Edição 42

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Índice

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Ao leitor

Paulo Maira Teles de Antunes

Colunas e Artigos

A matéria de capa desta edição revela os bastidores das articulações que resultaram na definição do nome do presidente do Banco Central, Henrique de Campos Meirelles, para a disputa da sucessão do governador Alcides Rodrigues, que o lançou. Meirelles contará com o apoio do PMDB, do PT e de outros partidos, a exemplo do PP e do PR, que poderão ampliar a parceria, com as bênçãos do presidente Lula. Focamos o quadro do momento, sujeito às oscilações próprias dos pré-acordos políticos. Na essência, contudo, dificilmente esse quadro será alterado. É isso aí e muito mais, que HOJE, como sempre, leva a você, leitor.

Primeiro Plano Valterli Guedes Resenha Renato Dias Urubuservando Carlos Brandão Turismo Izabel Todeschini

Entrevista

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Meio Ambiente O confroto político entre ecologistas e produtores rurais

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Gripe Suína A pandemia e seus reflexos no Brasil

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reportagem de capa Henrique Meirelles: um nome cada vez mais forte e provável para 2010

Auto Hoje Fabrício Di Oliveira Culturamix Karla Rady Crônica e Artigo Eliezer Penna Paulo Vargas

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Automedicação O perigo de intoxicação em forma de cápsulas

A revista do Centro-Oeste e Tocantins Revisão Ricardo Joss

Editora Caraíba Ltda. Rua 261 nº 438 Setor Coimbra-Goiânia-GO CEP 74.533-050 – Fone/Fax (62) 3293-1454 Administração: revista. hoje@yahoo.com.br Redação: redacao.hoje@yahoo.com.br Diretores Tarzan de Castro e Valterli Guedes Diretor administrativo-financeiro Joari Sousa Barreira HOJE Editor-Geral Valterli Guedes (guedesvalterli@gmail.com) Edição Karla Rady (karlarady@gmail.com)

Departamento Comercial José Roberto Design e Diagramação Gustavo Nascimento (gustavomorc@gmail.com) Capa Pedro Henrique Guedes Colunistas Fabrício Di Oliveira, Izabel Todeschini, Jean-Marie Lambert, Karla Rady, Rhadá Costa, Renato Dias, Valterli Guedes, Luiz Jayme e Carlos Brandão Colaboradores Aderbal Cavalcante, Antônio Fabio Ribeiro, Aquiles Lins, Araripe Pedra Branca, Cristine do Espirito Santo, Divino Olávio, Eliezer Penna, Eurico Barbosa, Fátima Quixadá, Idelmar de Paiva, Jerônimo Garcia de Santana, João Bosco Ribeiro, Juçara Maria da Costa, Julia Impéria Koster, Lidiane Oli-

veira, Lúcio Vernon, Paulo Vargas, Pedro Leite Silva, Rhadá Costa, Valmir de Sousa Pereira, Victor Hugo de Araújo e Wandell Seixas Sucursal do Tocantins João Leite Neto Sucursal de Brasília Adriana Ferraz (adriana@juridiconet.com.br) Sucursal de São Paulo (Capital) Maria de Fátima Vital (vitalfatima@hotmail.com) Representantes – Anápolis: Cornélio Pereira Maciel / Cuiabá: Sebastião Carlos Gomes de Carvalho / Campo Grande: Marilene Coimbra / Gurupi: Aída Tonelloto / Porto Velho: Jussara Gottlieb Impressão Gráfica e Editora Elite (62) 9106-7883 Tiragem: 20.000 exemplares

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Entrevista I Paulo Maria Teles Antunes

Questão de Justiça Tarzan de Castro

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aulo Maria Teles Antunes nasceu em 28 de abril de 1946, em Coutinho (CE), e formou-se em Direito pela Faculdade de Direito de Anápolis em 1974, tendo exercido a advocacia de 1976 a 1997. É casado com Maria do Socorro Ribeiro Teles e pai de Viviane e Flávia Teles Ribeiro e de Ricardo Teles Ribeiro. Desempenhou diversas funções na seccional goiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO). Em

1997, foi nomeado desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), pelo quinto constitucional. Também foi presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Estado de Goiás (TRE-GO) em 2003. Em 1º de fevereiro deste ano, assumiu a Presidência do TJGO. Tem percorrido dezenas de comarcas do interior e realizado projetos de aproximação do aparelho judiciário com a sociedade, através dos projetos Justiça Ativa, Bancas de Conciliação e Mutirões Carcerários. Em seu gabinete ele concedeu à HOJE a seguinte entrevista:

HOJE – O Judiciário, em nível nacional e, em consequência, também regionalmente, tem buscado alternativas para uma série de questões relacionadas à celeridade dos serviços. O que tem sido feito pelo Tribunal de Justiça de Goiás para acelerar o processo judicial? Paulo Teles – Essa celeridade processual já era buscada e foi anunciada no meu discurso de posse, quando conclamei os juízes para iniciarmos um trabalho que resultasse numa melhor prestação de serviços. De lá para cá, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) desencadeou uma campanha no Brasil, chamada Meta 2. Para resolver o problema da celeridade, eles estão orientando os tribunais que façam o julgamento de todos os processos ajuizados até o ano de 1995. É com esta meta que o Tribunal de Justiça também está trabalhando. Estamos buscando essa celeridade em forma de Justiça Ativa, Bancas de Conciliação e convênio com as Cortes Arbitrais.

HOJE – Qual a sua análise sobre a atuação do Conselho Nacional de Justiça? As intervenções desenvolvidas de modo geral e, em particular, na questão da celeridade, têm sido positivas? Paulo Teles – O CNJ tem justificado a que veio. Ele tem simplificado e unificado a linguagem administrativa dos tribunais e estabelecido metas administrativas, o que é muito significativo. Antes, cada tribunal trabalhava com as suas peculiaridades e com suas necessidades regionais. Entretanto, nem só as necessidades regionais devem ser respeitadas, como também é fácil conciliá-las com uma linguagem universal, uma linguagem brasileira. HOJE – A presença do CNJ com relação a algumas questões como, por exemplo, as de natureza normativa e uma busca por uma justiça mais harmonizada e universal, também têm sido positivas?

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Paulo Teles – Além da Justiça parecer mais universal e harmonizada, o CNJ tem facilitado para que a Justiça vá ao encontro e seja praticada no meio do povo. Meta que também esteve presente no meu discurso de posse em fevereiro e é o objetivo a ser alcançado na minha administração. Como exemplo desta harmonia entre as decisões do CNJ e a administração dos Tribunais, cito o fato do Conselho ter regulamentado o uso de carros oficiais pelos desembargadores. O CNJ estabeleceu que baixássemos uma resolução em relação a essa decisão, para que os carros fossem todos identificados e controlados na sua circulação. Esta medida mereceu de pronto a aprovação de todos os desembargadores do Tribunal de Justiça de Goiás, a ponto dos próprios já estarem devolvendo estes carros. Eles estão abrindo mão do uso desses veículos como forma de tornar a administração muito mais visível. Na medida em que o desembargador espontaneamente abre mão do veículo, ele está prestando sua colaboração no que diz respeito a economia de gastos do Tribunal. Porém, deve ser ressaltado que os desembargadores de Goiás, quando da utilização de carros oficias, com a devida aprovação, bancavam a despesa toda de manutenção e combustível. Então, os gastos do Tribunal eram mínimos. HOJE – Temos notado que sua administração está implementando uma política de levar o aparelho judiciário ao povo. Qual tem sido a reação dos seus pares e da própria Justiça? Ela está colocando obstáculos ou está avançando neste projeto? Paulo Teles – Os desembargadores hipotecaram irrestrito e imediato apoio, assim como os juízes, neste projeto. A ponto de que, quando se realiza uma Justiça Ativa no interior ou em Goiânia, há sempre um bom número de voluntários colaborando. O número de juízes que se apresenta para prestar serviços nas comunidades é tão expressivo que chega até a sobrar voluntários. HOJE – E com relação ao público-alvo, as camadas que carecem de justiça. Como tem sido a reação ao projeto? Paulo Teles – A reação do público-alvo tem sido, na maioria das vezes, até

emocionante. As pessoas que antes esperavam um julgamento de processo por três, cinco e, as vezes, até dez anos, de repente tem com este trabalho a decisão na sua frente. De pronto a decisão que, se não era o que o cidadão buscava, é pelo menos uma solução do processo. O melhor exemplo disso é um convênio que firmamos com o INSS, por meio do qual realizamos Bancas de Conciliação. Recentemente, realizamos uma banca em Aruanã, onde levamos a julgamento cerca de 500 processos e resolvemos o problema de 280 pessoas, que já saíram das audiências com os benefícios do INSS à sua disposição.

“Estamos buscando a celeridade em forma de Justiça Ativa, Bancas de Conciliação e convênios” HOJE – A estrutura física do Judiciário goiano é satisfatória e atende as necessidades fundamentais? Paulo Teles – A estrutura física atende bem as necessidades atuais. Temos esse grande centro administrativo que é o Tribunal e o Fórum de Goiás. Entretanto, inauguraremos até o final do ano o Fórum Criminal, entre o Serra Dourada e a BR. O Tribunal vai abrigar todas as varas criminais e retirar do Centro da cidade a grande movimentação de público e de veículos. No interior, estamos fazendo licitações e algumas já foram concluídas. Licitações para 40 prédios (fóruns) estão em andamento. Deste número, é possível que até o final da minha administração sejam inauguradas em torno de 20 a 25 obras. Vale ressaltar que para cada obra que é licitada, o dinheiro fica disponibilizado no seu total, em conta especial, no Banco do Brasil. É um investimento de R$ 90 milhões. Como o Entorno também

foi uma prioridade anunciada no meu discurso de posse, estamos investindo na região cerca de R$40 milhões. Todas as comarcas também receberão prédio próprio, móveis novos e todo o aparato necessário para a administração da Justiça. Temos buscado, e hoje oportunamente digo, que demos posse a 86 funcionários, resultado de um concurso feito em 2006. Estamos realizando a contratação de 600 estagiários, que geram um investimento anual de R$ 8 milhões. O Tribunal está fazendo um edital para o preenchimento de 34 vagas de juízes. E não temos nem condição de fazer a reserva técnica; se aprovados os 34, todos serão empossados imediatamente. HOJE – Como está o andamento das obras e projetos do Tribunal de Justiça no Entorno? Paulo Teles – As obras do Entorno já estão licitadas em Águas Lindas e Cidade Ocidental, onde já vou assinar a ordem de serviço. Outra cidade que termina a licitação este mês é Cristalina. Em razão da parceria com o CNJ, o Tribunal realizou o mutirão carcerário, que resultou na diminuição dos processos criminais e reduziu de três centenas para pouco mais de uma centena o número de presos que vão permanecer no Entorno. No mês de agosto, será realizado o mutirão do Tribunal do Júri, no qual, ao mesmo tempo em todas as comarcas do interior, todos os processos de júri que estão aguardando julgamento serão julgados no mesmo dia. Em Águas Lindas, por exemplo, faremos em torno de cinco júris num só dia. Vamos ocupar instalações cedidas pela Prefeitura e realizar simultaneamente estes júris. Será um julgamento de no mínimo 40 processos. HOJE – O Tribunal de Justiça tem investido tanto na construção de projetos físicos como em equipamento e pessoal. Porém, muitas vezes as custas processuais praticadas em Goiás são tidas como bem maiores que em outras localidades, como Mato Grosso. Como o senhor avalia estas custas? Agosto de 2009 - Hoje | 5

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Entrevista I Paulo Maira Teles Antunes Paulo Teles – O custo da Justiça é positivo por que esse montante, no valor de R$ 90 milhões, que atualmente está no Fundo de Reaparelhamento Judiciário, não é fruto de uma arrecadação única. Ao longo do tempo, as administrações anteriores foram robustecendo o caixa, o que resultou neste recurso que está sendo aplicado. As custas de Goiás não podem ser consideradas as mais altas do País porque existem outras unidades na Federação que concorrem conosco no item que eles chamam de custo excessivo. Há o benefício e o retorno em forma do reaparelhamento do Judiciário, através do investimento citado agora, e o atendimento às camadas mais carentes, que está sendo feito com muita propriedade. Por exemplo, a Justiça Ativa e as Bancas de Reconciliação apresentam um custo extra, já que os juízes recebem diárias e se deslocam das mais diversas distâncias. Também há custo de combustíveis, de refeições e vários investimentos que se faz no atendimento à população. Se estes custos são elevados, ao menos voltam em forma de benefício para as camadas mais carentes. E Justiça não tem preço. O que for preciso gastar no atendimento da população, o Tribunal está gastando e vai continuar a gastar. HOJE – Os concursos para Cartórios devem ficar jurisdicionados às comarcas ou ao Tribunal de Justiça? Por que? Paulo Teles – Houve um rebuliço muito grande em relação a esta questão. O CNJ, percebendo a desorganização da estrutura cartorária no Brasil, orientou o afastamento, em todos os Estados, dos cartorários investidos na função que não fossem contratatos por meio de concurso público. A lei estipula que estes concursos devem ficar a cargo de suas localidades. Entretanto, a decisão do CNJ supera esta questão, já que para interesse público neste momento é necessário que se faça o concurso centralizando a decisão no Tribunal de Justiça. Ou seja, as regras para o concurso devem ser emanadas da administração única do TJ e não mais das comarcas, pelos seus próprios juízes. Isso trouxe um grande

benefício em termos de unificação. Fez-se um grande concurso numa grande estrutura para atender este problema, que merecia constantes reservas e críticas da sociedade. Um concurso centralizado no TJ foi a melhor forma que, em se tratando de orientação do CNJ, obviamente será, no caso de questionamento, consolidada no Supremo Tribunal de Justiça, já que tivemos algumas decisões dadas no sentido de anular este concurso. Decisões que, entretanto, não resistem à interpretação do Supremo, em termos de liminar. Como o Supremo já decidiu que o concurso é centralizado, não vejo dificuldade de impor os nossos concursos. HOJE – Em tese, esta decisão deve ser universal e não paroquial, no sentido das comarcas?

“ Justiça não tem preço. O que for preciso gastar no atendimento da população, o Tribunal está gastando” Paulo Teles – Ela não será paroquial e já se fazia necessário que deixasse de ser paroquial, porque o próprio CNJ, ao determinar esse grande ato de legalização da questão cartorária, já decidiu também que os futuros concursos e as futuras vagas que surgirem deverão ser preenchidas pelo próprio Tribunal de Justiça. Não só neste momento de grande ebulição da questão cartorária do Estado, mas também no futuro. Na medida em que surgem vagas nas comarcas, o CNJ já determinou que o Tribunal tem um prazo de 60 dias para a realização do concurso.

HOJE – Há um clamor por mudança tanto no Código Civil como no Código Processual Penal e no Código Penal. Acha que realmente deve haver uma reforma? Ou é possível com a atual estrutura dos códigos cumprir todas as metas que o senhor mesmo está colocando para a renovação judicial? Paulo Teles – É preciso que se diga que os nossos códigos, todos eles, são antigos. A exemplo do Código Civil e do Processo Penal e do Penal da década de 40, embora o fato de ser desta época não quer dizer que não estejam cumprindo sua finalidade. Até hoje somos regidos pelas regras básicas do Direito Romano. Mas a sociedade e seus conceitos sociais, políticos e econômicos evoluíram à velocidade da própria internet. Não se justifica que os códigos não tenham acompanhado esta velocidade.Digo que os códigos não estão atualizados e, sim, estão simplesmente remendados. Consertos feitos a cada clamor popular e a cada conveniência econômica e social. É preciso que se consolide uma linguagem dos códigos, que não atendem mais por uma questão central básica, que é simplesmente a sua defasagem, digamos, espiritual. HOJE – Goiás sofre um certo atraso em relação à questão da Defensoria, o que não é um problema propriamente do TJ. A criação da Defensoria Pública Estadual, cujo concurso foi anunciado, é um passo importante? Paulo Teles – A Defensoria Pública chega em um momento apropriado e vem reforçar as duas colunas que já existiam na prestação de serviço às camadas menos favorecidas. No caso, os serviços feitos de forma dativa pelos advogados voluntários da OAB e pela própria assistência judiciária. Entretanto, o órgão vai promover uma melhora porque os advogados passam a ser remunerados em folha de pagamento do Estado, o que dá tranqüilidade ao concursado e a certeza de uma melhor e mais permanente prestação de serviço ao público carente. HOJE – No plano nacional, volta e meia a imprensa mostra debates ardorosos, tais como o entrevero entre os ministros Gilmar Mendes e Joaquim

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Barbosa. O senhor considera que esses momentos revelam democracia ou confrontos insolúveis? Paulo Teles – O juiz, diplomata, político ou governante sempre procura conter-se nas suas emoções. Entretanto, não só a política, como todas as administrações públicas, incluindo os tribunais, também estão sujeitas a estas ebulições. É natural que onde os pares convivam permanentemente em discussão, no caso de ministros e desembargadores, ao longo do tempo gere desgastes. Aliás, como acontece em qualquer outra relação, a exemplo do casamento, das parcerias em sociedade ou mesmo de uma parceria futebolística ou esportiva. Chega um momento em que determinadas questões e discordâncias afloram. Muito natural a reação dos ministros Joaquim e Gilmar, analisada por este aspecto e pela questão jurídica. Aquela discussão não nasceu naquele momento, já vinha se arrastando por interpretações legais, discordâncias jurisprudenciais, comportamentais e até protocolares. É natural que tenha acontecido isso. Fato que mostra que nós, julgadores, somos homens sujeitos a fraquezas de comportamento. HOJE – São seres humanos sociais inseridos... Paulo Teles – Claro! Seres humanos sociais inseridos. Até porque o julgador carrega uma carga de responsabilidade social muito grande na sua interpretação. E naquele momento, discutia-se a questão da reserva Raposa Serra do Sol, uma questão de altíssima relevância, onde se é concedida a terra para o índio, é desalojado o produtor. E em caso de deixar o produtor, você destrói toda uma nação e costume indígena, que está desaparecendo e precisa ser preservado. HOJE – Goiás não está representado nos tribunais superiores. E nota-se que há um anseio em diversos setores da sociedade por uma representação de Goiás em âmbito federal. O seu nome tem sido apontado como este representante. O senhor está vendo nessa sua possível postulação a ministro do Superior Tribunal de Justiça possibilidades de êxito?

Paulo Teles – Tínhamos o ministro Castro Filho no STJ e temos atualmente a ministra Laurita Vaz, egressa do Ministério Público Federal. Muitas vezes, seu nome e sua presença fogem a apreciação de uma forma geral, pois desempenha seu trabalho como ministra em Brasília. Ela é uma legítima representante de Goiás e tem todo o mérito de se fazer presente naquele Tribunal. Entretanto, o que os amigos que me apóiam se referem é relativo à vaga do ministro Castro Filho, que foi para o Tribunal egresso da desembargadoria goiana. Esta vaga foi deixada pelo ministro Luis Galloti, que se aposentou prematuramente, e é destinada a um desembargador. No caso, o ministro era egresso da desembargadoria estadual assim como eu sou. Estou disputando em razão disso. E como toda Olimpíada e empreitada, existem sacrifícios, dificuldades e um resultado imprevisível. Os nomes postos em apreciação no STJ são ofertados por todos os Tribunais de Justiça estaduais e federais, o que torna a disputa muito acirrada. Uma vaga para no mínimo 35 postulantes. Os meus amigos de Goiás me homenagearam com a sugestão para que meu nome concorresse. Já comuniquei ao Órgão Especial e ao Pleno do Tribunal de Justiça a minha intenção de disputar a vaga. Já que a indicação tem que sair do Pleno ou do Órgão Especial, a eles devia essa prestação de contas e o fiz recentemente.

juiz, desembargador ou ministro do Tribunal vai manter esse cidadão preso? Que confiança e credibilidade a Justiça vai receber amanhã? HOJE – Quais os próximos novos projetos do Tribunal de Justiça para este segundo semestre? Paulo Teles – Vai ser inaugurado no dia 21 de agosto, em Uruaçu, o Centro de Pacificação. O projeto foi idealizado pelo doutor Murilo, que é o juiz da Comarca, e foi adotado pelo CNJ como modelo para todo o Brasil. A inauguração vai ter a presença do ministro Gilmar Mendes e do governador Alcides Rodrigues, como forma de demonstrar que as boas idéias devem ser bem acolhidas. O Centro de Pacificação busca acima de tudo a prevenção, promovendo a educação do jovem e sua retirada das ruas, bem como o acompanhamento de sua educação nas escolas de base e nos locais de recreação. Para sua implantação está previsto um investimento de R$ 10 milhões. Estamos investindo também na Universidade Corporativa. Ela contará com ensinamento à distância, onde todas as comarcas estarão conectadas a um telecentro. Podem usufruiur da instituição os servidores do fórum e do Tribunal. Nós temos que preparar nosso pessoal e os que no futuro queiram entrar no judiciário.

HOJE – Violência e criminalidade são os principais problemas enfrentados não só no Brasil, como no mundo. Muitas vezes os veículos de comunicação e alguns setores da sociedade afirmam que o Judiciário não dá a contribuição suficiente para sua solução. Qual seria a contribuição da Justiça com relação a esta questão? Paulo Teles – Um dos velhos jargões aqui no Brasil é que a polícia prende e o Judiciário solta. Mas temos que analisar se a Justiça mantém preso um cidadão que pode ter sido preso injustamente, em uma prisão que não foi flagrante e não se deu por ordem judicial, mas por arbitrariedade de qualquer autoridade constituída, o que é muito comum. Como o Agosto de 2009 - Hoje | 7

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P r imei r o P l a n o

Efeito Alencar A serenidade, a persistência e o alto astral com os quais luta contra o câncer, fazendo do vice-presidente José Alencar um ídolo, geraram sugestões para que Henrique Meirelles se filie ao PRB. Seria, além do mais, uma espécie de partido “neutro”, em cujo palanque o governador Alcides Rodrigues poderia subir sem ser importunado.

Pesquisas Numa eleição direta, segundo pesquisas não divulgadas, os primeiros colocados no Tocantins como candidatos ao governo seriam, com cerca de 25 pontos cada, o governador Marcelo Miranda, a senadora Kátia Abreu e o exgovernador Siqueira Campos. Marcelo, que está inelegível, é do PMDB; Kátia do DEM e Siqueira do PSDB.

Disputa Até agora o presidente da Assembléia do Tocantins, deputado Carlos Gaguim (PMDB), que assumirá automaticamente ao se concretizar o afastamento do governador cassado, é visto como favorito para a própria sucessão. Mas quando chegar a hora da “onça beber água”, a maré mansa vai acabar. Haverá disputa.

Bertin Mal sinal: o frigorífico Bertin desativou sua unidade de Água Boa, Mato Grosso. O grupo está negociando sua fusão com o Marfrig.

Independência Bom sinal: a direção do Frigorífico Independência prometeu quitar o débito que tem para com um grande invernista, de 10 milhões de reais (referente a milhares de bois), “em 90 dias”. Mal sinal: fabricantes buscaram de volta o maquinário que haviam vendido, a prazo, das unidades de Nova Xavantina e Confreza, ambas no Mato Grosso. Nem é preciso acrescentar: ambas estão desativadas.

limites

Exploração Só duas empresas aéreas exploram a linha Goiânia-Palmas, com escala em Brasília. A consequência é que a passagem ida e volta, que dá direito a um copo de refrigerante e a uma barra de cereal, fica bem mais cara que um pacote para qualquer das capitais nordestinas, com direito a citytour, excelente café da manhã, drink de boas vindas e oito pernoites em excelente apartamento. Que a Anac, ou quem de direito, “democratize” o trecho Goiânia-Palmas.

Limpeza do boi O Congresso Nacional faria bem se aprovasse, em regime de urgência, uma lei proibindo a chamada “limpeza” que 99% dos frigoríficos fazem quando abatem reses. Furtam em torno de uma arroba de cada boi.

Os acertos finais visando definir o principal nome para a disputa com o senador Marconi Perillo (PSDB), candidato declarado à sucessão estadual, fizeram aflorar os limites impostos: Por Iris Rezende, que quer Henrique Meirelles filiado ao PMDB. Por Alcides Rodrigues, que aceita abrir mão da filiação ao PP, desde que Meirelles não se filie ao PMDB. Por Henrique Meirelles: contar com o apoio de todos os anti-marconistas. O presidente Lula não impõe condições. Admite uma, duas, três ou até mais chapas disputando contra Marconi, desde que, num eventual 2º turno, todos estejam no mesmo barco. Mas Lula prefere chapa única. E está trabalhando para isso.

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Valterli Guedes |guedesvalterli@gmail.com

A perder de vista Nos últimos três anos, o governo tocantinense distribuiu cerca de 80.000 óculos a pessoas carentes, conforme revelado durante o julgamento do processo em que o TSE cassou o mandato do governador Marcelo Miranda. O programa, por sinal, prossegue. Antes de passar o governo ao presidente da Assembleia, Marcelo terá distribuído mais 55.000 óculos.

Superstição? Os defensores da candidatura de Henrique Meirelles lembram, a propósito dos baixos índices de preferência do pré-candidato em pesquisas sabidas e não divulgadas, que nos pleitos mais recentes de Goiás ganharam exatamente estes, os últimos. Exemplos: em 1986, Henrique Santillo saiu atrás e venceu o primeiro nas pesquisas,

Corpo a corpo “Homem de foco”, conforme se auto-define, Henrique Meirelles deve deixar a presidência do Banco Central em dois meses. Vai percorrer Goiás, na condição de pré-candidato a governador. Prioridade: visitar os dirigentes, estaduais e municipais,dos partidos que irão apoiá-lo.

E agora, Caiado? Ao que parece o presidente do DEM regional está entre subir no palanque de Marconi Perillo (PSDB), ou no de Henrique Meirelles, ainda sem partido, virtual candidato a governador sob as benções do presidente Lula. Sabe-se que nenhuma das duas opções seria do seu agrado. Uma outra alternativa, no atual cenário político goiano e brasileiro, seria Ronaldo sair candidato a governador pelo DEM, disponibilizando um palanque a mais, em Goiás, para o presidenciável do PSDB (José Serra ou Aécio Neves)

Mauro Borges; em 1990, Iris Rezende venceu Paulo Roberto Cunha, que saiu na frente. O mesmo ocorreu com Maguito Vilela em 1994, com Marconi Perillo em 98 e 2002, e com o atual governador, Alcides Rodrigues, que acabou vencendo o primeiro colocado do início da campanha de 2006, Maguito Vilela. Por esse raciocínio, acham boas as possibilidades de Meirelles.

Baixo astral Um período de baixo astral vive o prefeito Zé Gomes da Rocha (PP), de Itumbiara. Não deu certo o caso do ICMS, em que o prefeito obteve vitória e, depois, foi derrotado na Justiça. Itumbiara terá que ressarcir os outros municípios, cujos prefeitos estão magoados com Zé Gomes, o que afasta, pelo menos de imediato, qualquer projeto de disputar mandato majoritário estadual (o prefeito de Itumbiara estaria de olho na vice-governadoria). Depois foram as duas mortes da garotinha Maria Vitória, nascida prematuramente. Dada como morta em um hospital do Município de Itumbiara, foi o pai da criança quem, ao pedir para ver o corpo, percebeu que a filha respirava. Removida para Goiânia, veio a óbito de verdade cinco dias depois, no Hospital Materno-Infantil. O prefeito saiu chamuscado. Como se não bastasse, o STJ negou pedido de agravo de instrumento em favor de Zé Gomes, num processo de 1998, quando o atual prefeito, então deputado federal, contratou mulheres de jogadores e jogadores com verba de gabinete. Fez média com a torcida do Itumbiara Esporte Clube, mas está na iminência de ficar sem os direitos políticos por oito anos, o que implicaria, naturalmente, na perda do atual mandato eletivo.

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opinião

responsabilidade , lidera Uma análise do confronto político entre os ecologistas, representados pelo ministro Carlos Minc, e os produtores rurais Antonio Fábio ribeiro

n

ão se pode aceitar passivamente o que aconteceu com o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que, em momento de exacerbação psicológica, destemperou-se com os produtores rurais, taxando-os de vigaristas. Inaceitável. A discussão sobre a possível saída dele do cargo pode acontecer ou não em razão das disputas políticas, mas, certamente, produzirá uma pedagogia necessária que colocará nos seus devidos lugares os papéis

Ministro do Meio Ambiente Carlos Minc

históricos tanto dos produtores rurais, como igualmente dos ecologistas e ambientalistas em momentos de tensões ideológicas. Felizmente, o ministro pediu desculpas. O importante, fundamental, é o respeito. Quem falta com respeito coloca-se totalmente vulnerável. O choque entre as duas partes está se produzindo porque tem que se produzir mesmo. Não é possível, na sociedade do conhecimento, dominada pela tecnologia da informação, fugir da verdade, da transparência, da evidência dos fatos em tempo real. O negativo não é a produção do choque ideológico, é a impropriedade de não respeitar as opiniões opostas. O ministro está politizando uma questão que tem que ser cuidada não apenas no seu aspecto político, pois ela evolui em meio do desenvolvimento econômico e social, e sociedade pressupõe, essencialmente, a política. Mas, vai além. A questão requer o conhecimento técnico e científico colocado a serviço da produção e da racionalidade. A política teria que obedecer a essa característica essencial do problema, antes de mais nada. E a política é o contraditório. O debate do desenvolvimento econômico ambientalmente sustentável insere-se, por sua vez, na dualidade do mundo. Há o positivo e o negativo e a interatividade e negação simultânea entre eles, como expressão da tese e da antítese, que gera, sempre, uma síntese renovadora. Por esse ângulo, a questão ambiental é, fundamentalmente, racional. Sem a preservação da natureza não haverá preservação nem reprodução das espécies, vegetal e animal. Sendo o homem a manifestação da natureza em seu movimento de pensar e transformar, sua capacidade de realização, certamente, terá que obedecer a relação entre ele e a natureza. A relação entre o homem e o meio ambiente passa pelo homem, como destacou o filósofo Hegel. Então, a discussão dessa relação, que se

Região desmatada

tenciona no Brasil, há anos, deve se aprofundar, porque somente o aprofundamento dela resultará em racionalidade adequada ao desenvolvimento sustentável. As modernas práticas de sustentabilidade ambiental, como demonstra a ciência, podem conviver com a exploração econômica do solo em condições de reposição de energias do próprio solo por intermédio de correções adequadas como fruto da combinação mineral e orgânica. Estariam sendo asseguradas, por intermédio da ciência, a sustentabilidade da relação da exploração econômica com a preservação ambiental. Por aí, abre-se amplo diálogo entre produtores e ecologistas. O confronto político e ideológico teria, portanto, que ser mediado pela ciência. Da mesma forma, a produção geneticamente modificada coloca em cena a necessidade do aprofundamento da discussão pelo seu viés múltiplo, tanto da preservação ambiental, como, igualmente, da reprodução ambiental alterada pela ciência, transgenicamente, sob coordenação da própria ciência.

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erança e meio Ambiente

Pecuária devasta a Amazônia

mentos geneticamente produzidos pela ciência teriam ou não contribuição nesse crescimento percentual de vida da humanidade? O ministro Celso Minc, excessivamente exacerbado, transpôs a barreira do equilibrio na abordagem da discussão. Colocou-a em termos de confronto. Mostrou não considera-la a partir do seu conteúdo histórico e social estabelecido pelo próprio desenvolvimento nacional.

Estratégia de desenvolvimento nacional

Evidentemente, tudo isso se desenvolve em meio ao avanço social e econômico, o que pressupõe a relação positivo-negativa das categorias sociais antagônicas existentes na sociedade brasileira como fruto do crescimento errático e contraditório de um modelo econômico, reconhecidamente concentrador de renda, que precisa sofrer reformas substanciais como indispensáveis ao próprio desenvolvimento sustentável. Não se trata de ver o equilíbrio sustentável do ponto de vista ambiental, mas, igualmente, econômico-social, que evolui no ato da produção e do consumo das próprias classes sociais em seu natural antagonismo. Existirão, naturalmente, sob estado democrático, os contrários e os favoráveis, mas não haverá como negar que o ser humano está vivendo relativamente mais no compasso do desenvolvimento científico e tecnológico colocados a serviço da produção das mercadorias consumidas por ele. A idade média dos brasileiros há cinquenta anos, era de pouco mais de 50 anos. Hoje, é acima de 70. Os ali-

Os gaúchos, os paranaenses, os catarinenses, paulistas, mineiros, nordestinos etc, que se deslocaram para as fronteiras do Oeste e do Norte do país, romperam-nas em chamamento a uma proposta de desenvolvimento que nasceu durante os anos de 19701980, visando a integração econômica nacional e a consequente autonomia do poder político e econômico brasileiro no cenário sul-americano e internacional. Estudos econômicos e agronômicos comandados por, Alisson Paulinelli, nos anos de 1970, concluíram que se tornara necessária a exploração econômica das fronteiras oeste e norte do país, porque a oferta de alimentos para a crescente população por parte da produção do sul e do sudeste tornarase insuficiente. O horizonte era o da inflação de preços incontrolável. O país teria que gastar não apenas com petróleo, mas, também, com importação de alimentos para sustentar a demanda de uma população localizada nos grandes centros urbanos, em meio ao processo de desenvolvimento industrial nas regiões Sul e Sudeste.

O Centro-Oeste e o Norte tornaram-se alvos de políticas estratégicas do desenvolvimento nacional para atrair novos investimentos. Somente dessa forma daria conta de vencer o desafio inflacionário expresso na necessária produção de alimentos. O deslocamento dos bravos agricultores de todas as regiões brasileiras para uma corrida econômica ao Oeste e ao Norte, no rastro da construção da Nova Capital, não ocorreu por conta do espírito vigarista do agricultor, mas da sua contribuição ao desafio do desenvolvimento econômico, dando combate à inflação, com maior oferta de alimentos na mesa dos brasileiros e brasileiras. Tratou-se, portanto, de estratégia de ocupação territorial em nome de uma necessidade econômica, social e política. Agora que a ocupação se consolida, com emergência de cidades e sociedades organizadas em sua complexidade conjuntural e estrutural em todo o Centro-Oeste, no Norte e na Amazônia, não seria humanamente possível promover maciçamente o movimento inverso de desocupação econômica das duas regiões em nome da pureza ambiental, sabendo que a ciência alcançou a expertise de estabelecer convivência equilibrada entre o homem e a natureza na sua interatividade dialética, de produção e renovação. A sustentabilidade econômicoambiental terá que ser alcançada pela política do diálogo democrático ancorado no conhecimento, colocado a serviço das demandas nacionais. O Congresso precisa, imediatamente, colocar no plano central da discussão nacional a questão do desenvolvimento sustentável e estabelecer as linhas de atuação com base na ciência e na alta política. Sem esse pressuposto fundamental, ocorre o que está se verificando no momento, ou seja, o confronto de lideranças. O que não é bom para ninguém. Antonio Fábio Ribeiro Empresário, Ex-Presidente da FIBRA Agosto de 2009 - Hoje | 11

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resenha

renato Dias | renatodias67@gmail.com

“A máquina pública é um elefante. Come muito, custa caro e é lerda” (Do governador do DF, José Roberto Arruda)

Mal-estar Ex-líder do PMDB na Câmara, Santana Gomes não pode nem ouvir falar em Agenor Mariano (PMDB).

Bastidores da Política

Giovani Antônio (PSDB) não quer aproximação com o Paço.

Jogo do Poder

A eleição terá dois turnos, lembra Sérgio Caiado, presidente do PP.

Pingue

Ronaldo Caiado quer a terceira via com DEM e PP. Em Goiás.

Pongue

O projeto estratégico do DEM Nacional é a aliança com PSDB.

Guilhotina

Saia justa

Vereador Djalma Araújo diz que está com a pá virada para o Paço.

PP

Sérgio Lucas é refém do silêncio.

Ney Moura e Juarez Magalhães podem ser expulsos do PMDB.

no páreo

Iris Rezende está com fôlego de adolescente, diz Lívio Luciano.

Exclusivo

Pesquisa qualitativa mostra que há espaço para amplo crescimento de candidatura com o perfil do queridinho do PP.

na CCJ do Senado

1 - Manter relações sexuais com menores de 18 anos é crime de estupro. É o projeto que a CCJ do Senado aprovou. 2 - O relator é o goiano Demóstenes Torres (DEM). 3 - Ministério Público e Defensoria Pública poderão impetrar mandado de segurança coletivo. A proposta foi aprovada também na CCJ, informa o democrata.

Economia

O Plano Safra 2009/2010 irá liberar R$ 3,4 bi aos produtores rurais de Goiás, informa Rubens Otoni (PT).

o que é isso? Negro Jobs (PSL),vereador, diz que será o algoz de Henrique Meirelles.

Até tu?

Vassil Oliveira aderiu à febre Twitter

Blog

Amauri Garcia pode ser encontrado no se-

linha direta 1 - Vereador do PTB em Goiânia, Henrique Arantes defende apoio a Marconi Perillo e acha que Jovair Arantes pode ocupar a vice. 2 - Ele quer PP e DEM na coalizão, acena ao PR, PSB e PL (Refundação) e não descarta disputar mandato de deputado estadual. 3 - No legislativo municipal, Henrique Arantes já apresentou três projetos: Mãe Crecheira; homenagem Sra. Maria Perillo; Fundação Faculdade Municipal.

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guinte endereço: http://www.radio730. com.br/amaurigarcia

Acesse

www.apolinariorebelo. com.br

Coíndice Alcides Rodrigues jogou água benta na nova composição do Conselho Deliberativo dos Índices de Participação dos Municípios (Coíndice). Jorcelino Braga é o presidente e o chefe da Assessoria Geral da Sefaz, Afrânio Cotrim Júnior, o vicepresidente. Integram ainda o conselho: Paulo Aguiar, três deputados - Luiz Carlos do Carmo, Luis César Bueno e Misael Pereira de Oliveira - e três prefeitos, indicados pela Associação Goiana dos Municípios (AGM) Eurípedes José do Carmo (Bela Vista), Gilson Teixeira (Inaciolândia) e Wellington Rodrigues (Itaberaí).

operação

Presidente do Banco Central, Henrique Meirelles entrou no circuito e acionou o BNDES para apressar a liberação do empréstimo à Celg.

r$ 11 milhões

É o que a Agel investirá em 2009 no Centro de Excelência.

CEI da Delta (I)

Falta vontade política para

2010

investigar, ataca o tucano Maurício Beraldo.

CEI da Delta

Com Clécio Alves, há um cheiro de pizza no ar.

da Agel, admite que ainda tem rusgas com Barbosa Neto.

De Marcus Vinícius de Faria Felipe, presidente da Agecom: – Henrique Meirelles disputará a eleição à Casa Verde.

Senado

Demóstenes Torres (DEM-GO) quer uma faxina no Senado.

Movimentações

oAB (Go)

Paço

Vem bomba por aí!

Senado

Cai-ney.

Futebol e urnas

O vereador artilheiro Túlio Maravilha (PMDB) é candidato a deputado estadual.

Urnas trabalhistas

Alexandre Abreu quer o consenso na formação da chapa das oposições.

Estatísticas

Henrique Arantes é candidato a deputado estadual.

Xeque-Mate

Talles Barreto, presidente

1 - De fevereiro a junho de 2009, 401 mil empregos de carteira assinada foram criados no Brasil. 2 – Os dados são do Caged. Sinal de que a economia, sob o controle de Henrique Meirelles, vai bem, obrigado. 3 – Economistas otimistas preveem recuperação mais significativa do emprego no terceiro trimestre.

Luiz Bittencourt sonha em sair do PMDB, onde não tem mais espaço.

Pé ligeiro

Leon Deniz foi homologado candidato do Movimento Renovação à presidência da OAB (GO).

novembro

Ricardo Dias se prepara para a disputa na OAB (GO).

Internet

O advogado Sérgio Murilo cobra a publicação das receitas e despesas da OAB (GO) na internet, em tempo real. Ele quer também pregão eletrônico e seleção pública.

Com ou sem diploma?

Raquel Teixeira (PSDBGO) preside sessão especial, em agosto, na Câmara Federal, sobre o fim da obrigatoriedade do diploma para ao exercício do jornalismo.

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Vírus

Gripe Suína, a pand Ela chegou com o nome de “gripe suína” e foi decretada pela OMS em julho como pandemia mundial. A revista HOJE traz um especial sobre a influenza A (H1N1). Confira rhadá Costa

n

o início de 2009, o mundo se deparou com a ameaça de um novo tipo de gripe, a iminência de uma pandemia. Surgia no México, um novo vírus: a Influenza A (H1N1), vulgarmente conhecida como gripe suína, que começou a se disseminar rapidamente pelos quatro cantos da Terra. Em 11 de junho, a Organização Mundial de Saúde (OMS) elevou de 5 para 6 o nível de alerta, oficializando a doença como pandêmica. Medidas de controle foram evoluindo conforme o avanço da doença. Em seis semanas de existência, o vírus Influenza A H1N1 já havia chegado a 122 países. O Brasil e a América do Sul também foram afetados pelo novo vírus. O Ministério da Saúde informou por meio do boletim epidemiológico, divulgado no dia 18 de agosto, que no território brasileiro, de 25 de abril a 15 de agosto, foram informados pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde 20.820 casos de pessoas com sintomas de algum tipo de gripe. Deste total, 3.712 foram confirmados para algum tipo de vírus influenza. Entre os casos graves positivos para influenza, 3.087 casos foram causados pelo novo vírus H1N1 (dentre estes casos, 1.308 pessoas apresentaram pelo menos um fator de risco para complicação, incluindo a gestação). No país, até o dia 15 de agosto, foram registrados 368 óbitos por influenza A (H1N1) e deste total de pessoas que morreram, 185 apresentavam algun fator de risco. Ainda de acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Saúde, o Brasil tem a segunda

menor taxa de mortalidade entre os 15 países com mais óbitos no mundo. O país apresenta uma taxa de 0,09 óbitos em cada grupo de 100 mil habitantes, maior apenas que a do Reino Unido. “O governo lamenta cada morte, mas lembra à população que não há motivo para pânico. A doença, na grande maioria dos casos, apresenta sintomas leves. Portanto, ao sentirem qualquer sintoma de gripe, as pessoas devem procurar imediatamente o médico de confiança, não os hospitais, que além de não serem o melhor lugar para tratar a gripe, devem estar livres para atender aos casos graves. E a rede de saúde do país está preparada para isto: são 1.978 leitos de UTI, em 68 hospitais de referência”, declarou o diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Eduardo Hage.

O que é a Influenza A (H1N1)?

A Influenza A (H1N1) é uma infecção viral aguda do sistema respiratório que tem distribuição global e elevada transmissibilidade. A transmissão se dá de pessoa a pessoa principalmente por meio da tosse ou espirro e de contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas. O novo vírus da Gripe A (H1N1), que apareceu recentemente, é um novo subtipo de vírus que afeta os seres humanos. Este novo subtipo contém genes das variantes humana, aviária e suína do vírus da gripe e apresenta uma combinação nunca antes observada em todo o mundo. A grande novidade é que em contraste com vírus típico da gripe suína, este novo vírus da Gripe A (H1N1) é transmissível entre os seres humanos.

O vírus clássico de influenza suína (A H1N1) foi isolado pela primeira vez em 1930. A Influenza A/H1N1 (gripe suína) é uma doença respiratória dos porcos causada pelo vírus da influenza do tipo A, que causa surtos regulares de influenza nos suínos. O vírus da gripe suína causa altos índices de doença e baixos índices de morte nos porcos. Ele pode circular entre os suínos durante todo o ano, porém a maioria dos surtos ocorre no final do outono e nos meses de inverno, de maneira similar aos surtos em seres humanos.

Sintomas Febre alta de maneira repentina (maior que 38ºC) Tosse Dor de cabeça, dores musculares e nas articulações Dificuldade respiratória Atenção especial nos casos do paciente apresentar estes sintomas até 10 dias após sair de países que reportaram casos pela influenza A (H1N1) ou ter tido contato próximo nos últimos 10 dias com pessoa classificada como caso suspeito de infecção humana pelo novo subtipo de influenza. Os sintomas podem iniciar no período de 3 a 7 dias após contato com esse novo subtipo do vírus e a transmissão ocorre, principalmente, em locais fechados.

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ndemia de 2009 O início

Este não é a primeiro registro de um surto de “gripe suína” (leia quadro linha do tempo da influenza). A pandemia de 2009 se iniciou no México em La Gloria, distrito de Perote, a 10 km da criação de porcos das granjas Carroll, subsidiária da Smithfield Foods. O paciente zero foi o menino mexicano de 4 anos Edgar Hernandez em 11 de abril. No mês seguinte, o vírus se alastrou por vários estados do México, Estados Unidos (o segundo país a registrar oficialmente casos confirmados da nova gripe) e Canadá, até se expandir a todos os continentes do planeta, devido a seu potencial de transmissão. De acordo com dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), até o dia 13 de agosto, foram registrados 182.166 casos e 1.799 óbitos pela Influenza A (H1N1). No Brasil, até o dia 16 de julho só tinham registrados casos de pessoas que contraíram o vírus no exterior ou por meio de contato com pessoas infectadas. A notificação do primeiro caso de transmissão sustentada – transmitida facilmente de pessoa a pessoa - da Influenza A (H1N1) no Brasil, sem esse tipo de vínculo, foi a de um paciente do Estado de São Paulo, que morreu no último dia 30 de julho. O caso confirmou que o novo vírus estava em circulação no território nacional.

Sintomas e diagnóstico

O quadro clássico da influenza A (H1N1) tem início com aparecimento abrupto de febre, (acima de 38o), tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e nas articulações, irritação nos olhos e fluxo nasal. “Na verdade não existe diferença sintomatológica entre este subtipo e o vírus da influenza comum. O vírus da gripe é altamente mutável e todos os anos temos que lidar com novos casos de mutação”, esclarece o superintendente da Superintendência de Políticas de Atenção Integral à Saúde (Spais), doutor Petronor de Carvalho.

Segundo o especialista, a taxa de letalidade da Influenza A (H1N1) gira em torno de 0,4%, enquanto a letalidade da influenza comum gira em torno de 0,6%. “Muitas vezes o diagnóstico de óbito aponta apenas uma causa base,

por exemplo, a pessoa que faleceu por uma pneumonia ou de uma complicação respiratória, mas ele não descreve que a razão deste quadro clínico é fruto de uma complicação de uma influenza comum”, explica Petronor. Assim, as

SAIBA MAIS Vírus da gripe humano Surge então uma nova cepa que reúne genes dos vários tipos de vírus

Vírus da gripe aviária

Porcos infectados transmitem o novo vírus para seres humanos. A ameaça não é reconhecido pelo sistema imunológico

Vírus da gripe suína

A trajetória do novo vírus da gripe suína

A OMS considera que há risco de pandemia causada pelo novo vírus que surgiu no México

Entenda como surge uma nova cepa

Diferentes cepas de vírus que infectam humanos, aves e porcos podem realizar contágios simultâneos em suínos. Quando isso acontece, o material genético se mistura nas células dos porcos

O contágio

Incubação

É transmitida como uma gripe comum, por meio de partículas de saliva ou secreção nasal

Os sintomas começam a aparecer 4 ou 5 dias após a Infecção

Vírus Cotículas de saliva Como o vírus ataca a célula

1

1 A proteína hemaglutinna, em forma de espinho na superfície do vírus se gruda numa célula do sistema respiratório

Sintomas Tosse Irritação dos olhos Coriza Dor de Cabeça

Célula humana

2

Febre alta e repentina

O vírus é carregado para dentro da célula hospedeira

3

O RNA do vírus é liberado e impressa no núcleo da célula hospedeira Núcleo

O RNA do vírus controla o mecanismo da célula hospedeira para produzir novos RNA e espínhos de proteínas do vírus

Dor nos Músculos e nas Articulações

4

Novo vírus

Infografico Rubens

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Vírus duas variações do vírus da influenza não só são muito próximas no ponto de vista clínico, como também no aspecto da gravidade. De acordo com as orientações do ministro da saúde José Gomes Temporão, o importante neste momento é procurar o médico do seu plano de saúde, com o qual a pessoa costuma se consultar normalmente, em casos de sintomas de qualquer gripe. Principalmente, em casos de febre superior a 38o. “É muito importante frisar, que nunca deve ser feita a automedicação. O diagnóstico é realizado a partir de exames laboratoriais, nos quais o vírus é isolado e os casos graves e confirmados de influenza A serão devidamente tratados pelo Sistema de Saúde”, acrescenta Petronor. Ainda segundo o Petronor de Carvalho a principal preocupação das autoridades da saúde é evitar as complicações e casos de óbito em função da Influeza A, monitorando os casos graves, “já que controlar a sua propagação é praticamente impossível, devido a transmissibilidade do vírus”. A atenção são os casos graves e as pessoas que se enquadram em grupos de risco. No caso, pessoas gestantes; menores de 2 anos e maiores que 60 anos; portadores de doenças que debilitam o sistema imunológico como câncer e Aids; e doenças crônicas preexistentes, como problemas cardíacos, pulmonares, renais e sanguíneos, diabetes, hipertensão e obesidade mórbida.

Em Goiás

Em Goiás, o vírus da Influenza A (H1N1) não se manifestou tão expressivamente com nos estados da região sul do Brasil. “No Estado, a situação é diferenciada. Na América do Sul, a gripe começou a se programar pelo sul nas regiões mais frias, atingindo Argentina e Chile mais enfaticamente. No Brasil, as localidades mais afetadas foram o Rio Grande do Sul, São Paulo e parte do estado do Rio de Janeiro. O Estado de Goiás está preparado para tratar os casos da nova influenza”, esclarece Petronor. A Secretaria Estadual de Saúde do Estado de Goiás informou, em boletim divulgado no dia 18 de agosto, que já

Como se prevenir contra a Gripe H1n1? Medidas simples podem ajudar a evitar a nova gripe. São elas: Lavar as mãos frequentemente com água e sabão Ao tossir ou espirrar, cobrir a boca e o nariz com um lenço descartável Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal. Pessoas com qualquer gripe devem evitar ambientes fechados e com aglomeração de pessoas Não usar medicamentos sem orientação médica. A automedicação é prejudicial à Saúde Melhore o fluxo de ar no local onde a pessoa doente estiver. Use as portas e janelas para se aproveitar do vento Procure seu médico ou a unidade de saúde mais próxima em caso de gripe para diagnósticos e tratamentos adequados. Mantenha hábitos saudáveis, incluindo sono adequado, alimentação nutritiva e exercícios físicos. Fonte: Portal Ministério da Saúde - http://portal.saude.gov.br

foram confirmados no laboratório 28 casos de Influenza A e 33 casos suspeitos. Ainda não há registro oficial de obtido pela nova gripe. Na capital, existem dois hospitais de referência para internação e tratamentos dos casos graves e confirmados, o Hospital de Doenças Tropicais (HDT) e o Hospital Materno Infantil (HMI). O Estado também conta a atuação do Comitê de Controle da influenza A, que tem como objetivo monitorar e investigar os casos, conforme critérios do Ministério da Saúde.

O Tratamento

A OMS e os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) recomendam o tratamento da influenza A seja realizado com os remédios Tamiflu (nome genérico Oseltamivir), que não é encontrado nas farmácias brasileiras; pois o laboratório Roche, único fabricante do remédio, deu prioridade total aos pedidos de compra feitos pelo Ministério da Saúde. “As pessoas acham que o medicamento é o equivalente a vacina e correm às fármacias na tentitiva de se proteger. Na realidade, isso não existe e a administração incorreta poderia gerar uma resistência pelo vírus ao medicamento, destruindo a eficácia de talvez a única arma que possuímos no combate a nova gripe”, responde Petronor sobre o motivo do medicamento

não ser encontrado nas farmácias e drogarias. Ele informa, também, que o medicamento está sendo usado pelos hospitais de referência nos casos graves e confirmados da Influenza A.

1976 - Gripe de nova Jérsei A gripe de Nova Jérsei foi reportada em 1976 após da morte de um soldado de Fort Dix. O vírus que causou a doença é referenciado como A/New Jersey/76, um vírus do tipo Influenza A, subtipo H1N1. Apelidada na época de “gripe suína”, gerou especulações sobre a iminência de uma nova pandemia semelhante à gripe espanhola. O presidente dos Estados Unidos da América em 1976, Gerald R. Ford, lançou um grande programa de vacinação com custos de quase 140 milhões de dólares: cerca de 40 milhões de pessoas foram vacinadas. O programa, contudo, teve um fim inesperado: apenas uma morte foi causada pela gripe, enquanto que ao menos 25 pessoas morreram por reações à vacina, que em pouquíssimas pessoas desencadeava a síndrome de Guillain-Barré.

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2010

PP terá nome próprio, diz Sérgio Caiado Secretário de Infraestrutura quer retornar à Câmara dos Deputados Renato Dias

P

residente do PP em Goiás e secretário de Estado de Infraestrutura, Sérgio Caiado diz à Revista HOJE que a legenda lançará nome próprio ao Palácio das Esmeraldas, em 2010. Mais: afirma que Henrique Meirelles é a noiva mais cobiçada para as eleições ao Governo do Estado. Pragmático, ele frisa que apenas o presidente do Banco Central poderá dizer se irá filiar-se ou não, quando setembro vier, ao partido do governador de Goiás, Alcides Rodrigues, para concorrer à Casa Verde. Secretáriogeral da legenda, Sérgio Lucas crê na adesão do economista. O dirigente pepista descarta a ‘opção Meirelles’ para o Senado. Segundo ele, o seu perfil é para o Executivo. “Ele presidiu o BankBoston e hoje, preside o Banco Central”, insiste. É que tanto aliados de Marconi Perillo (PSDB) quanto de Iris Rezende (PMDB) cogitam essa alternativa política. Apesar dos afagos de Honor Cruvinel (PSDB), presidente em exercício

do Palácio Alfredo Nasser que quer a manutenção da base aliada – PSDB, PP, DEM, PR, PL, PSB, PTN e PT do B -, o dirigente é taxativo: o PP fará carreira solo no ano que vem. “Quem sabe o PSDB nos apoia”, dispara. Sérgio Caiado ainda não está convencido de que exista uma dissidência no PMDB do prefeito de Goiânia, Iris Rezende. “Temos de ver se não é apenas um ensaio”, dispara. A referência é à troupe de Ney Moura Telles, Juarez Magalhães Júnior, Valdivino de Oliveira e Cia. Ltda.. Animado com a possibilidade de retornar à Câmara dos Deputados em 2011, Sérgio Caiado, herdeiro da UDN, Arena e PDS, desconversa e destaca que a sua candidatura depende do aval do inquilino da Casa Verde. “Estou à disposição do partido para mais uma missão”, explica.

itinerante Ações Governamentais, ele conversou com a Revista HOJE. Logo depois da entrevista, seguiu com Alcides Rodrigues, de quem é os olhos e ouvidos no exercício do poder.

Perfil

Lua-preta de Alcides Rodrigues, o presidente do PP no Estado é exdeputado federal e também secretário de Estado de Infraestrutura. Desafeto do senador Marconi Perillo (PSDB), integra ao lado de Jorcelino Braga (Fazenda), Roberto Balestra (Articulação), Carlos Silva (Celg) e Marcus Vinícius de Faria Felipe (Agecom), o núcleo duro do Governo. Bem-humorado, após consumir pastel no mercado da Cidade de Goiás, durante sessão do programa Agosto de 2009 - Hoje | 17

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Urubuservando

Carlos Brandão | carlosbrandao7@gmail.

Toca Raul!!! Em agosto, faz 20 anos da morte de Raul Seixas. O cantor faleceu em 21 de agosto, de 1989, aos 44 anos. Tido como pai do rock brazuca, Raul deixou uma herança genial, digna dos grandes artistas. Até hoje, nos shows de rock pelo País, um bordão lembra o velho baiano. O público, quando o show está meio chato, logo grita: Toca Raul!! É isso.

Eca! É cada comida estranha... Restaurantes japoneses arranjaram pratos que misturam sashimi, espaguete e carne de baleia. Para quem gosta de exotismo, massa! Para os que defendem os animais, um crime. O cardápio da discórdia promete rounds e mais rounds entre apre-

ciadores e militantes dos movimentos de proteção aos bichinhos. Eita, mundão véio sem porteira!!!

Civilização As fachadas dos prédios antigos de Goiânia, no Centro, estão cobertas por placas e luminosos. O comércio mais uma vez estraga o que devia ser bonito. Qual a possibilidade da entidade que congrega os comerciantes e o poder público se unirem para deixar o Centro de

Gyn limpo e bacana?? É um pecado ver tantos prédios antigos escondidos atrás de placas e letreiros horrorosos. Na Rua do Lazer, deram um jeito nas fachadas e a coisa ficou bem civilizada. Por que não estender a idéia para todo o Centro?

MPB Nojo A atriz Megan Fox disse que tem que beber muito para assistir a seus filmes. Se a moda pega, teremos dezenas de atores e atrizes vomitando dentro dos cinemas e teatros. Rensga!

O Manifesto Movimento Música para Baixar (MPB) está rolando na net. Os organizadores querem a “democratização da comunicação pela rede cibernética, que a conjuntura na música muda completamente”. Ou seja: querem que as músicas sejam colocadas na net, para serem baixadas gratuitamente. Apoio a jogada. Tá certíssimo. Os tempos são outros. Acorda, velharia! O slogan do movimento: Um mundo acabou. Viva o mundo novo!

MPB 2 Mais argumentos dos organizadores do movimento: “O que antes era um mercado definido por poucos agentes, detentores do monopólio dos veículos de comunicação, hoje se transformou numa fauna de diversidade cultural enorme, dando oportunidade e riqueza para a música nacional – não só do ponto de vista do artista e produtor, como também do usuário. Neste sentido, formamos aqui o movimento Música para Baixar: reunião de artistas, produtores, ativistas da rede e usuários da música em defesa da liberdade e da diversidade musical que circula livremente em todos os formatos e na Internet. Quem baixa música não é pirata, é divulgador! Semeia gratuitamente projetos musicais.”

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Ronronar

Guaraná gay

Karen McComb, doutora da Universidade de Sussex (sul da GrãBretanha), coordenou mais uma dessas pesquisas sem as quais o mundo não conseguiria caminhar. A pesquisa determinou que os gatos criaram técnicas de ronronar que mexem com seus donos, psicologicamente falando, para ganhar no grito o que interessa aos bichanos. É a velha técnica dos filhos malcriados, que gritam e esperneiam até ganhar o que querem. “Este ronronar de solicitação desencadeia no humano um instinto

Teatro-Albergue A entrada do Teatro Goiânia virou albergue noturno. Cerca de 20 pessoas dormem por lá, toda noite. E não são moradores de rua. São os chamados hippies, que vendem artesanato no Centro de Gyn. Agora, deram para armar barracas na porta do Teatro. Na madrugada, aquilo fica parecendo o Araguaia. As autoridades não podem fazer nada para que o Teatro Goiânia não vire albergue??

Falência As agências de notícias dizem que o ator Stephen Baldwin está falido. No Brasil, o babado forte

paternal que permite ao felino atingir seus objetivos”, disse Karen. É ou não uma pesquisa sem a qual a gente ficaria sem ter como viver?

Sarney

Mais uma novidade no mundinho pink: o Guara Gay. Uma novidade não tão nova assim, mas que acabou repercutindo na mídia, somente no final de julho deste ano. Criado em 2007, o guaraná gay não emplacou. Era vendido somente no Posto 9, Praia de Ipanema, reduto rosa. Agora, com rótulo novo, baseado nas cores do arco-íris, as vendas reagiram. Frase criada para vender o refresco: beba sem preconceito. Quem se habilita???

Dia após dia, o senador José Sarney se enrola mais. Como o vice do homem é Marconi, do PSDB, não interessa ao Lula, que Sarney dance. Assim, de conchavo em conchavo, o Brasil fica à mercê de pessoas que só dão péssimos exemplos. A imprensa também é useira e vezeira em dar maus exemplos. No caso Sarney, se o Brasil fosse civilizado, o cara já tinha dançado. Mas aqui, a valsa é diferente

são as dívidas e mais dívidas de Romário. E nós, pobres mortais, devendo mais que uma vaca, onde ficamos? Romário tem imóveis para pagar seus débitos. Baldwin idem. Nós pagamos com o quê? A Receita Federal, pra quem devo uma baba, vai ter que esperar. Devo, não nego; pago quando puder.

Deus O único sentido íntimo das coisas É elas não terem sentido íntimo nenhum. Não acredito em Deus porque nunca o vi. Se ele quisesse que eu acreditasse nele, Sem dúvida que viria falar comigo E entraria pela minha porta dentro Dizendo-me, aqui estou! Trecho de um poema de Alberto Caeiro, o melhor dos heterônimos de Fernando Pessoa. Agosto de 2009 - Hoje | 19

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Sucessão de Alcides

Henrique Meirelles

Poderá ser o candidato d Alcides, Iris e A visita do presidente Lula a Goiás em 13 de agosto acelerou os entendimentos visando à sucessão de 2010. No pé em que as coisas estão, tudo pode acontecer, inclusive a candidatura de Henrique Meirelles a governador com o apoio de Alcides, Iris e de Lula Adriana Ferraz (Sucursal de Brasília)

H

enrique de Campos Meirelles, o goiano internacionalmente vitorioso na iniciativa privada, está na iminência de habilitar-se à concretização de um sonho dos seus tempos de juventude: o sonho de um dia ser governador de Goiás. Habilitar-se, neste caso, é a filiar – se a um partido político no prazo hábil de um ano antes do pleito. Um outro item, este considerado indispensável por Meirelles, está acertado: ele tem a palavra de apoio do governador Alcides Rodrigues Filho (PP), do prefeito de Goiânia e figura maior do PMDB

em Goiás, Iris Rezende Machado, e a entusiástica concordância, proclamada publicamente em Anápolis e em Goiânia no dia 13 de agosto, uma quinta-feira, do presente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O único obstáculo agora é a escolha do partido. O jamegão de Meirelles concretizando a filiação está sendo disputado, como condição sine qua non para o apoio, entre PMDB e o PP. As razões são semelhantes: o governador Alcides Rodrigues considera desconfortável subir em um palanque e pedir votos para um candidato do PMDB. Iris, levando em conta a estrutura de seu partido (em Goiás é o maior), os municípios importantes administrados por

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o de s e Lula

prefeitos da legenda, a tradição firmada desde a abertura democrática de sempre disputar com candidatos próprios, abre mão do seu próprio nome como candidato natural, mas com a condição de que Meirelles se filie ao PMDB.

Acordo com Iris

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou com o prefeito Iris Rezende sobre uma eventual candidatura de Henrique Meirelles a governador há cerca de três meses. A hipótese foi levada pelo presidente no contexto de uma ampla avaliação sobre o quadro sucessório em Goiás. Levou – se em conta a posição do governador Alcides Rodrigues, que desde a posse em seu atual mandato, trabalha na construção de uma alternativa nova à sucessão. Iris Rezende foi curto e grosso: retiraria o próprio nome, aliás nunca colocado por ele como aspirante à candidatura, desde que as pesquisas indicassem possibilidades de vitória e que Meirelles disputasse pelo PMDB. Seguiram-se as negociações, já agora tendo intermediários, entre Iris e Meirelles. O prefeito demonstrou desprendimento: informou a Meirelles a disposição de apoiá-lo e, continuar no exercício de seu mandato municipal até o fim. Mas o presidente do Banco

Central não concordou, informando ao prefeito do seu desejo de tê-lo ao lado em toda a campanha como candidato ao Senado. “Preciso de um senador de peso para me ajudar, cuidando dos interesses de Goiás”. Entre os íntimos de Iris, aí incluindo-se familiares, houve divisão: uns acham que Iris deve apoiar Meirelles e candidatar-se ao Senado, sendo estes a maioria. Essa corrente acredita que tanto Meirelles quanto o prefeito têm boas possibilidades de êxito e, juntos, ocuparão espaços no cenário político que, sendo eleita a ministra Dilma Ruouseff (PT) presidente da República, o próprio Iris, que diz não sentir saudades do Senado, não terá de esquentar cadeira naquela casa legislativa, sendo guindado a um ministério de peso, talvez o de Transportes.

O trato de Lula

As manifestações de simpatia do presidente Lula em Anápolis e Goiânia, durante visita do dia 13, levaram os menos avisados a imaginar uma opção do presidente por Meirelles, em detrimento de Iris. Na verdade, o presidente tinha ciência da opção Iris por Meirelles, sob condições. E, claro, se Meirelles acabar por não viabilizar-se, o presidente Agosto de 2009 - Hoje | 21

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Sucessão de Alcides apoiará Iris Rezende entusiasticamente, recomendando – o ao PT, que indicará o vice (seja Meirelles, seja Iris). O que o presidente quis atropelar são as enfadonhas conversas sobre a escolha do partido ao qual Meirelles irá filiar-se. Conversas que já consumi-

As pré-condições de “Sou um homem de foco”. Eis uma das auto definições de presidente do Banco Central, buscar demonstrar sua filosofia de vida. De fato, Henrique Meirelles focou uma vida, desde a juventude e até aposentar-se em 2002, à iniciativa privada. Era, então, presidente do Banco de Boston, onde ingressara em 1974 e chegara ao topo (foi o primeiro não norte-americano a alcançar o posto), exatamente porque focou naquele objetivo.

DILMA ROUSSEFF

ram horas e horas, além de viagens, como a do ex-ministro José Dirceu, que aterrissou em Goiânia uma semana antes de Lula para reunir-se com Alcides, com Iris e com outros líderes. Agindo como agiu, o presidente não fez diferente do praticado até com correligionários, ao optar por José Sarney (PMDB) em detrimento de seu correligionário Tião Viana, petista acreano, quando da eleição do presidente do Senado. O presidente, através do ministro da Articulação Política, José Mucio Monteiro (PTB), fez gestões para abreviar a definição, fazendo plantar no jornal “O Estado de São Paulo” no dia 12, véspera de sua visita a Goiás, matéria sob o título “Lula lança Meirelles para enfrentar Perillo na briga pelo governo de Goiás”. A nota, assinada pelo repórter João Domingos (que é goiano e iniciou-se na carreira no Diário da Manhã, de Goiânia), é claramente encomendada. Iris Rezende

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Quase sete anos à frente da política monetária (no início foi muito criticado e hoje é quase uma unanimidade em aprovação), Meirelles vê agora o momento de pleitear de novo um mandato eletivo. A candidatura a governador de Goiás certamente é vista por ele, sempre focando o topo, como passo importante para, quem sabe, no futuro ocupar a cadeira hoje ocupada por seu principal padrinho, Alcides Rodrigues. Em conversas reservadas, Meirelles comentou, recentemente, ser esta a hora, quando a economia está estabilizada, a inflação sob controle e as reservas internacionais superiores às existentes há um ano, pouco antes do início da atual crise econômicofinanceira mundial.

Mas Meirelles não havia esquecido o sonho da juventude de atuar na política e tornar-se homem público. No mesmo ano em que se aposentou, disputou e foi eleito deputado federal por Goiás, tendo sido o mais votado. Convidado para presidir o Banco Central, percebeu que, aí sim, e não como um dos 513 deputados brasileiros, poderia estar a chance de mostrar serviço e ocupar espaço. Foi

ousado, pois para presidir o BC teve de renunciar ao mandato antes mesmo de assumi-lo. E mais: teve de mudar de lado, deixando o PSDB que havia disputado com Lula a presidência. Para se ter uma da rejeição dentro do PT, é suficiente lembrar que sua investidura deu início às contrariedades da então senadora petista Heloísa Helena, hoje vereadora em Maceió e líder máxima do PSOL.

José Dirceu

ROBERTO BALESTRA

MICHEL TEMER

RUBENS OTONI

es de um homem de foco

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Sucessão de Alcides Além disso, ele espera contar com o apoio de pelo menos três padrinhos fortes: o presidente, o governador de Goiás e o prefeito de Goiânia. Se qualquer destes retirar-lhe o apoio, irá repensar o projeto, sem problemas: o presidente Lula já lhe disse que, não sendo candidato, ficará no Banco Central até o fim de seu governo. O partido? Nunca morreu de amores por qualquer deles. Poderá ir até para o PRB, partido do vice-presidente José Alencar, pois a críticas deste aos altos juros não seriam problemas, apenas uma curiosidade. Aliás, a sugestão de ir para o PRB partiu de aliados do governador Alcides. Não se tem, a respeito, a posição de Iris Rezende, que hipotecou-lhe apoio, desde que no PMDB. Justamente porque já admitia apoiar Meirelles, Iris não ficou magoado com Lula, na visita do dia 13. Os arrepios de setores do PMDB de Goiás são decorrentes de desinformação ou por preocupações quanto à viabilidade de candidaturas ao pleito proporcional. Com a ida de Iris a Brasília, a chamado do presidente Lula, com certeza, passos importantes foram dados para o encaminhamento da formação de uma

chapa única para disputar com o fortíssimo adversário comum, o senador Marconi Perillo. Meirelles já dá os primeiros sinais de crescimento nas pesquisas. Na última do EGOP, publicada pelo Diário da Manhã de 21/08/09, ultrapassou o índice de 13%, o que já é bastante considerável, pois praticamente não tem rejeição. E suas características pessoais, aliadas a outros fatores, o tornam um nome de peso, considerado em condições de disputar com o senador Marconi Perillo (PSDB), de reconhecido potencial para a obtenção de votos. Nascido em Anápolis, uma cidade bairrista, Meirelles estudou em Goiânia, onde foi líder estudantil com o apoio da esquerda católica. Fundou até uma entidade para aglutinar os estudantes secundaristas, por sinal de nome impróprio: Confederação Goiana dos Estudantes – CGE. Meirelles tem raízes familiares em Luziânia, o 4º maior colégio eleitoral de Goiás e, considera-se, com o apoio de Lula, será “o novo” em todo o Entorno do DF. Não se poderia dizer o mesmo de Iris, que governou Goiás por duas vezes nos

Senador Marconi Perillo

tempos pré-Lula. No mais, é esperar o que em certo momento das conversações foi dito pelo presidente Lula:

De política, eu entendo.”

Ao sair da conversa com o presidente Lula, Iris declarou: “O PMDB terá candidato próprio. Se o partido apoiar Meirelles, eu também apoiarei”. Para um bom entendedor, meia palavra basta. Por coincidência, o deputado Rubens Otoni, presidente do PT, continua insistindo com a proposta de candidato único a governador com o apoio de forças lulistas em Goiás. Para completar, em recente declaração, Sérgio Caiado, presidente do PP, disse que seu partido já faz parte da base de apio lulista em nível nacional e que agora também faz parte das forças que compõem o núcleo lulista em Goiás. Quem viver, verá.

Matéria publicada no jornal O Estado de S. Paulo, em 12 de agosto de 2009

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Estética

Tecnologia e beleza

Os avanços tecnológicos se unem à dermatologia oferecendo resultados terapêuticos eficazes Rhadá Costa

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beleza e autoestima são temas que nunca estivaram tão em voga. Os cuidados com a pele entram no amplo leque de tratamentos e possibilidades estéticas. Para atender a crescente demanda por qualidade e inovação, a dermatologia tem andado de mãos dadas com a tecnologia, oferecendo procedimentos de ponta com o máximo de eficiência nos resultados. Referência na especialidade no país, o cirurgião-dermatológico Rogério Ranulfo – proprietário da Clínica Rogério Ranulfo, localizada no setor Marista em Goiânia – está antenado com o que há de mais novo no segmento. Na vasta lista de procedimentos dermatológicos, o laser fracionado é um dos carros-chefes da clínica. Quando questionado sobre as novas possibilidades de sua área médica, ele é enfático: “É cada vez mais apaixonante observar hoje o que conseguimos promover com uso de pequenos procedimentos aliados a tecnologia, Dr. Alessandro Alarcão

no resgate da autoestima”. O avanço tecnológico permite que a eficácia e respostas terapêuticas sejam cada vez melhores. Um dos problemas de pele que está intimamente ligado a esta área de atuação, por exemplo, são as cicatrizes de acne. Muitos desconhecem que estas marcas que estigmatizam a vida do paciente geralmente desde adolescência tem solução. “Hoje é possível não só fazer a prevenção da cicatriz de acne como tratá-la por completo. O resultado chega a 100% e é um trabalho cirúrgico extremamente artesanal, que exige um cuidado gigantesco e muita qualidade do profissional”, esclarece Ranulfo. A melhora pode ser notada nas primeiras sessões e o resultado final é obtido em seis meses de tratamento. A correção das cicatrizes é feita por meio de várias abordagens, que variam de acordo com o tipo de cicatriz. “As possibilidades são múltiplas e abrangem desde situações mais simples como deslocamento ou corte superficial da pele até mesmo a correção da cicatriz por meio de transplante de pele da região de trás da orelha, chamada retro-auricular, passando também pelo emprego do laser Fraxel™, laser de erbium fracionado e o laser CO2 fracionado”. Segundo Rogério, outra alternativa é o preenchimento (por meio da subcisão mais sutura) ou lixamento, conhecido como dermoabrasão.

Laser fracionado

O uso de Laser na Dermatologia tem se expandido muito nos últimos anos. A última novidade são os lasers fracionados. Além de ser indicado para correções nas cicatrizes de acne, o laser é aplicado no rejuvenescimento cutâneo, rugas e linhas de expressão faciais, estrias e manchas escuras na face e mãos. Sim, estes males têm cura e ela está nesta sofisticada tecnologia. E a grande inovação é que não há cicatrizes e não é necessária internação. Doutor Alessandro Alarcão é o responsável na Clínica Rogério Ranulfo por este procedimento. “A técnica do laser fracionado, chamada fototermólise fracionada, é um novo conceito no tratamento do rejuvenescimento cutâneo a laser. Este método, ao ser aplicado sobre a pele, promove o aparecimento de vários pontos microscópicos, com uma pequena distância entre eles, sendo que, a olho nu, observa-se apenas uma leve vermelhidão. Esses pontos microscópicos, ou zonas microtérmicas, vão promover uma renovação superficial e profunda da pele, com a formação de um novo colágeno e cicatrização rápida”, explica Alessando. Em cada sessão, é tratada cerca de 25% da derme e o resultado final é obtido em seis meses. “Mas, os pacientes já notam melhoras nas primeiras sessões”, acrescenta. O estímulo na produção de colágeno vai renovar a pele e proporcionar um efeito natural e duradouro por até 10 anos. “O rejuvenescimento é intenso, não há agressão e a cicatrização acontece em até 72 horas, sem necessidade de repouso”, esclarece Alessandro. Este e outros procedimentos inovadores estão à disposição dos interessados na Clínica Rogério Ranulfo, localizada na Alameda Ricardo Paranhos. Mais informações pelo site http://www.rogerioranulfo.com.br/.

Dr. Rogério Ranulfo, referência na dermatologia Agosto de 2009 - Hoje | 25

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Artigo

Maristela Vitória

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Parto natural e humanizado

urante a gravidez a mulher é continuamente bombardeada por opiniões negativas. Todos se sentem no direito de se aproximar e fazer um comentário de como foi doloroso o parto de uma amiga, como o bebê da irmã sofreu, ou mesmo a difícil gravidez da mãe. Comigo foi assim. Desde o momento que descobri a gravidez, ouvi de várias pessoas relatos negativos sobre a gestação e o parto. Logo no início, optei pelo parto normal. O meu desejo era tão grande que o livro de Janet Balaskas, sobre parto ativo – no qual a mulher está no controle, veio parar em minhas mãos. Na década de 70, Janet incentivou a realização do parto ativo na Inglaterra. Várias mulheres sensibilizadas começaram um movimento para pressionar o governo a adequar as unidades de saúde para a realização do parto natural. À medida que fui lendo o livro e obtendo mais informações sobre partos no Brasil e, especificamente em Goiânia, pensei que não conseguiria um médico para fazer o meu parto de forma ativa e de cócoras, como agora era o meu desejo. Precisava iniciar o pré-natal, então resolvi continuar com a médica que já me atendia há quatro anos. Nas primeiras consultas, perguntei sobre a questão do parto e manifestei o meu desejo pelo normal. Ela disse que a princípio todas as mulheres podem ter parto normal e que conversaríamos sobre os detalhes mais tarde. Fiquei feliz por ela não ser contra e continuei as consultas. Ao mesmo tempo, comecei a participar do grupo de gestantes Acolher e a ter mais informações. O meu desejo pelo parto normal humanizado crescia a cada dia.

Ao ler mais sobre parto, fiquei chocada ao saber que no Brasil 43% dos partos são cesarianas, número bem acima do que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), de 15%. Conversando também com um médico anestesista, fui informada de que muitos médicos não indicam o parto normal porque não querem perder tempo acompanhando o trabalho de parto, que pode durar horas. Teriam que desmarcar consultas e ficar à disposição de uma única paciente. Já a cesariana apresenta facilidades, é com hora e dia marcados, além do pagamento ser maior. Ele ainda observou que para a paciente, sem dúvidas, o parto normal era melhor. Aliás, fato que todos os profissionais da área da saúde bem sabem. No oitavo mês de gestação levei um susto. Em uma consulta, a médica me disse que era melhor eu marcar uma cesariana porque, aos 35 anos, eu estava velha demais para ter parto normal e justificou falando que a minha pelve não abriria e que o meu bebê poderia passar por sofrimento fetal. Sai da consulta arrasada e assustada, não queria que nada de mal acontecesse a mim e muito menos à minha filha. No encontro de gestantes, conversando com outra grávida (Fabiana) sobre o que )estava passando, ela me perguntou por que não procurava outro médico para ter nova opinião. Ela me indicou o seu médico, que era favorável ao parto normal. Decidi procurá-lo. Ao me consultar com o dr. Luiz Carlos Pinheiro, a primeira coisa que ele detectou foi que a médica anterior havia calculado errado a data provável do parto; em vez do dia 13 de maio, a data certa era 22 de maio. Fiquei imaginando o risco que eu e minha filha corremos, pois ela poderia ter sido retirada desnecessariamente antes do tempo. Se tivesse concordado com a cesárea, o parto seria no dia 6 de maio. Dr. Luiz Carlos, de forma tranquila,

me passou informações e disse que eu poderia ter parto normal. Ele já tinha atendido gestantes com mais idade do que eu. Perguntei-lhe se me acompanharia mesmo eu estando com oito meses de gestação. Ele respondeu que seria um prazer participar de um momento tão importante. Toda a insegurança que estava sentindo se transformou em tranquilidade. Saí do consultório sabendo que tinha feito a escolha certa. Para ficar mais segura durante o parto, contratei uma doula para me acompanhar. Logo no início da gestação tive a oportunidade de assistir a um documentário relatando experiências das doulas em Belo Horizonte, Minas Gerais. A palavra é de origem grega e significa serva. Elas acompanham as gestantes durante o trabalho de parto, oferecendo conforto e apoio físico e emocional. Pesquisas revelam que esse acompanhamento reduz o uso de anestésico e o tempo de trabalho de parto. Nas primeiras horas do dia 20 de maio comecei a sentir contrações mais ritmadas. Liguei para o meu médico e ele me pediu para ir até a maternidade para me examinar e ver como estava a dilatação. Às 3 horas, acompanhada de minha família, nos encontramos e ele detectou que eu estava com 2 cm. O parto poderia ser no mesmo dia ou no próximo. Pediu-me para voltar para casa, relaxar e ficar atenta para o ritmo das contrações. Retornei para casa e depois de algumas horas as contrações aumentaram, estavam de quatro em quatro minutos. Voltei a ligar para o médico e ele me pediu para retornar à maternidade. Fui internada depois das 7 horas. Liguei para Cecília Rezende, a doula, que chegou logo depois. O seu acompanhamento foi fundamental.

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Saúde As contrações ficaram mais fortes. É uma dor suportável e que possui intervalos nos quais você pode relaxar. Às 8h10, a bolsa estourou. O médico foi me examinando e perto das 10 horas já estava com 9 cm de dilatação. Neste momento, ele me perguntou se eu queria ter o parto ali mesmo, no quarto. Disse que sim e ele o preparou. Pediu-me para ficar de cócoras e sentou na minha frente. Lembro-me de sentir as mãos da doula e as do próprio médico nas minhas. Havia uma movimentação no quarto que nem percebi. Só ouvia a voz do médico me incentivando a fazer força e falando que eu conseguiria. Depois de alguns minutos, dr. Luiz Carlos me pediu para tocar a cabecinha de minha filha que já estava aparecendo na vagina. Ao tocar me emocionei. O trabalho de parto continuou e eu fazia força para que minha filha saísse. Depois de alguns minutos, estava me sentindo cansada, mas só pensava em minha filha e queria vê-la. Então ouvi a pediatra falar que ela precisava nascer. Neste momento, reuni todas as minhas forças e continuei a empurrar. Depois de duas contrações ela saiu, dr. Luiz a pegou e agradeceu a Deus por sua vida. Ela foi limpa rapidamente pela pediatra e logo veio para o meu colo. As dores cessaram de repente e eu estava ali, com minha filha no colo e falando para ela quem eu era. Não existe emoção maior. Orgulho-me de ter lutado para ter minha filha de parto natural, humanizado e de cócoras. E por não ter passado por nenhum procedimento como a episiotomia – incisão feita na região da vagina, tricotomia – raspagem dos pêlos pubianos – e pela lavagem intestinal. Minha recuperação foi rápida, não senti dores e depois de uma semana meu útero tinha praticamente voltado ao seu tamanho. Com as companheiras e a orientadora do grupo de gestante Acolher descobri que temos que fazer as nossas escolhas e bancá-las sempre. Com dr. Luiz Carlos constatei a generosidade de um profissional preocupado em respeitar e oferecer o melhor para as suas pacientes. Maristela Vitória é jornalista e mãe da pequena Laura

De volta a natureza Medicina alternativa ganha espaço e se torna importante aliada na busca pela cura de doenças degenerativas

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ongevidade com qualidade de vida. Esta é a proposta da Medicina Integralista e das Terapias Complementares, práticas que aliam a medicina convencional a tratamentos alternativos e naturais, usando técnicas milenares e populares – como a acupuntura, shiatsu, reflexologia, etc. Esta corrente da medicina defende que o paciente seja analisado como um todo, em seus aspectos físicos, mentais e espirituais. Além de garantir envelhecer com saúde, oferece também possibilidades de recuperação (e cura) para uma série de doenças, sobretudo as degenerativas. Este é o foco do trabalho do médico e cientista Augusto Vinhólis, que recentemente esteve em Goiânia para uma série de palestras sobre o tema. Estudioso da medicina integralista, mora em Alto Paraíso de Goiás há mais de 12 anos, onde coordena um Spa. Segundo Vinhólis é possível viver bem e com saúde até 126 anos. O segredo está na desintoxicação do organismo – que reduz o número de radicais livres responsáveis por adoecer o corpo – e na reeducação alimentar. Formado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo, Vinhólis se interessou por esta área ao perceber que existia uma lacuna na Medicina, principalmente no âmbito das doenças degenerativas. “Há 36 anos, logo após ter me formado na USP, viajei e fiquei no exterior por 2 anos, visitando e fazendo cursos em vários países, como a Índia, Japão, Suíça e Estados Unidos, e cheguei a conclusão que a medicina integralista era o melhor caminho a trilhar para atender a necessidade destes pacientes”, comenta. Durante sua pesquisa, Doutor Augusto Vinhólis aprendeu e praticou diversos tipos de tratamentos até desenvolver sua própria técnica e começar

a clinicar em Alto Paraíso. O tratamento desenvolvido pelo naturalista é indicado não só a pessoas que sofrem de doenças degenerativas – como artrites, artroses, esclerose múltipla, lúpus eritematoso, mal de Parkinson e Alzheimer, osteoporose – como também a “quem busca conforto físico e metal”, esclarece. Dividido em várias etapas, o metódo submete os pacientes a uma série de procedimentos (massagens, acupuntura, watsu e outros) para a retirada dessas toxinas, com duração de 5 dias, seguido de uma acompanhamento de seis meses e reeducação alimentar. Augusto Vinhólis afirma que seu tratamento tem mostrado resultados positivos em vários pacientes. “Temos em Goiânia o primeiro caso mundial de cura de Lupus, pela Medicina Integralista”. Outro caso que Vinhólis destaca é de uma interessante cura da Doença de Parkinson do Sr. Candido Paulino da Silva, morador de Alto Paraíso de Goiás. “Hoje, com 90 anos de idade, tem uma vida normal e ativa, depois de passar pelos tratamentos da medicina integralista”, acrescenta. A busca por outras correntes da medicina tem conquistado cada vez mais campo, seja na sociedade como na própria comunidade acadêmica e médica. “O Ministério da Saúde, por exemplo, publicou em 2006, a Portaria 97, que incentiva o SUS a aplicar todas as Práticas Complementares, orientadas pela Organização Mundial da Saúde(OMS)”, reforça Vinhólis, cujas técnicas de seu Spa também são reconhecidas pelo Conselho de Medicina. Dr. Augusto Vinhólis Agosto de 2009 - Hoje | 27

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Social

Revolução cidadã Walter Silva executa políticas públicas contra violência sexual a crianças e adolescentes e de atenção aos deficientes e idosos Renato Dias

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ções contra a exploração e a violência sexual de crianças e adolescentes, atenção especial aos portadores de deficiências físicas e execução de políticas públicas para os idosos e à Liberdade Assistida. Essa é a missão estratégica da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas). Quem informa é o titular da pasta, Walter Silva. Segundo ele, a Semas oferece serviços de proteção básica, de caráter preventivo, em 11 Centros de Referência de Assistência Social (CRAS).”Os CRAS são portas de entrada para a rede de serviços de assistência social. São voltados para o atendimento integral das famílias

Políticas de proteção à criança e ao adolescente norteiam atuação da Semas

em situação de vulnerabilidade, priorizando a sua emancipação”, explica. Walter Silva conta que existem ainda os serviços de proteção especial – quando há violação de direitos. Esses ocorrem de forma integrada em dois Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS), na Casa de Acolhida Cidadã e ainda nas instituições que compõem a rede complementar de serviços (divididos em média e alta complexidades). A Semas realiza também atendimento a famílias em situação de pobreza e aos migrantes. Mais: oferece orientações jurídicas e psicológicas, encaminhamentos à rede pública de saúde, além de albergues e abrigos, e até ao mercado de trabalho. A Prefeitura de Goiânia providencia passagens para as famílias que desejam retornar às suas cidades de origem, revela. Não custa lembrar: a pasta é responsável pelo gerenciamento do Bolsa-Família, executa o Programa de Atenção Integral à Família, o Pró-Jovem Adolescente, o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil. Desde 2003,

a Semas assumiu a responsabilidade pelo Liberdade Assistida. Ela coordena ainda o Projeto Tecendo o Amanhã, para mulheres de baixa renda.

Balanço

Walter Silva faz um balanço positivo da atual administração municipal.”O Paço executou uma reengenharia administrativa, equilibrou receita e despesa,apoiou o funcionalismo, pavimentou boa parte da cidade, implantou parques e bosques, deu atenção especial à Educação e à Saúde, construiu casas populares, celebrou parcerias e investiu no social”, diz. O secretário municipal de Ação Social, Walter Silva, abençoa a gestão do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. “O Governo Federal manteve a estabilidade da economia, controlou a inflação, segurou o dólar, reduziu os impactos da crise econômica mundial, implantou o Bolsa-Família, lançou Minha Casa, Minha Vida e investiu na área social”,frisa. Animado, ele defende ainda o lançamento do nome do prefeito de Goiânia, Iris Rezende Machado (PMDB), para concorrer ao Palácio das Esmeraldas, em 2010. É a melhor opção, afirma. Pragmático, o dirigente defende também a manutenção do acordo político e eleitoral com o PT. Mais: quer a ampliação do tradicional leque de alianças do PMDB.

Semas: Pasta oferece projetos culturais de apoio aos idosos, como o Coral Alegria

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Casamento

O dia mais importante de Carolina e Marcelo Eles pertencem a famílias importantes e bem relacionadas de Goiás. Carolina é filha do casal Maria Rita Melo de Faria e José Oscar de Faria. Marcelo, engenheiro competente, é filho de Selma Figueiredo de Ferreira e Álvaro Carvalho Ferreira. O casamento, dos mais prestigiados, aconteceu na Catedral Metropolitana de Goiânia, apinhada de convidados. Depois, fina recepção no Oliveira´s Place, moderna casa de eventos da capital goiana.

Os noivos dançando valsa

Daniela, Arlindo Júnior, Rafaela, Marcelo, Carolina, Álvaro, Selma, Guilherme e Rubiane

Marcelo com as irmãs Daniela e Rafaela (de amarelo)

Carolina com a mãe, Rita, e o pai, José Oscar

Um flagrante de raro significado: senhor Sebastião, 107 anos, um dos mais animados da festa, com o noivo Marcelo, seu neto, e a noiva Carolina Agosto de 2009 - Hoje | 29

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Homenagem

Niquelândia Inaugurado o Teatro Paulo Rocha

O descerramento da placa

O alto nível impressionou o público, que aplaudiu

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iquelândia, cidade histórica do Norte de Goiás, realizou uma grande festa cívico-cultural na noite de 3 de julho, quando foi inaugurado o cine teatro Paulo da Silva Rocha. A iniciativa é da Prefeitura da Cidade e contou com o apoio da Lei de Incentivo à Cultura, através do Ministério da Cultura. A denominação homenageia um dos principais líderes políticos de Niquelândia da segunda metade do século passado, Paulo da Silva Rocha, que foi também empresário (comerciante e fazendeiro) e um batalhador da causa da educação, tendo liderado a implantação de estabelecimentos de ensino no município. Filho e neto de sertanejos da região outrora cenário de garimpos de ouro e ainda agora palco da atividade de grandes mineradoras, Paulo Rocha é homenageado também com o seu nome denominando uma Fundação Cultural, cuja sede é na casa onde viveu toda a sua vida de casado com Jandira, mãe dos seus 8 filhos e também falecida. A família cedeu o velho solar, devidamente reformado, à Fundação Paulo Rocha, que desenvolve diversas atividades. Edita inclusive uma revista, periodicamente.

O Teatro

A inauguração do teatro Paulo Rocha foi evento de primeira grandeza, à altura da própria obra, um dos

maiores e mais modernos teatros do Centro-Oeste. Aliás, o teatro Paulo Rocha estreiou bem culturalmente, com a Orquestra de Violões e Coral de Vozes, sob a regência do maestro Cláudio Weizmann, executando peças musicais variadas, desde “Tito-tico no Fubá”, passando por “Disparada”, até clássicos da música universal. Especialmente convidado, o pianista Roberto Marinho executou, na abertura, o Hino Nacional; depois, “Aleluia de Handell”. Foi exibido um documentário sobre a vida de Paulo da Silva Rocha. Estavam presentes os 8 filhos do homenageado (Lucíola, Ilda, Granvil, Jaciara, Vilmar, Alair, Elsoni e Jandirinha), genros, noras, netos e bisnetos. Mais de 2.000 pessoas assistiram ao evento, em duas etapas, sendo a primeira dentro do teatro, com telões na rua, e depois um show em praça pública.

Espaço de cultura e Centro de Convenções

Mais de três mil pessoas prestigiaram a inauguração

Oradores

Entre outros, falaram os seguintes oradores: advogado Carlos Godoy, procurador do município; prefeito Ronan Batista, José Antônio de Oliveira, deputado Jovair Arantes, senadores Lúcia Vânia e Marconi Perillo, secretário Oton Nascimento Júnior, representante do governador Alcides Rodrigues. Em nome da família Rocha, discursou a professora Lucíola, primogênita do homenageado.

No palco, as autoridades, durante a execução do Hino Nacional

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No altar

Dois casamentos e uma eleição Henrique Meirelles é a estrela em celebrações religiosas matrimoniais que reuniram cardeais do PP, PT e PMDB

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rimeiro, ele abençoou o casamento de Isadora Guimarães, filha de Pedro Wilson (PT) e Maria Canesin, e Cacildo Antunes, rebento de Carlos Alberto Antunes (PMDB) e Laudelina Inácio, delegada de Polícia. Depois, jogou água benta na celebração do enlace entre os médicos João Alberto Rodrigues, filho de Alcides e Raquel Rodrigues, e Renata Araújo Asmar, filha de Elias José Asmar. Nas duas celebrações, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, adotou traje de candidato. Ele quer mesmo ser o inquilino da Casa Verde a partir de 2011. No primeiro compromisso religioso, o big boss Meirelles circulou com desenvoltura entre os cardeais do Partido dos Trabalhadores (PT), legenda do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Não custa

lembrar: e da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata ao Palácio do Planalto. Pai da noiva, o deputado federal Pedro Wilson nunca escondeu de ninguém a sua repulsa ao apoio a Iris Rezende Machado (PMDB), prefeito de Goiânia, e a sua simpatia pelo projeto de poder do ex-presidente do BankBoston. Já no Oliveira’s Place, ao lado de Alcides Rodrigues, o xerife da economia brasileira, a oitava do mundo globalizado, conversou com empresários, secretários de Estado, prefeitos, vereadores, deputados estaduais e federais, de múltiplos partidos. Em um claro sintoma de que tomou gosto pela disputa eleitoral ao Governo de Goiás. Não disse sim à sua candidatura, muito menos não à possibilidade de execução do projeto eleitoral de 2010. Com Sérgio Caiado, presidente do PP no Estado,

cochichou e deu gargalhadas. Para bom entendedor, pingo é letra.

Sai em março?

Ex-trotskysta da OSI (Libelu), organização de extrema esquerda do PT, o jornalista Paulo Moreira Leite, hoje na Revista Época, não costuma dar barrigadas. Ou seja, sempre publica informações corretas. Segundo ele, em seu blog na internet, Meirelles deixa, em março de 2010, a presidência do Banco Central para concorrer ao Governo de Goiás. Presidente da Agecom, Marcus Vinícius de Faria Felipe diz que a filiação deve ocorrer em setembro. Alcides Rodrigues diz aos quatro cantos que irá influenciar a sucessão. Com a ruptura entre PP e PSDB no cerrado, nada mais elucidativa a presença do economista nos dois eventos.Com gosto de palanque eleitoral. Agosto de 2009 - Hoje | 33

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Tomando se Cotidiano

Segundo OMS, 27% dos casos de intoxicação no Brasil são causados pela automedicação. Cultura de que os medicamentos resolvem qualquer problema faz com que os riscos aumentem Victor Hugo de Araújo

O

mercado nacional dispõe de mais de 32 mil tipos de remédios. Entretanto, para tratar as mais diversas doenças, cerca de 420 produtos já seriam suficientes, segun-

do dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Para se ter uma ideia da expressão desses números, basta dizer que, em escala mundial, o Brasil figura em sexto entre os países que mais consomem insumos farmacêuticos. Ainda de acordo com o site oficial da OMS, apenas metade dos pacientes brasileiros se medicam corretamente. Já as estatísticas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revelaram que os remédios causam 27% das intoxicações no país. O que são? Medicamento é um produto farmacêutico tecnicamente elaborado, que possui finalidade terapêutica, preventiva e diagnóstica. O consumo desses produtos pode ser classificado em três casos: a necessidade real, a função simbólica e a aquisição incentivada pelas propagandas. A necessidade real se aplica a alterações de fatores fisiológicos. A função simbólica está no

mito de que eles resolvem qualquer problema. A aquisição estimulada pela propaganda se refere aos artifícios usados pelas indústrias, com a finalidade de persuadir o consumidor. A autônoma Luzia Cândida, 45 anos, admite que, de forma paliativa, ingere substâncias farmacêuticas sem prescrição médica, mas justifica o fato: “às vezes, quando estou sentindo uma dor muito forte e não tem como ir ao médico, naquele momento eu tomo”, diz. A dona de casa Leila Rejane, 39 anos, se arrisca também. Ela diz comprar medicamentos - sem receita médica -, sempre que sente ‘necessidade’. “A verdade é que todo mundo tem algum remédio “ótimo” e que faz “aquele efeito”. Comigo eu até uso sem prescrição médica, mas com meus filhos não”, admite. Segundo informações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), também existe perigo em medicamentos à base de plantas consideradas ‘medicinais’. Aparentemente inofensivas, eles podem agravar a situação ainda mais. A universitária Paula Santos, 20 anos, não sabia. Ela estuda Gestão Hospitalar e mesmo assim reclama: “é meio complicado ir ao médico somente por sentir pequenos desconfortos. Com a cabeça doendo, vale o chazinho da vovó”, conta. Paciente exemplar O técnico em telecomunicação, Cleomar Silva, 45 anos, faz uso do Cefaliv – composto por mesilato dedidroergotamina, dipirona sódi-

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sem pensar ca e cafeína. “Tomo quando minha sinusite ataca, mas é com prescrição médica. Parece a cultura, ‘o que é bom para mim é bom para outros que estão sentindo a mesma dor‘. Eu particularmente sou contra a automedicação. Brigo com isso lá em casa”, diz. Apesar do bom exemplo, ele acha difícil ter acesso aos médicos. “É preciso pegar filas enormes nos Cais. Eu tenho plano de saúde, mas às vezes não consigo o médico que preciso na hora que posso”, reclama. Cuidado com crianças e idosos Dois tipos de pacientes, em especial, são mais vulneráveis às intoxicações provocadas por medicamentos. Por estarem com idade avançada, os idosos acabam por ter uma característica deficitária no organismo e até mesmo nas funções renais. Crianças também precisam de atenção redobrada, devendo receber doses adequadas de qualquer tipo de substância. Da maneira correta Do lado de dentro do balcão da drogaria, profissionais da saúde têm opinião unânime sobre a automedicação. O farmacêutico, Satyaki Afonso, formado pela Universidade Estadual de Goiás (UEG), trabalha em Goiânia e Anápolis e alertou para a principal

situação que a automedicação pode levar. “As piores coisas que poderiam acontecer seriam uma intoxicação ou mesmo uma reação alérgica, que levaria o paciente a sofrer um edema de glote, provocando, inclusive, o óbito”, alerta. Satyaki aconselha que a primeira decisão a se tomar, assim que o paciente sentir algum sintoma, ou algo ruim no organismo, é procurar um especialista. Esse profissional,

segundo ele, seria a pessoa mais indicada a fazer uma série de exames e indicar o tratamento correto. Questionado se a automedicação seria uma saída diante da iminente dificuldade de conseguir o auxílio de um médico, ele é enfático: “se a automedicação pode ajudar? – Não! Sempre que for fazer um tratamento é preciso avaliar. O risco que o paciente corre se automedicando é muito maior do que o benefício que pode receber”, avisa. Satyaki ensina, ainda, como pessoas que precisam de tratamento devem agir para levar uma vida saudável. Ele revela que, em primeiro lugar, o paciente deve procurar o médico. Em segundo, entender que nem sempre o medicamento que uma pessoa tomou e deu certo para ela, dará certo para outros. Ele diz ainda que orientações o farmacêutico pode dar. O ministério da saúde adverte O consumo de remédios deve ser racional e sempre ser orientado por especialistas, pois o risco que o paciente corre praticando a automedicação é maior do que as chances de sanar o problema. Quando se deparar com as propagandas de remédios, não se deixe levar pelo rosto do ator que incentiva o consumo do produto. Qualquer dúvida, pergunte ao farmacêutico.

Cuidados com o uso de medicamentos: Procure sempre um médico, quando achar que tem problemas de saúde Evite recomendações de vizinhos, amigos, parentes ou mesmo de balconistas de farmácias ou drogarias (Não confunda o balconista da farmácia com o farmacêutico) No momento de adquirir medicamentos de venda livre procure orientações do farmacêutico. Esse profissional também tem um importante papel.

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Turismo

Nepal, o topo do mundo “O firme escala o topo” – gravado em um rochedo, na estrada de Bhaktapur Izabel Todeschini izabelace@yahoo.com.br

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primeira sensação que se tem ao chegar no “topo do mundo” é a de divindade, presente em todos os lugares: nos pequenos santuários improvisados nas ruas e beiras de estradas, nos grandes templos nas montanhas ou no coração da capital, Katmandu. A leveza está no ar. O vento balança as bandeirolas coloridas com mantras sagrados no alto das stupas, espalhando as orações pelo infinito. Na terra onde nasceu o príncipe Sidarta, que se tornou iluminado, os olhos de Buda velam pelo “Vale Encantado”. Abertos e atentos, eles tudo veem. Acompanham hindus nos rituais de purificação; aventureiros no desafio de escalar o Everest ; filhos de hippies com loucas histórias lisérgicas vividas nos anos 70.

Paz de espírito: nativos fazem suas oferendas

Stupa de Bodhnath, o maior santuário budista do país

Crianças uniformizadas caminham pelas ruas, no Nepal

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Há muita coisa para descobrir no nepal. Estas não podem deixar de ser vistas... Anote aí : - Durbar Square – em Katmandu, reúne 55 templos e estátuas de divindades. É onde vive a pequena deusa viva Kumari. - Bodhnath Stupa – é a maior do país, toda branca, com torre dourada e bandeiras coloridas. - Templo Budista Swayambhunath – formado por uma grande stupa cercada de rodas de oração e pequenos templos hindus. - Templo Pashupatinath – só hindus podem entrar, mas a vista que se tem do alto e as cenas de cerimônias e crianças brincando no rio, valem a pena. - Bairro Thamel – como ninguém é de ferro, vamos às compras! Há desde equipamentos para trekking até livros e artesanato. - Bhaktapur – cidade próxima a Katmandu, rústica, onde ainda se fazem potes de terracota e entalhes em madeira. O contraste é a rica praça central, onde estão estátuas douradas suspensas de Buda. Bertolucci gravou um filme lá. No último reino hindu do planeta, entre o caos urbano, a pobreza e o maior conjunto de montanhas do mundo, gravei três coisas essenciais: ser humilde e generosa, olhar para cima e agradecer.

Sadhus: homens sagrados

Monges artistas

Olhos de Buda, Templo Budista Swayambhunath

Impressões na alma Há cenas e momentos únicos, que ficam para sempre guardados em nós. Estes foram alguns... Observar monges pintando com perfeição minúsculos detalhes de uma mandala. Em meio à sujeira, ver estudantes caminhando orgulhosos em seus uniformes impecáveis. Admirar os sadhus - que renunciaram a todos os prazeres por uma vida simples e de adoração - com seu visual exótico. Sentir a alegria de um cozinheiro ao servir o tradicional prato nepalês, o dal bath, feito de arroz, couve e creme de lentilhas com curry. Saber que um riquixá – triciclo usado como “táxi” - é o único lar de um dedicado condutor, que quando não está carregando turistas de lá pra cá, come e dorme ali. Fazer girar a enorme roda de orações e sentir que a fé e a gratidão movem cada atitude daquele povo.

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Esporte

Serra Dourada e as arquibancadas vazias Maior estádio de Goiás e palco de clássicos de verdadeiras multidões está se esvaziando aos poucos. Onde estão os goianos fanáticos por arquibancadas? Victor Hugo de Araújo

N

ove de março de 1975. Dia da inauguração de um verdadeiro monumento de culto ao futebol goiano, o Serra Dourada. Cidadãos do Estado de Goiás e de todo o Brasil, teriam, agora, 76 mil lugares (inicialmente) para se divertir, torcer e, porque não sofrer pelo time do coração? Destaque especial para o estádio Olímpico, da Avenida Paranaíba, que havia ficado pequeno para a realização de grandes jogos. Para comemorar a data - histórica – formou-se a Seleção Goiana para enfrentar, e derrotar, o selecionado

português por 2 a 1. De virada. Otávio marcou primeiro para os lusos. Mas Lincoln e Tuíra deram a vitória para os, literalmente, ‘donos da casa’. 76.718 torcedores estiveram presentes, divididos em tribunas de imprensa e Federação Goiana de Futebol (FGF), cadeiras, arquibancadas sul e norte e, claro, a extinta geral.

Dias atuais

Com o passar do tempo, a capacidade de abrigar torcedores foi sendo reduzida, até chegar ao que se vê hoje: 50.049 lugares. Entretanto, exceto para ‘debs’ de campeonatos estaduais, jogos da Seleção Brasileira e partidas envolvendo Flamengo e Corinthians como visitantes, o público ultrapassa a barreira dos 20 mil presentes. Até a 15ª rodada da série A do Campeonato Brasileiro desse ano, por exemplo, nas partidas realizadas pelo Goiás, no Serra Dourada, a média é cerca de 8.448 torcedores, sendo, então, a quarta pior. O verde goiano está atrás de clubes como: Avaí-SC (9.875), Vitória-BA (12.157 ) e Náutico-PE (14.127), clubes que, recentemente, andaram passeando pela segunda divisão. O Estado de Goiás tem dois representantes na Série B. Apesar de um deles, Atlético-GO, estar disputando a liderança da competição, o Serra Dourada não está lá tão bem assim. O rubro-negro é o sétimo pior em média

de público, com 2.536 pessoas, por jogo. Já o Vila Nova, mesmo sendo o 4º em presença de torcedores, leva somente 7.286 cada vez que joga na capital. O que houve? Onde estão os goianos loucos por futebol? Torcedor do Atlético-GO há cerca de 30 anos, José Maria credita o momento a uma desmotivação em relação ao futebol local. “Hoje temos diversas opções para a pessoa ficar em casa ou em barzinhos. E também falta um pouco mais de tradição para o cidadão acompanhar a equipe”, disse. Uma forma de aumentar o público, segundo ele, seria criando promoções envolvendo prêmios para o torcedor. O esmeraldino Jaime de Oliveira diz frequentar o Serra Dourada desde a inauguração do campo e vai a todos os jogos do time do coração. Questionado sobre a queda no número de pessoas nas arquibancadas e cadeiras, ele cita a cobertura televisiva e a falta de cerveja como formas de inibir o torcedor a comparecer. “É esse conjunto de fatores. É difícil deixar o lar, com a televisão ligada, tomando cerveja e sem riscos, para ir ao estádio”, justifica. O vilanovense Sergio Luiz é sóciotorcedor do Vila Nova. O primeiro motivo citado por ele como responsável da pouca presença de público é a própria equipe. Ele enumera as dificuldades: “Primeiro: o time não está correspondendo. Segundo: o preço dos ingressos está muito alto”, diz. Ainda segundo Sérgio, tem muita gente que não tem R$ 20 para vir ao campo. Sobre a falta da cerveja nas dependências do Serra Dourada, ele não se conforma. “Isso é uma vergonha. Juiz bebe uma ‘cervejinha’, promotor bebe uma ‘cervejinha’ e coronel também”, reclama. Não há uma pesquisa científica que comprove o motivo da diminuição do número de pessoas no estádio Serra Dourada. Porém, sempre que os torcedores são questionados sobre o assunto, alguns fatores sempre são lembrados. Possibilidade de assistir os jogos em casa e em bares; partidas tarde da noite, preço dos ingressos, violência nas arquibancadas e proibição da venda de cerveja nas dependências e proximidades do Serra Dourada.

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Cultura

Um pedaço da Itália em Goiás Festival de Nova Veneza chega a sua quinta edição em setembro e revive as tradições culturais e gastronômicas italianas Rhadá Costa

Coral Anjos de Veneza

cidade de Nova Veneza, localizada a 29 km de Goiânia, possui uma população de cerca de 10 mil habitantes, a grande maioria descendente de imigrantes italianos. Conhecida como um pedacinho da Itália no Brasil, abriga um dos principais eventos do calendário cultural de Goiás, o Festival Italiano de Gastronomia e Cultura de Nova Veneza. Este ano o evento chega a sua quinta edição e já tem data e atrações definidas, movimentando o município entre os dias 4 e 7 de setembro. O festival surgiu para incentivar o regaste cultural das tradições dos colonizadores imigrantes italianos, como danças e músicas típicas. No cardápio, a festividade traz todas as variedades

de massas, molhos, pizzas e guloseimas que fazem parte da culinária italiana. Para o prefeito Luiz Antônio Stival, o evento é o carro-chefe da cidade, que tem crescido e se desenvolvido a cada ano. Em Nova Veneza, a presença da Itália é tão marcante, que fez com que a Câmara aprovasse uma lei municipal que estabelece o ensino da língua italiana na rede básica de ensino. A quinta edição do Festival Italiano de Cultura e Gastronomia de Nova Veneza traz algumas surpresas. Entre as novidades, está a presença de dois mascotes, o Porpetina e o Peneto, símbolos criados para marcar a identidade gastronômica do festival. Entre as atrações culturais, estão a apresen-

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Pioneiro O festival de Nova Veneza foi um dos primeiros eventos gastronômico – culturais de Goiás, implantado pelo empresário e líder político Oswaldo Stival, prefeito de Nova Veneza por dois mandatos e descendente direto de italianos. Por questões políticas do mandato anterior, há dois anos a festividade não era realizada, mas agora retorna promissora. O objetivo de Luiz Antônio é consolidar o festival e tornar a culinária e as tradições da Nova Veneza goiana uma referência turística em âmbito nacional e internacional. A atual administração também pretende fomentar o desenvolvimento econômico da região. “Somente para esta edição, a expectativa é gerar mais de mil empregos diretos e indiretos”, reforça Luiz Antônio.

tação do coral Anjos de Veneza e do grupo de dança Di Veneza, composto por alunos da rede municipal de ensino do município. A cidade co-irmã Nova Veneza catarinense estará presente no espetáculo do Grupo Ítalo Brasileiro de Dança de Nova Veneza de Santa Catarina. “Outra grande atração é o Carnaval de Veneza, com um baile de máscaras animado por uma típica banda italiana que acontece no sábado (5) na praça central”, acrescenta Luiz Antônio. No que depender do prefeito Luiz Antônio Stival, a expectativa para esta edição mostra números otimistas. O Festival Italiano de Gastronomia e Cultura de Nova Veneza deve receber um público de 80 mil pessoas, visitantes vindos não só de todo o Estado, como de outras partes do País. Durante o festival, serão lançados dois novos projetos. O primeiro é o Portal Italiano, estrutura erguida na entrada da cidade inspirada no estilo arquitetônico europeu, reforçando ainda mais a identidade italiana de Nova Veneza. A gastronomia, chamariz da cidade, será representada pela inauguração do Centro Vocacional de Gastronomia de Nova Veneza, uma parceria entre a prefeitura e o Ministério da Ciência e Tecnologia, que vai oferecer cursos profissionalizantes e de capacitação. Agosto de 2009 - Hoje | 41

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Karla rady | culturamix@gmail.com

C ulturamiX

Viva nosso Folcolore

Cora Coralina Os 120 anos de nascimento da poetisa Cora Coralina e os 20 anos de criação de seu museu foram comemorados por meio do Festival Cora Viva Coralina, realizado de 19 a 23 de agosto na Cidade de Goiás. Uma certeira homenagem a esta que é uma das goianas mais famosas do mundo.

OMB A Ordem dos Músicos do Brasil em Goiás (OMB-GO) está lutando para reestabelecer sua imagem. Após anos e anos de uma gestão mal articulada e suspeita, a nova diretoria tem gastado a saliva para tentar explicar aos músicos que a música agora é outra. Mais do que explicar, a meta é mostrar serviço. Ao mesmo tempo que tenta trazer para regularidade centenas de músicos sem registro profissional, a OMB se empenha em fazer valer os direitos da categoria e agregar novos benefícios. Para isso, tem fiscalizado rigorosamente as empresas contratantes de músicos para que estas o façam da maneira certa, resguardando os direitos ignorados por alguns contratantes como o depósito do INSS. A última grande ação da Ordem foi a exoneração de fiscais corruptos: prova de um trabalho transparente.

Rápidas

O Instituto Trópico Sub-Úmido da Universidade Católica de Goiás, com o apoio da Lei Municipal de Cultura, promoveu, de 20 a 22 de agosto, no Memorial do Cerrado, a IX Semana do Folclore. Para celebrar a cultura brasileira e goiana, foi oferecida uma vasta programação, com oficinas interativas e rurais e, também, apresentações das manifestações artísticas do povo goiano, como a Folia de Reis, a Catira e a Congada. Dentre as oficinas, destaque para a de perna-de-pau, artesanato em buriti, construção de brinquedos rústicos, bonecas de pano, fuxico, instrumentos de bambu, fabricação de cachaça e rapadura e reaproveitamento do cerrado. Um evento marcado pelo resgate do regionalismo e a interação com a comunidade.

No circuito Myspace

Ótima a qualidade das atrações do Bolshoi Pub. Dentre as mais recentes, CJ Ramone, Joe Lynn Turner (Kansas) e J. J. Jackson. Show!

Para visitar: o novo myspace dos Mechanics (www.myspace/mechanicsrock), onde você acompanha músicas, vídeos, notícias e links, como o da última Dynamite, revista nacional especializada em música em que a banda foi capa.

Festival de Bonecos Um barato a primeira edição do Festival de Bonecos de Goiás, realizado pela Ação Produtora de Eventos e pela Cia Nu Escuro. De 14 a 21 de agosto, o evento reuniu companhias de bonecos de vários estados do Brasil.

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Portal acústico

Um sucesso de público a primeira edição do Portal Acústico – concurso de calouros promovido pelo Portal Shopping. Segundo o analista de marketing do shopping, Augusto César, a ideia é colocar no calendário anual do Portal o evento, que tem como intuito revelar talentos. E foi exatamente isso o que

Camiseta Dia 2 de setembro, a partir das 19 horas, a Boca de Porco promove uma festa intimista, para comemorar sua nova loja, no Centro. Na programação, a lenda goiana do rock, D. Pomps, com composições inéditas apresentadas em seu violão de três cordas. Para completar, os DJs Pedrão (Vagalume Records), Jabaah (Funk and rock’n’roll) e Usmanos (hip hop). Incrementando a noite, uma exposição de low riders (bikes antigas). O rock BDP rola na Av. Araguaia, 196, Centro (abaixo da Rua 4).

aconteceu. Realizado em parceria com a Ordem dos Músicos do Brasil e da OlhO Comunicação Estratégica, o evento deu trabalho para o júri apontar um vencedor. Dentre os jurados, membros da Ordem dos Músicos do Brasil, o presidente Schubert Dias e o superitendente Macks Teixeira; jornalistas e músicos de renome. Leonardo Henrique, de apenas 14 anos, foi o grande vencedor, que levou para casa uma mesa de som, filiação na OMB e gravação de um CD demo. Além de Leonardo, o concurso revelou outros talentos, que apesar de não levarem o prêmio para casa, emocionaram o grande público que se fez presente durante as seletivas e a grande final.

Mutantes Uma das melhores bandas do mundo, Mutantes lança novo disco – o primeiro com músicas inéditas após 35 anos. Haih, que sairá em formato bolachão, chega às lojas no dia 8 de setembro, em todo mundo, menos no Brasil. A Amazon.com, entretanto, já faz a pré-venda. Sem Rita Lee e Arnaldo Baptista, Sérgio Dias e nova trupe contaram com a participação especial de Jorge Ben Jor, Tom Zé, Erasmo Carlos e Mike Patton.

Os 10 mais locados no mês Lê Devolve 1 – Silência na Floresta – Harlan Coben 2 – Os homens que não amavam as mulheres – Stieg Larsson 3 – Amanhecer – Stephenie Meyer 4 – Um amor de verão – Nora Roberts 5 – Camel Club – David Baldacci 6 – Jardim de Ossos – Tess Gerritsen 7 – Quem me roubou de mim – Pd. Fábio de Melo 8 – A caça de Harry Winston – Lauren Weisberger 9 – Homens que não conseguem amar – Steve Carter & Julia Sokol 10 – O tamanho do céu – Thrity Unrigar

Os 10 mais/Infantil 1 – Formaturas Infernais – Meg Cabot 2 – Capitão Cueca e o perigoso plano secreto/ Vol. 4 – Dav Pilkey 3 – Segredos - Spy Gir/ Vol. 1 – Christine Harris 4 – O início - Só podia ser você Gossip Girl/ Vol. 2 – Cecily Von Ziegesar 5 – Fadinha Aninha - Confusão Mágica/ Vol. 3 – Margaret Ryan 6 – Ladrão de Raios – Rick Riordan 7 – O abominável homem das neves de Pasadena/ Col. Goosebumps – R. L. Stine 8 – Sociedade Secreta - Sob Rosa/ Vol. 2 – Diana Peterfreund 9 – A Maldição - Série Aventura do Caça Feitiço/ Vol. 2 – Joseph Delany 10 – Diário de um banana - Rodrick é o cara/ Vol. 2 – Jeff Kinney

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Homenagem

o adeus a ronan Carvalho

Fotógrafo e pioneiro do telejornalismo, Ronan dedicou-se à causa ambiental Valterli Guedes

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onan Carvalho, falecido em Goiânia no dia 15 de junho, devido a um enfarte, foi cinegrafista, fotógrafo profissional e muito mais do que isso: ele foi o pioneiro do telejornalismo na capital goiana, nas décadas de 1960/70, produzindo o programa “A Semana na TV”, veiculado pela TV Anhanguera. Aposentado como fotógrafo da Agência Ambiental do governo goiano, onde atuou até final de 2006, Ronan era co-

laborador de HOJE e um respeitado ecologista, que há mais de 40 anos percorria o rio do Peixe, navegando pelos municípios de Araguarpaz, Matrinchã, Mozarlândia, Aruanã e Nova Crixás, até o Araguaia, documentando a ação predatória que segundo ele havia debilitado o meio ambiente, e fazendo denúncias. A última excursão, há quase dois anos, foi objeto de matéria de três páginas, com chamada de capa, na edição nº 28 de HOJE, de agosto de 2007. Ilustrada com fotos de Ronan, a reportagem denuncia a destruição.

Ronan, cuja morte HOJE registra com profundo pesar, deixa viúva a sra. Hozana Emiliano Carvalho. Ele era pai de Ronan Júnior, Rogério, Ricardo e Rosana. Reportagem da HOJE com fotos de Ronan

Crônica

Eliezer Penna

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Policarpo, o sabido

esidia em Goiás e costumava viajar para Mato Grosso. Ao passar por Barra do Garça fazia uma parada, pois ali apanhava uma agradável companhia para o resto da jornada – uma linda morena cor de canela, longos e escuros cabelos, uns terríveis olhos verdes e aquele corpo! O caminhão urrava nas subidas, a poeira invadia a cabine, mas a viagem era festa, com Regina – esse era o nome dela – a bela Regina a sorrir-lhe com essa alegria fácil da gente sertaneja.

Lá em Rondonópolis, ele se tornara conhecido, notadamente no hotel, cujo dono sempre lhe encomendava coisas do sudeste goiano. E ela se tornou também logo comentada pela sua beleza agreste, sua simplicidade cabocla, sua saúde impressionante. Todos gostavam de ver Regina, de ouvir a sua voz cantante, a conversar na sala de espera dos hóspedes. Noutra ocasião, porém, ao invés dela foi forçado a levar um assessoramento diferente, viajou com a patroa legítima, aquela a quem se unira pelos sagrados e indestrutíveis laços. Era uma

dessas matronas feras, de verruga com fio de cabelo no queixo. Desta vez, ele não parou em Barra do Garças. Ao chegar ao hotel em Rondonópolis foi recepcionado pelo dono, que ao notar a mulher diferente perguntou ingenuamente: - Uai, sêo Policarpo, e a Regina? O homem ficou gelado, mas ainda teve presença de espírito: - A Regina? Ah! Nunca mais bebi daquela pinga: a última vez que tomei me fez um mal danado...

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Artigo

Paulo Vargas

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Ensino médio e educação profissional, um novo paradigma

proposta pode ter, à primeira vista, passado idéia temerária: de resgatar experiência malsucedida na rede pública de ensino nos anos 70. Diante do desafio e do peso do estigma, Sesi e Senai não hesitaram e hoje, passados menos de dois anos da implantação, o ensino articulado, que une a excelência de um e de outro – educação de nível médio e educação profissional – já é modelo no País dentro do Sistema Indústria. Inicialmente oferecida em Goiânia e Anápolis, contemplando seis áreas da indústria – automobilística, alimentos, artes gráficas, eletrotécnica, eletromecânica e química –, a modalidade apresenta resultados auspiciosos, os quais abrem perspectivas para criação de novos cursos integrados nas unidades de Aparecida de Goiânia e em Rio Verde. Atualmente, 420 alunos estão matriculados nas escolas Sesi e Senai Vila Canaã, em Goiânia, Faculdade de Tecnologia Senai Roberto Mange e Sesi Jundiaí, em Anápolis. Ao final de três anos, os concluintes sairão com o ensino médio e curso profissionalizante completos, com habilitação nas respectivas áreas. A expectativa é de, em 2010, serem abertas mil vagas no processo seletivo, um aumento superior a 130%. O surgimento de novas tecnologias tem provocado rápidas transformações nos processos de produção e exigido profissionais preparados para enfrentar um

mercado de trabalho cada dia mais competitivo. Com mais de meio século de atuação na área de educação em Goiás, Sesi e Senai não medem esforços para atender às reais necessidades das indústrias por mão de obra qualificada, oferecendo formação mais completa. A implantação da educação profissional articulada com o ensino médio, em 2008, é mais uma dessas ações que

“Com mais de meio século de atuação na área de educação em Goiás, Sesi e Senai não medem esforços” reforçam o comprometimento das duas instituições com o empresariado e com a sociedade goiana, promovendo formação integral do cidadão e o desenvolvimento industrial do Estado. A iniciativa, baseada no indicativo de que teoria e prática devem estar associadas na aprendizagem do aluno, busca resultados significativos em relação ao ensino convencional e inserção mais fácil no mercado de trabalho. Essa alternativa de formação propõe não apenas a educação para o trabalho, mas, também, a preparação para outros papéis sociais e o exercício da cidadania. O objetivo é fortalecer e

potencializar esforços e recursos, além de ampliar e melhorar cada vez mais a qualidade dos serviços oferecidos por Sesi e Senai para habilitar um profissional com competências diversificadas e, assim, atender às demandas do setor produtivo. Aprovados pelo Conselho Estadual de Educação (CEE), os cursos articulados são gratuitos, têm duração de três anos, mais estágio curricular. Acreditamos que o sucesso do novo produto do Sesi e Senai se deve à escolha acertada na formação de profissionais em áreas em que o mercado mais carece de mão de obra qualificada. Nossos alunos concluirão o ensino médio e a educação profissional em melhores condições de assumir um posto de trabalho, com embasamento teórico que irá lhes permitir maior desenvoltura e rapidez no desempenho de suas funções, além de ritmo de empresa. Também estamos contribuindo com a produtividade das empresas ao direcionar, desde cedo, a capacitação de jovens para o emprego. O resultado dessa interligação dos conteúdos básicos do Sesi com a qualificação profissional do Senai é a sólida formação de um profissional capaz de integrar e mobilizar suas competências para atuar no setor produtivo e, ainda, dar continuidade a sua educação ao longo da vida. Economista Paulo Vargas Diretor regional do Senai e superintendente do Sesi Goiás

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Regtistro Ceará Na aprazível capital caearense, no sentido horário, aparecem: Walter Carvalho, empresário do maior sanfoneiro do Brasil na atualidade, Waldonys; Aderbal Guedes Cavalcante, auditor fiscal do Estado; empresária Edna Maria Mendonça dos Santos, diretora da rede de restaurantes “Divina Comida”, a melhor de Fortaleza, e os goianos Débora, psicóloga, e seu marido, empresário Joari Sousa Barreira, e Valterli Sousa Silva, o Goiano, comerciante.

Família 1

Família 2

Quem aproveitou também o clima agradável do litoral brasileiro, desta vez da ensolarada Aracaju, foi o jornalista Tarzan de Castro (ao centro) ao lado de seus filhos. À esquerda, está Otávio Ribeiro de Castro e à direita, Murilo Ribeiro de Castro e sua namorada Michele Chiavella. Só faltou a beleza da esposa de Tarzan, Geralda Ribeiro de Castro, para completar a foto, já que é ela quem assina a autoria da mesma.

O astral da família Ribeiro também foi pontuado por momentos de descontração. No último dia 5 de agosto, dona Ilda Ribeiro, mãe de Geralda Ribeiro, completou com felicidade mais um aniversário e recebeu os cumprimentos do esposo, Onofre Martins, das filhas, genros, netos e amigos. Na foto, aparecem da direita pra esquerda, o bisneto de dona Ilma, Vitor e os netos Vivianni, Luciano Nascimento (integrante da dupla sertaneja Luis Matias & Luciano), Maxwell e os irmãos Otávio e Murilo Ribeiro de Castro.

Delúbio lança revista e site Em evento bastante concorrido, Delúbio Soares lançou sua já esperada revista Companheiro Delúbio. Várias personalidades políticas, intelectuais, amigos e familiares estiveram no ato festivo-político. Destacam-se as presenças de seus pais, seu Contonho e dona Jamira, segundo ele, além dos genitores, são amigos e companheiros, o vice-governador de Goiás Ademir Menezes, deputados, vereadores e vários dirigentes do PT. Foi um sucesso de público e de comunicação. Na oportunidade, lançou também seu novo site: www.delubio.com.br.

Aniversário

Ziquinha completou 70 anos no último dia 7 de agosto. Ele celebrou ao lado da esposa, Sebastiana, e seus filhos Padre Jomer, Suse, Débora e Raquel.

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