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startup de suCesso

Como o Buscapé incorporou 20 empresas

pagar por 4g vale a pena? Testamos os serviços da Vivo e da Claro em SP

Campanha no FaCebook

7 regras para emplacar um produto na rede social

juNho 2013

info.abril.com.br

google glass / startup de sucesso / pagar por 4g vale a pena? / campanha no facebook

Ele tira fotos, filma, lê e-mails e conversa com você!

informação | TendênCiaS | inoVação | CulTura digiTal

facebook.com/revistainfo @_INFO

R$ 13,90 / ed. 330 / junho 2013

google glass

Por que ter um comPutador no corPo

Nº 330

Nº 329

ConeCTado à inTerneT, o google glaSS é Pioneiro de uma TendênCia que deVe noS leVar à ComPuTação de VeSTir

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/ Junho de 2013

40 inovação 40 EXTERMINADORES /

Trocar soldados por robôs é correto?

46 MUITO ALÉM DA BUSCA /

O Buscapé de Romero Rodrigues trabalha para integrar as 20 startups que incorporou

46 6 CARTA DO EDITOR 11 WWW 12 CARTAS

enter 16 ARMA NA WEB /

Pistola fabricada em impressora 3D acende o debate sobre o download de objetos perigosos

18 HERÓI MODERNO /

54 SOS NOKIA /

76 24 APPS DO MÊS /

Uma seleção de apps para iOS, Android, Windows Phone e BlackBerry

25 OLHAR DE SUPER-HOMEM / Helicópteros para a segurança da Copa do Mundo terão sensores que enxergam através de paredes

Os planos da empresa finlandesa para superar os anos difíceis

60 GOOGLE GLASS / INFO testou os óculos conectados, pioneiros na computação de vestir 70 SEU CORPO É A INTERFACE / Computadores já podem ser integrados às roupas e ate à pele 76 AS SETE LEIS DO LIKE / As táticas das agências para fazer uma marca se destacar no Facebook 82 CONEXÃO ACELERADA /

ideias

O INFOlab testou as redes 4G em SP

31 ALESSANDRA LARIU /

A Amazon na Calçada da Fama

teste

Conversamos com o produtor de Watch_Dogs, game que traz um hacker como protagonista

32 MANOEL LEMOS /

19 ARTE À MODA HACKER /

34 DAGOMIR MARQUEZI /

O celular HTC One, o tablet Fonepad, a Canon Rebel T4i, um piano interativo e três docks passaram pelo INFOlab

36 BRUNO SCARTOZZONI / O gol não pode esperar

98 RADAR / Uma lista de produtos já avaliados pelo INFOlab

Programadores usa m imagens do Kinect para criar vídeos artísticos

20 NÃO SAIA DE FÉRIAS SEM ELES /

Os melhores serviços para quem vai viajar sozinho ou acompanhado

O Google Plus cresce em silêncio

Somos vigilantes ou vigiados?

Ctrl+z

21 O SUBMARINO-ROBÔ AMARELO / Veículo autônomo criado pela USP pode monitorar danos ambientais

114 JURASSIC PARK FAZ 20 ANOS /

A produção que desenvolveu uma nova técnica para as animações virtuais

22 COM OS DOIS PÉS NA COVA /

O empreendedor Dinart Azevedo criou um software para gestão de cemitérios

23 HARVARD QUER VOCÊ / O caminho para ajudá-lo a obter uma bolsa de estudos no exterior

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89 TESTE /

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foto: rc rivera

/ Tiragem da edição: 115 330 exemplares

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/

inspiração e prazer UsamOs aqUI na Editora Abril o Microsoft Outlook para gerenciar os e-mails. O bom desse programa é a possibilidade de configurá-lo para que tenha a cara do usuário. Gosto de usar bandeirinhas vermelhas para sinalizar e-mails importantes e organizar as mensagens em conjuntos de pastas que começam sempre com a letra “i”. Estão lá as pastas Infolab, Importantes, Ideias, Inspiração. As mensagens que recebia de Roberto Civita eram sempre direcionadas para a pasta Inspiração. RC, como o chamávamos, enviava com frequência notícias sobre inovações e tendências tecnológicas que lia em publicações estrangeiras, informes sobre lançamentos de produtos disruptivos e pesquisas que imaginava interessar à INFO e que, na maioria das vezes, se transformavam em excelentes pautas. No dia 10 de abril de 2012, recebi uma mensagem diferente de RC, que encheu de alegria a redação da INFO. Reproduzo, a seguir, esse seu e-mail.

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Minha cara Katia: Acabo de ler sua bela Carta ao Leitor e folhear a edição de aniversário deste mês da INFO e faço questão de lhe encaminhar meus calorosos parabéns — extensíveis a toda sua brava equipe — pela ótima guinada em curso e pela rica, variada, visualmente estimulante, divertida, útil, inteligente e criativa revista que acabam de lançar. Gostei especialmente da capa, do tom e da postura da edição inteira e da surpreendente matéria sobre “Jovens Geniais”, mas imagino que os seus leitores fiéis também vão curtir uma série de outras coisas. Bravissima! Bravi tutti! Excelsior! E continuem assim! Um forte abraço, RC

Roberto Civita referia-se à edição de 26o aniversário da INFO. A reportagem de capa, sobre canais de humor no YouTube, assinada pela repórter Paula Rothman, antecipava o que se tornaria um fenômeno de audiência na web brasileira: a criação da produtora Porta dos Fundos. A reportagem Jovens Geniais, a que se refere, contava a história de cinco alunos do ensino médio de diferentes cidades que criaram projetos inovadores, como fazer a assistente pessoal Siri, da Apple, falar português ou criar um sistema de alerta contra terremotos. Os efusivos adjetivos com que termina sua mensagem revelam um pouco da personalidade de Roberto Civita. Alegre, cordial e otimista, RC acreditava que ter prazer é fundamental em qualquer atividade que se exerça. Quando retornei à Editora Abril, após três anos fora, RC me mandou um bilhete, escrito a mão, em que dizia: “Welcome home! Bom trabalho. Bom divertimento e boa sorte!” É assim, da mesma forma fraterna e calorosa, que vamos sempre nos lembrar de Roberto Civita aqui na redação da INFO.

/ katiam@abril.com.br foto germano lüders

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VICTOR CIVITA (1907-1990)

fundador:

Roberto Civita Roberto Civita (Presidente), Thomaz Souto Corrêa (Vice-Presidente), Elda Müller, Fábio Colletti Barbosa, Giancarlo Civita, Jairo Mendes Leal, José Roberto Guzzo, Victor Civita Presidente Executivo Abril Mídia: Jairo Mendes Leal Diretor de Assinaturas: Fernando Costa Diretor-Geral Digital: Manoel Lemos Diretor financeiro e Administrativo: Fabio Petrossi Gallo Diretora-Geral de Publicidade: Thais Chede Soares Diretor de Planejamento Estratégico e novos negócios: Daniel de Andrade Gomes Diretora de Recursos Humanos: Paula Traldi Diretor de Serviços Editoriais: Alfredo Ogawa Diretora-Superintendente: Cláudia Vassallo Editor:

Conselho Editorial:

Diretora de Redação: Katia

Militello

Redator-Chefe: Juliano Barreto Editores: Airton Lopes, Maria Isabel Moreira, Maurício Moraes Editor Assistente: Marcus Vinícius Brasil Repórter: Paula Rothman Estagiário: Gabriel Garcia Diretor de Arte: Rafael Costa Editor de Arte: Oga Mendonça Designers: Vitor Milito, Wagner Rodrigues Colaboradores: Alessandra Lariu, Dagomir Marquezi, Manoel Lemos Infolab: Luiz Cruz (engenheiro-chefe), Leonardo Veras (analista de qualidade) Estagiários: Thiago Brito, Murilo Manhas Info online Editor: Felipe Zmoginski Editor Assistente: Fabiano Candido Repórteres: Cauã Taborda, Monica Campi, Vanessa Daraya Estagiários: Gustavo Gusmão, Marcelo Venceslau Desenvolvedores Web: Maurício Pilão, Silvio Donegá Produtor Multimídia: Cadu Silva núcleo de Revisão: Ivana Traversim (chefe), Eduardo Teixeira Gonzaga (coordenador), Gilberto Nunes,

Maurício José de Oliveira, Raquel Siqueira, Regina Pereira, Rosana Tanus www.info.abril.com.br SERVIÇoS EDIToRIAIS Apoio Editorial: Carlos Grassetti (Arte), Luiz Iria (Infografia), Ricardo Corrêa (Fotografia) Dedoc e Abril Press: Grace de Souza Pesquisa e Inteligência de Mercado: Andrea Costa Treinamento Editorial: Edward Pimenta PUBLICIDADE CEnTRALIZADA Diretores: Ana Paula Teixeira, Marcia Soter, Marcos Peregrina Gomez, Robson Monte Executivos de negócios: Ana Paula Viegas, Andrea Balsi, Caio Souza, Camila Folhas, Carla Andrade,

Carolina Briganó, Cristiano Persona, Daniela Serafim, Julio Tortorello, Lucas Nogueira, Marcello Almeida, Marcelo Cavalheiro, Marcio Bezerra, Marcus Vinicius, Maria Lucia Strotbek, Michelle Motta Preuss, Rafael Cammarota, Regina Maurano, Renata Miolli, Roberta Kyrillos Fairbanks Barbosa, Rodrigo Toledo, Viviane Martos PUBLICIDADE DIGITAL Diretor: André Almeida Gerente: Virginia Any Gerente de Publicidade Digital – Unidades e Parcerias: Alexandra Mendonça Gerente de Publicidade Digital – Regional: Renata Carvalho Executivos de negócios: André Bortolai, Bruno da Mata Vasques, Carolina Brust, Cida Fernandes, Elaine Teixeira, Fabio Santos, Fabíola Granja, Fernanda Martins Capela, Fernando Espindola, Gabriela Peres, Guilherme Bruno de Luca, Juliana Giancoli Barreto, Lucas Morais Nogueira Santos, Luisiane de Carvalho Ferreira, Renata Simões, Thaira Ferro PUBLICIDADE REGIonAL Diretor: Sergio Ricardo do Amaral Gerentes: Andrea Veiga, Edson Melo, Francisco Barbeiro Neto, Grasiele Pantuzo da Silveira, Ivan Rizental, João Paulo Pizarro, Mauro Sannazzaro, Samara S.O. Reijinders, Sonia Paula, Vania Passolongo Executivos de negócios: Adriano Freire, Ailze Cunha, Beatriz Ottino, Ana Carolina Cassano, Camila Jardim, Caroline Platilha, Celia Pyramo, Clea Chies, Daniel Empinotti, Daniela Bragança Macedo, Fabiana Paiva, Flávio Junior, Gabrielle Moreira, Geysa Gomes Pereira, Georgia Monteiro, Henri Marques, Josi Lopes, Juliane Ribeiro, Leda Costa, Luciene Lima, Pamela Berri Manica, Paola Fischer, Ricardo Menin, Thiago Oya, Vivian da Costa de Souza DESEnVoLVIMEnTo CoMERCIAL Diretor: Jacques Ricardo PUBLICIDADE InTERnACIonAL Gerente: Alex Stevens PUBLICIDADE núCLEo nEGóCIoS Diretora: Eliani Prado Gerente: Jussara Costa Executivos de negócios: Amanda Lima, Débora Manzano, Edvaldo Silva, Elaini Marini, Fernando Rodrigues, Gabriela Duarte, Juliana Mancini, Sergio Dantas, Tatiana Castro Pinho, Vanessa Santos PLAnEjAMEnTo, ConTRoLE E oPERAÇõES GEREnTE: Anderson Portela Consultores: Luciano Silva, Silvio Rosa Estagiária: Beatriz Reis Processos: Dreves Lemos, Valdir Bertholin PLAnEjAMEnTo ESTRATéGICo E noVoS nEGóCIoS Diretor: Daniel de Andrade Gomes MARkETInG E CIRCULAÇão Diretora de Marketing: Viviane Palladino Gerentes de Publicações: Elaine Campos, Tiemy Akamine Analistas de Marketing: Eloi Junior, Jessica Justino, Juliana Fidalgo, Lygia Tamisari Estagiários: Emilio Burlamaqui, Mayara Silva Diretor de Arte: Ricardo Godeguez EVEnToS Gerente: Shirley Nakasone Analistas: Janaína Lima, Marcella Bognar, Mariana Carvalho Gerente de Circulação - Assinaturas: Marcella Calfi Gerente de Circulação - Avulsas: Carmen Lúcia de Sá Atendimento ao Cliente: Clayton Dick RECURSoS HUMAnoS Consultora: Camila Morena Redação e Correspondência: Av. das Nações Unidas, 7221, 2 o andar, Pinheiros, São Paulo, SP, CEP 05425-902, tel. (11) 3037-2000, Publicidade São Paulo e informações sobre representantes de publicidade no Brasil e no Exterior: www.publiabril.com.br PUBLICAÇõES DA EDIToRA ABRIL: Alfa, Almanaque Abril, AnaMaria, Arquitetura & Construção, Aventuras na História, Boa Forma, Bons Fluidos, Bravo!, Capricho, Casa Claudia, Claudia, Contigo!, Info Dicas, Elle, Estilo, Exame, Exame PME, Gloss, Guia do Estudante, Guias Quatro Rodas, Info, Lola, Manequim, Máxima, Men’s Health, Minha Casa, Minha Novela, Mundo Estranho, National Geographic, Nova, Placar, Playboy, Publicações Disney, Quatro Rodas, Recreio, Runner’s World, Saúde, Sou Mais Eu!, Superinteressante, Tititi, Veja, Veja BH, Veja Rio, Veja São Paulo, Vejas Regionais, Viagem e Turismo, Vida Simples, Vip, Viva!Mais, Você S.A., Você RH, Women’s Health fundação Victor Civita: Gestão Escolar, Nova Escola InTERnATIonAL ADVERTISInG SALES REPRESEnTATIVES Coordinator for International Advertising: Global Advertising, Inc., 218 Olive Hill Lane, Woodside, California 94062. UNITED STATES: CMP Worldwide Media

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/ Extras

info.abril.com.br extras twitter.com/_INFO

/ facebook.com/revistainfo / google.com/+info

dIversãO

Testamos o notebook do Google

Saiba como é trabalhar (e viver) com um notebook que só usa aplicativos web, ignora o HD e salva todos seus arquivos na nuvem

Vídeo mostra o tablet que telefona

Uma febre mUito doce

Fenômeno de popularidade, o game Candy Crush Saga inovou ao colocar uma camada social na consagrada fórmula dos quebra-cabeças em que o jogador deve unir três peças do mesmo tipo. Essas peças são balas e chicletes coloridos. Integrado ao Facebook e com versões para web, Android e iOS, o jogo fez com que a produtora inglesa King.com ultrapassasse a Zynga, tornando-se a empresa de jogos que mais usuários soma nas redes sociais. INFO preparou um conteúdo especial para os fãs de Candy Crush, com a trajetória da King, uma entrevista com Tommy Palm, o criador do game, e sete truques para jogar melhor.

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ENtramOs Na sala dE cOmaNdO da GOl, para cONhEcEr Os prOGramas quE mONItOram O trabalhO dOs pIlOtOs NO ar

FOTO dulla

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/ O que os leitores falam no site e nas redes sociais

info online Porta dos Fundos pode ter vídeo censurado

“Perdi r$ 1 milhão em bitcoin”

A moeda virtual bitcoin é um exemplo de dinheiro ao qual o mundo precisa prestar atenção, pois nos livra do sistema financeiro, do Banco Central e dos bancos, que só pensam em lucros altíssimos. Marcos Azevedo Mendes / Rio de Janeiro (RJ)

Gostei muito da matéria sobre o bitcoin. Vi muitas pessoas defenden­ do e muitas outras fazendo piada. É realmente um debate muito atraente. Cassio Mendes / São Paulo [SP] O caminho é manter­se informado e estudar o assunto. Meu programa já está instalado, minerando bitcoin. Fábio Colato / Jaú [SP] ÓDIO.COM O engraçado é ver gente que, quan­ do fica na frente da pessoa odiada, não tem coragem de falar as mes­ mas coisas que escreve na internet. Fábio Azevedo / Caicó [RN]

Educação sob medida

Muito interessante a edição de abril da INFO, que discutiu a utilização da tecnologia na educação. A qualidade dos jogos melhorou desde o Atari, a capacidade de armazenar conteú­ do também. Mas a tecnologia con­ tinua sendo o que sempre foi: uma forma de passar o tempo de modo um pouco menos entediante. E as sa­ las de aula realmente são um tédio. Egon Kirchof / Rio de Janeiro [RJ] Sou professor universitário e sempre uso a revista INFO em minhas aulas. O sucesso é garantido. Eneas Villa / Resende [RJ]

abr.io/Porta Não apoio a censura na internet. Você deve ter o direito de esco­ lher o conteúdo que quer acessar. Se uma criança assiste a algo in­ devido, os culpados são os pais. Marina Porto / Porto Velho [RO]

Vice-presidente da Apple ataca Android

abr.io/vp-apple Alguém de fato começou a amea­ çar o reinado da Apple. E essa atitude mostra o quanto eles es­ tão incomodados. Há uns anos, nunca dariam essa declaração. Vaner Ribeiro / Salto [SP]

twitter @pecesiqueira

O retrato mais fiel que já tiraram de mim, na INFO de maio: abr.io/pcinfo

@clausoares

A @_INFO deste mês aborda o ódio na web e provoca uma reflexão necessária nos dias atuais. Leitura obrigatória para os cibercidadãos.

@llevvi

Muito construtiva a reportagem sobre ciberbullying da @_INFO de maio. Vale muito a reflexão!

@denisonmetalife

A capa da última edição da @_INFO veio com um assunto muito importante para a sociedade.

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broncas do mês O processador sumiu

Comprei um processador AMD FX8120 com defeito e pedi o reembolso pelo site da fabricante. A Sir Company, empresa terceirizada que cuida dos casos de devolução da AMD no Brasil, chegou a retirar o produto na minha casa. Quase quatro meses depois, ainda não resolveram o problema. Gastão de Carvalho / Americana (SP)

Por que leio INFO

Reembolso demorado

Comprei um tablet Genesis, que nunca funcionou, por meio do Mercado Livre. Depois de um mês tentando contato com o vendedor, recebi outro aparelho defeituoso e pedi um reembolso. O Mercado Livre disse que eu deveria falar com o vendedor, que, por sua vez, disse ter repassado o dinheiro ao site. Alexandre Machado / Fraiburgo (SC)

RESPOSTA DA AMD A AMD afirma ter realizado o ressarcimento do valor pago pelo produto. A empresa informa que trabalha para o rápido atendimento das ocorrências registradas em sua central de atendimento e que todas as observações apontadas pelo cliente serão usadas para o aprimoramento do serviço.

RESPOSTA DO MERCADO LIVRE O Mercado Livre entrou em contato com o vendedor, que aceitou restituir o pagamento recebido, desde que o produto fosse devolvido. O site cuidou da intermediação dos valores. Assim que o tablet foi recebido pelo vendedor, o Mercado Livre depositou a quantia devida ao leitor.

Comentário do leitor A Sir Company depositou o valor combinado na minha conta depois de 107 dias de o pedido de reembolso ser feito. A AMD fabrica bons processadores e tem bons preços, mas possui um péssimo serviço de trocas.

Comentário do leitor Recebi o dinheiro com atraso, pois o depósito foi feito apenas depois de o vendedor ter retirado o produto defeituoso nos Correios. Ainda assim, a quantia era menor do que a combinada. Precisei reclamar de novo .

“Leio a INFO para acompanhar as novas tendências de tecnologia, um dos pilares do sucesso para qualquer executivo em um mundo de mudanças rápidas” Rodrigo Abreu / presidente da AlphaGraphics

líderes da bronca

As empresas mais citadas pelos leitores da INFO em maio UOl 16%

Samsung 12% Sky 12%

Outras 60%

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As peรงas internas da arma nรฃo foram montadas

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s horassรกrias

nece a armaa foram riar um c paraa foto emepRap R dest essora im p r

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ArmA nA web Primeira pistola fabricada em impressora 3D, a Liberator acende o debate sobre os limites para o download de objetos perigosos / Por Maurício Moraes Durante a Segunda Guerra, os Aliados produziram uma pistola de fabricação simples, capaz de disparar só uma vez, e a chamaram Liberator FP-45. A ideia era jogá-la de aviões para as forças de resistência aos nazistas na França e em outros países invadidos. No mês passado, a Liberator ressurgiu em uma versão que ilustra as inovações e os desafios de nossa época. A nova Liberator é distribuída pela internet, e para fabricá-la não é preciso mais do que uma impressora 3D doméstica, vendida por cerca de 400 dólares. Um dos idealizadores do projeto, o estudante de direito da Universidade do Texas Cody Wilson, 25 anos, teria criado a arma para mostrar que a aprovação de leis de desarmamento nos Estados Unidos não impedirá que as pessoas tenham a liberdade de portar armas. Mais do que isso, Wilson iniciou uma polêmica que está longe de chegar ao fim. Afinal, qual é o limite para a distribuição de objetos perigosos por meio da internet? Poucos dias após a publicação da

foto dulla

Liberator, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos ordenou a remoção dos arquivos da internet. Até o polêmico Kim Dotcom se opôs ao projeto, impedindo que fosse hospedado no seu serviço, o Mega. Embora o estudante Wilson tenha acatado o pedido de retirar o esboço da arma do ar, já era tarde. O arquivo se espalhou e, em dois dias, foi baixado mais de 100 mil vezes. Segundo o grupo Defense Distributed, que publicou o link para o download da pistola Liberator, o Brasil foi o terceiro país que mais baixou o projeto. Mas imprimir a arma no país é crime. “Uma coisa é baixar. Outra é fabricar. Isso fere o Estatuto do Desarmamento, que proíbe a produção não autorizada de armas, e pode gerar pena de quatro

a pistola liberator em números

a oito anos de reclusão, mais multa”, afirma Coriolano Almeida Camargo, advogado e presidente da Comissão de Crimes de Alta Tecnologia da OAB-SP. Há também o risco de a arma machucar quem a manipula. Feita de plástico ABS, o mesmo usado nos tijolinhos da Lego, a pistola só tem uma peça metálica. Tratase de um prego, necessário para o disparo de balas de calibres como o .22 e o .380. Como esse mecanismo é rudimentar, a pistola corre o risco de explodir no momento do tiro. A falta de precisão da arma, no entanto, não é a maior preocupação das autoridades. Hoje a produção da Liberator é artesanal demais para ser usada em larga escala por criminosos ou militares. Mas o projeto está vivo e qualquer pessoa pode modificá-lo.↙

5,7 MB é o tamanho dos arquivos usados para imprimir as peças da arma

160 g de plástico ABS são consumidos para construir as 17 peças do projeto

R$ 21 seria o gasto médio estimado para imprimir uma Liberator no Brasil

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/ games

revólver em uma mão, smartphone na outra Uma conversa com o criador do game Watch_Dogs, qUe estreará no Ps4

/ Por LUcas Patricio Para derrotar inimigos, Batman

carregava cordas, sprays e outros artefatos esquisitos em seu cinto de utilidades. Mas, em tempos de convergência, os heróis mudaram. E muito. Aiden Pearce, protagonista do aguardado game Watch_Dogs, resolve a maioria de seus problemas usando um smartphone. Antes de atirar, o personagem interage com a cidade, invadindo o sistema elétrico, telefones e câmeras de vigilância. E a melhor

parte é que Watch_Dogs será um dos primeiros títulos a explorar o poder gráfico do PlayStation 4. Para saber mais sobre o game, que estreará em 19 de novembro, INFO conversou com Jonathan Morin, diretor criativo da produtora francesa Ubisoft. Veja a seguir.

os jogadores não estarão apenas em uma cidade aberta, eles vão sentir que outras pessoas vivem ali. Pela primeira vez, os personagens controlados pelo computador não serão apenas robôs. Eles serão como seres humanos de verdade vivendo a vida deles.

Que inovações Watch_Dogs trará? Tivemos o luxo de ter tempo e de não nos preocupar com restrições tecnológicas. Por isso, conseguimos tratar Watch_Dogs com um tom sério, dramático. Os jogos tendem a pegar leve quando tocam nesse tipo de assunto, mas queremos ir fundo. Se você causar um acidente no semáforo, queremos mostrar o que vai acontecer com o cara atrás do volante do carro batido.

O que você pode dizer sobre o roteiro? O protagonista é um homem moldado pela violência e obcecado por vigilância. Ele monitora sua família 24 horas por dia para protegê-la. Mas, infelizmente, ela está em sério perigo. Aiden Pearce será um vigilante moderno, um homem real tentando lidar com as repercussões de seus atos.

O PS4 permite esse detalhamento? Podemos ultrapassar os antigos limites e fazer o jogador acreditar que, quando faz algo, há consequências verdadeiras. Acredito que, pela primeira vez,

A Ubisoft fez bastante sucesso com a série Assassin’s Creed. Isso é uma motivação ou uma pressão? Temos sorte de trabalhar em um estúdio que incentiva seus times criativos a ter ideias inovadoras. Watch_Dogs será uma das melhores franquias criadas aqui.

O HerÓi Figura

central do game, Aiden Pearce usa seu celular para hackear a cidade

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movimento

/ artes

Cenas capturadas pelo artista Mike Heavers ganham novas formas com o RGBD Toolkit

Como funCiona

efeito especial à moda hacker

COM CâMera, nOtebOOk e kineCt, prOgraMadOres CriaM uM kit que transfOrMa iMagens COMuns eM Obras de arte

/ pOr juliano Barreto O uso de imagens geradas por falhas

nos aparelhos eletrônicos em trabalhos artísticos é uma tendência emergente. Chamada glitch art, a técnica é usada para trabalhos que enxergam beleza no caos. Para tanto, vale usar chiados, telas travadas e transmissões borradas. Dentro dessa proposta, o americano James George criou uma ponte entre a arte e a programação com o RGBD Toolkit. O projeto integra o Kinect com câmeras fotográficas e um programa de edição.

No site rgbdtoolkit.com é possível baixar o software de graça e aprender a hackear os equipamentos. O resultado são filmagens em que pessoas são transformadas em pixels e polígonos. Embora seja amador, o sistema encontra adeptos até entre produtores profissionais. No clipe de Out of My League, da banda americana Fitz and the Tantrums (abr.io/fitz), o RGBD Toolkit foi usado para fazer com que os cantores pulsassem no ritmo da música.

O rgbd toolkit pode ser baixado de graça em rgbdtoolkit.com. Veja abaixo os passos para usá-lo

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por meio de um suporte, a câmera fotográfica é alinhada ao sensor do kinect

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O kinect é ligado ao notebook e um software calcula a distância e a iluminação do local

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O kinect e a câmera devem filmar a mesma cena, cada um de forma independente

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Os dois arquivos capturados são mesclados por meio de um software que aplica os efeitos

Realismo Reloaded

prOjetO reCria téCniCa dOs pintOres dOs séCulOs passadOs

No século 18, auge da criação das obras realistas, uma ferramenta simples, chamada Camera Lucida, ajudava artistas a olhar, ao mesmo tempo, a tela e os modelos por meio de um pequeno espelho. Inspirada pela técnica, uma dupla de designers americanos criou o projeto NeoLucida, distribuindo de graça um manual para construí-lo. Veja em neolucida.com. Dá para fazer em casa.

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/ Viagem

Não saia de férias sem eles

VAI VIAjAR SOzINhO, COm A NAmORAdA OU COm A FAmíLIA? SeLeCIONAmOS OS meLhOReS APPS e SeRVIÇOS PARA PLANejAR ROTeIROS, eNCONTRAR hOTéIS e APROVeITAR OS PASSeIOS ≥ POR MARcus ViNícius BRAsiL

Família

mochileiro

casal

everplaces (everplaces.com) Busca sugestões de destinos e mantém um registro de viagens passadas, com comentários e mapas que podem ser compartilhados com os membros da família.

TravellerspoinT (abr.io/travellers) Com vocação jovem, o site permite a criação de um programa completo de viagens, com mapas personalizados e sugestões de hospedagem barata.

Honeymooners (abr.io/honeymooners) App para iOS com guias para casais que procuram um destino de lua de mel. Traz avaliações dos locais feitas por outros usuários.

lisTa de viagem (abr.io/lista-viagens) este app para iOS monta listas com itens a ser colocados na bagagem, além de criar alertas que ajudam a programar os eventos da viagem.

reddiT/r/soloTravel (abr.io/solotravel) Comunidade dedicada a pessoas que viajam sozinhas, com dicas e sugestões de roteiros. Frequentada por turistas de várias partes do mundo, tem textos em inglês.

Trippy (trippy.com) Semelhante à rede social Pinterest, o site mostra imagens relacionadas a palavras-chaves pesquisadas. O termo “romantic” traz ideias sob medida para casais.

myTravelaid (abr.io/aid-ios; abr.io/aid-android) Útil para quem viaja com crianças, o app traz endereços de hospitais ao redor do mundo e um glossário com nomes de medicamentos e telefones de emergência.

airbnb (airbnb.com) Proibido em Nova York por sublocar espaços, o site continua como passagem obrigatória para quem procura acomodações baratas em várias cidades do mundo.

Tripadvisor (abr.io/trip-casais) O famoso site com avaliações de hotéis e passeios tem uma página específica com destinos para quem vai viajar a dois. As recomendações podem ser separadas por continente.

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ILUSTRAÇõeS EVANDRO BERTOL

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/ Planeta Sustentável Comandos As instruções são enviadas por rádio, antes de o Pirajuba submergir, pois a água dificulta a comunicação

Manobras Quatro lemes traseiros, em forma de cruz, garantem um deslocamento estável dentro da água

Mergulho O casco, feito de fibra de vidro, permite descer até uma profundidade de 100 metros

Orientação Sensores espalhados pelo casco informam a velocidade, a posição e permitem saber se a água está poluída

Fôlego Baterias de polímero de lítio garantem uma autonomia de 10 horas a uma velocidade de 3,6 km/h

0,55 m

Peso_55 kg

1,74 m

0,23 m

O submarinO-rObô amarelO EstE é o Pirajuba, VEículo autônomo criado PEla usP caPaz dE monitorar danos ambiEntais E VErificar a qualidadE da água ≥ Por mauricio moraeS

fotos dulla

Ele parece um torpedo, mas é quase um submarino completo. Ao ser colocado no mar, o robô Pirajuba

nada em múltiplas direções, analisa a qualidade da água e volta sozinho ao ponto de partida. Desenvolvido pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), o veículo é parte de uma experiência que pode se tornar uma solução barata e sustentável para monitorar danos ambientais nas águas brasileiras. Ainda em fase de testes, ele mostrou-se eficiente e econômico. Faz, sozinho, o mesmo trabalho de coleta e análise de uma equipe inteira.

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/ Startups

Quem briga por sua privacidade fundAção AmericAnA ApontA As empresAs que melhor protegem seus usuários

morto-vivo

O analista Dinart Azevedo morou no cemitério para criar sofware

Com os dois pés na cova

Após desenvolver um softwAre pArA gestão de cemitérios, o empreendedor dinArt Azevedo vAi criAr umA rede sociAl com perfis de mortos ≥ por Paula Rothman

Com um sistema que controla de

exumações até a limpeza de lápides, o analista de sistemas Dinart Azevedo, 30 anos, lucrou 80 mil reais em 2012. Mas seu software de gestão de cemitérios, o Sysgrave, é só o começo. Vem aí a Reviva Vida, uma rede social com perfis de pessoas mortas, para serem lembradas. Desenvolver para cemitérios não foi uma ação planejada. A oportunidade surgiu há quatro anos, quando o empreendedor paraibano trabalhava em São Paulo. “Conheci investidores que ganharam a licitação de um cemitério no litoral paulista e queriam um sistema de controle”, afirma Azevedo. O Memorial de São Vicente

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faz cerca de 200 enterros e 300 exumações por mês. Para entender a dinâmica do negócio, Azevedo mudou-se para uma cabana dentro do cemitério, onde morou por seis meses. Estudava seu funcionamento durante o dia e programava à noite. A estratégia deu certo. O Sysgrave reduziu em 200 mil reais os gastos por ano do cemitério. Com o apoio do programa de empreendedorismo BizSpark, da Microsoft, Azevedo agora busca investidores.Emparalelo,desenvolveaRevivaVida, rede social para quem está vivo lembrar dos que já partiram. O empreendedor diz que o público para o projeto está garantido. “Afinal, todo mundo morre um dia, não?”

Ranking publicado pela Electronic Frontier Foundation. as estrelas equivalem ao comportamento das empresas em relação à definição de suas políticas de privacidade

foto JEFFERSon DIaS

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/ Educação

harvard quer você apenas 126 brasileiros foram pré-selecionados para estudar tecnologia no exterior com bolsa da laspau, organização ligada à universidade Harvard. veja como participar ≥ por Marcus Vinícius Brasil

VOcê é... estrangeirO

brasileirO tem bacharelado na área de interesse? a parceria com a laspau se estende apenas a cursos de pós-graduação

o Nã

administração, comunicação ou artes

sim

Fala e escreve bem em inglês?

é preciso prestar o graduate record examination (gre). não há nota mínima, cada instituição tem seu próprio critério

sim o Nã

Qual sua área de interesse?

se for naturalizado brasileiro, também pode participar do programa

engenharia aeroespacial, engenharia elétrica ou microbiologia

é preciso provar proficiência no idioma com 550 pontos no paper based test, ou 79-80 pontos no internet based test, do toefl, ou, ainda, 6 pontos no ielts

ParaBÉNS!

Se tudo der certo, em parceria com o projeto Ciência sem Fronteiras, a Laspau encaminhará você até o curso na universidade desejada

o ciência sem fronteiras é um projeto focado apenas em ciência, tecnologia e matemática

regras dO jOgO a laspau receberá inscrições até 30 de setembro para programas acadêmicos que começam em 2014. informe-se no site abr.io/laspau

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/ Apps que valem a pena

AplicAtivos do mês ≥

iphONe

ipad

por FAbiAno CAndido

BlackBeRRy

Redact Criptografa mensagens para evitar o rastreamento do conteúdo. Não usa um servidor central, enviando dados de um celular para o outro. para ioS 6.0 ou superior / 2 dólares

avOcadO ScaNNeR tir a fotoS de documentos com recursos para alinhar a imagem e aumentar o contraste, deixando a cópia do arquivo com boa nitidez. para ioS 5.0 ou superior / Grátis

SplaShtOp RemOte aCeSSa todos os recursos do Windows e do Mac oS X de forma remota. Um recurso extra controla apresentações do powerpoint. para BlackBerry 2.0 ou superior / 20 dólares

duOlINGO e NSiN a idioM a S, como in glês, francês, italiano e alemão, usando tarefas multimídia e perguntas com um nível crescente de dificuldade. para ioS 5.0 ou superior / Grátis

exOplaNet pLaNetário digital, com dados e imagens espetaculares de estrelas, planetas e outros objetos celestes. traz também mapas do espaço em 3d. para ioS 5.0 ou superior / Grátis

NOGaGO GpS traz MapaS de vários países e funciona sem a necessidade da rede 3g. oferece informações de trilhas e caminhos alternativos para aventureiros. para BlackBerry 2.0 ou superior / 4 dólares

the yOda chRONIcleS iNSpir a do nos bonecos da Lego, o jogo traz oito missões em que o mestre jedi treina um exército para derrotar o lado negro da força. para ioS 5.0 ou superior / Grátis

StaR cOmmaNd CoM viSUaL que lembr a os games antigos, o desafio do jogo é gerenciar a rotina de uma nave espacial, ganhando batalhas frenéticas. para ioS 4.3 ou superior / 3 dólares

keek grava e edita vídeos curtos, com no máximo 36 segundos, e publica o conteúdo no twitter e no facebook. também faz trocas privadas de posts. para BlackBerry 1o ou superior / Grátis

aNdROId / Celular

aNdROId / Tablet

WINdOWS phONe

Walk me up deSpertador feito para os preguiçosos, este app só para de tocar quando identifica que o usuário levantou da cama e deu alguns passos. para android 2.2 ou superior / Grátis

cleaN maSteR LiMpa os arquivos inúteis dos apps desinstalados, elimina os dados que deixam o sistema lento e identifica os programas que mais consomem bateria. para android 2.1 ou superior / Grátis

tumBlR poSta textos, imagens e gifs animados na rede de blogs. tem ferramentas para programar posts e moderar comentários dos leitores. para Wp 7.5 ou superior / Grátis

vectOR CoNtroLe um executivo em fuga e o ajude a escapar da polícia usando movimentos ágeis inspirados no espor te francês parkour. para android 2.2 ou superior / Grátis

keep SaFe protege fotos e vídeos e evita que os dados sejam visualizados por estranhos. os arquivos só são liberados mediante a digitação de uma senha. para android 2.1 ou superior / Grátis

NetFlIx reprodUz filmes, séries e desenhos animados do serviço de streaming por assinatura. tem suporte para exibir filmes em alta definição. para Wp 7.5 ou superior / Grátis

dIvIdIR a cONta faCiLita a divisão da despesa no bar ou no restaurante. Um recurso calcula o quanto cada criança, que sempre come menos, representa na conta. para android 1.1 ou superior / Grátis

caRmaGeddON deSreSpeitar regras de trânsito e destruir os inimigos são os objetivos neste remake do clássico game de corrida que gerou polêmica nos anos 1990. para android 2.3 ou superior / 2 dólares

BRaSIleIRãO eXiBe o calendário do maior campeonato brasileiro de futebol, com dia e horário dos jogos, tabela de classificação e lista de artilheiros. para Wp 7.5 ou superior / Grátis

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/ Segurança ter VaICOpa? a N

um mar de cabos

livro descreve detalHes sobre a estrutura física que faz a internet funcionar

Após uma viagem

Olhar de Super-hOmem Helicópteros para segurança da copa terão câmeras que veem através de paredes

Torcedores que arrumarem confusão durante a Copa do

ao redor do mundo, com paradas nos maiores centros de conexão da internet e nos data centers do Google e do Facebook, o escritor americano Andrew Blum descobriu detalhes impressionantes sobre a rede de cabos e servidores que mantém a internet funcionando. Um exemplo: há um cabo de dados que liga os Estados Unidos ao Japão, com mais de 65 mil quilômetros de comprimento e a espessura de uma mangueira de jardim. Histórias como essa estão no livro Tubos — O Mundo Físico da Internet, que chega às livrarias neste mês. Acesse o QR Code abaixo para ler um trecho.

Mundo terão dificuldade para se esconder. Helicópteros com sensores ópticos, que enxergam pessoas até mesmo através de paredes, sobrevoarão os estádios nas cidades-sede. Usando uma tecnologia chamada EO/ IR, que junta imagens em infravermelho com filmagens em alta definição, os sensores dos helicópteros podem localizar pessoas a até 10 quilômetros, mesmo à noite, pois detectam o calor do corpo. Durante o dia, as câmeras têm precisão para exibir a placa de um carro a cerca de 750 metros de distância. Os superpoderes do helicóptero, no entanto, têm um preço elevado. O primeiro equipamento do tipo foi apresentado no Rio Grande do Sul e custou 7,5 milhões de reais. Por essa razão, cada cidadesede contará apenas com um helicóptero equipado com a tecnologia.

Conversas codificadas enquanto foge do monitoramento, o Hacker nadim kobeissi mantém um programa de bate-papo com proteção contra a censura digital

Nadim Kobeissi, um universitário libanês de 23 anos que vive no Canadá, criou um programa de chat que usa conexões criptografadas e dificulta qualquer forma de rastreamento. Usar o Cryptocat, no entanto, não é coisa para hacker. “A facilidade de uso é um recurso de segurança”, disse Kobeissi, em entrevista que você lê em abr.io/chatcryptocat.

FOTO divulgação/Pedro revillion

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/ Vivendo em Beta

A Amazon na Calçada da Fama A rede de varejo online criou uma divisão para produzir filmes e seriados, mas quem decide o que será filmado é o público

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o fim de 2010, a A m a z on c r iou uma divisão para produzir filmes com uma prerrogativa diferente da usada pelos estúdios tradicionais. No Amazon Studios, é o público quem decide o que vale a pena ser filmado ou não. Por meio de um site, a empresa recebe propostas para novas produções. As sugestões são mostradas aos usuários, que decidem por votação quais roteiros passarão adiante e entrarão na fase de filmagem. Isso demonstra o quanto a indústria de entretenimento está mudando. A decisão de transformar um script em um filme não está mais só nas mãos dos chefões de estúdios. Quem manda são os espectadores. Maior rede de varejo online do mundo, a Amazon mostra que tem tino para a produção executiva de mídia. A empresa sabe exatamente qual é o conteúdo mais popular entre seus usuários com base em medições precisas dos hábitos de navegação e de compras. E também encontrou muito mais espaço para experimentar. Neste ano, o Amazon Studios recebeu 4 mil projetos e decidiu, com a ajuda do público, iniciar a produção de episódios piloto de 14 seriados com temas diferentes.

A produção mais aguardada era Zombieland, uma releitura do terror bem-humorado do filme homônimo exibido em 2009. Ao ser publicado no serviço Amazon Prime, um clube de benefícios para clientes da loja virtual que inclui o acesso a um serviço de vídeos por streaming, o público fez críticas ferozes sobre a escolha do elenco. Substituir os atores da versão original do cinema por outros desconhecidos gerou muitas reclamações e, menos de dois meses depois, a Amazon decidiu que não continuaria o seriado. Mas essa não é apenas uma revolução de empresas como a Amazon e o Netflix. São vários os exemplos de pequenos produtores que desafiam as convenções de Hollywood. Tudo bem que não é novidade um ator dirigir ou produzir um filme, mas é interessante observar que atores agora também trabalham com o próprio estúdio independente para lançar conteúdo diretamente para a web. Dois exemplos são os comediantes Ben Stiller, da Red House Digital, e Will Ferrell, sócio da startup Funny or Die. Apostar no conteúdo para a internet é uma decisão inteligente. Até o YouTube anunciou que venderá assinaturas de alguns de seus canais por mensalidades de 1,99 dólar.

AlessAndrA lAriu

O experimento, que inicialmente estará disponível apenas nos Estados Unidos, causou polêmica. Até então, o portal de vídeos sempre foi sinônimo de entretenimento gratuito. Já usei este espaço para falar sobre os “ninguéns” do YouTube que ganharam fama do dia para a noite. Mas agora é fascinante ver que não são só pessoas desconhecidas que alcançam notoriedade online. São mudanças que atingem não só a produção e a distribuição de conteú-do como a forma pela qual o público interage com a tela. A era do espectador passivo está acabando, como demonstrou o diretor Hugues Sweeney. Na mais recente edição do Festival de Cinema de Tribeca, em Nova York, ele repensou o formato longa-metragem com o filme A Journal of Insomnia. Sweeney convidou os espectadores do festival a informar seu número de telefone. No meio da noite, aqueles que aceitaram o convite receberam ligações dos insones que deram depoimentos no filme. Eadweard Muybridge, o inglês considerado pioneiro das imagens em movimento, jamais sonharia com algo assim. ↙

Alessandra Lariu, 40 anos, é publicitária e cofundadora do site SheSays, que ajuda mulheres a entrar na carreira de criação digital. Empresária, ela mora em Nova York.

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/ BizTech

O Google Plus cresce em silêncio A crítica feita à rede social é que ninguém a visita. Mas com a integração cada vez maior entre os vários serviços isso mudará

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esde que o Google abandonou o Orkut e lançou o Google Plus, em 2011, como sua resposta para os rivais na área das redes sociais, a grande crítica, apesar do número crescente de usuários cadastrados, é que o serviço é como uma cidade fantasma. A rede do Google virou o ano com meio bilhão de usuários. O número é bem menor do que o mais de 1 bilhão de usuários do Facebook. E o Plus tem uma frequência de posts incomparavelmente mais baixa que o rival. Mas será que isso importa mesmo? Em 2009, quando as redes sociais começaram a explodir por aqui, fiz uma apresentação na Campus Party onde falei, dentre outras coisas, de três grandes momentos da internet e associei cada um deles a uma camada. A primeira era a camada física. Cabos, fibras e servidores instalados no planeta, permitindo que computadores enviassem dados de um ponto a outro. A segunda eram os protocolos básicos da internet, como DNS e HTTP. E a terceira camada, que representava minha visão sobre os sites de relacionamento, era a camada social que começava a ser construída e a fazer sentido com a explosão de serviços como o Twitter e o Facebook.

Minha visão era de que redes sociais não eram um produto em si, mas uma funcionalidade. Um conjunto de features que constituíam uma camada de serviços sociais que traziam os seres humanos de volta para o centro da rede. Tal qual a web, a camada social também deveria estar em vários lugares ao mesmo tempo. E, por fim, as aplicações residiriam em cima de tudo isso, oferecendo os mais diferentes serviços para todos nós, os usuários. É nesse ponto que vejo uma diferença fundamental entre os estilos do Google e o do Facebook. Enquanto no Facebook a experiência toda acontece em um único destino — o site do serviço e seus aplicativos —, no Google a maior parte da experiência acontece em seus diferentes serviços, como o buscador, o Gmail, o YouTube e o Docs. No mês passado, durante o Google I/O, a conferência anual para desenvolvedores da empresa, Vic Gundotra, vice-presidente de engenharia do Google, e outros executivos apresentaram versões inéditas de seus produtos. Além das melhorias em serviços como o Maps e o Android, algumas das principais atrações foram justamente as novidades no Google Plus. Com várias funcionalidades que pareciam mágica, como a melhoria automática de fotos, e um visual bem mais moderno, ficou claro que o Google está investindo em sua pla-

Manoel leMos

taforma social. O que mais me chamou a atenção, porém, foi o que não lançaram como uma grande novidade, mas que estava presente em quase todas as outras apresentações: a integração cada vez mais profunda do Google Plus com todos os outros produtos e serviços do Google. Essa política da empresa deixa o usuário cada vez mais confortável e, consequentemente, acostumado às facilidades do Google. Em uma das possibilidades exibidas, todas as fotos tiradas com um celular podem ser automaticamente armazenadas no Google Drive e ficar disponíveis para ser compartilhadas por meio do Google Plus. E isso acontece mesmo nos celulares em que o Android não roda. Assim, aos poucos, até quem não é um típico usuário de redes sociais passa a ter razões convincentes para se converter em usuário ativo. E, uma vez lá, ele terá várias razões para ficar. Parece que a abordagem do Google é muito mais robusta que a de seus concorrentes, mas isso não quer dizer muita coisa, pois a guerra entre as plataformas da camada social está apenas no começo. ↙

Manoel Lemos, 37 anos, é engenheiro da computação, especialista em supercomputação, empreendedor, investidor em tech startups e diretor-geral digital da Abril Mídia. É apaixonado por mergulho com tubarões.

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/ Cérebro Eletrônico

Somos vigilantes ou vigiados?

Câmeras em todos os lugares podem identificar criminosos de forma veloz. isso nos dá segurança, mas diminui a nossa liberdade

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o filme Minority Report, o ator Tom Cruise e o diretor Steven Spielberg de r a m v id a ao personagem John Anderton, um agente de um esquadrão especial da polícia encarregado de prever e evitar crimes que aconteceriam em um futuro próximo. Onze anos depois, ainda não prevemos crimes, mas essa possibilidade está mais próxima da realidade do que sugeriam os filmes de ficção científica. Criamos uma sociedade que é, ao mesmo tempo, vigiada e vigilante. Estamos de olho em nós mesmos, como foi demonstrado na investigação do atentado ocorrido em abril, durante a maratona de Boston. Foi preciso apenas 74 horas de análise das câmeras para que as autoridades percebessem os dois rapazes de boné andando em atitude suspeita. As imagens foram espalhadas pela internet e pela TV. A polícia pediu à população que encontrasse qualquer informação sobre o paradeiro dos dois suspeitos e alertasse as autoridades caso encontrasse pistas relevantes. Em minutos, eles foram identificados como os irmãos Tsarnaev. Após cinco dias, o mais velho estava morto e o mais novo preso. 34 / INFO Junho 2013

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Há poucos anos, uma solução tão rápida seria impensável. Seria preciso analisar a bomba, encontrar os fabricantes de seus componentes, identificar seus compradores e investigar vários deles. Atualmente, quem comete qualquer tipo de crime em local público pode ter certeza de que está sendo monitorado e gravado. Mesmo quando um assassinato acontece entre quatro paredes, alguma câmera costuma revelar vestígios do crime, como no caso de Elize Matsunaga, flagrada levando os pedaços do marido esquartejado em três malas no elevador do edifício onde moravam, em São Paulo. Diferentemente do que imaginou o escritor George Orwell, em seu clássico romance 1984, o Grande Irmão não é um Estado centralizado e totalitário controlando todo mundo, numa paródia do stalinismo soviético. No nosso caso, a vigilância é voluntária. Somos nós mesmos que permitimos e instalamos essa vasta rede de câmeras. E gostamos quando estamos em uma fila de banco e essas mesmas câmeras ajudam a inibir um assalto sangrento na agência. Nos sentimos mais seguros quando crimes são solucionados rapidamente e os criminosos são presos em tempo recorde.

Dagomir marquezi

Mas, além da segurança, uma vigilância total poderia afetar nossa liberdade de ir e vir. Depois do atentado de Boston, um repórter da CNN perguntou ao ex-diretor da CIA Michael Hayden se, com tanta tecnologia disponível, seria possível evitar as explosões. A resposta de Hayden foi que tecnicamente sim, “mas estaríamos flertando com um regime não exatamente democrático.” Estamos cada vez mais monitorados, interconectados, sociabilizados nas redes. Gente que espanca crianças ou maltrata animais tem seus crimes registrados pelo celular do vizinho e em poucos minutos vira celebridade nos canais de vídeos do YouTube. Mesmo assim, temos dois problemas. Um é nosso Código Penal, criado em 1940 e, portanto, completamente defasado. Temos uma sociedade cada vez mais equipada para combater o crime e, ao mesmo tempo, somos regidos por leis mofadas, perdidas no tempo. O outro problema: essa rede de vigilância tecnológica pode se tornar uma armadilha mortal se cair nas mãos de uma ditadura qualquer. ↙

Dagomir Marquezi, 60 anos, dividiu sua vida entre o jornalismo e a ficção. Escreveu novelas, musicais e roteiros de cinema. Há 15 anos acompanha a tecnologia em sua coluna na INFO.

foto alExandrE battibugli

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/ Inside Information

O gol não pode esperar

Em tempos de programação sob demanda, o esporte preserva a transmissão ao vivo e isso precisa ser aproveitado pelas marcas

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om a escolha do Brasil como sede da próxima Copa do Mundo e da Olimpíada de 2016, as oportunidades de negócio ligadas ao esporte ficaram em grande evidência. Até dá a sensação de que ao final desses dois eventos o marketing esportivo no Brasil irá simplesmente acabar. Na prática, o que vemos é o contrário disso. Existe hoje um novo ecossistema midiático, resultante da popularização da internet móvel e das mídias sociais, que transformou a lógica do consumo de conteúdo. As pessoas têm um poder de escolha sem precedentes, mas a emoção do esporte é capaz de superar e ampliar a relação entre a TV e o telespectador. Se antes as grades de programação da TV pautavam nossos hábitos, nesse novo cenário somos nós quem escolhemos o que, onde e como consumir. Ainda assim, o esporte desafia essa lógica. Uma partida de futebol é diferente de um seriado, em que cada um acompanha os episódios no seu ritmo. A experiência do esporte só tem emoção se acompanhada no momento em que está acontecendo. Em outras palavras, o esporte é um dos últimos redutos da programação ao vivo e por isso é cada vez mais importante para as marcas.

Em um ambiente no qual o intervalo comercial tradicional perde relevância a cada dia, os poucos momentos que obrigam o consumidor a estar atento à tela da TV ficam cada vez mais valiosos. Mas esse não é o único valor do esporte. É quase impossível estar na internet sem saber em tempo real sobre cada gol marcado em uma partida. Experimente entrar no Facebook ou no Twitter no horário de um jogo e veja quantos de seus amigos estão falando sobre jogadas, vitórias e derrotas. Isso mostra que estamos desenvolvendo o hábito da multitarefa, navegando na internet ao mesmo tempo que assistimos TV. Esse é o fenômeno da segunda tela, que tem tudo para ser muito bem aproveitado no âmbito esportivo. É fácil criar conteúdos complementares à transmissão dos jogos. Aplicativos nas SmartTVs, tablets e smartphones podem exibir estatísticas, permitir a publicação de comentários, mostrar imagens de câmeras exclusivas e até aproximar a pessoa dos amigos que não estão por perto na hora dos jogos. Entre outros exemplos, vale destacar os games em tempo real, como o Star Player, desenvolvido pela Heineken (abr.io/starapp). Com ele no smartphone, o telespectador precisa adivinhar o que vai acontecer após lances impor-

Bruno Scartozzoni

tantes dos jogos da Champions League. A bola saiu para escanteio? É preciso tocar na tela e dizer se a jogada resultará em gol ou em defesa do goleiro. Depois do lance, quem acerta ganha pontos. Outra empresa que explorou bem a relação entre telas foi o Royal Bank of Scotland, que criou dois aplicativos especiais para os fãs de rúgbi que fossem assistir às partidas da Copa das Seis Nações. O primeiro transformava o smartphone em uma central de conteúdo do popular torneio, com estatísticas, vídeos, notícias e análises pós-jogos. O segundo aplicativo tinha uma mecânica de game em tempo real semelhante ao criado pela Heineken. E ainda existe o caso em que a segunda tela vira a primeira tela, quando a pessoa está no estádio assistindo ao jogo com um smartphone na mão, postando textos, fotos e vídeos sobre aquela experiência. Esse é um terreno ainda menos explorado pelas marcas, ou seja, mais uma enorme oportunidade de associar a paixão do esporte à onipresença da internet. ↙

Bruno Scartozzoni, 32 anos , é sócio da consultoria especializada em marketing esportivo Ativa Esporte, cofundador do serviço de queixas coletivas Zaanga e professor de storytelling e transmídia da ECA-USP e da ESPM.

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60 GooGle Glass

INFO foi ao Vale do Silício testar os recursos dos óculos do Google. Será que eles vão pegar?

Exterminadores / 40 Muito Além da Busca / 46 SOS Nokia / 54 Seu Corpo é a Interface / 70 As Sete Leis do Like / 76 Conexão Acelerada / 82 FOTO r c rivera

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Ex tEr mi

talon SwordS

Usado para reconhecer terrenos, encara terra, areia e água

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guardium mK-1

O veículo autônomo detecta disparos

X-47B

O protótipo vai decolar em breve de um porta-aviões

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na do res Taranis

o drone é capaz de fazer vôos intercontinentais

máquinas autônomas e letais estão muito perto de chegar ao campo de batalha. será que trocar soldados por robôs é correto?

≥ Por Maurício Moraes

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N Ninguém passa despercebido pela sentinela SGR-1. A máquina vem equipada com câmeras capazes de enxergar mesmo em ambientes com pouca luminosidade e pode identificar intrusos à noite, pelo calor. Se alguém entra no perímetro que está sob sua vigilância, a SGR-1 emite um alerta. A pessoa precisa dizer uma senha ou será classificada como alvo. Programada para detectar invasores e atirar contra eles, a sentinela espera sempre por uma ordem humana para disparar, mas não precisaria fazer isso. Graças à inteligência artificial, protótipos do robô já seriam capazes de decidir sozinhos quando acionar sua metralhadora, como mostra um vídeo da arma em ação publicado no YouTube (abr.io/sgr-1). Criada pela Samsung Techwin e por pesquisadores da Universidade da Coreia do Sul, em Seul, a SGR-1 faz parte de uma nova geração de robôs, criados para tomar decisões e eliminar inimigos sem intervenção humana. O desenvolvimento dessas máquinas iniciou um debate sobre se é ético usá-las no lugar de soldados.

sgr-1o

A sentinela detecta alvos a 3,2 kms de distância

A sentinela é apenas uma parte dessa geração de máquinas letais. Militares ao redor do mundo testam veículos aéreos e carros blindados que funcionam por conta própria. Hoje, essas máquinas recorrem aos humanos quando estão diante de um alvo, pois há obstáculos técnicos e éticos a ser superados. Os sistemas de inteligência artificial ainda não são confiáveis o suficiente, por isso os robôs são programados para disparar somente ao receber uma ordem direta. Outra dificuldade é a falta de um consenso sobre a necessidade de os militares continuarem a ser responsáveis por decisões que resultam em mortes. No futuro, isso pode mudar. Atualmente, mais de 50 países tentam criar robôs com essas características.

phantom ray

O drone da Boeing é parcialmente controlado por humanos

Além dA COreIA dO Sul, Inglaterra, Israel e Estados Unidos estão em um estágio avançado de armas autônomas. É um mercado que deve crescer de 5,6 bilhões de dólares, em 2010, para 8 bilhões de dólares, em 2016, de acordo com a estimativa feita pela empresa de pesquisas ABI Research. Para identificar o inimigo e cumprir uma missão, as máquinas adotam algoritmos de reconhecimento no software e usam um conjunto de sensores de imagem. Sistemas computadorizados de navegação garantem o deslocamento até o ponto desejado, evitando até mesmo ataques desferidos por adversários durante o trajeto. O fim do combustível, da bateria ou da munição são os princi-

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amstaf on guard

O carro trabalha em grupo, vasculhando áreas predefinidas

Os sistemas de inteligência artificial dos robôs são capazes de localizar um alvo, mas não têm refinamento para distinguir inimigos de aliados

pais limitadores dessas máquinas, mas o desenvolvimento dessas armas é um processo difícil de reverter. Os veículos aéreos não tripulados, chamados de drones ou de vants, estão mais próximos de uma autonomia total, com protótipos em fase final de testes. O Taranis, da BAE Systems, é invisível a radares e realiza missões intercontinentais, enquanto o X-47B, da Northrop Grumman, decola de um porta-aviões e pousa sozinho. No solo, carros como o Guardium, da G-Nius Unmanned Ground Systems, vigiam a fronteira de Israel com a Faixa de Gaza. Os perigos que cercam o uso de armas autônomas levaram a Human Rights Watch, uma das principais ONGs de defesa dos direitos huma-

nos do mundo, a liderar uma campanha com outras entidades para tentar proibir esses robôs. As ONGs defendem que o uso de força letal não pode ser delegado às máquinas e também são contrárias à total autonomia das armas de guerra. “Remover as emoções, a compaixão e a ponderação levará muito mais perigo aos civis”, disse a INFO Steve Goose, diretor executivo da divisão de armas da Human Rights Watch e coordenador da iniciativa. “Entre os militares de vários países, há muita gente que pensa que é ruim ceder o controle do campo de batalha a essas máquinas.” Uma parcela das Forças Armadas defende a mecanização como forma de diminuir as baixas e de reduzir os custos. Seria também uma maneira de evitar violações dos direitos humanos cometidas pelas tropas. “Sob o estresse da batalha, soldados cometem atrocidades e matam civis. Os robôs podem fazer melhor”, afirma Ronald Arkin, professor do Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos Estados Unidos. O especialista, que trabalha em pesquisas financiadas pelos militares, acredita que a

tecnologia vai evoluir para preservar a vida de civis. Segundo Arkin, banir seu desenvolvimento pode evitar que esses benefícios sejam conhecidos. Para que isso se concretize, no entanto, um robô precisaria saber lidar com uma rendição de soldados ou com militares feridos. Distinguir civis de rebeldes também não é algo simples para um sistema de inteligência artificial. Uma criança com um fuzil deve ser eliminada? Embora os sistemas atuais consigam realizar missões e localizar alvos, ainda não têm a precisão necessária para identificar uma pessoa e atacá-la. Arkin acredita que essas dificuldades serão resolvidas no futuro, enquanto Goose, da Human Rights Watch, duvida que as máquinas consigam atingir esse grau de refinamento. Apesar da polêmica, os países que estão criando essas armas não parecem dispostos a parar. “O desenvolvimento de sistemas cada vez mais autônomos é inevitável ”, afirma Matthew Waxman, professor da Escola de Direito da Universidade Columbia, nos Estados Unidos. Segundo ele, as leis internacionais são suficientes para coibir abusos cometidos por essas máquinas. O que ninguém pode prever é se, apesar de todos os cuidados, esse é o início de um futuro apocalíptico, como aquele imaginado nos filmes de ficção científica. ↙ Junho 2013 INFO

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Startup pioneira no paíS, o BuScapé incorporou 20 empreSaS. agora tem a difícil miSSão de integrá-laS. para iSSo criou o Bope, uma tropa de elite da programação

/ Por Paula Rothman

foto claus lehmann

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visão estratégica /

Romero Rodrigues transformou o Buscapé em guarda-chuva de um ecossistema completo de e-commerce

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“O que vOcê ainda está fazendO aqui?”

Da sala no 17 º anDar de um prédio na avenida Paulista, em São Paulo, Romero Rodrigues já se acostumou a ouvir essa pergunta, quase obrigatória nas conversas de que participa. O site que fundou em 1999 com três colegas de faculdade foi comprado em 2009 pelo grupo Naspers por 342 milhões de dólares, num dos maiores negócios da internet brasileira. O conglomerado sul-africano de mídia levou 91% do Buscapé, deixando para Rodrigues uma boa quantia e o legado de case de sucesso do empreendedorismo digital do país. E o que ele decidiu fazer? Aparentemente continuar no mesmo lugar. Só que não exatamente. Se o cargo de CEO mantém-se no cartão de visita há 14 anos, na prática as coisas mudaram bastante. O que era apenas um comparador de preços se transformou num guarda-chuva que abriga hoje 20 empresas que fecham o ciclo do comércio eletrônico no país. O Buscapé Company fez aquisições e investimentos que resultaram em marcas secundárias que hoje representam 60% de seu faturamento. Ao receber ofertas de grifes no clube de descontos BrandsClub, finalizar as compras usando a solução de paga-

mentos Bcash ou revender um produto no classificado QBarato!, o internauta pode não saber, mas está usando serviços do Buscapé. Hoje, o desafio de Romero Rodrigues, 35 anos, e sua equipe é integrar todos esses serviços. Para isso, uma central de tecnologia foi criada com a missão de comandar a operação. Paralelamente, equipes de inteligência se concentram em extrair informações valiosas da enorme quantidade de dados gerada pelas empresas do grupo. São elas que estão ajudando o Buscapé a desenhar seu futuro, ao antecipar tendências e criar soluções para a era móvel. O objetivo dos mais de mil funcionários do Buscapé é que o usuário esteja sempre conectado a uma marca do grupo quando fizer compras online. “Em quanto mais etapas tiver contato com esse consumidor, mais valor consigo entregar a ele e a meus parceiros comerciais”, diz Rodrigues. Na prática, isso significa transformar pequenas empresas, como o agregador de sites de compras coletivas ZipMe, em grandes negócios. A startup, rebatizada de SaveMe, já conta com mais de 4 milhões de usuários cadastrados e filial na África do Sul. Em 2010, a plataforma criada pelos publicitários Guilherme Wroclawski e Heitor Chaves abocanhou uma fatia do mercado de compras coletivas e chamou a atenção do time de aquisições do Buscapé.

“Nosso objetivo era concentrar todas as ofertas de centenas de sites em um só lugar”, diz Wroclawski. Por falta de tempo e dinheiro, os sócios decidiram que era melhor lançar a página com um publicador simples. Deu certo e, em alguns meses, o time estava de mudança para a sede do Buscapé. “Só tinha um detalhe: não dormíamos porque passávamos a madrugada atualizando o serviço manualmente”, afirma Wroclawski. Acostumada a capturar dados de milhões de produtos e indexá-los em um único local, a equipe do Buscapé não teve dificuldades para automatizar o SaveMe. E ainda integrou os resultados do comparador de preços ao site, aumentando as ofertas anunciadas. O serviço tem hoje mais de 200 mil visitantes únicos por dia. O Buscapé conseguiu entrar no mercado de compras coletivas e passou a usar o SaveMe como diferencial no Bcash. Lojistas que escolhem a solução de pagamento aparecem no site de desconto. Algo similar aconteceu com o aplicativo para Facebook Resolva.Me, espaço para usuários recomendarem prestadores de serviços, como mecânicos e médicos. Em 2012, o Buscapé tornouse sócio e ajudou a ferramenta a migrar para várias plataformas, a se expandir internacionalmente e a mudar de nome para Recomind. “Passamos seis meses estudando juntos o modelo de negócios e contamos com a experiência que o grupo já tinha desenvolvendo aplicativos”, diz Juliano Martinez, cofundador da empresa. Hoje, o app

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jeitão de startup /

Romero Rodrigues na sede do Buscapé, em São Paulo, onde trabalha a maioria dos 33 fundadores de empresas compradas e os cerca de mil funcionários

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do Recomind permite que alguém buscando um dentista em São Paulo receba um aviso no celular se algum amigo do Facebook postar a resposta. A criação desse ecossistema de empresas começou em 2006, com a aquisição do comparador de preços Bondfaro, principal concorrente do Buscapé. Na época, a empresa de Romero Rodrigues tinha 120 funcionários, receita de 18 milhões de reais e crescia 200% ao ano. O negócio foi um movimento estratégico para evitar perder a liderança caso o plano seguinte desse errado. “Iríamos expandir a presença para atuar antes, durante e depois da compra”, diz Rodrigues. Em 2007, entraram no

referência e suporte tecnológico a todas as empresas do grupo e, ao mesmo tempo, cuidar da integração. “Não é uma tarefa fácil, pois muitas nasceram independentes, rodando sistemas diferentes”, diz Lennon Machado, 37 anos, diretor de tecnologia responsável pelo Bope. “Fazer a arquitetura corporativa significa trocar a asa do avião com ele voando.” Há 13 anos na empresa, Machado foi o quarto funcionário do Buscapé. Foi ele quem ajudou os fundadores do SaveMe a voltar a ter noites de sono ao automatizar a atualização do site. “Hoje, sempre que dá algum problema, o Bope é chamado. O e-bit travou? Eles sobem o mor-

A criação de um ecossistema de empresas começou em 2006, com a compra do concorrente Bondfaro. Hoje, representa 60% do faturamento grupo a e-bit, que analisa tendências do comércio eletrônico e avalia a opinião do internauta sobre a compra, a FControl, que faz prevenção de fraudes na venda, e a Pagamento Digital, que gerenciava as transações. A estratégia de crescimento deu certo. Agora, vem o mais difícil: integrar todas essas marcas. A meta é fazer com que todas as linhas de códigos das 20 empresas conversem entre si. Para essa tarefa, nada trivial, Romero Rodrigues chamou o Bope (Buscapé Operações e Processos Especiais). A tropa de elite de programadores foi criada em dezembro do ano passado. Sua missão: servir como

ro e resolvem”, brinca Rodrigues. Não à toa, Lennon Machado ganhou pelos corredores da empresa o apelido de Capitão Nascimento. A manutenção de uma central de programação é estratégica para o negócio. Isso porque o grupo pretende abrir as interfaces de programação de aplicativos, ou APIs, de todos os seus negócios. Isso significa deixar que desenvolvedores tenham acesso a códigos e possam criar produtos

para as marcas. Atualmente são 1,5 mil os membros do grupo DEV. Eles recebem comissão ou porcentagem de venda pelos serviços desenvolvidos. "Essa estratégia de ecossistema é comum em empresas como a Apple", disse a INFO Daniel Domeneghetti, d a c on su ltor i a e m te c nolo g i a E-Consulting. A companhia americana é referência em um modelo sustentado pela interação de produtos. “Seu grande valor não está no iTunes, mas em criar uma rede que inclui o iTunes, o iPad, o iPhone. A pergunta é se o ecossistema de serviços do Buscapé funcionará”, afirma Domeneghetti. Por enquanto, parece que sim. COm CresCImeNtO de 400% no faturamento dos últimos dois anos, a Lomadee tornou-se uma das principais empresas do Buscapé Company, com estimativa de movimentar mais de 1 bilhão de reais no próximo ano e meio. Criada pelo Buscapé, ela une grandes marcas varejistas, como Lenovo e Americanas.com, a pessoas interessadas em divulgar produtos em troca de uma porcentagem das vendas. É o chamado marketing de afiliados, que transforma qualquer dono de site, blog ou plataforma online em parceiro comercial. O publicitário Osvaldo Sereia é um deles. Morador de Cuiabá (MT), ele lucra até 18 mil reais por mês ao divulgar links para os 640 mil fãs de sua página no Facebook, a Tudo Para Mim. “Publico lojas como Netshoes e Dafiti”, diz. A rotina de um afiliado é simples. Após se cadastrar, ele acessa as ofertas do dia, com fotos dos produtos, e recebe comissão por cada venda. No caso de passagens aéreas, as comissões variam de 1% a 2%, sapatos podem pagar até 8%. Basta copiar o

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endereço e publicá-lo. “A Lomadee funciona como intermediária de um público muito importante. Por meio dela, entendemos o que os afiliados querem”, diz Priscilla Erthal, gerente de marketing da Netshoes. A guinada da Lomadee começou há dois anos. “Antes os principais usuários eram os webmasters e a área técnica de sites”, diz Guga Stocco, vicepresidente de desenvolvimento de negócios do Buscapé. “Para ganhar volume e atingir os blogueiros e os usuários do Facebook, simplificamos tudo em uma interface que exige dois cliques para a publicação”, diz Stocco. O número de afiliados saltou de 60 mil, em 2011, para 170 mil, em 2013.

“As pessoas querem um serviço de rastreamento das compras”, diz Stocco. “A gente não fazia tracking de produto, mas faremos.” As informações que ajudam na tomada de decisões vêm também das empresas Btarget e Navegg, que analisam o tráfego dos sites. Ambas podem ser contratadas por lojistas interessados em saber que produto oferecer ao usuário que acabou de cair em sua página ou enviar e-mails personalizados de ofertas. O app do Buscapé já foi baixado por 1,5 milhão de usuários e há planos para investir mais em mobilidade. Uma das empresas do grupo está criando um GPS indoor, que detecta em qual andar de um shopping center

Quando avalia uma empresa para comprar, o Buscapé olha para a atuação do fundador da startup. Ele precisa mostrar paixão pelo negócio que criou Em mobilidade, o futuro do Buscapé está sendo construído com a ajuda da área de Business Intelligence, que analisa todos os dados gerados pelos usuários. Guga Stocco abre seu notebook e aponta para uma série de gráficos. Eles mostram reclamações dos clientes referentes à última versão do aplicativo do Buscapé. Lançado no final de 2012, o app é atualizado a cada 15 dias baseado nos relatórios.

o usuário está. Assim, pode receber informações e ofertas de produtos. A área de mobile foi criada há um ano e meio e é dirigida pelo publicitário Leonardo Cardoso. Com habilidade em programação, ele criou, em 2008, um plug-in que, instalado no navegador do usuário, avisava se havia ofertas melhores em outros sites na hora de finalizar a compra. A ferramenta deu origem ao Buscapé na Hora, e seu criador foi convidado a ingressar no grupo. Investir em pessoas é uma das prioridades de Romero Rodrigues. Na avaliação de possíveis aquisições, a atuação do fundador da startup é

sempre o critério número 1 para a decisão. “Apostamos no cara apaixonado que vai fazer aquela ideia dar certo”, afirma Rodrigues. São 33 os fundadores de novas empresas que hoje integram o time do Buscapé. A maioria trabalha na sede, em São Paulo, espalhada pelos cinco andares do edifício da avenida Paulista. O escrItórIO, cOlOrIdO e sem paredes, tem varanda com mesas de pebolim, cesta de basquete e redes para descanso. O Buscapé tem ainda operações em cidades como Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba. “Somos sócios das startups, mas os fundadores têm opções de ação”, diz Rodrigues. Ao todo, os funcionários detêm 12% do grupo. Considerando o valor pago pela Naspers, são mais de 40 milhões de dólares distribuídos pela equipe. Muitas das empresas, como o SaveMe, chegaram por meio do concurso Sua Ideia Vale Um Milhão. O projeto surgiu em 2011 com dois objetivos: aproximar o Buscapé de potenciais grandes negócios em estágio inicial, e não deixar que eles morressem por falta de recursos. “Até há pouco tempo, quase ninguém investia em startups no Brasil”, afirma Rodrigues. Neste momento, em que muitos investidores voltam-se para o país, o criador do Buscapé está empolgado. “Não vejo a hora de o ecossistema do empreendedorismo estar completo”, afirma. “Aí, sim, poderemos pegar empresas em etapas mais avançadas, como já fazem lá fora Google, eBay e Amazon.” Pelo visto, não há planos de parar. “Agora que tenho todos os brinquedos em cima da mesa, vou parar de brincar?”, diz Romero Rodrigues, respondendo àquela primeira pergunta sobre o que ainda faz na empresa. ↙

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PRODUÇÃO DE IMAGEM artnet digital

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sos

nokia Após Anos difíceis, A empresA finlAndesA que Já foi líder isolAdA do mercAdo de celulAres tentA retomAr o brilho com o lAnçAmento de dois bons ApArelhos. será que AindA dá tempo? ≥ Por Fernando Valeika de Barros, de Helsinque

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C ColoCada para escanteio pelos smartphones com Android e pelo iPhone e sem o mesmo sucesso de antes na área dos telefones mais baratos, a finlandesa Nokia tem feito o que pode para recuperar o brilho dos tempos em que era a líder incontestável do mercado mundial de celulares. Durante um evento chamado Tempo de trocar de marcha, em 9 de maio, na cidade de Nova Délhi, na Índia, o presidente mundial da Nokia, Stephen Elop, apresentou o Asha 501 com tom superlativo. “Estamos reinventando os celulares mais baratos”, disse Elop, ao apresentar o Asha, termo que significa esperança, em hindi, a língua mais falada na Índia, um dos mercados cruciais para a sobrevivência da Nokia.

Mais do que a câmera com resolução de 3,2 megapixels, o design colorido e a bateria com capacidade para 17 horas de uso, a maior novidade do novo aparelho é seu sistema operacional, mais rápido e aberto para aplicativos do que o antigo Symbian. Desenvolvido pela Smarterphone, empresa norueguesa comprada pela Nokia em 2011, a plataforma permite que um aparelho de 99 dólares seja inteligente o suficiente para funcionar com duas interfaces diferentes, acessar as redes sociais e rodar versões dos jogos mais populares. É quase um smartphone. Cinco dias após a apresentação de Elop, mas dessa vez em Londres, em um evento chamado Veja o que vem a seguir, a americana Jo Harlow, vice-presidente da divisão de dispositivos inteligentes da Nokia, surgiu diante do público vestida de jogadora de basquete para revelar o Lumia 925, com contornos de alumínio, lentes que melhoram fotos em ambientes escuros e processador de dois núcleos. Com espaço para 16 GB de arquivos, o Lumia 925 será o modelo topo de linha da companhia, com preço estimado em 608 dólares. Mais fino (8,5 milímetros) e mais leve (139 gramas) que os Lumia topo de linha, o novo smartphone introduz um pacote de programas para facilitar o registro de fotos em cenas com muito movimento. Jo ainda deixou aberta a possibilidade de lançamento de tablets e phablets, os aparelhos que ficam no meio do caminho entre tablet e smartphone, com telas de 5 a 8 polegadas. As novidades são essenciais. Para sair da nuvem negra em que se meteu, a finlandesa Nokia tem de andar rápido ou perderá de vez a relevância num segmento em que já foi líder.

casa alugada

a Nokia vendeu os prédios de sua sede, em Espoo, e ocupa o espaço pagando aluguel

Dados da consultoria IDC mostram que há quatro anos a empresa vendia cerca de 100 milhões de smartphones com sistema operacional Symbian e era dona de um terço desse mercado. Mas a fabricante embarcou na onda do conformismo e perdeu o bonde. “A Nokia tinha uma boa engenharia, mas demorou muito para prestar atenção ao design e às evoluções”, disse a INFO o professor canadense Peter Kelly, especializado em inovação empresarial, na Universidade Aalto, em Espoo, na região metropolitana de Helsinque, capital da Finlândia. “A empresa também ignorou que, com a chegada do iPhone, surgiu um mercado no qual as pessoas falam menos e digitam mais, fazendo com que os aplicativos se tornem um trunfo para o sucesso.” DepOIs De lIDerar a adoção dos celulares com tecnologia GSM, os primeiros a lidar com dados e voz, os executivos da Nokia demoraram para ver que o futuro seria dominado por aparelhos com interfaces sensíveis ao toque. “Nossa percepção era que as pessoas não gostavam daquilo”, disse o americano Dave Grannan, que trabalhava na Nokia em 2007, ano da chegada do iPhone e da comemoração do bilionésimo celular vendido pelos finlandeses. Nove anos antes de Steve Jobs revelar o smartphone que redefiniu o mercado, a Nokia tinha o protótipo de um aparelho desse tipo, mas não foi veloz para perceber que os celulares estavam prestes a passar por uma metamorfose.

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No auge das vendas de celulares, no início dos anos 2000, a Nokia possuía uma marca que valia 34,8 bilhões de dólares. A empresa respondia por 4% do PIB da Finlândia, com um terço do dinheiro investido em pesquisa no país passando por seus laboratórios. Há seis anos, ainda no embalo dos bons tempos, a Nokia detinha uma participação de 40,4% no mercado mundial de celulares. Hoje, o valor de sua marca despencou para 14 bilhões de dólares, com uma participação de mercado de 17%. Um dos motivos para a queda foi o fracesso das lojas de aplicativos da Nokia. Pioneira no segmento, a empres apostou inicialmente em serviços que funcionavam apenas para alguns aparelhos. Mais tarde, os apps eram distribuídos pela Ovi, loja unificada lançada em 2009 e cujo nome quer dizer “porta”, na tradução do finlandês. O processo de publicação burocrático da Ovi não motivou os desenvolvedores e assim a Nokia perdeu o que, meses mais tarde, seria um dos motes do sucesso dos sistemas iOS, da Apple, e Android, do Google.

Ao contrário da Apple, que tinha a experiência de vender músicas com o iTunes e bolou um esquema parecido para os apps, a Nokia patinava e fechava suas lojas poucos meses depois. E essa não foi a única mancada estratégica dos finlandeses. Na mesma época, a empresa revelou estudos para um tablet semelhante ao iPad, mas não os levou adiante. “A Nokia acreditou que, por ter inventado o segmento dos smartphones, não precisava quebrar paradigmas e pagou caro por ser conservadora”, disse a INFO um ex-diretor da empresa em Helsinque.

Para correr atrás da concorrência, criar aplicativos virou um mantra para a empresa. Já são cerca de 125 mil. Em conjunto com a parceira, Microsoft, e com a Universidade Aalto, a principal da Finlândia, a Nokia lançou o AppCampus com a missão de criar apps para dispositivos com o sistema Windows Phone e para a plataforma do Asha 501. “Serão investidos 18 milhões de euros, abertos a desenvolvedores do mundo todo”, disse Alina Kangasluoma, diretora da AppCampus. Segundo ela, haverá de 20 mil a 70 mil euros

A quedA

em três anos, a lIDerança Da nokIa no merCaDo munDIal De smartphones FoI tomaDa pelas ConCorrentes apple e samsung 40 32,9 %

30,3 %

30 23,8 %

10

19,1 %

19 %

20

15,6 %

15,6 % 7,5 %

7,5 %

2010

Samsung

Apple

2011

2012

Nokia

Fonte: IDC

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Os salvadOres

Tela AMOLED de 4,5 polegadas

A NokiA teNtA retomAr o mercAdo com um ApArelho bArAto e outro sofisticAdo Capa destacável em seis cores

Câmera de 8,7 MP

Sistema Windows Phone 8 Tela de 3 polegadas

Câmera de 3,2 MP

Sistema Asha

Acabamento em alumínio

Funciona com dois chips

Processador com dois núcleos

Lumia 925

de financiamento e os criadores de apps serão convidados para quatro semanas de estágio no campus da Universidade Aalto, para acumular experiência em design, marketing, branding e questões técnicas (mais informações no site do projeto: appcampus.fi). Já foram criados nove aplicativos, como o Sihti, ferramenta para auxiliar no recrutamento de funcionários; o Some Food, que ajuda a escolher alimentos de acordo com o valor nutricional; e o Amazing Race, espécie de corrida ao tesouro com atrações turísticas de uma região. “A palavra-chave para a Nokia e para a Microsoft agora é criar experiências para integrar e tornar muitos

Asha 501

aparelhos, como smartphones, tablets, PCs e mesmo TVs e consoles de jogos, compatíveis entre si”, afirmou Jo Harlow em Londres. “No início de 2011, indicamos uma nova direção para a Nokia, que inclui a transição para a plataforma Windows e a ideia de conectar o próximo bilhão de pessoas à internet, principalmente em países emergentes”, disse Elop na Índia. Segundo um executivo da Nokia ouvido por INFO em Helsinque, o atual comandante da empresa chegou a sentar-se com executivos do Google tentando um acordo para fazer aparelhos com Android. Elop queria vantagens exclusivas, mas não conseguiu. Daí surgiu a parceria com a Microsoft.

“Com a plataforma Android, liderada pela Samsung, não teríamos a possibilidade de trazer experiências novas para o usuário, como acontece com o Windows”, afirma Jo Harlow. “Essa alternativa nos deu a possibilidade de sermos diferentes, com um amplo portfólio de produtos.” Se as mudanças de estratégia da Nokia ainda não a colocaram em pé de igualdade com rivais como Samsung e Apple, pelo menos estancaram sua crescente sequência de prejuízos.

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No seu mais recente balanço, referente aos primeiros três meses deste ano, a empresa acumulou 196 milhões de dólares de prejuízo. Não é o melhor dos mundos, principalmente se comparado ao balanço do último trimestre de 2010, quando lucrou 1,4 bilhão de dólares. Mas está melhor do que no ano passado, quando ficou no vermelho em 1,7 bilhão de dólares e era uma máquina de queimar recursos. Em 2007, havia o equivalente a 12,7 bilhões de euros no caixa. No ano passado, havia um prejuízo acumulado superior aos 2,8 bilhões de euros. A sItuAçãO NãO é pIOr porque a Microsoft paga 1 bilhão de dólares anuais pela instalação do Windows Phone nos smartphones da Nokia. Há também o precioso estoque de patentes com cerca de 16,5 mil registros que propiciam à empresa lucrar algo como 650 milhões de dólares a cada 12 meses em licenciamentos. Na adoção das conexões com a tecnologia 4G, a Nokia consegue ganhar dinheiro até dos rivais. Um desses acordos, com a canadense BlackBerry, resultou em 65 milhões de dólares a mais nos cofres da Nokia, fora o pagamento periódico de royalties. Ajudou também a estratégia de Elop de economizar cada centavo e cortar o que podia. De fevereiro de 2012 ao fim deste ano, a companhia demitirá 14 mil funcionários e fechará centros de pesquisa e linhas de montagem na Finlândia, no Canadá, na Romênia e na Alemanha. Até prédios de sua sede, na cidade de Espoo. foram vendidos.

Pela primeira vez em quase um século e meio de existência, a empresa não pagou dividendos aos acionistas. Ironicamente, esse processo de desmontagem criou novos concorrentes, como a conterrânea Jolla, criada por engenheiros desligados durante o processo de enxugamento ordenado por Elop. Sediada em Helsinque, a poucos minutos da sede da Nokia, a Jolla lançou o primeiro smartphone em maio e recebeu elogios pela inovadora interface do sistema Sailfish, feito com base em um projeto abando-

O valor médio da linha de smartphones Lumia é 248 euros, quase 35% acima do preço cobrado pelos Symbian da geração anterior. “No primeiro trimestre deste ano, as vendas desses aparelhos subiram 27%”, disse Elop. A marca de 5,6 milhões de aparelhos vendidos, no entanto, ainda é distante da meta de vender 7 milhões de celulares Lumia no próximo trimestre. “Temos preços competitivos em uma série com cinco aparelhos diferentes”, disse a INFO o finlandês Vesa Jutila, diretor global de marketing da linha de

A Nokia caminha, mas ainda está longe de rivais como a coreana Samsung, que vendeu 70,7 milhões de telefones de janeiro a março deste ano nado pela Nokia, o MeeGo. “Será um dispositivo com preço intermédiário e um sistema simples de usar”, disse a INFO o italiano Stephano Mosconi, diretor da Jolla. “O plano inicial é fabricar aparelhos com nossa marca na Europa e na China e desenvolver produtos para outras empresas.” A boa notícia para a Nokia é que a empresa começa a ganhar dinheiro e elogios com seus smartphones mais sofisticados, da série Lumia. Qualidades como a câmera, com estabilizador e lentes Carl Zeiss, o bom sistema de mapas, agora batizado Here, e design arrojado e colorido voltaram a chamar a atenção de consumidores que compravam Nokia no passado e atualmente migraram para smartphones de outras marcas e sistemas operacionais.

smartphones da Nokia. “Os consumidores começaram a perceber as vantagens da integração com o Windows.” A Nokia progride, mas ainda está longe dos números robustos da líder Samsung, que vendeu 70,7 milhões de celulares de janeiro a março deste ano e, segundo o instituto IDC, tem uma participação de mercado maior que a soma de seus outros quatro concorrentes diretos. Uma lista a qual a Nokia não pertence mais. Antes de sonhar novamente com o topo, é preciso ultrapassar as chinesas ZTE e Huawei, as coreanas LG e Samsung e, claro, a americana Apple. É uma missão e tanto, e vai demandar muita inovação. O Asha 501 e o Lumia 925 são apenas o começo. E novos erros podem significar o fim da linha para a Nokia. ↙ Junho 2013 INFO

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≥ Por Felipe Zmoginski, de são francisco ≥ fotos R C RiVeRA

INFO foi ao Vale do Silício teStar oS óculoS do GooGle. com eleS é poSSíVel tirar foto, GraVar Vídeo, orientar-Se em um mapa ou enViar uma menSaGem. maS Será que Vai peGar? VeJa o que dizem eSpecialiStaS em computador de VeStir 60 / INFO Junho 2013

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O mundO pela lente de um GOOGle Glass Junho 2013 INFO

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Você trabalha para o goVerno dos estados Unidos? Você está gravando a nossa conversa? Entre irreais e divertidas, foram muitas as perguntas dos passageiros que faziam o itinerário East-West do bonde que corta a California Avenue, em São Francisco, nos Estados Unidos. Ao longo dos 16 minutos da viagem, todos no bonde queriam saber como funcionava os óculos de uma lente só que eu usava. Era o inovador Google Glass, com seu engenhoso projetor digital e um sistema de transmissão de som que usa a vibração dos ossos da face. Brian Agee, o austero condutor do bonde que viaja 18 vezes por dia do distrito financeiro à zona portuária de São Francisco, insistia para que nenhum passageiro bloqueasse as entradas, tentando organizar os grupos de curiosos que se deslocavam no interior do coletivo para ver de perto o Google Glass. Agee também estava curioso. Aproveitou a parada no início da ladeira que separa o centro da cidade do bairro de Chinatown para perguntar se era possível focar as informações em uma tela tão pequena e tão próxima aos olhos. Sim, Agee, é possível, por incrível que pareça. Bem antes de causar a pequena confusão no bonde, foi preciso colo-

car o Glass para funcionar. O primeiro passo é configurá-lo, o que pode ser feito em um notebook, acessando a URL google.com/myglass. Nesse link, o usuário faz login com sua conta do Gmail e informa os dados da rede Wi-Fi em que vai conectar os óculos pela primeira vez. O computador, então, gera um QR Code, que será reconhecido pela câmera do Glass, e, pronto, o novo gadget está conectado e configurado com os dados do usuário. Depois disso é possível ver no projetor do Glass vários “cartões”, que podem ser trocados apenas deslizando o dedo sobre o touchpad na lateral. Assim, o usuário vai até os “cartões” que oferecem apps para instalar as espartanas aplicações do Twitter, do Facebook, do The New York Times ou da CNN. Isso é feito com um toque duplo na haste sensível. Como o Glass não possui um chip de telefonia celular, ele precisa ser pareado com um smartphone Android. Instalei o app MyGlass em

um Galaxy S4 para compartilhar a conexão do smartphone com os óculos. Uma vez online, a tela inicial do Glass mostra apenas o horário local. As funções devem ser acionadas por comandos de voz ou por toques no touchpad. Ao dizer “Ok Glass”, os óculos exibem um menu com cinco opções básicas: fazer uma pesquisa no Google, tirar uma foto, gravar um vídeo, obter orientação em um mapa ou enviar uma mensagem. Como qualquer tecnologia de reconhecimento de voz, a do Glass é suscetível a problemas de dicção, pronúncia e ruídos do ambiente. Já no primeiro minuto de uso fica claro que se trata de um computador do Google e, portanto, só pode ser usado do jeito que o Google determina e com seus serviços, como o Gmail e o Maps.

Na GOLDEN GaTE O editor Felipe Zmoginski testa o Google Glass, em São Francisco (EUA)

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o Glass em detalhes Conheça as espeCifiCações e as funções dos óCulos do GooGle

Tela translúcida com resolução de 640 por 360 pixels, equivalente a uma tela de 25" de alta definição

Conexões Wi-Fi e Bluetooth

Haste de titânio

Botão físico para tirar fotos e gravar vídeos

Microfone embutido

Botão físico para controle de volume

Plug para recarregar a bateria

Peso 42 gramas

Câmera de 5 MP capaz de gravar vídeos com resolução de 720p

Touchpad de plástico sensível ao toque

Memória Flash de 16 GB, dos quais 12 GB estão disponíveis para o usuário

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Ao dizer “Ok Glass, take a picture”, uma foto é instantaneamente tirada, sem tempo para enquadrar uma cena ou ajustar o olhar. Um segundo depois, a imagem captada aparece na lente e pode ser compartilhada no Google Plus com dois toques no touchpad. O mesmo ocorre ao dizer “Ok Glass, record a video”, frase que dispara uma gravação de 10 segundos. Para registrar trechos mais longos, é preciso dar um toque simples no touchpad e, então, a gravação seguirá contínua até que um novo toque seja feito. Minha condição de visitante em uma cidade grande tornou especialmente útil o recurso de mapas do Glass. Ao dizer “Ok Glass, get the directions to” e, em seguida, informar o endereço que desejava visitar, aparecia na tela dos óculos o trajeto completo para me deslocar de um ponto a outro. Passando o dedo sobre o touchpad, é possível escolher se o percurso será feito a pé, de carro ou de bicicleta. Com mais toques, vejo um quadro detalhado da rota, rua a rua. Ainda não há a opção de montar trajetos usando o transporte público, mas o recurso ajudou em trechos curtos, feitos a pé. Deixar os óculos ligados o tempo todo, no entanto, fez sua bateria derreter em pouco tempo. No primeiro dia de testes, a energia do Glass durou 5 horas e 13 minutos de uso intenso nas ruas de São Francisco, o que me fez ser mais moderado nas consultas ao gadget nos testes do dia seguinte. Pela manhã, coloquei os

1,5 mil dólares é O preçO para deseNvOlvedOres

ilustração wagner rodrigues

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óculos e, com um movimento vertical da cabeça para cima e para baixo, liguei o dispositivo. A aplicação do Gmail logo exibiu alertas de novas mensagens. O Glass não exibe todos os e-mails de sua caixa de entrada, apenas alguns que seu misterioso algoritmo considera mais importantes. No meu caso, havia duas mensagens novas, uma de minha irmã e outra de um desenvolvedor, com quem tinha marcado uma entrevista na véspera. Tocando o touchpad do Glass, optei pelo reply à mensagem do desenvolvedor e, por comando de voz, confirmei nosso encontro. “Ok, I will be with you in one hour at Union Square”, disse ao Glass. Após pronunciar a frase, o dispositivo a exibe em seu visor e o usuário tem 1 segundo para cancelar o envio, tocando no touchpad do dispositivo, ou, então, ela será disparada para o destinatário. Na assinatura do e-mail, aparece a mensagem “Sent through Glass”. Para escrever para minha irmã, não optei pelo reply, mas pelo comando “Ok Glass, send a message to”, o que faz com que os óculos exibam uma lista de contatos para que seja lido o nome da pessoa para quem deseja escrever. O sistema teve dificuldade para compreender “Claudia Zmoginski”, o nome completo de minha irmã, e por pouco não disparei um e-mail para a Claudia errada. De todos os recursos testados, o mais divertido, mas ainda mal resolvido, é o que permite fazer hangouts pelo Glass. Em tese, basta dizer “Ok Glass, hang out with” e, depois, falar o nome de um contato que apareça online no Google Plus. Foi preciso en-

contrar um amigo com muita paciência para atender às várias tentativas de chamadas e driblar os bugs que fizeram a imagem e o som travarem várias vezes. Quando conseguimos nos conectar com qualidade, no entanto, foi como participar de um filme de ficção científica. Eu via meu amigo em sua mesa de trabalho, em São Paulo, e ele enxergava as mesmas imagens que meus olhos viam. Mas a captação do som é ótima pelo pequeno microfone do Glass, e o sistema que converte si-

comandos de voz e um touchpad sensível demais, que confunde comandos e, por vezes, me fez compartilhar fotos com contatos errados, foram os problemas mais incômodos. Quando há muita luz no ambiente, como num dia de sol, é difícil visualizar as projeções no visor. Consultar informações no Glass exigiu que eu focasse minha atenção em seu projetor, desapontando a expectativa inicial de, ao contrário dos celulares, ser possível ver informações no Glass sem retirar o

A ascensão do Glass impactará o comportamento das pessoas e abrirá uma discussão sobre privacidade e regras para os gadgets de vestir nais elétricos em vibrações mecânicas pelos ossos do crânio para fazer o som chegar aos ouvidos funcionou de modo irretocável. Combinei com meu amigo andar de bicicleta na volta ao Brasil. A sensação, ao final de mais um dia de testes, foi que o Glass é muito útil (e divertido) para ler e responder e-mails curtos, consultar mapas e compartilhar os momentos importantes do dia, como mandar uma foto a bordo do bondinho de São Francisco ou fotografar o endereço de uma loja com camisas em promoção. Para ler textos longos ou fazer conexões de vídeo parece muito mais simples, por enquanto, tirar o smartphone do bolso. Os bons momentos com o Glass, no entanto, foram acompanhados de um amontoado de frustrações. Bateria com pouca autonomia, dependência do smartphone para se conectar à web, falhas na interpretação de

foco das pessoas ao meu redor. Tudo isso por um preço nada camarada, por enquanto. O gadget do Google custa 1,5 mil dólares e está disponível apenas para desenvolvedores. Some-se a tantas restrições uma certa angústia que a maior parte dos usuários do Glass experimenta ao exibi-lo pelas ruas e ambientes públicos. Ao notar os olhares dos grupos de turistas na Golden Gate, por exemplo, foi inevitável pensar sobre o julgamento que faziam. Será que me acham um glasshole, gíria criada para ironizar os privilegiados (e exibidos) proprietários de um Google Glass?

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No Tumblr White Men Using Google Glass tem uma constrangedora linha do tempo com fotos dos usuários do Glass reunidas em uma sarcástica galeria, acompanhada da seguinte descrição: “Se o Google Glass não existisse, todos esses homens estariam tendo um caso ou comprando uma moto”. Reações de curiosidade ou desconfiança são comuns quando um aparelho disruptivo é apresentado ao público, disse a INFO a americana Lisa Oshima, fundadora da consultoria Socialize, especializada em pesquisas sobre o uso de novas tecnologias. “Não pense que os primeiros telefones móveis ou notebooks causaram reações modestas. A diferença é que eles já se tornaram comuns, e o Glass ainda terá de provar se veio para ficar.” Para Sérgio Cavalcante, presidente do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar), ficar exposto a um certo estranhamento é o preço que todo usuário inicial de novas tecnologias paga, mas isso não deve impedir a popularização dos gadgets de vestir. “Há uma década, ver alguém correr na praia com um frequencímetro causava estranheza”, afirma Cavalcante. “Mas, atualmente, as pessoas estão muito mais habituadas aos celulares e aos tablets. Em dois ou três anos, não será esquisito o uso de óculos ou pulseiras conectadas.” Na avaliação dos engenheiros do Google é cedo ainda para julgar o Glass. A começar pelo fato de o dispositivo não estar totalmente pronto. Como anuncia a embalagem dos óculos,

TOUCHPAD

Haste sensível permite navegar pelos ainda poucos apps, compartilhar vídeos e fotos

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Um Glass falso

Designer chinês faz réplica Do gaDget e publica molDe na web

Quer fazer um dispositivo idêntico ao Google Glass usando uma impressora 3D? Num hackathon em Xangai, o designer chinês Sunny Gao replicou o desenho do Glass e publicou o molde na internet. O resultado é parecido com o gadget do Google, mas com uma singela diferença: não possui nenhum dos recursos tecnológicos do Glass, como suporte ao Wi-Fi, bateria ou touchpad. Disponível para download (veja em abr.io/glass3d), o molde permite, no máximo, enganar os amigos. Mas o Baidu, gigante chinês das buscas, tem em seus planos o lançamento de óculos nos moldes do Google Glass. A conferir se sairá mesmo.

trata-se de uma “explorer edition”, que o fabricante distribui apenas a um restrito número de desenvolvedores, de quem depende para transformar o gadget em um sucesso, como reconheceu o presidente do Google, Larry Page, ao ser questionado sobre o potencial do Glass por um programador. “Não sei. Essa é uma pergunta que vocês vão responder, com suas aplicações”, disse Page à plateia de 6 mil desenvolvedores que acompanharam sua palestra em São Francisco, na abertura da conferência Google i/O, no meio do mês de maio. Segundo Larry Page, o Glass estreia uma “nova categoria de gadgets”, em torno da qual ainda não há muita clareza sobre que espaço terá na vida das pessoas. Dias após a fala de Larry Page, um estudo publicado pelo banco Credit Suisse mostrava que o mercado dos chamados gadgets de vestir já é uma realidade no mundo e movimentará, ao longo deste ano, algo entre 3 bilhões e 5 bilhões de dólares. Segundo o relatório do banco, a maior parte dessa receita será obtida com a venda de equipamentos esportivos, como tênis e pulseiras que carregam chips e sensores. Em até três anos, os chamados em inglês wearable gadgets movimentarão até 50 bilhões de dólares, impulsionados por produtos que ainda serão criados provavelmente por Google e Apple, os atuais líderes em inovação móvel e detentores das plataformas Android e iOS. “Falo sobre computação vestível há mais de oito anos e isso sempre parecia uma realidade distan-

EvolUção vEstívEl em três DécaDas, computaDores De vestir Deixaram De ser ficção para ganhar a forma De calçaDos, óculos e pulseiras

te. Mas quando vejo o Glass e, depois, observo que a Apple registrou patente de um relógio conectado, que está sendo chamado informalmente de iWatch, percebo que estamos assistindo ao nascimento de um novo mercado”, afirma Cavalcante, do Cesar. A mAIOr Ou meNOr AdOçãO dos eletrônicos de vestir será determinada pela qualidade dos aplicativos que surgirem para esses gadgets, disse a INFO Cecilia Abadie, engenheira e fundadora da startup Evoluzination, empresa que desenvolve glassware, como já são chamados os programas para o Google Glass. “O iPhone não seria o produto incrível que é não fosse o sucesso da App Store. São aplicações como Instagram, Angry Birds e Foursquare que deram sentido ao smartphone da Apple e fizeram o telefone conectado ser necessário para milhões de consumidores”, afirma Cecilia. O surgimento de jogos de realidade aumentada e de aplicações que dão sentido ao Google Glass será o elemento fundamental para que ele ganhe (ou não) espaço no mercado de consumo.

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1980 EyETap Pai da computação de vestir, o pesquisador do MIT Steve Mann criou um capacete conectado capaz de projetar imagens

1994 TimEx Datalink Com a Microsoft, a Timex criou a primeira linha de relógios capaz de copiar dados de PCs, como agenda de telefone

O deseNvOlvedOr amerIcaNO Michael DiGiovanni, criador do app Wink, que permite tirar fotos com o Google Glass apenas piscando os olhos, avalia que o surgimento dos wearable gadgets, com sensores que reconhecem a voz e os movimentos do corpo, oferecerá “toneladas de oportunidades” para que engenheiros modifiquem radicalmente a indústria da computação. “Não sei se o Google Glass se tornará um hardware de massa, como são os smartphones, mas certamente haverá mercado para produtos como ele. Qualquer indústria que precise liberar os braços de um trabalhador e permitir que ele consulte dados apenas com um movimento dos olhos ou com um comando de voz poderá se beneficiar dessa tecnologia”, diz DiGiovanni. “Há muito espaço para criarmos apps que mudarão a produtividade dos profissionais de saúde, de educadores e do setor de logística.” Segundo DiGiovanni, os dispositivos de vestir permitirão, quando existir um ecossistema de apps, melhorar a vida de deficientes. “Imagine um tetraplégico utilizando os sensores do Glass para navegar na web, assistir TV ou movimentar a cadeira de rodas usando os olhos e a voz”, diz DiGiovanni.

2005 aDiDas ONE O tênis tinha embutidos no solado um sensor de impacto e um microprocessador, que ajustavam a rigidez ao piso

2011 HmZ-T1 3D Display O dispositivo da Sony oferecia uma experiência de imersão para ver filmes e shows em 3D usando apenas um visor no rosto

A ascensão desses dispositivos deverá modificar não só a indústria de eletrônicos, pela enésima vez impelida a rever seus modelos de negócio, como também pressionar governos pela redefinição das leis que protegem a privacidade e que disciplinam, por exemplo, a conduta de motoristas. O comportamento das pessoas e as regras de etiqueta que regem os encontros sociais também serão impactados. Nos Estados Unidos, uma comissão de congressistas pediu formalmente que o Google dê explicações sobre como o Glass impactará as leis americanas de proteção à privacidade. Na Inglaterra, o diretor da organização de defesa de direitos civis Big Brother Watch, Nick Pickles, pediu ao Parlamento que proíba o uso do Glass em ambientes públicos. “Uma corporação capaz de monitorar os movimentos dos olhos de seus clientes já é um pesadelo. Ainda mais grave será se cada usuário do Glass puder registrar a intimidade de qualquer cidadão que encontrar num bar, restaurante ou numa praça”, escreveu Pickles, em documento encaminhado ao Parlamento inglês.

2012 NikE FUEl BaND A pulseira com sensores mede gastos calóricos e por conexão Bluetooth envia relatórios para um app no smartphone

“Esse debate não é exatamente novo. Quando surgiram os primeiros smartphones e câmeras digitais também aconteceram essas discussões", diz Ansgar Halbfas, arquiteto de informação da Chiaro, companhia chinesa especializada em aplicações para produtos do Google. "Hoje, há leis que proíbem o uso do celular em certos ambientes. Nos escritórios e encontros pessoais, já há uma etiqueta sobre o que é educado fazer com o smartphone. O mesmo deve acontecer quando dispositivos vestíveis se popularizarem”, afirma Halbfas. Se no fim dos anos 90 os computadores deixaram as mesas para ganhar o formato de notebooks e, uma década depois, se miniaturizaram na forma de smartphones, não é estranho que agora os chips e os sensores estejam na sola dos tênis, em pulseiras que vigiam nosso sono e até em cílios artificiais, capazes de transmitir comandos com um piscar de olhos, como comprova o ensaio fotográfico das próximas páginas. A diferença para o Glass é que a maioria dos gadgets de vestir ainda está em um estágio anterior ao dos óculos futuristas do Google. ↙

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seu corpo éa interface ≥ por Paula Rothman ≥ fotos vitoR PickeRsgill

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Nike HyperduNk +

A tecnologia Nike+ foi aprimorada para os consumidores que jogam basquete. Sensores na sola do tênis enviam, por Bluetooth, dados a um aplicativo que gera gráficos detalhados da intensidade da partida. É possível filmar um lance, sobrepor estatísticas às jogadas e até medir os saltos.

Além de óculos e relógios, computAdores podem ser integrAdos A cAlçAdos, roupAs e Até à mAquiAgem. VeJA Aqui Alguns exemplos

EDIÇão DE ImagEm artnet

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jaqueta BioBodyGame

O protótipo de jaqueta criado pela Universidade Anhembi Morumbi (SP) integra o estado emocional do jogador ao game. Sensores monitoram fluxo sanguíneo, respiração e resposta neuroemocional para determinar o que acontece na tela. A roupa pisca conforme as condições do usuário.

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MaquiageM Beauty technology

Com um piscar de olhos é possível controlar objetos e mudar telas em uma apresentação de slides. Os cílios postiços são tratados quimicamente e ligados a um transmissor de rádio. Ao se tocar, ativam controles de diferentes dispositivos. A pesquisa é da doutoranda da PUC-RJ Katia Veja.

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Sensores de apenas 23 gramas monitoram calorias gastas, intensidade de exercícios e até a qualidade do sono. Integrada a um aplicativo, a pulseira exibe um mapa de progresso nos exercícios e acompanha a dieta alimentar do usuário. Há versões em oito cores.

Beleza: AriAne Alberti assistente de Beleza: tiffAny SouzA modelos: bruno cArvAlho e letíciA wAgner (Joy) agradecimentos: AdidAS e mulher eláSticA

JawBone Up

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Vamos usar?

de adesivos inteligentes a roupas conectadas ao Facebook, esses projetos usam o corpo como meio

>> POR GESTO a Electric Foxy faz roupas inteligentes. subir o zíper aumenta o som do iPod e vestir o capuz posta mensagem no Facebook

>> NA PELE o adesivo criado pela empresa mc10 monitora níveis de hidratação e envia alertas ao celular sobre quando tomar água ou passar creme hidratante

>> TOUCH FREE o anel ringbow controla aparelhos touchscreen. É possível mandar e-mail ou jogar a distância

ilustração evandro bertol

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>> LENTES DE CONTATO Na universidade de Washington, pesquisas criam lentes de contato que projetam imagens nos olhos

>> NA MANGA É da empresa americana Kenpo um tecido condutor. Basta plugar o iPod na jaqueta e usar os botões da manga

>> NA MÃO a luva Glove one, da Bryan Cera, funciona como celular quando os dedos polegar e mindinho estão esticados

>> PARA TECLAR Calças da Nieuwe Heren têm altofalantes e teclado que se conectam sem fio ao computador

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as 7 leis do like

≥ Por marcus vinícius brasil ≥ fotos flávio demarchi

o que uma marca deve fazer para se destacar no facebook e ter uma boa gestão de mídias sociais? INFO fez essa pergunta às agências digitais e entrega suas táticas

Existem mais de 40 milhões de páginas no Facebook, a maior rede social do mundo. Entre elas estão as de milhares de empresas que brigam por um espaço na News Feed de seus consumidores. Por trás do complexo jogo de rankings do Facebook há algo que não muda: o potencial que a rede tem de ampliar o efeito boca a boca em torno de um produto. É nisso que as agências especializadas se apoiam na hora de traçar suas estratégias. Mas para divulgar marcas no Facebook é preciso ainda lidar com um sistema que não para de evoluir. Para desvendar as boas práticas de gestão nas mídias sociais, INFO conversou com profissionais de várias agências e mostra suas sete principais táticas. Aproveite!

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Atenção pArA o que compArtilhA

“É preciso tratar a página que representa a marca como um namoro, cheio de eventos especiais” Gabriel barros, cofundador da ampfy

ilustrAção evandro bertol

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em dezembro do ano passado, a agência de conteúdo paulistana Ampfy lançou uma campanha que convidava fãs do carro Pajero TR4 a expressar seu gosto pela marca no Facebook. Para isso, criou um aplicativo em que o usuário desenhava a própria estampa para o estepe do veículo. Em duas semanas, 5 mil capas foram feitas, e a campanha atingiu mais de 60% de todos os donos do modelo no Brasil. Para Gabriel Barros, cofundador da Ampfy, o segredo por trás desse sucesso está na vontade que as pessoas têm de expressar sua personalidade nas redes sociais por meio das coisas que compartilham com os amigos. “As pessoas querem projetar uma imagem de como esperam ser percebidas. Assim, expressam o que valorizam.” Um passo importante na direção de uma estratégia vencedora é encontrar quais elementos a marca tem para oferecer a seus consumidores como “capital social”, e a partir daí explorar isso nas campanhas. Uma lição importante a ser aprendida pelas marcas: no Facebook, você é o que compartilha. Junho 2013 INFO

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Não depeNda de iNtermediários Quando as redes sociais começaram a se popularizar no Brasil, em 2004, havia poucas regras de como usar propaganda. No Orkut isso era até proibido. Para contornar a situação, blogueiros ganharam espaço como porta-vozes das marcas, um caminho alternativo para alcançar o consumidor online que é bem utilizado até hoje. “Agora, percebemos a necessidade de chegar diretamente ao público”, diz Pedro Resende, diretor executivo da agência paulistana Riot, especializada em conteúdo digital e mídias sociais. “O formador de opinião ainda tem um papel importante, mas a marca precisa estar em contato cada vez mais direto com seus fãs.” Um dos problemas de ter um intermediário nessa conversa está no fato de a empresa perder o controle da avaliação de seu produto e deixar de receber diretamente dúvidas ou sugestões de direcionamento. Mas há uma questão ainda mais grave. Caso o blogueiro cometa um deslize, o dano vai respingar na marca também.

CoNheça as plataformas e peNse Na mobilidade Por mais Que mudem, não há como contornar alguns aspectos técnicos das redes sociais. Os profissionais insistem que é preciso fluência nas plataformas para traçar as melhores estratégias de marcas. Quem quiser publicar um conteúdo que seja indexado na pesquisa do Google não pode fazer isso no Facebook, por exemplo. A rede não permite que seus posts sejam rastreados pelo motor de busca da companhia rival. “Esses diferentes meios funcionam como territórios da marca”, diz Ivan de Souza, diretor executivo do escritório brasileiro da agência Red Ant. “Ela precisa ser desdobrada de um jeito diferente em cada um desses territórios, com mudanças na linguagem e no formato.” Direcionar o foco para os dispositivos móveis é cada vez mais importante atualmente, porque as redes sociais são cada vez mais acessadas por meio de smartphones e tablets. Então, pense bem antes de publicar um vídeo de 15 minutos. São grandes as chances de ele não ser visto de um celular com conexão lenta.

concorremos com famílias, namoradas e amigos no facebook. É uma briga grande” Pedro resende, diretor executivo da agência riot 78 / INFO Junho 2013

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Seja útil e não abuSe do newS Feed alheio A concorrênciA que um post enfrenta na página de um usuário no Facebook é esmagadora. Fotos da namorada e de amigos distantes, música e vídeos estão lá o tempo todo. “É preciso haver uma inversão e não publicar apenas o que a marca deseja comunicar, mas principalmente o que o usuário quer consumir”, afirma Pedro Resende, da agência Riot. Um dos caminhos que a agência paulistana encontrou foi o de oferecer conteúdo que seja útil para o consumidor. Em um trabalho encomendado pela montadora francesa

Renault, por exemplo, a Riot criou uma página chamada Mãe na Direção, em que mulheres compartilham dicas de segurança sobre o transporte de crianças em seus automóveis. Os posts mostram desde como utilizar a cadeirinha até por que a limpeza do sistema de ar-condicionado auxilia as crianças com alergia. A página chegou a 111 mil fãs. Quem não respeita o limite entre conteúdo útil e informação simples e ainda insiste em invadir o News Feed com conteúdo institucional corre sério risco. “As pessoas começam a ocultar os posts e a página sai do radar”, afirma Resende.

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TraTe o usuário como um amigo com 350 funcionárioS espalhados por oito escritórios pelo mundo, a agência londrina We Are Social faz questão de tratar os fãs de seus clientes no Facebook pelo primeiro nome e manter o relacionamento com eles em um nível pessoal. Na visão da agência, esse é o primeiro passo para qualquer plano de cultivar uma relação duradoura e saudável com consumidores nas redes sociais. Um passo que muitos ignoram. “Existem marcas que fazem posts com imagens lindas, mas não agradecem quando o conteúdo que produziram recebe um curtir. Também não se preocupam em chamar o consumidor pelo nome. Essas são coisas básicas”, diz Leslie Orsioli, sócia e presidente da We Are Social no Brasil. No país, a empresa trabalha com a fabricante de cosméticos Natura e a produtora de vinhos Moët & Chandon. “No fim, funciona de um jeito muito semelhante a uma relação na vida real. Procure cuidar do consumidor como se ele fosse seu melhor amigo.”

“é preciSo ouvir AS peSSoAS e não Só replicAr A menSAgem dA mArcA” LesLie OrsiOLi, sócia e presidente no

Brasil da agência inglesa We Are Social

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ouça o que o público tem a dizer

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comprar fãs não vale a pena A ideiA é tentAdorA. Com uma promoção de alguns dias, a base de usuários de uma página explode e atinge números significativos para qualquer cliente. Mas esse efeito ilusório não demora a se transformar em baixo engajamento e numa comunidade povoada por usuários fantasmas, que não se identificam nem se relacionam com a marca em seu cotidiano. “É muito fácil comprar fãs”, diz Leslie Orsioli, da We Are Social. Quem recorre a essa estratégia costuma atrair um grupo conhecido como caçadores de recompensa. Eles migram de página em página para aproveitar as promoções e deixam para trás um rastro de comunidades degradadas. “É importante privilegiar a qualidade da participação, e não o impacto causado pelas ações promocionais”, afirma Jair Tavares, sócio-diretor da agência digital Pólvora.

Como responsável pelo conteúdo da cadeia de restaurantes Giraffas nas redes sociais, a agência paulistana Purple Cow enfrenta o desafio de publicar todos os dias a foto de um prato que desperte o apetite (e a vontade de compartilhar) nas mais de 300 mil pessoas que acompanham as atualizações no Facebook. Foi um longo processo até chegar à combinação ideal de cores, horários de publicação e tipo de comida. “No começo, trabalhávamos com bege e testamos horários que não funcionaram”, diz Marcelo Bernardes, um dos três sócios e diretor de gestão da Purple Cow. Com o tempo, a agência passou a usar tonalidades mais quentes e apostou numa janela mais do que precisa no período do almoço: 12h15. Deu certo e os níveis de engajamento aumentaram. Prestar atenção na resposta da audiência permite identificar padrões sutis de comportamento. Num domingo de baixas temperaturas, em abril, por exemplo, foi publicada na comunidade a foto de um milk-shake de chocolate. Um fã respondeu na hora, dizendo que estava frio demais para aquele tipo de bebida. “A beleza das redes sociais são as métricas. Você consegue ver o que não funciona imediatamente”, afirma Bernardes. ↙

ilustração evandro bertol

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Conexão aCelerada

O INFOlab FOI às ruas para medIr a velOcIdade das redes 4G em sãO paulO. Os testes mOstram que dOwNlOads pOdem ser até 6,9 vezes maIs rápIdOs dO que NO 3G e cONteúdO pOr streamING aterrIssa NO celular Num pIscar de OlhOs. mas a tecNOlOGIa aINda NãO é para tOdOs / Por Airton Lopes, Luiz Cruz e LeonArdo VerAs fotos FernAndo pires 3d Por Artnet digitAL

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DOWNLOAD

Até 6,9 vezes mAis veloz JOgO dOta 2, da PrOdutOra ValVe (3,1 gB)

4G 13min21s

3G 1h31min45s

mP3 da músICa GOd is dead?, dO BlaCk saBBath (20 mB)

4G 5s

3G 35s

COleçãO COm Os cem melhOres rOmances dO séculO 20 (50 mB)

4G 13s

3G 1min27s

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/ STREAMING

Até 8 vezes mAis veloz TempO para carregar NO YOuTube O TraIler dO FIlme Homem de Ferro 3

4G 7s

3G 56s

velOcIdade máxIma de cONexãO duraNTe uma cONversa cOm vídeO

4G 2,2mbps

3G 128 Kbps

TempO para carregar um epIsódIO em Hd da sérIe House oF Cards NO NeTFlIx

4G 25s

3G 25s

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E

Enquanto o carro segue lentamente no trânsito da avenida Paulista, na região centro-sul de São Paulo, os arquivos saltam do Dropbox para o ultrabook em instantes e a conversa com vídeo em alta definição pelo Skype é feita com som e imagem impecáveis. No Parque Ibirapuera, fotos são registradas com a câmera de 13 MP do Galaxy S4 e publicadas no Facebook em um piscar de olhos. O INFOlab testou, na segunda semana de maio, as conexões de quarta geração (4G) das operadoras Claro e Vivo, que estrearam seus serviços em São Paulo. Nossas medições confirmam as expectativas em relação ao 4G. Ainda que tímida, devido às dificuldades de instalação, a banda larga móvel é rápida e oferece vantagens aos usuários. Nos melhores cenários, os downloads foram 6,9 vezes mais velozes do que no 3G e oito vezes mais ligeiros para o acesso ao conteúdo por streaming. Na prática, um arquivo de 50 MB precisa de apenas 13 segundos para ser baixado, um trailer de filme publicado no YouTube é carregado em 7 segundos e boa parte dos sites mais populares da web leva metade do tempo para aparecer na tela do ce-

lular. Com smartphones Razr HD, da Motorola, e Galaxy S4, da Samsung, além de notebooks conectados por meio de modems 4G, o INFOlab registrou uma evolução notável. A rede de quarta geração, também chamada de LTE (Long Term Evolution), atingiu taxas médias de transferência de até 31,7 Mbps, enquanto sua antecessora não passou dos 4,6 Mbps. Em serviços online, como o Netflix, que conta com algoritmos para adaptar a qualidade do conteúdo de acordo com a velocidade da conexão e assim não deixar ninguém esperando, a rede de quarta geração teve desempe-

quanto na conexão da Vivo ocorreram altos e baixos durante os testes realizados em sete regiões da capital, incluindo áreas populosas e movimentadas, como os bairros de Pinheiros, Itaim, Ibirapuera e Butantã, e as regiões comerciais do centro e das avenidas Paulista, Engenheiro Luís Carlos Berrini e Brigadeiro Faria Lima. Foram mais de 20 medições. Elas apontam que, atualmente, a Vivo tem a rede mais rápida, com velocidade média de 33 Mbps, enquanto a Claro tem cobertura em um número maior de localidades. Longe dessas regiões, não foi pos-

a rede de quarta geração permite conversas com vídeo pelo Skype sem os tropeços e as paradas comuns nas conexões mais lentas nho igual ao do 3G no padrão HSPA+. Por outro lado, as conversas por vídeo no Skype e no Google Hangout, que também adaptam o conteúdo em função da largura da banda, apesar de não serem muito mais rápidas, tiveram transmissões mais nítidas. Nada de vozes metálicas ou movimentos truncados, como é comum no 3G. Além da alta velocidade, as medições do INFOlab detectaram uma grande oscilação na qualidade do sinal. Tanto na conexão da Claro

sível aferir a qualidade do sinal, pois boa parte dos bairros das zonas norte e leste ainda não possui cobertura 4G. A ESCASSEZ DO SERVIÇO em São Paulo se ref lete no resto do país. Apenas um número reduzido de bairros de algumas poucas capitais oferece a conexão de quarta geração. As redes 4G de Claro, Oi, TIM e Vivo estrearam oficialmente em Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Brasília, Salvador, Recife e Fortaleza, cidades sedes da Copa das Confederações. Fora desses pontos, Porto Alegre, Curitiba e algumas áreas metropolitanas têm o serviço. Mesmo assim, as operadoras se revezam. A capital paulista, por exemplo, conta ape-

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/ Navegação Na web

Até 2,7 vezes mAis veloz TempO para carregar O sITe da INFO

4G 6s

3G 16s

TempO para acessar um verbeTe da WIkIpedIa

3G 7,5s

4G 5s

TempO para carregar a págINa INIcIal dO FacebOOk

4G 13s

3G 21s

UPLoaD

Até 4,7 vezes mAis veloz eNvIO de dez FOTOs de 13 mp para O FacebOOk (18,2 mb)

4G 12s

3G 56s

publIcaçãO de vídeO de 1 mINuTO NO YOuTube (87,7 mb)

4G 58s

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eNvIO de e-maIl cOm dOcumeNTO aNexadO (6 mb)

4G 4s

3G 18s

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nas com a Claro e a Vivo e não tem previsão para a entrada de novas concorrentes. Moradores das regiões que ficaram de fora precisarão ter paciência, pois existem obstáculos técnicos para a ampliação imediata da rede. O 4G brasileiro usa a frequência de 2,5 GHz e precisa de mais antenas do que o 4G de outros países para funcionar. Além disso, o usuário precisará investir em um smartphone ou em um modem compatível com a tecnologia e pagar um plano específico para a conexão. As mensalidades começam em 34,90 reais e chegam a

Dificuldades à parte, a velocidade vale a pena. Usar as redes 4G por alguns dias mostrou que nossos hábitos de navegação nos smartphones mudarão radicalmente. Não será mais preciso chegar em casa para enviar um e-mail com anexos pesados ou baixar filmes e músicas no HD do notebook. Parece que desta vez a banda larga finalmente se libertou dos cabos. ENtrE Os smartphONEs vendidos no Brasil, 11 são compatíveis com as redes 4G, mas nenhum tem preço inferior a 1,3 mil reais. A maioria dos apare-

Para acessar as redes 4G é preciso ter um smartphone ou um modem para o notebook compatíveis com a tecnologia e comprar um plano específico das operadoras

279,90 reais, dependendo da operadora, da cidade e da franquia de dados, que vai de 600 MB a 20 GB (veja tabela com os preços em abr.io/tabela-4g). Os telefones também têm preços altos. A adoção da frequência de 2,5 GHz no Brasil trouxe problemas de compatibilidade de aparelhos. Smartphones 4G comprados no exterior e mesmo alguns modelos vendidos no mercado nacional, como o iPhone 5, não conseguem navegar na frequência usada pelo 4G brasileiro.

lhos são recém-lançados e trazem, além da conexão veloz, os recursos mais avançados do mercado. É o caso dos modelos BlackBerry Z10, LG Optimus G, Motorola Razr HD e Sony Xperia ZQ. Outras opções são o Lumia 820 e o Lumia 920, da Nokia. A Samsung é a que mais oferece modelos compatíveis com o 4G, nas configurações e nos preços. Vai do aparelho com 4G mais caro do Brasil, o Galaxy S4, que custa 2,5 mil reais, ao Galaxy Express, ao custo sugerido de 1 349 reais. Quem pretende acessar o 4G por meio de um modem conectado ao notebook não tem com o que se preocupar. Qualquer computador atual com saída USB pode usar a conexão. ↙ Junho 2013 INFO

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≥ fotos Rafael evangelista

Notas 10,0 9,0 a 9,9 8,0 a 8,9 7,0 a 7,9 6,0 a 6,9 5,0 a 5,9 4,0 a 4,9 3,0 a 3,9 2,0 a 2,9 1,0 a 1,9 0,0 a 0,9

TE D O INF

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Impecável Ótimo Muito bom Bom Médio Regular Fraco Muito fraco Ruim Bomba Lixo

Veja os critérios de avaliação da INFO em info.abril.com.br/ sobre/infolab.shl

Tablet / 90 Smartphone / 91 Ultrabook / 92 Cockpit / 93 Teclado / 94 Câmera / 95 Docks / 96 Radar / 98

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tablet ou telefone?

Com tela de 7 polegadas, processador da Intel, sistema Android e um tradutor esperto, o Fonepad faz o trabalho dos dois aparelhos

19,5 cm

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tablet

Fonepad / ASUS mesmo enfrentando concorrentes com chips de dois e de quatro núcleos, o Fonepad equipado com um processador intel atom single core merece respeito. na maior parte do tempo, o tablet da asus com tela de 7 polegadas responde aos comandos com agilidade. nos testes, a lentidão só apareceu ao lidar com elementos gráficos pesados na web. vídeos em 1 080p rodaram sem dificuldades. Porém, a compatibilidade de formatos suportados é pequena. dos arquivos experimentados, apenas vídeos em mPeg-4 e mKv, mas sem suporte à trilha sonora em dts, foram executados pelo player nativo do Fonepad. a autonomia de 7 horas e 22 minutos é uma das melhores da categoria. entre os tablets de 7 polegadas que passaram pelo inFolab, somente a bateria do nexus 7, fabricado pela asus para o google, durou mais, resistindo 9 horas e 15 minutos. Com a ajuda de um cartão microsim 3,5g, o Fonepad navega na internet sem depender do Wi-Fi e pode ser usado como um celular gigante para fazer ligações e enviar sms. Tela de 7” / Intel Atom Z2420 1,2 GHz / 16 GB + microSD / 3,5G (HSPA+) / 316 g / Android 4.1 / 7h22min de bateria(1) AVALIAçÃO TécNIcA: 7,9 cUSTO/BENEFÍcIO: 7,3

/ R$ 1 099

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O PEL INFOL

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1,1 cm

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12 cm

TESTA D

≥ Por Airton Lopes

DO PELO

IMAGENS LAVADAS As fotos feitas com as câmeras traseira (3 MP) e frontal (1,2 MP) decepcionam

BILÍNGUE Um app facilita a tradução de trechos de texto selecionados no navegador

TELEFONÃO Sem recorrer a um headset, é impossível fazer chamadas de voz de forma discreta edição de imagem edson minoru ilustrações evandro bertol (1) Duração medida com a exibição de vídeo em 720p e com o Wi-Fi e o Bluetooth ativados

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LAb FO

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TESTA D

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O PEL INFOL Ab

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sem medo do escuro

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DO PELO

O HTC One tem design primoroso, configuração de primeira e inova com câmera que não faz feio. Mas ainda não chegou ao Brasil ≥ POr Airton Lopes E LeonArdo VerAs

PURO METAL O corpo do One é uma peça sem partes móveis esculpida em um bloco de alumínio

0,9 cm

13,7 cm

6,8 cm

ANDROID DISFARÇADO O visual do sistema foi tão alterado que chega a causar um choque inicial

ESTÉREO E ALTO Forte e com bons graves, o som tem qualidade acima da média e equalização Beats Audio

smartphone

One / HTC Há quem diga que a disputa entre iPhone 5 e Galaxy S4 pela coroa de melhor smart­ phone é bobagem, pois o One deixa ambos para trás. Preferências à parte, o aparelho da HTC é indiscutivelmente o Android com design mais atraente e traz uma configuração exuberante, com tela full HD de 4,7 polegadas e processador de quatro núcleos. À primeira vista, a câmera de 4 MP parece tímida. Porém, em vez de exagerar na resolução, a HTC investiu em recursos para que fo­ tos feitas com pouca luz apresentem menos ruídos que as feitas pelos rivais em 8 MP e 13 MP. Nos testes, as imagens do One em cenas escuras ficaram realmente melhores. Mas, em ambientes bem iluminados, apesar de muito boas, elas registram menos detalhes. A filmagem normal é feita em 1 080p. Baixando a resolução, dá para gravar vídeos com uma taxa de 96 quadros por segun­ do para obter o efeito de câmera lenta. Como não há previsão de lançamento no Brasil, a compra do One inclui algumas surpresas. Na versão europeia avaliada pelo INFOlab, o 4G não funcionou. (1) Duração medida com o aparelho em chamada e com o Wi-Fi e o Bluetooth ativados (2) Preço do aparelho no Mercado Livre

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4G (LTE) / Android 4.1 / Snapdragon 600 Krait 1,7 GHz quad core / 32 GB / Tela de 4,7” / Câmeras de 4 MP (1 080p) e 2,1 MP (1 080p) / 145 g / 15h26min de bateria(1) AvALIAÇãO TÉcNIcA: 8,9 cUSTO/bENEFícIO: 6,8

/ R$ 2 599(2)

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Com o Envy x2, você escolhe entre o dobro da autonomia como ultrabook ou a metade do peso como tablet

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Fôlego dobrado

tEStA D

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DO PELO

≥ Por Airton Lopes

POUCO ESPAÇO Dos 64 GB, apenas 17,2 GB ficam livres, mas há um leitor microSD na lateral do display

DOSE DUPLA A ótima autonomia é proporcionada pela adoção de duas baterias, uma atrás da tela e uma no teclado

SEM USB 3.0 As duas portas USB 2.0, o slot SD e a conexão HDMI ficam nas laterais do teclado

0,9 cm

19,1 cm

30,4 cm

2,1 cm

19,1 cm

30,4 cm

ultrabook

Envy x2 / HP A versatilidade para o trabalho longe do escritório deste ultrabook híbrido com tela sensível ao toque de 11,6 polegadas não se resume ao teclado destacável. Sem ele, o Envy x2 vira um tablet com Windows 8 e o peso cai pela metade, de 1,4 quilo para 700 gramas. Com o teclado acoplado, a autonomia do modelo nos testes foi excepcional. Ele suportou 5 horas e 4 minutos longe da tomada executando uma sequência de tarefas que simulam o uso intenso do PC. Na mesma prova, o resultado mais próximo obtido pelos ultrabooks que passaram pelo INFOlab foi de 2 horas e 53 minutos. Sem o teclado, na comparação com tablets de tela grande rodando vídeo, a duração de bateria de 7 horas e 17 minutos é boa, mas distante das 10 horas e 59 minutos do iPad. O visual e a qualidade do acabamento são outros belos atrativos. Pena que o desempenho do Envy x2 seja o de uma máquina básica. Ele faz bem o feijão com arroz no Office e a navegação na web, mas sofre em atividades que exigem um pouco mais de memória RAM e capacidade gráfica. 92 / INFO Junho 2013

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Tela de 11,6” touchscreen / Intel Atom Z2760 1,8 GHz / 2 GB / SSD de 64 GB / Vídeo onboard / 1,4 kg e 700 g (modo tablet) / Windows 8 / 5h04min e 7h17min (modo tablet) de bateria(1) AvALiAÇãO téCniCA: 7,7 CUStO/BEnEfíCiO: 7,3

/ R$ 3 999

(1) Duração de bateria medida com o software Battery Eater e o notebook com o Wi-Fi ligado, tela com o máximo de brilho e perfil de alto desempenho no Windows, sem permitir o desligamento de componentes (modo laptop) e com a reprodução de vídeo em 720p (modo tablet).

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Uma Ferrari na sala

R$ 1 600 poR hoRa Este é o preço, em São Paulo, da locação de uma Ferrari Modena 360

O cockpit com pedais, câmbio e volante do modelo 458 Italia aumenta a emoção dos jogos de corrida no Xbox 360 e no PC

113 cm

≥ POr Airton Lopes

45 cm

60 cm

cockpit

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FIDELIDADE Os botões são os mesmos do volante real, mas funcionam como direcional e seletor de câmera

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Ferrari Vibration GT Cockpit 458 Italia Edition / ThruSTMaSTEr

DO PELO

TRANSPORTE O cockpit é dobrável e tem alça para ser removido do local no final da brincadeira

Com barra de direção ajustável, câmbio borboleta e uma réplica em escala de 70% do volante da Ferrari 458 Italia, este cockpit deixa as disputas nos simuladores de corrida mais divertidas e desafiadoras. Nos testes com o jogo Forza Motorsport 4, as respostas às manobras foram precisas. Só que isso não significa facilidade para domar carros superesportivos. Mesmo com o câmbio automático, a sensibilidade para manter o veículo no traçado ideal e brigar por posições no pelotão de frente começa a ser adquirida depois de várias voltas e muitas barbeiragens. O acessório tem um sistema vibratório que transfere as características da superfície da pista para todo o cockpit. No entanto, o realismo fica prejudicado pela ausência do force feedback, recurso que reproduz fielmente o comportamento da direção. Ela fica mais leve ou pesada de acordo com a trajetória do carro e dá um tranco quando ocorre uma colisão forte.

Compatível com Xbox 360 e PC / uSB (cabo de 2,7 m) / 10,5 kg AvALIAçãO TécNIcA: 7,9 cuSTO/bENEFícIO: 6,4

/ R$ 1 430

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O piano da ION Audio tem teclas que piscam e dá aulas interativas que ensinam de forma divertida os primeiros passos no instrumento

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concerto no iPad

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DO PELO

≥ POr Airton Lopes

teclado

22 cm

6,5 cm

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Piano Apprentice / ION AUdIO Tocar piano no iPad é divertido e não faltam aplicativos para isso na iTunes Store. Mas, se a intenção for levar a brincadeira um pouco mais a sério, o Piano Apprentice é um acessório interessante para quem quer aprender a tocar de verdade. Ele é um piano com 25 teclas, conector de 30 pinos para aparelhos da Apple e alto-falantes. Com o auxílio do aplicativo Apprentice, ele ensina os primeiros passos em videoaulas práticas e tutoriais interativos seguindo folhas de notação. Durante as lições, as teclas piscam de forma sincronizada com a canção para que o aluno posicione os dedos e reproduza melodias e acordes no tempo correto. Para facilitar a tarefa, é possível alterar a velocidade ou treinar com uma mão de cada vez. Mas as aulas são em inglês e trazem apenas 12 músicas. Para quem já tem experiência, o Piano Apprentice acaba sendo mais atraente pelo modo de prática livre e, em conjunto com outros aplicativos, como ferramenta de composição.

Compatível com iPad, iPhone e iPod Touch (conector de 30 pinos) / alto-falantes embutidos / 4 pilhas AA AVALIAçãO TécNIcA: 7,7 cuSTO/BENEfÍcIO: 6,8

/ R$ 529

ESTÚDIO NO TABLET Como controlador midi, o Piano Apprentice ajuda a compor e a gravar no app GarageBand (US$ 4,99)

SENSÍVEL Quanto mais forte é a pressão sobre a tecla, mais alto é o som. Não há conector para fone

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Foco aFiado

Primeira câmera DSLR com tela sensível ao toque, a Canon Rebel T4i fotografa e filma objetos em movimento com alta precisão ≥ PoR Airton Lopes 14,4 cm

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EOS Rebel T4i / CANoN Dominar uma câmera do tipo DSLR não é uma tarefa simples. Por isso, este modelo da Canon se destaca pelo esforço para tornar sua operação amigável para quem não é um fotógrafo experiente. Sem abrir mão dos botões para a realização de ajustes manuais com rapidez, a Rebel T4i é a primeira da categoria a adotar um display touchscreen. O recurso agradou nos testes pela excelente resposta aos toques, pela riqueza de informações e pela fluidez dos menus. O nível de detalhes das fotos feitas em 18 MP com a lente com distância focal de 18 a 55 mm presente no kit da câmera avaliada pelo INFOlab é muito bom. Na hora de produzir vídeos em 1 080p, objetos que se aproximam ou se distanciam da câmera não saem de foco. No entanto, apesar de eficiente, o sistema de autofoco é barulhento. E, no modo LiveView, isto é, fazendo o enquadramento pelo LCD, ele apresenta lentidão.

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câmera

RAJADA DE CLIQUES No teste de disparos contínuos, a Rebel T4i fez 32 fotos em 7 segundos

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10 cm

13,3 cm

DO PELO

NO TOQUE Ao selecionar um objeto com a ponta do dedo, o foco permanece nele mesmo em movimento

18 MP / Zoom de 3x / 18 - 55 mm (28,8 - 88 mm eq.) / Filmagem em 1 080p / LCD de 3” touchscreen / 871 g AvALIAÇÃO TéCNICA: 7,9 CUSTO/bENEFíCIO: 7,2

/ R$ 3 226

DUPLA FUNÇÃO Como não tem um iluminador independente para autofoco, o flash faz esse papel

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Encontro dE gEraçõEs Testamos a primeira dock compatível com o iPhone 5 e dois modelos com o conector tradicional e muita potência

alô na dock A Honeycomb (899 reais), da Native Union, também é vivavoz e handset para o iPhone

≥ POr Airton Lopes 14,3 cm

6 cm

18,6 cm

dock

OnBeat Micro / JBL A atual geração de iPods, iPhone e iPads não trouxe apenas

alegria para os fãs da Apple. Com a troca do conector de 30 pinos pelo Lightning, as docks e os equipamentos de som sem Bluetooth ou AirPlay ficaram inacessíveis para os donos de iGadgets novos com aversão a cabos. No Brasil, só agora começam a aparecer as docks com conector Lightning. A primeira é a pequena OnBeat Micro, um modelo bacana para ocupar espaços pequenos, como um criado-mudo. A potência do áudio é modesta, mas o equipamento apresenta uma qualidade sonora admirável para seu porte. Se a ideia é ter um som bem balanceado para locais sem muito espaço, o modelo cumpre a missão. Os aparelhos da Apple de gerações anteriores conseguem tocar música e recarregar a bateria na OnBeat Micro usando a entrada USB. Infelizmente, a porta USB não permite reproduzir arquivos armazenados em pen drive. Longe da tomada, a dock funciona com quatro pilhas AAA, mas não recarrega a bateria do iPod, do iPhone ou do iPad.

4 W de potência / Entradas: P2, USB / Compatível com iPod, iPhone e iPad (com conectores Lightning e de 30 pinos) / 400 g / 4 pilhas AAA (palito) / 4h56min de bateria aValIação TécnIca: 7,9 cuSTo/bEnEfícIo: 7,5

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/ R$ 459

do PElo

noVoS E anTIGoS Os iGadgets que não se encaixam na dock são conectados pela porta USB traseira

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17,1 cm

30,5 cm

16,5 cm

dock

SoundDock II White / boSe Esta dock clássica da Bose apresentou no INFOlab uma qualidade de som ótima. A potência impressiona e, mesmo no volume máximo, o nível de distorção é reduzido. O áudio se destaca pelos graves for tes e agudos limpos. O problema da SoundDock II é que, apesar da excelência sonora, o design permanece inalterado desde a sua versão original. Com isso, ela não aceita os aparelhos da Apple mais novos nem iPads de qualquer idade. potência não divulgada / entrada: p2 / Compatível com ipod e iphone (conector de 30 pinos) / 2,5 kg AvAliAção técnicA: 8,2 custo/benefício: 6,2

16,5 cm

/ R$ 1 859

40 cm

20,5 cm

dock

Audio Dock Station DS5555i / Semp ToShiba Com um subwoofer, dois tweeters e dois drivers para frequências médias, o som produzido por esta dock é digno de um boombox, aquele aparelho de som que os rappers carregavam nos ombros nos anos 80. São 130 watts de um áudio alto e com graves encorpados, mas que, por vezes, soam abafados. Nos momentos de silêncio antes e dentro das faixas, um leve chiado que remete ao das fitas cassete pode ser notado. Este modelo da Semp Toshiba funciona com iPods e iPhones com conector de 30 pinos e envia vídeo para a televisão, mas não em alta definição. 130 W de potência / entrada: p2 / Saída: vídeo componente / Compatível com ipod e iphone (conector de 30 pinos) / 7,3 kg AvAliAção técnicA: 7,7 custo/benefício: 6,4

/ R$ 989

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/ Radar LazEr

Ultrabooks

// Pavilion 14-b090br HP

// PEdaL E aCELEradOr

A bicicleta elétrica Nano Bike, da Multilaser, destaca-se pelo tamanho compacto. Com quadro de alumínio de 16,5 quilos, ela é dobrável em dois pontos. O motor traseiro proporciona autonomia de 19 quilômetros (ou 90 minutos de uso contínuo), mas não tem força para transportar pessoas com mais de 90 quilos.

Para quem abre mão do gravador de DVD, este modelo oferece uma configuração muito boa em um corpo mais fino do que o habitual de laptops de 14 polegadas. O tamanho do HD é um diferencial. O que deixa a desejar são as dimensões reduzidas do touchpad.

// vaio t13 touch Sony

A diferença deste Vaio para um laptop comum é o display touchscreen, recurso que oferece mais agilidade para transitar no Windows 8. O desempenho do modelo é bom, mas é fácil achar ultrabooks similares mais leves e com mais espaço para arquivos.

// IdeaPad s400U Lenovo

A configuração deste ultrabook de 14 polegadas da Lenovo segue o padrão intermediário da categoria. O que o destaca são a aparência, a leveza (1,6 quilo) e a qualidade do teclado e do touchpad. Nos testes, a autonomia de bateria foi ruim. Não tem Bluetooth.

Especificações

// vivobook X202E Asus

Câmbio Shimano SIS 7 marchas / Aro 20 / Potência da bateria: 250 W / 1h31min de bateria / 16,5 kg / R$ 3 490 avaLIaçãO INFOLab

É o primeiro ultrabook com preço menos proibitivo a aceitar o toque dos dedos sobre o LCD para comandar o Windows 8. A precisão e a resposta do display de 11,6 polegadas e 1 366 por 768 pixels são satisfatórias. Porém, o desempenho é de uma máquina básica.

8,0

// MaNObras MOtOrIzadas

O patinete MoTronik 800W, da Dropboards, tem design esportivo, pneu biscoito e suspensão reforçada para que o usuário mais ousado faça algumas manobras. A força do motor elétrico permite encarar até mesmo ladeiras. Nos testes do INFOlab, a bateria de íon de lítio durou 65 minutos. A recarga leva de 6 a 8 horas.

// ativ smart PC Pro Samsung

Este híbrido é o melhor que já passou pelo INFOlab para ser usado como tablet. Destacando o teclado, seu peso cai para 900 gramas. O LCD pode ser explorado com os dedos ou com a caneta S Pen. Tem só uma USB 3.0.

Este híbrido com teclado deslizante e LCD de 11,6 polegadas full HD se transforma em tablet ou ultrabook. Força para executar tarefas complexas não falta, mas sua ergonomia ruim desencoraja longas jornadas de trabalho como tablet.

// taichi 21 Asus

Aro 4 / Potência da bateria: 800 W / 1h05min de bateria / 28 kg / R$ 2 990 avaLIaçãO INFOLab

7,7

98 / INFO Junho 2013

IN330_Radar.indd 98

Tela de 14" / Intel Core i5-3317U 1,7 GHz (Ivy Bridge) / 6 GB / SSD de 32 GB e HD de 750 GB / Vídeo onboard / 1,8 kg / Windows 8 Pro / 1h27min de bateria(1) / R$ 2 599 avaLIaçãO INFOLab

7,9

Especificações

Tela de 13,3” touchscreen / Intel Core i5-3317U 1,7 GHz (Ivy Bridge) / 4 GB / SSD de 32 GB + HD de 320 GB / Vídeo onboard / 1,7 kg / Windows 8 / 1h32min de bateria(1) / R$ 3 499 avaLIaçãO INFOLab

7,8

Especificações

Tela de 14” / Intel Core i5-3317U 1,7 GHz (Ivy Bridge) / 4 GB / SSD de 32 GB + HD de 500 GB / Vídeo onboard / 1,6 kg / Windows 8 / 58min de bateria(1) / R$ 1 999 avaLIaçãO INFOLab

7,6

Especificações

Tela de 11,6" touchscreen / Intel Core i3-3217 1,8 GHz (Ivy Bridge) / 4 GB / HD de 500 GB / Vídeo onboard / 1,4 kg / Windows 8 / 1h57min de bateria(1) / R$ 1 999 avaLIaçãO INFOLab

7,5

Ultrabooks híbridos

// vaio duo 11 Sony

Especificações

Especificações

Em vez de uma tela que gira 360 graus ou desliza, o modelo tem dois LCDs. O display externo é sensível ao toque. A solução é prática, só que o peso (1,3 quilo) não permite segurar o híbrido de forma confortável. O desempenho como ultrabook não empolga.

Especificações

Tela de 11,6" touchscreen / Intel Core i5-3317U 1,7 GHz (Ivy Bridge) / 4 GB / SSD de 128 GB / Vídeo onboard / 1,6 kg e 900 g (modo tablet) / Windows 8 / 2h22min de bateria(1) / R$ 4 199 avaLIaçãO INFOLab

8,2

Especificações

Tela de 11,6" touchscreen / Intel Core i7-3517 1,9 GHz / 6 GB / SSD de 128 GB / Vídeo onboard / 1,2 kg / Windows 8 / 1h42min de bateria(1) / R$ 5 499 avaLIaçãO INFOLab

8,2

Especificações

Tela frontal de 11,6" e traseira de 11,6" touchscreen / Intel Core i5-3317U 1,7 GHz (Ivy Bridge) / 4 GB / SSD de 128 GB / Vídeo onboard / 1,3 kg / Windows 8 / 1h25min de bateria(1) / R$ 5 699 avaLIaçãO INFOLab

7,9

FOTOS RAfAeL evAngeLiStA (1) Duração de bateria medida com o software Battery eater e o notebook com o Wi-fi ativado, tela com o máximo de brilho e perfil de alto desempenho selecionado no Windows, sem permitir o desligamento automático de componentes

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Tablets

// iPad 4a Geração Apple

O modelo mais recente do tablet da Apple com tela Retina Display (2 048 por 1 536 pixels) traz um processador mais veloz e um novo conector menor do que o anterior. Nos testes, o maior ganho foi na duração da bateria.

// iPad Mini Apple

O iPad Mini oferece ótima portabilidade e compatibilidade total com os apps feitos para o iPad maior. Seu corpo é levíssimo. A autonomia de bateria passou de 9 horas nos testes. A resolução da tela (1 024 por 768 pixels) é boa, mas não encanta.

// Galaxy Note 10.1 Samsung

O tablet com configuração forte e chip de quatro núcleos pode dividir a tela e rodar dois apps ao mesmo tempo. O recurso pode, por exemplo, ser usado no aplicativo S Note, que faz anotações com a ajuda da caneta stylus.

// ElitePad 900 HP

Mais leve que o iPad, o tablet da HP vem com o Windows 8 Pro, o que permite rodar todos os programas que funcionam nos PCs. Tem conexão 3,5G, NFC e porta USB 2.0. Dos 32 GB de memória, só 9,1 GB ficam disponíveis, mas há entrada para cartão microSD.

Especificações

Tela de 9,7” / A6X Cortex A9 1,4 GHz dual core / 32 GB / 660 g / iOS 6 / 10h59min de bateria(1) / R$ 1 999 AvAlIAçãO INFOlAb

9,2

Especificações

Tela de 7,9" / A5 Cortex A9 1 GHz dual core / 32 GB / 308 g / iOS 6 / 9h18min de bateria(1) / R$ 1 699(2) AvAlIAçãO INFOlAb

8,7

Especificações

Tela de 10,1” / Exynos 4412 Cortex A9 1,4 GHz quad core / 16 GB + microSD / 3,5G (HSPA+) / 592 g / Android 4 / 6h04min de bateria(1) / R$ 1 699 AvAlIAçãO INFOlAb

8,7

Especificações

Tela de 10,1” / Intel Atom Z2760 1,8 GHz dual core / 32 GB + microSD / 3,5G (HSPA+) / 629 g / Windows 8 Pro / 6h41min de bateria(1) / R$ 2 899 AvAlIAçãO INFOlAb

8,3

Fones de ouvido

// ATH-ANC9 QuietPoint Audio-Technica

Além de produzir um som de alta fidelidade e livre de distorções, este fone com sistema eletrônico de cancelamento de ruídos impede que barulhos externos atrapalhem a ótima experiência musical.

// ST-800 TDK

Agrada pelo som equilibrado e pelo destaque para detalhes das músicas. Essas virtudes ficam mais evidentes com o equalizador, posicionado no cabo, desligado. Quando está ativado, ele proporciona ganho de volume ajustável, porém há perda de definição.

// MDR-ZX100 Sony

Com apenas 120 gramas, este fone de ouvido pode ser usado por horas sem causar desconforto. O áudio não tem a mesma definição e pureza dos modelos mais sofisticados ou os graves ressaltados dos Beats Audio, mas não omite detalhes ou embola o som.

Especificações

Formato over-the-ear / Cancelamento de ruído ativo / Headset / Conexão P2 (adaptadores P10 e para avião) / 2 cabos de 1,2 m / Sensibilidade: 100 dB/mW / Resposta em frequência: 10 – 25 000 HZ / 243 g / R$ 1 500 AvAlIAçãO INFOlAb

Especificações

Formato around-the-ear / Conexão P2 (adaptador P10) / Cabo de 1,2 m e extensor de 1,5 m / Sensibilidade: 104 dB/mW / Resposta em frequência: 20 – 20 000 Hz / 375 g / R$ 499 AvAlIAçãO INFOlAb

8,4

Especificações

Formato on-ear / Conexão P2 / Cabo de 1,2 m / Sensibilidade: 100 dB/mW / Resposta em frequência: 12 – 22 000 Hz / 120 g / R$ 89 AvAlIAçãO INFOlAb

(1) Duração medida com a exibição de vídeo em 720p e com o Wi-Fi e o Bluetooth ativados (2) Preço praticado no MercadoLivre

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9,0

7,1

Junho 2013 INFO

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/ Radar Smartphones

// Galaxy S4 Samsung

A configuração exuberante, com chip quad core, 4G, tela full HD e câmera de 13 MP com recursos surpreendentes e a boa autonomia fazem do S4 o melhor Android. Sensores permitem rolar páginas com o olhar e com gestos no ar. A tampa traseira é de plástico.

// Xperia ZQ Sony

Seu display full HD tem ótima qualidade e legibilidade sob luz solar. A câmera é de primeira. O 4G é do padrão brasileiro e, além dos 16 GB internos, aceita cartão. O deslize no design é a forma como a tampa do slot microSD fica pendurada depois de aberta.

// Nexus 4 LG

O smartphone do Google possui chip de quatro núcleos, tela de alta definição e Android 4.2, a versão mais atual do sistema. O desempenho é ótimo. A câmera de 8 MP produz fotos em 360 graus. As desvantagens são a falta de 4G e slot para cartão de memória.

// Z10 BlackBerry

O Z10 não faz feio diante do iPhone e dos Androids. Tem desempenho e autonomia notáveis e design elegante. Não há botões físicos para explorar o sistema BlackBerry OS 10. A câmera de 8 MP tira fotos decentes, mas não tem modo HDR e não faz panorâmicas.

// Ypy S400 Positivo

É uma opção para usar duas linhas em um aparelho com Android 4, display de 4 polegadas e preço razoável. Nos testes, apresentou lentidão em alguns momentos. O aplicativo da câmera de 5 MP é esperto, mas o registro é feito com atraso acima do normal.

Especificações

4G (LTE) / Android 4.2 / Snapdragon 600 Krait 1,9 GHz quad core / 16 GB + microSD / Tela de 5” / Câmeras de 13 MP (1080p) e 2 MP (1080p) / 130 g / 20h22min de bateria(1) / R$ 2 499(2) avalIaçãO INFOlab

9,1

Especificações

4G (LTE) / Android 4.1 / Snapdragon S4 Pro Krait 1,5 GHz quad core / 16 GB + microSD / Tela de 5" / Câmeras de 13 MP (1080p) e 2 MP (1080p) / 151 g / 17h12min de bateria(1) / R$ 2 049(2) avalIaçãO INFOlab

8,6

Especificações

3,5G (HSPA+) / Android 4.2 / Snapdragon S4 Pro Krait 1,5 GHz quad core / 16 GB / Tela de 4,7" / Câmeras de 8 MP (1080p) e 1,3 MP (720p) / 139 g / 13h17min de bateria(1) / R$ 1 699(2) avalIaçãO INFOlab

8,5

Especificações

4G (LTE) / BlackBerry OS 10 / Snapdragon S4 Krait 1,5 GHz dual core / 16 GB + microSD / Tela de 4,2" / Câmeras de 8 MP (1080p) e 2 MP (720p) / 135 g / 19h18min de bateria(1) / R$ 2 449(2) avalIaçãO INFOlab

8,4

Especificações

3G / Android 4.0 / Snapdragon S4 Play 1 GHz dual core / 4 GB + 8 GB (microSD) / Tela de 4” / Câmeras de 5 MP (720p) e 0,3 MP (480p) / 134 g / 12h06min de bateria(1) / R$ 699(2) avalIaçãO INFOlab

7,8

Docks

// Wireless audio Dock Da-E651 Samsung

Gadgets da Apple e smartphones das linhas Galaxy S e Note dividem espaço nesta dock com conector de 30 pinos e microUSB. Nos Androids, a transmissão do áudio é feita por Bluetooth. O som é forte e de boa qualidade.

// ND8520 LG

O modelo tem conector de 30 pinos, entrada P2 e porta USB para pen drives. Mas o mais legal é o Wi-Fi, para se comunicar com aparelhos da Apple e computadores por AirPlay, e o Bluetooth. A qualidade de áudio é boa, mas não impressiona.

100 / INFO Junho 2013

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Especificações

40 W de potência / Entradas: P2, USB, microUSB / Bluetooth / Compatível com iPod, iPhone e iPad (conector de 30 pinos) e smartphones Galaxy S e Note / 3 kg / R$ 599 avalIaçãO INFOlab

7,9

Especificações

80 W de potência / Entradas: P2, USB / Wi-Fi (AirPlay), Bluetooth / Rádio FM / Compatível com iPod, iPhone e iPad (conector de 30 pinos) / 5,8 kg / R$ 1 499 avalIaçãO INFOlab

7,9

FOTOS RafaeL evanGeLiSta (1) Duração medida com o aparelho em chamada e com o Wi-fi e Bluetooth ativados (2) Preço do aparelho sem planos de voz e dados

5/30/13 7:50:42 PM


Filmadoras

// MagiCam SD21 AEE/Xtrax Além de caixa estanque, controle remoto e suportes, esta filmadora de ação oferece um display removível de 1,5 polegada. No seu lugar dá para encaixar uma bateria extra para dobrar sua autonomia. A qualidade dos vídeos feitos em 1 080p é muito boa.

// Hero3 Silver Edition GoPro

A qualidade dos vídeos em 1 080p da Hero3 Silver é a melhor da categoria. Ela vem com caixa estanque e tem Wi-Fi para que possa ser controlada pelo smartphone. Tem só três botões e LCD de 0,8 polegada para fazer ajustes.

// adixxion GC-Xa1 JVC

Com corpo reforçado para aguentar pancadas e poeira, filma embaixo d‘água sem precisar de acessórios. O Wi-Fi permite o controle remoto, a transferência de arquivos e o streaming de vídeo. As imagens ficam boas, mas poderiam ter cores mais vibrantes.

Especificações

Full HD (1080p) / 8 MP / MicroSD / Zoom de 10x (digital) / LCD de 1,5" / 119 g / 2h03min e 4h04min de bateria(1) / R$ 1 299 avalIaçãO INFOlab

8,1

Especificações

Full HD (1080p) / 11 MP / MicroSD / Não possui zoom / LCD de 0,8" / 74 g / 1h51min de bateria(1) / R$ 1 499 avalIaçãO INFOlab

7,9

Especificações

Full HD (1080p) / 5 MP / 30 MB + SD / Zoom de 5x (digital) / LCD de 1,5" / 126 g / 1h08min de bateria(1) / R$ 1 199 avalIaçãO INFOlab

7,7

Câmeras

// D600 Nikon

Seu grande sensor full frame permite imagens excepcionais, com alto nível de detalhes e cores equilibradas. A fidelidade mantém-se em qualquer condição de luz ambiente. Iniciantes terão dificuldade para lidar com a enorme quantidade de controles.

// NEX-5R Sony

Com corpo compacto e possibilidade de troca de lente, produz fotos excelentes e esbanja velocidade nos cliques. Possui Wi-Fi para enviar arquivos a dispositivos com iOS e Android ao PC e ao Facebook. Não tem flash embutido, mas vem com um externo.

// Galaxy Camera Samsung

Traz recursos de smartphones, como chip quad core, tela de 4,8 polegadas, Wi-Fi, 3,5G e sistema Android, para clicar, editar e compartilhar fotos feitas em 16,3 MP. O zoom é de 21x. Nos testes, foi lenta para salvar as imagens.

// PowerShot SX150 IS Canon

As opções de controles manuais tornam esta compacta uma alternativa interessante para quem não pretende ficar preso aos ajustes automáticos da câmera o tempo todo. Mas a demora para salvar os arquivos incomoda.

(1) Duração medida no modo de filmagem

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Especificações

24,3 MP / Lentes intercambiáveis (não incluídas) / Filmagem em 1 080p / LCD de 3,2" / 864 g (só o corpo) / R$ 6 077 avalIaçãO INFOlab

8,6

Especificações

16,1 MP / Zoom de 3x (18 – 55 mm) / Filma em 1 080p / LCD de 3" touchscreen / Wi-Fi / 436 g (271 g só o corpo) / R$ 2 699 avalIaçãO INFOlab

8,2

Especificações

16,3 MP / Zoom de 21x (4,1 – 86,1 mm) / Filma em 1 080p / LCD de 4,8" touchscreen / 4 GB + microSD / 3,5G (HSPA+), Wi-Fi, Bluetooth, GPS / 301 g / Android 4.1 / R$ 2 199 avalIaçãO INFOlab

8,0

Especificações

14,1 MP / Zoom de 12x (28 – 336 mm) / Filmagem em 720p / LCD de 3" / 302 g / R$ 463 avalIaçãO INFOlab

7,5

Junho 2013 INFO

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OPORTUNIDADES E OFERTAS DE PRODUTOS E SERVIÇOS DE TECNOLOGIA

CADERNO

HARDWARE . SOFTWARE . SERVIÇOS . SUPRIMENTOS . CARREIRAS E CURSOS . AUTOMAÇÃO

NESTA EDIÇÃO ESPECIAL TELECOM

PARA ANUNCIAR

(11) 3037.5868 / (11) 3037.2700 OUTRAS LOCALIDADES: 0800.701.2066 classificados@abril.com.br PARA SABER MAIS INFORMAÇÕES, ACESSE O SITE http://info.abril.com.br/midiakit O conteúdo deste caderno é de inteira responsabilidade dos anunciantes.

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ESPECIAL TELECOM | 4

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5 | CARREIRAS E CURSOS

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CARREIRAS E CURSOS | 6

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7 | HARDWARE

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JurassIc park Faz 20 aNOs

6dias

r ou o du de t n a u foi q rocessoção o p italiza undo dig a seg Rex ad e d c ena do vTa c u d a n a ch

Baseado em um best-seller, Jurassic Park — O Parque dos Dinossauros provavelmente seria transformado em filme de sucesso por qualquer diretor. Mas, para sorte de quem gosta de cinema, o projeto foi liderado por Steven Spielberg, e o americano confiou os efeitos especiais da obra a George Lucas, um de seus amigos mais talentosos. A Industrial Light and Magic, empresa de efeitos especiais de Lucas, foi a responsável por dar vida aos gigantes pré-históricos e, para isso, criou uma técnica própria que envolvia a animação stop and motion e a digitalização de bonecos. Cada movimento dos modelos era analisado por um scanner a laser, transformado em dados e depois animado por computador. As máquinas da época sofriam para dar conta do trabalho. Em média, cada segundo de filme com os seres virtuais demorava 48 horas para ficar pronto. O esforço foi recompensado com três Oscar em categorias técnicas e a criação de um novo patamar para os efeitos visuais.

≥ Por juliano barreto ↙

veja mais: info.abril.com.br/blog/ctrlz

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