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nu ho nc ne a vI u

maio 2013 não ao ódio na web / galaxy s4 / do brasil para berlim / o dinheiro do futuro

Ga co u m m s la o m vo a x cê rT y p

Do Brasil para Berlim

Conheça a Wooga, startup alemã onde trabalham 18 brasileiros

o Dinheiro Do Futuro

o que é e como funciona a moeda virtual bitcoin Com quase 6 milhões de seguidores no twitter, sabrina sato não responde às agressões

info.abril.com.br

nao ao ódio web

Informação | TendêncIas | Inovação | culTura dIgITal

@_INFO

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facebook.com/revistainfo

Nº 329

Nº 329

ofeNsas, preCoNCeito e bullyiNg iNuNdam as redes soCiais e os ComeNtários dos sites. por que as pessoas são tão agressivas Na iNterNet? saiba Como reagir a esse ComportameNto

R$ 11,90 / ed. 329 / maIo 2013

na

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/ maio de 2013

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42 6 CARTA DO EDITOR 9 WWW 12 CARTAS

27 PLANETÁRIO EM HD /

enTer

28 AUTÓPSIA EM 3D / Técnica permite investigar corpos digitalmente para saber causa da morte

16 HOMEM-PÁSSARO /

Sistema de projeção cria uma nova forma de imersão em três dimensões

O finlandês Peter Vesterbacka fala como o jogo Angry Birds tornou-se fenômeno da cultura pop

29 A GUERRA DOS NERFS / Lançador de dardos de espuma torna-se mania nas empresas de tecnologia

19 SEU E-BOOK

30 DIGITAÇÃO PERSONALIZADA /

20 CARRO DO FUTURO /

ideias

ENTRE OS GRANDES / Como publicar um e-book nas lojas de Amazon, Apple e Livraria Cultura Protótipo da Hyundai traz câmeras que rastreiam o olhar e controle por gestos

21 QUAL SERÁ A

Empresa russa de design lança teclado com formato inovador

32 ALESSANDRA LARIU /

Uma nova Revolução Industrial

SURPRESA DA APPLE? / Uma série de produtos que podem estar na mira da empresa

34 MANOEL LEMOS / Quanto vale o dinheiro virtual?

22 APLICATIVOS DO MÊS /

A história ao alcance de todos

Seleção de apps para iOS, Android, Windows Phone e BlackBerry

24 COMBATE AO CAOS AÉREO /

Tecnologias que resolvem os problemas dos aeroportos para a Copa do Mundo

26 SOLUCIONISMO DIGITAL /

Ativista critica teoria de que tecnologia pode resolver todos os problemas

36 DAGOMIR MARQUEZI /

38 MICHELL ZAPPA / O corpo é o novo mouse

inovação

Muito dinheiro foi investido no estágio inicial das startups brasileiras. Agora elas precisam mostrar resultados

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52 STAR TREK PARA TODOS / O produtor do novo Jornada nas Estrelas conta como fez a série de quase 50 anos tornar-se moderna 54 ÓDIO.COM / Ofensas, preconceito e cyberbullying inundam a internet. Como reagir a esse comportamento agressivo? 64 “PERDI R$ 1 MILHÃO

EM BITCOIN” / A história da moeda virtual com alta valorização e quedas vertiginosas

TesTe 75 GUIA TECH /

Mobilidade é o tema do especial Guia Tech, que testou 41 produtos, incluindo o novo Galaxy S4

105 RADAR /

Seleção de gadgets testados no INFOlab

CTrl+z 122 3D NA HORA ERRADA /

O fracasso do Nintendo Virtual Boy

42 FÁBRICA DE GAMES / A alemã Wooga tornou-se a maior produtora de games da Europa com a ajuda de 18 brasileiros 48 INFLADO? /

4 / INFO Maio 2013

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foto: ANDRÉ SCHILIRÓ Edição dE imagEm: ARtNet DIgItAL

/ Tiragem da edição: 117 914 exemplares

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Diga não À agressão A edIçãO dA INFO que você começa agora a ler traz como reportagem de capa um tema que incomoda muita gente, e nos incluímos nesse universo. Têm sido cada vez mais frequentes nas redes sociais e no espaço para comentários dos grandes portais as opiniões preconceituosas e ofensivas disparadas contra tudo e todos. A natureza democrática da intermet, que permite o debate aberto, transformou a rede no melhor e mais eficiente meio para expressar ideias e opiniões. Mas a qualidade do que é publicado tem obrigado grandes portais e sites, como o da Folha de S.Paulo, a restringir a participação dos internautas, para barrar a agressividade gratuita. O site do jornal americano The New York Times foi além. Criou um programa que “premia” internautas que se comportam bem com a liberdade para postar sem moderação prévia. As notícias de política e esportes são as que recebem o maior número de comentários ofensivos.

Pessoas públicas, como a apresentadora Sabrina Sato, do programa de humor Pânico, enfrentam as agressões de internautas em trolls de diferentes tipos. Com quase 6 milhões de seguidores no Twitter, Sabrina tem como regra não responder às provocações. O mesmo fazem PC Siqueira, apresentador da MTV, e os integrantes da banda Fresno, atacada constantemente por suas letras românticas. Mas será que essa é a melhor estratégia para inibir o hater, como é chamado esse tipo de agressor? Não perca a reportagem, que começa na página 54. Destaco aqui também o especial Guia Tech, que, nesta edição, reúne 41 produtos sob o tema mobilidade. O grande destaque é o Galaxy S4. O novo smartphone da Samsung impressionou a turma do INFOlab, nosso labo-

ratório de testes, e olha que isso não é muito comum por aqui. Corra à página 76 para ver a seleção de produtos, que tem até bicicleta, triciclo e patinete elétricos. Afinal, o tema é mobilidade. pOr FIm, uma notícia que nos encheu de orgulho. INFO levou três troféus no conceituado Prêmio Abril de Jornalismo. E o mais legal: ganhamos no papel, na versão digital da revista e no site. A reportagem de capa Superação Ciborgue, de maio de 2012, ganhou o prêmio de melhor matéria completa de tecnologia; nossa edição de dezembro para iPad ganhou na categoria revista digital; e Download da Hora levou a estatueta de melhor blog. Fomos a terceira revista mais contemplada nesta 38a edição do prêmio. :-))) Excelente leitura e até junho!

/ katiam@abril.com.br

3 troféus O blog Download da Hora, a edição da INFO para iPad e a reportagem Superação Ciborgue foram premiados

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VICTOR CIVITA (1907-1990)

fundador:

Roberto Civita Roberto Civita (Presidente), Thomaz Souto Corrêa (Vice-Presidente), Elda Müller, Fábio Colletti Barbosa, Giancarlo Civita, Jairo Mendes Leal, José Roberto Guzzo, Victor Civita Editor:

Conselho Editorial:

Presidente Executivo Abril Mídia:

Jairo Mendes Leal

Diretor de Assinaturas: Fernando Costa Diretor-Geral Digital: Manoel Lemos Diretor financeiro e Administrativo: Fabio Petrossi Gallo Diretora-Geral de Publicidade: Thais Chede Soares Diretor de Planejamento Estratégico e novos negócios: Daniel de Andrade Diretora de Recursos Humanos: Paula Traldi Diretor de Serviços Editoriais: Alfredo Ogawa Diretora-Superintendente:

Gomes

Cláudia Vassallo

Diretora de Redação: Katia

Militello

Redator-Chefe: Juliano Barreto

Editores: Airton Lopes, Maria Isabel Moreira, Maurício Moraes Editor Assistente: Marcus Vinícius Brasil Repórter: Paula Rothman Estagiário: Gabriel Garcia Diretor de Arte: Rafael Costa Editor de Arte: Oga Mendonça Designers: Vitor Milito, Wagner Rodrigues Colaboradores: Alessandra Lariu, Dagomir Marquezi, Manoel Lemos Infolab: Luiz Cruz (engenheiro-chefe), Leonardo Veras (analista de qualidade) Estagiários: Thiago Brito, Murilo Manhas Info online Editor: Felipe Zmoginski Editor Assistente: Fabiano Candido Repórteres: Cauã Taborda, Monica Campi, Vanessa Daraya Estagiários: Gustavo Gusmão, Marcelo Venceslau Desenvolvedores Web: Maurício Pilão, Silvio Donegá Produtor Multimídia: Cadu Silva núcleo de Revisão: Ivana Traversim (chefe), Eduardo Teixeira Gonzaga (coordenador), Gilberto Nunes,

Maurício José de Oliveira, Raquel Siqueira, Regina Pereira, Rosana Tanus www.info.abril.com.br SERVIÇoS EDIToRIAIS Apoio Editorial: Carlos Grassetti (Arte), Luiz Iria (Infografia), Ricardo Corrêa (fotografia) Dedoc e Abril Press: Grace de Souza Pesquisa e Inteligência de Mercado: Andrea Costa Treinamento Editorial: Edward Pimenta Publicidade CEnTRAlIzADA Diretores: Ana Paula Teixeira, Marcia Soter, Robson Monte Executivos de negócios: Andrea Balsi, Caio Souza, Camila Folhas, Carla de Andrade, Claudia Galdino, Cristiano Persona, Eliane Pinho, Julio Tortorello, Marcello Almeida, Marcelo Cavalheiro, Marcio Bezerra, Maria Lucia Strotbek, Rodrigo Toledo, Selma Costa Publicidade digital diretor: André Almeida gerente: Virginia Any gerente de Publicidade digital - unidade e Parcerias: Alexandra Mendonça gerente Regionais: Luciana Menezes executivos de Negócios: André Bortolai, Camila Barcellos, Carolina Lopes, Deborah Burmeister de Vargas, Elaine Collaço, Fabíola Granja, Fabio Santos, Gabriel Poyart, Gabriela Marques, Guilherme Bruno de Luca, Guilherme Oliveira, Guilherme Poyart, Juliana Vicedomini, Julio Cesar da Cruz, Martha Naves Martins, Rafaela Lopes de Araújo Manhaes, Rafaela Manhães, Renata Carvalho, Renata Simões Publicidade RegioNal diretores: Marcos Peregrina Gomez, Paulo Renato Simões gerentes de Vendas: Andrea Veiga, Cristiano Rygaard, Edson Melo, Francisco Barbeiro Neto, Ivan Rizental, João Paulo Pizarro, Mauro Sannazzaro, Sonia Paula, Vania Passolongo executivos de Negócios: Adriano Freire, Ailze Cunha, Ana Carolina Cassano, Beatriz Ottino, Camila Jardim, Caroline Platilha, Celia Pyramo, Clea Chies, Daniel Empinotti, Henri Marques, José Castilho, Josi Lopes, Juliana Erthal, Juliane Ribeiro, Leda Costa, Luciene Lima, Luana Issa, Pamela Berri Manica, Paola Dornelles, Ricardo Menin, Samara S.O. Rejinders Publicidade iNteRNacioNal gerente: Alex Stevens deseNVolVimeNto comeRcial diretor: Jacques Ricardo Publicidade Núcleo Negócios diretora: Eliani Prado gerente: Jussara Costa executivos de Negócios: André Cecci, Débora Manzano, Edvaldo Silva, Elaine Marini, Fernando Rodrigues, Sergio Dantas, Tatiana Castro Pinho, Vanda Fernandes coordenador: Sérgio Augusto Oliveira (RJ) PlaNejameNto, coNtRole e oPeRações gerente: Anderson Portela consultores: Luciano Silva, Silvio Rosa Processos: Agnaldo Gama, Clélio Antônio, Dreves Lemos, Valdir Bertholin estagiário: Felipe Bernardelo Martins PlaNejameNto estRatégico e NoVos Negócios diretor: Daniel de Andrade Gomes maRketiNg e ciRculação diretora: Viviane Palladino gerente: Lilian Dutra gerente de Publicações: Carolina Ubrig analistas de marketing: Lygia Tamisari Ferreira, Rafael Cescon Teixeira estagiária: Jessica Peres Justino PRojetos esPeciais: Elaine Campos Martins, Juliana Fidalgo estagiário: Guilherme Seixas eVeNtos gerente: Shirley Nakasone analistas: Bruna Paula, Carolina Fioresi, Janaína Oliveira, Marcella Bognar estagiária: Mariana Pereira Carvalho gerente de circulação assiNatuRas: Marcella Calfi gerente de circulação aVulsas: Carmen Lúcia de Sá ateNdimeNto ao clieNte: Clayton Dick RecuRsos HumaNos consultora: Camila Morena Redação e Correspondência: Av. das Nações Unidas, 7221, 2o andar, Pinheiros, São Paulo, SP, CEP 05425-902, tel. (11) 3037-2000, Publicidade São Paulo e informações sobre representantes de publicidade no Brasil e no Exterior: www.publiabril.com.br PUBlICAÇÕES DA EDIToRA ABRIl: Alfa, Almanaque Abril, Ana Maria, Arquitetura & Construção, Aventuras na História, Boa Forma, Bons Fluidos, Bravo!, Capricho, Casa Claudia, Claudia, Contigo!, Delícias da Calu, Dicas Info, Elle, Estilo,

Exame, Exame PME, Gloss, Guia do Estudante, Guias Quatro Rodas, Info, Lola, Manequim, Máxima, Men’s Health, Minha Casa, Minha Novela, Mundo Estranho, National Geographic, Nova, Placar, Playboy, Publicações Disney, Quatro Rodas, Recreio, Runner’s World, Saúde, Sou Mais Eu!, Superinteressante, Tititi, Veja, Veja BH, Veja Rio, Veja São Paulo, Vejas Regionais, Viagem e Turismo, Vida Simples, Vip, Viva!Mais, Você RH, Você S/A, Women’s Health fundação Victor Civita: Gestão Escolar, Nova Escola InTERnATIonAl ADVERTISInG SAlES REPRESEnTATIVES Coordinator for International Advertising: Global Advertising, Inc., 218 Olive Hill Lane, Woodside, California 94062. UNITED STATES: CMP Worldwide Media

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/ Extras

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daRth vadeR faz 36 aNos Com estiLo

a Cabeça de Ned staRk (eCa!) está Na exposição vamos CeLebRaR o oRguLho geek?

Mês dos nerds

Os bastidOres de GaMe Of thrOnes

PrePare-se Para O dia da tOalha

Para aGradar aOs rebeldes

Veja uma galeria exclusiva de fotos com os mais de 70 objetos que foram mostrados na exposição oficial do seriado Game of Thrones em São Paulo. São capacetes, armas e figurinos para Lannister nenhum botar defeito.

Na semana do dia 25, INFO vai usar os perfis do Facebook, Twitter e Google+ para se unir aos geeks do mundo na comemoração do Dia da Toalha, celebração que homenageia o orgulho nerd e O Guia do Mochileiro das Galáxias.

No mês em que Star Wars faz 36 anos, relembre, em 30 fotos e seis vídeos, os personagens e filmes que se tornaram ícones da cultura pop. E, nas bancas, revista-pôster da INFO traz especial sobre Darth Vader.

veja o Galaxy S4 em ação 1 Abra o leitor QR Code em seu celular; 2 Foque o código com a câmera; 3 Clique em Ler Código para acessar os conteúdos Não tem o Leitor? Acesse www.leitor.abril.com.br Caso seu celular não seja compatível, digite: abr.io/videogs4

Foto joEnE knaus

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O Google Glass vem aí

INFO vai ao Google i/O, evento que acontece em são francisco, para mostrar a você as novidades do Google. esperamos ver a versão final do Glass e os novos tablets e smartphones nexus

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/ O que os leitores falam no site e nas redes sociais INFO ONlINE

Facebook Home: primeiras impressões

a arte do diálogo

Ler as entrevistas feitas por INFO no especial Conversas Criativas nos permite saber o que está acontecendo de inovador em várias áreas. Um material rico, que com certeza vou guardar para usar na faculdade e no trabalho. Anderson Amude / São Paulo [SP]

As entrevistas me informaram sobre áreas que nunca pensei estarem na INFO, como moda e alimentação. Há tecnologias de sobra nessas áreas! Karina Malta / Jundiaí [SP] O que Washington Olivetto quis dizer com o trecho “A empresa não pode se assustar se um problema atinge 43 pessoas em 30 milhões de consumidores. Muita gente se pergunta onde errou. Errou ao levar 43 caras a sério”? No Brasil há caminhos diferentes. Se são 43 Andrés que reclamam, normal. Se são 42 Andrés e um Olivetto, aí o Olivetto vai mover montanhas. André Santos / Recife [PE]

Parabéns pela ideia das Conversas Criativas! Ficou muito interessante! Martha Gabriel / São Paulo [SP]

Startup acelerada

Não penso em trabalhar em uma grande empresa quando me formar. Essa decisão tem muito a ver com as matérias da INFO sobre startups, porque mostram que dá para fazer diferente. Sérgio M. Ribeiro / Rio de Janeiro (RJ) Gostaria de dar os parabéns para toda a equipe da INFO pelo excepcional trabalho feito na edição de março. A coletânea de reportagens sobre inovações (voos espaciais, a nova indústria de alimentos, transações financeiras pelo celular) e o visual ficaram perfeitos. Ricardo Vourakis / Niterói (RJ)

abr.io/FBhome O Facebook Home não é nada prático. Por causa dele, em vários momentos você desaprende a encontrar as funções de seu próprio celular. Sempre checo o Facebook usando o aparelho, mas foi só instalar o app para me sentir desconfortável. Uma pena! Amanda Rodrigues de Carvalho / São Paulo [SP]

Atualização da Microsof trava o Windows 7

abr.io/win7boot O pessoal do Windows é brincadeira! E ainda quer que ele seja o sistema operacional líder do mercado de celulares. Se nos PCs já está difícil, não quero nem pensar no resto. Eduardo Camargo Ferreira / Rio de Janeiro [RJ] TwITTEr

@aline1987

A seção Enter da @_INFO deste mês está demais! Adorei mesmo! Valeu!

@inexplicavel

Gostei da reportagem de capa da última edição, que mostrou como a tecnologia influencia diretamente a formação das pessoas.

@rlinux

Muito boa a entrevista sobre as casas inteligentes. O futuro é hoje!

@juniorvf

Gostei da reportagem da @_INFO sobre espionagem digital envolvendo o Exército chinês.

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broncas do mês Troca fora de hora

Comprei um celular Multilaser Touch, mas a tela parou de funcionar quatro meses depois. Enviei o aparelho para a assistência técnica e, depois de 45 dias, me informaram que, como não era possível consertá-lo ou substituí-lo, receberia meu dinheiro de volta. Após o aviso, comprei outro celular, mas a empresa voltou atrás e disse que me enviaria outro aparelho. Prefiro o reembolso, mas a empresa não me atende. Guilherme Duarte / Belo Horizonte (MG) RESPOSTA DA MULTILASER O consumidor foi reembolsado no dia 1o de abril. A demora foi consequência de alterações na linha de produtos, que fizeram com que alguns modelos ficassem indisponíveis. Tivemos uma quantidade inesperada de reembolsos e, portanto, um grande número de chamados, gerando atrasos para alguns poucos consumidores. A situação já foi normalizada. Comentário do leitor Fui reembolsado pela empresa sem ser avisado. As coisas só funcionaram depois que escrevi para INF O e após ter me queixado ao Procon.

Postagem atrasada

Solicitei à Asus a manutenção de um notebook modelo A43E, que ainda estava na garantia, e a empresa me pediu para preencher um cadastro com meus dados e os do equipamento. Desde então, tenho ligado todas as semanas e sempre pedem que eu espere mais 48 horas para receber um código de postagem para envio do notebook. João Carlos Visioli / Campo Grande (MS) RESPOSTA DA ASUS Enviamos o pedido de correção de endereço em 31 de janeiro. O cliente só o respondeu com o número correto do CEP em 18 de março. De qualquer forma, enviamos a autorização de postagem em 22 de março e recebemos o produto no dia 5 de abril. O notebook está na linha de reparo. Comentário do leitor Enviei a correção do CEP em 31 de janeiro, mesmo dia em que recebi o pedido de alteração. Desse dia até 18 de março, liguei todas as semanas para a assistência, mas a atendente repetia que o caso iria para a supervisão e que teria resposta em 48 horas. Isso só aconteceu quando mandei a reclamação para INFO.

Redação Comentários sobre o conteúdo editorial da INFO e reclamações para Broncas do Mês: contateinfo@abril.com.br. A correspondência pode ser publicada de forma reduzida. Envie seu nome completo e a cidade onde mora. Comunidades Facebook / facebook.com/revistainfo Twitter / twitter.com/@_INFO Google+/ google.com/+info Pinterest/ pinterest.com/revistainfo Instagram/ @revista_info Assinaturas assineabril.com (11) 3347-2121 Grande São Paulo 0800-775-2828 Demais localidades Serviço de Atendimento ao Cliente abrilsac.com (11) 5087-2112 Grande São Paulo 0800-775-2112 Demais localidades (11) 5087-2100 Fax Loja INFO info.abril.com.br/loja / (11) 4003-8877 lojaabril@vendapontocom.com.br Publicidade Para anunciar na INFO, ligue: (11) 3037-2302 São Paulo (21) 2546-8100 Rio de Janeiro (11) 3037-5759 Outras praças (11) 3037-5679 Internacional (11) 3037-2300 Fax publiabril.com.br Permissões da INFO Para usar selos, logos e citar qualquer avaliação editorial da INFO, envie um e-mail para permissoesinfo@abril.com.br. Nenhum material pode ser reproduzido sem autorização por escrito. Venda de conteúdo Para licenciar o conteúdo editorial da INFO em qualquer mídia: atendimento@ conteudoexpresso.com.br / Para solicitar reprints das páginas: reprint.info@abril.com.br Saiba que /A INFO não aceita doações de hardware e software nem viagens patrocinadas por fornecedores de tecnologia. / Os artigos assinados pelos colunistas da INFO não expressam necessariamente a opinião da revista.

“Leio a INFO porque a revista mostra o lado humano que existe por trás da tecnologia, aquele que transforma nossa vida.”

líderes da bronca As empresas mais citadas pelos leitores em abril

GVT 18%

fale com a

Apple 9% Dell 9% Vivo 9%

Eduardo Pugnali / Outros 55%

Por que leio info

gerente de inteligência de mercado do Sebrae-SP

Ops! Erramos / Na seção enter, o nome do ator Gregório Duvivier, da produtora Porta dos Fundos, foi escrito de maneira incorreta.

foto RAFAEL EVANGELISTA

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mil s tro e m 么 a quil sterback . e P rreu V ar a S perco de cheg r EUA, antes assou po tina Ele p a e Argen Chin

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Homem-Pássaro O finlandês Peter Vesterbacka conta a INFo como ajudou a transformar o game Angry Birds em fenômeno da cultura pop ≥ Por Paula Rothman

O finlandês Peter Vesterbacka

não sai de casa sem seu casaco de capuz vermelho. Atual diretor de marketing da desenvolvedora Rovio, a criadora dos famosos passarinhos invocados do game Angry Birds, Vesterbacka foi quem deu o empurrão inicial na startup, em 2003, e depois se tornou seu mentor. Hoje, a marca estampada em seu casaco de moletom é reconhecida em qualquer lugar do mundo. O jogo para plataformas móveis lançado em 2009 já foi baixado mais de 1,7 bilhão de vezes. Se os desenvolvedores da Rovio levam o crédito por fazê-lo simples e intuitivo, cabe a Vesterbacka o mérito de tê-lo inserido na cultura pop. O finlandês de 44 anos instituiu na empresa a filosofia de pensar grande. Em parceria com a Nasa, por exemplo, a versão Angry Birds Space foi lançada da Estação Espacial Internacional. Seu maior trunfo, no entanto, foi transformar a marca em algo muito além dos games. Bichos de pelúcia,

foto vitoR PickeRsgill

refrigerantes, roupas e até patinetes fazem parte do imenso portfólio de licenciamento da Rovio. Os produtos representam 45% da receita de 129 milhões de dólares da empresa. Peter Vesterbacka esteve no Brasil para anunciar a criação dos parques de diversões Angry Birds. Ele contou a INFO sobre sua filosofia de trabalho e a construção de uma marca ícone. Por que seu cartão de visita tem como cargo Mighty Eagle (Águia Poderosa)? Digamos que sempre quis escrever no cartão algo que criasse um motivo para começar uma conversa. Mighty Eagle é um dos personagens do jogo, faz parte da história da empresa e sempre desperta a curiosidade das pessoas. Fazer coisas inusitadas é estratégia para a Rovio? É como fazemos marketing. Fazer as coisas de um jeito diferente agrega valor, especialmente em uma área tão disputada como a de

games e entretenimento. É importante se destacar. E pensar grande. Vamos anunciar o Angry Birds Space? Então vamos fazer esse lançamento no espaço! Existe algum ingrediente mais importante na fórmula de sucesso do Angry Birds? É uma combinação de muitas coisas. O jogo é ótimo. Os personagens são queridos pelas pessoas. Mas acho que tivemos muito timing. O Angry Birds foi um dos primeiros jogos criados para o touch screen. Além disso, a marca foi construída para o marketing boca a boca, pois gera uma pergunta: por que os pássaros estão bravos? Vocês planejaram em detalhes o lançamento? Sim. A Rovio queria criar um game que se tornasse um hit. A empresa existe desde 2003 e já havia feito mais de 50 jogos. Na época, a distribuição dependia de várias negociações com os fabricantes. Então vieram o iPhone e o modelo de lojas de aplicativos. Maio 2013 INFO

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Ficou claro que era possível distribuir diretamente para as pessoas. Em uma reunião de ideias, um dos 12 funcio­ nários da época apresentou o desenho dos pássaros. Todo mundo se apai­ xonou e o game surgiu. Foram oito me­ ses criando o Angry Birds, a maior parte do tempo perdida com os desenvol­ vedores jogando (risos). Uma das preo­ cupações da empresa é justamente manter esse clima de startup, em que todos podem contribuir com ideias.

O fEnômEnO Angry Birds

1,7 263 1 + de

bilhão de downloads

milhões de usuários ativos*

bilhão de visualizações no canal do YouTube

129 milhões de dólares é a receita da Rovio

Como estimular esse espírito empreendedor com o crescimento da empresa? Nem sempre é fácil quando a em­ presa passa de dezenas para cente­ nas de funcionários (hoje são mais de 500). Mas trabalhamos com muitas startups. Montamos times de traba­ lho pequenos e independentes uns dos outros. Além disso, todos têm 10% do tempo livre para projetos pessoais. Estabelecemos metas ambiciosas, o que força as pessoas a pensar de forma cria­ tiva. Quando disse que chegaríamos a 100 milhões de downloads, parecia impossível. Mas não era — e batemos 1,7 bilhão. Não é só trabalho duro que funciona. É fazer as coisas de forma mais inteligente, rápida e, claro, melhor. A estratégia de licenciamentos faz com que a Rovio seja comparada à Disney, especialmente depois que parques de diversões foram lançados. Não estamos construindo parques te­ máticos, como a Disney, porque não te­ mos 5 bilhões de dólares para esses pro­ jetos. No lugar de um parque bilionário construído em cada continente, quere­ mos espaços menores nos bairros das pessoas. Não queremos um lugar que você visite a cada quatro anos, mas, sim, todos os dias ou uma vez por semana. Por que no Brasil os parques terão parceria com uma rede de shopping centers? A rede BRMalls tem 400 mi­ lhões de visitantes. É um número inte­ ressante, que vai ajudar a expor a mar­ ca para um público maior. Hoje, 45% do nosso negócio está baseado nos pro­ dutos que vendemos com parceiros de licenciamento. Algumas atualizações do game saem em datas festivas, como Angry Birds Halloween ou a versão de Natal. Seria interessante alinhar essa sazonalidade com os shopping centers.

O aplicativo do Angry Birds tornou-se mais do que porta de acesso ao jogo. Vocês passaram a distribuir vídeos. Em março, quando anunciamos os de­ senhos animados Angry Birds, lançamos uma atualização que permite assistir às animações. O app se tornou um gran­ de canal de distribuição, com acesso a milhões de usuários. É até engraçado ver como as coisas mudaram. Hoje, quando tenho reuniões em Hollywood, são os grandes executivos que me pe­ dem ajuda para distribuir conteúdo. Qual é a sua impressão do Brasil? Existem 3 milhões de pessoas que fa­ lam inglês no Brasil, mas a demanda é muito maior. Então, estamos olhando a área de educação. Existe uma opor­ tunidade similar à presente na China. Vai surgir um app para aprender inglês com os Angry Birds? Só posso dizer que estamos investindo em educação. É um mercado importante para nós. São os três “Es” da empresa: entreteni­ mento, educação e empreendedorismo. Qual o lugar mais inusitado em que já viu a marca Angry Birds? Na África, em uma vila no meio do nada, onde não existem smartphones. Na entrada da vila havia um anúncio da Coca­Cola e, embaixo, pintado à mão, um enorme pássaro vermelho. Foi incrível! Outro momento marcante foi quando esta­ va fazendo check­out num hotel em Barcelona e encontrei um senhor co­ reano que não falava inglês. Quando viu meu casaco, ele abriu um sorriso e fez o gesto de quem está atirando no jogo. Foi como se tivéssemos uma lin­ guagem internacional de sinais. Ver essas coisas me faz perceber que esta­ mos indo bem na nossa meta de tornar o Angry Birds parte da cultura pop. ↙

*Em dezembro de 2012

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/ livros

Seu e-book entre oS grandeS

as livrarias virtuais PerMiteM que qualquer Pessoa PuBlique uM livro na internet. veja CoMo fazer Para CheGar às estantes Da aMazon, Da aPPle e Da livraria Cultura ≥ Por mauríCio moraes

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Maio 2013 INFO

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/ Bit no Carro

Carro do futuro Câmeras que rastreiam o olhar, Controle por gestos e um motor V8 fazem do genesis, da hyundai, um dos protótipos mais teCnológiCos

O Hyundai HCD-14 Genesis traz o que há de mais avançado em tecnologia para carros. Seus sistemas de áudio, navegação e ligações sem usar as mãos podem ser controlados utilizando-se uma combinação de software para rastreamento de movimentos dos olhos com reconhecimento de gestos 3D. A tela com as informações fica no para-brisa, de modo que o motorista não precise desviar o olhar da estrada mesmo quando estiver mudando a música no rádio ou reiniciando a rota no GPS. Fora desse salto, as coisas são um pouco mais tradicionais, com um motor de 5 litros V8 Tau, câmbio de oito marchas e pneus de desempenho. O carro é ainda um pro-

tótipo, mas a Hyundai diz que “alguns” desses recursos e o “espírito do design” do Genesis vão sobreviver em 2013. Uma câmera infravermelha no painel captura as mudanças na movimentação dos olhos e dos músculos faciais, enquanto o software para monitoramento do estado do motorista (DSM, na sigla em inglês) registra o ritmo das piscadas e os padrões faciais. O mesmo processo é aplicado para os gestos em 3D, permitindo que o motorista mude as estações de rádio mexendo os dedos. Para aproximar ou distanciar o caminho no GPS, basta mover a mão mais próxima ou mais longe da tela. Finalmente, uma tela holográfica do tamanho de um iPad Mini garante que os olhos fiquem colados na estrada.

20 / INFO Maio 2013

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Qual será a surpresa da apple?

Tim Cook estimulou a imaginação de todos os geeks do

mundo ao dizer que a Apple “está trabalhando em um monte de surpresas”. A declaração do presidente da empresa, dada durante uma reunião com acionistas, no fim de abril, não veio acompanhada de detalhes sobre essas surpresas. Por isso, imaginamos o que pode vir por aí. Faça suas apostas.

iTV /

Steve Jobs estava interessado no mercado de TVs e o vice-presidente de design industrial da Apple, Jonathan Ive, certamente conseguiria projetar um aparelho lindo. Além disso, o televisor da Apple teria pontos fortes, como a integração com o conteúdo da loja iTunes e o iPhone como controle remoto. Alguns analistas cravam que a iTV pode chegar no fim deste ano e Tim Cook disse que pensa em novas categorias de produto.

iCar / Fala-se na Apple que Steve Jobs

tinha o desejo de “assumir Detroit”, ou seja, dominar o mercado de automóveis e desbancar as tradicionais montadoras da cidade americana. Enquanto isso, Google, Audi e Lexus demonstraram carros autônomos guiados por robôs. Esses seriam indícios de que há espaço para um carro da Apple, com o iPhone como cérebro das funções multimídia. Mas primeiro a empresa terá que superar o fracasso do aplicativo Maps, que deixou sua imagem arranhada nos mercados dos serviços online de mapas e de navegação por GPS por ser repleto de falhas.

iphone Nano /

Quem zombava da ideia de ter um iPad Mini ficou surpreso com o sucesso do gadget. O próximo passo da Apple pode ser a criação de um iPhone menor e mais barato, com as proporções do iPod Nano. Existe até quem acredite que esse modelo chegará ainda neste ano.

iWatch /

Os rumores sobre o relógio da Apple ganharam força em fevereiro, quando a empresa registrou a patente de uma tela flexível em forma de pulseira. Mas será preciso correr, pois o Google e a Samsung devem lançar seus smartwatches em breve.

iCamera /

Como a rival Samsung tem sua câmera com Android, a ideia de uma máquina fotográfica com iOS não parece tão absurda. As barreiras para o projeto são os bons recursos para fazer fotos com o iPhone e a política da Apple de ter uma linha enxuta de produtos.

Maio 2013 INFO

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/ Apps que valem a pena

AplicAtivos do mês ≥

iphONe

ipaD

Por FAbiAno CAndido

BlackBerry

SNapchat neste chat com imagens, o conteúdo das conversas desaparece depois de alguns segundos para estimular a comunicação em tempo real. Para ios 5 ou superior / Grátis

autOcaD WS designers, engenheiros, arquitetos, estudantes e curiosos em geral podem usar este o app para abrir e editar os desenhos em 3d feitos no autocad. Para ios 4.3 ou superior / Grátis

FIleS aND FOlDerS ge re nci a dor de ar quivos para BlackBerry que simplifica as ações de mover, copiar e colar dados entre as pastas. Faz backup no dropbox. Para BlackBerry 1 ou superior / 2 dólares

phOtOShOp tOuch editor de imagens completo com um ótimo pacote de recursos para retocar cores, aplicar efeitos e recortar suas fotos. É integrado ao Facebook. Para ios 5 ou superior / 5 dólares

BraINDex Bem-humorado game que copia o formato dos game shows da tV, desafiando o usuário a responder a perguntas mais rápido do que os adversários. Para ios 5 ou superior / Grátis

GpS mapS os maPas do google ficam mais fáceis de usar quando o usuário instala este app e ganha acesso aos recursos de navegação do streetView. Para BlackBerry 1 ou superior / 3 dólares

cIDaDe leGal maPeia ProBlemas das cidades, como buracos em ruas e semáforos quebrados, e ajuda a denunciar irregularidades com a ajuda dos amigos. Para ios 6 ou superior / Grátis

cut the rOpe: tIme travel noVa Versão do jogo que traz personagens carismáticos e quebracabeças lógicos com vários níveis de dificuldade. indicado para qualquer tipo de público. Para ios 4.3 ou superior / 3 dólares

perFOrmaNce BOOSter limPa arquiVos de sistema da memória do celular para os apps ficarem mais rápidos. também muda configurações para fazer a bateria durar mais. Para BlackBerry 4.6 ou superior / 3 dólares

aNDrOID / Celular

aNDrOID / Tablet

WINDOWS phONe

Star WarS pINBall FliPerama digital com gráficos impecáveis e temática que coloca o jogador em desafios complexos contra darth Vader ou luke skywalker. Para android 4 ou superior / 2 dólares

OutlOOk.cOm reFormulado,o aplicativo para leitura de e-mails ganhou recursos para filtrar mensagens importantes e agrupar conteúdo na forma de listas. Para android 2.2 ou superior / Grátis

turBO camera caPtura sequências de até 30 imagens por segundo com apenas um clique e assim ajuda a registrar cenas movimentadas, como a prática de esportes. Para WP 7.5 ou superior / 1 dólar

cINemaGram graVa Vídeos curtos, aplica efeitos com a ajuda de filtros e publica o resultado na web. Permite também transformar as filmagens em giFs animados. Para android 2.2 ou superior / Grátis

WallBaSe hD WallpaperS mais de 1 milhão de imagens fazem parte da coleção de fundos de tela oferecida por este aplicativo para android. há recurso para busca por temas . Para android 2.2 ou superior / Grátis

phOtO lOck com uma senha definida pelo usuário, o app bloqueia imagens e vídeos. oferece ainda recursos para editar e aplicar efeitos nos arquivos guardados. Para WP 7.5 ou superior / 1 dólar

Opera Beta mais ráPido e com mais recursos, o navegador bloqueia janelas pop-up de páginas da web e acelera os downloads de arquivos para o smartphone. Para android 2.2 ou superior / Grátis

BattleFrIeNDS at Sea releitura do clássico batalha naval, o game permite o duelo de dois jogadores online. o desafio? descobrir onde estão os navios rivais e afundá-los. Para android 2.2 ou superior / 3 dólares

uNIFy transForma a tela do seu telefone em um controle remoto inteligente, com touchpad e teclado virtual para o computador. a conexão é feita por Wi-Fi. Para WP 7.5 ou superior / 2 dólares

22 / INFO Maio 2013

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990839-DELL COMPUTADORES DO BRASIL LTDA-1_1-1.indd 23

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/ aeroportos que inovam

Combate ao Caos aéreo

Os aerOpOrtOs pOdem ser um prOblema sériO na COpa dO mundO de 2014, COm filas e atrasOs. mas nãO faltam teCnOlOgias para sOluCiOnar Os prOblemas ≥ pOr gabriel garcia ilustraçãO evandro bertol

Aeroportos eficientes podem fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso da Copa do Mundo de 2014. Torcedores que querem acompanhar os jogos em destinos tão distantes quanto Manaus (AM) e Porto Alegre (RS) dependerão dos aeroportos para seu deslocamento. INFO reuniu o que há de mais moderno em tecnologia para diminuir as filas, acelerar o despacho de bagagens e até permitir que as passagens se tornem mais baratas.

bluetooth para evitar filas apesar de o check-in eletrônico já ser uma realidade no brasil, o passageiro ainda precisa encarar filas para despachar as malas. O novo terminal do aeroporto internacional de guarulhos, em são paulo, tem planos de implantar o self bagdrop, um totem que envia a mala para o avião sem a necessidade de intermediários. a tecnologia já está presente em aeroportos como os de madri e londres. ChaNCe de O BrasIl ter até 2014

24 / INFO Março 2013

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EnErgia rEnovávEl Apagões geram atrasos e caos. Para não depender da rede pública, aeroportos pelo mundo geram a própria energia. E o melhor: limpa. Como estão em regiões planas e amplas, torna-se mais fácil ter uma fonte renovável. Campos com placas solares são usados em Roma e São Francisco. O novo terminal do Aeroporto de Viracopos, em São Paulo, será parcialmente alimentado por sensores fotovoltaicos.

ter VaICOpa? a N

ChaNCe de O BrasIl ter até 2014

CombustívEl vErdE E barato

Para reduzir filas na imigração, uma alternativa é o e-gate, portal que registra os dados biométricos do turista e os compara com o passaporte. O sistema não elimina a entrevista, mas diminui o tempo de digitação. O e-gate é usado na Austrália, na Holanda e na França e pode ser implantado no novo terminal de Guarulhos, mas depende de acordos diplomáticos.

O gasto com combustível corresponde a 43% dos custos de um avião. Uma alternativa sustentável é o bioquerosene. No Brasil, companhias aéreas como Azul e TAM testaram o bioquerosene extraído da sacarose, homologado pela Aeronáutica. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), a previsão é que o uso desse tipo de biocombustível se dará em dois anos.

ChaNCe de O BrasIl ter até 2014

ChaNCe de O BrasIl ter até 2014

biomEtria na imigração

bagagEm rastrEada Para acelerar o processo de pegar as malas na esteira, a solução é a automatização. Nos aeroportos de Tóquio e Dubai, sistemas com código de barras identificam a bagagem e a enviam para as esteiras. Se extraviada, um rastreador permite saber o paradeiro da mala. A empresa americana GlobaTrac deve lançar um dispositivo que usa o sinal da rede celular para enviar mensagens indicando a posição da mala. ChaNCe de O BrasIl ter até 2014

Março 2013 INFO

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/ ativismo

nada social

O cientista político russo Evgeny Morozov defende a privacidade

solucionismo digital “Nada mais burro do que um muNdo iNteligeNte”, diz o escritor evgeNy morozov, crítico da teoria de que todos os problemas podem ser resolvidos pela tecNologia ≥ por Álvaro oppermann

O cientista político Evgeny Morozov tem a estranha mania de espionar a lata de lixo alheia. E de uma lixeira saiu um dos exemplos mais divertidos — e perturbadores — de seu novo livro, To Save Everything, Click Here: the Folly of Technological Solutionism (“Para salvar tudo, clique aqui: o desvario do solucionismo tecnológico”). Aos 29 anos, nascido na Bielorrússia, Morozov já foi chamado de guru do ciberceticismo, por suas opiniões fortes sobre as implicações sociais e políticas da tecnologia. Durante a pesquisa para o livro, ainda inédito no Brasil, Morozov deparou-se com a BinCam, uma câmera colocada sob a tampa das lixeiras, com um smartphone acoplado. Uma foto é feita toda vez que a lixeira é fechada. A imagem é enviada a um serviço em nuvem da Amazon, que a esmiúça, analisando se o dono da lixeira está reciclando, se seus hábitos de consumo são ambientalmente corretos, se sua alimentação é saudável. Por fim, a foto é postada na página do sujeito no Facebook, rendendo

pontos num jogo online de consumo verde disputado na rede social. O BinCam está sendo executado na Grã-Bretanha e na Alemanha. Para Morozov, há nele sinistros ares de Big Brother. “O lixo é como a vida sexual: assunto privado. Mas Mark Zuckerberg insiste que toda atividade, até a coleta de lixo, é executada melhor quando se torna social”, disse Morozov a INFO. A tecnologia descortinou novas formas de solucionar problemas. Nunca o mundo foi tão esperto, do carro à geladeira na cozinha. Mas essa era digital nos leva à tentação de usar a tecnologia para consertar todos os problemas mundiais, da poluição à obesidade. Morozov chama essa tendência de solucionismo e a classifica como uma ameaça à liberdade. Na Europa, empresas de seguro oferecem descontos aos segurados que concordam em instalar sensores inteligentes nos veículos para monitorar hábitos ao volante. Elas ficam sabendo de uma porção de coisas sobre os clientes, como seus trajetos habituais. “É um caso flagrante de invasão de privacidade.”

26 / INFO Maio 2013

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GaraNtIa esteNdIda vale a peNa? O segurO pOde ser um bOm negóciO para eleTrônicOs, desde que vOcê saiba O que esTá pagandO

Planetário em HD

sisTema de prOjeçãO desenvOlvidO pOr prOduTOra brasileira cria uma nOva FOrma de imersãO em 3d ≥ pOr gabriel garcia

você comprou um computador ou celular e o lojista ofereceu a chamada garantia estendida. vale a pena gastar um pouco mais e aceitar a oferta? especialistas de órgãos de defesa do consumidor ouvidos por INFO esclarecem que a garantia estendida é um seguro e pode, sim, valer a pena contratá-lo, desde que você saiba exatamente que tipo de contrato vai assinar, quais as coberturas e se elas compensam no caso do eletrônico comprado. para uma geladeira, que tem vida útil longa, contratar uma extensão da garantia é pouco vantajoso. mas ter uma garantia maior para um computador, que cubra, por exemplo, a troca de um cooler, pode valer, sim, a pena. cada caso precisa ser analisado com a apólice do seguro em mãos.

Veja as dicas dos especialistas 1 – a primeira coisa a saber é que, além da garantia de fábrica, existe a chamada garantia legal, definida pelo código de defesa do consumidor. ela vale por 90 dias para bens duráveis, tempo que se soma à garantia de fábrica, com a mesma cobertura. 2 – existem três tipos de seguro que se enquadram na definição de garantia estendida. a Original, que cobre os mesmos itens da garantia de fábrica. a Original Ampliada, que adiciona alguns itens à garantia de fábrica. a Diferenciada, que cobre itens diferentes dos da garantia de fábrica. 3 – essas modalidades têm preços diferentes. peça para ler o detalhamento do seguro se for optar pela compra da garantia. 4 – em alguns casos, o seguro é colocado na conta sem que o cliente saiba. se pagar por um seguro sem aviso, exija a devolução do dinheiro.

FOTO evelyn hockstein, ilusTraçãO evandro bertol

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8m

≥ pOr Marcus vinícius brasil

2,5 m

16 m

A visita a um planetário é uma experiência inesquecível para

qualquer criança que senta na cadeira inclinada, em um ambiente escuro, e tem a sensação única de olhar para o universo. Essa foi a inspiração da produtora paulistana Visualfarm para desenvolver o Fulldome, um sistema de projeção que pretende resgatar essa sensação. “Não há um método de imersão mais poderoso do que a projeção de um planetário. No cinema, você olha para os lados e ainda enxerga pessoas. A magia se perde. No domo, a imagem ocupa todo o campo de visão. Não é possível escapar dela”, afirma Alexis Anastasiou, sócio e diretor artístico da produtora Visualfarm, formada por artistas, designers, VJs e engenheiros de projeção. Instalado no início de abril para testes em um cinema abandonado no centro de São Paulo, o efeito gerado pelo Fulldome é hipnotizante. Cinco projetores de última geração projetam uma imagem com resolução melhor que a do full HD. O domo é inflável e pode ser montado em um dia. Tem até 10 metros de altura, com 20 metros de diâmetro e capacidade para 200 pessoas sentadas. A ideia é oferecer a experiência a empresas e agências de publicidade, além de instituições educacionais. “Temos a intenção de levar o Fulldome para faculdades e escolas, pois é um método bom de engajar alunos em temas complexos, como economia”, afirma Anastasiou. Será a mesma sensação do planetário, mas dentro de uma sala de aula.

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/ Medicina virtópsia

Imagem tridimensional elimina necessidade de abrir o corpo

autópsia em 3d

Técnica criada na Suíça permiTe inveSTigar corpoS digiTalmenTe para deScobrir a cauSa da morTe ≥ por Maurício Moraes

Elementar, meu caro leitor. Quando precisa desco-

brir por que alguém morreu, Michael Thali tem o hábito de escanear o cadáver. O diretor do Instituto de Medicina Forense da Universidade de Zurique, na Suíça, não se limita a fazer imagens em 3D do corpo. Se existe a suspeita de assassinato, possíveis armas usadas no homicídio também ganham versões tridimensionais. O trabalho só fica completo com a recriação de toda a cena do crime por computador. Reunidas, as peças ajudam a identificar quais as causas da morte, como em uma autópsia tradicional, mas sem um corte sequer. O bisturi só entra depois, para conferir se os resultados da análise digital estão corretos.

terror no streaming

amazon e netflix estrearam séries baseadas em histórias de terror. no google, elas já são um sucesso. veja ao lado o número de páginas que falam das séries

28 / INFO Maio 2013

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Mas a equipe suíça pretende eliminar de vez a necessidade de abrir o corpo. A autópsia virtual, ou virtópsia, começou a tomar forma há 15 anos, quando um homicídio provocou comoção na Suíça. A arma usada no crime permanecia um enigma. Richard Dirnhofer, na época diretor do Instituto de Medicina Forense da Universidade de Berna, resolveu escanear o crânio da vítima. Feita a reprodução em 3D, ele descobriu que o assassino usou uma chave inglesa. O sucesso levou o professor a desenvolver o método. “Começamos a documentar ferimentos em 3D na pele. Como isso funcionava, imaginamos adotar outras técnicas para ver o interior dos corpos”, disse a INFO Michael Thali, que trabalhou com Dirnhofer. Duas são as ferramentas de diagnóstico por imagem usadas em cadáveres: a ressonância magnética e a tomografia. Hoje, o grupo conta até com um robô, o Virtobot, capaz de extrair amostras de tecido para análise. Tudo isso faz com que a virtópsia seja de duas a três vezes mais cara do que a tradicional. A virtópsia identifica a causa da morte entre 60% e 80% dos casos se comparada com a autópsia. Em 20 anos, deve alcançar 95% de acerto. A evolução é questão de tempo, na opinião de Marcos de Almeida, professor de bioética e medicina legal da Unifesp. Ele diz que a técnica pode ajudar a contornar restrições religiosas à abertura de cadáver. “Com o diagnóstico por imagem, posso localizar um projétil de arma de fogo sem ir atrás dele fisicamente”, afirma.

Hemlock Groove (Netflix)

31,3 milhões de páginas*

Zombieland – The Series (Amazon Prime) 14,6 milhões de páginas*

* Pesquisa realizada em 22 de abril no site Google Battle

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falso

N-Strike MaVerick / O modelo tem tambor para seis tiros e custa 69 reais

a guerra dos nerfs LançadOr de dardOs de espuma TOrna-se mania nas empresas de TecnOLOgia ≥ pOr gabriel garcia

Um objeto estranho de cores ber-

Nerf Vortex NitroN /

No lugar dos dardos, lança discos de borracha

rayVeN cS-18 BlaSter / O lançador pode disparar até 18 dardos sem recarregar

FOTOs rafael evangelista

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rantes chama a atenção nas mesas de trabalho das empresas de tecnologia. O Nerf, um lançador de dardos de espuma, virou febre. Como o brinquedo relaxa e integra os funcionários, algumas empresas não apenas permitem o tiroteio durante o expediente, como promovem disputas conhecidas como Nerf Wars. A desenvolvedora americana de games Blizzard foi uma das empresas que instituíram a brincadeira. “Virou mania no escritório”, diz Matt Morris, produtor do jogo StarCraft. “Temos até algumas áreas desmilitarizadas, onde não é permitido disparar os Nerf, para que as pessoas trabalhem em paz.” No escritório do Facebook do Brasil, a brincadeira

ocorre no final do dia, quando acontecem as disputas mais intensas. Andrea Mendes, diretora de novos negócios, encontrou uma função mais, digamos, corporativa para os lançadores de dardos. “Uso sempre que preciso chamar a atenção de alguém que não está atento em uma reunião ou que não responde as minhas mensagens”, diverte-se Andrea. Os designers americanos de games Matt Kummer e Travis Sprunk levaram a brincadeira tão a sério que lançaram um blog, o Adult Fans of Nerf. “Nossa cultura permite que adultos comprem brinquedos que sempre quiseram na infância. Agora que temos dinheiro para comprar, por que não brincar de Nerf?”, diz Kummer. E não é que a moda pegou.

Maio 2013 INFO

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/ O Futuro agora

iluminado

Teclas têm LEDs coloridos e podem ser personalizadas com ícones

Digitação personalizaDa EMprEsA russA DE DEsIGn LAnçA tECLADO COM fOrMAtO InOvADOr ≥ pOr gabriel garcia

Cansado dos teclados tradicionais? O

Optimus Popularis vai surpreendê-lo. Ele tem, em cada uma das teclas, minitelas de LCD que podem mostrar tudo, da letra “A” a atalhos para jogos ou fotos de contatos para enviar por e-mail com um único link. Há também uma fina tira de LCD abaixo das teclas de função. Ela pode ser personalizada com widgets para atualizações de redes sociais, clima, preços de ações e outros dados. O app Configurator faz a personalização para o gosto pessoal do usuário de forma fácil. O teclado é fabricado pela empresa russa de design Art. Lebedev Studio.

Um robô para imprimir?

CrIADO pOr uM EsCuLtOr frAnCês, O InMOOv pODE sEr fAbrICADO pOr QuALQuEr pEssOA COM uMA IMprEssOrA 3D. Os ArQuIvOs EstãO nO sItE pArA sEr bAIxADOs DE GrAçA ≥ pOr gabriel garcia Assim que comprou uma impressora 3D, o escultor francês Gael Langevin percebeu que poderia criar algo diferente. Ele desenhou e imprimiu um robô, que batizou de InMoov. Gostou tanto do resultado que resolveu liberar no site do projeto (abr.io/inmoov) os arquivos e tutoriais usados. “Meu principal desafio foi criar modelos de peças que pudessem ser feitos por qualquer impressora 3D”, diz Langevin, que

⁄ As peças podem

escultura

ser produzidas em qualquer impressora

não sabia nada de robótica antes do InMoov. “Quero que todos possam construir um robô.” Os materiais usados, como os fios de náilon para os movimentos, podem ser comprados em qualquer loja. O software myrobotlab faz o InMoov funcionar. “A intenção agora é que cada nova tarefa que um robô aprender seja enviada a um banco de dados online, para ser compartilhada por todos os outros InMoov”, diz Langevin.

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/ Vivendo em Beta

Uma nova Revolução Industrial Criar ou redesenhar produtos deixou de ser privilégio das empresas. Hoje, qualquer pessoa pode colocar sua criação no mercado

T

u do bem que Steve Jobs e Steve Wozniak fizeram o primei­ ro computador, o Apple I, na garagem e o venderam por 666 dólares. Mas do Apple I à produção em série de outros produtos pela empre­ sa passaram­se quatro anos. Os Steves tiveram ainda de achar um milionário, Mike Markkula, para investir na com­ panhia, que hoje é a mais valiosa do mundo. Atualmente, designers e inven­ tores não precisam esperar tanto tempo. Em palestra recente, o escritor Chris Anderson, autor de A Cauda Longa, afir­ mou que reinventar produtos não é mais privilégio de grandes empresas. Qualquer pessoa pode criar objetos. Redesenhar novos produtos também ficou mais fácil por causa de avanços tecnológicos na área de protótipos e da redução dos custos de manufatura. Se você tem uma ideia de produ­ to, pode tirar uma foto do desenho e fazer a renderização em 3D com o app 123DCatch (123dapp.com/catch). Uma fase cara e complicada agora pode ser feita de graça pelo celular. Daí você pode colocar o modelo em um site em que fá­ bricas chinesas competem para fazer a produção em série de seu conceito, e a fa­ bricação começa em menos de três meses.

Todos os produtos de tecnologia que tenho acompanhado nos últimos tempos estão sendo redefinidos e re­ pensados não só no que diz respeito ao design mas também a como são fa­ bricados e introduzidos no mercado. Vamos a alguns exemplos práticos. Mais do que um console para jo­ gos, o Ouya (ouya.tv/) está sendo vis­ to como uma inovação no mundo dos games porque, além de jogos, permite baixar vídeos e músicas. Tudo por 99 dólares. Nintendo, Xbox e PlayStation têm jogos próprios, mas o Ouya aceita a maioria dos jogos mais lo-fi, uma pers­ pectiva diferente que redefine a posição do console não apenas como um cen­ tro de jogos mas também como um centro de entretenimento para a casa. Temos hoje notebooks e desktops com tela, teclado e CPU. Mas, com to­ dos os arquivos nas nuvens, o Ubi (theubi.com/) é um computador diferen­ te. Ele se encaixa direto na tomada e to­ dos os comandos são feitos por reconhe­ cimento de voz. Se quiser usar uma tela, ele se conecta com o iPad, por exemplo. Outro mercado que tem se rein­ ventado de maneira acelerada é o de câmeras fotográficas. Primeiro veio a câmera digital, depois chegou a Lytro (lytro.com) e agora vemos a Memoto (memoto.com/). Essa câmera minúscu­

AlessAndrA lAriu

la não tem botões, encaixa­se na blusa e tira automaticamente uma foto a cada 2 minutos. As fotos ficam guardadas na nuvem e são facilmente selecionadas por um software que faz parte da câmera. O velho e­mail, que se popularizou há duas décadas, não mudou muito de interface. Mas a companhia Mailbox (mailboxapp.com/) tem ambições de modificar a maneira como usamos o e­mail para trabalhar. O aplicativo, que tem lista de espera para ser baixado, lê os e­mails e automaticamente identifi­ ca tarefas para colocar na agenda. Isso é feito por um plugin no Gmail, mas no futuro a empresa quer criar um softwa­ re que torne as mensagens inteligentes. Uma coisa que a maioria desses produtos originais tem em comum é o fato de serem financiados por sites de crowdfunding, como o Kickstarter e o Indiegogo, e manufaturados com pou­ cos recursos. Todos são ideias que sur­ giram fora dos corredores de grandes empresas. Ideias geradas por pessoas comuns que trazem uma nova perspec­ tiva para o mercado e para a maneira como interagimos com os objetos. ↙

Alessandra Lariu, 40 anos, é publicitária e cofundadora do site SheSays, que ajuda mulheres a entrar na carreira de criação digital. Empresária, ela mora em Nova York.

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/ BizTech

Dinheiro virtual vale alguma coisa? Fora sua alta valorização e recente queda, o que faz da moeda virtual bitcoin uma novidade tão interessante?

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o deria ser mais uma das muitas curiosidades digitais que costumam emergir e desaparecer nos fóruns da internet. Mas, à medida que o tempo passa, o bitcoin, moeda virtual criada em 2008 por um especialista em criptografia, ganha fôlego. Cada vez mais pessoas têm utilizado a moeda, e nas últimas semanas o bitcoin teve uma valorização absurda e uma queda igualmente rápida, o que despertou a atenção do mundo. Em outubro de 2009, 1 dólar americano comprava o equivalente a 1 309 bitcoins. Em fevereiro de 2011, o bitcoin alcançou a equivalência com o dólar. De lá para cá, a coisa explodiu. No início deste ano, 1 bitcoin estava valendo cerca de 13 dólares, um belo salto desde o início das operações, mas nada perto do que viria a acontecer nos meses seguintes. No dia 10 de abril, chegou a ser negociado a 266 dólares, o que indica uma valorização de 1 900%. No mesmo dia, o preço caiu para menos da metade, alcançou 105 dólares e fechou, após uma recuperação, em 165 dólares. Nos dias seguintes, baixou para 50 dólares, o menor valor desde a explosão recente. No final de abril, enquanto escrevo este texto, 1 bitcoin custa em torno de 122 dólares.

Ninguém sabe exatamente por que o preço do bitcoin variou tanto. Muitos especulam que isso esteja relacionado com a crise do euro e com os últimos incidentes em Chipre. Outros dizem que temos uma bolha em formação. Mas o fato é que o valor de mercado do bitcoin atingiu 1,3 bilhão de dólares e vemos cada vez mais pessoas e negócios adotarem a nova moeda. Com isso, sua utilidade aumentou. Os bitcoins acabaram por se transformar em uma espécie de valor mobiliário. Hoje, existem dezenas de serviços que compram e vendem essa moeda virtual. Centenas de negócios aceitam bitcoins como forma de pagamento. Há empresas que emprestam bitcoins. Mais importante: milhares de pessoas passaram a usar a moeda para diversos fins. O sistema é suportado por um conjunto de algoritmos criptográficos complexos, protocolos para a realização segura de transações e sistemas que agem como carteiras virtuais (nas quais residem os bitcoins) e como nós da rede bitcoin, que, de maneira distribuída, validam as transações realizadas. Segundo a especificação do sistema, é praticamente impossível que uma operação ocorra de maneira fraudulenta, permitindo que o mesmo bitcoin seja gasto mais de uma vez. Tudo isso

Manoel leMos

funciona de maneira distribuída, com custos transacionais bem baixos e sem a necessidade de um Banco Central. Mas o bitcoin não pode ser chamado de ilegal. Porém, por ter se tornado um valor mobiliário, está sujeito a regulações e legislações que venham a surgir. Isso deixa seu futuro ainda mais incerto e interessante. Dependendo de como órgãos de regulação e legisladores abordam as moedas virtuais, o bitcoin pode, de um dia para o outro, se tornar ilegal ou até mesmo ser banido de um país. Mas a lição que fica é a possibilidade real de termos sistemas distribuídos confiáveis e funcionais, suportados pela internet e sua natureza democrática e sem fronteiras. Será que o bitcoin é apenas a ponta do iceberg de uma futura utopia digital? >>>>Para entender como funciona a economia que gira em torno da moeda virtual bitcoin, conhecer os personagens envolvidos e os serviços que aceitam o dinheiro do futuro, não perca a reportagem que começa na página 64. ↙

Manoel Lemos, 37 anos, é engenheiro da computação, especialista em supercomputação, empreendedor, investidor em tech startups e diretor-geral digital da Abril Mídia. É apaixonado por mergulho com tubarões.

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/ Cérebro Eletrônico

A história viva ao alcance de todos

arquivos de jornais e revistas permitem uma viagem ao passado. agora, as bibliotecas passarão a coletar tudo que se publica online

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o dia em que nasci, o mundo prendeu a respiração. Não por minha causa, claro. A URSS ha­ via anunciado a morte do ditador supremo Josef Stalin e ninguém sabia quem seria o substitu­ to. A Coreia do Norte estava em guerra com a Coreia do Sul. O Nordeste brasi­ leiro enfrentava uma grande seca. Era 7 de março de 1953. Um palacete em São Paulo custava 2,4 milhões de cruzei­ ros. No cine Radar passava E o Sangue Semeou a Terra. Fotógrafos compravam Leica em Nova York por 151 dólares. Como sei tudo isso? Pesquisando arquivos de jornais e revistas. Até um tempo atrás, muitos desses arquivos eram inacessíveis, trancados em salas. Agora estão digitalizados e chegam em casa pela internet. Às vezes, de graça. Uma coisa é estudar os livros de história. Outra, muito mais fascinante, é pesquisar os acontecimentos no mo­ mento em que rolaram. Ler uma revista de 60 anos atrás é penetrar nos deta­ lhes daquele tempo. É como recuar seis décadas e transformar o passado em presente, com direito a copy and paste. Quando falamos em história, logo pensamos em reis, presidentes, guer­ ras e ciclos econômicos. Mas tudo tem 36 / INFO Maio 2013

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uma história. E essa história espera por um pesquisador em busca de detalhes que não cabem em livrões generalistas. Um exemplo? Hoje é impensável fazer qualquer pesquisa sobre a tec­ nologia dos últimos dez anos no Brasil sem consultar o acervo da INFO. Lá estão todas as edições desde 2003. De brinde temos a reprodução do primeiro número da revista, de março de 1986. A revista VEJA também oferece sua coleção completa desde 1968 e, como a INFO, não cobra nada por isso. A cole­ ção do jornal O Estado de S. Paulo conta o dia a dia da história do Brasil desde 1875 e está aberta a todos os assinantes. A coleção do jornal The Times, de Londres, tem o arquivo de cada uma das edições desde 1785, quando Ludwig van Beethoven era só um talentoso adoles­ cente pianista. São 228 anos de história. A coleção completa da revista New Yorker, que começa em 1925, é um acervo riquíssimo de ilustrações ar­ tísticas, propagandas de época, tex­ tos elegantes, caricaturas históricas e capas primorosas. São 4,5 mil edi­ ções de uma das melhores revistas já criadas. Preço? Seis dólares por mês. Mais ou menos 12 reais. Isso inclui a assinatura. Acha caro? O Google Livros oferece de graça toda a coleção da lendária revista Life, de 1936 a 1972.

Dagomir marquezi

Veja também os quadrinhos. A Marvel lançou as séries de seus heróis. A edição número 1 do Homem-Aranha, avaliada em dezenas de milhares de dó­ lares, chegou por 2 dólares no meu iPad. O caminho está aberto. Fico ima­ ginando as coleções de minhas re­ vistas favoritas: Realidade, O Cruzeiro, Intervalo, O Pasquim, Revista da Web!, National Geographic, Time... Estantes com um tesouro cultural ocupando espaço nenhum. Já tem gente fazendo do presente o arquivo do futuro. A British Library sabe que vivemos uma época cada vez menos registrada em papel e está coletando todos os dias bilhões de web pages com notícias, hábitos de compras e até postagens no Facebook e no Twitter gerados no Reino Unido. Os 5 milhões de sites com o domínio .uk são os primeiros captura­ dos. Uma nova lei obriga as bibliotecas britânicas a coletar publicações digi­ tais. Lucie Burgess, diretora da British Library, resume a questão: “Estamos capturando o universo digital, e isso vai fornecer um retrato da riqueza da vida no Reino Unido para nossos netos”. ↙

Dagomir Marquezi, 60 anos, dividiu sua vida entre o jornalismo e a ficção. Escreveu novelas, musicais e roteiros de cinema. Há 15 anos acompanha a tecnologia em sua coluna na INFO.

foto alExandrE battibugli

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/ Inside Information

O corpo é o novo mouse

Startups criam formas de transformar o corpo humano em interface para máquinas, expandindo nossos sentidos e acelerando a evolução

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ovos dispositivos geram novos métodos de interação. Nos anos 1980, o trio formado por teclado, mouse e monitor determinou a definição do computador pessoal. Mais recentemente, com as criações do Nintendo Wii e do Kinect, levamos para nossa sala um tipo de interface que não apenas nos sente como também nos enxerga. Agora, com a chegada do Samsung Galaxy S4, smartphone que recebe comandos de acordo com o olhar dos usuários, podemos observar mudanças que nos fazem realmente entender o que é uma interface natural com o usuário. O próximo desafio a ser encarado tanto pelas grandes empresas quanto pelos hackers das startups é fazer o usuário vestir o celular. Essas formas mais intuitivas de enviar comandos a computadores e gadgets têm começado a aparecer, mostrando que as fontes para captação de informação do ambiente e do usuário são praticamente inesgotáveis. A seguir, alguns exemplos. >>> SINAIS ELÉTRICOS A pulseira Myo (getmyo.com) tem sensores que captam sinais elétricos dos músculos e possibilitam a reali-

zação de atividades a distância, como atender o celular sem tirá-lo do bolso, interagir com a TV ou controlar um aeromodelo apenas com gestos e movimentos da mão e do braço. É como se fosse um Kinect fora do videogame. >>> MOUSE 3D Preso ao dedo indicador do usuário, o Mycestro (mycestro.com) digitaliza os movimentos da mão com precisão submilimétrica e, por meio de conexão Bluetooth, comanda o posicionamento do cursor e os cliques nos programas. Dessa forma, é possível controlar programas e jogos com gestos dos dedos e dos pulsos. Para clicar em um ícone, por exemplo, basta ao usuário posicionar o cursor com o movimento da mão e encostar a ponta do dedo indicador no polegar. >>> VISÃO DIGITAL Um sistema chamado BrainPort V100 (wicab.com) usa uma câmera para transformar as imagens em pequenos estímulos elétricos. Dessa forma, deficientes visuais vão poder usar uma placa sobre a língua e, por meio de sinais transmitidos por 400 eletrodos, vão ter a sensação de saber a forma, o tamanho, a localização e o movimento dos diferentes objetos presentes no ambiente.

Michell Zappa

>>> TABLET COM PESCOÇO Simples e criativo, o suporte Kubi melhora a experiência do uso de tablets em teleconferências. O aparelho é controlado a distância e pode mover o gadget do interlocutor para os lados, para focalizar as pessoas da conversa. Um vídeo do aparelho (abr.io/kubi) mostra a cena de um pai conversando com a filha bebê que anda de um lado para o outro. Com o Kubi, o tablet segue seus movimentos. Nascemos com os sentidos que a evolução determinou para a espécie. Enxergamos, sentimos e ouvimos para interpretar e dar sentido ao mundo por meio de processos neurais. As máquinas começam a fazer o mesmo, mas pelo caminho inverso. Nascidas como processadores, hoje participam de um mundo coberto por uma rede invisível de comunicação. Nos enxergam, nos sentem e nos ouvem e, a cada salto geracional, chegam mais perto de nossa pele, dos sinais elétricos dos nervos e dos processos químicos do cérebro. A cada geração, as máquinas se aproximam e aceleram nossa própria evolução. ↙

Michell Zappa, 31 anos, é consultor de novas tecnologias, publicitário formado pela ESPM e diretor da consultoria Envisioning Technology. Morou em Amsterdã e Londres e hoje auxilia empresas a entender o futuro tecnológico.

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54 ÓDIO.cOm

Por que as pessoas são tão agressivas na web? Saiba como reagir a esse comportamento

Fábrica de games / 42 Inflado? / 48 Star Trek para todos / 52 “Perdi R$ 1 milhão em bitcoin” / 64

FOTO ThOmas susemihl

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Na Wooga

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Personagem do jogo Pocket Village (ao lado) e o escritĂłrio da produtora de games em Berlim, na Alemanha

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Fábrica De games criaDa há quatro anos em berlim, a Wooga tornou-se a maior proDutora De games sociais Da europa. e o melhor, com ajuDa De 18 brasileiros

≥ Por Gustavo Poloni, de Berlim ≥ fotos DaPhne KouGea

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N “Nesta época do aNo,

a temperatura normalmente está na faixa dos 20 graus.” É num tom de quase desculpa pelo frio de bater o queixo que Jens Begemann apare­ ce para a sessão de fotos, no terraço do prédio com vista para a Berliner Fernsehturm, torre instalada na Alexanderplatz, um dos cartões­pos­ tais de Berlim. Só de camisa, apesar da temperatura de 1 grau, o alemão de 36 anos e 2 metros de altura tenta andar sem escorregar no gelo acu­ mulado depois da última nevasca. O inverno mais rigoroso das úl­ timas duas décadas na capital alemã contrasta com o efervescente momen­ to da Wooga (pronuncia­se “vúga”), produtora de games que Begemann

ajudou a fundar, há quatro anos. Com 280 funcionários (18 deles bra­ sileiros, a segunda maior comuni­ dade depois dos alemães), oito jogos (o mais novo, Pocket Village, foi lan­ çado em abril), mais de 100 milhões de jogadores no título mais famoso (o Diamond Dash) e o terceiro lugar na lista dos games casuais mais popu­ lares do Facebook, a Wooga é uma estrela do Silicon Allee, como ficou co­ nhecida a cena de startups de Berlim. Quem anda pelos corredores da empresa tem a sensação de estar em uma startup do Vale do Silício. A de­ coração é colorida e descontraída, com os personagens e objetos que fazem parte dos jogos espalhados pelo chão e pendurados nas paredes. As salas de reuniões têm nomes divertidos, como Bat Caverna, e sofás confortáveis são usados para fazer negócios usando o Skype. Fliperamas foram instalados em pontos estratégicos, com os jogos da empresa adaptados. E quem quiser pode levar o cachorro para o escritório. Mas são claros os pontos que dife­ renciam a Wooga das startups ame­

ricanas. A empresa é um retrato da diversidade encontrada em Berlim: 54% dos funcionários são estrangei­ ros, vindos de 40 países. Tem gente de Estados Unidos, Itália, Sérvia, Co­ lômbia, México, Eslováquia, Paquistão e Japão. Mas a maior comunidade é a formada pelos brasileiros. Não foi uma estratégia pensada, aconteceu meio por acaso. Um brasileiro foi con­ tratado. Daí indicou um amigo, que sugeriu outro e a turma foi crescendo. Hoje, quase todos os brasileiros da Wooga trabalham com programação de jogos, engenharia de software, de­ sign e arte. O título de maior comuni­ dade estrangeira não é o único osten­ tado pelo Brasil. Nenhum outro país tem um gerente dedicado. Essa deci­ são foi planejada. Thiago Apella, 27 anos, foi contratado em 2012 para aju­ dar a Wooga a fazer negócios no Brasil. Forte na Europa e nos Estados Unidos, a produtora quer crescer na América do Sul. “O Brasil é o maior país da região, o mais forte na internet entre os emergentes e tem muita gente ligada em redes sociais”, diz Apella. “E tem suas peculiaridades.” Uma delas: quando a novela das 9 começa, o número de pessoas online aumen­ ta. Isso porque 70% dos jogadores da Wooga são mulheres. Elas jogam en­ quanto assistem à novela Salve Jorge. A função de Apella é fechar parce­ rias com fabricantes de dispositivos móveis para ter os games da empresa instalados em telefones e tablets na fábrica ou para explorar novas for­ mas de anunciar e ganhar jogadores.

O fundadOr o alemão Jens Begemann criou a produtora de games de olho no mercado mundial 44 / INFO Maio 2013

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jeitão de startup

Dos 280 funcionários da Wooga, 54% são estrangeiros, vindos de 40 países. Abaixo, parte da equipe de 18 brasileiros que trabalham na sede da empresa, em Berlim

Nascido em São Paulo, Apella é formado em desenvolvimento de jogos e já trabalhou em empresas como a EA e a Blizzard. Apesar do foco no Brasil, ele fica em Berlim. A Wooga prefere manter todos os funcionários sob o mesmo teto. A miríade de nacionalidades no escritório é um dos segredos do sucesso da empresa. CrIada em 2009 por Begemann e pelo também alemão Philipp Moeser para fazer jogos casuais para a web, a produtora sempre teve como objetivo conquistar o mercado internacional. “Não dá para fazer uma empresa de games com base apenas na cultura alemã”, diz Begemann. “Correríamos o risco de criar jogos que fariam sucesso aqui, mas que teriam de ser adaptados para outros países.” A es-

tratégia deu resultado. O game mais popular da Wooga, o Diamond Dash, em que o jogador tem de destruir fileiras de diamantes no menor tempo possível, é popular em vários países. Begemann associa a cultura da empresa a seu rápido crescimento. Todos os jogos são criados e geridos por equipes independentes, com autonomia para tomar decisões. “A palavra final é sempre do líder do projeto.”

Outra marca registrada da Wooga é uma técnica emprestada de cientistas e de empresas do varejo: a obsessão pelos testes e pelas métricas. Os jogos são exaustivamente analisados antes, durante e após o lançamento, com a ajuda de testes A/B. Se uma nova funcionalidade, como um botão de compras, é acrescentada ao game, ela é apresentada a uma pequena parcela dos jogadores, algo em torno de 5%. Se a resposta à novidade é boa, ela será levada para os outros usuários. Se não for, a empresa tira a ideia do ar e tenta encontrar uma solução melhor.

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Os testes A/B foram adotados no século 16 pelo italiano Galileu Galilei, considerado o pai da ciência moderna, e usados pela primeira vez na internet pela Amazon. Eles são feitos hoje com milhões de pessoas ao mesmo tempo. Nos primeiros 60 segundos do game Monster World, uma espécie de Farmville habitado por simpáticos monstrinhos, existem até 15 pon­ tos de checagem. Um novo usuá­ rio tem os passos seguidos a cada 3 ou 4 segundos. Os testes feitos na Wooga geram relatórios diários de cada um dos títulos, com dados como o número de novos jogadores, os ativos nas últimas 24 horas e até quantos chegaram ao fim do tutorial. Os testes ajudam a mapear de onde vêm os jogadores e onde enfrentam dificuldades para passar de fase. Isso pode significar a diferença entre o su­ cesso e o fracasso de um título. Lançado em abril de 2010 como o primeiro jogo da empresa a cobrar por bens virtu­ ais, o Monster World estagnou, quatro meses depois, na faixa de 300 mil jogadores por dia, um número bai­ xo para os padrões dessa indústria. Ninguém conseguia encontrar uma explicação para o fracasso. O líder do game analisou o comportamento de 39 mil jogadores para entender em que momento eles deixavam o jogo de lado. Com essas informações, a equipe de criação criou alternativas que foram im­ plementadas e testadas. O procedimen­ to foi repetido em todas as fases do game. Funcionou. Em novembro de 2010, o Monster World atingiu a marca de 1 mi­ lhão de jogadores ao mês. “Sempre acre­ ditei que os testes podem mudar a sorte de um jogo mesmo após o lançamento”, diz Begemann. “Mas essa foi a primeira vez que conseguimos provar essa tese.”

Por dentro da Wooga curIosIDaDes Da maIor ProDutora De games Da euroPa

0

dólar é quanto a Wooga paga de bônus aos funcionários, por entender que a prática gera competição, e não colaboração

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são as plataformas dos jogos da Wooga: Facebook, iOS, Android e Kindle

8

é o total de jogos. O mais popular é o Diamond Dash. Os novos são Kingsbridge e Pocket Village

50 %

do faturamento vem dos jogos para celulares e tablets. A outra metade do Facebook

70 %

dos jogadores são mulheres

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milhões de pessoas jogavam Diamond Dash nos 30 dias anteriores à visita da INFO à empresa

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bilhões de bolhas foram estouradas pelos jogadores de Bubble Island

Os jogos da Wooga estão disponí­ veis no Facebook e nas lojas App Store e Google Play, além de no Kindle, o tablet da Amazon. Quem acessa os games não verá anúncios na tela. O modelo de negócios é baseado na venda de ferra­ mentas que ajudam o jogador a passar de fase. Paga­se por mais vida, por po­ ção que aumenta o tempo da partida ou por uma varinha que faz com que a plantação cresça mais rápido. A empre­ sa não informa quanto isso gera de re­ ceita. Limita­se a dizer que já é lucrativa. A receita estimada da Wooga está entre 18 milhões e 30 milhões de dólares ao ano. Metade vem da internet, a outra dos aparelhos móveis. Um dos poucos números que o fundador revela apon­ ta que menos de 5% dos jogadores gas­ tam dinheiro real para comprar bens virtuais. “São alguns dólares, alguns euros, às vezes na casa dos dois dígitos”, diz Begemann. Um dos desafios é fazer com que mais pessoas se disponham a gastar, para incrementar um mercado que deve chegar a 5 bilhões de dólares até 2015, de acordo com estudo reali­ zado pelo instituto Parks Associates. Outro desafio da Wooga é ganhar espaço no crescente mercado de jogos para celulares e tablets. Estudo feito pela empresa mostra que até o final deste ano existirão 2 bilhões de aparelhos com tela sensível ao toque em funcionamento no mundo. É um para cada 3,5 habitantes da Terra. Para comparar, cerca de 40 milhões de consoles como PlayStation e Xbox são vendidos por ano. Hoje, quatro dos sete títulos da Wooga são oferecidos nas plataformas móveis. O mais recente deles é o Pocket Village, no qual o jogador constrói cidades com a ajuda de vários personagens virtuais.

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made in Brazil O santista

Daniel Garcia é líder do game Pocket Village, o primeiro feito exclusivamente para celulares e tablets

Esse game tem como líder o brasileiro Daniel Garcia, 37 anos. É um projeto que carrega muita expectativa dentro da empresa, porque trata-se do primeiro jogo da Wooga feito exclusivamente para dispositivos móveis. Quem vê o Pocket Village pela primeira vez (INFO teve acesso ao jogo antes do lançamento mundial) tem a impressão de que se parece com outros jogos adaptados para a tela do celular ou do tablet. A diferença só é perceptível quando a partida começa. Cada sessão dura cerca de 30 segundos. O Pocket Village foi criado para ser jogado por quem está na fila do café, do elevador ou do ônibus. A empresa quer que as pessoas entrem no jogo pelo menos 20 vezes ao dia para fazer uma tarefa. “O game levou pouco mais de um ano para ficar pronto e é muito moderno”, afirma Garcia. Nascido em Santos (SP), ele chegou a Berlim no início de 2012. “É a cidade mais legal da Europa”, afirma. “O lugar certo para estar agora.” Daniel Garcia e os outros funcionários da Wooga foram atraídos por um pacote de benefícios interessante. A empresa conta com 20 apartamentos decorados para hospedar os estrangeiros que chegam à cidade. Eles ficam neles até que consigam um lugar para morar e não pagam aluguel durante o período. Quando um novo funcionário assina o contrato de trabalho, recebe ainda um iPhone de última geração. No Natal, todos podem escolher entre um iPad ou trocar o smartphone. A Wooga tem ainda uma verba de 2 mil dólares ao

ano para treinamento. O que falta no pacote é o pagamento de bônus para os funcionários. “Não acredito em bônus”, afirma Begemann. Ele entende que a prática ameaça a cultura de colaboração. “Aqui não há competição”, diz o fundador da Wooga. A cada 15 dias, a empresa organiza jantares com quatro pessoas de equipes distintas para que se conheçam melhor. TOdOs Os dIas, por volta das 6 da tarde, os funcionários da Wooga se encontram no auditório para uma reunião de no máximo 15 minutos. O tema? Uma atualização rápida sobre o desempenho dos jogos lançados e o dos que ainda estão em desenvolvimento. A Wooga está instalada nos três últimos dos cinco andares de um prédio localizado no badalado bairro de Prenzlauer Berg, na antiga Berlim Oriental. Antes da queda do muro, em novembro de 1989, no Backfabrik, como é chamado o complexo, funcionava uma padaria para abastecer os habitantes da República Democrática Alemã. Alguns dos equipamentos usados para a produção de pães ainda estão pendurados no teto das salas.

A concentração de startups nesse lado da cidade é explicada pela história de Berlim. Após a reunificação do país, os amplos espaços da região ficaram abandonados e foram alugados ou vendidos por preços baixos. Berlim é considerada a capital mais barata da União Europeia. Por esse motivo atrai artistas e empreendedores com uma grande ideia e pouco dinheiro para começar seu negócio. Foi assim que se formou o Silicon Allee, que ganhou esse nome porque a maioria das startups está instalada em allees, ou alamedas, em alemão. Mas o ambiente para a criação de novas empresas ainda esbarra em dois obstáculos: a dificuldade do idioma e a escassez de investidores. “A geração pós-guerra é avessa a riscos”, diz o investidor Simon Schäfer. A Wooga levantou 32 milhões de dólares com três fundos de fora da Alemanha, e agora está pronta para dar um novo salto e conquistar jogadores pelo mundo. ↙ LeIa maIs em INFO.abrIL.cOm.br/exTras Quer maNdar seu currícuLO e TrabaLhar cOm a eQuIpe de brasILeIrOs em berLIm? acesse abr.IO/wOOga

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inflado? Nos últiMos dois aNos, Muito diNheiro foi iNvestido No estágio iNicial das startups brasileiras, que agora precisaM Mostrar resultados para receber outras rodadas. Mas NeM todas vão coNseguir. isso reduz o otiMisMo e afeta o Mercado. é Motivo para preocupação? ≥ Por Paula Rothman

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em 2012 pela primeira vez, o Brasil rece-

beu um dos maiores eventos de empreendedorismo do mundo. Em um hotel no Rio de Janeiro, os pouco mais de 100 participantes do Founders Forum se reuniram para falar sobre o cenário de startups no país. Em meio a muita água de coco para aplacar o calor, a mensagem final do encontro foi clara: investidores venham para o Brasil. O cenário econômico era favorável, o número de usuários de internet só crescia e havia muito espaço para serviços já adotados nos Estados Unidos e na Europa. Um ano depois, em março de 2013, o mesmo grupo de investidores e empreendedores participou da segunda edição do evento. Mas, fora o calor, pouca coisa parecia igual. A certeza deu lugar ao debate e às dúvidas sobre se investir no país ainda é uma alternativa tão boa. Não houve consenso, e uma luz amarela acendeu no ecossistema do empreendedorismo brasileiro. Seguimos por aqui os moldes do Vale do Silício, que há décadas transforma pequenas empresas de garagem em gigantes como Google e Facebook. Sua base são os diferentes tipos de investidores privados que atuam como combustível para os novos negócios. Eles têm como objetivo injetar dinheiro em empresas com potencial para crescer e então lucrar

quando venderem suas participações no futuro. Investidores que colocaram seu dinheiro no Instagram, por exemplo, tiveram retorno em pouquíssimo tempo. Em 2011, o aplicativo de fotos arrecadou 500 mil dólares de um grupo de investidores-anjo, pessoas físicas que apostam seus dólares nos estágios iniciais de uma startup. Alguns meses depois, com a popularidade do app, outras rodadas de investimentos totalizaram 57 milhões de dólares. No ano passado, a empresa foi comprada pelo Facebook por 1 bilhão de dólares, e todos saíram ganhando. NO BrasIl, esse modelo de empreendedorismo digital começou a ganhar destaque nos últimos dois anos. Em 2012, estima-se que 850 milhões de dólares tenham sido investidos em empresas iniciantes de base tecnológica. É uma ótima notícia, não fosse o fato de que especialistas começaram a se perguntar se não teria dinheiro de mais no mercado. “Existe a percepção geral de que nos últimos dois anos as startups foram inflacionadas em seu estágio inicial”, diz Ariel Muslera, conselheiro da Associação de Venture Capital da América Latina (Lavca).

Havia a clara sensação de que uma bolha começava a se formar. “Há um ano, estava uma loucura”, diz Nicolas Gautier, suíço que comandou o fundo Mountain do Brasil de outubro de 2011 a março de 2013. “As pessoas apareciam com uma ideia em uma apresentação de PowerPoint e achavam que a empresa valia 10 milhões de dólares”, diz Gautier. E encontravam alguém disposto a bancar. O último relatório sobre fundos de venture capital (VC) no país divulgado pela Lavca aponta que, de 2008 a 2010, os investimentos em empresas em seu estágio inicial representavam, em média, 8% do total. De 2011 a 2012, chegaram a 30%. O crescimento se deu, em grande parte, pela entrada de novos investidores no mercado brasileiro. “O Brasil passou por um período de dormência e, de repente, todo mundo acordou e percebeu que o país já tinha uma grande massa de usuários e uma carência de serviços”, afirma Anderson Thees, do fundo Redpoint e.Ventures. Criado no início de 2012, o fundo colocará 130 milhões de dólares em 18 empresas ao longo de cinco anos. Outros 49 fundos de venture capital investiram no Brasil no ano passado, segundo um levantamento do laboratório de empreendedorismo do MIT. “Com a chegada dos fundos, houve um período em que havia mais dinheiro do que boas oportunidades de investimento. Daí os valuations ficaram mais altos”, diz Muslera. No jargão dos investidores, valuation é o valor atribuído a uma startup. A quantidade de dinheiro que um investidor colocará depende desse número, que reflete

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não apenas o que a empresa gera hoje mas quanto poderá gerar no futuro. Um exemplo: em 2009, três anos após seu lançamento, o Twitter recebeu 100 milhões em investimentos e teve o valuation estimado em 1 bilhão de dólares. Embora ainda não faturasse um centavo, seu trunfo era o número crescente de usuários: quase 25 milhões. Para chegar a esses valores, os investidores do Twitter avaliaram não somente a popularidade do serviço mas também alguns itens intangíveis, como a qualidade de seus fundadores e o potencial do mercado. Muito importante também foi a comparação com outras startups. No Brasil, por falta de referência, empreendedores e investidores acabam usando dados de outros mercados, especialmente o americano, para se balizar. Mas isso nem sempre funciona. “Lá fora tudo é maior, do

volume de startups ao dinheiro dos investidores. Além disso, o mercado gira mais rápido. Não dá para comparar”, diz Natalia Monteiro, sóciafundadora da Zuggi, plataforma que combina buscador com conteúdo educacional para crianças. Natalia tem bons motivos para pensar assim. Há dois anos, quando foi captar investimentos, seu benchmark era a americana Kid Zui, que havia conseguido mais de 14 milhões de dólares nas rodadas iniciais. Alguns meses depois, no entanto, a startup se mostrou incapaz de corresponder às expectativas. “O Kid Zui não cresceu o esperado e precisou diversificar, lançando mais produtos”, diz Natalia. A Zuggi fechou uma quantia mais modesta com um grupo de investidores-anjo e estruturou o crescimento num ritmo mais adequado ao Brasil.

O maior exemplo de que nem sempre modelos que estouram lá fora serão sucesso por aqui é o dos sites de compras coletivas, que se espelharam no americano Groupon. Lançado em 2008, o serviço teve uma escalada vertiginosa e chegou a 150 países. Em 2011, abriu o capital e arrecadou 700 milhões de dólares, com valor de mercado de 12,7 bilhões de dólares. na época, surgiram no Brasil mais de mil sites desse tipo, com o Peixe Urbano na liderança. Um ano depois, o Groupon viu seu valor despencar para 2,5 bilhões de dólares. Por aqui, a maioria fechou e o Peixe Urbano luta para manter sua operação. Demitiu mais de 200 colaboradores e partiu para a diversificação. “Começamos a investir em novos segmentos”, disse a info Julio Vasconcellos, presidente da empresa. “Lançamos a Peixe Urbano Viagens e o Peixe Urbano Delivery.”

o CiClo de investimento em startups es un tad ido os s

O caminhO esperadO versus O que está acOntecendO nO país

iPo / ofErta Pública inicial dE açõEs

dinhEiro

(abertura de capital na bOlsa)

3º round Se recebeu muito dinheiro, mas não cresceu, a startup não vai para a segunda rodada

✹ 1º round

brasil criação da EmPrEsa

2º round

Estágio inicial/sEmEntE

tEmPo

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No Brasil, os custos de contratação de funcionários, a burocracia e os problemas de logística são os mais citados pelos empreendedores como entraves. “Aqui, qualquer e-commerce depende dos Correios”, diz Bruno Ballardie, cofundador da eÓtica, serviço que vende óculos e lentes de contato pela internet. “Se há uma greve dos Correios, tudo trava. Além disso, uma quantidade grande de produtos é roubada no processo de distribuição”, afirma. Foi por acreditar que os investidores não conhecem a realidade de nosso mercado que Paula Guedes optou por não levantar capital para sua startup. A Altz, uma espécie de LinkedIn para recém-formados, é mantida com recursos próprios. É um privilégio que poucos empreendedores têm, mas que Paula acredita ser importante no

momento. “Existe uma assimetria de conhecimento e de expectativas entre empreendedores e investidores no mercado brasileiro”, diz Paula, que por quatro anos trabalhou nos Estados Unidos. “Quando isso acontece, é natural que a empresa consiga levantar capital em valuations altíssimos, mas depois terá dificuldades.” O risco apontado por Paula foi descrito no relatório Brazil VC Ecosystem Study, elaborado pelo MIT. Diz o estudo: a grande quantidade de dinheiro investida em startups no estágio inicial pode estar criando um buraco de recursos, e muitas startups não conseguirão levantar uma próxima rodada de investimentos.

Isso acontece porque a lógica do mercado é simples: quem investiu quer lucrar. “Quando uma startup recebe 10 milhões de reais, eles servem para financiar uma meta de crescimento”, diz Pedro Waengertner, fundador da Aceleratech. Se a meta não é atingida, outro investidor não verá sentido em colocar mais dinheiro no negócio. Esse cenário é fatal. “As startups de internet não conseguem se sustentar sem investimento”, diz Francisco Jardim, gestor do Fundo Criatec. “Elas consomem muito caixa para ganhar mercado e dependem de novas rodadas.” As consequências desse processo devem começar a aparecer em breve. “Veremos negócios fechando e outros diminuindo seu valor”, diz Nicolas Gautier. “Mas esse processo faz parte do ciclo natural de amadurecimento.” O Vale do Silício é famoso por ter mais casos de fracasso do que de sucesso. E os que falham recomeçam mais fortes e experientes. E com mais facilidade para conquistar investidores. Esse pode ser o próximo passo para o Brasil. ↙ Maio 2013 INFO

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star trek para todos O prOdutOr dO nOvO JOrnada nas EstrElas cOnta a INFO cOMO fez uMa Série cOM quaSe 50 anOS de hiStória tOrnar-Se MOderna ≥ Por Cauã Taborda e Juliano barreTo

Se existisse o cargo de geek mais importante do ci-

nema na atualidade, sem dúvida ele seria ocupado por J.J. Abrams, o diretor americano que criou o seriado Lost, ressuscitou Star Trek e foi escolhido pela Disney para reiniciar a saga de Star Wars. Mas a trajetória de sucessos da Bad Robot, a produtora de Abrams, não foi feita apenas por ele. Há 15 anos, o diretor conta com um time fiel de colaboradores para cuidar das trilhas sonoras, dos roteiros e dos efeitos especiais de seus filmes. Nesse grupo, ninguém é tão essencial quanto Bryan Burk. Amigo, cofundador e vice-presidente executivo da Bad Robot, Burk, 44 anos, está envolvido em todos os projetos de J.J. Abrams, o que significa dizer que as franquias Star Wars e Star Trek estão também em suas mãos. A primeira prova de fogo da dupla foi com o Star Trek — O Filme, de 2009, e eles saíram ilesos da armadilha montada pela desconfiança dos fãs da série original. Além de elogios, lucraram com a empreitada. Para produzir o filme,

NOVA JORNADA O produtor Bryan Burk

em um dos cenários do filme star trek — além da Escuridão, que estreia no Brasil em 14 de junho

a empresa investiu 150 milhões de dólares e obteve uma receita de bilheteria de 385 milhões de dólares. Um sucesso que abriu caminho para mais dois filmes da série e credenciou a produtora para a missão de continuar a série Star Wars. O segredo? Apostar na modernização para agradar a todos os perfis de espectadores. Foi o que fez Burk no recémlançado Star Trek — Além da Escuridão, que veio divulgar no Brasil e cuja estreia está prevista para 14 de junho no país. “Existiam dois grupos de pessoas nos Estados Unidos. Aquelas que gostavam de Star Trek e aquelas que achavam os fãs de Star Trek malucos. Eu fazia parte do segundo grupo”, disse Bryan Burk a INFO. “Quando o estúdio era dirigido por outras pessoas, há uns 20 anos, elas eram como eu. Não compreendiam Star Trek. Pensavam que seria mandatório contentar apenas um grupo menor de fãs tradicionais. Hoje, a nova gestão do estúdio pensa diferente. Todos encontramos algo grande em Star Trek.”

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/ Por nonno ononon on, da nnnnnoaooadi

foto nonoon on onno o

Bryan Burk conta que o excesso de conversas e as longas cenas passadas na espaçonave USS Enterprise o entediavam quando era jovem. “Só quando comecei a trabalhar em Star Trek — O Filme é que percebi que o roteiro da série era genial, os personagens eram muito humanos e os designers faziam um trabalho fantástico, com recursos tecnológicos bastante limitados.” O dilema entre inovar na modernização dos personagens e seguir fielmente a história da série de TV dos anos 1960 precisou ser superado com certa diplomacia. “Era importante fazer um filme que fosse entendido também por quem nunca tinha visto Star Trek”, diz Burk. “Ao mesmo tempo, foi preciso recriar a empolgação da série original. As pessoas sonhavam com os comunicadores da tripulação, agora temos nossos celulares. Minha expectativa é mostrar as possibilidades do universo Star Trek menos como ficção científica e mais como algo baseado em fatos científicos.”

A aguardada produção do próximo episódio de Star Wars, prevista para 2015, não deve seguir a mesma fórmula. Burk acredita que não é prudente mexer em um time que está ganhando há 36 anos. “Star Wars é obviamente uma peça diferente. As séries não são similares, a não ser pela palavra ‘star’. Toda uma geração que nasceu de 1977 para cá conhece bem a série. Minha sobrinha pode apontar todos os personagens e falar sobre eles, sem nem ter visto os filmes. Star Wars já faz parte do dicionário das pessoas, não precisa de nossa ajuda. Star Trek nunca teve essa força”, afirma Burk.↙

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≥ Por Juliano Barreto

fotos thomas susemihl

ódio.com

Ofensas, precOnceitO e cyberbullying inundaM as redes sOciais e as áreas de cOMentáriOs dOs grandes pOrtais. pOr que as pessOas ageM de fOrMa tãO agressiva na internet? saiba cOMO reagir a esse cOMpOrtaMentO

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Ao chegAr Ao segundo AndAr do Anexo 4 dA câmArA dos deputAdos, em BrAsíliA, A ApresentAdorA sABrinA sAto encontrou um corredor deserto

Passava das 22 horas e o clima era soturno como o de um hotel sem hóspedes. No gabinete 254, quem esperava a reportagem do programa de humor Pânico na Band era o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), pastor evangélico com histórico de declarações homofóbicas e racistas que assumiu, sob vaias, a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias. Câmera e microfone ligados, Sabrina Sato fez perguntas sérias e outras escrachadas, ao estilo do programa. Questionou o deputado sobre sua posição em relação aos gays, perguntou se ele se considera metrossexual, pela vaidade assumida, e por aí foi. Na página do portal UOL que publicou o vídeo da entrevista, 108 comentários, em sua maioria raivosos, atingiram tanto a apresentadora quanto o pastor. “São dois idiotas que vão acabar virando amigos.” “A ex-BBB que saiu pelada e um ladrão de sentimentos. Isso é o Brasil.” “Colocaram uma porta para entrevistar o cara.” “Querem implantar uma ditadura gay em todo o país.” “Essas minorias são funcionários de uma ideologia maldita.” No YouTube, os diversos vídeos que reproduziram a entrevista eram 56 / INFO Maio 2013

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acompanhados de comentários ainda mais inflamados e preconceituosos. Desde que participou do Big Brother Brasil, em 2003, Sabrina conquistou uma multidão de fãs nas redes sociais. No final de abril, quase 6 milhões de pessoas seguiam seus passos no Twitter. Outros tantos a acompanhavam no Facebook e no Instagram, a ponto de uma sequência de fotos postada numa quinta-feira de abril gerar 46 000 likes em poucas horas. Mas NeM só de lIkes vive o perfil de Sabrina Sato, 31 anos, nas redes. Há também muitas ofensas e grosserias. “Tem gente que usa hashtag sem nem saber do que está falando. Sou contra você criticar à toa. Não perco meu tempo respondendo a isso”, diz Sabrina, que gerencia pessoalmente suas contas e tem como determinação não discutir com quem a ofende. “Deixo que os próprios seguidores reclamem de quem faz comentários pesados, não entro na briga. Só apago quando ofendem quem está comigo nas fotos.” O deputado Marco Feliciano também ostenta números superlativos na internet. Entre os dias 13 e 21 de março, período que inclui

sua primeira semana como presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, seu nome esteve presente em 81 406 tuites, alcançando mais de 310 milhões de pessoas. Os números são de um levantamento feito para INFO pela agência A2 Comunicação, em parceria com a empresa de análise de redes sociais Scup, e mostram que 667 posts continham ameaças, palavrões e ofensas, principalmente contra os homossexuais. A apresentadora de TV e o polêmico deputado ilustram um comportamento que começa a se generalizar na internet. “Nunca existiu tanto bullying como hoje”, afirma Maria Tereza Maldonado, psicoterapeuta e autora do livro Bullying e Cyberbullying – O Que Fazemos com o Que Fazem Conosco? “Nas últimas décadas, saímos de um modelo de educação autoritário para outro permissivo demais, com um forte clima de impunidade”, diz Maria Tereza.

nada de briga Sabrina Sato, do Pânico, delega aos fãs a resposta para críticas que recebe nas redes sociais

fotos André Schiliró

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Só rindo

Mário Camelo (à esq.), Lucas Silveira, Gustavo Mantovani e Rodrigo Ruschell, da banda Fresno, são alvo de ofensas na web

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Segundo ela, o acesso rápido e onipresente à web favorece a publicação de opiniões sem reflexão, que não levam em conta os riscos de ofender. Nos grandes portais, boa parte das notícias publicadas é imediatamente respondida com opiniões preconceituosas que muitas vezes não têm nenhuma relação com o tema da reportagem. O cenário é ainda pior nas redes sociais, com seu constante estímulo a opinar sobre tudo, a qualquer momento, sem uma análise racional sobre os assuntos comentados. “Nos últimos anos, com o aumento da audiência e do número de comentários, há certa exaltação. O nível das discussões tem piorado. As pessoas usam um tom acima do necessário para chamar a atenção”, afirma Rodrigo Flores, diretor de conteúdo do portal UOL, o maior em audiência da internet brasileira. Vivemos um momento de plena agressividade? Por que, afinal, há tanto ódio gratuito na internet? O comportamento que leva uma pessoa a humilhar em troca de destaque social já foi estudado muito tempo antes da invasão dos haters, como são chamados os usuários de fóruns e redes sociais que começam discussões inflamadas e ofensivas. Nos anos 1960, o psicólogo americano Lawrence Kohlberg desenvolveu uma teoria baseada em níveis de desenvolvimento moral. Sua intenção era avaliar o comportamento humano com base na análise dos fatores que levam uma pessoa a decidir por fazer algo certo ou errado. Em suas pesquisas, Kohlberg reconheceu seis estágios de comportamento em uma escala que vai do instinto mais básico, quando as pessoas só deixam de fazer algo errado por medo de uma possível punição, até o

mais avançado, com indivíduos que tomam a decisão certa por acreditar no bem comum da sociedade e na ética. “Boa parte das pessoas, quando conectadas, se comporta como se estivesse nos dois níveis mais básicos”, diz Luciene Tognetta, doutora em psicologia e integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral da Unicamp/Unesp. “Os que ofendem podem ser pessoas normais na vida real, que seguem as regras por medo da punição. Mas na internet, por não haver castigo, essa mesma pessoa passa a agir por impulso.” A dIFeReNçA do comportamento online para o modo de agir na vida real fica mais clara nos casos em que os comentários ácidos viram ameaça. Veja o caso do jornalista esportivo Juca Kfouri, 63 anos, colunista da Folha de S.Paulo, autor de um blog no UOL e comentarista da ESPN e da rádio CBN. “Um cara disse no blog que me observava passeando com minha neta pelas ruas do bairro e que um dia iria me cobrir de porrada”, diz Kfouri. “Por mais que esteja acostumado com as críticas e as ameaças, esse tipo de covardia é um problema. Ficava assustado sempre que via alguém atravessando a rua na minha direção.” Juca Kfouri chegou a gastar quatro horas por dia na moderação dos comentários em seu blog, até decidir pela obrigatoriedade de cadastro para quem quer deixar opiniões, mesmo sabendo que isso geraria diminuição no número de visitantes e na audiência.

Jovens são alvo

Casos em que Crianças se tornaram vítimas do Cyberbullying

Isadora Faber Criadora da página Diário de Classe, que denuncia problemas em sua escola, a estudante catarinense de 13 anos foi ameaçada de morte em um comentário publicado no Facebook, em fevereiro

Julia Gabriele Fotos da estudante pernambucana de 12 anos serviram de base para montagens que ironizavam sua aparência. O caso foi parar nos Trending Topics do Twitter em março

Nissim Ourfali A família do garoto de 13 anos pede na Justiça indenização ao Google pela demora do YouTube em retirar do ar o vídeo feito para a festa de bar mitzvah do garoto que se tornou viral na web

Rehtaeh Parsons A estudante canadense de 17 anos cometeu suicídio após fotos que a mostravam sendo abusada sexualmente serem espalhadas pela internet por mais de um ano

Tyler Clementi Em 2010, o estudante americano, então com 18 anos, suicidou-se após a divulgação de um vídeo que o mostrava beijando outro garoto

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Nos quatro principais portais bra­ sileiros, as notícias sobre esportes e política são as que mais geram comen­ tários ofensivos. A crescente onda de agressividade verbal levou os portais a mudar a política de interação com os internautas. Além de exigir cadastro prévio dos usuários, criar listas para o bloqueio automático de palavrões e montar equipes dedicadas à mode­ ração, as redações têm experimen­ tado outras medidas, como forma de inibir a participação dos leitores. Em janeiro, a versão online da Folha de S.Paulo, dentro do UOL, passou a li­

mil. “Ainda que seja algo muito sub­ jetivo, arriscaria dizer que melhorou a qualidade do debate nos comentá­ rios”, afirma Roberto Dias, secretário assistente de redação responsável pelo conteúdo digital da Folha de S.Paulo. No Último Segundo, área de notí­ cias do portal iG, um novo sistema de moderação vem sendo testado desde fevereiro. Entre as novidades está a possibilidade de os próprios usuários bloquearem um comentário ofensivo. Depois de três denúncias, a ofensa pas­ sa a não aparecer entre os comentários e é submetida à equipe de moderação.

Com a crescente onda de agressividade, portais e sites de notícias criaram meios de inibir a participação dos internautas para barrar comentários ofensivos berar a área de comentários só para os assinantes do jornal. Os demais usuá­ rios podem opinar em notícias selecio­ nadas pela redação e, mesmo assim, precisam fazer um cadastro com CPF e endereço, ter suas mensagens aprova­ das pela moderação e obedecer o limite de 20 comentários por dia. O proces­ so de restrição começou em junho do ano passado, quando a Folha de S.Paulo passou a exigir cadastro dos visitantes e viu os comentários caírem de 300 mil ao mês para aproximadamente 25

Nos Estados Unidos, o site do jor­ nal The New York Times limitou o nú­ mero de notícias que podem receber intervenção dos leitores. Ainda assim, o conteúdo escrito pelos visitantes é analisado por uma equipe antes da pu­ blicação. O site do jornal criou um pro­ grama chamado Verified Commenter, que “premia” os usuários que se comportam bem com liberdade para postar suas opiniões sem moderação. Nos sites da rede britânica BBC, a moderação é flexível. Usuários com histórico de problemas podem ter seus comentários monitorados para análi­ se antes da publicação. A BBC também estipula regras especiais para notícias publicadas em períodos próximos às eleições e chega a fechar os campos para comentários no dia da votação.

Esse tipo de medida pode ajudar a acalmar os ânimos nos sites de notí­ cias, mas, nas redes sociais, o bullying é bem mais difícil de ser controlado, como mostra o caso envolvendo a es­ tudante Julia Gabriele, 11 anos, agre­ dida publicamente nas redes sociais por causa de suas... sobrancelhas. Moradora de Cabo do Santo Agosti­ nho, cidade a 35 quilômetros de Recife, Pernambuco, Julia virou piada no Facebook ao publicar fotos que deram origem a montagens com tesouras e pin­ ças que sugeriam a Julia aparar as gros­ sas sobrancelhas. “Todas as pessoas estão rindo de mim, pessoas da minha cidade, pessoas que conheço aqui na in­ ternet. Estou chorando o dia inteiro por causa de vcs”, escreveu Julia no Twitter. A hIstórIA FOI pArAr nos Trending Topics, lista dos assuntos mais co­ mentados da rede de microblogs, e amplificou a brincadeira para além de Pernambuco. Muitos ficaram sensi­ bilizados e criaram páginas de apoio a Julia. Mas houve quem retransmitisse a piada a todos os amigos. Chegou a cir­ cular um boato de que Julia havia come­ tido suicídio. “Vocês zombam de mim e depois inventam que morri. É isso que querem agora?”, disse Julia no Twitter. Para lidar com uma enorme quan­ tidade de casos desse tipo, o Facebook investe em soluções de moderação que vão desde tecnologia avançada para o reconhecimento automático de conteúdo até análise feita por equi­ pes de profissionais especializados.

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raiva sem foco PC Siqueira, apresentador da MTV, ironiza quem o agride

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Algoritmo contrA bullying Pesquisador cria sistema que alerta usuário antes de ele Publicar uma ofensa

Se um problema começa na internet, ele pode ser resolvido dentro da própria internet. Com essa ideia, Henry Lieberman, pesquisador do Massachusetts Institute of Technology (MIT), busca usar seus conhecimentos em inteligência artificial para solucionar casos de cyberbullying. Seu primeiro experimento na área foi baseado na análise de mais de 1 milhão de comentários do YouTube. A equipe de Lieberman desenvolveu algoritmos capazes de detectar e classificar ofensas. A ideia é usar essa base para alertar os usuários antes que postem algo agressivo. “Acredito que a melhor maneira de evitar o bullying é com educação, e não censura ou banimento dos usuários”, disse Lieberman a INFO. O próximo passo é aumentar a inteligência do software com a ajuda de um aplicativo desenvolvido em parceria com a MTV. Chamado Over The Line?, o app reúne vítimas de bullying que escrevem seus casos e avaliam a gravidade das histórias contadas por usuários da rede social e assim aumentam a inteligência do sistema.

Para conteúdo pornográfico, por exemplo, a rede social conta com um sistema que reconhece automaticamente e bloqueia fotos antes mesmo que sejam publicadas. O Facebook mantém ainda em sua sede, em Palo Alto, na Califórnia, equipes que falam vários idiomas. Toda denúncia de abuso feita por um brasileiro que utiliza a versão em português do site é analisada por uma equipe que fala português. Mas nem todas as infrações podem ser resolvidas apenas com o bloqueio dos posts. Muitas vezes, a solução passa pela denúncia às autoridades de cada país. A necessidade de comentar e de ter opiniões fortes sobre todos os assuntos pode ser resultado, de acordo com os psicólogos especializados em cyberbullying, de um desequilíbrio em sua vida social. Como é difícil falar diretamente com um político ou com uma celebridade, a web faz o papel de ponte. “Na internet, a pessoa tem a ilusão de resolver problemas com os quais não consegue lidar na vida real, por falta de coragem ou de autoridade”, afirma a psicóloga Luciene Tognetta. Reagir ao cyberbullying com respostas no mesmo tom da ofensa ou com pedidos de compreensão é uma péssima ideia. Foi o que aprendeu na prática o músico Lucas Silveira, de 29 anos, vocalista da banda Fresno. Silveira cuida da divulgação online do Fresno desde a época dos canais de bate-papo do mIRC, no início dos

anos 2000. Seguido por quase 750 mil usuários na sua conta pessoal no Twitter, ele diz que precisa se submeter diariamente a um exercício de paciência para não responder às várias ofensas a seu corte de cabelo ou ao conteúdo romântico de suas letras. “Parece que as pessoas que escrevem ofensas não pensam que vou ler aquilo, que do outro lado há um ser humano que pode não estar em um dia bom. É difícil segurar, mas brigar não vale a pena”, afirma Silveira. A respOstA AO INsultO é, na maioria das vezes, o que o hater mais deseja. Além de chamar a atenção de uma pessoa famosa, a recompensa vem por meio do reconhecimento dos seguidores online. Se antes o anonimato era o maior incentivo para a agressividade na internet, hoje as conexões sociais servem de estímulo para retroalimentar o comportamento agressivo. “O agressor usa a internet para dar vazão a um lado da personalidade que não é mostrado na vida real. Isso se agrava quando ele encontra pares que pensam da mesma forma”, afirma Luciana Ruffo, psicóloga do Núcleo de Pesquisas da Psicologia em Informática da PUC-SP. Com amigos incentivando o bullying e achando graça dos insultos, o comportamento agressivo ganha força. Se na sala de aula eram alguns colegas rindo dos mais fracos, na internet são milhões de pessoas causando mal-estar. “Comentário negativo tem o tempo todo, mas o que incomoda é o cara que insiste só para chamar a atenção. Muitas vezes ele nem é contra o que você diz ou faz, só quer se destacar, se apropriar de seu trabalho para ganhar influência social”, diz PC Siqueira, 27 anos, apresen-

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tador da MTV, e cujos vídeos do canal Mas Poxa Vida, no YouTube, já foram vistos 140 milhões de vezes. “O hater enche o saco até você responder. Ele diminui seu trabalho, ironiza, deseja o mal, fala para você desistir. Se você responde a isso, ele atinge o objetivo”, afirma PC Siqueira. Entre os casos extremos de bullying é possível encontrar até mesmo grupos que pregam a violência contra minorias de forma organizada. “Nossa maior preocupação é o crescimento de grupos neonazistas que usam as redes sociais para disseminar o ódio, recrutar membros e até realizar treinamentos paramilitares”, afirma Thiago Tavares Nunes de Oliveira, presidente da SaferNet Brasil, entidade que monitora e denuncia violações dos direitos humanos na internet. Segundo Oliveira, existem mais de 300 células neonazistas no país. As análises mostram que há uma ligação direta entre o crescimento dos casos de denúncias de racismo na internet e as declarações de intolerância feitas pelos deputados Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Marco Feliciano. “Analisando o número de queixas feitas a cada dia, encontramos uma correlação entre a divulgação do discurso desses parlamentares e o aumento de casos denunciados”, diz Oliveira. As leis brasileiras preveem consequências duras para aqueles que publicam comentários racistas ou ofensivos. Quem usa termos que discriminam pessoas por raça, cor, etnia, origem ou religião pode ser processado por racismo, com pena de até três anos de prisão. Casos desse tipo são considerados graves para a Justiça, pois a ofensa não é dirigida apenas a uma pessoa, mas, sim, a toda uma comunidade.

O processo é movido pelo Ministério Público e não importa a data em que a infração foi cometida. “No caso de crimes comuns contra a honra, pode ser um atenuante dizer que a pessoa xingou e depois foi xingada, mas isso não vale para crimes de racismo”, afirma o advogado Luiz Cogan, mestre em processo penal pela PUC-SP. Ofensas contra a honra, como chamar alguém de idiota, podem ser agravadas se algum termo racista for usado. Xingar de negro idiota é crime de injúria qualificada, e a pena pode chegar a três anos de prisão mais multa. O que separa uma brincadeira de

Além da SaferNet, que encaminha denúncias diretamente para a Polícia Federal e para o Ministério Público, existem iniciativas que facilitam o entendimento e o combate ao cyberbullying. O Facebook mantém uma página com orientações para quem precisa de ajuda (facebook.com/safety/bullying) e o Google tem um canal de denúncia no YouTube (youtube.com/reportabuse). “Existe um acordo de cooperação entre Brasil e Estados Unidos para detectar e punir os responsáveis por crimes contra os direitos humanos na internet. Em denúncias que envol-

O agressor usa a internet para dar vazão a um lado da personalidade que não é mostrado na vida real. Quando encontra eco, o mau comportamento é reforçado mau gosto de um processo na Justiça é a posição da vítima. Só quem sofre bullying pode definir quando a discussão passa dos limites. “Entre a liberdade de expressão e a violação há uma linha tênue, mas a dignidade humana é o que mais importa”, diz Christiany Pegorari Conte, mestre em direito da Sociedade da Informação e coautora do livro Crimes no Meio Ambiente Digital.

vem conteúdo hospedado no Brasil, um site pode ser tirado do ar em algumas horas”, diz Oliveira, da SaferNet. Ignorar as ofensas e rir dos comentários raivosos que se multiplicam na internet também pode ser uma solução. “A memória da internet é curta. Tanto para o bem quanto para o mal, as coisas duram no máximo dois dias. O hater se ocupa em odiar várias coisas e acaba esquecendo você”, diz o músico Lucas Silveira. Sabrina Sato concorda que o desprezo é uma forma de calar os raivosos. “Não ligo para elogios de baixo calão. Considero como qualquer outro elogio e levo numa boa. Mando beijo, digo para eles me esperarem em casa”, afirma Sabrina Sato, com uma gargalhada. ↙ Maio 2013 INFO

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mas o que é BiTCoiN? Vire a PágiNa e desCuBra

"Perdi r$ 1 milhão em BiTCoiN *" UMA MoedA virtUAl qUe chegoU A vAler cinco vezes MAis qUe o oUro eM ABril teM A AMBição de se trAnsforMAr no dinheiro do fUtUro. conheçA AqUi coMo fUncionA o sisteMA finAnceiro qUe girA eM torno dessA MoedA e qUeM já gAnhA e perde coM elA ≥ Por maurício moraes ≥ fotos allex ferreira

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O entusiata

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Thiago Martins investiu seus bitcoins em um fundo que foi roubado por crackers. Perdeu 2,1 mil bitcoins, mas continua investindo na moeda virtual

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Uma distância de 55 passos

separa o prédio onde mora Thiago Martins de uma casa de câmbio que negocia dólares e euros, no centro de São Paulo. Mas o analista de sistemas de 33 anos não tem interesse em trocar real por essas moedas. Sua obsessão é o bitcoin, um tipo de dinheiro digital produzido por milhares de computadores espalhados pelo planeta, a um ritmo aproximado de 25 unidades a cada dez minutos. Como um corretor de ações, Martins passa horas de olho em dois monitores, comprando e vendendo a moeda virtual ou negociando com outros entusiastas. Nem sempre dá certo. Martins investiu boa parte de seus bitcoins em um fundo que não era regulado por nenhum banco ou autoridade monetária, que prometia juros de até 12% ao mês. Tudo parecia bem até que, no fim de março, uma falha no software do fundo teria permitido que criminosos virtuais roubassem tudo. Alguns dias depois, o valor da moeda bateu em 266 dólares. Martins perdeu pouco mais de 1 milhão de reais, o equivalente a 2,1 mil bitcoins desaparecidos. O responsável pelo fundo prometeu devolver a quantia em dinheiro tradicional, com a cota-

ção do dia do incidente. Se isso acontecer, Martins receberá 378 mil reais e provavelmente converterá tudo em bitcoins novamente. “Até o fim do ano, ganho outro milhão”, afirma Martins. Engana-se quem imagina que o bitcoin está restrito a um nicho formado por programadores e entusiastas de tecnologia. A moeda vem ganhando popularidade e começou a chamar a atenção de grandes investidores. Entre os que acreditam no seu potencial estão os gêmeos Tyler e Cameron Winklevoss, que ficaram famosos ao processar Mark Zuckerberg, acusando-o de plagiar sua ideia para criar o Facebook. Os irmãos teriam uma quantia de bitcoins equivalente a 11 milhões de dólares, segundo o jornal The New York Times. Para garantir que não serão roubados, eles guardam

as chaves de segurança em pen drives depositados em cofres de três bancos. Apesar do risco, nenhum prejuízo tira o ânimo de Thiago Martins, que é também um dos principais defensores da moeda digital no Brasil. Ele descobriu o bitcoin em junho de 2011, lendo um artigo sobre o WikiLeaks. A organização começou a aceitar doações na moeda virtual quando teve as contas bloqueadas. Outra reportagem mostrava que esse seria o dinheiro do futuro. “Não concordo com o sistema em que vivemos. A Casa da Moeda imprime dinheiro como fazem os americanos, que jogam dólares na economia e aumentam o teto da dívida. Sinto que isso está errado. O bitcoin não é controlado por nenhum governo ou banco. É um sistema paralelo, extremamente avançado e sólido”, diz.

O bitcoin permite transferências e pagamentos online sem intermediários. Uma carteira digital identificada por 34 caracteres armazena a moeda

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Mas, afinal, como está estrutu­ rada essa moeda virtual? Como ela funciona? A estrutura do bitcoin está descentralizada em uma vasta rede de computadores mantidos por entusiastas, que produzem novas moedas e também verificam e regis­ tram todas as transações financeiras, que são criptografadas e anônimas. O modelo é similar ao das redes P2P, usadas para compartilhamen­ to de arquivos na internet. Por isso, controlar a moeda virtual, como fazem os bancos centrais com a mo­ eda real, é muito difícil. Há uma teoria que prevê que, quando mais de 50% do poder computacional da rede estiver nas mãos de uma mes­ ma organização, o bitcoin poderá ser manipulado. Como o número de computadores cresce sempre, essa possibilidade é bastante remota. Os que não querem que seu dinhei­ ro seja controlado pelo governo ou por bancos veem na moeda virtual uma alternativa e uma proteção. O bitcoin foi criado por um desenvolvedor mis­ terioso, chamado Satoshi Nakamoto, em 2008, logo depois da crise finan­ ceira que atingiu os Estados Unidos. Sua ideia era montar um sistema que permitisse transferências, depó­ sitos e pagamentos online entre pon­ tos diferentes do planeta, de forma rápida, descomplicada e anônima, sem intermediários. A moeda preci­ saria adotar um altíssimo padrão de segurança e uma estrutura capaz de resistir a turbulências econômicas ou à quebra de instituições financeiras. Nakamoto conseguiu. Até hoje ninguém falsificou bitcoins. O que mantém o funcionamento da moeda virtual são os “mineradores”, versões modernas das pessoas que garimpa­ vam ouro. Computadores integrados

à rede por meio de um software com­ petem entre si, resolvendo complica­ dos problemas matemáticos. Aqueles que encontram a solução primeiro recebem um bloco de bitcoins. Isso acontece a cada dez minutos, e a di­ ficuldade aumenta com o tempo. Na primeira fase do bitcoin, cada bloco rendia 50 moedas virtuais. A cada 210 mil blocos minerados, a recom­ pensa diminui pela metade. Desde de­ zembro, caiu para 25 bitcoins. Dentro de quatro anos serão 12,5 bitcoins. E assim sucessivamente, até 2140, quando o último bloco será minerado. O sOFtware deFINIu que o número de bitcoins em circulação chegará a no máximo 21 milhões de unidades. Como havia pouca gente minerando no início, conseguir a moeda era mo­ leza. A primeira transação feita com a moeda teria sido a compra de duas pizzas, por 10 mil bitcoins, equiva­ lentes na época a pouco mais de 25 dólares. Em valores atuais, seriam as pizzas mais caras do planeta: 2 mi­ lhões de dólares, na cotação mais alta. Até 2010, qualquer um podia colocar o computador de casa para trabalhar e, com isso, conseguir um punhado de dinheiro digital. Isso é impraticável hoje, mesmo com máqui­ nas de última geração. A disputa pelos blocos aumentou tanto que surgiram computadores com hardware dedi­ cado a minerar, como o Avalon ASIC. Competir com eles só vale a pena em lugares em que a energia elétri­ ca é muito barata, o que não é o caso do Brasil, porque é necessário que o computador fique ligado dia e noite.

grana difícil USAMOS UM COMPUTADOR DE ÚLTIMA GERAçÃO PARA MINERAR BITCOINS NO INfOLAB, DURANTE UM MÊS. VEJA O RESULTADO

Parecia fácil. Para mine­ rar bitcoins no INFOlab, nosso laboratório de testes, usamos por um mês um PC com pro­ cessador Intel Core i7 3960X de seis núcleos e 3, 3 GHz, 16 GB de RAM e duas placas de vídeo. A competição é tanta que obtivemos só 0,033 bitcoin (6,6 reais, na cotação de 100 dólares). Nossa intenção era pagar com bitcoins o trabalho de Allex Ferreira, contratado para fazer as fotos desta reportagem, mas o dinheiro não deu. Ferreira é fotó­ grafo e negociador de bitcoins. A compra e a venda entre pessoas é uma das principais formas de conseguir a moeda no Brasil. De seu quarto em um sobra­ do no Butantã, zona oeste de São Paulo, Ferreira atua como inter­ mediário na transação. Fica com a diferença. “Quanto maior o risco, maior o retorno, porque há gente interessada. Mas o bitcoin é uma coisa muito moderna. Não é todo mundo que vai enten­ der a mágica”, diz Ferreira, que recebeu em reais pelo trabalho.

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O que dá para cOmprar

antes associada a sites criminosos, a moeda já pode ser usada para pagar produtos e serviços

Pousada Na praia de Maresias, em São Sebastião, litoral sul de São Paulo, a Kyrios está à espera da primeira reserva em bitcoin

Café Grãos selecionados de Brasil, Quênia ou Nicarágua são vendidos no Bitcoincoffee.com por 0,857 bitcoin a porção de quase 100 gramas

eletrônicos Todo tipo de eletrônico pode ser adquirido com a moeda virtual na loja online Bitcoinstore.com

Blogs O WordPress passou a aceitar pagamentos em bitcoin na sua loja virtual, que oferece domínios, temas e plugins para blogs

mineradores Quem quiser ter uma Casa da Moeda que produza bitcoins pode adquirir um computador Avalon ASIC por 72,36 bitcoins. Há fila de espera 68 / INFO Maio 2013

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A rede de mineradores também assegura que ninguém possa gastar o mesmo bitcoin duas vezes. Isso é feito por meio do registro de todas as transações feitas com a moeda. Cada pessoa tem uma carteira digital identificada por um endereço de 34 caracteres, que armazena os bitcoins. Para fazer uma transação, basta indicar o destinatário e definir a quantia a ser enviada. Uma chave privada de criptografia funciona como senha para liberar os recursos. Ao apertar um botão, os bitcoins são transferidos e a operação fica registrada. Se alguém tentar repeti-la, o programa verá nos registros públicos que os bitcoins já foram usados e impedirá a transação. Os mineradores recebem uma pequena fração de bitcoins como prêmio. COmO Os eNdereçOs dessas carteiras não contêm dados pessoais, as movimentações ocorrem de forma anônima. Dá para saber que 10 bitcoins saíram do endereço A e foram para o B e o dia e a hora que isso aconteceu, mas não é possível saber quem são os envolvidos. A garantia do anonimato tem a vantagem de permitir que entidades como o WikiLeaks, bloqueadas pelo sistema financeiro, recebam doações. Também não existe forma de anular uma transação. Essas duas características são responsáveis por boa parte das polêmicas que envolvem a moeda virtual. Um aspecto negativo é o fato de facilitar o uso para lavagem de dinheiro por criminosos ou para a venda de drogas na web, em sites obscuros como o Silk Road. Os defensores

do bitcoin argumentam que qualquer moeda pode servir a atividades ilícitas. O impedimento de reverter transações torna o bitcoin atraente para crackers, que podem invadir um computador, capturar a carteira e enviar seu conteúdo para outro endereço. Como tudo ocorre anonimamente, rastrear o autor do furto é difícil. “Não recomendo o bitcoin para quem não entende muito de tecnologia. A pessoa está sozinha contra todos os crackers do planeta. Quando cometer um erro, vai ser atacada”, diz o programador Tiago Ruick Caveden, 29 anos, um dos primeiros brasileiros a usar bitcoins. Segundo ele, aumentar a segurança é um passo importante para popularizar a moeda. A falta de medidas adicionais de proteção não tem impedido o bitcoin de conseguir adeptos. O interesse pela moeda explodiu nos últimos dois meses. No início de fevereiro, 1 bitcoin custava 20 dólares. Um mês depois, a moeda teve alta de 50% e atingiu 30 dólares. O valor continuou a subir até chegar ao recorde de 266 dólares, em 10 de abril. Horas depois, o preço caiu para cerca de 100 dólares. A moeda virtual não despencou por causa de ataque de crackers. O serviço mais usado para negociar bitcoins, o Mt.Gox, não suportou a demanda. Como as transações não eram concluídas, muitos venderam o que tinham, temendo o estouro de uma bolha. Entre as hipóteses para o repentino aumento de interesse está a recente crise em Chipre. Com a quebra do segundo maior banco do país europeu, o governo ameaçou confiscar parte do dinheiro dos correntistas. O perigo teria levado à compra de bitcoins.

IluSTrAçÕES evandro bertol

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Na Argentina, o aumento da infla­ ção e a proibição de comprar dólares levou muita gente para o bitcoin. Um dos principais serviços americanos que negociam o dinheiro digital, o TradeHill, quer instalar um escri­ tório no país. A versão portenha do Mercado Livre tem vendedores que aceitam bitcoins. Entre as ofertas está um apartamento em Caseros, na Grande Buenos Aires, avaliado em 815 bitcoins, considerando a cotação de 100 dólares pela unidade da moeda. CONveNCIdO de que a moeda virtual pode se tornar ferramenta de mudança política, Hamilton Rodrigo Amorim aplica toda a sua renda no bitcoin. “O sistema vai ajudar as pessoas a com­ preender a economia e a melhorar a sociedade”, diz Amorim, analista de sistemas e ativista de 34 anos que vive em Belo Horizonte (MG). Amorim transforma o dinheiro digital em real só quando precisa pagar as contas. No mês passado, deu entrada de 4 470 reais em um Fiat Palio, quantia que obteve com o lucro em operações de compra e venda de bitcoins. “Quem entra no bitcoin percebe que a cada dia o dólar ou o real valem menos”, diz. Como são produzidos em ritmo constante, mas em quantidade limitada e finita, os bitcoins tendem a ganhar va­ lor em relação ao dinheiro tradicional. A evolução histórica da moeda mostra isso. No início, os bitcoins eram vendi­ dos por centavos de dólar. Hoje, o pre­ ço varia de muitas dezenas a algumas

GANGORRA FINANCEIRA

O ValOR Em dólaREs dO BiTCOin VaRiOu mais dO quE O OuRO E O REal nOs úlTimOs mEsEs 250,00

214,67

200,00 150,00 100,00 50,00

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10/02

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Real

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Ouro

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Bitcoin(1)

Fontes: Bitcoin Charts, Thomson Reuters e Kitco (1) Valor médio do dia. Em 9 de abril, o bitcoin atingiu o valor recorde de 266 dólares.

centenas de dólares. Quem investe na moeda tem esperança que o proces­ so continue, com a chegada de mais adeptos. Críticos dizem que pode haver uma bolha prestes a estourar ou que tudo não passa de um grande golpe de Satoshi Nakamoto. Mas o bitcoin já tem quatro anos e ainda não deu sinais de que vai acabar. Isso não quer dizer que o dinheiro virtual dará certo e se torna­ rá referência mundial. Como se trata de uma moeda deflacionária, o bitcoin pode frear o crescimento da economia sempre que seu valor subir. Em vez de gastar, as pessoas vão preferir poupar, pois amanhã uma unidade poderá va­ ler muito mais. Isso teria o potencial de provocar recessão em larga escala. Outras moedas criptografadas que trazem aprimoramentos também co­ meçaram a surgir. Nada impede que uma delas tome o lugar do bitcoin. Mas a moeda virtual ganhou um apoio inesperado em março. A Rede de Combate a Crimes Financeiros (FinCen), do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, publicou regula­ mentação para os serviços que fazem negociações com a moeda. As empre­ sas terão de denunciar operações

suspeitas. Isso foi interpretado como uma legalização informal do bitcoin e uma indicação de que as transações não serão proibidas pelo governo. Isso seria motivo de comemora­ ção para o criador da moeda virtual, Satoshi Nakamoto. Mas ele está desa­ parecido desde abril de 2011, quando escreveu uma mensagem para Gavin Andresen, um dos principais desen­ volvedores do software usado pelo bitcoin, informando que cuidaria de outros assuntos. Nakamoto afirma ser japonês. Fala inglês bem e tem um conhecimento técnico acima da média. Nunca ninguém o viu ou conversou pessoalmente com ele. O criador do bitcoin tornou­se conhecido em 1o de novembro de 2008, quando publicou o conceito da moeda virtual em uma lista de discussão sobre criptografia. Em ja­ neiro de 2009, minerou o primeiro blo­ co de 50 bitcoins. Em dois anos, escre­ veu 575 posts no Bitcoin Forum. Depois sumiu. Suspeita­se que Nakamoto seja o pseudônimo de um gênio ou de um grupo que minerou 1 milhão em bitcoins. Se a moeda seguir o destino planejado, seu criador vai se tornar um dos homens mais ricos do mundo. ↙ Maio 2013 INFO

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TE CH AL GUIA CI

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Mobilidade é o teMa central deste Guia tech coM 41 produtos. testaMos sMartphones, ultrabooks, câMeras, acessórios e até bicicleta e patinete elétricos. aproveite! ≥ por airton lopes / cauã taborda / gabriel garcia / leonardo veras / maurício moraes ≥ fotos rafael evangelista

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eSpeC i

Guia t e al

o Bilid a

o Galaxy S4 e maiS 40 produtoS TRADUTOR Frases ditadas em português são facilmente reconhecidas. Porém, a tradução não é perfeita. Mas o player de música atende a comandos de voz no nosso idioma

PELO OLHAR Com os olhos rastreados pela câmera, a rolagem de página é feita inclinando a cabeça

DUAS EM UMA Cenas captadas simultaneamente pelas duas câmeras são salvas em uma foto ou em um vídeo

CAPTURA DE MOVIMENTO A trajetória de um objeto é fotografada em diversos momentos e combinada em uma única imagem

TELA DIVIDIDA O display de 5” pode ser ocupado ao mesmo tempo por dois aplicativos lado a lado

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SENSORES Além dos de luminosidade e de proximidade, traz um de infravermelho para reconhecer gestos

ELEGANTE O corpo continua fino (0,8 cm) e leve (130 g). A tampa traseira é de plástico

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smartphone

Galaxy S4 / SAmSung Para

SEM TOCAR Pairando o dedo sobre um álbum, o S4 exibe um preview das fotos da galeria SAMSUNG HUB Vídeos, livros e jogos são exibidos na loja com visual similar ao do Windows Phone 8 edição de imagem edson minoru

aproveitar algumas das novidades do rei dos androids, é preciso manter os dedos afastados de sua tela de 5 polegadas e resolução full Hd. gestos no ar, o dedo em riste pairando sobre o display, a voz e o olhar se transformam em comandos para lidar com o galaxy s4 sem deixar impressões digitais. no browser e no e-mail, a rolagem da página é feita com o olhar para o topo ou para o rodapé da tela. a câmera frontal rastreia os olhos para que o aparelho se oriente pelo ângulo de inclinação do rosto. se não quiser mexer o pescoço, basta inclinar o smartphone para obter o mesmo efeito. no player de vídeo, o filme é pausado no momento que os olhos deixam de olhar para a tela. a rolagem sem toque também pode ser feita com gestos, passando a mão verticalmente diante do sensor de infravermelho acima do display. movendo a mão na horizontal, o galaxy s4 alterna entre janelas da web, fotos da galeria e músicas em execução. sem tocar na tela também dá para tirar fotos, falando com o smartphone, em inglês, e controlar a reprodução de música, com ordens em português. o tradutor s Translator tem um ouvido

(1) Duração medida com o aparelho em chamada e com o Wi-Fi e o Bluetooth ativados (2) Preço do aparelho sem planos de voz e dados

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muito bom, mas faz traduções quase sempre literais. ele quebra o galho, mas não serve como um intérprete confiável. Já para o s Voice, o assistente digital capaz de analisar ordens e realizar diversas tarefas, nosso idioma continua sendo uma barreira intransponível. nos testes do inFolab os controles por gestos e pelo olhar funcionaram bem, mas a assimilação pelo usuário não é imediata. mas após o efeito “uau!”, os truques têm uma utilidade prática limitada. o que mantém o galaxy s4 como o melhor android é a configuração exuberante, com chip quad core, 4g no padrão brasileiro e a câmera de 13 mP com recursos surpreendentes. nos testes, a duração de bateria em modo de chamada foi uma das melhores da categoria: 20 horas e 22 minutos.

4g (LTE) / Android 4.2 / Snapdragon 600 Krait 1,9 gHz quad core / 16 gB + microSD / Tela de 5” / Câmeras de 13 mP (1080p) e 2 mP (1080p) / 130 g / 20h22min de bateria(1) AvALiAçãO TéCNiCA: 9,1 CUSTO/BENEfíCiO: 6,9

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Guia t e aL

o BiLid a

2 fone de ouvido

MDR-ZX100 / Sony Com apenas 120 gramas, este fone de ouvido da Sony de 89 reais pode ser usado por horas sem causar desconforto. O áudio não tem a mesma definição e pureza dos modelos mais sofisticados ou os graves ressaltados dos Beats Audio, mas não omite detalhes ou embola o som. A distorção só aparece com o volume no máximo. Ele não tem função de headset para atender chamadas no smartphone ou controle remoto para ajustar o volume e a reprodução. Formato on-ear / Conexão P2 / Cabo de 1,2 m / Sensibilidade: 100 db / mW / resposta em frequência: 12 – 22 000 Hz / 120 g

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MondoPower / MobiMax

Um adaptador de tomada é item indispensável em viagens ao exterior. o da Mobimax funciona nos Estados Unidos, na Europa e na China e tem porta USb. / R$ 89

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smartphone

Razr D3 / Motorola Com um corpo compacto, este aparelho

AvAliAção técnicA: 7,1 custo/benefício: 8,0

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com Android 4.1 agrada por trabalhar com duas linhas e sem lentidão. Não há morosidade ao checar as novidades do Facebook enquanto e-mails são carregados. Ele também vai bem com games. A tela de 4 polegadas oferece brilho intenso e cores fiéis. A boa impressão é proporcionada pela combinação de um processador dual core e 1 GB de memória RAM. O NFC é um item de smartphones avançados, mas o acabamento de seu corpo é típico dos modelos mais simples.

3G / android 4.1 / Cortex a9 1,2 GHz dual core / 4 Gb + microSD / tela de 4” / Câmeras de 8 MP (720p) e 1,2 MP (720p) / 125 g / 13h19min de bateria(1) AvAliAção técnicA: 7,9 custo/benefício: 7,4

/ R$ 799(2)

(1) Duração medida com o aparelho em chamada e com o Wi-Fi e o Bluetooth ativados (2) Preço do aparelho sem planos de voz e dados (3) Duração medida com a exibição de vídeo em 720p e com Wi-Fi e Bluetooth ativados

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acessório

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plugado à guitarra, o Jam facilita a gravação em estúdios domésticos por converter o som do instrumento para ipads, iphones e Macs. / R$ 399

tablet

ElitePad 900 / Hp Mais leve que o iPad, o tablet da HP de 10,1 polegadas tem vocação para o

trabalho. O ElitePad 900 vem com o Windows 8 Pro, o que permite rodar todos os programas que funcionam nos PCs. Tem conexão 3,5G, NFC e entrada USB 2.0, por meio de um adaptador. Para as tarefas mais comuns, o desempenho nos testes do INFOlab foi similar ao de laptops bem básicos. Com atividades que exigem mais processamento gráfico, a distância para os ultrabooks é grande. Porém, na maior parte do tempo, não há prejuízo para a experiência de uso como tablet. A duração de bateria reproduzindo vídeo (6 horas e 41 minutos) é satisfatória. O tablet não esquenta demais e não é barulhento. Dos 32 GB de memória, apenas 9,1 GB ficam disponíveis, mas há entrada para cartão microSD. A HP possui um acessório, ainda sem preço definido no Brasil, que se encaixa no ElitePad 900 como uma jaqueta e adiciona duas portas USB 2.0, saída HDMI, slot SD e bateria extra ao modelo. Nos testes, essa bateria aumentou a autonomia do tablet para 10 horas e 21 minutos.

Tela de 10,1” / Intel Atom Z2760 1,8 gHz dual core / 32 gB + microSD / 3,5g (HSpA+) / 629 g / Windows 8 pro / 6h41min de bateria(3) AvAliAção técnicA: 8,3 custo/benefício: 6,6

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câmera

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GUIa t e aL

o BILID a

D5200 / nikon Com corpo com-

pacto e leve, esta câmera é acessível a fotógrafos não profissionais. Tem comandos claros e interface amigável. O sensor de 24,1 megapixels gera imagens definidas, com fidelidade de cores e boa tolerância a ruídos. O sistema de foco recebeu uma atualização. Saltou para 39 pontos, ante 11 do modelo anterior. Isso gera mais precisão e agilidade na hora de focar. Os vídeos são gravados em full HD em até 60 quadros por segundo.

24,1 MP / Zoom de 3x (18 a 55 mm) / Filmagem em 1080p / LCD de 3” / 552 g AvAliAção técnicA: 7,9 custo/benefício: 7,7

/ R$ 2 548

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smartphone

Xperia J / Sony Os maiores atrativos deste aparelho da Sony são a qualidade da tela e o design leve e elegante do corpo feito de plástico. A traseira tem a região central mais fina que as extremidades, o que ajuda a ter uma pegada firme e confortável. O Android instalado é a versão 4 do sistema com a aparência modificada. Os menus apresentam uma interface que lembra a de outros produtos da Sony, como o PlayStation. A câmera faz fotos decentes em dias ensolarados, mas o resultado com vídeos não convence. 3G / Android 4 / Cortex A5 1 GHz / 4 GB + microSD / Tela de 4” / Câmeras de 5 MP (720p) e 0,3 MP (480p) / 124 g / 12h46min de bateria(1) AvAliAção técnicA: 7,8 custo/benefício: 8,2

/ R$ 620(2)

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(1) Duração medida com o aparelho em chamada e com o Wi-Fi e o Bluetooth ativados (2) Preço do aparelho sem planos de voz e dados

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hd externo

Wireless Plus / Seagate

a transferência de arquivos para o HD de 1 tB pode ser feita pela porta USB 3.0. Mas o mais legal no Wireless Plus é acessar o conteúdo por Wi-Fi, por meio de smartphones e tablets. / R$ 699

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bicicleta elétrica

Nano Bike / MUltilaSer Esta bike elétrica chama a atenção por seu tamanho compac-

to. Com quadro de alumínio e visual discreto, a bicicleta é dobrável em dois pontos, podendo ser colocada no porta-malas até de carros pequenos. O peso reduzido é uma vantagem em relação a suas concorrentes. A Nano Bike pesa 16,5 quilos. Seu silencioso motor traseiro é alimentado por uma bateria de íon de lítio, que proporciona autonomia de 19 quilômetros. Ou cerca de 90 minutos de uso contínuo. A carga da bateria é feita ligando o cabo de força em uma tomada comum. O motor não tem força para transportar pessoas com mais de 90 quilos. Em inclinações acima de 45 graus, ele perde a força e é preciso pedalar para compensar a falta de torque. A bike tem buzina de sino, garupa traseira, pezinho e refletores na frente e na traseira.

Câmbio Shimano SiS 7 marchas / aro 20 / Potência da bateria: 250 W / 1h31min de bateria / 16,5 kg AvAliAção técnicA: 8,0 custo/benefício: 7,3

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acessório

o biLiD a

Ultrathin Keyboard Cover / Logitech

Quando não está protegendo a tela do iPad, esta capa com contatos magnéticos e Bluetooth se transforma em um teclado melhor do que o de muitos ultrabooks. / R$ 399

11 notebook

Vaio T13 Touch / Sony Impulsionado pelo Windows 8, o display sensível ao toque está ga-

nhando espaço não só em ultrabooks que se transformam em tablets. A diferença deste Vaio para um laptop comum é justamente a tela de 13,3 polegadas touchscreen. Levar o dedo ao LCD a todo momento é cansativo, mas, se utilizada de forma complementar, a interface por toque fica interessante. A vantagem de usar a touchscreen em vez do touchpad está na maior agilidade para transitar entre os aplicativos, exibir imagens e apresentações e folhear livros nos aplicativos do Windows 8. A edição de documentos e o trabalho com programas que não estão adaptados para a interface nova do sistema operacional continuam exigindo o touchpad ou um mouse. No novo Vaio, algumas tarefas dispensam o contato físico com a máquina. A troca de música e o controle do volume, por exemplo, são feitos com gestos diante da webcam. Nos testes do INFOlab, o desempenho do modelo foi bom, mas é fácil achar ultrabooks similares mais leves e com mais espaço para arquivos.

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tela de 13,3” touchscreen / intel core i5-3317U 1,7 ghz (ivy Bridge) / 4 gB / SSD de 32 gB + hD de 320 gB / Vídeo onboard / 1,7 kg / Windows 8 / 1h32min de bateria(1) AvAliAção técnicA: 7,8 custo/benefício: 7,4

/ R$ 3 499

(1) Duração de bateria medida com o software Battery Eater e o notebook com o Wi-Fi ligado, tela com o máximo de brilho e perfil de alto desempenho no Windows, sem permitir o desligamento de componentes

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alto-falante

Caixa de Som Bluetooth / daZZ A potência do áudio desta caixa de som com nome genérico é superior à oferecida em laptops, mas, no modo Bluetooth, a qualidade torna-se apenas aceitável. A potência é suficiente para reproduzir som ambiente em uma sala pequena. Com volume máximo, as músicas sofrem uma distorção acentuada. O equipamento possui microfone embutido e conta com função de viva-voz. 6 W de potência / Resposta em frequência: 20 – 20 000 Hz / Viva-voz / Bluetooth / P2 / microuSB / 19 x 5,2 x 6,6 cm / 360 g / 2h24min (modo Bluetooth) e 7h26min (modo P2) de bateria AvAliAção técnicA: 6,9 custo/benefício: 7,4

/ R$ 299

câmera

XF1 / FujIFIlM Com um sensor

de imagem engenhoso, esta câmera compacta conta com mais recursos do que o habitual, mas seu funcionamento não é muito amigável. O fotógrafo vai ter trabalho para aprender a usar todos os recursos. No modo manual, a XF1 tem controles que tradicionalmente estão disponíveis apenas em câmeras avançadas. É possível ajustar abertura, velocidade, ISO, exposição e checar o histograma. Para facilitar o entendimento dos menus, há pequenas explicações espalhadas pelo sistema. A lente de ótima qualidade também traz uma inovação: ela liga a máquina quando expandida, e a desativa se retraída. Nos testes do INFOlab mostrou bom nível de zoom. A entrada de bastante luz facilita as fotos em ambientes fechados. A câmera tem corpo elegante, fino e leve. Os vídeos são registrados em full HD, com foco automático e excelente definição. 12 MP / Zoom de 3x (18 a 55 mm) / Filme em 1 080p / lCd de 3” / 223 g AvAliAção técnicA: 8,3 custo/benefício: 7,3

14 acessório

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AmpliTube iRig / IK MultIMedIa

além de levar o som da guitarra para iPhones e iPads aproveitando o conector do fone, este acessório permite ao músico usar um aplicativo para experimentar efeitos e distorções. / R$ 179

/ R$ 1 599

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fone de ouvido

HPH-PRO300 / YaMaha A qualidade sonora deste fone da Yamaha está à altura de seu belo visual, inspirado nas motos esportivas de corrida. As faixas ouvidas nos testes apresentaram um equilíbrio de frequências muito bom. Graves, médios e agudos são limpos, nítidos e na medida certa para a maioria dos gêneros musicais. Apenas fãs de hip-hop podem fazer questão de graves mais profundos. A haste do fone é dobrável, mas não dá para remover o cabo. 17

Formato on-ear / headset / Conexão p2 (adaptador p10) / Cabo de 1,2 m / Sensibilidade: 107 dB/mW / resposta em frequência: 20 – 20 000 hz / 200 g

Lumia 620 / nokia Se a inten-

AvAliAção técnicA: 8,0 custo/benefício: 7,o

ção é gastar menos de 900 reais com um smartphone com Windows Phone 8, por enquanto o Lumia 620 é a única alternativa. Mas é claro que ele não se garante apenas por ser candidato único. O modelo tem 8 GB de memória, o que é bastante para um smartphone intermediário, entrada para cartão e NFC. Além do Office em versão de bolso, vem com um aplicativo de navegação por GPS muito bom. No INFOlab, a operação do Lumia 620 apresentou fluidez. O preocupante foi a pouca autonomia da bateria.

/ R$ 999

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smartphone

3G / Windows phone 8 / Snapdragon S4 plus krait 1 Ghz dual core / 8 GB + microSD / tela de 3,8” / Câmeras de 5 Mp (720p) e 0,3 Mp (480p) / 129 g / 6h55min de bateria(1) AvAliAção técnicA: 7,5 custo/benefício: 7,2

/ R$ 819(2)

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fone de ouvido

Skull / Maxprint

Como na maioria dos fones intra-auriculares, os graves deste modelo não empolgam, mas o som é respeitável. Ele ainda funciona como adereço divertido para figurino roqueiro. / R$ 37

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(1) Duração medida com o aparelho em chamada e com o Wi-Fi e o Bluetooth ativados (2) Preço do aparelho sem planos de voz e dados

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acessório

Dragonfly / Audioquest

este conversor de áudio com pinta de pen drive faz o papel de uma placa de som usB para PCs com saída P2. o ganho de qualidade do som é impressionante. Assim como seu preço. / R$ 990

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leitor de e-book

Kobo Glo / KoBo Versatilidade é a principal característica deste e-reader vendido pela Livraria Cultura. O Kobo Glo conta com uma tela E Ink de ótimo contraste, não reflexiva, e iluminação embutida, que permite usar o aparelho em qualquer situação. Com a luz e o Wi-Fi ligados e quatro viradas de página por minuto, a bateria durou 20 horas e 30 minutos. Outro atrativo é a compatibilidade com ePub, o principal formato de livro digital, que pode ser adquirido na maioria das lojas virtuais. O Kobo Glo conta ainda com dez tipos de fonte, que melhoram a experiência de leitura. O desempenho nos testes do INFOlab foi bom, mas o e-reader travou algumas vezes.

tela e ink XGA Pearl de 6” / 2 GB / microsd / ePuB, PdF, HtML, XHtML, RtF, tXt, CBZ, CBR, JPeG, GiF, PNG e tiFF / Wi-Fi / 11,4 x 15,6 x 1 cm / 184 g / 47h10min de bateria (modo normal) AvAliAção técnicA: 8,0 custo/benefício: 7,5

/ R$ 399

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patinete elétrico

MoTronik 800W / DropboarDs Patinete é coisa de criança, certo? Não o MoTronik! Este patinete com motor elétrico tem design esportivo, pneu biscoito e suspensão reforçada para que o usuário mais ousado faça até algumas manobras. Dobrável, pode ser facilmente guardado, apesar de seus 28 quilos e tamanho nada compacto. É mais confortável do que um patinete convencional, pois tem até banco de couro. O motor robusto, de 800 watts, consegue manter a velocidade até em subidas. Nos testes do INFOlab, a bateria de íon de lítio registrou vida útil de apenas 65 minutos. A recarga da bateria demora de 6 a 8 horas.

aro 4 / potência da bateria: 800 W / 1h05min de bateria / 28 kg AvAliAção técnicA: 7,7 custo/benefício: 7,3

/ R$ 2 990

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câmera

DMC-GF5 / PaNasoNiC Com tela sensível ao

toque, esta câmera híbrida permite que o fotógrafo selecione os pontos de foco com um simples toque. A ação é muito prática e similar à de câmeras de smartphones. Nos testes do INFOIab, a qualidade da imagem ficou acima da média, mas seu estabilizador óptico não lida bem com exposições mais longas, como nas fotos noturnas. O modelo também não é dos mais velozes no registro das imagens e no ajuste do foco. Vídeos são gravados em full HD a 30 quadros por segundo.

12,1 MP / Zoom de 3x (14 a 44 mm) / Filmagem em 1 080p / LCD de 3” / 265 g AvAliAção técnicA: 7,6 custo/benefício: 7,3

smarTPHoNe

/ R$ 2 499

Ypy S400 / Positivo Com recursos equilibrados, o Ypy

S400 é uma opção para usar duas linhas telefônicas em um smartphone com Android 4, display de 4 polegadas e preço razoável. Ele gerencia bem os dois chips, identificando qual deles está recebendo as chamadas e mensagens e qual será responsável pela conexão de dados. Nos testes do INFOlab, o modelo apresentou lentidão em alguns momentos. O aplicativo da câmera de 5 MP é bem esperto. Porém, o registro das imagens é realizado com um atraso acima do normal.

3G / android 4.0 / snapdragon s4 Play 1 GHz dual core / 4 GB + 8 GB (microsD) / tela de 4” / Câmeras de 5 MP (720p) e 0,3 MP (480p) / 134 g / 12h06min de bateria(1) AvAliAção técnicA: 7,8 custo/benefício: 7,8

acessório

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Play Video Memo Pad / Native UNioN

Chega de deixar recados em bilhetinhos! Grudado na geladeira por ímãs, o Play grava e exibe clipes de vídeo de até 3 minutos. / R$ 269

/ R$ 699(2) (1) Duração medida com o aparelho em chamada e com o Wi-Fi e o Bluetooth ativados (2) Preço do aparelho sem planos de voz e dados

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acessório

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Intoxicase Plus / Spicebox

Que tal impressionar a turma abrindo garrafas com o iphone 4 e o 4S? A capa intoxicase permite a brincadeira. com a ajuda de um aplicativo, o smartphone conta as garrafas esvaziadas. / R$ 180

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relógio

Ambit Black HR / Suunto Este 25

leitor de e-book

Kindle Paperwhite 3G / AmAzon A distribuição uniforme da luz interna faz da tela deste e-reader uma das mais agradáveis para ler em ambientes escuros. O problema é que a iluminação permanece ativa mesmo no nível zero, o que diminui a duração da bateria. Virando quatro páginas por minuto, com luz, Wi-Fi e 3G ligados, o aparelho aguentou 11 horas e 42 minutos. O Paperwhite tem apenas um botão, que serve para ligá-lo, e todos os comandos são dados na tela sensível ao toque. A boa performance do e-reader traz uma experiência de uso consistente, sem engasgos. É possível armazenar documentos na nuvem, convertê-los e enviá-los para o Kindle por e-mail. A Amazon também faz promoções semanais de e-books, com bons títulos a 9,90 reais. tela paperwhite de 6” / 2 Gb / AzW, pDF, mobi, txt e pRc (nativamente); Doc, Docx, HtmL, JpeG, GiF, pnG e bmp (por conversão) / Wi-Fi e 3G / 11,6 x 16,8 x 0,8 cm / 216 g / 29h45min de bateria (modo normal) AvAliAção técnicA: 7,9 custo/benefício: 7,0

relógio marca pressão atmosférica, temperatura, altitude, velocidade, localização e batimentos cardíacos. As informações coletadas são úteis para aventureiros que praticam desde uma corridinha despretensiosa até natação e montanhismo. Depois do suadouro, os dados são transferidos para o PC por um cabo USB e se transformam em gráficos de progresso e mapas com as rotas de treino. Também é possível criar perfis de uso para qualquer esporte com até 24 funções simultâneas.

GpS / bússola digital / barômetro com altímetro / termômetro / À prova d’água (100 m) / 2,9 x 1,8 cm / 78 g AvAliAção técnicA: 9,0 custo/benefício: 7,0

/ R$ 2 099

/ R$ 629

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mp3 player

iPod nano / Apple

Com 16 GB, o Mp3 player favorito dos corredores perdeu o clipe para fixação na roupa, mas ficou mais fino e ganhou Bluetooth para o uso de fones sem fio. / R$ 759

fone de ouvido

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ATH-ANC9 QuietPoint / Audio-TeChniCA Além de produzir um som de alta fidelida­

de e livre de distorções, este fone impede que barulhos externos atrapalhem a ótima experiên­ cia musical. Para isso, conta com um sistema eletrônico de cancelamento de ruídos com três níveis de atuação. Nos cenários testados pelo INFOlab, o de um ambiente com pessoas conver­ sando animadamente e o de um local mais tranquilo, o isolamento acústico foi muito eficiente. O outro modo de redução é indicado para o uso em viagens de avião e de trem. O sistema funcio­ na com quatro microfones e uma pilha palito (AAA). Diferentemente dos concorrentes, neste fone dá para desativar o cancelamento de ruído e ouvir músicas normalmente. Os graves ficam menos intensos, mas a sonoridade mostra­se até mais natural. Como o recurso não é desativado automatica­ mente quando o fone não está tocando músicas, é preciso estar atento para desligá­lo. Caso contrário, a carga da bateria se esgota rapidamente. Ele vem com dois cabos, um deles com controle e headset.

Formato over-the-ear / Cancelamento de ruído ativo / headset / Conexão p2 (adaptadores p10 e para avião) / 2 cabos de 1,2 m / Sensibilidade: 100 dB/mW / Resposta em frequência: 10 – 25 000 hZ / 243 g

AvAliAção técnicA: 9,0 custo/benefício: 7,1

/ R$ 1 500

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pen drive

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DT HyperX Predator / Kingston

Este é um pen drive que vale por muitos. Usa portas UsB 3.0 e recebe 512 gB de arquivos, capacidade superior à da maioria dos ultrabooks. / R$ 4 699

câmera

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Alpha 99 (SLT-A99)/ / sonY Câmeras profissionais costumam assustar, tamanha a

quantidade de botões e menus disponíveis. Não é o caso da Alpha 99, que consegue dispor recursos avançados em uma interface intuitiva e bem organizada. Um pequeno joystick facilita a navegação. O sensor tem tamanho equivalente ao de um negativo de 35 milímetros. Nos testes do INFOlab, a câmera produziu imagens de excelente qualidade, com cores ligeiramente vibrantes. O grau de detalhamento das fotos também foi apenas um pouco menor do que o de outros modelos da mesma categoria. A Alpha 99 conta com lentes intercambiáveis, mas, diferentemente de suas concorrentes do tipo reflex, a luz atravessa um espelho fixo semitranslúcido e atinge diretamente o sensor. Essa tecnologia torna o foco mais ágil e é útil no modo de disparo contínuo, indicado para registrar esportes, por exemplo. A câmera produz vídeos acima da média, superando as concorrentes. Seu ponto fraco é o visor eletrônico, que, apesar da ótima resolução, exibe imagens sem brilho e com cores distorcidas.

24,3 MP / Lentes intercambiáveis (não incluídas) / Filmagem em 1 080p / LCD de 3” / 814 g AvAliAção técnicA: 8,7 custo/benefício: 6,5

/ R$ 7 999

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triciclo elétrico

T2 Comfort

/ Ecostart Apesar da falta de praticidade, o triciclo grandalhão da Ecostart é mais confortável do que uma bicicleta. Com banco estofado, apoio para os pés e cesto para carregar objetos, o triciclo pode ser uma opção para distâncias curtas. Um diferencial é a possibilidade de suporte a cadeirantes, fazendo dele uma boa opção para usuários com necessidades especiais. Nos testes do INFOlab em terreno plano e ladeiras, o triciclo mostrou-se instável em curvas mais rápidas e fechadas. A bateria demora seis horas para ser carregada e sua vida útil foi de 98 minutos.

aro 20 / Potência da bateria: 750 W / 1h38min de bateria / sem marcha 55,2 kg AvAliAção técnicA: 7,5 custo/benefício: 7,0

/ R$ 3 535

notebook

IdeaPad S400U / LEnovo

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A configuração deste ultrabook de 14 polegadas da Lenovo não foge do padrão intermediário da categoria. O que o destaca são o corpo com apenas 1,6 quilo e o design bacana. A qualidade do teclado e do touchpad também está acima da média. Nos testes, a decepção ficou por conta da autonomia reduzida. Com o programa Battery Eater simulando de forma intensa atividades comuns, a bateria suportou só 58 minutos. Outro problema é a falta de Bluetooth.

tela de 14” / Intel core i5-3317U 1,7 GHz (Ivy Bridge) / 4 GB / ssD de 32 GB + HD de 500 GB / vídeo onboard / 1,6 kg / Windows 8 / 58min de bateria(1) AvAliAção técnicA: 7,6 custo/benefício: 7,7

/ R$ 1 999 (1) Duração de bateria medida com o software Battery Eater e o notebook com o Wi-Fi ligado, tela com o máximo de brilho e perfil de alto desempenho no Windows, sem permitir o desligamento de componentes

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pc de bolso

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Space Born PC / Space BR

este minipc com android 4 funciona plugado a TVs e monitores com HDMI, mas só é indicado para tarefas básicas. O controle é feito com o seu kit de teclado e mouse sem fio. / R$ 299

alto-falante

SoundFly BT / JBL Esta elegante caixa de som compacta da JBL não precisa de cabos para tocar música e ser alimentada. Ela funciona plugada diretamente na tomada. Não vem com um adaptador específico para o padrão brasileiro de tomada com três pinos, mas o plugue de dois pinos com base sextavada se encaixa nas tomadas novas sem problemas. Assim que é ligada, uma mensagem de voz avisa que a caixa está pronta para o pareamento por Bluetooth. Quando o som rola, a força e a qualidade são surpreendentes para um equipamento tão compacto. Na caixa não há entradas de áudio nem botões de controle de reprodução e de volume, que varia bastante de acordo com o dispositivo conectado. Com iPad, iPhone e smartphones Android, o som apresentou frequências bem equilibradas e não houve distorção. Não foi necessário ir além de 80% da escala de volume para preencher a sala. Porém, com a SoundFly BT ligada ao PC, é preciso cuidado para que o volume não fique excessivamente alto e distorça o áudio.

20 W de potência / Resposta em frequência: 60 – 20 000 Hz / Bluetooth / 19 x 9,2 x 7,1 cm / 420 g AvAliAção técnicA: 7,8 custo/benefício: 6,8

/ R$ 589

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Optimus G / LG Comparar o Optimus G com o Nexus 4, o smartphone oficial do Google, é inevitável. Afinal, ambos são produzidos pela LG com design e configurações semelhantes, como o processador de quatro núcleos e a tela de boa qualidade. As vantagens do Optimus G estão na conexão 4G compatível com as redes LTE brasileiras, a memória interna de 32 GB, o dobro do oferecido pelo Nexus 4, e a câmera com resolução maior. Nos testes do INFOlab, o modelo apresentou uma duração de bateria maior, com autonomia de 16 horas e 20 minutos em modo de chamada. O tempo de conversação é mais de 3 horas superior ao do Nexus 4. O smartphone do Google funciona com o Android 4.2, uma versão superior à do Optimus G. Quem quiser r ecur sos como o Photo Sphere, para a produção de fotos em 360 graus, terá de esperar a atualização do Android no Optimus G. Apesar de fotografar em 13 MP, a qualidade das imagens é similar à de câmeras de 8 MP.

4G (LTE) / Android 4.1 / Snapdragon S4 Pro Krait 1,5 GHz quad core / 32 GB / Tela de 4,7” / Câmeras de 13 MP (1080p) e 1,3 MP (720p) / 145 g / 16h20min de bateria(1) AvAliAção técnicA: 8,4 custo/benefício: 7,0

/ R$ 1 999(2)

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(1) Duração medida com o aparelho em chamada e com o Wi-Fi e o Bluetooth ativados (2) Preço do aparelho sem planos de voz e dados

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notebook

Diamond P110 / AVell Feito para agradar a gamers que querem na mochila uma máquina capaz de rodar bons jogos e que pese o menos possível, este notebook cumpre a função. Nos testes do INFOlab, a performance com gráficos em 3D foi muito boa. Porém, jogar a sério numa tela de 11,6 polegadas e com teclas direcionais estreitas é tarefa difícil. Só dá para aproveitar ao máximo este laptop usando monitor grande, mouse, teclado e um HD externo para carregar jogos mais elaborados. Tela de 11,6” / intel Core i7-3630QM 2,4 GHz (ivy bridge) / 8 Gb > SSD De 128 Gb / Nvidia GeForce GT 650M 2 Gb / 1,7 kg / Windows 8 / 1h54min de bateria(1) AvAliAção técnicA: 8,3 custo/benefício: 7,6

/ R$ 3 857

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acessório

Tivizen SBTVD / iCube

São poucos os smartphones que oferecem TV digital. Com o Tivizen, celulares com Android 4 sintonizam e gravam canais abertos. / R$ 299

fone de ouvido

K619 Blue / AKG Este fone foge do visual clássico dos produtos para DJs. Ele é mais compacto e, em vez do fio em espiral, vem com um extensor para aumentar o alcance. Nos testes, o modelo agradou pelo ótimo desempenho tanto nas batidas graves de hip-hop e música eletrônica como nos sons com mais detalhes e variedade de timbres. As conchas pressionam bastante as orelhas, o que ajuda a isolar os ruídos externos, mas torna o uso contínuo desconfortável. Formato on-ear / Headest / Conexão P2 (adaptador P10) / Cabo de 1,2 m e extensor de 1 m / Resposta em frequência: 16 – 24 000 Hz / Sensibilidade: 115 db/mW / 211 g AvAliAção técnicA: 8,3 custo/benefício: 7,7

/ R$ 399 (1) Duração de bateria medida com o software Battery Eater e o notebook com o Wi-Fi ligado, tela com o máximo de brilho e perfil de alto desempenho no Windows, sem permitir o desligamento de componentes

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câmera

PowerShot SX50 HS / CANON Enxergar longe é muito fácil com esta câmera da Canon. O zoom óptico de 50 vezes é o maior de todos os modelos já testados no INFOlab. Tamanho grau de aproximação poderia resultar em imagens tremidas, mas a estabilização de imagem funcionou muito bem nos testes. A PowerShot registrou belas fotos em ambientes mais iluminados, mas teve dificuldades para retratar cenas mais escuras ou com muitas sombras. O visor eletrônico serve só como quebra-galho. 12,1 MP / Zoom de 50x (4,3 a 215 mm) / Filmagem em 1080p / LCD de 2,8” / 603 g AvAliAção técnicA: 8,0 custo/benefício: 6,8

41 / R$ 2 299

alto-falante

AnyRoom Wireless Speaker / ION AuDIO Nem

Bluetooth nem Wi-Fi. Para tocar o som de iPods, iPhones e iPads sem precisar de cabos, a AnyRoom possui um adaptador que deve ser plugado no conector de 30 pinos dos aparelhos da Apple. O alcance da dock, cerca de 15 metros, é menor do que o de modelos com AirPlay, tecnologia baseada no Wi-Fi, e pouco maior do que o do Bluetooth. A vantagem é que o streaming de áudio para o AnyRoom é feito com qualidade de CD. Nos testes, o som agradou pela nitidez em todas as faixas de frequência. As músicas ficaram melhores do que as executadas com o iPhone ligado ao AnyRoom por cabo. A desvantagem é que os equipamentos mais novos da Apple, equipados com o conector Lightning, e outros smartphones e tablets não são compatíveis com a conexão wireless desta dock. Potência de 32 W / Entrada: RCA estéreo / Saída: RCA estéreo / Wireless 2,4 GHz / Compatível com iPod, iPhone e iPad (conector de 30 pinos) / 3,1 kg AvAliAção técnicA: 7,8 custo/benefício: 6,9

/ R$ 729

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/ Radar músIca

Ultrabooks

// PeDaL múLTIPLO

O StealthPedal CS, da IK Multimedia, faz o trabalho de dezenas de pedais de guitarra e amplificadores. Ligado ao instrumento por um cabo de áudio e ao PC por USB, realiza as funções básicas de distorção, controle de volume, amplificação e delay, e cria efeitos. Ele é complexo para iniciantes, mas sem mistérios para quem tem experiência em produção.

// ThinkPad X1 carbon Lenovo

Feito de fibra de carbono, o X1 Carbon alia leveza, conforto e visual sofisticado. Oferece bom desempenho e tela de 1 600 por 900 pixels. Teclado e touchpad acima da média. A única saída de vídeo é por conexão Mini DisplayPort.

// Z355 LG

Sem luxos, este ultrabook de 1,2 quilo pesa pouco na mochila e tem força de sobra para as tarefas mais comuns. Pena que sua autonomia de bateria fique abaixo da média dos ultrabooks com tela de 13,3 polegadas e que o touchpad tenha botões fixos.

// Pavilion 14-b090br HP

Para quem abre mão do gravador de DVD, este modelo oferece uma configuração muito boa em um corpo mais fino do que o habitual de laptops de 14 polegadas. O tamanho do HD é um diferencial. O que deixa a desejar são as dimensões reduzidas do touchpad.

especificações

Potência de 100 W / Impedância: 47 ohms / Resposta de frequência: 20 – 20 000 Hz / USB / Entradas: 3 P10 / Saídas: 3 P10 e 1 P2 / R$ 899 avaLIaçãO INFOLab

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// DO LP Para O IPhONe

O iLP, da ION Audio, reproduz discos de vinil e tem uma dock para que as faixas sejam salvas em iPhones e iPads compatíveis. A operação é feita pelo aplicativo EZ Vinyl and Tape Converter. A divisão das faixas em arquivos separados é automática, mas nem sempre funciona direito. Outra maneira de digitalizar o som é ligando o iLP ao PC pela USB.

// vivobook X202e Asus

É o primeiro ultrabook com preço menos proibitivo a aceitar o toque dos dedos sobre o LCD para comandar o Windows 8. A precisão e a resposta do display de 11,6 polegadas e 1 366 por 768 pixels são satisfatórias. Porém, o desempenho é de uma máquina básica.

// ativ smart Pc Pro Samsung

Este híbrido é o melhor que já passou pelo INFOlab para ser usado como tablet. Destacando o teclado, seu peso cai para 900 gramas. O LCD pode ser explorado com os dedos ou com a caneta S Pen. Tem só uma USB 3.0.

Este híbrido com teclado deslizante e LCD de 11,6 polegadas full HD se transforma em tablet ou ultrabook. Força para executar tarefas complexas não falta, mas sua ergonomia ruim desencoraja longas jornadas de trabalho como tablet.

// Taichi 21 Asus

33, 45 e 78 RPM / Saída RCA estéreo / USB / Compatível com iPod touch (4a geração), iPhone 4 e 4S, iPad (até 3a geração) / 3 kg / R$ 699 avaLIaçãO INFOLab

7,6

Em vez de uma tela que gira 360 graus ou desliza, o modelo tem dois LCDs. O display externo é sensível ao toque. A solução é prática, só que o peso (1,3 quilo) não permite segurar o híbrido de forma confortável. O desempenho como ultrabook não empolga.

FOTOS RAfAeL evAnGeLiStA (1) Duração de bateria medida com o software Battery eater e o notebook com o Wi-fi ativado, tela com o máximo de brilho e perfil de alto desempenho selecionado no Windows, sem permitir o desligamento automático de componentes

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Tela de 14" / Intel Core i5-3427U 1,8 GHz (Ivy Bridge) / 4 GB / SSD de 128 GB / Vídeo onboard / 1,4 kg / Windows 7 Professional / 1h24min de bateria(1) / R$ 6 909 avaLIaçãO INFOLab

8,3

especificações

Tela de 13,3" / Intel Core i7-3517 1,9 GHz (Ivy Bridge) / 4 GB / SSD de 256 GB / Vídeo onboard / 1,2 kg / Windows 8 / 1h26min de bateria(1) / R$ 3 609 avaLIaçãO INFOLab

8,1

especificações

Tela de 14" / Intel Core i5-3317U 1,7 GHz (Ivy Bridge) / 6 GB / SSD de 32 GB e HD de 750 GB / Vídeo onboard / 1,8 kg / Windows 8 Pro / 1h27min de bateria(1) / R$ 2 599 avaLIaçãO INFOLab

7,9

especificações

Tela de 11,6" touchscreen / Intel Core i3-3217 1,8 GHz (Ivy Bridge) / 4 GB / HD de 500 GB / Vídeo onboard / 1,4 kg / Windows 8 / 1h57min de bateria(1) / R$ 1 999 avaLIaçãO INFOLab

7,5

Ultrabooks híbridos

// vaio Duo 11 Sony

especificações

especificações

especificações

Tela de 11,6" / Intel Core i5-3317U 1,7 GHz (Ivy Bridge) / 4 GB / SSD de 128 GB / Vídeo onboard / 1,6 kg e 900 g (modo tablet) / Windows 8 / 2h22min de bateria(1) / R$ 4 199 avaLIaçãO INFOLab

8,2

especificações

Tela de 11,6" touchscreen / Intel Core i7-3517 1,9 GHz / 6 GB / SSD de 128 GB / Vídeo onboard / 1,2 kg / Windows 8 / 1h42min de bateria(1) / R$ 5 499 avaLIaçãO INFOLab

8,2

especificações

Tela frontal de 11,6" e traseira de 11,6" touchscreen / Intel Core i5-3317U 1,7 GHz (Ivy Bridge) / 4 GB / SSD de 128 GB / Vídeo onboard / 1,3 kg / Windows 8 / 1h25min de bateria(1) / R$ 5 699 avaLIaçãO INFOLab

7,9

Maio 2013 INFO

/ 105

4/24/13 2:00:35 PM


/ Radar Tablets

// iPad 4a Geração Apple

O modelo mais recente do tablet da Apple com tela Retina Display (2 048 por 1 536 pixels) traz um processador mais veloz e um novo conector menor do que o anterior. Nos testes, o maior ganho foi na duração da bateria.

// iPad Mini Apple

O iPad Mini oferece ótima portabilidade e compatibilidade total com os apps feitos para o iPad maior. Seu corpo é levíssimo. A autonomia de bateria passou de 9 horas nos testes. A resolução da tela (1 024 por 768 pixels) é boa, mas não encanta.

// Galaxy Note 10.1 Samsung

O tablet com configuração forte e chip de quatro núcleos pode dividir a tela e rodar dois apps ao mesmo tempo. O recurso pode, por exemplo, ser usado no aplicativo S Note, que faz anotações com a ajuda da caneta stylus.

// Ypy 10 Nova Geração Positivo

Sua tela de 9,7 polegadas tem as mesmas proporções do display do iPad e é boa para a leitura de revistas e sites. Mas sua sensibilidade e sua autonomia deixam a desejar. Uma vantagem do modelo é aceitar conexão de pen drives.

Especificações

Tela de 9,7” / A6X Cortex A9 1,4 GHz dual core / 32 GB / 660 g / iOS 6 / 10h59min de bateria(1) / R$ 1 999 avalIaçãO INFOlab

9,2

Especificações

Tela de 7,9" / A5 Cortex A9 1 GHz dual core / 32 GB / 308 g / iOS 6 / 9h18min de bateria(1) / R$ 1 699(2) avalIaçãO INFOlab

8,7

Especificações

Tela de 10,1” / Exynos 4412 Cortex A9 1,4 GHz quad core / 16 GB + microSD / 3,5G (HSPA+) / 592 g / Android 4 / 6h04min de bateria(1) / R$ 1 699 avalIaçãO INFOlab

8,7

Especificações

Tela de 9,7" / Cortex A9 1 GHz / 16 GB + microSD / 3,5G / Wi-Fi / 609 g / Android 4 / 2h40min de bateria(1) / R$ 1 199 avalIaçãO INFOlab

7,3

Fones de ouvido

// ST-800 TDK

Agrada pelo som equilibrado e pelo destaque para detalhes das músicas. Essas virtudes ficam mais evidentes com o equalizador, posicionado no cabo, desligado. Quando está ativado, ele proporciona ganho de volume ajustável, porém há perda de definição.

// Tank Soldier Aerial7

Com um design que apresenta o estilo street wear e estrutura articulada para DJs aproveitarem o movimento das conchas, o fone tem um som detalhado, mas que não empolga. A profundidade dos graves fica aquém do esperado. O volume é bom, mas não há controle.

// Wireless Headset for iPad Logitech

Desenvolvido para funcionar conectado ao iPad para videoconferências pelo FaceTime, cumpre seu papel em qualquer aparelho com Bluetooth. Nos testes, sua bateria resistiu mais de 11 horas. O áudio é satisfatório, mas baixo.

106 / INFO Maio 2013

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Especificações

Formato around-the-ear / Conexão P2 (adaptador P10) / Cabo de 1,2 m e extensor de 1,5 m / Sensibilidade: 104 dB/mW / Resposta em frequência: 20 – 20 000 Hz / 375 g / R$ 499 avalIaçãO INFOlab

8,4

Especificações

Formato around-the-ear / Headset / Conexão P2 (adaptador P10) / Cabos de 1,4 m e 1,4 m (espiral) / Sensibilidade: 108 dB/mW / Resposta em frequência: 5 – 20 000 Hz / 299 g / R$ 429 avalIaçãO INFOlab

7,8

Especificações

Formato on-ear / Headset/ Conexão Bluetooth / Sensibilidade: não divulgada / Resposta em frequência: não divulgada / 108 g / 11h15min de bateria / R$ 300 avalIaçãO INFOlab

7,3

FOTOS RAfAeL evAngeLiSTA (1) Duração medida com a exibição de vídeo em 720p e com o Wi-fi e o Bluetooth ativados (2) Preço praticado no MercadoLivre

4/24/13 2:00:54 PM


Smartphones

// Xperia ZQ Sony

Seu display full HD tem ótima qualidade e legibilidade sob luz solar. A câmera é de primeira. O 4G é do padrão brasileiro e, além dos 16 GB internos, aceita cartão. O deslize no design é a forma como a tampa do slot microSD fica pendurada depois de aberta.

// Galaxy S Duos Samsung

Com um visual que lembra o Galaxy S III, este modelo com entrada para dois SIM cards tem acabamento e configuração respeitáveis. A tela de 4 polegadas possui alta definição e boa resposta. A câmera produz fotos satisfatórias em 5 MP, mas é incapaz de filmar em 720p.

// atrix Tv Dual Chip Motorola

Funciona com duas linhas e sintoniza TV digital numa tela de 4 polegadas. O desempenho é satisfatório. Apenas 388 MB da memória ficam disponíveis. A câmera de 8 MP não é muito melhor do que a de rivais que fotografam em 5 MP.

// Optimus l5 Dual LG

O smartphone Android dual SIM da LG é um modelo intermediário com um botão exclusivo para determinar rapidamente qual linha deve ser a prioritária para fazer ligações. O display de 4 polegadas tem bom tamanho, mas a resolução é de apenas 320 por 480 pixels.

Especificações

4G (LTE) / Android 4.1 / Snapdragon S4 Pro Krait 1,5 GHz quad core / 16 GB + microSD / Tela de 5" / Câmeras de 13 MP e 2 MP / 151 g / 17h12min de bateria(1) / R$ 2 049(2) avalIaçãO INFOlab

8,6

Especificações

3G (dual SIM) / Android 4 / Cortex A5 1 GHz / 4 GB + microSD / Tela de 4" Câmeras de 5 MP e 0,3 MP / 119 g / 7h23min de bateria(1) / R$ 1 049(2) avalIaçãO INFOlab

7,9

Especificações

3G (dual SIM) / Android 4 / Cortex A5 1 GHz / 512 MB + 2 GB (microSD) / Tela de 4" / Câmeras de 8 MP e 0,3 MP / 130 g / 12h05min de bateria(1) / R$ 899(2) avalIaçãO INFOlab

7,7

Especificações

3G (dual SIM) / Android 4 / Cortex A5 800 MHz / 4 GB + microSD / Tela de 4" / Câmera de 5 MP / 121 g / 10h04min de bateria(1) / R$ 749(2) avalIaçãO INFOlab

7,3

Docks

// Wireless audio Dock Da-E651 Samsung

Gadgets da Apple e smartphones das linhas Galaxy S e Note dividem espaço nesta dock com conector de 30 pinos e microUSB. Nos Androids, a transmissão do áudio é feita por Bluetooth. O som é forte e de boa qualidade.

// ND8520 LG

O modelo tem conector de 30 pinos, entrada P2 e porta USB para pen drives. Mas o mais legal é o Wi-Fi, para se comunicar com aparelhos da Apple e computadores por AirPlay, e o Bluetooth. A qualidade de áudio é boa, mas não impressiona.

// Wireless Sound Cube v513 TDK

O som produzido pelo amplificador de 2.1 canais é pesado e sem distorção. A conexão de smartphones, MP3 players e laptops é feita por Bluetooth ou cabo P2. Apesar de portátil, funciona apenas na tomada e não tem rádio FM.

Especificações

40 W de potência / Entradas: P2, USB, microUSB / Bluetooth / Compatível com iPod, iPhone e iPad (conector de 30 pinos) e smartphones Galaxy S e Note / 3 kg / R$ 599 avalIaçãO INFOlab

Especificações

80 W de potência / Entradas: P2, USB / Wi-Fi (AirPlay), Bluetooth / Rádio FM / Compatível com iPod, iPhone e iPad (conector de 30 pinos) / 5,8 kg / R$ 1 499 avalIaçãO INFOlab

7,9

Especificações

Potência de 27 W / Entradas: P2, USB / Bluetooth / 4,4 kg / R$ 1 099 avalIaçãO INFOlab

(1) Duração medida com o aparelho em chamada e com o Wi-Fi e Bluetooth ativados (2) Preço do aparelho sem planos de voz e dados

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7,9

7,6

Maio 2013 INFO

/ 107

4/24/13 2:01:09 PM


/ radar Filmadoras

// MagiCam SD21 AEE/Xtrax Além de caixa estanque, controle remoto e suportes, esta filmadora de ação oferece um display removível de 1,5 polegada. No seu lugar dá para encaixar uma bateria extra para dobrar sua autonomia. A qualidade dos vídeos feitos em 1 080p é muito boa.

// Hero3 Silver Edition GoPro

A qualidade dos vídeos em 1 080p da Hero3 Silver é a melhor da categoria. Ela vem com caixa estanque e tem Wi-Fi para que possa ser controlada pelo smartphone. Tem só três botões e LCD de 0,8 polegada para fazer ajustes.

// adixxion GC-Xa1 JVC

Com corpo reforçado para aguentar pancadas e poeira, filma embaixo d‘água sem precisar de acessórios. O Wi-Fi permite o controle remoto, a transferência de arquivos e o streaming de vídeo. As imagens ficam boas, mas poderiam ter cores mais vibrantes.

Especificações

Full HD (1080p) / 8 MP / MicroSD / Zoom de 10x (digital) / LCD de 1,5" / 119 g / 2h03min e 4h04min de bateria(1) / R$ 1 299 avalIaçãO INFOlab

8,1

Especificações

Full HD (1080p) / 11 MP / MicroSD / Não possui zoom / LCD de 0,8" / 74 g / 1h51min de bateria(1) / R$ 1 499 avalIaçãO INFOlab

7,9

Especificações

Full HD (1080p) / 5 MP / 30 MB + SD / Zoom de 5x (digital) / LCD de 1,5" / 126 g / 1h08min de bateria(1) / R$ 1 199 avalIaçãO INFOlab

7,7

Câmeras

// Cyber-shot DSC-H90 Sony

O zoom de 16 vezes e as várias funções são uma mão na roda para fotografar temas distantes. A qualidade das fotos é boa, mas não o suficiente para quem faz questão de imagens livres de ruídos e com riqueza de detalhes absoluta.

// HS30EXR Fujifilm

Com o corpo muito semelhante ao de uma reflex, esta câmera é farta em controles manuais. A ergonomia é muito boa. O zoom, de 30 vezes, está entre os maiores da categoria – o que é ótimo em viagens. Porém, quando se usa o zoom no máximo, o autofoco é muito lento.

// Smart Camera NX1000 Samsung

Para compartilhar fotos e vídeos logo após o clique, a NX1000 oferece conexão por Wi-Fi com o Facebook. As fotos em 20,3 MP não deixam nada a desejar. O foco automático é menos ágil do que o de câmeras avançadas.

// PowerShot SX150 IS Canon

As opções de controles manuais tornam esta compacta uma alternativa interessante para quem não pretende ficar preso aos ajustes automáticos da câmera o tempo todo. Mas a demora para salvar os arquivos incomoda.

108 / INFO Maio 2013

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Especificações

16,1 MP / Zoom de 16x (24 a 384 mm) / Filmagem em 720p / LCD de 3" / 193 g / R$ 699 avalIaçãO INFOlab

8,2

Especificações

16 MP / Zoom de 30x (24 a 720 mm) / Filmagem em 1 080p / LCD de 3" / 695 g / R$ 2 199 avalIaçãO INFOlab

8,0

Especificações

20,3 MP / Zoom de 2,5x (20 a 50 mm) / Filma em 1 080p / LCD de 3” / Wi-Fi / 398 g (271 g só o corpo) / R$ 1 999 avalIaçãO INFOlab

7,9

Especificações

14,1 MP / Zoom de 12x (28 a 336 mm) / Filmagem em 720p / LCD de 3" / 302 g / R$ 463 avalIaçãO INFOlab

7,5

FOTOS rAFAEl EVAnGEliStA (1) Duração medida no modo de filmagem

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OPORTUNIDADES E OFERTAS DE PRODUTOS E SERVIÇOS DE TECNOLOGIA

CADERNO

HARDWARE . SOFTWARE . SERVIÇOS . SUPRIMENTOS . CARREIRAS E CURSOS . AUTOMAÇÃO

PARA ANUNCIAR

(11) 3037.5868 / (11) 3037.2700 OUTRAS LOCALIDADES: 0800.701.2066 sergio.albino@abril.com.br classificados@abril.com.br PARA SABER MAIS INFORMAÇÕES, ACESSE O SITE http://info.abril.com.br/midiakit O conteúdo deste caderno é de inteira responsabilidade dos anunciantes.

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INFORME CADERNOPUBLICITÁRIO

Caderno

INFORME PUBLICITÁRIO | 2

MERCADO AQUECIDO:

3

O

P

a

HORA DE INVESTIR NA PROFISSÃO

A

OS INVESTIMENTOS DAS EMPRESAS EM TI DEVEM CONTINUAR CRESCENDO NO PAÍS. É UM BOM MOMENTO PARA COMEÇAR – OU ACELERAR – UMA CARREIRA NESSA ÁREA

d

a

p

e

o

e

t

A

p s empresas brasileiras deverão investir, neste ano,

o problema de falta de profissionais especializados em TI

m

algo entre 134 e 140 bilhões de dólares em

deverá agravar-se. A IDC alerta que a defasagem, atualmente

s

tecnologia da informação, de acordo com

da ordem de 40 000 profissionais, poderá chegar a 117 000

e

em 2015, só no Brasil – a carência, na verdade,

e

as projeções das principais instituições de pesquisa de mercado nessa área.

atinge toda a América Latina.

A IDC, por exemplo, prevê

O cenário favorece a valorização

t

crescimento de 14,4% em

dos profissionais que atuam

c

relação aos 123 bilhões de

nessa área. Consultorias

I

dólares movimentados pelo

em recursos humanos

p

especializadas em TI

á

mercado de TI no país em 2012 – o que daria mais de 140 bilhões

calculam que, em 2013, os reajustes salariais

m

a

de dólares. Segundo

no setor deverão variar

a consultoria,

entre 6% e 7%

o Brasil já pode ser

em média, podendo

C

considerado o quarto

atingir até 9% em

O

maior mercado

segmentos em que

l

em tecnologia

a carência de mão

T

da informação e comunicação do mundo – o sétimo em TI. As previsões indicam que o crescimento não deverá parar por aí. E isso não só pelo próprio crescimento econômico do país e pela expansão das empresas, que requer investimentos em tecnologia da

de obra é maior – como desenvolvimento de aplicativos móveis,

C

M

d

d

por exemplo. Especialistas em internet, arquitetos de sistemas, engenheiros de rede

p

A

sem fio e profissionais com

c

conhecimento em cloud computing,

s

virtualização e infraestrutura de TI também estão

P

informação, como também por outros fatores que estimulam

na lista dos mais valorizados. Porém, as consultorias em RH

c

ainda mais esses investimentos – caso da Copa do Mundo

advertem que essa valorização é válida principalmente para

n

de 2014 e da Olimpíada de 2016. Com isso, estima-se que

os talentos que, de fato, investem na profissão – e na carreira.

o

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2

:

O

3 | INFORME PUBLICITÁRIO

O INÍCIO

Os candidatos às vagas para qualquer um dos cursos

Para quem está disposto a começar uma carreira na área de TI,

oferecidos pelo Brasil Mais TI devem entrar no site do projeto

a primeira recomendação é se preparar para estudar bastante.

(http://www.brasilmaisti.com.br/), na área de capacitação,

Afinal, a tecnologia está sempre em evolução, em ritmo

e fazer sua inscrição. O site também dispõe de um teste de área

acelerado e constante, e o profissional que atua nessa área

de interesse que permite ao candidato saber quais profissões

precisa estar atualizado, acompanhando as principais tendências

combinam com o seu perfil, além de um blog de notícias

do mercado – e as necessidades de TI das empresas.

sobre o próprio projeto e o mercado de trabalho de TI.

A boa notícia é que a internet é uma vasta fonte de informações

Para completar, um portal de vagas oferece aos estudantes

e conhecimento. Nela é possível encontrar desde notícias sobre

e profissionais da área a oportunidade de divulgar seu currículo

o mercado e suas tendências, especialidades mais procuradas

gratuitamente e, ao mesmo tempo, de consultar as ofertas

e vagas disponíveis até uma grande variedade de cursos online

de emprego disponíveis nas empresas.

– de atualização e também de formação – na área de TI. Estudantes do ensino médio podem começar por um curso técnico capaz de fornecer formação básica necessária para o primeiro emprego em TI. As Escolas Técnicas Estaduais (Etecs), mantidas pelo Centro Paula Souza (http://www.centropaulasouza. sp.gov.br), por exemplo, oferecem cursos gratuitos de Técnico em Informática, Informática para Internet e em Telecomunicações, em vários municípios do estado de São Paulo. O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) também criou o curso de Técnico em Informática, em parceria com a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), que formou sua primeira turma em março. Foram 15 estudantes formados na área de desenvolvimento de software, todos já absorvidos pelo mercado de trabalho. Novas turmas desse curso estão em andamento em diversas unidades do Senai – em São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto, Santa Bárbara d’Oeste e Birigui.

CURSOS ONLINE GRATUITOS O curso ministrado pelo Senai faz parte do projeto Brasil Mais TI, lançado em setembro de 2012 pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Brasscom, com o apoio do Ministério da Educação. O objetivo é capacitar 10 000 profissionais de tecnologia da informação por ano, contribuindo para a redução do déficit de mão de obra especializada nessa área. Para isso, o projeto oferece uma série de cursos profissionalizantes gratuitos, na modalidade de ensino a distância. A maioria destina-se a jovens (a partir de 16 anos) que querem começar uma carreira em TI. Até agora, os mais procurados têm sido os cursos de Algoritmos, Comunicação Visual para Web, Programação de Páginas Web e Lógica de Programação. Há também cursos para profissionais que já atuam em TI e querem se especializar nas linguagens de programação Java, Cobol e .Net – nesse caso,

DICAS PARA ENFRENTAR OS DESAFIOS Se você estiver mesmo decidido a disputar uma vaga no atraente mercado de trabalho de TI, é bom saber que terá pela frente alguns desafios. Confira algumas dicas que podem ajudar a enfrentá-los: • Escolha a área e mantenha o foco – Existem áreas de TI em que a carência por profissionais especializados é maior – o que signimca mais oportunidades e melhores salários. No entanto, para quem vai começar, é importante saCer escolher a área mais adequada ao seu perml – um cuidado que pode fazer a diferença entre o sucesso ou o fracasso profissional. Feita a escolha, planeje a carreira levando em conta as habilidades necessárias e os passos para chegar ao seu objetivo. • Prepare-se para estudar muito – Os cursos na área de TI ministrados pelas instituições de ensino, em geral, oferecem apenas conhecimento básico. Ao mesmo tempo, a rápida evolução da tecnologia exige atualização profissional constante. Uma boa opção tanto para complementar a formação quanto para se manter atualizado é estudar por conta própria, aproveitando o vasto material disponível na internet – apostilas, tutoriais e até alguns cursos online. • Invista em certimcaçÜes promssionais – A certimcação é uma espécie de atestado do conhecimento avançado em determinada área. Se você quiser crescer na carreira escolhida, deverá investir nas certificações adequadas. • Aprenda inglês – Esse é um requisito cada vez mais importante – e valorizado – na área de TI. E não só porque boa parte do conteúdo disponível nessa área está em inglês, mas, principalmente, porque muitas empresas hoje são globais, com projetos e clientes no exterior. É preciso falar inglês para atendê-los.

os interessados devem passar por um processo de seleção.

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CARREIRAS E CURSOS | 4

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4

5 | CARREIRAS E CURSOS

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3r9eai9s

y al Bo. u t r i V 1996 , ava o cust Brasil ecmorrigidoes o t n lores valen a i Em vria o equ reais e 0 s 0 a16

3D Na hOra erraDa Com 2,4 milhões de dólares recebidos por meio do site de financiamento coletivo Kickstarter, o visor Oculus Rift, que deve chegar ao mercado neste ano, exibe jogos em 3D de forma imersiva e acompanha os movimentos da cabeça do jogador. Muito antes do Rift, porém, a Nintendo se aventurou na área dos jogos em 3D. Mas não deu muito certo. Em 1995, a empresa japonesa lançou o Virtual Boy, console que dispensava o uso da TV. Ele tinha formato de óculos e exibia gráficos de forma intercalada em cada lente para obter o efeito de profundidade. Como telas coloridas eram caras, a Nintendo decidiu usar LEDs em tons de vermelho. Resultado: as imagens davam náuseas e dor de cabeça nos jogadores. Além disso, o preço alto e a pouca variedade de jogos atrapalharam o Virtual Boy. Pouco mais de um ano após o lançamento, a Nintendo desistiu do console e o retirou do mercado. ≥ Por juliano barreto ↙ veja mais: info.abril.com.br/blog/ctrlz

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993850-MICROSOFT INFORMATICA LTDA-1_1-1.indd 124

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