profissional e concorrido, fecha as portas ao produto local”. Segundo ela, a moda goiana ainda não se encontra inserida e reconhecida no contexto nacional pela falta de uma ação conjunta dos industriais do setor para apresentar produtos de alta qualidade ao mercado consumidor. “De nada adianta uma ou outra marca conseguir um destaque isolado. Para que a moda local seja reconhecida como um todo é preciso dirigir o foco de interesse para uma região de forma abrangente”, sugere.

Vitrine para o mundo

Para contribuir com a divulgação da moda produzida no Estado, o Sinvest prepara para agosto de 2011 a terceira edição do Goiás Mostra Moda. “O evento, voltado para o empresário de moda, abre, pela primeira vez, para empresas de todo o Brasil. Vamos ver o que está sendo feito lá fora e mostrar o que é feito aqui. Queremos ampliar o mercado e gerar bons negócios. Serão 120 empresas dentro do evento e a expectativa é que consigamos reinserir o estado na rota dos grandes eventos de moda do país e do mundo”.

Fonte: Ibope Inteligência (by Pyxis)

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Carlos Pompeu | culturamix@gmail.com / www.tecnocibernetico.wordpress.com

Rocktunes

Fotos: divulgação

Ciro Castro é uma espécie rara em extinção no cenário do rock. Além de baixista e compositor, também é o vocalista da banda The Rocktunes(www.therocktunes.com). Ciro integrou a banda NEM, juntamente com Ivan Pedro, que hoje em dia toca Ipod no ddA (doentes do Amor), e com o cartunista Galvão. O álbum de estréia dessa trupe, Harmonicaótica, foi

produzido por Serginho Dias, dos Mutantes. Atualmente, Ciro Castro está radicado em Florianópolis, Santa Catarina, onde recrutou o guitarrista Jonas e o baterista Márcio para compor o novo projeto. Ele já está mixando seu primeiro disco com participações do guitarrista e produtor musical Front Jr. e do conceituado baterista Fred Valle.

O Maior Poeta do Cerrado O poeta, professor e ensaísta Heleno Godoy foi referenciado, recentemente, pelo crítico literário Luiz Costa Lima, um dos mais conceituados do País, no livro Uma Obra Em Questão, organizado por Dau Bastos e publicado pela Editora Garamond. Heleno é mestre em Letras pela University Of Tulsa (EUA) e Doutor em Letras pela USP. Leciona Literatura Inglesa e Teoria da Literatura na UFG e na PUC(GO). Segundo o professor e crítico literário Carlos Augusto Silva, em artigo escrito no Jornal Opção, "Heleno Godoy é o artista literário mais constante, inteiro e sólido da literatura feita em Goiás em todos os tempos".

Anos 80 Jadson Jr., também conhecido na internet como Jurassik Dark (jurassikdark. blogspot. com), escreveu Das Cores Ao Século XXI, livro que conta a história das primeiras manifestações da cena Rock, nos anos 80, da cidade de Goiânia, que se tornou referência nacional no estilo devido ao Goiânia Noise Festival e ao Bananada. Este registro histórico servirá de ponta de lança para um grande evento, que pode virar um DVD, com show de bandas atuais e repertório da época e deve acontecer no Bolshoi Pub com a chancela do Studio K.

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Berço da Cultura Pirenópolis é o berço da cultura e do jornalismo em Goiás. O Matutina Meiapontense foi o primeiro jornal, ainda no tempo do Primeiro Império do Brasil, que circulou, a partir de 5 de março de 1830, na região Centro-Oeste.

O escritor José Mendonça Teles registrou um pouco desta história no livro A Imprensa Matutina. Essa vanguarda, traço marcante de Pirenópolis, pode ser comprovada acessando o site oficial da cidade (www.pirenopolis.go.gov.br).

Audiovisual Chegou a hora e a vez dos independentes mostrarem seu valor com suas produções audiovisuais. É isso mesmo. As inscrições para o 4º Festival de Videoclipes do Tocantins 2011 estão abertas até 1o de julho. O evento será realizado em 19 de agosto, em Miracema do Tocantins, dentro da programação paralela da 8ª Edição de Agosto de Rock Festival. Para maiores informações acesse o link: www. oficinageral.org.


“O Melhor do Mundo Digital” O Facebook , em 2011, além do sucesso no cinema, virou a rede social mais querida e acessada pelos brasileiros. A coqueluche do Orkut ficou para trás, assim como o Twitter que não possui o mesmo charme, afinal sem o recurso da imagem e com 140 caracteres não dá para fazer sombra. Este colunista, Carlos Pompeu (ccarlospompeu@gmail. com) já tem mais de 3.000 (três mil) amigos no "Feice". Diariamente, você tem acesso à links de clipes, via Youtube, e notícias de cultura e entretenimento que circulam pelo mundo digital. Envie sua solicitação de amizade e vamos interagir.

Uma canção A Cia. de teatro Sala 3, sob direção de Altair de Sousa, apresenta o musical Uma canção desnaturada, contemplado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Goiânia, pela Lei Goyazes e pelo Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz. O espetáculo é inspirado na obra musical de Chico Buarque e trata do universo feminino com extremo lirismo e delicadeza. Produção da competente Claudinha Fernades.

Local: Centro Cultural Martim Cererê Data / Horário: Dia 19 de maio – 20h Dia 20 de maio – 21h Dia 21 de maio – 18h e 21h Dia 22 de maio – 17h e 20h Ingressos: R$ 10,00 (inteira) / R$ 5,00 (meia)

Bombando a Pista O dee jay Zumbi (www.myspace.com/ zumbidj), que integra o The First Stone (www. myspace.com/tfirststone), juntamente com Swarup e Gustavo Manfroni do Burn in Noise, está com trabalho novo na rede. Nevermind, esse é o nome que faz referência ao disco visceral do Nirvana. Neste novo trabalho, o artista exclusivo da Vagalume Records apresenta um mix de Trance, vertente da música eletrônica, com o espiríto do rock and roll. É para fazer a pista bombar.

Elas por Elas

Um sucesso o espetáculo Elas por Elas realizado no Centro Cultural Martim Cererê. Débora di Sá, Grace Venturini, Claúdia Vieira, Maíra Lemos, Guida, Cejana Verdejo, Mara Cristina e Valéria

Serviço

Ecologia e Turismo

Costa comandaram a noite em um show inesquecível que teve, ainda, participação de Fernando Perillo. Um mix de entretenimento, arte, dança e debates.

Recebi pelas mãos de Djalma de Pina um exemplar da Revista Camalote (http://revistacamalote. wordpress.com/), de ecologia e turismo, publicada em Cuiabá, no Mato Grosso. O site é impecável e de fácil navegação e serve de exemplo para outras publicações. Detalhe, o nome da revista faz referência à flor de Aguapé, de exuberante beleza, que flutua pelas águas do Pantanal.

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Filme

Colegas, Companheiros e Camaradas “Colegas, Companheiros e Camaradas”, vídeo documentário média metragem, faz um panorama histórico do movimento estudantil em Goiás. Atuação dos estudantes é reconstituída a partir da década de 50 até os dias atuais

E

studantes desaparecidos durante o regime militar, participação estudantil no processo de redemocratização do País, manifestações dos caras-pintadas em Goiânia pelo impeachment de Collor e o papel do movimento estudantil nos dias atuais: esses são os principais assuntos apresentados pelo média metragem dirigido pelo jornalista Ranulfo Borges. Produzido com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, o filme traz entrevistas com líderes estudantis de várias gerações, como os ex-deputados federais Tarzan de Castro e Aldo Arantes, o ex-deputado federal e ex-prefeito de Goiânia, Pedro Wilson Guimarães, a ex-deputada estadual Denise Carva-

lho e o jornalista Renato Dias. Foram colhidas ainda depoimentos de Juarez Ferraz de Maia, Luiz Carlos Orro, Lisandro Nogueira, Gil de Paula, Igor Campos, Henrique Lemos, Pedro Ivo Guerra e de representantes atuais do mobimento ligados à União Goiana de Estudantes Secundaristas (UGES) e ao Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR).

Personagens da vida real

Tarzan de Castro, Pedro Wilson, Aldo Arantes e o professor de jornalismo da UFG, Juarez Ferraz de Maia, falam como era a atuação dos secundaristas nas décadas de 50 e 60, quando o Lyceu era um dos principais colégios de Goiânia, e eles representavam um

dos principais movimentos sociais organizados do Estado. Contam também como participaram da luta contra o governo militar, quando muitos estudantes goianos foram presos e torturados e alguns foram mortos pelo regime, como é o caso de Marco Antônio Dias Batista e Honestino Guimarães. Aldo Arantes se destacou nacionalmente quando se elegeu presidente da UNE em 1961, durante o governo de Jânio Quadros, e fala de sua atuação à frente da entidade. O comício das Diretas Já, realizado na Praça Cívica em 1984, com grande participação dos estudantes goianos também é lembrado com vídeos e fotos da época, com destaque para a participação do cartunista Ziraldo e do cantor Belchior. Denise Carvalho, Luiz Carlos Orro e Gil de Paula resgatam a atuação dos estudantes goianos na luta pela redemocratização do País nessa época, por meio de passeatas, greves e a participação na campanha Diretas Já. O professor de cinema da UFG, Lisandro Nogueira, fala de sua atuação política na vida estudantil dos anos 80 como membro do Cineclube Antônio das Mortes. Ele, Lourival Belém e os outros integrantes do grupo encontraram no cinema o caminho para desenvolver o pensamento crítico e promover, entre jovens, trabalhadores e públicos de comunidades carentes, discussões sobre as questões daquela época. Para isso, promoviam Aldo na Posse da UNE, em 1961

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Arquivo histórico

mostras e debates em Goiânia, no interior e em outros Estados, tendo de driblar a censura. Lisandro também faz uma autocrítica de sua geração. Para ele, faltou uma formação intelectual mais sólida para os estudantes de sua época.

O material de arquivo inclui fotos, revistas, jornais, livros, cartazes e vídeos obtidos em centros de document ação públicos, internet e acervos particulares. Entre os materiais de valor histórico, inclui-se uma foto de 1959, que mostra Tarzan de Castro, ainda adolescente, discursando no Palácio das Esmeraldas, como presidente da UGES, na cerimônia em que o governador José Feliciano doa o Castelinho (antigo prédio localizado no Lago das Rosas) aos estudantes. Um marco para o movimento estudantil em Goiás, o Castelinho foi destruído durante o regime militar. Era o local onde represen-

tantes de colégios como Lyceu, Pedro Gomes e Ateneu Dom Bosco se reuniam para discutir e planejar greves e manifestações, que tinham grande repercussão e, muitas vezes, “paravam a cidade”. Do antigo prédio, resta apenas um coreto, que é um dos locais históricos do movimento mostrados no filme. A Praça Universitária, outra referência para os estudantes goianos, também é um dos cenários das entrevistas. A Praça, algumas ruas e outros locais históricos que serviram como pano de fundo para os encontros e mobilizações dos estudantes também são resgatados em fotos de arquivo.

Caras Pintadas

Da década de 90, o filme resgata a participação dos estudantes goianos no movimento “Caras Pintadas”, que levou os estudantes às ruas para pedir o impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello. Outro material de arquivo utilizado é um vídeo que mostra estudantes e ativistas de Goiás promovendo uma manifestação em frente ao Clube Militar do Rio de Janeiro em 1998. Os manifestantes foram pedir a punição dos torturadores do regime militar e ficaram frente a frente com membros do Exército que teriam participado das ações contra os estudantes. Entre os presentes estava o deputado Jair Bolsonaro (PP), que também é militar de reserva. Ele tem uma acalorada discussão com os estudantes goianos e defende os torturadores.

Tortura ontem e hoje

Outro ponto abordado no filme é o envolvimento da polícia em casos de tortura e o extermínio de jovens da periferia, práticas, que para um dos entrevistados, Igor Campos, seria uma cultura herdada do regime militar. A entrevista foi gravada antes da deflagração da operação Sexto Mandamento, que mandou para a prisão policiais

Tarzan de Castro participando das movimentações políticas da década de 60

suspeitos de estarem envolvidos com extermínio de jovens. Na parte final, o filme promove uma discussão sobre o papel do movimento estudantil atual. Para alguns dos antigos militantes, os jovens entraram em estado de letargia. Mas para outros, os estudantes continuam atuantes, mas de forma diferente, pois o contexto político e social é diferente e as demandas da categoria são outras. “Colegas, Companheiros e Camaradas” tem direção e roteiro do jornalista Ranulfo Borges. A trilha sonora é assinada por Welliton Carlos, com tema especial ao piano do maestro e compositor Beto Strada. A edição é de Renato N. Prado, que também fez a captação de imagens com Marcos Vinícius Brito.

Ficha técnica Título: Colegas, Companheiros e Camaradas Gênero: documentário Duração: 1h4 Mídia: vídeo digital (Mini-DV) Direção e roteiro: Ranulfo Borges Lançamento: 09 de maio de 2011 Horário: 20 horas Local: Cine Goiânia Ouro Informações: 8448-6132 (Ranulfo) Abril de 2011 - Hoje | 61


Literatura

A revolução dos campeões

Para liderar e ter sucesso é preciso ter persistência e projeto. Mas não é só isso. Essas são só algumas das dicas do renomado autor de O Segredo é Ser Feliz e A Revolução dos Campeões para aqueles que querem ter êxito na vida profissional Fotos: divulgação

Karla Rady

A

utor de dezesseis livros, mais de 6,5 milhões de cópias vendidas, Roberto Shinyashiki está na lista dos mais vendidos do País. Recentemente, esteve em Goiânia, em evento institucional, onde proferiu uma de suas palestras-show, A Revolução dos Campeões. Cerca de mil pessoas acompanharam as dicas de Shinyashiki para ter sucesso e realização profissional. Mas o melhor exemplo é mesmo o do próprio escritor. Nascido em Santos e de origem humilde, Roberto aprendeu ainda pequeno com a mãe alguns dos segredos do sucesso, dentre eles, ter projeto, visão de futuro e sonhos. “Não interessa onde estou agora e nem de onde vim. Mas, sim, aonde quero chegar”. Esta talvez tenha sido a principal lição da empregada doméstica casada com um funcionário de farmácia aos quatro filhos. Moradores de um bairro pobre em São Vicente (SP), o Vila Margarida, ela ouvia inúmeras vezes dos amigos que iria ter sorte se os filhos, que ela queria que fossem médicos, tivessem ao menos um emprego na farmácia, como o pai.

Persistência

E o sonho deu certo. Roberto, que assim como os irmãos é um profissional bem-sucedido, tornou-se médico psiquiatra, pós-graduado em Gestão de Negócios pela conceituada Universidade de São Paulo (USP), doutor em Administração de Empresas pela mesma instituição,

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consultor organizacional e conferencista de renome internacional. Mesmo assim, o consultor de empresários e atletas famoso levou anos para ser reconhecido, comprovando na pele mais uma de suas lições para ser um campeão: a persistência. “Em 2000 saí na capa de uma grande e prestigiada revista nacional como ‘o novo fenômeno do momento’. O interessante é que desenvolvo esse trabalho desde a década de sessenta”, diverte-se. Bom humor é ponto alto do escritor, que ensina que ter angústias e inseguranças faz parte da vida de todos, mas que aceitá-las faz a vida fluir. O exemplo também vem da sua vida: Seu filho mais velho – ele tem cinco – nasceu com uma doença cerebral. “O bem tem mais força que o mal, mas se o bem não participa, o mal domina”, comenta o escritor ao falar da necessidade de participação e da importância da cooperação. “As pessoas gostam de quem as ajuda e é isso que um campeão faz, ajuda a solucionar problemas. O perdedor logo diz que o problema não é dele”, completa.

A estratégia das flores

“Quer se destacar? Tem que fazer algo bonito, que encha os olhos das pessoas. Tem que caprichar! Aí todo mundo vai vir atrás de você e não o contrário”, ensina ele sobre a Estratégia das Flores. Segundo o escritor, a maioria das pessoas usa a Estratégia das Abelhas, e tem que “correr atrás dos outros para mostrar seu produto”.

Muggsy Bogues acreditou no sonho e mesmo baixinho foi um dos maiores ídolos da NBA


Transformando anões em gigantes

Roberto Shinyashiki

Um dom para poucos. Mas para ilustrar esta característica dos campeões, Shinyashiki citou o lendário Muggsy Bo-

gues, jogador de basquete que com apenas 1,67 de altura foi um dos maiores astros da NBA. Como últimas lições de sua palestra, o escritor citou o “fazer por merecer”, citando a história do filme de Steven Spielberg, O Resgaste do Soldado Ryan; mas, sobretudo, ser feliz. Em seus trabalhos em hospitais,

principalmente naqueles junto a pacientes terminais, Shinyashiki observou que são três as maiores causas de arrependimento das pessoas em seu leito de morte: Não terem amado, não terem curtido os filhos e não terem realizado seus sonhos. “A felicidade não é feita de coisas complicadas”, arrematou.

Os Best-seller de Roberto Shinyashiki A Carícia Essencial (1985) Amar Pode Dar Certo (1988) Mistérios do Coração (1990) Sem Medo de Vencer (1993) A Revolução dos Campeões (1995)

O Sucesso É Ser Feliz (1997) Os Donos do Futuro (2000) Você: A Alma do Negócio (2001) Pais e Filhos, Companheiros de Viagem (2002) O Poder da Solução (2003)

Heróis de Verdade (2005) Tudo ou Nada (2006) Os Segredos dos Campeões (2007) Sempre em Frente (2008) A Coragem de confiar (2009) Vivendo e aprendendo (2010)

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Registro Maria Paula Bueno / marpaulabueno@hotmail.com Dia da Mulher Foto: Nelson Santos

Senadora Lúcia Vânia

Lançamento

Foto: Nelson Santos

Linda Monteiro, Helosía Helen, presidente da Aflag; Mari Baiocchi, Dra. Helen Drumont e Sônia Curi

O Dia Internacional da Mulher mereceu homenagem da AGI – Associação Goiana de Imprensa – que reuniu 60 representantes femininas dos mais diversos segmentos durante almoço no restaurante República da Saúde. A senadora Lucia Vânia, que é jornalista diplomada pela UFG, recebeu sua nova carterinha da AGI. Entre as presentes, Linda Monteiro, Heloísa Helena, Mary Baiochi, Helen Drumond e Sônia Cury (foto).

Telma de Sousa Morais, goianiense, especialista em Educação pela Universidade Santa Úrsula e Fundação Getúlio Vargas, autografou, na Academia Femina de Letras de Goiás, seu livro de memórias, “Os pés de Prátima”. O cenário são os cerrados goianos.

Honra ao Mérito

Exposição Foto: Nelson Santos

A 1ª Exposição Internacional de Capas de Jornais está sendo realizada em Goiânia, na Câmara de Vereadores. Apoio do vereador Iram Saraiva e do Secovi-Goiás, a iniciativa do escritor Iuri Godinho, foi prestigiada, em sua abertura, por PX Silveira, Valterli Guedes, professora Sônia e Salmo, diretor da Câmara Municipal de Goiânia.

A cidade de Goiás prestou homenagem a um grande goiano, ao inaugurar fe st iv am e n te o busto de Goiaz do Couto, magistrado e jornalista, na praça de igual nome, bairro João Francisco. O diretor da Associação Goiana de Imprensa (da qual Goiaz do Couto foi um dos fundadores), Hélio de Brito Júnior (de terno escuro, à esquerda), representou a AGI. Ao lado do busto, também de terno escuro, aparece Luiz Di Lorenzo Couto, filho do homenageado, também jornalista e magistrado, igualzinho ao pai.

Soprando velas Na comemoração de seu anivesário, Danúbio Cardoso, vice-presidente da AGI, ladeado de seus amigos, o vereador Virmondes Cruvinel, dr. Olinto Meireles e o vice-governador, José Eliton.

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Noite de autógrafos Fotos: divulgação

Olímpio, com a esposa Yara Jayme e o governador Marconi Perillo, na noite de autógrafos de seu livro, Política e Violência em tempos de chumbo.

Foto: Nelson Santos

Trama Lançamento do livro Trama da Luz, da escritora Alcione Guimarães. Na foto, o marido da autora, também escritor, Geraldo Coelho Vaz; e os amigos Abadia D. Lima e Licínio Barbosa.

Reconhecimento

Foto: Nelson Santos

O escritor Alaor Barbosa ouve atentamente o “papo” de Batista Custódio com o ex-prefeito de Goiânia Pedro Wilson.

Museu da Imprensa

Foto: Nelson Santos

Salma Saddi, diretora do IPHAN; Valterli Guedes, presidente da AGI; e o escritor Luiz de Aquino, com amigos na apresetação do projeto do fotógrafo Nelson Santos, visando às implantação do Museu da Imprensa.

Medalha Visconde de Mauá

Cláudio Gonçalves dos Santos, amiga, Dom Galdino Cocchiaro e jornalista Fernando Girão em festa no Palacete do Terraço Italia, em São Paulo, onde Cláudio foi agraciado com a medalha do mérito Visconde de Mauá.

Cidadania

Foto: Nelson Santos

A importância de Batista Custódio na imprensa brasileira, em especial sua orientação para que o Diário da Manhã acolha em suas páginas todas as correntes de opinião, virou tese de mestrado, de autoria da professora Simone A. Tuzzo. Na redação do Jornal, a propósito, Batista recebeu homenagem. O jornalista Isanulfo Cordeiro e o escritor Aidenor Aires prestigiaram o evento.

O advogado Cesar Willar Correia, do escritório “Castro, Guedes e Willar”, de Goiânia, e o deputado Frederico Nascimento, foram homenageados em Fazenda Nova, durante sessão especial da Câmara Municipal, oportunidade em que receberam títulos honoríficos de cidadania. Na foto, os dois homenageados com os vereadores Valdivino (Vino) e Luiz Medeiros (Luizinho), autores do projeto transformado em lei pela unanimidade dos vereadores fazendanovenses, e o prefeito da cidade, Daniel do Zeca.

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Evento

Elas por Elas “Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores”, Cora Coralina Edson Barbosa

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omingo maravilhoso! Uma manhã graciosa exalando bem estar, convidando-nos para sair de casa, ir ao clube, praça ou ao teatro, festejar o viver. A mãe terra irradiando vida! O fluir feminino é assim especial, encantador. Em homenagem as divas, tivemos o 2º Elas por Elas – Encontro de Mulheres no Vocal. Um evento dedicado à diversidade, em todos os sentidos: na música, nas artes plásticas, em debates com grandes personalidades goianas, tendo um bazar na entrada com belas obras. “Elas por Elas”, promovido pela Brasil Diversidade, chegou a sua segunda edição, no Centro Cultural Martim Cererê. Com uma programação intensa, estendeu-se por todo dia: começou com um café da manhã e logo em seguida um debate, melhor ainda, um agradável bate-papo; “Mulheres: Histórias e Poderes”. Nesta conversa, tivemos Marina Sant’Anna, Gláucia Teodoro, Marta Jane,Tereza

Sousa, Maria Valadão, Eline Jonas. Ao meu lado, Isabel com seus três anos já participando, brincando em evento de grande magnitude. Logo em seguida, fomos ao coreto da praça Joaquim Lúcio, deliciarmos nas músicas interpretadas por Grace Carvalho com sua voz encantadora. Manhã artística, pois os futuros adultos devem ter a oportunidade de participar da vida cultural de nossa cidade e compete a nós, responsáveis, propiciar isso. Elas por Elas na parte da tarde teve “Mulheres: Diversidade Étnico- Cultural e de Gênero”, debate composto por Letícia Ribeiro, Narcisa Cordeiro, Chantall Duguê, Leila de Morais, Polyanna Marques, Beth Fernandes, Irene Dias de Oliveira. Para finalizar o ciclo de debates, Ana Carolina Barbosa, Dra. Eliane Frota, Dra. Norma Negrete, Maria das Dores Dolly Soares, Marciclene de Freitas, Dra. Lívia Martins Carneiro com o tema: “Mulheres: Saúde, Sexualidade e Violência”. Segundo a idealizadora, a média e produtora cultural Sara Bahia, o evento busca valorizar e debater todas as

conquistas femininas nos últimos anos. Temas de grande relevância para toda população. Destaque para o cenário aconchegante do bate-papo, parabéns.

Dança e música

O espetáculo “Cerratenses”, do Grupo Contemporâneo de Dança, fechou lindamente a tarde. O Grupo Contemporâneo foi formado em 2004, por estudantes de dança da professora Luciana Caetano, interessados em pesquisar a dança contemporânea. Cerratenses tem como tema para sua construção coreográfica, os costumes populares e danças folclóricas do Estado de Goiás, baseado nos estudos sobre os povos do cerrado, do historiador Paulo Bertran. A programação da noite foi movimentada com oito shows que aconteceram para alegria do público presente. Tetê Caetano fez a abertura, ao entrar a plateia via a artista suspensa dentro do teatro em uma cadeira como uma moldura. Noite com mulheres de grande talento da nossa terra: Débora di Sá cantando até de cabeça para baixo, aliando música com circo. Com sua bela barriga, Maíra Lemos marcou presença no evento, ao lado da talentosíssima Grace Venturini, também produtora musical do evento; Guida, que veio de São Paulo especialmente para cantar no Elas por Elas; Cejane Verdejo, com seu estilo único de trazer de volta as décadas de 70, 80 e 90; Cláudia Vieira, cantora goiana de grande talento, versatilidade e belo timbre de voz; Valéria Costa, renomada artista da capital e de grande sucesso; Mara Cristina e seu jeito único de animar o público; e o bendito fruto neste universo feminino, Fernando Perillo, que promoveu vários eventos voltados para a mulher. Elas por Elas, seguindo o sucesso da primeira edição, realmente surpreendeu em todos os sentidos, seja pelas atrações (um time de estrelas formado por oito cantoras), seja pela proposta de expandir neste evento sua característica de explorar as várias vertentes das artes, assim nossa capital ganha e você que não foi perdeu. Sara Bahia: idealizadora e realizadora do evento

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GNR

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