Abril 2012 o novo i pad vale a pena? / onde nascem os xing lings / 5 jovens geniais / Teste
Para uma nova realidade
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R$ 11,90 / ed. 315 / abril 2012
O NOVO IPAD VALE A PENA? Teste completo mostra o que
há de bom (e de ruim) no tablet
ONDE NASCEM OS XING LINGS Fomos à China ver como são feitos os
gadgets sem marca (e os da Apple)
humor no youtube
T>eGaslatxyeX,hone
Paródias e piadas escrachadas explodem em audiência e já rendem uma Boa grana no maior site de vídeos do mundo. Duvida? É só olhar a turma aí ao lado
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Ex-morador de rua, Gil Brother alopra no canal Away
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5 jovens geniais Eles estão no ensino médio,
mas já criaram projetos incríveis
Felipe Neto, do YouTube para o Esporte Espetacular
PC Siqueira, fama na MTV
Cleo Pires e Antonio Tabet, do Kibe Loco, na paródia CSI Nova Iguaçu
A Dilma Rousseff de Gustavo Miranda foi da web para o Casseta
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/ Abril de 2012 6 Carta do editor 10 Colaboradores 14 WWW 16 Cartas enter
18 DA FÓRMULA 1 PARA AS RUAS / Veja a tecnologia que a nova Ferrari F12 Berlinetta herdou dos carros de corrida 20 APPs DO MÊS / aplicativos para android, ioS e Windows phone 22 NO CELULAR E
26 CALABOUÇOS E DRAGÕES /
50 15 QUESTÕES SOBRE WINDOWS 8,
Na lista dos filmes, séries e games mais aguardados do ano, a ficção científica perde feio para as obras com temas históricos e medievais
MAC OS X E UBUNTU 12 / INFO testou as novas versões dos sistemas operacionais
54 SORRIA, VOCÊS ESTÁ SENDO FILMADO / Com humor escrachado ou paródias hilárias, os comediantes da geração YouTube já conseguem ganhar a vida com seus vídeos. e isso não é uma piada
28 QUEM BANCA A IDEIA? / os projetos de jogos têm chamado atenção de doadores no site de crowdfunding Kickstarter 30 ALESSANDRA LARIU / esqueça o previsto e abrace o inesperado
32 MANOEL LEMOS /
Já consultou seu algoritmo hoje?
34 DON TAPSCOTT /
24 SE NÃO PODE VENCÊ-LOS... /
o insustentável desejo de ser curtido
24 VAI UM MP3 USADO? /
Site americano cria uma espécie de sebo virtual para quem quer revender arquivos de música
Chrome, criado pelo google, caminha para se tornar o browser mais usado no mundo. mas isso é bom para a internet?
Uma cidade que se reinventou
36 DAGOMIR MARQUEZI / inovação
42 JOVENS GENIAIS / eles ainda não terminaram o ensino médio, mas já se destacam em temas complexos, como robótica e tratamento do câncer
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Xing ling é risco?
(E OS XING LING) / INFO foi a Shenzhen, o maior polo de fabricação de eletrônicos da China, e mostra a cidade onde são feitos iphones, ipads e até produtos sem marca
72 O NOVO DONO DA WEB / o navegador
NA MEGARRAMPA / Jogo de Bob Burnquist usa a facilidade do toque na tela para conquistar fãs de skate e iniciantes
empresas oferecem recompensa para quem encontrar falhas de segurança em seus sites e programas
62 ONDE NASCEM OS GADGETS
78 VALE A PENA TROCAR? / Com tela
de altíssima definição, 4g e câmera de 5 mp, o novo ipad é bom à beça. mas quem já tem o ipad 2 realmente precisa dele?
82 DICAS / Solte a Voz Sem medo,
Novo Cartão de Visita, automação Total no android, Um rosto Familiar, Crie Seu Site de Forma rápida e Fácil
teste
82 TESTE / Notebook, Smartphone, Fones de ouvido, Hds, Carregador Universal, adaptador de rede, Televisão
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Além de baratos, os gadgets vindos da China são bons? O INFOlab testou cinco aparelhos. Acompanhe
96 RADAR / a melhor seleção dos produtos que foram testados pelo iNFolab nos últimos meses ctrl + z
122 O GIF ANIMOU A INTERNET / em
1987, o formato causou uma revolução ao reproduzir 256 cores e exibir animações
FoToS: edu monteiro e pAulo vArellA prodUção: mArgot mello e melissA thomé edição de imagem: Artnet digitAl
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/ Tiragem da edição: 140 974 exemplares
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Uma eqUipe versátil
TEMOs Aqui nA inFO
uma interação forte entre as equipes do papel e do online. Nesta edição que você começa a ler agora existem dois bons exemplos dessa simbiose. A repórter Paula Rothman você já se acostumou a ver no nosso site. Em parceria com o produtor multimídia Cadu Silva, Paula é a face do programa INFO no Ar, em que apresenta um resumo das principais notícias do dia, de segunda a sexta. Jornalista jovem e versátil, Paula transita com a mesma desenvoltura entre as câmeras e o papel. Ela assina a reportagem de capa desta edição, sobre o humor escrachado (mas cada vez mais profissa) da geração YouTube, que já consegue pagar as contas fazendo graça. Para compor o cenário desse mundo de piadas e paródias que geram cada vez mais audiência, Paula entrevistou mais de 20 pessoas e assistiu a horas e horas de vídeos com bobagens criativas. O resultado é um trabalho delicioso, que contou com uma equipe formada pelo redator-chefe Gustavo Poloni e por Rafael Costa, nosso diretor de arte, responsável pela bela capa dupla em que aparece Cleo Pires, clicada com o fundador do site Kibe Loco, em sua casa, no Rio de Janeiro. Compõem a capa outras web celebridades, como PC Siqueira, Felipe Neto e a presidente Dilma do divertido humorista Gustavo Miranda, que foi da internet para a nova versão do Casseta & Planeta.
Não perca a matéria, que começa na página 50. Depois, corra para o site para se divertir com o conteúdo extra. Se você tem iPad, pode curtir os extras enquanto lê a reportagem. Se seu tablet é um Android, aproveite que esta edição é gratuita, para comemorar nosso crescimento nessa plataforma. Falei no início deste texto que temos dois grandes exemplos da sinergia entre o online e o papel. Felipe Zmoginski é o editor do site da INFO, mas, neste mês, mostrou seu talento também aqui na revista. Felipe foi à China e nos conta, num texto inspirado e informativo, as transformações por que passa a cidade de Shenzhen, o maior polo chinês de fabricação de eletrônicos. Mesmo sabendo do perigo que corria, Felipe aproveitou o cochilo de um jovem guarda e entrou na Foxconn, a polêmica fabricante dos igadgets da Apple e palco do suicídio de dezenas de trabalhadores por excessos. Percorreu as ruas que ladeiam os galpões de produção, passou por refeitórios, vestiários e áreas de lazer. “O que mais me impressionou foram as redes antissuicídio. Elas cercam os prédios e no topo são reforçadas”, diz Felipe. Seu relato sobre a vida em Shenzhen começa na página 62 e os extras você vê no site. Imperdível. Em tempo: procurada antes da viagem, a Foxconn negou-se a receber a INFO para uma visita oficial. Ótima leitura e até a próxima edição!
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/ katiam@abril.com.br
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bastidores 1. A atriz Cleo Pires,
Antonio Tabet, do Kibe Loco, o fotógrafo Edu Monteiro e o diretor de arte Rafael Costa (da esq. para dir.) 2. Paula Rothman com a Dilma de Gustavo Miranda 3. O editor Felipe Zmoginski na China
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Edu Monteiro
Trabalhar com fotografia sempre foi o sonho do jornalista gaúcho Edu Monteiro. Após fazer um curso básico no Senac na adolescência, ele pegou a câmera da mãe e, como gosta de dizer, foi atrás de confusão. O resultado? Prêmios universitários pelas fotos do Movimento Sem Terra, feitas em Porto Alegre no final dos anos 1980. Apaixonado por arte contemporânea, Monteiro é colaborador da revista National Geographic, publicada pela Editora Abril. Aos 40 anos, mora no Rio de Janeiro, onde faz mestrado em artes, e comanda uma agência de fotos chamada Fotonauta. Com um portfólio eclético, Monteiro é o responsável pela imagem da capa desta edição da INFO.
Margarida Girão
Jornalista pela Universidade de Salamanca e com diploma de Novas Tecnologias em Comunicação pela Universidade de Aveiro, a portuguesa Margarida Girão construiu sua carreira de ilustradora nos Estados Unidos, Portugal e Brasil. Aos 35 anos, deu aula de design multimídia na Universidade Nacional de Timor Leste e foi mentora da revista Amostra – uma galeria online para criadores portugueses. Margarida investe em comunicação online e web design e está no meio de uma viagem pela América do Sul para mostrar seu trabalho. Nesta edição da INFO ela assina a ilustração do abre da seção Dicas (pág. 82).
Anna Luiza Aragão
Designer, ilustradora e infografista com apenas 22 anos, Anna Luiza Aragão está desde pequena mergulhada no mundo do desenho. Inspirada em seu pai, Gerson Mora (que já fez ilustrações para jornais e revistas em 20 anos de carreira), ela começou a mexer no Photoshop aos 11 anos. No início do ano Anna Luiza fez o Curso Abril de Jornalismo, onde participou de um grupo que criou um web documentário para Veja.com. Fã de cinema, Anna Luiza mora em Mairiporã, uma cidade tranquila da Grande São Paulo. Ela criou a ilustração de abertura para a reportagem sobre o sucesso do navegador Chrome (pág. 72).
Julia Rodrigues
Apesar de ter se formado em desenho industrial pela PUC-RJ, Julia Rodrigues já tinha a fotografia no sangue. Neta de uma fotógrafa amadora, ganhou sua primeira câmera da avó quando era criança e nunca mais parou de clicar. Depois de largar seu emprego em design para virar assistente de fotógrafo no Rio de Janeiro, ela viajou para a Suíça para estudar alemão e arte. Neste ano, participou do Curso Abril de Jornalismo e atuou no projeto de um portal de games para a INFO. Com 25 anos e dona de uma coleção de 17 lomos, as câmeras que mais gosta de usar, Julia estreia na revista com o ensaio fotográfico dos jovens prodígios (pág. 42).
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VICTOR CIVITA (1907-1990)
fundador:
Roberto Civita Roberto Civita (Presidente), Thomaz Souto Corrêa (Vice-Presidente), Elda Müller, Fábio Colletti Barbosa, Giancarlo Civita, Jairo Mendes Leal, José Roberto Guzzo, Victor Civita Editor:
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Presidente Executivo Abril Mídia:
Jairo Mendes Leal
Diretor de Assinaturas: Fernando Costa Diretor Geral Digital: Manoel Lemos Diretor financeiro e Administrativo: Fábio d’Ávila Carvalho Diretora-Geral de Publicidade: Thais Chede Soares Diretora de Recursos Humanos: Paula Traldi Diretor de Serviços Editoriais: Alfredo Ogawa Diretor Superintendente:
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Diretora de Redação: Katia
Militello
Redator-chefe: Gustavo Poloni Editor Sênior: Carlos Machado Editores: Airton Lopes, Juliano Barreto, Maria Isabel Moreira, Maurício Moraes e Renata Leal Repórter: Paula Rothman Estagiário: Victor Caputo Diretor de Arte: Rafael Costa Editor de Arte: Oga Mendonça Designers: Wagner Rodrigues e Yana Parente Colaboradores: Alessandra Lariu, Dagomir Marquezi, Don Tapscott e Manoel Lemos Infolab: Luiz Cruz (engenheiro-chefe), Ricardo Sudário (analista de testes), Filipe Mendonça Gonçalves e Roberto Baldrez Junior (estagiários) Gestora de Comunidades: Aline Monteiro Info online Editor: Felipe Zmoginski Editor-assistente: Fabiano Candido Repórteres: Cauã Taborda, Monica Campi e Vinicius Aguiari Estagiária: Vanessa Daraya Desenvolvedores Web: Maurício Pilão, Silvio Donegá e Rodrigo Fonseca Produtor Multimídia: Cadu Silva Estagiário: Rafael dos Santos Melo www.info.abril.com.br SERVIÇoS EDIToRIAIS Apoio Editorial: Carlos Grassetti (Arte), Luiz Iria (Infografia) Dedoc e Abril Press: Grace de Souza Pesquisa e Inteligência de Mercado: Andrea Costa Treinamento Editorial: Edward Pimenta
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App
No Android mais perto de você Usuários de dispositivos com sistema operacional Android podem baixar o aplicativo que leva para smartphones e tablets o conteúdo do site da INFO. O app permite acompanhar notícias de ciência e tecnologia em tempo real, conferir os testes do INFOlab antes de fazer uma compra ou assistir os vídeos da TV INFO. Para instalar o app é preciso ter a versão 2.1 ou superior do sistema operacional do Google. O download é gratuito, na loja Google Play ou no Downloads INFO (abr.io/appandroid).
O Steve Jobs chinês
/ No maior mercado de smartphones do mundo, a principal fabricante é uma desconhecida do mundo ocidental, a Meizu Technology. Criada por Jack Wong, conhecido no país como o Steve Jobs chinês, a empresa criou soluções inovadoras para fazer celulares de qualidade e com preços competitivos. Destacar-se no mercado chinês não é uma tarefa fácil. A Meizu compete com produtos falsos e com os de grife, como Apple, Samsung e Nokia.
Veja vídeo do ultrabook da HP
Da Kodak ao Instagram / Criada por engenheiros da Kodak em 1975, a fotografia digital acabou com as câmeras de filme e com a própria Kodak, obrigada a pedir concordata. Pavimentou o caminho para a invenção de milhares de câmeras portáteis e centenas de maneiras de compartilhar imagens. Um infográfico mostra a trajetória da foto digital, dos populares fotologs dos anos 1990 até a criação de serviços como o Flickr e o Instagram.
1 Abra o leitor QR Code em seu celular; 2 Foque o código com a câmera; 3 Clique em Ler Código para acessar os conteúdos Não tem o Leitor? Acesse www.leitor.abril.com.br; Caso seu celular não seja compatível, digite: abr.io/teste1
e mais / Assista a vídeos de canais de humor do YouTube / Saiba como o Chrome quer crescer nas empresas / Vídeo mostra a TV da Bang & Olufsen de 300 mil reais / Acompanhe teste do novo iPad no INFOlab
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/ O que os leitores falam no site e nas redes sociais iNFO ONliNe
Novo iPad tem problemas de superaquecimento
A INteRNet exIste seM PIRAtARIA?
A pirataria só existe por causa do apelo econômico. Ela serve para abrir os olhos da indústria, para mostrar que os modelos de negócio mudaram profundamente, que a informação circula velozmente e que os consumidores são os verdadeiros donos da situação. Alexandre Diniz / Santo André (SP) INFO no tablet O perigo está no ar
Faltou um mandamento entre os citados na reportagem O Perigo Está no Ar (março/2012): ter cuidado com a navegação pelo browser do celular. Nada é mais aberto num smartphone ou tablet do que seu navegador. Fagner Ribeiro / Feira de Santana (BA)
Aprenda a programar
Gostei da coluna do Manoel Lemos Aprenda a Programar (fevereiro/2012). Não exagero quando digo que ela mudou minha vida. Vinha pesquisando e baixando vídeos sobre o assunto, mas o site codeyear.com caiu do céu. Estou fazendo todos os exercícios e pretendo seguir nessa área. Marcos Mourão / Parauapebas (PA)
Adquiri a INFO no iba para ler no iPad. Que experiência incrível! A qualidade editorial foi enriquecida com extras que dão mais clareza ao conteúdo, como o vídeo de uma partida de Starcraft narrada pelo paulistano Julien De Lucca. Faço questão de folhear cada página (ou tela) e procurar por novas interações. Oberaldo B. de Medeiros / Águas Claras (DF)
Loja virtual
Info citou quatro serviços na matéria Uma Loja Online Para Chamar de Sua (março/2012). Uso o wix.com, um editor prático, com a melhor interface para um usuário iniciante. Pago 27 reais ao mês. Recomendo. Jocimar Andrade Jr. / Rio de Janeiro (RJ)
abr.io/novoipad Vem aí o iCooler, o cooler da Apple com design inovador em duas versões para iPad: uma com ventoinhas e a outra mais cara, com resfriamento por nitrogênio líquido. Fernando Luiz
O Mario entrou pelo cano
abr.io/mario Faz muito tempo que a Nintendo vem lutando contra a maré. A maioria das empresas investe em consoles com qualidade gráfica como função para uma nova experiência. Robert Junior
@fredecs
A @_iNFO fez uma ótima matéria sobre #pirataria na internet. Vale a pena a leitura!
@NMadvogados
A internet funciona como ferramenta para tornar bens acessíveis às pessoas que não podem comprar devido ao valor!
@KelioMarcio
A reportagem sobre a segurança dos smartphones e tablets está sensacional. Nós, simples mortais, ficaremos mais atentos.
@Guiimeris
Faz tempo que a revista anda tendenciosa. Será que receberam iPhones de presente?
@doom_calheiros
Por que a revista não faz matéria do tipo “vale a pena (ou não) comprar tablets asiáticos por 300 reais ou menos”? Veja teste de cinco xing lings (pág. 70).
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brOnCas dO Mês Erro fatal
Comprei um Xbox 360 no final de 2011. Em janeiro, o videogame passou a travar na tela inicial e até agora não consegui resolver o problema. A Microsoft pede que o produto seja enviado para a assistência técnica em uma caixa de remessa, mas ela só chegou à minha casa 45 dias depois de solicitada. Entrei em contato com a empresa para achar uma solução mais fácil, mas só encontrei atendentes desinformados e mal-educados. Agora, espero que a Microsoft pegue o aparelho e o devolva em perfeito estado, dentro do prazo estipulado. Ou que efetue a troca. Caso contrário, vou buscar ajuda no Procon. Gabriel Costa de Oliveira / São Paulo (SP) RESPOSTA DA MIcROSOFT A Microsoft lamenta os transtornos causados e informa que o leitor receberá um novo console Xbox 360 de 4 GB. comentário do leitor Um e-mail da empresa foi recebido pelo leitor solicitando seus dados para o envio de um novo Xbox 360. Se a promessa for realmente cumprida, ele diz que ficará feliz por ter conseguido resolver o caso, após tantas tentativas.
Troca negada
Em dezembro do ano passado comprei um Galaxy Mini, da Samsung, que apresentou defeito com apenas 11 dias de uso. O smartphone desligava sozinho mesmo com a bateria carregada, algumas vezes no meio de uma ligação. Entrei em contato com a Samsung. A empresa pediu para que enviasse o smartphone para a assistência técnica. Já fiz isso duas vezes e o defeito ainda não foi sanado. Pior: a Samsung solicitou mais 30 dias para resolver o problema e negou um pedido de ressarcimento do valor do aparelho. Edilson Menezes / Ji-Paraná (RO) RESPOSTA DA SAMSuNg A Samsung informa que entrou em contato com o leitor e propôs um acordo para resolver a situação. De acordo com a empresa, o consumidor está ciente do prazo para a solução de seu problema. comentário do leitor O leitor confirma que a empresa entrou em contato com ele e ofereceu dois modelos superiores ao Galaxy Mini adquirido. O prazo para a troca do aparelho foi estipulado em 15 dias.
LídERES dA bRONCA LG 10 %
CCE 10 %
Outras 60 %
Redação Comentários sobre o conteúdo editorial da INFO e reclamações para Broncas do Mês: contateinfo@abril.com.br. A correspondência pode ser publicada de forma reduzida. Envie seu nome completo e a cidade onde mora. Comunidades Facebook / facebook.com/revistainfo Twitter / info.abril.com.br/twitter Google+/ abr.io/Googleplus Pinterest/ pinterest.com/revistainfo Instagram/ @revista_info Assinaturas assineabril.com (11) 3347-2121 Grande São Paulo 0800-775-2828 Demais localidades Serviço de Atendimento ao Cliente abrilsac.com (11) 5087-2112 Grande São Paulo 0800-775-2112 Demais localidades (11) 5087-2100 Fax Loja INFO info.abril.com.br/loja / (11) 4003-8877 lojaabril@vendapontocom.com.br Publicidade Para anunciar na INFO, ligue: (11) 3037-2302 São Paulo (21) 2546-8100 Rio de Janeiro (11) 3037-5759 Outras praças (11) 3037-5679 Internacional (11) 3037-2300 Fax publiabril.com.br Permissões da INFO Para usar selos, logos e citar qualquer avaliação editorial da INFO, envie um e-mail para permissoesinfo@abril.com.br. Nenhum material pode ser reproduzido sem autorização por escrito. Venda de conteúdo Para licenciar o conteúdo editorial da INFO em qualquer mídia: atendimento@ conteudoexpresso.com.br / Para solicitar reprints das páginas: reprint.info@abril.com.br Saiba que /A INFO não aceita doações de hardware e software nem viagens patrocinadas por fornecedores de tecnologia. / Os artigos assinados pelos colunistas da INFO não expressam necessariamente a opinião da revista.
“Leio INFO porque a revista aborda assuntos que me interessam, relacionados ao mercado brasileiro e mundial, de forma dinâmica e concisa, evitando superficialidades”
As empresas mais citadas pelos leitores em março
VIVO 10 %
Fale com a
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Por que leio inFo
Cézar Taurion / gerente de novas tecnologias da IBM Brasil
Ops! Erramos / Diferentemente do publicado na seção Enter de março, Julien De Lucca é narrador do jogo Starcraft e não Warcraft
FOTO RaFael evangelISTa
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Da Fórmula 1 para as ruas
A F12 Berlinetta é a Ferrari de série mais potente de todos os tempos, com 740 cavalos. Veja a tecnologia que ela herdou dos carros de corrida
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Por fernando valeika de Barros
Estrela do Salão do Automóvel de Genebra, onde foi apresentada, em março, a nova Ferrari F12 Berlinetta é o carro de série mais possante já produzido na italiana Maranello. Ok, ela ainda come poeira na comparação com o atual carro de F1 pilotado por Felipe Massa e Fernando Alonso. Mas exibe desempenho impressionante para um carro feito para as ruas.
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Pesos leves
Um Fórmula 1 deve ter, no máximo, 605 quilos, com piloto incluído. A F12 Berlinetta pesa 1 525 quilos. As formas da F12 foram esculpidas em horas de túnel de vento, com materiais leves. O chassi é feito com 12 ligas de alumínio diferentes.
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Engates rápidos Criada com a ajuda de alonso e massa, a nova ferrari de rua tem caixa de câmbio com duplo engate e sete marchas. Para acioná-las, basta apertar borboletas instaladas atrás do volante. da f1 também veio o conceito de centro de gravidade rebaixado, para dar maior estabilidade. Capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 3s1, a f12 Berlinetta ainda toma um banho do carro de corrida, que percorre a mesma distância em 1s7. o carro de série tem freios com discos de cerâmica, como os de corrida, e aBs.
Mais espaço interno o espanhol alonso mede 1m71. o brasileiro massa é 5 centímetros menor. eles têm espaço restrito no cockpit de suas ferrari. Não é o caso da f12, que acomoda dois passageiros com até 1m95 com conforto.
Equilíbrio na potência o carro de corrida tem motor V8 com cerca de 750 cavalos. a f12 Berlinetta é equipada com motor de 12 cilindros de 6.2 litros com 740 cavalos. Parte dessa potência foi obtida com o aumento da taxa de compressão do combustível. mas isso não significa mais fumaça dos escapamentos. a f12 emite 350 g/km de Co2, cerca de 30% menos do que o modelo anterior. o consumo, de 15 km/l, também foi reduzido.
fotos divulgação edição de imagem artnet digital
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/ apps que valem a pena
AplicAtivos do mês / POr faBiaNo caNdido
iPhONe
iPad
blackberry
Pasta segura ótima solução para quem precisa “trancar” os dados no iPhone. O software pede uma senha para acessar fotos, agenda telefônica, vídeos e anotações. Para iOS 4.0 ou superior. / grátis
guItarra realístIca Free Para quem gosta de guitarras e violões. Permite aos iniciantes aprender a tocar os instrumentos. Quem já sabe tocar pode usar o app para gravar músicas. Para iOS 4.0 ou superior. / grátis
ubersOcIal a ProPosta é facilitar o acesso ao Twitter. Oferece comandos para deixar rápida a leitura, a publicação de tuítes e o compartilhamento de fotos. Para BlackBerry 4.2.1 ou superior. / grátis
rOad WarrIOrs Neste jogo de corrida não basta chegar na frente. O jogador deve ser o mais sujo possível e destruir os oponentes. Quanto mais destruição, mais vitórias. Para iOS 3.2 ou superior. / grátis
adObe PhOtOshOP tOuch o editor de fotos ganha ferramentas avançadas na versão para iPad. É possível trabalhar com camadas e ferramentas de seleção, além de filtros. Para iOS 5.0 ou superior. / 9,99 dólares
call blOcker Bom aPP para quem não quer receber ligações de call center ou de pessoas indesejadas. Ele faz o bloqueio com poucos comandos na tela. Para BlackBerry 4.2.1 ou superior. / 4,99 dólares
PINterest aPP da rede social do momento. Com ele, o usuário compartilha imagens e vídeos com os amigos e acompanha o que as outras pessoas estão publicando. Para iOS 4.0 ou superior. / grátis
bubblIN o game Parece bobo, mas é viciante. A missão é controlar uma bolha de sabão e evitar que ela encoste nas bolinhas vermelhas. Para crianças e adultos. Para iOS 4.0 ou superior. / grátis
backgrOuNds gosta de mudar o visual do celular? Este app oferece wallpapers em mais de 50 categorias. Facilita a busca por imagens específicas. Para BlackBerry 5.0.0 ou superior. / 0,99 dólar
aNdrOId / celular
aNdrOId / tablet
WINdOWs PhONe 7
msecure Útil Para quem guarda dados valiosos no celular. Ele monta uma espécie de cofre digital para senha de e-mail e banco. Tem um gerador de senhas. Para Android 1.6 ou superior. / 0,99 dólar
N.O.V.a. 2 hd Neste game de ficção cientifica o jogador deve conduzir um supersoldado por vários cenários e aniquilar inimigos extraterrestres. Para Android 2.2 ou superior. / 6,99 dólares
yOutube o aPP coloca na interface do Windows Phone um atalho para vídeos de amigos e para subir com rapidez os filmes feitos pela câmera do celular. Para Windows Phone 7 ou superior. / grátis
baterIa bONIta ele calcula quanto falta para acabar a energia do celular. Também mede a temperatura do dispositivo e revela como anda a saúde da bateria. Para Android 1.6 ou superior. / grátis
aVast! mObIle securIty o aPP tem um sistema para verificar os links maliciosos que acompanham alguns e-mails. Também defende o tablet de pragas digitais que roubam dados. Para Android 2.1 ou superior. / grátis
mybudget ONlINe o aPlicativo ajuda o usuário a planejar e controlar sua vida financeira ao registrar todos os gastos. Ele avisa sobre o vencimento de contas. Para Windows Phone 7 ou superior. / 1,99 dólar
sPrINkle a missão do game é controlar um canhão d’água para apagar um incêndio. Ganha pontos quem gasta menos água e controla o fogo no menor tempo. Para Android 2.1 ou superior. / 1,99 dólar
PINball arcade Free traNsforma o tablet em um fliperama. Com gráficos sensacionais e bom som, o game é realista até para quem rebate bolinhas na máquina verdadeira. Para Android 2.2 ou superior. / grátis
camera eFFects aPlica efeitos nas fotos tiradas pela câmera do celular. São mais de 20 tipos, como lomo, sépia e tilt-shift. Compartilha as imagens no Facebook. Para Windows Phone 7 ou superior. / 1,99 dólar
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/ Manobras radiciais Ollie
Switch
Movimento essencial do skate, esse salto é dado com um toque simples na tela do celular. É ideal para começar uma manobra mais elaborada
Com um toque vertical na tela do aparelho, de baixo para cima, o switch faz o personagem girar o skate em torno de seu próprio eixo
cOmbOS
Japan air
enquanto está no ar, o personagem executa várias manobras. o ideal é mesclar movimentos simples com mortais, fazendo um círculo na tela
realizada com um movimento em V na tela durante um salto longo, essa manobra faz o personagem segurar o skate no ar enquanto faz pose
no celular e na megarrampa Jogo estrelado pelo brasileiro Bob Burnquist usa a facilidade do toque na tela para conquistar fãs de skate e iniciantes / Por Juliano Barreto
O americano Tony Hawk, considerado o Pelé do skate, empresta seu nome para uma bem-sucedida franquia de jogos eletrônicos. De olho no sucesso do americano, o carioca também campeão Bob Burnquist encontrou um jeito de levar suas manobras para as telas de celulares e tablets com o Bob Burnquist – Dreamland, baixado mais de 260 mil vezes em seu mês de estreia
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no iOS e no Android. Ao contrário dos títulos de Hawk, que têm gráficos realistas e comandos complicados, o game do skatista brasileiro lembra o Angry Birds. “O jogo é uma mistura de Fruit Ninja com um pouco de Angry Birds e skate. É um game simples e difícil ao mesmo tempo”, afirma Bob Burnquist. Não vá para a rampa digital sem antes ver (acima) os segredos para ser radical no jogo.
Bob Burnquist o carioca é skatista profissional desde os 14 anos e já ganhou 20 medalhas nos X-Games, oito de ouro
ilustrações evandro Bertol
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/ economia criativa
Vai aí um MP3 usado? o site reDigi.com levou para a web o antigo hábito da compra e revenda de discos usados. Detalhe: todos os arquivos são em MP3. Por enquanto o serviço só funciona nos Estados unidos. Entenda como
Se não pode vencê-los... Cansadas de lutar contra a ação de hackers, empresas oferecem recompensas polpudas para quem encontrar falhas de segurança em seus sites e programas / Por Juliano Barreto
A primeira reação de um hacker
quando encontra uma falha de segurança em um site é derrubar o serviço ou furtar dados que possam ser comercializados no mercado negro. De uns tempos para cá, eles ganharam uma nova opção. Empresas como Google, Facebook, HP e Microsoft perceberam que não dá para ficar brigando com os vândalos virtuais e passaram a oferecer prêmios em dinheiro para quem descobrir e alertar sobre falhas em seus produtos. Para quem tem intimidade com segurança digital, INFO listou algumas das companhias (e quanto elas pagam!) que têm programas para recrutar os chamados hackers do bem. Os prêmios variam de acordo com a gravidade da falha encontrada. O Google, por exemplo, já chegou a pagar 60 mil dólares pela descoberta de um erro de segurança no Chrome. 24 / INFO Abril 2012
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Veja a lista dos PrinciPais PrograMas de recoMPensa GooGle RewaRd PRoGRam abr.io/google-reward
1 Com um programa instalado no PC, o usuário faz o upload das “músicas usadas”. só arquivos legais são aceitos
2 as músicas são apagadas da máquina e colocadas à venda no site, com valores a partir de 20 centavos de dólar
Pagamento mínimo / US$ 100 woRdPRess secuRity BuG Bounty PRoGRam abr.io/wp-bounty Pagamento mínimo / US$ 250 FaceBook white hat www.facebook.com/whitehat/
3 Cada MP3 publicado no redigi.com dá direito a pontos e cupons de descontos, mesmo que ninguém o compre
Pagamento mínimo / US$ 500 mozilla BuG Bounty PRoGRam abr.io/bug-bounty Pagamento mínimo / US$ 500
4 os pontos podem ser usados na loja virtual do site, na compra de outras músicas novas ou “usadas”
hP zeRo day initiative abr.io/zero-day Prêmio mínimo / US$ 1 000 micRosoFt Bluehat PRize abr.io/bluehat Prêmio do concurso / US$ 200 mil
5 se uma de suas “músicas usadas” é vendida, o usuário ganha 32 centavos de dólar e mais pontos
ilustração pedro melo
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/ 3,14159265
Números do mês
53,7 milhões de pedidos de compras online foram feitos no brasil em 2011. o dado é da consultoria e-bit
6 dias 1.200.000 dólares foi o tempo que o vídeo Kony 2012, sobre o líder rebelde africano, levou para atingir 100 milhões de visualizações. É o maior viral da história
244 anos tinha a versão impressa da tradicional enciclopédia britannica. desde março ela só existe na internet
13,8% é a fatia de mercado do buscador Yahoo! nos estados unidos, a mais baixa da história da empresa
ilustração
é o valor que a fabricante de games sociais Zynga gastou para proteger o fundador da empresa, mark pincus, de uma atriz russa que ameaçou sua família em e-mails e telefonemas
21%
dos americanos abririam mão de sexo para ter acesso à internet, indica estudo do boston consulting group
500 milhões de dólares
é o valor aproximado do instagram, serviço de compartilhamento de fotos cofundado pelo brasileiro mike Krieger
evandro bertol
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/ Gente muito esquisita consoles
assassin’s Creed III
pc
cinema
Sinopse: Embora ambientado durante a Guerra Civil dos Estados Unidos, o game continua a saga que mistura mergulhos no passado do clã de assassinos e batalhas históricas que percorrem os séculos. O matador da vez usará técnicas de luta que usam espadas e machadinhas. Lançamento: Outubro
o Hobbit – uma Jornada Inesperada
Calabouços e dragões Imaginar um futuro distante saiu de moda. Pelo menos no universo nerd. Na lista dos filmes, séries e games mais aguardados do ano, a ficção científica perde feio para as obras com temas históricos e medievais. Veja os lançamentos.
/ POR JuliAnO bArretO
pc e mac
Estrelas: Cate Blanchett, Elijah Wood e Ian McKellen Sinopse: Na aventura que antecede a saga O Senhor dos Anéis, o mago Gandalf e seus amigos anões contratam um hobbit para ajudá-los na missão de recuperar itens roubados pelo dragão Smaug. Lançamento: Dezembro
branca de Neve e o Caçador
cinema
diablo III
Sinopse: Cenários sombrios e criaturas assustadoras fazem parte da mitologia do game, sucesso nos anos 1990 e 2000, com magos, bárbaros e demônios. Além do modo multiplayer, o destaque são as adaptações de funções de sucesso de World of Warcraft. Lançamento: Abril
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guild Wars 2
Sinopse: O cenário do RPG Online é a terra de Tyria e cinco raças diferentes lutam para conquistar território. Uma das novidades do game para PC são ambientes que reagem às atividades dos jogadores, precisando de reparos depois de uma batalha, por exemplo. Lançamento: 2012 (mês não definido)
Estrelas: Charlize Theron e Chris Hemsworth Sinopse: O conto de fadas, visto da perspectiva do caçador contratado pela rainha má, ganha ares de épico medieval, com direito a armaduras, lutas a cavalo e uma Branca de Neve que enfrenta seus inimigos. Lançamento: Junho
tv
game of Thrones – segunda Temporada
Estrelas: Sean Bean, Lena Headey e Jack Gleeson Sinopse: Dez episódios em cima da obra de George R.R. Martin. A história é baseada no segundo livro da série, com desdobramentos da guerra entre os reinos do continente de Westeros. Lançamento: Abril
fOTOS divulGAçãO EDIçãO DE IMAGEM Artnet diGitAl
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/ Doadores na rede
Quem banca a ideia? O site de crowdfunding Kickstarter pode ser usado para financiar qualquer tipo de projeto, da criação de um parque numa área abandonada até um documentário. Mas em março foram os games que chamaram a atenção. Eles arrecadaram quantias recordes de doadores dispostos a ajudar. Veja, abaixo, quanto renderam quatro boas ideias.
/ POR MAuríCIo MorAeS blockb
US$
u sters
US$
*
US$
indepe
ndente
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US$
*
3,3 milhões
1,6 milhão
171 mil
166 mil
Double Fine ADventure
WAstelAnD 2
CoDe hero
Ftl: FAster thAn light
Não há roteiro, nem personagens definidos. Mas isso não impediu 87 142 pessoas de bancar o game e transformá-lo no projeto com maior volume de recursos arrecadados na história do Kickstarter. Os apoiadores deram um voto de confiança para o trabalho do lendário Tim Schafer. O americano ajudou a criar jogos clássicos para PC nos anos 1990, como The Secret of Monkey Island, Day of the Tentacle e Grim Fandango. Eles pertencem a um gênero quase esquecido, os adventure games, em que um personagem é levado a interagir com o cenário para resolver quebra-cabeças em histórias cheias de humor.
O sucesso de Double Fine Adventure levou Brian Fargo, o criador de Wasteland, um clássico RPG pós-apocalíptico dos anos 1980, a também se arriscar no Kickstarter. Sua ideia de criar uma sequência para o game existia há anos, mas esbarrava na resistência de distribuidoras, que achavam a continuação inviável. Fargo convidou Alan Pavlish e Mike Stackpole, integrantes da equipe responsável pelo primeiro jogo, para o projeto. Depois, apresentou a iniciativa no site de crowdfunding e disse que era a última chance de dar certo. Em dois dias, conseguiu ultrapassar a marca dos 900 mil dólares pedidos inicialmente.
Em vez de salvar o mundo ao assassinar alienígenas comedores de gente, no game em primeira pessoa a arma dispara código e tem o objetivo de ensinar programação em JavaScript e Unity 3D. Alex Peake, fundador da startup Prime Labs, defende a ideia de que jogos com inteligência artificial são uma maneira de educar. No Code Hero, o jogador se movimenta pelo cenário como se estivesse em uma versão simplificada dos clássicos Quake ou Half-Life. Cada desafio ou chefão precisa ser superado com instruções digitadas pelo teclado, que alteram o cenário ou apagam os adversários.
Matthew Davis e Justin Ma, que vivem em Xangai, na China, pediram demissão para criar um game. Por cerca de um ano desenvolveram o FTL: Faster Than Light, em que o jogador controla uma nave espacial e sua tripulação. É preciso cruzar uma galáxia e tomar decisões sobre como enfrentar inimigos, comprar armas, recrutar profissionais ou aprimorar a equipe. Davis e Ma precisavam de 10 mil dólares para terminar o jogo. Foram para o Kickstarter e, em um dia, conseguiram o dobro. Como apoiadores não pararam de contribuir, a quantia será suficiente para bancar a distribuição comercial do game. * Até 28 de março
Chamo isso de Primavera Nerd, algo muito parecido com o que aconteceu na Primavera Árabe / Sean Parker, um dos fundadores do Napster, sobre os protestos que tiraram da pauta os projetos de lei Sopa e Pipa, que poderiam censurar a web
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/ Vivendo em Beta
Esqueça o previsto e abrace o inesperado O que será do Tumblr pós Pinterest? Milhares de ideias, algoritmos e empresas nascem a cada dia na web e põem em risco os líderes
V
ocê visitou o YouTube alguma vez em 2005? Se sua resposta for sim, vai se lembrar de que ele era um site de namoro. Baseado no sucesso de um outro serviço popular na época – o hotornot.com –, os três fundadores do YouTube tiveram a ideia de criar uma companhia chamada Tune in hook up, onde homens e mulheres podiam fazer um upload de vídeos sobre o tipo de parceiros(as) que estavam procurando. Mas o que os três sócios descobriram foi a melhor maneira de comprimir e mostrar arquivos pesados de vídeo. Essa transição da ideia original é um padrão comum para muitas companhias do novo milênio, principalmente aquelas que começaram na rede. Hoje o mundo das empresas se parece mais com uma equação da teoria do caos do que um sólido plano de negócios. Alguns especialistas acreditam que está cada vez mais difícil de prever o que vai acontecer no mundo dos negócios por causa do ritmo em que a economia global tem se acelerado. A cada dia, milhares de empresas, ideias e novos algoritmos nascem na rede e põem em risco os líderes no mercado.
O que vai acontecer com Tumblr pós Pinterest? Será que vai virar algo diferente? E o Kickstarter? Será que vai sobreviver à competição de milhares de sites “imitadores”, como o indiegogo.com e o rockethub.com? O MySpace – pobrezinho –, dizem que vai ser relançado em maio, com visual diferente. Visual novo ou não, a primeira rede social mudou completamente desde 2003, quando nasceu, antes do Orkut e do Facebook. O MySpace, que agora concentra-se em música, dominou as redes sociais na Europa e nos Estados Unidos por cerca de quatro anos, até perder feio para a criação de Mr. Zuckerberg. Em função da aceleração econômica, que já vem acontecendo desde a década passada, o mundo web mais parece uma loteria. Da noite para o dia, um site popular pode falir. No início do milênio, muitas empresas que nasceram online também faliram. Mas a causa mais comum era a falta de existência de infraestrutura tecnológica. Um exemplo é o boo.com, que surgiu em 1999 e faliu um ano depois. Naquela época, a empresa investiu muito dinheiro tentando fazer um site em Flash, com produto em 3D e uma assistente virtual quando a maioria das pessoas só tinha um modem de 56K. Hoje, serviços como assistentes virtuais existem
AlessAndrA lAriu
em qualquer loja online. A tecnologia não parece ser uma barreira tão grande. O risco maior é a facilidade para criar empresas que podem superar as concorrentes quase que instantaneamente. A aceleração da economia global foi também influenciada por fatores culturais. A proliferação de redes sociais criou um fórum para inovações, ou seja, uma população bem informada, infiel e volúvel que pode rapidamente mudar de um site para o outro sem constrangimento. Esse fórum não existia, ou era muito de nicho nos tempos do boo.com e do napster.com. O número de empresas que surgiu na web é fascinante e assustador ao mesmo tempo. A imprevisibilidade do mercado online está criando novas maneiras de fazer negócio e novos comportamentos. Uma das melhores qualidades que se pode ter hoje é não querer prever o futuro, mas, sim, reconhecer o caos do presente e saber navegá-lo. De certa forma, é melhor ser “chaospotter” do que “trendspotter” e favorecer sistemas fluidos para sua empresa, ou até mesmo para sua vida. Metamorfose ambulante, aqui vamos nós. ↙
Alessandra Lariu, 39 anos, é publicitária e cofundadora do site SheSays, que ajuda mulheres a entrar na carreira de criação digital. Empresária, ela mora em Nova York.
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/ BizTech
Já consultou seu algoritmo hoje?
Programas de computador ganham cada vez mais espaço na orientação e substituição de humanos em diversas atividades
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e por um lado a vida digital democratizou o acesso às informações, encurtou distâncias e ainda relativizou o tempo, por outro estamos inundados num mar de informações e com cada vez menos tempo para organizá-las e consumi-las. Como se não bastasse, algumas das atividades que realizamos no dia a dia ficaram mais complexas ou dependentes de profundos conhecimentos técnicos. E para completar a cena, a busca por escalas cada vez maiores nos negócios – seja em tamanho ou em performance – passou a exigir uma disponibilidade maior de recursos humanos, em qualidade e quantidade, que ou não pode ser obtida ou não é economicamente viável. É nesse contexto que os algoritmos, programas de computador desenhados para executar tarefas específicas, passam a ter um papel cada vez mais presente e importante nos negócios modernos. Imagine, por exemplo, o desafio de prover aconselhamento financeiro personalizado para milhões de clientes, cada um com características únicas quanto à disponibilidade de capital, as expectativas dos investimentos, o apetite por risco e a dedicação à atividade de controlar suas finanças. O ideal seria
termos conselheiros financeiros capacitados, em quantidade suficiente para atender a todos de maneira personalizada, certo? Mas isso tornaria todo o processo inviável ou caro e ineficiente. Algoritmos computacionais entram em cena para resolver essa complicada tarefa. Programas de computador residentes na nuvem e acessíveis por meio da internet podem receber as informações de cada cliente e analisar, de maneira ininterrupta e sem perda de produtividade, as melhores opções para cada pessoa. Dessa maneira, qualquer um pode ter acesso a um conselheiro financeiro que oferece um serviço personalizado em qualquer hora do dia. São inúmeros os exemplos de empresas que democratizam o acesso a serviços que antes eram caros ou inacessíveis. Conselheiros financeiros, preparadores físicos, professores de línguas e até a instrução para concursos públicos. Mas não é só quando consultamos os algoritmos diretamente que eles mostram seu valor. Em outros modelos, os algoritmos são consultados por especialistas ou atendentes para agilizar a vida de quem os usa. Os algoritmos podem ainda consultar especialistas para aprimorar os resultados. De um modo ou de outro, eles vieram para ficar.
Manoel leMos
É bem provável que você já receba algum tipo de tratamento personalizado por algoritmos – e nem percebeu. A mágica por trás disso atende pelo nome de aprendizagem de máquina. Machine learning, em inglês, é um sub-ramo da inteligência artificial que desenvolve algoritmos que permitam aos computadores aprender e aperfeiçoar sua capacidade de executar determinadas tarefas. Da próxima vez que estiver utilizando algum serviço, pode ser que você esteja sendo atendido por um orientador algorítmico, ou “algovisor” (da fusão das palavras “algorithm” e “advisor”). Seja escolhendo quais e-mails você deve ler primeiro em sua caixa postal, qual fundo de investimento pode ajudar a comprar sua casa mais cedo, qual a sequência de treino ideal para conseguir correr a São Silvestre ou qual disciplina precisa estudar mais para passar num concurso público. Agora é torcer para que os especialistas que criaram esses algoritmos tenham se entendido bem, para que nenhum bug venha atrapalhar a festa. ;-) ↙
Manoel Lemos, 37 anos, é engenheiro da computação, especialista em supercomputação, empreendedor, investidor em tech startups e diretor-geral digital da Abril Mídia. É apaixonado por mergulho com tubarões.
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/ Geração Digital
Uma cidade que se reinventou
Bogotá, a capital da Colômbia, é um exemplo surpreendente de cidadãos organizados em rede para melhorar o lugar onde vivem
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o mundo inteiro há c idades em desesperada necessidade de rejuvenescimento e transformação. Os administradores eleitos estão se empenhando para equipar suas cidades para o século 21, discutindo sobre como criar regiões “abertas”, “conectadas” e “inteligentes”. Os problemas são muitos. A Cidade do México é hoje uma das mais perigosas do mundo. Megacidades como a africana Johannesburgo estão sob tensão, enfrentando crescimento demográfico, falta de infraestrutura, trânsito congestionado, poluição e criminalidade. As cidades demandam novas estratégias para encarar esses desafios e, felizmente, a internet e as novas ferramentas digitais permitem fazer isso com baixo custo. Elas dão aos cidadãos a oportunidade de contribuir nas tomadas de decisão e de se engajar na vida pública. As pessoas podem compartilhar seu conhecimento e entusiasmo de forma continuada. Quando os cidadãos se tornam ativos, coisas boas acontecem. As pessoas aprendem umas com as outras e as iniciativas ganham força. Bogotá, a capital da Colômbia, é um exemplo surpreendente de cidadãos organizados em rede para melhorar
o lugar onde vivem. A cidade vivia sitiada pelo crime e pela corrupção, mas agora seus habitantes estão mais otimistas e acreditam que mudanças sejam possíveis. Em 31 de outubro último, os cidadãos de Bogotá elegeram Gustavo Petro como prefeito. Ele sucedeu Samuel Moreno, que foi cassado em maio de 2011 sob acusação de promover contratos fraudulentos e receber propinas. Durante a administração corrupta de Moreno, ocorreu uma crise de governo e um vácuo político. Enormes mudanças eram necessárias, mas não se sabia quem assumiria a liderança para obtê-las.
CIdadãOs eNgajadOs A Câmara de Comércio de Bogotá era uma organização relativamente forte e ativa na cidade por muitos anos. Sob a liderança de uma nova presidente, Consuelo Caldas, a entidade queria assumir um papel mais ativo no desenvolvimento econômico e social da cidade. Com a eleição municipal marcada para o fim de outubro, a Câmara vislumbrou a oportunidade de desafiar os candidatos a prefeito com ideias e propostas para melhorar a cidade. Mas em vez de fazer lobby em conversas de bastidores, como é comum na política, a entidade adotou um caminho diferente: decidiu engajar os
don tapscott
cidadãos de Bogotá num processo de reinventar a cidade. Tive a sorte de participar desse processo como conselheiro e, na minha perspectiva, foi um exercício extraordinário e rico em lições para quem deseja ajudar sua cidade. O objetivo era encorajar os empresários locais, líderes de comunidades e moradores a se envolver com os problemas públicos. O processo foi iniciado no segundo semestre de 2011 e envolveu uma combinação de iniciativas online e contatos pessoais. A Câmara de Comércio queria que os eleitores ajudassem a definir a agenda do novo governo. Isso não se resumia a pedir aos candidatos que adotassem obviedades sobre como construir uma cidade melhor e mais aberta. A Câmara foi capaz de envolver mais de 10 mil cidadãos. Suas 26 mesas-redondas atraíram 1 800 pessoas, entre elas líderes empresariais e estudantis. Durante as reuniões, os participantes apresentaram 1 600 sugestões e 1 700 propostas oficiais para cidade. Mais de 8 mil pessoas responderam às pesquisas virtuais e enquetes pessoais. São resultados realmente impressionantes. ↙
Don Tapscott, 64 anos, é autor de 13 livros sobre a influência das novas tecnologias nos negócios, entre eles Wikinomics, A Empresa Transparente e A Hora da Geração Digital.
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/ Cérebro Eletrônico
O insustentável desejo de ser curtido O Facebook virou o maior laboratório de relacionamento do mundo. E somos suas 845 milhões de cobaias voluntárias
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ocê, assim como eu, deve ser um dos 845 milhões de usu á r ios do Facebook no mundo. O Brasil é o quarto maior frequentador, com mais de 42 milhões de pessoas conectadas. Segundo o site SocialBakers, 60% dos usuários têm entre 18 e 34 anos. E as mulheres são ligeira maioria (54%). Isso significa que um em cada cinco brasileiros está ligado naquela página azul. Pode ser um usuário eventual. Mas provavelmente está viciado. Como viciado, resolvi contabilizar as coisas que aparecem por lá. Em mil posts, contei basicamente o seguinte: 1 _ Clipes musicais / 18,7% 2 _ animais / 10% 3 _ Clipes de notícia / 8,3% 4 _ Frases / 7,4% 5 _ tiras, piadas e frases de humor / 5,9% 6 _ divulgação de trabalho pessoal / 5,6% 7 _ Fotos de si mesmo ou da família / 5,5% Não é um levantamento “científico”. Apenas um retrato. Veja como o conteúdo varia. Tem a futilidade e a objetividade, o humor e a seriedade, a divulgação do próprio trabalho, as frases úteis e inúteis, notícias e piadas.
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Abaixo dessas sete primeiras colocações de categorias temos a riqueza da diversidade humana. Os que promovem causas (as contra preconceitos estão sempre em pauta). Temos os posts político-doutrinários, os trechos de filmes e programas de TV, os poemas, os status pessoais (“tô cum sono!”). As fotos de comida. O combate entre religiosos e ateus militantes. As declarações de amor e de ódio. Os relatos de festas e baladas. As provocações do futebol. E os “kkkkkkkkkkkkkkkkkk”. Conforme o tempo passa, vemos que o Twitter se firma como um instrumento real e cada vez mais poderoso de divulgação. O LinkedIn tem seu foco profissional. E o Google+ ainda não se firmou, e talvez nunca se resolva. Mas o Facebook virou um lugar onde as pessoas se soltam no “bar virtual” e os pensamentos e sentimentos ganham passe livre. Um usuário escreve: “Eu declaro, a quem interessar possa, que todas as noites oro fervorosamente para que Deus conceda uma morte lenta e dolorosa a todos os funcionários da empresa X, seus familiares, entes queridos e mais os cinquenta vizinhos da direita e os cinquenta vizinhos da esquerda”. Ele teria coragem de dizer isso na TV, ou pessoalmente? No Face ele tem.
Dagomir marquezi
A invenção de Mark Zuckerberg virou uma máquina insaciável de cultivo e retroalimentação de carência afetiva. O Facebook nos faz oferecer alguma coisa no altar da popularidade – uma foto, uma música, uma frase de consolo – e esperar ansiosamente pela contagem de usuários que curtiram, compartilharam ou cutucaram. Medimos nossa aceitação contando vogais: “Adooooorooooooo!”. Zuckerberg está multiplicando pela humanidade sua guerra contra a rejeição, tão bem retratada no filme A Rede Social. Cumplicidade mútua é o que vale para que se ganhe a cobiçada mãozinha fazendo sinal de positivo. E essa sede de empatia cria processos estranhos. Coloque um post com o título “Descoberta a vacina contra o câncer” e você terá meia dúzia de apoios. Escolha a foto bonitinha de uma lua no horizonte e escreva “boa noite a todos vocês meus queridos” e 1 872 curtirão isso. O Facebook virou o maior laboratório de relacionamento pessoal do mundo. E somos suas 845 milhões de cobaias voluntárias. ↙
Dagomir Marquezi, 58 anos, dividiu sua vida entre o jornalismo e a ficção. Escreveu novelas, musicais e roteiros de cinema. Há 15 anos acompanha a tecnologia em sua coluna na INFO.
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54 sorria, você está sendo filmado
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A atriz Cleo Pires estrela a série CSI Nova Iguaçu e faz sucesso com humoristas da geração YouTube
Jovens geniais / 42 15 questões sobre Windows 8, MacOS X e Ubuntu 12 / 50 Onde nascem os gadgets (e os xing lings) / 62 O novo dono da web / 72 Vale a pena trocar? / 78 Dicas / 82 FOTO eduardO mOnTeirO
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JOvenS GeniaiS
Eles ainda não terminaram o ensino médio, mas já se destacam em temas complexos que vão de programação avançada e robótica ao tratamento de doenças como o câncer. Conheça a história de cinco prodígios /
Por Renata LeaL fotos JúLia RODRiGUeS
As façanhas alcançadas por estudantes prodígios têm se tornado mais complexas a cada dia. Isso acontece porque há um crescente nível de autodidatismo entre os jovens, mais acesso à informação e menos barreiras entre eles e as universidades. Hoje, a distância de um aluno com uma boa ideia de um professor que pode orientá-lo não é maior do que alguns cliques. “Jovens gênios não aparecem do dia para a noite, e não é só a inteligência que garante o sucesso. Eles precisam de apoio, sobretudo de seus professores”, diz Rubem Saldanha, gerente de educação da Intel Brasil. A empresa realiza anualmente, nos Estados Unidos, uma grande feira de ciências, com participantes de mais de 60 países. Feiras e olimpíadas de conhecimentos são bons celeiros de estudantes com altas habilidades. A Febrace (Feira Brasileira
de Ciências e Engenharia), realizada todos os anos pela Universidade de São Paulo, e a Mostratec (Mostra de Ciência e Tecnologia), da Fundação Liberato, no Rio Grande do Sul, são as principais do país. A décima edição da Febrace registrou crescimento do número de participantes, que este ano chegou a 743 estudantes finalistas, quase quatro vezes mais do que na primeira edição. “Os estudantes têm desenvolvido projetos mais complexos, muitos em parceria com universidades”, afirma Roseli de Deus Lopes, coordenadora-geral da Febrace. Projetos complexos não assustam os cinco jovens prodígios que você vai conhecer a seguir. Eles se destacam em áreas tão diferentes quanto a programação avançada, a robótica e o tratamento de doenças como o câncer. E têm em comum a pouca idade.
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Pedro Henrique FrancescHi, 15 anos
Ele fez a Siri falar português
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s vidros da janela do quarto de Pedro Henrique Franceschi, 15 anos, há muito deixaram de ser transparentes. Rabiscados com caneta azul, eles funcionam como uma lousa e registram as ideias que passam por uma cabeça fervilhante. Sua última façanha foi fazer a assistente digital Siri, do iPhone 4S, entender português. Para resolver parte do problema, em suas próprias palavras, ele criou um algoritmo que “pega o sinal de áudio, aplica a Transformada de Fourier, faz uma ordenação progressiva das séries harmônicas e compara dois sinais utilizando o método da similaridade do cosseno em dimensão-N”. Hein? Boiou? Não se preocupe. Os conceitos usados por Pedro Henrique são estudados em cursos de graduação de engenharia e ciência da computação. Mas por enquanto há um problema legal para tornar a Siri em português acessível, pois estaria quebrando uma patente da tecnologia de reconhecimento de voz da Apple. “Se disponibilizar algo ilegal, vou sujar minha imagem”, diz Pedro Henrique, reconheci44 / INFO Abril 2012
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do por ter desbloqueado versões passadas do iPhone. Pedro Henrique não sabe ao certo de onde vem seu interesse por programação, que ganhou espaço em sua vida antes dos 10 anos. Quem o ouve falar pode achar que está mais fácil programar hoje. “Comecei estudando as linguagens como C e C++, em inglês”, diz Pedro Henrique. “Programar é uma tarefa árdua, não importa em que tempo. O que está mais fácil hoje é ser autodidata”, diz Berthier RibeiroNeto, diretor de engenharia do Google na América Latina. No momento, Pedro Henrique trabalha 12 horas por semana na M4U, uma empresa de desenvolvimento de conteúdo e aplicativos para celulares. Está em seu terceiro emprego e já passou por duas startups, sempre dedicado à programação. Cursando o segundo ano do ensino médio no Colégio Teresiano, no Rio de Janeiro, Pedro Henrique, que tem um irmão mais novo de 13 anos, passa a maior parte de seu tempo livre no computador. Acabou de ler a biografia de Steve Jobs, seu guru inspirador, e gosta de livros sobre astronomia e cosmologia.
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Renato FeRReiRa Pinto JúnioR, 17 anos
Seus robôs ganham todas
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enato Ferreira Pinto Júnior, 17 anos, é um frequentador assíduo de Olimpíadas. Mas não pense que ele representa o país em modalidades como natação, basquete ou atletismo. Nem em kung fu, que pratica nas horas vagas. Sua diversão é a robótica. Com facilidade para as disciplinas de exatas, Renato entrou para o time de robótica do colégio aos 11 anos, num programa extracurricular de 12 horas semanais. Começou aí sua preparação para participar de olimpíadas de matemática e de robótica. “A preparação do Renato foi feita de forma semelhante à de um aluno que cursa ciência da computação na universidade”, diz Luís Rogério da Silva, professor que coordena o grupo de informática e robótica do Colégio Objetivo, em São Paulo, onde Renato estuda. Seu feito mais recente foi a conquista do primeiro lugar na RoboCup do ano passado, na categoria Resgate, para alunos do ensino médio. A RoboCup é uma olimpíada mundial de robótica. A equipe Hipérion, comandada por Renato, superou concorrentes como Japão e Alemanha, e conseguiu o título cumprindo a prova sem penalização. Para isso, o grupo construiu um robô de alta complexidade, que pesa 2,5 quilos, tem uma dezena de motores e 20 sensores, como ultrassom, bússola digital e acelerômetro. No desafio, o robô é liberado num espaço que simula um edifício de dois andares. Sua missão é resgatar uma vítima (no caso, um objeto) no patamar superior, sem tocar em nada e sem qualquer intervenção humana. “Programar um robô de resgate inclui desafios de estratégia, como fazê-lo subir uma rampa”, afirma Renato. Agora sua equipe está programando dois robôs que jogam futebol, para participar da edição 2012 da competição. Fã de Chopin e Mozart, Renato gosta de tocar as obras deles no piano. Tem outras duas premiações na RoboCup, além de duas medalhas de bronze nas Olimpíadas Internacionais de Informática. Ao todo, o colecionador de medalhas já tem 35.
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SebaStián alegría, 15 anos
Um alerta contra terremotos
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uando fala de seu projeto, um sorriso se abre no rosto do estudante chileno Sebastián Alegría. Aos 15 anos, Sebastián criou um sistema que detecta a ocorrência de terremotos e emite um aviso automático pelo perfil @AlarmaSismos, no Twitter, hoje com mais de 200 mil seguidores. O Chile sofre com os tremores. Em 2010, um terremoto de 8,8 graus na escala Richter matou mais de 700 pessoas. Mas foi apenas depois de ver os sistemas de alerta do Japão, que sofreu com um grande tremor no ano passado, que Sebastián teve a ideia de criar seu projeto para o Chile. No Japão, centenas de sensores espalhados pelo país enviam dados a uma central, que emite os alertas. Fuçando na internet, Sebastián descobriu um aparelho doméstico que detecta movimentações de terra. Percebeu que era possível fazer algo semelhante ao modelo japonês, mas em escala menor
e mais barata. Com o patrocínio do pai, comprou o dispositivo de 50 dólares e começou a adaptá-lo. No lugar de soar uma sirene, ele envia um sinal a um microcontrolador arduíno, que dispara o post para o Twitter. A antecipação do aviso varia atualmente entre 5 e 30 segundos, dependendo da intensidade e da proximidade do epicentro do terremoto. “Agora tenho oito sistemas prontos, quatro deles já distribuídos pelo país”, diz. A intenção de Sebastián é que o sistema consiga avisar as pessoas pelo celular, o que aumentaria sua eficácia. Para isso está desenvolvendo um app para Android e no futuro deve levá-lo a outras plataformas. Por enquanto, o garoto afirma que não pretende lucrar com o mecanismo de alerta, embora já tenha recebido propostas de patrocínio e parcerias. Sebastián quer liberar a licença do app, para que possa ser replicado em outros países, no bom espírito do software livre.
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Leonardo Bodo, 17 anos
Das aranhas ao antibiótico
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eonardo Bodo, 17 anos, sempre gostou de bichos. A cada visita ao sítio do avô, em Mairiporã, na Grande São Paulo, tinha a chance de observá-los na natureza. Quando entrou para o projeto Cientista Aprendiz, do Colégio Dante Alighieri, onde cursou o ensino médio, começou a trabalhar com aranhas. O interesse o levou ao Instituto Butantan, um dos principais centros brasileiros especializados em pesquisas biomédicas. Como estagiário voluntário, Leonardo focou sua pesquisa nos casulos que protegem os ovos das aranhas, chamados ootecas. “Os ovos são uma ótima fonte de nutrientes e teoricamente deveriam atrair fungos e bactérias”, diz Leonardo.
Mas como eles permaneciam intactos, o estudante levantou a hipótese de que as aranhas depositam na teia e no casulo um material com propriedades antifúngicas e antibacterianas. E não deu outra. “Descobri nove substâncias antimicrobianas, três delas desconhecidas até agora.” No futuro, elas podem se tornar antibióticos ou remédios para o tratamento do câncer. As pesquisas o levaram às duas principais feiras de ciências brasileiras, em São Paulo e no Rio Grande do Sul, e à maior feira de ciências para estudantes pré-universitários do mundo, a Intel Isef. Mais do que experiência, o garoto trouxe na volta ao Brasil três prêmios, entre eles o de terceiro colocado na categoria bioquímica da Isef de 2010. Enquanto espera respostas – e uma bolsa de estudos – de uma das oito universidades americanas onde pretende cursar sua graduação em bioquímica, Leonardo se dedica às pesquisas no laboratório do Instituto Butantan e ao seu hobby favorito, a fotografia.
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Shree BoSe, 18 anos
Pesquisa de câncer na escola 48 / INFO Abril 2012
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empolgação da americana de origem indiana Shree Bose, 18 anos, ao falar de seu encontro com Barack Obama é contagiante. Não é sempre que um presidente destaca o trabalho de uma estudante do ensino médio não apenas em um, mas em dois discursos. O estudo de Shree é complexo. Ela descobriu a interferência da atuação de uma proteína na eficácia do medicamento Cisplatina, usado no tratamento de câncer de ovário. A pesquisa, conduzida num período de férias no Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Norte do Texas, rendeu a ela o prêmio principal da primeira edição da Google Global Science Fair, a feira de ciências do Google, além do prêmio em sua categoria, de 17 a 18 anos. A feira contou com mais de 10 mil estudantes de 91 países. “Quando estava no palco esperando o anúncio do vencedor geral, as meninas premiadas em outras categorias viram meu nome numa TV e me olharam. Não acreditava que poderia ganhar”, diz Shree. Com o prêmio, ela conquistou também uma bolsa de estudos de 50 mil dólares e duas viagens, uma para as Ilhas Galápagos e outra para conhecer o Cern (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear), onde está o acelerador de partículas LHC. A pesquisa vencedora de Shree não foi sua estreia no campo científico. Em 2010, ela já havia estudado células de câncer de mama na mesma universidade. Ao final do ensino médio, Shree irá para a Universidade Harvard e continuará estudando o tratamento do câncer. Ela ainda faz parte de uma equipe de natação e edita o jornalzinho do colégio. Tudo indica que seus pais acertaram na escolha de seu nome. Shree, em sânscrito, significa luz, prosperidade e poder.
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coisAs que você precisA sAber sobre WindoWs 8 mAc os X ubuntu 12 As novAs versões dos três sistemAs operAcionAis devem sAir AindA neste Ano. mAs versões betA já estão nA ruA. vejA o que elAs revelAm / Por Carlos MaChado e luiz Cruz
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stá aberta a temporada de renovação dos principais sistemas operacionais para os PCs. Microsoft, Apple e Canonical liberaram versões beta de seus produtos, dando aos usuários a oportunidade de comparar recursos e imaginar quais serão os próximos passos. Liberada em 29 de fevereiro, a versão beta do Windows 8, chamada Consumer Preview, foi baixada mais de 1 milhão de vezes em 24 horas. Um dia depois, chegou o beta do Ubuntu Linux 12.04. O Mac OS X 10.8 ( Mountain Lion) já se antecipara em cerca de duas semanas. Dos três, o único com data marcada para estrear a versão final é o Ubuntu, que chega em abril. Especulase que o novo felino da Apple deve sair entre junho e setembro. Para o Windows 8 a aposta é outubro ou novembro. Em comum, os três sistemas incorporam experiências derivadas de smartphones e tablets. INFO analisou as três versões preliminares para responder o que elas têm a oferecer.
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Como os usuários receberam a versão beta do Windows 8? A recepção foi mista. De um lado, há os que elogiam as novidades técnicas introduzidas na base do sistema, como o ganho de desempenho nas operações com arquivos, a solução de armazenamento virtual (vários discos rígidos funcionando como um só) ou o design da nova interface, chamada Metro. Mas há críticas ácidas à integração das duas interfaces – a nova Metro, voltada para tablets – e o tradicional desktop, que é a mesma do Windows 7, sem o menu Iniciar. Os poucos usuários que tiveram a oportunidade de testar o Windows 8 num tablet aprovam seu design. Mas
windows 8
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janelas em novo estilo A nova interface do Windows ainda não tem programas capazes de testá-la plenamente
num desktop ou laptop, o uso do sistema resume-se a aplicativos que rodam apenas no estilo antigo. O Windows 8 ainda é um sistema com duas caras, que não convivem muito bem entre si. Reclamase da eliminação do botão Iniciar no desktop. A ideia da Microsoft é forçar o usuário a voltar sempre à tela inicial da interface Metro (e do sistema, pelo menos nesta versão). Isso desagrada, já que quase todos os programas disponíveis só funcionam na interface antiga.
2|
Por que não há apenas uma interface? A Microsoft precisa entrar no mercado de tablets e quer usar a força do Windows para isso. A computação móvel é a nova tendência e é para esse lado que aponta a interface Metro. Mas o Windows já está em seu 27º ano de história. Há um legado de aplicativos criados quando não existiam os tablets. A dualidade se repete no Internet Explorer. Há duas versões do browser. Elas são diferentes e não falam entre si.
3|
O Windows 8 corre o risco de repetir o fiasco do Vista? As críticas de hoje ao Windows 8 beta e as que foram feitas ao Vista são diferentes. O produto de 2007 era lento, exigia hardware robusto, travava, não tinha drivers. Agora, as críticas ao Windows 8 Preview concentram-se na interface. Embaixo do capô, é um Windows 7 bastante aperfeiçoado. Mas as dificuldades com a interface, se não forem resolvidas na versão final, poderão espantar o usuário. Mas elas são mais fáceis de resolver.
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A Microsoft está certa ao forçar que a experiência de uso do PC seja a mesma do tablet? Há quem duvide, não tanto pela capacidade dos dispositivos e dos sistemas móveis, mas por achar que algumas tarefas – em especial as de produtividade, como editoração eletrônica, tratamento de imagem, planilhas – não casam bem com essas plataformas. Há outras limitações. Na interface Metro,
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os aplicativos rodam em tela inteira e isso é difícil para quem está acostumado com as múltiplas janelas do Windows. Mas tudo vai depender de como os novos aplicativos serão desenhados. Hoje não existe nada que demonstre na prática essas possibilidades. Há outros pontos de conflito. No Windows tradicional, o botão de desligar fica no menu Iniciar. Na interface Metro, está escondido. É algo aceitável no tablet, que a rigor nunca se desliga. E no PC?
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Como vai funcionar a loja de software do Windows? Similar às de Apple, Android e ao próprio Marketplace do Windows Phone, a Windows Store é uma central de aplicativos para Windows 8, focada na interface Metro. A loja está em fase beta, com pequena coleção de aplicativos gratuitos. Um retângulo a representa na tela de abertura da interface Metro. No acervo não há apps para tarefas exigentes, como gravar arquivos.
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Qual o melhor hardware para rodar o Windows 8? É preciso ter um PC com, no mínimo, processador de 1 GHz, 1 GB de RAM, 16 GB (para o Windows de 32 bits) ou 20 GB (64 bits) de espaço no HD e monitor com resolução de 1 024 por 768 pixels.
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O que avançou na interface Metro em relação à versão para desenvolvedores? A interface já estava definida nos traços mais gerais. Agora, além do maior número de charms (painéis de comandos), o sistema passou a usar os cantos da tela como pontos para a abertura desses painéis. Também com gestos (no tablet) ou com o mouse é possível obter mais resultados que na versão anterior. Se um aplicativo Metro está ativo, arrastar o dedo (ou o
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mountain lion A nova versão do sistema para Macs incorpora recursos do iPhone e do iPad
ponteiro do mouse) rapidamente desde o alto da tela em direção ao rodapé produz o fechamento do app de saída.
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E o que mudou na interface tradicional do novo sistema operacional da Microsoft? No design, muito pouco. Além do fim do menu Iniciar, há uma mudança no Windows Explorer, que agora – como o Bloco de Notas e o Paint, desde o Windows 7 – adotou a faixa de opções, o mesmo sistema de menus do Office 2007 e 2010. Há ainda uma expansão de suas capacidades. Durante a cópia ou a compactação de um arquivo muito grande, por exemplo, a tarefa pode ser pausada e depois retomada. Existe também uma guia chamada Compartilhar, que facilita o trabalho na hora de enviar arquivos. Também se destaca a virtualização do armazenamento. O novo Windows 8 permite juntar dois ou mais discos rígidos e fazêlos funcionar como um único volume.
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É possível perceber algum ganho de desempenho no Windows 8? Medições realizadas em testes no INFOlab mostram performance muito parecida ao do Windows 7. Em um PC com o processador Intel i7, a versão beta de 64 bits registrou um tempo de inicialização de 9 segundos, contra 8 segundos do Windows 7 Professional de 64 bits.
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E a Apple? Por que a empresa, que só mostrava produtos finais, resolveu soltar uma versão beta de seu Mac OS X Mountain Lion? Para alguns analistas de mercado, a grande expectativa em torno do Windows 8 levou a Apple a tomar essa decisão. Nos últimos anos, o grande sucesso das vendas de iPods, iPhones e iPads deu maior visibilidade aos Macs e MacBooks, que também passaram a vender mais. Assim, o Mac OS passou a ser uma alternativa mais ponderável ao Windows.
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O que há de novo na versão beta do Mountain Lion? Três aperfeiçoamentos se destacam. O primeiro é o centro de notificações (Notification Center), que reúne todas as informações e alertas de aplicativos como os de e-mail, calendários e mensagens. Esse centro traz para o desktop a experiência da Apple com o iPhone e o iPad. Outro recurso é o Game Center, central de jogos também tomada de empréstimo dos dispositivos móveis. A terceira novidade é o AirPlay Mirroring, tecnologia sem fio que espelha a tela do Mac em um aparelho de TV, pela AppleTV.
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E o Ubuntu 12.04 beta? Que tipo de recursos novos ele oferece? Nesta versão, o principal destaque é a integração do menu de aplicativos locais com a Central de Programas do Ubuntu, uma espécie de loja online, de onde podem ser baixados novos aplicativos. Há também melhorias nas buscas gráficas de pastas e arquivos.
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O que há de comum nos três sistemas em relação às plataformas móveis? Originários do desktop, os três estão se aproximando da experiência criada com o uso de smartphones e tablets. Esse é o ponto comum. Mas as abordagens são diferentes. O Ubuntu propõe a fusão do smartphone com o notebook, que passam a ser uma só peça, extensível mediante a conexão direta com o micro de mesa. A Apple, com o Mountain Lion, tenta melhorar o desktop, ao trazer para ele experiências bem-sucedidas no iPhone e no iPad. Com isso, suas plataformas mais populares são usadas como reforço para as menos visíveis, que são os MacBooks e os Macs de mesa. A Microsoft procura fazer o mesmo movimento, mas em sentido inverso: aproveitar o imenso potencial do Windows nos PCs e laptops para impulsionar seus planos rumo às plataformas móveis, mercado em que sua presença é ainda
muito frágil. Nos tablets, sua posição é praticamente zero. Nos smartphones, o WindowsPhone até o momento nunca chegou sequer a 5% do mercado.
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Qual das três estratégias parece a mais acertada? Os três sistemas ainda estão em fase beta e as estratégias não estão totalmente claras. Mas a abordagem da Microsoft parece a mais arriscada. Em vez de melhorar a interface bem-sucedida do Windows 7, ela aposta numa interface concebida para tablets. Assim, corre o perigo de desagradar aos clientes tradicionais e não contar com eles para reforçar sua posição no mundo móvel. A Microsoft parece cometer dois erros nesse movimento. Um é considerar que a experiência de uso pode ser a mesma no PC e no tablet. A outra consiste em forçar o usuário a adotar uma interface que ele ainda não pode usar, porque não existem aplicativos para ela. ↙
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Como o Ubuntu está se aproximando dos tablets e smartphones? Outro produto da Canonical é o Ubuntu for Android, uma solução que leva o sistema aberto para smartphones highend. Essa iniciativa baseia-se no fato de Ubuntu e Android serem versões do Linux e poderem compartilhar no smartphone o mesmo núcleo do sistema operacional. Conectado a um PC, o smartphone oferece o Ubuntu no desktop. O produto pode ser usado como um micro normal, com monitor grande e teclado, sem perder as funções de telefone. A vantagem para o usuário, segundo a Canonical, é carregar apenas um dispositivo em vez de dois.
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direto da web O Painel Inicial acessa programas locais e a Central de Programas, uma espécie de loja online
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Cleo Pires, Antonio “Kibe Loco” Tabet (em pé, à esq.), Gustavo Chagas (à dir.) e Ian SBF_Sucesso com a paródia CSI Nova Iguaçu
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o final do ano passado, uM Vídeo eM que a atriz cleo pires aparecia
em um quarto escuro analisando dois corpos seminus estendidos numa cama começou a circular na internet. Como tudo o que envolve a atriz global, o filme de dois minutos foi um sucesso instantâneo, com 360 mil visualizações. Mas não pelos motivos que você deve estar imaginando. No papel de uma perita criminal que tem de lidar com dois marrentos policiais da Baixada Fluminense, Cleo Pires encarou horas de trabalho ao lado de cinegrafistas, iluminadores e diretores. A diferença é que os takes não eram para um capítulo de novela ou para o cinema. O vídeo tinha como destino a web. Ou melhor, o YouTube. Cleo Pires e uma dezena de profissionais estavam envolvidos na produção do sexto episódio de CSI Nova Iguaçu, paródia da série americana criada pelo site Kibe Loco e a produtora Anões em Chamas. O projeto deu tão certo que uma nova produtora, a Porta dos Fundos, foi criada para mantê-lo. “Nossa meta é ter o maior canal de vídeos da internet brasileira até 2013”, diz Antonio Tabet, fundador do Kibe Loco, um dos mais antigos sites de humor brasileiros, no ar há 10 anos. A aposta é um exemplo de empresa que encontrou no YouTube uma forma de conquistar fama e dinheiro. Fazendo graça. 56 / INFO Abril 2012
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Gustavo Miranda_Sua divertida Dilma foi da web para o Casseta & Planeta
Com mais de 4 bilhões de vídeos assistidos por dia e 60 horas de filmagens postadas por minuto, o YouTube revelou no Brasil nomes como Felipe Neto e PC Siqueira. Lá fora, canais de humor como o College Humor estão entre os mais populares do site e faturam até 70 mil dólares por mês. Por aqui, a turma da piada escrachada e das paródias hilárias também está levando essa oportunidade muito a sério. Antes caseiros, os vídeos de humor começam a ganhar ares de superprodução.
leite coM pera
Cada episódio de dois minutos de CSI Nova Iguaçu, por exemplo, demora, em média, uma semana para ser finalizado. “A primeira vez que assisti a série já queria saber se tinha um jeito de participar”, diz Cleo Pires, que cedeu o quarto de hóspedes da sua casa para ser usado como cenário. Hoje, entre uma gravação e outra da TV Globo, a atriz participa das reuniões da Porta dos Fundos e planeja fazer outras atuações no seriado, em que contracena com os “policiais” Gustavo Chagas e Tabet, com seu indefectível palito de dente no canto da boca. A sátira aos policiais americanos de CSI será um dos destaques do novo canal e ganhará episódios mais longos, com até 30 minutos.
edição de imagem artnet digital
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A confiança no sucesso é tão grande que os sócios da produtora trocaram a TV Globo pela web. Ian SBF, criador da produtora Anões em Chamas, abandonou a direção do programa Casseta & Planeta. Antonio Tabet saiu do Caldeirão do Huck, onde trabalhava como roteirista há seis anos. A chance de fazer sucesso com vídeos de humor atrai pessoas com todo tipo de formação. Em dezembro, o publicitário Mateus Tavares, 36 anos, reestruturou sua produtora para se dedicar à web. Além do estúdio que mantinha em Petrópolis, no Rio de Janeiro, montou um segundo, em São Paulo, e já começou a gravar vídeos para a ZYO, uma nova rede de canais do YouTube. “Temos cinco programas definidos e devemos lançar outros até o meio do ano”, diz Tavares. Um dos carroschefes será o Away, produzido desde meados de 2011. Com mais de 40 milhões de visualizações (que, estima-se, já renderam mais de 30 mil dólares), ele tem como personagem principal Gil Brother, nome artístico de Jaime Gil da Costa. Exmorador de rua de 55 anos, Gil despontou no extinto programa Hermes & Renato, da MTV, com bordões como o do professor que xingava com palavrões seus alunos mauricinhos, criados a leite com pera e ovomaltino. Hoje estrela do Away, Brother virou marca de camiseta e faz merchandising para empresas.
Felipe Neto_Sucesso de audiência na web ao escrachar Justin Bieber, agora na Globo
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Para fechar as contas, a ZYO vai incluir no seu balanço a receita da audiência dos canais do YouTube, que tem um sistema que repassa mais de 50% da renda de anunciantes aos donos dos canais de maior destaque. Chamado Programa de Parcerias, ele foi criado em 2007 e funciona como uma espécie de folha de pagamento para mais de 30 mil membros cadastrados no YouTube em todo o mundo. “A pessoa pode ser convidada a participar ou se inscrever”, diz Bibiana Leite, gerente de parcerias online do YouTube para a América Latina. “O valor que vai ganhar no fim do mês depende de quantos anúncios forem veiculados no seu canal e de quantas vezes eles serão assistidos.” O YouTube não diz quanto paga, mas estima-se que o canal parceiro receba de 1 a 3 dólares para cada mil visualizações. Em dois anos, um canal que tenha 122 milhões de visualizações, como o Não Faz Sentido, de Felipe Neto, pode ter uma receita estimada em 100 mil dólares. Se não fosse por essa audiência, Felipe Neto ainda estaria fazendo bicos como designer gráfico. Aos 24 anos e graças ao YouTube, ele agora apresenta um programa no canal de TV Multishow e um quadro no Esporte Espetacular. Em 2010, quando seu canal Não Faz Sentido estourou, Neto passou a se dedicar à produção de vídeos e criou, em 2011, a Parafernalha.
PC Siqueira_Reflexões divertidas no canal Mas Poxa Vida chamaram atenção da MTV
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Kéfera Buchmann_Esquetes no canal 5inco Minutos rendem US$ 3 mil ao mês
Com foco em humor para a internet, a produtora tem um estúdio com câmeras, luz, som, figurino e cenários. Em menos de um ano, a equipe passou de três para 11 pessoas e seus vídeos foram vistos mais de 50 milhões de vezes. “O Brasil ainda está engatinhando na produção de vídeos para a web, mas logo teremos dezenas de canais maravilhosos”, afirma Felipe Neto, que virou web celebridade ao se revoltar, em frente às câmeras, contra o que chama de homens-fêmeas, categoria representada por Justin Bieber e pelo Edward, de Crepúsculo, odiados por seduzirem as mulheres com sua voz melosa.
UM BoM incentivo
O YouTube torce para o sucesso dos parceiros. Com mais gente produzindo conteúdo original, o site do Google garante programação variada 24 horas por dia para seus mais de 800 milhões de visitantes mensais. Para estimular a produção, o YouTube repassou, no ano passado, mais de 100 milhões de dólares para que produtoras criassem uma centena de canais nos Estados Unidos. No Brasil, um concurso realizado em março premiou dez parceiros com 20 mil reais e um treinamento para edição de vídeos. “Somos um espaço para profissionais e amadores”, diz Francisco Varela, diretor global de parcerias em plataformas e games 58 / INFO Abril 2012
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do YouTube. Em palestra no congresso TV 2.0, realizado no mês passado, em São Paulo, Varela comparou a estratégia de crescimento do site ao fenômeno que resultou no boom de aplicativos em lojas como a App Store. “Oferecemos uma plataforma aberta e damos a chance de criadores de conteúdo ganhar dinheiro em cima disso”, afirmou Varela. Na maioria dos casos, a quantia recebida do YouTube não deixa ninguém milionário, mas é um ótimo jeito de pagar as contas e investir na produção do canal. É o que faz Kéfera Buchmann, de Curitiba. Aos 19 anos, a estudante do curso técnico de cinema e teatro tem uma renda estimada em 3 mil dólares mensais com seu canal 5inco Minutos. Com 20 milhões de visualizações, a história do 5inco Minutos começou às 5 horas da manhã do dia 25 de julho de 2010, quando uma insuportável vuvuzela ecoava pela vizinhança de Kéfera. Revoltada com o chato que insistia em soar a corneta africana mesmo após a Copa do Mundo, ela gravou um desabafo. “Fiquei horas falando com a câmera para depois editar cinco minutos de vídeo”, diz Kéfera. Nascia, assim, o nome do canal. Hoje, as produções mostram esquetes sobre o lado cômico (e trágico) de situações do dia a dia, em que nem a mãe de Kéfera é poupada. Tudo vira humor: da consulta ao ginecologista à festa de aniversário em família. “O mais legal é poder ver a reação das pessoas, saber se elas aprovaram o vídeo, responder aos comentários”, diz Kéfera.
tv coM YoUtUBe
O número de comentários e a quantidade de cliques nos botões “Gostei” e “Não gostei” servem como termômetros da audiência. Mas eles também oferecem aos usuários aquilo que falta na TV: a possibilidade de interagir com o conteúdo. Prova de que ninguém mais quer assistir a um programa de TV esparramado no sofá é o fenômeno second screen, ou segunda tela. Dados da consultoria Nielsen mostram que, nos Estados Unidos, 40% dos usuários de smartphones e tablets já usam seus gadgets enquanto assistem TV. Para se adaptar a essa nova realidade, o mercado de televisores está investindo nas SmartTVs, com conexão à internet e conteúdo. No ano passado, elas representaram 25% dos aparelhos de tela plana vendidos no mundo e, de acordo com dados da consultoria DisplaySearch, até 2015 serão 500 milhões as unidades em uso. Muitos desses aparelhos estarão “sintonizados” no aplicativo do YouTube, transformando o site em um concorrente direto dos canais de TV. Se os telespectadores estão interessados nos vídeos de humor da internet, as emissoras começam a correr atrás de quem faz isso bem.
produção margot mello e melissa thomé
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Quer fazer sucesso no YouTuBe?
Não existe fórmula proNta, mas essas 10 dicas podem ajudar a atrair audiêNcia e até uma boa graNa
1. esTilo
Crie uma cara própria. Vale se inspirar em outros canais, mas nunca copiar
2. eQuipaMenTo
Comece usando a webcam, mas compre uma câmera melhor se o canal vingar
3. censura livre
Conteúdo para todas as idades garante mais audiência – e anúncios
4. seM piraTaria
Se usar músicas e imagens de terceiros, elas precisam ser livres de direitos autorais
5. seMpre no ar
Publique de forma regular, pelo menos uma vez por semana – e no mesmo dia
Conhece o Paulo Cezar Goulart Siqueira? A MTV também não fazia ideia de quem era até fevereiro de 2010, quando estrearam seus vídeos no canal Mas Poxa Vida. Em um mês, PC Siqueira passou a ser assediado pela emissora – e pelas adolescentes. “Meu sonho não era ir para a TV”, diz o jovem magro, dono de 22 tatuagens e óculos de nerd. Mas seus vídeos com reflexões profundas sobre, por exemplo, as facilidades de fazer xixi sentado, ou o fato de ser discriminado por não gostar de cerveja, ou ainda as dificuldades de abrir uma caixinha de leite longa vida de madrugada alcançaram picos de audiência. Hoje o paulistano estrábico apresenta dois programas na MTV e ainda estranha ser reconhecido na rua. “O lado ruim é não poder ir ao cinema”, diz PC. A parte boa? Faturar mais de 3 mil dólares por mês e comprar um apartamento aos 26 anos. PC Siqueira agora se prepara para lançar dois novos canais. “Um vai ser sobre gastronomia para leigos e ou outro sobre games”, antecipou a INFO. A fórmula anônimo + YouTube = contrato com emissora de TV se repete entre os novos comediantes. Foi com batom vermelho, sutiã com muito enchimento e um terninho acinturado que o mineiro Gustavo Mendes Miranda se transformou na excelentíssima presidente Dilma Rousseff.
6. BeM na Busca
Capriche na descrição e nas palavras-chave, para aparecer em destaque no Google
7. inTeração
Responda às mensagens e comentários – e mencione os fãs
8. rede sociais
Crie perfis do seu canal de vídeo no Facebook, no Twitter e em outras redes
9. vídeos conjunTos
Faça parcerias com outros canais, de preferência que tenham mais audiência
10. parceria
Inscreva-se no Programa de Parcerias do YouTube (youtube.com/partners) para ter publicidade
Gil Brother (à esq.) e Mateus Tavares_O canal Away ganha destaque na nova rede ZYO
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Humor profissa
Quando tinha 16 anos, Miranda começou a fazer shows de humor em teatros de Juiz de Fora. De um vídeo caseiro pos- Conhecer o funcionamento do Programa de Parcerias do tado durante as últimas eleições surgiu a série Everybody YouTube é essencial para entrar no rol da fama. As regras Fears Dilma, mais um sucesso da parceria Kibe Loco e Anões são simples. “Para ser parceiro, não basta ter vídeos popuem Chamas. A exposição rendeu a Miranda um convite lares. Eles precisam ter conteúdo próprio, que não viole dipara trabalhar na nova temporada do programa Casseta & reitos autorais e que respeite as políticas do site”, diz Bibiana Planeta. “Queria ser famoso, mas não dava para virar galã. Leite, do YouTube. “Os anúncios só aparecem em parceiros Por isso fui fazer humor”, diz Miranda. Sua Dilma é hilá- de confiança, e cada um deles é constantemente monitorado.” ria. Especialmente quando demite ministros pelo telefone, Quem não segue as regras à risca recebe advertências, perde ao berros e palavrões, com um impagável sotaque sulista. anunciantes e, em casos extremos, tem o canal deletado. O La Fênix, uma espécie de Jackass brasileiA sátira da presidente Dilma não ro, sabe bem o que é isso. Desde que foi é a única novidade importada da incriado, em 2005, já foi excluído duas ternet para o novo Casseta & Planeta. O vezes. “Na última, recebemos uma noprograma contratou como roteirista e tificação por suposto uso de nudez”, diz produtor um dos responsáveis pelas Os númerOs impressiOnantes Rodolfo Credi, criador do grupo que reúmelhores paródias da web. Seu nome é dO YOutube ne sete amigos da Ilha do Governador Mederijohn Corumbá, ou simplesmen(RJ). Seus vídeos mostram os partite Mederi. Ele é responsável pelo canal 60 Horas de vídeo são postadas por minuto cipantes cumprindo algum desafio Galo Frito, com mais de 125 milhões de bizarro, como comer pimenta ou se arvisualizações no YouTube. “O traba70% rastar de bunda no asfalto só de cueca. lho deles se diferencia porque não é só do tráfego é de fora dos EUA A terceira versão do canal La Fênix um apanhado de tudo o que os outros já tem mais de 200 vídeos e 24 milhões produzem na internet”, diz Hélio de La 700 vídeos do YouTube são compartilhados de visualizações. Para evitar novos proPeña, veterano humorista do Casseta. no Twitter a cada minuto blemas, o grupo decidiu se organizar. O Ele conheceu Mederi em 2010, quando primeiro passo foi criar uma rotina de deu uma força para o canal participan30 mil gravações (das 9h às 17h de domingo). O do do vídeo Justin Biba, uma paródia do filiados participam do Programa de Parcerias, em 27 países segundo foi buscar apoio profissional. cantor americano Justin Bieber que teve O advogado Ricardo Grandi se esmais de 30 milhões de visualizações. 800 milHões pecializou em atender ao que chama Filho de pais brasileiros, mas nassão os usuários únicos ao mês de talentos de humor da internet. Sua cido no Suriname, Mederi criou o Galo empresa, a IQ Agenciamento, presta Frito como um projeto para a faculdade 3 bilHões de visualizacões geram receita toda semana assessoria jurídica, fecha parcerias e de publicidade e propaganda. A ideia cuida da imagem dos clientes. É sua ganhou espaço na extinta emissora 4 bilHões responsabilidade garantir que o conFiz TV e, em 2009, migrou para a web. de vídeos são assistidos por dia trato de PC Siqueira com a MTV não Aos 25 anos, Mederi é o mais velho inteo impeça de continuar produzindo grante do grupo, que tem ainda Patrícia dos Reis e Tiago Cadore, ambos com 22 anos. “Queremos para o canal Mas Poxa Vida, por exemplo. Ele e sua equipe aumentar a equipe com mais duas pessoas”, diz Mederi. também são acionados toda vez que uma empresa propõe As câmeras, as ilhas de edição e os salários são pagos participações em campanhas ou eventos. “Ainda tem muita com a renda dos vídeos, mas não é fácil prever o faturamen- gente que aborda o pessoal da internet propondo trabalho de to do canal. Alguns de seus maiores sucessos são paródias, graça”, diz Rica, como é conhecido. Outra função da agência que atraem muitas visualizações, mas não são tão rentá- é ajudar a produzir vídeos com mais qualidade, fornecenveis. Na hora de repassar o valor da publicidade, o YouTube do estúdio e equipamentos de edição. Novas por aqui, nos envia a maior parte para o detentor dos direitos autorais Estados Unidos já são dezenas as empresas que fazem esse originais – no caso do Justin Biba, o próprio cantor juvenil. trabalho. Na Califórnia, a produtora Big Frame gerencia 40
no mundo dos vídeos
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Tiago Cadore, Patrícia dos Reis e Mederijohn Corumbá (da esq. para dir.)_Paródias e séries no canal Galo Frito
canais do YouTube e ainda produz comerciais para grandes marcas. “Nosso trabalho é ajudar os talentos a lidar com aspectos do negócio que eles não conhecem bem”, disse a INFO Sarah Penna, fundadora da Big Frame. A IQ Agenciamento aproxima os humoristas brasileiros do padrão de profissionalização que empresas como a Big Frame já criaram. Mas nada comparado à College Humor, uma das maiores produtoras de humor do mundo. Seu canal existe desde 2006 e já soma mais de 1,2 bilhão de visualizações. No escritório em Nova York trabalham 120 pessoas, 50 delas dedicadas aos vídeos. O grupo publica entre 10 e 15 novos episódios toda semana, de simples bastidores engraçadinhos do funcionamento da produtora a gravações no meio da cidade, com atores contratados. “Toda segunda-feira a equipe de escritores faz uma reunião para discutir ideias”, contou a INFO Sam Reich, presidente de conteúdo da College Humor. Os melhores vídeos são os curtos, com cerca de dois minutos, e os que usam referências do universo pop. Como parceira do YouTube, estima-se que a College Humor fature ao menos 70 mil dólares por mês com o canal. Apesar de polpudo, o valor não cobre todos os gastos. E é aí que entra a grande sacada. A empresa cresceu tanto que passou a hospedar os vídeos em seu site. “Podemos nos dar ao luxo de pagar
servidores e, com isso, garantimos que as pessoas entrem no nosso site antes. Isso aumenta a audiência e, claro, o dinheiro dos anunciantes”, diz Reich. Por mês, 100 milhões de vídeos são vistos na página. Após 30 dias vão para o YouTube. Ainda é cedo para dizer se a Porta dos Fundos, a Parafernalha, o Galo Frito e a ZYO chegarão ao patamar da College Humor. Primeiro, porque canais em inglês têm a vantagem de serem assistidos em muito mais países. No caso do grupo americano, 30% da audiência vêm de fora dos Estados Unidos. Mas o Brasil tem ainda um grande potencial para explorar. O país contabiliza cerca de 80 milhões de internautas, mas eles representam apenas 40% da população. Desses, pouco mais da metade acessa a rede com conexão de banda larga, fundamental na hora de passar horas assistindo a vídeos. “É um momento de transição, de mudança de comportamento”, diz Antonio Tabet, do Kibe Loco. “Durante muito tempo quem fazia internet pagava para trabalhar. Isso mudou.” E não é uma piada! ↙
Veja em www.INFO.abrIl.cOm.br/extras os mais divertidos vídeos de canais como Galo Frito, 5inco minutos e away e saiba como são feitas as gravações dos programas
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CIDADE ELETRÔNICA Motor do milagre
chinês, Shenzhen tenta superar sua condição de chão de fábrica e de superexploração do trabalho para competir em inovação
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Onde nascem Os gadgets (e os xing lings)
INFO foi a Shenzhen, o maior polo de fabricação de eletrônicoS da china. a cidade abriga a foxconn doS iphoneS e ipadS, o high tech park, onde eStão oS laboratórioS de empreSaS como huawei e lenovo, e oS ShoppingS de futian, onde lojiStaS montam produtoS ao goSto do freguêS / Por felipe zmoginSki, de Shenzhen
Foto Corbis (rF)/ LatinstoCk
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shenzhen
é uma cidade de trabalhadores. Desde 4 horas da manhã, quando o tráfego portuário é aberto, até 2 horas da próxima madrugada, quando fecham os mercados noturnos de Luohu, tudo o que se vê na capital dos eletrônicos é trabalho. Quando os primeiros raios de sol vencem a densa névoa de poluição que cobre a baía de Bin Hai, está dado o sinal para mais um dia de produção. A luz natural é condição essencial para o tráfego de transatlânticos que fazem filas esperando sua vez para atracar no terceiro maior porto chinês. Um exército de estivadores com pouco mais de 1,6 metro de altura e operadores de guindaste organizam o embarque de smartphones, tocadores de MP3, televisores e notebooks produzidos a cerca de 15 quilômetros dali, no polo industrial de Longhua. As embarcações que deixam Shenzhen apinhadas de gadgets quase nunca chegam à cidade vazias. Trazem chips de memória flash da Coreia, baterias de lítio de Hong Kong, processadores do Japão, chipsets da Alemanha e receptores de GPS dos Estados Unidos. Do Canadá, Austrália e Brasil chegam silício, ferro, bauxita e alumínio, que alimentam a mais faminta indústria siderúrgica do mundo. Ao longo da costa de Bin Hai, a longa avenida que liga o porto da cidade aos demais bairros de Shenzhen, obras são realizadas pelo governo. A intenção é multiplicar por quatro a área portuária até 2022.
Há três décadas, uma embarcação que apontasse rumo a Shenzhen encontraria um cenário radicalmente diferente. A cidade, que cresce rápido e empoleira 11 milhões de pessoas em condomínios verticais, era uma pacata vila de pescadores no início dos anos 1980, quando um projeto desenhado nos gabinetes de Beijing a consagrou como Zona Econômica Especial (SEZ, na sigla em inglês). A decisão foi uma tragédia para os pescadores de Shenzhen e um bilhete premiado para outros cidadãos chineses, que tiveram permissão para migrar para a cidade. Na época, o fluxo de pessoas dentro da China era controlado pelo governo e obter permissão para viver e trabalhar numa SEZ era como ganhar um passe para sair da pobreza.
Uma cIdade de mIgraNtes A liberdade migratória fez Shenzhen crescer a um ritmo alucinante. Milhares de camponeses do Cantão, região sul da China, têm descoberto no polo tecnológico as dores e as alegrias do milagre econômico chinês. Bairros inteiros são construídos a cada semestre e taxistas se perdem ao topar com ruas que não existiam há um ou dois meses. A maioria das pessoas que chega a esses novos bairros é composta por camponeses em busca de emprego nas zonas industriais. No distrito de Longhua, enormes complexos fabris produzem eletrônicos que levam as marcas de gigantes da tecnologia como Apple, Acer, HP, Dell e Motorola. Um estudo do governo da província de Guandong estima que 30 bilhões de dólares foram investidos em Shenzhen por companhias estrangeiras desde os anos 1980. Impostos baixos, menos burocracia para empreender, oferta de terra, câmbio desvalorizado, energia abundante, frouxas regras ambientais e infraestrutura impecável de lo-
gística são os trunfos de uma SEZ. Somese ainda um ingrediente poderoso, capaz de desequilibrar a balança da competição internacional a favor da China: um mercado de trabalho com mão de obra farta, barata e impedida de se organizar. “Na China, os contratos de trabalho permitem jornadas de até 60 horas semanais, o que equivale a trabalhar 10 horas por dia, de segunda a sábado, descontado o tempo gasto em pausas para refeições ou para ir ao banheiro”, afirma Jiahui Huang, observadora da organização China Labours Watch, grupo de defesa dos trabalhadores criado em Nova York, mas com representação em Shenzhen. Esse limite, no entanto, é frequentemente desrespeitado. Segundo Jiahui, são fartos os relatos de jornadas
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EXPANSÃO
Em Shenzhen fábricas são inauguradas às pressas e os prédios ficam prontos antes das calçadas
superiores a 70 horas semanais por salários mensais de 1 100 iuanes, ou menos de 370 reais, já inclusas as horas extras. INFO visitou a mais famosa das indústrias de Shenzhen, o complexo da Foxconn que fabrica os iGadgets. Chamada de iPod City pelos moradores locais, a região justifica o apelido. O conjunto de construções que forma a unidade fabril reúne 15 galpões dedicados às linhas de produção, além de prédios-dormitórios, silos de armazenamento de peças e áreas de lazer, com piscina e quadras de esportes, refeitórios e supermercados. Quem vive na iPod City tem acesso até a um canal de televisão, a Foxconn TV, que transmite sua programação para 1 milhão de trabalhadores espalhados pela China
Foto felipe zmoginski
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continental. Desse total, 450 mil espectadores vivem na planta de Shenzhen, a maior instalação da Foxconn no país. Fechada para a imprensa desde sua inauguração, a iPod City permitiu visitas pontuais de agências de notícias e publicações americanas após uma dezena de trabalhadores cometer suicídio dentro de suas dependências. O jornalista americano Joel Johnson, que já escreveu para publicações como Gizmodo e Wired, visitou o complexo em janeiro de 2011. “Na época, eles estavam realmente interessados em mostrar como são as coisas em seu campus”, disse Johnson a INFO. Procurada, a Foxconn respondeu, por meio de sua diretora de relações públicas, Samantha Chen, que visitas não
são mais permitidas. A negativa abriu a possibilidade de uma forma mais arriscada, porém mais autêntica, de explorar a iPod City: um tour livre de guias. A partir do portão oeste da fábrica da Foxconn, onde um jovem vigilante solitário cochilava sob um calor de 33 graus, INFO iniciou sua jornada pelo complexo industrial. Nesse ponto não há roletas controlando o acesso e o grande fluxo de trabalhadores torna difícil monitorar a entrada e a saída de não funcionários. Em pleno domingo, dia da folga semanal da maioria dos operários, ao menos três galpões funcionavam plenamente, com funcionários de avental branco enfileirados nas linhas de produção. O que mais chama atenção de Abril 2012 INFO
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quem cruza os portões da Foxconn é a visão de redes antissuicídio. Elas cercam todos os prédios e são reforçadas no topo dos edifícios, fechadas nas laterais e em cima. As redes foram instaladas há dois anos, depois que o número de funcionários que se atirou de janelas e terraços superou a casa de uma dezena. Oficialmente, o governo chinês admite 17 suicídios nas fábricas da Foxconn e os imputa a razões pessoais. Debby Chan, diretora da Sacon, ONG com sede em Hong Kong dedicada a denunciar abusos contra trabalhadores na China, conta que são gravíssimos os problemas nos métodos de produção da Foxconn e responsabiliza tanto a Apple quanto sua parceira chinesa pelas mortes em Shenzhen. “Aqui, como em outros países da Ásia, a ocorrência de suicídios é mais alta que a média mundial, mas nas fábricas da Foxconn a recorrente humilhação e a superexploração levam os trabalhadores a situações limite”, diz Debby. Entre as mortes registradas está a do operador Sun Danyong, 25 anos, acusado de perder um protótipo do iPhone 4. Sun teria sido agredido e ameaçado por seguranças um dia antes de se atirar da janela de seu quarto. Caminhando por entre as alamedas da Foxconn é possível perceber que há um esforço para melhorar as condições de trabalho. As ruas são limpas e arborizadas. Os amplos refeitórios oferecem diferentes tipos de alimentação. Há des-
de os que servem tradicionais pratos chineses até lanchonetes que vendem hambúrguer. Os vestiários são limpos. Os lavatórios ficam subitamente cheios a cada intervalo nas linhas de produção. Jovens apressados fazem fila na porta para lavar o rosto e as mãos. Depois usam o escasso tempo livre para ouvir música em fones de ouvido. São poucas as conversas e o vai e vem entre as linhas de produção e as áreas de descanso é organizado e silencioso. Não há sinal para marcar o fim de um intervalo, mas todos parecem saber a hora de regressar a seu posto, ainda que muitos retardem em alguns segundos esse momento para dar uma última tragada no cigarro, um hábito comum entre os operários chineses.
Uma cIdade aUtOssUFIcIeNte Entre as unidades de produção e os dormitórios da Foxconn existem mercadinhos e padarias que vendem iogurtes, pães e produtos de limpeza a preços em média 50% mais baratos do que no centro de Shenzhen. Há uma pequena feira de eletrônicos próxima aos portões da companhia, onde operários podem comprar ou vender tocadores de MP3, smartphones de segunda linha e videogames portáteis. Na entrada, cartazes em mandarim incentivam os trabalhadores a postar na web mensagens positivas sobre a vida na Foxconn e prometem bônus para os melhores depoimentos.
Na Foxconn dos suicídios, um operário disse a INFO: "Minha família se assustou, mas não me importo"
Do lado de fora, as ruas abrigam carros velhos, homens deitados no chão à sombra de árvores e muitos bares que tocam música pop e servem álcool. Às 16 horas de um domingo não foi difícil reconhecer nos botecos que vendem cerveja a 4 iuanes (1,30 real) para os funcionários da iPod City. Dois rapazes, de 18 e 20 anos, que bebiam chá quente, conversaram com a INFO. O mais jovem, Zang, trabalha de 10 a 12 horas por dia. “Já estou acostumado. Não gosto quando tenho de ficar muitas horas em pé ou quando me sinto observado de perto pelo supervisor. De qualquer forma, é um bom emprego”, diz Zang, que trabalha há dois anos na Foxconn e espera comprar uma moto neste ano. O outro jovem, Yan, 20 anos, está há três anos em Shenzhen e, antes de entrar na Foxconn, passou por outras duas fábricas. “Minha família ficou muito assustada quando contei que trabalharia aqui, pois eles sabem dos suicídios, mas eu não me importo”, disse Yan. “O trabalho não é bom, mas também não é ruim.” Yan e Zang dizem que os operários pedem para fazer mais horas extras para engordar os rendimentos. Um estudo da consultoria francesa Alternatives Economiques mostra que a eficiência e o baixo custo das fábricas chinesas são um pilar fundamental na recente ascensão da Apple, alçada em 2011 ao posto de empresa de tecnologia mais valiosa do mundo. A análise estima em 178 dólares o custo total, para a Apple, de produção de um iPhone 4, descontados investimentos em pesquisa e projeto na Califórnia. Desse total, apenas 7 dólares é o valor adicionado pelas fábricas chinesas. A consultoria afirma que se iPhones e iPads fossem montados na Europa e nos Estados Unidos seria impraticável vendê-los por valores como 199 e 499 dólares, respectivamente.
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Operárias na FOXCOnn ONGs viram melhoras na planta de Shenzhen, mas há muita exploração nas fábricas do interior
Uma cIdade de pOlIcIaIs A intensa atividade alfandegária, a fronteira com Hong Kong, o rígido controle político e os recentes protestos de trabalhadores transformaram Shenzhen numa cidade de policiais. Eles estão por toda a parte, ajudam a organizar o trânsito, dão broncas em quem fura a fila do metrô e asseguram que as crescentes tensões chinesas não afetem o funcionamento das engrenagens econômicas da cidade. Os ocidentais, ou laowais, são pontos de atenção em meio à população local, o que faz os batalhões de vigilantes parecerem especialmente intimidadores. Kate Chan, intérprete de 20 anos que acompanhou INFO, conta que são imprevisíveis os riscos reais em Shenzhen. “Você pode apenas levar uma bronca por tirar fotos onde não é bem-vindo até ser detido ou expulso”, afirma Kate.
Uma cIdade de meNtes brIlhaNtes Arranha-céus envidraçados, restaurantes estrelados e centros de compras com lojas de grife compõem o cenário do High Tech Park, bairro que concentra os laboratórios das companhias chinesas ZTE, Huawei e Lenovo, e atrai parte das mentes mais brilhantes do país. Executivos bem-sucedidos em São Francisco, Londres e Nova York dividem os escritórios do High Tech Park com jovens programadores escolhidos em rigorosos testes de seleção nas universidades de Xangai e Beijing. O distrito é uma espécie de Silicon Valley vermelho, uma área onde a China tenta superar sua recente condi-
Foto Qilai Shen/in PictureS/corbiS/corbiS (Dc)/latinStock
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ção de chão de fábrica e tirar a diferença que a separa dos vizinhos Japão e Coreia do Sul na criação de tecnologias. Historicamente acusadas de produzir cópias baratas de produtos concebidos nos mercados mais avançados, as empresas chinesas já emplacam projetos de alta tecnologia embarcada. Um bom exemplo são os laboratórios de pesquisa e desenvolvimento da Huawei, companhia que detém a maior parte das patentes do LTE, padrão de transmissão de dados sem fio que permite criar as redes de banda larga móvel 4G. Depois de vender a tecnologia para construir a rede 4G da Teliasonera, que opera na Finlândia e na Suécia, a Huawei faturou um bilionário e simbó-
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paraíso XING LING Shoppings verticais oferecem gadgets falsos (muitas vezes montados na hora) para a emergente classe média, que não pode pagar pelo produto de grife
lico contrato com a japonesa Softbank. Uma das maiores empresas de telecom do Japão, a Softbank usará infraestrutura chinesa para melhorar sua banda larga móvel e criar redes sem fio capazes de oferecer a seus usuários velocidades de até 20 Mbps para download de arquivos. “Nossa tecnologia levará a conexão 4G a moradores de Tóquio, Kioto e Osaka”, disse a INFO Kevin Xuyan, diretor de marketing para produtos sem fio da Huawei. O recém-assinado contrato com a Softbank é quase um diploma de maioridade para a juvenil indústria de alta tecnologia chinesa. “Durante anos o Japão foi referência tecnológica. Por 68 / INFO Abril 2012
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isso, fornecer infraestrutura 4G para eles é marcante para nós”, diz Xuyan. Fundada em 1987, a Huawei transformou-se na segunda maior provedora de infraestrutura de telefonia no mundo, atrás da sueca Ericsson. Dos 110 mil funcionários que mantém no mundo, 46% são engenheiros e pesquisadores dedicados a novas tecnologias, o que tornou a empresa uma das líderes no registro de patentes na China. Nos laboratórios de pesquisa da empresa em Shenzhen, Kevin Xuyan mostrou a INFO como funcionará o LTE Advanced, padrão de transmissão de dados sem fio que permitirá navegar na web a velocidades de 1 Gbps.
Melhorias nas antenas de transmissão, upgrade de software e métodos mais avançados para explorar frequências sem fio permitiram, em laboratório, atingir a incrível velocidade de 1,3 Gbps na transmissão de arquivos entre dois laptops. “O conceito do LTE Advanced já está bem-acabado, mas não existem dispositivos comerciais capazes de navegar nessa velocidade”, diz Xuyan. “O usuário precisaria de um celular com uma bateria gigante, porque o intenso tráfego de dados consome em minutos a energia armazenada nas baterias de íon de lítio.” A indústria de smartphones e tablets deve encontrar soluções para isso em dois ou três anos. No High Tech Park, os prédios e as vias públicas não ficam atrás dos de São Francisco ou Nova York no aproveitamento inteligente dos recursos naturais. Maior poluidor do mundo, a China
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também investe em energias renováveis. Os espigões corporativos do bairro tech contam com painéis de captação solar e são capazes de reaproveitar até 60% da água que consomem. Nas ruas do Park, além das lâmpadas de LED, painéis solares geram e armazenam parte da energia que será usada à noite.
Uma cIdade de FalsIFIcadOres Ao contrário do que faz crer o senso comum, o preço dos eletrônicos na China é quase tão alto quanto no Brasil. Um iPhone 4 de 16 GB é vendido nas lojas da Apple pelo equivalente a 1 600 reais. Um notebook Lenovo com Core i7 custa em torno de 3 mil reais. O intricado sistema tributário que assegura incentivos às exportações onera a venda de eletrônicos no mercado interno. Uma pequena brecha legal, no entanto, permite que eletrônicos montados em zonas especiais, como Shenzhen, recolham menos impostos. O resultado é a explosão de um vigoroso mercado de eletrônicos no bairro de Futian, alimentado pelo turismo interno de compras. Todos os dias ônibus despejam milhares de consumidores da nova classe média chinesa em Futian. As descoladas lojas de rua que vendem produtos originais Nokia, Apple e Samsung são eclipsadas pelos grandes shoppings verticais que se espalham ao longo da Avenida Huaqiang. Prédios com até 30 andares são repartidos em minúsculos estandes, alguns com mero metro quadrado, que vendem toda sorte de equipamentos eletrônicos. O comerciante Frank Chu, que há 15 anos mantém lojas na região, conta que o comércio no bairro nasceu a partir do desemprego de operários, como ele, dispensados das fábricas de Longhua. “A gente só sabia montar computadores. Então, tivemos a ideia de comprar com-
o preço do iphone a China é o país que menos agrega valor à produção do iphone, Cujo Custo unitário de produção é de us$ 178,96
japãO empresas japonesas recebem us$ 60 pelas peças para cada iphone. a toshiba envia memória Flash e a tela sensível ao toque
cOreIa dO sUl a coreana samsung contribui com o processador e o chip de memória ram (ddr), no valor de us$ 23
alemaNha a alemã infineon faz, entre outros componentes, o módulo da câmera fotográfica e o receptor de gps ao custo de us$ 28
estadOs UNIdOs Companhias americanas como Broadcom, numonyx e Cirrus logic fornecem o sistema de áudio e o Bluetooth por us$ 10,80
chINa os custos de manufatura da Foxconn chinesa não excedem us$ 7 por unidade montada OUtrOs as demais peças são fornecidas por países variados por us$ 50,16 Fonte: Consultorias Hughes e Rassweiler
ponentes que sobravam nas fábricas e montar PCs”, diz Chu. A cultura logo se disseminou. Nos shoppings de Futian, trabalhadores amontoados em salas mínimas montam tablets, smartphones e notebooks conforme o gosto do freguês. Projetos que fabricantes como Apple, Motorola e Samsung levam meses para conceber, são definidos na hora. O consumidor pode “customizar” seu tablet: tela de 7 ou 11 polegadas, processador Intel ou Nvidia, gabinete de plástico ou alumínio. Uma equipe de montadores saca as peças de caixas de plástico e constrói o gadget em minutos. A integração de eletrônicos em Futian faz as fábricas da Foxconn parecerem um resort de luxo. Garotos chineses que não aparentam ter mais do que 15 anos se espremem em corredores estreitos e compartilham mesas com 40 centímetros. Muitos trabalham sem camisa e descalços. O resultado são pilhas de smartphones e notebooks baratos. Em algumas lojas, o cliente pode escolher a marca que deseja associar a seu hardware genérico. Há adesivos da LG, Sony e Nokia dispostos numa bacia. Líder entre os produtos pirateados, o iPhone possui ao menos 20 versões em Futian. A falsificação top de linha é a do HiPhone 5G de 32 GB, gadget com tela capacitiva e dimensões idênticas às do original. A voracidade da indústria high-tech chinesa destoa das regras marxistas sob as quais a China contemporânea foi concebida. Uma frase da guia que acompanhou INFO nessa jornada faz uma síntese bem-humorada do atual momento: “Se você quer conhecer o socialismo, visite a Noruega. A China é o país mais capitalista do mundo”. ↙ leia mais sobre a china em www.INFO.abrIl.cOm.br/extras
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Xing Ling é risco?
GadGets vindos da China têm preços baixos. mas funCionam? o infolab testou CinCo produtos para Conferir. veja o que deu / Por juliano barreto
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Preço muito baixo e risco alto de
parar de funcionar. Com essas duas características, os gadgets vindos da China de modo informal criam uma dúvida na cabeça de quem tem vontade de ter um smartphone ou tablet, mas não pode (ou não quer) gastar muito. Mas será que vale a pena comprar um xing ling? Além do preço, a vantagem de optar por um aparelho chinês sem marca está na fartura de recursos. Os telefones funcionam com chip de duas ou mais operadoras simultaneamente e permitem até sintonizar a TV aberta. Já os tablets oferecem diferentes formatos de telas, rodam o sistema operacional Android e podem acessar a internet pela rede 3G. Mas a lista de desvantagens também é longa: falta de garantia, interfaces toscas e telas que quase não respondem ao comando dos toques. Mas a falta de controle de qualidade ainda é o principal problema. Uma réplica do iPhone pode durar dois anos ou duas semanas. O INFOlab testou quatro gadgets (e um radinho de pilha Android!). Dois smartphones passaram também pelos laboratórios do Instituto de Pesquisas Eldorado, órgão certificado pela Anatel, para medir os níveis de radiação e de segurança. Confira, ao lado, os resultados.
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Tablet teimoso
O preço é atraente (260 reais), mas o iMID T-003 é frágil. Sua tela resistiva de 7 polegadas tem pouca sensibilidade. É preciso apertar os ícones com força para os comandos serem reconhecidos. Ele roda Android 2.1 e não deve suportar versões mais novas. Além do Wi-Fi, conta com adaptador para usar o chip 3G de qualquer operadora e uma entrada para cabo de rede. Dá para usá-lo com a banda larga de casa.
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Android sem pedigree
O smartphone Android H300 (250 reais) roda a versão 2.2.1 do sistema e acessa o Android Market. Mas sua tela resistiva não entende os comandos e a bateria alcançou a fraca marca de 3 horas e 56 minutos. O Instituto Eldorado constatou que as taxas de absorção de radiação do aparelho estão muito próximas do limite. O teste mede quanto da radiação eletromagnética é absorvida ao usar o celular.
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Meia hora de bateria
O Aony Q9 (75 reais) pode funcionar com três chips. Possui três botões para chamadas, um para cada SIM Card. O recurso é útil e funciona bem. Mas a bateria durou só 37 minutos, com os três chips e Bluetooth ativados. Nos testes do Instituto Eldorado, o Q9 e seu carregador obtiveram taxas de absorção de radiação muito próximas do limite máximo permitido. O aparelho corre o risco de “queimar”.
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O mascote virou rádio
O Google foi passado para trás no aproveitamento da imagem do mascote de seu sistema Android. Nas barraquinhas dos camelôs no centro de São Paulo faz sucesso um rádio portátil que tem o formato do famoso robozinho verde. Por 35 reais, o aparelho sintoniza rádio FM e toca arquivos MP3 armazenados em um cartão SD. O alto-falante não tem muita qualidade, mas permite ouvir um sonzinho.
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HiPhone sem-vergonha
Só a maçã atrás e o botão único na frente lembram um iPhone. O HiPhone A5 (130 reais) tem espaço para dois SIM Cards, sintoniza TV analógica com antena retrátil e tem duas câmeras péssimas de 0,3 MP. Ele usa um sistema operacional não identificado compatível com apps em Java e tem teclado virtual difícil de usar. Para inserir números é preciso ir e voltar nos menus. Não recomendamos.
FOTO rafael evangelista EDIçãO DE IMAGEM artnet digital
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* Projeção feita pela INFO sobre dados do StatCounter (medidos de setembro de 2008 a fevereiro de 2012). A margem de erro é de 6 pontos porcentuais, para mais ou para menos
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rumo ao topo
Em setembro, quando fará quatro anos, o Chrome vai estar bem à frente, segundo projeção da INFO
OutrOs 1%
chrOme 38%
Opera 2% saFarI 7%
FIreFOx 25%
INterNet explOrer 27%
O nOvO dOnO da web
Navegador criado pelo Google, o Chrome caminha para se tornar o browser mais usado no mundo, acabando com o domínio de 13 anos do Internet Explorer, da Microsof. Mas isso é bom? / POr Maurício Moraes
IluStrAçãO anna Luiza aragão
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A supremAciA do internet explorer
vegador, mas foram barrados por Eric Schmidt, então presidente da empresa. Depois de algumas tentativas, em 2006 Page e Brin montaram um time de talentos, incluindo ex-desenvolvedores do Netscape e da Fundação Mozilla, com a desculpa de que ajudariam a melhorar o Firefox e a fazer extensões do Google e de seus produtos. Foi um golpe de mestre. Com a equipe formada, criar um navegador tornou-se uma vontade do grupo. Schmidt cedeu e o Chrome surgiu dois anos depois.
marketINg de resultadOs acaba neste ano. Quando o Chrome, navegador criado pelo Google, comemorar seu quarto aniversário, em setembro, já terá se transformado no browser mais usado do planeta. A mudança vai iniciar uma nova era na web, em que a Microsoft passará para o posto de coadjuvante depois de 13 anos na liderança. Ao conquistar a maior base de internautas do mundo, a equipe do Google terá mais força para tentar definir os padrões que achar convenientes para a web, e os seus rivais precisarão se ajustar a essas regras. Rodar complexos aplicativos online ficará mais fácil e haverá mais segurança. Ao mesmo tempo, os dados de navegação da maior parte dos usuários da rede vão passar pelos servidores do Google. O fim do reinado do IE aparece em projeções matemáticas feitas pela INFO, a partir dos números da consultoria StatCounter coletados de setembro de 2008 a fevereiro de 2012. No período, a parcela de mercado do navegador da Microsoft caiu de 67% para 36%, enquanto a do Chrome subiu de 1% para 30%. Se a tendência se mantiver, é certo que o Google chegará ao primeiro lugar nos próximos meses, talvez já em
abril. O número de adeptos do Firefox, da Fundação Mozilla, tem diminuído lentamente desde novembro de 2010 e, no mês passado, ficou em 25% do total, o que o mantém na terceira posição. O Safari, da Apple, com somente 7%, avança devagar e por um bom tempo dificilmente sairá do quarto lugar. Por essa o presidente da Microsoft não esperava. Em setembro de 2009, quando o Chrome tinha um ano de vida e menos de 4% do mercado, Steve Ballmer ridicularizou seu alcance em entrevista ao site TechCrunch. “Nosso concorrente de sucesso é, de longe, o Firefox. O Chrome é uma margem de erro”, disse Ballmer. O IE era usado por 58% dos internautas na época. Mas a situação começou a mudar em 2010, quando surgiram a galeria de extensões do Chrome e as versões estáveis para Mac OS X e Linux. O ritmo de adoção do browser do Google aumentou ainda mais em 2011, com a estreia da Chrome Web Store, a loja de aplicativos. O Chrome demorou mais tempo para nascer do que desejavam Larry Page e Sergey Brin, os fundadores do Google. No início da última década, eles já defendiam a criação de um na-
A simplicidade de uso e a velocidade do programa, presentes desde a estreia, foram fundamentais para que ganhasse terreno sobre os concorrentes. Com uma nova versão disponível a cada seis semanas, desde julho de 2010, as inovações tornaram-se bem mais frequentes do que as de seus rivais. Parte do sucesso também se deve a um investimento pesado do Google em marketing. Sempre que alguém entra no buscador pelo Internet Explorer, uma mensagem no canto superior direito sugere ao internauta para baixar um “navegador mais rápido” – claro, o Chrome. A empresa apostou ainda em vídeos virais que destacam qualidades do software ou têm forte apelo emotivo. Também adotou estratégias agressivas. Passou a fazer campanhas publicitárias milionárias do browser na TV aberta, inclusive no Brasil. Anunciou na mídia impressa, em sites, em pontos de ônibus, em estações de metrô e em outdoors. Na web, uma das campanhas violava regras do próprio Google, o que levou a companhia a admitir o erro e a aplicar uma punição de 60 dias a si mesma. Isso ocorreu porque uma empresa contratada pelo Google pagou para blogs publicarem posts recomendando
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o navegador. Pelo menos um deles trazia um link para download. O truque, revelado em janeiro pelo blog SEO Book, ajuda um site a subir artificialmente no ranking. Como represália, a página de download do Chrome teve rebaixado o PageRank, o índice do Google que determina a relevância em buscas.
CONtrOle da prIvaCIdade Não são poucos os motivos que levam o Google a querer ter o navegador mais popular do mundo. “Há muitas razões. A principal delas é que a maior parte do faturamento da empresa vem de anúncios e buscas. Tudo isso passa pelo browser. Por isso, eles precisam ter certeza de que o caminho não está sendo controlado por outra companhia”, disse a INFO David Mitchell Smith, analista do instituto de pesquisas Gartner. Líder por mais de uma década com o IE, a Microsoft é a rival a ser combatida. Outro motivo para esse comportamento está na vontade de trazer inovações para a internet, tornando os navegadores mais versáteis. À medida que o Chrome incorpora funcionalidades, seus concorrentes também têm de se
mexer e melhorar. Isso é bom para os internautas. Durante o longo reinado do IE 6, a web permaneceu estagnada. Com o surgimento do Firefox, mais rápido e seguro, a Microsoft foi forçada a reagir. Mas por trás do progresso trazido pelo Chrome, há o interesse comercial. “Ao transformar a web em algo mais útil para as pessoas, o Google pode mostrar mais anúncios para elas”, afirma Smith. Isso sem falar na quantidade de informações coletadas quando alguém navega com o Chrome. “O Google coleciona um monte de dados sobre tudo, o que tem causado uma preocupação cada vez maior”, diz Smith. Ainda que a empresa afirme não monitorar individualmente os usuários, os hábitos de cada internauta acabam gerando dados. O Chrome envia informações para os servidores da companhia em pelo menos 15 situações, de acordo com os termos de privacidade da empresa. Não está claro se tudo isso fica armazenado remotamente, nem quanto tempo leva para ser deletado. Muito menos se apenas o browser utiliza esses dados. Quando alguém digita qualquer coisa na barra de endere-
ços, por exemplo, o texto é mandado para o buscador-padrão, o Google, que pode autocompletar a URL ou sugerir uma pesquisa, isso se o internauta não alterar as configurações. Se usar a correção ortográfica, a transmissão também acontece. Para esclarecer esta e outras questões, INFO solicitou ao Google entrevistas com Sundar Pichai, vice-presidente sênior para o Chrome, Ben Goodger e Darin Fischer, engenheiros de software que integram a equipe de desenvolvimento do navegador. Mas o Google afirmou que seus técnicos não estavam disponíveis. No ano passado, durante o anúncio dos resultados financeiros do primeiro trimestre, Patrick Pichette, vice-presidente sênior e diretor financeiro do Google, explicou por que o browser é importante para a empresa: “O Chrome faz a web avançar. Quando as pessoas o adotam, em vez de ficarem procurando um jeito de fazer buscas, elas têm acesso direto ao buscador do Google pela omnibox (a barra de endereços). Todo mundo que usa o Chrome torna-se dependente de nós, em relação a ter acesso ao Google”.
Os cérebrOs dO chrOme
Para Criar Seu NaVegador, o googLe moNTou um Time de TaLeNToS
Sundar Pichai
Liderou a equipe que criou o navegador. Com o sucesso do browser, tornou-se vice-presidente sênior para o Chrome
Ben Goodger
Trabalhou no Netscape e no projeto do Firefox. Tem experiência em design de interfaces e ajudou a criar o primeiro protótipo do Chrome, em 2006
Lars Bak
Liderou o desenvolvimento do V8, o motor de JavaScript que tornou o Chrome um dos navegadores mais rápidos para rodar aplicações na rede
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Para Navegar melhor
Quatro bons aplicativos gratuitos para baixar na chrome Web store
GmailOffline
está sem conexão com a internet e quer consultar os e-mails? É só abrir o programa, que baixa automaticamente as mensagens dos últimos 7, 15 ou 30 dias
Amazon Cloud Reader
indicado para quem compra e-books na amazon, o aplicativo permite ler os livros offline. Dá para fazer anotações e mudar a formatação do texto
O investimento pesado em publicidade para promover o browser tem funcionado. Durante a mesma divulgação de resultados, Nikesh Arora, vice-presidente sênior e diretor de negócios da companhia, afirmou que 40% dos 120 milhões de usuários que aderiram ao Chrome em 2010 o fizeram por causa dos esforços de marketing. “Continuaremos a incentivar o Chrome estrategicamente, porque ele não nos traz um único benefício: causa impacto em muitos de nossos outros produtos, que funcionam como parte do Chrome. O valor de um usuário do Chrome é fenomenal”, afirmou Arora.
cONcOrrêNcIa FOrte Ainda que o crescimento do Chrome seja acelerado, David Smith, do Gartner, não acredita em monopólio. “Há três concorrentes muito fortes hoje. Não vamos retornar aos dias em que o Internet Explorer tinha 90% do mercado”, diz Smith. Ao contrário do que ocorreu com o Netscape, que teve um fim trágico, Firefox e IE vão continuar a ser relevantes, com uma enorme base de usuários. Um dos grandes desafios do Google está em conquistar o mercado ameri-
Google Docs
o aplicativo permite que documentos e planilhas abertos recentemente fiquem disponíveis para leitura mesmo que o usuário esteja sem conexão com a internet
cano, ainda liderado pelo navegador da Microsoft. Lá, existe um empate técnico no segundo lugar, entre Chrome e Firefox. No Brasil, o browser do Google chegou ao topo no ano passado. Mesmo que não atinja um grau de dominação similar ao do IE, o Chrome poderá impor novos padrões à medida que se distanciar dos competidores. Entre as mudanças defendidas pelo Google está a adoção da linguagem Dart, criada pela empresa. Ela substituiria o JavaScript para criar aplicativos. “Tenho receio de que, com o Dart, o Google vai dividir a comunidade de desenvolvedores e fragmentar o conteúdo na web. Garanto que Apple, Microsoft, Opera e Mozilla nunca vão adicionar a linguagem a seus browsers”, diz Brendan Eich, criador do JavaScript e diretor de tecnologia da Mozilla. “Então, ‘Funciona melhor no Chrome’ ou até ‘Só funciona no Chrome’ serão novas normas decretadas pelo Google.” A capacidade do Chrome de rodar aplicativos online cada vez mais complexos pode se tornar uma vantagem competitiva e forçar os outros navegadores a incorporar essa habilidade. Neste mês, está prevista a estreia de From Dust, da
INFO Notícias
reúne reportagens produzidas pela equipe de INFO online. há outros dois aplicativos da INFO na loja do chrome: o INFO lab, com reviews, e o INFO Dicas
Ubisoft, na loja de aplicativos Chrome Web Store. No game de estratégia, o jogador assume o papel de uma entidade divina que deve salvar uma tribo. Mas o que há de especial nisso? Embora os cenários estejam em 3D, o programa roda no browser, algo impensável até pouco tempo para um jogo como esse. A equipe de desenvolvimento do Google conseguiu incorporar o Native Client ao Chrome, uma tecnologia que permite a execução de programas mais pesados.
tudO rOda NO brOwser A mudança abre espaço para a ideia do Google de transformar o browser em um sistema operacional. A crença de que o centro de nossas vidas será a web foi outro motivo para a criação do navegador. Sob esse ponto de vista, instalar programas é uma necessidade. A Chrome Web Store funciona como uma loja de aplicativos tradicional, com um modelo inspirado no dos smartphones. Apesar das limitações, tem dado certo. O Graphic.ly, uma plataforma online que permite comprar e ler quadrinhos, está disponível para o Chrome, mas pode ser acessada por qualquer browser. A maior quantida-
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de de visitantes, contudo, chega pelo navegador do Google. “Sou fã do apoio que eles dão, tanto para criar um aplicativo como para promovê-lo”, diz Micah Baldwin, presidente da Graphic.ly. Para ele, ainda faltam alguns ajustes para que os programas do Chrome ofereçam uma experiência mais completa.
CONtra O WINdOWs O desdobramento desse conceito são os Chromebooks, laptops com hardware mais básico cujo sistema operacional é uma versão mais simples do Linux, capaz de rodar apenas o navegador Chrome. Os notebooks, que começaram a ser vendidos nos Estados Unidos em junho passado, ligam em cerca de 10 segundos, mas só aceitam aplicativos da Web Store. Além de rápidos, os computadores recebem atualizações automaticamente e usam tecnologia que os tornam mais seguros que um PC com Windows. Em contrapartida, ter uma
qualquer navegador pode ser comprometido se houver tempo, recursos e motivação para isso”, disse Chaouki Bekrar, presidente da Vupen. O sandbox funciona como uma caixa de contenção contra ameaças. Se um site perigoso é acessado, essa tecnologia impede o código malicioso de ler os dados do PC ou de se instalar no computador. Para Bekrar, o fato de o Chrome estar prestes a se tornar o mais usado no mundo é uma boa notícia. “Como não temos visto em circulação nenhum tipo de código malicioso que se aproveite de uma vulnerabilidade do Chrome, a internet vai se tornar mais segura”, afirma. Mas a próxima versão do Internet Explorer, que virá com o Windows 8, promete um grau ainda maior de proteção. Pelo visto, a guerra dos browsers ainda está bem longe de terminar. ↙
conexão com a internet é fundamental para usar boa parte dos recursos. A ideia do Google é competir com a Microsoft, mas, pelo menos até agora, os Chromebooks não obtiveram sucesso. Apenas quatro modelos foram produzidos, por Samsung e Acer. Isso não quer dizer que o conceito tenha fracassado. Nos Estados Unidos, a prefeitura de Orlando integra projeto-piloto com 650 laptops do Google. Os resultados têm sido bons. “Eles são seguros e não precisam de muita manutenção”, diz Rosa Akhtarkhavari, responsável pela TI da prefeitura de Orlando. Embora seguros, o Chrome e os Chromebooks não são invulneráveis. A empresa francesa Vupen demonstrou, no mês passado, numa competição de hackers no Canadá, que é possível driblar um dos principais recursos de segurança do browser, o sandbox. “Levamos seis semanas para fazer. Queríamos mostrar que
Leia mais sobre o Chrome em WWW.INFO.abrIL.COm.br/extras
A guerrA dos browsers
Primeiro foi o NetscaPe, dePois o iNterNet exPlorer. o chrome vai se torNar o terceiro Navegador a reiNar Na web (em %) 94,2
6,8 2 03/2011
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safari
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Vale a pena trocar?
Com tela de altíssima definição, 4G e câmera de 5 MP, o novo iPad é bom à beça. Mas quem já tem o iPad 2 realmente precisa dele? / Por Airton Lopes
Assim como o iPhone 4S, a terceira geração do iPad
teve o lançamento precedido de enorme expectativa, deixou uma ponta de frustração em quem esperava um iPad 3 revolucionário, impressionou o mundo com um recurso matador e se transformou em sucesso instantâneo de vendas. O enredo só não se repetiu no batismo do gadget. No lugar de iPad 2S, a Apple preferiu chamá-lo simplesmente de novo iPad. A principal atração do tablet é a tela Retina Display, com 2 048 por 1 536 pixels, ou quatro vezes a resolução do antecessor. O conteúdo exibido ganha nitidez e boa reprodução das cores. Para produzir as imagens que parecem impressas no tablet, tamanha a proximidade entre os pixels, o iPad foi reforçado com um chip com dois núcleos de processamento para tarefas gerais e quatro dedicados exclusivamente ao sistema gráfico. Outro salto tecnológico está na conectividade. O novo iPad oferece conexão à internet pela rede celular 4G no padrão LTE (Long Term Evolution). Essa tecnologia permite, na prática, velocidade média de 24 Mbps. É um recurso não aproveitado no Brasil, pois ainda não temos redes 4G LTE. A câmera também avançou. A principal faz fotos em 5 MP e filma em 1 080p .
O visual do novo iPad é praticamente idêntico ao do iPad 2. O aumento da espessura, de 8,8 para 9,4 milímetros, é pouco perceptível. Já o ganho de peso é mais fácil de notar. O novo iPad testado pelo INFOlab, um modelo de 32 GB com 4G, pesa 662 gramas. O iPad 2 com 3G é 49 gramas mais leve. Mas a diferença mais dramática é sentida na pele. O novo iPad esquenta, especialmente na hora de assistir a vídeos e jogar. Ainda não há previsão de lançamento do novo tablet da Apple no Brasil. Lá fora, o novo iPad segue os preços das versões anteriores. Ou seja, aqui deverá custar entre 1 649 reais (16 GB) e 2 599 reais (64 GB com 4G). A Apple manteve o iPad 2 mais simples no mercado, com o preço reduzido. No Brasil, ele já está sendo vendido por 1 399 reais nas lojas oficiais. Mas, afinal, vale a pena trocar? Para quem pensa em comprar seu primeiro tablet ou trocar o iPad 1, a resposta pode ser sim, vale, pois o novo iPad é a melhor opção para o upgrade. Já para os proprietários do iPad 2 a troca exige reflexão. Para quem não vai jogar, devorar livros ou fotografar com o tablet, talvez não faça muito sentido a substituição. Veja, nas páginas seguintes, as vantagens e as desvantagens do novo iPad.
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0,9 cm
24,1 cm
diMensões O peso do iPad de terceira geração aumentou 7% em relação ao antecessor. As medidas são praticamente as mesmas
processador A velocidade do chip A5X para tarefas gerais é similar ao do iPad 2. Mas nos games o desempenho é muito melhor
Tela de 9,7" / A5X 1,2 GHz dual core / 32 GB / 4G (LTE) / Wi-Fi / 662 g / iOS 5.1 / 6h24min de bateria avaliação técnica: 8,9 custo/benefício: 7,1
/ r$ 2 299*
18,5 cm
cÂMera Enquanto a frontal continua fraquinha (0,3 MP e VGA), a traseira faz fotos em 5 MP e grava vídeos em resolução full HD. Mas não tem flash
conexão lte O recurso permite navegar em 24 Mbps pela rede celular, mas não funciona no Brasil
retina display Com o quádruplo da resolução, não há perda de definição e detalhes mesmo em imagens ampliadas
* Preço estimado com base no modelo de 32 GB e 3G do iPad2
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SIM
eStá na HORa De tROCaR!
Quem adora jogar, pretende fotografar e filmar ou usa muito o tablet para a leitura vai ser seduzido à primeira vista. É difícil segurar o queixo diante da Retina Display, uma tela que rompe a barreira da qualidade full HD de TVs e notebooks de última geração. Com 2 048 por 1 536 pixels, qualquer conteúdo exibido no LCD de 9,7 polegadas do novo iPad fica com cores mais vivas e um visual extraordinário. Mas o ganho de qualidade mais evidente aparece nos apps adaptados à Retina Display, especialmente textos. Sobre fundo branco, as letras parecem saltar. As fontes ganham bordas totalmente lisas, sem recortes mesmo quando ampliadas, tornando mais atraente a leitura de livros e revistas. A exibição de fotos também é ótima. A vantagem fica escancarada quando é feito o zoom em uma região da imagem. Mas o maior apelo do tablet para entusiastas da fotografia é a câmera de 5 MP, com mecanismo similar à do iPhone 4S e que filma muito bem em 1 080p.
O chip com quatro núcleos de processamento gráfico trabalhando exclusivamente para preencher os 3,1 milhões de pixels da Retina Display amplia a vocação de videogame portátil do iPad. Assim como a tela não decepciona na riqueza de detalhes, o chip A5X não engasga com games pesados. Segundo a Apple, ele seria quatro vezes mais possante que o Tegra 3, o processador da Nvidia que equipa os tablets Android de última geração, ainda não lançados no Brasil. Testes independentes comprovam a superioridade do A5X para lidar com games pesados, mas não com toda essa margem.
Com 4 núcleos para gráficos, o chip amplia a vocação do novo iPad para rodar games
Se quiser ligar o novo iPad na TV, o usuário verá o conteúdo em 1 080p , tanto para a reprodução de vídeo como no espelhamento da tela. Porém, isso exige a compra de um adaptador HDMI. Outra forma de transmitir o vídeo em 1 080p para a TV é com o novo Apple TV. Só que o espelhamento pela conexão sem fio via AirPlay continua limitado a 720p. Como as redes 4G LTE no Brasil ainda se encontram em fase de leilão (a expectativa é de que ele aconteça até o meio do ano) e a frequência de operação não será a mesma do novo iPad, o sonho de conexões ultravelozes será realidade apenas em viagens para os Estados Unidos. Mas há, sim, ganho de velocidade na navegação pela rede celular no Brasil. Onde não há LTE, o novo iPad acessa a internet por 3G e por HSPA+, tecnologia considerada por fabricantes e operadoras como de quarta geração. Em medições feitas pelo INFOlab em São Paulo, a rede HSPA+ da Vivo proporcionou taxas de transmissão de 1,6 Mbps, em média, com picos de 4,4 Mbps. Isso é 133% mais do que o registrado nas mesmas redes 3G.
vantagens O ganho de qualidade e detalhamento com a tela Retina Display é o grande trunfo do novo iPad iPad 2
Novo iPad
APLICATIVOS Os já adaptados aproveitam os 3,1 milhões de pixels a mais para exibir imagens com mais definição
iPad 2
Novo iPad
MeLhOr LeITurA O maior ganho de qualidade aparece nos textos. As letras ficam totalmente uniformes
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Não
o iPAD 2 AINDA MANDA BEM!
Mesmo com todos os encantos do novo iPad, quem tem um iPad 2 não precisa correr para ter a versão mais recente do gadget da Apple. Ainda mais os fãs da Siri, a assistente com inteligência artificial para conversar e realizar tarefas que faz sucesso no iPhone 4S e não chegou ao novo iPad. Quem não joga, não devora livros e revistas digitais nem se atreve a bater fotos com o tablet pode ficar um bom tempo com o iPad 2, sem se sentir defasado. O novo chip faz uma diferença tremenda para os games, mas não para tarefas mais comuns, executadas com velocidade similar ao experimentado no iPad 2. Há ainda os efeitos colaterais gerados pela Retina Display. A reprodução de vídeo full HD e a execução de jogos afeta duas virtudes que ajudaram a consagrar o iPad: o conforto no manuseio e a duração da bateria. Além de ser 7% mais pesado que o antecessor, o novo iPad esquenta bastante. Nos testes do INFOlab, a temperatura chegou a 34,5
graus, 5 acima do verificado no iPad 2. Nas medições da publicação americana Consumer Reports, o novo iPad atingiu 46,6 graus (veja o quadro abaixo). Para desfrutar de toda a exuberância da nova tela, a biblioteca de vídeos com resolução full HD no tablet aumentará e a instalação de aplicativos aprimorados será inevitável. Um filme em 1 080p tem cerca de 4 GB. Os aplicativos Retina Display são construídos com imagens com o dobro da largura e da altura. Não há uma regra para o sobrepeso dos aplicativos para o novo iPad. Em alguns, feitos pela própria Apple, o tamanho triplicou (veja o qua-
Quem não joga ou usa o tablet para foto pode ficar com o iPad 2 sem se sentir defasado
dro abaixo). A lista de games com mais de 1 GB certamente vai aumentar. Ou seja, a memória interna do novo iPad será ocupada de forma muito mais voraz. Com isso, se a decisão de compra do novo iPad for irreversível, é mais sensato optar por uma versão com pelo menos 32 GB de memória. Apesar de maior, a bateria do novo iPad dura menos. No INFOlab, a redução de autonomia foi de 21% em relação ao iPad 2. Apesar da queda, a duração de 6 horas e 24 minutos da bateria do novo iPad é equivalente à dos melhores tablets Android. Outra diferença desfavorável está no aumento do tempo para a recarga da bateria. Uma carga completa no novo iPad leva quase 7 horas. Se o usuário trabalhar no tablet enquanto ele estiver plugado na tomada, a carga de bateria acumulada nesse intervalo será mínima. Vale lembrar que o novo iPad não corrige problemas do antecessor. Ele continua incompatível com conteúdo em Flash e privado de conectores para cartão de memória e saída de vídeo sem o uso de adaptadores. Mas com isso os usuários de iPad já estão acostumados, certo? ↙
desvantagens Duração da bateria, aquecimento e tamanho dos aplicativos depõem contra o novo iPad menor autonomia Duração da bateria com a exibição de vídeo com Wi-Fi, Bluetooth e rede de dados ativados
engolidores de memória Para brilhar no novo iPad, os aplicativos serão mais pesados aPPs
iPad 2 8h06min
iPad 2
novo iPad
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Keynote
novo iPad 6h24min
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pegando fogo O novo iPad esquenta bem mais do que o anterior, mas a temperatura varia com a situação O INFOlab rodou um game nos dois iPads desplugados da tomada e sem a Smart Cover
A revista americana Consumer Reports executou o jogo com o tablet ligado na energia e com a capa
iPad 2 29,5 °C
iPad 2 40 °C
novo iPad 34,5 °C
novo iPad 46,6 °C
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Solte a voz Sem medo Você gosta de cantar, Mas não se arrisca a ir aléM do chuVeiro? Veja aqui quatro aplicatiVos que usaM efeitos profissionais para corrigir escorregões no toM / Por eric costa
Quem trabalha com música sabe. Artistas abusam de técnicas de edição e mixagem para corrigir erros de gravação (leia-se desafinar). Agora essa possibilidade está acessível a qualquer pessoa que gosta de cantar. Uma das primeiras ferramentas foi o Pro Tools. Mais recentemente, o Auto-Tune, criado pela Antares Audio Technologies, passou a fazer a correção do som em tempo real, enquanto canta. Mas há aplicativos mais simples para seu smartphone. Veja aqui alguns.
Feito por quem sabe
Um dos mais famosos usuários do Auto-Tune é o rapper T-Pain. Para aproveitar a fama, ele lançou o app I Am T-Pain (abr.io/iamtpain) para o iPhone. O programa, que custa 2,99 dólares, vem com nove músicas e é possível usar qualquer faixa do iPhone como base para a cantoria. Além disso, o aplicati-
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vo permite comprar novas músicas e grava vídeos junto com o som. Nos testes da INFO, a música (que deveria ser de fundo) fica um volume acima do desejável. Fora isso, funciona bem.
Afinação no Android
O mundo do Android também tem seu Auto-Tune. E o que é melhor: grátis. Trata-se do aplicativo MicDroid (abr.io/micdroid), um app mais simples que o I Am T-Pain, mas que funciona direitinho. Basta gravar um trecho de voz para que o MicDroid aplique o Auto-Tune. Também é possível fazer a correção em tempo real, mas falta ao aplicativo a opção de usar uma música de fundo. Em compensação, o MicDroid permite fazer ajustes detalhados do efeito de correção. O programa tem uma versão paga, para quem quiser doar uma grana para seu criador.
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Margarida girão
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novo cartão de visita aplicativos usam o smartphone para as informações pessoais
Dados no aperto de mão
Uma opção para trocar informações pessoais é o Bump (abr.io/bump), para Android e iPhone. Para identificar o usuário, o app usa a posição, pelo GPS. Basta que cada pessoa rode o app e, segurando o smartphone, dê uma leve batida na mão da outra. O Bump percebe a batida e localiza quem está compartilhando os dados no lugar e no momento, trocando as informações de forma automática. Dá para compartilhar fotos. É preciso conexão à internet.
Feito para redes sociais
Existem programas que usam informações das redes como base para montar cartão de visita virtual. Um deles é o CardCloud (abr.io/cardcloud), que baixa dados do Facebook e do LinkedIn. Um recurso legal é associar cada cartão recebido ao local onde isso ocorreu. Para iOs e Android.
Cartão de visita com design
Quem prefere um cartão de visita com desenho mais bonito tem o CardFlick (abr.io/ cardflick). Ele traz vários temas e pode incluir perfis de redes sociais. Para iOS.
Ajuda da letra
Se a música de fundo não é suficiente para soltar a voz, o StarMaker (abr.io/starmaker), para iPhone, traz um karaokê completo. Ele mostra a letra da canção e dá nota para a cantoria. O app grava a canção, passando o Auto-Tune em tempo real. Depois é só ouvir e enviar aos amigos. O software conta com músicas famosas, compradas pelo próprio app.
Para edição
Se a ideia é mexer no áudio gravado de forma mais séria, mas sem investir muito dinheiro, o plug-in Kerovee (abr.io/ kerovee) é uma opção. Pode ser usado em vários aplicativos de edição de som, como o gratuito Audacity (abr.io/audacity). Basta copiar o arquivo DLL do Kerovee para o app. O plug-in é acionado no menu Efeitos e traz vários ajustes.
Monte um código QR
As soluções anteriores exigem que as duas pessoas usem o mesmo app. Outra forma de compartilhar os dados é criar um código QR com suas informações. Basta que o contato tenha um leitor QR, algo bem mais comum do que baixar programas. Vários permitem criar o código com seus dados pessoais. No RedLaser (abr.io/redlaser), basta clicar em QR Codes e, em seguida, em Share My Info. No QuickMark (abr.io/ quickmark), clique em Create > Contacts.
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AutOmAçãO tOtAl NO ANdROId com o app tasker é possível criar tarefas e moDificar o comportamento Do sistema
1. defina o evento
O Tasker (abr.io/tasker) permite criar perfis, que são tarefas (tasks) executadas com base em um evento (context). Vamos fazer um perfil simples: ligar o player de música ao conectar os fones de ouvido. Rode o Tasker e clique no botão + para adicionar um perfil. Dê a ele o nome “Música” e pressione Ok. Escolha o evento de plugar o headphone, clicando em State > Hardware > Headset Plugged. Pressione Ok para salvar.
2. Primeira ação
Surge uma janela para a criação de tarefas. Clique em New Task. Dá para criar um nome para cada tarefa, mas não vamos fazer isso. Pressione Ok. Vá no botão + para adicionar ação dentro da tarefa. Selecione App > Load App > Música (player nativo). Depois, clique em Ok três vezes.
3. Controle do volume
Adicione mais uma ação relacionada ao evento de plugar o microfone. Ela consiste em, depois de ligar o app de música, ajustar o volume para o padrão preferido. Para isso, no perfil Música criado, clique no botão Play. Em seguida, pressione o botão +. Selecione Audio > Media Volume. Ajuste o valor de Level para o volume normalmente usado para música nos fones de ouvido. Depois, clique no botão Ok. Vale a pena visitar a seção de perfis do wiki do Tasker (abr.io/taskerwiki), com receitas prontas.
E para o iPhone?
Uma boa forma de automatizar o iOS é usar o Launch Center (abr.io/launchcenter). É possível, por exemplo, criar atalho para enviar SMS para um contato, compor um post no Facebook ou ligar o flash do iPhone.
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Um rosto familiar Depois Da impressão Digital, o reconhecimento facial é a nova onDa na tecnologia. conheça alguns recursos e usos para essa noviDaDe
Smartphone destravado
A versão 4.0 do Android traz o recurso de reconhecimento facial para alguns aparelhos e a Apple planeja a inclusão no iOS. No Android, acesse Configurações do Sistema > Segurança > Bloqueio de Tela > Desbloqueio Facial > Configurar. Depois capture a imagem do seu rosto. Pressione então Continuar e defina uma senha, para caso o recurso não funcionar ou se precisar emprestar o smartphone para outra pessoa. Para iOS existe alternativa que exige o jailbreak do iPhone. Trata-se do RecognizeMe, que pode ser baixado pelo Cydia e custa 2,99 dólares.
Reconhecimento de contatos
Um dos recursos úteis da tecnologia é detectar o nome da pessoa na foto. Para Android, há o gratuito RemembAR (abr.io/ remembar), que permite a criação de contatos com base em fotos e agrupa as imagens conforme as pessoas detectadas. Para o iOS há o Face Match (abr.io/facematch). Mas ele não funcionou tão bem nos testes da INFO, e é pago (4,99 dólares).
Ajuda do Facebook
A tarefa de reconhecer uma pessoa exige muito processamento de dados. Por isso, ter uma base de informações já organizada ajuda. Vários programas usam o Facebook para identificar os rostos em fotos. Para o Android, o Facr (abr.io/facr) é uma opção que funciona bem. Ele conta com versão gratuita que mostra somente o nome e o sexo da pessoa visualizada. A versão paga (1,89 real) traz o endereço e o aniversário. Para o iOS, o melhor programa testado foi o Klik (abr.io/klik). Ele é um pouco lento, mas foi bem nas detecções. Permite adicionar contatos que não estão no Facebook.
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manuela eichner
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Crie seu site de forma rápida e fáCil
o Muse é a novidade da adobe para queM quer fazer suas próprias páginas de internet
Existem poucas ferramentas para quem quer fazer um site sem grandes scripts ou gastar muito. A proposta do Muse (abr.io/adobemuse), novo programa da Adobe, é preencher esse vazio. Serve para quem quer desenhar o site sozinho e para quem quer fazer o design e deixar a codificação para outra pessoa. Veja os principais passos.
permite adicionar mais coisas, como uma galeria de fotos, trecho de código HTML ou menu com as páginas das seções principais. Depois de mexer na página, clique em Plan para voltar ao diagrama do site e editar outra. Se editar o modelo, todas as páginas serão modificadas automaticamente.
1. Informações
É possível visualizar o site, com navegação completa, a qualquer momento. Basta clicar em Preview. Surge uma tela e dá para testar os links e os elementos das páginas. Quer usar um navegador próprio para o teste? Acesse o menu File e escolha Preview Page in Browser ou Preview Site in Browser.
No Muse, clique em Site, na seção Create New. Na janela seguinte, defina as informações sobre o site, incluindo largura e altura mínimas. Mas o Muse trabalha com sites de largura fixa. Também é possível definir o número de colunas de texto em cada página e margens.
4. Teste e visualização
5. Envio e gravação
É hora de gravar e publicar o site. O Muse tem um provedor próprio (Business Catalyst) pago, mas pode ser testado gratuitamente. Para criar uma conta, clique em Sign In e depois em Sign Up e preencha os campos. Clique em Publish e escolha New Trial Site. Defina o nome e a URL do site, clique em Next e em Next novamente. O site será publicado. Pressione Finish. Para usar um provedor próprio, acesse File > Export as HTML. Será mostrada a pasta na qual serão guardados os arquivos. Clique em Ok, espere o processo terminar e dê Ok novamente. Daí é só fazer o upload dos arquivos para o provedor web.
2. Planejamento
O processo de criação no Muse é dividido em quatro tarefas: planejamento, criação, visualização e publicação. Decididas as informações básicas do site, surge a tela de planejamento. Já é exibida a página principal (Home). Clicando em +, ao lado e abaixo dessa área, serão criadas novas páginas. Assim é possível montar um diagrama de navegação. A página principal conta com o texto A-Master abaixo. Isso significa que o design seguirá um modelo predefinido, que aparece na parte inferior da janela do Muse. Novas opções podem ser criadas usando o botão + à direita.
3. Edição
Agora é hora de editar. Clique duas vezes em uma das páginas definidas no diagrama ou no modelo. O Muse passa à seção Design. Use os atalhos da barra superior do aplicativo para adicionar textos, retângulos e outros elementos à página. O menu Object
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weberson santiago
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/ poR Airton Lopes
Fotos rAfAeL evAngeListA
Notas 10,0 9,0 a 9,9 8,0 a 8,9 7,0 a 7,9 6,0 a 6,9 5,0 a 5,9 4,0 a 4,9 3,0 a 3,9 2,0 a 2,9 1,0 a 1,9 0,0 a 0,9
Impecável Ótimo Muito bom Bom Médio Regular Fraco Muito fraco Ruim Bomba Lixo
Veja os critérios de avaliação da INFO em info.abril.com.br/ sobre/infolab.shl
Notebook / 88 Smartphone / 89 Fones de ouvido / 90 HDs / 91 Carregador universal / 92 Adaptador de rede / 93 Televisão / 94 Radar / 96 Abril 2012 INFO
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Ultrabook da firma
Com muito boa autonomia de bateria e design classudo, o notebook fininho da HP faz bonito nas empresas
Luz individuaL A iluminação na traseira do teclado é feita com um LED para cada tecla.
Sem eSquentar no colo
Um sensor diminui a temperatura do Folio 13 quando ele sai da mesa Trabalhando na bancada do INFOlab, o calor na região mais aquecida atingiu 33,4 graus.
No colo, a temperatura baixou para 29,5 graus, com uma queda sutil no desempenho.
1,8 cm
22 cm
31,8 cm
Folio 13 / HP Para se diferenciar dos outros laptops com tela de 13,3 polegadas finos, leves, poderosos e com inicialização veloz, o Folio 13 oferece recursos que podem pesar na preferência de usuários corporativos. Ele é o primeiro ultrabook testado no INFOlab com chip de criptografia TPM e porta de rede Gigabit Ethernet no próprio corpo. O seu desempenho nas tarefas mais comuns é muito bom. Melhor ainda é a autonomia da bateria, que chegou a 2 horas e 46 minutos em uso intenso. O acabamento em metal escovado e a construção robusta do Folio 13 são incríveis. Mas ele tem apenas uma porta USB 2.0 e uma USB 3.0, que convém deixar reservada para receber um HD externo. O drive de memória flash (SSD), um dos responsáveis pela agilidade da máquina, reduz bastante o espaço interno para arquivos. Pouco mais da metade dos 128 GB nominais ficam livres para o usuário. Além do espaço do Windows e dos programas, o Folio 13 tem 16 GB reservados para uma ferramenta de restauração do sistema. 88 / INFO Abril 2012
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Tela de 13,3” / Intel Core i5-2467M 1,6 GHz / 4 GB / SSD de 128 GB / Vídeo onboard / 1,5 Kg / Windows 7 Professional / 2h46min de bateria(1) avaLiação técnica: 8,6 custo/benefício: 7,3
/ R$ 3 699
EDIçãO DE IMAGEM artnet digital IlUSTrAçÕES evandro bertol (1) Duração de bateria medida com o software Battery Eater e o notebook com o Wi-Fi ligado, tela com o máximo de brilho e perfil de alto desempenho no Windows, sem permitir o desligamento automático de componentes
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com sabor de sorvete
Primeiro smartphone com sistema Android 4 Ice Cream Sandwich, o Galaxy X deu show no INFOlab com sua bateria de longa duração
0,9 cm
multitarefa O novo gerenciador facilita o trânsito entre aplicativos e o fechamento deles
13,6 cm
6,8 cm
Galaxy X / SAmSuNG Galaxy X
é o nome com que o Galaxy Nexus, o smartphone oficial do Google, foi rebatizado para o mercado brasileiro. O modelo é o primeiro com Android 4, sistema que agora apresenta uma interface única para smartphones e tablets. Está mais fácil navegar pelos menus do Android e alguns recursos novos são bem interessantes (veja quadro ao lado). No Galaxy X, a boa impressão é reforçada pela ótima qualidade da tela de 4,7 polegadas com resolução de 720 por 1 280 pixels. Nos testes do INFOlab, a agilidade nas respostas do aparelho foi a esperada em um smartphone de topo de linha. O que superou todas as expectativas foi a autonomia. A bateria manteve o smartphone funcionando em chamada por 13 horas e 22 minutos, mais que o dobro do iPhone 4S. Na comparação com Androids poderosos que terão o sistema atualizado em breve, o Galaxy X leva desvantagem por não permitir o uso de cartão de memória e pela menor resolução da sua câmera fotográfica de 5 MP.
tá na cara Em vez de digitar uma senha, o usuário fica em frente à câmera para desbloquear o smartphone.
troca no toque O Android Beam usa o NFC para enviar foto, contatos e sites. Basta encostar o X em outro aparelho.
4G (HSPA+) / Android 4 Ice Cream Sandwich / Cortex A9 1,2 GHz dual core / 16 GB / Tela de 4,7” / Câmeras de 5 mP e 1,3 mP / 138 g / 13h22min de bateria(1) aValiação técnica: 9,1 custo/benefício: 7,1
Novos truques
Está mais fácil destravar o smartphone e interagir com amigos (próximos ou distantes) no Android.
nho Tama real
Videopapo A integração com o Google+ permite realizar videochat com até 9 pessoas ao mesmo tempo.
/ r$ 1 999(2)
(1) Duração medida com o aparelho em chamada e com Wi-Fi e Bluetooth ativados (2) Preço do aparelho sem planos de voz e dados
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Reggae e game na cabeça 19,5 cm
Aqui, dois fones de ouvido estilosos produzidos para agradar fãs do cantor Bob Marley e do realismo dos jogos de tiro
18 cm
8,5 cm
Electra / RAzER Como todo bom fone de ouvido para games,
o Electra tem um visual bem estiloso e funciona como headset. Ele vem com dois cabos destacáveis: um normal e um com microfone, mas sem controles de volume. Nos dois casos, o comprimento do fio (1,3 metro) poderia ser maior. A qualidade do som agrada nos jogos e com música. O grave é reforçado, mas não de forma exagerada.
Formato concha / Headset / Conexão P2 / Cabos de 1,3 m / Sensibilidade: 104 dB / Resposta de frequência: 25 - 16 000 Hz / 300 g avaliação técnica: 7,8 custo/benefício: 7,7
/ r$ 229
stetheadphone Em vez de batimentos, música
munitio 9 mm Para andar com uma bala na cabeça
18 cm
bem criativos Fone de ouvido inusitado não é privilégio das estrelas da música
17,5 cm
7,2 cm
Revolution Midnight (EM-JH023-MI) / THE HouSE
oF MARlEy A qualidade de áudio do fone com a marca do ícone do reggae Bob Marley é satisfatória. O som distorce pouco mesmo em volume elevado, mas não prima pela nitidez e detalhamento. Os graves se destacam, mas a música soa um pouco abafada. O cabo no melhor estilo jamaicano tem microfone e controles de volume.
muita pressão As almofadas são macias, mas a haste aperta muito a cabeça
Formato concha / Headset / Conexão P2 / Cabo de 1,3 m / Sensibilidade: não divulgada / Resposta de frequência: 20 a 20 000 Hz / 238 g avaliação técnica: 7,5 custo/benefício: 6,1
/ r$ 599
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Crie sua nuvem pessoal
Os HDs de rede fazem o papel de servidor de mídia da casa e deixam seus arquivos disponíveis pela internet sem depender do computador
Fique ligado Os HDs de rede são bons para acessar arquivos pela internet, mas não para copiar o conteúdo rapidamente. 15,6 cm
5 cm
4,5 cm
My Book Live /
17,6 cm
16,7 cm
13,9 cm
WeStern DigitAL
LinkStation Live - LS-CHL /
Configurar manualmente equipamentos de rede é uma tarefa chata da qual você passa longe com o HD My Book Live. O gerenciamento do drive é feito por uma interface bonita e intuitiva. Nos testes, a configuração do acesso remoto via browser foi automática. Dentro de casa, vídeos, músicas e fotos armazenados no HD de 1 TB ficam disponíveis para smartTVs e PCs. A reprodução de vídeos na tela das TVs só peca por não carregar nenhum tipo de legenda.
BUFFALO Um diferencial do LinkStation Live é o software para baixar conteúdo da internet por BitTorrent, uma das tecnologias mais usadas para o compartilhamento de arquivos, sem depender do PC. Outro é a porta USB, que serve para expandir o espaço de 1 TB do drive plugando outro HD externo ou adicionar uma impressora na rede. Só que é preciso conhecimento técnico e perseverança para deixar os arquivos do LinkStation Live disponíveis para acesso remoto.
1 tB / gigabit ethernet / Velocidade de gravação (real): 46,4 MB/s (via cabo) e 2,4 MB/s (via Wi-Fi) / 1,1 Kg
1 tB / gigabit ethernet, USB 2.0 / Velocidade de gravação (real): 20,7 MB/s (via cabo) e 2,3 MB/s (via Wi-Fi) / 1,1 Kg
avaliação técNica: 7,3 custo/beNeFício: 7,2
avaliação técNica: 7,4 custo/beNeFício: 6,8
/ R$ 399
/ R$ 664
Na mão! Aplicativos para iOS e Android permitem acesso aos arquivos armazenados no HD usando smartphones e tablets.
lentidão A cópia de arquivos do PC para o HD só rola pela rede. Por Wi-Fi, a velocidade é um décimo da atingida pela USB 2.0 (25,1 MB/s).
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Fonte dois em um
A mCube Pro só precisa de uma tomada para recarregar ao mesmo tempo o smartphone e o notebook nho Tama real
2,3 cm
12,8 cm
7 cm
31,9 °C Foi a temperatura atingida pela mCube Pro nos testes
mCube Pro / InnergIe Quem
trabalha longe do escritório ou não desgruda dos gadgets nem em viagem de férias não é obrigado a levar na bolsa os carregadores de todos eles. Além de substituir a fonte de energia original de notebooks de mais de 15 marcas, a mCube Pro oferece porta USB para dar carga na bateria de smartphones, tablets e fones Bluetooth. O produto vem com dez tipos de conectores destacáveis e serve para laptops com alimentação de 15 a 21 volts. Nos testes do INFOlab, a mCube Pro funcionou com os seis notebooks experimentados e gadgets com alimentação de 5 volts pela USB. O único inconveniente foi o aquecimento excessivo do acessório. O plugue para tomadas de 110 volts e 220 volts é do antigo padrão brasileiro de dois pinos. Porém, por ter a base sextavada, pode ser encaixado sem problemas nas novas tomadas de três pinos. Apesar de o visual da fonte remeter aos produtos da Apple, a mCube Pro não é compatível com os MacBooks.
Na estrada Adaptadores permitem ligar a fonte em tomadas de 12 volts de automóveis e de aviões.
Força certa
Antes de plugar o laptop, é vital selecionar a voltagem indicada para a recarga da máquina usando a chave localizada ao lado da porta USB
Bivolt (100-240 V) / Alimentação de notebook: 19,5 V (3,3 A), 16 V (4,06 A) / Alimentação via USB: 5 V (1 A) / Potência: 65 W (contínua) e 90 W (pico) / 199 g avaliação téCNiCa: 8,5 Custo/beNefíCio: 7,6
/ r$ 299
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Internet pela tomada
O WD Livewire monta em minutos e sem quebradeira uma rede pela fiação elétrica nos locais onde o Wi-Fi só dá dor de cabeça
Vilões da rede
Se você não quer ver a velocidade despencar até 74% no meio do download, evite ligar:
Liquidificador
Batedeira
Secador
8,6 cm 3,2 cm
11,2 cm
rede para 7 O WD Livewire conecta 3 aparelhos no cômodo do roteador e 4 em outro ambiente
WD Livewire / WeStern DigitaL Paredes grossas, encanamentos, plantas, aquários, bebedouros, forno de micro-ondas e até a altura onde estão os equipamentos. A lista de fatores que atrapalham o bom funcionamento do Wi-Fi é grande. Em locais em que as interferências inviabilizam a rede sem fio, uma solução descomplicada para conseguir conexão estável é aproveitar a fiação elétrica para a montagem da rede doméstica. O kit WD Livewire, formado por dois adaptadores com quatro portas Ethernet, faz isso com extrema facilidade. Um deles fica ligado no roteador e na tomada. O outro só precisa estar plugado em qualquer tomada da casa para ficar apto a fornecer acesso à rede. A instalação é plug and play. Só é preciso cuidado para não ligar os adaptadores em estabilizadores ou filtros de linha. A desvantagem da solução elétrica é a menor velocidade. No INFOlab, a transferência de dados pela fiação foi feita em até 2,9 MB/s. Nos mesmos pontos, a velocidade por Wi-Fi foi de 3,2 MB/s.
2 x 4 Fast ethernet / Criptografia de 128 bits / Veloc.: 25 MB/s (nominal) e 2,9 MB/s (real) / 190 g avaLiação técnica: 7,9 cuSto/Benefício: 7,2
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Uma sala de TV dos sonhos
A Bang & Olufsen estreia no mundo 3D com a TV BeoVision 4, conferida por INFO durante um test-drive em um home theater de encher os olhos
73,7 cm
5,7 cm
80,8 cm
37,4 cm
BeoVision 4 /
Bang & OLufSen Assistir a um
filme em 3D na TV BeoVision 4 é uma experiência fascinante. Ela tem início assim que o controle remoto do home theater montado pela Bang & Olufsen é acionado. No estilo Transformer, uma base motorizada levanta a tela e posiciona a caixa de som frontal. Com o filme em Blu-ray 3D rodando, a imersão dos espectadores é total. A combinação de imagens tridimensionais com o tamanho do display de plasma de 85 polegadas joga qualquer um para dentro da cena. Não é preciso estar colado à tela para querer tocar os objetos, que parecem reais. A qualidade da imagem é espetacular. Assim como o som que embala a sessão. Mas ele mas não vem da TV. A BeoVision 4 é uma grande tela que depende de um home theater à altura montado ao seu redor. Caixas de som, receiver (o aparelho tem uma única entrada HDMI), óculos 3D, sintonizador de TV digital e até controle remoto são opcionais obrigatórios para uma televisão que custa. Com isso, o custo final de uma sala de TV dos sonhos chega a proibitivos 340 mil reais. Por se tratar de uma experiência realizada fora do INFOlab e pelas características da BeoVision 4 serem muito distintas de uma TV comum, o modelo não receberá notas de avaliação técnica e relação custo/benefício.
CONE INTELIGENTE O formato das caixas amplificadas BeoLab 5 espalha de forma uniforme 2 500 watts de áudio pelo ambiente
CENTRAL AV O receiver 7.1 BeoSystem 3 faz a ponte entre players e TV, controlando até dez caixas e dois subwoofers
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É grana, hein? O home theater da Bang & Olufsen é ótimo, mas muito caro. Veja o que dá para fazer com 340 mil reais
Comprar um Porsche Cayman zero-quilômetro
Mudar para um apartamento de dois quartos no Morumbi
Obter renda de 2 mil reais ao mês na caderneta de poupança
SOB MEDIDA Tanto a caixa central de 500 watts em formato triangular BeoLab 10 como a base motorizada foram desenvolvidas especialmente para a BeoVision 4. O conjunto completo pesa 500 quilos
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/ Radar Diversão
Notebooks
// Zenbook UX31E Asus
// Um portátil robusto
O aparelho tem todas as virtudes dos ultrabooks: é leve, tem alto poder de processamento, partida rápida e longa duração de bateria. A principal limitação está nos 256 GB de capacidade do SSD. E o preço, que é bem elevado.
Tela sensível ao toque, sensor de movimento e câmeras atraem a atenção dos interessados no console de mão PlayStation Vita, da Sony. Ele tem uma segunda alavanca mecânica, que ajuda a movimentar os personagens pelos cenários e sua parte traseira é sensível ao toque. O portátil não tem memória interna.
// Macbook air 11,6” Apple
Ele tem cara de netbook, mas seu poder de processamento faz frente a notebooks maiores. Pode até rodar games em 3D, mas às vezes o tamanho da tela incomoda. O espaço para arquivos e a oferta de conexões são reduzidos.
// vostro v131 Dell
A combinação entre as medidas e a boa configuração deste laptop é essencial para torná-lo um aparelho atraente. No INFOlab, seu desempenho não decepcionou e a bateria mostrou que tem fôlego. Para melhorar, poderia ter drive óptico.
Especificações
ARM Cortex A9 quad core / PowerVR SGX543MP4+ / 4 GB (Sony Memory Stick Micro) / Tela de 5” / Wi-Fi n, Bluetooth 2.1 / Câmeras de 1,3 MP (traseira) e VGA (frontal) / 263 g / 18,2 x 8,35 x 1,86 cm / 3h56min de bateria / R$ 1 599 avalIaçãO INFOlab
// vaio vPC-EG17Fb Sony
8,5
O notebook teve desempenho mediano nos testes do INFOlab e se destaca por ter um drive com leitor de Blu-ray. O laptop não consegue exibir imagens em 3D, mas pode enviá-las pelo cabo HDMI para TVs compatíveis.
// apple na Tv
Fazia tempo que os brasileiros esperavam pelo media player Wi-Fi Apple TV. Ele é quadradinho, pequeno e leva para a TV os filmes direto da iTunes Store e do Netflix, além de músicas e outros conteúdos espalhados em PCs, iPhones e iPads. Com a tecnologia AirPlay é possível exibir fotos, vídeos e páginas da internet do iPhone ou do iPad diretamente na TV.
// Pavilion dm4-2075br HP
Com design bem cuidado, o notebook tem recursos menos comuns a máquinas desse tamanho, como o leitor de impressão digital. O ponto forte está nas conexões sem fio, como Wireless Display.
Especificações
Tela de 13,3” / Intel Core i7-2677M 1,8 GHz / 4 GB / SSD de 256 GB / Vídeo onboard / 1,4 kg / Windows 7 Home Premium / 2h53min de bateria(1) / R$ 5 999 avalIaçãO INFOlab
8,7
Especificações
Tela de 11,6” / Intel Core i5-2467M 1,6 GHz / 2 GB / SSD de 64 GB / Vídeo onboard / 1 kg / Mac OS X Lion / 1h25min de bateria(1) / R$ 2 999 avalIaçãO INFOlab
8,2
Especificações
Tela de 13,3” / Intel Core i5-2430M 2,4 GHz / 4 GB / HD de 500 GB / Vídeo onboard / 1,8 kg / Windows 7 Home Basic / 1h54min de bateria(1) / R$ 2 198 avalIaçãO INFOlab
8,1
Especificações
Tela de 14” / Intel Core i5-2410M 2,30 GHz / 4 GB / HD de 500 GB / GeForce 410M 512 MB / BD-ROM / DVD-RW / 2,3 kg / Windows 7 Home Premium / 1h49min de bateria(1) / R$ 2 999 avalIaçãO INFOlab
8,0
Especificações
Tela de 14” / Intel Core i5-2410M 2,30 GHz / 4 GB / HD de 750 GB / Radeon HD 6470M 1 GB / DVD-RW / 2 kg / Windows 7 Professional / 1h33min de bateria(1) / R$ 2 600 avalIaçãO INFOlab
7,9
Desktops
// Mac Mini Apple
Pequeno, o Mac Mini pode ser um PC de escritório ou uma central multimídia para exibir filmes na TV. A saída HDMI ajuda na função. O problema é que a versão atual do aparelho esquenta mais e é barulhenta quando comparada à anterior.
// Zbox Nano aD10 Plus
Especificações
Wi-Fi, Ethernet / Saídas: HDMI, audio óptica / Formatos de vídeo: MPEG-4, MOV / Formatos de áudio: AAC, MP3, AIFF, WAV / Conteúdo online: iTunes Store, Netflix, YouTube, Vimeo / 272 g / R$ 399 avalIaçãO INFOlab
96 / INFO Abril 2012
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7,9
Zotac
O minidesktop pode ser fixado a um monitor ou ligado à TV para funcionar como media center e baixar arquivos de vídeo em alta definição para exibir nas telonas. Ele tem Wi-Fi, saída HDMI e controle remoto.
Especificações
Intel Core i5 2,3 GHz / 2 GB / HD de 500 GB / Vídeo onboard / Wi-Fi n / Bluetooth / Mac OS X Lion / R$ 1 799 avalIaçãO INFOlab
8,2
Especificações
APU AMD E-350 1,6 GHz / 2 GB / HD de 320 GB / Wi-Fi n / Bluetooth / Sem sistema operacional / R$ 1 199 avalIaçãO INFOlab
7,9
FOTOS RAfAel evAngeliStA (1) Duração de bateria medida com o software Battery eater e o notebook com Wi-fi ligado, tela com o máximo de brilho e perfil de alto desempenho selecionado no Windows, sem permitir o desligamento automático de componentes
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Tablets
// iPad 2 Apple
A integração entre o hardware, o sistema operacional e a grande quantidade de aplicativos justifica a boa fama do iPad 2. Com o serviço iCloud, o tablet pode guardar fotos e aplicativos na nuvem e sincronizá-los com outros aparelhos.
// Galaxy Tab 8.9 Samsung
A versão de 8,9 polegadas tem a mesma configuração poderosa da maior, de 10,1 polegadas. A exibição de páginas da internet e de revistas não foi prejudicada e a bateria ganhou mais fôlego. Faltam uma porta USB e saída de vídeo.
// Eee Pad Transformer TF101 Asus
Está entre os modelos que podem fazer frente ao iPad 2 e custam menos que o tablet da Apple. No INFOlab, se comportou bem na internet, em jogos e no uso de apps. Com a dock, vendida separadamente, ele vira um notebook.
// Xoom 2 Media Edition Motorola
A segunda geração do tablet da Motorola ficou menor, mais leve e ágil. O LCD tem Gorilla Glass, laterais emborrachadas e corpo resistente à água. A posição de alguns botões e da câmera pode ser incômoda.
// ThinkPad Tablet Lenovo
O tablet pode atrair o público corporativo, pois tem recursos de segurança e gerenciamento remoto. Ele tem porta USB 2.0, que pode receber pen drive, mouse ou teclado. O leitor de cartões SD facilita a troca de dados com câmeras digitais.
Especificações
Tela de 9,7” / A5 1 GHz dual core / 16 GB / Wi-Fi n/ 601 g / iOS 5.0.1 / 8h03min de bateria(2) / R$ 1 399 avaLIaçãO INFOLab
9,0
Especificações
Tela de 8,9” / Nvidia Tegra II 1 GHz dual core / 16 GB / 4G / Wi-Fi n / 450 g / Android 3.1 / 8h22min de bateria(2) / R$ 1 600 avaLIaçãO INFOLab
8,8
Especificações
Tela de 10,1” / Nvidia Tegra II 1 GHz dual core / 16 GB + microSD / Wi-Fi n / 691 g / Android 3.1 / 5h44min de bateria(2) / R$ 1 550 avaLIaçãO INFOLab
8,4
Especificações
Tela de 8,2” / OMAP 4430 1,2 GHz dual core / 32 GB + microSD / Wi-Fi n / 383 g / Android 3.2 / 3h30min de bateria(2) / R$ 1 299 avaLIaçãO INFOLab
8,3
Especificações
Tela de 10,1” / Nvidia Tegra II 1 GHz dual core / 16 GB + SD / 3G / Wi-Fi / 767 g / Android 3.1 / 4h14min de bateria(2) / R$ 1 792 avaLIaçãO INFOLab
8,0
Impressoras e Multifuncionais
// TopShot LaserJet Pro M275 HP
O destaque do multifuncional é o processo de digitalização, feito com uma câmera de 8 megapixels em um braço articulado. Ele tem Wi-Fi e imprime direto de celulares, além de enviar imagens para a nuvem.
// Stylus TX135 Epson
Não espere velocidade neste multifuncional. Em 1 minuto imprimiu uma página colorida ou 2,4 páginas em preto e branco. Apesar disso, as impressões saíram com cores vivas, boa definição e bom contraste. Ele não tem display.
(2) Duração medida com a exibição de vídeo em 720p com o Wi-Fi e o Bluetooth ativados
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Especificações
Laser colorida / 600 x 600 dpi / Vel. de impressão: 17 ppm (nominal), 12,5 ppm (real) / Resolução do scanner: 8 MP / USB 2.0, Ethernet, Wi-Fi / 46,8 x 27 x 40,9 cm /LCD 3,5” / R$ 1 400 avaLIaçãO INFOLab
7,8
Especificações
Jato de tinta / 5 760 x 1 440 dpi (otimizado) / Vel. de impressão: 15 ppm (nominal), 2,4 ppm (real) / Resolução do scanner: 600 dpi / USB 2.0 / 44 x 27,4 x 27,5 cm / Custo por pág.: R$ 0,83 / R$ 200 avaLIaçãO INFOLab
6,8
Abril 2012 INFO
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/ Radar Smartphones e celulares
// Razr XT910 Motorola
O smartphone une as melhores características de dois modelos da Motorola: o Atrix e o Milestone 3. Destaque para o aplicativo Motocast, que acessa pela internet arquivos do PC, e para um adaptador para usar o celular com a TV.
// iPhone 4S Apple
A nova versão do iPhone ganhou um processador dual core igual ao do iPad, câmera de 8 megapixels e a Siri, uma assistente de execução de tarefas como chamadas e envio de e-mail. Por enquanto, ela só entende inglês, alemão e francês.
// Galaxy Note Samsung
No meio do caminho entre um smartphone e um tablet, o aparelho tem uma boa tela de 5,3 polegadas e configuração top de linha. Assim, é possível jogar e assistir a vídeos de forma mais conveniente que nos smartphones menores.
// Optimus Net Dual P698f LG
O aparelho da LG é uma versão dual SIM mais sofisticada, com tela sensível ao toque e Android. O gerenciamento das duas linhas é simples e é possível estabelecer qual delas usará um plano de dados, por exemplo.
// C2-06 Nokia
O destaque do celular é um slot para chip na lateral, que permite a troca sem desligar o aparelho. O gerenciamento das linhas é flexível e permite atribuir funções e restrições para cada uma. O touchscreen deixa a desejar.
Especificações
3G / Android 2.3 / Cortex A9 1,2 GHz dual core / 16 GB + microSD / Tela de 4,3” / Wi-Fi n, GPS, Bluetooth / Câmeras de 8 MP e 1,3 MP / 127g / 8h32min de bateria (voz)(1) / R$ 1 800 avalIaçãO INFOlab
8,9
Especificações
3G / iOS 5.0.1 / A5 1 GHz dual core / 16 GB / Tela de 3,5” / Wi-Fi n, GPS, Bluetooth / Câmeras de 8 MP e VGA / 141 g / 6h24min de bateria (voz)(1) / R$ 2 599 avalIaçãO INFOlab
8,8
Especificações
4G / Android 2.3 / Cortex A9 1,4 GHz dual core / 16 GB + microSD / Tela de 5,3” / Wi-Fi n, GPS, Bluetooth / Câmeras de 8 MP e 2 MP / 177g / 10h27min de bateria (voz)(1) / R$ 1 900 avalIaçãO INFOlab
8,5
Especificações
3G / Android 2.3.4 / Qualcomm MSM7227T 800 MHz / 256 MB + 2 GB (microSD) / Tela de 3,2” / Wi-Fi / GPS / Câmera de 3,15 MP / 122 g / 6h34min de bateria(1) / R$ 599(2) avalIaçãO INFOlab
7,4
Especificações
EDGE / Series 40 / Processador não divulgado / 10 MB + microSD (2 GB) / Tela de 2,6” / Câmera de 2 MP / 119 g / 13h16min de bateria(1) / R$ 300(2) avalIaçãO INFOlab
7,2
Filmadoras
// HDR-XR160 Sony
A filmadora tem bom espaço para armazenamento interno com 160 GB. A resolução de full HD (1 080p) garante imagens com qualidade e o sensor óptico trabalha bem a diferença de luminosidade. Ela vem com um cabo USB acoplado.
// aqua Playfull Ze2 Kodak
A filmadora grava embaixo d’água e tem uma função para corrigir distorções das imagens gravadas nessas condições. A memória interna é pequena, mas pode ser ampliada com um cartão SDHC.
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Especificações
Full HD (1 080p) / HD de 160 GB / Cartões SD, SDHC, SDXC / Zoom de 30x / LCD de 3” / 6 x 6,2 x 12,7 cm / 396 g / 2h02min de bateria / R$ 2 449 avalIaçãO INFOlab
8,1
Especificações
720p / 32 MB + cartão SDHC / Zoom de 2x (digital) / LCD de 2” / 9,4 x 5,5 x 1,2 cm / 82 g / 1h25min de bateria / R$ 349 avalIaçãO INFOlab
7,1
FOTOS RAfAeL evANGeLiStA (1) Duração medida com o aparelho em chamada e com Wi-fi e Bluetooth ativados (2) Preço do aparelho sem planos de voz e dados
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Áudio e vídeo
// Q701 AKG
Destinado a consumidores com elevado grau de exigência e muito dinheiro no bolso, o fone permite redescobrir nuances de som em músicas ouvidas há anos. Nos testes, sua fidelidade e o detalhamento sonoro se mostraram formidáveis.
// bDv-E985W Sony
Os destaques do home theater são a reprodução de filmes em Blu-ray 3D e a boa qualidade do áudio, que é forte e tem bom detalhamento. Ele peca nos agudos, que são ardidos. Um kit com receptor sem fio leva o som até as caixas traseiras.
// UN40D6000 Samsung
Um dos atrativos deste modelo é o preço, que o torna um dos televisores 3D mais baratos do mercado. Ele tem boas conexões e qualidade de imagem, além de um aplicativo que permite ver TV e acompanhar atualizações de redes sociais.
// 3 Speaker boombox TDK
A dock em estilo boombox, ícone dos anos 80, reproduz músicas com áudio forte e de qualidade a partir de aparelhos com interface P2, RCA estéreo e USB. Ela tem rádio e tomada P10, para ligar equipamentos musicais.
Especificações
Formato concha / Conexão P2 / Cabos de 3 e 6 m / Adaptador P10 / Sensibilidade: 105 dB / Resposta de frequência: 10 a 39 800 Hz / 235 g / R$ 3 129 avalIaçãO INFOlab
8,4
Especificações
Blu-ray 3D / 5.1 / 850 W / Saídas: 1 HDMI, 1 vídeo componente, 1 composto / Entradas: 2 HDMI, 1 áudio óptica, 1 RCA estéreo / 2 USB / Ethernet / R$ 2 300 avalIaçãO INFOlab
8,1
Especificações
Tela de 40” / Full HD / LCD com LED / 3D ativo / Contraste dinâmico 5 000 000:1 / 120 Hz / Entradas: 4 HDMI, 1 vídeo componente, 2 composto, 1 D-Sub / 3 USB / Ethernet / R$ 2 300 avalIaçãO INFOlab
8,1
Especificações
35 W RMS, MP3, WMA / Rádio AM e FM / Entradas: P2, P10, RCA estéreo, USB / Compatível com iPod, iPhone e iPad / 44h58min de bateria / R$ 3 699 avalIaçãO INFOlab
8,0
Câmeras
// EOS Rebel T3i Canon
Esta reflex semiprofissional tem bons controles e um destaque: grava com resolução full HD (1 080p). Ela tem recursos simples de edição e menus de acesso fáceis até para quem não está muito acostumado a esse tipo de câmera.
// Mv800 Samsung
O destaque da câmera é seu display de LCD, que gira 180 graus na vertical. É um diferencial e tanto para quem está acostumado a fazer autorretrato. A qualidade das fotos é boa, mas ela poderia ser mais rápida para gravar as imagens.
// 1J1 Nikon
A câmera que marca a estreia da Nikon com modelos híbridos no país tem corpo compacto e é ágil no foco automático. A qualidade das fotos é boa, mas um pouco inferior à das concorrentes. Os recursos de filmagem são interessantes.
Especificações
18 MP / Zoom de 3x (18 a 55 mm) / Filmagem em 1 080p / LCD de 3” / 761 g / R$ 5 499 avalIaçãO INFOlab
8,1
Especificações
16,1 MP / Zoom de 5x (26 a 130 mm) / Filmagem em 720p / LCD touchscreen de 3” / 141 g / R$ 900 avalIaçãO INFOlab
7,9
Especificações
10,1 MP / Zoom de 3x (10 mm a 30 mm) / Filmagem em 1 080p / LCD de 3” / 390 g / R$ 3 200 avalIaçãO INFOlab
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CONFIRA NESTA EDIÇÃO
ESPECIAL POLO SOFTWARE/ BLUMENAU
OPORTUNIDADES E OFERTAS IRRESISTÍVEIS HARDWARE | SOFTWARE | SERVIÇOS SUPRIMENTOS | CARREIRAS E CURSOS AUTOMAÇÃO | E MUITO MAIS!
(11) 3037 5868 Sergio Ricardo Albino sergio.albino@abril.com.br Para saber mais informações, acesse o site: http://info.abril.com.br/midiakit/
ILUSTRAÇÕES: WAGNER RODRIGUES
PARA ANUNCIAR
As mensagens destes classificados são de inteira responsabilidade de quem anuncia.
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INFORME PUBLICITÁRIO
VALE DO SOFTWARE BRASILEIRO A especialidade das empresas do polo tecnológico de Blumenau é desenvolver sistemas e prestar serviços nessa área
B
lumenau, no interior de Santa Catarina, é conhecida em todo o Brasil como a cidade da Oktoberfest. Mas é também o berço de algumas das mais tradicionais empresas de tecnologia do país e um polo importante de desenvolvimento de programas e sistemas de computador – o que a tornou conhecida também como Vale do Software. O polo tecnológico de Blumenau abriga, atualmente, cerca de 700 empresas, que juntas geram um faturamento aproximado de 400 milhões de reais e empregam em torno de 10 000 pessoas (entre empregos diretos e indiretos). Representa, com outras cidades da região, cerca de um quarto da receita de TI de Santa Catarina. A grande maioria das empresas de tecnologia de Blumenau – cerca de 90% – atua na área de software, tanto no desenvolvimento quanto em serviços de implantação e suporte. “Algumas delas prestam serviços internacionais a grandes corporações de diversas áreas, como indústria automotiva, agronegócios e bebidas”, diz Jeziel Montanha, presidente do Blusoft – Polo Tecnológico de Informação e Comunicação da Região de Blumenau, entidade que representa as empresas do setor. “De Blumenau são monitoradas, por exemplo, fábricas de automóveis na China, nos Estados Unidos, na Alemanha e em outros países, além de operações de transporte e logística na Ásia e na América Latina”, acrescenta. A especialidade do Vale do Software brasileiro são os sistemas de gestão corporativa (ERP) voltados, principalmente, para a área industrial – entre outras. Segundo Jeziel Montanha, o monitoramento da gestão da produção de grandes empresas internacionais – e também brasileiras – é realizado por equipes de suporte e desenvolvimento de Blumenau, que trabalham em turnos de 24 horas.
MÃO DE OBRA Como em outras regiões do país, o setor de TI de Blumenau vem crescendo de forma acentuada e contínua, a taxas de 20% ao ano em média. Porém, esse crescimento traz alguns desafios para as empresas instaladas nesse polo tecnológico. “A falta de mão de
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obra especializada é o principal gargalo”, afirma o presidente do Blusoft. “As empresas são forçadas a trazer profissionais de fora ou, então, a abrir unidades em outros estados.” Para contornar esse problema, o Blusoft vem promovendo várias iniciativas voltadas, principalmente, para a capacitação profissional. Uma das mais importantes é a implantação do programa Entra21, que fornece formação técnica avançada em TI para jovens de baixa renda do Vale do Itajaí. Totalmente gratuito, o treinamento é financiado por uma composição de recursos da prefeitura de Blumenau, do governo do estado de Santa Catarina e das próprias empresas da região. São 420 horas de curso, que dura cinco meses e está dividido em duas fases. Na primeira, o aluno recebe noções básicas sobre programas de computador, algoritmo e lógica. Na segunda, é encaminhado para áreas específicas, como desenvolvimento de sistemas. Além de promover a inserção de jovens carentes no mercado de trabalho, o programa vem ajudando a resolver o problema de déficit de mão de obra especializada em TI na região. E ainda funciona como atrativo para a instalação de novas empresas em Blumenau e outras cidades do Vale do Itajaí. Prova disso é que mais de 80% dos jovens formados em seis anos do programa Entra21 – completados em 2011 – estão trabalhando em empresas de tecnologia da região, com empregos de qualidade.
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3 ESPECIAL POLO SOFTWARE / BLUMENAU
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5 AUTOMAÇÃO / CARREIRAS E CURSOS
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7 CARREIRAS E CURSOS / HARDWARE
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om e iro n IF, e m i pr oG foi oo format S teve r d o po onário criadte, funcid or W ilhdi o proveer ve pus C om
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O gIF aNImOu a INterNet O mundo da tecnologia era bem sem graça quando o Graphics Interchange Format (GIF) surgiu, em 1987. Os computadores da época só mostravam imagens monocromáticas e transferir alguns kilobytes pela internet era uma árdua tarefa. O GIF causou uma revolução ao reproduzir 256 cores em documentos pequenos. O Netscape, navegador usado por 90% dos internautas à época, adotou o padrão e incentivou os criadores de sites a utilizar imagens em movimento. Milhões de páginas passaram a usar setas, envelopes e o famoso aviso de “em construção”, além de espalhar animações, já que exibir vídeos na era da conexão discada era complicado. Foi assim que o Dancing Baby (acima) virou um dos primeiros memes da internet. / Por juliano barreto ↙ veja mais: info.abril.com.br/blog/ctrlz
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