negócio acelerado
veja como funciona uma aceleradora de startups
ação!
as filmadoras que encaram lama, mar e todo tipo de aVentura
abril 2013
info.abril.com.br
EspEcial futuro
16 inovadores conversam sobre moda, casa, Tv, música, comida...
Educação / nEgócio acElErado / EspEcial futuro
informação | Tendências | inovação | culTura diGiTal
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Thales Giriboni estuda programação na escola
R$ 11,90 / ed. 328 / abril 2013
Vídeos, jogos, apps e sites de conteúdo educacional mudam a sala de aula e a forma de aprender. a tecnologia pode nos tirar do atraso?
Educação nº 328
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Abril de 2013 83
70 58 Educação soB MEdIda /
20 6 caRTa do EdIToR 9 WWW 12 caRTas
enTer 16 a arTe do diÁloGo
reunimos 16 inovadores para conversas ágeis e afiadas sobre como pensam suas áreas no futuro
18 PuBlIcIdadE / Washington Olivetto x Marco Gomes 20 MÚsIca / Paulo Miklos x João Marcello Bôscoli
O ensino personalizado ganha espaço nas escolas e a tecnologia é peça fundamental nesse modelo
ideias 34 alEssaNdRa laRIu /
Diga alô para seu computador
36 MaNoEl lEMos / Precisamos de casas inteligentes
TesTe
40 Joshua FRuhlINgER /
O INFOlab testou filmadoras para esportes, os smartphones Xperia ZQ e BlackBerry Z10, a Galaxy Camera e os tablets híbridos da Samsung e da Asus. Confira ainda os testes da dock LG ND8520 e da interface de áudio para guitarras StealthPedal CS
Estamos nos tornando babacas?
inovação
Marcelo Tas x Gregório Duduvier
44 uM dIa FoRa da caIXa / Um dia de negócios – e lazer – dos executivos do Dropbox em São Paulo
24 casa /
50 o gaRoTo dE us$ 30 MIlhÕEs /
26 RouPa /
Fabio Gandour x Marcelo Sommer
28 lEITuRa /
Sergio Herz x Martha Gabriel
30 vIda socIal /
Guilherme Ribenboim x Viviane Mosé
32 coMIda / Sergio Julio x Jeferson Rueda
76 ação TuRBINada / Algoritmos sofisticados usados pelas bolsas de valores tornam a compra e a venda de ações mais rápidas do que o olho humano pode acompanhar
38 dagoMIR MaRQuEZI / Os acertos (e erros) do nosso Nostradamus
22 TElEvIsão /
Leonardo Senna x Grégory Bousquet
70 sTaRTuP acElERada / Os bastidores do primeiro programa da Aceleratech, que treina 11 empresas iniciantes de tecnologia para o mercado
83 TEsTE /
94 RadaR /
Uma seleção de produtos já testados
O Yahoo! fez um bom negócio ao comprar um app criado por um estudante de 17 anos?
CTrl+z
52 susPEITo NÚMERo 61398 /
O minigame que foi febre no anos 1990
106 a INvasão TaMagoTchI /
INFO visitou o prédio apontado como centro dos ciberataques atribuídos ao Exército chinês
foto: Dulla EDição DE imagEm: artnEt Digital proDução mElissa thomé
/ Tiragem da edição: 118 804 exemplares
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Conversas Criativas A edIçãO deste mês da INFO é especial, dedicada às pessoas que gostam de ver as coisas com olhos frescos. Assim que virar as próximas páginas, você vai notar que Enter, a seção de abertura da revista, está diferente. Ela foi inteiramente dedicada à arte das conversas criativas. Nesses tempos de sobrecarga de informação, convidamos 16 pessoas inovadoras para discutir, em diálogos ágeis e afiados, como, no futuro próximo, vamos ouvir música, assistir TV, ler, morar, comer, lidar com as redes sociais e a publicidade. Não há melhor maneira de aprender, de testar suposições, de experimentar o novo do que em conversas com colegas, com professores, com pessoas que estudam a fundo um assunto. Foi com essa ideia que dedicamos um espaço nobre aos oito chats que reúnem nomes como Guilherme Ribenboim, diretorgeral do Twitter no Brasil, a filósofa Viviane Mosé, os publicitários Washington Olivetto e Marco Gomes,
o músico e ator Paulo Miklos e o produtor musical João Marcello Bôscoli, para ficar aqui só em alguns deles. No meio de tanto barulho dessa era do Twitter, esperamos que os diálogos sejam inspiradores, que o ajude a compreender e a enxergar novas possibilidades, e a cortar a cacofonia. Nas edições digitais para iPad e Android, no site ou apontando seu celular para os QR codes das páginas, você pode assistir os vídeos das entrevistas. GOstArIA AINdA de chamar sua atenção para a reportagem de capa, com o tema educação. Mostramos caminhos para escapar do paradoxo que existe hoje entre a chamada geração interativa, formada pelos nativos digitais que nasceram clicando em telas, e as enfadonhas salas de aula em que o professor fala e o aluno escuta, passivamente. Uma combinação de jogos, apps e plataformas de conteúdo educacional pode ser a chave para uma educação cada vez mais personalizada e eficaz. Você vai notar ainda que sua INFO está diferente, mais bonita. Rafael Costa, nosso irrequieto e criativo diretor de Arte, modernizou o projeto gráfico, para deixar as páginas da revista ainda mais atraentes. Escreva para contar o que achou. Boa leitura e até maio!
mais moderna
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As páginas da INFO ganharam novos layouts e tipografia
/ katiam@abril.com.br
6 / INFO Abril 2013
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VICTOR CIVITA (1907-1990)
fundador:
Roberto Civita Roberto Civita (Presidente), Thomaz Souto Corrêa (Vice-Presidente), Elda Müller, Fábio Colletti Barbosa, Giancarlo Civita, Jairo Mendes Leal, José Roberto Guzzo, Victor Civita Editor:
Conselho Editorial:
Presidente Executivo Abril Mídia:
Jairo Mendes Leal
Diretor de Assinaturas: Fernando Costa Diretor Geral Digital: Manoel Lemos Diretor financeiro e Administrativo: Fabio Petrossi Gallo Diretora-Geral de Publicidade: Thais Chede Soares Diretor de Planejamento Estratégico e novos negócios: Daniel de Andrade Diretora de Recursos Humanos: Paula Traldi Diretor de Serviços Editoriais: Alfredo Ogawa Diretora Superintendente:
Gomes
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Militello
Redator-Chefe: Juliano Barreto Editores: Airton Lopes, Maria Isabel Moreira e Maurício Moraes Editor Assistente: Marcus Vinícius Brasil Repórter: Paula Rothman Estagiário: Gabriel Garcia Diretor de Arte: Rafael Costa Editor de Arte: Oga Mendonça Designers: Vitor Milito e Wagner Rodrigues Colaboradores: Alessandra Lariu, Dagomir Marquezi e Manoel Lemos Infolab: Luiz Cruz (engenheiro-chefe), Leonardo Veras (analista de qualidade) Estagiários: Thiago Brito e Murilo Manhas Info online Editor: Felipe Zmoginski Editor Assistente: Fabiano Candido Repórteres: Cauã Taborda, Monica Campi e Vanessa Daraya Estagiários: Gustavo Gusmão e Marcelo Venceslau Desenvolvedores Web: Maurício Pilão e Silvio Donegá Produtor Multimídia: Cadu Silva www.info.abril.com.br SERVIÇoS EDIToRIAIS Apoio Editorial: Carlos Grassetti (Arte), Luiz Iria (Infografia) e Ricardo Corrêa (fotografia) Dedoc e Abril Press: Grace de Souza Pesquisa e Inteligência de Mercado: Andrea Costa Treinamento Editorial: Edward Pimenta
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Ciência
muito mais que um joguinho O diretor de criação de Real Racing 3, Kynan Woodman, conta a INFO como foi possível criar um jogo de corrida para tablets e smartphones com gráficos tão realistas. App mais baixado para Android e iOS por três semanas, o game tem como desafio provar que é um negócio rentável e convencer seus milhares de usuários a pagar por itens virtuais nas pistas de corrida.
SUA tAtUAgem vAI FAlAR Um grupo de pesquisa no Pentágono, órgão do Exército americano, testa uma espécie de tatuagem que, uma vez impressa na pele, poderá revelar quando os níveis de estresse e cansaço dos soldados estão altos demais. Saiba como sensores sem fio poderão ler os dados exibidos por essas tatuagens e enviá-los aos centros de comando.
Veja o teste das filmadoras de ação
Qual o gadget certo para você? Um novo recurso no canal Reviews
do site da INFO permite selecionar vários produtos e comparar suas configurações e preços, colocando lado a lado as notas e as marcas obtidas nos testes do INFOlab. Confira em info.abril. com.br/reviews
1 Abra o leitor QR Code em seu celular; 2 Foque o código com a câmera; 3 Clique em Ler Código para acessar os conteúdos Não tem o Leitor? Acesse www.leitor.abril.com.br Caso seu celular não seja compatível, digite: abr.io/videoacao
E maIs: NOva aba NO FacEbOOk.cOm/rEvIstaINFO pErmItE acOmpaNhar, aO vIvO, O vIdEOcast sEmaNa tEch
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/ O que os leitores falam no site e nas redes sociais INFO ONlINE
Cientistas criam células zumbis
O celular é sua carteira
A reportagem de capa mostra que finalmente as operadoras e os bancos definiram o papel de cada um. Sem isso, o Brasil nunca teria o mobile payment. João Carlos Andrade / Santos (SP)
Achei muito bacana a matéria de capa. Sou professor de Tecnologia da Informação e uso muito as matérias como base de aulas. Parabéns. Edson Bobadilha / Campo Grande [MS]
Os estrangeiros acham que vão encontrar no Brasil o mesmo que no Vale do Silício. Logo verão que a burocracia e os impostos serão grandes entraves para suas empresas. Marcos Ricardo / Itajaí (SC)
Solta o som
Há muito tempo se fala em usar o telefone celular para fazer pagamentos e transferências. Agora parece que o negócio vai mesmo sair, como mostra a excelente reportagem da INFO. André Malta Campos / Brasília (DF)
Testei os serviços de streaming indicados conectando o iPhone ao meu Home Theater por meio da Apple TV. O Deezer e o Rdio funcionaram muito bem. Já o Sonora, decepcionou. Hércules Alberto Thanes / Londrina (PR)
I love Brazil
Apps que pagam o usuário
Muito boa a história dos empreendedores estrangeiros que escolheram o Brasil para montar suas empresas. Exemplos assim fazem com que nosso mercado amadureça. Andressa Souza / Curitiba (PR)
A ideia mostrada no texto Leve um app para passear e ganhe um troco é uma sacada de gênio. Já fazemos isso no Foursquare e fica mais interessante se recebermos dinheiro para postar. Anderson Delesposti / São Paulo [SP]
abr.io/celulazumbi Não ad ia nt a o p essoa l comparar isso a um apocalipse zumbi. Entre você fazer uma célula continuar trabalhando depois de morta e fazer o mesmo com o ser humano tem muito chão pela frente. João Augusto / Brasília [DF]
Galaxy S4 chega ao Brasil por R$ 2,4 mil
abr.io/galaxyS4 Tive o Galaxy S, o S II e o S III. Mas infelizmente não terei o S 4, pois jamais aceitarei pagar esse valor por qualquer smartphone. Felizmente, ainda temos concorrência nesse mercado e existem algumas outras boas opções com custo/benefício bem melhor. Pedro Wirtz / Rio de Janeiro [RJ] TwITTEr
@littleclins
Adorei a matéria Startup de Gringo. Mostra que muitas pessoas de fora procuram buscar inspiração e demonstrar ideias de projetos no Brasil
@PetterMC
Maravilhosa a matéria da @_INFO sobre criptografia de dados. Graças a ela, agora todos os meus dados estão criptografados
@DanielCCLM
Gostei bastante da última edição. Estou sempre aprendendo muito, até porque estou longe de ser um expert em tecnologia
@PedroaAndreasi
A máteria sobre Pagamento Móvel da revista @_INFO ficou sensacional. Parabéns a toda a equipe
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broncas do mês Windows 8 demorado
Em outubro do ano passado, comprei um pacote que cobrava 69 reais pela atualização do Windows por download e 33 reais pela cópia em DVD. Fiz a instalação do sistema operacional normalmente, mas, ao reclamar do atraso na entrega do DVD, fui informado que o grande volume de pedidos atrasaria a entrega para dezembro. Após o novo prazo ser desrespeitado, a Microsoft prometeu que o DVD chegaria em janeiro, o que também não aconteceu. Além do atraso de quatro meses fui surpreendido com uma cobrança de 7 dólares que não havia sido informada no ato da compra. Luiz Antonio Soares / Porto Alegre [RS] RESPOSTA DA MICROSOFT A Microsoft Brasil lamenta o transtorno causado ao sr. Luiz Antonio Soares e esclarece que ele recebeu a mídia contendo o Windows 8 em sua residência. Comentário do leitor A solução foi satisfatória, mas fica o alerta de que a Microsoft não exibe de maneira clara a informação de que o DVD do Windows 8 vem dos Estados Unidos.
Venda sem pagamento
Vendi um iPhone 4S pelo Mercado Livre, mas não recebi o dinheiro. A confirmação da transação chegou por e-mail, embora o valor não tenha sido transferido para a minha conta. O suporte da empresa sugere que fale direto com o comprador, mas a pessoa não responde. Gustavo Rocha / Limeira [SP]
Comentário do leitor O Mercado Livre disse que os e-mails de confirmação que recebi eram falsos. Procurei o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania, mas não adiantou, pois o representante do Mercado Livre faltou à audiência. Só não entrei ainda com processo contra o site por falta de condições financeiras.
Comunidades Facebook / facebook.com/revistainfo Twitter / twitter.com/@_INFO Google+/ google.com/+info Pinterest/ pinterest.com/revistainfo Instagram/ @revista_info Assinaturas assineabril.com (11) 3347-2121 Grande São Paulo 0800-775-2828 Demais localidades Serviço de Atendimento ao Cliente abrilsac.com (11) 5087-2112 Grande São Paulo 0800-775-2112 Demais localidades (11) 5087-2100 Fax Loja INFO info.abril.com.br/loja / (11) 4003-8877 lojaabril@vendapontocom.com.br Publicidade Para anunciar na INFO, ligue: (11) 3037-2302 São Paulo (21) 2546-8100 Rio de Janeiro (11) 3037-5759 Outras praças (11) 3037-5679 Internacional (11) 3037-2300 Fax publiabril.com.br Permissões da INFO Para usar selos, logos e citar qualquer avaliação editorial da INFO, envie um e-mail para permissoesinfo@abril.com.br. Nenhum material pode ser reproduzido sem autorização por escrito. Venda de conteúdo Para licenciar o conteúdo editorial da INFO em qualquer mídia: atendimento@ conteudoexpresso.com.br / Para solicitar reprints das páginas: reprint.info@abril.com.br Saiba que /A INFO não aceita doações de hardware e software nem viagens patrocinadas por fornecedores de tecnologia. / Os artigos assinados pelos colunistas da INFO não expressam necessariamente a opinião da revista.
“A INFO me mantém atualizado sobre o mundo da tecnologia, trazendo as principais tendências em empreendedorismo e inovação”
As empresas mais citadas pelos leitores em março Apple 11%
Samsung 11%
Outros 62%
Redação Comentários sobre o conteúdo editorial da INFO e reclamações para Broncas do Mês: contateinfo@abril.com.br. A correspondência pode ser publicada de forma reduzida. Envie seu nome completo e a cidade onde mora.
RESPOSTA DO MERCADO LIVRE Informamos que para comercializar no Mercado Livre, todo e qualquer usuário precisa observar os Termos e Condições do site. Comunicamos também que para casos de envio de produtos com valores acima de 50 reais é necessária a utilização do Aviso de Recebimento emitido pelos Correios.
líderes da bronca
Claro 16%
fale com a
Por qUE lEio info
Gustavo Furtado / presidente da loja virtual Tricae
Ops! Erramos / No texto Táxi Em Um Toque, os ícones dos apps SaferTaxi e EasyTaxi foram invertidos.
foto RAFAEL EVANGELISTA
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A Arte do
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A peça central desta edição de aniversário da INFO é dedicada à arte da conversa criativa. O diálogo direto tem o poder de ensinar, de cutucar, de aplacar a ansiedade gerada pelo constante fluxo de informação. “Já está over”, resume o publicitário Washington Oliveto, um dos 16 especialistas que convidamos para diálogos afiados que
Veja, Nas próxImas págINas, O que peNsam Os 16 INOVadOres que cONVIdamOs para cONVersar
pensam o futuro em oito áreas do comportamento. Sete anos após o início da era Twiter, ainda não há nada como uma boa conversa para estimular a inovação. A ideia é que nossas conversas sejam fonte de inspiração para ajudá-lo a entender o que vem por aí. Aproveite!
18 PUBLICIDADE Washington Olivetto, chairman da agência WMcCann, conversa com Marco Gomes, fundador da Boo-Box 20 MÚSICA Paulo Miklos, ator e integrante da banda Titãs, conversa com João Marcello Bôscoli, produtor musical e fundador da gravadora Trama 22 TELEVISÃO Marcelo Tas, jornalista e apresentador do programa CQC, conversa com Gregório Duduvier, ator e roteirista da produtora Porta dos Fundos 24 CASA Leonardo Senna, fundador da empresa de automação iHouse, conversa com Grégory Bousquet, arquiteto do escritório Triptyque 26 ROUPA Fabio Gandour, cientista da IBM, conversa com o estilista Marcelo Sommer 28 LEITURA Sergio Herz, presidente da Livraria Cultura, conversa com a escritora Martha Gabriel 30 VIDA SOCIAL Guilherme Ribenboim, diretor-geral do Twitter, conversa com a filósofa Viviane Mosé 32 COMIDA Jefferson Rueda, chef de cozinha, conversa com Sergio Julio, diretor de pesquisa e desenvolvimento da PepsiCo do Brasil
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/ publicidade
≥ WashINgtON OlIvettO, 61
chairman e chief creative officer da agência de publicidade WMccann (ao lado)
≥ MarcO gOMes, 26
Fundador da boo-box, rede de publicidade para blogs e redes sociais
18 / INFO Março 2013
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debby gram
AindA vAi Acontecer umA grAnde triAgem no conteúdo dA web”
e no futuro a tela da TV perder seu lugar para o touchscreen dos gadgets, como as marcas irão se comunicar com os consumidores em um mundo sem intervalos comerciais? Para o publicitário Washington Olivetto, entre mudanças e adaptações sobreviverão as grandes ideias. Entrevistado por Marco Gomes, criador da rede de publicidade online Boo-Box, Olivetto falou sobre o futuro da comunicação.
× Marco Gomes_A maioria das pessoas usa smartphones ou tablets enquanto assiste à TV. Qual será o novo papel da televisão? Washington Olivetto_Acredito que haverá uma recriação de hábitos. Vi um projeto de uma tela fina e portátil, feita de um material mole, que se desdobra para exibir vídeos para várias pessoas. Também haverá a possibili-
edição de imagem artnet
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dade de projetar o conteúdo no vidro da janela. Essa questão me faz lembrar o Gilberto Gil na turnê Máquina de Ritmo. Ele fez referência às máquinas de primeira geração, como os bumbos, e às máquinas de nova geração, a música eletrônica. Ele quer fazer o pessoal dançar, não importa a máquina. Na comunicação, precisaremos misturar um tanto de digital com outro de analógico. Usando um pedacinho de uma nova invenção com uma coisa quase pré-histórica é que vamos chegar a um novo modelo de comunicação.
× MG_Boa parte do tempo das pes-
soas na web é gasto com o conteúdo que elas criam. Até onde isso vai? WO_O que aconteceria se amanhã todo mundo acordasse médico e fosse para o hospital? Morreria um monte de gente, certo? Com a tecnologia foi como se todo mundo acordasse comunicador. Tenho a sensação de que ainda acontecerá uma grande triagem no conteúdo da internet. Vivemos uma fase de adolescência da internet. Há muita porcaria, o anonimato gera covardia e muito consumidor dá palpite sobre tudo. Já está over. É preciso dar um formato mais bacana para isso.
× MG_As marcas precisarão apren-
der a ouvir mais o que é dito sobre elas nas redes sociais? WO_Comunicação não é o que você fala. É o que o outro entende. As marcas vão ter de descobrir se aquilo é um ponto de vista a ser levado em conta ou bobagem. A empresa não pode se assustar se um problema atinge 43 pessoas num universo de 30 milhões de consumidores. Isso sempre aconteceu, mas ninguém sabia. Muita gente se pergunta onde errou. Errou ao levar 43 caras a sério.
× MG_O que acontecerá quando fer-
ramentas para análise de audiência alcançarem seu potencial e ajudarem a criar anúncios personalizados? WO_Se ficar perfeito, fica desumano. E se não for humano, não funciona. Será preciso dosar até o potencial de falha dessas coisas. Sem arriscar, você fará uma coisa asséptica, sem emoção. O povo sabe o que quer, mas também quer o que não sabe. Cabe à nossa profissão ensinar, surpreender, ser do contra. Ou não sairemos do lugar. MG_Nem tudo pode ser descoberto usando dados da web, certo? WO_Os projetos mais legais são os que somam. Uma marca de chocolates da Austrália era a quarta do mercado. Fez uma campanha patrocinando tudo que estivesse em quarto lugar. A quarta colocada no Miss Austrália, o quarto time de futebol... Em um ano e meio, chegou à liderança. ↙ Abril 2013 INFO
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/ música
≥ João Marcello Bôscoli, 42
Empresário, produtor musical e fundador da gravadora Trama, pioneira no incentivo ao download de músicas (à esquerda)
≥ Paulo Miklos, 54
integrante da banda Titãs e ator. apresenta o talk show semanal Dose Tripla na miX TV
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rui mendes
A fórmulA do sucesso coNtiNuArá iNexplicável”
uma casa no bairro Jardim Paulista, na zona oeste de São Paulo, mais de 3 mil discos foram gravados em um estúdio que, desde 1974, recebeu artistas de diversos estilos e gerações. A casa, hoje sede da gravadora Trama, foi o ponto de encontro entre João Marcello Bôscoli, o fundador da Trama, e o músico e ator Paulo Miklos. Eles conversaram sobre como a tecnologia pode alterar a relação dos artistas e dos fãs com a música.
× João Marcello Bôscoli_Como va-
mos ouvir música no futuro? Paulo Miklos_A música virou uma coisa etérea, que está no ar, em todo lugar. Todos os meus CDs, fitas K7 e discos de vinil estão em um lugar da minha casa em que nem vou mais. Hoje está tudo no celular e ouço no carro pelo Bluetooth. Estamos em um momento em que a música chega a incomodar,
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porque ela está até em lugares em que você não gostaria. Para mim, a tendência é a valorização do silêncio e do momento em que você sentará para ouvir apenas aquilo que você quer ouvir.
× JMB_Vivemos uma era de singles.
As pessoas ouvem muita música, mas de uma forma sortida e com pouco tempo. Os álbuns vão virar raridade? PM_Vai ser preciso se apaixonar por uma música para poder ir atrás do álbum, baixar, conhecer mais o artista. O cenário todo está estimulado, você ouve tudo de graça, os sites são lindos, todo mundo já tem clipe. Até por isso há um sincretismo tão grande de estilos, com músicas curtas, que chegam rápido ao refrão para soar familiar e conquistar logo o cara. Mas pelo lado do artista isso gera uma liberdade enorme para poder fazer um álbum só com duas músicas ou então gravar mais de duas horas.
× JMB_Ainda é possível inovar em música? Ou todas as misturas já foram realizadas? PM_A internet é um universo com um nível de informação gigantesco, mas ainda existe a influência dos grandes canais de distribuição, das grandes gravadoras e isso não é muito permeável. O sistema foi reorganizado e deu
conta de se adaptar para continuar filtrando a música. A fórmula para fazer sucesso com algo diferente é inexplicável. Pode ser um coreano com uma dança engraçada, pode ser o Michel Teló. Aqui no Brasil temos muitas condições para fazer isso. É muito interessante assistir certas trombadas estéticas, sertanejo com guitarra, com batuque meio africano, tudo misturado.
× JMB_A tecnologia passa uma sen-
sação de que é possível fazer uma estrela a qualquer hora. Mas não vejo o ciclo de grandes talentos mudar. Eles continuam raros. PM_Quando um talento é inegável, ele atravessa as fronteiras de idade, do gênero musical. Mas, mesmo assim, ele pode fazer sucesso por um tempo determinado. Muitas vezes é resultado de um momento específico, isso é da característica do próprio sistema. A tecnologia é legal. Com os programas avançados de edição, você vê uma pessoa trabalhando em algo que é muito fácil errar e, ao mesmo tempo, é mágico quando alguém usa a coisa de uma maneira criativa, até exagerada, para causar estranhamento e ser reconhecida. Não há nada de maligno nisso. ↙
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/ teLevIsão
≥ Marcelo Tas, 53
Jornalista e roteirista. Lidera o programa de humor CQC, exibido na Band. (à esquerda)
≥ GreGório
DuDuvier, 27
Ator e roteirista. Integra o grupo de criadores da Porta dos Fundos, produtora de vídeos de humor
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marcio scavone
A televisão não existe mAis. AgorA tudo É telA”
provável que na infância o roteirista Gregório Duduvier tenha aprendido meia dúzia de lições com o Professor Tibúrcio, personagem de Marcelo Tas no programa Rá-Tim-Bum, dos anos 1990. Mas no encontro que INFO promoveu entre os dois, a troca teve mão dupla. O assunto? Inovação na TV.
× Gregório Duduvier_Na tela do ce-
lular ou na TV as pessoas gostam mesmo do tipo de conteúdo. Você não acha que, no futuro, o meio de transmissão pouco importará? Marcelo Tas_A televisão não existe mais. Sei disso porque tenho filhos. Eles e os amigos não usam a palavra televisão. Não escuto falarem nem computador. É tudo tela. Não há diferença entre ver no YouTube ou na TV. O que vale é assistir quando quiser. Mas há um ruído pela quantidade de bobagem postada na internet. Para furar isso, basta contar uma história com qualidade. O meio não é a mensagem. A mensagem é a mensagem.
× GD_Você acha que na TV existirá a
mesma liberdade que há na internet? Como funciona com você na Band? MT_Em nenhum momento existiu liberdade editorial. Nem Shakespeare teve. O mundo é interdependente. Numa emissora aberta, a liberdade tem de ser mais negociada, pois lidamos com um público mais amplo. Não é falta de liberdade, mas tem que negociar. As pessoas se enganam ao pensar que são donas de seus canais no YouTube, que não têm o rabo preso, enquanto usam o serviço do Google, a maior empresa de publicidade do mundo.
× GD_Na arte não dá para ser democrático. Fizemos uma peça em que o público votava para escolher a sequência das cenas e foi uma zona. Como é sua relação com a medição de Ibope em tempo real e com as redes sociais. Tem hora para abrir e para fechar a porta para o público? MT_O público é maravilhoso, mas é uma pista falsa. Ele pode te conduzir para equívocos. Você fará as coisas mais fáceis, sem inovar. O público tem medo do que você vai dar e, ao mesmo tempo, quer ser surpreendido. Há a tentação de participar o tempo inteiro, mas muitas vezes a pessoa quer apenas ver um programa, sem interagir.
× GD_As pessoas têm vergonha
de ser preconceituosas. Não será bom quando as piadas pararem de rir do negro e tirar sarro do racista? MT_ O humor não tem de ser perverso às vezes? Falamos mal dos políticos e não podemos falar mal do povo. Mas quem elege os políticos corruptos é o povo. É preciso dar uma cutucada. Tem um rótulo que dão ao CQC que não gosto, o de humor inteligente. O humor sempre é inteligente. Ele só existe quando há fricção de inteligência. A palavra central no futuro será discernimento. É o novo ouro em pó.
× GD_O YouTube tem por característica a criação de um espectador irônico, crítico, que fala mais sobre o que não gosta do que sobre o que gosta. Do que essa geração vai gostar? MT_Isso é cinismo, que é diferente de ironia. Para o cínico, tudo é pior do que o que ele poderia fazer. Ele é destrutivo, um preguiçoso que só quer mimimi o dia inteiro. Há a tentação de caminhar para um fundamentalismo. O cara é gênio ou idiota. Morro de medo que essa seja a maior doença da nossa época. É uma mentalidade em branco ou em preto. Não tem os 50 tons de cinza. × GD_Como o artista ganhará dinhei-
ro num mundo de conteúdo grátis? MT_Esse é o dilema da independência. Mozart era financiado por reis que encomendavam músicas. O bastidor é ligado em uma interdependência, a arte não. O que é legal é o que fica. ↙ Abril 2013 INFO
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/ roupa
≥ Fabio
Gandour, 60
Cientista-chefe do laboratório que a IBM research Division mantém no Brasil (acima)
≥ Marcelo
SoMMer, 45
Estilista, integra o time da marca de street wear Cavalera
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Klaus Mitteldorf
“O hOmem vAi se fundir cOm A tecnOlOgiA pOr meiO dA rOupA”
moda exercerá papel fundamental quando o conceito wearable computer, ou computador de vestir, entrar na nossa vida. Será por meio da roupa que gadgets se fundirão com o corpo. Para falar sobre moda e futuro reunimos o cientista Fabio Gandour e o estilista Marcelo Sommer. Acompanhe.
× Marcelo Sommer_Como a tecnolo-
gia vai entrar na nossa vida por meio do vestuário, dos acessórios? Fabio Gandour_Ela já entrou. A tecnologia está a serviço das pessoas. Estamos incorporando ao dia a dia objetos tecnológicos, como o celular, como incorporamos a camisa, o sapato. E a provocação é a seguinte: ei, estilistas, considerem essa necessidade para facilitar as coisas. O livro Perceptron, de Marvin Minsky e Seymour Papert, afirma que o ser humano vai se fundir com a tecnologia. Essa fusão só poderá acontecer por meio da roupa.
× MS_Minha especialidade na moda
é o street wear, a roupa para ser usada na rua. Trabalho há 25 anos e sem-
pre tento criar bolsos estratégicos, mas ainda não temos um aparelho acoplado, como um celular no capacete de um motoboy, por exemplo. FG_Fiz um experimento que endossa isso. Uma jaqueta que pode ter um bolso transparente para colocar o celular, de cabeça para baixo, para facilitar a visualização. Nas costas da jaqueta pode ter um coletor solar. Essa região da roupa é a que pega mais sol. Então, enquanto a pessoa caminha, o sol bate e a célula fotovoltaica vai carregando os gadgets que estão conectados à roupa.
× MS_Não tenho dúvida de que as pessoas usariam uma roupa assim. FG_Vamos dividir essa nossa conversa em dois segmentos: o da utilidade e o da estética. No lado da estética, veja a camiseta que estou usando. Ela é uma peça de protesto contra a violência. A ideia nasceu no laboratório de pesquisas da IBM em Almaden, no Vale do Silício. Para se proteger contra a violência urbana, um dos pesquisadores resolveu colocar plaquinhas de titânio, o metal mais resistente que existe, na altura do coração e deu uma outra utilidade à camiseta.
× MS_Uma das áreas em desenvolvimento é a da microencapsulação. Uma meia calça feminina pode ter milhões de microcápsulas com creme hidratante. Há ainda a microcápsula de regulação térmica, usada em travesseiro de bebê. Quando está com febre, o travesseiro muda de cor. FG_Há muito tempo fala-se em computador de vestir, ou wearable computer. Esse conceito derivou da miniaturização das máquinas, que poderiam ser usadas no corpo. O display é um óculos e a voz faz o comando. Isso poderia, por exemplo, facilitar a vida de um trabalhador numa plataforma de petróleo. O cara fica numa torre, lá no alto, no meio do mar, para dar manutenção numa válvula. Mas ele precisa do manual da válvula. Daí um engenho permite que se comunique com o computador só olhando numa lente. Isso endossa a ideia de que a tecnologia vai se fundir com as pessoas. Primeiro pela roupa e quem sabe um dia entrando no corpo. Aí vamos ter de criar uma tecnologia para saber o que é máquina e o que é gente. A indústria da moda desempenhará papel muito forte nessa transição ao transhumanismo, quando uma pessoa é metade humana e metade máquina. × MS_Existe um exemplo disso que
já está nas ruas: a jaqueta para motoqueiro que vem com air bag. Ela infla e o cara se salva em caso de acidente. FG _Esse é mesmo o caminho. ↙ Abril 2013 INFO
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/ casa
≥ Leonardo Senna, 47
Fundador da empresa de automação residencial iHouse (à esquerda)
≥ GréGory
BouSquet, 40
cofundador do escritório de arquitetura Triptyque
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ludoviC CarèmE
A nAnotecnologiA trAnsformArá As pAredes em grAndes telAs”
possível que você nunca tenha ouvido a palavra domótica, mas ela vai bater à sua porta. Domótica é um ramo da engenharia que permite a gestão inteligente de uma casa. Foi também um dos temas da conversa entre o empresário Leonardo Senna, fundador da empresa de automação iHouse, e o arquiteto francês Grégory Bousquet. Um papo que passou também por temas como a adoção de energias limpas, as vantagens dos controladores de consumo e a metamorfose que os cômodos da casa vão sofrer no futuro.
× Grégory Bousquet_Quais são os
seus sonhos para uma casa do futuro? E o que impede esses sonhos de se tornarem realidade agora? Leonardo Senna_Meu sonho é precisar o menos possível de controles para os equipamentos. Quanto mais natural, melhor. O processamento de imagens seria um jeito interessante de permitir isso, com comandos para as tarefas do dia a dia sendo feitos por
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meio de gestos, olhares e reconhecimento de voz. A evolução desse tipo de tecnologia está sendo muito rápida. O que ainda impede alguns projetos é o custo. Falta a produção em escala para permitir o consumo em massa.
× GB_Ao fazer um projeto, por mais
belo que seja, sempre nos deparamos com a necessidade de lidar com fios e interruptores. Quando vamos acabar com as tomadas? LS_ Já existem trabalhos para a transmissão de energia sem fio. É mais complicado do que transmitir um sinal de dados, mas os experimentos já conseguem alcançar a potência necessária. No mercado atual há smartphones que dispensam a conexão física com a fonte de energia. Eles são recarregados por proximidade. A tendência é que isso aconteça também com os outros aparelhos. É uma questão de tempo.
× GB_Os cômodos da casa estão
divididos de acordo com os equipamentos que estão neles. Quando a TV da sala estiver livre das tomadas será possível levá-la para o quarto ou para qualquer outro lugar. Veremos então uma nova divisão das casas?
LS_Sim, pois um campo que vai crescer muito é o da nanotecnologia. Essa tecnologia faz com que os materiais mudem de cor, de forma e de textura, transformando as paredes em grandes telas. Será possível ter materiais com diferentes níveis de transparência, o que favorecerá a iluminação do ambiente e impedirá o calor de entrar. Até mesmo com a holografia poderemos ter uma capacidade de projeção que vai se confundir com a casa.
× GB_O maior gastador de energia
é o ser humano, por isso me parece que os eletrônicos podem ser muito mais uma forma de economizar energia do que de gastar. Isso é correto? LS_O consumo dos processadores modernos cai a cada dia. São controladores que gastam milésimos de watt e proporcionam uma economia de milhares de watts. O gasto de um projeto feito para eficiência energética, que controla da iluminação ao fluxo de ar, é uma gota perto da economia que ele proporciona.
× GB_Com a população mundial
vivendo mais, teremos de projetar casas amigáveis aos idosos. Como a tecnologia poderá ajudar nisso? LS_Os equipamentos vão se comunicar em uma rede sem fio. Por isso, seja por meio da roupa ou do espelho do banheiro, faremos exames de prevenção e teremos nossos sinais vitais monitorados e analisados em tempo real. ↙
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/ leitura
≥ Sergio Herz, 41
Presidenteexecutivo da livraria Cultura
≥ MartHa gabriel, 50
autora do livro Marketing na Era Digital e de outras três obras sobre tecnologia e comunicação
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luiz maximiano
O leitOr é multicAnAl. terá O mOmentO DA leiturA nO pApel e nO ipAD”
esde o ano passado, a Livraria Cultura vende o Kobo, leitor digital que permite o acesso a 12 mil títulos brasileiros. Convidado por INFO para uma conversa com a escritora Martha Gabriel, sobre leitura nesses tempos digitais, o presidente-executivo da Livraria Cultura, Sergio Herz, disse que nunca vendeu tantas vitrolas e LPs em suas lojas, além de livros. Uma contradição? Não, apenas um sinal da crescente voracidade do consumidor por conteúdo em todos os formatos.
× Martha Gabriel_Como os livros e o
conteúdo vão evoluir? Sergio Herz_Estamos todos nos adaptando. O próprio mercado só existe de maneira mais consistente há cinco anos. Existe uma evolução dos leitores, com a digitalização do conteúdo. Não há dados consistentes para afirmar que todas as mídias vão migrar para o digital ou que todas vão
conviver. Acredito que o consumidor é multicanal. Há momentos em que vai querer ler no papel, em outros vai preferir o iPad ou um e-reader. É como com música e filmes. Compro tudo por download, mas ainda compro CDs e LPs quando estou em uma loja. Aliás, na Livraria Cultura nunca vendemos tanta vitrola e tanto LP quanto agora. As coisas vão conviver. O que falta é definir o tamanho de cada mercado.
× MG_Hoje lemos também com os
dedos. Já nos acostumamos a clicar em links. Quando leio um livro em papel, paro para buscar, no celular, informações relacionadas ao conteúdo. SH_Pesquisas mostram que a leitura por meios digitais é mais lenta. A retenção da informação também é menor, principalmente no tablet, com seus vários alertas. Você está a um toque de distância de fazer uma pesquisa para se aprofundar naquele assunto. Isso muda completamente a maneira como lidamos com a informação.
× MG_ Vejo que há muita leitura su-
perficial na internet. Mas, por outro lado, há também muito mais informação em grau mais profundo. Talvez as pessoas ainda não tenham aprendido a juntar uma coisa com a outra. SH_Existe hoje um consumo exagerado de informação. Essas mudanças podem ser percebidas no modo de vida. Você pode estar numa sala com quatro pessoas da família e cada uma estará olhando para uma tela diferente. Se isso é legal ou não, só o futuro vai dizer. Mas que a relação entre as pessoas vai mudar muito, isso vai.
× MG_Hoje o consumo é fragmentado. Quando vejo um vídeo, se for curto vejo na hora, senão fica para depois. Com o livro é mais difícil. Não dá para vender por capítulos. Como se adaptar a esse novo modo de consumir? SH_Nos livros corre-se o risco de reduzir o trabalho da vida de uma pessoa, diminuir o que está por trás do trabalho. Entregar o conteúdo em pílulas ou limitar o número de páginas é desvalorizar algo que pode ter demorado 20 anos para ser concluído. É muito complexo. As pessoas começam a não dar valor para uma informação. Para evoluir, o mundo precisa de muita pesquisa, dedicação, ralação, para gerar conteúdos novos. Na internet vai continuar existindo um mundo muito superficial. Quem quiser se destacar vai ter que se aprofundar. ↙
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/ vida Social ≥ ViViane Mosé, 49
Psicóloga, psicanalista e doutora em filosofia
≥ GuilherMe ribenboiM, 39
diretor-geral do Twiter no Brasil
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André Klotz
A sociedAde em rede vAi AlterAr todAs As relAções de poder”
o d ia em que o Twitter completou sete anos, Guilherme Ribenboim, diretor-geral da empresa no Brasil, entrevistou a filósofa Viviane Mosé. O assunto: como as recém-criadas ferramentas sociais estão transformando a vida e o comportamento das pessoas. Para Viviane, a colaboração e o compartilhamento na internet estão apenas na infância e, no futuro, poderão transformar as relações de poder.
× Guilherme Ribenboim_ As redes sociais conectadas, como o Twitter, são um fenômeno relativamente recente e já foram capazes de aumentar incrivelmente a interação entre as pessoas. Essa é uma tendência irreversível? Viviane Mosé_ O ser humano sempre viveu em grupo, sempre formou suas redes sociais. O que a internet fez foi potencializar esse movimento, que é ótimo para a humanidade, pois acelera as possibilidades de aprendizado e desenvolvimento. Vivemos ainda um momento inicial desse fenômeno, uma transição para o que podemos chamar
de sociedade em rede que é, sim, uma tendência irreversível. Quando estiver plenamente estabelecida, essa nova ordem vai alterar as relações de poder e até a forma como o capitalismo se organiza.
× GR_ Como isso ocorrerá?
VM_ O modelo materialista do capitalismo, de produzir bens materiais e hierarquizar as pessoas em função de suas posses, vai mudar. Na sociedade em rede, terá mais poder quem for mais capaz de agregar pessoas, somar seguidores e influenciá-los. Isso não significa que será preciso ter um conteúdo intelectual para atrair fãs. Essa zona de influência pode se formar, por exemplo, em torno de conteúdos emocionais, como fez aquela família que gravou o vídeo que se tornou o viral Para Nossa Alegria. É um vídeo poético, comovente. Esse tipo de ação será capaz de exercer poder e engajar as pessoas no futuro. Ao contrário das ditaduras, que organizam os níveis de poder pela força, a sociedade conectada fará essa organização por influência social, um método muito mais democrático.
× GR_ A educação e o trabalho vão se transformar em função do uso mais intenso das redes sociais? VM_ Já estão se transformando. Nas empresas, nem sempre vale mais o profissional com o diploma de maior
prestígio ou melhor currículo. Há uma tendência em valorizar a capacidade de reação às mudanças, a capacidade de compartilhar informações relevantes e engajar pessoas. Na educação esse processo é mais acelerado. O pensador francês Edgar Morin costuma dizer que caminhamos para o “pensamento da complexidade”, em que o aprendizado não se dará mais pela compreensão de um conteúdo, mas pela capacidade de analisar seu contexto.
× GR_ A evolução da tecnologia indica que estaremos todos conectados de forma permanente e com acesso a todo tipo de conteúdo. Não há o risco de nos tornarmos superficiais ou ficarmos cansados de tanta exposição? VM_ Ao contrário do que fazemos quando assistimos televisão, nas redes sociais escolhemos as pessoas que queremos seguir, os conteúdos e interagimos com eles. Esse trabalho de fazer escolhas permitirá a especialização no que quisermos, ainda que sejamos superficiais em vários outros aspectos da vida. É provável que esse excesso de oferta de conteúdos e de exposição gere, em algum momento, o desejo por um refluxo, uma volta às experiências reais em detrimento do digital, do signo, do código. Imagino que, no futuro, espetáculos presenciais, como consertos de música e peças de teatro, serão bem mais valorizados. ↙
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/ comida ≥ Sergio
Julio, 50
diretor de pesquisa e desenvolvimento da Pepsico do Brasil (ao lado)
≥ JefferSon rueda, 34
chef de cozinha. Sócio dos restaurantes atimo e dona onça, em São Paulo
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beto riginik
grAçAs À CiênCiA poderemos sentir o sAbor dA friturA sem suAs CAloriAs”
onhecido por transformar receitas do interior do Brasil em pratos de alta gastronomia, o chef Jeferson Rueda encontrou-se com Sergio Julio, um dos responsáveis pelo sabor dos salgadinhos e bebidas que a PepsiCo do Brasil lançará nos próximos anos. A conversa aponta para um caminho em que a comida artesanal e a industrial encontrarão os mesmos desafios no futuro. E a saída pode estar nos laboratórios de pesquisa.
× Jefferson Rueda_No meu restau rante faço uma comida com memória afetiva. Como a indústria pode replicar essa experiência em larga escala? Sergio Julio_A alimentação não terá apenas a função de nutrir. Comer terá uma importância emocional muito grande. O ato de reviver uma experiência da infância, por exemplo, poderá ser o grande diferencial dos
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produtos. A indústria trabalha para se adaptar a isso e usa a ciência para reproduzir a arte dos chefs em uma escala de massa. Com a alteração de moléculas será possível ter a percepção de indulgência da gordura sem necessariamente comer algo com gordura.
× JR_Como serão os ingredientes no futuro? Sal, açúcar e farinha se rão substituídos nos alimentos? SJ_É preciso lembrar que absorvemos muito mais sal do que percebemos. A tendência é a indústria usar produtos químicos que tragam a experiência sensorial do sal, do açúcar, do óleo ou do creme de leite, por exemplo, sem causar tanto desequilíbrio na nutrição da pessoa quanto os produtos originais, que são muito calóricos.
× JR_É difícil derrubar os tabus. Co
zinho profissionalmente há 19 anos. Não posso usar espessante com amido de milho, mas posso usar
goma xantana? No ano passado fui à Espanha, onde cozinham com sul cro, xantana, alginato, produtos de alta tecnologia utilizados na indús tria. Mas fica uma interrogação: será que isso pode fazer mal à saúde? SJ_Eles não fazem mal. São produtos criados a partir de algas marinhas, vagens e processos naturais de fermentação. A aprovação de ingredientes é um processo longo e difícil, passa por testes para provar que não causam problemas à saúde ou possíveis reações que pessoas sensíveis a determinados componentes podem ter. Na parte nutricional, é possível imaginar que um prato que usou 100 gramas de amido de milho vai ter cerca de 300 calorias a mais, ao passo que, se ele fosse feito com um grama de goma xantana teria a mesma consistência e apenas quatro ou cinco calorias adicionais.
× JR_O planeta não para de cres cer e é preciso alimentar uma po pulação imensa. Ao mesmo tempo é importante preservar a cultura do pequeno produtor. É possível conci liar essas duas coisas? SJ_Existem programas para educar e aprimorar o pequeno e o médio produtores que trabalham em conjunto com as grandes fábricas. Mas aí estamos falando de monoculturas, plantações de batata, milho, trigo. Só que não é só disso que viveremos no futuro. A busca por proteínas não será na terra. Será preciso aprender a cultivar o mar. Hoje exploramos o mar, mas não o cultivamos. ↙ Abril 2013 INFO
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/ Vivendo em Beta
Diga alô para seu computador
Machine learning é um ramo da inteligência artificial que vai fazer com que as máquinas entendam a fala e o comportamento humanos
E
m março de 2013, o Google fez a sua segunda aquisição do ano. Comprou u m a s t a r t up c anadense chamada DNNresearch (dnnresearch.com). Ela tem um site misterioso, foi fundada pelo professor Geoffrey Hinton, da Universidade de Toronto, com dois alunos, e se especializou em redes neurais artificiais, uma área que está na moda no campo da inteligência artificial. A característica principal da inteligência artificial (IA) é ensinar computadores a tomar decisões próprias. Apesar de inteligência artificial não ser um assunto novo, a conversa do momento é sobre um dos ramos de IA chamado machine learning. Mais precisamente, uma nova geração de computadores que, entre outras coisas, tem como objetivo reestruturar a maneira como as máquinas aprendem a lidar com o comportamento humano, respondendo a ele de uma forma mais natural. Uma das histórias mais famosas sobre machine learning aconteceu em 2009, quando o serviço de aluguel de filmes Netflix ofereceu um prêmio de 1 milhão de dólares a quem desenvolvesse um algoritmo para melhorar seu sistema de recomendação. O prê-
mio foi para um grupo que fez os resultados ficarem 10,06% mais exatos. A cada dia, serviços online como Netflix, Amazon e Match aumentam a precisão dos seus sistemas de sugestões para os usuários. Empresas como a Hunch (hunch.com) existem só para criar sistemas desse tipo. Mas há uma geração de engenheiros e cientistas trabalhando em um novo tipo de machine learning, diferente daquele usado por Amazon, Match ou Netflix. Um bom exemplo disso é o modelo da DNNresearch, que chega a decisões baseado em sistemas biológicos que imitam o cérebro humano. Esse processo é mais eficaz porque os computadores aprendem a reconhecer características humanas, como a linguagem. Não é à toa que o Google comprou a DNNresearch. A empresa tem investido milhões de dólares em sistemas de reconhecimento de imagem e voz. Com o lançamento do Google Glass, previsto para o fim deste ano, a companhia quer dominar o mercado e lançar um produto superior ao Siri. O browser Chrome saiu na frente e já pode ser ativado pela voz do usuário. Uma missão mais difícil, no entanto, é fazer um computador reconhecer imagens. Uma função simples, como “olhe essas três fotos e escolha aquela que
AlessAndrA lAriu
tem o presidente Obama”, é uma tarefa impossível para o melhor processador do mundo se as fotos não tiverem tags. Mas não por muito tempo. O laboratório Google X fez uma das maiores redes neurais do mundo, ligando 16 mil computadores. Qual a tarefa deles? Conseguir reconhecer a imagem de um gato. Outros avanços fascinantes estão acontecendo na Universidade Stanford. Em uma conferência (abr.io/robotics), o professor Andrew Ng explica como tem ajudado robôs a enxergar imagens. Um exemplo ainda mais avançado de machine learning é o Watson, supercomputador desenvolvido pela IBM, que toma decisões e agora é usado para fazer diagnósticos em várias áreas da medicina. A era do computador burro que não entende as nuances do comportamento e da linguagem humanos pode estar acabando. Assim como pode estar no fim também a era do computador que não consegue interpretar imagens. Graças ao método de redes neurais artificiais do machine learning, daqui a alguns anos aquela sua conversa com a Siri vai ficar cada vez mais profunda. ↙
Alessandra Lariu, 40 anos, é publicitária e cofundadora do site SheSays, que ajuda mulheres a entrar na carreira de criação digital. Empresária, ela mora em Nova York.
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/ BizTech
Precisamos de casas inteligentes A tecnologia já inundou as residências e há capacidade computacional de sobra. Por que ela não é aproveitada?
O
ntem à noite, após chegar do trabalho, conversar com minha esposa e brinc a r com m i n has filhas fui para meu escritório. Ao me conectar ao computador, as luzes automaticamente se acenderam de acordo com minha preferência para aquele horário. Fique feliz que tudo funcionou. Parece coisa de uma casa sofisticada e cara, mas é o resultado de algumas noites não dormidas. Integrei o sistema de iluminação do meu novo apartamento com os computadores da casa. Algo bem simples. Mas quando percebi que isso poderia mesmo funcionar fiquei chateado por não ter instalado o sistema de automação no apartamento todo, por razões financeiras, é claro. O interessante é que agora posso perceber a diferença de eficiência entre o lado da casa que está automatizado e o que não está. Luzes ficam ligadas sem necessidade, ar-condicionado funcionando sem que ninguém perceba e a falta de praticidade em atividades corriqueiras, como ter de levantar da cama ao perceber que uma luz ficou acesa no corredor. Além das questões práticas, a energética fica cada vez mais evidente. O consumo de energia tem aumentado
cada vez mais, com os vários equipamentos eletrônicos, e o desperdício aumenta. O resultado vem na conta no fim do mês. Já levei uma bronca da minha esposa por ter deixado o fogão ligado por horas sem nenhuma panela. Há também ganhos com segurança numa casa inteligente. É claro que existe uma infinidade de soluções de automação que prometem entregar casas inteligentes para quem pode gastar uma pequena fortuna em equipamentos e instalação. Mas tenho minhas dúvidas se precisaria mesmo ser assim. Se olharmos para nossas salas e quartos, percebemos que estamos rodeados por tecnologia, na TV, no videogame, no equipamento de som, no telefone. Com certeza, esses equipamentos têm capacidade computacional de sobra para atividades simples. O custo para adicionar pequenos microcontroladores a outros equipamentos e eletrodomésticos pode ficar em alguns poucos reais. Mas isso só não basta. Seria preciso que esses equipamentos pudessem conversar uns com os outros. Mas isso também não é problema, com a ubiquidade das redes WiFi e com uma gama de outras tecnologias com ou sem fio já acessíveis. Uma delas é a chamada ZigBee, que permite aos dispositivos se comunicarem por
Manoel leMos
meio das redes sem fio de maneira inteligente e econômica, do ponto de vista energético. Mas para que tudo funcione bem é preciso que os diversos elementos dessa rede da casa inteligente se integrem e possam conversar numa língua comum e de maneira simples. Para isso precisamos de padrões de integração. Os fabricantes precisam adotar os mesmos padrões para que a conversa aconteça entre diferentes equipamentos. A rede precisa ser democrática, aberta e “hackeável”. Porque mesmo que tudo seja controlável e esteja integrado, ainda não conseguiremos ter casas inteligentes sem softwares que orquestrem as atividades de acordo com as necessidades dos moradores. Mas com tecnologias abertas podemos deixar que usuários mais avançados e fuçadores criem soluções customizadas. ↙ PS: Nos próximos meses, se minhas filhas deixarem, pretendo evoluir a aventura rumo à casa inteligente, integrando o ar-condicionado e o monitoramento do consumo de energia elétrica.
Manoel Lemos, 37 anos, é engenheiro da computação, especialista em supercomputação, empreendedor, investidor em tech startups e diretor-geral digital da Abril Mídia. É apaixonado por mergulho com tubarões.
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/ Cérebro Eletrônico
Os acertos (e erros) do nosso Nostradamus após 16 anos e 192 textos publicados, nosso colunista revê algumas de suas previsões e profecias para o mundo digital
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este mês de abril, esta coluna também faz aniversário. São 16 anos i n i nter r uptos, 192 textos de análise, especulação, comportamento... e profecias! Às vezes sou tomado pela inspiração dos antigos profetas. Mas no meu universo mental as coisas muitas vezes correm bem mais rápido do que no mundo real. Ser profeta da tecnologia é hoje uma ocupação bem comum, e não só na imprensa. Não é necessário capacidade “mística”. Basta estar bem informado e analisar as tendências de forma lógica. O profeta da Vila Pompeia que aqui vos escreve vai rever algumas previsões. O pai Dinah da INFO mostra os acertos e os erros.
>>> Setembro 1997 – Extra! Extra!
O jornal está nas últimas! Esta foi uma das minhas profecias apressadas. O tradicional jornal de papel sobrevive 15 anos e meio depois. Mas o caminho da digitalização é óbvio, inevitável e acelerado. Na minha opinião, isso vai ser melhor para todos, do jornalista ao leitor. A profecia funcionou? Em parte. Essa transformação é uma questão de tempo. 38 / INFO Abril 2013
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>>> Setembro 1999 – Poder portátil “Muito rapidamente, formas híbridas de micros portáteis estarão se espalhando como pragas nas bancas de camelôs. Vejo pessoas andando nas ruas (e principalmente nos parques) com um aparelho que combina computador com comunicação remota a preço barato, produzido em massa. (...) Ditaduras cairão por causa dessa incontrolável maquininha.” A profecia funcionou? Sim. A portabilidade veio em forma de netbooks, tablets e smartphones. E, sim, ditaduras caíram com a ajuda desses aparelhinhos. >>> Outubro 2000 – A extinção do PC “A era do computador faz-tudo pode estar se dirigindo ao fim. A tendência é que essa ‘coisa’ que chamamos hoje de computador se subdivida em vários subprodutos voltados para áreas específicas.” A profecia funcionou? Não. Pelo contrário, o computador faztudo hoje está no bolso de qualquer um. >>> Maio 2001 – O passado do futuro “O meu palpite para o futuro próximo: (...) O novo aparelho teria mais ou menos o tamanho de uma agenda eletrônica, basicamente essa combinação de agenda/celular/browser/e-mail/modem com um tecladinho prático e uma
Dagomir marquezi
tela mais generosa.” A profecia funcionou? Sim. É o smartphone. Ele já existia em formas experimentais em 2001, mas só para poucos. O conceito se popularizou com o iPhone, seis anos depois. >>> Novembro 2002 –
Uma soneca na Estação Espacial “Diário de bordo. 10 de outubro de 2007. Acordo na Estação Espacial, onde tiro umas férias. (...) As estrelas cobrem o infinito, sem o filtro da atmosfera. Lá embaixo vê-se o clarão verde da Amazônia, completamente recuperada.” A profecia funcionou? Não! Férias numa estação espacial em 2007? Amazônia completamente recuperada?! Onde eu estava com a cabeça? >>> Março 2006 – Pós-Microsoft “Meu palpite é que com o tempo teremos (...) terminais em padarias, postos de gasolina, lotéricas, supermercados, rodoviárias, saguões de cinema, restaurantes – qualquer lugar público.” A profecia funcionou? Não. O que temos hoje é mais oferta de conexão WiFi para que cada um conecte seu tablet ou smartphone. ↙
Dagomir Marquezi, 60 anos, dividiu sua vida entre o jornalismo e a ficção. Escreveu novelas, musicais e roteiros de cinema. Há 15 anos acompanha a tecnologia em sua coluna na INFO.
foto alExandrE battibugli
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/ Inside Information
Estamos nos tornando babacas? As pessoas checam e-mails embaixo da toalha no jantar. E isso pode se tornar mais obsessivo com o Google Glass. É o que queremos?
E
u queria estar empolgado com o Google Glass. É sério, realmente gostaria muito disso. Assisti ao filme Robocop – O Policial do Futuro quando criança e sonhei que, um dia, também poderia andar com um visor que me mostraria informações em tempo real, receberia mensagens e gravaria o mundo ao meu redor. Mas vários anos se passaram e testemunhei o quanto a humanidade passou a idolatrar seus smartphones e já não estou bem certo de que o Google Glass será algo bom para a nossa sociedade. Há um lado negro naquilo que parece ser uma maravilhosa combinação de tecnologias complementares e minha função aqui é estragar a festa. O Google Glass vai permitir que prestemos atenção ao mundo que nos cerca ao mesmo tempo que continuamos conectados. Sinto-me obrigado a perguntar se não estamos tão viciados no nosso fluxo de informação – redes sociais, notícias, e-mails e jogos – que nos tornamos perigosos. Honestamente não tenho a resposta, no entanto, no meu caminho diário para o trabalho, em Los Angeles, vejo pelo menos três pessoas checando as suas mensagens de texto quando deveriam estar dirigindo.
Enquanto isso, nos tornamos rudes. As pessoas checam seus e-mails no meio das conversas, levantam da mesa de jantar para receber ligações telefônicas ou mantêm seus smartphones no colo para responder os e-mails embaixo da toalha de mesa. Estamos nos tornando uns babacas. O Google Glass propõe que façamos múltiplas tarefas ao mesmo tempo. Leia uma nova mensagem enquanto está olhando seu interlocutor nos olhos, receba informações sobre o mapa enquanto caminha pela rua ou capture momentos enquanto eles ainda estão acontecendo. Algumas dessas possibilidades são fantásticas. Outras, nem tanto. Será que nós realmente queremos andar pelas ruas com visores sobre os olhos? Será que aceitamos viver tão distraídos a ponto de achar que é normal checar e-mails com o canto dos olhos ao mesmo tempo que fingimos prestar atenção? Talvez estejamos evoluindo e seja possível, algum dia, fazer duas coisas ao mesmo tempo. Mas acredito que ainda não chegamos a esse ponto. No mundo proposto pelo Google Glass, os nossos amigos poderão ler notícias o tempo inteiro enquanto pensaremos que eles estavam nos ouvindo reclamar e nos oferecendo seu apoio. A interface de usuário do Google Glass
Joshua Fruhlinger
é uma mistura de gestos com os dedos na armação dos óculos em combinação com comandos de voz. Imagine uma sala cheia de usuários do Glass dizendo comandos, esfregando as armações e tentando interagir ao mesmo tempo que tentam ter informações fora da rede. Imagine que você está no meio de uma conversa com um amigo, apenas para descobrir depois que esse tempo todo o papo estava sendo gravado. Será que você se sentiria confortável com isso? Não é nem uma questão de privacidade – nós já passamos desse ponto – é uma questão de confiança. Sejamos honestos. O que o Google Glass poderá fazer que meu smartphone ainda não faz atualmente? Vamos continuar mantendo essa mesma honestidade. Se o Google me oferecesse o produto para um período de testes amanhã, eu aproveitaria a chance na hora. Usaria o aparelho em todos os momentos. Irritaria meus amigos. Gravaria tudo. Ele passaria a ser o meu bichinho de estimação. No entanto, não paro de pensar se estamos prontos para isso.↙
Joshua Fruhlinger, 38 anos, é jornalista. Chefia a divisão digital do site TMZ e é colunista do portal Engadget.com. Já escreveu para os blogs TechCrunch e The Huffington Post, além de colaborar com o The Wall Street Journal.
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52 ciberguerra
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Uma visita à região do prédio apontado como centro dos ciberataques atribuidos a China
Um Dia Fora da Caixa / 44 O Garoto de 30 Milhões de Dólares / 50 Sob Medida / 58 Startup Acelerada / 70 Ação Turbinada / 76 Abril 2013 INFO
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ao vivo Jonathan Ying, diretor criativo do Dropbox, toca piano na Estação da Luz, no centro de São Paulo
ExEcutivoS Do DroPbox LAnçAm Em São PAuLo A vErSão Em PortuguêS Do SErviço DE ArmAzEnAmEnto. INFO oS AcomPAnhou num DiA DE nEgócioS E LAzEr PELA ciDADE 44 / INFO Abril 2013
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um dia fora da caixa ≥ Por Marcus Vinícius Brasil foto Marcus steinMeyer
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numa tarde nublada de março, moradores
de rua e passageiros de trens cercaram o piano público da Estação da Luz, no centro de São Paulo, para ouvir Jonathan Ying. Aos 26 anos, o americano não é um nome conhecido do entretenimento, apesar de ter estudado música. Ele é o diretor criativo do Dropbox, serviço de armazenamento de arquivos na nuvem. Na estação de trens, Ying dedilhou The Man I Love, de George Gershwin, e Trouble, de Taylor Swift. “Compramos um piano para o escritório”, disse. “Muita gente passa até 11 horas no trabalho, mas há muita socialização.” Jonathan Ying veio a São Paulo para lançar a versão em português do Dropbox. O Brasil é o primeiro país da América Latina a ter uma versão no idioma local. O aplicativo para iPhone, iPod Touch e iPad também foi tropicalizado. Além da versão em português, o Dropbox lançou um novo menu, disponível globalmente, que permite o rápido acesso a notificações recebidas por meio do serviço, como convites para compartilhamento de arquivos. Com Ying estavam Anna-Christina Douglas, a diretora de marketing do
Dropbox, o engenheiro-chefe Dan Wheeler, o responsável pela área de experiência do usuário, Sander Lewis, e Reginald Harris, diretor de produto. Além de um evento para o anúncio da versão em português, no dia 12 de março, os principais executivos do Dropbox visitaram a Universidade de São Paulo, conversaram com o cineasta Fernando Meirelles e tiveram tempo para conhecer a Pinacoteca do Estado, o Parque da Luz e a estação de trens onde Ying tocou piano. A reportagem da INFO os acompanhou. “Pão de queijo?” Num português inseguro, Anna-Christina Douglas pediu os pãezinhos de polvilho a uma funcionária do hotel onde tomava o café da manhã com Wheeler e Lewis.
Na conversa, a repercussão do anúncio, feito no dia anterior. “Recebi muitos e-mails de gente interessada em conversar”, disse Anna-Christina. Apesar de não revelar o número exato de usuários brasileiros, o time do Dropbox diz que ele já bateu na casa dos milhões, e mais do que dobrou no último ano. Esse foi o principal motivo que os trouxe a São Paulo, num esforço para reforçar a presença no país, embora não haja a intenção de montar um escritório por aqui. A única unidade do Dropbox fora dos Estados Unidos será aberta em Dublin, na Irlanda. O serviço conta hoje com 100 milhões de usuários em 200 países e foi traduzido para nove idiomas. São atualizados por dia cerca de 1 bilhão de arquivos, a grande maioria fotos, enviados por 500 milhões de equipamentos em que o serviço está instalado. Um dos negócios mais promissores do Vale do Silício, o Dropbox passou a enfrentar uma concorrência forte de grandes empresas de tecnologia, como a Microsoft, com seu SkyDrive, o Google, com o Drive, e a Apple, com seu iCloud. O Dropbox é o que menos oferece espaço gratuito para os usuários entre os grandes concorrentes, com 2 GB (veja o quadro na página 49).
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ChOvIa FOrte na região dos Jardins e o time do Dropbox saiu pouco depois das 11h, para uma palestra na Universidade de São Paulo. O encontro era com alunos do Instituto de Matemática e Estatística. Os executivos colocaram um cartaz ao lado da porta da sala e deixaram adesivos e blocos de anotação com o logo da empresa sobre as cadeiras vazias. Próximo do meio-dia, os alunos começaram a ocupar a sala, a maioria do curso de Ciência da Computação. O engenheiro-chefe Wheeler conversou com alguns estudantes sobre a grade de aulas. Quando começou a palestra, a sala estava cheia. Wheeler falou sobre o código do Dropbox e deu detalhes sobre o funcionamento do serviço. A ideia era atrair possíveis desenvolvedores para a plataforma. Como as produtoras de filmes usam de forma intensa os serviços do Dropbox para a transferência de arquivos, a equipe americana resolveu visitar a O2, produtora do diretor Fernando Meirelles. Para ganhar tempo, decidiu se dividir. Wheeler, Lewis e Harris ficaram na USP. Ying e
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no museu
Os executivos do Dropbox tomam café da manhã em São Paulo (à esq.). Anna-Christina Douglas e Jon Ying observam a obra Inabsência, de Artur Lescher, no saguão da Pinacoteca do Estado de São Paulo
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Anna-Christina partiram para a produtora. Mas antes a dupla conheceu a Pinacoteca do Estado de São Paulo, a convite da INFO. No caminho, AnnaChristina e Ying falaram sobre a vida em São Francisco. “Não moraria em outro lugar dos Estados Unidos”, afirmou Ying. “Com o tempo, passei a gostar até das coisas ruins da cidade, como as ladeiras e o transporte público.” O Dropbox foi criado em 2007, na cidade de Boston, e inaugurou o novo escritório de São Francisco no ano passado. O fundador e presidente, Drew Houston, formou-se no MIT e escreveu as primeiras linhas de código do serviço em uma estação de trens, após ter a ideia. Hoje a empresa tem 250 funcionários. "O Brasil é um mercado muito importante para nós", disse Houston a INFO, por telefone. Houston destaca como pontos fortes do Dropbox a facilidade de uso do serviço. "Outro ponto importante é o suporte a todas as plataformas, ao contrário do que acontece com o iCloud, por exemplo, que está preso ao ecossistema da Apple", afirma Houston. Na PINacOteca, a arquitetura de Domiziano Rossi e Ramos de Azevedo impressiona os americanos. O interesse de Ying por artes plásticas faz parte de seu trabalho. Além da identidade visual do Dropbox, Ying assina os desenhos de traço singelo que aparecem em alguns dos menus do serviço. O próximo compromisso foi na produtora O2, na Vila Leopoldina, zona oeste da cidade. Foram recebidos pela executiva Marcia Vinci, responsável pela
área de TV da O2. A arquitetura moderna do prédio chamou a atenção de Ying. “É mais legal que a maior parte das startups de São Francisco”, afirma. Depois de um tour pela produtora, os dois encontraram o diretor Fernando Meirelles. Ying e AnnaChristina conhecem o trabalho do brasileiro, principalmente o longa Cidade de Deus. A reunião foi informal, com todos em pé. “Filmamos em diferentes países, com equipes sempre espalhadas”, disse Meirelles. “Por isso o Dropbox se tornou útil.” Meirelles mostrou-se aberto a parcerias e recomendou aos americanos que, na próxima vez no Brasil, evitem São Paulo e Rio, cidades “muito ocupadas”. A tarde em São Paulo terminou com chuva. Os executivos voltaram na manhã seguinte para São Francisco. Além de promessas de negócios, levaram na bagagem muito pão de queijo.↙
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palestra e negócios
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À esquerda, Dan Wheeler fala para alunos da USP sobre como programar para o Dropbox; Sander Lewis trabalha antes da palestra aos estudantes; abaixo, Jon Ying e Anna-Christina Douglas observam o acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo; à direita, encontro dos executivos com o diretor Fernando Meirelles na sua produtora, a O2 Filmes, onde discutiram parcerias
Briga na nuvem
O DrOpbOx nãO está sOzinhO na Disputa pelO armazenamentO Online De arquivOs. a cOncOrrência é granDe
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até 2 gB (grátis) 100 gB (r$ 20/mês) 200 gB (r$ 40/mês) 500 gB (r$ 100/mês)
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O garOtO de 30 milhÕes de dÓlares 50 / INFO Mês 2012
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O britâNicO Nick D’AlOiSiO, 17 ANOS, criOu um AplicAtivO que O tOrNOu miliONáriO. mAS Será que O YAhOO! fez um bOm NegóciO AO cOmprAr O App? ≥ Por marcos vinicius brasil
eNquANtO eStuDAvA
para uma prova, em 2008, o britânico Nick D’Aloisio, então com 12 anos, imaginou que sua vida poderia ser bem mais fácil se, no lugar de ler um capítulo do livro de História, pudesse automaticamente criar um resumo dos dados. D’Aloisio aprendeu a programar e criou um algoritmo que serviu de base para o Summly, um aplicativo para iOS comprado no mês passado pelo Yahoo! por um valor estimado em 30 milhões de dólares. Usando a mesma tecnologia de inteligência artificial da assistente Siri, da Apple, o Summly é capaz de entender textos e criar um resumo organizado pela importância das informações. Se uma notícia com 600 palavras fosse filtrada pelo app, ela poderia ser reduzida a pouco mais de 60 caracteres. Disponível desde dezembro de 2011, o app foi usado para criar resumos de 90 milhões de textos e ficou entre os mais baixados da App Store. O feito de D’Aloisio atraiu a atenção de
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geninho
Nick D'Aloisio, 17 anos, tornou-se o mais novo milionário da tecnologia ao vender para o Yahoo! o Summly, aplicativo que criou aos 15
foto matthew lloyd/bloomberg
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investidores. Antes da venda para o Yahoo!, a startup do estudante de Wimbledon, hoje com 17 anos, contou com aportes do magnata chinês Li Ka-Shing e do criador da Zynga, Mark Pincus. Celebridades como Yoko Ono e o comediante Stephen Fry estão entre os apoiadores do projeto. “QuaNdO crIeI o Summly, aos 15 anos, nunca imaginei que estaria nessa posição tão de repente”, escreveu D’Aloisio na página do Summly, cujo código foi escrito nas férias de verão do garoto. Após o anúncio da compra, o aplicativo foi retirado do ar. O Yahoo! afirmou que sua tecnologia será reaproveitada em outros produtos. Mas o negócio suscitou críticas. Em texto na comunidade Hacker News, Emin Gun Sirer, professor da Universidade Cornell, afirma que o valor do negócio foi alto para uma startup que apenas licenciou uma tecnologia. "Se o Yahoo! quer ser inovador, precisa comprar a parte fundamental
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da tecnologia”, afirma Sirer. “Colagens não trarão vantagem competitiva." Mas para o Yahoo!, que desde a posse de Marissa Mayer, em julho passado, luta para atrair talentos e voltar a ser relevante, o negócio gerou uma boa exposição. Em comunicado, a empresa diz que a compra está alinhada com a estratégia de priorizar produtos para dispositivos móveis. “Vivemos em um mundo repleto de informação e precisamos de novos modelos para simplificar a forma pela qual encontramos o que é importante para nós", afirma nota do Yahoo! sobre a compra do Summly. A empolgação parece recíproca. “O dinheiro não vem à minha cabeça. Outras empresas se aproximaram da Summly. Passei um tempo no campus do Yahoo! e percebi que essa é uma companhia com muito potencial no cenário móvel", disse D’Aloisio à revista americana Bloomberg Businessweek. Agora D’Aloisio precisa terminar os estudos. Seu plano é concluir o ensino médio e, depois, cursar filosofia na universidade. O mais novo milionário da tecnologia diz não ter planos de gastar o dinheiro com nada além do que uma nova mochila. Parte do dinheiro poderá ir para um fundo de investimentos para financiar novos empreendimentos. ↙ Abril 2013 INFO
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≥ Por carlo afusa, de xangai
INFO conheceu, em XAngAi, A região onde está locAlizAdo o prédio ApontAdo como o centro dAs AtividAdes dA unidAde 61398 do eXército chinês, de onde teriAm pArtido vários ciberAtAques contrA empresAs
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SuSpeito número 61398
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sob suspeita O prédio à direita foi acusado por empresa de segurança americana de ser base do exército hacker chinês Abril 2013 INFO
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Chove na rua datong
e meu guarda-chuva é pequeno para proteger a máquina fotográfica. Um homem se aproxima, cigarro na mão, camisa desbotada e sandálias: “Nada de fotos”. Da esquina com a Rua Cishan vê-se de longe a estrela vermelha, símbolo do aniversário do Exército Popular de Libertação chinês, comemorado em 1º de agosto. Atrás de um muro alto, lotado de avisos de proibido fotografar, há um largo edifício de 12 andares, pontuado por janelas escuras, que se tornou foco de atenção no Ocidente. Esse é o prédio apontado pela empresa de segurança digital americana Mandiant como o centro das operações de ciberespionagem das forças armadas chinesas. O dossiê de 60 páginas, publicado em fevereiro e divulgado pela imprensa internacional, associa um grupo de ataque, chamado APT 1, a essa instalação militar no subúrbio de Xangai, conhecida como Unidade 61398 do exército. “Nossa pesquisa descobriu que a Unidade 61398 é similar ao APT 1 em sua missão, capacidade e recursos”, diz o relatório da Mandiant. “A unidade também está localizada precisamente na mesma área em que
a atividade do APT 1 parece ter origem.” O relatório descreve em detalhes os métodos de ataque utilizados contra 150 empresas ao longo de sete anos, originados de uma das quatro redes de acesso de Xangai, duas delas na mesma região da Unidade 61398. Em um dos casos analisados, 6,5 terabytes de informação foram roubados ao longo de dez meses. Os resultados desse levantamento surgem em meio ao aumento no número de ataques cibernéticos a empresas e órgãos de governo no mundo todo (leia ao lado). Em março passado, o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Tom Donilon, pediu publicamente que o governo chinês pare com o roubo de dados de empresas americanas. Em resposta, Pequim fez um pronunciamento
POrtarIa
O principal acesso ao complexo tem entrada controlada por guardas
para afirmar que não utiliza esse tipo de técnica ilegal e que é vítima de ataques vindos dos Estados Unidos. Ao sair da última estação da linha 6 do metrô de Xangai, procuro hospedagem para os próximos dias, tempo em que acompanharei para a INFO o movimento no quarteirão que se tornou famoso no Ocidente. Há um hotel de preço bom em frente ao prédio suspeito, do outro lado da Rua Tonggang. Quarto disponível para hoje? “Aqui não pode estrangeiro”, diz a recepcionista. Diante da dificuldade de comunicação, ela escreve ideogramas em
Em um dos casos analisados pela empresa de segurança Mandiant, 6,5 terabytes de informação foram roubados ao longo de dez meses de ataque
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CIBERATAQUES PELO MUNDO BaNcoS, redeS de TV e eSTaTaiS foram alVo de hackerS NoS úlTimoS meSeS
uNIdade CeNtral
O prédio principal do terreno tem 12 andares e foi inaugurado em 2007
vista aérea
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O complexo murado está localizado no subúrbio de Xangai e pode ser visto acima numa imagem de satélite. Estrangeiros são impedidos de se hospedar nos arredores do prédio
um papel e entendo o ponto-final: a estrela-símbolo do exército. No Hotel Jin Huang, o segurança não parece militar. Tem o semblante simpático, não fosse o olhar fixo dirigido para a máquina fotográfica. De um quarto em um andar alto, seria possível fazer panorâmicas da vizinhança e observar o entra e sai na portaria do complexo militar. Fica claro que a proibição de estrangeiros é por razões de segurança. HOspedagem também negada no Xiang Lai. Tem vaga? “Não.” Amanhã? “Não.” Quando tem? “...” “Aqui não pode estrangeiro, certo? Isso.” Mais uma negativa no Suchuang, outro com vista para o pátio interno do prédio. “São as regras”, ouço na recepção.
O porteiro aponta na direção do Hotel Howard Johnson, o ideal para quem vem de fora, pelo atendimento em inglês e distância segura das instalações militares, apesar de quatro vezes mais caro. Pelo caminho, cenas do cotidiano são prova de que a vida segue independentemente de qualquer ciberguerra. A calçada da Rua Qingxi é um congestionamento de pedestres e o comércio extrapola as lojas. O bairro às margens do Rio Yangtsé passa longe de ser uma bolha blindada contra a influência americana. Ao menos duas lanchonetes Kentucky Fried Chicken lembram o sucesso que a rede de fast-food faz na China. Há bancos, restaurantes, locais para massagem. Na lan house 24 horas da Cishan, 106 monitores de computador brilham com cenas dos games League of Legends e Counter-Strike. De microfone na lapela, o vendedor de facas tenta convencer os espectadores a comprar. A banca de revistas
>> COreIa dO sul_Três dos maiores bancos de Seul e duas redes de TV tiveram os sistemas paralisados após um ataque coordenado, em 20 de março último. Máquinas automáticas de saque deixaram de funcionar. Houve problemas no internet banking. Funcionários das redes de T V não conseguiram operar computadores. Suspeita-se que o ataque tenha vindo da Coreia do Norte, apesar de o governo sul-coreano culpar um provedor de acesso chinês. >> estadOs uNIdOs_Em janeiro, o jornal The New York Times anunciou que sua rede foi acessada por hackers chineses por quatro meses. Os sistemas foram comprometidos e senhas de repór teres roubadas. O chefe da sucursal de Xangai teve o seu e-mail invadido. Outras empresas de mídia e jornais, como The Washington Post e The Wall Street Journal, também se tornaram alvo, além do Twit ter. >> arábIa saudIta_A Aramco, empresa saudita de petróleo, anunciou, no fim de dezembro, que 30 mil de seus computadores foram danificados em um ataque hacker, em agosto passado. Segundo a companhia, a intenção era paralisar o fluxo de petróleo para o mercado internacional. O ataque se baseou na infiltração de um vírus na sua rede. Um grupo chamado A Espada Cortante da Justiça assumiu a sua autoria.
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oferece filmes e dá a ideia de que há mais títulos de guerra chineses do que americanos, mas estão ali exemplares de 007 e Homens de Preto. Nos arredores, os condomínios residenciais têm roupas penduradas para além das janelas e, no alto, placas de aquecimento solar. Mas há também lembranças da vizinhança militar. Um homem com uniforme da força aérea faz compras na barraca de pesos de musculação e binóculos camuflados. O prédio apontado como o centro das atividades da Unidade 61398 está na parte principal de um terreno murado de 40 mil metros quadrados. Foi inaugurado em 2007. Não há carcaças de ar-condicionado visíveis do lado de fora. Na cobertura,
apenas três antenas parabólicas. Quem passa pela calçada da Rua Datong, bem aos pés do edifício, precisa flexionar o pescoço ao máximo para enxergar o topo. Impossível descobrir o que acontece além dos vidros escurecidos e cortinas sempre fechadas. Às 22 horas, um sinal de que a atividade ali é contínua: luzes estão acesas no 9º e no 10º andares. As duAs pOrtArIAs são controladas, mas não há armas à mostra ou soldados fardados. Veículos de passeio e homens de roupa civil usando bicicleta entram ali, ao alcance de câmeras instaladas nos postes. A não ser pela zona de livre comércio que atrai empresas internacionais para a região, quase não há estrangeiros em Gaoqiao. Quando passou por ali, a rede americana CNN gravou soldados correndo atrás da reportagem. A sensação é de vigilância permanente.
Na Datong, a poucos passos de uma das portarias da Unidade 61398, duas lojas de hardware vendem peças. Na Rua Jijing, lojas de computadores oferecem equipamentos e serviços de conserto. A Livraria Xinhua oferta quebra-cabeças com tema das forças armadas na prateleira infantojuvenil. No setor de tecnologia, guias da Posts & Telecom Press sobre o iPad têm capítulos com o passo a passo de como desbloquear o aparelho. A técnica é corriqueira entre jovens chineses e significativa no país que tem mais smartphones e tablets com sistema iOS ou Android vendidos no mundo e usados por cerca de 246 milhões de pessoas, mostrou em fevereiro a Flurry, empresa de análises estatís-
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vizinhança agitada
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Nas extremidades, imagens do muro e do acesso ao complexo ligado à Unidade 61398 do exército chinês. Ao centro, o movimentado comércio da região
ticas no mercado mobile. “Todos os meus amigos que têm iPhone fizeram jailbreak”, diz Zhu Siqi, 21 anos, estudante de comércio exterior em Wuhan, a capital da província de Hubei. Mas jailbreak é uma espécie de truque infantil perto do que pode fazer a Unidade 61398, se o relatório da Mandiant estiver correto. O relatório apontou que hackers baseados em Xangai invadiram organizações de 20 setores estratégicos pelo mundo, como tecnologia da informação, sistema de saúde e indústria aeroespacial. Por meio da agência de notícias oficial Xinhua, porta-vozes do governo chinês negaram e divulgaram números grandiosos na outra direção, mostrando que os sites do
Ministério de Defesa Nacional e do exército sofreram, em média, 144 mil tentativas de ataque por mês em 2012, mais de 60% com origem nos Estados Unidos. Outro dado mais recente, que compreende de 1º de janeiro a 28 de fevereiro de 2013, mostra que os americanos foram a principal fonte de emissão de vírus de computador para a China, responsáveis pelo acesso a 1,2 milhão de servidores de um total de 1,9 milhão afetados no período. A própria Mandiant faz uma ressalva em seu relatório, dizendo que ele pode estar errado. “Admitimos que há uma possibilidade pouco provável: uma organização secreta com acesso direto à infraestrutura de telecomunicação de Xangai, engajada numa cam-
panha de muitos anos de espionagem, bem próximo aos portões da Unidade 61398.” Em fóruns na internet, chineses questionam a veracidade do relatório e elogiam medidas de vigilância digital contra hackers americanos. O dia amanhece com sol nas ruas que circundam a Unidade 61398 e observo a curiosa absorção da indústria americana pelos chineses. Faz calor e não encontro uma lata de Coca-Cola gelada. Elas ficam em refrigeradores desligados, para manter o líquido morno, temperatura considerada mais saudável para o corpo. As ruas Datong e Tonggang estão cheias de vida e caminho em direção à estação do metrô com a impressão de que, para muita gente aqui, as notícias sobre aquele quarteirão pertencem ao mundo distante da diplomacia internacional. ↙
≥ Colaborou Marcus Vinícius Brasil Abril 2013 INFO
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programação na escola Há dois
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anos, Thales Giriboni, 15 anos, comprou um livro de programação e começou a frequentar o laboratório de robótica de seu colégio, o Dante Alighieri, em São Paulo. Lá os alunos decidem o que querem pesquisar e contam com a ajuda dos professores nos projetos. Thales criou um aplicativo para integrar a agenda virtual de todos os colegas
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me di da sob
Baseado em tecnologia, o ensino personalizado ganha espaço nas escolas e torna-se peça-chave para modernizar a educação e nos tirar do atraso ≥ Por paula rothman ≥ fotos Dulla
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O
O estudAnte thAles
Giriboni tem 15 anos. Faz natação, joga videogame, namora e cursa o 1º ano do ensino médio. No mês passado, Thales finalizou o desenvolvimento de um aplicativo que integra a agenda virtual de todos os seus colegas da escola. “Ele permite que qualquer um marque e compartilhe tarefas e datas de provas”, afirma, enquanto mostra no seu iPad a primeira versão da agenda que criou. Thales gosta de programação e passa duas tardes por semana em aulas extras no laboratório de robótica do Colégio Dante Alighieri, um dos mais tradicionais de São Paulo, com aproximadamente 4 mil alunos no ensino básico e médio. Aula não é o termo mais preciso para descrever as atividades do laboratório de robótica. Cercados de peças para montar e munidos de MacBooks com acesso à internet, os alunos têm li-
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berdade para descobrir o que querem fazer e o que precisam aprender para chegar ao objetivo. Não existem temas específicos a ser abordados ou planos rígidos de estudo. “Fazemos muita pesquisa, todo mundo se ajuda e os professores estão lá para orientar e tirar dúvidas”, afirma Thales. Esse modelo de estudo faz hoje todo o sentido.
pesquisadores. Eles defendem o chamado ensino personalizado, principal peça de uma mudança radical que vai ocorrer na educação. O ensino um a um está baseado na tecnologia e sua principal meta é colocar o aluno no centro do processo de aprendizagem. Essa rEvOluçãO já começou. “Em cinco anos, veremos o fim das aulas nas universidades. O espaço da sala será usado para conversas, instrução e projetos”, disse a INFO Salman Khan, 36 anos, o professor mais famoso do mundo, fundador da Khan Academy. Com mais de 3 mil videoaulas publicadas desde 2004, sua plataforma de educação online já ultrapassou 200 milhões de visualizações no YouTube. A popularidade de Salman Khan é reflexo de um fenômeno recente: está cada vez mais fácil e rápido para os alunos encontrar informações de qualidade na internet. No ano passado, na véspera do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), mais de 100 mil estudantes
“em cinco anos, veremos o fim das aulas nas universidades. O espaço da sala será usado para conversas, instruções e projetos”, diz o professor salman Khan Por que o professor precisa escrever na lousa se a informação já está disponível de outras formas? Não parece mais lógico que passe a maior parte de seu tempo interagindo com os alunos? Questões como essas já são discutidas por um grupo cada vez maior de educadores, empresários e
assistiram a uma maratona de 12 horas de aulas de revisão pela internet. Em um estúdio no Rio de Janeiro, professores se revezavam diante das câmeras, que transmitiam ao vivo as imagens para todo o Brasil. O time era da plataforma Descomplica e explicava de uma forma leve e divertida
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aulas em vídeo
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Victor Ramos de Oliveira, 16 anos, faz balé, aulas de dança flamenca e é voluntário da ACM. Usa a plataforma de vídeos Descomplica para complementar as aulas da escola pública em que estuda. São cerca de 2 mil vídeos e um sistema de recomendação baseado no que os amigos do Facebook assistiram
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a sala de aula sumiu
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Alunos de escola na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, estudam em grupos usando plataforma digital
O exemplO cariOca Uma escola sem sala de aUla, sem prova bimestral, sem recUperação oU lição de casa. FUnciona? a cidade do rio de Janeiro aposta qUe sim
No piso superior de um prédio reformado na favela da Rocinha quase não existem paredes. Duas grandes salas abrigam alunos do 7º ao 9º ano. Eles trabalham em grupos. Alguns usam notebooks e netbooks para acessar o YouTube. Outros fazem exercícios em uma plataforma digital. Os erros e os acertos são marcados em uma ferramenta que acompanha o progresso de cada um. Quem está atrasado recebe mais atenção do professor. Quem está adiantado avança à vontade pela Educopédia, plataforma de conteúdo e conceitos organizada pela Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro. Desde fevereiro, essa é a rotina no Ginásio Experimental de Novas Tecnologias Educacionais (Gente) André Urani. “Dar autonomia é importante para que o aluno aprenda a tomar decisões”, diz Rafael Parente, subsecretário municipal de Novas Tecnologias Educacionais. Além de parceiros de conteúdo, como a Khan Academy e a produtora de livros digitais Evobooks, a escola recebeu 2 milhões de reais em doações de instituições como a Fundação Telefônica. “No ano que vem, serão mais cinco escolas transformadas”, afirma Parente. “Estamos criando um novo modelo de ensino e temos todos os motivos para acreditar que vai dar muito certo.” 62 / INFO Abril 2013
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alguns dos principais conceitos que seriam abordados na prova. “Com o chat, quem estava conectado podia tirar suas dúvidas na hora”, diz Marco Fisbhen, professor de física que há dois anos fundou o Descomplica. Hoje a empresa produz aulas com foco no Enem, no vestibular e no ensino médio. São mais de 2 mil vídeos gravados, além de aulas ao vivo todos os dias, testes, simulados, tutores para casos de dúvidas e um sistema de correção de redações. Para acessar o serviço, o aluno desembolsa menos de 10 reais por mês no plano anual. Há ainda cerca de 300 vídeos gratuitos na plataforma. “Nosso foco são as pessoas que não podem pagar 2 mil reais ao mês por um cursinho”, diz Fisbhen. Para se aproximar do público-alvo, a maioria adolescente, o Descomplica investe nas redes sociais. Foi graças a um link compartilhado no Facebook que Victor Ramos de Oliveira, 16 anos, descobriu as aulas da empresa. “Um amigo curtiu um vídeo e acabei assistindo”, diz. Victor passa o dia grudado no smartphone e não perde uma atualização na rede social.
fotos paUla rothman
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simulado para ajudar em exatas
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Giovana Baptista, 18 anos, contou com a ajuda do sistema de avaliação da empresa Geekie para descobrir suas deficiências em exatas, quando estudava no Colégio Bandeirantes, em São Paulo. Como seu forte sempre foi a área de humanas, ela hoje cursa direito na Fundação Getulio Vargas (FGV)
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PaPéis trocados
Com a ajuda da teCnologia, o ensino personalizado está se tornando uma realidade que vai mudar a relação aluno/professor. entenda Como
aluno
passa a ser o responsável pelo aprendizado, busCa Conteúdo e esColhe os de seu interesse
Aprendizado avança rápido nos temas que tem mais facilidade e revê o mais difícil, em seu próprio ritmo
Sala de aula Não fará sentido dividir alunos por séries segmentadas. a ideia é misturar as turmas e permitir que os estudantes tirem dúvidas e debatam entre si
Material escolar um computador ou tablet será a principal ferramenta em sala de aula para acessar todo o material disponível
Professor
Continua peça fundamental, mas atua agora Como mentor e não mais Como o úniCo detentor do Conteúdo
Aula Deixa de ser expositiva, com explicações na lousa, e passa a ser guiada pelo ritmo dos próprios estudantes
Material didático Vídeos, jogos, sites e aplicativos juntam-se a apostilas e livros
Prova Com a ajuda de algoritmos sofisticados, os professores recebem avaliações precisas e contínuas de cada aluno
Lição de casa Pode ser um jogo, um vídeo ou um exercício tradicional, respondido no tablet e enviado por e-mail
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ilustração evandro bertol
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O Facebook é a agenda na qual checa compromissos com os colegas do balé, da dança flamenca e de voluntários da ACM, grupos que integra. Aluno do 3º colegial da Escola Estadual Professor Augusto Oliveira de Carvalho, na zona norte de São Paulo, Victor usa o Descomplica para estudar para o vestibular. Seu objetivo é cursar história na Universidade de São Paulo (USP) para um dia trabalhar com políticas públicas voltadas para a cultura. “A principal vantagem dos vídeos é que dá para voltar e ver de novo, o que não acontece na sala de aula”, afirma. A plAtAFOrmA INdIcA aulas específicas para quem errou simulados ou exercícios. Mas para Victor, que já vive ligado no Facebook, uma das ferramentas mais legais é a recomendação social. Ao se logar no Descomplica, o aluno pode receber notificações e sugestões baseadas no que seus amigos assistiram. É simples, mas eficiente. “Se muitos de seus
AulA de históriA “Ensinar é próprio do homEm. são poucos os animais quE Ensinam”, diz o Educador Kurt FischEr. conhEça os marcos dEssE procEsso ao longo dos séculos
O fato de o aluno poder se logar numa plataforma online para assistir, quando quiser, a uma aula de física ou matemática muda a velha dinâmica do ensino
amigos assistiram hoje a uma aula de movimento uniformemente variado, provavelmente você tem prova de física amanhã e não sabe”, diz Fisbhen. O fato de Victor e centenas de estudantes poderem se logar a qualquer momento para assistir a uma aula de física ou matemática altera a velha dinâmica do ensino. A existência de material de qualidade disponível de forma fácil na internet é um dos fatores responsáveis por uma revolução que veremos em breve na sala de aula. “Não faz sentido para um professor ficar repetindo coisas que podem ser encontradas de outra forma”, disse a INFO Paulo Blikstein, brasileiro que dirige um dos principais laboratórios de tecnologias educacionais dos Estados Unidos, na Universidade Stanford. “A ten-
400 a.c. Na Grécia Antiga, o filósofo Sócrates usa o método socrático, no qual o mestre faz perguntas e os alunos chegam a conclusões
dência é ter um professor com papel maior de orientação, atuando mais como facilitador e menos como um centralizador do conteúdo”, afirma Eduardo Tambor Júnior, diretor do Colégio Bandeirantes, em São Paulo. O modelo atual de sala de aula surgiu durante a Revolução Industrial. Embora turmas de pupilos em torno de um mentor existam desde a Grécia Antiga, foi no século 18 que o sistema se organizou para atender à crescente demanda das fábricas por mão de obra qualificada. “A escola é estruturada como uma linha de produção. O aluno passa por etapas determinadas até receber um certificado que atesta seu preparo para o mercado”, diz Kurt Fischer, diretor do programa de mestrado Mente, Cérebro e Educação, da Universidade
Séculos de 5 a 15 A Idade Média foi o período de adoração aos livros sagrados. O conhecimento estava nas mãos da Igreja
Séculos de 14 a 17 No Renascimento, a análise crítica e a investigação científica ajudam a desenvolver áreas como a astronomia
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Har vard, nos Estados Unidos. Esse modelo, de mais de 200 anos, não se encaixa mais na nossa realidade. “O mundo mudou e habilidades essenciais para o mercado de trabalho não são ensinadas nas escolas”, afirma a americana Barbara Bray, educadora há mais de 20 anos e defensora do ensino personalizado.
vulgado em março pela ONG Todos Pela Educação revela que apenas 29% dos estudantes que concluem o ensino médio no país sabem os requisitos mínimos de português. Em matemática o problema é ainda pior: só 10% aprendem a matéria como deveriam. Os motivos para o fracasso são muitos. Vão de questões de infraestru-
Plataformas de games como Manga High começam a ser adotadas nas escolas para estimular os alunos a aprender e ajudar os professores na avaliação
“Os empregadores querem gente que saiba trabalhar em equipe, filtrar informações e resolver problemas. Enquanto isso, estamos ensinando os jovens a dar a resposta certa em um teste, e não a encontrar a resposta certa.” No Brasil, o problema é ainda mais complicado, pois nem o básico tem sido benfeito. Levantamento di-
1449 A invenção da prensa por Gutemberg permite, pela primeira vez, massificar o conteúdo dos livros
tura à má remuneração dos docentes. O último Censo Escolar realizado pelo Ministério da Educação dá uma pista do que mais pode andar errado. Cerca de 230 mil professores do 5º ao 9º ano responderam a um questionário sobre as principais causas dos problemas de aprendizagem e 91% afirmaram que há desinteresse e falta de esforço por parte dos estudantes. “Uma das coisas que mais desmotivam o aluno é ser colocado em uma forma de bolo, onde
Séculos 18 e 19 Na Revolução Industrial estrutura-se o sistema de ensino como o que usamos hoje, para atender à demanda das fábricas
todos têm de seguir no mesmo ritmo”, disse a INFO o psicólogo americano Daniel Willingham, que há 20 anos estuda os processos cerebrais envolvidos na memória e no aprendizado. Suas experiências de aplicação dos conceitos em sala de aula renderam o best seller Por que os Alunos não Gostam da Escola? “A motivação do aluno está diretamente ligada ao grau de dificuldade que enfrenta. Se é fácil demais, fica chato. Se é difícil demais, pior ainda”, afirma Willingham. DIFícIl mesmO é criar um caminho individual de aprendizado para cada um dos mais de 50 milhões de alunos matriculados em escolas no Brasil. Mas é aí que entra a tecnologia. Desde fevereiro, Arthur de Paula Nogueira, 12 anos, encontrou uma forma diferente de estudar matemática. Aluno do 8º ano do Colégio Saint Clair, na zona norte de São Paulo, Arthur utiliza a Manga High, plataforma de exercícios na forma de games. Conforme joga, o aluno ganha medalhas virtuais e é classificado em uma espécie de torneio online disputado
1989 A internet é inventada no CERN. Poucos anos depois, o acesso à informação torna-se praticamente ilimitado
Presente Os alunos ganham novas habilidades e a escola adapta-se para ensinar a construir o conhecimento, com a tecnologia como aliada
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exercício em forma de game Arthur de
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Paula Nogueira, 12 anos, gosta de matemática. Ele estuda a matéria na plataforma de games Manga High, adotada pelo Colégio Saint Clair, onde estuda. Os professores recebem relatórios de erros e acertos da turma, e conseguem orientar os que têm mais dificuldades. Arthur é bom no Prodigi, jogo que exige rapidez para resolver cálculos
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com seus colegas. “Jogo algumas horas por dia, depois da lição de casa”, diz Arthur, que lidera o ranking do colégio e é um dos melhores de sua turma em matemática. Um de seus jogos preferidos é o Prodigi, um teste que exige rapidez para resolver cálculos simples. A cada três acertos somando corretamente o perímetro de uma forma geométrica, por exemplo, o grau de dificuldade das perguntas aumenta. “Fiquei mais rápido na hora de fazer contas”, diz Arthur. No Brasil, 50 escolas adotaram a Manga High como ferramenta de estudo. No mundo, são mais de 5 mil instituições de ensino, com 1,7 milhão de usuários que resolvem, por dia, até 3 milhões de exercícios. Não é preciso ser crânio nos cálculos para perceber que algo está dando certo. “Além de motivar os alunos, a plataforma é uma forma de avaliação imediata”, diz Luciane Acarino, diretora do Colégio Saint Clair. “Ela dá ao professor relatórios contínuos de erros e acertos.” Para alunos com alguma dificuldade, a ferramenta permite identificar e reforçar conceitos que não foram bem assimilados nas aulas. Já para os que têm facilidade com números, os games podem acelerar o aprendizado. “Acesso coisas que ainda não vi com o professor, como fatoração, que comecei a aprender nos games”, afirma Arthur. A estratégia da Manga High de coletar dados é uma tendência em educação. Quanto mais informações forem obtidas sobre o aluno, mais fá-
Testes online, como os da Geekie, permitem analisar pontos fortes e fracos do aluno. Quando acerta as questões, o algoritmo aumenta a dificuldade
cil será encontrar os desvios em seu aprendizado. O próprio MEC aponta para essa direção. Em 2009, as notas do Enem deixaram de ser calculadas apenas somando os acertos. A avaliação usa uma metodologia chamada Teoria de Resposta ao Item (TRI), que atribui pesos diferentes a cada questão de acordo com parâmetros, como dificuldade e conceitos abordados. Já utilizada em testes internacionais, a metodologia permite que duas pessoas que acertaram o mesmo número de questões possam ter pontuações diferentes. Mas somente a nota final é divulgada para o aluno. O melhor seria se os pontos fortes e fracos medidos pelo exame pudessem servir de feedback para quem prestou a prova. No ano passado, Giovana Baptista passou por essa experiência. Aluna do 3º ano do ensino médio do Colégio Bandeirantes, ela fez um simulado do Enem elaborado pela empresa Geekie. Depois da prova, recebeu por e-mail um relatório detalhando quais temas precisavam de mais atenção. Em seu caso, geometria plana e lei dos cossenos. Bailarina desde os 3 anos, integrante do grêmio da escola e comunicativa, Giovana sabia que seu forte era a área de humanas. “Mas se fosse tentar analisar sozinha cada questão não pegaria esses detalhes”, diz Giovana, que hoje cursa o 1º ano de direito na Fundação Getulio Vargas (FGV).
O algoritmo da Geekie usa a metodologia TRI para analisar o grau de dificuldade de cada questão, quais habilidades estão sendo testadas e qual é a chance de a pessoa ter chutado a resposta. Quando feita online, a prova se adapta a cada aluno. Se ele acerta as respostas, o programa aumenta a dificuldade da próxima questão, até se certificar do quanto o aluno sabe sobre aquela matéria. Se erra, as questões ficam no mesmo nível ou até mais fáceis. “Trata-se de uma prova inteligente que se alimenta de cada resultado para se tornar mais precisa”, afirma Claudio Sassaki, um dos fundadores da Geekie. A ideia é conseguir chegar a um nível de detalhamento que permita dizer, por exemplo, se uma aluna como Giovana errou o exercício de matemática porque não sabia a matéria ou porque não entendeu o enunciado. O sucesso do simulado estimulou a Geekie a desenvolver outros produtos. O próximo a ser lançado é uma plataforma que consegue traçar um plano de estudos personalizado e indicar os materiais mais adequados a cada aluno. Um dos parceiros é a Fundação Lemann, que disponibilizou, em português, os vídeos da Khan Academy. O modelo segue os passos da Knewton, empresa americana lançada em 2008 que popularizou o termo adaptive learning, ou ensino adaptativo. De forma simplificada, o
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Um tablet por alUno Muitas escolas já usaM tablets eM sala de aula. outras perMiteM sMartphones e notebooks pessoais
Victor, 16 anos, passa o dia conectado à internet no smartphone. Thales, 15, cria aplicativos. Eles são um retrato da chamada geração interativa, formada pelos nativos digitais, jovens que nasceram usando tecnologia. Para eles, é fundamental modernizar a sala de aula. Muitas escolas já começaram esse processo. O Colégio Bandeirantes, em São Paulo, permite o uso de equipamentos pessoais na escola o tempo todo. No Dante Alighieri, os alunos do ensino médio recebem um tablet no primeiro dia de aula, e um departamento de tecnologia apoia e orienta os professores a utilizá-lo da melhor forma. Esse cuidado é essencial. Tome como exemplo o programa Um Computador por Aluno, que distribuiu, em 2010, cerca de 10 mil máquinas em escolas de cinco municípios brasileiros. Entre os muitos problemas enfrentados estava a falta de treinamento dos docentes. Para evitar os mesmos erros, o MEC elaborou uma nova estratégia. Pretende distribuir 600 mil tablets na rede pública de ensino neste ano, mas quem primeiro terá acesso a eles serão os professores. A ideia é preparar os docentes para só depois distribuir os tablets aos alunos, que acessarão o Portal do Professor, com conteúdo próprio e da Khan Academy.
conceito define justamente os sistemas que aprendem com o comportamento do usuário para fazer recomendações. COm maIs de 33 mIlhões de dólares em investimentos e elogiada por Bill Gates, a Knewton firmou parcerias com empresas e instituições de ensino. O algoritmo desenvolvido já ajuda a Pearson, uma das maiores empresas de soluções educacionais do mundo, a melhorar a forma como alunos navegam em suas plataformas digitais. A Khan Academy é também uma grande plataforma de recomendação dos vídeos criados por seu fundador, o professor Salman Khan. Dos 44 funcionários da Academy, dois terços trabalham com o software que mede a forma como o usuário interage com o
(Gente). O projeto mudou a estrutura de uma escola na favela da Rocinha. Ali, os alunos do 7º ao 9º ano não são mais divididos por salas e não têm aulas estruturadas. Com notebooks e netbooks individuais, os estudantes acessam uma plataforma virtual que recomenda conteúdo e avalia o aprendizado. Cada um segue no seu ritmo. “A ideia é que o próprio aluno consiga gerir seu processo de formação”, afirma Rafael Parente, subsecretário de Novas Tecnologias Educacionais. Para isso, todos os professores da escola passaram por um treinamento para entender como aproveitar ao máximo a tecnologia. Afinal, nesse processo eles continuam sendo peças fundamentais, como lembra Salman Khan: “Prefiro meu filho com papel e
A liberdade para o aluno estudar o que gosta, cercado de bons professores para orientá-lo, é fundamental para que apareçam novos Steve Jobs conteúdo. “A melhor maneira de motivar uma pessoa a aprender é deixá-la decidir o que quer aprender e dar a ela as ferramentas para isso”, diz Khan. No Rio de Janeiro, isso começa a acontecer. A Secretaria Municipal de Educação inaugurou, neste ano, o primeiro Ginásio Experimental de Novas Tecnologias Educacionais
caneta ao lado de um professor incrível do que na sala mais tecnológica do mundo com um mau professor.” A liberdade para o aluno estudar o que gosta pode ser fundamental para que apareçam novos Steve Jobs e Bill Gates no mundo. Estimulado a criar, Thiago Giriboni, o aluno do Dante Alighieri que ilustra a capa desta edição, avança rapidamente nos temas de que mais gosta. O aplicativo de sua agenda integrada é um bom exemplo. Não duvide se uma das criações de Thiago logo estiver na sua próxima leva de downloads. ↙ Abril 2013 INFO
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Os mentOres
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O fundador Pedro Waengertner (à esquerda) e Sean Lindy, diretor executivo da Aceleratech 70 / INFO Abril 2013
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stAr tup
≥ Por Thiago Tanji ≥ fotos marcus sTeinmeyer
AcelerAdA
entrAmos nA AcelerAtech pArA mostrAr como funcionA um progrAmA de incentivo Ao crescimento de stArtups. ele vAle mesmo A penA?
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Em uma das salas de aula da faculdade ESPM, na zona sul de São Paulo, o professor de teatro Thiago Tambuque prepara um exercício para os alunos. Ele propõe um jogo de pega-pega, em que todos devem andar pela sala em passos acelerados. A brincadeira tem uma particularidade: enquanto fogem do pegador, os participantes devem reproduzir em voz alta aquilo que falarão no pitch, nome dado à apresentação de uma startup a investidores. O objetivo? Desinibir os empreendedo-
res e ensinar técnicas de comunicação. As aulas semanais de Tambuque fazem parte da grade curricular da Aceleratech, aceleradora brasileira que iniciou suas atividades no ano passado e que trabalha com sua primeira turma de jovens empreendedores. Em parceria com a ESPM, a Aceleratech pode ser classificada como uma faculdade de startups. A começar pelo “vestibular”, que seleciona as empresas a serem aceleradas. Após receber mais de 300 inscrições,
como dar um show no pitch
O professor de teatro Thiago Tambuque dá dicas para uma boa apresentação
1 É necessário demonstrar identificação com a empresa, deixando transparecer paixão pelo negócio
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O empreendedor deve ter postura confiante na fala e nos gestos, além de boa dicção e movimentos seguros
O apresentador pode caminhar pelo palco para prender a atenção, desde que tenha ensaiado cada passo
Os slides servem de apoio, mas o empreendedor não pode virar as costas para o público em cada transição de tela
os coordenadores selecionaram 11 empreendimentos para participar das 12 semanas do programa. No final há uma “formatura”, quando as empresas realizarão um pitch de cinco minutos, em um evento que vai reunir um grupo de investidores convidados. INspIradO Nas aceleradoras americanas, o projeto foi adaptado à nossa realidade. “Desde pequeno, o americano já tem uma banquinha para vender limonada na calçada”, diz Pedro Waengertner, 36 anos, fundador da Aceleratech. “Isso o acostumou ao empreendedorismo. É preciso levar em conta que o brasileiro não tem essa cultura, para que o processo de aceleração faça sentido." A Aceleratech é uma das nove aceleradoras escolhidas para participar do programa Start-up Brasil, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A previsão é que o governo invista até 40 milhões de reais em 100 startups ligadas à tecnologia. A veia empreendedora americana citada por Waengertner é bem conhecida de seu sócio, Mike Ajnsztajn.
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Pé no acelerador Em sentido
horário, equipe da Brasil by Bus; Maria Angélica Garcia, diretora da Aceleratech, com sócios da Cargobr; e aula de teatro com Thiago Tambuque
Apesar do nome, Ajnsztajn, 49 anos, é brasileiro e entrou para o mundo dos negócios ao assumir a fábrica de camisinhas Blowtex, fundada por seu pai em 1989. De lá para cá, criou empreendimentos como o Zuppa, site de reservas para restaurantes vendido para o Peixe Urbano. O sócio no negócio era Waengertner, publicitário e coordenador do Núcleo de Estudos e Negócios em Marketing Digital da ESPM. Após o Zuppa, a dupla decidiu manter a parceria e criar uma aceleradora capaz de dinamizar o negócio das startups. Hoje o time da Aceleratech é composto ainda por Licínio Motta, representante da ESPM, por Maria Angélica Garcia, diretora de marketing, e pelo americano Sean Lindy, no cargo de diretor executivo. Ajnsztajn mora em Nova York e é o responsável pelos contatos no Vale do Silício.
“A ideia é fazer um empreendedorismo de alto impacto. Acelerar as empresas para que cresçam muito e atinjam faturamentos de 50 milhões, 100 milhões de reais. Queremos criar grandes empresas de tecnologia”, afirma Waengertner. Para dar conta desse plano, a Aceleratech aposta em uma rotina intensa para as startups que ingressam no programa. Duas salas de aula da ESPM foram transformadas em QG das empresas novatas, que utilizam o espaço de segunda-feira a sábado. A programação é puxada. Na grade constam aulas de diferentes temas, como análise de mercado, construção do plano de ne-
gócio, finanças básicas e formação de lideranças. A aceleradora conta com cerca de 100 mentores, que atendem individualmente os empreendedores. Entre os mentores e consultores estão Rafael Siqueira, fundador do Apontador, Juliano Vasconcelos, do Peixe Urbano, e Dennis Paul, do banco JPMorgan. "A mentoria é essencial. Afinal, essas pessoas sabem o que dá certo e o que não dá na fase incial de um empreendimento”, diz a diretora de marketing Maria Angélica Garcia.
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Ensaio
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Eduardo Bozelli, da Cicloo, se prepara para apresentar a empresa
A AcelerAtech também investe um montante em dinheiro para que as startups possam cobrir parte das despesas durante as 12 semanas do programa. São 20 mil reais para cada empreendimento, gastos no desenvolvimento do site, na impressão de cartões e na legalização da empresa. No final do processo, a Aceleratech passa a deter de 10% a 15% do valor da startup, dependendo de seu nível de evolução. Mas como o programa funciona na prática? A história de Eduardo Bozelli, 27 anos, fundador da Cicloo, uma das participantes da Aceleratech, explica. Em 2011, o jovem nascido em Matão, no interior de São Paulo, lançou o Bike 3D, um programa de videoaulas que simulava um percurso virtual durante aulas de spinning. A empresa fechou contratos com academias como Runner e BioRitmo, mas não decolava. “Estávamos um pouco perdidos. Havia clientes, receita, mas tudo que entrava também acabava saindo por falta de planejamento”, diz Bozelli. Ao fazer parte do time de empresas selecionadas para a primeira turma
da Aceleratech, a startup percebeu que tinha a oportunidade de expandir seu negócio. “Descobrimos que o Bike 3D não era uma empresa, mas um produto. Criamos, então, uma nova empresa, a Cicloo, que desenvolverá diferentes tipos de videoaulas para as academias”, afirma Bozelli. Além de analisar a fundo e, eventualmente, alterar o plano de negócio das startups, os mentores da Aceleratech exercem uma função que vai além da simples consultoria. Veja o caso da startup Brasil by Bus, que mantém um site de compra online de passagens rodoviárias. Uma das sessões de mentoria transformouse em reunião de negócios. “Em um
bate papo com o Rafael Siqueira, do Apontador, descobrimos afinidades entre os nossos negócios. Saímos da reunião com a possibilidade de trabalhar juntos e agora vamos lançar o buscador do Brasil by Bus no Apontador”, afirma Breno Moraes, 27 anos, fundador da empresa. A Aceleratech estimula os empreendedores a aproveitar ao máximo as 12 semanas do programa. Rodrigo Palos, fundador da Cargobr, plataforma online para fretes, conta que já fechou acordos com os primeiros clientes. “Mesmo antes do lançamento oficial do site, conseguimos fechar quatro negócios”, diz Palos, um dos fundadores da Fretejet, startup vencedora do prêmio INFO Start,
A aceleradora ajuda o jovem empreendedor a obter investimentos e crescer. Depois fica com uma parte da startup, que varia de 10% a 15%
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organizado pela INFO, na categoria de empresas em estágio inicial de operação. Palos saiu da Fretejet e fundou a Cargobr por conta de uma cisão entre os sócios. Ele decidiu mudar-se para São Paulo, mas seu sócio preferiu continuar em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, cidade onde foi fundada a empresa. Apesar de recém-chegado à capital, o jovem de 25 anos diz sentir-se em casa na Aceleratech. “Sempre tive muita vontade de empreender. É muito bom estar em um lugar com pessoas que pensam da mesma forma", diz. Como em toda empresa iniciante, o que não faltam são problemas. Achar um lugar para morar foi uma das dificuldades de Palos. Ao conhecer os colegas da Cicloo, que também não tinham residência em São Paulo, decidiram dividir o aluguel, formando uma espécie de república de startups. Além das aulas, das reuniões com mentores e da montagem do plano de negócio das empresas, outro momento importante na Aceleratech é o Pitch Competition. Realizado semanalmente, o pitch reúne os coordenadores da aceleradora e serve como teste para a apresentação aos investidores. Com um cronômetro em mãos, Sean Lindy anuncia que o portavoz da empresa pode iniciar a fala. Enquanto a apresentação e os slides do PowerPoint se desenrolam, os idealizadores da aceleradora anotam os pontos que serão comentados ao final da fala. Mike Ajnsztajn acompanha a atividade por Skype, dos Estados Unidos. Graduado em marketing pela
Illinois State University e com passagem pela multinacional de eletrodomésticos Whirpool, Sean Lindy, 33 anos, analisa todos os detalhes da apresentação, da postura e modo de falar do empreendedor à maneira como o modelo de negócio é detalhado. Ao estilo americano, Lindy pensa de maneira pragmática. “Se você está pedindo 1 milhão de reais para alguém, sua apresentação não pode ser uma besteira. Prefiro saber como um cara te pagará 10 reais pela solução apresentada, do que como você ganhará 10 milhões de seguidores em uma rede social”, afirma Lindy, em português com forte sotaque, apesar dos cinco anos vivendo no Brasil. AO FINAl DessA primeira rodada de aceleração, prevista para terminar em 23 de abril, a Aceleratech prepara-se para uma nova turma. As inscrições estão abertas e a previsão é de que o programa comece ainda neste semestre. Segundo Pedro Waengertner, também há interesse em expandir o projeto para outras regiões do Brasil. “Queremos colocar empresas muito boas no mercado, para que consigam impactar o país, criando um ecossistema de companhias que trabalham com o lançamento de produtos brasileiros no exterior”, afirma Waengertner. Sean Lindy sintetiza a função das aceleradoras, em um momento que o Brasil é visto como local estratégico para o nascimento de empresas novas e milionárias: “Temos muito dinheiro disponível e muito talento. Mas uma ideia não é nada. O importante é mostrar e defender um modelo de negócio”. Segundo Lindy, o papel das aceleradoras é mostrar esse caminho para que os jovens empreendedores consigam construir seus próprios sonhos. ↙
Prontas Para o mercado
Conheça as 11 startups que participam do programa da Aceleratech
Brasil by Bus Serviço para a compra online de passagens rodoviárias brasilbybus.com Cargobr Plataforma online para compra e venda de fretes cargobr.com Cicloo Videoaulas de atividades físicas em 2D e 3D Convenia Plataforma de convênios corporativos para empresas convenia.com.br Gbolso Gerenciador de finanças pessoais gbolso.com.br Mobb Aplicativo de comunicação rápida para grupos mobbapp.com PhD Photo Dress Site que personaliza roupas com fotografias artísticas signup.phdress.com Pontosec Empresa de segurança da informação Timolico Site para customizar pijamas e moletons timolico.com.br VaiVolta Plataforma para locação de produtos vaivolta.com.br Wiki4fit Aplicativo interativo para academias
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ação turbinada
PEtroliM
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Algoritmos sofisticAdos usAdos por bolsAs de vAlores e corretorAs tornAm A comprA e vendA de Ações umA operAção tão rápidA que o olho humAno não consegue AcompAnhAr. vejA como isso funcionA
≥ Por Gabriel Garcia
foto raFael eVaNGeliSTa iluStraçÃo OGa MeNDONÇa
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imAgem caricata de centenas de homens suados, com a grava-
ta afrouxada e um telefone em punho, gritando ordens de compra enquanto olham para uma tela com a cotação das ações entrou definitivamente para o passado. O pregão viva-voz cedeu espaço à tecnologia nas bolsas de valores e as operações de compra e venda de ações passaram a ser, no mínimo, mais silenciosas. Agora, o que importa é a rapidez. Comandadas por algoritmos sofisticados, as chamadas operações de alta frequência começam a se tornar o que há de mais moderno nesse mercado e já respondem por mais da metade das negociações nas bolsas americanas. Neste ano, começam a ganhar espaço também no Brasil. “Na operação de alta frequência, o investidor segue a lógica da galinha. Opera de grão em grão, até encher o papo”, afirma Ricardo Nogueira, diretor de operações da corretora Souza Barros. Os computadores operam por meio da arbitragem de preços. Funciona assim: quando o robô percebe uma diferença mínima de valores em diferentes mercados, no mesmo instante ele compra onde está mais barato e vende onde está mais caro. O lucro por operação é mínimo, apenas uma fração de centavo por negociação. Porém, esse mesmo negócio, realizado dezenas de
milhares de vezes por pregão, pode gerar ganhos altíssimos no total. O ritmo das operações é tão veloz a ponto de o olho humano não conseguir acompanhar o que está acontecendo, já que a negociação de alta frequência é quase instantânea. Ela costuma demorar uma fração de milissegundo (o equivalente a 0,001 segundo), que corresponde ao tempo de latência, o instante entre a ordem de compra ou venda emitida pelo robô e a confirmação dessa ordem. A disputa das operadoras e corretoras é pela menor latência, pois quanto mais baixa, menor o risco da operação. “Se o sistema da corretora for uma fração de milissegundo mais lento que o da concorrente, ele poderá perder o melhor preço”, afirma Luiz Gustavo Penteado, diretor de mercados da Progress, empresa que criou o Apama, software mais usado pelas corretoras que praticam operação de alta frequência no Brasil. As cOrretOrAs hoje mais parecem startups de tecnologia, com mesas de operações que reúnem físicos, engenheiros e matemáticos, recrutados por sua capacidade de programar algoritmos e estabelecer estratégias para os computadores comprarem e venderem as ações. O mercado de tecnologia e de infraestrutura para alta frequência vive uma explosão no mundo. Empresas investem milhões de dólares para diminuir uma fração de tempo que já é quase inexistente. O grande exemplo
desse aquecimento está no Oceano Atlântico. Uma empresa islandesa de cabos submarinos pretende gastar 300 milhões de dólares para instalar um cabo ligando Londres a Nova York. Sua função? Diminuir em 0,6 milissegundo a latência das transações. MAs A velOcIdAde desenfreada tem seus riscos. Afinal, quem programa as máquinas e seus algoritmos são seres humanos e, portanto, falíveis. Erros de programação acabam gerando graves crises nas bolsas. Os colapsos impressionam não apenas pelo tamanho, mas também pela velocidade. “O grande perigo da alta frequência é o de que no instante em que o investidor comum vê o preço de uma ação, ele não está enxergando algo real. É como se estivesse olhando uma estrela no céu, já morta há 50 mil anos”, afirmou a INFO o investidor americano Sal Arnuk, um críticos desse tipo de operação. Uma dessas crises aconteceu na tarde do dia 6 de maio de 2010, no que o mercado financeiro chamou de flash crash. O índice Dow Jones, que mede as negociações da Bolsa de Nova York, caiu 600 pontos em seis minutos. Foi a maior queda em um único dia da história da bolsa americana. Mas 25 minutos depois, já havia se recuperado. Uma falha num algoritmo fez com que uma ordem de venda fosse realizada repetidas vezes, gerando um efeito cascata que conseguiu ser interrompido antes de um desastre financeiro. Em agosto do ano passado, as consequências de outro bug foram mais graves. Um funcionário da corretora americana Knight Capital cometeu o chamado fat finger: digitou uma
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ordem de compra na casa dos bilhões, quando deveria tê-la colocado em milhões. O robô realizou as transações e a empresa não conseguiu perceber o erro. Em menos de uma hora, a corretora perdeu 440 milhões de dólares. “Alguns algoritmos são mal programados, os robôs falham e o erro acontece. O trader manda uma ordem de compra no lugar de venda, por exemplo. Acontece tudo muito rápido, não dá para controlar. É como você ter uma Ferrari sem freio. A chance de bater é alta”, diz Penteado, da Progress. De acOrDO com Tobias Preis, pesquisador do Instituto Suíço de Tecnologia, o grande problema da alta frequência é a falta de regulação das operações. “Algumas bolsas são permissivas demais. Não é possível saber com exatidão quem está comprando ou vendendo”, diz Preis. Especialista em Econofísica, disciplina que aplica conceitos físicos ao mercado financeiro, Preis publicou um estudo que estabelece alguns padrões que precedem essas bolhas e crashes causados pelos algoritmos nas bolsas. Para ele, as respostas estão no próprio pregão. “Entre 2006 e 2011, aconteceram 18 250 pequenos crashes nas bolsas americanas, de menos de um milissegundo, a maior parte gerada por erros em operações de alta frequência. Eles são como pequenas rachaduras na asa de um avião. No início não são perigosas, mas tendem a causar problemas se não forem corrigidas depois de um tempo”, diz Preis. Segundo o pesquisador, é possível identificar com antecedência os algoritmos rebeldes, que tendem a causar as crises.
Para falar a mesma língua EntEnda os tErmos usados nas opEraçõEs dE alta frEquência das bolsas
arbItragem_ Operação de compra e venda de ativos cujos preços estão correlacionados, aproveitando desequilíbrios temporários nos valores. LatêNcIa_ Intervalo entre a ordem de negociação emitida pelo robô e a confirmação dessa ordem. ÍNDIce_ Indicador do desempenho médio de todas as ações de uma determinada bolsa de valores. Fat FINger_ Falha do algoritmo por erro de digitação durante a programação. LIquIDez_ Grau de facilidade com que uma ação é convertida em dinheiro. cIrcuIt breaker_ Mecanismo de segurança que interrompe as negociações quando uma ação cai bruscamente. NakeD access_ Acesso direto do operador da corretora ao sistema da bolsa, sem intermediação ou filtro.
Os pregões americanos trabalham com um sistema chamado naked access, ou seja, o operador pode realizar as transações diretamente no sistema da bolsa, sem controle prévio da corretora. Dessa forma, os erros se tornam quase inevitáveis. Em maio de 2010, logo após o flash crash, os reguladores americanos introduziram circuit breakers, mecanismos instalados no sistema das bolsas que travam automaticamente os negócios se o preço de uma ação cair muito ou rápido demais. Mas eles são insuficientes. Por isso, órgãos reguladores dos Estados Unidos e da União Europeia desejam que o mercado se torne mais lento, com operações que possam ser monitoradas e controladas. Mas, de acordo com os negociadores, isso afetaria a razão de ser das operações de alta frequência e a liquidez que garantem. “Se não há velocidade, ou se uma transação durar um segundo, não há motivo para a alta frequência”, diz Bernardo Ferreira, gestor do XP Unique Quant, braço de alta frequência da XP Gestão de Recursos, uma das maiores corretoras brasileiras. No Brasil, os riscos das operações de alta frequência são considerados menores. A BM&FBovespa possui uma série de filtros que não existem em outros mercados. “É praticamente impossível evitar o erro nesse tipo de negócio, pois não consigo controlar o programador. Por isso, nossa filosofia é tentar controlar as consequências do erro”, diz Cícero Augusto Vieira Neto, diretor executivo de operações da BM&FBovespa. A Bovespa estabeleceu uma série de travas no sistema, que vão além dos circuit breakers. Não há o naked access na bolsa brasileira, por exemplo. Todas as operações devem passar
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sala de operação
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Funcionários da corretora Souza Barros acompanham o vai e vem das ações
por uma ferramenta que analisa o risco do negócio. Se oferece perigo ao mercado, é congelado. Além disso, existem limites de variação do preço das ações, impedindo que o valor de um papel caia demais e repentinamente. Comparado aos Estados Unidos, o mercado de alta frequência ainda é pequeno no Brasil. Cerca de 10% das operações na BM&FBovespa são desse tipo. Mas a tendência é de expansão nos próximos meses. “O mercado tem espaço para chegar a 15% ou 20% das operações. A oferta de produtos está crescendo e nosso novo sistema irá diminuir a latência”, afirma Vieira Neto.
com anos de experiência no mercado financeiro, hoje ela abriga jovens recém-saídos de faculdades que têm pouca relação com esse mundo. Veja o exemplo da Souza Barros. Fundada em 1928, a corretora esteve presente em todas as mudanças vivenciadas pela Bovespa, dos pregões que estabeleciam o preço do café ao
A sofisticação tecnológica está atraindo jovens engenheiros e físicos para o mercado financeiro
A bolsa de São Paulo irá instalar, em abril, um novo sistema de operações, chamado Puma, que substituirá o Mega Bolsa, software usado desde a automatização do pregão, em 2009. “O Puma aumentará a velocidade da transação, reduzindo a latência e os riscos. A capacidade de operações será aumentada. Isso tende a estimular a alta frequência”, diz Vieira Neto. O aquecimento veloz e furioso desse mercado também se ref lete no perfil dos traders brasileiros. Profissão antes exclusiva de técnicos
eletrônico. Se antes os traders eram nove, espalhados pelo pregão vivavoz, hoje a operação principal concentra-se em uma pequena sala, isolada por quatro portas de metal reforçado que exigem quatro cartões diferentes de acesso. Na sala, quatro operadores observam, em silêncio, o que acontece em duas dezenas de monitores. Um físico formado pela Universidade de São Paulo e um engenheiro saído do
Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) são os responsáveis pelo desenvolvimento dos algoritmos e pela programação das estratégias dos robôs da corretora. “Eles não têm vícios. E, principalmente, usam operações rápidas para pensar as estratégias”, diz Ricardo Nogueira, da Souza Barros. A demanda por novas ideias é tão grande que a corretora promove um campeonato entre universidades para premiar os alunos que conseguirem desenvolver o algoritmo de alta frequência mais eficiente. O campeonato começou em outubro de 2012, com 134 alunos de seis faculdades de São Paulo. “Eles podem até fazer um algoritmo que não funcione perfeitamente, mas talvez alguém associe o índice pluviométrico de São Paulo com as ações da Sabesp, algo inovador. A ideia diferente, independentemente de ser a melhor, será a premiada”, afirma Nogueira, que coordena a competição. Os alunos, por sua vez, começam a considerar uma carreira no mercado financeiro. “Faltava experiência prática. O campeonato nos deu a oportunidade de entrar em contato com dados de verdade da Bovespa. A gente viu que dá para aplicar matemática de verdade na bolsa”, afirma Emilio Serafim, 20 anos, aluno de matemática da USP. ↙
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≥ fotos Rafael evangelista
Notas 10,0 9,0 a 9,9 8,0 a 8,9 7,0 a 7,9 6,0 a 6,9 5,0 a 5,9 4,0 a 4,9 3,0 a 3,9 2,0 a 2,9 1,0 a 1,9 0,0 a 0,9
Impecável Ótimo Muito bom Bom Médio Regular Fraco Muito fraco Ruim Bomba Lixo
Veja os critérios de avaliação da INFO em info.abril.com.br/ sobre/infolab.shl
Filmadoras de Ação / 84 Câmera / 87 Smartphones / 88 Pedal de Guitarra / 90 Dock / 91 Ultrabooks / 92 Radar / 94
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AdrenAlinA em Full Hd Resistentes a poeira, trancos e água, três filmadoras testadas pelo INFOlab gravam as manobras dos esportes de ação ≥ pOr aIRtON lOpes
MINIMALISTA A filmadora tem só três botões: o do Wi-Fi, o de navegação e o de confirmação e disparo
Hero3 Silver Edition /
GOprO Representante intermediá-
rio da nova linha de filmadoras de ação da GoPro, o modelo encara todo tipo de situação para conseguir imagens em full HD com qualidade impressionante para uma câmera tão leve e compacta. Nos testes do INFOlab, as cenas captadas em movimento ficaram quase totalmente livres de ruído. No modo ProTune, a filmadora conseguiu um desempenho admirável em situações com zonas claras e escuras no mesmo enquadramento. A fidelidade de cores, no entanto, não é perfeita. A Hero3 tende a saturar cores mais quentes. Se quiser apenas fotografar ao ar livre ou embaixo d’água com a caixa estanque, as imagens ficam com 11 MP. Os menus são bem simples. Eles são mostrados em uma tela minúscula e sua navegação é feita por poucos botões, sem a presença de um direcional. Isso exige uma grande repetição de movimentos para fazer qualquer ajuste. Uma forma de contornar isso é usar o Wi-Fi para conectar a filmadora a um smartphone ou tablet.
LCD FRONTAL Os poucos botões e o visor pequeno tornam a configuração pelos menus trabalhosa
Full HD (1 080p) / 11 Mp / MicroSD / Não possui zoom / LCD de 0,8” / 74 g / 1h51min de bateria(1) 4,1 cm
5,9 cm
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2,9 cm
AvALIAçãO TéCNICA: 7,9 CuSTO/beNeFíCIO: 7,3
/ R$ 1 499
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EMBAIXO D’ÁGUA A caixa estanque permite mergulhar a até 60 metros, mas não deixa desligar a filmadora
TELA REMOVÍVEL O LCD colorido na parte traseira da câmera pode ser retirado para o encaixe de uma bateria
DISPARO A DISTÂNCIA Com o controle remoto, dá para comandar as gravações, tirar fotos e conferir o posicionamento da câmera
GRANDE ANGULAR A lente olho de peixe tem ângulo de visão de 170 graus
4,3 cm
5,2 cm
6 cm
MagiCam SD21 / AEE/XtrAX a versatilidade desta câmera não se restringe à robustez para filmar cenas de ação. além da caixa estanque e dos acessórios para fixação, a magiCam oferece outros recursos para tornar a sua operação mais prática. o display traseiro de 1,5 polegada que auxilia no enquadramento e na visualização do conteúdo gravado é removível. No seu lugar é possível encaixar uma bateria extra para dobrar a autonomia da filmadora. Nos testes, o tempo de gravação saltou de 2 horas e 3 minutos para 4 horas e 4 minutos. mesmo sem o lCD traseiro, as informações sobre o status da câmera são mostrados em um pequeno visor monocromático. outro atrativo legal é o feixe de laser, útil para mostrar para onde a filmadora está apontando quando ela não está nas mãos do usuário. um controle remoto simples e resistente a respingos aciona o feixe, o início e o término da gravação. a qualidade dos vídeos feitos em 1 080p é muito boa. eDição De imagem luiz fernando biscola ilustraçÕes evandro bertol
(1) Duração medida no modo de filmagem
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Full HD (1 080p) / 8 MP / MicroSD / Zoom de 10x (digital) / LCD de 1,5” / 119 g / 2h03min e 4h04min de bateria(1) AVALIAçãO TéCNICA: 8,1 CUSTO/BENEfÍCIO: 7,5
/ R$ 1 299
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/ STREAMING Aplicativos para Android e para iOS mostram as filmagens na tela do smartphone em tempo real, por meio do Wi-Fi
AÇÃO EM 720P À prova d’água e sem visor, a ATCMini, da Oregon Scientific, sofre na passagem de áreas ensolaradas e em sombras, mas grava imagens aceitáveis. Custa 499 reais.
TELA LATERAL O display colorido de 1,5” auxilia o enquadramento, apesar da posição incomum
7,6 cm
5 cm
3,3 cm
Adixxion GC-XA1 / JVC Com seu corpo reforçado para aguentar pancadas, poeira e baixas
temperaturas, a câmera de ação da JVC filma embaixo d’água sem precisar de acessórios. Porém, o mergulho não pode ir além de 5 metros de profundidade. Nos testes realizados em águas rasas, a vedação da Adixxion mostrou-se eficiente. A qualidade das imagens gravadas em 1 080p nas aventuras terrestres é boa, mas as cores poderiam ser mais vibrantes. Uma das atrações da Adixxion é a conexão Wi-Fi para controlar remotamente a filmadora, transferir arquivos e fazer o streaming de vídeo para gadgets com iOS e Android ou para um computador. Enviando o vídeo para o PC, um software fornecido pela JVC faz o upload para a transmissão em tempo real das imagens da filmadora para o site Ustream. Nos testes, o streaming de um vídeo em HD (720p) foi feito sem problemas. Com qualidade full HD (1 080p) houve um atraso de quase 4 segundos. O aplicativo também faz a publicação de clipes no YouTube.
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Full HD (1 080p) / 5 MP / 30 MB + SD / Zoom de 5x (digital) / LCD de 1,5” / 126 g / 1h08min de bateria(1) AvALIAÇÃO TécNIcA: 7,7 cuSTO/bENEfícIO: 7,3
/ R$ 1 499
(1) Duração medida no modo de filmagem
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Sorria para o android A Galaxy Camera traz os recursos dos melhores smartphones para clicar, editar e compartilhar fotos pela rede sem fio ≥ por Airton Lopes
SÓ FALTA FALAR A Galaxy Camera não telefona nem envia SMS. De resto, faz tudo o que se espera de um Android
NO TOQUE Exceto pelos botões de disparo e de zoom, os ajustes são feitos tocando a tela
DESIGN Será que o visual da câmera foi inspirado nos stormtroopers de Guerra nas estrelas?
Galaxy Camera EK-GC100 / SAMSunG Processador com quatro núcleos, tela de 4,8 polegadas, Wi-Fi e 3,5G não são atrativos apenas de smartphones poderosos. A Galaxy Camera, máquina fotográfica com sistema Android, oferece tudo isso para que as fotos sejam editadas e publicadas no Instagram, no Facebook e no Google+ sem ajuda de um PC. Com zoom de 21 vezes e sistema de estabilização, o modelo produz fotos com 16,3 MP e vídeos em 1 080p. A qualidade dos cliques é boa, muito superior à de smartphones e tablets, mas não o suficiente para colocar a Galaxy Camera em um patamar superior entre as máquinas compactas. O que a torna especial são as possibilidades de editar e compartilhar imagens, abrir páginas da web, reproduzir música e vídeo e até quebrar o galho como navegador GPS. O gadget também obedece a comandos de voz em inglês para fotografar. As desvantagens são o porte exagerado para uma compacta e a lentidão para ligar e salvar as imagens.
12,9 cm
9 cm
7,1 cm
CAMUFLADOS o flash pode ser recolhido. A saída microHDMI e os slots microSD e microSIM card ficam sob a tampa da bateria
16,3 Mp / Zoom de 21x (4,1 a 86,1 mm) / Filma em 1 080p / LCD de 4,8” touchscreen / 4 GB + microSD / 3,5G (HSpA+), Wi-Fi, Bluetooth, GpS / 301 g / Android 4.1 AvALIAçãO TéCNICA: 8,0 CUSTO/bENEFíCIO: 6,8
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Mais tela, Menos botões Enquanto a Sony estreia o display full HD em smartphones, o novo BlackBerry mostra como usar o touchscreen com excelência ≥ pOr airton lopES
O recurso da câmera combina zonas sub e superexpostas para obter fotos com detalhes em todas as áreas
1 cm
13,2 cm
6,9 cm
HDR EM AÇÃO
Xperia ZQ / SOny Este modelo de topo de linha da Sony inaugura a era dos smartphones com tela full HD, a mesma resolução de vídeo das smartTVs. O display do Xperia ZQ mede 5 polegadas, apresenta brilho e nitidez excepcionais e tem uma capacidade incomum de diminuir os reflexos durante a visualização sob luz solar direta. Com conexão 4G no padrão brasileiro e processador de quatro núcleos, o seu desempenho é de primeiro nível. Mesmo com a tela e a configuração exuberantes, o Xperia ZQ não transmite a sensação de um aparelho grandalhão. O único deslize no design é a forma como a pequena tampa traseira fica pendurada depois de aberta. O modelo não apresenta um apetite de energia voraz. Pelo contrário. Nos testes do INFOlab, a bateria durou 17 horas e 12 minutos em chamada. Acionando o seu bem pensado gerenciador de energia, a autonomia em condições de uso normais se estende com facilidade. A câmera de 13 MP para fotos e 1 080p para vídeos é muito boa e possui um aplicativo bem esperto. 4G (LTE) / Android 4.1 / Snapdragon S4 pro Krait 1,5 GHz quad core / 16 GB + microSD / Tela de 5” / Câmeras de 13 Mp e 2 Mp / 151 g / 17h12min de bateria(1)
Espelho-d’água subexposto...
... e o céu superexposto...
... são exibidos em detalhes
QUALIDADE FULL HD Vídeos ficam ótimos na tela de 1 080p, mas o player do ZQ não exibe legendas
AvALIAção técnIcA: 8,6 cUsto/bEnEFícIo: 7,0
/ R$ 2 049(2)
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(1) Duração medida com o aparelho em chamada e com o Wi-Fi e o Bluetooth ativados (2) Preço do aparelho sem planos de voz e dados (3) Preço praticado no MercadoLivre
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TIME sHIFT O recurso permite escolher a melhor expressão, registrada instantes antes e depois do clique
TECLADo EspErTo Sugestões de predição aparecem sobre as letras para serem arrastadas ao campo de texto
BLoCos ATIVos A tela mostra os aplicativos minimizados para alternar entre eles ou fechá-los
Apps rAros A loja BlackBerry World, oferece 100 mil aplicativos. A iTunes tem 806 mil, e a Google Play, 700 mil
ALTA DEFINIÇÃo A tela de 4,2” e 768 por 1 280 pixels exibe mais pontos por polegada do que a do iPhone 5
0,9 cm
13 cm
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Z10 / BlAckBerry Finalmente a BlackBerry produziu um smartphone que não faz feio diante do iPhone e dos melhores Androids. O Z10 é elegante e mostrou no INFOlab ótimo desempenho e autonomia notável. Não há botões físicos para explorar o sistema BlackBerry OS 10, tudo é feito deslizando o dedo sobre o LCD. De baixo para cima, a tela é desbloqueada e aparece um gerenciador com blocos ativos mostrando os aplicativos abertos. Passando o dedo para a esquerda, surgem os menus com todos os apps. No sentido inverso, o usuário chega ao Hub, um agregador de mensagens de SMS, BBM, e-mail e redes sociais. Desfeito o estranhamento inicial, a adaptação ao sistema é rápida e compensadora. O teclado virtual é excelente. A câmera de 8 MP tira fotos decentes e corrige caretas, embora não tenha modo HDR e não faça panorâmicas. O autofoco lento atrapalha a filmagem em 1 080p. Segundo o fabricante, quando chegar oficialmente ao país, o que deve ocorrer até o meio do ano, o Z10 terá conexão 4G no padrão brasileiro.
4G (lTe) / BlackBerry OS 10 / Snapdragon S4 krait 1,5 GHz dual core / 16 GB + microSD / Tela de 4,2” / câmeras de 8 MP e 2 MP / 135 g / 19h18min de bateria(1) AVALIAÇÃo TéCNICA: 8,4 CusTo/BENEFíCIo: 6,9
/ r$ 2 099(3)
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Guitarra conectada
PEDALEIROS Gênios da música que fizeram do pedal uma forma de expressão
Versátil, o StealthPedal CS consegue ser mais do que um pedal de distorção para instrumentos ≥ por Gabriel GarCia e leonardo VeraS
Jimi Hendrix
Pete Townshend
Kurt Cobain
MULTIFUNÇÃO
11 cm
A interface pode ser conectada a outros instrumentos, como teclados e contrabaixos, ou a outros pedais
10 cm
StealthPedal CS / IK MULTIMeDIA O sonho de qualquer guitarrista é ter uma coleção de pedais e amplificadores para explorar todos os efeitos sonoros proporcionados por eles. Mas, além do preço, não é prático carregar muitos equipamentos. O StealthPedal resolve esse problema trazendo dezenas de timbres e efeitos em uma única peça. Mais do que um pedal, ele é uma interface de áudio ligada ao computador por USB. Além da função básica de distorção, o StealthPedal funciona como controle de volume, amplificação, delay e cria efeitos a partir de filtros. O AmpliTube X-GEAR, programa que acompanha o pedal, centraliza as operações de controle e gravação de áudio. Ele é complexo para iniciantes, mas sem mistérios para quem tem experiência com ferramentas de produção. O uso do pedal eletrônico é fácil. Com o programa instalado no PC ou no Mac, basta ligar a guitarra no pedal e tocar. Mas a conexão é um problema, pois o cabo se solta com facilidade.
25 cm
potência máxima de 100 W / Impedância de 47 ohms / resposta em frequência de 20 Hz – 20 kHz / Conexão USB tipo B / entradas: 3 p10 / Saídas: 3 p10 e 1 p2 AvAliAção TéCniCA: 8,5 CusTo/benefíCio: 8,1
/ R$ 899
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Cubo sonoro
A dock da LG coloca o Wi-Fi e o Bluetooth em ação para tocar as músicas que estão no notebook e nos celulares com iOS e Android ≥ por AirtOn LOpeS
24,5 cm
27,2 cm
24,5 cm
CONTROLE POR BLUETOOTH Aplicativos para ioS e Android permitem comandar todas as funções da dock pelo smartphone
RECORDE MÁGICO o holandês Mats Valk precisou de apenas 5,5 segundos para solucionar o quebra-cabeça
ND8520 / LG Com um formato
inspirado no clássico cubo mágico, esta dock amplifica o som das músicas reproduzidas no iPod touch, iPhone e iPad, em smartphones e tablets com Android e no notebook sem a necessidade de cabos. No caso dos aparelhos da Apple, a conexão sem fio é feita por Wi-Fi, por meio da tecnologia AirPlay. Para os Androids, a comunicação com o sistema de som é feita por Bluetooth. No computador dá para escolher se o som será transmitido às caixas por AirPlay ou Bluetooth. Mas a variedade de aparelhos que aproveitam os 80 watts de potência da dock é ainda mais ampla. O conector de 30 pinos no topo do aparelho recebe qualquer iPhone ou iPad compatível, além de iPods antigos, mas não serve para os modelos lançados a partir de 2012, como o iPhone 5. Também é possível conectar dispositivos pela entrada P2 e pen drives pela porta USB. A qualidade de áudio é boa, mas não impressiona. Os pequenos falantes frontais não trabalham de forma tão eficiente quanto o subwoofer.
80 W de potência / Entradas: p2, USB / Wi-Fi (Airplay), Bluetooth / rádio FM / Compatível com ipod, iphone e ipad (conector de 30 pinos) / 5,8 kg AvALIAçãO TéCNICA: 7,9 CUsTO/BENEfíCIO: 6,2
/ R$ 1 499
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Dupla personaliDaDe Só é preciso fechar a tampa ou destacar a tela para transformar os ultrabooks da Asus e da Samsung em tablets ≥ pOr Airton LopeS
TRANSFORMAÇÃO Fechado, o Taichi vira um tablet. O seu LCD touchscreen é resistente a riscos
SEM REFLEXO A tela full HD interna tem ótima qualidade e revestimento fosco, mas não é touch
1,7 cm
19,9 cm
30,7 cm
Taichi 21 / Asus Em vez de uma tela que gira 360 graus ou desliza para encobrir o teclado, a Asus colocou dois LCDs full HD de 11,6 polegadas para transformar o seu ultrabook em tablet com facilidade. Basta fechar a tampa do Taichi para que o touchscreen externo seja ativado e o Windows 8 passe a ser explorado pelo toque dos dedos. A solução é prática, só que o peso (1,3 quilo) e o calor que emana do gadget não permitem segurar o híbrido de forma confortável. As duas telas podem ser usadas simultaneamente de forma espelhada ou com o display externo funcionando como área de trabalho estendida. O recurso é útil em apresentações para pequenos grupos. Como notebook, o modelo agrada por causa do acabamento, do teclado iluminado e da qualidade do som. O desempenho apresentado nos testes do INFOlab em tarefas básicas foi o de um ultrabook intermediário. No entanto, o processamento de gráficos 3D e a duração de bateria ficaram abaixo do esperado. As duas portas USB são 3.0 e não há entrada para cartão de memória.
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Tela frontal de 11,6” e traseira de 11,6” touchscreen / Intel Core i5-3317u 1,7 GHz (Ivy Bridge) / 4 GB / ssD de 128 GB / Vídeo onboard / 1,3 kg / Windows 8 / 1h25mine 1h49min (modo tablet) de bateria(1) AvALiAÇÃO TécNicA: 7,9 cuSTO/bENEFíciO: 6,7
/ R$ 5 699
(1) Duração de bateria medida com o software Battery Eater e o notebook com o Wi-Fi ligado, tela com o máximo de brilho e perfil de alto desempenho no Windows, sem permitir o desligamento de componentes (modo laptop) e com a reprodução de vídeo em 720p (modo tablet).
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SÓ TABLET Removendo o teclado, o peso do Ativ Smart PC cai de 1,6 para 0,9 quilo
S PEN Sensível a 1 024 níveis de pressão, a caneta faz traços precisos
Ativ Smart PC Pro / SAmSUng Este híbrido com Windows 8 não é o mais leve nem o mais
poderoso, mas é o melhor que já passou pelo INFOlab para ser usado como tablet. Diferentemente dos concorrentes, que são ultrabooks conversíveis, o Ativ Smart PC Pro é um tablet com configuração de PC, equipado com um teclado destacável. Sem o acessório, o peso do modelo cai para 900 gramas, o que ainda é muito se comparado aos 652 gramas de um iPad, mas é bem menos do que se encontra em outros híbridos. A tela LCD de 11,6 polegadas pode ser explorada com os dedos ou com a caneta S Pen, um excelente recurso para fazer anotações e desenhos com precisão no aplicativo S Note. Pena que, apesar da boa sensibilidade, a qualidade visual do display deixe um pouco a desejar para uma tela full HD. Como laptop, o Ativ Smart PC Pro mostra a força de um ultrabook intermediário com autonomia de bateria acima da média. As desvantagens são o corpo mais pesado (1,6 quilo) e espesso do que o de seus rivais, além da presença de apenas uma porta USB 3.0.
1,2 cm
18,9 cm
30,4 cm
2,2 cm
30,4 cm 18,9 cm
PORTAS EXTRAS Chip, memória e bateria ficam no tablet, mas o teclado traz duas portas USB 2.0
Tela de 11,6” touchscreen / Intel Core i5-3317U 1,7 gHz (Ivy Bridge) / 4 gB / SSD de 128 gB / Vídeo onboard / 1,6 kg e 0,9 kg (modo tablet) / Windows 8 / 2h22min e 3h20min (modo tablet) de bateria(1) AvALiAçãO TécNicA: 8,2 cuSTO/BENEfíciO: 7,6
/ R$ 4 199
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/ Radar SOUNDBARS
Ultrabooks
// ThinkPad X1 Carbon Lenovo
// SOM COM BLU-RAY 3D
Feito de fibra de carbono, o X1 Carbon alia leveza, conforto e visual sofisticado. Oferece bom desempenho e tela de 1 600 por 900 pixels. Teclado e touchpad acima da média. A única saída de vídeo é por conexão Mini DisplayPort.
A HLX50W, da LG, oferece som com boa potência e qualidade. Os graves são produzidos por um subwoofer sem fio. A variedade de conteúdo que pode ser reproduzido no equipamento vai dos filmes em Blu-ray 3D aos arquivos armazenados em pen drives e HDs. O chato é a falta de Wi-Fi e a conexão HDMI sem ARC, recurso que permite ao equipamento enviar e também receber som por um único cabo.
// vaio Duo 11 Sony
Este híbrido com teclado deslizante, LCD de 11,6 polegadas e resolução full HD se transforma em tablet ou ultrabook. Força para executar tarefas complexas não falta, mas a sua ergonomia ruim desencoraja longas jornadas de trabalho.
// Z355 LG
Sem luxos, este ultrabook de 1,2 quilo pesa pouco na mochila e tem força de sobra para as tarefas mais comuns. Pena que a sua autonomia de bateria fique abaixo da média dos ultrabooks com tela de 13,3 polegadas e o touchpad tenha botões fixos.
Especificações
Blu-ray 3D / 430 W RMS / Saídas: 1 HDMI, 1 vídeo composto / Entradas: 1 áudio óptica, 1 P2 / USB / Ethernet / R$ 1 889 AvALIAçãO INFOLAB
// Pavilion 14-B090BR HP
Para quem abre mão do gravador de DVD, este modelo oferece uma configuração muito boa em um corpo mais fino do que o habitual em laptops de 14 polegadas. O tamanho do HD é um diferencial. O que deixa a desejar são as dimensões reduzidas do touchpad.
7,9
// 5.1 BEM SIMULADO
A potência nominal da soundbar HTS5131, da Philips, não impressiona, mas a força do som que sai das caixas impõe respeito. A boa simulação de 5.1 canais de áudio também surpreende. A qualidade geral do som é satisfatória. O modelo toca Blu-ray e arquivos pela USB. Sua porta HDMI, além de enviar áudio e vídeo, recebe som da TV. Para contar com Wi-Fi e dock para iPhone é preciso comprar acessórios.
// vivoBook X202E Asus
É o primeiro ultrabook com preço menos proibitivo a aceitar o toque dos dedos sobre o LCD para comandar o Windows 8. A precisão e a resposta do display de 11,6 polegadas e 1 366 por 768 pixels são satisfatórias. Porém, o desempenho é o de uma máquina básica.
Blu-ray / 300 W RMS / Saídas: 1 HDMI, 1 vídeo composto / Entradas: 1 áudio óptica, 1 coaxial, 1 RCA estéreo, 1 P2 / 2 USB / Ethernet / R$ 1 649 AvALIAçãO INFOLAB
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7,1
Tela de 14" / Intel Core i5-3427U 1,8 GHz (Ivy Bridge) / 4 GB / SSD de 128 GB / Vídeo onboard / 1,4 kg / Windows 7 Professional / 1h24min de bateria(1) / R$ 6 909 AvALIAçãO INFOLAB
8,3
Especificações
Tela de 11,6" touchscreen / Intel Core i7-3517 1,9 GHz / 6 GB / SSD de 128 GB / Vídeo onboard / 1,2 kg / Windows 8 / 1h42min de bateria(1) / R$ 5 499 AvALIAçãO INFOLAB
8,2
Especificações
Tela de 13,3" / Intel Core i7-3517 1,9 GHz (Ivy Bridge) / 4 GB / SSD de 256 GB / Vídeo onboard / 1,2 kg / Windows 8 / 1h26min de bateria(1) / R$ 3 609 AvALIAçãO INFOLAB
8,1
Especificações
Tela de 14" / Intel Core i5-3317U 1,7 GHz (Ivy Bridge) / 6 GB / SSD de 32 GB e HD de 750 GB / Vídeo onboard / 1,8 kg / Windows 8 Pro / 1h27min de bateria(1) / R$ 2 599 AvALIAçãO INFOLAB
7,9
Especificações
Tela de 11,6" touchscreen / Intel Core i3-3217 1,8 GHz (Ivy Bridge) / 4 GB / HD de 500 GB / Vídeo onboard / 1,4 kg / Windows 8 / 1h57min de bateria(1) / R$ 1 999 AvALIAçãO INFOLAB
7,5
Monitores
// Série 9 S27B970D Samsung
O Série 9 encanta pela qualidade das imagens e pelo design bonito e prático. A resolução do display é quatro vezes a de uma tela de alta definição (720p). A inclinação e a altura são ajustáveis e a variedade de conexões é boa.
// T27B750 Samsung
Especificações
Especificações
Com tela de 27 polegadas, este modelo tem imagem muito boa, sintonizador de TV digital, funções de smartTV e design bacana. Ele é compatível com as tecnologias WiDi e Wi-Fi Direct, que falhou em todas as tentativas de conexão com tablets e smartphones.
Especificações
Tela de 27" / LCD com LED / QHD (2 560 x 1 440 pixels) / Contraste dinâmico: não divulgado / Contraste estático: 1 000:1 / Tempo de resposta: 5 ms / Entradas: 1 HDMI, 1 DVI, 1 DisplayPort / 2 USB / R$ 3 599 AvALIAçãO INFOLAB
8,8
Especificações
Tela de 27" / LCD com LED / 1 920 x 1 080 pixels / Entradas: 2 HDMI, 1 vídeo componente, 1 composto, 1 D-Sub, 2 RF, 1 RCA, 1 P2 / 2 USB / Ethernet, Wi-Fi / R$ 1 599 AvALIAçãO INFOLAB
8,4
FOTOS RAfAeL evAnGeLiStA (1) Duração de bateria medida com o software Battery eater e o notebook com o Wi-fi ativado, tela com o máximo de brilho e perfil de alto desempenho selecionado no Windows, sem permitir o desligamento automático de componentes
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Tablets
// iPad 4ª Geração Apple
O modelo mais recente do tablet da Apple com tela Retina Display (2 048 por 1 536 pixels) traz um processador mais veloz e um novo conector menor que o anterior. Nos testes, o maior ganho foi na duração da bateria.
// iPad mini Apple
O iPad mini oferece ótima portabilidade e compatibilidade total com os apps feitos para o iPad maior. O seu corpo é levíssimo. A autonomia de bateria passou de nove horas nos testes. A resolução da tela (1 024 por 768 pixels) é boa, mas não encanta.
// Galaxy Note 10.1 Samsung
O tablet com configuração forte e chip de quatro núcleos pode dividir a tela e rodar dois apps ao mesmo tempo. O recurso pode, por exemplo, ser usado no aplicativo S Note, que faz anotações com ajuda da caneta stylus.
// Ypy 10 Nova Geração Positivo
Sua tela de 9,7 polegadas tem as mesmas proporções do display do iPad, e é boa para leitura de revistas e sites. Mas sua sensibilidade e sua autonomia deixam a desejar. Uma vantagem do modelo é aceitar conexão de pen drives.
Especificações
Tela de 9,7” / A6X Cortex A9 1,4 GHz dual core / 32 GB / 660 g / iOS 6 / 10h59min de bateria(1) / R$ 1 999 avalIaçãO INFOlab
9,2
Especificações
Tela de 7,9" / A5 Cortex A9 1 GHz dual core / 32 GB / 308 g / iOS 6 / 9h18min de bateria(1) / R$ 1 699(2) avalIaçãO INFOlab
8,7
Especificações
Tela de 10,1” / Exynos 4412 Cortex A9 1,4 GHz quad core / 16 GB + microSD / 3,5G (HSPA+) / 592 g / Android 4 / 6h04min de bateria(1) / R$ 1 699 avalIaçãO INFOlab
8,7
Especificações
Tela de 9,7" / Cortex A9 1 GHz / 16 GB + microSD / 3,5G / Wi-Fi / 609 g / Android 4 / 2h40min de bateria(1) / R$ 1 199 avalIaçãO INFOlab
7,3
Fones de ouvido
// Tank Soldier Aerial7
Com um design que apresenta o estilo street wear e estrutura articulada para DJs aproveitarem o movimento das conchas, o fone tem um som detalhado, mas que não empolga. A profundidade dos graves fica aquém do esperado. O volume é bom, mas não há controle.
// Wireless Headset for iPad Logitech
Desenvolvido para funcionar conectado ao iPad para videoconferências pelo FaceTime, cumpre seu papel em qualquer aparelho com Bluetooth. Nos testes, sua bateria resistiu mais de 11 horas. O áudio é satisfatório, mas baixo.
// HD 229 Sennheiser
Este fone se destaca pela leveza. Ele pesa apenas 92 gramas. Conchas e suporte são feitos de plástico, mas não aparentam ser frágeis. A qualidade de áudio é satisfatória e tem bom detalhamento. Porém, fica devendo graves mais profundos.
(1) Duração medida com a exibição de vídeo em 720p e com o Wi-Fi e o Bluetooth ativados (2) Preço praticado no MercadoLivre
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Especificações
Formato concha (around-the-ear) / Headset / Conexão P2 (adaptador P10) / Cabos de 1,4 m e 1,4 m (espiral) / Sensibilidade: 108 dB/mW / Resposta de frequência: 5 – 20 000 Hz / 299 g / R$ 429 avalIaçãO INFOlab
7,8
Especificações
Formato concha / Conexão Bluetooth / Sensibilidade: não divulgada / Resposta de frequência: não divulgada / 108 g / 11h15min de bateria / R$ 300 avalIaçãO INFOlab
7,3
Especificações
Formato on-ear / Conexão P2 / Cabo de 1,4 m / Sensibilidade: 110 dB/mW / Resposta de frequência: 18 – 22 000 Hz / 92 g / R$ 331 avalIaçãO INFOlab
7,2
Abril 2013 INFO
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/ Radar Smartphones
// Galaxy Note II Samsung
A nova versão do híbrido de smartphone e tablet da Samsung tem uma poderosa configuração e tela de 5,5 polegadas de ótima qualidade que reconhece toque dos dedos e anotações e desenhos feitos com a stylus. Mas é difícil operá-lo com uma só mão.
// lumia 920 Nokia
Além de ótima fluidez para explorar os recursos do Windows Phone 8, oferece uma câmera de 8,7 MP que é uma das melhores em smartphones. Outro destaque é a compatibilidade com as redes 4G brasileiras. A memória é de 32 GB e não há entrada para cartão.
// Galaxy S Duos Samsung
Com um visual que lembra o Galaxy S III, este modelo com entrada para dois SIM cards tem acabamento e configuração respeitáveis. A tela de 4 polegadas possui alta definição e boa resposta. A câmera produz fotos satisfatórias em 5 MP, mas é incapaz de filmar em 720p.
// atrix Tv Dual Chip Motorola
Funciona com duas linhas e sintoniza TV digital numa tela de 4 polegadas. O desempenho é satisfatório. Apenas 388 MB da memória ficam disponíveis. A câmera de 8 MP não é muito melhor do que a de rivais que fotografam em 5 MP.
// Optimus l5 Dual LG
O smartphone Android dual SIM da LG é um modelo intermediário com um botão exclusivo para determinar rapidamente qual linha deve ser a prioritária para fazer ligações. O display de 4 polegadas tem bom tamanho, mas a resolução é de apenas 320 por 480 pixels.
Especificações
3,5G (HSPA+) / Android 4.1 / Exynos 4412 Cortex A9 1,6 GHz quad core / 16 GB + microSD / Tela de 5,5" / Câmeras de 8 MP e 1,9 MP / 182 g / 13h34min de bateria(1) / R$ 1 949(2) avalIaçãO INFOlab
9,1
Especificações
4G (LTE) / Snapdragon S4 Krait 1,5 GHz dual core / 32 GB / Tela de 4,5" / Câmeras de 8,7 MP e 1,3 MP / 185 g / Windows Phone 8 / 10h24min de bateria(1) / R$ 1 999(2) avalIaçãO INFOlab
8,4
Especificações
3G (dual SIM) / Android 4 / Cortex A5 1 GHz / 4 GB + microSD / Tela de 4" Câmeras de 5 MP e 0,3 MP / 119 g / 7h23min de bateria(1) / R$ 1 049 avalIaçãO INFOlab
7,9
Especificações
3G (dual SIM) / Android 4 / Cortex A5 1 GHz / 512 MB + 2 GB (microSD) / Tela de 4" / Câmeras de 8 MP e 0,3 MP / 130 g / 12h05min de bateria(1) / R$ 899 avalIaçãO INFOlab
7,7
Especificações
3G (dual SIM) / Android 4 / Cortex A5 800 MHz / 4 GB + microSD / Tela de 4" / Câmera de 5 MP / 121 g / 10h04min de bateria(1) / R$ 749 avalIaçãO INFOlab
7,3
Docks
// Wireless Sound Cube v513 TDK
O som produzido pelo amplificador de 2.1 canais é pesado e sem distorção. A conexão de smartphones, MP3 players e laptops é feita por Bluetooth ou cabo P2. Apesar de portátil, funciona apenas na tomada e não tem rádio FM.
// aR-S35i Acoustic Research Esta dock lida bem com iPhones e iPads para a exibição de vídeos. Dá para enviar imagens para a TV, mas só em 480p. Outra opção para executar arquivos de música é plugar o pen drive na USB. Com um predomínio dos médios, o áudio não entusiasma.
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Especificações
Potência de 27 W / Entradas: P2, USB / Bluetooth / 4,4 kg / R$ 1 099 avalIaçãO INFOlab
7,6
Especificações
20 W de potência / Entradas: P2 / Saída: vídeo componente / Rádio FM / Compatível com iPod, iPhone e iPad (conector de 30 pinos) / 2 kg / R$ 399 avalIaçãO INFOlab
7,2
FOTOS RAfAeL evANGeLiSTA (1) Duração medida com o aparelho em chamada e com o Wi-fi e Bluetooth ativados (2) Preço do aparelho sem planos de voz e dados (3) Duração de bateria medida com a reprodução contínua de música
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TVs
// 84LM9600 LG
O modelo é uma opção para assistir vídeo em 4K (3 840 por 2 160 pixels), a melhor qualidade disponível em TV. Com conteúdo compatível, as imagens são perfeitas. Com Blu-ray e TV digital, a qualidade é muito boa, mas não tanto quanto em uma TV full HD.
// viera TC-P65vT50b Panasonic
São excelentes as imagens produzidas nas 65 polegadas, com nível de preto excepcional. O Bluetooth usado para sincronizar os óculos 3D ativos também transmite o áudio a fones e docks e permite ligar um teclado na TV.
Especificações
Tela de 84" / 4K (ultra HD) / LCD com LED / 3D passivo, vem com 6 óculos / Entradas: 4 HDMI, 1 vídeo componente, 1 composto, 1 D-Sub / 3 USB / Ethernet, Wi-Fi / R$ 40 499 avaLIaçãO INFOLab
9,3
Especificações
Tela de 65" / Full HD / Plasma / 3D ativo, vem com 2 óculos / Entradas: 4 HDMI, 1 vídeo componente, 1 composto, 1 D-Sub / 3 USB / Ethernet, Wi-Fi, Bluetooth / R$ 10 499 avaLIaçãO INFOLab
8,7
Câmeras
// EOS 5D Mark III Canon
Sólida e robusta, a Mark III faz excelentes fotos graças ao seu sensor do tipo full frame, tão grande quanto um negativo de 35 mm. Ela é veloz para achar o foco correto, usando 61 pontos distribuídos pelo sensor. O microfone embutido grava apenas em mono.
// Cyber-shot DSC-H90 Sony
O zoom de 16 vezes e as várias funções são uma mão na roda para fotografar temas distantes. A qualidade das fotos é boa, mas não o suficiente para quem faz questão de imagens livres de ruídos e com riqueza de detalhes absoluta.
// HS30EXR Fujifilm
Com o corpo muito semelhante ao de uma reflex, esta câmera é farta em controles manuais. A ergonomia é muito boa. O zoom, de 30 vezes, está entre os maiores da categoria – o que é ótimo em viagens. Porém, quando se usa o zoom no máximo, o autofoco é muito lento.
// Coolpix P510 NIKON
Este câmera da Nikon agrada pelo zoom de 42 vezes. Outro diferencial é o módulo GPS, que permite gravar a localização de cada uma das fotos. Nos testes do INFOlab, a qualidade das imagens foi razoável, semelhante à de uma câmera compacta.
// Smart Camera NX1000 Samsung
Para compartilhar fotos e vídeos logo após o clique, a NX1000 oferece conexão por Wi-Fi com o Facebook. As fotos em 20,3 MP não deixam nada a desejar. O foco automático é menos ágil do que o de câmeras avançadas.
Especificações
22,3 MP / Zoom de 4,4x (24 a 105 mm) / Filmagem em 1 080p / LCD de 3,2" / 1,6 kg / R$ 9 889 avaLIaçãO INFOLab
8,9
Especificações
16,1 MP / Zoom de 16x (24 a 384 mm) / Filmagem em 720p / LCD de 3" / 193 g / R$ 699 avaLIaçãO INFOLab
8,2
Especificações
16 MP / Zoom de 30x (24 a 720 mm) / Filmagem em 1 080p / LCD de 3" / 695 g / R$ 2 199 avaLIaçãO INFOLab
8,0
Especificações
16,1 MP / Zoom de 42x (24 a 1 000 mm) / Filma em 1 080p / LCD de 3" / 547 g / R$ 1 399 avaLIaçãO INFOLab
7,9
Especificações
20,3 MP / Zoom de 2,5x (20 a 50 mm) / Filma em 1 080p / LCD de 3” / Wi-Fi / 398 g (271 g só o corpo) / R$ 1 999 avaLIaçãO INFOLab
7,9
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OPORTUNIDADES E OFERTAS DE PRODUTOS E SERVIÇOS DE TECNOLOGIA
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HARDWARE . SOFTWARE . SERVIÇOS . SUPRIMENTOS . CARREIRAS E CURSOS . AUTOMAÇÃO
PARA ANUNCIAR
(11) 3037.5868 / (11) 3037.2700 OUTRAS LOCALIDADES: 0800.701.2066 sergio.albino@abril.com.br classificados@abril.com.br PARA SABER MAIS INFORMAÇÕES, ACESSE O SITE http://info.abril.com.br/midiakit O conteúdo deste caderno é de inteira responsabilidade dos anunciantes.
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AUTOMAÇÃO / CARREIRAS E CURSOS | 2
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o? tornração e r O mo
ome s do Em cs 16 ano Bandai ao e do , a t ado s s u brinqou nos oE app , ç n s a l Unido i L.i.f.e. h b ic ho go t c Tamacoloca o tela que ir tual naroid v nd do A
A INvAsãO TAmAgOTchI Nascer, passar pela infância, chegar à vida adulta e morrer era um ciclo que durava poucos dias para um Tamagotchi. Uma vida tão curta e intensa quanto o sucesso do minigame do animal virtual que vendeu cerca de 79 milhões de unidades e depois sumiu, perdendo espaço para os games para celular. A procura pelo brinquedo, criado em 1996, foi tão grande que atrapalhou a produção de eletrodomésticos. Isso porque os Tamagotchis usavam o mesmo chip que equipava micro-ondas e videocassetes e as fábricas de Taiwan, principais exportadoras dos componentes, não conseguiam atender a demanda. Na dúvida, muitas delas preferiram o lucro certo dos Tamagotchis. No Brasil, até falsificações surgiram. Sem saber, muita gente comprou o Gyaoppi, imitação chinesa vendida pela metade do preço do brinquedo original. ≥ Por juliano barreto ↙ veja mais: info.abril.com.br/blog/ctrlz
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