de Aluguel de cArro Por horA A quArtos. A ondA é o consumo colABorAtivo
Exclusivo AmAzon entrA no BrAsil com serviços de cloud (e não e-commerce)
o google voice mAndA Bem? vejA como usAr esse novo serviço de teleFoniA
que tAl umA Bike com motor?
Setembro 2011 como criar um negócio de r$ 1 milhão na internet / testamos o i os5 e o windows phone 7.5 / a chegada da amazon ao brasil / comércio colaborativo / google voice /
Publique um post em todas as redes de uma só tacada
para uma nova realidade
info.abril.com.br
Programas e serviços úteis para gerenciar suas senhas 5 dicas para usar melhor o Facebook
Ideias Explosivas
como criar um negócio de R$ 1 milhão na internet
os testAm
os os nov s 5 e As io sistem PhonE 7.5. Ws Windo odem FreAr eles P droid? o An
>> Saiba uSar o Facebook para vender >> 5 ideiaS de SuceSSo – e outraS 3 em que apoStamoS >> aS dicaS para atrair inveStidor. há dinheiro, acredite!
nº 307
+ FomoS à Índia conhecer 5 StartupS de SuceSSo. inSpire-Se! IN307_CAPAv2.indd 143
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/ Setembro de 2011
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InVASõeS BÁrBArAS
Amazon, Netflix e Sony chegam ao Brasil para aproveitar o bom momento e o potencial do e-commerce do país
⁄
6 Carta do editor 10 Colaboradores 12 WWW 14 Cartas enter
18 “EstarEmos No BrasIL
atÉ o FINaL Do aNo” / arianna Huffington revela a estratégia do site The Huffington Post para o país
22 o QUE EspErar Da appLE sEm JoBs? / o destino da maior empresa de tecnologia do mundo
30 para proFEssor parDaL NENhUm Botar DEFEIto / Conheça o espaço onde pessoas transformam ideias em realidade
34 À marGEm Da INDÚstrIa / documentário revela como trabalham os criadores independentes de games 36 E-maL soBrE coNtroLE? / Nenhuma empresa adotou regras para frear a enxurrada de mensagens. Você entenderá por quê 37 VIaGEm ao cENtro Da tErra / Um grupo de cientistas se reuniu para retirar uma amostra do manto terrestre 39 roBÔ chEIo DE sUINGUE /
o brinquedo criado para ajudar no tratamento de crianças autistas
4 / INFO Setembro 2011
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40 aLEssaNDra LarIU /
Como você dormiu esta noite?
42 DoN tapscott / o melhor remédio é colaborar 44 DaGomIr marQUEzI / Nosso colunista foi parar em 2031 InoVAção
50 Um por toDos... / o crowdsourcing e o consumo colaborativo são conceitos que podem mudar a forma como trabalhamos e consumimos 62 paraBÉNs E atÉ LoGo / ele mudou a música e a apple. mas, perto de completar 10 anos, o iPod clássico está com seus dias contados 70 corrIDa pELo mILhÃo / Conheça 5 empreendedores brasileiros que caminham para seu primeiro r$ 1 milhão com ideias inovadoras na web
96 DIcas / Junte suas redes Sociais, Login com Segurança, Um Papo Com o google Voice, o android Vira roteador, Windows 8 no Seu PC?, Facebook 3.0
teSte
103 tEstE / Notebooks, Tablet, Smartphone, Home theater, dock, Câmera, Filmadora, Balança, Bicicleta elétrica 116 raDar / Saiba como se saíram
os produtos que passaram pelo iNFolab
Ctrl + z
138 compacto, mas caro /
Para concorrer com tocadores de Cds portáteis, a Sony lançou no início dos anos 2000 um tocador de mds
80 EstÁ VENDo Uma Boa IDEIa
por aQUI? / Uma combinação de boa formação acadêmica, criatividade e baixos custos transformou Bangalore, na Índia, numa usina de startups
90 a NoVa BataLha mÓVEL /
Testamos os novos sistemas operacionais ioS 5, da apple, e o Windows Phone 7.5, da microsoft. eles vão desafiar o domínio do android
FoTo: latinStock edição de imagem: artnet digital
/ Tiragem da edição: 160 137 exemplares
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pArA se inspirAr De tantaS
possibilidaVocê tem ainda muito o que ler des que a internet trouxe para a vida nesta edição. A reportagem de capa das pessoas, talvez a mais impactante é inspiradora. A editora Renata Leal seja seu poder de estimular a colaboconta a história de empreendedores ração. Nesta edição da INFO experique criaram startups a partir de ideias mentamos de um modo diferente esse próprias ou inspiradas em modelos poder. Tudo começou com a ideia de bem-sucedidos. Eles souberam usar fazer uma reportagem sobre crowdde forma criativa a internet e as redes sourcing, modelo de produção que sociais, como o Facebook, para inovar une, por meio da internet, jovens taem negócios com grande potencial. lentos de diversas áreas e empresas Dinheiro para financiar essas que procuram por soluções diferenempresas novatas não falta. Nunca se ciadas, seja para criar uma campanha viu tanto interesse dos fundos de inpublicitária, um logotipo ou um vídeo. vestimentos estrangeiros pelo Brasil. Para entender a fundo o conceito e Se está nos seus planos partir para ilustrar a reportagem, recorremos ao um negócio próprio, a hora é esta. DESAFIO na cadeira, Leonardo Porto, criador do design para a reportagem sobre Zooppa, um site global em que o usuáNão perca ainda o teste dos novos crowdsourcing, com Rafael Costa, Victor rio cria conteúdo específico para um desistemas operacionais para smartphoCaputo, Maurício Moraes e Gustavo Poloni safio proposto, que, no nosso caso, era o nes da Apple, o iOs 5, e da Microsoft, o design das oito páginas da reportagem. Windows Phone 7.5; a história da enPublicamos um briefing do que seria o texto, as fotos a serem trada no Brasil da gigante Amazon, que antecipamos com exusadas, e as especificações gerais do nosso projeto gráfico. clusividade; a inspirada linha do tempo que conta os 10 anos Em duas semanas, 486 designers baixaram as informa- do iPod, elaborada em detalhes pelo redator-chefe Gustavo ções e 23 nos enviaram propostas adequadas ao padrão da Poloni e os designers Oga Mendonça e Yana Parente; e o diverrevista. O vencedor, Leonardo Porto, você vê aí na foto, sendo tido relato do colunista Dagomir Marquezi, que acordou em carregado pela equipe da INFO que trabalhou na matéria. 2031 e nos manda notícias do futuro. Boa leitura e até outubro! Leonardo, 18 anos, cujo perfil está na seção Colaboradores, passou um dia na Redação para acompanhar a finalização das páginas que desenhou. Dois dias depois, embarcava para Nova York, onde vai estudar publicidade e design gráfico. Corra à página 50 para ver seu design e entender mais sobre / @katiamilitello crowdsourcing e consumo colaborativo, conceitos que podem mudar, no futuro, a forma como trabalhamos e consumimos.
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6 / INFO Setembro 2011
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VICTOR CIVITA (1907-1990)
fundador:
Editor: Roberto Civita Presidente Executivo: Jairo Mendes
Leal Roberto Civita (Presidente), Thomaz Souto Corrêa (Vice-Presidente), Elda Müller, Giancarlo Civita, Jairo Mendes Leal, José Roberto Guzzo, Victor Civita Diretor de Assinaturas: Fernando Costa Diretor Digital: Manoel Lemos Diretor financeiro e Administrativo: Fábio d’Ávila Carvalho Diretora-Geral de Publicidade: Thais Chede Soares Diretor-Geral de Publicidade Adjunto: Rogerio Gabriel Comprido Diretora de Recursos Humanos: Paula Traldi Diretor de Serviços Editoriais: Alfredo Ogawa Diretor Superintendente: Alexandre Caldini Conselho Editorial:
Diretora de Redação: Katia
Militello
Redator-chefe: Gustavo Poloni Editor Sênior: Carlos Machado Editores: Airton Lopes, Juliano Barreto, Maria Isabel Moreira, Maurício Moraes e Renata Leal Repórter: Aline Monteiro Estagiários: Victor Caputo Diretor de Arte: Rafael Costa Editor de Arte: Oga Mendonça Designers: Wagner Rodrigues e Yana Parente Colaboradores: Alessandra Lariu, Dagomir Marquezi e Don Tapscott Infolab: Luiz Cruz (engenheiro-chefe), Ricardo Sudário (analista de testes), Filipe Mendonça Gonçalves, Caio Sabra e Roberto Baldrez Junior (estagiários) Gestor de Comunidades: Virgilio Sousa Info online Editor: Felipe Zmoginski Editor-assistente: Fabiano Candido Repórteres: Cauã Taborda, Monica Campi, Paula Rothman e Vinicius Aguiari Desenvolvedores Web: Maurício Pilão, Silvio Donegá e Rodrigo Fonseca Produtor Multimídia: Cadu Silva Estagiário: Rafael dos Santos Melo www.info.abril.com.br SERVIÇoS EDIToRIAIS Apoio Editorial: Carlos Grassetti (Arte), Luiz Iria (Infografia) Dedoc e Abril Press: Grace de Souza Pesquisa e Inteligência de Mercado: Andrea Costa Treinamento Editorial: Edward Pimenta
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Dagomir Marquezi
Dagomir Marquezi sempre teve uma certeza: tinha de escrever. A dúvida era sobre o tipo de texto: realidade ou ficção? Depois de se formar em jornalismo pela FAAP, em São Paulo, Dagô (como o chamamos na Redação) passou a escrever reportagens com cara de ficção. Por outro lado, acredita que seus trabalhos de ficção têm um jeitão de jornalismo. Na dúvida, já fez um pouco de tudo: novelas, histórias em quadrinhos, letras de músicas, teatro. Agora, aceitou o desafio de ser correspondente da INFO no futuro. Nosso colunista aterrissou em 2031. Aos 58 anos, Dagô assina mensalmente a coluna Cérebro Eletrônico.
Raul Aguiar
Desde que se mudou para São Paulo, há seis meses, o recifense Raul Aguiar ainda não teve oportunidade de voltar para sua terra natal. Para amenizar a saudade, ouve muita música pernambucana, coisa que não fazia quando ainda morava por lá. Aos 28 anos e formado em design gráfico pela Universidade Federal de Pernambuco, sua grande paixão é a ilustração. Começou a desenhar influenciado pela Turma da Mônica e pelo Super-Homem. Quando jovem, seu talento lhe rendeu uma função: fazer os convites e cartazes de festas para seus amigos de escola. Pela primeira vez na INFO, fez a ilustração da Viagem ao Centro da Terra para a seção Enter .
Felipe Watanabe
A história de Felipe Watanabe se confunde com a de centenas de ilustradores. Quando criança, desenhava muito e muito bem. Aos 12 anos, percebeu que era melhor do que a média e fez um curso especializado. Quinze anos depois, tornou-se ilustrador freelancer. Faixa preta em karatê, dá aulas de desenho na Quanta Academia de Artes, em São Paulo. Uma inspiração para seu trabalho são as histórias em quadrinhos, em especial o Super-Homem. Fissurado por cinema, tem uma coleção de mais 300 DVDs e Blu-rays. Watanabe fez a inspirada ilustração para o teste que compara os novos sistemas operacionais para smartphones iOs 5 e Windows Phone 7.5.
Leonardo Porto
Leonardo Porto, 18 anos, venceu o desafio proposto por INFO, em parceria com o site Zooppa, para criar o design da reportagem sobre crowdsourcing e consumo colaborativo desta edição. Carioca de nascimento e morador de São Paulo desde os 8 anos, começou a diagramar por hobby. No final de agosto mudou-se para Nova York para estudar publicidade e design gráfico na School of Visual Arts. Essa não será a primeira passagem de Porto pela cidade americana. Apreciador de arte moderna, tem entre os seus museus preferidos o Museum of Modern Art (MoMa) e o Guggenheim.
10 / INFO Setembro 2011
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info.abril.com.br extras www.twitter.com/_INFO
/ www.facebook.com/revistainfo
Ciência
Como será o 4G brasileiro?
Laboratório de extraterrestres
Reportagem em vídeo mostra como será a primeira câmara de simulação de ambientes espaciais construída no Brasil. O equipamento permitirá recriar as condições de ambientes remotos, como a superfície de Marte ou as luas de Saturno. Com o laboratório, universidades brasileiras poderão contribuir com pesquisas sobre a evolução das espécies e a vida extraterrestre.
Como melhorar a criação coletiva? / O avanço dos serviços de crowdsourcing trouxe um desafio que ainda não foi superado: como estimular a criatividade daqueles que trabalham para essas plataformas? O tema tem sido pesquisado por Elizabeth Gerber, diretora do Laboratório de Ação Criativa da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos. Veja sua entrevista no site.
/ Pressionada pela proximidade da Copa de 2014, a Anatel prepara novos leilões de frequências para banda larga sem fio e pressiona as operadoras por mais investimentos em redes móveis. Saiba quais são as regiões do Brasil que receberão primeiro as redes 4G e conheça as diferenças entre os padrões WiMAX e LTE, tecnologias que prometem navegação móvel de até 75 megabit por segundo.
Conheça a indiana BioSciences Depois dos serviços de tecnologia e do desenvolvimento de software, Bangalore caminha para se tornar um polo importante de empresas de biotecnologia. Uma das mais promissoras é a Anthem BioSciences. INFO foi à Índia conhecê-la, assim como outras 5 startups de sucesso.
e mais / 10 dicas para se tornar um empreendedor e conquistar os investidores
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/ O que os leitores falam no site e nas redes sociais INFO ONLINE
Foxconn pode não vir para o Brasil
GuERRA ANôNimA
Muito boa a matéria de capa da INFO sobre os hackers (agosto/2011). Gostei de saber as diferenças entre cracker, hacker e pichador. E as dicas de como se proteger também foram muito úteis. Como resultado, já mudei todas as minhas senhas e desativei o Bluetooth. Carlos Henrique Pedro / Cuiabá (MT) Na internet
Parabéns ao pessoa l do INFO Online pelo excelente trabalho, principalmente nas matérias sobre a Nasa e o mundo da ciência. André Luiz / Muriaé (MG) Vamos Fritar Seu Modem é a cara desses moleques que se passam por hackers. O pior é que eles realmente conseguem invadir sistemas e fazer o que prometem. E não tem lei ou polícia que os impeça. Ricardo Alves Seres / Rio de Janeiro (RJ)
Como sempre, INFO trouxe uma matéria que fala de um assunto que muitos ignoram, mas que tem uma importância muito grande. Não falar do perigo dos hackers é como ignorar os roubos na saída de bancos. Fabiano Santos / Osasco (SP) 14 / INFO Setembro 2011
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A serviço do país
Gostei muito da matéria Este Avião É Um Robô (julho/2011), sobre os veículos aéreos não tripulados (Vants). Mais uma vez a tecnologia está a serviço de nosso país e do mundo, para ajudar a cuidar do meio ambiente, da cidadania e da justiça. Evilasio Ciqueira / Rio de Janeiro (RJ)
Oitava maravilha
Queria mandar os parabéns para a equipe da INFO pela revista em formato para iPad. Sem dúvida, umas das grandes maravilhas do meu tablet. Ricardo Santos / Itabi (SE)
http://abr.io/foxcon Nunca acreditei nesse papo da Foxconn e do governo. Sempre tem uma desculpa. E nunca acreditei que o iPad seria vendido por menos de mil reais, mesmo a versão mais simples. Luiz Carlos Grangeiro Filho
Criada tatuagem eletrônica que cola na pele
http://abr.io/Illinois Até onde a tecnologia pode chegar. A novidade abre portas para recursos que até então eram incômodos por causa do tamanho e da estrutura. Fernando Sedrez Bitencourt TwITTER
@redesmiranda
Matéria sobre invasão dos hackers da revista @_INFO serviu de referência na faculdade. Muito boa a abordagem.
@epmessias
Ótima matéria da @_INFO no Kaspersky Lab. É bom saber que tem gente trabalhando forte para proteger nossa vida digital. Recomendo.
@orgulho_geek
A @_INFO desse mês trouxe uma matéria especial falando de realidade aumentada. Um exercício de futurologia muito benfeito.
@mariocalbo
Excelente a coluna de Dagomir Marquezi na @_INFO de agosto. Mostra a revolução dos mercados editorial e musical.
@deniseFarias_
Adoro a seção Ctrl+Z da @_INFO. Muito legal esse “remember” dos primórdios da internet no Brasil.
foto RafaEl EvanGElISTa
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/
BrOnCAS dO mêS Problema em dobro
Há quase cinco meses comprei dois celulares Nokia C6 e, em pouco tempo, problemas começaram a aparecer em ambos. Eles travavam, perdiam o sinal e não personalizavam o menu. Achei que não estava usando direito, mas as coisas só pioraram. Eles foram levados mais de quatro vezes para a assistência técnica e para o laboratório avançado da Nokia, onde fizeram atualizações de software que não resolveram o problema. Fabio Luca / Uberlândia (MG) RESPOSTA DA NOkIA Em resposta à reclamação, a Nokia diz que efetuará a troca dos aparelhos do consumidor. Ele está ciente do prazo de entrega dos novos smartphones. Iveilyze Oliveira / Central de relacionamento Nokia
Comentário do leitor A Nokia entrou em contato e ficou combinada a troca dos dois telefones. Até o fechamento desta edição, os aparelhos ainda não tinham sido entregues. O leitor está receoso de que os novos aparelhos apresentem os mesmos problemas dos anteriores.
Sinal cortado
Em julho, um representante da NET me ofereceu um combo: internet de 10 MB, telefone com portabilidade e sem franquia e TV HD. Depois de um mês, a empresa informou que não tinha previsão para entregar os serviços de internet, pediram desculpas pelo ocorrido e trocaram meu decodificador de TV a cabo. Segundo a NET, minha rua teve um problema e não há mais previsão para a instalação da infraestrutura necessária para acessar a web. Alaor Clinio da Silva / São Paulo (SP) RESPOSTA DA NET A NET informa que, em contato com o cliente, esclareceu o ocorrido e disponibilizará o serviço de internet a partir do mês de setembro. Fernanda Baumguertner / Gerente de gestão de clientes da NET
Comentário do leitor O leitor confirmou o contato da NET e vai aguardar até o mês combinado para a instalação dos serviços contratados. Ao mesmo tempo, ele acionou um órgão de defesa do consumidor.
As empresas mais citadas pelos leitores da INFO LG 10%
NET 6 % Acer 6% Outros 52%
Positivo 6%
redação Comentários sobre o conteúdo editorial da INFO e reclamações para Broncas do Mês: contateinfo@abril. com.br. A correspondência pode ser publicada de forma reduzida. Envie seu nome completo e a cidade onde mora. comunidades Facebook / facebook.com/revistainfo Ning / revistainfo.ning.com Orkut / tinyurl.com/comunidadeinfo Twitter / info.abril.com.br/twitter Formspring / formspring.me/info assinaturas assineabril.com (11) 3347-2121 Grande São Paulo 0800-775-2828 Demais localidades serviço de atendimento ao cliente abrilsac.com (11) 5087-2112 Grande São Paulo 0800-775-2112 Demais localidades (11) 5087-2100 Fax loja InFO info.abril.com.br/loja / (11) 4003-8877 lojaabril@vendapontocom.com.br Publicidade Para anunciar na INFO, ligue: (11) 3037-2302 São Paulo (21) 2546-8100 Rio de Janeiro (11) 3037-5759 Outras praças (11) 3037-5679 Internacional (11) 3037-2300 Fax publiabril.com.br Permissões da INFO Para usar selos, logos e citar qualquer avaliação editorial da INFO, envie um e-mail para permissoesinfo@abril.com.br. Nenhum material pode ser reproduzido sem autorização por escrito. Venda de conteúdo Para licenciar o conteúdo editorial da INFO em qualquer mídia: atendimento@ conteudoexpresso.com.br / Para solicitar reprints das páginas: reprint.info@abril.com.br saiba que /A INFO não aceita doações de hardware e software nem viagens patrocinadas por fornecedores de tecnologia. / Os artigos assinados pelos colunistas da INFO não expressam necessariamente a opinião da revista.
A INFO aborda a tecnologia com uma linguagem fácil, sem perder a credibilidade. Ela me ajuda a ficar por dentro dos últimos gadgets, debates e tendências.”
lídErEs da brOnca
HP 20%
fale com a
Por que leio info
Luiz Pedro Oliveira / Diretor da Netgear
Ops! Erramos / Em não queremos especialistas (agosto/2011), o professor e engenheiro do Google Walfredo Cirne é paraibano, e não paraense.
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Estaremos no Brasil até o final do ano Em entrevista a INFO, Arianna Huffington revela a estratégia do site The Huffington Post para o Brasil e fala sobre o poder das redes sociais / Por Gustavo Poloni
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Só um pouco antes de dormir, Arianna Huffington, 61 anos, desliga seus três celulares. É quando se desconecta do mundo digital. Nos próximos meses, no entanto, seus telefones ficarão ligados por mais tempo, em função do fuso horário. Até o final deste ano, Arianna pretende lançar no Brasil seu site de notícias, o The Huffington Post. “Vamos fazer o mesmo que nos Estados Unidos: agregar conteúdo, criar blogs, abrir as reportagens para comentários e escrever nossas próprias histórias”, disse Arianna a INFO. Com mais de 115 milhões de leitores por mês e seguidora do comediante Rafinha Bastos no Twitter, Arianna, palestrante do InfoTrends, evento organizado pela INFO, mostra como as mídias sociais revolucionaram as comunicações. Acompanhe, abaixo, os principais trechos de sua entrevista. O tema de sua palestra no InfoTrends é Como as Mídias Sociais Têm Revo lucionado as Comunicações. Já há uma resposta para isso? O Will.i.am (da banda Black Eyed Peas) descreveu essa revolução de uma maneira muito interessante. Ele disse que, no passado, as pessoas consumiam informação sentadas no sofá. Hoje, o fazem galopando num cavalo. Não lemos mais uma reportagem. Nós a compartilhamos. As pessoas querem fazer parte da história, sentem a necessidade de produzir conteúdo. Com um celular equipado com câmera e o poder das redes sociais todo mun do pode virar jornalista? Pode. A diferença está na credibilidade. O fundador do Craiglist, Craig Newmark, disse que a
credibilidade é o novo pretinho básico. A pessoa pode ter uma plataforma de distribuição, pode ser ouvida por milhares de outras pessoas. Mas ela é confiável? O jornalismo feito por sites como o The Huffington Post e o WikiLeaks tor nou a internet uma fonte confiável de informação? Conforme a internet cresce, ela reúne as melhores qualidades da mídia tradicional, como integridade, precisão e transparência. Mas também traz as melhores características da nova mídia, como a interatividade e o tempo real.
Arianna Huffington Idade / 61 anos Origem / Atenas (Grécia) Estado civil / divorciada O que faz / diretora de redação
do The Huffington Post Media Group Carreira / jornalista e escritora,
concorreu ao governo da Califórnia, em 2003. Dois anos depois, fundou o site de notícias The Huffington Post, que vendeu para a AOL, no início do ano, por 315 milhões de dólares
A senhora acredita que redes sociais como o Twitter e o Facebook serão a principal fonte de notícias? Sempre vai haver espaço para diferentes fontes de informação. Mas não acho que o jornal e a revista vão morrer. É uma coisa muito forte na nossa cultura. Gostamos de tomar café folheando uma revista.
Já há indícios de que as pessoas es tariam cansadas do Facebook e do Twitter. Qual é a próxima onda em redes sociais? Não acho que elas estão cansadas, mas é cada vez mais importante que consigam se desconectar. As pessoas precisam se conectar com elas mesmas. Qual é o papel das redes sociais na polí tica? As redes sociais são uma força para o bem e para o mal. No mundo árabe, foram importantes para as transformações dos países. Nos atos de vandalismo em Londres foram usadas para acelerar a violência. As redes sociais estão aqui para ficar e sempre serão uma parte importante das nossas vidas. Estamos aprendendo a usá-las de forma mais responsável. Quando o The Huffington Post vem para o Brasil? Até o final deste ano. Estamos identificando editores e parceiros. É um período bom para investir no Brasil. As redes sociais são uma parte importante da sociedade, as pessoas consomem conteúdo de forma muito avançada. Qual será o modelo? Vamos fazer as mesmas coisas que nos Estados Unidos: agregar conteúdo, criar blogs, abrir as reportagens para comentários e escrever nossas próprias histórias. A receita virá de modelo baseado em anúncios. Como o mercado brasileiro se diferen cia do americano? Com a ascensão da nova classe média, cada vez mais gente usa a internet. Quando traficantes invadem favelas, a comunidade ganha um meio de denunciar as coisas. É um exemplo incrível do uso das redes. ↙
Patrocínio:
fOtO Ann JohAnsson/Corbis/Corbis (DC)/LAtinstoCk
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/ Futurologia Ommmm...
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O capacete, o iPhone e a PXP: pedale com o poder da mente
Tuíte durante o voo / POr aline monteiro
Força do pensamento inspirada no bem-sucedido automóvel híbrido Prius, a montadora japonesa Toyota está desenvolvendo uma bicicleta que, com a ajuda de neurotransmissores, troca sozinha de marcha
Em abril, a japonesa Toyota pediu a ajuda de especialistas em bicicletas para desenvolver um modelo inspirado no Prius, o badalado carro híbrido da montadora. O protótipo do que isso significa pode ser visto na foto acima. À primeira vista, a PXP parece uma magrela comum. Não é. Para trocar de marcha, o ciclista só precisa usar a força do pensamento. Ou seja, se ele estiver subindo uma ladeira tem de pensar “su-
bir a marcha”, e, como num passe de mágica, a bicicleta fica mais leve. O segredo está num capacete com neurotransmissores que leem o cérebro e conversam com um iPhone instalado no guidão. Quem não se acostumar com a ideia não precisa se preocupar: um aplicativo que analisa a cadência das pedaladas e o ritmo cardíaco ajuda a trocar de marcha. A PXP ainda não tem previsão para ser produzida em série.
já imaginOu se FOsse possível tuitar que você está sobrevoando a áfrica? Ou postar no instagram uma foto de são Paulo ao anoitecer um pouco antes de aterrissar? segundo a companhia aérea Tam, os passageiros poderão fazer isso a partir do segundo semestre de 2012. É quando o Onair, serviço de ligações de celular a bordo, vai passar a oferecer conexão Wi-Fi na cabine de seus voos internacionais. Com ele, será possível checar e-mails, atualizar as redes sociais e ler as últimas notícias na internet. a rede sem fio funcionará via satélite, o que significa que a conexão de 874 Kbps (sim, a velocidade é baixa, mas ainda pode melhorar) não cairá quando o avião estiver em altitude de cruzeiro. O preço final do serviço ainda não foi decidido, mas não deverá ser dos mais baratos. Hoje, um minuto de ligação do Onair pode custar até 9,35 reais. O serviço de voz da Tam está sendo testado desde outubro do ano passando, quando entrou em funcionamento em alguns voos domésticos da empresa. a opção por oferecer conexão Wi-Fi para os passageiros surgiu após a companhia conseguir resultados satisfatórios – e, mais importante, seguros – durante alguns testes.
Como modelar um pote retrô de vinil
veja como se faz O manual publicado pela editora sextante tem 500 ilustrações que ensinam a criar coisas inusitadas
Para transformar aquele lP empoeirado da sua avó num objeto para a mesa de jantar é preciso um disco, dois potes e uma forma
Coloque o lP sobre um pote dentro da forma
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leve a forma ao forno a 105 ºC por 10 minutos
Tire a forma do formo e modele o vinil
Para ajudar, pressione o disco com outro pote
Pronto! tire o lP da forma e leve-o à mesa
FOTOs divulgação ilusTrações evandro bertol
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/ Mercado
2000
2003
2005
2006
2011 despedida
⁄ Jobs em sua última aparição
2008
como CEO da Apple, em junho; ao lado, os sinais dos problemas de saúde
2009
E agora, applE?
Com o afastamento de Steve Jobs, concorrentes, analistas e, mais importante, os fãs da maçã debatem qual será o destino da maior empresa de tecnologia do mundo / Por Gustavo Poloni 22 / INFO Setembro 2011
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Era a notícia mais aguardada (e
de certa forma temida) do mundo da tecnologia. Ao enviar comunicado aos funcionários da Apple em que anunciava seu afastamento do cargo de presidente, no dia 24 de agosto, Steve Jobs confirmou os rumores de que a longa batalha contra o câncer o impediria de continuar à frente da empresa. Desde então, mercado, analistas e os fãs da marca da maçã se perguntam: como será o futuro da Apple sem Jobs? Há motivos para acreditar que, pelo menos nos próximos anos, nada deve mudar. Jobs não se desligou por completo da Apple. Assumiu o cargo de presidente do conselho, o que significa que terá influência nos próximos passos da empresa. Além disso, lançamentos como o iPhone 5, que deve ser apresentado em outubro, ainda terão sua assinatura. Mais importante, a filosofia que fez a Apple criar produtos inovadores está enraizada na
graNdes mudaNças
Bill Gates
Deixou o cargo de CEO da Microsoft no auge. Às vésperas da saída, em 1999, cada ação valia 58,37 dólares. Muitos responsabilizam o sucessor steve Ballmer pela queda de quase 50% no valor da ação em 10 anos. A empresa se mantém relevante, mas saiu do mercado de smartphones, deve perder o domínio dos browsers e tornou-se lenta para inovar.
sede da empresa, em Cupertino, nos Estados Unidos. “Os dias mais brilhantes e inovadores da Apple estão por vir”, disse Jobs em sua despedida. É provável que o cofundador da Apple tenha razão. Mas não dá para deixar para trás um fator importante: sua personalidade. “Não há dúvida de que será difícil, senão impossível, substituir o carisma de Jobs”, disse Carolina Milanesi, do instituto Gartner. Jobs tem como grande qualidade antecipar o que as pessoas querem antes mesmo que elas se deem conta disso. Ao ser perguntado sobre que pesquisa usou para criar o iPad, respondeu: nenhuma. “O trabalho do consumidor não é saber o que ele quer”, afirmou. Nos corredores da Apple corre a lenda de que Jobs teria destruído dois protótipos do iPhone antes do seu lançamento, em 2007. Foi essa obsessão de Jobs pelos detalhes, o design e a capacidade de agradar o consumidor que fez a Apple sair da bei-
ra do precipício, em meados da década de 1990, para chegar ao posto de maior empresa do mundo, em agosto passado. A virada começou com o iMac. Mas foi o lançamento do iPod, há 10 anos, que levou a Apple para um novo patamar (veja reportagem à página 62). Desde então, a companhia da maçã tem emplacado um sucesso atrás do outro: iTunes, novos modelos do iPod, iPhone e, mais recentemente, o iPad. O escolhido para preencher o vazio deixado por Jobs é Tim Cook, exchefe de operações da empresa. Foi ele quem assumiu interinamente o cargo todas as vezes que Jobs pediu licença médica para se tratar. “Ele é muito bom no operacional”, afirma Carolina. “Conseguiu azeitar a cadeia de produção e ajudou a aumentar as margens de lucro da companhia.” Resta saber se Cook terá com a criação e o design de novos produtos a mesma habilidade que tem com a logística e os números.
Como reagiram grandes empresas de tecnologia às trocas de comando
eric scHMidt
Desde a saída de schmidt, em janeiro, o Google adotou um perfil mais agressivo, com o lançamento de produtos em áreas nas quais não lidera, como redes sociais (Google+) e música online (Google Music). sua última investida foi a compra da divisão móvel da Motorola, por 12,5 bilhões de dólares. Estratégia de Larry Page, o fundador que voltou à ativa?
Olli-Pekka kallasvuO
Quando OPK, como é conhecido na Nokia, deixou o cargo, em 2010, o alívio foi geral. O valor das ações e o lucro da empresa tinham despencado e a então líder do mercado de celulares perdia espaço. O atual CEO, stephen Elop, fechou acordo com a Microsoft para usar o Windows Phone. será suficiente para a Nokia retomar o fôlego?
steve jOBs
Quando deixou a Apple pela primeira vez, em 1985, por brigas internas, steve Jobs emprestou sua genialidade ao estúdio de animação Pixar. Em 2006, Jobs deixou a empresa, que foi comprada pela Disney. Desde então, a Pixar produziu pelo menos cinco grandes sucessos. Entre eles, ratatouille e toy story 3, cuja arrecadação superou Us$ 1 bilhão.
FOTOs DaviD Paul Morris/BlooMBerg via getty iMages, staff PhotograPher/reuters, Divulgação
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Mark Hurd
após o fracasso de Carly Fiorina, a HP nomeou Mark Hurd, que deixou a empresa, em 2010, por violar norma de conduta interna. A companhia perdeu oportunidades em smartphones, netbooks e tablets. O resultado foi uma queda de 52% no valor das ações. O atual CEO, Léo Apotheker, aposta em serviços, como a computação em nuvem, para dar a volta por cima.
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/ apps que valem a pena
AplicAtivos do mês
aNdrOId / tablet
iPad
blaCkberry
aNdrOId / celular
iPhONe
/ POR fabiano canDiDo
PedeCaNa Para quem bebe além da conta vez ou outra. Anota a quantidade de cervejas tomadas e oferece telefones de empresas de táxi para quem exagerou e não pode voltar para casa dirigindo. Para iOS 4 ou superior. / Grátis
sNake ClassIC sucesso nos celulares Nokia, o game da “cobrinha” ganha versão para o iPhone. O objetivo é alimentar a cobra com maçãs que aparecem na tela e deixá-la no maior tamanho possível. Para iOS 3 ou superior. / Grátis
sleeP CyCle Para quem acorda cansado e sem disposição. Colocado ao seu lado na cama, usa o acelerômetro para registrar seus movimentos durante a noite e te acordar na hora certa. Para iOS 3.0 ou superior. / Us$ 0,99
Nasa aPP mostra imagens captadas pelos telescópios da agência espacial americana. Traz informações em tempo real de missões, além de vídeos explicativos das novas tecnologias. Para Android 2.1 ou superior. / Grátis
VIber Para economizar na conta telefônica. Permite o envio de mensagens e faz ligações gratuitas para outros usuários do programa. O ponto alto é a qualidade da chamada. Para Android 2.0 ou superior. / Grátis
tIkl o software transforma o celular Android num autêntico walkie-talkie. O usuário precisa apenas apertar um botão para falar com um amigo, que também deve ter o software no celular. Para Android 2.0 ou superior. / Grátis
IWIdGets Free Deixa o smartphone com a cara do Mac OS X. Ele adiciona papéis de parede, ícones, menu de aplicativos e outros elementos parecidos com os do sistema da Apple. Para BlackBerry 4.6.0 ou superior. / Grátis
Call blOCker o Programa bloqueia chamadas indesejadas, como as do antigo relacionamento. Não permite ligações por horário e manda as chamadas diretamente para a caixa postal. Para BlackBerry 4.5.0 ou superior. / Us$ 4,99
COlOr Id muDa a cor do telefone segundo as ligações recebidas. Exemplo: dá para usar o amarelo para as chamadas da empresa e o azul para as de casa. Funciona com e-mail e SMS. Para BlackBerry 4.2.1 ou superior. / Us$ 5,99
COlOr sPlash Para quem curte aplicar efeitos em fotos. Permite que você deixe um elemento da foto colorido e o restante em preto e branco. Simples de usar, compartilha as imagens nas redes sociais. Para iOS 3.1 ou superior. / Us$ 0,99
bOxee central multimíDia ligada aos principais portais do mundo. Busca clipes e áudios da sua banda preferida. O app organiza informações de redes sociais e o feed de notícias. Para iOS 4 ou superior. / GrátIs
PINball hd transforma o iPaD num fliperama, com sons e desafios, muito parecido com os originais. Garante horas de diversão. O game conta com três tipos de visual e oferece partidas online. Para iOS 4.1 ou superior. / Us$ 0,99
lOGMeIN IGNItION Permite acessar do Android a tela do computador de casa, não importa se ele é um Windows ou um Mac. Roda aplicações como o Office, da Microsoft. Para Android 1.5 ou superior. / Us$ 30
GOOGle sky MaP com ele o Android se transforma num mapa do céu. Possibilita identificar planetas, estrelas e outros objetos do espaço. O programa usa os recursos de localização do GPS. Para Android 1.5 ou superior. / Grátis
4shared o Programa é útil para quem precisa guardar e acessar dados armazenados na nuvem, como filmes e músicas. Com interface simples, ele compartilha arquivos com outros amigos. Para Android 2.1 ou superior. / Grátis
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/ Negócios
Rede de intRigas Com tantos processos por causa de patentes, acusação de plágio e monopólio, a vida dos advogados das empresas de tecnologia não anda fácil. Veja a teia de ações movidas pelas maiores companhias do setor
/
Por Maurício Moraes
SHARP GOOGLE
QUALCOMM
RIM
ZTE
KODAK
HUAWEI MOTOROLA
HP
AMAZON
APPLE
NOKIA
FOXCONN
SAMSUNG
BARNES & NOBLE DELL
MICROSOFT ORACLE
INVENTEC
PHILIPS
HITACHI
LG
HTC ALCATEL-LUCENT TOSHIBA TOMTOM PAYPAL legendas
CANON
EPSON
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Patentes / Processo em curso Patentes / Caso resolvido; empresa processou e venceu a disputa Patentes / Empresa processou, perdeu, fez acordo e vai pagar licenças Preservação de segredos comerciais Acusação de más práticas comerciais Disputa indireta (os processos são direcionados a empresas parceiras) Pedido de pagamento de licença que pode virar processo
SONY
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/ Inspire-se
O mundo de Sophia
/
POr Paula RoThmaN
As câmeras não intimidam
Sophia Reis. À frente delas, já comandou dois programas na MTV e, aos 23 anos, é uma das apresentadoras do A Liga, da Bandeirantes. Por trás das lentes, começou uma faculdade de cinema (atualmente trancada por causa dos horários malucos de gravação) e não se desgruda da sua filmadora e máquina fotográfica: o iPhone 4. “Não é em todo lugar que você pode levar uma câmera, mas o celular está sempre com você”, diz a filha do músico Nando Reis. Veja o que mais não pode faltar no mundo de Sophia.
som
Gosto de acordar e ouvir música. Me faz bem. Na academia uso o iPod e escuto Kanye West. Em casa tenho um home theater da Panasonic. Gosto de prestar atenção na trilha sonora. Só meu carro não é muito high-tech: um fusquinha 72.
Fotos
Com o iPhone ficou bem mais fácil fotografar. Adoro aplicativos como o Instagram e o Super 8, que faz vídeos com uma cara antiga.
Web
Acesso os grandes portais e gosto do blog do jornalista Luis Nassif. Também leio blogs de moda e maquiagem, como o Dia de Beauté.
Futebol
Sempre gostei muito de futebol. Meu pai é são-paulino, mas sou torcedora fanática do Santos. Acompanho os blogs do Juca Kfouri e do Paulo Vinícius Coelho. No Twitter, sigo o Santos (@santosfc), o Paulo Henrique Ganso (@SamsungPHGanso), o Neymar (@Njr92) e o Elano (@elano_blumer).
FOTO dIvulgação EDIÇãO DE IMAGEM aRTNET dIgITal
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/ Internet
icLOUD
Para virar uma lenda do rock TUMBLR
ORKUT
chROME
Baleou, bad server, falha de rede Os sites famosos costumam fazer graça das falhas do sistema com páginas de erro divertidas. Conheça as mais populares
Com o recente lançamento do Google+ e do iCloud, a galeria de páginas
de erro engraçadinhas dos sites ganhou mais dois integrantes. Ao se deparar com um problema na nova rede social, o internauta lê “Falha de rede dos pacotes de mídia” acima de um robô todo desmontado e com uma chave de boca na mão. No serviço de armazenamento de dados da Apple, a imagem é uma simpática nuvenzinha com uma lupa na frente do olho e a mensagem “O iCloud não consegue encontrar a página”. Elas se juntam a páginas que já são consideradas verdadeiros clássicos da internet, como a baleia rebocada por passarinhos do Twitter (que até deu origem ao verbo balear) e a mensagem que diz que os servidores do Orkut não merecem um donut (rosquinha doce adorada pelos americanos) por causa das falhas técnicas. Veja acima como são as páginas de erros de sites famosos. 28 / INFO Setembro 2011
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Que tal tocar guitarra como lendas do rock do porte de Jimi Hendrix e Eric Clapton? A partir de agora isso pode ser tão simples quanto baixar um aplicativo. Em setembro, chega às lojas a Firebird X, guitarra da Gibson que se comunica com uma loja virtual que funciona nos mesmos moldes da App Store. Mas não espere encontrar ali jogos ou aplicativos para atualizar suas redes sociais. Os apps servem para customizar o som e para afinar a guitarra, imitando o estilo de tocar dos seus ídolos do rock. A Gibson não fala quantos apps serão vendidos, mas espera que dezenas de desenvolvedores disponibilizem programas compatíveis com a guitarra. Essa não é a única tecnologia que acompanha a Firebird X. Ela tem também um robô no braço capaz de afinar automaticamente várias cordas ao mesmo tempo e se conecta ao computador por uma por ta USB. Durante os shows, os aplicativos podem ser carregados com um toque no pedal sem fio. Disponível nas cores vermelha e azul, a Firebird X é um item de colecionador: serão vendidas apenas 1 800 unidades. O problema é o preço. Nos Estados Unidos, ela chegará às lojas por 5 500 dólares.
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/ Bit no carro alta velocidade O Panamera S e o InnoDrive: carro aprende o caminho
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O motorista sumiu Estilosos e rápidos, os carros da Porsche ganharão uma nova característica no futuro. Eles serão capazes de acelerar sozinhos
FOTOs divulgação
Os carros da Porsche
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são conhecidos por duas características. A primeira, que salta aos olhos, é o design. A segunda (e mais importante!) é a capacidade de acelerar de 0 a 100 quilômetros por hora em pouquíssimos segundos. Pois a montadora alemã está desenvolvendo um sistema que promete acabar com pelo menos parte da diversão dos motoristas. Batizado de ACC InnoDrive, ele funciona as-
sim: o carro rastreia o caminho percorrido no dia a dia e anota detalhes como velocidade média e curvas das ruas e transforma esses dados numa espécie de plano de voo. Ao motorista resta apenas o trabalho de virar a direção. Segundo a Porsche, o sistema vai aumentar a segurança e diminuir o consumo de combustível. O protótipo está sendo testado num modelo Panamera S e ainda não tem data para chegar ao mercado.
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/ Ideias
para professor pardal nenhum botar defeito O Laboratório de Garagem é um espaço para pessoas com disposição para transformar ideias em realidade. Hoje, 30 inventores montam seus produtos lá
/ POr alIne monteIro
o inventor
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Marcelo Rodrigues na Garagem, em São Paulo: espaço para novos produtos
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Quando Fernando Gil começou a criar circuitos elétri-
cos, seu apartamento de 45 metros quadrados ficou apertado para abrigar uma oficina. A solução para o problema veio por e-mail, quando o mestre em engenharia recebeu um convite para a inauguração do Laboratório de Garagem. Gil enxergou nele uma boa chance para ganhar espaço para seus experimentos — e, ao mesmo tempo, acabar com a reclamação dos vizinhos pelo barulho. A casa ampla em São Paulo, que abriga essa mistura de hub com oficina, era o que Gil precisava para acabar o Prisma, um leitor de cores e dinheiro para deficientes visuais. “Foi lá que conheci pessoas que me ajudaram a transformar o leitor em um produto mais bem-acabado”, diz Gil. Com pouco mais de um ano, o Laboratório de Garagem é um espaço gratuito onde aspirantes a Steve Wozniak, o lendário cofundador da Apple, podem colocar suas ideias em prática. Criado em julho de 2010 pelo engenheiro elétrico Marcelo Rodrigues, ele surgiu com a vocação de ser uma rede social para reunir gente que, como ele, gostava de inventar engenhocas na garagem de casa. Em pouco tempo, mais de mil pessoas se cadastraram no serviço e começaram a trocar informações. Um dos usuários sugeriu que seria legal ter um espaço
FOTOs raoni maddalena
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⁄
na garagem Em sentido horário: Mestre Yoda em mesa do
hub; o fundador, Marcelo Rodrigues trabalha na impressora 3D; detalhe da impressão; Rodrigues e um estagiário no laboratório
físico para debater as invenções. “Juntei meu dinheiro, aluguei a casa e trouxe minhas tralhas para cá”, diz Rodrigues. Hoje, 30 garagistas, como gostam de ser chamados os frequentadores do Laboratório de Garagem, usam o espaço pelo menos uma vez por semana. Eles têm idade entre 15 e 75 anos e desenvolvem produtos em diferentes áreas. Alguns são inusitados, como a cafeteira que tuíta toda vez que o café fica pronto. Em meio a tantas ideias, algumas chamam atenção. É o caso de uma impressora 3D que está sendo desenvolvida com tecnologia brasileira. “Uma impressora como essa custa mais de 5 mil reais, mas no Brasil pode ser vendida por menos da metade”, diz Rodrigues. “Queremos mostrar que a tecnologia pode ser simples e barata.”
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/ Cinema
À margem da indústria O documentário indie game: The Movie revela os bastidores, muitas vezes cheios de dificuldades e dramas pessoais, dos criadores independentes de games / POr aline MonTeiro
O videogame está presente na
vida de James Swirsky desde o dia em que sua família comprou um computador Commodore 64. Quando cresceu, trabalhou durante dois anos como testador de jogos da Electronic Arts. Aos 22 anos, Swirsky deixou o emprego, mas a indústria nunca o deixou. Sócio da produtora de filmes BlinkWorks Media, Swirsky e sua sócia, Lisanne Pajot, estão dando os últimos retoques em Indie Game: The Movie, documentário que mostra o universo daqueles que vivem à margem das grandes editoras de jogos. “Mostramos as dificuldades e a paixão dos produtores independentes”, afirma Swirsky.
Por fora
A ideia de Indie Game: The Movie surgiu em 2009, quando Swirsky e Lisanne foram contratados para cobrir a Game Developers Conference (GDC), maior conferência anual de desenvolvedores de jogos eletrônicos. Enquanto corriam para fazer entrevistas e imagens, perceberam que sempre voltavam para a parte da conferência que discutia a criação de games independentes. “Eles eram os personagens mais fascinantes”, diz Lisanne. O documentário deve chegar às salas de cinema dos Estados Unidos e do Canadá no início de 2012 e estará disponível para download no site www.indiegamethemovie.com.
James swirsky
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O canadense de 34 anos testou jogos durante dois anos e foi cinegrafista independente antes de fundar a BlinkWorks, em 2004.
Lisanne PaJot
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Formada em comunicação e ex-funcionária da rede de TV CBC, hoje a canadense de 29 anos dirige e produz documentários.
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Tela do jogo FEZ, retratado no filme
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/ Diversão
É uma ave? É um avião? É um robô!
E-mail sob controle?
Nenhuma empresa adotou ainda as regras que se seguem para frear a enxurrada de mensagens. Você logo entenderá por que
O e-mail já teve sua morte decretada de várias formas. Entre os jovens americanos de 12 a 17 anos, por exemplo, só 5% afirmam usar e-mail diariamente, mostra pesquisa do instituto Nielsen. Programas de mensagens instantâneas e as redes sociais dominarão a comunicação, dizem os analistas. Enquanto isso não acontece, o e-mail reina soberano, principalmente no mundo corporativo. Em 2010, existiam no mundo 2,9 bilhões de contas de e-mail e as projeções indicam que em 2014 elas serão 3,8 bilhões. Como sobreviver à enxurrada diária de mensagens que recebemos no trabalho? O blog independente A Quinta Onda, de Mauro Segura, diretor de marketing e comunicação da IBM, elaborou um bem-humorado conjunto de regras para empresas preocupadas com o excesso de mensagens. Nenhuma delas aderiu ainda ;-)).
1. A partir de hoje, a função cópia está desabilitada. E-mails só podem ser enviados para um destinatário. 2. Cada funcionário terá direito a no máximo dez e-mails por dia. 3. Está proibido o envio de e-mail fora do expediente. Mensagens só serão permitidas entre 8h e 10h e de 14h às16h, de segunda a sexta-feira. 4. Anexos estão banidos. Arquivos devem ser postados em wikis. 5. Reply só até três vezes. É o fim do rabicho com respostas penduradas. 6. E-mails poderão ter no máximo 100 palavras, ou o sistema travará. 7. As mensagens ficam 15 dias na caixa. Depois se autodestruirão.
/ Por victor caputo O renascentista Leonardo da Vinci estudou as aves com um objetivo: desenvolver protótipos que voariam usando os mesmos princípios. Não deu certo. Muitos séculos depois, a empresa alemã de automação Festo se guiou pela mesma obsessão para criar o SmartBird. Com 450 gramas e 2 metros de envergadura, a ave-robô movimenta as asas como uma gaivota. Outro exemplo é o Nano Hummingbird. Trata-se de um Vant (veículo aéreo não tripulado) equipado com uma câmera para espionagem. Ele foi desenvolvido pela americana AeroVironment, pesa apenas 19 gramas e mede pouco mais de 16 centímetros. Ágil, pode atravessar janelas e até pousar em fios de energia. Quando vir uma ave estranha, atenção nas penas. Os pássaros-robôs (ainda) não vêm de fábrica com elas.
Com os dias contados
a lei de Moore, aquela que diz que o número dos transistores de um chip dobra a cada dois anos, pode estar com os dias contados. Pelo menos é o que afirmam cientistas que participaram de um simpósio de arquitetura da computação nos Estados unidos recentemente. o problema não é a falta de espaço dentro das placas de silício. Nos próximos anos, a dificuldade será levar energia ao mesmo tempo para todos os transistores. Hoje, parte dos transistores dos processadores mais modernos já fica sem energia — ou, no jargão da indústria, fica no escuro — enquanto outros estão trabalhando. É como se a rede elétrica de uma cidade não conseguisse levar energia para todas as casas ao mesmo tempo. o estudo aponta que, no começo do ano que vem, 21% dos transistores dos novos chips ficarão no escuro. Em pouco mais de cinco anos esse número poderia chegar a 50%. o efeito desse fenômeno? a evolução acelerada dos gadgets, como conhecemos hoje, precisaria de um pé no freio.
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ave-robô
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A SmartBird bate as asas e voa como uma gaivota
ilustração boi Foto Divulgação
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/ Ciência
Viagem ao Centro da terra pOR
paula rothman
ilUsTRAçãO
raul aguiar
Um grupo de cientistas
se reuniu para uma missão inédita: retirar uma amostra do manto terrestre. A história não é tão glamourosa como no livro Viagem ao Centro da Terra, de Júlio Verne, mas tem uma grande importância científica. “Podemos obter dados sobre terremotos e o clima do planeta”, afirma Damon Teagle, um dos cientistas da expedição. Veja como será a aventura para vencer 4 quilômetros de água e outros 6 quilômetros de crosta terrestre — e o que os pesquisadores devem encontrar pelo caminho.
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1 lOcal dO INícIO Existem três opções: Havaí e Califórnia (EUA), e Costa Rica
2 TecNOlOgIa 3
Utiliza um duto similar aos usados para extrair petróleo
4
3 pressãO Os equipamentos precisam suportar até 2 000 atmosferas
4 prOFuNdIdade 5
A expedição vai além do local onde estão os restos do Titanic
5 crOsTa No fundo do mar, a crosta é fina e jovem, mais fácil de escavar
6 TempO A pesquisa começa em dez anos e levará até três para acabar
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/ Arte
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tempo bom Nathalie Miebach e uma de suas obras
Os números do mês
16
dias levou o Google+ para ganhar 10 milhões de usuários. O Facebook demorou 53 vezes mais
30
anos. É a idade do primeiro PC lançado pela IBM
1 milhão
de robôs serão usados na linha de produção da Foxconn no lugar de funcionários
5 bilhões
de dólars por ano. É quanto a Microsoft gasta para tentar melhorar o buscador Bing
12,5 bilhões de dólares. Valor pago pelo Google na compra da divisão móvel da Motorola
A mulher do tempo
Artista americana transforma dados meteorológicos em música e em escultura
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POr PAulA RothmAn
Há uma década, o trabalho de Nathalie Miebach é interpretar dados climáticos. Mas, aos 39 anos, a americana não é a garota do tempo do jornal das 8: Nathalie é artista plástica e transforma esses números em música e em escultura. “Tento olhar para um sistema específico, como uma tempestade, ou para um intervalo de tempo”, diz. Para criar música, Nathalie usa um piano
como escala — a variação do agudo ao grave pode indicar, por exemplo, o aumento da temperatura. Já as esculturas surgem a partir de uma cesta de vime. “Começo com uma ou duas variáveis e atribuo valores aos elementos horizontais e verticais”, afirma. As camadas trançadas ganham contorno e espessura, indicando variações de luminosidade, umidade ou até barulho. Outros elementos são incorporados depois. As cores podem representar vento (azul), pressão (verde) e temperatura (vermelho). “Meu trabalho é mostrar coisas sobre o clima que poderiam passar em branco em uma simples tabela”, diz.
Sentimos muito por aqueles que foram afetados pelos tumultos em Londres / mensagem da RIm, sobre a notícia de que o sistema de mensagem de seu blackberry foi usado pelos arruaceiros
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/ inovação
um robô cheio de suingue
O My Keepon foi criado para auxiliar no tratamento de crianças autistas. Agora, poderá ser encontrado em lojas de brinquedos
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Você deve estar se perguntan-
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um pra lá... Na sequência de imagens, o robô My Keepon mostra alguns de seus passos
do o que esse brinquedo sem boca, sem braços e que parece duas bolas de tênis fundidas está fazendo nas páginas da INFO. Pois saiba que o My Keepon (junção da palavra kiiroi, amarelo em japonês, com a onomatopeia pon, para quicar) é um robô criado com uma missão muito nobre: ajudar no tratamento de crianças autistas. Ele começou a ser desenvolvido há sete anos por Hideki Kozima, um japonês especialista em inteligência artificial e robótica. Kozima percebeu que as crianças interagiam melhor quando a comunicação era reduzida a gestos simples. Com investimento de 30 mil dólares e cheio de sensores, no início o bichinho só dava uma rebolada quando recebia um tapa na cabeça. Se a criança falasse, o robô olharia para ela e a cumprimentaria. Não demorou muito para ganhar outras habilidades. Quando um vídeo com o My Keepon dançando cheio de suingue caiu na internet, logo se transformou em um hit. O sucesso chamou atenção da rede americana de lojas de brinquedos Toys “R” Us, que a partir de outubro vai vender o simpático robô por menos de 50 dólares. “Quando você vê o My Keepon dançando, não consegue deixar de amá-lo”, disse à revista americana Bloomberg Businessweek Richard Barry, vice-presidente da loja de brinquedos.
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/ Vivendo em Beta
Um diário de milhões de pessoas A obsessão por aplicativos que catalogam dados pessoais tem um nome: self-tracking. É só onda ou vai evoluir para algo útil?
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so vários aplicativos, mas meu favorito é o Sleep Cycle (mdlabs.se/ sleepcycle). Além de analisar como você dormiu, ele sabe também qual é a melhor hora para te acordar. Essa obsessão por catalogar dados pessoais tem nome: self-tracking. Trata-se de uma mania que começou com os nerds, mas que agora atingiu o público em geral. Segundo a doutora Susannah Fox, do centro de pesquisa americano PEW, um entre quatro americanos com acesso à internet já mapeou online seu peso ou a quantidade de exercícios. O termo self-tracking surgiu em 2007, num artigo no Washington Post, mas só ganhou popularidade depois que Gary Wolf escreveu, em 2009, uma matéria para a revista americana Wired. Dali em diante, o movimento ganhou força e agora existem conferências em 14 países. Exemplos de self-tracking vão dos mais frívolos aos mais sérios. Na escala dez de frivolidade estão objetos de moda, como a jaqueta de snowboarding que, dependendo do ritmo das pulsação cardíaca, toca músicas mais aceleradas ou mais lentas no iPod. Na escala mais séria, e mais interessante, estão aparelhos, sites ou apli-
cativos que medem a produtividade e os que contam calorias, dizem quanto você está gastando em compras e, claro, até quanto você dormiu, como o Daily Tracker (thedailytracker.com). Existem ainda aqueles que ajudam a sua condição física e de saúde, como o Fitbit (fitbit.com) e o Up (up.jawbone. com), que ainda nem foi lançado e já causou sensação em várias publicações.
DaDOs reaIs Catalogar tudo é só uma mania ou um novo comportamento que pode mudar a nossa visão do mundo? Steven G. Dean, um dos colaboradores do grupo Quantified Self, acredita que, ao catalogar atividades individuais, as pessoas ajudam a descobrir mais sobre o mundo, porque estão fazendo um upload dos dados pessoais para a rede. Antes do self-tracking, muitos mantinham um tipo de catálogo individual, mas não dividiam essas dados. De 2008 em diante, a existência de tecnologia que compartilha, analisa e compara dados em massa é o que distingue essa nova maneira de mapeamento. Para a saúde, mapear as condições físicas é uma forma de pesquisa dinâmica que pode alavancar a ciência melhor que qualquer governo do mundo. E no caso de saber quantos quibes você
AlessAndrA lAriu
come, quantas vezes usou o Facebook no dia ou quantas vezes fez arroz para o jantar, como no Daytum (daytum.com)? Não é inútil e extremamente narcisista? Os seguidores do self-tracking acreditam que não. Eles acham que as descobertas iniciadas por essa tendência estão transformando situações hipotéticas em dados reais. Não seria legal descobrir qual país come mais quibe? Para os produtores de trigo seria vital, bastando apenas uma pesquisa na internet. Para o Facebook não seria legal saber quantas vezes os adolescentes de 15 anos o acessam por dia? Para a galera da publicidade, sim. Isso sem ter de pagar um centavo para as companhias que fazem pesquisas de marketing. A vida de milhões de pessoas, medida e mapeada constantemente, pode nos ensinar muita coisa. Para os pioneiros do self-tracking não existe informação inútil. E os milhares de dados catalogados dia após dia e jogados na rede para que todos tenham acesso ajudam a construir um interessante diário dos habitantes do mundo.↙
Alessandra Lariu, 38 anos, é publicitária e cofundadora do site SheSays, que ajuda mulheres a entrar na carreira de criação digital. Empresária, ela mora em Nova York.
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/ Geração Digital
O melhor remédio é colaborar Cada um por si, os fabricantes de medicamentos têm poucas chances de descobrir novas drogas e crescer
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a última coluna, d isc ut i como a instabilidade dos serviços financeiros não pode ser corrigida por empresas, cada uma por si, adotando novos modelos de negócio. A estrutura de todo o setor precisa ser mudada. Isso também é verdadeiro para as áreas de pesquisa e produção farmacêutica. As companhias estão em vias de cair no chamado “precipício das patentes”. Elas perderão de 25% a 40% de seu faturamento nos próximos dois anos, quando a patente de muitos medicamentos de sucesso vai expirar. Individualmente, as empresas podem fazer muito pouco para se recuperar dessa crise. Torna-se necessária uma solução que abranja toda a indústria. A comunidade biomédica global gera em média 25 novos medicamentos por ano, mas apenas um punhado deles são “drogas pioneiras”, que atendem a necessidades sociais e favorecem o crescimento das empresas farmacêuticas, uma vez que os consumidores estão dispostos a pagar pela inovação. Mas, apesar do crescente dispêndio em pesquisa, caiu o número de novas descobertas. É do interesse de todos que os pesquisadores envolvi-
dos na busca de remédios pioneiros compartilhem informações, em vez de sonegá-las. Infelizmente, a atual estrutura de pesquisa encoraja a indústria a proteger suas ideias com direitos de propriedade intelectual ou acordos restritivos de colaboração.
MaIs traNsparêNcIa Os processos experimentais de tratamentos clínicos deveriam ser mais abertos. O resultado dessas experiências, particularmente se elas falham, só é publicado vários anos depois. Em vez de agir assim, a indústria deveria compartilhar alguns de seus dados. “Isso não diminuiria a vantagem competitiva”, diz Stephen Friend, ex-executivo da Merck e hoje um defensor da biologia de código aberto. “Ao contrário, reforçaria a vantagem, mudando a base na qual as empresas competem e estabelecendo a plataforma para uma indústria sustentável.” Na área industrial, tecnologias verdes estão sendo desenvolvidas por empresas tradicionais. Isso é uma boa notícia. O lado ruim é que, com muita frequência, as atividades são isoladas e ineficazes. Em geral, são conflitantes entre si ou se diluem em esforços duplicados. A Nike, por exemplo, gastou um ano inteiro crian-
don tapscott
do um índice para medir a sustentabilidade de seus produtos. Depois, descobriu que outras empresas, como Adidas e Walmart, tinham feito a mesma coisa. “A colaboração”, diz um executivo da Nike, “não apenas nos faria chegar lá mais rápido, mas também resultaria num índice melhor.” Com esse espírito, a Nike ajudou a desenvolver um novo modelo de licenciamento de patente que vai permitir às companhias o compartilhamento de tecnologias sustentáveis, tornando-as abertas para reúso e modificação. Esse modelo é chamado GreenXChange. A ideia é criar um mercado online no qual as empresas não somente compartilhem práticas inovadoras, mas também a tecnologia e a propriedade intelectual subjacente, necessárias para que as coisas aconteçam. Empresas que aderiram ao modelo GreenXChange desde o primeiro momento, como a rede de varejo Best Buy, contribuem com tecnologias verdes para o coletivo e, em retorno, esperam beneficiar-se das inovações trazidas por esses novos participantes. ↙
Don Tapscott, 64 anos, é autor de 13 livros sobre a influência das novas tecnologias nos negócios, entre eles Wikinomics, A Empresa Transparente e A Hora da Geração Digital.
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/ Cérebro eletrônico
Nosso colunista foi parar em 2031
ele dorme numa concha, sua casa tem paredes feitas de divisórias eletrônicas e um Omni no braço o mantém conectado a tudo, em 7g
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oje acordei com Jacques Caribbe no sistem a de som da concha, um modelo novo (CoonMat5). É curioso que as pessoas de 2031 estejam dormindo como Rembrandt dormia no século 17 — em compartimentos fechados, escuros, isolados. A diferença é que Rembrandt se fechava num armário de madeira e se esticava sobre um colchão de palha. Eu durmo dentro de uma concha de isolatium. O colchão é um Morph79. Eu me deito e ele se amolda ao meu corpo. Na concha é possível controlar a temperatura em décimos de graus centígrados e os mínimos detalhes da circulação do ar. Impossível não dormir muito bem. A não ser que seja claustrofóbico, claro. O que estou fazendo em 2031? Decidi me mudar para cá há 20 anos, quando você, leitor, estiver lendo esta coluna. Na época de vocês, eu estava louco para fazer uma viagem. Nunca exigi que fosse uma viagem no espaço. Como vim para o futuro? Este é um segredo que fica entre o INFOlab e eu. Na verdade, me refiro ao INFOlab de 2031. Não posso entrar em detalhes. Só informar que a INFO continua firme e forte. E em várias plataformas. 44 / INFO Setembro 2011
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O fato é que sou o primeiro correspondente do futuro na imprensa mundial. Não sei ainda quando vou voltar ao presente de vocês. Isso vai depender de uma série de fatores quânticos. (Mas já peguei aqui no futuro a lista completa de números vencedores da Mega-Sena das duas décadas anteriores. Preciso me aposentar.) Então. Acordo e vou até o banheiro. Sento-me no troninho, que na aparência não mudou muito. Ligo três WMs (paredes-monitores) ao mesmo tempo. As residências de 2031 são construídas com divisórias eletrônicas. São telas que reproduzem qualquer mídia vi-sual. Confiro os vMails numa tela, leio o jornal na outra, e assisto a um canal mix de notícias na terceira. Quando desligados, os monitores viram uma parede.
MedIcINa autOMatIzada O troninho virou um laboratório automático. Há 20 anos eu fazia checkups anuais. Em 2031, são vários ao dia. Cada vez que se vai ao banheiro fazemos um exame básico. Os resultados — níveis de ureia, contagem de colesterol e gordura — aparecem na tela em minutos. No chuveiro esterilizante vejo que meu PPSN já cicatrizou por baixo da pele do meu braço esquerdo. O PPSN checa minhas condições cerebrais e cardiorres-
Dagomir marquezi 5.0
piratórias a cada 60 segundos. E manda as informações para o sistema geral de monitoramento de saúde. Boa parte da medicina preventiva hoje está automatizada. Médicos só entram em ação quando uma intervenção direta é necessária. A pergunta inevitável: e o câncer? Não existe ainda uma vacina. Mas tumores podem ser detectados tão no início que raramente escapam de uma intervenção local. Ontem tomei minha EndoScan. É uma pílula que filma você por dentro. Esse procedimento é executado uma vez por mês. A EndoScan não precisa ser recuperada. Ela transmite os dados coletados e vai para o desfragmentador. Essa é outra novidade: não existe mais rede de esgoto ou coleta de lixo. Desfragmentadores são equipamentos obrigatórios. O lixo produzido numa residência não sai da residência. Essa tecnologia toda disfarça as más condições de vida. Dormimos numa concha, acordamos numa concha e vive-
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mos numa concha. Habitamos minúsculos apartamentos com janelas artificiais. Ou seja, grandes monitores (os WMs) simulam a paisagem que você quer ver “lá fora”: uma vista para a torre Eiffel, uma praia no Taiti, o Himalaia, o topo do Pão de Açúcar. Você pode acordar em um lugar diferente por dia durante cada dia do ano. As imagens são reais, transmitidas em VHD (Very High Definition, o padrão atual da indústria: 3 240 linhas). Usamos as janelas artificiais porque, na verdade, não temos mais janelas reais para o mundo exterior. Estamos encaixotados em grandes complexos habitacionais. É o sacrifício que se faz para viver num bairro privilegiado de SaoPaulo e outras megametrópoles. (Antes que me
inúmeras cores, marcas e estilos). Como nos celulares, possui um monitor que serve como teclado com um touchscreen personalizado e preciso. De lá você comanda e monitora tudo. Os antigos pontos wireless agora formam grandes teias de conexão complementadas por tecnologia 7G e sinais de satélite. Estamos todos conectados aqui, o tempo todo. Quase todo mundo já implantou os BFX, ou brincos fixos. BFXs funcionam como fones de ouvido e microfones estéreo. São instalados com uma microcirurgia nos lóbulos. Podem ser discretos, podem ser escandalosos. Por eles ouvimos música e estamos permanentemente falando e ouvindo quem está próximo — ou em qualquer parte do mundo.
A tendência em 2031 são os bio-gadgets. Eles fazem parte do nosso corpo, instalados com uma microcirurgia esqueça: a mais nova reforma ortográfica baniu o til e outros sinais gráficos, além do espaço entre nomes próprios). Ainda existem mansões e apartamentos triplex, mas eles são para os muito, muito ricos. Para a grande maioria, a melhor opção é viver nessas caixinhas high-tech. E usar as Margandalas. Preciso me vestir para sair. Em 2031, um homem jamais pode se esquecer de seu Omni. Quando cheguei ao futuro, foi a primeira coisa que todos me perguntavam: “Como você ainda não tem um Omni?!”. Logo arranjei um. E descobri que o tal Omni é a evolução do nosso inseparável celular de 20 anos atrás. O Omni geralmente fica no braço esquerdo dos destros e no braço direito dos canhotos. É uma espécie de pulseira (em
É por meio desses brincos fixos que nos comunicamos por voz. Mas a imagem pode aparecer no Omni. Nossos ouvidos se transformam em caixas acústicas. Essa é a tendência de 2031: bio-gadgets. Se usamos tanto essas maravilhas, por que não dar um jeito para que façam parte de nosso corpo? A comunicação entre o Omni e os brincos é por GreenTooth. E stou at r a s ado. Vou p a r a a Margandala. O que é a Margandala? Agora não dá tempo. Explico daqui a um mês. Ou 241 meses para vocês. ↙
Dagomir Marquezi, 58 anos, dividiu sua vida entre o jornalismo e a ficção. Escreveu novelas, musicais e roteiros de cinema. Há 15 anos acompanha a tecnologia em sua coluna na INFO.
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70 boas ideias
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Conheça empresas iniciantes que, como a LikeStore, de Gabriel Borges, buscam o sucesso na web
Um por Todos... / 50 Invasões Bárbaras / 58 Parabéns e Até Logo / 62 Corrida pelo Milhão / 70 Está Vendo uma Boa Ideia por Aqui? / 80 A Nova Batalha Móvel / 90 Dicas / 96 FOTO paulO varella
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um por Todos... Você já ouviu falar em crowdsourcing? E em consumo colaborativo? Se a resposta é não, atenção. Os dois conceitos podem mudar a forma como trabalhamos e consumimos
/ Por maurício moraes e victor caputo
fotos alexandre battibugli
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tem vaga
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Cleiton Barcelos aluga um quarto de seu apartamento para turistas
No iNício
de agosto, INFO lançou um desafio. Colocou no site Zooppa as premissas para que designers criassem o visual das oito páginas desta reportagem. O objetivo do concurso era ilustrar o que é crowdsourcing, conceito que começa a ganhar força no Brasil. Criado em 2006, ele aproveita a inteligência e o conhecimento coletivos para resolver problemas, criar conteúdo e desenvolver novos produtos. Durante duas semanas, mais de 480 designers baixaram o briefing postado pela INFO. Desses, 23 enviaram trabalhos adequados ao padrão da revista, que foram submetidos a uma
votação. O ganhador, Leonardo Porto, 18 anos, acompanhou na redação da INFO os retoques finais da reportagem. O crowdsourcing já é uma realidade na propaganda, mas cresce para outras áreas de forma rápida. No início deste ano, um anúncio do salgadinho Doritos elaborado por um fã da marca foi exibido durante o intervalo do Super Bowl, final do campeonato de futebol americano e um dos minutos de TV mais caros e concorridos do mundo. O vencedor do concurso faturou 25 mil dólares e um ingresso para assistir ao jogo. No Brasil, jovens profissionais têm a chance de mostrar seu trabalho e já começam a receber por ele. Veja o caso do paulista Mark Nobre. Modelo e fotógrafo de profissão, Nobre já recebeu mais de 15 mil dólares produzindo vídeos virais para empresas como Fiat, Nova Schin, Nextel e Axe. Detalhe: ele nunca estudou publicidade e jamais trabalhou
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vídeos vencedores
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O fotógrafo Mark Nobre ganhou 15 mil dólares com a produção de virais que ganharam concursos de crowdsourcing
numa agência. Nobre soube dos concursos pelo site Zooppa, plataforma online que surgiu na Itália, ganhou músculos nos Estados Unidos e chegou ao Brasil no ano passado. Com o regulamento em mãos, Nobre escreveu os roteiros e chamou amigos para atuar. Depois de uma votação aberta do público, ficou em primeiro lugar em dois dos desafios e em segundo nos outros. “Para um autodidata é complicado entrar nessa área”, diz Nobre. “Teria de começar lá de baixo, mas já estou com 30 anos.” O crowdsourcing abreviou o caminho. A mobilização coletiva está também na essência da Transparência Hacker (thacker.com.br), uma comunidade de ativistas que usa a tecnologia para defender o aces-
so livre às informações do governo. Com financiamento dos internautas, o grupo levantou dinheiro para realizar um dos seus projetos mais ambiciosos: o Ônibus Hacker. A ideia é mostrar que dá para levar tecnologia e conscientização política e social para municípios distantes dos grandes centros urbanos. Para isso, a trupe vai viajar pelo país e, durante o percurso, promover encontros, desenvolver ações locais e criar aplicativos úteis à sociedade. A iniciativa foi colocada no site Catarse, em julho, e pedia 40 mil reais para a compra e a reforma do ônibus. O resultado superou as expectativas. O grupo conseguiu quase 50% mais que o pedido. “Ainda faltava metade do valor a
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dez dias do prazo final. Gravamos um vídeo novo para explicar a proposta. Também fizemos um ônibus de papelão e saímos andando pela avenida Paulista”, diz Daniela Silva, 25 anos, integrante da Transparência Hacker. Ao todo, foram 464 doações em cotas que variavam de 10 reais a 5 mil reais. Agora, falta adquirir o ônibus, acertar os detalhes da reforma — incluindo o tipo de conexão à internet — e definir que ideias serão colocadas em prática. Existem hoje 789 serviços baseados em crowdsourcing no mundo, segundo dados do Crowdsourcing.org. A internet é usada como facilitador para todo tipo de negócio: financiar documentários independentes, ajudar no desenvolvimento de produtos, criar campanhas publicitárias e até fornecer crédito para microempreendedores. Moradora do bairro de Uberaba, na periferia de Curitiba (PR), Lucinéa Cavalheiro Cordeiro precisava expandir sua produção artesanal de velas para sustentar a família. “No banco, só consegue crédito quem tem renda comprovada”, afirma Lucinéa, que precisava de 700 reais para comprar mais formas e, assim, aumentar seu negócio. O dinheiro veio pela internet. O pedido de crédito de Lucinéa foi cadastrado no site Impulso (impulso.org.br), mantido pela organização sem fins lucrativos Aliança Empreendedora. O serviço faz o meio de campo entre aqueles que estão em busca de dinheiro e as pessoas que querem contribuir com um valor de, no mínimo, 25 reais. O empréstimo pode ser pago em várias parcelas pelo beneficiado, sem juros. Com o dinheiro, Lucinéa já começou a expansão. Recebeu uma encomenda de 25 mil kits de velas da Lojas Pernambucanas. “É o primeiro de muitos pedidos que pretendo conseguir a partir de agora”, afirma. O termo crowdsourcing é novo, mas a ideia de reunir pessoas para tentar resolver um problema, não. Uma das primeiras experiências do gênero aconteceu na Inglaterra do século 18, na época das grandes navegações. O governo inglês lançou um desafio: se alguém encontrasse uma ma-
neira de se localizar com precisão no mar usando apenas a longitude e a latitude ganharia 20 mil libras – uma fortuna à época. O vencedor foi John Harrison, um relojoeiro que inventou um cronômetro marinho. No nosso tempo, com a popularização da internet e a febre das redes sociais, a tecnologia permitiu que a colaboração reunisse um número muito maior de pessoas. “O ser humano gosta de compartilhar os mesmos valores”, afirma Mario Faria, professor de marketing e estratégia da Business School São Paulo. Hoje, as modalidades de crowdsourcing são tantas que algumas já se transformaram em universos à parte. O crowdfunding, por exemplo, é adotado para bancar, com investimentos, projetos artísticos ou de produtos voltados para um público restrito. “Em breve falaremos de crowdsourcing como ‘trabalho distribuído’ ou ‘inovação aberta’”, diz Jeff Howe, jornalista que cunhou o termo, em 2006, e autor do livro O Poder das Multidões.
shOw cONtratadO pela plateIa O Queremos (queremos.com.br) é um exemplo de crowdfunding. O site foi montado por quatro amigos inconformados com a falta de shows de seus artistas preferidos no Rio de Janeiro. “Não começamos como um negócio”, diz Bruno Natal, 33 anos, sócio do grupo. “Tivemos uma ideia para resolver um problema.” A ideia básica é chamar os internautas para dividir o custo de uma apresentação. Quando atinge o orçamento estimado do show, o Queremos vende outra leva de ingressos e reembolsa a turma inicial de financiadores com a arrecadação da bilheteria, além de ficar com o lucro. O grupo já conseguiu contratar bandas como The National, LCD Soundsystem e Belle & Sebastian. Até o fim do ano, pretende repetir o modelo em mais cidades do país. Até uma brincadeira pode se transformar num projeto de crowdsourcing. Ao conversar com fãs da banda Foo Fighters, o publicitário Rafael Ziggy criou um evento no Facebook sugerindo um show do grupo no Brasil, com in-
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gressos a 50 reais. “Foram 20 mil confirmações para o evento no primeiro dia e mais de 40 mil no segundo”, diz Ziggy. A iniciativa virou o Foo Fighters 50 Pila (heyfoofighters. co), e agora espera uma confirmação da banda para o show. Apesar do crescimento das iniciativas, grandes empresas ainda têm receio de aderir ao crowdsourcing. Criado para servir como uma plataforma de desafios, o site Ideias.me teve de mudar o foco para as pequenas e médias. “É difícil convencer as grandes corporações a abrir um problema para uma série de pessoas tentar resolvê-lo”, diz Rafael Zatti, 23 anos, criador do Ideias.me. O maior receio é que concorrentes tenham acesso a informações confidenciais. “Estamos evoluindo aos poucos. É preciso evangelização”, diz Zatti. O crowdsourcing ainda representa uma fração pequena da economia para ter um impacto capaz de mudar o universo do trabalho. “Mas é uma tendência”, diz Howe. “Há cada vez menos disposição das pessoas para passar a vida toda trabalhando numa grande empresa.”
O que é meu é seu A internet começa também a revolucionar a maneira como consumimos. Foi ouvindo rádio numa manhã de julho que Ricardo Aquino ouviu falar pela primeira vez no site DescolaAí. Uma propaganda usava o exemplo de uma furadeira para divulgar um novo serviço de empréstimo de objetos. Aquino se lembrou de uma ferramenta elétrica encostada em casa e fez um anúncio no site. Depois colocou para alugar seu equipamento de mergulho (máscara, pé de pato, snorkel). Em pouco mais de duas horas ele fechava o primeiro aluguel da roupa, por 75 reais. Com mais de 500 objetos cadastrados, o DescolaAí é um dos mais novos exemplos do conceito de consumo colaborativo, uma nova onda que chegou recentemente ao Brasil e que tem como objetivo dividir e compartilhar bens e objetos. Desde que conheceu o site, Aquino mudou a visão das tranqueiras armazenadas no quartinho do apartamento onde mora, em São Paulo. “Vejo coisas paradas e penso que poderia ganhar uma grana a mais”, diz. O modelo do consumo colaborativo ainda está dando seus primeiros passos no Brasil. No exterior, os novos negócios não param de crescer desde a crise econômica de 2008. Enquanto planejava uma viagem para Washington, Cleiton Barcelos conheceu o Airbnb, um serviço de aluguel de cômodos de casas, uma espécie de couchsurfing pago. Um amigo que tinha acabado de voltar dos Estados Unidos indicou o site que havia usado para fugir dos hotéis. A intenção de Barcelos era hospedar-se na casa de um americano para eco-
CrIaçãO COletIva
1 milhão de dólares
é o prêmio para um dos desafios do site InnoCentive
500 mil
pessoas de 190 países realizam tarefas no Mechanical Turk, da Amazon, site em que as pessoas “vendem” sua força de trabalho
499 mil reais foram obtidos com internautas, por meio do site Catarse, para financiar 65 projetos
789 serviços de crowdsourcing são usados hoje em todo o mundo
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hacker do bem Daniela Silva, da Transparência Hacker, arrecadou 58 mil reais com internautas para financiar um projeto social
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O consumo colaborativo pode representar um novo modelo econômico. Veja o caso da ZazCar, serviço de compartilhamento de carros em que os usuários pagam por hora de uso. Ele provê mobilidade de forma sustentável nomizar. Mas o ponto alto da experiência foi outro: o contato com seus anfitriões. “Eles me mostraram coisas da cidade que não teria conhecido sozinho”, diz Barcelos. O paulista gostou tanto do modelo que hoje é ele quem faz o papel de anfitrião: o cômodo extra do apartamento onde mora em São Paulo recebe viajantes de todo o mundo. Por lá já passaram mochileiros do Brasil e de países como Austrália, França e Itália. O estudante belga Dries Noyens foi o último. “Se tivesse ficado num albergue teria visto as coisas turísticas. Com o Cleiton, pude conhecer São Paulo de verdade”, diz Noyens.
Quartos para alugar Criado em 2007 por três amigos que moravam em São Francisco, nos Estados Unidos, o Airbnb surgiu de uma oportunidade. A cidade receberia uma convenção de design e todos os hotéis estavam lotados. Para tirar um dinheiro extra, eles ofereceram suas próprias casas. A experiência deu certo. Hoje, o serviço está presente em 186 países e chegou ao Brasil em 2009. O Airbnb não é o único do gênero. O Wimdu foi fundado há pouco mais de cincomeses e já começou a alugar quartos no Brasil. Resultado de um investimento de 90 milhões de dólares, o serviço oferece mais de 10 mil hospedagens em aproximadamente
150 países. É possível alugar desde uma sala com colchões infláveis até um castelo no Reino Unido por 18 mil reais a diária. Para evitar roubadas, uma equipe do Wimdu visita todas as casas e quartos cadastrados e checa conservação, limpeza e conforto. Os imóveis são fotografados e ficam disponíveis no site. “O brasileiro é um povo desconfiado por natureza”, diz Fabio Tran, cofundador do Wimdu. Mais do que uma onda, o consumo colaborativo pode representar uma nova cultura e um novo modelo econômico. “Não estamos mudando apenas o que consumimos, mas sim a forma como consumimos”, diz Craig Shapiro, fundador e CEO do Collaborative Fund, empresa que dá suporte financeiro e estratégico para novas ideias. Essa forma de consumo pode ser encarada como uma resposta ao modelo consumista que fez sucesso durante o século 20. Autora do livro Mesh: Porque o Futuro dos Negócios É Compartilhar, lançado no Brasil pela Alta Books, a americana Lisa Gansky acredita que estamos passando por uma grande mudança. Para ela, compartilhar permite que as pessoas tenham acesso a bens que antes não poderiam comprar. Mas o mais importante é a mudança no relacionamento. “Estamos vendo o começo de algo que é central em nosso cotidiano, que é como nos relacionamos em comunidade”, afirmou Gansky a INFO.
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Carro por hora Uma das primeiras empresas a entrar nesse mundo do consumo colaborativo no Brasil foi a ZazCar. A ideia surgiu quando Felipe Barroso, um carioca que morou em Curitiba, se assustou com o trânsito caótico de São Paulo. Inconformado, começou a pensar em uma solução. A resposta veio do exterior. Em 2008, Barroso trouxe dos Estados Unidos o conceito de compartilhamento de automóveis. A ideia foi bem recebida. Hoje, a ZazCar tem 23 carros espalhados por 14 estacionamentos abertos 24 horas em São Paulo. Os usuários pagam por hora circulada. Para sair da loja motorizado, o usuário paga 19,90 reais por 60 minutos de uso. Mas existem pacotes para quem precisa de um carro várias vezes ao mês. Se a pessoa for usá-lo quatro vezes nesse período, ela paga 6,90 reais a hora. A média das viagens é de duas a quatro horas e o serviço é mais útil para quem dirige menos de 15 mil quilômetros por ano. “Estamos dando mobilidade às pessoas”, diz Barroso. “E ajudando a tirar carros das ruas.” A ideia da ZazCar e dos outros sites de consumo colabo-
aluga-se snorkel
rativo tem vários pontos positivos. Ajuda a reduzir o impacto sobre os recursos naturais na fabricação de novos produtos, evita o gasto com coisas de pouco uso e facilita a prestação de serviços. Mas críticos do conceito temem que a novidade possa afetar a economia. A razão é simples. Menos compras gerariam (ou ajudariam a aprofundar) uma crise econômica. Lisa Gansky acredita que o desafio é inovar, mas com soluções rentáveis. Segundo ela, com a mudança nos hábitos de consumo, as pessoas passariam a comprar menos, sim. Por outro lado, existiria um aumento considerável no setor de serviços. “Os comerciantes não iriam apenas vender, mas também oferecer o uso de produtos aos clientes”, afirma Lisa. Um exemplo? Uma loja de roupas para crianças poderia aceitar a devolução de peças em bom estado em troca de crédito para futuras compras. Ou, então, no lugar de se hospedar num grande hotel as pessoas poderiam optar por casas de família, o que geraria renda para os locais e ajudaria o turista a conhecer melhor o lugar. “No futuro, seremos proprietários de menos coisas”, afirma Lisa. “Por outro lado, teremos experiências cada vez melhores.” ↙
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A roupa de mergulho de Ricardo Aquino foi parar no DescolaAí, site de consumo colaborativo
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invasões BárBaras
A primeira a chegar será a Amazon, que estreia no Brasil com serviços de cloud e armazenamento. Depois virá a Netflix, que, como a Sony, quer aproveitar o potencial do e-commerce no país / Por Felipe Zmoginski
ilustração kléber sales
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A qualidade da banda larga, as deficiências de infraestrutura e o complexo sistema tributário brasileiro tornaram-se problemas menores para grandes companhias de internet, como Amazon e Netflix, que preparam sua chegada ao Brasil para os próximos meses. Às voltas com a estagnação dos lucros nos mercados onde atuam, esses gigantes do e-commerce vão encontrar por aqui um mercado de internet que cresce ao ritmo de dois dígitos há mais de dez anos e consumidores ávidos por uma experiência de compra online de produtos e serviços com um padrão de qualidade ao qual não estão acostumados. A estreia de maior impacto é a da Amazon, que, ao contrário do que se imaginava, não será pelo e-commerce, mas por
seu braço de serviços. Segundo INFO apurou, a maior varejista online do mundo começa suas operações no Brasil pela divisão de Web Services, responsável pela oferta de serviços de computação em nuvem e armazenamento de dados. Para isso, contratou o especialista em cloud computing José Nilo Cruz Martins, que deixou, há quatro meses, o cargo de gerente de vendas no Google para assumir a estruturação dos serviços da Amazon no país. Para contornar as dificuldades causadas pelos quase 10 mil quilômetros que separam os parques de servidores da Amazon nos Estados Unidos dos clientes brasileiros, a empresa deve associar-se a pequenos data centers locais e criar redes intermediárias, capazes de entregar, com resposta rápida, ao menos os arquivos mais acessados.
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“O brasIleIrO NãO se cONteNta maIs cOm pIratarIa” Criador da NetMovies, Daniel Topel diz que o mercado de vídeos online cresce no país e que tem estratégia e dinheiro em caixa para encarar a concorrência da Netflix. Quem consome vídeos online no brasil? Quem gosta de filmes e quer comodidade. O brasileiro não se contenta mais com opções tradicionais, como locadoras comuns, TV paga e a pirataria. a banda larga no país suporta a expansão do streaming? A banda larga nacional tem muito o que melhorar, e não só em termos de qualidade. Ela precisa também chegar a mais consumidores. O mercado de vídeos online cresce muito. Desde 2006, quando criamos a NetMovies, não houve um único mês com vendas menores que no período anterior. O fato de a americana Netflix ter um acervo muito maior não coloca em risco a operação da Netmovies? Nosso acervo está crescendo rapidamente e temos o apoio de um fundo de investimento do tamanho de 10 bilhões de dólares. Sempre existirá competição em segmentos em expansão, mas estamos bem preparados para ela.
A entrada da gigante americana, dona de um faturamento de 32 bilhões de dólares ao ano, deve mexer com o mercado brasileiro. Gilberto Mautner, CEO da Locaweb, fala da concorrência que enfrentará: “Admiro a Amazon pelo pioneirismo, mas hoje temos condições iguais de competir pelos menores preços e melhores tecnologias”. Para Mautner, o atendimento em inglês e o fato de a Amazon optar por não ter data centers próprios no Brasil, num primeiro momento, deixará as companhias nacionais ainda em vantagem. Analistas ouvidos por INFO afirmam que dificilmente a Amazon limitará sua atuação aos serviços de nuvem. “Essa deverá ser a porta de entrada para a empresa abrir uma operação de e-commerce no país”, afirma Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco. Nos primeiros seis meses de 2011, o comércio eletrônico faturou no Brasil 8,4 bilhões de reais, um salto de 24% sobre igual período do ano passado. Segundo Gerson Rolin, consultor da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, esse número tende a se multiplicar nos próximos anos e pode se tornar ímã para grandes companhias internacionais. “A Amazon não está fascinada com os resultados atuais, mas com as perspectivas de expansão dos próximos dez anos”, afirma Rolin. Nos últimos dois meses, representantes da loja americana se reuniram com editoras brasileiras para negociar a publicação de seus autores no formato .azw, de seu leitor eletrônico Kindle. A Amazon tem em catálogo 950 mil e-books e pretende ter ao menos 5 mil livros digitais em português. Saraiva e Cultura não possuem mais que 4 mil. Para Mauro Widman, coordenador de e-books da Cultura, o cenário para o livro eletrônico no Brasil é animador. “Hoje, 1% do nosso faturamento vem de formatos digitais, mas a tendência é chegar a 5%, mesmo patamar dos Estados Unidos”, diz Widman. Um estudo realizado pela consultoria e-bit aponta a nova classe média brasileira como o principal motor do comércio eletrônico. Há dois anos, o país tinha 17,6 milhões de consumidores online, número que deve saltar para 32 milhões até o final do ano. Segundo o estudo, 61% dos novos adeptos pertencem a famílias com renda de até 3 mil reais. Os números crescentes atraíram a atenção da americana Netflix, que iniciará no Brasil, até o fim do ano, a venda de filmes, novelas e seriados por streaming. Com acervo de 75 mil títulos, concorrerá com a brasileira NetMovies, que possui 4 mil, uma fração do catálogo da americana. Capitalizado por um aporte da gestora americana de investimentos Tiger Global, Daniel Topel, fundador da
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VIstO brasIleIrO
As empresas que querem aproveitar o bom momento do país para iniciar suas operações
Onde está Estados Unidos e Canadá O que faz Aluguel de filmes e séries de TV por streaming. Possui 25 milhões de assinantes e um acervo de mais de 75 mil títulos online Concorrência no Brasil NetMovies é a líder no mercado nacional de streaming de vídeos. Possui 4 mil títulos online Status Confirmado. Estreia ainda neste ano, mas a data não está definida
Onde está Estados Unidos, Canadá, Europa, Japão e China O que faz Venda online de produtos, como livros, eletrônicos, roupas e e-books. No Brasil, estreará com serviços de computação em nuvem Concorrência no Brasil Locaweb, Uol e Alog, entre outros. No varejo de produtos físicos e e-books enfrentará Cultura, Saraiva e B2W Status Confirmado
NetMovies, tem planos de expandir o acervo e a atuação de sua empresa. “O mercado brasileiro está em alta e haverá muita concorrência”, diz Topel. A expectativa é que a Netflix ofereça, no primeiro momento, apenas o serviço de filmes por streaming, deixando o de entrega de DVDs na casa dos consumidores para uma segunda etapa.
Games ONlINe e e-bOOks O bom cenário que se desenha para o e-commerce brasileiro animou também a Sony. A empresa de origem japonesa abriu, no final de julho, sua loja online de games, a PS Store, que funciona integrada à PlayStation Network, rede para jogos online e compra de software. Antes, os usuários brasileiros só tinham acesso aos produtos gratuitos da marca. Quem quisesse comprar um jogo, realizava uma ginástica de irregularidades, como preencher um cadastro falso e se passar por usuário de outro país. Nos primeiros dias após a estreia, a PSN Brasil chegou a 300 mil usuários e, segundo a Sony, deverá somar 1 milhão até dezembro. Para atrair consumidores sem conta em banco ou cartão de crédito, a Sony quer vender cartões pré-pagos da rede PSN em livrarias e lojas de
Onde está Estados Unidos, Inglaterra, e mais de 20 países. Na América Latina, só está presente no México O que faz Maior serviço de venda de músicas do mundo, com acervo de 18 milhões de canções. Oferece também aluguel e venda de filmes e séries de TV Concorrência no Brasil Terra Sonora e UOL Megastore Status Rumor. A Apple não revela seus planos
Onde está Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Austrália e Japão O que faz Rede para jogos online e para a venda de games da Sony para seus consoles PlayStation3 e PlayStation Portable. Tem cerca de 70 milhões de contas cadastradas no mundo Concorrência no Brasil Xbox Live, da Microsoft Status Já iniciou a operação no Brasil
games. “Estamos em fase de negociação com o varejo”, afirma Glauco Rozna, responsável pelas divisões Vaio e PS3 no país.
músIca Na rede E o iTunes? Quando, afinal, aterrissa no país? Sempre avessa a especulações, a Apple mantém seus planos fechadíssimos. Mas os últimos movimentos indicam um interesse crescente no mercado brasileiro. Depois de acordos para ampliar as revendas no país e do anúncio de que a parceira chinesa Foxconn irá fabricar iGadgets por aqui, a Apple pode, sim, estrear uma versão brasileira de seu iTunes, o serviço mais popular do mundo para a venda de músicas e conteúdo multimídia. Na América Latina, o serviço restringe-se ao México. A venda de música ainda é um negócio modesto no Brasil para os padrões da Apple, que obtém quase 5% de seu lucro global com as vendas do iTunes. Uma maneira de ampliar o potencial do iTunes é com a venda de cartões pré-pagos em revendas como Fast Shop e Fnac. Apple e parceiros não comentam a estratégia. A chegada de jogadores de peso, como Netflix, Amazon e Sony, mostra que o Brasil caminha para entrar definitivamente para a primeira divisão do comércio eletrônico mundial. ↙ Setembro 2011 INFO
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/ 2001 especial
10 anos do ipod
A Apple é AvAliAdA em 17,5 bilhões de dólAres [1]
iPod
Parabéns e até logo
Ele mudou a música e a Apple. Mas, perto de completar 10 anos, o iPod clássico está com seus dias contados
/ Por Gustavo Poloni
No dia 24 de outubro de 2001, o jornal americano The New York Times trouxe um breve registro do lançamento do iPod. Recebido com ceticismo, um analista previu um futuro pouco auspicioso para o produto. “É bom para usuários de Macintosh. Para o resto do mundo, que usa Windows, não fará a menor diferença”, disse o analista do Gartner. Os 10 anos que se seguiram mostram que a previsão não poderia ter sido mais equivocada. Nesse período, o tocador de MP3 da Apple não só se mostrou um best-seller (já foram vendidas quase 300 milhões de unidades), mas também revolucionário. O iPod mudou a maneira como as pessoas ouvem música. Mais importante, tirou do buraco as gravadoras, em crise por causa da popularização do MP3, e ajudou a Apple a chegar ao posto de maior empresa do mundo. “O iPod é um dos produtos mais importantes da Apple”, disse Leander Kahney, autor do livro A Cabeça de Steve Jobs. “Ele transformou a empresa e deu início à chamada era pós-PC.” Apesar do sucesso, o iPod clássico, aquele modelo branco com a roda sensível ao toque, está com os dias contados. Desde 2009, quando ganhou mais poder de armazenamento, ele não recebe atualização. Várias lojas americanas reclamam de estoques baixos. Para analistas que acompanham a Apple, trata-se de um sinal de que o produto será descontinuado. “As pessoas passarão a comprar iPhones e iPods Touch”, diz Kahney. Para os 10 anos do iPod, INFO preparou uma linha do tempo especial. 62 / INFO Setembro 2011
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1ª geraçãO Preço_ 499 dólares Capacidade_ 10 gb autonomia_ 10 horas
o ipod é lançado na sede da Apple, nos estados unidos. ele tem 10 gb e espaço para mil músicas A microsoft lAnçA o XboX out
nov
dez
no dia 10 o iPod chega às lojas nos estados unidos
A guerrA iniciAdA Após os AtentAdos terroristAs de 11 de setembro derrubA o regime tAlibã no AfegAnistão
[2]
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2003
2002
o JAto SuPErSônico ConCoRdE FAz o úLtimo voo dA hiStóriA
A Apple lança uma nova versão do sistema operacional do iPod, que permite armazenar nomes e endereços
nov
iPod 2ª geraçãO Preço_ 499 dólares Capacidade_ 20 gB autonomia_ 10 horas
Segunda geração do iPod chega ao mercado, dessa vez compatível com o Windows. Ele também organiza as músicas por gênero e compositor
[5]
EStAdoS unidoS E rEino unido dão início à guERRa contrA o irAquE
mAr [6]
mAr
JuL
ABr
iPod chEgA à mArcA dE
out com doiS goLS dE RonaLdo, o BrASiL BAtE A ALEmAnhA E é PEntAcAmPEão do mundo
Luiz inácio LuLa dA SiLvA é ELEito PrESidEntE do BrASiL
JuL
1 miLhão
Apple lança o iTunes com mais de 200 mil faixas. os novos iPods trazem a Touch Wheel, roda sensível ao toque que virou ícone do produto
dE unidAdES vEndidAS
iPod 3ª geraçãO Preço_ 499 dólares Capacidade_ 40 gB autonomia_ 8 horas [3]
[4]
FOTOs 1 apple/divulgação, 2 divulgação, 3 RiCaRdo CoRRea, 4 aNToNio MileNa, 5 RiCaRdo CHaveS, 6 JodY SHapiRo
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2005
2004
mOrre O PAPA João Paulo ii e BenTO XVi Assume nO VATicAnO
[3]
iPod 4ª geraçãO Preço_ 399 dólares Capacidade_ 40 GB autonomia_ 12 horas
furacão KaTrina deVAsTA A cOsTA sudesTe dOs esTAdOs unidOs e desTrói A cidAde de nOVA OrleAns
iPod mini 1ª geraçãO Preço_ 249 dólares Capacidade_ 4 GB autonomia_ 8 horas
A tela do iPod passa a ser colorida para ver fotos. O tocador ganha uma versão especial, a u2 special edition [2]
jAn
OuT
ABr
AGO
Além de músicAs, O iTunes GAnhA VídeOs e PrOGrAmAs de TV
AGO jul
dez OuT jAn
O númerO de dOwnlOAds de músicA nO iTunes cheGA A 100 milhões
iPod clássico
seT
5ª geraçãO Preço_ 399 dólares Capacidade_ 80 GB autonomia_ 14h a 20h
[1]
O PresidenTe dA APPle, sTeve Jobs, AnunciA que PAssOu POr umA cirurGiA PArA remOVer um TumOr nO PâncreAs
Tsunami ATinGe A ÁsiA e deiXA mAis de 200 mil mOrTOs
iPod nano (ex-mini) 1ª geraçãO Preço_ 249 dólares Capacidade_ 4 GB autonomia_ 14 horas
iPod shuffle 1ª geraçãO Preço_ 149 dólares Capacidade_ 1 GB autonomia_ 12 horas
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2006
2007 nicolas sarkozy é eleito presidente dA frAnçA
A Apple fechA o Ano com 141 milhões de ipods vendidos
dez
[6]
out
o itunes começa a vender filmes
iPod shuffle
iPod nano
2ª geraçãO Preço_ 79 dólares Capacidade_ 1 GB autonomia_ 12 horas
2ª geraçãO Preço_ 249 dólares Capacidade_ 8 GB autonomia_ 24 horas
[5]
mAi
set
cristina kirchner é eleitA A primeirA presidente mulher dA ArGentinA
set
itunes vende A bilionésima músicA nov
fev
mAi
os Aeroportos do pAís sofrem com o aPagão aéreo, que deixA milhAres de pAssAGeiros sem viAjAr
iPod classic
jAn
Apple lAnçA o iPhone
6ª geraçãO Preço_ 349 dólares Capacidade_ 160 GB autonomia_ 30h a 40h
Apple e nike lançam o nike + Pod, sensor de tênis que ajuda o usuário do nano a monitorar suas corridas [4]
iPod nano 3ª geraçãO Preço_ 249 dólares Capacidade_ 8 GB autonomia_ 24 horas
iPod touch 1ª geraçãO Preço_ 399 dólares Capacidade_ 16 GB autonomia_ 22 horas
FOTOs 1, 3, 4, 5, 6 divulgação, 2 oRlaNdo BRiTo
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2009
2008
por motivos médicos, jobs pede licença do cargo. ele é temporariamente substituído por tim cook
iPOd tOuch
iPOd classic
iPOd nanO
2ª geraçãO Preço_ 399 dólares Capacidade_ 32 gB autonomia_ 36 horas
6,5ª geraçãO Preço_ 249 dólares Capacidade_ 120 gB autonomia_ 36 horas
4ª geraçãO Preço_ 149 dólares Capacidade_ 16 gB autonomia_ 24 horas
o cantor michael JacksOn morre em sua casa nos estados unidos
jan set
após mais de 49 anos, Fidel castrO deixa oficialmente o poder de cuBa
fev
jun
aBr
[2]
jun
nov
nov
[1]
o itunes deixa para trás o Walmart e vira a maiOr loja de música do mundo
Barack OBama é eleito o primeiro presidente negro da história americana
set
iPOd shuFFle 3ª geraçãO Preço_ 99 dólares Capacidade_ 4 gB autonomia_ 10 horas
o iPhone 3G é apresentado pela apple. é duas vezes mais rápido do que o antecessor e dá início à febre dos apps
iPOd nanO 5ª geraçãO Preço_ 179 dólares Capacidade_ 16 gB autonomia_ 24 horas
chega a 100 mil o número de aplicativos na app store
iPOd tOuch 3ª geraçãO Preço_ 399 dólares Capacidade_ 64 gB autonomia_ 30 horas
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2010
2011
a aPPle vira a emPresa com maior valor de mercado do mundo, avaliada em 353,2 bilhões de dólares
[5]
a apple começa a vender o iPad, tablet com tela de 10 polegadas e que dominará 84% do mercado até o final do ano
o iPod completa 10 anos no dia 23. apesar da data comemorativa, o clássico tocador da apple está com os dias contados. com o sucesso do iPhone, as vendas despencaram e há dois anos a apple não faz melhorias no produto
iPoD Touch 4ª geraçãO Preço_ 399 dólares Capacidade_ 64 gb autonomia_ 40 h
filho da lady di, PrínciPe William se casa na inglaterra com Kate middleton
iPoD nano
set
6ª geraçãO Preço_ 179 dólares Capacidade_ 16 gb autonomia_ 24 horas
iPoD shuffle
abr
4ª geraçãO Preço_ 49 dólares Capacidade_ 2 gb autonomia_ 15 horas
iPods vendidos 275 milhões
Jobs renuncia ao cargo de presidente da apple no final de agosto. em seu lugar assume Tim cook, ex-chefe de operações da empresa
ago
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mar [4]
Dilma rousseff é eleita a Primeira Presidente mulher do brasil
equiPado com câmeras, caPa inteligente e um Processador mais ráPido, o iPaD 2 chega às loJas
Primeiro mineiro chileno é resgatado aPós 68 dias Preso, a 700 metros de Profundidade, Por causa de um desabamento na mina san José [3]
FOTOs 1 ANTONIO MILENA, 2 GARRY SAMUELS, 3, 4, 5 dIvULGAçãO
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A ontre DIcC c o. En a
a fo esist Tenh nicho e r abrir um ação de ue t à ten ais o leq dem
Gabriel Borges Empresa / LikeStore O que faz / Cria lojas
no Facebook Investimento / R$ 2 milhões Fundo / Recursos próprios Para seguir / @likestorebr / facebook.com/likestore
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Corrida pelo milhão Em buSca dE bonS nEgócioS, oS fundoS
intErnacionaiS nunca invEStiram tanto Em StartupS braSilEiraS como agora. conhEça EmprESaS iniciantES quE buScaram SEu primEiro r$ 1 milhão com boaS idEiaS na intErnEt / Por renata leal
fotos Paulo Varella
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assava das três horas da tarde de uma segunda-feira, 15 de agosto, em São Paulo. Perto da sempre movimentada Avenida Paulista, no subsolo de um grande hotel, 44 empreendedores foram organizados em quatro turmas. O destino deles, sozinhos ou com seus grupos, era uma das quatro mesas comandadas por um dos executivos de um grande fundo americano de investimentos, o Redpoint Ventures, que investiu em quatro empresas brasileiras nos últimos 12 meses. Ao entrar na sala, com um misto de ansiedade e empolgação, os empreendedores eram destinados às quatro mesas para o início de uma sabatina de 15 minutos, em inglês, sempre encerrada pelo som de uma campainha e a entrada de outro grupo. Em seis rodadas, 22 equipes apresentaram suas ideias. Com uma dinâmica tão rápida, a mesa de comidinhas no canto da sala permaneceu intocada. De lá só saíram algumas garrafas de água mineral e uma latinha de guaraná, consumida com prazer por um dos americanos. Quando a sabatina acabou, duas horas depois, Pueo Keffer, investidor que comandava o evento, correu para outra reunião. Era a pressa de não perder bons negócios no Brasil. 72 / INFO Setembro 2011
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Definitivamente, entramos no radar do Vale do Silício. Até pouco tempo atrás, cenas como essa seriam impensáveis no país, mas agora devem se tornar mais frequentes. No último ano, investidores estrangeiros, sobretudo americanos, têm visto nas startups brasileiras — e nas nem tão iniciantes assim — um grande potencial. O bom momento econômico do país ajuda a diminuir o risco do aporte estrangeiro de capital. E as startups começam uma corrida em busca de seu primeiro R$ 1 milhão. “Nunca vi uma onda de interesse no Brasil como a atual”, afirma Bedy Yang, brasileira de origem chinesa que mora no Vale do Silício há três anos e fundou a Brazil Innovators, entidade que faz a ponte entre empreendedores nacionais e investidores estrangeiros. Foi Bedy quem coordenou a vinda de cerca de 50 investidores ao país em abril, no projeto Geeks on a Plane (Geeks no avião), que faz excursões a vários continentes em busca de oportunidades. O grupo passou por São Paulo e Rio de Janeiro e teve a chance de conversar com muitos empreendedores.
larga doméstica, crescimento do comércio eletrônico e ampliação do número de smartphones em uso. A expansão lenta da internet nos últimos anos atrasou o boom de negócios que dependem da rede, hoje os líderes absolutos em investimentos. A crise econômica vivida por Estados Unidos e Europa também ajuda a despertar o interesse dos investidores por outras regiões. Se há três anos os holofotes estavam voltados para a China, agora eles foram direcionados para nós. E não são só os fundos americanos que apostam nas companhias brasileiras. “A Espanha passa por um momento difícil e isso faz o retorno do investimento no Brasil ser muito superior”, diz Carlos Martín, do IG Expansión, um fundo de venture capital e private equity espanhol que investiu no portal de viagens Viajanet, voltado às classes C e D, e no clube de compras BrandsClub. Outros dois projetos ainda não lançados também receberam dinheiro do fundo. O risco desse interesse crescente e dos investimentos estrangeiros é o surgimento de uma bolha nacional na internet, com startups supervalorizadas artificialmente. Mas o momen-
MaIs dO que uMa bOlha As startups com modelos de negócios baseados em produtos e serviços comercializados pela internet são as que têm conseguido maior volume de investimentos internacionais. Segundo levantamento da consultoria Ernst & Young, empresas brasileiras receberam, no ano passado, 4,6 bilhões de dólares em investimentos dos tipos private equity e venture capital. Isso representa 70% do valor destinado à América Latina e o grupo da tecnologia só perdeu para o setor financeiro. As razões para o otimismo em relação ao Brasil estão na ascensão da nova classe média, popularização da banda
Perfil de empreendedor Quem é o profissional de tecnologia que monta negócio próprio
Homem até 30 anos Universitário ou pós-graduado Forma grupos de 3 a 5 pessoas para abrir a empresa Fonte: MicrosoFt Bizspark
produção Melissa tHoMé edição de imagens artnet digital
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Bruno Branta, Danilo Campos e André Nazareth Empresa / MeuCarrinho O que a faz / Comparativo de preços de supermercados Investimento / R$ 300 mil
A o da DIC i sa nd re se
u tá Se esade, procquem e ld facu oximar d riência apr m expe ial já te mpresar e
Fundo / Concurso ‘Sua ideia Vale R$ 1 milhão’, do Buscapé Para seguir / @meucarrinho /
facebook.com/meucarrinho
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DICmA ercado.
Estude o to estiver Se o projeente, pode r muito à f dar alto n dema to inicial n investimedemorado e retorno
José Eduardo Mendes Empresa / Hotel Urbano O que faz / Portal de viagens Receita estimada / R$ 100 milhões em 12 meses Fundo / Insight Venture Partners Para seguir / @hotel_urbano /
facebook.com/hotelurbanobr
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to agora é diferente daquele visto no início dos anos 2000, quando a bolha da web estourou. “Hoje os empreendedores têm mais acesso a capital. No tempo da bolha não havia investimento de risco”, diz Paulo Humberg, CEO do BrandsClub, e um dos pioneiros nos negócios pela internet no país. “As empresas que hoje recebem uma avaliação alta de seu potencial são negócios reais que geram faturamento e lucro significativos. Há uma diferença real entre o presente e os anos 2000”, diz Pueo Keffer, do fundo Redpoint Ventures. Uma boa parte do dinheiro captado está sendo destinada à segunda geração de empreendedores da web, principalmente aos jovens de até 30 anos que não viveram a bolha das empresas pontocom. Na sua maioria, os investidores buscam projetos de internet, software e aplicações móveis, sobretudo apoiados em modelos que já fizeram sucesso em outros países. Um exemplo são os sites de compras coletivas, como Peixe Urbano e ClickOn, réplicas tropicalizadas do americano Groupon, o pioneiro. Chamados com ironia de copycats (imitador, em português), esses projetos, quando bem gerenciados, têm modelos de negócios viáveis, com retorno no curto e médio prazos. “Com uma ideia que funcionou nos Estados Unidos e um talento razoável é fácil captar dinheiro”, afirma Martín, do IG Expansión. Os empreendedores brasileiros já perceberam o bom momento e não estão perdendo tempo. Muitos têm testado na internet versões beta de uma série de protótipos. Assim, além de avaliar a viabilidade imediata de seus projetos, ainda conseguem ter algo para mostrar a investidores com um mínimo de resultado. “A internet tem um cenário muito fértil e você precisa de menos in-
ilustrações evandrO BertOl
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vestimento inicial para começar um negócio. É mais trabalho e menos capital”, diz Paulo Veras, criador do Guidu, um portal de recomendações de entretenimento, e ex-CEO da Endeavor, ONG que apoia o empreendedorismo.
MOdelO beM-suCedIdO HOtel UrBanO investe em tUrismO e caminHa Para Os r$ 100 milHões Não é difícil encontrar projetos brasileiros que receberam investimentos e estão fazendo sucesso como réplicas de modelos americanos. Veja o caso do Hotel Urbano. O projeto começou com um site de compras coletivas, mas seus idealizadores logo perceberam que o modelo caminhava para a saturação. Hoje existem mais de 1 200 sites desse tipo no país. Os irmãos José Eduardo, 28 anos, e João Ricardo Mendes, 30, resolveram apostar no turismo. O Hotel Urbano começou a operar oficialmente em janeiro deste ano e apenas 21 dias depois despertou a atenção do fundo Insight Venture Partners, que participou, entre outras empresas, de uma das rodadas de investimento no microblog Twitter. Dois meses de negociações e o acordo foi fechado. O fundo ficou com um terço da empresa. O Hotel Urbano é um portal que trabalha com reservas em hotéis do mundo todo e a venda de passagens aéreas e rodoviárias. O site resolveu agora apostar no Facebook. “Nossa loja dentro do Facebook já responde por 4,3% do faturamento”, diz José Eduardo. A projeção de receita do Hotel Urbano para os primeiros 12 meses depois do negócio com o Insight Venture Partners, consolidado em abril, é de 100 milhões de reais. Até o fim do ano, o negócio também estará em operação
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perguntas para Romero Rodrigues O criador do site BuscaPé agora investe em startups Quando deixar o emprego numa empresa para empreender? Se há uma ideia que considera boa, quanto antes começar, melhor. Com salário maior, o capitalismo prende e aí fica mais difícil reduzir o padrão de vida. O que deve constar no plano de negócios? Precisa ter o modelo de negócio, que hoje não pode ser baseado mais só em publicidade. Deve gerar receita e ter escala. É importante identificar as barreiras de entrada e apresentar bem o time. Como identificar o melhor investidor? Quando a empresa é pequena, ela precisa do dinheiro e do conhecimento trazidos pelo investidor. Quando o negócio amadurece, há alternativas: capital-semente, venture capital, private equity e até a abertura do capital em bolsa ou a própria venda da empresa.
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Quero ter minha empresa taxa de empreendedores iniciais no Brasil (em % da população) Brasil
argentina
chile
colômbia
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FOcO NO FacebOOk LikeStore Lança pLataforma para a criação de LojaS na rede SociaL
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15,3 20,6 16,8
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14,2 17,5 fonteS: SeBrae
O dinheiro que vem de fora os investimentos estrangeiros nas empresas brasileiras (em uS$ bilhões) 36 27 13 6 2004
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fonteS: centro de eStudoS em private equity e venture capitaL da eaeSp – fGv
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na Argentina e deve chegar ao Chile, Peru e México no ano que vem. Além do Hotel Urbano, os irmãos Mendes tocam, desde 2007, o ApetreXo, um site de comércio eletrônico que deve fechar 2011 com a oferta de 10 mil produtos e faturamento de 40 milhões de reais.
Para ter sua loja no Facebook, o Hotel Urbano usou a tecnologia de uma outra startup, a LikeStore. Aberta oficialmente em agosto, a empresa consegue viabilizar compras totalmente dentro da rede social e aproveita a influência dos amigos para estimular o consumo. O publicitário Gabriel Borges e outros quatro investidores usaram capital próprio para levantar os 2 milhões de reais necessários para começar a operação. A startup segue a linha da americana Payvment e enfrenta a concorrência de outra empresa nacional, a E Like, mas tem tudo para crescer. A boa sacada foi oferecer uma plataforma em que qualquer pessoa pode criar sua loja no Facebook sem gastar um tostão. A receita da LikeStore vem com a comissão sobre cada venda, que está hoje em 2% do valor pago pelo consumidor. Além disso, outros 5,9% mais uma taxa fixa de 0,39 real são destinados ao MoIP, serviço de pagamentos. “O ticket médio das compras é de 120 reais e esperamos atingir 18 milhões de reais no primeiro ano de operação”, diz Gabriel Borges. Nos dois meses da fase beta, antes do lançamento oficial, a LikeStore criou cerca de 960 lojas, incluindo a de grandes marcas, como a do joalheiro carioca Antonio Bernardo.
O comércio eletrônico com base em rede social ganha cada vez mais relevância. O modelo da LikeStore, conhecido como Facebook Commerce (ou F-commerce), é uma tendência, pois alia compras a indicações de amigos presentes na rede social e já é visto em operações de marcas como Disney, Starbucks e Levi's. “O Facebook estimula a criação de um ecossistema que permite novos negócios. No F-commerce, a empresa usa a estrutura do Facebook como moldura para realizar vendas no site”, diz Alexandre Hohagen, vice-presidente do Facebook para a América Latina. “A Amazon, por exemplo, pode avisar a um usuário do Facebook que o aniversário de um amigo está próximo e indicar presentes relacionados ao gosto pessoal dele.”
JOgOs sOcIaIs a carioca GazeuS GameS caminha para oS r$ 20 miLhõeS Outro modelo que faz sucesso nas redes é o dos jogos sociais, como os criados pela americana Zynga. A carioca Gazeus Games investiu numa fórmula consagrada: levou para o Facebook jogos de cartas como tranca, truco e buraco. Agora está lançando um novo game, o Music City, em que o jogador gerencia a carreira musical de um artista virtual. A Gazeus surgiu da união de duas empresas, a Gazzag, que já foi rede social e hoje dedica-se a games sociais, e a Odysseus, que também fazia jogos e mantinha o site Jogatina. Obteve investimento do fundo Mosaico, em 2010, e este ano planeja faturar 20 milhões de reais. “Nosso modelo de negócios está baseado na assinatura dos jogos e na venda de bens virtuais”, diz Guilherme Pereira e Oliveira,
foto Stefano martini
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Guilherme Pereira e Oliveira Empresa / Gazeus Games O que a faz / Games
para redes sociais Faturamento estimado /
R$ 20 milhões Fundo / Mosaico Para seguir / @gazeusgames
/ facebook.com/gazeus
DIaCmAbiçãoe. é
a Tenh ser grandiro e Para iso prim certo, c u pre Não de tra ou er. quer rta para pa
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perguntas para Julio Vasconcellos o fundador do site de compras coletivas peixe urbano diz como começar Qual é o momento certo de abrir uma empresa? Quando se acredita o suficiente no negócio para apostar tudo nele. em que momento se deve fazer o plano de negócios? Primeiro é preciso construir o produto ou o serviço para mostrar que consegue torná-lo uma realidade. Num segundo momento é feito o plano de negócios. Quais os erros cometidos no Peixe Urbano que podem ser evitados? Cometemos milhões de erros. Eles geram aprendizado. Reconheça que fez errado e faça uma reunião para discutir os motivos. Um dos nossos erros foi ter demorado para entrar em algumas cidades.
41 anos, presidente da Gazeus. Um dos fundadores do site de namoro Par Perfeito, Oliveira está em sua terceira startup. O que é melhor hoje? Copiar ou partir para uma ideia totalmente nova? Fundos nacionais, especialmente os públicos, destinam mais verba para ideias novas. “Muito do capital disponível no Brasil está nas mãos de investidores avessos a apostar na inovação não comprovada. Isso sinaliza uma direção errada aos empreendedores, que se preocupam menos com a inovação e mais com o dinheiro”, diz Yuri Gitahy, da Aceleradora, empresa que ajuda a acelerar projetos de startups. Gitahy afirma que é importante que os empreendedores busquem o capital na hora certa, seja para um modelo adaptado ou para um totalmente inovador, que pode ser muito mais rentável. O estímulo financeiro a cópias pode gerar um certo comodismo. Mas ainda há espaço para boas ideias. “Se chega a mim um projeto com escala global, sem paralelo nos Estados Unidos, tenho interesse em olhar e investir. O problema geralmente é como levar para o segundo estágio, para conseguir investimentos de venture capital”, diz Cassio Spina, da Anjos do Brasil, associação privada que aproxima empreendedores e investidores-anjo. Mesmo com uma fórmula pronta, para fazer sucesso com um copycat não basta estar no mercado. “A réplica não é o único caminho, mas ele é muito viável. Implementar daqui um modelo de fora requer, sim, muita inovação”, diz Michael Nicklas, diretor do fundo Ideiasnet. “Qualquer negócio é formado por 90% de execução e 10% de inovação. Você não pega um modelo e executa direto em outro país. É precisa adaptá-lo.” Não há dúvidas de que o atual grupo de novos empreendedores está mais
maduro, mas isso não é garantia de sucesso. “Das mais de 2 200 empresas que estão ou já passaram pelo BizSpark, cerca de 30% morreram. O importante é que a empresa morre, mas o empreendedor, não. Ele deve buscar outros negócios”, diz Silvia Valadares, gerente de desenvolvimento da economia local de software da Microsoft. O programa BizSpark, da Microsoft, completará três anos em novembro e acompanha novas empresas, investindo indiretamente, com licenças de software e consultoria. Os investidores destacam que os brasileiros ainda precisam ter mais visão de longo prazo e ímpeto gerencial. “Às vezes precisamos buscar empreendedores de fora para gerenciar negócios no Brasil”, afirma Martín, do fundo espanhol IG Expansión. Isso acontece porque o brasileiro ainda não está acostumado a sair da universidade com a convicção de abrir uma empresa. As primeiras opções costumam ser encontrar sempre um emprego público ou numa multinacional. “Nos Estados Unidos, a primeira coisa que os estudantes pensam é ter uma startup de sucesso. É preciso conviver com essa possibilidade na universidade”, diz Bedy Yang, da Brazil Innovators.
ONde é maIs baratO? Site MeuCarrinho CoMpara preçoS eM SuperMerCadoS O paulista André Nazareth sempre quis abrir uma empresa, mas não sabia quando seria o momento certo. Depois de uma temporada de um ano no Japão, voltou com uma ideia e a apresentou aos amigos Danilo Campos, Bruno Branta e Luciano Frezzatto, do curso de engenharia da computação da Unicamp. “Mostrei e já começamos a modificá-la. Não existe uma ideia espetacular que
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Nossas apostas eles ainda não estão operando, mas têm tudo para dar certo GetNINjas
O mineiro Eduardo L’Hotellier e o paraense Diego Dias estão criando um portal cujo negócio é resolver problemas. Precisa de alguém para passear com o cachorro? O site será o caminho. Basta descrever o problema e propor um valor para o pagamento do serviço. Alguém vê a proposta, topa resolver o problema e recebe o pagamento. O GetNinjas é inspirado no americano TaskRabbit e recebeu cerca de 1 milhão de reais do fundo brasileiro Monashees.
55sOcIal
O fundo espanhol IG Expansión tirou o engenheiro Emilio Maciel do Groupon, na China, para comandar a 55social, uma plataforma de redes sociais para empresas e agências de publicidade controlarem perfis, administrarem ações interativas, como games e enquetes, e acompanharem o impacto gerado, por meio de estatísticas. A 55social entra no ar nos próximos dois meses e recebeu mais de 1 milhão de dólares de investimento dos espanhóis e do fundo Redpoint Ventures.
baby.cOm.br
O portal de produtos para bebê e crianças tem previsão de entrar no ar até o fim do ano, com preços competitivos e entrega no mesmo dia nas grandes cidades. Os fundadores, Kimball Thomas e Davis Smith, tinham um site de e-commerce de mesas de bilhar nos Estados Unidos.
vai mudar o mundo. O que existe é uma ideia bem trabalhada”, diz Nazareth. Das conversas nasceu o MeuCarrinho, um comparador de preços de produtos vendidos em supermercados com uma versão para web e outra para smartphones. O consumidor usa a câmera do celular para ler o código de barras do produto e, assim, comparar o preço com o praticado em outros supermercados. Ainda em versão protótipo, o projeto foi um dos quatro vencedores do desafio Sua Ideia Vale 1 milhão, lançado pelo site BuscaPé, que comprou 30% do projeto, por 300 mil reais. “Para nós o BuscaPé é mais do que um investidor. Há uma sinergia muito grande entre as empresas e eles têm o conhecimento de mercado de que precisamos”, afirma Nazareth.
É O FIm da espera? Site de reServa de meSaS em reStauranteS, O reStOrandO cOmeçOu na argentina Não são só os investidores que se interessam pelo Brasil. Empreendedores estrangeiros também estão de olho no país. É o caso dos argentinos Frank Martin e Franco Silvetti, ambos de 26 anos, fundadores do serviço Restorando, que divide suas operações entre Buenos Aires e São Paulo. Sucesso portenho, o site faz reservas online em restaurantes e licencia um software para os estabelecimentos organizarem as mesas. “Mais de 70% dos nossos recursos serão investidos no Brasil”, diz Martin. O Restorando cresce 300% ao mês e espera somar 1 600 restaurantes até o fim deste ano, metade em cada país. No final de 2010, a startup dos argentinos recebeu um aporte de capital do fundo de investimento Atomico, cria-
do por Niklas Zennström, um dos fundadores do serviço de telefonia Skype. O Atomico investiu também no CinemaKi, portal de cinema criado em Buenos Aires que usa dados das redes sociais para indicar filmes. Ainda sem escritório no Brasil, o site já fechou parceria com o canal de cinema do iG. O negócio inclui um aplicativo para celular que localiza os cinemas mais próximos de onde estão os consumidores. No futuro, incluirá recomendações de amigos, para facilitar a escolha dos filmes. “Temos 1,3 milhão de visitas mensais, mas nosso objetivo é chegar a 10 milhões até o final de 2012”, diz o argentino Matías Garcia, um dos fundadores. Já o Baby.com.br, portal criado por dois americanos, deve começar a operar até o fim do ano, com a venda de produtos para bebês e crianças de até três anos. A ideia não é nova e surgiu quando um dos sócios, Kimball Thomas, teve dificuldades para encontrar fraldas para seu filho durante férias no Rio de Janeiro. Formado na Harvard Business School, Thomas associou-se ao primo Davis Smith para abrir o negócio no Brasil. Eles não divulgam o valor do capital que receberam, mas dizem que está entre os maiores que uma startup já teve no país. “O site terá tudo o que uma mãe precisa comprar enquanto o bebê dorme”, afirma Smith, pai de duas meninas. Ele resume em uma frase o sentimento que parece coletivo: “Acreditamos no Brasil”. Os investidores estrangeiros também, para alegria dos 44 empreendedores ouvidos em São Paulo pelo Redpoint Ventures. Agora eles aguardam ansiosos por uma resposta positiva do fundo. ↙ Veja maIs em INFO.abrIl.cOm.br/ extras 10 dIcas para empreeNder e atraIr INVestIdOres
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Está vEndo uma boa idEia por aqui?
Não Se deixe levar pela face caótica de BaNgalore, a quiNta maior cidade da ÍNdia. uma comBiNação de Boa formação acadêmica, criatividade e BaixoS cuStoS traNSformou a cidade em uSiNa de StartupS. coNheça algumaS e iNSpire-Se / Por Fernando Valeika de BarroS, de Bangalore
foto Stringer india/reuterS edição de imagens artnet digital
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NO BUSÃO
C
onhecida como a capital do Vale do Silício indiano, Bangalore é uma cidade desengonçada, barulhenta e poluída de 5,5 milhões de pessoas. Mas por trás de sua aparência caótica há boas lições para o Brasil. Já foi a capital indiana do software e dos serviços terceirizados, mas agora volta-se a novos negócios pontocom. De médicos que atendem pela internet a bancos pelo celular, passando por incubadoras de novas tecnologias, é nessa região que estão concentradas algumas das mais interessantes startups da Índia. “Nossos engenheiros têm formação educacional de qualidade e estão entre os mais inventivos do mundo”, disse a INFO Ajay Bharadwaj, pós-graduado nos Estados Unidos e hoje CEO da empresa de biotecnologia Anthem BioSciences. Há ainda a já conhecida vantagem dos custos. “A Índia oferece custos 50% menores que os Estados Unidos e bem
/ Phanindra Sama, da redBus: passagens na web
inferiores aos praticados no Brasil”, afirma a brasileira Ione Binford, que há uma década instalou-se em Bangalore, ao lado do marido Thomas, ex-professor da Universidade de Stanford. Eles estão prestes a lançar um software que transforma textos escritos à mão em caracteres legíveis na tela do computador. Segundo país mais populoso do mundo, com quase 1,3 bilhão de habitantes, e com a perspectiva de ultrapassar a China dentro de duas décadas, a Índia tem apenas 5% da população com acesso à internet, contra 39,2% dos brasileiros e 29% dos chineses e russos. Mas isso está mudando, principalmente com a rápida popularização dos smartphones. Segundo números do banco Caris & Co., a expectativa é que dentro de quatro anos os usuários indianos de internet passarão de 200 milhões. Isso explica o crescimento de 30% ao mês do comércio eletrônico, segundo a consultoria Helion Venture Partners, uma das grandes investidoras desse mercado. Vários fundos estão de olho nos 5 bilhões de dólares que o comércio eletrônico deve movimentar em dois anos na Índia. Veja aqui o que algumas startups de Bangalore estão fazendo para inovar e inspire-se.
RedBus.cOm Passagem de ônibus Pela web Há seis anos, quando ainda trabalhava na sucursal da Texas Instruments, em Bangalore, o indiano Phanindra Sama enfrentava um calvário sempre que precisava viajar para sua cidade, Nizamabad, localizada 743 quilômetros ao norte. Pulverizada entre 1 300 companhias e agentes de viagem, a venda de
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bilhetes de ônibus para as 2 500 maiores cidades do país era uma confusão só. Sem comunicação eficiente e muito menos gestão para administrar os assentos, muitas vezes os ônibus saíam com lugares vazios ao mesmo tempo que passageiros faziam filas para comprar passagens de operadores que já tinham esgotado sua cota. Parte da solução veio com um portal criado por Sama, o redBus.
foto JAGADEESH NV
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Concebido com seis amigos em um pequeno apartamento em Bangalore e inspirado no sistema das companhias aéreas, o redBus é uma plataforma digital que agrupa o estoque de bilhetes das companhias de ônibus e dos agentes indianos. Os bilhetes são adquiridos online pelos passageiros. “Tentamos primeiro vender o software para as empresas, mas
como elas não quiseram, decidimos colocá-lo em operação”, diz Sama. Mas o portal dos sete amigos só decolou quando os viajantes perceberam a vantagem de comprar — e encontrar — as passagens depois de alguns cliques. Em maio deste ano, atingiu a marca de 4 milhões de tíquetes vendidos. A redBus recebeu 12,7 milhões de reais de grandes fundos
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de investimento indianos. Hoje, há escritórios em nove cidades da Índia. O portal fica com 40% do preço de cada bilhete. São 8 mil cliques diários, o que explica um faturamento que deve chegar a 43 milhões de reais este ano, o dobro de 2010, e 250 vezes o dinheiro que os sete amigos investiram.
Read-INk De garranchos a caracteres Professor aposentado de ciência da computação na Universidade Stanford, no coração do Vale do Silício, o americano Thomas Binford, 70
7 pontos porcentuais acima de programas similares. Documentos escritos à mão, como certidões de nascimento ou casamento antigas, manuscritos de empresas e formulários poderão virar arquivos digitais de fácil localização. O princípio é interpretar os padrões de escrita por meio de algoritmos e, com a ajuda de inteligência artificial, análise de sistemas e de semântica, permitir que a máquina reescreva cada frase de acordo com a gramática e o léxico de um idioma. O primeiro será o inglês. Em sua versão final, prevista para este ano, o software será vendido pela Read-Ink, a empresa do casal.
O americano Thomas Binford e sua mulher, a brasileira Ione, se mudaram para Bangalore e criaram sofware que transforma letra cursiva em caracteres anos, chegou a Bangalore no começo da década passada com a mulher Ione, uma brasileira ex-executiva da HP. Desembarcaram com cinco malas carregadas de equipamentos e a intenção de caçar ideias. “Mal pude carregar meus sapatos, mas valeu a pena”, contou Ione a INFO. Depois de dez anos e 8 milhões de dólares do patrimônio pessoal investidos, os Binford criaram um software que transforma letra de mão em caracteres digitais legíveis na tela de um computador ou tablet. Não se trata de escanear os textos. O programa é capaz de transformar garranchos em caracteres legíveis ao interpretar os códigos que saem de cada escrita. O sistema inventado por Tom Binford tem precisão de 94%, cerca de
“Até cogitamos instalar a companhia no Brasil, mas a Índia — e especialmente Bangalore — reúne boa educação para formar técnicos e engenheiros com um custo muito menor”, diz Ione. Nos últimos anos, os salários para técnicos em informática dispararam para os padrões indianos, mas ainda são uma pechincha. Segundo Ione, um engenheiro de computação ganha entre 15 mil e 40 mil dólares anuais, um técnico em manutenção, 12 mil dólares. Isso equivale à metade do salário dos mesmos profissionais nos Estados Unidos. A Read-Ink recrutou 20 analistas graduados em institutos de tecnologia de primeira linha. Para fugir do trânsito caótico de Bangalore, os Binford alugaram to-
dos os apartamentos de um prédio de três andares na região de Indiranagar. Moram e trabalham no mesmo endereço. “Outro problema por aqui são os cortes de luz, que chegam a durar duas horas diárias”, diz Ione. A empresa tem 80 geradores para contornar o problema.
jI gRahak Pagamento Pelo celular A Índia tem hoje em operação cerca de 600 milhões de celulares, quase três vezes a população do Brasil. Por que então não fazer deles máquinas de compras? “Não precisamos mais ter cartões de débito ou crédito ou estar na frente de um computador para comprar”, afirma o estudante Sanjay Shivam, do Instituto de Tecnologia de Bangalore. “Basta ter um aplicativo no celular.” O mais popular dos aplicativos para turbinar o comércio eletrônico é o Next Generation Pay, ou Ngpay, que contabilizava 1,5 milhão de clientes em agosto último. Legítimo produto de Bangalore, o Ngpay foi criado pela startup Ji Grahak, nome que significa “sim, consumidor”. Foi fundada por Sourabh Jain, engenheiro de computação formado pelo Instituto de Tecnologia de Delhi, que fez carreira na Lucent antes de apostar no mobile banking. Demorou dois anos para que Jain e três amigos, espremidos em seu apartamento no centro da cidade, desenvolvessem o primeiro protótipo do software. Depois veio a segunda fase, não menos complexa: encontrar parceiros. De um lado, comerciantes para vender os produtos, do outro, bancos capazes de acreditar que celulares poderiam ser confiáveis para transações. O negócio decolou quando o fundo de investimentos Helion Venture injetou 2,2 milhões de dólares. Com as finanças
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novos negócios / O americano
Thomas Binford (ao lado) desenvolveu um sofware que transforma letra de mão em caracteres. Acima, Sachin e Binny Bansal, criadores da loja virtual indiana FlipKart
turbinadas e o software melhorado, companhias como a rede de cinemas Fame e o banco HDFC viram potencial no negócio e aderiram ao sistema. Hoje tem quase 500 parceiros comerciais. Não por acaso, 70% dos clientes da Ngpay estão em áreas rurais. Muitos carregam celulares pouco sofisticados. O aplicativo do Ngpay tem apenas 64 kb e é fácil de ser instalado. O cliente acessa sua conta bancária e completa a transação, seja para pagar contas de água ou luz, comprar entradas para o cinema ou passagens aéreas. Confirmada a transação, os detalhes são enviados por SMS, tudo muito prático. Para evitar fraudes, o sistema trabalha com fontes de autenticação. A primeira é um PIN de seis dígitos que só o usuário conhece. Se o aparelho é extraviado, basta desativar o aplicativo.
FlIpkart A AmAzon indiAnA O mercado indiano tem três forças: sua população, que passa de 1,3 bilhão de pessoas, o inglês como idioma de ligação nacional, em um país que tem 18 línguas oficiais e cerca 1 600 dialetos (37 deles com mais de meio milhão de falantes), e a capacidade para formar mão de obra qualificada. Some-se a isso um desejo por informação e cultura e fez-se o sucesso da livraria online Flipkart. Foi fundada em setembro de 2007 por dois engenheiros de software graduados pelo Instituto de Tecnologia de Nova Delhi e oriundos da Amazon. São eles Sachin Bansal e seu colega Binny Bansal. Há quatro anos, pediram demissão, pegaram o equivalente a 16 mil reais de suas economias (400 mil rúpias) e criaram a livraria
fotos nAmAs BhojAni/nYT/LATinsTock e divuLgAção/FLipkArT
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virtual. “Muita gente achou que tínhamos perdido o juízo”, diz Sachin. O tempo provou que a dupla encontrou um atalho para a fortuna. Em menos de cinco anos, a Flipkart passou a valer 400 milhões de dólares. De uma empresa tocada em um quarto, com 50 mil títulos, ela tornou-se uma potência, com armazéns em Bangalore, Mumbai, Delhi, Chenai e Calcutá. Tem 4 milhões de visitantes e 2 milhões de vendas mensais. A empresa oferece um catálogo com 10 milhões de títulos e a meta agora é atender clientes em toda a Índia. Com 1 milhão de reais em vendas anuais, a Flipkart é a maior varejista online da Índia. Os Bansal diversificaram as atividades e passaram a oferecer games, CDs de música, aparelhos eletrônicos e celulares. Hoje, a venda de livros responde por 50% da receita. Setembro 2011 INFO
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O mapa da inovação
bangalore já foi a capital indiana do software e dos serviços terceirizados. agora acolhe startups
read-INk O que é: empresa que criou software que transforma letra cursiva em caracteres Investimento inicial: US$ 8 milhões Funcionários: 20
HealtHcareMagIc.cOM O que é: portal de médicos que tira dúvidas sobre saúde Usuários: 1 500/dia Médicos: 3 000 na rede
redbus O que é: portal para a venda de passagens de ônibus Faturamento: R$ 43 milhões Comissão: 40% do valor da passagem
FlIpkart O que é: loja online que vende livros e produtos diversos Valor: US$ 400 milhões Usuários: 4 milhões/mês Catálogo: 10 milhões de títulos
“Cerca de 60% das vendas na Índia são fechadas à vista”, diz Sachin Bansal. A Flipkart emprega 2 500 pessoas, boa parte delas para cuidar dos pagamentos. Desde 2009, a companhia amealhou 31 milhões de dólares de fundos de investimentos, como o Accer Partners, e preparase para um novo aporte de 150 milhões de dólares do General Atlantic. A experiência e o dinheiro do sócio americano serão bastante úteis. No ano que vem, a gigante das compras online Amazon deve desembarcar na Índia. Será com certeza um concorrente e tanto para Sachin e Binny. 86 / INFO Setembro 2011
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INMObI O que é: produtora de anúncios para iPhone e iPad Mercado: US$ 80 bilhões Próximo passo: criar sistema de pagamento por celular
HealtHcareMagIc.cOM os Doutores Da web Situado em cinco salas do Evoma Center, centro empresarial localizado em KR Puram, na periferia norte de Bangalore, o portal HealthcareMagic. com tem uma estrutura aparentemente modesta. Mas já atrai tantos pacientes quanto um movimentado hospital. A cada dia, 1 500 usuários, em média, acessam a rede de médicos formada para esclarecer dúvidas sobre saúde pela web. “Nosso compromisso é dar respostas para cada
jI graHak o que é: starup que criou o sistema Ngpay, de pagamento pelo celular Usuários: 1,5 milhão, 70% na área rural da Índia Parceiros comerciais: 500
pergunta que recebemos em um prazo de até 24 horas”, disse a INFO Kunal Sinha, presidente da empresa. O portal reúne um grupo de clínicos gerais incumbidos de analisar e validar as respostas aos pacientes. São 14 os médicos fixos, que trabalham em regime de plantão, e mais 45 em tempo parcial. Desde que o site começou a funcionar, em 2008, foram postadas 622 mil consultas. Quem utiliza o serviço? Hoje, 85 em 100 perguntas vêm dos Estados Unidos e do Canadá e dez da Europa. Apenas 5% são de indianos.
ilUStRação evanDro bertol
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Pouco, considerando que o país tem um médico para uma média de 1 588 habitantes. “Fazemos remotamente o papel que antes era desempenhado pelos médicos de família. Respondemos a dúvidas básicas, analisamos exames e encaminhamos os pacientes para um especialista”, diz o clínico geral Chakravarthy Mazumdar, usando sandálias. Para livrar-se de qualquer encrenca ética, o site tem um princípio: nunca receita medicamentos. “Nossa vantagem em relação ao Google é que analisamos o caso dos pacientes individualmente”, afirma Mazumdar. Os doentes podem anexar fotografias ou exames para ajudar no diagnóstico. A tabela de consultas do portal HealthCareMagic.com tem três níveis de preço e especialização. Questões publicadas no fórum ou as dicas de saúde divulgadas no Twitter (@Dailyhealthtips) são de acesso gratuito e rendem 15 rúpias de pagamento aos médicos (o equivalente a 50 centavos de real). “É uma maneira de habituar os profissionais a responder e formar um banco de dados”, diz Sinha. A rede de colaboradores reúne 3 mil médicos. Os mais ativos e com boa comunicação passam para um segundo grupo, o dos colaboradores habituais. São cerca de 200 profissionais, espalhados pela Índia e outros países, aptos a responder a questões que custam 9,99 dólares. “Sempre que a pergunta entra no sistema, o médico que for mais ágil pode apanhá-la, mas deve respondêla em até 60 minutos”, afirma Sinha. Se não o fizer no tempo determinado, ela volta para o sistema, e outro profissional pode dar seu diagnóstico e receber por ele. Os clientes também podem requisitar a opinião de um dos 140 especialistas presentes no site, com foto e um breve currículo. Uma
consulta desse tipo sai por 25 dólares. De cada oito acessos a clínicos gerais, dois são para especialistas. Cada resposta concedida é analisada por um moderador, como o dr. Mazumdar, antes de ser publicada. A regra é que cada pergunta dê direito ao paciente a duas novas questões para sanar dúvidas. Egresso do Instituto de Tecnologia de Nova Delhi, Kunai Sinha trabalhou para a IBM em Bangalore antes de se arriscar no mundo das startups. Com três sócios e apoio do fundo de investimentos Accel India, que emprestou 2,5 milhões de dólares, montou o portal de saúde. “Parecia maluquice colocar um sujeito do interior
INMObI InvestImento no mundo móvel Se Bangalore ficou conhecida por companhias como Infosys e Wipro, de terceirização e produção de software, uma segunda onda aponta para o surgimento de startups especializadas na geração de serviços de tecnologia. “Esta região forma os melhores engenheiros e técnicos em inovação”, disse a INFO Shringr Pangal, da InMobi, produtora de anúncios para celular e iPad. Instalada em um escritório abarrotado de gente e sem sofisticação, a empresa já criou mais de 30 bilhões de anúncios, que circularam por 314 milhões
O HealthCareMagic.com responde a dúvidas de saúde. Uma equipe de 3 mil médicos analisa online sintomas e exames e encaminha o paciente para tratamento da Índia ou das Filipinas para se consultar com um especialista em Londres ou Nova York, mas chegamos lá”, afirma Sinha. O HealthCareMagic.com já ganhou concorrentes. Em Mumbai, surgiu o Mediangels.com, uma rede com 300 médicos. “Em se tratando de saúde, 30% dos pacientes querem uma segunda opinião”, diz Debraj Shome, cirurgião plástico fundador do portal. Para enfrentar a concorrência, o HealthCareMagic.com criou planos de saúde empresariais em Bangalore. Funcionários de empresas como HSBC e McAfee podem fazer exames e se submeter a questionários para prevenir doenças. A próxima etapa? Expandir os serviços a outros países em desenvolvimento. Sim, o Brasil está nos planos.
de consumidores em 125 países. Graças a um SDK, kit de desenvolvimento de software, que bolou em parceria com a também indiana Coliris, criou um diferente anúncio em 3D para o aparelho Galaxy S II. Tornou-se uma das líderes de um mercado em expansão, estimado em 80 bilhões de dólares em 2014. Agora a InMobi prepara-se para introduzir um sistema de pagamentos por celular, o Smart Pay. “Entrará em operação este ano na Índia, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Indonésia, África do Sul e Malásia”, diz Shringr. Até o final do ano, mais 30 países entrarão no sistema. Não deixa de ser uma proeza para uma empresa que começou pequenina com o nome mKhaj, com sabor tão indiano como o curry. ↙ Setembro 2011 INFO
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A novA bAtAlhA móvel
Com integração ainda maior à internet, o ioS 5, da Apple, e o Windows Phone 7.5, da microsof, partem para cima do Android. testamos as duas versões. Conheça suas novidades / Por Maurício Moraes
ilustrações felipe watanabe
o casamento de seu smartphone com a internet vai entrar em uma nova fase, ainda mais intensa. Você saberá notícias de seus amigos e familiares com maior frequência, e será mais fácil entrar em contato com todos eles. Celular e web também vão guardar cópias das suas informações, fotos e documentos. Isso, claro, se você tiver um iPhone com iOS 5, da Apple, ou um aparelho com o Windows Phone 7.5, da Microsoft. As novas versões dos sistemas operacionais para dispositivos portáteis criados pelas duas empresas, cujo anúncio está previsto para este mês, prometem maior integração com a rede e backups automáticos de dados. As mudanças têm um alvo: o Android. Criado pelo Google, o sistema começa a se distanciar dos concorrentes a uma velocidade supersônica. De acordo com o instituto de pesquisas Gartner, o Android estava em 43% dos smartphones vendidos em todo o planeta no segundo trimestre deste ano. Os aparelhos da Apple não passaram de 18% do total comercializado no período, enquanto os que ti-
nham o sistema da Microsoft representaram só cerca de 2%. A Nokia, que por 15 anos manteve a liderança no setor, viu a parcela de mercado do Symbian encolher de 41% para 22%, entre 2010 e 2011. Agora, a companhia aposta na parceria com a Microsoft e no Windows Phone 7.5 para se recuperar. Para saber quais são as novidades e descobrir até que ponto a guerra dos sistemas móveis vai se intensificar nos próximos meses, INFO testou versões em desenvolvimento dos dois sistemas operacionais. Ambas saem na frente em uma comparação direta com o Android 2.3 (Gingerbread), anunciado no fim do ano passado. Como os primeiros aparelhos com Gingerbread só chegaram ao Brasil recentemente, são eles que vão encarar os rivais — inclusive o iPhone 5 — por um bom tempo. O Google pretende contra-atacar com o Ice Cream Sandwich, novo sabor do Android, que rodará em celulares e tablets e terá a missão de padronizar a interface em diferentes aparelhos. Mas ainda se sabe muito pouco sobre seus novos recursos.
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INtegraçãO tOtal O iOS 5 passará por uma das mudanças mais significativas desde sua criação, mas sem modificar a já consagrada experiência de uso. A Apple vai permitir que o iPhone, o iPad, o iPod Touch e o computador — seja ele um Mac ou um PC — troquem informações entre si, de modo automático, pela web. Isso vai ocorrer por meio de um novo serviço, o iCloud. O recurso funcionará nos bastidores, de uma maneira quase invisível, para garantir que todos os aparelhos tenham sempre o mesmo conteúdo. A integração é também um jeito de estimular a compra de outros produtos da marca. Será mais prático se o dono de um iPhone tiver um iPad em vez de um tablet com Android, por exemplo. Com o iCloud, e-mail, contatos, calendários, fotos, lembretes, favoritos do navegador Safari (que continua sem suporte a Flash), notas e até documentos criados com os aplicativos da suíte iWork (Pages, Keynote e Numbers)
serão sincronizados com a rede e enviados para todos os dispositivos em que sua conta Apple estiver cadastrada. Cada pessoa terá direito a 5 GB gratuitos para armazenamento, mas poderá comprar planos extras anuais, de 20 dólares (10 GB), 40 dólares (50 GB) e 100 dólares (100 GB) . No Android, sempre houve a sincronização dos contatos e e-mails do Gmail por meio de uma conta Google. Como a Apple estava em desvantagem, resolveu criar um serviço mais abrangente. A configuração é extremamente simples. No menu Ajustes do iPhone ou iPad, o usuário escolhe o que deseja ver sincronizado por meio de botões de liga e desliga. O iCloud permite também fazer backup do conteúdo na internet. Outro serviço associado, o Compartilhar Fotos, envia as últimas mil imagens para todos os equipamentos cadastrados, sem considerá-las na cota de espaço do iCloud. Um software permitirá a sincronização dos dados em computadores com Mac OS X ou Windows.
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A interface do iOS 5 traz poucas alterações, mas a mais Dois novos aplicativos também passam a fazer parte do importante foi copiada do Android e aprimorada. iPho- sistema da Apple. O Lembretes permite criar listas de tarefas ne, iPad e iPod Touch passam a contar com uma Central e definir alarmes, que podem soar na hora marcada ou quande Notificações, que é acessada quando se desliza o dedo do do se chega a um determinado local. Há também a Banca, que topo até a parte de baixo da tela. É ali que estão reunidos os abre uma estante para armazenar jornais e revistas compraavisos de chamadas perdidas, torpedos recebidos, citações dos na App Store. Nos testes da INFO não foi possível acessar no Twitter ou Facebook e novos e-mails, entre outros aler- esse conteúdo, porque o botão Loja não estava ativo no beta 5 tas. As informações fornecidas para cada aviso são bem do iOS 5. Uma última mudança é a possibilidade de atualizar o mais detalhadas do que as exibidas pelo sistema do Google. software do sistema diretamente no aparelho, sem precisar do Se alguém envia um eiTunes. A ativação também mail, por exemplo, dá para dispensará o computador e enxergar o remetente, o será possível sincronizar assunto e o início da menmúsicas usando Wi-Fi. sagem. Outra vantagem é quadrO a quadrO que as notificações são lisAlguém ainda se lembra do tadas na tela de bloqueio. Windows Phone 7? EmboA Apple também mera tenha sido lançado no filhorou a usabilidade da nal do ano passado, muito câmera. Agora, dá para poucos se aventuraram at ivar uma g rade que a comprar dispositivos ajuda a fazer o enquadracom o sistema, que tinha mento. O botão de aumenuma série de problemas. tar o volume serve para Mas a Microsoft não se tirar fotos, enquanto o de deu por vencida. Sua equidiminuir o som acha o pe de desenvolvimento foco e trava a exposição. desafiantes Tela da Central de Notificações do iOS 5 (à esq.) mergulhou no código, Quem gosta de fotografia e a inicial do Windows Phone 7.5: apostas para enfrentar o Android corrigiu falhas, adicioficará feliz ao saber que as mesmas funções estão disponíveis nos botões do fone nou recursos e preparou a versão 7.5, batizada de Mango. de ouvido, o que o transforma em um controle remoto com A INFO conseguiu testá-la em um protótipo ultrassecredisparador. Destravar o aparelho para ativar a câmera to da Samsung. O aparelho impressionou pela rapidez, deixará de ser um problema: ao pressionar a tecla Home mas fica a dúvida sobre quanto essa velocidade vai custar. A Microsoft manteve a interface Metro, que já estava preduas vezes com a tela bloqueada, surge um atalho para acessá-la. E ao visualizar uma foto na galeria, agora é pos- sente no Windows Phone 7, e fez poucas modificações. Toda sível editá-la. Mas os ajustes apenas quebram um galho. a linguagem visual tem como base pequenos quadrados e Tuiteiros inveterados podem comemorar — ou não. O menus com letras minúsculas chamativas. Não há barras de iOS 5 vai se integrar ao Twitter, mas a rede social foi incor- rolagem horizontal, nem abas. Os títulos dos menus ficam porada ao sistema de uma maneira bem superficial. Ao ca- dispostos lado a lado, e as palavras aparecem cortadas para dastrar a sua conta no menu Ajustes, o sistema atualiza os indicar que há mais conteúdo à direita. Algumas pessoas contatos com as fotos e o nome dos usuários que você segue. podem se incomodar com isso, mas o uso é bastante intuitiQuando se abre uma imagem ou se quer compartilhar uma vo. Várias das animações lembram as do iOS e as transições página na web, há o botão Tuitar entre as opções do menu. de tela têm elegância. Nesse ponto, a Microsoft, sempre criMas não passa disso. Para interagir para valer com a rede so- ticada pelo design de seus produtos, conseguiu se superar. Os pequenos quadrados que formam a tela inicial do cial, ainda é necessário instalar um programa pela App Store. Um recurso bem parecido existe há tempos no Android, e o Windows Phone são dinâmicos e exibem notificações. Windows Phone 7.5 leva essa integração bem mais a sério. No Mango, qualquer aplicativo consegue aproveitar esse
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recurso. Um programa de previsão do tempo, por exem- selecionados pela equipe da Microsoft e as diferentes categoplo, pode usar o pequeno espaço para indicar como será rias de programas. Os games ficam em um espaço próprio. Há o dia e qual a temperatura do momento. Os quadros mais inclusive uma área que se integra à Xbox Live. Ali era possível bacanas que podem ser fixados na tela inicial são os que ver o avatar criado na rede do console, associado ao Windows reúnem contatos. Como o sistema vai se integrar nativa- Live ID, e atalhos para alguns jogos famosos, como Angry Birds. mente a Facebook, Twitter e LinkedIn (na versão testada, Uma das novidades dos mapas é a possibilidade de criar só o Facebook estava disponível), todas as informações pos- rotas como no Android, transformando o celular em um natadas pelos seus amigos e familiares ficam associadas aos vegador GPS. Em inglês, as direções são faladas. Em portucontatos deles. Quando se cria um grupo, ele se transforma guês, não. O navegador usado pelo Mango é uma versão do em uma central, ou hub digital. Dá para interagir com todo Internet Explorer 9, com suporte a HTML 5 e aceleração por mundo de uma vez só e ver as atualizações de cada pessoa. hardware. A Microsoft afirma que o software é mais rápido Se o iOS 5 tem o iCloud, o Mango do que o Safari e o navegador nativo do também faz sincronização de contatos, Android. Os testes da INFO confirimagens e documentos. Os contatos maram isso ao confrontá-lo com um podem ser cadastrados no Windows Nexus S com Android 2.3 e com um Live, enquanto fotos e arquivos criaiPhone 4 com iOS 5. Outro ponto posiO sistema operacional do Google dos no Office vão para o SkyDrive, tivo do sistema da Microsoft é o suporpode ser amargo para Apple e que oferece 25 GB gratuitos para arte a multitarefa. Já a câmera traz uma Microsoft, mas suas versões seguem a ordem alfabética e têm mazenamento — sem a possibilidade opção de edição, a correção automática. nomes de doces. Conheça os de adquirir espaço adicional. Dá para sete sabores do Android OutrO rObô a camINhO acessar todo o conteúdo pelo site winAo preparar o Android 2.3, conhecido dowsphone.live.com. O sistema tamCupcake (1.5) como Gingerbread, o Google deu uma bém traz proteção contra perda e rouajeitada pequena na interface, padrobo, gerenciada por meio dessa página. Donut (1.6) nizando o visual dos menus. Também busca lImItada deixou o sistema mais veloz do que as Eclair (2.0/2.1) A integração com serviços oferecidos versões anteriores. Muito do trabalho Frozen Yogurt/Froyo (2.2) pelo Bing é outro recurso inovador infoi voltado para o aprimoramento do cócorporado pela Microsoft. O problema digo e correção de bugs, que resultaram Gingerbread (2.3) é que, nos testes, apenas uma das novas em uma performance melhor ao rodar funções, a pesquisa visual, estava dispoanimações de jogos, por exemplo. Além Honeycomb (3.0/3.1) nível em português. O recurso ativa a câdisso, o Android passou a ser compatímera e permite ler QR code e identificar vel com a tecnologia NFC, capaz de ler Ice Cream Sandwich textos na imagem, que podem ser tradue trocar informações por aproximação. (possivelmente 4.0) zidos para vários idiomas. Na interface Com o Ice Cream Sandwich, nova em inglês, dá também para ler códigos versão que sai entre outubro e dezemde barras de livros, CDs e DVDs. Outros dois recursos que es- bro, a empresa pretende modificar o design, deixando-o tão disponíveis em inglês são a busca por voz — que o Android mais parecido com o do Honeycomb, o sistema usado nos já faz em português — e o Scout, um serviço de recomendação tablets. Haverá ainda um esforço para tentar diminuir a de lugares. Também não funciona no nosso idioma o controle fragmentação, que dificulta o trabalho dos desenvolvedopor voz, que executa uma série de tarefas quando o usuário fala res. O Google pretende ainda garantir atualizações de modo com o aparelho. As opções incluem fazer uma chamada, man- menos burocrático, sem depender de operadoras e fabridar um torpedo, abrir programas ou buscar termos na internet. cantes de hardware. É bem possível que os novos recursos O Windows Phone conta ainda com uma loja de aplicati- do iOS 5 e do Windows Phone 7.5 tenham uma resposta à vos, a Marketplace, semelhante à dos concorrentes. Existem altura. Bom para os consumidores, que vão ter à disposição áreas para mostrar os aplicativos mais populares, os destaques um leque de opções de smartphones com QI aumentado. ↙
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Junte suas redes sociais
Visualize as noVidades e crie posts ao mesmo tempo no twitter, facebook, GooGle+ e outros serViços / Por eric costa
É quase impossível manter somente uma conta em redes sociais. Os internautas inveterados têm login em montes de serviços, o que torna difícil coordenar atualizações e posts que atinjam todos os amigos nas redes. Mas existem aplicativos e serviços para resolver esse problema. Conheça, a seguir, algumas formas de ler todos os posts das redes sociais em um só lugar ou enviar textos para todas elas de uma só tacada.
Do Twitter para o Facebook
Não é preciso usar aplicativos de outros fabricantes para levar os posts do Twitter para o Facebook. Há uma solução “oficial” que integra as duas contas. Acesse http://apps.facebook.com/twitter e autorize a publicação automática no Facebook de tudo o que for
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teclado no Twitter. Quem tem uma página personalizada no Facebook pode direcionar os posts do Twitter para ela, facilitando a divulgação de conteúdo por empresas, por exemplo. O aplicativo é esperto e não reproduz respostas ou retuítes: copia só os textos novos.
Tuíte no Google+?
Apesar de recente, o Google+ traz algumas vantagens em relação ao Twitter, como plataforma de publicação de posts. Ele permite facilmente visualizar respostas a um texto, além de posts maiores que 140 caracteres. Mas o Twitter continua tendo maior visibilidade, além de integração com mais aplicativos. Para obter o melhor dos dois mundos, uma boa ideia é usar o ManageFlitter (http://abr.io/mflitter), que
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permite a publicação automática no Twitter de qualquer post do Google+ definido como público. Basta colar o endereço de seu perfil no Google+, fazer o login com o Twitter e autorizar a ligação entre os serviços. É possível compartilhar todos os posts públicos do Google+ ou somente os que trazem a hashtag #twt.
Todos os posts juntos
Além dos posts unificados, pode ser interessante visualizar uma única linha do tempo, com as novidades do Facebook, Twitter e Google+, para agilizar a leitura. A forma mais comum de fazer isso é com um plug-in para o navegador, com várias opções disponíveis. Uma delas é o Start Google Plus (http://abr.io/ sgooglep). A vantagem desse plug-in é que ele roda em vários browsers (Chrome, Firefox e Safari). Basta instalar o Start Google Plus e fazer o login nas redes. Todos os posts ficam reunidos na página do Google+, permitindo retuítes e respostas rapidamente. O plugin também faz o post conjunto nas três redes, mas só representa uma boa opção para quem for usar somente esse aplicativo. Os serviços são melhores se você usa mais de um programa para criar posts.
Login com segurança
Uma central de atualizações
A ferramenta básica para a criação e uso de logins seguros é um gerenciador de senhas. Um dos mais tradicionais é o Roboform (http://abr.io/roboform). O KeePass (http://abr.io/keepass) é outra opção. Há também serviços que gerenciam senhas, com a vantagem de serem acessados de qualquer lugar. Os melhores são o PassPack (http://abr.io/passpack) e o LastPass (http://abr.io/lastpass). Eles geram senhas seguras e preenchem automaticamente campos de login.
Mesmo não sendo ainda compatível com o Google+, o serviço Ping.fm (http://abr.io/pingfm) é uma solução prática para centralizar o envio de posts, fotos e outros tipos de conteúdo. Ele ref lete o mesmo texto ou foto em montes de redes e serviços, incluindo Facebook, Twitter, Flickr, Google Buzz, Tumblr e LinkedIn. Novos posts podem ser enviados por e-mail, mensagem instantânea ou usando programas associados, disponíveis para quase todos os smartphones e tablets.
Envio cruzado de qualquer lugar
Quem prefere manter um controle fino do que compartilha entre redes sociais pode usar um aplicativo, ou serviço, para gerenciar várias contas e o que é publicado em cada uma delas. A opção mais poderosa é o HootSuite (http://abr.io/hsuite). O serviço ainda não fala com o Google+, mas encara Facebook e Twitter, além de interagir com contas do Ping.fm. Para quem leva a sério os posts nas redes sociais, vale a pena aprender a usar o HootSuite, principalmente as ferramentas para acompanhar as respostas dos seguidores aos links e textos publicados. Uma opção menos profissa é o HelloTxt (http://abr. io/hellotxt), que tem a vantagem, para os brasileiros, de falar com o Orkut, além de permitir a visualização dos posts no iPad como uma revista virtual.
Conheça programas e serviços que gerenCiam suas senhas na web
Quem tem memória e paciência para decorar uma senha para cada serviço, site e rede social? De olho nesse problema, surgiram vários serviços e aplicativos que complementam a segurança, permitindo criar senhas mais fáceis de lembrar, unidas a um elemento extra de segurança. Conheça aqui alguns deles.
Senhas unificadas
Login duplo
Em fevereiro, o Google lançou a opção de fazer uma autenticação dupla em seus serviços. A ideia é usar o smartphone (Android, BlackBerry ou iOS) como um token virtual, gerando senhas que se modificam a cada minuto. Para habilitar esse recurso, acesse o link https://www.google.com/accounts/ SmsAuthConfig e clique em Usar Verificação Em Duas Etapas. Será preciso indicar o número de seu smartphone, que receberá um SMS com um código para confirmar seu uso com o aplicativo Authenticator, que pode ser baixado na loja online de cada sistema. Depois de habilitar a segurança dupla, sempre que um novo computador for usado para entrar no Gmail ou outro serviço do Google será preci-
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so rodar o Authenticator no smartphone e digitar o número que aparece. A autenticação é válida por 30 dias. Se seu smartphone for roubado ou perdido? O processo de habilitação da autenticação dupla cria códigos de verificação para serem usados nesses casos.
Chaves individuais
Muita gente pode ter pensado, antes de habilitar a segurança dupla do Google: e os aplicativos associados, como leitores de e-mail e de notícias, como ficam? Aqui, será necessário um pouco de trabalho. Cada aplicativo terá uma senha separada, gerada para ele. Para fazer isso, acesse https://www. google.com/accounts/IssuedAuthSubTokens e passe à seção Senhas Específicas do Aplicativo. Digite uma descrição para o aplicativo e pressione o botão Gerar Senha. Todos os programas habilitados ficam listados abaixo desse botão, com a permissão de acesso à conta do Google podendo ser revogada com um clique, útil no caso de perda ou roubo do smartphone.
Invista num token
Quem precisa de segurança forte, especialmente em blogs e sites próprios, deve pensar em um token. Há várias opções profissionais para empresas, mas o Yubikey (http://abr.io/yubikey) é uma solução que pode ser usada individualmente ou por pequenos grupos. Ele é encaixado na porta USB do micro e reconhecido como um teclado. Basta pressionar o botão do Yubikey para inserir a senha gerada no momento. É compatível com vários aplicativos, sistemas e serviços, incluindo WordPress, Drupal e outros gerenciadores de conteúdo. Também pode proteger o login do Windows, Linux e Mac.
Só para lan houses
Vai viajar e usar lan houses? Há formas de evitar que um key logger instalado nas máquinas capture suas senhas. Use o recurso de senhas descartáveis, presente nos serviços PassPack e LastPass. No primeiro serviço, o recurso é o Disposable Logins. Acesse Settings > Disposable Logins e escolha o número de senhas a ser gerado. No LastPass, o recurso é o One Time Passwords. Para gerar as senhas, acesse Get Started > One Time Passwords. Depois, clique em Add A New One Time Password seguidamente, até obter senhas no número necessário. Imprima as senhas e digite-as para fazer o login no serviço correspondente. A cada uso, risque a senha teclada e utilize o item seguinte.
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Um PaPo com o GooGle Voice Como usar o serviço de ligações telefôniCas aberto agora para o brasil
Para começar
Se você não presta atenção ao Gmail pode não ter notado a chegada do Google Voice. Acesse a seção Google Talk e note que, antes do primeiro contato, aparece a opção Chamar Telefone. Clique aí para acessar o Voice. Se nunca fez uma chamada por voz ou vídeo no Talk, será preciso instalar componentes. Depois, é só teclar o nome ou o número para que o Google busque o dado no link Contatos.
Ajuste nos contatos
Para ser prático, é preciso que os contatos em sua conta do Google tenham os números de telefone cadastrados. Acesse o link Contatos no Gmail e clique em um deles. Adicione o número de telefone (com DDD) e pressione Salvar.
Compre créditos
É preciso adicionar créditos ao Voice. Para isso, abra as opções ao lado do valor do crédito atual (que deve estar $0,0). Escolha Adicionar Crédito. A página que surge permite comprar créditos ou checar o valor por minuto de uma ligação. Pressione Add $10.00 Credit para cair no Checkout. Faça o login com a conta do Google, digite os dados do cartão de crédito e pressione Complete Your Purchase. A versão nacional do Voice ainda está aquém da americana. Lá, o serviço oferece um número que substitui o do celular, redireciona ligações e guarda mensagens de voz, acessíveis no Gmail.
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WindoWs 8 no seu PC? ElE nEm EstrEou E já inspira aplicativos
Ainda sem data oficial de lançamento, o Windows 8 deu as caras em demonstrações da Microsoft e chamou atenção pelas novidades na área de trabalho. No lugar de ícones, tem aplicativos em blocos coloridos que lembram o Windows Phone. Quer adotar a novidade?
Estilo e personalização
o android vira rotEador Compartilhe a conexão do smartphone com notebooks e tablets, montando um hotspot em qualquer lugar
Quem tem um smartphone com Android pode criar um hotspot para compartilhar a conexão com facilidade. Ligue o Wi-Fi do smartphone e, depois, acesse a opção de roteador Wi-Fi nas configurações do smartphone. Há diferentes atalhos com pequenas variações, de acordo com o fabricante. Mas, normalmente, os ajustes estão dentro da configuração de rede, com o nome Roteador Wi-Fi ou Ponto de Acesso Portátil. Depois de acessar a configuração, digite um nome para a rede (SSID) e clique em Salvar. Na tela que retorna, certifique-se de que a opção Roteador Wi-Fi (ou equivalente) está ativada. Essa mesma opção serve para desabilitar o hotspot.
Escolha da segurança
O ajuste padrão de segurança do hotspot Wi-Fi é o aberto, sem senha. Isso não é um problema para ambientes confiáveis, como a casa de amigos, já que o hotspot será usado apenas por pessoas conhecidas, e rapidamente. No entanto, em locais públicos, é importante ligar a proteção. Para isso, repita a configuração, mas abra as opções em Segurança e escolha WPA2. Tecle uma senha (de 8 a 63 caracteres) e pressione Salvar.
E para o iPhone?
O recurso de Acesso Pessoal do iPhone 3GS só funciona por Bluetooth ou USB. Só quem fez jailbreak no aparelho conseguirá, até o momento, montar um hotspot acessível por Wi-Fi, pronto para vários dispositivos. Para isso, é preciso comprar o MyWi, disponível pelo aplicativo Cydia, que é instalado no processo de jailbreak. Ele custa 19,99 dólares. No iPhone 4, criar um hotspot Wi-Fi é mais fácil. Acione Ajustes > Acesso Pessoal. Habilite o acesso pessoal e defina uma senha. O nome do hotspot será o mesmo do aparelho.
Ao instalar o Windows 8 UX Pack (info.abril.com.br/downloads/windows-8-ux-pack), você recebe um pacote de papéis de parede no estilo do próximo Windows e a opção de personalizar o relógio do sistema e a tela inicial de logon. O programa é bem fácil de usar. Já na instalação é possível definir quais serão as imagens de cada uma das áreas a ser personalizada.
Menus de cara nova
Além de enfeitar a área de trabalho, o Window Metro IM (info.abril.com.br/downloads/ window-metro-im-theme) dá um toque de Windows 8 no menu Iniciar, na barra de tarefas e nas janelas do Windows Explorer. Mas antes de utilizar esse pacote, é preciso instalar o UXTheme Patch for Windows 7 (http://abr.io/1KP6).
Atalhos espertos
O Win8Menu (info.abril.com. br/downloads/win8menu) coloca no Windows 7 os blocos de atalhos que deverão estar presentes no próximo sistema operacional. Você ganha um menu lateral para acessar rapidamente seus sites favoritos.
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AprendA A usAr recursos que vão fAcilitAr e turbinAr os serviços dA rede sociAl
Existem muitas ferramentas no Facebook que poucos usam, como os aplicativos e a integração com outros serviços. Saiba que, além do uso básico, é possível personalizar o Facebook. Veja aqui algumas dicas para explorar melhor os recursos do Facebook ou adicionar novos serviços à rede social.
Amigos e colegas de trabalho separados
Como o Google+, o Facebook permite limitar o que é exibido, conforme o contato. Mas o ajuste é trabalhoso. Acesse Conta > Preferências de Privacidade. Clique na opção Personalizado e, depois, em Personalizar Configurações. Surge uma página que permite ajustar a visibilidade de cada informação, de posts a fotos. Selecione a informação que você quer esconder de uma ou mais pessoas e selecione a opção Personalizar. Escolha uma opção padrão de compartilhamento, como Somente Amigos ou Amigos de Amigos e, no campo Essas Pessoas, digite o nome de cada contato que não pode ver a informação.
Ela não é mais minha amiga
Quer saber quem deixou de ser seu amigo no Facebook? Use o Who Deleted Me (http://abr.io/whodeletedme). Basta fazer o login com a conta do Facebook. O serviço envia e-mails sempre que alguém remove seu perfil da lista de amigos. Outra forma, mais profissa, é usar o serviço TwentyFeet (http://abr. io/twentyfeet). Ele monitora várias contas, incluindo Twitter e YouTube. O número de amigos é mostrado como um gráfico, ao longo de 30 dias. O serviço é gratuito para duas contas.
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Traga as fotos do Flickr e do Picasa
Quem já tem fotos em outros serviços pode levar tudo para o Facebook com facilidade. Os fãs do Flickr nem precisam sair da página. Basta acessar http://www.flickr.com/ account?tab=extend e clicar em Connect. Vale lembrar que uma nova foto do Flickr só aparecerá no Facebook se for definida como pública. Quem usa o Picasa, uma boa opção é o serviço My Picasa Albuns (http://abr.io/mypicasaalbuns). Basta teclar seu nome (ou número) de usuário no Picasa, conforme mostrado na tela inicial do My Picasa Albums.
Distribua os posts
Para programar posts, um bom serviço é o Later Bro (http:// abr.io/laterbro). Faça o login com a conta do Facebook e defina seu fuso horário. Tecle um post e indique qual o dia e a hora que ele deve ser publicado. Dá para repetir o agendamento quantas vezes forem necessárias, além de indicar repetições.
Aniversários na agenda do Google
Que tal enviar os aniversários de amigos para o Google Agenda? Para fazer isso, clique em Eventos no Facebook. Depois, no link Aniversários e, em seguida, Exportar Aniversários (no final da página). Clique no link que surge com o botão direito do mouse e escolha Copiar Endereço do Link. Acesse o Google Agenda e clique na seta à direita de Outras Agendas. Escolha a opção Adicionar Por URL. Cole o link do Facebook e pressione Adicionar Agenda.
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Impecável
9,0 a 9,9
Ótimo
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Muito bom Bom Médio Regular Fraco Muito fraco Ruim Bomba Lixo
Veja os critérios de avaliação da INFO em info.abril.com.br/ sobre/infolab.shl
Notebooks / 104 Tablet / 106 Smartphone / 107 Home theater / 108 Dock / 110 Câmera / 112 Filmadora / 113 Balança / 114 Bicicleta elétrica / 115 fotos rafael evangelista ilustração samuel rodrigues
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O belo e a fera hou chip mais poderoso. Com design elegante, o MacBook Air gan e forte na hora de rodar filmes Já o Lenovo X1 é resistente a pancadas / por JuLiAno BArreto
A fatia mais fina da maç ã / Macbook air Se
você colocar um Macbo ok air com chip intel cor e 2 Duo, há mais de um brasileiras, ao lado do mo ano nas prateleiras delo recém-lançado, com processador core i5, não ma diferença. o design perceberá nenhuda máquina teve pouquí ssimas alterações; já seu diferença. além do chip desempenho, quanta mais rápido, o compacto da apple ganhou mais me operacional Mac oS X Lion mória, o novo sistema , leitor de car tões SD e um a saída no novo padrão Thu mitirá transferir com ma nderbolt, que perior velocidade dados pes ados, como vídeos de um do Macbook air fica aind a filmadora. a evolução a mais evidente na com par açã o dos números obtidos testes de conversão de pelo iNFolab. Nos vídeo, o novo modelo res olveu a parada em 23 seg e 45 segundos gastos por undos, contra 1 minuto seu antecessor. Na avaliaç ão do fôlego para gráficos em o sof tware 3DMark06, o 3D, feita com Macbook air com core i5 fez 4 293 pontos, quase versão core 2 Duo. apesar cinco vezes mais que a do upgrade benfeito, rec urs os importantes, como um teclado no padrão abNT a saída HDMi e o 2, permaneceram fora da lista de configurações des se novo Macbook air.
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Tela de 13’’ / Intel Core i5 2557M 1,7 GHz / 4 GB / SSD de 128 GB / Video OnBoard / 1,3 Kg / Mac OS X Lion / 2h02min de bateria AvAliAção técnicA: 8,4 custo/benefício: 7,5
/ R$ 3 799
eSTe proDuTo Foi geNTiLMeNTe ceDiDo peLa MySTore
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Pronto para qualquer parada / Lenovo X1
Deu muito dó, mas para ver se todas as promessas da Lenovo eram verd adeiras, o InFolab precisou encher o ThinkPad X1 de maus trato s. o notebook resistiu a quedas e pisõe s, a um banho no teclado e a várias tentativas de arran har a tela. não fizemos isso por mald ade. o modelo foi construído com liga de magnésio e acab amento emborrachado justamente para aguentar pancadas. Seu teclado conta com aber turas para escoar líquidos e há um sistema que percebe quedas e previne danos interrompendo a gravação de dados. outro destaque é a tela com a tecnologia Corning Gorilla Glass, uma tipo de vidro que ague nta arranhões e batidas. Depois de apanhar, o ThinkPad X1 foi testado em tarefas de conectivid ade e multimídia e se deu muito bem . o destaque foi para a qualidade de transmissão de áudio e vídeo usando HDMI. o notebook tirou de letra a missão de exibir um filme em alta resolução (1 080p ). Até a bateria do X1 é durona. Graças a um sistema de carregamento rápido, ela conseguiu resta urar 88% da sua força em apenas 32 minutos na tomada. Depois de carregada, porém, seu dese mpenho ficou um pouco abaixo da méd ia dos concorrentes.
Fôlego extra
Tela de 13’’ / Intel Core i5 2520M 2,5 GHz / 8 GB / 128 de SSD / Intel HD Graphics 3000 / Windows 7 Professional / Wi-Fi n / Bluetooth / Leitor biométrico / 1,69 Kg / 1h49 min de bateria AvAliAção técnicA: 8,8 custo/benefício: 6,6
/ R$ 6 499
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a Para compensar ra pouco, bateria, que du a extra, o X1 vem com um pelo u de en que surpre 88% a: rg ca de po tem em 32 minutos
FoToS rafael evangelista ILuSTrAçõeS samuel rodrigues
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Concorrente de peso
Tab 10.1 traz interface customizada, Rival mais poderoso do iPad, o Galaxy am na tela ao mesmo tempo hardware veloz e aplicativos que rod
multitar
efa
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O Galaxy Tab um prático 10.1 tem teclado externo (n o alto). Pa ra ver filme n a TV dá p ara comprar u m adapta dor para HDM I (acima)
Tab 10.1 do este tex to, o Galaxy em que você estiver len nto conta me por mo no ste exi se, er ida sab dúv Não dá para es da Samsung. A tem a ver com os estoqu o Galaxy Tab. e 2 d iPa o re ent as estará nas lojas. Isso não semelhanç a Apple aponta muitas o. Polêmicas à par te, o dos processos em que g chegou a ser proibid sun Sam da let tab o ão azeitada lia, acabamento e à interaç Na Europa e na Austrá o graças ao seu ótimo nçã ate e novidades, as rec re me Ent nte 3.1. lme gadget rea ecial do sistema Android esp são ver a com ouum e e dos toda e podem ser usa entre hardware potent am sem ocupar a tela rod e com so que s aço tivo esp , lica ual iap virt estão os min taque é o teclado como num PC. Outro des iPad, porém, do or tad ma de Tab tros programas. É quase r o Galaxy ização. Antes de chama do para aproveitar a tela várias opções de visual como a falta de conteú , cos fra tos pon uns tablet como player muldo ho pen é preciso destacar alg em que a do rival e o des nor me eria bat da o a 720p de resolução. açã ort grande, a dur ptador próprio e só sup ada um de ita ess nec timídia. Sua saída HDMI
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ra Tela de 10,1’’ / Nvidia Teg e 250 T20 1 GHz Dual Cor Fi Wi/ D roS mic + / 16 GB / 3G / 25,5 x 17,6 x 0,9 cm / 561 g / Android 3.1 / 6h42min de bateria 8,7 AvAliAção técnicA: custo/benefício: 6,9
/ R$ 1 999
fOTOS Rafael evanGelisTa IluSTrAçõES samuel RodRiGues
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Dois núcleos no seu bolso Movido a Android, o Optimus Black 2X traz chip dual core para acelerar o carregamento de apps e vídeos em alta definição
Na corrida pela liderança em inovação, a LG conseguiu um feito que foi parar no livro dos recordes, o Guinness: lançou, em janeiro, o primeiro smar tphone com processador de dois núcleos, o Optimus Black 2X. O problema é que o aparelho demorou tanto para chegar ao Brasil que, hoje, ele já tem concorrentes do mesm o quilate, como o Samsung Galaxy S II. Na com paração direta, o smartphone da LG fica atrás do rival nos testes de duração de bateria, tem menos espaço para guardar os arquivos e qualidade pior na câmera secundária. No ques ito preço, porém, o Optimus é mais atraente. Ele custa quase 400 reais a menos e é muito ligeiro. No uso diário, o smartphone traz resposta s rápidas aos toques na tela e roda vário s aplicativos pesados simultaneamente, com o Google Maps, games 3D e editores de imag ens. E o que é melhor: sem travar. Outra prova de fôlego é o ótimo desempenho na execução de vídeos em alta definição. Nos testes do INFOlab, o smartphone mandou bem ao exibir sem engasgos um filme em 1 080 p por meio de sua porta microHDMI numa TV de 46’’.
3G / Android 2.2 / Cortex A9 1 GHz Dual Core / 8 GB + microSD / Tela de 4’’ / Wi-Fi / GPS / Câmeras de 8 MP e 1.3 MP / 145 g / 6h46min de bateria AvAliAção técnicA: 8,5 custo/benefício: 7,2
/ R$ 1 983
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o a r a p o t n Pro m 3D? som e tados lantes apon me a -f o lt a m o o C s lados, o h alha o s o d to ra pa sp HX996TS e theater LG ês dimensões tr o áudio em
geração atual de TVs, as Recurso mais badalado na reforço importante com um m imagens em 3D ganhara da LG. Ele mescla novidades o home theater HX996TS, dos alto-falantes para criar ão osiç no sof tware e na disp ectador nas três dimensões um som que envolve o esp em par te pela adição de feito é ue de percepção. O truq cima, instalados no topo alto-falantes apontados para algoritmo que expande um por te dos pedestais, em par a e para trás. Nos testes do o campo do áudio para cim r uma distribuição interesebe perc INFOlab, foi possível s nítido e presente de forsante do som, que ficou mai as cenas exibidas. Para com rdo ma heterogênea de aco que o ideal é um espaço obter o efeito, é bom lembrar os. Outras novidades drad qua ros com cerca de 20 met o uso de dois subwoofers, legais do LG HX996TS são ativos, e a conexão Wi-Fi aplic roda o player Blu-ray, que nte uma rede sem fio entre Direct, capaz de criar facilme ign do conjunto é bastante des O a. os aparelhos da cas s, o que pode desagradar a vistoso, cheio de luzes e core mais clean para sua sala. ão oraç quem prefere uma dec
Blu-ray 3D / 1 125 W / Saída: HDMI / Entradas: 2 HDMI, 1 áudio óptica, 1 RCA estéreo, 1 P2 e 2 P10 / 1 USB / Dock para iPhone / Ethernet, Wi-Fi
AvAliAção técnicA: 8,0 custo/benefício: 6,2
/ R$ 5 391
108 / INFO Setembro 2011
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Charme nos detalhes
3D, jogos e iog a
Além de exibir filmes em 3D, o Blu-ray player desse LG conta com uma inter face para usar aplicativo s variados, que vão de jogos e cana is de vídeo online até aulas de ioga e previsão do tempo.
Parceria com o smartPhone
Outr o acessório do home thea ter é uma dock para iPhone que reconhece o cont eúdo mult imídia do smartphone e permite usar o pode r do HX996T S para rodar música e vídeos em vários formatos.
o segreDo Dos cones
Em forma de cone invertido, os alto-falantes na ponta dos pedestais são os responsáveis pela dispersã o do som. Eles são afinados com a ajuda de um soft ware para combina r com a trilha de filmes e shows.
fOTOS rafael evangelista iLuSTrAçõES samuel rodrigues
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Música sem fios
ra tocar as músicas do Doc usa conexão Bluetooth pa e até direito a subwoofer cia celular a distância, com potên
eMac e sua dock relhos da Apple, a Xtrem em acessórios para apa ta alis marcas. Com 30 eci as esp as a tod sej de a Embor aos donos de celulares r ada agr a par ial recebe músicas enc Tango TRX têm pot s graves, a caixa de som woofer para realçar os son sub s e, depois de ple um e sim ia é ênc ões pot iss de watts configuração das transm A . oth eto Blu o engasgou ou exã con não k sem fio por meio da ário. No INFOlab, a doc a dor de cabeça para o usu de distância. hum tros nen me traz 20 a não , ava ída conclu smo quando o celular est me as, sic mú de ia de graves ão ênc cuç pot ra interrompeu a exe remoto é possível ajusta s quem usa no painel ou no controle s Ma e. ple sim ouv o os m and que de com l Com rdo com o gosto pessoa aco de som o patível, que o com and or aliz e agudos, person de poder usar um conect tagem? Tem sim. Além s gratuitos van tivo a ica um apl alg s tem doi xar one bai um iPh artphone da Apple pode sm do o ador para don o aliz xa, equ cai fica na frente da deles ser ve como um idades da Tango TRX. Um a a dock . nal par cio nte fun lige as inte em or and tad per que exp adiciona funções de des ro out o to uan enq , ajuste fino do som
110 / INFO Setembro 2011
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Potência 30 W RMS / Entrada: P2 / Bluetooth / Dock para iPod, iPhone e iPad 7,5 AvAliAção técnicA: custo/benefício: 7,1
/ R$ 799
FOTOs rafael evangelista IlUsTRAçõEs samuel roDrigues
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e d a ld u c ifi d a c u Muito zoom, po agradar Coolpix L120 vai on ik N a s, to on uais pr Cheia de ajustes o se preocupa com ajustes man nã ao fotógrafo que
Você sabe o qu e é ISO, CCD, FP S, CMOS, AFS, a Nikon Coolpix AFC, RAW, EV, L120 pode ser 1/6000? Se su uma boa esco câmera para us a resposta é nã lha para você. uários avança o, Ela une o visu dos com a facil Nikon praticam al e as lentes de idade de uso ente não perm um a de um ite nenhum ajust modelo para in de disparo e ou e manual para iciantes. A tros recursos aber tura das len básicos. Tudo pode parecer tes, velocidad é feito em mod um pesadelo pa e o automático ra os mais expe com a qualida já programado. rientes, mas pa de das fotos de Isso ra quem quer 14,1 MP e o po Olhos menos apenas se dive deroso zoom atentos també rtir óptico de 21x m não perceb toura cores”. Em é uma ótima pe erão que, depe fotos tiradas pe dida. nd endo do ambien lo INFOlab, a Co que as bordas te, a câmera “e olpix L120 puxo das folhas de um su para o ciano a ár vore se co se tipo, raras na numa cena em ntrapunham ao s máquinas pr céu. Quando oc ofissionais, a sim orrem falhas de plicidade da câ smera passa um pouco do limite .
14,1 MP / Z oom de 21x (25 a 525 mm) / Filmagem em 720p / LCD de 3 ’’ / 473 g
AvAliAçã o técnic A: 7,5 custo/b enefício : 7,4
/ R$ 863
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Vídeo sem complicação A filmadora HMX-Q10BN, da Samsung, usa interface simplificada para facilitar a vida de quem quer começar a filmar
refrigelatinha de bram uma m na ope le e e d u a q id s e a simplic dimensõe r m a n te io l de 2,7 N c e n B para fu la sensív HMX-Q10 velocidade ques na te Samsung a to : ra avegar r s o n o e d p d e a a s o o lm lid id it fi A ndes qua filmar ráp em são fe ra g e g a it s lm rm a fi e u vídeos. a p d d s o rante e tões. Iss e ajustes lização do quatro bo ão e visua comandos s necesç a s a a n O in . e m o p m e ã a s ilu ç e ra or meio d ontinuá-la efeitos de p c , u e m o o o ã s om de zo ç a c a d e l, d polega uma grav é razoáve r s opções s a la n s e e u p g a a p e d e im a e exiade das ibilidade d na hora d com facilid os. A qualid e é a poss fazer feio d d o a ra ã d ciona a n ili p p c e e ra c s fa a e Outra 10BN d arquivos ficiente p r, a HMX-Q divergerar dois as — o su fa e e d ra s d la g r o e e to d rp u a fo q te id s a hora de ara quem 0 linhas in N p 8 . a 0 D nder. 1 id H te d e ll n e d e p fu o finiçã televisor como boa difíceis de m s e u e u n õ g ç s e e s ra u lm la ,e m config bir seus fi smo assim ocupar co , mas, me em se pre s s o um pouco ir e s a filmes c tir fazendo
fOtOS rAfAel evANgeliStA IluStrAçõeS SAMuel rodrigueS
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DHC 80i) / SD/S Full HD (1 0 x digital 0 2 e x óptico / Zoom 10 ,7’’ / 219 g / Tela de 2 x 11,9 cm ,3 / 4,3 x 5 de bateria / 1h45min A: 7,2 o técnic AvAliAçã : 7,7 io c fí e n e custo/b
/ R $ 1 0 79
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Vigilante do peso Conectada por Wi-Fi, a balança Withings acompanha seu peso com gráficos que mostram os resultados do regime na web e no smartphone
O visual sóbrio da balança Withings disfarça o grande número de funções que ela traz. Após ser configurada usando USB, ela é capaz de reconhecer o usuário a partir do seu peso e enviar os dados diretamente para o site Withings.com. A partir daí, dá para acompanhar com gráficos a evolução do peso, da quantidade de massa magra e do porcentual de gordura da família toda. Essas informações são obtidas em segundos por bioimpedância, um sistema que usa uma baixa corrente elétrica para avaliar o corpo. Os dados são enviados para o site da empresa ou para um aplicativo, com versões para iPhone, Android e iPad. Quem alcançar os objetivos, definidos pelo software, levando em conta gênero, altura e idade, pode até divulgar os resultados no Twitter. Para aqueles que ganharam peso ao invés de perder, há a opção de proteger a exibição das medições com senha. Tudo muito fácil de configurar e acessar. Uma pena o preço ser tão pesado para o bolso.
Wi-Fi / MicroUSB / Alimentação: 4 Pilhas AAA / Peso máximo: 180 Kg / Não recomendado para usuários de marcapasso AvAliAção técnicA: 8,7 custo/benefício: 6,5
/ R$ 1 490
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ESTE PrOdUTO fOi gEnTilmEnTE cEdidO PElA mySTOrE
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Uma forcinha no pedal faltou fôlego para pedalar? a evolubike nano na-10180l usa seu motor elétrico para percorrer até 20 quilômetros
as a quem não quer ficar hor a opção de transporte par um e , a-s alar torn ped a de a clet hor bici a na A cada dia, Se ainda falta fôlego os nas grandes cidades. rável, Dob do. rca me no er rec preso em engarrafament apa eçam a modelos elétricos que com watts que ajua saída pode ser um dos um motor elétrico de 180 com a ipad equ vem 80L Nos testes do to. tan sar can a Evolubike Nano NA-101 se as e ir mais longe sem alad ped nas de a força que o cida velo ifica da a ganhar ist System), que ver o sistema PAS (Pedal Ass a gradual. form de rico elét tor INFOLab, mereceu elogios mo o e ativa automaticamente alar ped melhor a ao o ar end dos faz ke, á ciclista est acelerador da Evolubi dos trancos dados pelo de três ada tom a par te fon a Com ele, é possível fugir um Para recarregar, a bike usa . eria iu 39 bat ant izar gar nom que eco o e , velocidade três horas plugada notebook, e precisa ficar ficar todo o, baix dro qua do pinos, que lembra a de um sa é. Por cau Parece pouco, mas não l para os mais altos. minutos de uso intenso. um pouco desconfortáve ser e pod ke lubi Evo da esse tempo em cima
180 W 15 Kg / Aro 12’’ / Motor de / Autonomia: 20 Km Km/h / Velocidade máxima: 20 / 39 minutos de bateria AvAliAção técnicA: 7,9 custo/benefício: 7,4
/ R$ 2 889
FOtOS rafael evangelista ILuStrAçõES samuel rodrigues
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/ Radar Opções econômicas
Notebooks
// Série 9 (900X3a-a01) Samsung
// Rápido no gatilho
O portátil é fininho, mas está longe de ser fraco. Feito em metal usado na indústria aeronáutica, não decepciona no desempenho. No INFOlab, a performance e a autonomia foram excelentes para a categoria.
O HD externo FreeAgent GoFlex, da Seagate, permite transferir arquivos com velocidade por causa da interface USB 3.0. É possível mudar a conexão para eSata ou FireWire 800 com adaptadores vendidos separadamente. A carcaça do aparelho é pouco funcional e o torna suscetível a riscos de quedas.
// Envy 14 - 1195 br beats Edition HP
O modelo tem design caprichado, boa performance e parceria com a Beats Audio, a linha de fones bacanas da Monster Cable. Entre os modelos de 14 polegadas, foi o notebook com o melhor resultado nos testes.
// vaio vPC-Sb15Gb Sony
A maior virtude desse notebook é a combinação da leveza com a configuração de primeira linha. O processador de última geração e a placa de vídeo dedicada garantiram boas marcas no INFOlab. Só a bateria poderia ser melhor.
Especificações
Capacidade de 1 TB / USB 3.0 / Velocidade de gravação: 64,4 MB/s / 8,9 x 13,2 x 2 cm / 260 g / R$ 379 avalIaçãO INFOlab
8,1
// P420 5110 LG
Comparado a outros da categoria de 14 polegadas, o notebook é leve e pequeno. Ele tem design com acabamento fosco, mas o corpo branco pode sujar com facilidade. No INFOlab, seu desempenho foi satisfatório para sua configuração.
// Topo dos médios
O Galaxy Ace, da Samsung, é um modelo distante dos topos de linha, mas forte entre os aparelhos de entrada. Por pouco mais de 800 reais ele tem câmera de qualidade, tela de 3,5 polegadas, DLNA e Android 2.2. A pouca memória interna e a qualidade baixa de gravação dos vídeos são pontos negativos.
// HDR-PJ10 Sony
A filmadora tem um projetor integrado que permite exibir imagens na parede. No INFOlab, as projeções com menos de 20 polegadas tiveram definição melhor. A câmera faz filmes em 1 080p, mas fotografa em apenas 3,3 megapixels.
// Finepix S3300 Fujifilm
// D3100 Nikon
3G / Android 2.2 / 800 MHz / 256 MB + 2 GB (micros) / Tela de 3,5” / Wi-Fi n / GPS / 5,1 MP / 113 g / 6h18min de bateria (voz) / R$ 850 avalIaçãO INFOlab
7,6
116 / INFO Setembro 2011
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Tela de 13,3” / Intel Core i5 2537M 1,4 GHz / 4 GB / SSD de 128 GB / Vídeo onboard / 1,3 kg / Windows 7 Home Premium 64 bits / 2h17min de bateria / R$ 4 999 avalIaçãO INFOlab
8,2
Especificações
Tela de 14,5” / Intel Core i5 460M 2,53 GHz / 4 GB / HD de 500 GB / AMD Mobility Radeon HD 5650 1 GB / DVD-RW / 2,4 kg / Windows 7 Home Premium 64 bits / 1h18min de bateria / R$ 6 859 avalIaçãO INFOlab
8,0
Especificações
Tela de 13,3” / Intel Core i5 2410M 2,3 GHz / 4 GB / HD de 500 GB / AMD Mobility Radeon HD 6470M 512 MB / DVD-RW / 1,7 kg / Windows 7 Professional 64 bits / 1h03min de bateria / R$ 3 499 avalIaçãO INFOlab
8,0
Especificações
Tela de 14” / Intel Core i3 2310M 2,1 GHz / 4 GB / HD de 500 GB / Vídeo onboard / DVD-RW / 2 kg / Windows 7 Home Basic 64 bits / 1h27min de bateria / R$ 2 099 avalIaçãO INFOlab
7,6
Câmeras
A câmera tem um respeitável zoom óptico de 26 níveis. Outra vantagem são as opções tanto para fotógrafos amadores, como reconhecimento de face, quanto para os mais experientes, como ajustes de branco. O uso de pilhas pode desagradar.
Especificações
Especificações
Boa indicação para entrada no mundo das câmeras profissionais, ou DSLR, esse modelo tem muitas opções de ajuste. As imagens capturadas no INFOlab tiveram ótima qualidade. No caso do vídeo, houve demora no acerto de foco automático.
Especificações
Full HD (1 080p) / 16 GB + cartão SD ou MS / Zoom de 30x / 350x (óptico / digital) / LCD de 3” / 5,7 x 6,3 x 12,9 cm / 359 g / 2h29min (gravação) e 1h33min (projeção) de bateria / R$ 2 999 avalIaçãO INFOlab
7,9
Especificações
14 MP / Zoom de 26x (24 a 624 mm) / Filmagem em 720p / LCD de 3” / 554 g / R$ 899 avalIaçãO INFOlab
7,8
Especificações
14,2 MP / Zoom de 3x (18 a 55 mm) / Filmagem em 1 080p / LCD de 3” / 813 g / R$ 2 849 avalIaçãO INFOlab
7,8
FOtOS RaFaeL evaNGeLiSta
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TVs e Monitores
// 40PFl9605D/78 Philips
O destaque da TV é seu navegador para abrir páginas da internet. A experiência deixa a desejar, mas, via rede Wi-Fi, é possível assistir a vídeos do Youtube. Fora do pacote, a fabricante vende um kit por 679 reais que transforma o modelo em 3D.
// TC-l32X30b Panasonic
O modelo tem tamanho de TV para o quarto e para a sala. A fabricante colocou internet e suporte a vários formatos de vídeo no aparelho, que aceita adaptador Wi-Fi e teclado. O ponto negativo: sua imagem não impressiona.
// T27a950 Samsung
Como televisor, o aparelho pode exibir imagens 3D (com uso de óculos ativos) em alta resolução e tem recursos de SmartTV. No PC, faz bem seu trabalho, mas o brilho da tela pode incomodar. Também faltam mais ajustes de posicionamento.
// E2290 LG
O monitor custa o dobro dos similares, mas é uma opção para quem quer um toque de sofisticação na mesa. Com apenas 7,2 milímetros de espessura e retroiluminação por LED, ele exibiu imagens de qualidade no INFOlab.
Especificações
40” / Full HD / LCD com LED / Contraste dinâmico: 500 000:1 / 240 Hz / Entradas: 4 HDMI, 2 vídeo componente, composto, D-Sub, USB / Ethernet, Wi-Fi / R$ 2 999 avalIaçãO INFOlab
8,9
Especificações
Tela de 32” / LCD com LED / HD / Contraste dinâmico: 2 000 000:1 / Tempo de resposta: não divulgado / 60 Hz / Entradas: 3 HDMI, 1 vídeo componente, 3 composto, 1 D-Sub, 2 USB, cartão SD / Ethernet / R$ 1 799 avalIaçãO INFOlab
8,6
Especificações
Tela de 27” / LCD com LED / 1 920 x 1 080p / Contraste dinâmico: 5 000 000:1 / 120 Hz / Entradas: 2 HDMI, 1 vídeo componente, 1 vídeo composto / 2 USB / Ethernet, Wi-Fi / R$ 2 399 avalIaçãO INFOlab
8,6
Especificações
Tela de 21,5” / LCD com LED / 1 920 x 1 080 pixels / Contraste dinâmico: 10 000 000:1 / Tempo de resposta: 5 ms / Entradas: 1 HDMI, 1 DVI, 1 D-Sub / Saídas: 1 P2 / R$ 999 avalIaçãO INFOlab
8,1
Impressoras e Multifuncionais
// Stylus Pro 3880 Epson Em papel fotográfico, a impressora consegue alta definição e cores muito fiéis às imagens originais. Ela faz isso graças a seus nove cartuchos de tinta. No papel sulfite comum, no entanto, a qualidade cai um pouco.
// Genesis Lexmark
O multifuncional chama atenção pelo design diferenciado. Além disso, tem uma tela sensível ao toque para navegação, com interface agradável e fácil de usar. A qualidade da impressão de imagens, entretanto, é um ponto negativo.
// ClP-325W Samsung
A impressora é rápida e tem pequeno porte, o que a torna indicada para quem faz muitas impressões em casa. No INFOlab, as imagens tiveram contraste pouco acima da média, mas as cores das fotos perdem brilho e ficam opacas.
Especificações
Jato de tinta / 2 880 x 1 440 dpi / Vel. nominal para texto: não informada / USB 2,0 / 68 x 25,5 x 37,5 cm / R$ 3 999 avalIaçãO INFOlab
8,1
Especificações
Jato de tinta / Impressora: 4 800 x 1 200 dpi / Vel. nominal P/B: 33 ppm / Scanner com foto de 10 MP / USB 2.0 / Leitor de cartão de memória / Wi-Fi n / LCD de 4,3” / 38,5 x 42,6 x 29,2 cm / Custo por página: R$ 0,76 / R$ 899 avalIaçãO INFOlab
7,9
Especificações
Laser / 2 400 x 600 dpi / Velocidade nominal P/B: 16 ppm / USB 2.0 / Wi-Fi n / 38,2 x 23,7 x 39,5 cm / R$ 546 avalIaçãO INFOlab
7,4
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/ Radar Celulares e Smartphones
// atrix Motorola
É o melhor smartphone que já passou pelo INFOlab. Chama atenção tanto pela configuração quanto pelos acessórios. A lapdock o transforma num notebook e a dock padrão faz dele um centro de mídia para usar na TV.
// Galaxy S II Samsung
A configuração de ponta do aparelho permite respostas instantâneas ao toque na tela, ótima definição das imagens e capturas da câmera com qualidade acima da média. Um ponto fraco é a falta de sintonizador de TV, presente no primeiro Galaxy S.
// Optimus black P970 LG A tela do smartphone tem contraste decente e brilho acima da média, suficientes para exibir imagens de qualidade até sob o sol. Outra vantagem do telefone é o Wi-Fi Direct, que permite troca de arquivos de forma semelhante ao Bluetooth.
// Xperia Play Sony
O aparelho foi feito sob medida para quem adora games, mas também faz questão de ter um smartphone eficiente. Por ser um híbrido, a sensação é que ele deixa a desejar um pouco nas duas funções. Falta uma porta microHDMI, por exemplo.
Especificações
3G / Android 2.2 / 1 GHz dual core / 16 GB e entrada para microSD / Tela de 4” / Wi-Fi n / GPS / 5 MP / 135 g / 11h33min de bateria (voz) / R$ 1 493 (1) / R$ 1 779 com a Lapdock(1) avaLIaçãO INFOLab
9,1
Especificações
3G / Android 2.3 / Cortex A9 1,2 GHz dual core / 16 GB + microSD / Tela de 4,3” / Wi-Fi n / GPS / Câmeras de 8 MP e 2 MP / 116 g / 7h58min de bateria (voz) / R$ 1 999 (1) avaLIaçãO INFOLab
8,9
Especificações
3G / Android 2.2 / Cortex A8 1 GHz / 1 GB + 4 GB (microSD) / Tela de 4” / Wi-Fi n / GPS / Câmeras de 5 MP e 2 MP / 109 g / 6h22min de bateria (voz) / R$ 1 399 (1) avaLIaçãO INFOLab
8,4
Especificações
3G / Android 2.3 / Scorpion 1 GHz / 512 MB + 16 GB (microSD) / Tela de 4” / Wi-Fi n / GPS / Câmeras de 5 MP e 0,3 MP / 173 g / 7h51min de bateria (voz) / R$ 1 899 (1) avaLIaçãO INFOLab
8,0
GPS
// Nüvi 1410 LT Garmin
O navegador acessa informações sobre o tráfego em tempo real e traça os melhores trajetos. Ele também mostra radares de trânsito e tem instruções completas. Faltou indicar qual faixa da pista tomar e um pouco mais de precisão.
// XL 335T Tomtom
Simples, o navegador tem como grande diferencial o uso de informações de trânsito recebidas por um canal FM. O recurso permite traçar rotas menos congestionadas em 14 cidades. Para usar o serviço é preciso atualizar o software.
// Navegador Guia Quatro Rodas bR500Tv Movix
As indicações foram precisas durante os testes. Os pontos de interesse são fornecidos pelo Guia Quatro Rodas e pelo site de busca iLocal. A resolução da tela poderia ser melhor.
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Especificações
Tela de 5” / Sistema proprietário / 950 cidades navegáveis / 13,5 x 8,5 x 1,6 cm / Playerde áudio e vídeo / Bluetooth / R$ 1 188 avaLIaçãO INFOLab
8,1
Especificações
Tela de 4,3” / TomTom 9 / 633 cidades navegáveis / TMC / 11 x 8,1 x 2,1 cm / R$ 699 avaLIaçãO INFOLab
7,9
Especificações
Tela de 5” / Destinator 9.0 / 628 cidades navegáveis (28 na Argentina) / 14 x 8,2 x 1,8 cm / Player de música e vídeo / TV / R$ 449 avaLIaçãO INFOLab
7,9
FOTOS RafaeL evanGeLiSTa (1) Preço do aparelho desbloqueado
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Tablets
// iPad 2 Apple
Com processador de dois núcleos, 64 GB de memória interna e acesso à rede 3G, o tablet da Apple continua no topo da categoria. Tem grande variedade de aplicativos à disposição. A maior falha continua sendo a incompatibilidade com Flash.
// Xoom Motorola
É o primeiro tablet com sistema Android 3.0. A tela espaçosa responde bem ao toque e o aparelho roda conteúdo em Flash. A câmera pode gravar vídeos em alta definição. O acesso à rede 3G seria uma boa, assim como memória maior.
// Eee Pad Transformer TF101 Asus
O modelo pode fazer frente ao iPad 2 e custa menos que o tablet da Apple. No INFOlab, ele se comportou bem na internet, em jogos e no uso de apps. Com a dock, vendida separadamente, ele se transforma num netbook.
// blackberry Playbook RIM
O tablet tem as ferramentas corporativas típicas da RIM, como e-mail criptografado, mas elas só funcionam por meio de sincronização por Bluetooth com um smartphone da marca. A interface é intuitiva e tem trunfos como reprodução de Flash e HTML5.
Especificações
Tela de 9,7’’ / A5 1 GHz dual core / 64 GB / 3G, Wi-Fi / 18,5 x 24,1 x 0,8 cm / 605 g / iOS 4.3 / 7h23min de bateria / R$ 2 599 avalIaçãO INFOlab
9,1
Especificações
Tela de 10,1’’ / Nvidia Tegra II 1 GHz dual-core / 32 GB / Wi-Fi / 16,8 x 24,9 x 1,3 cm / 730 g / Android 3.0 / 6h19min de bateria / R$ 1 899 avalIaçãO INFOlab
8,6
Especificações
Tela de 10,1” / Nvidia Tegra II 1 GHz dual core / 16 GB + microSD / Wi-Fi / 27 x 1,5 x 17,6 cm / 691 g / Android 3.1 / 5h44min de bateria / R$ 1 599 avalIaçãO INFOlab
8,4
Especificações
Tela de 7” / Cortex A9 1 GHz dual core / 16 GB / Wi-Fi / 19,4 x 13 x 1 cm / 425 g / BlackBerry Tablet OS 1.0 / 6h16min de bateria / R$ 1 804 avalIaçãO INFOlab
8,1
Áudio e vídeo
// boxee box D-Link
Um centro de mídia para quem tem um bom televisor, mas sente falta de funções de SmartTV. Ele lê arquivos por pen drives, cartões de memória e PCs em rede e os envia para a TV. Além disso, também navega na internet e exibe conteúdo em Flash.
// beoSound 8 Bang & Olufsen
A dock para iPod, iPhone e iPad tem design e áudio caprichados, como é normal na marca. No INFOlab, os graves e agudos impressionarem. Ponto negativo para a falta de funções como rádio, CD player e Wi-Fi.
// SR-100i Teac
A dock para iPhone e iPod tem definição de áudio acima da média. Além disso, o aparelho lê CDs, aceita pen drives e HDs externos com MP3 e WMA e sintoniza FM. Infelizmente, a porta miniUSB precisa de um adaptador para ler pen drives.
Especificações
2 USB 2.0, cartão SD, Ethernet, Wi-Fi / Saídas: HDMI, áudio óptica, RCA estéreo / DivX, XviD, WMV, MPEG-4, MKV, RMVB / Dolby Digital, Dolby TrueHD, DTS, AC3, MP3, WMA, WAV / 11,5 x 11,5 x 11,5 cm / 705 g / R$ 999 avalIaçãO INFOlab
8,3
Especificações
Potência não divulgada / Controle remoto / Entradas: RCA estéreo, miniUSB / Dock para iPod, iPhone e iPad / R$ 2 950 avalIaçãO INFOlab
8,2
Especificações
100 W / CD, MP3, WMA / Rádio FM / Controle remoto / Entradas: RCA estéreo, miniUSB / Dock para iPod e iPhone / R$ 1 280 avalIaçãO INFOlab
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3 7 tos u n i m ica
ús e de amcapaciiDdaisdc
era um Min de
compacto, mas caro Os tocadores portáteis de CD começaram a perder espaço no bolso das pessoas no início dos anos 2000 com a popularização do MP3 e o lançamento do iPod, da Apple. Um pouco antes, porém, a Sony tentou emplacar um novo jeito de ouvir música em qualquer lugar, com o MiniDisc. Aparelhos como o MD Walkman MZ-R70 liam e gravavam dados em miniaturas de CDs confinadas em caixas de plástico. Cada MD guardava até 73 minutos de música. As vantagens em relação ao Discman eram várias: a música não pulava, o disco era regravável e o aparelho, mais compacto. O que impediu a popularização foi o preço. Em 2001, o MZ-R70 custava 1 100 reais — quase quatro vezes o preço de um discman normal. / Por juliano barreto ↙ veja mais: info.abril.com.br/blog/ctrlz
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foto luciana cavalcanti
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