Sonhar ajuda a resolver problemas janeiro 2012
três dicas para vender uma ideia em poucos minutos Para uma nova realidade
info.abril.com.br
o celular vai àS comPraS
o que Walmart, amazon e Best Buy têm a nos ensinar
testamos o grandalhão Galaxy note, com tela de 5,3 polegadas
PS4, Wii U e Kinect 2
nº 312
os gAmes serão mAis bArAtos ou grátis. vão rodAr direto dA web e terão sensores que CAPtAm Até o humor dos jogAdores. sAibA o que vem Por Aí PArA suA diversão
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SmartPhone ou tablet?
mitos e fatos sobre
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PLAY / sonhAr AjudA A resoLver ProbLemAs / PAPo de eLevAdor / o CeLuLAr fAz As ComPrAs / testAmos o gALAxY note
PaPo de elevador
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/ Janeiro de 2012 6 Carta do editor 8 Colaboradores 10 WWW 14 Cartas enter
18 É A REINVENçãO dO VídEO? /
o serviço Popcorn, da mozilla, permite criar filmes com elementos da web
22 É O FIM dO BlÁ-BlÁ-BlÁ /
o consultor visual de negócios dan roam mostra como ser eficaz no PowerPoint
25 dOS qUAdRINHOS PARA
O CINEMA 3d / a tecnologia por trás da animação Aventuras de Tintim
26 dO TÉRREO AO ESPAçO /
Cientistas estão mais próximos de construir um elevador para o universo
27 UMA gEEK NO IRAqUE / melia Kelley conta o que aprendeu na guerra
52 SEM CONSOlE, SEM CONTROlE, SEM dISCO / games na nuvem, gadgets poderosos e novos sensores de movimento vão mudar a forma como jogamos videogame
30 AlESSANdRA lARIU / Uma briga de gente grande
32 MANOEl lEMOS /
gadgets divertidos e conectados
34 dON TAPSCOTT / os equívocos do Facebook
58 A PRÓXIMA BATAlHA / Com
o Wii U, a Nintendo dá início a mais uma briga pelos gamers. agora, os holofotes se voltam para Sony e microsoft
36 dAgOMIR MARqUEzI / rede social ou site de encontro?
62 UMA NOVA MídIA MIlIONÁRIA / o sucesso dos jogos nas redes sociais, em smartphones e nos tablets faz o mercado crescer no Brasil e no mundo
inovação
40 O POdER dO M-COMMERCE /
o comércio móvel vai transformar a forma como fazemos compras
44 ElE SONHA MUdAR O MUNdO.
dE NOVO / depois de criar laptops e TVs de tela plana, Stanford ovshinsky quer tornar a energia solar acessível a todos
48 ENqUANTO VOCÊ dORME /
a ciência estuda como os sonhos lúcidos podem ajudar a resolver problemas
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64 OPORTUNIdAdE PARA TOdOS/
as app Stores abriram espaço para desenvolvedores de países com pouca tradição, como rússia e Finlândia
66 ESTE HOMEM qUER CENSURAR
A wEB / Projeto em discussão nos estados Unidos mira a pirataria e o direito autoral, mas pode resultar em censura da internet em todo o planeta
72 dICAS / Profissão: Perigo, Sempre à mão, ajuda para a memória, Para Vender seu Peixe, Cinema em Casa teste
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atÉ DeBaiXo D'ÁGUa A INFO foi atrás de gadgets para usar no verão, como a Lomo Fisheye Underwater
77 TESTE / Smartphone, Notebook,
Câmera, minidesktop, gadgets À Prova d’Água, Caixas de Som, Pula-Pula High-Tech, gPS
88 RAdAR / os melhores produtos
que passaram recentemente pelo iNFolab
Ctrl + z
106 UMA FORCINHA PARA ESCREVER / No final dos anos 90, a Palm tinha o Portable Palm Keyboard, um teclado (quase) portátil
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/ Tiragem da edição: 151 892 exemplares
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Quais serão
o que vem por aí
as tendências tecnológicas para 2012? Muitos sites e futurólogos de plantão arriscam respostas e a indústria dá pistas concretas que atiçam a imaginação. Aqui na INFO temos algumas apostas. Tablets como o iPad devem continuar firmes em sua marcha para conquistar cada vez mais consumidores e, com eles, a interface sensível ao toque vai reinar. O Mac OS X Lion tomou emprestado recursos de sua versão móvel e o novo Windows 8 deve levar o touchscreen para o ambiente de trabalho. Adeus mouse? Além de tocar, vamos finalmente conversar com os nossos gadgets. E o melhor: eles nos entenderão, talvez já na primeira tentativa. O controle por voz deixa de engatinhar para virar gente grande. O Siri do iPhone 4S, que permite criar lembretes, pesquisar na web e muito mais usando a fala, deve se espalhar como conceito, criando uma tendência. Além do mais, o universo que gravita em torno da Apple já deu alguns sinais de que a voz poderá também substituir o controle remoto da TV. Outros recursos avançados vão ganhar espaço e um deles tem como motor de referência o Kinect, da Microsoft. Ao estilo futurista de Minority Report, dispositivos serão controlados pelas mãos que se agitam no ar. Tecnologia a preço competitivo para isso já existe. Agora é esperar que chegue a outras plataformas. Se o Kinect revolucionou o videogame, espere para ver o que a indústria de jogos prepara para 2012.
O redator-chefe Gustavo Poloni e o editor Juliano Barreto, que aparecem compenetrados na foto abaixo, em momento trabalho pesado, mergulharam no universo dos games para nos contar que eles vão rodar na nuvem e que sensores de movimento de segunda geração transformarão a forma de jogar. Seu smartphone, nem preciso dizer, continuará reinando absoluto. Para jogar, navegar, compartilhar achados nas redes sociais e... fazer compras e pagamentos. O mobile commerce dá sinais de que virá para ficar em 2012. Veja, na página 40, como grandes varejistas americanos já utilizam de forma criativa o m-commerce e inspire-se. Aí pode estar seu próximo negócio. Outra tendência que se mostra forte e deve se consolidar neste ano é a dupla HTML 5 e JavaScript, que permite a desenvolvedores criar aplicações mais ricas, que funcionam de forma fácil em qualquer dispositivo. O que isso significa para nós, consumidores? Significa que vamos ter experiências de navegação muito mais interessantes e interativas. Poderemos, por exemplo, assistir a vídeos e documentários que mostram, quase em tempo real, inserções de elementos da web, como fotos do Flickr ou recursos do Google Street View. Duvida? Veja a matéria que abre a seção Enter, na página 18. Já deu pra ver que 2012 promete. E a INFO estará a postos para mostrar todas as novidades com a riqueza de detalhes que é a nossa marca registrada. Boa leitura! E até fevereiro.
/ @katiamilitello
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Jill Greenberg
Canadense, Jill Greenberg mudou-se com a família para os Estados Unidos aos dois anos de idade e logo se encantou com a fotografia. Hoje, ela coleciona prêmios ao redor do mundo. Entre seus trabalhos mais conhecidos estão os retratos de celebridades, a série de crianças chorando e, mais recentemente, as fotos de animais. “O bom de trabalhar com bichos é que não precisamos jogar conversa fora nem tentar persuadir o agente deles.” Jill é autora da foto da ovelha deitada em uma confortável cama e com venda nos olhos que ilustra a reportagem sobre sonhos.
Lucas Patrício
O primeiro presente de Natal que Lucas Patrício se lembra de ganhar foi um NES. Hoje, aos 23 anos, tem uma vasta coleção de videogames: Xbox 360, PlayStation3, Nintendo Wii, além de uma série de portáteis como o Nintendo 3DS. O que falta na lista são os consoles mais antigos. Sua mãe o fazia jogar um aparelho velho fora para que pudesse ganhar um novo. Com uma média de 30 horas de videogame por semana, Patrício é responsável pelo blog de games da INFO Online e assina uma parte da reportagem de capa sobre o futuro dos consoles nesta edição.
Anna Skladmann
Sempre acompanhada de sua câmera, Anna Skladmann divide seu tempo entre Nova York e Moscou. Aos 25 anos, já trabalhou no estúdio da badalada fotógrafa americana Annie Leibovitz e hoje ganha a vida como freelancer. Em 2011, mudou-se para Moscou para trabalhar no projeto “Little Adults”, que mostra crianças da alta sociedade russa que se comportam como adultos por influência dos pais. O trabalho foi premiado e exibido em diversos países, como França, Alemanha e a própria Rússia. Anna é a autora das fotos dos criadores do game Cut the Rope.
Amanda Rossi
Essa não é a primeira vez que Amanda Rossi figura nesta seção da INFO. No ano passado, ela colaborou com uma reportagem sobre a revolução causada pelo uso de celulares na África. Desta vez, ela fez um texto sobre o Popcorn, serviço que importa elementos da web para filmes. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo, Amanda tem 24 anos e adora viajar. Para ela, conhecer lugares, culturas e pessoas diferentes é o melhor jeito de conseguir novas histórias. Amanda é mineira de Uberlândia, mas hoje mora na capital paulista. 8 / INFO Janeiro 2012
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/ Extras
info.abril.com.br extras twitter.com/_INFO
/ facebook.com/revistainfo
App
No PC, no celular e agora na TV
No início, os vídeos da TV INFO estavam restritos ao seu PC. Com o sucesso dos smartphones e tablets, eles passaram a ser exibidos nesses aparelhos. Agora, nossos vídeos também podem ser vistos na televisão. Os proprietários de TVs conectadas das marcas Philips, LG, Toshiba e Samsung já podem baixar o recém-lançado aplicativo da INFO nas lojas de apps. Com o aplicativo, é possível acessar todo o acervo multimídia da revista e do site. Dá para ver o programa diário INFO no Ar ou o Zoom, que faz resenhas de hardware e software testados pelo INFOlab. Para rodar os vídeos sem engasgos, é recomendável ter uma conexão à internet com pelo menos 1 Mbps de velocidade.
Gigabit no celular / Você já imaginou como seria a vida se existisse uma conexão de 1 Gbps no smartphone ou no tablet? A INFO já. Acompanhamos um teste da tecnologia LTE Advanced, que permitirá navegar na internet pelo smartphone com velocidade até mil vezes superior às conexões de 1 Mbps que usamos no 3G disponível no Brasil. O novo padrão é tão rápido que permitirá baixar todo o conteúdo de um Blu-ray de 10 GB em pouco mais de um minuto.
Download de cara nova / Outra novidade da INFO neste início de ano está no canal Downloads, que publica análises de software testados pelo INFOlab. A principal mudança está na navegação. Uma página inicial reúne os programas mais procurados para várias plataformas, como seu computador pessoal ou smartphone. Os programas avaliados pela INFO aparecem organizados em seis categorias: Windows, Mac, Linux, iOS, Android e Webware. A nova organização permite consultar os programas mais bem avaliados em cada sistema operacional e valoriza as análises de aplicativos para dispositivos móveis.
e mais / Conheça os filmes que usam elementos da web em suas histórias / Assista ao trailer dos lançamentos de games de 2012
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FOTOS rafaEl EvangElista
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VICTOR CIVITA (1907-1990)
fundador:
Roberto Civita Roberto Civita (Presidente), Thomaz Souto Corrêa (Vice-Presidente), Elda Müller, Fábio Colletti Barbosa, Giancarlo Civita, Jairo Mendes Leal, José Roberto Guzzo, Victor Civita Editor:
Conselho Editorial:
Presidente Executivo Abril Mídia:
Jairo Mendes Leal
Diretor de Assinaturas: Fernando Costa Diretor Digital: Manoel Lemos Diretor financeiro e Administrativo: Fábio d’Ávila Carvalho Diretora-Geral de Publicidade: Thais Chede Soares Diretor-Geral de Publicidade Adjunto: Rogerio Gabriel Comprido Diretora de Recursos Humanos: Paula Traldi Diretor de Serviços Editoriais: Alfredo Ogawa Diretor Superintendente:
Alexandre Caldini
Diretora de Redação: Katia
Militello
Redator-chefe: Gustavo Poloni Editor Sênior: Carlos Machado
Editores: Airton Lopes, Juliano Barreto, Maria Isabel Moreira, Maurício Moraes e Renata Leal Estagiários: Vanessa Daraya e Victor Caputo Diretor de Arte: Rafael Costa Editor de Arte: Oga Mendonça Designers: Wagner Rodrigues e Yana Parente Colaboradores: Alessandra Lariu, Dagomir Marquezi, Don Tapscott e Manoel Lemos Infolab: Luiz Cruz (engenheiro-chefe), Ricardo Sudário (analista de testes), Filipe Mendonça Gonçalves e Roberto Baldrez Junior (estagiários) Gestora de Comunidades: Aline Monteiro Info online Editor: Felipe Zmoginski Editor-assistente: Fabiano Candido Repórteres: Cauã Taborda, Monica Campi, Paula Rothman e Vinicius Aguiari Desenvolvedores Web: Maurício Pilão, Silvio Donegá e Rodrigo Fonseca Produtor Multimídia: Cadu Silva Estagiário: Rafael dos Santos Melo www.info.abril.com.br SERVIÇoS EDIToRIAIS Apoio Editorial: Carlos Grassetti (Arte), Luiz Iria (Infografia) Dedoc e Abril Press: Grace de Souza Pesquisa e Inteligência de Mercado: Andrea Costa Treinamento Editorial: Edward Pimenta
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/ O que os leitores falam no site e nas redes sociais iNFO ONliNe
OAB pede que estudante do RS responda por tuítes racistas
O BRASIL NA PRóxIMA FASE
A matéria apontou que o Brasil começa a mostrar importância no cenário internacional de games. Antes, a pirataria era uma forte característica do mercado brasileiro. Felizmente, graças à baixa de preços, isso está mudando. Mas o nosso país ainda vai levar tempo para se livrar desse mal. Gabriel L. Pinho e Souza / Salvador (BA)
Game over Lei de Moore às avessas
A coluna BizTech esqueceu de dizer que o computador faz tudo mais rápido, mas a cobrança também é maior. Veja a Lei de Moore sob outro ângulo. Nos próximos 10 anos, peço para que tenhamos tempo para desfrutar a vida. Aloysio Felix / Santos (SP)
Invasão Android
Como mostrou a INFO de dezembro, o Android veio para ficar e mudar o conceito de sistema operacional. Francisco de Alencar Jr. / Lagarto (SE)
Banda larga
Se a banda larga móvel 4G chegar ao Amazonas, será uma farra. Onde moro, o provedor recebe 2 Mbps via satélite para dividir. Míseros 64 Kbps chegam a cada casa. E custa 150 reais/mês. Ris E. Muraiare Filho / Coari (AM)
Na página 30 da edição de dezembro foi publicado um aplicativo para o iPad, o Real Racing 2 HD. O problema é que alguns aplicativos de jogos não funcionam para quem tem conta brasileira na App Store. Nem sequer aparecem nas buscas. É um problema enorme que gostaria que vocês destacassem em alguma edição. Rafael Nunes / Canoas (RS)
iPhone 4S
Com a fábrica da Apple no Brasil e a redução de impostos, acreditava que a empresa iria ter um preço melhor ou, pelo menos, manter o valor da versão anterior. Pelo jeito, a intenção é lucrar. Gosto muito da Apple, mas com esses preços muita gente vai optar por aparelhos com Android, como o Galaxy S II, que podem ser comprados pela metade do preço do iPhone 4S. Rodrigo Salfer / Joinville (SC)
abr.io/OABracismo Infelizmente, nós somos obrigados a conviver com esse tipo de atitude. Educação se traz de casa, e parece que o problema no Brasil é exatamente esse. Daniel Moreno Dias
Facebook libera os novos perfis
abr.io/novoFacebook Para que serve a mudança? Entro no Facebook para ver o feed de notícias, como a maioria dos usuários, e ele continua bagunçado e cheio de coisas inúteis. Ed Rodrigues
@AmauriVargas
Muito legal a matéria sobre os simuladores da Azul na @_iNFO de dezembro.
@edcleytonsouza
A @_iNFO está de parabéns pelo ótimo conteúdo sobre o Android na edição de dezembro. Muito expositiva, com boas fontes e ótima linguagem.
@gu_morim
A @_iNFO desse mês só vai aumentar minha vontade de adquirir um Android.
@joao_victorgm
eu ainda lembro de quando comecei a ler @_iNFO, em 2007. era legal ser diferente de todo mundo na quinta série.
@mdamaceno
Tremenda ignorância a @_iNFO dizer que os blogs são feitos por pessoas irresponsáveis. eles, sim, são jornalistas irresponsáveis.
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BRoncAS Do MêS Preso a uma assinatura
Sou cliente da Sky há mais de um ano e solicitei uma mudança de ponto, pedido que foi negado. Desde então tenho tentado cancelar minha conta na operadora, mas não consigo. Já fiquei mais de duas horas preso ao telefone esperando para fazer o cancelamento, mas não consigo efetivá-lo. Raphael Diegues / Santos (SP) RespOsta da sky A empresa pede desculpas por qualquer transtorno causado. Uma funcionária da Sky entrou em contato com o cliente e a assinatura foi cancelada. Blandina Silva / Gerente de relações de consumo da Sky
Comentário do leitor O leitor afirma que a Sky entrou em contato e foi retirar o equipamento, mas sem agendar horário, como o combinado. Ele diz que a empresa cobrou dias de assinatura mesmo após o cancelamento, contra o que falara sobre não ter cobrança.
Falha triplicada
Comprei um notebook Samsung Série 9 pelo site da Fast Shop, mas percebi que não tinha acessórios indispensáveis. Solicitei a troca por um Sony Vaio, que custa menos. Não houve reembolso e o produto apresentou defeito. Recebi um segundo Vaio, que também deu problema. Pedi uma nova troca, que não foi autorizada. Fernando Lozano / Rio de Janeiro (RJ) RespOsta da Fast shOp A Fast Shop diz que o leitor ficou de retirar o novo equipamento na loja do Barra Shopping (RJ). Já foi providenciada a retirada do equipamento com defeito. Alessandro Jean Xavier / Relacionamento com o Cliente - Fast Shop
Comentário do leitor O leitor diz que pegou o novo notebook e que ele não apresenta defeito. Houve o reembolso, mas ele lamenta os quase três meses para solucionar a questão.
ops! erramos / o smartphone Motorola razr (Tech Dreams, dez/2011) foi denominado Droid razr. ele tem 16 GB de memória interna e tela de 4,3 polegadas. / em Prêmio info 2011, a foto que ilustra a categoria Carro Mais Geek é de um ford Shelby GT500, e não do Chevrolet Camaro, o vencedor. em Melhor Antivírus, a Kaspersky obteve 15% dos votos, e não 1%.
líderes da bronca Samsung 8% Net 8% Groupon 8 % Nokia 8 % Outros 52 %
Foto RaFael evanGeliSta
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redação Comentários sobre o conteúdo editorial da INFO e reclamações para Broncas do Mês: contateinfo@abril. com.br. A correspondência pode ser publicada de forma reduzida. Envie seu nome completo e a cidade onde mora. comunidades Facebook / facebook.com/revistainfo Ning / revistainfo.ning.com Orkut / tinyurl.com/comunidadeinfo Twitter / info.abril.com.br/twitter Formspring / formspring.me/info assinaturas assineabril.com (11) 3347-2121 Grande São Paulo 0800-775-2828 Demais localidades serviço de atendimento ao cliente abrilsac.com (11) 5087-2112 Grande São Paulo 0800-775-2112 Demais localidades (11) 5087-2100 Fax loja InFo info.abril.com.br/loja / (11) 4003-8877 lojaabril@vendapontocom.com.br Publicidade Para anunciar na INFO, ligue: (11) 3037-2302 São Paulo (21) 2546-8100 Rio de Janeiro (11) 3037-5759 Outras praças (11) 3037-5679 Internacional (11) 3037-2300 Fax publiabril.com.br Permissões da INFO Para usar selos, logos e citar qualquer avaliação editorial da INFO, envie um e-mail para permissoesinfo@abril.com.br. Nenhum material pode ser reproduzido sem autorização por escrito. Venda de conteúdo Para licenciar o conteúdo editorial da INFO em qualquer mídia: atendimento@ conteudoexpresso.com.br / Para solicitar reprints das páginas: reprint.info@abril.com.br saiba que /A INFO não aceita doações de hardware e software nem viagens patrocinadas por fornecedores de tecnologia. / Os artigos assinados pelos colunistas da INFO não expressam necessariamente a opinião da revista.
“A INFO me mantém atualizado sobre tudo o que envolve tecnologia, mas também faz parte da minha história. Leio e aprendo com ela.”
As empresas mais citadas pelos leitores em dezembro
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fale com a
Por que leio info
Marcelo Salgado / Gerente de redes sociais do Bradesco
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É a reinvenção do vídeo?
Novo sofware da Mozilla, o Popcorn permite a criação de filmes com elementos da web inseridos, como Twiter e Google Street View / Por AmAndA Rossi
ilustração ogA mendonçA
Os vídeos feitos para a web devem em breve se transformar radicalmente. A mudança vem das mãos de programadores e cineastas espalhados pelo mundo, que estão criando uma nova tecnologia chamada Popcorn. Software da Fundação Mozilla, conhecida pelo browser Firefox, ele tem uma proposta simples: integrar a web aos vídeos de forma fácil e rápida. Assim, elementos como comentários no Twitter, fotos do Flickr, cenas do Google Street View, verbetes da Wikipedia e APIs, como de meteorologia, por exemplo, poderão ser integrados às cenas. Os vídeos deixarão de ser um bloco fechado de conteúdo e passarão a ser lidos em diferentes pedaços, com os quais os conteúdos da web podem se conectar. O criador ganha mais possibilidades e o usuário novas formas de interagir e personalizar seus vídeos. A base para isso é o HTML5. Mas a exploração de seus recursos para vídeo ainda está distante de produtores amadores e de consumidores de conteúdo. É aí que entra o Popcorn. Ele facilita o uso do HTML5, com a promessa de que até quem não sabe escrever uma linha de código possa criar filmes interativos. O princípio básico do Popcorn é atrelar eventos à timeline de uma mídia condutora, que pode ser vídeo ou áudio. É preciso esFoto mARcelo zocchio EDição DE imaGEm ARtnet digitAl
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pecificar um período de tempo e dizer o que deve acontecer. Por exemplo: determinar que entre os segundos 5 e 10 devem ser exibidos comentários do Twitter com uma hashtag específica. “Essa é a base do Popcorn. Em um dado momento, ele faz algo acontecer”, diz Brett Gaylor, da Mozilla. O Popcorn pode incorporar variados usos, já que possui código aberto. Foi o que aconteceu na criação do documentário online em 3D One Millionth Tower, do National Film Board do Canadá. O Popcorn cumpriu sua função básica de trazer a web para o vídeo, integrando o cenário com a previsão do tempo do Yahoo! para Toronto, onde a história se passa. Assim, se está nevando na cidade, vai nevar no documentário. Existem dois tipos de Popcorn, ambos gratuitos: o para desenvolvedores e o voltado a quem não programa. O primeiro é o Popcorn.js, biblioteca em Javascript que oferece as primeiras milhares de linhas de código para criar um vídeo em HTML5 integrado à web. O segundo é o Popcorn Maker, que simula um programa de edição tradicional. Acessado pelo browser, possui uma linha de edição onde o criador pode inserir elementos da internet. Depois é preciso inserir o vídeo em um site. A versão beta do Popcorn Maker é para o final de 2012.
Os prImeIrOs dois exemplos de projetos criados com o Popcorn
One millionth Tower Documentário canadense usa o Popcorn como condutor da câmera e para integrar elementos da web. abr.io/onemilion
The Factory Estudantes fizeram quatro projetos de filmes interativos usando o Google street View e imagens da internet. bavc.org/factory
Janeiro 2012 INFO
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/ Documentário
Em um cinema perto de você Microsoft investe no documentário Ctrl+Alt+Compete, que mostra os bastidores de cinco startups
O mais novo lançamento da Microsoft não é um software ou um
serviço de hospedagem na nuvem, mas um filme. Ctrl+Alt+Compete é um documentário sobre startups. A ideia surgiu quando o diretor Brian Giberson recebeu uma ligação de Daryll McDade, diretor do núcleo de estratégia de plataformas e evangelismo da Microsoft. “Daryll trabalha com novas empresas e pensou que seria legal contar essas histórias”, diz Giberson. O documentário tem como base a história de cinco fundadores de startups e estreou no Napa Valley Film, festival realizado em novembro. Foi bem recebido pela crítica. “As coisas que eles criam, as ideias que são capazes de tornar realidade e os valores que entregam estão mudando a forma como as pessoas vivem hoje”, afirma McDade. O documentário tem uma fanpage no Facebook (facebook.com/CtrlAltCompete).
Como fazer um aquário com um PC velho
veja como se faz O manual publicado pela editora Sextante tem 500 ilustrações que ensinam a criar coisas inusitadas
Um computador antigo pode ser transformado em servidor, reciclado, doado. Ou então, pode virar um belo aquário nerd material / PC antigo / Serra / Chapas de acrílico / Estilete / Impermeabilizante / Água / Pedaço de madeira / Bomba de ar / Pedregulho / Termômetro / Algas / Enfeites / Anticloro / Peixes
Coloque água e conserte vazamentos
20 / INFO Janeiro 2012
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Remova todo o metal de dentro do PC
Serre a tampa do computador
Corte o acrílico em chapas
Junte as chapas e impermeabilize
Insira um calço de madeira no PC
Coloque pedra, alga, bomba e termômetro
Encha o aquário de água e pingue anticloro
Escolha um peixe e monte o aquário no PC
fOTO rAfAEl EvAngElistA IlUSTRAçõES EvAnDro bErtol
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/ Inspire-se
Duro na queda / POr Paula Rothman
Júnior “Cigano”
dos Santos precisou de apenas 64 segundos no octógono para derrubar o americano Cain Velásquez e se sagrar campeão dos pesos-pesados do UFC (Ultimate Fighting Championship). Aos 27 anos, Cigano agora é ídolo brasileiro das artes marciais mistas, o MMA, esporte que consagrou nomes como Anderson Silva e Minotauro. Nas viagens entre Salvador, onde mora e treina, e os locais das lutas, Cigano carrega sempre dois smartphones e vive ligado ao Twitter e à App Store. Só deixa a tecnologia de lado na hora de competir. “Não uso nada eletrônico no treinamento. Nessa hora, o negócio é mais bruto”, diz Cigano.
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alô, alô
“Quando viajo, o celular é o principal meio de comunicação com a família. Tenho BlackBerry com rádio, para falar de graça, e iPhone. Nos EUA, tenho plano mensal para falar ilimitado com o Brasil e acessar a internet
VideogaMe
Tenho um PS3 e meus amigos jogam o game do UFC. Sempre me escolho como lutador – e não gosto de perder. Também brincamos com o FiFa, mas não sou muito bom. Se bem que sou pior ainda no futebol de verdade
Música
Comprei uma Jambox, caixa de som muito maneira. É pequena, tem um som ótimo e funciona por Bluetooth. Dependendo do treino, deixo o som ligado. Ouço música baiana ou Metallica, quando o treino pega fogo
sites
Atualizo bastante meu perfil no Twitter (@junior_cigano). Vejo notícias de MMA em sites como o Portal do Vale Tudo e o Sherdog. Gosto de assistir a lutas no YouTube, especialmente as de adversários
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/ Para experimentar
É o fim do blá-blá-blá
Consultor visual de negócios, o americano Dan Roam mostra como criar mensagens efetivas nas apresentações de PowerPoint
/ PoR Álvaro oPPermann
“Eu adoro o PowerPoint, mas as pessoas abusam
dele”, diz Dan Roam. Consultor visual de negócios, Roam costuma dar workshops concorridíssimos a executivos de empresas como Walmart, Microsoft e Starbucks. Seu conselho mais comum: esqueça o drop shadow e os recursos mirabolantes do PowerPoint na sua próxima apresentação. Em seu novo livro, Blah, Blah, Blah – What To Do When Words Don’t Work (Blá, Blá, Blá – O que Fazer Quando as Palavras Não Funcionam), Roam mostra que o segredo da boa apresentação é saber contar bem uma história. E o melhor jeito de fazer isso é por meio de um mix de palavras e desenhos, numa união da expressão verbal com a visual. “Sou suspeito (Dan é um bom desenhista), mas as pesquisas indicam que não existe forma mais eficiente de comunicação do que falar e, simultaneamente, desenhar figuras simples”, disse a INFO. Não é, obviamente, uma tarefa tão fácil quanto parece. “As pessoas realmente acreditam que não sabem desenhar”, diz Dan. Quando vai a uma reunião, ele pergunta quem sabe desenhar e só 25% dos executivos se dizem capazes de rabiscar um desenho. Mas ninguém precisa ser um Leonardo da Vinci. “São as pequenas coisas que fazem a diferença na apresentação”, diz o consultor. Em 2008, funcionários da Southwest Airlines queriam “vender” à diretoria sua descoberta: a de que a colocação de números e algarismos na área de embarque dos aeroportos, para orientação dos passageiros, aumentaria a velocidade dos embarques em até 30%. Na apresentação da ideia, a equipe numerou os corredores e as salas da empresa, indicando o caminho até a sala de reunião. Convenceram os diretores.
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FoTos divulgação
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Que país é esse?
Instagr.am e Last.fm são dois sucessos do mundo digital. Além da popularidade, eles têm em comum extensões inusitadas no endereço. Conheça aqui alguns sufixos estranhos da internet e a que país eles pertencem
As DIcAs De DAN ROAm PARA UmA bOA PAlestRA Peneira de ideias “Palavras são como nuvens”, diz Roam. Assim que as luzes acendem na sala, e a apresentação termina, puff! Quase tudo o que você disse vai desaparecer no ar. Ao montar a apresentação, sublinhe o que realmente quer que fique gravado. Construa a apresentação de modo a sublinhar dramaticamente esse conteúdo especial.
.am
Uma história bem contada Às vezes, não tem jeito, e você terá de destrinchar, no meio da conversa, um assunto enrolado e complicado, como a história do desenvolvimento das diversas versões de um software corporativo. Para ninguém se perder, desenhe as etapas com flechinhas. Faça uma boa linha do tempo. Esse será o “quando” da apresentação.
Instagr.am
País
Armênia
.dj
O drama dos personagens Seja o novo sistema de ERP da empresa, o remanejamento do RH ou o plano estratégico de TI, a apresentação vai tratar de algo. Esse é o personagem. É bom que ele tenha uma cara, engraçada ou dramática, mas sempre inesquecível. Roam cita a campanha da Apple, de 2006 a 2009, chamada Get a Mac, que estilizou o Macintosh como um rapaz descolado e o PC como um gordinho nerd e confuso. Didatismo acima de tudo Roam lembra que a melhor forma de falar de números continua sendo utilizando gráficos. Mas quando você tem de enumerar uma série de coisas, o melhor modo de expressão é o mapa. O mapa é o “onde” da sua apresentação.
Usado por
Usado por Mix.dj
País
Djibouti
Usado por
.fm A obra de Dan Roam O livro mostra técnica que associa o verbal ao visual para compartilhar as ideias. Na Amazon, US$ 29,95 e US$ 15,49 (para o Kindle)
.me
Last.fm
País
Estados Federados da Micronésia
Usado por Catarse.me
País
Montenegro
Usado por
.vc
Doe.vc
País
São Vicente e Granadinas
Usado por
.tv
Watch.tv
País
Ilhas Tuvalu, na Polinésia
Janeiro 2012 INFO
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/ apps que valem a pena
AplicAtivos do mês
aNdrOId / tablet
ipad
blaCkberry
aNdrOId / Celular
iphONe
/ POr fabiano Candido
ZOmbIebOOth Captura foto do usuário e a transforma em um zumbi. O bacana é que a imagem fica animada e emite ruídos assustadores. Se o usuário colocar o dedo na tela do iPhone, o zumbi simula um ataque. Para iOS 3.1 ou superior. / 0,99 dólar
Super 8 grava vídeos e aplica efeitos que os deixam como os filmes da década de 1970. Permite inserir riscos, tremores e legendas. Pode ser usado para publicar nas redes sociais filmes feitos com o iPhone. Para iOS 4.2 ou superior. / 0,99 dólar
tOp GuN 2 a missão é controlar o avião e destruir os alvos inimigos, como helicópteros e caças. O game tem sons e gráficos caprichados, que simulam ambiente de combate. Tem um bom nível de dificuldade. Para iOS 4.0 ou superior. / 1,99 dólar
Star Chart o programa usa o GPS do telefone para fazer uma leitura do céu e mostrar, em tempo real, quais estrelas aparecem. Dá para ler informações sobre as constelações e conhecer o sistema solar. Para Android 2.1 ou superior. / 2,99 dólares
FlICk SOCCer a missão do FS é fazer gols. Para dificultar, o game exige que a bola atinja um alvo que, em algumas fases, muda de lugar. O jogo conta com sistema que permite ‘chutes’ com efeito. Para Android 2.1 ou superior. / 0,99 dólar
paNO um programa eficiente para fazer fotos panorâmicas. O forte do software é o recurso que auxilia o usuário na montagem da imagem. Conta com ferramentas que alinham e corrigem defeitos. Para Android 2.1 ou superior. / 2,99 dólares
bOmbermaN vS. ZOmbIeS Com gráfiCos caprichados, o jogador tem cinco vidas para derrotar os zumbis pelo caminho. Para passar de fase é preciso encontrar uma chave. O jogo tem alto grau de dificuldade. Para BlackBerry OS 4.6.0 ou superior. / Grátis
beepuS transforma o BlackBerry numa espécie de walkietalkie ao enviar mensagens de voz pela rede de dados. É compatível com o sistema de mensagens do aparelho e permite conversas em grupo. Para OS 5.0.0 ou superior. / Grátis
mymuSICClOud permite esCutar músicas por streaming. É preciso fazer registro e subir músicas para a página do serviço. Tem ferramentas para criar ringtones e mostrar a letra das músicas que são executadas. Para OS 5.0.0 ou superior. / Grátis
myFuNCIty para quem deseja uma cidade melhor. Ele permite ao usuário enviar fotografias e comentários sobre problemas do município, como um buraco na rua. Os dados são compartilhados com ONGs e autoridades. Para iOS 4.0 ou superior. / Grátis
SkySCaNNer Ótimo para organizar viagens. Com poucos cliques, busca passagens aéreas promocionais em mais de 600 companhias. Tem sistema de buscas e revela quais os dias mais baratos para viajar. Para iOS 3.1 ou superior. / Grátis
SuGarSyNC faz baCkup automático dos dados do iPad (como documentos, fotos e músicas) na nuvem de internet. Oferece um recurso para compartilhar os dados com amigos e acessar os que estão no PC ou no Mac. Para iOS 3.1 ou superior. / Grátis
X-meN É o mesmo game dos fliperamas da década de 1990. O jogador deve conduzir um personagem do X-men, como o Wolverine, e destruir os inimigos até chegar ao desafio final: o vilão Magneto. Para Android 2.1 ou superior. / 0,99 dólar
SwIFtkey tablet X É um teClado alternativo para o Android. Tem duas coisas legais: sistema que sugere palavras (de acordo com o texto) e outro que identifica o idioma e alterna o corretor ortográfico. Para Android 2.1 ou superior. / 3,99 dólares
FIeldruNNerS hd o objetivo é defender a base dos invasores. Para isso, o jogador deve colocar metralhadoras, mísseis e armas de laser em posições estratégicas para aniquilar o inimigo, que foge dos tiros. Para Android 2.1 ou superior. / 2,99 dólares
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/ Diversão
Dos quadrinhos para o cinema 3D
A animação aventuras de Tintim, de Spielberg, foi gravada com a ajuda de mais de 100 câmeras / POr PeDro CaiaDo, de LOndreS
Sob qualquer ponto de vista, As
Aventuras de Tintim, animação que chega aos cinemas do Brasil no final deste mês, não é um filme comum. Criado em 1929 pelo artista belga Hergé, o jovem e intrépido repórter Tintim (sempre acompanhado de seu cachorrinho Milu) acumula uma legião de fãs. Os 23 livros da série já venderam mais de 200 milhões de cópias em todo o mundo e o sucesso foi adaptado para a TV. Quando analisado tecnicamente, o longa de Steven Spielberg é uma das produções mais modernas da história. Durante as gravações, atores como Daniel Craig, de 007, e Jamie Bell, de Billy Elliot, foram submetidos a uma técnica conhecida como captura de performance. Pela manhã, antes de seguir para o estúdio, eles passavam por dois scanners de movimento. Um deles registrava os movimentos do corpo. O outro, as expressões do rosto. O processo servia para que câmeras identificassem os atores durante a gravação.
Depois, eles eram levados para um espaço branco e cinza equipado com mais de 100 câmeras instaladas no teto para capturar os movimentos em 360 graus e transformá-los em imagens 3D. Os atores usaram capacetes com pequenas câmeras apontadas para o rosto, para a digitalização das expressões. Além disso, outras oito câmeras de alta definição capturavam a atuação. “Depois disso, encaixamos o design do personagem criado digitalmente”, disse Jamie Beard, supervisor de animação da Weta, estúdio neozelandês responsável pelos efeitos especiais de Avatar e Senhor dos Anéis. Não foi um trabalho fácil. Mais de 1,2 mil cenas foram trabalhadas pelos técnicos do estúdio ao longo de 18 meses de duração das fimagens. O resultado? Não perca nos cinemas a partir do dia 25.
FOTO Divulgação
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/ Inovação Contrapeso
Radar
DO téRReO aO espaçO
Sistemas eletrônicos vão alertar sobre a proximidade de lixo espacial ou satélites, evitando colisões que podem derrubar 36 mil quilômetros de fita na Terra
Mantém a fita esticada, como uma bola amarrada na ponta de uma corda. Ele pode ser feito de um asteroide ou qualquer outro material e fica parado a 36 mil quilômetros de altitude
Pode parecer maluquice, mas cientistas estão cada vez mais próximos de construir um elevador para levar pessoas para... o universo / Por MaurícIo Moraes ilustração kleber sales
Que tal pegar um elevador que te leva para o espaço e ver a Terra de
lá? O turismo é um dos possíveis usos do elevador espacial, que tornaria mais barato o lançamento de satélites ou naves espaciais. O maior obstáculo é a fabricação de uma enorme fita de nanotubos de carbono que seria responsável por puxar o carrinho. O sistema também não sairá barato: seu custo está estimado em 15 bilhões de dólares. Veja como funcionaria. transportador O carrinho especial terá de usar um sistema de propulsão, provavelmente a laser. A viagem até o topo é longa: pode durar de cinco dias a uma semana tRaNspORte De satélIte
superfita Para puxar o elevador, é preciso um material ao mesmo tempo muito leve e resistente. Hoje, apenas uma fibra com nanotubos de carbono preenche os dois requisitos NaNOestRutuRa
vIsta apROxImaDa
Base
A base vai flutuar no Oceano Pacífico, próximo à linha do Equador. Com isso, poderá mudar de lugar para evitar colisões do elevador com lixo espacial
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/ entrevista
Uma geek no Iraque A americana Melia Kelley é especializada em investigação digital e foi à guerra. Ela contou à INFO o que aprendeu
/
POr Álvaro oppermann
“Alô, é Melia Kelley?” “Sim”, respondeu uma voz fe-
minina do outro lado do Skype. Engoli em seco. Melia, 28 anos, é especialista em investigação forense de dados digitais para uso da Justiça e autora do blog Girl Unallocated (girlunallocated.blogspot.com). Entre 2009 e 2010, Melia passou um ano e meio no Iraque, como voluntária do exército americano na análise forense digital. Ficou na base aérea militar de Tallil (ou Camp Adder, como preferem os Estados Unidos), perto da antiga cidade de Ur, onde, reza a lenda, teria nascido o profeta bíblico Abraão. Pouco se sabe do lado de inteligência e defesa digital na Guerra do Iraque, mas com 30 segundos de conversa, Melia joga um balde de água fria na minha expectativa. “Sorry, Alváro, mas você não tem clearance para a gente falar sobre o Iraque.” Maldita falta de autorização. Mesmo assim, não faltaram detalhes curiosos e reveladores na conversa com Melia, que é casada e mãe de quatro garotos. Acompanhe! No que você trabalha atualmente? De volta do Iraque, fui contratada pela First Advantage Litigation Consulting (empresa de Pasadena, na Califórnia). Basicamente, meu trabalho envolve a investigação de roubo de identidade e fraudes na internet. É um trabalho de interpretação de dados.
Nunca trabalhei com um grupo tão bom quanto o dos militares. Eles me acolheram de braços abertos. Eu era uma mera civil geek . Até hoje eles são a minha segunda família. É verdade que na base tinha curso de salsa e piscina? Havia aulas de dança, mas não fiz. Também havia um clube de leitura. Eu ia lá duas noites por semana. Era fundamental para me manter ocupada. E não cair em depressão. O dia de piscina era prêmio pela árdua semana de trabalho. Qual o ponto de partida para uma investigação digital? A primei-
ra coisa que aprendi é investigar as lacunas. Não me fixo tanto na informação deletada, mas no lugar em que ela foi deletada. Você estuda o histórico do navegador para entender o perfil do suposto infrator. Por que? Essa é uma das minhas
coisas preferidas na investigação. A busca dá uma ideia de que sites o infrator está desesperadamente tentando acessar. É um insight sobre como sua mente funciona.
Por que você foi ao Iraque? Por dever patriótico, oras! Foi
no Iraque que me desenvolvi e amadureci profissionalmente. Saber que vidas estão em risco e que você pode salvá-las com seu trabalho é o melhor incentivo profissional.
O que acha de seriados como CSI e NCIS? Eles me ensinaram a ser didática. Os personagens explicam tudo, por analogias e gráficos. Nós, nerds, temos dificuldades de comunicação.
Quais lições tirou da experiência? No Iraque, aprendi que senso de humor é fundamental. Sem ele, fica desesperador.
Seu trabalho é glamoroso? Não. É um trabalho de muita pesquisa,
FOTO Divulgação
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longas horas e vários relatórios quando termina a investigação.
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/ Futuro
Números do mês
8
aviões sempre estão à disposição de Larry Page, Sergey Brin e Eric Schmidt, do Google
15
polegadas. Este é o tamanho do novo MacBook Air, que deve ser lançado pela Apple neste ano
23,6 %
dos acessos à web foram feitos pelo Chrome. É mais do que o Internet Explorer, que registrou 23,5%
128 GB
é a capacidade do cartão de memória flash desenvolvido pela Intel e pela Micron
61 milhões
de Curtir recebeu o perfil da cantora Lady Gaga no Facebook. É mais do que a empresa de Mark Zuckerberg
14,6 bilhões de dólares. É quanto vai movimentar o mercado de dinheiro virtual em 2014, segundo o instituto In-Stat
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Camuflagem perfeita Cientistas americanos pesquisam tinta de nanotubos de carbono que tornaria aviões invisíveis a radares
Nanotubos de carbono são usados para criar compostos de materiais
de alta resistência, dispositivos para armazenamento de energia e sensores. Agora, cientistas da Universidade de Michigan estão estudando uma nova aplicação para o material. Eles estão desenvolvendo o projeto de uma tinta que usa nanotubos de carbono para tornar os aviões invisíveis aos radares. Isso acontece porque, com pouco mais de 1 milionésimo de comprimento, eles formam o material mais preto que existe e, portanto, absorvem um grande espectro de luz, desde ondas de rádio até raios ultravioleta. Se um avião pintado com a tinta feita de nanotubos de carbono fosse atingido pelos feixes de luz emitidos por um radar, não haveria reflexão. Na prática, seria como se não existisse nenhum objeto naquele lugar. Para comprovar a teoria, os cientistas pintaram o modelo de um pequeno tanque de guerra e o colocaram contra uma superfície preta. O objeto desapareceu. Para Jay Guo, professor de engenharia elétrica e de ciência da computação de Michigan, a tinta invisível seria usada pela indústria bélica como uma camuflagem perfeita para camuflar aviões em missões secretas.
Sou apenas uma nota de rodapé na história da empresa /Ron Wayne, 77 anos, à revista americana Distro. Wayne ajudou a fundar a Apple, ao lado de Steve Jobs e Steve Wozniak. Mas saiu da companhia
ilustração evAndro bertol
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/ Diversão
Na rede certa
Quer fazer um post e não sabe se é melhor publicá-lo no Facebook, no twitter ou no Google Plus? a iNFO te ajuda
/ POr Maurício Moraes
Quer Que alguém leia o post?
sim
google plus
não
está em um bar?
sim
não
foursQuare
é para falar de negócios?
sim
não seria difícil explicar para seu chefe? não publiQue sim
não
é pessoal?
sim
não
é um assunto chato?
sim
não
facebook seria difícil explicar para seus pais?
sim
não
é viciado em “curtir”?
sim
não twitter
ilustrações evanDro bertol
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/ Vivendo em Beta
Uma briga de gente grande
A competição cada vez mais acirrada entre Apple, Google, Amazon e Facebook beneficia ou prejudica o consumidor?
O
mundo ultimamente parece ter só quatro empresas: Apple, Google, Facebook e Amazon. Fiz um e x p e r i me nto no mês passado e não consegui passar um dia sem ler notícias sobre pelo menos uma dessas quatro companhias. Na capa da Wired americana estava Jeff Bezos. O tema principal da revista FastCompany foi sobre as quatro gigantes da tecnologia. Aqui nas páginas da INFO há várias matérias sobre o lançamento de produtos ou serviços dessas empresas. E você reparou que no INFO online, na seção de Notícias, a Apple, o Facebook e o Google integram o menu de navegação? Para mim isso é sinal de sucesso: quando a empresa é tão prolífica que até chega ao menu de navegação da revista. Mas se você, como eu, andou acompanhando os movimentos dessas quatro gigantes deve ter notado que cada vez mais as manchetes se referem à competição forte entre elas. Companhias que começaram em áreas diferentes agora estão oferecendo produtos e serviços cada vez mais semelhantes. O Google, que começou como serviço de pesquisa na web, agora está presente na área de software, com o
Android e o Chrome, competindo com a Apple. O Google Wallet, o Google Offers e um recente anúncio de serviço de entrega de compras põem a empresa em competição direta com a Amazon. A Apple, que começou fabricando hardware, agora não só domina o mundo do software, como também tem uma plataforma para distribuição de conteúdo pelo iTunes. Essa plataforma de distribuição de entretenimento é algo que interessa ao Facebook, que, nos últimos meses, trabalhou pesado para amarrar parcerias com Spotify, Hulu e Netflix. Tudo isso porque Mark Zuckerberg quer que você veja filmes ou escute música sem sair do site dele.
tudO dOmINadO Entra a Amazon, que lançou o Kindle para competir com o iPad e o iTunes. E apesar de o novo Kindle Fire usar o Android, do Google, como sistema operacional, Jeff Bezos tem o AmazonCloud para competir com o Google Cloud Services e o iCloud, serviço da Apple. E , f i n a l me nte, c heg a mo s ao Facebook, que tem uma rede social tão popular que o Google, morrendo de inveja, criou o Google+. Os rumores de que a gigantesca rede social de Zuckerberg vai lançar sua marca de celular ainda continuam esquentando as discussões
AlessAndrA lAriu
nos sites de tecnologia. Mas Zuckerberg não pensa em parar aí. Ele quer também dominar a área de pesquisa, porque acredita que as recomendações de pessoas que você conhece são mais valiosas que os resultados de um motor de busca. Software, hardware, e-commerce e dados. Parece que as quatro gigantes querem dominar essas áreas. Mas o que isso significa para nós, consumidores? A curto prazo, os consumidores vão ter várias opções: Kindle Fire ou iPad? Compras na Amazon ou na loja do bairro, que faz entrega gratuita pelo sistema do Google? Filmes no Facebook com os “amigos” ou um download do iTunes? Mas, a longo prazo, se houver um vencedor nessa guerra, pode acontecer um monopólio de produtos e serviços parecido com o que ocorreu com IBM/ Microsoft nos anos 1980. Se isso acontecer, o mundo vai ficar meio sem graça. Por isso, se eu fosse o presidente da Apple, do Google, do Facebook ou da Amazon estaria pensando em lançar um serviço de linhas aéreas – ou qualquer coisa diferente – em vez de ficar copiando as outras três concorrentes. ↙
Alessandra Lariu, 38 anos, é publicitária e cofundadora do site SheSays, que ajuda mulheres a entrar na carreira de criação digital. Empresária, ela mora em Nova York.
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/ BizTech
Gadgets divertidos e conectados Uma pulseira monitora a atividade física. O smartphone fala com você. Tudo ligado à web. Bem-vindo à internet das coisas
S
ão 7h37 da manhã e minha pulseira começa a vibrar suavemente. Eu deveria acordar às 7h45, mas o gadget que mon itor a meu sono percebeu que eu estava numa fase de sono leve. Tomo banho, troco de roupa e desço para a garagem. Ao entrar no carro, ligo um pequeno fone Bluetooth e uma suave voz feminina diz no meu ouvido que ainda possui carga para duas horas e meia de conversa. Ao chegar à Editora Abril, o smartphone percebe que já estou no trabalho e uma outra voz me lembra de telefonar a um colega. A pulseira ainda vibraria mais algumas vezes naquele dia para me lembrar de tomar água. Nada disso é ficção ou uma visão de futuro distante. Aconteceu realmente. Por volta do ano 2000, escrevi um artigo sobre o futuro da mobilidade e de nossos gadgets. Estava envolvido com a cena mobile na minha primeira startup, o PageMe, um portal especializado em enviar mensagens SMS para celulares de várias operadoras. No artigo, “profetizava” que em um futuro próximo teríamos celulares com câmera, GPS e conexão constante com a internet. A palavra da vez era convergência. Os dispositivos seriam cada vez
mais cheios de recursos, agregando as funcionalidades de vários aparelhos. A evolução realmente aconteceu, mas não seguindo apenas o caminho da convergência. Com a evolução tecnológica, pudemos ver o surgimento de microprocessadores cada vez mais baratos e menores, memória flash de grande capacidade a baixíssimo custo, uma infinidade de sensores, como acelerômetros, magnetômetros e câmeras. Além de diversas soluções para a comunicação dos dispositivos, como infravermelho, Bluetooth, Wi-Fi e NFC.
INterNet das cOIsas Esses componentes ganharam vida com softwares desenhados para exercer apenas uma ou duas funções. A segunda via da evolução dos gadgets foi na direção oposta à da convergência, a da superespecialização. Como é o caso da pulseira que me acordou pela manhã, dotada de acelerômetros e de bastante memória. Ela é especializada em monitorar minha atividade física durante o dia e o sono à noite. Depois, tudo vai para o smartphone e para a internet, onde é analisado e transformado em um monte de informações que tenta me forçar a levar uma vida mais saudável. Várias empresas, a maioria startups, estão investindo nesse tipo de
Manoel leMos
gadgets. Estamos vendo vários dispositivos criados para a área médica, para a prática de esportes, para monitorar nossas casas e filhos, além de uma infinidade de aplicações industriais Dispositivos embutidos em pneus podem fornecer informações sobre o desgaste e até mesmo como o motorista está dirigindo. Outros, instalados em peças críticas de aeronaves, podem avisar aos fabricantes sobre fadiga nos materiais e evitar acidentes. Conecte a maioria desses objetos à internet e temos parte do que é chamado hoje de Internet of Things (internet das coisas). Estudo de uma grande empresa de tecnologia mostra que o número de coisas conectadas pode chegar a 1 trilhão dentro de dez anos. Mesmo que outros trabalhem com números menores – da ordem de dezenas de bilhões –, as oportunidades são imensas. E o futuro de nossos gadgets será bem excitante, seja com dispositivos cada vez mais multitarefas, como os modernos smartphones, ou os mais especializados, como os biossensores. Será bem divertido! ;-) ↙
Manoel Lemos, 37 anos, é engenheiro da computação, especialista em supercomputação, empreendedor, investidor em tech startups e diretor-geral digital da Abril Mídia. É apaixonado por mergulho com tubarões.
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/ Geração Digital
Os equívocos do Facebook
A rede social de Mark Zuckerberg não sabe distinguir privacidade individual de transparência, atributo que se espera das empresas
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a linguagem quase cifrada criada pelos usuários de bate-papo, Mark Z u c ke r b e r g , o CEO do Facebook, deve considerar o presidente da Comissão Federal de Comércio (FTC) dos Estados Unidos, Jon Leibowitz, seu “BFFL” – ou seja, best friend for life, ou amigão de todas as horas. Ao impor severas sanções à companhia, a FTC salvou o Facebook de si mesmo. A Comissão forçou a rede social a aceitar que proteger a privacidade dos usuários é fundamental para a empresa. Isso chegou no momento em que o Facebook está se preparando para um IPO (oferta pública de ações). Se a decisão tivesse sido tomada depois que passassem a negociar suas ações na Bolsa, teria sido devastador para o valor da empresa. Agora os potenciais acionistas já estão avisados. Rede pioneira de mídia social, o Facebook continuamente se aventura em águas não mapeadas. Antes, ninguém adivinharia que centenas de milhões de pessoas entrariam voluntariamente num site para fornecer, quase de minuto a minuto, informações sobre si mesmas, suas atividades, suas preferências, suas fotos e assim por diante. O grau de
detalhes do que sabem a respeito dos usuarios é algo sem precedentes. O Facebook sempre aperfeiçoa seu produto, adicionando novos recursos que, por sua vez, obtêm mais informações sobre os frequentadores. Mas a rede social deu a eles a falsa segurança de que seus dados estariam protegidos, ou às vezes simplesmente franqueou as informações sem alertálos. Mas, como notou Leibowitz, “a inovação do Facebook não precisa ser feita à custa da privacidade do usuário”.
PessOas melhOres Em vez de considerar sua enorme coleção de dados um tesouro que deve ser resguardado, os executivos da rede a enxergavam como um recurso a ser explorado. É por isso que a privacidade foi sempre o calcanhar de aquiles da companhia. Desde o início, a confiança que os usuários depositaram na rede social tem sido repetidamente violada. A empresa confunde direito à privacidade com transparência, argumentando que a transparência é boa para as relações individuais. No livro O Efeito Facebook, David Kirkpatrick explica que alguns executivos de Zuckerberg acham que a transparência não é apenas uma opor-
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tunidade de as corporações e outras instituições revelarem informações adequadas sobre si mesmas. Eles acreditam que, para os indivíduos, é também uma oportunidade de fazer o mesmo. Kirkpatrick escreveu que os fundadores da companhia creem que “maior visibilidade nos torna pessoas melhores. Alguns defendem que, graças à rede, ficou mais difícil para os jovens enganar seus namorados e namoradas. Dizem também que maior transparência produzirá uma sociedade mais tolerante, na qual as pessoas, afinal, aceitem que todo mundo em algum momento faz coisas erradas ou embaraçosas”. Isso é ingênuo, mal orientado e perigoso. A transparência se aplica a organizações, não a pessoas. De fato, a privacidade individual é a fundação de uma sociedade livre, e os indivíduos têm a obrigação de salvaguardar suas informações pessoais. E as instituições devem ser transparentes sobre o que fazem com nossas informações. Zuckerberg tem a sorte de ter sido forçado a entender isso antes de a empresa entrar na Bolsa.↙
Don Tapscott, 64 anos, é autor de 13 livros sobre a influência das novas tecnologias nos negócios, entre eles Wikinomics, A Empresa Transparente e A Hora da Geração Digital.
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Rede social ou site de encontro? Em 2032, a tecnologia ajuda a reunir durante as festas pessoas com interesses (e intenções) comuns
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Califórnia não foi destruída pelo Big One. Pelo menos até este início de 2032. As construções estão cada vez mais adaptadas a terremotos, com tecnologia japonesa. A última moda é alugar réplicas de carrões do passado com motores elétricos. LA mudou, mas duas coisas continuam as mesmas: 1) os ventos de Santa Ana e 2) o prazer de passear num Bel Air conversível (emissão zero) pela Sunset Boulevard. Dormi num agradável cocoon da Laurel Canyon, peguei meu carrão e segui com meu chip-convite até o novíssimo Gable’s, o atual point das festas chiques de Hollywood. Afinal, por alguns dias sou uma semicelebridade em LA. Que festa! Luzes se coordenam com um funky-bossa-eletro-jazz que parece massagear o cérebro. Como eles fazem isso? Em dado momento entra a nova revelação de Hollywood (como se isso não fosse previsível): Suri, a filha de Tom Cruise com Katie Holmes Ela ganhou seu primeiro Oscar. Eu paro no balcão e peço um suco de ingredientes para me deixar mais alegre, desinibido e atento aos detalhes. Não existem mais “drogas ilegais” em 2032. O que em 2011 36 / INFO Janeiro 2012
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era vendido por traficantes, cheirado, fumado e injetado secretamente, agora você compra no balcão do bar. Elementos alteradores de consciência e leves estimuladores sexuais (o Viagra já era) são misturados a coquetéis à base de frutas e vitaminas. As pessoas se divertem. E ainda ficam mais saudáveis. As dosagens são registradas no OMNI e imediatamente transmitidas para os controladores do estabelecimento. Abusos causam problemas em cadeia. E na cadeia.
Luz turquesa No balcão, testo o NWL, a “Rede Social ao Vivo”. Preencho no OMNI um formulário com as características de uma hipotética mulher que gostaria de conhecer. Dou OK e passo a emitir dois sinais, um com minhas características (e identificação visual) e outro com meus interesses. É a tecnologia usada para reunir ao vivo pessoas com interesses comuns. Circulo pelos salões do Gable’s como num sonho quando uma luz turquesa se acende discretamente no meu OMNI. É o sinal do NWL. Uma oriental de pele bronzeada se aproxima. Por alguma razão, ela se interessou pelos dados que transmiti sobre mim mesmo. No seu pulso também brilha uma sutil luz turquesa. Bateu. It’s a match.
Dagomir marquezi
Aquela garota – chamada Kristara – tinha acabado de chegar da China, onde começava a fazer sucesso na nova indústria de entretenimento sexual (a evolução do velho cinema pornô, muito mais respeitado em 2032). Kristara fala em mandarim, eu falo em português. Tradutores simultâneos evoluíram muito desde os tempos do Google Translator. Nós nos entendemos o suficiente. Não é nenhum pedido de namoro. É uma paquera para um dia de festa. (Graças a aplicativos espertos, 2032 virou a era de ouro do sexo casual.) Kristara pede que eu espere um pouco ali mesmo, onde estou, pois vai “se preparar”. Fico arrepiado em imaginar o que ela quis dizer com isso. Com uma piscadinha e um sorriso promissor, a chinesa se retira. Enquanto aquele vulto azul-turquesa se afasta, alguém toca nas minhas costas. Eu me viro e encontro um senhor na casa dos 70 anos que imediatamente me parece familiar. “Finalmente te achei”, o homem diz. Ele sorri e eu tenho de me segurar para não cair com o choque. Aquele homem sou eu, 20 anos mais velho. (Continua...) ↙
Dagomir Marquezi, 58 anos, escreveu novelas, musicais, roteiros de cinema e colabora há 15 anos com a INFO. Ele agora "vive" em 2032 e nos conta como são as coisas no futuro.
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sem coNsole, sem coNTRole, sem DIsco
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Jogos que rodam na nuvem, smartphones poderosos e sensores de movimento de segunda geração vão mudar a forma como jogamos
O Poder do M-Commerce / 40 Ele Sonha Mudar o Mundo. De Novo / 44 Enquanto Você Dorme / 48 Este Homem Quer Censurar a Web / 66 Dicas / 72 Janeiro 2012 INFO
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O pOder dO m-cOmmerce Ao combinar a onipresença do celular com o poder de localização do GPS e a criatividade do marketing online, o comércio móvel vai facilitar as compras / Por Matt anderson, nick Buckner e stefan eikelMann, da strategy
Você pode não ter ainda ouvido falar de Shopkick, mas trata-se de um dos melhores exemplos das dramáticas mudanças no varejo atualmente. Aplicativo que roda em iPhone, o Shopkick dá a seus usuários kickbucks — pontos para serem trocados — quando eles entram em lojas como Best Buy, American Eagle, Macy’s e outros varejistas americanos. Kickbucks adicionais estão disponíveis para quem fizer ações determinadas, como, por exemplo, fotografar um pôster no provador de uma loja com a câmera do iPhone. Os kickbucks podem ser trocados por vale-presente ou doados para caridade. Além disso, quando um cliente da Best Buy mostra seu iPhone com Shopkick para o caixa da loja, ganha um desconto na hora. Ao combinar o poder de localização do GPS com a onipresença do celular e a criatividade do marketing online, o Shopkick e vários aplicativos similares estão modificando o cenário do consumo. Em um período em que os varejistas
business ilustração tato araújo
estão sofrendo para conquistar clientes, esse tipo de uso novo da tecnologia vai beneficiar consumidores e lojistas. Os early adopters do comércio móvel (ou m-commerce) terão grandes oportunidades para influenciar os consumidores em tempo real ao criar capacidade de análise de consumo no exato momento em que o cliente está na loja. Varejistas que demorarem vão ver cada vez mais seus clientes caminhando pelas lojas usando o smartphone para ler a análise de produtos, comparar preços e... fechar a compra com o concorrente. O m-commerce acaba com a separação entre website e loja física, transformando a internet em um grande motor de vendas. Ainda um fenômeno relativamente novo, o m-commerce já está conseguindo deixar sua marca. Uma pesquisa recente da consultoria Booz & Company analisou consumidores americanos do comércio móvel e descobriu que entre 15% e 20% usam o celular e outros aparelhos com acesso à internet para checar preços e fazer comparação entre produtos,
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canas como American Apparel, Best Buy, Dell, Macy’s, Sears e Walmart já usam o Facebook dessa maneira. Na pesquisa da Booz & Company, 85% disseram que os varejistas precisam fazer mais para integrar as redes sociais nas suas ofertas de m-commerce.
ExpErIêNcIa sINcrONIzada Em um mercado verdadeiramente móvel e digital, nenhum canal existe isoladamente. Ao contrário, os varejistas vão precisar criar cada vez mais experiências integradas de compra para conquistar consumidores bem informados. Isso vai gerar um novo enquanto 25% pretendem fazer isso no futuro. De 10% a 15% das receitas do varejo devem ser influenciadas por aplicativos móveis neste ano, algo próximo a 340 bilhões de dólares em vendas realizadas nos Estados Unidos, na França, Alemanha e Reino Unido. Esses números vão crescer rapidamente, porque até 2014 a penetração dos smartphones deve aumentar de 17% para 74% no mercado nos Estados Unidos e na Europa, de 15% para 43%. Até 2013, pelo menos metade dos clientes de uma rede varejista típica vai usar o smartphone para comprar. Algumas redes de varejo já estão registrando vendas impressionantes com o m-commerce. Em julho de 2010, a Amazon divulgou que sua receita global de dispositivos móveis, incluindo o leitor de livros eletrônicos Kindle, chegou a 1 bilhão de dólares. De maneira semelhante, o eBay espera que seu faturamento de comércio móvel em 2011 tenha fechado entre 1,5 bilhão e 2 bilhões de dólares. Um produto é vendido pelo eBay Mobile a cada dois segundos. Os incentivos para a rede varejista que vê essa movimentação de cima do
Com o aplicativo Amazon Remembers, o cliente manda a foto de um produto e a varejista responde em minutos com links para itens similares à venda em seu site muro são altos, especialmente porque o m-commerce garante lealdade. Clientes de m-commerce tendem a comprar de três a quatro vezes mais do que os adeptos do tradicional e-commerce. Enquanto isso, esse mercado está vendo as redes sociais como novos entrantes. Em agosto de 2010, o Facebook lançou o Places, serviço que permite a qualquer um dos 800 milhões de usuários de sua rede revelar a localização atual na página inicial. Os varejistas podem aproveitar essa funcionalidade para oferecer produtos, vendas e ideias de compras. Os consumidores podem divulgar suas compras com amigos, comparar análises e avaliações e verificar preços dos competidores da região. Redes ameri-
ecossistema de varejo eletrônico. As ofertas móveis da Amazon são um bom exemplo. A varejista online oferece sincronização em tempo real do carrinho de compra dos clientes com os canais móveis e eletrônicos. Assim, se você coloca um CD no carrinho quando está comprando pelo smartphone, o CD estará lá quando você fizer o registro pelo desktop. Na página móvel, a Amazon fornece recomendações personalizadas, histórico de compras, acesso simplificado para análises e avaliações de produtos e recomendações. A conquista mais chamativa da Amazon no m-commerce está no aplicativo Amazon Remembers. O cliente pode tirar a foto de um produto numa loja (ou até de algo em sua casa) e o va-
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rejista vai verificar e responder em poucos minutos com links de produtos similares que estão à venda no site. Existe uma competição do varejo pelo uso do m-commerce. O Walmart, por exemplo, permite aos clientes pesquisar por análises e avaliações escaneando o código de barras dos produtos na loja com o telefone celular. A tática reforça outro resultado da pesquisa da Booz: a taxa de conversão (transformação da navegação em compras) aumentou em 240% quando os clientes viam as análises enquanto compravam produtos abaixo de 200 dólares. A Best Buy tem uma estratégia ainda mais ambiciosa. A rede TwelpForce, fundada em 2010, é baseada em um grande grupo de mais de 2 mil funcionários que respondem às dúvidas de clientes no Twitter sobre marcas e modelos. A maioria desses tuítes é enviada por clientes que estão nas lojas Best Buy. Ainda assim, o uso mais inovador do m-commerce ainda está para ser inventado. Uma rede varejista de roupas de luxo pode, por exemplo, desenvolver um aplicativo móvel que permita aos clientes tirar fotos de roupas quando eles estão na rua ou no trabalho, misturando e combinando itens em closets virtuais e mostrando fotos dos seus closets reais. Depois, poderiam combinar essas informações com recomendações do varejista e compartilhar possíveis compras com amigos pela rede social e ter opiniões instantâneas que ajudem na tomada de decisão. O consumidor terá informações em várias fontes de dados, como fotos, vídeos, chat, e quem sabe o que mais — e receberá ofertas dirigidas pelo preço. Assim, a loja poderá convencer, por exemplo, uma cliente a comprar uma nova blusa que ela acabou de fotografar enquanto tomava um café.
Conforme os apps ficam mais sofisticados, tudo o que acontece num smartphone — compras, preferências, produtos vistos e análises—torna-se parte de um registro contínuo digital que influencia a decisão que o cliente toma e os tipos de catálogo e ofertas que recebe. As lojas comuns vão também sincronizar as atividades de e-commerce e m-commerce com as da loja física, usando sistemas integrados para aumentar os níveis de venda cruzada e melhorar o serviço ao cliente.
LeaLdade e prOmOçãO Com o m-commerce começando a decolar, várias serão as opções de compra. A pesquisa da Booz & Company aponta que 54% dos consumidores gostariam de ter uma conta móvel de fidelidade que fornecesse crédito, pontos e promoções. Os entrevistados foram ainda solicitados a fornecer informações sobre as funcionalidades do comércio móvel que usam em casa, no trabalho e nas lojas, combinadas com o impacto na decisão de compra. O aplicativo mais usado em casa e no escritório é o de tirar fotos de um produto para compartilhar com os amigos. Nas lojas, os clientes usam mais o smartphone para ver anúncios, análises e avaliações de produtos. Eles afirmam que os anúncios mudaram sua decisão de compra em 38% mais nas lojas do que em casa ou no escritório. Também tem se tornado popular a
habilidade de comparar preços de produtos entre lojas usando o smartphone. Os varejistas estão de olho nessas funcionalidades. A fabricante de equipamentos e roupas esportivos North Face usa GPS e informação sobre localização do celular para criar “cercas geográficas” em algumas áreas dos Estados Unidos. Essas áreas virtuais oferecem incentivos especiais de compra quando o consumidor está próximo de uma loja que vende artigos da marca. A rede Ikea, de produtos para casa, utiliza a tecnologia de realidade aumentada. Ela permite aos clientes criar um modelo virtual da sala para a qual estão comprando móveis, com suas dimensões. O aplicativo coloca modelos em 3D dos itens para ver como as peças vão se encaixar no ambiente. Fornecer uma experiência como essa não é útil apenas aos clientes, mas também mantém a atenção deles nos produtos da loja e minimiza as chances de procurarem alternativas na web. Como os early adaptors mostram, as iniciativas de comércio móvel serão tão diferentes quanto as empresas que as lançarem. Mas há algo comum a todas que é tão crítico quanto a própria tecnologia: fornecer aos consumidores um canal de compras agradável, útil e compensador. Se isso acontecer, as aplicações móveis vão se tornar tão arraigadas que mudarão totalmente nossos hábitos de consumo. ↙
Pesquisa mostra que 54% dos consumidores americanos gostariam de possuir contas móveis de lojas que fornecessem créditos, pontos e promoções
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ElE sonHA mudAr o mundo. De nOvO Há 50 anos, suas invenções permitiram a criação de laptops e TVs de tela plana. Graças a ele, os celulares não perdem os dados quando a bateria acaba. Agora, Stanford Ovshinsky, 89 anos, quer transformar a energia solar em opção barata e acessível a todos / Por Lawrence M. Fisher, da strategy & business, foto greg ruFFing
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Nome Stanford R. Ovshinsky Idade 89 anos orIgem Akron, Ohio, Estados Unidos Cargo Presidente da Ovshinsky Solar Formação Segundo grau completo FamílIa Casado com Rosa Young, sua terceira mulher PrINCIPaIs FeItos Descobriu que materiais amorfos (como o vidro) se transformam em semicondutores com a aplicação de baixa voltagem, o que possibilitou criar um novo tipo de memória. Tem 400 patentes em seu nome
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“Instituto Para Estudos Amorfos” é o que se lê na placa em preto e branco colocada na antiga escola de ensino fundamental no arborizado subúrbio de Detroit, nos Estados Unidos. A frase tem um pouco de humor nerd. Os cientistas e engenheiros trabalhando ali sabem que ela deixa a entender que se trata de um instituto de pesquisa típico do Vale do Silício. Ao mesmo tempo, a placa é séria.
É uma lembrança da descoberta sobre materiais amorfos feita há 50 anos por Stanford R. Ovshinsky. Apesar do nome estranho, o achado revolucionou a computação e possibilitou a invenção de produtos como chips de memória que não perdem os dados quando ficam sem energia e telas planas. Ou seja, é a base para a produção de gadgets que fazem parte do nosso dia a dia, como smartphones, laptops e TVs superfinas. A descoberta de Ovshinsky criou um campo novo na ciência de materiais e seria apenas a primeira de muitas outras. Apesar de ter completado somente o ensino médio, o inventor já escreveu mais de 300 ensaios científicos, tem mais de 400 patentes em seu nome e recebeu dezenas de graduações honorárias, prêmios e elogios acadêmicos. Agora, aos 89 anos, criou uma nova empresa, a Ovshinsky Solar, que tem uma meta audaciosa: fazer com que o custo da energia solar seja mais barata do que a produzida com base em carvão. A preocupação de Ovshinsky com o meio ambiente é antiga. Na década de 1960, muito antes da atual onda
verde, ele e sua segunda mulher, Iris, abriram o Laboratório de Conversão Energética em Detroit. Já naquela época os Ovshinskys sonhavam com um mundo livre das guerras e da poluição causada pela dependência dos combustíveis fósseis. Iris tinha a formação acadêmica que faltava a Ovshinsky, incluindo um Ph.D em bioquímica pela Universidade de Boston. Juntos, criaram novidades na geração e no armazenamento de energia e em materiais sintéticos concebidos atomicamente, conhecidos agora como nanotecnologia. “Há muito tempo escolhi energia e informação como os dois pilares da nossa economia”, diz Ovshinsky. “Se você modifica a equação de energia para não usar mais carvão e evitar as mudanças climáticas, encerra uma era e abre outra totalmente diferente. Sou um ativista, mas arregaço as mangas e faço.” Ovshinsky cresceu em Ohio, nos Estados Unidos, filho mais velho de uma família de judeus que deixou a Europa em 1905. Seu pai, Benjamin, ganhou a vida catando restos de metal. O primeiro trabalho de Ovshinsky foi em lojas de máquinas e suas primeiras
invenções eram de maquinário ferramental. O Benjamin Center Drive, torno mecânico automático que batizou com o nome do pai, foi usado para produzir munição de artilharia para a Guerra da Coreia. Mas Ovshinsky tinha outros planos. Autodidata, lia muito sobre pesquisas em neuropsicologia, cibernética e doenças neurológicas. Apesar da falta de educação formal, Ovshinsky conseguiu fazer progressos nessas disciplinas da mesma maneira intuitiva que trabalhava com o maquinário ferramental. Seus textos, publicados em jornais científicos, confirmavam sua aptidão. Ao lado do irmão mais novo, Herb, um engenheiro mecânico, criou uma empresa chamada General Automation para pesquisar e desenvolver tecnologias de energia e informação. Juntos, construíram em 1959 um modelo mecânico de uma célula nervosa, uma chave de semicondutor batizada de Ovitron, em um processo pioneiro no uso de nanoestruturas. Por si só, o Ovitron não tinha nenhuma aplicação prática. Mas, ao desenvolvê-lo, o inventor fez uma descoberta que iria definir sua carreira e transformar o termo “efeito Ovshinsky” em uma frase muito comum em livros de ciência. Durante os trabalhos ele percebeu que certos tipos de vidros finos, conhecidos como materiais amorfos ou desordenados, transformavam-se em semicondutores quando recebiam uma corrente de baixa voltagem. “Foi tão revolucionário na época que as pessoas nos maiores laboratórios de pesquisas do mundo disseram que ele era maluco”, afirma Hellmut Fritzsche, ex-chairman do departamento de física da Universidade de Chicago. Em pouco tempo, uma avalanche de físicos, químicos e engenheiros começaram a fazer peregrinações até o modesto labo-
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ratório de Ovshinsky. Entre eles estavam os jovens Robert Noyce e Gordon Moore, que planejavam abrir uma empresa para produzir memória para computadores – que se tornaria a Intel. A descoberta impulsionou a carreira de Ovshinsky. Em 1963, ele apresentou sua primeira patente, que permitiu a criação de um novo tipo de memória para computador. Até então, os PCs usavam memória de acesso dinâmico randômico, ou DRAM. O problema é que os chips DRAM perdiam os dados quando ficavam sem energia. Já a memória de mudança de fase feita pelo inventor registra os dados ao alterar as características físicas do material semicondutor, e aquela mudança se mantém mesmo sem uma corrente elétrica. Graças à invenção de Ovshinsky, o celular não perde a agenda de contatos quando acaba a bateria. Vinte anos depois, Ovshinsky começou a aplicar a tecnologia de materiais amorfos na produção de energia solar. Na época, as células fotovoltaicas tinham o tamanho de uma unha humana e eram produzidas a partir do silício cristalino, um material muito caro. Com certa desconfiança, Ovshinsky insistiu que materiais fotovoltaicos poderiam ser feitos de silício amorfo depositado em plásticos flexíveis a cada 1,5 quilômetro. Transformando isso em produção em massa, a Energy Conversion Devices passou por uma fase de rápido crescimento. O número de funcionários aumentou de duas dúzias para mais de mil. E o faturamento chegou à casa dos bilhões de dólares. Apesar do sucesso, Ovshinsky não estava satisfeito. De olho na discussão sobre o aquecimento global e a dependência de produtos de petróleo, abriu em 2011 mais uma empresa: a
Ovshinsky Solar. Ela foi fundada com investimento de 3,5 milhões de dólares do seu próprio bolso, e agora procura outros 16 milhões de dólares em investimentos para sair do estágio do conceito para criar uma pequena planta piloto. Em 2012, vai precisar de mais 350 milhões de dólares. Tanto dinheiro tem como objetivo produzir uma máquina capaz de gerar 1 gigawatt por ano de energia solar, o que é mais do que a produção típica das usinas nucleares e mais de 30 vezes maior do que linhas de produção de qualquer fabricante de produtos fotovoltaicos. “Nossa tecnologia é um avanço de transformação em
trabalham em um pequeno laboratório sem nome, repleto de instrumentos e protótipos de equipamento para deposição de vapor que eles mesmos criaram. Um labirinto confuso de aço inoxidável, o ambiente parece uma feira de ciências com esteroides. A empresa tem 14 patentes em avaliação, com mais uma a caminho. Mas, até que elas sejam garantidas, Ovshinsky é discreto. O grande avanço está baseado na invenção de um material amorfo completamente novo – e não na melhoria de algo que ele fez antes. “Se for para fazer alguma coisa nova, você precisa transpor barreiras”, afirma.
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limpa e barata O americano Ovshinsky apresenta a linha de montagem de sua
fábrica de painéis solares (à esq.). No detalhe, o plástico onde é depositado o material fotovoltaico feito de silício amorfo, que promete baratear a produção de energia
fotovoltaicos”, afirma Ovshinsky. Os números ajudam a entender a novidade. Sua pequena fábrica piloto manteve uma taxa de deposição do material semicondutor de mais de 300 angströms por segundo (cada angström corresponde a 0,00000001 centímetro). Hoje, as fábricas mais modernas conseguem algo entre 1 e 5 angströms por segundo. Tal aumento sozinho permitiria a construção de uma usina com capacidade de 1 gigawatt. A Ovshinsky Solar tem hoje oito funcionários. Eles
Ovshinsky sabe que sua idade já está avançada e estruturou a nova companhia para funcionar sem ele. Mas também está claro que ele não pode trabalhar feliz sem um grupo de pessoas com ideias parecidas e que tentem levar seus conceitos para a frente. “Nunca fiz invenções pelos prêmios, pelo dinheiro ou pelo poder”, diz Ovshinsky. “Fiz porque precisava ser feito e para ver um mundo melhor e mais bonito. Quando comecei, era um menino. Não pretendo parar agora.” ↙ Janeiro 2012 INFO
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Enquanto você dormE Com a análise de um grande volume de dados, cientistas estudam os benefícios dos chamados sonhos lúcidos, em que a pessoa consegue interferir no roteiro de seus sonhos. Isso pode ajudar a resolver problemas e a lidar com memórias ruins e traumas / Por Renata LeaL
foto JiLL GReenbeRG
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uando CrIança, o banCárIo Márlon Jatahy tinha pesadelos frequentes. Em noites turbulentas, eram perseguições e mortes, numa rotina que durou dos 7 aos 10 anos. Certa vez, notou que seus pesadelos eram apenas sonhos e, melhor ainda, que poderiam ser controlados. “Sonhei que havia um assaltante me perseguindo em casa. Fugi para o sótão, acuado. Quando ele chegou, percebi que era um sonho. Virei o Hulk e com um murro fiz o bandido atravessar a janela”, diz Jatahy. Hoje com 36 anos, Jatahy é o que os cientistas chamam de sonhador lúcido, nome dado às pessoas capazes de ter algum nível de consciência durante o sonho. Além de entender que não estão acordadas, elas são capazes de atuar e até de mudar o roteiro de um sonho. Atentos a essa capacidade, neurocientistas e pesquisadores dedicados ao entendimento do cérebro humano veem nos sonhos lúcidos uma ferramenta para compreender em detalhes como atua a consciência. O estudo desse tipo de sonho já aponta que é possível, por exemplo, encontrar respostas para problemas, superar pesadelos, depressão e até lidar melhor com memórias ruins, como as causadas por situações traumáticas.
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A maior parte das pessoas tem pelo menos um rápido momento de lucidez em sonhos. Normalmente a reação natural é despertar. Um pequeno grupo tem sonhos lúcidos com mais frequência, até mais de uma vez por semana, de forma espontânea ou não. Mas é possível aprender técnicas que podem aumentar a ocorrência, por meio de sugestões antes de dormir ou por um método de incubação, usado, por exemplo, para a resolução de problemas. Antes de dominar os sonhos é preciso entender o que acontece com nosso corpo quando dormimos. O sono humano tem vários estágios e representa, em média, entre 25% e 33% do tempo de vida. Duas das principais fases são o sono profundo e o sono REM (sigla em inglês para Movimento Rápido dos Olhos). É principalmente na fase REM que sonhamos. Ela acumula entre 20% e 25% do tempo que passamos dormindo. No sono profundo, os músculos relaxam, a temperatura corporal cai e a frequência cardiorrespiratória diminui. É o estágio de sono reparador. Na fase REM, registrada após a sexta hora de sono, o cérebro trabalha em ritmo intenso, como quando estamos acordados. “Os sonhos são uma forma de atividade mental”, diz Rosa Hasan, neurofisiologista do Laboratório do Sono do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. Rosa explica que durante o sono profundo a área frontal do cérebro, responsável pela razão e pelo julgamento, realiza menos atividades. Por isso podemos fazer o que quisermos nos sonhos, já que há menos censura. Um estudo recente feito na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, mostrou que os sonhos podem ajudar a apagar memórias dolorosas. Foram recrutadas 34 pessoas com idades entre 18 e 30 anos e divididas em dois grupos. Todas viram 150 imagens impactantes duas vezes, com intervalo de 12 horas, e foram submetidas a exames de ressonância magnética funcional enquanto observavam as fotos. Esses exames são usados em estudos científicos para mo-
nitorar quais partes do cérebro são ativadas quando realiza uma determinada ação. O primeiro grupo, com 18 pessoas, dormiu entre as visualizações e teve seu sono monitorado por um eletroencefalograma. O segundo ficou acordado. Os resultados mostraram que o grupo que dormiu sofreu menos com o impacto das imagens. Realizado pela equipe do neurocientista Matthew Walker, o estudo destaca que “a fisiologia do sono REM está associada a uma dissipação noturna da atividade da amígdala em resposta a uma experiência emocional prévia. Isso altera a conectividade funcional e reduz a emoção subjetiva no dia seguinte”. A amígdala é a parte do cérebro que controla as emoções. A pesquisa mostrou que os sonhos, no período REM, contribuem para a consolidação da memória e funcionam como uma terapia, especialmente para quem passou por situações traumáticas.
a OrIgem da lucIdez O conceito de sonhos lúcidos é antigo. Foi criado em 1917 pelo psiquiatra holandês Frederik van Eeden e por várias décadas as pesquisas foram escassas. Mas nos últimos anos elas se intensificaram e têm chegado a conclusões importantes. Uma razão para o aumento está no uso de computadores potentes, essenciais para a análise de um grande volume de dados. “Antes os estudos sobre sonhos eram subjetivos, baseados no que o sonhador descrevia. Com os sonhos lúcidos, eles se tornaram objetivos”, diz Sérgio Rolim, pesquisador do Instituto do Cérebro e do hospital da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, principal centro nacional de estudos de sonhos. Para conduzir seus estudos, Rolim tem a ajuda de um programador, que cuida também da análise das estatísticas. Sem tecnologia seria impossível chegar a conclusões a partir de dados recolhidos por cerca de 30 eletrodos fixados principalmente na cabeça de voluntários. “Demoramos dois anos para chegar à versão final do nosso software”, diz Rolim. Para as análises, dois PCs parrudos rodam durante toda a noite.
NOIte INspIrada
Música, livro e até a estrutura da tabela periódica foraM criados durante o sono. conheça alguMas invenções que coMeçaraM eM sonhos
Friedrich august Kekulé em 1865, o químico estudava ligações entre átomos. em um sonho com uma cobra, juntou a cabeça à cauda. Kekulé descobriu a estrutura do benzeno
mary shelley a escritora britânica sonhou com os detalhes de seu personagem frankenstein em 1817. o sonho inspirou duas cenas da obra
Kim Jones em 1989, a corredora teve problemas para terminar uma maratona. Mas depois de sonhar que ultrapassava adversários, acabou outra em segundo lugar
paul mccartney em 1964, a melodia de Yesterday embalou os sonhos do ex-beatle, que acordou no meio da noite para anotar os acordes
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Rolim está estudando as diferenças no padrão de ati- terapia. Sigmund Freud, o pai da psicanálise, defendia que os vação cerebral entre os sonhos lúcidos e os comuns. Os sonhos expressam desejos reprimidos e impulsos agressivos, resultados preliminares da pesquisa indicaram que atribuindo a eles um caráter simbólico. O psiquiatra Victor no sonho lúcido há uma ativação no lobo frontal do cé- Dias, professor da Universidade de São Paulo e fundador da rebro, o que explicaria a maior autoconsciência e o au- Escola Paulista de Psicodrama, trabalha com a decodificação mento do controle do tema do sonho. O lobo occipital dos sonhos de seus pacientes. Segundo ele, as pessoas formam também é ativado, o que poderia ser uma explicação um baú mental de emoções reprimidas, lugar de onde saem para o fato de os sonhos lúcidos serem mais vívidos. os sonhos. Entre os vários tipos de sonhos estão os de reparaOs pesquisadores enfrentam algumas dificuldades. ção, que ajudam a consertar uma situação. O psiquiatra cita A primeira é a baixa quantidade de pessoas com alta fre- como exemplo o caso de uma paciente fumante, que deixou o quência de sonhos lúcidos. Os voluntários precisam se dis- cigarro algumas semanas depois de um sonho em que pedia por a dormir algumas noites no laboratório, com eletrodos para uma moça não fumar dentro de um elevador lotado. Mas que registram o movimento das ondas cerebrais. Outro pro- como uma reparação no sonho surte efeito na vida real? “Isso blema comum é a identificação de que a pessoa está tendo vem sendo explicado por descobertas da neurociência com os um sonho lúcido. O método usado hoje foi criado pelo psicólogo americano Stephen LaBerge, em 1978. Pela técnica, pesquisadores De acorDo com cientistas, é possível resolver problemas reais Durante o sono. para isso, basta seguir alguns passos e voluntários combinam movimentos com os olhos para marcar a ocorrência de um sonho lúcido. Passo 1 Passo 2 Passo 3 Passo 4 Isso porque no sono REM o olho escreva seu antes de deitar, Já na cama, interiorize faz pequenos movimentos invoproblema de forma pense na situação tente visualizar o e pense luntários. Sérgio Rolim usa uma sucinta em um por alguns minutos problema como se que sonhará papel e deixe-o fosse um objeto com a questão sequência de três movimentos do ao lado da cama a ser resolvida olho, para a direita e para a esquerda. “Colocamos eletrodos próxiPasso 5 mos ao olho, mas em alguns casos Quando acordar, fique alguns minutos na cama antes de se levantar. tente se lembrar dos é difícil diferenciar o movimento sonhos e tente reconstruí-los mentalmente. anote tudo. Faça o mesmo nas noites seguintes pré-combinado”, diz. Ele espera alguns minutos no sono REM e acorda a pessoa. Se ela confirmar que estava num sonho neurônios-espelho”, afirma Dias. Esses neurônios são conhelúcido e que fez os movimentos, os dados são computados. cidos por imitar uma determinada atitude. Eles seriam capaAlém dos motivos terapêuticos e científicos, os pesquisa- zes de replicar até mesmo o que se passa em nossos sonhos. O próximo passo dos estudos de Sérgio Rolim no Instituto dores estão interessados em outras razões para os estudos. Uma delas é a realização de uma espécie de terapia em que de Cérebro em Natal será a tentativa de induzir sonhos lúos sonhadores podem fazer o que quiserem, como voar, ter cidos em laboratório, usando duas técnicas: a estimulação relações sexuais, encontrar pessoas. Outras são o estímulo magnética transcraniana (TMS) e a estimulação transcraao autoconhecimento e a simulação de ações num ambiente niana por corrente direta (tDCS). Ele quer colocar pequeseguro. “A lucidez nos sonhos traz um nível de meditação nos eletrodos na região frontal da cabeça dos sonhadores e outro ponto de vista sobre a vida. Aplico isso desde meu voluntários para comprovar se é possível induzir os sonhos primeiro sonho lúcido”, diz Felipe Santos, 22 anos, promo- lúcidos durante o sono REM. Enquanto essa indução ainda tor de vendas, que tem esse tipo de sonho há um ano e meio. é projeto, o bancário Márlon Jatahy, que mantém um blog Enquanto alguns pesquisadores tentam mostrar de for- sobre o tema, faz planos para seus próximos sonhos lúcidos: ma objetiva o que se passa em nossos sonhos, outros usam “Quero testar minha memória, voltando até a casa onde moa psicanálise para interpretá-los, ajudando em processos de rei quando tinha 3 anos”. Imaginação é algo que não falta. ↙
a SOluçãO eStá NOS SONhOS
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Halo Lançamento / 2001 Protagonista / Master Chief O que esperar / O quarto jogo da série começará uma nova trilogia de batalhas épicas Plataforma / Xbox 360 Quando chega / Final do ano
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Sem conSole Sem controle Sem diSco ecia
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Jogos que rodam na nuvem, smartphones e tablets poderosos e sensores de movimento de segunda geração vão mudar a forma como Jogamos videogame. isso é bom? / Por Juliano Barreto
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ma graNde
revolução tecnológica separa o Atari 2600, lançado em 1977, de um PlayStation3, console da Sony que chegou ao mercado quase 30 anos depois. A mudança na qualidade dos gráficos é notável. Das partidas disputadas em fundo preto com personagens representados por uns poucos pixels, os games passaram a reproduzir imagens quase realistas. Se antes o jogador de futebol era um quadradinho, hoje são representados com um nível de detalhamento que vai da cor dos olhos ao peso do atleta. Neymar, estrela do Santos e capa do Pro Evolution Soccer 2012, supera na habilidade e na corrida o zagueirão Puyol, do Barcelona, mas dificilmente sobe mais alto em uma dividida de cabeça. Apesar dessa evolução, uma coisa ainda não havia mudado com o passar dos anos: a forma como as partidas eram disputadas. Sentado em frente à TV, o jogador aperta botões de um controle para marcar gol, vencer uma luta ou passar de fase. Isso começou a mudar em 2006, com o Wii, videogame da Nintendo equipado com sensores de movimento nos controles. Do Wii para cá, a tecnologia amadureceu e evoluiu. Além de convidar o jogador a se levantar do sofá e ver seus movimentos imitados pelos personagens da tela, a nova geração coloca o mundo real como parte interativa dos videogames. Que tal usar um smartphone conectado a uma bicicleta ergométrica para jogar um game de corrida? E se o videogame reconhecer sua expressão facial e sugerir um jogo de acordo com seu humor? Quer começar uma partida do seu RPG preferido na TV da sala e continuá-la no tablet ou no celular, a caminho do trabalho? Tudo isso é possível. Em poucos anos, consoles, discos e controles convencionais serão itens de museu. A forma como jogamos videogame nunca mais será a mesma.
Call of Duty Lançamento / 2003 Protagonistas / Capitão Price e Soap MacTavish O que esperar / Reproduções
de conflitos históricos Plataformas / Xbox360, Windows e PS3 Quando chega / Final do ano
O Nintendo Wii e o Kinect, sensor de movimento para o Xbox 360, da Microsoft, logo se transformaram em grandes sucesso de vendas. Até o acessório menos badalado Sony Move, controle do PlayStation3 que imita as funções do Wii, teve vendas expressivas. Em menos de um ano, foram vendidas 8 milhões de unidades. Jogos com temática simples podem agradar tanto quanto as grandes produções, com gráficos realistas, fases complexas e roteiros profundos. O sucesso desse tipo de acessório está na simplicidade. Interagir com um game compatível com o Kinect, o Wii e o Move é uma experiência intuitiva. Para jogar, basta ficar na frente do sensor e esperar que um personagem na tela imite seus pulos e socos. No entanto, os sensores de movimento ainda não conseguiram ganhar espaço na elite dos jogos. Os títulos mais populares do mundo continuam sendo disputados com o tradicional joystick.
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PES 2013 Lançamento / 2001 Protagonistas / Neymar
e Cristiano Ronaldo O que esperar / Movimentos
realistas e grandes mudanças na jogabilidade e nos gráficos Plataformas / Xbox360, Windows e PS3 Quando chega / Segundo
semestre
Na lista dos lançamentos mais aguardados de 2012, que traz sequências de algumas das franquias mais bemsucedidas da história dos games, ninguém arrisca prever que o Halo será compatível com o Kinect ou que um sensor de movimento vai servir para atirar em velhinhas no próximo Grand Theft Auto, o GTA V. Mas isso começa a mudar. Jogos como Ghost Recon: Future Soldier, da Ubisoft, irão explorar as novas interfaces, ainda que de forma tímida. Ele deve usar o Kinect para ajudar a escolher armas.
É O FIm dO jOystIck? Para tentar mudar esse cenário, a Microsoft está em estágio avançado de desenvolvimento de uma nova geração do Kinect. Ela deverá ampliar a interação entre os sensores que capturam as ações do jogador e o mundo virtual. A principal aposta é que o Kinect passe a ser integrado ao
console, trocando a limitada conexão USB atual por um canal de comunicação mais eficiente, capaz de transmitir rapidamente os dados obtidos pelos sensores para o processador do console. Essa mudança permitiria ao videogame ler movimentos que hoje não é capaz, como os dos lábios e a expressão facial. Ou seja, seria possível “conversar” com o jogo. Além do sensor mais esperto, é aguardada uma nova geração de consoles mais poderosos e com controles que exploram novas formas de jogar (veja reportagem na pág. 58). A boa notícia é que essas novidades não ficarão restritas aos donos de Xbox 360. Em um de seus blogs oficiais, a Microsoft revelou que começou a adaptar o Kinect para o Windows. Por meio de ajustes no sensor atual, o time de desenvolvedores da empresa anunciou que os movimentos do usuário poderão ser capturados a uma distância de até 50 centímetros, quase quatro vezes mais perto do que é necessário para brincar com o Kinect hoje. A ideia é explorar a interface por gestos além dos games e dar sobrevida à plataforma PC. “Sempre ouço pergun-
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Max Payne Lançamento / 2001 Protagonista / Max Payne O que esperar / O próximo
jogo será ambientado em São Paulo, com um roteiro cinematográfico Plataformas / Xbox360, Windows e PS3 Quando chega / Março
tas sobre a morte do computador como plataforma”, disse J. Allen Brack, diretor de produção de World of Warcraft. “Mas a cada ano temos resultados mais expressivos.” Se o Wii e o Kinect vão ajudar a acabar com o joystick, outros acessórios fazem com que ele mude de cara. O Google lançou um projeto chamado Android Open Accessory, que abre caminho para que qualquer equipamento eletrônico seja controlado remotamente por um smartphone com o sistema operacional da empresa. Um exemplo disso pode ser encontrado nas placas PhoneDrone, da americana DIY Drones. Um aeromodelo equipado com uma dessas placas pode trocar dados e receber comandos de um telefone com o sistema operacional do Google. Dessa forma, o aviãozinho de brinquedo pode ser o personagem de um jogo na tela do celular, com direito a fases, pontos e dados extraídos da câmera, do GPS e do acelerômetro do aparelho. Em outro caso, um smartphone com Android foi conectado a uma bicicleta ergométrica especialmente preparada. Ao pedalar, o jogador ajuda um robô a desviar de obstáculos mostrados na tela. O ideia de livrar os jogadores dos controles convencionais já foi adotada por outras produtoras de jogos. A UbiSoft lançou no final de 2011 o RockSmith, um simulador musical. Sua grande diferença em relação a jogos como o Rock Band e o Guitar Hero é que, no lugar de réplicas de guitarras feitas de plástico e com botões coloridos, ele usa instrumentos de verda-
de. Em vez de ligar a guitarra ao amplificador, ela é conectada ao PS3 ou ao Xbox com a ajuda de um adaptador e uma porta USB. A guitarra, então, passa a funcionar como um joystick e interage com as músicas e o conteúdo do RockSmith. Os desenvolvedores do jogo garantem: quem conseguir se dar bem nas partidas aprende a tocar guitarra brincando. Literalmente.
JOgOs Nas NuveNs A evolução da interação entre o jogador e o videogame é acompanhada por outra mudança radical: a plataforma onde os games rodarão no futuro. Antes restritos aos consoles, os games virtuais já invadiram smartphones, tablets, redes sociais e, em breve, serão distribuídos como um serviço online. Essa é a proposta do OnLive, um serviço que permite jogar qualquer título, mesmo os mais pesados, em qualquer gadget conectado à internet. Funciona assim: depois de assinar um plano, o jogador tem acesso a uma loja de games. A diferença em relação à App Store, da Apple, ou ao Android Market, do Google, é que não é preciso baixar o jogo. O aplicativo do OnLive, já disponível nos Estados Unidos e no Reino Unido, acessa os servidores da empresa e roda o jogo por lá. A grande sacada do serviço é transferir para poderosos servidores todo o processamento exigido nas sequências de ação dos jogos. Para ajudar a entender o que isso significa, um game atual, como Batman: Arkham City, pede como requisitos básicos de sistema um computa-
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Sai o conSole, entra a nuvem
COm O ONLive, tabLets e smartphONes pOdem rOdar jOgOs diretO da web, COm a quaLidade dO pLaystatiON3
Passo 1 O usuário instala o app do OnLive no tablet, smartphone ou pC. Com o programa ele navega por uma biblioteca de jogos que lembra uma loja de aplicativos comum, como a app store e o android market
Passo2 Os jogos podem ser comprados ou
alugados. a licença de Batman: Arkham City custa 49,99 dólares. É possível alugar o jogo por três dias pagando 5,99 dólares. de um jeito ou de outro, não há download da cópia
Passo 3 escolhido, o aplicativo envia um
pedido para que os servidores da empresa, nos estados unidos, comecem a rodá-lo. O processamento pesado é feito remotamente
Passo 4 ao receber os dados já processados dos servidores do OnLive, o usuário interage normalmente com o game, por telas sensíveis ao toque ou por controle sem fio vendido por 49,99 dólares
Passo 5 O progresso do jogador fica armazenado na nuvem. Nada é guardado no tablet ou no celular. O sistema permite assistir aos jogos de seus amigos ou transmitir suas próprias partidas por meio de redes sociais iLustrações evAndro Bertol
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dor com processador de núcleo duplo de 2,5 GHz, placa gráfica dedicada e 4 GB de RAM. Com o OnLive, qualquer PC velho com uma conexão rápida à web rodará o jogo. “Não é preciso disco, download ou hardware. Jogos que exigem alta performance são acessados como se fossem um streaming de vídeo, com funções sociais como chat de voz e integração com o Facebook”, disse Steve Perlman, CEO da OnLive, no anúncio da plataforma. Além de eliminar mídias como o DVD e o Blu-Ray, o OnLive pode acabar com a necessidade de comprar máquinas específicas para game. De certa forma, a popularização de tablets e smartphones já deu início a esse movimento. Tanto na App Store quanto no Android Market, os jogos figuram entre os aplicativos mais baixados. Angry Birds, Cut the Rope, Fruit Ninja, Doodle Jump e Flight Control têm presença cativa na lista dos mais lucrativos e mostram que smartphones e tablets se transformaram em uma plataforma tão importante quanto os consoles. Só o jogo dos passarinhos invocados já foi baixado 500 milhões de vezes. De acordo com o site 148Apps.biz, especializado em estatísticas da App Store, a loja contava até o final de 2011 com 92 mil jogos. Recebe, em média, 185 novos títulos por dia, ou 67 525 ao ano. Produtoras como a EA Games, uma gigante do setor com receita anual de 3,6 bilhões de dólares, disputam a preferência dos usuários com produtores independentes e empresas pequenas, como a Rovio e a Zeptolab, responsáveis por Angry Birds e Cut the Rope, respectivamente. O crescimento do mercado de apps também trouxe à tona um novo modelo de negócios. A EA Games, usando franquias famosas como The Sims, deu gás para o modelo freemium ou free play, em que o jogador experimenta uma versão simplificada de um game sem pagar. Além de aproximar os títulos de novos consumidores, a estratégia tem como objetivo espalhar a experiência do jogo por várias plataformas. Em alguns meses, o game de estratégia Command & Conquer: Tiberium Alliances poderá ser jogado pela web, aberto no navegador ou em um smartphone. Líderes do desenvolvimento de jogos para redes sociais, como a Zynga, já perceberam a importância desse modelo e criaram versões de seus jogos que rodam tanto no Facebook como em tablets, como o FarmVille. Todas as versões são gratuitas para baixar e jogar, e o lucro vem da venda de conteúdos especiais para melhorar o desempenho no game. No futuro, os jogos eletrônicos serão disputados de várias maneiras diferentes. E tão difícil quanto escolher o game será decidir em que plataforma e de que forma ele será jogado. Janeiro 2012 INFO
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Com o Wii U, Console qUe Usa Um tablet Como Controle, a nintendo dá iníCio a mais Uma briga pelos gamemaníaCos. agora, os holofotes se voltam para sony e miCrosoft / Por Lucas Patricio foto rafaeL evangeLista ilustração samueL rodrigues
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hIstórIa dOs vIdeOgames
sempre foi marcada por disputas acirradas entre os fabricantes de consoles. A primeira teve início em 1985, quando a Nintendo lançou o NES, cuja principal característica era a qualidade dos jogos. Foram seis anos de domínio, até que um concorrente, a Sega, resolveu entregar de graça o jogo Sonic para quem comprasse um Mega Driver. A estratégia deu resultado e a empresa chegou a 65% de participação de mercado, numa virada histórica. Nos anos seguintes, o lançamento de consoles daria origem a novas rixas: Super Nintendo x Mega Drive, Sega Saturn x PlayStation x Nintendo 64 e PS2 x Xbox x GameCube. A última grande batalha por um mercado mundial que movimenta 125 bilhões de
edição de imagem artnet digitaL
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reais ao ano teve início em 2005, com o Xbox 360, da Microsoft. Sony e Nintendo chegaram um ano depois com PlayStation3 e Wii. Em 2012, uma nova corrida pela próxima geração de videogames vai ter início, com o lançamento do Wii U, da Nintendo. Apresentado durante a Electronic Entertainment Expo, em junho passado, o novo videogame da Nintendo não carrega o nome de seu antecessor por acaso. O Wii U segue a linha “games para todos”, adotada pelo modelo anterior, e usa os controles com sensores de movimento para vários jogos. Mas a grande novidade é o joystick com uma tela embutida de 6,2 polegadas sensível ao toque. O tablet controller permitirá que os jogadores continuem a partida que estava rodando na TV apenas no controle ou utilizem duas telas ao mesmo tempo. Funciona assim: em um jogo de tiro,
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Novo Wii U O videogame da Nintendo tem uma tela de 6,2 polegadas sensível ao toque no joystick e gráficos de alta resolução
por exemplo, a tela do joystick poderá mostrar o mapa e todas as demais informações sobre vida, itens e armas. A tela principal do jogo ficará apenas na televisão. Outra novidade do Wii U são os gráficos em alta resolução, como os encontrados no PS3 e no Xbox 360. É a primeira vez que um videogame da Nintendo rodará jogos com essa tecnologia. Apesar de mostrar o novo console, a Nintendo ainda não revelou detalhes importantes do Wii U. A começar pelas especificações técnicas. Também não se sabe ao certo quais jogos serão lançados junto com o aparelho nem como vai funcionar a rede que permite a disputa de partidas multiplayer. Apesar do mistério, a empresa afirma que o Wii U vai mudar a forma como jogamos videogame. “Jogos são basicamente simulações, mas você não consegue ir muito longe porque existem limites quando usa apenas um monitor”, disse Shigeru Miyamoto, criador de personagens clássicos como Mario, Zelda, Donkey Kong e um dos principais responsáveis pelos projetos na Nintendo. “Com uma segunda tela no controle vamos conseguir ampliar esses limites.” O Wii U ainda não tem data para chegar ao mercado. Mas as especulações apontam seu lançamento para o segundo semestre de 2012. Depois da apresentação do Wii U, os holofotes agora estão voltados para a Microsoft e a Sony, líderes de mercado. As duas empresas preferem manter segredo sobre seus novos consoles. O que há são especulações. Muito se fala sobre o “Xbox 720”, apelido do possível sucessor do Xbox
360. Os principais rumores apontam as prováveis especificações do aparelho. Segundo o site americano MS Nerd, a Microsoft estaria criando versões de Xbox utilizando arquitetura ARM. Ela é muito comum em plataformas móveis, mas não é tão poderosa quanto a atual geração de videogames. Se a especulação se confirmar, é bem possível que o console não seja de fato o “Xbox 720” que todos esperam, mas talvez um “Xbox TV”. Seria uma espécie de central multimídia para aproveitar todas as parcerias firmadas pela Microsoft com empresas de conteúdo. Outra fonte de especulação é a segunda geração do Kinect, o sensor de movimento do Xbox. Muita gente afirma que a Microsoft estaria desenvolvendo um Kinect integrado ao console, e não mais como acessório. Essa mudança traria uma série de melhorias. A primeira é que os dados não teriam mais de passar por uma conexão USB, que pode ser muito lenta. Com isso, os dados obtidos pelos sensores seriam transmitidos mais rapidamente para o processador do console. Essa mudança permitiria ao videogame ler movimentos que não consegue hoje, como os lábios e a expressão facial do jogador. Ou seja, seria possível até “conversar” com o jogo. Além disso, ele seria capaz de interpretar o estado de humor do jogador e, assim, oferecer um game mais apropriado para o momento. A sede da Microsoft em Redmond, nos Estados Unidos, não confirma nem desmente os boatos sobre o novo conso-
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le. Espera-se que as novidades para este ano sejam anunciadas em junho, na Electronic Entertainment Expo. Dos três grandes fabricantes de consoles, a Sony é o que tem sido alvo do menor número de especulações. No final do ano passado, circularam notícias de que a empresa estaria encerrando o desenvolvimento de qualquer produto relacionado ao PS3, para se concentrar na nova geração. Assim, o PlayStation4 continuaria com a principal característica dos produtos da linha: a potência. Tanto o PlayStation3 quanto o portátil PS Vita, que será lançado em fevereiro nos Estados Unidos, são reconhecidos por fortes processadores e motores gráficos. Especula-se que o PS4 terá o dobro da potência da atual geração. Além disso, ele seria equipado com tocador de Blu-ray 3D e teria 1,5 TB de disco rígido, suficiente para armazenar uma grande quantidade de games e dados. A data para sua chegada às lojas também é mantida em segredo. Mas durante um evento no final de 2011, o chefe de operações da Sony na Europa, Jim Ryan, disse que a companhia não quer se atrasar. “Acho que seria ruim chegar ao mercado mais tarde do que a concorrência”, afirmou. Alguns fatores explicam a demora de Sony e Microsoft para anunciar seus novos consoles. Um deles é o sucesso da
atual geração. “O PlayStation3 é o console mais poderoso do mercado e os desenvolvedores ainda estão descobrindo formas de extrair o seu melhor”, disse a INFO Shane Shatterfield, editor do site especializado Game Trailers. “Já o Xbox 360 alcançou seu limite quando o assunto é poder gráfico, mas ele está vendendo tão bem que a Microsoft seria boba se pensasse em substituí-lo agora.” Outro motivo é estratégico. A empresa se beneficiou de ter lançado o Xbox 360 um ano antes dos concorrentes. Foi tempo suficiente para amadurecer o console e ganhar uma boa biblioteca de jogos. Mas a pressa no desenvolvimento gerou graves problemas de hardware, como superaquecimento. Já o problema da Sony é financeiro. A corporação acabou de sair de um ano fiscal em que registrou perda de 1,15 bilhão de dólares e dificilmente teria fôlego para investir no desenvolvimento de um novo chip ou na tecnologia do próximo PlayStation. Sem recursos, as duas companhias estariam prolongando ao máximo seus consoles. “Sony e Microsoft não vão lançar novos videogames até que a vida útil do PS3 e do Xbox 360 se aproxime do fim”, diz Michael Patcher, analista da Wedbrush, empresa americana do mercado financeiro. Só o tempo dirá qual será a estratégia vencedora.
Fato ou Ficção? Os principais rumOres sObre Os nOvOs cOnsOles na visãO de especialistas e da INFO O PlayStatION 4 POde NuNca exIStIr
O NOvO xbOx rOdará WINdOWS 8
O NOvO PlayStatION Será maIS baratO
O Wii u é decISIvO Para a NINteNdO
O que os especialistas dizem O playstation4 existirá, já o 5 tenho dúvidas. para o mercado, o melhor são vários competidores com games exclusivos. Já o consumidor quer que sua plataforma faça jogo sem exclusividade. Flávia Gasi, editora do programa de tv planeta Games e do site GGBR
O que os especialistas dizem O console poderá ter uma base do código para a versão mobile do novo sistema operacional. mas não usará o mesmo Windows para computadores. É um produto diferente. Gabriel Morato, especialista em games
O que os especialistas dizem ao longo de gerações ficou comprovado que o preço elevado justificado por hardware inovador não inibe vendas. a sony sabe que se o console for revolucionário, haverá procura. Ricardo Farah, da SKY7, produtora de conteúdo
O que os especialistas dizem a nintendo tem obrigação de se superar. com a decepção de vendas do 3ds, dar a volta por cima é lei. mas será que um console "mais hardcore" emplaca? só jogando para saber. Viviane Werneck, redatora do blog de games Girls of War
O que a INFO diz a microsoft aposta em uma só linguagem de software para seus produtos, e parte dessa estratégia já pode ser vista na nova interface do Xbox 360, com visual muito parecido com o do Windows phone.
O que a INFO diz O novo playstation não deverá custar 599 dólares, como seu antecessor no lançamento. O preço alto afastou os consumidores. a empresa deve economizar em desenvolvimento para ter um console mais acessível.
O que a INFO diz O nintendo 3ds não foi tão mal. ele superou o primeiro ano de vendas do ds original. O Wii u é a jogada perfeita da nintendo para forçar os concorrentes a fazer algo que eles ainda não estão prontos e inovar sem gastar muito.
O que diz a INFO a sony deve continuar o legado da marca, mas não espere console com poder de hardware maior. O foco deve ser em parcerias, recursos multimídia e integração com o playstation vita.
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Uma nova mídia milionária
o mercado de games cresce no Brasil e no mundo. agora, será cada vez mais normal ver anúncios nos Jogos e a venda de itens virtuais, como armas para passar de fase / Por Juliano Barreto
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E 2011 FOI um aNO ruim para a econo-
mia, o mesmo não aconteceu com as empresas que criam e distribuem games. Elas estão rindo à toa. Enquanto o mundo real aperta o cinto, os jogos eletrônicos batem recordes. No ano passado, o mercado movimentou 125 bilhões de reais, um crescimento de 7% em relação a 2010. O faturamento vem desde a venda de jogos para consoles até aplicativos para smartphones. Segundo a consultoria especializada em games DFC Intelligence, o mercado deve crescer 20% até 2016. Esse aumento será impulsionado pelo sucesso de jogos comandados por sensores de movimento como o Kinect, pelo relançamento de clássicos dos videogames e pela disseminação da cultura “freemium”, em que jogos gratuitos vendem itens para melhorar a experiência do jogador ou exibem anúncios. Quando comparados a outras formas de entretenimento, o sucesso do mercado de games fica ainda mais evidente. Lançado no final do ano passado, o Call of Duty Modern Warfare 3 faturou 775 milhões de dólares na primeira semana de vendas. É mais do que a bilheteria de blockbusters, como Harry Potter e as Relíquias da Morte, Crepúsculo e Transformers (veja quadro na página ao lado). “A popularização de games controlados por sensores atraiu um público mais amplo”, disse Guilherme Camargo, diretor de mar-
keting da Microsoft e responsável pelo Xbox 360 no Brasil. “Mulheres, idosos e crianças passaram a consumir games.” Alguns fatores explicam o bom momento do mercado de jogos. Um deles é o combate à pirataria. Grande vilã da indústria nos anos 1990 e 2000, a pirataria diminuiu graças à popularização dos jogos online. Embora ainda seja fácil fazer cópias dos títulos mais populares dos consoles, a prática perdeu adeptos graças aos mecanismos criados para barrar os jogos falsificados nas redes usadas para disputar partidas multiplayer. Hoje, grande parte da diversão de alguns títulos está nos jogos online. Para quem se diverte usando smartphone ou tablet, a questão é ainda mais simples. O modelo centralizado de venda de aplicativos iniciado pela App Store, da Apple, deixa a compra tão fácil e barata que a pirataria torna-se menos atraente para os iniciantes. Para melhorar a competitividade sem sacrificar os lucros, as produtoras de jogos para dispositivos móveis estão apostando em fontes alternativas de receitas. Entre os 250 aplicativos mais baixados da App Store, 88% são gratuitos ou usam novas fontes de receita, como a venda de itens ou a exibição de anúncios. “Lançar jogos freemium não é apenas uma forma de monetização. É uma ferramenta de marketing, já que a barreira que impede o usuário de fazer o download de algo gratuito é baixíssima”, afirma Aapo Markkanen, analista da ABI Research,
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BrasIl Na esteIra Há pouco tempo, as produtoras estrangeiras temiam o alto índice de pirataria dos jogos e olhavam com restrições para o mercado brasileiro. A preocupação tem fundamento. Estudo da Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) mostra que 60% dos 300 milhões de reais movimentados por ano no Brasil estão no mercado de cópias piratas e contrabando. Apesar disso, as empresas querem aproveitar o bom momento da economia brasileira. “Ter o Neymar na capa mundial do Pro Evolution Soccer é uma demonstração de que a Konami vê o país como uma de suas prioridades”, disse a INFO Aníbal Vera, diretor da Konami no Brasil. A Konami não é a única a olhar para o Brasil. Blizzard e Activision lançaram oficialmente no país seus grandes jogos, como Batman e World of Warcraft. Melhor: em setembro, a Microsoft começou a fabricar o console Xbox 360 na Zona Franca de Manaus. O reflexo da estratégia já foi sentido no bolso. O preço do console caiu em média 40%. “Ainda há margem para diminuir o valor dos jogos”, diz Vera. “Um projeto de Lei poderá diminuir a carga de impostos.” Incentivados pelo sucesso da Lei da Informática, que reduziu a cobrança de impostos sobre computadores populares, uma comissão da Câmara dos Deputados aprovou proposta para que os jogos eletrônicos passem a ter os mesmos benefícios. Assim, os games importados podem ter uma redução de até 45% em seus preços ao consumidor. Os jogadores brasileiros mais do que agradecem.
Tropa de eliTe
a série Call of Duty movimenta mais dinheiro que os sucessos de hollywood 2010 Call of Duty: Black Ops
650 milhões de dólares
Homem de Ferro 2 128 milhões de dólares Harry Potter e as relíquias da Morte 1 125 milhões de dólares a Origem 62 milhões de dólares
Fonte: box office mojo.com. Faturamento na semana de estreia
Nos próximos anos, será cada vez mais normal ver anúncios dentro de jogos. Segundo a DFC Intelligence, a publicidade em games vai passar de 5,7 bilhões de reais para 13,2 bilhões até 2016. “A venda no varejo atingiu seu pico em 2008”, diz David Cole, analista da consultoria. “Aos poucos, haverá um grande aumento na receita com a venda de itens virtuais e a assinatura de jogos.” A Microsoft percebeu essa tendência e comercializou espaço publicitário na versão brasileira da rede Xbox Live. Fiat e Coca-Cola se tornaram as primeiras empresas a anunciar no espaço. Outro filão que promete render são os remakes. Os jogos clássicos são relançados para aproveitar todos os recursos da atual geração de consoles. Um exemplo é a reedição de Halo: Combat Evolved. O jogo chegou às prateleiras em 2001 e, neste ano vai ganhar um upgrade com gráficos em alta definição. Já o Grand Theft Auto 3, que vendeu muito no início da década de 2000, também está de volta. Com uma diferença: seu retorno é exclusivo para iPad.
2011 Call of Duty Modern Warfare 3
775 milhões de dólares
Harry Potter e as relíquias da Morte 2 169 milhões de dólares Crepúsculo: amanhecer 1 138 milhões de dólares transformers: O lado Oculto da lua 97 milhões de dólares
as vacas e a críTica sucesso no Facebook, o Cow CliCker surgiu de uma sátira a games sociais bobocas
irado com o tom arrogante de um executivo da Zynga, ian Bogost, dono de uma produtora de games educativos, resolveu criar um jogo simplório para satirizar a onda de games sociais bobocas. assim nasceu o cow clicker, em que uma vaquinha deve ser clicada uma vez a cada seis horas. Quer clicar mais? Pague. Quer outra vaca? Pague de novo. Simpáticas, as vaquinhas viraram febre e hoje Bogost vende, além de cliques, camisetas e vacas personalizadas. Há ainda uma aPi para quem quiser desenvolver seu próprio app (apps.facebook.com/ cowclicker). e a crítica de Bogost? foi para o brejo.
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Os gêmeos Semyon e Efim Voinov, 29 anos, criaram o Cut The Rope em um Macintosh instalado na sala da casa deles em Moscou
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oportunidade para todos
Após décAdAs de domínio de estAdos Unidos e JApão, As App stores Abrem espAço pArA desenvolvedores de pAíses com poUcA trAdição, como rússiA e FinlândiA / Por Paula Rothman
Q
uem não se lembra de Mario, o encanador da Nintendo? Ou de Sonic e Street Fighter, da Sega e Capcom? Enquanto as empresas japonesas criavam personagens marcantes, do outro lado do Pacífico os americanos investiam em franquias como The Sims e FIFA, da Electronic Arts. A tradição dos dois países no mercado de games começou nos anos 1980 e é forte até hoje. Em novembro passado, Call of Duty Modern Warfare 3, da Activision, vendeu mais de 6 milhões de unidades em 24 horas. Embora os dois países ainda liderem os lançamentos de jogos para consoles e PCs, eles enfrentam agora a concorrência de uma nova geração de desenvolvedores. Fora das grandes corporações e em países com pouca (ou nenhuma) tradição na produção de games, eles conseguem emplacar seus produtos graças às lojas de aplicativos como App Store e Android Market. A febre dos games para celulares teve início nos anos 1990 com o Snake. O jogo da cobra que crescia e precisava desviar de si mesma foi instalado em 350 milhões de telefones. Hoje, o grande sucesso nesse mercado é o Angry Birds. Lançado há dois anos, o app já ultrapassou meio bilhão de downloads e virou um fenômeno da cultura pop, com direito a bichos de pelúcia e até um futuro parque de diversões. O game foi criado pela finlandesa Rovio, que não era novata no mercado. Antes de Angry Birds, a empresa já tinha publicado 52 títulos, 16 de sua autoria. Com capital para investir, os primos Mikael e Niklas Hed decidiram criar um jogo de olho no crescente mercado de smartphones. A aposta deu certo. Desde 2007, só a Apple vendeu 250 milhões de
foto anna Skladmann
iPhones, iPods e iPads com acesso à loja de apps. O número é maior do que as vendas combinadas dos três consoles mais populares do mundo, o Xbox 360, o Wii e o Playstation3. Inspirados no sucesso da Rovio, os irmãos russos Semyon e Efim Voinov criaram outro hit das app stores: o Cut The Rope, em que uma série de cordas precisa ser cortada na ordem correta para alimentar o monstro-bebê Om-Nom. Lançado quase sem investimento, ele acumula mais de 60 milhões de downloads. “Criamos tudo em um Macintosh instalado na sala da nossa casa em Moscou”, disse Semyon a INFO. Nascidos em uma família de cientistas (os avós trabalharam no programa nuclear soviético, na época da criação da bomba atômica), os Voinov tiveram o primeiro contato com códigos de jogos na infância, em um computador ZX Spectrum de 8 bits. Mais tarde, Efim seguiu o caminho da programação e Semyon formou-se em design automotivo. “Passei três anos em uma desenvolvedora na Finlândia com pessoas que agora estão na Rovio”, diz Semyon. Aos 29 anos, os gêmeos russos são donos da Zeptolab e não pensam em deixar seu país. “Você não tem ideia de quantos games nas app stores foram criados na Rússia”, afirma Semyon. A fatia de mercado dos jogos para celulares e tablets cresce a cada ano, impulsionada pelo sucesso de venda desses dispositivos. Segundo o instituto Gartner, em 2010 representava 10%. Mas nos próximos três anos, essa participação deve dobrar. Um dos fatores de atração dos desenvolvedores de países de fora do eixo Japão-Estados Unidos é o financeiro. A Rovio gastou 140 mil dólares para lançar o Angry Birds. Já o Call of Duty não saiu por menos de 50 milhões de dólares. ↙ Janeiro 2012 INFO
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EstE homEm quEr cEnsurar a wEb ProJeto em discussão nos estados unidos mira a Pirataria e o direito autoral, mas Pode resultar em censura da internet em todo o Planeta
/ Por Maurício Moraes
ALVO EXTERNO
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o congressista americano lamar smith, que quer reprimir sites maliciosos fora dos estados unidos
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A cruzada promovida pela indústria de Hollywood e pelas gravadoras contra a pirataria e em defesa dos direitos autorais pode resultar em uma lei ainda mais rigorosa de controle digital nos Estados Unidos. O problema é que todos os internautas poderão ser afetados pela medida, mesmo os que vivem no Brasil ou em outros países e nunca baixaram nada ilegalmente. Se a proposta passar, a internet corre o risco de virar um território vigiado até em regimes democráticos. O nome do polêmico projeto é Sopa, sigla para Stop Online Piracy Act (Lei para Parar a Pirataria Online). O texto foi apresentado pelo congressista americano Lamar Smith, representante do estado do Texas, em 26 de outubro passado. Logo provocou uma reação de ativistas que defendem os direitos civis no mundo digital, como a Electronic Frontier Foundation (EFF). Mas passou a enfrentar também a oposição de empresas e organizações como Google, Twitter, Facebook, Zynga, eBay, Fundação Mozilla, AOL, Yahoo! e LinkedIn.
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Essas companhias também se veem ameaçadas por outra proposta semelhante, chamada Pipa, sigla para Protect IP Act (Lei para Proteção de Propriedade Intelectual). Como ela está sendo analisada desde maio do ano passado pelo Senado americano, pode ser votada a qualquer momento. Pelo menos 40 dos 100 senadores já manifestaram seu apoio ao projeto. Tanto a Pipa quanto a Sopa preveem o combate da pirataria em sites hospedados fora dos Estados Unidos, ou seja, fora do alcance direto da lei americana. Hoje, para tirá-los do ar, teriam de ser abertos processos nos países de origem, algo lento e muitas vezes ineficaz. O modo como isso será feito, se a Sopa passar, é, no mínimo, polêmico. Entre as ações previstas estão o bloqueio de domínios denunciados por distribuir conteúdo ilegal – o que impede qualquer pessoa de abrir a página ao digitar o endereço no navegador –, o bloqueio de todos os serviços de pagamento usados pelo site, como PayPal e ope-
radoras de cartão de crédito, e a retirada de menções à página dos resultados dos buscadores, incluindo o Google. Tudo isso pode ocorrer sem a necessidade de se abrir um processo nos Estados Unidos ou em qualquer outra parte do planeta. Abre-se espaço para que as notificações emitidas pela indústria do cinema ou da música possam ser feitas de modo informal. Com isso, só vão parar nos tribunais se forem contestadas. AtIre ANtes, perguNte depOIs A Sopa tem causado mais barulho do que a Pipa por ser mais ampla. Para os opositores da medida, a proposta permite que abusos venham a acontecer em nome do combate à pirataria. Um editor de livros que publique obras que caíram em domínio público, o que é absolutamente legal, pode ser penalizado tanto quanto um site que ofereça links para downloads não autorizados. Há ainda situações mais complicadas, como o remix de músicas. Embora algumas empresas achem que isso fere
FOTO SérgiO Lima/FOLhapreSS
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o copyright, só uma análise criteriosa, feita por um processo judicial, poderia mostrar se houve ou não abuso. Os procedimentos legais tornam-se desnecessários com a Sopa. E será mais perigoso contestar uma notificação, mesmo se for considerada exagerada ou injusta. As empresas que bloquearem o domínio ou cortarem os meios de pagamento de um site ficam imunes aos processos, segundo a lei, por terem agido de boa-fé. Se não fizerem nada, no entanto, tornam-se corresponsáveis pela suposta violação e vão precisar responder legalmente por isso. Já o responsável pelo site afetado precisa contestar a solicitação de bloqueio e se defender na Justiça americana para reverter a medida. “O ônus para questionar esse pedido é alto. Até a Justiça se definir, estaremos em uma censura. Às vezes, uma simples ameaça vai fazer os conteúdos serem retirados do ar”, diz Pablo Ortellado, coordenador do Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação (Gpopai), da Universidade de São Paulo. Qualquer engano vai demorar muito para ser corrigido. Segundo os opositores da Sopa, o fato de uma empresa conseguir remover conteúdo sem uma ordem judicial também fere a Constituição dos Estados Unidos. “Há mecanismos no projeto que censu-
FOra dO ar
Veja como um engano pode leVar à censura
1.
um internauta cria um blog no Brasil em que divulga poemas pouco conhecidos de escritores, que estão em domínio público
2. para sustentar o trabalho
de garimpar conteúdo, ele pede doações pelo paypal e põe anúncios do google adwords
3. uma organização de defesa de direitos autorais descobre o blog e o acusa, erroneamente, de divulgar conteúdo ilegal
4.
a entidade notifica o provedor do serviço para que retire o site do ar. Também pede para paypal e google cortarem o repasse de recursos
5. as empresas atendem ao pedido, para não serem processadas como corresponsáveis pela suposta violação de direitos autorais
6. o internauta tem de
contestar a decisão. se fizer isso, o caso será analisado pela justiça americana
7. enquanto o processo está em curso, o site permanece fora do ar e as fontes de recursos, congeladas
ram a internet. O que temos visto com outras leis semelhantes é que, quando são aprovadas, elas produzem abusos”, afirma Parker Higgins, ativista da EFF, entidade especializada em direito autoral e liberdade de expressão. Em novembro do ano passado, a Warner admitiu, em um processo judicial, que havia pedido a retirada do ar de dezenas de links para arquivos armazenados por usuários no serviço Hotfile. Só que a empresa usou um software automatizado para coletar os endereços problemáticos. O programa vasculhou o site à procura de palavras-chave e não verificou se o conteúdo realmente violava direitos autorais. Muitos erros ocorreram. A Warner agiu com base na Lei de Direitos Autorais para o Milênio Digital (DMCA, na sigla em inglês). A norma americana, também polêmica, está em vigor desde 1998 e permite que empresas notifiquem provedores de acesso para que eliminem conteúdo supostamente ilegal. Aqueles que costumam atender às solicitações acabam ficando imunes a processos judiciais. Há, portanto, um incentivo para colaborar, ainda que isso leve a um erro. Na Sopa, o alcance desse tipo de solução torna-se ainda mais abrangente, uma vez que pode resultar no corte do fornecimento de recursos ou no desaparecimento do site em buscadores. Teme-se ainda que isso venha a matar a inovação, diminuindo investimentos em startups. O congressista Lamar Smith, principal defensor da Sopa, preferiu não dar entrevista. Em texto enviado a INFO, ele diz que 25% do tráfego
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NO Brasil Projeto de Eduardo Azeredo, que ameaça punir quem faz downloads ilegais, está pronto para ser votado
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mundial da internet viola direitos autorais, segundo estudos recentes. “O furto de propriedade intelectual traz à economia dos Estados Unidos um prejuízo anual de mais de 100 bilhões de dólares”, afirma. Segundo ele, serviços legítimos, como YouTube e Facebook, não têm com que se preocupar, uma vez que o alvo são apenas sites maliciosos. “A lei não ameaça a internet como ferramenta de comunicação e comércio, mas os lucros gerados por aqueles que roubam propriedade intelectual”, diz. Em países como o Brasil, a Sopa poderia frear os investimentos internacionais em empresas de tecnologia, que começaram a aumentar em 2011.
A ideia de usar alguns dos sistemas americanos de controle já começa a aparecer por aqui. No fim do ano passado, o Ministério da Cultura enviou à Casa Civil da Presidência uma nova versão do texto que reforma a Lei de Direitos Autorais. Nele, foi incluída a possibilidade de empresas notificarem sites para a retirada de conteúdo, como no DMCA. A proposta ainda não foi apresentada ao Congresso e deve demorar para ser votada. “Isso é muito perigoso, porque foge à esfera judicial. Uma ameaça não tem nenhum fundamento jurídico. A prática informal vai ser a forma de funcionamento efetiva”, diz Ortellado, da USP. Na visão
Se o projeto americano virar lei, sites brasileiros e de outros países podem sair do ar sem passar por processo judicial, além de serem afetados financeiramente Startups que se baseiam em conteúdo gerado pelo usuário estão sempre na mira dos detentores de direitos autorais e, se surgissem aqui, teriam um futuro pouco promissor. Bastaria que alguns internautas disponibilizassem links de filmes protegidos por copyright, por exemplo, para o serviço perder o direito à publicidade do Google ou ao uso de sistemas de pagamento de companhias americanas. “Sites brasileiros ou de outros países serão afetados financeiramente, mesmo se não violarem as leis locais”, diz Higgins, da EFF. Para o ativista, o mundo todo acompanha a posição dos Estados Unidos em direito digital. “Uma legislação ruim pode se espalhar e ser adotada em vários lugares”, afirma.
do professor, mecanismos como esse não se justificam. “Você muda a internet porque alguns detentores de direitos não conseguem se adaptar a um novo modelo de negócios”, afirma. Outra proposta criticada é a que define quais são os crimes cometidos pela internet. Conhecida como “projeto Azeredo”, por ter sido modificada pelo então senador Eduardo Azeredo (PSDB), a iniciativa chegou a ser batizada de AI-5 Digital. O apelido é uma referência ao Ato Institucional editado durante a ditadura militar, que cassou direitos civis e abriu espaço para mais repressão do regime. Um dos artigos do projeto Azeredo, o 285-B, prevê entre 1 e 3 anos de prisão e multa
para quem baixar conteúdo protegido legalmente. Isso abre espaço para punir internautas pelo download ou o compartilhamento de arquivos. A proposta depende de mais uma votação na Câmara dos Deputados para ser aprovada. Depois precisará da assinatura da presidente Dilma Rousseff . Todas as vezes em que está prestes a ser analisado, contudo, o projeto enfrenta uma avalanche de críticas e acaba engavetado por um tempo, como aconteceu em novembro passado. Para Azeredo, hoje deputado federal, há desinformação e uma visão superficial da iniciativa. “O projeto se limita a definir novos crimes no Código Penal”, diz. Segundo ele, pontos polêmicos foram retirados, como a obrigatoriedade de provedores de internet fiscalizarem os usuários. TeNdêNcIa muNdIal? Não são poucos os países que partiram para a criação de leis contra a pirataria ou crimes de internet. Além do Brasil e dos Estados Unidos, países como França e Nova Zelândia têm aprovado medidas contra o compartilhamento ilegal de arquivos, prevendo até o corte da conexão dos internautas. “As pessoas não entendem o quanto leis amplas de controle de direito autoral podem ser perigosas. Queremos mostrar como podem se tornar ferramentas para censura”, diz Rainey Reitman, da EFF, e coordenadora do projeto Global Censorship Chokepoints. Com a oposição cada vez mais intensa à Sopa e à Pipa, congressistas americanos e representantes da indústria prometem rever os itens considerados polêmicos. Um projeto alternativo, chamado Open, está sendo redigido e pode abrandar as medidas. Mesmo assim, ativistas acreditam que o risco de a internet se tornar um território vigiado permanece.↙
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Profissão: Perigo
AprendA A consertAr coisAs e resolver problemAs do diA A diA no melhor estilo mAcGyver, o rei dA improvisAção do consAGrAdo seriAdo de tv / por eric costA
Em 1985, o herói de maior sucesso na TV fugia do estereótipo dos fortões armados. MacGyver era o protagonista da série Profissão: Perigo que resolvia os problemas com inteligência e conhecimento científico, em vez de socos e tiros. Uma das habilidades mais conhecidas de MacGyver era sua capacidade de improviso. Ele construiu, por exemplo, um ultraleve com canos de PVC e sacos de lixo e abriu uma porta com os filamentos de uma lâmpada incandescente. Essa versatilidade serviu de inspiração para vários sites, aplicativos e serviços que ajudam seus usuários a descobrir seu lado MacGyver. Conheça alguns deles.
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pedro melo
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Para construir
O site Makezine (abr.io/makezine), associado à revista Make, é perfeito para quem não tem medo de botar a mão na massa. Há projetos simples e complexos, que vão desde consertos rápidos e usos diferentes para objetos comuns, até robôs e aparelhos eletrônicos para automação doméstica. O site também é ótimo para quem se interessa pelas placas Arduino, que unem facilidade de programação a sensores, motores e outros elementos.
Limpeza para tudo
Sujou a parede, o chão, o tapete ou qualquer outra coisa? Há três sites, quase homônimos, que dão dicas de como tirar as manchas. São eles: How To Clean Stuff (abr.io/ htcs), How To Clean Anything (abr.io/htca) e How to Clean Things (abr.io/htct). Eles estão divididos pelo local da sujeira, como a cozinha, o carro ou o seu próprio corpo.
Dicas diretas
O blog Lifehacker apresenta duas seções para dicas e soluções criativas. A primeira é chamada MacGyver Tip (abr.io/lifehackermcgyver) e, claro, segue a linha do herói, sugerindo técnicas engenhosas e combinações de produtos, programas ou serviços para resolver problemas. Um exemplo recente é a técnica para abrir embalagens. Já a seção Clever Uses (abr.io/lifehackerclever) tem foco em usos diferentes para objetos comuns. Um truque sugerido é usar um Post It para amplificar o volume de som do iPad.
Truques originais
Ficou com saudade do MacGyver? A página MacRecipes (abr.io/macrecipes) traz todos os truques usados pelo herói no seriado. Vale lembrar que, apesar de terem base científica, nem todos funcionam como foram mostrados (alguns podem causar riscos, especialmente se usarem explosivos e inflamáveis). Já o site MacGyver Online (abr.io/macgyveronline) traz informações mais extensas sobre a série, com sinopses e descrição dos personagens.
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denis FReiTAs
Sempre à mão
ApRoveiTe Todos os RecuRsos do dRopbox, um dos melhoRes seRviços pARA sincRonizAR e FAzeR bAckup de ARquivos
Servidor web
Uma forma simples de compartilhar arquivos hospedados no Dropbox é clicar neles com o botão direito do mouse, no Windows Explorer, e acessar Dropbox > Public Link. Um serviço amplia essa possibilidade e permite hospedar uma página web na sua conta. Trata-se do DropPages (abr.io/droppages). Basta fazer o download de um tema para o site, descompactar e copiar todos os arquivos para a pasta do Dropbox e editar o conteúdo.
Direto para a nuvem
Está em uma lan house e precisa baixar um arquivo grande, mas a conexão não ajuda? Há dois serviços que permitem enviá-lo diretamente para uma pasta do Dropbox: o SideCloudLoad (abr.io/sidecloudload) e o URL Droplet (abr.io/urldroplet). Nos dois casos, é preciso colar a URL do arquivo a ser baixado e fazer o login no Dropbox. A diferença é que o URL Droplet usa o próprio sistema do Dropbox, mais seguro do que digitar sua senha em uma página de terceiros.
Download no smartphone
Em geral, os aplicativos para tablet e smartphone do Dropbox não mantêm uma cópia local do conteúdo, apagando tudo quando o aplicativo é finalizado. Mas é possível indicar arquivos para serem mantidos no smartphone ou no tablet. No iOS basta marcar o arquivo com uma estrela. Já no Android, toque em um arquivo até aparecer um menu. Nele, escolha Add To Favorites. Se quiser uma experiência igual à do Dropbox no desktop, quem usa Android pode instalar o DropSpace (abr.io/dropspace).
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AjudA pArA A memóriA
o onenote e o evernote são apps para anotar lembretes. conheça seus principais recursos
Criados para estudantes, os aplicativos de anotações ganharam força com a popularização de técnicas de organização que recomendam tirar todas as informações da memória, passando-as para um sistema de notas. Atualmente, dois programas dominam o mercado: o OneNote, da Microsoft, e o Evernote, da empresa de mesmo nome. O primeiro vem em várias versões do pacote Office e tem a vantagem da integração com Word, Excel e Outlook. Já o Evernote (abr.io/ evernote) destaca-se por ser um app gratuito com recursos extras se o usuário pagar. Confira, a seguir, algumas dicas para usar melhor esses aplicativos.
Guarde tuítes e e-mails
Os recursos de indexação e pesquisa das anotações, além da facilidade de organização por assunto, tornam o Evernote e o OneNote perfeitos para armazenar e-mails importantes. Quem usa o Outlook e o OneNote na mesma máquina só precisa pressionar o botão do programa de anotações ao ler um e-mail. Já para o Evernote há mais flexibilidade, mas um pouco de dificuldade. Clique em Utilização e será mostrado um e-mail. Basta redirecionar as mensagens para esse e-mail e elas serão guardadas. O Evernote também guarda tuítes. Para isso, siga o usuário @myEN. Ele o seguirá de volta e enviará um link. Clique nele e faça o login no Evernote. Depois, é só adicionar o @myEN no tuíte para guardar o post.
Lembre-se dos contatos
Os aplicativos de anotações podem substituir com folga as agendas. Basta criar um caderno de anotações para os contatos. Cada pessoa pode ter sua foto e outras informações relacionadas a ela.
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Mas o Evernote foi mais longe e criou um aplicativo específico para esse fim. Tratase do Evernote Hello, que permite visualizar as pessoas conhecidas e as informações relacionadas a elas de forma prática.
Visualização em qualquer lugar
Tem um smartphone ou um tablet? É possível acessar rapidamente e em qualquer lugar todas as anotações. O Evernote tem um aplicativo próprio, que roda em quase qualquer sistema operacional. Já o OneNote tem um app oficial para o iPhone, mas para iPad e Android a saída é usar o MobileNoter
(abr.io/mobilenoter). Ele funciona bem, apesar de ter alguns problemas ocasionais com a sincronia de dados.
De olho na foto
Tanto o OneNote quanto o Evernote contam com o recurso de reconhecimento de caracteres em imagens. Ele é perfeito para substituir a digitação demorada por uma foto rápida. Precisa lembrar o telefone de uma loja ou dos dados de um cartão de visitas? Tire uma foto do letreiro ou do cartão e mande a imagem para o aplicativo de anotações. Depois, é só fazer a busca pelo nome da loja ou da pessoa.
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para vender seu peixe dicas que vão te ajudar a apresentar aquela ideia de startup no elevador ou em um papo rápido durante o café
Na ponta da língua
O primeiro passo para montar seu “discurso de elevador” é escolher os principais tópicos que descrevam o produto ou o serviço. Quer uma ajuda? Vá a uma das melhores fontes, a Harvard Business School. A ferramenta Elevator Pitch Builder (abr.io/elevatorpitch) dá sugestões de palavras e perguntas para usar e responder. Ao final, o serviço analisa tudo, incluindo o número de palavras faladas por minuto. Como está em inglês, depois de usar o Elevator Pitch Builder, considere a mudança para o português, que costuma aumentar um pouco o tempo de texto.
Apresentação na hora
Se for necessário mostrar um produto ou uma foto, é interessante ter essas informações rapidamente à mão. Use um aplicativo no smartphone ou tablet para exibir as imagens ou gráficos. Os próprios recursos de foto ou de exibição de documentos do aparelho podem resolver, mas manter uma apresentação pronta pode facilitar o envio desse conteúdo por e-mail. Você pode usar o Keynote (abr.io/keynoteios), só para iOS, ou o Documents to Go (abr.io/documentstogo), que roda em dispositivos da Apple e no sistema Android.
Melhore seu discurso
É bom treinar seu texto para vender a ideia de forma natural, sem que o papo pareça forçado ou corrido. Se você tem uma apresentação a ser usada como base, use os recursos de cronômetro do PowerPoint. Acesse Apresentação de Slides > Testar Intervalos. Conduza a apresentação normalmente, mas fique de olho no tempo para cada slide, mostrado pelo PowerPoint. O ideal, para vender a ideia no elevador, é não passar de 1 ou 2 minutos de discurso. Usando cada slide como tópico, verifique, ao final da apresentação, o tempo total. Para medir o tempo no iPhone, use o ElevatorPitch (abr.io/elevatorpitchios), aplicativo que traz um espaço para fazer anotações e para guardar todo o seu “discurso de elevador”.
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denis freitas
Cinema em Casa deparou-se com um ótimo vídeo, mas está sem tempo para assisti-lo? a INFO te ensina a guardar tudo para ver mais tarde
Ajuda do YouTube
Se os vídeos desejados estão no YouTube, é possível montar uma lista e ver tudo depois. Basta clicar no botão Adicionar A e escolher o item Assistir Depois. O recurso funciona mesmo em vídeos do YouTube em outras páginas web (com o botão +), desde que você faça o login no serviço usando o mesmo browser.
Instapaper para vídeo
Na mesma linha de serviços como o Instapaper ou o Read It Later, surgiram opções específicas para vídeo. Um dos primeiros foi o ShowYou (abr.io/ showyou). Os vídeos marcados são baixados para o iPhone ou o iPad. Já o Radbox (abr.io/radbox) funciona de modo parecido, mas é acessível via web, em tablets e smartphones com iOS ou Android.
Guarde e baixe
O brasileiro Eduardo Saverin, que participou da criação do Facebook, é o mentor do serviço Denso (abr.io/denso), que também guarda vídeos para depois. A vantagem é que o programa faz a conversão do conteúdo para MP4, além de oferecer um canal RSS para baixar tudo. A desvantagem é o limite de 2 GB para download, renovado a cada mês.
Direto para a TV
Você usa o ótimo Boxee (abr.io/boxee) para ver vídeos na TV? Ele conta com um serviço associado que guarda vídeos para assistir mais tarde. Faça o login no site oficial e arraste para o seu navegador o atalho de gravação do vídeo, que está na seção Services. Basta clicar nesse atalho para guardar o vídeo.
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Ótimo
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Muito bom
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Bom Médio Regular Fraco Muito fraco Ruim Bomba Lixo
Veja os critérios de avaliação da INFO em info.abril.com.br/ sobre/infolab.shl
Smartphone / 78 Notebook / 79 Câmera/ 80 Minidesktop / 81 Gadgets à Prova D’Àgua / 82 Caixas de Som / 84 Pula-Pula High-Tech / 86 GPS / 87 Radar / 88 FOTO RAFAEL EVANGELISTA
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Smartphone ou tablet? Com tela de 5,3 polegadas e ótima configuração, é impossível ficar indiferente ao galaxy note. para o bem e para o mal / por Airton Lopes fotos rAfAeL evAngeListA Galaxy Note /
NhO Tama real
samsung
dono de uma configuração arrasadora, o Galaxy Note é um gadget que desperta no consumidor um sentimento bipolar. trata-se de um híbrido de smartphone e tablet, com sistema Android 2.3, suporte a redes 4G no padrão HSPA+, processador de dois núcleos top de linha e uma maravilhosa tela de 5,3 polegadas. Navegar na web e jogar são ótimas experiências no Galaxy Note, muito melhores do que em smartphones comuns. melhor ainda é assistir na telona a vídeos em 1 080p nos formatos mPEG-4, divX, Xvid e mKV, rodando suavemente e com legendas. No teste do iNFolab, a bateria resistiu 10 horas e 27 minutos em modo de chamada, uma marca excepcional. tocando vídeo em 720p, a autonomia foi de 7 horas e 32 minutos. o problema é que a excelência para atividades sofisticadas contrasta com o incômodo de usar o Galaxy Note como celular. Apesar do corpo fininho, não dá para sair com o aparelho no bolso da calça. Falar ao telefone com o grandalhão colado à orelha é uma cena no mínimo inusitada.
longe do dedo Veja até onde atinge-se os atalhos do smartphone usando só uma mão
Apple iPhone 4S (tela de 3,5”)
Sony Ericsson Xperia Arc S (tela de 4”)
Samsung Galaxy Note (tela de 5,3”)
4g / android 2.3 / Cortex a9 1,4 gHz dual core / 16 gB + microsD / tela de 5,3” / Câmeras de 8 mp e 2 mp / 177 g / 10h27min de bateria(1) AvAliAção técnicA: 8,5 custo/benefício: 6,7
/ R$ 1 999(2) 0,96 cm 14,7 cm
8,3 cm
RABISCO nA TELA
uma das propostas do Galaxy Note é substituir o bloco de papel. Para isso, ele vem com uma canetinha stylus e aplicativos para escrever à mão sobre o lCd e rabiscar fotos. o recurso é mais divertido do que útil.
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Edição dE imAGEm artnet digital iluStrAção evandro bertol (1) duração medida com o aparelho em chamada e com Wi-Fi e Bluetooth ativados (2) Preço do aparelho sem planos de voz e dados
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Blu-ray para viagem
Com este notebook da Sony, a falta de TV no sítio ou na casa de praia não vai deixar ninguém privado dos filmes em full HD / por AirTon LopeS fotos rAfAeL eVAngeLiSTA
A reprodução de vídeo e música pode ser comandada por gestos diante da webcam
A tela de 16,4” com resolução full HD é uma boa pedida para ver filmes em Blu-ray
mochila pesada
26,9 cm
Com 2,9 quilos, viajar com este Sony Vaio é o mesmo que levar oito latinhas de cerveja nas costas. Com a desvantagem de carregar o peso na ida e na volta, o que não aconteceria com a cerveja.
Vaio VPCF223FB / sony Um bom motivo para não desgrudar do notebook até mesmo nas fé-
rias é assistir a vídeos com qualidade em qualquer lugar. Com uma tela de LCD com LED de 16,4 polegadas, resolução full HD e leitor de Blu-ray, o Vaio não decepciona quem precisa de uma máquina com display amplo para trabalhar e aproveitar as horas de folga com um bom filme. Nos testes do INFOlab, ele cumpriu essas tarefas sem titubear. Quem não quiser viajar com discos Blu-ray na mochila, pode levar filmes em 1 080p baixados da internet no HD de 640 GB do notebook. Espaço para os arquivos não vai faltar. Porém, apesar de contar com uma placa de vídeo dedicada, ele não foi tão bem ao executar programas que apontam se o PC está pronto para rodar os jogos mais novos com gráficos 3D complexos. No teste 3DMark 11, o Vaio fez só 569 pontos, uma marca tímida para um notebook de seu porte. Como em todo laptop com tela grande, a autonomia longe da tomada é pequena, e o peso é considerável. (1) Duração de bateria medida com o software Battery Eater e o notebook com o Wi-Fi ligado, tela com o máximo de brilho e perfil de alto desempenho selecionado no Windows, sem permitir o desligamento automático de componentes
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27,1 cm
39,8 cm
tela de 16,4” / Intel Core i5-2410M 2,3 GHz / 6 GB / HD de 640 GB / Geforce Gt520M 512 MB / BD-roM/DVD-rW / 2,9 Kg / Windows 7 Home premium 64 bits / 1h de bateria(1) AvAliAção técnicA: 7,8 custo/benefício: 7,0
/ R$ 2 999
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Câmera de narCisista
Quando a tela gira, o sensor ajusta a posição dos menus para que eles não fiquem de cabeça para baixo
A tela sensível ao toque desta Samsung gira 180° para caprichar no enquadramento ao fazer autorretratos / por Airton LopeS
fotos rAfAeL evAngeLiStA
OPÇÕES AVANÇADAS
Quer mais recursos para fotos com enquadramentos inusitados? Conheça duas câmeras semiprofissionais com LCD destacável.
Canon EOS Rebel T3i 18 MP / Zoom de 3x (18 a 55 mm) / Filmagem em 1 080p / LCD de 3” / 761 g
/ R$ 4 500
Nikon D5100 16,2 MP / Zoom de 3x (18 a 55 mm) / Filmagem em 1 080p / LCD de 3” / 817 g
/ R$ 3 499
O display de 3 polegadas sensível ao toque que gira para cima em até 180° é um bom atrativo da MV800 para quem vive fazendo autorretratos. Com a tela nessa posição, o disparo é feito por um botão nas costas da câmera ou com um toque no LCD. A lente grande-angular de 26 mm ajuda a não deixar ninguém fora do enquadramento quando o autorretrato inclui amigos. A desvantagem dessa câmera compacta da Samsung em relação a outros modelos com LCD destacável é que sua tela não pode ser deslocada para os lados. Nos testes do INFOlab, a qualidade das fotos foi boa, mas a velocidade para registrar as imagens (0,35 segundo) poderia ser melhor. Os menus lembram muito os de um smartphone. Além dos modos automáticos e recursos para a produção de imagens panorâmicas e em 3D, a câmera tem dezenas de filtros, efeitos e ferramentas para brincar com as fotos. Com o Beauty Shot, nem é preciso recorrer ao Photoshop para corrigir imperfeições na face, como manchas. O modelo tem 10 MB de memória interna e vem com cartão microSD de 4 GB.
5,5 cm
MV800 / samsung
10,4 cm
NhO Tama real
1,8 cm
9,2 cm
16,1 mp / Zoom de 5x (26 mm a 130 mm) / filmagem em 720p / LCD touchscreen de 3” / 141 g AVAliAÇãO TéCNiCA: 7,9 CuSTO/bENEfíCiO: 7,3
/ R$ 899
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NaNico esperto
O minidesktop Zbox Nano cabe na mão e não faz feio ligado à TV para rodar vídeos em alta definição / por AirTON LOpes
fotos rAfAeL eVANgeLisTA
COLADO NO MONITOR
O Zbox Nano quase não ocupa espaço. Mas, se quiser camuflá-lo, ele vem com suporte para fixação no monitor.
11,4 cm
NhO Tama real
12,8 cm
12,8 cm
Zbox Nano AD10 Plus / Zotac Computador de mão não é sinônimo apenas de smartphone.
Com medidas de largura e profundidade inferiores às de um estojo de CD, o minidesktop Zbox Nano também merece esse título. A maquininha tem uma configuração semelhante à de um netbook com APU, componente que reúne processador e chip gráfico em uma única peça. Ele pode ser usado para acessar a internet, trabalhar com aplicativos de escritório e brincar com jogos simples. Mas seu maior atrativo é mesmo na função de media center: como um PC silencioso ligado na TV para baixar arquivos de vídeo em alta definição e reproduzi-los na telona. O Wi-Fi, a saída HDMI e o controle remoto facilitam tudo. A cópia de arquivos e a conexão de HDs externos e periféricos são feitas por quatro portas USB, duas delas no padrão USB 3.0. Nos testes com o Windows 7 e Linux instalados no Zbox Nano, a execução de vídeos em 1 080p foi perfeita. Mas ele não vem com sistema, mouse e teclado.
apU aMD E-350 1.6 GHz / 2 GB / HD de 320 GB / Wi-fi n / Bluetooth / sem sistema operacional AvAliAção técnicA: 7,9 custo/benefício: 7,7
/ R$ 1 299
FAÇA VOCÊ MESMO
Veja o que é preciso para montar um media center econômico baseado em um miniPC, como o Zbox Nano
TV A LG 32LV5500 (1 629 reais), com tela de 32”, é um modelo com boa relação custo/benefício
Caixas 2.1 Com 50 W, o conjunto Edifier E3350 (549 reais) oferece potência e qualidade de áudio
Sistema gratuito Com o OpenElec (openelec.tv) nem é preciso instalar o Windows
Teclado virtual Se optar pelo Windows, aplicativos transformam o smartphone em teclado e mouse
Janeiro 2012 INFO
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Até debAixo d’águA
Que tal uma piscina ou uma praia? INFO foi atrás de gadgets para quem quer aproveitar o verão sem ficar longe dos brinquedinhos / por victor caputo
A hélice de plástico pode ser substituída por uma de metal para melhor desempenho
fotos rafael evangelista
É possível aperfeiçoar a estabilidade regulando as quilhas laterais
36,1 cm
17 cm
68,5 cm
UL-1 Superior / AquACrAft Com motor potente, o barquinho da AquaCraft é um brinquedo para gente grande. Fabricado por uma empresa especializada em miniaturas aquáticas e vendido no Brasil pela A Oficina do Hobby, o barco é feito de fibra de vidro. O material garante peso reduzido: apenas 1,84 quilo. Nada mau, ainda mais levando em conta seu tamanho, 68,5 centímetros. Ao contrário dos modelos a combustão, esse funciona com duas baterias elétricas. O propulsor do barco é uma hélice de três pás, feita de plástico. O controle que acompanha o produto usa quatro pilhas AA e é possível fazer ajustes finos para melhorar a estabilidade, dependendo das condições da água. Apesar da qualidade, um choque em alta velocidade pode causar muitos danos ao modelo.
Motor de seis polos / 2 baterias e 4 pilhas AA (controle) / 1,84 Kg AvAliAção técnicA: 8,8 custo/benefício: 6,7
/ R$ 1 100
82 / INFO Janeiro 2012
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Seahorse 5 / AquA DAncer
Defy+ MB526 / motorolA Este smartphone da Motorola é resistente à água. Evolução do Defy, o modelo ganhou um upgrade no processador, que passou a 1 GHz. O aparelho aguenta até 30 minutos submerso em uma profundidade de 1 metro e sair sem nenhum dano. Um ponto do Defy+ que não evoluiu foi a câmera. Nos testes feitos pelo INFOlab, as imagens ficaram com a luz estourada.
1,2 W / mp3 / rádio Fm / entradas: uSB e SD / 6h22min de bateria
3g / Android 2.3 / tI omAp3620 1ghz / 2 gB + 8 gB (microSD) / tela de 3,7’’ / câmera de 5 mp / 111 g / 5h de bateria
A qualidade do áudio não é das melhores, mas esta caixa de som cumpre bem sua função: tocar música dentro da água. Arredondada e com os controles emborrachados, tem um peso na parte inferior que garante que os alto-falantes e os comandos fiquem sempre fora da água. Além de rádio FM, reproduz músicas no formato MP3 armazenadas em pendrives ou cartões SD/MMC.
AvAliAção técnicA: 6,8 custo/benefício: 7,2
/ R$ 149
AvAliAção técnicA: 7,9 custo/benefício: 7,1
/ R$ 999
Fisheye Underwater / lomogrAphy Se o seu barato é fazer fotos com filme cheias de efeitos, há como usar uma câmera Lomo também na piscina ou na praia. Em conjunto com uma caixa estanque, o modelo Fisheye faz cliques criativos embaixo d’água. O enquadramento é feito pela mira no alto da caixa, e o rebatedor branco na frente do flash faz com que a luz seja difundida embaixo da água.
Aqua Playfull Ze2 / KoDAK Com design compacto, a Kodak Aqua Playfull é capaz de filmar dentro da água. Ela vem equipada com uma função que corrige distorções das imagens gravadas nessa condição, mas a qualidade dos vídeos não é das melhores. Tem baixa capacidade de armazenamento, com apenas 32 MB. Mas isso pode ser corrigido com um cartão SDHC, que não acompanha o modelo.
Filme de 35 mm / 1 pilha AA / uso em até 20 m de profundidade / Difusor para flash / 14,6 x 13,5 x9,5 cm / 483 g
720p / 32 mB + cartão SDhc / Zoom de 2x (digital) / lcD de 2’’ / 9,4 x 5,5 x 1,2 cm / 82 g / 1h25min de bateria
AvAliAção técnicA: 7,5 custo/benefício: 6,9
AvAliAção técnicA: 7,1 custo/benefício: 7,5
/ R$ 249
/ R$ 349
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Música seM fronteiras testamos três caixas de som que podem ser levadas para qualquer lugar, sem se preocupar com tomadas e cabos / por Airton Lopes
fotos rAfAeL evAngeListA A antena retrátil na face superior do aparelho ajuda a sintonizar estações de rádio fM
LONGE DA TOMADA
25,8 cm
Se precisar, o Sound Cube garante o som da festa alimentado por 12 pilhas grandes (tamanho D). Nos testes do INFOlab, a autonomia foi de 40 horas e 40 minutos. O problema é o preço das pilhas: 10 reais o par.
25,5 cm
25,5 cm
Sound Cube / tDK A potência nominal de 20 watts pode parecer modesta, mas basta a música rolar para o cubo sonoro da TDK mostrar autoridade. O áudio é forte, limpo e com frequências muito bem equilibradas. Mesmo abusando do volume, o nível de distorção mostrou-se bem reduzido nos testes do INFOlab. A disposição dos quatro falantes, um em cada lateral, espalha o som em 360° e preenche o ambiente. O Sound Cube possui uma porta USB para receber pen drives com MP3 ou conectar o iPod, o iPhone ou o iPad. Assim como acontece nas docks, a bateria dos gadgets da Apple é recarregada durante a reprodução. O cubo também tem entradas RCA, P2 e P10, o que permite amplificar o som de notebooks, celulares, MP3 players e de instrumentos musicais. Dá até para plugar a guitarra no Sound Cube e ouvir seus acordes junto com os da música executada no iPod. Os ajustes de volume e reprodução são feitos pelos dois botões frontais e o display sensível ao toque. Só ficou faltando um controle remoto.
20 W / Mp3, WMA / rádio fM / Entradas: rCA estéreo, p2, p10, UsB / Compatível com ipod, iphone e ipad / 40h34min de bateria AvAliAção técnicA: 8,3 custo/benefício: 6,2
/ R$ 2 299
84 / INFO Janeiro 2012
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Classic Gel Audio / wowee one Que tal
transformar sua mesa em caixa de som? O Classic Gel Audio faz isso. Ele possui um pequeno alto-falante embutido para emitir sons médios e agudos. Os graves são gerados pelo objeto em contato com sua base feita de gel condutor de áudio. O resultado depende muito da densidade do material, forma e tipo de superfície utilizada. Objetos metálicos produzem sons mais agudos. Mesas de madeira e caixas de papelão, mais graves. Ligado a um smartphone por um cabo P2, o som do Classic Gel Audio surpreendeu pelo volume, mas a qualidade não empolgou. A carga da bateria é feita pela porta USB do PC ou por carregadores de 5 volts de celular com conector miniUSB.
Sobre uma bancada de madeira, o som do Classic Gel audio passa de 100 decibéis
2 w / Resposta de frequência de 40 Hz a 20 KHz / P2 / miniUSb / 12,1 x 2,5 x 6 cm / 188 g / 2h16min de bateria AvAliAção técnicA: 7,0 custo/benefício: 6,5
/ R$ 199
REcuRsos ExtRas
A porta microUSB serve para plugar o carregador e o Jambox no PC para adicionar funções ao viva-voz.
Jambox / Jawbone
Um dos baratos da caixa de som portátil Jambox é dispensar cabos para reproduzir o áudio de smartphones, notebooks e outros aparelhos com Bluetooth com uma qualidade muito boa para um dispositivo do seu porte. Com a ajuda de um microfone embutido, o Bluetooth também permite aproveitar o Jambox como viva-voz para celulares. Para ligar MP3 players sem Bluetooth, o jeito é recorrer a um cabo P2. O design compacto e a construção sólida, com tela de aço inoxidável e borracha no topo e na base, merecem elogios. Tocando um botão, o Jambox fala, em inglês, o status da bateria. Nos testes, uma carga completa proporcionou 5 horas e 50 minutos de música por Bluetooth.
10 w / Resposta de frequência: 60 Hz a 20 kHz / bluetooth / P2 / MicroUSb / 15,1 x 5,7 x 4 cm / 347 g / 5h50min de bateria AvAliAção técnicA: 8,4 custo/benefício: 5,7
/ R$ 1 000
Janeiro 2012 INFO
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pula-pula high-tech Feito de alumínio e fibra de carbono, o Jumping Stilts reinventa as brincadeiras de perna-de-pau e pula-pula / por victor caputo
38,4 cm
98,5 cm
11,9 cm
fotos raFael evangeliSta
Jumping Stilts / powerstrider No lugar de madeira e
pregos, a perna-de-pau high-tech da garotada de hoje é feita de alumínio e molas de fibra de carbono, para andar, correr e saltar de maneira bem mais radical. A seriedade da brincadeira já começa na hora de prender os pés nos suportes do Jumping Stilts e ensaiar os primeiros passos. É quase como reaprender a andar, com a diferença de que os 50 centímetros que separam os pés do chão tornam os tombos bem mais doloridos. Depois de algumas tentativas, os passos vão ficando mais seguros. Com um pouco mais de confiança, o Jumping Stilts já pode ser usado para pequenos saltos. Mas não se engane, a habilidade para pulos mais altos e longos demora para chegar. Um dos pontos principais do brinquedo, vendido pela Extreme Toys, é trabalhar o equilíbrio. Por isso, a dica mais importante é ficar sempre em movimento. Caso contrário, é queda na certa. Há uma boa queima de calorias na brincadeira.
por segurança, as pernas devem ficar firmes e bem presas ao equipamento
9,5 Kg / Molas para 80 a 90 Kg (com opções para 60 a 70 e 70 a 80 Kg) AvAliAção técnicA: 8,0 custo/benefício: 7,1
/ R$ 899
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GPS Para duaS rodaS Este navegador para motocicletas ajuda a encontrar o caminho correto até embaixo de chuva / por Airton LopEs
foToS rAfAEL EvAngEListA NAVEGADOR DE SÉRIE Na BMW K 1600 GTL (108 500 reais), o GPS embutido é só um dos requintes tecnológicos. O modelo tem freios ABS e controle de tração para domar 160 cavalos de potência.
Mais cidades
O Zumo 220 oferece um número acima da média de localidades com navegação completa.
8,5 cm
cOmO OuVIR O GpS A melhor opção são capacetes especiais com Bluetooth, alto-falantes e microfone internos, como o modelo Lazer Paname GL Z-Com. Eles custam entre 1 000 e 1 800 reais.
2,3 cm
Zumo 220 / Garmin
Acelerar sem destino sobre duas rodas é ótimo. Mas quando é preciso chegar a um endereço desconhecido, um copiloto como o Zumo 220 pode ser de grande valia. Ele é um GPS feito para viajar no guidão da moto. Para isso, vem com kit para fixação e conexão com a bateria da motocicleta e seu corpo é à prova d’água e resistente a raios ultravioleta. A tela de 3,5 polegadas é pequena e fosca, para não refletir a luz solar. Mas dependendo da posição do sol, os menus e mapas ficam bem opacos. O ângulo de visão também não é dos melhores. O tamanho do aparelho permite levá-lo no bolso quando a moto está estacionada. Nos testes do INFOlab, a comunicação com os satélites manteve-se estável e as rotas foram calculadas corretamente. As instruções de voz são enviadas para headsets, fones de ouvido ou capacetes com Bluetooth. Porém, nenhum desses acessórios acompanha o GPS. Sem eles, é impossível para o motociclista ouvir no trânsito as orientações emitidas pelos alto-falantes do navegador. O Zumo 220 também vem com suporte para carros.
10,7 cm
Tela de 3,5” / Sistema proprietário / 1 120 cidades navegáveis / 211 g / Bluetooth AvAliAção técnicA: 7,6 custo/benefício: 6,8
/ R$ 1 539
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/ Radar Opções econômicas
Notebooks
// vaio Sa25GB Sony
// Básico e eficiente
O notebook tem um bom equilíbrio entre desempenho, portabilidade e preço, com processador veloz, memória e farto espaço para armazenamento. O teclado é retroiluminado, tem porta USB 3.0 e leitor de impressões digitais.
A popularização dos aparelhos de Blu-ray derrubou os preços. Foi o que ocorreu com o BD 550, da LG, que tem ótimo custo/ benefício. No INFOlab ele tocou bem os discos de Blu-ray e arquivos de pen drives ou HDs externos sem patinar na exibição de legendas nos principais formatos. Como um modelo básico, ele não exibe 3D, não tem Wi-Fi e tem pouco conteúdo online disponível.
// Zenbook UX21 Asus
Objeto de desejo de quem trabalha fora do escritório, o ultrabook da Asus é fininho e leve. A capacidade de rodar vários aplicativos ao mesmo tempo impressiona ainda mais que o design. Só falta mais espaço para arquivos.
// InfoWay Note W7535 Itautec
O notebook não tem muito luxo, mas o desempenho é satisfatório no dia a dia e até em jogos mais simples. O HD e a autonomia da bateria são melhores que os de outros laptops de 14 polegadas.
Especificações
Blu-ray / DivX, XviD, MKV, AVCHD, MPEG-4 e MPEG-2 / Saídas: 1 HDMI, 1 vídeo componente, 1 composto, 1 áudio coaxial, 1 RCA estéreo / 1 USB / Ethernet / R$ 299 avalIaçãO INFOlaB
7,6
// P430-5454 LG
O ponto forte deste notebook está no design, que pelas dimensões e pelo peso lembra um modelo de 13,3 polegadas. A configuração inclui uma placa de vídeo com memória dedicada para gráficos, mas os resultados dela nos testes não empolgaram muito.
// Bom e barato
Com boa relação custo/benefício, o monitor E2343F2K,da AOC, tem bons níveis de brilho e contraste. A construção em plástico preto poderia ser mais resistente e a vivacidade das cores poderia ser tão boa quanto a qualidade do contraste. Os ajustes são feitos pelos botões sensíveis ao toque que ficam na base.
// i7 Predator First Place
O desktop é recomendado para quem precisa de potência, pois sua configuração é considerada topo de linha. O gabinete tem 60 centímetros de altura e usa refrigeração a água. Tem muitas conexões, incluindo até nove portas USB 3.0.
// vaio l225FB Sony
// TouchSmart 6101100br HP
Tela de 23” / LCD com LED / 1 920 x 1 080p / Contraste dinâmico: 50 000 000:1 / Tempo de resposta: 5 ms / Entradas 2 HDMI, 1 DVI, 1 D-Sub / Saída: 1 P2 / R$ 508 avalIaçãO INFOlaB
7,4
88 / INFO Janeiro 2012
IN312_Radar.indd 88
Tela de 13,3” / Intel Core i5 2410M 2,3 GHz / 6 GB / HD de 640 GB / Radeon HD 6630M 1GB / DVD-RW / 1,6 kg / Windows 7 Professional 64 bits / 1h21min de bateria(1) / R$ 3 199 avalIaçãO INFOlaB
8,4
Especificações
Tela de 11,6” / Intel Core i5-2467M 1,6 GHz / 4 GB / SSD de 128 GB / Vídeo onboard / 1,2 kg / Windows 7 Home Premium 64 bits / 1h21min de bateria(1) / R$ 3 999 avalIaçãO INFOlaB
8,2
Especificações
Tela de 14” / Intel Core i5 2410M 2,3 GHz / 4 GB / HD de 500 GB / Vídeo onboard / DVD-RW / 2,2 kg / Windows 7 Home Basic 64 bits / 1h55min de bateria(1) / R$ 1 499 avalIaçãO INFOlaB
7,8
Especificações
Tela de 14” / Intel Core i5-2410M 2,3 GHz / 4 GB / HD de 500 GB / GeForce GT 520M 1 GB / DVD-RW / 1,9 kg / Windows 7 Home Premium 64 bits / 1h34min de bateria(1) / R$ 1 999 avalIaçãO INFOlaB
7,7
Desktops
O modelo concorre diretamente com o iMac, da Apple, e mantém a alta qualidade da linha Vaio ao oferecer uma configuração excelente. A tela é sensível ao toque e exibe imagens em 3D. Ele tem duas portas USB 3.0, além de uma entrada e uma saída HDMI.
Especificações
Especificações
O tudo-em-um é imponente e tem boa configuração. A tela sensível ao toque tem alta qualidade de imagem e definição acima da média. O áudio da grife Beats Audio garante qualidade e potência.
Especificações
Intel Core i7 2600K 3,4 GHz / 16 GB / HD de 2 TB / SSD de 128 GB / Nvidia GeForce GT 580M 1,5 GB / BD-RE / Windows 7 Ultimate 64 bits / R$ 7 590 avalIaçãO INFOlaB
9,0
Especificações
Tela de 24” / Intel Core i7 2630QM 2,2 GHz / 6 GB / HD de 1 TB / Nvidia GeForce GT 540M 1 GB / BD-ROM / Wi-Fi n / Windows 7 Home Premium 64 bits / R$ 7 999 avalIaçãO INFOlaB
8,6
Especificações
Tela de 23” touchscreen / Intel Core i5 2300 2,8 GHz / 6 GB / HD de 1,5 TB / AMD Radeon HD 6550A 2 GB / BD-RE / Wi-Fi n / Windows 7 Home Premium 64 bits / R$ 5 399 avalIaçãO INFOlaB
8,2
FOTOS RAFAeL evAnGeLIStA (1) Duração de bateria medida com o software Battery eater e o notebook com Wi-Fi ligado, tela com o máximo de brilho e perfil de alto desempenho selecionado no Windows, sem permitir o desligamento automático de componentes
12/23/11 12:23:13 PM
Câmeras e filmadoras
// X10 Fujifilm
O visual retrô lembra o de uma câmera antiga. O modelo tem bons recursos e uma série de controles manuais, o que atrai também os mais experientes em fotografia. Outro ponto positivo é a boa abertura da lente, que evita o uso do flash.
// HDR-XR160 Sony
A filmadora tem bom espaço para armazenamento interno com 160 GB. A resolução de full HD (1 080p) garante imagens com qualidade e o sensor óptico trabalha bem a diferença de luminosidade. Vem com um cabo USB acoplado.
// PowerShot S95 Canon
O modelo tem um anel ao redor da lente que faz muita diferença para quem gosta de fotografar. Por ele, é possível controlar foco, zoom, abertura e nível de sensibilidade. A qualidade das imagens é boa, mas o zoom poderia ser mais amplo.
// NX11 Samsung
Mesmo com um corpo compacto, a câmera produz fotos com qualidade similar às de uma semiprofissional do tipo reflex. A NX11 tem um sensor de grandes dimensões e lentes intercambiáveis. A ergonomia é melhor em mãos pequenas.
Especificações
12 MP / Zoom de 4x (28 a 112 mm) / Filmagem em 1 080p / LCD de 2,8” / 349 g / R$ 2 999 AvAlIAçãO INFOlAB
8,3
Especificações
Full HD (1 080p) / HD de 160 GB / Cartões SD, SDHC, SDXC / Zoom de 30x / LCD de 3” / 6 x 6,2 x 12,7 cm / 396 g / 2h02min de bateria / R$ 2 699 AvAlIAçãO INFOlAB
8,1
Especificações
10 MP / Zoom de 3,8x (28 a 105 mm) / Filmagem em 720p / LCD de 3” / 193 g / R$ 999 AvAlIAçãO INFOlAB
8,0
Especificações
14,6 MP / Zoom de 3x (27 a 82,5 mm) / Filmagem em 720p / LCD de 3” / 636 g / R$ 2 152 AvAlIAçãO INFOlAB
7,9
Impressoras e Multifuncionais
// Photosmart Plus B210A HP
A qualidade de impressão de fotos é o destaque do multifuncional, tanto com papel comum quanto fotográfico. Ele se conecta à internet por Wi-Fi e imprime direto da web. Os problemas são a lentidão e o preço alto dos cartuchos.
// S409 Lexmark
Além de impressora, scanner e copiadora, o multifuncional também tem função de fax. No INFOlab, as imagens coloridas ficaram muito saturadas tanto em papel comum quanto em fotográfico. O custo de impressão colorida é alto.
// Stylus TX135 Epson
Não espere velocidade neste multifuncional. Em um minuto ele imprimiu uma página colorida ou 2,4 páginas em preto e branco. Apesar disso, as impressões saíram com cores vivas, boa definição e bom contraste. Ele não tem display.
(2) Preço sugerido
IN312_Radar.indd 89
Especificações
Jato de tinta / 9 600 x 2 400 dpi (otimizado) / Vel. nominal para texto: 32 ppm / Scanner com resolução de 1 200 dpi / USB 2.0 / Wi-Fi n / LCD de 3,5” / 43,5 x 27,5 x 30 cm / Custo por pág.: R$ 0,60 / R$ 399 AvAlIAçãO INFOlAB
8,1
Especificações
Jato de tinta / 4 800 x 1 200 dpi (otimizado) / Vel. nominal para texto: 17 ppm / Scanner com resolução 600 dpi / USB 2.0 / Wi-Fi n / 54,9 x 40,4 x 28,1 cm / Custo por pág.: R$ 1,20 / R$ 359 AvAlIAçãO INFOlAB
7,5
Especificações
Jato de tinta / 5 760 x 1 440 dpi (otimizado) / Vel. nominal para texto: 15 ppm / Scanner com resolução de 600 dpi / USB 2.0 / 44 x 27,4 x 27,5 cm / Custo por pág.: R$ 0,83 / R$ 179 AvAlIAçãO INFOlAB
6,8
Janeiro 2012 INFO
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12/23/11 12:23:19 PM
/ Radar Smartphones e celulares
// Galaxy S II Samsung
A configuração de ponta permite respostas instantâneas ao toque na tela, ótima definição das imagens e capturas da câmera com qualidade acima da média. Um ponto fraco é a falta de uma saída microHDMI, o que exige a compra de um adaptador.
// Razr XT910 Motorola
O smartphone une as melhores características de dois modelos da Motorola: o Atrix e o Milestone 3. Destaque para o aplicativo Motocast, que acessa pela internet arquivos do PC, e para um adaptador para usar o celular junto com a TV.
// Xperia Pro Sony Ericsson Com a versão 2.3 do Android, o Xperia Pro ganhou uma interface redesenhada. Agora ele tem tela de 3,7 polegadas com a proteção Gorilla Glass. O teclado Qwerty é útil para quem precisa digitar muito. A qualidade das fotos é só mediana.
// 701 Nokia
O aparelho da Nokia tem um hardware cheio de recursos e agora roda a versão Symbian Belle, mais madura que as anteriores. A navegação, que lembra a do Android, está mais intuitiva. No INFOlab, a bateria durou pouco.
Especificações
4G / Android 2.3 / Cortex A9 1,2 GHz dual core / 16 GB + microSD / Tela de 4,3” / Wi-Fi n, GPS, Bluetooth / Câmeras de 8 MP e 2 MP / 116 g / 7h58min de bateria (voz)(1) / R$ 1 799(2) aValIaçãO INFOlab
8,9
Especificações
3G / Android 2.3 / Cortex A9 1,2 GHz dual core / 16 GB + microSD / Tela de 4,3” / Wi-Fi n, GPS, Bluetooth / Câmeras de 8 MP e 1,3 MP / 127g / 8h32min de bateria (voz)(1) / R$ 1 899(2) aValIaçãO INFOlab
8,9
Especificações
3G / Android 2.3 / Snapdragon S2 1 GHz / 1 GB + 8GB microSD / Tela de 3,7” / Wi-Fi n, GPS, Bluetooth / Câmeras de 8,1 MP e VGA / 142g / 4h20min de bateria (voz)(1) / R$ 1 111(2) aValIaçãO INFOlab
8,0
Especificações
3G / Symbian Belle / ARM 11 1 GHz / 8 GB + microSD / Tela de 3,5” / Wi-Fi n, GPS, Bluetooth / Câmeras de 8 MP e VGA / 132 g / 4h15min de bateria (voz)(1) / R$ 999(2) aValIaçãO INFOlab
8,0
GPS
// Via 1530 TomTom
Destaque nos testes do INFOlab, o aparelho indica em que faixa o motorista deve ficar em conversões e rotatórias. O retorno após a perda de sinal é rápido e não compromete o desempenho. A interface é rápida e tem alerta de radares.
// Nüvi 1410 lT Garmin
O navegador acessa informações sobre o tráfego em tempo real e traça os melhores trajetos. Ele também mostra radares de trânsito e tem instruções completas. Faltou indicar qual faixa da pista tomar e um pouco mais de precisão.
// amici a5” Airis
As indicações de caminho são precisas e o equipamento usa bem a tela para indicar consumo de combustível, emissão de gás carbônico e a faixa exata em que o motorista deve permanecer. A representação de edifícios em 3D é detalhada.
90 / INFO Janeiro 2012
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Especificações
Tela de 5” / Software TomTom 10 / 643 cidades navegáveis / 13,5 x 9,4 x 1,9 cm / Bluetooth / R$ 808 aValIaçãO INFOlab
8,3
Especificações
Tela de 5” / Sistema proprietário / 950 cidades navegáveis / 13,5 x 8,5 x 1,6 cm / Bluetooth / R$ 744 aValIaçãO INFOlab
8,1
Especificações
Tela de 5” / Airis Navigation / 987 cidades navegáveis / 13,5 x 8,8 x 1,1 cm / Bluetooth / R$ 453 aValIaçãO INFOlab
7,6
FOTOS RAfAEl EvANGEliSTA (1) Duração medida com o aparelho em chamada e com Wi-fi e Bluetooth ativados (2) Preço do aparelho desbloqueado
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Tablets
// iPad 2 Apple
A integração entre o hardware, o sistema operacional e a grande quantidade de aplicativos justifica a boa fama do iPad 2. Com o serviço iCloud, o aparelho pode guardar fotos e apps na nuvem e sincronizálos com outros aparelhos.
// Galaxy Tab 8.9 Samsung
A versão de 8,9 polegadas tem a mesma configuração poderosa da maior, de 10,1 polegadas. A exibição de páginas da internet e de revistas não foi prejudicada e a bateria ganhou mais fôlego. Faltam uma porta USB e saída de vídeo.
// Eee Pad Transformer TF101 Asus
Está entre os modelos que podem fazer frente ao iPad 2 e custam menos que o tablet da Apple. No INFOlab, se comportou bem na internet, em jogos e no uso de apps. Com a dock, vendida separadamente, ele vira um notebook.
// Ypy Positivo
O tablet da Positivo foge do padrão dos concorrentes, com tela de 7 polegadas e Android 2.3. Ponto positivo para o cuidado com a aparência mais amigável do sistema, com aplicativos, jornais e revistas nacionais. A bateria dura pouco.
Especificações
Tela de 9,7” / A5 1 GHz dual core / 16 GB / Wi-Fi / 601 g / iOS 5 / 8h06min de bateria(3) / R$ 1 649 avalIaçãO INFOlab
9,0
Especificações
Tela de 8,9” / Nvidia Tegra II 1 GHz dual core / 16 GB / 4G / Wi-Fi / 465 g / Android 3.1 / 8h22min de bateria(3) / R$ 1 699 avalIaçãO INFOlab
8,8
Especificações
Tela de 10,1” / Nvidia Tegra II 1 GHz dual core / 16 GB + microSD / Wi-Fi / 691 g / Android 3.1 / 5h44min de bateria(3) / R$ 1 445 avalIaçãO INFOlab
8,4
Especificações
Tela de 7” / Cortex A8 1 GHz / 2 GB + 8 GB (microSD) / Wi-Fi / Android 2.3 / 4h06min de bateria(3) / R$ 1 075 avalIaçãO INFOlab
7,7
Áudio e vídeo
// UN55D8000 Samsung
O design da bela TV impressiona. A qualidade das imagens é muito boa, mas peca um pouco na uniformidade do brilho, que varia conforme a região do painel. Nos formatos, faltou exibir legendas em arquivos MKV.
// bDv-E985W Sony
Os destaques do home theater são a reprodução de filmes em Blu-ray 3D e a boa qualidade do áudio, que é forte e tem bom detalhamento. Ele peca nos agudos, que são ardidos. Um kit com receptor sem fio leva o som até as caixas traseiras.
// SC-HC55 Panasonic
A dock é pequena, fina e pode ficar na mesa ou na parede. O som é bom e suficiente para um ambiente pequeno. Ela toca músicas de iPods e iPhones, mas também tem entrada P2 e Bluetooth para reproduzir músicas de outros aparelhos.
(3) Duração medida com a exibição de vídeo em 720p com o Wi-Fi e o Bluetooth ativados
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Especificações
Tela de 55” / Full HD / LCD com LED / 3D ativo, vem com 1 par de óculos / Contraste 25 000 000:1 / 4 HDMI, 1 vídeo componente (com adaptador), composto (com adaptador), D-Sub, 3 USB / Ethernet, Wi-Fi / R$ 8 896 avalIaçãO INFOlab
8,7
Especificações
Blu-ray 3D / 5.1 / 850 W / Saídas: 1 HDMI, 1 vídeo componente, 1 composto / Entradas: 2 HDMI, 1 áudio óptica, 1 coaxial (FM), 1 RCA estéreo / 2 USB / Ethernet / R$ 2 245 avalIaçãO INFOlab
8,1
Especificações
40 W / CD, MP3 / Rádio FM / Entradas: P2 e USB / Bluetooth / Dock para iPod e iPhone / R$ 917 avalIaçãO INFOlab
7,9
Janeiro 2012 INFO
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ILUSTRAÇÕES: WAGNER RODRIGUES
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As mensagens destes classificados são de inteira responsabilidade de quem anuncia.
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CARREIRAS E CURSOS
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cm 12,8
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Aberto, o Portable Palm Keyboard tem o tamanho de um teclado de notebook. Fechado, possui a altura de dois iPhones empilhados
9 9 res a l ó d
o médivel o ç e pr br á era oclado doHoje, e do t a Palm. ólares d a3d n custa A mazo n
Uma bOa FOrcINha para escrever No final da década de 1990, eram vários os acessórios que tentavam expandir as funções dos computadores de mão da Palm. Um dos destaques entre modems, docks, capinhas e carregadores especiais era o Portable Palm Keyboard, produzido pela própria Palm. Hoje, a definição teclado portátil não seria a mais adequada para descrevê-lo. O acessório tem o tamanho de dois iPhones empilhados e pesa 230 gramas. Aberto, o conforto das teclas era prejudicado pela posição do Palm. Outra dificuldade era a instalação. Para usá-lo, era preciso ter um aplicativo no Palm (baixado com a sincronização com o PC, é claro) e plugar o handheld ao teclado por meio de uma conexão de padrão específico, que variava de acordo com o modelo. / Por juLIANo bARRETo ↙ veja mais: info.abril.com.br/blog/ctrlz
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foto RAFAEL EVANGELISTA
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