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Te cuida, Galvão! Robô escreve sozinho

junho 2012

notícias sobre futebol

e agora, facebook? / te cuida, galvão! / fim da inocência / 3g em teste

Para uma nova realidade facebook.com/revistainfo

vírus no mac A Apple não é mais

imune. Proteja-se!

exclusivo

3G em TesTe

Saiba como anda a banda larga móvel em 11 cidades

info.abril.com.br

@_INFO

R$ 11,90 / ed. 317 / junho 2012

e aGora, facebook?

Fakebook? Zuckerberg não deve ter gostado nada do apelido que sua rede ganhou após o IPo

nº 317

>> Mark Zuckerberg feZ 28 anos, casou e coMandou uMa desastrada abertura de capital. agora o garoto bilionário quer voltar a prograMar. entenda coMo essa nova fase da Maior rede social do Mundo vai Mudar a sua vida na web

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/ Junho de 2012

115

O investidor sueco Niklas Zennström, do Atomico, dá dicas para os empreendedores

30 10 Carta do editor 14 Colaboradores 16 WWW 22 Cartas enter

24 MuITO ALÉM DE STEVE JOBS /

Ex-presidente da Apple, John Sculley fala a INFO sobre tendências. Ele virá ao Brasil em junho, para o InfoTrends

28 APLICATIVOS DO MÊS / Uma seleção de apps para iOS, Android, Windows Phone e BlackBerry 29 JuRA QuE NÃO RECONHECE? / O meme de junho é inspirado no ator americano Nicolas Cage

30 NINguÉM ACERTA (E ERRA)

COMO ELE / Entrevista com o investidor Niklas Zennström, do Atomico

32 BRINQuEDO DE ADuLTO /

A bolinha Sphero é controlada por smartphone e promete muita diversão

4 / INFO Junho 2012

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32 SONHE COM OS ANJOS / O aplicativo Dream:ON foi desenvolvido para proporcionar o sono perfeito. Saiba como ele funciona 33 NÚMEROS DO MÊS /

Dos acessos às fotos da atriz Carolina Dieckmann sem roupa ao recorde do Angry Birds, as curiosidades de junho

42 DAgOMIR MARQuEzI / As redes são nosso arsenal profissional

34 PARA MORRER DE INVEJA /

44 STELLEO TOLDA /

INFO selecionou alguns produtos vendidos no exterior e que ficariam muito bem na estante da sua casa

34 VOCÊ gANHOu uM CARRO! /

Essa é a promessa de mensagens de texto enviadas para o seu celular. Cuidado: trata-se de mais um golpe

O sonho do negócio próprio

teste

115 TESTE / Tablet, Relógio,

Ultrabook, Cafeteira, Áudio e Vídeo, Projetores, Controle para Game

ideias

124 RADAR / Os produtos de destaque que passaram pelo INFOlab

38 ALESSANDRA LARIu / A segunda tela vai virar primeira?

Ctrl + z

40 MANOEL LEMOS / Precisamos de mais hackers

146 CTRL + z / O LaserDisc tinha tudo para

ser a mídia do futuro. Entenda o que deu errado

FOTOS Simon DawSon/BloomBerg/getty imageS E rafael evangeliSta

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/ Junho de 2012

Criador do Tumblr, David Karp esteve no Brasil e foi seguido de perto por INFO, que conta sua história

52

INOVAÇÃO

48 SENHOR DA GUERRA / Conheça o general José Carlos dos Santos, comandante do centro responsável pela defesa cibernética brasileira, que será inaugurado em junho

52 NA COLA DO TUMBLR / O criador

da rede social, david Karp, esteve no Brasil em maio e INFO acompanhou de perto a visita. Veja por onde ele passou e conheça a sua história

62 TE CUIDA, GALVÃO! / Softwares

já são capazes de fazer o relato de um jogo de futebol e surgem como ameaça para os jornalistas esportivos

68 O QUE ESPERAR DO

FACEBOOK? / depois de um IPO decepcionante, a rede social fundada por Mark Zuckerberg tem pela frente uma nova transformação. Saiba o que muda na sua vida online

8 / INFO Junho 2012

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76 EM CIMA DA HORA / Com a ajuda

do Kickstarter, uma empresa americana conseguiu 10 milhões de dólares para fabricar um relógio inteligente, ou 100 vezes o valor esperado inicialmente

78 CRIAÇÃO SOCIAL / Com a curadoria de 200 mil usuários, o Quirky ajuda a transformar ideias em produtos

80 MEDIA LAB BRASILEIRO /

O Instituto de Matemática Pura e Aplicada, no Rio, realiza pesquisas em computação gráfica no Brasil e já é comparado ao renomado laboratório do MIT

96 100 NESSA EU CONFIO / Veja

quais são as empresas de tecnologia mais bem avaliadas pelos leitores na Pesquisa INFO de Marcas 2012

108 DICAS / Alfinete seus Seguidores, Muito Além das Planilhas, Explore o Windows 8, Para Fazer Bonito nas Provas, Venda seu Peixe no Facebook

88 O MAPA DA INTERNET MÓVEL /

O INFOlab rodou 11 cidades para medir a velocidade da banda larga móvel no Brasil. Veja como as quatro maiores operadoras do país se saíram no teste

FOTO: Kim Kulish/ Corbis

96 O FIM DA INOCÊNCIA / O Flashback jogou por terra a teoria de que os PCs da Apple eram imunes a vírus

EdIçãO dE IMAgEM: artnet digital

FOTO olga lysloff

/ TIRAgEM dA EdIçãO: 136 967 exemplares

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/

na cola da notícia

O amERicanO

David Karp é um garotão de 25 anos que programa desde a adolescência. Sua invenção mais genial foi o Tumblr, uma rede social avaliada em 10 bilhões de dólares que reúne mais de 50 milhões de blogs. Karp passou cinco dias no Brasil, no final de maio. Veio lançar a versão em português do Tumblr, a primeira fora dos Estados Unidos, e entender por que o Brasil é a segunda maior comunidade do site. O editor Juliano Barreto e dois fotógrafos colaram em Karp. A equipe da INFO foi com o jovem empreendedor a uma festa que comemorava a tropicalização do site, acompanhou Karp por pontos alternativos e geeks da cena paulistana e participou de sua palestra para 80 estudantes na escola de marketing e negócios ESPM. Mas, afinal, por que passamos tanto tempo com David Karp? Você entenderá quando chegar à página 52. A reportagem, planejada em conjunto por Juliano e pelo redator-chefe Gustavo Poloni, vai além do que seria o perfil de um empreendedor de sucesso. Mostra um garoto geek acostumado a

trabalhar duro, que foi morar sozinho no Japão aos 16 anos, e que, mesmo rico e bem-sucedido, não perdeu o entusiasmo comum a todo jovem que sonha ter uma ideia brilhante e estourar na internet. Leia para conhecer a história de David Karp, mas, principalmente, para se inspirar. E se divertir, é claro! Juliano e Gustavo assinam outras duas reportagens que você não pode perder. Gustavo foi ao Rio de Janeiro ver como funciona o laboratório de computação gráfica do Impa, o Instituto de Matemática Pura e Aplicada, uma espécie de MediaLab brasileiro. E Juliano nos conta que sistemas automatizados baseados em algoritmos já conseguem até escrever, sem nenhuma ajuda humana, notícias sobre futebol. É o fim do jornalista esportivo? O INFOlab, nosso laboratório de testes, também teve um mês movimentado. Além de analisar os produtos que você vê na seção Testes, a equipe comandada pelo engenheiro Luiz Cruz e pelo editor Airton Lopes rodou o país para checar como anda o acesso à web por banda larga móvel. Descobrimos em quais cidades é mais rápido usar celular, tablet ou notebook para navegar e qual das quatro grandes operadoras oferece a melhor velocidade em 11 cidades. No site e na versão da INFO para iPad e Android, você pode navegar por um mapa interativo com todos os resultados do teste. Um serviço e tanto! Ótima leitura e até julho.

/ katiam@abril.com.br

perfil David Karp, ao centro, com a namorada, Rachel Eakley, e o editor Juliano Barreto, em São Paulo

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/ Andrea Marques

A mineira Andrea Marques decidiu arrumar um emprego quando cursava o terceiro colegial em São Paulo. Trabalhando como assistente de fotografia publicitária, descobriu a profissão da sua vida. Formada em jornalismo na Universidade Federal de Santa Catarina, fez fotos para diversas revistas da Editora Abril, como Boa Forma, Claudia, Veja, Veja Rio e Capricho. Quando se mudou para o Rio de Janeiro montou com dois amigos a agência Fotonauta. Aos 37 anos, Andrea clicou o Instituto de Matemática Pura Aplicada, o Impa, para a reportagem Media Lab Brasileiro.

Stelleo Tolda

Apesar de ser formado em engenharia mecânica pela Universidade Stanford, nos Estados Unidos, Stelleo Tolda construiu sua carreira no mundo empresarial. Com MBA em administração de negócios pela mesma instituição, o executivo começou no mercado financeiro, nos bancos Lehman Brothers, Merrill Lynch, Pactual e Icatu. Em 1999, foi responsável por trazer o MercadoLivre para o Brasil, tornando-se seu vice-presidente de operações há dois anos. Nesta edição, Tolda, 44 anos, é o convidado especial da coluna Inside Information.

Luiz Maximiano

Após formar-se em publicidade pela ESPM de São Paulo, Luiz Maximiano, 33 anos, decidiu passar um período na Holanda. Foi lá que começou a se interessar por fotografia e, em seguida, por fotojornalismo. Cobriu duas guerras e esteve na África para produzir um documentário sobre a aids no continente. Voltou ao Brasil em 2010 e no ano passado fotografou a presidente Dilma Roussef para a revista americana Newsweek. Nesta edição, Maximiano é o responsável por retratar outra autoridade, um general, na reportagem Senhor da Guerra.

Samuel Rodrigues

Durante a infância na pequena cidade de Loanda, no norte do Paraná, Samuel Rodrigues gostava de desenhar histórias em quadrinhos com seus personagens preferidos. Nelas, o simpático Doug Funnie participava de aventuras com o truculento soldado John Rambo. Apoiado pela mãe e a avó, que também eram desenhistas, Samuel fez design gráfico na Universidade Estadual de Londrina e se mudou para São Paulo há quatro anos. Aos 28 anos, o desenhista fez uma ilustração para a reportagem Te Cuida, Galvão!

Gustavo Peres

Um nômade. É assim que o gaúcho Gustavo Peres, 31 anos, gosta de se definir. Por causa da profissão do pai, juiz, passou a infância mudando de cidades. Após formar-se em desenho industrial na Universidade Federal de Santa Maria, saiu do sul para morar em São Paulo e depois no Rio de Janeiro. Nesse intervalo, passou por Barcelona, na Espanha, onde fez pósgraduação em ilustração criativa. Ao assinar a ilustração principal da seção Dicas, Peres trabalhou com uma de suas técnicas preferidas: papel recortado e tratado no computador. 14 / INFO Junho 2012

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/ Extras

info.abril.com.br extras twitter.com/_INFO

/ facebook.com/revistainfo

Mais uma rede?

Tecnologia

Seu corpo é um gadget Cresce o número de acessórios como pulseiras, relógios, óculos e até tatuagem eletrônica que têm por objetivo plugar seu corpo na internet. Eles são capazes de realizar tarefas das mais variadas: acessam mapas, enviam e recebem e-mails e mensagens de texto, monitoram o gasto calórico e ajudam a lembrar seus compromissos. INFO mostra a tendência de transformar seu corpo em um gadget. Mais importante, ensina como deixá-los ofine para você conseguir dormir sem ser incomodado.

/ Dificuldade para administrar todos os seus perfis nas redes sociais? Prepare-se: a Microsoft acaba de lançar mais uma. Batizada de So.cl, disputará com Facebook, Pinterest, Tumblr e Google+ a atenção (e os dados) dos usuários. Organizada em torno de tópicos e comunidades, a So.cl quer tornar-se referência para pesquisas na web, alavancar a ferramenta de buscas Bing e assegurar que a Microsoft não fique de fora da onda social.

Veja vídeo do relógio da Motorola

Limpeza geral / Criticada por ambientalistas por alimentar seus data centers com energia elétrica produzida com carvão mineral, a Apple promete limpar sua matriz energética. Entenda como funcionam as fazendas solares e os motores movidos a biogás que movimentarão o novo centro de dados da empresa em Maiden, na Carolina do Norte.

1 Abra o leitor QR Code em seu celular; 2 Foque o código com a câmera; 3 Clique em Ler Código para acessar os conteúdos Não tem o Leitor? Acesse www.leitor.abril.com.br; Caso seu celular não seja compatível, digite: abr.io/motorola

E mais / Leia entrevista completa com o investidor sueco Niklas Zennström, do Atomico / Veja os planos 3G das quatro principais operadoras de telefonia móvel do país / Seis apps para acompanhar o Campeonato Brasileiro 2012

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FOTO RICARDO RIBAS

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VICTOR CIVITA (1907-1990)

fundador:

Roberto Civita Roberto Civita (Presidente), Thomaz Souto Corrêa (Vice-Presidente), Elda Müller, Fábio Colletti Barbosa, Giancarlo Civita, Jairo Mendes Leal, José Roberto Guzzo, Victor Civita Editor:

Conselho Editorial:

Presidente Executivo Abril Mídia:

Jairo Mendes Leal

Diretor de Assinaturas: Fernando Costa Diretor Geral Digital: Manoel Lemos Diretor financeiro e Administrativo: Fabio Petrossi Gallo Diretora-Geral de Publicidade: Thais Chede Soares Diretor de Planejamento Estratégico e novos negócios: Daniel de Andrade Diretora de Recursos Humanos: Paula Traldi Diretor de Serviços Editoriais: Alfredo Ogawa Diretora Superintendente:

Gomes

Cláudia Vassallo

Diretora de Redação: Katia

Militello

Redator-chefe: Gustavo Poloni Editor Sênior: Carlos Machado

Editores: Airton Lopes, Juliano Barreto, Maria Isabel Moreira e Maurício Moraes Repórter: Paula Rothman Estagiário: Thiago Tanji Diretor de Arte: Rafael Costa Editor de Arte: Oga Mendonça Designers: Wagner Rodrigues e Yana Parente Colaboradores: Alessandra Lariu, Dagomir Marquezi, Don Tapscott e Manoel Lemos Infolab: Luiz Cruz (engenheiro-chefe), Ricardo Sudário (analista de testes), Filipe Mendonça Gonçalves e Roberto Baldrez Junior (estagiários) Gestora de Comunidades: Aline Monteiro Info online Editor: Felipe Zmoginski Editor-assistente: Fabiano Candido Repórteres: Cauã Taborda, Monica Campi e Vinicius Aguiari Estagiária: Vanessa Daraya Desenvolvedores Web: Maurício Pilão, Silvio Donegá e Rodrigo Fonseca Produtor Multimídia: Cadu Silva Estagiário: Rafael dos Santos Melo www.info.abril.com.br SERVIÇoS EDIToRIAIS Apoio Editorial: Carlos Grassetti (Arte), Luiz Iria (Infografia) e Ricardo Corrêa (fotografia) Dedoc e Abril Press: Grace de Souza Pesquisa e Inteligência de Mercado: Andrea Costa Treinamento Editorial: Edward Pimenta

PUBLICIDADE CEnTRALIZADA Diretores: Ana Paula Teixeira, Marcia Soter, Robson Monte Executivos de negócios: Ana Paula Viegas, Caio Souza, Camilla Dell, Camila Folhas, Carla Andrade, Claudia Galdino, Cleide Gomes, Cristiano Persona, Daniela Serafim, Eliane Pinho, Emiliano Hansenn, Marcello Almeida, Marcelo Cavalheiro, Marcus Vinicius, Marcio Bezerra, Maria Lucia Strotbek, Regina Maurano, Renata Mioli, Rodrigo Toledo e Selma Costa PUBLICIDADE DIGITAL Diretor: André Almeida Gerente: Virginia Any Gerente de Publicidade Digital - Unidades e Parcerias: Alexandra Mendonça Gerente Regionais: Luciana Menezes Executivos de negócios: André Bortolai, Caio Moreira, Camila Barcellos, Carolina Lopes, Deborah Burmeister de Vargas, Elaine Collaço, Fabio Santos, Flavia Kannebley, Fabíola Granja, Gabriel Souto, Guilherme Bruno de Luca, Guilherme Oliveira, Juliana Vicedomini, Julio Cesar da Cruz, Martha Naves Martins, Rafael de Camargo Moreira, Renata Carvalho e Renata Simões PUBLICIDADE REGIonAL Diretores: Marcos Peregrina Gomez, Paulo Renato Simões Gerentes: Andrea Veiga, Cristiano Rygaard, Edson Melo, Francisco Barbeiro Neto, Ivan Rizental, João Paulo Pizarro, Mauro Sannazzaro, Sonia Paula, Vania Passolongo Executivos de negócios: Adriano Freire, Ana Carolina Cassano, Ailze Cunha, Beatriz Ottino, Camila Jardim, Caroline Platilha, Celia Pyramo, Clea Chies, Daniel Empinotti, Henri Marques, José Castilho, Josi Lopes, Juliana Erthal, Juliane Ribeiro, Leda Costa, Luana Issa, Luciene Lima, Pamela Berri Manica, Paola Dornelles, Ricardo Menin e Samara S. O. Rejinders PUBLICIDADE InTERnACIonAL Diretor: Jacques Ricardo Gerente: Ricardo Mariani Executivos de negócios: Julio Tortorello PUBLICIDADE núCLEo TECnoLoGIA Diretora: Ivanilda Gadioli Executivos de negócios: André Cecci, Andréa Balsi, Edvaldo Silva, Elaine Marini, Fábio Fernandes, Fernando Rodrigues, Jussara Dimes Costa, Sergio Dantas e Vanda Fernandes Coordenador: Sérgio Augusto Oliveira (RJ) InTEGRAÇÃo CoMERCIAL Diretora: Sandra Sampaio CLASSIfICADoS Gerente: Angelica Hamar Coordenador: Willians Gomes PLAnEJAMEnTo, ConTRoLE E oPERAÇÕES Diretor: André Vasconcelos Gerente: Adriana Favilla e Anderson Portela Consultores: Silvio Fontes e Silvio Rosa Processos: Agnaldo Gama, Clélio Antonio, Dreves Lemos e Valdir Bertholin MARKETInG E CIRCULAÇÃo Diretor de Marketing: Ricardo Packness de Almeida Gerente de Marketing: Lilian Dutra Gerente de Publicações Leitor e Digital: Carolina Ubrig Analistas de Marketing: Monise Tonoli e Rafael Cescon Estagiária: Jessica Justino Gerente de Marketing Publicitário: Cristina Ventura Analistas de Marketing Publicitário: Carla Mayumi Leite, Lygia Tamisari e Renata Lima Projetos Especiais: Edison Diniz e Elaine Campos Silva Estagiários: Aline Cupido e Kevin Cocchi Gerente de Eventos: Shirley Nakasone Analistas de Eventos: Bruna Fadini, Carolina Fioresi, Janaína Lima e Marcella Bognar Gerente de Circulação - Avulsas: Carmen Lúcia de Sá Gerente de Circulação - Assinaturas: Marcella Calfi ASSInATURAS Atendimento ao Cliente: Clayton Dick RECURSoS HUMAnoS Consultora: Márcia Pádua Redação e Correspondência: Av. das Nações Unidas, 7221, 2º andar, Pinheiros, São Paulo, SP, CEP 05425-902, tel. (11) 3037-2000, Publicidade São Paulo e informações sobre representantes de publicidade no Brasil e no Exterior: www.publiabril.com.br PUBLICAÇÕES DA EDIToRA ABRIL: Alfa, Almanaque Abril, Ana Maria, Arquitetura & Construção, Aventuras na História, Boa Forma, Bons Fluidos, Bravo!, Capricho, Casa Claudia, Claudia, Contigo!, Delícias da Calu, Publicações Disney, Elle, Estilo, Exame, Exame PME, Gloss, Guia do Estudante, Guias Quatro Rodas, Info, Lola, Loveteen, Manequim, Máxima, Men’s Health, Minha Casa, Minha Novela, Mundo Estranho, National Geographic, Nova, Placar, Playboy, Quatro Rodas, Recreio, Revista A, Runner’s World, Saúde, Sou Mais Eu!, Superinteressante, Tititi, Veja, Veja Rio, Veja São Paulo, Vejas Regionais, Viagem e Turismo, Vida Simples, Vip, Viva! Mais, Você RH, Você S/A, Women’s Health fundação Victor Civita: Gestão Escolar, Nova Escola InTERnATIonAL ADVERTISInG SALES REPRESEnTATIVES Coordinator for International Advertising: Global Advertising, Inc., 218 Olive Hill Lane, Woodside, California 94062. UNITED STATES: CMP Worldwide Media

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/ o que os leitores falam no site e nas redes sociais iNFO ONLiNe

Confira o salário de 150 cargos em TI

SuPeRação CIboRGue

A edição de maio da INFO com o atleta paraolímpico na capa está muito boa. Além das matérias que considero “esperadas” para uma revista com o perfil da INFO, sempre tem uma novidade interessante. O tema escolhido é atualíssimo, instigante e mostra outras perspectivas da tecnologia aplicada ao cotidiano. Sem contar aquele guia de gadgets que é divertidíssimo para geeks como eu. Prof. Richard Lucht / Curitiba (PR)

A capa da INFO causa uma espécie de “mixed feelings”: surpresa, estranheza, choque até, mas que se atenuam com o olhar sereno e confiante do atleta paraolímpico Alan Fonteles. Prof. Marco Simões / São Paulo (SP) Assinei a INFO e resolvi dois problemas: primeiro, a troca do meu celular. Achei no Guia Tech uma ótima opção de smartphone, o LG Net Dual. Também encontrei o que precisava para a empresa no Caderno i. Obrigado, INFO! Israel Cristiano / Resende (RJ)

Inside Information

Legal o texto do Alexandre Hohagen. Ele só se esqueceu de mencionar que

o Facebook no Brasil está passando por um processo de orkutização. Tem muitos aborrecentes e spams dos primórdios da internet. Mais importante do que quantidade de usuários na rede é mensurar a qualidade deles. Fagner Ribeiro / Feira de Santana (BA)

Jogo com jeito de aula

Faço faculdade de letras com especialização em inglês na Universidade Federal de Vila Velha e, ao receber meu exemplar da INFO, li feliz a matéria sobre o aplicativo Draw Something. Ela me ajudou a argumentar com meu professor-orientador e colegas do grupo que esse seria um ótimo tema para o projeto do semestre. A cada mês a revista está mais interativa e interessante. João Vitor Lage / Vila Velha (ES)

abr.io/salarioTI Com esses salários não é de se espantar que existam tantas vagas abertas e poucos interessados. Cinco mil reais para um analista sênior? Paulo Henrique Santo Pedro

Windows Phone não vai decolar, diz Mozilla

abr.io/windowsphone A Microsoft não entra no mercado para perder. Não é à toa que tem as melhores soluções empresariais. Sem falar que no entretenimento o videogame Xbox vai muito bem. Gabriel Goldzweig

TwiTTer

@PeterGeek_

Não creio que a tecnologia esteja formando super-humanos. ela está ajudando a descobrir os verdadeiros #super-humanos.

@tayury

Adorei a matéria de capa. É ótimo ver como a tecnologia pode mudar a vida do ser humano em inúmeros aspectos.

@dannlima

Sou um verdadeiro viciado no Google e afins. Achei bem bacana destacar a questão das informações pessoais na matéria Proteja-se do Google.

@fabiofvaf

Lendo uma @_iNFO de 1997 na biblioteca da faculdade. A revista custava 5 reais e um HD de 16 GB, 850 reais.

@lucaslbs15

estava lendo a primeira edição da @_iNFO. O mundo evoluiu muito de 1986 para cá.

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BRONCAS dO mêS A garantia sumiu

Comprei um smartphone XT910, da Motorola, em dezembro de 2011. Dois meses depois, o LCD rachou. Enviei o aparelho para a assistência técnica e fui informado de que era resultado de mau uso. Entrei em contato com o serviço Talk2Motorola e de novo me disseram que tinha perdido a garantia. Comprei o telefone pela sua “grande resistência” e ele rachou na minha mão. Robert Henrique / Guaraporé [RS]

Cadê meu celular?

Minha empresa tem um plano empresarial de telefonia móvel da Vivo. Tentei sem sucesso entrar em contato com o serviço de atendimento ao consumidor da empresa para saber por que nosso pedido de dois celulares Motorola Defy não havia chegado. Fizemos o pedido no final de abril e o prazo de entrega era de nove dias úteis. Mas, até o momento, não sabemos o que aconteceu. Jorge Chagas / Campo Bom (RS)

RESPOSTA DA MOTOROLA A Motorola lamenta o ocorrido e diz que entrou em contato com Robert Henrique informando que o aparelho foi submetido a uma rigorosa análise técnica. Ela atestou exposição à torção, pressão, queda ou forte impacto, o que causa a perda da garantia, conforme os termos do manual que acompanha o produto.

RESPOSTA DA vIvO A Vivo informa que entrou em contato com Jorge Chagas e que os aparelhos foram entregues no final de maio. Em relação ao atendimento, a empresa tem uma equipe especializada que acompanha e monitora os atendimentos e, quando necessário, realiza ações corretivas imediatas.

Comentário do leitor Estou insatisfeito com a Motorola. Além de o aparelho apresentar problema em uma das suas características mais marcantes, a resistência, a empresa resignase a responder conforme o protocolo. Um total descaso com o consumidor.

Comentário do leitor Gostaria de agradecer pela ajuda para resolver meu problema com a operadora Vivo. Na segunda-feira, dia 21 de maio, entraram em contato comigo e foram muito atenciosos. No dia seguinte me entregaram os aparelhos celulares.

líderes da bronca Motorola 7%

Apple 7% TIM 11%

Outros 68%

FOTO RAFAEL EVANGELISTA

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redação Comentários sobre o conteúdo editorial da INFO e reclamações para Broncas do Mês: contateinfo@abril.com.br. A correspondência pode ser publicada de forma reduzida. Envie seu nome completo e a cidade onde mora. comunidades Facebook / facebook.com/revistainfo Twitter / info.abril.com.br/twitter Google+/ abr.io/Googleplus Pinterest/ pinterest.com/revistainfo Instagram/ @revista_info assinaturas assineabril.com (11) 3347-2121 Grande São Paulo 0800-775-2828 Demais localidades serviço de atendimento ao cliente abrilsac.com (11) 5087-2112 Grande São Paulo 0800-775-2112 Demais localidades (11) 5087-2100 Fax loja InFo info.abril.com.br/loja / (11) 4003-8877 lojaabril@vendapontocom.com.br Publicidade Para anunciar na INFO, ligue: (11) 3037-2302 São Paulo (21) 2546-8100 Rio de Janeiro (11) 3037-5759 Outras praças (11) 3037-5679 Internacional (11) 3037-2300 Fax publiabril.com.br Permissões da INFO Para usar selos, logos e citar qualquer avaliação editorial da INFO, envie um e-mail para permissoesinfo@abril.com.br. Nenhum material pode ser reproduzido sem autorização por escrito. Venda de conteúdo Para licenciar o conteúdo editorial da INFO em qualquer mídia: atendimento@ conteudoexpresso.com.br / Para solicitar reprints das páginas: reprint.info@abril.com.br saiba que /A INFO não aceita doações de hardware e software nem viagens patrocinadas por fornecedores de tecnologia. / Os artigos assinados pelos colunistas da INFO não expressam necessariamente a opinião da revista.

“No dinâmico e caótico mundo da tecnologia, a revista INFO tem funcionado como uma espécie de GPS, me mostrando sempre os melhores caminhos.”

As empresas mais citadas pelos leitores em maio

Samsung 7%

fale com a

Por que leio info

Sérgio Batista / Criador do site HumorTadela

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John Sculley Idade / 73 anos Onde mOra / Nova York FOrmaçãO / Arquitetura pela Universidade Brown carreIra / Presidente da PepsiCo, CEO da Apple e hoje investidor

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Muito aléM de Steve JobS John Sculley comandou a apple e ficou conhecido como o executivo que teria provocado a Saída de Seu fundador. maS iSSo é coiSa do paSSado. Sculley é hoJe um inveStidor com muita hiStória para contar Sobre o mundo digital. anteS de vir ao braSil para o infotrendS, ele converSou com INFO

/ por Juliano Barreto

John Sculley carrega um estigma. É conhecido

como o executivo que provocou a saída de Steve Jobs da Apple, em 1985, fato recentemente desmistificado pela biografia de Jobs escrita pelo jornalista Walter Isaacson. Mas a relação do americano Sculley com negócios e tecnologia vai muito além da antiga queda de braço com o fundador da empresa da maçã. Sculley é também conhecido como o trainee que virou presidente da Pepsi. Ou o presidente da Apple responsável pela mítica em torno dos computadores Macintosh. E até como o responsável pelo produto que resultaria

foto divulgação edição de imagem artnet digital

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na criação dos smartphones. Aos 73 anos, Sculley acumulou experiência e boas histórias. Boa parte tem como personagens os maiores gênios da indústria da tecnologia das últimas décadas. Ele fala de Steve Jobs e Bill Gates como pessoas próximas e descreve momentos definidores da indústria de PCs e da economia global como se fossem simples lembranças de um dia qualquer de trabalho. Antes de desembarcar em São Paulo para a palestra de abertura do InfoTrends, evento organizado pela INFO que acontece no dia 21 de junho, John Sculley nos deu a entrevista a seguir.

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a tríade

Com Steve Jobs (à esq.) e Steve Wozniak (à dir.), John Sculley apresenta o novo Apple Iic, em 1984

O trainee que virou presidente/ Quando

comecei, era difícil montar o próprio negócio. E o melhor jeito de aprender foi começar por baixo e suar a camisa. Vesti o uniforme da Pepsi, dirigi caminhões de entrega, repus garrafas nos supermercados. Quando cheguei ao topo da organização tinha uma imagem clara de toda a empresa. Hoje é muito mais fácil empreender. Com menos de 10 mil dólares alguém pode criar a própria empresa. Meu conselho é suar a camisa antes, aprender como um negócio funciona, desde seus níveis mais elementares, para depois começar a empreender. A experiência Apple/ Steve Jobs ficou fas-

cinado quando disse que as vendas da Pepsi superaram as da Coca-Cola nos Estados Unidos quando paramos de nos preocupar em vender o produto e passamos a vender uma experiência. Era o que ele queria para a marca Macintosh. Até hoje a Apple segue essa estratégia.

O mito dos Macintosh/ Ninguém pensava no design dos computadores nos anos 1980. Eram coisas bem feiosas. Steve e eu decidimos ouvir as pessoas que fazem máquinas ficarem bonitas e fomos atrás dos designers das montadoras alemãs e italianas. Foi interessante convertê-los em profissionais de tecnologia e ver como eles conseguiram aplicar seus conceitos para os PCs. A relação com Jobs/ Ninguém gosta de ser associado a uma mentira. Quem leu a biografia de Jobs escrita por Walter Isaacson viu que ele desistiu da Apple por se desmotivar em razão das atitudes dos integrantes do conselho, não por minha causa. Nunca encontramos um jeito ideal de trabalhar juntos. Ele fazia aquilo em que era muito bom, criar os produtos. Minha tarefa era arrumar capital para suas invenções e depois vendê-las. Todos os envolvidos erraram nesse episódio, mas é preciso olhar para a frente.

A origem da mobilidade/ Vários produtos

chegaram precocemente ao mercado. Foi assim não só com o Newton [o primeiro computador de bolso da Apple, lançado em 1993], mas também com o sistema operacional NeXT, criado por Steve. Ambos não fizeram sucesso na época, mas a base do Mac OS atual usa o NeXT e quase todos os processadores dos smartphones hoje têm a arquitetura ARM, usada pela primeira vez no Newton. Às vezes, partes isoladas são mais valiosas do que um produto. Steve Jobs x Mark Zuckerberg/ Steve

sempre tentou reunir os profissionais mais brilhantes para fazer produtos que mudariam a vida das pessoas. Foi um dos gênios da nossa época. Mark parece ter uma paixão em fazer a diferença no mundo. Assim como Steve, é um cara de produtos, não de marketing. Empresas lideradas por gente assim têm sorte. E lembre-se de que sou o contrário deles.

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tudo sobre inovação PROmOvIdO Pela INFO, O eventO InFOtRendS Chega à Sua teRCeIRa edIçãO. ele aCOnteCe nO dIa 21 de junhO, nO WtC COnventIOn CenteR, em SãO PaulO . veja algunS dOS nOmeS que dISCutIRãO aS PRInCIPaIS tendênCIaS dO mundO dIgItal

Paul Zaloom (Beakman) o programa de tV O mundo de Beakman, protagonizado pelo americano Paul Zaloom, atiçou a curiosidade das pessoas por ciências e tornou-se um grande incentivador do conhecimento. Depois de anos no ar, Zaloom deixou a televisão para dedicar-se a shows em que explica o funcionamento do cérebro para crianças e a apresentações mais sérias, onde fala sobre os poderes da ciência. Paul Zaloom fecha a programação do Infotrends, com um novo e instigante trabalho.

John mayo-smith (R/Ga) o vice-presidente executivo da agência de publicidade R/GA vai mostrar como a integração de times de programação e de design será uma questão de sobrevivência para as empresas no futuro próximo. Discute ainda os desafios que envolvem a tecnologia e a criatividade no mundo digital.

a veZ dos games Durante as palestras e os painéis de discussão sobre as últimas tendências do mundo digital, o Infotrends promoverá uma competição com direito a explosões e facadas. Calma, tudo isso vai acontecer de forma virtual, no espaço reservado para um campeonato de Call of Duty: Modern Warfare 3. o vencedor da disputa levará para casa um Xbox 360 com Kinect. Para saber mais, acesse infotrends. com.br/infogames.

Federico casalegno (mIT) Já pensou como serão feitas as transações bancárias no futuro? e se um dia será possível viver sem poluir? o pesquisador federico Casalegno, diretor do Mobile experience Lab, do MIt (Massachusetts Institute of technology) pode ajudar a encontrar respostas. sua missão é reinventar a conexão entre pessoas e lugares. Casalegno fala no Infotrends sobre o mundo pós-PC e a mobilidade.

mundo hiPerconectado o Infotrends reunirá três presidentes de empresas inovadoras para trocar ideias e experiências sobre como gerir uma companhia num mundo hiperconectado. Participarão do debate Michel Levy, da Microsoft, oscar Clarke, da HP, e sergio Chaia, da Nextel. Para saber mais sobre a programação do Infotrends acesse infotrends.com.br/programacao.

fotos Bettmann/CORBIS e dIvulgaçãO

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/ apps que valem a pena

AplicAtivos do mês / POR fabIanO candIdO

iPhONe

iPAd

BlAckBerry

VOz AtIVA Ideal se você não gosta do teclado virtual do iPhone. Reconhece a voz do usuário e escreve e-mails e SMS. Funciona com o Facebook e o Twitter. Para iOS 4.0 ou superior. / 3,99 dólares

PeNultImAte O sOftware transforma o iPad numa espécie de caderno com folhas pautadas ou em branco. Nele, o usuário pode escrever textos, fazer cálculos e desenhar. Para iOS 3.2 ou superior. / 0,99 dólar

APPs lOck PrO Para quem precisa de segurança no celular. Bloqueia com senha o acesso ao SMS, à agenda telefônica e a apps como Twitter e Facebook. Para BlackBerry 4.6.0 ou superior. / 1,99 dólar

VOO+ Oferece informações sobre voos, como rota, tempo de viagem, horário de decolagem e pouso e até se ele terá alterações no portão de embarque. Para iOS 4.2 ou superior. / 3,99 dólares

meu APlIcAtIVO secretO este aPP pede senha para liberar dados tidos como secretos e captura fotos de quem tenta acessar informações sem autorização. Para iOS 4.2 ou superior. / 0,99 dólar

PeNcIl cAmerA hd cOm a ajuda de seis filtros, deixa as fotos com um visual de desenho. O app tem recursos para tratar as imagens e compartilhá-las no Facebook. Para BlackBerry 1.0.0 ou superior. / 2,99 dólares

FAceBOOk messeNger facIlIta a vida de quem usa o bate-papo da rede. É mais fácil acessar os amigos online. Conta com recursos para localização e compartilhar fotos. Para iOS 4.0 ou superior. / grátis

PeNAlty sOccer 2012 O desafIO é simples: fazer o gol de pênalti. Mas conseguir isso é bem complexo. O game fica devendo nos gráficos, mas tem um alto grau de dificuldade. Para iOS 4.0 ou superior. / grátis

FIles ANd FOlders muItO útIl para quem guarda arquivos no celular. Copia, cola, recorta e renomeia documentos e os salva em serviços de nuvem, como Dropbox. Para BlackBerry 1.0.0 ou superior. / 2,99 dólares

ANdrOId / celular

ANdrOId / tablet

WINdOWs PhONe

BrAsIleIrãO 2012 dIca Para quem vai acompanhar o maior campeonato do país. Traz a tabela de jogos, o placar das partidas, a classificação dos times e a artilharia. Para Android 2.0 ou superior. / grátis

500Px GerencIa as fotos publicadas no serviço de fotos. Cria uma galeria, ideal para mostrar aos amigos, e compartilha as imagens nas redes sociais. Para Android 2.1 ou superior. / grátis

remOte desktOP cOm ele o usuário acessa o computador de casa ou do trabalho na tela do celular. Também edita documentos e faz streaming de músicas. Para Windows Phone 7.5 ou superior. / 5.99 dólares

shArk dAsh tãO vIcIante quanto o Angry Birds, seu objetivo é ajudar os tubarões de brinquedo a pegar moedas e comer os patos de borracha na banheira. Para Android 2.1 ou superior. / 0,99 dólar

Prey Para quem tem medo de ter o tablet roubado. Instala um sistema que mostra sua localização num mapa, dispara um alarme e apaga dados importantes. Para Android 1.5 ou superior. / grátis

cAçA-PAlAVrAs É tãO vIcIante quanto o clássico de papel. Traz um desafio a mais para quem gosta desse tipo de jogo: entrar no ranking dos melhores jogadores. Para Windows Phone 7.5 ou superior. / grátis

gOOgle drIVe leva Para o celular um dos serviços mais aguardados do ano. Com ele, o usuário guarda gratuitamente até 5 GB de arquivos na nuvem do Google. Para Android 2.1 ou superior. / grátis

tAsks ajuda a organizar seu dia. Conta com recursos para anotar as tarefas e ainda tem um sistema que lembra datas e compromissos mais importantes. Para Android 2.2 ou superior. / 0,99 dólar

custOs sOB cONtrOle É um GestOr de finanças portátil. Anota gastos como refeições, compras e gasolina e alerta quando o orçamento do mês está perto do limite. Para Windows Phone 7.5 ou superior. / grátis

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/ piada

Jura que não reconheceu?

E MOEM MÊoSbagens

D tro das b web a en Por d riativas d c

O ator Nicolas Cage já ganhou Oscar nos anos 1980, mas seus últimos filmes são tão fracos que ele virou meme e sinônimo de canastrão

/ POr Juliano Barreto A inspiração Apesar de ter ganho um Oscar e um Globo de Ouro, a crítica massacrou alguns filmes de Cage. Em o Beijo do Vampiro ele faz caretas como a do meme ao lado quando transa com uma vampira e pensa que está virando um parasita que se alimenta de sangue.

O ORIGINAL

A combinação de cenas de ação e atuações pífias transformou Nicolas Cage em alvo de memes e brincadeiras na web. A maioria delas é publicada em gifolas-cage. tumblr com

A PIADA Como é usado O rosto aloprado de Cage é usado como resposta irônica para alguma pergunta óbvia. O portal britânico de notícias BBC divulgou uma pesquisa que mostra que ficar mais tempo na escola aumenta o QI dos alunos. Após o título, vinha Cage dizendo um “Não me diga!”.

O BULLYING

O que significa “You don’t say” ou “U dont say” são duas grafias em inglês para uma expressão equivalente ao nosso “Não me diga” ou, mais recentemente, “Você jura?”.

Existe um jeito de não deixar dolorosamente aparente para ele que suas ações estão sendo diluídas para 10%? / Mark Zuckerberg, Ceo do Facebook, em e-mail para advogados que vazou

para a imprensa americana, sobre a sociedade com o brasileiro eduardo Saverin

FOTOs reprodução

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/ Entrevista

NiNguém acerta (e erra) como ele

mais foco

Niklas Zennström, do Atomico, diz que é preciso adequar o produto ao negócio

/ por Juliano BarrEto

Aos 46 anos,

o investidor sueco Niklas Zennström já sentiu o gosto do sucesso e do fracasso nos negócios. Acertou em cheio com o programa de partilhamento de música Kazaa e com o serviço de comunicação Skype. Mas errou ao apostar no software de vídeos Joost. Hoje, o dono do fundo de investimento Atomico investe em empresas variadas: da gigante de games Rovio, criadora do Angry Birds, até o site brasileiro Connect Parts, que vende autopeças pela internet. Em visita ao Brasil, INFO conversou com Zennström sobre empreendedorismo. Veja o que ele diz sobre o tema.

“Não é preciso estar No Vale do silício para saber o que está acoNteceNdo No muNdo da tecNologia. o empreeNdedor precisa é ter taleNto. e isso é uNiVersal”

“Hoje a VaNtagem está mais em iNoVar No produto do que Na tecNologia em si”

“empreeNdedorismo tem a Ver com iNVestir em empresas que podem dar errado. é importaNte teNtar coisas que NuNca Foram Feitas. se elas Não FuNcioNarem, Você deVe apreNder com os erros”

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Foto Simon DawSon/BloomBErg/gEtty imagES

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/ Diversão

Brinquedo de adulto No comando

Para controlar os movimentos da sphero é possível escolher entre três opções: um joystick virtual (foto), o acelerômetro do smartphone e botões de direção

a sphero é uma bolinha controlada por app em smartphone ou tablet. Parece bobo? até o presidente Barack obama gostou da brincadeira / PoR thiago taNji

Ao melhor estilo carrinho de controle remoto, a em-

presa americana Orbotix criou uma simpática bolinha colorida que se move graças a um aplicativo desenvolvido para smartphones e tablets. Batizada de Sphero, ela conta com um acelerômetro e um sensor responsável por fornecer a exata localização do objeto. Com a ajuda de conexão Bluetooth que atinge 50 metros de distância, o usuário consegue controlar os movimentos da bolinha na tela do seu aparelho móvel, sendo possível mudar as cores da Sphero. Para a brincadeira não ficar cansativa, a empresa lançou outros aplicativos, como o Sphero Golf, que transforma o

smartphone em um taco de golfe. Dependendo da força e da direção da “tacada”, a bola se comporta de maneiras diferentes. Vendido a 130 dólares, o brinquedo já ganhou a aprovação presidencial. Em vídeo divulgado pela Orbotix, Barack Obama se diverte enquanto conduz a Sphero com um iPhone. Nada mau ter um garoto-propaganda como ele, não?

Sonhe com oS anjoS

essa recomendação de mãe antes de dormir pode virar realidade com um app que influencia o sono / PoR monica campi Uma boa noite de sono é essencial para o bem-estar físico e mental. Com essa premissa o psicólogo Richard Wiseman desenvolveu o dream:oN, app que promete o sono perfeito. funciona assim: antes de dormir a pessoa escolhe com o que quer sonhar e aciona o despertador no app. este monitora os movimentos na cama e emite um som que induz a sonhar com o assunto escolhido. Veja onde você pode parar durante o sono com a ajuda de alguns ruídos:

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Jardim

o app reproduz canto de passarinhos, som de criança brincando e barulho de vento

Nave espacial Para viajar ao espaço a pessoa ouve contagem regressiva e barulho de motor

fotos Divulgação edição de imagem artnet Digital

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/ 3,14159265

Números do mês

Nove

É a quantidade de algarismos que terão os telefones celulares em são paulo a partir do fim de julho

40%

8.000.000

de vezes foram acessadas as fotos da atriz carolina dieckmann com pouca ou nenhuma roupa. a atriz foi vítima de um golpe após fornecer a senha de seu e-mail a crackers

4

dos filmes mais assistidos nos estados Unidos mostram prodUtos da apple. É qUase o dobro em relação a oUtras marcas popUlares, como dell e ford

meses. Foi o tempo que durou o mandato de scott thompson, ex-presidente do Yahoo!. ele pediu demissão após denúncia de que havia mentido a respeito de sua Formação acadêmica

115 mil dólares É o salário anual médio de um

engenheiro de software do twitter. É o mais alto entre todas as empresas do Vale do silício foto

DELSoN SILVA /AGNEWS

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EDIção DE ImAgEm

1 bilhão

É o número de vezes que o jogo angry birds foi baixado no mundo todo

ArtNEt diGitAl

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/ Objetos de desejo lá fora

Para morrer de inveja Os produtos ao lado não estão à venda no Brasil. Pelo menos por enquanto. Mas, com uma mistura entre boas sacadas e ideias excêntricas, eles ficariam muito bem na sua casa, não?

Fone Angry Birds Ainda não cansou do jogo dos passarinhos raivosos? Além de divertido, o fone de ouvido da Gear4 tem som bastante razoável 31 dólares

Telefone ePure O modelo da SwissVoice tem memória para até 100 contatos e visual moderno. Dá para pensar em usar a linha fixa de novo? 110 dólares

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Você ganhou um carro!

Despertador Jedi Não é preciso usar o lado negro da força para desligar o despertador da Wesco. É só jogá-lo contra a parede. Muito zen, certo? 31 dólares

É a promessa de sMs enviadas para o seu celular. Cuidado: é golpe

Skateboard Feito de alumínio, o skate da snap fica com um terço do tamanho depois de dobrado. o cuidado é apenas para que não aconteça no meio de uma manobra radical 190 dólares

Você recebeu uma mensagem de texto dizendo que seu número de celular foi sorteado e ganhou um carro, uma viagem ou um prêmio de 100 mil reais. Tudo o que precisa fazer é responder a mensagem inesperada, pagar as taxas do envio e... entrar para a estatística das vítimas do golpe do SMS pirata. Funciona assim: uma empresa quer divulgar uma campanha via SMS e contrata uma agência. Aí entram os piratas, que oferecem pacotes mais baratos, com milhares de telefones e um método de envio que dribla as operadoras nacionais. “Eles compram pacotes de dados em outros países, onde o SMS é mais barato, e repassam os torpedos para números do Brasil”, diz Yuri Fiaschi, diretor da integradora Spring Wireless. Aos consumidores resta denunciar o spam no site smspirata.com.br e tomar cuidado. Sorte grande? Denuncie o golpe no site SMS Pirata

Dock solar Esta dock ajuda a manter o iPad ligado mesmo que a pessoa esteja em um lugar sem energia elétrica. Desde que haja, claro, muito sol 120 dólares

Fotos divulgação

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/ Vivendo em Beta

A segunda tela vai virar primeira? Espectadores já assistem TV com seus tablets, laptops e smartphones em mãos. Mas a integração ainda é pequena

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primeira vez que ouvi falar do conceito second screen – ou segunda tela – foi em 2008, quando a MTV nos Estados Unidos lançou o programa The Hills. Funcionava assim: os jovens assistiam ao programa e entravam no site Backstage para comentar sobre o que estava acontecendo ao vivo no programa. Quando o show era reprisado, no dia seguinte, os comentários apareciam na tela da televisão. De 2008 para cá, houve uma adoção pequena da maneira de engajar audiências passivas de televisão. Mas neste ano os canais de TV a cabo nos Estados Unidos entraram com tudo na onda da segunda tela, cuja melhor definição seria uma maneira de sincronizar o que está acontecendo no programa de televisão com o seu laptop, tablet ou smartphone. De acordo com o instituto de pesquisas Nielsen, esses aparelhos acompanham a maioria das pessoas enquanto elas assistem TV. Nos Estados Unidos, por exemplo, 86% dos espectadores de TV usam também seu tablet. Na Europa, são 70%. Dos usuários de smartphones, 68% estão com os aparelhos em mãos enquanto se ligam na programação da TV.

Com essas estatísticas crescendo, os canais de TV começam a buscar maneiras criativas de engajar os consumidores e atrair patrocinadores, já que vem caindo a disposição das pessoas para assistir a comerciais. As maneiras mais comuns são criar aplicativos próprios ou usar o Twitter, o Facebook e até mesmo o Skype para sincronizar o programa de TV com a audiência da segunda tela.

TudO sINcrONIzadO Um exemplo recente foi a criação do Connect pelo canal americano CBS. Ao entrar no site, as pessoas podem conversar com amigos sobre o que está assistindo na TV. No programa da rede NBC The Voice, os fãs podem acompanhar os tuítes dos jurados e interagir com eles na sua segunda tela. Durante o Grammy, a CBS fez um acordo com o aplicativo Shazam (shazam.com) para oferecer versões ao vivo das músicas cantadas pelos artistas por meio do iTunes. Mas acredito que a inovação mais interessante não esteja na criação de conteúdo interativo pelas TVs, mas, sim, na criação de empresas e de softwares que facilitem a sincronização entre a TV e os aparelhos da segunda tela. O Into.now (intonow.com/ci), por exemplo, é um aplicativo que “escuta” o que você está vendo na TV, identifica

AlessAndrA lAriu

o programa e dá outras informações sobre ele. O Viggle (abr.io/viggle) faz um tipo de check in no programa a que você está assistindo no seu smartphone e dá pontos que podem ser trocados por jogos ou outras regalias. O GetGlue (getglue.com/) é um site que recomenda programas baseado na preferência de seus amigos no Facebook. O fato de existirem empresas e aplicativos sendo criados para facilitar a sincronização entre programas de TV e a segunda tela demonstram que essa tendência veio para ficar. Investimentos não só dos criadores de conteúdo na área de entretenimento, mas também de empresários de tecnologia, confirmam que a maneira como assistimos TV vai mudar muito. Mas, por enquanto, a segunda tela ainda acontece só no seu tablet, smartphone ou laptop. Para uma sincronização verdadeira, terá de existir uma maneira nova de produzir para TV, que ainda é uma mídia muito fechada. Aparelhos como o tablet hoje complementam as mídias tradicionais, mas não seria legal se a sua TV reagisse aos comandos que você digita no teclado? ↙

Alessandra Lariu, 39 anos, é publicitária e cofundadora do site SheSays, que ajuda mulheres a entrar na carreira de criação digital. Empresária, ela mora em Nova York.

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/ BizTech

Precisamos de mais hackers

Da medicina à produção de alimentos, é necessário cada vez mais gente buscando formas criativas de romper paradigmas

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assei uma semana, em maio, estudando no MIT. Entre uma aula e outra assisti à final de sua competição anual de startups, a MIT 100K. Tive várias surpresas durante o evento. A primeira foi saber que os Estados Unidos têm um CTO (Chief Technology Ofcer). Todd Park (abr.io/ toddpark) subiu ao palco explicando por que é tão importante trazer para o governo a cultura do empreendedorismo e dos hackers. Um de seus focos é o uso de dados (big data) para melhorar áreas como saúde e segurança pública. Outra surpresa foi ver que a maioria dos projetos finalistas não tinha nenhuma ligação com a internet ou a computação. Eram ideias muito simples dedicadas a resolver problemas em áreas tão diversas quanto medicina, embalagens, energia e piscicultura. Sim, o que vi ali era a manifestação da cultura hacker em sua essência. Aqueles estudantes aplicavam seus conhecimentos na melhoria de produtos ou para tornar a vida mais fácil e o mundo melhor. Para evitar confusões, é importante salientar que não falo aqui de hackers que descobrem e exploram falhas de segurança em redes e em computadores. Mas, sim, daqueles que

utilizam seus conhecimentos para explorar e modificar o mundo a seu redor. A ideia é que a filosofia hacker pode ser utilizada em todos os aspectos de nossa vida. Mas o mais interessante talvez fosse trazer isso para dentro do dia a dia das empresas. Seja alterando um pequeno processo interno, uma parte de seu produto, seja encontrando modos criativos de romper paradigmas. Para isso precisamos criar um ambiente que permita a esse tipo de pensamento florescer, coisa que a maioria das corporações ainda sofre para conseguir.

HackeaNdO a vIda O principio básico é que profissionais criativos e que conhecem os detalhes de sua atividade têm condições de confrontar modelos estabelecidos e buscar modos de entortá-los, sem quebrá-los, para conseguir resultados melhores. Mas o dia a dia nem sempre permite isso, e os incentivos em geral são em outra direção. Voltando ao concurso do MIT. Um dos exemplos que mais chamaram a atenção foi o de um hack que aumentou a produção de fazendas de peixe em até 30%. Ou seja, hackeava-se a vida. A ideia era simples: fazendas de peixe não conseguem ovos de peixe o ano todo devido à sazonalidade da produção e à

Manoel leMos

impossibilidade de congelar ovos para serem usados na entressafra. Assim, os estudantes conseguiram um jeito de hackear os ovos. Aplicaram neles um tratamento especial que torna suas membranas permeáveis a certo produto que, ao entrar neles, permite que sejam congelados sem serem danificados. Outro hack legal foi o de um grupo que criou um revestimento interior especial para embalagens de alimentos que as torna superantiaderentes, permitindo que o que estiver armazenado seja facilmente retirado, como aquele fim de maionese que insiste em ficar no vidro. Uma ideia simples que pode economizar toneladas de alimentos. Hackear a criação de peixes ou a fabricação de embalagens é muito legal. Mas que tal pensar grande? A cultura hacker cabe em qualquer lugar e pode impactar de forma positiva a vida na Terra. E para isso precisamos de mais hackers. É preciso hackear medicina, educação, produção de energia, governo, produção de alimentos, acesso à internet. Hackers do mundo, uni-vos! ↙

Manoel Lemos, 37 anos, é engenheiro da computação, especialista em supercomputação, empreendedor, investidor em tech startups e diretor-geral digital da Abril Mídia. É apaixonado por mergulho com tubarões.

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/ Cérebro Eletrônico

As redes são nosso arsenal profissional no futuro muito do nosso sucesso vai estar ligado à eficiência com que usamos sites como Facebook, linkedin e getglue

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osse do novo presidente francês, François Hollande. Ele chega ao palácio do Élysée, sede do governo, e encontra o antecessor, Nicolas Sarkozy. Os dois se cumprimentam e vão para uma sala reservada. A sós, Sarkozy passa ao novo mandatário dois segredos de Estado: os códigos de ataque dos mísseis nucleares franceses e a senha da conta do Twitter presidencial. Deu no The New York Times. É a esse ponto que chegou a importância das redes sociais. Elas estão no noticiário, nas novelas, nas nossas decisões, nos diálogos on ou offline. A maioria usa as redes para postar fotos de família ou contar piadas. Eu as encaro como atividade profissional. Acho, inclusive, que são a parte mais visível de toda uma nova organização econômica global. E que num futuro próximo muito do nosso sucesso vai estar ligado à eficiência com que usamos essa rede. Não tenho regras prontas para torná-las mais eficientes. O que ofereço aqui é o testemunho de uma ação pessoal. Não atinjo índices de audiência nível Justin Bieber ou Lady Gaga. Mas minha rede cresce um pouquinho por dia. E se aperfeiçoa. Ainda que nunca 42 / INFO Junho 2012

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consiga usar todos os novos recursos que surgem a toda hora. Tenho uma nave-mãe, o blog. Poderia ser um site, ou os dois juntos. É importante ter uma “residência fixa” (ou duas) na internet, lugares que centralizam as informações e os recursos sobre você e seu trabalho. É obrigatória ainda a presença no trio Facebook, Twitter e Google+. Não dispenso nem mesmo o Orkut. Outra rede obrigatória é o LinkedIn, onde quem procura e quem oferece trabalho se encontram. Estou ainda no Plaxo.

INFluêNcIa Nas redes Sou escritor e jornalista. Você pode ser modelo, arquiteto ou padeiro. De algum jeito vai precisar divulgar sons e imagens. Para isso servem os sites de mídia. Publico a versão digital dos meus livros e textos no Scribd. As músicas que compus ou interpretei estão num álbum virtual no SoundCloud. Os vídeos vão para o YouTube. As fotos, para o Picasa. Existem outras opções intermediárias. Uso todas. O Tumblr é um blog para pouco texto. O TypePad cumpre uma função parecida. Uma opção em alta é o Pinterest, rede para imagens com legendas. Você cria boards e vai postando imagens por temas. É um lugar onde o bom gosto e o refinamento visual ainda imperam.

Dagomir marquezi

Nossa imagem virtual é formada não apenas pelo que fazemos, mas também pelo que consumimos. No GetGlue, os usuários registram a música que ouvem, o filme a que assistem ou o programa de TV que estão acompanhando. O Skoob cumpre a mesma função com livros editados no Brasil. De um jeito ou de outro, os sites ajudam a colocar em contato os usuários que têm algum tipo de interesse em comum. Quando posto no blog, divulgo usando vários dos instrumentos que listei acima. Mas existem os “amplificadores” auxiliares. Sites como StumbleUpon, Digg, Reddit e Storify oferecem meus posts a novos círculos de leitores, que podem trazer novos assinantes. E assim a rede se expande... Para analisar em detalhes essa expansão, um bom instrumento é o Klout. O serviço oferece índices do quanto você está sendo influente. De zero a 100, meu nível atual é 57. Ainda atualizo semanalmente (no Google Docs) minhas planilhas de análise de penetração nas redes sociais. Afinal, estou cuidando do meu arsenal nuclear profissional. ↙

Dagomir Marquezi, 58 anos, dividiu sua vida entre o jornalismo e a ficção. Escreveu novelas, musicais e roteiros de cinema. Há 15 anos acompanha a tecnologia em sua coluna na INFO.

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/ Inside Information

O sonho do negócio próprio

Criar uma loja virtual é cada vez mais fácil, rápido e barato. E isso está ajudando uma nova geração de empreendedores digitais

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Brasil tem sido um dos países com ma ior geração de novos empreendedores, atrás apenas da China. Entre 2000 e 2010, o total de empresas nacionais aumentou em 2 milhões. Tão importante quanto abrir um negócio é mantê-lo ativo. Atualmente, 70% conseguem completar dois anos, percentual que atingia 50% no início do milênio. O comércio eletrônico certamente contribui para essa mudança. Criar uma loja na web exige cada vez menos investimentos financeiros, considerando as ferramentas tecnológicas capazes de produzir uma vitrine online em apenas alguns cliques. Manter a estrutura exige custo bem inferior ao de um empreendimento localizado num shopping ou em via pública. Dessa forma torna-se mais viável concretizar um projeto. Na plataforma de comércio eletrônico MercadoLivre.com atuam hoje 5 milhões de vendedores únicos nos 13 países onde a empresa está presente. O Brasil representa cerca de 60% desse mercado. Para entender melhor o perfil dos vendedores, foi encomendada uma pesquisa a Nielsen Company. A amostra foi composta por aqueles com faturamento regular e formal-

mente constituídos como empresa em cinco países: Brasil, Argentina, México, Venezuela e Colômbia. Os dados apurados indicaram um público predominantemente masculino (80%) e com idade entre 26 e 35 anos, muitos dos quais com vendas simultâneas em diferentes canais: site próprio, loja física e produtos na plataforma MercadoLivre. A evolução tecnológica criou um portal para a concretização do sonho de ter o próprio negócio, aspiração de grande parte dos brasileiros. Dos entrevistados, 22% renunciaram ao emprego para se dedicar às vendas online.

MaIs reNtável Há muitas histórias interessantes de empreendedores por trás dos números. É comum encontrar aqueles que começaram vendendo pelo MercadoLivre e descobriram uma nova oportunidade de renda, o que os levou a investir tempo, recursos e a criar suas empresas. O desafio passou a ser a profissionalização, inclusive pelo crescimento da concorrência, aquisição eficiente de mercadorias e necessidade de atender às expectativas dos consumidores. Também deparamos com comerciantes que já atuavam com lojas físicas e atendimento no balcão. Diante da maior rentabilidade encontrada nos ca-

Stelleo tolda

nais digitais, alguns decidiram fechar as portas de aço e optaram pela tela que permanece aberta 24 horas, sete dias por semana, 365 dias por ano. Segundo a pesquisa feita pela Nielsen, 87% dos brasileiros pesquisados avaliam a internet como um canal de vendas mais rentável do que o negócio offline. Em quase 13 anos de comércio eletrônico, o que se percebe é uma curva ascendente no segmento. Há um crescimento do número de sites, a tecnologia oferece novos recursos, a logística procura se adequar ao novo sistema de comércio e os clientes aumentam. Alguns já são maduros como compradores online graças à disseminação da internet banda larga, à redução do preço dos computadores e à melhor distribuição de renda, entre outros fatores. A internet continuará crescendo em 2012. Esse é um consenso para 97% dos entrevistados brasileiros, considerando fatores como aumento do número de pessoas com computador, mais pessoas com acesso à internet, além da evolução dos dispositivos móveis que permitem navegar na rede. Concordo com eles. ↙

Stelleo Tolda, 44 anos, é COO do Grupo MercadoLivre. É formado em engenharia mecânica pela Universidade Stanford e fez MBA em administração pela mesma instituição.

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80 Media Lab brasiLeiro

O Instituto de Matemática Pura e Aplicada realiza pesquisa de ponta em computação gráfica no Brasil

Senhor da Guerra / 48 Na Cola do Tumblr / 52 Te Cuida, Galvão! / 62 O que Esperar do Facebook? / 68 Em Cima da Hora / 76 Criação Social / 78 A Internet Móvel em Teste / 88 O Fim da Inocência / 96 Nessa Eu Confio / 100 Dicas / 108 FOTO andrea marques

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SENHOR DA GUERRA No Centro de Defesa Cibernética do Exército, o general José Carlos dos Santos troca o fuzil pelo notebook para garantir a segurança do espaço virtual brasileiro / Por thiago tanji

“Lutar e vencer em todas as batalhas não é a glória suprema. A glória suprema consiste em quebrar a resistência do inimigo sem lutar. Na arte da guerra, o melhor é tomar o país inimigo totalmente e intacto” Sun Tzu

fotos luiz maximiano

Em um futuro não muito distante, as guerras poderão ser definidas sem que um tiro seja disparado. Para inutilizar a infraestrutura inimiga, como os setores de energia e telecomunicações, não haverá a necessidade de realizar ataques físicos: com um clique inicia-se uma invasão às redes desses sistemas. A possibilidade de reação é pequena, já que todas as informações militares secretas também estarão nas mãos dos atacantes, por meio da interceptação

virtual dos dados. Antes que se perceba, o país já estará dominado pelo invasor. Apesar de parecer história de ficção científica, a guerra cibernética já é realidade. Casos como o do worm Stuxnet, que atacou centrífugas nucleares iranianas, indicam que o espaço virtual será um novo campo de batalha militar. Foi pensando assim que o Ministério da Defesa do Brasil criou, em agosto de 2010, o Centro de Defesa Cibernética do Exército (CDCiber).

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defesa virtual O general José Carlos dos Santos na sala de operações de onde são monitoradas as redes para evitar ataques

O órgão é responsável por coordenar ações de proteção à estrutura vir tual do país. Para liderar o projeto, o Alto Comando do Exército indicou um oficial que pouco lembra os emburrados militares das Forças Armadas. Simpático, de sorriso fácil e fala tranquila, o general de divisão José Carlos dos Santos, 59 anos, deixou o cargo de diretor do Ensino Preparatório do Exército e se mudou do Rio de Janeiro para Brasília com a missão de comandar 40 militares que formam o efetivo do CDCiber. "A estratégia nacional de defesa colocou a questão da segurança cibernética no mesmo patamar de importância dos setores nuclear e espacial”, diz ele.

“O general que vence uma batalha fez muitos cálculos no seu tempo antes de ser travado o combate. O general que perde uma batalha fez poucos cálculos prévios” Sun Tzu

Em sua sala no Quartel General do Exército, em Brasília, o general Santos confere os e-mails em seu MacBook. Antes de conceder entrevista a INFO, mostra um chaveiro que revela seu clube do coração: o general Santos torce para o Santos. Nascido e criado na cidade de Sorocaba, no interior de São Paulo, o oficial é o filho do meio de um policial que completava o salário trabalhando como taxista. Estudioso, em 1970 decidiu ingressar na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, por conta da qualidade dos colégios militares. Cogitou estudar engenharia no IME ou no ITA, mas preferiu ingressar na Academia Militar das Agulhas Negras, onde se formou como oficial do exército especializado em comunicações. “Era encarregado de instalar e manter os sistemas operacionais em uma campanha militar. Minha arma de origem é técnica, a arma das comunicações”, diz o general. Em sua mesa de trabalho, dois globos terrestres estilizados revelam o gosto por geopolítica. Fluente em inglês e italiano, Santos participou de duas

missões no exterior. Em 1991, ainda como major, compôs um efetivo de paz da ONU em Angola, onde acontecia uma guerra civil. Entre os anos de 2003 e 2005, exerceu o cargo de adido militar na Itália, sob a chefia do expresidente e então embaixador Itamar Franco. “É um país maravilhoso, um museu a céu aberto. Além de uma missão, aquela experiência foi um prêmio.” Promovido em março de 2011 a general de divisão, penúltima maior patente em tempos de paz, José Carlos dos Santos foi escolhido para assumir o comando do Centro de Defesa Cibernética do Exército, considerado um dos projetos-chave das Forças Armadas para a segurança nacional. “O Brasil é o único país dos Brics que não tem um sistema de proteção de estruturas estratégicas, e isso é fundamental para a segurança do país. Afinal, os sistemas estão cada vez mais dependentes de softwares, sendo passíveis de sofrer invasão ou ataque”, diz o oficial.

“Devemos ser capazes de descobrir a situação dos negócios no país inimigo e averiguar os planos preparados contra nós” Sun Tzu

A estrutura do CDCiber ainda não foi finalizada. O Exército tem até o ano de 2015 para completar o efetivo total do órgão, que contará com 130 militares. Nesse período também está prevista a mudança física do centro para

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uma das cidades-satélites de Brasília. Mesmo assim, os investimentos têm sido altos. A previsão do orçamento para 2012 é de 85 milhões de reais. Por enquanto, os 800 metros quadrados ocupados no Quartel General do Exército já permitiram a instalação do chamado Centro de Consciência Situacional, uma sala de operações responsável por monitorar as atividades e detectar possíveis ataques na rede, por meio de softwares IDS (Intruction Detection Sytem) e IPS (Intrusion Prevention System), além de firewalls e outros recursos de proteção. Coisas como a invasão de páginas oficiais realizadas por meio de ataques de negação de serviço não preocupam o CDCiber. “O que nos preocupa é o vazamento de informação militar crítica, como o nível de nosso combustível, nosso estoque de armamentos, onde estão esses armamentos, a distribuição territorial de nossos especialistas”, diz o general. Mas o que deve ser feito caso um ataque virtual atinja o país? O general Santos tem a resposta pronta. “É necessário detectar as possíveis ameaças e conhecê-las para realizar um contraataque efetivo”, diz. Ilustra a questão citando Richard Clarke, que trabalhou com contraterrorismo para o governo dos Estados Unidos e escreveu o livro Cyberwar. “Segundo Clarke, a China já prepara ações exploratórias no sistema americano. Ou seja, desde os tempos de paz é preciso conhecer o sistema cibernético do inimigo. O que dá condições de fazer um ataque em tempo de guerra é o conhecimento prévio, em um trabalho de inteligência”, afirma o general. Atualmente o Centro de Defesa Cibernética já conta com ferramentas que permitem saber a gravidade do ataque. No entanto, ainda é necessário desenvolver um sistema que

Núcleo de defesa Em fasE final dE implantação, o CEntro dE dEfEsa CibErnétiCa do ExérCito é um dos prinCipais projEtos EstratégiCos do ministério da dEfEsa

2010

Foi o ano de criação do Centro de Defesa Cibernética do Exército

40

É o número de militares que trabalham atualmente no CDCiber, sob o comando do general José Carlos dos Santos

800

metros quadrados é o tamanho inicial do CDCiber, localizado provisoriamente no Quartel General do Exército, em Brasília

85 milhões de reais serão destinados ao Centro de Defesa Cibernética em 2012

130

Será o efetivo de militares que trabalhará no CDCiber quando o órgão estiver em pleno funcionamento

2015

É a data prevista para a mudança do CDCiber, que funcionará em uma das cidades-satélites do Distrito Federal

Rio +20

Será a primeira missão oficial do CDCiber, que coordenará o monitoramento das redes do evento que reúne lideranças mundiais

identifique os agressores, para iniciar um contra-ataque efetivo. “Estamos capacitando o pessoal. Um dos primeiros cursos tratou do tema segurança ofensiva. Para se defender você precisa conhecer as técnicas de ataque.” A primeira missão oficial do CDCiber já tem data para acontecer. Entre os dias 20 e 22 deste mês, durante a conferência mundial Rio +20, o CDCiber coordenará as ações de segurança virtual do evento, trabalhando ao lado de empresas privadas e outras agências de tecnologia do governo. Monitorando as redes do encontro, os militares identificarão possíveis vulnerabilidades de segurança. Na opinião do general Santos, a colaboração estabelecida entre os setores militar e civil é essencial para a proteção do espaço virtual brasileiro. Afinal de contas, a maior parte da infraestrutura considerada estratégica é gerida por empresas privadas. “Estamos aptos a colaborar com alguma agência de governo que coordene as ações da segurança cibernética, envolvendo as empresas e as agências governamentais. É necessário um ambiente colaborativo”. Aspirante a protagonista na diplomacia mundial, o Brasil mantém sua postura pacífica, mas busca fortalecer sua segurança e diminuir as chances de eventuais ameaças. “A guerra do futuro estará centrada em redes. Espero que ela nunca venha a ocorrer, mas isso não exime a força militar de estar preparada”, diz o general Santos. Antes de enfrentar uma guerra virtual, no entanto, o general ainda tem uma batalha pela frente, a de ver seu Santos ganhar a Libertadores e ir para o mundial. Ele faz uma previsão que é um desejo: “Que o Alvinegro da Vila, numa empreitada contra o Chelsea, seja mais bem-sucedido no Mundial”. ↙ Junho 2012 INFO

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na cola do tumblr O que faz DaviD Karp, O criaDOr Da reDe sOcial que vale us$ 10 bilhões, nessa rua em sãO paulO? InFo acOmpanhOu De pertO a visita DO empreenDeDOr americanO De 25 anOs aO brasil. veja pOr OnDe ele anDOu e cOnheça a sua história / Por juliano barreto

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fotos olga lysloff

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DaviD Karp iDaDe / 25 anos OnDe mOra / nova York FOrmaçãO / Ensino médio incomplEto O que Fez / criou sua primEira EmprEsa, a consultoria davidvillE, aos 18 anos. o tumblr surgiu dois anos dEpois HObby / andar dE moto StatuS / Em um rElacionamEnto sério com rachEl EaklEY para Seguir / davidslog.com

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siga o KaRP No TUMBLR

Veja o ensaio fotográfico desta reportagem num blog especial

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assa da meia-noite quando a cantora Monique Maion sobe ao palco montado no salão de um prédio no centro da capital paulista onde na década de 1950 funcionava o Masp (Museu de Arte de São Paulo). O repertório, do jazz ao psychobilly, uma mistura de punk com rockabilly, agita a festa para 400 convidados e atrai para a pista pessoas que dançam e bebem. Sentado num canto mais tranquilo da balada, um jovem alto e moreno, de olhos azuis, usando um moletom cinza com capuz, divide igualmente a atenção entre a namorada e um iPhone. A calma daquele canto do salão só é quebrada quando o rapaz é reconhecido. Aí o americano David Karp, que aos 25 anos é fundador e presidente do Tumblr, deixa a timidez de lado, abre um largo sorriso e conversa animadamente. O assunto, claro, gira em torno da rede social que criou em 2007 e que hoje reúne mais de 57 milhões de blogs, 24 bilhões de posts e está avaliada em 10 bilhões de dólares. “Não me importo de falar o tempo todo sobre o Tumblr, mas às vezes minha namorada fica entediada”, diz Karp.

A chateação de Rachel Eakley, a namorada, ainda se repetiria algumas vezes ao longo da noite do último sábado de maio. Nas pouco mais de quatro horas em que ficou na festa, sempre que requisitado Karp esbanjou simpatia. Agradecia efusivamente pela presença e perguntava se eram usuários do Tumblr. Apesar da pouca idade, não quer saber de badalação. Tomou apenas três garrafas pequenas de água. O mais próximo que chegou de bebidas alcoólicas foi quando puxou conversa com o responsável pelo Calefação Tropicaos, um coletivo que prepara e vende cachaças especiais. Karp provou uma mistura de pinga com 20 tipos de ervas e elogiou Pita, o pernambucano por trás das receitas e organizador de festas com “psicodelícias sonoras”, seja lá o que isso significa. Acabou ganhando de presente uma garrafa da bebida marrom com gosto forte. A festa em São Paulo era a segunda promovida pelo Tumblr durante a passagem de cinco dias de Karp pelo Brasil, no final de maio. A primeira havia acontecido no Rio de Janeiro, na noite anterior. Os eventos tinham como objetivo lançar a versão em português da rede social, a primeira no processo de internacionalização da marca, e conhecer de perto o Brasil, país que reúne a segunda maior comunidade do site, com um crescimento de mais de 200% no número de usuários em 2011 e 2 bilhões de posts (veja o quadro). O Tumblr vem crescendo entre os brasileiros e no resto do mundo ao se posicionar como um serviço complementar, onde as pessoas postam textos, fotos e vídeos e interagem sem ter de lidar apenas com os amigos da vida real, como no Facebook, ou com as limitações de formato, como no Twitter. Junho 2012 INFO

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compras, almoço e balada David Karp e a namorada, Rachel Eakley, em loja da Rua Augusta, centro de São Paulo (acima), e em churrascaria, onde experimentaram chimarrão (no centro). À direita, Karp na festa promovida pelo Tumblr

A estratégia vem dando certo. Graças à simplicidade, o serviço está atraindo pessoas que têm uma certa preguiça de criar um blog completo usando sites como o Wordpress ou o Blogger. Era quase uma hora da tarde de domingo quando Karp apareceu no lobby do hotel Renaissance, Jardins, bairro nobre da capital paulista. Acompanhado de Rachel e com aparência descansada, só um detalhe remetia à festança da noite anterior: ele usava o mesmo moletom cinza com capuz. Em sua primeira passagem pelo Brasil, o jovem empreendedor aproveitou para tirar o dia de folga e conhecer São Paulo, acompanhado pelo editor da INFO e dois fotógrafos da revista.

ChurrasCO e turIsmO Escolheu almoçar em uma churrascaria da cidade (onde comeu picanha e experimentou chimarrão), conheceu uma loja que vende produtos geeks na Avenida Paulista e caminhou pela Rua Augusta, ponto de encontro de várias tribos. Karp é um cara simples. Está acostumado a andar sem seguranças em Nova York, onde nasceu e foi criado. Entre conversas descontraídas sobre seriados, desenhos animados, motos e apps para celular, só retoma a condição de um dos grandes nomes da internet mundial quando seu iPhone toca, no domingo à tarde, e ele precisa interromper o lanche para falar de negócios.

David Karp está acostumado a trabalhar duro. Filho de um músico com uma professora de ciências, ele ganhou a autorização dos pais para largar a escola no ensino médio e dar expediente como vendedor de PCs. Aos 16 anos, após terminar com a namorada, decidiu que era hora de viver sozinho e mudou-se para Tóquio, no Japão. Começou a fazer trabalhos de programação para vários sites, entre eles o UrbanBaby, que publicava dicas para pais de primeira viagem. Karp tentava esconder a pouca idade e o fato de trabalhar à distância. Mas o disfarce não duraria muito tempo. Seu chefe descobriu que ele vivia no Japão, mas, ao contrário do que Karp imaginava, ele não se importou. Pelo contrário. John Maloney se transformou em um amigo e deu cada vez mais trabalho para Karp. Quando o UrbanBaby foi vendido para o site de notícias americano CNET, o então adolescente vendeu a participação que tinha comprado no serviço de bebês e montou sua primeira empresa, a consultoria Davidville. No primeiro voo solo, Karp criou um serviço para o envio de grandes arquivos pela web chamado Senduit. Não foi um sucesso estrondoso, mas o animou a continuar tentando. “Queria interagir com usuários, criar um produto do qual você se sente orgulhoso”, afirma Karp. Em 2004, os blogs eram a moda da web e serviços como o Blogger e o WordPress

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os números do tumblr 57 milhões de blogs

estavam no auge. “Não gosto de escrever, mas sempre tive alguma coisa para dizer”, diz Karp, que até tentou usar os serviços mais populares, mas não gostou de nenhum. Achava muito complexo e demorado criar posts. Hoje é fácil olhar para trás e concordar com ele. Grande parte dos blogs criados nessas plataformas teve vida curta. “Imaginava um jeito de mudar isso, e descobri um movimento chamado tumblelog, com posts mais curtos e sites mais simples”, diz Karp. Da constatação do problema até a criação do Tumblr passaria um ano. Quando a rede social finalmente foi ao ar, em 2007, transformou-se num sucesso. A não ser por um apagão que deixou o site fora do ar quase um fim de semana inteiro, em 2010, a plataforma faz sucesso. Hoje o Tumblr é mais popular que o Blogger, a grande estrela da era dos blogs. John Maloney, seu antigo empregador no UrbanBaby, se tornou funcionário do Tumblr, assumindo a presidência do serviço e as tarefas consideradas chatas para Karp, como se relacionar com investidores. Desde então, a relação com os mais conhecidos empreendedores da tecnologia só aumentou. Um dos primeiros investidores na empresa foi John Borthwick, criador da pioneira rede social para compartilhar fotos, chamada Fotolog. O cofundador do Twitter, Jack Dorsey, é seu amigo

131 milhões de visitantes ao mês

55%

dos usuários estão fora dos eua

24 bilhões de posts

49 milhões de brasileiros acessam o tumblr. É a segunda maior comunidade do site

32 minutos

É o tempo mÉdio que o brasileiro passa no tumblr, contra 23 minutos no mundo

150 mil

visitas por dia recebe o blog Como eu me sinto quando, o terceiro mais acessado do tumblr

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pessoal e atual vice-presidente do Tumblr, assim como Andrew McLaughlin, que tem no currículo uma passagem de cinco anos pelo Google e o cargo de chefe de tecnologia (CTO) de Barack Obama. Karp também frequenta a casa do dono da Virgin, Richard Branson, conglomerado que reúne mais de 400 empresas. “Apesar de enorme, a casa é muito hospitaleira”, diz Karp. Há poucas semanas, o jovem almoçou com Steve Ballmer, o presidente da Microsoft, que insistia em mostrar como era sensacional um protótipo de tablet com Windows. Apesar de fazer parte da turma que dita o futuro da internet, Karp mantém um estilo de vida simples. Usa uma Vespa para ir ao escritório do Tumblr e define um fim de semana ideal como aquele que envolve passeios de moto pela vizinhança de West Upper Side, onde vive, brincadeiras com Clark, seu cachorro, e uma boa sessão de seriados como House, 30 Rock, Dexter e Futurama. Rachel, a namorada, é uma mulher com jeito de boa menina que conheceu quando ambos trabalhavam no mesmo prédio comercial. O primeiro encontro não aconteceu em um restaurante badalado, mas em uma prosaica aula de dança de salão. Três anos depois, ela só conseguiu acompanhar Karp na viagem ao Brasil porque acaba de terminar sua graduação em psicologia. Em breve, deve começar a trabalhar em um berçário.

A rede sociAl de KArp

Conheça os empreendedores digitais, os investidores e as pessoas importantes que vivem ao redor do criador do Tumblr

JAKe lodwicK

Cofundador do Vimeo e CTo do College Humor Amigo e investidor do tumblr

COmO gaNhar dINheIrO? Antes de voltar para o hotel naquele domingo, depois de um passeio de duas horas pela Rua Augusta, Karp foi conhecer a Endossa, uma loja que funciona num esquema colaborativo para que pequenos produtores exponham seus produtos em estantes individuais, em forma de caixa. Passou cerca de 30 minutos olhando roupas e acessórios e comprou uma camisa xadrez de flanela por 150 reais e um vestido azul de bolinhas brancas para Rachel. Apesar de multimilionário aos 25 anos, Karp é conhecido por não esbanjar. O segundo compromisso profissional de David Karp em São Paulo está marcado para as 11 horas da segunda-feira. É uma palestra para cerca de 80 convidados na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Karp e a namorada chegam ao compromisso vestindo a camisa e o vestido comprados no dia anterior. Um feito, se você levar em conta que Karp raramente é visto sem seu agasalho cinza com capuz. A apresentação é rápida e interessante. Quando abre para que a plateia faça perguntas, o jovem empresário fica claramente desconfortável com o tema monetização. Sua voz muda de tom e as palavras saem com mais rapidez. O sorriso polido dá lugar ao nervosismo. Quando um espectador pergunta como

clArK

Cão Buldogue de Karp e raCHel AnimAl de estimAção

MArtin VArsAVsKy

argenTino Com parTiCipação na rede soCial soniCo investidor do tumblr

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John MaLoney

ex-PreSidente do tuMBlr

richard branSon

mentor

dono do Virgin grouP investidor do tumblr

John LiLLy

Ceo da Fundação Mozilla consultor do tumblr

racheL eakLey

PSiCóloga e CHeF de CozinHa aMadora namorada

Jack dorSey CoFundador do twitter e do Square conselheiro informal e amigo

Fred Seibert

Produtor da MtV e da Hanna-BarBera Primeiro chefe e amigo

John borthwick

Criador e ex-Ceo do Fotolog investidor do tumblr

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Simplicidade

Karp conversa com universitários após palestra na ESPM (à esq.) e espera táxi em São Paulo com a namorada

o Tumblr ganha dinheiro, Karp gagueja. Sem esperar o fim da pergunta, ataca os “jornalistas canalhas” do Vale do Silício e diz que só alguém fora da realidade poderia imaginar que o Tumblr nunca encontrou uma forma de ganhar dinheiro. Em resposta ensaiada, Karp cita o Theme Garden como uma boa fonte de renda para o Tumblr. O serviço é uma galeria de layouts prontos para as páginas da rede social que são vendidos, em média por 49 dólares. É claro, porém, que uma operação que atende milhões de usuários não pode se sustentar com a benevolência de designers caprichosos. Desde maio deste ano, o Tumblr passou a exibir publicidade no Dashboard, a interface exibida a usuários cadastrados que torna a visualização de blogs parecida com a timeline do Twitter. Cada inserção custa 25 mil dólares. Em outra ação para ganhar dinheiro, foi criada a função de pagar 1 dólar para destacar posts dentro da linha do tempo dos usuários que seguem um determinado blog. A abertura de espaços para publicidade sempre foi um assunto espinhoso para Karp. No passado, ele chegou a afirmar que pensar em colocar publicidade no Tumblr o deixava com o estômago virado. Quando o site estreou os primeiros anúncios, ele se recriminou dizendo que era um idiota por ter dado tal declaração. Ao responder à pergunta que ele mesmo interrompeu, explica que, se o problema fosse dinheiro, bastaria colocar um banner feio e receber o valor proporcional aos milhões de page views que recebe diariamente. Otimismo à parte, investidores pesos-pesados, como o Sequoia Capital,

colocam milhões de dólares no Tumblr. Mais cedo ou mais tarde, eles vão pressionar a empresa a abrir seu capital, como fizeram recentemente Facebook, LinkedIn e Zynga. A publicidade não é o único desafio de Karp. Com a ascensão dos smartphones e tablets, ele vai ter de se aventurar em um terreno em que nenhuma grande empresa soube lucrar. Outro desafio é evitar o que chamam de orkutização. O objetivo é impedir que os brasileiros dominem o pedaço com conteúdo desinteressante, o que, para Karp, não acontecerá. “Temos grandes comunidades para gays e lésbicas, mas a rede social não é voltada para esse público”, disse ele. Mais importante, o jovem empreendedor vai ter de se acostumar a ter mais responsabilidades. John Maloney, presidente do Tumblr nos últimos quatro anos, pediu demissão no início de 2012 e Karp passou a acumular ainda mais funções. A saída de Maloney foi descrita pelos fofoqueiros como o resultado de uma briga que teve como pano de fundo a entrada de publicidade nos blogs. Oficialmente, a separação não foi conturbada ou conflituosa. Em seu post de despedida, Maloney chama Karp de amigo, avisa que ajudará no lançamento das novidades e diz que aprendeu muito nos oito anos de convivência intensa. A resposta de Karp foi à altura. O agora presidente e CEO do Tumblr agradeceu Maloney por ensiná-lo a “agir como se fosse um adulto de forma convincente”. A partir de agora, o CEO com jeito de menino vai ter de ficar cada vez mais no centro da festa, e não mais pelos cantos. ↙

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SiStemaS automatizadoS de notíciaS já conSeguem monitorar, analiSar e até eScrever Sobre aS partidaS de futebol SegundoS apóS o apito final. é o fim do jornaliSta eSportivo?

Te cuida, Galvão! / por juliano barreto / fotoS alexandre battibugli / iluStração samuel rodrigues

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“Quando acabou a etapa inicial do

primeiro jogo Brasil x Paraguai, o placar acusava um lírico, um platônico 0 a 0. Ora, o empate é o pior resultado do mundo. O torcedor sente-se roubado no dinheiro da entrada e inclinado a chamar os 22 jogadores, o juiz e os bandeirinhas de vigaristas.” Assim Nelson Rodrigues começava uma de suas memoráveis crônicas para a revista Manchete Esportiva, em 1955. O escritor carioca, que completaria 100 anos em agosto, ficou famoso não apenas pela contundência e humor mas também pelo desprezo à entrada da tecnologia no mundo do futebol. Quando as imagens de um pênalti marcado de forma duvidosa o contrariaram, Nelson Rodrigues não hesitou antes de lançar outra pérola: “O videoteipe é burro”. O que diria, então, se soubesse que uma combinação de sensores, softwares e algoritmos pode aposentar a figura do jornalista esportivo? Melhor, o que você diria se soubesse que alguns dos textos sobre o seu time do coração já são escritos com a ajuda de um sistema automatizado de notícias? Todos os clichês tão batidos quanto amados do futebol nosso de cada domingo não serão mais exclusivida-

de de apresentadores de TV eufóricos e ex-jogadores que escorregam no português. A caixinha de surpresas foi hackeada e, agora, programas de computador baseados em algoritmos podem observar e entender o jogo, entregando reportagens completas sobre as partidas. E o mais incrível: com pouquíssima ou nenhuma interferência humana e segundos após o apito final. Não estamos falando aqui de estatísticas como número de escanteios, de impedimentos ou faltas. Usando uma massa de dados que, a cada partida, soma entre 1,3 mil e 2 mil eventos, entre passes, chutes e faltas, os softwares que escrevem sobre futebol são capazes de contar a história de um jogo e até sugerir abordagens criativas para o texto. “Um atleta do Botafogo fez sete finalizações e nenhuma foi para o gol. O sistema percebeu que esse foi o maior número de erros do Campeonato

Brasileiro até então. Essa sugestão ajudou a escrever uma notícia que ficou entre as mais lidas do dia”, afirma Rafael Pena, gerente de projetos responsável pelos dados esportivos do portal Globo.com. O título da notícia: Maior finalizador da partida, Elkeson vive noite de pontaria descalibrada. O GloboEsporte.com usou de forma experimental, no ano passado, um sistema feito em parceria com a PUC do Rio de Janeiro para ajudar os jornalistas a enriquecer a cobertura dos jogos. O programa utiliza os dados das partidas para criar modelos de textos que se encaixam em 15 das situações mais corriqueiras do esporte bretão, entre elas vitórias, derrotas, empates e goleadas. “Identificamos esses padrões, depois vimos quais os indicadores que fazem a partida cair em um deles”, diz Daniel Schwabe, professor titular do departamento de informática da PUC-Rio. “Um desses estereótipos é o que chamamos ‘o que o placar não diz’, quando, por exemplo, a equipe tem amplo domínio da bola, mas não consegue vencer o jogo.” No Campeonato Brasileiro deste ano, a Globo.com vai ampliar o uso da ferramenta, mas ainda não pensa em publicar as notícias sem a edição prévia de um jornalista. “Dá para fazer tudo automatizado, com conteúdo mais descritivo, relatando fatos. É perfeitamente factível. Mas os melhores resultados vêm do trabalho em conjunto com os jornalistas”, afirma o professor Schwabe. Nos Estados Unidos, a empresa Automated Insights é mais radical em relação às notícias por software. Com sistemas que cobrem as ligas profissionais de beisebol e basquete, fornece textos prontos que vão ao ar sem que nenhum jornalista os revise. Robbie Allen, presidente e cofundador da empresa, disse a INFO que em breve as

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partidas de futebol também serão cobertas por sua redação virtual. Ele defende a qualidade dos textos escritos de forma automática. “Uma das vantagens desses sistemas é que podem ser constantemente melhorados. Enquanto eu ou você não conseguimos melhorar muito nossas habilidades, o software se aperfeiçoa a cada dia e incorpora o conhecimento de várias pessoas”, diz Allen. Empresas como as americanas Automated Insights e Narrative Science têm como clientes os sites oficiais dos times e os portais de notícias. Ele publicam centenas de textos a cada rodada dos campeonatos nacionais e regionais. Além do relato com o resultado das partidas, os textos contêm adjetivos e análises detalhadas sobre várias situações. “Estamos começando a trabalhar textos sobre aspectos mais amplos do jogo, como a influência da escolha de um juiz para uma determinada partida. Isso é controverso, pois os dados podem prever que o time da casa sempre ganha com a arbitragem de um determinado juiz”, afirma Allen. Surpreendentemente, para conseguir textos melhores e mais abrangentes, essas empresas fogem das estatísticas. Ao contrário do que ocorre na maioria dos sistemas que envolvem grandes quantidades de dados, na produção das notícias automatizadas de esportes os humanos trabalham e os computadores pensam. O processo de criação das reportagens começa com os dados fornecidos por empresas de scout, termo usado para designar o monitoramento detalhado de um time ou de um jogador numa partida ou campeonato. “Para cada jogo monitorado contamos com três profissionais. Dois analisam os jogadores e o terceiro supervisiona a captação dos dados. É como se eles estivessem jogando videogame.

uma combinação de sensores, software e algoritmos produz textos analíticos e pode até prever qual time vencerá o jogo

100 % rObô O tExtO abaixO fOi EsCritO pOr uM sOftwarE E publiCadO nO sitE dO tiME dE basquEtE dE GEOrGEtOwn “O Georgetown acabou sua participação no torneio em oitavo lugar, após uma derrota apertada por 72 a 70 contra o quarto colocado, o Cincinnati. Em um jogo muito disputado desde o início, o adversário estava atrás no placar até o intervalo, mas voltou forte para a segunda metade do jogo e agarrou a vitória no final”

Derrota apertada

O sistema entende que a diferença final no placar, de apenas dois pontos, é um resultado apertado

Desde o início

Conclusão obtida ao constatar que a pontuação dos times sempre foi próxima, sem grandes vantagens

Voltou forte

Monitorando o placar e os acertos nos fundamentos, foi possível escrever que a virada veio no final do jogo

Cada um cuida de um time”, afirma o engenheiro Cesar Sponchiado, cofundador da brasileira Footstats, que tem entre seus clientes os portais iG, Lancenet e Terra, os canais ESPN e Band, além de clubes e agentes de jogadores. Esses dados são o combustível para que os sistemas automatizados possam entender o jogo. Os textos, claro, mostrarão o placar, mas graças aos algoritmos, detalhes como a mudança de desempenho de um jogador nos últimos minutos podem ser notados e destacados pelo repórter robô. Maior empresa de scout do mundo, a inglesa Opta Sports ficou conhecida ao mostrar um gráfico em que os 754 passes do habilidoso time do Barcelona foram representados por setas azuis e os 158 do Chelsea por setas vermelhas. Ao olhar o gráfico é possível entender exatamente o que aconteceu nos 90 minutos do jogo, uma das semifinais da Liga dos Campeões da Europa deste ano. O Barça martelou, martelou, mas não conseguiu o resultado que queria.Em um cenário assim, os sistemas automatizados podem analisar a atuação do time catalão dizendo que obteve amplo domínio da partida, no lugar de simplesmente afirmar que teve 80% de posse de bola. Quanto mais refinados forem os dados da partida, mais os textos poderão usar adjetivos e termos coloquiais.

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O aplicativo para celulares Stats Zone, resultado de uma parceria entre a Opta e a revista inglesa FourFourTwo, consegue, por exemplo, mostrar quem foi o melhor jogador em campo. “O Stats Zone define a influência do jogador de acordo com seu envolvimento na partida e a posição de suas ações, medida pelo número de toques na bola”, afirma Simon Banoub, diretor de marketing da Opta. Com os dados, as empresas interessadas podem criar seus próprios sistemas de inteligência do futebol. Atualmente, além das experiências de mídia, grandes clubes e agentes de jogadores já utilizam os dados para decidir suas estratégias. Um relatório da Opta sobre uma partida contém oito páginas de informações detalhadas.

CampeãO aNteCIpadO Outra inovação que chega aos campos é o tracking óptico dos jogadores. Trata-se de um conjunto de seis câmeras instaladas no estádio e capazes de monitorar a distância e a velocidade de cada jogador. Usando essa tecnologia, a TV Globo já exibe um gráfico de mancha de calor que mostra a movimentação de um atleta, usando áreas mais “quentes” nos locais onde mais atuou e “frias” onde jogou menos. Soma-se a essa avalanche de dados a possibilidade de contextualizar os eventos de uma partida a partir do histórico obtido ao longo do tempo e fundamentar melhor os palpites sobre as chances de cada clube. “Relacionando esses dados é possível entender qual é o desempenho médio dos times que chegam às primeiras posições. Antes mesmo dos jogos, dá para saber, pela análise dos últimos anos, que um time que erra passes não será campeão”, afirma Sponchiado, da Footstats.

Se o software faz tudo sozinho, até redigir as reportagens, o que sobra para o jornalista? “É preciso encontrar uma informação que seja diferente e boa. Não adianta só ser diferente. Esse é um exercício difícil”, diz Paulo Vinícius Coelho, comentarista dos canais ESPN e colunista do jornal O Estado de S. Paulo. Para ele, o risco do uso excessivo de estatísticas é a banalização das informações: “A estatística mostra que os jogadores correm, em média, 10 quilômetros. Isso só vai ser interessante se algum dia um cara passar a correr 22 quilômetros e não 10. Do contrário, não interessa para ninguém”. “As estatísticas não explicam o jogo todo. Os números podem trazer algumas mentiras”, diz Maurício Barros, diretor de redação da revista Placar. As experiências tecnológicas vão evoluir muito ainda. “Estamos só no começo. A intenção é criar várias extensões aprimoradas, buscando correlação

entre o texto e a audiência”, diz Schwabe. Um caminho para isso é o uso dos chamados cubos de dados. “Usamos o programa Analysis Services, da Microsoft, para criar esses cubos, que são informações agrupadas por contexto para detectar tendências, como o número de passes errados nos minutos finais”, diz Sponchiado, da Footstats. Será que um dia os algoritmos chegarão perto da beleza, da inteligência e do humor de um Nelson Rodrigues? Os entusiastas da tecnologia dizem que sim. Mas em seus textos, o dramaturgo costumava mencionar um fator que poucos sistemas de computação poderão prever: a sorte. Para um time ser campeão, dizia Nelson Rodrigues, não basta uma defesa intransponível, um meio de campo genial e um ataque assassino. É preciso sorte. Sem ela, escreveu, o time pode ser “atropelado por uma carrocinha de Chicabon”. ↙

NO StatSzONe

O app mOnitOra O jOgO e manda Os dadOs para O smartphOne. Veja atuaçãO dO BarcelOna na final da tempOrada 2010/2011

ChuteS

22

paSSeS

777

deFeSa

50

no alvo / 12

certos / 90%

divididas por baixo / 15

para fora / 4

no campo de ataque / 235

divididas de cabeça / 20

Bloqueados / 7

posse de bola / 67,9%

interceptações / 16

dentro da área / 10

cruzamentos / 7

faltas cometidas / 5

fora da área / 12

escanteios / 6

faltas sofridas / 16

chances de gol / 21

laterais / 22

chutões para frente / 13

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A A ERO D L A SOCI

o que esperar do facebook? Mark Zuckerberg feZ 28 anos, casou e coMandou uMa decepcionante abertura de capital. agora o garoto bilionário quer voltar às origens e prograMar. entenda coMo essa nova fase da Maior rede social do Mundo pode Mudar a forMa de coMprar online, assistir filMes e até checar o saldo no banco / Por Katia Militello e Paula RothMan

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foto latinstock/© kiM kulish/corbis/corbis (dc)

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Um mês antes da desastrada abertura

de capital na bolsa de valores das empresas de tecnologia, a Nasdaq, Mark Zuckerberg escreveu uma carta aos potenciais investidores. “O Facebook não foi originalmente criado para ser uma empresa”, começou Zuckerberg. “Foi construído para realizar a missão de desenvolver o social e tornar o mundo mais aberto e conectado.” Sua carta guarda semelhanças com a escrita por Larry Page e Sergey Brin em 2004, quando o Google foi à bolsa. Os criadores alertaram Wall Street de que o Google não era uma empresa convencional e não tinha a mínima intenção de se tornar uma. Oito anos após o IPO (oferta pública de ações, na sigla em inglês), o Google pode até sofrer pressão dos acionistas, mas mantém-se uma empresa peculiar, muitas vezes surpreendente e inovadora. Mas nada convencional.

E agora o Facebook? O que esperar dessa nova fase da maior rede social do mundo? Sua chegada à Nasdaq foi marcada por uma euforia que logo se transformou em decepção. Cotada inicialmente a 38 dólares, o que tornava o valor de mercado da empresa superior a 100 bilhões de dólares, a ação despencou. No dia 30 de maio, os papéis fecharam cotados a 28,84 dólares. Se estagnarem nesse patamar, a fortuna de Zuckerberg terá encolhido em polpudos 5 bilhões de dólares. Tudo deu errado no que deveria ser o IPO do século. A queda das ações gerou controvérsias e processos contra os bancos que lideraram a abertura, acusados de sonegar dados sobre uma freada nas receitas para este ano. Bastou para que o Facebook virasse a piada Fakebook. No mundo acelerado e volátil da tecnologia, IPOs são uma espécie de rito de

passagem. Foi assim com a Netscape, a pioneira dos navegadores, em 1995. Seu IPO deu início à era da internet. Antes, em 1980, a Apple fez sua oferta pública de ações. Amealhou 100 milhões de dólares e tornou-se o marco da era dos computadores pessoais. A chegada do Facebook à bolsa, além de também marcar o início de uma nova etapa no mundo online, a chamada era do social, fez o Vale do Silício viver um certo déjà vu. Não faltam exemplos de empresas de tecnologia que estrearam em baixa, mas que viram depois a cotação de suas ações decolar, quando novos negócios começaram a dar certo. Foi assim com o Google, em 2004. Foi assim com a Amazon, em 1997. "Ninguém lembra que a cotação da Amazon caiu depois da abertura de capital e que o Google levou várias pancadas no IPO", disse Lise Buyer, consultora especializada em finanças e IPO, ao Wall Street Journal. O mês de maio foi especialmente movimentado para Zuckerberg. Ele fez 28 anos no dia 14, tocou o sino da Nasdaq no dia 18 e casou-se no dia seguinte.

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a alegria durou pouco

De moletom, Zuckerberg comanda a estreia do Facebook na bolsa, em Menlo Park, com a COO Sheryl Sandberg e funcionários

edição de imagem artnet digital

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quer passar mais tempo com os engenheiros do Facebook. Ele sabe que um de seus maiores desafios agora é reter os talentos que migraram para a empresa atraídos pelos desafios técnicos de um negócio que cresce a uma velocidade estonteante. A cada dia, o Facebook publica 300 milhões de fotos, uma batalha e tanto para qualquer sistema de banco de dados e ferramenta de análise. E nada indica que o ânimo das pessoas para mostrar online suas experiências da vida real deve arrefecer ou desaparecer nos próximos anos.

PREoCUPAdo, EU? Em lua de mel na ilha de Capri (Itália), Zuckerberg passeava de barco com a mulher, a médica Priscilla Chan, no dia 29 de maio

Pouco antes do IPO, promoveu um hackathon no Facebook para manter a tradição das maratonas de programação noite adentro que envolvem boa parte dos funcionários e de onde saem muitas inovações implantadas na rede social. Em fevereiro, Zuckerberg e o diretor financeiro David Ebersman falaram aos funcionários do Facebook sobre o IPO. Avisaram que eles deveriam ignorar tanto as boas quanto as más notícias que seriam divulgadas após a abertura de capital. Foi o que aparentemente fizeram os colaboradores do garoto bilionário que queria co-

nectar o mundo e que agora pensa em voltar às suas origens de programador. Em 2006, quando tinha 22 anos, Zuckerberg parou de escrever códigos para se concentrar na gestão do Facebook. Nessa época, o site já havia conseguido 12 milhões de dólares de investimento do fundo Accel Partners. Com o crescimento rápido da empresa, o estudante prodígio que programou a primeira versão da rede social em seu quarto na Universidade Harvard foi se afastando de seu talento original. Ou assim parecia. No início deste ano, Zuckerberg já havia deixado claro que

O Brasil é vice

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48 46 42,5

27 24,4 23,6

33,5 31,1 30,6

As redes sociais existem desde os primórdios da internet. Em 1997, sites como Classmates.com e Sixdegrees foram tentativas de unir as pessoas em torno de um mesmo ambiente virtual. Tarefa difícil, com menos de 2% da população conectada à web. Em 2004, quando Zuckerberg colocou no ar o Facebook, o momento conspirava a favor. Quase 75% dos americanos já estavam conectados. Nos outros países desenvolvidos, e naqueles nem tanto, a internet também crescia exponencialmente. Hoje, 20% de todo o tempo de navegação é consumido nas redes sociais, de acordo com a empresa de pesquisas comScore. Contando apenas

TOp 10 apps

Os 10 países em número de usuários do Facebook (em milhões de pessoas) Estados Unidos Brasil Índia Indonésia México Reino Unido Turquia Filipinas França Alemanha

NOvas experIêNcIas

Os aplicativos de maior sucesso (em milhões de usuários ativos / mês) 156,8

Facebook para BlackBerry (RIM) CityVille (Zynga) Texas HoldEm Poker (Zynga) MyCalendar (MyCalendar) Bing (Microsoft) Live Messenger (Microsoft) FarmVille (Zynga) CastleVille (Zynga) Angry Birds (Rovio) Spotify (Spotify)

36,1 34,9 29,9 24,8 22,9 22,2 21,8 20,9 19,8

54,6

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FOtO SplaSh NewS

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os internautas com mais de 15 anos, esse grupo de usuários formaria uma nação com mais de 1,2 bilhão de pessoas, ou quase a população da China. Só o Facebook reúne 900 milhões de usuários, que, a cada minuto, curtem ou comentam mais de 1,3 milhão de atualizações e postam 3,4 mil imagens no Instagram, o aplicativo de fotos comprado por Zuckerberg em abril. A cada mês, 250 milhões de pessoas curtem e se divertem com games sociais, como os criados por Zynga e PopCap. São números que, mais do que impressionar, atestam o poder crescente das redes sociais. Mas a era do social vai muito além do ato de jogar ou clicar em uma mãozinha azul com o polegar levantado, o mundialmente famoso símbolo do curtir. “A expressão era do social é uma moldura para todas as diferentes inovações que surgiram a partir da eficiência da internet em ligar pessoas”, disse a INFO Nilofer Merchant, autora do livro A Nova Forma de Fazer e uma das primeiras estudiosas a utilizar o conceito em seus artigos para a revista acadêmica Harvard Business Review. Para Nilofer, a definição engloba as novidades que surgiram em produtos, serviços e processos nos últimos 15 anos, tendo como fator primordial o fato de as pessoas estarem de alguma forma conectadas. O Facebook tornou-se o sistema operacional de nossa vida social online e não há, pelo menos por enquanto, nenhum sinal de um possível desapego dos usuários. “O Facebook é parte da vida das pessoas. Elas fizeram um grande investimento emocional e de tempo”, diz Alice Bonasio, diretora de marketing do Badoo, uma rede social focada em relacionamento, com mais de 150 milhões de usuários no mundo. “É muito difícil competir com o Facebook. As novas redes vão ter que

os influenciadores Mark Zuckerberg está cercado de pessoas a quem consulta antes de tomar decisões. Conheça as mais influentes

Sheryl Sandberg

A diretora de operações convenceu Zuckerberg de que publicidade é a alma do negócio

Andrew Bosworth

O diretor de engenharia é peçachave na estratégia do Facebook

Bill Gates

O fundador da Microsoft dá conselhos sobre filantropia e gestão

Peter Thiel

Cofundador do PayPal, foi um dos primeiros a investir na rede social

Steve Ballmer

O CEO da Microsoft é mentor de Zuckerberg

Mark Pincus

O CEO da Zynga ensinou a Zuckerberg ter foco no longo prazo

encontrar um novo espaço, oferecer um serviço diferente”, afirma Alice. Na era do social, o serviço criado por Zuckerberg agora caminha para tornar-se uma espécie de facilitador de novas experiências online e isso envolve entretenimento, informação, compras online e o que mais vier. >> Quer assistir a um filme? O Facebook oferece em vários países a opção de alugar sucessos das telonas. Em abril, pela primeira vez, um filme estreou no Facebook ao mesmo tempo que nos cinemas. Foi um documentário sobre o cantor jamaicano Bob Marley, assistido na rede social por milhões de pessoas. >> Prefere ouvir música? Também em abril os engenheiros do Facebook liberaram um botão chamado "Ouvir", para páginas de bandas e cantores. Depois de escutar e curtir a música, basta um clique para recomendá-la aos amigos. >> Que tal jogar? Não faltam opções de games no Facebook. O destaque aqui vai para a Zynga, empresa que atrai cerca de 200 milhões de jogadores por mês com sucessos como FarmVille, Mafia Wars e Texas HoldEm Poker. A brincadeira pode ser lucrativa. Jogadores gastam dinheiro real para adquirir créditos, a moeda virtual dos games. O Facebook fica com parte dos ganhos, um valor tão alto que representou 12% dos 3,7 bilhões de dólares faturados pela empresa de Zuckerberg no ano passado. >> Quer trocar o site de seu banco pelo FBanking? Há quem diga que a movimentação de créditos nos jogos fará do Facebook um banco considerável até 2015. Enquanto isso não acontece, em fevereiro o Deniz Bank, da Turquia, anunciou o lançamento de um aplicativo para o Facebook. Em março foi a vez do Bradesco. O banco brasileiro já contabiliza mais de 30 mil clientes online que checam o saldo e

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acompanham suas movimentações financeiras sem sair da rede social. “Temos que estar em um ambiente que reúne 46 milhões de brasileiros”, afirma Luca Cavalcanti, diretor do serviço Bradesco Dia e Noite. Quanto mais ativos somos nas plataformas sociais, mais abrangente se torna o verbo socializar. Afinal, quem tem 150 amigos no Facebook não precisa usar um site de buscas para descobrir um bom restaurante japonês na cidade. Basta postar uma pergunta e a resposta será imediata e confiável. Líder das buscas, o Google sabe disso. Tanto que alterou seu famoso algoritmo para incluir um detalhe essencial

sociais. “Ninguém quer ver apenas uma vitrine de produtos”, diz Brunno Gens, diretor de criação e operações da agência digital Frog. “As pessoas querem interagir.” Especializada em mídias sociais, a agência criou o beeSocial, uma ferramenta para comércio eletrônico no Facebook que, entre outras coisas, mostra o que os amigos já compraram e posta enquetes perguntando a opinião deles. “É como unir a experiência de ir ao shopping com os amigos à facilidade de comprar sem sair de casa”, diz Gens. O social commerce começou tímido, mas começa agora a pegar no mundo e a se transformar num mercado

Nada garante que o Facebook se manterá como a principal plataforma da era do social. A qualquer momento pode surgir um novo serviço e deixá-lo para trás no filtro dos seus resultados: as pessoas. Com mais de 120 serviços integrados à sua rede social Google+, a empresa consegue separar a informação que pode interessar à pessoa com base no seu comportamento social – e não apenas em critérios técnicos de relevância. “A web social não é só mais relevante, ela se tornou mais eficiente”, diz Flávia Simon, chefe de marketing do Google Brasil. “O trabalho do Google é achar o que o usuário quer, sem gastar tempo ou ler muita coisa para chegar lá.” A preocupação em adicionar uma camada pessoal à experiência da web não é só do Google ou do Facebook. Depende disso o chamado social commerce, a venda de produtos em redes

promissor. Estimativas da consultoria Booz & Company apontam que 9 bilhões de dólares serão gastos com vendas nas redes sociais neste ano. Para 2015, estima-se que esse número chegue a 30 bilhões de dólares. Já existem vários serviços que cruzam os hábitos de consumo com as atividades nas redes sociais. A empresa brasileira e-bit lançou o Winke, uma rede voltada para compras online. No site, o usuário conta o que comprou no mundo online ou em lojas físicas, interage com outros consumidores, recomenda produtos e conta a seus amigos o que pretende adquirir. O próprio Facebook já dá mostras de que comércio eletrônico é, sim, uma das estratégias que terá de usar para se

capitalizar nesses tempos de pressão dos acionistas. A rede social já criou ferramentas próprias para incentivar o social commerce, com formas seguras de pagamento e mix bem elaborado de produtos. Mas será que as pessoas estão dispostas a comprar pelo Facebook? A julgar pelas últimas pesquisas do eMarketer, parece que sim. Segundo o instituto, os internautas que passam mais tempo no Facebook gastam também mais em compras online, em comparação às que não estão na rede social. O tíquete médio chega a 67 dólares. Outro dado que mostra o poder da era do social: 90% dos consumidores online buscam a opinião de amigos ou conhecidos nas redes para a tomada de decisão de compra. Nos Estados Unidos, isso é uma realidade na compra de ingressos para shows e peças de teatro. Nada garante, porém, que no futuro o Facebook se manterá como o motor principal dessa era em que tudo será feito por meio da colaboração. Afinal, a rede de Zuckerberg é hoje a estrela de um mundo em permanente desenvolvimento, o digital. A qualquer momento pode surgir um novo serviço, uma nova tecnologia e cair no gosto de milhões de pessoas, passando o Facebook para trás. Mas hoje não há nenhum indicador de que isso irá acontecer nos próximos dias. A rede social de Zuckerberg tem ainda muito a evoluir em duas áreas vitais para seu futuro como empresa de capital aberto: a geração de uma receita maior por meio de publicidade e o incremento de seus serviços móveis. Atualmente, a exposição de propaganda no Facebook é mansa. A maioria dos usuários parece não se incomodar com o desfile de anúncios na barra lateral da página. A pressão inevitável dos acionistas deve mudar essa história,

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receita ascendente

superpopulação

A receita da rede (em US$ milhões)

Usuários do facebook (em milhões)

845

900 700

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500

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6

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58 2007

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1 2009

fazendo com que os anúncios se alastrem pelo site. Afinal, Zuckerberg se comprometeu a gerar 5 bilhões de dólares em receita de publicidade neste ano. Nos últimos meses, o Facebook já adicionou blocos de propaganda em áreas como o News Feed. Eles aparecem para o usuário de acordo com a relevância, baseado em seus interesses e no de seus amigos. “O bem mais valioso do Facebook para a publicidade é sua enorme base de usuários”, diz Marcelo Tripoli, presidente da agência digital iThink. “O anunciante pode atingir um público bastante segmentado e isso é mais poderoso que o algoritmo de busca do Google”.

DescONFOrtO móvel Segundo analistas, a receita do Facebook pós-IPO precisa crescer entre 25% e 30% ao ano para que a empresa se mantenha saudável. Atualmente, o Facebook faz quase 5 dólares de receita por usuário ao ano, mas apenas 1 dólar de lucro. Como não será fácil aumentar muito mais sua base de usuários, o jeito será incrementar a monetização gerada por cada amigo conectado à rede. O segundo ponto de atenção do Facebook, responsável em parte pela decepção no IPO, é seu serviço móvel. Metade dos usuários da rede social já se conecta usando smartphones e tablets,

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e quem utiliza o celular para navegar no Facebook sabe o quanto sua versão é inferior, comparada à do browser. Além disso, nos dispositivos móveis a rede de Zuckerberg ainda precisa achar uma forma eficiente de gerar receita. “O Facebook não conseguiu replicar no mobile seu modelo de publicidade”, diz Marcelo Tripoli. “A interferência não é bem recebida pelos usuários.” Não é de hoje que o serviço móvel tem gerado desconforto a Mark Zuckerberg. Em 2008, Steve Jobs convidou o Facebook para apresentar seu aplicativo de iPhone na conferência Apple Worldwide Developers. Zuckerberg escalou um engenheiro e o gerente de marketing para o evento. Eles mostraram um app tão pobre que Jobs teria optado por não inclui-lo na apresentação oficial da conferência. Agora o Facebook corre para recuperar o tempo perdido. Fala-se no lançamento de um smartphone com a marca Facebook, para 2013. Segundo o jornal The New York Times, um time de engenheiros que desenvolveu o iPhone teria sido contratado pelo Facebook para a empreitada. A conferir. Outro rumor era a compra do navegador Opera, para contar com um browser próprio para dispositivos móveis. A conferir. O que já fez o Facebook de concreto foi a criação de um centro de aplicativos que distribuirá para sua audiência apps

para iOS e Android. Serão aplicativos gratuitos e pagos, que ao usar a plataforma Facebook, marcam o início de uma nova oportunidade de negócio, para desenvolvedores e para o próprio Facebook. Além do que já podemos experimentar hoje, o que esperar do futuro dessa era do social capitaneada pelo Facebook? Num exercício de pura futurologia, o instituto Forrester nos conta que traquitanas como o Google Glasses, os óculos de realidade aumentada capaz de nos colocar diante de imagens incríveis, estarão ligadas ao nosso corpo para coletar e armazenar dados. E num futuro nada distante, a integração dos óculos do Google com a tecnologia de reconhecimento facial do Facebook poderá nos dizer, por exemplo, que aquela loira linda que acaba de entrar sozinha no bar está “em um relacionamento sério”. O significado de todas as mudanças que ainda veremos nas redes sociais pode ser resumido nas palavras do próprio Zuckerberg: “Nos últimos cinco anos, o foco estava em como conectar todas essas pessoas”, disse, no escritório de Seattle do Facebook, no meio do ano passado. “Os próximos cinco anos serão focados em todas as coisas malucas que poderemos fazer agora que todas essas pessoas estão conectadas. Acho que vai ser bem divertido”. Isso se os novos acionistas deixarem. ↙ Junho 2012 INFO

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A A ERO D L A SOCI

em cima da hora rejeitada por investidores, uma startup americana recorreu ao site de crowndfunding KicKstarter para levantar recursos e fabricar um relógio inteligente, o pebble. em menos de um mês, conseguiu 10 milhões de dólares, ou 100 vezes o valor esperado / Por maurício moraes

relógio esperto

A tela do Pebble exibe informações enviadas por um iPhone ou Android

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irar o smartphone do bolso para ver a hora ou checar mensagens nunca fez sentido para Eric Migicovsky. Atrapalha na hora de fazer exercícios, e pega muito mal para quem está no meio de uma reunião no trabalho ou em aula. O engenheiro americano teve então a ideia de criar um relógio inteligente que exibe dados e se conecta a iPhones ou celulares com Android. Nascia o Pebble. A princípio, os investidores não se animaram e o projeto quase foi engavetado. A história começou a mudar quando Migicovsky decidiu tentar uma última cartada: colocar a ideia no Kickstarter. Deu certo. Em menos de um mês, o Pebble amealhou 10 milhões de dólares com internautas de todo o mundo. É o maior caso de sucesso do site de crowdfunding. O projeto da Pebble Technology não era ambicioso. Seu objetivo era conseguir 100 mil dólares para fabricar mil relógios. Essa quantia foi arrecadada nas primeiras duas horas. Em pouco mais de um dia, a empresa conseguiu 1 milhão de dólares. No fim, encheu os cofres com mais de 100 vezes o valor inicial. O sucesso inesperado levou a uma mudança de planos. O aparelho não será mais feito nos Estados Unidos, porque a fábrica escolhida em San José, na Califórnia, não daria conta das 85 mil unidades prometidas. A produção foi transferida para a China. Com as doações generosas, será possível melhorar o produto, cuja nova versão será resistente a água e ganhará Bluetooth 4.0, que consome menos bateria. Quem olha para o bom momento da empresa não imagina que, no início do ano, a situação era desoladora. Para tirar o projeto do papel, Migicovsky recorreu a fundos de venture capital

foto divulgação

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atrás de recursos e só recebeu respostas negativas. “Não conseguimos dinheiro”, disse a INFO Rahul Bhagat, diretor de operações da Pebble Technology. Essa não era a primeira vez que a startup se arriscava a fabricar um gadget. Seu primeiro relógio inteligente foi o inPulse, que se comunicava com smartphones BlackBerry. “Foram vendidas 1,5 mil unidades, o que é muito bom como primeira tentativa”, afirma Bhagat. Nem assim os investidores decidiram se arriscar. Uma explicação para isso é cultural. No Vale do Silício, startups de hardware têm mais dificuldade para conseguir recursos do que as empresas de softwa-

apresentam ideias e pedem apoio financeiro. Vale qualquer coisa: de um documentário sobre a história de velhinhas estilosas a um jogo de cartucho para Atari. A campanha é divulgada em redes sociais como Facebook e Twitter.

VOCÊ NA EMBALAGEM Quem colabora financeiramente recebe uma recompensa, que vai desde ter o nome estampado na embalagem, para quem paga menos, até receber um número determinado de unidades do produto. No caso do Pebble, 66 mil pessoas doaram quantias de 99 dólares ou mais, que serão trocadas por 85 mil relógios. O dispositivo

Para produzir 85 mil relógios até o fim deste ano, a empresa deixou de lado a indústria americana. A fabricação dos aparelhos foi transferida para a China re. As margens de lucro são menores, pois criar um produto físico envolve uma série de custos que o desenvolvimento de software não tem. Há preocupações com logística, fornecedores, pesquisa e desenvolvimento, controle de qualidade e garantia para os consumidores. “Quando os fundos de venture capital analisam o projeto, verificam o perfil de risco e tentam prever quantas pessoas estão interessadas em comprar o produto”, afirma Bhagat. “Eles sabiam que o risco conosco era alto. Não tinham como provar que havia um apetite no mercado por relógios inteligentes.” Em sites de crowdfunding como o Kickstarter, a dinâmica é outra. Por meio do serviço, artistas e inventores

ainda não saiu da prancheta e chegará aos colaboradores em setembro. Depois do sucesso do Pebble no Kickstarter, os investidores resolveram procurar Migicovsky. Foi a vez de eles ouvirem um não. “Temos todo o dinheiro de que precisamos para a primeira remessa de produtos”, afirma Baghat. Eles pretendem procurar financiamento apenas para fabricar o segundo lote, previsto para 2013. Antes disso, Migicovsky e sua equipe querem se concentrar em fazer o Pebble sair do papel. A expectativa agora é saber se o relógio será tão incrível quanto na campanha. Se der certo, vai confirmar o crowdfunding como uma maneira eficaz de produzir inovação. ↙ Junho 2012 INFO

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/ tomada articulada

A A ERO D L A SOCI

Jake Zien ganhou US$ 150 mil com sua régua, criada com a colaboração de 700 pessoas

Criação SoCial o QuiRky é um site de colaboRação Que ajuda a tRansfoRmaR ideias em PRodutos, com a cuRadoRia de 200 mil usuáRios. se aPRovado, o PRojeto Pode seR vendido e RendeR milhaRes de dólaRes a seu cRiadoR e a Quem contRibuiu com sugestões / Por Paula Rothman

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americano Jake Zien tinha um problema em casa. Com o aumento do número de gadgets, faltavam tomadas para tanto carregador. Na tentativa de resolver a questão, comprou uma régua plástica com várias entradas para conectar os aparelhos. Deu certo, mas só em parte. O jovem de 22 anos ainda se frustrava com o fato de que a fonte do celular bloqueava uma outra saída de energia. “Pensei: como seria ótimo conseguir girar a droga do plugue para o lado”, disse Zien a INFO. Sem saber como transformar a ideia em realidade, inscreveu o projeto no Quirky, um site de colaboração que financia projetos. E o melhor: divide os lucros com o inventor e com todos os que contribuem com sugestões. O resultado? Mais de 700 pessoas colaboraram com a criação da Pivot Power, uma régua de tomadas articulada que vendeu mais de 180 mil unidades e rendeu 150 mil dólares a Zien, seu inventor. A Pivot Power é o mais bem-sucedido case do Quirky, site criado em Nova York em 2009 para o desenvolvimento social de produtos. Entre os mais de 200 já lançados estão panela com escorredor de macarrão embutido e luvas de frio para acionar telas touchscreen. “Nossa única regra é que o produto seja destinado ao consumidor final”, afirmou a INFO Nathan Smith, chefe de tecnologia do Quirky e ex-funcionário do Google. Para inscrever uma ideia no site é preciso pagar uma taxa de 10 dólares. Uma vez postada, todos os usuários cadastrados podem discuti-la. Apesar de usar o conceito de comunidade, o Quirky é bem diferente dos sites de crowdfunding, como o Kickstarter. Neles, uma pessoa posta um produto e os usuários podem ou não investir seu dinheiro nele. O Quirky não funciona

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como uma plataforma para arrecadar fundos. Seu objetivo é reunir boas ideias e usar os 200 mil usuários como termômetro para saber se o produto fará ou não sucesso. É um sistema onde as pessoas dizem o que querem, como querem e quanto estão dispostas a gastar. E ainda ganham para fazer isso.

Quem cOmeNta lucra O Quirky recebe entre 150 e 300 novas ideias por semana. Dessas, duas saem do papel. Antes de chegar às prateleiras, o produto passa por uma seleção rigorosa. A comunidade se encarrega de filtrar os projetos, curtindo, como no Facebook, os que acham interessantes.

e Bed Bath & Beyond, presentes em mais de 30 países. O valor das vendas é dividido entre os participantes. O dono da ideia fica com 30% do arrecadado no site e 10% da receita dos outros parceiros. Parte dessa quantia é destinada aos outros usuários que colaboraram. O dinheiro é depositado em uma conta virtual que pode ser resgatada quando atingir 75 dólares. “Desde que foi criado, o sistema já distribuiu mais de 1 milhão de dólares entre os usuários”, diz Smith. A fórmula do Quirky não é exclusiva. A empresa ganhou destaque por lançar produtos de sucesso que geraram um faturamento de 7 milhões de dólares no ano passado. Em 2012, a ex-

O Quirky já distribuiu mais de 1 milhão de dólares entre os usuários que colaboram com ideias e sugestões para os produtos postados no site Ao mesmo tempo, os 75 funcionários do Quirky analisam as sugestões. Aquelas com maior potencial ou as muito populares passam para a próxima etapa. “Aí começamos a explorar as possibilidades de design e funcionamento”, afirma Smith. Os engenheiros e designers da empresa partem da ideia original do criador e consultam a comunidade para decidir cores e até o preço final. O nome Pivot Power, por exemplo, foi sugerido no site. A cada pergunta respondida, o usuário do site ganha uma recompensa. Ao fim do processo coletivo de criação, o objeto passa a ser fabricado, geralmente em alguma planta na China, e vendido no Quirky, na Amazon ou em lojas populares como Toys R Us, Target

pectativa do Quirky é arrecadar mais de três vezes esse valor. Para dar conta do crescimento, a empresa se mudou para um galpão de 2,5 mil metros quadrados equipado com um laboratório de protótipos. Cortadores a laser, impressoras 3D e máquinas de pintura ajudam a criar os produtos sugeridos no site. “O sistema funciona porque permite que as pessoas encontrem solução para um problema que também possuem”, afirma Zien, o criador da tomada articulada. Recém-formado em design e com experiência em programação, Zien acaba de ser contratado pelo Quirky para desenvolver mais um projeto, o aplicativo para iPhone do site. Só que, desta vez, vai trabalhar sem ajuda. ↙ Junho 2012 INFO

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muito além da matemática

o pesquisador luiz velho foi o primeiro brasileiro a pisar no media lab. hoje coordena no impa o laboratório de computação gráfica

no alto de uma montanha no rio de janeiro, o instituto de matemática Pura e aPlicada é referência em comPutação gráfica. assim como o badalado laboratório do mit, o imPa Produz trabalhos científicos, aPPs e Produtos inovadores

sileiro / Por gustavo poloni,

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do rio de Janeiro fotos

andrea marques

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A

li só tem maluco.” Com a frase, o taxista que faz ponto

no Aeroporto Santos Dumont começa a corrida para o Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O destino é um prédio de 15 mil metros quadrados incrustado no alto da curvilínea Estrada Dona Castorina, lugar cercado pela exuberante Mata Atlântica e com vista privilegiada da Lagoa Rodrigo de Freitas. É lá que está instalado o Impa. Poucos o conhecem, mas trata-se de um dos mais celebrados e respeitados centros de pesquisa do mundo. A brincadeira do taxista tem um quê de verdade. Convivem no Impa estudantes, futuros doutores e pesquisadores assumidamente loucos por um tema que pode assustar quem não é ligado em números: a matemática. Muito do que é feito dentro do Instituto de Matemática Pura e Aplicada é grego para a maioria das pessoas. Mas uma parte dessa turma está usando algoritmos e modelos matemáticos para criar tecnologias que estarão cada vez mais presentes no dia a dia. Dos laboratórios do Impa surgiram dezenas de artigos científicos, livros, aplicativos para smartphones e tablets e produtos que renderam ao instituto comparações com o Media Lab, o laboratório de design, multimídia e tecnologia do MIT (Massachusetts Institute of Technology). “O desafio da ciência é fazer com que a inovação seja repassada para a sociedade de maneira efetiva”, diz o pesquisador Luiz Velho, responsável pelo Visgraf, como é chamado o Media Lab do Impa.

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À primeira vista, os corredores do instituto não lembram em nada um centro de pesquisa de tecnologia. As salas de aula não são equipadas com computadores de última geração e os estudantes não têm o estereótipo nerd. Ao contrário. É comum encontrar ali aluno com jeitão de surfista, de bermuda florida e chinelo de dedo. As paredes exibem enormes lousas verdes, daquelas em que se escreve com giz. No meio do prédio, uma biblioteca imponente exibe uma vasta coleção de livros com assuntos como geometria algébrica, sistemas dinâmicos e análise combinatória. Mas é só atravessar um corredor estreito lotado de imagens e equações penduradas nas paredes para chegar a dois dos quatro laboratórios de computação gráfica do Impa.

Sem dIStOrçãO O Teatro de Visualização Imersiva e Jogos Interativos é uma mistura de sala de cinema e de diversão. Os pesquisadores têm à disposição computadores, câmeras, televisores, um generoso link de 20 Gbps e um Kinect para trabalhar. No telão de seis metros de comprimento, dois de largura e visão de 120 graus é possível experimentar com mais realismo os simuladores de voo. Também dá para ver em detalhes aquela que já foi considerada a maior foto do mundo. Resultado de uma pesquisa do Visgraf, a imagem panorâmica do Corcovado é a junção de mais de 6,2 mil cliques e tem 67 gigapixels, ou 6,7 mil vezes mais do que uma câmera digital compacta. Foi desenvolvida em colaboração com a Universidade de Hong Kong, na China, e quebrou o recorde de maior foto do mundo em 2010. Impressa, a foto teria a altura de um prédio de cinco andares e um quarteirão de comprimento. Meses mais tarde, o Visgraf quebraria novamente o recorde com uma imagem panorâmica da Urca. Não muito distante, em outro laboratório do Visgraf, o catarinense Leonardo Sacht, 25 anos, se concentra em uma maneira de usar equações e algoritmos para endireitar as imagens que aparecem na tela do computador.

Os pesquisadores têm um link rapidíssimo de acesso à web, câmeras, TVs e até um Kinect para trabalhar nos projetos edição de imagem Artnet digitAl

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O criadOr

Jonas Oliveira trabalhou com computação gráfica na Globo antes de fundar o laboratório do Impa

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Com 67 gigapixels, a imagem panorâmica do Corcovado quebrou em 2010 o recorde de maior foto do mundo Nascido em Joinville e filho de uma professora de português e de um açougueiro, ele se formou em matemática pela Universidade Federal de Santa Catarina antes de se candidatar ao mestrado no Impa, em 2008. Gostou tanto que nunca mais saiu. No terceiro ano de um doutorado, toca uma pesquisa cujo tema é distorções em imagens de grande campo de visão. O trabalho ainda vai levar algum tempo para ficar pronto, mas Sacht já sabe bem o que fazer com ele. A ideia é bater na porta do Google para apresentar a ideia para o Street View, serviço que leva o internauta às ruas das maiores cidades do mundo. Apesar de popular, hoje o serviço do Google enfrenta algumas limitações técnicas. Quando a empresa captura as imagens, usa uma câmera capaz de fotografar todo o campo de visão. Mas essa imagem não é aproveitada na web porque sofre uma distorção ainda difícil de ser corrigida. “Com essa técnica é possível ver fotos de mais de 180 graus sem nenhuma

deformação”, diz Sacht. Apesar de ter um produto quase pronto, o doutorando não pretende trabalhar em empresas quando deixar o Impa. “Quero assumir uma cadeira de professor de universidade para fazer pesquisa”, afirma. Ao todo, 30 pessoas estão envolvidas com as atividades realizadas pelo Visgraf. São pesquisadores, assistentes, doutorandos, mestrandos, trainees e funcionários administrativos. Apesar de a base de todo o trabalho ser, claro, a matemática, os temas ali desenvolvidos seguem por diferentes caminhos. Nos laboratórios já foram feitos (ou ainda estão em andamento) trabalhos com mídia, dança, música computacional e produtos. Um deles é um aplicativo chamado Blues Machine. Disponível para iPhone e iPad, ele utiliza um algoritmo que pode ter sido copiado pela Apple no seu GarageBand (veja texto à pág. 87).

MaracaNã MultIMídIa Nos últimos quatro anos, as pesquisas no Visgraf resultaram em 17 artigos publicados nos maiores jornais científicos do mundo. São mais de quatro ao ano. Desde que o laboratório foi criado, há 23 anos, coleciona 73 artigos. Os trabalhos ajudam a colocar o Impa à frente de departamentos de pesquisa de renomadas universidades americanas. Dados da American Mathematical Society mostram que o instituto publica, em média, 2,03 artigos relevantes por pesquisador ao ano. É mais do que Harvard, com 1,89, e Princeton, com 1,83. O desempenho ajuda a atrair para o Impa acadêmicos de renome de

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todas as partes do mundo. É fácil encontrar pelos corredores do prédio rodinhas de estudantes onde não se fala português. “Mais de 50% dos cerca de 220 alunos do Impa são estrangeiros”, diz César Camacho, diretor do instituto, nascido no Peru. O carioca Ruben Zonenschein, 47 anos, conhece bem os meandros do Impa. O interesse por tecnologia e computação surgiu por influência do pai, engenheiro civil. “Ele sempre trazia para casa as últimas novidades em eletrônicos, como gravador de fita, videocassete e um Mac II”, afirma Zonenschein. Formado em economia e com diploma de vários cursos de computação, foi trabalhar com desenvolvimento de sistemas. Logo percebeu que se encantava mais com a tecnologia por trás das primeiras animações da Pixar do que com a produção de software. No início dos anos 1990, decidiu por um mestrado em computação gráfica na Inglaterra e, ao voltar, foi aceito como pesquisador do Visgraf. “Não queria ser professor, me interessava mais por pesquisa e desenvolvimento de produtos”, afirma Zonenschein. Ele resolveu, então, criar uma empresa e transformar em realidade um produto criado no Impa, o Visorama. Trata-se de um binóculo que permite a interação com imagens panorâmicas em um ambiente multimídia. As aplicações são inúmeras. Um exemplo? Pode ser usado em pontos turísticos, como o Corcovado. De lá, quando o viajante aponta o binóculo para o Maracanã, pode assistir a um vídeo com a história do estádio. O Visorama levou seis anos para ser concluído e é vendido por 70 mil reais.

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“Até hoje uso na empresa a base do que aprendi no Impa”, diz Zonenschein. As pesquisas de ponta que misturam design, multimídia e tecnologia credenciam o Visgraf a ser uma espécie de versão brasileira do Media Lab. Mas os dois laboratórios são diferentes na origem. Ao contrário do americano, instalado em uma faculdade de arquitetura e planejamento, o Visgraf foi criado dentro de um instituto de matemática. O motivo? Em 1984, o pernambucano Jonas Oliveira trabalhava no seu doutorado em matemática pura. Para demonstrar a veracidade das hipóteses que imaginara para a tese em geometria, precisava gerar dados com a ajuda da computação gráfica. Atualmente um entendido no assunto não teria dificuldades. Mas em 1984 a tecnologia ainda dava seus primeiros passos. Oliveira, hoje com 55 anos, não teve saída. Passou a desenvolver os programas que usaria para terminar o trabalho. Ficou tão fascinado pelo assunto que logo se transformaria em referência em computação gráfica no país.

tudO é algOrItmO Ao final do doutorado, Jonas Oliveira foi procurado pela Rede Globo para ajudar a desenvolver seu departamento de computação gráfica. Lá, trabalhou com o designer Hans Donner. “Troquei um mestrado em Berkeley para fazer um na Globo”, afirma Oliveira, hoje um dos gestores do fundo BR Investimentos. “Para fazer um efeito especial na TV importávamos poderosos computadores e criávamos os softwares. O clima era o de uma startup”, afirma.

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Além de contribuir para a computação gráfica, o Impa ajuda a melhorar o ensino de matemática no país Depois de quatro anos na TV, percebeu a importância que a computação gráfica teria no futuro e voltou ao Impa para fundar o laboratório. “O Visgraf surgiu com a missão de fazer pesquisa de ponta”, diz Oliveira, que também participou do grupo que trouxe a internet para o Brasil, na década de 1990. Hoje, o responsável por manter esse ímpeto pela inovação é o matemático Luiz Velho, 56 anos, uma espécie de Forrest Gump da computação gráfica. Assim como o personagem clássico do cinema, Velho esteve presente em alguns dos mais importantes momentos da história da tecnologia. Foi o primeiro brasileiro a pisar no Media Lab, em meados da década de 1980, quando o laboratório do MIT ainda estava em fase final de construção. Mais tarde voltaria, mas dessa vez como estudante de mestrado. Nascido e criado no Rio de Janeiro, Luiz Velho também trabalhou na primeira empresa a desenvolver animação feita inteiramente com computação gráfica e no departamento de efeitos visuais da TV Globo, onde conheceu Jonas Oliveira.

Medalha FIelds Uma rápida conversa basta para perceber que Velho integra a turma dos malucos por matemática do Impa. Na sua sala, localizada no segundo andar do prédio, prateleiras cheias de livros dividem o espaço com uma caixa em que guarda o código-fonte de um programa que criou nos Estados Unidos. Velho pode passar horas ali, contando os feitos do Visgraf. Entre outras histórias, diz que o departamento desenvolveu, em 2003, um aparelho muito parecido com o que anos depois seria conhecido como Kinect, o acessório para video-game da Microsoft que reconhece movimentos. Ou uma mesa com tela sensível ao toque, que a mesma Microsoft lançaria anos depois com o nome de Surface. Não raro, ele se levanta e, com um giz, explica o assunto com desenhos na lousa verde. “Fazemos pesquisa para provar conceitos”, afirma Velho. “Hoje em dia tudo é algoritmo.” Além de contribuir para o desenvolvimento da computação

por dentro do impa O doutorando Leonardo Sacht (acima, à esq.) e o empresário Ruben Zonenschein usaram os laboratórios do Visgraf para criar produtos; ao lado, no alto, a imponente biblioteca do Impa, com vasto acervo de livros técnicos; abaixo, sala de estudos com vista privilegiada para a Mata Atlântica

gráfica no Brasil, o Impa ajuda a melhorar o nível do ensino de matemática no país. Criado pelo governo federal em 1952, fazia parte do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, o CNPq. Para se tornar mais ágil e evitar burocracia, virou uma organização social, mas continua ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. O instituto usa em pesquisas a maior parte do repasse de 18 milhões de reais que recebe dos cofres públicos. Uma fatia é destinada a organizar as Olimpíadas de Matemática, que todos os anos reúnem milhares de estudantes, e um programa de mestrado para capacitar professores do ensino médio. Perto de completar 60 anos, o Impa já planejou uma série de festejos para o segundo semestre.

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o brasileiro que pode enfrentar a apple EX-ALUNO DO IMPA, MARCELO CICCONET CRIOU UM ALGORITMO PARA MúsICA qUE PODE TER INsPIRADO O GARAGEBAND Em 2008, o catarinense Marcelo Cicconet estava aprendendo a tocar guitarra, mas tinha dificuldades para entender as escalas do blues. Foi quando pensou: “seria bem mais fácil se a série de notas fosse uniforme”. Mais ou menos na mesma época, ele foi convidado a trabalhar como monitor de um workshop promovido pelo Impa para desenvolver um projeto que funcionasse em uma mesa multitoque, dessas parecidas com a surface, criada pela Microsoft. Foi quando teve um estalo. Cicconet decidiu usar um algoritmo para alinhar as notas em uma interface bidimensional. O objetivo? Usar a mesa para tocar blues de forma fácil e divertida. “A ideia era ladrilhar o plano para padronizar a exibição das notas”, disse a INFO Cicconet, 29 anos. Do projeto surgiu o aplicativo Blues Machine, disponível para o download em iPhone e iPad.

Vai oferecer, por exemplo, palestras com pesquisadores que receberam a Medalha Fields, uma espécie de Prêmio Nobel da matemática. (Aqui vale um parêntese histórico. A matemática é a única disciplina das ciências exatas que não tem um Prêmio Nobel. O motivo? Entre os matemáticos se diz que ao criar a premiação, o sueco Alfred Nobel descobriu que sua mulher tinha um caso com um jovem e brilhante matemático. Para evitar que um dia ele fosse agraciado com o prêmio, Nobel aboliu a matéria.) Além de trocar informações, a visita dos matemáticos premiados serve como incentivo para os jovens mestrandos e doutorandos. Até hoje, nenhum pesquisador do Impa ou do Brasil recebeu a Medalha Fields. É o prêmio que falta para coroar o trabalho realizado pelo instituto. ↙ ILUsTRAçãO evandro bertol

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ideia copiada Marcelo Cicconet e o professor Luiz Velho, responsável pelo Visgraf, o laboratório de computação gráfica do Impa, ficaram tão satisfeitos com o resultado do projeto que entraram com pedido de patente. Ao mesmo tempo, apresentaram a ideia em dois importantes eventos mundiais de computação gráfica. A euforia deu lugar à dúvida quando a Apple lançou o GarageBand. Apesar de mais completo (permite fazer música com vários instrumentos), o app traz uma lógica muito parecida com a do Blues Machine. “É cedo para afirmar que a Apple copiou a minha ideia”, afirma Cicconet, que só vai se preocupar com um possível processo quando a patente for concedida, em alguns meses. O Blues Machine não é o único projeto envolvendo música do ex-aluno do Impa. No começo deste ano, ele bolou um algoritmo que permite que pessoas façam duetos com robôs.

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veja mais no site comparativo dos planos 3g mapa interativo com a coBertura nas cidades como foram feitos os testes do infolaB

a internet movel em teste O INFOlab rodou por 11 cidades brasileiras para medir a velocidade da banda larga móvel. Veja como se saíram as redes das operadoras Claro, Oi, TIM e Vivo /

Por Airton Lopes e Luiz Cruz infográfico AnnA LuizA ArAgão/mAná e.d.i.

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FOrtaleza

1,7 Mbps

(1)

recIFe

2,1 Mbps

(1)

salvadOr

2,2 Mbps

(1)

brasílIa

2,0 Mbps

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belO hOrIzONte

2,6 Mbps

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rIO de jaNeIrO

2,1 Mbps

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sãO paulO

1,8 Mbps

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garulhOs

1,2 Mbps

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campINas

2,0 Mbps

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curItIba

2,1 Mbps

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pOrtO alegre

2,6 Mbps

(1)

Média geral

2,0 Mbps(1)

(1) Velocidade média de download considerando as medições feitas nas redes da Claro, Oi, TIM e Vivo

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Com 53,2 milhões de usuários de internet pela rede celular, reclamar da qualidade das conexões 3G virou mania nacional. Dificuldades para conectar, quedas constantes de sinal, velocidades de tartaruga e planos irrisórios de dados são queixas recorrentes. Mas será que os serviços 3G são realmente tão ruins no país? Para mostrar a quantas anda a saúde da nossa banda larga móvel, o INFOlab pegou a estrada para medir as conexões de Claro, Oi, TIM e Vivo em 9 estados. Depois de rodar 8, 3 mil quilômetros para chegar às 11 cidades brasileiras que serviram de palco para 213 medições, os números mais expressivos que saltaram das planilhas de testes foram os de download em altíssima velocidade nas recém-inauguradas redes com tecnologia HSPA+ da operadoras Claro e Vivo. No mapa da banda larga móvel, as capitais Belo Horizonte e Porto Alegre despontam como os municí-

pios com a melhor cobertura de internet pela rede celular. A média da velocidade de download aferida nas redes das quatro operadoras testadas atingiu 2,6 Mbps nas duas cidades. O recorde foi cravado na rede da Claro em terras gaúchas, com uma taxa de 7,5 Mbps. Com essa banda disponível, o download de um arquivo de 100 MB leva apenas 1 minuto e 47 segundos para sair do servidor, seguir até a estação radiobase da operadora e voar até o notebook ou celular do usuário. O município com a pior média alcançada no teste foi Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, com sonolento 1,2 Mbps. Mas esse índice é um pouco mais alto do que o limite de 1 Mbps ofertado pelas operadoras para a maioria de seus planos 3G. Na média geral, considerando os valores obtidos em todas as

São Paulo Em 27 medições nas regiões das avenidas Paulista e Berrini e nos bairros do Butantã, Pinheiros, Vila Mariana e Sapopemba, a melhor média foi da Claro, com 3,2 Mbps, seguida pela Vivo, com 2,8 Mbps. A Oi teve o seu melhor desempenho no teste, entregando 110% da sua velocidade nominal de 1 Mbps. A TIM foi a pior, com apenas 0,3 Mbps. pAUlIstAnOs sOfreM COM A tIM Claro

Oi

tIM

vivo

Download (Mbps)

3,2

1,1

0,3

2,8

Upload (Mbps)

1,0

0,2

0,1

0,7

Avaliação técnica(1)

8,4

6,7

5,0

8,1

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RIO DE JANEIRO Claro e Vivo apresentaram velocidades acima de 3 Mbps, enquanto Oi e TIM não passaram de 0,7 Mbps. Os testes foram efetuados na região central, nos bairros do Arpoador, Botafogo e Copacabana e no Aeroporto Santos Dummont, local com picos de velocidade de 6,9 Mbps (Vivo) e 5,3 Mbps (Claro). Navegar em 3G na Avenida Rio Branco foi tarefa complicada. oi e tim decepcionam no rio claro

oi

download (mbps)

3,7

0,7

0,7

3,3

Upload (mbps)

0,8

0,1

0,3

0.9

avaliação técnica(1)

8,5

6,0

6,1

8,4

tim

Vivo

localidades, as taxas de download da Claro foram de 3,5 Mbps, as melhores do teste. Na Vivo, o ponteiro bateu em 3 Mbps. Na prática, esses números proporcionam o carregamento instantâneo das páginas de internet ou vídeos em alta definição rodando sem engasgos na tela do smartphone, tablet ou notebook com modem 3G espetado na porta USB. Mas antes de ligar furioso para sua operadora para descobrir por que, afinal, você não chega nem perto dessas velocidades, é preciso saber que a internet móvel superveloz da Claro e da Vivo ainda não é para todos. Para desfrutar dos benefícios das redes HSPA+ é obrigatório que smartphone, tablet ou modem sejam compatíveis com essa tecnologia. Por enquanto, ainda é reduzida a base de dispositivos com suporte a HSPA+, como os smartphones Galaxy Note, da Samsung, e Razr, da Motorola,

e os tablets Galaxy Tab 8.9 e 10.1, ambos da Samsung. O pequeno contingente de usuários das redes HSPA+ significa banda livre para os felizardos que já trafegam por elas. Os testes do INFOlab nas redes HSPA+ foram feitos em condições favoráveis, num cenário oposto ao que vemos nas redes 3G, onde, em muitos momentos, conseguir sinal é como abrir espaço com os cotovelos dentro do metrô paulistano nos horários de rush. Mas será que as redes HSPA+ conseguirão manter esse alto padrão de qualidade? Bem, a resposta virá com o tempo e a popularização dos aparelhos HSPA+.

Enquanto Claro e Vivo alcançaram taxas de 5,5 Mbps, os aparelhos com chips da Oi e da TIM penaram para se conectar no bairro da Barra. No centro, a surpresa foi o sinal fraquinho da Vivo, com conexões abaixo de 0,2 Mbps, o que acabou derrubando a sua média geral. Nas provas realizadas no bairro Pituba, Oi e TIM ficaram próximas de 1 Mbps. claro faz bonito na bahia

A REALIDADE DO 3G Ainda sem o HSPA+ para anabolizar suas redes, o desempenho das operadoras Oi e TIM nas medições realizadas pelo INFOlab durante três semanas do mês de maio foi mais próximo da realidade da maioria dos usuários de 3G. Na TIM, a média foi de 0,9 Mbps, valor próximo do 1 Mbps anunciado como velocidade nominal pela operadora em seu plano pós-pago para smartphones. Já os clientes da Oi têm ainda que se contentar com 0,6 Mbps, o que é pouco mais da metade da velocidade divulgada em todos seus planos. As duas operadoras ficaram na lanterna do teste. Comparado aos dados aferidos no teste de banda larga móvel realizado pelo INFOlab em 2010, as velocidades médias de todas as operadoras

(1) Média ponderada considerando as notas para as velocidades de download (70%) e upload (30%) medidas em cada operadora

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subiram. O fator HSPA+ fez com que as taxas de download de Claro e Vivo disparassem 383% e 347%, respectivamente. Na TIM e na Oi, a rapidez nos downloads aumentou em 79% e 17%. Em algumas cidades a banda larga móvel das duas operadoras piorou. A maior queda na qualidade do serviço da TIM aconteceu em São Paulo, com uma redução de 51% na velocidade. Nos pontos visitados pela equipe do INFOlab, os clientes da TIM precisam ter

Belo Horizonte e Porto Alegre são as cidades com a melhor cobertura de internet pela rede celular do país. Guarulhos registrou a pior média

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paciência. Primeiro para conseguir a conexão, já que a quantidade de falhas e tentativas frustradas de navegação na rede da TIM é bem superior ao observado em qualquer outra cidade. Depois, para acessar a internet em apenas 0,3 Mbps. O pior local visitado pelo INFOlab para quem usa Oi na navegação de internet continua sendo Curitiba. Se em 2010 os assinantes sofriam com uma conexão que oscilava em torno de 0,3 Mbps, hoje eles estão ainda mais à mingua. Na capital paranaense foi registrada a pior média de download, com 0, 2 Mbps. A velocidade é a mesma observada em Porto Alegre. Em cinco cidades (Rio de Janeiro, Brasília, Salvador, Belo Horizonte e Campinas), as velocidades médias da Oi tiveram discreta melhora. A única capital em que o desempenho da Oi foi bom é São Paulo. As taxas médias de download cresceram 106%, chegando a 1,1 Mbps, com picos de até 1,7 Mbps. Trata-se da única localidade onde a Oi consegue oferecer mais de 1 Mbps para seus clientes.

UM PÉ NO 4G Responsável por multiplicar a velocidade do 3G ao qual nos acostumamos, a tecnologia HSPA+ fornece uma torrente de dados de até 42 Mbps. Isso na teoria. Longe dos laboratórios, o que se consegue nas ruas são velocidades médias entre 3 Mbps e 4 Mbps, com picos de

10 Mbps. Segundo a GSA (Global mobile Suppliers Association), até janeiro, 202 operadoras já ofereciam o HSPA+ em todo o mundo. A projeção aponta que, em 2015, 80% das 451 redes 3G mundiais estarão funcionando com HSPA+. No Brasil, Vivo e Claro lançaram nacionalmente o serviço de banda larga com tecnologia HSPA+ no primeiro trimestre deste ano. “Toda a rede 3G da Vivo, que cobre mais de 2 800 municípios, é HSPA+.

FORTALEZA É a capital com menor velocidade da Vivo (1,7 Mbps). O HSPA+ da Claro está presente (2,8 Mbps), mas não com a mesma intensidade verificada em outras regiões. Por outro lado, é uma das cidades onde a TIM conseguiu superar a barreira de 1 Mbps. As medições foram feitas nos bairros de Serrinha, Aldeota, Fátima, Meireles e na região central. Hspa+ da vivo não impressiona

BRASÍLIA Ao final de 17 baterias de testes na Asa Norte, no Setor Hoteleiro Sul e no Aeroporto Internacional de Brasília, Claro e Oi ficaram com médias abaixo das observadas em outras cidades. No Setor Hoteleiro Sul, as oscilações no sinal da Oi chegaram a impedir a medição com o smartphone no papel de roteador. oi vai mal na capital do país

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Na média geral das 11 cidades avaliadas, a Claro foi a operadora que registrou as melhores taxas de download, seguida pela Vivo

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Em Lagoa da Carmo, no sertão de Pernambuco; em Travesseiro, interior do Rio Grande do Sul; em Belterra, no Pará. Em qualquer uma dessas regiões tem HSPA+", diz Daniel Cardoso, diretor-executivo de marketing da Vivo. Só que, para usá-lo, além de possuir aparelho compatível, é preciso assinar um plano 3G Plus. A opção para smartphone, com franquia de 500 MB, atrelada a pacote com ligações ilimitadas entre celulares Vivo e 60 minutos de voz para outras operadoras, custa 99 reais. Com cota de dados de 10 GB, o plano 3G Plus para modem custa 199,90 reais. Na Claro, o serviço batizado de 3G Max está disponível em 995 cidades e, diferentemente do que ocorre na Vivo, não é preciso contratar um plano de dados especial para desfrutar do upgrade de velocidade. “O limite anterior de 1 Mbps de todos os planos foi ampliado.

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O uso de banda larga móvel dobra a cada ano no país desde 2010. Em abril, 53,2 milhões de pessoas acessaram a web com smartphone, tablet e notebook com 3G

Todos os nossos planos pós-pagos para celular, tablet e modem passaram a oferecer a velocidade máxima do HSPA+", afirma Fiamma Zarife, diretora de serviços de valor agregado da Claro. Na Oi, o HSPA+ só existe em um projeto-piloto em São Paulo e no Rio de Janeiro sem previsão de lançamento. Segundo a TIM, apesar de não ter sido feita qualquer divulgação, 50% de sua rede no estado de São Paulo já estaria operando em HSPA+. “Não gri-

BELO HORIZONTE Considerando o que é oferecido pelas quatro principais operadoras no aeroporto de Confis, no centro e nos bairros da Pampulha, Sagrada Família, Cidade Nova e Savassi, a capital mineira é dona da melhor média geral de download (2,6 Mbps) e upload (0,6 Mbps). É um dos poucos locais onde o HSPA+ da Vivo superou o da Claro. vivo manda bem em minas Claro

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tamos isso na mídia porque não é algo que possa ser usado massivamente, por falta de aparelhos”, afirma Roger Solé, diretor de marketing da TIM. Nos Estados Unidos e em outros países, a tecnologia HSPA+ é comercializada por operadoras e fabricantes de smartphone como sendo 4G. A justificativa é a de que HSPA+ e LTE já oferecem “experiência de 4G”, o que significa velocidades bem mais altas que o 3G. Só que tanto a taxa real de download do HSPA+ (até 4 Mbps) como a do LTE (cerca de 8 Mbps) estão abaixo do limite mínimo de 100 Mbps estabelecido pela UIT (União Internacional de Telecomunicações) para que uma tecnologia de transmissão de dados para dispositivos móveis possa ser considerada de quarta geração. Mas a própria UIT autoriza a classificação do HSPA+ como 4G, aumentando a confusão e dando campo para a criação de mais uma sigla, o 3G+, empregado para definir redes mais rápidas que as 3G, mas que não são LTE. No Brasil, as operadoras preferiram evitar confusões com a sopa de letras. “O cliente não entende as siglas. Para ele, o importante é o incremento de velocidade”, diz Solé. A concorrência para as licenças de exploração de redes 4G com tecnologia LTE, que tem definição prevista para meados de junho, também pesou. “Como existia o processo de leilão e poderia haver questionamento sobre

CURITIBA Os clientes da Claro contam com a melhor média de download (5,5 Mbps) entre os municípios visitados pelo INFOlab. Pela manhã, no bairro Batel, e ao entardecer, no Jardim Botânico, as transferências alcançaram taxas de 6,9 Mbps. Só não chame a cidade de capital da banda larga móvel perto dos clientes da Oi. A média da operadora não passou de 0,2 Mbps. Claro dispara em CUritiba Claro

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o que é ou não 4G, preferimos não entrar nessa discussão de nomenclatura”, afirma Daniel Cardoso, da Vivo.

BANDA LARGA POR CENTAVOS Apesar das queixas com relação à qualidade dos serviços, o consumo de banda larga móvel no Brasil dobra a cada ano desde 2010. Segundo números da Anatel e da consultoria especializada Teleco, no mês de abril foram realizados 53,2 milhões de acessos com a utilização de dispositivos 3G. Isso inclui desde smartphones, tablets e modems até qualquer aparelho com um SIM card embarcado. A diversificação no portfólio de planos de dados das operadoras e a entrada dos clientes de pré-pagos nesse mercado, boa parte atraídos por ofertas de acesso diário por 50 centavos, são exemplos de combustíveis para esse crescimento.

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RECIFE Depois de 20 medições nos bairros de Boa Viagem, Boa Vista, Imbiribeira, Pina e Recife Velho, o destaque foi o desempenho da TIM, com 1,9 Mbps, a sua melhor média nas cidades visitadas pelo INFOlab. No aeroporto, a conexão bateu em 3,3 Mbps. Recife também foi onde a Oi conseguiu sua segunda melhor marca, com 0,9 Mbps. 3g da Tim acima da expecTaTiva claro

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“Nosso acesso à internet por celular cresce numa velocidade exponencial. Lançamos no final do ano passado os planos pré-pagos. Hoje, vendemos 2,5 milhões de pacotes por mês”, diz Roberto Guenzburger, diretor de produtos de mobilidade da Oi. “A base de usuários pré-pagos que usa a internet aumentou praticamente 10 vezes.” Para o usuário dos planos diários nem tudo é alegria. Uma das contrapartidas da conveniência de pagar

um valor irrisório para ter internet por 24 horas no celular é o limite baixíssimo para o tráfego de dados. Na Oi, a velocidade da conexão é a mesma dos planos mais caros (1 Mbps), mas o cliente do plano pré-pago diário consegue aproveitá-la pouco. Quando atinge a cota de tráfego de 5 MB, a velocidade despenca para 50 Kbps. Na Claro e na TIM, basta baixar quatro músicas em MP3 ou enviar por e-mail algumas fotos para ultrapassar o limite de 10 MB, e a navegação cair para velocidades menores do que a da linha discada. Nos planos pós-pagos, tanto para celulares como para modems, os limites são mais elásticos, mas não animam a maioria dos assinantes. “Não há condições de oferecer tráfego ilimitado. Se não existir limite, o valor a ser cobrado de cada usuário será muito alto. A adoção de franquias permite cobrar valores de acordo com a faixa de consumo de dados de cada um. Quem usar mais vai pagar mais", diz Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco.

e o Caribe. “Enquanto as vendas de celulares 2G aumentaram 8,4%, a de aparelhos 3G cresceram 82,5%”, afirma Claudia Bindo, gerente de negócios da consultoria GfK Retail and Technology, comparando números dos primeiros trimestres de 2011 e 2012. Segundo a Anatel, em março, dos 251 milhões de celulares ativos, o número de telefones aptos a navegar na internet por 3G somava 43,5 milhões de unidades. Dos 18 celulares 3G lançados no Brasil até março, somente um não era smartphone, categoria que responde por 20,6% das vendas e 48% do faturamento do mercado de celulares, aponta o levantamento da GfK. Outros indicativos da importância que o celular 3G alcançou na vida da população são a sua inclusão na cesta de produtos selecionados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

FOME DE DADOS Outra motivação para os brasileiros passarem cada vez mais tempo conectados às redes celulares é a ampliação da base de aparelhos 3G. “São aparelhos mais sofisticados, com fome de dados. E os usuários querem aproveitar isso”, diz Erasmo Rojas, diretor da 4G Americas para a América Latina

O número de celulares aptos a navegar em 3G já passa de 43,5 milhões e 79% dos usuários costumam acessar a internet usando o aparelho

PORTO ALEGRE Quando consideradas as médias das quatro operadoras, Porto Alegre divide com Belo Horizonte o título de capital do download, com taxa de 2,6 Mbps. A Claro teve média de 5,3 Mbps e recorde de 7,5 Mbps. A região central e os bairros Moinho de Vento e Passos d'Areia foram o palco das provas. A Oi registrou o pior desempenho (0,2 Mbps ). clarO crava recOrde claro

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Uma estratégia das operadoras é usar o Wi-Fi para descongestionar suas redes. Sempre que estiver em área coberta por hotspot, o usuário passa a utilizá-lo

GUARULHOS Em nenhuma das 11 cidades analisadas, as médias das quatro operadoras foram todas iguais ou superiores a 1 Mbps. Guarulhos foi onde isso esteve mais próximo de acontecer, graças à boa velocidade de Oi e TIM, com 0,9 Mbps. O município também chama a atenção pelo desempenho abaixo da média das redes HSPA+ da Claro e da Vivo. nada a comemorar

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Estatística) para a formulação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) e a provável inclusão dos smartphones na Lei do Bem, que dá isenções fiscais a projetos de inovação tecnológica e já reduziu o preço dos notebooks.

CAMPINAS Ao lado de Brasília, é uma das localidades onde o HSPA+ da Vivo (4,4 Mbps) superou o da Claro (2,5 Mbps). O melhor sinal da (5,6 Mbps). As medições do INFOlab também ocorreram no Jardim Paineiras e no centro. A média de 0,3 Mbps da TIM foi a mesma aferida na capital paulista, a pior da operadora. VIVo sUpera a claro claro

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AJUDA DO WI-FI É evidente que nem todos os compradores de um celular 3G navegam na internet. Mas a parcela de usuários que não dão a mínima para a conexão de dados é cada vez menor. Uma pesquisa realizada em cinco capitais brasileiras para o Balanço Huawei de Banda Larga mostrou que 79% dos donos de celulares 3G costumam acessar a internet usando o aparelho. Com o contingente de usuários crescendo em ritmo chinês, é inevitável um impacto na qualidade dos serviços 3G. “As operadoras não estavam prepara-

das para um crescimento tão rápido”, diz Rojas. Uma solução para lidar com o problema é a melhoria da infraes trutura que liga as antenas das operadoras à internet. Isso exige investimentos pesados e tempo. Outra é recorrer a medidas paliativas, como a limitação da velocidade das conexões 3G a 1 Mbps. Uma estratégia recente das operadoras é usar o Wi-Fi para aliviar o congestionamento de redes. A intenção é que, sempre que estiver na área

de cobertura de um hotspot Wi-Fi autorizado, o usuário passe a utilizá-lo para conseguir velocidade de conexão mais alta e diminuir o tráfego pelo 3G. Com a aquisição da Vex, no ano passado, a Oi oferece a opção de Wi-Fi sem custo para clientes com planos de voz e dados em 2 200 pontos distribuídos em aeroportos, shopping centers e restaurantes. Agora a Oi pretende instalar pontos de acesso em lugares abertos. “Estamos implantando nas orlas do Rio de Janeiro e de Salvador e vamos expandir para outras cidades", afirma Guenzburger. Na TIM, a alternativa do Wi-Fi está disponível na favela da Rocinha e em 10 aeroportos. Claro e Vivo planejam a integração das suas redes com hotspots Wi-Fi, mas não detalham como isso será feito. Por enquanto, a transição da rede celular para o Wi-Fi é feita com a digitação das informações de login manualmente. Na Oi, os donos de Android podem baixar um aplicativo para gerenciar a autenticação. O objetivo das operadoras é, em breve, oferecer uma solução para que o hotspot reconheça o aparelho do assinante pela identificação do SIM card e libere o acesso automaticamente. ↙ VeJA em WWW.INFO.AbrIl.cOm.br/extrAs UmA tAbelA cOmpletA cOm Os plANOs De DADOs pArA smArtphONes, tAblets e mODems DAs qUAtrO OperADOrAs e As meDIções FeItAs pelOs leItOres.

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O fim da inOcência

Os fãs da Apple sempre se gabaram de que os computadores da marca eram imunes a vírus. A epidemia do cavalo de troia Flashback, que infectou mais de 700 mil máquinas, jogou por terra essa teoria. Agora, a solução para a maçã é se proteger / Por Carlos MaChado

fotos rafael evangelista

No início de abril, em meio à pas-

maceira do plantão dos feriados da Páscoa, os engenheiros de empresas de segurança receberam a informação de que um cavalo de troia chamado Flashback se espalhava rapidamente e naquele momento já se instalara em mais de 500 mil computadores ao redor do mundo. Seria mais um caso para as estatísticas dos crimes cibernéticos, não fosse um detalhe importante: as máquinas infectadas não eram os habituais PCs rodando Windows. Desta vez, as vítimas eram micros de mesa e notebooks equipados com o

Mac OS X, sistema operacional que a Apple vendia, desdenhosamente, como imune a vírus e outras pragas. Os estragos causados pelo Flashback pegaram muita gente de surpresa. Mais do que isso, eles marcaram o fim da era da inocência dos usuários da Apple. No auge das discussões sobre a epidemia, Eugene Kaspersky, o fundador da empresa que leva seu nome, resolveu acirrar a polêmica. Durante uma conferência realizada em Londres, ele afirmou que a Apple está dez anos atrás da Microsoft quando o assunto é segurança. Nem todos concorda-

ram com Kaspersky, mas em vários aspectos sua provocação faz sentido. Ele se refere às políticas de segurança que a Microsoft, ainda sob o comando de Bill Gates, começou a adotar desde o início de 2002. E escancarou a falta de agilidade da Apple nesse campo. Para ter seu micro infectado pelo Flashback, o dono de um computador Apple não precisava fazer nada fora do comum: bastava ir a um site contaminado. Uma vez instalado, o invasor (também conhecido como Flashfake) assume o controle da máquina invadida e não dá nenhum sinal de sua presença. Junho 2012 INFO

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AMeAçAs eM AltA

O número DE víruS pArA MAC DEu uM SAltO DESDE 2003, QuANDO ErA prÓXIMO DE ZErO. ACOMpANhE A EvOluçãO O iPod completa 4 anos

a apple lança o iPhone fonte: KaspersKy lab

250 200 150

O iPad estreia no mercado

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ProtejA seu MAc

Seis dicas para garantir a segurança do computador da Apple

1_AtuAlizAções

Em muitos casos, os problemas de segurança estão ligados a brechas localizadas no Mac OS. Quando o sistema indicar que há atualizações, instale-as logo

2_FlAsh PlAyer

Garanta que o plug-in da Adobe esteja na versão 10 ou superior. A mais recente é a 11. Se necessário, desinstale a versão antiga e instale a atual

3_Bluetooth

Se você não está usando o recurso, desligue-o. Na barra de menus do sistema, clique no ícone do serviço. Nas opções, escolha Desativar Bluetooth

4_senhAs

Muitos usuários anotam senhas em planilhas ou arquivos de texto. O Mac OS X traz um gerenciador de senhas, o Acesso às Chaves (KeyChain, em inglês). Nesse programa, as informações são criptografadas

5_login AutoMático

É um recurso prático, mas significa que qualquer pessoa pode ligar sua máquina, acessar seus documentos e fazer o que você não faria na internet. Desligue-o

6_Antivírus

Além de instalar um programa, faça varreduras periódicas e mantenha-o sempre atualizado. Cuidar da segurança é uma tarefa chata, mas necessária

“Ele envia sua localização a um domínio na internet, informando aos crackers responsáveis pela sua propagação que um novo Mac está dominado”, afirma Fabio Assolini, analista de malware da Kaspersky. Foi assim que os donos desse cavalo de troia montaram uma rede de zumbis, formada basicamente por máquinas da Apple, e puderam faturar até 10 mil dólares por dia com o golpe.

Sem atualIzaçãO O que permitiu a entrada do Flashback foi uma falha de segurança no Java Runtime, da Oracle. Trata-se de uma peça de software que executa programas online em diferentes browsers e sistemas, Windows, Mac OS ou Linux. Se o problema estava no Java, por que atingiu só computadores da Apple?

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Aqui vem outro detalhe importante. A Microsoft permite que a Oracle faça as atualizações do software diretamente no Windows. Já a Apple exige que a atualização lhe seja entregue para só então ser distribuída. A falha no Java foi descoberta em janeiro e corrigida no Windows em fevereiro. “Os Macs ficaram 50 dias sem atualização”, diz Assolini. A Apple só liberou a correção quando o alarme sobre o botnet ganhou as manchetes da imprensa mundial. O estrago só não foi maior porque o Flashback não é um malware agressivo. Seu nível de risco é considerado baixo. A contaminação, que ao todo atingiu cerca de 700 mil máquinas, só se tornou tão ampla porque a porta estava escancarada. Segundo a Kaspersky, metade dos Macs contaminados es-

tava nos Estados Unidos, onde existe uma maior concentração de usuários Apple. No Brasil foram detectadas 2,3 mil máquinas na rede de botnets. O Flashback foi o mais grave, mas não o primeiro episódio de malware a tirar o sono dos usuários de Mac. Em setembro de 2011, registrou-se outro grande ataque. Tratava-se de um falso antivírus que invadia a máquina aproveitando uma falha de segurança no Safari, o navegador da Apple. Quem analisar a evolução do número de programas maliciosos para Macs vai notar que as ameaças só aumentam (veja o quadro na página ao lado). Em 2003, esse número era próximo de zero. “Naquele momento, o mito de que não existe vírus para Mac era quase verdade”, afirma André Carraretto,

estrategista em segurança da Symantec. Hoje já existem mais de 250 vírus registrados. O que despertou a atenção dos cibercriminosos para a marca da maçã? Nos últimos 10 anos, a Apple registrou um enorme crescimento, graças ao sucesso da tríade iPod, iPhone e iPad. O êxito nos dispositivos móveis ajudou a empresa criada por Steve Jobs a alavancar as vendas de notebooks e desktops. Quanto maior o número de usuários, maiores as chances de bandidos faturarem com ataques criminosos. Essa premissa fez com que Eugene Kaspersky fosse além das declarações polêmicas e arriscasse um exercício de futurologia. Para ele, nos próximos anos o número de ameaças para computadores Apple só deve crescer. Aos donos de Mac, uma dica: é bom começar a se proteger. ↙ Junho 2012 INFO

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As escolhidas

Pesquisa INFO aponta as marcas preferidas dos leitores em 14 categorias. Os destaques do ano vão para Apple, Sony e Samsung

O

que faz uma marca tornar-se a pre-

ferida do consumidor? Em primeiro lugar, estar estampada em produtos de excelência. Depois vem uma lista parruda, que inclui atendimento eficaz, boa assistência técnica, investimento em marketing, reputação... Se cumprir todos esses requisitos e ainda for inovadora, aumentam as chances de ganhar a preferência dos leitores antenados da INFO. Há 11 anos saímos a campo para ouvir quem entende e consome tecnologia, e com base nessas preferências elaboramos um ranking de confiança nos principais fabricantes de produtos eletrônicos e prestadores de serviços. Neste ano os leitores avaliaram 230 marcas em 14 categorias, concedendo conceitos excelente, bom, ruim ou inaceitável. Terminada a votação pela internet, entrou em cena o INFOlab, que transformou os conceitos em notas de 0 a 10. Para isso, pesos foram atribuídos, de forma que cada voto para inaceitável, por exemplo, anulava um excelente. E cada conceito ruim eliminava um bom. Várias marcas igualaram ou superaram a nota 8, considerada muito boa. Apple e Sony receberam, em várias catego-

rias, avaliação superior a 9, tornando-se as marcas campeãs, seguidas por Samsung, Nikon e HP. A Apple subiu ao pódio com um belo 9,5 de nota final, a melhor avaliação da pesquisa. A maçã destacou-se em quatro categorias: monitores, notebooks e desktops, tablets e smartphones. Com 9,4, a Sony segue na segunda posição geral e lidera áudio e vídeo, câmeras e filmadoras e televisores. A Samsung ocupa a vice-liderança em categorias como smartphones, tablets, TVs e monitores. Chama a atenção o fraco desempenho dos serviços de acesso à web. Com exceção da GVT, campeã da categoria banda larga e segundo lugar em telefonia fixa e VoIP, as outras operadoras permanecem com a avaliação mais baixa do levantamento. Outro dado curioso: algumas companhias com reputação global de qualidade não se destacaram na pesquisa. Distribuição que não contempla todo o país? Preços inacessíveis a muitos? Essas podem ser as razões pelas quais uma marca reluzente como a dinamarquesa Bang & Olufsen ocupe apenas o 14º lugar em áudio e vídeo. Veja, nas próximas páginas, como se saíram as empresas melhor avaliadas nas 14 categorias. No nosso site (info.abril. com.br/extras), está o ranking com as 230 marcas pesquisadas.

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uMA BATALhA...

Apple, Sony, SAmSung, nikon e Hp forAm AS eScolHidAS peloS leitoreS dA INFo como AS mArcAS de HArdwAre mAiS confiáveiS

Sony / 9,3

Sony / 9,2 Nikon / 9,0 Canon / 8,8

Apple / 8,9 Samsung / 8,7 Pioneer / 8,5

HP / 8,9

Seagate / 8,8 3Com / 8,5 TomTom / 8,3 Garmin / 8,1

Asus e Apple / 8,3

GVT Power / 8,2

Western Digital / 8,2

Samsung / 7,8

JBL e Bose / 7,8 LG, Yamaha e Philips / 7,7

Leica e JVC / 7,3 Panasonic, Olympus e Fujifilm / 7,1

Razer / 7,6 NET Virtua / 6,6

HP / 8,0

Linksys e D-Link / 7,7

Iomega / 7,7

TP-LINK / 7,6

LG / 7,4

Airis / 6,8 Apontador / 6,7 NDrive e Mio / 6,4

Netgear / 6,5 TRENDnet / 6,4 Belkin / 6,2

Epson / 7,6 Sony / 7,5 Samsung / 7,2 Canon / 7,0 Brother / 6,8 Kodak / 6,6

Hitachi/Simple Tech / 7,1

NavCity / 6,9

Siemens / 7,2

Kodak / 6,9

Xerox / 8,3

Samsung / 8,3

Transcend / 6,9 LaCie e Lenovo / 6,7

Lexmark / 6,2

Positron / 6,1

Oki / 5,6

Magneti Marelli / 5,9

iMpReSSoRAS e MuLTiFuNCioNAiS

hdS e peN dRiVeS

GpS

BANdA LARGA

Áudio e Vídeo

Star One / 3,5

equipAMeNToS de Rede

Vivo Speedy / 4,3 CTBC Banda Larga / 4,2 Oi Velox / 4,1

CÂMeRAS diGiTAiS e FiLMAdoRAS

Elgin / 5,6

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...várias vitórias Na categoria baNda larga, o destaque é a gVt, com o serViço gVt Power. a emPresa ficou em seguNdo lugar em telefoNia fixa e VoiP

Apple / 9,5 Apple / 9,3 Apple / 9,1

Samsung / 9,1

Sony / 9,0

Samsung / 8,9

Samsung / 8,8

Samsung / 8,7

Dell / 8,6 Asus / 8,4

LG / 8,4 Dell e HP / 8,3

LG / 8,5 Nokia / 8,1

HP / 8,0

Philips / 7,9

Samsung / 7,9

Sony Mobile (ex Sony Ericsson) / 7,8

LG / 7,3

RIM/BlackBerry / 7,5

Lenovo / 7,1 Acer / 6,9 Lenovo / 6,7

Acer / 6,8 AOC / 6,6

Sony / 9,4

Apple / 9,3

Skype / 8,0

Philips / 8,0

Asus / 7,7 Motorola / 7,5

GVT / 7,6

Panasonic / 7,8 Semp Toshiba/ STI / 7,3

Amazon (Kindle) / 7,0

HTC e Motorola / 7,4 LG / 6,7

Vivo / 6,4

Sony / 8,0

Embratel / 6,4

RIM/ BlackBerry e Acer / 6,5

Semp Toshiba/ STI / 6,2

Philco / 6,2

BenQ / 5,6

Lenovo / 5,5

AOC / 5,5

Intelig e TIM / 5,3

Semp Toshiba/ STI / 5,2

Claro e TIM / 5,1

Sharp / 5,9

Vivo e NET Fone / 5,9

Nextel / 5,7

Oi / 5,2 Terra VoIP / 5,1

Semp Toshiba/ STI / 4,5

Oi / 4,2

CTBC / 4,9

Huawei / 4,0 CTBC / 3,8 H-Buster / 3,5

televisores

telefonia fixa e voip

tablets e e-readers

smartphones e celulares

operadoras móveis

notebooks e desktops

monitores

Sercomtel / 3,1

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CAPA CLOUD - 529664.indd 103

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MIOLO 1 CLOUD - 529666.indd 104

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933191-LOCAWEB SERVICOS DE INTERNET S.A.-1_1-1.indd 105

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MIOLO 2 CLOUD - 529669.indd 106

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Alfinete seus seguidores Não é o que você está peNsaNdo! No piNterest, alfiNetar é dar destaque para coisas legais. coNheça alguNs truques para explorar os recursos dessa Nova rede social

Nova estrela da internet, o Pinterest é uma rede social que permite divulgar conteúdo de maneira diferente. Funciona assim: cada usuário tem quadros de avisos (chamados boards), um para cada assunto (esporte, fotografia, moda). Neles é possível alfinetar imagens (os pins), que podem receber comentários, curtir (no estilo Facebook) e repins (equivalentes aos retuítes do Twitter). Apesar da simplicidade, há maneiras interessantes de explorar o Pinterest. Veja alguns truques.

Integração com sites

O Pinterest traz várias ferramentas para facilitar sua integração com outros sites. Para acessá-las, abra a página pinterest.com/about/goodies. Há duas opções

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próprias para quem tem um site. A primeira permite que visitantes sigam seus pins com um clique. Já a outra possibilita criar um novo pin no conteúdo da página que está sendo visitada. Nos dois casos será preciso copiar um código HTML para o site.

Preços e pessoas

Um truque bem simples para quem divulga produtos pelo Pinterest é colocar o preço do item no pin. Basta adicionar um $ à descrição. Também é possível fazer referências diretas a outros usuários do Pinterest. Basta teclar @ e digitar o nome da pessoa para que sejam mostrados os usuários correspondentes. Clique no item correto e essa pessoa será citada no pin.

ilustração

gustavo peres

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Muito aléM das planilhas pouca gente sabe, mas o google docs ajuda nos gráficos, pesquisas e até em reconhecimento de texto

Gráficos para a web

Qualquer planilha que se preze monta gráficos. O Docs cria gráficos dinâmicos que podem ser publicados em sites e blogs. Crie a planilha e acesse Inserir > Gráfico, montando a tabela normalmente. Clique na seta no canto superior esquerdo do gráfico e escolha Publicar Gráfico. Certifique-se de que a opção Gráfico Interativo está selecionada e copie o código HTML para a página na qual o gráfico será publicado. Se você preferir um gráfico estático, basta trocar Gráfico Interativo por Imagem.

Pesquisas rápidas

Menos cliques

Uma forma de ganhar tempo ao criar novos pins é usar um plug-in para o navegador. Um exemplo é o Pinterest Right Click (abr.io/pinterestrightclick), usado no Chrome, que traz um atalho para criar novos posts. Para acioná-lo clique com o botão direito do mouse em uma imagem e selecione Pinterest Right Click > Pin To Pinterest. O plug-in também detecta e cria novos pins a partir de vídeos encontrados no YouTube.

Alfinete em equipe

Para lojas, equipes, blogs e outros sites que querem usar o Pinterest como fonte de divulgação de produtos ou serviços pode ser interessante compartilhar o acesso a um board entre várias pessoas. Entre na lista de boards do usuário e clique no botão Edit do quadro que será compartilhado. A seguir, clique no campo Add Another Pinner, digite o nome do usuário que poderá enviar pins para esse board e pressione Add.

O Docs ajuda a coletar respostas para uma pesquisa simples. Acesse Criar > Formulário. Será preciso dar um nome ao formulário e criar as perguntas. É possível ter questões com respostas livres, de múltipla escolha. Depois de definir o formulário é possível enviar o questionário para o público escolhido por e-mail ou compartilhar no Google+. Ele também permite publicar o formulário em um site ou blog. Acesse Mais Opções > Incorporar e copie o código HTML para a publicação. As respostas podem ser visualizadas de forma resumida ou em uma planilha, usando as opções em Ver Respostas.

Reconheça textos

Faça o upload de um arquivo de imagem ou de um PDF. O Docs perguntará se você quer fazer o reconhecimento de caracteres. Marque a opção Converter Texto de Arquivos de Imagem e PDF em Documentos do Google Docs, indique o idioma esperado para os textos e pressione Iniciar Upload. Será gerado um documento com o mesmo nome do arquivo, que trará a imagem (ou o PDF) junto com o texto reconhecido. Como ocorre em todos os programas e serviços de reconhecimento de caracteres, o resultado nem sempre é perfeito.

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ExplorE o WindoWs 8 enquanto o sistema não chega, muita gente está usando sua versão beta. saiba como aProveitá-la

traga os arquivos de volta

O Windows 7 já recuperava versões antigas de arquivos, mas o recurso ficou bem melhor. Para configurá-lo acesse Control Panel > System and Security > File History. A janela seguinte mostrará todos os drives do micro. Clique no item que tem os arquivos que serão protegidos e depois em Turn On. O recurso está ligado. Para restaurar um arquivo, acesse sua pasta com o Windows Explorer e clique em History. Na janela seguinte, use os botões com setas para navegar ao longo dos dias até achar o arquivo e a versão dele que é desejada. Clique no arquivo e no botão entre as setas para restaurá-lo.

Desligue rapidamente

No novo Windows são necessários vários passos para desligar o micro, mas é possível criar um atalho para agilizar a tarefa. Clique com o botão direito do mouse no desktop e escolha New > Shortcut. No campo Type the Location of the Item, escreva shutdown.exe -s -t 00. Pressione Next e dê um nome ao novo atalho (como Desligar). Pressione Finish. Para desligar o micro é só passar ao desktop e dar um duplo clique no atalho.

Para Fazer bONItO Nas PrOvas aPlicativos e sites que ajudam na hora de estudar

só volte quando quiser

Clicar em arquivos como músicas e vídeos faz com que o sistema volte ao Metro. É possível mudar isso alterando o aplicativo associado para cada tipo de arquivo. Acesse Control Panel > Programs > Default Programs e clique em Set Your Default Programs. Localize o programa que tratará do tipo de arquivo na lista do lado esquerdo da janela e, ao lado direito, clique em Set This Program as Default. Ele tratará todos os tipos de arquivo com os quais é compatível.

No estilo antigo

Uma das críticas ao novo Windows está no desaparecimento do menu Iniciar, que torna difícil rodar aplicativos que não usem a interface Metro. Para trazê-lo de volta use utilitários como o Start 8 (abr.io/start8), feito pela Stardock.

Lembrete em flashes

Uma das técnicas mais conhecidas para facilitar a memorização é o uso de flashcards. São cartões com uma pergunta, imagem ou outro elemento de um lado e, do outro, a resposta, definição ou explicação. Há vários programas que permitem criar flashcards. Um dos melhores é o Anki (abr.io/anki), que pode ser usado em PCs e nos smartphones.

Mantenha a rotina

Na dura vida de quem está prestando vestibular ou concurso público é importante manter uma rotina. Para o iOS, o Daily Routine (abr.io/dailyroutine) ajuda com isso. Ele define horários para cada atividade, com ou sem alarme, além de criar rotinas distintas para cada dia da semana. Para o Android, os progra-

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mas Habit Streak (abr.io/habitstreak) e o Routinely (abr.io/routinely) têm recursos semelhantes aos do app para o iOS.

Lembretes na tela

Se o problema é lembrar-se de fazer revisões, o Popling (abr.io/popling) pode ajudar. Seu truque é mostrar na tela do micro de forma periódica os textos a serem lembrados. Para quem passa o dia na frente do computador, mas não quer deixar de revisar o conteúdo da prova.

simulado online

Para testar os conhecimentos na web um dos melhores serviços é o Questões de Concursos (abr.io/questoesdeconcursos). Ele permite acessar perguntas por disciplina ou assunto, além de montar coletâneas personalizadas.

ilustrações

Pedro hamdan

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venda seu peixe no facebook veja aqui como oferecer produtos e serviços na rede social com campanhas que custam a partir de 1 real

Depois do sucesso dos anúncios em ferramentas de busca como o Google, a próxima onda da publicidade na internet é o uso das redes sociais. Anunciar na principal delas, o Facebook, é rápido, fácil e barato. Os preços começam em apenas 1 real. Mas antes de montar seu anúncio, atenção para algumas dicas. A primeira é definir o públicoalvo, que pode ser dividido por região, sexo, idade ou interesses. Depois, criar a imagem que será usada nos anúncios. E, por último, seguir os passos abaixo.

Primeiros passos

Acesse facebook.com/advertising. Faça o login com a conta do Facebook correspondente à página que será anunciada. Isso facilita a identificação do conteúdo. Depois, clique em Crie Um Anúncio. No campo Destination, escolha o que será anunciado, que pode ser uma página do Facebook, um aplicativo da rede social ou um site externo. No caso de uma página do Facebook, o anúncio pode mostrar para seus seguidores quando um usuário gostou da página. Se a escolha for um site externo, é preciso indicar o título do anúncio, o corpo do texto e a imagem a ser usada. Depois é só clicar em Continuar.

Para escolher a audiência

É preciso escolher os primeiros parâmetros sobre a audiência desejada para o anúncio. É possível optar por um ou mais países, estados e cidades. Também é possível restringir o anúncio a determinadas idades ou somente a homens ou mulheres. Dá também para indicar

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rafael cervegliere

interesses específicos, como categorias de músicas, hobbies e preferências. Mas ao optar por um interesse, o anúncio só chegará a quem indicou explicitamente essa preferência no Facebook.

População e valores

Ao escolher cada preferência é mostrado, em tempo real, o tamanho do público do anúncio, à direita da página de criação. Isso é útil para verificar se o público-alvo definido inicialmente é muito restrito ou perfeito para aquela campanha. Também acaba sendo uma ferramenta interessante para analisar os usuários do Facebook. Depois de escolher a audiência desejada para o anúncio, clique em Continuar.

Por impressões ou por cliques

Chegou a hora de definir o quanto se quer gastar. Basta inserir o valor desejado para cada dia de exibição dos anúncios. O valor pode começar em 1 real. Para definir um valor global, é só abrir as opções ao lado do campo de valor e escolher Orçamento Vitalício. Marque o dia de início e fim da exibição do anúncio. Defina a forma de cobrança pela exibição. O Facebook pode cobrar pela exibição ou pelos cliques dados no anúncio. O valor por clique é bem superior, mas em promoções e descontos essa opção faz mais sentido. Depois, clique em Revisar Anúncio, verifique tudo e pressione Fazer Anúncio. É só fornecer as informações de pagamento, e pronto.

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INFO ANDROID - 527042.indd 112

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/ Fotos Rafael evangelista Notas 10,0

Impecável

9,0 a 9,9

Ótimo

8,0 7,0 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0

Muito bom

a 8,9 a 7,9 a 6,9 a 5,9 a 4,9 a 3,9 a 2,9 a 1,9 a 0,9

Bom Médio Regular Fraco Muito fraco Ruim Bomba Lixo

Veja os critérios de avaliação da INFO em info.abril.com.br/ sobre/infolab.shl

Tablet / 116 Relógio / 117 Ultrabook / 118 Cafeteira / 119 Áudio e Vídeo / 120 Projetores / 122 Acessório para Game / 123 Radar / 124 edição de imagem artnet digital

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A pegAdA do TAbleT S

CORPO EM CUNHA

Com tela de 9,4” e sistema Android 4 Ice Cream Sandwich, o gadget da Sony inova no design, mas merecia um acabamento mais nobre / pOr AIrton LopeS

O formato do Tablet S lembra o de uma revista dobrada para a leitura de uma página

SISTEMA NOVO O tablet da Sony tem LCD de 9,4” e 1 280 x 800 pixels e já vem com o Android 4

2 cm

0,9 cm

22,8 cm

16,3 cm

Tablet S / SOny Enquanto vários fabricantes se inspiram (alguns até demais) no design do iPad, a Sony ousa no formato do seu tablet. O perfil do Tablet S é o de uma cunha, com a espessura variando de 0,9 a 2 centímetros. Esse desenho faz com que ele fique levemente inclinado na posição horizontal, facilitando a digitação. Na vertical, a vantagem é a maior firmeza e o conforto para agarrá-lo com a mão esquerda na lateral mais grossa e arredondada. O peso é 11% menor do que o do novo iPad. O que depõe contra o design do Tablet S é o acabamento em plástico da traseira. A configuração do modelo é boa, principalmente pelo Android 4 Ice Cream Sandwich, a versão mais recente do sistema do Google. Os 32 GB de memória interna podem ser expandidos com cartão SD. Outro recurso bacana é o infravermelho para transformar o tablet em controle remoto universal. O Tablet S não tem 3G e nem saída HDMI. O carregador de energia parece uma fonte de laptop. Tela de 9,4” / nvidia Tegra 2 Cortex A9 1 GHz dual core / 32 GB + SD / Wi-Fi / 593 g / Android 4 / 5h11min de bateria(1) AVAlIAçãO TécNIcA: 8,4 cuSTO/bENEfícIO: 7,3

/ R$ 1 649

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(1) Duração medida com Wi-Fi e Bluetooth ativados.

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Parceiro de corridas

O relógio inteligente MotoActv acompanha as atividades físicas, toca MP3, atende telefonemas e envia dados do treino para a web / pOr AirtOn LOPes e JuLiAnO BArretO

FORTE E ESPERTO O MotoActv é resistente a respingos e riscos e seu sistema é baseado no Android

FORA DO PULSO O gadget se destaca da pulseira e pode ser colocado em um clipe para fixação na roupa

TREINOS O Wi-Fi do MotoActv envia automaticamente os dados da atividade para um site que monta gráficos e relatórios de performance

1 cm

4,6 cm

4,6 cm

MotoActv / MOtOrOlA misto de relógio e mP3 player, o motoactv é um bom companheiro para

atividades físicas, especialmente corridas a pé ou de bicicleta. informa velocidade e distância percorrida, usa o gPs para gerar mapas com a rota e passa instruções de acordo com o progresso da atividade. a voz do técnico virtual é clara, mas escorrega no português ao chamar as vírgulas de “coma”, dizendo “dois coma cinco quilômetros” em vez de de 2,5 quilômetros. a tela sensível ao toque tem boa sensibilidade, mas mede só 1,6 polegada. ao escolher certas opções, os botões de confirmação só aparecem ao rolar o menu. Quando está pareado por Bluetooth com um smartphone android, o motoactv mostra os sms recebidos e atende chamadas pelo headset com fio que acompanha o aparelho. o fone tem boa qualidade para música e captação de áudio regular. Para não afetar a liberdade de movimentos do usuário, o ideal para um gadget como o motoactv seria oferecer um headset Bluetooth.

edição de imagem artnet digital ilustraçÕes evandro bertol

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tela de 1,6” touchscreen / 8 GB / Mp3, AAC / rádio FM / GpS / Wi-Fi, Bluetooth / MicroUSB AvALIAçãO TécNIcA: 8,5 cUSTO/bENEFícIO: 7,5

/ R$ 999

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5/29/12 6:45:48 PM


Ultrabook classe média Com 1,4 quilo e visual bacana, o Série 5 Ultra oferece boa configuração e opções de conectividade por um preço acessível / POr airton lopeS

menos reflexo O acabamento fosco da tela de 13,3 polegadas melhora a visualização em ambientes externos

Série 5 Ultra / samsung Por 2 399 reais, o modelo é dono da melhor combinação entre preço e recursos em um ultrabook. A variedade de conectores ao redor de seu corpo delgado está acima da média. São três portas USB, uma delas no padrão 3.0, e conexões Ethernet e HDMI que não exigem adaptadores. Nas opções de comunicação sem fio, o destaque é o WiDi, tecnologia que permite clonar a tela do notebook em TVs compatíveis. A principal diferença do Série 5 Ultra para ultrabooks de topo de linha é o HD de 500 GB. O usuário ganha em espaço de armazenamento, mas, comparado com ultrabooks com drive SSD, perde em velocidade na execução de atividades mais complexas. O modelo da Samsung até possui um drive SSD, mas a unidade de 16 GB serve apenas para acelerar a inicialização do sistema. Nos testes, a partida a frio foi feita em 30 segundos. A volta do stand-by demorou apenas 2 segundos. Só faltou caprichar um pouco mais no acabamento do teclado e incluir iluminação traseira nas teclas. 118 / INFO Junho 2012

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1,8 cm

21,9 cm

31,5 cm

Tela de 13,3” / Intel Core i52467m 1,6 gHz / 4 gB / HD de 500 gB + ssD de 16 gB / Vídeo onboard / 1,4 kg / Windows 7 Home Premium / 2h05min de bateria(1) AvAliAção técnicA: 8,0 custo/benefício: 7,9

/ r$ 2 399

(1) Duração de bateria medida com o software Battery Eater e o notebook com o Wi-Fi ligado, tela com o máximo de brilho e perfil de alto desempenho no Windows, sem permitir o desligamento automático de componentes.

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Nespresso com leite

A máquina de café Lattissima+ serve expressos curtos e longos, cappuccino e latte machiatto com as medidas desejadas de água e leite / poR MAriA isAbeL MoreirA

31,9 cm

25,3 cm

16,7 cm

Lattissima+ /

NespResso Puro ou com lei-

Espuma a gosto É fácil controlar a produção de espuma em bebidas com leite. Basta girar o botão

160 REAIS

É o preço da xícara do Caffe Raro, produzido com o Kopi Luwak, um café feito com grãos coletados nas fezes do civeta, um mamífero da Indonésia

te? A Lattissima+ prepara o café do jeito que você gosta. Mesmo compacta, tem compartimentos para água e leite e programas para a produção de expresso curto e longo, cappuccino e latte macchiato, o café com leite vaporizado com espuma no topo. O equipamento regula o nível de água e leite nos quatro programas, mas também permite ajustes para atender aos diferentes gostos. Quem aprecia um café mais forte pode reduzir o volume de água. Quem não abre mão de um carioca tem a possibilidade de regular a Lattissima+ para diluir mais o conteúdo das cápsulas. As programações ficam gravadas na memória. Durante o preparo das bebidas com leite é possível ajustar também a produção de espuma. Uma bandeja deslizante permite o uso de xícaras de diversos tamanhos e canecas. Cada dose de Nespresso custa entre 1,90 e 3 reais, dependendo do tipo do café.

110 volts / pressão da bomba: 19 bar / Compartimento de água: 900 ml / Compartimento de leite: 350 ml / 4,5 kg avaliação técnica: 8,2 custo/bEnEfício: 6,6

/ R$ 895

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Amigos dos gAdgets

Quer ouvir as músicas do smartphone, pen drive ou CD com som decente? Uma dock para iPad da JBL e um minissystem da LG dão conta do recado / Por Airton LoPes

VÍDEO Filmes podem ser vistos com o iPad na horizontal, ou na TV, usando a saída vídeo composto

VIVA-VOZ Além de reproduzir música do smartphone, o Bluetooth da dock permite atender telefonemas

23 cm

24,4 cm

44,5 cm

OnBeat Xtreme / JBL O design arrojado desta dock da JBL é criativo e funcional. Acima das colunas cruzadas com os falantes, um arco sustenta um suporte com o conector de 30 pinos da Apple. Nessa peça são encaixados braços para receber o iPhone ou o iPad. Um detalhe bacana: o suporte gira 90 graus para deixar o iGadget na horizontal, melhorando a exibição de vídeos. A qualidade de áudio é das melhores, com graves bem definidos e agudos limpos. A potência também não decepciona. A OnBeat Xtreme não funciona apenas com os produtos da Apple. Tem Bluetooth e entrada P2, o que significa compatibilidade com a maioria dos smartphones e MP3 players do mercado. No painel de conexões da dock também há uma porta USB no padrão B, o mesmo usado em impressoras. Ela serve para ligar a dock no PC apenas para sincronizar os equipamentos da Apple com o iTunes. O controle remoto da OnBeat Xtreme também tem um formato pouco usual. Porém, a sua ergonomia não é das melhores.

90 W / Entradas: P2, USB / Bluetooth / Compatível com iPod, iPhone e iPad AVAlIAçãO técnIcA: 8,3 custO/bEnEfÍcIO: 6,0

/ R$ 2 599

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FA166 / LG Como nem todos os donos de iPod e iPhone abandonaram de vez os CDs, o mini-system FA166 é uma alternativa para ouvir as músicas transferidas para os aparelhos da Apple e as gravadas nos discos prateados em um mesmo equipamento. A qualidade de áudio do modelo é satisfatória, e a potência, bem respeitável. A música que sai das caixas também pode estar em dispositivos plugados nas entradas USB e P2. A porta USB ainda oferece a oportunidade de gravar a programação da FM em um pen drive, gerando arquivos em MP3. 160 W / CD, MP3, WMA / Rádio FM / Entradas: P2, USB / Saída: P2 / Compatível com iPod e iPhone AvAliAção técnicA: 7,7 custo/benefício: 7,0

/ R$ 799

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Cinema portátil

Os miniprojetores são uma boa pedida para apresentações em clientes ou para curtir um filme em tela bem grande / PoR airtOn lOpes

12,9 cm

16 cm

10 cm

3,2 cm

5 cm

14 cm

iPhone A dock carrega a bateria do gadget enquanto exibe fotos, vídeos e imagens de aplicativos compatíveis

Joybee GP2

/ Benq O miniprojetor dá show em visitas de negócios. Mostra em tamanho gigante arquivos do Office e PDFs copiados para sua memória interna ou salvos em pen drive e em cartão SD. Se preferir exibir o conteúdo do laptop, as opções de conectividade são generosas. A qualidade da imagem é boa, bem melhor que a dos projetores de bolso, mas inferior à de um modelo convencional. Mesmo assim o Joybee GP2 faz bonito com vídeos, inclusive os que estão no iPhone.

Qumi Q2-W / ViVitek Com este projetor portátil de 495 gra-

DLP LeD / 200 lúmens / 1 280 x 800 pixels / Contraste: 2 400 : 1 / entradas: miniHDMi, múltipla (vem com adaptadores D-Sub, vídeo composto e áudio RCA estéreo), P2 / USB, miniUSB, cartão SD / Compatível com iPod e iPhone / 569 g

DLP LeD / 300 lúmens / 1 280 x 800 pixels / Contraste: 2 500:1 / entradas: miniHDMi, múltipla (vem com adaptador D-Sub), P2 AV / USB, cartão SD / 495 g

AvAliAção técnicA: 8,1 custo/benefício: 6,8

/ R$ 1 999

mas e alta definição posicionado a 2,8 metros da parede deu para assistir filmes em 82 polegadas numa boa. Os menus bonitos e amigáveis facilitam a execução de arquivos do Office e de mídia armazenados em pen drive e cartão SD. Alguns detalhes incomodam. Para transferir arquivos do PC é preciso um cabo USB com conectores tipo A nas duas pontas, algo pouco comum. A reprodução de vídeos em arquivos acima de 1,5 GB foi problemática.

AvAliAção técnicA: 7,9 custo/benefício: 6,0

/ R$ 2 499

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Tiros cerTeiros

Feito para controles PlayStation Move, o rifle Skill Shot melhora a precisão nos disparos e dá mais realismo aos jogos no PS3 / PoR Cauã Taborda

8,6 cm

24,1 cm

54,8 cm

CONTROLES MOVE Enquanto o de navegação (abaixo) guia o jogador, o principal faz a mira e os disparos

Skill Shot / NyKo Qualquer jogador de games de tiro sonha com controles capazes de simular uma arma com o máximo de precisão e realismo. O acessório Skill Shot, compatível com os controles com sensores de movimento Move para PlayStation 3, ajuda a tornar esse desejo palpável. Ele é um rifle de plástico com um encaixe para o controle principal do Move. Por meio de um sistema de alavanca, aciona o botão de disparo no joystick quando o gatilho é pressionado. A principal vantagem do acessório são o conforto e a praticidade para fazer a mira. A arma possui uma peça móvel para receber um segundo controle Move, o de navegação. Além de facilitar o acionamento do direcional e dos demais botões do joystick, a peça proporciona firmeza na hora de atirar. Apesar das vantagens, o Skill Shot traz inconvenientes em jogos que exigem o acesso a todos os botões do controle principal do Move. O jogador é obrigado a segurar o rifle com uma mão e alcançar os controles em sua ponta com a outra.

MANDANDO BALA Time Crisis, Killzone 3, Socom 4, Resistance 3 e MAG são alguns jogos onde o Skill Shot faz diferença

Compatível com controles PlayStation Move Motion e Move Navigation / Não vem com os controles / 920 g AVALiAçãO TéCNiCA: 7,8 CuSTO/BENEfíCiO: 6,8

/ R$ 200

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/ Radar Diversão

Notebooks

// Envy 17 3D 3095-br HP

// Canal no grito

O chip, a memória farta e a placa de vídeo permitem que o notebook tenha potência para qualquer tarefa. A tela de 17,3 polegadas full HD pode ser aproveitada para games e filmes 3D. Apesar disso, o uso dos óculos 3D ativos é desconfortável.

Primeira TV com reconhecimento de voz testada pelo INFOlab, o equipamento apresenta alto grau de acerto para termos e sentenças em português. As palavras são captadas pelo microfone do Magic Remote, um controle remoto do tipo apontador que facilita bastante a exploração das funções da smartTV.

// Zenbook UX31E Asus

O aparelho tem todas as virtudes dos ultrabooks: é leve, tem alto poder de processamento, partida rápida e longa duração de bateria. A principal limitação está nos 256 GB de capacidade do SSD. E o preço, que é bem elevado.

// Série 7 Chronos Samsung

Com HD de 1 TB, placa de vídeo boa e 2,1 quilos, o ultrabook é o modelo de 15 polegadas mais leve que já passou pelo INFOlab. A tela tem revestimento antirreflexo, uma boa pedida para o trabalho em ambientes abertos.

Especificações

Tela de 47” / Full HD / LCD com LED / 3D passivo, vem com 6 óculos / Entradas: 4 HDMI, 1 vídeo componente, 1 composto, 1 D-Sub / 3 USB/ Ethernet, Wi-Fi, Bluetooth / R$ 6 999 avalIaçãO INFOlab

// XPS 13 Dell

O ultrabook da Dell é vendido em três versões. A mais poderosa foi a melhor da categoria em quase todas as provas de perfomance no INFOlab. Entretanto, o campeão de força ostenta a posição de lanterna no quesito duração de bateria.

8,9

// Menos cabos

Uma vantagem do sistema com Blu-ray 3D da Philips são as duas entradas HDMI. Ao receber o sinal de aparelhos como console e decodificador de TV paga para amplificar o áudio, o home theater acaba funcionando como hub, diminuindo o número de cabos que seriam conectados na TV.

// Macbook air Apple

Ao incorporar um processador Core i5, a atual geração do MacBook Air passou a aliar beleza à força. Mas perde para os ultrabooks atuais em autonomia de bateria, ofertas de portas USB 3.0 e HDMI, além de espaço de armazenamento.

Especificações

Tela de 17,3” / Intel Core i7-2670QM 2,2 GHz / 8 GB / HD de 1 TB / Radeon HD 7690M XT 1 GB / BD-ROM / DVD-RW / 3,4 kg / Windows 7 Home Premium / 1h39min de bateria(1) / R$ 9 999 avalIaçãO INFOlab

8,8

Especificações

Tela de 13,3” / Intel Core i7-2677M 1,8 GHz / 4 GB / SSD de 256 GB / Vídeo onboard / 1,4 kg / Windows 7 Home Premium / 2h53min de bateria(1) / R$ 5 999 avalIaçãO INFOlab

8,7

Especificações

Tela de 15” / Intel Core i5-1450M 2,5 GHz / 6 GB / 1 TB de HD / Radeon HD 6750M 1 GB / DVD-RW / 2,1 kg / Windows 7 Home Premium / 1h43min de bateria(1) / R$ 3 099 avalIaçãO INFOlab

8,4

Especificações

Tela de 13,3” / Intel Core i7-2637M 1,7 GHz / 4 GB / SSD de 256 GB / Vídeo onboard / 1,4 kg / Windows 7 Home Premium / 1h20min de bateria(1) / R$ 5 999 avalIaçãO INFOlab

8,3

Especificações

Tela de 11,6” / Intel Core i5-2467M 1,6 GHz / 2 GB / SSD de 64 GB / Vídeo onboard / 1 kg / Mac OS X Lion / 1h25min de bateria(1) / R$ 2 999 avalIaçãO INFOlab

8,1

Desktops

// Mac Mini Apple

Pequeno, o Mac Mini pode ser um PC de escritório ou uma central multimídia para exibir filmes na TV. A saída HDMI ajuda na função. O problema é que a versão atual do aparelho esquenta mais e é barulhenta quando comparada à anterior.

// TouchSmart 420-1000br HP

Especificações

Blu-ray 3D / 5.1 / 800 W/ Saídas: 1 HDMI, 1 vídeo composto / Entradas: 2 HDMI, 1 óptica, 1 coaxial, 1 RCA estéreo, 1 P2 / 2 USB / Slot para cartão SD / Ethernet / R$ 1 599 avalIaçãO INFOlab

7,5

124 / INFO Junho 2012

IN317_Radar.indd 124

Este tudo-em-um se destaca pela qualidade da tela sensível ao toque e bons resultados nos testes. Vale ressaltar as duas conexões USB 3.0 presentes na máquina. Faltou apenas uma placa de vídeo dedicada.

Especificações

Intel Core i5 2,3 GHz / 2 GB / HD de 500 GB / Vídeo onboard / Wi-Fi n / Bluetooth / Mac OS X Lion / R$ 1 799 avalIaçãO INFOlab

8,2

Especificações

Tela touchscreen de 21,5” / Intel Core i5 2400S 2,6 GHz / 4 GB / HD de 1 TB / DVD-RW / Wi-Fi n / Windows 7 Home Premium / R$ 3 199 avalIaçãO INFOlab

7,8

FOTOS RAfAel evAngeliStA (1) Duração de bateria medida com o software Battery eater e o notebook com o Wi-fi ligado, tela com o máximo de brilho e perfil de alto desempenho selecionado no Windows, sem permitir o desligamento automático de componentes.

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Tablets

// Novo iPad Mac

O novo iPad ficou melhor para quem devora e-books e joga no tablet. A tela com resolução de 2048 por 1536 pixels deixa os textos com uma nitidez notável. Mas o equipamento esquenta (chegou a 34,5 graus no INFOlab) e a bateria dura menos.

// Galaxy Tab 7.7 GT-96800 Samsung

O modelo de 7,7 polegadas pesa 340 gramas e tem 0,8 centímetros de espessura. A configuração supera a dos outros tablets da Samsung, já que o modelo possui entrada para cartão de memória e funciona como telefone.

// Xoom 2 Motorola

Em sua segunda versão, o tablet com tela de 10,1 polegadas fez o upgrade necessário para figurar entre os modelos Android com as configurações mais poderosas. O design melhorou, mas a posição dos botões de força e volume na traseira é esquisita.

// Eee Pad Transformer TF101 Asus

Está entre os modelos que podem fazer frente ao iPad 2 e custam menos do que o tablet da Apple. No INFOlab, se comportou bem na internet, em jogos e no uso de apps. Com a dock, vendida separadamente, ele vira um notebook.

// myPad Ta 1013G Semp Toshiba

O tablet conta com processador de dois núcleos, câmera de 5 MP, saída miniHDMI e conexão 3G. O único diferencial positivo do myPad, no entanto, é a recepção de rádio FM com a ajuda de uma antena retrátil.

Especificações

Tela de 9,7” / A5X Cortex A9 1,2 GHz dual core / 32 GB / 4G (LTE) / Wi-Fi / 662 g / iOS 5.1 / 6h24min de bateria(2) / R$ 1 999 aValIaçãO INFOlaB

8,9

Especificações

Tela de 7,7” / Exynos Cortex A9 1,4 GHz dual core / 18 GB + microSD / 4G (HSPA+) / Wi-Fi/ 340 g / Android 3.2 / 11h26min de bateria(2) / R$ 1 799 aValIaçãO INFOlaB

8,9

Especificações

Tela de 10,1” / OMAP 4430 1,2 GHz dual core / 32 GB + microSD / 3G / Wi-Fi / 607 g / Android 3.2 / 6h55min de bateria(2) / 1 899 aValIaçãO INFOlaB

8,6

Especificações

Tela de 10,1” / Nvidia Tegra II 1 GHz dual core / 16 GB + microSD / Wi-Fi n / 691 g / Android 3.1 / 5h44min de bateria(2) / R$ 1 599 aValIaçãO INFOlaB

8,4

Especificações

Tela de 10,1” / Tegra 2 1GHz dual core / 8 GB + 16 GB (microSD) / 3G / Wi-Fi / 775 g / Android 3.2 / 7h33min de bateria(2) / R$ 1 699 aValIaçãO INFOlaB

7,6

Monitores

// S23B550V Samsung

A conexão MHL, adotada por tablets e smartphones, é o maior diferencial deste monitor. Nos testes, o recurso funcionou bem, espelhando a tela de um Samsung Galaxy II em alta definição ao mesmo tempo em que fornecia eletricidade para o celular.

// M2550D-PS LG

Graças ao grande número de conexões, sintonizador digital e alto-falantes embutidos, este monitor pode ser usado como TV. Entretanto, para que os textos possam ser exibidos com qualidade, é necessário realizar ajustes no menu.

(2) Duração medida com a exibição de vídeo em 720p e com o Wi-Fi e o Bluetooth ativados.

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Especificações

Tela de 23” / LCD com LED / 1 920 x 1 080 pixels / Contraste dinâmico: 5 000 000:1 / Tempo de resposta: 2 ms / Entradas: 2 HDMI, 1 D-Sub / Saídas: 1P2 / R$ 599 aValIaçãO INFOlaB

7,9

Especificações

Tela de 25” / LCD com LED / 1 920 x 1 080 pixels / Contraste dinâmico: 5 000 000: 1 / Tempo de resposta: 5 ms / Entradas: 2 HDMI, 1 D-Sub, 1 vídeo componente, 1 RCA, 1 P2 / Saídas: 1 P2, 1 áudio óptica, 2 coaxial / USB / R$ 899 aValIaçãO INFOlaB

7,9

Junho 2012 INFO

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/ Radar Smartphones e celulares

// Galaxy X Samsung

Com interface mais organizada e recursos como o desbloqueio do smartphone por reconhecimento facial, o modelo mostrou nos testes uma autonomia de bateria notável. É o primeiro smartphone com o novo Android 4 no Brasil.

// Razr XT910 Motorola

O smartphone une as melhores características de dois modelos da Motorola: o Atrix e o Milestone 3. Destaque para o aplicativo Motocast, que acessa pela internet arquivos do PC, e para um adaptador para usar o celular com a TV.

// iPhone 4S Apple

A nova versão do iPhone ganhou um processador dual core igual ao do iPad, câmera de 8 megapixels e a Siri, uma assistente de execução de tarefas, como chamadas e envio de e-mail. Por enquanto, ela só entende inglês, alemão e francês.

// Xperia arc S Sony Ericsson

As vantagens da nova versão do aparelho são o chip mais veloz, mas ainda com um único núcleo de processamento, e o aumento na autonomia da bateria. Tem saída microHDMI para ligar o telefone na TV.

// Ultimate HTC

A tela de 4,7 polegadas do aparelho é a maior vitrine disponível no país para explorar todos os recursos do sistema Windows Phone 7.5. Tem agilidade na resposta ao toque e na transição entre os apps. A principal restrição ao Ultimate é a pouca duração da bateria.

Especificações

4G (HSPA+) / Android 4.0 / Dmap 4460 Cortex A9 1,2 GHz dual core / 16 GB / Tela de 4,7” / Câmeras de 5 MP e 1,3 MP / 138 g / 13h22min de bateria(1) / R$ 1 999(2) aValIaçãO INFOlab

9,1

Especificações

3G / Android 2.3 / Cortex A9 1,2 GHz dual core / 16 GB + microSD / Tela de 4,3” / Wi-Fi n, GPS, Bluetooth / Câmeras de 8 MP e 1,3 MP / 127g / 8h32min de bateria (voz)(1) / R$ 1 799(2) aValIaçãO INFOlab

8,9

Especificações

3G / iOS 5.0.1 / A5 1 GHz dual core / 16 GB / Tela de 3,5” / Wi-Fi n, GPS, Bluetooth / Câmeras de 8 MP e VGA / 141 g / 6h24min de bateria (voz)(1) / R$ 2 599(2) aValIaçãO INFOlab

8,8

Especificações

3G / Android 2.3 / Snapdragon Scorpion 1,4 GHz / 1 GB + 16 GB (microSD) / Tela de 4,2” / Câmera de 8,1 MP / 117 g / 9h53min de bateria(1) / R$ 1 484(2) aValIaçãO INFOlab

8,5

Especificações

3G / Windows Phone 7.5 Mango / Qualcomm Snapdragon S2 Scorpion 1,5 GHz / 16 GB / Tela de 4,7” / Câmera de 8 MP / 162 g / 4h15min de bateria(1) / R$ 1 599(2) aValIaçãO INFOlab

8,5

Filmadoras

// DEV-5K Sony

Fruto do cruzamento de um binóculo com uma filmadora e uma câmera, o aparelho traz zoom óptico de dez vezes e grava imagens tridimensionais em alta definição, além de tirar fotos de 7,1 megapixels. Caro e pesado, o DEV-5K é indicado para uso profissional.

// Everio GZ-EX210 JVC

A filmadora inova por ter Wi-Fi, recurso que permite mandar vídeos de até 15 segundos por e-mail, transferir conteúdo para o telefone ou transformar o equipamento em uma câmera de vigilância. Mas a configuração não é intuitiva.

126 / INFO Junho 2012

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Especificações

Full HD (1080p) / Cartão SD / Zoom de 10x/20x (óptico/digital) / 15,4 x 9,4 x 23 cm / 1,4 kg / 5h56min de bateria / R$ 6 999 aValIaçãO INFOlab

8,0

Especificações

Full HD (1080i) / Cartão SD / Zoom de 40x/200x (óptico/digital) / LCD de 3” / 4,6 x 5,38 x 11,9 cm / 234 g / 1h29min de bateria / R$ 1 499 aValIaçãO INFOlab

7,7

FOTOS RAfAEl EVAngEliSTA (1) Duração medida com o aparelho em chamada e com o Wi-fi e Bluetooth ativados. (2) Preço do aparelho sem plano de voz e dados.

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Fones de ouvido

// AE2 Bose

Mesmo não sendo um dos modelos mais sofisticados da Bose, o fone impressiona pelo som com graves bem definidos e agudos limpos e oferece isolamento acústico muito bom. Pelo preço elevado, falta robustez ao acessório.

// Q701 AKG

Destinado a consumidores com elevado grau de exigência e muito dinheiro no bolso, o fone permite redescobrir nuances de som em músicas ouvidas há anos. Nos testes, sua fidelidade e o detalhamento sonoro se mostraram muito bons.

// HDP DJ-Pro M1001 Hercules

A faixa de resposta de frequência é uma das mais amplas entre os fones avaliados pelo INFOlab. Reproduz graves e agudos com qualidade. Uma coisa chata é o rangido produzido pelas peças plásticas do acessório.

// MDR-NC40 Sony

A qualidade de som é muito boa e pode ser desfrutada mesmo em locais barulhentos. O modelo possui um sistema eletrônico de cancelamento de ruído externo eficaz alimentado por uma pilha AAA. Na cabeça o peso é mínimo, mas parece frágil.

Especificações

Formato concha / Conexão P2 / Cabo de 1,7 m / Sensibilidade: não divulgada / Resposta de frequência: não divulgada / 140 g / R$ 599 AvAlIAçãO INFOlAb

8,4

Especificações

Formato concha / Conexão P2 / Cabos de 3 e 6 m / Adaptador P10 / Sensibilidade: 105 dB / Resposta de frequência: 10 a 39 800 Hz / 235 g / R$ 1 999 AvAlIAçãO INFOlAb

8,4

Especificações

Formato concha / Conexão P2 (adaptador P10) / Cabo de 1,5 m (espiral de 3 m) / Sensibilidade: 107 dB/mW / Resposta de frequência: 5 – 30 000 Hz / 382 g / R$ 899 AvAlIAçãO INFOlAb

8,4

Especificações

Formato concha / Conexão P2 (adaptador P2 duplo) / Cabo de 1,5 m / Sensibilidade: 102 dB/mW / Resposta de frequência: 14 – 22 000 Hz / Cancelamento de ruído / 120 g / R$ 349 AvAlIAçãO INFOlAb

8,1

Câmeras

// NX200 Samsung

Com um sensor de tamanho similar ao de uma SLR básica e um corpo compacto, a câmera usa lentes intercambiáveis e registra imagens com a qualidade comparável à de uma reflex. Sob o sol, às vezes, fica difícil de enxergar o visor de LCD.

// FinePix Sl300 Fujifilm

Com um zoom de 30 vezes, a SL300 permite fotografar objetos bem distantes. Apesar do corpo grande, o equipamento é leve. Suas imagens têm qualidade superior à das compactas, mas apresenta alterações perceptíveis a partir do ISO 200.

// lumix DMC-FZ47 Panasonic

Tão fácil de usar quanto uma compacta, o modelo não decepciona quem procura recursos mais avançados. Nos testes, as imagens apresentaram cores equilibradas, mas um pouco saturadas.

Especificações

20,3 MP / Zoom de 2,5x (30 a 75 mm) / Filma em 1080p / LCD de 3” / 415 g / R$ 2 249 AvAlIAçãO INFOlAb

8,1

Especificações

14 MP / Zoom de 30x (24 a 720 mm) / Filma em 720p / LCD de 3” / 558 g / R$ 889 AvAlIAçãO INFOlAb

8,1

Especificações

12,1 MP / Zoom de 24x (25 a 600 mm) / Filma em 1080p / LCD de 3” / 491 g / R$ 1 699 AvAlIAçãO INFOlAb

8,1

Junho 2012 INFO

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(11) 3037 5868 Sergio Ricardo Albino sergio.albino@abril.com.br Para saber mais informações, acesse o site: http://info.abril.com.br/midiakit/

ILUSTRAÇÕES: WAGNER RODRIGUES

PARA ANUNCIAR

As mensagens destes classificados são de inteira responsabilidade de quem anuncia.

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HORA DE INVESTIR NA

CARREIRA

DE TI Crescimento do mercado e medidas de incentivo do governo e de empresas do setor dão novo gás às profissões nessa área

O

crescimento econômico do Brasil tem na tecnologia da informação um dos seus principais pilares. Hoje, a TI é considerada um insumo fundamental para o desenvolvimento e a expansão dos negócios em praticamente todos os segmentos da economia brasileira. Por isso, esse setor vem crescendo a taxas expressivas no país: 11,3% em 2011 (na comparação com 2010), de acordo com estudo divulgado em maio pela Brasscom – Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação. O levantamento, realizado pela consultoria IDC, revelou que o mercado interno de TI – sem contabilizar exportações e operações internacionais – atingiu 102,6 bilhões de dólares e representou 4,4% do Produto Interno Bruto brasileiro no ano passado. E a tendência, segundo a Brasscom, é que o faturamento do setor no país continue crescendo pelos próximos dez anos, quando deverá alcançar a marca de 210 bilhões de dólares. Para isso, contudo, é preciso superar um dos gargalos que ameaçam a expansão do mercado de TI no Brasil: a falta de profissionais qualificados em quantidade suficiente para atender a esse aumento de demanda. Se nada for feito para reverter esse quadro, a Brasscom alerta que o déficit de mão

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de obra especializada em tecnologia da informação poderá chegar a 200 000 profissionais em 2014. Levantamento recente realizado pela revista EXAME apontou quatro profissões e funções ligadas à TI entre as áreas nas quais a carência de profissionais é mais crítica no país: analista de sistemas, técnico em desenvolvimento de sistemas, gerente de TI e administrador de banco de dados. O maior déficit, segundo a pesquisa, é de analistas de sistemas: são 211 000 profissionais atualmente, porém seriam necessários mais 30 000 para atender à demanda do mercado. O salário médio inicial para essa profissão, de acordo com o estudo, é de 3 300 reais.

ESTÍMULOS À CARREIRA A expectativa, no entanto, é que a situação comece a mudar, a partir de algumas medidas de incentivo adotadas recentemente pelo governo – entre elas, a desoneração da folha de pagamento para as empresas de software e serviços de TI prevista no Plano Brasil Maior, que deverá contribuir para o aumento das contratações e a elevação dos salários – e de ações das próprias empresas que atuam nesse setor. A Intel, por exemplo, anunciou a disposição de investir na formação de desenvolvedores para o mercado de

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s u d D

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INFORME PUBLICITÁRIO

OPÇÕES PARA QUEM NÃO QUER GASTAR Nem sempre é preciso gastar dinheiro para fazer uma faculdade ou especialização em TI. Uma boa pesquisa na internet pode revelar surpresas agradáveis, como cursos de alto nível totalmente gratuitos. É o caso dos cursos online (em inglês) na área de Ciência da Computação oferecidos pelo portal Coursera (www.coursera.org), criado por quatro importantes universidades dos Estados Unidos: Stanford, Princeton, Michigan e Pensilvânia. Em São Paulo, a Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) vai oferecer em junho oito oficinas gratuitas na área de TI, que fazem parte de um workshop em Computação Criativa (http://www.faap. br/occ/). Destinados a estudantes do ensino médio e universitários, os cursos de extensão serão realizados em dois sábados (dias 16 e 23) e abordarão temas como introdução a jogos e ambientes 3D; aplicativos Android, iOS e Windows Phone; robótica com Arduino, microcontroladores e computação e arte, entre outros. Já as Faculdades de Tecnologia (Fatecs) espalhadas pelo estado de São Paulo oferecem vários cursos superiores, também gratuitos, na área de TI: Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Automação Industrial, Banco de Dados, Gestão da Tecnologia da Informação, Informática para Negócios, Jogos Digitais, Redes, Segurança da Informação e Sistemas para Internet. As inscrições para o vestibular estão abertas e podem ser feitas, até o dia 11 de junho, pelo site www.vestibularfatec.com.br. O exame será no dia 1º de julho.

software e serviços no país, por meio da colaboração com universidades brasileiras e de iniciativas como a realização de eventos voltados para esse público – caso do Intel Developer Forum Brasil, que ocorreu em maio, em São Paulo. Este, portanto, promete ser um bom momento para iniciar uma carreira em TI – ou mesmo dar um upgrade a ela. Quem ainda está no ensino médio pode começar optando por um curso técnico. Existem vários deles disponíveis no país, muitos até gratuitos. É o caso dos cursos na área de tecnologia oferecidos pelas Escolas Técnicas (Etecs) mantidas pelo Centro Paula Souza em 152 municípios do estado de São Paulo. Um dos cursos mais procurados no vestibulinho das Etecs é o de Informática para Internet. Seu objetivo é formar técnicos para o desenvolvimento de software, interfaces e portais web, utilizando lógica e linguagens de programação do mercado. Outras opções oferecidas pelas Etecs paulistas são os cursos de Técnico em Informática e Técnico em Telecomunicações.

SEGUINDO ADIANTE Com um diploma de curso técnico, já dá para conseguir emprego na área de TI. Mas, se a intenção for mesmo seguir essa carreira profissional, o próximo passo deverá ser a universidade. Os principais cursos superiores (bacharelado)

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nessa área são os de Ciência da Computação, Engenharia da Computação e Sistemas de Informação. Disponíveis em diversas faculdades e universidades em todo o país, os cursos têm, em geral, de quatro a cinco anos de duração. Quem prefere uma formação mais rápida, ou quer se especializar em uma área de TI, pode recorrer a um dos inúmeros cursos superiores de curta duração – dois anos em média – oferecidos por várias instituições de ensino, inclusive na modalidade a distância (via web). Entre as opções disponíveis, destacam-se cursos de Gestão de Tecnologia da Informação, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Banco de Dados, Redes e Sistemas para Internet. Uma dica importante para quem está disposto a investir em um curso superior é verificar se a faculdade tem parceria com empresas de TI. Além de abrir as portas para futuros estágios, esses acordos facilitam a atualização do conteúdo das aulas, o acesso a equipamentos e ferramentas de desenvolvimento e, muitas vezes, permitem até participar de intercâmbios com outros países. Aliás, dominar um outro idioma – em especial, o inglês – é requisito fundamental para quem vai seguir a carreira de TI. Por isso, seja qual for o curso ou a universidade escolhida, vale a pena investir algumas horas da semana no estudo dessa língua.

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CARREIRAS E CURSOS | 4

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ESPECIAL AUTOMAÇÃO & NEGÓCIOS | 6

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7 ESPECIAL AUTOMAÇÃO & NEGÓCIOS

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HARDWARE | 14

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SOFTWARE | 16

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O bOlachãO que NãO vINgOu Sempre lembrado como um fracasso retumbante, o LaserDisc deveria ocupar um lugar de mais destaque na indústria do entretenimento. O espalhafatoso disco prateado, que tinha as mesmas dimensões de um LP, foi pioneiro no uso de áudio digital e serviu como ensaio para a criação de CDs e DVDs. Criado em 1978 nos Estados Unidos, o bolachão laser se destacava pela qualidade da imagem, a possibilidade de navegar pelos capítulos dos filmes e o conteúdo extra. Nos anos 1980, a Pioneer assumiu o controle do formato e tentou transformá-lo numa alternativa de alta-definição para as fitas cassete. O preço salgado dos players e dos discos, que custavam até 100 dólares, enterrou as chances de sucesso do LaserDisc. / Por juliano barreto ↙ veja mais: info.abril.com.br/blog/ctrlz

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